Automaç˜ao de uma Máquina Fresadora Universal - ppgee/ufmg
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Automacao de uma MaquinaFresadora Universal
Breno Andrade Castilho
Dissertacao submetida a banca examinadora designada pelo
Colegiado do Programa de Pos-Graduacao em Engenharia
Eletrica da Universidade Federal de Minas Gerais, como
parte dos requisitos necessarios a obtencao do grau de
Mestre em Engenharia Eletrica.
Orientador: Dr. Porfırio Cabaleiro Cortizo
Co-orientador: Dr. Paulo Fernando Seixas
Belo Horizonte, 14 de fevereiro de 2005
Dedicatoria
Dedico este trabalho primeiramente a Deus
bem feitor das oportunidades ımpares que a
vida nos proporciona no dia a dia
Aos meus pais, tios e primos
Aos meus Orientadores
A propria instituicao de ensino e funcionarios
Aos amigos em geral
i
Agradecimentos
• Agradeco a Deus e a todos aqueles que colaboraram para a realizacao deste
trabalho.
• Agradeco aos amigos e colegas do CPDEE.
• Agradeco aos professores da Pos-Graduacao, em especial: Prof. Porfırio,Prof.
Paulo Seixas, Prof.Benjamim, Prof. Severo, Prof. Silvino e Prof. Jose Oswaldo.
• Agradeco aos professores da UFG, em especial: Prof. Enes Marra, Prof. Euler
Bueno, Prof. Antonio Mello e o Prof. Colemar Arruda.
• Agradeco minha mae e familiares.
• Agradecimento em especial a Moacir de Andrade Junior e famılia.
• O mesmo a Vanderlucio L. de Souza e famılia.
• Agradeco aos grandes amigos que sempre torceram para a evolucao desse tra-
balho: Sr. Dalmo, Sra. Maria Salome, Sra. Maria Benedita, Wanderson Souza,
Gentil, Wanir, Antonio Eliseu, Danilo de Paula e Ana Barbosa.
• Agradecimento especial aos esforcos do tecnico em mecanica Jesus M. Francisco
pela manutencao e orientacao na operacao da maquina Fresadora.
• Agradeco a CDTN/CNEN em especial ao Geraldo Antonio Sivrolik Martins.
• Agradeco a CAPES, PPGEE por financiarem esse trabalho.
• Agradeco por agradecer com muito obrigado.
ii
Epıgrafe
“As batalhas, acima de tudo sao feitas de moral. A derrota
e inevitavel assim que a esperanca de conquistar cessa de
existir. O exito nao e daquele que sofreu menos, mas para
aquele cuja vontade e mais firme e a moral mais forte”
Barbara W. Truhman
“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar
a desonra, de tanto ver crescer a injustica, de tanto ver
agigantarem-se os poderes nas maos dos maus, o homem
chega a desamimar da virtude, a rir-se da honra, a ter ver-
ganha de ser honesto”
Rui Barbosa
“Nunca nenhum homem do infinito conhecera plenamente o
amor e a verdade que em si mesmo sao infinitos”
Gandhi
iii
Sumario
Resumo vii
Abstract viii
Lista de Figuras xiii
Lista de Sımbolos xiv
1 Introducao Geral 1
1.1 Introducao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.2 Objetivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.3 Motivacao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.4 Estrutura da dissertacao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2 Processador Digital de Sinais TMS320F2812 9
2.1 Introducao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.2 Panoramica Funcional do TMS320F2812 . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.3 CPU C28x . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.4 Barramento das Memorias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.5 Barramento dos Perifericos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.6 Perifericos para comunicacao serial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
iv
v
2.7 Oscilador e PLL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.8 Perifericos utilizados no Controle de Motores . . . . . . . . . . . . . . 18
2.9 Modulos do Event Manager . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.9.1 General-Purpose(GP) dos Timers . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.9.2 Geracao dos pulsos PWM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.9.3 Circuito de Quadratura dos pulsos para os Encoders . . . . . 23
2.10 Modulo do Conversor Analogico/Digital . . . . . . . . . . . . . . . . 26
2.11 GPIO MUX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
2.12 Especificacoes eletricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
2.13 Conclusoes do capıtulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
3 Projeto das Interfaces dos Circuitos dedicados a Fresadora Universal
FUW250 e a Eletronica de Potencia 31
3.1 Introducao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
3.2 Circuitos choppers aplicados no acionamento dos Motores cc . . . . . 33
3.2.1 Chopper do Motor da Mesa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
3.2.2 Acionamento do Motor do Porta Fresa . . . . . . . . . . . . . 36
3.3 Projeto dos sensores de Corrente e Tensao . . . . . . . . . . . . . . . 37
3.3.1 Sensores de leitura das Correntes das Armaduras dos Motores cc 38
3.3.2 Sensor de leitura da tensao do Barramento cc . . . . . . . . . 42
3.4 Interfaces para leituras dos Sinais Digitais . . . . . . . . . . . . . . . 44
3.4.1 Interfaces de Comandos PWMs e de Controle . . . . . . . . . 44
3.4.2 Interfaces para o Display, Comandos das Embreagens . . . . . 47
3.4.3 Interfaces das Chaves Fins de Curso e Comando do Painel . . 49
3.5 Fonte de Alimentacao para os Circuitos Eletronicos da Fresadora FUW250 52
3.6 Conclusoes do capıtulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
vi
4 Estudo das Malhas de Controle 54
4.1 Introducao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
4.2 Analise das Malhas das Velocidades e das Correntes dos Motores cc . 55
4.2.1 Malha de Velocidade do Motor do Porta Fresa. . . . . . . . . 57
4.2.2 Malha de Corrente do Motor do Porta Fresa. . . . . . . . . . . 61
4.2.3 Malha de Velocidade do Motor da Mesa. . . . . . . . . . . . . 64
4.2.4 Malha de Corrente do Motor da Mesa. . . . . . . . . . . . . . 68
4.3 Conclusoes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
5 Conclusoes Finais e Propostas para Continuidade 72
5.1 Conclusoes Finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
5.2 Propostas para pesquisas futuras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
Referencias Bibliograficas 76
A Fluxograma do Algoritmo Desenvolvido na Linguagem C 77
B Chopper Eletronico de Quatro Quadrantes do Motor da Mesa 79
C Mapa de Memoria do DSP TMS320F2812 81
D Diagramas dos Drivers e Perifericos para o TMS320F2812 83
E Manual Basico de Operacao da Fresadora Universal FUW250 89
Resumo
Este trabalho refere-se a modernizacao de uma maquina Fresadora Universal
FUW250 fabricada pela RUHLA na Alemanha em 1976, a qual encontrava-se em
pleno abandono e totalmente danificada, tanto a eletronica de potencia, acionamen-
tos, comandos quanto a parte mecanica, devido as circunstancias do meio em que
se encontrava na Escola de Engenharia na decada de 80. Por meio dessa maquina,
elaborou-se um projeto aplicado de engenharia utilizando-se o DSP2812 da famılia
2000 da Texas Instruments, o qual faz todo o controle digital dos comandos, aciona-
mento e o controle em malha fechada de corrente e velocidades dos motores C.C.
Desta forma, substituiram todos os comandos obsoletos da maquina como: os co-
mandos eletromecanicos(reles); os conversores tiristorizados, aplicando-se no lugar o
chopper de quatro quadrantes a IGBT, comandados pela tecnica PWM, gerado pelo
proprio DSP. Alem da substituicao das chaves seletoras das velocidades por um display
de cristal lıquido, desta forma todo o painel de comando do operador foi redesenhado
em um novo estilo.
vii
Abstract
This work refers to the modernization of a Universal milling machine FUW250
manufactured by RUHLA in Germany in 1976, which was found in abandoned and
completely damaged, the power electronics, settings, commands, and the mechanics
parts due the circumstances in which it was found in the School of Engineering in the
decade of the 80´s. Using this machine an applied project of engineering was elabo-
rated using the DSP2812 of the Texas Instruments of 2000 family, which makes all the
digital control information of the commands, drives and the control in a closed chain
mesh and cc motor speeds. In this way it substitutes all the obsolete commands of the
machine such as: the electromechanical commands (relays); the thyristors converters
applying in its the place a chopper of four quadrant to the IGBTs, commanded by
the PWM technique, generated by the DSP itself. Besides the substitution of the
selector keys of the speeds for a liquid crystal display, thus all the command panel of
the operator was redesigned.
viii
Lista de Figuras
1.1 Alguns tipos de fresas com modelos mais modernos. . . . . . . . . . . 3
1.2 Aplicacoes das ferramentas fresas em varios tipos de trabalhos de usi-
nagens. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.3 Mandris de varios comprimentos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.4 As partes principais de uma maquina de fresar. . . . . . . . . . . . . 6
2.1 As Plataformas dos DSPs TMS320TM . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.2 Evolucao dos DSPs TMS320TM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.3 Diagrama funcional em blocos do TMS320F2812 . . . . . . . . . . . . 12
2.4 Vista de cima do DSP TMS320F2812 com 176 pinos. . . . . . . . . . 13
2.5 Disposicoes dos pinos do TMS320F2812 aplicado a Fresadora FUW250. 14
2.6 Comunicacao SCI utilizando MAX232. . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.7 Bloco do oscilador e PLL. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2.8 Ligacao externa do cristal de quartzo no DSP TMS320F2812 . . . . . 17
2.9 Modulos e nomes dos comandos do EVA e EVB. . . . . . . . . . . . . 19
2.10 Distribuicao das configuracoes dos EVA, EVB e dos sinais dos encoders
no TMS320F2812. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.11 Modelo de geracao de um PWM simetrico. . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.12 Diagrama em blocos do circuito QEP do modulo EVA. . . . . . . . . 24
2.13 Calculo da velocidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
2.14 Conexao via DB25 dos enconders do motor da Mesa e do Motor Porta
Fresa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
2.15 Diagrama em blocos do modulo ADC aplicado no TMS320F2812. . . 27
2.16 Especificacoes eletricas aplicaveis ao TMS320F2812. . . . . . . . . . . 28
2.17 Fonte de alimentacao 1,8V e 3,3V com regulador TPS767D301 aplicado
ao TMS320F2812. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
3.1 Modulos da fonte de alimentacao e choppers. . . . . . . . . . . . . . . 32
ix
x
3.2 Modulo do IGBT SK45 GH 063 e suas configuracoes. . . . . . . . . . 33
3.3 Diagrama em blocos do Semidriver SKHI 20opA da Semikron. . . . . 34
3.4 Chopper do motor da Mesa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
3.5 Modulo do IGBT SKM50 GB 123D e suas configuracoes. . . . . . . . 36
3.6 Diagrama em blocos do Semidriver SKHI23 da SEMIKRON. . . . . . 37
3.7 Vista da montagem com o Chopper do motor Porta Fresa e os modulos
da Semikron. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
3.8 Circuito de leitura da corrente do motor da Mesa. . . . . . . . . . . . 39
3.9 Circuito de leitura da corrente do motor Porta Fresa. . . . . . . . . . 41
3.10 Sensor de leitura da tensao do Barramento cc. . . . . . . . . . . . . . 43
3.11 Estagio final do sensor de tensao do Barramento cc. . . . . . . . . . . 44
3.12 Interface de comandos e controle para as placas da SEMIKRON SHHI23/12
e SKHI10. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
3.13 Modulo do IGBT e sua configuracao aplicado no chopper de Frenagem. 46
3.14 Interface de comandos e controle para o chopper do motor da Mesa. . 47
3.15 Interface do Display e seus comandos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
3.16 Driver de interface dos comandos para as embreagens. . . . . . . . . . 49
3.17 Vista da montagem do circuito de acionamento as embreagens com
MOSFET IRLZ14. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
3.18 Circuito de interface das chaves Fins de Curso e Comandos do Painel
da Fresadora FUW250. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
3.19 Diagrama logico do CI74HC245 e configuracoes. . . . . . . . . . . . . 51
3.20 Painel de comando da Fresadora Universal FUW250. . . . . . . . . . 51
3.21 Fonte de alimentacao chaveada modelo FT 5-15-15/45, saıdas +5V/5A,
+15V/2,3A, -15V/0,5A. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
3.22 Vista externa da Fonte de alimentacao chaveada modelo CH 24-5, saıda
de 24V de 5A. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
4.1 Blocos das malhas de controle dos motores da maquina Fresadora
FUW250. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
4.2 Leitura da Velocidade de Referencia: degrau de 0 para −1000rpm (sen-
tido horario). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
4.3 Leitura da Velocidade de Saıda no Encoder, degrau de partida do motor. 58
4.4 Leitura da Velocidade de Referencia: degrau de −1000rpm pra zero. . 58
4.5 Leitura da Velocidade de Saıda no Encoder, parada do motor. . . . . 59
4.6 Leitura da Velocidade de Referencia: degrau de 0 para 1000rpm. . . . 59
xi
4.7 Leitura da Velocidade de Saıda no Encoder ao ligar o Motor do Porta
Fresa no Sentido Anti-Horario. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
4.8 Leitura da Velocidade de Referencia: degrau de 1000rpm zero. . . . . 60
4.9 Leitura da Velocidade de Saıda no Encoder ao desligar o Motor do
Porta Fresa no Sentido Anti-Horario. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
4.10 Leitura da Corrente de Referencia ao ligar o Motor do Porta Fresa no
Sentido Horario. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
4.11 Leitura da Corrente de Entrada no ADC ao ligar o Motor do Porta
Fresa no Sentido Horario. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
4.12 Leitura da Corrente de Referencia ao desligar o Motor do Porta Fresa
no Sentido Horario. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
4.13 Leitura da Corrente na entrada do ADC ao desligar o Motor do Porta
Fresa no Sentido Horario. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
4.14 Leitura da Corrente de Referencia ao ligar o Motor do Porta Fresa no
Sentido Anti-Horario. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
4.15 Leitura da Corrente do Motor do Porta Fresa ao liga-lo no Sentido
Anti-Horario. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
4.16 Leitura da Corrente de Referencia ao desligar o Motor do Porta Fresa
no Sentido Anti-Horario. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
4.17 Leitura da Corrente no motor ao desligar o Motor do Porta Fresa no
Sentido Anti-Horario. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
4.18 Leitura da Velocidade de Referencia ao ligar o Motor da Mesa no Sen-
tido Horario. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
4.19 Leitura da Velocidade do motor ao ligar o Motor da Mesa no Sentido
Horario. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
4.20 Leitura da Velocidade de Referencia ao desligar o Motor da Mesa no
Sentido Horario. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
4.21 Leitura da Velocidade do motor ao desligar o Motor da Mesa no Sentido
Horario. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
4.22 Leitura da Velocidade de Referencia ao ligar o Motor da Mesa no Sen-
tido Anti-Horario. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
4.23 Leitura da Velocidade do motor ao ligar o Motor da Mesa no Sentido
Anti-Horario. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
4.24 Leitura da Velocidade de Referencia ao desligar o Motor da Mesa no
Sentido Anti-Horario. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
xii
4.25 Leitura da Velocidade do motor ao desligar o Motor da Mesa no Sentido
Anti-Horario. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
4.26 Leitura da Corrente de Referencia ao ligar o Motor da Mesa no Sentido
Horario. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
4.27 Leitura da Corrente do motor ao ligar o Motor da Mesa no Sentido
Horario. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
4.28 Leitura da Corrente de Referencia ao desligar o Motor da Mesa no
Sentido Horario. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
4.29 Leitura da Corrente do motor ao desligar o Motor da Mesa no Sentido
Horario. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
4.30 Leitura da Corrente de Referencia ao ligar o Motor da Mesa no Sentido
Anti-Horario. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
4.31 Leitura da Corrente do motor ao ligar o Motor da Mesa no Sentido
Anti-Horario. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
4.32 Leitura da Corrente de Referencia ao desligar o Motor da Mesa no
Sentido Anti-Horario. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
4.33 Leitura da Corrente do motor ao desligar o Motor da Mesa no Sentido
Anti-Horario. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
A.1 Fluxograma do Programa Desenvolvido em C. . . . . . . . . . . . . . 78
B.1 Esquematico do modulo inversor PCI B2U+B2CI (By SEMIKRON,
2003a). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
C.1 Mapa de Memoria do TMS320F2812 (Texas Instruments, 2003b). . . 82
D.1 Configuracoes no TMS320F2812. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
D.2 Memoria RAM Externa para TMS320F2812. . . . . . . . . . . . . . . 85
D.3 Comandos dos Choopers e Leituras de Correntes e Barramento C.C. . 86
D.4 Drivers de leitura do Painel de Comando e Acionamentos das Em-
breagens. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
D.5 Fonte de alimentacao, Encoders e Display. . . . . . . . . . . . . . . . 88
E.1 Painel de Comandos da Fresadora Universal FUW250. . . . . . . . . 89
E.2 Liga/Desliga o Motor Porta Fresa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90
E.3 Liga/Desliga o Motor Porta Fresa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90
E.4 Sentido de Rotacao do Motor Porta Fresa. . . . . . . . . . . . . . . . 90
E.5 Travamento do eixo do Motor Porta Fresa. . . . . . . . . . . . . . . . 91
xiii
E.6 Liga/Desliga a luminaria da Mesa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
E.7 Liga/Desliga a Bomba de Oleo Refrigerante a peca em usinagem. . . 91
E.8 Avanco Rapido da Mesa ou do Braco. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92
E.9 Modos de Operacao do Motor da Mesa. . . . . . . . . . . . . . . . . . 92
E.10 Comando no Display Digital das Velocidades do Motor da Mesa e do
Motor do Porta Fresa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93
E.11 Vista da Fresadora e seus Acomplamentos Mecanicos nos Tres Eixos. 94
Lista de Sımbolos
FUW250 Modelo da maquina-ferramenta Fresadora Universal;
PWM Pulse Width Modulated ;
DSP Digital Signal Processors;
QEP Quadrature Encoder Pulse;
CAP Capture Units;
GP General Purpose;
EV Event Manager;
ADC Analog to Digital Converter;
A/D Analog/Digital;
I/O Input/Output;
IGBT Insulated Gate Bipolar Transistors;
UPS Fontes Ininterruptas de Energia;
ca Corrente Alternada;
cc Corrente Contınua;
AD Conversao Analogico/Digital;
DA Conversao Digital/Analogico;
PI Controlador Proporcional e Integrador;
CI Circuito Integrado;
xiv
Capıtulo 1
Introducao Geral
“Comece fazendo o que e necessario, depois o que e possıvel, e
de repente voce estara fazendo o impossıvel.”
Sao Francisco de Assis
1.1 Introducao
A maquina proposta nesse trabalho de modernizacao e recuperacao e uma fre-
sadora universal FUW250 fabricada pela RUHLA em 1976 na Alemanha Ocidental.
Em 1969, o primeiro prototipo de uma FUW250 foi exibido em uma feira de molas
em Leipziger. A demanda foi tanta que a fabrica atendeu apenas 50% dos clientes.
Na epoca foi uma das maquinas-ferramentas que revolucionou o processo de usinagem
de pecas gracas a sua robustez e a boa relacao custo-benefıcio.
A modernizacao dessa maquina fresadora veio de um projeto de recuperacao e
modernizacao apos os danos sofridos pelas enchentes do corrego Arruda, ocorridas na
Escola de Engenharia na decada de 80.
Essa maquina teve poucas horas de trabalho com isso a parte mecanica estava
em perfeito estado. Desta forma foi feita apenas uma manutencao e alguns ajustes
mecanicos. Na parte de Acionamento e Controle foi feito um estudo mais elaborado
para evoluir em um novo projeto de modernizacao do Acionamento e do painel de Co-
mando. Houve varios trabalhos anteriores de Iniciacoes Cientıficas na modernizacao
1.1. Introducao 2
da Fresadora mas nunca foram finalizados, talvez pela exigencia de uma dedicacao
exclusiva e dificuldades financeiras para continuacoes das outras etapas.
Hoje este trabalho foi direcionado para o Mestrado justamente por permitir um
tempo de dedicacao maior para o desenvolvimento de estudos e pesquisa, nao pre-
cisando dividir em modulos ou em etapas, sempre buscando a finalizacao do trabalho
com mais objetividade e dinamismo.
No inıcio, o projeto foi elaborado de modo a utilizar o DSP241 da famılia 2000 que
ate recentemente era uns dos mais modernos microcontroladores e microprocessadores
da Texas Instrument dedicados a area de Eletronica de Potencia.
Hoje, a mesma decisao foi tomada em relacao aos DSP´s da famılia 2000 da Texas
Instruments, mas utilizando-se o DSP2812 o que ha de mais moderno dentro dessa
famılia de microprocessadores e microcontroladores, nos tempos atuais. Tambem
foi uma maneira aprimorar os conhecimentos e a evolucao do novo Kit didatico do
DSP2812 que se encontrava no laboratorio.
As maquinas-ferramentas tambem denominadas maquinas operatrizes sao desti-
nadas a realizacao de qualquer trabalho de acabamento mecanico no material,como
por exemplo as prensas, tesouras, martelos, puncoes, tornos, fresadoras, plainas, etc.
Constituem o marco do grau de civilizacao de um paıs. Sem elas, nao seria possıvel
a producao em larga escala dos variados produtos que nosso padrao de vida tem
indicado e aceito para o bem da coletividade. Sao essenciais na confeccao de todos os
produtos para as turbinas gigantes, de instrumentos de aeronautica, etc. O automovel,
o radio a maquina de lavar, os refrigeradores e condicionadores de ar, os instrumentos
cientıficos e uma serie de outras utilidades nao existiriam, hoje, se nao houvesse o
grande progresso da industria de maquinas-ferramentas.
E das maquinas-ferramentas que o engenheiro depende quando projeta um pro-
duto. A capacidade da maquina executar certas operacoes habilita o engenheiro a
adaptar o projeto a essa capacidade e assegurar a rapida e economica producao de
utilidades (Freire, 1976).
O conhecimento das possibilidades de uma maquina e uns dos maiores ativos que
um engenheiro deve possuir em seu cabedal profissional. Ele lhe permitira planejar a
producao, estimar o preco de custo, projetar produtos e equipamentos e planificar as
instalacoes industriais para a producao mais economica.
A maquina de fresar ou fresadora, como geralmente e chamada, e uma maquina
ferramenta de movimento contınuo, destinada a usinagem de materiais, por ferra-
menta de corte chamada fresa.
As fresas sao ferramentas que cortam atraves do fio de seus dentes, quando estao
1.1. Introducao 3
animadas de um movimento de rotacao. Elas sao constituıdas por um corpo de
rotacao na periferia da qual se acham os dentes talhados no proprio material ou
posticos. As fresas de grande diametros podem ter o corpo de aco carbono e os
dentes posticos de aco rapido ou calcados com pastilhas de carboneto. Na figura
1.1 apresenta varios tipos de fresas com os seguintes formatos: cilındricas, conicas,
esfericas ou de combinacoes de formas variadas.
Figura 1.1: Alguns tipos de fresas com modelos mais modernos.
Uma das caracterısticas e vantagens especiais da fresadora em relacao as outras
maquinas ferramentas (ex. torno mecanico) e o fato da ferramenta de trabalho da fre-
sadora ser de fios multiplos e permite a montagem no eixo porta fresas com diferentes
combinacoes, alem de poder realizar uma grande variedade de trabalhos em super-
fıcie situadas em planos paralelos, perpendiculares, ou formando angulos diversos;
construir ranhuras circulares, elıpticas com fresagens em formas esfericas, concavas
e convexas, com rapidez e precisao. A figura 1.2 mostra o emprego das fresas em
variados tipos de trabalhos de fresamento: fazendo rasgo de chaveta meia-cana, em
cauda de andorinha, rasgos em T, abrindo canais, fazendo dentes, sulcos helicoidais,
laminas (Freire, 1986, 1978).
Os eixos porta-Fresas sao acessorios de fresadora utilizados para prender a fresa
e transmitir o movimento que recebem do eixo principal. Esses eixos sao construıdos
de aco-liga, duro(aco cromo-nıquel), tratado termicamente e com acabamento liso e
1.1. Introducao 4
Figura 1.2: Aplicacoes das ferramentas fresas em varios tipos de trabalhos de usinagens.
com alta precisao.
Os porta-fresas sao selecionados segundo o tipo de fresa que se deve montar e o
tipo de trabalho a ser efetuado. Desta forma sao agrupados em tres tipos:
- Eixo, ou mandril, porta-fresas longo
- Eixo, ou mandril, porta-fresas medio
- Eixo, ou mandril, porta-fresas curto
Na figura 1.3 mostra a extremidade de um mandril tendo cone standard e flange
com rasgos para se adaptar as chavetas da arvore e os tipos de mandris.
A fresadora possui as seguintes partes mecanicas: Corpo, Eixo Principal, Mesa,
Carro transversal, Suporte da mesa, Caixa velocidades do eixo principal, Caixa de
velocidades dos avancos.
O corpo e um especie de carcaca de ferro fundido, de base reforcada e geralmente
de forma retangular, por meio da qual a maquina apoia-se ao solo. E a parte que
serve de sustentacao dos demais orgaos da fresadora.
Eixo principal e um dos orgaos essenciais da maquina, uma vez que e o que serve
de suporte a ferramenta e lhe da movimento. Este eixo recebe o movimento atraves
das caixas de embreagens de velocidades.
1.1. Introducao 5
Figura 1.3: Mandris de varios comprimentos.
A mesa e o orgao que serve de sustentacao das pecas que vao ser usinadas, direta-
mente montadas sobre ele, ou atraves de acessorios de fixacao, razao porque a mesa
esta provida de ranhuras destinadas a alojar os parafusos de fixacao.
Carro transversal e uma estrutura de ferro fundido de forma retangular, cuja parte
superior desliza em um plano horizontal. A base inferior esta acoplado ao suporte da
mesa por meio de guias e desliza, por meio de fuso e porca, podendo ser acionada
manualmente, ou automaticamente atraves da caixa de avancos.
O suporte da mesa e a peca que serve de sustentacao da mesa e seus mecanismos
de acionamentos. E uma peca de ferro fundido que desliza verticalmente no corpo da
maquina atraves de guias, por meio de um parafuso telescopio e um porca fixa. O
conjunto pode ser imobilizado atraves de dispositivos de fixacao ou fins de cursos.
Caixa de velocidades do eixo principal consta de um conjunto de engrenagens que
podem ser acopladas por um sistema de embreagens eletromagneticas que permite
fazer a troca de faixas de velocidades. Geralmente encontra-se alojada internamente
na parte superior do corpo da maquina. Possui duas velocidades a alta e a baixa as
quais serao acionadas de acordo com o trabalho a ser executado pelo porta-fresa.
Caixa de velocidades dos avancos e um sistema analogo ao anterior, situado no
interior do corpo da fresadora. Possui um sistema de embreagens para a mudanca
da faixa de velocidade de avanco. Atraves de um eixo extensıvel com articulacao
”cardan” faz-se o acoplamento do mecanismo com o fuso da mesa ou do suporte da
mesa (Leipzig, 1976; Ewing e Dulay, 1947). A figura 1.4 mostra as partes mecanicas
citadas anteriormente com alguns detalhes.
1.1. Introducao 6
Figura 1.4: As partes principais de uma maquina de fresar.
A classificacao das fresadoras vao de acordo com a orientacao do eixo principal
com respeito a superfıcie da mesa, desta forma tem-se as seguintes denominacoes:
Fresadora horizontal se o eixo principal esta orientado paralelamente a superfıcie
da mesa.
Fresadora vertical se o eixo principal esta orientado perpendicularmente a super-
fıcie da mesa.
Fresadora mista quando, auxiliando-se com acessorios ou ferramentas que acoplam
no porta fresa, o eixo principal pode orientar-se nas duas posicoes: vertical ou
horizontal.
Fresadoras Especiais existe uma grande variedade de tipos especiais de fresadoras,
como: fresadoras copiadoras, cortadoras de rodas dentadas, de mesa rotativa,
tipo planetaria, skin-millers, de mesa longa estacionaria, excentricas, de ranhu-
ras.
Fresadora Universal e em princıpio uma fresadora horizontal, porem, alem disso,
esta provida de outros mecanismos e acessorios especiais que lhe permitem am-
1.2. Objetivo 7
pliar consideravelmente suas possibilidades de trabalho. Um deles e o cabecote
universal de dupla articulacao que lhe permite a inclinacao do eixo porta-fresa
ou mandril porta-fresa, formando qualquer angulo com a superfıcie da mesa e
a mesa pode girar em um plano horizontal ate um angulo de 45 em ambos os
sentidos.
A fresadora universal e a maquina mais generalizada nas oficinas mecanicas porque
possui uma serie de acessorios que lhe permitem realizar as mais variadas operacoes
de usinagem. Esses acessorios sao: cabecote universal, eixos porta fresas, cabecote
divisor e contraponta, mesa circular divisora, divisor linear, aparelho contornador,
cabecote especial para fresar cremalheiras e mesa inclinavel. Desta forma, a fre-
sadora universal pode efetuar cortes retos e helicoidais alem de todas as operacoes
comuns de aplainar, produzir sulcos e entalhes. E apropriada para usinar corpos
helicoidais(inclusive filetes, engrenagens e parafusos sem fim) sendo, portanto, geral-
mente, usadas em oficinas de ferramentas.
1.2 Objetivo
O objetivo principal desse trabalho e colocar em operacao a maquina fresadora
universal FUW250, recuperarando todas as funcoes operacionais da maquina, per-
mitindo uma modernizacao do sistema de monitoramento dos sensores, comandos,
controle e do acionamento das maquinas eletricas.
1.3 Motivacao
A motivacao principal e a aplicacao direta da engenharia em um trabalho pratico
e exequıvel, utilizando-se os conceitos e teorias desenvolvidas no curso de Engenha-
ria Eletrica. Alem de aplicar-se estudos mais elaborados atraves da pesquisa dando
um desenvolvimento mais dinamico e avancado no aprimoramento desse trabalho.
Considera-se assim uma lapidacao e uma evolucao do proprio curso de Engenharia
Eletrica atraves de uma Pos-Graduacao mais aplicada.
Outra motivacao e a recuperacao de uma maquina-ferramenta obsoleta em termos
de comandos, controle e acionamento. Utilizando-se o que ha mais de moderno em
tecnologia de microcontroladores e microprocessadores que sao os DSPs.
1.4. Estrutura da dissertacao 8
1.4 Estrutura da dissertacao
Esta dissertacao esta organizada em cinco capıtulos da seguinte forma:
No Capıtulo 1, foi apresentado um historico das maquinas-ferramentas especi-
ficamente da maquina fresadora, alem de salientar os campos de aplicacoes, suas
ferramentas e a diversidade de trabalhos que a fresadora universal pode executar
comparadas com as outras famılias de fresas. Mostrou-se o objetivo principal desse
trabalho, as metas e o que levou a motivacao no desenvolvimento na modernizacao
da fresadora Universal FUW250.
No Capıtulo 2, aborda a estrutura do DSP2812 aplicado na automacao da maquina
fresadora universal. Apresentar as configuracoes das I/Os, barramentos de dados e
enderecos, suas vantagens e desvantagens em relacao aos outros DSPs da famılia.
Mostrar os modulos especıficos das funcoes como: a geracao dos PWMs, os ADCs,
leituras dos Encoders e Registradores.
O Capıtulo 3 apresenta os circuitos eletronicos das interfaces entre o DSP2812 e
a maquina e os circuitos eletricos de maior potencia. As disposicoes das interfaces
com os perifericos da maquina fresadora as quais monitoram as leituras dos ADCs,
Encoder´s e dos sensores mecanicos, comandos das embreagens, frenagem, display e
painel de comandos.
O Capıtulo 4 descreve o controle do sistema, analisando as malhas de controle
de velocidade e de corrente dos motores da Mesa e do Porta Fresa e apresentada os
resultados experimentais.
Finalmente, no Capıtulo 5, as conclusoes finais sao apresentadas. Tambem mostramos
as propostas futuras de pesquisas que poderao aprimorar a aplicacao do DSP com a
maquina Fresadora.
Capıtulo 2
Processador Digital de Sinais
TMS320F2812
2.1 Introducao
Na decada de 80, a Texas Instruments lancou no mercado os primeiros proces-
sadores digitais de sinais(DSPs). Na epoca, os DSP´s revolucionaram o mundo dos
processadores e dominaram o mercado de aplicacoes de processamento em tempo real.
Posteriormente, outros fabricantes lancaram outras versoes de DSPs.
A versatilidade da famılia TMS320TM dos DSPs permite a utilizacao dos mes-
mos em varios aplicacoes de processamentos digitais, com processadores especıficos
para cada tipo de aplicacao. A figura 2.1 mostra a evolucao das famılias dos DSP’s
TMS320TM (Texas Instruments, 2004a).
Existem tres tipos de arquiteturas distintas as quais sao compatıveis com o mesmo
codigo, as plataformas sao classificadas da seguinte forma:
Plataforma TMS320C6000 Esta plataforma possui um alto desempenho com boa
relacao custo benefıcio para aplicacoes industriais e o clock de processamento
chega ate 1GHz. As aplicacoes vao desde audio a processamentos de imagens.
Essa plataforma consiste nos TMS320C67x, TMS320C64x e o TMS 320C62x
onde o primeiro opera em ponto flutuante e os dois ultimos em ponto fixo.
2.1. Introducao 10
Plataforma TMS320C5000 Esta plataforma se caracteriza pelo baixo consumo de
energia que pode ser tao baixo quanto a 0.33mA/MHz. Essa linha e otimizada e
personalizada de acordo com a area de aplicacao. Os TMS320C55x e TMS320C
54x sao aplicados em CDs players, GPS, em equipamentos medicos, telefones
celulares e cameras digitais.
Plataforma TMS320C2000 Esta plataforma e dedicada ao controle digital de plan-
tas industriais e automativas que exigem um controle otimizado e robusto. Esta
plataforma possui uma alta integracao nos circuitos onde o controle de proces-
samento e em um unico bloco alem de ter um conjunto com uma forte ferra-
menta computacional. O TMS320C24x e a geracao de DSPs com princıpios
que levaram o desenvolvimento das outras diversas topologias dessa famılia. O
TMS320C28x e a geracao com alto desempenho e precisao, aplicada em controle
digital com um clock de processamento de ate 150MHz.
Figura 2.1: As Plataformas dos DSPs TMS320TM .
Em seguida vamos apresentar a evolucao dos DSPs da plataforma C2000 e que
foram cogitados na aplicacao da automacao da maquina-ferramenta Fresadora Uni-
versal FUW250.
No inıcio desse projeto optou-se em trabalhar com o TMS320F241 que era o mais
moderno da famılia 2000 e que apresentava as seguintes caracterısticas: Tecnologia
CMOS de alta desempenho, um clock de processamento de 20MHz, 544 Words x
16Bits de memoria RAM de Programa/Dados, 8K Words x 16Bits de memoria Flash
EEPROM, oito canais de PWM, tres unidades de capture(enconder), oito canais
analogicos multiplexados com ADC de 10 bits, tres unidades de geracao de tempo
2.1. Introducao 11
morto para PWM, dois timers de 16-Bits para o PWM, vinte e seis ports I/Os ou ports
programaveis, mas nao possui interface para expansao de memoria externa. A progra-
macao e feita em Assembler utilizando-se o Compilador da Texas Instruments ANSI
C/Assembler/Linker o Compilador da Texas Instruments ANSI C/Assembler/Linker
e o Code Composer Studio Debugger.
O DSP TMS320F2407 substituiu toda a linha do TMS320F24x. Esse contro-
lador possui a seguinte configuracao: Clock de 20-40MHz, 2.5K Words x 16 Bits
memoria RAM Programa/Dados, 32K Words x 16 Bits de memoria Flash EEPROM,
192K Words x 16 Bits de interface para memoria externa, memoria de Boot de 256
Words, dezesseis canais de PWM, possui seis unidades de capture(enconder), dezes-
seis canais de entrada multiplexadores com ADC de 10 bits, tres unidades de geracao
de tempo morto, quatro timers de 16-Bit para o PWM, quarenta ports I/Os ou ports
programaveis, SCI, SPI. A programacao e feita em Assembler utilizando-se o Com-
pilador da Texas Instruments ANSI C/Assembler/Linker e o Code Composer Studio
Debugger.
Hoje, utiliza-se o DSP TMS320F2812, no desenvolvimento do controle da Fre-
sadora, o que ha de mais moderno dentro da familia C2000. A figura 2.2 mostra a
evolucao dos DSPs dentro da famılia C2000 no mercado (Texas Instruments, 2004b).
Figura 2.2: Evolucao dos DSPs TMS320TM .
O TMS320F2812 apresenta as seguintes caracterısticas na sua estrutura: Clock de
150MHz, 18K Words x 32 Bits memoria RAM Programa/Dados, 128K Words x 16
Bits de memoria Flash EEPROM, ate 1M Words x 16 Bits de expansao para memoria
2.2. Panoramica Funcional do TMS320F2812 12
externa, memoria de Boot de 4K x 16, dezesseis canais de PWM, seis unidades de
capture(encoder), dezesseis canais de entrada multiplexados com ADC de 12Bits, tres
unidades de comparacao de geracao de tempo morto, quatro timers de 32-Bit para o
PWM, cinquenta e seis ports I/Os ou ports programaveis, tres interrupcoes externas,
SCI, SPI. A programacao e feita em C/C++ e Assembler utilizando-se o Compilador
da Texas Instruments ANSI C/C++/Assembler/Linker e o Code Composer Studio
Debugger.
Em seguida sera apresentado o estudo aplicado e baseado na topologia do TMS320F
2812 para a aplicar na maquina-ferramenta Fresadora.
2.2 Panoramica Funcional do TMS320F2812
A figura 2.3 mostra o diagrama funcional do DSP TMS320F2812 com os barra-
mentos, timers e interfaces que compoem o DSP (Texas Instruments, 2003b).
Figura 2.3: Diagrama funcional em blocos do TMS320F2812
2.3. CPU C28x 13
Na automatizacao da maquina Fresadora foi utilizado o DSP TMS320F2812 com
176 pinos, encapsulamento PGF LQFP. As pinagens vistas de cima sao mostradas na
figura 2.4 (Texas Instruments, 2003b).
Figura 2.4: Vista de cima do DSP TMS320F2812 com 176 pinos.
2.3 CPU C28x
O C28xTM e o que ha mais de moderno dentro da plataforma TMS320C2000
e compatıvel com a fonte de codigo do DSP 24x/240x. A plataforma C28xTM e
2.4. Barramento das Memorias 14
muito mais eficiente na utilizacao da linguagem C/C++, possibilitando desenvolver
os sistemas de controle em linguagem de alto nıvel.
Foi elaborado o projeto de controle da maquina Fresadora FUW250, utilizando
o DSP TMS320F2812 com encapsulamento PGF. A figura 2.5 mostra as ligacoes do
TMS320F2812 na placa da CPU de controle da Fresadora.
XZCS6AND7
XRD
XWE
+1.8V
BLM2
InductorC12
1uF
C14
0.1uF
C16
0.001uF
C18
10uF
C19
10uF
R39
24.9K
+3.3V
BLM1
Inductor
C11
1uF
C13
0.1uF
C17
0.001uF
C15
0.1uF
+1.8V+3.3V
12
Y1
XTAL
C70
24pF
C71
24pF
1 2
3 4
5 6
7 8
9 10
11 12
13 14
JP7
XDS510
+5V
R37
10K
R38
10K
+3.3V
+3.3V
IMM
IMPF
BCC
BCCEXT
ADCINA0174
ADCINA1173
ADCINA2172
ADCINA3171
ADCINA4170
ADCINA5169
ADCINA6168
ADCINA7167
SCIRXDA157
SCITXDA155
XRS160
VDD3VFL69
PWM745
PWM846
PWM947
PWM1048
PWM1149
PWM1250
PWM192
PWM394
T3CTRIP-PDPINTB79
T1PWM_T1CMP102
T2PWM_T2CMP104
T1CTRIP-PDPINTA110
X2
76
T3PWM_T3CMP53
T4PWM_T4CMP55
C4TRIP61
C5TRIP62
C6TRIP63
MCLKXA28
MFSRA29
SPICLKA34
SPISTEA35
SPISIMOA40
SPISOMIA41
TDIRB71
TCLKINB72
CAP4_QEP357
CAP5_QEP459
CAP6_QEPI260
CAP1_QEP1106
CAP2_QEP2107
CAP3_QEPI1109
XZCS0AND144
AD
CIN
B0
2
AD
CIN
B1
3
AD
CIN
B2
4
AD
CIN
B3
5
AD
CIN
B4
6
AD
CIN
B5
7
AD
CIN
B6
8
AD
CIN
B7
9
MC
LKRA
25
VD
D1
16
2
AD
CREF
M1
0
AD
CREF
P1
1
AVSS
REF
BG
12
AD
CRES
EXT
16
AD
CBG
REF
IN1
64
VD
DA
11
4
AVD
DREF
BG
13
VD
DA
21
66
VD
DA
IO1
VD
DIO
31
VD
DIO
64
VD
DIO
81
VD
DIO
11
4
VD
DIO
14
5
VD
D2
3
VD
D3
7
VD
D5
6
VD
D7
5
VD
D1
00
VD
D1
12
VD
D1
28
VD
D1
43
VD
D1
54
VSS
A1
15
VSS
11
63
VSS
A2
16
5
VSS
AIO
17
6
VSS38
VSS32
VSS19
VSS
15
3
VSS
14
2
VSS
12
9
VSS
12
0
VSS
11
3
VSS
10
5
VSS
99
VSS86
VSS78
VSS70
VSS58
VSS52
XWE84
XRD42
XZCS6AND7133
XD15147
XD14139
XD1397
XD1296
XD1174
XD1073
XD968
XD865
XD754
XD639
XD536
XD433
XD330
XD227
XD124
XD021
XA18158
XA17156
XA16152
XA15148
XA13141
XA11132
XA10130
XA9125
XA8121
XA7118
XA6111
XA5108
XA4103
XA385
XA280
XA143
XA018
TMS
12
6TD
O1
27
TDI
13
1TR
ST1
35
TCK
13
6EM
U0
13
7EM
U1
14
6
XREA
DY
16
1
XIN
T2_A
DC
SOC
15
1X
NM
I_X
INT1
31
50
XIN
T1_X
BIO
14
9X
F_X
PLLD
IS1
40
TEST
SEL
13
4C
3TR
IP1
24
C2
TRIP
12
3C
1TR
IP1
22
XC
LKO
UT
11
9TC
LKIN
A1
17
TDIR
A1
16
T2C
TRIP
_EVA
SOC
11
5PW
M6
10
1PW
M5
98
PWM
49
5PW
M2
93
SCIR
XD
B9
1SC
ITX
DB
90
CA
NRX
A8
9X
ZCS2
88
CA
NTX
A8
7T4
CTR
IP/E
VBSO
C8
3X
HO
LDA
82
TEST
16
7TE
ST2
66
MFS
XA
26
MD
XA
22
MD
RA
20
XPM
/MC
17
XR/W
51
XH
OLD
15
9
AD
CLO
17
5
XA12138
XA14144
X1
/XC
LKIN
77
TMS320F2812
176 Pin PGF LQFP
U9
DSP2812
C1PWM
C2PWM
C3PWM
C4PWM
C5PWM
C2
C1
ERRO
RSO
LIGA
ERR
SERIALRX
SERIALTX
ECAPF
ECBPF
ECOPF
ECAMS
ECBMS
ECOMS
DB7
DB6
DB5
DB4
DB3
DB2
DB1
DB0
E
R/W
RS
ENTER
SELECT
LIGAORA
XRS
+3.3V
XZCS0AND1
EMBRE1
EMBRE2
EMBRE3
EMBRE4
EMBREAGENS
LEITURA DO BARRAMENTO C.C
e CORRENTES NOS MOTORES
RSS232
CONTR. DA FONTE 1.8V e 3.3V
PWM´s e COMANDOS - SEMIKRON
PWM´s e COMANDOS - PLACA DIGITAL - CHOOPER
BARRAMENTOS DE DADOS
PAINEL DIGITAL
COMANDOS DO
ENCODERS MMS e MPF
CONTROLE DO BARRAMENTO
PAINEL
CONTROLE DA
SRAM
BARRAMENTOS DE
DADOS
BARRAMENTO DE
ENDEREÇOS
R36
1K
+3.3V
1 2
JP6
RES
ET
RESET SKHI10FRENAGEM
SKHI23 e SKHI10
ADDR
XA[0..17]
DATA
XD[0..15]
XD0
XD1
XD2
XD3
XD4
XD5
XD6
XD7
XD8
XD9
XD10
XD11
XD12
XD13
XD14
XD15
XA0
XA1
XA2
XA3
XA4
XA5
XA6
XA7
XA8
XA9
XA10
XA11
XA12
XA13
XA14
XA15
XA16
XA17
VDD3VFL
Port1
_I/O
Port2
_I/O
Port3
_I/O
PORT´s I/O´s EXTRAS
Figura 2.5: Disposicoes dos pinos do TMS320F2812 aplicado a Fresadora FUW250.
2.4 Barramento das Memorias
Ha varios tipos de dispositivos no DSP, os barramentos multiplos sao utiliza-
dos para mover dados entre as memorias, os perifericos e a CPU. A arquitetura de
barramento de memoria do C28xTM contem o barramento de leitura de programa,
barramento de leitura de dados e o barramento de escrita de dados.
O barramento de leitura de programa consiste 22 bits de endereco e 32 bits para
dados. Na leitura de dados e de escrita existem 32bits para endereco e 32 bits para
2.5. Barramento dos Perifericos 15
dados para cada tipo de barramento. De forma generalizada, a prioridade de acesso
ao barramento de memoria pode ser organizado da seguinte forma: escrita de dados,
escrita de programas, leitura de dados e a leitura de programas respectivamente.
2.5 Barramento dos Perifericos
No barramento do perifericos duas versoes sao suportadas pelo TMS320F2812. A
primeira versao possui um acesso de 16bits chamado de periferico frame 2 que possui
uma compatibilidade com os perifericos do C240x. A outra versao suporta ambos, 16
bits e 32 bits de acesso e e chamado frame1.
Os perifericos do TMS320F2812 podem ser citados em seguintes pacotes:
- Tres timers de 32 bits para a CPU(TIMER0/1/2);
- Dois modulos de event-manager(EVA, EVB)
- Modulos dos conversores analogico para digital(ADC) de 12 bits;
- Modulo controlador do network (eCAN);
- Modulo de protecao do port serial - multicanais (McBSP);
- Modulos das interfaces de comunicacoes seriais (SCI-A/B);
- Modulo da interface serial de perifericos (SPI);
- Compartilhamento dos pinos em funcoes e I/Os.
2.6 Perifericos para comunicacao serial
O TMS320F2812 possui cinco modulos de perifericos de comunicacao de dados
que sao: eCAN, McBSP, SPI, SCI.
Neste trabalho foi desenvolvido apenas o modulo SCI que e uma interface de
comunicacao serial assıncrona conhecida como UART. Este modulo faz a comunicacao
entre a CPU e qualquer outro periferico assıncrono que utiliza o formato padrao
NRZ(non-return-to-zero). A transmissao e a recepcao dos dados no SCI podem ser
independentes ou simultaneas na estrutura full-duplex.
A figura 2.6 mostra o circuito de comunicacao entre a porta serial RS232 e o
DSP TMS320F2812 utilizando o MAX232. O MAX232 e um dual driver/receive
2.7. Oscilador e PLL 16
EIA-232 que faz a conversao dos nıveis de entrada EIA232 para nıveis compatıveis
TTL/CMOS.
Figura 2.6: Comunicacao SCI utilizando MAX232.
2.7 Oscilador e PLL
O clock no DPS2812 pode ser gerado atraves de um cristal ou de um oscilador.
O PLL e um modulo interligado ao clock que pode estar habilitado, em bypass ou
desabilitado, cada um possuindo uma caracterıstica especıfica na geracao do clock. A
figura 2.7 mostra o bloco do oscilador e do PLL (Texas Instruments, 2002c).
Quando o PLL esta desabilitado, o clock e o proprio XCLKIN gerado pelo cristal.
No PLL em bypass, o clock interno sera CLKIN=OSCCLK/2. Se o PLL e habilitado
o clock sera CLKIN=OSCCLK*n/2 e desta forma o PLL tera um fator multiplicador
que faz com que o CLKIN possa chegar a um valor de ate cinco vezes o valor da
frequencia do cristal (Texas Instruments, 2003b, 2002c).
No nosso projeto utilizou-se um cristal de quartzo de 30MHz. A figura 2.8 mostra
a ligacao do cristal externo com C70 = C71 = 24pF feito na placa mae da Fresadora
FUW250 com o DSP TMS320F2812.
Foi configurado no registrador(PLLCR) para que o clock interno(CLKIN ) seja
cinco vezes a frequencia do cristal, desta forma fez-se CLKIN=(OSCCLK*10)/2
gerando um clock interno de 150MHz.
2.7. Oscilador e PLL 17
Figura 2.7: Bloco do oscilador e PLL.
Figura 2.8: Ligacao externa do cristal de quartzo no DSP TMS320F2812
2.8. Perifericos utilizados no Controle de Motores 18
2.8 Perifericos utilizados no Controle de Motores
O TMS320F2812 possui dois modulos que sao essenciais no controle e comunicacao
do DSP para o acionamento de motores. Esses perifericos sao os modulos dos Events
Managers e os blocos ADCs.
O modulo Event Manager finaliza o timer de operacao, faz as comparacoes com os
timer´s para gerar os PWM´s, faz a capturas de sinais de entradas(CAPs) e possui
os circuitos de quadraturas para os encoder´s(QEPs).
Os Event Managers possibilitam acionar dois motores trifasicos ou tres motores
bifasicos. Na automacao da fresadora FUW250 estao sendo acionados dois motores cc
com timers diferentes utilizando PWMs de tres nıveis. Cada motor tem um encoder
para medicao da leitura de posicao e velocidade. Nesse trabalho esta sendo utilizado
apenas a velocidade como referencia em uma das malhas fechadas. Nao foi utilizada
a leitura de posicao como referencia devido as limitacoes mecanicas apresentadas nos
acoplamentos mecanicos em cada eixo.
O bloco ADC e um conversor de 12 bits com dezesseis canais que contem duas
unidades sample-and-hold para fazer discretizacoes simultanea dos sinais analogicos.
Nesse trabalho estao sendo utilizados os quatros primeiros canais ADCs que fazem a
leitura das correntes e tensoes de cada motor.
2.9 Modulos do Event Manager
Os modulos Event Managers EVA e EVB sao identicos em termos de funciona-
lidade desde os timers ate as unidades dos CAPs a unica diferenca sendo os nomes
de cada unidade e os enderecos dos registradores. O EVA iniciam seus registradores
no endereco 7400h enquanto o EVB iniciam no endereco 7500h. A figura 2.9 repre-
senta as nomeclatura de cada modulo e caracteriza as suas funcionalidades (Texas
Instruments, 2002a).
Neste projeto foi feito um estudo dos port´s de acordo com a descricao apresenta
na figura 2.9. Os sinais de PWMs, encoders foram direcionados para cada motor cc.
Os PWMs 7/8/9/10/11 geram os comandos para as placas da SEMIKRON SKHI−23
e SKHI−10 que geram os comandos para o chopper do motor porta fresa e o chopper
de frenagem dos motores, respectivamente. Os PWMs 1/3 geram os comandos para
o motor da mesa.
2.9. Modulos do Event Manager 19
Figura 2.9: Modulos e nomes dos comandos do EVA e EVB.
No modulo dos encoders foram selecionados os CAPs 4/5/6 para fazer a leitura
dos sinais A/B/O respectivamente do encoder do motor da mesa. De forma analoga
para o motor porta fresa, selecionou-se os CAPs 1/2/3 para fazer a leitura dos sinais
A/B/O respectivamente. A figura 2.10 mostra a distribuicao dessas configuracoes no
TMS320F2812.
A frequencia de amostragem escolhida foi de 1KHz. O motivo para a escolha desta
frequencia de amostragem foi para limitar a frequencia da forma de onda da tensao
sobre a armadura dos motores cc.
Os PWMs que geram as tensoes nos motores sao de tres nıveis originando uma
tensao media sobre as armaduras dos motores cc que tem uma componente de fre-
quencia multipla de duas vezes a frequencia de chaveamento. Esta frequencia provoca
perdas por histerese e correntes parasitas de Foucault na maquina cc, razao pela qual
limitou-se a frequencia de amostragem. Com a utilizacao da frequencia em 1kHz,
possibilitou a elaboracao do programa de controle em linguagem C com os calculos
em ponto flutuante. O perıodo de amostragem de 1ms para execucao de todo o al-
goritmo e leituras, e um tempo suficiente, nao necessitando desta forma a otimizacao
dos calculos atraves das bases Qn, aplicando as ferramentas IQmath. As bases Qn
sao as bases que fazem operacoes em ponto fixo onde o parametro n varia de 1 a
30, escolhendo-se assim a base a ser trabalhada. Desta forma utiliza-se a ferramenta
IQmath na otimizacao dos calculos em ponto fixo.
2.9. Modulos do Event Manager 20
A atualizacao das leituras dos ADCs, encoders, chaves fim de curso, painel digital,
outros ports I/Os, PWM e algoritmo de controle da velocidade dos motores e da
corrente nos mesmos e feita na interrupcao gerada pela CPU a cada 1kHz (Texas
Instruments, 2002a,b).
As configuracoes de todos os registradores do DSP TMS320F2812, desde os pacotes
dos Events Managers, ADCs ate os ports I/Os, foram feitas na estrutura principal do
algoritmo no main(). O apendice A mostra o fluxograma do algoritmo desenvolvido
na Linguagem C.
Figura 2.10: Distribuicao das configuracoes dos EVA, EVB e dos sinais dos encoders noTMS320F2812.
2.9. Modulos do Event Manager 21
2.9.1 General-Purpose(GP) dos Timers
Para cada Event Manager existem dois timers GPs. Desta forma o timer GP x
onde x = 1 ou x = 2 para o EVA e para o EVB sao representados por x = 3 ou x = 4.
Os timers GPs possuem os seguintes pacotes:
- O contador de timer de 16 bits(TxCNT ) possui os seguintes modos de opera-
cao: modo Stop/Hold, modo contagem-Up contınuo, modo contagem-Up/Down
Direcional, modo contagem-Up/Down contınuo;
- O comparador de timer de 16 bits, registrador(TxCMPR) podendo fazer leitura
ou escrita;
- O perıodo de timer de 16 bits, registrador(TxPR) faz-se leitura ou escrita;
- O controle de timer de 16 bits, registrador(TxCON ) de leitura ou escrita.
Os timers GPs podem ser manipulados de formas independentes ou sincronizados
entre si. O registrador comparador associado a cada timer(x) GP pode ser utilizados
para gerar os PWMs, funcoes de comparacoes, trabalhar com as unidades de capitura
e operacoes de pulso de quadratura (encoders).
A programacao do prescaler pode ser feita em funcao do clock externo ou interno.
A logica de controle e de interrupcao possui quatro tipos de mascaras: underflow,
overflow, comparador de timer e interrupcao por perıodo.
Foram feitas as seguintes configuracoes no timer GPs no Event Maneger: Na
estrutura do EVA, escolheu-se o controle de timer T1CON para gerar os PWM1/2 e
iniciar os ADCs. O controle de timer T2CON para gerar a base de tempo para os
pulsos de quadratura do encoder do motor da mesa.
Na estrutura do EVB de forma analoga ao EVA, o controle de timer T3CON para
gerar os comandos de PWM7/8/9/10 e o T4CON gerando a base de tempo para os
pulsos de quadratura do encoder do motor porta fresa.
A frequencia do sistema(SY STEM−FREQUENCY ) e 150MHz e a frequencia
de amostragem(SAM−PFREQUENCY ) e de 1kHz, com isso o perıodo de timer
T1PR e T3PR foram calculados atraves das equacoes(2.1) e (2.2).
freq−prescaler =SY STEM−FREQUENCY
2(2.1)
T1PR =freq−prescaler
2.SAM−PFREQUENCY(2.2)
2.9. Modulos do Event Manager 22
Fez-se T1PR = T3PR, obtendo-se desta forma o valor de 37500.
2.9.2 Geracao dos pulsos PWM
Cada timer GP pode ser utilizado para gerar as saıdas PWMs de forma indepen-
dentes. Para ajustar os timers para operar em PWMs configura-se os registradores
TxPR, TxCON , TxCMPR de acordo com o pacote de PWM a ser implementado.
No desenvolvimento do trabalho de automatizacao da Fresadora Universal FUW
250, optou-se pelo modo contagem-Up/Down contınua como contador de timer para
implementar os PWMs de tres nıveis. A figura 2.11 mostra um esboco de PWM
simetrico de tres nıveis que e utilizado para gerar os pulsos C1 e C2, nao comple-
mentares, para o chopper do Motor da Mesa (Texas Instruments, 2002a). A propria
placa do chopper possui um modulo digital que faz os complementares C1 e C2 e
gera o tempo morto (deadtime) entre os pulsos, com isso esses parametros foram
desabilitados no DSP.
As expressoes (2.3) e (2.4) representam os valores de CMPR1 e CMPR2 que
geram os pulsos do PWM. O valor de valoru, nas equacoes (2.5) e (2.6), provem da
malha de controle da corrente e e o valor normalizado da tensao a ser aplicada na
maquina.
CMPR1 = T1PR − τ1.T1PR (2.3)
CMPR2 = T1PR − τ2.T1PR (2.4)
Figura 2.11: Modelo de geracao de um PWM simetrico.
2.9. Modulos do Event Manager 23
As expressoes (2.5) e (2.6) representam os τ ′
s normalizados, seus valores variam de
-1 a 1.
τ1 = 0, 5 − 0, 5.valoru (2.5)
τ2 = 0, 5 + 0, 5.valoru (2.6)
Para o PWM simetrico, a frequencia de amostragem e igual a frequencia de chavea-
mento. A rotina de interrupcao e executada a cada 1ms. Configurou-se o registrador
controle de timer T1CON para iniciar a contagem em zero a cada chamada de in-
terrupcao do programa principal. Desta forma o T1CON iniciara com o modo up-
continuous ate chegar no valor de T1PR = 37500 e em seguida o contador passa ao
modo down-continuous.
Em todo instante no modo contagem-Up/Down continua, os valores dos compara-
dores de timers CMPR1 e CMPR2 serao comparados com o registrador de controle
de timer T1CON , quando estas forem iguais, sao gerados os pulsos, ativo em alto, C1
ou C2.
De forma analoga foi desenvolvido o PWM de tres nıveis para o chopper do mo-
tor Porta Fresa, utilizando os seguintes registradores: T3CON , T3PR, CMPR4 e
CMPR5. O registrador controle de timer T3CON foi configurado com os mesmos
paramentos do T1CON . Os modulos do EVA e EVB atuaram de forma independentes
mas estao todos inicializados com a mesma interrupcao do programa principal.
Nas placas da SEMIKRON SKHI−23 precisa-se entrar com os pulsos comple-
mentares C8 e C10 que serao gerados pelo proprio DSP juntamente com os pulsos
C7 e C9 respectivamente atraves das saıdas PWM7/8 e PWM 9/10. O tempo morto
(deadtime) e desabilitado no DSP ao gerar o PWM, a propria placa da SEMIKRON
gera esse tempo ao manipular os pulsos de PWM.
2.9.3 Circuito de Quadratura dos pulsos para os Encoders
Cada modulo do Event Manager possui um circuito de pulsos de quadratura para
o encoder(QEP). O circuito do QEP faz a codificacao e contagem dos sinais gerados
pelos encoders. Esse circuito e uma interface que e ligada diretamente ao encoder
podendo codificar a posicao e a velocidade do motor. O pinos de entrada CAP1/QEP1
e CAP2/QEP2 fazem parte do modulo EVA e os pinos CAP4/QEP3 e CAP5/QEP4
do modulo EVB.
A figura 2.12 mostra um diagrama em bloco de um circuito QEP de um modulo
EVA que em termos funcionais e identico ao modulo EVB (Texas Instruments, 2002a).
2.9. Modulos do Event Manager 24
Esse circuito apresenta duas entradas para QEP compartilhadas com as unidades de
capture(CAP) as quais sao configuradas atraves do registrador CAPCONx do Event
Manager.
A base de tempo para o circuito QEP e o timer2 do GP no modulo EVA que e o
T2CON e para o modulo EVB e o timer4 do GP que e o T4CON . O registrador con-
trolador de timer(T2CON ou T4CON) sera configurado no modo contagem-Up/Down
Direcional. Neste modo de operacao se o motor girar no sentido horario, o contador
funcionara no modo Up, caso contrario ele assume a contagem em modo Down.
O proprio circuito do QEP gera o clock fonte a partir das leituras feitas das
entradas CAPs as quais captam os sinais(A,B,O) do encoder. Os sinais(A,B) estao
em quadratura, defasados de 90. O clock fonte do circuito do QEP sera quatro vezes
o numero de pulsos por rotacao do encoder, o proprio modulo do circuito do QEP faz
esse condicionamento.
Figura 2.12: Diagrama em blocos do circuito QEP do modulo EVA.
Os enconders utilizados nos motores da maquina Fresadora Universal FUW250
possuem a mesma caracterısticas, ou seja sao de 1024 pulsos rotacao e desta forma o
clock fonte do circuito QEP sera de 4096 pulsos. O registrador de perıodo de timer
T2PR sera igual 4095 fazendo com que a base de tempo de T2CON conte ate esse
valor. A cada contagem desse perıodo de tempo 4095 significa que o motor deu uma
volta.
Este trabalho especificamente nao tera a malha de posicao dos eixos X, Y e Z
devido as limitacoes mecanicas e o tipo de acoplamento entre eles. Nao existe uma
interdependencia entre os eixos ou melhor existe apenas um motor cc para operar nos
2.9. Modulos do Event Manager 25
tres eixos, diferenciando-os apenas pelo acoplamento mecanico. O ideal seria ter um
motor para cada eixo, para trabalhar com a malha de posicao.
Foi desenvolvido um algoritmo para ler as velocidades dos motores da Mesa e do
Porta Fresa. Com base na figura 2.13 sera feita uma analise didatica fundamentada
na base de tempo de T2CON do modulo EVA, utilizando o modo contagem-Up para
fazer os calculos da velocidade em rpm (Texas Instruments, 2001).
O registrador de perıodo do timer T2CNT faz a leitura instantanea na base de
tempo que e gerado pelo bloco do QEP. Atraves da expressao (2.7), calcula-se o valor
de delta(∆), atraves das leituras feita pelo registrador T2CNT , do valor atual e do
valor anterior. O perıodo T esta vinculado a frequencia de amostragem da interrupcao
do programa principal, entao a cada 1ms e feita a atualizacao destas leituras.
Figura 2.13: Calculo da velocidade.
∆ = T2CNT−atual − T2CNT−anterior (2.7)
Em seguida calcula-se a velocidade em rps atraves da equacao (2.8).
V eloc−rps =∆.SAM−PFREQUENCY
4096(2.8)
A figura 2.14 representa o circuito de interface entre os sinais do encoder, disponıveis
nos conectores DB25 e o DSP. Foram utilizados buffers para isolar os pinos do DSP
dos pinos do conector DB25.
2.10. Modulo do Conversor Analogico/Digital 26
2.10 Modulo do Conversor Analogico/Digital
O modulo ADC possui 16 canais composto por dois sequenciadores independentes,
cada qual com oito canais. Cada pacote esta interligado a cada Event Manager,
EVA ou EVB, mas todos atraves do mesmo modulo conversor ADC. A figura 2.15
mostra um diagrama em blocos do modulo ADC aplicado no TMS320F2812 (Texas
Instruments, 2002b).
Os dois modulos de 8 canais podem funcionar de dois modos distintos. No primeiro
deles denominados cascata, os 16 canais sao convertidos sequencialmente. No segundo
modo denominado auto-sequenciador serial, para cada modulo de 8 canais pode-se
configurar a sequencia de conversao. Uma vez completada a conversao, cada sequen-
ciador envia o valor do canal selecionado ao respectivo registrador RESULTx.
Figura 2.14: Conexao via DB25 dos enconders do motor da Mesa e do Motor Porta Fresa.
O modulo ADC de 12bits possui tempo de conversao de 200ns e as entradas ana-
logicas sao de 0V a 3V . Na figura 2.5 foram apresentados os quatro ports ADCINA0,
ADCINA1, ADCINA2 e ADCINA3, operando no modo auto-sequenciador serial, lig-
ados as leituras de corrente e tensao.
A expressao(2.9) envia o valor digitalizado da tensao de entrada para cada um dos
dezesseis canais de entrada analogica.
V alor−Digital = 4095.(Sinal−Analgico − ADCLO
3) (2.9)
2.11. GPIO MUX 27
No capıtulo 3, sera mostrado o redimensionamento da expressao (2.9) para cada
circuito driver de leitura a cada ports ADC utilizado no monitoramento das correntes
e da tensao.
2.11 GPIO MUX
Os registradores GPxMUX sao utilizados para selecionar o modo de operacao de
determinados pinos do DSP. Quando este registrador for programado em nıvel logico
baixo, o pino opera como I/O. Caso contrario, o pino adotara a funcao especificada
pelo fabricante (Texas Instruments, 2002c).
Figura 2.15: Diagrama em blocos do modulo ADC aplicado no TMS320F2812.
Como mostrado na figura 2.5, foram configurados vinte e cinco ports como I/Os
os quais serao entradas ou saıdas para o teclado, chaves fins de curso, comando via
painel, monitoramentos de Resets e rearme das placas dos choppers em caso de falhas
e comandos para as embreagens.
2.12. Especificacoes eletricas 28
Uma vez que um determinado pino foi configurado como I/O, ele deve ser dire-
cionado como entrada(input) ou como saıda(output). Quando o registrador GPxDIR
e setado em nıvel logico baixo esse pino funcionara como entrada, caso contrario ele
sera configurado como saıda.
2.12 Especificacoes eletricas
As condicoes dos nıveis de tensao tanto de alimentacao quanto dos nıveis logicos
dos ports do DSP TMS320F2812 estao representadas na figura 2.16 (Texas Instru-
ments, 2003b). Nela pode-se verificar as tensoes de alimentacao da CPU, os valores
dos nıveis logicos dos pinos de I/Os e os nıveis de tensao de alimentacao do conversor
A/D e da programacao da memoria Flash.
Figura 2.16: Especificacoes eletricas aplicaveis ao TMS320F2812.
Utilizou-se o TPS767D301 da Texas Instruments,um duplo regulador de tensao,
para regular os valores de 3,3V e 1,8V a partir de uma alimentacao externa de +5V.
A figura 2.17 mostra o esquematico do circuito de alimentacao de 3,3V e 1,8V de-
senvolvido para alimentar o DSP TMS320F2812 e seus perifericos (Spectrum Digital
Inc., 2002).
O funcionamento desse circuito apresentado na figura 2.17 possui as seguintes
etapas:
2.12. Especificacoes eletricas 29
- O sinal de 3,3V alimenta primeiramente os pinos (VDDIO, VDD3V FL, VDDA1,
VDDA2, VDDAIO, AVDDREFBG).
- Durante a fase de crescimento da saıda de 3,3V, quando a mesma for maior que
2,5V, o TPS comeca a liberar a tensao de saıda de 1, 8V .
- Depois que o tensao de 3, 3V estabilizar, a tensao de 1, 8V tera que estabilizar
em um tempo menor que 10ms. Essa temporizacao na partida das fontes e feita
atraves do conjunto capacitor Cx e o MOSFET BSS138.
- Durante a sequencia de inicializacao das alimentacoes 3, 3V e 1, 8V , o TPS767
D301, gera o sinal RESET em nıvel logico baixo para XRS, o qual permanece
baixo no mınimo 1ms apos a estabilizacao das fontes e clocks, voltando para o
nıvel logico alto em seguida.
Figura 2.17: Fonte de alimentacao 1,8V e 3,3V com regulador TPS767D301 aplicado aoTMS320F2812.
2.13. Conclusoes do capıtulo 30
2.13 Conclusoes do capıtulo
Nesse capıtulo foram esplanadas todas as configuracoes feitas no DSP TMS320F
2812 para a implementacao do controle da maquina Fresadora Universal FUW250.
Mostramos as arquiteturas funcionais dos modulos aplicaveis ao DSP os quais
foram configurados especificamente para cada funcao a ser executadas pela Fresadora
Universal.
No capıtulo 3 sera apresentado os circuitos eletronicos das interfaces entre o
DSP2812 e a maquina e os circuitos eletricos de maior potencia.
Capıtulo 3
Projeto das Interfaces dos
Circuitos dedicados a Fresadora
Universal FUW250 e a Eletronica
de Potencia
3.1 Introducao
Neste capıtulo sera apresentado toda parte que envolve a eletronica de Potencia
e as interfaces com o DSP2812 e a maquina. As disposicoes das interfaces com os
perifericos da maquina Fresadora Universal FUW250, os quais monitoram as leituras
dos ADCs, chaves fins-de-curso, comandos das embreagens, leituras das correntes,
velocidades e barramento cc, display e do painel de comandos serao apresentados.
A figura 3.1 mostra os modulos de Potencia, que sao representados por uma ponte
retificadora Trifasica e os conversores cc-cc ou Choppers.
A ponte retificadora Trifasica e um modulo da SEMIKRON SKD 62/08 capaz de
suportar uma tensao maxima de 800V e uma corrente media de 60A. O barramento
Vdc, necessario aos Choppers, e a alimentacao das bobinas de campo SHUNT e de
340V . O motor da Mesa possui, alem do campo shunt, um enrolamento de campo
em serie. A fim de manter o fluxo do campo gerado pelo enrolamento serie na pola-
ridade correta, o mesmo foi montado associado a uma ponte retificadora monofasica
SKB14/08. Assim, o sentido da corrente no enrolamento serie sera independente do
sentido de rotacao do motor.
3.1. Introducao 32
CampoSérie
Enrolamentode Compensação
Ponte RetificadoraSKB14/08
MOTOR DAMESA
Enrolamentode Compensação
MOTORPORTA FRESA
MóduloSKM50GB123D
MóduloSKM50GB123D
ABC
FASES
PONTE RETIFICADORA TRIFÁSICASKD62/08 - 99470
CHOPPER DEFRENAGEM
SKM50GAL123D
CAMPOSSHUNT´s
CHOOPER DO MOTOR PORTA FRESA
CHOPPER DO MOTOR DA MESA
Dz1
Dz3R1
Dz2
Dz4R2
R3
R4
Dz5
Dz7
Dz6
Dz8
Dz9
Dz10R5
RL
Dz1Dz3
4000uF300Vdc
47K2W
4000uF300Vdc
47K2W
MóduloSk45 GH063
Dz4Dz2
Figura 3.1: Modulos da fonte de alimentacao e choppers.
A figura 3.1 tambem representa os choppers de quatro quadrantes que alimentam
os motores cc. No chopper do motor da Mesa utiliza-se um modulo SK45GH063 da
Semikron e no chopper do motor Porta Fresa sao dois modulos SKM50GB123D da
Semikron. O chopper de Frenagem utiliza um modulo SKM50GAL123D da Semikron.
Nos topicos seguintes serao feitos estudos e analises de cada circuito aplicado a
Eletronica de Potencia, drivers e interfaces direcionados a maquina Fresadora Uni-
versal FUW250 em conjunto com o DSP TMS320F2812.
3.2. Circuitos choppers aplicados no acionamento dos Motores cc 33
3.2 Circuitos choppers aplicados no acionamento
dos Motores cc
A aplicacao dos choppers nesse trabalho envolve o controle de tracao de dois
motores cc atraves da conversao de uma fonte de tensao cc fixa em uma fonte de tensao
cc variavel, podendo operar como abaixador de tensao ou elevador de tensao. Aplica-
se uma modulacao em largura de pulsos (PWM), a uma frequencia de chaveamento
fixa, sendo o dispositivo de chaveamento um IGBT, para regular essa tensao cc na
saıda. Lembrando-se que a frequencia de chaveamento e de 1kHz onde aplica-se um
PWM simetrico de tres nıveis.
Dependendo dos fluxos da corrente e tensao, os choppers podem ser classificados
em cinco tipos: chopper classe A, chopper classe B, chopper classe C, chopper classe
D e chopper classe E (Rashid, 1993).
Nesse trabalho especificamente utilizou-se o chopper operando na classe E, no qual
a corrente e a tensao da carga sao tanto positivas quanto negativas. O chopper opera
nos quatro quadrantes, podendo, assim, o motor cc girar no sentido horario ou no
anti-horario.
3.2.1 Chopper do Motor da Mesa
No desenvolvimento do projeto do chopper do Motor Mesa utiliza-se um modulo de
IGBTs SK45 GH 063, fabricado pela SEMIKRON, com as seguintes caracterısticas:
Vce = 600V , Ic = 45A. A figura 3.2 mostra o modulo com os IGBTs e sua configuracao
(By SEMIKRON, 2003b).
Figura 3.2: Modulo do IGBT SK45 GH 063 e suas configuracoes.
3.2. Circuitos choppers aplicados no acionamento dos Motores cc 34
Esse modulo de IGBTs e controlado por dois semidrivers SKHI 20opA da Semi-
kron. Na figura 3.3 apresenta um diagrama em blocos desse semidriver SKHI 20opA
(By SEMIKRON, 2004c).
Figura 3.3: Diagrama em blocos do Semidriver SKHI 20opA da Semikron.
As caracterısticas do motor da mesa:
- Tipo: cc com enrolamentos de campo em derivacao e serie;
- Tensao na armadura(Va): 270V;
- Corrente de armadura(Ia): 2,6A;
- Potencia: 530W;
- Velocidade Nominal: 3000rpm;
- Tensao de Campo: 330V;
O semidriver SKHI 20opA comanda dois transistores IGBTs. Os sinais de co-
mando sao configurados em nıveis logicos CMOS. Esse driver permite ajustar o tempo
morto entre os comandos dos transistores e incorpora um circuito de protecao de curto-
circuito, monitorando a tensao nos terminais do transistor. O driver SKHI 20opA
monitora a tensao Vce nos terminais de cada transistor e quando ocorre um curto-
circuito ele os desligam. Em condicoes normais os transistores sao bloqueados no
3.2. Circuitos choppers aplicados no acionamento dos Motores cc 35
sentido de reduzir os tempos de chaveamento e consequentemente as perdas de blo-
queio. No entanto, na ocorrencia de um curto-circuito, este bloqueio dos transistores
provoca uma sobretensao nas indutancias de fiacao do barramento cc que podem des-
truir os transistores. Assim, na ocorrencia de um curto-circuito, o driver bloqueia
”suavemente”os transistores, limitando a derivada da corrente de curto-circuito e con-
sequentemente a sobretensao no barramento cc.
Quando o driver detecta um curto-circuito ou uma sub-tensao da tensao que o
alimenta, ele gera um sinal de erro para o DSP. Este sinal de erro e do tipo ”open
colector”, permitindo que se possa supervisionar o driver SKHI 20opA. Este sinal de
erro pode ser desabilitado se o comando do transistor for nıvel logico zero. Neste caso,
o sinal de erro e monitorado pelo TMS320F2812 e quando ativando(nıvel logico zero),
o DSP desliga os comandos dos transistores. O DSP envia um comando de Reset,
em nıvel logico baixo, no sentido de liberar a conducao dos transistores. Se o defeito
ainda estiver presente a protecao volta a atuar. O numero de tentativas de rearme
atraves do comando Reset foi programado no maximo 5 vezes apos o qual a CPU
inibe o funcionamento dos comandos dos transistores ate que o circuito seja revisado.
O modulo SK45 GH 063 e os dois semidrivers SKHI 20opA estao contidos num
modulo inversor PCI B2U+B2CI da Semikron o qual foi adaptado para ser um con-
versor cc-cc de quadro quadrantes para alimentar o motor da Mesa. A figura 3.4
mostra uma vista da montagem com os circuitos que compoem o chopper do motor
da Mesa. O Apendice B apresenta o schematic e configuracoes desse modulo inversor
PCI B2U+B2CI aplicado no motor da Mesa.
Figura 3.4: Chopper do motor da Mesa.
3.2. Circuitos choppers aplicados no acionamento dos Motores cc 36
3.2.2 Acionamento do Motor do Porta Fresa
No desenvolvimento do projeto do chopper do Motor Porta Fresa utilizam-se
dois modulos duplos de IGBT SKM50 GB 123D, fabricado pela SEMIKRON, com
as seguintes caracterısticas: Vce = 1200V , Ic = 50A. A figura 3.5 mostra uns dos
modulo do IGBT e sua configuracao (By SEMIKRON, 2004a).
O motor Porta Fresa possui as seguintes especificacoes:
- Tipo: cc com campo shunt excitacao independente;
- Tensao na armadura(Va): 300V;
- Corrente de armadura(Ia): 23A;
- Potencia: 6,1kW
- Velocidade Nominal: 2900rpm;
- Tensao de Campo: 320V;
Cada modulo de IGBT e controlado por um driver SKHI 23/12 da Semikron. A
figura 3.6 apresenta um diagrama dos blocos deste driver (By SEMIKRON, 2004b).
Figura 3.5: Modulo do IGBT SKM50 GB 123D e suas configuracoes.
Este driver pode comandar dois transistores IGBTs. Os sinais de comando podem
ser configurados para serem compatıveis com os nıveis logicos CMOS ou TTL. O driver
permite ainda ajustar o tempo morto entre os comandos dos transistores e incorpora
um circuito de protecao de curto-circuito, monitorando a tensao nos terminais do
transistor.
3.3. Projeto dos sensores de Corrente e Tensao 37
Quando o driver detecta um curto-circuito ou uma sub-tensao da tensao que o
alimenta, ele gera um sinal de erro para o DSP. Este sinal de erro e do tipo ”open
colector”, permitindo que se possa supervisionar simultaneamente varios drivers deste
tipo. Este sinal de erro pode ser desabilitado se os comandos de ambos transistores
forem nıvel logico zero simultaneamente, por um intervalo de tempo superior a 5µs.
Neste caso, o sinal de erro e monitorado pelo TMS320F2812 e quando ativando(nıvel
logico zero), o DSP desliga os comandos dos transistores de modo a rearmar o driver
e permitir que o mesmo volte a funcionar novamente.
Figura 3.6: Diagrama em blocos do Semidriver SKHI23 da SEMIKRON.
Caso o defeito permaneca, o procedimento e repetido por no maximo cinco vezes
apos o qual a CPU inibe o funcionamento dos comandos dos transistores ate que o
circuito seja revisado. A figura 3.7 mostra uma vista da montagem com os circuitos
que compoem o chopper do motor Porta Fresa.
3.3 Projeto dos sensores de Corrente e Tensao
Neste topico sera mostrado o desenvolvimento dos sensores de leitura das correntes
nas armaduras dos motores cc da Mesa e do Porta Fresa.
3.3. Projeto dos sensores de Corrente e Tensao 38
Figura 3.7: Vista da montagem com o Chopper do motor Porta Fresa e os modulos daSemikron.
Na leitura das correntes utilizaram-se o transdutores de corrente baseados no
princıpios do efeito Hall. Estes transdutores garantem isolamento galvanico entre o
primario e o secundario.
O sensor de leitura da tensao ira monitorar o barramento cc que varia de 0 a
400V . Este sensor amostra a tensao atraves de um divisor resistivo diferencial e um
amplificador de instrumentacao de precisao INA 114 com ganho ajustavel atraves de
um resistor externo.
3.3.1 Sensores de leitura das Correntes das Armaduras dos
Motores cc
Como dito anteriormente, foram usados transdutores de efeito Hall para a leitura
da corrente de armadura, com o isolamento galvanico garantindo total separacao entre
os estagios de potencia e a eletronica. O conversor A/D do DSP aceita valores de
tensao entre 0 e 3V. Assim, como a corrente nas armaduras pode ser tanto positiva
quando negativa, dependendo do sentido de rotacao, e necessario um circuito de
conformacao do sinal de saıda dos transdutores de corrente.
Foi selecionado um amplificador operacional capaz de operar com uma tensao de
alimentacao de 3.3V( a mesma que alimenta o DSP) e do tipo ”rail to rail” tanto
na entrada quanto na saıda. Assim, a tensao de saıda deste amplificador operacional
pode excursionar entre praticamente zero volts e tres volts, garantindo que esta tensao
nao ultrapasse os valores maximos permitidos pelo conversor A/D do DSP. A figura
3.3. Projeto dos sensores de Corrente e Tensao 39
3.8 mostra o digrama completo para a aquisicao da corrente na armadura do motor
da Mesa.
Nesse projeto consideramos que a corrente de fundo de escala do motor da Mesa e
de 3,5A. O transdutor utilizado para a medicao dessa corrente foi o LT100-S fabricado
pela LEM, disponıvel no laboratorio. Esse transdutor e capaz de medir correntes de
ate 100A com uma relacao 1:1000 sendo, portanto o produto amperes-espiras deste
transdutor e igual a 100Ae. A fim de garantir a qualidade da medicao do transdutor
em toda a faixa de variacao da corrente de armadura do motor da mesa, o numero
de espiras do enrolamento primario do transdutor acomoda 10 espiras (100/3,5), de
tal modo que ao circular a corrente de 3,5A do motor da mesa, os Amperes-espiras
gerados serao iguais a 35Ae.
Figura 3.8: Circuito de leitura da corrente do motor da Mesa.
Levando em conta de que a excursao da tensao na entrada do A/D do DSP e
de 0 a 3V, e necessario a introducao de um deslocamento da leitura da corrente de
modo que quando a corrente de armadura do motor for nula, a tensao na entrada do
A/D seja de 1,5V. Assim, uma leitura de 3V pelo A/D correspondera a uma corrente
de armadura de +3,5A enquanto que uma leitura de 0V significara uma corrente de
-3,5A.
No circuito 3.8, pode-se verificar que o circuito de conformacao do sinal e com-
posto pela soma de dois sinais. O primeiro sinal e gerado pela passagem da corrente
do enrolamento secundario do transdutor, dada pela equacao (3.1), por um divisor
resistivo formado pelso resistores R3 e R4. O segundo sinal e proveniente de uma
fonte de tensao de -5V e e esta tensao a responsavel pelo deslocamento de 1,5V na
entrada do conversor A/D do DSP.
In
Is
=1000
N(3.1)
3.3. Projeto dos sensores de Corrente e Tensao 40
Escrevendo-se as equacoes do circuito da figura 3.8, obtemos a equacao (3.2).
V0 =5.R7
R5
− R7.Ia (3.2)
O valor da corrente Ia e mostrado na equacao (3.3) e e a corrente logo apos o
divisor resistivo, conforme a figura 3.8.
Ia = (R3
R4 + R3
).Is (3.3)
Reorganizando-se as equacoes (3.2) e (3.3) obtem-se a equacao (3.4).
V0 =5.R7
R5
− (R7.R3
R4 + R3
).Is (3.4)
O primeiro termo da equacao (3.4) e igual a 1,5V de modo que a relacao entre R7
e R5 pode ser obtida facilmente pela equacao (3.5).
R7 = R5.0, 3 (3.5)
Adotamos para R5 um resistor de 10KΩ, obtendo-se assim para R7 um valor de
3, 1KΩ. O segundo termo da equacao (3.4) tem uma amplitude maxima igual a 1,5V,
quando a corrente Is for igual a 3,5A. Para dimensionar R4, escolheu-se o resistor R3
igual a 100Ω, obtendo-se assim para R4 o valor de 9, 7KΩ.
O resistor R6 e introduzido para minimizar o efeito da corrente de polarizacao do
Amplificador Operacional e a equacao (3.6) fornece o valor deste resistor.
R6 = (R3 + R4)//R5//R7 (3.6)
Foram utilizados os resistores de 1% de precisao e os valores utilizados foram:
R3 = 100Ω, R4 = R5 = 10KΩ, R7 = 3, 01KΩ. O resistor R6 utilizado foi de 1.8KΩ
com uma precisao de 10%.
Apos a manipulacao algebrica da equacao (3.4) e considerando a digitalizacao do
sinal feito pelo A/D como mostrado na equacao (2.9), a corrente de armadura do
motor da Mesa e obtida pela expressao (3.7).
Ioutmesa = 5 −10.CorrMMS
4095+ 0, 25 (3.7)
A correcao do offset do A/D e do amplificador operacional foi ajustada em +0,25.
Esse fator foi obtido atraves da leitura da corrente da armadura, com o motor da Mesa
desligado. A leitura foi feita em tempo real, via o Code Composer, buscando-se dessa
3.3. Projeto dos sensores de Corrente e Tensao 41
forma corrigir a leitura de Ioutmesa, que deveria nestas condicoes ser nula. A variavel
CorrMMS e a leitura do conversor A/D fornecida pelo DSP. O Code Composer e um
ambiente de desenvolvimento do DSP onde faz as emulacoes para codigo de maquina.
Esse software faz a comunicacao entre DSP e o computador em tempo real.
De forma analoga foi projetado o sensor de leitura de corrente de armadura do
motor Porta Fresa. A figura 3.9 mostra o circuito eletronico do sensor de corrente.
Figura 3.9: Circuito de leitura da corrente do motor Porta Fresa.
A corrente do motor Porta Fresa e de 23A, e neste projeto adotou-se uma corrente
de fundo de escala de 30A. O transdutor utilizado foi o LT-100S da LEM, com uma
capacidade de corrente de 100A. O numero de espiras do primario escolhido foi de
3 espiras. De modo similar ao do motor da mesa, as equacoes (3.8), (3.9) e (3.10)
apresentam os equacionamentos deste circuito.
R29 = R27.0, 3 (3.8)
V0 =5.R29
R27
− (R29.R25
R25 + R26
).Is (3.9)
R28 = (R25 + R26)//R27//R29 (3.10)
Foram usados os resistores de 1% de precisao e os valores foram: R25 = 100Ω,
R26 = 18KΩ, R27 = 10KΩ, R29 = 3, 01KΩ. O resistor R28 utilizado foi de = 2, 2KΩ
com uma precisao de 10%.
3.3. Projeto dos sensores de Corrente e Tensao 42
Foi feito a manipulacao algebrica da equacao (3.9) e, considerando-se a digitaliza-
cao do sinal feito pelo A/D como mostrado na equacao (2.9), a corrente de armadura
do motor Porta Fresa e obtida pela expressao (3.11).
Ioutfresa = 30 −60.CorrMPF
4095+ 1, 8 (3.11)
A correcao do offset do A/D e do amplificador operacional foi ajustada em +1,8.
Esse fator foi obtido de forma analoga mas com o motor da Porta Fresa desligado. A
leitura foi feita atraves do Code Composer, em tempo real, buscando corrigir a leitura
de Ioutfresa, que deveria nestas condicoes ser nula. A variavel CorrMPF e a leitura do
conversor A/D fornecida pelo DSP.
3.3.2 Sensor de leitura da tensao do Barramento cc
A tensao do barramento cc, considerando-se a elevacao da tensao devido a fre-
nagem dos motores, pode ser tao alta quanto 400V. A solucao empregada foi um
divisor resistivo diferencial com a conformacao de sinal sendo feita por um amplifi-
cador de instrumentacao, o INA114. A figura 3.10 apresenta o diagrama do circuito
eletronico de medicao desta tensao.
A equacao que relaciona a tensao de saıda, Vout, com a tensao de barramento Vdc
e apresentada na equacao (3.12). Foi considerado que R19 e igual a R22 e que R20 e
igual a R20.
Vo =Vdc.R20
R19 + R20
(3.12)
Os resitores foram calculados de modo que a tensao Vout seja de 3V, quando a
tensao no barremento C.C for de 400V.
Assim obtem-se a relacao que permite a escolha dos valores dos resistores R19 e
R20 e que esta apresentada na equacao (3.13).
(R20
R19 + R20
) = (3
400) = 0, 0075 (3.13)
Escolheu-se um valor para R19 de 1MΩ, e atraves da equacao (3.13) o valor de
R20 calculado foi igual a 7, 5KΩ. Todos os resistores utilizados sao de 1% de precisao
e potencia de 1/3W .
3.3. Projeto dos sensores de Corrente e Tensao 43
Figura 3.10: Sensor de leitura da tensao do Barramento cc.
A mesma correcao de leitura no A/D para o barramento cc, manipulou-se algebri-
camente a equacao (3.12) e, considerando-se a digitalizacao do sinal feito pelo A/D
como mostrado na equacao (2.9), a corrente de armadura do motor da Mesa e obtida
pela expressao (3.14).
LeituraV dc =400.BarramentoMotores
4095− 2 (3.14)
A correcao do offset do A/D e do amplificador operacional foi ajustada em −2.
Esse fator foi obtido atraves da leitura de tensao no barramento cc, com tensao
zero. A leitura foi feita em tempo real, via o Code Composer, buscando dessa forma
corrigir a leitura de LeituraV dc, que deveria nestas condicoes ser nula. A variavel
BarramentoMotores e a leitura do conversor A/D fornecida pelo DSP.
A tensao de alimentacao do amplificador de instrumentacao sendo igual a 15V,
a tensao de saıda deste amplificador pode, em caso de defeito, alcancar valores que
danificam o conversor A/D do DSP. A saıda do amplificador de instrumentacao foi
aplicada a um estagio grampeador utilizando diodos Schottky. As especificacoes do
conversor A/D do DSP exigem que a impedancia de saıda do circuito que sera digi-
talizado seja muito baixa. A solucao empregada foi a utilizacao de um amplificador
operacional, ”rail to rail”, alimentado em 3,3V em uma configuracao de amplificador
nao inversor de ganho unitario. O amplificador utilizado foi o OPA2350. O circuito
descrito acima e apresentado na figura 3.11.
3.4. Interfaces para leituras dos Sinais Digitais 44
3.4 Interfaces para leituras dos Sinais Digitais
Neste topico serao abordadas todas as interfaces de entrada ou de saıda do TMS
320F2812. Essas interfaces fazem o elo entre o DSP e os comandos dos transistores
IGBTs, monitoram os sinais de controle das malhas de corrente e de velocidade,
fazem a leitura dos fins de curso, painel de Comando e embreagens dando assim uma
dinamica maior a automacao da maquina Fresadora FUW250.
Figura 3.11: Estagio final do sensor de tensao do Barramento cc.
3.4.1 Interfaces de Comandos PWMs e de Controle
A figura 3.12 mostra as interfaces dos comandos PWMs e os pinos de Controle
que sao aplicados as placas SEMIKRON SKHI23/12 e a SKHI10. Os nıveis logicos
de saıda dos pinos de PWM do DSP sao 0 e 3,3V enquanto que os nıveis logicos
de controle da placas drivers da Semikron(SKHI23/12 e a SKHI10) sao 0 e 10V.
Para adaptar os sinais do DSP aos dos drivers, foi utilizado o circuito integrado 7406
”buffer”com coletor aberto.
Os sinais C1PWM, C2PWM, C3PWM, C4PWM sao os pulsos do PWM de tres
nıveis gerados pelo modulo do TMS320F2812 aplicados as placas SEMIKRON SKHI23
/12 e que controlam a velocidade do motor do Porta Fresa. O comando C5PWM e
um port I/O que esta configurado como saıda e gera um sinal logico para a placa
SEMIKRON SKHI10 ligar ou desligar o chooper de frenagem.
O conector JP1 faz a conexao a primeira placa da SEMIKRON SKHI23/12 que
controla o braco-1 do Chooper do motor do Porta Fresa. O conector JP2 conecta a
segunda placa SEMIKRON SKHI23/12 que faz o controle do braco-2 do Chooper do
motor do Porta Fresa.
3.4. Interfaces para leituras dos Sinais Digitais 45
Figura 3.12: Interface de comandos e controle para as placas da SEMIKRON SHHI23/12 eSKHI10.
O conector JP3 conecta a placa SEMIKRON SKHI10 que recebe o comando do
DSP para ligar ou desligar o chopper de Frenagem. O DSP vai enviar um comando
para acionar o chopper de frenagem sempre que ocorrer uma frenagem em algum dos
motores cc, a tensao nominal do barramento cc e de 310V(220.√
2). No momento da
frenagem esta tensao pode aumentar significamente a ponto de danificar os conver-
sores choppers. A frenagem dos motores ocorre sempre que se desejar parar o motor,
inverter o sentido de rotacao ou reduzir a velocidade. Sempre que ocorrer uma fre-
nagem de algum motor cc, existe um aumento da tensao no barramento cc em relacao
ao valor nominal, neste instante, o motor cc opera como gerador fazendo com que a
tensao do barramento cc se eleve acima do valor nominal. Esta energia excedente,
proveniente da energia cinetica dos motores, tem que ser dissipada atraves do chopper
de frenagem, em uma carga resistiva. A placa SKHI10 recebe o comando do DSP e
aciona o modulo SKM50GAL123D. A figura 3.13 mostra o modulo do IGBT utilizado
no chopper de Frenagem.
Os sinais ERRO e RESET sao ports I/Os que estao configurado como entrada
e saıda respectivamente. O sinal de ERRO e monitorado pelo DSP e indica se ha
alguma falha eletrica.
3.4. Interfaces para leituras dos Sinais Digitais 46
Figura 3.13: Modulo do IGBT e sua configuracao aplicado no chopper de Frenagem.
Esse sinal e ativado pelas placas da SEMIKRON e e ativo em nıvel logico baixo. O
DSP zera as saıdas do PWM por um tempo = 5µs para que os circuitos SKHI23/12
tentem rearmar. De forma analoga, para o circuito SKHI10, porem, neste caso, sao
os sinais de C5PWM e RESET que vao a nıvel logico baixo por um tempo = 5µs.
O numero de vezes de tentativas de rearme e configurado via software. Caso
o sistema nao reabilite depois do numero de tentativas, o sistema fica travado sem
gerar os pulsos de PWM ou qualquer outro comando ate que faca uma manutencao
corretiva.
A figura 3.14 mostra a interface de PWM e comandos de controle aplicados ao
chopper do motor da Mesa. Os sinais C1 e C2, provenientes do DSP, sao o sinais
de comando de cada um dos bracos do chopper da Mesa. Os complementares destes
sinais sao gerados por um circuito integrado inversor SN7406 e o tempo morto e
ajustado nos dois semidrives SKHI 20opA da Semikron.
As linhas RSO (Reset) e ERR (Erro) do chopper da motor da Mesa, sao ports
I/Os que estao configuradas como entrada e saıda respectivamente. As funcoes de
ambas e analoga ao apresentado para as placas da SEMIKRON do chopper do motor
do Porta Fresa. O sinal ERR fica em nıvel logico alto, em caso de falha do chopper
do motor da Mesa, ERR vai para nıvel logico baixo fazendo com que o DSP iniba o
funcionamento do chopper.
O sinal RSO tem a funcao de liberar o funcionamento do chopper da Mesa e e ativo
em nıvel logico baixo. O numero de tentativas e controlado pelo DSP via software,
caso o sistema nao rearme depois do numero de tentativas programado, o sistema fica
travado sem gerar os pulsos de PWM ou qualquer outro comando ate que se faca uma
manutencao corretiva na placa do chopper do motor da Mesa.
3.4. Interfaces para leituras dos Sinais Digitais 47
Figura 3.14: Interface de comandos e controle para o chopper do motor da Mesa.
3.4.2 Interfaces para o Display, Comandos das Embreagens
Configurou-se ports I/Os especificamente para a interface do Display e seus co-
mandos. Foi utilizado o modulo LCD TM204ABC6 que possui um matriz com 20
caracteres por 4 linhas, 8 bits em paralelo. A figura 3.15 mostra o circuito aplicado
na interface do display e comandos.
O barramento de dados DB0 a DB7 e os sinais E, R/W e RS foram configurados
nos ports I/Os como entradas ou saıdas e sao monitorados diretamente pelo DSP.
Os comandos do Display sao os sinais ENTER e SELECT e utilizou-se buffers e um
filtros antes de aplica-lo ao DSP. Esses comandos fazem a confirmacao de dados do
display e a selecao dos dados a serem escritos no Display, respectivamente.
A velocidade do motor da Mesa esta pre-programado em um vetor. O comando
SELECT permite a varredura deste vetor ate que o display exiba o valor desejado.
Neste momento, o operador confirma a escolha da velocidade atraves do comando
ENTER. O DSP memoriza, portanto, a velocidade selecionada. Uma vez feito isto,
de modo analogo, passa-se para o campo de definicao da velocidade do motor do
Porta Fresa.
3.4. Interfaces para leituras dos Sinais Digitais 48
Figura 3.15: Interface do Display e seus comandos.
Os valores das velocidades confirmadas via Display sao as velocidade de referencia
aplicadas a cada malha de velocidade, seja para o motor da Mesa ou para o motor
do Porta Fresa. A figura 3.16 mostra o driver de interface dos comandos para as
embreagens de alta e baixa para os motores da Mesa e do Porta Fresa.
Esse driver ira dar o comando ao circuito de acionamento as embreagens de acordo
com a faixa de velocidade confirmada via Display. Para ambos os motores da Mesa
e o Porta Fresa existem duas embreagens por motor, podendo acionar a rotacao
de alta ou de baixa velocidades. As embreagens de alta e baixa velocidades fazem
um acoplamento mecanico sendo uma reducao de 14 vezes na baixa velocidade e
acoplamento direto na alta velocidade praticamente mantem a relacao 1:1.
3.4. Interfaces para leituras dos Sinais Digitais 49
Figura 3.16: Driver de interface dos comandos para as embreagens.
As embreagens sao acionadas com uma tensao de 24Vcc em seus terminais que sao
aplicados por um circuito de acionamento via transistor MOSFET IRLZ14, fabricada
pela International Rectifier. A tensao de comando VGS deste MOSFET e de 5V
aplicados pelo driver apresentado na figura 3.16. A figura 3.17 mostra a vista da
montagem do circuito de acionamento das embreagens utilizando o MOSFET IRLZ14.
Figura 3.17: Vista da montagem do circuito de acionamento as embreagens com MOSFETIRLZ14.
3.4.3 Interfaces das Chaves Fins de Curso e Comando do
Painel
Os sensores eletromecanicos dos fins de curso e os Comandos do Painel do Ope-
rador sao monitorados via conector JP8 e JP12 e apenas uma chave liga/desliga.
3.4. Interfaces para leituras dos Sinais Digitais 50
Quando o chave esta aberta o nıvel logico e zero e a chave fechada, nıvel logico
alto(3.3V ). A figura 3.18 mostra o circuito que faz a interface entre essas chaves e o
DSP.
Figura 3.18: Circuito de interface das chaves Fins de Curso e Comandos do Painel da Fre-sadora FUW250.
Utiliza-se os CIs 74HC245 e o 74AHCT32 para fazer o direcionamento dos dados
utilizando-se o proprio barramento de dados(XD0...XD15) do DSP TMS320F2812.
O CI74HC245 e um transceptor de oito canais, bidirecional A-B ou B-A com saıdas
3-estados. A direcao dos dados depende do nıvel logico aplicado na porta de controle
de direcao(DIR) e do nıvel logico aplicado na porta de habilitacao das saıdas OE. A
figura 3.19 representa o diagram logico do CI74HC245 e suas configuracoes (Texas
Instruments, 2003a).
Nesse projeto, a comunicacao dos dados lidos pelos conectores JP8 e JP12 e dire-
cional A-B, desta forma habilitou-se o port DIR, pino-1, sempre em nıvel logico alto.
A habilitacao das saıdas e realizada toda vez que o sinal OE for para nıvel logico
baixo, e depende dos sinais (XRD) e (XZCS0AND1) gerados pelo DSP.
O sinal XRD e ativado em nıvel logico baixo toda vez que o DSP le dados atraves
do barramento de dados(XD0...XD15). O sinal (XZCS0AND1) e ativado em nıvel
logico baixo toda vez que o DSP acessar a ZONE/0 XINF, que e uma regiao de
memoria reservada, que inicia no endereco 0x002000h e pode ser utilizada para ar-
mazenar dados de 8Kx16bits.
3.4. Interfaces para leituras dos Sinais Digitais 51
Figura 3.19: Diagrama logico do CI74HC245 e configuracoes.
Desta forma o sinal (OE) e gerado a partir dos sinais (XRD) e (XZCS0AND1)
ambos em nıvel logico baixo. O proprio barramento de dados(XD0...XD15) e usado
como canal de dados das leituras das chaves logicas e ao mesmo tempo armazena-os
em uma posicao de memoria reservada. O Apendice C apresenta o mapa de memoria
do DSP TMS320F2812.
Este modo de funcionamento possibilita a leitura dos dados das chaves fins de
cursos e comandos via painel, e memoriza-los. Como a interrupcao do programa
principal e chamada a cada 1ms, todos os dados serao atualizados nesta base de
tempo. A figura 3.20 mostra as vistas do painel de comando da Fresadora Universal
FUW250 com as disposicoes dos botoes, display e conexoes.
Figura 3.20: Painel de comando da Fresadora Universal FUW250.
3.5. Fonte de Alimentacao para os Circuitos Eletronicos da Fresadora FUW250 52
3.5 Fonte de Alimentacao para os Circuitos Eletroni-
cos da Fresadora FUW250
Utiliza-se uma fonte de alimentacao chaveada modelo FT 5-15-15/45 da MCE que
possui tres saıdas: +5V/5A, +15V/2,3A, -15V/0,5A, com tolerancia < 1% nas saıdas.
A tensao de entrada pode variar de 85 a 264V alternado com uma potencia de saıda
de 45W. Possui protecao contra curto-circuito, contra aquecimento excessivo e contra
sobretensao. As saıdas +15V e -15V alimentam todos os circuitos dos Choopers
dos motores da Mesa e do Porta Fresa e os amplificadores de instrumentacao de
precisao(INA114). A saıda +5V fornece alimentacao ao regulador TPS767D301, aos
encoders, a comunicacao serial MAX232 e ao Display. A figura 3.21 apresenta uma
vista da fonte de alimentacao chaveda modelo FT 5-15-15/45 da MCE.
Figura 3.21: Fonte de alimentacao chaveada modelo FT 5-15-15/45, saıdas +5V/5A,+15V/2,3A, -15V/0,5A.
Tambem utiliza-se uma fonte de alimentacao chaveada modelo CH 24-5 da MCE
que fornece uma saıda de 24Vcc/5A. A Potencia de saıda de 120W e uma tensao de
entrada que pode variar de 85 a 264 Vca. Possui protecao contra curto-circuito, contra
aquecimento excessivo e contra sobretensao. Essa fonte e utilizada na alimentacao em
24V contınuo das embreagens dos motores da Mesa e do Porta Fresa. A figura 3.22
mostra a vista externa da fonte de alimentacao chaveada modelo CH 24-5 da MCE.
3.6. Conclusoes do capıtulo 53
Figura 3.22: Vista externa da Fonte de alimentacao chaveada modelo CH 24-5, saıda de24V de 5A.
3.6 Conclusoes do capıtulo
Neste capıtulo apresentaram-se toda as etapas de projeto das interfaces entre o
DSP2812, a maquina Fresadora e a eletronica de Potencia, ou seja todos os peri-
fericos da maquina Fresadora Universal FUW250, monitoramento das leituras dos
ADCs, fins-de-curso, comandos das embreagens, leituras das correntes, velocidades,
barramento cc, display e do painel de comandos. Por final, apresentaram-se as fontes
de alimentacoes dos circuitos eletronicos ligados diretamente a maquina Fresadora
Universal FUW250.
O Apendice D mostra todos os diagramas dos drives e perifericos desenvolvidos
com o DSP TMS320F2812 para automatizar a maquina Fresadora Universal FUW250.
No capıtulo 4 sera desenvolvido um estudo das malhas de controle de velocidade
e de corrente dos motores cc, alem de mostrar resultados de controle dessas malhas.
Capıtulo 4
Estudo das Malhas de Controle
4.1 Introducao
Foi desenvolvido um estudo das malhas de controle utilizadas no controle dos mo-
tores cc da maquina Fresadora Universal FUW250, mostrando a sua implementacao
e ajustes dos parametros. Foram implementadas duas malhas em cascata, a mais ex-
terna controlando a velocidade do motor e a mais interna supervisionando a corrente
da armadura.
A malha de posicao nesse trabalho nao pode ser implementada devido a limitacao
mecanica da propria maquina. O eixos X, Y e Z sao interligados em um mesmo eixo
cardan, diferenciando-se apenas nos acoplamentos mecanicos. E utilizado um mesmo
motor para os tres eixos. O ideal seria um motor para cada eixo, facilitando a medicao
de posicao nos tres eixos (X,Y e Z). Outra limitacao e o proprio fuso dos eixos que e
um estrutura helicoidal rıgida em aco, o ideal sendo um fuso esferico que proporciona
movimentos suaves com alta precisao.
A seguir, serao apresentados alguns resultados das respostas das malhas de con-
trole de velocidade e de corrente de ambos motores. Para a exibicao dos resultados
experimentais foi usado o proprio ambiente do Code Composer no modo ”real time”.
Dentro do programa da interrupcao principal, os dados das variaveis a serem obser-
vadas foram armazenadas em vetores. Esta coleta de dados e feita a cada 15ms. O
Code Composer exibe no grafico o numero de pontos coletados. Assim, para converter
para a escala de tempo deve-se multiplicar o eixo das abscissa por um fator de 15.
4.2. Analise das Malhas das Velocidades e das Correntes dos Motores cc 55
4.2 Analise das Malhas das Velocidades e das Cor-
rentes dos Motores cc
A estrutura de controle possui duas malhas, velocidade e corrente, que estao li-
gadas em cascata. Utiliza-se um controlador P.I em cada malha cada qual com os
ajustes especıficos dos parametros Kp e Ki. A figura 4.1 representa o diagrama de
blocos das malhas de controle dos dois motores cc.
KP
+
-
1/s
+
Ki
+
KP
1/s
+
Ki
+
+
-1
1
2
2
Malha da Velocidade Malha de Corrente
CONTROLE DO MOTOR DA MESA
KP
+
-
1/s
+
Ki
+
KP
1/s
+
Ki
+
+
-3
3
4
4
Malha da Velocidade Malha de Corrente
CONTROLE DO MOTOR DO PORTA FRESA
Vref(Mesa)
Vref(Fresa)
PWM Chopper cc-cc
PWM Chopper cc-cc
MOTOR DA MESA
MOTOR DO
PORTA FRESA
Figura 4.1: Blocos das malhas de controle dos motores da maquina Fresadora FUW250.
Nas subsecoes seguintes serao apresentados alguns resultados experimentais das
leituras das velocidades e correntes nos motores cc, com os valores de referencias
providos via painel de comando do operador e as leituras de entradas via ADCs das
correntes das armaduras e as velocidades via Enconders.
Esses resultados foram obtidos atraves do software Code Composer StudioV2 que
faz leitura em tempo real das entradas dos ADCs e das variaveis de referencias. Desta
forma a tensao do barramento cc foi ajustada em 150V atraves de um Varivolt, o
suficiente para permitir uma rotacao de 1000rpm dos motores e que sera o valor de
referencia da malha de velocidade.
Essa limitacao na tensao do barramento cc e devido a sensibilidade eletromag-
netica da interface XDS510PPP lus que faz a comunicacao do computador ao DSP
4.2. Analise das Malhas das Velocidades e das Correntes dos Motores cc 56
TMS 320F2812. Esta interferencia nao permite trabalhar com valores de tensao no
barramento mais elevados devido os erros de comunicacao e de travamento do proprio
software Code Composer, principalmente quando estao habilitas as funcoes de tempo
real, funcao esta que permite as leituras das variaveis em tempo real.
Os parametros utilizados nas malhas de velocidade e nas malhas de corrente nos
Motores da Mesa e do Porta Fresa, foram respectivamente:
- Malha de velocidade do Motor de Avanco, (Motor da Mesa), com: Kp1 = 0.015
e Ki1 = 0.0005;
- Malha de corrente do Motor de Avanco, (Motor da Mesa), com: Kp2 = 0.02 e
Ki2 = 0.01;
- Malha de velocidade do Motor de Ferramentas, (Motor da Porta Fresa), com:
Kp3 = 0.2 e Ki3 = 0.005;
- Malha de corrente do Motor de Ferramentas, (Motor da Porta Fresa), com:
Kp4 = 0.0002 e Ki4 = 0.0015;
Os ajustes dos parametros Kp e Ki dos controladores PIs das malhas de velocidade
e de corrente foram ajustados em funcao da resposta obtida quando da aplicacao
de um degrau de referencia da grandeza a ser ajustada. Utilizou-se o metodo de
tentativa e erro para ajustar os parametros dos controladores PIs. Primeiramente foi
ajustada a malha da corrente de armadura, com a malha de controle da velocidade
aberta. Atraves do programa, gerou-se um degrau de referencia da corrente e ajustou-
se inicialmente o valor de Kp e em seguida o valor de Ki. O ajuste desta malha garante
que a corrente nominal do motor nao sera ultrapassada, protegendo tanto o conversor
cc-cc quando o motor. Apos o ajuste da malha de corrente, procedeu-se o ajuste da
malha de velocidade. De modo analogo ao anterior, primeiro ajustou-se o valor de
Kp e depois o de Ki.
Os controladores PIs em ambas as malhas possuem uma saturacao de modo a
impedir que a saıda cresca indefinidamente, provocando o efeito ”wind-up”. Esta
saturacao foi incluıda na saıda do integrador e do PI.
A saıda da malha de velocidade e a referencia da malha de corrente. Assim, o valor
de saturacao da malha de velocidade e a corrente nominal do motor que esta sendo
controlado. A saıda da malha de corrente e a variavel que sera utilizada para gerar
os pulsos de PWM que controlam os transistores do chopper. O programa de PWM,
foi normalizado em funcao da tensao nominal do barramento cc e assim a excursao
da variavel de saıda da malha de corrente foi limitada em +1 e em -1.
4.2. Analise das Malhas das Velocidades e das Correntes dos Motores cc 57
O projeto da placa controladora nao previu a inclusao de um conversor D/A
para a visualizacao das variaveis internas do programa de controle, atraves de um
osciloscopio. Assim, o Code Composer foi utilizado para o ajuste dos controladores
e a visualizacao das variaveis de referencias, grandeza a ser controlada e a saıda do
controlador. O Code Composer permite a visualizacao de ate duas variaveis na forma
de duas figuras distintas, ou seja, nao e possıvel a visualizacao de mais de duas curvas
por grafico.
Para o motor da Mesa utilizou-se um limite de 3A na malha de velocidade e um
valor de 0.95 para a saturacao na malha de corrente. De forma analoga, o motor
do Porta Fresa utilizou saturacoes de 23A e 0.95 para suas respectivas malhas de
velocidade e corrente. Nas subsecoes seguintes serao mostrados alguns dos resultados
das malhas de velocidade e de corrente para cada motor cc.
4.2.1 Malha de Velocidade do Motor do Porta Fresa.
Primeiramente serao mostrados os resultados dos valores das velocidades de refe-
rencia e da velocidade medida no Motor de Ferramentas (Porta Fresa). A condicao ini-
cial sera o motor Porta Fresa operando no sentido Horario, parada e partida, fazendo
desta forma as capturas das formas de onda da velocidade de referencia e da veloci-
dade medida pelo encoder.
As figuras 4.2 e 4.3 mostram as leituras da velocidade de referencia e da velocidade
do motor na saıda do encoder, quando a referencia da velocidade varia de zero para
−1000rpm(rotacao no sentido horario).
Figura 4.2: Leitura da Velocidade de Referencia: degrau de 0 para −1000rpm (sentidohorario).
4.2. Analise das Malhas das Velocidades e das Correntes dos Motores cc 58
Figura 4.3: Leitura da Velocidade de Saıda no Encoder, degrau de partida do motor.
Pode-se observar que o motor atinge a velocidade desejada em torno de 0.6s, sem
”overshoot”(sobresinal).
As figuras 4.4 e 4.5 apresentam as leituras da velocidade de referencia e da veloci-
dade do motor no instante em que a referencia e reduzida de −1000rpm para zero.
Pode-se observar que a parada do motor ocorre em 0, 3s e ha uma pequena inversao
de rotacao durante 0, 12s.
Figura 4.4: Leitura da Velocidade de Referencia: degrau de −1000rpm pra zero.
4.2. Analise das Malhas das Velocidades e das Correntes dos Motores cc 59
Figura 4.5: Leitura da Velocidade de Saıda no Encoder, parada do motor.
O mesmo procedimento foi feito para o motor girando no sentido anti-horario com
uma velocidade de 1000rpm.
As figuras 4.6 e 4.7 mostram as leituras da velocidade de referencia e da velocidade
do motor para um degrau de 0 para 1000rpm, ou seja no sentido anti-horario.
Figura 4.6: Leitura da Velocidade de Referencia: degrau de 0 para 1000rpm.
As figuras 4.8 e 4.9 representam as leituras da velocidade de referencia e da ve-
locidade do motor para um degrau de 1000rpm para zero.
Pode-se verificar que as formas de onda sao muito semelhantes as obtidas para a
rotacao do motor no sentido horario.
4.2. Analise das Malhas das Velocidades e das Correntes dos Motores cc 60
Figura 4.7: Leitura da Velocidade de Saıda no Encoder ao ligar o Motor do Porta Fresa noSentido Anti-Horario.
Figura 4.8: Leitura da Velocidade de Referencia: degrau de 1000rpm zero.
Figura 4.9: Leitura da Velocidade de Saıda no Encoder ao desligar o Motor do Porta Fresano Sentido Anti-Horario.
4.2. Analise das Malhas das Velocidades e das Correntes dos Motores cc 61
4.2.2 Malha de Corrente do Motor do Porta Fresa.
Nesta subsecao serao mostrados os resultados dos valores das correntes de referen-
cia e de saıdas referentes ao Motor de Ferramentas (Porta Fresa). A condicao inicial
sera o motor do Porta Fresa operando no sentido horario e aplicando-se um degrau de
referencia variando-se de -1000rpm para zero e retornando para -1000rpm. O Code
Composer captura as formas de onda da corrente de referencia (saıda do controlador
da malha de velocidade) e da corrente no motor. As figuras 4.10 e 4.11 mostram as
leituras da corrente de referencia e da corrente no motor durante a aplicacao de um
degrau de referencia na velocidade de zero para -1000rpm.
Figura 4.10: Leitura da Corrente de Referencia ao ligar o Motor do Porta Fresa no SentidoHorario.
Figura 4.11: Leitura da Corrente de Entrada no ADC ao ligar o Motor do Porta Fresa noSentido Horario.
4.2. Analise das Malhas das Velocidades e das Correntes dos Motores cc 62
As figuras 4.12 e 4.13 representam as leituras da corrente de referencia e da corrente
do motor do Porta Fresa durante a aplicacao de um degrau de velocidade de -1000rpm
para zero.
Figura 4.12: Leitura da Corrente de Referencia ao desligar o Motor do Porta Fresa noSentido Horario.
Figura 4.13: Leitura da Corrente na entrada do ADC ao desligar o Motor do Porta Fresano Sentido Horario.
Em ambas as situacoes pode-se observar um pequeno ”overshoot”na corrente do
motor. A corrente e limitada no valor nominal do motor, ou seja 23A.
Pode-se perceber que ha o consumo de uma corrente de uns 2.5A mesmo com o
motor parado e que se deve-se ao atrito seco da Fresadora.
4.2. Analise das Malhas das Velocidades e das Correntes dos Motores cc 63
Nas figuras seguintes sao apresentadas os ensaios feitos para variacoes do degrau
de velocidade de zero para 1000rpm(sentido anti-horario) e vice versa.
As figuras 4.14 e 4.15 apresentam a referencia de corrente e a corrente medida
no motor para um degrau de 0 para 1000rpm, enquanto as figuras 4.16 e 4.17 foram
obtidas para um degrau de velocidade de 1000rpm para 0.
Figura 4.14: Leitura da Corrente de Referencia ao ligar o Motor do Porta Fresa no SentidoAnti-Horario.
Figura 4.15: Leitura da Corrente do Motor do Porta Fresa ao liga-lo no Sentido Anti-Horario.
4.2. Analise das Malhas das Velocidades e das Correntes dos Motores cc 64
Figura 4.16: Leitura da Corrente de Referencia ao desligar o Motor do Porta Fresa noSentido Anti-Horario.
Figura 4.17: Leitura da Corrente no motor ao desligar o Motor do Porta Fresa no SentidoAnti-Horario.
4.2.3 Malha de Velocidade do Motor da Mesa.
De forma analoga ao que foi desenvolvido para o Motor do Porta Fresa, foi feito
tambem para o Motor de Avanco, (Motor da Mesa).
As figuras 4.18 e 4.19 apresentam a corrente de referencia e a corrente no motor da
Mesa respectivamente, para um degrau de referencia da velocidade de 0 para 1000rpm,
enquanto as figuras 4.20 e 4.21 foram obtidas para uma variacao da velocidade de
referencia de 1000rpm para zero.
4.2. Analise das Malhas das Velocidades e das Correntes dos Motores cc 65
Figura 4.18: Leitura da Velocidade de Referencia ao ligar o Motor da Mesa no SentidoHorario.
Figura 4.19: Leitura da Velocidade do motor ao ligar o Motor da Mesa no Sentido Horario.
Figura 4.20: Leitura da Velocidade de Referencia ao desligar o Motor da Mesa no SentidoHorario.
4.2. Analise das Malhas das Velocidades e das Correntes dos Motores cc 66
Figura 4.21: Leitura da Velocidade do motor ao desligar o Motor da Mesa no SentidoHorario.
De forma analoga a anterior, sao apresentados os resultados das velocidades de
referencia e da velocidade do motor girando do sentido Anti-Horario em 1000rpm.
As figuras 4.22 e 4.23 mostram a velocidade de referencia e a velocidade do motor da
Mesa para um degrau de referencia de 0 a −1000rpm(sentido anti-horario), enquanto
as figuras 4.24 e 4.25 foram obtidas para um degrau de referencia da velocidade de
−1000rpm para zero.
Figura 4.22: Leitura da Velocidade de Referencia ao ligar o Motor da Mesa no SentidoAnti-Horario.
4.2. Analise das Malhas das Velocidades e das Correntes dos Motores cc 67
Figura 4.23: Leitura da Velocidade do motor ao ligar o Motor da Mesa no Sentido Anti-Horario.
Figura 4.24: Leitura da Velocidade de Referencia ao desligar o Motor da Mesa no SentidoAnti-Horario.
Figura 4.25: Leitura da Velocidade do motor ao desligar o Motor da Mesa no Sentido Anti-Horario.
4.2. Analise das Malhas das Velocidades e das Correntes dos Motores cc 68
4.2.4 Malha de Corrente do Motor da Mesa.
Nas figuras seguintes e apresentado o desempenho da malha de corrente do motor
da Mesa. Foram feitos ensaios de partida e parada para o motor girando no sentido
horario e anti-horario.
Nas figuras 4.26 a 4.29, o sentido de giro foi o horario enquanto que nas figuras
4.30 a 4.33 foi no sentido de giro anti-horario.
As figuras 4.26, 4.27, 4.30 e 4.31 foram obtidas durante a partida do motor e as
demais figuras foram obtidas durante a parada do motor.
Figura 4.26: Leitura da Corrente de Referencia ao ligar o Motor da Mesa no Sentido Horario.
Figura 4.27: Leitura da Corrente do motor ao ligar o Motor da Mesa no Sentido Horario.
4.2. Analise das Malhas das Velocidades e das Correntes dos Motores cc 69
Figura 4.28: Leitura da Corrente de Referencia ao desligar o Motor da Mesa no SentidoHorario.
Figura 4.29: Leitura da Corrente do motor ao desligar o Motor da Mesa no Sentido Horario.
Figura 4.30: Leitura da Corrente de Referencia ao ligar o Motor da Mesa no Sentido Anti-Horario.
4.2. Analise das Malhas das Velocidades e das Correntes dos Motores cc 70
Figura 4.31: Leitura da Corrente do motor ao ligar o Motor da Mesa no Sentido Anti-Horario.
Figura 4.32: Leitura da Corrente de Referencia ao desligar o Motor da Mesa no SentidoAnti-Horario.
Figura 4.33: Leitura da Corrente do motor ao desligar o Motor da Mesa no Sentido Anti-Horario.
4.3. Conclusoes 71
4.3 Conclusoes
Neste capıtulo foram apresentados os resultados experimentais do acionamento
dos motores cc da Fresadora Universal FUW250. Os ensaios consistiram na aplicacao
de degraus de velocidade para partida do motor ate a velocidade de 1000rpm e, em
seguida, a referencia foi anulada provocando a parada do motor.
Os ensaios foram feitos para os motores cc girando no sentido horario e anti-horario
e foram levantadas as formas de ondas da velocidade e da corrente dos motores e suas
respectivas referencias. Pode-se notar que o motor do Porta Fresa e o motor da Mesa,
quando em repouso, apresentam pequenas correntes relativas ao termo de conjugado
referente ao atrito seco.
No capıtulo 5 sera apresentado as conclusoes finais e as propostas futuras de
pesquisas que poderao aprimorar a aplicacao do DSP com a maquina Fresadora.
Capıtulo 5
Conclusoes Finais e Propostas para
Continuidade
5.1 Conclusoes Finais
Neste trabalho foi realizada a reforma de uma maquina-ferramenta Fresadora Uni-
versal FUW250 da oficina mecanica do CPDEE. Esta Fresadora foi fabricada na de-
cada de 70 e foi pouco utilizada por ter sido danificada nas enchentes ocorridas na Es-
cola de Engenharia da UFMG. Ao saber da proposta de leiloa-la para sucata, propos-se
o desafio de reforma-la utilizando-se recursos diponıveis na area de eletronica, tanto
na linha de acionamentos eletricos quanto na linha de processamento digital.
O Laboratorio de Eletronica de Potencia do CPDEE, vem desenvolvendo tecnicas
de controle digital aplicado ao controle de conversores estaticos, mais notadamente
na area de UPSs. Procurou-se, entao, encarar o desafio de reformar esta Fresadora,
utilizando-se conhecimentos disponıveis dentro do grupo de pesquisa.
Inicialmente, foi feito um levantamento da parte mecanica e das funcionalidades
da Fresadora. Em seguida foi projetado todo o sistema de acionamento dos dois
motores cc, a CPU com o DSP e suas interfaces.
No projeto optou-se pelo DSP TMS320F2812, o mais moderno DSP da famılia
TMS320C2000 da Texas Instruments. A principal vantagem deste DSP e a possibili-
dade de implementacao do programa de controle em linguagem de alto nıvel, no caso
linguagem C, com todas operacoes matematicas em ponto fixo.
5.2. Propostas para pesquisas futuras 73
Devido as limitacoes construtivas da Fresadora, nao foi possıvel a implementacao
de uma malha de controle de posicao, tendo sido implementadas duas malhas: uma
malha externa controlando a velocidade e a outra mais interna controlando a corrente
dos motores cc. Os controladores de ambas as malhas foram do tipo PI, com saturacao
tanto da saıda do controlador quanto da parcela integral.
Os resultados experimentais comprovam que o controle da maquina Fresadora
funcionou a contento, embora algoritmos de controle mais elaborados possam ser
implementados.
Foram feitos ensaios de partida e parada na Fresadora em ambos os sentidos de
rotacao para os dois motores cc, da Mesa e do Porta Fresa.
Outro ponto importante a ressaltar e que o trabalho permitiu a familiarizacao com
a tecnologia de desenvolvimento utilizando a Plataforma TMS320C2000, especifica-
mente o DSP TMS320F2812.
O proposito principal desse trabalho foi a recuperacao de todas as funcoes opera-
cionais da maquina Fresadora Universal FUW250 aplicando o DSP da famılia 2000 da
Texas Instruments. Desenvolveu uma infraestrutura aplicando-se estudos especıficos
no dimensionamento dos drivers, configuracoes do hardware do DSP, direcionando-os
para a automacao da propria maquina-ferramenta Fresadora Universal.
Conclui-se portanto, que o principal objetivo, que era a recuperacao da Fresadora
Universal FUW250, foi alcancado e trabalhos futuros poderao ser implementados. A
maquina-ferramenta ja vem sendo utilizada e diversas pecas ja foram usinadas.
Esse trabalho foi uma aplicacao direta da engenharia, um desafio que exigiu per-
sistencia, dedicacao e acima de tudo determinacao. Recuperou-se uma maquina ob-
soleta, fabricada na decada de 70, com comandos e controles por reles, em conjunto
com eletronica analogica. O controle de velocidade era feito anteriormente atraves de
resistores que variavam a tensao na armadura dos motores cc.
5.2 Propostas para pesquisas futuras
O desenvolvimento desse trabalho foi basico e consistente na funcionalidade opera-
cional. Desta forma abriu novos horizontes de pesquisas no que se refere as maquinas
CNCs(Comando Numerico Computadorizado) podendo mesclar desenvolvimentos de
softwares de auxılio a projeto(CAD), com as interfaces de comunicacoes do DSP para
implementar malha de posicao para cada eixo. Desta forma, pode-se buscar simila-
ridades com as maquinas CNC mas para isso necessita-se de uma nova proposta de
estudos, reorganizacao e novos projetos na estrutura mecanica da Fresadora.
5.2. Propostas para pesquisas futuras 74
As mudancas estruturais na mecanica da maquina-ferramenta Fresadora seriam a
troca do fuso helicoidal em aco macico para o fuso esferico, adaptacoes de motores
para cada eixo e reguas opticas nas leituras das posicoes dos eixos.
Outra opcao e aplicar modulos de CNCs ja vendidos no mercado internacional
exclusivamente para modernizar essas maquinas que tornaram-se obsoletas. A em-
presa alema Siemens possui as famılias Sinumerik: 802, 810 e 840. A empresa alema
Heidenhain possui os modulos TNC: 410, 426, 430 e 530. A empresa espanhola Fagor
possui os modulos Fagor CNC: 8025, 8040, 8055 e 8070.
Hoje, no Brasil, existem muitas empresas que fazem reformas dessas maquinas-
ferramentas desde de Tornos a Fresadoras. Essas empresas so atuam na parte de
projeto e na parte estrutural mecanica. As empresas brasileiras nao possuem as
tecnologias dos CNCs e acabam adaptando alguns desses modulos da Siemens, da
Heidenhain ou da Fagor de acordo com a estrutura funcional de cada maquina ou
mesmo a propria necessidade do cliente em funcao do custo e benefıcio.
No Apendice E e apresentado um manual basico de operacao da nova maquina
Fresadora Universal FUW250. Este e um manual operacional, objetivo, sucinto e nao
significa que a leitura do mesmo permite um leigo a trabalhar com a Fresadora. As
maquinas-ferramentas, principalmente as Fresadoras, requerem cursos especializados
de usinagem, para aprendizagem dos comandos operacionais.
Referencias Bibliograficas
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Disponıvel no item DSP Platforms em C2000 DSPs/Roadmaps, Acesso
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Texas Instruments (2004b). http://dspvillage.ti.com/docs/dspvillagehome.jhtml.
Disponıvel no item DSP Platforms, Acesso em:15/10/2004.
Apendice 78
Apendice A
Fluxograma do Algoritmo
Desenvolvido na Linguagem C
FLUXOGRAMA NAINTERRUPÇÃO
LEITURADOSENCODER´S
“Velocidade dosmotores”
BAC_FUW250
CAP1_QEP1CAP2_QEP2CAP3_QEPI1
(T2CON)
CAP4_QEP3CAP5_QEP4CAP6_QEPI2
(T4CON)
LEITURADOSADC´s
“Corrente dosmotores”
ADCINA0
ADCINA1
(T1CON)
Malhas dasVelocidades
Malhas dasCorrentes
PWM´s detrês níveis
TICON T3CON
CMPR1CMPR2
CMPR4CMPR5
RET
#MONITORAMENTOS#
CHAVES FINS DE CURSOSe
PAINEL DE COMANDOSDO OPERADOR
LEITURA DO TECLADO“Velocidades de Referências
para os motores”
FLUXOGRAMAPRINCIPAL
Figura A.1: Fluxograma do Programa Desenvolvido em C.
Apendice 80
Apendice B
Chopper Eletronico de Quatro
Quadrantes do Motor da Mesa
Figura B.1: Esquematico do modulo inversor PCI B2U+B2CI (By SEMIKRON, 2003a).
Apendice 82
Apendice C
Mapa de Memoria do DSP
TMS320F2812
Figura C.1: Mapa de Memoria do TMS320F2812 (Texas Instruments, 2003b).
Apendice D
Diagramas dos Drivers e
Perifericos para o TMS320F2812
Este apendice mostra todos os diagramas dos drivers e perifericos projetados para o
DSP TMS320F2812. Foi desenvolvido uma placa mae aplicada a maquina Fresadora
Universal FUW250, utilizando como processador o DSP da Texas Instrument da
famılia 2000.
A figura D.1 mostra as configuracoes especıficas nos seus pinos de Funcoes, I/Os
e Alimentacoes. Foi feito toda uma reconfiguracao dos pinos no DSP TMS320F2812
aplicando-os diretamente as necessidades especıficas para a automatizacao da maquina
Fresadora Universal.
A figura D.2 mostra a configuracao da memoria externa CMOS RAM - AS7C1026
de 5V/3.3V 64K x 16 ligada aos barramentos de dados e de enderecos do DSP.
A figura D.3 mostra o diagrama dos drivers dos Comandos e Monitoramento de
falhas aplicados aos Choopers do Motor da Mesa e do Motor do Porta Fresa. Sao
tambem mostrados os diagramas dos sensores de corrente dos Motores e da tensao do
Barremento cc.
A figura D.4 apresenta as interfaces de leitura das chaves-fins-de-curso, coman-
dos do painel do operador e dos comandos para acionarem as embreagens de alta e
baixa velocidades dos Motores cc, todos esses dispositivos sao monitorados pelo DSP
TMS320F2812.
A figura D.5 apresenta o projeto da fonte de alimentacao que gera os +3.3V e
+1.8V para o DSP, os drivers da comunicacao serial 232, e as entradas dos encoders
e do Display.
Apen
dice
84
1 2 3 4 5 6
A
B
C
D
654321
D
C
B
A
Title
Number RevisionSize
B
Date: 17-Mar-2005 Sheet of File: D:\mestradobreno\mestreII\REVISÃOFRESA1409_PROTEL99\revisão3\Fresadora.ddbDrawn By:
XZCS6AND7XRDXWE
+1.8VBLM2
Inductor C12
1uF
C14
0.1uF
C16
0.001uF
C18
10uF
C19
10uFR39
24.9K
+3.3V
BLM1
InductorC11
1uF
C13
0.1uF
C17
0.001uF
C15
0.1uF
+1.8V+3.3V
12
Y1XTAL
C70
24pF
C71
24pF
1 23 45 67 89 1011 1213 14
JP7
XDS510
+5V
R37
10K
R38
10K
+3.3V
+3.3V
DIGITAL SIGNAL PROCESSORS - TMS320F2812 - FRESADORA
IMMIMPFBCC
BCCEXT
ADCINA0174
ADCINA1173
ADCINA2172
ADCINA3171
ADCINA4170
ADCINA5169
ADCINA6168
ADCINA7167
SCIRXDA157
SCITXDA155
XRS160
VDD3VFL69
PWM745
PWM846
PWM947
PWM1048
PWM1149
PWM1250
PWM192
PWM394
T3CTRIP-PDPINTB79
T1PWM_T1CMP102
T2PWM_T2CMP104
T1CTRIP-PDPINTA110
X2
76
T3PWM_T3CMP53
T4PWM_T4CMP55
C4TRIP61
C5TRIP62
C6TRIP63
MCLKXA28
MFSRA29
SPICLKA34
SPISTEA35
SPISIMOA40
SPISOMIA41
TDIRB71
TCLKINB72
CAP4_QEP357
CAP5_QEP459
CAP6_QEPI260
CAP1_QEP1106
CAP2_QEP2107
CAP3_QEPI1109
XZCS0AND144
AD
CIN
B0
2
AD
CIN
B1
3
AD
CIN
B2
4
AD
CIN
B3
5
AD
CIN
B4
6
AD
CIN
B5
7
AD
CIN
B6
8
AD
CIN
B7
9
MC
LK
RA
25
VD
D1
162
AD
CR
EFM
10
AD
CR
EFP
11
AV
SSR
EFB
G12
AD
CR
ESE
XT
16
AD
CB
GR
EFI
N16
4
VD
DA
114
AV
DD
RE
FBG
13
VD
DA
216
6
VD
DA
IO1
VD
DIO
31
VD
DIO
64
VD
DIO
81
VD
DIO
114
VD
DIO
145
VD
D23
VD
D37
VD
D56
VD
D75
VD
D10
0
VD
D11
2
VD
D12
8
VD
D14
3
VD
D15
4
VSS
A1
15
VSS
116
3
VSS
A2
165
VSS
AIO
176
VSS 38VSS 32VSS 19
VSS
153
VSS
142
VSS
129
VSS
120
VSS
113
VSS
105
VSS
99
VSS 86VSS 78VSS 70VSS 58VSS 52
XWE 84XRD 42XZCS6AND7 133XD15 147XD14 139XD13 97XD12 96XD11 74XD10 73XD9 68XD8 65XD7 54XD6 39XD5 36XD4 33XD3 30XD2 27XD1 24XD0 21XA18 158XA17 156XA16 152XA15 148
XA13 141
XA11 132XA10 130XA9 125XA8 121XA7 118XA6 111XA5 108XA4 103XA3 85XA2 80XA1 43XA0 18
TM
S12
6T
DO
127
TD
I13
1T
RST
135
TC
K13
6E
MU
013
7E
MU
114
6
XR
EA
DY
161
XIN
T2_
AD
CSO
C15
1X
NM
I_X
INT
1315
0X
INT
1_X
BIO
149
XF_
XPL
LD
IS14
0T
EST
SEL
134
C3T
RIP
124
C2T
RIP
123
C1T
RIP
122
XC
LK
OU
T11
9T
CL
KIN
A11
7T
DIR
A11
6T
2CT
RIP
_EV
ASO
C11
5PW
M6
101
PWM
598
PWM
495
PWM
293
SCIR
XD
B91
SCIT
XD
B90
CA
NR
XA
89X
ZC
S288
CA
NT
XA
87T
4CT
RIP
/EV
BSO
C83
XH
OL
DA
82T
EST
167
TE
ST2
66
MFS
XA
26M
DX
A22
MD
RA
20X
PM/M
C17
XR
/W51
XH
OL
D15
9
AD
CL
O17
5
XA12 138
XA14 144X
1/X
CL
KIN
77
TMS320F2812
176 Pin PGF LQFP
U9DSP2812
C1PWMC2PWMC3PWMC4PWMC5PWM
C2C1
ERRORSO
ERR
SERIALRXSERIALTX
ECAPFECBPFECOPF
ECAMSECBMSECOMS
DB7DB6DB5DB4DB3DB2DB1DB0
ER/W
RS
ENTERSELECT
LIGAORA
XRS+1.8V
XZCS0AND1
EM
BR
E1
EM
BR
E2
EM
BR
E3
EM
BR
E4
EMBREAGENS
LEITURA DO BARRAMENTO C.Ce CORRENTES NOS MOTORES
RSS232
CONTR. DA FONTE 1.8V e 3.3V
PWM´s e COMANDOS - SEMIKRON
PWM´s e COMANDOS - PLACA DIGITAL - CHOOPER
BARRAMENTOS DE DADOS
PAINEL DIGITAL
COMANDOS DO
ENCODERS MMS e MPF
CONTROLE DO BARRAMENTO
PAINELCONTROLE DA
SRAM
BARRAMENTOS DEDADOS
BARRAMENTO DEENDEREÇOS
LAB. E.P - I
R361K
+3.3V
1 2
JP6
RE
SET
RESET SKHI10FRENAGEM
SKHI23 e SKHI10
ADDRXA[0..17]
DATAXD[0..15]XD0XD1XD2XD3XD4XD5XD6XD7XD8XD9XD10XD11XD12XD13XD14XD15
XA0XA1XA2XA3XA4XA5XA6XA7XA8XA9XA10XA11XA12XA13XA14XA15XA16XA17
VDD3VFL
Figu
raD
.1:C
onfigu
racoesno
TM
S320F
2812.
Apen
dice
85
1 2 3 4 5 6
A
B
C
D
654321
D
C
B
A
Title
Number RevisionSize
B
Date: 28-Mar-2005 Sheet of File: D:\mestradobreno\mestreII\REVISÃOFRESA1409_PROTEL99\revisão3\Fresadora.ddbDrawn By:
Memória SRAM AS7C1026 - FRESADORA
LAB. E.P - II
C43
0.1uF
C44
0.1uF
+3.3V
XZCS6AND7XRDXWE
A05
A14
A23
A32
A41
A544
A643
A742
A827
A926
A1025
A1124
A1221
A1320
A1419
A1518
NC22
NC23
WE17
OE41
UB 40LB 39CE6
NC28
GND 34GND 12VCC 33VCC 11I/O15 38I/O14 37I/O13 36I/O12 35I/O11 32I/O10 31I/O9 30I/O8 29I/O7 16I/O6 15I/O5 14I/O4 13I/O3 10I/O2 9I/O1 8I/O0 7
AS7C1026
CMOS RAM
44-pin TSOPII
U15
RAMAS7C1026
DATAXD[0..15]
XD0XD1XD2XD3XD4XD5XD6XD7XD8XD9XD10XD11XD12XD13XD14XD15
XA0XA1XA2XA3XA4XA5XA6XA7XA8XA9XA10XA11XA12XA13XA14XA15XA16XA17
ADDR XA[0..17]
Figu
raD
.2:M
emoria
RA
ME
xtern
apara
TM
S320F
2812.
Apen
dice
86
1 2 3 4 5 6
A
B
C
D
654321
D
C
B
A
Title
Number RevisionSize
B
Date: 17-Mar-2005 Sheet of File: D:\mestradobreno\mestreII\REVISÃOFRESA1409_PROTEL99\revisão3\Fresadora.ddbDrawn By:
R8
2.2K
R9
2.2K
R10
2.2K
R11
2.2K
R12
2.2K
R13
2.2K
R14
2.2K
R15
2.2K
R16
2.2K
C5
100nF
C4
10uF
+15V
+5V
C3
0.1uF
+5V
C90.1uF
12345678910
11121314
JP1
Header 7X2
12345678910
11121314
JP2
Header 7X2
12345678910
11121314
JP3
Header 7X2
+3.3V
R1810K
ERRO
ERR
C1PWM
C2PWM
C3PWM
C4PWM
C2
C1
C2
C1
-V4
IN+3 IN-2 OUT 6
REF 5
RG1
RG8 +V 7U5
INA114AP
-V4
IN+3 IN-2 OUT 6
REF 5
RG1
RG8 +V 7U8
INA114AP
8
1
4
3
2
1
U2AOPA2350
R11.8K 10%
R210K 10%
-15V
R4
10K 1%
R5
10K
1%R3
100 1% R6
1.8K
10%
R7
3.01K 1%
C2
0.1uF
C1
0.1uF
+3.3V
-5V
75
6
2
84
U2BOPA2350
R23
10K 1%
C6
0.1uF
+3.3V
8
1
4
3
2
1
U6AOPA2350
R26
18K 1%
R27
10K
1%
R25
100
1%
R28
2.2K
10%
R29
3.01K 1%
C8
0.1uF
C7
0.1uF
+3.3V
-5V
75
6
2
84
U6BOPA2350
R33
10K 1%
C10
0.1uF
+3.3V
R19
1M 1%
R22
1M 1%
R32
1M 1%
R24
1M 1%
R20
7.5K 1%
R21
7.5K 1%
R30
7.5K 1%
R31
7.5K 1%
-15V
+15V
-15V
+15V
IMM
BCC
IMPF
BCCEXT
GERAÇÃO DOS PWM s e MONITORAMENTO DA TENSÃO E CORRENTE NOS MOTORES
C5PWM
LAB. E.P - III
FRENAGEM
BRAÇO IICHOPPER MPF- SEMIKRON
BRAÇO ICHOPPER MPF- SEMIKRON
CHOPPERMMS - DIGITAL
D1Shottky
D2Schottky
D4Schottky
D3Schottky
+3.3V
+3.3V
RESET
R17
2.2K
K1
A2
3
VR
EF
U1
TL431CLP
-5V
123456789
J1
CON9
POT1
Multivoltas - 10kMultivoltas - 10k VCC14 GND 7
A1 Y 2
U3A 7406
3 4
U3B
7406
5 6
U3C
7406
9 8
U3D
7406
11 10
U3E
7406
13 12
U3F
7406
VCC14 GND 7
A1 Y 2
U7A7406
3 4
U7B
7406
9 8
U7D
7406
5 6
U7C
7406
13 12
U7F
7406
RSO
12345678910
JP4
Header 10
+15V
R1X
10K
+3.3V
Dx
3.3V
Dy
BAT42
R1Y
10K
CX100nF
Figu
raD
.3:C
oman
dos
dos
Choop
erse
Leitu
rasde
Corren
tese
Barram
ento
C.C
.
Apen
dice
87
1 2 3 4 5 6
A
B
C
D
654321
D
C
B
A
Title
Number RevisionSize
B
Date: 17-Mar-2005 Sheet of File: D:\mestradobreno\mestreII\REVISÃOFRESA1409_PROTEL99\revisão3\Fresadora.ddbDrawn By:
OE19
DIR1
A12 B1 18
A23 B2 17
A34 B3 16
A45 B4 15
A56 B5 14
A67 B6 13
A78 B7 12
A89 B8 11
VCC 20
GND10
U10
MC74HC245AN
OE19
DIR1
A12 B1 18
A23 B2 17
A34 B3 16
A45 B4 15
A56 B5 14
A67 B6 13
A78 B7 12
A89 B8 11
VCC 20
GND10
U11
MC74HC245AN
OE11
A12
A24
A36
A48 Y4 12Y3 14Y2 16Y1 18
Y8 3Y7 5Y6 7Y5 9
GND10
A511
A613
A715
A817
OE219 VCC 20U14
SN74HC244N
B1 1
B2 2
B3 3
B4 4
B5 5
B6 6
B7 7
C116
C314
C413
C512
C611
C710
C215
COM9
E 8
U12
ULN2003AD
+3.3V
C42
0.1uF
+3.3VC41
0.1uF
XRD
XWE
+3.3V
C200.1uF
+3.3V
C380.1uF
C21
0.1uF
C39
0.1uF
C220.1uF
R56100K
R4010K
C230.1uF
R57100K
R4110K
C240.1uF
R58100K
R4210K
C250.1uF
R59100K
R4310K
C260.1uF
R60100K
R4410K
C270.1uF
R61100K
R4510K
C280.1uF
R62100K
R4610K
C290.1uF
R63100K
R4710K
C300.1uF
R64100K
R4810K
C310.1uF
R65100K
R4910K
C320.1uF
R66100K
R5010K
C330.1uF
R67100K
R5110K
C340.1uF
R68100K
R5210K
C350.1uF
R69100K
R5310K
C360.1uF
R70100K
R5410K
+3.3V
R76
180
DS1
R77
180
DS2
R78
180
DS3
R79
180
DS4
R80
180
DS5
R81
180
DS6
R82
180
DS7
+5V Liga/Desliga MPF
Frenagem da MPF
Liga/Desliga Bomba de óleo
Parada de Emergência
C37
0.1uF
R71100K
R5510K
+3.3V
C40
0.1uF
EMBRE1
EMBRE2
EMBRE3
EMBRE4
R72
1K
R73
1K
R74
1K
R75
1K
12345
JP9
+5V
EM
BR
EA
GE
NS
FINS DE CURSOS DA FRESADORA, SINALIZAÇÃO e EMBREAGEMS
LAB. E.P - IV
XZCS0AND1
DATAXD[0..15]XD0XD1XD2XD3XD4XD5XD6XD7
XD8XD9XD10XD11XD12XD13XD14XD15
DATAXD[0..7]XD0XD1XD2XD3XD4XD5XD6XD7
14 GND 7
A1
B2 Y 3
U13A SN74AHCT32N
4
56
U13B
SN74AHCT32N
12
34
56
78
910
1112
1314
1516
JP8
FINS DE CURSOS DA FRESADORA
12
34
56
78
910
1112
1314
1516
JP12
VCC14 GND 7
A1 Y 2
U4A7406
3 4
U4B
7406
5 6
U4C
7406
11 10
U4E
7406
9 8
U4D
7406
13 12
U4F
7406
C2
C1
R7X
1K
R7Y
1K
C2
C1
Figu
raD
.4:D
rivers
de
leitura
do
Pain
elde
Com
ando
eA
cionam
entos
das
Em
breagen
s.
Apen
dice
88
1 2 3 4 5 6
A
B
C
D
654321
D
C
B
A
Title
Number RevisionSize
B
Date: 28-Mar-2005 Sheet of File: D:\mestradobreno\mestreII\REVISÃOFRESA1409_PROTEL99\revisão3\Fresadora.ddbDrawn By:
123456789
10111213141516
JP10
Header 16
123456
JP5
Header 6
D5IN4148
C1+ 1
VS+2
C1- 3C2+ 4C2- 5VS-6
T2OUT7
R2IN 8R2OUT9
T2IN 10
T1IN 11
R1OUT12 R1IN 13
T1OUT14
GND 15
VCC16
U16
MAX232D
1 2 3 4 56 7 8 9
11 10
J2RS232
1
2
3
4
5
6
7
8
9
11
10
J3
ENCODER MPF
FONTE DE ALIMENTAÇÃO PARA O DSP, RS232, ENCODERS, CONTR. DO PAINEL DE COMANDO
1
2
3
4
5
6
7
8
9
11
10
J4
ENCODER MMS
C45
0.1uF C46
0.1uF+5V
SERIALRX
C48
0.1uF
C47
0.1uF
SERIALTX
+5V
R83 1K
R90
470
ECAPF
ECBPF
R91
10K
ECOPF
+5V
ECAMS
ECBMS
ECOMS
+5V
DB7DB6DB5DB4DB3DB2DB1DB0
ER/W
RS
ENTERSELECT
LIGAORA
+5V
NC1
NC2
1GND3
1EN4
1IN5
1IN6
NC7
NC8
2GND9
2EN10
2IN11
2IN12
NC13
NC14 NC 162OUT 172OUT 18NC 19NC 20NC 212RESET 221OUT 231OUT 24
NC 15
1FB/NC 25NC 26NC 271RESET 28
TPS767D301
DUAL OUTPUTVOLTAGES
U17 TPSDSP
LED
C77
22uF
C7422uF
C7322uF
C75
22uF
C72
47uF
C76
22uF
C50
0.1uF
C49
0.1uF
R95
10K
R98
4K7
R93
1K
R941K
R97
30.1K 1%R9616.9K 1%
R92
10K
+3.3V
C56
0.1uF
C510.1uF
C520.1uF
+1.8V
+3.3V
XRS
C53
0.1uF
C54
0.1uF
C59
0.1uF
C61
0.1uF
C63
0.1uF
C65
0.1uF
C66
0.1uF
C67
0.1uF
C68
0.1uF
C69
0.1uF
C55
0.1uF
C57
0.1uF
C58
0.1uF
C60
0.1uF
C62
0.1uF
C64
0.1uF
+1.8V
BA
RR
AM
EN
TO
DE
DA
DO
S
DO
PA
INE
L D
IGIT
AL
CO
MA
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OS
DO
PA
INE
L
LAB. E.P - V
12345
JP11
+5V
-5V
+15V-15V
+5Vmax
BSSI1MOSFET-N
VDD3VFL
POT2 1k
+5V
C78
0.1uF
14 GND 7
1 2
U18ASN7407N
3 4
U18B
SN7407N
5 6
U18C
SN7407N
9 8
U18D
SN7407N
11 10
U18E
SN7407N
A13 Y 12
U18F
SN7407N
+5V
+5V
Figu
raD
.5:Fon
tede
alimen
tacao,E
nco
ders
eD
isplay.
Apendice E
Manual Basico de Operacao da
Fresadora Universal FUW250
Este apendice apresenta um manual basico dos comandos operacionais da maquina
ferramenta FUW250. A figura E.1 mostra o novo painel de comandos da Fresadora
FUW250, onde cada comando e especificado de forma suscinta e objetiva em sub-
figuras. Este apendice nao tem o objetivo de formar o leitor apto a manusear a
Fresadora, ou seja, nao e um curso de operacao profissional o qual requer referencias
tecnicas e conhecimentos especıficos a cada conjunto de operacoes.
Figura E.1: Painel de Comandos da Fresadora Universal FUW250.
Apendice 90
Figura E.2: Liga/Desliga o Motor Porta Fresa.
Este conjunto de botoeiras, apresentado na figura E.2, energiza a maquina da fre-
sadora e comanda a parada de emergencia em caso de falhas operacionais ou eletroni-
cas. O acionamento geral e feito pelo botao verde e a parada de emergencia e realizada
pela trava giratoria de cor vermelha.
Figura E.3: Liga/Desliga o Motor Porta Fresa.
A figura E.3 mostra o comando liga e desliga o Motor do eixo Porta Fresa que e
responsavel pelo acionameto das ferramentas de corte (fresas). Essas ferramentas sao
acopladas no eixo principal ou no mandril.
Figura E.4: Sentido de Rotacao do Motor Porta Fresa.
Este comando e uma chave seletora com tres posicoes, diretamente ligada ao co-
mando do Motor do Porta Fresa, representado pela figura E.4. Quando a chave estiver
Apendice 91
na posicao central, o motor do Porta Fresa estara parado, sem giro no eixo, indepen-
dente da velocidade configurada no Painel Digital. Para a chave posicionada em uma
das extremidades faz com que o Motor do Porta Fresa gira no sentido horario ou no
anti-horario com mesma velocidade configurada no Painel Digital.
Figura E.5: Travamento do eixo do Motor Porta Fresa.
A figura E.5 refere-se o comando de travamento do eixo do motor do Porta Fresa,
que e acionado para travar o eixo do Motor para que ocorra a troca de ferramenta
no eixo principal, ou mandril. Este comando e um mecanismo de seguranca para o
operador trocar algum tipo de ferramenta. Este comando somente sera habilitado se
a chave seletora de rotacao do Motor do Porta Fresa estiver na posicao central, figura
E.4 e, desta forma, o motor estara parado.
Figura E.6: Liga/Desliga a luminaria da Mesa.
A figura E.6 mostra a chave Liga/Desliga da iluminaria que esta em um suporte
flexıvel direcionado a um objeto de trabalho colocado sobre a mesa.
Figura E.7: Liga/Desliga a Bomba de Oleo Refrigerante a peca em usinagem.
Apendice 92
A figura E.7 representa o comando responsavel por ligar/desligar a bomba de
oleo refrigerante que e acionado em trabalhos de usinagens mais pesados, nos quais
exige-se uma refrigeracao no corte ou de fresamento.
Figura E.8: Avanco Rapido da Mesa ou do Braco.
A figura E.8 apresenta um comando que e uma chave normalmente aberta, e
quando acionada faz com o motor da Mesa girar no valor nominal de velocidade
2900rpm, inibindo qualquer outra configuracao previa do Painel Digital. Quando
precionada, faz com que o motor da Mesa gire em velocidade maxima no sentido em
que o acomplamento mecanico estiver comandado.
Figura E.9: Modos de Operacao do Motor da Mesa.
A chave seletora possui tres posicoes que direcionam os tres modos de operacao:
Modo Padrao, Modo Avanco/Retrocesso Automatico, Modo Helicoidal, respectiva-
mente apresentados na figura E.9. Nesta maquina, configurou-se apenas o modo
Padrao que representa a operacao normal nos tres eixos com livre acomplamento
mecanico dos eixos. Desta forma, pode-se selecionar um dos eixos como o principal e
os demais como secundarios. Com esse conjunto de manobras pode-se realizar varias
combinacoes operacionais.
Apendice 93
Figura E.10: Comando no Display Digital das Velocidades do Motor da Mesa e do Motordo Porta Fresa.
A figura E.10 mostra o display com dois botoes normalmente abertos os quais
fazem a selecao das velocidades para os motores e a confirmacao do valor. A selecao
de velocidade e feita pela tecla verde que varre todo o pacote de velocidades para
cada motor. Essa tecla realiza a selecao de velocidade no Display. A tecla preta faz
a confirmacao do valor no campo especıfico do Motor da Mesa ou do Motor do Porta
Fresa, alem de mudar de campo para a proxima configuracao. Esta tecla confirma a
entrada do dado apresentado no Display.
A figura E.11 mostra a vista da Fresadora Universal FUW250, com painel de
Comandos e os tres acomplamentos mecanicos. Os acomplamentos mecanicos sao
representados pelas tres alavancas distintas a cada eixo X, Y e Z. A operacao dos
acomplamentos foi configurada da seguinte forma:
- O primeiro eixo acoplado, seja X, Y ou Z, torna-se o eixo principal e os outros
eixos tornam-se secundarios.
- O eixo principal e a referencia para a operacao dos demais eixos. O eixo principal
e bidirecional, faz a manobra de ida e volta, caso seja, em um dos eixos X ou Z,
ou faz a manobra de subida e descida, caso seja o eixo Y.
- Um eixo secundario so movimenta-se em uma direcao, dependendo de como o
eixo principal esta acoplado. Exemplo: Se o eixo principal for o eixo X, e a mesa
estiver no sentido de ida (para a esquerda), os eixos Y e Z sao os secundarios,
e so poderao ser acoplados no sentido de subida e para frente, respectivamente.
Caso contrario a maquina para por seguranca, ate que acerte o acomplamento
correto. As combinacoes dos outros eixos como principal ocorrem de forma
analoga.
- As restricoes de acoplamentos mecanicos sao proprias concepcao da maquina
Fresadora, que possui apenas um motor para os tres eixos. Esse motor e deno-
minado de Motor da Mesa, o qual possui apenas um mecanismo de transmissao
de velocidade comum aos tres eixos, sendo que cada um possui seu acoplamento.
Figura E.11: Vista da Fresadora e seus Acomplamentos Mecanicos nos Tres Eixos.