Aula n.º 8 - Sistema Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios

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AM 28 de Novembro de 2013 AM 3.º ano GNR Armas Capitão Jesus Cardoso SNDFCI

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AM – 28 de Novembro de 2013

AM – 3.º ano GNR Armas

Capitão Jesus Cardoso

SNDFCI

Conhecer o objecto e âmbito de aplicação do diploma;

Distinguir as definições explanadas;

Identificar as Contra-Ordenações e conhecer os

procedimentos a tomar;

Saber identificar competências no levantamento, instrução

e decisão das CO.

NO ÂMBITO DO SNDFCI COMPETE À GUARDA NACIONAL REPUBLICANA A COORDENAÇÃO DAS ACÇÕES DE PREVENÇÃO RELATIVAS À VERTENTE DA VIGILÂNCIA, DETECÇÃO E FISCALIZAÇÃO (ART.º 2.º, N.º 3 B).

ESTABELECE AS MEDIDAS E ACÇÕES A DESENVOLVER NO ÂMBITO DO SISTEMA NACIONAL DE DEFESA DA FLORESTA CONTRA INCÊNDIOS (SNDCFI).

III – COMBATE RESCALDO E

VIGILÂNCIA PÓS-RESCALDO

II - VIGILÂNCIA DETECÇÃO E FICALIZAÇÃO

I - PREVENÇÃO ESTRUTURAL

SENSIBILIZAÇÃO

ORGANIZAÇÃO FLORESTAL DO

TERRITÓRIO PLANEAMENTO

1.º PILAR

DETECÇÃO

VIGILÂNCIA FISCALIZAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO

2.º PILAR

COMBATE

VIGILÂNCIA PÓS -

INCÊNDIO RESCALDO

3.º PILAR

ALFA

01 JAN

14 MAI BRAVO

15 MAI

30 JUN CHARLIE

01 JUL

30 SET DELTA

01 OUT

31 OUT ECHO

01 NOV

31 DEZ

FASES

VIGILÂNCIA E DETECÇÃO

VIDEO

MÓVEL

FIXA

2.º PILAR

DESCRIÇÃO 2008 2009 2010 2011 2012 Patrulhas Efectuadas 122 668 90.734 77 587 69.372 72.863 Efectivos 345 765 268.525 187 255 178.418 186.912 Km Percorridos 3 522 165 4.472.789 3 405 606 2.039.486 2.930.557

61% 19%

2%

18% GNR

SAPADORES FLORESTAIS

BOMBEIROS VOLUNTARIOS

OUTROS

VIGILÂNCIA MÓVEL

2.º PILAR

FASE

POSTOS DE VIGIA

VIGILANTES

BRAVO

70 (REDE PRIMÁRIA)

140

CHARLIE

231

924

VIGILÂNCIA FIXA - RNPV

2.º PILAR

SENSIBILIZAÇÃO

2.º PILAR

SENSIBILIZAÇÃO

2.º PILAR

ANO 2007 2008 2009 2010 2011

ACÇÕES 517 1.088 2043 1.632 726

PESSOAS

PRESENTES 47.228 33.235 34.910 50.842 27.874

SENSIBILIZAÇÃO

2.º PILAR

ANO 2009 2010 2011 2012

AUTOS POR

CRIME INCÊNDIO 7.418 4.175 3.700 5.260

DETIDOS POR

CRIME INCÊNDIO

(F.D.) 16 9 21 41

SUSPEITOS

IDENTIFICADOS 115 55 423 852

FISCALIZAÇÃO

2.º PILAR

FISCALIZAÇÃO

2011 N.º

PESSOAS

IDENTIFICADOS POR CRIME

DE INCÊNDIO 423

IDENTIFICADOS PELA GNR

COM DETENÇÃO POSTERIOR

PELA P.J. 30

DETIDOS PELA GNR POR

CRIME INCÊNDIO EM

FLAGRANTE DELITO 21

DETIDOS EM FLAGRANTE

DELITO PELA P.J. COM A

COLABORAÇÃO DA GNR 3

2.º PILAR

FISCALIZAÇÃO

ANO 2007 2008 2009 2010 2011

N.º

AUTOS

CO 5.176 4.724 3.583 3.551 3.377

2.º PILAR

3.126

Desconhecida Intencional Natural Negligente

45%

21%

34%

0%

INVESTIGAÇÃO DAS CAUSAS

2.º PILAR

21

EMPENHAMENTO GNR

ANTES

DEPOIS DURANTE

OCORRÊNCIA

Art.º 1.º Objecto e âmbito de Aplicação

Art.º 2.º Sistema de Defesa da Floresta contra Incêndios

O presente decreto-lei estrutura o Sistema de Defesa da Floresta

contra Incêndios.

O presente decreto-lei aplica-se a todo o território continental

português.

À Guarda Nacional Republicana a coordenação das acções de

prevenção operacional relativas à vertente da vigilância, detecção

e fiscalização;

Art.º 3.º Definições

Contrafogo

Detecção de incêndios

Espaços Rurais

Fogo de Supressão

O uso do fogo no âmbito da luta contra os incêndios florestais, consistindo na ignição de um fogo ao longo de uma zona de apoio, na dianteira de uma frente de incêndio de forma a provocar a interacção das duas frentes de fogo e a alterar a sua direcção de propagação ou a provocar a sua extinção.

Identificação e localização precisa das ocorrências de incêndio florestal com vista à sua comunicação rápida.

Espaços florestais e terrenos agrícolas.

O uso do fogo no âmbito da luta contra os incêndios florestais compreendendo o fogo táctico e o contrafogo.

Fogueira

Floresta

Fogo Táctico

Combustão com chama, confinada no espaço e no tempo, para aquecimento, iluminação, confecção de alimentos, protecção e segurança, recreio ou outros afins.

Terrenos ocupados com povoamentos florestais, áreas ardidas de povoamentos florestais, áreas de corte raso de povoamentos florestais e outras áreas arborizadas.

O uso do fogo no âmbito da luta contra os incêndios florestais, consistindo na ignição de um fogo ao longo de uma zona de apoio com o objectivo de reduzir a disponibilidade de combustível, e desta forma diminuir a intensidade do incêndio, terminar ou corrigir a extinção de uma zona de rescaldo de maneira a diminuir as probabilidades de reacendimentos, ou criar uma zona de segurança para a protecção de pessoas e bens.

Período crítico

Queima

Queimadas

Rede de pontos de água

Período em que vigoram medidas e acções especiais de prevenção contra incêndios florestais por força de circunstâncias meteorológicas excepcionais – definido por portaria do Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas.

Uso do fogo para eliminar sobrantes de exploração cortados e amontoados.

Uso do fogo para renovação de pastagens e eliminação de restolho e ainda, para eliminar sobrantes de exploração cortados mas não amontoados.

Conjunto de estruturas de armazenamento de água, de planos de água acessíveis e de pontos de tomada da água, com funções de apoio ao reabastecimento dos equipamentos de luta contra incêndios.

FOGO TÉCNICO

FOGO CONTROLADO

FOGO DE

SUPRESSÃO

FOGO TÁCTICO

CONTRAFOGO

Fogo Técnico

O uso do fogo que comporta as componentes de fogo controlado e de fogo de supressão;

Rede viária florestal

Rescaldo

Sobrantes de exploração

Conjunto de vias de comunicação integradas nos espaços que servem de suporte à sua gestão, com funções que incluem a circulação para o aproveitamento dos recursos naturais, para a constituição, condução e exploração dos povoamentos florestais e pastagens.

Operação técnica que visa a extinção do incêndio..

Material lenhoso e outro material vegetal resultante de actividades agro-florestais.

Art.º 4.º Índice de risco temporal de incêndio florestal

n.º 1 – O índice de risco temporal de incêndio estabelece o risco diário de

ocorrência de incêndio florestal, cujos níveis são reduzido (1), moderado

(2), elevado (3), muito elevado (4) e máximo (5), conjugando a informação

do índice de risco meteorológico produzido pelo Instituto de Meteorologia

com o estado de secura dos combustíveis e o histórico das ocorrências,

entre outros.

n.º 2 - O índice de risco temporal de incêndio florestal e respectiva

cartografia é elaborada pelo Instituto de Meteorologia, em articulação com a

Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.

Art.º 4.º Índice de risco temporal de incêndio florestal

Art.º 6.º Zonas Críticas

Art.º 7.º Planeamento da Defesa da Floresta

contra incêndios

Assegurando a consistência territorial de políticas, instrumentos,

medidas e acções, o planeamento da defesa da floresta contra incêndios

tem um nível nacional, distrital e municipal.

Manchas florestais onde é prioritária a aplicação de medidas mais rigorosas face a:

- RISCO DE INCÊNDIO

- VALOR ECONÓMICO, SOCIAL e ECOLÓGICO

Art.º 15.º Redes Secundárias de Faixas de gestão de

Combustível

Entidades responsáveis pela: Rede viária: gestão de combustível numa faixa lateral de 10 m de

terreno confinante; Rede ferroviária: gestão de combustível numa faixa lateral de 10 m

de terreno confinante contada a partir dos carris externos; Linhas de transporte/distribuição de energia eléctrica em

alta/muito alta tensão: gestão de combustível numa faixa correspondente à projecção vertical dos cabos condutores exteriores acrescidos de faixa de 10 m para cada um dos lados;

Linhas de transporte/distribuição de energia eléctrica em média tensão: gestão de combustível numa faixa correspondente à projecção vertical dos cabos condutores exteriores acrescidos de faixa de 7 m para cada um dos lados.

O NÃO CUMPRIMENTO CONSTITUI

CONTRA-ORDENAÇÃO

Art.º 15.º Redes Secundárias de Faixas de Gestão de

Combustível

Proprietários; Arrendatários; Usufrutuários; Ou Entidades; …que detenham terrenos confinantes a edificações, nomeadamente habitações, estaleiros, armazéns, oficinas, fábricas, ou outros equipamentos.

Obrigados

Proceder à GESTÃO de COMBUSTÍVEL

numa faixa de 50 METROS à volta destas.

O NÃO CUMPRIMENTO CONSTITUI

CONTRA-ORDENAÇÃO

Art.º 15.º Redes Secundárias de Faixas de Gestão de

Combustível

Tem que existir gestão de combustível numa faixa de largura de 100 m em torno de aglomerados populacionais inseridos ou confinantes com espaços florestais. Proprietários; Arrendatários; Usufrutuários; Ou Entidades; …que detenham terrenos inseridos nessa faixa de 100 m

Obrigados

Proceder à sua

GESTÃO de COMBUSTÍVEL.

O NÃO CUMPRIMENTO CONSTITUI

CONTRA-ORDENAÇÃO

Art.º 15.º Redes Secundárias de Faixas de Gestão de

Combustível

Entidades gestoras de: Parques de campismo; Infra-estruturas e equipamentos florestais de recreio; Parques e polígonos industriais; Plataformas de logística; Aterros sanitários, …inseridos ou confinados com espaços florestais,

Obrigados Proceder à GESTÃO de COMBUSTÍVEL

numa faixa de 100 METROS em seu torno.

O NÃO CUMPRIMENTO CONSTITUI

CONTRA-ORDENAÇÃO

Art.º 16.º Condicionalismos à edificação

A construção de edificações para habitação, comércio, serviços e

indústria, fora das áreas edificadas consolidadas, é proibida nos

terrenos classificados nos PMDFCI com risco de incêndio das classes

alta ou muito alta, sem prejuízo das infra-estruturas definidas nas

RDFCI. As novas edificações no espaço florestal ou rural fora das áreas edificadas consolidadas têm de salvaguardar, na sua implantação no terreno, as regras definidas no PMDFCI respectivo ou, se este não existir, a garantia de distância à estrema da propriedade de uma faixa de protecção nunca inferior a 50 m e a adopção de medidas especiais relativas à resistência do edifício à passagem do fogo e à contenção de possíveis fontes de ignição de incêndios no edifício e respectivos acessos.

O NÃO CUMPRIMENTO CONSTITUI

CONTRA-ORDENAÇÃO

Art.º 19.º Depósitos de Madeiras e de outros

Produtos Inflamáveis

Interdito o depósito de

Madeiras e outros produtos resultantes

de exploração florestal ou agrícola e

outros materiais de origem vegetal;

Produtos altamente inflamáveis,

Nas redes de faixas e nos mosaicos de

parcelas de gestão de combustível.

O NÃO CUMPRIMENTO CONSTITUI

CONTRA-ORDENAÇÃO

Art.º 19.º Depósitos de Madeiras e de outros

Produtos Inflamáveis

Durante o Período Crítico só é permitido empilhamento em

carregadouro de produtos resultantes de corte ou extracção

(estilha, rolaria, madeira, cortiça e resina) desde que seja

salvaguardada uma área sem vegetação com 10 m em redor

e garantindo que nos restantes 40 m a carga combustível é

inferior ao estipulado no anexo do presente decreto -lei e que

dele faz parte integrante.

O NÃO CUMPRIMENTO CONSTITUI

CONTRA-ORDENAÇÃO

Art.º 21.º Incumprimento de Medidas Preventivas

INCUMPRIMENTO

ICNF ou CM executa Medidas Preventivas

(realização das acções e trabalhos de gestão de combustível art.º 21º)

Incumprimento

de prazo

Notifica

No prazo de 60 dias Pagamento dos custos

Incumprimento

de prazo

Execução fiscal da dívida

Entidade Fiscalizadora (comunica infracção à CM ou ICNF no prazo de 6 dias).

ICNF ou CM notificam os responsáveis (prazo de 10 dias).

Art.º 22.º Condicionamento

PERÍODO CRÍTICO

1

CONDICIONADO:

Acesso;

Circulação;

Permanência de pessoas e bens.

EM:

• Zonas Críticas;

• Áreas de regime Florestal;

• Áreas de Gestão do Estado;

• Áreas com sinalização de limitação de actividade.

Art.º 22.º Condicionamento

PERÍODO CRÍTICO

1

NÍVEIS MUITO ELEVADO/MÁXIMO:

PROIBIDO:

Acesso; Circulação; Permanência de pessoas e bens.

EM:

• Zonas Críticas; • Áreas de regime Florestal; • Áreas de Gestão do Estado; • Áreas com sinalização de limitação de actividade; • Caminhos Florestais e rurais, e outras vias que os

atravessem. O NÃO CUMPRIMENTO CONSTITUI

CONTRA-ORDENAÇÃO

Art.º 22.º Condicionamento

PERÍODO CRÍTICO

1

O NÃO CUMPRIMENTO CONSTITUI

CONTRA-ORDENAÇÃO

NÍVEL ELEVADO: EM: • Zonas Críticas; • Áreas de regime Florestal; • Áreas de Gestão do Estado; • Áreas com sinalização de limitação de actividade; • Caminhos Florestais, rurais e outras vias que os atravessem.

NÃO É PERMITIDO: Executar trabalhos com maquinaria; Desenvolver acções não relacionadas com

actividades florestais e agrícolas; Circular com veículos motorizados em caminhos

florestais, rurais e outras vias que os atravessem.

Pessoas que circulem nestas

áreas são obrigadas a

identificar-se!

Art.º 22.º Condicionamento

FORA DO PERÍODO CRÍTICO

2

VERIFICAM-SE AS MESMAS IMPOSIÇÕES

LEGAIS QUE DURANTE O PERÍODO CRÍTICO.

E COM O ÍNDICE DE RISCO TEMPORAL DE

INCÊNDIO DE NÍVEIS MUITO ELEVADO E

MÁXIMO,

Art.º 22.º Condicionamento

FORA DO PERÍODO CRÍTICO

2

E COM O ÍNDICE DE RISCO TEMPORAL DE

INCÊNDIO DE NÍVEL ELEVADO,

Pessoas que circulem nas áreas referidas para o

Período Crítico são obrigadas a identificar-se!

Art.º 23.º Excepções

CONSTITUEM EXCEPÇÕES ÀS RESTRIÇÕES DO ART.º 22.º:

O acesso, circulação e permanência nas áreas referidas,

de residentes, proprietários, e produtores florestais (e

pessoas que lá exerçam actividade profissional);

Circulação de pessoas no interior das áreas sem outra

alternativa de acesso às suas residências e locais de

trabalho;

Exercício de actividades nas áreas que careçam de

acompanhamento periódico;

Utilização de parques de lazer e recreio;

Art.º 23.º Excepções

CONSTITUEM EXCEPÇÕES ÀS RESTRIÇÕES DO ART.º 22.º (cont):

Circulação em AE, IP, IC, EN e Estradas Regionais;

Circulação em Estradas Municipais para as quais não

exista outra alternativa de circulação;

Acesso, circulação e permanência no interior das áreas,

de meios e agentes de protecção civil;

Acesso, circulação e permanência no interior das áreas,

de meios militares decorrentes de missão intrinsecamente

militar.

Art.º 23.º Excepções

CONSTITUEM EXCEPÇÕES ÀS RESTRIÇÕES DO ART.º 22 (cont):

Áreas urbanas e áreas industriais;

Acesso a praias fluviais e marítimas concessionadas;

Meios de prevenção, vigilância, detecção, primeira

intervenção e combate aos incêndios florestais;

Prédios rústicos em regime florestal para efeitos de

policiamento e fiscalização da caça, devido ao regime

cinegético especial, quando não incluídos nas zonas

críticas;

Execução de obras de interesse público;

Circulação de veículos prioritários, quando em marcha

de emergência;

Áreas sob jurisdição militar.

Art.º 26.º Fogo Técnico

n.º 1 - As acções de fogo técnico, nomeadamente fogo controlado e fogo de

supressão, só podem ser realizadas de acordo com as normas técnicas e

funcionais a definir em regulamento do Instituto de Conservação da Natureza e

das Florestas, homologado pelo membro do Governo responsável pela área das

florestas, ouvidas a Autoridade Nacional de Protecção Civil e a Guarda Nacional

Republicana.

n.º 2 - As acções de fogo técnico são executadas sob orientação e

responsabilidade de técnico credenciado para o efeito pelo Instituto de

Conservação da Natureza e das Florestas.

O NÃO CUMPRIMENTO CONSTITUI

CONTRA-ORDENAÇÃO

Art.º 26.º Fogo Técnico

n.º 3 - A realização de fogo controlado pode decorrer durante o período crítico,

desde que o índice de risco temporal de incêndio florestal seja inferior ao nível

elevado e desde que a acção seja autorizada pela Autoridade Nacional de

Protecção Civil.

n.º 4 - Os comandantes das operações de socorro, nas situações previstas no

Sistema Integrado de Operações de Protecção e Socorro, podem, após

autorização expressa da estrutura de comando da Autoridade Nacional de

Protecção Civil registada na fita do tempo de cada ocorrência, utilizar fogo de

supressão.

O NÃO CUMPRIMENTO CONSTITUI

CONTRA-ORDENAÇÃO

Art.º 27.º Queimadas

Só são permitidas após licenciamento na CM, ou pela JF, na

presença de técnico credenciado em fogo controlado, ou de equipa

de bombeiros, ou de sapadores florestais;

Sem acompanhamento técnico adequado, a queima para

realização de queimadas deve ser considerada uso de fogo

intencional;

Só são permitidas FORA DO PERÍODO CRÍTICO e desde que o

índice de risco temporal de incêndio seja inferior ao nível elevado.

O NÃO CUMPRIMENTO CONSTITUI

CONTRA-ORDENAÇÃO

Art.º 28.º Queima de Sobrantes e Realização de Fogueiras

EM TODOS OS ESPAÇOS RURAIS, DURANTE O PERÍODO CRITICO E FORA DO PERÍODO CRÍTICO COM IRTI DE NÍVEIS MUITO ELEVADO/MÁXIMO

NÃO É PERMITIDO:

Realizar fogueiras para recreio ou lazer e para confecção de alimentos; utilizar

equipamentos de queima e de combustão destinados à iluminação ou à confecção de

alimentos;

Queimar matos cortados e amontoados e qualquer tipo de sobrantes de exploração. É PERMITIDO:

Quando em espaços não inseridos em zonas críticas, a confecção de alimentos desde

que realizada nos locais expressamente previstos para o efeito (parques de lazer e

recreio);

Queima de sobrantes de exploração decorrentes exigências fitossanitárias de

cumprimento obrigatório, a qual deverá ser realizada com a presença de unidade de

um corpo de bombeiros ou equipa de sapadores florestais.

O NÃO CUMPRIMENTO CONSTITUI

CONTRA-ORDENAÇÃO

Art.º 29.º Foguetes e Outras Formas de Fogo

DURANTE O PERÍODO CRITICO E FORA DO PERÍODO CRÍTICO com IRTI de níveis muito elevado/máximo:

Não é permitido lançamento de balões com mecha acesa e de

quaisquer tipo de foguetes;

Em todos os espaços rurais, a utilização de fogo-de-artifício ou

outros artefactos pirotécnicos, está sujeita a autorização da CM;

Não são permitidas acções de fumigação ou desinfestação em

apiários, excepto se fumigadores estiverem equipados com

dispositivos de retenção de faúlhas;

Não é permitido em espaços florestais fumar ou fazer lume de

qualquer tipo, no seu interior, ou nas vias que os delimitam, ou os

atravessam.

EXCEPÇÃO: Realização de contra-fogos decorrentes das acções de combate aos incêndios florestais.

O NÃO CUMPRIMENTO CONSTITUI

CONTRA-ORDENAÇÃO

Art.º 30.º Maquinaria e Equipamento

Durante o período crítico, nos trabalhos e outras actividades que

decorram em todos os espaços rurais e com eles relacionados, é

obrigatório que as máquinas de combustão interna e externa a utilizar,

onde se incluem todo o tipo de tractores, máquinas e veículos de

transporte pesados, sejam dotadas de dispositivos de retenção de

faíscas ou faúlhas e de dispositivos tapa-chamas nos tubos de escape

ou chaminés, e estejam equipados com um ou dois extintores de 6 kg,

de acordo com a sua massa máxima, consoante esta seja inferior ou

superior a 10 000 kg.

O NÃO CUMPRIMENTO CONSTITUI

CONTRA-ORDENAÇÃO

Art.º 31.º Vigilância e Detecção de Incêndios

Qualquer pessoa que detecte um incêndio é obrigada a alertar de imediato as entidades competentes;

Pela Rede Nacional de Postos de Vigia (RNPV), que assegura em

todo o território continental as funções de detecção fixa de

ocorrência de incêndios;

Por rede de vigilância móvel;

Por meios aéreos.

Art.º 36.º Remoção de Materiais Queimados

Em áreas atingidas por incêndios florestais e de forma a criar

condições de circulação rodoviária em segurança, os proprietários

devem remover materiais queimados nos incêndios;

Remoção dos materiais numa faixa mínima de 25 m para cada

lado das faixas de circulação rodoviária.

O NÃO CUMPRIMENTO CONSTITUI

CONTRA-ORDENAÇÃO

Art.º 37.º Competência para Fiscalização

A fiscalização do estabelecido neste diploma compete à GNR…

Art.º 38.º Contra-Ordenações e Coimas

Infracções ao presente Decreto-Lei constituem Contra-Ordenações,

puníveis com coima de 140 a 5.000€ (pessoas singulares) e de 800 a

60.000€ (pessoas colectivas);

Determinação das coimas nos termos do RGCO;

A tentativa e a negligência são puníveis.

Art.º 38.º Contra-Ordenações e Coimas

PRINCIPAIS CONTRA-ORDENAÇÕES:

Infracção ao disposto em: - n.º 1, 2, 8, 9, 11 e 12 do Art.º 15.º;

- n.º 3 do Art.º 16.º;

- n.º 1 do Art.º 19.º;

- n.º 1, 2, 3 e 4 do Art.º 26.º;

- n.º 2, 3 e 4 do Art.º 27.º;

- n.º 1 e 2 dos Art.º 28.º e 29.º;

- Art.º 30.º;

- Art.º 36.º.

Art.º 39.º Sanções Acessórias

Consoante a gravidade da CO e da culpa do agente, pode o ICNF

aplicar cumulativamente às coimas previstas nomeadamente às

infracções ao n.º 2 do Art.º 26.º e aos n.º 1 e 2 dos Art.º 28.º e 29.º:

- Privação do direito a subsídio ou benefício outorgado por Entidades ou

Serviços Públicos;

-Suspensão de autorizações, licenças e alvarás.

Estas sanções têm a duração máxima de 2 anos, a contar da Decisão

Condenatória Definitiva.

Contra-Ordenações - Procedimentos

Identificar infractor e testemunhas se houver;

Elaborar auto de contra-ordenação em triplicado:

Original – Presidente da CM (artigos 27.º, 28.º e 29.º) ou

Director do ICNF (Restantes).

Duplicado (Facultativo) – Infractor

Triplicado – Arquivo do NPA / PTer / GIPS

Art.º 40.º Levantamento, Instrução e Decisão das

Contra-Ordenações

GNR

Infracções previstas nas alíneas

a), b), c) e d) Gestão Redes Secundárias

o) Queimadas

p) Queimas, fogueiras e foguetes

do n.º2 do Art.º 38.º

Auto de

Contra-Ordenação

5 dias

Restantes

5 dias ICNF

Presidente

da CM

Art.º 43.º Sinalização

A inexistência de sinalização das zonas críticas, não afasta a

aplicação das medidas de condicionamento de acesso, de

circulação e de permanência;

O ICNF assegura, junto dos meios de comunicação social, a

publicitação das zonas críticas.

PRÓXIMA AULA:

Estratégia Nacional da

Conservação da Natureza e da

Biodiversidade (ENCNB)

AM – 05 de Dezembro de 2013

AM – 3.º ano GNR Armas

Capitão Jesus Cardoso

SNDFCI