APOSTILA DE DIREITO PENAL para Escrevente Técnico Judiciário do TJ-SP

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APOSTILA DE DIREITO PENAL para Escrevente Técnico Judiciário do TJ-SP Encontre o material de estudo para seu concurso preferido em www.acheiconcursos.com.br Conteúdo: 1. Código Penal - com as alterações vigentes - artigos 293 a 305 (crimes contra a fé pública); 307; 308 (crimes de falsidade); 311-A (crimes de fraude a concursos públicos); 312 a 317; 319 a 333; 335 a 337 (crimes contra a administração pública); 339 a 347; 350 e 357 (crimes contra a administração da justiça). Código Penal Comentado; 36 questões extraídas de concursos anteriores; 84 questões comentadas didaticamente; 120 QUESTÕES NO TOTAL. ATENÇÃO: Esta apostila é uma versão de demonstração, contendo 35 páginas. A apostila completa contém 84 páginas e está disponível para download aos usuários assinantes do ACHEI CONCURSOS. Acesse os detalhes em http://www.acheiconcursos.com.br

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APOSTILA DE

DIREITO PENAL para Escrevente Técnico Judiciário do TJ-SP

Encontre o material de estudo para seu concurso preferido em

www.acheiconcursos.com.br Conteúdo: 1. Código Penal - com as alterações vigentes - artigos 293 a 305 (crimes contra a fé pública); 307; 308 (crimes de falsidade); 311-A (crimes de fraude a concursos públicos); 312 a 317; 319 a 333; 335 a 337 (crimes contra a administração pública); 339 a 347; 350 e 357 (crimes contra a administração da justiça).

Código Penal Comentado;

36 questões extraídas de concursos anteriores;

84 questões comentadas didaticamente;

120 QUESTÕES NO TOTAL.

ATENÇÃO: Esta apostila é uma versão de demonstração, contendo 35 páginas.

A apostila completa contém 84 páginas e está disponível para download aos usuários assinantes do ACHEI CONCURSOS.

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CÓDIGO PENAL COMENTADO

Atualizado até Setembro / 2012

DECRETO-LEI No 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940

PARTE ESPECIAL

TÍTULO X

DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA

CAPÍTULO II

DA FALSIDADE DE TÍTULOS E OUTROS PAPÉIS PÚBLICOS

Falsificação de papéis públicos

Art. 293 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os:

I – selo destinado a controle tributário, papel selado ou qualquer papel de emissão legal destinado à arrecadação de tributo;

II - papel de crédito público que não seja moeda de curso legal;

III - vale postal;

IV - cautela de penhor, caderneta de depósito de caixa econômica ou de outro estabelecimento mantido por entidade de direito público;

V - talão, recibo, guia, alvará ou qualquer outro documento relativo a arrecadação de rendas públicas ou a depósito ou caução por que o poder público seja responsável;

VI - bilhete, passe ou conhecimento de empresa de transporte administrada pela União, por Estado ou por Município:

Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.

§ 1o Incorre na mesma pena quem:

I – usa, guarda, possui ou detém qualquer dos papéis falsificados a que se refere este artigo;

II – importa, exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda, fornece ou restitui à circulação selo falsificado destinado a controle tributário;

III – importa, exporta, adquire, vende, expõe à venda, mantém em depósito, guarda, troca, cede, empresta, fornece, porta ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, produto ou mercadoria:

a) em que tenha sido aplicado selo que se destine a controle tributário, falsificado;

b) sem selo oficial, nos casos em que a legislação tributária determina a obrigatoriedade de sua aplicação.

§ 2º - Suprimir, em qualquer desses papéis, quando legítimos, com o fim de torná-los novamente utilizáveis, carimbo ou sinal indicativo de sua inutilização:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

§ 3º - Incorre na mesma pena quem usa, depois de alterado, qualquer dos papéis a que se refere o parágrafo anterior.

§ 4º - Quem usa ou restitui à circulação, embora recibo de boa-fé, qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem este artigo e o seu § 2º, depois de conhecer a falsidade ou alteração, incorre na pena de detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa.

§ 5o Equipara-se a atividade comercial, para os fins do inciso III do § 1o, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em vias, praças ou outros logradouros públicos e em residências.

Petrechos de falsificação

Art. 294 - Fabricar, adquirir, fornecer, possuir ou guardar objeto especialmente destinado à falsificação de qualquer dos papéis referidos no artigo anterior:

Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.

Art. 295 - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte.

CAPÍTULO III

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DA FALSIDADE DOCUMENTAL

Comentários:

Documento é todo instrumento escrito devido a um autor determinado, contendo exposição de fatos ou declaração de vontade, dotado de significação ou relevância jurídica e que pode, por si só, causar um dano, por ter valor probatório.

Características:

> forma escrita - sobre coisa móvel, transportável e transmissível (papel, pergaminho etc.); não configuram documento o escrito a lápis, pichação em muro, escrito em porta de carro ou ônibus, quadro ou pintura, bem como fotos isoladas; a fotocópia não autenticada não tem valor probatório, por isso não é documento; a jurisprudência tem entendido que a troca de fotografia feita em documento de identidade configura o crime de “falsidade documental”, uma vez que, nesse caso, a fotografia é parte integrante de um documento que, no todo, possui a forma escrita; há, todavia, entendimento minoritário de que seria apenas crime de “falsa identidade” (art. 307).

> que tenha autor certo - identificável por assinatura/nome ou, quando a lei não faz essa exigência, pelo próprio conteúdo.

> o conteúdo deve expressar uma manifestação de vontade ou a exposição de um fato.

> relevância jurídica.

> dano potencial - a falsificação não pode ser grosseira.

Falsificação do selo ou sinal público

Art. 296 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os:

I - selo público destinado a autenticar atos oficiais da União, de Estado ou de Município;

II - selo ou sinal atribuído por lei a entidade de direito público, ou a autoridade, ou sinal público de tabelião:

Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.

§ 1º - Incorre nas mesmas penas:

I - quem faz uso do selo ou sinal falsificado;

II - quem utiliza indevidamente o selo ou sinal verdadeiro em prejuízo de outrem ou em proveito próprio ou alheio.

III - quem altera, falsifica ou faz uso indevido de marcas, logotipos, siglas ou quaisquer outros símbolos utilizados ou identificadores de órgãos ou entidades da Administração Pública.

§ 2º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte.

Falsificação de documento público

Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público (é aquele elaborado por funcionário público, de acordo com as formalidades legais, no desempenho de suas funções – ex.: RG, CIC, CNH, Carteira Funcional, Certificado de Reservista, Título de Eleitor, escritura pública etc.), ou alterar documento público verdadeiro:

Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.

§ 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte.

§ 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal (autarquias, empresas públicas, sociedade de economia mista, fundações instituídas pelo Poder Público), o título ao portador ou transmissível por endosso (cheque, nota promissória, duplicata etc.), as ações de sociedade comercial (sociedades anônimas ou em comandita por ações), os livros mercantis (utilizados pelos comerciantes para registro dos atos de comércio) e o testamento particular (aquele escrito pessoalmente pelo testador).

§ 3o Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir:

I – na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório;

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II – na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento que deva produzir efeito perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita;

III – em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigações da empresa perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado.

§ 4o Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos mencionados no § 3o, nome do segurado e seus dados pessoais, a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de prestação de serviços.

Comentários:

Um particular pode cometer crime de “falsificação de documento público”, desde que falsifique documento que deveria ter sido feito por funcionário público ou altere documento efetivamente elaborado por este - ex.: o agente compra uma gráfica e passa a fazer imitações de espelhos de Carteiras de Habilitação, para vendê-los a pessoas que não se submeteram aos exames para conduzir veículos; alguém furta um espelho verdadeiro em branco e preenche os seus espaços; uma pessoa modifica a data de seu nascimento em um documento de identidade.

Quem falsifica o próprio espelho em uma gráfica e acrescenta dizeres inverídicos, comete "falsidade material” (no todo);

Quem tem em suas mãos um espelho verdadeiro em branco e sem possuir legitimidade o preenche com dados falsos, comete "falsidade material" (em parte);

Quem tem em seu poder um espelho verdadeiro e, tendo legitimidade para preenchê-lo, o faz com dados falsos, comete "falsidade ideológica" (art. 299);

Quem acrescenta (ou altera) dizeres no texto de documento verdadeiro, comete "falsidade material", na modalidade alterar; se o agente, entretanto, acrescenta dizeres totalmente individualizáveis em documento verdadeiro, sem afetar qualquer parte anteriormente dele constante, comete "falsidade material” (em parte).

A adulteração de chassi de veículo ou de qualquer de seus elementos identificadores (numeração de placas, do motor, do câmbio) caracteriza o crime do "adulteração de sinal identificador de veículo automotor" (art. 311); se, entretanto, o agente altera o número do chassi ou da placa do próprio documento do veículo, caracteriza-se o crime de "falsificação de documento público".

A consumação se dá com a falsificação ou alteração, independentemente do uso ou de qualquer outra consequência posterior.

No crime de "falsificação de documento público", que é infração que deixa vestígios, torna-se indispensável o exame de corpo de delito para a prova da materialidade; esse exame pericial, feito com a finalidade de verificar a autenticidade do documento, chama-se "exame documentoscópico"; sempre que possível deverá ser elaborado também o "exame grafotécnico", com a finalidade de constatar a autoria da assinatura e dos dizeres do documento, mediante comparação com o material fornecido durante o IP pelo indiciado.

A competência será da Justiça Federal, se o documento foi ou devia ter sido emitido por autoridade federal - ex.: passaporte. Caso contrário, é da Justiça Estadual; na falsificação de Carteira de Trabalho, a competência depende da finalidade da falsificação, se for por fraudar o INSS é da Justiça Federal, se for por fraudar particulares é da Justiça Estadual.

Falsificação de documento particular

Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular (é aquele que não é público em si mesmo ou por equiparação; não são elaborados por funcionário público no exercício de suas funções - ex.: contratos de compra e venda, de locação, nota fiscal etc.) ou alterar documento particular verdadeiro:

Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.

Comentários:

A competência é da Justiça Estadual, salvo se a falsificação tiver a finalidade de prejudicar interesse da União, suas autarquias ou empresas públicas.

Falsidade ideológica

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Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante:

Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de um a três anos, e multa, se o documento é particular.

Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta parte.

Comentários:

A "falsidade ideológica" é crime que não pode ser comprovado pericialmente, pois o documento é verdadeiro em seu aspecto formal, sendo falso apenas o seu conteúdo.

A inserção de dados falsos em documentos, livros ou declarações exigidas pelas leis fiscais caracteriza "crime contra a ordem tributária" (art. 10 da Lei n. 8.137/90).

Falso reconhecimento de firma ou letra

Art. 300 - Reconhecer, como verdadeira, no exercício de função pública, firma (assinatura da pessoa) ou letra (manuscrito da pessoa) que o não seja:

Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público; e de um a três anos, e multa, se o documento é particular.

Certidão ou atestado ideologicamente falso

Art. 301 - Atestar ou certificar falsamente, em razão de função pública, fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem:

Pena - detenção, de dois meses a um ano.

Comentários:

> certidão: tem por objeto um documento guardado na repartição ou com trâmite por ela.

> atestado: constitui testemunho ou depoimento por escrito do funcionário público sobre um fato ou circunstância.

Falsidade material de atestado ou certidão

§ 1º - Falsificar, no todo ou em parte, atestado ou certidão, ou alterar o teor de certidão ou de atestado verdadeiro, para prova de fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem:

Pena - detenção, de três meses a dois anos.

Comentários:

Ao contrário da “falsidade ideológica”, pode ser apurada por perícia - ex.: fabricação de documento falso.

§ 2º - Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se, além da pena privativa de liberdade, a de multa.

Comentários:

Se a falsidade tem por propósito a sonegação de tributos, é “crime contra a ordem tributária”.

Falsidade de atestado médico

Art. 302 - Dar o médico, no exercício da sua profissão, atestado falso:

Pena - detenção, de um mês a um ano.

Parágrafo único - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa.

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(...) ESTE É UM MODELO DE DEMONSTRAÇÃO DA APOSTILA E CONTÉM APENAS UM TRECHO DO CONTEÚDO ORIGINAL. O DESENVOLVIMENTO DA MATÉRIA CONTINUA POR MAIS PÁGINAS NA APOSTILA COMPLETA, QUE VOCÊ PODERÁ OBTER EM http://www.acheiconcursos.com.br .

CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA - QUESTÕES DE CONCURSOS

01. (TCE-MG, FCC - Procurador do Ministério Público - 2007) No crime de falsidade ideológica,

a) se a falsificação é de assentamento de registro civil a pena deve ser aumentada.

b) é prescindível o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante.

c) a circunstância de ser o documento público ou particular não interfere na pena.

d) a inserção de declaração falsa deve ocorrer em documento público.

e) ser o agente funcionário público é causa de aumento da pena, ainda que não se tenha prevalecido do cargo.

02. (Prefeitura de São Paulo, FCC - Auditor Fiscal - 2007) Aquela que omite, em documento particular, declaração que dele devia constar, com o fim de criar obrigação, comete o crime de

a) uso de documento falso.

b) falsidade ideológica.

c) supressão de documento.

d) atestado ideologicamente falso.

e) falsificação de documento particular.

03. (ICMS-SP, FCC - Agente Fiscal de Rendas - 2006) No crime de falsidade ideológica,

a) é prescindível o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante.

b) a circunstância de ser o documento público ou particular não interfere na pena.

c) a inserção de declaração falsa deve ocorrer em documento público.

d) ser o agente funcionário público é causa de aumento da pena, ainda que não se tenha prevalecido do cargo.

e) se a falsificação é de assentamento de registro civil, a pena deve ser aumentada.

04. (TRF-1a Região, FCC - Analista Judiciário - 2006) Luiz, tão logo seu tio faleceu, alterou o testamento particular por ele deixado para lhe atribuir parte da herança. Luiz responderá por crime de

a) supressão de documento.

b) falsificação de documento particular.

c) falsidade ideológica.

d) falsidade material de atestado ou certidão.

e) falsificação de documento público.

05. (Prefeitura de São Paulo, FCC - Auditor Fiscal - 2007) A falsificação de nota promissória configura o crime de

a) falsificação de documento particular.

b) falsidade ideológica.

c) uso de documento falso.

d) falsificação de selo ou sinal público.

e) falsificação de documento público.

06. (MP-SP, FCC - Promotor de Justiça - 2005) No tema de falsidade documental, pode-se dizer que

a) a lei veda a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, no caso de condenação por falsificação de documento público.

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b) em se tratando de falsificação de assentamento do registro civil, a prescrição da pretensão punitiva começa a correr do dia em que o crime se consumou.

c) configura falsificação de documento público, aquela que incide sobre nota promissória não vencida.

d) para a configuração do delito de uso de documento falso, é indispensável verificar se houve proveito ao agente ou dano efetivo.

e) a falsificação grosseira não influi na caracterização do crime.

07. (TJ-SP, FCC - Juiz - 172° Concurso) Em receituário médico em branco, que lhe foi arranjado, um empregado inseriu falso atestado sobre sua capacidade laborativa, falsificando a assinatura do profissional, entregando-o ao INSS para fins de benefício. Em tese, a conduta do empregado configura o crime de:

a) falsidade de atestado médico;

b) uso de documento falso;

c) falsidade de documento particular;

d) falsidade ideológica.

(TJ-SP, FCC - Oficial de Justiça - 2009)

08. Com relação aos crimes relacionados à falsidade documental, pode-se afirmar que

I. é criminosa a conduta daquele que exibe, voluntariamente, à polícia, carteira de motorista que sabe ser falsa;

II. o médico, não funcionário público, que emite atestado falso, pratica crime específico chamado de falsidade de atestado médico;

III. o crime de falsidade ideológica prevê uma causa de aumento de pena na hipótese de o agente ser funcionário público e cometer o crime prevalecendo-se do cargo.

Está correto o contido em

a) I, somente.

b) I e II, somente.

c) I e III, somente.

d) II e III, somente.

e) I, II e III.

09. O crime de falsificação de selo ou sinal público consiste

a) tão somente na alteração do documento.

b) tão somente da adulteração do documento.

c) tão somente na fabricação do documento.

d) na fabricação ou alteração do documento.

e) tão somente na criação do documento.

10. (TRF-5a Região, FCC - Analista Judiciário - 2008) João alterou documento verdadeiro emanado de entidade paraestatal. João responderá por crime de

a) falsificação de documento público.

b) falsificação de documento particular.

c) falsidade ideológica.

d) falsificação de selo ou sinal público.

e) supressão de documento.

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GABARITO

01. Alternativa A - CERTA

Dispõe o art. 299 do CP: "Art. 299. Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante. Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa, se o documento é particular. Parágrafo único. Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta parte."

Alternativas B, C, D e E - ERRADAS

Vide teor do art. 299 do CP citado na alternativa A.

02. Alternativa B - CERTA

Dispõe o art. 299 do CP: "Art. 299. Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante. Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa, se o documento é particular. Parágrafo único. Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta parte."

Alternativa A - ERRADA

O crime de uso de documento falso está previsto no art. 304 do CP.

Alternativa C - ERRADA

O crime de supressão de documento está previsto no art. 305 do CP.

Alternativa D - ERRADA

O crime de atestado ideologicamente falso está previsto no art. 301 do CP.

Alternativa E - ERRADA

O crime de falsificação de documento particular está previsto no art. 298 do CP.

03. Alternativa E - CERTA

Dispõe o art. 299 do CP: "Art. 299. Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante. Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa, se o documento é particular. Parágrafo único. Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta parte."

Alternativas A, B, C e D - ERRADAS

Vide teor do art. 299 do CP citado na alternativa E.

04. Alternativa E - CERTA

O testamento particular é considerado documento público por equiparação. Nesse sentido, o teor do art. 297, § 2°, do CP: "Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular."

Alternativa A - ERRADA

O crime de supressão de documento está previsto no art. 305 do CP.

Alternativa B - ERRADA

O crime de falsificação de documento particular está previsto no art. 298 do CP.

Alternativa C - ERRADA

O crime de falsidade ideológica está previsto no art. 299 do CP.

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(...) ESTE É UM MODELO DE DEMONSTRAÇÃO DA APOSTILA. O GABARITO INTEGRAL DAS QUESTÕES DESTE ASSUNTO ESTÃO APENAS NA APOSTILA COMPLETA QUE VOCÊ PODERÁ OBTER EM http://www.acheiconcursos.com.br .

CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - QUESTÕES DE CONCURSOS

01. (TRE-SE, FCC - Analista Judiciário - 2007) Um funcionário público, ocupante do cargo de motorista, entrega para terceira pessoa, em pagamento de uma dívida pessoal, o veículo oficial que normalmente dirige e informa na repartição que foi furtado. Ele pratica crime de

a) apropriação indébita.

b) furto em co-autoria.

c) peculato.

d) corrupção ativa.

e) concussão.

02. (TRF-2ª Região, FCC - Analista Judiciário - 2007) Funcionário público encarregado do Centro de Processamento de Dados - CPD modifica o sistema de informações do órgão sem autorização ou solicitação da autoridade competente. Assim agindo, ele

a) não comete crime porque é encarregado do CPD.

b) comete crime de modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações.

c) comete crime de abuso de autoridade.

d) comete crime de adulteração de dados digitados.

e) comete crime de inserção de dados falsos em sistema de informação.

03. (TCE-SP, FCC - Auditor do Tribunal de Contas - 2008) O crime de advocacia administrativa previsto no art. 321 do Código Penal

a) exige que o sujeito ativo seja advogado.

b) ocorre no caso de o agente patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração fazendária, valendo-se da qualidade de funcionário público.

c) admite o concurso de particulares.

d) ocorre no caso de o agente patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a Administração, dando causa à instauração de licitação ou à celebração de contrato, cuja invalidação vier a ser decretada pelo Poder Judiciário.

e) exige que o interesse patrocinado seja ilegítimo.

04. (TRE-PB, FCC - Analista Judiciário - 2007) Mário, valendo-se da condição de funcionário público, cogita em subtrair cinco computadores de propriedade do Estado que se localizam na repartição pública que trabalha. Para ajudá-lo na subtração convida Douglas, advogado da empresa particular GIGA e seu amigo intimo. Neste caso, considerando que Mário e Douglas subtraíram somente dois computadores,

a) apenas Mário responderá pela prática de peculato tentado, uma vez que Douglas não era funcionário público não se comunicando circunstância pessoal.

b) apenas Mário responderá pela prática de peculato consumado, uma vez que Douglas não era funcionário público não se comunicando circunstância pessoal.

c) eles responderão pela prática de crime de peculato tentado em concurso de pessoas.

d) eles responderão pela prática de crime de peculato consumado em concurso de pessoas.

e) apenas Mário responderá pela prática de concussão consumada, uma vez que Douglas não era funcionário público não se comunicando circunstância pessoal.

05. (TRE-MS, FCC - Analista Judiciário - 2007) Considere:

I. Exigir diretamente para si, em razão de função pública, vantagem indevida.

II. Aceitar promessa de vantagem indevida para si, ainda que fora da função pública, mas em razão dela.

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III. Desviar o funcionário público em proveito alheio, bem móvel particular de que tem a posse em razão do cargo.

IV. Desviar o funcionário público, em proveito próprio, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos.

Tais condutas configuram, respectivamente, os crimes de

a) corrupção passiva, peculato, excesso de exação e prevaricação.

b) concussão, corrupção passiva, peculato e excesso de exação.

c) prevaricação, excesso de exação, concussão e peculato.

d) peculato, concussão, corrupção passiva e prevaricação.

e) excesso de exação, corrupção passiva, peculato e concussão.

06. (TRE-PB, FCC - Analista Judiciário - 2007) Mário, policial militar, em uma "diligência" de rotina encontra João, foragido da Justiça. Quando descobre tratar de criminoso foragido, Mário exige de João a quantia de R$ 10.000,00 para não o conduzir à prisão. Pedro, policial militar parceiro de Mário, vê a cena e prende Mário e João, antes que João entregasse o dinheiro exigido para Mário. Neste caso, Mário cometeu crime de

a) corrupção ativa consumada.

b) concussão consumada.

c) concussão tentada.

d) corrupção ativa tentada.

e) condescendência criminosa.

07. (TRE-PB, FCC - Analista Judiciário - 2007) No peculato culposo, a reparação do dano

a) se precede à sentença irrecorrível, reduz de um terço até a metade a pena imposta.

b) se precede ao recebimento da denuncia, extingue a punibilidade e se lhe é posterior, reduz de um terço a pena imposta.

c) se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade e se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.

d) não extinguirá, em nenhuma hipótese, a punibilidade, uma vez que para a caracterização do tipo penal do peculato é irrelevante a efetiva obtenção da vantagem ilícita.

e) se precede ao recebimento da denuncia, reduz de um terço até a metade a pena imposta.

(TRF-3ª Região, FCC - Técnico Judiciário - 2007)

08. Na hipótese de peculato culposo, a reparação do dano depois da sentença irrecorrível implica na

a) suspensão da pena.

b) redução de três quintos da pena imposta.

c) exclusão da antijuricidade.

d) extinção da punibilidade.

e) redução de metade da pena imposta.

09. "A" entrou no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais. Sua conduta

a) configura crime de concussão.

b) configura crime de peculato.

c) configura o crime de exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado.

d) não caracteriza infração penal.

e) não caracteriza infração penal, mas ele não receberá o salário até que satisfaça as exigências legais.

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10. (TRE-MS, FCC - Técnico Judiciário - 2007) Pedro é funcionário público, exercendo as funções de guarda de presídio. Pedro solicitou a um presidiário quantia em dinheiro para fornecer-lhe um aparelho celular cujo uso fora proibido. O presidiário aceitou, mas o aparelho não lhe foi entregue, nem a quantia solicitada foi paga. Nesse caso, Pedro

a) responderá por crime de prevaricação.

b) não responderá por nenhum delito, por tratar-se de fato atípico.

c) não responderá por nenhum delito, por que não houve início de execução.

d) responderá por tentativa de corrupção passiva.

e) responderá por crime de corrupção passiva.

(TRF-3ª Região, FCC - Técnico Judiciário - 2007)

11. Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza, ele comete crime de

a) excesso de exação.

b) corrupção passiva.

c) corrupção ativa.

d) peculato.

e) prevaricação.

12. Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, configura

a) condescendência criminosa.

b) crime de corrupção passiva.

c) crime de corrupção ativa.

d) crime de concussão.

e) infração administrativa, apenas.

13. Sobre o crime de PECULATO, considere:

I. é crime que exige a qualidade de funcionário público do autor, ressalvada a hipótese de co-autoria.

II. a apropriação ou o desvio pode ter como objeto bem imóvel.

III. caracteriza-se pela apropriação ou desvio de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel.

IV. configura-se somente se a apropriação for de bem público.

V. não se caracteriza se a apropriação ou o desvio for de bem particular.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e II.

b) I e III.

c) III e IV.

d) III, IV e V.

e) IV e V.

(TRF-3ª Região, FCC - Analista Judiciário - 2007)

14. Agindo com negligência, João esquece sobre o balcão da repartição onde exerce cargo público documento que contém segredo, de forma que terceira pessoa tem acesso a ele. Assim agindo, João

a) pratica crime de violação de sigilo funcional porque o dolo é presumido.

b) só pratica crime se o terceiro que teve conhecimento do segredo revelá-lo para outras pessoas.

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c) não pratica crime, porque o Código Penal não prevê a modalidade culposa de violação de sigilo funcional.

d) pratica crime de violação de sigilo funcional porque presente o dolo eventual.

e) pratica crime de condescendência criminosa.

15. Antes de assumir o cargo público municipal para o qual foi nomeado, invocando a sua condição funcional, João exige ingresso dos organizadores de evento cuja realização depende de autorização do Poder Público. Assim agindo, João

a) comete crime de concussão.

b) comete crime de corrupção ativa.

c) comete crime de corrupção passiva.

d) não comete crime algum porque pedido de ingresso para evento é mero ilícito civil.

e) não comete crime algum porque ainda não assumiu o cargo.

16. João, tesoureiro de órgão público, agindo em concurso com José e em proveito deste, que não é funcionário público mas que sabe que João o é, desvia certa quantia em dinheiro, de que tem a posse em razão do cargo. Por essa conduta

a) José não responde por crime nenhum, já que foi João quem desviou o dinheiro.

b) João responde por peculato e José por apropriação indébita.

c) João e José respondem pelo crime de peculato.

d) João não responde por crime porque o dinheiro foi todo entregue para José, que é quem deve ser processado.

e) João e José respondem pelo crime de peculato, mas este tem a pena reduzida pela metade, porque foi João quem desviou o dinheiro.

(CGU, Esaf - Analista de Finanças e Controle - 2004)

17. O funcionário público "C" exigiu para si vantagem indevida em razão de sua função. Configurou-se o crime de concussão, que é apenado com reclusão de dois a oito anos e multa. Neste caso, pode-se afirmar que a prescrição do crime antes de transitar em julgado a sentença

a) ocorrerá em vinte anos.

b) ocorrerá em quatro anos.

c) ocorrerá em doze anos.

d) ocorrerá em dezesseis anos.

e) é imprescritível.

18. Quanto ao crime de corrupção ativa (art. 333 do CP), pode-se afirmar que

a) depende da existência da corrupção passiva para que se configure.

b) o tipo consiste em solicitar para si ou para outrem, em razão da função, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.

c) caracteriza-se o crime se o funcionário público exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido.

d) o tipo consiste em exigir, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função.

e) o tipo consiste em oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício.

19. Se "A", Delegado de Polícia, acatou ordem de "B", seu superior hierárquico, para não instaurar inquérito policial contra determinada pessoa, amiga de "B", acusada de falsidade documental,

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a) "A" praticou o crime de prevaricação e "B" é inocente, já que não tinha atribuição para apurar o crime de falsidade.

b) somente "B" praticou o crime de prevaricação, porque "A" obedeceu à ordem de seu superior hierárquico.

c) a conduta de ambos não configura ilícito penal.

d) "A" e "B" praticaram o crime de prevaricação.

e) "A" e "B" praticaram o crime de peculato.

20. (CGU, Esaf - Analista de Finanças e Controle - 2006) A (funcionário público federal), nessa qualidade, com intuito de prejudicar B (contribuinte), exige contribuição social que sabia indevida.

A comete o crime de:

a) Extensão.

b) Estelionato.

c) Excesso de exação.

d) Violência arbitrária.

e) Concussão.

21. (MTE, Esaf - Auditor Fiscal do Trabalho - 2006) O funcionário que, sabendo devida a contribuição social, emprega na cobrança meio gravoso que a lei não autoriza, pratica crime de:

a) corrupção passiva.

b) prevaricação.

c) advocacia administrativa.

d) excesso de exação.

e) corrupção ativa.

(TRT-24ª Região, FCC - Analista Judiciário - 2006)

22. Ares, funcionário do Serviço de Águas e Esgotos do Município, entidade paraestatal, desviou em proveito próprio a quantia de R$ 5.200,00 referente ao pagamento de contas em atraso efetuadas por um usuário. Nessa hipótese, Ares

a) cometeu crime de emprego irregular de rendas públicas.

b) não cometeu crime contra a Administração Pública.

c) cometeu crime de prevaricação.

d) cometeu crime de corrupção passiva.

e) cometeu crime de peculato.

23. Cadmo foi surpreendido por policiais quando arrombava o cofre de uma loja para subtrair dinheiro. Na delegacia, o Delegado de Polícia, por ser amigo de seu pai e penalizado com a situação de pobreza de Cadmo, deixou de determinar a lavratura de auto de prisão em flagrante e colocou-o em liberdade. Nesse caso, o Delegado de Polícia

a) cometeu crime de prevaricação.

b) não cometeu crime contra a Administração Pública.

c) cometeu crime de condescendência criminosa.

d) cometeu crime de corrupção passiva.

e) cometeu crime de abandono de função.

24. Tício é Analista Judiciário, Área Judiciária, Especialidade Execução de Mandados. No exercício de suas funções, no cumprimento de mandado judicial, efetuou a remoção de dois televisores penhorados em uma execução. No caminho para o local onde os aparelhos ficariam depositados, trocou um dos

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televisores por outro de menor valor e se apropriou daquele que havia sido penhorado. Nesse caso, Tício cometeu crime de

a) corrupção passiva.

b) prevaricação.

c) excesso de exação.

d) concussão.

e) peculato.

25. Cronos é Analista Judiciário, Área Judiciária, Especialidade Execução de Mandados. No exercício de suas funções, no cumprimento de mandado judicial, atendendo a pedido de influente político da região, retardou a prática de ato de ofício, deixando de remover bens penhorados de Zeus, cabo eleitoral deste. Nessa hipótese, Cronos

a) cometeu crime de prevaricação.

b) não cometeu crime contra a Administração Pública.

c) cometeu crime de corrupção passiva.

d) cometeu crime de advocacia administrativa.

e) concussão.

26. Caio é Analista Judiciário, Área Judiciária, Especialidade Execução de Mandados. No exercício de suas funções, de posse de mandado judicial, exigiu do executado Cadmo a quantia de R$ 1.000,00 para retardar a penhora de seu veículo. Nesse caso, Caio cometeu crime de

a) excesso de exação.

b) corrupção passiva.

c) peculato.

d) concussão.

e) prevaricação.

(TJ-PE, FCC - Analista Judiciário - 2007)

27. Em relação aos Crimes contra a Administração Pública, considere:

I. Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.

II. Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.

III. Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função.

IV. Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício.

As assertivas correspondem, respectivamente, aos crimes de

a) concussão, corrupção passiva, tráfico de influência e corrupção ativa.

b) corrupção ativa, concussão, corrupção passiva e tráfico de influência.

c) corrupção passiva, tráfico de influência, concussão e corrupção ativa.

d) tráfico de influência, corrupção passiva, corrupção ativa e concussão.

e) concussão, corrupção ativa, tráfico de influência e corrupção passiva.

28. Constitui ato de improbidade administrativa que importa enriquecimento ilícito a conduta do agente público que

a) aumenta despesa com pessoal nos cento e oitenta dias anteriores ao final do mandato do agente que determinou tal aumento.

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b) utiliza recursos de transferência voluntária em finalidade diversa da pactuada.

c) determina irregular renúncia de receita, mediante anistia, subsídio ou concessão de isenção, recebendo para tanto qualquer outra vantagem econômica.

d) assume diretamente compromisso, confissão de dívida ou operação assemelhada com fornecedor de bens, mercadorias ou serviços, que não seja empresa estatal dependente, mediante emissão, aceite ou aval de título de crédito.

e) contrata operação de crédito entre uma instituição financeira estatal e o ente da Federação que a controla, na qualidade de beneficiário do empréstimo.

(TRF-4ª Região, FCC - Analista Judiciário - 2007)

29. Túlio assumiu o exercício de função pública sem ser nomeado ou designado, executando ilegitimamente ato de ofício. Tal conduta caracteriza o crime de

a) desobediência.

b) tráfico de influência.

c) exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado.

d) advocacia administrativa.

e) usurpação de função pública.

30. Dar às verbas ou às rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei

a) não constitui crime, sendo somente irregularidade administrativa.

b) constitui crime contra a Administração Pública praticado por funcionário público.

c) configura crime de peculato-furto.

d) caracteriza crime de peculato mediante erro de outrem.

e) constitui crime de prevaricação.

31. Nos termos do Código Penal, é equiparado a funcionário público, para efeitos penais, somente quem

a) trabalha em empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública.

b) exerce cargo ou função de confiança na Administração direta.

c) trabalha em empresa prestadora de serviços para a União e quem exerce cargo em Ministério.

d) exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública.

e) exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal.

32. (TRE-MS, FCC - Técnico Judiciário - 2007) O ressarcimento do dano, no crime de peculato doloso,

a) extingue a punibilidade do agente se for anterior ao recebimento da denúncia.

b) extingue a punibilidade do agente se for anterior à denúncia.

c) não extingue a punibilidade do agente.

d) extingue a punibilidade do agente se for anterior à sentença.

e) extingue a punibilidade do agente se for anterior ao trânsito em julgado da sentença.

33. (TRT-24ª Região, FCC - Analista Judiciário - 2006) Cadmo foi surpreendido por policiais quando arrombava o cofre de uma loja para subtrair dinheiro. Na delegacia, o Delegado de Polícia, por ser amigo de seu pai e penalizado com a situação de pobreza de Cadmo, deixou de determinar a lavratura de auto de prisão em flagrante e colocou-o em liberdade. Nesse caso, o Delegado de Polícia

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a) cometeu crime de prevaricação.

b) não cometeu crime contra a Administração Pública.

c) cometeu crime de condescendência criminosa.

d) cometeu crime de corrupção passiva.

e) cometeu crime de abandono de função.

GABARITO

01. C 02. B 03. C 04. D 05. B 06. B 07. C 08. E 09. C 10. E 11. A 12. D 13. B 14. C 15. A 16. C 17. C 18. E 19. D 20. C 21. D 22. E 23. A 24. E 25. C 26. D 27. A 28. C 29. E 30. B 31. D 32. C 33. A

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(...) ESTE É UM MODELO DE DEMONSTRAÇÃO DA APOSTILA. O GABARITO INTEGRAL DAS QUESTÕES DESTE ASSUNTO ESTÃO APENAS NA APOSTILA COMPLETA QUE VOCÊ PODERÁ OBTER EM http://www.acheiconcursos.com.br .

CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - QUESTÕES COMENTADAS DE CONCURSOS

01. (TJ-PE, FCC - Analista Judiciário - 2007) Em relação aos Crimes contra a Administração Pública, considere:

I - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.

II - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.

III - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função.

IV - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício.

As assertivas correspondem, respectivamente, aos crimes de

a) concussão, corrupção passiva, tráfico de influência e corrupção ativa.

b) corrupção ativa, concussão, corrupção passiva e tráfico de influência.

c) corrupção passiva, tráfico de influência, concussão e corrupção ativa.

d) tráfico de influência, corrupção passiva, corrupção ativa e concussão.

e) concussão, corrupção ativa, tráfico de influência e corrupção passiva.

02. (TRE-MS, FCC - Analista Judiciário - 2007) Considere:

I - Exigir diretamente para si, em razão de função pública, vantagem indevida.

II - Aceitar promessa de vantagem indevida para si, ainda que fora da função pública, mas em razão dela.

III - Desviar o funcionário público em proveito alheio, bem móvel particular de que tem a posse em razão do cargo.

IV - Desviar o funcionário público, em proveito próprio, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos.

Tais condutas configuram, respectivamente, os crimes de

a) corrupção passiva, peculato, excesso de exação e prevaricação.

b) concussão, corrupção passiva, peculato e excesso de exação.

c) prevaricação, excesso de exação, concussão e peculato.

d) peculato, concussão, corrupção passiva e prevaricação.

e) excesso de exação, corrupção passiva, peculato e concussão.

03. (TRT-24ª Região, FCC - Analista Judiciário - 2006) Perseu, advogado militante na cidade, não é funcionário público, mas é amigo do Delegado de Polícia do Município. Valendo-se dessa amizade, pediu ao policial que não prendesse em flagrante um cliente seu que havia sido surpreendido furtando roupas de uma loja. Nessa situação, Perseu

a) cometeu crime de condescendência criminosa.

b) cometeu crime de advocacia administrativa.

c) cometeu crime de corrupção passiva.

d) não cometeu crime contra a Administração Pública.

e) cometeu crime de concussão.

04. (TRE-AP, FCC - Analista Judiciário - 2006) Considere as seguintes assertivas:

I - Desviar o funcionário público dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, em proveito próprio ou alheio.

II - Exigir, para si ou para outrem direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.

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III - Exigir tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza.

IV - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.

A descrição das condutas típicas acima, correspondem, respectivamente, aos crimes de

a) furto, corrupção passiva, extorsão e peculato.

b) apropriação indébita, peculato, excesso de exação e corrupção passiva.

c) peculato, concussão, excesso de exação e corrupção passiva.

d) excesso de exação, extorsão, prevaricação e apropriação indébita.

e) estelionato, prevaricação, peculato e extorsão.

05. (TRT-2a Região, FCC - Analista Judiciário - 2004) Considere as afirmativas:

I - Comete o crime de advocacia administrativa quem, valendo-se da qualidade de funcionário público, pleiteia, junto a superiores hierárquicos, interesse particular próprio perante a administração pública.

II - O crime de abandono de função, consistente em abandonar cargo público fora dos casos permitidos em lei, somente é punível a título de dolo.

III - O crime de violação de segredo funcional caracteriza-se com a mera revelação do segredo a terceiro, independentemente de qualquer resultado lesivo, exigindo-se apenas a potencialidade de dano.

IV - O crime de concussão se caracteriza com a mera solicitação de vantagem indevida pelo funcionário público.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I, II e III.

b) I, II e IV.

c) I e IV.

d) II e III.

e) II, III e IV.

06. (TRT-24ª Região, FCC - Analista Judiciário - 2003) Considere as proposições abaixo:

I - Os tutores, curadores, síndicos e inventariantes dativos são considerados funcionários públicos para os efeitos penais.

II - Caracteriza-se o crime de advocacia administrativa pelo patrocínio, valendo-se da qualidade de funcionário, de interesse privado próprio, perante a Administração Pública.

III - O escrevente que revela fato objeto de processo que tramita em seu cartório só comete crime de violação de sigilo funcional se esse processo estiver tramitado em segredo de justiça.

Está correto o que se afirma SOMENTE em

a) I.

b) I e II.

c) I e III.

d) II e III.

e) III.

07. (PGE-RR, FCC - Procurador do Estado - 2006) Assinale a alternativa que contém dois crimes praticados por funcionário público contra a Administração em geral e um crime praticado por particular contra a Administração em geral.

a) Prevaricação, corrupção passiva e tráfico de influência.

b) Desobediência, corrupção ativa e inutilização de edital ou sinal.

c) Inserção de dados falsos em sistema de informações, excesso de exação e condescendência criminosa.

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d) Desacato, resistência e advocacia administrativa.

e) Concussão, advocacia administrativa e facilitação de contrabando ou descaminho.

GABARITO E COMENTÁRIOS

01. A

Alternativa A - CERTA

Os enunciados correpondem exatamente aos artigos do Código Penal sobre os crimes de concussão (art. 316), corrupção passiva (art. 317), tráfico de influência (art. 332) e corrupção ativa (art. 333).

Alternativas B, C, D e E - ERRADAS

As assertivas estão fora da ordem estabelecida no enunciado.

02. B

Alternativa B - CERTA

Os enunciados correspondem exatamente aos artigos do Código Penal sobre os crimes de concussão (art. 316), corrupção passiva (art. 317), peculato (art. 312) e excesso de exação (art. 316, § 2º).

Alternativas A, C, D e E - ERRADAS

As assertivas estão fora da ordem estabelecida no enunciado.

03. D

Alternativa D - CERTA

Perseu não cometeu crime algum, pois, além de não ser funcionário público para os efeitos penais (art. 327 do CP), apenas pediu ao Delegado de Polícia que não prendesse seu cliente em flagrante delito. O fato de ser amigo do Delegado não influencia em nada. Não há fato típico.

Alternativa A - ERRADA

Condescendência criminosa - "Art. 320. Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente. Pena - detenção, de 15 (quinze) dias a 1 (um) mês, ou multa."

Alternativa B - ERRADA

Advocacia administrativa - "Art. 321. Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário. Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa. Parágrafo único. Se o interesse é ilegítimo. Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, além da multa."

Alternativa C - ERRADA

Corrupção passiva - "Art. 317. Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem. Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. § 1° A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional. § 2° Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem. Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa."

Alternativa E - ERRADA

Concussão - "Art. 316. Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida. Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa."

04. C

Alternativa C - CERTA

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(...) ESTE É UM MODELO DE DEMONSTRAÇÃO DA APOSTILA. O GABARITO INTEGRAL DAS QUESTÕES DESTE ASSUNTO ESTÃO APENAS NA APOSTILA COMPLETA QUE VOCÊ PODERÁ OBTER EM http://www.acheiconcursos.com.br .

CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (MODALIDADE: PECULATO)

QUESTÕES COMENTADAS DE CONCURSOS

01. (TCE-MG, FCC - Técnico de Controle Externo - 2007) No peculato culposo, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível,

a) é causa de diminuição da pena.

b) exclui o crime.

c) não tem qualquer repercussão.

d) extingue a punibilidade.

e) é circunstância atenuante.

02. (TRE-PB, FCC - Analista Judiciário - 2007) No peculato culposo, a reparação do dano

a) se precede à sentença irrecorrível, reduz de um terço até a metade a pena imposta.

b) se precede ao recebimento da denúncia, extingue a punibilidade e se lhe é posterior, reduz de um terço a pena imposta.

c) se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade e se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.

d) não extinguirá, em nenhuma hipótese, a punibilidade, uma vez que para a caracterização do tipo penal do peculato é irrelevante a efetiva obtenção da vantagem ilícita.

e) se precede ao recebimento da denúncia, reduz de um terço até a metade a pena imposta.

03. (TRE-PB, FCC - Analista Judiciário - 2007) Mário, valendo-se da condição de funcionário público, cogita em subtrair cinco computadores de propriedade do Estado que se localizam na repartição pública que trabalha. Para ajudá-Io na subtração convida Douglas, advogado da empresa particular GIGA e seu amigo íntimo. Neste caso, considerando que Mário e Douglas sub-traíram somente dois computadores,

a) apenas Mário responderá pela prática de peculato tentado, uma vez que Douglas não era funcionário público não se comunicando circunstância pessoal.

b) apenas Mário responderá pela prática de peculato consumado, uma vez que Douglas não era funcionário público não se comunicando circunstância pessoal.

c) eles responderão pela prática de crime de peculato tentado em concurso de pessoas.

d) eles responderão pela prática de crime de peculato consumado em concurso de pessoas.

e) apenas Mário responderá pela prática de concussão consumada, uma vez que Douglas não era funcionário público não se comunicando circunstância pessoal.

04. (TRE-MS, FCC - Técnico Judiciário - 2007) O ressarcimento do dano, no crime de peculato doloso,

a) extingue a punibilidade do agente se for anterior ao recebimento da denúncia.

b) extingue a punibilidade do agente se for anterior à denúncia.

c) não extingue a punibilidade do agente.

d) extingue a punibilidade do agente se for anterior à sentença.

e) extingue a punibilidade do agente se for anterior ao trânsito em julgado da sentença.

05. (MPU, FCC - Analista - 2007) A respeito do peculato doloso, é certo que

a) a posse do dinheiro, valor ou bem pelo funcionário público é indispensável para a caracterização dessa infração penal.

b) a reparação do dano, se ocorre antes do trânsito em julgado da sentença, extingue a punibilidade.

c) o carcereiro que se apropria de objeto do preso não pratica esse delito, por tratar-se de bem particular.

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d) comete esse delito o policial que subtrai um toca-fitas de veículo particular estacionado na via pública.

e) o particular, no caso de concurso de agentes, responde por esse delito se sabia que o autor era funcionário público.

06. (PMSPA, FCC - Auditor Fiscal - 2007) Admite a modalidade culposa

a) a concussão.

b) a prevaricação.

c) a corrupção passiva.

d) o peculato.

e) o falso testemunho.

07. (Secretaria de Estado de Planejamento, FCC - Delegado Civil - 2006) Pedro (funcionário público) convidou Paulo (comerciante) para subtraírem um computador de uma repartição pública. Paulo concordou, ignorando que Pedro é funcionário público. Ambos ingressaram na referida repartição pública e subtraíram o computador. Nesse caso,

a) Pedro responde por peculato doloso e Paulo por furto.

b) Pedro responde por furto e Paulo por peculato doloso.

c) Ambos respondem por peculato doloso.

d) Ambos respondem por furto.

e) Pedro responde por peculato doloso e Paulo por peculato culposo.

08. (TRT-24a Região, FCC - Analista Judiciário - 2006) Ares, funcionário do Serviço de Águas e Esgotos do Município, entidade paraestatal, desviou em proveito próprio a quantia de R$ 5.200,00 referente ao pagamento de contas em atraso efetuadas por um usuário. Nessa hipótese, Ares

a) cometeu crime de emprego irregular de rendas públicas.

b) não cometeu crime contra a Administração Pública.

c) cometeu crime de prevaricação.

d) cometeu crime de corrupção passiva.

e) cometeu crime de peculato.

09. (TRT-24a Região, FCC - Analista Judiciário - 2006) Tício é Analista Judiciário, Área Judiciária, Especialidade Execução de Mandados. No exercício de suas funções, no cumprimento de mandado judicial, efetuou a remoção de dois televisores penhorados em uma execução. No caminho para o local onde os aparelhos ficariam depositados, trocou um dos televisores por outro de menor valor e se apropriou daquele que havia sido penhorado. Nesse caso, Tício cometeu crime de

a) corrupção passiva.

b) prevaricação.

c) excesso de exação.

d) concussão.

e) peculato.

10. (TRE-RN, FCC - Analista Judiciário - 2005) "A", diretor-financeiro de órgão do Tribunal Regional Eleitoral, esqueceu de trancar a porta do cofre dessa repartição. "B", analista judiciário, do mesmo Tribunal, valendo-se do livre acesso ao local, percebeu o ocorrido e aproveitou para subtrair certa quantia em dinheiro, destinada ao pagamento de serviços em geral. Nesse caso, "A" e "B", respondem, respectivamente, pelos crimes de

a) furto culposo e peculato-desvio.

b) peculato mediante erro de outrem e furto.

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c) peculato culposo e peculato-furto.

d) apropriação culposa e apropriação indébita.

e) peculato administrativo e peculato-apropriação.

11. (TRT-22ª Região, FCC - Analista Judiciário - 2004) Plínio, vendedor ambulante, aproveitando-se de um descuido do motorista de um veículo da Prefeitura Municipal de sua cidade, subtraiu a quantia de R$ 5.000,00, referente à arrecadação municipal do dia que estava sendo levada para ser depositada na conta corrente da municipalidade. Em tal situação, é correto afirmar que Plínio

a) não cometeu o crime de peculato doloso, porque não era funcionário público para efeitos criminais.

b) cometeu o crime de peculato por erro de outrem, porque se aproveitou da negligência do motorista do veículo.

c) praticou o delito de peculato-furto, porque subtraiu valores em dinheiro pertencentes à municipalidade.

d) cometeu o delito de peculato culposo, porque foi negligente em não deduzir que o dinheiro poderia pertencer à municipalidade.

e) praticou o delito de peculato doloso, porque se apropriou de bem móvel público.

12. (TRT-22ª Região, FCC - Analista Judiciário - 2004) Paulo, funcionário público municipal, é responsável pelo vestiário do Clube Esportivo Municipal e, durante uma partida de futebol, subtraiu R$ 200,00 da carteira de um jogador que havia deixado seus haveres sob sua guarda. Nesse caso, Paulo

a) praticou delito de corrupção ativa.

b) não praticou crime contra a administração pública.

c) cometeu crime de peculato doloso.

d) cometeu crime de excesso de exação.

e) praticou delito de prevaricação.

13. (TRT-22a Região, FCC - Analista Judiciário - 2004) João é o funcionário público responsável pelo abastecimento de veículos da Prefeitura de uma cidade. O motorista de um veículo oficial solicitou que abastecesse um veículo particular de sua propriedade, dizendo que iria utilizá-lo em serviço. João atendeu e efetuou o abastecimento, negligenciando quanto à verificação da existência de autorização para tanto e quanto à veracidade da afirmação feita pelo motorista, que viajou com a família para o litoral. João, nesse caso,

a) cometeu crime de peculato culposo.

b) não praticou crime contra a administração pública.

c) praticou delito de corrupção ativa.

d) cometeu crime de condescendência criminosa.

e) praticou delito de prevaricação.

14. (TRT-23ª Região, FCC - Analista Judiciário - 2004) Por um erro na elaboração da folha de pagamento, funcionários de uma repartição pública receberam vencimentos em dobro. Notificados a respeito, todos devolveram, menos Zeus, que resolveu gastar o valor recebido. Nesse caso, Zeus

a) responderá por crime de peculato por erro de outrem, porque, mesmo notificado do erro, recusou-se a devolver o dinheiro recebido a maior.

b) não cometeu nenhum crime, porque não está obrigado a devolver o que recebeu a mais.

c) cometeu crime de peculato doloso, pois foi notificado do erro e se recusou a devolver o numerário.

d) cometeu crime de peculato culposo, porque era perceptível ao homem normal a ocorrência do erro que gerou o pagamento em dobro.

e) só responderá por peculato doloso se tivesse condições econômicas de devolver o dinheiro recebido a mais e recusou-se a fazê-lo.

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15. (TRT-23ª Região, FCC - Analista Judiciário - 2004) A respeito do crime de peculato pode-se afirmar que

a) comete o delito de peculato dolosa o carcereiro que se apropria de valores de pessoa presa sob a sua guarda, mesmo tratando-se de bens de particular.

b) a reposição do dinheiro apropriado extingue a punibilidade do crime de peculato doloso.

c) a utilização pelo funcionário de dinheiro de que tinha a posse, com a intenção de efetuar a reposição, descaracteriza o crime de peculato doloso.

d) a consumação desse delito ocorre no momento em que o agente gasta em proveito próprio dinheiro anteriormente desviado.

e) a reparação do dano, antes do trânsito em julgado da sentença, não extingue a punibilidade do crime de peculato culposo.

16. (TRT-23ª Região, FCC - Analista Judiciário - 2004) A reparação do dano no peculato culposo

a) implica perdão judicial e isenção de pena, se preceder a sentença de primeiro grau.

b) é irrelevante tanto para a extinção da punibilidade do agente, quanto para a fixação da pena.

c) extingue a punibilidade, se precede a sentença irrecorrível.

d) implica redução de metade da pena imposta, se ocorrer após a sentença de primeiro grau e antes do julgamento do recurso.

e) implica cancelamento da pena imposta, se tiver lugar após a sentença irrecorrível.

17. (TRT-2ª Região, FCC - Analista Judiciário - 2004) Ana é funcionária de uma repartição pública. Como o computador que utilizava estava com defeito, levou seu micro particular para seu local de trabalho a fim de usá-lo até que o defeito fosse reparado. À noite, João, funcionário público responsável pela segurança, se apropriou do micro de propriedade de Ana que estava na repartição e vendeu-o a terceiro. João

a) não cometeu crime de peculato porque se tratava de bem particular.

b) cometeu crime de peculato culposo.

c) cometeu crime de peculato doloso.

d) cometeu crime de peculato mediante erro de outrem.

e) cometeu crime de concussão.

18. (TRT-2ª Região, FCC - Analista Judiciário - 2004) Considere:

I - A utilização em proveito próprio de mão-de-obra, veículos e equipamentos pertencentes à Administração Pública caracteriza o delito de peculato.

II - O ressarcimento do dano não exclui a tipicidade do crime de peculato doloso, pois, nesse crime, não importa só a lesão patrimonial, mas também a desmoralização da Administração Pública.

III - No peculato culposo, a reparação do dano antes do trânsito em julgado da sentença extingue a punibilidade do agente.

IV - A utilização pelo funcionário, em proveito próprio, de dinheiro que possuía em razão do cargo, com intenção de efetuar a reposição e tendo condições de fazê-lo, não caracteriza o crime de peculato.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I, II e III.

b) I e III.

c) I, III e IV.

d) II e III.

e) II, III e IV.

19. (TRT-24ª Região, FCC - Analista Judiciário - 2003) Policial em serviço de carceragem, que se apropria de dinheiro e objetos de preso sob sua guarda, desviando-os em proveito próprio, comete crime de

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a) peculato culposo.

b) peculato.

c) corrupção passiva.

d) prevaricação.

e) condescendência criminosa.

20. (TRT-24ª Região, FCC - Analista Judiciário - 2003) A reparação do dano no peculato culposo NÃO extingue a punibilidade do agente se ocorrer

a) após o trânsito em julgado da sentença condenatória.

b) após a sentença recorrível e antes do julgamento do recurso.

c) após o recebimento da denúncia e antes da sentença.

d) após o oferecimento da denúncia e antes do seu recebimento.

e) antes do oferecimento da denúncia.

21. (TCE-CE, FCC - Auditor - 2006) A respeito do crime de peculato, é correto afirmar que

a) o ressarcimento do dano posterior à sentença irrecorrível, em se tratando de peculato culposo, reduz de metade a pena imposta.

b) a aprovação das contas pelo Tribunal de Contas exclui a possibilidade de reconhecimento do delito de peculato.

c) o ressarcimento do dano, em se tratando de peculato doloso, implica em extinção da punibilidade pela perda do objeto.

d) esse delito, seja na forma de apropriação, seja na forma de desvio, não admite tentativa.

e) é indispensável à caracterização do peculato doloso a fixação do montante exato da vantagem obtida pelo agente.

22. (PGE-RR, FCC - Procurador do Estado - 2006) Em caso de peculato culposo,

a) a reparação do dano, desde que anterior à denúncia, extingue a punibilidade.

b) a reparação do dano, desde que anterior ao recebimento da denúncia, extingue a punibilidade.

c) a reparação do dano, desde que anterior à decisão irrecorrível, extingue a punibilidade.

d) a reparação do dano posterior à denúncia e anterior à sentença condenatória irrecorrível permite redução da pena pela metade.

d) a reparação do dano posterior ao recebimento da denúncia permite redução da pena em dois terços.

23. (TCE-MG, FCC - Auditor - 2005) No peculato, o objeto material do crime pode ser dinheiro, valor ou qualquer bem

a) móvel ou imóvel, particular.

b) móvel, sempre público.

c) móvel ou imóvel, público ou particular.

d) móvel ou imóvel, sempre público.

e) móvel, público ou particular.

GABARITO E COMENTÁRIOS

01. D

Alternativa D - CERTA

Segundo dispõe o art. 312, § 3°, do CP, a reparação do dano, no peculato culposo, se precede à

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sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se ocorrer após o trânsito em julgado da sentença irrecorrível, reduz de metade a pena. Essa causa de extinção da punibilidade aplica-se tão-somente ao peculato culposo. No peculato doloso, a reparação do dano, se ocorrer até o recebimento da denúncia (art. 16 do CP), reduz a pena de um a dois terços; se a reparação do dano ocorrer após o recebimento da denúncia, estará configurada apenas uma circunstância atenuante (art. 65, III, b, do CP).

Alternativa A - ERRADA

A causa de diminuição de pena pela reparação do dano, até o recebimento da denúncia (art. 16 do CP), somente pode ocorrer no peculato doloso, em qualquer de suas modalidades.

Alternativa B - ERRADA

A reparação do dano não é causa de exclusão do crime de peculato, nem na modalidade culposa, nem na modalidade dolosa.

Alternativa C - ERRADA

A reparação do dano, no peculato culposo, é causa de extinção da punibilidade, se precede à sentença irrecorrível.

Alternativa E - ERRADA

A reparação do dano, no peculato culposo, é causa de extinção da punibilidade, se precede à sentença irrecorrível. Circunstância atenuante ocorre somente no caso já mencionado no comentário precedente.

02. C

Alternativa C - CERTA

A reparação do dano, no peculato culposo, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta (art. 312, § 3º, do CP). Essa causa de extinção da punibilidade aplica-se tão-somente ao peculato culposo. No peculato doloso, a reparação do dano, se ocorrer até o recebimento da denúncia (art. 16 do CP), reduz a pena de um a dois terços; se a reparação do dano ocorrer após o recebimento da denúncia, estará configurada apenas uma circunstância atenuante (art. 65, III, b, do CP).

Alternativa A - ERRADA

A reparação do dano, no peculato culposo, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade (art. 312, § 3º, do CP).

Alternativa B - ERRADA

A reparação do dano, no peculato culposo, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade (art. 312, § 3º do CP), não tendo o recebimento da denúncia qualquer influência.

Alternativa D - ERRADA

A reparação do dano, no peculato culposo, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade (art. 312, § 3º, do CP).

Alternativa E - ERRADA

A reparação do dano, no peculato culposo, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade (art. 312, § 3o, do CP), não tendo o recebimento da denúncia qualquer influência.

03. D

Alternativa D - CERTA

A questão descreve um crime de peculato consumado, uma vez que Mário, embora tenha cogitado a subtração de cinco computadores, efetivamente subtraiu dois deles, já consumando o delito. Douglas, no caso, é co-autor do crime, comunicando-se a ele a qualidade de funcionário público, elementar do tipo penal, nos termos do disposto no art. 30 do CP ("Art. 30. Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime."). Entretanto, o particular deve conhecer a qualidade de funcionário público de seu co-autor ou partícipe. No caso, a questão menciona que Douglas é "amigo íntimo" de Mário, pressupondo esse conhecimento.

Alternativas A, B, C e E - ERRADAS

04. C

Alternativa C - CERTA

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CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (MODALIDADE: EMPREGO IRREGULAR DE VERBAS)

QUESTÕES COMENTADAS DE CONCURSOS

01. (TRF-4ª Região, FCC - Analista Judiciário – 2007) Dar às verbas ou às rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei

a) não constitui crime, sendo somente irregularidade administrativa.

b) constitui crime contra a Administração Pública praticado por funcionário público.

c) configura crime de peculato-furto.

d) caracteriza crime de peculato mediante erro de outrem.

e) constitui crime de prevaricação.

GABARITO e COMENTÁRIOS

01. B

Alternativa B – CERTA

O emprego irregular de verbas ou rendas públicas é crime previsto no art. 315 do CP, tendo como objetividade jurídica a tutela da Administração Pública e do patrimônio público. Sujeito ativo somente pode ser o funcionário público (art. 327 do CP) que tenha poder de disposição de verbas e rendas públicas. É crime próprio. Se for o Presidente da República, poderá o fato constituir crime de res-ponsabilidade, previsto na Lei n. 1.079, de 10 de abril de 1950. Se for prefeito municipal ou vereador, também poderá o fato configurar crime de responsabilidade previsto no art. 1°, III, IV e V, do Dec.-lei n. 201/67. Sujeito passivo é o Estado. A conduta típica vem prevista pela expressão dar aplicação, que, no contexto do artigo, significa empregar, administrar, consagrar, destinar. Deve o funcionário público empregar irregularmente as verbas ou rendas públicas, ou seja, diversamente do estabelecido em lei. Isso porque a aplicação das verbas e rendas públicas, a rigor, deve dar-se de acordo com a sua destinação, estabelecida por leis orçamentárias ou especiais, visando atender às exigências da atividade estatal. Rendas públicas são aquelas constituídas por dinheiro recebido pela Fazenda Pública, a qualquer título. Verbas públicas são aquelas constituídas por dinheiro destinado para a execução de determinado serviço público ou para outra finalidade de interesse público. O termo lei inclui, além de leis comuns e orçamentárias, os decretos e demais normas equivalentes.

Alternativas A, C, D e E - ERRADAS

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CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (MODALIDADE: CONCUSSÃO)

QUESTÕES COMENTADAS DE CONCURSOS

01. (TRE-PB, FCC - Analista Judiciário - 2007) Mário, policial militar, em uma "diligência" de rotina encontra João, foragido da Justiça. Quando descobre tratar de criminoso foragido, Mário exige de João a quantia de R$ 10.000,00 para não o conduzir à prisão. Pedro, policial militar parceiro de Mário, vê a cena e prende Mário e João, antes que João entregasse o dinheiro exigido para Mário. Neste caso, Mário cometeu crime de

a) corrupção ativa consumada.

b) concussão consumada.

c) concussão tentada.

d) corrupção ativa tentada.

e) condescendência criminosa.

02. (TRT-24ª Região, FCC - Analista Judiciário - 2006) Caio é Analista Judiciário, Área Judiciária, Especialidade Execução de Mandados. No exercício de suas funções, de posse de mandado judicial, exigiu do executado Cadmo a quantia de R$ 1.000,00 para retardar a penhora de seu veículo. Nesse caso, Caio cometeu crime de

a) excesso de exação.

b) corrupção passiva.

c) peculato.

d) concussão.

e) prevaricação.

03. (TRT-22ª Região, FCC - Analista Judiciário - 2004) Mário é funcionário público municipal, exercendo suas funções no setor de cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano. Luís não pagou o tributo referente à sua residência, apesar de várias vezes notificado. Em vista disso, objetivando cobrar esse tributo devido ao erário público municipal, Mário mandou confeccionar e pendurou na via pública, defronte à residência de Luís, várias faixas dizendo que Luís era caloteiro e não pagava os impostos devidos à Prefeitura. Assim procedendo, Mário

a) praticou delito de concussão.

b) não praticou crime contra a administração pública.

c) praticou delito de prevaricação.

d) cometeu crime de exercício funcional ilegalmente prolongado.

e) cometeu crime de excesso de exação.

04. (TRT-23ª Região, FCC - Analista Judiciário - 2004) Saturno e Apolo são policiais e estavam em férias. Perceberam a presença de duas pessoas na praia transportando maconha e as detiveram. Em seguida, exigiram R$ 5.000,00 para deixar de prendê-las em flagrante. Saturno e Apolo cometeram crime de

a) corrupção passiva.

b) concussão.

c) excesso de exação.

d) prevaricação.

e) condescendência criminosa.

05. (TRT-2ª Região, FCC - Analista Judiciário - 2004) Pedro, funcionário público competente, estava de posse de mandado de citação. Procurou o réu e exigiu a quantia de R$ 1.000,00 para não citá-lo. O réu avisou a polícia e Pedro foi detido sem receber a quantia exigida. Nesse caso, Pedro

a) praticou o crime de corrupção passiva.

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b) cometeu crime de concussão.

c) cometeu o delito de prevaricação.

d) não cometeu crime, pois não chegou a receber a vantagem exigida.

e) praticou o delito de corrupção ativa.

06. (TRT-2ª Região, FCC - Analista Judiciário - 2004) No que se refere ao crime de concussão, é certo que

a) para a sua caracterização não basta a ameaça genérica, sendo indispensável a promessa de mal determinado.

b) a exigência implícita ou velada de vantagem indevida por parte do funcionário público para deixar de autuar motorista por infração de trânsito não o caracteriza.

c) o funcionário público que solicita quantia em dinheiro para deixar de apreender mercadorias transportadas ilegalmente e sem nota fiscal comete esse crime.

d) a exigência de vantagem indevida constitui mera tentativa, pois o delito só se consuma com a efetiva percepção desta.

e) a exigência de vantagem indevida pode dizer respeito a benefício de ordem moral ou a qualquer ou-tra utilidade.

07. (TRT-24ª Região, FCC - Analista Judiciário - 2003) Policial em patrulhamento de rotina, que surpreende indivíduo portando grande quantidade de entorpecentes e exige deste quantia em dinheiro para não prendê-lo, comete crime de

a) prevaricação.

b) peculato.

c) corrupção passiva.

d) concussão.

e) condescendência criminosa.

08. (TCE-PB, FCC - Assistente Jurídico - 2006) No crime de concussão, o agente exige, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida. Assim,

a) comete concussão o policial militar que, surpreendendo terceiro em conduta ilícita, exige apresentação de documento encontradiço no local diverso da interpelação, para, mediante tal afastamento fraudulento, despojá-lo de objeto deixado sob a guarda do agente.

b) por ser material, consuma-se com a efetiva obtenção da vantagem indevida, sendo que, em caso contrário, ficará caracterizado a tentativa de concussão.

c) na conduta de exigir, necessário que o agente faça promessa expressa de um mal determinado, não bastando o temor genérico ou tácito que a autoridade inspira no sujeito passivo, influindo ou não na sua manifestação volitiva.

d) a reparação do dano, se precede a sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de um terço à metade a pena imposta.

e) diferencia-se a concussão da corrupção passiva, pois, na primeira, a vítima é levada pelo medo a atender a exigência; na segunda, satisfaz ao pedido livremente, recebendo ou não, em contrapartida, alguma vantagem.

09. (Prefeitura de são Paulo, FCC - Auditor Fiscal - 2007) Exigir tributo que o agente sabe ser indevido tipifica o crime de

a) corrupção ativa.

b) excesso de exação.

c) peculato.

d) corrupção passiva.

e) prevaricação.

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10. (TCE-MG, FCC - Auditor - 2006) A exigência pelo oficial do cartório de registro de imóveis de emolumentos, que sabe ou deve saber indevidos, por superiores aos previstos no Regimento de Custas e Emolumentos,

a) configura o delito de corrupção passiva.

b) configura o crime de concussão.

c) tipifica o delito de emprego irregular de verbas públicas.

d) caracteriza o crime de corrupção ativa.

e) não tipifica o crime de excesso de exação.

11. Assinale a alternativa que está em desacordo com as regras estabelecidas no Código Penal para os crimes contra a administração pública.

a) O particular, estranho ao serviço público, pode ser responsabilizado como partícipe no crime de peculato.

b) Nos casos de peculato doloso, não extingue a punibilidade a restituição da coisa apropriada no curso da ação penal.

c) Para efeitos penais, é considerado funcionário público aquele que exerce transitoriamente função pública.

d) No delito de concussão, a consumação só ocorre quando o agente obtém a vantagem indevida.

e) Para os condenados por crime contra a administração pública, a norma em vigor condiciona a progressão de regime à reparação do dano ou à devolução do produto do ilícito.

GABARITO E COMENTÁRIOS

01. B

Alternativa B – CERTA

O crime de concussão vem previsto no art. 316 do CP, tendo como objetividade jurídica a tutela da Administração Pública. A concussão é crime próprio. Somente o funcionário público (art. 327 do CP) pode ser sujeito ativo, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela. O particular pode ser co-autor ou partícipe do crime, por força do disposto no art. 30 desse mesmo Código. Sujeito passivo é o Estado e, secundariamente, o particular ou funcionário vítima da exigência. A conduta típica vem expressa pelo verbo exigir, que significa ordenar, intimar, impor como obrigação. O objeto material é vantagem indevida, ou seja, vantagem ilícita, ilegal, não autorizada por lei, expressa por dinheiro ou qualquer outra utilidade, de ordem patrimonial ou não. A vantagem deve ter como beneficiário o próprio funcionário público (para si) ou terceiro (para outrem) e pode ser feita de forma direta (pelo próprio funcionário) ou indireta (por interposta pessoa). A exigência, outrossim, deve ser feita em razão da função pública, ainda que fora dela, ou antes de assumi-la. Trata-se de crime doloso. A consumação ocorre com a exigência da vantagem indevida, independentemente de sua efetiva percepção. Admite-se a tentativa, desde que a exigência não seja verbal.

Alternativas A, C, D e E – ERRADAS

02. D

Alternativa D - CERTA

O crime de concussão vem previsto no art. 316 do CP, tendo como objetividade jurídica a tutela da Administração Pública. A concussão é crime próprio. Somente o funcionário público (art. 327 do CP) pode ser sujeito ativo, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela. O particular pode ser co-autor ou participe do cri-me, por força do disposto no art. 30 desse mesmo Código. Sujeito passivo é o Estado e, secundariamente, o particular ou funcionário vítima da exigência. A conduta típica vem expressa pelo verbo exigir, que significa ordenar, intimar, impor como obrigação. O objeto material é vantagem indevida, ou seja, vantagem ilícita, ilegal, não autorizada por lei, expressa por dinheiro ou qualquer outra utilidade, de ordem patrimonial ou não. A vantagem deve ter como

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CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (MODALIDADE: CORRUPÇÃO)

QUESTÕES COMENTADAS DE CONCURSOS

01. (TRE-MS, FCC - Técnico Judiciário - 2007) Pedro é funcionário público, exercendo as funções de guarda de presídio. Pedro solicitou a um presidiário quantia em dinheiro para fornecer-lhe um aparelho celular cujo uso fora proibido. O presidiário aceitou, mas o aparelho não lhe foi entregue, nem a quantia solicitada foi paga. Nesse caso, Pedro

a) responderá por crime de prevaricação.

b) não responderá por nenhum delito, por tratar-se de fato atípico.

c) não responderá por nenhum delito, porque não houve início de execução.

d) responderá por tentativa de corrupção passiva.

e) responderá por crime de corrupção passiva.

02. (MPU, FCC - Analista - 2007) O funcionário de cartório que aceita promessa de propina para retardar a expedição de mandado em processo sob seus cuidados comete crime de

a) corrupção ativa.

b) concussão.

c) prevaricação.

d) corrupção passiva.

e) peculato.

03. (Prefeitura de São Paulo - Auditor Fiscal - 2007) A conduta do funcionário público que, em razão da função exercida, solicita vantagem indevida, sem, contudo, chegar a recebê-la, caracteriza, em tese,

a) tentativa de corrupção passiva.

b) tentativa de concussão.

c) corrupção passiva consumada.

d) corrupção ativa consumada.

e) concussão consumada.

04. (TRF-1ª Região, FCC - Analista Judiciário - 2006) José é funcionário público e, em cumprimento de mandado judicial, se dirigiu ao escritório de Pedro para efetuar busca e apreensão de autos. Pedro lhe ofereceu a quantia de R$ 100,00 para que retardasse a diligência por alguns dias. José aceitou o dinheiro, mas não retardou a diligência, efetuando desde logo a apreensão. José e Pedro responderão, respectivamente, por crime de

a) prevaricação e corrupção passiva.

b) concussão e corrupção passiva.

c) corrupção ativa e corrupção passiva.

d) prevaricação e corrupção ativa.

e) corrupção passiva e corrupção ativa.

05. (TRT-24ª Região, FCC - Analista Judiciário - 2006) Hefaistos, agente fiscal de rendas, compareceu à empresa "A" e constatou fraude no recolhimento de tributos no montante de R$ 25.000,00. O responsável pela empresa lhe ofereceu a quantia de R$ 5.000,00 para re-levar a fraude constatada. Hefaistos recebeu a quantia oferecida, mas, mesmo assim, autuou a empresa pela mencionada infração. Nesse caso, Hefaistos

a) não cometeu nenhum delito, pois autuou a empresa.

b) cometeu crime de corrupção passiva.

c) cometeu crime de concussão.

d) cometeu crime de excesso de exação.

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e) cometeu crime de prevaricação.

06. (TRT-24ª Região, FCC - Analista Judiciário - 2006) Cronos é Analista Judiciário, Área Judiciária, Especialidade Execução de Mandados. No exercício de suas funções, no cumprimento de mandado judicial, atendendo a pedido de influente político da região, retardou a prática de ato de ofício, deixando de remover bens penhorados de Zeus, cabo eleitoral deste. Nessa hipótese, Cronos

a) cometeu crime de prevaricação.

b) não cometeu crime contra a Administração Pública.

c) cometeu crime de corrupção passiva.

d) cometeu crime de advocacia administrativa.

e) concussão.

07. (TRE-SP, FCC - Analista Judiciário - 2006) A conduta do funcionário público que solicita para si, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, pratica, em tese, o crime de

a) extorsão.

b) corrupção passiva.

c) peculato.

d) prevaricação.

e) exercício arbitrário ou abuso do poder.

08. (TRE-RN, FCC - Analista Judiciário - 2005) Também ocorre o crime de corrupção passiva quando o funcionário público

a) recebe, para si, diretamente, ainda que fora da função, mas em razão dela, vantagem indevida.

b) exige, para outrem, indiretamente, antes de assumir sua função, mas em razão dela, vantagem indevida.

c) desvia, em proveito próprio, qualquer dinheiro ou valor público de que tem a posse em razão do cargo.

d) se apodera, em proveito de terceiro, de dinheiro ou valor, embora não tenha a posse deles, valendo-se de sua função pública.

e) oferece vantagem indevida a outro servidor público para determiná-lo a praticar ou omitir ato de ofício.

09. (TRT-22ª Região, FCC - Analista Judiciário - 2004) Pedro, médico, foi perito judicial numa ação judicial e solicitou R$ 3.000,00 ao advogado do autor para apresentar laudo favorável ao seu cliente. O advogado pagou a quantia solicitada, mas Pedro apresentou laudo totalmente contrário à pretensão do autor. Nesse caso, Pedro

a) não cometeu crime contra a administração pública, porque não é funcionário público.

b) cometeu crime de concussão, porque formulou solicitação de vantagem indevida.

c) cometeu crime de corrupção passiva, porque solicitou vantagem ilícita em razão de sua função.

d) não cometeu crime contra a administração pública, porque não apresentou o laudo falso que havia prometido.

e) cometeu crime de prevaricação, porque praticou indevidamente ato de ofício.

10. (TRT-23ª Região, FCC - Analista Judiciário - 2004) Netuno solicitou R$ 2.000,00 de Plauto para retardar a prática de ato de ofício, tendo Plauto efetuado o pagamento da mencionada quantia. Todavia, Netuno não re-tardou a prática do ato de ofício apesar de ter recebido a vantagem. Netuno cometeu crime de

a) corrupção passiva.

b) concussão.

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c) prevaricação.

d) advocacia administrativa.

e) peculato.

11. (TRT-24ª Região, FCC - Analista Judiciário - 2003) Oficial de Justiça que solicita quantia em dinheiro para deixar de citar o réu de ação de despejo por falta de pagamento comete crime de

a) peculato culposo.

b) corrupção passiva.

c) concussão.

d) prevaricação.

e) condescendência criminosa.

12. (TRT-2ª Região, FCC - Analista Judiciário - 2004) Considere:

I - O funcionário público que está afastado de suas funções por férias, licença ou suspensão, não pode ser sujeito ativo do crime de corrupção passiva.

II - O funcionário público nomeado por concurso público, mas que ainda não assumiu a função pública, mesmo em razão dela, não pode ser sujeito ativo do crime de corrupção passiva.

III - Para caracterização do delito de corrupção passiva, é irrelevante que a solicitação da vantagem indevida seja feita por terceira pessoa.

IV - A solicitação de vantagem indevida para a prática de ato legítimo configura o delito de corrupção passiva. Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e III.

b) I, II e III.

c) I, II e IV.

d) II, III e IV.

e) III e IV.

GABARITO E COMENTÁRIOS

01. E

Alternativa E – CERTA

O crime de corrupção passiva vem previsto no art. 317 do CP e tem como objetividade jurídica a proteção da Administração Pública. Sujeito ativo é o funcionário público, tratando-se de crime próprio. Sujeito passivo é o Estado e, secundariamente, o particular eventualmente lesado. A corrupção passiva é um crime formal. Para a sua consumação, basta que a solicitação chegue ao conhecimento do terceiro, ou que o funcionário receba a vantagem ou a promessa dela. Portanto, na questão, o crime já estava consumado quando houve a solicitação por parte de Pedro.

Alternativa A - ERRADA

O crime de prevaricação está previsto no art. 319 do CP.

Alternativa B – ERRADA

O crime praticado por Pedro foi de corrupção passiva (art. 317 do CP), conforme comentário à alternativa E.

Alternativa C – ERRADA

O crime corrupção passiva se consuma com a mera solicitação de vantagem indevida, independentemente de sua efetiva obtenção. Trata-se de crime formal. Portanto, na questão, o crime já estava consumado quando houve a solicitação por parte de Pedro.

Alternativa D – ERRADA

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Pelos mesmos fundamentos do comentário à alternativa C.

02. D

Alternativa D - CERTA

O crime de corrupção passiva vem previsto no art. 317 do CP e tem como objetividade jurídica a proteção da Administração Pública. Sujeito ativo é o funcionário público, tratando-se de crime próprio. Sujeito passivo é o Estado e, secundariamente, o particular eventualmente lesado. A conduta típica vem expressa pelos verbos solicitar (que significa pedir, requerer), receber (que significa tomar, obter) e aceitar (que significa anuir, consentir no recebimento). A corrupção passiva é um crime formal. Para a sua consumação, basta que a solicitação chegue ao conhecimento do terceiro, ou que o funcionário receba a vantagem ou a promessa dela.

Alternativa A - ERRADA

O crime de corrupção ativa está previsto no art. 333 do CP.

Alternativa B - ERRADA

O crime de concussão está previsto no art. 316 do CP.

Alternativa C - ERRADA

O crime de prevaricação está previsto no art. 319 do CP.

Alternativa E - ERRADA

O crime de peculato está previsto no art. 312 do CP.

03. C

Alternativa C - CERTA

O crime de corrupção passiva vem previsto no art. 317 do CP e tem como objetividade jurídica a proteção da Administração Pública. Sujeito ativo é o funcionário público, tratando-se de crime próprio. Sujeito passivo é o Estado e, secundariamente, o particular eventualmente lesado. A conduta típica vem expressa pelos verbos solicitar (que significa pedir, requerer), receber (que significa tomar, obter) e aceitar (que significa anuir, consentir no recebimento). A corrupção passiva é um crime formal. Para a sua consumação, basta que a solicitação chegue ao conhecimento do terceiro, ou que o funcionário receba a vantagem ou a promessa dela.

Alternativa A - ERRADA

O crime de corrupção passiva, nesse caso, já está consumada, conforme comentário à alternativa C.

Alternativa B - ERRADA

O crime de concussão está previsto no art. 316 do CP.

Alternativa D – ERRADA

O crime de corrupção ativa está previsto no art. 333 do CP.

Alternativa E – ERRADA

O crime de concussão está previsto no art. 316 do CP.

04. E

Alternativa E – CERTA

O crime de corrupção passiva vem previsto no art. 317 do CP e tem como objetividade jurídica a proteção da Administração Pública. Sujeito ativo é o funcionário público, tratando-se de crime próprio. Sujeito passivo é o Estado e, secundariamente, o particular eventualmente lesado. A conduta típica vem expressa pelos verbos solicitar (que significa pedir, requerer), receber (que significa tomar, obter) e aceitar (que significa anuir, consentir no recebimento). A corrupção passiva é um crime formal. Para a sua consumação, basta que a solicitação chegue ao conhecimento do terceiro, ou que o funcionário receba a vantagem ou a promessa dela. Portanto, José praticou corrupção passiva. Já o crime de corrupção ativa vem previsto no art. 333 do CP, tendo como objetividade jurídica a proteção à Administração Pública, no que tange ao seu prestígio e à normalidade de seu funcionamento. Sujeito ativo é qualquer pessoa, inclusive o funcionário público que não esteja no exercício da sua função. Sujeito passivo é o Estado. A conduta típica consiste em oferecer (apresentar ou propor para que seja aceito) ou prometer (pressagiar, anunciar, fazer promessa). O crime se consuma no momento em que

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(...) ESTE É UM MODELO DE DEMONSTRAÇÃO DA APOSTILA. O GABARITO INTEGRAL DAS QUESTÕES DESTE ASSUNTO ESTÃO APENAS NA APOSTILA COMPLETA QUE VOCÊ PODERÁ OBTER EM http://www.acheiconcursos.com.br .

CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (MODALIDADE: PREVARICAÇÃO)

QUESTÕES COMENTADAS DE CONCURSOS

01. (TRT-24ª Região, FCC - Analista Judiciário - 2006) Cadmo foi surpreendido por policiais quando arrombava o cofre de uma loja para subtrair dinheiro. Na delegacia, o Delegado de Polícia, por ser amigo de seu pai e penalizado com a situação de pobreza de Cadmo, deixou de determinar a lavratura de auto de prisão em flagrante e colocou-o em liberdade. Nesse caso, o Delegado de Polícia

a) cometeu crime de prevaricação.

b) não cometeu crime contra a Administração Pública.

c) cometeu crime de condescendência criminosa.

d) cometeu crime de corrupção passiva.

e) cometeu crime de abandono de função.

02. (TRT-22ª Região, FCC - Analista Judiciário - 2004) Luiz é um dos funcionários da secretaria de uma Vara do Trabalho encarregados de dar andamento aos processos que ali tramitam. Um dia, colocou o processo referente à reclamação trabalhista formulada por um inimigo seu, com intuito de prejudicá-lo, num pacote de processos que seriam enviados para o arquivo. Esse procedimento retardou por mais de um ano o andamento da referida reclamação. Nesse caso, Luiz

a) não praticou crime contra a administração pública.

b) cometeu crime de prevaricação.

c) praticou delito de abuso de autoridade.

d) cometeu crime de excesso de exação.

e) praticou delito de exercício funcional ilegalmente prolongado.

03. (TRT-2ª Região, FCC - Analista Judiciário - 2004) A respeito do crime de prevaricação, é INCORRETO afirmar que

a) não é imprescindível à sua configuração que o funcionário público esteja no exercício de suas atividades funcionais.

b) o intuito de satisfazer interesse pessoal pode ser patrimonial, material ou moral.

c) não pode ser sujeito ativo o síndico de falência, por exercer apenas um encargo público.

d) é necessário que o funcionário seja responsável pela função relacionada ao fato que deixou de praticar.

e) não o comete o funcionário público que deixa culposamente, por negligência, de praticar ato de ofício.

GABARITO E COMENTÁRIOS

01. A

Alternativa A – CERTA

O crime de prevaricação vem previsto no art. 319 do CP e tem como objetividade jurídica a proteção da Administração Pública. Sujeito ativo somente pode ser o funcionário público (art. 327 do CP). É crime próprio. Sujeito passivo é o Estado e, secundariamente, o particular eventualmente lesado. A conduta típica vem expressa de três formas: a) retardar ato de ofício, que significa protelar, procrastinar, atrasar o ato que deve executar (conduta omissiva); b) deixar de praticar ato de ofício, que significa omitir-se na realização do ato que deveria executar (conduta omissiva); c) praticar ato de ofício contra disposição expressa de lei, que significa executar o ato de oficio de maneira irregular, ilegal (conduta comissiva). Trata-se de crime doloso, exigindo-se do agente que se omita ou atue no intuito de satisfazer interesse ou sentimento pessoal, indispensável para a caracterização do crime. O crime se consuma com o retardamento, a omissão ou a realização do ato de ofício. Na questão, o delegado

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deixou de lavrar o auto de prisão em flagrante por amizade (sentimento pessoal) com o pai do sujeito ativo do crime, e penalizado (sentimento pessoal) com a sua situação de pobreza.

Alternativa B - ERRADA

Vide comentário à alternativa A.

Alternativa C - ERRADA

O crime de condescendência criminosa está previsto no art. 320 do CP.

Alternativa D - ERRADA

O crime de corrupção passiva está previsto no art. 317 do CP.

Alternativa E - ERRADA

O crime de abandono de função está previsto no art. 323 do CP.

02. B

Alternativa B – CERTA

O crime de prevaricação vem previsto no art. 319 do CP e tem como objetividade jurídica a proteção da Administração Pública. Sujeito ativo somente pode ser o funcionário público (art. 327 do CP). É crime próprio. Sujeito passivo é o Estado e, secundariamente, o particular eventualmente lesado. A conduta típica vem expressa de três formas: a) retardar ato de ofício, que significa protelar, procrastinar, atrasar o ato que deve executar (conduta omissiva); b) deixar de praticar ato de ofício, que significa omitir-se na realização do ato que deveria executar (conduta omissiva); c) praticar ato de ofício contra disposição expressa de lei, que significa executar o ato de oficio de maneira irregular, ilegal (conduta comissiva). Trata-se de crime doloso, exigindo-se do agente que se omita ou atue no intuito de satisfazer interesse ou sentimento pessoal, indispensável para a caracterização do crime. O crime se consuma com o retardamento, a omissão ou a realização do ato de ofício. Na questão, Luiz fez retardar o andamento da reclamação trabalhista por inimizade (sentimento pessoal).

Alternativa A – ERRADA

Vide comentário à alternativa B.

Alternativa C – ERRADA

O crime de abuso de autoridade está previsto na Lei n. 4.898/65.

Alternativa D – ERRADA

O crime de excesso de exação está previsto no art. 316, §§ 1° e 2°, do CP.

Alternativa E – ERRADA

O crime de exercício funcional ilegalmente prolongado está previsto no art. 324 do CP.

03. A

Alternativa A – ERRADA

O crime de prevaricação vem previsto no art. 319 do CP e tem como objetividade jurídica a proteção da Administração Pública. Sujeito ativo somente pode ser o funcionário público (art. 327 do CP). É crime próprio, sendo necessário que o funcionário público esteja no exercício de suas funções. Sujeito passivo é o Estado e, secundariamente, o particular eventualmente lesado. A conduta típica vem expressa de três formas: a) retardar ato de ofício, que significa protelar, procrastinar, atrasar o ato que deve executar (conduta omissiva); b) deixar de praticar ato de oficio, que significa omitir-se na realização do ato que deveria executar (conduta omissiva); c) praticar ato de ofício contra disposição expressa de lei, que significa executar o ato de oficio de maneira irregular, ilegal (conduta comissiva). Trata-se de crime doloso, exigindo-se do agente que se omita ou atue no intuito de satisfazer interesse ou sentimento pessoal, indispensável para a caracterização do crime. O crime se consuma com o retardamento, a omissão ou a realização do ato de ofício.

Alternativa B – CERTA

O interesse pessoal pode ser de qualquer natureza: patrimonial, material ou moral.

Alternativa C – CERTA

O síndico da falência (atual administrador judicial) não é considerado funcionário público para os efeitos penais (art. 327 do CP).

Alternativa D – CERTA

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(...) ESTE É UM MODELO DE DEMONSTRAÇÃO DA APOSTILA. O GABARITO INTEGRAL DAS QUESTÕES DESTE ASSUNTO ESTÃO APENAS NA APOSTILA COMPLETA QUE VOCÊ PODERÁ OBTER EM http://www.acheiconcursos.com.br .