Antiguidade Clássica: GRÉCIA BIBLIOGRAFIA

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ARGAN, Giulio Carlo. História da Arte Italiana. Vol I: da Antigüidade a Duccio. São Paulo: Cosac & Naify, 2003. BENEVOLO, Leonardo. A História da Cidade. São Paulo, Perspectiva, 1999. BENEVOLO, Leonardo. Introdução à Arquitetura. Lisboa: Edições 70. 1999. CHILVERS, Ian. Dicionário Oxford de Arte. São Paulo: Martins Fontes. 2001. COLE, Emily. A Gramática da Arquitetura. Lisboa: Livros e Livros. 2002. GOMBRICH, E. H. A História da Arte. Livros Técnicos e Científicos Editora S. A. - LTC. Rio de Janeiro. 1999. HAUSER, Arnold. História Social da Literatura e da Arte. São Paulo, Mestre Jou, 1982. LAWRENCE, A. W. Arquitetura Grega. São Paulo, Cosac & Naify Edições, 1998. NUTTGENS, Patrick. The Story of Architecture. Londres, Phaidon, 1997. Antiguidade Clássica: GRÉCIA BIBLIOGRAFIA NUTTGENS, Patrick. The Story of Architecture. Londres, Phaidon, 1997. RUSSEL, Bertrand. História do Pensamento Ocidental: A Aventura das Idéias dos Pré-Socráticos a Wittgenstein. Rio de Janeiro, Ediouro, 2001. SEIDLER, Harry. The Grand Tour. Londres, Taschen, 2002. STRONG, Donald E., Antigüidade Clássica. O mundo da Arte. Livraria José Olympio Editora/ Editora Expressão e Cultura. Rio de Janeiro. 1966. SUTTON, Ian. História da Arquitetura no Ocidente. Lisboa, Verbo, 1999. VILLALBA, Antonio Castro. Historia de la Construcción Arquitectónica. Barcelona, UPC, 1995. Cariátide (Erecteion, Acrópole, Atenas, séc. V a.C.)

Transcript of Antiguidade Clássica: GRÉCIA BIBLIOGRAFIA

ARGAN, Giulio Carlo. História da Arte Italiana. Vol I: da Antigüidade a Duccio. São Paulo: Cosac & Naify, 2003.

BENEVOLO, Leonardo. A História da Cidade. São Paulo, Perspectiva, 1999.

BENEVOLO, Leonardo. Introdução à Arquitetura. Lisboa: Edições 70. 1999.

CHILVERS, Ian. Dicionário Oxford de Arte. São Paulo: Martins Fontes. 2001.

COLE, Emily. A Gramática da Arquitetura. Lisboa: Livros e Livros. 2002.

GOMBRICH, E. H. A História da Arte. Livros Técnicos e Científicos Editora S. A. - LTC. Rio de Janeiro. 1999.

HAUSER, Arnold. História Social da Literatura e da Arte. São Paulo, Mestre Jou, 1982.

LAWRENCE, A. W. Arquitetura Grega. São Paulo, Cosac & Naify Edições, 1998.

NUTTGENS, Patrick. The Story of Architecture. Londres, Phaidon, 1997.

Antiguidade Clássica: GRÉCIABIBLIOGRAFIA

NUTTGENS, Patrick. The Story of Architecture. Londres, Phaidon, 1997.

RUSSEL, Bertrand. História do Pensamento Ocidental: A Aventura das Idéias dos Pré-Socráticos a Wittgenstein. Rio de Janeiro, Ediouro, 2001.

SEIDLER, Harry. The Grand Tour. Londres, Taschen, 2002.

STRONG, Donald E., Antigüidade Clássica. O mundo da Arte. Livraria José Olympio Editora/ Editora Expressão e Cultura. Rio de Janeiro. 1966.

SUTTON, Ian. História da Arquitetura no Ocidente. Lisboa, Verbo, 1999.

VILLALBA, Antonio Castro. Historia de la Construcción Arquitectónica. Barcelona, UPC, 1995.

Cariátide

(Erecteion, Acrópole, Atenas, séc. V a.C.)

Antigüidade Clássica: GRÉCIA

Na península helênica, um novo componente

étnico modifica e caracteriza

progressivamente a cultura da proto-história

mediterrânea.

A crescente infiltração de povos provenientes

do norte (dórios) determina, em contrapartida,

a migração dos povos helênicos da costa

ocidental para o Oriente: a Ásia Menor

converte-se, assim, no centro da cultura jônica,

sempre imbuída de um cálido sentimento da sempre imbuída de um cálido sentimento da

natureza e sensível a todas as modulações

afetivas, o que a torna sutilmente antitética ao

severo rigorismo formal, à tendência ao

simbólico e ao abstrato, própria da tradição

dórica, que domina o período dito medievo

helênico, entre os séculos XII e IX a.C.

Antiguidade: CRETA

2700 a 1400 a.C.

A primeira civilização a se estabelecer no mundo grego nasceu em Creta e

floresceu de 2700 a 1400 A.C. Os cretenses dominavam os metais e

constituíram uma civilização que chegou ao mar Egeu vindo do Oriente

Próximo. O período faz parte da chamada Idade do Bronze.

Palácio de Cnossos (Creta, 1650 a.C.)

Antigüidade Clássica: GRÉCIACRETA (3000 a 1400 a.C.)

Por volta de 2000 a.C. construíram grandes palácios, entre os quais o mais

famoso foi o de Minos em Cnossos.

Apesar do domínio de metais preciosos, sua arte é antes de tudo prática e

utilitária, destacando-se a cerâmica, a pintura decorativa, pequenas

esculturas naturalistas e o trabalho de gravação de pedras preciosas e

metais.

Palácio de Cnossos (Creta, 1650 a.C.)

Vaso com desenho de polvo (1500 a.C.) cerâmica; 28 cm

Antiguidade: CRETA

2700 a 1400 a.C.

Palácio de Cnossos (1650 a.C.)

O palácio de Cnossos ergue-se sobre uma ampla

esplanada, sem muralha de defesa, e desenvolve-

se à volta de um grande pátio lajeado rodeado de

pórticos. Dá acesso a este pátio uma porta

monumental com colunas provavelmente, possível

origem do propileu pelo qual se chega às acrópoles

gregas.

À volta do pátio dispõem-se quartos retangulares,

chegando-se a eles por estreitos corredores em

Antiguidade: CRETA

2700 a 1400 a.C.

Palácio de Cnossos (1650 a.C.)

chegando-se a eles por estreitos corredores em

cotovelo. Na parte nobre, situam-se uma sala de

recepção e a grande sala do trono, caracterizada

pela colocação de um trono de pedra e detrás

desta grande sala – a mais decorada do palácio,

encontram-se as habitações privadas – algumas de

dois andares - , e entre elas, as destinadas às

mulheres da corte, formando uma série de

pequenas câmaras retangulares para as quais se

evita a linha reta na localização das portas.

Palácio de Cnossos (1650 a.C.)

1. Vestíbulo Ocidental

2. Corredor da procissão

3. Propileu sul

4. Pátio central

5. Propileu norte

6. Sala das pilastras

7. Sala do trono

8. Grande escadaria

9. Salão da colunata

10. Salão dos machados duplos

11. Salas do mégaron da rainha

Antiguidade: CRETA

2700 a 1400 a.C.

Um palácio cretense compõe-se

de um complexo conjunto de

dependências, verdadeiramente

labiríntico, o que talvez tenha

dado origem à lenda do Labirinto

de Creta, devido ao herói Teseu e

ao Minotauro.

Palácio de Cnossos (Vista parcial dos aposentos

reais da ala leste do Palácio de Minos).

As colunas vermelhas com seus capitéis

negros acolchoados, que sustentam a

escadar são reconstruções em concreto

das colunas originais de madeira.

Os aposentos desta área parecem

apartamentos particulares; salas de

recepção, dormitórios, salas de banho

Antiguidade: CRETA

2700 a 1400 a.C.

recepção, dormitórios, salas de banho

e dependências sanitária foram

identificados.

Nos palácios cretenses, todos os elementos arquitetônicos eram pintados em cores

vivas. Acrescentavam-se também elementos decorativos, em especial rosetas e

placas com relevos imitando tapeçaria, além de decoração pictórica.

A cobertura é arquitravada. Quando eventualmente se emprega a abóbada, esta é

falsa. Nos palácios cretenses a cobertura deixou de ser de madeira, e a sua forma

influiu na formação do friso dos entablamentos que se apoiavam nos suportes.

A Sala do trono de Cnossos está situada no lado ocidental do pátio

central. O aposento está equipado com bancos de pedra ao longo

das paredes e um trono alto de espaldar elevado de alabastro.

Terraços, janelas e clarabóias servem para a iluminação. Completam

o conjunto do palácio moinhos, fornos de pão, celeiros, estábulos,

amplos armazéns, sistemas de condução de águas e esgotos, etc.

Junto aos palácios existem grandes espaços que deveriam servir para

jogos.

Antiguidade: CRETA

2700 a 1400 a.C.

Palácio de Cnossos: Sala do Trono (1650 a.C.)

Antiguidade: CRETA

2700 a 1400 a.C.

As pinturas, mostrando grifos numa paisagem, são

restaurações modernas baseadas em fragmentos achados nas

escavações. A decoração da sala do trono pertence a um

período tardio do palácio.

Palácio de Cnossos: Sala do Trono (1650 a.C.)

Antiguidade: CRETA

2700 a 1400 a.C.

Palácio de Cnossos (1650 a.C.). Relevo pintado de cabeça de touro, 44 cm.

Palácio de Cnossos (1650 a.C.). Afresco.

Antiguidade: CRETA

2700 a 1400 a.C.

Casa em Delos

1. Pátio com peristilo

2. Sala de recepções

3. Quartos

4. Poços

5. Latrinas

Antiguidade: CRETA

2700 a 1400 a.C.

Palácio de Cnossos (1650 a.C.)

Detalhe do interior

Antiguidade: CRETA

2700 a 1400 a.C.

As pinturas, esculturas, vasos e objetos de luxo eram feitas por artistas (artesãos cretenses).

A arte, para os gregos, sempre teve um sentido utilitário, sendo difícil diferenciar o artista do artesão.

Vaso com desenho de polvo (1500 a.C.) cerâmica; 28

cm. Museu de Heráclion, Creta.

Este pequeno frasco, do tipo camado taça de alça em

estribo, foi encontrado em Palicastro, a leste de

Creta.

É um belo exemplar do estilo marinho empregado na

pintura de vasos cretenses.

A superfície é pintada com a representação de um

polvo que nada entre algas, coral e conchas; um

naturalismo vivo é combinado com excelente senso

Antiguidade: CRETA

2700 a 1400 a.C.

decorativo.

O conviva de banquete

(séc. VI a.C. Bronze) Museu Britânico

Antiguidade: CRETA

2700 a 1400 a.C.

Idade do Bronze

Por volta de 3000 a.C. são encontrados vestígios de utensílios de bronze e fornos para sua

fundição. Neste período, a ocupação do litoral tornou-se evidente, com vilas costeiras e

ancoradouros. Surgiu um sistema de escrita ainda sem tradução.

Após 2100 a.C. grandes palácios começaram a ser construídos, denotando um certo grau de

unidade política. Com registros escritos, unidade política e possivelmente um exército (e

uma armada), caracteriza-se o início da civilização minóica.

A Deusa das Serpentes (1600 a.C. Bronze). Faiança: 29,5 cm.

Museu de Heráclion, Creta.

Antiguidade: CRETA

2700 a 1400 a.C.

Esta estatueta, de uma mulher que segura serpentes

nas mãos, foi achada no Palácio de Cnossos.

Não se sabe ao certo se pertence a uma deusa, uma

rainha ou uma sacerdotisa.

A vestimenta é típica da mulher cretense da corte,

com seios desnudos, cintura fina e longas saias de

babado.

Círculo Tumular de Micenas (séc. XIV a.C.)

Antigüidade Clássica: GRÉCIAMICENAS (2000 a 1200 a.C.)

O primeiro povo de língua grega ocupou o continente por volta de 2000. O que se

conhece de sua arquitetura resume-se a fortificações e túmulos descobertos em

escavações no final do século XIX.

A partir de 1400 a.C., os micênicos conquistam Creta e o conjunto dos mares

Egeu e Mediterrâneo, até a chamada Idade das Trevas, em que há o colapso da

civilização grega.Portal dos Leões (Cidadela, Micenas, 1250 a.C.)

O grande período do mundo micênico inicia-se por volta de

1400 a.C., na época em que se acredita tenha sido destruído o

palácio de Cnossos. Nessa data os micênicos dominavam o

Egeu, tinham relações comerciais com o Mediterrâneo oriental

e ocidental, com a Europa central, e estavam estabelecendo

colônias em toda sua área de influência.

A Grande Porta do Leão em Micenas, que é a entrada principal

da cidadela, é o primeiro exemplar de escultura monumental

ligada à arquitetura encontrado no mundo grego. Como vimos,

não havia escultura monumental no mundo minóico, mas aqui a

Antiguidade: CRETA

Período Micênico (1450 - 1200 a.C.)

não havia escultura monumental no mundo minóico, mas aqui a

entrada majestosa, com suas enormes vergas de pedra, é

emoldurada por um relevo que mostra dois leões

heraldicamente ladeando uma coluna e o entablamento.

Os leões e a coluna têm caráter minóico, mas a escala da

concepção arquitetônica é micênica.

Portal dos Leões (Cidadela, Micenas, 1250 a.C.)

As grandes cidadelas de Micenas,

Tirinto e outras adquiriram no séc. XIV

a sua forma atual. Os locais são

caracterizados pelas maciças muralhas

defensivas construídas em torno ao

palácio real, para servir de refúgio em

caso de perigo.

Essas muralhas eram feitas de grandes

blocos quadrados de alvenaria comum,

Antiguidade: CRETA

Período Micênico (1450 - 1200 a.C.)

Portinhola da cidadela: vista do interior (Micenas, 1250 a.C.)

blocos quadrados de alvenaria comum,

ou de enormes blocos de talho irregular

cuidadosamente encaixados para dar a

aparência de uma superfície nivelada;

os gregos clássicos acreditavam que os

Cíclopes haviam construído as

muralhas, e não sem razão.

Em Tirinto, "as muralhas mais ciclópicas

de toda a Grécia" chegavam a ter 17,5

m de espessura.

Pela arquitetura, pode-se fazer uma maior

diferenciação entre as artes cretense e

micênica. Os palácios cretenses não são

fortificados e há rica ornamentação pictórica.

Tanto na arquitetura cretense como na

micênica, a pedra é o material preferencial.

Algumas vezes em grandes blocos desbastados

ou, em outras, finamente talhados, são

Antiguidade: CRETA

Período Micênico (1450 - 1200 a.C.)

Gla: Ruínas do Palácio (séc. XIII a.C.)

ou, em outras, finamente talhados, são

retiradas das pedreiras por meio de cunhas de

madeira.

Os blocos eram colocados irregularmente,

ainda que, em alguns casos, encontremos

paredes regulares com blocos dispostos em

fiadas, com emprego, por vezes de ligaduras

de bronze. Empregava-se também a taipa ou

terra, com reforços de madeira, utilizando-se,

como no Egito, terra ou barro líquido como

aglutinante.

Tirinto é o mais bem preservado, e só o andar térreo pode ser visitado.

O traço mais característico é o mégaron, uma forma de casa cujas

origens remontam ao continente grego e à Anatólia.

Um mégaro, geralmente, comporta três elementos: um pórtico aberto

com colunas sustentando a entrada, uma antecâmara e uma sala

principal, retangular, com lareira central, que era a sala de recepção e

a sala de estar; o teto do mégaron era sustentado por quatro colunas.

Em Tirinto o acesso ao mégaron era feito através de uma série de pátios

e entradas com colunatas, ou propileus; o pátio principal era rodeado de

Antiguidade: CRETA

Período Micênico (1450 - 1200 a.C.)

colunatas. O plano geral aproxima-se mais da Grécia clássica do que

qualquer coisa observada em Cnossos ou outras regiões de Creta.

Os Túmulos de Lajes Levantadas são uma série de

sepulturas retangulares talhadas na rocha, com

paredes de cascalho, teto de madeira e lajes de

pedra. No séc. XIV a.C., quando foram construídas

as maciças muralhas de Micenas, as sepulturas

foram encerradas por círculos de lajes de pedra

verticais unidas. As sepulturas, especialmente as

do Círculo de Schliemann, eram carregadas de

preciosidades, o que leva a crer pertencessem à

casa real de Micenas.

Antiguidade: CRETA

Período Micênico (1450 - 1200 a.C.)

Círculo Tumular de Micenas (séc. XIV a.C.).

casa real de Micenas.

Sabemos pouco sobre a cidadela em que esses

micênicos viviam, pois as muralhas e o palácio de

Micenas pertencem a uma fase posterior, mas sua

presença faz-se viva entre nós através das

impressionantes máscaras mortuárias em ouro,

encontradas sobre o rosto dos homens.

Apesar de saber que estes homens viveram muito

antes dos senhores aqueus da epopéia homérica,

eles nos são mais familiares do que os minóicos.

Seu caráter guerreiro, seu amor à caça, refletidos

com tamanha clareza no conteúdo dos túmulos,

lembram os heróis de Homero.

Antiguidade: CRETA

Período Micênico (1450 - 1200 a.C.)

Círculo Tumular de Micenas (séc. XIV a.C.).

Diâmetro de 27,5m. O duplo muro circular foi erguido a fim de encerrar os túmulos de lajes levantadas na dinastia dos reis micênicos, sepultados entre 1600 e 1500 a.C.

Antiguidade: CRETA

Período Micênico (1450 - 1200 a.C.)

Túmulos Tolos: Tesouro de Atreu (Micenas, 1300 - 1250 a.C.)

Antiguidade: CRETA

Período Micênico (1450 - 1200 a.C.)

Tesouro de Atreu: vista do exterior (Micenas, 1300 - 1250 a.C.)

Lâmina da adaga de bronze (séc. XVI a.C.), Museu Nacional de Atenas. Ouro, prata e nigela em cobre.

Antiguidade: CRETA

2700 a 1400 a.C.

Os objetos encontrados nos Túmulos de Lajes Levantadas são os bens pessoais dos mortos. Os homens são

enterrados com suas armas, ricamente decoradas, e recipiente de metal precioso; as mulheres usavam jóias

extravagantes e tinham recipientes de ouro e prata para seu uso particular.

A arte dos Túmulos de Lajes Levantadas pode ser considerada minóica no mesmo sentido que a arte romana

é grega. Os micênicos empregavam artistas cretenses, mas encomendavam temas e decorações de acordo

com seu gosto. Supõe-se que um artista cretense tenha vindo ao continente decorar a belíssima adaga

marchetada. A cena, de ouro, prata e esmalte negro aplicados a uma lâmina de cobre presa à adaga,

representa um episódio em que quatro soldados e um arqueiro combatem um leão que já abateu um deles.

É uma cena de ação vigorosa, ainda que exagerada, e deve ser obra de um excelente artista cretense. A

prosperidade permitiu aos senhores de Micenas empregarem o melhor do talento cretense em todos os

ramos das artes, e desta maneira satisfazer sua admiração pelas artes e ofícios de uma civilização superior.

Usamos aqui como período clássico a denominação mais comumente

utilizada, referindo-se a gregos e romanos.

Do ponto de vista da produção material, o período se baseia no trabalho

escravo e nas lutas de captura e dominação. Para a arte, a definição se

amplia, por que é nesse período que o homem desenvolve os métodos de

representação da forma humana e da natureza, e acredita que as formas

mais elevadas do espírito podiam ser expressadas na perfeição da forma

humana, baseada na harmonia e na proporção.

No mesmo período, se desenvolvem a matemática, a geometria, a música,

a filosofia e, entre outras, a base do alfabeto ocidental moderno.

Antigüidade Clássica: GRÉCIAFORMAÇÃO DA CIVILIZAÇÃO OCIDENTAL

“Aqueles que trabalham num nível superior, os destinam à agricultura e ao

comércio... Aqueles que, porém, são capazes de uma vida digna, os

obrigavam a que se ocupassem da hípica, dos ginásios, da caça com os cães

e da filosofia”

O conhecimento sobre o período remonta aos textos dos filósofos e

pensadores, principalmente de Aristóteles, preservados pelos árabes e

retomados pela Igreja no século IV (Patrística) e revisto no século XII

(Escolástica). A arte e a arquitetura clássica foram redescobertas em

diversas escavações, destacando-se Pompéia e Herculano (romanas) no

séc. XVIII; e diversas outras em território grego.

Templo de Netuno (Pesto, séc. II d.C.)

Antigüidade Clássica: GRÉCIA

Desenvolvimento da Civilização Grega

(1000 a 800 a.C.)

Expansão Grega

(séc. VII a.C.)

As Cidades-estado

(séc. VI a V a.C.)

O Mundo Helenístico

(séc. IV a.C.)

Antigüidade Clássica: GRÉCIA

Costuma-se dividir o desenvolvimento histórico da arte grega em três períodos:

Arcaico, do século VII ao fim do VI a.C.;

Clássico, até a metade do IV a.C.;

Helenístico, até a metade do século I a.C.

Essa divisão esquemática reflete o tradicional conceito evolucionista, segundo o qual o período clássico

deveria ser considerado como o momento do apogeu, precedido por uma fase de preparação ou de

progresso e seguido por outra de declínio ou dissolução. Cada situação histórica deve ser avaliada no seu

significado próprio e não somente em relação a outras. Todavia, a fase central, dita clássica, produziu obras

de tão alto nível que podem ser consideradas pela posteridade como exemplos de perfeição absoluta,

podendo pois constituir o fundamento de uma teoria da arte ou da estética.

Koré

(Museu de Acrópolo; Atenas; 150 cm; 530 a.C.).

Vitória de Samotrácia

(Museu do Louvre; 245 cm; 200 a.C.).Cariátides

(Erecteion, Acrópole, Atenas, séc. V a.C.)

Durante o período das Trevas, outros povos de língua grega

invadem a região da antes dominada por Micenas, atingindo

Creta e a costa da Ásia Menor (invasão Dória).

Este é o chamado período Heróico, em que se dão as guerras

reais e mitológicas retratadas por Homero na Ilíada. Diversas

revoluções derrubam o sistema monárquico e instalam o

poder da Aristocracia.

A arte da cerâmica é o principal produto artístico do período

e surge uma ornamentação abstrata com motivos

geométricos.

Antigüidade Clássica: GRÉCIADESENVOLVIMENTO DA CIVILIZAÇÃO GREGA (1000 a 800 a.C.)

geométricos.

A lamentação pelo morto

Museu Arqueológico de Atenas; 155 cm; 700 a.C.).

Nas cerâmicas, a configuração dos vasos apresenta curvaturas suaves e

a decoração, cromaticamente severa, é quase matemática na medição

rigorosa dos intervalos entre os desenhos.

Com a combinação das duas componentes, dórica e jônica, tentou-se

explicar a coexistência, na grande arte grega, de uma abstrata

exigência a priori de ordem, simetria e proporção, e de uma sempre

renovada, às vezes impetuosa e dramática, experiência de vida. Na

verdade, da fase arcaica à clássica, e desta à difusão das correntes

helenísticas, o desenvolvimento histórico da arte é inseparável do

desenvolvimento da cultura e da consciência política do povo helênico.

Antigüidade Clássica: GRÉCIADESENVOLVIMENTO DA CIVILIZAÇÃO GREGA (1000 a 800 a.C.)

desenvolvimento da cultura e da consciência política do povo helênico.

A lamentação pelo morto

Museu Arqueológico de Atenas; 155 cm; 700 a.C.).

A expansão do comércio cria uma nova classe de

comerciantes abastados, sem voz ativa no governo. Há

também insatisfação entre os lavradores-camponeses.

Nessas condições, novas guerras e revoluções tiram os

aristocratas do poder e emerge o domínio dos tiranos nas

cidades-estado.

As artes, antes apoiadas pela aristocracia, passam a

representar o poder dos comerciantes.

Em Atenas, há um grande estímulo às realizações

artísticas.

Antigüidade Clássica: GRÉCIAESPANSÃO GREGA (séc. VII a.C.) – Período Arcaico

artísticas.

Os irmãos Cleóbis e Biton

(Polímedes de Argos; 216 cm; 615 - 590 a.C.).

A Guerra de Peloponeso destruiu as cidades-estado,

minando a fé no culto aos deuses.

As artes passam a expressar o individualismo crescente,

refletindo-se no crescimento da arte do retrato, o

figurativismo e o luxo.

Com o declínio das cidades-estado, muitos artistas

gregos para os países vizinhos, dominados por povos

bárbaros.

Antigüidade Clássica: GRÉCIAAS CIDADES-ESTADO (séc. VI e V a.C.) – Período Clássico

Hermes e Dionísio (Museo Arqueológico de Olímpia; 230 cm).

De Praxíteles, Original descoberto nas escavações do heraion de Olímpia, em 1877.

A tirania foi seguida da chamada democracia ateniense.que suportou

às guerras persas.

É o período dos pré-socráticos, que se caracteriza pela reflexão

filosófica sobre a natureza. O princípio constitutivo de todas as coisas.

É o período da matemática cujas maiores expressões são Tales de

Mileto e Pitágoras.

A principal expressão da arte, nesta fase, são as construções de

Péricles na Acrópole.

No século VIII A.C., as cidades-estado (pólis) dominadas

Antigüidade Clássica: GRÉCIAAS CIDADES-ESTADO (séc. VI e V a.C.) – Período Clássico

No século VIII A.C., as cidades-estado (pólis) dominadas

pela aristocracia experimentam um período de

prosperidade, expansão comercial e colonização do

Mediterrâneo.

Nas artes, aparecem os primeiros monumentos, a

construção de templos, grandes estátuas, a figura

humana volta a ser tema da arte representativa, e se

desenvolve definitivamente o que hoje chamamos de

Arte Clássica.

Discóbolo (Museo Nazionale Romano; 155 cm).

Estátua de um atleta lançador de disco, de autoria do escultor grego Miron. O bronze original, que deve datar de cerca de 450 a.C, está perdido, mas sobrevivem diversas cópias romanas em mármore.

Desde seu primeiro aparecimento no âmbito da civilização mediterrânea, a

sociedade grega se funda no pensamento de um perfeito equilíbrio entre

humanidade e natureza: nada existe na realidade que não se defina ou tome

forma na consciência humana. Aristóteles explicará que o primeiro estágio da

"política" é a família (oikía), o segundo é a aldeia (koinè), o terceiro é a

cidade (pólis). As próprias leis do Estado têm seu fundamento nas leis

naturais; e "natural" é o fundamento da lógica e da ciência, da moral e da

religião. Mas nem por isso a vida é equilíbrio imóvel, estagnação; é antes

aspiração contínua a uma condição ideal, de perfeita liberdade "natural“.

Por esse ideal de liberdade a Grécia combaterá longamente o império persa,

última forma do obscuro despotismo asiático; e essa longa luta histórica nada

Antigüidade Clássica: GRÉCIA

mais será do que o resultado da mítica luta de liberação da consciência dos

opressivos terrores do mundo pré-histórico e proto-histórico, com suas

ameaçadoras potências sobrenaturais.

Dessa contínua luta, mítica e histórica, pela libertação da consciência e pelo

límpido conhecimento do real, a arte figurativa é, mais ainda do que um

testemunho, um fator essencial.

Cabeça de arqueiro em traje cita

Frontão ocidental do templo de Afaia, em Égina, 490. a.C.. Glyptoteke, Munique.

Antigüidade Clássica: GRÉCIA

Guerreiro Agonizante

Frontão oriental do templo de Afaia, em Égina, 490. a.C.. Glyptoteke, Munique.

Concebida como o mais puro e perfeito dos fenômenos naturais, revela na clareza de suas formas a

forma ideal da natureza na sua essência universal, que está além de qualquer contingência acidental.

Nesse sentido, tem uma função ativa ou construtiva: alia-se ao pensamento dos filósofos e ao gênio

inspirado dos poetas na busca de uma verdade que não está além, mas dentro das coisas e que não se

alcança ultrapassando a experiência, mas aprofundando-a e esclarecendo-a.

Explica-se também assim o que, aos nossos olhos, poderia parecer um limite da arte clássica: o fato de

eleger quase como único objeto a figura humana. Essa é de fato considerada, entre todas as formas

naturais, a mais próxima do ideal, a mais livre das contingências acidentais. Nela vê-se como a

civilização, interpretando os significados profundos da natureza, idealiza suas formas.

Antigüidade Clássica: GRÉCIA

Com o termo clássico, relativamente recente, os teóricos dos séculos

XVIII e XIX indicaram, de fato, a perfeição da forma artística, seu caráter

de universalidade, a eternidade do seu valor. A forma artística é dada

como absoluta e universal quando implica e exprime um conceito total

do mundo. Como o conceito do mundo que encontra na arte sua

expressão total é o de determinado momento da civilização grega, a

universalidade da arte clássica não é uma qualidade supra-histórica,

mas identifica-se com a sua historicidade.

Diremos, pois, que talvez em nenhum outro período a arte tenha

expressado tão plenamente a realidade histórica, no seu conjunto,

como no período dito clássico da arte grega. É claro que a arte clássica

Zeus

(Museu Nacional de Atenas; 209 cm; 460 a.C.).

Encontrado em 1926.

como no período dito clássico da arte grega. É claro que a arte clássica

não poderia ser plenamente a expressão da realidade histórica se o seu

desenvolvimento não atuasse como desenvolvimento histórico, ou seja,

se a obra do artista não fizesse pressupor uma lúcida consciência da

experiência do passado e da finalidade à qual aspira.

A arte clássica tem, pois, seu fundamento no passado e visa à perfeição

absoluta. Portanto, o trabalho do artista aparece sempre ligado a um

interesse teórico, programático, que encontra às vezes sua expressão

em cânones ou leis formais.

Zeus

(Museu Nacional de Atenas; 209 cm; 460 a.C.).

Encontrado em 1926.

Antigüidade Clássica: GRÉCIA

O tema ou o conteúdo fundamental da arte clássica é o mito: nem por isso,

contudo, pode-se considerá-la sagrada ou religiosa como será, por exemplo, a

arte cristã da Idade Média. As imagens dos deuses e dos heróis gregos não

têm a finalidade de instruir o fiel ou de incitá-lo à devoção. Menos ainda elas

se autoproclamam sagradas, materializações do divino. Kerényi explicou que a

religião grega não nasce como revelação, mas como a lenta formação do mito

mediante o relato verbal, escrito ou figurado das antigas sagas sobre as

origens do mundo e os primeiros eventos do gênero humano.

As representações poéticas ou plásticas não dependem pois de um sistema

teológico, e menos ainda de uma concepção teórica da ordem social; são elas

que, transmitindo as antigas crenças e suas variantes de um povo a outro, dão

ao sentido do divino e do sagrado aquela forma sensível que é o mito. A

própria religião, portanto, não é mais imposta de cima com a autoridade de

um soberano e de uma casta sacerdotal, mas vem de baixo, como expressão

de um ethos popular.

Laocoonte e seus filhos

(Museu Pio Clementino, Vaticano; 242 cm; 175 a 50 a.C.).

O grupo representa a terrível cena que é também descrita na Eneida, de Virgílio: o sacerdote troiano Laocoonte advertiu seus compatriotas para não aceitarem o cavalo de madeira onde se escondiam os soldados gregos. Os deuses, vendo contrariados os seus planos de destruição de Tróia, enviaram duas gigantescas serpentes-do-mar que envolveram o sacerdote e seus dois infelizes filhos em seus anéis e os estrangularam. É uma das histórias de absurda crueldade perpetrada pelos deuses olímpicos contra pobres mortais, muito freqüentes nas mitologias grega e latina.

Antigüidade Clássica: GRÉCIA

Sendo a própria expressão da pólis, não é uma lei imutável, mas tem seu

desenvolvimento histórico. Dos mais antigos mitos proto-históricos, ctônicos,

que exprimem o temor reverencial dos homens diante das forças incontroláveis

do cosmo, passa-se aos mitos olímpicos, que exprimem a harmonia alcançada

entre os homens e a natureza agora amiga.

Os novos deuses, que vemos com freqüência representados em luta contra

uma precedente geração divina composta de gigantes e monstros (a Górgona,

as Fúrias, os Gigantes, os Titãs etc.), são as imagens ideais de atividades ou

virtudes humanas: a sabedoria e a cultura (Atena), a poesia (Febo), a beleza

(Afrodite), a habilidade nos negócios (Hermes), o valor guerreiro (Áries), a

autoridade (Zeus). E uma esplêndida legião de semideuses, ninfas e heróis tece

uma comunicação contínua entre o mundo dos imortais e o dos mortais: nada

mais, nada menos do que a imortalidade (isto é, a libertação da morte, a única

negada aos homens) é o privilégio da natureza divina. Justamente por isso a

divindade é uma humanidade ideal, a forma absoluta de uma existência que na

terra é limitada e relativa.

A atitude dos homens diante do divino é mais de admiração que de devoção.

Outro grande estudioso da mitologia grega, Walter Otto, afirma: "Essa religião é

tão natural que nela não há lugar para a santidade".

Niké

(Museu Arqueológico de Olímpia; 215 cm; 425 a.C.).

Encontrado em 1875, em Olímpia.

Antigüidade Clássica: GRÉCIA

Os gregos não aspiram à transcendência, seus deuses têm uma

existência semelhante à dos homens e nem sempre é exemplar. Mas

é feliz porque não obscurecida pelo pensamento da morte inevitável.

Eles gostam de descer do seu céu à Terra, que afinal era apenas um

monte: homens privilegiados podem encontrá-los num bosque ou

numa fonte. Nada havia nisso de milagroso. O deus dos hebreus, para

dar a vitória ao seu povo, parava o sol e separava as ondas do mar. Os

deuses do Olimpo, conta Homero, socorriam seus protegidos

tornando-lhes os membros mais ágeis, a corrida mais veloz, a mente

mais aguda, ou seja, intensificando suas qualidades humanas e

Suplício de Dirce

(Museu Arqueológico Nazionale, Nápoles; 370 cm.).

Cópia romana de original grego.

mais aguda, ou seja, intensificando suas qualidades humanas e

elevando-as a um grau "heróico".

Se o divino é apenas um "humano” perfeito, uma vida sem a morte, a

arte manifesta o divino na perfeição da forma humana; e a perfeição

é justamente a lei da harmonia (a proporção), que garante a

identidade de essência e aparência. Na arte clássica não há distinção

entre o belo natural e o belo da arte; é esta que descobre e revela, ou

antes intui, o belo natural. Toda vez que, nas sucessivas culturas

clássicas, se exaltará o belo natural, aludir-se-á a uma lei de harmonia

natural revelada pela arte clássica.

Antigüidade Clássica: GRÉCIA

Afrodite e Dione

Grupo de Fídias no frontão oriental do Partenon

(Museu Britânico, Londres; 120 cm).

O princípio da arte como mimese ou imitação não contradiz o conceito da arte como invenção do belo: mimese

não é a cópia do que o artista vê, mas confronto e escolha de partes belas para alcançar a recomposição de um

conjunto belo, ou seja, de natureza não mais empírica, mas ideal. A posse de uma teoria, quase poderíamos dizer

de uma ciência da arte, muda profundamente a posição social do artista.

Ele não é mais, como na Ásia ou no Egito, um servo que opera segundo as ordens de um soberano despótico e

segundo as regras de uma rígida ritualidade. É um cidadão que exerce uma profissão livre, o depositário de uma

cultura estética e técnica que a sociedade reconhece ser necessária; é o intérprete dos "grandes valores ideais

sobre os quais essa sociedade conscientemente se funda. Qualquer cidadão pode encomendar ao escultor uma

estátua, ao pintor um quadro, para "dedicar" e colocar num local público. Os monumentos que surgem nas

cidades gregas não são mais o testemunho visível da autoridade, mas a história do Estado.

Antigüidade Clássica: GRÉCIA

O cânon se refere, para a arquitetura, às relações métricas entre

as partes e entre cada parte e o todo; para a escultura, às

dimensões relativas das partes da figura humana. O cânon não

é, contudo, uma constante iconográfica ou um tipo de imagem a

ser repetido uniformemente, mas um sistema de proporções

entre as partes e das partes com o todo: nesse sentido reflete o

conceito helênico da realidade como relação harmônica de

partes e da existência individual como relação do homem com a

natureza, a sociedade, o divino. O cânon, enfim, não limita a

liberdade do artista mais do que as regras métricas possam

limitar a liberdade expressiva do poeta.limitar a liberdade expressiva do poeta.

Deve-se distinguir nitidamente o conceito de clássico do

conceito de classicismo: este se aplica aos períodos em que a

arte clássica é assumida como modelo e imitada. De fato, o

classicismo, assumindo como modelo a arte do passado, não

somente implica a desconfiança na capacidade da arte de

exprimir a realidade histórica presente, mas também, reduzindo

a arte à imitação de modelos históricos, anula o valor da

criatividade que é próprio da arte clássica.

Partenon (Acrópole, Atenas, séc. V a.C.)

Antiguidade Clássica: GRÉCIA

Partenon (Acrópole, Atenas, séc. V a.C.)

A principal dificuldade, no estudo da arquitetura grega, reside no fato de

grande parte da nossa cultura e sobretudo do nosso modo de entender os

valores artísticos resultar precisamente dos gregos; é por isso que vemos a

arquitetura grega sob uma perspectiva especial e não conseguimos manter

uma atitude neutra relativamente ao todo objetivo, devido à dificuldade

que sentimos em separar a realidade da arquitetura grega, na sua época,

das enormes consequências que dela resultaram.

Por outro lado, o valor determinante da experiência grega não depende

apenas dos resultados específicos obtidos, mas principalmente do

enquadramento conceItual que semelhante experiência adquire pela

Museu do Índio (Campo Grande-MS, 2002.)

primeira vez, e que depois se mantém estável durante muito tempo.

As atividades a que se costuma chamar artísticas - abrangendo

simultaneamente o seu aspecto manual e o seu significado ideal - são pela

primeira vez consideradas funções autônomas, emergentes das exigências

rituais, celebrativas e iconográficas; para além da idealização e da execução,

o valor utilitário e o valor contemplativo dos objetos produzidos são

considerados interdependentes e não se designam com duas

nomenclaturas distintas, mas sim com uma série de vocábulos que abarcam

globalmente cada um dos sectores : arquitetura, pintura, escultura, etc. e

resumem-se num único termo genérico: techne, em Latim ars.

Antiguidade Clássica: GRÉCIA

Estas funções dizem respeito às capacidades naturais do homem,

independentemente de qualquer limitação social. A arquitetura e as

outras artes são profissões liberais, como dizemos hoje; os artistas são

intelectuais, os seus nomes foram-nos transmitidos devido à sua

reputação e a sua capacidade apresenta-se como uma prerrogativa

pessoal que não tem nada a ver com o lugar e a classe de onde provêm; ao

analisarem as origens desta capacidade, os Gregos têm tendência para

subestimar a instrução e a experiência, salientando as faculdades inatas e

o temperamento individual.

Ordem dórica: Partenon (Atenas, séc. V a.C.)

Todas estas causas vão permanecer doravante na tradição cultural clássica

e europeia e aceitam-se como dados adquiridos - ainda que com

significado variável - a autonomia e a dignidade desta ordem de

experiências; o projetista medita sobre a natureza do seu trabalho e o

projeto enriquece-se com elementos racionais que a partir desse

momento não mais poderão ser eliminados.

Ordem Jônica: Erecteion (Acrópóle - Atenas, séc. V a.C.)

Nos séculos VIII e VII a.C. (Desenvolvimento da Civilização Grega),

a Grécia assistiu a um revivalismo das artes, após o chamado

«Período das Trevas), que começou no século XII a.C., depois do

colapso da civilização micênica. Desde estes tempos remotos que

predominava um tipo específico de construção: o templo.

Um templo era considerado a morada de um deus e esta variava

de acordo com as preferências e as tradições locais. No início, o

templo era constituído por uma única sala ou cabana e as paredes

eram de tijolos secos ao sol. No exterior ficava o altar, destinado a

sacrifícios de animais.

Antiguidade Clássica: GRÉCIAARQUITETURA PRIMITIVA

sacrifícios de animais.

Pouco a pouco, as colunas foram surgindo no interior destes

edifícios e, em seguida, marcaram o seu lugar nas fachadas. Por

último, no fim do século VII a.C., o corpo principal do santuário era

totalmente rodeado por uma única fila de colunas.

O peristilo era exclusivo da arquitetura grega e seria uma das suas

principais características.

Antiguidade Clássica: GRÉCIAARQUITETURA PRIMITIVA

A Construção da Cobertura

Na arquitetura grega, os lintéis de madeira (vigas horizontais) serviam de suporte a pesadas vigas transversais, que serviam de apoio a contrafortes e a vigas inclinadas.

Os vãos não podiam ser grandes, a menos que se erguessem colunas no interior. Mais tarde, os elementos de madeira passariam a ser de pedra.

A arte grega baseava-se na matemática, para o

que muito contribuíram as descobertas de

Pitágoras (c. 580-500 a.C.). Para ele, os números

eram uma expressão da linguagem fundamental

que ligava os homens e os deuses.

Os Gregos consideravam que, quando os rácios e

as proporções eram devidamente aplicados quer

às plantas baixas quer às elevações, o resultado

Antiguidade Clássica: GRÉCIAO TEMPLO: Formas e Elementos

poderia ser a beleza, a perfeição e a symmetria

(não a simetria tal como a entendemos, mas um

equilíbrio perfeito das partes).

A unidade-padrão de medida para alcançar a

symmetria era o módulo, que era igual ao

diâmetro ou a metade do diâmetro de uma

coluna na base do fuste.

Antiguidade Clássica: GRÉCIAO TEMPLO: Formas e Elementos

Embora a planta básica do templo tivesse evoluído por volta do fim do século VII a.C.

(Expansão Grega), as suas formas e os seus elementos pouco ou nada se alteraram.

O objetivo dos Gregos era aperfeiçoar os seus edifícios de todas as maneiras possíveis,

mas fizeram-no lentamente e sem alterar as componentes essenciais – peristilo,

pórtico, pronaos, naos e opistódomo.

Planta BásicaDíptero Pseudodíptero

Antiguidade Clássica: GRÉCIAAS ORDENS

Mas os gregos vão mais longe, pelo caminho do intelectualismo, e concebem a arquitetura, tal como as

outras artes, quase sob a forma de ciência. Daqui resulta a própria distinção entre as artes: arquitetura,

pintura, escultura, etc., que são consideradas não como partes convencionais e variáveis da atividade

humana, mas sim como categorias permanentes e absolutas (o prestígio desta posição perdura ainda nos

nossos dias e confere ao termo «arquitetura» uma solidez que faz que o seu emprego continue a ser natural,

ainda que o seu conteúdo tenha sofrido uma grande alteração).

Pensa-se que, para cada uma das artes, existam certas regras objetivas, análogas às leis da natureza, e que o

valor de cada experiência individual consista na adaptação a elas. No que se refere à arquitetura,

convencio-nou-se então designar estas regras por ordens: ordem dórica, ordem jônica, ordem coríntia.

Esta palavra está carregada de referências ideológicas, vivas até ainda há bem pouco tempo. «"Ordem"», Esta palavra está carregada de referências ideológicas, vivas até ainda há bem pouco tempo. «"Ordem"»,

escreve um autor do século passado, «significa a disposição regular e perfeita de todas as partes que

contribuem para a constituição de um todo belo; a ordem é, portanto, o oposto da confusão». Mas é

justa-mente esta tendência generalizante que impede que as regras funcionem como vínculos mecânicos e

que reduzam a esponta-neidade dos projetistas a uma uniformidade convencional; as ordens arquitetônicas

não são regras materiais, isto é, modelos completamente estabelecidos, mas sim regras ideais que podem

traduzir-se concretamente dos modos mais diversos.

Ordens: dórica, jônica e coríntia.

As ordens são sistemas estruturais

para organizar as partes componentes

do edifício grego.

Desempenharam um papel

fundamental na procura da perfeição

da proporção.

A coluna, o fuste, o capitel e o

entablamento eram medidos e

ornamentados de acordo com um dos

Antiguidade Clássica: GRÉCIAAS ORDENS

ornamentados de acordo com um dos

três modos: dórico, jônico e coríntio.

Antiguidade Clássica: GRÉCIAAS ORDENS

A comparação mais óbvia pode ir buscar-se à filosofia natural dos gregos.

Todos os homens, por exemplo, pertencem a uma forma ou espécie

comum; na sua qualidade de homens, todos têm as mesmas

características e não pode dizer-se que um seja mais homem do que

outro; ao mesmo tempo, todos os homens são diferentes, porque a

espécie não é um modelo uniforme, mas sim uma regra estrutural que,

aplicando-se sempre a matérias diferentes, pode concretizar-se de

infinitas maneiras.

Do mesmo modo, a ordem dórica não é uma forma sensível, visível com os

olhos do corpo, mas sim uma forma intelectual, visível com os olhos do olhos do corpo, mas sim uma forma intelectual, visível com os olhos do

espírito; entre a forma intelectual e a realização prática existe uma

margem que pode ser preenchida das maneiras mais diversas, e é na

escolha entre todas elas que reside a liberdade dos projetistas; também

aqui a diversidade das realizações é potencialmente infinita, porque

nenhuma imitação sensível ou série de imitações consegue exaurir as

virtualidades contidas no modelo ideal. Não nos interessa todavia discutir

as implicações teóricas deste conceito, mas sim as suas consequências

reais na produção arquitetônicas e nas alterações introduzidas no método

de projeto.

Templos dóricos:

Partenon (Acrópole, Atenas, séc. V a.C.) e Templo de Ceres (Pesto, séc. VI a.C.)

Antiguidade Clássica: GRÉCIAAS ORDENS

Os adjetivos «dórico» e «coríntio» referem-se, como se sabe, às edificações tradicionais de algumas

estirpes gregas; estas edificações são porém estabelecidas e idealizadas para poderem ser utilizadas de

uma maneira geral, mesmo fora dos lugares e dos grupos étnicos de origem. Aparece assim delimitado

um campo comum no qual se estabelece concentrar as energias, selecionando progressivamente os

resultados e isolando por convergência as melhores soluções para os problemas recorrentes, sem que

qualquer solução seja formulada de um modo taxativo - isto é, não se chegam a explicar as formas e as

proporções das ordens através de figuras geométricas perfeitas ou de números exatos - e conservando

sempre uma margem de liberdade de adaptação aos casos particulares.

No templo dórico, por exemplo, existe uma série de problemas típicos: a relação geométrica entre os

diversos elementos da ordem -;- coluna e entablamento -; a ligação entre o ritmo das colunas e o dos

tríglifos, que coloca um problema delicado aos ângulos do friso; a união entre a cornija e o tímpano; as

relações planimétricas entre a colunata periférica e as paredes da cela; o acabamento entre os

paramentos de alvenaria e a chamada parede exterior.

Os projetistas gregos foram selecionando, a pouco e pouco, a multiplicidade das soluções arcaicas e,

sempre que encontravam uma solução convincente, passavam a considerá-la como norma adquirida,

até que uma nova pesquisa viesse deslocar as fronteiras do problema; cada uma destas normas

encerra, por outro lado, um campo de seleção posterior e admite aplicações sempre diferentes e

originais. O controle dos resultados é assim escalonado em diversas fases: com efeito, uma parte das

decisões necessárias à definição de um edifício pode ser desligada do projeto desse caso específico e

formulada de uma maneira geral, ao passo que uma segunda série de decisões admite a passagem da

formulação geral para a aplicação específica. O projetista não terá assim necessidade de recomeçar

sempre os mesmos raciocínios, mas poderá introduzir na sua equação uma série de dados conhecidos

que lhe permitirão concentrar-se nas incógnitas específicas do seu caso.

Propileu (Acrópole, Atenas, séc. V a.C.)

Antiguidade Clássica: GRÉCIAAS ORDENS

O oposto deste método é a limitação das experiências. De

fato, a referência às regras garante o aprofundamento das

pesquisas num determinado campo, mas dificulta

grande-mente o alargamento do mesmo e provoca uma

espécie de distanciamento entre o projetista e a obra,

porque cada problema se traduz previamente por certos

termos obrigatórios, impedindo a adesão de um modo

despido de preconceitos a todas as oportunidades do tema.

Campos inteiros de pesquisa são assim negligenciados a

priori, especialmente do ponto de vista técnico. As ordens priori, especialmente do ponto de vista técnico. As ordens

arquitetônicas resultam de uma interpretação especial do

sistema construtivo trilítico, que se torna por isso o sistema

obrigatório para a construção de todos os edifícios mais

importantes, se bem que os gregos conheçam também a

abóbada. Na verdade, apenas deste modo os gregos se

sentem antecipadamente seguros da harmonia entre as

exigências estáticas e constituintes.

Propileu (Acrópole, Atenas, séc. V a.C.)

A ordem dórica desenvolveu-se nos territórios ocupados pelos Dórios,

uma das duas principais divisões da raça grega.

Tornou-se o estilo preferido do continente grego e das colônias

ocidentais (sul de Itália e Sicília), a chamada Magna Grécia.

O Dórico atingiu o apogeu em meados do século V a.C., e foi uma das

ordens aceites pelos Romanos.

As suas características são a masculinidade, a força e a solidez.

Antiguidade Clássica: GRÉCIAAS ORDENS: Dórica

Partenon (Atenas, séc. V a.C.)

Templo de Aphaia (Egina, séc. V a.C.)

Antiguidade Clássica: GRÉCIAAS ORDENS: Dórica

Partenon (Acrópole, Atenas, séc. V a.C.)

Antiguidade Clássica: GRÉCIAAS ORDENS: Dórica

Antiguidade Clássica: GRÉCIAAS ORDENS: Dórica

Templo de Aphaia (Egina, séc. V a.C.)

Antiguidade Clássica: GRÉCIAAS ORDENS: Dórica

Templo de Ceres (Pesto, séc. VI a.C.)

Antiguidade Clássica: GRÉCIAAS ORDENS: Jônica

Ao que tudo indica, a ordem jônica desenvolveu-se ao mesmo

tempo que a dórica, embora só se tenha vulgarizado e alcançado a

sua forma final em meados do século V a.C. O estilo prevaleceu nos

territórios jônicos - a costa da Ásia Menor e as ilhas do Mar Egeu.

Templo de Atena Niké (Acrópóle - Atenas, séc. V a.C.)Erecteion (Acrópóle - Atenas, séc. V a.C.)

Antiguidade Clássica: GRÉCIAAS ORDENS: Jônica

A forma da ordem era muito menos definida do que a

dórica e durante muitas décadas subsistiram variantes

locais. Mesmo quando se tornou mais coerente, havia

alternativas aceites.

Inicialmente, as ordens dórica e jônica confinaram-se às

suas regiões de origem, mas pouco a pouco os dois estilos

misturaram-se em alguns edifícios, como nos Propileus, em

Atenas (437-431 a.C.).

Templo de Atena Polias (Priene - Atenas, séc. IV a.C.)

Antiguidade Clássica: GRÉCIAAS ORDENS: Jônica

Aproximadamente um século mais tarde, a ordem jônica

autonomizou-se, com obras-primas como o templo de Atena

Polias em Priene (c. 340 a.C).

Templo de Atena Niké (Acrópóle - Atenas, séc. V a.C.)

Antiguidade Clássica: GRÉCIAAS ORDENS: Jônica

Segundo Vitrúvio, as características principais da ordem jônica eram

a feminilidade, a elegância e a beleza, devido ao fato de ela se

inspirar nas proporções do corpo feminino.

A terceira das ordens gregas foi também a última a surgir. Os

exemplos documentados mais remotos da utilização da ordem

coríntia (no interior) encontram-se no Templo de Apollo

Epicurius, em Bassae (429-390 a.C) e (no exterior) no

Monumento Corégico de Lisícrates, em Atenas (335-334 a.C.).

A ordem coríntia não era um sistema estrutural, como as

ordens dórica e jônica. Era pura e simplesmente decorativo e

distinguia-se quase só pelo seu requintado capitel com

motivos florais. Segundo Vitrúvio, este foi desenhado pelo

escultor ateniense Calímaco, e inicialmente pode ter sido

Antiguidade Clássica: GRÉCIAAS ORDENS: Coríntia

escultor ateniense Calímaco, e inicialmente pode ter sido

trabalhado em bronze. Com exceção deste capitel, todas as

outras partes integrantes provinham da ordem jônica.

Pouco a pouco, no período helenístico, a ordem coríntia

começou a desenvolver-se, mas coube aos Romanos

misturarem os elementos e aperfeiçoá-la.

Vitrúvio afirmou que a ordem coríntia imitava a «magreza de

uma donzela»; de um modo geral, é bela e elegante.

Templo de Zeus Olímpico (Atenas, séc. II a.C.)

Antiguidade Clássica: GRÉCIAAS ORDENS

Este sistema de controle por meio do qual algumas decisões de caráter

geral substituem um número muito maior de decisões particulares -

que designaremos por controle indireto - origina uma espécie de

economia de pensamento e possibilita uma repartição de forças

altamente rendível. De fato, por meio da combinação de alguns temas

obrigatórios, assegura a colaboração de muitos projetistas, em

diferentes locais e ocasiões, nas mesmas pesquisas, e permite um

estudo muito mais profundo das soluções do que aquele que seria

possível a cada um isoladamente.

Dado que cada um parte de pressupostos já amplamente

comprovados, garante além disso que todas as obras possuam um comprovados, garante além disso que todas as obras possuam um

elevado nível de dignidade, ainda que nem todos os projetistas sejam

personalidades de primeira categoria, isto é, garante um elevado nível

médio da produção geral; por últimoo, fornece aos projetistas e ao

público, através do conhecimento de certas regras aproximadas e

proporções médias, um ponto de referência para realçar ao máximo os

desvios, ainda que mínimos, dessas formas e relações. Tal como

observa G. Scott, «uma convenção formal em arquitetura tem valor,

ainda que imperceptível, visto que está presente no espírito do

espectador e estimula nele a percepção do que de novo existe no

projeto, confere realce e tom ao novo intento».

Templo de Apolo (Pompéia, séc II d.C.)

O aperfeiçoamento das ferramentas tornou possível

talhar as pedras com mais capricho, o que permitia a

sua disposição em camadas perfeitamente regulares.

A armação mais meticulosa chamada isódama, em que

todos os blocos são da mesma dimensão, caindo cada

junta vertical exatamente no meio do bloco da camada

inferior. Os encaixes eram feitos com tanta precisão que

as pedras eram colocadas, umas sobre as outras, sem a

necessidade da intercalação da argamassa.

Antiguidade Clássica: GRÉCIASISTEMA CONSTRUTIVO: Cobertura

Os muros sustentavam-se pela chumbagem com metal,

que fazia a junção dos blocos de uma mesma camada

horizontal, e por meio das cavilhas verticais, que

asseguravam a ligação entre duas camadas sucessivas.

Antiguidade Clássica: GRÉCIASISTEMA CONSTRUTIVO

Antiguidade Clássica: GRÉCIASISTEMA CONSTRUTIVO: Estrutura

Antiguidade Clássica: GRÉCIASISTEMA CONSTRUTIVO: Estrutura

Templo de Niké: Execução do entablamento

Antiguidade Clássica: GRÉCIASISTEMA CONSTRUTIVO: Estrutura

Antiguidade Clássica: GRÉCIASISTEMA CONSTRUTIVO: Estrutura

Nos telhados de suas construções, a

madeira era empregada, mas sem a

engenhosidade que hoje possuímos de

fazer com que cada uma de suas peças,

seja solicitada a esforços antagônicos, e

que no fim gera o equilíbrio da estrutura.

Antiguidade Clássica: GRÉCIASISTEMA CONSTRUTIVO: Cobertura

Antiguidade Clássica: GRÉCIASISTEMA CONSTRUTIVO: Cobertura

As peças eram sobrepostas e sofriam todas um único

esforço – o da compressão – o que chegou a definir

aqueles seus sistemas como uma “verdadeira alvenaria

de madeira”.

Muitas vezes, o madeiramento

que recebia as telhas

confeccionadas em terracota ou

porcelana, era aparente, sendo

de notar que as telhas possuíam

recobrimento, despejando as

suas águas sobre calhas de

mármore ou de pedra.

Antiguidade Clássica: GRÉCIASISTEMA CONSTRUTIVO: Cobertura

Antiguidade Clássica: GRÉCIASISTEMA CONSTRUTIVO: Cobertura

Antiguidade Clássica: GRÉCIAAS ORDENS: Dórica

Partenon (Atenas, séc. VI a.C.), diagrama exagerado da distorção na colunata norte

Desenho 1

Correção das proporções aparentes; do ponto A (ponto de vista), a proporção das imagens em a parece deformada como em b.

Antiguidade Clássica: GRÉCIAAS ORDENS: Dórica

Desenho 2

Deformação ótica de duas retas paralelas contidas entre duas curvas convexas; no centro, parecem distanciar-se.

Desenho 3

Deformação ótica de duas retas paralelas contidas entre duas curvas côncavas; no centro, parecem aproximar-se.

Desenho 4

Método para a determinação da êntase: a-d, diâmetro da seção

inferior (imoscapo) da coluna.

A perpendicular traçada da circunferência da seção superior

sobre o rebatimento da circunferência do imoscapo no plano

frontal gera um arco de circulo que é subdividido em três partes

iguais; dos pontos de divisão são traçadas outras duas retas

perpendiculares à base.

O encontro das duas perpendiculares com as duas seções da

Antiguidade Clássica: GRÉCIAAS ORDENS: Dórica

O encontro das duas perpendiculares com as duas seções da

coluna, iguais em altura, determina os pontos da curva externa

que corresponde ao aumento do diâmetro (ou êntase) da

coluna, que tem o seu ponto máximo a cerca de um terço da

altura do fuste a partir da base.

Desenho 5

Inclinação da coluna e do entablamento do templo grego para

evitar o efeito ótico da queda para a frente da construção.

Desenho 6

efeitos da cor na arquitetura:

a) exemplo de coloração escura da parede

externa e nas métopas para destacar o efeito de

força das colunas e o claro-escuro do

entablamento;

Antiguidade Clássica: GRÉCIAAS ORDENS: Dórica

b) coloração escura nos elementos externos,

hipotética, para obter-se o efeito contrário.

A arquitetura grega atingiu o seu apogeu em meados do

século V a.C (Cidades-estado), um período a que também

se chama Alto Clássico.

Foi nesta época que se construíram alguns dos edifícios

mais imponentes do mundo, o que se deveu em grande

parte à situação política e econômica de então. Os Gregos

tinham finalmente vencido os invasores persas, que

deixaram um rastro de destruição maciça.

Antiguidade Clássica: GRÉCIAA ERA DE PÉRICLES

deixaram um rastro de destruição maciça.

A vitória dos Gregos foi exultante e despertou um

sentimento renovado de orgulho patriótico.

Os despojos de guerra foram utilizados para construir

novos e magníficos santuários e o fervor da construção

atingiu o seu auge no tempo de Péricles, o grande

estadista ateniense que governou entre c.444 e 429 a.C.

e que deu o seu nome a todo este período.Acrópole (Atenas, séc. V a.C.)

A primitiva idéia grega de santuário pode ser definida

como um espaço aberto, pontilhado de altares e outras

pequenas relíquias religiosas e cercado por um muro.

Algumas vezes plantava-se um bosque sagrado.

A transformação da Acrópole de Atenas por volta do

século V introduziu um novo tipo de recinto sagrado.

Devido ao constante estado de guerra na Grécia antiga,

quase todas as cidades se dividiam em uma parte baixa

Antiguidade Clássica: GRÉCIAA ACRÓPOLE

e uma acrópole, palavra que literalmente significa uma

"cidadela (isto é, cidade fortificada) no alto", mas que

passou a se aplicar a qualquer área mais defensável,

fosse uma parte densamente habitada ou uma mera

fortaleza que podia se transformar no último refúgio

durante um cerco.

Acrópole (Atenas, séc. V a.C.)

Antiguidade Clássica: GRÉCIAA ACRÓPOLE

Os primeiros exemplos de um Plano arquitetônico datam aproximadamente do ano 600,quando se instalou uma entrada monumental num muro que fechava o Heraion deSamos e se construiu um longo abrigo para peregrinos longe da lateral do templo.

A entrada se situava perto da extremidade leste da parede norte e, assim, oferecia umavisão oblíqua da frente e da lateral do templo - a melhor de todas, considerando anatureza da edificação.

Acrópole (Atenas, séc. V a.C.)

A Acrópole permanecia o centro espiritual de Atenas devido a seus

lugares sagrados, que testemunhavam a função divina de salvaguarda

do Estado. Na Acrópole ficava o altar de Atena e seu templo, o Velho

Templo, cuja complexa história de edificação certamente recua até o

século VII e é bem provável que tivesse um predecessor ainda mais

remoto. A entrada, como as fortificações, ainda era micênica.

Mas os edifícios individuais que transformaram a Acrópole na grande

maravilha da Grécia datam todos da segunda metade do século,

quando Atenas, sobretudo sob a liderança de Péricles, dirigiu para esse

propósito as subvenções anuais de seus aliados que haviam

concordado em contribuir para a defesa mútua contra a Pérsia .

Antiguidade Clássica: GRÉCIAA ACRÓPOLE

concordado em contribuir para a defesa mútua contra a Pérsia .

Nos primórdios a Acrópole de Atenas não foi exceção. A natureza tinha-

a transformado numa grande extensão de pedra calcária isolada,

inclinada para oeste, único lugar por onde se podia chegar sem precisar

escalar a rocha.

O circuito dos muros micênicos permaneceu durante muito tempo

como a única fortificação do Estado. Mais tarde no século V, quando já

tinha perdido toda a importância militar, os cidadãos continuaram a

referir-se a ela como Pólis, "A Cidade", exatamente como os londrinos

se referem à área antigamente cercada por muros de sua cidade.

Acrópole (Atenas, séc. V a.C.)

Antiguidade Clássica: GRÉCIAA ACRÓPOLE: O Partenon

Péricles empreendeu primeiro a construção do

Partenon, um templo dórico, inteiramente de

mármore, dedicado à deusa padroeira da

cidade, Atena.

O arquiteto do novo templo foi Ictino, em algum

tipo de parceria com Calícrates, que é citado em

uma inscrição, provavelmente datada de

meados do século V, como arquiteto de um

projeto no recinto de Niké, perto da entrada da

Athena Parthenos (447 – 432 a.C.)

projeto no recinto de Niké, perto da entrada da

Acrópole. Fídias, além de ser certamente o

escultor da imagem de culto, foi provavelmente

responsável pelo desenho das esculturas na

edificação.

O que Péricles fez foi reviver o conceito dos anos 480, um templo de

mármore dedicado a Atena e respectivo propileu.

As sólidas fundações já criadas para o templo daquele decênio foram

reutilizadas para a lateral sul, mas a nova edificação deveria ser mais

larga, estendendo-se mais próxima do centro da Acrópole. O Velho

Templo, seriamente danificado e remendado para servir como

depósito, deveria ser removido, criando um eixo aberto para a

Acrópole; e o alinhamento do novo propileu adotou esse novo eixo.

Antiguidade Clássica: GRÉCIAA ACRÓPOLE: O Partenon

Acrópole; e o alinhamento do novo propileu adotou esse novo eixo.

Os persas, na invasão de 480, tinham queimado a estrutura do

predecessor inacabado, cuja estrutura permanecia apta para uso.

Esta oferecia uma plataforma inusitadamente alta na parte mais

elevada da Acrópole, perto do muro sul, e requeria apenas um

prolongamento ao norte para acomodar um edifício com suficiente

largura para ser visível da cidade lá embaixo, também por esse lado. Partenon (Acrópole, Atenas, séc. V a.C.)

A obra começou em 437 a.C., um ano depois da conclusão da estrutura do Partenon.

Antiguidade Clássica: GRÉCIAA ACRÓPOLE: O Propileu

Propileu (Acrópole, Atenas, séc. V a.C.)

Propileu (Acrópole, Atenas, séc. V a.C.)

Antiguidade Clássica: GRÉCIAA ACRÓPOLE: O Propileu

Até o ponto em que foi concluído, consisitia em uma passagem central muito

larga com pórticos que davam para o exterior e o interior, numa série de 5

portais e uma ala externa de cada lado em ângulo reto com uma colunata de

frente para a entrada.

Erecteion (Acrópole, Atenas, séc. V a.C.)

Antiguidade Clássica: GRÉCIAA ACRÓPOLE: O Erecteion

Outro templo jônico da Acrópole, o Erecteion, foi iniciado em 421 a.C.

e terminou em 405 a.C, de frente para o lado norte do Partenon.

A intenção era que substituísse o velho templo, para acolher a antiga

imagem, e unisse numa edificação organizada vários sacrários e locais

de importância religiosa.

Antiguidade Clássica: GRÉCIAA ACRÓPOLE: O Erecteion

Erecteion (Acrópole, Atenas, séc. V a.C.)

Antiguidade Clássica: GRÉCIAA ACRÓPOLE: O Erecteion

Erecteion (Acrópole, Atenas, séc. V a.C.)

Antiguidade Clássica: GRÉCIAA ACRÓPOLE: O Erecteion

Erecteion (Acrópole, Atenas, séc. V a.C.)

O templo tem menos da metade do

comprimento e (excluindo projeções) a

mesma largura do Partenon, e estava

situado no terreno mais baixo que havia à

disposição, onde não podia sugerir

rivalidade.

Antiguidade Clássica: GRÉCIAA ACRÓPOLE: O Erecteion

Erecteion (Acrópole, Atenas, séc. V a.C.)

“Por exemplo, suponha-se que decida substituir as

colunas por aquelas estátuas de mulheres em longas

túnicas, chamadas cariátides, com suas cestas e coroas

colocadas diretamente sobre suas cabeças; nesse caso,

ele deve dar a seguinte explicação aos que questionarem

sua decisão: Caryae uma cidade do Peloponeso, aliou-se

aos persas contra os gregos. Logo depois, os gregos

tendo gloriosamente conquistado sua liberdade pela

vitória na guerra, decidiram tomar Caryae.

Eles conquistaram a cidade, mataram todos os seus

homens, arrasando o seu sítio, e levando as suas

Antiguidade Clássica: GRÉCIAA ACRÓPOLE: O Erecteion (Cariátides)

homens, arrasando o seu sítio, e levando as suas

mulheres como escravas - sem permitir contudo que elas

tirassem as suas longas túnicas e as outras marcas de

sua condição de senhoras, casadas. Desse modo, elas

foram obrigadas não apenas a marchar no retorno do

triunfo grego, mas também a figurar como um novo tipo

de escravidão, agravado pelo peso de sua vergonha e

pela desonra de sua cidade. Desde então, os arquitetos

daquele tempo passaram a colocar em edifícios públicos

estátuas daquelas mulheres, carregando o peso das

arquitraves em suas cabeças, de modo a que a culpa e a

punição do povo de Caryae fosse conhecido e divulgado a

toda a posteridade.” Vitrúvio (Os Dez Livros Sobre Arquitetura, (aprox.) 40 d.C.)

A superioridade de Atenas foi frutuosa, mas de curta duração. Em 404 a.C., as

Guerras do Peloponeso terminaram com a queda da cidade. A partir de

então, registrou-se uma degenerescência gradual da arquitetura grega,

quando estados menos cultos - Esparta, Tebas e depois a Macedônia

tomaram as rédeas do poder. Neste período, a que se chama «Tardo-

Clássico», os conflitos permanentes impediram que se iniciassem projetos

arquitetônicos ambiciosos. No continente, as energias foram canalizadas para

a construção de outros edifícios, mas não de templos, e as três ordens

começaram a conviver em edifícios isolados. A Ásia Menor foi menos afetada

pela guerra, e o estilo jônico regressou, graças ao patrocínio dos sátrapas

(governadores) persas e ao estímulo de Alexandre o Grande, que conquistou

Antiguidade Clássica: GRÉCIAO MUNDO HELENÍSTICO (século IV a.C.)

(governadores) persas e ao estímulo de Alexandre o Grande, que conquistou

a Ásia Menor em 334-333 a.C.

A Macedônia torna-se o centro da cultura grega, com Felipe e seu filho

Alexandre (O Grande). A arte helênica se expande à Síria, ao Egito e até às

proximidades da Índia.

É o período Socrático. Sócrates, Platão e Aristóteles são sua maiores

expressões. O saber a respeito do mundo passa a ser insuficiente e os

pensadores sentem-se atraídos por um saber a respeito do homem. A

temática da arte se expande, com novas técnicas e explorando novas

inspirações.

Cabeça de Alexandre o Grande

(Lisipo; Museu Arqueológico de Istambul; 41 cm; 325 a.C.)

A morte de Alexandre o Grande, em 323 a.C. assinala

vulgarmente o fim do período helênico (que começara em

650 a.C.) e o início da fase helenística. No reinado de

Alexandre o Grande, o Império Grego estendera-se até à

Índia e à Núbia, mas a tradicional influência helênica não

perdeu o seu vigor.

Com a morte de Alexandre, este vasto território

pulverizou-se e deu origem a reinos independentes, cujo

estilo de vida e artes passaram à História com a

designação de «helenísticos», porque imitaram os

Antiguidade Clássica: GRÉCIAO MUNDO HELENÍSTICO (século IV a.C.)

designação de «helenísticos», porque imitaram os

verdadeiros princípios helênicos.

O Altar de Zeus de Pérgamo (164-156 a.C.)

Mármore; Pergamonmuseum, Staaliche Museen, Berlim.

Antiguidade Clássica: GRÉCIAO MUNDO HELENÍSTICO (século IV a.C.)

Verificou-se um afastamento generalizado das formas mais antigas; as ordens jônica

e coríntia foram usadas em detrimento da dórica, que quase caiu em desuso, e as

atenções concentraram-se numa profusão de estilos arquitetônicos.

O Altar de Zeus de Pérgamo (164-156 a.C.)

Mármore; Pergamonmuseum, Staaliche Museen, Berlim.

Antiguidade Clássica: GRÉCIAO MUNDO HELENÍSTICO (século IV a.C.)

Esta última fase da arquitetura grega iria ter um impacto vital nos

Romanos, que acabaram por conquistar a Grécia em 30 a.C.

Vênus de Milo

(Museu do Louvre; 202 cm; 200 a.C.).

Estátua em mármore da deusa Afrodite, a mais conhecida de todas as

estátuas antigas, encontrada na ilha de Melo (ou Milo) em 1820. Um plinto

encontrado junto à estátua traz a inscrição: “andros (Alexandre ou

Agasandros) de Antióquia sobre o Meandro", mas nada se sabe a respeito

do escultor.

A estátua é vista como uma sofisticada combinação de estilos mais antigos -

a cabeça deriva da arte da segunda metade do século V a.C., a nudez do

Antigüidade Clássica: GRÉCIAO MUNDO HELENÍSTICO (SÉC. IV a.C.)

a cabeça deriva da arte da segunda metade do século V a.C., a nudez do

século IV, e a postura espiralada, multifacial, da era helenística.

A Vênus de Milo chegou no Louvre (1821 ) pouco depois que a Vênus de

Medici fora devolvida à Itália (1815), e sua enorme fama teve origem na

determinação dos franceses de persuadir o mundo de que haviam ganho

um tesouro mais valioso do que o que haviam perdido.

A estátua não possui os braços (quebrados), e fizeram-se já muitas

conjecturas a respeito do que a deusa poderia estar segurando: sugeriu-se,

por exemplo, tratar-se de uma estátua de Vênus Victrix, que portanto

portaria a maçã de ouro presenteada a ela por Páris ao julgá-la mais bela

que suas rivais Juno e Minerva.

Vitória de Samotrácia

(Museu do Louvre; 245 cm; 200 a.C.).

Celébre estátua grega em mármore, em tamanho superior ao

natural. Retratando uma Vitória (Niké) alada pousando sobre

os remos de uma galera.

A figura, descoberta na ilha de Samotrácia, em 1863, é

representada em pose de grande elasticidade e elegância e

traja magníficas vestes bouteantes.

Antiguidade Clássica: GRÉCIAO MUNDO HELENÍSTICO (século IV a.C.)

traja magníficas vestes bouteantes.

Erigida por volta de 200 a.C. sobre uma piscina rochosa, foi

feita para ser vista de baixo e obliquamente; hoje encontra-se

dramática e apropriadamente colocada no topo da escadaria

principal do Louvre.

Calcula-se que os primeiros teatros tenham surgido nos

século VI ou V a.C. e que inicialmente se destinassem a

espetáculos de dança e de canto relacionados com os

festivais de Dionísio.

Mais tarde, foram utilizados na representação de

tragédias e comédias, as duas divisões do teatro grego,

que atingiram o apogeu na era de Péricles.

Antiguidade Clássica: GRÉCIATEATROS E ODEONS

Teatro em Epidauro (350 a.C.)

Em geral, os teatros ficavam situados

numa colina, em cujas encostas eram

construídas várias filas de assentos (no

início de madeira e mais tarde de

pedra), ficando o espaço livre

reservado à ação.

Todos os teatros eram ao ar livre e o

Teatro de Dionísio, em Atenas

(construído c. 500 a.C.) e o Teatro em

Antiguidade Clássica: GRÉCIATEATROS E ODEONS

Epidauro (c. 350 a.c.) são dos mais

conhecidos.

Antiguidade Clássica: GRÉCIATEATROS E ODEONS

Teatro em Epidauro (350 a.C.)Projeto do arquiteto Policleto, o Jovem para 13.000 pessoas

Cávea

A grande zona semicircular de lugares sentados de

um teatro chamava-se cavea (cávea) ou auditório.

Esta compreendia várias bancadas e as mais

próximas da orquestra eram reservadas aos

sacerdotes, aos governantes e a outros dignitários.

Os assentos estavam divididos em grupos em

forma de cunha por escadas radiais, atravessadas

por corredores de acesso.

Antiguidade Clássica: GRÉCIATEATROS E ODEONS

Orquestra

O espaço circular e plano na base da cávea

chamava-se orquestra. Como a palavra sugere, a

orquestra era o espaço em que os atores

cantavam e dançavam e onde às vezes, ao centro,

se erguia um altar a Dionísio.

O acesso dos atores à orquestra fazia-se através

de corredores denominados parodoi.

Edifício de cena

A princípio, o edifício de cena ou skene era uma estrutura

simples onde os atores se preparavam. Pouco depois, tornou-se

um edifício mais completo, com camarins e espaços de

arrecadação.

A face voltada para os espectadores da cávea destinava-se aos

cenários, que geralmente, eram de madeira pintada.

Nos extremos do edifício, nasciam alas, denominada

panascenia, que se projetavam para a frente e que delimitavam

Antiguidade Clássica: GRÉCIATEATROS E ODEONS

a zona da orquestra.

Edifício de cena

A princípio, o edifício de cena ou skene era uma

estrutura simples onde os atores se preparavam.

Pouco depois, tornou-se um edifício mais completo,

com camarins e espaços de arrecadação. A face voltada

para os espectadores da cávea destinava-se aos

cenários, que geralmente, eram de madeira pintada.

Nos extremos do edifício, nasciam alas, denominada

panascenia, que se projetavam para a frente e que

delimitavam a zona da orquestra.

Antiguidade Clássica: GRÉCIATEATROS E ODEONS

Proscênio

No período helenístico, a ação foi transferida da

orquestra para o telhado de um proscênio ou

proskenion, uma estrutura colunada que se desenvolvia

ao longo da fachada do edifício.

O telhado formava um palco elevado ou logeion e

permitia que os espectadores vissem melhor os atores.

Com o tempo, o edifício de cena atingiu dois pisos de

altura, e a fachada do piso superior servia de pano de

fundo (episcênio) ao palco. No tempo dos Romanos, a

altura do palco foi substancialmente reduzida e o

epiceno tornou-se mais elaborado.

Muito próximos dos teatros ficavam os odea, ou recintos musicais.

Antiguidade Clássica: GRÉCIATEATROS E ODEONS

O odeon (ou odeum) era menor do que um

teatro e desenvolveu-se um pouco mais

tarde; o exemplar mais antigo que se

conhece foi o odeon construído por Péricles

em Atenas, por volta de 435 a.C.

Antiguidade Clássica: GRÉCIATEATROS E ODEONS

A grande Atenas se formou quando os habitantes dos

centros menores da Ática foram persuadidos ou

obrigados por Teseu, segundo reza a lenda - a se

concentrar em torno da Acrópole.

O centro da nova aglomeração é a depressão quase

plana ao norte da Acrópole e do Areópago, onde se

forma a Agora. Sobre a colina do Areópago se instala

o tribunal; alguns importantes santuários, como os de

Dionísio e de Zeus, ficam na vertente sul, onde talvez

se haviam formado os primeiros bairros de expansão,

Antiguidade Clássica: GRÉCIAURBANISMO EM ATENAS

se haviam formado os primeiros bairros de expansão,

na encosta mais exposta.

Nasce assim um organismo diferenciado. onde cada

elemento da natureza e da tradição é utilizado para

uma função específica. A cidade, outro lado, existe

justamente para unificar muitos serviços

diferenciados; é o centro político, comercial, religioso

e o local de refúgio de uma população bastante

esparsa pelo território.

Antiguidade Clássica: GRÉCIAURBANISMO EM ATENAS: A Acrópole

1.Strategeion

2.Tholos

3.Recinto dos Heróis

4.Pórtico de Metroon

5.Buleutérion

6.Heféstion

7.Templo de Apolo

8.Edifício Helenístico

9.Templo de Afrodite

10.Horos do Cerâmico

11.Stoa de Zeus

Antiguidade Clássica: GRÉCIAURBANISMO EM ATENAS: A Ágora

12.Altar dos 12 deuses

14.Stoa Nordeste

Antiguidade Clássica: GRÉCIAURBANISMO EM ATENAS: A Cidade e as Casas

Antiguidade Clássica: GRÉCIAURBANISMO EM ATENAS: A Cidade e as Casas