"ANALISE DAS REDES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DA CIDADE DE RIBEIRÃO PRETO – SP, VISANDO REDUZIR AS...

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“ANALISE DAS REDES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DA CIDADE DE RIBEIRÃO PRETO – SP, VISANDO REDUZIR AS PERDAS DE ÁGUA NO SISTEMA”. Ms. Paulo E. N. Voltan, Gabriel H. A. G. Pinho, Larissa O. Andrade Centro Universitário Uniseb, SP. [email protected] / [email protected]

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“ANALISE DAS REDES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DA CIDADE DERIBEIRÃO PRETO – SP, VISANDO REDUZIR AS PERDAS DE ÁGUA NO

SISTEMA”.

Ms. Paulo E. N. Voltan, Gabriel H. A. G. Pinho, Larissa O. Andrade

Centro Universitário Uniseb, [email protected] / [email protected]

IntroduçãoO Saneamento no Brasil começou a sedesenvolver em meados dos anos 60,com a criação do sistema financeirode saneamento (SFS) em 1968 e oplano Nacional de Saneamento(PLANASA) em 1971, no qualpossibilitou que o abastecimento deágua alcança-se uma grande parte dapopulação aumentando sua demanda deatendimentos em cerca de 90% dapopulação.Em meados da década de 80 chegou aofim o PLANASA, no qual representouna redução dos investimentosdestinados ao sistema deabastecimento e esgotamentosanitário reduzindo e aumentando odéficit de cobertura no país.Durante o período de recessão deinvestimentos no sistema desaneamento básico, se desenvolveuparte causada pelo fim do(PLANASA), mais também ocorreunegligencia do governo, cujo eresponsável por trazer osinvestimentos necessários, poisdurante o período de 1980 a 1996,onde a proporção de pessoasabastecidas pelo sistema deabastecimento de água se reduziu,obtendo – se fortes índicesnegativos com relação a saúdepública, sendo relacionado comouns dos motivadores de 80% dosóbitos ocorridos neste período decrianças menores de um ano pordoenças infecciosas intestinais.Atualmente Segundo (TSUTIYA), oabastecimento água no Brasil emtermos globais de populaçãoatendida e consideradarazoavelmente bom, com índice deatendimento aproximadamente de92,4% em 2001, entretanto se levarem consideração os índices de

perdas de faturamento do sistema deabastecimento podemos considerarque o serviço de abastecimentopassa por um período preocupante,tendo uma media de 40,6% de perdasem 2001.Atualmente no Brasil, a maioria dasempresas de saneamento têm sepreocupado em controlar as perdasreais e aparentes ocorridas nosistema, no qual é alta aincidência, pois o seu controlevisa melhorar a eficiência globaldo sistema.De acordo com (TSUTIYA, 2006), Asperdas de água no sistema estárelacionada as perdas reais quecompõe 51% dos problemas causadoresdas perdas que são: rompimento dastubulações, deterioração dasantigas redes, vazamentos nasjunções das tubulações, vazamentosem reservatórios e extravasamento,e 49% representadas pelas perdasautorizadas e aparentes, no qual edecorrentes de fraudes, erros demedição, ligações clandestinas ecadastros desatualizados.De acordo com (MOTTA,2010) ocombate e controle das perdas Reaisinicialmente deve se ter em menteque qualquer sistema deabastecimento de água tem suaparcela de perda de água aceitávelde acordo com SNIS de 25% da águatransportada, para se iniciar umcontrole consistente e eficaz devese realizar as seguintes ações:1. Cadastro Técnico Atualizado,digitalizado e georreferenciado:Contendo informações dainfraestrutura existente eacompanhamento com um sistema quepossa registrar atualizarrapidamente qualquer atualização narede de distribuição.

2. Setorização: compõe-se daconcepção de setores na rede deabastecimento, no qual tem comodiretriz definir as zonas deinfluencia das unidades decomposição do sistema são eles:reservatórios, elevatórias,boosters, etc.No qual para se definir estessetores devem-se levar emconsideração os níveistopográficos, perfil do consumidor,através destes parâmetros definidosserá possível dimensionar edeterminar os limites de zona depressão utilizando os índices depressão máxima e mínima determinadana NBR 12218, no qual o projeto desetorização deve buscar umequilíbrio hidráulico de modo que osistema obtenha pressõescontroladas e caso aja necessidadeprever a utilização de válvulasredutoras de pressão.3. Macromedição: Caracteriza ovolume disponibilizado para cadasetor, Instalando macromedidoresnas linhas de alimentação principalde cada setor.4. Cadastro Comercial: São os dadosdisponíveis na prefeitura, no qualse deve compatibilizar o cadastrocomercial com o cadastro técnico,com objetivo de definir as rotas deleitura dos hidrômetros compatíveiscom as dos macromedidores paraevitar defasagem e sazonalidade.

Fonte: Adaptado de Thornton, 2002.Figura 1: Cruz de Perdas Reais

Entretanto com a implantação dasações continuadamente podem gerarredução quanto as perdas de água nosistema, levando as companhias deSaneamento chegarem aos seguintesresultados:Melhor desempenho econômico dascompanhias, revertendo para seusclientes em tarifas mais baixas.Ampliação de novos investimentospara ampliação dos sistemas deprodução, adução, reservação deágua e manutenção das redes.Dada à importância do controle deperdas, as empresas de saneamentojá podem contar com as linhas definanciamento através do BancoNacional de DesenvolvimentoEconômico Social (BNDS), quemodernizou os critérios definanciamento destinados ao setorde saneamento.De acordo com (VENTURINI) o Brasiltem 12% da água disponível nomundo, Sendo que 80% se encontramna bacia amazônica, no qualcorresponde a 5% da populaçãoBrasileira, entretanto as regiõessul e sudeste onde se encontra osgrandes polos de industriais e

centros urbanos compostos por 60%da população brasileira apresentaproblema com escassez de água emquantidade e qualidade se agrava.Atualmente o Brasil de acordo comSNIS obtém uma média anual de 38%índice de perdas no sistema,Portanto na cidade analisada,Ribeirão Preto - SP o índice deperdas no sistema de acordo comSNIS, obteve um índice aproximadode 43% no ano de 2010, Muito alémdo índice recomendado de 25% porcidade. Sendo que sua fonte deAbastecimento e proveniente depoços artesianos que capitam aguadiretamente do Aquífero guarani omaior Lençol artesiano de água docedo mundo, abrangendo uma áreapróxima de 1,2 milhão de km². Aárea de distribuição se estende porquatro países: Argentina, Uruguai,Brasil e Paraguai.

ObjetivosNeste trabalho foi estudado osistema de abastecimento de água dacidade de Ribeirão Preto – SP,visando propor mudanças na operaçãoe na rede de distribuição, comintuito de melhorar a amplitude deabastecimento da cidade implantandoum novo modelo de operação dasredes para reduzir o índice deperdas de água no sistema e geraruma flexibilidade na rede.

Métodos/ProcedimentosA análise será realizada atravésdos dados coletados junto ao DAERP(Departamento de água e esgoto deRibeirão Preto), tendo que arealização seguira as seguintesetapas. 1. Projeto com cadastro das(tubulações, poços, reservatórios)com curvas de nível.

2. Nível máximo, mínimo e útil dosreservatórios.3. Modelação dos dados coletadosjunto ao DAERP, para desenvolver ummodelo de situação atual do sistemade abastecimento de água, com ointuito de monitorar, analisar egerir os fenômenos que ocorrem nosistema utilizando – se o sistemaSIG.4. Setorização do sistema deabastecimento existente e pressãoexistente na rede.

As simulações hidráulicas da redeserão através do sistema EPANET 2.0com o objetivo de verificar se asintervenções propostas sãoaplicáveis no sistema. Segue assimulações: troca de seções detubulações, remodelação do traçadopara facilitar a coleta de dados narede quanto vazão, pressão, entreoutros, e uma nova setorização paraestabilizar as pressões na rede.

ResultadosCom os dados coletados junto àcompanhia responsável peloabastecimento de água da cidade.Inicialmente será necessário levarem consideração que o sistema deabastecimento da cidade de ribeirãoPreto – SP sofre com umadesatualização do cadastro Técnico,sendo necessário organizar os dadosencontrados e determinar outros,cuja companhia não temconhecimento.Com o intuito de facilitar aimplantação das intervençõespropostas e beneficiar a companhiana realização de futurasatualizações no sistema deabastecimento e ter os registrosnecessários para determinar futurasmanutenções, terá como ferramenta

para acompanhamento das redes osistema SIG (Sistema de InformaçãoGeográfica), no qual permite efacilita a análise, gestão ourepresentação do espaço e dosfenômenos que ocorrem no sistema.Com o sistema de acompanhamento empleno funcionamento podemos passarpara a próxima fase do projeto, noqual os dados dispostos no sistemaSIG serão de grande valia parainiciar a realização das simulaçõesreferentes as intervençõespropostas no sistema, avaliandohidraúlicamente a rede, quanto aosimpactos que a delimitação da áreafísica em que a setorização doabastecimento de água ira atuaratravés do sistema EPANET 2.0verificando assim se as pressõesdisponíveis no sistema estarão deacordo com a norma NBR 12218,atendendo a população corretamente.Após determinar os setores deabastecimento e necessário definiros equipamentos de monitoramento eproteção da rede e seus respectivoslocais onde serem instalados paramanter o sistema em plenofuncionamento e obter dadosprecisos sobre a rede levando emconsideração as diversasatenuancias da rede, levando assima determinar os locais quenecessitam controle ativo dereparos com velocidade obtendoassim um gerenciamento dainfraestrutura consistente.

ConclusõesDe acordo com os dados coletados adificuldade será determinar idadedas tubulações instaladas, pois énecessário para determinarprecisamente os locais onde efetuara troca, com o intuito de evitar orompimento das tubulações causando

vazamentos não visíveis, visandoreduzir as perdas de água nosistema. Com as informações armazenadas nonovo sistema de gestão das redes,espera-se que seja possívelrealizar simulações concisas,quanto às intervenções propostas noestudo proporcionando uma reduçãosignificativa nas perdas de água nosistema, tendo um aumento nademanda de água disponível nosistema.Visando que com a redução dasperdas de agua no sistema consiga-se reduções quanto a necessidade demanter o sistema de bombeamentoligado 24hs, diminuição na vazão decapitação em afluentes e poços,diminuir gastos quanto a tratamentode água, energia elétrica e reduçãode gastos administrativos.

Referências BibliográficasTSUTIYA, Milton Tomoyuki. LivroAbastecimento de água. 2006. 643 f.Departamento de engenhariahidráulica e saneamento – EscolaPolitécnica da universidade de SãoPaulo, 3ºedição.

VENTURINI, Maria Alice AmadoGouveia. Metodologia de análise edecisão multicritérial para areabilitação de sistemas deabastecimento de água. 2003. 289 f.Tese (Doutorado em engenhariacivil) – Faculdade de engenhariacivil, arquitetura e urbanismo.Unicamp. 2003.

MOTTA, Renato Gonçalves da.Importância da Setorização adequadapara combater as perdas reais deágua no abastecimento publico.2010. 176 f. Dissertação (Mestradoem engenharia Hidráulica) – Escola

Politécnica da Universidade de SãoPaulo. Departamento de engenhariaHidráulica e Sanitária. 2010.