Acessibilidade - Quebra de Paradigmas

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04/05/2012 1 Responsabilidade Jurídica, Ética e Social do Profissional Mário Cezar da Silveira A.C. Mário Cezar da Silveira D.C. ARQUITETO e URBANISTA ESPECIALISTA EM ACESSIBILIDADE

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1

Responsabilidade Jurídica,

Ética e Social do Profissional

Mário Cezar da Silveira – A.C.

Mário Cezar da Silveira – D.C.

•ARQUITETO e URBANISTA

•ESPECIALISTA EM ACESSIBILIDADE

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Para quem projetamos e construímos?

ENTENDENDO

OS

PARADÍGMAS

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UM OLHAR

SOBRE

JOINVILLE

Década de 70

-População___________120.000 -Expectativa de vida_______ 54,6 anos

-Idosos________________ 7.200(6% )

-PcD ___________________10.800 (9%) - 68% CONGÊNITAS

- 32% ADQUIRIDAS

-Automóveis____________7.000 -hab/automóvel____________17

Fonte: Arquivo Histórico de Joinville

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QUE JOINVILLE

TEMOS

Ano de 2010 Dados aproximados

- População_______515.000 - Expectativa de vida: _____76,6 anos

- Idosos: _______________67.000 (13%)

- PcD: _________________72.100 (14%)

-36% CONGÊNITAS

- 64% ADQUIRIDAS

-Automóveis:______206.000 -Hab/automóvel_________2,5

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COMPARATIVO ENTRE 1970 e 2010

- População: AUMENTOU________________329%

-Expectativa de vida: AUMENTOU________ 22 anos

- Idosos: AUMENTOU __________________830%

-PcD: AUMENTOU______________________576%

-Automóveis: AUMENTOU__________2.850%

(Fonte Jornal A Notícia)

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QUE JOINVILLE TEREMOS

QUE CIDADE TEREMOS ?

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As cidades exercem seu poder de atração,

PeSsOAS 82%

vivem nas cidades

PeSsOAS

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Na cidade há Pessoas com Deficiência Física

...mas há, também, pessoas

com deficiência...

Visual

Auditiva

Intelectual

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Criando

CONCEITOS

DEFICIENTE????

Como chamar?

? PPNE

Pessoa Portadora de Necessidade Especial

PNE Pessoa com Necessidade Especial

PPD Pessoa Portadora de Deficiência

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? PPNE

Pessoa Portadora de Necessidade Especial

PNE Pessoa com Necessidade Especial

PPD Pessoa Portadora de Deficiência

? PPNE

Pessoa Portadora de Necessidade Especial

PNE Pessoa com Necessidade Especial

PPD Pessoa Portadora de Deficiência

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? PPNE

Pessoa Portadora de Necessidade Especial

PNE Pessoa com Necessidade Especial

PPD Pessoa Portadora de Deficiência

Pessoa com Deficiência

? PPNE

Pessoa Portadora de Necessidade Especial

PNE Pessoa com Necessidade Especial

PPD Pessoa Portadora de Deficiência

Pessoa com Deficiência Pessoa com Deficiência Física

Alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma

de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções;

Decreto 5296/2004

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? PPNE

Pessoa Portadora de Necessidade Especial

PNE Pessoa com Necessidade Especial

PPD Pessoa Portadora de Deficiência

Pessoa com Deficiência Pessoa com Deficiência Auditiva

Perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas freqüências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz.

Decreto 5296/2004

? PPNE

Pessoa Portadora de Necessidade Especial

PNE Pessoa com Necessidade Especial

PPD Pessoa Portadora de Deficiência

Pessoa com Deficiência Pessoa com Deficiência Visual

Cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; a baixa visão, que significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; os casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60o; ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores.

Decreto 5296/2004

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? PPNE

Pessoa Portadora de Necessidade Especial

PNE Pessoa com Necessidade Especial

PPD Pessoa Portadora de Deficiência

Pessoa com Deficiência Pessoa com Deficiência Intelectual

Funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como: 1. comunicação; 2. cuidado pessoal; 3. habilidades sociais; 4. utilização dos recursos da comunidade; 5. saúde e segurança; 6. habilidades acadêmicas; 7. lazer; e 8. trabalho.

Decreto 5296/2004

? PPNE

Pessoa Portadora de Necessidade Especial

PNE Pessoa com Necessidade Especial

PPD Pessoa Portadora de Deficiência

Pessoa com Deficiência Pessoa com Deficiência Multipla

Associação de duas ou mais deficiências.

Decreto 5296/2004

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A Pessoa com

Deficiência

e os

paradigmas da marginalização

DEFICIÊNCIA Aspectos históricos:

- Marginalização ou eliminação: marca da

antiguidade e início da Idade Média

- Assistencialismo: final da Idade Média, Idade Moderna

- Integração: : Final da Idade Moderna, Idade contemporânea

- Inclusão Social: atualidade

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Integração

FAZER PARA

Inclusão

FAZER COM

A exclusão não é arbitrária ou acidental,

mas fruto de uma ordem social que a justifica

no caso da deficiência, a valorização do perfeito, do belo, do “inteligente”, do rápido etc...

HOMEM PADRÃO

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Sonhos

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Sonhos

Somos todos

“Pessoa com

deficiência”

em potencial

HOMEM REAL

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Herbert Vianna

Somos todos “Pessoa com deficiência” em potencial

Lars Grael

Somos todos “Pessoa com deficiência” em potencial

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Steven Hawkins

Somos todos “Pessoa com deficiência” em potencial

Christopher Reeve

Somos todos “Pessoa com deficiência” em potencial

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Elizabeth Thaylor

Somos todos “Pessoa com deficiência” em potencial

Dick Cheney

Somos todos “Pessoa com deficiência” em potencial

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Somos todos “Pessoa com deficiência”

em potencial

ou em algum momento podemos ter

“Mobilidade

Reduzida”

Gestantes Gestantes

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Carrinhos de bebê Carrinhos de bebê

Malas

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OBESOS

Acidentados

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Acidentes Acidentes acontecem....

Acidentes Acidentes acontecem....

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IDOSOS

Idosos e as

PERDAS

FUNCIONAIS

Idosos e as

LIMITAÇÕES

IMPOSTAS PELA

CIDADE

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Idosos e as LIMITAÇÕES dos SERVIÇOS

Oscar Niemeyer

Somos todos “Pessoa com deficiência” em potencial

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Idosos e a DEPENDÊNCIA

Idosos e a PERDA dos DESEJOS

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Será que estas

pessoas perdem o

“direito à cidade ”?

Respeitar a

diversidade humana...

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TODOS TÊM

DIREITO À

CIDADANIA

Um PARÂMETRO

básico para Cidadania

com independência, autonomia, e dignidade é:

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e as LEIS

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“A lei disporá sobre normas de construção dos

logradouros e dos edifícios públicos e de uso

público e a fabricação de veículos de transporte

coletivo, a fim de garantir acesso adequado às

pessoas portadoras de deficiência.” (art. 227, § 2º)

“A lei disporá sobre a adaptação dos logradouros,

dos edifícios de uso público e dos veículos de

transporte coletivo atualmente existentes, a fim de

garantir acesso adequado às pessoas portadoras de

deficiência, conforme o disposto no artigo 227, § 2º.”

( art. 244)

Constituição Federal - 1988

Deve ser dado atendimento prioritário às pessoas

com deficiência, idosos com 60 anos* ou mais,

gestantes, lactantes e pessoas acompanhadas

por crianças de colo.

Todo veículo para transporte público, a ser

fabricado no Brasil, deve ser planejado de forma

a facilitar o acesso das pessoas com dificuldades

de mobilidade.

*Estatuto do Idoso (Lei 10.741/03)

LEI FEDERAL 10.048/00

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Lei Federal nº 10.098/00

Art.11- A construção, ampliação ou

reforma de edifícios públicos ou

privados destinados ao uso

coletivo deverão ser executadas de

modo que sejam ou se tornem

acessíveis...

Decreto Federal nº 5.296

de 02 de dezembro de 2004 Regulamenta a Lei 10.048

e a Lei 10.098

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Art.2º - Ficam sujeitos ao cumprimento

das disposições deste Decreto...

I – a aprovação de projeto de natureza

arquitetônica e urbanística... bem como

a execução de qualquer tipo de obra,

quando tenham destinação pública ou

coletiva;

III – a aprovação de financiamento de

projetos com a utilização de recursos

públicos... (Minha Casa, Minha Vida)

Decreto Federal nº 5.296/04

Art. 11 – A construção, reforma ou

ampliação de edificações de uso

público ou coletivo, ou a mudança

de destinação para estes tipos de

edificação, deverão ser executadas

de modo que sejam ou se tornem

acessíveis à pessoa portadora de

deficiência ou com mobilidade

reduzida.

Decreto Federal nº 5.296/04

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Art.11, §2º - Para a aprovação ou

licenciamento ou emissão de certificado

de conclusão de projeto arquitetônico ou

urbanístico deverá ser atestado o

atendimento às regras de acessibilidade

previstas nas normas técnicas de

acessibilidade da ABNT, na legislação

específica e neste Decreto.

Decreto Federal nº 5.296/04

Art. 24, § 2º - As edificações de

uso público...., têm prazo de 30

meses para garantir a

acessibilidade...

Decreto Federal nº. 5.296/2004

edificações uso coletivo têm

prazo de 48 meses para garantir

a acessibilidade...

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Decreto Federal nº 5.296/04

Art.11, §1º - As entidades de fiscalização

profissional das atividades de

Engenharia, Arquitetura e correlatas,

ao anotarem a responsabilidade técnica dos

projetos, exigirão a responsabilidade

profissional declarada do atendimento às

regras de acessibilidade previstas nas

normas técnicas de acessibilidade da ABNT,

na legislação específica e neste Decreto.

CONVENÇÃO DA ONU

SOBRE OS DIREITOS DA

PESSOA COM DEFIÊNCIA

Decreto 6949/2009

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Convenção da ONU sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência

EXERCÍCIO

Artigo 9

ACESSIBILIDADE

Atribuição Profissional

Sistema CONFEA/CREA’s

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CONFEA

Decisão Plenária PL-158/2006

Em resposta ao Ofício nº. 676/2006/PFDC/MPF

1) Recomendar aos Creas que incluam em seus

formulários de ART campo ou código relativo a projeto de acessibilidade.

2) Orientar os Regionais que dêem ampla publicidade sobre a criação deste novo código

CONFEA

Decisão Plenária PL-158/2006

3) Recomendar à Assessoria de Comunicação – ACOM, do Confea, que insira nota de esclarecimento nas mídias do Confea.

4) Sugerir aos Creas que, objetivando a verificação do cumprimento das normas de acessibilidade previstas em projeto, programem fiscalizações preventivas integradas juntamente com os órgãos públicos competentes, de forma que o Regional possa informar as eventuais incorreções ao Ministério Público.

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CONFEA

A.R.T.:

LEI Nº. 6496/77 A Anotação de Responsabilidade Técnica – ART –

define para os efeitos legais os RESPONSÁVEIS TÉCNICOS pelo empreendimento de engenharia, arquitetura e agronomia.

CREA-SP

A.R.T.:

“Declaro ser de minha responsabilidade técnica, dentro das atividades assumidas nesta ART e nos termos aqui anotados, o atendimento às regras de acessibilidade previstas nas Normas Técnicas de Acessibilidade da ABNT e na legislação específica, em especial o Decreto nº. 5.296/2004, para os projetos de construção, reforma ou ampliação de edificações de uso público ou coletivo, nos espaços urbanos ou em mudança de destinação (usos) para estes fins.”

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e Ética

Profissional

Resolução CONFEA nº. 1002 26 de novembro de 2002

Adota o Código de Ética Profissional da Engenharia, da Arquitetura, da Agronomia, da Geologia e da Meteorologia.

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Da infração ética

Art. 13 - Constitui-se infração ética todo ato cometido pelo profissional que atente contra os princípios éticos, descumpra os deveres do ofício, pratique condutas expressamente

vedadas ou lese direitos reconhecidos de outrem.

Res.1002/02 - Código de Ética Profissional da Engenharia, da Arquitetura, da

Agronomia, da Geologia e da Meteorologia

Código de Hamurabi encontrado em 2.083 a.C.

• Art. 229 - Se um arquiteto constrói para alguém e não o faz solidamente e a casa que ele construiu cai e fere de morte o proprietário

este arquiteto deverá ser morto;

Art. 230 - Se um arquiteto constrói para alguém e não o faz solidamente e a casa que ele construiu cai e fere de morte o filho do proprietário

deverá ser morto o filho do arquiteto.

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CÓDIGO DE DEFESA

DO CONSUMIDOR

• Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos

consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos.

IMPACTOS DA LEI DE

MOBILIDADE URBANA

Lei 12.587 / 2012

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Art. 5º A Política Nacional de Mobilidade Urbana está fundamentada nos seguintes princípios: II -desenvolvimento sustentável das cidades, nas dimensões socioeconômicas e ambientais; III -equidade no acesso dos cidadãos ao transporte público coletivo; VII -justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do uso dos diferentes modos e serviços; VIII -equidade no uso do espaço público de circulação, vias e logradouros ;e IX -eficiência, eficácia e efetividade na circulação urbana.

Lei 12.587 /2012

Art. 6º A Política Nacional de Mobilidade Urbana é orientada pelas seguintes diretrizes: II -prioridade dos modos de transportes não motorizados sobre os motorizados e dos serviços de transporte público coletivo sobre o transporte individual motorizado; III -integração entre os modos e serviços de transporte urbano; IV -mitigação dos custos ambientais, sociais e econômicos dos deslocamentos de pessoas e cargas na cidade;

Lei 12.587 /2012

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Art. 24.O Plano de Mobilidade Urbanaé o instrumento de efetivação da Política Nacional de Mobilidade Urbana e deverá contemplar os princípios os objetivos e as diretrizes desta Lei, bem como: I -os serviços de transporte público coletivo; II -a circulação viária; III -as infraestruturas do sistema de mobilidade urbana; IV -a acessibilidade para pessoas com deficiência e restrição de mobilidade; V -a integração dos modos de transporte público e destes com os privados e os não motorizados;

Lei 12.587 /2012

Art. 24.O Plano de Mobilidade Urbanaé o instrumento de efetivação da Política Nacional de Mobilidade Urbana e deverá contemplar os princípios os objetivos e as diretrizes desta Lei, bem como: I -os serviços de transporte público coletivo; II -a circulação viária; III -as infraestruturas do sistema de mobilidade urbana; IV -a acessibilidade para pessoas com deficiência e restrição de mobilidade; V -a integração dos modos de transporte público e destes com os privados e os não motorizados;

Lei 12.587 /2012

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GOVERNOS DEVEM PRIORIZAR EM SUAS AÇÕES DE GOVERNOS DE MOBILIDADE URBANA 6) ......;. 7. Rever seus Planos de investimentos em sistema viário para adequar a prioridade aos modais não motorizados e Transportes Públicos –Vias exclusivas para automóveis sem calçadas , ciclovias e vias exclusivas para ônibus estão contrário a Lei de mobilidade); 8).........; 9) Cidadania para os pedestres nas faixas.

Lei 12.587 /2012

GOVERNOS DEVEM PRIORIZAR EM SUAS AÇÕES DE GOVERNOS DE MOBILIDADE URBANA 6) ......; 7) Rever seus Planos de investimentos em sistema viário para adequar a prioridade aos modais não motorizados e Transportes Públicos –Vias exclusivas para automóveis sem calçadas , ciclovias e vias exclusivas para ônibus estão contrário a Lei de mobilidade); 8).........; 9) Cidadania para os pedestres nas faixas.

Lei 12.587 /2012

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Quebrando meus

PARADIGAMAS -1986-

•Profissional da Mendes Junior Edificações de BH/MG

Mário Cezar D.C. Antes da Carolina

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Sonhos

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Mário Cezar D.C. Depois da Carolina

•ESPECIALISTA EM ACESSIBILIDADE

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OBRIGADO!!

[email protected]