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A TRIBUNA DIGITAL (SP) MEDIDA PROVISÓRIA 945 AMPLIA FUNÇÕES DA ANTAQ NOS PORTOS MP prevê alterações nos portos, como a possibilidade de arrendar áreas sem a necessidade de licitação Da Redação 02.08.20 8h34 https://www.atribuna.com.br/image/cont entid/policy:1.83644:1578936698/Porto- de- Santos.JPG?f=2x1&$p$f=77b77cf&q=0 .8&w=1500&$w=f075b93 MP 945 amplia funções da Antaq (Sílvio Luiz) A aprovação da a Medida Provisória (MP) 945/2020, que segue para a sanção presidencial, prevê uma série de mudanças no marco regulatório dos portos, entre elas uma nova função à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), que ficará responsável por regulamentar outras formas de ocupação e exploração de áreas e instalações portuárias não previstas na legislação específica. De acordo com o superintendente de Regulação da Autarquia da Antaq, Bruno Pinheiro, a MP ocorreu em bom momento. “Com essa nova atribuição, poderemos dinamizar ainda mais o setor e entregar na mão do gestor portuário mais ferramentas para incenti var o uso de áreas nos portos”, disse. Entre outras alterações na Lei dos Portos (Lei n˚ 12.815/13), está a possibilidade do arrendamento de áreas sem a necessidade de licitação, caso haja só um interessado na área. “A MP avança na busca de aderência do arcabouço legislativo e regulatório aos ditames da liberdade econômica e no destravamento da burocracia no setor portuário”, afirmou o diretorgeral substituto da Antaq, Francisval Mendes. O texto ainda prevê, portanto, a liberdade de preços nas operações portuárias, retirando a diretriz de garantia de modicidade dos preços praticados no setor e permissão de uso temporário de área por 48 meses (também sem licitação). Esse segundo ponto é observado como mais um avanço interessante pelo diretor da agência, Adalberto Tokarski. Segundo ele, a aprovação da MP vem ao encontro do que a Antaq já defendia, no caso uma maior flexibilização da possibilidade de ocupação temporária de áreas para novas cargas nos portos. “A simplificação dos processos, tanto para os arrendamentos quanto para as outorgas, também era muito aguardada e vem em boa hora”, disse. Processo As alterações na Lei dos Portos (Lei n˚ 12.815/13) foram incluídas na MP 945 entre o último domingo e segunda-feira, sendo aprovadas com as demais medidas que visam a segurança no trabalho portuário. No caso dos contratos temporários, durante o período, os investimentos ficarão por conta do interessados em indenização. Caso este abra mão da área antes ou depois de 24 meses, a administração do porto poderá licitar a área e instalações existentes, se for verificada a viabilidade de seu uso. As mudança ainda têm outras implicações: os contratos de arrendamento de instalações portuárias, com ou sem licitação, não precisarão mais conter algumas cláusulas, como reversão

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MEDIDA PROVISÓRIA 945 AMPLIA FUNÇÕES DA ANTAQ NOS PORTOS

MP prevê alterações nos portos, como a possibilidade de arrendar áreas sem a necessidade de licitação Da Redação 02.08.20 8h34

https://www.atribuna.com.br/image/contentid/policy:1.83644:1578936698/Porto-de-Santos.JPG?f=2x1&$p$f=77b77cf&q=0.8&w=1500&$w=f075b93 MP 945 amplia funções da Antaq (Sílvio Luiz)

A aprovação da a Medida Provisória (MP) 945/2020, que segue para a sanção presidencial, prevê uma série de mudanças no marco regulatório dos portos, entre elas uma nova função à

Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), que ficará responsável por regulamentar outras formas de ocupação e exploração de áreas e instalações portuárias não previstas na legislação específica. De acordo com o superintendente de Regulação da Autarquia da Antaq, Bruno Pinheiro, a MP ocorreu em bom momento. “Com essa nova atribuição, poderemos dinamizar ainda mais o setor e entregar na mão do gestor portuário mais ferramentas para incentivar o uso de áreas nos portos”, disse. Entre outras alterações na Lei dos Portos (Lei n˚ 12.815/13), está a possibilidade do arrendamento de áreas sem a necessidade de licitação, caso haja só um interessado na área. “A MP avança na busca de aderência do arcabouço legislativo e regulatório aos ditames da liberdade econômica e no destravamento da burocracia no setor portuário”, afirmou o diretorgeral substituto da Antaq, Francisval Mendes. O texto ainda prevê, portanto, a liberdade de preços nas operações portuárias, retirando a diretriz de garantia de modicidade dos preços praticados no setor e permissão de uso temporário de área por 48 meses (também sem licitação). Esse segundo ponto é observado como mais um avanço interessante pelo diretor da agência, Adalberto Tokarski. Segundo ele, a aprovação da MP vem ao encontro do que a Antaq já defendia, no caso uma maior flexibilização da possibilidade de ocupação temporária de áreas para novas cargas nos portos. “A simplificação dos processos, tanto para os arrendamentos quanto para as outorgas, também era muito aguardada e vem em boa hora”, disse. Processo As alterações na Lei dos Portos (Lei n˚ 12.815/13) foram incluídas na MP 945 entre o último domingo e segunda-feira, sendo aprovadas com as demais medidas que visam a segurança no trabalho portuário. No caso dos contratos temporários, durante o período, os investimentos ficarão por conta do interessados em indenização. Caso este abra mão da área antes ou depois de 24 meses, a administração do porto poderá licitar a área e instalações existentes, se for verificada a viabilidade de seu uso. As mudança ainda têm outras implicações: os contratos de arrendamento de instalações portuárias, com ou sem licitação, não precisarão mais conter algumas cláusulas, como reversão

de bens, medidas de fiscalização aduaneira de mercadorias, veículos e pessoas, forma de fiscalização das instalações e equipamentos, além de critérios e parâmetros de qualidade da atividade prestada. Os contratos celebrados entre a concessionária (administração portuária) e empresas, inclusive sobre exploração de instalações portuárias, serão regidos pelas normas de direito privado, sem qualquer relação jurídica entre os terceiros e o poder concedente. Fonte : A Tribuna Digital - SP Data : 02/08/2020

EMPRESA DE DRAGAGEM É AUTUADA NO ESPÍRITO SANTO

Denúncia partiu de delegado de sindicato de Fortaleza Por Matheus Müller

https://www.atribuna.com.br/image/contentid/policy:1.48328:1555250589/Canal-de-navegac-o-do-Porto-de-Santos.JPG?f=2x1&$p$f=671f0d6&q=0.8&w=1500&$w=f075b93 As duas embarcações da DTA já estão no Porto de Santos para realizar o dragagem (Carlos Nogueira/ AT)

A Superintendência Regional do Trabalho no Espírito Santos (SRT-ES), entidade ligada ao Ministério da Economia, emitiu um auto de infração

contra a empresa DTA Engenharia, por irregularidade quanto à forma de contratação dos profissionais brasileiros que atuam em suas dragas. Os empregados têm vínculo com a Cooperativa dos Trabalhadores Marítimos, Terrestres, dos Portos (Cooperportomar), que não atendeu aos contatos da Reportagem. A DTA, agora, cuida da dragagem de Santos. Um documento com o relatório de fiscalização será encaminhado à Gerência Regional de Trabalho de Santos e à Coordenação Nacional de Inspeção do Trabalho Portuário e Aquaviário (Conitpa). A Tribuna buscou contato, mas não obteve resposta. A denúncia partiu do delegado do Sindicato Nacional dos Oficiais e Eletricistas da Marinha Mercante de Fortaleza (Sindmar), Rinaldo Medeiros. Segundo ele, a empresa não registrou os profissionais e, também, não informou a contratação ao Cadastro Geral de Empregados e* Desempregados (Caged). Medeiros lembra que “a Lesta (Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário) diz que todo marítimo brasileiro, em qualquer porto do Brasil, ele tem que ter contrato de trabalho. É uma lei federal”. E aponta que, assim que as dragas contratadas pela DTA chegaram ao País, a empresa contratou os profissionais ligados à Cooperportomar, com sede em Santos, “como diaristas”. Esse procedimento, de acordo com ele, fere outra lei, a de licitação. “Eles entraram num mercado de dragagem, deram um dumping (baixaram o preço), ganharam as concorrências e, na hora de contratar o marítimo brasileiro, que é obrigatório, contrataram sem carteira de trabalho”, disse. A DTA nega que haja irregularidades e diz que “o sindicato é maldoso, não se conforma com a perda de receita decorrente da reforma trabalhista de 2017”. Ela diz poder afirmar que “não há qualquer irregularidade em se contratar mão de obra através de cooperativa, prevista, inclusive, pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e na Constituição de 1988”.

A empresa ressalta ter uma equipe jurídica que acompanha mensalmente a regularidade dos pagamentos e demais direitos dos cooperados, “que esse sindicato pretende tutelar para se locupletar”. A DTA Engenharia ressaltou que está adotando as medidas judiciais necessárias para coibir que “o Sindmar propague esse tipo de informações, incluindo vídeos fakes criminosos”. Capitania dos Portos A Tribuna entrou em contato com as capitanias dos portos do Espírito Santo, São Paulo e Paraná, que atuam nos estados por onde a draga passou. O órgão militar paranaense não enviou resposta. A Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP) informou que não tem como responder às questões trabalhistas. Já a unidade do Espírito Santo relatou ter realizado “exame minucioso na documentação dadraga Elbe (que não virá mais a Santos), de bandeira holandesa e administrada pela DTA Engenharia, bem como na dos seus tripulantes, não sendo constadas irregularidades”. Autoridades portuárias Ao ser questionada sobre a denúncia e como pretende agir em relação à situação, a Autoridade Portuária de Santos (APS) informou que fará “as fiscalizações técnicas e administrativas previstas no contrato, bem como a avaliação do cumprimento dos protocolos sanitários exigidos em vista da pandemia de covid-19”. A Administração dos Portos e Paranaguá e Antonina (APPA), no Paraná, que administra o complexo onde a DTA também prestou serviços, apontou ter recebido, em março, denúncia referente ao modelo de contratação usado para os profissionais embarcados nas dragas holandesas Elbe e Seine (que já está no cais santista). “A Portos do Paraná fez os questionamentos pertinentes para a DTA. A empresa informou que o agente marítimo e a gerente jurídica da empresa estão conduzindo o processo de atendimento às solicitações do Ministério Público do Trabalho”. A Tribuna também entrou em contato com o Ministério da Economia e Ministério Público do Trabalho, mas não obteve respostas. Fonte : A Tribuna Digital - SP Data : 01/08/2020

CONGRESSO NACIONAL APROVA MP 945 E ALTERA LEI DOS PORTOS

Texto segue, agora, para sanção do presidente Jair Bolsonaro Da Redação 31.07.20 13h53

https://www.atribuna.com.br/image/contentid/policy:1.63369:1565718165/Porto-de-Santos.jpg?f=2x1&$p$f=fafdaed&q=0.8&w=1500&$w=f075b93 Congresso aprovou MP 945 na quinta-feira (30) (Foto: Divulgação/Governo do Brasil)

O Congresso Nacional aprovou na quinta-feira (30) a Medida Provisória n° 945/2020. Ela foi editada em abril com o objetivo inicial de estabelecer ações de proteção

aos trabalhadores do setor portuário, durante a pandemia do novo coronavírus. Mas suas emendas acabaram por alterar pontos importantes da atual Lei dos Portos (nº 12.815/2013). Entre as inovações, está a possibilidade de dispensa de licitação para o arrendamento de áreas portuárias.

O texto da MP e suas emendas foram aprovados pela Câmara na quarta-feira e pelo Senado ontem. E agora segue para a sanção presidencial, para que as regras passem a ser definitivas. Em nota, o Ministério da Infraestrutura (Minfra) destaca que essas mudanças na Lei dos Portos ocorrem em “um importante cenário em que os portos públicos brasileiros registraram, somente no primeiro semestre do ano, aumento de 6,6% na movimentação de cargas, em relação ao ano passado”. “Todas as mudanças na lei são essenciais no sentido de garantir competitividade dos terminais instalados nos portos públicos em relação aos terminais de uso privado (TUPs), gerando a atração de novos investimentos. Além disso, as novas normas aproximam o Brasil dos modelos mais eficientes praticados nos principais portos mundiais”, afirmou o ministro da infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. Entre as principais alterações na Lei dos Portos, está a possibilidade de dispensa de licitação nos arrendamentos portuários quando for identificado apenas um interessado na exploração da área. “A medida deriva do fato de que a grande maioria das demandas dos arrendamentos portuários está situada em cadeias verticalizadas, em que, muitas vezes, não há competição pela operação portuária. Mesmo assim, a regra para os arrendamentos era a realização de licitações para identificar o interessado em explorar a área dentro dos portos organizados, situação conflitante com as melhores práticas adotadas em grandes portos referências mundiais, como Roterdã e Antuérpia”, explicou o Ministério. Segundo a MP, agora, após chamamento público para a operação da área, será possível a contratação direta do operador, o que deve reduzir o prazo para a celebração dos contratos em até 12 meses. O texto aprovado no Congresso ainda permite a exploração temporária (por 48 meses, sem a possibilidade de prorrogação) de áreas e instalações portuárias, diminuindo a ociosidade de áreas nos portos públicos e permitindo aumento de receita das autoridades portuárias. A medida garante que os interessados testem a viabilidade de determinada carga em uma área do cais. Caso a exploração se torne viável, o governo realiza uma licitação padrão para o arrendamento. Outra mudança é uma maior flexibilização dos contratos de arrendamentos, ampliando a autonomia dos arrendatários para a realização de investimentos nas áreas portuárias de forma mais ágil. Fonte : A Tribuna Digital - SP Data : 31/07/2020

FREDERICO BUSSINGER: ENFIM, O NOVO PDZ DO PORTO DE SANTOS

Todas as metas ambiciosas representam grande desafio para os envolvidos nas operações portuárias Por Frederico Bussinger 31.07.20 18h35

Frederico Bussinger: Enfim, o novo PDZ do Porto de Santos "Há momentos na vida dos povos em que a falta mais grave dos membros da intelligentsia é a omissão" (Celso Furtado, que faria 100 anos esta semana) Exigência lógica, agora também normatizada, um novo Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do Porto Organizado tornou-se imperioso desde o Plano Mestre do Complexo Portuário de Santos (ABR/2019). Com revelações esparsas e a conta-gotas, e sem nenhum real debate público, finalmente saiu a fumacinha branca anteontem – por coincidência um mês após a definição da nova Poligonal: Portaria Minfra nº 1.620/20 e, mais tarde, o texto de 233 pgs.

Os releases do Ministério da Infraestrutura (Minfra) e da Santos Port Authority (SPA), em meio a cintilantes cenários de novos investimentos e postos de trabalho, destacam, como objetivos concretos para 20 anos (pgs. 79-104 do PDZ): contêineres, um aumento de 64% (de 5,4 milhões para 8,7 milhões TEU/ano); granéis sólidos vegetais, 37% (95,3 Mt/ano); granéis líquidos, 40% (22,4 Mt/ano); granéis minerais, 74% (16,5 Mt/ano); e celulose, 49% (10,5 Mt/ano). Em suma, crescimento de capacidades e volumes movimentados nas instalações, dentro da Poligonal, em algo como 2/3 (80 Mt/ano). Para alavancá-los, prevê-se mais dois berços para descarga direta, entre Alemoa e Saboó, e a principal aposta: rearranjos operacionais e na infraestrutura visando crescimento de 91% nos fluxos de/para a hinterlândia via ferrovia (das atuais 45 para 86 Mt/ano). Disso resultará nova matriz de transportes (pg. 81): 40% ferro (hoje 33%); 47% rodo; 4% duto; e 9% transbordo. Dito de outra forma: esses aumentos de 80 Mt/ano dependem da quase duplicação da movimentação ferroviária; e crescimento de 37,8% (27,7 Mt/ano) no fluxo rodoviário; estes equivalente a mais 2.530 carretas de 30 t por dia-calendário (21% do pico). Todas as metas ambiciosas representam grande desafio para os envolvidos nas operações portuárias. Mas, também, para as autoridades locais e os múltiplos atores das atividades associadas: certamente o tema não estará ausente do “Conselho de Desenvolvimento Econômico de Santos” – Condesan, iniciativa da Associação Comercial de Santos e da Associação dos Empresários da Construção Civil da Baixada Santista (Assecob), que inicia suas atividades para elaboração de plano também com horizonte de 20 anos. O release da SPA, de conteúdo similar ao do Minfra, diferencia-se pelo título: “Após 15 anos sem planejamento, Porto de Santos aprova novo PDZ”. A imprecisão do enunciado (quem aprova não é nem o Porto nem a SPA, mas o Minfra) é o de menos. Mais relevante, como informação e para entendimento, é o esquecimento da “atualização pontual e expedita” do PDZ/2006 há menos de uma ano, de diversos “puxadinhos” ao longo desse período e, principalmente, do PDZ, aprovada pelo Conselho de Administração (Consad) da Codesp (hoje SPA) e pelo Conselho de Autoridade Portuária (CAP) em 2012, mas intrigantemente nunca publicado. Ou seja, sem avaliação de mérito dos conteúdos, revisões de planos têm sido periódicas no Porto de Santos: visões estratégicas, todavia, nem sempre! Por exemplo, a opção estratégica do novo PDZ, reverberando a do Plano Mestre, é atender o aumento de demanda estimada com aumento de capacidades das instalações dentro da Poligonal, certo? Para tanto, procurar otimizar o espaço existente e resolver gargalos. Ou seja, daqui a 40 anos, quando pouquíssimos dos que hoje trabalham no Porto ainda estarão em atividade, o Porto de Santos seria o mesmo. Seria ... porque certamente as dificuldades e os desafios, antes mencionados, as impedâncias logísticas, os imperativos urbanos e ambientais estimularão TUPs a serem implantados a montante da Ilha dos Bagres, de ambos os lados do Canal de Piaçaguera (pg. 148, 78 e 144) - no “Fundão do Estuário”. Por que não fazê-lo, então, de forma planejada; vez que os 80 Mt/ano na Poligonal podem até não ser efetivados? Fonte : A Tribuna Digital - SP Data : 31/07/2020

ANTAQ – AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIARIOS

MP INSTITUI QUE ANTAQ PODERÁ REGULAMENTAR NOVAS FORMAS DE EXPLORAÇÃO DE ÁREAS NOS PORTOS ORGANIZADOS

Recentemente, a Agência abriu a Tomada de Subsídios 01/2020 para coletar contribuições do setor sobre a RN nº 7-ANTAQ, que versa sobre a exploração de áreas nos portos organizados

http://portal.antaq.gov.br/wp-content/uploads/2020/07/Anota%C3%A7%C3%A3o-2020-05-19-151721-768x420.png O Congresso Nacional aprovou ontem (30) a Medida Provisória (MP) nº 945, que altera pontos importantes da legislação portuária e institui medidas emergenciais para o setor enfrentar a crise gerada pela pandemia de Covid-19. A MP, que também dispõe sobre medidas temporárias para proteção do

trabalhador portuário frente ao coronavírus e de custeio no âmbito do transporte aéreo, agora segue para sanção do presidente Bolsonaro. A redação aprovada pelas duas casas legislativas federais disciplina que poderá ser dispensada a realização de licitação de área no porto organizado quando comprovada a existência de um único interessado em sua exploração, após chamamento público, devendo ainda o projeto estar em conformidade com o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do porto. A MP também abre a possibilidade de ocupação temporária de área portuária sem licitação por um prazo máximo de 48 meses. Neste caso, na hipótese de haver mais de um interessado e inexistir disponibilidade física para alocação de todos os interessados, a administração portuária promoverá processo seletivo simplificado para a escolha do projeto que melhor atenda ao interesse público e do porto. Um decreto regulamentador disporá sobre os procedimentos e condições para autorização dessa modalidade de exploração, que se dará por meio de contrato de adesão. Por fim, o texto aprovado traz uma nova atribuição legal à ANTAQ ao dispor que a Agência poderá regulamentar novas formas de exploração de áreas nos portos organizados. Ao se pronunciar, o diretor-geral substituto da ANTAQ, Francisval Mendes, parabenizou o governo federal e o Congresso Nacional, pela aprovação ágil da MP 945, este último nas pessoas do senador Wellington Fagundes (PL-MT) e do deputado Felipe Francischini ((PSL-PR), relatores da matéria nas duas casas legislativas, “que reflete a necessária atenção aos trabalhadores em meio à pandemia, sobretudo diante da grande resposta que o setor portuário vem entregando, com crescimento na movimentação dos portos mesmo em meio aos efeitos da crise de Covid-19”. E prosseguiu: “Vale registrar que a MP também avança na busca de aderência do arcabouço legislativo e regulatório aos ditames da liberdade econômica e no destravamento da burocracia no setor portuário”, afirmou. Para o diretor Adalberto Tokarski, a aprovação da MP vem ao encontro do que a ANTAQ já defendia, que é uma maior flexibilização da possibilidade de ocupação temporária de áreas para novas cargas nos portos. “A simplificação dos processos, tanto para os arrendamentos quanto para as outorgas, também era muito aguardada e vem em boa hora”, disse. Na avaliação da diretora Gabriela Costa, a aprovação da MP é muito positiva para o setor, ao carregar medidas que visam ampliar os investimentos, retirando algumas amarras pré-existentes. “Uma delas é a dispensa de licitação quando comprovada a existência de um único interessado na exploração, uma vez que grande parte da demanda por áreas nos portos é para a movimentação verticalizada”, salientou. Ao comentar sobre a nova atribuição da ANTAQ, o superintendente de Regulação da Autarquia, Bruno Pinheiro, disse que a previsão legal vem em momento excelente. Conforme informou, recentemente a Agência abriu a Tomada de Subsídios nº 01/2020-SRG justamente para coletar contribuições do setor sobre a Resolução Normativa nº 7-ANTAQ, que versa sobre a exploração de áreas nos portos organizados. “Com essa nova atribuição, poderemos dinamizar ainda mais o

setor e entregar na mão do gestor portuário mais ferramentas para incentivar o uso de áreas nos portos”, observou o superintendente. Fonte : ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviarios Assessoria de Comunicação Social/ANTAQ Fone: (61) 2029-6520 FAX: (61) 2029-6517 E-mail: [email protected] Data : 31/07/2020

ANTAQ AUTORIZA COMPANHIA A OPERAR TERMINAL PORTUÁRIO NO CEARÁ

O Termo de Liberação de Operação (TLO) foi publicado no DOU nesta sexta-feira (31) A ANTAQ publicou, nesta sexta-feira (31), o Termo de Liberação de Operação (TLO) autorizando a Companhia de Desenvolvimento do Complexo Industrial e Portuário do Pecém S.A., localizada em São Gonçalo do Amarante (CE), a dar início à operação da área ampliada do Terminal Portuário do Pecém. A publicação está no Diário Oficial da União (DOU), página 38, seção 1. A companhia fará a operação integral de atividades que compreendem a movimentação de carga geral e conteinerizada, graneis sólidos e líquidos, em observância às normas e regulamentos da ANTAQ, especificamente, ao Contrato de Adesão (adaptação) nº 113/2016 e seus aditivos. Fonte : ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviarios Assessoria de Comunicação Social/ANTAQ Fone: (61) 2029-6520 FAX: (61) 2029-6517 E-mail: [email protected] Data : 31/07/2020

PORTAL PORTO GENTE

VLI E APERAM AMPLIAM PARCERIA EM 300% PARA LOGÍSTICA DE CARGAS PELA FERROVIA Assessoria de Comunicação

Em 2020, empresas identificaram novas oportunidades de fluxo de abastecimento e escoamento de insumos e produtos siderúrgicos

A VLI, companhia de soluções logísticas que opera terminais, ferrovias e portos, e a Aperam, produtora integrada de aços planos inoxidáveis, elétricos e de aços planos especiais de carbono, estão ampliando o hall de itens movimentados pelos trilhos. Na comparação com o ano passado, a previsão é que a parceria entre as empresas seja ampliada em 300%, criando opções de rotas e aumentando o volume de cargas no modal ferroviário.

https://portogente.com.br/images/VLI_A%C3%A7o_2.jpg VLI Aço 2

Uma das ampliações foi direcionada à logística de abastecimento de matérias-primas que são utilizadas nos altos-fornos da usina da Aperam, em Timóteo, no Vale do Aço, e que passaram a chegar pelos vagões da VLI desde o mês de janeiro. A empresa conta com uma conexão ferroviária em sua unidade e essa nova logística é feita utilizando terminais intermodais, que conferem mais eficiência ao processo. Outro fluxo

que integra o incremento previsto para este ano foi o de envio de placas de aço para o mercado externo. O produto sai do interior de Minas Gerais para embarque no Espírito Santo.

Para o presidente da Aperam, Frederico Ayres Lima, as novas rotas refletem a constante busca da empresa pelo aperfeiçoamento de suas operações e a ampliação da sustentabilidade em seus processos. “A Aperam tem forte compromisso com a qualidade de seus produtos e a preservação do meio ambiente. Acredito que essa diversificação da matriz logística da empresa traz uma importante contribuição socioambiental para as regiões onde atuamos” afirma Ayres Lima. De acordo com Maurício Rodrigues, gerente executivo de logística da Aperam, o modal ferroviário ajuda a reduzir muito os impactos sociais e ambientais gerados pela movimentação de insumos e produtos. “Temos fluxos de grande porte e a operação nos trilhos nos permitiu tirar cerca de 1.300 caminhões por mês das rodovias. Nesse ponto, a parceria com a VLI para desenvolvimento de novas estratégias logísticas que garantissem, principalmente, uma alternativa mais limpa de abastecimento utilizando a ferrovia, foi essencial para o sucesso desses projetos”, pontua. Além dessas novas rotas, a ferrovia já movimentava bobinas de aço carbono da Aperam entre o Vale do Aço e o terminal de Santa Luzia, da VLI, na região metropolitana. O espaço serve como um centro de distribuição avançado e atende clientes da Aperam de diversas regiões. “O modal ferroviário, seja para o transporte de matérias-primas ou de produtos acabados, é um meio logístico eficaz e que permite ganhos de escala, reduzindo os impactos social e ambiental, além de fornecer mais previsibilidade e garantia da cadeia de produção, potencializando os resultados dos nossos clientes”, ressalta Fabiano Lorenzi, diretor Comercial da VLI. Fonte : Portal Porto Gente Data : 03/08/2020

SEM INFORMAÇÃO SOBRE INVESTIGAÇÃO DE PAGAMENTO DE DRAGAGEM DA DRAGABRÁS Redação Portogente

Há um ano a diretoria da Santos Port Authority, em conjunto com o Conselho de Administração (Consad), informou que iniciava apuração de possíveis irregularidades envolvendo superfaturamento no pagamento dos serviços de dragagem do Porto de Santos, realizados pela empresa belga Dragabrás.

https://portogente.com.br/images/600_Dragabras.jpg Dragabras

Desde então, Portogente já solicitou, para o bem da informação e da transparência, informações sobre o andamento dos trabalhos de investigação. Todavia, logo no início, se informou que tal ação transcorria sob sigilo em divergência aos princípios da Lei da Transparência em pleno vigor legal também neste Governo. Na última semana, enviamos outra solicitação de

informação à Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) e ao Ministério da Infraestrutura, com as seguintes questões: 1- Em qual estágio se encontra a investigação anunciada pela SPA há um ano, e qual o prazo para a finalização da mesma?; 2- E qual a justificativa legal e operacional para que tal processo corra em sigilo? Portogente recebeu, no dia 31 último, a seguinte resposta da Superintendência de Comunicação Corporativa da Santos Port Authority (SPA), ou seja, da Codesp, que transcrevemos na íntegra: "Sobre o suposto superfaturamento em pagamento à empresa Dragabrás , informamos que segue em apuração. Esclarecemos que não podemos divulgar o andamento, conforme restrição determinada pela Lei de Acesso à Informação em seu artigo 3º, parágrafo 7º, até que o processo tenha uma decisão." Fonte : Portal Porto Gente Data : 01/08/2020

UM DEBATE ABERTO, AMPLO E NECESSÁRIO DOS PORTOS Editorial Portogente

O debate na web, dos sites e redes sociais, amplia as relações específicas com foco em determinado contexto e, assim, aprimora o entendimento. Nesta terça-feira (4/8), tem início o projeto Webinar Semanal do Portogente (WSP) com o objetivo de criar um debate aberto na internet, com os temas mais discutidos do nosso Conselho Editorial, com mais de 80 pensadores voluntários, com papel relevante e diletante na logística multimodal do comércio e turismo mundiais. Uma ágora virtual onde se debate intensamente questões complexas entre professores, pesquisadores, consultores, profissionais experientes internacionalmente, sindicalistas e estudantes. Uma análise holística e permanente de uma área tão ampla, multifacetada e dinâmica. O webinar será, às 18h, no canal Portogente do YouTube, e pela plataforma Zoom, com o título “Descentralização da Gestão dos Portos”, o seminário aborda a questão mais profunda nas discussões e reflexões nessa ágora, com o propósito de esclarecer, descrever e conceituar; justificar funções e objetivos. Na quinta-feira, 6/8, no mesmo horário e canais, o tema do webinar será “Dragagem Portuária: Um Modelo de Negócio Inovador”. Dentro desse contexto, a conselheira Marcella Lazzarini, BS em negócios pela Charles Sturt Univesity e Tecnóloga em Marketing Estratégico pela Kaplan International College, ambas na Austrália, escreve hoje “Modelo Australiano de Governança Portuária: eis a questão”. Trata-se de uma análise bem referenciada que se contrapõe aos argumentos de adotar portos australianos como referência na desestatização dos portos brasileiros. Em debate. Dentro da programação semanal, a pauta do web seminário do dia 18/8 inova no formato, de banca de tese. Os painelistas terão lido a ampla e profunda tese do Frederico Bussinger, “Administração Portuária Condominial – Um Modelo de Privatização Alternativa Para as Companhias Docas”. Uma das perguntas a serem respondidas é: “Privatizar! O quê? Como? Modelo? Não está claro”. Neste contexto serão relacionando os modelos de Terminais de Uso Privado – TUPs e do porto público. Ocasião para se debater a outorga como prerrogativa da Autoridade Portuária. Na agenda nacional, porto tem um papel essencial na recuperação econômica. O orçamento do Ministério da Infraestrutura será insuficiente ante às oportunidades e demandas para gerar trabalho e desenvolvimento. Debater e entender os melhores caminhos da reforma dos portos brasileiros é prioridade, para promover legitimidade e ganhos de eficiência, na busca de investimentos qualificados. Fonte : Portal Porto Gente Data : 01/08/2020

SUPREMACIA DOS COMPUTADORES QUÂNTICOS É UMA REALIDADE Redação Portogente

https://portogente.com.br/images/Dad_01AGO2020.jpg Assim como um computador que processa operações complexas e um notebook já tiveram a dimensão de uma sala. Hoje os computadores quânticos ainda não têm as dimensões que associamos às maquinas modernas de processar dados. Além disso, por seu conceito físico no processamento, eles operam em temperaturas próximas ao zero absoluto (-273.15°C). Dado este, suficiente para mostrar a concepção

complexa dessa máquina.

Esta máquina é a porta de uma Nova Era, como foram os computadores que hoje pairam sobre nossas mesas e carregamos em nossos bolsos. O Google que no último dia 23 anunciou a sua supremacia quântica, explica que, ao contrário da computação tradicional, encontrada nos dispositivos eletrônicos atuais – de celulares a computadores, a computação quântica é baseada em propriedades da mecânica quântica. O que isso significa? Dessa forma, ela tem o potencial de desenvolver baterias melhores, aprimorar a eficiência de alguma s medicações ou minimizar as emissões de carbono provenientes da fabricação de fertilizantes, exemplifica o Google. Em tempo de processamento, esse computador realiza cálculos em 3 minutos e 20 segundos que no computador mais avançado hoje, levaria 10.000 anos. Alcançar esse limite, deu o titulo de supremacia quântica ao computador do Google. Mesmo essa realidade próxima não garante o uso desses computadores para solucionar problemas práticos tão cedo. Entretanto, o potencial desses computadores também ajudarão no seu desenvolvimento, com avanços muito mais rápidos do que foi a evolução dos atuais. O sistema binário de bits nos atuais computadores são operados simultaneamente no qubit, do quântico. Está provado que o computador quântico processa dados com velocidades exponencialmente maiores que as atuais. Por enquanto é o que se pode dizer. Entretanto, as possibilidades certamente irão surpreender imaginações. Computadores quânticos serão capazes de burlar e abrir sistemas criptografados. Problema à vista. Fonte : Portal Porto Gente Data : 01/08/2020

SOLUÇÃO LOGÍSTICA QUE APROVEITA POTENCIAL FLUVIAL DA REGIÃO NORTE Assessoria de Comunicação

Carga da madeireira que levava sete dias para chegar ao Tecon Vila do Conde, agora chega em 60 horas; exportador reduziu custo, ganhou tempo e segurança; meio ambiente também se beneficiou com a supressão do uso de caminhões

Em constante busca por soluções inteligentes que reduzam prazos e custos para seus clientes, a Santos Brasil, referência em operações portuárias e logísticas, e a Emapa - uma das principais fornecedoras de piso de madeira para o mercado americano e cliente do Tecon Vila do Conde, o Terminal de Contêineres da Santos Brasil em Barcarena, no Pará - desenvolveram uma estratégia especial para simplificar e agilizar a operação de carga e descarga da madeira exportada pela companhia.

https://portogente.com.br/images/SantosBrasil_Norte.jpg Santos Brasil Norte

A unidade industrial da Emapa localiza-se em Afuá, uma cidade de difícil acesso por rodovia, às margens da Bacia do Marajó. A carga, cujo destino é a exportação, precisava ser transportada por balsa até uma estação coletora de contêineres vazios em Belém, onde era realizada a ovação e depois seguia por rodovia até o Tecon Vila

do Conde. No total, o produto demorava sete dias para chegar ao terminal e finalmente poder embarcar ao seu destino final. O projeto de logística fluvial desenvolvido em conjunto pela equipe de inteligência comercial da Santos Brasil e a equipe da Emapa reduziu esse prazo para 60 horas (dois dias e meio) ao utilizar o potencial fluvial da região. Agora, a carga sai da Emapa e vai diretamente para o Tecon Vila do Conde por meio de barcaças que navegam pelos rios que se ligam à Baía do Marajó - um percurso de 494 quilômetros. Para simplificar a operação do cliente, a solução proposta foi eliminar a parada em Belém e fazer a coleta de contêineres vazios diretamente no Tecon Vila do

Conde. Desta forma, os contêineres vazios chegam no Tecon Vila do Conde, são enviados para a unidade da Emapa, em Afuá, onde passaram a ser estufados pela equipe da própria madeireira, e retornam cheios diretamente para o Tecon, de onde seguem rumo ao mercado americano. Além de ganhar tempo, reduzir custos e dar mais segurança para a Emapa, o projeto também contribui com o meio ambiente, ao eliminar os 260 km até então percorridos em caminhão até Belém. Segundo Ricardo Buteri, diretor comercial da Santos Brasil, a multimodalidade faz todo sentido no Norte, uma região banhada por diversos rios ligados entre si. "Nosso foco é gerar competitividade aos nossos clientes por meio de soluções customizadas e inteligentes, pautadas por inovação e a solução desenvolvida para a Emapa está intimamente ligada à geografia da região, reduzindo custos, tempo e recursos naturais", diz. Fonte : Portal Porto Gente Data : 31/07/2020

CDRJ E ARRENDATÁRIAS DO PORTO DO RIO DE JANEIRO PRORROGAM AÇÃO HUMANITÁRIA NO CAJU ATÉ O FIM DO ANO ASSCOM CDRJ - Categoria: Notícias Corporativas

Pelo quarto mês consecutivo, na última quarta-feira (29), a Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ) e as empresas arrendatárias dos terminais do Porto do Rio de Janeiro entregaram cestas básicas a 105 famílias vulneráveis da comunidade do Caju, bairro circunvizinho ao porto. A ajuda humanitária visa minimizar os impactos socioeconômicos provocados pela pandemia da COVID-19. A iniciativa da Autoridade Portuária, que mobilizou as demais empresas, começou em abril e teria, à princípio, uma duração de três meses (uma cesta mensal para cada uma das famílias), mas com a necessidade do isolamento social por mais tempo, a ação foi prorrogada por mais seis meses, ou seja, até o fim do ano. As empresas parceiras da CDRJ que colaboram com a causa são: Triunfo Logística, ICTSI Rio Brasil, Píer Mauá, Terminal de Trigo do Rio de Janeiro (TTRJ) e Multiterminais. Como são seis empresas, a cada mês de prorrogação, uma empresa será responsável pela compra das cestas. Este mês ficou a cargo da Pier Mauá. As famílias beneficiadas foram mapeadas a partir do cadastro no Centro de Referência e Atendimento Social (CRAS). As cestas básicas incluem produtos alimentícios, materiais de limpeza e artigos de higiene pessoal em quantidades estimadas para uma família de quatro pessoas. A próxima entrega está prevista para o dia 26 de agosto. Fonte : Portal Porto Gente Data : 31/07/2020

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMERCIO REFORMA TRIBUTÁRIA AMPLA E RÁPIDA É ESSENCIAL PARA O BRASIL VOLTAR A CRESCER, AFIRMA PRESIDENTE DA O presidente da Confederação Nacional da Industria (CNI), Robson Braga de Andrade, afirmou que o setor industrial apoia uma reforma tributária que seja ampla, incluindo impostos federais, estaduais e municipais e que, desta forma, beneficie o país como um todo e não apenas um ou outro setor. A CNI defende Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45, em discussão na Câmara dos Deputados.

“Temos que parar de olhar para o próprio umbigo e olhar o global, para geração de emprego e de renda”, defendeu ele, durante o seminário virtual Indústria em Debate – Custo Brasil e Reforma Tributária, nesta quinta-feira (30). Participaram do debate, realizado pela CNI em parceria com a Folha de S.Paulo, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ); o presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) e vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), José Ricardo Roriz Coelho; o economista Affonso Celso Pastore; e o relator PEC 45, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). De acordo com o Robson Braga de Andrade, a carga tributária é elevada, mas os dividendos não são tributados, o que gera desigualdades e injustiças na arrecadação. Ele explica que os setores que pagam menos e ganham mais devem pagar mais impostos. “A CNI e o Fórum Nacional da Indústria vão trabalhar pela reforma tributária e, em seguida, pela reforma administrativa. Não tem como o Brasil continuar com a própria máquina pública consumindo tudo o que se produz aqui”, avalia. Reforma tributária deve incluir ICMS para eliminar distorções Rodrigo Maia afirmou que o sistema tributário atual é tão complexo que ele duvida que os próprios advogados tributaristas o conheçam completamente. Ele afirma que, atualmente, 73% da arrecadação está em litígio no Judiciário e exemplificou lembrando que apenas a legislação do PIS/Confins, um imposto federal, tem 3 mil páginas. O Impostos sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), por sua vez, têm 27 legislações, uma para cada unidade da Federação que arrecada o tributo. “Se não incluirmos o ICMS na reforma tributária não vamos resolver a distorção”, diz Maia. Para ele, os governos estaduais já entenderam a importância de se criar um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) Nacional, que congregue tributos federais, estaduais e o Impostos sobre Serviços (ISS), dos municípios. A dificuldade neste momento, segundo Maia, é convencer os prefeitos das grandes cidades de que eles não vão perder arrecadação. “Só falta fechar com os prefeitos das capitais. Eles ainda não estão convencidos a importância de um IVA Nacional”, observa, ao fazer um alerta para a importância do prazo para se debater a reforma. “Toda a reforma tributária deve ser aprovada até a metade do próximo ano, pois, no segundo semestre, o calendário eleitoral vai se impor”, afirma Maia. A PEC 45 é uma reforma para mudar, de forma estrutural, o sistema tributário Relator da PEC 45, o deputado Aguinaldo Ribeiro explicou que a partir da promulgação da emenda e da simplificação tributária haverá transparência sobre a alíquota real que se paga de imposto no Brasil. “Nós vamos tirar a tributação de um sistema obscuro, que oculta o que se paga, e dar transparência. O brasileiro não sabe o quanto paga de imposto, porque o imposto sobre consumo é por dentro e cumulativo”, diz. Segundo ele, a proposta não eleva a carga tributária. No entanto, ela redistribui a tributação e promove um sistema mais justo para o contribuinte. Ele lembra ainda que o setor de serviços não precisa se posicionar contra a PEC 45, pois 85% das empresas do setor estão dentro do Simples, e a reforma não altera o regime especial de tributação para micros e pequenas empresas. Além disso, segundo ele, a maior parte dos outros 15% é composto por empresas que têm direito a crédito tributário. “Não me parece razoável perder a oportunidade de aprovar uma reforma mais ousada na mudança estrutural do nosso país”, diz Aguinaldo Ribeiro. Não há espaço para criar mais impostos O presidente da Abiplast e vice-presidente da FIESP, José Ricardo Roriz Coelho, explicou que a reforma tributária é a agenda prioritária no pós-pandemia para atacar o Custo Brasil, criar

emprego e gerar renda. Ele também defende a agilidade na aprovação das reformas. “A convergência para a PEC 45 é um dos melhores caminhos para percorremos. Não temos como ampliar a carga tributária, porque a atual já está acima do limite que as empresas têm capacidade de absorver”, explicou. Sobre a possibilidade de criação de um imposto aos moldes da antiga Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), Maia afirmou que é radicalmente contra e que esse tema não será votado na Câmara até fevereiro de 2021, quando ele deixará a Presidência da Casa. “Vamos aumentar a participação da sociedade na carga tributária para aumentar o espaço do Estado? Vamos voltar a mesma equação de 1996 a 2004, com aumento de nove pontos percentuais na carga tributária. E para quê? Não podemos esquecer que as despesas são grandes, o Estado é ineficiente e não produz. No passado, criamos a CPMF para cuidar da Saúde e sabemos que não foi para a Saúde”, afirma. O problema no Brasil não é a indústria, é a política econômica Ex-presidente do Banco Central, o economista Affonso Celso Pastore chamou atenção para o fato de a indústria não ter se recuperado da crise desde 2010 e de que o país passa por um processo precoce de desindustrialização. “O Custo Brasil é muito grande, principalmente na área tributária e impede ou dificulta a abertura brasileira em relação ao mercado externo. Percebemos que as indústrias que se integraram às cadeias globais de valor se tornaram muito mais competitivas, o que não foi o caso do Brasil”, explica o economista. Segundo ele, é fundamental acabar com o grosso das distorções do sistema tributário nacional e o maior deles é o imposto sobre bens e serviços. “Criou-se um monstro com o ICMS. Ele nasceu para ser um imposto sobre valor adicionado, mas se descaracterizou e vemos várias coisas erradas, como ser recolhido na origem de onde o bem foi produzido e guerra fiscal entre os Estados”, alerta. Pastore defende um imposto neutro, sem resíduos tributários nas exportações, com recuperação de crédito, cobrança no destino e, “uma reforma tributária corajosa com o Imposto de Valor Adicionado (IVA) único.” “A indústria brasileira é capaz de readquirir um bom pedaço da competitividade que perdeu desde a recessão de 2014. No mundo inteiro, a produção industrial não parou de subir. Isso não é uma coisa que não deriva de o empresário brasileiro não ser capaz. O que está errado aqui não é a indústria, não é o industrial, mas a política econômica”, afirmou. Fonte : CNI – Confederação Nacional do Comercio Data : 03/08/2020

ISTOÉ - DINHEIRO

ALERJ RECORRE DA DECISÃO QUE DISSOLVEU COMISSÃO DE IMPEACHMENT DE WITZEL

A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) recorreu da decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, que dissolveu a comissão especial formada para analisar o processo de impeachment do governador Wilson Witzel (PSC). O requerimento pede que a decisão liminar de Toffoli seja “integralmente reconsiderada” e que a comissão especial original seja restabelecida.

“Reconsidere a respeitável decisão que deferiu a medida liminar nesta Rcl n° 42.358-RJ, restaurando-se, assim, a composição e o funcionamento da Egrégia Comissão Especial de Impeachment”, diz o documento apresentado pela Alerj ao Tribunal neste sábado, 1º. A liminar de Toffoli foi concedida na última segunda-feira, 27, e atendeu a um pedido apresentado pela defesa de Witzel, que questiona o rito usado pela Alerj para conduzir o processo. Segundo os advogados, os deputados descumpriram jurisprudências do STF ao criar uma comissão especial sem votação e sem proporcionalidade de partidos. Em sua decisão, o presidente do Supremo determinou que fosse formado novo colegiado para apreciar o pedido afastamento do mandatário fluminense. Segundo o ministro, o impeachment é uma “experiência gravíssima” e por essa razão a condução do processo “precisa guardar a higidez constitucional e legal em relação ao seu procedimento”. Na prática, a liminar de Toffoli jogou a ação pelo afastamento do governador de volta à estaca zero. O recurso deve ser analisado pelo relator do caso, ministro Luiz Fux, que voltará ao trabalho com o fim do recesso Judiciário ontem. O processo de impeachment de Witzel foi aberto depois que o presidente da Assembleia, André Ceciliano (PT), acatou as denúncias contra o governador na esteira das operações que miram desvios da saúde no Estado e atingiram o Executivo. Fonte : IstoÉ- Dinheiro Data : 02/08/2020

EXECUTIVO ESCOLHIDO PARA PRESIDENTE BB DEVE ACELERAR VENDA DE ATIVOS

Embora seja mais conhecido pelo trabalho em banco de investimento do que no segmento de varejo, o escolhido para presidir o Banco do Brasil, André Brandão, segundo fontes do setor financeiro, poderia agilizar a agenda de venda de ativos do BB. Essa é uma das agendas prioritárias para a equipe econômica. “Brandão é o verdadeiro ‘lorde inglês’. Tem experiência em atacado e pode ajudar na venda de ativos. Também tem postura para lidar com grandes clientes e receber investidores”, disse um banqueiro, na condição de anonimato. Em relação à venda de ativos do BB, algumas agendas já andaram, como a venda de ações de IRB Brasil Re e Neoenergia, o início da parceria com o UBS em banco de investimento e a abertura de capital do BV (ex-Banco Votorantim). Mesmo assim, a gestão de Novaes teria deixado a desejar nesse quesito – além de ter sido “atropelada” pela pandemia de coronavírus. Outros temas Brandão também pode ajudar nas conversas com o Bradesco, que tem uma série de sociedades com o BB, pois participou da venda do HSBC ao banco. A Cielo deu o primeiro prejuízo trimestral de sua história no início deste ano, impactada pela pandemia e pela pressão concorrencial. O BB, assim como seus rivais, também sofre pressão em relação à evolução tecnológica que está transformando o setor com a chegada de fintechs. Fonte : IstoÉ- Dinheiro Data : 01/08/2020

CONSELHO DA ELETROBRAS APROVA PLANO 2020-2035 COM INVESTIMENTO DE ATÉ R$ 201,9 BI

O Conselho de Administração da Eletrobras aprovou o plano estratégico do grupo para o período de 2020 a 2035, quando os investimentos totais previstos em geração e transmissão (G&T) devem ficar entre R$ 95,3 bilhões (equivalente a R$ 6,0 bilhões por ano) e R$ 201,9 bilhões (R$ 12,6 bilhões por ano). A informação consta em fato relevante da companhia divulgado neste sábado, 1º de agosto. O piso para a projeção considera um cenário sem capitalização da empresa, com a manutenção do regime de cotas para as usinas prorrogadas pela Lei 12.783/2013, bem como a manutenção do nível de alavancagem da companhia (medido pela relação entre dívida líquida e o Ebitda) inferior a 2,5 vezes. Já o teto da projeção leva em conta um cenário de capitalização da empresa, considerando a descotização das usinas prorrogadas pela Lei 12.783/2013 e a celebração de novos contratos de concessão de geração de energia elétrica de produtor independente, o que geraria um aumento no lucro operacional medido pelo Ebitda. Para este caso também é considera uma alavancagem abaixo de 2,5 vezes. “O novo plano estabelece um conjunto de diretrizes e objetivos voltados para o crescimento e modernização da Eletrobras e alinhados às novas tendências do setor de energia”, descreve o comunicado, que é assinado pela Diretora Financeira e de Relações com Investidores, Elvira Cavalcanti Presta. Os principais temas a serem perseguidos pela Eletrobras ao longo dos próximos 15 anos passam por descarbonização, diversificação das fontes de energia, geração distribuída, disrupção tecnológica e digitalização acelerada, de acordo com o documento. “Estas e outras tendências do setor elétrico implicarão em ajustes no modelo setorial”, diz. O documento pondera que, diante das incertezas provocadas pela pandemia global do covid-19, a estratégia de longo prazo precisa ter robustez para navegar entre cenário de crescimento e competição de alta intensidade, bem como ambientes com o mercado em baixos níveis de evolução. Na visão da empresa, porém, o cenário mais provável para o curto prazo é o de redução da demanda de energia com magnitude ainda incerta. Como decorrência, prevalece o cenário de sobreoferta e o adiamento de novos leilões, além de atrasos nos investimentos atuais. No comunicado, a Eletrobras ponderou também que o plano estratégico anterior, de 2015 a 2030, publicado em 2014, contemplou as alterações decorrentes da Medida Provisória 579, de 11/09/2012, convertida na lei 12.783 de 11/01/2013, referente às concessões que foram prorrogadas à época sob as novas condições da nova lei. Segundo a Eletrobras, os impactos da MP 579 comprometeram a saúde financeira da empresa nos anos seguintes, tendo sido necessário adotar uma série de medidas de ajustes focadas em melhorias operacionais, financeiras e de governança e compliance. Fonte : IstoÉ- Dinheiro Data : 01/08/2020

CONHEÇA ANDRÉ BRANDÃO, O ESCOLHIDO DE GUEDES PARA PRESIDIR O BB

A ala “pragmática” do governo obteve uma vitória com a indicação de André Brandão, executivo atualmente no HSBC, para a presidência do Banco do Brasil, em substituição a Rubem Novaes, de 74 anos, que anunciou sua saída do cargo no início da semana passada. A escolha de Brandão foi antecipada na manhã de sexta-feira, 31, pela colunista Sonia Racy, do Estadão. Novaes pediu demissão em meio a um desgaste e também por causa da pressão de dirigir o banco. Apesar de ser um nome com o aval do ministro da Economia, Paulo Guedes, o executivo era também ligado ao “guru” Olavo de Carvalho, que tem criado polêmicas e atrapalhado a pauta do governo no Congresso. Além disso, o desempenho do BB na área de crédito também seria

insatisfatória. Em meio à pressão, ele avisou o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia que estava de saída no dia 24. O governo vive neste momento uma “limpa” da área ideológica, justamente para agradar o mercado financeiro e principalmente o Legislativo e os partidos do chamado Centrão, que agora formam a base de apoio do governo Bolsonaro. Ao escolher um nome de mercado – Brandão tem 17 anos de HSBC e mais de uma década de Citibank -, o consenso é de que o nome reforça o cacife de Guedes no governo. A confirmação do executivo no cargo depende de ritos internos do BB e do governo. Mas ele já aceitou a função. Executivo tem currículo longo e já depôs em CPI Desde 2003 no HSBC, André Brandão atuava como chefe global da instituição para as Américas. Desde que vendeu o banco de varejo para o Bradesco, em 2016, o HSBC atua no Brasil apenas como banco de investimento – área chamada de “atacado” no jargão do mercado. Antes de chegar ao HSBC, o executivo permaneceu mais de dez anos no Citibank (outra instituição que, recentemente, saiu do segmento de varejo no País, que foi adquirida pelo Itaú Unibanco). Em 2015, o executivo depôs na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigava supostos crimes de evasão de divisas de brasileiros que tinham contas na agência de Genebra, na Suíça, do banco. Na época, ele negou que a instituição brasileira tivesse acesso a dados dos correntistas fora do País. Brandão enfrentava, no HSBC, um movimento de redução de cargos executivos. Segundo reportagem da Reuters publicada no mês de abril, ele permaneceria no cargo de dirigente para as Américas até o fim do ano, quando “novos anúncios seriam feitos”. Outros diretores regionais do banco foram demitidos desde o início de 2020. Fontes do mercado financeiro consultadas pelo Estadão disseram que Brandão é um visto como um respeitado executivo de mercado e que sua indicação para o Banco do Brasil manda uma mensagem positiva em termos de gestão. Fonte : IstoÉ- Dinheiro Data : 01/08/2020

EXTRA ONLINE

BNDES VAI RECEBER R$350 MILHÕES DO FUNDO CLIMA PARA PROJETOS SUSTENTÁVEIS Por Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai receber um aporte de 350 milhões de reais do Fundo Clima, cujos recursos serão destinados prioritariamente para financiamentos de projetos de saneamento e coleta de resíduos sólidos, informou a instituição neste domingo. O fundo foi criado em 2009 e destina recursos da atividade petrolífera no país para projetos sustentáveis que ajudem na preservação do clima e na redução da emissão de gases que contribuem para o efeito estufa. Com o novo aporte de 350 milhões de reais, o banco de fomento já recebeu mais de 1 bilhão de reais ao longo dos últimos anos em recursos voltados a apoiar a implantação de empreendimentos, a aquisição de máquinas e equipamentos e o desenvolvimento tecnológico relacionados à redução de emissões de gases do efeito estufa e à adaptação às mudanças do clima e aos seus efeitos, segundo o BNDES.

O saneamento tem sido um dos focos do banco tendo em vista o grande déficit ainda existente no país e os males causados à saúde e à qualidade de vida das pessoas que não têm acesso adequado a redes de água, esgoto e tratamento de resíduos. O BNDES tem ajudado governos locais na modelagem de concessão e privatizacão de empresas de saneamento. A instituição tem participado também no financiamento de sistemas de coleta seletiva ou diferenciada, triagem automatizados ou semiautomatizados; tratamento de resíduos orgânicos(à exceção daqueles com geração de energia) e remediação de áreas previamente utilizadas para disposição inadequada de resíduos sólidos. Cada projeto do Fundo Clima pode receber financiamento de até 30 milhões de reais, a cada 12 meses. O fundo ainda conta com subprogramas voltados para projetos de mobilidade urbana, cidades sustentáveis, uso de máquinas e equipamentos mais eficientes, projetos de energia renovável, projetos de coleta de resíduos sólidos, políticas para melhor eficiência de plantas com carvão vegetal, plantio e preservação de florestas, iniciativas de redução nas emissões de carbono e implantação de projetos inovadores. Fonte : Extra Online Data : 02/08/2020

ELETROBRAS PREVÊ INVESTIR R$6 BI/ANO ATÉ 2035, OU R$12,6 BI/ANO SE PRIVATIZADA Por Luciano Costa

SÃO PAULO (Reuters) - A estatal Eletrobras projeta investir 6 bilhões de reais por ano até 2035 na expansão de seu parque de geração e transmissão de energia, de acordo com plano estratégico divulgado ao mercado no sábado. Mas o montante poderia mais que dobrar, para 12,6 bilhões de reais anuais, no caso de sucesso em planos do governo para capitalizar e privatizar a companhia, disse a maior elétrica da América Latina em fato relevante. Esses níveis de investimento seriam possíveis sem que a empresa se afastasse da disciplina financeira, com um indicador de alanvancagem medido pela relação entre dívida líquida e geração de caixa (Ebitda) abaixo de 2,5 vezes, afirma a Eletrobras nos documentos do planejamento estratégico 2020-2035. Entre as metas da companhia para o período estão a criação de valor pelo aumento da eficiência dos ativos de geração e transmissão e o "investimento em novos negócios com foco em energia, participando da consolidação do setor (M&A)". Na área de geração, os objetivos passam por expansão "priorizando energias limpas e oportunidades de térmicas a gás", além da busca pela liderança em comercialização de energia. Os elevados valores previstos, que somariam 6,5 bilhões de reais por ano entre 2020 e 2024, incluídos recursos para a usina nuclear de Angra 3, ainda representam recuo frente ao passado recente, quando a companhia se envolveu em obras de grande porte incluindo hidrelétricas na Amazonônia como Belo Monte, Jirau, Santo Antônio e Teles Pires. A Eletrobras chegou a sinalizar investimentos de 15 bilhões por ano em seu Plano de Negócios 2014-2018, que somava total de 60,8 bilhões de reais. Mas a companhia enfrentou dificuldades para manter o ritmo de aportes após uma forte redução de receitas associada a um pacote de medidas do governo para reduzir as tarifas de energia a partir de 2012.

A Eletrobras acumulou 31 bilhões de reais em prejuízo líquido entre 2012 e 2015, voltando a lucros constantes apenas a partir de 2018, apontou a companhia no plano estratégico. Entre 2015 e 2019, sob comando do atual CEO, Wilson Ferreira Jr, a companhia reduziu a alavancagem de 6,5 vezes para 2,2 vezes, com medidas que incluíram desinvestimentos, como a venda de ativos de geração e transmissão e de todas distribuidoras de energia do grupo, que eram deficitárias. Para os próximos anos, a Eletrobras pretende consolidar sua liderança em geração e transmissão de energia, com foco em energia limpa, afirma a empresa no planejamento. A estatal é responsável pela operação de cerca de um terço da capacidade de geração e metade da rede de transmissão de energia do Brasil. Um projeto de lei do governo prevendo a desestatização da Eletrobras foi enviado ao Congresso no ano passado. O ministério de Minas e Energia tem afirmado que espera que a proposta possa ser aprovada neste ano, para que a operação ocorra em 2021. Fonte : Extra Online Data : 02/08/2020

COSAN APRESENTA PEDIDO DE REGISTRO DE IPO DA COMPASS GÁS E ENERGIA Por Luciano Costa

SÃO PAULO (Reuters) - O grupo de energia e logística Cosan apresentou nesta sexta-feira pedido de registro para realização de uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) de sua controlada Compass Gás e Energia, segundo fato relevante divulgado pela companhia. A quantidade de ações da Compass a serem vendidas no âmbito da oferta será oportunamente fixada pelo conselho de administração da empresa, assim como o preço de venda, após procedimento de coleta de intenções de investimento junto a investidores institucionais no Brasil e no exterior. A Cosan disse ainda que pediu também adesão da Compass ao segmento especial de listagem Novo Mercado da bolsa paulista B3, e acrescentou que a oferta está sujeita à concessão de registro pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e às condições de mercado. Fonte : Extra Online Data : 31/07/2020

JORNAL DO COMMERCIO – PE

PÁTIOS DE TRIAGEM DE CAMINHÕES INICIAM OPERAÇÃO NESTA SEGUNDA EM SUAPE

Após 11 dias em soft opening, os pátios de triagem de caminhões Suape Logística – Sulog e Conelog foram homologados pela autoridade portuária e iniciam operação plena a partir desta segunda-feira (3) no Complexo Industrial e Portuário de Suape. Com isso, os cerca de 1.700 caminhoneiros que todos os dias fazem o transporte de produtos no Porto de Suape poderão contar com mais segurança, conforto e agilidade para embarcar ou desembarcar suas cargas nos terminais portuários, além de melhores condições de prevenção à Covid-19. A implantação dos pátios de triagem de caminhões em Suape vem atender as resoluções estabelecidas pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e às exigências do Código Internacional para Proteção de Navios e Instalações Portuárias (ISPS CODE).

“Desde o dia 22 estávamos realizando testes para avaliação dos sistemas e das rotinas operacionais por isso os caminhões não eram obrigados a se cadastrar no pátio antes de entrar no Porto. Mas, a partir de segunda-feira (3), os veículos de carga terão que seguir a nova rotina, exceto transportadores de contêineres para os quais essa obrigatoriedade só estará valendo a partir do dia 10”, afirma Manoel Ferreira, diretor da Sulog. Segundo ele, do dia 3 ao dia 9 de agosto os caminhoneiros poderão utilizar a estrutura do Sulog sem nenhum custo. “Será a oportunidade para os usuários conhecerem as instalações e realizar os cadastros de veículos e motoristas”, informa Ferreira. Após esse período serão cobradas as tarifas padrão de acordo com as características do veículo e da carga. Nos pátios de triagem, os caminhoneiros terão os seus dados checados e agendarão o horário de acesso ao terminal portuário para carregamento ou descarregamento. De acordo com os operadores, esse procedimento irá disciplinar o fluxo de veículos e oferecer aos caminhoneiros uma significativa redução no tempo de espera para início das operações. Atualmente, os motoristas são obrigados a aguardar até 12 horas estacionados às margens da rodovia antes de entrar na área portuária. Estarão dispensados de acessar o pátio de triagem os caminhões relativos à carga de projeto ou carga de operação especial; serviços internos do porto; obras de ampliação de infraestrutura, manutenção e reparos em geral; suprimentos para embarcações; veículos tipo cegonha; caminhões de instituições e órgãos públicos. Nesses casos, a administração portuária receberá a comunicação dos próprios terminais ou empresas responsáveis e fará a liberação da entrada desses veículos. Os pátios de triagem, com capacidade para atender mais de 500 caminhões cada um, funcionarão 24 horas por dia, de domingo a domingo. No local, os motoristas contarão com serviços de apoio, como sala de descanso, unidade de atendimento de primeiros socorros, restaurante, sanitários, chuveiros e vestiários, além de salas de escritórios para empresas que operam no complexo portuário. O Disque Caminhoneiro, serviço gratuito disponibilizado por Suape para prestar apoio à categoria com informações sobre os serviços essenciais no Estado durante a pandemia da Covid-19, passa a funcionar com um outro enfoque, a partir desta segunda-feira (03): tirar dúvidas sobre o novo acesso ao Porto de Suape, via pátios de triagem. O telefone 0800.095.0448 continuará operando 24 horas por dia, nos dias úteis, por tempo indeterminado. A Cosan disse ainda que pediu também adesão da Compass ao segmento especial de listagem Novo Mercado da bolsa paulista B3, e acrescentou que a oferta está sujeita à concessão de registro pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e às condições de mercado. Fonte : Jornal do Commercio - PE Data : 02/08/2020

EPOCA NEGÓCIOS

CONFIANÇA EMPRESARIAL SOBE 7,1 PONTOS EM JULHO ANTE JUNHO, DIZ FGV

O Índice de Confiança Empresarial reúne os dados das sondagens da Indústria, Serviços, Comércio e Construção O Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 7,1 pontos em julho ante junho, para 87,5 pontos, informou nesta segunda-feira, 3, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em três meses consecutivos de altas, o índice recuperou 79% das perdas registradas nos meses de março e abril, decorrentes da pandemia do novo coronavírus, embora a confiança ainda se mantenha em nível historicamente baixo. "O avanço da confiança empresarial em julho mostra que a economia continua em trajetória ascendente no início do segundo trimestre após o baque do trimestre anterior. A boa notícia é a consolidação de tendência de melhora da percepção dos empresários com relação à situação atual dos negócios, com Indústria e Comércio atingindo níveis de satisfação mais próximos à normalidade. Mas há que se analisar esta tendência com alguma cautela uma vez que a incerteza continua elevada e mesmo os indicadores de expectativas, que saíram na frente, retratam hoje um sentimento que parece ser mais bem descrito como o de uma neutralidade sujeita a revisões. Ainda é cedo para se pensar em uma retomada consistente de investimentos, por exemplo", avaliou Aloisio Campelo Júnior, superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial. O Índice de Confiança Empresarial reúne os dados das sondagens da Indústria, Serviços, Comércio e Construção. O cálculo leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a FGV, o objetivo é que o ICE permita uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica. Em julho, a melhora da confiança foi igualmente motivada por avanços nas expectativas e nas avaliações sobre a situação atual, a primeira vez desde o início da pandemia. O Índice de Expectativas (IE-E) subiu 7,4 pontos, para 89,8 pontos. O Índice de Situação Atual (ISA-E) aumentou 7,1 pontos, para 79,7 pontos. O componente de Demanda Prevista para os próximos três meses avançou 7,8 pontos, enquanto o de Emprego Previsto em três meses aumentou 8,9 pontos. O item de Situação dos Negócios num horizonte de seis meses teve elevação de 6,1 pontos. Em julho, houve melhora na confiança nos quatro grandes setores e em 90% dos 49 subsetores pesquisados."Uma das características marcantes da crise econômica de 2020 em todo o mundo é a forma poucas vezes vista com que o Setor de Serviços vem sendo impactado, em decorrência das medidas de isolamento social e do medo da população com a pandemia de covid-19. A crise não afeta de forma homogênea todo o setor, mas atinge de forma dramática segmentos importantes para o emprego como o de serviços prestados às famílias. No Brasil, a queda mediana de PIB do Setor de Serviços nas nove recessões anteriores a esta havia sido de apenas 1,4%, contra 10,4% da Indústria de Transformação. Se excluirmos o Comércio deste grande setor, responsável por cerca de 2/3 o PIB nacional, a queda mediana dos Serviços nas recessões anteriores chega a se anular", completou Aloisio Campelo Jr. A coleta do Índice de Confiança Empresarial reuniu informações de 4.702 empresas dos quatro setores entre os dias 1º e 27 de julho. Fonte : Epoca Negócios Data : 03/08/2020

MERCADO FINANCEIRO PREVÊ REDUÇÃO DA SELIC PARA 2% AO ANO NESTA SEMANA

Reunião do Copom está marcada para terça e quarta-feira O mercado financeiro espera que a taxa básica de juros, a Selic, seja reduzida de 2,25% para 2% ao ano, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco central (BC), marcada

para esta terça e quarta-feira (4). Depois dessa redução, a expectativa é que não haja novas reduções da Selic neste ano. Para o final de 2021, a previsão é que a Selic esteja em 3% ao ano. No ano seguinte, a previsão é que a taxa chegue a 5% ao ano, e ao final de 2023, a 6% ao ano. Essas expectativas estão no boletim Focus, publicação divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), com estimativas para os principais indicadores econômicos. Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Queda do PIB A previsão do mercado financeiro para a queda da economia brasileira este ano é de 5,66%. Essa foi a quinta revisão seguida para a estimativa de recuo do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Na semana passada, a previsão de queda estava em 5,77%. Para o próximo ano, a expectativa é de crescimento de 3,50%, a mesma previsão há 10 semanas consecutivas. Em 2022 e 2023, o mercado financeiro continua a projetar expansão de 2,50% do PIB. Inflação A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), no boletim desta semana, passou de 1,67% para 1,63%. Para 2021, a estimativa de inflação permanece em 3%. A previsão para os anos seguintes - 2022 e 2023 - também não teve alterações: 3,50% e 3,25%, respectivamente. A projeção para 2020 está abaixo do piso da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 4% em 2020, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,5% e o superior, 5,5%. Para 2021, a meta é 3,75%, para 2022, 3,50%, e para 2023, 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, em cada ano. Dólar A previsão para a cotação do dólar permanece em R$ 5,20, ao final deste ano. Para o fim de 2021, a expectativa é que a moeda americana fique em R$ 5. Fonte : Epoca Negócios Data : 03/08/2020

JORNAL O GLOBO – RJ

EM ESTRATÉGIA PARA APROVAR 'NOVA CPMF', GUEDES PREPARA ESTUDO QUE APONTA PESO DE IMPOSTOS SOBRE RECEITA DE EMPRESAS

Segundo levantamento, tributação sobre salário pesa mais sobre faturamento do que proposta de taxar transações financeiras

Por Marcello Corrêa

https://ogimg.infoglobo.com.br/in/24536628-f25-6e4/FT1086A/652/xPaulo-Guedes.jpg.pagespeed.ic.spMZCwdme6.jpg O ministro da Economia, Paulo Guedes Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo

BRASÍLIA - Após o aval do presidente Jair Bolsonaro para pautar o debate sobre a "nova CPMF", o governo se prepara para divulgar estudos que mostram que a tributação sobre movimentações financeiras é menos prejudicial que o imposto sobre salários que a equipe

econômica quer reduzir. Segundo diagnóstico preparado pelo time do ministro da Economia, Paulo Guedes, a atual contribuição sobre salários pesa mais sobre o faturamento das empresas do que o novo tributo em elaboração pela equipe. No ano passado, técnicos da equipe econômica elaboraram levantamento que mostrava que a carga tributária sobre faturamento das empresas seria cortada de 14,2% para 3,25%, em média. O estudo levava em consideração que o novo imposto teria alíquota de 0,5%. A redução ocorreria porque o governo planeja reduzir a contribuição ao INSS paga por empregadores, que hoje é de 20% sobre os salários. No salário mínimo, a desoneração seria total. Já para as demais faixas de remuneração, o imposto cairia de 20% para 15%. De acordo com o levantamento do Ministério da Economia, a tributação sobre salários chega a representar 16% sobre o faturamento de empresas da área de educação, enquanto o imposto sobre transações teria uma alíquota efetiva de 2,57%, já considerando a tributação em cascata. A ideia é voltar a esses números para rebater as críticas de que o novo imposto é inflacionário, já que se acumula ao longo da cadeia, e regressivo — pois tributa mais ricos e mais pobres da mesma forma. É possível que os detalhes dos cálculos sejam revisados, de acordo com as alíquotas em análise na nova versão da proposta. A narrativa de que a contribuição sobre folha pesa mais sobre a economia, no entanto, será mantida. Imposto 'feioso' Guedes participará nesta quarta-feira de audiência pública na comissão mista da reforma tributária. Segundo fontes da equipe econômica, o ministro não deve focar sua fala na defesa do imposto sobre movimentações financeiras, mas a expectativa é que seja questionado por parlamentares sobre o assunto. O ministro e seus auxiliares têm repetido que o novo imposto é "feioso", mas a atual tributação sobre folha de pagamento é o "horroroso". Guedes também tem afirmado que o novo imposto "vem do futuro" por atingir pagamentos eletrônicos e transações digitais, enquanto o imposto sobre valor adicionado (IVA) — previsto nas propostas do Congresso — vem de meados do século passado e foi elaborado para tributar a indústria. Na semana passada, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que é falsa a promessa de que trocar a contribuição sobre folha por tributos sobre transações resultará em uma neutralidade da carga tributária.

Na avaliação de Maia, o novo imposto pode "travar a economia", já que o Brasil correria o risco de exportar imposto. Ainda não há detalhes sobre pontos como qual seria a base de tributação do novo sistema. Integrantes do Ministério da Economia, afirmam que o tributo terá base maior que a antiga CPMF. Fonte : O Globo - RJ Data : 03/08/2020

GOVERNO CALCULA ECONOMIA DE R$ 466 MILHÕES COM 'HOME OFFICE' NO SERVIÇO PÚBLICO

Redução de gastos vai de passagens aéreas a custos com cópias de documentos Por Marcello Corrêa

BRASÍLIA - O governo calcula ter economizado R$ 466,4 milhões entre abril e junho com a transferência de mais da metade dos servidores públicos para o home office, segundo levantamento obtido pelo GLOBO. O home office poderá estendido mesmo após a pandemia, cabendo a cada instituição federal decidir se vai ou não. De acordo com o Ministério da Economia, os itens em que houve redução de gastos vão de passagens aéreas até gastos com cópias de documentos e envios de correspondências. A maior economia foi com o gasto com viagens. Entre abril e junho, os gastos com deslocamento foram de R$ 130,9 milhões — uma redução de R$ 271,4 milhões em relação ao mesmo período do ano passado. O gasto com energia elétrica foi a segunda maior frente de economia, com queda de R$ 127,9 milhões. Já a redução de despesas com Correios foi de R$ 48,7 milhões. As economias com água e esgoto (R$ 13,2 milhões) e com cópias e reproduções (R$ 5 milhões) completam o rol de itens monitorados pelo Ministério da Economia nesses meses. Hoje, cerca de 360 mil servidores públicos estão em trabalho remoto. A expectativa é que esse número seja reduzido após a pandemia, mas parte da redução de gastos seja mantida. — A pandemia mostrou que muitas atividades do governo podem ser feitas de forma remota sem prejudicar o serviço ao cidadão. Nossa meta é continuar nesse caminho, após o retorno à normalidade. Não será na mesma proporção que está hoje, mas a partir dessas lições que foram aprendidas e de todo trabalho que estamos fazendo, nossa meta é digitalizar tudo o que for possível — afirma Cristiano Heckert, secretário de Gestão do Ministério da Economia. Fonte : O Globo - RJ Data : 03/08/2020

GASOLINA COM NOVO PADRÃO COMEÇA A VALER NESTA SEGUNDA. ENTENDA AS MUDANÇAS

Combustível tem qualidade melhor e é mais caro, mas reduz consumo do motor. Distribuidoras terão dois meses para se adaptar O Globo, com G1

RIO - A partir desta segunda-feira, a gasolina vendida no Brasil deverá seguir novas especificações. Com as mudanças, ela estará mais próxima do padrão europeu e do americano. Embora mais cara, a expectativa é que o consumo seja menor, compensando a alta no preço. As mudanças valem para a gasolina do tipo C (comum) e premium, aquela indicada pelas fabricantes de carros esportivos. A Petrobras já vinha produzindo a nova gasolina há alguns meses, mas ainda haverá um prazo para as distribuidoras e postos de combustíveis se adaptarem às mudanças. Veja abaixo:

O que muda Há mudanças nas especificações técnicas - incluindo massa mínima, nível de resistência da gasolina à compressão no motor e exigência de temperatura - que melhoram a qualidade do combustível. Dessa forma, a queima da gasolina é otimizada, permitindo uma economia no consumo. Preço O preço da nova gasolina é um pouco superior à que vinha sendo comercializada no país devido à paridade de importação com o combustível correspondente no exterior. Mas a expectativa é que a redução do consumo vai compensar esse custo maior. Não há consenso entre especialistas, mas esse índice de economia de consumo deve variar entre 3% e 6%. Ou seja, apesar de o motorista pagar mais pelo combustível, o veículo rodará mais quilômetros com um litro de gasolina. Carros antigos Apesar de a nova gasolina ter sido pensada para motores modernos, que contam com injeção direta, por exemplo, os propulsores mais antigos também serão beneficiados com o combustível de melhor qualidade. Participação do etanol A nova gasolina vai manter o mesmo percentual de 27% de adição de etanol anidro. 'Velha gasolina' Segundo a resolução da ANP, a gasolina com as antigas especificações ainda pode ser entregue nas distribuidoras até 3 de outubro e, nos postos, até 3 de novembro. Ainda assim, a Petrobras afirma já estar produzindo e entregando a nova gasolina. Fonte : O Globo - RJ Data : 03/08/2020

GOVERNO PREPARA PACOTE PARA SIMPLIFICAR REGRAS E BARATEAR SEGUROS, DIZ SUPERINTENDENTE DA SUSEP

Solange Vieira afirma que o órgão finaliza medidas para estimular competição entre seguradoras e popularizar esse tipo de produto financeiro Por Geralda Doca

https://ogimg.infoglobo.com.br/in/24563639-0b0-6c8/FT1086A/652/xSolange-Vieira-Seguro-nao-e-popular-no-Brasil-e-o-nosso-trabalho-e-mudar-isso.-O-unico-que-e-popular-e-o-de-automoveis-e-cobre-so-30-40-da-frota.jpg.pagespeed.ic.3W6XtGvRKU.jpg Solange Vieira: “Seguro não é popular no Brasil, e o nosso trabalho é mudar isso. O único que é popular é o de automóveis, e cobre só 30%, 40% da frota” Foto: Valor Econômico / Agência O Globo

BRASÍLIA - No comando da Superintendência de

Seguros Privados (Susep), a economista Solange Vieira finaliza um pacote de simplificação de regras para aumentar a competição no setor e popularizar esse tipo de produto financeiro. Na visão dela, o brasileiro ainda não vê o seguro como necessário, mas a pandemia mostrou o quanto é: houve aumento de pagamentos de seguros de vida, saúde, aluguel e previdência. Funcionária do BNDES e ex-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), ela diz que o novo marco regulatório estimulará a entrada de novas empresas e o acesso dos consumidores a pacotes de pequenos seguros contra roubo de celular, computador ou bicicleta, por exemplo, a preços mais acessíveis.

As mudanças em elaboração pela Susep, são divididas em dois eixos. Um, já em consulta pública, trata dos chamados seguros massificados, voltados para consumidores. O outro, ainda em elaboração, diz respeito a seguros de grandes riscos, para empresas, como os exigidos em obras de infraestrutura. Como órgão regulador, a Susep tem autonomia para mudanças normativas sem passar pelo Congresso. Só para alterar o DPVAT, seguro obrigatório para o trânsito criado por lei, precisa de aprovação do Legislativo. Em 2019, o governo editou uma medida provisória para extinguir esse tipo de seguro, mas não foi votada pelos parlamentares e perdeu a validade. Em entrevista ao GLOBO, Solange diz que a proposta foi mal interpretada. Admite que não há clima agora para uma nova tentativa, mas diz que o plano de acabar com o monopólio não foi abandonado. O que muda para o consumidor no novo marco regulatório de seguros que a Susep prepara? A gente quer que o brasileiro faça seguro. É importante que você tenha seguro de vida, de saúde, seguro-desemprego, que cubra a escola de seu filho se a sua renda cai, para o seu aluguel se você não consegue pagar. Há vários tipos de seguros, só que as regras sempre foram muito complicadas. A Susep sempre padronizou muito, não permitindo que seguradoras pudessem fazer produtos simples. Nosso objetivo é simplificar e permitir produtos simples, de preço acessível, para que a população passe a ter acesso ao seguro. Por que o seguro é um produto que não vende tanto no Brasil? É uma combinação de várias coisas. A estrutura regulatória é muito ruim, difícil, tem uma linguagem pouco acessível para a população. O brasileiro, culturalmente, não sente a necessidade de fazer seguro. O seguro por danos representa 1,1% do PIB. Na Argentina, está na casa de 3,1%. Seguro não é popular no Brasil, e o nosso trabalho é mudar isso. O único seguro que é popular é o de automóveis e, ainda assim, cobre só 30%, 40% da frota. O que a Susep está fazendo para popularizar o seguro? Uma das ações tem um nome complicado: sandbox (modelo de flexibilização de regras para estimular inovações). A ideia é fazer com que seguradoras pequenas possam desenvolver produtos simples, como seguro de celular, de computador, de bicicleta, de patinete, de equipamentos eletrônicos. Esses seguros não são praticados no Brasil em larga escala pelas grandes seguradoras. Nós baixamos o capital inicial da empresa e já temos mais de 10 inscritas. Na tradução literal seria mesmo uma ideia de caixa de areia onde você faz um teste com a empresa, tem que ser um projeto novo, ter bastante inovação. Qual é a essência do novo marco regulatório do seguro? A Susep sempre padronizou muito. Colocamos em consulta pública uma norma que a gente chama de massificados, que são seguros de valores menores, contratados por pessoas físicas, micro e pequenas empresas. Nesse seguro, ainda se precisa de um arcabouço de proteção do consumidor. Já em relação ao seguro de grandes riscos, o regulador tem que deixar as partes negociarem livremente. O objetivo é estimular a competição e produtos mais adequados. Quando o regulador interfere demais, você não consegue competir via preços porque todas as regras são dadas. Qual a importância da flexibilização do seguro de grandes riscos? Com a aprovação da nova lei do saneamento pelo Congresso, o Brasil tem um potencial enorme. São grandes obras de infraestrutura. Isso será importante em outras áreas, como energia elétrica, óleo e gás, construção de rodovias, hidrovias, aeroportos, na aviação e na exportação. A

expectativa é que surjam novas empresas seguradoras no Brasil e haja atratividade para novos entrantes do mercado internacional. A gente tem 122 empresas, mas há espaço para muito mais. O mercado brasileiro se desenvolveu pouco devido ao regulador, e isso acabou gerando um número de empresas no mercado muito aquém do potencial. Com o avanço da tecnologia, consumidores vão poder contratar seguro por aplicativo? Essa é uma plataforma importante para a gente desenvolver produtos, e com bom preço para o consumidor. As seguradoras estão começando a desenvolver plataformas de venda pelo celular e internet. A Susep passou a autorizar o seguro intermitente para veículos. Como ele funciona? Esse seguro foi liberado pela Susep em 2019. Neste ano, teve um crescimento de demanda de 600% e uma queda de preço de cerca de 50%. Ele é “liga e desliga”. Você sai de carro, ele é acionado pelo seu celular. Quando você chega na garagem, desliga. O preço do seguro é menor, mas depende do seu perfil. Se você usa pouco o carro, vale a pena. Hoje, funciona só para veículos. Se o setor crescer não será preciso ter mais controle? Estamos criando um sistema de registro de operações para apólices de seguros. Será um tipo de registrador que opera para bancos. Esse sistema vai permitir às seguradoras fazer operações sofisticadas no mercado financeiro. Isso baixa o custo e elas vão poder oferecer produtos a preços menores. Do outro lado, o consumidor vai saber que tem apólice. Muita gente hoje faz um seguro de vida, morre e a família não sabe. Com esse sistema, a Susep vai poder ter informação on-line por CPF. Os primeiros registros começam em novembro, e o processo todo vai levar três anos. De que forma a pandemia mexeu com o setor? Na pandemia, a gente vê o quanto está sendo utilizado o seguro de vida, de saúde, de previdência. O sinistro de fiança locatícia (aluguel) subiu de R$ 52 milhões em 2019 para R$ 157 milhões no primeiro semestre deste ano. De janeiro a junho de 2020 o resgate dos planos de previdência (PGBL e VGBL) foi de R$ 40,2 bilhões, contra R$ 35,3 bilhões no mesmo período de 2019. Esta variação ocorreu em março, quando começou a Covid-19. Em março, o resgate pulou de R$ 5,3 bilhões, que foi o número (do mesmo mês) de 2019, para R$10,1 bilhões. Agora, em junho de 2020, já voltou ao patamar de R$ 5 bilhões por mês. São seguros muito flexíveis. Em qualquer adversidade você faz o saque. O que acha do plano do governo em permitir o saque parcial dos fundos de pensão? É um avanço importante. Em algum momento a gente vai ter que discutir previdência aberta e fechada. Faz todo o sentido aproximar as duas e o que cada uma tem de bom. Você só não mexe no benefício definido porque tem uma renda garantida, então fica mais difícil você permitir saques. O governo desistiu de acabar com o DPVAT? Não gosto do DPVAT porque é um produto estruturado na forma de um monopólio, que, por definição, é uma coisa ruim. Quando a gente tentou discutir ele com o Congresso, a ideia não era acabar, mas reformular. Acabou não funcionando. Acho que foi mal interpretado. A gente tem uma sobra de recursos do DPVAT que decidimos utilizar. Enquanto esses recursos não se extinguirem, não há espaço para rediscutir o DPVAT. A gente tem um fôlego de dois a três anos, vai depender muito do volume de sinistros que esse fundo terá que pagar. Essa discussão vai voltar em algum momento?

A gente vai discutir que o seguro tem que existir, mas não em forma de monopólio. O DPVAT é um seguro de responsabilidade civil, de danos contra terceiros, a favor do motorista e do passageiro. Não vejo motivo para que não possa ser operacionalizado por qualquer seguradora. Como ficou a fusão entre a Previc, que fiscaliza os fundos de pensão, e a Susep? Eu trabalhei no projeto de unificação, a gente discutiu com o Ministério da Economia, a proposta estava amadurecendo e veio a pandemia. Agora não tem espaço no Congresso para se debruçar sobre um assunto administrativo. Talvez no ano que vem esse assunto volte. A vantagem da junção é a economia de escala, a gente consegue unificar as regras de previdência aberta e fechada. As regras têm que se aproximar, inclusive, para que a gente tenha uma portabilidade mais fluida. Defendo a tese de que o participante, da previdência aberta ou fechada, deve poder escolher por onde quer receber a aposentadoria dele. Fonte : O Globo - RJ Data : 03/08/2020

BALANÇA COMERCIAL DE JULHO TEM MAIOR SUPERÁVIT DESDE 1989

Queda nas importações e valorização do dólar ajudam a explicar o resultado Por Gabriel Shinohara

https://ogimg.infoglobo.com.br/in/24535181-940-871/FT1086A/652/xchinaeconomiaexportacaoreuters.jpg.pagespeed.ic.KQDyGlXoNx.jpg Setor agropecuário segura o patamar de exportações brasileiras Foto: Reuters

BRASÍLIA — A balança comercial brasileira de julho registrou superávit de US$ 8,1 bilhões, o maior resultado da série histórica iniciada em 1989. O número reflete os efeitos da pandemia do comércio global, que diminuiu as

importações, e o preço do dólar, que tornou os produtos brasileiros mais atraentes no exterior. O resultado foi anunciado pelo Ministério da Economia nesta segunda-feira e mostra uma queda nas exportações e uma redução mais acentuada do lado das importações. Esse desequilíbrio faz com que, mesmo com uma troca comercial menor, o superávit seja maior. O resultado da balança comercial é o saldo entre as exportações e as importações. As exportações foram de US$ 19,6 bilhões contra US$ 11,5 bilhões nas importações. Na comparação da média diária (total dividido pelo número de dias do mês) com julho de 2019, a queda nas exportações foi de 2,9 %, enquanto as importações caíram 35,2%. A corrente de comércio, que é a soma de exportações e importações, teve queda de 18% na mesma comparação. Em julho de 2019, era de US$ 37,9 bilhões contra US$ 31,1 bilhões este ano. O nível das exportações se manteve parecido com o do mesmo período do ano passado puxado por um crescimento no setor da agropecuária de 17,3% (US$ 31,5 milhões) e na indústria extrativa, que teve crescimento de 1,5% (US$ 2,9 milhões) na comparação da média diária. Ambos os setores contribuíram para compensar a queda de 12% (US$ 59,8 milhões) na indústria de transformação entre julho deste ano e de 2019. Essa queda na indústria de transformação foi puxada principalmente pela redução na exportação de carnes de aves, óleos combustíveis de petróleo e obras de ferro ou aço. A valorização do dólar dos últimos meses também contribui para o resultado. Com uma moeda mais desvalorizada lá fora, os preços dos produtos ficam mais baratos para o comprador

estrangeiro. Essa situação faz com que o volume exportado seja maior, mesmo que o montante que entre no país diminua. Do lado das importações, o setor da indústria de transformação também puxou a queda. A redução foi de US$ 235 milhões (33,6%), com queda nas compras de óleos combustíveis, plataformas de petróleo e obras de ferro. As compras na indústria extrativa tiveram uma queda um pouco menor, de US$ 33,7 milhões (62,7%). Já o setor agropecuário se manteve no mesmo nível. China aumenta exportações Assim como em meses anteriores, as exportações para a Ásia, especialmente a China, registraram aumento. Só para os chineses, a média diária de exportações aumentaram 24,3% (US$ 61,1 milhões). O principal aumento nas vendas para a Ásia foi a soja, que subiu de 32,1% (US$ 31,7 milhões), seguido de óleo bruto de petróleo, com 24,4% (US$ 12,2 milhões) e carne bovina, com alta de 94,5% (US$ 10,1 milhões. Por outro lado as exportações para os Estados Unidos caíram 37,4% (US$ 44,7 milhões) na média diária, assim como para a Europa, que teve uma queda geral de 3,64% e para os países vizinhos do Brasil, como a Argentina, com queda de 18,6% (US$ 7 milhões) e Colômbia, que registrou redução de 30,6% (US$ 4 milhões. Fonte : O Globo - RJ Data : 03/08/2020

PARLAMENTARES QUEREM QUE GUEDES ABRA NÚMEROS SOBRE NOVA CONTRIBUIÇÃO DE 12% QUE SUBSTITUIRÁ O PIS/COFINS

Deputados querem iinformações sobre arrecadação dos impostos por setores da economia Por Geralda Doca

BRASÍLIA – O deputado Afonso Florence (PT-BA), representante da oposição na comissão mista do Congresso que discute a reforma tributária, solicitou à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados o envio de um ofício ao ministro da Economia, Paulo Guedes, cobrando explicações sobre projeto do governo que acaba com o PIS e a Cofins e cria a Contribuição sobre Operações de Bens e Serviços (CBS). O documento, assinado também pelo deputado Enio Verri (PT-PR), solicita que o ministro abra os números que resultaram na alíquota de 12% da nova contribuição e a estimativa de arrecadação. O ministro tem 30 dias para encaminhar as explicações à Mesa e aos próprios parlamentares. O requerimento com o pedido de informações foi anexado ao projeto que muda o PIS/Cofins e aguarda a distribuição na Câmara dos Deputados. No ofício, os parlamentares pedem esclarecimento sobre nove itens relativos à arrecadação do PIS e da Cofins, separada por setores da economia e afirma que o setor de serviços será prejudicado. “O governo afirma que, a despeito de mão de obra não gerar direito a apropriação de créditos da CBS, o setor de serviços não apenas não será prejudicado com a instituição da nova contribuição e sua tributação a alíquota de 12%, como será beneficiado. Porém, esse não é o entendimento de advogados tributaristas e de especialistas que analisaram o projeto de lei, bem como não é o entendimento do próprio setor”, diz o documento que acrescenta: “As análises indicam que hospitais, clínicas e escolas estão entre os mais prejudicados pela tributação a alíquota de 12%, seguidos por escritórios de advocacia, empresas de porte médio, do setor de informática e hotéis”. Entre as informações solicitadas estão: a arrecadação anual do PIS/Pasep em cada um dos anos de 2015 a 2019 e a acumulada entre janeiro e junho de 2020 por regime de tributação

(cumulativo, não-cumulativo, monofásico, setor financeiro, Simples Nacional), segregada por setores (indústria, setor de serviços, instituições financeiras, pessoas jurídicas de direito público) e o valor dos créditos de PIS/Pasep apropriados pelos contribuintes nos períodos. Também faz parte a lista, a estimativa de arrecadação anual com a nova contribuição e o detalhamento da metodologia utilizada para fins de cálculo dessa estimativa, com os pareceres técnicos. Segundo o deputado Florence, sem a abertura desses dados, o projeto não vai avançar no Congresso: - Até agora, o governo não apresentou os números. Somos a favor da simplificação dos impostos, mas está claro que o governo só quer incrementar as suas receitas. Quer inclusive recriar a CPMF e onerar tudo mundo – disse o parlamentar. Fonte : O Globo - RJ Data : 03/08/2020

GOVERNO QUER ECONOMIZAR R$ 1,3 BI COM ALUGUEL DE IMÓVEIS COMPARTILHADOS

Ideia é que diferentes órgãos da administração federal passem a dividir um mesmo edifício. Levantamento de edifícios será feito até 10 de setembro BRASÍLIA - O governo vai iniciar um mapeamento dos imóveis utilizados pelos órgãos e entidades do Executivo mirando uma economia com aluguel de R$ 1,3 bilhão nos próximos três anos a partir do melhor aproveitamento dos espaços com uma gestão centralizada de sua ocupação. O levantamento contará com detalhes que o governo não possuía antes, que serão agora consolidados numa única plataforma, o Sistema de Gerenciamento do Patrimônio Imobiliário de uso especial da União (SPIUNet). Com isso, a ideia é reparar ineficiências e enxergar sinergias, abrindo a porta para permutas e para o compartilhamento de um mesmo espaço por diferentes órgãos. “A gente ganha não só com o aluguel, mas também em várias outras despesas, como água, luz, telefone, limpeza, manutenção predial e assim por diante”, disse o secretário de Gestão do Ministério da Economia, Cristiano Heckert. À Reuters, ele pontuou que o gasto da administração pública federal com aluguéis no país é alto, girando na casa de R$ 850 milhões por ano, sendo R$ 350 milhões somente no Distrito Federal. O secretário de Coordenação e Governança do Patrimônio da União, Fernando Bispo, exemplificou que a análise da metragem quadrada por servidor, dentro do padrão estabelecido para ocupação dos imóveis públicos, fará com que o governo identifique os espaços vagos e busque ocupá-los de maneira inteligente. “Onde você tem hoje alocados três órgãos, você poderia ter quatro, cinco órgãos se aquilo ali for reorganizado”, disse Bispo. “É considerável esse impacto, principalmente em Brasília, que é onde se tem o maior custo com aluguéis no Brasil.” A revisão vem num momento em que forma de trabalho da administração pública também passa por transformações, que foram aceleradas pela adoção do regime de teletrabalho por conta da pandemia de coronavírus. “A gente acredita que vai ter, daqui para frente, muita jornada mista, em que o trabalhador vai alguns dias por semana no seu órgão, em outros fica em casa, e outros (funcionários) vão ficar até 100% do tempo em casa. Então tudo isso vai ser considerado nesse estudo de otimização da ocupação dos imóveis”, afirmou Heckert.

Pela portaria do Ministério da Economia publicada nesta segunda-feira, a atualização cadastral deverá ser feita até 10 de setembro para os imóveis situados no Distrito Federal e até 10 de dezembro para os localizados nos outros estados. Dentro das regras estipuladas para o levantamento dos imóveis, inclusive, o governo irá coletar informações sobre os funcionários que trabalham em tempo integral ou parcial nos prédios. Numa mostra das mudanças que o governo almeja, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea ) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Naciona ( Iphan), que até então pagavam aluguel na capital federal, irão para um novo prédio comercial, o Brasília 50 Centro Empresarial, numa permuta de R$ 239 milhõess feita com a Abic Consultoria Imobiliária e Heil Assessoria Imobiliária. A troca, assinada na semana passada, envolveu dois terrenos e seis apartamentos funcionais da União que não estavam sendo utilizados, além de duas projeções residenciais do Ipea. Fonte : O Globo - RJ Data : 03/08/2020

PETROBRAS REDUZ PREÇO DE GÁS A DISTRIBUIDORAS E ARRENDA TERMINAL DE GNL NA BAHIA

Medidas ocorrem em meio às discussões da aprovação do novo marco regulatório do gás no Congresso Por Bruno Rosa

https://ogimg.infoglobo.com.br/economia/23250761-88e-9b9/FT1086A/652/x70542971_A-worker-makes-a-routine-control-check-of-the-Bolivian-Brazilian-gas-pipeline-at-a-compress.jpg.pagespeed.ic.hWVybUa0P6.jpg Petrobras vende ativos de gás no Brasil, comoa Gaspetro. Trabalhador faz checagem de rotina em uma planta de compressão do gasoduto Brasil-Bolívia, em Rio Grande.Trabalhador faz checagem de rotina em uma planta de compressão do gasoduto Brasil-Bolívia, em Rio Grande. Foto: Diego Giudice / Bloomberg News

RIO - Em meio às discussões da aprovação do novo marco regulatório do gás no Congresso, a Petrobras informou que desde o último sábado reduziu os preços de venda de gás natural para as distribuidoras. É que o contrato assinado em janeiro de 2020 foi revisado pela estatal, gerando uma queda média de 48% em dólar por milhão de BTU (a medida internacional do gás). Em real, o recuo médio foi de 35%. Segundo a estatal, a redução no preço reflete os novos contratos de venda com as distribuidoras em que o preço da molécula de gás está atrelado à variação do preço do petróleo no mercado internacional, cuja revisão é realizada trimestralmente. "A companhia esclarece que o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo custo da molécula de gás e do transporte, mas também pelas margens das distribuidoras e pelos tributos federais e estaduais", lembrou a estatal. A estatal informou ainda que publicou hoje o edital do processo licitatório para arrendamento do Terminal de Regaseificação de GNL da Bahia (TR-BA) e instalações associadas, no estado da Bahia. "A licitação será restrita às empresas pré-qualificadas no âmbito da Convocação de Pré-Qualificação e o processo seguirá os atos e ritos previstos na Lei", informou a companhia. O terminal da Bahia tem vazão máxima de regaseificação de 20 milhões de metros cúbnicos por dia. O gasoduto integrante do terminal possui 45 km de extensão. A Petrobras também vai se desfazer dos 10% adicionais na NTS, controlada pelo consórcio formado por Brookfield, British Columbia Investment e Itausa, dona de gasodutos no Rio, São

Paulo e Minas Gerais. Procuradas, as empresas não comentaram. A estatal também está vendendo sua participação de 51% na TBG (Transportadora Brasileira do Gasoduto Bolívia-Brasil), dona do Gasbol, o Gasoduto Bolívia-Brasil. Mas as divergências entre a Petrobras e a Agência Nacional do Petróleo (ANP) em relação às tarifas de transporte do gás natural estão dificultando o processo de venda. Fonte : O Globo - RJ Data : 03/08/2020

BNDES RECEBE R$ 350 MILHÕES DE FUNDO FEDERAL PARA INVESTIR EM PROJETOS DE SANEAMENTO

Cada uma das iniciativas beneficiadas pelo Fundo Clima poderá receber até R$ 30 milhões por ano O Globo

https://ogimg.infoglobo.com.br/economia/24537093-7af-0c0/FT1086A/652/x84391836_RI-Rio-de-Janeiro-02-09-2019-Crescimento-da-favela-da-Rocinha-Governo-estadual-anunciou-inv.jpg.pagespeed.ic.LllqCg776o.jpg Atraso histórico - Esgoto a céu aberto na Rocinha, no Rio: nova legislação busca atrair investimentos privados ao setor Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo

RIO - O BNDES anunciou neste domingo que receberá R$ 350 milhões do Fundo Clima, do

Ministério do Meio Ambiente, para investir em saneamento e recuperação de resíduos sólidos. Desde o ano passado, o banco já recebeu mais de R$ 1 bilhão do fundo, criado há uma década para estimular a adaptação às mudanças do clima e aos seus efeitos. Entre os projetos já apoiados estão o VLT cariosa e a geração de energia no Aterro de Caeiros, em São Paulo. Cada projeto apoiado pelo BNDES poderá receber até R$ 30 milhões a cada 12 meses, em financiamentos nos modelos dos programas Finame ou Finem. O BNDES já está estruturando oito projetos de concessões estaduais e municipais de saneamento, inclusive a privatização da Cedae. De acordo com o banco, esses projetos vão atingir 25 milhões de pessoas e gerar mais de R$ 55 bilhões em investimentos. “A expectativa, é que, após a aprovação do novo marco regulatório, novos Estados contratem o banco”, observou o BNDES em nota. Liberação de R$ 30 bi na pandemia O BNDES também informou neste domingo que já aprovou a liberação de R$ 30 bilhões nas linhas emergenciais criadas durante a pandemia. “O apoio do banco beneficiou até o momento mais de 163 mil empresas, contribuindo para a manutenção de um número estimado em cinco milhões de empregos”, afirmou o banco em comunicado. O BNDES disse ainda que transferiu R$ 20 bilhões do fundo PIS/PASEP, gerido pelo banco, para o FGTS. “Essa medida visa a apoiar o trabalhador com a possibilidade de novos saques do fundo, além de liberar recursos para outras iniciativas de combate aos efeitos da pandemia”, observou a instituição. Fonte : O Globo - RJ Data : 03/08/2020

O ESTADO DE SÃO PAULO - SP

PETROBRÁS TEM 'DEPÓSITO' IRREGULAR NO MAR

Sem nenhum tipo de licenciamento ambiental, a Petrobrás ergueu um "almoxarifado submarino" no litoral brasileiro, lotado com milhares de maquinários e tubulações de suas plataformas de petróleo, que ocupa uma área maior que a da cidade de Florianópolis (SC). O Estadão teve acesso exclusivo ao processo sobre o assunto. A pedido da Petrobrás, o caso passou a correr sob sigilo dentro do Ibama. A petroleira busca um acordo com o órgão ambiental para iniciar a retirada do material lançado irregularmente em seis áreas da Bacia de Campos, região localizada nos litorais do Rio de Janeiro e Espírito Santo. O volume da parafernália é colossal. Os dados revelam que a Petrobrás tem hoje mais de 1,4 mil quilômetros de tubos de PVC flexíveis, usados na extração de petróleo, lançados no fundo do mar (veja quadro). Somadas, essas seis regiões chegam a 460 quilômetros quadrados. É como se uma capital como Florianópolis (SP) ou Porto Alegre (RS) fosse transformada em um depósito marinho, de forma irregular, como afirma o próprio Ibama em um dos documentos. "As áreas denominadas como ‘almoxarifados submarinos’ vêm sendo utilizadas pela Petrobrás para o armazenamento de equipamentos (ex.: linhas flexíveis, umbilicais, sistemas de ancoragem) sem o devido licenciamento ambiental", declara o órgão federal. A definição de "almoxarifado submarino" usada para se referir aos depósitos é da própria petroleira que, em uma reunião realizada em julho de 2019, estimou que o processo de retirada de toda essa tralha deverá custar pelo menos R$ 1,5 bilhão, além de demorar mais de cinco anos até que tudo esteja devidamente limpo. Tudo começaria em 2022. Somente em 2027 é que a área estaria livre do maquinário (veja texto abaixo). Ao analisar a dimensão do problema, os técnicos do Ibama afirmam que o lançamento e recolhimento desses equipamentos realizados por anos vinham causando "impactos algumas vezes superiores à instalação de um sistema de produção típico, sem qualquer avaliação prévia de alternativas locacionais e tecnológicas e sem qualquer medida controle ou monitoramento". Multa Por causa da ausência de licenciamento para fazer essas operações, o Ibama chegou a multar a Petrobrás em R$ 2,5 milhões e a impor uma indenização de R$ 25 milhões pelo impacto ambiental causado, além da exigência de retirar cada tubo e parafuso que a estatal abandonou no litoral brasileiro. Um termo de ajustamento de conduta (TAC) foi firmado entre a petroleira e o órgão ambiental para que o trabalho seja executado, mas após sucessivos ajustes, o fato é que nada foi feito concretamente, até o momento. A Petrobrás foi questionada pela reportagem sobre cada uma dessas informações, incluindo a situação atual de seu acordo, o cronograma de retirada da parafernália e sua possível destinação em solo. Foi perguntada ainda onde passou a depositar o material que acumula desde 2016, quando o lançamento no fundo do mar foi proibido. Primeiro, a estatal informou que iria apurar as informações. Um dia depois, entrou em contato para pedir mais prazo para dar sua resposta, o que foi concedido. Finalmente, vencido o prazo acordado, limitou-se a declarar que não prestaria nenhuma informação a respeito. Os mesmos questionamentos foram enviados à área de comunicação e à presidência do Ibama, que ignoraram reiterados pedidos de esclarecimento sobre o assunto. A área de comunicação do órgão está impedida de se manifestar para a imprensa desde o ano passado, por ordem direta do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

Os documentos mostram que a utilização dessas áreas como almoxarifado não é recente. O relatório revela que a petroleira começou a usar parte da região para depositar seus equipamentos em 1991 e que essa prática foi ampliada nos anos seguintes, até março de 2016, quando o Ibama, que já buscava há anos um acordo sobre o assunto, determinou a paralisação total de lançamentos no oceano. Na prática, a Petrobrás passou mais de duas décadas usando essas áreas como depósito marinho, sob a alegação de que reutilizava em outras plataformas diversos maquinários e tubulações deixados nos locais e de que tinha "dificuldade logística" para adotar outra alternativa. Cerca de metade do que hoje está depositado nas áreas já é considerado material inservível, segundo os relatórios. Relatório do Ibama vê risco de dano a áreas de recifes naturais As seis regiões marinhas transformadas pela Petrobrás em depósito de plataformas possuem "elevada complexidade" ambiental, conforme apontam relatórios já realizados pela área técnica do Ibama. Os laudos que a petroleira proíbe de serem divulgados à população mostram que grande parte dos "almoxarifados submarinos" - conhecidos como Corvina, Pargo A, Pargo B, Garoupinha, Alsub e Altemp - é fortemente marcada pela presença de bancos de algas calcárias. Esses organismos, assim como os corais, são os maiores responsáveis pelo surgimento de recifes naturais, sendo habitat para uma infinidade de seres marinhos. É o que afirma o Ibama em sua análise técnica, ao declarar que a falta de licenciamento e de informações sobre o impacto causado "é ainda mais grave, diante da caracterização de parte das áreas como bancos de algas calcárias, ambientes sensíveis e de elevada complexidade". Mais do que o lançamento de materiais no mar, a Petrobrás fez movimentação intensiva desses materiais nas áreas. Os dados indicam uma "movimentação anual média de cerca de 700 km de equipamentos", o que equivale à instalação de nada menos que quatro sistemas de plataformas para produção, em média. "Considerando que as áreas vêm sendo submetidas a impactos recorrentes devido ao contínuo lançamento e recolhimento de equipamentos sem qualquer controle ambiental, entende-se que, a priori, os impactos adicionais para recolhimento definitivo dos equipamentos visando ao retorno das áreas às condições mais próximas ao original são aceitáveis", afirmam os técnicos. Está prevista a realização de um mapeamento detalhado do fundo marinho em 100% das áreas dos "almoxarifados", com utilização de um robô submarino operado por controle remoto. Pelo cronograma de ações apresentado pela Petrobrás em julho do ano passado, a empresa deveria ter aprovado, neste mês, o plano de contratação de uma empresa para recolher o material, com previsão de publicar o edital em outubro. A Petrobrás chegou a apresentar uma "compensação financeira" de R$ 7,746 milhões pelos danos causados, valor equivalente a um apartamento de luxo na Rua Oscar Freire, no Jardim América, em São Paulo. Os técnicos do Ibama não analisaram a proposta, mas ponderaram que, como exemplo, um acordo realizado com a petroleira para adequar o tratamento da água produzida em 28 plataformas da empresa estabeleceu uma medida compensatória de R$ 100 milhões. O início efetivo do recolhimento do maquinário, conforme o plano, só deve ocorrer em junho de 2022, com conclusão em dezembro de 2027. Fonte : O Estado de São Paulo - SP Data : 02/08/2020

BOLSONARO CONFIRMA AVAL PARA GUEDES DISCUTIR NOVO IMPOSTO

O presidente Jair Bolsonaro confirmou neste domingo (02) que deu o aval para o ministro da Economia, Paulo Guedes, debater com o Congresso a criação de uma ‘nova’ CPMF, em contrapartida à redução ou extinção de outros impostos. Bolsonaro citou como exemplo a redução de percentuais na tabela do Imposto de Renda ou a ampliação da isenção, a desoneração da folha de pagamento ou a extinção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Segundo ele, não haverá aumento da carga tributária. “O que eu falei com o Paulo Guedes, você fala CPMF, né, pode ser o imposto que você quiser, tem que ver por outro lado o que vai deixar de existir. Se vai diminuir a tabela do Imposto de Renda, o percentual, ou aumentar a isenção, ou desonerar a folha de pagamentos, se vai também acabar com o IPI”, disse ao ser questionado se teria dado o aval para Guedes discutir uma nova CPMF com o Parlamento. O presidente conversou com jornalistas ao parar numa padaria no Lado Norte, em Brasília, durante passeio de moto acompanhado do ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos. Como mostrou o Broadcast/Estadão na última sexta-feira, com o estrago da covid-19 no mercado de trabalho, Guedes convenceu o presidente a liberar a discussão pública da volta do tributo com o argumento de que não se trata da antiga CPMF, porque não haverá aumento da carga tributária. Neste domingo, Bolsonaro ponderou, no entanto, que se a população entender que não é necessário mexer nesses tributos, a saída é “deixar como está”. Para o presidente, não se trata nem mesmo de o Congresso entender ou não que um novo imposto deva ser criado, já que o Executivo e o Parlamento são “subordinados ao povo”. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é o maior crítico do retorno de um tributo nos moldes da CPMF. “Então eu falei para ele (Guedes), quando for apresentar a vocês, botar os dois lados da balança. Se o povo não quiser, vou nem falar Parlamento, nós e o Parlamento somos subordinados ao povo. Se o povo achar que não deve mexer, deixa como está. Agora, tem o dono da padaria aqui, a dificuldade que é contratar gente com esse emaranhado de leis que temos pela frente, direitos”, disse. Guedes tenta convencer o presidente a aceitar o envio do projeto com a possibilidade de aumentar a faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), hoje em R$ 1,9 mil por mês, uma promessa de campanha de Bolsonaro, e viabilizar o Renda Brasil, o programa social que o governo desenha para substituir o Bolsa Família. Guedes quer enviar o projeto com o novo tributo ainda em agosto. Questionado sobre quando a segunda fase da proposta de reforma tributária deve ser enviada pelo governo, Bolsonaro respondeu não saber. “Todo mundo falando sobre tudo. Ela só vai para o Congresso depois de assinatura minha. Não tem aumento de carga tributária, tem para substituir imposto. Se for aumentar, pessoal não aguenta mais pagar imposto não”, disse. Cloroquina Diagnosticado com covid-19 no início de julho, e agora, segundo ele, já testado negativo, o presidente conversou com apoiadores durante o passeio, usando máscara. No comércio, o presidente falou com o funcionário de uma farmácia sobre como estão as vendas da hidroxicloroquina, remédio defendido por Bolsonaro para o tratamento do novo coronavírus – apesar de até o momento não ter comprovação científica de sua eficácia. Segundo o funcionário, a “demanda” pelo remédio é maior que a oferta. “É porque o insumo vem da Índia e parece que está meio fechado lá”, respondeu Bolsonaro. Fonte : O Estado de São Paulo - SP Data : 02/08/2020

EMPRESAS APOSTAM EM ENERGIA RENOVÁVEL

Apelo da sustentabilidade e busca por custos menores levam companhias a investir em usinas para produção de energia eólica e solar Por Renée Pereira, O Estado de S. Paulo

Num movimento semelhante ao que ocorreu nos anos 90 e 2000 envolvendo hidrelétricas, grandes consumidores de energia estão investindo em complexos eólico e solar para se tornarem autoprodutores. O objetivo é ter usinas próprias para suprir sua demanda. Desta vez, no entanto, não é só o fator econômico que pesa na decisão do investimento. O apelo sustentável das fontes de energia a cada dia ganha mais relevância na estratégia das empresas de serem mais “verdes”. Nesse grupo, estão grandes corporações como Anglo American, Vale, Tivit, Vulcabrás e Honda, entre outras. Algumas dessas empresas já eram autoprodutoras, sobretudo com hidrelétricas, mas não com eólica e solar – vista durante anos apenas como energia alternativa. Ao longo do tempo, com a evolução tecnológica e barateamento do preço dos equipamentos, as duas fontes cresceram no País e estão mudando a matriz elétrica brasileira.

https://img.estadao.com.br/resources/jpg/0/0/1596329182500.jpg Seguindo determinação da matriz, a Honda construiu um complexo eólico para abastecer suas fábricas no País Foto: Honda/Divulgação

Esse amadurecimento permitiu novos projetos de autoprodução de energia, que estavam adormecidos desde meados dos anos 2000. Uma das explicações está na dificuldade para construir hidrelétricas no País, ainda principal fonte de autoprodução, diz o

presidente da Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia (Abiape), Mário Menel. “Por causa da pressão internacional contra as usinas, os investidores recuaram. Agora estão indo, especialmente, rumo às eólicas”, afirmou ele. Ao contrário do passado, quando as empresas construíam suas próprias usinas e arcavam com o risco da construção, agora há opções que eliminam esses problemas. A Casa dos Ventos, empresa responsável pelo desenvolvimento de um terço dos projetos eólicos em operação e em construção no País, tem desenhado soluções diferenciadas para as empresas. Num primeiro momento, elas firmam um contrato com a companhia para explorar um determinado potencial eólico. Quando o projeto estiver concluído, ela terá a opção de se tornar acionista do empreendimento e virar autoprodutora. “Há uma tendência crescente pela energia eólica tanto pelo viés econômico como pela agenda verde”, diz Lucas Araripe, diretor de Novos Negócios da Casa dos Ventos. Corporativos Os contratos que estão sendo firmados agora são do complexo Rio do Vento (504 MW), no Rio Grande do Norte, cujos investimentos somam R$ 2,4 bilhões. O projeto foi dividido em oito Sociedades de Propósito Específico (SPE) – sendo um parque eólico para cada –, de forma a permitir um número maior de empresas dentro de um mesmo empreendimento. A companhia desenvolve outro projeto de 350 MW na Bahia e projeta expansão de Rio do Vento (500 MW), também mirando contratos corporativos de longo prazo. Dos oito parques de Rio do Vento, três – ou 195 MWs – estão contratados pela mineradora Anglo American. “Trata-se da primeira experiência em autoprodução do grupo no mundo”, diz o gerente global de energia e utilidades da multinacional, Alfredo Duarte. Ele explica que a energia é um fator importante de custo para a empresa. Na produção de níquel, representa 30% do custo; e na de minério de ferro, 20%. Por isso, o grupo decidiu desenvolver uma gestão energética inovadora. Segundo o executivo, até 2022, 70% da energia consumida pela mineradora será proveniente de energia solar e eólica. Isso deve ajudar a Anglo American a alcançar a meta mundial de reduzir em 30% as emissões de carbono até 2030, diz Duarte.

A combinação entre redução de custo e sustentabilidade também levou a Vulcabrás Azaleia a fechar parceria com a Casa dos Ventos para se tornar autoprodutora. O contrato, de 7 MW médios, vai abastecer 99% do consumo da empresa, reduzir em 25% o valor da conta de luz e diminuir as emissões em 27 mil toneladas de CO2 (dióxido de carbono) por ano, diz Luiz Otávio, gerente de QSMS (Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde) da Vulcabrás Azaleia. Segundo ele, projetos sustentáveis também trazem resultados positivos financeiramente. No caso da montadora japonesa Honda, o principal objetivo ao decidir construir um parque eólico no Rio Grande do Sul foi atender a uma determinação do presidente mundial da empresa, que definiu inicialmente uma redução de 30% das emissões da empresa de CO2 até 2030 (esse número foi elevado para 50% até 2050). Na ocasião, a unidade brasileira começou a estudar maneiras para cumprir a meta, diz o presidente da Honda Energy, Otavio Mizikami, vice-presidente industrial da Honda Automóveis. Segundo ele, após muita análise, verificou-se que a energia eólica seria a mais viável para alcançar o objetivo. A empresa construiu o parque Xangri-lá, de 27 MW, que abastece as fábricas de automóveis e os escritórios da empresa. Com a nova unidade de Itirapina (SP), a montadora decidiu ampliar o parque e colocar mais uma torre, de 3,8 MW. Fonte : O Estado de São Paulo - SP Data : 02/08/2020

‘NO PÓS-PANDEMIA, RETOMADA ECONÔMICA TERÁ DE SER SUSTENTÁVEL’, DIZ PRESIDENTE DA ABEEÓLICA

Elbia Gannoum diz que empresas precisam cumprir metas estabelecidas de redução de emissões Por Renée Pereira, O Estado de S. Paulo

“Sem dúvida, a retomada econômica, pós-pandemia, será de forma sustentável. Não é uma moda”, avalia a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Gannoum. Na avaliação dela, esse movimento não tem volta, até porque as empresas precisam cumprir metas estabelecidas de redução de emissões. Nesse cenário, a energia eólica tem muito a contribuir pelas características. É limpa, o preço da geração é competitivo e há um enorme potencial a ser explorado Brasil afora. “O futuro é renovável, competitivo e sem subsídio”, diz a executiva. A multinacional brasileira de tecnologia Tivit captou bem essa cultura. Na sua primeira experiência no setor, a empresa firmou parceria para ser autoprodutora com a Casa dos Ventos e abastecer 100% do consumo do grupo. O gasto com energia elétrica representa entre 7% e 8% dos custos da empresa. “Nossos escritórios já seguem uma tendência sustentável. Descontinuamos

embalagens de plástico, fazemos reciclagem e agora temos energia limpa”, diz o diretor financeiro da companhia, Paulo Freitas. https://img.estadao.com.br/resources/jpg/5/4/1596330054245.jpg "Retomada sustentável não é moda", diz presidente da

Abeeólica Foto: Honda/Divulgação Os projetos solares também têm sido opção das empresas para se tornaram autoprodutoras e

mais sustentáveis. “Temos percebido o crescimento de dois movimentos: uma de empresas querendo ser autoprodutoras e outra de empresas (fora do setor) interessadas no negócio”, diz a vice-presidente de geração distribuída da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltáica (Absolar), Barbara Rubin. Segundo ela, a fonte de energia tem sido ofertada no mercado como um diferencial de negócio dentro da energia verde. “O avanço da demanda pela fonte de energia vai crescer muito daqui para frente, já que muitas empresas reforçaram seus compromissos de serem mais sustentáveis.”

Se não for no papel de autoprodutoras, as companhias vão tentar comprar a energia no mercado livre, diz ela. Maior parque De olho nesse avanço, a canadense Brookfield acabou de comprar o projeto de um parque solar em Janaúba, em Minas Gerais. O empreendimento, de 1,2 mil MW de capacidade, custará R$ 3 bilhões e ficará pronto em meados de 2022, diz André Flores, responsável pela área de energia renovável no Brasil da Brookfield Asset Management. Toda a energia gerada por esse parque solar, que deve ser o maior da América Latina, deve ser negociado no mercado livre de energia. “Cerca de 75% do montante já está contratado.” Fonte : O Estado de São Paulo - SP Data : 31/07/2020

CSN DIZ TRABALHAR EM IPO DE MINERAÇÃO, MAS AINDA NÃO CONTRATOU BANCO

Em ordem de reduzir seu endividamento, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) disse que estava “trabalhando ativamente” para realizar uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) de sua unidade de mineração. É ali que estão reunidos a área de logística da empresa, além de sua fatia de 60% na Namisa e a mina Casa de Pedra. No entanto, até aqui, esse trabalho ainda não envolveu nenhum banco de investimento. Para o negócio andar, eles são contratados assim que a empresa decide começar a se estruturar para uma abertura de capital. Procurada, CSN não comentou. Tá alta. A dívida líquida no fim de junho estava em R$ 33 bilhões. Para que a meta de reduzi-la em R$ 10 bilhões até o fim do ano que vem, seria necessário levar adiante a já tão falada venda de ativos. Aquecido O próprio diretor executivo de Relações com Investidores da CSN, Marcelo Cunha Ribeiro, reconheceu que o mercado de capitais está receptivo para operações. Fonte : O Estado de São Paulo - SP Data : 31/07/2020

VALOR ECONÔMICO (SP)

IDEAL SERIA TER REFORMA TRIBUTÁRIA 'AMPLA E POSSÍVEL' ANTES DAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS, DIZ RELATOR Por Estevão Taiar e Vandson Lima, Valor — São Paulo e Brasília 03/08/2020 16h09 Atualizado

O cenário ideal para o Brasil seria ter uma reforma tributária aprovada antes das eleições municipais, afirmou nesta segunda-feira o relator do tema na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). "O ideal para o Brasil seria termos uma reforma ampla e possível antes das eleições municipais", disse em edição extra da Live do Valor, destacando que 2021 será um ano que antecederá a eleição presidencial, o que dificulta a aprovação de temas importantes. O relator disse que o teto de gastos públicos "não faz sentido" se não houver a aprovação das reformas administrativa e tributária, assim como foi necessária a reforma da Previdência. Segundo ele, a aprovação da reforma tributária é complexa por natureza, mas "pela primeira vez" há alguma convergência.

De acordo com Ribeiro, o ambiente no Congresso para votar reformas econômicas é favorável. "A agenda [de reformas] é uma agenda que une o parlamento." Questionado sobre o distanciamento recente entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e um dos principais líderes do Centrão, Arthur Lira (PP-AL), Ribeiro afirmou que esse não deve ser um empecilho para as votações. "Não haverá do ponto de vista de reformas do país qualquer tipo de comprometimento", afirmou, dizendo que o Congresso "tem convicção" da importância da agenda reformista. Ele citou como outro exemplo o projeto que estabelece a autonomia do Banco Central (BC). Fonte: Valor Econômico - SP Data : 03/08/2020

PETROBRAS REDUZ PREÇOS DE VENDA DE GÁS NATURAL ÀS DISTRIBUIDORAS

A companhia diz que a redução reafirma “os compromissos firmados para o novo mercado de gás natural” Por Raquel Brandão, Valor — São Paulo 03/08/2020 09h21 Atualizado há 8 horas 03/08/2020

https://s2.glbimg.com/Uo8ndMcGTTKbDY1oYV86n7KfE2M=/0x0:1654x1047/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2019/g/I/xX5JSORRy70KAK8S8BIg/11904b.jpg — Foto: Agência Petrobras

A Petrobras reduziu no último sábado os preços de venda de gás natural para as distribuidoras. A companhia diz que a redução reafirma “os compromissos firmados para o novo mercado de gás natural”.

Os contratos iniciados em janeiro deste ano terão uma redução acumulada média de 48% em cada dólar por milhão de unidades térmicas britânicas (MMBtu), em comparação a dezembro passado, considerando a cotação do dólar na data contratual de atualização do preço. Quando medidos em reais por metro cúbico, os preços terão uma redução média acumulada de 35%, apesar da depreciação da moeda brasileira. A redução no preço reflete os novos contratos de venda com as distribuidoras em que o preço da molécula de gás está atrelado à variação do preço do petróleo no mercado internacional, cuja revisão é realizada trimestralmente, segundo a empresa. Edital de arrendamento de terminal na Bahia A Petrobras também publicou hoje edital de licitação para arrendamento do terminal de regaseificação de GNL da Bahia (TR-BA) e instalações associadas. A licitação será restrita às empresas pré-qualificadas no âmbito da convocação e o processo seguirá os atos e ritos previstos na Lei das Estatais. A Petrobras explica que o TR-BA consiste em um píer tipo ilha com as facilidades necessárias para atracação e amarração de um navio FSRU (Floating Storage and Regasification Unit) diretamente ao píer e de um navio supridor a contrabordo do FSRU. A transferência de GNL é feita diretamente entre o FSRU e o supridor. A vazão máxima de regaseificação do TR-BA é de 20 milhões de metros cúbicos por dia. O gasoduto integrante do terminal possui 45 quilômetros de extensão e 28 polegadas de diâmetro, interligando o TR-BA a dois pontos de entrega, a estação redutora de pressão de São Francisco do Conde e a estação de controle de vazão de São Sebastião do Passé.

“Estão também incluídos no escopo da transação os equipamentos para geração e suprimento de energia elétrica localizados no terminal aquaviário de Madre de Deus (Temadre), integrantes do TR-BA”, diz a estatal, explicando que o navio FSRU não faz parte do processo de arrendamento. Fonte: Valor Econômico - SP Data : 03/08/2020

O QUE O BB GANHA COM ANDRÉ BRANDÃO

Indicação de executivo que atua há duas décadas no HSBC para comando do Banco do Brasil pode significar aceleração do plano de venda de ativos e oferta de mais crédito, a juros menores Por Flávia Furlan, Talita Moreira, Fabio Graner, Edna Simão e Marcelo Ribeiro — De São Paulo e Brasília 03/08/2020 05h01 Atualizado há 12 horas 03/08/2020

https://s2.glbimg.com/FaEpNpLAhC4r1bLcjhWBFwaGX-U=/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2020/0/h/gUbkzaTkeFeAkuzuDaxw/foto03fin-201-bb-c5.jpg Indicado para a presidência do BB, André Brandão está há duas décadas no HSBC — Foto: Claudio Belli/Valor

A indicação de André Brandão, que atua há duas décadas no HSBC, para o comando do Banco do Brasil (BB), no lugar de Rubem Novaes, pode significar um avanço em duas frentes: a aceleração do plano de venda de ativos e a oferta de mais crédito, a juros menores. O nome do executivo ganhou força na última sexta-feira e o Ministério da Economia bateu o martelo. Ontem, o presidente Jair Bolsonaro disse que “a princípio” será ele, embora o assunto seja tema de reunião a ser realizada hoje com o ministro Paulo Guedes. Brandão é visto como um bom nome pela experiência no setor bancário, por ser um ótimo formador de equipe e

exibir um estilo “diplomático”, segundo fontes ouvidas pelo Valor. Para o governo, seu perfil seria similar ao do atual presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, isto é, egresso do sistema financeiro e com conhecimento e bom trânsito no mercado de capitais, no Brasil e no exterior. O executivo ingressou no HSBC em 1999, tornou-se diretor-executivo em 2003 até que, em 2012, foi nomeado CEO no Brasil, posição ocupada até 2016. Hoje, de Nova York, lidera a área de global banking para as Américas. Antes do HSBC, tinha passado pelos escritórios do Citibank em São Paulo e Nova York. Dada a sua trajetória, Brandão é visto como alguém que conhece muito de tesouraria e operações de atacado e banco de investimento. E por isso representa a possibilidade de acelerar o plano de venda de ativos do BB, considerado prioritário pela equipe econômica desde o início deste governo. Nesse sentido, o banco procura um parceiro para a gestora de recursos assim como discute o futuro da operação de banco digital e de cartões. O fato de Brandão não ter experiência no varejo bancário, por outro lado, pode ser uma fragilidade, no momento em que o BB tem apostado na busca por rentabilidade através do reforço de produtos e serviços para pessoas físicas e empresas de menor porte - exatamente o varejo. Outro desafio seria a necessidade de o BB avançar em serviços e produtos digitais, tema com o qual Brandão não teria experiência. O BB, hoje, não está muito aquém dos pares privados nesse quesito, mas Novaes vinha batendo na tecla de que era preciso avançar, e muito, para não ficar para trás na transformação digital em curso no setor financeiro. Em seu pedido de demissão, no dia 24, Novaes justificou “entendendo que a companhia precisa de renovação para enfrentar os momentos futuros de muitas inovações no sistema bancário”.

Há, contudo, quem veja a indicação de Brandão, que tem um perfil considerado “obediente”, segundo ex-colegas, muito mais como uma tentativa de o BB retomar o protagonismo, com uma agenda de liberação de mais crédito e corte de juros. O entendimento é de que, nesta crise, o BB perdeu espaço para a Caixa Econômica Federal e o BNDES, que avançaram na distribuição de auxílio emergencial e na concessão de crédito. “A pressão do Congresso é gigante sobre o governo para liberação de recursos e redução dos juros, mas o BB estava muito passivo em relação a isso”, disse uma fonte do setor bancário, que preferiu não ser identificada. De acordo com esse interlocutor, embora essa demanda exista, nada foi discutido pelo governo diretamente com os bancos no sentido de redução de taxas. Brandão assumiu a presidência do HSBC após a saída de Conrado Engel - também cotado para suceder Novaes -, que foi para o espanhol Santander por divergir dos planos de venda das operações do HSBC no país. Sob a sua liderança, o gigante britânico vendeu a subsidiária local para o Bradesco, por US$ 5,2 bilhões, em 2015. Quando da nomeação de Brandão para o cargo, Antonio Losada, presidente do HSBC para a América Latina, ressaltou que o executivo “daria continuidade à execução da estratégia do HSBC no Brasil, totalmente alinhada à estratégia global”. Entre executivos do BB, a indicação de Brandão causa certa frustração, uma vez que havia uma disputa interna para o cargo. Foram considerados ainda os nomes do presidente do conselho do BB, Hélio Magalhães, que tem conduzido as discussões sobre vendas de ativos, e os dos vice-presidentes corporativo, Mauro Ribeiro Neto, e de tecnologia, Fábio Barbosa. Existe o entendimento de que Brandão se comprometerá mais com a venda de ativos, pelo seu perfil, do que alguém de “dentro de casa”. O anúncio formal de Brandão, porém, ainda depende de questões burocráticas. O executivo negocia uma saída amigável do cargo que ocupa no HSBC. E, após a formalização pelo presidente Bolsonaro, a indicação será submetida ao comitê de exigibilidade do BB. Em caso de resposta positiva, o governo publica a decisão em Diário Oficial da União (DOU). Depois disso, haverá um comunicado ao mercado. Fonte: Valor Econômico - SP Data : 03/08/2020

VERBA EXTRA PARA AÇÕES NA AMAZÔNIA DEVE SER APROVADA EM BREVE PELO CONGRESSO

Recursos são considerados fundamentais para a execução de missões pelas Forças Armadas de combate a desmatamento ilegal Por Fernando Exman e Daniel Rittner — De Brasília 03/08/2020 05h01 Atualizado

https://s2.glbimg.com/JMQZhVAfQ_i8__mJGEXAhwsLirk=/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2020/4/K/nnIEWaS8qXTfqZAV1TjA/foto03bra-111-amazonia-a6.jpg “Não identifiquei nenhuma resistência”, disse o senador Eduardo Gomes sobre demanda do executivo em relação ao PLN 17 — Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O governo federal recebeu a sinalização

do presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), e de seus articuladores no Legislativo de que nos próximos dias os parlamentares devem aprovar o projeto que visa garantir crédito suplementar de R$ 410 milhões para a Operação Verde Brasil 2. Os recursos são considerados fundamentais para a execução das missões conduzidas pelas Forças Armadas de combate ao desmatamento ilegal na Amazônia.

Iniciada em maio, a operação deve ser concluída em novembro e já demandou R$ 8,6 milhões do orçamento do Ministério da Defesa. Esses recursos seriam originalmente destinados a ações e programas já previstos pela pasta para 2020, mas foram redirecionados depois que o governo decidiu se antecipar e lançar a segunda edição da Operação Verde Brasil antes do início do período do ano em que historicamente há um aumento das queimadas na região. As ações ocorrem em faixas de fronteira, terras indígenas, unidades federais de conservação e outras áreas federais da Amazônia Legal. A partir de 9 de julho, no entanto, as ações de garantia da lei e da ordem passaram a sofrer restrições. Segundo fontes, se o Ministério da Defesa continuasse a utilizar recursos já disponíveis, gestores correriam o risco de responder por desvio de finalidade na administração desse dinheiro. O Projeto de Lei 17/20 com a proposta de abertura de crédito suplementar foi, então, enviado ao Congresso pela Presidência da República no dia 16 de julho. Aliados do Planalto têm buscado adiar as sessões do Congresso desde que alguns vetos presidenciais desagradaram aos parlamentares e poderiam ser derrubados. A atuação é coordenada com o Palácio do Planalto, mas tem efeitos colaterais. Para evitar contaminar o debate sobre o PLN 17, uma possibilidade discutida pelos articuladores políticos do governo seria a construção de um acordo que viabilizasse a sua votação antes dos vetos, sob o argumento de que a situação é excepcional e as ações de proteção ao ambiente precisam continuar. O assunto foi discutido recentemente entre Alcolumbre e o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva. Está também no radar do Conselho da Amazônia, que é comandado pelo vice-presidente Hamilton Mourão. De acordo com o líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), líderes partidários devem se reunir hoje para tentar definir os projetos prioritários das próximas sessões. Essa demanda do Executivo em relação ao PLN 17, afirmou, tende a não enfrentar obstáculos. “Não identifiquei nenhuma resistência”, disse Gomes, sublinhando que a proposta precisa ser aprovada logo justamente por causa do início da época em que historicamente há mais ocorrências de queimadas. A política ambiental do governo Jair Bolsonaro tem sido alvo de uma série de críticas de empresários, investidores e governos estrangeiros. A avaliação geral é que a deterioração da imagem do Brasil tem atrapalhado negócios e afastado investimentos. A primeira edição da Operação Verde Brasil foi deflagrada justamente em meio a uma crise internacional, já depois do aumento do número de queimadas. Recebeu R$ 124 milhões e ocorreu de agosto a outubro de 2019. Seu balanço lista a prisão de 127 pessoas e a apreensão de 23 mil m3 de madeira, 178 embarcações e 112 veículos. O governo aplicou aproximadamente R$ 142 milhões em multas e combateu 1.835 focos de incêndio, segundo dados oficiais. Na ocasião, o Brasil contou com apoio de Estados Unidos, Japão, Chile e Israel. Neste ano, além de antecipar a operação de garantia da lei e da ordem (GLO), o governo decidiu ampliar sua duração. Segundo recente balanço da Vice-Presidência da República, a Operação Verde Brasil 2 já apreendeu 28 mil m3 de madeira, 93 tratores, 85 máquinas de mineração, 259 embarcações e 174 veículos. As multas somavam R$ 407 milhões. Procurado por meio de sua assessoria, o presidente do Congresso não comentou o assunto. Fonte: Valor Econômico - SP Data : 03/08/2020

TEREMOS UM ‘BOOM’ FERROVIÁRIO NO PAÍS NOS PRÓXIMOS ANOS, DIZ TARCÍSIO GOMES DE FREITAS

Segundo o ministro, que participa de congresso da Abag, eficiência portuária também está no foco Por Fernando Lopes, Valor — São Paulo

O governo tem investido para melhorar a infraestrutura logística ao agronegócio e, nos próximos anos, um “boom ferroviário” no país deverá ajudar a agilizar e baratear o escoamento da produção das diversas cadeias do setor. Foi o que o afirmou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, na abertura do congresso anual da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), realizado na manhã de hoje de forma totalmente digital. Além dos investimentos públicos e privados em ferrovias, que poderão chegar a R$ 40 bilhões nos próximos anos, novas concessões rodoviárias e portuárias também tendem a beneficiar o setor, sobretudo em suas cadeias exportadoras. “A participação das ferrovias na matriz de transporte do país deverá dobrar. Vamos ampliar as concessões rodoviárias e investir em eficiência portuária”, disse o ministro. Fonte: Valor Econômico - SP Data : 03/08/2020

ODEBRECHT ENFRENTA DESAFIO DE VOLTAR À CENA PELAS ORIGENS

Com reestruturação de dívidas, grupo tem que reconquistar obras na áea de Engenharia e Construção para sobreviver Por Taís Hirata — De São Paulo

/https://s2.glbimg.com/jmEnApcX60NVziVxa-0lV3SZWWc=/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2020/T/A/wyLEUVRB6UdAV6aUFoHw/foto03emp-101-odeb-b5.jpg Ruy Sampaio, presidente da holding Odebrecht, afirma que crise atrasou retomada de obras, mas vê cenário positivo — Foto: Silvia Costanti/Valor

A Odebrecht acaba de dar um passo decisivo em sua reestruturação, ao concluir a renegociação de suas dívidas bilionárias. No entanto, o grupo ainda terá pela frente desafios para garantir, não

apenas o pagamento de seus compromissos, mas sua própria sobrevivência no longo prazo. Uma das maiores dúvidas hoje é quanto à capacidade da companhia de voltar a conquistar negócios e gerar lucro - em especial a construtora, que foi escalada para ser o coração do grupo. Críticos do processo de reestruturação afirmam que, da forma como o plano de recuperação foi traçado, dificilmente restarão fontes de receita relevantes após a venda de ativos, em especial a petroquímica Braskem. A Odebrecht, porém, refuta essa visão e se diz confiante na retomada dos negócios. Para o presidente da companhia, Ruy Sampaio, que conversou com o Valor, a perspectiva é positiva. “O Brasil vai ter uma forte demanda para obras de infraestrutura, não com o poder público, mas no setor privado. Vemos oportunidades em diversos setores, como saneamento, rodovias, ferrovias, portos, geração de energia. Fora do Brasil, os mercados-alvo serão Panamá, República Dominicana, Peru e Angola. São países com problemas estruturais, mas que, no médio, longo prazo, vão se desenvolver”, afirmou o executivo, homem de confiança de Emílio Odebrecht. A reestruturação da Odebrecht está dividida em quatro processos. O maior deles é, sem dúvida, a recuperação judicial da holding ODB, juntamente com outras 19 empresas do conglomerado, que somam uma dívida de R$ 98,5 bilhões - valor que inclui dívidas extraconcursais (que têm prioridade) e entre empresas do grupo. O processo, iniciado em junho do ano passado, é a maior recuperação judicial já feita no Brasil. Na semana passada, a companhia teve uma vitória importante ao conseguir na Justiça a

homologação de seu plano de recuperação, que detalha como o grupo irá quitar as dívidas. O documento havia sido aprovado em abril pelos credores, em assembleia. Em linhas gerais, o plano prevê um prazo de até 40 anos para os pagamentos. As fontes de recursos serão principalmente a venda de ativos (casada da Braskem, a operadora de sondas Ocyan e a sucroalcooleira Atvos); e os dividendos futuros do grupo - daí a preocupação de alguns credores com o futuro dos negócios. Em paralelo a essa renegociação, o grupo enfrenta outras duas recuperações judiciais. Uma delas é da Atvos, que tem R$ 15 bilhões em dívidas e já conseguiu a aprovação dos credores para a renegociação; resta agora a homologação do plano. A outra é a do estaleiro Enseada, que tem R$ 2,3 bilhões em créditos. Neste caso, o plano ainda precisa do aval dos credores - a próxima assembleia está marcada para 3 de setembro. Por fim, há um quarto e derradeiro processo de reestruturação: a recuperação extrajudicial da construtora, a Odebrecht Engenharia e Construção (OEC). Na última sexta-feira (31), a empresa conseguiu um acordo com os credores para renegociar uma dívida de US$ 3,3 bilhões, composta por bônus emitidos no mercado internacional pela holding, que eram garantidos pela construtora. O acordo, segundo fontes ligadas à empresa, prevê um corte de 55% da dívida. Os títulos serão cancelados e substituídos por novos, no valor de 45% dos antigos, e com a mesma taxa de juros. A empresa também ganha um prazo adicional de 4 anos e 180 dias para o pagamento. OEC obteve a adesão de mais de 60% de credores na reestruturação da dívida, que abre caminho para a ação extrajudicial A conclusão das negociações completa o ciclo de reestruturação de dívidas da Odebrecht, que agora começa a definir seus próximos passos, afirma o presidente. Para isso, o grupo reuniu uma equipe de 200 funcionários, que hoje trabalha na formulação de um plano para a próxima década, uma definição do que a companhia quer ser até 2030. As diretrizes serão apresentadas até o fim deste ano. Sampaio adianta que o objetivo é tornar a Odebrecht mais enxuta, com foco em engenharia e construção, e participações minoritárias em outros projetos. “Estamos focados em aspectos qualitativos, não tanto quantitativos. Vamos migrar de um modelo de holding de negócios, com controle de todos eles, para uma holding de investimentos, com mais associações”, diz ele. O otimismo, porém, não se reflete nos números da construtora, que será uma alavanca importante na retomada do grupo. Nos últimos anos, a OEC tem queimado seu estoque de projetos, sem obter novos contratos em volume significativo. A carteira da construtora encerrou 2019 em US$ 3,4 bilhões - quase um quarto do valor de 2017, quando o estoque somava US$ 12,1 bilhões. Em 2014, a carteira chegou a alcançar US$ 33,9 bilhões. O resultado tem sido uma receita cada vez menor. Em 2019, a OEC faturou R$ 5,16 bilhões, uma queda anual de 27,4%. O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou negativo em R$ 384 milhões, e o prejuízo atingiu R$ 14,5 bilhões. Em seu relatório mais recente, a construtora registrou o plano de, até 2022, conquistar US$ 6,6 bilhões em novos negócios. Para ex-executivos do grupo, que falaram sob condição de anonimato, uma retomada será difícil. A percepção é que os negócios no Brasil sempre tiveram margens apertadas, com exceção dos contratos com a Petrobras - que não deverão se repetir no futuro. A avaliação é que a companhia também terá dificuldade para firmar novos contratos internacionalmente, após a revelação dos escândalos de corrupção.

Sampaio também rebate os argumentos. “Não existe mercado de margem apertada. O que define sua capacidade de ganhar dinheiro com engenharia é sua competência tecnológica e sua estrutura de custo”, afirma. Em relação aos negócios fora do Brasil, o presidente diz que os principais acordos com autoridades internacionais já foram firmados, e que a crise de imagem após a Lava-Jato pode até atrapalhar o fechamento de negócios, mas não é um fator decisivo. Para ele, além da experiência excepcional da equipe de engenharia, outro passo importante na conquista da confiança do mercado será o fim da monitoria do grupo, que, após três anos de fiscalização, deverá atestar que a companhia adotou novas práticas de governança, diz. “Provamos, com atos, que mudamos.” Questionado sobre o motivo de a Odebrecht não ter conquistado obras nos últimos anos, Sampaio pondera que as oportunidades foram restritas, em um cenário de grave crise econômica. “O mercado foi afetado fortemente, isso aumenta o desafio. Hoje nosso foco é o backlog qualificado. Não é conquistar projetos por conquistar. Temos uma série de oportunidades. Agora, a velocidade em que as propostas serão analisadas pelos clientes caiu, pela crise no setor de petróleo e pela pandemia”, afirma. No âmbito judicial, a Odebrecht ainda enfrenta ainda alguns questionamentos, como a acusação de fraude na alienação fiduciária das ações da Braskem. Porém, com a vitória na primeira instância e homologação do plano de recuperação, o executivo vê o assunto como resolvido. Em relação às disputas judiciais com Marcelo Odebrecht - herdeiro, acionista e ex-presidente da Odebrecht S.A., até ser preso -, Sampaio avalia que não afetam a reestruturação do grupo. O grupo encerrou 2019, segundo seu relatório anual, com receita bruta de R$ 78 bilhoes (R$ 86 bilhões em 2018) e resultado operacional (Ebitda) 8% menor, em R$ 11 bilhões. A grande contribuição dos números veio da petroquímica Braskem. A dívida líquido fechou em R$ 92 bilhões. Fonte: Valor Econômico - SP Data : 03/08/2020

SENADO APROVA MP DOS PORTOS

A medida provisória (MP) 945, que muda a legislação dos trabalhadores portuários, vai, agora, à sanção presidencial Por Vandson Lima, Valor — Brasília 30/07/2020 19h29 Atualizado

https://s2.glbimg.com/lemmaQXf-USA_2smJbLMW9P47fs=/0x0:755x412/924x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2019/B/0/C3yVfRQxyGh9x2o0Ae7A/foto29pol-101-porto-a14.jpg Foto - Luis Ushirobira/Valor - 9/11/2011

O Senado aprovou nesta quinta-feira (30) a medida provisória (MP) 945, que muda a legislação dos trabalhadores portuários.

O texto foi aprovado nos mesmos termos da Câmara dos Deputados, onde o relator Felipe Francischini (PSL-PR) permitiu também o arrendamento de áreas em portos públicos sem licitação, caso haja um único interessado, comprovado por meio de chamamento público. Também fica permitida a utilização das áreas dos portos por contratos temporários de até quatro anos sem licitação. A MP segue para sanção presidencial.

O projeto inclui os trabalhadores portuários como serviço essencial – o que os obriga a assegurar a realização do serviço, mesmo em caso de greve – e que a empresa gestora do porto possa contratar temporários para o lugar dos grevistas. Reporto Apesar do apoio do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, durante a tramitação na Câmara, o Ministério da Economia se opôs à prorrogação do Reporto, um regime tributário especial que isenta de IPI, PIS/Cofins e Imposto de Importação os investimentos das concessionárias de ferrovias e operadoras de terminais portuários. Por isso, a medida não entrou na proposta. Fonte: Valor Econômico - SP Data : 03/08/2020

AGÊNCIA BRASIL - DF

BNDES TERÁ MAIS RECURSOS PARA RECUPERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) receberá R$ 350 milhões do Programa Fundo Clima, por meio do Ministério do Meio Ambiente. De acordo com o banco, o dinheiro será aplicado, prioritariamente, em investimentos em saneamento e recuperação de resíduos sólidos. O Programa Fundo Clima, que já destinou R$ 790 milhões a projetos que ajudam a preservar o ambiente, foi criado para aplicar a parcela de recursos reembolsáveis do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima. “O objetivo, este ano, é a melhoria da qualidade de vida da população urbana, com foco na urbanização, no meio ambiente e nas condições sanitárias”, indicou o BNDES. Segundo o banco, os recursos são usados na a implantação de empreendimentos, a aquisição de máquinas e equipamentos e o desenvolvimento tecnológico relacionados à redução de emissões de gases do efeito estufa, como também, à adaptação às mudanças do clima e aos seus efeitos. O BNDES informou que cada projeto pode receber financiamentos concedidos pela instituição no valor máximo de R$ 30 milhões a cada 12 meses. Entre os projetos que já tiveram apoio do Fundo Clima estão o desenvolvimento do VLT do Rio de Janeiro, a Geração de Energia no Aterro de Caeiros, em São Paulo, e o financiamento para implantação de painéis solares para mais de 800 pessoas físicas e microempresas. Para o BNDES, a universalização do saneamento no Brasil é prioridade. Dados do banco indicam que 100 milhões de pessoas não possuem coleta de esgoto em suas casas e 35 milhões não têm sequer água tratada. Nesse momento, o BNDES estrutura oito projetos de concessões estaduais e municipais que vão atender 25 milhões de brasileiros e somar mais de R$ 55 bilhões em investimentos. “A expectativa é que, após a aprovação do novo marco regulatório, novos Estados contratem o banco”, estimou. Conforme o BNDES, o Programa Fundo Clima é formado por nove subprogramas: Mobilidade Urbana, Cidades Sustentáveis e Mudança do Clima, Máquinas e Equipamentos Eficientes, Energias Renováveis, Resíduos Sólidos, Carvão Vegetal, Florestas Nativas, Gestão e Serviços de Carbono, e Projetos Inovadores. Todo ano, o Comitê gestor tem que aprovar a proposta orçamentária e o Plano Anual de Aplicação de Recursos (PAAR). Ao término de cada ano, precisa fazer relatórios sobre a aplicação do dinheiro. Fonte: Agência Brasil - DF Data : 02/08/2020

PETROBRAS: PETRÓLEO EM BAIXA E EFEITOS DA COVID-19 EXPLICAM PREJUÍZO

A queda de 42% do preço do petróleo tipo Brent no mercado internacional explica, em parte, o prejuízo de R$ 2,713 bilhão registrado pela Petrobras no segundo trimestre deste ano, contra lucro de R$ 18,9 bilhões em igual período do ano passado. O resultado foi impactado também pela pandemia do novo coronavírus, que reduziu em 8% o volume de vendas da companhia no mercado interno. “Tivemos um segundo trimestre muito desafiador para a economia global e a indústria do petróleo”, disse hoje (31), o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, em entrevista coletiva virtual. Houve contração da demanda e colapso de preços, além de aumento de fretes. Castello Branco afirmou que, para a Petrobras, não houve queima de caixa no período, como muitos esperavam. “Pelo contrário. Conseguimos reduzir nosso endividamento líquido, o que é relevante.” O fluxo de caixa operacional alcançou US$ 5,5 bilhões e, depois de pagas todas as despesas operacionais e investimentos, sobraram US$ 3,4 bilhões. "Essa foi uma grande vitória obtida graças ao trabalho integrado dos nossos times”, disse ele. A perda no segundo trimestre foi menor do que o prejuízo do primeiro trimestre de 2020, da ordem de R$ 48,5 bilhões, porque, no segundo trimestre, não houve reconhecimento de impairments (redução no valor recuperável de ativos), como ocorreu nos três primeiros meses deste ano, no montante de R$ 65,3 bilhões. Também a exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins teve efeito favorável no resultado da empresa, somando R$ 10,9 bilhões. Se fossem excluídos esses dois fatores, o prejuízo teria sido de R$ 13,7 bilhões em função dos efeitos da covid-19 sobre as operações da Petrobras. Incertezas A diretora Financeira e de Relacionamento com Investidores, Andrea Marques de Almeida, lembrou que o segundo trimestre deste ano foi afetado também pelas provisões do Plano de Demissão Voluntária (PDV) da companhia, entre outros fatores. Andrea disse que será bem difícil conseguir zerar até o final do ano o prejuízo registrado, principalmente do primeiro trimestre, apesar da recuperação de preços. Ela destacou, porém, que a crise sanitária nunca vivenciada antes deixa o cenário dos próximos seis meses em aberto. “Vamos ter que esperar o final do ano para ter certeza de alguma coisa”, afirmou. Castello Branco chamou a atenção para o fato de o prejuízo ser contábil, e disse que o que importa para uma empresa e indica o seu grau de saúde é a capacidade de gerar caixa. Apesar de todas as dificuldades, a Petrobras se mostrou capaz de continuar a gerar caixa “e, mais importante ainda, de começar a reduzir o seu endividamento líquido. Em especial, foi capaz de prepagar US$ 3,5 bilhões de linhas de crédito compromissadas tomadas em março, quando a crise estava começando a acelerar” O presidente da Petrobras destacou que isso diminui o endividamento e é o reinício do processo de desalavancagem interrompido em março e, portanto, reduz o custo com pagamento de juros, consistente com a estratégia, além de melhorar a percepção de risco. A liquidez permanece então disponível. Não foi alterada porque, “se precisarmos, as linhas estão lá e poderíamos voltar a sacar, coisa que não pretendemos fazer.” Estratégia Castello Branco afirmou que a Petrobras continua em busca do ajuste e da implementação da sua estratégia. Ele vê a pandemia da covid-19 como um ponto de inflexão na companhia e diz que agora é hora de acelerar a estratégia, cuja execução começou a ser implantada no ano passado, para que a empresa possa sair vencedora da crise e terminar melhor do que o país estava em fevereiro de 2020”. Para isso, acelera-se a transformação digital e trabalham-se inovações tecnológicas que tornarão a exploração e produção de petróleo e o refino atividades de menor custo e maior produtividade, para gerar valor de forma sustentável ao longo do tempo.

As receitas da Petrobras no segundo trimestre alcançaram R$ 50,898 bilhões, revelando queda de 29,9% em comparação ao mesmo período de 2019 e de 32,6% contra o primeiro trimestre deste ano. Com isso, a receita líquida caiu 33% no segundo trimestre. As despesas operacionais também sofreram retração de 89%, passando de R$ 75,616 bilhões no primeiro trimestre de 2020 para R$ 8,109 bilhões no segundo trimestre. As despesas nos três primeiros meses do ano tiveram impacto do impairment realizado de R$ 65,3 bilhões. Os investimentos da companhia entre abril e junho de 2020 somaram US$ 1,937 bilhão, mostrando queda de 20% em relação ao primeiro trimestre e de 24,1% comparativamente ao segundo trimestre de 2019. A dívida bruta atingiu US$ 91,227 bilhões no segundo trimestre deste ano, com menos 9,7% na comparação com igual período do ano passadoe aumento de 2,2% em relação aos US$ 89 bilhões registrados no trimestre anterior. A meta é chegar a um endividamento de US$ 60 bilhões nos próximos anos. “Tem quase US$ 30 bilhões para cionsumir”, comentou Castello Branco. O Ebitda ajustado, isto é, o lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização, caiu 23,5%, passando de R$ 32,651 bilhões, no primeiro trimestre, para R$ 24,986 bilhões, no segundo trimestre de 2020. Transpetro O presidente da Petrobras descartou a inclusão da Transpetro no plano de desinvestimento da companhia. “Não será incluída”, garantiu, alegando que a Transpetro tem importante papel dentro da logística da Petrobras. A decisão foi confirmada pelo diretor executivo de Logística, André Chiarini. “Não está em discussão”. Segundo Chiarini, a Transpetro exerceu papel fundamental na crise. Ele esclareceu que, quando se fala em agenda transformadora na Transpetro, isso significa tornar a empresa cada vez mais competitiva no mercado, com renovação completa da diretoria, redução de custos inclusive com plano de desligamento voluntário, que já tem a adesão de 600 pessoas. Na busca de eficiência de ativos, Chiarini informou que já conseguiram reduzir a idade média da frota da Transpetro de 13,6 anos para 7,7 anos “e elevamos, em maio, o índice de patamar de qualidade da frota para 99%”. China Roberto Castello Branco disse que a China é uma economia em desenvolvimento, intensiva em indústria, segunda maior exportadora do mundo e, por isso, é natural que seja considerada um mercado bem atrativo para a Petrobras. Assegurou que não existe nenhuma dificuldade econômica ou geopolítica para que a Petrobras não continue vendendo produtos para a China nem deixe de se beneficiar com equipamentos de baixo custo chineses. O volume médio diário exportado pela Petrobras para a China é de 13 milhões de barris, informou. Fonte: Agência Brasil - DF Data : 02/08/2020

PORTAL PORTOS E NAVIOS

MINISTRO DA INFRAESTRUTURA GARANTE AVANÇO NOS ESTUDOS PARA TERMINAL PRIVADO DE ALCÂNTARA Da Redação PORTOS E LOGÍSTICA 02/08/2020 - 20:57

O Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, afirmou na sexta-feira (31) que investidores estrangeiros estão animados com potenciais investimentos no Brasil, sobretudo no Maranhão. A implantação do Terminal Privado em Alcântara, conforme destacou, é um dos estudos que tem avançado. Se concretizado, projeto pode garantir ao estado o maior terminal portuário do Brasil.

“Temos o grupo português [Quadrante] estudando a implantação do terminal privado em Alcântara. Estamos com a empresa de planejamento logístico estudando como a gente pode fazer a provisão de logística para alavancar esse negócio, pois Alcântara tem um grande potencial”, disse Freitas, durante reunião virtual com membros da bancada federal, o vice-governador Carlos Brandão e outras autoridades. O ministro acredita que o acordo de salvaguardas tecnológicas colocou o Maranhão em um novo patamar, inserindo o estado no business de alta tecnologia de lançamento de foguetes e agregando todos os negócios advindos disso. “Agora, precisamos integrar o Maranhão à ferrovia Transnordestina e à Ferrovia Norte Sul. Os estudos também estão sendo feitos. É preciso conciliar orçamento privado com orçamento público”, destacou. Ainda de acordo com o ministro, os investidores estrangeiros têm se mostrado animados. Entre os motivos, a tradição do Brasil de respeito ao contrato, o extenso portifólio brasileiro, excelentes ativos que o país tem a oferecer com muitos atrativos e a estruturação de projetos sofisticados, com a mitigação de riscos. Freitas ainda destacou que o país chama atenção dos investidores, mesmo em meio à crise, por passar segurança para o investidor. Muitos, acredita ele, estão atentos ainda a possibilidade de reforma tributária e ao programa de concessões do governo brasileiro. Fonte: Portal Portos e Navios - RJ Data: 02/08/2020

PETROBRAS PUBLICA EDITAL PARA ARRENDAMENTO DO TERMINAL DE REGASEIFICAÇÃO DE GNL DA BAHIA Da Redação PORTOS E LOGÍSTICA 03/08/2020 - 09:49

https://cdn-pen.nuneshost.com/images/200803-terminal-de-regaseifica%C3%A7%C3%A3o-de-gnl-da-bahia-tr-ba.jpg A Petrobras publicou, nesta segunda-feira (3/8), o edital do processo licitatório para arrendamento do Terminal de Regaseificação de GNL da Bahia (TR-BA) e instalações associadas, no estado da Bahia. O processo está em consonância com o Termo de Compromisso de Cessação de Prática para o mercado de gás natural, celebrado junto ao Conselho Administrativo de Defesa

Econômica (CADE), em 08/07/2019. A licitação será restrita às empresas pré-qualificadas no âmbito da Convocação de Pré-Qualificação e o processo seguirá os atos e ritos previstos na Lei Federal 13.303/2016 (Lei das Estatais). Sobre o terminal O TR-BA consiste em um píer tipo ilha com todas as facilidades necessárias para atracação e amarração de um navio FSRU (Floating Storage and Regasification Unit) diretamente ao píer e de um navio supridor a contrabordo do FSRU. A transferência de GNL é feita diretamente entre o FSRU e o supridor na configuração side by side. A vazão máxima de regaseificação do TR-BA é de 20 milhões m³/d (@ 1 atm e 20°C). O gasoduto integrante do terminal possui 45 km de extensão e 28 polegadas de diâmetro, interligando o TR-BA a dois pontos de entrega, a Estação Redutora de Pressão de São Francisco do Conde e a Estação de Controle de Vazão de São Sebastião do Passé.

Estão também incluídos no escopo da transação os equipamentos para geração e suprimento de energia elétrica localizados no Terminal Aquaviário de Madre de Deus (TEMADRE), integrantes do TR-BA. O FSRU não faz parte do processo de arrendamento do TR-BA. Fonte: Portal Portos e Navios - RJ Data: 03/08/2020

PORTO DO ITAQUI ULTRAPASSA 500 NAVIOS NO ANO Da Redação PORTOS E LOGÍSTICA 02/08/2020 - 21:06

https://cdn-pen.nuneshost.com/images/180326-porto-do-itaqui.jpg Na semana passada o Porto do Itaqui movimentou seu navio de número 500, marca alcançada em pouco mais de seis meses. Apesar da pandemia, por se tratar de um serviço essencial, o porto público do Maranhão seguiu operando para garantir o abastecimento de toda a região centro-norte do país.

“Com a adoção de rígidos protocolos de segurança foi possível alcançar esses resultados. O primeiro semestre desse ano mostrou que nossos esforços para manter o porto operando foram exitosos. Além de garantir os insumos para abastecer as cidades da nossa área de influência, essa capacidade de resiliência e resposta rápida à crise permitiu a manutenção de empregos, das exportações e, consequentemente, da arrecadação, aspectos fundamentais neste ano atípico”, afirmou presidente do Itaqui, Ted Lago. Em todo o ano de 2019 passaram pelo Itaqui 830 navios, o que representa uma média de 69 atracações por mês. Em 2020 a média está acima de 80 atracações mensais. “Além do crescimento nessa média, outro dado importante é a taxa de ocupação geral dos nossos berços, que está em 80%, dentro do limite definido pela ONU-UNCTAD como o ideal, o que demonstra nossa eficiência operacional”, destaca o diretor de Operações e Planejamento, Jailson Luz. O navio de número 500 foi o SBI Hyperion, de bandeira da Libéria, desatracou do Porto do Itaqui na segunda-feira, 27, após carregar 65 mil toneladas de milho. A embarcação veio do Porto de Conakry, República da Guiné, com destino ao Porto de Haifa, em Israel. Para o segundo semestre a expectativa é de mais crescimento em movimentação de cargas, com a entrada em operação da segunda fase do Tegram agora em agosto, o que vai elevar a capacidade de movimentação de grãos no Itaqui para 19 milhões de toneladas/ano. O volume de fertilizante também deve crescer a partir da inauguração do novo terminal de fertilizantes, da Companhia Operadora Portuária do Itaqui (Copi), ainda neste ano. A previsão é saltar de uma capacidade de 2 milhões para 3,5 milhões de toneladas de importação de fertilizante por ano. A infraestrutura para granéis líquidos também está em fase de ampliação no Itaqui, com os projetos da Ultracargo, Granel e Raízen, além da perspectiva de licitação para arrendamento de quatro áreas para terminais, prevista para este segundo semestre, um investimento de R$ 478,1 milhões da iniciativa privada no porto público do Maranhão. Fonte: EMAP Fonte: Portal Portos e Navios - RJ Data: 02/08/2020

SETOR DE TRANSPORTE MUDA PARA SE ADEQUAR À NOVA REALIDADE IMPOSTA PELA PANDEMIA Da Redação NAVEGAÇÃO 02/08/2020 - 20:41

https://cdn-pen.nuneshost.com/images/200520-porto-de-paranagua-caminhao-celulose.jpg Informe Transporte em Movimento, da CNT, mostra algumas das transformações, provocadas pela crise da Covid-19, nos padrões de mobilidade urbana, cadeias de suprimento globais e consumo digital O setor de transporte e logística, no Brasil e no mundo, foi fortemente abalado pela pandemia do novo coronavírus e teve que passar por inúmeras adaptações nos últimos

meses, mas nem todas as transformações podem ser consideradas negativas. Algumas delas vieram para responder às demandas do contexto de crise e garantir a sobrevivência do setor no cenário pós-Covid-19. Divulgada na sexta-feira (31), a nova edição do informe Transporte em Movimento, da CNT (Confederação Nacional do Transporte), mostra que as mudanças nos padrões de mobilidade urbana, de cadeias de suprimento globais e de consumo digital vêm contribuindo para consolidar um setor mais desenvolvido e com potencial mais colaborativo. A publicação da CNT cita que a pandemia afastou as pessoas do transporte público nas cidades, e levou a uma priorização de deslocamentos por meios de transporte em que não há a necessidade de compartilhamento de espaços fechados. Mas a análise da CNT aponta que esse cenário não é definitivo e registra que o abandono do transporte público não é uma alternativa viável, seja sob o ponto de vista urbanístico, social ou ambiental. Em países como Itália, Reino Unido e África do Sul já vêm sendo testados aplicativos que possibilitam aos passageiros reservarem um lugar no ônibus quando necessitarem realizar um deslocamento, assegurando a lotação conforme parâmetros de segurança sanitária. O informe destaca também que o cenário atual chamou atenção para a necessidade de cadeias de suprimento globais mais ágeis, capazes de responder de forma eficiente às rápidas transformações. Nesse sentido, a CNT ressalta a importância da adoção de procedimentos digitalizados nas transações entre empresas e nas documentações exigidas por lei, sem aumento da burocracia. No âmbito do e-commerce, em função do aumento do número de compras online, as empresas de logística estão operando em ritmo acelerado, comparável ao de períodos como a Black Friday. Nessa linha, para minimizar o impacto do aumento da demanda no tempo de entrega, algumas empresas incrementaram sua quantidade de entregadores e houve uma ampliação da corrida pela chamada last mile - que, em uma cadeia logística, é quando a mercadoria chega ao consumidor final. Na avaliação do presidente da CNT, Vander Costa, a velocidade dessas transformações foi acelerada pela pandemia, mas, em tempos normais, o ritmo com que as exigências do mercado estão se alterando está cada vez mais intenso. "Este é o momento para aproveitarmos aquilo que foi positivo e garantir que esse ‘novo normal’ seja marcado por um sistema de transporte de qualidade, eficiente e adequado às realidades locais e por uma logística ágil e confiável. Tudo isso se reflete em ganhos para a economia e, consequentemente, para a sociedade." Fonte: Portal Portos e Navios - RJ Data: 02/08/2020

VOCÊ PODE ATÉ SABER O QUE É CABOTAGEM, MAS TALVEZ NÃO SAIBA COMO FUNCIONA Por Mauricio Alvarenga OPINIÃO 02/08/2020 - 20:35

https://cdn-pen.nuneshost.com/images/200802-log-in-pantanal-navio-porta-conteiner.jpg As operações logísticas são cruciais para manter a cadeia de abastecimento. Encontrar formas de minimizar os riscos e obter melhores resultados para a empresa, bem como garantir que os produtos cheguem intactos a todas as regiões do país é um grande desafio. E quando falamos de transporte o primeiro modal que vem à cabeça da maioria das pessoas é o rodoviário. No entanto, a cabotagem, por seus

benefícios, é algo que merece ser olhado com bastante atenção quando falamos de planejamento logístico. Afinal, o Brasil possui mais de 8,5 mil quilômetros de costa navegável, o que por si só já é um facilitador. Talvez o conceito não seja mais tão novidade para quem está à frente das operações logísticas. Em linhas gerais é o transporte de cargas por mar, na costa brasileira. Porém, se questionarmos grande parte dessas pessoas sobre como funciona um serviço de cabotagem, talvez muitas não saibam exatamente como responder. Antes de tudo, é preciso ressaltar que os tipos de navios e a forma como cada segmento pode operar na cabotagem são bem diversificados. Existem os navios graneleiros; os dedicados ao transporte de carga solta e de grandes dimensões, conhecidos como Break Bulks; aqueles que exclusivamente fazem o transporte de granéis líquidos, como petróleo, por exemplo; navios específicos para transportar veículos, entre outros. A minha ideia aqui é explorar sobre as operações dos navios porta-contêineres utilizados pela grande maioria das indústrias. Esta modalidade de transporte cresceu de forma sustentada a taxa média de 13% a.a na ultima década, fazendo com que o volume total transportado triplicasse em 10 anos. Como referência, no mesmo período, o PIB real brasileiro cresceu na ordem de 1,4% a.a.

https://cdn-pen.nuneshost.com/images/200802-tab1.jpg Fonte: Base Antaq e Log-In.

Esses números demostram, sem dúvida, o quanto o modal é eficiente e versátil para atender os mais diversos segmentos industriais. Se pensarmos nas mercadorias que consumimos todos os dias em nossas casas, no tamanho e no espaço físico que

elas ocupam , podemos afirmar que cerca de 90% do que é produzido hoje no Brasil, conseguimos transportar em navios, dentro dos contêineres. Isso inclui qualquer tipo de produto, desde os que são cruciais para abastecer a população, como os que estão dentro da categoria alimentos e bebidas, inclusive refrigerados, até itens pertencentes a um segmento um pouco mais complexo, como o químico e de cargas perigosas. Fazendo uma analogia: a cabotagem funciona da mesma forma que uma linha de ônibus regular, com dia e hora para atracar em cada um dos portos. O navio faz um circuito fechado e sempre sai e retorna para um mesmo ponto. Previsibilidade é a palavra de ordem. Para exemplificar nada melhor do que fatos e usarei como modelo uma linha que conheço bem. O circuito começa a operação em Pecém, que é o terminal portuário da costa do Nordeste Brasileiro,

próximo a Fortaleza (CE); segue para Salvador (BA); passa por Santos (SP); de lá vai para Itajaí (SC) e chega a Buenos Aires (Argentina). E depois ele volta, passa em Rio Grande (RS); Santa Catarina e Santos novamente, vai direto para Suape (PE) e volta a Pecém. Esse circuito leva 28 dias para ser concluído e demanda quatro navios. Mas, por quê?

https://cdn-pen.nuneshost.com/images/200802-tab2.jpg A resposta é simples: como queremos "estar" em cada um desses portos uma vez por semana, é preciso ter várias embarcações para fazer essa rotação. É como se se fizesse um círculo e se colocasse um navio equidistante do outro, rodando no mesmo sentido, com sete dias de diferença um do outro.

Mas, e se quero levar uma carga de Buenos Aires para Manaus e esse serviço só vai até Pecém? Aí a analogia é com uma conexão de um avião. Coletamos um contêiner em Buenos Aires e descemos em um dos terminais no Brasil que tenha conexão um dos outros três serviços que ofertamos. Neste caso, quanto um navio do Serviço Amazonas que liga o sul do Brasil à Manaus passa pelo terminal portuário, colocamos o contêiner originalmente da Argentina em outra embarcação e a mercadoria segue viagem, com a mesma previsibilidade e dentro do prazo acordado no agendamento. É a mesma ideia do ônibus e do avião: têm pontos em que passageiros (cargas) descem e em outros eles apenas sobem, mas em alguns acontecem os dois movimentos. O que se repete em todos os portos. A conexão é imperceptível para o cliente, afinal o que importa a ele é que sua carga chegue intacta. Aliás, esta é outra vantagem da cabotagem. Tem outra dúvida que sempre surge: se o navio passa uma vez por semana e a indústria precisa expedir mercadorias diariamente, como fazemos? É nessa hora que o know-how de operador logístico faz a diferença e entra em cena o time de atendimento, que apoia o cliente em seu planejamento logístico e que programa as coletas, de acordo com a necessidade de cada um, sem interrupção e com hora marcada. Em seguida, o caminhão que coletou a carga já acondicionada no contêiner vai até o terminal portuário e faz o depósito de toda a mercadoria. Agora, imagina isso acontecendo em diversos clientes inúmeras vezes ao dia? É por isso que é possível observar aquelas pilhas de contêineres nos portos. E outra caraterística da cabotagem, bastante interessante, são os períodos "free" nos terminais de destino (sem custo), que podem variar entre sete e 15 dias. Isto ajuda o cliente a se planejar no recebimento e evitar custos adicionais com estadias. Isso é bastante vantajoso, na medida em que, a maioria dos clientes não quer e nem precisa receber no mesmo dia todos os contêineres, de acordo com seu planejamento logístico. Eles ficam no porto, depositados, a Central de Atendimento novamente entra em ação e liga para cada um deles, e faz o agendamento de entrega, de acordo com prioridades e disponibilidade para recebimento. Tudo muito planejado,

funcionando como uma esteira produtiva. Enfim, a previsibilidade é sem dúvida um fator marcante quando o assunto é cabotagem e que coloca o transporte rodoviário em bastante desvantagem. No momento zero, quando se programa a carga, o recebedor já sabe exatamente quando ele terá suas mercadorias. De tão simples acaba parecendo complicado, mas certamente é bem mais eficiente do se que imagina. https://cdn-pen.nuneshost.com/images/200802-mauricio-alvarenga.jpg

Mauricio AlvarengaMauricio Alvarenga é diretor comercial da Log-In Logística Intermodal Fonte: Portal Portos e Navios - RJ Data: 02/08/2020