A AFETIVIDADE NA RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO E SUA INFLUÊNCIA NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

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Anais da Semana de Pedagogia da UEM. Volume 1, Número 1. Maringá: UEM, 2012 1 A AFETIVIDADE NA RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO E SUA INFLUÊNCIA NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DIAS, Priscila Dayane de Almeida [email protected] ROSIN, Sheila Maria (Orientador) [email protected] Universidade Estadual de Maringá Psicologia da educação Introdução O objetivo desta pesquisa foi investigar como a afetividade se manifesta na relação professor-aluno e analisar sua influencia no processo de aprendizagem. Para tanto utilizamos como referencial teórico os estudos de Henri Wallon, teórico que dedicou grande parte de sua vida ao estudo das emoções e da afetividade. O referido autor defende a perspectiva de desenvolvimento integral da criança, analisando os campos funcionais: motor, afetivo e cognitivo em conjunto, se opondo, ao raciocínio dicotômico, que fragmenta o indivíduo, explicando suas dimensões motora, afetiva e cognitiva separadamente. Para compreendermos como a dimensão afetiva atua na relação professor-aluno faz se necessário definirmos o que vem a ser afetividade. Segundo Tassoni (2008), há uma grande dificuldade nesta conceituação dos aspectos, pois, recorrentemente, a literatura traz os termos afeto, emoção e sentimento como sinônimos. Mas, Wallon (1968), estabelece uma distinção entre afetividade e emoção. Segundo ele, as emoções são manifestações de estados subjetivos, com componentes orgânicos, elas têm origem na função tônica. Já à afetividade se refere à capacidade do indivíduo de ser afetado pelo mundo interno e externo, seja por sensações agradáveis ou desagradáveis. Nas palavras de Tassoni (2008) a afetividade se constitui em um conjunto de manifestações mais amplas que compreende a emoção, o sentimento e a paixão. Portanto, a afetividade é inicialmente baseada no fator orgânico, mas sob influências do meio social ela

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Anais da Semana de Pedagogia da UEM. Volume 1, Número 1. Maringá: UEM, 2012 1

A AFETIVIDADE NA RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO E SUA

INFLUÊNCIA NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

DIAS, Priscila Dayane de Almeida

[email protected]

ROSIN, Sheila Maria (Orientador)

[email protected]

Universidade Estadual de Maringá

Psicologia da educação

Introdução

O objetivo desta pesquisa foi investigar como a afetividade se manifesta na relação

professor-aluno e analisar sua influencia no processo de aprendizagem. Para tanto utilizamos

como referencial teórico os estudos de Henri Wallon, teórico que dedicou grande parte de sua

vida ao estudo das emoções e da afetividade. O referido autor defende a perspectiva de

desenvolvimento integral da criança, analisando os campos funcionais: motor, afetivo e

cognitivo em conjunto, se opondo, ao raciocínio dicotômico, que fragmenta o indivíduo,

explicando suas dimensões motora, afetiva e cognitiva separadamente.

Para compreendermos como a dimensão afetiva atua na relação professor-aluno faz se

necessário definirmos o que vem a ser afetividade. Segundo Tassoni (2008), há uma grande

dificuldade nesta conceituação dos aspectos, pois, recorrentemente, a literatura traz os termos

afeto, emoção e sentimento como sinônimos.

Mas, Wallon (1968), estabelece uma distinção entre afetividade e emoção. Segundo

ele, as emoções são manifestações de estados subjetivos, com componentes orgânicos, elas

têm origem na função tônica. Já à afetividade se refere à capacidade do indivíduo de ser

afetado pelo mundo interno e externo, seja por sensações agradáveis ou desagradáveis.

Nas palavras de Tassoni (2008) a afetividade se constitui em um conjunto de

manifestações mais amplas que compreende a emoção, o sentimento e a paixão. Portanto, a

afetividade é inicialmente baseada no fator orgânico, mas sob influências do meio social ela

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passa a diferenciar-se em suas formas de expressão. Sendo assim, pode-se afirmar que

afetividade e inteligência são inseparáveis na evolução psíquica, pois mesmo tendo funções

especificas, são interdependentes em seu desenvolvimento.

Abordaremos nesta pesquisa bibliográfica uma discussão sobre afetividade tendo

como referencial a teoria de Henri Wallon, o qual defende a perspectiva de desenvolvimento

integral da criança, isto é, as funções afetiva, cognitiva e motora são vistas sempre em

conjunto. Para tanto, traremos os principais conceitos da teoria walloniana sobre o

desenvolvimento infantil, priorizando o aspecto afetivo.

Objetivos

Geral:

● Investigar como a afetividade se manifesta na relação professor-aluno a fim de

perceber a influência das dimensões afetivas no processo de ensino-aprendizagem.

Específicos:

● Analisar a importância da autoridade juntamente com a afetividade na relação

professor-aluno;

● Investigar a influência da atitude do professor de dar mais atenção a determinados

alunos em relação a outros, no processo de aprendizagem;

● Explicar o conceito de afeto, de emoção e de sentimento, distinguindo-os;

● Refletir sobre os estudos da teoria de Wallon sobre a afetividade humana,

relacionando-a com a educação.

Metodologia

Essa pesquisa, de cunho bibliográfico, buscou analisar a importância da afetividade no

processo de ensino e aprendizagem com base na teoria de Henri Wallon, teórico que

concentrou seus estudos na afetividade.

Tomando como base o materialismo dilalético, a teoria walloniana busca compreender

o desenvolvimento infantil por meio das relações da criança com o meio ambiente e com

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outras crianças, concebendo-a como um indivíduo completo. E é nestas interações sociais

estabelecidas em sala de aula que se deve buscar o significado de emoção, ou seja, somente

por meio das interações sociais é que podemos compreender a afetividade.

Sua teoria psicogenética além de trazer relevantes conhecimentos sobre a afetividade

traz ricas contribuições para a compreensão do desenvolvimento infantil, bem como do

processo ensino-aprendizagem, visto que, proporciona subsídios para compreender o aluno, o

professor e a interação entre eles.

Resultados

Desenvolvimentos, aprendizagem e afetividade na teoria de Wallon

Henri Wallon nasceu na França em 1879, viveu toda a sua vida em Paris, onde morreu

em 1962. Médico, psiquiatra, psicólogo e educador, sendo esta a ordem de sua formação.

Primeiramente, dedicou-se à psicopatologia, em decorrência da sua atuação como médico na

primeira guerra mundial. Em seguida seus estudos se concentraram no psiquismo humano,

mais voltado para a psicologia da criança.

Durante sua atuação como psicólogo foi adquirindo profundo interesse pela educação,

considerava a psicologia e a pedagogia como ciências complementares pela relação existente

entre ambas de contribuição recíproca. A pedagogia proporciona o campo de observação e

questões de investigação à psicologia e a psicologia pelos conhecimentos produzidos sobre o

desenvolvimento infantil oferece o aprimoramento da prática pedagógica.

Segundo Galvão (1995) Wallon propõe o estudo integrado do desenvolvimento,

analisando os campos funcionais: motor, afetivo e cognitivo do ser humano, em conjunto. O

autor estabeleceu estágios de desenvolvimento, nos quais se sucedem fases com

predominância alternadamente afetiva e cognitiva. Os estágios propostos por Wallon são:

impulsivo emocional (0 a 1 ano), sensório-motor e projetivo (1 a 3 anos), personalismo (3 a 6

anos), categorial (6 a 11 anos), puberdade e adolescência (11 anos em diante).

A descrição que Wallon faz dos estágios não é organizada de forma sistematizada e

contínua. Na maioria de seus escritos, o autor seleciona um tipo de atividade e prossegue

mostrando suas características em várias idades, estabelecendo relações com outros tipos de

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atividades. Sendo assim, essa organização dos estágios do desenvolvimento é realizada pelos

estudiosos da teoria walloniana, entre estes, citamos: Dantas (1992), Galvão (1995), Mahoney

(2010), Nascimento (2004), Leite (2006) Tassoni (2008), entre outros.

Para Galvão (1995, p. 40), Wallon aponta três princípios funcionais que “agem como

uma espécie de leis constantes” que regulam o desenvolvimento humano, são eles: integração,

preponderância e alternância. Tais princípios definem o desenvolvimento como um processo

descontínuo, marcado por rupturas e conflitos, e também proporcionam características

próprias a cada fase do desenvolvimento. Para Mahoney (2010, p.14) estes princípios que

também podem ser denominados de leis “descrevem tanto o movimento do processo de

desenvolvimento no seu todo, como nas fases menores dentro de cada estágio”.

Em cada estágio há a predominância de um campo funcional (motor, afetivo e

cognitivo) sobre os outros. Quando a afetividade prepondera sobre a dimensão cognitiva, o

conhecimento da criança se volta para si mesmo, este movimento é chamado por Wallon de

centrípeto (GALVÃO, 1995), já quando a dimensão cognitiva predomina temos o movimento

contrário que é denominado de centrifuga, no qual a criança busca o conhecimento do mundo

externo.

Embora os campos funcionais passem por predominância e alternância, eles estão

constantemente integrados. Em todo o momento o conjunto afetivo e o conjunto cognitivo se

inter-relacionam e influenciam-se mutuamente, promovendo o desenvolvimento do indivíduo

em sua totalidade. A dimensão motora não assume preponderância em nenhuma fase, mas

possui um papel fundamental no desenvolvimento da criança.

O desenvolvimento infantil não se inicia cognitivamente, e sim pela sensibilidade

interna, que é o que predomina nos primeiros anos de vida da criança. O aspecto cognitivo do

desenvolvimento se caracterizará pela sensibilidade externa.

Segundo Tassoni (2008) o domínio afetivo vai se constituindo a partir de uma

sensibilidade orgânica, que funciona de uma maneira muito intensa e precisa na etapa inicial

do desenvolvimento humano. Essa sensibilidade orgânica Sherrington (apud WALLON,

1971) denominou de sensibilidade interoceptiva e sensibilidade proprioceptiva. Há ainda

outra sensibilidade que ele o chama de exteroceptiva.

De acordo com Tassoni (2008), a sensibilidade interoceptiva são as percepções que o

bebê vai adquirindo dos seus órgãos internos (estômago, intestino) e que revelam estados de

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fome, dor, entre outras. A sensibilidade proprioceptiva se refere às percepções de postura,

equilíbrio corporal. E a sensibilidade exteroceptiva consiste na percepção de ações externas.

Wallon (1971) afirma que por meio destes processos perceptivos vai se delineando o

desenvolvimento da vida racional. Tais processos são aperfeiçoados de maneira que as ações

da criança passam a ser mais refinadas e complexas, mais conscientes, pois sua percepção do

ambiente físico e social são maiores, resultando em transformações nas manifestações

afetivas.

Todavia, afirma o autor que inicialmente os conjuntos funcionais reagem aos

estímulos externos e internos de forma sincrética, ou seja, como um todo indiferenciado.

Pois a criança ao nascer é considerada um ser sincrético, isto é, misturado ao outro. O

outro está simbioticamente ligado ao eu, em um processo de indiferenciação.

Mas aos poucos, o bebê passa a compreender que existe uma relação entre seus atos e

os do ambiente pela comunicação afetiva estabelecida entre ele e o adulto e assim o bebê

passa a responder as solicitações do meio de forma mais organizada, mais clara,

caracterizando então sua passagem do sincretismo para a diferenciação, tendência de todo

processo de desenvolvimento. Conforme Mahoney (2010, p.15) desenvolver-se, na teoria

walloniana, “é ser capaz de responder com reações cada vez mais especificas a situações cada

vez mais variadas”.

Afetividade e educação

Wallon (1968 p.148) estabelece uma distinção entre afetividade e emoção. O autor

define as emoções como, “sistemas de atitudes que corresponde, cada uma, a uma

determinada espécie de situação”, em outras palavras, são manifestações de estados

subjetivos, com componentes orgânicos, elas têm origem na função tônica, e são classificadas

de acordo com o grau de tensão a que se vinculam, podendo ser denominadas de hipotônicas

ou hipertônicas.

Conforme Dantas (1992), as emoções de natureza hipotônica são as redutoras do

tônus muscular e as emoções hipertônicas são as geradoras de tônus muscular. Um exemplo

de emoção hipertônica apresentada por Wallon (1971) é a cólera, pois neste estado há o

excesso de excitação sobre as possibilidades de escoamento. A timidez pode ser um exemplo

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da emoção hipotônica, pois revela um estado de hipotonia no qual verifica-se hesitação na

execução de movimentos e incerteza na postura a ser adotada pelo sujeito.

Quanto à afetividade se refere à capacidade do indivíduo de ser afetado pelo mundo

interno e externo, seja por sensações agradáveis ou desagradáveis. Nas palavras de Tassoni

(2008), a afetividade se constitui em um conjunto de manifestações mais amplas que

compreende a emoção, o sentimento e a paixão.

Sabendo distinguir afetividade de emoção, precisamos agora salientar que na medida

em que o indivíduo vai se desenvolvendo ocorrem novas exigências afetivas nas relações

sociais, ou seja, a afetividade vai ampliando suas formas de expressão, ela vai ganhando

complexidade, este processo pode ser denominado de cognitivização da afetividade, pois as

conquistas intelectuais são incorporadas à afetividade.

Durante todo o desenvolvimento do ser humano a afetividade exerce um papel

fundamental. Desde os primeiros dias de vida é ela que proporciona o contato do bebê com o

adulto, por meio de impulsos emocionais. Essa interação da criança com o outro permite o

processo de diferenciação eu/outro, onde a afetividade se faz presente permeando esta relação.

E ainda pela afetividade que a criança tem o acesso ao mundo simbólico, o que dá origem

então a atividade cognitiva e possibilita o seu progresso.

Sendo assim, podemos dizer que a emoção precede a dimensão cognitiva. Em outras

palavras, a dimensão cognitiva tem origem na emoção por ser o elemento que possibilita o

acesso ao universo simbólico do grupo social, o contato com a razão é dada pela emoção.

Entretanto, quando a emoção prevalece, a razão se retrai e vice versa. Desta forma, a

emoção e a razão, cuja origem é comum, complementam-se e opõem-se na constituição da

pessoa.

A partir destas considerações, podemos afirmar que a dimensão afetiva não pode ser

negligenciada na escola, visto que todas as nossas ações são permeadas por ela,

principalmente no processo de escolarização.

As experiências vivenciadas em sala de aula permitem trocas afetivas positivas que,

não só marcam positivamente o objeto de conhecimento, mas também favorecem a autonomia

e fortalecem a confiança dos alunos em suas capacidades e decisões.

Sendo assim, a qualidade da interação professor-aluno traz um sentido afetivo para o

objeto de conhecimento e influencia a aprendizagem do aluno. E, o fato do professor ter

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consciência da ligação entre o aspecto afetivo e o aspecto cognitivo possibilita-o de controlar

e reverter sentimentos negativos, como também explorar de maneira positiva o desejo de

aprender e o interesse em fazer.

Desta forma, fica evidente como é importante que o professor tenha o conhecimento

sobre a influência da afetividade no processo de ensino e aprendizagem, bem como saiba lidar

com o poder de contágio da emoção em sala de aula, pois o professor pelo convívio com as

crianças está permanentemente exposto ao contágio emocional, visto que elas são seres

essencialmente emotivos.

O professor quando adquiri tal conhecimento, ele passa a conferir mais atenção a todos

os seus alunos, visto que a atenção é uma das atitudes por meio da qual se manifesta a

dimensão afetiva e também se constitui em um fator facilitador no processo de ensino-

aprendizagem.

Vejamos o exemplo que Dantas (1992, p. 88) nos apresenta: “A ansiedade infantil,

por exemplo, pode produzir no adulto próximo também angústia, ou irritação. Resistir a esta

forte tendência implica conhecê-la, isto é, corticalizá-la, condição essencial para reverter o

processo”.

Os estudos sobre emoção na educação deveria ser incluída entre os propósitos da ação

pedagógica, pois tal conhecimento proporciona ao professor a compreensão de como lidar

com esta dimensão afetiva em sala de aula.

De acordo com a teoria walloniana educar significa considerar as leis que regulam o

processo de desenvolvimento, respeitando as possibilidades orgânicas e neurológicas do

momento e as condições de existência do aluno. Conforme Mahoney (2010, p. 17) “a essência

do educar é, pois respeitar a integração dos conjuntos funcionais no seu movimento

constante”.

Segundo Tassoni (2008, p. 205) “é nas interações com as pessoas que ocorre a

apropriação do legado cultural – patrimônio que envolve conhecimentos, valores, sistemas

simbólicos, formas de agir, pensar e sentir”.

Portanto, a afetividade que se manifesta na relação professor-aluno se constitui

elemento inseparável do processo de construção do conhecimento. Por isso, a qualidade da

interação pedagógica deve ser buscada com muita primazia, pois é ela que vai conferir um

sentido afetivo para o objeto de conhecimento, a partir das experiências vividas.

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Conclusões

Diante da análise realizada sobre a afetividade com base nos referidos autores,

podemos afirmar com maior propriedade a importância do aspecto afetivo na relação

professor-aluno e na relação da criança com o objeto de conhecimento, visto que sua

influencia sobre a aprendizagem do aluno é grande, pois isso faz se necessário o professor se

atentar a este aspecto. Afinal, um ambiente para se ensinar e aprender deve ser harmonioso,

enriquecido por práticas pedagógicas afetuosas, somente assim é possível atingir um processo

de aprendizado mais eficaz.

Portanto, a interação do individuo com o outro e com o objeto de conhecimento é

mediada pela emoção, é ela a responsável pela socialização do indivíduo, pela formação da

personalidade do mesmo, da construção da consciência de si. Por meio da emoção que a

criança supera a dependência do outro e prossegue construindo seu conhecimento,

“alimentando-se da cultura”, como um sujeito ativo.

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