1953 SETEMBRO N.436

121
1953 SETEMBRO N.436

Transcript of 1953 SETEMBRO N.436

1953

SETEMBRON.436

tt

¦MM-brt^VIMtttftft

w^wsmí

I^Ê Wf

df. A—W w^^ '-A ^^m

Kf ^ÊÊIJÊi^v _M sr^yy s A. AAAmm < __________P^ nc Ú&F^l____l __¦__. _____ ___P^' _____R7 ¦»:*' ..,,.

í ~a^^0^ ^ —A&iv '^^9 __Bt IÉ^ ^^^^^^^^'^ JsIÍP^''-

j| &_í/'^f ^TO-jj-fiS-_-SB-S •^jgwNP-Wwk " •*?"[¦;ji1.¦^jft^^ ^^^^^^^^^^^Bte_j_£v.:-¦¦¦;.¦ ¦¦ $£&

U":W- ._

V^\^__»ySyX^BRO^

HIPNOTISMO-«REMÉDIO E DINAMITE» • OOUTROS 364 «DIAS DAS MÃES»... * É POSSÍVEL «CONSERTAR» O CORAÇÃO • MINHA AMIGA A ÚLCERÍ

mw «a m Ti™«T'i«w»MiM'iw««wmW)!|eyMWrtwl,BMli^jm^^|^^ ¦¦-¦¦¦-•• -' ¦•'¦--:'.•¦ ¦'..¦_-*

• ffiH

J

. :r

¦..uUsicijt:,: r

c V nráj

*wwa*M

, . . . '¦

' ,

' .

- * .- i • v t * í ' , v 'j ¦'.*•;*.;,' í" ¦¦¦ "-'.''¦.;',¦.';¦¦¦:'¦;..

HTINASC _ - y J*i W

A JK t\ ¦ T' j\ <%'Mi <*» «J* JU** >«»» «.*¦..** «# • tmmmm ç -

. ?«fiftJm Wtèii' •k*»

iv^tf^çí&tí^'^^^^^ "¦'¦¦ "* < "* ¦'•'¦¦'" * -:- PPpPx'*fò * * $nkíp-^PpP-Zx¦ ''.'"' "':j':P:p'

*"£',''' ' '/Aa ¦¦'-..

''•''¦'¦¦'*• •*'¦•**¦" •' ' '" ':- ^'"'''''^ :¦*':¦¦:¦:¦: ' ""'¦ ^^Bfl<!«^I^HuE^l^t^HI^Í^^$£p^^' f í^&^^^^^^^lSL^^M^M^^^^^^^^^^'^^^'^' " ** * 1.''ÂjSÊfa P

'. ¦'¦:¦ *&*§È^ '¦'¦'' ¦: - .«'¦'¦(..

yJ-frãfe^B^^MRa^^g' - .-.Yy-::-:* C , Ya oc -;<'. ^£>&Y- Yr-iw'ív*v- C-x>-'v^::r'Mtrw3s-g • « ái--ás 'ai! &-' v -Y^w i •ffrrfffftfff. -Kffi^ffife '"-ÇY;V c

' PP' y

* ^'^ ¦'^ y YYYv . y , ¦¦¦>¦,,' : ' ¦ -i f

• ¦ I.... -*

:-:¦:•: V.^v:::-:->:.o>:-::-.v'-

projeto daCURITIBA

C AS AN U NES para— Estacio do Paraná

, i ' -.:¦•¦¦¦ ry. , a-a .¦.-:... ::yX,;y'¦'i'T-T' ':¦¦'•! , " . * ,V

U;C'CC C'-'>-.7 ;.. ;;¦-¦'"¦; C.^..C' ; .-¦¦ ¦ •'¦ . ¦;¦¦:,

Tapetes e passadeirasde forração em coreslisas e com flores

yAAXyyA;

WPpPS¦ 'aaAA

xAA^AT^XpyAp' y-xP'

" XX'-'-y

'¦""y'i:Xr 'A

:-X.

A^APCA afc :C.YY1

ia*

n i? maode grande beleza e originalidade

Grupos e st ota dosespecialidade de nossas oficinas

. • ,Íi"SÍ'.-. "\

pmYYí

i

'¦'¦¦."ií ¦'"'¦'•¦'P\ Xp^y Vv'

0 m ,.(,X7^ m & ****** 4 ...»• ma

Syy :

''- :'¦ ;¦; .C -:,'¦

''

>.;-V.-v^.'.ViV^/V:/.^iV,^,.;^.v...:. ¦ l^Wt^.*"»!*'»3^''^""'11^'"*^

CÜ' ^Yc.c;'

i* i >'*'.¦¦-..' ;-' ¦'.';V"'y 3...j.ij. ".y.. ¦¦,; ^ y ¦¦¦¦.-..:•¦ ¦ '¦ MavffiÈXfjÊtim

'¦¦'"•»' ": *'' ,''*•" ¦¦ **'""*¦*•'''.¦'¦'.'•'¦ '¦'-'.'¦ 2-UWf*-'',

¦¦'Toem pre melhorando.. ///^)^

1J1 Mlh. Sm gfltr^ flBfl IH ^B^fl^^ - Wm Bfl fll l^fe JB&9k fl&fiPw BsBl P?nlHP^BEgjWl rgfn'3qiM [B Jfl 8^ «r*l

'* ! n •! A ""N V-."'. \"•":••.-'* "'•!

entreya ao Brasil / /^V \' :-|

25 MTS. Í1.925KLCS. SÊ^r\Ê ¦" -'--v-.V'.''^"?--: .-.""'\;,-""-C \' ""---49 MTS. 6.185KLCS. fKa\i^.\^ ^^^^

" \ SNÂUGUHAÇé kg^gr-JELMfc _-¦-'"'

ã mais popular emissora paulista f

¦¦¦'*.' J

.¦¦ ¦ .... . ¦¦¦.'-'.';/ ¦. -^ ... ^ ...... . ..._ : •:_-_.

.:>•':*'','¦

•' ¦

¦¦ •

¦*.

'£<¦;'''' ir'-¦

¦ '¦'. :y --,"?mü*y, ¦¦ ¦ ¦¦

ii.lt ¦-"i. ,' •¦ ¦'. r

•¦¦'¦ l

*'-'¦:

¦*

¦yí

*

¦^..

*

*

¥ ¥ ¥ ¥ ¥ ¥ ¥ ¥ ¥ ¥ ¥ ¥ ¥ ¥• ¥ ¥.-¥. ¥ ¥ ¥ ¥ ¥ #% ¥ ¥

- .' ' '".' - * - ¦ ¦'¦''•i--X'_\__W__

''''¦'i'x>-Êmm

iftif'¦•; XX:X>^

:''¦:

•:¦

XX¦¦¦;¦

)£ Jf- J*l Jf. Jf %- % Jf l)f. Jf %.,%,. J^L' ¥..¥' ¦.%U'¥i/-;Wi'^rf

tyr l ¦.¦: V--' , i- J* ¦

7- ^Ifolji-.¦••.-¦¦ '.•.-¦?.¦-.^^¦.a•^^C•«K*t¦!¦¦í^*K,.¦¦'"ifl BSaifiwrrnfi^c^^um

- 'r'-!i:^!Íiii'._'l^^^^l mWmfÈRffflS, '

-¦jí^yBi cssaB»-'^^BBfl BHHB ^H ;S^^-^frS^SBH Bn^^^^aS^^f^^w^cl BB

^^^Hi ^^^^^ l^^« K1 I:iÍI#l#ÍH sP^X^S-5?!?$--'4 k l i__W_WM ___W'#'•' Ifl ü- â^PB B^^- ' ^WmWM Mw&%m m\m_m®fâ%WÊ mW^Wii^XêiÚtitmXM mmi'«"Jm M'}•$??¦* y--ím ^^mmx^jí^:XMêXãi^^m WÊ^-. MMWÈ> m _Wm^^^mmmí*mm^ÊmW Wm.; BB¦Vk - ;js'l if- u?|h| Ifli H «^ Iyy^^y 7^pi9« BMflHHflRa Hi Bi!!-j.v Ili"áá$ -¦ " ^SE&isSH Bb*í'^^vV---í-J-íís/Sa^EiaÉB BdH HÉik. -M K

i i ii ¦WiiflilrTlVii nW jrá~ iniM i 'i ' i-aiaMgw mWvU:!,m&m *m • -. ¦¦:8mlmÊÈmmmWBÊÊÊ BI B'-~^S£ittSSa!BCTflpa«WM«™jft^ >:!:--''i&r&3r*!i3l3itZ___^^i'^i&$ttB3tt

r?,?£^^g&jjM^B BSitf^^^Ji^^fe^^B W^^m^^^^^^^^^tf^^MmmW'Iíf^mmm ^^

.1^1 PU I^Sm^k^Wi... j™ B| F ^ffl ^^Rl^alliB I

^h^^K'7i • 7?í^^aB ^^^»^®^^^^S m*^H ^V*-J - ¦ .-/¦^^3sH ^Kfloaí^^fei ^'«^^B ^Rfl P^ «I ^g^BMi JB BB Bk?>;-7-.-••¦.¦¦.¦{vf^EÜHWI ilferàgg I mm mBB ' KJ^IÜ Ifl B; ¦ xymÊm mwgimmm flflfl ¦ J^I^SB h^^mi H

^Ef'' * '—'¦¦^JaftSSeB ^B

fl Bf* ¦'¦ J;7 -''i-^^^fl fl

!¦"'¦¦ :• -jÊÈ lm WÈ IBB ' ^fl BÉS BBB "ixM WIÊW KBB'- M WJW^ I^H ^B^" t^^fl mm^r-___W^-i___\ ____,flfl Bk'' '¦' • .-ifl^fl ^fl^$0&Pv-V£'4^l

7-V. !

.. * 'tá

MUSICA.;¦•: V";.^-."

PARA A' ' '¦ *';¦'§¥¦!

JUVENTUDE(Terceira Série)

flfl

'J' '-'JJ'J: "¦••¦¦ Xy-XX yX!~:> y- y'::!y i ¦'•'¦'¦¦¦¦i-y ¦¦'¦¦¦ ' X''"''X'.X..iyXXy, ¦ . . .'¦•'.,- ¦ Xx.'.i~ 'iXy''r.....¦'. ¦¦':.¦..-._. '.?¦ ¦ ,¦ ;*.-,.. ,;.-v*. :¦¦-¦-••••::.•''¦ •"' ¦-,¦ ¦¦¦- ¦"*.;: 'z

., ..,.,..„..,....i, ........ ¦•-- y ¦:¦.-:::,..;:.:¦: ,r:--: '¦¦;.

JOSÉ SIQUEIRA,um dos mais conhecidos compositores e regentes brasileiros, é o autor de —

Música para a Juventude.Trata-se de uma obra que, como o nome indica, se destina à mocidade brasileira,

essa mocidade que êle tanto ama e à qual tão bons serviços prestou criando, quando, presidente da Orquestra Siniôniça

Brasileira, os Concertos Dominicaia para a Juventude. Dispondo de segura experiência didática, com vários hvros^pubh-

cados confo. Regras de Harmonia. Canto Dado em XIV Lições. Curso de Instrumentação. Modulação' Passageira. Swtema

Trimodal Brasüeiro. José Siqueira traça neste livro - unr programa de ensino, vivo e palpitante, do qual se beneficiará nao

só a juventude mas quantos tiverem a oportunidade de o.ler e estudar. Música para a Juventude está dividido em quatro

partes referentes às quatro séries ginasiais e envolve conhecimentos de Teoria Musical, de Canto Orfednico, de Música e

Músicos Brasileiros, de Contraponto, de Harmonia, das Grandes Épocas da História da Música, das Escolas Musicais., do

Folclore Brasileiro, da Prosódia Musical, das Formas Musicais, da Instrumentação, da Orquestração e da Banda de Música.

É um livro ilustrado com inúmeras fotografias e grande quantidade de exemplos musicais; um trabalho que vem de preencher

uma grande lacuna existente no ensino da Música em nosso país e que nos pareceu definitivo em sua forme* e em seu conteúdo

'¦isfc.v

-Ar

ii*$

'¦ :.\>í»«í

. -JÇ"

-3fJ

'¦Jf-

wMÈL

ümI

mm

j-Í -'

y

Preço dos 4 volumes pelo reembolso postal¦: Cr$ 200,00Pedidos a ROSA PAULA MACHADO ...

AVENIDA NILC PEÇANHA N? 12 — SALA 207 * RIO DE JANEIRO

(Ljf;fjf*Jf*.¥¥¥¥*¥¥¥¥¥¥¥¥¥¥¥¥ * ¥ ¥ ¥ ¥¥¥¥¥,¥¥¥¥¥¥¥¥¥ ¥ ¥ ¥ ¥ ^

-y:!%:

'.'¦': ''¦'.'¦

x

^sl;_^^_^_j^^^__^_____| K^I.^Pi^v '-jM BP^^sIrai^i -*^'' iBnT^1 ^^ÊÊÍ^Êm iM"n '¦'¦• '''V-Sí^^.l^^â-'

^^l^m HK^ffil B^w>W$n V'- '¦' _JP^P5^'tf>.- ¦ IÉM l_^_^_^_^_^_^_^_^_^_M *¦' ifTli Wff 'T fir | Ti7| ifi] II"

1 -''!;-• . "¦•¦i'2MS*í?;»i»" -" .-• ",'"->-, ^*»*. ^^H lv*1' :SHrafl ¦ .As/Ha f«Bfl«aeCM

^^Bé;- ^IlIlÉÉi v>vv ^^^tL^ÉBi^^^^^^^^É^l^^^w^C^í^/-** v^^i^^, ^^^*wÊÊitÊÊÊ3i<&'3

B.3 yxi,3$A-A ' . 'crefil

IpiSil

"^ - ¦ SeS^^KSS ^tv ¦ ^^Õtâ^ *á&^ •. ¦•Á-^<é^^^^Sl^Ê^ííM' 3 ^^^^^^^ÊÊU^Ê^^^^^ÊWI^mmW^^^f^^^' '^'^fa^S §^____^_^^«^^"fi*:<

r^^K i £>!§ Saibre ^*v\. ^*^ ^ ^"Çr^WpíÊe&mW^" <->' ' JraSÍ3%—^Sj^Be^S^A', * . ¦¦ '"* . %^^Éi ___Ü^^^^(k^*I X'*' ^*5iS3&43x ^Sfi' .¦¦¦.:¦:'.:' .. ,» _B^^Í*> _IÊí ' * íM^Ç'S_H_S»SâSsíí;;» ..!;/¦::¦ ' " / : : : ''v^^H BWWIBh^ -^l^^(M

• ¦ ffnnBwí^WlfffflSBBM w_^y ^!SÍ-'"'--'' :i: :''^^_E^%^J_^Eflm^BP5^' ^^P^^^^ESSwl^^^^^_?^^!.^^_flB^ _^? • • " _fj^_^r3l^__Í_i K^^c> ^__i^^'

jij _Mfc^.. ¦I^p^; .. ^j^^I^kv _^___^' i^< '^'l _V/^ ^ _¦_£ vÈP^_E^>^£ ** ^ ^-XS^ÍP^-^Si^t ^J_aS

|'^M-' .1 9[ «!_____. ^'^^v:Ç BBM-r^^^ ¦ : ^^-i ¦^11 R^^V ,^^N^_1 I

-;' i wiAÊMwÊÊÊ^aifà^ ' a__H _Wy^S_i BB* .# _k ¦'¦ ^'-'iJi^jH _k__ BBt

^^r ^^^k^^L^a^ jVjffivKiuSbSBBH H^K^i^lG^Hl mmmr^mtm '- •- 'W¦'• •a'l.tm __WJ_U>' .-^ »^^ ^^^^. ^;^SkH ^P^_l_l _B_I^ iwi-8§M&gW àwê wkW"m^iL•¦•* \kcí-Ç.¦•' j^^ >«í5^. ^^_^. ¦ J^_s_H Hwl _Rr I . I-'•¦'>¦- "¦¦¦'¦¥ • mm E__m&A< ¦ \^r _,*« M-x* ^^^^. JEmg^W| B_^ I 7w--'-3it33jf M. _yf___r%'; \

»-• ¦• C' n ¦ * _V>lv_H ¦HT^HbVI __^_SK__r u

«S^ ¦ . ...'¦¦ Jlll'£. "

;¦ .

I

Ésempre

IMHmjf, ;, ¦¦ ví":i:;-:':'v" '¦¦

;.r,'_4; _-*"• _ ;t-^-vÜ':' '¦'¦¦¦-¦¦" •¦¦¦'XiiSmiXlyyy''' ¦-:¦ X

¦ t

ea maior e melhor sapatariada ãmerica Latina e éiam-bemt uma galeria a sua dis-posição com água geiaatnna

as suas ordens

RSOCÂ? 4»S'E 4©S ET E M BRÒ-, 1"99»201. , L^ttP mmm W. ¦m^m^...m-< xmymmwjm'n:^9f'¦:'mfyyyM f t ^•¦'¦yxmmm: 'Olt? M

SOLA DE COURO C/ SALTO DEBORRACHA, OU TODO SOLADODE BORRACHA.ÓTIMA VAQUETA.CORES : LARANJA , MARRONOU PRETO.NUMERAÇÃO DE 34a44.REMETEMOS PARA TODO 0 BRASILPORTE POR PAR CR$5,0G.NAO FAZEMOS REEMBOLSO.

- .•'.*' ¦

¦ .-¦xrysx -y ,yiTiirmuiiww nii» -

Han

,

"EE.E:rV..j*rri;-v

¦ ¦¦ •;';:

r

•$ MAGAZINE MENSAL ILUSTRADO - CIENTÍFICO, ARTÍSTICO, HISTÓRICO E LITERÁRIO, FUNDADO EM 1917Propriedada da COMPANHIA EDITORA AMERICANA. Diretor: GratuPano Brito. Redator-chefe: M R. deCastro. Redação; Rua Visconde de Maranguape, 15, Rio de Janeiro. End. Tei.: «Revista». Tels: Rerdação — 22-4447: Administração e Publicidade — 22-2550. Cheio de Fublicidade: Severino Lopes Guima-rães. Distribuição e venda em S. Paulo: Agância Zambardino, rua Capitão Salomão, 69, telefone: 34-1569.Representantes: em Portugal: Helena A. Lima. Avenida Fontes de Melo, 34, 2 dt., Lisboa. Na AirícaOriental Portuguesa; D. Spano, Caixa Postal 434, Lourenço Marçues. No Uruguai: Moratório & Cia.,Constituyonles. 1746, Montevidéu. Na Argentina: Inter Prensa, Horida, 29, tei. 33, Avenida 9109. BuenosAires. Número avulso em todo o Brasil — Cr$ 5,00. Número atrasado — Cr$ 6,00. Assinatura anual:

Registrada ~ Para o Brasil: Cr$ 60,00; para o estrangeiro: CrS 100,00

. ¦

* -. ¦

r

&,

SA

mlyyE'EE

'• ..*, :'¦'¦.y.r: \

'-¦¦¦ :

-'*,

Sr. Haslet era peque-nino, asseado e tímido.

Tinha olhos azuis ansiosose um modo de encolher osombos e esticar o pes-coco, como uma pequenatartaruga, isto, com cer-teza, era o resultado daslongas horas diárias pas-sadas a lidar com seus ar-

quivos, no escritório, emLondres, próximo a Whi-tehall. O Sr. Haslet eraum funcionário civil que cui-dava dos arquivos, entre asletras J e L.

A Sra. Haslet era cor-

pulenta, corada e resoluta.Tinha curvas em demasia,em virtude do excesso de

gordura, esta devida aofato de não ter quase o

que fazer, senão uma sériede passatempos. Pela manhã, havia

a conversação e o pequeno al-

moço. Na parte da tarde, o ci-

nema e o lanche, que constava de

copos de creme, na casa de chá «Old Dutch».

15, à noite, era um constante ralhar com o ma-

rido, e a ingestão de poderosos tônicos e outros

remédios.— Ninguém sabe as complicações internas que

tenho! — costumava ela dizer. — E' o excesso de

preocupações, durante todo o dia e a noite, que

me causa todas essas doenças.Como um observador imparcial (tal como meu

amigo, Sr. Hornsea, que morava do outro lado

da estrada), eu achava difícil determinar exata-

mente o que causava preocupações à Sra. Haslet,

^M**mm^^. ^m±. ¦ ¦•¦ 1À^m W^m. ¦ A^m\ m^m*.BjjBflflflB, Am _____m^mu*\m_WBS____m_\_______\____ flfl flflk.

^_^ _ãSSBSmHS_mm^___W__s_____________.

fl fl

"'¦•'

^fl^k MM^mrM^r 'fl^l ^^H MÈ W M E- Sí^V^ííén

^¦_#« mmwêâm\w^*""

mm m Mm_mmr

yyEy

A polícia decidiu que seria um grandeerro suspeitar do Sr* Haslet como autorda morte de sua esposa* Mas nãoseria isto um pouco de precipitação ?

PorMICHAEL GILBERT

O seu marido, que" conhecia tudo,o que era necessário, desde a letraJ até L, era regiamente remunerado

por um governo agredecido aos seuseficientes serviços. Uma vez que êienão gastaya,praticamente, quase nada do salário consigo mesmo,restava, assim, bastante para a esposa; e essebastante era suficiente para qualquer dona decasa prover o lar dos alimentos necessários^© pro-ceder à conveniente limpeza do mesmo. ÍQ; Sr-Haslet costumava preparar o seu próprio «break-fast» e engraxar os seus sapatos — um homem

precisa dar uma certa ajuda, em casa.)Talvez fossem os tônicos os causadores do desa-

parecimento da Sra. Haslet. Alguns deles eram,certamente, de sabor desagradável, e o seu preço

' vv

*

:'.. *'-¦¦,

'"

W_\ ¦"¦¦C'

Vâ|||lp

«*MiÁmèikSSi ....

v

ãyiyy

16'. .-Wí '$

• ¦ ¦ ¦

. .

vtí,

•••

WàSt

• Í'r-'.- '¦•:•'¦

i ttí-¦i.ri'

f

.

mi

.'Vtí

___Rli

¦f:í*r

Hatí ivi v:11 v_____

¦r :',>, ,¦,-'.'. . .¦ .4..,

-* ¦'¦'i.EPtítí_TÍ^"

_r?S___t'*^"*'"

ifi_tí

m¦ sí .vití _*.

___!

ü

tái___!

r.v ^dí :1;U.iiU'

era exorbitante. Realmente,conforme ela disse às suasamigas, Sras. Potter e Wil-berforce,, quando as encon-trou na casa de chá, nãosabia como o droguistaainda tinha a petulância dea encarar, ao dizer o preçode um remédio:

O preparado de me-laço da mamãe Mankletowcusta nove «shillings» ofrasco pequeno, e dezesseis«shillings» o frasco grande,contendo quase o dobrodaquelel

É muito, realmente! —concordava a Sra. Potter,qué jamais, na pior emer-gencia em que se encon-trasse, ousara comprar mais

que uma aspirina.-— Mas, quando a saúde

está em :jôgo — dizia aSra. Wilberforce — não háoutro jeito. ,.

*— Há muita verdade nasua afirmação — aquiesciaa Sra. Hasiet, e calculavaque, . se reduzisse um pou-quinjio mais a refeição no-furna do marido (afinal decontas, êle fazia um bomlanche no escritório), esta-ria em condições de equi-librar o orçamento do lar.*

Afortunadamente, as di-versões e passatempos doSr. Hasiet não eram dis-pendiosas: um ocasional jogode cartas, para o qual oSr. Hornsea era o seu ad-versario favorito ou, quandoas noites se dilatavam, urnahora ou duas no seu jardim,antes de ir dormir.

Porque êle era um grandejardineiro, e os seus minu-tos mais alegres eram gas-tos movendo-se quieta e es-tudadamente entre suasplantas e vegetais, como seelas fossem pequenos J, Ke L, que necessitassem decuidados especiais; de umaorganização semelhante à deum arquivo. E o jardim, nãoresta dúvida, era muito bemtratado e harmonioso': gran-de põrõ o tipo da casa, ecorn a vantagem de ser uma

P^

•m

fitei\*^S1íi_5t__ í í:

'__5x5_s**' ¥___!_-'

WÊm m

§'WWí-:iÊ$$£Ql'l-l*è.wa_l»w__l' ' '

>^^^^____________

lrW^^^IPill%^^^^|l

*^WW&' ' '"'¦

ü'¦yrmmyiryyyyM

^•>$&fô$$^

3SK_9

J d1

ib__fpu_

my

f3_tí ,.•»*¦* ''•

mr.

:/iíií?tí

tij&Èíyy

<M*l* ' vi- <}i

fé ., -fWii

mMÊm¦¦'¦¦¦¦¦ v

W

;-r,y-? ...

%m- } '

Wi- )rd/ààmmsSm

ddd

imf-m

- v* . »

wm

*:vtítí,

v:tí

1§___

Xtítí

¦xy.

O Sr. Hasiet continuava en°colhido na cadeira, corn ex-pressão desolada. O inspetorse manteve por trás dele, en-cobrindo a janela e parecen-do um carrasco .prestes a exe-cutar o condenado. $^- ~^-

mg*%í$í6§P_$Plçí«__QBí^*v^**tí; ¦¦•:¦?.. -vv W.' *í . ; WSÊm - y-,

pm-

1

«no m 4¦ ':

V'

; Setembro -íjOéío*X \..'<>Q.

?'.; '} '

r

espécie ^de

recanto solitário, tendo, numa d«s ex-tremidades, uma enorme sebe è a Outra extremi-dade terminando nos barracões, abandonados daestrada de ferro.~- Uma pessoa pode sentar naquele recanto— disse certa vez a Sra. Haslet para a Sra. Wil-

berforce — e pensar que está num sitie?, nocampo. .

Não que. ela costumasse sentar ali, preferente-mente. Era muito atarefada para poder desfrutarde tal «regalia» — afirmava. E, de qualquermodo, como eia- explicou, não era üma dessas cria-turas que gostam de ficar ao ar livre.

E então, numa semana de Páscoa — justamentena época em que as primeiras flores desabro-chavam -—a Sra. Haslet desapareceu.

Num certo momento, ela estava lá; e, um mo-mento depois, havia desaparecido! Parecia umtruque de palco, com a única diferença de que,quando a ajudante desaparece da caixa do má-gico, provoca uma chuva de aplausos. Mas, aocontrário, o desaparecimento da Sra. Hasiet nãocausou senão aborrecimento e consternação.

E o mais aborrecido, naturalmente, foi o* seudedicado esposo. Êle deixara a mulher, comoinformou, sentada na cama, bebendo a sua ma-tinal xícara de chá. Quando retornou, ao anoi-tecer, mais exatamente, às dezoito horas, apósuma terrívei busca de um recalcitrante' J, sua es-posa havia desaparecido!

Às dezenove horas, êle estava perturbado; umahora mais tarcle, já . estava tremendamente preo-cupado; finalmente, às vinte e uma horas, telefo-nou para a Polícia. A Sra. Clèaver, arrumadeirado casal, foi chamada, para prestar informações.Pouco tinha a dizer. Quando chegara, às dezda manhã, a Sra. Haslet já se levantara e saíra.Suas roupas, a bolsa e' o casaco não esta-vam na casa. A arrumadeira supôs que elativesse ido fazer uma visita. Em vista disso,trataram de telefonar aos conhecidos docasal. Os hospitais também foram chamadose até mesmo um anúncio foi posto nosjornais.

Contrariamente à opinião popular em tornodo caso, não foi pedida, desde logo, a ajudados detectives de «Scotiand Yard», nem pro-cedida uma busca pelas regiões vizinhas.Afinal de contas, as mulheres costumavam |desaparecer. Centenas delas se eclipsavam,anualmente. E, na maioria das vezes, reapa-reciam também, quando achavam mais con-veniente. ~

A Sra. Haslet havia dado o fora! Após uncerto tempo, qualquer pessoa se acostumavacom essa ocorrência.

E o Sr.' Haslet, que erõt afinal, a pessoamais intimamente relacionada com o fato,continuou no seu ntmo de vida, denotandosentir bastante a ausência da esposa. Fêztudo que um marido aflito podia fazer, nor-malmente. 'Mas não podia desertar do seuarquivo por muito tempo. Após um período

A Senhora Haslet era corpulenia, coraáae resoluta. Tinha curvas em demasia, emvirtude do ercesso de banhas. -*^- >-

de _i natividade, no qual procurou em vao pelaimulher desaparecida, voltou ao convívio dos seS. ? L. E, quando a Primavera chegou, èm

princípios de maio, passou 6 dedicar-se, comafinco, ao seu bem cuidado jardim. Essa éá*época em que todos os jardineiros não tem muitotempo para outras ocupações.

Grande número de jardins estavam causando-aborrecimentos naquele ano, principalmente em

.virtude das chuvas copiosas que caíam. Então;'quando a chuva conseguiu varrer quase tudo, na-quelas terras rasas (pois todos os jardins, aplongo da estrada, jaziam sobre uma camada :de1pedra areenfa, tão próxima da superfície erncertos locais, que a jardinagem se tornava, ali, umproblema verdadeiramente lotérico), o sol déüato de presença e continuou . a brilhar, bastante,forte, até que as plantas, que haviam resistidoao terrívei período de' chuvas, começaram' acrescer e a tomar côr.

Mas o jardim do Sr. Haslet era um verdadeiroquadro de pintor. Suas tulipas, naqueles meadosde maio, tinham que ser vistas muitas vezes, paraque se pudesse acreditar na realidade da suamagnificência. A vizinhança contava com grandenúmero de jardineiros, e todos .comentavam ediscorriam sobre a beleza das tuíípas do funcio-*nário do governo.

— Na minha opinião — dizia o Sr. Hornsea-— foram as tulipas que deram início aos aconte-cimentos. Jamais vi tamanho conjunto de tu-lipas. Todas vermelhas e douradas, e muito re-chonchudàs, íembrando as curvas de uma mulher.Era. ..'era quase indecente!

Mas havia algo mais. Haslet tornou-se muitosensível, ao falar das suas tulipas. Ninguém podiadeixar de notar... Êle se mostrava embaraçado

_£fffivlíçàmM mWÊ&r^í-'- .¦$'i'--ti_w_mM mmm--¦Si^^^mmW W^^m^'--'- MMMmmm mmmmÍí.

^m^^^S^^^^^^m^t - 1 ;mÊmwÊmêmW':;''. • ""T\ mmSr -XuãM m -

¦ mx. * %M\mWÈw ' < '\tfmttWMmm W'mÊÊmX! í- **»& *t| 11mm WmiÈ_rm i

'™*ryn™mjÊBsRMMMMM$^ ''¦'2y*^W_M_fm^^^^SM^^^^S^^ImmF *

¦ - •::.... *

A

í'.¦

¦'¦

IG

«,'i '•'''-"

ao falar de suas flores. À princípio, julguei quefosse apenas uma certa modéstia, pelo magnífico

jardim que o meu vizinho conseguira fazer. Elenão queria elogiar as próprias flores, quando os

jardins de todos os demais se encontravam tão

pobres e despidos, em virtude das chuvas incle-mentes.

Depois, aquilo passou a ser algo mais estranho.Era quase uma obsessão. A Sra. Wilberforce,

que morava na casa ao lado, costumava vê-lo' à

janela, olhando extasiado para os canteiros detulipas. «Há qualquer coisa naquele jardim» —

dizia ela. — «Está minando o cérebro do Sr.Haslet!»

Os rumores sao mais fáceis de iniciar do que deinterromper e, antes de que a. semana terminasse,

já toda gente tinha a certeza do que se encon-trava por baixo daquela magnífica camada detulipas.

Então, a Sra. Wilberforce passou a recordarcertas coisas. Lembrou dos ruídos que ouvira edas luzes que vira no jardim do seu vizinho, nanoite anterior ao desaparecimento da Sra. Haslet.Nada, realmente, definido, mas, certamente, sus-

peito, agora que ela refletia. Uma boa partedo que ela passou a comentar foi levada à contada sua fecunda imaginação. Mas, de qualquerforma, havia uma certa base no que ela dizia;não se podia desprezar o seu conhecimento arespeito das brigas e discussões e dos diversosmotivos que poderiam levar o Sr. Haslet a matara esposa. Isto, em todo caso, foi suficiente paraque a vizinhança* passasse a encarar o arquivistacomo o autor do «desaparecimento» da sua cara-metade.

— Nao se pode deixar de sentir um certodó do Sr. Hasíet — dizia a Sra. Roper.

passada, êle meNaturalmente, eu

Na semanade tulipas.

ofereceurecusei!

um ramo

P ¦¦":' -_,' .

A polícia foi a última a se movimentar emtorno do caso. Seus elementos nao podiam deixarde ter uma. certa cautela, muito própria e muitoprofissional, tratando-se de um caso de «suspeitade homicídio». Mas, finalmente, numa bela noitede junho, o inspetor Porter veio fazer uma pe-quena visita ao Sr. Haslet.

Jamais, na história das investigações, um suspeitose condenou tao facilmente, com as palavra;.) quepronunciou.

Quando o Inspetor mencionou a Sra. Haslet,o homenzinho fêz uma série de afirmações tão in-convincentes, que parece duvidoso pudesse êlemesmo fazer fé no que dizia. Quando o agenteda Scotland Yard repetiu os comentários da Sra.Wilberforce, êle empalideceu; quando o 'policial

mencionou o canteiro de tulipas, a sua últimabase de resistência pareceu ruir; quando o Ins-petor sugeriu que êle sentasse, se assim o dese-jasse, o Sr. Haslet aceitou o oferecimento debom grado.

—- Não sei por quê — disse. — Tudo pareciatão direito, na ocasião... é melhor que nos re-portemos ao início.

í|'7° A'TÍ-0V? / * l] •* ¦*¦ ** *74 Set^rnbro 19bó

O agente da Scotland Yard anotou tudo o

qu© o homenzinho declarou, estando já bastante

treinado em dar o devido valor a^tudo o que um

suspeito podia afirmar numa ocasião como aqueia.

Seu único temor era que o Sr. Haslet pudesse,

por algum ato desesperado, tentar escapar-lhe.

Assim, colocou-se por trás do suspeito — queestava todo encolhido na cadeira — e fêz sinal

aos dois auxiliares," que trouxera, para que des-

sem início aos trabalhos.Os dois policiais, que haviam ficado do lado

de fora, eram robustos 'e muito experientes em

matéria de excavações. Inicialmente, removeram

a camada de tulipas, procurando não destruí-las.

Em seguida, passaram a cavar na camada de terra

superior, e, posteriormente, com maior cuidado, a

camada imediatamente inferior.O Sr. Haslet continuava encolhido na cadeira,

com uma expressão desolada. O Inspetor se man-

teve por trás dele, encobrindo a janela e pare-oendo um carrasco prestes a executar o con-

denado.Os dois policiais continuavam a cavar. Já ha-

viam alcançado quase um metro de profundidade,apenas o cimo de suas cabeças era agora visível.Algum tempo decorreu.

Foi o Sr. Haslet quem rompeu o silêncio:O senhor poderia, talvez, doar òs raízes das

minhas plantas a um hospital.Podemos — concordou o policial. — A

menos que as mesmas sejam consideradas como evi-dência para a solução do caso.

On, simí — tornou o suspeito. — Eu haviaesquecido êsse detalhe... Creio que elas serãoconsideradas como evidência, realmente.

E continuou sentado, e o Inspetor de pé. En-

quanto isso, os dois policiais cavavam. Já haviam

progredido bastante, e atingiam a camada de

pedra areenta.Mais uma vez, o Sr. Haslet falou, e havia,

agora, maior dose de curiosidade que de apreen-são, na sua voz.

Compreendo que seja necessário confiscaras plantas, dadas as circunstâncias — disse êle,timidamente. — Mas, por que a remoção detão grande quantidade de terra? Ou será queesta também servirá de evidência?

O Inspetor lutou com certa dificuldade pararesponder. Felizmente, antes que o fizesse, o Sr.Haslet continuou.

Estou .pronta a confessarlConfessar! — exclamou o policial, logo se

refazendo do espanto e procurando nãc demons-trar a emoção que sentia.

Eu não devia ter feito isso, naturalmente.Sabia que era um tanto perigoso, mas não julgueique fosse contra a lei. — Fêz uma pausa. — Su-ponho que, como lhe havia dado o dinheiro, amercadoria era legalmente dela. E, uma vez que*o estava usando, estava, também, roubando. Nãoé isso?

O senhor não poderia explicar melhor oque diz? — inquiriu o Inspetor, sem entenderqualquer palavra do suspeito.

O Preparado de Melaço de «Mamãe Mankletow»!Dezoito garrafas, das grandes! Quem saberá o

(Cont. na pág li1?)

\

m

11y

*-m*^^Í^.u,y^,y^j*vèil ^^mmmfmwmWf-,

A ~-í\';A-L'A-' '¦'¦.'.'-¦¦¦¦'..¦

m

EPISÓDIOREAL

.' . 1 ,1 , ,

'fc'T I :' C í" ! TT ?í-if*~V

¦ .

"

¦ ¦

'¦ ¦

• ' ¦'..

.''.'¦¦¦¦...... ."_. .. '¦.'¦.. ¦¦' .... . . ' '¦•

A A:

z.rzy.

¦ .

¦ : _¦:

¦•".¦ :. .-'

m

grande dia, se-g u n d o decidira

Salvatore Gatti, um cri-minoso incorrigível, se-ria o 23 de Setembrode 1937. Esse era, também, o último diada Convenção Nacional da "American Lè-gion", em New York, fato que não dei-xará de entrar nas considerações do ex-convicto, ao organizar os seus planos.

Quando uma colossal multidão cobriuliteralmente as ruas principais da ci-dade, para assistir ao grandioso desfile,Gatti, em companhia de Charles Sberla,um velho companheiro de crimes, deli-berou cruzar meia cidade, até à zonacomercial, onde se multiplicavam as casasde negócios e, principalmente, as peque-nas joalherias, ao sul de Fulton Street,qifâse chegando aos limites docentro, a essa hora quase de-serto, em razão da grande pa-rada dos milhares de legioná-rios, no outro extremo de NewYork. Gatti sabia que a poli-cia estaria,' então, muito atarefada efti con-ter a multidão e facilitar o trafego., con-gestionado pelo desfile, e também alertacontra os "batedores de carteira", longedaquela zona comercial que escolhera jus-tamente por essa razão.

— Isto vai ser uma sopa — disse êlepara Sberla, confidencialmente. — Os"tiras" estarão de olho vivo naquele po-varéu, em Times Square 'e arredores, enão terá sobrado um só para vir olharpela segurança das lojas e joalherias destelado. Teremos só que agir com habili-dade, não pisando em falso e não fazendomancadas.

Aquilo foi mesmo fácil, como Gatti ha-via previsto. Penetraram num edifício

r-y-

®Êm

PorMURRAY PRINGLE

de quatro andares, no 65 de FultonStreet, subiram para o segundo andar e*sem hesitação, entraram, rapidamente, naRudisch Gold Refining Company, ondegrande quantidade de ouro, comprado emsegunda mão (anéis, broches, pulseiras,etc), era fundida e, a;seguir, vendida aosgrandes joalheiros.

O meio de que se valeram foi eficientee prático. Gatti, com a pistola apontadapara os imobilizados funcionários, ordie-nou que se voltassem para a parede, en-quanto seu companheiro tratava de amar-rar-lhes as mãos atrás das costas/ corn

cordas finas e fortes, que jàhaviam preparado para isso.Infelizmente, para os dois as^saltantes, sem que qualquerdos dois o notasse, um dos em-pregados pôde ficar escondido

por detrás de uma pilha de caixas, colo-cadas junto da janela, e assim escapuliuusando a escada de incêndio e atingindoa rua, onde informou, imediatamente, oguarda de vigilância, John Wilson, doque ocorria na ourivesaria.

Porém os criminosos puderam ouvir 0barulho provocado pelo último lance descada de incêndio, que sobe automáticamente, quando o que a usou tira o pé dpúltimo degrau e, também, a seguir, ou-viram as passadas apressadas do guardaWilson subindo a escada interna do pré-dio. Quando o policial surgiu à porta,de pistola ern punho, Gatti o agrediu, desurpresa e selvagemente, com a coronhada própria arma, ferindo-o na cabeça.

...'' ui'Aí "'¦¦*:

M¦'g?|||||j|Í

A<mm¦¦¦' '¦•}'¦ As.*íü

'.."*'' ' -..^ -- - """ ' ¦

•,*¦*,*,*;•.*.¦ '*«•¦«. , i «^ i" '.-W*!, < >; .",- -i ¦¦* ¦¦'isMmmmmWf*,.."!-:--• : - ¦ ,. -V •*> . ,.**. ¦. ... . ..... .*... **

..-'- *-'.. ..-•¦•,.

m .,..«¦•.*¦.-;.-*¦-iS-,•:.¦¦¦ ¦ >•¦ ,

§>,'.., I, , ...

12 37*? ¦ :An* M9 'Sfei&fii&rò i neo195

u '

Ili

i

Wilson deixou cair sua arma e, por suavez, tombou, sem sentidos. A seguir, naprecipitação com que trataram de fugir,um dos bandidos fêz tòm-fbar um caldeirão de lí-quido fervente, que, cho-eando-se contra o soalho,respingou em várias p' **ções.

Nesse instante, ociai recobrou os sentido* eatracou-se com Gatti, que,por sua vez, resvs^r. ecaíra ao seu lado. Desespe-rado, o bandido voltou apistola, que ainda empu-nhava, contra o infeliz Wil-son, varando-lhe a cabeçacom um tiro. Ao mesmotempo tentou apoderar-seda arma da sua vítima, umCoíí-38, mas logo a largou,sacudindo a mão com fúria,pois um dos seus dedoshavia tocado no liquidofervente, que caíra sobreo punho dessa pistola.Quando, mais tarde, a poli-cia chegou, os atemorizados funcionáriosda oficina não puderam fazer uma minu-ciosa descrição dos dois assaltantes. Alémdisso, nenhuma impressão digital pôdeser encontrada, em nenhum luèsr, se-gundo foi noticiado nos jornais; isto dei-xou os dois assaltantes tranqüilizados,quanto às possíveis complicações que, dofato, redundariam contra eles. Mas nãoestavam satisfeitos! Sberla, principal-mente, mostrava-se furioso contra o com-panheiro:

— Então. .. Aquilo ia ser uma sopa?Hein? Foi o que você disse! No entanto,

i ! f1 i ' i i

.^maããmm% mm--. . trnm-

i i.n , ~*~~"m,'^r~~^^mm^m^mmm^m^maaaaa*msmC^'

houve luta, você matou um guarda... equanto a dinheiro, não conseguimos se-quer um níquel com o "trabalho"!

De qualquer maneira,duas semanas mais tarde,Gatti e Sberla, com o armais tranqüilo deste mun-do, abandonaram seu es-conderijo e foram mostrara cara no bar suspeito emque costumavam bebericare tratar de "negócios" comos colegas. No momentoera que se apoiaram ao bal-cão, vários policiais surgi-ram, como por encanto, eapontaram contra ambos assuas armas.

— Vocês estão presospelo assassinato do guardaWilson, na ourivesaria deFulton Street!

Segundos depois, ambos?ram conduzidos, algema-dos e sob boa escolta, para* a prisão.

Quando Gatti sentou, afinal, na cadeira-elétrica, era a segunda vez que se via quei-mado, como castigo pelo seu bárbarocrime.

A condenação — e justamente a queserviria de evidência para a sua eon-denação — tinha sido na própria ourive-saria, quando queimara os dedos, ao ten-tar apanhar a arma de Wilson. Isto por-que, nessa ocasião, havia deixado as mar-cas de vários dedos no líquido ferventeque respingara na coronha. Esse líquidoera cera de joalheiro, substância muitosensível e que se solidifica depressa.

'': M I

;,.-;.-¦

¦

. ¦v**,'.«. ¦;,¦.¥¦;$:¦ 'k., í H « S \*f ij-IMI V*******-. *"'¦ " *

! i.

? |? ••*¦* l

x, f¦';

V íV

"KTÃo há mal que não venha para bem. Nem sequer uma úlcera*,N Vinte anos de minha vida, eu os passei trabalhando como es-cravo. Só nas horas de comer podia ver minha mulher e os filhos.Restava-me alguns bons amigos velhos, mas não tinha tempo deconquistar novos. Nas horas de reieições não chegava mesmo acomer, mas simplesmente engolia os alimentos, tanta era a minhapressa. Porém, um dia, principiei a sentir certa indisposição emesmo ligeiras dores, após comer, e fui consultar o médico, quenão tardou a me apresentar a uma nova «amiga»: minha úlcera.Daquele dia em diante teria que comer com calma, fazer exer-cicio, não trabalhar excessivamente, evitar preocuoações e nãoprejudicar minhas horas de sono, isto é, teria que viver como umser humano. Isso foi tudo o que me receitou o médico: uma boadose de bom-senso. Não tardei a compreender que minha «amiga»,a úlcera, se encarregaria de obrigar-me a cumprir o programa tra-çado. Se passa diante do meu naiiz um apetitoso pastel, ela gritaao meu ouvido um rotundo «não». Se o meu trabalho acumula,

,,,,.„ ordena: «calma!» Obíigou-me, assim, a modificar os meus velhosmétodos de trabalho e a reorganizá-los de tal modo, que me tirou de cima a responsabilidade de muitosdetalhes, e passei a atender, pessoalmente, o essencial. Agora, durante o tempo destinado ao descansopude voltar a fazer vida de familia e de novo aproximar-me de minha esposa e de meus filhos Antes,era só traoalhar Agora, disponha de tempo para diversas coisas, como passeios a pé, fotografia, pescae ate um pouco' de cozinha. -Tudo isto me ajuda a esquecer possíveis preocupações Baseando-me noque espus acima, decidi que a úlcera é minha «amiga». O único que lamento é que ela não tenha che-gaao uns quinze anos antes. Quanto mais teria desfrutado da rida! Contudo, até a amizade tem os seuslimites e, apesar da mmha gratidão, pretendo prescindir de minna «amiga», a úlcera, o mais depressaque possa. ~— Ernesto G. Gran*.

1 ! Wêêêc^^ ^^''/Ç-R:*« ,;;> ¦;: ¦.HBSKHSa <v, f >w/ \

Hi '

iP-

¦ X -.-. ..V7X:.;7V;7y.:.-...-X-,rXV;X7X7v-:X:;~: _ .. '„., ' .. .j-iÜUIJE.

,._JHE_¦*$ii|w:í:*is«^^

msm

mãímí« ' •¦¦¦%•¦ •'-/¦'¦ .v.T,' :

•-:•"¦IP»»

3íu//a ^en/e /íca, senão assustada, pelo menosintrigada, porque as articulações estalam. "Porque isso acontece?*' — perguntam. E, suspei-tando de que a resposta possa interessar amuitos de nossos leitoras, conversamos com umespecialista dos ossos, que se prontificou a es-clarecer o assunto.

UMA QUESTÃO DE ELASTICIDADE — Antesde tudo — disse-nos o médico -^ notem que asarticulações podem estalar de diversas maneiras.Bem diferentes são os estalidos que as crianças(q alguns adultos) gostam de provocar, comos dedos, por exemplo, e o estalido dos joelhose dos punhos dos indivíduos de idade avançada.

O primeiro é simplesmente fisiológico è nãorevela qualquer enfermidade. De fato, as arti-culações são mantidas no lugar devido por meiode ligamentos elásticos, que ligam os ossos unsaos outros. Se afasíarmos um do outro, os doisossos formando uma articulação, e se, em se-guida, largarmos bruscamente, a elasticidade dosligamentos recoloca os ossos no lugar. 0. queprovoca o estalido é, justamente, esse retornodas cabeças ósseas ao seu ponto de partida.

As articulações que estalam mais facilmentesão, é claro, as mais "folgadas", isto é: aquelasque podem deslocar-se com mais facilidade, exer-cendo-se uma tração sobre elas, como as dosdedos e dos ombros. Bem entendido, tambémpodemos provocar esse estalido tanto mais fà-cilmente quanto maior seja a elasticidade dosligamentos — em geral durante a juventude.

Algumas vezes, o estalido não é voluntário: aarticulação se desloca por si só, no correr deum movimento qualquer, e o jogo da elastici-dade a recoloca imediatamente no devido lugar,provocando um estalido. E' o que ocorre quandoo maxilar, em particular, começa a estalar. Asuperfície das articulações, de fato, não é per-feitamente lisa: o esforço feito para mastigardesloca, toda vez que abrimos a boca, e estalaao recuperar sua posição, ao fecharmos.

Esse gênero de estalido não apresenta, absolu-tamente, qualquer perigo. Em geral, -aliás, nãopersiste e o indivíduo que vai consultar o me-dico a esse respeito, exasperado por esses esta-lidos, revela, mais tarde, que "tudo passou mea:-plicàvelmente, como havia surgido'".

O RUÍDO DE AREIA... — Mas existe umoutro gênero de estalido articular, devido aotemperamento artrítico ou, mais exatamente, aoreumatismo.

Ainda assim, podemos observar duas varie-dades de estalido. 0 primeiro ocorre no iniciodo reumatismo, quando este ainda nao se ms-talou,\ Nesse momento, a bolsa sinovial, quecerca as articulações, modifica-se, o liquido si-novial se torna menos abundante e menos vis-coso. Os estalidos que ouvimos, então, sao pro-vocados pela modificação desse liquido, baoestalidos muito finos, infinitamente mais nume-

WSm

1

¦}?'**"

júf-mm i

":-''.;¦¦'¦'': 77' - .<"¦'.'.!¦!¦

_.. ^ ..... ._. ..."" 'y.;.

¦ ¦'¦

¦

. ¦

Jj) ','7

.. ¦

¦ -..¦ p*T*-***_;—¦.--. '. iliiaiillíÉÉã

yi t. ;di?.J : -THnO 'JJV!- -'-O A«i 'l _¦ Í.-A V Í-^.V-'

rosos,'uma espécie de crepitar, que sediria provocados por areia.

A articulação do joelho é uma das que"crepitam" com mais freqüência. Pou-sando a mão espalmada sobre um joelho,podemos sentir perfeitamente uma sino-via ligeiramente granulosa.

0 crepitar articular se acompanha, mui-tas vezes, de dores. Corresponde, de fato,ao estado inflamatório, que é de rigor noinício do reumatismo. Entretanto, se,nesse momento, fizermos uma radiografia,esta nada revelará: não se trata, então,mais que de um início de evolução, sematingir os ossos propriamente.

E 0 RUÍDO DE NOZES Umpouco mais tarde, o ruído se modifica,os estalidos são menos numerosos e maisfortes, comparáveis ao ruído das nozesquebradas.

Esses estalidos são o sintonia de umreumatismo mais evoluído e acompa-nhado, já agora, de uma deformação ós-sea. As superfícies articulares perderamo polimento e não mais se correspondementre si: cada movimento as desloca, co-locando-as fora de correspondência umadas outras e provocando um ruído tantomais forte quando mais diminuída es-tiver a viscosidade da sinovia.

Nesse momento, a dor em geral desa-pareceu, porque não há mais inflamação,

¦'

Ê 7.' '

¦ ..'•'¦'¦ ''¦ ¦ . I '¦'"¦' ¦'•>' '¦ ..¦•:..'.. 7 :''" .;.-: :' ¦ ... '*".'. - ..

37o Ano -~ m ^ Sfòt£.tóib,ro, ¦¦ 19S3.

mas uma rigidez incômoda entrava osmovimentos e anquilosa a articulaçãoatingida.

Mesmo, às vezes, o mal pode ser pior:ocorre surgir, no nível da articulação, uma"osteofite", isto é: uma calcificação anor-mal, que se instala entre as duas partesda articulação, como o poderia fazer umcorpo estranho. A essa altura, os esta-lidos são mais fortes, ainda, e a dificul-dade articular muito maior.

0 REMÉDIO — É possível fazer algumacoisa contra esses estalidos? Sim, quandose trata de estalidos articulares em início,isto é: no estado sinovial. .

Nesse caso, os tratamentos anti-reumá-ticos (salicilato de soda, histamina, iodo,curas termais, etc.) conseguem fazer de-saparecer esse tipo de estalido.. Mais tarde, ao contrário, quando os es-talidos são provocados por uma defor-mação articular, é impossível remediaro mal. 0 reumatismo poderá ser melho-rado, mas a articulação continuará aestalar.

Quanto aos estalidos das articulaçõesjovens, são também sem remédio. Masjá sabemos, de resto, que não apresen-tam qualquer inconveniente. 0 remédiovirá por si inesmo — e, infelizmente,muito cedo! — quando as articulações ti-verem perdido sua suavidade primitiva.

y:;.i.yB:. ..yy

ti.

U! &\ $*s__-»&¦

¦.*""".¦¦'

** - flteci!

¦T t IAJAVA eu, em automóvel, por certa região montanhosa e pouco povoadaV A certa altura, vi um camponês, de pé, junto de um caminhãodesarranjado. Detive o meu veiculo e ofereci ievá-io até o povoadomais próximo. Aceitou e, ao subir para o assento ao meu lado, perguntei:

Desarranjo no motor?Não — respondeu êle. — É que por. aqui os automóveis passam como

furacões e não havia meio de conseguir que parassem e me levassem,de «carona», ao povoado. Então, resolvi comprar êste caminhão impres-tável, sern motor e faltando uma roda. Paguei por êle cinco dólares. Co-

desde enião, sempre encontro quem me leve, gratuitamente, à cidade,— Mount Vernon, New York. Dc. revista «Clues»,l.loquei-o diante de casa e,quando preciso. (C. C. Govin

UMA vez ficaram «sobrando» em minha loja mais refrigeradores do que me

convinha e decidi sair do «aperto». Anunciei uma rebaixa de preço de cemdólares. Os resultados não corresponderam às minhas esperanças. Resolvi, então,recorrer a outros meios: anunciei pelo rádio que daria um prêmio aos que adivi-nhassem os nomes de certas músicas populares. O prêmio seria um certificadode cem dólares, aplicável à compra de um refrigerador. Desta vez, os resultadosforam maravilhosos. O comentário que se ouvia na loia era um só: «Não estou,realmente, precisando de um refrigerador, mas não posso perder a oportunidadede poupar cem dólares!» — (Claire Barton, Fond du Lac, Winsconsin).

mmyy

"D ARA dois vendedores ambulantes de frutas, de Londres, o negócio-*• não caminhava muito bem. Puseram-se de acordo e combinaramtratar de explorar a humana inclinação de comprar o que se considerabarato. "Com ambos os carros bem sortidos com a mesma mercadoria, colo-caram-se a curta distância um do outro. Um deles elevou de alguns

pennies o preço de sua fruta, enquanto o outro conservava os preçosnormais. Êste vendia suas frutas rapidamente e depois, num terrenoabandonado refazia o seu estoque... com a mercadoria do carrinhoao outro vendedor, de tal modo que os dois fruteiros lograram vender, pràti-comente toda a sua fruta, no curso de uma só manhã. — (A .N.liuet. X,ondres).

•_.-.«¦_

&

I

iIB1I

37? Ar/o1 K'!oIN?; 4 .--- Seiembfo. 153 15

DD'-''¦'.

-.'¦'¦¦¦ •'.

>¦ .'¦¦ >;•'¦.¦-'¦¦""¦;¦:"¦' *

}:'::xX'Xy.X:r "'-.'•¦'.x-i''r'i'. y.-iyr:-.y.yr-y'.-:yX'-iXyiX'"yyypiy-xxíí ¦"'¦:¦¦ y'

'ir X'!r

"¦ ,a'' ryiyp-^xiyxy .ryyy.-

u SEI iiu k .

-AA;;:' -'¦:,: ir. ." ..-:.

.".'. ¦

,: ¦

¦¦'¦¦;¦.

.¦<¦'

¦¦- -.•

.-'¦:-

.. , .¦'' .¦ '¦'-¦¦:¦'^ÊSBmmW'

¦ •¦ ' .'Xi.y i¦ - yyy

AERONÁUTICAS• >' ' '" ¦', • ¦ ''.:-.--.,.¦''- ¦'-¦¦- ¦AA.A"'.' ". fy~y:-\''.-r'-'Xy.i:'¦i:'-iy'':-' ¦¦','¦' A1.'- AA

Íl S aviadores se defrontam com as mais A LGUNS anos atrás, o piloto de provas|J estranhas aventuras. Mas, às vezes... Harry Sutton fazia um vôo solitário,

o que é mais curioso, juram eles que quando o motor do aparelho começou aE, w -:í--' -

tudo aquilo que relatam,realmente aconteceu! De fato,algumas das mais curiosashistórias, contadas nos últi-mos trinta anos (e não resta dúvida deque por muito tempo ainda), não sãooriundas de pescadores ou caçadores, masde aviadores. Aquiapresentamos algu-mas delas.

que quando o motor do aparelho começou afalhar. Logo em seguida, o

d m.Ar\nrrsK\ ui iiut avião, ainda não perfeita-Por MURION HUNT mente ajustado, fêz uma pi-ruêta rápida. Quando ô apa-

relho chegou ao topo da reviravolta, Sut-ton prontamente atirou-se de pára-quedas,para cair, alguns metros abaixo... sobre

uma das asas do

¦ ;yy

^Mí$>;\* WÊomW-"'. W0^WBf 'jÊr>'"*; AÍ$§íl

^.;:«.x¦!^mmmmÊmJmWimmã. fcfvfmmtmé-^ mirai imm W^m^ Wr^9 mm^--^^rfpmm/ÍMS^^^r'mmmmmm^X-À_\\\mW^_W_WSÈl^L^ yÃW^PM-yy-X fi\ mmmÊ*mmwÈmWÊÊSW$@W^t£^

Í^'A /M |H^^^HPSPÍ@ffi|pí^ VA-zNSi^ A'-^-.-'-Jv.A-'v-r -.;^:A.'% tt m_mrAmWBWs®m$mmE!Éin"^'¦¦¦¦¦ ^.mwfíímÊlmWmmKÈMmmmms^^-r^

TTM piloto amadorde Sydney, Aus-

trália, notou, certavez, que seu aviãoperdia altitude, jus-tamente sobre umaimensa floresta, oque não lhe possi-bilitava nem mesmouma aterrissagem deemergência. S e ucampo de pouso fi-cava a algumas mi-lhas além, e o hõ-mem não conseguiaestabelecer uma rotaque pudesse seguir,uma rota que lheevitasse uerder tempo com volteios. l<oientão que divisou um gavião voando pre^guiçosamente num rumo certo, como sesoubesse exatamente o caminho a seguir.O piloto resolveu escoltar a ave e, poucodepois, estava fora da enorme floresta,conseguindo retornar ao campo de pousosem maiores dificuldades.

* £* C. Greimes, de Seattle, EE. UU., ro-

çou seu pequeno avião num fio dealta tensão, o que lhe acarretou a perdado leme. Incapaz de estabilizar o apa-relho, Greimes se preparava para saltarde pára-quedas. . . quando descobriu que,abrindo e fechando as portas do avião,conseguia fazer o mesmo planar comtoda segurança!

avião, que comple-tava, justamente n^~quele instante, a pi-ruêta que descrevia.Novamente, o pilotose atirou do avião,conseguindo safár-sedesta vez.

|f M piloto das Li^•« nhas Aéreas

| Orientais aterrissouí' era Montreal, Cana-dá, com uma gai-vota presa ao motoresquerdo do avião.A ave penetrara en-tre as pás da hélieée ficara presa en-tre dois cilindrosdo motor. Ligei-ramente queimada,

mas ainda viva-, a gaivota, logo que foi li-bertada, alçou vôo, desaparecendo!

XiURÀNTE um salto geral dé pára-quedistas, realizado em Fort Meade,

EE. UU., o pára-quedista J. D. Carheyviu um companheiro que caía em direçãoao solo, sem que o pára-quedas se abrisse.Rápido, Carney esticou um braço, conse-guindo agarrar o homem, e ambos des-ceram sãos e salvos!

'x''XyjX

'¦:.-".'

i

¦-;.»!&

rW¦ iia

TTM piloto mexicano voava em direçãoa Ei Paso, quando seu avião pegou

fogo. 0 piloto, com grande presença^ deespírito, meteu o avião numa providen-ciai tempestade que se formara logoadiante, conseguindo, dessa forma, apagaro fogo do motor, e prosseguir viagem semqualquer outro incidente.

bacilo tífico resiste bem às baixas temperaturas .^ _^. ^ ^ ^ ^ ^

_.. +íí;/-« có nondo nas bebidasbricado com águaágua depurada.

gelo. E' condenável, pois, o hábito de colocar emtratada. Livre-se da febre tíf.ca. so pondo nas

daí a possibilidade de conservar-seras c"gelo feito

nao

n<

¦ ^^m_mmmm-mmsmmmmlÊÍ-*M-WÊÊÍ-mÍ^

'» i i mH-l-WW-IIH. r.

BWJBBBBBBBliJ-^ffi^'r<ií

16 .37? "• Anc 1—4 Setembro '—1953

Vamos! Pode me revistar! — gritouSharkey para o policial — Estou limpo! x H wm'¦ 1 I

¦ <w£>7s M §m fl

^fci ^^ISfe^KTOS^ __f^'^IBpíS7M0MÍ^r^|H 1^^. »e\

/ / ^1 «JBP^H BMfiuk É( ^^.____0^^ ' £%}

\ ^m^^mm^^SSkM^k fe* -^J ^BÍÍbB^^ ^^^É^H^-í-^rTP^^hiBBBBwBSBpÉC^^^^H^^^ JSf^'^^r*'%*53L___x\\\vV^>1 >.^^B^i;flMWMiflBgflftBflr ^V\^^- -^lÉHHfevy<SA\ \ \\]~~s\ íÉ-mií 'fmWlÈÊm \ M.ym*^nM\ -ém.Xi^Bi^ifl BflflBPfewJr---0&^SMv*^Ê^iiv^WS^^^ii^A?^K— '¦¦ ¦**¦>•¦. Mmm Mzmek -^¦MMs^x^^^^^ímMWMKi^miS^S^I^^Sítí-^^^Ê* ____M ^v*rrvHWItajia.íi^B _V^H ¦8ai!^_t^?S^ii*?i_SÈ.â*5VYHgfógS**-' J^-V^^i^iíiv-*-*" 'V7-'^m7vi^-ftí-''l;fi^_S_??*m>,;^ - ¦"¦!_^___K9H_BI '¦'

# ;N^BBk^fl mmmMms^Ê^f^Mmmvmií^mm^mmmS-^sMmm _^__é_^H ^Bíáv-- aa'¦x*S«sglH ^r;:"';*'~_^fl wmmMÊutoiÊEíÇm&wflt-rk/. / 7 iW l l «"^'-•^A /fl fll I fl mLM Wmw,mWK$EÊmÊÊÊym\ .__________¦ W- «BbT_#^__íí Bs3hPÍ8Ç-l"íi *//' / y" »' * •M^-aaHS-W^T". Ba** .m\W£ Mg^7|#IPPllA*NÉfl FALSEM BB l_£MaBi f/f J f i-fkwsmWSB-mm- flFl vi mH|K7;^ M^S"^ fl iipl

* 7/7/ » 1- l^flHBflll- fl Kü Ki——i^ 1^—* I Wii: // // mtm H\^iMl ftfl IM^I^l ÜBiMB 1 fl-BWHBn. // / / f/Mfl 111 ts—^Pl fll frtfrm\"-w^Ê mã P¦ w I i li!hmm t l i i\r^.ffv^íli Pus WhWXm\P* j_^Ba 7-TM ¦¦ 7?MB BsE

fll/ f / /fl fli 111 i^\va^/ü tmèawm b » j b»m$H-#Sfl ft W \^mWkWk\^Sm^-WmkM Wm w - mm MM mnwmfl fl ft It #lil%ll ül IlSffi fl i&U^__^Ki_re&&I&fèraH H

'A -\W&>Mzky_V-L&L_Y^&__! Xk-ftAly£XéM ll I íl: 1-'-1a yGfllp&JBIlIli ___^CTI fl Bi..h*.-jj- J r^B ¦} 1-1 1 Al.' 1 ¦S'_i___l _-BU<M If-^TiW ___P^Ü___P _____i h___J Itl li I: i _^fl aÜI^«''aMB BflP^1- Bflfl^jM Bi V V;r: 1' ftBPPM'?JSÍÍIl ft ¦"¦ *i;-B ftPft«^VíSJUÍai BB' I I li fl PÉM^I^i^tB mWmWÊÊmÊÊ-Wm B^nti«_S)HR@IIH__i Brwt^IsK^^Sl_Kl__^l_lll»^win ^^_i •¦¦ '» Klmraí\ \»w\l Ilil t l:'>:llt'fl;í'i#I^PÍ9 n *' 1 B SJfl Q_DflB\V\:- «SiIhÍPÍI flMlii^-_i-PKH-fl_ftÉHnB fc^B BB»—I- WÊÊÊÊmWÊÊmMmWÈi

jfMC^liiligliK^raM »J'lli;;^^MI%rm^.^^l^_gMl^Ka^M B--W MBIM Bk Sm - ffk'^^BH|^^H8Kr&«_MH^^^í_K«C»i^Sl^«_Bfl _____B_f*9_^ •¦-'»¦¦ ¦ __P^fe^ofâ»á_______Klfâ*_tíí^-.¦'(pE^SB^lKe*3SM*iJ^^^B__(lí* 5slí^^53ls^E^^^I_^*í^^»__íS^__l ¦PíískM IK&B w " MffliÊÊmmw!&fi'm^ mÍ•ilWmm^s\^míS*&^mtí't^maS^StSm^mmmM^rM^'¦^

•"¦:;wlxèWÊ3:^!m^T^m&-SÍ^^ .--:..- 9*..-¦¦:;.»l^*í._S±!«3^^r^ ^B, ¦%Ii_K__lill_l^_^@iBi^l': ^^P^^HB-^nH Bülrl H!~ ¦ f ime"*"^ v&lf HíiÉí^rVjJiUpr .1 riH£iKBsKl__i^__s_^__^^H_^^^^^^^H^^^HP9^_^!;^_____________B ¦ ¦¦ :.iBHEB-H^HHHP I \ \ \ »¦¦ \ \ itKttBl w^rjmm^Am^ mmm^*^ \

;: ^fe^wU t w w^^-^^^pPWJIWfl^^^^ (#f /Tfl !

^:-'^^m^ iWÊS^^ ikfàimjf RoCnPfl.

¦**r«S

S olhos de Sharkeyv notaram o par de"batedores de carteiras",

quando o trem subterrâ-neo, que cruzava toda acidade, partiu da estaçãode Polo Grounds, naquelatarde que aos poucos iamorrendo. Com um me-

neio de cabeça, quetraduzia um senti-mento de piedade,êle ficou observandoos dois homens.

Eles trabalhavamnuma tarde de sá-badò, no meio dopessoal amontoadono interior do va-gão do trem subterrrâneo. Sharkey, cn-quanto os observava,não pôde deixar deconceder - lhes u mcerto conhecimentoelementar, mas ométodo que empre-gavam era o maisbatido e errado, Nãohavia qualquer estilopróprio no modocomo operavam !Nem tampouco ha-via aquela aparênciade ingenuidade comque os batedores decarteiras se cobrem,como é regra geral.

0 mais gordinhodos dois meliantesdeu início à repre-sentação, com umempurrão na vítima.Seu companheiro,um homem com ca-ra de ave de rapina,"trabalhava" a víti-ma, do lado oposto,surripiando a car-teira de notas e o re:lógio. O "pato" eraum homem obeso,que retornava departida de futebol.

3 empurrão foi tão bemaplicado, que o homemchegou a pedir desculpasao meliante. Sharkey nãotirava os olhos da cena,que, para os demais pas-sageiros do trem, passavadespercebida. Quando êleresolveu, distrai damente,correr os olhos pelas pes-soas que lotavam o va-gão, deu com o CapitãoMartin, metido em seu

A A

ai

7;

Ki

N

Ml ' '¦¦*'' . '37? 'Ano '---* N? 4' ---•»l'l'"1IllP'»-- '¦''¦''

\_cw\K '"¦ iff''AIfl'.:

m«***ws««w^^

, A, i

Setembro - 1/953

^.¦^««^«««^^ | ^ ^ b iiumi.w.hh.wmwiii»,,, am,,wm„„mm

uniforme de sarja preta / Sentiu, então,uma certa apreensão.O Capitão Martin comandava o esqua-

drão de repressão aos batedores de car-teiras. Desta vez, porém, o sentimentode alarma que dele se apossou logo de-sapareceu, pois Sharkey estava limpo;nada havia feito que o indispusesse coma polícia;- Assim, pôde continuar a observar acena do homem sendo pungueado e,quando o trem se detivesse na estação deColumbus Circle, não havia ninguém paraimpedir que Sharkey caminhasse livre-mente pelo local, se isto lhe aprouvésse.

Êle se sentia satisfeito por não havercometido nenhum deslise naquela tarde.0 produto do "trabalho" daquela manhãnão fora muito compensador, mas, agora,mais uma . vez, Sharkey sentia que forabastante ladino em não se dedicar à sua"arte" nas tardes de sábado e nem, tam-pouco, na linha que tinha a estação cen-trai em Bolo Grounds. A linha de tnensque êle preferia era â que partia/de INDQueens. As pessoas que viajavam nésséramal eram, geralmente, homens absortosna leitura dos jornais, enquanto sé diri-giam para suas residências, nos subúrbiosda cidade. Era muito menor c numero dépoliciais, operando naqueles trens, e ha-via maior segurança para os "punguistas-,

No dia anterior, por exemplo, â "féria"fora relativamente boa: três carteiras,contendo doze, oitenta e duzentos dólares,respectivamente. Q "trabalho" de dozedólares fora feito em algum veterano dáguerra, que devia estar atravessando ummau período financeiro, segundo Sharkeyconcluíra. A carteira tinha as iniciais"D. A. V." e, no seu interior, havia umacarta a respeito de membros artificiais.Logo abaixo, estava escrito um endereço,a lápis. 0 suposto veterano de guerra po-deria ter grande necessidade desses mem-bros artificiais, de modo que Sharkey pia-nejava mandar de volta a carteira.

Sem os doze dólares, naturalmente! Nadade "molezas", com êle! A vida era muitodura, e os ricaços que dessem demons-trações de bom. coração. Êle? Pois sim!

Tornou a olhar para o Capitão Martine, em seguida, para o par de punguistas.Nenhuma "classe"! Nenhun^a imaginação!Como em qualquer outro jogo, a arte debater carteiras requer sempre novos trú-quês. Como aquele que Sharkey empre-gava agora.

Ia de bolsos vazios, naquele trem sub-terrâneo. Muitos de seus "colegas" eramagarrados com o produto da "punga" nosbolsos. Isso era cadeia na certa, com umapena a ser cumprida.

Sharkey andava sempre de bolsos va-tíos, levando apenas o dinheiro para uma

feição ligeira e para as passagens. Istoao mesmo tempo, uma precaução e

¦7 yXy},\

-A A

x jEU SEI TUDO >Í.'A , *

; ; . ¦ /, :,.AAAA -A .-' -;' A * ;

• - ¦ ,: ••"¦¦¦..-.¦''....

7 ¦ 77 >yy-m

Üma piada contra a polícia, pois êle jáestava farto de ser revistado, tendo ^sidoagarrado, algumas vezes, com o produtode seu "trabalho".

Lembrava, ainda, a risada que derapara o Capitão Martin, da última vez emque este viera revistá-lo.

Estou limpol — gritara, num tomque indicava estar grandemente ofendido.Vamos! Reviste-me!

E o policial, com um ar frustrado e de-siludido, não encontrara senão alguns ní-queis e chaves nos bolsos do batedor decarteiras!

Está bem, espertinho! — fora tudoo que pudera dizer.

V-1 Você está ficando velho, capitão!retrucara Sharkey, era tom de mofa.Eu já lhe disse diversas vezes: se me

agarrar com qualquer coisa nas mãos,muito bem. Mas, caso contrário, pare deme amolar com tanta freqüência!

È, com lim ar de dignidade ofendida,deixara o posto policial.

"f T IBERTANDO-SE de seus pensamentos,A^ Sharkey tornou a olhar para os "ba-tedores de carteiras" e, ao se voltar para«observar novamente o policial, deu decara com o rosto gordo e rechonchudo deMartin, a alguns centímetros de distâncijído local era que se encontrava.

-—Tenho companhia — murmurou opunguista, enquanto seu rosto era ilumi-nado por um sorriso inocente. — Ora,ora! Êsse mundo é um bocacio pequeno!

O policial falou em voz baixa e suave,mas a energia nela contida fêz toda aarrogância de Sharkey desaparecer comopor encanto:

Euy70 vi, à saída do estádio. Peloque vejo, você dedicou o dia de hoje às-diversões.

Apenas os "trouxas" trabalham aossábados. Vamos! Não quer me revistar?Estou limpo!

-— Acredito nisso. — E o policial dis-pôs-se a voltar para o fundo do vagão.Naquele momento, Sharkey recobrou a se-renidade.

il T__J__M 18WM www Im.M W*^^_mm mÊÈm^liÉÈÊwSÊA _______________J I '"fi iIi^ík] iSm W - a y mvM BSp8^HI «BIS Bfe-1 l^ül w^H 11 i

*ii'*i^fi'iff|ptWiiffl'illiW^ _m\ . íiiÉiiiiMiii 7. l._ **"¦'¦-'•

SaLs 9HS&*' '"¦}£?lfíBm' y i' V*if^s_r*í*l*,*'• \Waki3B^wt^&Í_Wi

jm?S -flislfslí WS. g 1 1 *P«-*T^^TffllKSflli$T ¦ '-'.y*;~; •** -''

/

'"-* V."1 , -Seíerabro 19Í

Ora, Capitão, deixe de timidez. Naoquer passar uma revistazinha? — e le-vantou os braços ligeiramente, a fim oefacilitar a tarefa de Martin. Este, comoum autômato, apalpou os bolsos da calçae do paletó do punguista. a ] *

É! Nada tenho contra você, destavez. Procure continuar assim, porque, dapróxima vez em que fôr agarrado, nãopegará somente cinco anos. Serão quinzeou vinte anos, por nova reincidência.

Só os "trouxas" é que são agarrados,Capitão. ..

Mas o policial já se afastara, e psssavaagora pelos dois punguistas, a alguns cen-tímetros dos mesmos. Os olhos rancorososde Sharkey, semicerrados, acompanharamo vulto de Martin, enquanto este se dirigiapara o fundo do vagão.

Tão distraído estava êle. na contem-plação do policial, que foi corn in ensasurpresa que sentiu o empurrão, seguidoda apaipadela peculiar aos batedores decarteiras.

Apesar disso, Sharkey apenas sorriu,levemente, com ar divertido. Olhandocom rapidez para a direção oposta à doempurrão, notara o movimento ligeiro dopunguista, cujo rosto se assemelhava ao"de uma ave de rapina, com a não vaziaa abanar, sendo introduzida no bolso logodepois. *

— Sharkey sentiu vontade de rir e zom-bar de seus "colegas". Conteve-se, porém,não podendo deixar de sentir satisfaçãopor haver parecido um sujeito próspero,a ponto de atrair a atenção dos "punguis-tas". Os dois se dirigiam agora, comcalma e vagar, para a porta da saída e,quando o trem se deteve, ha estação se-guinte, deixaram o vagão apressadamente.

mp%A

JI então que a confusão teve início.Acima do ruído, das rodas sobre os

trilhos, Sharkey ouviu alguém gritar:— Fui roubado! Roubaram minha car-

teira! Que ninguém se mexa! Chamem apolícia!

Quem assim bradava, nervosamente, erao até há pouco jovial e alegre homemgordo.— Minha carteira, com duzentos dó-lares! Chamem a polícia! — continuavaa gritar o gordo, cada vez mais desespe-

rado. 0 homem udvaa impressão de umacriança a quem se houvesse negado umbrinquedo, e que estava prestes a chorar.Sharkey teve vontade de correr, mas otrem começava a se pôr em movimento.E êle era prisioneiro daquele vagão, atéà próxima parada. Subitamente, viu oCapitão Martin, abrindo caminho entreos passageiros curiosos, chegando até operturbado homem gordo. Ao ouvir o po-licial falar, Sharkey começou a sentir umfrio a lhe percorrer a espinha, como sealgo de mau fosse ocorrer.

Que ninguém se mova de seu lugar!— dizia o Capitão. — Não procuremleixar o trem!

De algum lugar, apareceu um guardade trânsito, juntando-se ao Capitão Martin.

Um minuto depois, como num pesadelo,os dois policiais se encaminhavam paraSharkey, e todos os demais passageiros semantinham em silêncio, observando. Opunguista sentiu como se estivesse cami-nhando nu, numa rua apinhada de gente.Todos já se haviam afastado de Sharkeye êle estava sozinho, de pé, no meio docarro, com os nervos abalados e tomadode pânico.

Não fiz nada! tentou êle gritar, semque conseguisse emitir qualquer som. —Vocês não me podem prender. Estoulimpo! limpo!

Na aflição que dele se apossara, Shar-key, como a confirmar o que tentava dizer,correu as mãos pelos bolsos do paletó eda calça.

Foi então que estremeceu e seu coraçãoquase parou.

A^âo estava "limpo"! Em rápido racio-cínio, relembrou o esbarrão que os doispunguistas lhe haviam dado, e sentiu umafraqueza nas pernas, como jamais lheocorrera em qualquer ocasião. Havia umacarteira, no bolso traseiro de suas calças.e Sharkey adivinhou, por experiência,que a mesma deveria conter apenas ai-guns papéis e documentos do homemgordo, sem os duzentos dólares!

No terrível silêncio que reinava no va-gão do trem, sob as luzes que agora oofuscaram, e sob os olhares das dezenasde pessoas que o fitavam, Sharkey an-siou, miseravelmente, que o Capitão Mar-tin se apressasse, levando-o dali e dandofim ao tremendo pesadelo.

região mais fria do Brasil é a zona monianhosa do sul (Paraná, Santa Catarinadeste do Rio Grande do Sul); a mais quente certas zonas do interior do Ceará e Piauí.

nor-

. =•

*&&&-y ^XISTEM Üvros expostos em vários museus do Ocidente, impressos com tipos de madeira, cefenas de anos antes dc nascimento de Gutemberq.

•yvyy-

m

/

':/>'-.

/¦:

-. -

mt 'A^y A-.'W*r.\:-fJ-.?.KKVV:M^ IM1MIMIIWM II$ .¦¦¦¦' \y"^yyy^yyyi^yy^ ¦ '1?¥v

<r . '.' ..¦..¦':'.'"'' '" i 'v ' 4 . .',• "ri, ... ki i , i :iy..

'.,'¦:,.. :,,...'A •.,..'¦ './ .".. '¦'..

,'..'.'. .2 ,1.. .\ '...'..'¦ , ,...'... ,.' ' ' -¦ '..'''*'"''¦'' A Ar.-jA_ __^<^M^t^<MMMe '.'"wJ|

fl Hflfl' '

HflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflHflflflHflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflE^' :^3bi?bsflssif' ;4$aBaÉ* ffi

111^^hhbípííB?B ü &&&âK 1s^H . '"%i:JK#mR

fll ^H&l ¦^BfnffT^'flflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflMM^IIfl fl;"'.'.'

flíAfll /11H' y..-yimm mmvÊ^'^/'flfl:' .'-fl Br--' *'"''yfifisÊÊ. WÈ'A'flfl ^l^^^^tÉ^H^^wK^ KWH.'.p?*fl Hhr£'-';'fl ¦ Ifci' -IR -

Bife 1111Ifl BA '..'^A^lp'

flflII

flfl <vHd alimentos para iodos I11' ¦ ¦'' A íoxne * ol>ra do íiomem"* -íl ¦> -i!|

PPPlfl fll^A^A^A^^^^S^fl INI MN| IPBflfll. . Altls

«O mundo tem suficientes recur-sos pára proporcionar uma dietaadequada para todos, em todasas partes... O verdadeiro cami-nho para a sobrevivência conti-nua a ser a boa visão dos ho-mens.» — Icsué de Castro, nolivro «A Geografia da Fcme-».

ADA

TT) Ã Í1F

ICO surpreendida ao desçobrir que muita gente acre-dita que estamos vivendo ,

nma idade negra. Para mim, ao contrário, esta e™ £wf tâo plena de possibilidades - e, por isso

U ?«,n de esoerança A que cada manha, despertoe u£. o rádfoAu a£o o jornal;'para saber se chegou

gLSJAãS o dia em que os homens escolheram,afifaT o6 fufuro° que ^de dar a todos os povos a

Pl=rldSarPl^UdtodtmltaSpodemos viver juntos

rFfn£oPaÍa?sfo0naPoaT^eIo^£?£ ap" ^.Jpesar dos acidentes da

guerra,a paz tem cammnado para a recwda*e. f .

Pre1Ss°os,e;roStfcosmeentenãqoUedQvePàZ v!r "por

meio derecursos Prat£cos e "rréàios

devemos procurar con-um milagre! E

%ueAnrf^e51e°Studol devemos combaterseguir ,Pa/afX de S imentos básicos, em dois terçosa fome! A taita ae aujBW -„„-„ rv^ra os descon-do mundo, tem sido a maior cau-q.para ^

tentamentos e ^'W^da tófl é, básica-

a lutar. A S*^e "^e s|Aecentemente, os cien-

SE?' tó&todo^' faíol relatos à

orne descobrira» ao mesmo tempoos seus piores efeitos./ ^cientistas afirmam que o mandoestá abarrotado de ali-mentos. A distribuição,sim, é inadequada.Muitos povos sao ^f<pobres porquenáo podem ex-

PEARL S. BUCK (Prêmio NÒbel)

portar seus excedentes. Outros,morrem de fome, porque náopodem importar!

Poiém a" própria terra podeproduzir múitO mais do que osApovos podem consumir. Depende, Aunicamente, de organizar... çòmo-rconvém,, a sua distribuição.

E que. dizer da supèrpopu-lação? •' Os povos qúe sofrem ;icme tem, em geral, muitos fi-lhos, segundo se tem afirmado.Novamente, os cientistas, ençar-

regados de dar resposta ao mistério, declarcan queisto é resultado e não a causa da fome, Josuéde Castro, o grande nutricionista, em. ..seu : livroy«A Geografia, da Fome», prova que a fome e malprovocado pelo próprio homem. A Natureza tentasubstituir, apressadamente, o homem, destinado amorrer cedo e cuja vida já é muito parecida cornara morte, da mesma maneira como a árvore, prestesa morrer, produz uma anormal quantidade de^se-mentes. Alimentem o povo, afirma ele, e a médiados nascimentos cairá.

¦*»' jgk

É fato indiscutível, a grande maioria deseja etrabalha paia formar um mundo melhor. Bem poucossâo os perversos e os pessimistas que desejam ou

p?evêemPdesastres e destruição. Outros em numeror^H'i7Ído são indiferentes e parecem doentiamente .

^e S6,a Pot iaf crT seí corpo), yM^os novos, em geral, estão dedica-'•'os

honestamente a conseguiro iütüro- de cviro, Essa e a

ura verdade e tenho aesperança de viver,

até que esse possí-vel amanhã ve-

nha a ser umarealidade.

..:"¦

--

¦yy\

.-"A:

w^íy<Mt Py ;Ãyy^,.

' ',,l*^"*í ^ta-.í^.TÍrr^i?y rji-'--r- v7; '-r.-A--Vy

M. ........... s ... *»i ,v> ...*.-> **• rt -....• i* ''

i llíl^ÍiÍl!iAilfclMMllÃlÍmt«fcl^aÉ*M*Í^1í'li J li lllll lH*lil.>Í Íl/Hll'l I i 'nl

.¦__9 Bil . ' N-'' 4 -

»¦ '' ll ll____________H^P ':¦: -'fl flB_í#iK^S#ií'!*f--*•>&!__¦ __\_MSmtmwuma^Pk>0^!IfJih^i>íX!^

7.ees?i9 »»««.

eeill Bfl mWm^m-1 Ri.v-eve-fl fl»»*., 1','hv-iirJ !\

... -¦—«.-t^-B _I.Blfia__?__£_____i_l mWBim¥WlíMr^'l'V"úPÜ.Síttf^vii¥lfx¦rW^^m x__^_\^^kWi ____WB^ii^.^-¥0i'¦mWKHm\ m!' ' «ÉM__._-_.i1-_-11IME3Iu.BmI m. .. .'*; llflSgÉHli fe^iS4:"SSve ,_r®í_^^ibSí ^B^ãvtreíe_-..'.rt- *^'A.:^' ,_H_I^^9H RpA^^

^;;*fl_fl_flMMfÍli

' 77* ;">ÍÍfl ^KÍ^^^^ftil"ievyeeí^fl BÉÉlPilíl•

- 7.'*.%£fjfifl BPIliiltít.fl |BHg.¦•—¦"•.'.•...'_¦ _S_tS3Í.S^*i0íi ".

[Biil RpRI*-il^>^%3__ l___fl ___Bl_^':;V('.'

1111111 H«W'¦B^K^^flflBIflflflflflflflflflflflflflflflflB^B •¦

. • 7.7.V-;ÍV:.iV7lí«^a ____fflffl&&£V:K.,.^:y:i,ef^MBB^iM '-¦

ISfl^ 7 *^1 ¦fei-^S-|g%fi:-e*.^^^M PB^^_í* ;;e*?SiS*S?^Í 9p^l___-fl_____Í- llç«S__í^P^fe;.'

7 -ifl Bf^Br4*'=^^^_l^_^?*-t^^S_^^M__l Hi^^í-^&£.? á_^HP.^^Iif9 _BPi___K»*,si__liiffl^^S,'^^5ÍIBB?r^?^_s^H mWffl__k____Wm$-r.i¦____i^I'^l?*l^lffl_iwlÍH____ffl _9PI_^#?'

- *^j£*^_fl MPP&'i,*a_t^*7e^_,?'-^7na™ialf_^.S^_™*M -T-PT HBWBE^B ffl-A^VrT™.íy;A!W_fA fA0ísimmm Wamim IWÊmâÊA)^ttnttHR PPVHI RBnívif tyilWwflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflfl^l1^^^!^JWÍiJ ''nffiW I Hl

MMgiOgigJHMir-. - --ískH fliff^wl^^»s3^BT*®'!fl?'c : ¦.w*S**í4í'Ib k'';. -^B^^^^BÍ^KÊmÍr^^ãry-Cr\

cxMIÊaWÈíÊêS^I- eS'^K£&>^^ Hüifl __\__^^^W^^^^^lm^^^M^t^Ê^^^ii<'^^i.S :S^MU__MP^ ->;:»il7'Pímk* -lsi:* ,4. -ilfSr5 19__H-9 IP™ ^itmWmCMMMmmmMmmWãm^ ....MÉ^)S^I___illm^fl iK-ifl^^'-.^rn1^ IfnBrr -"^ '' *' >f--''w__iflj^__-?g-.-i.._v.farf'|M| -9ífflirr'Pb'°fe,r-'m<*^fe5?^,i;',"''-.';,^'^_^'J5- Aís^düsM mmm.^.^mm^Sy»Ms^^mamWmmmsmmri-: ¦ -vsimmir-iAiWs&Mm BWP .WÍmíMsWwA,.SfMspgBp-gpft/^ •— •¦-

\r

^•ffife ' O homem que depôs um rei:f _^f*í^^5w? .•' ...

i;

Ano 'Setembro 'ao

f A 1\ if Cl •fi * %. _(? fl MHWrt £\J IVlEí IJ

General Mohamed Naguib.

¦777

jHKree;.*':5^_^___.'""'I

SERIA difícil indicar em que momento o povo

e o exército começaram a mostrar-se can-sadõs da corrupção engendrada pela ditadura

;,de Fa.*uk. Mas posso afirmar que foi em 1947que os oficiais, apesar de sua lealdade, cessaramde digerir as pílulas amargas que o' rei os for-cava a engolir.- Faruk havia nomeado chefe doEstado Maior o mais detestado de' seus prote-gidos, o general Obrahim Attala, cujos abusospassaram todos os limites.- Foi então que algunsoficiais se reuniram no Cairo e decidiram orga-nizar a luta. O iniciador desse primeiro complotfoi Rachad Mehanna, que é hoje coronel 9 foiüm dos três membros do< Conselho de Regência.

No início, eram bem poucos em redor deMahenna, mas todos moços e entusiastas. Suasociedade secreta tomou o nome de Dobbat ElAhrar, o que significa «Oficiais Livres». Sabiamguardar segredo e mantinham afastados os ofi-ciais superiores dos quais desconfiavam. Eu mesmonada sabia; eles me consideravam um velho. Mas,

ém breve, não houve mais se-

grêdo para ninguém que eulutava contra as manobras deAttala, e ps «moços» começa-ram a mostrar interesse pelo«velho» Naguib.

A seguir, foi a guerra 'da Pa-lestina. Partimos com grandeentusiasmo, principalmente osmilitares mais jovens. Nossorei e nossos generais nos ha-viam prometido a vitória e a

glória. Mas haviam vendido a

pólvora de nossos cartuchos e,inutilmente, puxávamos o ga-filho de nossas armas. Os tirosnão partiam. A vitória gloriosafoi uma derrota humilhante.Continuamos lutando, realmente,mas já havíamos compreendido,

Cabía-me comandar as uni-dades de choque, na primeiralinha. Por três vezes, fui fe-rido gravemente. -Felizmente,todas as unidades que com-batiam na Palestina conheciamo meu nome e, justamentequando eu acabara de ser fe-rido uma terceira vez, os oft-ciais moços me procuraram.Assim foi que, no início de1942, passei a chefiar a so-ciedade secreta dos «OficiaisLivres», que já então modifí-cara, ligeiramente, o seu obje-tivo: tratava-se, já agora, nãosó de acabar com Artala, mastambém com o rei e seu re-gime.

O segredo continuou sendorigorosamente _ guardado. Àtesta da organização se encon-

comitê de nove membros (aumentadoposteriormente para doze) . Eu próprio nao conhecijamais além de quatro ou cinco. Só se reuniampara tratar de problemas importantes e em pe-quenos grupos. Foi esse Comitê Central que pre-parou o plano do golpe de Estado. Não revê-farei os nomes de seus membros. No interessedo movimento, deverão continuar em segredo.

A clandestinidade não era coisa desconhecidapara mim. Em 1919, já havia eu participado deuma conjuração dirigida contra os Ingleses, -Foientão que compreendi o princípio das sociedadessecretas: não conhecer mais que um número, pe-queno da sociedade, justamente aqueles por cujointermédio ingressamos nela. O capitão que me«apadrinhara» exigira que eu jurasse fidelidadesobre o Corão. No Dobbat El Ahrar, os novosrecrutas não mais juravam sobre o livro sagrado,mas davam, simplesmente, a sua palavra deoficial. Certos jornais estrangeiros pretenderamque o golpe de Estado fora preparado sem mim

trava

f-^^ff»*^¦•..;,:¦.:¦:¦ -tyyy . ¦¦¦•:.-

-m Ano N<?.*4 Setembro —* 1953¦:'- yf ;¦' '. . - ¦ • ¦•¦.- *<.>,\¦'-¦;i_:W.f;-<.í-fr

¦*¦. . .'¦¦ ';¦ :í'¦-;, -'¦ '.-'

TV TT TH^fX21

AIS TRÁGICO' - * •"-" EU-SEI TUDO

Pelo GeneralMOHAMED NAGUIB

*: :.*'í

"**«**;;•' J'^'-ív •',*.'• !1

e que só muito depois eu dele tomara conheci-mento. É absolutamente falso. Participe1 do mo-vimento desde o início. Mas, como general, antesde passar à ação, considerava do meu deverchamar a atenção do governo para os escândalosque desejávamos fazer cessar. No início, dirigivários relatórios ao primeiro ministro Nanas, assimcomo ao ministro do Interior, Serag Eddme. Porvias indiretas, dirigi-me, igualmente, ao rei. Ne-nhuma providência foi tomada em consideraçãoa esses relatórios. Não obtive qualquer resposta.Decidi, então, passar à ação. Os oficiais moçosnão esperavam outra coisa. Noinício desse ano, o rei orde-nou o fechamento dò- Clubedos Oficiais, do qual era euo presidente eleito, apesar delepróprio haver indicado seu can-didato. Esse foi c* sinal.

Três vias" se abriam diantede nós: uns propunham desen-

V cadear uma campanha de pro-festos, sob a forma de tele-gramas expedidos de todas asregiões do país. Eu era con-tra. Sabia que isso de nadaserviria. Outros, partidários deuma ação forte, sugeriam aocupação do clube — pelasarmas se tanto fosse preciso: arevolta aberta arriscava a re-dundar num inútil derrama-,mento de sangue, sem qual-quer resultado prático. Restavauma terceira solução: reunir to-dos os oficiais superiores pe-rigosos para nós e prendê-los,todos de uma vez. Foi essaa escolhida. Uma lista, ondefiguravam algumas dezenas decoronéis e generais, foi imedia-tamente preparada. Todos osdetalhes do piano foram estu-dados e resolvidos nos quinzedias que antecederam o .golpede Estado.

A maioria dos oficiais dese- .

java que o dia «J» fosse fixado

para 4 de agosto. Por. duasrazoes. Primeiro, porque aguar-dava-se o retorno da Palestinade um batalhão de elite, com-

posto de elementos seguros.Depois, porque os oficiais de-sejavam receber seu soldo econfiá-lo à família,* pois pode-ria ser o derradeiro, embora es-

perássemos levar a bom termoo nosso intento. Mas, também,

poderíamos, todos, ir parar nas-

prisões ou acabar diar-te dos

pelotões de fuzilamento. Minhaesposa sabia, mas não tinha

medo. Ao contrário, répetía-me, sóm c0fsar:—-«Mohamed, |á é tempo de fazer alguma coisapelo país. Deus ajudará!»

Finalmente, o»- acontecimentos se desenrolaramcom uma tal rapidez que fomos forçados a &f|muito antes da -data prevista. Não me aborrecicom isso. Pessoalmente, eu me opunha";'a>.jgfü#;esperássemos, pelo dia 4 de agosto/ Esse íori^ojprazo nos teria privado de um dos elementos maisimportantes para a vitória: a surpresa. zPpr0i$l:os informadores do rei começaram a «cheirar»alguma coisa e vim a saber, depois, quevne$s<r

¦¦Wi saHBaír-tVyi'^*"- f.f-,.'i\'''''£i0Ê. IslviHÍ;:- -- :

rJjmmmii_____ _H-_gf_yA*^,'a.^M_________l M_______B_ mmtÊaammabmsÊÊmmm^mÊÊmtru^mÊmmmamammmÊa^*>*;.:.---^-s^-;'.f7..-i-:U.:-í;,r*{mmmmmmmmmmmmmm^KwÊ^M^ttNmTmmlm '•.*•'• •'4_,|fggS*BRjj9 JfÈKü?''i'.

fl mWZm mWm \\\Wêê*W&^- • '^}iÊÊm B9 WmÊS*^-'^'¦'¦'''_____ mwpem '-íy-mr- - Kfl ___r -'€¦¦¦, '¦-, -a M mw&Ê&sfeté!; yZ--fZamWMmmW-'3a%a\1w.<i ¦•:'¦•".-9'm*'.-mh^ »-'^H mmrn^K -•'¦¦ - mm \mW%m\\ ^¦KSrS**.-^m^m^m^m^m^m^m^m^m^m^m^m^m^m^m^m^m^m^m^m^m^m^m^m^m^m^m^m^m^m^m^Bam^m^mM -i^____r.-___r _ *^- -^* - - * ^mw^ty.—-* »**r ._.^________ __________*!¥ ... - *t_-i.i-.. »'i^_______i _________* __________ __________^__tb4i__vt^*&i_£*-x'[__&£-'. *,WmM^ ' ^ WÊ mfl^mm^Mz rí^*m Bfl \\\^^^^L'^^Ê&'

WÊÈMÊ0$$: --:"'*--":'•'¦ ':v--'-feíM :X:*llfl ^^^^S^8;l-.\m-mm • m ll-'*- ¦ y'::m m^^^^m-^^^^^mwm HW' -'-.¦.:¦¦¦¦¦.¦¦.. »<M'» •¦-'-'. '''*'•'<¦ Hffii -'" - '¦'. ' ¦¦'' 'Z'.''J^M mmwL&8%&&Ç^MMLwwSm y- -]-'¦:¦'''¦¦-'-m mm ¦'¦¦: i- ¦•-¦ Wm Wt^MW-,f^:'-yf-WM^^

WÉ3J^m%ftâmi'¦¦¦'¦'¦'* -: ••'•.'¦'.'¦¦ WÈÈ*:¦"'"''¦'¦ ¦¦--'¦ "M ____^^_5_a^ÜPt • .-'-..• .;-'.;.

I mwÊÊ0ÊÊZÍZÍ:-:Z:Z^WÊÊ W0iZ:::'::'i.izZ'iZZ,i 'i-izm WÈÊk °S~¦H * IEB zm m\WÈ9ÊÍÈÊÊB-:- :9

_____ ___F'VK "W ¦ ¦-¦-'',..'¦'.: fm^AVym\-y ''-'V'í'9 ___3 ...i^mKÍW^-iâSilB1

fl Wm filfIXí'• ¦¦'-• ^US^i^tí&9^^^^M^^Ê mm m^^^^^^z^^^^Ê

^m% mmm\\\\\mmm^mm mmiy¦¦•'¦.' \\\WamW ^KJ^^Kii r>A rí,\&3\-^H ________M____I fc^-''v.,.v.:'-*;'../.»í^í?^B

Ki' -' '-'.i-y^m mWÊÊÊ!&-'-^Wwêim_________________________________________________________________________________________________________________

___P_'i!';^»_^____PWf' j^^-S _P9 ____k' ;"'-'.'v. ':.'"--jS ^__s_^________E%*^^_iiSÍ@_____$^?>@_ra_-________',;_P? @í«9| ____Pv^3fl ____Efe>S-fe_EÉ;*a6____i ¦_____! _S_______ifl_______ .-V- íí-

WEmãffí&aM mt-^fs^^mmwmi miam ______©SsWíaíjB _h.__.___9 ______--'Çí.íírSÇ*. -#Br{____! ____Kíí_si°?»3__B _____¦¦«-5Sv_^E?_»W_i _¦__¦ ___Bí_^Sf3ÍM_B ___SK_SO ____*. --.-S -atei

^M \\mmfci$BÊ^ÊmvB Ik^k^S:''''-^»'^! ^E^%i^iü^El __________C-íf:r^€^^ ^^^.5

iSM IIIH i^ l^-^ili:mm mWmii-mtm itmlm m'

Wm-Wm m^iziÊéii_____._^_______H ___p^s_^_slf ¦¦!¦ Bnil

l:^pJl i_K^_lfS mif %

'-W' ili'

^H !86r'-i«!9wRi__D ______¦. ¦.--.'•í^-irf^*^ "^¦B.íl___W_ff*T^":^__B

____Fv-m«í_iill _____S«í*,:©áB__ »f»_____rs ____r.->v_<'*________i __k___^_s___bk «»___<M m_éé ¦' :13 #^^BS

BIfç^»*!^_EjBH_^_w^¦.-^¦¦^^^'^¦-^íÇra^'^B ^BH^*^SmpP»JHi!

¦:^^!K^______________________________________________________________________________________________________________ p^H _________r*:"

K| ¦ "^^if.-*.

¦W^«'-.'-•.., -•:¦*•-^feic.,' '¦-*-»-««íW^í_B^^lifflM_l H«°0£%^^ ft V|*^*''**%ílM| B '-^^ i:

B^Sitíiii'"i";i"y i rv i* ¦¦^mi.^____t^i!ES_WMj_i___«\*«!WI_aP*?_! '?T? ii'j i )j>|1m| W ::V^HSl S*fBWiESffi^^^B^SS t" ^'*--?*- *^wi •*

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ '

'**&-"$'«!¦'

________bM^k_h__9______m____IIH IHI BI |É|iJI ¦-. - '^v^rtásf-W'

PÜ___Ü________I _____Kj«_HBd^____H ____BÍ_____£Z ______¦

IHB ___E______I ____!K|^^ H ¦.'_.-____P--flS _¦

Üi Bi^'¦u^L^^fl w

¦ .¦iám'!};'"f4i Nenhum homem pode ser bom se não obedecer aos princípios de

uma religião. Nada temos contra qualquer religião ou seita. Judeus,Cristãos ou Muçulmanos podem viver juntos e em paz, no Egito —-declarou o Gehsral Naguib, que, pela manhã e a tarde, jamais

dispensa qs suas orações.¦*--'

[-»•*" »»efflis«f*!i_M__B.«tj«^ ;-'C'y/^.'.!:;te. .' */'

A"'"'"ti... \t ,./.

¦ _vn- cím TUBO

havia chamado

ií-."

ti--'--

ISIS«...

¦ ¦¦

m'.¦•-.¦

' rr. i

',«

Ü.:¦'.'•I pi

'¦;¦

M' ¦i y -

I

11«BHBS9BÍ

/jjjBj

ocasião, o rei navia co comandante supremo do

exército, .Haider Pacha, e lhe

dissera: «É preciso expulsarimediatamente do exército o

general Naguib e doze oficiais,

que o senhor sabe quem são».Desejo, porém, esclarecer

duas coisas. A imprensa euro-

péia publicou duas narrativasromanceadas, segundo as quaisteria havido participação

¦ ale-ma nos preparativos do golpede Estado. Que participaçãofoi essa? É simplesmente ridí-culo. Por que os Alemãs arris-cariam a vida por amor aoEgito? E, além do mais, parasatisfação dos seus interesses

pessoais, seria do lado do' go-vêrno que os estrangeiros ¦ secolocariam; nunca do lado dosrebelados. Finalmente, supon-do-se que os Alemães tivessemdesejado colocar-se do nosso

"o, por que havíamos de con-

fíár neles,, quando não havia-mos confiado nem mesmo emnossos parentes? Nem a meupróprio irmão eu havia revê-lado o segredo do movimento.

Nao menos absurda foi aafirmação dos jornais italianos,que viram influência comunistano golpe de Estado. Abolir òs títulos de nobrezae aplicar a reforma agrária não significa instauraro comunismo. Ao contrário, desejo frisar: somoscontra o comunismo e lutaremos contra êle.

Agora, antes de chegar ao detalhe da exe-cução do golpe, façamos um balanço das vítimas.Quase não houve vítimas. A vantagem da sur-presa foi total. Tudo correu com tal rapidez que

«Bb

,'¦¦:'•'¦'..'-''• 1'. ~i''i:'Í'iÍ- \

' 22 3/9 Ano — N? 4 — 3eterr.b>o —- 1953j; . ;| "; i ¦ ¦' .'

',:

'As^ fornQLações de tanques e carros de assalto nas ruas do Cairo. O golpe

presa não havendo, unicamente por este motivo, um inútil derramamento

presos ou simplesmente impedidosnas casernas, não liveram tempo

il Os¦

vffl«/J-'Vi'- ,

veferanos do Corpo • de Cameleiros estiveram a postos, nos arre-dores do Cairo, preparados para intervir no movimento revolucionário.

os oficiais,de penetrarpara resistir

Só encontramos resistência no Q. G. do generalFarid, chefe do Estado-Maior. Suas sentinelas abri-ram fogo. Dois soldados morreram, um dor nos-sos, outro deles. Foram as duas únicas vítimas dogolpe de Estado. Ao todo foram nove os -feridos,

um na cidade, dois numa ca-serna da aeronáutica e seisdiante do palácio de Faruk,em Alexandria. Estes seis ulti-mos pertenciam à guarda real.

Eis, dia a dia — e quasehora a hora — como os acon-tecimentos se desenrolaram: ogolpe de Estadp e a abdicaçãode Faruk.

20 de julho — O governoHussein Sirry, após dezoito diasde poder, solicita demissão. Orei encarrega novamente Hilalyde formar o governo. A atmos-fera já é tempestuosa.

Não hesitei em prender meupróprio irmão, Aíy

22 de julho — Terça-feira —Hilaly forma seu gabinete.

Nesse momento, a lula entreo rei e os oficiais, pela nomea-çao do presidente do Clubedos Oficiais, atingiu seu paro-

I

^i7'.V:^»Kx^^'4'íftyrtV,-V^w*/psw*>!

379. Ano: "N?'"4Setembro — 2953

I -IBkb. :M ¦^m^ÊL^m\mr sSm______^_________

iis^ftkLi-jiii '¦' -^T-H «HFV^ftB WmWjmÊklmm {^WhMí.HrA

'im .MI^^^HH^fc^H^fcl

'll " ' ^^Bk"

!'iti^fy_\\___Wl^^lmmwÊlmm^^:^-:':''-^i$iimmmJ!Mt;;^*^mmm^£'", sp-t* i^^^^^^&*^^^^^*f^^-JJm-'^ ' -V«*¦

^•M_^^__\__^_^Ê_^__^S^Ê!^i^ÍÍ^^^^^^^Lmm \\W^k- ^" -A.V7k:i'i'^^i^__V^?^íh^ÍJ_k*Ai.

]MJml_^_\\\\\\\W!i&&3_\\\\\_^^^W_7Èiy__Tt_ÍÍ____

^BBgJtflBlffiiB^^^^B^Bfcj.^?^^

B mt^lWA^MsM^AAM-SMÊP^ »f - ^ B9HI^kÍ1SflBBBHflB. TBT ^jthWst^^^f-^:'• f '*¦ * ¦vià*-"--,.; ¦ *•• ^^«wHlfeaaBMMMfii^.B^BBBBr^ ,"r ií' ^ . ^UiimÊmW^S^wSWÊÊiMLri.BB -BB'* "•¦-.¦¦¦ v____i___i'-'\. -"-^".7 *.í:'As____t?üt[__*__zi i^élwv^WT ' b*^™Bt

BS^ft, - JBftçÃ^. ""íí, *»tmʧÊBlg!^^-__Wlm*Wk- .:.;Má'' ,:-_¦-.gr*TBaÀ:&S£ai&iBL;^^^^- ... „„i_^^.J

Qk*ÍÍ_Ã^__mm^0^^fa^A.^BÉgEftvífv^**^

jfli*| ISB^^^^^^^^^^^^BB^B^^^w^^^lS-f

¦fcA^ - A'-V *.^^hBB Im^^immwf^-^^T^^^M Wkl'*^"""^^B«A--'^i*-,A ü" iiVr';;;^^*B^^i;:^r:; :y' Wml^WtÊfjã.

de Estado íoi desfechado de sur-de sangue entre o povo egípcio.

xismo. Desde aminha eleição, emjaneiro, o rei, quedesejava impor anomeação do ge-neral Sirry Amer,recusou cinco pre-posições diferen-tes. Os oficiaismanifestam aber-tamente sua re-cusa de submeter-se à pressão. Fu-rioso, o rei or-dena o fecha-manio do Clube.

Ao mesmo tem-po, embora trêsprimeiros minis-tros consecutivos,Aly Maher, Hiia-ly e Sirry, tenhaminsistido para queeu fosse nomea-do ministro daguerra, o rei exi-giu que fosse no-meado em meuíugar seu cunha-do, Ismai* Cheri-ne, marido daprincesa Feiwzia.

Esses dois atosforamarbitrários

a gota d'água," que fêz transbordar a taça. O Co-mité Central decide passar à ação, fixando ahora «H» para o 24 de junho, a 1,30 d« ma-drugada. Ao mesmo tempo, e apesar do absolutosegredo, começam a circular rumores no Cairosobre a agitação dos oficiais. Para evitar qualquer

eventualidade indesejada, decidimos avançar o govde Estado de 24 horas exatamente.Noite de 22 de julho — Damos ordem a nossas

unidades para que saiam das casernas, concen^trando-se em Heliópolis, a 10 quilômetros doCairo. Três mil soldados de todas as armas* en-quadrados por 300 oficiais, todos com uniformede campanha, dirigem-se para os postos de.cò-mando e pontos estratégicos da capital.

Assumo o comando. Damos ordem a todos osoficiais para que estejam preparados para as22,30 da noite.

22,30 horas — No Cairo, os oficiais ocupamtodos os postos, de acordo com as instruções.Tudo se passa em perfeita calma.

23 horas — Um jovem oficial se apresenta noQ. G. e relata que, saindo de casa», completa-mente armado, foi visto por dois homens, quesuspeita pertencerem ao grupo de informtfdoresdo grupo adversário. De fato, esses dois homensforam vistos quando entravam na residência dogeneral Hussein Farid, chefe do Estado-Maior doExército.

O complot deve ser descoberto. Esperámos.De 22,30 a 1,30, Hora «H» — Unidades es-

colhidas cercam todas as casernas. Permanecemem contato por meio do rádio. Os soldados nàosabem que estão prestes a desfechar um golpede Estado.

Tropas de infantaria, apoiadas por carros deassalto, ocupam o edifício do Rádio, o Cairo*o Q. G. do Exército, a estação do Cairo e aCentral Telefônica. Tanques sao instalados nossubúrbios imediatos da cidade, tanto para evitarqualquer eventualidade, como para fazer umademonstração de força.

Os aeroportos do Cairo são cercados pelasunidades de infantaria, apoiadas por carros de:

¦¦¦.''¦•A:'-'«."t;V ' "-'*'í\.

A'V<W" ¦''¦¦¦$:.

ft^-aPl Wm- .'fRv-vBlíftftlft KI b|pj^^^mB .-^ w: ¦ ^'^^^^-i^KI WÈè

vl^HB ^^¦HM ^bHHbHbI»lflMBftMBMÍflB»BM^ffe^B BÉSV: '-'iãÈ Wmm m. A'". HI -fl alSÜ flV' *__\ ___W&é^W WíkiW l¥'A'';l lü I"fiSfl HkÜím mKAx' \_____s___W^'^B&^^___\ mm•*Ü ftilfl kkM llllllift w

' .. ¦i^m ft ft feiitevft Biãj*AímMWW Blfl BH üfe ftBirii0A_m KAS fl

If;:?^íÉi^S Rifl BlflliH I*Sí;í^S |: k "*fl I

»¦

^Isfl li I - •II I'''Av''%SHB ft''';fl ft"''.'-*. -' - 3 .vftft BB-'%£S|HB?^BBBBBBBBHp^ - .-fiaa \£0SÊMê II I11

•AtlllííAsiSísIlfl *^^s?s ISliflil '•"¦".'• ¦-.v'flB Bi'¦Wfà-''W!_!_W_m '.--¦-¦: '¦¦¦£&$_ ís^^í!3mHBBHBBBBBBHiS5b

1

y" i' VA.:, A'''1 %ài Ém

ii-ii'\i\AiixAxx- xxyií.

¦'-¦-' :' -, v ""-¦'*' '-'-.-ky-k'' . \*A

'-' k.'iii'k'P^^í_^_Wí

^~^^^***^í'' ' -1 ilftl.SBV 1Mi iSfil |...il I'-- A

fe íSBí - - iSH ¦ - -AlBiB^^BB^^^^HI B 'liaS ^'ÂB fl««^^StiIliipr'. '."-.i.UffliiBH Kí^lBfl Bü ' ' * Bm^ Bt^llilflBflw)' v íffliB B*íB B'^»í+ ffií,1BM*MfBwyfaJiB] BHIfl Bí^Vft B""' íI B^hH l« IPl |V"WÊ^mssBW WÊÊmwm iü BliPft fl - 'I BH9 PU Ei Ift i«I IHiMI 1 PIfl BIBíibBbBBBppbpph Blfl Wí~a "^\I w9 Bl ' im ms WÈÊ®ma

Bftlv^HrevW&vEvftftfti^fl^^Bal^^ v j vi? fí¦ I >_$ WÈm* mÈ ,lf|

I IPl Ivâ |J H ;')wl BBilifll R. ;»íiB B*rr.. "èpfl¦ i- i ..JI Ifl ¦¦ ímIIfflw£wUfc&V-v-'"v.*,'SmSBB'*r»ÍH BHHSSB BíB Buaréoml BSSS- ''?¦hB].^v*-r*v*.-"«flB'fl BBB Blft I --."¦WmÈmÊèêí: ' 'íisBBAílai fl 'IQ^HflflflflflBBflflflflflflflflfl^BfliWÊÈMi&LwB, i^Bill ¦ ' liam ¦'íSlffMhí1 Hf. A^ft vü ft fll B-wíBfl Bflfe.;.í*' ^-4hHK)«H Rs-,'•"••'• AXlisfl B A*HH,^ ., tilfl ft.ft Bl^;\ V™bB W& *

HH flU ü Illl fl#SI^HrwiH Bl BIBHH I " * !mmm wm Bl Hi^BH WWWisflJ-' :'--;'*{Hflsft fti:'-jS^wHI I

O Generai Mohamed Naguib ouve as reclamações deduas. mulheres, cujos filhos morreram na campanha

da Palestina. .

Um amputado corre a beijar o general, apósa vitória. Naguib o abraça, dizendo-,-* — "Êstè êum dos nossos rapazes da luta na P^-iestina!"

AA. 'tev:-::-&ifii__Wmj'u«S6»S/sa3s!s:., -'AéS*-:

'Air ¦' v^

'.A\Í^i:' !*>*.¦AA' * ¦¦¦:.:

}'_. •

'", '¦• Jj'' y;'..',:'''¦'• ¦','•'. y; '•-'.' '.'', '"¦"¦¦:¦-¦'¦¦'¦¦ ', : ¦ ri : , .' '.-.'; ti '**' J',-' ','"*¦' : -.7 .; ' ¦. .'• ,.:J'",'"' .''• '.-'"""¦.

24 .. S7è Ano' --- N® 4 - Setembro - — 'Í9S3sm,: TJtoO

? ^^^^^StmnH_í Mil pémi¦í '9___5-.«___5 __^i'ã?K£&^__R__i_^^:.W«P1l'i9pHl H BaPPBI 1 - vm li* ^ImIíP^íSBí^BH __K____t_^Bw.ÍMl K-ra Ii- »;'ifl HP^-;'r^l II^iHrajB^X' Zh^ê&Eê&MM mÊÊm1. - "t^S^fll flfil— *¦ >ji^il3^S______tm?£&¦•-•-r. ^--jvsiIb iBBs§h§ j___s__H!l___S&^_?^S^^'A'^" -*>yi^'u^'w__B __________

^m^^AAtiiiiWi mÉm f^^^AAAíAti^^imÊm^WfiíáflKÍa ^Hp^f;' sü J9 fl

¦ ^'^^^^^'".^Wai 1119 B^ r , ¦>• ^ mLwM M''M^'^m-ISlllFB B^t> ,^y''.y'--V:.;,%%iiia I*$IbHh-.4 - .:^^fli__^flfl^^V':'#- - o»-7•¦'¦ ?&gflB9 fl

f:.-..iS-íS*S)«B-.--A-_.-

. 7i- >->3S_^S_@H M^_S______Mw®^>»>".7 - -' v.¦¦¦...¦¦'•-.'¦.-•JfeÍSS»3M M¦.i;:fl_i^P'; -.- -^saBaflt:-*V-g«s_¥B8ra?,*BK%ffi*A&8S<^^ . ¦•-->'..-íJtfijM E____tt<@_%^_____3______f.-^^»'C-^'F«-SB»»aHBH»>.--'"r¦*'¦'• ?-liflfl _BÍ1_I ÜS... ^*_?_3^^.^_r^rfl_-_____i. s____r*r.1£V>.-*:.v,-£-^TTd-----rs_____^*Y.Lsrf---------- * ¦¦%¦.. '.A^'H^.»\«I_J^B:V>_í^^^be________ iHKn_s_-D-_>rs?-------Hw___________R«-------r

^i'-"-'-'" -¦¦-'^^™S?-^«^ •'•*' "•-' "¦ .*v-S|:-'.'"j-. 'r'':.''*'v-^

i|HgB______B_S__e_vS. -'7..- -:" í .JjuUH ___ikx_&

W^^ WÊmm W^ A1M^m^AA-:-.'A,-:;::âMl¦¦¦;*¦ HbjbÍ B4" ""¦ ;Si__^_____________i_B____-9 l_ty.íÍS3ÜkÍÓ^6'-!_!T^_K''-y;-_i____Í _L__________ÉÉ______Ê BMM_ry.s_l_IB!_s_P^M_fei___J M,;:?1 p^v " ".^'ÍHHP^ fl

'J-w^*á^_H _________^-,^; ¦-'¦^^'';s-.__________tBBI I, -'Ati^ ws*mM wÊa 't^arreÉÉealirellB _B

-^^mÊKk Mi-_ «««8»a«*^ra^K__w_w.s__arw n iiiii-|iVMLi______Llll_^J_R_Ha^^MM!a_^»fa___^

ir ¦'"¦ -3íW'- '-':-' - ¦' *.- ':

fy-J. iXpA A&pí^à

t^ "W; '¦'"; 7::j:!jv.yS ">4

iS-:'-''- '.''. .¦:¦'.A' iriíAjfAA

;- . ¦ z-.z.:z..zA';.--z •*: Arti%ik§&x

f "'* AAlfti:';: r^AA- -','--¦ . -'•-..;AiAtii''''--_______¦__

Aly Mahe2', iogo após formai o seu gabinete,parecia apressado. Naguib declarou ser Maher

único homem capaz de limpar o governo

____IBSj_.«_

í-j ¦-;i"-V -

ordem de im-

e

•.

*' ¦-.-¦-

Síy.7yyAli

assalto. Os soldados receberampedir o acesso aos aeroportos.

mm, ^e|uarnos "a

prisão dos 'oficiais-generais

coficiais-superiores, sem exceção. Nessa mesma noite,fui o único general egípcio em liberdade. Nãohesitei, sequer, em mandar prender meu próprio

Jrmão, o general Aly Naguib, comandante dõregião do Cairo.

,_ .Meu irmão, mais moço um ano do que eu, éoficial de_ cavalaria. Não é contra nós, mas nãosabia. Não o quis expor ao perigo porque, dequalquer maneira, um membro da família, emcaso de derrota, deveria continuar vivo e livre.

Para proceder às prisões, dividimos o Cairoem quatro setores, cada um dos quais contendouma dezena de generais a prender. Em cada setorum grupo de quatro oficiais e dois soldados,

,uns e outros especialmente selecionados, agiriam.'Cada grupo dispunha de um «jeep» e de umfurgão.— O QUE ESTÁ. ACONTECENDO NO CAIRO?

: — NADA, SR. MINISTRO.

Quarta-feira, 23 de julho, a 1,30 - É presoo comandante do corpo blindado, Hassan Hish-mat. O chefe do estado-maior, general Farid, oencarregara de ver «o que estava acontecendo».

metido na saía dos ofici ais Respiramos. Oquérito» terminou antes de começar. Pervez, Farid é preso alguns instantes depois,essa a ocasião em que alguns tiros foramparados.

2 horas —- O Comitê Central quer informar

«in-suaFoi

dis-

tranqüilizar as missões diplomáticas estrangeiras,Fica decidido informar o embaixador JeffersonCaffery, que se' encontra, então, em Alexandria,Em sua ausência, é informado o «attaché» do Arda Embaixada, Tfe. -Coronel David Evans.

4 horas — O Comitê pede que eu assuma ocomando-geral das forças egípcias. Aceito.

4,15 horas — O governo de Hilaly, na capitalde verão, Alexandria, recebeu relatórios alar-jti antes do Cairo. Hilaly encarrega seu ministro'do Interior, Mortagha ei Maraghi, de ver «o queestá acontecendo no Cairo.»

O telefone chama: «Aqui fala Mortaga ei Ma-ra^hi. Ouça, general, parece que estão ocorrendofatos estranhos no Cairo. Sabe alguma coisa?» —«Nada, Sr. Ministro». — «Bem. Procure infor-mar-me imediatamente. . . Mas, fáça-o sem falta.»— «Sim, Sr. Ministro». Ao desligar quase tivevontade de rir. É claro que não telefoneipara êle.

6,45 horas — Segundo os relatórios que mechegam, verifico que o nosso golpe foi conseguido.Mantemos todos os pontos estratégicos. Por todaparte a calma é completa. Nenhuma víHma. Ne-nhuma resistência. O Exército está senhor dasituação.

7 horas, quarta-feira, 23 de julho — A partirde 7 da manha, o rádio nacional irradia as primeirasproclamações militares, por .mim assinadas. A pri-meira se dirige ao povo e aos estrangeiros. A se-gunda, aos oficiais. A terceira, novamente aopovo. Certo da vitória militar, com um avisosério aos que tentassem perturbar a ordem, as-seguro a nossos irmãos estrangeiros que o exer-cito é responsável por sua vida e seus bens.

7,30 horas — Bombardeiros e caças a jactodominam os céus da capital. Nada a assinalar.Todos se dirigem ao tra-balho cotidiano, comode hábito.

Quarta-feira, 23 de julho, pela manhã — Oprimeiro ministro' Hilaly me convoca em Alexan-dria. Excuso-me e respondo que nao posso ir.O^ governo, então, envia ao Cairo, por avião, oministro do interior, Mortagha ei Maraghi. Logoao chegar telefona-me: «Venha me ver». Res-pondo que, se quer falar comigo... venha ao

•meu encontro. Maraghi retorna a Alexandria.Lá, vem a saber que a guarnição e as forçasnavais haviam proclamado sua adesão ao movi-mento do Cairo. Ordem é dada à esquadra paravigiar o yatch real «Mahroussa».

Apresentamos ao rei uma lista de pedidos. Exi-gimos a nomeação de Aly Maher como primeiroministro. Sempre tive grande respeito por Maher,homem integro e inteligente, poiítico honesto efarto de experiência. Tem grande prestígio nopaís e o Comitê o aponta unanimemente.

Pela manhã, à testa de um grupo de oficiais,

• .yyyy

i.

ler e conviao-o a assumirfui à residência de Maho poder.

12,30 horas -cebido pelo reA audiência dura quarenta minutos. Osiste pararecusa.

O primeiro ministro Hilaly é re-ao qual apresenta sua demissão.

ve\. in-

*

i

que ele continui no poder. Hilaiy

í1¦"«-.':.

*

W 4

40''

— Aly Maher telefona, para in-encarregado pelo rei de organizar

14,30 horasformar que foio gabinete. Solicita aresidência.

15 horas — Vou ao encontrocu+imos durante duas horas.

minha presença em sua

de Maher. Dis-

16,30 horas — O primeiro ministro demissionárioé prevenido de que o rei aceita a sua demissão.

FARUK AINDA DORMIA' QUANDO O SEUPALÁCIO FOI CERCADO

Quinta-feira, 24 de julho, 6 h. da manhã —Tenho uma segunda conferência com Maher, antesdo mesmo se dirigir a Alexandria, a fim decomparecer perante o rei.

13,15 horas — Aiy Maher é recebido pelo rei,em Alexandria. A audiência dura duas horas evinte. O rei aceita a lista dos ministros, pro-posta por mim. Depois da audiência, Maher sedirige a sede alexandrina do governo, em Bulkelel.

20 horas — O novo governo de Aly Maherpresta juramento. De retorno, Maher declara quetodas as reivindicações do exército, foram aceitaspelo rei. Na mesma noite, o rei assina decretopelo qual me nomeia comandante-chefe das forçasarmadas, segundo o desejo dos oficiais e solda-dos. Mas é tarde. No correr dõ reunião do Co-mité Central dos Oficiais Livres, realizada nanoite precedente (23 para 24 de julho), havíamosdecidido solicitar a'abdicação do rei, -mediaia-

mente.

Sexta-feira, 25 — O oficial do Comitê, encar-regado 6à execução dos planos, chega a Alexan-dria e começa a se informar do local exato em

que se encontra o rei. isto porque, em Alexan-dria, Faruk tem dois palácios — Montazah e Rasei Tin. Finalmente, sabe que o rei está no último.Por medida de precaução, e evitar a fuga dosoberano, decidimos cercar ovorada, a infantaria ocupa as

principais vias de Alexandria,

palácio

como a estação de rá-assimdio, as embaixadas etc. Nos-sas tropas começam a chegar aAlexandria, vindas de todos oslados, principalmente do Cairo.

Chego, também, ao Cairo,

,por avião, e instalo-me nas ca-sernas do quarteirão MustafaPacha. Estávamos decididos aagir contra o rei no correrdessa tarde de sexta-feira Mas,estando algumas unidades atra-sadas em sua viagem do Cairo,a hora «H» é transferida oarasábado, 26 de julho, às 7,30ád manhã.

17 horas — Todos os oficiaissuperiores da marinha visitamo meu Q.G., para afirmar suaadesão e pedir instruções.

20 horas — Visito Maher emseu gabinete e, a seguir, omesmo recebe a visita do

- EU SEI .TUDO

chefe do gabinete real, com o qual conferênciacerca de 40 minutos.

O CREPITAR DA FUZILARIA FAZ OREI REFLETIR

Sábado, 26 de julho — No correr da noite,o Comitê redige um .ultimatum que será apresen-;tado ao rei, ao qual pedimos: !• — Que abdique nodia 26, ao meio-dia; 2- — Que deixe o país às18 horas do mesmo dia.

4 horas da manhã — No Cairo, as unidadesblindadas deixam a caserna para cercar o paláciode Abbadine e também o de Kubeeh. Em Ale-xandria é feita igual operação contra os paláciosMontazah e Ras ei Tin. Peças 'de

artilharia eicarros de assalto dirigem suas bocas de fogocontra o palácio. O mesmo faz a artilhariaguarda-costa. Destacamentos do exército pene--tram pela porta da garagem e se espalham emredor da sala do trono. Um oficial interpretamal as ordens e faz avançar *sua tropa até àsmuralhas dos haréns. As sentinelas reais abremfogo com uma metralhadora. Os nossos res-pondem. Felizmente, com grande coragem .e pre-sença de espírito, o mesmo oficial avança, entreos combatentes, gritando para que não atiras^-sem. O resultado disso foram seis feridos. Maso acontecimento teve sua importância' no d%sen-rolar dos fatos. Despertado com os tiros, o reicompreendeu que a resistência era impossível.

8 horas — Dirijo-me à casa de Maher. Ali es-pero por êle, em companhia do vice-presidentedo Conselho de Estado, Solíman Hafez. Maherconferenciava com o rei. Maher chega às 9,20horas. Apôs rápida conferência, entregc-lhe . "o

ultimatum do exército, que deverá levar ao rei.Assim êle faz e, ao fim de meia-hora, consegueconvencer Faruk, que se submete. Por minha vez.retorno ao Q.G., onde aguardo o resultado.Enquanto isso, um dipiomata da embaixada ame-

àmWíÊmm- mm

M<rÊmÊÊÈÊÈÊÊMÊrÜ8§SÜ mm -""'"""-

ADEUS, FARUKnavio da

um— Uma salva de vinte earmada egípcia quando o "yaích"

Alexandria pela última vez.

tiros é dada porreal deixa

IP,v';.

¦r

r> i- I. ¦:-.¦•¦-.! . . i •-*'•'•'•¦".'"¦*• :i*. í

-'¦y ¦¦¦immi

t¥§M%0Wr$WW^WÈÊ^WÊÊ?' ' " "''- -'"'''!rj^™™ ' ' •'¦

¦yBãr r-AAAmMmWÍÊM^ ' >M\íitÊSÊ'1 . i{^ÊÊàMMMmMmm.%,}?*WyW$mS PWW ^4'lêüMkWsmÊÊM MWM MmMÈ ppMa MW^^W^-WÊmW^^^^^^M. mw,. r:-fM^SMí

¦'¦¦?^

IiPeEsH WKÈÈS&mWÊfâÊmBi wM^Ê^^Ê^mSMM^È^^^mwmM má AMMr

WÊÈ m

... ;.£'iu»..-•' t'?!}|K.

um \ $.—"'¦".**. ''Arr §§!

,y:¦¦¦""--¦='¦-yr.r., uu ...v-,.,.

: ¦ '• ¦ ¦ .-.iêíSiãííc '¦¦¦¦.-¦¦!¦'¦-¦:.:-¦.¦¦.-,*¦•-¦¦,,:¦¦:.. i«.fl

f* .'X' ¦

u

.. ?'. ':¦¦'¦

y..

W '

soja*;'--'.';'

'%'.'

w~ •

«tóe-.y.b§

|ewl|;í.;ev. V

;ü SEI- TUDO 26

ricdft-a, Roberí Simpson, procura, desesperadamente,varar o cordão êe isolamento, diante de Ras ei1'tD, a fim de -se avistar com o rei. Logo quesou joformacb, ordeno que lhe seja dada pas-sagem.

Ho •¦•r omento de Simpson entrar, o reifalava com Maher. Quando viu o norte-americano,exclamou: «Venha, venha! Nunca, em minha vida,estive tão 'contente

por ver alguém! Não temostempo a perder. Quer solicitar ao embaixadorque aja no sentido de garantir minha vida? Emcaso afirmativo, peça-lhe que venha me dizeraté a vista!»

Às onze horas, Maher regressa e vou, imediata-mente, ao seu encontro. Comigo vão o presidentee o vice-presidente do Conselho de Estado. Maherinforma que o rei cedeu. E exibe o ato de abdi-cação, assinado por Faruk.

A esse tempo, o embaixador Caffery foi apalácio e o rei solicHa o seu comparecimentoao embarque. Vê, na pessoa do representantedos Estados Unidos, uma garantia para a sua vida.A seguir, Caffery vai à residência de Maher, como qual conversa quinze minutos. Ao meio-dia,

37? Ano No 4 Setembro 1953

Faruk nao é mais rei do Egito. Às 17,45 horas,a rainha Narriman, o novo rei, Fuad II, e as trêsfilhas de Faruk sobem para o yacht «Mahroussa»,que espera na baía de Alexandria. Faruk ficaem Ras ei Tin. Em redor do ex-rei estão reunidossua irmã, a princesa Fawzía, com o marido, IsmailCherine, sua irmã Faiza, com o marido, Aii Rauf,o primeiro ministro Maher, o embaixador JeffersonCaffery e Robert Simpson, da embaixada norte-americana. Às 17,45 horas, Faruk despede-se dasirmãs, depois do embaixador, Maher, Cherine eSimpson, toma o ascensor e desce para o térreo.Não assisto a essa cena. O ex-rei sai lentamentee dirige-se para o caís, onde o aguarda a lanchaque o levará para o «Mahroussa». A banda realexecuta o hino nacional. As cores do rei são ar-riadas. O oficial dobra a bandeira e a entregaa Maher, que, por sua vez, a entrega a Faruk.Os servidores reais choram e lamentam em aítasvozes. Os canhões atiram vinte e uma vezes emhonra do ex-soberano. Tudo é feito com grandedignidade. Os oficiais, em posição de sentido,saúdam militarmente. Faruk fala alguns instantescom Maher e Caffery, antes de subir para alancha. Às 18 horas, exatamente, o ex-rei Farukembarca na lancha e dirige-se para o yacht.

ve

§..;Sr***? ^e^

¦¦: e

r.V

WÈI&Mmvy--

C OM O V O CÊ R E S O L VE RIA 1 S T l)

mSnMÈS.f- X.^BmL.

^ÍNHAMOS acaba-do de mudar de re-

sidencia; era um casa-rão enorme e antigo emuita coisa ainda es-tava para ser arruma-da no seu devido lugarquando meu marido,que é médico, foi cha-mado para lugar dis-tante da cidade, deven-do passar todo o diafora, semente voltandopela madrugada. Parasurpreendê-lo, quandochegasse, decidi limpara grande mansarda doterceiro andar, onde pia-nejava organizar umescritório para êle ou,caso preferisse, um quar-to de hóspede. Estavalá em cima, trabalhan-do com o aspirador depó, quando a correnteelétrica, repentinamente,faltou. Desci imediatamente as inumeráveis es-cadasf até o porão, onde estava, encravada naparede, a caixa com as chaves elétricas. Foi comgesto desconfiado que a abri, pois não entendiade eletricidade. Ali estavam onze fusíveis a de-safiar a minha argúcia. Um deles, por certo es-tava queimado. Qual? Era o que eu não podiasaber. Por isso comecei a retirar o primeiro e asubstituí-lo por outro novo... Mas, como pode-na saber qual deles controlava a luz da man-

m ^H ^B-^B-^B ^Bà BI ^^•fe^OÈaP-s. -.,«.-. 1 fi«H9

Dw«i ¦ ,< tv<fl^Bvee

——¦ i ¦"¦********M*- ^- ¦ -¦¦ i 553fXsEBUSjx-~_imry~i3-~:'- *"-j-.r"-'-''^r'ffSfMt^mSmSmmmSmSSmwmmTt^'7íf}^'FTBf—*""*—"/^^^^BB^nm^nM^P1*

sarda? E' claro, não poderia mudar .todos, uma um, subindo de cada vez até o terceiro pavi-mento, para verificar se havia acertado, tornandoa descer todas as escadas, para experimentar ou-tro tusivel.:. assim muitas vezes! Onze, atése nao tivesse sorte

Como você resolveria o assunto... facilmente,como eu própria resolvi?(Hesposia ns página n. 117)

¦S^*58*^^

'-¦"¦ yy <-:_\ •-•¦¦¦¦¦¦¦.¦ *,-..; ;- '•, .", vjh

379 Ano — N? 4 — Setembro — 1953

É POSSÍVEL CONSERTAR27 eu sêi-tudc

W^^_____Ú

m A% ár Mu

Para os milhões de indivíduos cujo cora-ção tem sido afetado por diferentes moles-tias, há uma nova esperança. Os cirurgiõesestão agora aprendendo como transplantarartérias e, até mesmo, dar aos pacientesum coração substituto — feito de aço!

_^^p ^^^m\ 5 ' ' "f' tâffltB? -9~*^-mmmm\\mmm\\\m\

ÊgY ^m^ Piem- ' 4È mm

_m W' mmmm i.y fl^'»"¦*"*¦""¦.. ¦ ' « Um m l I ÍBlltlj ' IM» íl' ll ¦ i*»V XX ll .*««—•

'"*-¦¦'-"Í^IhBh

v;;í;o';oÍ

" Av

., r:-ír*7V,vr;S'í;r

TRAVÉS dos anos, os cirurgiõestem aprendido como fazer re-

paros em quase todas as partes docorpo, incluindo-se entre estas os se-tores mais recôndiios dccérebro. Porém, o coraçãohumano continuou a serum território tão jnexpüç-nável e perigoso, ç,\i'é pc. ¦cos se aventuraram a irmuito longe nessa direçãò. Esse órgão continuaa ser perigoso, mas umgrupo de pioneiros, impe-lidos pela coragem e guia-dos peia cautela, avançamnos dias atuais com pas-sos mais firmes, para esta«última fronteira da cirur-

gia», como a um delesocorreu denominá-la. Ês-ses homens estão aprimo-rando sua habilidade eseus instrumentos, cqrri ofim de executar uma os-

pécie de trabalho dife-rente e variado, no mio-cardio, nas veias e con-dutos sangüíneos que, deoutra forma, seriam deses-perançadamente afetadosou desarranjados.

Uma das suas conquis-tas mais espetaculares éa transplantação de seg-

. mentos de artéria, pró-ximo ao coração, de umpara outro indivíduo. Umgaroto de cinco anos,Tommy, o primeiro pa-ciente a ser beneficiadocom esta nova técnica decirurgia, era um dos maisazulados «bebês azuis» atéagora levados ao «Hos-pitai de Crianças», deBoston. Estava tão fracoque mal podia suster-sede' pé. Ao menor esforço,arquejava e perdia a res-piraçao. Seus pais o ha-viam trazido de uma pe-

PorS T E V E NM. SPENCER

"í^^^^M^m^^^^^^yy

r*ifP ¦^-m^^Ê^^^mm-^-^Wm-^^^_^y^^^B»rW____W^Í____W M*

.âmmm--Í\lÍ^^-^--m- mWm K

-k -jjpíiwyr\\ ^^^teIfffe^^ SShí?^!,.. . '.'• *,. ¦-.-.¦ - .. O.-^Mj-SsA ¦ AyAri'W___m Bra

_%___%¦"¦•• ___m _\

mWÉÈL x ___________________________________

IP ¦Pfefl ¦W^^SI KsSáaaW$MsB$txWmn __W>ss__t"PxW^^^M u7$*m\ m

%ÍlII HÜ B%mmÊk mWm m

'.*." •*-. ¦v---..v.^>--.''-.'.-.--:.-..-vV'-,v.*'.'-¦•-'.-;'¦.•'¦.-..-¦¦-¦-.. .-.• •¦¦yv.-y-;y<x.y---y'':;ir^¦yyyyyy-y -:-.-:¦.- /¦:••¦;•¦.¦:¦;;..;'•. r^^.í^r^Kio^

«MlgGã&mHi 1 i 1 H.1 1 Hi 1i 11

Isto não é um pedaço de macarrão, como podeparecer à primeira vista, mas a seção de umaartéria —"o auo. muitas vêses, salva uma vida.

quena cidade da Nova Inglaterra, coma esperança de que a fa-.iosa ope-ração de «bebê azul» pudesse darao sangue do seu filho o volume de

oxigênio tão necessitado.a -e» Mas, quando os cirurgiões

§j abriram o tórax do me-;J! nino, menearam a cabeça-,H entristecidos. A fenda a

ser feita em uma veiasangüínea teria que sermuito grande. A opera-ção habitual não se adap-^tava ao caso de Tommy!

Em tempos idos, o únicoartifício dos médicos, numcaso como esse, seria enrviar o paciente de voltaao lar, para continuarnuma vida de invalidez de-sesperançada, uma vidaque o miocárdio sobre-carregado nao poderia su-portar por muito tempo,como era provável. MasTommy voltou a casa, de-pois de deixar o hospital.Voltou, porém, alegre, sau-dável e com o corpo ga-nhando energia do san-gue que, agora, corrianormalmente pelo seu cor-po, através de um seg-mento de artéria trans-plantado de uma outracriança. Mas a história deTommy não deixa de terum halo sombrio, em meioa esperança e alegria quesugere: seu benfeítor foi;um menino, talvez da mes-ma idade, que morrerainstantaneamente, nu marua de Boston, quando,passando por trás de umautomóvel estaciona-do, atravessou à frente deum caminhão que por alicorda. Foi deste infelizmenino que se retiraramos cinco centímetros deartéria, enxertados em

Ki1'' ' r* \ t a^ i f ' : I » I I _*A _. ''; '-••"

-,t!;í,

...*¦'-•>.'- *?¦¦ te'..,'

__B_E_^lPe<l?Jjj'.*'';.;..,.j . ,

Sjf«:-.:L :'*>: ':

Tommy. Cerca de dez ou doze dias depois, essesegmento de artéria foi adaptado ao sistema cir'culatório de Tommy, a fim de proporcionar-lheumdo

novo ecoração

melhor canal condutor do sangue

f<Essa operação foi realizada em fevereiro48. Desde então, têm sido feitas diversas o|

de1948. Desde então, têm sido feitas diversas ope-rações semelhantes e-, só naquele ano, oito criançasforam beneficiadas com a inserção de segmentosarteriais, retirados de pessoas que haviam mor-rido em acidentes. Em cada caso, a artéria doadafora armazenada numa solução nutriente especial,no refrigerador do banco de sangue do hospital.Sete dessas oito crianças (que tinham, todas, es-cassas possibilidades de continuar vivendo) sobre-viveram.

A transplantação de artérias, de um tremendovalor potencial, em si mesma, é apenas umaentre meia dúzia de novas espécies magníficas deoperações miocardianas, com adjunçao de grandesveias. Ê ainda um tanto cedo para se afirmarquantas das novas técnicas operatórias tornar-se-iopráticas; e, em quaíquer circunstância, elas só

-podem ser praticadas com segurança por cirur-giões altamente experientes e conhecedores dessecampo. Mas os resultados obtidos em experiên-cias com animais, e em algumas operações huma-nas, mostram um futuro luminoso para aqueles que

. têm «.defeitos congênitos no coração. Há uma novaesperança para aqueles milhões de pessoas, quetêm o coração afetado por moléstias!

Esta área, trilhada por corajosos pioneiros, temsido objeto de vivas e sérias discussões em re-centes conferências de grande envergadura, ih-ciuindo-se as reuniões realizadas em Quebec pela«Associação americana de Cirurgia» e pela «As-sociação Americana de Cirurgia Torácica», pela«Sociedade de Pesquisas Pediátricas», em AtlanticCity, e ainda na sessão do «Colégio Americanode Especialistas do Tórax».

Naturalmente, alguns reparos em veias do co-ração tornaram-se uma prática padronizada — aoperação «bebê azul», desenvolvida pelos Drs.

jAIfred Blalock e Helen Taussing, do «Hospital John; Hopkins», constitui um vibrante exemplo, comotambém a intervenção do Dr. Robert E. Gross,do «Hospital para Crianças», de Boston, a fim dedestruir uma dificuldade de transporte arterial,conhecida como «ductus arteriosus». O consertode uma aorta comprimida — a principal artériaque sai do coração — e de outras veias mal for-madas, não é incomum. O compreensível êxitodessas intervenções tem dado ânimo aos mais re-centes artifícios, nos quais os pesquisadores estãoagora trabalhando: enxerto de veias sangüíneas,vários métodos pera libertar válvulas do coração,'rijas e comprimidas, substituição de partes defi-cientes com tubos e- válvulas feitas de matéria-¦plástica, e o uso, durante as operações car-¦díacas, de corações e pulmões feitos de aço eàhvõdos pela eletricidade.

Mesmo essas medidas de salvação do coraçãoque têm. obtido aceitação geral, são progressosdos últimos anos. Até bem pouco, a ciência mé-dica podia prestar ligeiro auxílio ou esperançadesencorajados aos milhares de jovens enfermosque tossem portadores- de moléstias inatas docoração. Isso d&hàVQ os pesquisadores bastante

28 37? -Ano Setembro .953

-,"¦¦'¦ ¦¦-¦

preocupados. «Naturalmente» — pensavam êleô— «devemos tentar qualquer coisa, pelo- menos,

para auxiliar algumas dessas crianças.»Uma equipe da «Escola de Medicina», da Uni-

versídade de Harvard — os Drs. Cross, C. Sjd-ney Burwell, deao da escola, e Eugene C. Eppin-

ger — conseguiram encontrar um meio de au-xiliar alguns desses sofredores. Especificamente,estavam aptos para auxiliar crianças e adultos, atéuma limitada idade, sofrendo de opressão car-díaca, imposta por uma «ductus arteriosus» aberta

(o conduto da aorta para a artéria pulmonar).A operação para fechar essa veia pôde ser apri-morada pouco antes da Segunda Grande Guerrae foi, provavelmente, o primeiro esforço bemsucedido para corrigir uma condição defeituosainata do miocárdio com o auxílio dà cirurgia.

No entanto, não se consegue, um feliz resultado,neste ou noutro tipo de operação de condutosangüíneo, sem uma longa experiência na mani-pulaçao de artérias e em coser as suas extremi-dades cortadas. Esta é uma perfeita arte e oscirurgiões, realmente, empregam toda a sua ca-pacidade e o seu esforço na mesma. Artériasoperadas em pacientes infantis são, às vezes, me-nores que um fio de «spaghetti» e escorregamcomo um pedaço de sebo. Um bist.uri que res-vale pode causar uma séria hemorragia. Uma cos-tura feita de modo muito apertado pode vir aromper, quando os tecidos inflamam, como usual-mente ocorre com os mesmos, após a operação.As feitas muito soltas são, também, perigosas.

. Foi enquanto aperfeiçoavam a técnica de cosercom exatidão os tecidos vivos, que os cirurgiões,empenhados em tais pesquisas, começaram a pen-sar em transplantar artérias de um indivíduo paraoutro. Seria uma grande vantagem, segundo ar-guiam, se um médico pudesse solicitar, a um bancoarterial, um segmento com o exato comprimentoe calibre, para substituir uma seção defeituosaou para fazer um desvio em torno da mesma.

Assim, o Dr. Cross e um outro jovem entusiasta,graduado pela «Escola de Medicina» de Harvard,o Dr. Charles Hufnagel, decidiram descobrir oque seria necessário para estabelecer um bancoarterial, iniciados esses esforços em 1940, reexplo-raram .uma trilha já percorrida, cerca de trinta ecinco anos antes, pelo falecido Dr. Alexis Carrele pelo Dr. Charles C. Guthrie, que fizeram um.certo número de transplantações de veias sanguí-neas de um animal para outro. O Dr. Carrel, nave rela de, conseguiu o seu prêmio Nobel de Me-dicina, em 1912, pelas pesquisas em torno de ci-rurgia e transplantação de veias. Mas, por al-

.guina razão, aquelas experiências iniciadas natransplantação de artérias foram abandonadas, antesde *que alcançassem o ponto de aplicação práticaem pacientes humanos.

A equipe de Harvard, que cedo passou a contarcom os Drs.JEIliott S. Hurwitt, Alexander H. BillJúnior e E. Converse Peirce, II, começou ondeCarreíl e Guthrie haviam parado. Desenvolveramnovas técnicas, enquanto iam prosseguindo emseu trabalho. Os banqueiros arteriais descobriramque enxertos frescos, mantidos em refrigeradoresordinários, de cozinha, serviriam somente se utili-xados poucas horas após a sua remoção do corpoque os «doava», Para aplicação prática em seres

ffl5-__-Me_B----L'--fB-I te/' Ffr^^l_-M^lÉS_______r '

• -1 i' S''

1 ¦ -'. '-. "''

f~'s'A

® 7 '

37° Ano N1? "4 Setembro Í953 29 ,ÊU- -SEI TUDO ym

'* '&¦__. '¦¦ S'-7 r±¦ -.,.fr;í:i:-.:!ii'r'! •__ •'•ykütii.iíÇra

ÂIÊHiÊÊIÊÊÊti':'': ¦ -yymrêíw

m

wm S.::

Wm ¦c

,,- : -ii-y

ry

mmi

Wm• ¦WBÊffl.

mm &--';'7:'y^

. .>?"*- . '"" - ¦ ' ¦•. ¦'¦ -te/ >»

*vis» "> . '* JiPs- *'.' yy--.¦ ¦ -,¦":_...

-:

.'•¦

mÊmM^-y:'-'

ÍV' tf. i. :,:.ÍrlS^S}".

»:C'sl* 1&C¥|&/V -• ¦-• :;¦'¦¦«.-;,ir--

>:¦

wm.¦'¦»

' *HF

#»y ;

¦ft«.VÍJ^^^Rj

Ül

¦"v-ífi

MP"SIÍSSí

¦' ¦:¦-^*^•/'.V;-';.,^-_i-•;•/¦•.•/¦¦."*/.¦.¦¦;¦.

#íi £•SsSjtPfp

'¦• % *? fí

-¦ *C ^j^^wjra^ll

^Wi®ííi'>\" -lj*v'.

¦ ¦• ¦'*•'' " -Was':- ¦j^í^Í.&^ÍIíe

¦¦¦''^•Stflll

'....-,fJ»M&'¦A **,tv'*^sífsi«:'jí

.'. ¦„.; ..;.,;":¦ jí;|.'.v

sm^i

-¦"••*-- •

Eis uma «criança azul» A peauena Júlia Borden,e unhas, inflamados e escuros. São essas, com

humanos, os depósitos de artéria teriam que per-manecer no banco muito maior tempo do queaquele. Após muita experimentação foi desço-berto que segmentos dè artéria podiam ser ar-mazenados com sucesso durante vários dias, exa-tamente no ponto de congelação dos refrigerantes,numa solução nutriente especial, consistindo dediversos sais, açúcar, um pouco de soro sangüíneoe uma «pitada» de penicilina e estreptomicina,para evitar a contaminação de germes.

confiante/ espera a operação. Notem os seus dedosos olhos entumecidos, as características do seu mal.

As artérias assim armazenadas não apenas per-maneciam frescas e vivas. Quando retiradas dorefrigerador e colocadas num incubador de aque-cimento, pequenos segmentos deixavam aparecerexternamente fiiamentos de novo crescimento.Mesmo após trinta dias de armazenação, 60% dasartérias continuavam a viver e aptas a crescer!

Provas, mais ou menos atuais, realizadas em1948, em cães, mostraram que os transplantadose as próprias veias dos animais se mantinham fir-

-'¦ •¦¦ ....... .¦¦.•.¦,.-..._.-¦

.::,,,,..,:._,:. ¦:.

;ÇyÇ;

1; ¦'¦¦. ¦ ....'¦> .-¦¦ ...¦.¦

¦. .,¦ ¦ ¦: ¦¦ .;.

¦¦¦ .¦:¦:.¦¦ .¦¦; v.-.- . : >.¦:.."¦' ¦.¦"*.¦..¦.« ¦.*•.. '¦¦¦ - ..

r-y r

memente ligados durante "um mês, após a ope-ração. E os" enxertos continuavam a efetuar umbom trabalho de conduzir o sangue durante umespaço de até mesmo um ano depois, sem sinaisde degeneração ou fraqueza.

Encorajados por essas cuidadosas e extrema-mente valiosas experiências com cães, os cirur-giões começaram a aplicar a transplantação deartérias às crianças. Tommy, o primeiro paciente,era, como já dissemos, uma «criança azul» e, naverdade, muito doente, quando entrou no hospitalpara ser operado. Como todas as crianças so-frendo da doença assim denominada, para aqual era recomendado um tipo de operação,tinha êle um estreitamento — estenose — daartéria pulmonar (que leva o sangue até esteórgão, para o seu suprimento de oxigênio). Masa disposição de veias sangüíneas nessa região docorpo de Tommy erõ por demais complicada. Agrande artéria, ordinariamente utilizada para cons-truif um desvio em torno da zona afetada pelacompressão, não era suficientemente longa paraque se pudesse efetuar tal artifício. Este o motivopeio qual era necessário um enxerto. Antes deproceder ao mesmo, o cirurgião separava asveias, prendendo-as com hemostatos, libertando-asdo tecido ao qual estavam presas, em conexão-.Em seguida, com a habilidade e destreza de umbordador, curvava uma fina agulha ó& forma docrescente, para trás e para diante, através dasdelicadas bordas da (artéria, espaçando os instru-mentos de metal apenas um dezesseis avós depolegada um dos outros. Deixava uma espéciede agulha de coser do lado de fora, para pro-mover uma juntura suave no interior da veia.

Quando o último ponto havia sido dado, osmédicos e as enfermeiras sustinham a respiraçãoe, vagarosamente, libertavam as extremidades dasveias. Resistiria o enxerto à súbita corrente desangue? Seriam as suturas a prova de rompimento?Ajustar-se-ia o corpo à nova rota seguida poruma parte da sua corrente sangüínea? A res-posta a todas estas perguntas não pronunciadasera um alegre e vibrante sim. Num período dealgumas horas, a cornplexão azulada da criançatornara-se rosada, a côr indicativa de saúde, noshumanos. Antes 60 operação, o sangue de Tommyera grosso, semelhante a um xarope: os esforçosdõ natureza de sobrepor-se a um fornecimentodeficiente de oxigênio causava a superproduçãode glóbulos vermelhos (os transportadores do oxi-gênio) . O sangue espesso colocara o menino emconstantec perigo de coagulação no cérebro, masagora, com o novo contato do sangue do coraçãopara os puímões, o sangue passava a ficar mais finoe a correr mais depressa e livremente, carregando ofôlego da vida, em dose bem maior, a todas as par-fes do corpo de Tommy, que careciam de oxigênio.

Cinco outras crianças azuis, que enfrentaram aalternativa de continuar a viver de modo pre-cario ou arriscar-se a uma intervenção cirúrgicaarterial, foram auxiliadas com vasos sangüíneosemprestados. Dois pacientes adicionais, que sesubmeteram è operação, morreram; um de co-lapso cardíaco, dois dias após :a mesma, e outroaos efeitos malévolos de uma droga empregadaem cirurgia desse tipo, para impedir a coagulação.Num nono caso, um enxerto arterial de cinco cen-

30 Z7< Ano N^> 4 Seterfíbrò 1953

tímetros foi utilizado para substituir um segmentode aorta comprimida. O Dr. Julian Johnson, áa«Universidade de Pennsylvania», utilizou segmentosde veias do corpo dos próprios pacientes paraenxertos, em duas operações para a cura de tal mo-léstia. Uma das crianças morreu, de uma deficiêncianao associada com o enxerto, e a outra sobreviveu.

A cautela dos médicos, em sua teoria de queé muito cedo para dar um assentimento final debons resultados na transplantação de artérias,ainda continuou, através dos anos. Se, porém,esse tipo de operações fosse bem sucedido, esta-tisticamente, poderia ter ampla aplicação. Nãosó seria utilizado em casos congênitos de deficiên-cias miocardianas como, ainda, em casos de ar-térias enfraquecidas por doenças e em outroscasos de acidentes de tráfego, ferimentos deguerra, e para salvar membros atacados pelagangrena, em virtude de má circulação. Alémdisso, haveria a aplicação de enxertos nos casosde câncer em que, atualmente, o cirurgião é fre-qüentemente obrigado a interromper seu trabalho,porque o desenvolvimento da moléstia envolve umvaso sangüíneo de maior envergadura.

Em muitas outras dessas operações sobre epróximas ao coração, o cirurgião age contra umrude quadro de tempo. Na maioria dos casos,êle deseja o vaso sangüíneo vazio, enquanto pro-cede ao corte e costura. Não pode fechar acorrente sangüínea pela aorta superior, por exem-pio, durante méis de três e meio minutos ou ascélulas do cérebro começarão a sucumbir, porfalta de oxigênio. Tem um pouquinho mais detempo, quando operando sobra a aorta abdo-minai, mas, mesmo, neste caso, o oxigênio neces-sitado pelas células renais do paciente tornam ocirurgião um escravo do relógio.

Importunados por tais necessidades restritivasdo tempo, diversos cirurgiões têm voltado suaatenção para a invenção de artifícios que dêemconta óò circuiação, enquanto eles próprios seencarregam óõ parte cirúrgica, cortando e co-sendo, sem contar os minutos. Estas aplicaçõeslhes permitiriam levar a efeito maior número deoperações bem sucedidas, com interrupção bemmaior da corrente sangüínea para o cérebro eoutros órgãos vitais.

O Dr.^ Wiilis J. Potts, do «Memorial Hospitalpara Crianças», de' Chicago, desenhou um ins-trumento que é disposto em torno áa aorta, dei-xando a parte principal do vaso aberta e man-tendo fechado somente uma pequena dobra, emúmidos lados. A esta seção, que fica, assim, tem-poràriamente, libertada 60 constante corrente san-guínea proveniente óõ aorta, êle pode juntar umoutro vaso em sua própria versão da operaçãoóõ doença azul.

Quando a aorta tem que ser completamentesegregada, contudo, como em certas outras ope-rações, o instrumento • de Potts não pode ser uti-lizado.' Mas o Dr. Hufnagel, de Harvard, quedeixou um bom cargo em Richmond, Indiana, paravoltar a estes problemas de pesquisas, teve umaoutra idéia, até bem pouco só utilizada experi-mentalmente em cães. Emprega um tubo plástico,cuidadosamente enviezado e polido, como umconduto auxiliar interno, a fim de manter a cor-rente sangüínea em movimento, enquanto cose

<m

' "' ¦ ' *'" "' '¦¦¦' ,:"H '-,"':-'*ífP^lHWWlw^W^ 'W*fcyw.^#íi£.^-i**!^itó

•1».

jjjfiy *

sBe^-'

jyfe.

jr"

um enxerto à aorta. O tubo plástico é inicial etemporariamente mantido em posição com algunsenvoltórios de fio de seda. Esta fase da operaçãoé tão fácil de cumprir, que pode ser feita emtrinta segundos, conjugada com o fechamento dacorrente sangüínea. A artéria a ser enxertada,que fora previamente ajustada, como uma espé-cie de manga, sôbre o tuboplástico, é, em seguida, cosidaà própria aorta do cão. Osúltimos pontos, em uma dasextremidades, são deixados li-vres, de modo que o tubo pos-sa ser retirado. A remoção domesmo e o entesamento dospontos, nessa extremidade, sãofeitos durante um segundo meiominuto em que a corrente san-guínea é novamente interrom-pida.

Este artifício é bastante efi-ciente. Se dér tão bons resul-tados em pacientes humanos,proporcionará o desapareci-mento de uma boa série depreocupações a dificuldades emoperações de vasos do coração.

O Dr. Hufnage! utilizou, tam-bém, um tubo plástico, espe-cialmente desenhado, comosubstituto permanente para umsegmento de aorta enfraque-cido, com excelentes resultados.Este trabalho se encontra, agora,pronto para aplicação aos se-res. humanos. Seria, particular-mente, aplicável à reparação deum aneurisma, que é como umcasco de navio nos estaleiros,pouco antes-^de correr para omar.

Um outro modo de conse-gulr mais tempo para a cirur-gia bem feita e mais acuradaé encanar o sangue do pa-ciente, através de um aparelhoque fará o trabalho do seupróprio coração e pulmões. Di-versos modelos mecânicos decoração e pulmões têm sido utí-lizados com sucesso em expe-riências com animais, em Fila-délfia, Minneapolis e Estocolmo;e sua aplicação aos pacienteshumanos é esperada em futuropróximo. A êsse tempo, umdesses «robots» de aço e vidropoderá ser aplicado para cui-dar da circulação de um in-divíduo, enquanto o cirurgiãorepara o seu coração ou vasos sangüíneos de maiorenvergadura. Os circuladores sintéticos não devemser confundidos com o pulmão de aço, que mantémvivas tantas vítimas da paralisia infantil. O pul-mão de aço simplesmente substitui os músculosparalisados no trabalho de expansão e contraçãodos pulmões do paciente. Nem é tampouco o cir-

culador o mesmo que o famoso «coração de vi-dro», do falecido Alexis Garrei e Charles A;Lindbergh.

O engenho do Dr, Carrel foi desenhado paramanter os tecidos vivos fora do corpo, para efeitode experiências de laboratório. O circulador sin-tético, em sua função, recebe o sangue do pa-

.':'¦!.¦

¦ VVíüWÈãyi;

^l^^^^^^^P^SHflll^^BBHB^r11»'^^^ *<" V ^^'MÓâM^-^^^f^S^^^^ yv^^^ÊmW'*''"

'^JJÉfl mÊ'¥^ÊÊÊ^y?''¦''¦ ^ |yÉ |'f'flyi||'''''•.''•'¦¦•'*'-¦'^í^flB^^í- ^B fl:.'¦¦*...¦"'-'¦-¦"

.jv-V'';'tf%as|M Bffi3§fl*flflra&A,:

v. ¦.:-Jj-Jrjf. VyyXiwÊÊSÊmSmmÊmmm^mytf^W'. -' ^ra-GHH BIp*1 ¦ 'Ww&WkwkWi BH***:.

:'-; '^^^^^MSK^Êk^^^mAmmÊsmmm BASEEI iR^^^^^^fe^^^^^íSí^S I^^^S"' t-Xy tyíXM^^^sW^^ÊÊÊ^Wi^Ê^sWÊ m^^^^^^^^^&t^^Ss^^^^Ê^M^&WÊ* wÈÊÊÊsmr-,'VÊM- ;

' 111111 fâM^íívJBBBI* * «MflKJI ^fet^^^^^^^^tt^^tt^^^^^ft®^H mmmMÊà

'¦ í'^ ' x*-' - '" r^^a^-r- -^iry0Ê^Ê w'XX ¦'-'¦X^wVyyi&V*.-^

"iS S'.-i»iii;^l B':' •"•"• ¦'¦ ^aW$¦'¦.'.vrVsimSk^LWmmamam WMM^^fl^^T^^^llnWM^W^fflBr^^i^r'*^--W^^Xi^immMfm BIW«$B BSfe-:.--^'..•¦¦ Vys^^Ê^É^Êmm wÊÊÈÊi!&:&t ¦'''"''¦^^ÊÊM BJJ&l&ifl mr- yy:'JÊr^Sm '"''¦"-:¦ ''li BJm^Éil'.?..''¦ .y*^^^^3 WÈ&ÈM BK tff' ¦,. u ¦ ¦¦ ^.jMÍll^BBjHfll^^^^^^B^BBÉ^jigE^HB^^

\;'y? Wy^mA lÊSém!** '¥^*H WÚVy' ^imWÍ lüiifff. , 'UM &&tÊÊ03ta^È mwSmW'-:yy

• $Wm WÈm IwÈÍÊ^^M

'¦'¦'¦¦ tV^Ê mm^^i^^SÊma mkmsss m%mm W^mW'' myy^mm tB^saaws^:>ii^is^smcam mtsstssessm mw BB^BawjM&aW¦'y-^UKmAw^^SmmmwÊÊIm^m mmmAmmm mmSB^^^y^

¦'*¦ 'JNkL, "'*¦-.• • ¦^*1&W^^^Ê WÈÊÊm.f .¦¦.«-¦vflfl i^^H''''' '^ E9 ^Bl

¦-ti-yyjms mmm m^m WwMfy'M

JM av'yk W &¦^Él Br -.'¦•.fll ¦&£•

.,i5ô:%aá«B ¦¦¦ ¦P® .-v'-f^-sM M*7:a3i iPssaM ^m»V*.iasfeffiftra^ BB*v ^ ! *^ ffiSHsH HR^^^wsv^BI ^E^ip-

Xt$Hʧ^ mmgsy- ..: iQi:ijj&m\ my'-" átJmmm B'*'¦¦¦'WÈ mm.i-\y:Xàiy.'V;^Ê PT. tòÃtm Bfl flSvBViS¦J3Í®Í5I BRJ*7jf'W '^HflE^inaH R'!-^. *'•¦ ¦¦¦¦¦••^^mmMWM ^^pè- < v^HHh HH H*»^7|1%S^PIW|fl fltfeà • ¦, *iS^«Í flfl H -'¦

.í ;'7sS amÉAT ~X$SHk M^^^MMmmmm BfíMiJf:v-^JíySf ¦.:' 'yXmmfmmmmmmmàMàW ¦>-:í."^-^-«*s;^sj^¦H apH Br ¦ •¦'¦¦'^^WS^^B fl^-'-'

-'v.^':^' ^.í^^^HH^^^B^- :'f-'-t"ijv'ftjji^j.^.'.' j '-?t'-'.'--v .v¦''¦•"¦ vi--* "'¦"¦''V*¦'¦^jh^mW mw^ ryt^rxxxx-vyVy '''¦''''¦'¦ '''':v^tt£&!8^

WÈO momento crítico para a pequena Júiia. Aqui. na mesa de operação, oscirurgiões praticam a intervenção que hoje permite salvar muitas crianças.

ciente em um ponto, fá-lo correr através de umcilindro em que o mesmo recebe o oxigênio ne;cessitado e torna a levá-lo, em seguida, de voltaao corpo, por uma grande artéria. Isto parecemuito simples. Mas é, na realidade, um dos maisdifíceis trabalhos que um instrumento médico me-cânico já foi encarregado de fazer. (Cont. na pg. 113)

V-'J

'ikf.fxycicA. ;¦¦' '¦¦¦¦'¦"¦ '¦ ' ¦¦'•¦: •¦'-" 'icA-y. ¦ :'-fcc'Xiy:í- ''CrxXyyCArcXx;;.,. ;\ ,,'•,;.,.,';•'¦«'•":.-yxyyycyyr-.i.rysy -^y••¦.;:;; ryyXy:"-:X.'i-'':yc:' -XA A.

irwHiiiiinin ¦[¦-----------^[¦¦¦¦¦«¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦miiiiiiiiiiiii ' ' * '"]':'

_____\_____m_9____>^__________\ _________

ya_^_iwÊ_mmWw---K$ÊSÍ&tm mmm\ _____________!^'""^ ^^"r"':' '•'.''íyt W

V tA

',. .' .-ií'í'- ¦¦'¦'... ¦¦•. '¦ " '

i r ¦'&''¦¦¦ ' fyrX >','.' . -¦ .

37*' ;Ano —' N? 4 — Setembro -- 1953

tiDia das Mães" é festejadomês. de Maio). Entretanto,

e sessenta e quatro dias pagandohoras. E como! Algumas vezes, oqenas ocorrências, que passam

reuniu no teatro locai, a fim de or-ganizar uma festa de beneficência,destinada a colher fundos necessáriosao amparo e orientação dos menoresdelinqüentes. Quando terminou a reu-nião, todas elas verificaram que ospneumáticos de seus respectivos au-tomóveis tinham sido esvaziados...pelos menores vadios da vizinhança.

^ -xa*., y-'___Wm__mI '

| :

§ii * -

l-rf?.-:¦'-'. %Vi!'.' '.'

I6'''"fe''' v-ife • '¦'¦':.

X fi;X

' XfiiX

..para receber, ela também, um bom banho de água fria...

FUMAÇA E FOGO — Uma tarde, em Hornell,Estado de New York, uma senhora começou alavar as paredes da cozinha. Logo que começoua esfregar o pano, foi envolvida por uma nuvemde fumaça. A infeliz quase caiu de costas, prosade pânico, e, logo que pôde encontrar as pernasmais firmes, correu para o telefone e chamou osbombeiros. Porém, quando estes chegaram, a fu-maça desaparecera totalmente, não havendo quai-quer risco de incêndio. Estupefata, ela explicouo que havia acontecido. Um dos bombeiros apa-nhou o pano de que ela se servira, esfregando-o,por sua vez, contra a parede da cozinha... eprontamente surgiu uma nuvem de fumaça. Apósrápido inquérito, ficou revelado que os «anjinhosde mamãe» tinham lambusado as pareaes compasta elétrica, própria para envenenar ratos. Essapasta continha fósforo, que, ao ser esfregado pelopano, produzia toda a fumarada.

PROVA POSITIVA — Em Üverpool,Inglaterra, um menino cie dez anos,que fôra proibido de »r nadar, voltoupara casa com os cabelos molhados.Quando a «mamãe», indignada, pediuexplicações, êle insistiu, dizendo que

outros garotos, na rua, tinham voltado uma man-gueira de jardim contra êle, quando passava.Não acreditando no que o filho dizia, ela oapanhou por um braço e foi com êle até acasa onde o menino alegava que a «ducha»fôra dada... e levou, por sua vez, um bombanho de água fria!

mãescan-

3 r;...-

mi; xi•M_. ~_. ¦-_;':¦-

ACELERADO —¦ Em Los Angeles, uma senhorafoi multada em 25 dólares por dirigir um auto-movei a cento e dez quilômetros horários pelasruas centrais, onde só eram permitidos sessenta.Ao juiz, ela tentou explicar: «Meu filhinho de umano e meío caiu êo banco, justamente sobre opedal acelerador e o automóvel começou a ga-nhar velocidade, antes de que eu chegasse a en-ienéer a razão, E, entio, fiquei sem saber o quefazer, pois não podia tirar as mãos do volantepura apanhar a criança1'. A multa foi confirmada.

PERDIDOS — Em Melbourne, Austrália, aede Jane e Richard, ambos com sete anos,sadas de procurar por seus respectivos filho efilha, resolveram apelar para a polícia, declarandoque os mesmos tinham sido raptados. A políciaorganizou patrulhas de pesquisadores, aceitandomesmo dezenas de voluntários para dar uma ba-tida em todas as matas em redor. Em plenaprocura, um casal de crianças se juntou tambémaos que espreitavam sob as moitas e varavammatagal, auxiliando a polícia... até que, casual-

dois- «voluntários» foram reconhe-justamente, 3ane e Richard!

essesmente,cidos: eram,

' '¦

?WmmBRm_$.'

ESTÃO MESMO PRECISADOS — Em NorthBrjckfield, N/iassaehussett$, um grupo de mã^s se

EM LISBOA, PORTUGAL, uma senhora orde-nou severamente ao filho que parasse de puiarsobre a cama de estrado de arame. O garoto,porém, suplicou que o deixasse executar «só maísum pulo» e ela acabou consentindo. O filho quis,então, executar um último grande pulo e, dr fato,assim o fêz. O pior foi que, da cama, saiu poruma janela, caindo de uma altura de seis me-tros. Felizmente, sofreu apenas ligeiras es-coriações, não tardando a ficar pronio dõtõoutra.

uma so vez cada ano (segundo domingo domuitas ^maes passam os restantes trezentospor essas homenagens de vinte e quatropreço e alto, segundo demonstram estas pe-os a enumerar: '

NO RIO DE. JANEIRO, em 1948 (num bondeGávea), uma senhora, que viajava com um garotode oito anos, não cessava de admoestá-lo seve-ramente e mesmo dar-lhe terríveis beliscões, in-sistindo para que ficasse quieto, e cessasse desaltar, pisar no banco do coletivo, puchar ocordão dõ campainha e fazer outras peraítices.Tão furiosos foram os beliscões, que um bondososenhor, apiedado, pediu à senhora que parassecom «aqueles castigos», mesmo por que — ale-gou — a criança estava com a cabeça que-brada... Aí, então, a senhora explodiu indignada,explicando que aqueles volumosos panos e gases,que envolviam a cabeça do filho, não escondiamnenhum ferimento, mas, «penas... o «vaso no-turno», que o peralta hcjvia colocado à cabeça,como se fora um chapéu, e não pudera mais re-tirar. Por isso o levava, 'agora, sob aquele «dis-farce», ao Hospital Miguel Couto.

SACRIFICADA —. Uma senhora de Livinqston,Montana, apressou-se a alcançar o hospital dacidade, levando seu filhinho no automóvel, poisdesconfiava que o coitadinho estivesse sofrendouma crise de apendicite. Em meio do caminho,desviando de um ônibus, manobrou com precipita-ção e seu automóvel capotou espetacularmente.

O garoto escapou sem um arranhão e, além detudo, examinado, pelos médicos, ^estes verificaramque. ele nao sofri* do apêndice. Em compensa-çao, a senhora d. Livingston necessitou d* en-canar dois braços, além de receber vários pontos-falsos pelo rosto.

'" '''viS/WS!6. y ^'''MÀi^M'¦, Y-f#

¦ ¦'¦¦¦A>ih%w*.'¦;»»

" ¦'''';.-WÈ$-

UMA «GRACINHA» — Em Paris, uma senhora,regressando das compras no mercado, encontra ofilho, de oito anos, caído num corredor, tendosobre o peitilho da camisa uma grande nódca ver-melha. Por sua vez, a senhora caiu para três, de-sacordada. Ao despertar, após convenientementesocorrida por uma cunhada, soube que aquilo erabrincadeira. O garoto estava brincando de «moci-nho» e jogara mercúrio cromo na camisa, paradar maior realidade ao «ferimento» sofrido num«combate» com o seu irmãozínho, que fazia papelde «bandido».

¦XX

KM*?'-«Pli*:r*"/¦¦&

S*-*'if,

¦¦'/'¦¦':

I i;: Y

¦¦. :

.¦" .¦¦.••¦ •- ¦¦¦-:¦ ¦..•.

¦¦¦¦ .,¦¦.-. ¦ ¦ .

•:'*¦- ;.::.:

i":**Af'-'0.

¦¦.¦¦¦¦ '.¦¦ ¦¦ yX:.:-'-iX:X-:* ¦ . ' ¦ "XK ' "' '¦' ',* '¦.*'. ¦*. ¦ Y !'/'. .Y

SIM, FILHINHO! — Em San Francisco, uma se-nhora leva o «anjinho» ao médico, ao qual contouque o menino era muito nervoso, rebelde e cho-rão. O facultativo, depois de examinar o garoto,«receitou» boa-vontade. Ela deveria mostrar-se mai*cordata e dizer mais vezes «sim» do que «não» aófilho. Quatro semanas depois, completamente ar-rasada, com os nervos em estado de assustar, foiela própria ao médico, que lhe receitou duai ys£1manas numa casa de saúde, para recuperar oequilíbrio.

:.' ü .¦*;' -V*"***

s&»S-.

"¦'XX' ^'^^mmÊmmmWftmWÍ&M^ '\'^*wÍll'-: 7-' ¦'¦'-"'"-''^^ j' ~''^J_?1ie1C

"Eu não podia tirar as mãos do volante para apanhar meu iílho,..nA í' 1/ -*i'

rr.jsra

* '

.;¦'.. ...... íi; ¦¦¦ ..-..- :.-¦

r '.'- ' . '

37? Atiò N9 4 Setembro -— 1953ÉU'SEI TUDO

'íi..

':]¦ 'i-': .5.

.-: - •¦'

Iftíl^

LGUNS professores, de ambosos sexos, não conseguem fugir

certas complicações e abor- .

recimentos. Eis aqui algumas regras a respeito da

conduta que deve ser observada pelos mestres.

As cortes e tribunais, dos Estados Unidos, tem

tido oportunidade de julgar alguns casos interes-

santes, surgidos entre

professores e alunos, edos quais apresentamosuma pequena série.

NÃO HÁ TEMPOPARA O AMOR — De-ve um professor ser des-

pedido por estar a en-treter amiguinhas na salade aula, com as luzesapagadas? *

«— Sim, porque, mes-mo com as luzes apa-^

gadas, seus alunos naoficam «no escuro», a res-

peito do qué êle estáfazendo!» — declarou aGôrte de Apelação deKentucky, EE. UU.

NÃO PODEM TRA-BALHAR EM «BAR» —Podem os professorestrabalhar em balcões de bebidas, nas horas vagas?

<<:— Hão, porque, dessa maneira, podem enco-rajar seus alunos a beber!» — afirmou o tribunal

•d.e Bordeus, França.

SENTAR CORRETAMENTE — Devem as pro-fessôras sofrer censura por sentar no co'o de na-

Por JOSÉ SCHORR

cola! O lanche, durante

--¦"""¦¦ ' ^Sft

morados, a«— Sim;

fícil, paramente!» —

vista de algum de seus aiunos?este modo de conduzir-se tornará di-elas, manter a disciplina, posterior-concluiu a Suprema Corte de Glas-

OS PROFESSORES SABEM ME-LHOR — Se o diretor de um co-légio quer que o Joãozinhó faça

seu lanche na Escola e a mamãe insiste para

que seu filho vá lanchar em casa, onde deve,

finalmente, o Joãozinhó merendar? — «Na es-as aulas, faz parte daeducação dõ criança, ea mãe da mesma nãopode opor nenhuma ob-jeção a isto!» — resol-veu a Suprema Corte deNebarska, EE. UU.

PARA MELHOR,PARA PIOR — Devemas professoras ser des-pedidas, quando casam?

«— Sim, porque o ca-samenio torna as pro-fessôras impacientes, ner-vosas ¦ e distraídas!» —declarou a SupremaCorte de Indiana.

NADA DE ELEIÇÕES!— Deve um professorindicar a seus alunosquais os candidatos emquem seus pais devemvotar?

«— Não, porque tal orientação pode acarretarum conflito entre as crianças e os pa«s, que játêm bastante com o que se preocupar1» — con-cluiu a Corte de Apelação do Distrito da Ca-lifórnia.

«PAPAI ! NÃO DIGA ISSO !» — Deve umaluno ser suspenso, porque o pai foi oiscutir coma professora, dizendo que esta é Ignorante?

<<;— Mão, porque os filhos não devem pagar

gow, Inglaterra.pelos pecados dos pais!»Corte de Camberra.

afirmou a Suprema

Al !aluno,

Ul !por

Pode uma professora bater numjogar livros pela janela, na cabeça

professe1com sua

ser ex-mulher

I T3 .... j__._ | —

dos colegas, com os quais antipati€ - Sim, porque, como estabeleceu o Tribunal

Superior de New York, «aquele que não disei-.'p.lina, não gosta verdadeiramente de seus filhos.»

MAU EXEMPLO — Deve umcluído do colégio, por discutirem público?

«— Sim, porque isto serviráseus alunos, para quando, por sua vez, venhamcasar!» — declarou a Suprema Corte do Wyoming.

de exemplo aosa

£jil CASA É MELHOR — Era Capetown, África do Sul, H. M. Ebrahim. aotornar-se pai pela vigésima nona vez, declarou aos jornalistas que o entrevistaram;"É um grande erro dos europeus, perder tantas noites nos cinemas."

i -:..'¦¦¦'ti: ¦

,

: ; '.'¦¦.-•

. !¦'-.' i

:/]

. i

'¦:';:'-v|' '

O ENTANTO... — Em Indianópolis, os oficiais da "American Legion",solenemente, decidiram protestar contra o costume de condecorar com á medalhadessa região os cães militares servindo no Kennel Corps. — "Cães não são gente!"— declararam, indignados.

i.ii.iw.awV--";--.. -,..¦¦ ¦.™i..^J^ ÍS&XK

RH ---

~~ Setombro — 1953 35

s_s$.wçí^r^-v','W

37? Ajio W 4eu séi tur>o

A FORÇA DE UM JURAMENTOPAUL FÉVAL

:':li.ããã:¦'¦ 'Af. 'A''

: ¦¦

:¦-.

'.

¦ ¦:.;..;¦' ¦ *..;"¦¦'•Vy-.-.ry/.i''- :,.{¦',¦¦ ¦'

¦l-A "¦¦ '/A .A

'•¦¦¦: -

"Henrique e eu nâo podíamos continuara viver sozinhos. Lá se encontrava jáuma excelente mulher, Franeisca Berri-chon e o neto, João Maria.

"Quando me viu, a velhota exclamou:"— Como é parecida!..."Mas... com quem me parecia euj...

Há coisas, com certeza, que eu não devosaber e, por isso, tem sido para comigoduma discrição inflexível.

"Pensei imediatamente — e. esta opi-nião fortificou-se em mim, com o decor-rer do tempo — que Franeisca Bernchondevia ser uma antiga criada da minhafamília e ter conhecido meu pai e a sitambém, minha mãe! Quantas vezes tenteisabê-lo!... Mas Franeisca que, em geral,estava sempre pronta para conversar, enm-decia quando eu abordava certos assuntos.

"Quanto ao neto, João Maria, é aindamais novo do que eu e nada sabe.

"Estando menos só nesta época da mi-nha vida, nem por isso me sentia maisfeliz. Nunca mai: tornara a ver Flor, e

o. meu amigo Henrique modificara muito,A sua maneira de me tratar mudara porcompleto; sempre que estava a meu ladoparecia triste e frio, corao se uma bar-reira intransponível se tivesse colocadoentre nós. ,a ,"Os meses passaram. Entristeci tambeme Henrique, notando-o, parecia infeliz. *-,

"... 0 meu quarto dava para os íraen-sos jardins que havia por detrás da CalleReal 0 maior e mais bonito pertenciaao antigo palácio do duque d'Ossuna,morto em duelo pelo senhor de Favas, ti-dalgo da casa da rainha. Desde que mor-rêra o dono, o palácio ficara deserto.

"Um dia, notei que estavam abertasas janelas. Os salões vazios encheram-sede móveis suntuosos e magníficas tape-çarias. Ao mesmo tempo, o jardim aban-donado cobriu-se de flores novas. O pa-lácio ia receber um hóspede e eu, comotodas as moças, estava cheia de curiosi-dade. Quis logo saber o nome dele e,quando me disseram, chocou-me. A pes-

mÊÈ'

_». «sa

;*.

__S*_s_g%SM'J>\'.-tà?S

' '-7rA'A ã'^'iAxrA.-yA ';¦

(RESUMO)

Estamos no vale do Luroo i«n.|> ao «-tolo*

^^rora^m^ua.ilha «. Pouco

deP°ÍS' FeeXaseteLr?arano &con 6on^s?'en"

repousar em suas terras, n murmurasse que

aaTêle amof .avançam muitol Quatro anos depois ..

STerl Jà não haftava no Jurancon porém outro

Felipe ali surgira: tehpe J»1^* odueêsM™0ria casar

ci oe de Gonzaga, com quem o marques ^eiialilha. pois Gonzaga era o*^ umeo

^deuo^deNevers que era scteiro epossuía uma

^fortunas da tranca. _^\ próxima ao castelo,de 1699, em uma e^^^hinPs,í>XcS„tratados poro6

Tt .^secTcíá"o dt Gonzaga, com o fim de

Peyrolles, secretário ae ndo ^.^ prín_atacar e assas.mar wevv¦ Entre os «bravos»cipe, a fortuna

^ jua ^üma. En^e

se encontram ^arda^e 0%vem cavalheiro Hen-um ún co ídolo na vida o

^^ him de França.rique de Lagardère, o maior espa muralhas, oNesse dia, aparece tambem ,unto as fcavalheiro Lagardère qae, .enao demente pelos VP&g^^^Zt*. ^1^°viagem para o exílio, P°«™ * .

bandidos dizemcruzar a espada ™m AeJ°™r eUSpropõem ajudá-loao cavalheiro o que. vaoji^^]^go_0s do local.Lagardère ^cusa indignado e^ ™

& rPermanece, porem, <;£topa Peyrolles. Ouve quandodois homens- Gonzaga er estava ar-o secretário diz ao

£i"«PV££ apoderar-se dasranjado, mas que nao p

^ra tinhamfolhas do registro do

^^^'^eSt, Gonzagasido arrancadas, mas que, {ortuna dodesposaria Aurora, ficando ™joM Lagardèreduque». Peyrolles então julgan do

^um dos capangas, chama o e in muralha.

mandando-o esperar junto a J°ne abre e surge

..Quando eles se retiram a janela se^ Q

Auroraeles se retiram a j^a- entrega cl

?.Ue_,lUl .S£° ÍQlo re°g?stro de casamento.

Pouco depois chega Nevers, a quem o cavalheiro ,Informa o que se passa, prometendo ficar ao seu

ado Trava se a luta e Gonzaga, vendo as coisasmal paradas, ataca e mata Nevers, pelas costas,Covardemente. Mas Lagardère foge com a criança,SS ferido o príncipe numa das mãosPassam se os anos. Obrigada pelo pai, Aurora des-

S an Gonzaga. Este abre um banco nos jardinsdo seu pa"ácio, e vende bancas para q rem queiraespec ala? Ente os compradores surge um. cor-

cunda: - Êsopo, que compra a última banca querSílva e vê o príncipe contratar os serviços de

Cocardasse e Passepoil, que ali a^e^T°felh^°Zzaaa havia pedido a reunião de um Conselho aeSliriara entre outras coisas, apresentar a,

Au?cra aPsua filha Aurora de Nevers. Para isso,-

Pevro. es havia arranjado uma jovem espanhola, .

a auem o arínciae convencera ser a filha de Nevers.A eswntX, cujo nome era Flor, declarou queernhecere.na Espanha, uma mocinha da sua idade -conhecera na vistQ em pans#

à rua de ChaSe. Começada a reunião, Gonzaga

após hábil discurso, manda entrar Florque naoap,l^nTihPGida

o^r Aurora como sua filha Para

ma or assombroPde Gonzaga, Aurora anuncia querW ao baUe.oferecido pelo Regente.de França..Ên Wòraue uma voz misteriosa repetira a divisa-

IÜ ÍtorFaTnzaPríriraldrhaL1^rmo^

3Ue S^ fornecido inocentemente, por Folr,de Aurora, }°™ecl*°' prCntifica a fa-.siticir asurge o c^nLd_aaaXre num bilhete para Aurora.vTZt pede9 cT Gonzaga um salvo-condutol°A

faaardS prometendo, assim, atraí-lo a umaP5™ ¦iSSca Aurora aguardava a chegada dociada. Em c^;n^r°arno!a^ões em seu .Diário»,seu amigo, ia^do ano

^ compa-onde contava.o que tora as ie„

en.nhia de hennque aesde que o ç

^tendimento das cu.^ fca memória.

¦ãílíãl

'¦;--

A¦r¦'¦'-!

.... ;íirMM- ¦

""*'t-.-54<'.vu.

Lagcrdère sua filhei e

•s'»*6«aCtò»»f3'

EU SEi TUDO'-9HV 36

v:v-iêè ;¦ e- ' "''t ^ Vf *¦) / ¦ •.-';¦

?i-'- . '• " ',"'AA *'• *.\.., í?í*i7*''?,*Ç*F'. ' ""v"'

379 Ano N? 4 — Setembro

&¦:¦

¦

Y ¦5. ..

soa que ia habitar o palácio de Ossunachamava-se Filipe de Mântua, príncipe deGonzaga. *. ."Gonzaga ! Este nome estava na listade Henrique. Era o segundo dos doisnomes escritos durante a viagem !

"Julguei que o meu protetor devia seramigo daquele nobre e quis sabê-lo, masHenrique, no dia seguinte, mandou pôrnumas nas janelas que ainda as não ti-nham e disse-me, muito sério:

Aurora, peço lhe que não se mostreàs pessoas que forem passear naquelejardim . , A"Confesso, minha mãe, que depois destaproibição ainda fiquei com maior curió-sidade. . m"Não era difícil obter informaçõesacerca do príncipe de Gonzaga: toda agente falava nele. Era um dos homensmais ricos ie França e amigo particulardo Regente. Fora a Madrid em missãoespecial e exercia o cargo de embaixadorextraordinário. _"Todas as manhãs, o pequeno JoaoMaria me contava o que diziam a respeitodo príncipe. Os seus companheiros eram,também, pessoas novas e muito interes-santes, contando-se deles coisas surpreen-dentes e maravilhosas, que impressio-navam profundamente a minha imagina-ção. Dentre os que o rodeavam, desta-cáva-se um rapaz de dezesseis anos apenas—. o marques de Chaverny — conside-rado um verdadeiro demônio !

"t)iziam que era bonito como uma ra-pariga. Tinha cabelos louros, rosto brancoe ainda imberbe. Mas era terrível!...Aquele querubim perturbava o coração detodas as seíiorilas de Madrid.

"Pelas frestas das rótulas das minhasjanelas, espreitava para o jardim de Os-suna e via, muitas vezes, um fidalgo ele-gante, de beleza algo efeminada, mas essenão podia ser, de forma alguma, o en-diabrado Chaverny. Aquele fidalgo tinhaum aspeto sério e, ao mesmo tempo, mo-desto ! Logo de manhã cedo andava pas-seando, quando esse tal Chaverny devialevantar-se tarde, porque passava as noitesa fazer toda a espécie de loucuras.

"Ora deitado na erva, ora sentado numbanco, de cabeça inclinada, o tal fidalgo-zinho tinha, quase sempre, um livro namão. Devia ser um adolescente estudiosoe Chaverny não seria pessoa para se preo-cupar com livros !"No entanto, o fidalgo que eu via era,afinal, o marquês de Chaverny!"Creio que êle me devia ter visto emqualquer altura, pois, desde então, nuncasaía do jardim, onde se comportava comoum sa^to. O mais que fazia era pegarnuma flor, beijá-la e atirá-la em direçãoà minha janela."Uma vez, vi-o chegar com uma zara-baiana: visou a minha janela e, muito

àgilmente, fêz passar um bilhetinho atra-vés das suas írestas.

Era íiii bilhete encantador, queridamãe ! Dizia-me que queria casar comigoe, se eu consentisse, contribuiria paratirar uma alma do inferno. Tive muitapena de nada poder fazer a favor detão grande obra, mas resisti à tentação enão respondi. Foi o pensamento de Hen-rique que ine deteve; nem sequer deisinal de vida."0 jovem marquês esperou, durantemuito tempo, de olhos fixos na minhajanela e, depois, enxugou as pálpebras,.onde, com certeza, havia lágrimas. O co-ração confraugeu-se-me, mas resisti.

"Nessa noite, esperava Henrique, quese demorava mais do que habitualmente.Fui para a janela, mas, de súbito, ouvifaiar em voz baixa, do lado da viela,para onde dava a varanda. Olhei nessadireção e avistei duas sombras: eram omarquês e Henrique. Dali a momentos,as vozes alteraram-se:"— Sabe cem quem está falando, meuamigo? — perguntou Chaverny, altiva-mente. — Sou o primo do príncipe deGonzaga !"Ao ouvir este nome, a espada de Hen-rique parecia ter saído da bainha, auto-màticamente."Chaverny tirou a dele e pôs-se emguarda. A luta pareceu-me tão desigual,tão desproporcionada, que não pude deixar de gritar:"— Henrique !... Henrique !... É umacriança !"0 meu amigo baixou imediatamente aespada. O marquês cumprimentou-me eouvi-o dizer:"— Mais tarde nos encontraremos !"Tive dificuldade em reconhecer Hen-rique, no momento de entrar em casa;vinha transtornado. A sua fisionomia al-terara-se e, em vez de me falar, principioua passear de um lado para o outro."— Aurora — disse-me, por fim, eravoz perturbada — não sou seu pai...

Já sabia, mas, supondo que êle ia con»tinuar, toda eu era ouvidos. Henrique,porém, calou-se; recomeçou o passeio enotei que enxugava a fronte."— Que tem, meu amigo ? — pergun-tei-lhe, com doçura."Mas êle; em vez de me responder, in-terrogou-me:"— Conhecia aquele fidalgo ?"Corei um pouco ao responder-lhe quenão. No entanto, era verdade... Hen-*rique, depois de um curto silêncio, prós*seguiu:"— Aurora, eu pedi para conservar asven ezi an as f ech a d as. . ."E acrescentou, nãoamargura na voz:"— E pedira isso, nãopor si. . ."Irritada, respondi:

.•Axtítâ Rim ]

«1» ''^¦'•íYwíJH?

¦ '

.

'/

sem uma certa

por mim

;***.

h

¦•-::

:

J7<? Ano •— N? 4 — Setembro — 1953

Cometi algum crime para ser obri-

' r' tf)

..... .?

#ada ?¦ó...,..,, a esconaer-me sempre««— Ah .! - exclamou Henrique,o

CO-mo-Meu

brindo o rosto com as mãos.mento devia chegar e chegouDeus, tende piedade de mim 1

"Só então compreendi que o magoara.As lágrimas inundaram-me o rosto.

Henrique, meu amigo ! Perdoe-,. Perdoe-me !. .. — exclamei.E que tenho eu a perdoar-lhe, Au-— respondeu, fitando-me.0 mal que lhe causei, Henrique.

Devia ter compreendido que sofria. .%— Ainda estamos em tempo ! — ob-

servou, olhando-me de novo."Então, sentando-se a meu lado, disse-

me que desejava, apenas, a minha felici-dade e perguntou-me se eu teria pena desair

ii

it

me I

rora

it

de Madrid.Consigo ?

— Sim, comigo.perguntei.

Para qualquer ponto que vá, ireicom prazer - respondi-lhe, lentamente, eolhando-o bem nos olhos. Gostava de

ti

a

a

Madrid porque era nesta cidade que Hen-rique vivia. .. ¦.,

Nesse momento, êle beijou-me a mao.Mas... — interrogou, embaraçado

e aquele rapaz ?... . . . ..Coloquei n mão na boca e principiei

" — Perdoar-lhe-ei tudo — interrompi— mas com uma condição: não se falarmais nesse assunto... Se __________quiser, partamos!~ "Vi os olhos dele ume-decerem-se. Os braços fa-ziam um esforço para naose abrirem. Julguei que aemoção o dominaria, masconteve-se. Beijou-me amão, pela segunda vez, edisse-me, em voz paternal:

Visto que isso nãoa contraria, Aurora, par-tiremos ainda esta noite.

E é, com certeza,por minha causa!... —exclamei, cheia de cólera.

Sim. . . — respon;deu Henrique, erguendo-see pedindo licença para seretirar."Logo que êle saiu,rompi em pranto.

Ah! — dizia paracomigo. -— Não gosta demim; nem jamais gosta-rá!. . . Não sente amor poresta garota e, no entanto...

"Gosta de mim como seeu fosse sua filha.. . nadamais!"A partida ficou com-binada para as dez horas.Eu ia com Francisca. Hen-

aa

EU SEF TUDO

rique e quatro criados serviam-nos deescolta. 0 meu bom amigo já era rico."Falo de coisas recentes — visto termossaído de Madrid há apenas alguns meses— mas o tempo parecé-me longo !...

"No momento em que deixávamos anossa casario jardim de Ossuna ilumi-náva-se. O principe de Gonzaga dava umagrande festa nessa noite. Eu, porém, sen-tía-me triste <í desolada. Quando partimos,e enquanto a orquestra tocava os pri-meiros acordes, Hennque, que cavalgavajunto da portinhola, perguntou-me:

Não tem pena de partir ?. . .Não... Lastimo, apenas, ter per-

dido a minha amiga de outros tempos !"O nosso itinerário estava preparado

de antemão: Saragoça, fronteiras deFrança, transpor os Pirineus e descer aBayonne, onde devíamos tomar passagempara Ostende."Seguimos em linha reta para Sara-goça e nenhum incidente perturbou anossa viagem. O mesmo aconteceu de Sa-ragoça até à fronteira francesa e, se nãotosse a visita que fizemos ao velho cas-teio de Caylus, nada mais teria paralhe contar, minha mãe..."Mas, sem que eu lhe possa explicara razão, esta visita é urna das páginasmais emocionantes da minha vida. . . Nãocorri perigo algum, nada me aconteceue, no entanto — nem que vivesse cemanos ! — não esqueceria as impressões

:>«*»¦

m b ^f Ir <^^^^ ^lj € ê Mm

l^ .1Í...JIMCT ^

w&> 4*> ^t m/m

¦..." 7

¦r-yv-ys

-. ;

>y

—„..,. .-vW-^Ü^WWfci

I

38BU SEI TUDO

que esse local despertou em mira !q "Henrique precisava falar cornam velho

padre, D. Bernardo, que fora capelãod0"Sgoelque

passamos a fronteira, dei-xamos Francisca e João Maria numa pe-nuena aldeia, à beira do Clarabide. Os

Safro espadáchins tinham ficado do outrolado dos Pirineus. Henrique e eu din-

Smo-nos, sozinhos a cavalo pari«a bi-farra eminência chamada Le Ilactiaz, a

qual pa™e?e servir de base à negra cor-dÜ'Sauma

manhã de fevereiro, fria etriste. As serras nevadas, que atravessa-ramos na véspera, destacavam-se nc. ho-rizonte, com os seus cumes cintilantes.Para os lados do oriente, o sol pálidoiluminava ainda os picos cobertos degeada O vento vinha de oeste e arras-tava,

'lentamente, grandes nuvens, sus-

pensas, como um leve cortinado, por de-trás da cadeia dos Pirineus.

"Vimos, então, surgir, diante de nos, apouco e pouco, sobre o seu pedestal gi-gantesco, o negro colosso de gramto, avque chamavam o castelo de Caylus-Tarrides."No tempo passado, aquele solar assas-sino era como uma seníineia; espreitavao viajante que passava no vale, e bastavaTê-lo para surgirem nos espíritos milidéias lúgubres, pensamentos melancólicose tristes. Era grande, terrível e, com cer-teza, dentro dele ninguém fora feliz.

"Era por isso, talvez, que; na região, secontavam, a seu respeito, lendas hornpi-lantes. Peio menos, só o último senhordo castelo, aquele a quem' chamavamCaylus-Ferrôlho, matara — segundo sedizia as suas duas mulheres, a filha,õ genro, etc. Quanto aos antepassados,também tinham feito o que podiam."O castelo de Caylus encontrava-se, pre-sentemente, desabitado, tendo por guardaum homem já velho, meio surdo e com-pletamente cego. Informou-nos que o donoatual do castelo não o visitava há maisde dezesseis anos: o príncipe Filipe deGonzaga. A ."Repare, minha mãe, como este nomeparece perseguir-me desde há tempos.

"Foi o velho quem disse a Henriqueque o capelão, D. Bernardo, morrera háalguns anos. Henrique pediu-lhe para nosdeixar visitar o interior do castelo, masêle não permitiu."Pensei que fôssemos regressar ao vale,mas depressa compreendi que esses lu-gares deviam recordar ao meu amigo qual-quer nconIccimento trágico. Fomos almo-çar em uma hospedaria, onde nos sen-tamo^ a uma mesa tosca, de pinho. Quemnos serviu foi uma mulher dos seus qua-ren ta c cinco anos."Henrique olhou-a atentamente e depoisperguntou-lhe: ."— Estava aqui na noite do crime ?

37? Ano — N? 4 Setembro — 19S3

«A mulher deixou cair o cangirão quesegurava £ desconfiada, olhou para Hen-'"ííü-

R.ÍR. nisso é por-

^sSK-um TrUr^'; curiosidade^'n.Tv-ez °T- SSef Henrijuc_ mas isso não lhe interessa, boa mulher.Há pormenorcs que preciso saber... e,™rn isso estou pronto a pagar.P "A mulher murmurou, então, estranhas

Pa«3!rFechamos as portas e as janelas...Há coisas que é melhor ignorar. ..

«- Quantos mortos encontraram nosfossos, no dia seguinte, pela manha ? -

nprsuntou Henrique.P«!lSete... contando com o jovemsenhor... A-, «"— E a justiça compareceu / . # ,

"— Sim, mas nada averiguou. . . üs jui-zes disseram que o nosso velho senhortinha razão, por causa daquela janehnnados fossos, que encontraram aberta

"E apontava para uma janela por baixo^"Cmnprecndi

que a justiça acusava o *iovem, que se encontrava no numero dosmor os, de ter querido introduzir-se nocastelo por aquela via. Mas... por que ?E foi a própria mulher quem respondeua esta pergunta que eu fazia a mim mesma.

A nossa menina era rica !...terminou ela. ."Era uma triste história contada empoucas palavras. Aquela janela fascina-va-rae; não conseguia desprender dela oolhar"Henrique pagou a conta e saímos.Diante da poria havia um caminho queconduzia até aos fossos; ¦ seguimos porêle e a hospedeira acompanhou-nos.

"__ Foi ali — disse ela, indicando umlugar por baixo da ponte — que o jovemsenhor colocou a criança...

"___Ah ! — exclamei. — Havia umacriança ?"Henrique olhou-me de uma forma ex-traordinária, com um olhar que, aindahoje, não posso definir. Às vezes, as mi*nhas palavras mais simples causavam-lhecerta emoção, que me parecia ser semmotivo, isto dava curso à minha imagi-nação. Passava a vida a procurar, inútil-mente, o porquê de todos os enigmasque adivinhava à minha volta.

"Minha querida mãe: há pessoas quetroçam das pobres órfãs que vêem emtudo um indício do seu nascimento. Creio,porém, que esse instinto é providencial.0 nosso destino é procurar aqueles quenos deram o ser. fcsse desejo, ardente eapaixonado, só pode terminar eom amorte. No entanto, antes dessa hora che-gar, quantas esperanças, quantas quimeras,qunnío< des°ugahos !...

"0 olhar de Henrique parecia dizer-me:

«'¦¦¦¦Vy'r.y-.»>; "iSi-SA: v ...¦-.¦¦¦

"A* :'- íy-^yS l' .." ,'

V^' * ."--* -V* J.V* "

¦ E E-y '¦'':'''.

A: : ¦

J, t

M

N9 4 — Setembro 195337? Ano -"— Essa criança, Aurora, era você !"O meu coração palpitou violentamente

e olhei, com interesse, para o vei.hucas-telo. Mas, logo em seguida, ouvi Hennqueperguntar à mulher: .

"_L_ E que íoi feito da criança ?..."—Morreu... — respondeu ela.

XXV

PONDO A MESA

"O fundo dos fossos transformara-senum prado. Henrique dirigiu à paisagemum olhar melancólico Ao mesmo temponarecia querer orientar-se. Com a csSada que utilizava à maneira de bengala,fraçava estranhas linhas na erva e moviaoTlábios como se falasse consto mesmo.Por fim, designou o local onde eu me

encontrava e exclamou:"_ Foi ali... devia ser ali...« __ Sim — respondeu a mulher — ioi

ali que encontramos estendido o corpodo senhor duque... \

«Recuei, estremecendo dos pes a cabeça«_ Que fizeram do corpo? — pei-

gU^U0?vTXer" que o tinham levado

para Paris, a fim de ser enterrado no

S-pMffi* «¦££*«, eyvoz

alta -Tem Saint-Magloire que esta o

panteão dos Lorena. _,..„im minha mãe, aquele jovem

em quando olhava-me,às fürtadèlas. Quis subiras escadas que condu-ziam ao cimo da ponte,mas a erva que cobria,quase por completo, asescadarias, não lhe per-rnitiu. Então, dirigm-separa a parede e, com opunho da espada, expe-rimentou a resistência daporta da janela baixa.

"_ É sólida e está re-forçada com ferro —_ disse a mulher que osemiia como um çice-rone _ Nunca mais setornou a abrir, depoisque os magistrados aquivieram.

"— E que ouviu nessanoite, mesmo através dosportos fechadas? — per-tou Henrique.

«_ Ah! Senhor! Tiveum medo terrível!. * * Pa-recia que todos os demo-

EU SEI TUDO

nios tinham combinado um encontro aqui.Não conseguimos dormir. Os bandidostinham estado bebendo na minha nospe-daria. Quando me deitei, disse: QueDeus acolha no seu seio aqueles que naovirem amanhã o nascer do Sol ! Ouvimosum grande barulho de ferros chocando-se,gritos, pragas, blasfêmias e duas vozesmásculas, formidáveis, a gritar: — Aquiestou!.*. Aqui estou!..."Mil pensamentos indecisos cruzavam-me o cérebro. Eu conhecia ja aquelaspalavras ou aquela divisa. Desde a minhainfância que a ouvia da boca de tien-rique e encontrára-a, em latim, nos si-netes que fechavam o misterioso sobres-crito que êle guardava como um tesouro.

"Henrique estava, portanto, ligado atodo este drama. Mas, como?... Forquê ?... Só ele o poderia dizer !

0 sol ocultava-se no horizonte,quando retomamos o caminho do vale.Sentia o meu coração opresso. Muitasvezes me voltei para trás, a fim de tornara contemplar o sombrio gigante de gra-nito, sobre a sua enorme base.

"Nessa noite, estranhas visões povoa-ram o meu sonho: vi uma mulher de mto,com uma criancinha nos braços e cur-vada sobre o cadáver de um homem aindanovo, com uma grande ferida nascostas !.. . _ _ 0"Seria a minha querida mae/. ..

"No dia seguinte, sobre a coberta üobarco que nos devia levar, através doOceano e da Mancha, até Ostende, Hen-rique disse-me: ,"— Muito em breve, tudo saberá, Au-rorah.. Deus permita que seja <.ao telizcomo eu desejo !...

'¦¦¦* Vf'..¦¦ E

ri.ii'

" yy

:rrvj|

ÜÉ' ¦ '¦:¦' ¦'¦;¦'**

yv*. 'E-yy-.

-.-. '¦¦

¦¦ ..¦'

li %lya \}l __r ¦•Z__.".'*:i^tHÍm [ / / *!J"!'"»***'iíi.. ^^. m

91«. %t M s Sm Ê» *••*•* ^Sm ••#¦ • «"'•AB^ií L *•¦•••«••*** ^fc "^ B

Sc LJ -^"«T-Si::* II t-'."'r::r'::\z... V-^íüF:::: ::!:?::::: \1 I

•-'«müb^Hmú?^^

Çi:'-, ¦ ';"¦¦ ... '", '' .

'¦••';''''* ;'¦'';"' , ,\', ¦ 'A

XX'y ' /;•'¦-.- ¦''-'.

r" ¦* * •7

¦.'! '¦'¦ ¦'¦

'XX ..,.:¦¦' r«

ÈI) SEI TUDO 40"Mas a sua voz era triste. Recearia

qüe me adviesse qualquer desgraça dofato de ir conhecer a minha famíl a ?...Mesmo que assim tosse, mãe minto que-rida, quero conhece-la..."Desembarcamos em Ostende. Ern Bru-xelas, Henrique recebeu uma carta Ja-crada com is anuas de França. No diaimediato, partimos para Paris.

"Já era tarde quando transpusemos oArco do Triunfo, que limita a estrada daFlandres e onde começa a grande cidade.Eu seguia numa cadeírinha com Fran-cisca. Henrique cavalgava à nossa frente.Eu ia muito pensativa, uma voz interiordizia-me: "A tua mãe está aqui !""Sim, querida mãe, qualquer coisa mesegreda que \ive em Paris. Reconheçoo ar que respira !.. ."Descemos uma rua muito comprida,ladeada por casas altas e cinzentas; de-pois entramos numa ruela estreita, quenos ievou até diante de uma igreja ro-deada por um cemitério. Soube, depois,que era a igreja e o cemitério de Saint-Magloire."Defronte, erguía-se um grande paláciode aspeto altivo e senhorial: era o pa-lácio de Gonzaga."Henrique apeou-se e ofereceu-me asua mão paia me ajudar a descer. En-tramos no cemitério. Por detrás da igreja,havia um espaço, fechado por uma sim-pies grade de madeira, formando umarotunda aberta, onde se viam vai ios mau-soléus, através das arcadas."Transpusemos a grade. Uma lâmpada,suspensa da abobada, iluminava, fraca-mente, o recinto. Henrique deteve-sediante de um mausoléu de mármarc, ondeestava esculpida a imagem de um homemainda novo. Henrique beijou a estátuaha fronte e notei que tinha lágrimasna voz ao dizer:"— Irmão, aqui me tens !... Deus étestemunha de que cumpri o juramentoo melhor que me foi possível."Ouviu-se um ligeiro ruído por detrásde nós. Voltei-me. . . A velha FranciscaBerrichon e João Maria, o seu neto, es-tavam ajoelhados na erva, do outro ladoda grade de madeira. Henrique ajoelhou-se, igualmente. Durante muito tempo,rezou silenciosamente. Quando se ergueudisse-me:"— Beija esta imagem, Aurora ?...

"Obedeci, mas perguntei-lhe por quê.A boca abriu-se para me responder. Emseguida, hesitou: finalmente, disse:"— Porque era um nobre coração, mi-nha filha, e porque eu era muito amigodele ?....;. s"Dei segundo beijo na fronte geladada estátua. Henrique agradeceu-me, co-locando a minha mão no seu coração."Como êle r>ma, cruando ama verdadei-ramente, minha mãe!... Talvez estejaescrito que nunca me possa amar !

37? Ano Setembro 1953

«'Minutos depois, alòjamo-nos na casaonde agora estou escrevendo estas linhas,minha querida mãe. Henrique man-dára-a-*reservar antecipadamente. Desde quetranspus a sua porta, não tornei a sair;Henrique proibiu-me. Estou aqui maissó do que nunca, porque êle tem muitosassuntos a tratar em Paris e mai o vejo

và hora das refeições. Para chegar à ja-nela, tenho que adotar infinitos cuidados.

"Ah ! Se fosse por ciúme, querida mãe,como me sentiria feliz por lhe obedecer !Que ditosa seria então, ocultando-me, parasó êle me poder ver !. . . Recordo, porém,a frase que ne disse em Madrid' "Nãoé por minha causa...""Estou sozinha. Através das cortinasda minha janela, vejo passar a multidãoapressada e ruidosa. Toda aquela genteé livre... Vejo os prédios em frente,onde, em cada andar, vive uma família,e em cujas janelas se vêem, de quandoem quando, mulheres ainda novas comos filhos nos braços... São felizes

"Avisto, também, as janelas do PalácioReal, as quais, a noite, muita vez, estãoiluminadas, quando o Regente dá as suaslindas festas. Passam as damas da Cortenas suas cadeirinhas, com elegantes ca-valheiros junio à portinhola. Ouço a mú-sica do baile e, muita vez, não tenhosono. No entanto, se êle me faz uma ca-rícia, se tem para mim uma palavra maisterna, esqueço tudo e sinto-me feliz,minha mãe !"Parece que me queixo. .. Não !... Nãojulgue, minha mãe, que êle me falta como que quer que seja. Henrique é, paramim, de uma dedicação e de um carinhosem limites. Eistá sempre pronto a sa-tisfazer os meus mais insignificantes de^sejos. Se se mostra frio e reservado, épossível que tenha para isso fortes razões."E, agora, um segredo: como conheçoa sua cavalheiresca e exagerada delica-deza de coração, lembrei-me que, talvez,eu pertença a uma classe mais elevadae a rainha fortuna seja superior à dele. . .e talvez isso o afaste de mim.. . Tem re-ceio de amar-me !"Oh ! Se eu tivesse a certeza de queera isso, cora que satisfação renunciariaà minha fortuna e desdenharia da minhanobreza !... Que valem as grandezas hu-manas ante as alegrias do coração ?"Amá-la-ia menos, minha mãe, se fossepobre ?. ..

«c . Há dois dias que o corcunda vemvisitá-lo. Não lhe falei, ainda, destegônomo misterioso, o único ente que pe-netra em nossa casa. 0 corcunda vemvisitar Henrique com freqüência e diri-ge-se, sempre, aos seus aposentos reser-vados, no primeiro andar. Vêem-no en-trar e sair. As pessoas do bairro olham-

4

*~gS2!3s#&iüss4msm*.

1^^

HHf

I.1'

Ifl

¦I

M]S

nBBBBB

37t Ano Setembro

BBBBflflflflfl

195.3

mm--.'¦.•_ .. ... i ... \-l.V-:J,.;.>/......-.>.' .-,.s . .*- .¦ ..'. ¦-.!.' ..-¦¦¦

A:\' ã)':'Ã. P'' '•' ' *"" /* ¦' "'' *%•"'*.'- '¦;¦ *' *V\.

, *. "**

('l

np como se fosse um diabo. Nunca oviram com Henrique; no entanto, nuncase separam. É isto o que diz a vizinhançada rua de Chantre."Dc fato, nunca amizade alguma mepareceu tão bizarra, nem mais misteriosa.Também nenhum de nós, Francisca. JoãoMaria ou eu, os viu juntos. Conservam-sefechados dias inteiros no quarto e quandoum sai o outro fica de guarda, a não seique.desconhecido tesouro. Isto dura dtsdeque chegamos a Paris."Uma tarde, o corcunda foi visitarHenrique, mas não tornou a sair. Con-

f servaram-se fechados durante toda a noite.No dia seguinte, Henrique estava maistriste do que Habitualmente e, ao almoço,quando conversávamos acerca do* gran-des senhores e das damas da Corte, iian-rique comentou, com amargura:u— Os que vivem muito alto sentemvertigens. Não se pode contar com o re-conhecimento dos príncipes. . . Além disso— continuou, baixando os olhos — quefavores se podem pagar com essa odiosamoeda chamada reconhecimento?... Sea grande dama, por quem arrisquei aminha honra e a minha vida, não mepudesse amar porque estava colocadamuito alto, parece-se que partiria paramuito longe, a fim de nunca saber seela me insultaria com o seu reconheci-mento !"Mãe: tenho a certeza de que o cor-cunda lhe falou a seu respeito."Por sua filha, êle expôs a vida e ahonra. Fêz mais ainda: deu por ela osmelhores anos da sua juventude. Comose pode pagar tanta abnegação ?"Minha mãe ! Henrique engana-se, nãoé verdade ? Tenho a certeza de que háde estimá-lo muito, tanto quanto me des-prezaria se o meu coração... excetuandoa parte que lhe pertence a si. .. não fosse

'.f'''' ¦'¦'. (.;• .'-. '¦'¦¦-.

..

41 EU SEI TÜDtQinteiramente dele ! Nunca ousaria dizer*lhe, isto porque na sua presença .. IMqualquer coisa que me impede de falarJJSolo que me iorno tímida, mas isto nãorepresenta ingratidão. A ingrati lão, tra-tando-se dele, seria uma infâmia. Perrtenço-lhe ! Salvou-me a vida, fêz de mira^o que hoje sou. Que seria eu sem èle ?.. /Um pouco de pó, no fundo de um tristetúmulo."E qual seria a mãe, fosse ela duquesaou prima de reis, que não se sentiriaorgulhosa por ter como genro o < ava-lheiro Henrique de Lagardère, que é omais belo, o mais valente e o mais lealde todos os homens ?. .."Sou ainda muito nova, sem experien-cia e não conheço a sociedade, mas sehouvesse dentre esses grandes senhoresum coração ingrato que me dissesse: —Aurora ! esquece o teu amigo Hen-rique...""Ah ! Minha mãe ! Só de pensar nisto,fico como louca. Uma idéia estravagante

acaba de me produzir suores frios. Dissepara comigo: "e se minha mãe...""Mas, Deus me livre de exprimir istopor palavras. Julgaria blasfemar. ."A noite desce... Deixo o meu diárioe fecho os olhos para ver a sua ternaimagem, minha mãe!... Venha, mãemuito querida, com que ansiedade aespero !.. ,r>

. ;' -A"¦ .:A''*'f

Eram as últimas palavras do manus-crito de Aurora. Estas páginas — a suamelhor companhia — estimáva-as comoa uma grande amiga. Ao fechá-las nacaixa, disse-lhes:

— Até amanhã !A noite caíra por completo. Do outro

lado da rua de Saint-Honoré já se viam

:¦•':. -AA,¦ A-A-JJíÃfiè

\;y ¦ ¦¦¦-,-y.y.,f yf).

AyJ

:¦' -;.¦: ¦'¦JA.'¦¦-¦¦¦¦-. ¦•..,„¦,.'¦;;.¦¦"¦--;-.^>é*é:

t2^

85 Jp..

^BBMBBBBWBMBBWBWBBWBaBBJBWMBBBBBBWBBWBBBWM^ T»" um B» — "'" BMBBB—BB—1 WB*MWM*^WBBWWWWB"W*WWWWtaBÉBBBBÍBBBBBBBBM^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^ ¦¦¦. -- i-~™«™««»™«-w™«Mai wmwi i .m uüi nm.n ¦iauiL>i 11 ¦ i iiiim ^nmflBBBMMBMBflSMU-,

— í^uo, *>í:hí 14ut.; as uisiLas nuo uuo pura casuY

EU SEI TUDO A2r 37? Ano N<? 4 Setembro 1953

L

;'«"í-y>y'!X-'-:- -'

as casas iluminadas. A porta abriu-se de-vagarzinho e o rosto simpático de JoãoMaria Berrichon apareceu no umbral.

João Maria era filho do pajem queconhecemos aos primeiros capítulos desteromance e que fora o portador da cartado duque de Nevers para o cavalheiro. Opajem morrera na guerra, deixando umfilho de poucos meses. m

Metffna — disse João Maria — aavó manda perguntar se quer que ponhaa mesa aqui ou na sala.

Que horas são ? — perguntou Au-rora, sobressaltada.

São horas de jantai*.Tão tarde !... — pensou Aurora.

— Como êle se demora !Depois, em voz alta, acrescentou:

Ponha a mesa aqui. . .Berrichon colocou o candieiro que le-

vava em cima da chaminé. Do fundo dacozinha, que era no outro extremo dasala, elevou-se a voz forte de Francisca.

Olhe que as cortinas não ei-ftão bemcorridas, João !

Berrichon encolheu os ombros, enquantose apressava a obedecer.

Palavra de honra, que parece es-tarmos numa prisão ! — resmungou.

Berrichon encontrava-se um pouco nasituação de Aurora. Ignorava tudo quantose passava e sentia grande desejo desaber.. .

Tem certeza de que ainda não veio ?perguntou Aurora.

Certeza V — respondeu João Maria.Mas, temos alguma vez a certeza do

que se passa aqui em casa ? Só vi entraro corcunda e fui escutar...

Fêz mal — interrompeu Aurora,com severidade.

Era para saber se mestre Luís jáchegara... não foi por curiosidade !

E não ouviu nada ?Absolutamente nada.

Entretanto, o rapaz estendia a toalhaem cima da mesa.

Onde teria ido ? — disse Aurora,como se falasse consigo própria.

Ah ! — exclamou Beiiichon. —Quanto a isso só o corcunda pode saber,menina. É estranho que um homem tãointeressante como o cavalheiro... o mestreLuís, quero dizer. . . tenha um amigo tãoesquisito como aquele, que até pareceura saca-rolhas !. . . Além disso, entra esei quando quer, mas sempre pela es-cada particular. . .

—¦ Não é êle o patrão ?Está bem... é patrão — replicou

Berrichon — é o senhor de entrar ede sair quando queira, é senhor de sefechar no quarto com o macaco, mas issonão impede que os vizinhos falem damenina.. .

Parece-rae quemais com os vizinhos..

Eu ? — perguntou

você conversa dc-

o rapaz, quase

indignado. — Então julgam que sou uratagarela ?... Muito obrigado !... Ouça,avòzinha — prosseguiu Berrichon, apro-ximando a cabeça loura da porta quedava para a cozinha — acha que eu soutagarela ?...

Isso já eu sei há muito tempo —retorquiu a boa mulher — assim comotambém sei que é preguiçoso !

Berrichon cruzou os braços, num gestode aborrecimento. *

Bem ! — disse êle. — Nesse caso,tenho todos os defeitos !., . Eu, quenunca, nunca digo nada a ninguém!...Quando muito, ao passar, ouço, mas issoparece-me que não é pecado... Alémdisso, dizem cada uma !. . . E mais: possoimpedir que me façam perguntas ?

Alguém lhe perguntou alguma coisa,João Maria ?

—- Toda a gente, menina.-— E que perguntas fazem ?

Ora, perguntas a que é muito difícil

disse Au-responder. . .

—¦ Mas, que perguntam ?rora, já impaciente.

Berrichon principiou a rir com ar ino-cente.

Perguntam-me uma infinidade decoisas... Quem somos, o que fazemos,donde vimos, para onde vamos, a suaidade, a idade do mestre Luís, se somosfranceses, se somos católicos, se não gos-távamos dn terra de onde viemos, se amenina jejua à sexta-feira e ao sábado,se o seu confessor é de Santo Eustáquioou de Saint-Germain-PAuxerrois...

0 rapaz tomou alento e depois prós-seguiu:

Querem saber por que escolhemosesta rua e nâo qualquer outra; por quemotivo é que a menina nunca sai e por quesai tanta vez o mestre Luís. Tambémquanto ao corcunda... — interrompeu-see depois continuou — o corcunda é queos intriga muito ! Dizem que êle tempacto com o Diabo...

E você dá ouvidos a todas essascoisas ? —. perguntou Aurora, com ar re-provador.Engana-se, menina ! Não há outrocomo eu, para calar o que sabe !. . . Mas,quanto a ouvir. . . e enlão as mulheres !. . .Quando saio, vêm todas ao meu encontro,muito amáveis, muito gentis, e chovemas perguntas: "Quem é aquela jovem tãoformosa ?. . . Que idade tem ?. . . Que*faz ?. . . É mesmo bonita. . . Ninguém diráque é sobrinha dum simples operário !. . .Sim, porque ela é sobrinha, não é ver-dade, meu pequeno ?"

E Berrichon, que durante a narrativafazia todas essas perguntas em voz defalseie, imitava uma voz grossa ao res-ponder: "Não !"

Tomando alento, prosseguiu ainda:

(Cont. no próximo número)

il

y

: -^ ¦ 7 '.rf" mmfmmíi'^^"»^*^-^?'^^^^"^^^

•«

M

, , . , ¦

; m

T-h^_VjSfij?^_^-T^^y^-j^' *.'•'• -vBsv«íj^* * ''*'___^^___________B ___BB______J .____¦_________.- -jz^SSb9^^^^^'-- ¦^x*^*i*_t*3Q^_l ___EK¥u_^^-^^.*í_^^%^si_KSL_nK'Ml^__B __Bhk «.í '*¦

v^cfll _B___«^^B B_K^__^_.w«j^' í'*vi-x* -«^i>^_B____B __________b

" ""'" * '" """^ "* .......... . . .*,

tip

¦-¦. • i* ¦¦¦ .¦¦¦ :.

y""""""

''.P ' j

mtr

'-.. . -¦,

y-'¦ ¦ -

yip-y.

FADA SANTORO

Quando Fada Saiitoro abandonou aso"^^ fixando

de ^nta^

para ingressar no cinema, sabia que o passo era peri4ncia emSualquer jeito ^^.^é^SÍS eram outros, e Fada apenas"Berlim na Batucada , onde os» astros ei^ 'ã

fotografandouma figurante muito embora.

^mo if asse ™f^entos8

de deS-bem. Tempos depots^eIa, que

^v- ^ ^e ^rSm°arpTi^ragem,Ccr„ eSdo-às snas amigas sua grande emoção

S'pá«e.Ufno.;recebenJ^^ ^^%.Sciável, P°lfem,-» f?flieLa.nt;;5aDa??a glória no cinema brasileiro,

rSV^roeía^emlorí-aSTole feconbeça a opor.unid.de p.-op,-ciada por Eurides Ramos. Com o tempo vieram outras fitas: Toem"Pecado de Nina" e "Força do Amor", e em cada uma delas, a ai -

tista Fada Santoro fixou sua personagem numa interpretação con-vScente Instada a falar sobre seus trabalhos, £g^f®È£'

itnr "Arpias Ardentes" como um dos filmes que mais me agradaram como arfiumento como ambiente e como "chance". Fêz paradaiam como

^gunie contrato, apareceu

nZtmusifaí vestida d™PrincesPã egípcia, amada por Oscarito, num

enredo simplesmente maluco. Tem bastante coragem para dizer quenão gostou desse papel e que jamais aceitará semelhante incum-béncia, mesmo que seja preciso rasgar o contrato. Estuda cada pro-nosta para filmar com muito cuidado e tem recusado vários papeis,mlseram há tempos que ela deixaria o cinema, o que nao e verdade.?ada n?o quer, Lo íim, interpretar papéis ques lhe

g^^^carreira, formada com tanto empenho, tanta luta e tanta tenunwa.ultimamente, fêz dois filmes. Um para a Flama, "Agulha em Palhei-ro" dirido pelo ex-crítico Alex Viany, e outro com Eurides Ramos,seu'descobridor, com o título de "Perdidos de Amor". 'Feve os me-lliores "galãs", mas não esconde gostar de trabalhar com Lili .barney,que além de colega, é um grande amigo. Não guarda rancor de nin-guérn, mas não lhe façam uma sem razão de ser, porque perdem uniaamiga para sempre!

^^tiémé^ài^'^^.

Nice, Outubro. 195'/. ^ ~° "'

Xx.é

jÉ ^ cerimônia nup- uUDÍiIrf'l-fJjr fl fi H I f | |

...¦ -Y Vl X GI

\ cerimônia nup-cia! de Nicola'

.Romanoff, no tem-pio ortodoxo de Can-nes, foram ouvidosos cânticos da pri-mitiva liturgia gr3ga,por um coro de re-refugiados russos. ACote d'Azur sempre foi, e conti-nua sendo, o cantinhc da Europapreferido pelos remanescentes dovelho império tsarista. São, ali, mais de cincomil, espalhados no centro principal e nas peque-ninas aldeias existentes nessa encantadora oriamediterrânea, muitos ali vivendo, unicamente,graças à caridade dos proprietários, numa exis-tência mí;era e cheia de dignidade, de austeri-dade e de suciifício, alimentada pòr um sonho,sustentada por uma esperança:a de retornar.

Assim, continuam falando,ainda, da «grande mãe, a Rús-sia». E os cânticos da velhae sugestiva liturgia, que res-soam, principalmente, por oca-siao das grandes festas orto-doxas (Natal, epifania, Páscoa),são consoladoras expressões co-rais do exílio; a bênção daágua, da qual é feita distri-buição farta, pois que servirá,em casa, para molhar o indi-cador e o médio e, com eles,fazer o sinal do cruz, da di-reita para a esquerda, segundoo rito primitivo, é mais quea expressão de uma fé reii-giosa: é, também, a afirmaçãode um princíp;o político uni-tário, que os liga ao passado.A água do Jordão, como seusava, até 1917, nos grandestempos de Petersburgo, deMoscou, de Kíew e de Kazar, ébenzida todos Oj anos em Nicee Cannes. Todos levam paracasa um pequeno frasco paradeitar a água na pia santifi-cada, existente sob o icone or-nado de prata e ante o qualbrilha, perene, um lume deazeite. Em redor estão colo-cados os retra-os dos antigosimperadores Romanoff, imagensque estão sempre lembrandoa marcha trágica de um des-tino inexorável.

Vi, por exempio, esses re-tratos na casa de um refugiadorusso, no Boulevard Gambetta.Na antecâmara hevia uma pa-nóplia de espadas cruzadas(com empunnaüura encrustaaade madreperola c bela lâmina

CÍS ^k™lE^l^a°l.JS'rAO DISSEMINADOS mDOENTES INCURÁVEIS DE NOSTALGIA.

limada, revelando fa-bricação mongol oumuçulmana); na se-leta, sob uma és-tampa representandoo defunto tsar Nico-lau, uma môsinhàcom flores frescas; aparede fronteira, aefígie da tsarina, comos grandes olhos me-

ancólicos e cercados por umasombra de mistério e de predesti-nação; ao lado, um pequeno re-

trato do tsarevitch, vestido de tirolês e seguropela mãD por um gigantesco marinheiro, quesempre c acompanhava, solene, na sua casacabranca. E uma brilhante série de outras efígies:duques*?, príncipes e princesas, damas da corte,;grandes figuras do velho império tsarista. Umagrande bandeira russa, com a águia, dominando

í%

*

mm%m

'XX':

m

--**§^H ^BS^^B^B mWKmmmrv^^rr^r^A.' Ã-j^H ^B^^^^^B ^BR89H^^^m BH^E m\^^mm*tmm\ífà'^*P^t*mm •'*-';*'íjSÍSm B*ííL^H Ky^S^^j*^^! Hpfl^m^^ H^^m^P -

^jB WÊÊ' ímkm B2 E*^ aBil BIBB$l&£M$i»Í.tm&Wm mam} fmmmm mmSm^ml mmtm m^lf^^-X^SíSf

xMa méééüÉÍ B:^H wSL; i2IP^ ü^^S^ÉÉi??mi B ;**HH WmW mAmmW' ¦'^*wÊXm ^i^S^i^P*kS B vQ9 Sr<>Íié3 m x3*W§Úwtâ<^ÍXW,V ^frj^ JM BEB ^Bm. mWÊÊim^m^K^^m^m^m^m^m^mmÈ^ÍÊIÊÊÊKÊÊÊÊÊÊt^Êmmmmm

fJüBB B^^B BíB W 8 RIS B^B imsm| ft^H ^B:' *^Ê ^B.; - '"!^fch>;;^B Bk^B: '^B Bfey-^^B ^BJBT^B ffljjf •

m-'m 11 Bfl ÜH B*i:wVi^Sv^ Eü hmrM \ mmv&Wm] mmmmr^^' 'míàmt^mm., *&L-£9K *H- X V ¦^nia ¦ ..*¦'.*';. .uluiU Htiamf^Bi.'' MBB; '-vMIH&II mW-: om mwmmmmK£^^mm mmmt mr--'-':•'¦¦¦--¦¦-•'":;¦;'IB RE*Xji™fc* ¦mm-.-im^wm^ms^^^mÊmmmum^^&imi^mmm^j^íUmxmmmim ¦ -. ..MT. :^LM&£im mVWwmamm ¦ÜB Bm^SÍW B^B KjíjB ^B "ímB ^K-^^Büfc. ¦ '^B B»^B flB^IBfc 8B

í?K MÉ^B ¦ ayM|fl P^LA] BÉuM m\WÍ m

aH f^fl^E ¦"¦¦' '^B ^B J^ \\mW

'mm WmméX- —*f9 ^¦^''":-:^B B^^'

" '''''^^^R^^:''-^-1 ¦^^^^^Ê^^mmW^' "l^^^BB Í#^^^B

'¦'¦¦:: X-.^&ytx-*: ^^W liS R. BB iKiBS Bw^^i^^P BBS^SM ^B^ %-^^Sji^^^^H ^K'^^1 mmT-r

¦i^ V-%v ..''3<>WWWÍ>IBi^PJB^gHJMp*|^ - •¦^í»- gero . ,., ;..y,\V.«^W^^ft3IKRvfl^afflMÍMB MB f€í ¦

v- <x<-- ?Í-'

Da belíssrmT igreja russa de Nice. saem os fi^is. após um serviçoreligioso. Aí se reúnem os fi*is defensores da San-© Rússia, que têmresidência na Riviera. Tombem em Cannes existe uma igreia ortodoxa.

;

•¦:

WÈMÉâ

t;U-UU. 'U' * '-T. ' "¦¦""¦'.' ;¦* '¦'<.'.•iat»tm*f*

'fJL-ÍJ:!:.:¦¦¦..'¦¦¦!'riJ "

ÍÉ* '-'ng| *•'!'"';'¦ ,

- *

ll»S»tfe-ú'' 3'U::

SEI'." .TUDO

a porta .principal. Sob um sino de vidro, um pe-

queno modelo Cu yatch «Alexandra»; numa vitrina,

dois anéis, um busto de Catarina, a Grande, em

porcelana de Sevres, uma cartucheira cossaca. um

samovar do Turquestão, com uma "pequena xícara

de porcelana chinesa. O russo branco, proprie-tário zeloso de rudo isso, era um homem de baixa

estatura, rras agradávele bem aprumado, ape-sar do3 seus setentaanos, bem firme, apesarda vida diferente quefoi obrigado a viver,como tantos outros desua raça e sua estirpe, _depois da dramática jor-nada de Outubro, ser-vindo de mesa em mesa,nos cafés, transportandobandeijas, quase portoda a Europa.

Pedro Onoprienko era,há quatro anos, presi-dente da União dos ex-membros dó: Corpo dePagens da" Rússia. O ti-tulo é, talvez, hoje, pró-prio de outro persona-gem.

O belo ancião, depoisda morte do filho (ocor-rida em 1944, pela mãodos alemães) passou ater uma vida mais iso-lada. Trabalhava, ainda,como contador de duasfirmas e, assim, com aesposa, que se empre-gava como arrumadeira,levava uma digna vidade pobres. Mas, quan-do falava dos Pagens doImperador, os seus olhos,brilhavam:

-— Esse Corpo !— ex-plicou-me — era a, pri-meira escola militar im-

46 37»' Ano — N? -4 — Setembro i 5? «í <$

ao, num miserável albergue dos grand* boul-

,rdt. Tínhamos chegado de todos os cantos da

jrooa A reunião havia sido financiada por

flfl& '«SflHflflflSP' #«.il§ii§Í£< •&¥$$&& WÊÊSim __W'mS^:-:<í0m^mM WmMZ- '.,' '/S^ffl^miçm

ZmiÊMÊ'!: •$S$sS£' ÍhskÍ mWf®ÊS^fyWv&mmm mmWÈMi:. ¦¦ W>wmm rimmm!: MB BBiflflBa«Bl ak 4mÈÊM' imsl&&mÊZmR BraiaBfegiaB mk. >

' 'ri i^S^ufl^Ési^B^flflflflflflflflflflflflflflflflflE'.^ftjagaBaBB^&saB MKrLjjP-s«;;.LiíM BKL..L•¦"¦¦7>:.:^^UUJJ%W*^m-^^^:n:?-:-Í^Bl Bfl&3B^&-^:*BBl BB&ã:'..U

ís^^^feíiwí^^^HRyísSra^íí^Bl Wwzm bk'1^^K^^-^^flBflSflK^s^w^^^flfl EraflEsaâsflfl BA---" 'wSSSêá ,Y>!mBtm§$S!B&fSejn^M BPBBHt:-

: '' HfllKil SÉlBãKflPp^'|flfl| pv IflfllSil^SSKâ^flflw

««É^^ ''^^ B^* ^?^'"*^ÉfllB^^^flHB BP

i^flHBs^E.yMi^^.jlfl ¦ :'.-,^w',í*.\í!!^fl8 fll

BiSSBiiiflÊfl F- AF ^flflBS^K^S ¦IUígj§|flMfl fmm-iz; ¦ ¦ ¦:'^'-,í|flP;I I

1 WmÊ Bí"'¦'¦'¦ : ..,*':¦ •-¦¦ J| flll I1 i Mir * ^ ' ^i I

.'.'•"Í!^H Hk&tcHm ffls;ai«â9H mmb*Í&&i^^^'-^^mmmm^Z.'-y'--- U:flHBn3raflS| flflfl flusi üi^B MÉKPflBW flfll^fl Bflfll fllH flk J9 fllll KÉE flu¦lL.l-.L-^BB ¦BfÃfflBRH ¦»• : - ' :':xfl BSwu Ba!fl%w^lfl B-jâ- fl Bfll PWí ' *4flflwl§J*alflflflflMfl^:" -fl BUIllIilI WÊ;' JflE ÍPÉlilffl WÊmmiÊÊ@!m•¦'*

ÜB »iiü« flplflfl flU Jl Ügüi smSm nWmmvflflBjflP?l^: --JA-KJBQ flfl: * fl flfl' :. :*f4&G_t$8P_lvflBSBflflflEvflSfe^B^S^^H^JfluW^Üâ#^W^aSl BI5 "fl Bfe- ^^HRflflKflflfl':^^^^»M fl fl fll: ^^^^f^S^íiflfl^^

L;iiilgi^^^ flvifl flk wm mÊÊmim\WmmW0imÊ^^| ^M Hlfl fl ".^fl P^^l P^ÍK-í^P^llllfl m. mm

* ''PlWWfflOBJ^^^^flBHi^^Sfl BM HflflB^^ Bfi^flSBM Pülfl flflli^RljÍ^Í£^3ÍB^B^b1^mI^K^1k ^-»HiS^n^.^B^BBBB^BgiJSv 1 ISj-jaHHI^^^HflflB^^^Mffl^iBiBwBHi^aM -> *fe& ,&«MM^^^^^B^MiWMBaBw^lB^B^BB^BB^K ;

^1B^ fllJlJÉllliKlllil Í%1bPÍÍ>^m iwfi"í^ssafl flBWJi ¦bs^m^ nn^^Ei^-^Lí^fli^^íí&s^áKSS flfle^v-^ *IJMEypMB^BBB:?*gi^»a mÊÊÈÈÊÈÈÈÉmWÈ mWÊ^'*gM| 1l:íM Ba rn'

: «1 1

7 ¦: í;: . .U— U7uíf'J

Bw,';

perial. Os jovens arro-lados provinham do Cor-po de Cadetes e eramtodos da grande linha-gem. Os candidatos eram apresentados ao Tsar,

que só ele podia aceitá-los. Findo o curso, osrapazes e>am dótinados aos diversos Regimentosda Guarda. Os Pagens tinham especiais funçõesna corte e doze deles, uma espécie de elite,constituíam a Guarda da Câmara: dois designados

para servir a pessoa do tsar, dois à tsarina, osdemais ao séquiic dos príncipes de sangue. Oúltimo arroiamen-o do Corpo foi feito em 1914.Éramos rnii e quatrocentos: hoje, não passamosde duzentos e quarenta. Todos partimos volun-tários. A ofensiva na Prússia Oriental dizimounossas fileiras. A mais alta dignidade era o Prin-cipe Dolgoruki, que hoje vive em Paris, já muitoIdoso e duramente atingido pela miséria. Tiveensejo de vê-lo por ocasião de nossa última j*$u-

sua ôráem. «ir; cefrla dramática circunstância

niao,vai

umaOPvaastarcoleta"e"ntre'o"s amigos da antiga Rússia,

o general ae Gernier, o príncipe Trutelzko,, olgu-

mas dam*»'da aristocracia, e presidida por -ua

Alteza Imperial, grã-duquesa. Mana. Sem que.ti-vesse havido qualquerentendimento prévio, to-

dos compareceram comseus vístoses uniformes.Também * em Nice nos•reunimos, uma vez porano, a 25 do dezembro,dia cfa fundação doCorpo de Pagens.

Ainda recordo a sin-

guiar solenidade e a tris-teza da cena. Nos seusuniformes um tanto gas-tos, reunidos em redordo samovar, os Pagensevocam o glorioso pas-sado e a faustosa qran-deza em que viveram.

O mais rico, entreaqueles senhores pobres,levou uma garrafa deconhaque. E, enquantoos homers do resto domundo festejavam, emlautos oanquetes, aquelesPagens (os ortodoxosfestejam o Natal trezedias depois de nós) brin-daram ao Tsar, recorda-ram a tsarina no parquede Tsarkoie-Selo e a«madrinha», a -grã-du-

quesa Alexandra Josi-fovna. Blindaram, can-taram as velhas cançõespopulares tao caras aMussorgsky e a RimskyKorsakow.

Quem passear pelaPromenade des Anglais,pela manhã, cerca de I !horas, não deixará dever uma alta figura develho, de grande barbaVictor Reinbott, octoge-

local sociedade dos russosbrancos. Foi êle um dos grandes magistrados dotempo do Nicctau II. Foi procuradoi-gera! e tam-bém primeiro ;n.esidente do Tribunal de Peters-burgo (depois Petrogrado e, atualmente, Leningrad).Rigidíssimo observador da lei, muitas vezes re-

Êsss 4 Victor Reinbott, do oitenta anos o a figuramais interessai/te. entre os refugiados de Nice,que á como c chefe da colSnia russa. Grandemagistrado do Tsar Nicolau IL opôs-se a uma

patriarcal. É o «vnário quo preside a

êle

ovo»

&iisrstiu, sem ceder à alta pressão da grande aris-tocracii e do ambiente oficiai. O próprio Tsa»*,em 1916, tian>mi|iu-lhe a ordem de «afrouxar»o inquérlro contra um personagem implicado numprocesso de peculato. Até então, ninguém ousarafazer Oposição a uma ordem do imperador. Porém,Reinbott resistiu, respondendo 30 ministro, porcujo intermédio z ordem fora transmitida, quenão pocPa obedecer à mesmal contrária à lei,

¦

'/tèiyi

^••iv'.:¦,'¦

i -.

37$ Â no 'NP-v 4. ~ J953' 49.SweiaxDro

prosseguindo, inflexivelmente,com 0 inquérito.

Reinbott .conta esses fatoscom grande solenidade, mas oseu rosto simpático se iluminacom um indecifrável sorriso.

«Recordo — prossegue —• umdos processos que deram maismatéria para a crônica escan-dalosa daquele tempo. Umadama da alta-sociedade, a con-dessa O., tivera o direito deherança, por morte do marido,contestada a pretexto de nãolhe.Jiaver dado herdeiro.

«Mas, estou grávida!» — afir-mou a dama em pleno tribunal.E, na verdade, a sua silhuetafalava favoravelmente ao queafirmava. E, no devido tempo,um menino foi apresentado comoo «pequenino conde» a toda ra aristoc-acia. Circulavam, porém, estranhos ru-mores o foi ordenado um inquérifo. O resultadofoi que acabou sendo descoberto que a condessahavia simulado a maternidade, apelando para umpequeno travesseiro, colocado em local adequadodo seu corpo e que o «seu» herdeiro nasceranuma cabana do interior, filho de outra mãe. Otribunal, sensível ao lado humorístico do -caso,não condenou a condessa.»

' ".;. ¦,:v "--"[¦¦ ' • ..yi

'SStSSSxaSF*'-^*'- "

¦'-:¦-¦ . -. ~.rz.--^^'^^~^íf^,'''s-,p'----Z¦tf.] yyir^S^^^JmàQi.

Reinbott pode narrar múifàcoisa a respeito das causas darevolução bolchevique. Oferé-eeu demissão a Karensky. Es-teve condenado, primeiramente;a oito anos e, com o governorevolucionário, a dez anos decárcere.

«O senhor 'apenas cumpriu

com ò seu dever — respondeu-lhe Karensky. — Continue,pois, no seu posto».

Depois, vieram os dias deoutubro. Lenine abandonou osaliados e concluiu a paz ferfrv:separado com a Alemanha.Reinbott se refugiou na Ucrâ-nia, onde foi nomeado ministrodo Interior. Mas, na RússíaVcomo em outros lugares, aRupe Tarpea fica próxima aoCapitólio. O magistrado foi

atirado ao cárcere e ali permaneceu cinco meses..Mas aí ocorreu o inesperado e quase miraculoso.O diretor da prisão estava enojado com o queassistia e desejava fugir para o exterior. Falta-va-lhe, entretanio o passaporte. Foi o próprioReinbott quem lhe forneceu os documentos índis-pensáveis: prisioneiro e carcereiro fugiram juntos,vrecuperjndo a liberdade. Da Rumânia, para ondefora, Reinbott voltou à Rússia, com as forças dé

LÂ'Z'ZLO

.V,.:

*

Jn4. z .-zyM)mÊÊ»y:- ¦ •** Ai^^^ÊÊi^S^^m^^^^^^mSÊÊÊÊÊSÊÊ B^^i^ll^^li^l^M^^^^^^MiSBBB^BBBflBWB Biri ' yj*/-^ >* 'It^l» * *'-mmmW Ti V*^ nJff^BBBflHMll^^

¦m* ^w Bll^^^^fffffí>>^flPflfl mmWr' -' •''^í.'vsjH w__M^ IB^B ^@&^| ^B^fl ^BWmm\W&ÉÊ& '§*_m mp ''-: A WAm wm \\ÜH Mmi$$mÊmm I^ -A?^ mAmÊ&A**ÊmÊÊA m ¦¦¦'¦'.'¦'¦''

___ - ''_m mm-^Ê^^éA^immm u

fl BS IéwT^i BBÉSIá^ mWZAÊmÊ WÊ m ¦ yBB% Bfl K'telfttjfl flfl IÇafl H . -Ob^K HP^^;"'--^Bl ^l^^iy^V^^H MmYsi^m Mm' '

vimm _Wr* 3S§5 g, %r^^H flflKJgjflH H&&^*p3£&fl B&fS&^fll ^mB ^fl; ifl flJ^I^^ÜPfl BPP^lilPfl ^|IÉI111 flMfâÊÊs&mW®. fl Bül::¦>•¦' :z£aJ^Ê JBÉÉife&fl Mfl ^^Hh Bllliiiflll

\m^^í_t^<^^A^^^____\ MmmiJP^ÈÉk^^Kc^^-mm MmmmmWmW>yy^-yil'&fyJíiflí^Ê aaiaÊalf^Mj^ ma-AÉmWÊÊ$i$*ÊÊÊM tÊfjAÊÈÈÊ ¦¦''"¦'

^^^AZ^mm^^^^^^ Am^mmm\\ WÊ i^^Wmw' ^yÈ^mWlmmimmmW W?Z: '¦'Ai^^m WÊ^m tm^^^mmA'?f'.'i$~mma ffi&$R§tH mm^MsSmammmm ¦'.'->*> ÍKBseRjf

fe 'Iflfl ^^^^^^pll EB Mim B^?ffiii£?m% IkV fl fl|Í|Ít.ffl B,

^^%| lljl Ipt^''^^^fl|bfl j^^^^^fl j^^m mÊÊ I. "ÍÊZI',^fl ^Bfi-:'-',-:-:^^M J^^^^^S^K^J^ctBÍ ^Ijfc* J'r&M~f'r"l?l\H í-\S| WÊ I' A% I^Sfl I': Sil >_mt^Á^^^Ê mmV^y.''^m MA' •*;IÉÉitllB BiiiM B -^^sfpJl^^Jfl BI

'^I3fl n^fl

m^^mWmm M' -'^j^

^WlmÊ ISII R^^HI É^É Kl I :íi!

l^^^^^wi BÍÉ^^w w "*" ™ I 5-';'W^^^^^^^^Êmm M' fl l£fl B^:.:. i:«*Tí^^B fl

«fíás^í^B »:•:: " '.'"BB '!-r^.#®B B^»I^Sni B'-: ''¦¦'¦ Am y*ÊÊÊÊA BMmRfc.saaSBHti »g. H H^B B «is^PB B^CTnWffiPPWPPWPP mmm: jmmmmKmWmKSiJmmmÊtIBmmm. ^ .£hw<ÉBBHBBHHBHHBBHBBB| ¦.

Em Nice, no dia da epiíania russa, isto é, segundo o calendário da Igrejn Ortodoxa, & distribuídaágua benta do Jordão aos refugiados, rígidos praticantes da velha fé e há 35 anos estabelecidos na Ri vier a.

"•¦-.-•J-:--- t:Z*:z-

y.\ 7 ax.\ :..-,.' *"" *" ¦-"''•

Y^

Deikin, no de dezessete

¦¦ ', f*-Y. ¦

lugar do filho único, deanos, que morreu, pouco depois, no campo daluta. Indômito, o magistrado tomou o posto doseu herdeiro no exército de V/range!. Depois dõderrota, fugiu servindo-se do cavalo do seu cos-saco, morto na batalha. Atingiu, assim, o MarNegro, onde pôde tomar o* último navio, quepartia para Constantinopla. Então, começou asua longa peregrinação por Viena* Paris e algumascidades da Polônia; conheceu, então, vários tra-balhos: d^etor de banco, contabiiista, porteiro deum «music-hall». Üm pouco cínico, superior à mi-séria e à adversidade, Victor Reinbott incarna otipo do russo fin-de-siècle, amante dâ boa vida,da frase espirítuosa e da alegria. Mostra, nosorriso, os seus dentes sãos, apesar dos oitenta equatro anos Exibe, com displicência, o seu cartãode identidade francesa, comentando. «Que iro-porta isro? Eu sou russo no coração !»

E confia, de bom-grado, aos que o queiramouvir, o segredo da sua serenidade.

«— Na minha longa vida, aprendi a desprezaros homons. . . Delesto a humanidade, mas res-peito e cimo o homem. Desconfiemos dos homensque anunciam a sua intenção de melhorar ascondições de v\ó& dos seus semelhantes. Nãopassam de charlatães. Acreditemos, porém, nosque enaltecem o homem !»

Não monos cínico e filosófico fo: o príncipeWolkonsl.i, outro alto e belo ancião, aue pertenceuà brilhante sociedade tsarista: marechal da no-breza, vice-presidente da Alfândega, vice-ministrodo tsar. Foi o único sobrevivente do governo deNicolau II. todos vítimas da grande tragédia.Tem o rosto corado e as barbas flutuantes dabela época, os olhos cheios de humanidade e be-nevolênca.

Tem \ ,vido todos esses anos a polemizar contraos inimigos do tsdrismo. Sempre defendeu, tenaz-mente, a memórii do último tsar, atribuindo, prin-cipa.me--.te, à propaganda derrotista dos alemãesa crise que aniquilou os Romanoff e o seu go-verno, provocando a revolução. Cita datas,discute, f-ca enfurecido:

— A propriedade dos cidadãos representavacento e trinta e cinco milhões de hectares, qitendoNicolau !| subiu ao trono. Era de duzentos equarenta e cinco milhões, no dia em que foideposto. Em vinte anos,-os fundos, nas caixaseconômicas, haviam subido de um bilhão paraquatro bilhões e meio; o orçamentada Instrução

:se elevou de duzentos milhões para um bilhão

Esses são dados em franco-outa. É, portanto, umalenda moidosa a da miséria e ignorância sm quese encontravam as camadas mais baixas do povo.Eu próprio mantive estreito contato com os mujiks(de 1897 a 1907 fui marechal dos distritos). Osmeus freqüentes contatos com o imperador me

• convenceram de que a sua bondade era imensa,que o seu maior desejo era o de melhorar cadavez mais a vida do pequeno cidadão. Se tivessepodido cumprir o seu vasto programa, a revo-lução teria fracassado de início.»

Interrogo-o sobre Rasputine:— Não o conheci pessoalmente. Sei, porém,

que um mundo de mentiras foi escrito sobre assuas relações cçm a família imperial. O monjetinha fama de grande curandeiro. Não surpreende,pois, que diante da incapacidade dos médicosde curar o tsarevitch, a imperatriz tentasse, poroutros <ne*os, salvar o filho. Era o que faria qual-quer outra mãe. Rasputine realizava o .que seconsiderava «milagre». E pôde, realmente, me-lhorar o estado de saúde do herdeiro do trono,pelo que, como era natural e humano, conquistouuma certa ascendência sobre o Tsar, em Tsarkoie-Selo. Isto, porém, foi largamente explorado pelosadversários para enodoar a honra da dinastia.E tudo terminou naquela imensa tragédia.»

A tríta e tantos anos de distância do massacrede Ekaterinburgo, Wolkonski não pode falar semque os oeus olhos se encham de lágrimas:

«— O martírio de Luís XVI e de Maria An-tonieta nòda são, comparados com este dramada minha pátria.»

O príncipe se salvou porque, durante a jornadade Outubro, se encontrava no Lago Ladoga, hós-pede do marechal Mannerheim. A esposa e afilha conseguiram evadir-se

* do cárcere e reu-

nir-se a êle. Todos se estabeleceram em Nice,onde co-iheceram dias felizes e de prosperidade.Wolkonski fundou, em Mentone, o Russky Dom,uma obra de assistência, para reunião e ajudaaos refugiados. O velho aristocrata afirma:

«— A U.R.S.S. não é a Rússia. Nenhumverdadeira rusos deve ser culpado do crime co-metido pelos Soviets. Se a grande, Santa Rússia,ainda existisse, teríamos evitado trinta anos desangue e de delitos.»

E conclui:«—-

JsISo uma intervenção estrangeira, mas umaespontânea ação libertadora do povo russo po-derá provocar a queda dos usurpadores.»

WÈÈÊ

"ViíC--.'"-ÍV

^SSIM É A VIDAjuiz <_*«~d^^ Lee Williams declarou aosalto e tentativa de LmicídiV' porqSe ãô Inal t/%*w Jim^ Johnson> "Por as-porque, tao logo srasse da pnsao, casaria com êle."J.JJ*Y

>.i

foi prêsl^MSuía^SS' ST' - sra. Ada Vader, de 63 anos,teira... uma bola de neve - ^fe forte e cer-'1

PPernas n^éSc.7, pSdMU^flSain ^J60 (pequenos anúncios): -prietario espera sentado." seSunda-feira, a saída do campo de futebol. 0 pro-

" . *wfww«!?n(ww^ vi^mmvmammismm-¦«'¦wíW'*»^

T$ /t•-¦• JL i àyfX Àli J _» V__/ I \] í J foj"""* m -*• **¦"-• He*(St»^ ¦ I*-». •*, tf_.r;_J? -fed.

«<****>-• '**" <***Í

-*W(f'- A

' •**¦*!¦.

«ui*. *%_# «JI ^•;;«-•, Wl .A^r. ™

í»»» . as ... \. . «Sa. e*4t 's-Mmná »£* . Jj^ il;

•y

Por PARKE CUMMINGS

M homem, ganha dois mil cru-zeiros por semana. Qual a suarenda anual? Ora, cento ecinqüenta mil cruzeiros — dirásua esposa. .'.

-..--#

— Por que não temos mais di-nheiro, além deste? — pergunta aesposa standard.

Ao que retruca o. marido, comar aborrecido:

— Olhe para aquele monte decontas que pagamos! Gás, luz, alu-guel, gasolina, bombeiro.

Eia ouve o que diz o marido, etem um olhar estranho, que nemêle é capaz- de compreender. No entanto, tenta-remos explicá-lo a seguir.

COLEÇÃO DE «EXTRAS» - Em geral, as esposascompreendem muito bem o assunto relativo às con-tas; ela {a senhora aqui figurada) pensa, no en-tanto, que o marido ganha mais dinheiro, anual-mente, do que, na verdade, ocorre. E existem vá-rias razões para esse engano. Inicialmente, elacontunde, subconscientemente, o que êle ganha e3 que ela pens-a que o mesmo deveria ganhar. E,para complicar o quadro, ela figura que o esposoconsegue uma inteira coleção de «extras» para su-plantar sous rendimentos.

Relembrando esses iates, cremos estar, agora, emcondiçcss de demonstrar, matematicamente, as idéiasda espora ©standard a respeito deste assunto. To-mando :omo exemplo uma senhora X, digamos queseu marido ganha dois mil cruzeiros por semana.Multiplicando essa quantia pelas 52 semanas doano, obteremos um renda anual de cento e quatromil cruzeiros. Mas, pensará o leitor que a «cara-metade» • padrão julga que o *marido ganha somenteisso? Pois sim! Ela acredita que, com" o «abono» deNatal e um possível aumento de salário no mês demarço, seguido por um outro, em outubro, êlepoderá fazer uns cento e cinquema mil cruzeiros,levando-se em conta os «bicos» que êle costumaarranjar, efetuando traduções técnicas para umafirma de engenharia. Mas, além disto, não é sóesta a fonte de renda do marido. Na sexta-feirapassada, por exemplo, êle ganhou cento e vintecruzeiros, dos amigos, no pôquer. Então, para ob-.srmos o -lucro anual de pôquer, multipliquemosesta quantia por 52 (a menos que o «sõrtudo»consiga mais alguns lucros na habitual partida depôquer semanal), e obteremos a bela quantia deseis mil, duzentos e quarenta cruzeiros. Para arre-dondarmos o total, vamos tirar os quarenta cru-zeiros. Para efetuar uma estimativa real, ela julgaque, desse total, deve suprimir os duzentos cru-z€*iros, correspondentes às ocasiões em que o ma-rido perde, nesse jogo de cartas. E, não esque-çamos que o homem é torcedor de um clube gual-quer e como esse clube é «o maior», êle costumaapostar cem cruzeiros no seu time. O clube vencedezessete das vinte partidas que disputa; logo, olucro dc mando é de mii e quatrocantos cruzeiros,uurante o ano. E não esqueçamos, finalmente, queeit também cosiuma iazer sua íèzinha no jogo dobicho.

íWÍ'''»""""-***•»• ''*'•"-";-"^% ;.-„-. -v

, • ¦»¦¦'¦ •'.'¦'¦"'¦¦

;-. ••

.

' ».. ..

.'¦¦'¦¦ ..g .',¦•¦ '¦'V ¦;."**','¦''¦**¦-..T''¦'"'¦ ..-¦¦ .- "'a* .*'>"<'','.'-¦''. ;'a . 'a *¦¦ ¦>¦.','.' '¦'•¦'¦'•^'C.

¦¦*\^^^mS^^m^^^^^^^mim'- '-r'--*--' •.-'Í^lMW b^b^bK*^Í^",í^«l'?-^'^3^'^*^^^^^WWéÍ^b^ •-¦'¦'¦'.-i^^^m^"¦'-"'*'J*-^Êm_'43. '•'-B^B^B^^-*L "¦'¦*' A^w£^y^'ilm^dii^í?^^KÍ^I^SSvll^mBNBS^mm.

'¦ ¦¦'y^^^^^m^. ;, tK_________________^,-5-&<__Méém** "JÊÊf^K ^m&j&lxSíM^&is^mL-<m*¦BKiTBffv-.'...-¦•¦ '-*j>aiMBH-H55__l mm-y ¦ ''WT^m^^m**' 'í^m_t__v_fÊÈ__;SJÍ'í 'K''^^m__^^w/B^^i_r' '^,??^jmB

r-^m-'''¦'¦f-.úJr _^á&^%-:-¦••:-j': ¦ '•''-'-•'^^j^B^^^^^^^^^^^^BHP^Hl_^^ffr__-"'': ''''-' '':Tímfi9lu__z\____

•a r-r::r.i. ' '. ¦:" '¦;,'¦¦ 1 rlÀffr-ík

$m

Joga vinte a trinta cruzeiros, umas duasvezes por semana e, como é um sujeito desorte, costuma ganhar, mensalmente, seus milcruzeiros.

Voltando atrás em nossas «considerações», 4a-çamos um resumo dos lucros e rendas que essechefe de família consegue, durante o ano:

Salário 104.000,00 f a dois mil cru-_. j zeiros por mês,«Bicos» 24.000,00 [ pelas traduções.

Lucro no pôquer 6.000,00Lucro no futebol ..... 1.400,00

* í para fazerLucro no «bicho» ..... 9.600,00 -j um cálculo

( arredondado.TOTAL 145.000,00

Se somarmos a isto uns cinco mil cruzeiros cor-respondentes ao abono de Natal e aós dois ps-quenos aumentos que, «na certa», terá o nossofocalizado, chegaremos aos magníficos «150.000,00»,imaginados pela esposa.

COMPARAÇÃO COM AS DESPESAS DO AVÔ —Passemos, agora, às despesas do casal. Baseando-se nos gastos que fazia seu avô, em 1883, quandoconseguiu o primeiro emprego, ela julga que, com-parativamente, seu marido dispende mil e qui-nhentos cruzeiros anuais em refeições, lanches; comas roupas e transportes, mais três mil e quinhentoscruzeiros. Somando, a isto os doze mil cruzeirosanuais, gastos em comida para o lar, aluguel, mé-dicos e outras contas, obteremos dezessete milcruzeiros de gastos anuais. Subtraindo, finalmente,os dezessete mil dos cento e cinqüenta mil, tere--mos um magnífico saldo de cento e trinta e trêsmil cruzeiros ! Portanto, cu êle anda jogando emicorridas de cavalos, e tem sido constantemente per-seguido peia má sorte ou, então, anda sustentandoalguém mais, além dela ! Pois, se êle não temnenhum parente vivo e o casal não possuífilhos !

Como é que pode ? Não admira que, quando êlelhe mostra aquele monte de contas pagas duranteo ano, ela o fite com aquele estranho olhar, quepode significar muita coisa. E é, então, o casode dizermos daqui: «Cuidado ! A cobra vai fumarí»

A-ÂxiWi

.

'í s '

|í p í ¦ ¦*5'.¦£¦'¦'''•'¦¦

}

' '''',- "'"'•¦ "' .i'"'. '"*"':'. «*¦.*.«- ' *- ¦/.'•AX'''- '¦";'!" •*. * "t" ' '"¦'¦'...?¦' . .''**«". ' ."

* ' '

'

• ,' . ¦¦; ,

; • - *,, ;, v* <- -• - ','¦' « ¦ \

EU S£í TUDO SO.

(V)

379 Ano — N*'. 4 o§*v©£Sfef * 1'§**%AvímO

AMOB

N 0 DUQUE DE WINDSORSE MRS. SIMPSON FOSSE VIÚVA. ..

*''•«;¦';,:.«:¦«..*:;:..*::'.«.V'•¦*«* «>«:*«*

..*>*¦;.:''íi.:..:.:.;.;.,««ÉÉS&sIÍI::«W*&W«•émpí

EGALMENTE - e deacordo com a Consti-

tuição — Eduardo VIIIpode desposar Mrs. Simp-son. Um rei da Inglaterrapode casar com quembem queira (salvo umamulher católica) — e Mrs.Simpson não o é.

Todavia, Mrs. Simpsonse divorciou duas vezes,sendo — é bem verdade

os maridos os acusados.Mas seus dois maridos es-tavara vivos.

Nessas condições, o en-tao presidente do Conse-lho, Baldwin, se lembrade fazer a única perguntaque realmente importa:

Uma tal mulher podetornar-se rainha da ín-glaterra?Sim, no papel, pelomenos.

No entanto, volta êle aperguntar:O povo a respeitará?

Ê certo que a elite po-derá passar uma esponja,mas... Que pensarão osoutros, as centenas de mi-lhões de habitantes do Im-pério Britânico, todos ês-ses que sonham com umarainha revestida de ummanto de arminho e tendo,à cabeça, a coroa impe-rial ?

Positivamente, para ês-ses, Mrs. * Simpson nãoserá, jamais, essa sobe-rana.

m Baldwin está conven-cido disso e essa é a ra-zão porque, nesse pro-blema, êle passa a ser omaior adversário da norte-americana. E tanto maisquanto, nos corredores esalões, murmura-se que Mrs. Simpson éuma grande amiga do embaixador Rib-bentrop e que, no caso dela subir aotrono, seu marido adotará uma políticafavorável a Hitler.

De resto, nunca foi provado que exis-üsse essa amizade entre Mrs. Simpson eHibbentrop, O único detalhe a reter éque Ribbentrop contou a Hitler o affaire

««<«.*;#': fí«*y««'««««;<:««««««''¦

#«i?:Ífl!Íii

í*'*v.':i£ .v* x .v*':'í ¦*-. '-¦'..''¦ '¦¦¦ ''-¦'. S^-vi;.' :">:,.?• ?'v.;::;':•¦!' -:'*'. :. -',*' ' '''"'¦' 7 ¦ y- "7 ' • *'*"*.*. :*" :'.'.'.* * *.*¦*'* :'-. ;?.••¦'

'•'-.¦ '?:"*.'¦ * ' '" •¦:¦'- ...¦'•*- '-

..•:¦ "'-:'.'"' '..:•? ?; :'.?¦'¦ _,. ¦ '';,'. ¦¦•''¦'."

'* % i:«-:.???;?': ¦?¦ ? • '-.' ;.r-r.A;A:-y •*¦% '. 'XX '"-¦¦¦***r «*::*ít«* **«***¦¦«: ««:X;v:^:**:.:«*.:.ví*r ««•*. «*.•"¦*" * ."r *•.*'¦*«•;¦«:< .'« .••«¦•.. ¦:•'¦/ >•*.:'«¦. ¦ :--*«*«S*... * * -.*..:: :,¦« ¦./.«:* ¦ ¦*":-í.;*í:*Xv.*. v. ¦¦¦**¦:¦•.•-.

yr.:.'. r X^ryvVy-yrrr;.: x- '¦¦:¦;-.,. r y ::;,:;«: «;«¦:::**.*:««¦.*. • ¦: r^vyyyyy. ,-: ,. . . - .,,-.,¦.«/:..•*: -.-,.. *; . ¦,<,«W' , ,*>:.;.< ' r

mim-. * ;*7l-l^Kflk--f*«'-;.-«-í;;-:;: '..'::;.:::~-*«** :¦: r««:-iíiS •....«« ^ :•**:«:¦ «-*::* >: v: «'-«««i «*-':; ¦* í :.••;'«*: :*; * *ft >:•«•« «"'*;' ««: :*.*«*'.*.*•: ** ."'.'**:.*«.'.« «..*':, >:.•.*.*:*« «**: .**•:* idüM Bk*.«.* :,«;*:;:*.. «•>: r. :«•:-*«v>*'. '¦-; yyyy-vxxyámwmmtmVr

^^í-í^^Ss^^^-^í^x^-^Mi^fl m^m' '¦'"'¦'''

.??'-:'x'^áÉBHH^^iHBtojk^';';'s:-v''' ^Éfl mm' '¦-¦'-'-' ¦'" •"••^SB BPflWBfl BÉL^¦¦¦"' ^.^/.*?<.:-.:'?*:'*?^^:|x%^^^^^^^^^^^^^^^^^^H^?,''*<''\.V? *: '-.

- iMam mm^-mr^tTrmmi mmtt, ' tvífcaBB ^B^ .¦¦-..<]MB ^B? <?*?£;¦ '¦ ^^H flk?'*: - ' y.tfmmâ mmW' --X; '.v.-V

.^^^^^^^^^^fyVVXA- ' ' ^B fll.:*'*: j^B Tm* ''^ ;''^^Í*'^B Hhé^j^ ^Bm^W '

x-$wmwÊm^\'. &s? ^^^^m^^^^mm^sfx^.' •;"WSmtmwMi ¦¦¦¦x---fB7mmmrm'--:^mmmm **•*'^8 wt*Jf': - 7*V7Ê#^mm mèl&SÍt aatÈrttí;'*r<-^HI IB^kT '¦íSÍsSíSÍS^^^I*' '^1 ^P^«* /•^'- • •'•rrfiTTjB BB^-^^B''" ^¦a£.*t"::v:;:;,v--':•'.:.xÂ-^^Jx-^fli ¦T'-^^^Bíl?:-*'.--'*: x*:'^H Hj^í^¦¦¦«':¦'*'",*,;...*ffl>tfl Vyl Hktí|''i:- ¦¦*''¦'. >*jH ^K^v-'.'

;;:*..'*.-..j|fl ^B^'^ •¦' *^^^^^^m^»^^^^^^^;^^^S4^a^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^Bb: ;\á^. fl Bè;:*: «*«*««*:'««': jfl BJ^^KI^^PB WwM :y$mmmm B*

.'-..-íx ^^B ^fl>?:v< .*; >?'.^H ^fl '¦«•¦o«lfl BB Blj?^*' '.*¦", -.v^v^ ^tV^s>a B^p

?s8?éíü^B flfl fli«?«^^^^^^ B

- ,;ssSifll bíííSÍ««.^-'«flj RPJP! fll

' ^ym fl-*? ' ,<^*'íi?*'íí^Kp^^tK?lí^i^^fl B^r1;

M^&twsÈ&êi&m m?---? ¦ ¦' y-mW BB^fl Bp*f*««v**,ia-<^ ^«^^PM^WMfl fl:*.: |^B B^". ^^^^^P^I^^^M^B Hís-^^I KF*-*^- ^"^HbM^íS^^í^I^^B B -?«:««SS^B ^K¥«í*í ««í^^^^^-K^-^tíí^^^B ¦<*..í*m ^»amoWí»*I^B»I^I*#Sm^H fl"i^^fl fl^^^s^W^^flfe^^^^n^^^B H-.**.*"

;.^^^H9 flr^ ? fl l^^^W^^fli^^^fly^^^ xvm

^i^l B^ ^?^^fl Bfo'"? ^B^SilÉk^StSi^B flWim ^^^^^W fl^ ^^^^^il««^Í|*^^B B^Bs^^^^s^^w^^^H v .flflflfl v^vS^-^jv^gS^xIB Bi

' ¦> "^yíV^B ^Bíw-èíííí-w^íxw-s^fl KsíSS:^1 w « ^vííS^-SQB^^^^^^-^H ^K:r «fl B«lmt*t« Bv "N i>* fl^' í-í»ltlw^lw^fl Bv^v-w B:« f^Blisp. ^«^M fl¦¦-«iSiSÍ^B ^»í«:««S?S<.«S«S-i;3«5*^H X ' . * ^^Hr%:::>*«^«^x«X\«*<c:^ ¦'W^ «^1 i^^^l ^^^H^^fl^W ''•-'¦ ^^-^^^B B^W". * -«^^^B ^^«^^^«««^«aiB B^Si^*?f««si*èw^^^^^B^^«í*«*^ "-' '¦

>- ^5^S§sR fl«s^^B HEÜí€Üfilã^B Bi^^^^í^^*^^^^^^^^^'^^^^^^^^^^^^^P«.^^^^^B HflBSSsf5!^wr

: :??í'^ '*'-"J^^S ^ >^ ^ ^ ^^^-^^^^^^^H^^^^*^ >*^^;^^^^^^^^^^^^^^B ^B «- - ..7v"-?-*''v.

•;.«•«¦«,- *.;.:;:¦.¦..•¦•¦¦'-.«:¦¦¦'• ¦*..;. • .,.. . ¦*_ ''.^r^l^^flsã^^^f '.*¦'**'.• :. -V.XVV'::'%$m^$$i^i-\''' 'WrVX í:??

•????¦«?«?«???'??««?PÍ?«:?1IÍP11^ ^-^?*?*(;'';í.?'¦*'*:*;?':;* ' « ?«?:«««*.'??;?.;.>?"¦'««¦'.?*' ¦*,* *. :

lllllp**mmA-. I *, .;*.* *« .?:«««:« y;vv;xvx vv &Wyv vm yyyv ^ vxv;

O rei Eduardo VIII tendo ao lado sua mãe, a rainha Marv ícuíoialeo.rn.nto se deu recentemente). E*:* íoto^rana foftfmda em 1936

Simpson e que Hitler, por essa razão,tudo fez para ser agradável a Mrs. Simp-son e a Eduardo VIII, chegando mesmo aproibir a imprensa alemã de falar dessahistoria de amor — a mais importantedo século.Seja como fôr, após a sua conversacom o rei, Baldwin convoca os membrosdo gabinete. Não lhes pede conselhos,

i, ii ii iiiii iiiniiii>2J§SW*W^« *«- m^Z^ZZZ '. 7ZÍ3- "*r~~ ::r:r^:^^^!i^:¦'<¦-¦¦ ' ^^^^*^,'í'M*^-*^i^v.««?w**<w)#^4«<R^*.-»l,_^_, '> ':-'¦'? -¦¦¦.*'.¦¦iMmfimwS^^^Êm

''-' '- ..¦¦¦ -'7. ¦¦¦!, '. ¦ :" " -T"***"*- "*¦ *^^7fa*«?*V**tMi>*^-l^ ''P.F'- m

W& -Mnhi^r.: N? H' "Ç:- *Ssteinbrô'' — BS3 'oi

mas, simplesmente, infor-ma, relatando-lhes a situa-ção. A seguir empreendepesquisas no terreno le-gal. Há qualquer ponto de vconciliação entre o quedeseja o soberano e o quequer Mr. Baldwin? Po-dera o soberano reinar,apesar de desposar Mrs.Simpson ?

Os juristas folheam,prolongadamente, a His-toria da Inglaterra, nadaencontrando de s e m e -lhante. Houve, realmente,um certo Henrique XVIII,que se casou muitas vezese mandou matar algumasde suas esposas, mas ja-mais casou com umpmulher divorciada. Nocaso de sua eleita ser ca-sada, talvez tivesse man-dado matar o marido damesma, tornando-a viúvae assim facilitando aunião. Divorciada, não !E, principalmente, divor-ciada.. . de marido vivo !

Um dos juristas propõeum casamento morganá-tico. Se a história não re-gistra nenhitm, até então,na Grã-Bretanha, nem porisso deixaram de ser rea-lizados em outras casasreais.

Essa solução significa-1ria que Mrs. Simpson des-posaria o rei, mas comoduque, lord ou barão (quefiguram entre os seus inú-meros títulos). Além dòmais não existiriam quais-quer direitos de herança.

Baldwin ouve o relato-rio dos juristas, mas, nasua opinião, só o rei podetomar uma decisão. Trata,portanto, de levar ao so-berano o resultado dessestamos a 19 de novembro,mais tarde, tilinta o telefone de DowningStreet, n. 10. O rei deseja ter uma en-trevista imediata com o primeiro ministro,ao qual declara que seria muito feliz selhe fosse revelada a sua opinião.

Seis dias mais tarde, após haver, con-sultado os juristas, Baldwin julg%estarautorizado a afirmar que o Parlamentonão aceitará uma tal solução. Isto é ôque vai declarar ao rei. Este fica silen-cioso por algum tempo. Em vista disso,Baldwin decide avançar mais um pouco:— No caso de ser tomada, seriamente,em consideração essa possibilidade —

Z Ap''' il: "¦¦'"•¦. :'7'""¦'. '. ''¦ ': "'''"'iV-V.'-";.''"'.''¦•*<¦¦¦.'.'.'¦' '¦'¦ ¦,'.'•¦:¦'•.''...,. "y?f.?-¦¦¦D"Pt¦¦• "P^fira^ ' »* ¦

¦. : "¦

y *

r y; *

y...¦•'•.- ' "¦

3 -r"'"/fF:2.3-Zi.3pSF2z3-% aS Fpp2 ' ¦"P:¦¦'. '¦-' .-' '.''•¦ - 77' 3i'F2>3- rir a-Z -'-'''z 21'2Py*2i'-SprS:3l.. 'l' PPPzPzP^pZrZZ^AZ-ASlSZiFiyy

MAM WL\ s^AmmmmmmmSí S^Wk* JHMjj^^M^K^ SmmmmÜk m^mmm2"&'*Êmmm\ :W^È

ÜÍH BB^bM BK:"'¦-bM mmxP^km mmtÉP 'MB mmrPi^mYmm B»

I ^^^9 H li Ifl W&ííIM BsLmPPm M

fl wÊ0:<<$' ;$mÊIÊÈÊÊ& mWWMmmm mM?lG&f&$&'' ''^^^nflSn Bfl w'1'fl%m mffisffi$$: >'j^^^Sj^^^^K^| EMtíffiM»

\m\ S'^^^^^^y^0ãt^^^km GmtfySL-'^

^Lm mw$AmmÈÈÊÍÉ&:> 'wi'$Sm mm\*w~'^m ms^&yf^.i^^S^^^mÊmw^^ '$@È<Ê$i&k\ fmW ¦*"«¦'Mm WBjyy *s£rfá' > ' '^^^jW^z^&^^^^^^^^pMÊ BBaflK*^y ^

mÊ&Ê$w&ÊÈÊ&iií . '2FM3^l2W^MfM2F^M^^m mvP::'3$m ____B.il 'M Wmmmm^mÊ: S^Êm^^^^^mM W<^M MS

H fl^B* ^í Ife*^mF^m-' SÈk mff\ i 1Mm mWÊimÊÈÊÍÊÈÊÈL .. ¦ fWmWrt :M Mi.fl |t;M^EIl^^l »' Mm * •'

I BRI! mwP^^^S WÈk %ÊÊÈÈa\ \\vBSw w^llnÉ'É^í A_ít rrsy '&v%f&w3mm mm\f'&w>*

HH .....BsBfeBB mw?ix&iMM mmmmwSss^^^i^ê^^^ía^^mm BB-73fc'-'

******! *******»3****í******I ****TO8B^R«gi!Wglsr^^j^^^^^8^Ml HHBJ?-^*******! *»'«--¦

"********t********'*:*********'!l*******l "********"**********i "*******"*B'E*i,'^c^V.»>...-^3**M*^ . -.'•.-:-,¦.¦ a- v--.,.^^B ^Q|^B.:<

¦s^a ¦V.H^BIIilt.lmí;' ._¦________________________________________________________________!___¦

1 ni Rii ^^^ ^ib ¦ ismms mw& .-• - mÊSsEU:. ¦.. ?^^b hs»

^H ^^^^ - 7i__j_^kSP HV^B ' :• ';'__^HFSy*3B« BB ¦BI- y^BMBl BmÊl''' ~ ¦¦ JBB B

I IS'-':';> ffiHhyj ¦fl Bfí ¦ ; -BlílÉÉ^^I fl

1 fl 1j*-í^i*%_ í#^ ^ mWsJmmÊWm BB flB I¦ BwPMm^ - iw-Mi^w BÉL»^^ MM ¦

^H?'--* - ^tk "" "^pWWíWjÉí'''''' > " ^^____Br:Bft»?^''*M^.^£?TBBW«MBr:•*'.«.¦ m^W BBH&v '^bmmwfimW' ^%l '--*-flV£raÍC£^^B5-"' ¦'"'¦ -- __C 'B ___K^IÉI^':i^BK^^^íiiâ^H

¦ J!i2iiüft> ¦ ¦:B K^S^^l flI B'! JIÉ^^B5'iliiâ,. . ^ **¦ B- ¦" - ' IB ^Piafl»#*/lh ™ K' JbbbbbbbbM

mvZArWS^y^^mLjmBi-^*: mi »¦ •: •:vv'':5^B H* JHI Wbb? h4 1 1 -AII ümkLL* II¦ H *&V%n ÍBiÉi___»:<: .': '¦*¦ ¦^íwíB ¦

HI À^m^m^mmmmtÊ^mW^W " • -'Í*^B H^&*:- ^':'':-bM ¦¦¦^k*':': ^Rjw^ffBp^^'''- fl fl^k 'B

%$$Qm mw*iti ¦ Mm mm::yy3:<-ymm mf-¦::.'¦: >'^BB ____¦.^'x'!.'-':v:'>^.:>"5(Sfl BK*' : :'.':-:.^H

^'Jaw^H ^flE*v:'íxv ¦ :'-'-:BB BB

Como rtsL Eduardo tinha que aturar solenidádes* conselhos da coroa* etc.Sua expressão habitual era essa* que acima os leitores podem ver.

estudos. Es-Duas horas

disse êle — necessitaria de autorização,a fim de submeter o caso ao gabinete deministros, assim como aos presidentesdos Conselhos dos Domínios. Se bemcompreendi, essa é a vontade de SuaMajestade ?

Ao que o rei respondeu:— Compreendeu-me perfeitamente. Tal

é o meu desejo.Outro ponto a considerar é a Igreja.

Autorizaria ela um casamento com umarrfulher divorciada duas vezes ? 0 arce-bispo de Canterbury, por três vezes segui-das, solicitou uma audiência ao rei, de-pois de pronunciado o divórcio deIpswich. Três vezes, Eduardo recusou,

"."•\'-;'i¦-m.

.¦':.

.'¦¦ -

¦ 1m3

ÉÜR

7"¦.'¦:.-.

HHÉBBMffiflfiBÍ

¦

íi':' ¦¦:¦'¦¦

pois que sabia muito bémo que tinha o velho amigode seu pai a lhe dizer.Sabia, realmente, que oarcebispo o conjuraria aabandonar a única mulherque êle já havia amadoem toda a sua vida. Eisso êle não quer. Nãopode I

Quando o arcebispo deCanterbury e informado,relativamente ao casa-mento morganático, nãoesconde a sua indignação.Na mesma tarde, vai vi-sitar Mr. Baldwin, a fimde o colocar alerta e pre- -parado para enfrentar esseprojeto. Baldwin, entre-tanto, informa o arce-bispo, dizendo-lhe' que foiencarregado pelo rei desubmeter o assunto aoConselho de Ministros.

O arcebispo de Canter-bury fica profundamenteemocionado. Até esse mo-mento, êle duvidara dasinceridade e da força dosentimento do rei porMrs. Simpson. Só

' agora,

porém, compreendia todoo trágico da situação.Apesar de tudo, não ce-deria e espera que essecasamento não seja per-mitido. •

Baldwin convoca osseus ministros. Vários dê-les não estão em Londres,mas abandonam tudo e,na manhã seguinte, che-gam a Downing Street,n. 1(1. O "Times" se con-tenta bom mencionar, emduas linhas, que uma reu-nião do Gabinete cuidaráde liquidar alguns "as-suntos urgentes". O Con-selho de Ministros decidede um caso que diz respeito ao Parla-mento. Um tal casamento não pode serrealizado sem que alguma lei seja votadae isso, evidentemente, só pode' ser feitopeio Parlamento.

No que concerne ao Gabinete,seus membros são adversárioscasamento morganático.

¦.jv-i^-.^.ivt.n- ^V' "¦'jS^^' ifctíffl^^^BBilBHlPI^^-B^^^SB^âíBHi^^ÇlÇy^^^^B^S^^- ¦ ¦**¦"¦'¦ ".'¦•*'.. . *' ,':¦ ¦¦"?.'»v\'.-Vi &v-ii.t. t"v-" -*'. Li\_-'__¥__________r__fc__y\fy ( 'P^^feíí^hB^^^Si^BBB^PP^P^^^Bs^Si^Kitóí^^**^^-^^^ "f nt

O duque & a ducrueea dd Windsor, &m fotografia já depoia de casados.Pola primeira ve2, Eduardo exibia uma expressão de completa felicidade.

que se trata

todos osde um

No Conselho de Ministros, Mr. Baid-win prossegue com o seu discurso expli-cativo. O caso — diz êle — não dizrespeito, unicamente, ao governo inglês,sendo indispensável ouvir, igualmente, os

representantes dos domínios. Nessas con-dições, três perguntas sáo dirigidas aospresidentes dos Conselhos e traduzidas,em Código, poucos minutos mais tarde:

l9 — Os ministros, reunidos em Lon-dres, devem aconselhar o rei a desposarMrs. Simpson e conceder-lhe o títuloe a posição de rainha ?

2* — Devem aconselhar Sua Majestadefazer um «casamento morganático ?

3V -- No caso do rei recusar renunciaresse casamento, deve faze-lo somente

depois de haver abdicado ?Ê a primeira vez que a palavra "ab-

diear" é empregada num documento ofi-ciai. No dia 2 de dezembro, Baldwin seapresenta na residência do rei. Ignora,

a

n

:

(AjuÈM mmtmm _____$%& <££^£íjd£ííãjÉBiB

flfl*.' ¦ ¦SASf&&A&SiS.S;'-AL:r.L r ' ¦

.-fl ____^__r'- • ^_^^éAÉÉÉ|Í|É___________-<" ¦____! ______P __•__¦ ____í___fi.'..

' i:.."i^Jij_^___i________&É_________.'':' -¦¦___¦ lui''¦v ' ri_Í'aP_-fi»_____________- • ___ '

p^9____i _________fl Pr •'?fl B i

P^^fiteüí^ÉÉÉÉB __Pê*,'?<?*aB Ha-^ §Wfl ______ BP^ Btefl Wm B^fv??^WP8i »te ;.'flBü l_____i i^j^P^P W^_______________________________S r,*>_*___________________________________________________________________________________________ '" ¦- V*-'t ^fl_l ___F ¦'

__¦ Bfe=iê»-4^i^^*-x ': ¦¦•rA1^^Mss^_WMs^m^^^M^^m^m W^ ¦¦¦¦¦ ¦¦¦ flflflflflflflflf . -^^2 flr^^^^W.' "' ' ¦ÍV ^flfl^flflHPIn ¦¦_%¦¦¦ - ¦;•;¦ BI-?:;;

.&¦ .¦>¦>'A,:^Mm MWWMmM Mm ¦•'A A4 •¦••;• v &->3H$_3jÇs3_rf_ra A^imm WmYPA. ¦.*>&•fl Bfl B^^V * Xt&s'- ^MWWWWMm-m-L-¦ v- -'WWMMWm»^

•!»--*¦>T?r3PB_ B? <I j£. . ^mW_____M^ mmmmmmmm—-Li-¦¦¦¦::¦:.¦ _____________Hf^*•-''/> _^_^-B __K^:'.3-!l;;-liX'-': '•¦ 'à'L:^.5:«LÍLÍ^ÍL: ;,}'. <<;>•,• v .:;.*;..;:.!.« ^B^ .^H B____&_- teis-áO -PS*- Í55 :.^H B^^fll •...«*»<• i- ^•¦:_M_Í___Miy*^^''a^^" "^^fl ___________ B-___fl--S lanjr ''">*iB ^íhw^^ ____I___^ __t'*i^^*'í'*L'L"fe';<',V,:"'--'sL-- ¦ '•" sii!*yí' v . , - l^C'9K-drJwb>ÍV<«-_i _H ____ R&^ __.''•J£ll**ik vB_________^_____K --JL l l^fc^PlFfBlr^'^S8B-Sa_gCTM ¦».-_* ;<Bfei-

g_BKB|»aWTiÍ_e^BB fflBia _____| ______ flfl BB< -Hb «: ¦--¦>3>--Wfc5_E--is_rV^viiCT_-_.T_______iD__B . *s ¦:¦¦¦¦ VstnlH H^H Hkv'. ' 'jSk' - ,'i, "_s_il_l^-^^-^-S___->:_H ______v ___^-l^^_^-f^_^P»^^§í-^-___-P^^_»^ ___?fe,i' *£_____ _fl_ifl flP^:'te'**:V.*í___---v43V%íi,»xi ** '¦*. '."¦• "fi5_r-i__i __k.'«H __Fí-Jg. ¦*_.s2__B»_S%^_''S#%___-__«__9_«&_?»&______! ___l''V'X.'.te" 3_____i __r^P5ís__ _¦____ HBW*--lí>' _w_vSv - L.^-<J^f-,., .-., -•3L*L________________________^---_r* LL>?fi.^?--.- - ¦¦ *g'JM____________r ^rnl^^^_______rT__r .__ :•¦¦»:"»*><*«.líl* j-,..,.,. .p.ymM ____i^^-i___Éf--í _____i_ ii__-¦¦ ]>!__________.¦¦< __m MTmrríimm M-mírFimr^l _P__r • - -te-áfe: _r* .-"Wm^__________i ^_« «^ «n béib B^__i_s_s^___r_i"'-fl ¦ fl l_Ní(£ÍH ___¦__. ^ '•

_¦ __I __K_____ H* ¦ ¦_________________________________________________________________________________________________________Mm BBP!*-^-: ^Bfl BBflfl __B_Bflb&;''' .:¦.¦¦". ___â___MM

UmW:' ¦:'L__m Br'1'-' á|£iü<. ¦''^^IP^^____________________________________________________________________M^^ __B _¦»-.' ^__T^

__r''¦' __ _fl _B8^._é-v.: - .r* ___________¦ __. __B MMtt-s®*' '-f-._________mMMii-<_w wmtw^sw: *_____________________________________________________________________________________________________ A A

Í/-BBBBB___

BJfT»»^-^-*--------!----- ?_:_•_"? -*?JY?£_*_%y.__________________^_í____-BH-__FPM1flMJ___fl»»*ii?!****,***<*»*<»»«*»^«&»»STZM^M

II

1 »1

O príncipe de Gales, o rei George Voa rainha JVAury, em Ascot. Era essaa sua atmosfera, antes de conhecer Wally Simpson. O rei George Vtinha por êle um carinho todo. especial e orgulhava-se do seu herdeiro...

ainda qual é a posição tomada pelos Do-mínios, relativamente ao projeto dò ca-samento rnorganático, mas declara queo Gabinete é contrário e que êle, Baldwin,não acredita que o Parlamento venha a

J^R: ¦—m^y"- y^y *«^g±^ "WK' ¦¦...<¦.:¦*«**...-..-..¦¦ "«¦ >;:&:?: Jl.. Z/J_m_W_Wk'' ^'*"•¦¦&. <¦ 0-^fmw fi^L^.. fi¦"*&*¦- •

Rfl __k>, "r..r^^^MmmmTjMÊÊ^h' * #_S__P^?V >,L"'i*ihl ^^^_H

Br* -*».. "^ ;U_SP^___-_lflBr; J3_li______^^¦_i- *.*¦•»¦, - ¦.. ^«w-*; **£y?rWnm ^__S_!jK____3___B_§flP!^-^::*__t' ,-«*-'>-^^3 "* —_ < i: ^^Qi^flVflflflfl^Hfl^flflflflflHr • . ¦

^MBBj^^L^p^te^ fm;1-^___l ____fl_b M^^^*^^^^^B^^CTfl-^tf^^

'^Sí^BBfl• ¦ n f

" 'flfll iiit* ' iw^ i™F**«____WÍÍliB*i'iiCT

flfl -____^_____ jfl fl#K^o&^^^^3ÈW^__B __R^________T-ÍM i^-^^_H___fl.'^__-LLS^^'. '•

flB- :'y ':*#**"^pr vi i^P^A^1!» E? IBli^^^^^al' íflBl::-;;-Bt." •' "^^^|L..Li~ LL^^TS^Pl^tefi ' fiLL^PfLPMK. *y»fl" - "vT^» *-" _____à-.-'^.fi,.4_BWWB3ty^-»<-«üa-B*^¦>... ..

.-lv.^>^mt _~.--.L-: r-A ymMKMfW-<^xfm*i______^ 'S-" I? ¦'•.'¦'¦¦'¦' 37!*^ ¦ ¦±r:.rrj____Wy*ií'~-y Bfl fl: l1 IF' __W , *^#^4__»lwl5íJNf llt!BI__Sl_R_S-i^Ç*'''^ Àmmmmr '..te'- '"• <^H^tetev'ááB^LB—B___^_k^_£_dliÉP-^^^iH ^_____K'.-

ü_P: _é_____tíl^. ^™^^i: ^-L-_, *mm WW/ *% 1 ____ ¦¦Jt-__fl_?^IB PI BfjPWI Étjrtf fl tlpr^| ?FÍ7:_à ^r?^SÍBPBl R&91 ¦

,^ej___Pi'''' fl C!____P*;: -__M_iR . ^^^-.-;* *ia__£r^__-_l __a____,^**.fl fl flA_}'__•_____ ^__Pfl___n_i_r '________* _____ %M__i__ffifl____________3__iPF^&l flfl

!fc ^^IP m __m > t * 1 I9H ifJ flk.'?li£-____B_í__nBfl'flJK ™ ^r ^^K~ '-• - 9______r^____i __¦ -___________________l ^_fl _____^R__-_s#^__H __¦____! ¦Bii^-fllPPp^.jBPflB IB9&'"JefiQB _____ ^r .___<. <i^HP"'' _______r fl BmÉ flf j-»'*>¦- flfl BV^S_^_I___^J^ .__¦ ____fl''';: ____K__T'..\' ^^^í* t^B flÊ*.i-ü ___ Jf t_^'_I B_2C«v-, fl _PiüW-.___i ¦fr-tflf .'.1t ¦¦'¦';¦•*. fl fll3 1 l ______ ir** IrXi^I nl l«W 1

^fl Mmmm *íJMm •___. Jf- ^^¦¦#T,ffl^jl^ * ____F- ___^^ flfll ________^____P^^»w->v.v!Tr '.flfll

*l__BBBBB_____f_______i -_.______B?*il____r -__Bf*1ê-«§\__0,V_Ti.-_.'' -! -____B BT __B -PBi«__?W«^ BES' - _B Bfc.Noi fl _L______I i*w_l irrTH ja _r _JB _PPP^ •'• '¦-. ipB fll

'WW-j-Ti tB ffWi ''íf^^^^r^iBy _r'__i _r _Ht ' ^^B-__Ü _B__í_>*L^fl ________HpSI__-S^K^&*flm »¦• E_________r _fl*«* *- :ÉÉ: ^Bl#^H_B—IV __H__HbH—fil^'4*-£_ixrLíifíaH_ik___J—_____R!PV Í___kísí. ___» ^»^^BBBBK___r5J^B ._________________K_»s__%^u£' '-;-_-4^v.__;nKlB_M___B _Btt^7 _¦_____¦-"-'''... -^_K-' ^k

^__l B_S'.f ^____iPfll^BIEiiyijfly" i#ft_______t_iflÉ<_?-B-n^_PW______________^i__^ Jmmztíjr- ¦ ¦ '.v•'**".'v ^___K-..¦•-*-¦•': -

gBWPSMjp »^P**^_,«___-PBBBBBM^ Hflí^iíll'".!' ^^^^^ffflfl BBC;.lJr mm^ÊÊ^^l^^^^s'^''>'. ^ã_______l ______F'''

'^^^^^_____-&íiíí * '^^______B__H_Éi____________________k. ^^___. ^^^_B BÉ_____________________i__t í"*s^^v^^^^. ''-3^1 ^K-fi ¦

É'# jP a 1 1/ ãlfl____É_^É______- "' v^l^^'-""'";'";^v.':- #&ÈB_\ Ilalto^^B' ^_L ___r mf ^BWIflBBBWflBflflB^BBB^flflBMfli____-i_8__S^^^ ffiVKJíHÍLTiff StT

' ^flB_^rÍft-ÍJl'iW_BiiiMiii ''"'Jiw*èr**^_n'_..

^_BBKfljfl__BBB___i^i^llÍ?'l-^BB_»i-__BBflB_-_S^

lSflBJ^^^^^^p^^^^^^^^^^flBB---Í^K^^_i^^te í-í^5*^*w^v%í*iQ«' I '*f swjf*s?flre'¦••* ^^^^^^T"''$^^P^^g^^^j|||||i||i||flflfl^ >*«W»* WOT«

votar a lei índispéh-sável.

— Vossa resposta n|ome surpreende, absoluta-mente — declara EduardoVIII, tranqüilamente.

Na manhã seguinte, 3de dezembro, a imprensabritânica rompe, enfim,o seu longo silêncio. Ti-tulos principais dos ar-tigos: "0 rei quer des-posar Mrs. Simpson", "OConselho de Ministrosdisse: "Não"

Entre a oposição quese forma, aparece, nola-damente, Winston Chur-chill, qüe deseja arrastaralguns deputados da suafacção a adotar o pro-grama seguinte:"1° — 0 rei não deverá

abdicar por qualquer pre-texto;

29 — Baldwin deverádeixar o rei em paz.

Mas, após ligeira hesitação, os depu-tados -—, poucos — que haviam seguidoChurchill. renunciam a sua idéia.

Um outro membro do Parlamento, quedeseja intervir em favor de Eduardo, é sir

Oswaldo^Víosley, cognomi-nado ^o fuhcrer dos fas-cistas ingleses". Todavia,sua intervenção c a u s amais mal do que bem.

"M

V'í ':•-

Nas colônias britânicas,no Canadá, na Austrália,na África do Sul, os poli-ticos de maior destaqueexaminam as três per-guntas que o Conselho deLondres lhes dirigiu.Desde o início da troca deidéias, parece estabelecidoque não será possível;aceitar Mistrcss Simpsoncomo rainha.'O pretextodado pelos presidentes dosConselhos dos bomínios éo mesmo invocado na In-glaterra: é uma mulhercujos dois maridos estãovivos.

Quanto à imprensanorte-americana, mostra-se impressionada e sur-

O príncipe e a elegante norte-americana, guando iniciavam oromance cue virirr r. ser o «caso

amoroso» do século í

ILii ¦'

54 ''37i5 Ano — M<? '4 ¦ - Setem&rc í'ÕR^

y:

Iti

preendida com a importância dada aoassunto: ;"— Mrs. Simpson — perguntam — te-ria podido ser rainha se, em vez de serdivorciada duas vezes, tivesse enviuvadoduas vezes ?"

E mostra-se zombeteira relativamenteàs idéias, um tanto fora de moda, dosbritânicos, Sobre a dignidade de umarainha.

Durante todo esse tempo, na imprensado mundo inteiro (salvo a da Inglaterrae também a da Alemanha), surgem osboatos mais espantosos e incríveis. Unsafirmam saber que o rei é fascista e quese embriaga constantemente, até cair in-consciente. Outros deixam entender queMrs. Simpson é espiã alemã, que só adorao dinheiro e que estaria pronta, por ummilhão de dólares — 10 milhões, segundooutros — a deixar a Inglaterra.

Nas ruas de Londres, o povo discuteabertamente. Ouvem-se, a todo instante,os mesmos argumentos; todos, em geral,revelam a sua grande surpresa, não acre-ditam que o rei tenha assim perdido acabeça por uma mulher e, o que maisespanta, por uma norte-americana. Acoisa não seria assim tão grave, se êleamasse uma moça... uma mulher demenos idade — e inglesa. Bem poderia,em último recurso, casar com uma prin-cesa.. .'éter Mrs. Simpson como amante.

Célebres autores também são chamadosa dar sua opinião. Na imprensa norte-americana, H. G. Wells escreve longosartigos. O célebre filósofo Havelock Ellisdeclara:

«— Sempre pensei que Eduardo, quemais parece um adolescente que um ho-mem feito, era fundamentalmente diferentedos seus semelhantes e custaria, por issomesmo, a encontrar esposa do seuagrado". E, pouco depois: "Eduardo naopassa de ara menino, cujo crescimento foiinterrompido, e Mrs. Simpson é mais suamãe do que sua amiga."

Bernard Shaw, o incorrigivel, publicaum "conto de fada": "Havia uma vez, senão me falha a memória, um rei, cujocoração se inflamara por uma norte-americana chamada Daisy Bell. E, comoDaisy Bell já havia casado duas vezes,enquanto o rei não se casa, até então,vez nenhuma, os dois se convinham per-feitamente."

Sinclair Lewis, no "New York EveningPost", publica uma carta-aberta, dirigidaa "David Windsor", na qual diz:

"Estamos persuadidos, nos Estados Uni-dos, de que um homem deve viver a suaprópria vida e ter consciência própria.Uma das perguntas naais importantes doséculo é a seguinte: Deve David Windsor,sim ou não, viver a própria vida? Seêle vier aos Estados Unidos, aqui serárecebido como jamais alguém o foi."

As horas decisivas se aproximam, nãoem Downing Street, n. 10, mas em FortBelveder, onde o rei, ao cair da tarde,recebeu a visita de Mrs. Simpson.

No próximo número:

MRS. SIMPSON DESAPARECEI

¦$':'--yk'' - a:

"IIw

MA vez por semana, naUniversidade, um pequenogrupo de aiunos se reu-

nia, na residência de um dosprofessores, para uma palestra

xi \TÍ« *_.tardaram os ra-que, fosse qual

assunto escolhido, osabia muito mais quedeles.condições, entraram a

¦^ÊÊÊÊÊÊÊÊÊMÊM/MÊMMÊÊÊ^

instrutiva. Nâopazes a notarfosse oprofessorqualquer

Nessasdesenvolver um grande esforço,armando-se com os fatos maisobscuros e as informações ape-nas . recentemente divulgadascom a intenção de aparecer melhor aos olhos do mestre e te.,enfim, alguma coisa para ensinar-lhe. Apesar disso, o pro-fessor continuou levando a me-lhor. Determinados, porém, a ga-nhar, ao menos uma ves, osrapazes se reuniram, a fim deler e decorar um longo artigosobre o Taoísmo, uma das menosconhecidas religiões da China eque, por felicidade, encontraram numa Enciclopédia. Estavam ago-a seguros de que ganhariam a parada.

Fingindo conduzn a palestra casualmente para «a s coisas da China», os rapazes começaram a recitar osseus parágrafos aecorados em seqüência, numa forma o mais aproximado: da conversação. Quando acre-ditaram não ter mais nada a dizer sobre o assunto, o professor, muito sério, pediu-lhes que concluíssem.

— Concluir?... Como, senhor? — perguntou um deles, estup<5iato.-—Sim — disse o professor, com um leve sorriso. — Os senhores esqueceram de identificar o autordessas linhas na Enciclopédia. Sem dúvida, um dos senhores deve ter reconhecido as minhas iniciais.

'

i

2]-: ;•..,'.-;¦¦ . . ' VY ¦' ' .' ¦'- ¦ ¦

'\^7K'^r7,' '" '¦'' ¦ - ": :2-t"- 7 ¦•:'¦" ' • í *' ' i' '

í4

\

' v

«' •

¦

'

;

' *

-_. N? 4 — Setembro — ͧ53" ¦. "^

8

¦¦V ¦ *YY

EU37? Ano

A VIDA REAL, os,m homens se preo-

cupam muito maiscom o imposto derenda, do que comos casos amorosos.Sabem eles que essesidílios são coisas pas-sageiras, ao passo queo imposto de rendao está eternamenteperseguindo. — Wi-nifred Boggs

NO SENTIDO desimplificar as coisase tornar a vida me-nos amarga, para ocidadão que paga ira-postos, a cobrança doimposto de renda êfeita quadrimestral-mente, em vez deanualmente, propor-cionando quatropequenos ataques docoração, anualmente,em vez de um sóy dotipo gravíssimo, quepoderia privar o Estado de contar como concurso de muitos cidadãos... —

Robert Lawson

NÃO EXISTE "mis-sionario" mais efi-ciente do que o co*letor de impostos. —¦H. A. L. Fischer

TEMOS FEITO tu-do, aqui nos EstadosUnidos, para incre-mentar, o número dèmulheres e crianças,mas o de contribuin-tes continua da mes-ma forma que no anode 1776! — WilliamFeather

UM HOMEM deve ser muito pequeninopara poder passar entre os fios da temtecida pela enorme aranha que e a coletoria de impostos. Deve ser, porem,muito grande, se quiser rom-per esses fios e passar. -~ , Compilado porW. E. Titterton FRANCÊS RODMAN

AS RESPOSTAS queo cidadão tem quedar às perguntas doGoverno se assemé-lham às .respostas deum programa de au-ditório, sendo de res-saltar que é uma brin-cadeira custosa, pra-tícada por meio do

correio. A única diferença entre este pro-grama de perguntas e respostas e qual-quer outro de auditório, é que o mm-víduo não recebe nenhuma gratifica-ção por dar a resposta certa e, se errarna resposta, at dele! — Groucho Marx

SE QUISER saber a rendade um individuo, pergunte-lhe a partirde que soma deveria o imposto de rendacomeçar. — Anônimo

TODAS as pessoas decentes vivem, hoje*além de suas rendas; aquetesque não são respeitáveis, vi-vem além das rendas dosoutros. Um pequeno nu-mero de indivíduos afortu-nados procura viver corri

as renda daqueles dois grupos. —

'¦ *•¦¦' ¦¦'¦¦¦i''¦

^ . »T

:rr y ¦¦¦ÉfHH|íiSii

.:¦¦:::¦':y!f':2.

', i' :' f--; ¦

'"¦¦>«

OS IMPOSTOS são, sem dúvida, osmeios mais simples, conhecidos pela so-ciedade, para dirigir os impulsos so-ciais. — Morris Ernst

Saki

0 IMPOSTO é um pagamento requeridonelo governo, de uma parte da comum-dade, em benefício de todos. — S. Johnson

0 CRESCIMENTO de uma metrópoleé revelado pelos impostos. — CharlesDudley Warner

O CONTRIBUINTE manhoso evita pa-gar os impostos, não porque nao ameseu país, mas porque êle adora muitomais o seu dinheiro. — Robert Lynd

A COBilANÇA de impostos deveria se-guir a técnica do homem que tosquiaum carneiro. Parar antes de atigir a pele.

1-.-¦

'¦¦ ¦¦¦:¦: "\'y:'¦"¦',f/m. *

'*,':'¦¦ '.ti:,-..': -;¦

k I 1

ÊÈÊÈÉÊÊ

¦ %¦'.-¦<?¦:>

' ':j- ti

W&ÊÍ • ¦¦-'%¦¦¦-¦

': '¦

'£ii jfi?ti-i, ¦'-.ii./-

'ÂXlQ *>& m

ti:)-ti-

f^M engenheiro, que secandidatava a um em-i 핦¦

prego numa grande com-panhia petrolífera, estavapreocupado com a suaidade. Com 48 anos, jófora despedido por duas firmas, por causa daidade. . . Como seria agora?

Apesar disso, êle conseguiu o emprego.«— Aqui — disseram-lhe — costumamos preo-

cupar-nos, apenas, com a verdadeira idade de umhomem, ou seja: com a sua capa-cidade física e mental.

Esse engenheiro foi uma dasmuitas pessoas beneficiadas pelointeresse, cada vez maior, dos cien-tistas em torno da gereologia —o estudo do processo de envelhe-cimento. Em 1900, quando a duração média davida era de 50 anos, as teorias a respeito daidade constituíam quase que exclusivamente umassunto pessoal. Um indivíduo era velho, se osanos acumulados o indicassem. -

Atualmente, quando a duração média da vidaé de 68 anos, a ciência descobriu que os verda-deiros sintomas da idade são o modo como apessoa sente, age e pensa.

o leitor pode ser um velho aos trintaanos ou um jovem aos setenta e cinco.O presente teste o ajudará na desço-beria do seu grau de envelhecimento.

preensiva do problema daidade, publicada pela«Associação para Pes-quisas Científicas», deChicago, ín forma que«muitas atitudes, desejos

e Insatisfações» — previamente reprimidos ouignorados — «freqüentemente emergem em ex-

pressão ou ação verbal ou emocional».A depressão e o aborrecimento (números 2

são, freqüentemente, o resultado de umae 3)

As dez perguntas que se seguem podem forrnecer ao leitor uma indicação quase exata dasua verdadeira idade. O propósito das mesmasé revelar se a pessoa tem uma atitude idosa oujuvenil diante dos problemas cotidianos.

Assim, vejamos:I — Terá o leitor recordado, recentemente,

um ódio, rancor ou prejuízo há muito tempoesquecidos ? 2 — Tem se sentido mais de-primído e desajustado, ultimamente ? 3 —Sente-se aborrecido^ corn as brincadeirasdos jovens que o rodeiam ? 4 — Esco-lheu algum novo passatempo, recente-mente — ou um novo modo de fazeruma tarefa já bem antiga ? 5 — Gos-taria de viver até o século vinte e ume ver como serão as coisas nessa época ?6 — Costuma planejar férias e fins-de-

\semana, para passar fora de casa ? 7 —Tem continuado a aumentar o númefSdos seus amigos, durante os últimos anos?8 — É a sua conversação carreqada deremimscencias e citações de experiênciasdo passado? 9 — Acha que os amigose conhecidos que tem conseguido aindalhe dão a mesma impressão de quando

os conheceu ? 10 — Pode recordar casosdiversos, relativos ao ano passado, duranteps quais admitiu, livremente, que estavaerrado a respeito de alguma coisa ?A resposta «juvenil» para os quesitos, I2, 3 e 8 é não; sim para os demais. Ea explicação: — NÚMERO Ide um rancor ou prejuízo, hácido, é característica de idadAjuste Pessoal à Velhice»,

inabilidade para angariar maiores ambições oumesmo pequenas tarefas prazeirosas. Muitas pes-soas envelhecidas se ressentem do seu naturaldecréscimo e voltam o seu- azedume contra simesmas ou contra as pessoas que as rodeiam.

NÚMERO 4 — Uma nova distração ou umanova rotina implicam flexibilidade e habilidadede apreensão. Hábitos padronizadosse tornam mais insuportáveis coma idade, e a pessoa envelhecida,freqüentemente se torna inaptapara edificar novas idéias oumétodos, ecessidadeder outra

ieuma

íemais. tis- O retornomuito esque-avançada. «Opesquisa com-

¦" ç í, .Mofe Jf-' jfr v^' ' ,j^':-x.'.*L*5Sjoi^JiWllKSBlB(MjtBB!x^^*>' '^*f^ • .^Iflr &' .irás - J^swP jjft^EwK

h >*.

a Aqui — disseram-lhe — costumamos ligar

•r.

*

. •*,

.'••> *.

.V ' I ¦ ¦ .

?nnAUv .«:,™ H<? 4.y.-*-*•**' Setembr» Q<0 r* «f .>5/

envelhecido vive num mundo de contração. A

aposentadoria pode- removê-lo da corrente ge-radora de atividades. As distâncias se tornajn

mais difíceis de cobrir. -Os contatos sociais são

mais difíceis de manter.

O PASSADO ASSUME O COMANDO

As famílias se encolhem! quando as crianças

crescem e abandonam o lar. Há uma tendência

para que se faça menor número de planos parao futuro. Uma inclinaçãodoentia para mergulhar emexperiências passadas sugereum número inadequado deexperiências e atividadespresentes.

NÚMERO 9 — O seumodo de julgar os amigosdiz muito mais a respeito

de si próprio, do que a opinião deles. As pes-soas envelhecidas ten-dem a tornar-se mais exi-

PorA. E. SCHURFORD

gentes em suas re-lações de amizade.

Sua conduta paraum reconhecimentosocial, seguran-ça emocional ouconforto físico, pas-sa a ser mais es-pecificada do quea conduta de umapessoa jovem emrelação a esses mes-mos fatores.

Finalmente, se oleitor pode respon-der afirmativamen-te à pergunta nú-mero 10, tem in-clinação a olharpara a vida e para

EU-SEI •

fl B ¦'¦'¦ .¦¦'¦::..',:.:::..2S2iSÉâ$Êm B

Bmw-' -á-J-B

fly ¦ ¦ y ¦..7íi'-í SsflPIfjflifc; t2&mríjM B

«•¦¦¦•¦. 777?J|S «^yy-HI B¦ i_ifl «HPPlfl I^B- ^9<^BH>RP^-^B _¦^K-..'. -w*S?!5_._K'w?:5''' .»¦BPí. * -m&m&m - '->0m

fl Tr -È Sãm

«wi ' Jã- 1 í *?^^R^i^i^BI^^^^'?54:—

.".,.«... J*¦¦.'¦ *:-v .*¦"* «c-- 7.

George Bernard Shaw,aos 93 anos, continuavatão alerta e "perigoso"

como antes.

¦4á^M

'¦-•fÚÈt* *:'^%

¦..•¦•-**fe'.. -»^F^di Ij' f-m^mi 'mj*m*S xl -Trt i 7>áLiy7^'*i. ..J^*^^^--^

-~. nSr 2^ ri JMimr^ ¦^¦?«- ¦ **. <. ik. y____B ____R!7 *- <v. __»- _r ____; sêSsís

a|

.'jBwapK . "'¦'s?_fl ^R_^___^^'^^^^^i^" Vw - '

wrtw_«<K*»ri>w«^iif *#__¦ SflHfe ¦«.'_____r .¦«.'. :-:Vy /¦¦''-'iT* -tf»» ' . -x___Bfc. _____________fl' '-&.¦""-'-'."'.'''*M ¦. J^Lm_:5r-.r ¦ «* ^w«Btt^fc y* -«^^^B _________ 7" ^^BS jírmírE-i ,.' * *

ir" ¦'. ijííjírtiht'''^'"' p«'^^ ¦ ^**,<v' ..'¦*^**'''' *' 7 'S'Sy^^Nc !^______s í'.''.'':'y:: ¦ w

',',• »vi .fcfc1*».>^» <*^,'.i.,i«>_.,i-ii..^j imi_t^^ .#* Ti \ _.^«^^H________F_*"^hi. _¦ ^tefc. jírf^ * flr ?i______F¦ "i '*%______¦_' _-_.''_____h____r'« ^^^4fa____. ¦. _do_^t- j ¦ tx^««' -9 rl* .<5.*í' * *_«* -j?^ «k.»^v-w..w—- »- . .^..« .». ,..,*- ,1 /^^^K- t«W ¦ ^*v_. jr * TB:><)31__r«íwmc«' *'--ísk ^^**t.__. ¦¦¦ '£«t>^ ¥ ¦•• '*¦'•'-_r «F ¦%*¦¦ *: afo ___________ x^y^^* : \J"*rj^^^fr - ...rf"^*^ ¦ ^%v, jr :» ¦ ^B-x-^-^EÈL^SBF* l _#^ ¦i*.'^' ^^*lWt^' jf .« .*? k*:'*'^ t^S>6^":*^^^^>* * %¦

lit'\«..-.. ^W ^i^K^-^H ____fc __i«__L mtf^ j^* Tl^^SffiBSÍí^_^i_fflB__F7: _KX^ 7 m.WR? \»j* -.***»*");«.¦„ %*^_ ___X______k'y ^^H ^^^Lir»*^^'___'' J_r -if1^ *^^H _________&w/_____F'-' 'JMfo : ¦ -_^*_i^_P S4 _¦ fflfc r____IV *^__l______l __________ - '*_____________.^fi^^^M ¦ __Pr___V^'' !_________Íf«*'-r. j4______i ________•'*¦''*V^^W«l__ÍV^_____k '.'* . 'Ti^l- ¦*" \^U_?i_________tl_. ' -D

^_______________________________________B ____*^ _________P __________¦ V^^ ^^ .dMr

\

'-. f%*^'-'^\ _____________! ______F - ^c| >|k^«X ^«S___i __¦ -m-F I---B BH*^

\í j*f^t ^j^fl ^^F...;.; <7/!v$JH ^Ziv-^^D _______K* Í_^hí___^________I _________l

^^l«4^9 i^_V^____J _________T » ¦¦ __i_^________l _____E-- ___. "^^>ijf

^r^^FWÊàJAL:: ¦ m^^TKÊÈ&^t^^^^^^^^^^m^ ___-WL*-B__r^^^^ IB^^^ilH^fl «IbS_í_B^!_£I9__h^^-^bI k'^hííí_;': *«' ¦ : ¦k______________ta-' «

_F s______g^________________':^__^^_i_^«w«'^ :^ÍL vSt __l ^F í^jfl >____PI'____I ____iÉ___?^ii^^^^____t-* ¦- ^v__ '^ __! ___p V-^L^-.-^'-^-^

's/M __¦;•'*________! ____p«__K^i ________a.y '.___¦_ ' _¦_:.:.¦.'' Wro 4~-<-«—^.'::'i______fl «______flí^w^H ____¦ ;'___P^IS^B B__k'--'¦-_____B______I7 - *: ^fcpflfll <_¦__¦ '" 'Wis.

k____________.__b- /___JÉ lh£Mk_____fe ^ '• ^^^^L

* ^L*Wtm _tet*^^^ 'W

__M_3^«^S'^_^^-«^Ç_P*'^__fe_-í_»

si próprio, realUti-camenté. O indivíduo, que pode ser honestoconsigo mesmo, e admite as suas faltas, os seus

. erros, não tentando, jamais, enganar a si pró-prio, não tem tantas possibilidades de se.

tornar desiludido, quando os anos estive-77 rem mais acumulados. Sempre é tempo

de. aprender. E aprender a viver.,como tudo o que nos parece muito

difícil ou penoso, é fácílimo,quando se decide encarar o pro-blema com boa-vontade, real-mente, e bom-senso. A vida mo-derna, -se é mais cansativa e tre-pidante, conta com recursos quenão conheceram nossos avós.Nao, por certo, os recursos ri-dículos, como a pomada quedisfarça as rugas ou a tintura

que anula os cabelos brancos,mas a vida sadia, mais certa, in-

dicada para os anos que, rea!-mente, já cumprimos. A medicina

e a cirurgia se encarregaram de ele-var a média normal da mortalidade

de cinqüenta para sessenta e oito anos,com regimes," antibióticos; vitaminas e o

bisturi realizando milagres e intervindo emrecônditos do corpo humano, até recentementeconsiderados intocáveis. O resto depende somentedo próprio indivíduo, que, além de resignar-se aabolir certos hábitos e se dedicar a . outros, nãomenos interessantes e agradáveis, precisa, antesde tudo, reconhecer a própria situação e tratarde entretê-la e melhorá-la com o devido res-

peito às indicações do médico e^ dignidade.

¦i

' *7K'. **7^'_.

¦¦*3?i&$Bm.-' -

. mÊmí

apenas à verdadeira idade dos homens. jí

Terá que saber encarar a vida com realismo ô;sem desesperos inúteis, o que t somente agravariao seu estado físico e moral.

*

Ser realista é atenuar a transição para a idademais avançada, de modo que esta não se torneuma fase de temores e sofrimentos, mas, simples-mente, «o último período de uma vida normal eduradoura .»

S'W&

;.'m•'•¦'

':'¦'¦

7777yy

. v.'-.-'«:' '-'..-.';

• ¦

22

.".',

&í^_VÍ_4_rtW-^^^ ¦¦ < ..,!%-.._-- 3ta._U.iiw.-. .-, '-.~ ™..^_ .. m

' ¦¦ .;¦. . ' '2

.

^M9%»i»v«@ttB8B?r ' ' -"*'.,, -*tf>r ."¦:.¦ - *...¦' .* :\-' l t -,1-

¦

'.'.¦ ....'.¦ *' '", ;

¦

i .. i,„*u Sal •• '-.ví*»¦'•. e

l>x;

efí- <S&

ex;¦.!'¦:.

lf:

e

i ' e *i /< ¦ .¦.'¦ )'''¦'ei'''¦'.¦".¦¦'v'''-T;*:'--v

¦37/?'elU^O —"' • ;;'-'* e^*^t o r * • ¦ *

INOR Swinnet sem-

pre tivera uma0 /MPÊTO DE MATAR Ê UM MAL IN-SIDI0S0, QUE PODE SER TÃO MOR-TALMhNTE PERIGOSO PARA 0 AS-SASSIN0 COMO PARA A SUA VITIMA.

&'"":¦

--•!•¦•-¦¦'

}•' *' * * * ¦

INI' 'fcx • "''!•' ¦'•. ¦fc y ...... &x e^,

iSBfcseSRF.

& ii' ¦ ¦ À

ardente vontade de ma-tar, escondida no fundodo seu consciente. Pormais de vinte e cinco'anos fora assim. Vivera planejando matar alguém.

Havia mu«ra gente a quem odiava mortalmente.

Da mesma forma era odiado por muitos indivíduos.Porém, em sua vida um tanto errante, chegara

aos quarenta, razoavelmente sadio e satisfatória-

mente abastado. Em seu cérebro, a idéia de

matar progredira, aperfeiçoando-se. Quando,afinal, matasse alguém, seria de de alguma maneira

que não pudesse ser acusadodo crime !

Fora do fraco foco de luz,no chão da sua biblioteca, es-tava caído um I.ornem. MinorSwinnet o matara !

Aquele foi um momento derepousada alegria, um instantede intensa satisfação, por tantotempo desejada.

Swinnet ainda segurava aarma do crime. Era uma baio-neta de fuzil, -fina, aguçada eterrível, e que havia enterrado

• até o cabo. Estava em seu poder desde a pri-meira Guerra Mundial. Guardéra-a para o fim

que, realmente, alcançara. Aquela baioneta, comoo assassínio, o havia fascinado sempre.

Duranta vinte e cinco anos, observara o queconsiderava um agradável ritual. Antes-* de sedeitar, penetrava na biblioteca da sua confor-tável residência, no Connecticut, e verificava sea janela estava entreaberta, para facilitar o fácilingresso de algum larápio eventual.

— Virá alguém, hoje? Virá alguém. ... algumavez?

Essa era a pergunta que fazia, na sua ânsiamórbida, na sua urgente vontade de matar. Oh !Como desejava que um ladrão se aventurasse emsua biblioteca ! Nessa vítima despejaria todo oviolento veneno que enchera o seu coração e ator-doara o seu cérebro durante tantos anos de ódio,de ódio contra alguém; de rancor e gênio amargo,tao amargo que o fizera rico, mas nao respeitado;íorte, mas não temido; conhecido, mas não famoso.

neta bem no coração

ii. imm M sMu? JÈJI

ARTHUR J. BURKS

avançou, com 'a arma

preparada, exatamentecomo havia pianejado.

Facilmente, chegou até

junto do ladrão, petascostas, e cravou a baio-

de sua vítima, entre os

homoplatas, um pouco para a esquerda

O ladrão caiu, quase sem poder articular «m

gemido, morto instantaneamente. Sua lanterna ele-

trica caiu, também, e rolou alguns instantes, numa

espécie de círculo, sobre a parte mais larga, onde

havia a lente e a ISrnrpada, junto do homem morto

Sem acender a luz da biblioteca, Minor Swinnet

se ajoelhou junto do homem

que acabara de matar, entrando

a rebuscar, febrilmente, em seus

bolsos. Deles retirou um casse-

tete de ferro, forrado de bor-

racha e uma pistola. Aquelasarmas agressivas justificavam o

assassinato iTodo indivíduo tinha o di-

reito, garantido por lei, dedefender seu lar. Swinnet de-sejou, nesse instante, que o ho-mem morto fosse um dos seusinimigos pessoais Todos eles o

temiam, como êle próprio os odiava. Sorriu, tòr-

cendo o -esto no escuro.«— QU0 diferença isso podia fazer ?» — per-

guntou a si mesmo. — «Sim. Que diferença podiahaver entre ficar, anos e anos, a espera de um

estranho qualquer, emboscado e alerta, e acabarmatando um verdadeiro inimigo ?»

«— |\Jão. Não havia diferença !» — respondeumentalmente, e com satisfação, à própria pergunta

<<;— Mas como isso seria fácil !» — imaginou. —•«Pegar um inimigo numa situação igual a essa

e sangra-!^ sem piedade!»Estranhamente, começou a sentir medo. Não

sabia explicar por quê... Não sentia medo dohomem morto. Não tinha consciência, e sempreconsiderara o remorso como desculpa dos covardes.

Sempre ouviráacabavam sendo

dizer que os assassinos sempreatacados pelo medo. Tolice!

Essa única janela estava provida de sinal dealarma. Estanoite, o sinal oarrancara do so-no. Cautelosa-mente, desceraa escacla e viraum pequeno efraco círculo de'uz movendo-se,saltitante, sobrea porta do co-fre, embutidonuma parede dabiblioteca.

Seus chinelosnão fizeram rui-do, qu a n d o

Mas. . . O medo crescia e êle sem poder com-

preender por que razão. Por que mordia a-suacarne e gelava o seu coração.

Ninguém, vivendo neste mundo, sabia dessasua obsessão. Sua mulher, sim, sabia ! Mas jáhavia morrido, dez anos antes. Sempre lhe tiveraódio. E continuava a odiá-la.

Ela, por sua vez, vivera aterrorizada, com ummedo invencível do marido. Isto, ao menos, oconsolara Odiava a esposa porque não dera umfilho para a sua vaidade.

«Quem seria o homem morto ?» Descobriu, re-pentinamente, que temias voltar o foco de luz

para a sua vítima. Mas tinha que agir. E de-pressa !

Demorar poderia provocar a curiosidade e asuspeita da polícia, onde nao contava com umamigo sequer; onde todos o odiavam, em razãoda sua influência política, comprada a dinheiro.«Mesmo assim, que diferença isso podia fazer ?

m

-1

(.&,

^

m

fe-

'¦.' ^^^^ ¦ .; jiãfe

»!W

.?ee e,. ¦ /^yy^mW'

:MÊÊÊsÊêíÈmmâ.,. ;" . ''-.¦ í^ft'^"!

^^m(mWfi .^-w*»*^^' %-í^r^BBI

M

A vítima penetrara, com intenções de roubo eagressão, em sua residência, trazendo armas...»

INOR Swinnet foi telefonar e chamou o ins-

petor George Radson. Sabia que Radsonlhe dedicava ódio, no que era largamente re-tribuído. Sua falecida esposa fora namorada deRadson a continuara gostando dêie; isto serviramesmo para Swinnet martirizar a infeliz com pa-lavras mordazes e torturas morais, muito embora.

r. m/ÀA-

intimamente, tivesse absoluta certeza da sua fi-

delidade.— Quando isso aconteceu ? — perguntou Radson.

Agora mesmo. Há uns cinco minutos, talvez

dez... Mas a emoção, o . senhor sabe... Nao

pude telefonar imediatamente. Alguma coisa poderá impressioná-lo ?

clarou Radson. — Gostaria de saber...

estafei aí num instante !

- de-Mas,

:¦!:¦

veran-

A luz continuara desligada, na biblioteca^

também oestigara a lanterna da sua vítima.

Antes cie entrar na biblioteca com Radson, pc a

quem fôrs abrir a porta, relatara, detalhadamente,

para o policial de rosto severo, como tudo se

passara, inclusive o fato de conservar a baioneta

no seu dormitório, no andtay superior. Radson o

observava, como se estudasse as suas feições.

Não havia sombra de suspeita, quando, finalmente,

perguntou: O senhor foi quem desligou a luz desta bi-

blíoteca ?Não. Não cheguei a acendê-ía. Podia

o ladrão, recortado na própria luz da sua

terna.Desligou a lanterna dele ?

Desliguei. 0tPor quê ?Oro . . Eu . . .

senti, de repente,tem importância ?

Apenas para ò senhor mesmo ! — disse Rad-

son, num iom de voz indecifrável e que Minor

Swinnet lembraria até o fim da sua vida. A seguir,

o policiai foi ligar a luz óa sala.Os dois homens se aproximaram, então, do

homem morto, caído de bruçps. Swinnet, nesse

instante, descobriu que não era o morto o quelhe causura medo — ou aquela outra estranhasensação. Fora outra coisa... alguma coisa q e

podia voltar. .. O morto era um estranho.

^{MttrMmÊmmmmnMÊMÊÊtÊÊÉÊtÊÊÊÊÊ^Ê

ÍSVÍÍ, ," ;¦.';'.: ..:•-.-

.'*."?:.'--¦¦ "'¦¦'. .'/"'.','''V.,

'" .. % .

': '."¦' ..*..' '¦¦ ¦ ,-'''<¦<¦' .'"

'¦ ''»'.", .¦¦00r0.", *' "- " '¦¦'.¦''¦'¦"'".'¦.'";¦"¦'¦ '¦'.'.:'.¦:¦'¦¦. ¦l.y"'" r

¦ ;-y0r . ..',- _> ¦" ''.. v

Swinnet

mmB$?_wV'3rr~: ¦ ' '-WmTmwWêI^í^B?^

\

í?7° !fÃri< ¦y 4 '..-,

Setem bro.. ] Q ví

Porque...como se.

Não S3I ApenasRealmente, isso

í * ' -

ADSON era policial competente. Êle e seus

auxiliares fizeram muitas perguntas. Radscn,

particularmente, insistiu para que -íôsse feita a

reconsht jiçao do assassinato. Swinnet, com oscabelos grisalhos em desalinho, as pernas magrastremendo dentro das calças, representou o. as-sassinato.

Radson insistiu, afirmando ser indispensável re-fazer tôds cena uma terceira vèz. O medo deSwinnet eslava voltando, Mas, por quê ? For quê ?

Representou o ato de matar exatamente éa mesmamaneira de cada vez, detalhe que Radson anotoucom os o'hos semicerrados nò rosto grave.

Swinner compreendeu, ao fim da terceira re-

presentaçáo, que Radson sabia do seu secretodeseje do matar.

Ou descobrira tudo sozinho ou soubéra-o porintermécfo de Miriam... Sim. Miriam contaratudo... Não, não, nao! Êle a perseguira, sim,com doestos e acusações de infidelidade, mas sabia

que ela sempre fora esposa fiel e leal.«Um homem, em sua própria casa...» —

Swinnet cuviu a própria voz pronunciando essas

palavras, embora não tivesse certeza de quedevia dizer isso.

-r- Sim, sim — disse Radson, interrompendo-o.— Mas, seria, realmente, desastroso, se encontras-semos um biihetinho, no bolso deste infeliz, daprópria leTra do senhor, convidando o desgraçadoa vir cá, esta noite, para ser assassinado, eh ?Seria basrante complicado, não concorda ?

«Na v.^dade, não encontramos tal coisa, maseu sei — e o senhor também sabe — que, nofundo do seu coração, seria o mesmo como setivesse escrito um bilhete assim !

«Legalmente, o senhor é um herói; moralmente

é um assassino sanguinário, e eu nunca diria isto

se nao tivesse a certeza !

«Deve conhecer, melhor do que ninguém, a

verdado a respeito de si mesmo. E assim será

para o resto da vida, Swinnet! Também sei mas

nada posso fazer. Represento a justiça, mas, se nao

tenho os ohos vendados, tenho as mãos amarradas !

«Espero que comece a compreer der, Swinnet,

que espéne de miserável é, e sempre foi. F~ço

:%/otos o*.a que viva cem anos, mas^ paralisado,

para que não possa matar mais alguém !

«Podia ter teiefonado, conforme sabemos, nós

dois, muito bem, e prendido o pobre homem! Mas

preferiu matar, Swinnet! Esta baioneta é uma

arma rerr\ef. Espero que não esqueça o que tez

e que e*sa lembrança não o deixe dormir tran-

quilo jamais.«Talvez, quando essa lembrança 56 tornar insu-

portáve!, c senhor se lembre de matar também

— não c outro infeliz, como esse que aí está, mas

a si mesme I E não poderemos «torrá-lo» na ça-

deira elViica, também, por essa outra morte !

í ^OM ç,esto vagaroso, Radson colocou a armaW

fatal sobre a mesa. Então, voltou-se para

Swinnet: — Suicídio também é assassinato ! Já

que gosra de assassinato, direi mais: suicídio é

tão contra a lei como qualquer outro! Mais contra

a lei, até, do que o crime que praticou esta noite \

Aqui esta a baioneta.Ao falar, com o indicador, fêz a arma girar

duas ou três vezes, sobre a mesa, deixando-a, afinal. N-io a vai... levar? — oerguntou Swinnet.

Não será necessária, como evidência... ou

coisa parecida ? Talvez eu devesse mesmo levar, mas...

Voltou a brincar com a arma, pensativamente. Radson ! — falou Swinnet, com voz enrou-

Miriam contou

/oltara, comose

MedoMedo

quecida e quase estrangulada.a você que eu... que ela...»

Não í-óde terminar. Radson

se tivesse sido esbofeteado :Miserável... Como ousa dizer...

Depois, dominando-se, continuou:Então, era disso que tinha medo

de que Miriam tivesse feito revelações.,

desta arma também ! Ótimo ! Felicidades, Swinnet...

E que tenha lindos sonhos !

OEGUNDOS depois, Radson se retirara com seus

auxiliares; o cadáver, também, fora retirado.

Swinnet voltou a sentar-se, vagarosamente, num

canto óa biblioteca, fitando a baioneta, relem-

brando ceda detalhe daquela noite, especialmente

o que Raoson havia dito.Em sua mente, as idéias começaram a ganhar

forma, a forma modelada pelo seu medo, a¦forma da arma do crime.

Compreendeu que era fatal! E pensou, também,

sobre os joelhos, enquanto os seus olhos revelavam

um medo crescente, vizinho do terror. Sabia, agora,

que não podia desviar o. olhar — o ^Ihar ou o

pensamento'— daquela baioneta.Comprendeu que era fatal! E pensou, também,

que podia, novamente, burlar a iei, peio caminho

mais simples, mais seguro, o Cínico que se abria

diante dele. Levantou-se e apanhou a arma...

ivfr'

:*?

II

0

¦ ^T/StÊi

379 Ano

¦¦>"¦'-¦ ¦¦ 77-* ,.-,-. ....•¦!>.'.. •.£..- 7-.,-i ¦ ¦¦.«.¦¦ ,...'¦•:..;¦ '¦¦!"*¦ .*/.'., ¦¦.',».¦¦! ' "'*-.,,- !i ,¦¦ '£>(. ,f "¦.".•:

.;. V v ' ¦' ¦ .*-' . J. "«'

' ;'

' ' . --'•--:"

' :'¦ . ..;7 .""- v. '.'-•;. AC"

jf''

fKÜS_S* 1 . •¦

¦ * '; ft ' . '-.-..-¦¦ ¦"(** ,"..¦¦;-

MWF? • -M

N» • 4, -- * Setembro 1 J-íO.....¦*'*"¦

T ¦ ÇpíEU SE j-í-">.

¦^riVAV-'':'"'^'*'*"'-

%7;7 77-.*7**7-; 7.7" 7Í77:*.7f j, . ¦,*;.* ;-*.;• ,:\ 7 -#?¦¦

¦ * * f ¦•¦' . , • .7 - ?

cAcArr'A'-rAAAc-: '¦

mm"m^

v£s$

WÈ!ÈÈÊm

ri ¦' VV-VV 'fC ',"¦

A- ':".' .¦.¦¦:' -*...¦¦'" ''-•'"¦: ¦ ¦.¦¦""*;¦'¦¦« '.' * '' '' ' "A. V/v.i ¦.

m

CÍ.iÍMB¦¦im.'im

A¦¦_>*.

.77-.**#

7>

IJrcí* ií

E, amanhã, o seu médico, leitor, aconselhar

que procure um hipnotizador, não pense queele graceja ou está iouco. De fato, considerado,durante muito tempo, como «feitiçaria», acolhido,depois, com entusiasmopeia medicina (que orecusou, pouco depois,como ineficiente) ohipnotismo está recupe-rando, pouco a pouco(seu lugar no arsenalterapêutico moderno.

Duas informaçõesacabam, aliás, de ofi-cializa.r esse retorno decotação. Con-eU^ado, em março último, a pagarmais de um milhão, como indenização, a umamoça, miss Rains Bath, a quem adormecera no

palco de um teatro de Brighton, o célebre hipno-

1

tizador Ralph Slater ganhou seu processo na Cortede Apelação. O caso teve repercussão em todoo mundo. Miss Rains Bath havia declarado que,depois de haver sido hipnotizada, sentira-se doente

e muito deprimida, du-rante dezoito meses,pretendendo que Sla-ter não tomara todasas precauções necessá-rias para tirá-la Qom-pletamente do estadode hipnose no quai amergulhara. O tribu-nal decidira aceitar asua queixa e, «por ne-

gligência profissional», condenara o hipnotizador.Este apelou e, finalmente, conseguiu livrar-se da

pena. Sob o título «Ganhei minha batalha sobreo hipnotismo», publicou, a seguir, um artigo, na

í-Ji»

Após menos de um minuto, sob o olhar do hipnotizador, o paciente começa a dormir.

^SÊWWÊBÊ^mfeit. --Üi ¦-^ÊmÊ mmmMMMMmt^^ÊamM^ c crÊÊ W:m WW mWmSÊÊMWÊ^m^''¦¦¦•'¦ ri rmms^^^^mA. ^mwÊÊwÊ M|§H BR*'* ^mm/síi-,imfíF?^^^^Sm^^P^SÈS^Si*:.< i í AVyílÊnlm Bf«_S mtiíi&Cir ¦ iíJJsSHB Hk'.Vj9l tÊÊ^^sír y'Í*<i'^fêÍM^a^M^^^. WÉS¦<$___ mÊmuyryriMM máã H_ra,.~>* y< $g $wWmgmM M*"*j£«i__i ^B^<*:^j<__fr:>¦"' "¦_¦_! ^TO^fe-..^^-.v|.-> .• ^íW^-^IIKIIfflBi HH ¦

^8 hék^^^^^Üj^^^^^Éi^í^^^b

K_i w P» I<^Kmms^ÜMmtW^sZ^^^çM&^Êfâsi&iBM Ml _^7-TJJfe. _3 ¦K£S£a| H$S__ Bf

'^^TfiTff^WI B|J&Jj7>aSiaE M«ÉS B* «/ n?fflJÉfflp™aa! B^llM Bx^SvtTgB^B Mç-jj1. j^A-j-JaÉB ^¦i-x-y^iHHMll «__t_K3_B ^M-jj^W

;^9 PI M p ^^ BBP^^H^ * H H™HHH ¦''•¦:**?*«_''_ll!__i ^Ksí2íSj|^HM^jj^3^jR!I'jmI ¦BSvj.í> 75 .-^B HJ^H ¦9_!S^^^;.Sffií^J^SaM-í^^ijJ^M ^P^BJBWej- - 7-'«a^í^^^B B'''^^mM^^^^^^m^íÊW 'i ^jw1 *¦ HP^^ - Vwí^H WIM^^WhHII HH ¦9i Bp^ill!l s #¦*" 7v^wim| B^^s^^;^^^ , "^B Igjj^-" '* ™WI BrJ^H B;^^H K ** «VT "* - -óüêmIh BHw^'^* 9 K___á>v- vm ^PÜP^^^I H"¦ » l:^. . ' ^â^MM^^^Hi-^^ij^^'^ ' "^B HHI HI_É__&: : 'rià^^^_H P¦ ^«SHMtefe^: v^^_iH i^P^I^^^Pfl" ¦' "TUTf^^'"^Ti ÊiMiíilitiilM r:¦ t^taettiÉiKP^ í ¦, :^^^P" 7-: ,-j . B»«4l Hl 1111111 m^mim^^M^^^^m 1^^ *'.ss>f^ Cs-T^^Mr' viM^ ^felst^^ ^^^¦f7*^sfe4iv ^ ^RF '^^^Ü^R- WÊÊlÍ$&&mÊlwÊBÊ wm'^HBflHB^HH^^pV^ 777;:' vvv-ipl' «^'-" ^Wi^^^^ffH BIJP^

V 7 .7'• ';7 7;^7 : ¦í^^^^l^^^^^^^^^^-''

^

*'_"''í&Wíf.''"-V l'9^B '-• .¦¦:.;¦">¦;.v^.íWjí.v.'.;.". ^m \s \i i\ ° 44r4mWF*^Tmmmm^^GÊ:''TMmfW^T*^^

a~ i¦ '.'AHaa f sSêkS^r" ¦ v "':: '; :v y'':^':,;'-'a^^^H\3H Is^iw^^iíl^iHIffl ira^PH^^'^! ''i' ^s^yv.

à-v1'- f;J8H^í^«i^L-''>.^fc: :í- ^ ¦ " ^ «i^gJSNyvifii^ AAÍÍ'A^L^^SsP^^^-t^}AAAz,

í

«

'< ztmmas-;-: ih:

Muitos tentam o* hipnòtismo para iorçar o destino/na loteria, na corrida de cavalos, na roleta, etc.

primeira página do jornal londrino «Empire News».Nele declarava que abriria uma clínica, onde todasas pessoas atingidas de nevrose, insônia, defeitosde pronúncia ou hábitos prejudiciais, encontrariamauxilio eficiente.

Hoje, após anunciar que já ensinou o hipno-tismo a mais de 3 000 médicos, afirma:

,mtM imuummMmmmmmirr'' -.-.----HMnsnniBnnffv .• ¦¦¦

... -<¦

'¦"'.' '-¦'¦.¦'."¦'' .'':'¦

37« Ãtio — N9 4 — Setembro-—' 1953

— Creio que o hipnòtismo é tão indispensávelao exercício da profissão médica como o estetos-copio — acrescentando: — O hipnòtismo confi-nuará, agora, progredindo, estando próximo odia em que multidões de doentes poderão apro-veitar de suas inúmeras possibilidades.

Mal havia terminado a emoção, causada portais declarações, o «British Medicai Journal» pu-blicava um artigo do dr. A. A. Mason, diretorde um importante hospital, anunciando a cura,

pelo hipnòtismo, de um rapazola, de 16 anos,atacado de ichth/ose, desde o nascimento. Devemosexplicar que a ichthyose é uma moléstia congenitalda pele, que cobre o corpo de espécies de es-camas (daí o seu nome; em grego, ilchthus, quesignifica peixe) que secam e caem. É considerada

praticamente incurável.< Ora, segundo o artigo do dr. Mason, atual-

mente, os braços desse rapazola estão 95 porcento curados, sendo a proporção de cura de

70 por cento para o resto do corpo.

Diante dessas duas vitórias, os partidários do

hipnòtismo triunfam.— Em breve — dizem eles — recorrerão ao

hipnòtismo para todas as doenças. E por quê não

será eficiente até mesmo para o câncer ?Isto, naturalmente, é ir muito longe e muito

apressado. Infelizmente, ainda não chegamos lá.Mas é bem verdade que o hipnòtismo tem curadoafecções, nas quais outras terapêuticas se revelamineficazes e que ainda poderá vir a render imensos

¦ •_"..'¦•. _ -'••';*-'

'¦!¦

MEsta jovem mulher — atacada de paralisia hátrês anos — é adormecida por um hipnotixader.

E, durante o sono, recomeça a caminhar. Após aquarta dessas sessões, estava completamente curada.

m ' ^^•fBmmmmmW^mmmWmmmwmmmtil _.ii. \ ^^MM i 111 i tí mFi JkSÍ^^^'u^^m^km^^ ' ^yBÉ%*<'CB^S Wm El llliU I

fm4

r '<%¦'" '^'''¦'''•'^yL'<''>^'^S^.<ismm^^B \Mm\. ::''í<>&'>%^3_^ Iviz^^fô^triii^nci^H^flH ^^iv_^_^^H ^KWA'- % ií %A%Lmm __&- ''¦^^^'-ag^SiM Bt^»Q^^^^!^M^^K-'»l Mftl^&%»&^B Ml

'¦'¦;/:Í'^;^*í':*jj^K B&: ' IJmBI Bfc£' ^^^_S^^^B__^B^B_tÍ^É_^t^^_.^B P^V^ÜSM I^B

Jf§ Mjê WÊÊÊÊÊÈÊÊÈè aÊAW W

I ^IBil wè.' \ \ \\ ÉM U IR. Jl: WÉk :*Mm mÊSMÊM^ m I

í; % ém' ' -^A WémÈÊÊ MÊm :ÊL\ m WÈÈÊÊÊÊÈ WÈ"'V' ¦ '* '''''ÍTffnfflOTnfHBrT^BBr' '•"' - """ miffi ffrfflftiVfirr -¦vK ¦•¦' -VA ''•*' . .-'¦'•fâ&xHmWywlZ "¦' "¦'¦ ¦'"íflHBr^S^JEi^S^K ¦w,9m&wf'0W'Á'^<^'<i& 'Snfflír . 3-" Lc U ^^^SmWkmlmimmmmmmmmmmmVmmmmmmmiám^^^^fír- - ¦•AiAAAAí- >jy-, --.i^mmmmmmaSgBmsKKk mmSmmeXXKvJí&k&íi&Ki-¦'.¦¦&BSS&.zy.-.ty. f. .i ..... . m. r âi .^M.í#í^?í?Ss^k B5Sí_?«Bww®6?íj_Sí_S5 jíwKS '_ElBnfi____wt -BB? .n ffiím¦íp.... '¦¦¦: rAyrz:^^mmmWBmSÊüSMisím?m r,mmzMs z zjm^msmm. ®P%z Ma?A. ^¦^^Êmmm\%WÊmmmWk^S WÊsW flHS *%Bm

^mWm Mm^mwMLW^m^^^^^^^^^^k^kWk^kw': 'WÊ': wà

. •!' !:: '' "LA". 'Zr ;'

3 y^wKJM,? '':'rJ6ÊAW mBm. T> nR U MT^Bm^^EI f^H^S¦'* JEni^' Hfc y^^BE^^lf^^<_L_*LS •

P^^f;W^nH Hik_J !^__^_____^B___wn f t^K ';ra_l___ls 11 l>H 19^9 _____B *3P- ^

¦•''¦" ÜK ¦*¦'¦ ^r*:''':':-i^B ^K^^H9B^_^KSd___^Hii_ÉE_Ht___B- 'v^üpíí^^^^^HÍ ^H

BÊÊtmMtwW&mWA(^&wL^Ê mr^iBi m] m\sm\^ m^eY% ___2 4^Em__l____^^____ _______n? «s!:: l-:" :^_____BSli.:>?oifeMM B^^i-^iS^^flKR^B __________E^_________I l_^M^;Hv?( ^M Jfm^BJW^-B ______________[ ^MrÜ ¥X-

^^ffi-wPii ¦ H e >^r^L9 ^BM~?

' Wmrl-f9 l'ia'II

«I ____¦ 'w-V^ii ^ ¦ B^i*

¦H ^B^^^P^^S^I ____¦" j^^^B H" I

_____¦ RII HÜÍM ____________¦ ^^pi"

^r^ <9 ____¦'« \ ^~ ¦^mZ^''ÍÍMt Wt \ ijfl ..^^if'*

«¦¦'mwBMBb^__________BB______I B||SB8HW|bmBh_hBB..-^P^s____________»^^^ ' MÈW&ÊíWÊiÊ&ÈiÊ&m>

í ^^^^H_^__k^^B^ -^^^^^^oi^^M^^^^^>':^Í^^^^^^S^^^S^_Íf^^HBBE£_^^^ ¦<¦: ¦ *í^^^^ ^^^HB_^^^^.^^^^_^^__5,«^>*

¦ í^fa^ ;^^'1*' '• "I^OT?5 ' '¦-¦ rL ¦'''WÈMwBÊÊÈ

II1t«,

!MW- XCXiWülmÊ,

irpPr- ¦ : 'pai ":¦ -.*.'-' P-^iy^C^iW^W^iy..-'-:r---.i:'--'P^-^'-^,^^^<Miã^^SS^M* '3hs»u* --wêê

¦ ~>|^f||£|fl[

1 "^HH 99 Hfifii

1* -vai

m^:íX'r;i^^m

êmÊÊÊAMá

mWAmWÊ

WÊÊsír

$$£#$3

«I§i$

.«•..../ '?.,'*!;¦/„'>'.•: í-

M'ií

. • '4.

í' ,

.:';"' ¦

if'*j:h'. ¦'•¦ ¦ r

..'..¦.':S¦¦'¦v.;2

JLfllÉiÊ

TI3SK^íf,5K ià^

^Wffi»Síí

. --pr^rr l-Í^ÍKSK

7>#í

i'l|>i|tllllllill|ii|||IWI——PIW ¦^«'¦^¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦I^^

ESPANTOSA EXPERIÊNCIA: O hipnotizador Rodinos Kotsudis adormece a si próprio, fitando-se num espelho.

I-Sr

serviços à humanidade sofredora. Já é êíe iarga-mente utilizado — na Inglaterra, principalmente— para realizar partos sem dor. Foi um jovemobstetra de Londres, o dr. Philip A. Magonet, oprimeiro a tentar esse método, há cerca de seisanos. Hoje, ganha êle, quase que dia a dia, novosadeptos, e a experiência, realizada recentementenum Hospital do Surrey, pelo dr. A. M. Michael,confirmou, de maneira total e sensacional, a suaeficácia: sôbre trinta voluntárias, vinte e duasderam à luz sem dor, sete despertaram cedo demais e uma só foi totalmente refratária ao sonohipnótico.

Isto permitiu ao ór. Michael concluir, na comu-nicação que enviou ao «British Medicai Journal»:«Somente uma estúpida superstição impede o pú-

le recorrerblico e um certo número de médicosa esse processo.»

Segundo êle, toda mulher, com um pouco deexercício, pode ser capaz de hipnotizar a si mesmapara chegar a .um parto sem dor. Quanto aodr. P. A. Magonet, o inventor do método,declara:

— «Agora, parece evidente estar aberta umanova era para a obstétrica: a prática, genera-lizada e correta do hipnotismo, poupará a todamulher, que confiar em nós, as tradicionais doresdo parto.»

O hipnotismo também dá resultados interes-santes em outros domínios. Assim, por exemplo,o dr. Magonet curou, entre outros, um rapazatacado de asma crônica. Quando criança, esse

Vencido pelo magnetismo do próprio olhar, êle não tarda a adormecer.

mmMmmrlrmum^^^mm

^V-ljft 'Ap-C&mA mmm^LWuSm

WÊÊZ-C '¦¦ '111111¦¦''::rr-r>rp:.r:-r,-:-'rPr:rrprp-ry3d!8BB8m ¦ -. iSs^Ç-i : - :-.:¦::.-: rr;rv: ........... "WSSÍS

mxw

í-.i'Im

B' íí l7:m

- AA.

C'Jp)$X

c.$%-

.'¦"'¦'¦M- Y;A *

"¦SgC%

11

'WMmm^m

.:\

p'CX

¦yAPp.X-A-AX^r'P

¦ ytâ

_.,..._ -:.-^-.-".----a....^.rt.Ja^'(twmrí llll HaHIlMWriíTlliilTiTTíWiflifíilTIliffllilTf'MlMHlíMlí¦ JÜKÊÊMSaSSSBály .YYWYYíÍÍK^^.¦-•..* BÜai ilBíüi nSíii

^^BMPfC-^ AAaPÊ Bhfl B¦.,.. WmmBSS&Kt • "-AiS-ií-y *:_______ _______

É^^^fefc '¦"ÈM WmmW^^Bi mmW''' Ám H

'jjr -ffl-ry ^^Ê ÉÉÉlL I

& Y:?;'Rrí' , >$ífl Bl fll§<_§&« -.'¦ ' fl BP?f^y™Bv 11jflB^v- v.C'S!4í* ¦ ¦¦ y mr-y-xAÈiM m

Bf 'y?Í'%'4':>W '! '¦ Vfl HÉIfr™f*llfl fl^1 -1^-h <'càmm mm\

nHfl \!X'^*P'f8jl'tjA3ir ¦ ,..:í,:^êw MMMWlfciiiãma

¦Bn í^Pit' "-C fl flT 'C fl

Vl^S^MMmmmmsíttt.'.--.

«'^V- im: :-*!&&'. '*.'*•''^ííf-^S-íc^aBal aVa^^ Tl7,"i^___________________________________|

fl BS -T - i *'"-fctfS:s $Br^ "."-^^H B^ -flflsrafflf *5 i '¦¦:¦ ^ ^ÇtW^afc^"'^•j*J fl Y'.CffliHWUÈEÊm t Aír-r^r XTIlMÊaX^T^^^^m^—^—^—^—^—^—^—^—^—^—^—^m i{^^Smm'^n _B fl

«? lÉWa^^^ffilJjfl H^ÉÉa^S WÈÊÊÊÉÊ: i|§§Í|

I y Ifl aV^ã^^fl Plfl aflál

111- fll^^P^

«¦¦•* I flf^ Ifl rAlM6BB1 I t^lt^a fl flfl flfl flvS Iv fc|. BS-lsIlIPflifl B-a^SPpflBfl Bfl Kk 'fl^HmmWàÚmWÊm Wàmm*.- m^rfl flfl |__i_|M BVRv 1 '-Mafll aV Jal aV ^.:~-yy 4H ¦¦Bp U mt M mt—^ ^fl flH Syi P» fl amwÉL mTM I« fl ¦¦ r^w-^-: wil IO il^fl ijh I

HYáfl K flP^íáriflfl Pfl^?i IIflyi hWi Waflr^flflMÜFH Bfl BfPB^ittaflvflPvifl fl

Ífl

ifl - -' ílF fl aWfl fl

^111 Wkw " i-v iÉfl ¦

|c| pIÍP wLjmw *Ü x*t%^^^PzM H

A.-.ír.-.

v'- "¦;>;

*-..:¦

•fe*

¦-y

Í.Í

O hipnotismo é coisa fácil, e os números apresen-tados no palco, são muito aplaudidos, mas perigosos.

indivíduo quase havia morrido, tragado por areiasmovediças, e a recordação desse acidente, combi-nada com a pressão que sentira sobre a caixatorácica, era a origem de seus sofrimentos. Porsugestão hipnótica, o dr. Magonet lhe restituiua saúde.

Da mesma maneira, Ralph Slater curou várias

pessoas sofrendo de alergia ou prejudicadas pelagagueira. Também foram registradas nítidas me»lhoras, senão curas, em todas as enfermidades

podendo ter uma origem psíquica: enxaquecas,úiceras, hipertensão, histeria, neurastenia, insônia,doenças da pele, etc.

O hipnotismo é empregado, enfim, nas curas

pelo sono, como são hoje empregadas na Suécia,Rússia e Estados Unidos. Na França, o professorLevina combina a sugestão ao estado de vigília,ao estado de hipnose. O doente é colocado noleito em um quarto escuro. Após uma conversaçãoamistosa, que serve para que o médico conheçao seu estado psíquico, é feita . ao doente, damaneira mais simples e mais lógica, uma expli-cação das bases e das finalidades do tratamentoem curso; a seguir, é empreendida a hipnose.

Quando o doente adormece, ou melhor, é ador-mecído, sugerem-ihe que sua afecçao tem poucaimportância, que suas capacidades físicas e ner-vosas são amplamente capazes de o levar à curaradical e que seu estado nervoso, sua inquietação,sua excitabiüdade vão ceder a um estado de tran-

qüiüdade e de confiança. Após essas sessões

'•%tt. . V^? » )'* #*rf »¦ \g*

- V53

de sugestão, que podem ser repetidas de 5 a 10

vezes, "o

doente fica adormecido de 9 da noite

ès 7 da manhã. De 85 casos assim tratados (61sofrendo de hipertensão, II asmáticos e 13 ou-

tros" atacados de nev.ose) registrouse sempre

uma sensível melhoraMas, justamente, é em razão das repercussões

profundas que o hipnotismo pode ter jôbre o

organismo, que numerosos médicos se levantam

contra o seu emprego... como atração de^«music-

hall». Se essa arte pode fazer com que um in-

divíduo se anestesie, a fim de não sentir qualquerdor, em caso de queimadura ou de fratura de

um membro; se pode ajudar alguém a desemba-

raçar-se de um hábito nefasto (álcool, fumo ou

mania de roer as unhas), também pode provocar

perturbações num indivíduo são.

O hipnotismo era conhecido desde muito antes

de ser aplaudido como atração clássica dos «music-

halls». Os sacerdotes do antigo Egito e da Grécia

já o praticavam, assim como os hindus. Foi, prin-cipalroente, graças aõ suíço Mesmer, que o popu-larizou em Paris, no fim do século XVIII, que o

hipnotismo se espalhou pela Europa, tendo sido

utilizado para certas intervenções - cirúrgicas.

Gharcot a êle recorreu, em suas célebres expe-

riências com os histéricos. Entretanto, logo quea medicina descobriu os anestésicos produzidos

pela química, voltou as costas ao hipnotismo, quesubsistiu, unicamente, nas barracas de feira.

Até bem pouco tempo, nada havia mudado.

Ainda recentemente, anunciaram, de New York,

que um hipnotizador, John Calvert, conhecido como

«O Mágico», lançara um desafio ao antigo cam-

peão Primo Carnera. Queria provar que sua força

de sugestão dominaria os músculos do giganteitaliano. O encontro foi realizado perante milha-

res de espectadores. Calvert, efetivamente, con-

seguiu adormecer Carnera, antes de que este con-

seguisse acertar-lhe uni soco — mas, tão bem se

esforçou... que adormeceu, também, a si mesmo,

daí resultando que o «combate» acabou por falta

de combatentes. ,

Mais sensacional, ainda, foram as experiênciasdo inglês Peter Çasscn Após haver hipnotizadosaias inteiras, propuzeram-ihe fazer uma emissãona «TV» britânica. Êle aceitou, mas, no correrdos ensaios, êle adormeceu uma dúzia de técnicos,o speaker e ainda um curioso, que tivera a máidéia de olhar para o «écran». Acharam, então,

que os resultados ultrapassavam as esperanças erenunciaram à idéia da emissão pública.

Mas isto chegou para que o hipnotismo voltasseà moda, na Inglaterra, onde é praticado atémesmo em curs^ por correspondência, havendomuitos especialistas, que colocaram à porta desuas. residências e escritórios placas, onde se lia:«Tratamentos hipnóticos». Foi isso o que levou o-próprio Peter Carson a lançar o grito de alerta.

— «O hipnotismo pode, realmente, curar. Mas,também, pode ser um remédio perigoso! Pra-

Ka

An* :- ' N1 tete::ibro".

Lv* "¦'¦' '¦'.!

ficado por gente capaz e sen-satã e, ainda, sob rigoroso con-irôle médico, êle pode consti-tuir, efetivamente, um auxiliar

precioso da moderna terapêutica. Entretanto, náo sendo umdom do Céu quase todos po-dem aprender a hipnotizar —

e nisto está o porigo, poisuma arma fal Jào podo serdeixada entre as mães de pes-soas que não fdrifiam sérios co-nhecimentos csiquiétncos.

."'¦"!¦*¦.'.'¦''"¦ '"'!¦

:r.'-.r:s:..:h

v. IA--

-f-.1.

:*;

j&r r* ^wiaa».

Issp

^«V:

;¦¦¦;.}

M

RJSSKífôKS.'.. .^r

Em es^do de hipnose, *sse indivíduo, deitado sobre pregos, suporta aue coloquem uma enorme ^pedrasobre o seu adorne. Mas a ciência diz: o hipnotismo é uma cancia cue nao deve servir como espetáculo.

¦ 'Aí

Em um artigo, publicado no«Britísh Medicai AssociaíionJournal», um médico, dr. E. B.Sirauss, sustenta essa tese. Su-gere mesmo, aos homens quetrabalham nos serviços de es-pionagem, a utilização do hip-notismo como meio seguro deresistir à tortura (que não sentiriam) e de guardar seus se-gredos, mesmo que submetidosao famoso «serum da verdade».

Outro artigo do «Journal»aconselha aos médicos, em nomeda associação, que recorram aohipnotismo. É recomendado, es-pecialmente, contra insônia, ga-gueira, enxaquecas, certos ví-cios prejudiciais e, mais recen-temente, para livrar os indivi-duos da terrível broca elétrica

..:«• 'tr'-' *'-i, r».

'¦"?mmâ

«mm_mm.*m

m?wm

¦•;

^

mm®m

f.?-.

«WM

Ralph Slate, célebre hipnotizo, con^gue m^nmmm ~*t££>2««mesmo tempo. Recentemente, foi processado por um«

¦X:l

tü•• m

I i-¦<¦> - - -.' i"

¦.

«rani

¦oii

ffi;'

: 'U¦X\l,yu

Xéy

¦ ¦ m

m-y

WÈ^ * í" v

-Í-I-L—íajiiuiítuim»imnfflMnrraj iidiu^gÉfflHIlilMBMil^^ ' ¦.....,t -

, **""'¦

-' '

¦SS' yXi TUDO •..-¦¦¦¦ *

¦¦ ¦

'••'to-,' 0í-:„ Jv'*:''.". to;'J

150 37'*? ' Ano N? 4 Setembro 1953

o, ||

dos dentistas. Graças ao hipnotismo, segundo odr. Strauss, um grego pôde reabilitar-se e pro-nunciar 370 palavras por minuto.

Apesar de tudo — e é sobre esse ponto queinsistem os médicos e também os hipnotízadoressérios — o hipnotismo nao é uma panacéia. Damesma forma não é tão inofensivo como muitosacreditam.

— Afirmam, por toda parte — declara PeterCarson — que, mesmo em estado de hipnose, umindivíduo continua submetido ao controle de suaconsciência e recusara realizar atos atentatórios àmoral. É falso. Ê possível ordenar a um indivíduohipnotizado que cometa um crime — e êle denada suspeitará.

«O hipnotismo é, antes de tudo, a manipulaçãoda imaginação. Será bastante, portanto, fazer opaciente acreditar que a vítima que lhe designa-ram martiriza seus filhos ou põe em risco a vidade uma dúzia de seus parentes, para que êle tenhaa impressão de realizar um ato de justiça, e, emnome-da . justiça, matará sem hesitar.

«Para ordenar o roubo, será suficiente fazero paciente acreditar que o objeto desejado lhefoi dado de presente e, para que uma mulherceda aos caprichos de um homem, que ela nemsequer conhece, sugerem-lhe que eles são maridoe mulher ou que ela o ama perdídamente.»

Segundo o dr. Jerome M. Schneck, fundadorda «Society for Clinicai and Experimental Hyp-nosis», o hipnotismo tem real valor quando usadopara o diagnóstico das doenças mentais, assimcomo meio de dominar insuficiências da vontade,falhas emocionais, etc. O seu uso é aconselhável,também, para certas insuficiências físicas.

Mas, o grande problema -— e o perigo — estána insuficiente quantidade de psiquiatras treinadospara o apropriado uso do hipnotismo. Para obtero diploma da American Board of Psychíatry andNeurology, um médico precisa de apresentar o seudiploma de doutor em medicina e ter mais cincoanos de um curso adicional de psiquiatria. E, parachegar a bem praticar a terapêutica do hipnotismo,precisa de muita prática.

Isto porque a força do hipnotismo continua sobobservação dos psiquiatras mais destacados, osquais concluíram por afirmar que quase todos osindivíduos podem ser hipnotizados — e gostamde submeter-se a esse tratamento. Por quê? Sim-plesmente para fugir de um mal que não encontroucura por outros processos.

Porém, a ciência é a primeira a apontar:— Onde o hipnotismo acata com os sintomas,

uma enfermidade pode se Jmulada ou pro-longada.

— Onde o hipnotismo acaba com os efeitostle uma enfermidade mental, mas não com as suascausas, a personalidade pode correr sério perigo.

— Onde o hipnotismo consegue o domíniodo espírito, pode surgir algum vício condenável,como o dos narcóticos, por exemplo.

Vamos relatar um caso edificante, ocorrido emSan Francisco da Califórnia, e que servirá degrito de alerta para os nossos leitores.

Um jovem trombonísta, chefe de uma aplaudidaorquestra daquela cidade, foi atacado por umaparalisia do braço esquerdo. Alarmado com o

seu caso, aceitou o oferecimento de um hipno-tizador-amador, que se oferecera para curá-lo.De fato., ficou bom do braço. Pouco depois, in-felizmente, uma de suas pernas ficou paralisada.O mesmo tratamento teve resultado satisfatório.Mas, não tardou a perder a voz !

Amedrontado diante dessas persistentes aflições,resolveu, mais uma vez, apeiar para o hipnotismo.

.Recuperou a voz, mas, ao fim de um mês, ingres-sava num hospital — totalmente cego !

O mal teve que ser «desentranhado» por umpsiquiatra, que pôde, enfim, explicar tudo. Ojovem doente lutava com um grande problema emo-cional, envolvendo sua esposa e sua mãe. Esseera um problema que exigia sua consciente atenção— impossível sob estado hipnótico. A paralisiado braço e da perna, a perda da voz, a cegueira,enfim, eram válvulas de escape para a amargaluta localizada em seu cérebro. Um hipnotizador,sem o devido preparo, perderá tempo tratandodos sintomas, desprezando as causas.

Outro hipnotizador se gabava de haver conse-guido que várias dezenas de indivíduos deixassemde beber «whisky».

— Foi fácil — disse êle. — Depois de colocaro paciente em transe duas vezes por mês e dedizer-lhe que o «whisky» tinha gosto de óleo-de-rícino* êle jamais voltou a beber uma dosesequer ! Isto porque eu lhe dei a fôrça-de-vontadenecessária !'

Porém a ciência discorda. Um psiquiatra ex-plicou que o homem, cujos hábitos cessam porintermédio do hipnotismo, não está exercendo aprópria vontade. Não teve a sua vontade refor-cada • Ao contrário, ficou inteiramente privadodela KNinguém pode ser hipnotizado se nao estiverna melhor condição espiritual para isso. Isto de-penderá, em grande parte, do próprio paciente. Oindispensável, acima de tudo, é que o indivíduoqueira ser hipnotizado e possua inteligência me-diana. A ciência declara que os morosos de espi-rito e as crianças não podem ser hipnotizados.

Os psiquiatras definem o transe como «um es-tado em que o espírito aceita sugestões comorealidades». Então, o hipnotizador entra com oseu jogo: o «wisky» tem gosto de óleo-de-ricino;o paciente não poderá deixar de dormir antesde contar até cinco; o paciente não sentirá doreslombares, etc.

D< foi'a mesma torma, como auxiliar de outras te-rapêuticas, o hipnotismo pode ter muitos & eff-cientes empregos. Há mesmo indicações seguraspara a cura de enfermidades físicas, como no casodo rapazola inglês, que sofria de ichthyose desdeo nascimento. Infelizmente, indivíduos irresponsé-veis estão explorando os seus parcos conhecimentosde hipnotismo para auferir lucros rápidos-, sem amenor consideração pelas conseqüências de seusatos e de sua «ciência».

Não devemos, pois, brincar com o hipnotismo.Abusar pode conduzir a um desequilíbrio mentalou criar uma necessidade semelhante à dos toxi-cômanos. Além disso, pode-se acabar còm umador de^ dentes ou de cabeça, não reprime a causa,pois só ataca o aspeto superficial do mal e nãosuas origens. Eis porque pode ajudar à medicina,mas não pode, em hipótese alguma, substituí-la.

^^^^^B Ite- y '¦¦-/"'C^^Jr^B ^P^í^^^fl fl * J| I fll

¦•mm mÊ Ba BPflflff^S I fl B^V' si I" •¦'«ll;:'-:i HIP! IP I fl m^á^^MÊ0^^m fiW

J^^lll Hl KÉéÉÍ1b'''' JflL fl J^^^^^BÉíÉí' fl flillllil '"'11111

¦¦'¦-¦mm'- mmmmE^^^^^^ÊÊÊ^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^ÊÈü ^^^^ B'1l IBI^ K-lm:'' m \w "'"h^Ê'm

\jflfllt:™jPB Be*^PsB ilPjPPB IrW'' fl BI ','$'¦' §¦•

SMmm mm mm mmW^^^W^^^^' ;flÍfl I fl fliiilIliPP' '-¦'Kf#wàpfl Ifl I m mÊÈÊêÊÊh ¦ :WÈ%m'¦•••¦ U-v;^IH H fl Bü^É» S»iRâpliw I fl flMÍ@ w&*§:^^MW^Í^| fl fl Bi : :''!fttp•¦¦i"fe«B B B E£%vfl B

:hW^-Êmm\ I flfl ~ *flí^Íl

'"'^llfl^lB flS fl •¦ mM

:.. yhMÊBm B fl HI^^BSffiiiiiiliPPlf^ilf l®%P¦ . 'v#a3zBHfl ¦ B fll mm%w<^^yMmyiMfimMr

Jules Rosenberg. de 32 anos. quando entrava na prisão do Sing-Sing, depois de pronunciada a sentençaque o condenou a morte. Ethel Rosenberg, sua ospôsa, de 35 anos, também condenada. Os Rosenberg,de origem hebraica, foram acusados de haver passado segredos atômicos a Russia e. na ocasião aasentença, declararam aue, longe de arrepender-se) estfxvam prontos a recomeçar, o aue levou o tribunala mostrar-se severo Apesar das manifestações e ameaças comunistas em todo o mundo, loram execuiaaos.

CABA de aparecer, nos Estados Unidos, umdos livros mais reveladores, no que se re-

lôciona com a história destes últimos anos ea sua repercussão no futuro imediato. Trata-sedos «Cadernos do Prefeito Jordan». O prefeitoJordan foi nomeado, na primavera de 1942 (comoexecutor da Lei de Em-prestimos e Arrendamen-tos), oficial de ligaçãojunto da missão soviética,composta por mais dequatrocentas pessoas e co-mandada pelo cel. Ana-toli N. Kotikov. Essa mis-são efetuava o enlaçoaéreo Estados Unidos —Russia.

Era na época em quea imprensa aliada — e,principalmente, os jornais dos Estados Unidosdesignavam a Rússia como a «grandeamiga da liberdade e defensora dahumana !»

( O major Jordan, logo que foi nomeado, de-cidiu levar para o seu «Diário» tudo o que lhe

#

W. H. MACDONALD

democraciaconsciência

parecesse interessante. Esse «Diário» é o queacaba de ser publicado.

SAQUE ORGANIZADO — As revelações de

Jordan, que, desgraçadamente, não foram des-

mentidas em nenhum ponto, parecem, não obs-

tante, incríveis, mesmo para os que conhecem,embora ligeiramente, essasmanobras subterrâneas in-.ternacionais.

Já a obra do generalCharles A. Wilioughby, v« Shanghai Conspiracy »,apontava uma das maisvastas redes de espiona-

gem soviética que |a exis-tiu em todos os tempos.O livro do prefeito Jor-dan não tem a enver-

gadura de «Shanghai

Conspiracy», porém constitui um testemunho di-

reto dos atos de^ uma nação que, nem. por um

minuto, se considerou «aliada» de seus compa-

nheiros" contra a Alemanha, e que, sob a apa-

rencia de uma colaboração, dc qual tirou enormes

benefícios de toda ordem, não cessou de preparar

át r ir f%

¦¦M

mm

bbÜ

r.;>¦?..

¦'

Í,

-..• '.-¦¦(*,- ^^TOKft^wtt^BSjMty^^'»-'<£~' v,'^ffi v^-^__S__9_H_____Í____________HH_____dH___^m§^p^<'• '"'¦''Sc_^?^__^_*íw_H^_^_íS^v 'í1"^ >."¦"''"jí^?Y?*-Yy£&' '<¦ ¦- '¦'¦'..¦

í 1 2' -í -."< * -^t^^í-j - •^^'^^S^ij^jã^ffl^^* ' ¦:Y'':-Y'.}-- ^x'^'^m^^:?^r^'''' \ v- *:'..'*; S;y f : ¦¦¦>¦¦¦.'¦>'<•*£ ¦.'.: ¦ '^^^^_W'YS^-'

~'' x-jy'.::'y a-....¦¦'í» .-¦ .•j^^-i-'.: :c-gaHiS--W -' ?'*:'í-^^w^w^%^;: ! - '¦' '!>^í

'. -v^J^IÉ^wííS__l -*lxs_í$i_Í$2_ %/¦ 'og^vl^^B^-_a-HMÍJ--__B^:'''''' '¦^«__^_^_^í^™^_^l^È^^^^lf>' ¦'

Íí..*,-Í%; 'V;.;\^[!§- iXY'" K_m9_3 __K!^fl BB \.**«__*

' JH-_SJ-Ǥ_JBi------l-B_--MW

» <" ' 'M ^EfU^^m^^p*^*-''

'li * ' llll."llllllli ______ '^ite-Sjí*'!

Bí Br JB^l? ".;'iy-..é -< , " 1

pgfflg^PfMlif W^ffi_^P^^Ü-_^^'°"' - - ' - jj Y. Y " iVi;*-' F :'\"- ''" '.''-V j •¦ -*. '.''.'

n _ ' j<:To ¦'-A'.: •*-¦*•

"- Seiemb^ •¦ 19fV^ ¦

íy-

Alger Hiss, alto funcionário do Ministério dos As-suntos Exteriores dos Estados Unidos, aue, depoisde haver negado, com energia, acabou confessandoter sido. realmente, um agente da União Soviética.

& luta contra os países não comunistas, isto é, nãosubmetidos às exigências do imperialismo soviético.

Na realidade, o prefeito Jordan era o adjuntocoronel Kotikov. Não nos diz que tivesse outra

IPí£ -y

aÈÈY¦ •'&§£$ J$'

jj j. .¦

doincumbência senão a de facilitar .o trabalho russo,assinando, rubricando, etc, todos os papelóriosnecessários para as saídas aéreas dos «gloriososaliados soviéticos», que, incessantemente, passamdos Estados Unidos para a URSS.

Em fevereiro de 1943, Kotikov e o major foramenviados ao Terreno de Gore, em Great-Falls(Montana), centro de onde partiam os aviões eos materiais essenciais, destinados aos russos. Pi-lotos norte-americanos os conduziam até Fairbanks

(Alaska), onde eram substituídos por outros, russos,

isto porque, nenhum piloto norte-americano estava

autorizado a penetrar em território soviético. O

prefeito compreendeu, em seguida, que a entrada

do pessoal russo nos Estados Unidos não obedecia

aó menor controle. Os aviões russos chegavam

com regularidade, os pilotos saltavam em terra e

chamavam um «táxi». Sempre parecia que sabiam

muito bem onde ir. Nem sequer era comprovada

a sua identidade. Sistema extraordinariamente cô-

modo para colocar espiões.O prefeito se assombrou ao notar o número de

maletas de couro negro, presas por uma corda

branca, selada com lacre vermelho, que eram en-

viadas a Moscou. A primeira vez foram seis

maletas, que, segundo declarou o oficiai russo,

continham suas aprendas pessoais»; depois íoram

vinte, e, • por fim, saíam, com regularidade, cin-

qüenta de cada vez, pesando cerca de duas to-

neladas e ocupavam todo o espaço reservado 6o

avião. Esses oficiais foram substituídos por guardasarmados e, como c major protestasse junto deKotikov, este respondeu que a «imunidade diplo-mátíca» se opunha a qualquer indagação. No en-tanto, as maletas não procediam da embaixadasoviética, das 6õ Comissão de Compras Soviéticas,em Washington.

O* ERRO DO CORONEL KOTIKOV — Convémsaber que, apesar de tudo, o prefeito-coronelJordan era o único que tinha o direito de deixar

partir os aviões e, também, podia dar ordens paraque fossem obrigados a aterrissar. O coronel

ov, em março de 1943, cometeu um graveKotik

W' ^tIÍIw BPlll^^í BL ''"" '^^^mm'' smte JPI BlfaS IplWmx" - '.--w * - : *' ''. '-/'ISw^il Riáto 'fl» -7- < ^eHP?- ^v^üB^ÉH IPEr' • ;íy-*yy.. ;m jm-mmWbí, ¦¦¦'''fi-í$mmW$*&m\ mWSm mt^m fhh^ «Hy^Éivil Pl^ '' 4'áÈy^mwmmmSm^'.7jayp^.g3dFiw^al^^»- *% ~^M

WÀ y.j imB -Oala B^_Bwfii_ jtrjj__i _ra __¦ ¦__L___>. :j« J____Rr* -.>¦;- ^j^^ííf^l^l^t^&mBm^Cri^» .j^^^^^^F m\ m BE 1 mW&r!§_-.&. _.j.__H m Tk' - __fl B __ _B H______r *v«âiâ^s_*____íS _____? ^bl. o_4^^__l _______:-¦ *& fl_l -flü ____M_____9^W^^Sh _b ^siép _H _¦'"¦ -H V^l H__EIr "

M 1^ B Jr _¦ PNh , 9 1«9 Nrkni I JJ yl 1 ri B -aCM PU B U H i 113 [/>^s*vsl ___r ^*B ____ jfl _»i i 3 fl 9'vflflflflflt ».*8H P ' Ml II liM 111 ^1

H mm ^Smi^Ê mm IB ^7ST_3__B '4j4; *': ^.^5 B i^m

fi^llS flj__t'-;*::T^S^fíiJ^^jflfc, : ' '**V'^\.' ^H B' -*i__H WÍ___i

y1 ii__aI il s___-§i___ __________^_lsPBB¦ is^jSS flv^____lfii^___fi^3 ^^^^H^^Hj ^^T^jMHkte- *'¦ *^^ ______.*Iü -ü^__ _R__f tÍ-II r>^3^ :iil:>^ Ht ^B BS __^^R^S__^5^âü^___B __S |) K*jV Km" fl EU¦'^¦•¦^» _____ 18 w^^^-^__^ _____é__?;- ¦¦ -1^9 Bk^ç^_^__h ím 111 ________^-:í^^'fl __-J_Éflfl -i-lli-v-:-»3*f^jtfW'9^'tjS-iicr_^-'^_-_-B. Ím_I _H*^Wfl^-^k_. • _^H ____H^_______I ____________-^^__H

Graças as indicações, facilitadas pelo anHao agenteJZZ\1C°k .am 6rS' ° Comité Parlamentar das Ati-vidades Antiomenconas pftde descobrir mui+os micro-nimes, gue corroboram o deooimento de Jordan

¦ .í"

' s;

'¦¦¦tí*Ía<Sf'X S.AÍ V

y'S.i:

fa?"A ' Setembro , X *? v* w • , . - f -

¦ ¦

'.e69

c «.,... , .,. ¦¦¦",: ,.:K

¦¦ :. •'...¦¦ ' ¦¦.'.-¦¦ ¦-:¦:¦.:¦ >Yí*W.

ffiffi^*'!,VT>;'^^

¦p*f *ç "9 fl ¦**¦*¦¦*. 1í, . 4 ft \*_ jm |

HiB***^^^ ^| BI flKl ¦ ^1 ^fl fllX b Bfl B"^^P|igfl

ya ^B ^E flfl ^B^^ -^. ^«sBBBH«jm H H H H ' ¦•< ¦íHfmm m£âa fl fl HI B fr'ítB¦K »H BM í , *iM%m H

RE H II fl -'4l&A3ai HH£k ';'<' > HHHHHHHHHHIHHHK :<wmHfl V Bfl fl 'ÍWv>*y%M fl

ft 1 II b ^^aB)«HHHHHHH| ',* ¦**¦""' THHHHHHHHHHHj HH HH - - .<¦¦. «.J.jíM'» *****B^**H l—OKiityj!- <^n-.>(,~WH^^m\M fl fl flfl fl Xf.mflÈ wy^^Jümkfl m mm m '¦ s*^ WF

'^^^m

- '¦!" ^^M •• -fi^^^^^B^^' ^"ias ..J—'<*- ¦ j* t^^H lltCkji H H ''''<.,£wH HH BBI B*'v fmMfl • A **" . ^^-•— .*•¦»* **^^ Bil K :;í!l IhwISSf ¦ Bfl I flK^II l,:t^ SflÜI*'' flfl*** YHHHM. ^H^HHH^f^liQ^HHHHHHHHw B^ ¦»• I bíü W m^' M* ^H Hi» ' ¦ ¦9Mni B(míKb PH"' ' HHHHHHHHHH

1 ftil II S N1! _*JiügtíS Ht . . ^H ^fl ^Ê\ bhÉbI

¦ B*aH -ft v ¦ 111 wèM 1

B fl flfl

¦K^-:. ii ¦lillia 11B9S^BSSf^B&9F* ¦ ¦iiir-*TnrtagTHÍ BBH^Ky<, ¦* *^rM*flffi H BBuBHeí'''v^-e fl Bfl IBfl

¦••¦'"' *íe2vÍ -HH ^B flfl BflBBflBBSiisN- fl Bfl¦ .-y^WtflBCTRfeOj*' eB9 ^B flfl flflBflflfl^HflGaaÍM&e jfl B fl flfl Be *Tftr%flJffi*JB!3flBwfliM^SHHÉfew. 'fTflKr-TBFTifilWW-.nlB ^MSi3H|^BHffj.^«ByBBflj(M

íl í' '/JtXs %$

#'1-^Sr

m:::>'..

' :¦¦¦¦".

Os espiões utilizam toda classe de subterfúgios para levar a bom têtmo o intento a erue se propuseram.Essa carta, anódina à simples vista, examinada através dos raios ultravioleta, revela uma mensagem secreta.

erro. Convidou para jantar a seu colega norte-americano e o tez com uma insistência e uma ama-bilidade, que ao prefeito pareceram tanto maisestranhas quanto os convites desse gênero entreoficiais russos e norte-americanos eram raríssimos.O prefeito desconfiou, terminando por recusar oconvite; qo contrário, chamou a torre de con-trôle do aerodromo de Great Fa Ils, à qual re-novou a ordem de que não deixasse decolarnenhum aparelho sem a sua autorização expressa.

Lá para as oito e meia da noite, a garçonettede um restaurante, onde jantava, lhe entregauma mensagem rogando que fizesse uma imediatachamada para a torre de controle.. Açode aotelefone e se inteira que um C-47 se dispõe a

partir e dois correios, que acabam de chegar,

pedem a ordem de saída. O prefeito se dirigea toda pressa ao aerodromo. Junto da portado avião está um russo, de pistola à cintura, dei-tado sobre umas maletas negras. O prefeito m-

dica, com um gesto, que vai abrir as maletas,ao que os russos dão sinais de visível agitação,repetindo a palavra «diplomatics». Pensando que

podem muito bem assassiná-lo, pois não há tes-

temunhas, o profeito chama um soldado norte-

americano, que patrulha não distante dali, e lhe

dá ordem para vigiar os russos ep disparar logo

que acreditar que eles pretendam usar suas

armas. Então, um dos russos corre para o hangar,

a fim de telefonar .O CONTEODO DAS MALETAS NEGRAS —

Todas as maletas negras eram destinadas ao «Di-retor do instituto de Informações Técnica e Eco-nômica» Shkaluokaya. Moscou — 47-120. URSS.»O prefeito apanhou uma de cada três e tomounota no dôrso de dois grandes envelopes (fêzuma relação que, depois, foi comunicada ao

F.B.I. e a uma comissão do Congresso). En-controu o seguinte:

I9 — Na primeira maleta: Tabelas indicandoas distâncias existentes entre todas as cidades dosEstados Unidos; dúzias de mapas de estradas;esses mapas estavam assinalados e, no conjunto,formavam um tapete completo, referente às fá-bricas industriais norte-americanas.

2* — Em outra: Documentos relativos ao campode provas de Aberdeen; documentos contendo in-

formações sobre a marinha de guerra e a mer-

cante. Cinco ou seis envelopes fechados com elas-

ticos, procedentes do Departamento de Estado;-

um deles tinha escrito: «De Hiss (o prefeito ano-

tou o nome, para êle . desconhecido, porque era

o segundo envelope da pilha; tratava-se, eviden-,

temente, do famoso espião soviético Alger Hiss);

continha centenas de fotografias de algo que pa-recia informações militares. Outro envelope con-

tinha as informações dos aqregados da embai-

xada norte-americana em Moscou. ^ , _3? __1 Em outra maleta: Mapas dõ Comissão do

Canal de Panamá, indicando os pontos estraté-

gicos da zona do Canal, as distâncias das ilhas e

dos portos.4? Na quarta maleta foram encontrados

tratados científicos e técnicos e, numa carta em

papel com carimbo da «Casa Branca, Washington»,

assinada H. H., dirigida a Mikoyan, um dos pa-rágrafos dizia, após uma palavra indecifrável:

«Muito me custou arrancar tudo isto de Groves».

O general Leslie Groves, chefe do Projeto de

Manhattan para Oak Ridge, era um dos poucosfuncionários de Washington que desconfiava jnuitodos Soviets. Seu depoimento ante a Comissão do

Congresso confirmaria o que supôs o ^ prefeito,isto é: que .«Groves» indicava o organismo que

."•ne-I

'- \

•Ü-jii:

m

%

¦ k«?j«

Êlí SEI TUDO

.—-^^ ,-_a___________'_a___tlll_MB------___--_S___«l

¦'..-. "¦¦'«¦¦

70 37? Ano H1? 4 Setembro 1953

êle

íidirigia e. não sua própria pessoa. Esta carta

ia presa a outros dois documentos: uma carta,

com carimbo «Oak Ridge — Divisão de Enge-

nheiros de Manhattan», e uma. cópia de uma

informação de três páginas, oriunda de Oak Ridge.

Esta informação cgntinha palavras desconhecidas

para o prefeito, que as anotou com o fim de des-

cobrir sua significação: ciclotron, proton, deute-

ron, energia produzida por escisão, «paredes de

cinco pés de espessura, de chumbo e de água,

para controlar os neutrons volantes», «urânio»

(palavra que o prefeito via pela primeira vez

em sua vida).

As onze, oDepois, uma'calmo. («Sehoie -— es-

m

.i

V'-f 9

Í ;-'í m^J^^mWSmW

0s*L •i'!^j_^_^

T I

'r"ís II11'.- 1

«... SE TIVESSE SABIDO...» —

coronel Kotikov surge e protesta,vez que o avião partiu, fica mais^

eu tivesse sabido, então, o que sei

creve o prefeito —. não teria deixado partir o

avião.») Kotikov pede ao prefeito que não volte

a abrir as maletas antes de receber instruções

do Ministério da Guerra. O prefeito, esperando

ser dispensado de suas funções, prepara as suas

maletas; porém não recebe nenhuma comunicação

de seus superiores e, afinal, descobre que Kotikov

nada revelou do incidente.

Por sua vez, o prefeito apresenta sua informação

sobre o conteúdo das maletas ao coronel George

F. O. Neill, oficial de segurança do aeródromo,

qüe a transmite aos seus superiores. Não há

resposta.

Como não achar estranho semelhante silêncio

ante fatos tão graves? Pouco tempo depois, o

Projeto Manhattan embarga a exportação de

todos os compostos de urânio.

— «Mas — escreve Jordan — em Washington,alguns crentes se mostraram decididos a que a

Rússia recebesse os ingredientes necessários paraas experiências atômicas». Esses ingredientes lhe

foram, de fato, facilitados, secretamente, pelo Ca-nada.

Em 10 de junho de 1943, chegou, por estradade ferro, procedente de Toronto (Canadá) umcarregamento, pelo qual o coronel Kotikov ma-nifestou especial interesse. Tratava-se de quinzecaixas de madeira, que foram postas a bordode um «C-47», pilotado por um tai tenente BenL. Brown, de Cincinati. Em Fairbanks, segundoo relatório feito mais tarde por um piloto, umadas caixas caiu, derramando-se o seu conteúdo:uma espécie de pó, da côr do chocolate. Porcuriosidade, o tenente Brown apanhou um pu-nhado. Logo, porém, um oficial russo, com uma

pancada, o.- obrigou a largar êsse pó, ao mesmotempo que dizia: «Não ! Não ! Queimar as mãos !»

Em 1949, pôde ser comprovado que, durantea guerra, organismos federais entregaram, pelomenos, setecentos e cinqüentavezes, de compostos de urânio;

passaram por Great Fa LI s.

quilos, em tresduas expedições

NOS ESTADOS UNIDOS, OS SOVIÉTICOS ES-TAVAM COMO EM SUA CASA — Durante o ve-rão de 43, o prefeito abriu outras malas negras;uma delas continha cópias de patentes; outras

(üm carregamento inteiro de avião) continham

filmes. O oficial russo, desta vez, tentou impedir

a inspeção, mostrando uma carta do Departamento

de Estado, que o autorizava a «visitar qualquerfábrica e filmar suas máquinas e processos de

trabalho».

Era o mesmo que dizer: «Nos Estados Unidos,

os soviéticos estavam como na própria casa !»

O tráfego das maletas negras começara antes

da chegada do prefeito Jordan a Great Falis;

Em 1949, o cabo Henry J. Canthen, de um regi-

mento de infantaria da guarnição de Nome

(Alaska), declarou que, em princípio de 1942,

um «A-20» caiu, incendiando-se, a oito quilômetrosda base; êle e mais dois companheiros, todos com

skis, foram ao local do acidente, a fim de tentar

socorrer os ocupantes. Encontrou quatro russos

mortos e quatro maletas, duas das quais estavam .

abertas. Uma delas continha um mapa, traçado

pelos engenheiros militares das forças aéreas,

que mostravam todas as posições e defesas em

redor da base aérea de Nome. Pouco depois,

chegaram uns militares russos, em auto-spis e

pediram que lhes fossem entregues as maletas,

o que, realmente, fot feito.

DENÚNCIAS SEM RESULTADO — Em janeirode 1944, o prefeito «cada vez mais inquieto» —

segundo êle próprio confessa — vai a Washington,

com a esperança de chamar a atenção de seus

chefes sobre o que, a seu juízo, é uma série de

violações .da segurança dos Estados Unidos.

Vã esperança ! No Departamento de Estado não

consegue ver mais que um adjunto de oficial de li-

gação da Repartição de Empréstimos e Arrenda-

mentos, John Newbold Hazzard, que lhe diz:

Procure compreender que os oficiais que se

intrometem no que nao lhes incumbe, podem sair

prejudicados.

«Respondi — declara Jordan — que o De-

partamento de Estado não tinha notícia dos

abusos cometidos pelos russos, nem do númerode russos que entravam e saíam, sem qualquercontrole, nem dos carregamentos e correspondência,de informação confidencial, que saíam para aRússia.»

Como se verifica, a ingenuidade do prefeitoJordan era extrema. Também escreve que, emi942 não ouvira jamais falar em bomba atômica.Mesmo, vários anos depois, não compreendeu o

prefeito Jordan que, naquela época, os russos

puderam • obter todos os elementos necessários

para a fabricação da bomba.

O depoimento de Jordan corrobora todos os

que ]á conhecemos. Os sovietes dispunham — e,

provavelmente, dispõem, ainda — de inumeráveiscúmplices nos Estados Unidos.

Felicitemos o prefeito Jordan por seu livro,que aparece, taivez, um pouco tardiamente. Asrevelações que contém, sem dúvida, teriam abertoos olhos a muitas pessoas nos dias — nao muitodistantes — em que parte dos jornais do mundointeiro taxaram o senador Mac Carthy de insen-safo ou de intrigante.

.tv rrT&.^rm^T^SSvm^S-,...¦¦¦ ¦ ¦ ¦¦¦

H7

¦ aÍk

¦¦!"' . ¦ ¦ :m: p '' ' 1

- :A " .-ffl>¦'¦/C- -, ¦*¦*¦-.-yy - •¦-..'§_a '- -. .-' .Si.;'¦£¦

.'%*¦ . i-sg*

- «*';' As?Iy;.U>.f ¦ .',-:';¦#jxk. 1*;% ..I

I: 7-7 ¦ A.y .€¦¦;

r.\yy.-::!y[

i&jís .'-•..¦'*'!:íí'-''ai' \- '¦'••-,*"'|5í|a

||

.-a*7|&!" .;.'.'¦ '7;'^í

li! "-?*.-. -,- -¦'•y-'/•'¦

. :;¦¦: , '«-•: -íí

•yy*| -;ry

y-

^^^^^^^^^^^mm^Ê.

O patrão não gosta de ouvir novidades de «.ingerie». anedotas e. muito menos, preocupações de família.

ARY veio trabalhar, certa manhã da semanapassada, com o nariz avermelhado e os olhosinchados. Ela não estava resfriada, como, a

primeira vista, poderia parecer — tivera uma brigacom o namorado, na noite anterior.

Na hora do almoço, todos no escritório já -conhe-ciam o fato, . inclusive o patrão. E, também, aomeio-dia, todas as pessoas que ali trabalhavam, m-clusive o cheíe, denotavam aborrecimentos e ummal-estar prejudicial.

Todo escritório conta com, pelo menos, umapessoa cujos problemas pessoais a acompanham,em cada dia de trabalho. .

Não tenho nada a dizer contra a mocinha quefica aílita e sobressaltada, quando recebe más no-ticias durante as horas de trabalho. ,Cr«10u^®,os patrões e os próprios companheiros de trabalhoestão prontos a oferecer auxílio e contorto emtais emergências. .

E, naturalmente, ninguém pode censurar a _ ami-zade e solidariedade existentes numa repartição —estas são excelentes complementos de uma eie-vdda moral.

Mas, sem dúvida alguma, existem pessoas quevão longe demais: como, por exemplo a mocinhaque passa grande parte do dia a informar, comabundância de detalhes, o andamento do seu ro-mance atual; e, também, a que fica a conversar notelefone durante longos minutos, quando devia estarcontabilizando uma ficha ou batendo uma carta amáquina. E outras mais: a que tem o complexodo «mamãe (ou papai) acha que», e discorre sobreos principais fatos da atualidade, dando o abali-zado parecer do seu progenitor; a piedosa qu?»preocupa com o estômago dos colegas de trabalho(tive uma secretária que, diariamente, as li n°ras,percorria o escritório, distribuindo maças por todosos que ali se encontravam); e, finalmente, ado tipo, muito comum, que sai para fazer lanchee chega atrasada, sobraçando diversos embrulhos,os quais, naturalmente, escondem as «ultimas» cria-ções da moda; <cada item precisa ser exibido e ser

alvo da admiração das demais pessoas pelomenos uma vez.

Ia esquecendo de citar o «tipo nobre»: a fun-cionária, cuja família era rica, mas, por motivode uma reviravolta na situação financeira, acabouobrigando a que todos trabalhassem. Ela nao perdevaza para lembrar aos companheiros que jamaisfora destinada ao trabalho, e devia debutar naalta sociedade no dia em que se graduou na es-cola de comércio. Este tipo curioso só é ultrapas-sado pela funcionária, casada, que vem trabalhar-;na hora exata, apenas porque nao pode esperar,um só minuto, para contar aos colegas o. que oprofessor da escola disse ao seu filho mais velho.E ela tem, também, a particularidade de comentar,com irritante freqüência,; a muda batalha que travacom o patrão, visando qualquer melhoria nas con-dições de trabalho — mas não tem, aparentemente,a coragem de se dirigir diretamente a ele, pedmdoaumento de salário ou redução no horário !

Não ouso dizer que os detalhes da _ vida par-ticular daqueles que lêem estas linhas nao sao m-èressantes Algumas vezes, chegam a_ ser

Jascr-nantes! Mas, afirmo, cheia de convicção que osmesmos nada têm que ver com o seu trabalho.A eüquêtâ, no escritório, exige de todos uma ah-tude impessoal e uma simplicidade de propósitodurante as horas de trabalho.' Existem milharesde coisas sobre que conversar com qualquernessoa — livros, cinemas, programas de televisão-sem ser necessário referir-se aos problemasparticulares. a;

A todos os recém-iniciados no mundo dos nego-cios posso aconselhar o §eguinte: sentirão diti-cu Idade em manter-se num emprego ou em conse-auir boas referências, a menos que aprendam adeixar as dificuldades pessoais em casa. E, se elessão por demais importantes para que se possaesauecê-los por algumas horas, e melhor ficar emcasa, tentando resolver esses problemas. Nao oslevem para o escritório !

l.-7J

mA

*»jii

ü

-.-.¦ \rí*âE2238 ...... ,~,,.-^-*WlàtHvsi!** ii4mmB9s^tsi*£&£i^^

? VÊ9:

- . Setembro''

I

^sss^

* I 1.' * fv

Bhb' ": í',..JtBBBi-HBtí * "x__ij^_____onr

'*"**'-'Jm%** ________S^^'

-^ *^^X________t^'* ¦¦¦;'r ll __l

V.. .. m

-a.

vv H¥ 4

ORD Nicholas Hyde, juiz do Tribunal Superior,

L-encarou a testemunha e disse: - Devo lem-

brar-ihe, senhor, que esta é uma corte de justiçae não uma reunião de senhoras idosas fascinadas

por histórias de • fantasmas ! 'Vi*

A figura curiosa daquele * homem, de cabelos

esbranquiçados, moveu-se no centro do salão, vol-

tando-se para o juiz e enfrentando-o com olhar

firme. . •— Excelência — iniciou, ignorando as risadas

que partiram dos assentos destinados ao publico sou um ministro desta fre-

guesia... Não. tenho qualquerinteresse pessoal neste caso,

mas. fui chamado para teste-

rnunhar, dizendo a verdade sob

juramento, e isto é o que pre-tendo fazer.

As palavras foram ditas comtal gravidade, e- o rosto dovelho expressava tanta sinceri-dade e determinação, que asrisadas desapareceram e, emseu lugar, pairou um profundosilêncio no salão. Por algunssegundos, o juiz e a testemu-Xnha trocaram um olhar pene-trante e, então, o magistradose recostou no espaidar da ca-deira, declarando:__ Prossiga. Vejo que faia

de boa-fé.

UMA TESTEMUNHAVALIOSA

O clérigo balbuciou um agra-Recimento, voltou-se para ocorpo de jurados e, interrom-

pido de quando em vez pelopromotor, continuou as suas de-cia rações.

A história que retatou nosminutos seguintes era verda-deiramente incrível — mas,breve e entremeada de afir-mações °que nao. podiam ser

postas em dúvida, consideran-do-se que° o homem falava averdade. Mais tarde, outras

pessoas confirmariam a veraci-dade do seu testemunho, tanto'ali, na corte de justiça, comofora do tribunal.

Jamais outra qualquer teste-munha apresentou declaraçõestão precisas num tribunal bri-tânico. As afirmações daquelereligioso, diante do Tribunal deHereford, em 1629, continuama ser, ainda hoje, um modelode clareza e sinceridade !

Por VALENTINE DYALL

Permanece, também, como objeto de freqüente

controvérsia e conjetura entre médicos, advo-

gados e homens de igreja. Por causa dele, o

caso — mais precisamente, os fatos que prece-

deram ao julgamento .dos assassinos de Joan

Norkot __ continua a ser um mistério insoluvel,

um desafio de 324 anos à medicina forense, aos

inquéritos criminais e às normas de justiça.

Das centenas de julgamentps do século de-

zessete, nos quais a superstição teve papel^ sa-

Üente, o caso Norkot, em si, contém evidencia

clara e irrefutável que pode, apenas, ser des-

crita como um fenômeno psíquico. O pesquisador

¦¦*

*. i

^WjV í.tí * _ .;|;. ¦

.,' ¦

fl_R_Í_M_9 •_? " x ¦'¦ 'í-.-v 'ífiHBafjjlp ,$*-• ,*• ____* üxa51___>_r_ y-% < _(&__¦______ ___. _*££$&v___JL fl____Pfea_, „_*»__. JÈÊHfW"

^rji____i jKB^^tí ..\.v¦¦yy-^sqSSfâ.: ^/^^mjBH-Bm&v' i^^. ^1 w'^»'»^ v____________! _H________^•ísiíj ^™S_^jfa^^ÍÍ|^^^TO^_lj___W^ :' :^l _¦____>. ^________k____-:¦ ¦¦ -__ir ' y.^ak'^__WIB_____l ____I^^^^^Sm Iv^B!

^?<Kí<.> ''^9@_^ ______ ' ^K_X________I _______* ^ ____. '^mt.-' í_v^B __ff^$\ :-'ríi>*^__i_l__________i______í^jff -BJI-iffhF"' -''¦^¦•d-xã-3_S_________________fc-^FTBP^^K- .>» DH P^*^|Blur.-; ^%T$zmt&em BWBj^lji:¦%¦ ''¦'¦'-'¦-¦ '':^S_B__t:^^IH_Uk__^'-- "'^^PBB

V 3__ H___á__r.aBw_ir^r^W ______'MF: ___t :&__ _M___y", _-^K^r'V :*' fctíríW^^Vr^HE^âaifci. "'..: ^1I|^K>________ *^^^W

v\k3__S SP__2ÍÈ&^í*3*fl ¦_VK:-1_ _R* «I _________¦___,>^___ú- ^S ___E___^_B:fl ____É__Mr.S^*^__^^9 ü_^ l i 1 ¦[ v P^^_^L. v__. ________ ^B __^M___i __. m\i,_____ ______í_^l __rW \ i_B m b^I ___?«I_Í l_

^^_i l__vl______i. vis B\_ :^%__:l___r: tífiJB_fl HBtlllSIB II i ____Ptí^':. '^B _______

'^____S B-rT' ___________!___________[ _______H _______Éfil ____T _________H^____l^^9^^,^^H _____c_j_^^^lIb^^^^é^^I ______________^___________k¦$&&&&& ^K^::<-.-^â_____! _________j_________P^^^_k'^^H _____^inH __¦ifl ¦•• __¦___¦ _______f' *S E-. ____ ¦'^UH w^:: .^flj ^E^^iBE BVtíif^rflB ___f^__P^___^__iv^_s___l _b_ ^_l __^_2 ____•_!____£. '^1 ______ ______¦ H-^^^¦^-Bl _h_íí ___! ________l __K___!

' v»l^r^ __________ ___JdÊàMÊ&m __ta____i

¦'âlBB wltí^lBJ B

?;_Í____I__5M ___-B-___i ____J___-vv?^_______-kyÍ?____l ___________l _____rl•''rjgjH K__.J3_B _____ 3ij__B __________! ____P^j__I

J___________________P^^ _____áifl HfHk.- -'^^1H BF __JH ^1)_^__l _J_i__Í__B __K_fc::'-^-^_____l ________fK^ír<^______i

Bp--- - j^ll llllllinN _BM^i_S __H__k ^_____l ___P^^^P ________[

___________________________________________________________E *í ^B __IS

Ji Bill l____É_k' BI'^i___BÍ Vb-'<''^^_I _____B^?^R1 ______k \^_____^:^;;:â___^_Bv;'*J^BflB ______E.í______eSF'v' ¦"'J-: Í^^B^':"^__________Rp« ______pS-:;,;;¦¦ * ',,;^H:^^^*^^____B____' *^B B

^m\ _______v^_____rl^______________i ¦ I ___, ^__________^^l _____BÉ_y*r* - TH __HmÊMídá Jb \w_P^1_^:^«__B_flP_l^ji B-_P wMY^^BB^jPP^kII ^B ^_\^_\W M ^B J .E^iiíiBlfl ___RI _¦

v^Élp^{^^^^ BBBB-.m?' ¦ Ki-^-B __H_B P¦'*^B^lBBjHBrví^w __r*^_i ___r'%: •-_-__!t*i ' í?___ÍN_íÊ^_^r___j jjjK » -__Í_U HHBl U_H ____B____^____I

émm| Bí_-__Íp_I __!B B''^-_^^^^^^^_^ír_^_M Bff-^K-^l flB__i -BJJ^M ______¦_; ]

:•¦ tíiráÈ_________S 'iâ^: ______b^í WP^^ -iíÉP^Hr :^s:^^B P^^^^^^W ___B'______________bw5h__________WÍ|t:.^| P^^rJJT Ik^B^^^ ^^B _____p____B WÍmÀ

,-m^ ÈÊÊÊk^km\ ^^ i^ÊÊLW^y^lf^^Jf.ijLw mW ^_l _¦___-f^^^rr-ftS»^ ÍP^ J^^___B ^__T *'^^B _C_I _P___ÉH

|aBp _Rl____f__É í' B^r^9 tí j|B] llÉPjl I

Hk ^^^i^| ^B__H ___F':''-C:Í-_____B^:'''-'"-:i^_B*¦è,y\fl|^^ B-_-_. * M&%í_fl ___B_i_flP i^^___Bll-Íii__ ______^ B'^__'''-^tí:-''':'*"^tí':l__w_l BI^^^t^B Bk>.^ _fy^s^____B ^B^|^B^^-j^Hgj^':':^:v^^^^P^^Bf^:i^H m^-j-T^^^^^B

mT^maJF^I S^K^il ___l^^^i __H_Br ^^Bl^l _____¦^y^:'^g__rrviM^iÍ^fl wmmifx^mãm mm -Èm _PP'S5_____Mi;':--'_¦ ¦' _¦J^^BÉ^W_P_I |p*^^H |__JÍ Wr JmW I 1:1

7«4Bf^#SÍap S^1 :?': 3_l I^___bP^ B K_b üi'tô / j&m£á&k «L'*^^^ygr.í* ,fl SrR 1 il r___IB BB\_? :.« *$Êm: m "t #'WJF rsgmgfigm m& y _____¦ »¦ flfl•^.. iyr

^^J^ JIIIF -; ^1§!^_P_P___- ;aBL_Wa_B_F^f{B|_Sflflyv ;^^

'¦vã\v^, t_^F^W^IB_fP^^i^^/i_Í^H3_»^_f#

v*

hJ.O A ¦-—¦

:.:

> I *

37? mo Setembro _ \ y<j?oCPI

moderno revendo o processo, não tem outra

XrnaW senão aceitar o fato espantoso de

que a vítima pôde acusar seus assassmos, da

própria sepultura l

PRIMEIRO VEREDITO

Os documentos "remanescentes,

a respeito desse

julgamento, são, lamentavelmente, pobres tendo

diversos dos papéis se extray.ado. Mas, fel.zrr.ente.

todas as fases foram assistidas pelo Sargento Ma.-

narcj __ posteriormente, denominado bir John

Mainard, «um cavalheiro de grande destaque e

respeitador da lei». ,.

Um manuscrito, encontrado entre os PaP^de

Sir John (após a sua morte, ocorrida em I6VU],

e

m

93MP*MT

m& *ne

'ÜL l€fl .tóflhfl wimSzÚMm Ek,.'.-ív . ¦*m*mÈÈÊmi' Jm wBl.

:Jk IJ fl J- • flfl «B?M. íi*" fl .fl Bk. fll BHfltiflfl fl^-^asfl V mBI^ ay^fl fl£i^' fl fliBBfl VIB^^^^^B BBL -i* ^ ifc.JíiflBBH HH('?iflHEs^> JflflflflH??.^H ^Btfl^ íflt -^^1 ^H<9^H Hfl

Bfl^^l flk' ¦¦^MMmmmWtím^S¥^mmt-^^^M^M*^'^M\Ww _JJHt>' ^B flki ^^^B ^B

^W.^M ^Mí*ai£»..fl ^BBfcSflB^aiM-jÉfl^flBM^B Efl^^K' '¦-¦• Am ^B ^^ Bk^1 Vt^aBr^lvi ft'fl I ' '^H B^

i^^^B^B ^BgBií'1' ^tÉS^P^^^B^^Bi^B ^«B^B ^B' ^1 ^^L

lifl ÉM BjfflB yy^i W fl fljfl b|K§Mprafl ^b, ^B BLEfláfl B fl Bl.

WÍL^R mmmPs?:..' ;*.• .• Í9 Ety^B BL

EÍtb Bifl wAAm m.' fl BifllIllfB fl5^^BBaSÉreãyJHfl Bfc^;--jB flS^B iBfcftfflFfo^lB ^Bl '¦ >.JB mM BPIPfl Bpflp/^j r&ÍH ^3Bt; fl B

H3 B^m B''<; ;'iH BHP BPa D 19 lirt WM RBJ B^í^PWPb» Bfl Brk fl Mt '\ fl BE

B.'fl Hffla^lM HBBSfl flt^ Ir^? :'J'.^MM mmWrK*-'P^ÊÊmmmm&fl Hfl Hüfl BÈV-'- ^H HlsliS^H

i^B*^ B# ^flflfl mÀ-mM ^MSm mWmmmm "¦'^ÍB mW\' '^Ám ^B^B Bs*1*"

mmW^JÊmmW HiiÉlfl fl.SÍ''."."IW J»^_ B.^P^B .^LjI B^M Pv^| ^.;-"fl Iébé P^i Píilwfl fl^ .^B^i IbTfl IRflPflRfl K'<' fl B ¦ :^llB mL '^^fl B^^' fl^" fl fl^fl mW-'mmmm\ Xmrn fl^B fl^ ^^B(fr Mj ^^5 W^ fl K

yfl ^e . jfl B^lflfl^k. fl^^ ^^^^ ^B B^f-

Bbbmp^^ ^fl I^B^^^^^^w ^B ^B jS B^*^BíflB^ ^Ül H^^^^i^l ^B. 'B^H tB ^B^:' '

Bfl Kh. ' ^S^piiffSiMi WfT.'-": ''^^Bí^l ^r 1^B Ky^CT PP^^fly^^H B^^Bfcto, ""^^"'^N^B IBÜbj^'' ^^H ^^^^ fl ^w^h Ir^éS^Ni 'h^^i _^B ^^^_ fl B^ifl V^B ILfl BBfc.::^Jfl ü. ^St "^Wfe. -mmm^M flBÉÉUb,'^Ifl B9 Hifl fl

i^BL'' "'v^^B ^Bik ''^*í"*í:' ^^| ^^^. ^^H ^Ktíxoj^B ^B'K^j^t^*. X^^^V^^Bk -^fl ^¦ha^B BWiJB^KagaM

Al^Il. i i vi H bí m. 'M wi»*k ^BÉS^^^^^s "WL \ \M B*'^R(^; «¦••BNfl BtBI.TíÍ.^.."W^fl flriC^^^^^BBaJiM EiÉi^^. fl Iv-fl fliB^w-BLiü^^H^^Bk.. "-fl-v^^B BB^"¦¦ ^B fli^B^^fl flfl m&W?&vr''*&WmWwfiWm/M íeb *^^1~ -. fl Vfl PB HF'?lu?»II/jl Hfl HPf^^^ÉCLi££* ^^HMiM^^^^^^^^flifl R^-' ': IJÜklTflífl IB^^ifll BflP fl flfl Bfl BflTB Blt^fl BP^^^^L *!BI^B flBl^Vjí^^flMBWfll^M ^¦^iB ^B?^- «k -;.

WjfÉàjÈÈk Bfl Büfí 'í^rylBI BI^^^^-^^tiiBB B^'-:«^ffl Ü^^TL^^fll B^JI Bfl WrWh- -A^lWt^^^Amm^ÊÊM mWmmM Bfl B^TN '''" ^^fll Bfl PP3^^fl ^w;

Br -c»*' IH&S^*''''.'''

¦'íF^^T ^%- .^. ^^^^HSH^B^I^ffi6.fl B^bb*?^^^^'^

ri'

continha uma exata transcrição do testemunho,um completo retrospecto do caso. ^

O «Gentleman's Magazine», de julho de 1851,

publicou uma «reconstituição» do julgamento, ba-

seada no que Mainard escrevera e nos r^manes-

centes dos arquivos do tribunal.Infelizmente, nenhuma dessas fontes pôde der

clarar o nome dessa testemunha tão importante,

o religioso; nem pôde, tampouco, Montague Sum-

mers fazê-lo, na referência a este caso, que in-

cluiu na sua obra moderna: «O Vampiro na

Europa».Contudo, Mainard descreve esse ministro da

Igreja como «um ancião de aparência grave, com

cerca de setenta anos de idade». Para melhor

uniformidade desta narrativa, que é feita após

uma compilação de todas as

três versões existentes em torno

do caso, vamos chamar a essa

testemunha, de reverendo James

Benson.

0 manuscrito de Mainard

começa com a declaração: «Es-

crevo segundo a evidência que

foi apresenrada, a qual eu e

muitos outros ouvimos, e trans-

crevo-a exatamente de acordo

com o que foi revelado no tri-

bunal, perante os representantes

do Rei. Joan Norkot, esposa

de Arthur Ncrkot, sendo assas-

sinada, deu pretexto ao apare-

cimento de uma questão: *. m-

quirição do legista... forçou

o julgamento de Joan Norkot

feia de se...» O resto falta

no documento.

Mas, quando lemos as pi-

qinas escritas o respoito deste

caso, verificamos que o vcre-

dito de suicídio não toi bem

recebido peios amigos e v.zi-

nhos da morta. Durante se-

manas, após o inquérito, d.ver-

sos boatos correram pe;a pro

víncia: muitas pessoas aec ara-

ram, abertamente, que as At* ;.

temunhas não hav.am dado

> ciência de fatos vitais, tanto aq,|

legista como ao júri. Por qup

iriam os parentes da «su.c.da»

esconder certos fatos e pro-J^mnndrar da melhor

curar demonsTrai, «**

maneire possível, que a morte

se dera por esse me.o?. Natu- .

ralmente, apenas P«"«n«?ff!^

a sua própria culpabilidade.

Ao fim de um mês o clamo,' ¦

chegou a ta! ponto, que as au-

toridades não mais puderam

ignorá-lo. O func.onano en-

carregado do reconhecimento

da «causa mortis» - P-"ova-

velmente sobressaltado, _desde o

. inicio dos boatos - nao hav.a

ainda declarado, por escrito, o

veredito nos termos of.c.a.s,

i ''':

m 5!A ', >m

J;

P Üif '-AA

:m- PP:}yt ¦ -,

:-.-

'*¦¦

:

'

-'í -'A . A;--pff

\

M9*teM*-.jKf?« ***•>--¦».~"~ «H-rfjWV-W^--*^

-.-r. y.-y .-»1 ¦'

' íB j *--7 - j^^MJ3^S^^v:.:-*;'^B''wWWH____^aw8E'. .. .-¦: £r9mmmmmmwt}§§&&^/:%KÍm^M&wcs&^&/í3_____

74 37« Ano

. ¦

¦

H*? 4' ~- Setembro

:-.

•¥-'

Ifi

II

para encerramento do inquérito. Assim, pressio-nado por líderes civis, acabou ordenando aexumação.

O corpo de Joan Norkot foi retirado da se-

pultura, numa ciara e frígida noite, trinta diasapós o funeral — na presença dos funcionáriosoficiais, de todas as testemunhas do inquérito,além de dois médicos e do reverendo Behson eSeu irmão — também um ministro de igreja, queretribuía, na ocasião, uma visita vfeita à sua.

paróquia, situada numa região próxima. As pro-videncias para a exumação foram observadas porgrande número de curiosos, interessados no rumo

que tomavam os acontecimentos.

PRINCIPAIS SUSPEITOS

Toda a multidão esperou, tensa e em silêncio,enquanto o caixão era aberto e os médicos faziam

~um detido exame do corpo. Em seguida, os

membros do júri se adiantaram e examinaram,tamfcém, o cadáver.

Um dos médicos apontou para uma ferida na1

garganta de Joan Norkot e disse, com ex-

pressão grave:— Como vêem, eía foi cortada de oreiha a

orelha. Além disso, o pescoço está quebrado.Deixo ao critério dos senhores decidir se raisferimentos poderiam ser causados pelas mãos da

própria vítima. . .

Não havia muita confiança na voz do faculta-

+jvo __ naqueles dias, o testemunho médico era,

consistentemente, ignorado pelos jufres e jurados.Mainard não expiica se o corpo foi examinado

antes do enterro, mas está claro que, se o foi,

o exame ocorreu com grande dose de desinteresse

e descuido. *, .Um homem ficou profundamente^ emocionado

com as palavras do médico — o reverendo Benson,

que oficiara o funeral de Joan, um mês antes.

Deixando-o locai em que se encontrava, em com-

panhia do irmão, avançou até a borda da se-

pultura, e ajoelhou-se» ao lado do caixão.

Era difícil de acreditar que aqueles restos

mortais houvessem pertencido, algum dia,^ a Joan- Norkot; êle a recordava como pessoa simpática,

atraente, esposa esforçada, e boa mãe. Um crime

tão terrível não podia continuar impune ! Fe-

chando os olhos, pediu o auxílio do céu paraa descoberta do culpado.

Como todas as demais pessoas que presenciarama exumação e ouviram as declarações do médico,

o reverendo compreendeu que quatro membros

da família de Joan deviam ser considerados os

principais suspeitos — Artiur, seu esposo; Mary

Norkot, sua sogra; Agnes e John Okeman, seus

cunhados. Voltando a cabeça, êle os viu de pé,todos juntos, pálidos e apreensivos, um tanto

afastados do resto do povo que ali se comprimia..Foi então, quase num repente, que êle recordou

a máxima, bastante antiga, peculiar aos supersti-ciosos: «Se o corpo de uma pessoa assassinadafôr tocado por seus matadores, as feridas tornarãoa sangrar...»

Não temos meios de sabei se Benson acreditavanessa antiga e trágica superstição ou se viu nõmesma uma oportunidade de assustar o matadorou os matadores, forçando-os a uma confissão.De qualquer forma, por sua sugesíão, o testefoi feito, embora de modo relutante, por partedos suspeitos — e os resultados foram verdadej-ramente fantásticos.

Com aspeto solene, os funcionários do governoguiaram os quatro parentes da morta até ocaixão, ordenando-lhes que tocassem no corpo.da mesma. Agnes Okeman caiu de joelhos, ie-vantou os braços e gritou:

— O céu é testemunha da nossa inocência !. Estendeu, então, a mão direita. Os outrostrês suspeitos hesitaram e, com palavras de pro-testo, embora, imitaram o gesto da mulher.

Segundos depois, o cemitério estava fomado

por imensa balbúrdia. Mulheres gritavam e cor-riam para todos os lados, e os homens, esque-cendo o brio e a coragem, pisavam-se e derruba-vam-se, procurando fugir pelo portão.

í- ...¦¦¦;r .,...

MILAGRE INACREDITÁVEL

As poucas pessoas que tiveram suficiente sangue-frio para permanecer no local, em companhia dosdois médicos e dos irmãos Benson, tiveram aueusar de força para deter Arthur Norkot e JohnOkeman — tomados de terror e semi-enlouquecidose que procuravam, com a força de animais sei-vagens, escapar pelo portão do cemitério. Abduas mulheres deram menos trabalho, sendo que

. r -•*;:; |||||,||,|I<||||-|||||^ wmWÊm**%WÍ.¦,.--•'., ' -•*•* • - -"' •¦•¦' - ' . • « X. ¦ .- •'. t;":- ' •'*''.'',';-'- "* , , ' ' X ' Ç " *' ;¦ ' u-,-:'»jTC i ¦ ,.'„.'-, ,t .

'í '*''/• «¦""¦• .,»..<.. ,(S . » ., . . ,_ , v«

'..'.". -' . ¦* " _-•«-*'.

• " -'--,'-,.''.,. ,, ,

1953 ' 75*¦

'.._<¦'37? Ano -~ N? 4 -- Setembro -

Agnes permaneceu imóvel, como que petrificada,a olhar de modo opaco para o caixão.

O corpo morto voltara à vida! E, para aqueles

que permaneceram por perto, após a primeiradispersão causada pelo terror de que estavam

possuídos, nao havia dúvida de que o significadode cada movimento, vagaroso e deliberado, cons-

tituía uma acusação, tão clara e precisa, como se

Joan Norkot houvesse gritado: «Estes são os meus

matadores l»Diversas ,pessoas presenciaram o fenômeno, mas

várias semanas decorreram, antes de que a his-

tória completa ficasse conhecida do público em

gera| — e, incidentalmente, fosse, acuradamente,

descrita para a posteridade, pelo Sargento Mainard.

Com alguma dificuldade, os funcionários e le-

gistas cercaram os membros do júri e o veredito

foi modificado para «assassinato, por pessoa ou

pessoas desconhecidas». Os quatro suspeitos foram

acusados do crime, embora todos se declarassem

inocentes. Durante o inquérito, que se seguiu, o

quarteto contou uma história plausível:

Na noite da morte de Joan, o seu marido não

estava em casa — afirmaram — pois visitava

alguns amigos, próximo a Tewkesbury. O casal

Okeman e a sogra dormiam no aposento principalda casa; Joan e seu filho de tenra idade ocupa-

vam o outro único quarto que ali existia.

Pela manhã, a jovem mãe foi encontrada morta,

com a garganta seccionada, estando a criança

ainda abraçada a ela, adormecida. Uma faca,

ensangüentada, se encontrava fincada numa das

tábuas do soalho.As testemunhas concordaram em que um es-

tranho, que entrasse na casa, teria que passar pelo

aposento em que eles se encontravam e teria

sido surpreendido. No entanto, nao ouviram' qua

quer ruído durante a noite.

Admitiram, porém, que haviam presenciado di-

versas rusgas entre marido e mulher, e declararam

que, na última noite de vida, Joan se mostrava

EU SEI TUDO:-

bastante aflita, denotando mesmo um certo de-sespêro. Em vista do exposto, tudo indicava tra-tar-se de suicídio — e, apesar dos rumores quecontinuaram, posteriormente, a esta fase do in-

quérito, o veredito foi mantido.E, agora, a exumação viera provar que tal só'

lução era impossível ! Como poderia a mulhercortar a própria garganta ^ quebrar o pescoço,enquanto deitada no leito ?

Os investigadores do caso, dirigindo-se até aresidência dos Norkot, conseguiram reunir certasevidências que denunciavam o homicídio. Ini-cialmente, descobriram dilatadas manchas desangue no soalho do quarto de dormir, ao passoque, sobre as cobertas, haviam apenas algumas

pequenas manchas. Haviam ainda sinais de quefora tentada a limpeza do soalho, para o desa-

parecimento das nódoas, sem que tal fosse logrado!Em segundo lugar, o pequeno buraco, feito no

soalho pela ponta da faca, foi localizado comoestando a vários metros da cama. E, quando a

ponta da arma foi inserida no referido orifício,

o punho da mesma apontou em direção à porta...O álibi apresentado por Artur Norkot ruiu, fra-

gorosamente, quando foi verificado que ele nao

visitava seus amigos, em Tewkesbury, por mais

de três anos.Tão fortes pareciam as provas da acusação,

que não foi necessário introduzir qualquer evi-

dencia a respeito do «milagre» do cemitério. O

reverendo Benson não foi arrolado como teste-

munha, quando o julgamento teve início, diante

do juiz Harvy, e com um* júri, aparentemente, bem

formado, em Hereford.

XX' i

', ". ~Mv

¦:- *».:

MÊr

*B$4ÊÊ0?' $r*\ mm mWÈ*WmwÊ^^RráspSsssj** • «M \$&mkmm MSm.

j# WÊ^P^Wm^m' KX W:XlG^m\\ ^*mXM'éé»t '«sTà.^ik^B -Wè,

.--",- £ llkWÈtmmJmWÊ V \^i IB - ¦¦'.'*¦

'MC ¦jCT'''*:*» ^^K-^L^mmW^^^MmmmVSlA À*\*T.ÀmmW ¦*. \ » ¦W&'' '•tôsffi'^ M 'Úmm^Ê&SÍSt^XFF^*** W-' B-JH Ht? *áBR *W*7:' "'' «Ã^VW^^i.'

mÊ^^SÊMmmmmWmm MEBKfcM^7 mfr t^0xM ¦ wmmm *v-'Hi%£l*físs88£aw w^Ê&vmM mm*mM M***\JI ¦-¦¦- AA M^mmmm***^"^^ ^Smmmmmwpwmf- *jJÊMis&' WÊÊsSm mam. ISmmm «Sfflr¦"¦¦¦XiWL-XmTfff K9P|r)4 < kmmWWW ~*clÀWsmWw *'¦¦ lÊm *%ww Wi4"%:-i£ij*mmmmmr^>ái 'W^M9mmMB^L.if^ám&: M^mm^mmF.''nX'^^^SS^^S'\-'. ¦¦.¦"•'^•ISElS&s^mm^mmmjmwftv*' ¦ ' v_»4»k '''Xsifêtsm* Rs< í&.m\ ;^ÍTf. '¦ -.^K -1 -- • \i liÊm, Pf^ir 'f*W*rúj$ L irair*" ^ Wmw 0" *XsW^**M ''^%È Ei^i:: **¦**¦•*

'¦Ww^kWÊS^T I \*VW^kÃ. 1 ^w' z^^mmmmW-^S^^"^' ^m^^^^^^^m^KKmmwmmm^-0 ¦ M»:

fl? 4w ^m :m*W MffSl a conv'cção' +ão-'•^1 V- -í'jS'í-1 veio;

;s_si«mX^Mm&:

confiadamente esperada,hm

/ •

MV,( ,,,,,,,-... O. ° luriabsolveu^todos os quatro acusados. O juiz Harvy,

obrigado a soltar imediatamente os réus, declarou,

evidentemente aborrecido, ao encerrar a sessão

do tribunal:

T''l •'«•' •

X* V-''Í;' 'ifi-' •-

§\Éf WW

A, .1

WX--'

'f'f4.. k*f- 'ty--;

v f a tf.

1 I I IF'rT''<¦_!» '1?:E'4'-yv^MR .•&¦(¦-.

£ '''-''^jWÍBhw" .'w%lzf__fi $wÊ&S«Slv48 '<•''"«•«l?1'"® V •''I ¦¦¦•¦¦1 4"Ki.' ipy I :m 11• /' 1 1

0i»«**3§ffli

ã?:

V:

r" SEI TUDO ' .

— É melhor que uma apelação, contra tão in-

crível veredito, seja feita, desde agora, para queos criminosos não escapem à punição que merecem!

Poucas horas depois, era apresentada a apelação,em nome do filho da morta. Pela .segunda vez,

os quatro acusados foram conduzidos ao tribunal,

apressadamente, em sessão presidida pelo juizHyde. E, durante os trabalhos do primeiro dia,o reverendo Benson foi chamado, para dar umtestemunho completo dos fantásticos aconteci-mentos do cemitério, no dia da exumaçao.'

Numa época em que a existência de «bruxas»,«fantasmas» e «demônios» era aceita em todas as

camadas sociais, e os «milagres» de origem celesteeram considerados como ocorrências quase co-muns, muita gente era condenada, puramente, na

base dos resultados de variados «testes» e «provas»,baseados em antigas superstições. Mas, nem todosos juizes se impressionavam com a introdução de«evidência oculta» ou clamores acusatórios de

«intervenção divina».O chefe de Justiça Hyde pertencia a uma es-

cola progressista de pensamento legal, e estavalonge de se convencer de que a conduta de umhomem, submetido* a testes ou torturas, poderiaindicar culpabilidade ou inocência; compreendia,também, estar esse tipo de evidência sujeito atoda sorte de'abusos e fraudes. Não constitui, por-tanto, surpresa que êle se dirigisse ao clérigo,de modo tão rude, no início do depoimento doreligioso. Mas, quando o juiz concordou, relutan-

" temente, em ouvi-lo, o reverendo Benson fitou os

quatro acusados e falou, em tom firme e calmo:Senhor, há muito tempo eu conhecia todos

os«implicados neste caso, mas nunca tive ocasiãode demonstrar qualquer sentimento de repulsa

para com um deles, nem, tampouco, tive qualquerligação com os mesmos, a não ser no que serefere à minha função de ministro religioso dosacusados. E isto não pode deixar de ser mara-vilhoso para mim.

Hesitou, procurando as palavras adequadas paraum momento importante como; aquele, e todos ospresentes aguardaram, em silêncio. Então, comvoz bastante ciara, descreveu os eventos que ha-viam levado até o momento em que as mãos

-trêmulas dos suspeitos tocaram o corpo, «mo-mento em que um extraordinário fenômeno foitestemunhado.

A fronte da morta, que se apresentava lí-vida, cemo é peculiar aos cadáveres, passou aapresentar uma tênue camada de suor, que escor-reu fartamente. Em seguida, o rosto daquela queestivera enterrada -por tantos dias adquiriu umacôr viva, cheia de frescor. Finalmente, abriu osolhos, tornando a fechá-los, após alguns segundos.

O juiz se moveu, nervosamente, na cadeira, demodo inquieto, cocando a barba, enquanto umrumor excitado se levanta da assistência. O pro-motor pediu à testemunha que prosseguisse emseu depoimento.

<<— Este movimento de abrir os olhos se efe-tuou por três vezes. E, enquanto o fazia, a mortaesticava o dedo anular — correspondente ao daaliança de casamento — por três vezes, tornando adescansá-lo sobre o corpo. E aquêie dedo gotejousangue sobre a grama do, cemitério. Um homem

¦; K*.'**.?* V ^ví À at ií Jim* * .*•** ' '"t Kíf V«f \rf

passou o polegar nessas gotas, e jurou que se

tratava de sangue verdadeiro... ainda quente!O juiz se inclinou para a frente e perguntou, em

tom autoritário: — Quem mais presenciou tais

fatos, além do senhor?O reverendo Benson o encarou, visivelmente

surpreendido peia pergunta, replicando: Não posso assegurar que outros assistiram à

cena — mas, Excelência, acredito que todas as

pessoas que ali se encontravam viram o que se

passava, com exceção dos que saíram a correr, no

momento em que os espantosos acontecimentostiveram início.

Cruzou as mãos, num gesto de humildade e

tristeza, continuando:«Se há qualquer dúvida a respeito de tais

fatos, devem ser chamadas outras pessoas, e acre-

dito que, muitas delas, confirmarão as declarações

que agora faço.E, como um pensamento que lhe ocorresse em

seqüência a tais afirmações, acrescentou:Senhor ! Meu irmão é ministro da paróquia

vizinha àquela em que exerço minhas funções e,

estou certo, presenciou tudo o que ocorreu 1 Êle

se encontra neste recinto, aguardando ser cha-

mado a depor.Minutos depois, o irmão do reverendo depunha,

sob juramento. Corroborou todos os detalhes ex-

postos pela testemunha anterior.No dia seguinte, o júri declarou inocente John

Okeman, e culpados os outros três. O marido, asogra e a cunhada de Joan Norkot foram conde-nados è morte, mas Agnes foi paupada, quandose soube que estava em vias de ser mãe.

U u ¦: t„y

O motivo para o crime permaneceu desconhe-cido, embora se pensasse, geralmente, que ArthurNorkot fôra o assassino, por acreditar na infideli-dade da esposa. As duas mulheres, ciumentas edespeitadas pela posição de Joan como dona dacasa, provavelmente, tornaram-se cúmpiices, en-

quanto John Okeman, um homem simples e pa-cato, manteve-se aiheio ao hediondo crime.

Em conclusão, podemos afirmar que o fatoferia permanecido impune, não fosse o «milagre»ocorrido no cemitério. Agora, no entanto, olhandopara trás, através dos séculos que já decorreram,compreendemos que o ministro religioso não foi,afinal, a testemunha-chave: foi, apenas, um obser-vador, um inteligente cidadão cumprindo o seudever e, se o seu depoimento não fosse bastante,um dos funcionários que procederam à exumaçaoe a tudo assistiram, poderia, certamente, tomaro seu lugar. Mas a pessoa que realmente acusouos matadores não foi outra senão a própriaJoan Norkot !

Portanto, num dos seus aspetos, o caso aindacontinua sem solução, à espera de que alguémpossa explicar aquelas fantásticas ocorrências. Queforças desconhecidas fizeram o cadáver mover-se ?Como pôde sangrar e aparentar frescor, estandoenterrado havia trinta dias.

Teria realmente ocorrido um milagre ou haveráum explicação para esses fatos ? ^

Quem

v.S««l«««_Í«llW~-

37? Ano N9 4 —« Setembro — 1953 EU SEI TUDO

ÍRIS¦

'¦¦ ¦¦'•-' "-V-- -,.-;-...,-,«...?-?, .---^ .,-.-_. :..r.-..ri...--.-..-.¦...:-¦''-¦e . ¦- •

lí ílííüíií íl IRomance de VALENTIM WILLIAMS

RESUMO DA PARTE JA PUBLICADA

»/¦ , T^n^more, Aline Innesmore, norte-americana,MlSS,,í /TmloU em Londres, Sn Charles Rossway

^„dv TÚUa X»way, vive com ê!es na majestosa ee laay una nu > Mayfair, connecida poraristocrática »™^jfé% i^m os filhos do casal,

So amalmentt '^propriedade da Kenia na

\<}rA Oriental- Geraldine (Gerry), esposa de SholtoÁfrica u%*m?h

^ aí a0 lado do marido nas terras9 ,qUev,af e Rodnev. o ilho mais moço, solteiro.^rTanexo de Frant House vive Baaasíord Swete,N^ir5o

aue alugou esse apartamento a seus velhosSO*£n« R^swaY. Entre Sholto e Gerry a situaçãoZava es?ria"do bastante, com grande desgasto aeH^úHa que via também, cem grande desagrado,Z ^Jlacõés^q Ixageradamente cordiais, entre Swete

Jn nora Gerry. A tarde, preparando-se para aLinde receprão desta noite, no palácio real,qranae isí^hv^^ , .^-i,. y-.-v. WK** Tu n.a,onde seria^

^s^° d° s^' .,*£sita„do-a **

ftfica gue êle" sofreu um acidente,' fenndo-se numrinca 4uc? t-io ^w "•«Vxíto rrrpnar a sua£ ^ rriiea n ;moedina de ir, a noite, apiyuui u exa^pe, o que o .mp«y^lu ^ ' n^QQwav Aline pro-toilette de côrte, na casa dos Rossway. Anne pmete-lhe, então, que ao regressar de

^CKinghamPníace ria visitá-lo, em companhia de Gerry, paiaaue Ide pudesse ver como era lindo o seu vestido.

Tudo corre conforme o combinado tendo apenasGeA faltado ao encontro, por se haver aborrec do?oA Rodnev aue, em nome de lady Julia pedira-die,e'0quas°e exigüa. gue deixasse de visitar Swete Mes-mn assim Mine despede-se do lady Juna, qae se

arcara óaradornnre sai para tirar totograhas e

Sm seguida, visitar Swete, embor, ^toen^rte^pwa

cumprir a sua promessa. Ao c/ef^'^°Ae/':J° *£tamai superior, encontra a porta fecha da * ."«a <Vg

a luz que vira brilhar, ao saltar do automóvel,

extinguira, reinando agora completa escuridão nointerior do apartamento. Desce, decidida a voltar da-retamente para casa, quando veiifica, juntamentecom o ehauffeur, que a bariu do seu vestido estaempadada de sangue, assim como os sapatos. Nesseinstante, surge Rodney, que também regressava paracasa e, ao ver o que ocorria, sobe com o cnauffeur,derrubam a porta e encontram Barry inanimado oumorto, banhado em sangue. Na sua mão direitaesta um revólver. Rodney manda o ehauffeur cha-mar o Dr. Parget4.er, médico da família e procuraacalmar Aline, que julga ter visto alguém sair doapartamento, oerdendo-se logo no "fog' . O Dr. Par-getter aumenta o alarma declarando que aquilo naotora suicídio, mas assassinato, pois a pistola não estadescarregada e o seu calibre nao era o mesmo daarma com que Swete íôra assassinado. Rodney diz aAline que esconda a sua visita ao apartamento, _ poisêle dirá à polícia que tinham ido juntos, visitarSwete. Isto a livraria de aborrecimentos futures.Pouco depois, surge um policial que, avisado peloehauffeur, vinha colher detalhes e, pouco depois,surge o próprio inspetor Manderton, com o legisxre o técnico de impressões digitais. Manderton, oinspetor-chefe, interroga os criados, o medico, re-bu^ca a casa inteira, auxiliado por Dene, um jovemüohcial, especialmente encarregado das impressõesdigitais e que encontra pó-de-arroz diante do grandeespelho da lareira. Tudo isso assusta cado vez maisAline, que pensa apenas em Gerry Pouco depôs*,Manderton interroga lady Júlia e esta com supe-rioridade e sorondo, não deixa o detective tomarré O mesmo não acontece com Gerry, que serebela contra a insistência com que o mspeiordeseja saber detalhes e responde com altivez, im-Vandô o policial, que, por *ua vez. teama emapanhá-la em contradição.

e¦¦/¦•yy:r

'Y

:¦¦-.: y:

-r- Poderia saber — perguntou com vozcortante — com que intenção taz p<;*:guntas tão tolas? .lá disse que naa luiontem à casa de mr. Swete ScotlandYard imagina que eu tenha assassinadoalgUC

Gerry, meu bem... - interrompeulady Júlia, precipitadamente. .

— Mrs. Rossway — disse o inspetor,muito grave. — Estou aqui para me n-formar sobre as condições nas quais,.rai.Swete encontrou a morte. 'Ioda perguntaque faço, seja à senhora,_ seja a W»Wr

. outra pessoa, lem sua razão de sei . lennoque cumprir o meu dever. A senhoratambém tem um dever a cumprir, que ,o de responder sem cuidar de sabei o

que estou imaginando. Repito, pois. yutgênero de manteau a senhora usava*

Meu manteau de veludo negrorespondeu Gerry, de mã-vontaue.

—- Com gola de pele ?Sim.Pele branca ?Renard branca. ;nter-

Enfrentou, com azedume, o seu imj-ilocutor; porém, este não pareceu Prestaratenção. Parecia concentrar-se some <

ponta do seu sapato marrom.

„ E — prosseguia êle, pouco depois„ a senhora Linha um leque de plumas /— Um leque dc plumas é objeto que

nSlPpodia !12í conseguido algum, em-

PFCSt Mas não o fiz ! Não tinha, na ópera,

nenhum "leque, nem de plumas .aem de

mmlciuer outra espécie. Esta satisfeito /evidentemente, o inspetor estava per-¦nlexo Seu olhar ia de um para outrodof presentes. Sua fisionomia se endu-receu repentinamente, quando deteve o'oSal'sobre

lady Júlia. Recostada cm suau™na pia ria mansamente.p0lllTnspeSr - disse ela. - Parece-me

q^S aqui, brincando de -amigo

°USu?ÍSfranqüila autoridade conseguia,assim dominar toda a cena tempestuosa.as;?<im'

H esqueceu — continuou ela —r^ii-st Innesmore esteve ontem na re-

qU,- n d m* Swete? Meu filho de-*\tZ

aut a icompanhou alé esta casa,r ,ndfevitar a multidão que se formara

, ldCe ela lá permaneceu todo o

fempo em V o dr. Pargetter proceaeuaos exames. .

Tem razão, sennoia.

'¦;''}

:'-¦' -'.

:-.ee;y;

.i '

e!»i

WBSÊmmW'''¦y ¦

ã 4

.:'¦¦'¦ ."' .-' i '.'--,.¦. ..'. ; ¦.'¦¦. -.¦',.*¦'. ¦¦¦¦'¦ ..'.yy^;. :¦.¦¦. ¦pr.s.pí. ¦.•¦.¦':¦." ¦.-.'. " iv - '''¦'.'¦' A V

"'¦ ¦• '¦'".-¦ .'¦,¦¦ . "¦ '.:'"¦' ¦" '. ."-¦'¦..',- ¦> '¦. \

. ¦

-

¦ .8

;S fi:bit ." i

^ '.;F;tH-íl '1 11

'¦ II¦X »¦& '/•

;• »¦ tiI \|." '«'ti

|||

I I§**lfÉ'tó-l§'.- '~í1 üi ;mt m'.; IIf-.AÊmmm.. ".-'

HIA'¦%$% B• i "tf

:Xf IasPüre"- _i:"_uJi.«i.[ut

EU SEI

Não serei tão indiscreta que per-gunte que idéia tem o senhor escondidana cabeça. Mas, chamarei a sua atençãopara o fato de miss Innesmore usar umvestido com gola de plumas brancas e uramanteaa de ârmiüiliò, com gola de renard.Não é verdade, Aline, que você usava omanteau de arminho ?

Sim, lady Júlia — respondeu Aline,com voz um pouco forçada.

Sentia o olhar de Manderton se des-locar para ela.

Humm... — rosnou o inspetor.E, retomando o seu chapéu:

Agradeço-lhe, senhora. É tudo, porenquanto. . .

Fêz um gesto de saudação, dirigindo-sea todos ao mesmo tempo. Foi uma sau-dação muito simples e quase obrigatória.Depois, retirou-se. Rodney continha oriso. ;. A1Palavra, mamãe ! — disse ele. —Esse homem encontrou, na senhora, quemo dominasse. Lá se foi, o coitado, total-mente desamparado. Quanto a você,Gerry, melhor será que se acautele, poisêle não esquecerá depressa a impertinên-cia com que respondeu às perguntas quelhe fêz. Você fêz tolice grande, tentandogracejar com o inspetor.

Acho-o odioso ! — exclamou Gerry.— Acusar-me de mentirosa !

Queixe-se a você mesma — replicou,vivamente, Rodney. — Para que foi irri-tá-lo com as suas ironias ? Não com-preendeu que a sua profissão o obrigaa desconfiar de tudo o que não com-preender desde logo? Como podia espera-,que um policial soubesse que a "Toscanão tem oiwerture ? E por que, também,não respondeu diretamente a uma per-gunta direta ?

Gerry se rebelou: Porque não podia suportar que me

tratasse como se fosse uma criminosa.Como se esse horrível drama já não fosse,para mim, uma terrível provação ! Êleque venha, mais uma vez, me aborrecercom perguntas estúpidas e eu... eu...nem sei o que farei ! Mas, pode esperarpelo pior ! Não suporto esse homem !

Até então, vibrante, desafiadora, repen-finamente perdeu a energia e soluçouperdidamente. A cena foi ião imprevistaque, em seu redor, a consternação foigeral. Aline quis acalmá-la. Mais rápidaque a sua amiga, Gerry, levantando-secom movimentos furiosos, alcançou a

Desorientada, Aline se voltou, a fim deconsultar lady Júlia com um olhar. Esta,que se erguera também, aconselhou-a.

Deixe-a... Assim será melhor —disse ela, sorrindo tristemente, em res-posta à muda pergunta de Aline. — Elaestá emocionada, o que é compreensível,Nada podemos fazer. ..

78 37? Ano N9 4 Selembro 195o

Beijou, meigamente, os cabelos escurosde Aline.Vai você também procurar umaboa distração ! Preciso conversar comRod.

Aline respondeu ao beijo de lady Júliacom uma carícia afeluosa, depois desceu.Mais que nunca, admirava lady Júlia.Bem sabia a que ponto o drama da noiteanterior feria o seu coração generoso;entretanto, já \ira lady Júlia dominar opróprio desgosto e dominar a situação,manobrando o policial com habilidadesoberana. Um verso, que recordava, deum poema aprendido no colégio, voltou-lhe à memória: "Não, Veneza não es-queceu seu nascimento. . .' Assim eralady Júlia ! Que vaie ser uma grandidama, por nascimento, se não há ocuidado de conformar a vida à própriaposição? Noblesse oblige...

Capítulo XIII

A BERLINDA

Aline não ficou desgostosa de estar só.Tinha que pensar -— pensar muito. Simou não, Gerry estivera na casa de Swete»na véspera, à noite ? E que significavaa insistência do inspetor sobre o manteaue as plumas ? Tinham-lhe sido prestadastodas as informações a esse respeito,Mas, restava o lenço, ignorado pelo te-mível policial. Esse detalhe era, real-mente, perturbador.

Por que íazâo Gerry havia mentido ?Não era possível conceber, sem absurdo,uma ligação qualquer entre ela e os doisindivíduos misteriosos, cuja presença nacasa de Swete parecia, agora, perfeita-mente estabelecida. O alto, o homem decerta idade, com a cabeça protegida porum boné, e o outro, de estatura mediana»o moreno, de chapéu de feltro cinzento.Por esse detalhe, seria justo suspeitar-se .de Gerry como tendo sido a matadorade Barry. a essa idéia, um arrepio per-correu o corpo de Aline. Sem dúvida,tais coisas acontecem, sob o império daspaixões amarosas. Mas, quando o crime,assim, vinha explodir no seio de umafamília, qual dos seus membroscusaria, como ela própria, hoje.

um tal fato

nao revadmitirem suaa possibilidade üe

existência ?Rodney bem poderia fingir acreditar

que Manderton se retirara desorientado.Aline nao estava certa disso. Suspeitavade Gerry esconder alguma coisa. Se Gerrytivesse estado, lealmente, na véspera, nacasa de Barry, que Aline sabia não estardeitado, que haveria nisso dè repreensivele por que, então, não confessar o fato ?Muitas vezes, ela surgira assim, na casade Barry, sem ser esperada. Podia tersubido, digamos, em caminho para aópera. E, nesse caso, por que não dizer ?

üisa&SSK:..-. ¦

n

ti

¥¦

379 Ano - N? 4 Setembro — 1953

Perdida em sua meditação, Aline des-cera a grande escadaria de Frant House.Estava no fundo do "hall", em face daporta que dava acesso para um corredor,que se abria para o velho court de tênis.Sabia que a essa hora o court estava de-sertof só mais tarde — e raramente —com Rod e Gerry, ela empunhava a ra-quete. Abriu a porta e desceu para ocourt. .

Aquele court, majestoso, sempre cheiode ecos, exercia sobre Aline uma fasci-nação particular. Conhecia a sua históriapor intermédio de sir Charles. Sabia quedatava de cento e cinqüenta anos e quea sua construção fora devida a Philipp-Edward, "o mau conde", também cogno-minado "Phil, o Louco", que aparecianuma velha gravura afixada numa dasextremidades do court, na galeria dos es-pectadores, chamada "o interior", pro-tegida por uma rede, contra as bolasperigosas. .-

Toda vez que vinha aquele tranqüilorecinto, Aline não podia reprimir umligeiro estremecimento, pensando emPhilipp, o Louco, com camisa rendada eculotte, raquete na mão, tal como o apre-sentava a gravura. Ali dissipara ele osvapores de suas bebericagens com o prin-cipe de Gales, o brilhante "Sherry , oBelo Brummel Doyle e outros alegrescamaradas. Que elegâncias aqueles altostetos envidraçados deviam ter iluminadocom sun luz pardacenta ! Que pragas te-riam ouvido aquelas paredes ! Aline ouvia,em sonho, o ruído das raquetes, o gritodos jogadores, ecos de dias prestigiososprolongado sua vibraçãoabafada ao longo dosanos; ecos que ela gos-tava de fazer reviver comRodney.

Sob a direção combi-nada de Rodney, que erajogador habilíssimo, e deGerrv, que jogava ligeira-mente. Aline havia ten-tado, sem grande êxito, co-nhecer os mil e um tru-quês do velho jogo. Joga-dora aceitável no têniscomum, começava a sabermanejar a raquete antigae mesmo a bater na bolaà maneira indispensável.Mas, facilmente, se perdianas complicações do jogo.

Semelhante ao teto in-clinado de um atelier, aabertura para a ventila-ção corria ao iongo detrês paredões. 0 court,mais longo que largo, eracortado em duas partespela vede. A metade quefazia face ao "interior"ficava junto do serviço.

EU SEI TUDO

Era dali que se enviava a bola. A outrametade estava destinada a receber a bolae ressoava de maneira estranha, sempreque era tocada. O muro da direita nãotinha ventilação. Mas, quase na sua ex-tremidade, formava uma saliência ligeira,fazendo a bola resvalar.

Davam-lhe o nome de "Tambor", porque soava como o tambor militar, estandotodo marcado peio impacto das bolas.

No ponto da rede, uma porta estreitase abria na galeria, dando acesso a urapequeno camarote, provido de um tam-borete e destinado ao marcador dos pon-tos. Sentada no tamborete, Aline abriusua bolsa, acreditando que, talvez,—umcigarro acalmasse os seus nervos. Paraapanhar os cigarros, teve que removerum lenço, a caixinha de pó-de-arroz e opequenino "álbum-jornal", que não dis-pensava. Tinha já o cigarro em mão,quando um ruído, vindo do alto, chamousua atenção. Curvou-se para a frente,levantou a cabeça e viu, do outro ladodo court, uma sombra passar, rápida-mente, fora dos quadros envidraçados.

A alguma distância, à direita, por trásde uma longa e sólida rede escura, a ga-leria se estendia até à porta do "interior"e, junto dessa porta, se encontrava aescada pela quai se subia até ao teto.Aline a conhecia, tendo ido até lá, certavez, com Rod, para apanhar uma ? bolaque, num dos estravagantes "drives", en-viara através da jarrela superior, aberta.

Instintivamente olhou e, pouco depois,viu surgir um par de pernas, em redordas quais flutuava flanela cinzenta. Re-

¦

¦

,Y'V ' '7' ' '7'- '-'*2

¦ V

'..

1¦'¦:3pm'¦ yy-Xim

i < Sfe

'¦'¦.''¦".-¦" '2%~:

• ¦(': />'.'¦ &

SC.H2 131

í I

1_—

IW \ \ V V V AV 1 ^T**- 1 Y^^Vs^íÍ*^^

éezps re <a)

-'•¦-¦!

iY l

Dê a êle o dinheiro de volta! Êle me enche!

IfiffiBCTilES^ (flJBflHJHBSSfiS^^"'¦¦¦'-.* ''EE' -r'-r--•¦;¦'"'i

EU SEI TUDO80 37? Ano N<? 4 Setembro 1953

.i ¦; v¦ \I •*!

m :¦

t vü

¦¦ ' . * SrtJ*' li

cuou o

* ;-f. v-ümi'í: •¦" w\ ¦. II'iv.- ;>,*.'r^;'Hf& .*

*^Ü'«k@^9HÍ'> - "V jsfj

ií II**. í:v~ '¦«Èi.'¦¦<•<¦

¦ «'Sí' '¦•"' ' 1!¦¦* tw?fcml§tf'

!| fi'i';H?| I.'': Ii*3'* 1'ÍBIS I|*r* .'•;-*:' *¦ IíW %¦ÍM1 m y&

".'¦ «*

wí '*Sr ¦ ' !w

tf' a!.• -,•'" ir jHf1 ¦ si

- w, % ¦RH'¦¦'¦¦¦¦ \y_\r:¦ 'U.

EEism

cuou u corpo para melhor ver, e erabreve percebeu, chegando pela galeria,o assistente do inspetor Manderton, o gra-duado de Cambridge. Estava sem empe»e seus cabelos tinham reflexos de co!) e,Imediatamente, o recém-chegado reconhe-ceu Aline. / . , wl,:*r,— Espero que não tenha sofrido muitocom as emoções de ontem — disse elesem preâmbulo. — Acabo de dai umaolhadela lá por cima. Engraçada essavelha casa, não acha? De que época eisto ? Sabe ?Ela sp ergueu, pousou o cigarro e, para

o deixar passar, penetrou no court. ^iea seguiu. De pé, junto da rede, ao ladodela, olhou em redor.

Século dezoito — disse ela.— Tão velha, assim? Que lugar sur-

preendente, palavra ! Que atmosfera ! Eaquele paredão que ronca como um tam-bor ? Arre l

Ria, agora, e seus olhos piscavam, portrás das lentes espessas. Aline o titou.Não. Não parecia um policial aquele•po -j-v o*7

_ Se soubesse como esse tambor atra-palha o jogo, não estaria rindo. Ficariaaté zangado, como acontece comigo.

A - senhorita joga ? Claro •

Eu já devia prever...Decididamente, não adiantava ralar-

lhe em tom glacial. Êle teimava em rompero gelo. Aline capitulou. Riu, tambem, aoperguntar:Oue quer dizer ?

Que seria impossível imaginar essecourt em repouso, estando a senhoritapor perto. Vejo-a como a norte-americanatípica .

Devo ver nisso um elogio /Sempre que o inglês que fala nao

é um tolo ou um cego.Ela sorriu, apaziguada. Êle prosseguiu.

Não era aqui mesmo que ficava,antigamente, a cocheira # ;

Sim... Parte, creio, constituía acocheira. Puseram abaixo porá construiro court, segundo me foi contado por sirCharles. A casa, que era habitada pormr. Swete, e a garagem vizinha, repre»sentam uma parte das cocheiras primi-tivas. Esta muralha...

Aline indicava a parede interrompidapela saliência.

. . . está apoiada sobre a própriaparede dos fundos da residência de mr.Swete. Quando se joga neste court, ochoque da bolo é ouvido do outro lado,na cozinha. Pelo menos é o que afirmaRoberts, pois não creio que seja ouvidono living.

Não seria possível, realmente, por-que a parede da sala fica mais afastada,a fim de permitir a entrada da luz pelaclarabóia. Mas, para ter o certeza, seráindispensável subir ao telhado.

O jovem Dane, ao falar, aproximara-sedi parede e dali contemplava o "tambor

O coitado bem necessitaria que lhefornecessem ar para Wir£^£

Bateu com a mao contra o muro. ç£ÜS ! exclamou. òabiam

construir, antigamente ! Quem mandouconstruir o coiirt ? Algum dos antepas-*iflns de sir Charles ?

_ Fsta era a residência dos condesrle Frant. Nela residiam, quando vinhama Londres. Sir Charles so a comprouHpnnis da sueira. _

-Frant House, efetivamente. . . Eudevia saber isso. Vejamos: não houveum lord Frant morto duranle a guerra?

_ Sim. E um outro, antes dele oumelhor: ura dos herdeiros presuntivosdo título, mas que não chegou a alcan-

çá-lo, pois moircu no correr de uma cam-

panha distante. Esse se chamava lordIvinghoe. A família esta hoje extinto..

Triste caso, esse ! Realmente, MissInnesmore, -são lastimáveis essas velhasfamílias inglesas... Algumas cheiram amofo. .. ... An \r^r\Não podemos dizer isso de lordIvinahoe — respondeu, vivamente, Aline— Era, segundo creio, um homem robusto,muilo vivo, e infinitamente simpático.Dizem mesmo que era bonito tipo dehomem. Lady Julia tem urn retrato dele,em grande

"uniforme dos Horse üuards.Sob o capacete e a couraça de prata chegaa parecer um deus. E pensar que tinhasòmenle trinta e dois anos quando mor-reu ! Foi terrível ! Seu avô foi o cons-trutor deste court... Aquele cujo retratoo senhor pode ver, naquela parede...

Caminharam lentamente para o inte-rior" e Dane contemplou, com atenção,o retrato do "Mau Conde".

Esse homem dá a impressão de serum tanto louco — disse êle, a guisa decomentário. ,

Por isso, talvez, o chamavam ciePhil, o Louco — respondeu Aline. — Oúltimo lord Frant, que morreu nas trin-cheiras da França, não tinha vintém, l nu*o Louco, tinha jogado fora toda a fortunaem jo"ns Ho cartas, festas e cavalos...

Um homem que gostava de viveibem !

Sir Charles possui, por haver com-prado todos os bens de Frant House, ooriginal de uma coleção de cartas rela-tivàs a esse personagem. Foram escritaspor um sobrinho de Phil a seu pai, re-sidente no campo. Sao cartas deliciosas.Sir Charles me desaconselhou a sua lei-tura, mas, apesar disso, ousei passar osolhos e pude verificar que há nelas umafranqueza atrevida. Relata todas as aven-turas do mau conde, não se detendo antenenhum detalhe . . .

Faço uma idéia !Fala, por exemplo, de uma certa

May, que, certa vez, correu toda a praça

¦"*

'

¦' ¦:'.

'jZS-yZ.a ¦-''¦.:/ SSVX'ZX' S ¦' H ' ^ * * y?' ' .1" ' t * " '¦

I

I

è

37? £no __. N<? 4 -- Setembro 1953 81

fronteira a êste edifício, completamentenua, perseguida pelo conde, que descar-regava contra ela o fogo de duas pistolas.

_ Costumes da Regência! — disse,rindo, Aline. — São-lhe atribuídas outrasaventuras de igual quilate. bra aquimesmo, nesta espécie de arquibancada.aue costumava instalar as suas belas ami-sas para que o vissem jogar o tênis, üo príncipe de Gales, o que foi mais tardeGeorge IV...

X- Pois bem. Também êle freqüentavaeste court, havendo fabulosas apostas en-tre esses fidalgos. . .

O iovem Dane contemplava a galeriasombria. Daii os seus olhos procuraramvagarosamente, examinar todo o couit,

%

agora vazio.— Estranho

jovem policial,fantasmas!

lugar ! murmurou oParece estar cheio de

Há quem afirme disse Aline, compelo corpo — queum pequeno airepio

PMl,o louco, costumava voltar. . movidopelo remorso de haver arruinado a suafamília. No fim da vida, sem vintém e

pà escapar aos credores, teve querdj-giar-se na França, onde morreu quaseem abandono.

— Como o pobre Brummel .Sim Viveu muitos anos ameaçado

de prisão "por

dívidas. Mas, sempre con-

seguiu fugir dos cobradores I. - Um patife, em suma'. Mas... .Dane consultou seu relógio de .pulso,".- Quase onze horas 0 /hei-

<lc%e

estar perguntando o que foi feito do seu

auxiliar. Deixei meu chapéu no*«"*Ela o reconduziu a Frant House. uma

quai- intimidade se estabelecera entie

eles c Aline tinha grandedesejo de se informar,junto dele, sobre o pro-gresso do inquérito. Masyjá havia notado o cuidadocom que êle evitava todaalusão ao assassinato davéspera.

No hall quando ele re-tomava o chapéu, avistoua "berlinda".

— Que lindo, esse velhomeio de transpor!"

EU SEI TODO

Imagino as belas damas que, outrora, via-jaram nesta berlinda... .

Gostaria de ver a senhorita sentadaali — arriscou êle, com uma súbita ga-lanteria respeitosa. — Por que nao ea-saia essa berlinda ?

Ela o fitou, surpreendida e nsonlia.Como ousaria ?Oue a pode impedir? ;

\travcs do hall, seu olhar foi procurara escada; depois, movida por um im-pulso brusco, empunhando o trinco tina-mente cinzeiado, introduziu a cabeça nointerior da bei linda. Porém, logo recuoue, precipitadamente, tornou a íectiar aP°LaNão. É melhor não entrar. Isto pa-rece tão frágil f .

Nesse instante, um passo apressado foiouvido por ambos; a seguir, a voz üeRodney, que chamava Larlung.

— Já é Lempo que me retire — aisseD

Tos dois jovens trocaram «™ s™>de velhos amigos, enquanto ela o acom

panhava até o limiar ao '««'•Ko voltar, avistou, na escaua, poucos

degiaus acima do solo, RodneyJ^ndocom Larking, que tinha em mao uma bandeija. Ela o chamou:

iíe^f voltou e a viu %^,j*v*te.r^nm nr crave, diante da cadeinniia .

Z !L eP fl descer O mordomo desa-Apressou-se a uiotti. v^PareCVeanha ver . - disse ela.

XíJu a porta. da berlinda e afastou-seliara lhe dar passagem."Veia Atrás da almofada.

Sobre o assento estreito, uma pequenaalmofida de seda azul estava encostada

gidisse ele, em tom conven-cido.-

— Pertenceu à famíliade lady Júlia. Veja! Aquiestão as armas da família.

Aline apontava, sobre opainel encantador daporta, o brasão com o es-quilo.

E nâo acha real-mente lindo esse interiortodo forrado de cetim/

IPji'"1

&ta$_E

"¦'¦ri¦ jy.ry.j

¦"*• ¦ -'¦'<' r-'/'2.rV.íw2?Í... ?§S$||p¦Af:X'

¦¦¦ a

i tJ1"j h

' "-'. ' ?2j

aA-a-..¦ • A. .:-¦¦ 'Ar

¦ S'- l

¦¦¦'- s'B

;;¦¦• ;y,v2.-fc

V J

Ti&NrlU ^jLf ^**«"«-w«a___3^ <su^ «**—

Esta nochefe I

Não faz

Ue, vamos ser treze à mesa. Isto dd azar,

mal. Antes de começar o jantar eu mato um.

. 'ifeií

;, "EU"'

if Iri :

iflBíc

¦i':-

SEI TUDO

.-nsfassí*» sos»?"¦¦".... .......'•' \

'."¦ :'" '¦;,.-'

82 379 Ano •—~i\

N<? 4 Setembro 1953

a removeu. Ali

IíIJf- }•*- iS ¦'¦'i:_'V_> ¦¦'¦¦-¦ ¦•:.¦':'.

O

sobre o fundo. Rodneyhavai um revólver !

Rod tornou a fechar a porta e, comrevólver em mão, voltou-se para Aline.

. Quando você apareceu — explicoueja — eu eslava ém companhia do assis-tente do sr. Manderton, que viera visitaro courl. Julguei preferível nada dizera êle, antes de falar com você. Este pa-rece um local estranho para ser guardadoum revólver. A quem pertence essa

idéia. Nuncarespondeu êle,

È8*sflí_'jt:i . £¦£•',§£*-*§

¦ní*y,*M?8-;:''

silil

I '¦'-' PíS^riW"'- ¦ií-áw*f_!-,I íÈtrfk ¦

lll1*1

arma ? Você sabe ?— NSo tenho a menor

a vira, antes de agora —com ar perplexo.

Um som ligeiro, que se assemelhava auma profunda respiração, feriu os ou-vidos de Aline. Voltou-se. Larking aliestava. Havia depositado a bandeija.Tinha a boca entreaberta, os olhos dila-tados pelo terror, fitando o revólver namão de Rodney.

1 á; 7*» ** •§

y :^£p--,___m__mRr:ls^~\y :••". :W,***** iâm

'

: yy«T'-

Capítulo XIV

0 REVÓLVER

Rodney mantinha o revólver em equi-iíbrio na palma da mão. Era uma armade cano longo, parecendo em mau estado.Levantou a cabeça e, vendo Larking,perguntou:Que fazia esse revólver na "ber-linda" ?

Na "berlinda", sr. Rodney ? — re-petiu o mordomo, com voz rouca.

Sim... Você bem ouviu o que eudisse.

Depois, impressionado com a figurasingular que o velho servidor apresen-tava, voltou a perguntar:*— Que tem você ? Está doente ?

Larking respirava com esforço.Não, senhor; obrigado — murmurou.

A— Mas... fiquei assustado, vendo o se-xihor com essa arma tão grande...

Até parece que você está vendopela primeira vez um revólver. Sabe quempode ter colocado esta arma na "ber-linda" ? Terá sido você ?

Larking teve um sobressalto.—- Deus me livre !

Então, quem terá sido ? E a quempertence ? Veja !

E Rodney ofereceu o revólver ao mor-domo.«— Veja se já o viu, alguma vez...Se sabe a quem pertence...

Mas, Larking recuou.Pelo amor de Deus, senhor. Cui-

dado ! Cora essas armas, quando estãocarregadas, pode acontecer algum aci-dente grave...

Rodney voltou-lhe as costas, baixandoa mão; Aline e Larking ouviram um pe-queno estalido. Depositando o revólversobre a mesa vizinha, Rodney insistiu:

Afinal, Larking ! A quem pode per-tencer esta ai ma ^

Não posso saber, sr. Rodney. Igno-rava mesmo que existisse nesta casa umaarma assim.

Entretanto, alguém depositou aarma na "oei linda".

-— Interrogarei Frank e as camareiras0Mas, a "berlinda" é coisa tão delicada !E lady Júlia, como o senhor sabe, naoquer que toquem nela. Tenho a certezade que nenhum dos criados...

É melhor nada dizer, a ninguém,Larking! Iodos, nesta casa, já estão per-turbados com o drama de ontem. Talveztenha sido mr. Murch... De qualquermaneira, eu mesmo perguntarei a ele.

Muito bem, senhor.Larking parecia ter pressa de se afastar.

Decidiu-se, [malmente. Rodney, então.tornou a apanhar a arma, guardandõ-ano bolso interior do paletó.

Suba comigo, sim ? — pediu elea Aline. — Tenho que falar com você,a sós.

Aline se sentiu lisonjeada. Jamais, atéentão, Rodney abrira para ela o refúgiosacrossanto onde passava a maior partede suas manhãs, escrevendo. Fazia umaimagem imprecisa cio ambiente em queum homem do tipo byroniano, como Rod-ney, trabalhava: luzes bem estudadas,diva confortável, paredes cora desenhoscubistas e, talvez, no ar, um pouco de in-censo. A realidade foi para ela agradávelsurpresa. Gostou da grande sala, bemmobilada e iluminada. A enorme mesacentral, juncada de livros e de papéis,as estantes, simples, práticas e sem pre-tensão. O diva, porém, apresentava linhasgrandiosas. Nenhuma outra gravura ouquadro, além do retrato de lady Júlia,em moldura de prata, reprodução deuma grande tela de Sargent, que decoravao salão de recepção. Parecia que dali agrande dama vigiava o trabalho do filho.

0 gabinete de Rodney ficava na partemais alta da casa, sobre os aposentos dosservidores. Um tanto sem fôlego, Alineparou, ao chegar, percorrendo com oolhar todos os detalhes, enquanto Rodneyfechava a porta e tornava a empunharo revólver.

Suponho que, por "auxiliar do Tns-petor", você quis dizer Dane, o jovemDane, graduado por Camhridge. . . ?

Exatamente. Não consigo nunca re-cordar esse nome !

Entretanto, Rodney havia destacado otambor do revólver. Começou por inspe-cionar o cano, muito de perto, á luz deuma das janelas. Sucessivamente, expio-rou, com o indicador, cada um dos de-mais orifícios. Explorou mesmo todas ascâmaras do cilindro. E, após cada umadessas operações, examinava, atentamente,a ponta do dedo. Finalmente, rompeu osilêncio:

•___M_WmWmWSaWky^ • -<

379 Ano

' •!¦¦¦-. ¦»''•- ¦ ,11. ' ''Y. '

.,¦'¦¦...*' -',-,'¦ ,,-..«-.. <.•.':.-..;;¦,-. ~ * ,¦?v í"- &-'¦¦ -

*-i *'¦'"•L:' '%i ;„''í.v

"*':'- ' -• ¦ ' '¦'' . ¦ f"' ^ .'"'*" ;":"-*".--'. '-'

V '* ¦'• * \ " .-" ¦*"' :.~ .''*'-: '' "V .' ,i¦:1•"¦¦ ¦ -¦ '•*- ¦¦ ¦¦'"

l'.¦''¦¦¦.'• :_...'-l ¦:'¦*'¦'•" ¦-¦'•".*¦' > ,

'*¦¦.'*".¦' "-¦¦' ¦'\ *¦-'''.; '

,. .' " ¦••*! **, ?" ,'**

N9 4 - Setembro — 1953

Gostaria de saber a que sentimentovoe êobedeeeu, escondendo de Dane esteseu achado.

Aline corou ligeiramente.Ora.. . — respondeu ela, lentamente.

— Pensei que, se o revólver estava na-quele lugar, era porque o haviam escon-dido. Não sei quem podia ter sido, Rod.E, se alguém, nesta casa, gosta de escon-der revólveres., presumo que a policiadeve ignorar, principalmente numa jca-sião como esta que atravessamos.

Os olhos de Rodney se encheram degratidão.Obrigado. Você é uma boa amiga,Aline.

Biincava com o revólver na mão direita."— Em todo caso, é preciso que a po-licia tenha esta arma.

Ela sentiu um temor obscuro.Por que, Rod ?Porque esta arma foi usada I E re-

centemente. Veja !Apontava para o tambor. Feito para

seis cartuchos, só restavam cinco, comfundo de cobie. Uma das câmaras estavavazia. Rodney, a seguir, exibiu o indi-cador: a extremidade estava negra depólvora."— E não e tudo ! Pargetter afirmouque Barry foi assassinado por uma balade grosso calibre, atirada por ura revólverdo exército e, em conseqüência, despro-vida de envelope. Uma pistola automá-tica, segundo você talvez saiba, disparabalas chamadas "brilhantes", porque sãoenvolvidas em níquel. Ora, este revólver,incontestavelmente, é uma arma do exér-cito. E veja ainda. . .

Rodney retirou do tambor um dos car-tuchos. Acima da base de cobre, bri-lhante, projetava-se o cin-za opaco do chumbo.

Rod! — exclamouAline, desorientada. —Você não acredita que esserevólver...?

A policia dirá.E. . . Você sabe a

quem pertence?Nunca o tinha visto,antes de agora. O únicodesta casa a possuir uniaarma de fogo, segundocreio, é Chass. Guarda-ana casa de campo. E éunia pistola automática.

Rodney, ao falar, voltoua depositar a arma sobrea mesa.

Não pertenceria. . . aLarking, por acaso? —disse Aline.

Por que você pensouisso? — perguntou Rod-ney, leTantando brusca-mente a cabeça.

;¦¦¦¦;¦ - -

.; .-. ¦

¦"';./..._- ¦-,-¦¦:¦.' '';¦¦¦.¦¦ ¦.'¦"¦,¦'' ¦¦; '-. \V,

83 EU SEI TUDO- Bem... É que... Sem dúvida, você

não olhou para êle, quando viu a arma,há pouco... Foi uma expressão terrí-vel, Rod !

Rodney ficou um instante mudo e sério.De fato, o velho idiota parecia forade si...

Um pote de fumo se encontrava aoalcance de sua mão, sobre a mesa. Re-tirou o cachimbo do bolso e começou áencher o depósito."— Quem pode saber?... — murmu-rou, cora ar pensativo.Você nâo está querendo acusarLarking ?

Êle desatou a rir e tirou do cachimbouma grande iumarada.

Não é oem isso. Não o acho capazde praticar um crime. A que móvel obe-deceria, além de tudo? Mas...

Retirou o cacnimbo da boca e ficouolhando para Aline algum tempo, antesde prosseguir:"— Há, ao menos, uma coisa posi-tiva, que é esta: Larking está em nossacasa há muito tempo, desde o meu nasci-mento, segundo penso. Ele se consideracomo pertencendo à família. Se soubesse?alguma coisa capaz de nos prejudicar»individual ou coletivamente, tenho a cer-teza de que não se abriria a ninguém. Oufoi êle quem escondeu o revólver na"berlinda" ou sabe quem o fêz !

Você... acredita, realmente, quetenha sido alguém desta casa ?

Rodney refletiu um bom momento, antesde responder:

É, realmente, o que estou pen«sando...

Fêz uma pausa e continuou:"— Que diz você desse Manderton<Aline ?

J—'" ' '" " F' "—'—mn—IHwnrmiiniiiin rn- ni.i.r-it», i ,—^— L--rrw--l|l,l|>|aM„MJL__J jj.

— Êsfe automóvel é do senhor? Nós jd vamos sair deleJá encontramos o que queriamos.

-¦-

. '..-!.-'.

IH, ; ['t ; 'T?

• %instas»

rS£NJ£l_%__\

^v_âr__9____n___H_______S'¦¦'¦SS.'' ').:,¦'¦ :M&,

..-?., .¦¦¦¦¦

,'¦'¦'¦

s I_r.fi . ¦¦?:,

1

• ¦ ¦ ¦'

'."/¦"¦

**,*S;

í'-:'l

:o-

84EU SEI TUDO

__ Êle me amedronta — respondeu ela,

SÍnCeMolente'E depois? Digamos que

vo7ê s? coloca^ no lugar de Gerry . Que

dÍUma certa hesitação se manifestou no

semblante da norte-american^— Se pude entendei, pelo init.1 s

rio que fèz, êle acerdita que Gerry c.tcvc

na residência de Swete, na nont*

°n!lmNo que não estou longe de lhe dar

íaf °como, vencido pela tristeza, Rodney

»*fâ/i$?& pouco, «ue, ,

Ela própria foi sentai-no^diva^ffle,meio apoiado sobre o í3raço ua pu >em quò habitualmente repousava, obser-

vou-a calada arro?.„ perglintou, fi-na!meQntee: enquanto abria a carteira.

Não, obrigada. , „«c*?3' __ começou ela, lançando-lhe

um olhar furtivo. — Ja que falamoo

Ge"yÉn'tão 1 - indagou êle, notando queir* íntorrnmrna o seu discurso.elaJ

Você?Talve?, me julgue injeta,masT.. mas, não acredita que tornag

a situação muito difícil, iaiaiiuoreV^rediPto,Ctin?o que já agradeci o

fav^r que no? fêz, escondendo-o do .ovemDaleb-vo, então, concluir que, tudo

muito bem considerado, você nao o

d3!! lílarefcom meu pai. Sei desde já,

o^ue lie vai decidir. E não fará malque eie veu cidade,

Mas, sei que ele tem,hoje, na i^uma importante reunião de ne»oci0^ "j

sf estará de volta muito tarde. Daqui

a?é lá vamos fazer, por nossa conta, um

«eauen.no trabalho de deteçtives.2- Oh ! Isso é magnífico !

-Na verdade, não .estoui bem certo

sobre o método a seguir. Para comegentretanto, creio que vou piocuxarGeAríèrobrança do lenço pesava sobre oAsívirUo de Mine. Ficou inquieta.e^

Suspeita de que ela esconda algumaCOÍSa

Se disse a verdade, não pode haver. "

.Vinu mn ela aue Chass entregueinconveniente pai a eia U"<- A^esta arma a policia. Em casotr

Não terminou, apenas erguendo os om-bros como se deixasse o resto por conta

do àestíno. Mine, pprém, tentou obri-

gá-lo a explicar-se melhor.r-r, Você nâo gosta muito üe ueny,

não é mesmo ? — perguntou.— Teria por Gerry minta amizcut,

™ se conduzisse de maneira diversacom Sholto. Êle a .^1^™»'e eu tenho por Sholto a maior aieiçao*

,-¦¦'¦' ¦ ~v* vrw 'í **y. .'¦',._'"^v.' l;' t'.\' 1 , *>/. „* ¦£¦¦.r, i

¦'.

¦ -'¦- ¦ '' . "¦: ' "¦

. y>> .'¦

'

.:,,,¦:'¦

_ N? 4 — S37? Ano -etembro — 1953

¦**/

Não posso suportar a idéia do que faria,sè soubesse que Gerry...

Começou a caminhar, de um lado paraOU!!°pâre 'um

instante, Rod. Não deveficar assim, por favor. Ouça o que de-

seio dizer.. .Me se deteve, com um brilho mais forte

nos olho!Teuma dobra de amargura nos

cantos da boca.«__ Não condene Gerry - P«»se**?

Aiír,o Fia oode ter sido... tola, mas,ffi£ sy*y. - "0%t r* •SrrabCef-a,ueeel7 conünu

° fama.

.S, 'Wi^SJ^y^ atalhes

mundanos, os deveres, etc.- Não diga isso. Estamos, todos, de-

epin^os de amá-la como deve sei amadauma pessoa da família. Mas ela é volun-ErioJa sempre fazendo questão de viver

fS'fseS modo, de fazer o que bem

?„f„°to.p?te Õn\er°D=_grVda"cntfa01sSa§°a&udee não simpli.ica, as cmsasnem para ela nem para i.os. St. «£

menos, ela se dignasse a n°* 3% âpouco mais de franqueza, talvez tudo sc

modificasse...— Ouer me permitir intervir junlo

dela, Rod ? Tenho po,- Gerry uma afeição

que data do dia mesmo em que a conheci*Se ela deve confiar-se a alsuem, e a mim,tenho a certeza. Mas, com a condição de

que ninguém *e intrometa. Prometido ?

— Ela é misteriosa como um poço, tei-mosá como ninguém. Conheço a melhor

que você, Aline. Quando resc,lvc= calarninguém a obriga a falar. Entretanto, seela esconde alguma coisa, medo la arevelando tudo, antes de que Chass entregue este revólver a Manderton. Ouentão... que Deus a proteja! Em todoo caso, pode tentar. Prometo nao meintrometer.

Falava, ainda, quando, rápido como oraio, deixou cair um livro sobre o re-volver, pousado sobre a mesa. Alinevoltou a cabeça. Gerry acabava deentrar...

Capítulo XV

ONDE 0 DETALHE DO REVÓLVERAVANÇA UM PASSO.

Gerry se aproximava com a sua ma-neira de sempre, onde a mditerençapredominava. Nada havia, em suas raa-neiras, que parecesse xonvidar a simpaaaou pressagiar confidencias.

vm

(Coni. no próximo número)

.4

fV

1

*1

\

''í:,w_&í^^

'.lfl fl

flfl

flflfll

^H ^B'^H ^BBBBBfll

BB

BB

fü I 'Hfl Bf§_______9 ____¦

P> ; - JS I 1¦PS' *r5T§s___r<vB bl^^l^w^'"^-';___É_lii Bhí____£_» B

S^B ^¦§gík_^i£*& ¦ ,. 70mmm _______B

Bife* &JFy_ ^B KÉHP^ : ffl flfl B^^'.^éííÍííÍhBB'*'¦'' "snfe. ^JS \W_w'' B

BB ^^^y^-yf: Ml M .............^^^^^^^^^^^^^^^^^H I«_ P^^^^ '_________•_____________! fl B^^l _________________»-'v,^í B

^^âÉK^rm!-:'::'.- 'jÉI iiii I 1¦# ^sWBiPB^%^^Bk,,; IflBEU 'áG_8 B fe

______^^_____l BL "l^rHHBÍÍi_l_SÍ _____________________i__B B__________________________i_Í_ÉÍ_____Í__ÍÉ B «It.j m ._^r^ ph 1 13H _&__<__________________ mmííL - '^^wSaMmMga^B ^BT' '£•-'¦ í__^H flfl

BftwP*5**^ ' ^w Wm? 00rim B 1

¦liB:1____Éi£% IPSPB ¦ I¦.ví^Hb''B: "!5Km <4^KB B

fl Bi:-' -Mw&TmL TflfjBteai^'•'"<"'«• /jfli B

I ll^t^ Ifallfl fl fl____.il Blls^: v%____\ lilPIJ B<?S Ssifl Bl b__^Bw4'"^fl lil B^Ü-' fl I

>____k^_v?^.'T__M Kk.^P Ba,'' <_^____________í________i ____P_SI 3sp*ct:^;PííP^^ I-*&^s@flBMBBHra^ ,¦ yrly ... ¦'-.- mmMÊÊÊmmWmWmWÊki ^ri\Tm7íuWy'^^ tímmWMMMMmWmWHr^iin^VlffiMiffi iW 11 lil': y irMlm^ WiyrrymTMÈÊmM PiBkUPíÜ WiM>MÊÊmMM mStí^mvmÊrZM mm WÊÊsBm m.'I^hB B1^^WW^»w9 llÉOP§V''^ffl9 BwsflPS»HraB fl^HI k. ¦?? g__^K%_aa___________________________________________________________________________________rá^_^ >______i___P____________________________________________________________^gg^a I

|p#^_S^P^B fl^^^p ^^^^^^^BM^mI ___P:ííf:l^^P:;^^'_^^^ W^^M^^Ê^W^^Ê WÊImÊÊÈm*& ' "'4Ü Eh£'/ tvliPIP^^ll^fe' MÉrlt4 ' v$9^BBBBBflfl_BBBBBBflBBHBB 1''70' i7j*mM\ MÈmi '" *' '' . g*'v$ N'-_í®^P^^_^^^^« #^^*?ws^^^^®^^*^5_i^^^ '

^^^M ifc ' ¦ V i

"'*'¦¦'¦ :-;."'"':'.:-^::^:''''^V:,'ÍftV'>^/cV:>v';^ ': "¦'-> :-:;':';:'-:::-í ':-. ¦"¦'...:¦.¦.' ¦ -¦;-",''"'¦ ¦. ¦''¦"¦'¦¦;¦. .. ¦ ¦. j, ¦ ¦¦.-¦'.>"' ¦"¦";¦''' ."'¦ ..:£¦¦':'¦¦ .'¦-\":<;>;^' :'.:vV;;v:;:^;.Vi;-:>\::^^^ ': :;'X.,;:'''VÍíií*^'

v*t^rW íi-^^I^M^_^P J

;"¦¦¦:¦:¦-•:;.'¦>•._¦:.

'"'' -' •" -"' • '',':':*^^^^^^^^^^^»l^**':*^Si^

0

\y.

mm^mÊmmmmWSm,___—-^^

.mUí^fSiaMMMkJrAAmiMiUA

__

*j

»_

J A iV STEE N

(1626-1679)

A Enferma de Amor (Rijksmuseum — Amsterdão)

P_fn nintura é uma das mais importantes dc Jan Steen, entre o

_rrfnde Súmero deTbras que, desse autor, possui o Rijksmuseum, degrande^ numero ae om q t

quanto na execução piç-Amsterdão. lanto na cena qut. icp *± artistas maistórira este auadro anuncia que seu autor e um ao\d^01 . ,

r^mo nintor - dado que sua técnica revela em algum momento-Se? ?otina - Steen tem todas as características de um excelente-Híador Na grande variedade de suas criações podemos observar

n^entan-o que°em todas elas a atenção fica concentrada em algumasn°nhas gerkil Quando suas ^P^mm^^m^l^éW.plantadas para a tela, notamos em Jan Steen um pintor emmenie;

Sue não apenas seduz pela simpatia dascenas que escdhe comonelo alto valor pictórico de suas composições. Neste aspecto, WilliamHosarth (o pintor que, entre todos os ingleses, mostra mais analogiacom a sua obra) fica muito abaixo. Entre as obras de Steen podemossei™ fona? aSumas que são obras primas, tanto pelo colorido comonela harmonia da composição. Sua técnica, delicadíssima, diverte-seTa mafs minuciosa representação daqueles detalhes, Q™ POjfem dar_n nuadro uma maior animação. Porém, mais que por seu valor-écnÍSo a Sa de Steen sugestiona por seu .conteúdo emocional.•SrmadeAmor" é, nas artes plásticas, um prodígio de humo-rismo que só pode ser comparada, na esfera literária, com algumascriações de Molière. A mulher moça, enferma dé desgosto de amor,foi tema preferido pelos pintores do gênero daquele tempo, poremauase sempre foi tratada de maneira grosseira e trivial. Jan Meen,cóm um humorismo são, dá-lhe ar quase dramático, numa formaespiritual e de grande originalidade. Está a jovem enferma colocadaem posição natüralíssima, apoiando a bela cabeça nas brancas almo-fadas.*Séu olhar lânguido, perdido no espaço, permite jn_eri£.a;^.g.dadeira causa de sua doença. Aparentemente sem vontade, como mei-«ulhada em deliciosas recordações, entrega o braço ao medico, paramie este conte as pulsações. A ciência do faleno é, sem duvida, iro-

potente contra essa enfermidade e, perfeitamente compenetrado docaso, parece prevenir a enferma, dizendo-lhe que não é nos textosmédicos, mas sim no livro da vida, onde encontrará o alívio que pre-fende A maneira como estão tratados os panos e os acessórios com-pleta a sensação de obra perfeita, que o espectador experimentadiante dessa tela. - W. Steenhoff.

*^"'fr*'^ ^¦.'¦T^ffjaWtffiffi —arE^-S^r^? v-^^jWftf^^tt^^K^.viv^^lMHw^^ . "eÊm^mt *'¦' *** ' O'o .' JW»'&'» ** , V, '\ ¦ y**- '*¦' '^O*-¦*''.''''¦''-^*''iV*'-"*'^-í*^*T***^ i'1 'ífft'¦ /¦ w'i

,:,.v,0 i -*^ v "V '"""-m^iíá^^W*W^5êS^'í'^ V'*Õ''í'i' O' ¦•0'V..*;v'-''-.-y',^^i^^M^MM^^^M^HpBg r.' \'\Oi.'.*0,'.0" o-' ' *^vO ^0^ 'j-^.>ffli*

Vista das torres atmosférica e de distilação ao vazio, respectivamente, de uma refinaria de Paranaguá

SITUADA

no extremo seten-trionai da América do Sul,

Venezuela dista algumas ho-

M n 'cj

Q rt q Trmâs nktração pública é verdadei-NOSSOS 1 I* m U b

nmmÍ9 rica. Assim, naquelesd-Q América velhos tempos, com uma popu-

- * |.:s -;:,

' "^ XSiC- ' "''.'¦ ' 'ségii*

• .-O'- '•¦¦X'rXX;í?;:''..X'-

.-¦¦.,.-¦ :«£'¦ - " -i ¦;;'

if)

x 'i

:.' %. "¦ Xa -AM

W -ÍsL**b $ p* &tt ..^Ràitwia* YfiW* «Ewe? Sv.h** íí ie» i^ásW*

-* üTí% ^*"*& H mV éTm

I P'

ras da América do Norte, porvia aérea, e, apenas algunsdias, por via marítima. Bem

podemos dizer que esse paísirmão se situa como um orien- ^tador, na parte norte da América do Sul, convi-

dando os países austrais do, Novo-Mundo que,unidos em propósitos e ideais, se dirijam à con-

quista pacífica do porvir.Esta terra privilegiada foi' descoberta por Cris-

tóvão Colombo, em sua terceira viagem, no dia

V de agosto do ano de 1498. Conta a história

que foi batizada com o nome de Venezuela em

memória da preciosa cidade de Veneza, poisAlonso de Ojeda e Américo Vespucio, ao desço-

brirem esta região, encontraram casarios indi-

genas sobre o Lago Coquivacoa ou Maracaibo.Aberta à vida internacional em 5 de julho

de 1810, passou a fazer parte àò Gran Colômbia

para logo se constituir em república indepen-dente, em 1830.

Desde a época em que era colônia da Espanha,

podia ser considerada como país no qual a admi-

DR. ANGEL FRANCISCO BRICE

(Membro da Academia de CiênciasPolíticas e Sociais da Venezuela).

lação que não passava de no-vecentos mil habitantes, as ren-,das públicas tinham uma re-ceita média de, aproximada-,mente, 700 000 pesos (cerca de

2 800 000 cruzeiros). Em 1828, época da Gran a

Colômbia, segundo o estado de contas formado o

por Rafael Revenga, as receitas foram de 2 462 369

pesos e 6 centavos (mais de 8 000 000 de cru- ||zeiros), não obstante a interminável sangria que oo

significava para o tesouro nacional; nessa ocasião, o;

a cruenta luta pela independência.No ano de 1839, o governo da Venezuela ar-

recadou cerca de 2 727 176 pesos, o que vale

dizer que a diferença com as rendas, durante o

governo espanhol, não era muito grande, apesar;,;

da pobreza em que se achava o país, como

conseqüência óõ Guerra Magna, pois esta luta

tenaz não só esgotou as arrecadações fiscais, como,

também, devido à perda de homens, faltaram-;

braços no campo, advindo daí que as produçõesagrícola, pecuária e minerai, fontes de riqueza

(quase única) de então, estiveram na mais com-

37? Ano — N? 4 Setembro 1953

I

¦í:.y

F.Ü SEI TUDO

pieta inatividade. A estatística

sobre a exportação da Venezuela

vem demonstrar o vigor econômico

que 'a

distingue e %como. apesar

de haver sido administrada, du-

rante a maior parte do tempo, sem

nenhuma orientação científica, o

fisco, com algumas épocas de ex-

ceção, se encontrou bem provido,a ponto de cobrir as suas necessi-

dades .sem ter que chegar a

recursos extremos.isto é corroborado pelas cifras

correspondentes ao período ante-hrfüliícr de 1810, compa-.

{¦-fiy.fifi.fi com as do ano 1836-1837,das quais se tem notícias cer-

tas. As primeiras alcançaram a

soma anual de 4 776 500 pesos;i9 106 000 cruzeiros), as segundas,ou seja, as pertinentes ao períododa República, chegaram a 4 943 597

pesos e 5 centavos (cerca dede cruzeiros) .

,*-.¦¦ "V^V*^^'¦Vií.V* M|

i

_*dÉ_É___ S_B^P^^^^vW^^___S fl _

j%liiij«__KS^'^''^'y^iyf^Mr^O^Win'^^ ¦""¦¦ 4* fíteli^jiTfijTlT^ ' V" '*¦•' '. v ¦*¦ '•^" in

I__„_ ssãs. is&f JSffiSiaATspt:

9 774 388,20los quais nao

está

Como é natural, nessas exportações não se

incluía o petróleo, mas, unicamente, produtos da

agricultura e da pecuária, e o desenvolvimento

econômico ainda começava, muito acanhado e

cheio de entraves, peio que estes dados permitemdeduzir, com certeza, a potência do país quantoao desenvolvimento da riqueza.

A evolução continuou favoravelmente e, assim,

no ano de 1951, o erário nacional conseguiu .'

rendas num valor de mais de 2 256 milhões • de

cruzeiros, dos quais correspondem mais de 864

ao grupo dos hidrocarburetos, sem contar a con-

tribuiçãò da indústria petrolífera no recolhimentodo imposto sobre a renda.

Este ramo da fazenda pública alcançou, emtotal, mais de 502 milhões, dos quais a arreca-dação, junto às. companhias petrolíferas, montou

em 394 milhões; de modo que, ,em realidade, aindústria de -hidrocarburetos contribuiu para ofisco na média de 38,31 por cento, no que dizrespeito às suas contribuições referentes aos «im- >

postos de hidrocarburetos», e em 78,13 por centono que toca às entradas do imposto sobre a renda.

A fonte da maior contribuição é a do petróleo.Durante o ano ae 1951, ela se distribuiu, emcruzeiros, da seguinte, forma: imposto de expio-ração, 820 000; superficial, 31590 000; exportaçãode petróleo, 563 200000; exportação de gás,9 450000; venda de petróleo das regalias, 3 460 000;.transportes, 170 C00; cópia de planos, 4 000; eisto'tudo apresentou um total de 864 480 000.

A Venezuela lem outras fontes de riqueza, entreas quais se distinguem: a agropecuária, a in-dustria!, a de minas, o comércio exterior e o câmbio.'

respeito è produção da agricultura, no1951 foram exportados 12 929 000 quilo-

de cacau e 18 470 000 de café, os quaisna parte concernente à exportação,

e -65 140 000 de cruzeiros, respecti-

¦ *s * *¦ •¦ y-

Comano degramasderam,35 990 000vãmente. ¦

Por sua parte, a indústria produz alimentos, be-bidas, cigarros, oneumátícos, câmaras de ar, ci

mento, têxteis e outros artigos,

existe exportação, no. entanto.A mineraiogia, sem contar o petróleo,

formada, principalmente, pela extração de ferro,

ouro e diamantes. O primeiro deles produziu,em 1951, 1269 611 toneladas, das qua|s se ex- .

portaram 715 386; o segundo, no mesmo ano,

apresentou uma produção de somente 89 quilo-

gramas, devido à paralisação das atividades oõ

companhia exploradora, mas nos três anos ante-

riores essa produção" ultrapassou os I 000 quilo-

gramas, em cada um dos períodos;^ com respeito

aos últimos, produziram 63 765 quilates; já em

1948, a produção alcançou 75 513.

Num cômputo total, as " exportações chegaram .

a 4 533 milhões de cruzeiros durante o ano de 1951.

Para que se tenha uma idéia exata da in-.

fluência da produção na situação econômica do

país1, é bastante conhecer a percentagem quecorresponde às diversas fontes de riqueza, no

total- das exportações: o petróleo, naturalmente,

é o que contribui com maior coeficiente. Sua

cota é de 96.43 por cento, enquanto a do café

é de 1,44, a do cacau de 0,79 e a de vários

outros de 1,34. Embora a percentagem dos pro-dutos que nao são de petróleo, no total de

exportações, seja reduzidíssima, não deixa de

ser de alguma importância para a economia do

país, porque o valor se distribui, quase integral-mente, dentro da nação e vem dar um novo

impulso à circulação da moeda.

O câmbio é outra^das importantes fontes de

riqueza nacionai: segundo as disposições apli-caveis ao mercado de .câmbio, as divisas petro-líferas podem ser adquiridas, unicamente, peíoBanco Central, e este determinou . um preço de

câmbio. Assim, pois, em verdade, este mercadoé controlado, quase em. sua maior parte, peloreferido estabelecimento bancário, porque a in-dustria de hidrocarburetos é a que o prove demais divisas. Os contratos, durante 1951, ai-cançaram um -totai de 620 05 milhões, de dó-

.lares da seguinte procedência: petróleo, 608 70milhões; cacau, 8.14 milhões; diversos, 3.21 milhões.Isto significa que as divisas petrolíferas totali-

37? Ano — N? 4 — Setembro — 1953 89

Ji ¦"'• ¦-¦¦ v'/'v^^fev:.^.'.- •¦"'"' :¦¦ ¦¦¦•'¦'-'A:'- -^V^^^-V--:..: -,.;•'; ..¦ ¦¦;¦.: %í^vA^jí'AjV ;:.^j ^ , >¦¦•#^fflH^^^S^^PÉS^^'''^^:-'-'

«; ¦:" ' '' -Wv- : '^ "f^te^R^^^^^^^fc

Ím'.- ..'.^^AfiiiiflH| '^'.••^-^^'^''yrjjv-j'"

.''' / • •

'' «¦¦¦¦^¦¦^¦¦^¦¦^¦¦¦¦^^ JS SS'. M^!M^S^^H^B8I^^^^^^^^^^WflflJflM^^Bfl|iiBjMBK^^'!i^-.n.- ^^^^WÊÊem^m^^^m^l^M^^mÊMÉ^í^' ¦¦¦mmã miÊLiáM mM^mitititimm^^^é^m^mm wbwbêêS£%&&&@!?®.

fllfl^flMfl^flfl^fl^fl^fl^flwJ^HnnffWrnnWoiBi^^^^lWH^ ' Ti ií ^^^&$Wt^mÈÊ8$lf$mm

JÍI^R^SpsfiBTO'*^..^0..^--.^...'' -.'¦ .•.¦,'-¦'•'¦ JJJ.jJ.v.j;.,. ¦.'.,'•.tó:s-.--.vi>'';¦¦• wJ .c>-> Jv;.»rJ vc',.;.J. ¦¦'J.'J "•;.. .. .' ••:•'"-^. .%'J-^i u'-.•'" J ";¦ ' .•-.' -

ly'-¦•¦¦¦:¦

¦,..:/.

, - -

monte «La Frontera», om primeiro plano, e o «Montea exploração dessas jazidas, que deverão tornar-se fonte

zaram cerca de 92,8 por cento, as do cacau 1,3

e as do grupo variado, 5 por cento.Estes dados nos informam, com sua proverbial

eloqüência, que o petróleo é a fonte de riqueza

que está alimentando, em primeiro plano, a eco-

nomia nacional. E êle estimulou a fama de que

goza a Venezuela, até o ponto de haver contri-.

buído, em I95I, com 61,82 por cento do Jptaldas arrecadações fiscais, o que permitiu que a

soma de gastos totais no .referido ano montasse

à quantidade de 2.268.96 milhões de cruzeiros,

distribuídos, peios diversos ministérios, da se-

guinte -forma: Relações Interiores, 327 620000; ,

Relações Exteriores, 21780 000; Fazenda, -

141500000; Defesa, 193580000; Fomento,..,

1.51 910000; Obras Públicas, 810640000; Educa-

ção," 139 490 000; Saúde e Assistência Social,

142820000; Agricultura e Pecuária, I 10 780 000;

Trabalho, 20 830 000; Comunicações, 124 090 000;

Justiça, 68 660 000; Minas eHidrocarburetos, 15 270 000.

Vale '.destacar o fato de

que as; Obras Públicas ar-recadaram 35,66 por cento,isto é, a percentagem maisalta, e o Ministério deSaúde conseguiu 6,48 porcento, o que eqüivale a

percentagem mais alta, de-

pois da correspondente aode Relações Interiores, quefoi de 17,46 por cento edo de Defesa, que montoua 9 por cento. Merece serdistinguido, também, o Mi-nisterio • de Educação, queascendeu a 6,21 por cento,quase igualando com o daFazenda, que arrecadou

. "6,22**

por cento.

EU SEI TUDO

gresso material e culturaldo país, uma vez que, desdeogo, a administração pode

destinar elevadas quanti- .dades do erário àíconstrução dè obras públi-fcas, ao fomento da *saúde eassistência social e ao setoreducativo, três dos mais tm-

portantes grupos que con-tribuem, de maneira eficaz,para a manutenção do bem-estar social, porque, espe-cialmente, dão impulso aodesenvolvimento rodovárioda nação, fortalecem osmeios requeridos para satis-fazer as necessidades pú-blicas e melhoram o ^stado

físico e moral do 3 entohumano, por mei-; !utacontra as enfermidades e a

ignorância, a fim de que o país possa con arcom homens sãos e fortes, capacitados a resis.irna luta pela vida.

As quantidades indicadas, constituindo verda-deira «dança dos milhões», demonstram, palpà-velmente, a necessidade que existe de semear o

petróleo, segundo a feliz expressão do nosso ma-logrado dr. Adriani ou do notável escritor pátrioUsiar Pietir. A frase se atualiza cada vez mais,

porque, seguindo por esse caminho, o país j jbaria

por tornar-se monoprodutor e folga indicar o"

grandes males que esta situação pode criar-1-se, por desgraça, chegasse a sofrer o -petro

uma dessas crises a que é tão propenso c

também, se pudesse ser descoberto - um subs*".

tivo capaz de.efetuar uma competição de

desvantajoso para o petróleo.O problema, portanto, embora nã-~ one,.

é de importância constante e cr. e.-i'- unca

Bolívar», ao iundo.de riqueza do pais.

Estas cifras deixam ver,de maneira evidente, a in-fluência decisiva das arre-cadações fiscais no pro-

„.*.:¦•¦. .ti.-:.--. WSÊÈ ." ^&É£ '•'- -'¦-•¦''rn. ¦'¦"¦¦¦:¦¦&»¦ •j»&'«*ÍSÍ»ébí:2V ^flRi'.:'''-'-.;''.-.'*-i3^Bft»'«-v.;.-y-..:f,5"• ' 'álfs ¦' '¦'-"' '¦&•' *• . ^&^ "-'^^Ê %3Êt ?*WW''' ""'¦¦'-'*'

fly iH fP^rffiíiiP ¦^¦tititiáÊÊÈeÊBs&f '^^S-T^ffil

^W^ Í^Ê ^Ec^l

-'•". - i^l Hfl1

WÈB3bÈ$ÈÈ&'%;•".'¦ • ' ' ''¦¦itii&l^'' - '"i' ¦"'¦ ,'i"-.' :1'.•'•¦.'.' '-?^S-r>¥v^^^^^

Tr^S'i^

m

ti

'.,¦tilti

SalümH

.... ->':fm

m

: ; ¦•;.? f W:bl

¦m

¦,yh:

vii

:

Uma das obras de irrigação destinadas a incrementar a produção àgricola.

Ol«M«>tfWTfl,^Te?fW^'JBSfff?Sffi^S!Sxmàamxm^mBÉMttiiÊBÊBÉÈlÈmStÊÊ&lfâ**^

HSBBHBS^''"- - ' -" / *a'..•;* '• "..'.. AAAA-;;y ' •'• A* '-' ¦ A '' A

'

A

'r-' ri

f^fllit

::'ÜM

37. Ano i\<s 4 -~ Selembro 1953

y

EU SEI TUDO

seria demais dedicar-lhe, ^"^^A^e

comentários, pois pensamos que as real zaçoes que

se tenham de levar a cabo devem tratar_de ete

tuar a desejada semeadura, de um modg ap o

orlado por meio do fomento plen.f.cado da pro-

d So principalmente da riqueza agrícola pe-

cuária e industnai. Mas que essa plamficaçao nao

selafefta a retalhos, sim em consto: devem

trica se as linhas essenciais de um programa para

a obtVnção de um resultado satisfatório, e estabe-a obtenção . ma e desdo-lecer-se um método que sirva *» ensaios.

bramento, até chegar ao f.m. Chega de ensaios

Êste assunto da produção haverá de ser ne

V- a*+* nor etaoas, e, referindo-se a de-

^ ^X; produlof^iciaímente abastecer o

con" - nacional, paraAgo pensar "« ^Íevem

Ém seguida, quando -se pensar na mesma, devem

7r escolhidos os produtos que possam compet.r

ERRAMENTA DE SER-VIÇO — Em Toronto,

Renneth Coughlin foi( prê-so sob acusação My car-regar arma ofensiva . Ln-tretanto, desculpou-se, ex-plicando ao juiz que cpre-cisava da "bengala-esto-.

que" para a própria de-fesa, no exercício da suaprofissão. Era coletor dosimpostos.

'Ayy

com êxito no estrangeiro. O caso é complexo, sem

dúvida o que significaria mal entrever a solução

do problem", se êste não fosse atacado em suas

bases centrais: caminhos, eletrificação, créditos,

riscos sem coordenação e sem método, sao moda-

dades ê requerido, principalmente, que se vá

bem fundo: aumentar sistematicamente a produção

WiLm fonto de riqueza pelos ^s-ce-

sérios, porque, produzir com método 9"^^

dubitàvelmehte, "

semear o petróleo t, - por isso,

fé é empo de modificar o_ celebrado adég.o. para

qualificá-lo. Assim, poderia dizer-se com maior

Propriedade, talvez, de acordo com seus ms, que

L deve «semear metòdicamente o petróleo»

A soluçfo do problema é, portanto, de método

deAsterna, de pianificação, para que se,am ,n-

crementadas as principais fontes de riqueza com

que conta o . país.

J^,,,'IMPLES PREFERÊNCIA

Em Elbowoods,North Dakota, o diretordo serviço de Proteçãoaos índios anunciou, noBoletim Oficial, que Geor-ge Lobo Rasteiro mudarade nome, passando a cha-mar-se George Corvo QueVôa Alto.

.

ONFIANÇA — Em* Agincourt, França, oferreiro Henri Vinten foiencontrado, pelos bombei-ros, tranqüilamente nacama, lendo o jornal, en-quanto a sua casa quei-mava. Interrogado sobretal atitude, êle respondeu:— "Não me levantei por-que julguei que não erapreciso. Os senhores fa-zem o serviço tão bem..."

m

j AR, DOCE LAR — Em^ Portland, Oregon, asra. Hattie D. White so-licitou divórcio, alegando

*

r—- '"'.,.'"'.

que seu marido não ape-nas cismava de ver fan-tasmas, como, ainda, naoa deixava dormir, com amania de conversar atealta madrugada. — LmMemphis, a sra. Mae W.Butler pediu divórcio por-que o marido estava sem-pre afirmando que ela napentendia da política na-cional. — Em Boston, asra. Betty Aplebaum Wei-ner pediu divórcio, ale-gando ao juiz que o ma-rido a havia surrado...quando a encontrara lendoa seção de "pequenosanúncios", de um jornal,com a esperança de en-contrar algum trabalhopara êle".

T ADRÃO QUE ROUBAJU .. LADRÃO ¦— Em Gand,Bélgica, quatro mineirosforam presos por passardinheiro falso. . . que re-ceberam pela venda depratarias que haviam rou-bado de uma residênciaparticular.

Isto crue os leitores v«em. acima*é fruto da imaginação dos modistasingleses. Trata-se de roupa de praia.O chapéu, que protege contra osraios solares, tem indispensáveisaberturas, como óculos, sem o quea proprietária (que não sabemosse é bonita ou leia de rosto) lica-ria completamente cega e arriscadaa sofrer uma queda deselegante.

IPLOMADO — EmDenver, Robert L.

Rouhsley,. depois de con-fessar a autoria de váriosroubos, declarou à poli-cia que aprendera tudosobre crime, cursando au-las de criminologia e ob-servando os trabalhos delaboratório no Departa-mento da Polícia Técnica.

r ' -; ¦¦ ¦',./. -rrr

P .-.' p ¦-'¦'. .' '. r

37? Ano Setembro —- 1953 91 ..í.-.í--;í. u.yy'EU SEI TUDO

O ÓL de TUNG

IN

rr-.

r

r

'rr%

*£::¦

Flores de Tuna.

SERÁ, PROVAVELMENTE, EM FUTURO PRÓXIMO, UMAGRANDE INDÚSTRIA NO SUL DOS ESTADOS UNIDOS

de Mississipi e Louisiania, sendo New Orleans a «porta-de-ouro»para as nações que não têm outra fonte de abastecimento.

.AUMENTO NA PRODUÇÃO

Estadu:m iv^i, os tstados Unidos produziram 8 750 toneladas de smentes de Tung, das quais, 3 700 correspondem ao Estado de

Mississipi, e l 800 ao de Louisiania, sendo esta última a segunda

região produtora dessa nação. Em 1946, a produção total ascendeu.a 47 300 toneladas, das quais, 20 000 corresponderam ao Mississipi

e 14000 à Louisiania. Da mesma forma, o valor da colheita de1941, que chegou a 773 000 dó-

.-ry

¦...rr.

• ¦-¦m

Hr

¦W

*%!!

m.'¦r_

1Ir,;¦•:¦:

-**...'¦ ¦ •.¦¦ y_r- .-._____¦>. ¦¦- ¦- -.--. •-^ÉÈ^Km_m-m____M____--: ¦:¦'¦'¦¦vrr:-¦¦'¦¦'.-¦•.-..-: jm _________¦'• -jm m__Ê__y^y-:rrr:r rrmÊk' ' ' _J_J_m m_\_____L.

m w^* \WÈÊ0yy;'¦ M Mr^' ¦'¦'¦¦¦:• ¦^¦'^mã w^rrrrrr

|^^PK7:-íi JI ¦hrifl ¦JES/íyyy.pv.-fty.M

*»sjijv;p____m^&ri-ÍSi:rr,r.m mhMrr-:.-,

*¦-. >*^h^^f-.^^k.j^^i ^^¦lsv*'-"..v- •-.-¦ ^__________m______m_t .ii.*.-\Hb^^*I ¦^'-áS1^!! ¦ -- ¦¦'¦¦¦ ::^^mmmmfnW<m^M tm__iSr_v^^f_m m^^A'-'-''-

^^HSbí.. - 'mm- '-:.r,,^mm mr. ,->*, p -;'i ^^^^B^^Bfit--1 ¦"-'.* "J_^_m \^_M''-'' -,i'!^H^H^Hr..'.

Corte secional de um fruto de Tung.

Flórida. A re-de

óleo de Tung, essência in-

substituível nas indústrias

de tintas, vernizes e matérias

impermeabilizadora.s, consti-

tui uma das mais novas e

prometedoras indústrias dos Es-

tados Unidos. Sua exploração

se tem concentrado, conside-

ràvelmente, na região central

da costa do Golfo do México.Antigamente, a semente do

Tung era produzida somente na

China, constituindò-se os Es-

tados Unidos o principal mer-

cado mundial; agora, porém,esta semente está sendo cul-

tivada em grande escala nos

Estados de Louisiania, Mississipferida indústria é, já hoie, avaliada em milhões

dólares e, dia a dia, vai sendo incrementada.

Mesmo que a China, açoitada pela luta constante

que 'ainda tem lugar entre os guerrilheiros e as

tropas comunistas, recuperasse sua antiga produção,os plantadores do Tung, no iul dos Estados Unidos,

podem contar, definitivamente, com um mercado

doméstico, que cresce dia a dia, como, tambem,

com um campo prornetedor no comércio estrangeiro.

O óleo e as árvores de Tung, assim como os

produtos manufaturados que derivam dessa semente,

apresentam, agora, grande procura, em todo o

mundo.

New Orleans é o centro da zona mais rica dos

Estados Unidos, em relação ao Tung. Dizem os

técnicos que o óleo de Tung produzido na região

circunvizinha de New Orleans, estendendo-se ate

a parte Leste dos Estados Unidos, é superior ao

que a China, anteriormente, produzia. Quando esta

nova indústria alcançar o plano necessário à com-

pleta satisfação doméstica, as exportações aumen-

tarão em grande escala, não obstante se^ esteiam

embarcando, na atualidade, para a América do

Sul e para a Europa, via New Orleans, tintas e

artigos impermeáveis que contêm Tung.

Mais da metade da produção total de sementede Tung, nos Estados Unidos, provém dos Estados

e um au-na pro-

WftM/• yy.'-; •.\-."V-;.y-;\rv^V^7-"\;;V*-.T-..,7-.

w - » - I —I — —' _J

lares, se elevou a 4 706 000 em1946, repesentando um preçomais alto por libra,mento consideráveldução.

O óleo de Tung apresentavantagens distintivas que nãotêm substitutos. A indústria detintas e vernizes consome, or-dinàriamente, cerca de 80 porcento do óleo, pela forte razãode que este seca rapidamente,

produzindo uma espécie de capaimpermeável, é invulnerável àação dos ácidos e resiste aosáicalis. As tintas e vernizes quelevam o óleo de Tung em suacomposição nao mudam de côr

fl

«Sr f-*ias '^i^^ftBBf-kft^ffMiffircffi ...^^\\-^'-^&S___t_____\\\\\\____\\_\\\__KwP^__m ,.-

MÉMBfairrriflir!,, r, ¦ ' ¦ r--r './-•.. v*v *-i*f '''W<wíyS^^^f^í^^^^^^^^¥»S^s^S^^^i_%ml^mSr. 88iM •ml________3B&^________m mfamàt&ÊjK ¦r^i.r.rír.ri.rr \<rry%^y{^f^^^&-r^

_\\\\_\\__WÊÍfaj& \\\\\\\t£^ • '•__.'¦ "v-éte^íí»'*' W

As árvores de Tuna também sao usadas comoornamento Em plena floração, suas flores saolec™r branca ou. então, ligeiramente rosadas.

*'"'

S'V, [' I'

I ; X

.' __,*¦! "

* f _

1

1 í;

»- \r 'Aí

¦¦-¦ ¦-, v ¦- -í"':'*- '.'¦

92EU SEI TUDO

e nem sofrem qualquer dano ocasionado pelo

clima. O óleo isca de tal maneira, que parece

selar tudo o que cobre. Suas moléculas se fundem

entre si, e uma capa, rija e resistente, logo se

forma. Devido a estas incomparaveis caracte-

rístícas, as indústrias têxteis e os fabricantes de

¦artigos para uso militar necessitam de uma grande

quantidade de, óleo de Tung ou de produtos que

contenham o Tung. .

Capas impermeáveis, guarda-chuvas, tendas de

campanha e outros materiais semelhantes, levam

o Tung como componente, em altas quantidades.

Esse produto demonstrou, também, sem paralelo,

ser um magnífico elemento de proteção para o

concreto e as obras de alvenaria, para as redes

de pescar, sapatos e maquinaria exposta a água

37? Ano —' N? 4 Setembro

A

MÊm

_J(_fKv'¦.¦.«-¦.¦ ¦-.--. '.¦'-¦.¦¦--^ástfÔfiÇv'''¦."-'' '¦•"•%_¦?'*•"¦ vv"'"L^'i'_^_K£A_w^vHb_9ttt ^_w_ffiffi?*lrl_BBHf'*"^&iraS^^m^ra^3HíJ^^^^^B BBfMBÜtoQ^

¦ '-'¦•'¦VviV'\VvV.'^*_^ '¦•'¦ .'\'iJfi\\.^mE^Sm^^f^^St^mmmm'^Ê^^KiAy^-

O fruto do tung nasce isolado ou em cachos, d©-pendendo do número de flores fêmeas em cada calho.Embaixo: — Frutos, empilhados após a colheita.

; ] 953

hidro-

'M

a uma atmosfera úmida, como os

aviões e os diversos tipos de embarcações.

Na maioria dos casos, as especificações do

exército e da marinha dos Estados Unidos exigem

o óleo de Tung para a fabricação de petrechos

e móveis militares, que devem ser impermeáveis.

O equipamento e alojamento de instalações civis

e militares podem consumir, facilmente, uma grande

parte da produção de Tung.

A zona do Tung, nos Estados Unidos, é um

campo de experiências, tanto para os interesses

privados, como para o governo federal e de

cada um dos Estados. O Departamento de In-

dustria e o Departamento de Química Agrícola e

Industrial, ambos constituindo seções do M.n.s-

tério da Agricultura dos Estados Unidos, tem

levado a efeito um extenso trabalho de investi-

qações na horticultura e na química do Tung da

mesma forma que têm efetuado pesquisas em torno

da extração do óleo da semente, e do melno-

ramento da quaiidade das árvores, eliminando as

variações individuais.De acordo com Joseph Lallande, presidente do

Comitê Agrícola, aa Associação de Comercio ds

New Orléans, espera-se que, nos próximos anos,

o gráfico que exprime as variações observadas

na colheita do Tung (sempre ascensionais ate

agora) apresente, ainda, maior elevação, subindo

mais e mais. -É interessante ressaltar que, em 194/, a Loyi-

siania possuía quatro depósitos de trituraçao oa

semente, ao passo- que o Mississ.p. tinha um

número ainda maior desses depósitos. Atualmente,

embora não possamos afirmar com certeza, esse

número foi d-uplicado, em ambos os Estados óo¦ progressista país.

O óleo não constitui a única parle de valor

da semente. A farinha, que sobra após a extração

do óleo, é muito apreciada, e experiências reali-

zadas há pouco tempo provaram que a casca

da semente pode, também, ser utilizada no mesmo

sentido. Estudos contínuos, nesse campo, tratam

da verificação de outros produtos acessórios úteis.

SOMENTE UMA VARIEDADE' É CULTIVADANOS ESTADOS UNIDOS

Nos Estados Unidos, somente se cultiva uma

das muitas variedades de Tung. Trata-se ód queé conhecida, tecnicamente, como «aleurites fordn».

Esta variedade não é inferior, sob qualquer ponto-de-vista, às demais espécies que, durante séculos,

têm sido usadas na fabricação das laças orientais.

O óleo constitui de 23 a 27 por cento do peso da

«aleurites fordü».Mesmo supondo que a China vo'tasse a apre-

sentar- a mesma produção quf lhe era peculiarantes da guerra, o que nao sucederá senão daquihá alguns anos, os Estados Unidos permanecerãocomo a principal fonte do óleo de Tung. Os

métodos americanos, postos em prática para a

extração do óleo, não são apenas superiores aos

utilizados na China (onde se empregam ainda os

mesmos sistemas que remontam à dinastia de

Ming, há vários séculos) mas, também, são os

Estados Unidos o único país — com exceção da

Argentina — que cultiva o Tung com êxito, numabase comercial.

NOS a yTEMOS O MMMWmciSÂ

8 - DICION. DE PROVÉRBIOS FRANCESES ...y • DICIONÁRIO DA MITOLOGIA

11 - AS CHAVES OCULTAS DO PODER12 - COMO INTERPRETAR OS S0NH08 .......13-COMO LER OS PENSAMENTOS14 - COMO LER A8 MÃOS15 - HIPNOTISMO PRÁTICO • ¦ •17 - MORTES CURIOSAS E ESTRANHAS18 - COMO EVITARA SOLIDÃO AMOROSA. ...20 - SUGESTÕES PARA CARTAS DE AMOR ....21 - CORRESPONDÊNCIA AMOROSA22 - QUEBRA-CABEÇAS E PASSATEMPOS23 - COMO SE EAZER AMAR24 - ITALIANO SEM MESTRE25 - FRANCÊS SEM MESTRE -. • • •28 - ERRC* DE PORTUGUÊS E 3/ CORREÇÕES27 - FALA E ESCREVE CORRETAMENTE30 - A LEMÀO SEM MESTRE31 - ESPANHOL EM QUADRINHOS32 TES SIR - INGLÊS SEM MESTREM - TESTES PARA SEUS CONHECIMENTOS ....Jfi - MANUAL DO MOTORISTA18 - DíSTALAÇÒES ELÉTRICAS59 - COMO TWAR A SORTE PELAS CARTAS.. .<« - ESPUMAS FLUTUANTES - Caslro Alves...

I - COSTUMES SEXUAIS ESTRANHOS5 -CUIA ÍNTIMO DA SEXUA LIDADE8 - V1GOR3SXUAL

51 - REGRAS PAR.. JOGOS DE CARTAS53 - DICIONÁRIO DE RIMAS«0 HINOS DO EQUADOR - Castro Alvus «I - ELETRICIDADE «DO AUTOMÓVEL«2 - FORMULÁRIO DE MECÂNICAM - GRAFOLOGLA PRÁTICAU - PROBLEMAS SEXUAIS DOS SOLTEIROS97 - ESTIMULANTES SEXUAISBB - O LIYRO DAS MÁGICAS e« - TIRA-DÚVTDA3 DE PORTUGUÊS 7» - TESTES DE INTELÍGÈIfClA80 - DICIONÁRIO DE CITAÇÕES - 19 volumeII - CENAS DE AMOR (do» meRwres romAiees)tt - A ARTE DE EA7ER DOCES86 - A COZINHA NORTISTA 87 - MÉTODOS PARA LIMITAR 08 FILHOS .....BS - DICIONÁRIO DE PROVÉRBIOS BRASILEIROS90 - MODELOS DE CARTAS P/TODOS CS FINS .91 - ESTUDOS SOBRE O AMOR93 - A CONQUISTA AMOROSA E SEXUAL93 - A ARTE E A TÉCNICA DO BEIJO94 - A SANTA CRUZ DE CARA VACA98 - DATILOGRAFIA SEM MESTRE

131 - OS ESCRAVOS - Po*«l*a d« Castro Alves . . .122 - DISCURSO PARA TODAS AS OCASIÕES133 - REGRAS E TÁTICAS DE XADREZ134 - PARA CONQUISTAR AS MULHERES 125 - PRÁTICAS SEXUA» NO MATRIMÔNIO129 - JIU-ÍIT3U SEM MESTR*-130 - SEXOE PSICANÁLISE!J1 - SENSUALIDADE - 1? volume132 - SENSUALIDADE - 29 volume133 - SENSUALIDADE • 3? volume135 - NATAÇÃO SEM MESTRE1W - PARA CONQUISTAR 08 HOMENS138 - ENCU1ÇOS DO AUTOMÓVEL139 - ELIMINE 3 COMPLEXO DE INFERIOR© .HO - A CARNE - Júlio RibeiroUl - APRENDA A DIRIGIR SOZINHO142 - A CACHC£1RA DE PAULO AFÓfcSO-PtWIi*143 - MODELOS DE CARTAS COMERCIAIS1.4 - DICIONÁRIO DE CITAÇÒES - 29 volume ....145 - VENÇA A TIMIDEZ SEXUAL148 - RÁDIO PARA PRINCIPIANTES H7 - MÉTOD03 PARA HIPNOTIZARH9 - REGRAS DE ETIQUETA SOCIAL150 - CURIOSIDADES E EXTRAVAGÂNCIAS151 - FATOS CURIOSOS E INACREDITÁVEIS... .153 FÓRMULAS PARA GANHAR DINHEIRO ....,154 - TROVAS E MODINHAS POPULARES 15,. - ASSIM SE EMAGRECE COMENDO157 - COCK-TAll DE PALA VRA3 CRUZADAS ...,158 - APRENDA A FAZER MÁGICAS 180 - ENFERMIDADES SEXUAIS161 - CONQUISTE AMIZADES162 FORMULÁRIO DE CORRESPONDÊNCIA ...163 • MODELOS DE CARTAS SENTMKNTAB ...164 - TESTES DF MA3CULINIDADE

15,0015 0015.0010,0015.0015.0015 00IQ.0015,0015 .015.0015 0015,0012,0012,0015,0015,0012,0012,0012,0015,0015,0080,0015.0010.0015,0015,0020,0015,0015» 0010,0015,008,00

15,0015,0015,0010. 0015,0010,0015,0010,0015.0010,0020,0015,0015,0015.0015,0015,0015,0015,0010.0015,0015,0020,0020,0015,0020,0020,0020,0020,0015,0020,0015,0020 0025,0015,0010,0015,0015,0020,0015,0015,0015,0015,0015,0015,0015,0015,0010,0015,0020,0015,0015,0015, W15.00

165 - DECLARAÇÕES DE AMOR166 - A EDUCAÇÃO SEXUAL DOS FILHOS168 - A ORTOGRAFIA CORRETA169 - ANEDOTAS170 - APRENDA A DANÇAR (Sem Mestre)171 - APRENDA A FAZER VERSOS172 - TEORIA E PRÁTICA DO EXISTÊNCIA LISMO173 - REGRAS DO FUTEBOL DE MESA174 - MANUAL DA VIDA SEXUAL176 - CANÇÕES DO EXÍLIO (Casimlro de Abreu)177 - SUCESSOS MUSICAIS (Sambas e Valsas) ..178 - GRANDES CORTESAS - 19 volume179 - QUO VADB (Condensado)180 - NANÁ - Emile Zola181 - O RETRATO ÜE DOR1AN GRAY - O. Wildt187 - GUL\ DE MAS8AGENS NOS ESPORTES188 GUIA DO MECÂNICO DE AUTOMÓVFL189 - DICIONÁRIO DE CITAÇÕES - 39 volume190 - REGRAS OFICIAIS DO FUTEBOL192 - 1001 INFORMAÇÕES ÚTEIS193 - DICIONÁRIO DE NOMES PRÓPRIOS194 - O VERDADEIRO LIVRO DE S. CIPRIANO195 • MADAME BOVARY - Gustave Flaubert196 - DICIONÁRIO DE CITAÇÕES - 49 volume ..197 - HOROSCÓPIOS PAHA TODOS198 - AS CHAVES DE SALOMÃO199 - HOMEOPAT1A PARA TODOS201 - O SONHO DE TOQUENHO - Col. Infantil202 - O GATINHO PERDIDO - ColeçJo Infantil . .204 - CS PINTINHOS CONVENCIDOS- Col. Infantil205 - ENFRENTANDO O PERIGO - Col. Infantil .208 - AS AMANTES DO IMPERADOR207 - CRIME E CASTIGO - Dostoiewski208 • A TABERNA - Emtle Zola209 - A CONQUISTA DO DINHEIRO210 - O HOMEM QUE RI - Vitor Hugo 211 - REGRAS E COMENT. DO BASQUETEBOL ..212 - LEVANTAMENTO DE PESO213 - O CASAMENTO E SUAS FORMALIDADES . ..214 - TENHA SANGUE FRIO215 - A BESTA HUMANA - Emile Zola21S - MADEMOISELLE DE MAUP1N - T. Gauilcr217 - GRANDES CORTESAS - 29 vol. - H. de Kwh .atS - ANA KARENINA - Leon Tolstoi219 - 500 TESTES DE PORTUGUÊS220 - LIVRO DE BOLSO PARA ENFERMEIROS . ..221 - PRATOS ECONÔMICOS E SABOROSOS222 - IRACEMA - José de Alencar223 - O CONDE DE MONTE CRISTO - A. Dumas..224 - UBIRAJARA - José de Alencar225 - DIVA - Josó de Alencar226 - A V1UVINHA - 5 MINUTOS - J. dc Alencar..227 - A MORENINHA - Joaquim M. de Macedo...228 - O MOÇO LOIRO • Joaquim M. dc Macedo ...229 A DAMA DAS CAMÉL1A3 - A. Dumas Filho.230 - COMO SE FIZERAM AS GRANDES FORTUNAS231 - CURSO ELEMENTAR DE RÁDIO

- O NU ATRAVÉS DA AKTE- TÉCNICA E PRÁTICA SEXUAL- FELICIDADE SEXUAL NO CASAMENTO . . ..

232 - HISTÓRIA DE UM BEIJO - P. Escrkh233 - FOTOGRAFIA PARA PRINCIPIANTES .234 - MANUAL DO FOTÓGRAFO AMADOR235 - FOTOGRF. EM PERG. E RESPOSTAS.236 MÉTODO DE CORTE E COSTURA237 - REDAÇÁO OFICIAL238 - A PATA DA GAZELA - Joaé dc Alencar239 - L UCÍOLA - José de Alencar240 - ESCRAVA BA URA - B. Gulmar3os241 - SENHORA - José de Alencar242 - DICIONÁRIO DE SINÔNIMOS.243 - AMÔRE3 DE UM MÉDICO - J. M. Macedo244 - TÉCNICA DE INJEÇÕES E CURATIV«OS245 - O JOGADOR - Dostoiewski2 4fi - APRENDA A FOTOGRAFAR247 - 1001 INFORMAÇÕES ÚTEIS - 29 vol248 - ROMANCE DE UM MOÇO POBRE - Feuillet.250 - MANON LESCAUT - Abade Prévost251 - A MÂO DO FINADO - Alexandre Dumas352 - A ILHA DO TESOURO - Stevenson353 - A3 LEIS TRABALHISTAS258 • O TRONCO DO IPÊ - José de Alencar257 - MODELOS DE CARTAS - 29 volume258 - RACHA-CÔCOSou Quebra-Cabeça p/Sabidos .25'J - TRUQUES, QUEBRA-CABEÇASC/NUMEROS260 GUIA DO CRAQUE268 • MORRO DOS VENTOS U1VANTES Brontf .

I^SF / _P*£m m mtm m*wmm^m^9wm99m^9mB^Síom9t m9 A*'V/< «''^5^^s^?^^^P ^b¦ B I ^^mi^^^9^\^909t

10'00 *"" 'W "'" Braneo-25 - K,,a do °uvidor' lA0 _c* R,,n M<íxlro' i28-l?Sc?Rrc1oja

10,'0015,0010,0015,0015,0015,0015,0010.00

áAO PAULO: Hua Conselheiro Crispiniano, 40;.BELO HORIZONTE! Rua da Bahia, 684RECIFE: Rua da Palma, (Edifício dos ComerciáriosSALVADOR: Praça da S., 20 e 22E TAMBÉM:.«m trtdas as "LOJAS BRASILEIRAS DE PREÇOS LIMITADOS

em toiJo o Brasil.INTERIOR: Peç» pelo HEEMUÒLSO POSTAL, pelo ial.to abaixo, enviando o seu

pedido para o Rio tle Janeiro.

PfÇO ENVIAR PEIO 9EEMB0LSO POSTAL, 0$ IIV80Í CU30J NÚMERO* INDICO ABAIXO:¦ » ujo, nir my-^jp ¦***'. «m» «mmw *** 'mm ¦» m* mm ***

IMTflRâftEnilMG

c i^\o v. w

jARNEIROS/LâvI 810 BRANCO, 25 - Df P. 1 -B—RIO OE 3ANEIR0

NOME:

f N.O TCMOS CATÁLOGOS). N0Í PEDIDOS ABAIXO DF CI?1100,00, Hà'AUMENTO 0F10*

RUA:

LOCALIDADE;

ESTADO;(tfÃ0MANÜC DINHEIRO, NEM SELOS, NADA ADIANTADO*

¦

-:;

EU gEl TUDO

X

94 37° Ano - N° 4 -- Setembro - 1953i

,#

ít

Íifl-J '¦

HOJE nâo é rauito fácil. As'sala» são pernas e - «^K^-ÍS- "

casa não gostam de oferecer jantares americana, *™m™J£™" jantar ,

brando os pratos nos joelhos. Não podem dispensar uma sala de jan

Mas, como oferecer, também, o conforto deum pequeno Iiwnjr.

Eis o grande problema ! Mas há, sempre, um bom recurso, quando

se procura resolver o problema com bom-gôsto e a ajuda de um

lápis e uma pequena régua. Porque a melhor divisão dos mo-

veis deve ser conseguida era, papel quadriculado, sobreo qual os móveis são de-senhados proporcional-mente e colocados no __imelhor lugar, para serobtido o arranjo ideal.

Vejam, pelo esquemaque publicamos, comofoi conseguido o obje-tivo da sala-de-jantarno mesmo recinto deum pequeno,

"living".

Junto da janela maislarga, servida por umdivam, está a mesa,com três cadeiras, No ou-tro canto, aproveitando toda

uma" parede, um confortável sofá, a mesinha e mais uma

poltrona. Ficou ura bom arranjo, principalmente, por tersido "cortada" a divisão com o pequeno aparador e o "abat-

jour. Também o tapeie ajuda a dar independência ao living. O mais é questãode bom-gôsto, de saber escolher a côr dos móveis e das cortinas. Escolham cores

vivas alegres, formando contrastes atrevidos ! E viva bem numa casa alegre

; . \'¦

\ll

iwÊÊ: < ....

It'"

I £__ JC" ri¦*'<—.. Miiiiiiiiiin'ii''i8ii«ii«i>iiii«'N»7ii' V"'"

'

|j . jlí 3 x4JLo

I ? ;. 1 r-i 7.77.

mim __?*&'¦•¦ '¦-. í ¦¦ ¦'¦:¦¦¦¦.¦¦'.

!, ti-y.y ¦¦¦ "¦ ¦' \

¦ fXXixiX: : ' .\rfe 3r:r. -.. !¦¦¦ -. * -.¦¦:¦•¦¦. ¦:¦ ¦ ryyyy

K; -|fe;-.....- y y 7....... -. .yy.yy .,.„4 L71-'-7- ii .»—ui, i . . i ¦ '¦''

I -5Ü ZZ í

Í::ySmT. —:¦'mi.' '

¦ : *h. i yiJjíyr.X'

i Ê

'41

\\

.iim »nZ- ¦¦: '¦¦'¦-"¦.."'¦," *' xy.y-y ¦;:'- - jty¦ ¦'¦,,,>:¦: :i:yyX: ¦'¦¦ Jp?J ¦

f p| XXX „ '¦¦:'..

X:r ¦-, Xy yy. !:...%'¦ ¦';.:' ,XÍ X ".:¦: xXX, "">.- BíS'A. * ¦* iv** *>V >;*'*' í JO -J.

¦ '7 . ,..J -. ¦:¦ -. t ¦ , i- ¦**¦&- 'j. i * -v -O* ! ffpPr.

^t^XXiX- i_W_MW I r*K--f"^'JÊ.-'''- * I

\J^ 0.xvtx^"' t ¦ :W x-

* m ?

ri:

8ffi||Íl§síívS;'ii i- miiiiiiiimmwMIMIIIMMIIIÍBWIM¦;- -.;--,r ;-:;;.'¦ x<^.. -

'' ¦-:¦;. - ?:,

. ,.... ',. '.'."' ...,: :•¦¦X.<4-.-!: >•'¦:¦ '¦ ¦.'_.'*'¦¦.'>"._ '- ¦: ... - .'iv\ ¦ ,¦':',, - /¦'¦¦'¦ ,-¦¦{ ¦<">... ¦ .'¦ ¦¦¦"!

í»\i.-

370 Ano - N<? 4 »» Setembro — 1953 95 EU SEÍTU0O"1

-- mm • ¦¦¦ ' ri """^^;:¦ <3ttjdgljÉBlr 1 I !,^%

'i ' .••>,-?HBfiB8BP • n : i tf 1í * '- - - 1 - 1 li • I -í "-¦ I II-

^^S^aT^^^^B 1 =: i \ ; 1 "¦¦ I m! li1 "¦¦¦¦¦'m^BÊ^í^^í^^]^ l-i ih 1 - l .1 I ííl íl

':' " *fcF?l JÉTfliniiíflfr^ ^âÍ^É^QtfV^7#Nfc :/: Ili ti

fe 1 ''I ^BBP _. ^ "^ A^A^ZAJ^^t^^^Ê. if" ffi "¦'"•'

l'|ü ... ~T- Jjw .M«ssb_s5__í.'- i-MH______B-..-¦*¦ . v^-^HSpSç^W ____P^^ssl_!______fc^'<;:: _____HI(r__^ _*P jr_#*¦_£ •<" JF&mr M ff^^^w5^,^»^!!^!^^»^ aãS? í ^S». iíí H, ^«íliía

ISSÉÍiP*'¦• •^SP^i^,- :.-.'¦::*-:-'¦--.'-:•. ¦ ¦.¦yMI.;l»;:'.t .¦-¦•l^^Mr/ ^ J^/?-' li '-^Bs» ff :-^[.^giP"*"¦—'¦¦ ^'ppfi....lV^.imf:,m.„,.-...,, nn * . ^^|| JI.

t I ^^fíí^^^^^ 4 ^J^^:-: W^LrJÊ*'¦Wm^ÊmWmW ¥ •' i %y \ ¦¦'»' Ma* Af ^^^[;

^A^JãL. ______W-W^ •¦¦"'¦ ^¦¦¦^á-m%»m mVÊW mj^ikmmm^^sííi^^^.¦sAçtfmfÊmMmWbm*.- ¦ ^|Jflflfl^^^^^^^^S______r a.a-^^J^ *1L _r^^^^^?^^^^^v:4^.,i:4^:.,*1 ,-.^3»*v-...->¦>'.¦' '^^jyfiiifl^11?^

;'SM__^«»*l'"'n___________i JS—^m'' '^lUÍ

W"^^^p^F"i; . ",'**sv ^kí

^-.^^^^j^y^ygwCT^ii|Wi||| ÍJB|BBIi^KI______________^f?JU^^^ -^«fe-^^fr^^l^^^ .___^____K^_.>^.^ ^B KíSHk^' •' -S: --:- ^W^fciÉ^ :' :^^ít. ^A. '"¦í;--

^ 1 ^'y/y^^•¦''''''''>iiÍÉ(?i ifaf jÉLjfl*-^ /1JÊÍ!m^^ ''--ri¦ ¦¦/¦¦'? _y j?í

' .';*» ¦ »' gr^>* a_w^ w* jWv^K^K. Ir # g^^s^^^^jl^p^^r^.'¦¦¦ ¦':'/'ffr ¦ f ¦¦

.& ******* i --m^,!,, Jj: ffl 'Í___t ^Sm\\^^ Mm '^fò ^^BíP^ ^\- '' **' -iii^^

1 • ¦^^^'-*«*al__. »¦' -' ¦- í-»-«..*is_*í.«.^wf!7v».,-. , .««iííi*»''I - -' ^*. "Vii^:^^^^Aiíà^---.^ ¦i.x-i*:.,.-..^ ¦ :,;..'V ,n .;¦ .._:•::;:,., „ n, - --n,v «¦ Tnim' r ;i ¦' '"

;p;"' "" "

-.7 4

miWÊÊ

' S,;JA i&r-'.'','>Í*Í$'.l

--¦¦y-'jAX-

'^^^__K^_M

No Brasil são raras as casas quepossuem lareira. Entretanto, sem-pre existem, principalmente nascasas de campo, em locais ondeo frio costuma castigar os queestão habituados ao clima dasgrandes cidades como o Rio. Fai-ta, porém, «o hábito» e, por issomesmo, uma lareira fica, as ve-zes, muito «iria», pelo menos porfora. Sigam a nossa sugestão.Tornem a lareira -lugar de ^ lei-tura, de conversa íntima. Dêem-lhe confortável poltrona, luz deum «abat-jour», uma pequenabanqueta e tudo ganhara vida.

'.A

¦¦.'¦• ¦

y'" AMAM, h WÊÊÈ* I llit IrXríA I $A':AA:-A"' S^£fc?5Bl^W°flr^%_íii í iffiS^wíSi^Sv •:':. : \:'J--: -. ;¦' , ,...,-...¦.,., Aí.-. ..i ''•¦'¦''-.'": vrJ :¦'¦'..•,'¦ Já" -'¦-''.ffe

M^bE m&Êmk: '¦-.f**^E^______!^p.; I %MÊ$Ê!?!: ''¦ - "¦ A '¦ ^ ' T " '¦'• ¦ ¦ ¦' •'"' fe

? ll_WMl______n___E§S¥ .._-:?J?'í5_reí. -¦íl^^íPíS^í^^SS ;í ¦: ¦ í^t ií . !: -: ¦;•_;>;¦>•:¦¦¦* .:¦

pp í m^^^P * l^»f ^^^^llíWl# ?..;¦• :k;..:..í:í_í. *4, ¦>-•¦' ••:k'$M rv$t. í^í^^^S^ I Í 'SS^M^.';'^___JM'; -WíÊÊSpÊsÈ ".<"' '' ^'í'^ " ^s. íwiíwiwwjwihwíi»>>#.'¦;»<: v ^»«__»_rts. !„:

ft-7:i Si i^^È^^wH^^^^ff JR''^''''^» \f-., ," ¦ , '.'-^v^vn* . ';«|

'^Sfe^n» _______v.ifcjl_üa[_3ff888^^*^^ '...._¦.. „..A<-<'.«i*a.íA<«<»!'l{i' ''ti-i-i" ¦'¦•¦ "> '.''^^llSfcta», ~ '¦

Ç'.

Há sempre um certo canto«difícil» numa casa. Sigamo exemplo abaixo üm ta-

petínho, duas poltronas vis-tosas, uma mesinha, o in-dispensáyel recurso da cor-tina alegre. . e todo o cantoganha vida e passa a serum lugar favorito no lar.

<—m:^'^V'f<:;>^V:..V*^«?.^

sL^j; #5t'?s2&S_Êfcfô£.í:r^_i; »>A»mUêiÊmm

_

i^^^maà&maágmÊSÊÈÊÊÊÊÊÈÈIttM

.

2,-

¦

V22'.|í.i ¦:¦'.: ¦

¦

¦

¦. ry

ll rYmt,. YY-¦^>^«_______________i:

fí •! ra______________B¦' , ¦¦' aSsa^í'' -

'' k;Y'J' :2'.;•''•':\X '-¦-•'

11B".

IP-Y%-Y '

' 5, '

2:Y-¦tv-.í

EU SEI TUDO 95 —' 379 Ano — N? 4 — Setembro — 1953¦ ¦ ¦... ¦...¦*,.¦. ¦ • . ¦¦¦,.¦.¦. ..¦¦,¦. .¦:¦,. ,.¦¦'¦• ¦;¦.'. ..¦¦:, ¦.,¦.¦¦ .,.-.- .¦.¦•¦ • yy. "

:'¦'.' ' ¦¦¦,'¦:'¦¦

«A palavra tem uma arte e uma ciência; como ciência, ela exprimeo pensamento com toda a sua fidelidade e singeleza; como arte, revestea idéia de todos* os relevos, de todas as graças, e de todas as formasnecessárias para fascinar o espírito.» JOSÉ DE ALENCAR.

FOLCLORE

!; ;rí*y.Y -"-¦'«.«

tei|||R ¦.¦¦

í ^i** ,¦:.' ¦ . ¦.'"¦ ..

K Ífe_i2ji :¦ .'âiíí'.z-.

2-: :¦*; ¦

'« 1*4

WÈÊXl :!&'-llsí-ki if! £

Através dos estudos de folclore pene-tramos os sentimentos do povo, apro-ximando-nos dele, aprendemos a com-preendê-lo. Crendices, superstições, poe-sias, provérbios, lendas, canções, músicas,tudo, enfim, que nasceu do povo e passade geração a geração, às vezes sem maio-res alterações, outras vezes se deturpandoe refletindo rias deturpações aspetos in-teressantes, constitui fonte de pesquisas,estudos e indagações. É no interior dopaís, onde a cultura e a influência dospovos ainda não destruíram as tradições,que encontramos curiosidades folclóricas.

Existem preceitos populares de medi-cina, sempre invocados, donde talvez aobservação conhecida: de médico e loucotodos nós ternos um pouco.

. Afasta-se o soluço com a quadrinha:Soluço vai, sSoluço vem,Soluço vaiP'ra quem té quer bem. oo

Relativamente ao parto, há recomen-dações curiosas, registradas por. AfranioPeixoto (1): chá de barba lavada favo-rece o nascimento; igualmente vestir asceroulas do marido, ou, então, soprarem garrafa, exclamando:

%

Minha Santa Margarida,Não estou prenhe nem parida !

Reber água no chocalho leva a criançaa falar mais depressa. Também, se o in-divíduo fala muito, diz-se que bebeu águade chocalho .

Aí fica, prezado leitor L. C. (doD. F.), a solução de sua consulta. Emtempo: não nos responsabilizamos pelaeficiência dos tratamentos recomen-dados...

(i) in Miçangas (Poesia e folclore)

•«CONTOS DE AGORA E DE OUTRORA», Eduardo Corrêa

Eduardo Corrêa já é nome conhecidonós meios literários. Autor de contos vá-rios, publicados no extinto "Número. . .",na "Vida , Doméstica", no "Correio daManhã", no "Diário de Notícias", deu-nos,há tempos, um romance a que nos refe-rimos nestas páginas — 0 Patrício e aCortesá, e a respeito do qual então co-mentou o eminente crítico e vernaculistaHoracio Mendes:,

"Eduardo Corrêa inaugura na litera-tura brasileira o romance de panoramauniversal. Não tivemos até hoje quem se de-cucasse a tal empresa. As obras-primasdo romance nacional são romances decostumes ou romances de notas acentua-damente regionais. Nao tivemos em nos-sas letras quem representasse o papelque Fiaubert desempenhou na literaturafrancesa, com Salambô (O Malho, 1949).

Em Contos de Agora e de Outrora*

Eduardo Corrêa permite-nos a revisão debelos contos, que revelam vários aspectosde sua imaginação fértil. Mórbida, A Pas-sagem de Rubicon, A Lenda do CasteloThydour, A Fazenda Mal-Assombrada, en-tre tantas outras, são páginas admiráveis,que preterem muitas de autores que cir-cunstâncias misteriosas levaram à Aoa-demia Brasileira de Letras. . .

Sentimos, através do estilo de EduardoCorrêa, não só o beletrista primoroso,mas também o comentarista de recursos,o cronista de cultura. E lamentamosque nenhum jornal ou revista o tenhaentre seus colaboradores efetivos, issoporque os escritos de Eduardo Corrêa sáosempre aplaudidos. No jornal ou norádio, a sua colaboração haveria de pro-duzir os frutos mais ópimos.

JOSÉ RICARDO NETO

*_3£__£3$ amwfàd vií-í* .v-;^.

¦ ...-^nifWiBritt*l***t**ffl*ffiilBBHF'" • ' %'".:-"'

M

. 5

37? AríÔ jqo 4 — Setembro — 1953 97" '•¦ '.¦',;..

¦¦¦ ¦'.¦'¦¦' ¦*,. '¦¦..¦;

'

EU SEI TUDO

CARTOMANCIA

5a

3; 7!ki mi i .i i ii" *

itgmm ***mrr*~Tr?I7r*

e3£S

.. . -» f i

} i

2l

Vejo uma mulher, de côr clara,

procurando sua ruina. Duranteuma festa, travará agradável pa-lestra, que lhe, será proveitosano futuro.

Florista. (Ipanema, Rio) — Pormeio das 'cartas de seu mapa,noto a aproximação de uma pes-soa que lhe deseja o bem. Du-rante uma festa religiosa ouvirásinceras palavras de elogio. Umcbjeto há muito dado como per-dido será encontrado. Seus dias

propícios serão os pares. Terávida longa. — N

Maneira de deitar as cartas, emcruzeta, na ordem numérica

em que estão dispostas.

Indaiva (São Paulo) — Noto queiará uma viagem, onde colherá

grandes êxitos. Deve ouvir os

conselhos dos mais experientes,nesta questão de emprôgo de

capital. Sua vida futura será

amena, tendo, antes, que transpor

alguns obstáculos. Vejo uma de

suas amigas lhe dando provasde sinceridade.

Carmita (São Paulo) — Suascartas revelam que uma criança,de sua família, sofrerá pequenoacidente. Um caso de justiça serábrevemente resolvido a contentode todos. Um moço que a estimalhe dera provas de seu afeto.Durante uma festa, ouvirá sin-ceros elogios.

Flor Triste (Niterói) — A con-sulente deixou de preencher o«cupão», com as cartas que dei-tou, tendo inutilizado sua consulta.Mande nova carta e aiendèreicom prazer.

Cigana Rica (Niterói) — Ascartas de seu mapa revelam quea çonsulente é calma, generosa.Noto que um homem da justiçalhe prestará ajuda. Procure ter omáximo cuidado com os tóxicos.Uma mulher, de má índole, pro-cura difamá-la.

Garotinha (Icaraí, Niterói) —Noto que a çonsulente deve seacautelar, com os inflamáveis. Umapessoa de sua amizade se au-sentará, por motivo de negócios.

1

Í— ¦ ¦ ' »*. *

i s»

L

r~ Sk

»1 « ~j r"*' • ——% r— « ~

/ ' ¦ ¦*¦» K PBSSSffk f—'—\ f '""'

1 ¦¦¦¦-¦¦¦' *. f" ¦¦¦'¦*% *>•«*• "* -'"**, , —itmlj

r~ -*¦j t

1L

-

V ii. mmmmmmas

'.¦:•¦¦

.*¦$?• ¦¦¦'¦¦' a8$X •*'>''>¦ '.;,.* MSXvXX

'''•'•"' ''* .zy ¦ ...

. . ; .'*,' '•: ¦¦¦"

j

¦ -'^--r.:'<7",w(MSmí --,-».'"¦mm - •-. rti; ¦ i:,'i- 'Wm

l:. '

¦ Z:x;'l -x'' $ **¦' ^"•h;

. ¦. yZ.:

¦ y-':-l%l

\«i

" '•-¦ :&. r:r.1rWçm^

Darling (Rio de- Janeiro) — Pelosvalores fixados em- seu mapanoto: equilíbrio financeiro, apóso recebimento de pequena he- ,rança. Uma jovem clara lhe daráinequívocas provas de afeição.Um de seus amigos será vítimade pequeno acidente. Para me-lhor êxito em seus negócios,fáça-os em dias pares.

Cacilda (Niterói, E. do Rio) -~

Em primeiro lugar, noto sensívelmudança em sua vida, logo apósa um ato religioso. Uma criançadesta casa será presa de pequenaenfermidade, que causará des-

gostos. Pela porta da rua, che-

garão boas notícias. Procure usarsempre roupas de cores' claras.

Indiscreta (Niterói, E. do Rio)— Sua existência será longa e

seu futuro ameno. Um casamentofeliz tornará esta casa alegre.

O desaparecimento de üma jóiade estimação causará, tristeza à

çonsulente. Noto que uma de

suas amigas lhe dará provas de

sinceridade. Tenha "cuidado

com

os tóxicos, pois há perigo de ser

vitimada.

Modelo como tem que serescrito o mapa.

Madame X (Ipanema, Rio)

Agradável combinação de cartas

em seu mapa. Em horas de re-

feições ficará a par de impor-

tantes assuntos. Um senhor de

farda lhe dará valiosos conse-

lhos. Devido a um animal do-

mestiço, haverá pequena desin-

teligencia. No futuro conseguirá

êxito em seus negócios.

Crioula (Distrito Federal) — Sua

consulta ficou inutilizada, pois

está completamente manchado de

tinta o seu mapa, impossibilitandoa leitura das cartas. Renove-a

que atenderemos com prazer. Até

breve.

j-

' r*tàAi

<*^s*L iSWl *—~-J 3wJ i«**i

i**m u^ ssy t*^ «t*r\y"—i t**^

' 4fc«mmN

•e .

¦: i&i' , "'Ti- í•." .fíX r'¦¦''¦

' ''-AZs ¦ -.'*

se

Z^i

¦m

Modelo em que tem de ser es-critos os valores das cartas,cortado e enviado a es-a reda-

ção com o nome ou PSfudô-nimo do çonsulente e locakdaae

de onde vem.

_> ¦¦•-¦ " y* ^\

; / / /

/ .

_i; ¦ • y^ - \y• \7 X

I /Sempre hnelnoroindo. • •/ ,y""~ ~^\

\i '-- emf^ff^ ct© Brasil / /7^7\ \ i i

||||r||y«' '-'»ff#ssr«smffia^^s3SA-í«®«as»^9J»«^^^s^^^_í^^ra 7"'Aa7aa7'A|í&H8hB XXL, *** My ^BÉÊrV -1—-;:- N^

Ia wa/s popular emissora pai "

ws /

I

líiSíâ

n "

i

s'" \. ' A ¦ „

¦ i

"N? 4379 Ano

OLHANDO

Setembro

O1953 99

M U ND O

}$!» ' *¦"** «S*8**5*8*

S FATOS OCORRIDOS

1 __ QUARTA-FEIRA - O Presidente Syngh-

Jm Rhee acossado pela proposta final dos Es-

fados iSos, convoca seus Ministros e líderes rnl-

S s òs americanos fizeram saber que levarão

ITante as negociações do armistício, quer ele con-

cordequer não. •Sabe-se que, na conferência

Te reatarão proximamente, em Washington o.

Ministros de Relações Exteriores das tres grandes

potências confiam na possibilidade de preparar um

plano que tenha por fim aproveitar o desconten-

tamento reinante entre os povos dos países saté-

lites da União Soviética. * Os funcionários bri-

tônicos previam uma nova grande ofensiva de

«paz» dos Soviéticos, em que a Alemanha repre-

sentará o papel principal, em vista da súbita

chamada a Berlim dos três principais embaixado-

res do Kremlin no Ocidente. * O Chanceler

Konrad Adenauer declara que os soviéticos exe-

outaram 62 alemães e prenderam mais 25 mi! na

zona russa de ocupação, por motivo das ultimas

demonstrações operárias. * Por 39 votos contra

17 foi eleito Diretor-Geral da UNESCO, o br.

Luther Evans, Diretor da Biblioteca do Congresso

Americano, t* Falando a visitantes brasileiros, en-

tre os quais jornalistas, o Presidente Peron pre-

coniza a união entre a Argentina e o Brasil, como

única forma capaz de evitar que ambos os paísesacabem dominados. * O Sr. Presidente da Re-

pública assina decreto nomeando o Sr. Vicente

Ráo para exercer o cargo de Ministro de Estado

das Relações Exteriores vago em virtude da exo-

reração concedida ao Embaixador Mário de Pi-

mentel Brandão.

2 — QUINTA-FEIRA — Continua o impasse nas

conversações entre o enviado especial de Eisenho-wer e o Presidente Synghman Rhee. * O Chefe

do Governo sul-eoreano concorda em assinar o

armistício se os Estados Unidos se compromete-rem a unificar a Coréia pela força. * Os sócia-listas da direita resolvem não continuar apoiandoo Sr. De Gasperi, a não ser que o Primeiro Mi-nistro organize um Gabinete de tendência maisesquerdista. -& As autoridades francesas da Indo-China decidem repatriar 30 mil soldados da ChinaNacionalista que se encontravam nessa região.* O Presidente da Alemanha Oriental confessaque os comunistas foram os responsáveis pelosacontecimentos verificados na zona russa de Ber-lim. ^r 1.300 presos por ocasião das manifestaçõescontra os comunistas estão sendo barbaramentetratados na prisão, r* O Conselho da Organizaçãodos Estados Americanos apresenta aos governosdos países membros o programa para a X Confe-rência Inter-Americana.

3 — SEXTA-FEIRA — O governo de Belgradosolicita «agreament» para nomear um embaixadorjunto ao governo de Moscou, com o que fica-

HÁ SESSENTA D 1 AS

EM JULHO DE 1 .9 5 3 ,l| ;;riam restabelecidas as relações diplomáticas entrea Iugoslávia e a Rússia interrompidas desde orompimento entre os regimes comunistas do Ma-rechal Tito e do ditador Stalin. ^ A França ofe-receu aos três Estados associados da Indochinaum novo plano á'ii independência, pondo fim aosistema de colonização, para salvar o que resta,do seu poderio no Extremo Oriente. ?fc Os sovié-ticos retiram de Berlim os 700 tanques que ti-uham em seu sector e os enviam a fronteira po-lonesa, «para manter a ordem interna da Polônia».* O Sr. Alcide De Gasperi líder do Partido De*mocrata Cristão e chefe do governo italiano duran-te os últimos sete anos, aceita o encargo de for-

O pêlo nas per-n a s, braços eaxilas compro-,metem a suapresença na rua.;nas praias è nasreuniões el^gan-tes. Para elimi-nar os pêlos su-p é r f 1 u o snão use nava-lha: use RACÉ,o maravilhoso eeficiente depila-tório em pó per-fumado. Eliminacom incrível ra-pidez os pêlosincômodos.

A venda nasboas

perfumarias.laboratóriosVIKBOB

Rua UrujraaiaTian. 104 - 5.9 - Mio

O perfeito des-truidor do pêlo

'¦¦¦siy

„ * ,,,viar-me o folheto grátis referenteQueira enuar mc y

mi depilatório «Bace».

NOME

CIDADE ...

ESTABO ...

,¦..».»«***

*

• •¦• * * »i •««

E.S.T. R- 3

Ai-

M

':¦ Syy

A'

?\A

Vi

11

I

.¦«¦•-Vt-.' fc''¦>£."

í

r¦¦¦r,: -¦

\' %¦'¦ '•:

^b^piuumwpi iirirnnrntw ftn^«Ma«pasa««»^^^WS(W»f^W^«**^'*'?W*

...vi-MX*.-.

¦ IxyEU SEI TUDO

|| ¦ /VELA/Yv

¦ , ^^^^ ' í ^• Y-Y' . i mm &§_&>. 7

',l 1 sÉllllilfek 7 1

li I ' ò -7*'/> &f sf"("-3L. . **"•i'*rlfilt':~$ 1

I . '•¦'Cs Y

' 1.

-¦/:¦- ¦ .'¦ ¦¦>./¦' -'¦"¦.¦ -'•':¦"':¦ Setembro 1953

4 ¦ r.>

¦».

II

|j^a-.;.^©*ví'

R f LIFABRICADAS'

PELO PROCESSO SÍNUN

1 !4 :

'i/,A ¦¦':^l*YY.i

mar novo Governo, a fim de por termo à crisepolítica ocorrida em conseqüência das eleições ge-rais de 7 de junho. * O Sr. Presidente da Re-pública assina decretos nomeando o Sr. Chris-*tiano Monteiro Machado. Embaixador do Bras.ilna Santa Sé; Olegario Mariano Carneiro daCunha, Embaixador do Brasil em Portugal;Aeyr do Nascimento Paes, Embaixador do Brasilna Áustria e aposentando o Sr. Embaixador Hil-debrando Pompeu Acioli. *ic Toma aposse no cargode Ministro das Relações Exteriores o Sr. Vi-cente Ráo. — No Palácio Itamaraty é oferecidoum jantar em homenagem ao Sr. Gonzalez y Vi-dela, ex-Presidente do Chüe.

4 r- SÁBADO — Chegam ao mundo ocidentalnotícias de que irrompeu um movimento popularna Polônia contra o governo comunista local, tendosido decretada a lei marcial e postas em estadode alerta todas as tropas, i O Sr. Alcides DeGasperi incumbido de formar o novo gabinete de--clara que prefere -perder ,a presidência' do Con-selho a abrir máo de sua política anti-comunista.ir D Sr. Vincent Auriol confirma oficialmente quenão solicitará, em dezembro próximo, a renovaçãode seu mandato à Presidência -da República. &Ò Chanceler Konrad Adenauer diz ao Alto-Comis-sário norte-americano, James B. Connant, que a

100 37? Ano — N? 4 -

. Alemanha Ocidental nao poderá livrar-se de mu*

ir tirania comunista se as potências ociden-tais continuarem sua «política passiva».

5 - DOMINGO - Numa tentativa para negar a

convulsão aue abala seus domínios e que já se

estende a vários países da chamada «Cortina de

Ferro» Moscou acusa o Governo e a imprensa dos

Estados Unidos de instigarem a revolta entre os

povos de Leste. * O Chefe do Governo argentino

opina de que os países da América do Sul deviam

unir-se no Interesse comum; assevera que nenhuma

incompatibilidade existe entre o. seu país e os

Estados Unidos; prevê bons resultados para as

atuais negociações entre a Argentina e a Rússia; e

finalmente, anuncia que o vizinho país entra agora

na fase concreta da aplicação da energia atômica.

* Retribuindo a recente visita do Presidente Perón

a Santiago, chega a Buenos Aires, sendo calorosa,

mente recebido, o Presidente Carlos Ibanez, do

«.Chile.6. — SEGUNDA-FEIRA — Embora as con-

versações prossigam em sigilo, sabe-se que o

Presidente Synghman Rhee já teria chegado à-conclusão de que não , poderia continuar na lutasozinho, estando, assim, inclinado a aceitar o ar-mistício. * Revelou-se, que, se insistisse emboicotar o armistício, os aliados retirariam suastropas da Coréia. •* O Primeifo Ministro interinoda Grã-Bretanha, Richard A. Butler, indica queé possível que a Inglaterra convide o PresidenteEisenhower e o Primeiro Ministro francês, Joseph•Laniel, a conferenciarem com o Primeiro Minis-tro Winston Churchill, em Londres. * o Sr. Al-cides De Gasperi termina suas consultas aos lí-deres partidários para formação do novo governo,devendo hoje apresentar os resultados ao Presi-dente da República. •* Com a idade de 75 -anos,falece em Florença, na Itália, o grande barítonoTitã Ruffo.

7 — TERÇA-FEIRA — Os operários da zonaoriental de Berlim organizam manifestações exi-gindo a liberdade dos »companheiros presos nosacontecimentos de 17 de junho. *fc Membros daJuventude Comunista e da polícia-popular sãoatacados, bk Os aliados ocidentais repelem as acusa-ções soviéticas responsabilizando-os pelos aconte-cimentos de junho, -fa Adenauer, dirigindo-se àRússia, declara que chegou o fim da bolcheviza-ção da Alemanha. ^O Sr. De Gasperi, depois devárias consultas, declina da missão de organizaro novo Gabinete italiano. ^ Nomeado Embaixadordo Canadá no Brasil o Sr. Sidney Pierce, atual-mente Ministro e.m Washington. * Noticia-se queo Brasil pretende instalar um Consulado Geralem Rotterdam.

8 -— QUARTA-FEIRA -— Os delegados comu-nistas respondem ao General Marck Clark queestão prontos a assinar o armistício na Coréia.•k O Presidente Eisenhower declara-se favorávelà unificação da Alemanha e de uma cooperação

1 • Solicite lolhetosaixa Postai 682:

Sâo Paulo

1" • '?-

I>r, -

',

*

'O

I i' .:-; '.¦'¦' '¦¦¦'."-¦' • ¦'¦-'¦¦ • yy. A:y"'"yAy\. f

- .*•' "..•;.;.. r 'm. "v '.•;;: ¦••':;*;\ -. ;:~'Atfsmtmmmmwbp ~~i "y y j.»-*

379 Ano N? 4 Setembro - - J 953 101

maior entre as nações aliadas, no setor da energiaatômica. He A Assembléia Nacional francesa, após18 horas de debates, aprova o plano goveraamen-tal de reconstrução econômica e financeira. * OMarechal Tito declara que a Rússia está passandopor verdadeira transformação política, é que osaliados deveriam aproveitar a situação para al-cançar um acordo internacional «realista». * OSr. De Gasperi,* atendendo aos apelos que lhe fo-ram dirigidos para organizar o novo Gabinete

italiano, resolveu a aceitar a incumbência. *Noticia-se que os Estados Unidos ofereceram ajudamilitar aos governos dos países árabes.

9 — QUINTA-FEIRA '— Antecipa-se que, na

Conferência qúe hoje se instala em Washington,entre os Srs. Georges Bidault', da França; LordSalisbury, da Inglaterra; e Foster Dulles, dosEstados Unidòs) a Grã-Bretanha insistirá na ne-cessidade da realização de uma entrevista dos«Quatro Grandes», incluindo a União Soviética. *

• A Rádio de Moscou informa que o .Ministro doInterior. Laurenti Beria, foi expulso do PartidoComunista e declarado inimigo do povo soviético.

it O Governo da República Ocidental Alemã apre-senta às três potências ocidentais um plano ex-traordinário de seis pontos, para a realização deeleições livres em todo o território da Alemanhae para unificação do país. * Presta juramento o

novo embaixador americano junto ao GovêrnO doBrasil. Sr. James S. Kemper. — O Secretáriode Estado norte-americano, Sr. John Foster .Dudes. assegura à Comissão de Verbas do Senado

que é necessário elaborar um plano de ajuda à

América do Sui, muito mais eficaz que o que tem

prevalecido até agora. * Circulam rumores, não

desmentidos oficialmente, de que o Sr. WinstonChurchill estaria resolvido a passar o Govêrno,definitivamente, ao Sr. Anthony Éden.

10 — SEXTA-FEIRA — Confirma-se a prisãode Laurenti Beria, destituido do cargo de Ministro

do Interior da União Soviética e de todos os seus

postos, como acusado de tramar, a serviço do

inimigo, a volta da Rússia ao regime capitalista.

* Os círculos internacionais ainda não puderamavaliar, devidamente, as conseqüências dessa sur-

preendente reviravolta, mas admitem que, atrásdela, virá uma reforma geral do govêrno sovié-tico,' com a possível substituição de Malenkov por

'

Molotov. l* Revela-se que o armistício, na Coréia,está praticamente concluído, e que Syngman Rheeteria renunciado às suas exigências. .* Instala-se

, , .' *\ „> v 'jjÉ

EU SEI TUDO

(1 E F1

Q 3 cra qu querosene

iM'*-«.i*ii^*r • •,"í.-., -' ¦¦ £*

.£ *{£>•* rMMriv.M"-*-'. -%,.. • /..•¦í-fr>J«^^_í;:.^~^„.:_r.^ç.;_._

A renda nas boas casas do ramoSi

RUA DAS MARRECAS, 5

ados .kl

a Conferência de que participam os Ministros de

Negócios Estrangeiros dos Estados Unidos, da

Grã-Bretanha e da França. * Coincidindo o fato

com a crise interna soviética, revelada na des-

títüição de Laurenti Béria. os três grandes oci-

dentais admitem logo a idéia de tirar o maior

proveito das atuais dificuldades dos comunistas,

* O Presidente Eisenhower, num grande passo

estratégico da guerra fria, oferece ao governo

soviético embarques de alimentos para ser dis-

tribuidos ao povo da Alemanha Oriental. * Quase

todos os jornais londrinos publicam^ na primeira

página, a informação de que não é exato que o

Govêrno britânico tenha aconselhado a familia

real contra o casamento da Princesa Margaret

cem o Capitão Peter Townsend. por ser este âi-

". ™ . '"' - -

1

¦H11

mmmm

mA:

smmmTc**' "<

¦HKükrv*—^___B-fíK- -."

^llÍÉB_kl' ¦ '•"'^^w81w8ii_?'^•"* ?-T .w_f^HB-"í/¦ ¦, •-< í ^\

í\'-' -r'*í'.í|

*-í ã-'~tM

sflMjteí "r . 1

'Ai

> ''^MMnHNBMHHflK/ ______B_______8_______BHWw^BffM^^H)^^^B^^^^^j^^B^^^5^^^^Kfl

^WiBHHWH8BWHH^^wTHHH^^^TH^^^^___B__r^ 18 mm "W ¦__, wl ib_e meEm tÊBm w B ftaPuTri¦«jHHwBwwww^i^y^^H^ y By Bff V^B o____HHB mm mk mmwmmW ff_FH (BB_H h B w Hf nl ___________ qhbbí ^ Ml ^8B

WiB«íb ü ^w i 8 S iiH í II m \\\**ymBÊkm m A t WÈ LwB B l3È _ If&iíB BB» WS W* Tf -. B w£Ê ™

M ^98 9» ^ft ft t fi¥ rr.* 1 Mu t»*M umJLirriwrHSSXv » SbwÍShSEb w SSM PB k, _H 19 Bf * n3_nH ft. SseS #-S** «HBk BBSa ** hB A %mS fe a £9? ^^ T__rT .H5_S_ HH & BHBk kHh wi^EB **s*'K |^_ 9z{ m B» __H^__n __B__________B__l___B^____W*_-JB_!-M____Wr""gg'-L¦'¦ _»k_j^_f_9

¦'*

i^íéfté^^.-,í-t:*-,:.'-v^-rj:- ¦' ',-: '-.-:——-—.wwjmim*immm»0imsmMm(tiQim/i

lt' .".fe'""¦'

w- -¦¦V.-AA-X

ti |

r-l"

fe .:»r

í- 'g' .. ;¦

f;

. A:r' *áp1*1-.; I,k

¦" ¦ ¦

. ¦

__.

m

¦'"'¦'• f' . ¦:¦ - ¦¦¦:'.":. ¦ ,l . '.,.

y. ¦ ¦¦" ¦ ;,' .¦¦:.-; a- ..'.¦¦¦''"¦'¦¦¦'¦¦¦'''¦' ¦• '. ' ¦ '.* > ¦ ¦ '¦ ¦ i :"': ¦ ¦

102• ¦ . ¦ ¦ .

'*.'-]

' *• . ' V',l-,v:l,i:'" / >\-

. y '"

_*¦«'"«.'¦ '"+¦¦'?.¦'^¦ÇSÇHHB '¦'

mtMBAA^: a

EU SEI TUDO ;

vorciado * Anuncia-se nos Estados Unidos que

Ib asü iiiou a aplicação de seu I*oW*

auSdade, reduzindo suas importações de pio-aubituuttuc, ^ n 1SQ 7ftoooo de dólares nosdutos norte-americanos a 189.700,00''ae a

primeiros seis meses deste ano. No ™s™y™°

_e 1952, as compras feitas ** P*0*^*^

ram-se a 538.800.000 dólares. * O Sr. Presidente

da República assina decreto designando a Dele-

gação do Brasil para subscrever o ato referente

f exploração do Petróleo da Faixa Subandma

* B* assinado decreto pelo Sr. Presidente da Be-

publica designando a delegação para representar

o Brasil no II Congresso Latino-Amencano de

Sociologia, _11 - SÁBADO - Após 16 dias de conversações,

o Presidente da Coréia do Sul decidiu aprovar

os termos do armistício na Coréia, aceitando as

condições oferecidas pelos Estados Unidos, -k A

imprensa soviética divulga que a Rússia prosse-

guirá*na política de aproximação com o Ocidente,

contra a qual se manifestara o Vice-Primeiro Mi-

nistro destituído, Sr. Beria. * O Governo comu-

nista da Alemanha resolveu suspender a lei mar-

ciai para a zona oriental de Berlim. * Os cumu-

nistas recebem «como um insulto» o oferecimento de

Klsenhower para enviar 15 milhões de dólares de

alimentos para a zona russa;¦ de Berlim. * Em

Paris realiza-se a transferência, do Comando Su-

premo das forças da NATO, pelo General Ridg-

. way-ao General Grunther * O Primeiro MinistroBalazar afirma categoricamente que Portugal nãonegociará a cessão ou transferência de Goa. MrO Governo colombiano envia uma nota à Chance-laria peruana propondo negociações para resol-ver o caso Haya de La Torre. •* Vinte e quatroestudantes chilenos desaparecem nos Andes, quan-do realizavam uma excursão ao pico «Bl Volcan».

12 —- DOMINGO *— Uma nota das autoridadesbritânicas no Egito, a propósito do desapareci-mento de um soldado, provoca forte reação dogoverno egípcio, que toma a referida nota como um

w «ultimatum». •*& Os Chanceleres das três grandespotências ocidentais, reunidos em Washington, de-cidem que deve ser mantido o controle sobre asexportações de materiais estratégicos para a ChinaComunista depois da assinatura do armistício naCoréia.

379 Ano - N? 4 - Setembro - 1,953

iq _ SEGUNDA-FEIRA - O Sr. James S.

Kemper afirma que enviará todos os esforços para

f:Z mais sólida, as relações entr««os .Estados

Unidos e o Brasil. * O novo embaixador norte-

americano no Rio de Janeiro é portador de uma

^nsagem do Presidente Eisenhower ao Pres*."ente

Vargas. * Iniciando a* comemoraçoe-s do

iv Centenário da chegada do Padre Anchieta ao

Brasil o Departamento de História e Documenta-

cão da Secretaria Geral de Educação e Cultura

_a Prefeitura inaugura a exposição evocativa no

Salão Assírio.14 - TÊRCA-FEIRA - Anuncia-se que o Soviet

Supremo foi convocado para o próximo dia 28,

quando deliberará sobre a substituto de Beria.

1 A Iugoslávia nomeia o Sr. Dobirgove Vidic,

Embaixador na Rússia, restabelecendo-se assim,

as relações diplomáticas entre os dois países de

há muito interrompidas. * Noticiado que o Sr,

De Gasperi conseguiu formar o novo Gabinete

italiano, o qual será apresentado ao Parlamento

na próxima semana. • O Governo do Equador'

envia um protesto a Lima contra a violação de

suas fronteiras pelos peruanos. fr E' suspensa

a circulação do jornal colombiano «El Siglo», e

preso o seu diretor.. * Assinados decretos peloChefe do governo designando o Sr. Felizardo

. Toscano Leite Ribeiro Filho, para exercer a fun-

ção de Inspetor da Alfândega do Rio de Janeiro.

* Nomeando o Oficial Administrativo Milton Ro-

drigues Dantas para o cargo de Diretor das Ben-das Aduaneiras. £ Designado pelo Chefe do Go-verno, o diplomata Borges Leal Castelo BrancoFilho, para a função de Chefe da Divisão de Ce-rimonial do Departamento Político do Itamarati.

•* Nomeado o Sr. Jeronimo de Freitas Ramospara o cargo de Diretor do Serviço do Patri-mônio da União.

15 •— QUINTA-FEIRA -— A Grã-Bretanha, osEstados Unidos e a França convida a União So-viética para uma conferência quadripartite, a fimdc debater o problema da Alemanha e tratado depaz com a Áustria, p-fc Convocada para 28 docorrente mês a 5» sessão do Presidium do Con-selho Supremo da União Soviética. Será a se-gunda reunião desde a morte de Stalin. Sfc OSr. Max Feehner Ministro da Justiça da Re-

i

APARELHAMENTOS DE PROTEÇÃO CONTRA TODOS— OS PERIGOS: HA TERRA, NO MAR E HO AR —

INDÚSTRIA BRASILEIRAÓculos para esmeril e. soldás — Capacetes para jato deareia — Extintores e cargas de todos os tipos e tam a-nlíos — Capacetes e escudos de fibra para solda elétricae oxigênio — Capuzes, luvas, aventais e roupas de abes-tos e couro para fornalhas — Escafandros e artigospara mergulhadores — Máscaras contra poeira "Delta'1

— Máscaras contra gases industriais.

if i ri1 fl 1___§,_¦_._yf «a«i «s.sw? __¥*

Rua Vis5C. Inhauuma, .23-25r 1 W $«>T

Tel.: GARCIA *_f.u_ J Â !hc

1120 !>

*1 Oa**"*',*"*! iXVw-r

uncí.

^^fifeâW - r| J_Vzi f a m»«am*lii..a ___ _*____¦ :

m * és*«Íjía ' ||

l_ »>.«»«» ia

gs| •^'*»*TSS»3Hfi3ÍM^M""fl_ fap. 1 *K ***• « .«taana*»» »

ÍJSK | I^SÜ'¦,£J?_2S!,"* __S §

E|__S 'Wfti Ul

»

m

«-„w ¦.¦-.r.r-i.:-.: rrA-r- ^..Yl-Y-f": --: -¦a"-*S»^W*lo:«rv<:*a-i*íW

*4

37» Ano — N? 4 • — Setembro

pública Popular Alemã,é destituído de suas fun-Cões por «atividades hos-tis à República», $r Ogoverno do Egito pedeà Inglaterra que suspen-da as medidas de emer-gencia adotadas na zonado Canal de Suez, pois,do contrário, não se res-ponsabilizará pela rea-ção do povo egípcio, üfcO «Premier» interino da .Itália, Alcide De Gas-peri, anuncia que formouum novo Governo decoalizão. \k J°hn R-Christie, o «Estrangula-dor de Notting Hill», éinforçado. Quatro minu-tos após a execução, osmédicos oficiais consta-taram a morte. $; Chegaa Washington a MissãoOficial Brasileira, quevai pleitear novas con-dições para a liquidaçãodo débito de 300 milhões'de dólares, contraídopelo èrasil junto aoBanco de Exportação eimportação. * O Sr.Presidente da Republi-ca assina decreto nome-ando Governador do Ter-ritorio Federal do RioBranco, o Sr. José Luísde Araújo Neto. -k Pelo

• Sr. Presidente da Re-pública são nomeados co-mandantes da 9* RegiãoMilitar e da Artilharia,de Costa da 1* RegiãoMilitar respectivamente,os Srs. Generais Tassode Oliveira Tinoco e Os-vino Ferreira Alves.'.

ie — QUINTA-FEIRAUnidas depois de conter a investida sino-coreana,

passam a atacar vigorosamente buscando recupe-

rar o terreno perdido. * Os aliados intimam os

comunistas a tomar uma pronta decisão para a

assinatura do acordo de trégua. * Os britânicos

tornam menos rigorosas as buscas nos veículos

que demandam à Ismaüia. * O ambiente, porém

ainda ê muito tenso. * Noticia-se que o Brasil esta

procurando obter novo prazo para pagamento de

suas obrigações comerciais com os credores norte-

americanos. • Nomeado Ministro do Líbano no

Brasil o Sr. Adib Nahas, atual Ministro na Ar-

gentina * Presta juramento o novo Governo or-

ganizado pelo Sr. De Gasperi e constituído ex-

alusivamente de membros do Partido Democrata

Cristão * O Sr. Presidente da República assina

decreto nomeando Manuel Albuquerque Cordovil

para a função de diretor financeiro das Empre-

E'j si:í tüüC

#^f Yl\l i\. JTjl (rii II *w**~ o

*h.

¦ :; fi'-: fi^ fifiy-'¦'.y;fiy^\-.

. V1" '¦ fifi'-*fi ":.'r 'fi*iSBBr "¦ ¦<_*'

^*.f*: filfci'-'fi' 'Jii4*! t " '

v^saeiaeamavit^mm ãW&BBÈEÊÊÈr 4_§N_ :'' ¦* ^fitSmm™*fm~~"

UBK* ''¦:.: xf fi,: fifi- '."¦'¦/¦¦ í\'Ja______i "" '¦''¦

$4^' ~ '

.__r^ - ¦"¦¦" 'fi^^y -1_^__Í^_§_K : '-'4$f^^M> '¦'• ffi I*^SíB____f'"'"''"' **"'" <c_^_^^É__^

I ^sJi ';f V\ II 25CX1 G© FiuClu

^^^^ "^

"? tlÉra"... mas acon-¦¦-- tece que passei a

i*azer o regime Enodiariamente -. ilSal de

Frueta" Eno ao cieitar eao levantar. A irritabili-dade e o nervosismo pro-vindos de má digestão,de prisão de ventre, deacidez, cessaram. Hojeposso dar e vender bomhumor. Não seja "do con-tra" tome ENO laxante^antiácido e estomacal

As forças da.* Nações

. ' ¦.-¦#?¦ . -A.-*"-?

sas incorporadas ao Patrimônio Nacional. * Pelo

Sr Presidente da República é designado o- Sr.

Tenent- Coronel Edyno Sardemberg para as fui*-

ções de substituto da presidente da CQFAB ~

17 — SEXTA-FEIRA — Cerca de cinco mil pa-

raquedistas franceses, no primeiro ataque em

grande escala desde 1951, lançam-se sobre a feaaft

comunistas de Langson, na Indoeina a 15Q jimi-

lômetros a nordeste de Hanol. * O Sr. ArtoK*

Borrero Bustamante, embaixador extraordinário

do Equador no Brasil, ê nomeado Mi-istr»' d*sy

Relações Exteriores, * Falece num hospital <*ft;

Buenos Aires, onde se encontrava em tratamento

o Dr. Bernardo Ocampo, Ministro do Exterior

do Paraguai. <* Um porta-voz do exército ameri-

cano declara que os Estados "Unidos têm bastantes

canhões atômicos para equipar os elementos do

Oitavo Exército na Coréia. * O Departamento de

Estado confirma, que o governo americano con-

**" >-'¦-.-¦¦fi

....*.;

¦ ¦ :,,:-fi,-fi-y-.--"

Não deixando de ter em casao melhor para os móveis

S sffi5$Bl

55 "IND. M ÓLEOS C/f>

rss -

|§ffifl£-?1Ê' '--¦'-•¦'

uaLífis. ;."

mw-_\%tfm:i

II

WKÍ«^aí-^^•^'«''s•«*I"**-•°•,vk1!v, -*"".'-"""**"""

37? Ano M? "4

Setembro r-- 1953

Se a senhora ainda não expenmen-tou êste produto, experimente-o quejamais deixará de usa-lo, estamos

absolutamente certos.

RESULTADO DA «VISITA-SURPRÊSA» TO-DOS OS DOMINGOS NO «RADICAL» EAS SEGUNDAS-FEIRAS NO «CORREIO

DA NOITE»

g*r" "

wm-

ly.i

| :'y,i¦

. ¦

vidara o Marechal Tito, enviar representantes nu-

íitares Iugoslavos às entrevistas que se reali-

zarão em Washington com os representantes mi-

Íitares dos Estados Unidos, do Reino Unido e da

França. * O Banco Internacional anuncia ter

concedido ao Brasil o empréstimo de 7 milhões e

300 mii dólares, para desenvolvimento de energia

elétrica no Estado de Minas Gerais.18 — SÁBADO — Positiva o empenho da Rússia

em retardar a unificação da Alemanha, pois não

deseja retirar dali suas tropas, pelo receio de

que, uma vez unificado, aquele país volte a se

transformar numa grande potência militar e senão ao Pacto do Atlântico, o que representaria

para a União Soviética uma ameaça potencial. *O governo italiano que mantém uma pendênciacom a Iugoslávia em torno do Território livre deTrieste manifesta-se descontente e apreensivo como convite feito pelas potências ocidentais àquelepajs para uma conferência de natureza militar. *Encerrou suas reuniões o terceiro Congresso Mun-dial da Internacional Sócia-lista. No conclave foramaprovadas várias proporçõesnas quais se condenam osregimes o governo francês,britânico e sul africano, nascolônias, os regimes vigen-tes na Argentina e Espanha.* Sabe-se que estariam empreparativos novas experi-encias com a poderosa bom-ba de hidrogênio, devendoos ensaios ter por teatro o«atoll» de Bikini. no Ocea-no Pacifico. Hk Congressodos Estados Unidos exami-na a x>ossibilidade da ven-da. ao Brasil de uma dezena

de navios mercantes a serem utili-

zados unicamente na navegação de

cabotagem.19 _ DOMINGO — Em elabora-

ção os pormenores do armistício na

Coréia, cuja assinatura era tida

como iminente. • Entrementes,

prossegue a. luta no bolsão de

Kumsong, onde foi lançada mais

uma divisão chinesa, para conter

a arremetida das tropas sul-corea-nas. • Moscou anuncia que foram

reatadas as relações entre a Rússia

e Israel, rompidas em 1948. hir O

Presidente Eisenhower, em carta

dirigida ao Chanceler Adenauer,declara que o oferecimento de gê-neros alimentícios à população da

Alemanha Oriental, foi feito exclu-

sivamente com intuitos humani-tarios.

20 — SEGUNDA-FEIRA — Em

Petropolis — Realiza-se a soleni-dade de instalação do CongressoInternacional de Ortopedia e Trau-matologia. • Aguardada com de-

susada espectativa e apresenta-

ção. hoje, ao Parlamento, do novo Gabinete ita-

liano organizado pelo Sr. De Gasperi. <* Chega

a Assunção, procedente de Buenos Aires, o Sr.

Milton Eisenhower, que, como enviado especial

do Presidente dos Estados Unidos, realiza uma

viagem de «boa vontade» à América Latina. *Falece em Milão o ator italiano Ruggero Ruggeri.

* O Sr. Presidente da República assina decreto ,designando a delegação para representar o Brasilno XVIII Congresso Internacional de Cirurgia, arealizar-se em Lisboa.

21 — TERÇA-FEIRA — O Embaixador JoãoCarlos Muniz salienta a destacada atuação dasdelegações latino-americanas na O. N. U., em

prol da solução dos problemas surgidos após a

guerra mundial. * O «Financial Times» tece co-mentários em torno da proposta do Brasil para aliquidação de seus atrasados comerciais com osexportadores britânicos. '* Apresenta-se ao Par-lamento o novo Gabinete italiano. «* Nessa oca-sião o Sr. De Gasperi reclama a devolução de

w^Fav^^^Hm • is-Â-^i' '¦¦•¦'•-''¦¦ \ \ % \*$:. mmWttmâ m. W mm ''¦¦&?' .. ji v; £$& ^| ^ft ^.á^,

ÇASrHNO

P/Wc4

$fâK& W^Mo^WBW^Ê^Mf:

mbólso Postaio Ltmilodà,,» 59-2" and

. Postal 27S:

I I

mWSBÊmmWmW

*

WÊÈIÊÈSfâki " •' - • ¦ ¦ *

--

i

u

37? Ano — N? 4 -~- Setembro --•' 1953

Trieste à Itália. ^ O Sr. Presidente da Repúblicaassina decreto nomeando o Sr. Arthur César Fer-reira Reis, Superitendente do Plano de Valori-zação da Amazônia.

22 — QUARTA-FEIRA — O Presidente SyngmanRhee em surpreendentes declarações, afirma quea" Coréia do Sul estará no. direito de reconquistara sua liberdade de ação se noventa dias depoisda abertura de uma conferência política seguinteao armistício os comunistas chineses não tiveremconcordado em evacuar a Coréia do Norte. * Essacontra-marchá causou grande desapontamento nosEstados Unidos e maior indignação na Inglaterra,pois o armistício era esperado para dentro deuma semana, no máximo. *fr A Rádio de Moscouinforma que o Presidium do Soviet — o maisalto organismo parlamentar vermelho — adiousua reunião, de 28 de julho, para 5 de agosto. *O presidente Eisenhower declara que os EstadosUnidos remeterão gêneros alimentícios para azona da Alemanha, ocupada pelos russos, a des-peito de quaisquer objeções dos dominadores so-viéticos. * O líder do Partido Democrático. Sr.Adiai Stevenson, declarou acreditar que o pre-sidente Eisenhower agiu com critério ao rejeitaros apelos do primeiro ministro britânico. Sr.Winston Churchill, para uma conferência com aUnião Soviética. * O governo britânico apresen-tara no Parlamento um projeto de lei, com opropósito de eliminar um dos obstáculos aos amô-res entre a Princesa Margaret e o capitão deaviação, Peter Townsend. — O projeto de lei esta-belece que, em caso de falecimento da RainhaElizabeth, seu esposo, o Duque de Edimburgo,será o regente do reino, até que o Príncipe Charlesatinja maioridade. * O BRASIL, NO EXTERIOR— O Embaixador do Brasil em Washington, Sr.Walter Moreira Salles, confirma ter apresentadoa sua renúncia ao cargo, estando já em prepa-rativos para retornar definitivamente ao seupaís.* O primeiro ministro Alcide de Gasperi declara

-_«,^»__~__ ___y__^____________^L__m_______________^^

y ;y y.•!..-,¦ ' « ¦;.¦¦¦ y . y''y.y --;, y, - y ¦ yy ¦¦• - -. ¦¦ y,/ y ¦-¦2y; - „ '--. ,' :a-X: S * ^«t? S ,' .2 ' ->. "" * ..-' , A.-A. A .- ¦ ¦' ¦-¦; " «¦ ' *-' ' *- ,,

105 '" EU SEi TUDOy ,„,

¦jêè\ " AGORA SIM! 1

^¦_/:-''' -^ '^^^^Wi resolve o

^^^^^^ "problema.

I_j^''^á^^^im_9iiu^*?7?^3&__€____. - _____ -_-—-ffg^ff?ffiyj ' - s- «Vv*<Jj7 ^t_____-\ ^yrr/^A____^t -r/víAZzz2:Tf+ VX»^-^*». *vK»G£7- -/f' 2v\

<<¦»

__S Hn

ma. I

resolve oseu

PROBLEMA.Umâ valiosac oi e t a n e ade receitas

úteis, econômicase saborosas

INTEIRAMENTE GRÁTIS.Peça hoje mesmo o seuexemplar c/o novo livro

crs/í../c.'.i/tV.'

HMZENA

|J$l*p£|j Amido de milho "MAIZENA"~SX:Z-</Z \í Caixa Po.tai, 800ó ¦ São Paula

is*.^«..\ \ -;T>f V *•I\~>ãs-X-\ \ ^ly^S PDftTlOt Peco érivior-nie oVW\ ^Z/jZ/Sl ÜíVhHOI livro Sugestões "A

5 5-

x-' i'*'-."•-'/ ¦ m

¦,*••;-»• ¦ •f' .*- ¦-'. .,¦

-.••¦x>^ •* ^^"^ '^_É__

•MAIZENA"

«UA .. ... -S-' :•

cidade X: fif*no

que o ocidente poderá perder o apoio irrestritoda Itália caso não a apoie em sua. reivindicaçãode Trieste. * Pelo Sr. Presidente da Repúblicaé assinado decreto designando a delegação bra-sileira ao III Congresso Internacional de Meca-nica dos Solos e Engenharia de Fundações. * E*assinado decreto pelo Sr. Presidente da Republi-ca. promovendo a Embaixador o Ministro LuísGuimarães Fernandes Pinheiro.

¦-, » DEJJJLj FERRO Ltda,

Sucessora de L.B. de Almeida & Cia. C¥Th««tfv1,r.¥r,A RFTrnmcT»iRiinoilF«í 11 \ CIA SIDERÚRGICA NACIONAL — CIA. SIDERÚRGICA BELGOÜISTBIBUinORES

^^OiA E GIJTRAS USINAS NACIONAIS.

FUNDIÇÃO METAISOficina mecânica em geral — Fogões agás e lenha, marca «Progresso» — Fren-

sas para ladriltios e escritório,

Bancos para jardim — Colunasde ferro fundido parailuminação de jardins.

IMPORTADORES DE

vermelhos e de aço para caldeira.

COMUNICAM A SUA NOVA REDE DE TELEFONES, A SABER:

MESA TRONCO 52-2104 SECÇÃO TÉCNICA ............. «52-2103SECÇÃO DE VENDAS • 52-2102- ._ CONTABILIDADE 22-1342SECÇáO DE VENDAS 2MM TF RENCIA 22-2549EXPEDIÇÃO 22-1584 GERÊNCIA ....

RUA DOS ARCOS, 28-4ZRIODEJANEIRO

¦-r A'¦:

¦i-~í£TSÍ^rü:?->*rr sr^ír-YC-3.--

O £< i TUDO

k-r":,

'¦'.-'-¦' . MaKWr»^—w«^^««m««»»",—*",**l*m^ """™"T|.

*5?s-;xWS

[I

i;i;:<i''i

1 sfe1^"

40BBWOESA

'- ,V'tW& U

fcCPÍ*4

Man-Zan é o pomada', que alivio, ãSL&ga. jj*g*j£& os pruridos causados pelas hemorroides. Man-Zanact ma • fríftco.MAlS ATE: Ma».Zon * antwép»^stiav© poro as tecidos, moita! para as bactérias. Por

isso Man-Zan também prevlno as infecçoes. e outros

graves males conseqüentes das hemorroides. .

Um produto De WM - à venda ®m todas os farmácias.Coadjuvante pare H«m°'rre*des

fitfRÉÉit-ãíaíe

i«s»ftfie»*&

4 Âorovcsci® pei© Desfo. Naciona) de $mê^6 sob n.7?em 12/2/41.

ty

a Ay-

í\-*-: iTJB

23 — QUINTA-FEIRA — O jornal «Pravda»

condena o convite à Rússia, nascido na Conferên-cia de Washington, para uma Conferência das qua-tro grandes potências, t* As delegações aliada ecomunista enviam aos respectivos governos ostextos do acordo de trégua.na Coréia, devendo oarmistício ser assinado logo após a resposta desses

governos. * O Presidente Syngman Rhee pro-mete não mais obstruir o armistício. & Apesardas objeções da Rússia, a população da Alemã-nha Oriental poderá receber alimentos forneci-dos pelos Estados Unidos, fe O novo governo PeGasperi, que há dias se apresentou ao Parla-mento, não mais contará com o apoio dos mo-narquistas, o <iue forçará a sua renúncia. & ETnoticiado que a dívida do Brasil para com os ex-portadores norte-americanos diminuiu em 28 mi-lhões de dólares em junho último. ^ O Sr. Pre-sidente da República assina decreto nomeandoDiretor-Geral do Departamento Nacional de Es-tradas de Ferro o Sr. Othon Álvares de AraújoLama.

24 ~- SEXTA-FEIRA — Os comunistas chine-ses se lançam ao ataque, nas frentes central eocidental, nao obstante terem bs negociadores datrégua chegado a um acordo em Pan Mun Jomsobre a linha de cessação de hostilidades. >& O

.Chanceler Konrad Adenauer, segundo se revelou,propôs um plano de segurança européia que incluia União Soviética, -fc O chefe da polícia secretae- Ministro de Segurança do Estado da Alemã-nha Oriental comunista, Wilhelm Zaisser, é des-tituido de seus cargos, ic O presidente Eisenho-wer nomeia o ex-presidente Herbert Hoover e. o

/^no _ isf? 4 — Setembro — 1953

Sr. James Farley, antigo diretor

geral dos Correios, membros da

nova Comissão de Reorganização do

Governo. I* O Sr. Presidente da

República assina decreto promo-vendo ao posto de General de

Exército o Sr. General de DivisãoEleutherio Rrun Ferlieh e ao pôatode General de Brigada os CoronéisEurides da Costa Rubim e RafaelMunhoz de Morais. V

25 — SÁBADO — Finalmentemarcada para as 10 horas de ama-nhã, segunda-feira (hora db Ex-tremo Oriente correspondente às 22horas de hoje, no Rio de Ja-neiro) a assinatura do armistício na

Coréia, pondo-se deste modo, termo à guerra quevinha durante já três anos. "ir O presidente Eise-

nhower qualifica o governo comunista da Ale-

manha Oriental de «regime em bancarrota» e prog-nosticou a eventual «liquidação da atual ditaduracomunista e da ocupação soviética» admitindo, ,

porém, que muito contribuiria para isso a admis-são da Alemanha no sistema de defesa da Europa.

& O General Naguib propõe ao «premier» Çhur-chill uma conferência pessoal a fim de discutirema questão do Canal de Suez, que vem ameaçandoas relações entre o Egito e a Inglaterra. b*r Novasexperiências atômicas serão realizadas em outu-

"bro próximo, o que significa uma antecipação detrês meses do prazo previsto anteriormente. ^O General Alfred Gruenther, comandante chefedas forças do Pacto do Atlântico Norte na Eu-ropa, declara a uma comissão do Congresso quenão acredita no advento de uma nova guerra. **O Marechal-de-Campo Lord Montgomery, vice-comandante supremo das forças aliadas na Eu-ropa, declara/que o poderio da Europa Ocidentaljá está chegando a um ponto em que «nenhuminimigo poderá fazer as coisas inteiramente à suamaneira». $¦ Em um tanque de fabricação domes-tica, oito tchecoslovacos, inclusive dua3 mulherese dois meninos, abrem passagem através da cercade arame farpado e de outros obstáculos paraatravessar a «cortina de ferro», em direção àAlemanha Ocidental. * Em PETROPOLIS, en-cerram os trabalhos do Congresso Internacional deOrtopedia e Traumatologia.

i- ¦¦:¦<•.-¦¦¦• ¦• .¦-.-.'r ",'-,

¦

¦

. ¦¦".¦'y::'\K- ¦-''.

;'...

í

*

9.

¦':3fi Anol \$o .4 .,_.„ Setembco 1953 ,07 - .- , m h*Ei- TUDO

<..

f

26 — DOMINGO — Após longos meses áe negG-ciações, é finalmente assinado em Pan Mun JomO acordo de trégua na Coréia, por delegados dasNações Unidas e dos comunistas, it Entra èmvigor, em toda a linha de frente, a ordem decessar fogo. * O Governo de Cuba domina ummovimento revolucionário ali irrompido, tendo oPresidente Fulgencio Batista chefiado, pessoal-mente, a luta contra os insurretos. Nos combatesperecem mais de 50 pessoas. — O Governo cubanosuspendeu por 90 dias os direitos constitucionais.it O Presidente Eisenhower adverte que o armis-tício na Coréia náo representa a paz no mundo eque a América deverá manter-se de guarda.

27 — SEGUNDA-FEIRA — O General MarkClark declara confiar que o armistício seja ocomeço da paz mundial. — E* também assinado oacordo pelo qual fica confiada à índia a guarda,•dos prisioneiros de guerra que não desejam serrepatriados, ^r O governo sul-coreano prometenão fazer qualquer obstrução ao cumprimento doarmistício, tendo o Presidente Syngman Rhee feitorepresentar-se na solenidade de assinatura porum de seus generais, it A Assembléia Geral dasNações Unidas é convocada para sancionar osacordos de Pan Mun Jom. it Falece em Atenaso General Nicolas Plastiras, ex-Primeiro Ministroda Grécia. ^O Sr. Presidente da República san-ciona Lei do Congresso Nacional criando o Mi-nisterio da Saúde.

28 — TERÇA-FEIRA — O Presidente SyngmanRhee, em mensagem ao povo sul-coreano, expõeos motivos que lavaram o governo a mudar deatitude tomada em face dos termos do armistício.-T- Noticia-se que. no próximo dia 5 terá. início atroca de prisioneiros. * Conforme se pronunciava,o novo Gabinete De Gasperi não obteve o votode confiança solicitado ao Parlamento. — Emconseqüência, o líder democrata-cristão apresentasua renúncia ao Presidente Einaüdi. it Noticia-se que pereceram 57 pessoas nos combates trava-dos entre legalistas e comunistas. — Diversos jor-nais protestam contra imposição da censura à im-prensa, it Noticia-se que se tornou muito graveo estado de saúde do Senador Taft. it Regressaaos Estados Unidos o Sr. Embaixador MiltonEisenhower.

29 — QUARTA-FEIRA — Já se admtie que aconferência de paz, que se seguirá ao armistício,está destinada ao fracasso, em face das exigênciasdo Presidente Syngman Rhee. it O Primeiro-Ministro interino do governo britânico, R. ArButler, confirma que a Grã-Bretanha continuasendo partidária de que se realize uma conferen-cia entre os. estadistas das quatro grandes potên-cias. — Revela-se, porém, que Eisenhower con-tinua totalmente contrário à proposta de Churchillpara a realização, dentro em breve, de conversa-ções em. alto nível com a Rússia, a fim de tentaro encerramento da atual tensão mundial, it OPresidium do Soviet Supremo da Bielo-Rússia(Rússia Branca) destitui o Primeiro Ministro Ale-xei Kleschey, substituindo-o por Cyril Masurov,it O Comitê Executivo da Sociedade Inter-Ameri-cana de Imprensa envia telegrama ao Presidentede Cuba, General Fulgencio Batista, no qual diz

que o estabelecimento da «censurará imprensa»é um «rude golpe» à democracia no HemisférioOcidental, Como se sabe, aquela medida restri-tiva seguiu-se ao fracassado levante de domingoúltimo, it Falece em Buenos Aires o Sr. JoséMaria Cantilo, que foi Ministro áos RelaçõesExteriores durante a presidência do Sr. RobertoOrtiz. O Sr. José Maria Cantilo representou aArgentina em diversos países da Europa e Amé-rica. Tinha 75 anos de idade.

30 — QUINTA-FEIRA — As tropas comunistase aliadas já têm quase concluídas as operações deretirada da zona demarcada para ser desmilitari-zada. it Na Câmara dos Comuns travam-se debatessobre a posição da Inglaterra em relação ao ar-mistício. ^ O Sr, Clement Attlee, líder traba-lhista, critica as declarações do Sr. Foster Dulles.it A Rússia, imitando os Estados Unidos, comu-nica ao governo austríaco que arcará com todas

B

1

%m

-. ___«_-

r tiFUNDADO EM 1875

O MAIS ANTIGO DO HIO DE JANEIROCapital ........ CrS 90.000.000,00Reserves Cri 70.711.212,50

Distrito Federal;JE »ff» %i£ ¦

O

Av. Copacabana, 1.1 SSBua 24 de , Maio, 1 MSBua S; Luís Gonzaga, 4SFraca Saenz Pen®> SBua Uxuguaxana, 7

RIACHUELO — Biaa liachueio. 387

Estado de S. Pcraloí S. PAULO — CAPITAL

MÉ1EBS. CRISTTI

tQ\

raí^^MM»»5!*-*»—""»~»—~—„______»«»—-—-

TODAS'AS OPEHÂÇÕES'B ANGARIASINCLUSIVE CAMBIO

GUAESPECIALIZADAS PABADE TÍTULOS E VALORES

ti'Al, 7 .... ! . ¦ y..;yy7

Mafrls: -

RUA DO OUVIDOR, 33/35 ~~ Tei. 43-8988 jj¦

' "'.,

. - -.'¦-.-:

¦ "

.

.'

- - .

. ..- ¦:' ¦ -;'¦

' ;

..._'¦

- ¦; ¦¦ ¦

¦ ¦

' '.'

,

'' ¦¦,

." •;¦;

¦¦;.¦¦:¦,'.¦:-¦¦

AOÊHCIASt-. . -

., :;m'

¦•-,... •

'

EU SEII -

„,„„..-tj*?.^*t«*:!-''. ^E''-^*':":'^ ''i;jgaijeMa^gaHIW^SB^SffiB

TUDO] 08 ' Ano — N9 4 Setembro 1953

sposa ê parl Minha e| roíiiQAti,.... ¦ uma

>¦ ¦y-pypyp: 'A;. A a|Íepife--' >'VV\'-'¦¦'-¦", -Vi:.'-¦'¦'.?!' .-•" "-.--. ' E:;lffi§g*>

¦ "'"'•''"sfE'''' E\ E.A. :pPP. 'llÍllf|A'

' l!rE&& -."-:V::-E- '^^P-E

:/ - pPP:.. :yA'."pypyy ¦

\'ê::-- -aíAÍ' :'yyA:yppy,y ~ ¦ ' .' :aea

TÔNICO DAS GE.

oiva • ® •

vfSSB

as despesas relativas à manutenção das tropasde ocupação na Áustria. — Ao mesmo tempo,Moscou apresenta sugestões no sentido de seremreiniciadas as conversações para a elaboração doTratado de Paz com aquele país. * Em Filadél-fia são detidos destacados líderes comunistas nor-te-americanos, que se encontravam em atividadessubversivas. I* O «New York Herald Tribune» dizque há indícios de uma crescente onda de senti-mento contra os Estados Unidos, na América doSul. ir Ó Banco de Importação e Exportação che-ga a um acordo com a delegação brasileira emNova York para a alteração nas condições de pa-gamento do empréstimo de 300 milhões de dóla-res. — Declara-se na Câmara dos comuns quevão ter prosseguimento as negociações anglo-bra-sileiras em relação aos atrasados comerciais doBrasil. >i O Sr. Presidente da República assina

decreto rescindindo a con-cessão outorgada à RádioClube do Brasil S. A.

31 — SEXTA-FEIRA —

Os Estados Unidos insis-tem em que devem partici-par ativamente da Confe-rencia da Paz todos os pai-ses que tiveram tropas'lu-tando na Coréia. * Os co-munistas voltam a denun-ciar. Violações do armistíciopor parte das Nações Uni-das. i* Os Estados Unidosprotestam contra o fato deter a aviação russa abatidoum aparelho B-50 da ForçaAérea norte-americana, irCerca de 30.000 operáriosdas fábricas da zona ori-ental de Berlim iniciam umamarcha em direção ao setorlivre da cidade, ao começara polícia comunista a apre-ensão de «pacotes de provi-soes Eisenhówer». *k Aco-metido de grave enfermida-ie falece em um hospitalle Nova York o senadoríorte-americano Robert A.Taft, conhecido líder repu-plicano e porta-voz de Séuoartido no Senado dos Esta-los Unidos. * O Ministrodos Abastecimentos, Dun-;an Sandys, declara na Câ-nara dos Comuns que a]rrã-Bretanha realizará emDutubro vindouro, no campole tiro de projetis fogue-tes de Woomera, na Aus-trália, a sua segunda provaâe armas atômicas, ir OBanco de Exportação e Im-portaçao anuncia que con-:ordou em adiar por um anoa data em que deverá ser

pago o empréstimo de 300 milhões de dólares,recentemente feito ao Brasil.

A sua vivacidade,

a sua alegria per-manente, torna-

ram-na a creatura

mais adorável do

mundo. E ela diz sem-

pre: - "Devo minha ale-

gria contagiante á sau*

de perfeita e a saúde á

Emulsão de Scott". Em mi-

nha casa todos fazem

uso áa Emulsão de Scott,

do mais puro óleo de íí-

gado de bacalhau, rica em

vitaminas, cálcio e fósforo,

o 'tônico ideal para crían-

ças, moços e velhos

¦RAÇÕES Vz^

&k

É MUITO MELHOR SER NERVOSO!Está provado que todo indivíduo de valor é.ner-

voso. Nervoso, evidentemente, no bom sentido dapalavra. Nervoso no sentido de inquieto, com von-tade de realizar, progredir, conhecer, saber. Todoartista de evidência tem seus nervos à flor dapele. Os indivíduos de valor procuram transformaro seu «nervosismo» em qualidade que lhes con-fere maior capacidade de realização e trabalho.O nervosismo também tem as* suas vantagens.

^Hojè, está desmoralizado o conceito de que todogênio é um louco, um anormal.

Se o leitor lem «nervos» procure utilizá-los emalguma coisa prática e útil. Não os gaste empreocupações estéreis e em temores vagos.

^v^r,__*^zi- y** '¦¦sy ~s,

«

, -v-r ,

**?¦¦¦ ' *.

37? Ano H? Setembro — 1953 109

HSHR

.¦¦.;; .*¦..* v rr'' ¦ '.'-! ';; *,

Sr'"

¦ "•' ¦.';_,

EU SEI*TUDO

V

Iir-

Diretor: DR. LAVRUD Secretário: DABLIú ANO XXXVII N< SETEMBRO .* y1953S^nàrios adotados" nesTa ^ - Simões da Fonseca -" Hildebrandó - Gustavo .Barroso. PequenoBmsTiro 9« e^çlo - Papyrassu. Monossílabos - Sylvio Alves. Breriário - Dicionário de Nomes Pró-Brasileiro, *« eaiç *i ^^ _ Provérbios Originais, do Dr. Lavrud. .Toda correspondência sobre charadas deve ser dirigida para a redação de EU SEI TUDO - Hua Visconde

de Maranguape, 15 — e endereçada ao redator desta seção.

t

ENIGMAS— 106 —

(Ao Zytho)0 tigre tem afoiteza,Tem ardis, tem ligeirezaAlém de garras cortantes.Se ves com a fera, uma cria,Demoras na pontariaSurdo aos conselhos constantesDe experiente nativo: —

Quem caça tigre ou leão,Se deseja voltar vivo,Deixa em casa o coração.

Jayreis (Bahia)

— 107 —Na simples regra de um temaQue lancei por brincadeira,Saiu tanta discussãoQue tudo deu em sujeira.Zigomar (B.B.) — B. Horizonte

— 108 —E' um instrumento que, além de

[agradável,Tem o hom som de perfeito

[Zabumba!...Com êle executo, de modo lou-

. [vável,0 acompanhamento de qualquer

[nimba. .P. Del Debbio — CEP — (S.

Paulo).

— 109 —Embora indo com pressa,Não se rsqueça do perigoEm passar sozinho à noite,Junto à casa do inimigo.

112/— Três — Homem decrè-pito forma um par ideal commulher muito velha.

Conde de la Fere — A.C.C.B..(Salvador — Bahia).

— 110 —Não te iludas... Felicidade... - 1Ser feliz... Glória... Riqueza... - 5Feliz é quem, na verdade,Nunca pensou na grandeza...

Mascobei1 i

CHARADAS CASAIS. * '

Ao nobre Conselheiro, agra-decendc.

111 — Três —Prolifera a confusãoOnde não há sacramento;Assim diz o sacristão,Meu velho amigo "Sarmento1*.

Bisilvd (Manaus)

113 —- Duas — Camisa comalgibeira. só na Praça do Co-mercio.

Carsioli (Angico — Mairi —Bahia).

114 — —Duas —Homem gordo e baixo, o LicioE' um pedreiro ordinário,Não passa de um salafrárioQue nada entende do ofício.

Dr. Barreto Cardoso — G.C.N.— (Maceió — Alagoas).

"rv? mmHí^^^^HH^^^BHBUsar jppsfctejm^^^®^®**™™^^

assenta e dá brilho0

aó cabelo!

'IIP*' sHHÉÉ'Ihb ' ' ¦•™* % -r* *vW'*!^jMÊàW - ^ ^m^t^i

¦M^È!%m&i ^"3& * •"; '$Éɧllllif "'v v ¦ v¦•'

ÍÍSj^'**:'»^ '

V#Éjr'

¦•¦ -A

D « manhã á noite.fix"brtí montem seu cabe-'o .mpecáveímente pen-•*»*ado, sedosa e brilhante.A queda prematura docabelo e ò caspa sãoevitadas com o usoHsbri). Lembre se Fixbrllnõo e gorduroso Coroe-ce o usá-lo ainda hoje I

115 — Duas •O filho dessa naçãoTem sadia geraçãoPelo modo dc comer.O alimento quando é puroE' meio forte e seguroDe a gente muito viver.

Apolônia Vilar — CampinaGrande.

• r y¦:.A :¦

116 — Duas — Em geral umcalote provoca contenda.

Emidlej (Salvador)

117 — Duas -Todo aquê-le que tem reservas monetáriasé pessoa abonada.

Malha Tantan — P.S. — CE.S. — (Santos).

118 —- Três — Surge quase to-dos os dias um novo produtono comércio de drogas.

Farané (Salvador)

119 _ Duas — Deita fora; p?-neira com esse rombo, está inu-tilizada.

Marcimento (S. Paulo).

120 — Duas — Nenf toda nar-ração tem o propósito de agra-dar.

Matsuk (Rio)

12i — Três — Confunde-meesta multidão de. coisas a esmo.

Mrrcus — B.B. (B.JI.)

122 — Três — Prega o açoitedo estrtfermo.

O Sineiro (S. Paulo)

De wTií Rio Londres - Nova Vork Buenos Aires

123 — Três -*• Aquele indivi-duo, como possui uma espin-gnrda de grosso calibre, julga-r>o um homem endinheirado.

Oarcim.

124 - Três - Quem pensa mui-to anda sempre desconfiado.

Tony (Campo Florido)•

125 — Três — O temor nãocausa dano a pessoas calmas.

Velo-Vela (Rio)

vm

,V,rr

Vv

•- _ «a«ag«»>aiS»^i^.B^

yyT""""..

¦

W-ifS|stííf> f i

Vi '--¦'¦

p®I<Í!'Ü.-*SÍ5-^-~j-,«?s3**-OTr^^ '

'T.r.'C'-"

mm;. .,.:,.•. *v «.* .¦¦y' i '- .-'•"¦ ' "i "..yy" *"-.'.yíí T : ¦ ;'; ¦

¦yy-

L0G0GKÍF0S

126 -

i

Pobre do homem qne luta '-

2-3-5-8

Pelo pão de cada dia — 5-4-2t3

Sem ter pra onde apelar,Vê-se no despen.hade.iro —

1-2-4-2-3Por toda parfe êle escuta —

3-2-5-6

Soluços, doi\ agonia,A fome a se aproximar,

AÊle sem grão (*) no celeiro.

(*¦) Noz, castanha, etc.Jomaque — C.E.C. (Rio)

«Sítv>i-.y

yy'--

fcsí^CCy t

fílC

j^vç*A-*-"-v' ¦ '¦¦*

— 127 —

Pulsa menos, coração; —7, 2, 5, 4, 3, 9.

"Mulher" ou dinheiro, não —8, 4, 7, 1, 6, 2

E' o que dà felicidade.1, 9, 3, 6, 7, 2

W feliz quem se contentaCom o que tem, assim comenta

— 5, 9, 7.Um bom rapaz da cidade.

Jovaniro — C.E.C — (Rio)$t%'"*-'''<": .C ¦-.."'.--'.'';"**'¦'' ;'".'.¦¦ .'-';,'

'¦'• r-r'-¦'.:¦ \ 7 ''.'-''-'. '_¦¦.' ' <-*¦.*¦.- "

CHARADAS NOVÍSSIMAS

128 — Duas —- duas — Dointerior da boca de fogo tireium anima! "manso" para levarna embarcação africana e asià-tka muito comprida e estreita.

Dopasso — G.C.N. (Recife)

129 — Duas — duas — Nadaconsegue na vida o indivíduoque é patife, e beberrão.

Dr. Zinho (S. Paulo)

330 __. Duas —- uma — Queresyer belezas e sentir alegria..?'Basta

ires para um retiro nocampo.

Donatila Borba (Criciúma)

Ao Latônio131 — Duas — duas — No

hospício de enjeitados, como nãohá direção eficaz, todos vivemem constante inquietação.

D'Ávila .•¦— O.E.M. (Pará deMinas)*.

132 — Uma — três — Ora!—- Quando iem inicio aquela co-ceira poucas são as drogas quea fazem cessar.

.Edur G. Monteiro (Cuiabá)

t/c ano — N? 4 -— Setembro -— I95^W

134 — Uma -— três — E' coi-

sa difícil a critica severa do es-

tudo relativo à igreja de Roma,

que só pode ser feito pouco a

pouco,Fusinho (Bangu)

135 _ Duas — duas — Aque-

la matraca íocada por mulher,

só pode resultar troça ou tra-

tu.

t

133 — Três — duas — Ora-paz humilde só tem disposiçãopara andar a pé.

El Principe (Uberaba)

Ü i u m m

wS W$L fÊ$ f-M

Sites*

moicFiote (Cuiabá)

136 — Duas — duas — Ocir,co já estava de partida, ain-da sob os aplausos da multidãoviciada.

Plâ (Rio)

137 —- Duas — duas — Comum gesto indiferente, mostrou-me o tabuleiro de terra, comose fosse uma insignificância.

Nilva (Rio)

í((a&íi/m C t § r* f\ o ^'¦'WÜwJW- V 1 w w rc §P

138 — Duas —- duas — Nãohá engano, não; Maria Quitériafoi de fato uma mulher fora iocomum.

Nomisio Nuno (F. de San-tana — Bahia).

139 — Duas —- três -r- O in-dividuo esperto ficou embria-gado e transformou-se num su-jeito qualquer.

Anchieta (S. Paulo)

Í*-»140 — Duas — duas — K

preciso que não baste vencer,mas que saiba vencer.

Sefton (Riox-

141 — Três — duas —- A fomeé penosa porque trás esganação.

Sertaneja (Rio)

CHARADAS ANTIGAS

— 142 —

Se vive nesse marasmo, — 2Destituído do entusiasmoQue a principio conquistara,Já não inspira confiança, — if*Merecendo, sem tardança,Um forte soco na cara...

Gil Virio (Andradina)

— 143 —-Grandeza de coração — 2Manifesta quem semeia, — 1Com distinta discreçao,Benefícios à mancheia.

J. D. Mingo (Senhor do Bon-fim — Bahia).

-i»

i

X

I '-

;Svv'" 'ms'/'y::

Ana' ' — ' HL' 4 --

<

¦

•: «

1s

s* a

il

I

' ¦' '•*•'':,•-,'•''

'¦'.' '

aa-a. Jj'.:aj :-' ,..,J.;-'J." . : *''

$ete/.nbf'0

ãaaããã

*

#*»*-

NA BELEZA BOS SEÍOS

Quando o busto fôr insuficiente ousem firmeza, use Pí5L-HORMONn? 1 e quando fôr ao contrário,demasiadamente volumosos, useBÉL-HORMON n* 2 EÊL-HOR-MON, à base de hormônios é umpreparado moderníssimo, eficien-te de aplicação . o cal e resultadosimediatos. Adquira-o nas farmá-cias e drogarias ou pelo Correio.

CHARADAS SINCOPADAS145 — Três — r^uas — A

lançadeira da máquina de cos-tura è feita d'oque há de me-lhor em metal.

Iza Abel (Rio)

W SEI fÜÜO

156 — Três — duas — Qufemvive honestamente, dispõe a vi-da para a morte e ilustra smpróximo.

Roama (Guapiacu 7

fe IaJ^__f_____________________&*^t_^_y ÜS5 ^S íil^jfc- _&^& 4. <$K^^S^Bn^Ste i_flN_Í m » «__r S^L^*_________________________K»ín fl JF **» v>' iln. _S/ t' ^f. m 'v jj *

lllri:^.

êW WF^Ê*.- - "$\Jslr «mc_t___i;_S____re ' ' ''y^kímmM HHH|Hh

^jtéÈlF ''::'-'-^_^^l___P^^^Mi_l__H_nt '|gjBBBW3S_S^^^^^^^"!-^!^^

146 — Três -— duas — Oentrelaçamento dos pares nadança do fandango acabou emconfusão e deu cadeia,

Aselépios (Rio)

157 — Três — duas — Todosujeito amalucado tem falha dememória.

Sertanejo II (Lavras)

147 — Três — duas — Êlese liberta de qualquer embaraçoporque é um homem muito es~perto.

Bigi Neto CJB.C. — (Rio)

158 — Três — duas — tistevarrão não gosta de comer decolher.

Seamva (Santo.;)

._¦•¦....

A-*;.-.m¦' Vi:

'SP!¦•'

¦ '"'.

a¦ ;.-;¦*¦¦'¦-::

.*.*¦'

Distribuidores para tedo o Brasil:Sociedade Farmacêutica QaitínoPinheiro Ltda. — "Eua de Cario-

c», SS — Bio úe Janeiro

148 Três duas E'um indivíduo miserável, porém,não tem um só rasgáo na roupa.

Cysneirense Júnior

. ...:•!/

¦'''".".%

/&

Soe Farmacêutica Quintino Fí-nheiro Ltda. — Queiram enviar-m®r>^lo Rgembôlso Postal nm vidrode «BÉL-HORMON* N«NOME .'.. • * .*•R.T.LA N» _•--_.CIDADE ..... .........ESTADO ....

149 — Três — duas — Afalta de compreensão e de uniãoentre os pais,

"resulta num de-plorável exemplo para os filhos.

Conselheiro (Ri G. do Norte)

"/.•'._ * .•

¦ _*'.-*.

150 — Três — duas — O dar-do foi arremessado, mas o ca-çador não ficou muito tranqüilo.

Heron Silpes (Canavieira*)

f»*r#_e** t-j&ip* t«vf|** i» iHwsfei-ll C

151 — Três — duas — O in-dividuo que come terra já an-da com o pè na sepultura.

Lord (Goiânia)

¦;

¦¦¦ '$¦'¦'&

W¦¦ i.-:m**t-'¦wm!stfíür

I::-¦¦

mV

ENIGMA PITORESjÇO 160'jaff

*-f ***** *** <—? *V I- s ¦ •• <***-_ I• /___¦

__» "^ #_»

___^ /# l••'"¦¦ #/ I"^ _-*" ii

^~ «w_. _«¦* **•»* #Jf "

*T /§ * ^

^0<*' "*»_ <«__» -__!» -w*** ^*

Anchieta — P.P. (S.

152 — Três — duas ~~ A ca-chaça nem sempre é bebida per-mitida.

Lutèrcio (Rio)

-^*ifi____S______'>^-í*__-_____*

¦;i/>V4*'!(

153 — Três — duas — Nãodeixo o aconchego *do meu larpara ocupar qualquer empregosubsidiário.

Anchieta (S. Paulo)

154 — Três — duas — Eisum sujeito boçal e cheio de ja-tancia.

P. Del Debbio (S. Paulo)

155 — Três — duas.Jovem que perdeu o verdor,Sé porque levou um bolo,Retome logo o vigorSe não quer passar por tolo.

R. Kurban — T.B. (S. Paulo)

A irritação intolerável e os ardores

produzidos pelos distúrbios do bexiga,devem ser combatidos, logo de início.Sendo a bexiga* o porta de saída dassubstâncias tóxicas e impurezas que osrins separam do sangue, sofre-se dorescrucianíes quando esse delicado órgãoestá inflamado, devido áo contacto comtais substâncias. O exagerado desejode aliviar a bexiga, os ardores e assrritações das vias urinarias devem ser.combatidos, tomando, ainda hoie, asPílulas de Witt para os Rins e a Bexiga.

Sua ação calmante e antisética, bz-sesm-\Yir logo na bexiga, nos rins e emtodas os vios urinarias.

As Pilulas De Witt sâo fabrk

codas especialmente "para as

doenças dos Rins e da Bexiga.

j-jvV¦y

¦-¦' :.

¦

¦ •>,*'-.

y

:•'_ÊvHn

.V

. a.

Paulo) •-vj

— 144 ~-

Que doce inspiração — 2traz-me a mulher formosa9'! - 2Tem ela suave feiçãoà minha aima jubilosa...

KTQZ (São Paulo>

Â

fUNOA£X>'.926

dc SENHORAS e VER RUGAS

^UMÜIAÇÃQ GARAMTiDA S_M CICATRIZES

GUILHERME KLOTZAV. 6RÍG. LUU ANTÔNIO, 428^ ¦

PEÇA PROSPECTOS

%-

'¦";¦:¦%

'¦'<iêsM¦¦ - '.*m.':¦¦¦¦¦¦¦'"¦¦-¦¦;

a '¦:':¦'¦. ymy

M? Hn. W SX* «H ___! __£&_»**& -'iJ*wS_í

I 11VI mm «9

paro os Rins e cs Bexigaim vidros de 40 e 100 pilulas

0 grande é móis econômicoWMmm

¦m

¦*U SEI TUDO ¦ _1U' •' 1

te' s

¦£«¦¦¦'

Í^Y'-'

.

159 _ Três — duas — Só aaestação quente é que devemosusar roupa branca.

Zigomar — B.B. (Belo Hori-zonte).

Alhear 19 — De-

SOLUÇÕES DO H> TORNEIO --JANEIRO A MARÇO DE 1953

Sáfaro; 2 — DesertoPedro; 4 —contro; 6 —mito; 8 —quara; 10 —rado; 12 —••mote; 14 —

pido; 16 —

Tem-tem; 5Altivo; 7 -

Fumaça; 9Entrega; 11Minuto; 13Mironga; 15Tantito; 17

3 —Re-

Frê-TJ-Ei-

Ma-Lé-

Ra-

posa; 18 -vaneios; 20 — Estolido; 21 —

Turbamulta; 22 — Toque - em-boque; 23 — Corriola; 24 —Enrocado; 25 — Marca grande;26 — Raehapé; 27 — Desmemó-ria; 28 — Puxa — encolhe; 29— Queda; 30 — Negrada; 31 —Malfeliz; 32 — Matete; 33 —Usurário —- Pelomancia; 34 --Disparador; 35 — Formigueiro;36 — Pilheira; 37 — Corrediço;38 — Caçhopo; 39 — Resenha;

— Gameio; 41 — Caminhei-42 —:r ímpeto; 43 — Embu-44 — Ratinha; 45 — Baru-

Roama (Guapiaçu)

Trilhado; 49 — Precário; 50 —-

Ofensa; 51 — Fomenta; 52 —

Gente de praia, rabo de arraia;53 — A cana dá açúcar se moe-res; 54 — Franciscanada; 55 —Muladar; 56 — Arriosca; 57 —Mapiar;; 58 -— Rato; 59 —Aresto; 60 — Descortina; 61 —Arupanado; 62 — Vivo; 63 - -Escarcho; 61 — Funda; 65 —

40ro

Mágico;Inferna;Ladeiro;MinistraMexida ;

666870

; 7274

ça;lheiro; 46

Lastimado; 76Madeira; 48

eM xp

A H G Oswi»o

8Òtf ROB 4 S Â OtUMSA

C ON G AVALSA

SAMBAfOX-TROT

tis

il/ Â H \\

4* EDIÇÃO AMPLIADA

Com a nova dança, «Baião», Sambaliso, e os últimos passos de* Bolero,Rumba, Swing, contendo 120 gráficos,830 passos, facilitando as senhoritas ecavalheiros a aprenderem em suaspróprias casas em 10 dias apenas, noprincípio sem companheiro ou com-panheira. Método de ritmos modernospelo Prof. do «CURSO PRÁTICO DEDANÇAS RITZ». Aulas particulares,ruá da Liberdade, 120 — Preço: Cr$45.00 — Pedidos pelo reembolso pos-tal —.com o autor — Caixa Postal,649 — São Paulo.

A venda também nas livrarias do Hio e Livrarias e Casas deMúsica de São Paulo.

Calunga; 67 —Talho; 69 —

Obsesso; 71 —f.Fabiano; 73 —

Viravolta; 75 —— Piloto; 77 -

Morocho; 78 — Voante; 79 —Preciso; 80 — Cicata;

* 81 — Tufadó; 82 — Pe-quito; 83 — Barato; 84

Tijuco; 85 — Potri-lha; 86 — Capitão; 87

Gapina; 88 — Ver-dade; 89 — Forçura;90 — Piara; 91 — Pu-pilar; 92 — Biografia;93 — Toque-toque; 94Insueto; 95 — Arrancatoco; 96 — Farinhaqueimada; 97 — Prurir;98 — Mata ratos; 99 —Mocamau; 100 — Pes-te; 101 Estavanan-do; 102 — Escolada;103 Almolina: 104

3-

'* " ¦ ¦ ::S'SW?¦f,!tJ, ¦,,-.','.'

m

*>

37? Ano — N"? 4 — Setembro —¦ 1953 113 EU SEI TTJDO

—- Mocheta; 105 — Macaco cabeludo; 106 — Ron-

caria — Cada relógio, cada' hora — O dinheiro

faz a guerra, a guerra faz o^ dinheiro; 107 — La-

baca- 108 — Salteada; 109 — Estourado; 110 —

Caçambo; 111 - Agachado; 112 - Sorreifa; 113

_ Tamancado; 114 - Corujeira; 115 - Atroada;

116 — Minuta; 117 — Entica; 118 --— Corva; 120 —- Tesoura; 121 —Calmòrreando; 123 — Lapa; 124 —-— Reverso; 126 — Graúdo; 127 —Aspa torta; 129 — João Grande; 130131 __ Peludo; 132 — Calaboca;

- Banda; 119Giga; 122 —

Quelelê; 125Lili; 128 —

— Perequeté;133 — Borra

yyr

PALAVRAS CRUZADAS

botas; 134 — Primorosa; 135136 — Gangolino; 137 — Filhagenho; 138 — Latomia; 139 —Bofetada; 141 — Boi tatá; 142 -Labuta; 144 — Libração; 145 —Medida; 147 — Fôlego; 148 —

Argento vivo;do senhor de en-

Latacho; 140 —Panaca;

Saçanga;Licença;

143 —146 —149

'-H

152 -

' r:cr'¦¦ rr;¦.'¦''--¦".'.si¦

; .r--;\f.ry:yy:

Mambira da Jiquitaiâ (Salvador — Bahia)

PROBLEMA N? 5

HORIZONTAIS E VERTICAIS: — 1

dc copa e abas flexíveis, tecido com

um arbusto; 2 - Toleram, aceitam; 3

ta, cativa; 4 — Fragàncias; 5 -

nórios; 6 — Deprime, achata.

Chapéofibra de

Reques-Mariolas, fi-

Somenos; 150 — Puxeira; 151 — Facada;Tapera; 153 — Forame; 154 — Moçada; 155 —

Magriço; 156 — Perdida; 157 — Pelanca; 158 —•

Lobo farto é teu amigo; 159 — Marido ruim emulher ruim, casal feliz.

CORRESPONDÊNCIA

Cartas recebidas até 20 de julho:

Olin & Tarciso — Dupla Praiana (Santos) -

Inscritos para todos os efeitos; os dois enigmas

fogem ao feitio desta seção, que- não aceita tra-

balhos dificeis (furos).

Nelson Bernardo (S. Paulo); Asil (Salvador);Mr. Johnny (S. Paulo) — Inscritos com muito

prazer.Mr. Trinquesse (S. Paulo) — Gratos pela óti-

ma colaboração que será publicada no próximonúmero.

Atelito Lebre (Rio) - Idem, idem, na mesma

data.Bereco (Recife) -

trabalhos bons.

Carlos Weber (Rio) - Esta seção não publica

trabalho como os que mandou, considerados por

nós — dificeis.

Damos preferência as charadas feitas com ri-

nônimos; repare que raramente sa. uma com plan-"a etc. Mande outros e .serão gostosamente pubh-

cados.

¦h"%

rt

Inscrito, com muito prazer;

>-£¦

PROBLEMA N* 6

Ao Sertanejo/U ~

HORIZONTAIS: 1 — Uma

das ilhas Lucaias; diziam-ser uma terra descoberta

por Colombo;'2 — Emude-cem; 3 — Árvore da fami-lia das cináceas; territóriodo Brasil; 4 — Espécie decipó com que enrolam asfolhas de fumo, depois desecas (pi.) ; 5 — Ariete bé-lico; 6 — Insensibilidade;7 — Trocar; 8 — Ocasião.

VERTICAIS: 1— Colega;9 _ Ortita (pi.) ; 10 —

Abelha meliponidea; 2 —

Planta da familia solâneas ^(pi.); 11 — Multidões; 6"'

g __ Pref. latino que traz aidéia de posição, em redor.

Zoraco (Divinópolis)^ÉÉM^

..::¦

müe

:-;^.v,í.,,...-....,,..í.../..,...- ,..-¦¦• .,.¦•¦; -:.>'.y>^=.-.':--

niHaM

ra

'Setembro 1953?*'¦>¦ i >¥t"íY «n^rf.tSyS

É POSSÍVEL CONSERTAR 0 CORAÇÃO

(Cont. da pág. 31)

Ninguém aprecia mais êsse artifício do que o'

dr John H. Gibbon, Jr., professor de cirurgia

e diret de pesquisas cirúrgicas da Escola Médica

Jefíerson, de Philadelphia. Êle tem 'dado com um

tipo de máquina cárdio-pulmonar desde 1930 Ele

ePsua mulher, Mary Hopkinson gibbon,

desenha- ,

ram e construíram o primevo deles na Escola

Médica de Harvard e levaram-no. *m .segu"J.

para a Escola de Medicina da Universidade de

PennsylvaniaY Embora ainda não tenhaYs.dc« uH-

lixado com um oaciente humano, o aparelho Gibbon

tem demonstrado, repetidamente, a sua pratica-

bilidade no laboratório. Numa séria de expenen-

cias dadas a conhecer em 1938, .treze gatos ti-

veram a circulação para os pulmões comple_tamen,e

cerrada e desviada através de um coração e de

pulmões mecânicos, em períodos superiores a vinte

minutos e, apesar disso, sobreviveram Um de es

mesmo (no caso uma gata) teve filhos seis se- _

anas depois.

As pesquisas do dr. Gibbon foram interrom-

pidas pela Segunda Grande Guerra durante a

qual êle foi servir no Sudoeste .do Pacífico com

o posto de tenente-coronel. Em 1948, retomou

o seu trabalho e construiu um novo modelo de

coração-pulmão, cluas vezes maior do que qual-

quer máquina de raio-X e dez vezes mais com-

plicado: Foi construído pela «International Bu-

siness Machines Corporation», e apresentado à

«Escola Jefferson» por Thomás J Watson, presi-

dente da l.B.M. Conta com dispositivos totó-

elétricos e eletrônicos que submetem . o sangue

a análise, a fim de assegurar uma quantidade ade-

quada de . oxigênio e mantêm os condutos do

sangue à temperatura do corpo, além de bombear

o fluido de manutenção da vida de volta ao or-

gánismo do paciente, è velocidade própria da

| K pulsação. Como máquina, esta enorme, dispendiosa

\e bem planejada série de artifícios constitui ^uma\obra primorosa.de engenharia. Como coração è

pulmões, ela ilustra os enfadonhos e cuidadosa-

mente elaborados e extremos detalhes a que jdshomens têm que chegar, para duplicar as funções

dos órgãos eficientes e compactos com queia

natureza nos dotou. E, mesmo assim, o melhor

que conseguimos nao é mais do que uma apro-

ximação daquilo que *é obtido pela natureza

fizeram-no escorrer, através de garrafas checas de

contas de vidro e oxigênio, esparg.ram-no .sobtm

uma cortina de seda, exposta, em ambos os lados,

a uma atmosfera de oxigênio r Nenhum desses

artifícios chegou sequer a aproximar-se dos suaves

e altamente eficientes métodos da natureza.

y fS&''wmI r ¦:'¦"¦ ¦

. '2, ;

yXyXX-':-

772

'2

'2- ¦:

Tomemos, por exemplo, á função de levar o

oxigênio pelo sangue. Esta é uma tarefa para

a qual '

os avançados cirurgiões-inventores ainda

continuam a quebrar a cabeça. A natureza ^

a

executa, 'espargindo

o sangue, através das reoes

capilares, nas células de ar dos pulmões. A área

interna destes órgãos, na qual g sangue e o oxi-

genio- entram assim 'em contato, totaliza, aproxi- .

madamente. a ár,ea de uma sala-de-estar comum.

O recolhimento do oxigênio é feito durante uma

exposição de um segundo.

Durante anos, os pesquisadores médicos, nos

laboratórios, têm ientado conseguir tal «perfor-mance» num grau aproximado. Para tanto, com-binaram sangue e ar no interior de um balão,

O pulmão mecânico do dr. Lung e um tanque

cilíndrico, que gira algumas centena, de vezes

por minuto. O oxigênio se introduz na.parte su-

perior do tanque e a corrente sangüínea se der-

La contra a superfície interior e e espalhada

pelo movimento giratório, dentro de um filme

tênue, que' absorve o oxigênio. Principio seme,

lhante é empregado na máquina ««çao-pulm

do drYClarènce Dennis, da «Escola de Mediana»

da Universidade de- Minnesota, em Mmneapohs.

Na «Escola de Medicina Hahnemann», em Ph,la-

delphia, os drs. Robert G. Trout, Charles P

Bailey, Robert P. Glover e Thomás J. O Ne.l

trabalham com uma espécie de máquina, na qual

o oxigênio é forçado, através dos tênues poros

de um filtro de porcelana, quando o sangue corre

sobre a superfície externa do mesmo.

Ainda Um outro método de apreensão do oxi-

qenio é utilizado pelo dr. Clarence CraWd,

professor de cirurgia torácica da Universidade de

Estocolmo e um líder em operações de vasos san-

guíneos. O mecanismo que êle e o seu associado,

dr Viking Olov Bjork, desenharam, consiste mjma

série de discos de aço puro e papel fino .com

um tamanho aproximado dos discos fonográficos,

montados em grupos de quatro, ao longo de um

eixo horizontal. Suas bordas inferiores mergulham

numa espécie de reservatório e, quando o sangue

corre através do mesmo, é recolhido por uma

tênue película, nos discos de revolução, e expostos

a uma atmosfera de oxigênio. Os cientistas suecos,

aproveitando o seu pulmão mecânico em diversas

experiências, descobriram que o mesmo pode en-

carregar-se da circulação no cérebro de um cao,'

corn o animal anestesiado, durante um períodode hora e meia. Os cães submetidos a essas

experiências levantavam-se, sacudiam a cauda e

caminhavam poucas horas depois de terem sido

submetidos a êsse tipo de operação. Muitos deles

continuavam gozando saúde. O dr. Crafoord

cerrou, também, a corrente sangüínea das veias

para o coração durante meia hora, sem que^ trou-

vesse qualquer afecção para o animai. Na última

experiência, o miocárdto ficou quase vazio, e, à

medida qué se esvaziava, • torne va-se menor e sua

palprtação se suavizava, sendo estas uma. com-

binação de circunstâncias,'que tornariam a cirrugia

desse órgão muito mais fácil do que quando o

mesmo estivesse cheio de sangue, contraindo-see descontraindo-se vigorosamente.

*'

¦¦"*fm»'jMmi*f#'*?'"-

Muitos eminentes cirurgiões do tórax acreditam

que podem conseguir um progresso revolucionáriona cirurgia do coração e do pulmão, desde queestas máquinas de circulação extra-corporal es-

tejam aptas' a substituir a natureza nessa tarefa,durante o período da operação. Uma das maistentadoras oportunidades de salvar ou prolongar*vidas será a restauração de funções normais dasválvulas do coração, oprimidas ou dilatadas pela

t*

#¦¦

¦MHJBJBMUIWÊMiiJtT, .;.. ¦ ¦*„ \yy.

I/*>¦

*i

r/o Ano — : N<? 4 - , Setembro -- 1953 115

febre reumática. Entretanto, até que esses apa-

relhos sejam aperfeiçoados, diversos cirurgiões tra-

balham em métodos de correção dessas anomalias

sem que seja necessário interromper a circulação

durante as operações.

A moléstia reumática do coração é uma con-

dição aflitiva bastante comum.. É ela responsável

por cerca de 90 por cento de' todas as indispo-

siçóes miocardTanas nas crianças e por 40 porcento nos adultos. A principal dificuldade as-

senta, geralmente, na válvula mitraí, assim chamada

porque se assemelha à mitra de- um bispo. Se

juntarmos nossas mãos, como se fôssemos rezar, >

e as invertermos, teremos o formato, aproximado,

da válvula que se desenvolve a partir da aurícula

esquerda para o ventrículo esquerdo do coração.

A infecção reumática tornaV rijas as bordas da

válvula, correspondendo às pontas dos dedos e as

mantém juntas, de modo que a ação semelhante

à de abanar, dessa válvula, é prejudicada, e

apenas um tênue corredor fica livre para a pas-sagem do sangue.

Algumas tentativas heróicas, para manter

abertas essas válvuias, foram feitas no passado.O falecido ár. Eliiot Cutier, de Harvard, operou

sete pacientes, entre os anos de 1923 e 1928^.

Para os últimos quatro casos, utilizou um valvulô-

tomo, consistindo num tubo de grossura serne-

lhante à de uma pena de escrever, com um pon-teiro de ação laterai, na extremidade. Esse apa-

relho era introduzido através da perede do ven-

trículo e, numa operação "completamente cega,

tentava-se produzir uma .perfuração no bordo

da válvula, a fim de permitir a passagem de

maior quantidade de sangue. A dificuldade com

a operação era que a mesma, não restaurava a

ação. de abertura e fechamento da referida vái-

vula e, usualmente, tão grande quantidade de

sangue regurgitava de volta pela mesma, queresultava numa congestão pulmonar. Seis dos sete

pacientes do dr. Cutier morreram em poucashoras ou dias após a operação; um deles sobre-

viveu quatro anos e meio.' Por muitos anos, esses dados desanimadore^.mantiveram ^s cirurgiões afastados das válvulas

reumáticas. Em fevereiro de i948, o-dr. Horace

G. Smithy, de. 34 anos, da «Escola de Medicina»da Carolina do Sul, constituindo-se êle mesmonum caso de coração reumático, introduziu uma

faca de válvula, por êle desenhada, no coraçãode uma jovem de 24 anos, Betty Lee Wolridge,de Canton, Ohio, retirando parte da inflamadaválvula mitra! da sua paciente. A partir de então,fêz mais seis operações semelhantes. Revelam os

dados que, dos sete pacientes (incluindo-se Betty

Lee),* cinco ainda viviam quando êle descutiuo seu trabalho na «Escola de Médicos do Tórax»,

em junho do ' mesmo ano. E as condições gerais

dos pacientes haviam melhorado sensivelmente.• Uma outra aproximação desse perigoso terrenofoi tentada, alguns anos atras, peio dr. H. S.

Souttar, um cirurgião do «London Hospital» Opi-

nava êle que, se não era possível ver a válvula

com os olhos, a melhor coisa a fazer era «vê-la»com os dedos. Uma jovem paciente de quinzeanos sofrerá períodos repetidos de extrema fra-

' w-seí rume

tração da válvula mitral. O ár. Souttar decidiuqueza, falta de ar"e dores, tudo devido à con-tentar libertar a válvula dessa contração pormeio da cirurgia. Fêz o coração ficar à mostrae inseriu o dedo indicador por uma pequenaincisão feita num canto da aurícula esquerda domiocárdio. isto pôde ser feito sem interromper,,a corrente sangüínea que passava pelo coração,enquanto o dedo conservava a incisão com asbordas separadas, da mesma forma que o me-nino da Holanda evitou o estouro dos diques,enfiando o dedo no orifício que aparecera.Empurrando o deco mais paia baixo, no coração

' palpitante, sentiu as bordas da válvula afetada,e pôde, assim, estimar as suas condições. En-"quanto o dr. Souttar se preparava para intro-duzir uma faca . no local, ão longo dã regiãojá devassada peio seu dedo, e forçar a aberturada válvula, tornando-a maior, decidiu que podiaalargar a mesma suficientemente, servindo-se,apenas, do seu próprio dedo. E isto foi o quetez A jovem paciente foi beneficiada com umaininterrupta recuperação. Ao fim de três meses

já se sentia perfeitamente bem, a não ser umaiigeira falta de ar, quando efetuava algum esforço.

Recentemente, o dr. Baiiey e seus companheirosdos hospitais Hahnemann e Episcopal, em Phila-deiphia, fizeram uma pequena modificação natécnica de Souttar, pela utilização de um ins-

trumènto cortante. Realizaram tais experiênciasnum certo número de cães e, mais tarde, passa-ram a fazer essas operações em seres humanos.

Após explorar, inicialmente, a válvula mitral corn

a ponta do dedo, como já foi descrito acima,

o cirurgião introduz uma faca achatada, em forma

de gancho, entre duas camadas de borracha do

tipo utilizado para luvas. Movendo o dedo, com

a faca presa, pôde cortar, cuidadosamente, através-

de cada canto da válvula, para tornar mais extensa-

a abertura. Retira a "faca

e, depois, o dedo,

enquanto o assistente prende o tecido do coração

com uma pinça larga, a fim de evitar que o_s_anque

escorra pela abertura. A pequena tnc.sao è, •

então, cozida, e o coração, se a operação to.

bem sucedida, continua o seu trabalho com uma

válvula muito menos oprimido do que anterior-

mente. A operação do dedo e da faca e extra-

mamente difícil e continua, ainda na fase de

experiências. Quando este artigo fo, escrito ela

havia sido efetuada apenas em oito pacientes, na

cidade de Philadelphia, dos quais quatro mor-

reram pouco depois da intervenção c.rurg.ca Um

dos quatro que sobreviveram e «rna dona de

casa de Newark, com 24 anos de idade, que* <ofrer de febre reumática quando

começou a sofre de a+ividade tão

contava sete anos, e .eve a *ua AiftK)ar

restringida, desde então, que nao podia efetuar

Ls serviço caseiros e nem mesmo vest.r-se sam,

íi- A lèi+r* nessoa Em seguida à operação,o auxího de outra pessoa* tm^g

conseguiu recobrar-se de man*J o|eito.

trê5 dias depois já 8b«nfonara |fm de

^0 sétimo dia jápooia ,r a Ch-«90. -^

^que &s f«ul+^v«Jra

0f batdaS do seu «reno-.Tórax» pudessem ..

^ catorlevado» miocárdio. reta pi -_.in:*arSo Ao

nZrf havia aspereza na palpitaçao. r\u.anos, nao havia a mesmç) apóscontrário, as bancas e«am

wÊfilüHOi*

".-'O

:B

mOx-.<.''.¦>¦-.

mmoo:

« ...¦;¦.

¦¦:¦:¦;--..,':¦¦, W99999WÈÊ9999^KÊÊW&ÊÊEÈÈ

«II

S-À" ii'

•V -' '¦¦«SE

:/.!"-A.-: ¦

_5

m

....

5f«i«

mm

si.

i

EU SEI TUDO" -. V16

algum esforço, è quase imperceptíveis nos demaisperíodos.

O dr. Hufnagel, em Harvard, tem ainda outraidéia para operações de válvula do coração, aqual tem aplicado apenas em cães, até o presente.Neste novo processo, por meio de um orifício nocanto da aurícula, também «penetra» no coração,mas por meio de um valvulôtomo especial, dematéria-plástica, equipado com uma ramificaçãolateral. Por esta ramificação, acende uma luz nointerior do miocárdio e, aprofundando a extre-midade superior do braço principal e comprimindoa extremidade inferior contra os tecidos, podevai^-a^ bordai~-d&—válvula—e^—guiar a"~éxtrêmidade ¦cortante do instrumento.

Os pioneiros, nesta avançada fronteira da ci-rurgia, têm expiorado até mesmo a possibilidadede retirar uma váivula danificada e substituí-lapor outra, tanto extraída de uma pessoa recen-temente falecida, como preparada com algumtecido desnecessário retirado do corpo do própriopaciente. Diversos cães correm alegremente pelosparques da «Escoia de Medicina Jefferson», como coração consertado por tais processos. Odr. John Y. Templeton, jovem assistente no labo-ratório de pesquisas cirúrgicas do dr. Gibbbn,efetuou a operação na válvula tricúspide, nolado direito do coração de um cão. Na primeirafase de uma dessas intervenções, extraiu umaparte da válvula, para estimular, a remoção daregião afetada no coração de um paciente hu-mano. Em seguida, com um par de tesouras,cortou do pericárdio, o fino envelope de pele queenvolve o coração, uma pequena seção triangularcom o tamanho e o formato da parte da válvularecentemente removida. Esta constitui a partede substituição. A fenda deixada no pericárdionao causa dificuldade, pois não é essencial queêsse envelope seja mantido intato. Para evitarque o coração seja mantido aberto e que osangue escora mais do que o permitido, o ci-rurgião prende meia dúzia de linhas ao enxertoque tem na mão, deixando uma agulha em cadauma dessas linhas. Quando o coração é entãoaberto, na segunda fase da intervenção, essas

j agulhas são, rapidamente, enfiadas através daparede muscular, o coração é prontamente fe-chado e a circulação voita a ser feita. Final-mente, quando o cirurgião puxa cada fio v delinha para cima e amarra convenientemente assuas extremidades, a nova váivula passa a trabalhar.

A capacidade de um coração humano, enfra-quecido peia febre reumática, suportar êsse tipode operação da mesma forma que o coração deum cão sadio, o uma questão que os drs. Gibbone Templeton ainda não podem esclarecer. Mas,peta menos, demonstraram ^ um método peio quala válvula pode ser operada, não cegamente, masso^u™ã visâo d'reta- E, s© o coração-pulmãomecânico pode ser empregado em auxílio de ta!intervenção, a aplicação desse método a pacienteshumanos pode tornar-se até muito mais praticáve'.Uma das mais engenhosas variações propostasnessas intervenções cirúrgicas no coração é- uma

370 Ano — N9 4 Setembro 1953

válvula transparente, plástica ou metálica. É des-tinada a ser inserida na ao-rta de pacientes cuja

própria válvula aórtica se torna por tal formaineficiente, que o sangue volta ao coração, apóscada palpitação.

A carga extracardíaca, imposta por esta regor-

gitação, causa, freqüentemente, um grande alar-

gamento do coração — o «cor bovinum», comoé chamado pelos médicos.

Válvulas de reparação ainda nao foram insta-ladas em vasos sangüíneos humanos, mas diversoscirurgiões deram a conhecer» há alguns anos, acolocação das mesmas na aorta de cães. Doismédicos argentinos, no Congresso Interamericanode Cardiologia, realizado em Chicago, descreve-ram certas experiências, nas quais utilizaram vái-vulas de metal. Algumas semanas antes, na reuniãodos cirurgiões torácicos, de Quebec, o dr. J.Moore Campbell, Jr., de Oklahoma City,, discor-reu a respeito'das suas válvulas plásticas. Tevea idéia, para o desenho das mesmas, manuseandoórgãos tubulares. Os órgãos tubulares constituemuma distração para êle, e existem milhares deválvulas em um órgão. O modelo de válvula dodr. Campbell consiste em um pequeno cilindro,com um batoque no seu interior, que se movelivremente para trás e para diante, semelhante-mente a uma válvula nas bombas de exaustão.

Para pôr à prova a eficiência da válvula piás-tica, o dr. Campbell fêz, inicialmente, uma in-cisão na própria váivula aórtica do cão e, emseguida, inseriu a parte plástica, através de umafenda no vaso sangüíneo. As medidas da pressãosangüínea, antes e depois de a válvula ter sidocolocada, mostraram que ela restaurou a funçãopraticamente ao normal. Havia uma diferençaapenas. A válvula dava um pequeno estalido acada batida do coração. Isso era particularmenteaudível quando a boca do animal se encontravaaberta, o que lembrou ao dr. Campbell o ja-caré que engolira o relógio de alarma, na his-tória de «Peter-Pan». O miocárdio do cão pas-sou a ter o tique-taque de um verdadeiro relógio.

O campo dessas pesquisas cirúrgicas pareceser .interminável, Um aos maiores projetos dessesfacultativos, no qual o dr. Claude S. Beek, daUniversidade Western Reserve, tem sido o líder,é o de enxertar um novo suprimento de sangueaos corações em que as artérias coronárias tenhamficado afetadas ou entupidas. Diversos tipos deoperações têm sido tentados, com graus igual-mente variados de êxito.

Este e outros probiemas continuam a incentivaros pesquisadores do coração a novos esforços.Em que culminarão os conhecimentos por êleadquiridos e as tentativas freqüentes que sãofeitas, ninguém ousa predizer. Mas há grandese definidas possibilidades de que em algumaépoca, no futuro, estaremos aptos a levar umcoração avariado ao cirurgião especialista, paraque nele sejam feitos consertos com os quaisnem se sonhava, há apenas alguns anos.

«.,'¦ - •.

%'

y.is.

li

ft

I

Ul" ¦3'1<? Ano —

3§BF ¦¦ •

m l

No 4

. *™^... ^p.-.. **gjHHHH|

Setembro ™ 1953

0 MISTÉRIO DA GRANDE TULIPA(Cont. da pág. 10)

que ela pretendia fazer com tudo isso? Julguei quenão houvesse inal em usar um pouquinho dopreparado. E então— o senhor sabe como. é...acabei utilizando todas as dezoito garrafas. Po-rém, o senhor não pode deixar de admitir queoperei verdadeiros milagres com as minhas tulipas ! — concluiu o homenzinhò, com ar triuníame.

*

A polícia gastou seis meses para poder des-lindar toda a história — informou o sr. Hornsea(que me contou a história) e, durante todo essetempo, se alguém dissesse a palavra «tuiipa»perto de um policial, estava se arriscando a con-seqüências desastrosas.

Aos poucos, a história acabou sendo esquecida,continuando, porém, envolta em mistério. Correuo boato de que a sra. Haslet fugira para o Sul,com um boxeador-aposentado, e isto deu inícioa novos comentários maliciosos. Mas não pormuito tempo. Por volta do Natal, tudo ia fôiaesquecido, definitivamente.

117 7 V'v.: ¦ EU feÉFTUDGÍMas, sabe de Uma coisa ? — tornou o *rHornsea. — As vezes, fico a pensar quão Jongeconseguiu o sr. Haslet chegar, no «golpe» aueaplicou na polícia. Porque, se o senhor quiserminha opinião — naturalmente, é apenas umaopinião — êle realmente matou a esposa. Apenas,enterrou-a mais além, no jardim, bem . fundo,entre as framboezas. Tenho jogado bastante par-tidas de cartas com êle, para saber que é prodigiosono «bluff». Provas? Não há nenhuma! Apenastomei alguns cálices de vinho de framboeza nasua companhia, durante aquele inverno. E ovinho apresentava um sabor e um corpo verda-deiramente dignos de nota. Como cheguei a dizer-lhe, certa feita, aquilo tinha um corpo qualquerque o fazia rivalizar com o vinho mais precioso !

"'''¦•¦" iyir iiXíS

-*lfl' '::ííi

''s-^í^êBbê,

' '

.'•'-*'-¦' \l

'

• >yf.%3|j|jf!

'.--* -syj

l ê&m*

COMO VOCÊ RESOLVERIA ISTO?(Resposta da página 28)

Deitei o aspirador de pó para evitar que en-trasse a dançar loucamente e, voltando ao porão,comecei a trocar os fuzíveis. Ao terceiro, pudeouvir o zumbido do aspirador, na mansarda,prevenindo-me de que estava tudo okay

rx :

.

- ¦

UMA ANEDOTA DOV TEMPOS DA G U ERR A

m

•Ti V* t ¦ *

IV

f;

v':V-:-e""¦.¦V

JJ M SOLDADO TEM SEUS ALTOS E BAIXOS - Depois que Guadalcanal ficou limpa de soldadosjaponeses, a vida na ilha tornou-se destituída de formalismos para os militares ali destacados.

Oficiais e soldados rasos efetuavam suas tarefas diárias vestindo roupas de treinamento e os recém-chegados à ilha nao podiam distinguir, facilmente, um coronel de urrTsargento, e assim por diante.Um tenente, que desembar-

i0%=^x^ 1/iHj ^ffvfl^^ 'rlll

— Tenenre, sabe a quem está dandõV

-1

cara horas antes, cami-nhando por uma estradaempoeirada, conseguiu «ca-rona» num «jeep». O moto-rista, que usava a vesti-menta usual de treinamento,levou o oficial até quase oseu destino, e deteve o veí-culo numa clareira repletade- tendas.

Aqui é onde devo es-tacionar — falou.

Mas fica só a umquarto de milha do lugarpara onde vou — replicouo tenente, ensaiando um pro-tes+o.

-r— Desculpe -—- tornou omotorista. — Nao tenhotempo.

O oficial, diante da res-posta, empertigou o corpoe falou, com'ar severo:

Soldado, o meu pedidopassa a ser uma ordem.

O motorista sorriu, retrucando, num tomordens para agir como seu motorista?

O recém-chegado abandonou o ar superior, dizendo imediatamente: .Desculpe, senhor. — SE afastou-se

O motorista tirou o «jeep» 6q estrada e saltou, dirigindo-se para uma das tendas. Mas, antes queentrasse, um sargento, de rosto vermelho e furioso, apareceu e, agarrando-o pelo braço, ameaçou:

Cabo, a próxima vez que lever o «jeep» sem permissão, farei com você o que os japonesesesqueceram de fazer!

suave ameaça:

' 11i&m

" ¦fs..,,'.• ' • \

¦ ¦

' HRMBH_f_B_BMM%¦•;¦¦¦>¦¦¦.¦¦$

" ', 7.7''"'

' ¦¦: ' yy.r.C' " ¦' '"-

.' «'•; '¦

? ¦ ¦"'¦'ft^-vv^ :«V'^

;x '¦.yy!y.C'ÍP:S: ¦'*; ¦x'v?''- ;'""';' xA''',-'' ";'"'/F-.-;;' ''"'-'":"' ' "'.¦.''•'".'¦" ¦• •'.:'-•' 7'xf'.''*;-"

. •'¦'

¦

...... ,.;*•¦•:¦-,'.¦• ¦¦'•¦¦--';. '.;¦¦¦"¦¦?;'¦¦.;- .v ¦'-, . ¦- -. .7.' , -n ,.**¦>-.v-^v&rVíK- ¦ ¦).¦.' . • .7?';£/ '¦'¦',"¦¦ ¦„ ¦ -.-'

N,? 436 4- ANO XXXVI! Kl* 4 ~- SETEMBRO DE 1953

• • !."•••

» . •• #• •*<->*.

Pelo general Mohamed

¦

y',!-;!-' !''"¦'.¦ -

yy]!y.

w$rc;

SUMÁRIO:

Frontíspício: O Mistério da Grande Tulípa (conto)Queimado Duas Vezes (episódio real)

"...

Minha Amiga, a Úlcera ......... . . .Por que as Articulações Esta ia m V ......Resolva os seus Problemas '..,...Anedotas Aeronáuticas '....., .Um Punguista Ladino (conto) .

Idade da Fome .....Meu Minuto Mais Trágico

Nag.uib ..... . ...Como Você Resolveria isto \É Possível Consertar o CoraçãoOs Outros 364 Dias «Das Mães»Os Professores e Seus Dissabores . ,Em Casa é Melhor .-....,No Entanto... . _> \A Força de um Juramento (Romance, continuação] .........Fada Santoro — Estrela do Cinema Nacional Sobrevive, na Riviera, a Santa Rússia (Cinco mil refugiados

estão disseminados na Cote d'Àzur. Todos cheios de recordações. Doentes incuráveis de nostalgia)

Assim é a Vida '...Coração Moço ...Anúncio _ iO Rei que Trocou o Trono por um Amor — O que Não Disse o

Duque de Windsor (Se Mrs. Simpson fosse viúva.".,)A «Boa Resposta» do Mês ....Deveres e Impostos

Qual.a Sua Verdadeira Idade? (O leitor pode ser um velho aostrinta anos e um jovem aos setenta e cinco. O presente testeo ajudará na descoberta do seu grau de envelhecimento)

Vontade de Matar (conto)Hpnotismo -~- Remédio-DÍnamiteComo . a Rússia Obteve a Bomoa-AtômicaDeixem os Problemas em CasaQuem Sabe Explicar? — O Cadáver Acusador >Por Trás da Porta Amarela (Romance, continuação).Enferma de Amor (Policromia)Nossos irmãos da América — V<Óleo de Tung ...*...,......,.;Torne mais bonita a sua casaNos Domínios da GramáticaCartomancia ...Memento EU SEI TUDO .Quebra-Cabeças, charadas, etc.

7III?13141516

d-9-

202627323434343543

45484348

505455

enezje.ü

56586!6771727785879i949697QZj

109

írTt R^r? 'dÃSt* revhU- em todo ° Brasil, é CINCO CRUZEIROStCr$ 5,00}.. Os agentes recebem a revista -or, „m „ 4 j

para vender pelo preço índkad.0, cZ Lcro * ^^

CORRESPONDÊNCIA

Armando Nogueira (Distrito Fe-deral) — A informação foi co-'itói

na f&nsíz técnica <!P!gTÍ-ciItuTe in The Américas». Nqoconhecemos outras fontes.

Romeu Garcia Botelho (SãoPaulo) — Não podemos aceitar.Indicamos a REVISTA DA SE-MANA, neste mesmo endereço.

José Nunes Benites (S. Paulo)— Agradecemos o seu interesse.Informamos, porém, aue esta pu-blicaçâo já tem íormado o seucorpo de redatores, para os quaiso espaço já é mu to acanhado.

Maria da Penha Goylart (Goic-nia) — O interesse tem sidomuito grande entre os nossosleitores. Com paciência conhe-cera o desfecho do romance.Não podemos apressá-lo, pois onosso espaço é limitado.

John H. TappylNa*al — R. G.do Norte) — Nao sabemos daexistência da. obra nas livra-rias do Brasil. Os mapas forampublicados. Agradecemos as amá-veis palavras sobre esta pu-blicaçâo.

CAPA — O Bandeirante, fi-gura admirável e quase kn-daria, e o nosso índio. Esse foio primeiro contato entre obranco e o nativo destas terrasimensas. O esforço de aproxi-rnação, que ficou algum tempoparalisado ou ma! orientado,cresceu nos derradeiros anos ejá hoje trabaíha-s4e, ativamente,para instalar a capital da Re*pública, onde, ainda recente-mente, os verdadeiros brasileirosviviam a encantadora vida êaiselvas, Queira Deus que. sefa

j «para o melhor» I

v>-

5

X-

v ,-:r

".¦*." tr- m-ji '.-¦ ,--,... ¦.:-^...«ww..**..».. . i',>y •n.m.ift.rijrrf.W""

¦ ?

OS, BISCOUME yy

j

ei W lll \l H "1 _F"Hl «s% & I F"T

,;,r ';

1

p '

y

fiBH*^". sM^^^^M^ /^raSSHHHÉi__to_fe__:^ ¦cHffisHHs**¦." * ,* l.;*.\ i.Hvw«3?w iP áfiS. vs«-\\^nVv^%mS|HBM^u____________..

™|^ |lf «9^P ;; ,;;.v'^^BfliÉtó*>^iMB/

Ci.

¦ '.'.i '¦'.

A

^mr as

«

«#

• « %#* 'S ¦ ¦« -a*.

I*íl 1ft£!§

m ItOS rioü' '.*%# s# * m minqousern

JW»»*!»^»*"»**

"*' ' /S H^ÍÍÊÍÍ^ÍÉÍÍÍl^l HÜfe^'**' 'V'-èm'ÍmminmY''' ~" :£g@ÍiiÍÍ K& *\ '¦' » JW

ESTA A EE.VDA EM TODAS AS BANCAS DE JORNAIS DO BR ASIRedação:,VISCONDE DE MARANGUAPE, 15 —Lapa —RIO