1949) A economia mundial do petróleo (2008)

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A Economia Mundial do Petróleo Apresentação de Paulo Roberto de Almeida no lançamento deste livro -> Porto Alegre, Hotel Sheraton 13 de novembro de 2008 14:30hs Copyright dos slides a seguir: Apresentações da Petrobras e World Energy Outlook 2008 www.worldenergyoutlook.org (International Energy

Transcript of 1949) A economia mundial do petróleo (2008)

A Economia Mundial do Petróleo

Apresentação dePaulo Roberto de

Almeidano lançamento deste

livro -> Porto Alegre, Hotel Sheraton13 de novembro de 200814:30hs

Copyright dos slides a seguir:

Apresentações da Petrobras e

World Energy Outlook 2008www.worldenergyoutlook.org

(International Energy Agency)

Uma constatação elementar:Nós ainda vivemos no mundo do petróleo, e nele continuaremos

a viver pelo futuro previsível.

O petróleo ainda é barato e está relativamente disponível

(mas, a sua geografia é infeliz…).

O gás natural ainda é um mero complemento energético.

Onde estamos atualmente?

O mundo ainda é fóssil:

A repartição setorial pouco mudou, com pequena

diminuição dos fósseis:

Oferta e demanda recentes

Disponibilidade prevista até 2030

As grandes descobertas diminuem…

Mas o mundo ainda requer muito petróleo e outros fósseis:

Em comparação, a balança energética do Brasil é muito

positiva:

E agora o grande vilão da poluição em carvão de baixa

qualidade:

Sendo que os países da OCDE fizeram o seu dever de casa,

mas não a China:

Eis o comportamento dos preços do petróleo desde meados dos anos 1980:

Nem todo aumento recente foi resultado da especulação dos

mercados:

…e, tudo o que sobe, desce…

…por vezes, dramaticamente…

No longo prazo, os preços se mantêm:

Com alguma correspondência com os ciclos econômicos…

Demanda e oferta vão continuar muito apertados:

A OPEP determina hoje apenas uma parte do mercado de

petróleo

A redistribuição regional do petróleo se deu em detrimento da OPEP:

Mas a OPEP continuará relevante para qualquer

incremento futuro na oferta:World oil supply is

projected to rise from 84 mb/d in 2007 to 106 mb/d in

2030 in the Reference Scenario of the World Energy

Outlook 2008.The bulk of the increase in world oil output is expected to come from OPEC, their

collective share rising from 44% in 2007 to 51% in 2030.

Existem fatores objetivos para grande parte do aumento

de preços:

Mas, os custos diferem muito nas diferentes unidades de

produção:

Em qualquer hipótese, os custos de exploração têm sido

crescentes:

Mas, existem explicações mais simples para as variações do

preços do petróleo:As duas causas mais elementares são: 1) Lei da oferta e da procura (que ainda funciona, a despeito do que possam pensar a respeito os incrédulos)

2) Variações internacionais do valor do dólar (e seus reflexos no poder de compra dos exportadores das commodities cartelizadas, como o petróleo, justamente)

Obama prometeu independência energética para os EUA: no

way…

O Brasil não é um grande ator em qualquer mercado

relevante:

Mas, aqui estão os atores relevantes:

Os preços domésticos da gasolina são muito diferentes entre os

países:

E a dependência de cada país é inversamente

proporcional…

A produção da Petrobras tem crescido muito nos

últimos anos…

…mas a nossa auto-suficiência ainda é muito

relativa:

As projeções da Petrobras para o seu crescimento podem ser otimistas…

A parte da América Latina no fornecimento de gás

ainda é modesta:

Apesar de crescente:

Mas nenhum país latino-americano figura como relevante no mercado:

Existe, ainda assim, um grande potencial para o

gás no Brasil. Mas…

…o futuro está mesmo com o etanol!

O preço mundial do etanol brasileiro é simplesmente

imbatível:

A razão?: uma produtividade também

imbatível:

Previsões do OECD-FAO World Agricultural Outlook, 2008-2017

Concluindo…O Brasil tem grandes chances de exercer um papel positivo na futura matriz energética mundial, que deverá emergir a partir da lenta decadência das fontes fósseis e da,

ainda mais lenta, emergência de fontes renováveis de

combustíveis (entre elas o etanol e diversas formas de

biodiesel).

Mas, atenção…... escolhas estratégicas,

de caráter político, econômico e tecnológico, precisariam ser feitas no

plano interno, em perfeita sintonia com

tendências que possam ser detectadas nos mercados internacionais neste

momento.

Um grande senão:À diferença das finanças

internacionais ou do sistema multilateral de comércio, nos quais as regras do jogo já estão

em grande medida definidas, no terreno da energia alternativa não há road map para orientar os tomadores de decisão.

Um mundo de energias

renováveis?Não se trata de um jogo fácil, uma vez que as

economias nacionais atuam, normalmente, com base em

“pesos” do passado – que são as fontes da matriz

energética ainda em vigor –, que continuam a exercer sua influência nas decisões do presente e nas escolhas do

futuro.

O Brasil está pronto?

Não é certo, hoje, que o Brasil esteja pronto para exercer sua liderança nas energias renováveis. Mas este parece ser um campo fértil para um exercício de capacitação por parte

dos cientistas brasileiros e suas

lideranças políticas nos anos à frente.

Obrigado !

Paulo Roberto de Almeida

www.pralmeida.org