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SERVIÇO PUBLICO FEDERAL1

INTERESSADO: HENRI P H IL IP P E REICHSTUL irm a

ASSUNTO:PAULINE REICHSTUL

MORTAOUTROS DADOS:

CÓDIGOSIGLA DATA SIGLA CODIGO DATA

AS MOVIMENTAÇÕES DEVERÃO SER COMUNICADAS AO PROTOCOLO

ANEXOS:

SEDAP/PR - IMPRESSO N8 47

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Ilmo.Sr* 2 lO u i i f i o i g * O Ú O O O O

MIGUEL REALE JUNIOR .Presidente da Comissão Especial 0 1V j S AQ DE COMUNICAÇÕES

Esplanada dos Ministérios - Ministério da Justiça

Anexo II sala 621-B - Brasilia - DF

HENRI PHILIPPE REICHSTUL, brasileiro, divorciado, portador da carteira de identidade

no 3798203, CPF 001072248-36, residente e domiciliado a rua Bélgica 522 - Jardim

Europa - São Paulo - CEP 01448-030, na qualidade de irmão da militante política

PAULINE REICHSTUL, morta durante o regime militar em Paulista - Pernambuco, no dia

08 de janeiro de 1973, vem expor e requerer:

1 - o reconhecimento de PAULINE REICHSTUL nas determinações do Art. 4o, inciso I,

letra “b” da Lei 9.140 de 4/12/95;

2 - a indenização correspondente conforme Art. 4o, inciso III, Art. 10o, Art. 11o, da Lei

9.140 de 4/12/95.

São Paulo, 08 de fevereiro de 1996

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limo. Sr.

MIGUEL REALE JUNIOR

Presidente da Comissão Especial

Esplanada dos Ministérios - Ministério da Justiça

Anexo II sala 621-B - Brasília-DF

Encaminho, em anexo, o Dossiê específico sobre PAULINE REICHSTUL militante política morta pelos órgãos de segurança do Estado, durante o regime militar no episódio conhecido como MASSACRE DA CHÁCARA SÃO BENTO, ocorrido em janeiro de 1973, em Paulista/PE, à titulo de informação complementar, quando da análise do processo de inclusão da mesma nos benefícios da Lei 9.149/95.

Este dossiê foi por nós elaborado a partir das pesquisas realizadas e contribuições oferecidas pelo GRUPO TORTURA NUNCA MAIS - Recife/PE; pela COMISSÃO DOS FAMILIARES DOS MORTOS E DESAPARECIDOS POLÍTICOS - São Paulo/SP; pela COMISSÃO DOS FAMILIARES DOS MORTOS E DESAPARECIDOS POLÍTICOS - Brasília/DF e pelo GRUPO TORTURA NUNCA MAIS - Rio de Janeiro/RJ.

Colocando-nos à disposição desta Comissão Especial - Lei 9.149 de 04 de dezembro de 1995, subscrevemo - nos,

Brasília, 26 de fevereiro de 1996.

IARA XAVIER PEREIRACOMISSÃO DOS FAMILIARES DOS MORTOS E DESAPARECIDOS POLÍTICOS -DF

PAULINE REICHSTUL

* 18 / 07 /1947 tf 08 / 01 /1973

DOSSIÊ ENVIADO À COMISSÃO ESPECIAL Lei 9.140 de 04 de dezembro de 1995

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PAULINE REICHSTUL

* 18 / 07 /1947 tf 08 / 01 /1973

DOSSIÊ ENVIADO À COMISSÃO ESPECIAL Lei 9.140 de 04 de dezembro de 1995

IDENTIFICAÇÃO

Nome: PAULINE REICHSTUL

Local e Data de Nascimento : Tchecoslováquia -18 de julho de 1947

Filiação : Selman Reichstul e Ethel Reichstul

Organização: Vanguarda Popular Revolucionária - VPR

Local e Data da Morte: Recife - PE - 08 de janeiro de 1973

BIO G RAFIA

RELATO RIO DA M O RTE

DE

PAULIN E REICH STUL

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RELATORIO DA MORTE DE

PAULINE REICHSTUL

Pauline Reichstul, foi presa e morta sob tortura, juntamente com Soledad Barrett Viedma, José Manoel da Silva, Jarbas Pereira Marques, Eudaldo Gomes da Silva, e Evaldo Luiz Ferreira de Souza, no episódio que ficou conhecido como"Massacre da Chacára São Bento

Foi entregue à Comissão Especial um dossiê contendo um Relatório Geral do "Massacre da Chacára São Bento" referente a prisão, tortura e morte dos seis militantes: Soledad Barrett Viedma, Pauline Reichstul, Eudaldo Gomes da Silva, José Manoel da Silva, Jarbas Pereira Marques e Evaldo Luiz Ferreira de Souza, elaborado pela Comissão dos Familiares dos Mortos e Desaparecidos Políticos, que coletou, organizou e sistematizou os documentos. Solicitamos que esse dossiê passe a fazer parte integrante deste processo.(em anexo cópia do texto)

O Dossiê dos Mortos e Desaparecidos Políticos A Partir de 1964, relata na página 201 :

"... Assassinada sob tortura, aos 26 anos, no "Massacre da Chacára São Bento", município de Paulista, em Pernambuco, pela equipe do delegado Sérgio Fleury, com a ajuda do infiltrado ex-cabo Anselmo, em 8 de janeiro de 1973".

A versão oficial divulgada pelos jornais da época dizia :

"... Equipes especiais dos órgãos de segurança cercaram no dia 08 de janeiro do corrente ano, o "aparelho" coordenador, localizado numa chácara dentro do loteamento de São Bento, no município de Paulista, cidade que integra o grande Recife e vinha sendo utilizado como centro de treinamento de guerrilhas. No local foi dado ordem de prisão aos terroristas que se achavam reunidos, os quais, no entanto, reagiram a bala. Após cerrado tiroteio, foram encontrados, no "aparelho" alguns terroristas mortos e outros gravemente feridos. Estes, não resistindo aos ferimentos vieram a falecer. Dois militares terroristas conseguiram fugir. Terroristas mortos : Eudaldo Gomes da Silva (José, Zacarias) banido; Pauline Reichstul (Silvana) estrangeira; Soledad Barrett Viedma (Sol) estrangeira; José Manoel da Silva (Cirino, Zé Manoel, Gordo); Jarbas Pereira Marques (Sérgio)." (Folha de São Paulo, 11/01/73, pág. 4 - Nacional).

Esta versão foi integralmente mantida nos Relatórios dos Ministérios da Aeronáutica e da Marinha, encaminhados pelo Ministro da Justiça à Comissão de Representação Externa, do Congresso em dezembro de 1993.

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Conforme historiado no Relatório Geral sobre o "Massacre da Chácara São Bento" existiu estreita conexão entre as mortes de Pauline Reichstul e as outras cinco mortes de militantes da VPR, naquele episódio.

Agindo em comum acordo com a policia, Anselmo induziu os dirigentes da VPR no exterior a aceitarem sua proposta de estabelecer uma base operacional no Nordeste, a partir de Recife, retomando contantos locais com antigos militantes e transferindo militantes que estavam no Exterior - entre eles a Pauline, então mulher de Eudaldo Gomes da Silva:

"... Ficamos acertados que, em Recife, entraria em janeiro, o mais depressa possível, o agrônomo baiano ( casado com a mulher do Jamil e que deseja trazê-la o mais depressa possível) que acertamos chamar de 'Baião'."( Documento n°09/143 DOPS/SP - " Relatório de Paquera" elaborado por Anselmo e enviado ao DOPS/SP).

E assim aconteceu. Pauline chegou junto com Eudaldo e se colocaram sob o comando de Anselmo - conforme relata no "Relatório de Paquera", já citado. E, como os demais, sob vigilância continua da polícia. (Entrevista do "Cabo" Anselmo, à revista IstoÉ, 28/03/84).

Estando no comando da organização da VPR no Nordeste, Anselmo não teve dificuldade quando prepararou e executou o plano acordado com a policia: colocando sob vigilância policial todos os possíveis contatos da VPR no Nordeste, e recebendo os militantes que estavam no exterior ( entre eles Pauline e Eudaldo).

Em janeiro de 1973, quando uma parcela representativa da VPR no Exterior já se convencera do traição de Anselmo e comunicara aos companheiros de Recife,o DOI-CODI decidiu desencadear a ofensiva final:

Conforme o depoimento de Jorge Barret Viedma - incluido no Relatório Geral do "Massacre da Chácara São Bento" - no dia 7 de janeiro, Pauline e Eudaldo dormiram no "aparelho"de Anselmo. E na manhã do dia 08/01, todos saem da casa, Pauline e Soledad foram deixadas na cidade.

Pauline foi presa juntamente com Soledad no interior da butique Chica Boa - Boa Viagem, Recife, no dia 08 de janeiro de 1973, conforme o testemunho de Sonja Maria Cavalcanti de França Lócio (dona da butique) :

"... Declaro que, no dia 08/01/73, entre nove e dez horas da manhã, estava em minha residência , Av. Conselheiro Aguiar, 1934 - Boa Viagem - Recife, em cuja garagem funcionava a Boutique Chica Boa de minha popriedade, atendendo uma fornecedora acompanhada de uma amiga sua quando alguns homens (cinco) se aproximaram de nós três estando as duas de costa e eu de frente para eles sendo um dele alto, forte, usando camiseta e colar de continhas estilo hipe, que se aproximaram por trás das mesmas tomando a bolsa, prendendo suas mãos enquanto outros adentraram na loja, examinaram as cabinesprovadouras (...) e a esta altura já estavam espancando uma delas, inclusive com coronhadas de revolver na cabeça que a fez cair no chão e se urinar (que eu vim a saber depois

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ser a Pauline Reichstul) a outra só indagava : Porque ? Porque ? Elas foram levadas amarradas, uma delas colocada dentro de um carro de placa oficial n° 7831, pertecente ao INCRA que se encontrava dentro de minha residência no passeio que dava acesso a garagem tapando totalmente a entrada ou saída de pessoas ou veículos. A outra (Soledad Barret Viedma) que não foi espancada e era a pessoa que me fornecia blusas bordadas em consignação, foi colocada no Volks que se encontrava na frente de minha residência equipado com Rádio no qual eles se comunicavam..."

O marido desta senhora ainda teve a iniciativa louvável de ir à policia prestar queixa, onde foi aconselhado a "deixar pra lá". E depois horrorizados, diante da notícia dos jornais, dizendo que as duas moças haviam sido mortas em um tiroteio na Granja São Bento, quando na realidade haviam sido presas na sua residência, Sonja e o marido fizeram um comunidado por escrito a Ordem dos Advogados de Pernambuco relatando o fato presenciado.

Neste mesmo dia 08/01, Pauline é eliminada, juntamente com Eudaldo Gomes da Silva, Soledad Barrett Viedma, Jarbas Pereira Marques, José Manoel da Silva e Evaldo Luiz Ferreira de Souza.

Os detalhes do sofrimento e morte de Pauline não podem ser precisados, mas uma análise e a leitura atenta dos Laudos de Perícia realizados no local e no corpo de Pauline, nos fazem revelações importantes. Vejamos:

1 - 0 Laudo de Perícia em Local de Ocorrência registra:

a) "... O corpo apresentava as seguintes lesões, todas com características das produzidas por projétil de arma de fogo: quatro na cabeça, sendo uma na região occipital, uma na região frontal, uma na região mentoniana, e uma na região pariatal esquerda ..." ( fotografia n°s 45, 46, e 47 - da Ilustração Fotográfica ) - ao estilo de execuções de pessoas indefesas;b) "... quatro no tronco, sendo uma na região umbelical, uma na região do trigono peitoral esquerdo, uma na região escapular direita e uma na região esternal... ".(fotografias n°s 46, 48 e 49 - da Ilustração Fotográfica).

Observando as fotografias que acompanham o Laudo de Perícia em Local de Ocorrência, vemos na fotografia n° 44, visíveis marcas de lesões no pulso direito, provocadas certamente por algemas ou cordas. Aliás aparece claramente a ponta de uma corda passando por baixo do corpo de Pauline e embaixo de seu pulso.

Esta mesmo foto n° 44 mostra Pauline caida e empunhando uma arma - depois de receber vários impactos de projéteis de arma de fogo, inclusive na cabeça. Esta mesma farsa foi montada no cadáver de Jarbas Pereira Marques e Evaldo Luiz Ferreira de Souza.

2 - Tanto o Laudo de Inspeção Médico-Legal de Corpo realizado no dia 09/01 às 09:00 horas, como na Perícia Tanatoscópica - realizada na secção de Necroscopias e Exumações - IML/PE, descreve: ".. . escoriações e equimoses

violáceas, generalizadas..." - lesões próprias de vítimas de violência e tortura, do que de tiroteio.

Todas essas informações permitem concluir que o cerco e o tiroteio da "Chacára São Bento" é uma versão falsa da polícia para encobrir sua atuação criminosa.

Apesar de já estar identificada pelos órgãos de repressão, Pauline Reichstul, foi sepultada como indigente, e com identidade desconhecida no Cemitério da Varzea- Recife/PE. E no dia 12/01/73 foi autorizado a exumação e translado do cadáver para a cidade de São Paulo, pelo diretor da Seção Administrativa do Departamento de Ordem Social/PE (ofício n° 026/73). O corpo de Pauline Reichstul não foi para São Paulo, está sepultado no Cemitério Israelita/PE .

Concluindo:

- Pauline estava em Recife sob estreita vigilância e sob virtual controle dos agentes do Estado;

- Pauline Reichstul foi presa, no dia 08/01/73, ficando sob custódia do Estado;

- Pauline Reichstul foi torturada e executada pelos agentes do Estado.

Submetemos as provas aqui relatadas para a apreciação desta Comissão, quando da análise da inclusão de Pauline Reichstul, como contemplada pelos benefícios previstos na Lei n° 9140 / 95.

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AN EXO I

- Cópia Xerográfica do texto do Relatório Geral do "Massacre da Chacára São Bento"

RELATÓRIO GERAL DO MASSACRE DA CHÁCARA SÃO BENTO

INTRODUÇÃOEntre os dias 8 e 9 de janeiro de 1973, foram mortos pelos órgãos de segurança do Estado seis militantes políticos , integrantes da organização Vanguarda Popular Revolucionária - VPR, no episódio conhecido como " MASSACRE DA CHÁCARA SÃO BENTO ".

O Dossiê dos Mortos e Desaparecidos Políticos A Partir de 1964, às páginas 183 e 184, contesta a versão oficial e registra:

"Na realidade, todos foram presos pela equipe do delegado Sergio Fleury, que os torturou até a morte, na própria chacára.As prisões e conseqüentes assassinatos foram fruto do trabalho do informante infiltrado na VPR, ex-cabo Anselmo e, para encobrir sua ação, bem como possibilitar que ele pudesse levar à morte outros combatentes..." (anexo I).

Cinco dos seis militantes foram dados como mortos em um tiroteio que teria ocorrido no dia 08/01/73 no local conhecido como Chácara São Bento, município de Paulista - PE, sendo eles: José Manoel da Silva, Jarbas Pereira Marques, Eudaldo Gomes da Silva, Pauline Philipe Reichstul e Soledad Barrett Viedma. O sexto militante Evaldo Luiz Ferreira de Souza, que teria conseguido fugir ao cerco da chácara São Bento, foi dado como morto em um tiroteio ocorrido no local denominado Chã da Mirueira - Paulista - PE , sitio próximo a chácara de São Bento, onde teria sido localizado , no dia 09/01 . (Documento: versão oficial dos órgãos de segurança publicada nos jornais : Folha de S. Paulo, 11/01/73, pág. 4-Nacional; Diário de Pernambuco, 11/01/73, Ia pág.; Jornal do Comércio, 11/01/73, Iapág.-anexoD).

A conexão entre os dois pretensos tiroteios não é apenas factual, todo o episódio que envolve os seis militantes mortos e a prisão de outras tantas pessoas em Recife-PE, à época, fazem parte do processo de desmonte da organização político militar - Vanguarda Popular Revolucionária - VPR, no nordeste, promovida pelos órgãos de informação e repressão política, comandada pelo DOI-CODI e com a participação do DOPS/SP.

Este episódio tem uma particularidade especialíssima; no comando da própria organização - VPR- em Recife/PE, estava um agente policial infiltrado José Anselmo dos Santos, que agia desde o início em contato e sob controle do DOI-CODI e DOPS/SP

Esta particularidade, do duplo papel desempenhado pelo "Cabo" Anselmo no contexto da esquerda e sua infiltração na VPR, já tinha sido decifrado e denunciado primeiramente pela organização Ação Libertadora Nacional - ALN, ao comando da VPR, em 1971, após a prisão e morte de militantes seus, em

decorrência de contato com "Cabo" Anselmo. Inês Etiene Romeu, integrante da VPR , presa pelo DOI-CODI em maio de 1971, também fez a denuncia não

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levada em conta pelo comando da VPR. (Entrevista do "Cabo" Anselmo à Revista Isto É, de 28/03/84; declaração de Carlos Eugênio Sarmento da Paz, ex-dirigente da ALN, box à pag. 37 Isto É, 28/03/84 - anexo Hl).

Nesta entrevista à Isto É, o "Cabo" Anselmo fala da sua atuação dentro da VPR, acompanhada passo a passo pelos agentes do Estado, especialmente suas indicações sobre nomes, atividades e contatos com outros militantes . Perguntado pelo repórter - "Cada contato era observado pelos homens do Delegado Fleury"? Responde: - Exatamente". Pergunta: - Fotografavam tudo ? Responde: - "Exatamente. Iam levantando toda a rede. Não somente os que vinham de Cuba como todos os contatos que daí por diante eles faziam".

Declara ainda a sua adesão à polícia a partir do final de 1970 quando ainda estava em São Paulo e revela suas atividades dentro da VPR e eventuais contatos com membros de outras organizações guerrilheiras que, segundo diz , passaram a ser vigiados, acompanhados e checados pelos serviços de informação e repressão política, (anexo Hl)

Após a abertura à consulta pública dos Arquivos do antigo DOPS/SP, membros da Comissão de Familiares dos Mortos e Desaparecidos Políticos encontraram dois documentos oficiais referentes ao agente policial "Cabo"Anselmo :

a) - o documento catalogado sob o n° 03/209 com o título "José Anselmo dos Santos - Declarações prestadas nesta Especializada de Ordem Social"(anexo IV), provavelmente em junho de 1971 - documento este que fala da sua "conversão" à polícia e da sua atuação como agente infiltado na VPR já voltado para Recife-PE, onde em 1971 fez os primeiros contatos :

(...) "No Recife, cheguei dia 19 de maio. Hospedei-me no HotelRex. Dormi pela manhã e de tarde fui verificar onde era o local de encontro, na Av. Cruz Cabucá. No dia 20 passei pela cidade e de noite encontrei-me no local com José Manoel, ex-marinheiro, quase irreconhecível (...) . Na noite de sexta-feira 21, combinamos que eu me deslocaria no sábado e estaria em Abreu Lima (...). Após o encontro, seguimos para um local na beira da estrada, e esperamos até as 18 hs, quando fomos encontrar-nos com um velho conhecido por Dudu, que me levou a um barraco, numa posse sua, a cêrca de três kms de Abreu e Lima, numa região conhecida por Édem (não tenho certeza se é êsse o nome). Posso fazer um desenho de como chegar à região.(...)".

b) - o documento catalogado sob n° 09/143, entitulado "Relatório de 'Paquera' referente a : Onofre Pinto; Maria do Carmo Brito; Márcio Moreira Alves" (anexo V), que relata aos seus superiores do DOPS/SP e DOI-CODI contatos mantidos no Chile e sobre o seu papel no comando da VPR em Recife:

(...) "Ficamos decididos enfim : l) farei o contato com os ferroviários; 2) receberei "Sérgio" (Evaldo L u t Ferreira de Souza - decodificação nossa) e "Baião" (Eudaldo Gomes da Silva - idem) ficando os dois sob meu comando (negrito nosso); 3) tratarei com Baião da entrada da sua companheira, ex-mulher de Jamil; 4) comprarei o carro legal para transportar o pessoal mais quente; 5) contatarei Lurdes (Soledad Barrett Viedma. - decodificação nossa) com carta para o Uruguai".

DOS FATOS

Segundo a versão oficial os militantes da VPR encontravam-se reunidos na denominada "Chácara São Bento" para realizar um Congresso, e que os policiais foram conduzidos ao local pelas indicações de José Manoel da Silva, preso em Toritama-PE, no dia 07/01/73 e por outros dados coletados pelos órgãos de segurança. Teria havido o cerco, seguido de tiroteio e morte de cinco militantes nomeados, e fuga de dois militantes.

As informações hoje disponíveis permitem desmentir a versão oficial em seus pontos essenciais:

1) Todos os integrantes da VPR local estavam vigiados pelos órgãos de segurança;

2) É verdade que José Manoel da Silva foi preso no dia 07/01/73, há testemunhos de pessoas independentes dos órgãos de segurança. Contudo é falsa a afirmação de que ele teria denunciado a localização do sítio e os pontos de encontro dos demais companheiros. Simplesmente a polícia já sabia de tudo, através do seu agente infiltrado no comando local da organização.

Depoimento prestado por Jorge Barrett Viedma irmão de Soledad, revela parte dos acontecimentos do dia 08/01/73, quando o agente policial "Cabo" Anselmo vai se desvencilhando dos militantes da VPR : "Rui" (Eudaldo Gomes da Silva), a "Gorda" (Pauline Philpe Reichstul), "Sol" (Soledad Barrett Viedma), e do irmão desta Jorge Barrett Viedma, de forma premeditada e combinada com a polícia - depois de reuni-los em seu "aparelho", onde dormiram a noite do dia 7 para o dia 8 dejaneiro/73:

(...) "No domingo, 7 de janeiro de 71, à noite, eu estava dormindo quando me acordou minha irmã, dizendo que tinha chegado gente na casa e que iam ficar dormindo lá. Me levantei e encontrei o "Moreno" com uma mulher que ele me apresentou como sua esposa. A mulher era chamada de "Gorda". Depois de cumprimentar o casal voltei a dormir. No dia seguinte, Daniel me acordou dizendo que eu ia para a cidade e que devia acompanha-lo. Da casa saímos eu, Soledad, Daniel, "Moreno" e a mulher. Chegando no centro minha irmã e a outra mulher desceram do carro, e continuamos eu, Daniel e o "Moreno". Parando o carro na Rua da Palma a 1 quarteirão de Guararapes. Alí o "Moreno"ficou no carro e o Daniel me disse para acompanha-lo que ia me apresentar um rapaz. Assim êle me levou até um barzinho (não sei aonde é) e dentro dele me disse para esperar um pouco pelo rapaz. Em determinado momento ele se levantou e me disse " fique aí que já volto". Saiu, e segundos depois entrou a polícia detendo-me. Assim, no dia 8 de janeiro de 1973 fiquei preso ".(Documento : Depoimento de próprio punho prestado por Jorge Barrett Viedma, irmão de Soledad, ao DOI-CODI, em Recife-PE, em 31 de janeiro de 1973 - anexo VI).

3) Assim todos os seis militantes mortos foram presos antes do pretenso cerco e tiroteio e em locais diferentes, segundo depoimentos de testemunhas:

a) José Manoel da Silva - preso no dia 07/01/73, em Toritama-PE ( depoimentos de : Nivaldo Martins da Silva, João Joaquim Nunes Filho e Ivo João Tavares - anexo V II);

b) Jarbas Pereira Marques - preso no dia 08/01/73 em Recife-PE (depoimentos de Tércia Maria Rodrigues Mendes - anexo VIU e Mercia de Albuquerque Ferreira - anexo IX );

c) Soledad Barrett Viedma - presa no dia 08/01/73 em Recife-PE ( depoimento de Sonja Maria Cavalcanti de França Lócio - anexo X);

d) Pauline Phelipe Reichstull - presa no dia 08/01/73 em Recife-PE ( depoimento de Sonja Maria Cavalcanti de França Lócio - anexo X);

e) Evaldo Luiz Ferreira de Souza - preso no dia 08/01/73 em Recife-PE (depoimento de Mercia de Albuquerque Ferreira - anexo IX);

f) Eudaldo Gomes da Silva - preso no dia 08/01/73 em Recife-PE (depoimento de Amilcar Baiardi - anexo XI)

4) Nunca houve Congresso da VPR naquele local e data, não se tendo referência em nenhum documento a respeito; tão pouco existiam condições materiais, tais como espaço físico, infraestrutura para acolher os 6 ou 7 militantes aventados na versão oficial.

5) Laudo de Perícia em Local de Ocorrência feito pelo Instituto de Polícia Técnica de Pernambuco, no dia 09/01/73 revela a impossibilidade da realização do aventado Congresso:

"... A casa de que se trata, de exíguas dimensões, com o piso em barro batido, é composta de sala única, seguida de um quarto à esquerda e a cozinha à direita, com porta de saída para o terreno, diretamente. No que respeita a móveis e utensílios, pouco foi encontrado e tudo de qualidade inferior. Assim é que, para dormida, dispunha apenas de uma cama de lona, tipo de campanha, e de uma esteira de palha, não havendo cadeira ou mesas. Nas fotos n°s. 7, 8 e 9 se tem uma idéia da precariedade das instalações, e bem assim da desarrumação alí reinante." (anexo XII)

Observações:a) - não foi registrada a presença de fogão, utensílios de cozinha nem

de alimentos e vestimentas;

b) - só há registro de presença de algumas armas e munições.

Não há, no Laudo de Perícia, registro de perfuração de projéteis, nas paredes, portas, janelas e utensílios da casa - exceto uma referência imprecisa de " na

cozinha da casa, em frente a porta dos fundos, que apresentava vários orifícios produzidas por projéteis de arma de fogo" sem que tenha sido sinalizado pela perícia técnica nas fotogografias. Todos os militantes receberam quatro tiros na cabeça , exceto Jarbas que recebeu dois na cabeça e dois no tronco. Evaldo, dado como morto após ter fugido da Chácara, em tiroteio em outro sítio, também recebeu três tiros na cabeça entre tantos.

6) Analisando detalhadamente as fotografias dos cadáveres na ilustração fotográfica que acompanha o Laudo de Perícia nos laudos oficiais observa-se que há sinais e marcas nos pulsos de Soledad, Pauline, Jarbas e José Manoel, provavelmente produzidos por algemas ou cordas, denunciando sua prisão anterior ao fuzilamento, aliás, a fotografia n° 44 referente ào cadáver da militante Pauline registra ainda junto ao pulso a ponta da corda, (anexo Xm)

7) Os militantes teriam disparado 18 tiros sem ao menos ferir um policial , enquanto os policiais dispararam não se sabe quantos tiros, mas acertaram 26 tiros, 14 deles na cabeça - fazendo a versão se distanciar de qualquer veracidade da existência de um tiroteio real.

8) Aliáis, a versão contida no Relatório do Ministério da Aeronáutica sobre Evaldo Luiz Ferreira de Souza, afirma textualmente:" Em 08 Jan 73, ao ser "estourado” um aparelho da VPR em Paulista/ PE, os terroristas reagiram a tiros à ordem de prisão, travando intenso tiroteio com as equipes dos órgãos de segurança, resultando em vários feridos, entre os quais se encontrava o nominado que veio a falecer. Mesma circunstância da morte de EUDALDO GOMES DA SILVA".( Anexo XIV)

Ao se consultar a anotação sobre Eudaldo Gomes da Silva, encontramos "... Mesma circunstância da morte de Pauline Philipe Reichstul ". Cujo verbete fala apenas : "Morreu em 08/jan/73, ao ser estourado um "aparelho" da VPR, em Paulista/PE. Os terroristas reagiram a tiros à ordem de prisão, travando intenso tiroteio com a equipe de segurança".(anexo XIV)

9) Já o Relatório da Marinha faz a mesma afirmação para todos os seis militantes: "Foi morto em Paulista/PE, em 08/01/73 ao reagir a tiros à voz de prisão, dada pelos agentes de segurança. Do intenso tiroteio resultaram vários feridos".(anexo XV)

Em verdade todos eles morreram nas mesmas circunstâncias, provavelmente no dia 08/01/73 - sendo a primeira versão sobre a morte de Evaldo Luiz Ferreira de Souza, no dia 09/01/73 apenas um contra-informação.

10) Comparando o Laudo de Perícia e ilustração fotográfica do sitio Chã de Mirueira (anexo XVI) com o Laudo de Perícia da Chacára São Bento (anexo XII) podemos observar as semelhanças entre os dois sitios, por sinal próximos um do

outro.

As semelhanças continuam ao analisarmos as descrições dos tiros recebidos pelos

militantes:

- Evaldo Luiz Ferreira de Souza - tiros na cabeça (anexo XVII), fotos n°s 14 e 16(anexo XVIII);- Eudaldo Gomes da Silva - tiros na cabeça (anexo XII), fotos n°s 15 e 16 (anexo

xm);-Jarbas Pereira Marque - tiros na cabeça (anexo XII), foto n° 25 (anexo XIII);- Pauline Philippe Reichstul - tiros na cabeça (anexo XH), fotos n°s 45,46 e 47(anexo XIII);- Soledad Barrett Viedma - tiros na cabeça (anexo XH), fotos n°s 32, 33 e 34(anexo XIII).

Chama a atenção o fato de os três militantes abaixo relacionados , apesar de terem sido atingidos por diversos tiros, inclusive na cabeça, continuarem empunhando uma arma:

- Evaldo Luiz Ferreira de Souza - foto n° 03 ( anexo XVIII);- Pauline Philippe Reichstul - foto n° 44 (anexo n° XIII);- Jarbas Pereira Marques - foto n° 26 (anexo n° XIII).

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CONCLUSÃO

As informações até agora colhidas, sobre as circunstâncias do Massacre da Chacára São Bento que nos permitem afirmar:

1) as ações policiais do dia 7 ,8 e 9 de janeiro de 1973, só foram possiveis pela combinação das atividades do agente policial infiltrado "Cabo" Anselmo e as dos órgãos de segurança do Estado;

2) com a decisão de uma parte da direção da VPR no Chile, de enviar uma carta aos militantes em Recife, advertindo-os contra Anselmo, os órgãos de repressão visando proteger o seu agente infiltrado, decidem desbaratar a VPR no nordeste, eliminando seus principais militantes e prendendo todos os outros que de uma maneira ou de outra tiveram contato com o "Cabo" Anselmo, (ver documentos referente as prisões de : Jorge Barrett Viedma, João Barbosa do Amaral, Heráclito Wiliams dos Santos, Karl Marx de Almeida Gonçalves, João Francisco de Souza, Lenine Almeida Gonçalves e Glauco de Almeida Gonçalves - anexo XIX);

3 ) a prisão de José Manoel da Silva no dia 7/01/73, as prisões de Jarbas Pereira Marques, Soledad Barrrett Viedma, Pauline Philipe Reichstul, Eudaldo Gomes da Silva e Evaldo Luiz Ferreira de Souza no dia 08/01/73, e bem como as versões de cerco, tiroteio e morte dos cinco primeiros na Chacára São Bento (08/01/73), a fuga de dois militantes e posterior morte de Evaldo Luiz Ferreira de Souza (09/01/730) no sitio Chã da Mirueira - Paulista - fizeram parte de um plano único e concatenado dos órgãos de segurança visando o desmonte da VPR local e o extermino de seus dirigentes;

4) a execução desse plano só foi possível porque os órgãos de segurança do Estado- DOI-CODI e DOPS/SP, tinham informações precisas sobre: atividades, nomes e codinomes, pontos de contatos, endereços e localização dos ’aparelhos', ou de residência e local de trabalho dos militantes com vida legal, sabia inclusive da existencia e localização dos sítios da zona rural do grande Recife - Chacára São Bento e Chã da Mirueira, além de ter informações precisas sobre o codidiano dos militantes .

Concluindo:

- Antes da prisão os seis militantes políticos da VPR estavam sob vigilância e virtual dominio dos agentes do Estado;

- Antes da morte os seis militantes políticos da VPR estavam sob a guarda do Estado.

AN EXO II

- Cópia Xerográfica do Dossiê dos Mortos e Desaparecidos Políticos A Partir de 1964

Tocar nos corpos para machucá-los e matar. Tal foi a

infe liz, pecaminosa e b ru ta l função de funcionários do

Estado em nossa pátria brasile ira após o golpe m ilitar de

1 9 6 4 . y

Tocar nos corpos para destruí-los psicologicamente e

humanamente. Tal foi a tarefa ignominiosa de alguns

profissionais da M edicina e de grupos militares e

param ilitares durante 16 anos em nosso país. Tarefa que

acabamos exportando ao Chile, Uruguai e Argentina.

Ensinam os outros a destruir e a matar. Lentamente e sem

piedade. Sem ética nem humanismo.

M acu la r pessoas e identidades. Perseguir líderes políticos

e estudantis. Homens e mulheres, em sua

m aio ria jovens. É destas dores que trata este livro.

E desta triste h istória que nos falam estas páginas

marcadas

de sangue e dor.

Este é um livro de dor. É um memorial de melancolias.

U m livro que fere, e machuca, mentes e corações.

U m livro para fazer pensar e fazer m udar o que deve ainda

ser m udado e pensado em favor da vida e da verdade.

Um livro dos tr in ta anos que já se passaram.

M as tam bém um livro que faça a verdade falar, gritar e

surg ir como o sol em nossa terra. Um livro que traga muita

luz

e esclarecimento nos anos que virão.

U m livro, vários brados, um a certeza verdadeira.

N unca mais à escuridão e as trevas. Nunca mais ao medo e

à d itadura. Nunca mais à exclusão e à tortura.

Nunca mais à morte. U m sim à vida!/

Paulo Evaristo, C A R D E A L ARNS

Arcebispo M etropolitano de São Paulo

P a u l i n e P h i l i p e R e i c h s t u l

M ilitante da VAN G U ARDA POPULAR REV O ­

LU CION ÁRIA (VPR).

Nasceu em 18 de julho de 1947, na Tchecoslováquia,

filha de Selman Reichstul e Ethel Reichstul.

R a n ú s i a A l v e s R o d r i g u e s

Militante do PARTIDO COMUNISTA BRASILE IRO

REVOLU C ION Á RIO (PCBR).

Nasceu em Garanhuns, Pernambuco, filha de Moisés

Rodrigues Vilela e Áurea Alves Siqueira.

Já na clandestinidade, teve uma filha, Vanúsia, que

mora em Recife.

Estudante de enfermagem da Universidade Federal

de Pernambuco, foi presa cm Ibiúna/SP, quando participava

do X X X Congresso da UNE, em 1968, e expulsa da Escola

pelo Decreto 477/69.

Foi assassinada cm 28 de outubro de 1973, juntamente com Alm ir Custódio de

Lima, Ramirez Maranhão do Vale e Vilorino Alves Moitinho

Teve sua morte reconhecida pelo I Exército, mas foi enterrada como indigente e

foi negada a certidão de óbito à família.

Foi a única não carbonizada na Praça Sentinela, cm Jacarcpaguá (RJ).

Pela informação n° 2805, do I Exército, de 29 de outubro de 1973, encontrada no

Arquivo do DOPS/RJ, Ranúsia foi presa na manhã do dia 27 de outubro de 1973. Desde

o dia 8, ela e seus três companheiros estavam sendo seguidos. Contém, inclusive,

depoimento de Ranúsia na prisão. O documento fala da farta documentação encontrada

com Ranúsia c da morte dos quatro militantes citando seus nomes completos.

O corpo de Ranúsia entrou no IM L/RJ pela guia n° 20 do DOPS e a necropsia

Assassinada sob torturas, aos 26 anos, no Massacre da

Chácara São Bento, município de Paulista, cm

Pernambuco, pela equipe do delegado Sérgio Fleury, com

a ajuda do infiltrado ex-cabo Anselmo, em 8 de janeiro de

1973.

Juntamente com Pauline foram assassinados Eudaldo Gomes da Silva, Jarbas

Pereira Marques, José Manoel da Silva, Solcdad Barret Vicdma e Evaldo Luiz Ferreira.

As circunstâncias do massacre que vitimou Pauline e seus companheiros estão na

nota referente a Eudaldo Gomes da Silva.

w > . f c 3 . y , a 5 / i i 9 ü jy

5 f

AN EXO III

- Cópia Xerográfica do jomal Folha de São Paulo -11/01/73 - pág.4 - Nacional;

- Cópia Xerográfica do jomal Diário de Pernambuco - 11/01/73 - Ia pág. ;

- Cópia Xerográfica do Jomal do Commercio - 11/01/73 - Ia pág.

/

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A LÓGICA DO SOMAtrinido Irlg. forla limo. 1812 feli.: 286-9494 • 211-4114 doi 9:00 oi 22:00 hi. • oo» lòbodoi dai 9:00 òi 17:00 I». lua Augutla, 22S4 • í»l ; 282-8084 do» 9:00 ot 19:00 hi.

Kuo Joaquim Nabuto, 262 * Tel.: 6I-V7I9 • Brooklin - da$ 9:00 às 19:00 lis.11 -T" • ■ »■ mniu..

Desarticulado um recluu, terrorista em PernambucoJtlO IS u m i sal» Os nrgaos de segurança íi iiu m iiin m i

ontem a Vanguarda ('«'pular H o n lu iio n a r ia I V P It i, m ilto n i

j.1 praticam ente desarticu lada no liras il, tentou promover uin

congresso nacional no m unic íp io de Paulista , nas proxim idades

de Recife Os orgãos de segurança, entretanto, que jâ d ispunham

de inform ações a respeito, ccrcarum a reg ião e. após tiroteio,

invad iram o local onde encontraram alguns terrorislas mortos «•

outros gr'nvenieiite feridos, que vieram a fa lecerem seguida.

M orte ram assim Eurialrio (lu ines da Silva “ Jo s é " ou

“ Z aca r ia s ", que tora !>amdo do Brasil, Pauline Hciclistul " S i l ­

v a n a " , nascida na Tchecoslovaquia; Soledad Harret V iedm a

“ S o l" , na tura l do P aragua i; José M anuel da Silva “ C irino” ,

"Z C " "M a n e " , ou “ go rdo ", e Jarhas Pereira M arques “ S érg io ".

Dois terroristas conseguiram lugir.

No d ia seguinte, in fo rm am os orgãosdc segurança, a inda no

m unic íp io de Pau lis ta , foi jurrc:! ida a presença de Kvaldo l.u iz

Ferre ira de Souza "S e rg io " , in c n le m e n te chegado de Cuba e,

|M)ssivelinente um dos que hav iam (ugido ao cerco. Heagindo ã

voz de pi isão, l lvaldo trocou tiras n u n os agentes de segurança e

loi morto no local.

Kssa opcraçAo, perm itiu a prisão de vários elementos da

V PH . entre eles um estrangeiro, e a apreensão tie documentos,

a rm as , m unição , m im eogralo : «■ equipamentos diversos.

A OPLKAÇAO

4 o ••Ijulnl* o relato divulgado pelo» otgiai d« »eguronça:

'A orgonlioçõo terrorlda conheci- da como VPR (Vanguarda Popular Revolucionaria) autora da vorlo» »•- quadro» d* ombalwedore* no Braill. edú praticamente deiartlculoda. am laca da« lucanUsi qua vain•ofrendá >m todo a rol».

“ i a m r • m a n • • e a n t a i a i t ia prato«, s ilrM banido« no aatarlor a um pouco» alamanta« da ba»«, foragido«, com dHlculdoda, Includve, da «obra«Ivencja. Ma«mo a»»lm, o V f l cartlnua a aitlmular a propaganda (ubvanlva a alguma» açJa» e»p>rodkoi praticada« par um pequeno (irupo da ferroritla» tralno- do« am Cuba. AUm dlito. *«m tantando regre»*o da um grupa da mllltanfot qua concluiu racantemerv lo o cur«o da guerrilha naquala pai», para. num atlorço aipaclal, «a reedruturor no •ra«lt.

"Na «ua -propaganda Invoca a neceaddade da ta montar ocaia a chama do tarrorliroo, utlllianda cho- võa« ultrapaiiadoi a dlvaraai t>olo- vra» do ardam, no ob|otlva da aliciar aitud«nt«.i a outio» |ovan», multo« vaio« daiovUodo» a Inconiclen’et. para a roalldada daitruldora da«»a parlgoia lacçõo.

'No dacorrar da* opero(i«i da

bÊPOIS DESTES,SÓ DAQUI A 30 MESES

m I il U O Iu^ U a l*/«UAC A M f O k o i í O I UM H b f t iK O

U M .IAU O D t lLLUOW tS WVH A O

C O M lK C JO t I N D U i lB IA Q U t P O O IH A O

i m IU S IA L A U O Í JA N O IN ICIO K

1 V 7J. FA ÇA H O )£ M IS M O SUA

IN S C U k A O P O d u O f 0 5 P vC lX IM O S ,

S Ó U N Q ill A J O M I M S .

C O h .liN lU A m i l ù f u C A ÜA B O W » DO CAAWO

LHJES UOLTERRHIinfb rb comunios HnBiTncionnis

de 400 cnsns m zonn sulV o l t e r r a n a f e c h a m a is c o n j u n t o s p a r a

< i i . / i r u ç à o V o l lo r . o « le C a s t r o F l a g r a n t e c o l h i d o q u .m r J o o e n g e n h f n r o

V e l lo f . r ; d e C a s t r o a r . í. t n . iv . i o c o n s id e r á v e l c o n t r a t o d e

fo fm .T .i/ ru .M ito dt» la i« :. c o m a V o lt e r r a n a , d t; m a is lré:>

i .( ju iil< >:> n - , i d t rw i,t i: i, d t- ’.iH ) p i« .< lio s n a Z o u u S u l / \ r . I .n lo d o 1' i v i "

V<*l|r»:.i) . i iJ . i r iM .c m (.»•, s r:, l l o r i d f lra tn .r r r

l i i - u i • i to G - i t a in d i V i ilt**rr.i<1.1 L.

SOllOAD BARMCT1 VIIDMA, i . . ."

"SolaJud BarreH VlaJnm 1 noturol do Poroguol, noteidu u 6 d» lonalro do 1V4S, fllhu da Alan Koioal »arrat a Daollnda Vladma da Hut.»t, otlvUto do partido Comunlila ilo Paroyual, vinha aluondo no Nui<1«»ta bratllalro como oganta da llga^óu da grupo« tarrorUtoi «ul-amoricuno« com olamantoi do orgunliu(oo tarroflda Intitulado VfR. vlndu» da Cubo com a mlnòo do raadrulurur a «ubvartõo am Parnambuco.

“Tinha llgafòa« com o« lorro.Uiu» biatllalro« banido» homldodot >10 Chlla a lombím com «lamanto» da

vo» am atlvldoda na Argontlno - no Uruguai. Parlando 6 orynnln,suo to rro r lita uruguulu In tltu ludu "Tupamoro«".

"No Chlla. lol omonta do tarroiOib bonldo Onotra Pinto. "Au^oilo".

"Soladod aro nato do fundodor do Podido Comunltta Paroguulo.

JOSÍ MANUll DA SIIVA

"Jo»4 rat da Sllvt

(onibata ò« organltafoa* torrorlita«• amana«canta«, o« orgõo» da «oguranfo tavanlaram. no Nordatta. dlvarvo« dado* qua Indicavam a raalliaf&o da um cangraoo nacional do VPR noa orradora» da Racllo.

"Conttotoda a varaeldada da««a« Indicio*, o opA* Inganta« otlorco*. lol poailval a lovantamonta complete do rolarldo congra**a. Indutiva o local a a dota da «ua raalliaffto.

"Equipa* H f dah 4a« orgSo« da «aguranç* cortaram, na dia • da lonalro 4a carran t* ano , o aparelho" coordenador, locolliodo

numa chacara dantro do lotaamanta da ( ia fcanto. na munldplo da Paullita, cldada quo Integra o Ciando Redla a vinha »ando utlllto- do como contra da treinamento do

. guerrilha»."N*im local lol dado ardam da

prl*&o ao* tarrorUta» qua ta acha­vam rovnldo», o* qual*, no antonto, reogiram a bola. Ap4» cerrrodo tlro- le le , foram oncon lrado t, no •paralho", algum tarrorlda*

morto» a outro* gravamanta ferido«. C»to*. nfto raditlndo ao» larlmanlo», vieram • falocar. DoU mllltara* terrorUta* contagulram fugir.

"Tarroriita* morlo»: Eudoldo Gomot da Silva (io»4, Zocorlat) oanldo: Poullna Ralchtlul (Sllvonu),• tlrongalra; Soledad Barrott Vladma (6ol) eilrangaira; ioié Manual da Silvo (Clrlno. Zé Moné. Gordo); Jorba» Paralra Morquo» (Serglo).

TltOTllO "Na tardo do dia 9 da |analro do

Kjirante ono, am piokieguimanlo ã» o|.«raçfte». umo do» equipo» do» orgâoi de »eguronço. qua ia achava nm otlvldoda» da vlgllonclo hd dol» diot. próvlma a um iltlo locoliiado na oitrada do Santo Caio. r>o munldplo da PaulUta, parcebeu a piutenço do tarforltla Evaldo luli f Mtralro da Souia (Serglo). racan- temanta chagado da Cubo. Ao que ve tupAa. ara um do» fugitivo» do Congra»»o ohorlodo no va»pero.

Rnogindo â voi da prl»do. di»- t>nrou contra o oquipa. trovando »o. «nido. um tiroteio. O lerrori»to tvoldo morrau no local.

A rocenta oparo(0o levada a rluilo em Reclle/PE permitiu a prltfto de «orlo» tarrorlda» da Inlllulodo

antro ala» um «»Irongaiio, e o opieen»Ao da forio documanio^fto.

i m.mi(Ao mmieogioln» v

f UOAlOO GO/4C J OA Sil V A

tudaldu Gome» ilo Sil*o (J«>»e '..l.ino. Zocorlat. etc) lerrontto iMinido a antigo militonta do Vnn guarda Popular Revolucionoria (VPR| njtcldo no Ettodo do 8ohia a I 0 du outubro de 1947 filho de Joâo Gome» do Silva a da (»ouro Goma» da Silva.

'Elarnanlo da alia perlculoiidoda, oo »ar da»cob«fto am Recife onde »a uchava roorgonliondo um novo comondo ragionol da a»facalodo V*’R, raoglu o voi da priiSo, tendo morlo am maio oo llrolalo trovado com olamanto» do» orgfloi da i»g u ron (a numa chocara am PoulUlo-PE.

"Era aitudonta da Agronomia

Juondo lol alicloda paio »ubvar»flo iironle o» oglloçôet a*tudanti» do

ono da I960, participando, no apoca. do» homanogen» poUumoi a um ptaudo a»tudonla morto no re»- touronla do calabouço na GB. dantro da um iiquam a etpeclalmente montodo pala «ubvartAo como moval da ollclomanto no oraa a»ludantll.

"Como vlca-pratldanta do dlratorlo ocodemlco (DA) roprotanldvo »ua loculdada no Diralorlo Control do» fiiudonta» (DCE) do Unlvort'dado federal do Bahlo. quondo tava tua lnlcio(flo como mltltonla. comprome- lendo-te daf Inlllvomanle com O» organizoçOe» »ubvanlva*.

"Eol racrutodo pala ontlgo or- ganliaçto Intlluloda Comondo da II- bartoçOo Nacional (COLETA) no la h la , « n v a n d a n d o - t » no larrorlimo. Portlclpou da dUtldando do or0onlio<Ao. »ando de»lo<odo paro o Intllulodo Comondo Regional da V an gu a rd a A rm ada Re ­volucionaria Polmara» (VAR —Pol- mora») da GB, produto da fu»Ao do COLINA com o VPR, opó» novo* daianlandlmanlo*. Intllulodo» "Racho do» 7". )o»e critico do» or- ganlxo<Aa». oplou novomanla pala VPR. tondo o»»umldo vorlo» corgot da dlraçSo deito organlia(flo

"Fe* curto da guerrilho a par­ticipou da trainomanlo» da Uro da oraa* do Norda*la. ondo liderou o plano|omanto de oloumoi oçõe» da O»»altoa o dlvar»o» banco*.

"Foi banido para a Argallo am 15 da |ulho da 1770, am Iroca do am- KoIKodor Ihronfrlad Anton Theodor ludwlng Von HoHaban, da Alomonba Oddantnl. qua fora toquatlrado na Guanobora no maimo ono.

"Denlre a* 40 banido» paro a Argella. fol um do* e*colhldo* polo terrorUmo poro, dapol» da longo trainomanlo em Cubo. retornar oo not to Pol* com atrlbul(Aat atpacl- flcot da contlnuor o oçflo comuno-- lerrodtlo. ogoro a tarvl^o d^ Fldal Cotlro.

PAULINE KEISCHSTUL. SILVANA

"Paulina Ralachtful. "Silvono". no ti>rol da Tchacoilovoqulo. notcldo o 18 de |unho do 1947, filho da Salmon Relchttul a Wollo Ethel Relchitul. da orgonlta(6o larrorlda intitulada VPR/SP. u»ondo o noma lal»o da Silvono Danoro.

"Fol omonla da ladlilo» Dowbor, Jamil, na Sulço a no Argallo. Indo. dapol», paro Cuba, aprender guerrllfio. Frequentou o curto do gnerilll'o entre 1970 e 1971, |un- tamenta com olgum banido» do Bra»ll.

"Valo para o Brotil o fim da In­tegrar o grupo encarregado do leetlrulurocOo do VPR no NE. tor- nando-»a oqul amante do terrorldo banldo Eudoldo Gome* da Sltva. Zacariot. tomb4m morto no con- gre*»o do organlzoçSo.

"Ero llgoda a "Ammna»ly Interna­tional", colaborando otlvomanta na campanha da dlfomo^flo do Bratll no Exterior, ampraandlda por atta oModo(Oo aitrangalra.

E»»o oçQo aro todllloda devldo veu or.eito ao» orgOo» Inlormolivo» liaiicetat. tagundo ravalo^ôo da »au pioprio Irmflo, Hanrl Philippa Rakhtlul.

"fa ilo a llgaçflo antra a VPR a '.ilyjuinoi orgonlio{6et teriorlilot am ;it>v>doda no Europo.

membro da orgonlioçoo terru>l«tu VPR/NE era lllho de Jo»4 Mun.i.l Ju Silva o lu lia Elvlra da Silvo, no»ildo em Torltama/PE no dlo 2 de daiembro de 1940.

"(«-«abo da Marinha, opò» u k*■ volução da marfo de 1964, luulu para Notal/RN, |untamente com Jo>4 Raimundo do Coda. "Mol»4i", uiid» panaram a aluar na VPR.

"Potlarlarmante, era contato em Recite do terrorldo |ó luleddo J..»4 Raimundo da Coda, "Mol«é«M, a de banldo* na Chile.”

"Suo otlvldoda »ubvariivu vu dotonvolvla na areu rural do Evtado de Pernombuco. onde aliciava componatat para o lerroritmo.

"Foilo vlogan» oo Chila do ondo troda dinheiro poro a monutonçrto da arganitocOo am ranvtruturoçdo.

"Pra»o no domingo. 7 de |aneiro de 1973, Indicou vorlo» "opurvlliu»" e encontro* morcodo» com oulrot larrorlda*. o qua radundou em variai prit&at.

"Clrlno morrau no parlo da aniroda do "oparalho" onda ta rouli/o/a um congratto. no momento am qu« »e travou o tiroteio anlta ot tarroritlat a ot aqulpat da taguronça intarna.

JARBAS PEREIRA MARQUES

“Jorboi Paralra Marqua» "Serylo". lllho da Antonlo Pereiro Morque» e de Roialva Paralra Marque*. noicHo em 37 da agoito da 194] em Recite PE, mllltanta da Intitulada Von^uur- da Popular RavoluclonArla detde longa data. Morreu quundu por- ticipova de um congratto do Subn- vertivo» obordodo no noilu do dto II de jonalro da 1973 rm Priulltlo'l’E.

"Éra elemento de ligaçoo do Oigonltaçòo tarrorlila VPR com outrât organlioç&at como a AlN. VAR-Palmarai. PC do B, etc; du Rio, São Paulo a na proprlo Nordede.

"Ira a petioo indicado para rece­ber, na area do Nordaile, elemento»

ragloa*.

EVALDO LUIZ FERREIRA DE SOUZA

"Evaldo Lull Farralra da Suuio "Sargio". do organiro{Oo tenonvtu Intitulada Vanguorda Popular Re­volucionária (VPR), ei-marlnlielro. natural do Edodo do Rio Gionde do Sul. notcldo o 5 de |ulho de 19>2. filho de Favorlno da Souio e de Maria Odate de Souto.

"Atlvlda a ogltodor, tomou ,iuite

»ubverter »etoie» do Moilnho. loroylndo-te upO» u R e « ulu\im de • *44.

"Im 1947. em Cubo junta .ou.

maiilit», tornondivie n»,l» |.ul» elemento de llgacóo do» b«i>.d.,i e loragldo* brodíelro» que puiu la ve diiigirani com a» Ouliii nlodo» comunitlot locou

"Apô» umo permunanda de mui» de à ono» am Cubo, rolornou oo Brotll o fim da participar do raor- ganliafoo da um comondo raylonal tarrorlila am Reclle, vltondo reotlvor o fncçõo VPR, qua ia acha deior- tleulodo, numo tantatlva de por em protlca ot llçòei de guerrilho e larrorlimo aprendidai cont ot comunlitai cubonat.

"Quando am Cuba, nat lun\o«t de llgo<õo com ot aulorldadei de»i» polt. aiarcla fltcallioç6o parnionan- ♦«. Indutiva coitlgondo tauí com- panhelrot com prltòoi a »u»pen»õo de ra<6o allmantnr, tornondo-»e temido por lodo». Algum tarrorlila» prato» otuolmente lorom vitimai da tuoi cfueldadei • ta talaram o ala com povor."

Denuncia contra :S2 teiTorislas

O ntem , o procurador de

Jus tiça M ilita r D ác io Gomes

de A raújo , da 2.a Auditoria de

G uerra, apresentou denuncia

contra 32 terroristas filiados ao

M o v im e n to de L ib c r lu çA o

P opu lar — M O L IP O , “ que

realizou 67 "ac ções " assa ltan­

do bancos, casas comerciais,

r e p a r t iç õe s p u b lic a s p ara

fa ls ificação de documentos,

explodindo bombas em varios

locais e praticando um grande

n u m e r o d e r e a l i z a ç õ e s

terroristas.”O M O L IP O era form ado por

dissidentes da ALN , organiza-

çflo terrorista que desapareceu

com as mortes de M arighe la e

C a m a r a F e r r e i r a . S e u s

dirigentes eram cham ados os

“ 28 de C u b a " porque com ple ­

ta ram curso de guerrilhas com

F idel Castro. D iz o promotor

q u e “ e s s a o r g a n i z a ç ã o

apareceu com o u m bando de

assaltantes m a is ou menos

o r g a n i z a d o , c u j o s

componentes v isavam , os seus

saques, nada m ais do que uin

m eio de sobrev ivencia ."

F az iam parte os conhecidos

terroristas A írton Adalbe .to

M o r t a l i , M a r i a A u g u s ta

Tomas, M areio Beck M acha­

do, Jofio Carlos Cavalcanti

Reis, Francisco José de O li­

v e ir a , A n ton io U ene tazzo ,

L a u r lb e r to Jo sé Heyes e

outros, c tinha como principais

chefes os terroristas mortos

lu r l X a v ie r P e re ir a , Ana M n r ia N a c lm o v ic , Gi-lson

Reicher, Alcx de P au la X av ier

Pere ira, E duardo Antonio da

Fonseca, H iroaki Torigoy e

outros.

As principa is "re a lizações"

da M O L IP O verificarain-se no

ano de 1971 e princípios de 1972.

destacando-se as seguintes:

a s s a lt o ao6 r e s t a u r a n te s

i U ngaria e B icçhallc , quando d o m i n a r a m p o r t e i r o s e

fregueses, p intando dísticos

s u b v e r s i v o s n o s e I a -

hcleciinentos e aj>oderaiulo-se

de lodo o d inheiro , inclusive <•

que e s ta v a depo s it.id .i na

“ ca ix inh a " dos uJ k -jo .-«"

k j i u i d a d é ü ü h i l u s o t i a ciências e Letras

IN ÜCR IÇÒ ES AI3ÜRTAS

lJ/ V ES TIB U LA R

A V . IN A ZA R ETH , 9 9 3 |

Fonos: 273-4120 o 63-1609

• L E T R A S• H IS TO R IA• F IL O S O F IA• T E O L O G I A• P E D A G O G IA

2.u EPOCA:

A SOLUÇÃO !! CUfcCSl u z c r n o s r e v is õ o c o m p le t a c m t o d o s o s m o t e r io s

d o p r im o r io , g in a s ia l e c o l e g i a l . A u l a s i n t e n s iv a s

d e 15 o 31 d e j a n e i r o . P R E Ç O C r $ 3 . 0 0 P O R

A U L A P r o c u r a r C R E C S - V i l a M o r i o n a , R u a L u í s

G o e s , 1 . 0 9 8 - L a p a , R u a B a r à o d e J u n d io í , 221 -

S a n t a n a , R u a C o n s e lh e i r o S a r a i v a , 7 4 .

CO LÉG IO SÀ O JU D AS TA D E Udo maternal à Faculdade

Escolinha Dento de Leito:• Maternal • Jardim • Pré-Primário Av. Paes de Barros, 1654. Tel.: 273-5326 Colócjio São Judas Tadeu :CURSO D E I.* G R A U :• da 1.*à 4.»série (antigo primário)• da 5.*à 8.«série (ginasial globalizado) CO LEGIA L: (manhã e tarde)• Ciências Exatas: Eletrônica*e Química.• Ciências Biológicas: Análises Clinicas.• Ciências Humanas: Comunicações.Curso dirigido conforme programas CESCEM. CESCEA c MAPOFEI.CURSOS T Ê C r jC O S : (noturnos)• Administração • Elotrónicu• Contabilidndn • Eletrotécnica• Secretariado • Telecomunicações• Turismo • Química ■ Publicidade • Petroquímica• Processamento de Dados RUA CLARK, 266 Tels : 292-6139 e 292-7333 MOUCA ■ São Paulo

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GIP0SPsmoicmo da inoüsTPio oa pcscd no csxooo oc soo prulo

CONTRIBUIÇÃO SINDICALO S IN D IC A T O DA IN D U S T R IA DA PESCA N O E S T A ­D O D E SA O PA U LO com unica a tudus as empresas (|uc exerçam ativ idades no setor dn pesca que o prazo de reco­lh im en to da C O N T R IB U IÇ Ã O S IN D IC A L , dc acordo com u lei, expira no proximo d ia 31 dc Janeiro. Outross im , es­clarece que o reco lh im ento tom bem ò compulsorlo para as empresas que dediquem parc ia lm ente suas ativ idades ao setor, devendo, neste caso. ser pagu a con lribu ivào pro|»orcionaImcnte ii a tiv idade exercida.

Nos termos do art. 18, do Decreto-Lei n.o Í.21. de 28-2-61 r Decreto n.o 65.005, de 18-8-6U, art. 17. deíinc-sc como " indus tr ia de pesca" o exercício de ativ idades de captura , conservação, beneíicla-.nento, transform açfio ou Industria- li/a«,ao «los seres a n in u ls ou vegetais que tenham ua à«ua m;u i i kki na tu ra l ou m a is frequente de vida. que C. por s ina l, o am b lto da representação do S ind icato outorsado pelo sr. M in is tro do T rabalho .

0 leco lh lm ento da C O N T R IB U IÇ Ã O S IN D IC A L poderá ser feito em qualquer agencia do Ranco do Brasil S /A ou dn Caixa Econom lca Federal, m as preferencialm ente de ­vi- MT feito na agencia desta u ltlinu localizada em São1 iiiiln. no Bi ás, à av. R ange l Pestana . 2.004.

As i; li ias de reco lh im ento da C O N T R IB U IÇ Ã O S IN D IC A L i iit on tia in-sc k disposição das empresas na sede do S in ­d icato. á rua E spanha, 321 - Ja rd im Europa - telefone 81-1826. ou na Secção de C on tribu ição S ind ica l do D e ­partam ento dc Cooperação S in d ica l da Federação rias I n ­dustrias do Estado de S ão Paulo , V iaduto Dona Paulliur.80 - 14 o andar - sala 1.409. Em Santos, as guias pode iãu ser obtidas á rua Vereador H enrique Solcr, 258 Quaisquer outros esclarecimentos a respeito do usáuuto podei tio Ser obtidos na sede do Sindicato .

S ão Paulo, 2 dc Janeiro dc 1973

S IN D IC A T O DA IN D U S T R IA DA PEõCA

N O EST A D O D E SA O t AU LO

( 4 ) Rubens de M ello O liveira ( ia s| i.u ün

Presidente

aW '.V,0 - Üi,,L

/O*'-

( s , . , K ; IN-V ■'"•<’■■ X ï* ■ w prorl.*«t t..-.. . . . . . . . kv*

rr.n.NAîMOL'co - b u a m l — u t c i r w . q u i x t .% - f e i r a , u d i j a k k i r o d b » 7 «

-rrrx

Segurança acaba com terror no Grande RecifeClandestino • ê capturado na Estância

FiJb.tHia.ido »•’ino aiarrt- nciro * « r * v 1» u.i Ea-

U IUIJ. I I !n*cli/ado ontrm n i . - n*.s 'J.rj Cl»m F*. « « • r . • s ••-•- r : jurrr» -«»j m *

• ,3o ■'« w»»*-ira dan- >iu h*m:-* :;•» *Vt:íe. a pó«

i.» rs3 -|U*tm -.iircaa»!* .ia.» ía natlo Hua ! ’* r.«.w it nm rtn m» por- l'- na k aut al prmambucsm»

par» . : t>'strciroenfo, O» o>: i-n« .meses o lio forum v:;tía lo » i/ado*. e fonda an

. v i . ■*«>••. federal* no ia*

CJ.'O J . ' î '«

IMyK.M.uOtj

A Uval. a* ko e pi ts**o do a*

lU.'.tei.a f«.* efetrads pHo a- gea*e da Po’icla Federal D-

b.r.tun ric Bano* Lima, a pó* vunas dia* de investigate** sigilosas. Chu Cliln F» pas-

»V1-V5 oor .le panes « er« r«« r :- tradrt i i\ «rr»rt* zom o

n<nne de iMnlo Jo*4 da Silva. T.-iOalfwvs h i re re* de »rés an -r-í. •!ando-.*e um otlmoc.rpicgaJ« Ao cnegar n»

:c.:ar*». :?• rtencente ao es« pjnnrt IVo-étrio Vielter 0*e- To o * -■•• -oeeiro disse our fj- f.h.l IK-r.dï tr<JC5 dOC'.l-

n;-‘~io; * «nie eïfcvn prov«-

f . . " .tüio n i -rrind* via.sei.: ».do para uabalbar .

c*.:no ;n. Ninelro.

Vtvu nia.UJlmpnit cu*t-um.- arilh •»* que a m hw w nm,‘f C.11* dn uo.lc. dis* depo&a. da. . dc»«.Çiir>. . rirsT&i drtm » Ptaa-.icu

q*.e p^nucirana prtaiftu.,'

Cru.* ami ;s

n.inc.n no Sen iç» ÂTï^eâÎi*«i ra s ii» dn f »’ KAT »*fcd i t tm lW t de .lez . v»engTN*»i, tJ**i'•***-- t.*o end> *cne*rsdB«t

r- 4 IOU.g.*afl* 44, CM* Cl>rtru’

F* T~ '\ i*fJt fW»'W tWilw r » {,? ■••a* .‘oivo • :*«*uier- í.'•jtirni vi*. I«. M * BUAM èi »*'mi mmewi»ç6ei » **'•’jent«: Ubiratan d* Cattr® r.rcudru j rhfnis.

t.

•h n :* ib i n « r v E . % D O «

Core pn-Ao de CîmCiJtn Ka. o'- «teotrs d» Pa­ir ia frt/^rul r*v*rwni loea-

!li*r o t:*li» componhei^ ros que -ï » »ifa» ?7 m rw f çt» d** 137? abandonara«- ji-

njvlo Un.» Fri. Chlttv K iW C H . W ii T* tn Cti-jn*. L a a ■

Ttrroij S Jun i e Ch*n* Mlng, T lun;. *

Alrm »>• r cj;Uv» rM r»n*v ?*:iroa que dcfertarana* n 9>,-‘ T j* navlDA m» an»

cnnünua.n «n d o pria PolicU: o

Jun* June CT* R ä t t . qo« a'iandoniMi o rapor D*k Wv- unc-lll no dka » de Carerri- ro os ch Lierez Lta CHI* ÎTttrrr . du na\iu Huahcl. que deærtm» no cia n . 03.71 La r» n * Chenf <■ C hanf Tie Yü# « t » . deüuram o n*rlo SteR» Ua* rli no dia 13 d » fW w i l iW bear, coroo Cben Alt T lij «Ma abandonou m e ap ^ä»* Chen^-U no dJ* II? &*- zembro J í IJ7I*

otfnnl^açio terrorista conhecida

cimo VPR iVanfiiarda» Popular Re-

voluekmAr}*), autor» d » rArioa ae-

queauos d* Em battadom no Brasil,

eatà praticamente desarticulada, em

face dos reveses sucessivo« que vem

aofrendo em todo PaXa.

3ru> renaumora twi r t f i » > prftú».

1 outxos banidoa no eaterlor a una

poucu« elemenfoa de baae. roractdoa.

com dificuldades, inclua ire, de sobre

rlvéncia. Mesmo asslra, a VPR con­

tinua a estimular a propafanda irjb-

• vrrsiva e algumas ao^ee eaporidicas.

preticadas por um pequetao jrupo

da terroristas treinados em Cuba. a-

Wm dtfao. vem lantando o ro®repso

da um grupo do mflftantas que con­

cluiu racentemante o curso do guer­

rilha neaaa Faia, para, num estorço

especial, se m r tm tu ra r no Bra?fl.

Wa sua propaganda Invoca a neot>

s idade de se mamar aceaa a chama do

tcrrortuno, utlitsanda charOea oltr»-

peatadoa e rthscaaa patavran da or­

dem, no objetivo ém aliciar estudantes

• oMtros jorens. multa* se-r» dfsa

visado* f Inconaciantaa para a reaü-

dacia destruidora daeaa perigosa 2ac

çAo.

Xo decorrer daa opertuCia da com­

bate àa orgacüaaçúea terroristas re-

Ativista e agitador, tomou parte no«

movimentos que tentaram aflbrerter

wtoraa da Marinha, foragindo^« apd«

a RevohiçUo de 1964.

Em 1W7, em Cuba, Junto com ou­

tro* terroristas. frequentou | \**rios

cursos da guerrilha • doutrinaçSo

marxista, tornando-ee nn^s*. pal\ ele­

mento de Itgncfto dos banidos e lor»-

gidos brasileiro*, que para In se dlr»-

giram, cora as autoridades comnniv

Uis locais.

Apda uma permanência de mala d*

^ ano» em Cuba, retom ou ao Brasil

a ílm de partic ipar da reorganuaçAo

de um comamJo re jlona l terrorista

em Recife ‘ " n d ò reaiivnr a facç lo

VPR. que Wv acha desarticulada, nu­

ma tentativa de por em pnUJca aa

llçôes -de guerrilha a terrorismo a-

prendida* com o*, comunista*, cub*

nf>s. ^

Quando em Cuba. nas runçO*» da

ligaçío com a* autorldadaa>« daaaa

Pais, erarcta fiscaliseçio pemtfcnente.

Inclusive castigando seu* com)>anl>e*-

ros com rTrls<> »• <«• r*.

çio »limantar. tomando se temido por

todoa. Alguns terrorlstns presos a-

tualment* foram vitimas de suas

crueldadas e se referem a clat* com

pavor.

j o & t r

Constatada a veraddada desses hv

dixúos e spda inyenta* - estorço«, ftrt

possível o levanUmentõ completo do

referido Congrenao» lnohurtr* o local

« a data der sua realisaçfto.

• ( w w a ^ M » « s • d*-j*>

nafc» é 0 to izm n m v a*#«' V -èratalf»^

tWWfcÉMN» tmitm- tjbàcmri p W ^ i i í M rho ^ 9Íb*. A W - n r - ' Nf t » u M « . im * Wttüata, cV

Eudaldo Coraaa da Sllra 'J v s é ' . “S ilvlno*. “Zscarias“ terrurlsta banido

e anUgo m ilitante da Vanguarda Po-

pu lar Revolucionária (V P R ). nascido

no Catado da Daiú* a l . o da outu­

bro de 1947, fllbo de Jo io Gomes da

Silva e de Isaura Gomes do Sllv»,

E lemento de alta per cul os Idade, ao

ser descoberto em Recifo onde se

achava reorganirando um nov», Co-

mando Rfrgtooa» da- *«f»celad»S v m . r tagiu i roa de prlsèo sendo^morfo.

*m meio aO- tiroteio. travacJo. contra

tkmeotoa do* OtyCoa da-,

numa- cbéc**m< em- Paulista • C

E »v astadanta da. Agmuomia ,jnun>do

• iiO' ariWiarrtiàrt '* '«

’IT4£»

i r »

- *r*ém^ >

w H n r i ’d r t à u n « « vi. 4<*»> L« ca, août. «•'; • P»I *

m » r » » <U •U e M m n io

nMM»' MumvjmbMTMàtW- - «tDduu»: - .■ .» rUá «ri)rs«*ap . 1 Coo» Tte.Bmi.Wni. do üü-mírl»

IX>t* mlHtsntw tcnroriUa» • *om<* A capu lco (DA>, reprrsvntava^ «u*

trou*m to & r . '.‘r . ’ " F»ctüd*d* no Dfre(óH<T Centrai dos

t'fORTOS ■ ü tu da n te » (DCXV da Uniwfrsfnsíl*

Federal da Bahia, quando teve s i j F » « m o> - m i a < » «-rrertau. I n W M . n w mUIUnM. con,p.

landa * * tM InfU rM nvrtf« co m « » ori(# '

• « I n

Vlrfln. sor. Mtnntxn: t r - H k - m w r t m i m - . -a m.^- <».-Cnrtky* . Jty tt— f m f m . if. ;n t o n w c t m o t u ia c U> •. '' . i - ,

I 'j* iv ■ 1 A tarda do Up c a m t f f t em-

proaseguimartfa» h»>.;• opar*#w„- tn h & . das *quipes> dor örfK ar d r 8gnranea,'-

rfua Ka aehova era aihrWadea1 dir vt» . gjlincia, hA dols- disa. prdalmv a um ' aftlo loralWKka rink' estrad* da 5*n.*s ' Casa, no ManlcfpiO da PauMsta'F« percabeu a presen^a d« tarroriif» JC- n.lde Lois ffemrira rta .Sousa 'Sirfio'* rerentemmt#- cbsfado da COba. Affc*- • qu* m BupSay am ins dos hi«lthroa. Ocr Oonfresao a&oyfMi»- raa virpena. im oma chicar» sröictma da raft*o. **<►'

da prtsiprtsiot disparou , com r ' \ t '-------

-Sintf»- sn»»iim-

Polící^-.aiagoana -.ataca Sindicatc|

da Morre e prende um empreiteiro

gfrdo à rrarIra a equip*. travandtHie entB0> tirouHo. O terrorista *»aMo marre«' ne local. * • . - ,

A meente^ *pé**HKr |evs<»* » Pfeiro «m OecIfelP*, parmKfn. * prlsfo da > vi« r loa terrorlits*. d * VFW. M B f****- >f> I « î m » w i a apeeea*éb M fin*- documentât * » ' aroafcai^ mimf**rafwy. ‘ ■“ . . . .

Fbk r*JnHado pet* ant lg% prgàt»^»

ç*o intitulad*^ Comaod* d « Liberta« C i* Nactonai tCOLINA>- r » BaWta w rer*dando*aa n» lirrm lim o , Fnriitri- - po«. d* dlaakMoeta d » or*an*r*tfVo/ aenriir daaioemia par» o tiatmuado- C0« mando Regional d » Vangnarda Arma» y- «ta Revolv»cionéria Palmsrea — (7AR. PXimares» da. Gb, produto de ftMir> d » COLIN* com a- VPR, Apd» no- •n/s» desan t end Imenfos» tntituU io« .

» 7-, fas* critic*, das orfani' p*on no rameu ta pa l» VTJK

assumMo- vsrioe cargo» d*- dt- daaa» org*ninci»' terrorista:

Fes cursor d* guerrllh» a pnrtMpou;At treina»a*Ttoa- de* U#o tm .»pa«, ^ V Nordeste, onde lidero», o, pinnejam jnur . e ^ai^nsM ^ao l»# , d * asaaitoa a dlver»

banldo. part *- Argali* »m M Junlfe» d* lTTu *rri- troc» do Erabatia- d ^ Khre«ffted « u » Tf.^odor IjkJ.

; wlng- VOU HoilebMV d » Alemannà Ocf- •'. riantaA qM» /hra saqnastraër n*»;0 u»*

■ v *T f

MACETO (O* w m p o a *trottrra. l»ipoa>fbiHland» qu*Bemadino 5ou*oV — A pelle»*

alsgoana desmantekaa otta pas^ ootme elemeotoa ienia m a per»te do “Sindicato da Mortar com tîdpar de crime* considers-io« a pnslo do erupttltefro C ion*" bdrbaroe. orOrrVto* ultlmameti-

-- la era FaVvtatra do* fndloe* A-Mm da apurar o* fstoe aclme mer*clo»»do* o ma)or Nelson Clprtano e*ti f^aendo um la- rmntamcnto lotai das atividades da si gun* elementos comprome­tidos em boraicklío*.

AmorWn e doe «ieroeotoa Ped^o Honlrio da SU r*. Jom* Rarboea da Sllta, Domingos Reverra de Meto e Au rüste IVrares do* Santos, sendo que o ülttaqp de e n Arum oetaaj de Prmambbcoy sendo pequenas neste Estado.

Os bandido« sA foram prèsoe •r^« srssenta dlss de' Inrettlr»- r^es ein pleno sertik». A poilchi •nfr"nlou uma rtrle de dincul- dndes. snmente conseguindo le» van*.*r o :riu^r!o q»w eerr*ra a ramiîirncio do *Sind!esto da Mort»' cuui s prlaso ds Pedro n ^H .io da SU'a e ssu grnro José Dirb'wa 'J: SUva.

s r t . l I l lM A

Nflvm CI.

FWTA

A primeira p!»ta que le\o»i x Policia ftlsgoans a prenci:r o empreitero Ck»rla Amorim o •.’ us cspanjtss. sunttu cm no- rfmforo passado, quando a es­pose do bendtdo My** HnitKiM da SIL*. Lourde« dn ?il-a. foi •.ioleomda pelo .'njer.r’e!ro Do- mintofl Bc/erra Tninstornnila con o foto. contra o suce^ldio ao .w.rido e nal. Pelro H ori.io da Si.'v*, dono de uma arurnla rn<«nda em Palr.'.ra d<.« in*

mtngoa Beaerra .«alvoti-ea tnlha groaamante, m at perdeu dots a> nlmal* que forsm atingidos p*- lss bsiss.

ACVRtDO

Pur* o fiiendeiro C.ent-Mo Tel- xrtrs Miranda. Clovis .Amorim 4 um contratante de pistoleiros, mss 4 corarder ceria felta, CIo- vl* Amorim deu um rlfla pnra qtia eu e me» lilho — Fernando^ mRt.issemo* o fs/endelro .toio HorJclo. Irm io de Pedro Hnri- e:u. Drpols nofnmos qua a ar- »rn * 'tw .i en*rmada o qi’" nos terhnnos :norte rerts. rnso *i- vosvir.os irc js rad o a «••ubos»;.. da. alem i:.!svo. i*le «• u!nntu<l- r de .n.tcocbn •* aliviado." dr .-jh’o- leiro r ^r«a a Pi-ílcla n**r* o pr«i*..t j«e. uut.M- mor­reriam ■*.

O C o t* A r»o r *s •'rnnsidiM.’do »on*o u".f: I • :• Cliras rfj-OMOnffniS do •**«•>** •-

rendeiro Pedro Horicln da 3 - »* confesso» so major Jftbon Clprlnno, delegado regt»saal da Palmelm do* lndloe qsw pivjw CrS I jn> iruselnv* aa emp»r»t- •eiro Clovis Amorim prtm qua rontratassa doi* f/.vtola»roe com o obieMvo d* mjuar Domingo» Bfterrg da Uma

— “'IfAo »el mer,»#. »udo i erdad* ecu dei^gado1! . — aftr^

mou *> í»rendeiro, qiftnd-l ob»»ei*«'«)n que Clo^l« Amorim l*.n *3rs nrgsr s\ta partl'rfptirio no« mm»?* rnra ^heffnr a uma rin* c!u«*<r i m ilo r Nri«<m Clprla* no p^arecti r* do**. M-ando r-so- vrdo q-.ie. ;-ffilmet*/*. P.'tuo Ho* rJrl.i tlr.hn pdrfo a<:;’?U onv it‘a »•» :rnorei:einv

V'im arsto «*!ri/*r*. o ÍJirn.fJe1* io Dtiminjns Bc/*t-ii ^««er rou q-.ta n io era rrsror«dj.-l irla n;nr‘e do wnof-.io d !ó .

■ ç. W tndo 4 Pnüoia .nr jn J !r.\ * |v'*»nn con*r:*ttd4 pd*i Cinvi* A-rorur 0 ».*a ?tmi-»o r»<

Xvald* Lu i r T tr r é itw i . d*d*' oeffnMtdçAèr rsrrorM*'■■■- r'

iàfiniladr Vansuanta Popular i:*ro- Jucionirla (VPR^. *s.mw:rbei:-o, rta-^r .hi rei 4o ífttada d » RR» Craadf* do 9*1. nas*»dn a § d» junho d r t mlha da Favortn*' Antoa*» .i«' **■--- *ds Marl* Odet* de

m

»atrito* 40 banMo» n*r» * àfft'-11*. fot urar dó* aaeol&kto* pat» rorism* pari, depot* ds longo trH nnroent* e n Ckihm^ retomar no hosso Pata e®*» airfbuiçÒ»»r. sspaciflra*- de

. conriauar a. a d e > eomumvierrohya. / • fo r » FidM, CMtro

I V F W r t ér» ftllSh'v* f -X

m» . aa*. d i* ^ , d,, ,*a... .j*m*ro d * 1*4*. V.»

C r*»»» 4* MaHttha, ap6s sk Itv J* i ; a , d » mrm> d* 19#«. Mghe t*uj ?•f Kataip*^ Juatsmsnta com J o ^ ku\- * $ it , •- * •

mimdo da Costa "Moisés’ , otvfe. pas­

saram a atuar na VPR.

Posteriormente, er» coníafo et.a Peclfe do terrorista. J i faiecMo, José

R;:imu»tío da Costa “Moisés“ e de

banidos no Cblla com s orpui!/a»;*o

do uordesLí ors extinta.

Üta am id.ide subversh a sa «*>•

s2i;volvis na irea rarsl do Estado da

Pernambuco, enda aliclavs campone­

ses pera o terrorismo.

F*ria virsjens ao Chile de entíü tra-

al<* dinheiro .iam manutenrio da

OrTsnimç»o em reeslruturario no

N«*.rdes»e

Preso no domingo. 7 d* j.'T.Jre d*

1?>71, tTid.-cou vArlor '•apareibo^* n-

controa maresdo* com outros subver­

sivos o que redundou era >Á ria* pri­

sões.

Indicou ainda o lecal orv> sa rca-

Uaarla um congresso da Or^anJzaçio

prontificando-sa a condutlr rs equi­

pa* d* Segurança até li.

'Clrtno" nwrrau na porta de r »

trad* do 'aparelho* onda sa leallz*-

'•s o refer'do cc*r*r»v nr **•»*—^-*o

em que se travuu intensa fuzilaria

entra os icrronata* *» aa equipes da

Segurança Interna.

-stur.io*Jarbas Pereira Marques *3 «

filho de Antonk? Pereira Marques

de Rosilla Pereira Marques, nasci

rm 77 d- a?csfo de 42. em RetL'e,

militante da LitituLKis VPFT desde

.'r,rga data. rnnrreu quando psrticipa-

•'a de um Congrvsso de subnnW cs

pbortado na n o i(e do d.a * de |«neln>

de 1973 em PauJista

Era elrmento i r lisaçàq da or^a-

nirríc-Jo t',rrorlsfa V7R com outra.s

«lindares como a ALZf, Var-Paúma-

rrs. PC do Rio. 3. Paalo e no prtVorlr» Nordast*.

Er* * prsso* indies da para race bar na* ira * do ífantoeta elmrento» ter.

rorUtfas oriundo* <!a cnitras ^s«U«a.

; ‘w i;9oltdod Barratt YWLrca ""^9*2'

raè- d » Prrsguai. 3 *st.*U»; v § d> Ja-

'*<3. t w » tm .Uear ffa f* .,

* * * * * * • Deoitad» V U dm s .de * r m u ’ at:vt*** do P sn id o t i in u n b t* #9 p*-

't‘ ragtta». vinha a tu a t« ^ no 'r t jn « r> ^a

Brasileiro como aferoe de Ugr.-flo da

gn ip*e l error 1st*» m lsm *ricanoà eom

«lementos da organbraçfn ierrort-ta

!r.titalada VPR. r lndos de Cutr. o r a

a m iss io específica dn rr.-síruturar a

subvsrsrto em P em am buro

Tinha ligações com o? ferrorfciss

brssllelrus b£iuõOa hoz/ilaiado* » 0 Chlln s tam bém cone r^m e n lo « d*

d w íla da algumas C*e\vtts n ib n .rs lra *

em aliv idada na Arg-ntTta e ix> t7nv guafc Pertencia à Orgtinüraçio terro-

rista uruguaia In titu lada “Tapa.-iaro*".

No Chile, foi amante da terrorista bsnfdo Onofr» Pinto “Aujuato ’

E i* neta nn .'nnriador d»a PwrtldO Comunista Paraguaio.

-SIF.VA.VA-

Paulina Reichstul " S U r s n a natu­ral da Checoskmkquis n*«cMs a Ifl

- ' de ju n l» de 1947. nihs rt* í>fmnn Raletmu! a waila Ethel i>lchsmi. da orjjsnlíscâo terroriaia inlirulada VPTlj SP. itsantio o nome íal*o d* BUrnna Tína-o. nrreu no dia 1 da Janeiro da 1ST]

Foi amante da Ladislas Oowbor "Jnrnil-. na Sulc» * nn Argil'k. indo. dopei*, para Cuba. aprendrr o guerrt- n>a. Fr*qu-rntcni o curv» d* T-erii- 1 ■' lha entra 1970 e 1171 Junf*men!* oorrs alfuns banido* do Brssll, entro Has Eudaldo tWimes d* Silva “Zt ca rias".

Veto psra o Brasil a fim da Inte- - '• ** grsr1 cr -rrupo» er»-srregnd»> da ra-

tstruturaçAo do VPR no í í l í , tor- “*r.^»>se a^ui smsn»w do terrorista b*..Uo Eudaldo Coo»** da Slívs *Z$- rarias'*. tsmhcm inorto no Cengrssso

ii ft u w’Mnlsu/.o , ..jí- ., . - • . ’tlrfrl-x ■ %■ "Aa****«*" tl)f»m**K*<

’ '>*; a l^ - oot* bo reodt s^i »am a^» • n» ea m»- '»n*»s de dlfamr^3*j Bra>l| no **tarlor e^rreandíd* por essa too-

«’ * |rr:7n **tr*:i*eira. ■ 'T1*'a s-Jo * '» fiteftlfadn <Uad-»-i

--r»' 1 <*'v oi"ã.»e 'Jlform.-,;:V»* fr*-,w, ntv*M;ao o» »t* pc*»

»etri lr-.ilo Menrl Philip« RHei^ftd.!>..*!* s II?tj.;,u entra a VPR s »1-

gi.p*-.4 n<-*ranl>*çfte* terrorises *mf •itvldada na Europ».

( .

11 »i VVé 1(

3>r>

JORN /iV **> COM M KM K» S. A

1*11:

Uinanizpçào F. Pcssóe de Queiroz

QUINTA-FEIRA, 11 Ü E JA N E IR O D E 197

. Seis terroristas morto«- ^!?Uui ci principal balanço , w desmantelamento de

fc im congresso da organi­zação Vanguarda Popu­lar Revolucionária, no

sv município de Paulista.

Entre os mortos estão duas mulheres, ^v»ma

,,, tcheca e outra para- * * btaia. • -**

Equipes especiais cios órgãos de Segurança cercaratn. no ú ltim o dia 8, Uin ’aparelho” co­ordenador da VPR numa c H á t a r a detttro do loteamento São Betitto, Paulista, u t i­

lizado como centro de treinamento de guerri­lha. Dada ordem de pri­são aos terroristas que aM se achavam reunidos, eles reagirátíi a bala.

Apôs cerrado tiroteio, foram encontrados no aparelho alguns terro­ristas mortos e outros gravemente fétidos. Mas

estes, não resistindo aos ferimentos, vieram a falecer. DOtó terroristas conseguiram fugir. No dia seguinte, um a das equipes, que estava de vigllaneia próximo a ura

• sitio, na Estrada da San­ta Casa, Paulista, perce­beu a presença do terro­rista Evàldo Luís Fer­reira de Souza, recente­mente chegado de Cuba.

Supõe-se que fosse um dos fugitivos da vés­pera. Reagindo à voz de prisão, disparou contra a equipe. No tiroteio, morreu no local. Outros q y murreta^ çaó dd* dia aiitéuoi' 10* ram: Eudaldo Gomwsd» Silva, banida, Pauline Reichstul, e Soledad Bar- ret Viedma, ambas es­trangeiras. José Manoeí d» SI Ha e Jarbas Perei­ra Marques.

Esta« iuf#ftn*$5eR fo­ram fornecidas pelas au­toridades responsáveis petos órgãos de Seguratt» nu. (Páft. 4 do Cader-

1 «4 11,1 1 II «5R & ié h s i tt conhecida co­mo Silvana, era n a t u r a l da T c h e c o »- lováquia. onde nasceu eiti 1947. Estava vincu­lada à VPR de São Paulo. Era ligada à Am- nesty Interna­tional, colabo­rando ativa­mente na cam ­panha de dlfa* mação da Bra­sil no Exterior, promovida por essa organiza­

ção

«.*/? m b é .« i m n hf e.c I ú é 'tomo JÍoéé, 811- 'Jiio e Zacdri»*,f r a Kiiano.n a s c i d o €m T 17. Foi ba. ji.do para a Ar*

lia em 1970, íiii troca do ct.ihabtador a- . .não, sendo

>• lolhldo pelo ‘ ••rrorismo píl-

. , após longo ( r *» i ii a lia e n~ I m Cuba, re- fi.mar ao Bra- •il para conti­nuar a agita­

ção

' % Íl í >Sulcdad Barrei Viedma, Sol”,

natural do Pa­raguai, nasceu em 1945. Foi ativista do PC p a r a g u a i o— cujo funda­dor era seu avô— e atuava no Nordeste como agente de liga­ção de grupos terroristas sul- americanos. 11- n h a ligação com terroristas b r a s i 1 e I-ros no Chile

E v a 1 d o Luís F e r r e i r a de S o u s a mais conhecido como Sérgio, natural do Rio C n m flí tx, SM , ende n it r ia em 1942, era a tlvista e agita, dor. Ex - ma. Tinheiro. fre­quentou eurso úe guerrilha * d o u t r i n a - ção marxist» em Cuba, o n ­de permaneceu por mais de

cinco anos

J o s é Manuel da Silva, vulgo Cirino, U Ma- né e Òordo, *- ra natural de

Jarba Pereira Marqi ’?s, apeli­dado e Sérgio, nasce no Reci­fe enr 1942. E-

vfvtò <** ligaçè da orga- nlzaç;>o VPR com entras si­m ilar ! terro­ristas lo Rio e Süo P ulo. Er» a pe«* a indica ­da n; Nordes­te p a me- ber lemerttos tem » <tas ori. undoí ieoo lras

T

em 1140. Foi cabo da Mari­nha. Atuou na VPR cm Natai e como contato *ir> terroristas

no ttecife. Foi ele quem in d i­cou o local de realização do C o n g r e s s o da otgani?açâ<>

íiihvi‘r4ív‘)

A ® .G&Afl ■ JB )

AN EXO IV

- Cópia Xerográfica do Relatório do Ministério da Marinha enviado pelo Ministro da Justiça, em 02/12/93 à Câmara dos Deputados (Aviso 01861/MJ)

L U I Z J Ü S E D A C U N H A

J U L / 7 3 , m i l i t a n t e d a A L N " A l i a n ç a L i b e r t a d o r a N a c i o n a l " - s » t o r d i r ^ - j ã o n a c i o n a l . U s a v a t a mb é m o n o me d e A N T O N I O DOS S A N T O S O L I V E I R A e o s s e g u i n t e s c o a i n o m e s : G O M E S ; D A V I ; C R I O L O ; G A S T A O e I V O . De a c o r d o com n o t i c i a p u b l i c a a a p e l o “ C o r r e i o B r a s i l i e n s e , n a s u a e d i ç ã o a o d i a 1 6 / 0 7 / 7 3 , f o i m o r t o em SP a o r e a g i r â p r i s à o , em a ç ã o d e s e g u r a n ç a .

MA N O E L L I S B O A DE MOURA

S E T / 7 5 , m i l i t a n t e d o P a r t i d o C o m u n i s t a R e v o l u c i o n á r i o - P C R , o n d e f a : i a u s o d o s s e g u i n t e s c o d i n o m e s : M A R I O ; M I G U E L ; G A L E G O e C E L S O . F o i p r e s o em R e c i f e / P E , em A G O / 7 3 , s e n d o e n t â o l e v a d o a S P , p o i s d e c l a r a r a p o r o c a s i à o d a s u a p r i s à o , q u e t i n h a um e n c o n t r o m a r c a d o com um s u b v e r s i v o q u e v i r i a d o e x t e r i o r . T a l e n c o n t r o d a r - s e - i a à s 0 3 : 3 0 H do d i a 0 4 / 0 9 / 7 3 , n o L a r g o d a M o e m a / S P - C a p i t a l . Na o c a s i à o d o e n c o n t r o o c o r r e u u m t i r o t e i o , r e s u l t a n d o n a s u a m o r t e .

M E R I V A L A R A Ü J O

M A I / 7 3 , f o i m o r t o , em a ç ã o d e s e g u r a n ç a , em 0 7 d e m a i o 1 9 7 3 . M i l i t a n t e d a A ç S o L i b e r t a d o r a N a c i o n a l .

P A U L I N E P H I L I P E R E I S C H E S T U L

- J A N / 7 3 , t e r r o r i s t a e a g i t a d o r a . F o i m o r t a em P a u l i s t a / P E . em 0 8 / 0 1 / 7 3 . a o r e a g i r a t i r o s â o r d e m d e p r i s à o d a d a p e l o s a g e n t e s ae s e g u r a n ç a .

R A N U S I A A L V E S R O D R I G U E S

O U T / 7 3 , t e r r o r i s t a , a s s a l t a n t e e a s s a s s i n a . F o i m o r t a em c o n s e q ü ê n c i a d e t i r o t e i o , em 2 7 0 U T 7 3 , num c h o q u e com a g e n t e s de s e g u r a n ç a n a G B .

R O N A L D O M O U T H Q U E I R O Z

- A B R / 7 3 , m o r r e u d u r a n t e um t i r o t e i o com a g e n t e s d e s e g u r a n ç a , em V i l a B u a r q u e / S P , b a i r r o p r ó x i m o a o c e n t r o d a c i d a d e .

S 0 L E D A D B A R R E T V IE D M A

- J A N / 7 3 , t e r r o r i s t a e a g i t a d o r a . F o i m o r t a em P a u l i s t a / P E em 0 8 / 0 1 / 7 3 , a o r e a g i r a t i r o s à o r d e m d e p n s â o d a d a p e l o s a g e n t e s de s e g u r a n ç a .

íVí<o.ç>3.4(p.5i/ii9

AN EXO V

- Cópia Xerográfica do documento n° 09/143 - DOPS/SP - intitulado "Relatório de Paquera"

AN EXO VI

- Cópia Xerográfica da revista IstoÉ - 28/03/84 pág. 24 a 38

ri t f O . W . 4 ^ . 3^119

SECRETARIA DE jiSTADO DOS NEGÓCIOS J)A SEGURANÇA P ^ ^ C A ^T 5

P O L 1 C Í A C 1 V 1 I, )) ]£ s A 0 P A U L W $

DEPARTAMENTCj ESTADUAL DE ORDEM P O L ÍT IC A E S O C I A ^ £ ,;D lV I3 X 0 DE ORDEM SO C IA L V * J £ s ' f ?

SETO R D 4 A N A L IS E t OPERAÇÜES E INFORMAÇÕES

“ TtTTIIBCMiiU Q.'

1I1íj RELATÓRIO PE "PAQUERA"

; r e fe ro n to a* ONOPRE PINTOI1 MARIA DO CARMO BRITO

MARCIO MOREIRA ALVES{

K0.fe9,i((p3H|u3

SUMARIO

NOVSIUBRO:

22 - segunda

23 - terça

1Viapcm Mondoza (A r g e n t in a ) a C an tla /»u . Cheirada i\f> 2 0 .^ 0 , I n o t a la ç a o H o te l S p lo n d ld .

12nt**eviota com M anuel C a b ie a e s , d i r e t o r da ro v in - <ta !'P on to F i n a l " , àa 17 h s . C o n n i^o o ende reço da EmbUixada Cubana o o • 'to ls fo ne da Irm a do C ab ie n e n , K e rò o d ss . 18 .30 v i . j i t o a c h a n o o la r ia cubana , no endoruço fo r n e c id o p o r C ab io sen (Lon Leones, 1346) B c o n s ig o o nôvo endereço da Em baixada - C a l la de L o a : Entanquera, con C a l la Podro de V a ld iv ia a una quad ra da Av. P ocu ro .Ao 20.30 oornunico-ne oom Meroedon p o r t e lo f o n e o noa Ie n o o n tram o s .

24 - q u a r ta - 15 h e . V i s i t a a Em baixada c u b ana . R ooeb ido p o r Ju- l i a n . Promote ra r ipoo ta p a ra a o ^ u n d a - íe ir a , 29.

25 - q u in t a

26 - sex ta

27

2U

29

30

sábado

dom ingo

eegunda

terça

- V ie ^ to In ô s , cunhada de Cabiene!.!,

- E n co n tro com a t i v i a t a o la n d o n t J.nn <1 r: um <rj*upo da esquerda c h i lo n n l id a d o a c e rca dc vj.n l;« b ra f- jile i- roo^ P a t r o c ín io de MaraadoEi, P on to p a ra t e r ç a , 18 ha

- D ia s em b ran co .

an nuo re sp o nd o .

LEZB1BH0

1 - q u a r ta

2 - q u in t a

3 - qaxtàa

4 - eákfcdo

5 - dom ingo -

Si'? :

0 / f H »

- J u l j j

- T e le fo n o p a ra a em baixada . J u l i a n na o rie e n c o n tr a . Ao p o n to do 18 h a . compnraco Jon tí J)ua rto C>antoo. Mo paBaa p a ra L ia e o u tr o ra p a z («o u m a r id o )* Ouvem utn r e l a t o da o itu a ç f ío , m u ito l ig e ira m - ja te n mc dao poft t o oom uma penrsoa quo conhaco . p a ra au 8 b i; . da ma­n h ã '.de q u ü v t ã - fo ir a .

- I n e ie t o p o r to ü o fo n e p a ra a E m baixada, oem o x i t o .

- Ar 0 h ü . da manhã, p o n to tia enqu in tl da A v , P ro v id e n ­c ia com Loa Xftonen: O nofro P in to J . A p a re lh o . D ió ^enou

- Vou d ir e ta m e n te ao a p a ro üho , 5a 11 h s . P e r n o it o .

- A lem So. Nilo pocioo v i a j a r de tre m : exibem p a sn ap o r te ou "p a o o ap o r to e n p e d ia l" dado p o la Em baixada p a ra a venda de paBuaqoiu. CATA (ô n ib u n do tu r in m o ) r o o o lv o .

I n i c i o da v iagem de r e ^ ro n o o .

ENDEREÇOS E MENSAGEM! PESCADOS DURANTE ESTADIA NO,

ADA SILVA ~ B o ite P o o ta l , 2 0 4 .1 6 , P u r io iGème.

TEHEZA RODRIGUES - Hermanon R u i» , 3479 - K on fc iv id áu - R .O .V .? ^ n s t ,3-50-29

N o ta : Sote endereço ecitava num puptO do cade rno dobrado c u id ad o sa- u ion te , m a n u s o r ito , oow u n e n ú in te obne rvação :

í "PRIMEIRO CONTATO E OUTROS TIO FUTURO".

ANTONIO PEREIRA - V ie l , 1497, S a n t ia g o , C h i le .i

MARIA CREUSA G. DIAS - F ra n c ia e o Lainem, 525. OSASCO,—-- , - — —

MENSAGEM Eli QU;c CONSTAVAM NOTICIAS S0H111Í A QUEDA DE UK ADVOGADO D IR IG A T E KACIOHAL DE ALK:

a\ ~ a'<*“ " Z . irm uo de P r , r « o o n ta to u u ro a quando w aiu dn p r i f u o o o it i inaiM

q u a t r o com i>anhoiroc, Arou ox is ite dendt* 19GB. Nin<ni<Sm a b r iu .S a íram da p r iß f io ile g a lm e n te » A rea a ^u o n ta 10 o o m pan liG iro n ."

ENDEREÇOS CEDIDOS PARA CORRESPONDER-ME 001,1 0NQFE;_i ui——T

Se n u o e o e d r io i r ou w andnr alrçuám ao C l i i lo :

Fone* 3-5818 (ein ü a n !;iu/>;o)t

F a la r em oopauho l que d e n o ja f a l a r 001.1 o^DR. CORAIS. A tendendo 0 d r . M o ru iu , f a l a r ein portu^uíin <juo vem do p a r te do M a u r íc io 0 d en o ja f a l a r com ükmÍxk R ib e i r o , R ib e ir o 6 O n o fre .

T e leg ram as , c a r t a » , o a r tõ e n p o a t a ia com m ic ro f ilm o u |

Ju a n M a r t in e z

Correo ;3 ~ CP 5401

S a n t ia g o - CHILEj

C o rro apo n d o nc ia com í a c r i t a I n v iB i v e l 110 v e rno ;

Jo a n C u r io D e r to l j .n l

C a e e lla P o o ta le 478 Jt

M ila n o •- ITALIA (Ooiii unve lopo in te r n o fe c h a d o , in d i- j cando : 'T a ra R i b o i r o " )

B o ite P o o ta l , 5

A rR e i L AUGELIAj (Sbuicnto com in d ic a g S o ? P /L in d a )

M ario 0 . B e n e d e t t i (R e in a ld o d i B e n e d e t t i)

C a e i l l a de Corroo 519

M o n tiy id o u - .Í.O .U .

(E n d e re ço pura e o rre e p o n d o n c ia e e p e o it il , e x p l ic a i» no t e n to doA l

M"0 » (qQ ,

POKÏOS PARA A ENTRADA DO PJi’SSOAL DU VPR NO

EM 5 .PAULO, q u a ltm e r tenm o;

ANUNCIO DE JORNAL — "E o tudo do São P a u lo " —f o ir a :

"VENDO A VIt;'J'A. ÜO M IL . DOA CA'JA ITA IM . FONE|'32328í). NATAM"

'C o b r ir o p o n to na p.exta f e i r a i\3 1 0 .2 0 h o . , na p a rada do o n lb u a da Av. N aza ré , ao la d o do Munau do I p i r a n g a , d ir o ç a o b a i r r o c id a d e . 0 qwo e n tr a la v a re i na ma o d i r o i t a un ; jo r n a i "0 u n tado do Suo P a u lo " dobrado em d o is , coin os t i t u l a r e s v o lta d o s p n ra b a ix o , Quem ro c a b a , aprox im a-se e p i d e opiproatado o o r n a i "p a ra v o r i f i ^ n r um a n u n c io " ,A o o n tra ae n ha do quo; k Iírjçh a n tru á: d e n c u lp u r- s c d iK ow ío quo jo ^ o u fo r a a p i í^ in a do a n iín o io o .

i

EM S. PAULO, a p a r t l f do . ja n e ir o :

TODOS OS DIAS 10 o 20 àu 10 .20 h a . no ruofsiao po n to a c im a , com a mes­ma üonha .

EM RECIFE, a p a r t i r do .In n o lr o :

RESTAURANTE MAXIM, P r a ia do P in a - Uodao ao sox ta a f e i r a r , àr; 1] h a ,

0 <^ue o n tr a , Is x x x á e s ta r á na v a ra n d a , apo iando-cio com o punho fo cha- do numa das c o lu n a s $lo n u c to n ta çG u , o lh an d o o m ar. Qumu rooobe por'tutt- t a i

- Sord quo tom rç^ linha au m olho pa rdo h o jo ?

A c o n tra so n h a do quu o n tra «crcí:

- Tem p e ix a d a , !

F icam os a o e r ta d o o q ue d em f to c ife , e n t r a r ã o , em ja n e i r o , o m a is ut;~ preoua p o s s ív e l* o agrônomo b a ia n o (can ad o com a m u lhe r do J a in i l o que d e s e ja t r a a o - la o m ain d o p ro s ra p o ra s ív o l) quo uoo rlam oa ohumar do " B a iã o " . E E v a ld o ( " S e r ^ io " ) romano ao on t o do «rrupo eun quo mntuva sob a d ir o ç ã o do A . P a lh a n o , S o r ç io í p e r i t o om armas o o x j j I o e í v o b .

S t aJ/V - p** U • * / • íet'**o

!

p . i é / j H

te rç a , quar.ia;jo' quinta

T E R M I N O

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PRIMEIRO CONTATO COM A. EMBAIXADA CUBANA

Na p o r t a r i a , d is o e a r e c e p c io n is t a que oi'a b ra tiile lsç^s ,« /;^p i^ r^V e .

f a l a r com o oom panhe iro quo me p u le s a e c o n t a t a r com do

VPR que e o ta v a n a q u e la p a ís , Cuba. E ru o com panhe iro o

enoarre^ado de t a i s aaountoi-i, Kecübeu-me do im e d ia to . M ala t a r d e

soube que J u l l á n . an^ea de a t is u n ir seu p ôo to no C h d lo , andou v i-

e itu n d o to d o n ob b r a o l le l r o o b an id ou ou c la n d e o t in o s em rku p a io

e j á con tava com uma In fo rm aç& o df» quo "_o r e g io n a l 5 . P au lo de

VPR, estav a i n f i U i^nrip1* e o u tr a : Mqua o cabo A. t i n h a ao e n tre g a

do à rer>resLi5oM. M ain ta r d d t r a t a r e i do a s s u n to que t a lv o z e x p l i

que a a t i t u d e p o o t o r io r de J u l i á r i . .

F iz o n tré /ja doo f i lm e o , r e l u t e i o quo q u e r ia o ô le me p e rg u n to u

po r P a lh n n o . E a tá preH e. F o i prooo num pon to om 15,P a u lo , u V .P .R .

. nfio t i n h a o o t r u tu r a p a ra re c e b ê - lo na o e ao lão e f i c o u fa /.ondo t a

r e fa « s a c u n d á r ia o , C a iu nunj p on to a b o r to po r um cam ponês, ju n t o

com o u tr a moça de VPR. T a lv e z entc tju m o rto , lío n p o n d i au riiü '. Fa—

l e i ra p id am e n te doa e r ro s de p r d t io a sem bane do mansa, o t u , o

e le me p e d iu que fo rnuo esB c mu r ç t r a t o . pu ra ner i d e n t i f i c a d o .

P e rgun tou <iuem mo donpaohara ow Cuba. Doi on noinon conhec i d oo .

P e rgun tou como t i n h a e n tra d o «bix.ííiííix no C h i l o . C o n te i a h i s t ó ­

r i a do p r im o que zn<* deu to d a o docum entação e a ^ re í ju e l que n is n o

f u i m u ito a ju d a d o v o r J . Raim undo , "rfo lu& a11. que fa x on p ràm o iro fi

c o n ta to u óoin p a r e n te n ; camponeeeo.

J u l l t i n L p o d lu p r a z o p a ra r e s p o n ta , o tó a aa^unda- f e i r a , . A n te h

nao p o d ia . I a t r a t a r do caso coi;i u r ^ n c i a , em c a r á t e r e x c e p c io n a l

d o v id o a m inha n uoeaG idade do r o to r n a r b ro v e . Da f a t o no p o d e r ia

t r a t a r do a s s u n to d ep o io da v i n i t a do P r im e ir o M in ia t r o no C h i le ,

Mas d a r ia uma r e s p o a ta na soçunda f e i r a . F ic o u oom o meu ende reço

do H o te l em que mo ho spe d ava , prom etendo que mo c h a m a r ia .

Na q u in t a f e i r a , e n t r e g u e i à r e c e p c io n ln t a , nujn e nve lono fe c h ad o

d i r i g i d o P -Tn.H rfvi-,—nynft r-nrtii j.n rn .,r.bd-?.11n nu_..Dn p f r_0_ 6 0 V rftra to que

ê le p e d ir a , Na o a r t a d ifc ia m ain ou menoo o mofimo quo a J u l i a n e p_f!

d ia que mo dessem c o n ta to oom A1N, JiS qua d o le o d e p e n d ia o re con ta ,

t o dao baoee de c id a d e no n o rd o n ta .

^ J u l ia n n ão ma proouroijt na .nnnm ifin I n o i « t í te le fo n a n d o na

t e r ç a e q u a r ta f e i r a . iE s t a v a compro " a u n e n te " . 0 m étodo e v a s iv o j á

6 b a e ta n te c o n h o c ld o doo que e n tiv e ram ou vivera em Cuba: a p l ic a d o

quando nao se q u e r t r a t a r do a n a u n to ,

' NSo r e t o r n e i à E m ba ix ada , D b íx o í um. b i l h a ta-nom O no fre . p a ra nua

T^g.gBtatiaft finm .T u llán o jrça ii> r la l e n trag ue e que d iz r e s p e i t o nòroen

t e a VPR, A g rad e c i a o o r t e e ia do re ceb im en to e a to n ç ã o p u a t e r io r .

l i / íO S s SÁs )* Jé *.* v ‘ * 5'■>• ‘ •;•■• '-•• "". Á f.- ,. !

F o i M ercedes, a irm ã do j o r n a l i s t a Cableraes, qu&n^mo çlou

p a ra o o n ta ta r com 00 b an id o o do C h i le . No m c io^da nosiaa coi

e la f a l o u quo , lo g o após a e l» ig u o do A l lo n d o , \im r r u p d o iujj|!c ro â é

b r a s i le i r o s abandonpu Cuba 9 p assou p a ra o C h l ] ^ ^ ^ r ^ B^õ^^énco~n-

t r a r um c lim a p r o p íp io , que lh e s a s s e g u ra s s e , alémroS-cíWna 0 da nu?

a a , um p e r f e i t o entpooam ento com 0» p a r t id o s r a d ic a i s c h i le n o s e

v ao to campo p u ra uutto a t iv id a d e s da to d a esptSo le . 0 M in i a t á r i o do

I n t e r i o r c h i le n o 0 3 . rooebeu f r iu m o n te , Os p a r t id o » 0 o rg a n iz a ç õ e s

fecharam auas p o r t a s . Eram iih p o r tu n o o . Passaram m ilh a r e s de d i f l -

o u ld ad e s a n to s de a r r a n ja r emprogo e e c t lv o ra m sob c o n s ta n te v ig i- •

l a u d a p o l i o l a l , u v ls a d o s p e lo p r c p r io m in is t r o do i n t e r i o r quo os

e x p u ls a r ia , caso tr a ta s s e m de p o l í t i c a in t e r n a ou r e fe r e n te a q u a l ­

quer p a ís com quo 0 ; C h l lo muntom r u la ç õ o s d ip lo m á t ic a s , E la , Morce-

des , o o n ho o ia uma moça qu» e s tav a om o o n ta tn nor.i os b r a s i l e i r o s . Um

grupo o h i l j n o , quo t i n h a p le n a c o n u c ie n c ia de quo a s i t u a ç ã o em oeu

p a ís não f i c a r i a no. p a o if ia m o t o t a l , usou a lg u n s d aq ue le s quo chega

vaio do Cuba, pn rn a n ro v e lts r _Q im m nn n.l: 1 y 1, rjiao b ra a i- lc ilr n

0 de in n t r u ç ã o t (Soneca em Esse g rupo p ra t io o U a l^ u n tt a s n a l t o q

e a to a t e r r o r i s t a s no C h ile a t ' ‘/e e lam on tos pi^or.os. Pcdí a Morca-

deo que mo pusesse ou c o n ta to com a m oça. T a lv e z pudosso a d ia n t a r 0

que mo p a r e c ia quo os cubanos iam a t r a s a r . J á conhec íam os a b u ro c ra

c ia doa c u b a n o s . I,

No d ia s e g u in te , 25, M ercedes lvj u v is a quo tem um re u ad o . Nos onoon

tram oa na manhã do ÇQ a rooobo 0 p on to oom a a t i v i s t a c la n d e s t in a .

P ed i c o n ta to com a lguám de VPR ou A1N. Sòmonto o onhec iu Jos<^ D u a r te .

P razo p a ra a t e r ç a f e i r a , 30 . Ponto m arcado no c e n tro dn c id a d e , om

f r e n t e ao Banco do E s ta do , Alumedu H ernardo 0 ' l I ig g in u . Apareceram

Josó D u a rte o ura c a e a l d esconhec ido ( L ia o 0 m arido •) . D u a r te mo

in fo rm o u que o aeu irm ão t in h a p a r t id o para a S a é c la onda fo r a no

ju n t a r a f te ra ld o C o ^ ta e 0 p r o f . U o l io . C a p l t a n i on tava no C h i le e

m l l l t a v a no MR-Ü. J , D uarte eo td ir r e o o n h e c ív e l í p ároco um v e lh o ,

dem aerado, p a r a sua , id a d e . Magro com a c a ra c h e ín de r u ^ a s 0 s u lc o s

prO fundOS, cabO lOS CUrtOS. SMÍV-fj^n nqp mvfcjivft nnm nffnhnTT. o rm io .

inas p r c t find iu v r .n ^ Y nr. T .rnp^i. ( O no fre mo d is s o depois quo J .D u a r t e

v iv e num p ro fu n d o e s tad o de c r ls o om oc io r ia l, i n s t á v e l , i r r i t a d o 0 oec-

t á r i o ) . D ospod iu-oe , a la g an d o quo não p o d ia a n d a r pelo c e n tro da c i ­

dade, onde o ir c u la v a m m u ito s b r a s i l e l r o a . Não q u iir ia v S - lo s e m u ito

nonou quo fôouow oo v in to o ju n t o s , Dolxou-ino 001.1 a moça o o r a p a a .

conversa nui: b a r com ch o pp

0 moço e sc u ta v a sem i n t e r f e r i r . A moça p e rg u n ta v a . Sôbro Rn p r iF Õ os

0 «obro ao q u o d a s , Ç o n to i- lh o s como p e r d i 0 o o n ta to com ALN, porque

t i v e âe v i a j a r u rgen tem on to e não pudo c o n t in u a r c o b r in d o os p o n to a .

Se n&o v ia ja D o e , a e r ia bem m aio d i f í o i l r e e n c o n t r a r 0 p o s s o a l do

n o rd a a ta , qua c o n s id e ra v a m ais im p o r ta n te p a ra n ó s . Ademtís u a c i o

Tmm. i ■iv *• r. I ?

*To.fe9A„ 39/113

•x p e d ie n te de mandar umü oom panho ira c o b r i r a e m e ^ b n c in 'p a r! ........... . hrS■ fif o-.pessoal entraya .O uv iram , H isueram tjue S P uu lo e ra m u ito p e r i^ o n o ,

À da i n i l l t r a g á o . R eppond í segu ro do que na á ro a quo

3J.

Sr>'

os(ju*u uo i^uo n a u io t i quo

-vinSo»- porque m in h a s 'b a s e s nSo a tuavam , eram i n f r a , p o v o T o e h n v iu era

do la d o quo "M o lg ic " n ão h a v ia mo p a ssado , Además m inha t a r e f a p r in ­

c i p a l , f ô r a o r ie n t a r o n o r d e s te , p a ra ondè d o v o r ia s e r t r a n n f e r id o

| M d e f in i t lv a r o e n tq , Perguntai-aja-me p e lo oabo i R oopond i que o s ta v a v ja o

j . e em s e g u ra n ç a . P ergun ta ram p o la mpça UG-uariba) quo o n iu ., quo ora

••í l o o n ta to d a q u u la cott quom eu me e nco n tra v a (T .A n g e lo ) , Eu nao s a b ia

e os o o n ta to a com $ la eram t ^ i t o o yiorx p o lu moça quo mo l id a v a com

a d ir a ç á o (T . A nge lo ) com partim en tados de mim, E o advogado? E a

o u tr a moça, de d ir o ç a o de VP quo c t i u rooento iriente no 3!io? Nuo onb ia

do n a d a , A ,moga t lx jh a fu i'a d o um pon to com ido , d e p o ir da m orto de

M o ioés , Nem s a b ia , quo o la t in h a c a íd o , Eu mo o n co n truv u numn o itu a -

9Ü0 com ple tam ente i s o la d a do comando; dovido a « s ê ? eituaçáo, manti­

nha c o n ta to com M o is é s , c um pria t a r e f a s quo r e c e b ia dSle, quo depo-»,

o it a v a to d a o o n f is n y a em ( l 1. A n g e lo ) . Com ALN, o x c o lo n tu a r e la ç o o o .

E u repetição do dijnoo, oom uma pcquona ampllaçüo ronpondendo aqui

a ^ a li às perguntas às quain nao podia fu g ir , Sobro n morte do Lamar-

oa, disse quo sabia 0 l id o nori jo rna lo , quo mo doru n improoocío quo

0 ME-8 0 havia deixado abandonado, 0 casal dioue quu u improaudo era

gera l, E la oonhea® a reg ião , A lí , d isso, nao ora lu ^a r pura guerri—

lhas , j

A c e r ta ra m n on to pqyf* n nn im t,m ft.^nn nmn . rma R1, c o n h n o ia . C ia a

nSo estavam t r a t a n d o do a s a u n to quo me le v a r a ao C h i le , 0 com panhe i­

r o , me o s p e r a r ia , ntt q u in t a f o i r a , à s 0 h s , nu ooqui-ia da Av, P r o v i­

d e n c ia oom Loa Leonoa» Nos deopedimoH 0 o la d ie joe , quo brovo no s ve-

ríam oa no B r a a i l , que n ão pensava f i c a r f o r u a v id a I n t o l r a ,

i

COM ONOFRE .PINTO | |

A xaoça 0 0 ra p a a iao re o o n h jc o ra in . 0 ^ ru p o quo ma le v o u a t é o la a era

m u ito que im ado 0 n £o gozava da o o n f ia r iç a don d i r is j m tu u o « e n te o r­

g a n iz a d a . A t i a c h ç ro u m u ito com a n o t i c i a da m orto do c abo , Dinifie

que 0 o o n h e o ia , , , Tijuio andavu m u ito bora. L ás tim a nuti t iv o n n a f a la d o

oom J u l i á n t e ra m aiij um e o p ia dos movlm ontoo do p e o o o a l b r a o i l e i r o

que a» o rg a n ls a v a p ^ r a r e t o r n a r . Oo oubanos oatiasmu prooodeivllo Ao

m ano ira de3 p n e a ta , p a n a ih a , com oh b r a s i l e i r o s om Cuba. X f a m í l i a

de J ^ i l iS o , o p r ó p r io M in is t r o do I n t e r i o r , P i í ie r o , d in n o quo embur-

Vavam de, n a v io p a r a jo C h ile ,- o n d e oo riam - raoob ido .1» p o r <rontu do M i­

n i s t é r i o ,do' E x te r io r C h ile n o e da Em baixada do Cuba, Doupaohnram-nooí

No S h l le , nlnguiSm os o ape rav a , l i v o r ^ i do ao v i r a r . Cuba n ão ro o e b ia

m ais n inguém p a ra t r e in a m e n to , E n ta v a negando qualquo** o n tra d a pu ra

t a i a . f i n B , • '}-

$ S' ■

.1*'

ÍSjfSf*

V “> ' ** V l •« V-

ííJj■■r. A T O . t S - ^ ^ O / ü B

pcm os. c la n d e s t in o s das v i r i a s o rg a n iz a .;» « o . .

f a l a n f oram roa i a r e a l i s t a s : "5 o v .o lt n an am p a ra fiuba . iam parai r

C a b a n a » (p r is ã o p o l í t i c a » f o r t e que domina a c.n t t a da do p o r t a í

Ijavana ) . E d o n tre os que fo ram m ira o C h i la e o t$y a V lad ia ÍJc '’ P a l-

: T — " ~ *

Com O no fre , a oonvarsu f o i f l u i d a o f á c i l . A m inha i d a “ao C h i l i

to d e v ia a uma n ltu a ç u o rjrço roaam en ta o a ic u la d a : f i c a r a com o que

do p o s i t iv o d is p u n h a VPIi co/no o rg a n iz a ç ã o , e nquan to o Comando i n ­

te r n o e s c r e v ia docum entos , P u i pare o em p u la v ru o d u r a n te a m inha

e s ta d ia m i l i t a n t e ju n t o a M o ines , Cojn p a la v r a s e s c o lh id a s e ro d e io s

e s o té r ic o s , m o s tr e i- lh e quo e ra o h e r d e ir o m o ra l « p o l í t i c o de

lh a n o a M o io eo , os d o is e s t e io s da VP11, sondo quo o p r im e ir o n ão t e ­

ve oond içSoo de d ao o n v o lv c r nuu e a p a c ld u d o , Lum onüei a a n a im ila g f io

de J , M a r ia ( A r ib ó ia ) a Quurosmu ( P lu d id o ) , a t i t u d e quo os le v o u à

m o r to . D is se que e ra reoponsrív til p e la o rg a n iz a ç ã o do n o r d e s te , p o is

s e n t i que S leo n ão querem v o l t a r u 2 , P a u lo , A o r lo n tu ç u o é p u ra o

campo, F a le i das f u r n a s , do jip o lo camponês, das oova:< dos h o la n d e ­

ses que , re o u p e ra d a « , p o d o rão se i' o x o e le n te e o c o n d itu p a ra um o p ta ­

do m a io r . Os "oom andon ten" do I s r a s i l , queriam s a i r p u ra f a z e r c o n ­

g re sso no o x t o r io r , Nós estávam os montando a e s t r u t u r a l id a d a a ba ­

se " e a t r a t é f l lo a fu n d a m e n ta l" , Em G ,P a u lo , pod íam os re u e b e r p e r i t o , . .

Ê le O no fro ao opunha f irm o m u n ta a oscu i d é i a . Temia p o r m inha bo^u-

r a n ç a . Não q u o r ia que au c o n t in u a s s e om 13,P a u lo , A f ir m e i- lh e quo

ta v u po r s a i r , mas a n te s , d e v ia c o n c lu i r o li- aba lho qu» M oieeo mo

d e ix a r a . D epo is p a s s a r ia u o u tro quo o le m undauao. E n qu an to i s s o ,

c o n t in u a r ia o r ie n ta n d o o n o r d e s te , onde tín h am o s e x c e le n te s c o n d i­

ç õ e s , f a l t a n f ln ft pflp-i;rH:n n om ALN. p a ra r e f a z e r o t r a b a lh o de c id a ­

d e , Não t i v e o u t r a s a íd a , A p r e g ã o c o n tr a Sao P a u lo c R io 6 m u ito

f o r t e . S a t i s f i z com meu r e l a t ó r i o do e x is to n te , sem d o ta lh e s m a io re s .

SITUAÇÃO DA VPR NO EXTERIOI!

•C o n tro la Q doa ^ F ro n tp p U r a n l l ^ i nn Tnfnrifin(ii~n. Tudo in d ic a

quo sua baae p r i n c i p a l , 6 a A r r e l i a . Lá contam com pleno a p o io da3

a u to r id a d e s p o l i c i a i s e do M in is t é r io do E x te r io r , podendo a a i r o

e n t r a r quando quoiram, oom os docum entos (e n o n o s ) que q u o ira iu . Se

h o u v e r al#?um p r o to s to i n t e r n a c io n a l , a K ,It» IS x to r io ro s , u iiuplonm an-

to NEGA t o r o onhoo lm on to . Ou n r /ç o lin o s oornprsondem u io lho r a s i t u a ­

ção dos t e r r o r i s t a s b r a s i l e i r o s , porque ê le s , v iv e ram em sua p r ó p r ia

oarno êsse t i p o do » ru e rra .. , Duas f ig u r a s de d e s taq ue yuo co labo ram

oom a VPR:" Ajjjjges o M a rc ip M o re ira A lv e s . A rrae o , J u n to oom o u tro

oxilaào b ra s ile iro , montou uma f irm a c o m e rc ia l, cu.jo l u c r o 0 3 t á à

disposição da VPR, 2 ademdB grande a u to r id a d e na co o rdenação do FUI

i n t e r n a c io n a l . Q uanto ao M are jo , em nuas v i s i t a s ao» 5TITUt' sop ra

o o le a s aos o u v id o s do ibcuutmc aonudor Keruiedy, de qusm 8 am l^o o no

« & . « . y u f u a x ü j t y

d ia s e g u in te , o sen ad o r , manda uiu d is c u i’ so no concrresnoj^orteam io-

r lo a n o c o n t r a a d i t a d u r a b r a s i l o i r u , lánquanto à mãoS.•I > X'/ oo f*ff

vee é cama © zaoaa ooin o p ap a11 c oopra no ouviclo dEj^ftâua Çantiafcü©

a i n f o r n a i s i t u a ç ã o do noi.'3o p a io , p rovocando pos^i^ões $a S an ta S<5

oom r e s p e i t o ao » v á r io s tornas do quo t r a t a a p ro p c t^ o n d a / in te r n ^ c io

n a l de e sque rd a c o n tr a o D r u s i l . A cawpanha to d a . )tp5ía.’d p . p r p è t í—

g io o tom proparçaçao a tr a v d s de inum nroo jo r n a in o r o v in tu a ou.ro-

p#us o la t in o a m o r lc a n o s . ltccan tom on te , f o i p rom iado um f i lm e de

o u r ta motraffom num f e s t i v a l ouropou ; o t í t u l o " B r a z i l " . D u ração

42 '« /Montagem f o i t a no o h i l õ ? 0 d iv o to r 6 a t i v i s t a de VPR 8 O no fra

o o gu iu as fa s e s da monta/rjm , dubla/ram p o r a r t i s t a s c h i lo n o s p a ra a *

f a ix a o on o ra I n t e r n a c io n a l e s a i p a ra o m arcado como "P ro d u ção c h i

l ^ n a " . 0 tem a 6 d in fim lco a m l p r im o ir a p a r to a p ro n o n ta : São P a u lo ,

o progroraao, Copacabana , R io , a l n t o lo c t u a l i d a d a , o tu r iu m o de o a r

tã o p o a t a l , a T ransam aaon ica , p a ra d e ix u r o p u b l io o u n c a n ta d o . Se­

cunda p u r t o , choquo i MAS 0 BIíASIL (CAI.iIüSl,l TEM 1050; (a im p re ssão

quo f i o u o o a ta q u u c o n tr a a d i t a d u r a ) - f a v e la s , c r ia n ç u o m a lt r a ­

p i lh a s , o p o r d r io s dõ c a ra s o tu r n a , b o ta s m i l i t a r e s , o o r t ã o , iíiíb ó—

r i a m u n s iv u , . . e t c . , , Como & do /rôuto da p l u t d i u e u r o p é ia , um f i l ­

me " im p a r c ia l " , quo m os tra "an duan fa c e s du m oeda", quts to c a ou

s e n s ív e is c o ru çõe s doa d e s e n v o lv id o s , chamundo-on p a ra a l u t a o po,

ra o a p ô io aou g rupos urm udou. R e r iu lta d o : 1® l u ^ a r .

fto C h i le 6 a pbra do. tu "'■' <• /-pvnfV.rtri nr da lfrrlvpr-

o idade do B ra s ilia (quo secundo In ô u , v iv o u n lit o c o n fo r t iW u lm o n to om

S a n t ia g o ) - "25 anoa d e p o is " : uma tic'jriuo do box'lu r a ri oom o s tr u p o s ,

p o l i c i a i s ta r a d o s e um d o lo ^ a d o , quo mantuia a p 'J u to la «ui suspense

d u ran te to d o o secundo a to , quundo m u ita ."-.into abandona a a a la de

e sp o td cu lo s p o r não s u p o r ta r t a n to h o r r o r . Roa o n t r c a to n . »m p3,v »-

to b r a s i l e i r o vendo o o a d o rn in h o ( j r t v a i p o lu ndmoro 3) do FB I em

S a n t ia g o , j o r n a i s do PCD quo nüo fa la m da l u t a armada a aim do quo-

r id o P re s te 3 , j o r n a is da ALN, um nôvo t i t u l o . 11 INFORMA11 que n ão i n ­

form a a r o a p o n s a b i l id a d e o d i t o r l a i ( n í 0 - costum e europou p a ra la n

çamento do p u b l ic a ç õ e s ) o o u tro d r> rftr-.non f ia b i l id a d e do Mft-8 w PC BR,

( in fo n n a ç f io de O no fro ) quo também n ão t r a z c o n n ta n c ia da r ô o p o n s a b i

l id a d e e d i t o r i a l , D izem co iw as t a i s como: "quem to cou f ô ^ o noa ôn i-

buo em S .P a u lo , fo ram oo p r o p r lo s empro^adoíi o o p o v o . . . " Bxa^oram

em pon tos n e g a t iv o s quan to a Q itu u ç ão fço ru l do B r a s i l . Montem quan­

do nfio oontaio com argumentos* o oo n tin u am u i Bando a t n r i u >?■•> +■ t iy r'n

a do ■ll a <iqna^rSn j n inar-La". Busoam d a r uma ima,irem de um p a ís em pé

do g u e rra , om que as o rg a n iz a ç õ e s arm adas são a e spe ran ça e o a n s e io

de todo o povo , 0 o a r a o tn r f rHH r-n .» h n ii^ ih a n tü é ^ue t a i n lo r n a ln o o s

e p a sq u in s ( à exceção da "Voz O p u r iír ia " do PCD), são oaoriV ,ou «m

fti- DSo a m ed ida da in c a p a c id a d e , da f r u s t r a ç ã o e m a is : da

a o a im ila çS o dos rçrupoo ban idos t ontiuoc a ram-rs o do nua n a c io n a l id a d e .

-

w w * ~'■ rh. C-MKV'

oSo homen3 nein p á t r i a .

W,fc3.íi p.i|â|ii9

jP ia n o j um m a is : r w u n ir o - tr ib u n a l Jíuhh«3í c o n t r a o Era?

/ '4 /v O «f - r v ...

j.rVH

I*./

pedem a to d o s quo mandem p u ra o ondorego do um i n t » i nni:i.__ ni____

i t a l i a n o m aiti p ruo iaa iaon t'- , tu d o que n lr v a do " p r o v a " . 12 a in d a , v ão

mover in te n o a campanha e x te r io r , 3 o u tr a a n en tonga a p l ic a d a c o n tr a

t r ê a oondunadoo & puna du m orto po r t r i b u n a i s p a u l in L u s .

Na sua a t u a l p r á t i c a e x to z ú o r , VPK, rronta com um pex\Teito B o rv ig 0 do

o o n trae sp io n ag em e *in fo rm ag G o . Sntrw I n f ormagoon do menor p o r te , es­

tavam at» o e ç u in te s :

L ia , f r e q u e n ta u em baixada do B r n n l l no C h i le , mantem jp*»-

lagoen com a s e c r e t á r ia do S r . Em baixador 0 f a lo u ^ pui p o n to na rua

cora ura d03 s e c r e t á r io s . Hunt ove c o n ta t os tambám. com u l i v l a t a » do

Movim ento do d i r o l t a " P a t r l u ‘ .v L ib o r t a d " . Tünnlna. como a n o io te n te na

U n lv o ra ld a do do C M la .

i 0 d r . P le u r y , e n t^ve rj o..U ru g u a i, j<o:r o c a s iã o ilo tre/r^n _rjqn

oa tupam aroo f iz e r a m a n to o dao o 1 u:i0 0 o n , (m ô n de o u tu b ro ou p u g n ad o ) .

Vlram-no deaoo r do a v iã o , segu lram - r^ p<-> n l o c a l onde ne hospedou .

j , ,J . . 0 cho fo da m lnsao m i l i t a r n o r to a m o r io a n a no B r a s i l , r e s id e

numa çasa fyHnrinrln-

;;{ * Um o o l'to I n d u s t r i a l do orj.^om tu r c a pau s a iu to d o s 00 d ia s ,

en tre 7 0 8 da m anhã, p o lu p r a ia du Jpau«m a.

i » 0 irm ão do S r . Pedro B lo ch , andfi dando sopa om Cabo T’r i o .

Hum in fo rm « cho rudo do R io , coursU ivu, cem to d a » um l o i r a s

|cata in fo rm ag u o : " 0 cabo Anu elmo mo en tru d o u a r o p r o n n ã o " . 0 in fo rm o ,

d a t i lo g r a f a d o , e s ta v a a s a in u d o po r OLGA. M aia t a r d o , Ono.fro, quo mo

Im p e tro u eoue in fo rm e , e x p l ic o u que 01/ra, e ra uma das; mogan que t in h a m

Jjfçaído noa l í l t im ò o m ones. C01.10 a f a m í l i a ora m u ito i n f l u e n t e 0 ao movi

^ i^ n to u - b a s ta n te , u o lta ra m - n a , quauc m orta dc pancada , )m> q u in ta n do

^ » v ia r e a id o n c ia , ou da f a m í l i a , um I“i j iu s G o ru io . U lt iu m m onte , o sfcuria

»a recuperando num h o s p i t a l , onde p annou 0 in fo rm o p u ra uma senho ra

Sfe^o ' f ora v i 3 i t á - l a .

E PROGRAMA DOS MILITANTES D?. VPR NO EXTERIOR,

on tftr com t o da a . rÜi l n iln áj-i-Tormaono o nro-nrif^iiida i n t i-i-nacln-

p i n q l . a po io f in ano o ir o , a p ô io ^ d a o r/raq izagoen como 0 P a r t id o Comuni s t a

os d i r i g :>nt« a_torn on olho?' „ v o lta d o s tiara »ma nova o s tr u tu -

. Q no fra no C h il o . B h lzu o nm CuLa . J a m l l na A r g é l i a ,

^ h ^ a ^ jo u tro a p e lo mundo, o o n o lu ira m po r , t r a b a lh a r om to d a s ao f r e n te s e•4 « . " r ■** f ■

b a n t r a l i z a r f in a n ç a s o In fo rm a ção n as mãos do t r ê s com andan tes : Ono-

f r « , S h lzuo e D io g e n e s . Contam com 700 r a il d ó la r e s , ro a /ra tados do o_o—,mm 1 ■».... . 1 1 .......... '• ^

fr® 'do- Ademar, O no frs o o lo o o u a m inha d ia p o s ig ã o , pai-a o n o rd e s te e

p re p a ra r bases que se to rnassem a u to s u f lo ie n t e s o p r o d u t iv a s , a té' / •

^00 m i l . Contou-me que a moga quo t i n h a 0 d in h e i r o , d c u ip i l f a r r o u e

n ão soube p r e s ta r c o n ta s do 300 m i l , .já qua a VPR c o n ta v a com 1 ml-

lh ã o . No e n ta n to , ao oompennagõoa oom n eom ponhia do com cro io in te r -

« ) .6 9 .y

n a o lon u l o com ar< c o u t r ib u iç õ o s e u ro p o ia o , coniponr.am u m p la iM n t^

e s fo rç o s d e s e n v o lv i doa po r ô le a , V?;; í| !f

O f im 6, v o l t a r u in s t a la r - o o no oumpo. Não tom id e i& ;'do q g jr t im

com açõeo do e x p ro p r ia ç ã o e sim f a a e r am plo t r a b a lh o

lhando d ir e ta m e n te no campo, do modo que o ir.a<*nifioo trc^W M Tt^quo de,

B o n v o lv í e ofj e lem en tos quo oontam no e x t e r io r j á p rn p u ru d o s , asBegu rum , um r e to r n o da VPR, om nua p le n i t u d e , com r e s ta u r a ç ã o da quase

t o t a l id u d e das baoos p e rd id u s coni a p r á t ic a doa á l t io io a a n o a . Contam✓

oom e le m e n to s , quo d izem , podom r o c o n ta t a r o r e e s t r u t u r a r em novos

te i ’inoo, a re a s in i c i a d a s om to d o o l t r u s d l , de n o r te a n u l , P o rg u n te i

p o lo p rob lem as da c o m u n ic ação . E n tro ra o com r á d io s p o i ' t d t e is , p ropa- ’

rados oom d is p o s i t iv o s de t r a n s m is s ã o , quo podom in c lu s iv o i n t e r f e —i

£ i r nau trano D ilu so o s do i’d d io n o rm a l o f u n c io n a r o n tro g rupos oomo

tran sx h in so r- re o e p to r . J á o n tão in s t a la n d o o s t r a n n r j i r o n om i i o a b o o a íq .

Em S .P a u lo , e n tão d o lo . Um d e le n , a .m u lher da A r ib ó t a , qua dfll™ » p

f i l h a om Cuba, com a "T ia 11 o a f a m i l i a L ucana . "L u rd e a " ( d a l S o l ) ,

s ? 6 f i l h a do um o h c fão do PC p a r a g u a io . Pondo a in f a n o la J a z i a

lh o s do m i l i t a n c i a . Passou à A r g e n t in a f v iv e u no U rugu a i o d e p o is ,

L .po r v o l t a de 19G5/6G, v ia : lo u e. IJasoou, onda c u rso u Túarxi.nmo-Loninis-

'» mo oomo b o lB ip t a da U, P á t r io o Lumumba, E n joou dos ru n no n , n ep a ro u - ao

.V io / í p a i f í quo , atmunflo d is s o , c o lo c o u a p o l i c i a om nua p i s t a p o r m3,l i -

! t a r na A rg o n t in n o s a r c o n t r a r i a à linha do P n r t id o a q,uc uIp p e r te n ­

c ia . M ais t a r d o , om G7, onoon trou-ao com oh irm ão s , c in o o , n a Alomn—

iha , ou na A rg e n t in a , e e le s p ropuseram quu fossem ju n to s a Cuha, t r e i

uír:

4 Af" i

nar ^ u o r r i l h a a . T ã r b lc ip o u de um t r o i n a munto no campo, onde conhocou

A r ib o ia . Caaaram-ao o n fre n ta n d o to d a s ao n ransoes cubanan om o o n trá- !

r io . Cada irm ão p a r t ‘noa a uma da» lacioSen do PO m tr a p u a io . E a la ar'0-:

>J>jra. é uma s im p á t ic a a v e n tu r e ir a , l id a d a em ociona lm ente h VFR. 5au f im ,

* B orv ir à "Revo lu ç ã o " . 11 R e v o lu ção " i n d o f i n i d a , oont r a o im p e r ia l is m o

Ianque o a o v ió t io o , c o n tra Cuba, c o n tr a os PCa t r a d i o i o n n i s . ao la d o

das g u e r r i lh a s , A narquism o t o t a l p a ra o inae quo vem, P a ra in s o , obe­

decer aos irmaoB id e o ló g ic o s da VPIi o tu d o f a z a r p e la l ib c j- a c iá n do

B r a s i l . Como e s to u m u ito in t im a m e n te lirçüdo a L u rd e s , p e d i a O nofro

que me deaso c o n ta to com e la , quo pox- ouu vez e s t á em c o n ta to oom ou- !

t r a s gentoo in s t a la d a s em C .P a u lo . 0 c o n ta to s e rá m anü ido u t r a v d s do

c a r ta , Devo e sc re v e r p a ra e la , a t r a v á s do .U rugua i, p o lo onderoço do

B e n o d e tt i, oom a in d io a ç S o í P /d a l S o l , P ara m uroar um o n co n tro ponso

s u g e r ir o c in e "F la m in g o " , quu tem o moomo nomo do H o te l (F la m in g o )

e.m que h u b it a v a oom o mt’. r id o , om JJavana, Lurdon o o tá t r o in a d a p a ra o

t r a b a lh o do c id a d e , oonheoe « x p lo n iv o a u f a l a po rtu rruên , a lém do r u s ­

so e seu id io m a , e sp an h o l, f a l a , 18 o eocreve om g u a ran y , E lo u r a , e.P_

guiftp ô l ,Vinn rvzii\n. SDroxiniadamonte 1 .3 0 jd . E scravo p o e o ia s r e v o lu c io ­

n a r ia s quo nunoa p u b l io o u , E extrom amento s e n s ív e l , E s to u m u ito l i d a ­

do a fe t iv a m e n te a e la , M a is , no o n ta n to , prouo o que otrbou re co nqu in-

■; ; ■ P I • . I '*

Î . I * — --------------,-tLr >■ -

^ m k 1 ':. . . , ........... M 0 .G 3 . f c p

. » v’rj- Vf' 71* ’ !».. « i: ) tando* Caso seja poss íve l, caoo eeja poasivol ûor.eja^j^ùoi*»

^ l 'ç f ic j f i ’nai'.fôaoo expulsão do B r u a i l , ou p o lo mon0 0 , ^ f Ô M e e

|r , QuantpèaCo)s ou tr(a /o )s pessoas quu e s tù o po r a q u i , t-iUnoroà qu.çu

* ‘"Jai} suas ,. .n a c io n a lid a d e s ou nom es. J á oaborem oa, c'■ ■HX* I •. • vAi

He~

SOL?0a tp ra zoB o s ta b o l o c i dos , sSo r e la t iv a m e n te ou r t o a . On o ^ f t ^ ^ V o n t n r

_, Ju n to oom igo, nuu m ín im o do t r c s meses, D ió g o no s , nuo mo r o v e lo u mui- , 1 ---------------- . . . . - ,, — ------------ ------------ „ r . ..______________ ’ _____................................................—----C----- t t o In o lB Ív a m c n tti "am ar S .P a u lo " , duvo mo subst i t u i r a q u i , Fazando

llf la g S o com o In fo rm o n S b ro Z. irm ao do P . , d o s c o n f lo quo Zé, Irm So

do P a iv a , ( 0 s o ld a d in h o ta iv o s Y ou um -doo q u a t r o ) , P a iv a irm ão que

d ev ia f a z e r 0 p o n to do P r ó p r ia com "P a rd o n i" e n ão f o i porque 'O tava

av ipado (p o r L abareda? po r o u t r o ? ) que "P a rd o n i" o u v ir a — so rão ae ba-

ÍMspo| para 0 dobe n v o lv im e n to do t r a b a lh o do D ió ^ e n ^ s , com bane na c id a -

H que i "ama" ,

^ y ^ o b l ! ‘a t a r e f a do oom prar a f a a e n d p la , que J , M anoe l f a lo u e x i s t i r ,

do |uw,.tio sou, p a ra c r i a r «<raclo e re v e nd e r na o n ^o rd a i com prar um car-' tfv r 1 ^

>*jro,{ J a fquj to nh o s i t u a ç ã o 1 orçai, pura mo lo com ove r 0 t r a n s p o r t a r u

gente , m al a que im ada, p a ra 00 pentos onde d avem se e s ta b e le c e r . O no fre

!:‘nfio^ quer v i r a S ,P a u lo . D ese ja que eu o r o o o b a■noutrs cidade, no nul

f e o| t r a n s p o r te p a ra o n o r t e , de ea. ro. Tom um ^ m -a ^jn.

aü j ju lg u e i a x o e lo n to ; u fa unia c a b e le ir a po.-itilcg, c ^b o lo n li nos o cqdi-

/ | p r id o s ,1 bom arrum adou . D e ixou 0:1 é o u lo s e usa le n to n do c o n t a to . Paa-

i ’ '• l a r á p a la f r o n t e i r a n u l ,

1 Dlorçones eetri /rord o . Deu uiu /?;oll.c> no olho o jtt quase não r.o nota 0.M-V

</

i' (' i t o » Ooupa-Bo no t r e in a m e n to de um r ru p o , num s í t i o quo a VPR

(ou a l^um amante c h i le n o ) a d q u ir iu nua c e r c a n ia s de ï ïu n t la g o ,

Um o u tro personagem que c o n h e c i: "Ale m ão " . P a la um p o r tu g u ê s que n áo :

j.;;. t a b e r la d iz e r se é d e . l a v r a d j r s u l in o de origu in a lom it, ou no 6 um

h inpanoam erlcano da moama o r ig em . P e la converr.a p a r ce b o nho c^r 0 i

B r a s i l . Nao tom 0 n í v e l de D lo^cnoo ou O no fre , mao d i r ig e uma base

quo errtá do a co rd o com os l íd o r n e . Nuo posno a n s o ^ u ra r quo fo en e de­

s in fo rm ação , mas d u ra n te a converr-.a que t iv e m o s , ju n to oom O no fra ,

fa la n d o do t r a b a lh o em andam ento e a se i' r e a l i z a d o 110 I t r a n l l , O no fre

no r e f e r iu , d lr i/ ^ ln d o - s e - n o a í "JS m u ito im p o r ta n t 0 p u ra nc5rn a o p in iã o

de vocês , que o c tã o a tu a n d o l a d e n t r o " , No e n ta n to , p a r e c ia e s t a r

m u lto bem In fo rm ad o do m ovim ento no Q h ilo e d is p u n h a de uma V a r ia n t

quo fa a 0 t r a n s p o r to de Dió/?eno3 p a ra 0 s í t i o ou sorvo a Q no fro .

Quan to à docum ontaoüo contam oom ampla u o n B ib lH H/mI a .,__purn » m r ipg

^doeumantOB de peaaoa3 da o u tra o n a c io n a l id a d e s que emprdntam qs oá-

■' flu ías de Id e n t id a d e e on p a n s a p o r te s ; m a ie . .1á poonuorn oe novofi mo-

. .a do loa da o ád u la a p a ra o a r t o i r a de Id e n t id a d e p a u l i s t a a f a lH i f le a m

^ i 00 p a p é is no e x t o r lo r . Suponho que na A r g é l ia , onde contem com 0 m a is

; « € õr t e apo io .* ,1á que como vimos an to s ( "v iv e ra m Sese t i p o de g u e r r a . . . ;

'J^ise id o n t i f lo a m p e r fe ita m e n te com 00 a r g e l in o s , a c re d itr in d o que o te r -

ro rtsm o b r a s i l e i r o e a g u o r r á a r g e l in a o o n tr a oe íra n o o o o e , o s tâo no

i’ttiw rars'n tgafttiáò n i'vëTT-------- - ~ '•

2 )

•‘■'•.• . 'ryí ■' ;,,v ”y -.‘iiAr.Vfi '• :’•' ..•' íKC' • *•>'* r» -?M » " " V { ' *

W O . f â .M \ cc- <

QTFfMf

, ■f oova! /•’•'/ . >,v

P icam oo d c c id id o r j oiafim : 1) f a r e i o c o n ta to com o t j í f t o r jw iá r ic i í*— - —— V~-?.... f"' "" 11

re c e b s ro i " S o r r io " o "L a iá o " no K s c ifo o oa i n n t a l a r e i , f lc a n d j------ ------------------- ------------------- ------------ - •■■—---H" ■■ r-

d o ie oob mou oornando; 3 / t r a t a r e i com l ía ia o , da e n tra d a de oi

p a n h o ir a , ox-m u lher du J a m i l ; 4) co m pra re i o o u r r o 1 3 *0 $ ) 4 £» ' t r a n s -

-M■41

j p o r t a r o p o o a o a l m a iu qu o n to ; í>) c o n t a t a r o i Lurei o n oom c a r t a p a ra o

Ur u g u a i .

, P ura a o e r t a r a v in d a o. ro o o b lm o n to doo o iv t r u r to '! , w a n te ro i a ooxTeei-

jp o n d u n o ia , uoando m io to f i l in o n u t i n t a i n v io ív e l ( u r in a ) no vo rco dao

'o u r t a u . An o a r ta o quo ma m andar (p a r a o endoroço da V i la M a r ia n a ) o

o u tr o ondo ro ço quo p ro m o tí mandar o jna in brevo p o a n ív e l , também v i r ã o

com e o o r i t a i n v i u í v e l no v o ro o .

Na V i l a M a r ia n a , podorüo e n t r o s a r q u a lq u e r onç_o;nenda p a ra o A n te n o r ,

Por o o ^u ra n g a , no a n ta n to , p ro to n d o mandar uno "bu;;óni3" (o a ix a n mor­

t a s ) p a ra t a l o f i n o .

Como c o n to oom um homem no c a io do pox^to do H e c i f o , dovo m undar aa

c o o rd e n ad ao , p u ra quo a lguóm b a ix o de um n a v io a lh o ontrorçuo onco-

m ondqo, taiubám a mira d i r i t f id a o , quu pode rão p a im n r p o la a l f â n d e g a

oom d i f lo u ld a d o , '<

A fu z o n d o la , ab r irça rd o p o n o o a l q u e n to , como pon to do p u r l i d a p a ra

a n á ro a o oom que oontomoa,•i

Dovo in fo r m a r oa term os in a o r i t o n no mou c e r t i f i c a d o do íiaiiaiíanaHM

d in p o n a a do KoxfcííÜBKdx o o rv iç o m i l i t a r , Queriam t i r a r um xerox do

mefimo, i n f e l lz m o n ta , ' ou n ão t i n h a l o v a d o . . . P rac in am nabor o "do a c o r ­

do com o d e c r e t o . . . e t o , "

P re o ia o in fo r m a r da m inha chocada oão e »a 'Jvo . V a lh o >'lirH :n 1'F--1

.mandar-mo um g u a rd a- o o s ta e . Sux f o r a da d e fe r e n c ia , porquo n ão n ab ia i

f quom' g e r ia , como i r i a a t u a r p a ra annn^urar- im i a v id a no cano

* "Çe^a, nom ao ®ra conhoo ido da quem eo tiveo rjo enporando na f r o n t e i r a , i

- Durante a m inha p o rd içS o oom Pa lh a n o , mandaram um ao ;ent0-4m ui, com

d in h e ir o , 0 t a l , buooou P a lh a n o , no a p a r tam e n to dart v e lh a n ona« mora- j

va « o p o r t e i r o b a r ro u a o n tr u d a , Porrçuntou aonde i a , quem a a ta v a pro~;1 Jí.i ’ !

cu rando . 0 oax*a dau ura nom® q u a lq u o r e o p o r t e ir o in fo rm o u quo t a l

peosoa n ão v i v i a a l i .

- Ih a le n F l e u r l do Godoy é a,t;ora o Comandante do m a io r bai-co da ma­

r in h a lae ronn to c ubana . P a z a l i n h a C h in a- C o ra ia- V io tn am . Sua GGposa,

J o o ln a , é a rop ro rcon tan ta do om Jlavana , d o lo ^a d a p»^a VPlí.

- Há um apon te b r a o i l o i r o quo mantóm om S a n t ia - o a p o tiiç ão da urn t i p o

re cu ad o , quo n ão q u a r n ad a . No e n ta n to p ro n ta um im onoo, in o a t im á v o l

» o r v lç o de in fo rm a ç ã o , pro turidondo in c lu u iv o , v o l t a r ao B r a a l l loxrol-

H iento. VPR, ■.

A/rora, aoho que mero^o um q u o u t io n i l r io .

Anoxo: 1 ) mapa do apa rtam en to de O no fre em S a n t ia g o ;

2) c ar im bo do a u to r id a d e p a u l i s t a quo poaimem pa ra f a l n i f i c a r

"V ia to o do S a íd a " ,

ií'.! 'fh“,

T E R M I N O

ESPECIAL

O A N J O M M O R T E

O marinheiro que desafiou o regime e ajudou

a ceifar a esquerda

üslá de volta o maior carrasco da esquerda brasileira. Jose An­

selmo dos Santos, 43 anos, o "cabo" Anselmo, o mitológico ex-marinheiro que aderiu à esquerda radical no Brasil e depois passou-se de armas e bagagens para os orgãos de segurança, fala peia primeira vez sobre esse tortuoso tra­jeto. uma década depois de desaparecer nas sombras de um protegido anonimato.Presidente da Associação dos Marinheiros e Fuzileiros Navais do Brasil (AMFNB), a entidade cuja efervescência levantou todo o almirantado contra o presidente João Goulart em 1964, Anselmo rapidamente ascendeu na hierarquia da esquerda. Sua breve gestão de um ano à frente da associação levou-o a frequentar gabinetes pala­cianos e manchetes de jor­nais, a desafiar almirantes e horrorizar os manuais do ofi- cialato brasileiro diante das contorsões que ajudava a promover na cúpula militar - justo ele, um simples marinheiro que, por engano, os jornais chamaram de cabo. Conduziu-o também a uma aproximação com o Partido Co­munista e tornou-o personagem obriga­tória para a compreensão do período da história do Brasil que desemboca no mo­vimento de 31 de março de 1964. Da mesma forma, levou-o a constituir-se em ator de duas fases subseqüentes: a da luta armada contra o novo regime e a da repressão contra ela desencadeada.

Para a esquerda, ele foi um traidor.

Para o poder, foi uma eficiente gazua que permitiu abnr as portas das organi­zações armadas clandestinas. De todo lado que se olhe a questão, o certo é que o cabo Anselmo foi o mais eficaz espião jamais produzido na história do Brasil. Por seu dedo é que tombou o maior con­tingente de militantes da guerrilha ur­bana presos, desaparecidos ou mortos durante a fase mais aguda de violência política no Brasil. Anselmo, sozinho, por seu trabalho de cooperação com-os ór­gãos de segurança - em especial o céle­bre delegado Sérgio Paranhos Fleury, do

DOPS de São Paulo prat

camente demoliu uma or .s nização inteira, a Vanguaru.i Popular Revolucionária VPR. Não existe disponue. uma contabilidade dos mili­tantes mortos em decorre., cia da ação de Anselmo lie próprio, porem, ao falar pei.i

primeira vez no assunto para

o repórter Octavio Ribeiro. .i serviço de 1STOÉ. forneceu

alguns parâmetros. Foram “uns cem. du­zentos”, disse ele, sem alterar o tom de voz

Anselmo foi localizado em algum lu­gar próximo das fronteiras brasileira.- (leia página 27). A entrevista, porem, foi concedida em São Paulo, para onde An­selmo se deslocou, já travestido em sua nova e falsa identidade de cidadão de al­gum país latino-americano e portador de um rosto novo, inteiramente transfor­mado por uma operação plástica IX rante a entrevista, Anselmo manleve-v imperturbável ao longo das sete hora> em que narrou fatos como as ciladas que

ALBUM

FAMLl

Anselmo numa praia do Nordeste, presumivelmente em 1971. A foto foi cedida a 1STOÉ por sua tia. É a única recordação mais ou menos recenu que a fam ília possui em Aracaju

preparou para companheiros de militân­cia ou o risco que correu ao ir ao Chile, já trabalhando para a policia, juntar-se a desconfiados membros de sua organiza­ção. O único momento, segundo Octavio Ribeiro, em que Anselmo pareceu hesi­tar e baixou os olhos foi quando a entre­vista encaminhou-se para a história de Soledad Barret Viedma, sua compa­nheira, de 27 anos. Ela estava entre o grupo que Anselmo entregou à polícia em Recife, em 1973, e foi morta pelos órgãos de segurança. Anselmo fumou muito durante a entrevista. Ao acabar

seu maço de Charm, começou a fumar os Minister do repórter. Freqüente­mente bebia de um jarro de suco de la­ranja. Apresentava dois tiques ao falar, respirando fundo antes de iniciar certas frases e mostrando um somso nervoso, freqüentemente em contradição com o que dizia. Extraordinariamente eufemís­tico em relação a certos temas, como a tortura - que ele chama de “alguns ex­cessos” e, a certa altura, de “uma puxa- dinha" -, o cabo usa muitas palavra^em castelhano em seu vocabulário. “Hacia" em vez de “até”, "restar" em vez de “fi­

car", "pez " e não "peixe", ' después por "depois”, "guerrillero” em vez de "guem Iheiro" e expressões como "o sea" Não se recusou a responder a nenhuma per­gunta que não se referisse a um assunu- tabu, o seu presente. Espertamente, po­rém, não mencionou qualquer agente dos serviços de segurança com quem le­nha trabalhado, a não ser o delegado Fleury, que está morto. E todas as infor­mações polêmicas ou francamente cori trárias à maiona dos fatos disponíveis fo­ram por ele lançadas no terreno da es­querda - como, por exemplo, a de que o

VERA

SA

YA

O

ATO,

Panido Comunista Brasileiro apoiava a opção armada do ex-deputado Carlos Marighella na ALN.

Anselmo manteve-se sentado durante as sete horas da entrevista, com dois guarda-costas sentados na mesma sala, silenciosos. Trajava calça e camisa, e seus cabelos penteados para a frente não deixavam aparecer qualquer marca da

identidade de Alexandre da Silva Monteiro.

Em São Paulo, houve outras confir­mações. "A voz é dele. não tenho dúvida. É a mesma musicalidade”, disse o ex- mannheiro, ex-exilado e hoje fotógrafo profissional Pedro Viegas, 42 anos, com­panheiro de Anselmo na AMFNB e queo conheceu em I960, ao ouvir na sede de

Ozawa (olhando fotos): pela voz Santos: "Voz é como digital”

cirurgia plástica - leve- 5 mente sugerida, porém, por I sinais do couro cabeludo. 2 “Ele está completamente diferente. irrecõnhecivel”, diz Octavio. 1STOÊ e Octa- vio, porém, não tém qual­quer dúvida sobre sua iden­tidade. Para confirmá-la, a revista começou percor­rendo o itinerário de An­selmo antes de seu ingresso na Escola de Aprendizes de Marinheiro de Salvador, em 1958, indo a Aracaju, Viegas: ' onde nasceu, e a Itapo- ranga d’Ajuda, a 27 quilômetros da capi­tal de Sergipe, onde passou a infância. Ali, diversos parentes e amigos confir­maram os minuciosos detalhes colhidos na entrevista e que não foram incluídos no texto final. Moradora da rua Maruim, em Aracaju, Ivolina Guaraná de Mene­zes, meia-irmã de Anselmo, confirmou a narração que ele fez de sua infância em Itaporanga. Funcionária pública em Ser­gipe, desconfiada, Ivolina só abriu a guarda quando leu a detalhada rememo­ração que Anselmo faz de sua família, amigos, escolas e leituras. "Esta tudo certo, é isso mesmo” , assentiu Ivolina. ISTOÉ também checou as declarações de Anselmo com o padre José Carva­lho de Souza, atual diretor do Semi­nário Diocesano Coração de Jesus, onde ele estudou, em 1954, e com al­guns companheiros de infância e pa­rentes. “ Ele já está usando o nome verdadeiro?” , perguntou Maria Mada­lena, 80 anos, sua tia. E completou a indiscrição: o sobrinho também usou a

J t • . 'S .

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'É a voz”

ISTOÉ trechos das fitas gra­vadas com a entrevista. “Es­tou convencido de que é ele, voz é como impressão digi­tal", confirmou 0 também ex-marinheiro António Duarte dos Santos. 44 anos, membro da diretoria de An­selmo na AMFNB e seu co­lega desde os tempos em que ambos começaram a servir no navio-tanque Rijo , no início da carreira, e que depois, em 1970, já no exílioo reencontraria em Cuba. “É a voz de Anselmo”, diz

igualmente, no Rio, Shizuo Ozawa, o "Mário Japa”, 39 anos, um dos coman­dantes da VPR em Cuba de 1970 a 1972. "Parece mais grave, talvez por causa da gravação, talvez por causa da idade”, diz Ozawa, que identificou na fita que ouviu um tique antigo de Anselmo: "Ele sem­pre vacilou em algumas sílabas, o que ainda dá para reconhecer”.

No físico, certos traços fundamentais nas únicas fotos que Anselmo admitiu serem feitas por Octavio - mostrando apenas a cabeça de perfil, com o rosto encoberto, e a mão esquerda - po­dem ser convincentemente confronta­dos com os de fotos antigas. E, acima de tudo, impressões digitais fornecidas por Anselmo foram positivamente confrontadas com padrões arquivados há anos no Superior Tribunal Militar, em Brasília, pelo perito Mauro Ricart Ramos, diretor do respeitado Instituto Carlos Éboli, do Rio de Jarreiro. Trata- se, efetivamente, do anjo da morte da esquerda armada. Ricardo SettiA

ca-

O c t c

uma pept:.isso. da

Cntrevistar o

I jb o Anselmo, pa­ra 0 repórter Octa- vio Ribeiro, a servi­ço de ISTO E. foi. em suai próprias pala­vras. viver a expe­riência do garim­

peiro que encontrou Serra Pelada " Para

forma que os garimpeiros uciav. lou com a sorte Ele vendia p< mente um lote de exemplares ac timo livro. Algemas de Carne, ei- cidade brasileira quando. num oar. w mem bateu em seu ombro Fala. h. disse 0 homem refenndo-se ao cz "Pena Branca ", peto qual Uaauo c eido Depois de alguns minutos ac co' cega. 0 interlocutor ideniincou-u cr: estelionaiario que Octavio conncaa a vLstara certa vez rui Riu

'.Mudei a cara para iluüir u pot: a Justiça ", disse o homem 4 o /i/ii uma longa conversa regada ta a cer Octavio obteve então a inlormuçu que seu antigo entrevistado unha : uma operação plastica com um cirun "tão bom que ate o cabo H nseirnt. operação nele" Comprometido a revelar detalhes de sua ganmpagen fato é que Octavio. depois da conva trabalhou um mês para chegar a um dade de um país próximo ao Brasil, sob nome. identidade e nacionalií falsos e um rosto inteiramente nove. lhe foi esculpido ha mais de dez a pelo cirurgião que entusiasmara 0 t lionatário. Anselmo foi localizado 1 Octavio. Anselmo a principio negou : identidade real. Depois, adminnac negou uma entrevista. "Defumo não I. e nem bate à máquina dis.se cala mente o cabo Octavio responaeu que dados sobre o paradeiro de Anselmo tinham sido passados a um colega ion lista no Brasil para sua segurança

Anselmo pediu um dia para pem enquanto instalou Octavio na casa pessoas de sua confiança W, dia 1 gutnte. aceitou conceder a enirem desde que recebesse um pagamen Ofereceu antes, contudo, sua cahgrq num depoimento escrito e duas imprt sões digitais para que pudesse ser iden ficado. O repórter voltou a São Paulo et

ENTREVISTA

A CONFISSÃO DO CABOAnselmo conta como foi que mudou de lado

perou ansiosamente um telefonema, até ser acordado uma manhã por um dos guarda- costas de Anselmo. Este, num Volkswagen, levou-o até uma rua de Osasco, na Grande São Paulo, onde um segundo guarda-costas

J esperava pelos dois numa Kombi. Foi dei­tado sobre uma colchonete estendida na Kombi e de olhos vendados que Octavio se­guiu. depois de muito rodar, para uma casa em algum lugar onde o esperava Anselmo. Ele preferiu sair de onde vive para conceder a seguinte entrevista:

0 APRENDIZADO(MAR 66 - ? 70)

A Jugo da prisão do cabo Anselmo, a 31 de março de 1966. causou sensação. A partir dai. ele desaparece de vista, passando por São Paulo e fazendo outras escalas antes de iniciar a fase mais intensa de seu aprendi­zado propriamente político na resistência ao regime de 1964 que. do Uruguai, era co­mandada pelo então ex-deputado Leonel Brizola Meia as declarações de Brizola na página 28 j. Dali, Anselmo segue para Cuba. onde se prepararia para a luta armada — e onde surgiria, pela primei- -a vez, segundo ele, a idéia de mudar de lado.

Octavio. Como você fugiu da delegacia na , Quinta da Boa Vista?Anselmo. Já estando ali há cerca de um ano, fiz conhecimento com todos os in­vestigadores. Me deixavam ir ao pátio, tomar banho de sol, fazer exercidos,

É ;m nenhuma vigilância. A chave da cela ficava na minha mão. Tinha minha mesa, com meus livros, escrevia car­tas . .. A fuga veio com o pessoal da Po- lop [Organização Política Operária, grupo de esquerda que reunia trotskistas e militares1. Disse ao guarda de plantão que ia encontrar uma mulher e sai pela porta de frente. O pessoal da Polop me levou para São Paulo e de lá, de carro, fui para o Uruguai.

Octavio. Como foi no Uruguai?Anselmo. Fui levado para um aparta­mento do Brizola na cidade de Atlán- tida. A notícia que eu tivera era que o

Brizola estava-se preparando para um retomo ao Brasil e que já contava com oficiais da policia gaúcha para ajudar nisso. Que ele tinha inclusive feito várias visitas ao território brasileiro disfarçado. Havia todo um carisma em tomo da­quela personalidade. Estando lá no quarto do apartamento, sem poder sair, chega o Brizola e diz que o companheiro deveria se mudar para Cuba, onde de­veria treinar as táticas para a guemlha. ( . . . ) Em outro encontro com Brizoia,

Edvaldo, um gaúcho que viajara comigo \todos ex-marinheiros1 e o Mário, um ja­ponês que tinha um defeito na perna e que iria ficar em Cuba, e não voltar ao Brasil. ( . . . ) Durante três meses ficamos treinando guerrilha num acampamento militar na província de Pinar dei Rio. Ali havia um grupo grande, de cerca de trinta elementos - brasileiros, peruanos, nicaragúenses, equatorianos e angola­nos. Acordávamos às cinco da manhã, fazíamos instrução e marcha com equi-

W o grande interesse de Mariahella era simplesmente o apoio m ilitar cubano para formação dos que iriam participar da guerrilha dele. .

Palhano falou a dois ou três contatos,

então eu pensei: o próximo sou euyy

numa casa onde se fabneou o passaporte falso que eu recebi, houve uma reunião para a fundação de um Movimento Re­volucionário Nacionalista, o Morena.

Octavio. MNR?Anselmo. Mas o Brizola defendia o nome Morena.

Octavio. Por que Brizola o escolheu? Anselmo. Mas não foi só eu. Vários ou­tros foram mandados para Cuba, via Uruguai. Do Uruguai nós fomos, cinco ou seis, na mesma ocasião. A rota era Buenos Aires, escala no Rio sem nin­guém descer do avião. Dacar e Paris. Em Paris havia um contato com Max da Costa Santos lex-deputado federal pelo PSB. cassado em 1964 e que morreu no Brasil, já de volta do exílio, em 19781 e um contato com a embaixada cubana para ir a Havana, via Praga.

Octavio. Quando você chegou a Havana? Anselmo. Em meados de 1967. ( . . . ) Éra­mos seis em nosso grupo: eu, Êdson Ne­ves Quaresma. Osvaldo, Francisco e o

pamento, depois havia uma parte polí­tica. Â tarde aprendíamos a manejar ex­plosivos - como destruir uma ponte ou uma via férrea, ou como destruir um carro com explosivos simples como uma bola de pingue-pongue a usar e atirar com todo tipo de arma. a fazer embos cada, a sabotar um quartel.

Octavio. E depois?Anselmo. Fizemos uma marcha pelo mato - uma média de 30 quilómetros por dia - como se fôssemos uma coluna guerrilheira. ( . . . ) Foi em outubro dc 1967. Lembro porque foi a data da moric de Guevara. Alguns dos cuoanos chora­ram. Antes de acabar os trinta dias da marcha eu fui chamado para participar da conferência da OLAS (Organizaçãc Latino-Americana de Solidariedade). A OLAS foi um espetáculo armado para apoiar a guemlha do Che Guevara

' Havia comandantes guerrilheiros da Ve­nezuela e elementos que tinham guerri­lha ativa ou inam alimentar guemlhas dc todos os países da América Latina. Mas a rede de contatos que os vanos coman-

ATD-fc3.lu.60/ii3

A rebelião dos marinheiros em março de 1964: o desafio à hierarquia m ilitar que lançou Anselmo ao primeiro plano

dantes de guerrilha queriam formar não foi possível porque os cubanos sabota­ram. Eles queriam que todo o comando das operações ficasse sob a orientaçãode Cuba.

Octavio. Qual era seu papel?Anselmo. Eu era representante do MNR. Mas depois disso eu li que o Brizola já tinha saído de lá por causa do fracasso da guerrilha de Caparaó Imovimento guerri­lheiro iniciado pelo MNR em no­vembro de 1966 e dominado em abril de 1967 na serra de Capa­raó. entre Minas Gerais e o Espírito Santo].

Octavio. Qual era a delegação brasileira na OLAS?Anselmo. O Carlos Marighella I ex-deputado pelo Partido Co­munista em 1945. rompido com o PCB e partidário da luta ar­mada1 representava a ALN [A liança Libertadora Nacional].

O Aluizio Palhano [ex-vice- presidente do extinto Comando Geral dos Trabalhadores e pos­teriormente membro da Van­guarda Popular Revolucionária, a VPR] e o Anselmo repre­sentavam o MNR, e o Paulo Wright [ex-deputado estadual pelo PSP de Santa Catarina, na época asilado no México, e de­saparecido desde sua prisão em São Paulo, em dezembro de 19731 e o Vinícius Caldeira

OCASIÃO SUSPEITAO governador Leonel Brizola tomou conhecimento da ver­são de Anselmo sobre os acontecimentos que culmina­ram na guerrilha de Caparaó no começo da semana pas­sada. quando deixou a clínica onde estivera internado para tratar de um cálculo renal. De inicio, recusou-se a co­mentar o assunto. Um asses­sor disse que ele já dera “to­das as explicações sobre isso '. ISTOE resolveu insisur. A assessona repetiu que achava "muito estranho que esse indivíduo venha justa­mente agora dizer tais coi­sas". Enfim, o governador fluminense concordou cm di­tar uma curta declaração, sem tratar diretamente do episódio transcorrido há quase duas décadas, quando ele vivia no Uruguai, exilado:

Brandt \ex-presidente da União Nacional dos Estudantes, então na clandestinidade], que representavam a AP [Ação Popular], os dois últimos sem participação guerri­lheira. Nosso grupo ficou em Havana, sem condições de voltar ao Brasil, por­que o MNR já não mais existia. O Bri­zola já havia recuado no seu intento

de uma volta para retomar o poder.

Octavio. Por quê?Anselmo. Ah, esta seria uma perguniu ,i ser feita ao sr. Brizola. E porque houve v fracasso da guemlha de Caparaó K>. depois disso, e porque talvez eie n ã o •«. tenha querido associar mais intimamente com Fidel Castro.

Octavio. Por que fracassou a guerrilha Jt Caparaó7Anselmo. Primeiro: não havia preparo militar guerrilheiro do pessoal. Segunde as redes de apoio e abastecimento foram todas feitas de maneira muito apressada Terceiro: a região era deserta, sem que c pessoal contasse com o apoio da população.

Octavio. Qual foi a atuação de Martghelu. na OLAS?Anselmo. Muito discreta. O granoe interesse de Marighella era simplesmente o apoio miii- tar cubano para a formação do6 que inam participar da guerrilha dele. (. . . ) O grande beneficiário da ajuda cubana para guerrilha no Brasil foi seu grupo. Ele provavelmente teve o aval dos soviéticos. (. . .)

Octavio. £ depois da OI^AS'Anselmo. Durante mais um ano ou dois de permanência em Cuba. nos foi dado um dossiê completo com fotografias aéreas e terrestres e descrições minucio

sas de uma região no Mato Grosso, fronteira com a Bolívia, que abrangia as cidades de Ca- ceres. Barra do Garças e outras, onde se dizia haver a possibili­dade de instalar uma coluna guerrilheira. Suponho ter sido ■> levantamento feito objetivando a expansão da guemlha üo Guevara na Bolívia.

era siui iiul, e/>

1Me recuso a comentar.

Não posso acreditar que uma revista como IS T O É dê

espaço a um tipo disqualificado

como esse para insultar e difamar

I I

Octavio. Corna Cuba?Anselmo. Passei a (requentai tev dências de intelectuais, ia quase u«- dos os dias à cinemateca Tente, contatos com famílias comuns e tra balhadoras. mas era muito difícil. V pessoas tinham muito medo de ev trangeiros para não enar situações conflitantes com os Comités de De­fesa da Revolução - havia um em cada quarteirão. Havia toda uma atividade surda de protesto contra a situação do Estado, mas ninguém ousava dizer claramente. (...) A partir do instante em que voce passa a conviver com a população i começa a mudar um pouco a visai que você tem do país. Pnmeuv você percebe os aspectos cnocos da

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Trecho do manuscrito que o cabo Anselmo redigiu para IS T O É para facilitar sua identificação

própria população: as filas imensas para comprar qualquer coisa que existisse den­tro de uma loja, senhas para jantar em um restaurante dali a um mês sendo ven-

i didas no câmbio negro (...)■ O pais, não aando nem ao menos uma alimentação condizente a seus cidadãos, gastava seus dólares financiando grupos guerrilheiros em várias partes do mundo.

Octavio. Como o grupo de brasileiros via essa situação?

Aradmo. (...) Repassamos toda essa situa­ção, e nos perguntávamos: “Ê isso o que é bom para o Brasil realmente? Será que a situa­ção do nosso pais é essa? Ou sera que es­tamos aqui simplesmente sendo bonecos?"

Octavio. Qual foi sua conclusão?Anselmo. Eu concluí que realmente nós éramos simplesmente marionetes de um grande jogo internacional, de interesse único e exclusivo da União Soviética.

Octavio. Como fo i a volta ao Brasil? Anselmo. Tivemos um contato com o pes-

| soai da VPR através do Onofre Pinto \ex- sargemo do Exército, banido e dirigente da VPR1 (...). E foi através dele que esse nosso grupo teve condições de voltar para o Brasil, em 1969, começo de 1970, por aí. Eu viajei so­zinho. O Palhano veio depois. (. . . ) De Cuna ao aeroporto de Praga, dali a Frank­furt, havia uma conexão para MQão e dali para a Suíça, onde havia um vôo da Swissair direto para São Paulo. Em São Paulo, eu de­veria fazer um ponto, iria a um determinado local, numa determinada hora de uma certa data com uma revista em uma das mãos. Alguém me abordaria com uma se­nha. Essa pessoa seria então o contato da VPR que me receberia. E assim foi feito.

A CLANDESTINIDADE(? 7 0 - ? 7 3 )

Instalado num hotel da avenida São João, com um passaporte boliviano, An­selmo inicia sua militância clandestina em São Paulo. Vai freqüentemente ao Rio -

numa das viagens encontra, em Rio Douro, o ex-capitão Carlos Lamarca, di­rigente da VPR. Em São Paulo começam a desaparecer militantes que têm contato com o cabo. No fina l de 1970. narra An­selmo. ele procura o telefone do D O PS na lista e liga para o delegado Sérgio Fleury.

Octavio. Como começou sua vida na clan­destinidade?Anselmo. Eu tinha um passaporte boli­viano, em nome de Mario Suarez Amaure. Fui para um hotel na avenida São João, esperar o dia em que devena fazer o contato, no cemitério da Quarta Parada. No pnmeiro dia do contato não apareceu ninguém. Na outra semana apareceu Édson Neves Quaresma lex- marinheiro, militante da VPR1, que havia estado em Cuba comigo. Quaresma me deu informações - o Aluizio Palhano não havia chegado de Cuba ainda, disse- de que estava tudo se acabando e me providenciou uma identidade. Quaresma também me deu dinheiro brasileiro, cer­tamente dinheiro proveniente de assal­tos, e eu passei a viver numa pensão na Vila Manana. Mas achava toda aquela situação muito insegura. Ficava absolu­tamente isolado e via diariamentç, notí­cias de assalto a banco, de tiroteio. Ha­

via assim um clima de tensão muito vio­lento. Trocava idéias com o Quaresma c ele dizia: “Olha. não é nada daquilo que se sente, se ouve falar lá fora. A situação aqui é saive-se-quem-puder, e muita gen­te vai morrer ainda”. Um mês. dois me­ses depois, aparece num encontro o Pa­lhano. Diariamente nos encontravamos. andávamos pelo centro de São Paulo, e ele dizia que os cubanos não lhe haviam dado determinado contato com Mari- ghella. e que se tinha que entrar em con­tato com o Lamarca lo ex-capuão do Exército Carlos Lamarca aderiu à VPR em janeiro de 1969, ao fugir do quartel de Qui-

taúna. em São Paulo, levando fuzis e me­tralhadoras. e se tornou, mais tarde. o prin­cipal dirigente da organização]. Nessa oca­sião, pouco tempo depois da minha che­gada, eu fui levado ao Rio de Janeiro para um contato com Lamarca. Quem me recebeu foi a Inès Etienne Romeu

[militante da VPR na época, hoje vivendo em São Paulo}.

Octavio. Onde?Anselmo. Em Madureira, num daqueles bairros por ali, acho que Madureira .

Octavio. Como era ela?Anselmo. Baixinha, rosto ovai. branca, den­

tes montados, óculos de grau muito íorte

Octavio. Como foi esse contato com ela' Qual foi a senha?Anselmo. Desses detalhes assim eu real­

mente não me recordo... Nós partimos do Jabaquara numa Kombi. A pesso . que me levou é que fez o contaio corn ela - não me lembro o nome. um reca, acho que inclusive esse era o apelido dele. Careca [Walter Ribeiro

A T 0 .tô .Ly - 5 J / ii3

Novaes, ex-salva-vidas preso no Rio em junho de 1970 e desapa­recido desde então], Nós saí­mos cedo daqui de São Paulo, e teríamos o contato nas pri­meiras horas da tarde. Eu sal­tei da Kombi e fiquei dan­do umas voltas até que fosse feito o contato com a Inês.Houve qualquer coisa não bem normal de horário ou algo assim, mas depois foi feito o contato. Ela me levou para um apartamento em - Copacabana.Octavio. Em que rua?Anselmo. Não me lembro se era na Nossa Senhora de Copacabana, Ba­rata Ribeiro ou na própria avenida (Atlântica). Era uma kitchenette.

Octavio. Como era o apartamento? Anselmo. Corredor ao lado esquerdo do elevador, o banheiro ou a cozinha com ventilação no corredor, havia uma cortina - a cor talvez era verde e amarela com uns desenhos grandes. Nesse apartamento dormimos eu e lnês para, no dia seguinte, de noite, ir­mos até o local onde estava o La- marca. Eu entrei com à vista baixa e saí com a vista baixa, mas depois eu pude voltar a esse apartamento, quando nós ficamos, eu e o Palhano, perdidos lá em São Paulo, ele foi ao Rio de Janeiro e eu fui com ele para manter outro contato.

Octavio. Como e que você conseguiu locali­zar o apartamento, se na primeira vez saiu de olhos vendados?Anselmo. É interessante. Não estava ven­dado, eu estava simplesmente com a vista baixa, e por disciplina eu não de- vena notar nada. Mas é que eu conhecia mais ou menos Copacabana, as ruas, a ambientação. Foi fácil identificar depois. Pelo passeio, pelo piso, pela movimenta­ção, pelo barulho do mar.

. Octavio. Como foi a viagem até o La-' marca7

Anselmo. Foi num Volkswagen. Eu senti que nós passamos por um posto do pedá­gio. Eu estava com óculos, vendado, e deitado no banco traseiro. A Inês dirigia. Sei que eu senti depois de sair do Rio de Janeiro que nós circulávamos por estra­das, depois passávamos por cidades praianas, ouvia o som do mar, até que chegamos a um local onde havia uma casa de madeira, a poucos metros havia uma cascata, nas cercanias havia uma serrana, cujo barulho eu ouvi no dia se­guinte. (O local era Rio Douro, no Estado do Rio, situado não no litoral, mas na Bai-

H eu expliquei para o Fleury: 'Estive com o Lamarca em tais e tais circunstâncias Suponho que eles foram lá e o Lamarca não estava m a is j j

xada Fluminense1. O Lamarca estava com a Yara nesse local. [Yara lavelberg, psicóloga, militante do Movimento Revolu­cionário 8 de Outubro. MR-8. era compa­nheira de Lamarca. Foi morta na Bahia, em 20 de agosto de 1971.].

Octavio. Quantas horas durou a viagem? Anselmo. Eles tiraram meu relógio.

Octavio. Que você fez quando chegou a La­marca?Anselmo. Bom, cumprimentei, conver­sei, tinha filmes com mensagens, conver­sei sobre a situação de Cuba.

Octavio. Mas dizem que quando você che­gou deu uma bronca, dizendo que ele es­tava muito malguardado lá. tinha falhas na segurança.Anselmo. É possível. Era uma situação de

insegurança total. Lamarca estava co pletamente isolado, sem ter ninguém qufc o guardasse. Ele e a Yara estavam sou. isolados de qualquer contato, não t i ­

nham ao menos um carro. Tinham so­mente as armas deles num barraco ia. numa casa de madeira. Qualquer pessoa da região podia chegar ali, conversar, re­conhecer, denunciar e . .

Octavio. Que você conversou com Lu- marca7Anselmo. Conversamos sobre a situação do Brasil. Ele falou sobre as dificuldades que estava tendo, sobre as indisciplinas do grupo, que a situação era realmente insustentável. Eu falei da esposa e dos fi­lhos dele,que estavam lá em Cuba.

Octavio. Qual era o seu cognome quando você voltou?Anselmo. A gente escolhia qualquer nome e eu escolhi Jónatas. [Os militante.', só se conheciam por nomes falsos. La­marca. por exemplo, era Cláudio. I

Octavio. Como era Lamarca?Anselmo. O Lamarca me pareceu uma pessoa muito insegura, vacilante. Na­quele instante, ele não tinha certeza ao que iria ser o dia seguinte, não tinha cer­teza do que poderia acontecer. A Yara era mais otimista, ativa, e ele sempre buscava apoio na Yara. Eu tive a impres­são de que o intelecto era a Yara e o La­marca, sem ela, não era nada mais.

0 PCB E CARLOS MARIGHELLAUm grupo de militantes do clandestino Partido Comunista Brasileiro (PCB) decidiu pegar em armas, em 1967, se­guindo a liderança do ex-deputado Carios Ma- nghella. Segundo An­selmo, essa cisão não foi para valer e o grupo continuou a agir como braço rrulitar do PCB. A contestação do atual lí­der dos comunistas, Giocondo Dias:

ff,

Giocondo Dias

Isso é mentira. Nós fomos contra a guerrilha porque a consideramos uma aventura, uma coisa precipitada; na­quele momento, era uma atitude que ajudava a repressão. Estamos convenci­dos de que a guerrilha prejudicou a nor-

\ malização do processo político no pais. Era nossa posição política de prijicipio.

Hoje, os homens que a ji- zeram e que foram perse­guidos, mortos, têm a nossa solidariedade Mas nós fomos absolutamente contra a decisão do Ma- righella. Fizemos tudo o que foi possível para convencê-lo a não pariu para a guerrilha. Acha va­mos que isso poderia nos comprometer . . . ate e < • plicar que coelho não era elefante . . . Além disso não queríamos perder o

Marighella. Embora tivesse uma posi­ção diferente da nossa, era homem de grande valor. Ele foi para a guerrilha contra a nossa vontade e foi expulso do partido por causa disso. Não sei o que levou esse sujeito l Anselmo i u di zer isso. A provocação tem mil t um caminhos e, por certo, essa ajirmação é uma provocação j j .

Ü. iixaàtííií** *

Octavio. Nessa época você já estava pen­sando em deixar a organização?Anselmo. Eu sempre tinha a esperança de que fosse encontrar pessoas que real­mente tivessem uma visão mais clara, objetiva e mais próxima daquelas reali­dades que a gente vivia, e que, diante dessa convicção de que aquele não era o caminho, ou de que aquilo não dava certo daquela maneira, não persistissem na mesma atitude, e que realmente che­gassem num momento e dissessem: “Olha, a coisa não é essa, mas deve ser feita dessa ou daquela maneira, mas com critério, dentro de uma situação de uni­dade”. Isso eu não encontrei em ninguém, e se afirmou muito mais no momento em que eu conversei lá com o Lamarca. Ele me transmitiu uma insegurança tamanha que eu sai de lá dizendo assim: “Sabe de uma coisa? Eu vou realmente deixar cres­cer e amadurecer, vou pensar mais seria­mente se continuo por esse caminho”.

Octavio. Mas você já pensara nisso antes, não?Anselmo. Desde Cuba já nascera essa idéia.

Octavio. Você já veio disposto a mudar? Anselmo. Já. Â minha saída de Cuba, eu me perguntava intimamente no avião o que eu fana. Se devena ser preso ou se deveria me entregar.

Octavio. Qual foi a instrução de Lamarca para você?Anselmo. Continuar aguardando tarefas em São Paulo e fazer os contatos da­quele tipo que a gente fazia, na rua: vai e vem, caminha e anda, e vira e mexe sem objetivo imediato.

Octavio. Você assaltou algum banco? Anselmo. Não. Nem assalto a banco nem nenhum crime desse tipo.

Octavio. Quer dizer que tudo o que você aprendeu em Cuba não valeu para nada? Anselmo. Não. Mas me valeu para saber

• como funcionam os bastidores num pais comunista.

Octavio. O contato do Lamarca em São Paulo era Yoshitame Fujimore?Anselmo. Sim. Em São Paulo, nós fize­mos contato com o Yoshitame Fuji­more e o Édson Quaresma. Pouco de­pois eles morreram num tiroteio [em 5 de dezembro de 19701. Eles tinham con­tato com Palhano. Eu acredito que desse tiroteio a polícia chegou no Aluizio Palhano, e do Aluizio Palhano chegaria a mim.

Octavio. Há quem dga que você foi quem le-

A TRAIÇÃOvow Fujimore e Edson Quaresma para acilada.Anselmo. Não, não é verdade. Eu tive contato com o Yoshitame Fujimore e com Édson Quaresma, mais com Édson Quaresma. Com Fujimore eu tive um contato uma vez - inclusive nós saímos para uma pescana num sítio às margens da represa em Ibiúna [em São Paulo], E lá foi escondida uma caixa de isopor com balas de vários calibres. Fizemos um buraco e escondemos a caixa, dei­xamos marcado o local etc. Ê uma das atividades ensinadas em Cuba - escon­der munição, esconder armamento. Depois ele me deixou na cidade, e os contatos seguintes foram com o Édson Quaresma.

Octavio. Quem levou você a Fujimore? Anselmo. Edson Quaresma. Ele também me passou o Aluizio Palhano, com quem

eu fiquei mais intimamente ligado. Quanto ao Fujimore, foi na pescaria o único con­tato que tive com ele. Nós nos encontra­mos ali na Liberdade, na rua Vergueiro, em frente a uma empresa de transportes, se não me engano A Lusitana.

Octavio. Quem matou Quaresma e Fuji­more?Anselmo. De ler nos jornais, deve ter sido a equipe do dr. Fleury.

Octavio. £ aí?Anselmo. Na seqüência eu simplesmente resolvi sair fora. Depois da morte do Fu­jimore resolvi sair fora. O Palhano falou a dois ou três contatos, então eu pensei: “O próximo sou eu. Eu posso ter a alter­nativa de decidir isso em liberdade ou me deixar prender e ter que fazer, mas aí já com a iniciativa do pessoal da polícia. Mas se eu :omo a iniciativa é uma ques­tão que eu tomo em liberdade”. Foi essa a iniciativa que eu tomei...

Octavio. Quando foi isso?Anselmo. 1970. De 1970 para 197 f.

(1971 - JAN 1973)

Pela primeira vez, Anselmo traz a piíblicu sua desconcertante versão de que. ao con­trário do que dizem ex-companheiros d? luta armada, ele jamais foi preso: entregou- se voluntariamente á policia A colanoração com o delegado Sérgio Fleurv. do D O PS de São Paulo, teria resultado, seçundo suu própria avaliação, na morte de "cem. du­zentos” militantes de organizações de extrema esquerda. Entre eles estava sua companheira, a jovem paraguaia Soledaa Viedma.

Octavio. Existe uma versão de que você foi preso com aquele seu ex-colega, o Antônio Duarte dos Santos. [O repórter se enga­nou. O nome certo é Edgar de Aqutnu

Duarte, ex-marinheiro, colega de Anselmo na AMFNB e tam­bém ex-exilado em Cuba Nesta época, já afastado da esquerda Duarte vivia com a idenudadi de Ivan Marques de Lemos v trabalhava na Bolsa de Valores de São Paulo. Anselmo encontrou-*, e foi morar em sua casa. na rua Martins Fontes, em São Paulo Quando Anselmo desapareceu Duarte foi preso, em maio de 1971, e esteve no D O PS e em de­pendências militares do Rio e de São Paulo. A vários companheiros de cela, Duarte disse que An­selmo, provavelmente, também

fora preso. Duarte está na lista dos desapa­recidos. ]Anselmo. Não. Eu fiquei perplexo quando li essa versão. Perplexo de como as pessoas podem inventar detalhes para completar lapsos ou falhas que elas te­nham dentro de uma históna. As pessoas pegam alguns fatos e vão fazendo as liga­ções com coisas da sua imaginação ou com coisas inventadas por terceiros, ou com seqúéncias que parecem ser logica.s dentro de um quadro, mas que na ver­dade não são.

Octavio. Como é que você jez para comunicar-se com a policia?Anselmo. Identifiquei o telefone do DOPS, fiz uma chamada. Disse que que­ria falar com o doutor Fleury, que eu era um elemento que estava atuando na guemiha urbana, embora não uvesse praticado nenhum cnme maior, que ti­nha estado em Cuba e que estana em tal lugar a tantas horas. O local foi o Museu do Ipiranga, porque lá havia ampla vi­são, ele poderia ver que eu estava só, não havia problema nenhum. Dei a roupa

ff Contei ao Fleury tudo

o que sabia..Graças ao

trabalho que a polícia fez,

com as minhas indicações,

morreram uns cem, duzentos.

Eu não contei

com que estaria vestido. Che­garam dois investigadores dele. com um carro, me apa­nharam e me levaram para o Departamento de Ordem Política e Social, ate a sala do doutor Fleury.

Octavio. Como ele eslava?Anselmo. Ele estava de pe. atrás da mesa. e eu lhe disse: "Sou fu­lano de tal, e a situação é essa".

Octavio. Ele perguntou: "Sabe _______quem sou eu?"Anselmo. (Risos) E, ele perguntou. Eu disse a ele: “E o doutor Flêuryl" Ele disse: "Flêury não, Fleury" (risos). Então eu conversei com ele aquilo que tinha que conversar - cerca de meia hora. Contei toda a históna e disse: “A minha não é essa, ponto final". No final da mi­nha fala, ele me fez algumas perguntas e disse: "Eu acredito em você". Me pas­sou para uma sala vizinha, me deu um bloco, lápis e me mandou que pusesse tudo no papel. A medida que eu ia escrevendo, me iam sendo levadas as pá­ginas e elas iam sendo lidas, e já havia mais perguntas. Isso se prolongou bas­tante. Depois de tudo ... (Pausa).

Octavio. £ daí. desembucha, vamos em­bora ...Anselmo. (Irritado) Não é "desembucha, vamos embora", não . ..

Octavio. Vieram militares conversar com você?Anselmo. Vieram de todas as Armas, eu acredito, à exceção, talvez, da Aeronáutica. Mas veio gente do Exército e da Marinha, para completar as suas informações. Sem­pre na base do papel e lápis.

Octavio. Que você contava?Anselmo. A maneira como atuavam os grupos e a maneira como estavam esses grupos no Brasil, uma estimativa de quantas pessoas existiam, das dificulda­des que tinham, do que se pensava - do que pensava inclusive o Lamarca - sobre as condições de continuar operando ou não. Foi colocado tudo. "Qual o seu pró­ximo contato?” "Fulano de tal, em tal lu­gar e pronto.”

Octavio. Quem era esse contato?Anselmo. Ah, devia ser gente da ALN ...

Octavio. Quem?Anselmo. Na ocasião, deveria ser o Cle­mente. [Carlos Eugênio Sarmento Coelho da Paz. na época um dos principais dirigen­tes da ALN, muito procurado pelos órgãos de segurança. I

H eu fiquei perplexo quando li esta versão

(sobre a noticia de que tena sido preso com o ex-marínheiro José de Aquino Duarte, em cuja casa se hospedou em São Paulo)

Octavio. Eles mataram o Clemente? Anselmo. Acho que não. O Clemente foi um dos poucos que não morreram. E foi a panir do Clemente que o Fleury pôde montar todo um esquema de atividades, seguindo pessoas, prendendo alguns e tomando informações que nós passáva­mos a analisar, dando seqüência a um plano em que. pouco a pouco, foram sendo capturados os outros elementos (leia quadro na pagina 37).

Octavio. O Clemente, que você entregou, era seu amigo?Anselmo. Eu não o conhecia não. Eu o vi somente no contato que fizemos, e ele me passou inclusive um revólver nessa

f Não levei o Quaresma e o

Fujimore (foto) a uma cilada...

De ler nos jornais, quem os matou deve

ter sido a equipe

do doutor Fleury y j

Octavio. Palhano também morreu, não Anselmo. O Palhano morreu.

Octavio. Como foi. você deu ..Anselmo. Não. Éle tinha contato comigo e eu tinha contato com o Quaresma e com o Fujimore. Eu suponho que. quando da morte do Quaresma e do l u- jimore, a policia chegou ao Palhano. I depois do Palhano então e que chegou .i minha decisão de entregar todu o irao.i- Iho, porque eu fui a três contatos com , Palhano e ele não apareceu. [Aluizio Pu- lhano, que presidira a reunião da O LAS em Havana, chegou ao Brasil, clandestina­mente. após o cabo Anselmo — em 1970. Foi preso em São Paulo, em 9 de maio de 1971. e levado para o DOI-COD1. onde foi visto pelo preso Altmo Dantas Júnior Desde então. Palhano está na lista dos pre­sos desaparecidos.]

Octavio. Existe a versão de que. depois que você falou com Paulo de Tarso Cetes- tino da Silva e sua companheira. Heleni Te­les Guaribas, eles foram mortos [Ambo.* eram militantes da ALN e foram presos, em São Paulo, a 12 de junho de 1971. dia em que deveriam encontrar-se com Anselmo, sem que se saiba até hoje seu destino, i Anselmo. E possível. Eu tive tantos con­tatos, com tanta gente .. .

_ _ _ _ _ Octavio. Mas você se lembra de Paulo Celestino e de Heieni Guariba?Anselmo. Não, não me lemoro de pessoas pelos seus nomes, porque todos os nomes que se usava na clandestinidade eram nomes clandestinos era Pedro. Francisco, João. Antônio, José. Eu não sei identificar. .

ocasião - eu andava sem arma. Era um sujeito alto, fone, muito forte, cabelos encaracolados.

Octavio. Nessa relação que você fez para o delegado Fleury. no primeiro dia, por escrito, quantos dos seus amigos que trei­naram com você em Cuba estavamincluídos?Anselmo. As pessoas que haviam trei­nado em Cuba comigo já estavam mor­tas. O Edson Quaresma, o Francisco, que eu sabia que haviam regressado. O Os­valdo, eu não sei se ele regressou.

Octavio. Edgar Aquino Duarte morreu? Anselmo. Eu não sei do Aquino.

Octavio. £ na morte de La­marca, em setembro de 1971. na

_ _ _ _ _ Bahia, você teve alguma participação?

Anselmo. Também não.

Octavio. Mas Fleury estava na Bahia atras dele . . .Anselmo. Ah, sim. Mas isso não significa que o doutor Fleury fizesse somente aquilo que fosse produto das nossas indi­cações de trabalho, não?

Octavio. £ quanto à morte de Carlos Ma- righella, em novembro de 1969. qual foi a sua participação?Anselmo. Nula. Nada, nada.

Octavio. £ Toledo - Joaquim Câmara Ferreira —, em outubro de 1970? Anselmo. Eu só o conheci de ou

M O«tô.*i;p-S5/u4

vir falar, dc notícias da imprensa. Anselmo não deveria ser visto no DOPS.]

Octavio. Você não indicou nada?Anselmo. Não.

Octavio. Quantas pessoas você calcula que. depois de você fornecer as indicações aos órgãos de segurança, morreram? Anselmo. Uns cem, duzentos... Graças à minha indicação? Graças a todo um trabalho que a polícia fez .. .

Octavio. Digo. a polícia ajudada por você.Anselmo. Pode ter sido cem, até mais.

Octavio. Você acha então que depois de suas indicações morreram cem. duzentos? Anselmo. Pode ser. Eu não contei.

Octavio. Você indicou um por um7 Anselmo. Não. Veja, você indica ou você rnantém um contato com a. b, c. A partir desse contato, a polícia segue a. b e c. Então amplia-se o conhecimento da rede porque eles levam a policia a um contato com nove, dez ou outros elementos

>mais. Vamos seguir então os nove, dez ou mais elementos e piaft!, vamos abrindo o leque. Com a, b;c eu tive con­tato. Agora, o que vem para baixo, nessa cadeia, é trabalho próprio da polícia.

Octavio. Você contou ao delegado Fleury tudo o que sabia?Anselmo. Tudo aquilo que nós dois con­versamos até agora, tudo aquilo que foi exposto até agora: em relação a Cuba, e detalhes técnicos sobre operações e mo­vimentação na cidade: como eram feitos os pontos; qual a freqüência dos pontos: como vivia o pessoal; as dificuldades; cálculos,por exemplo, de que uma opera­ção de assalto a um banco que rendesse n cruzeiros daria para um determinado grupo viver naquelas condições tanto tempo.

Octavio. Você ficou em cela, preso? ^^Anselmo. Não. não. Na verdade, eu não í®:onhcço a parte de celas do DOPS pau­

lista. Eu sei de uma declaração de al­guém que disse ter-me visto preso numa cela. Mas é uma fantasia. Depois de sair das salas da Delegacia de Ordem Política e Social, fui viver num apartamento alu­gado para essa finalidade. [O advogado gaúcho Carlos Franklin Paixão Araújo, preso entre setembro e novembro de 1970 em São Paulo, garante ter visto Anselmo no \fundão " - a última cela do DOPS pau­lista. Araújo não lembra o que conversa­ram. mas, diz. "ele deve ter me perguntado se eu estava machucado". No dia seguin­te. Araújo soube que o carcereiro que o levara ao "fundão" fora advertido de que

Octavio. Os órgãos de segurança é que pa- gavam o aluguel do apartamento? Anselmo. Exatamente.

Octavio. Quanto eles lhe pagavam por mês?Anselmo. Não, não me pagavam.

Octavio. Como é que você vivia? Anselmo. Eu tinha a comida, ia a um res­taurante comer, e sempre que precisava

f f Foi fácil identificar.

Pelo passeio, pelo piso, pelo

barulho do m a r j j

(sobre a forma como localizou o

apartamento de Inès Etienne — foto —. onde fora com os

olhos vendados)

de dinheiro pedia: “Me dá algum di­nheiro para isso, para aquilo”.

Octavio. Você passou a ser um analista? Anselmo. É, mais ou menos um analista.

Octavio. Quando havia eles levavam para você Anselmo. Eles levavam ia até o apartamento guém. E eu também ia de Ordem Política e cutiamos, vez por questões.

algum documento, analisar?. O próprio Fleury , ou mandava al- ao Departamento Social, e nós dis- outra, algumas

tórico do movimento comunista interna­cional (leia as declarações de Giocondo Dias. secretário-geral do PCB. na página 30 ). Era realmente o grupo que tinha possibilidades de desenvolver-se melhor A fraqueza decorrente - a queda do Ma- righella - eu acredito que tenha sido resultante da morte do Guevara. Acre­dito inclusive que todo o movimento fracassou na América do Sul a partir da morte do Guevara. Se a guerrilha do Guevara subsistisse na Bolívia, a si­tuação desse continente hoje seria real-

_ _ _ mente a de um grande Vietnã.

| Octavio. £ a VPR ’>o Anselmo. A VPR e os grupos § como Colina, MR-8. AP peca- 5 vam pelo desalinhamenio. pela | não-obediência ao Partido Co- ! munista. e eram grupos cujo ob- ‘ jetivo era o mesmo No final du.s

contas, quem teria os quadro» do governo para uma revoiuçào vitoriosa desse tipo seria o pró­prio Partido Comunista, conv aconteceu em Cuba, comc aconteceu na Nicaragua, como aconteceu em tantos outros países.

Octavio. Eu queria que você analisasse as diferentes organizações da luta armada. Qual foi a mais forte?Anselmo. A ALN. Primeiro porque tinha todo o apoio de uma rede de militantes que tinham sido formados no Partido Comunista por Carlos Marighella, que obedeciam a todas as ordens que ele desse. Além disso havia o apoio interna­cional, que lhe era dado pelo sistema de comunicações através de Cuba, e até mesmo pelo Partido Comunista dentro do Brasil. Por quê? A guerrilha de Mari- ghela. a última a surgir dentro do movi­mento de guerrilhas no Brasil, foi sim­plesmente o braço armado do partido, com o aval do Partido Comunista da União Soviética - não tenha dúvida ne­nhuma. Essas coisas não são ditasynão são escritas, elas são simplesmente intuí­das dentro de um comportamento his­

Octavio. Você se encontrou com Fieur\ com que frequência? Umas trinta ou quarenta vezes? Fale mais sobre Fleury.Anselmo. Sempre de bom humor. Poucas vezes eu o vi de mau humor, fazendo uma repnmenda a um elemento da equipe dele que tivesse cometido um erro que pusesse em jogo alguma opera­ção. Discutia futebol, era orgulhoso dos filhos. Às vezes tomava uma ou outra dose a mais - sempre que ia ao meu apartamento, por exemplo, havia lá uma garrafa de uísque, ele tomava uma ou duas doses enquando conversáva­mos. Era um elemento bonachão, tinha grande alegria de viver, era mui­to entusiasmado por sua profissão, era um profissional dos mais compe­tentes. Eu acho que ele se daria bem em qualquer profissão que seguisse Era, acima de tudo. um idealista no mais alto grau.

Octavio. Mas houve excessos no grupo dele. não?Anselmo. Sem dúvida alguma. O ritmo de trabalho daquela equipe era muito in­tenso. Eles passavam, às vezes, noites sem dormir, sem visitar as esposas, os fi­lhos, sem ir em casa. Então, chegavam a níveis de irritação extremos. E, por ve­zes, eu tenho a impressão de que eles. ir­ritados com o excesso de trabalho, e vendo que aquela guerra era uma coisa

M ô .fc S .^ p ^ / iv g

que estava se prolongando muito, e que não tinham nenhum lucro com aquilo, do ponto de vista fi­nanceiro, podem ter cometido al­guns excessos, e excessos até condenáveis.

Octavio. Você nunca foi tortu­rado?Aisdm o. (Risos) Ah, não!

Octavio. Você \iu alguém ser tor­turado?Anselmo. Também não. Ver, não.

^ Houve quem dissesse, no DOPS, que era perigoso voltar â VPR...Eu fui ao Chile e o Onofre me disse que havia desfeitotudo contra m im j j

Octavio. Mas houve tortura pera obter comissões. Anselmo. Eu acredito que muita gente te­nha também abusado de denúncias so­bre torturas. Eu me recordo de que, quando estávamos presos lá no Rio de Janeiro, havia gente que dizia: "Você não foi torturado, mas diga que foi. Você não apanhou, mas diga que apanhou sim”. Mas eu acredito que tenha havido realmente excessos.

Octavio. Mas é notório que Vladimir Her- zog, o jornalista, por exemplo, morreu den­

tro da cadeia. Foi um caso marcante. Ihnselmo. Exatamente. Eu acredito que por essas provas que a imprensa tem, por essas evidências tenha havido realmente excessos, até cnmes.

Octavio. Você considera que talvez tenha evitado esses excessos?

Anselmo. Exatamente. Esse é o ponto. Não só se evitou uma série dessas coisas, porque o prolonga­mento desse tipo de atividades leva­ria num determinado instante a que no Brasil esses elementos ficassem isolados de qualquer organismo. Eles iriam atuar como esse terrorista venezuelano, Carlos, o Chacal. Quer dizer, nós teríamos no Brasil dez, vinte, trinta elementos assim, atuando isoladamente, inclusive a soldo de quem pagasse melhor.

Octavio. Você acha que de alguma forma encurtou o que você chama de guerra que então estava em curso no Brasil? Se não fosse você, em sua avaliação, quanto tempo ainda iria durar?Anselmo. Durou dois, três meses. Pode­ria estar durando até hoje.

Octavio. Por que você resolveu procurar justamente o delegado Fleurv? | iAnselmo. Era o homem que estava em evidência na ocasião, e eu estava em São Paulo naquela ocasião.

Octavio. Você tinha confiança em que u Fleury ia agir direito com você?Anselmo. E se não agisse direito comigo, tanto fazia morrer torturado quanto morrer com uma bala na rua!!

Octavio. Então você não tinha opção? Anselmo. Não é que não tivesse opção.Eu tinha a opção que tomei, a de decidir por mim próprio, em liberdade tomar a iniciativa. A opção foi minha, a iniciativa foi minha, foi uma questão de consciên­cia e de tomar em minhas mãos o meu destino por livre e espontânea vontade.E, se você quiser considerar como trai­ção, já que estamos chegando ao ponto, eu traí os meus companheiros. Eu trai uma ideojogia, eu traí, se você quer, com muita honra, o intemacionalismo prole­tário, stalinista, isso sim eu traí. Agora, eu não considero isso uma traição, e sim uma tomada de consciência. Como você pode trair, se você não tem uma convic­ção livre, uma convicção que você tor- mou livremente sobre uma ideologia ou sobre uma verdade que você esteja de­fendendo? Eu estava dentro de um cor­redor ou de um labirinto, e encontrei a saída. Muitos poderiam ter encontrado a mesma saída. Alguns até encontraram.

A VPR DEMOROU PARA REAGIRAcossada pela polícia S e emaranhada em lutas 5 internas, a Vanguarda |Popular Revolucio­nária (VPR), uma das mais militarizadas fac­ções da esquerda, le­vou muito tempo para descobrir e aceitar o fato de que seu len­dário militante Jônatas era um de lator.Quando confirmou a má notícia, Jônatas, cognome do cabo An­selmo, já dizimara seu exíguo efetivo. "A direção da VPR tinha informações desde 1971 de que Anselmo tinha-se passado”, admite Herbert Daniel, di­rigente da organização de 1969 a 1971 e hoje escritor no Rio. "Mas não de­mos crédito.” De fato, até mesmo uma militante da própria VPR, Inês Etienne Romeu, presa no Rio na­

Maria do Carmo

quele ano, alertara os diri­gentes para o fato de que seus interrogadores estavam informados de segredos que só Anselmo sabia.

No Chile, onde havia nu­merosa colônia de exilados brasileiros, o comando da VPR se dividia na avaliação das notícias sobre Anselmo. A rigor, ele era protegido por um alto dirigente da VPR, o ex-sargento do Exército Onofre Pinto - como lembra Maria do Carmo Brito, diri­

gente da organização até 1970 e na época asilada em Santiago. “Em setem­bro de 1972”, diz Maria do Carmo, hoje vivendo no Rio, “chegou ao Chile o Dió- genes de Arruda Câmara, do PC do B, afirmando ter visto o Anselmo no DOPS ‘rastejando aos pés’ do delegado Fleury”. Ainda assim, diz Maria do Carmo, “os militantes da VPR continua­

vam acreditando em Onofre Pinto, que avalizava o comportamento de Anselmo” . A proteção custaria a Onofre, desaparecido em 1973. a mesma e desconfortável fama de seu protegido: colaborador da poli­cia.

Dirigentes como Angelo Pezzutti. no entanto, desconfiavam de An­selmo - mas não tomaram providên­cias para neutralizar o delator. O diri­gente Shizuo Ozawa.o"Mano Japa' que convivera com Anselmo em Cuba, ainda chegou a se mobilizar Em 1972, tentou avisar a militante checa Pauline Reischtul. que estava na Europa, para não ir encontrar-se com Anselmo em Pernambuco, onde a VPR montava um núcleo armado. Pauline não recebeu o recado e foi morta pela polícia, com mais seis companheiros, em Recife, em janeiro de 1973. Só depois deste massacre o conjunto da VPR se convenceria de que havia pelo menos dois anos An- l sclmo caminhava na trilha de mão du­pla entre a organização e o DOPS. j

\

Eu sei (risos).

de muitos que encontraram

ff É possível. Eu tive contatos

com tanta gente j y

(sobre a acusação de ter entregue

à policia os militantes Helenl Guariba, foto. e Paulo de Tarso

Celestino, em São Paulo)

Octavio. Além de você. vários fizeram isso?Anselmo, ô !

Octavio. Quantos, mais ou menos. você cal­cula?Anselmo. Efetivamente, eu conheço seis ou oito.

Octavio. De qual organização?Anselmo. De todas elas.

Octavio. Estão vivendo na clandestinidade também?Anselmo. Perfeitamente.

Octavio. Por quê? Porque outras pessoas sabem que eles traíram?Anselmo. Não. eles estão vivendo na clandestinidade ou simplesmente inven­taram alguma história e continuam vi­vendo naturalmente. Muitos até devem estar hoje atuando na esquerda outra vez.

Octavio. Com o nome trocado?^\nselmo. Com o nome trocado ou o "om e próprio.

Octavio. Fizeram operação plástica como você?Anselmo. Não sei.

Octavio. Poderia citar dois, três nomes?Anselmo. Não.

Octavio. Você já se encontrou com eles?Anselmo. Não.

Octavio. Como é que você sabe. então?Anselmo. Eu estava dentro da situação, atuando lá dentro, fazendo análises, in­clusive opinando, dando parecer sobre uma série de questões.

Octavio. Sobre eles?Anselmo. Exatamente.

)ctavio. Se se podia confiar ou não neles?PLnseüno. Exatamente. Até onde iria essa confiança, até onde não iria.

Octavio. E você se encontrou alguma vez cara a cara, naquela época, com algum de­les?Anselmo. Não.

Octavio. Eles foram torturados antes?Anselmo. Não que eu saiba. Mas foram presos...

Octavio. Onofre Pinto era um desses?Muitos dizem que ele traiu também, não é? [ Ex-sargento do Exército. Onofre Octavio. Por quê?

Pinto era dirigente da VPR. Exilado no Chile, resistiu a todas as denúncias so­bre a traição do cabo Anselmo. Desa­pareceu, também, em fins de maio de 1973. na fronteira do Brasil com a Ar­gentina. quando supostamente tentava entrar no pais.]Anselmo. Eu não sei. Eu estive com o Onofre Pinto somente no Chile, quando fui fazer um recontato .. .

Octavio. Ele traiu ou não traiu?Anselmo. Que eu saiba, não.

Octavio. Ele está vivo?Anselmo. Também não sei responder a esta pergunta.

Octavio. Como é que você chegou ao Chile? Anselmo. Eu viajei até Uruguaiana, pas sei pela fronteira e embarquei num ôni bus até Mendoza, na Argentina, e daí pela Carretera Andina até o Chile. Fui procurar a embaixada cubana e disse que tinha informações para o compa­nheiro Onofre. Os cubanos ficaram com um filme em que se tinham fotografados documentos.

Octavio. Seus companheiros não sabiam que você decidira voltar novamente para a organização, não é?Anselmo. Sim, se analisou muito bem \no DOPS] qual era a possibilidade de haver uma volta, um reaparecimento para rea­tar os contatos e ver que coisas estavam acontecendo.

Octavio. Você não teve medo de voltar para a organização?Anselmo. Não. Eu tinha muito mais con­fiança em mim naquela situação, porque a iniciativa era minha.

Octavio. Mas no Chile você ficou trancado, o Onofre lhe proporcionou um esquema de segurança?Anselmo. É.

Anselmo. Dentro de um esquema clan­destino, sempre há essa segurança.

Octavio. Mas era contra a própria es- querda. não?Anselmo. Não sei. Não. Ao contrario, eu estive num café público com dois outros brasileiros, que conversaram comigo, pe­dindo notícias e tal. Conversei com eles normalmente.. .

Octavio. Quando você estava lá. Inês. presa no DOPS, conseguiu passar essa informa-

— ... „ ção. Quando ela foi interrogada.um policial disse que você traba­lhava para eles. Que ocorreu quando essa informação chegou lá?...Anselmo. O Onofre me disse que havia chegado uma infor­mação assim, mas que ele navia desfeito tudo.

Octavio. Que você fez no Chile' ^Anselmo. Passeei bastanic. to­mei bons vinhos (risos) e vo lte i ao Brasil com algum dinheiro e com todo o esquema para rece-

_ _ _ _ _ ber pessoas que vinham para o Nordeste. [A VPR estava transfe­

rindo miliumies do exterior para Pernambuco, onde deveriam implantar um núcleo armado Dele fariam parte os irmãos paraguaios Sole- dad e Jorge Barret Viedma. netos de Obduiiu Barret. fundador do Partido Comunista do Paraguai. Também viriam a checa Pauline Reischstul e os brasileiros José Raimundo da Costa, o Moisés, ex-sargento da Marinha, e Evaldo Luís Ferreira de Souza, lambem ex- marinheiro. ambos contemporâneos de An­selmo no exílio em Cuba: o ex-estudante da Universidade Federal da Bahia Eudaldo Gomes da Silva, que fora banido em 1970 e Jarhas Pereira Marques, çuio cognome na VPR. era~5er?io. Com dinheiro'enviado pela VPR do Chile o grupo instalou-se em Olinda. Recife e Paulista, cidade nos arre­dores de Recife, onde compraram um sitio para receber outros militantes que chega­riam do exterior. Apoiado pelo dirigente Onofre Pinto, o cabo Anselmo obteve, du­rante esta viagem ao Chile, em dezembro de 1972, a missão de coordenar a instala­ção do grupo no Nordeste.]

Octavio. Na volta, você foi logo ao dele­gado Fleurv?Anselmo. Não. Em Uruguaiana ele ja me esperava. Nós sentamos e acertamos tudo: o esquema de que vinha geme co n ­tatar com as pessoas que já estavam no Nordeste e ver até onde eles tinham pos­sibilidades, apoio, dinheiro quem era. como é que funcionava a coisa.

Octavio. Qual era o plano da VPR ?

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Anselmo. O plano cra que viriam armas, que o Onofre deveria fazer chegar. Veio uma pessoa trazer dinheiro numa oca­sião - 20 mil dólares que o Onofre man­dou - e foi usado durante todo o ano para me pagar aluguel e comer, porque era proibido naquela época, naquela si­tuação, assaltar bancos etc. Havia que estabelecer-se com uma fachada legai e preparar-se para um futuro recebimento de armas e de outras pessoas que viriam da Argélia, do Chile, de Cuba para ir-se situando na região. Daí então, quando houvesse um grupo suficiente­mente forte, viria o Onofre „Pinto. |

2Octavio. O que ocorreu então? | Anselmo. Em São Paulo, eu 2 tinha uma caixa postal que o Fleury me havia dado para correspondência externa. E chegou uma correspondên­cia cifrada dizendo que Sole- dad viria para o Brasil. Sole- dad eu havia conhecido em Cuba. Ela estava casada com Francisco , um ex-ma­rinheiro, do nosso grupo, .... — e tinha uma filha-que ficara em Cuba. Quando eu cheguei aqui no Brasil, Francisco já havia sido morto num tiroteio no Rio.

Octavio. Como o grupo se instalou em Per­nambuco?Anselmo. Eu me instalei assim que a So- ledad chegou. Era uma boa situação para um casal instalar-se em Recife. De­pois eu iria também usar a Soledad, por­que ela tinha um histórico sobre o qual não pairariam dúvidas.

Octavio. Vocês foram morar onde7 Anselmo. Em Olinda. Alugamos uma casa e montamos uma butique que nunca funcionou. Eu me lembro de ter vendido uma blusa e nada mais. Essa era uma vida que dava oportunidade de via­jar, deslocar-se, fazer contatos.

Octavio. Cada contato era observado pelos homens do delegado Fleury?Anselmo. Exatamente.

Octavio. Fotografavam tudo?Anselmo. Exatamente. Iam levantando toda a rede. Não somente os que vinham de Cuba como todos os contatos que daí por diante eles faziam.

Octavio. José Raimundo da Costa morreu no Rio, não?Anselmo. Ele era um contato que estava viajando, ele vinha a São Paulo, vinha ao Rio. Não é simplesmente dizer que “teve

contato com o Anselmo e em seguida morreu”. E preciso que os analistas da esquerda vejam a situação em que estava o Anselmo e a situação em que estavam os outros, fazendo contatos com diversas pessoas. E evidente que eles estavam sendo seguidos. 1José Raimundo foi preso no Rio em 5 de agosto de 1971 e morreu nas dependências do DOl-CODl.]

Octavio. Você não deu qualquer aviso para Soledad?Anselmo. Nós tivemos conversas muito

” 0 José Raimundo da Costa era um contato que ia do Nordeste para Sâo Paulo. Era evidente que ele estava sendo seguido. Nâo se pode dizer que encontrou comigo e morreu

francas. Evidente que eu não disse como estava atuando, mas tentei fazê-la voltar para Cuba e ficar com a filha. Mas ela não queria, e ficamos juntos todo esse tempo. A minha esperança era de que ela, sentindo a situação, realmente vol­tasse. O irmão dela tinha vindo também para o Brasil, se casou com uma menina lá do Recife e voltou ao Uruguai, onde fez contatos. Já havia uma preparação de terreno para que Soledad saísse. Mas chegou a menina checa, que veio com um estudante baiano, o Evaldo. Eu perdio controle da situação, porque circula­vam os rumores a meu respeito. O pró­prio irmão de Soledad trouxe uma carta do Chile dizendo que eu estava traba­lhando para o govemo. A situação ficou insustentável. Eu deveria ser julgado e certamente seria fuzilado ali mesmo.

Octavio. E Soledad chegou a falar com você a respeito?Anselmo. Essa carta chegou já na véspera de acabar toda a questão janeiro de 1973]. Eu fiquei no apartamento, eles saíram para fazer contatos, e então eu fiz um sinal do apartamento para o pessoal do Fleury, eles me resgataram, e eu já embarquei direto para São Paulo. O ir­mão de Soledad e a mulher dele conse­guiram sair fora da situação.

Octavio. Soledad já sabia que você estava do outro lado? "Anselmo. Não. Até essa carta que o ir-

mão trouxe do Chile, não. Defcois d< carta havia certeza por parte de todo ; grupo e dúvida por parte dela.

Octavio. Você acha que ela iria apertar . gatilho contra você7Anselmo. Ah! Pela nistona, peia vic. dela, claramente sim. Mas. se eia loss-, proceder com o coração, ela deixar;, que os outros fizessem.

Octavio. Mas o voto dela no julgamento seria para matá-lo?Anselmo. O voto dela, coerente, seria

Octavio. Quando você fez sinal para a pou cia ela estava saindo do apartamento7 Anselmo. Ela estava saindo para se er contrar com a menina checa, que esta\. junto com o rapaz baiano.

Octavio. Você fez sinal e eles a pegarur logo7Anselmo. Não. eles a deixaram ir. m. depois que ela se loi me resgataram

Octavio. Mas a prenderam depois' Anselmo. Depois, do apartamento, eu I. direto para o aeroporto (risos) e saí fort Depois eu li nos jomais que havia ucor rido um tiroteio no sítio que tinha sia comprado para esse rapaz, Evaldo, pen da cidade de Paulista.

Octavio. A Soledad estava esperando um • lho seu? Estava, como se informou n época, grávida de sete meses?Anselmo. Isso é outra inverdade, porqu ela tinha um DIU, esse contraceptiv que se implanta no útero. Logo que c chegou a São Paulo, ela fez um abor.. Ela disse: "Olha, eu não quero esse ! lho”. Mas não era meu.

Octavio. Como era Soledad?Anselmo. Muito bonita, vivaz, alegre T nha um controle de nervo* mui: grande, porque ela passou a vida toda • clandestinidade. Estudou na União S viética. Nós nos entendíamos muito dc a respeito de uma série de coisas, inti sive das impossibilidades da vida que n esperava a todos nós.

Octavio. Você a amava?Anselmo. (Pausa). Eu me entendia mui bem com cia. Foi durante algum “ilhas" nesse mar agitado uma comr nheira muito amorosa e tamoem p lhante por sua inteligência. Agora acredito que o amor mesmo eu so virr aprender muito recentemente, nos ui mos anos da rrunha vida atual.

Octavio. Então você não sente nenhum rem> pelo fato de ela ter morrido por sua causa

Anselmo. Não, não. Ela não morreu por minha causa! Ela morreu pela causa que ela de­fendia, por aquilo que ela acre­ditava. Ela morreu pelo cami­nho que escolheu, como uma vitima do movimento comu­nista internacional, e não por causa do Anselmo!

Octavio. Mas você morava com ela, era companheiro dela! Ela era ativista, ainda na organização,e você já estava fazendo um outro ■ .......papei Como é que vocês viviam assim? Você com os homens dos órgãos de segurança esperando, dando informações a eles, e ela ativista. Como era o convívio de vocês dois? Como se sentia você no íntimo? Anselmo. Vasculhar esse intimo era tam­bém verificar que aquilo que eu tinha as­sumido pela primeira vez como uma es­colha pessoal e consciente não podia ce­der a uma situação afetiva que eu sabia que era passageira. Soledad jamais pas­saria para o meu lado, eu jamais voltaria para o lado dela. Então, enquanto vivía-

I mos juntos, nós vivemos a vida que nos ' era dado viver. Saber que ela poderia

morrer ou que poderia também ser con­vencida a voltar a Cuba foi umaluta, foi uma questão de discussões que nós tive­mos particularmente muitas vezes. Mas ela firmou pé de que desejava continuar, e continuar insistindo para que ela vol­tasse a Cuba seria também revelar de vez

f Eu fiz um sinal para o pessoal do Fleury

(sobre a indicação para a prisão da militante Soledad Viedma, em seguida morta por policiais do DOPS. Soledad era mulher de Anselmo)

a posição que eu tinha naquilo. Eu pedi ao Fleury que, no momento decisivo, a soltasse, a expatnasse, fizesse qualquer coisa desse tipo com Soledad. Mas pa­rece que ela não deu ocasião a isso, por­que estava armada com o grupo.ISoledad. aos 27 anos, foi morta pela poli­cia ao chegar a uma butique na praia de Boa Viagem - segundo o relato do escritor e advogado de presos políticos pernambu­cano Paulo Cavalcanti, no livro Da Coluna Prestes à Queda de Arraes. Cavalcanti diz que não houve tiroteio, mas que Soledadfoi morta a pauladas, juntamente com Pauline Reischstui]

O ctavio. Uma coisa não ficou bem expli­cada: como você, no Nordeste, podia se comunicar com os homens dos órgãos de segurança sem ninguém desconfiar? Anselmo. Nós tínhamos, dentro da orga-

COM ANSELMO, VEIO FLEURYNo depoimento de^Anselmo há um ponto- < chave sobre sua passa-1 gem para os órgãos de segurança - e este se re­fere a quem foi a pn- meira pessoa que o ex- mannhetro entregou a Fleury. Segundo An­selmo, foi Clemente (na época membro da coor­denação nacional da ALN), que, seguido pe­los órgãos de segurança permitiu a descoberta de outras pessoas envolvidas mada. O Clemente de então, que jamais foi preso - Carlos Eugênio Sarmento Coelho da Paz, hoje com 33 anos, violo­nista e professor de música para crian­ças no Rio -, contesta frontalmente a versão. Clemente diz que houve um único encontro com Anselmo, em ju­nho de 1971. Os contatos não prospera-

Carlos Eugênio

na luta ar-

ram pela boa razão de que da primeira vez o cabo trouxe consigo dois carros recheados de agentes. O encontro teria acabado num tiroteio na rua Jorge Tibinçá. em São Paulo, mas Gemente e três outros companheiros conseguiram escapar. O incidente é confir­mado por outros ex- membros da ALN e, se­gundo Carlos, selou as suspei­tas que já comam na organi­zação quanto a Anselmo, por informações vindas de pes­

soas presas e por um episódio antenor. a detecção da presença de Fleury nas proximidades quando de um encontro de Anselmo com outro membro da ALN, Paulo de Tareo Celestino da Silva, desaparecido em 1971. “Anselmo, com suas declarações, quer semear desinformação e desconfiança”, ar­remata Carlos Eugênio.

nização, um dos policiais do Fleury .

Octavio. Mas ele foi colocado dentro da or­ganização'*Anselmo. Claro, ele era um dos meu»

contatos dentro da organização, e toüa a organização sabia que existia um ele­

mento que era contato meu. Ele p assa i como sendo uma pessoa ligada au Par­

tido Comunista.

Octavio. Mas quem colocou esse homem do Fleury no grupo foi você7 Anselmo. É evidente.

Octavio. No final de tudo. quando você ie: sinal do apartamento, os homens do Fleur\ vieram e puseram-no num avião. Você foi para onde?Anselmo. São Paulo.

Octavio. E ai?Anselmo. Ponto final.

0 SUMIÇO(FEV 73 - MAR 84)

Depois do massacre nos arredores de Re­cife. Anselmo jamais foi localizado por seus antigos companheiros da esquerdaO falecido deputado Max da Costa San­tos jurava tê-lo reconhecido, em 1976. numa calçada do centro do Rio. Ele pro- prio diz que mora atualmente numa ci­dade do exterior, onde o repórter o en­controu. O sotaque e uso freqüente clt e.\ pressões em castelhano durante a grava­ção desta entrevista são um indiciu a mais nessa direção.

Octavio. Todo mundo sabe que vocè te: operação plástica? Quem pagou? Os ór­gãos de segurança?Anselmo. Você está dizendo isso Se vocè pega essas fotos aqui [exibe toiu- de 1964) e faz uma comparação,

que existem alteraçõev Mas piasticu

é exagero.

Octavio. Como você está não da para reco­nhecê-lo. Agora, outra questão que os or- gãos de segurança fizeram por você? (Juai foi sua recompensa?Anselmo. Escute: os órgãos de segurança são organismos oficiais, estão traba­lhando dentro da lei. Eles não poderiam me oferecer uma proteção desse tipo que você está sugerindo porque estanam samdo fora da lei em proteger ou aco bertar um elemento cuja situação, afi- nal, é de falsa identidade. Simplesmen­

te me apresentaram a um grupo de pes­soas completamente desligadas, que me

acolheram, me deram trabalho, me de­ram a oportunidade de criar essa vida nova que eu protejo com unhas e dentes (risos). Isto porque tenho uma mulher e três filhos para criar (risos) e porque eu amo a vida, e fiz uma opção de não mor­rer, e sim de viver.

Octavio. Você tem medo de alguma repre­sália da esquerda que esteve na luta ar­mada?Anselmo. Não, não tenho medo de nada.

Octavio. Mas você disse que gosta de vi­ver .. .Anselmo. Sim, eu gosto de viver, mas posso morrer a qualquer instante - se ingerir um alimento contaminado, se um carro me atropelar, se um avião cair...

Octavio. Você diz que não teme repre­sálias. Por que. então, eu vim até aqui de olhos vendados e você está acompanhado de dois guarda-costas?Anselmo. Existem pessoas que temem pela minha segurança e resolveram me dar toda cobertura possível para que tudo saia bem.

Octavio. E na volta? Eu vou de olhos ven­dados novamente?Anselmo. (Risos). Bem, eu acredito que é necessário.

Anselmo. Eles morreram para mim. O Anselmo, aquele que foi afetivo para com eles. hoje deve ser para eles ape­nas uma recordação, por vezes confli- tiva, que talvez cause mal-estar. Mas de minha parte eu guardo apenas uma memória afetiva muito distante.

Octavio. Sua mulher e seus filhos sabem quem você é?Anselmo. Minha mulher sabe, meus filhos não. Meus filhos sabem que sou "papai” e nada mais. Para os meus fi­lhos eu pretendo contar, um dia, to­da essa história. Mas acredito que da­qui para lá haja uma situação no mun­do em que essa verdade seja muito bem aceita por eles. E, depois, nós estamos primando por educá-los para que eles aceitem as coisas, sem que elas possam influir na sua personali­dade ou nas suas decisões livres e pessoais.

Octavio. E sua mulher aceitou sua situa­ção?Anselmo. A partir do instante em que saí de São Paulo, as pessoas que me aco­lheram sabiam, evidentemente, qual era a minha situação. Convivendo com elas, cheguei a conhecer minha mulher. Conversamos muito, e ela me foi um

Octavio. Já tentaram alguma coisa contra você?Anselmo. Não, que eu saiba.

Octavio. Nunca o reconhe­ceram?Anselmo. Não (risos). Pri­meiro, eu não iria ser tão tonto de viver dentro dos círculos em que eles vivem, e sei quais são. Segundo, me foram dados meios de viver eliminando, ao máximo, qualquer possibilidade de um encontro desse tipo.

Octavio. Você vive pratica­mente preso, afastado de tudo? Anselmo. Não.

Octavio. Como é a sua vida? Anselmo. Não, não...

Octavio. Sua família, que diz disso, dessa sua virada? Anselmo. Minha família co­nhece o homem que eu sou ho­je e minha mulher está conven­cida de que o mito morreu...

Octavio. Mas e seus irmãos?

A PROVA DA IDENTIDADEO perito Mauro Ricart Ramos, 41

anos, diretor do Instituto de Criminalística Carlos Éboli, da Secretaria da Segurança do Rio, e titular do mais moderno laboratório pericial privado do país, passou uma noite debruçado sobre lupas e lentes de amplia­ção, para dar o seguinte parecer sobre o material reproduzido abaixo:

"O confronto realizado entre a impres­são do indicador da mão direita e a impressão do indicador da mão direita constante da ficha decadatilar pertencente a Jose Anselmo dos Santos demonstrou perfeita identidade dos desenhos papilares, valendo dizer tratar-se da mesma pessoa, no caso José Anselmo dos Santos".

grande apoio. E hoje essa questíçr ji está esquecida. Houve, sim, um medo muito grande quando houve essa sua consulta, medo de fazer essa viagem ao Brasil e . . .

Octavio. ... mas existe falha em sua segurança. Eu o localizei, e poderia ser alguém que estivesse à sua caça. Não existem tantos caçadores de nazistas por aí?Anselmo. Bem, é um nsco que se tem de correr, não é?

Octavio. Você acha que as famílias• desses cem ou duzentos que morre-, ram por indicação sua vão-lhe perdoar, algum dia?Anselmo. Não, evidentemente. Es­sas famílias devem sentir ainda. Elas não viram ou não reconhecem a másca. ra, não reconhecem as falhas do sistc-, ma educacional que levou esses jo*; vens a tomar tais atitudes. Elas não| vão, jamais,reconhecer isso, mas acre-, dito que, mesmo assim, muitas pessoas ainda possam ver que há um coração, aberto falando e que os seus filhos que, morreram são também c o-j responsáveis pela morte de muitos ou-i tros. Isso é uma dinâmica da sociedadei em tempos de crise, de revolução e era!

tempos em que possam! aparecer tais movimentos.; São falhas do sistema edu-, cacional, são falhas sociais.i Tudo isso se deve atribuir ai toda uma série de circuns- tâncias. e não simples­mente a um homem, a um elemento, a um miio. a uma pessoa.

Ramos

Octavio. Você dorme iran quilo7Anselmo. Absolutamente (risos). Com a consciência mais tranqüila . . . Estou num processo de limpar a

cabeça de todas essas ques­tões e fazer . . .

Octavio. Para se tomar outra homem1Anselmo. Eu não vou me ior- nar, eu sou outro homem.

Octavio. Cabo Anselmo, njcr faria tudo de novo?Anselmo. Tudo de novu. hu faria tudo outra vez.

Octavio. Você não sente re- [ morsus petas vidas que tomba­ram?Anselmo. Não. não i

M

ANEXO VII

- Cópia Xerográfica do depoimento de Sonja Maria Cavalcanti de França Lócio em 07/02 de 1996 - Recife - PE.

S E C R E T A R I A D A J U S T I Ç AP E R N A M B U C O

DEPOIMENTO

Eu, SONJA MARIA CAVALCANTI DE FRANÇA LÓCIO, brasileira, casada,

aposentada, Identidade 729.606 - SSP/PE, CPF: 002.346.724-04, residente à Av.

Oceanica ,1640 bairro Atalaia - Aracaju - SE, Declaro que: no dia 08.01.73, entre

nove e dez horas da manhã estava cm minha residência Av. Conselheiro Aguiar,

1934- Boa Viagem - Recife,cm cuja garagem funcionava a Boutique Chica Boa de

minha propriedade, atendendo uma fornecedora acompanhada de uma amiga sua

quando alguns homens (cinco) se aproximaram de nós tres estando as duas de costa

e eu de frente para eles sendo um deles alto, forte ,usando camiseta c colar de continhas estilo hipe que se aproximaram por trás das mesmas tomando a bolsa

prendendo suas mãos enquanto outros adentraram na loja examinaram as cabines

provadouras. Eu me assustei bastante pensando tratar-se de um assalto c me encostei

na parede e fiquei gritando histérica chamando meu marido que se encontrava no interior da nossa residência quando ele se aproximou do terraço da área onde se encontrava a Boutique eles sacaram o revolver c disseram: não se aproxime que

somos da Polícia, vá cuidar de sua esposa que ela está muito nervosa, pois eu inc

encontrava chorando bastante, porém não apresentaram nenhuma credencial que comprovasse o que estavam dizendo c a esta altura já estavam espancando uma delas inclusive com coronhadas de revolver na cabcça que a fez cair no chão e seurinar (que eu vim a saber depois ser a Pauline Reichstul) a outra só indagava, porque? porque? Elas foram levadas amarradas, uma delas colocada dentro de um cairo de placa Oficial n° 7831, pertencente ao INCRA que se encontrava dentro de minha residência no passeio que dava acesso a garagem tapando totalmente a

entrada ou saída de pessoas ou veículos. A outra (Solcdad Barret Vicdina), que não

foi espancada, e era a pessoa que me fornecia blusas bordadas cm consignação, foi colocada no Volks que se encontrava na frente de minha residência equipado com Rádio no qual eles se comunicavam. A que seguiu no carro do INCRA loi colocada no chão do carro onde os mesmos colocaram os pés por cima do seu coipo. Depois

que eles foram embora tncu marido tentou me acalmar c a tarde compareceu ao

Comissariado de Boa Viagem para prestar queixa contra fato tão grave c violação de sua residência mas foi aconselhado "deixar para lá". Na manhã seguinte ao ler os

jornais constatou que as mesmas haviam sido mortas cm um tiroteio na Granja São

Bento no Município de Paulista. Tal fato nos deixou horrorizados pois sabiámos que_

as duas tinham sido presas na minha residência no outro extremo da Cidade, o

A ï O . ^ g . i ) n , fc 3 | iiç s

S E C R E T A R I A D A J U S T I Ç AP E R N A M B U C O

em Boa Viagem. Ante este fato meu marido e eu resolvemos fazer um comunicado

por escrito a Ordem dos Advogados de Pernambuco relatando o que tinha acontecido cm nossa residência sem citar porem o nome das mesmas pois o momento político do País, naquela epoca, não permitia que fizéssemos qualquer

correlação entre o acontecido em nossa residência e as mesmas. E o que tenho a declarar

SONJA MARIA CAVALCANTI DE FRANÇA LOCIO

Recife, 07 de fevereiro de 1996.

Testemunha

Testemunha

' ^ 0

ANEXO VIII

- Cópia Xerográfíca do Laudo de Perícia em Local de Ocorrência e ilustração fotográfica ( fotografias referentes a vítima em questão) - Chacára de São Bento

\ G Ä fE ^

SEÇflETARIA DA SEG U R A N Ç A PUBLICA

I N S T I T U T O DE P O L I C I A T C C N I C A

P E R N A M D U C O‘ i r /?

SECRETARIAy DA SEGURANÇA PUBLICA

I N S T I T U T O D E P O L Í C I A T É C N I C A

! ■ * P f H N 4. n j r - ' •

D i v i s S. o A d ci i n i s t r i v r

R e c i f e .x*f óe í c v e r s i l * C de 19 7 3 .

I

O f í c i o n.° 1 7 2 /73 - I PT

Do D i r e t o r do I n s t i t u t o de F o l i c i a T é c n i c o

ao H J n e.S r .D r , D elegad o de fíegu rsiiça 3 o c ia i

Assunto : Laiido p e r i c i a l ( e n v ia )

R e f e r ê n c i a : jjf? Q V 7 3 » d<3 0 9 “ 0 1 - 7 3

Anexo: o b je to s r e ia c io n a d o s c a s f l s . 3 * 9 6 ? 7 e 8 do lau d o ora

en v iad o

1 • Remeto a V . gfa. , a t e n á c n ;i : ? i 1 * a ; f. •_> f ■ r e u l a à a

a t r a v é s do o f í c i o em r e f e r ê n c i a , o laud'.) •. e r i e 1 a 1 9 a l o c a l d ü

- 9 . Ç P r r ............, e l a b o r a d o em c umpr ir.<? n t v> s. o . i t r c 6 t o nu

P o r t a r i a n -° H I ? 3 ’ de 1 0 * 1 " 1 7 3 ’ à ê B t e i n s t i t u t e .

2- Va l h o -me do e n s e i o p a r a a p r e s e n t a r a V £j a • £ j s u a

p r o i e s t o s de c on 8 i d e r a ç S. o e a p r ê ç o .

D ra. H e le n a O aula H ninD i r e t o r

g m g f /

SECRETARIA DA SEGURANÇA PUBLICA

I NSTI TUTO D E P O L I C I A T É C N I C A

P E R N A M B U C O

in

P O R T A a I A 11/75

O Diretor do INSTITUTO DE POLÍCIA TÉCNICA, no uso do ^uas

tribuições, atendendo à requisição do s t » dr« Dalsgado do Segurança S o e i»

t l , c o n t id a rto o tí& lo » a O V 73t> d® °9 de J a n a iro en c u r so .........................

fe tendo era vista o que dispõem os artigos 1Õ9 e Í7S. do Cód igo tio Process'* Penal.

rosohe designar os peritos criminais, drs. MAURO PAMPLQKA MOIJTEIaO e ASCEIIDIIIO

■J06Í DA SILVA CAVALCANTI ...................................... . .............................................................

íuiH-iitnando como lotógraío o sr. ÀUTONIO CAZIAIIO D£ K C v J iE S ................. .......................

?«aro procederem o. c o m p e te n te p e r í c i a , j á in i c ia d a no p la n tã o do d ia /

03/1/73» na G rania S&o B e n to , no muni c í p i o do F a u iij s ta , n e s t e E sta d o ,

l o c a l onde £ o i " e sto u r a d o 1* tua"apaxelhon a u b v e r s iv o .

c l m im ; i-;

-•'HTT<> Dl-; POLÍCIA TÉCNICA, em 10 j,. *rnc.{.!*'j <j.. • 773

s Sj p. _ I N S T I T U T O D E P O L I C I A T É C N I C A - I’E.

i ' D I V I S Ã O T É C N I C A

i A U f i f i f i a E f i B í £ I A E £ i £ £L Ã i £ â

f i £ . í 2 £ f l a a £ J . L

I - I S. X R 0 H C t O

l ' i v ir 6a e duaa h o r a s o t r l n t o n in u to s do C ia o i t o de n e lr o d o © of-enfce ano do m il n o v e c e n to s e s e t e n t a e t r ê s , o b e i* R a d iv a ld o d© O liv e ir a A e io ly , D al e gr, d o do Segurança S o c ia l» s o l i ­c i t o u a prescm ça do p e r i t o » em t e r r a s da Granja sã o B e n to , no mu­n i c í p i o d© P a u l i s t a , para procod erem ao lev a n ta m en to do l o c a l on­de o c o r r e r a o " esto u ro " de um ap are3h o c u b v e r r ir o .

Im ed ia ta m en te , o i p e r i t o s '’ue o p r e s e n te la u d o su b s c r e - vem se d ir ig ir a m , com o f o t ó g r a f o Ar.tcn.io C aetano de M oraes, e £ companhados do p o l i c i a i s d a q u e le D e le g a c ia , co I c e a l i n d i c a i o , n ã o

o pod en do, e n t r e t a n t o , a t i n g i r , de im e d ia to , dada a d i f i c u ld a d e / do a c e s s o , a n o i t e , por d e n tr o da n a t a , sem e s tr r d a e sen una i n ­d ic a ç ã o p r e c ia a .

Em f a c e d o t a i s c i r c u n s t â n c ia s , a e ^ i o o re to rn o u ao Io £ t i t u t o , te n d o f i c a d o a c e r t a d o , com o t i t u l a r da Ja a lu d id a D e leg a c i a , a i d a a o l o c a l , p e la m a d ru g a d a do d ia im e d ia to , o que f o i r £

a l i z a d o s e g u in d o a e q u ip e * acompanhada por p o l i c i a i s darrurla o sn £ c l a l i z i d a *

1 S s e i s h o r a s d a m a n h ã , a p e s marcha a p e , por d en tro da

m a ta , a e q u ip e a t i n g i u o l o c a l , s i tu a d o em uma c l a r e i r a r e c e n te - m ento a b e r t a n a m a ta , n a p a r t o m ais profunda do v a l e .

Na f o t o nO 1 , o b t id a d o p o n to em quo e sta c io n a ra m as v i£ t u r a s , p o d e se d i s t i n g u i r , a o fu n d o do v a l e , a c a s a em que se de

a e n r o la r a a o c o r r ê n c i a , e n q u a n to nr de n c 2 o v i s t a a mesma c a sa p e la p a r te p o s t e r i o r , n o tan d o so p r e n ie p a r te dr c la r e i r a a b o r ta no m oio d a c p a l f ô r a le v a n ta d a o conr tru e" o -

s s p. I N S T I T U T O D E

D I V I S Ã O

P O L í C l A

T L C N I C A

- 2 -

A lada na aanha do d ia n o v e , o s r . d r . D elegado de Sagu - r&nçk S o c i a l e n v io u a d ir e ç ã o d e a te I n s t i t u t o o o f í c i o n<* (h/72 » d e sse metmo d l a ? o q u a l f o i d esp a ch a d o no s e n t id o da d e s ig n a ç a o / dos mesmos p©rlfcoa e f o t ó g r a f o que j& haviam id o ao l o c a l , d a í rj*

su lta n d o a p o r t a r ia n e 11/ 73» d e s s a mesma d a t a t a q ia l & anexadaao p r e se n te la u d o , p a r ando a i n t e g r a - ' o . f

! \

n - r q jl l \

S e g u n d o bb podo o b s o r v a r p e l r s f o t o g r a f i a s n^s 2 @ 3s &

o a sa ea l i d e a d e t a i p a , de c o n s t r u ç ã o r e c e n t e , c o b e r t a de t e lh a eI

t ip o c a n a l , coca p o r ta © J a n e la , de f r s n t e , em m ad eira , sem p e r s i ­an as.

C erca de tr ê s m etros à f r e n t : d» -y...rr b.i «•*« r^r tos de uma f o g u e ir a , v e n d o -se ,e m s e i o a p ed açor de ~.n:>í r~ n arc.ia lg e n te consum idos p e lo f o g o , um e s t o j o de c a r tu c h o v-c.ra esp in gard a*

D i s t a n t e , aproxim adam ente c in c o m e tr o s , do ân gu lo e sq u ex do d ia n t e ir o (na p a r te sempre v a r r id a , que no i n t e r i o r chamara de " t e r r e ir o ” ) a c h a v a -s e um ca d a v er do se x o m a sc u lin o , em d e c ú b ito / l a t e r a l d i r e i t o , em com p leto e s ta d o de r i g i d e z .

A c a s a d e que s e t r a t a , d© e x íg u a s d im e n s õ e s , com o p ia o

©m b a r r o b a t i d o , © co m p o sta d© s a l a u n ic a , se g u id a de um q u a r t o à

e s q u e rd a e a c o s in h a a d i r e i t a , com p er ta de un ida para n t e r r e n o ,

d ir e t a m e n t e . No que r e s p e i t a a m o v e is e u t e n s í l i o s « p ouco f o i e n ­

c o n t r a d o , © tu d o de q u a l id a d e i n f e r i o r . Assim e qu®, p a ra d o rm id a ,

dispunha a p e n a s d e uma cama de lo n a , t in o de cam ranha, e de uma / e s t e i r a d e p a l h a , não h a v e n d o c a d e i r a s ou m eses . Nas f o t o 3 n Qs 7 ,

8 e 9 se tem uma i d é i a d s p r e c a r ie d a d e das in s t a la ç õ e s e bem a s s im

da d e s a rru m a ç ã o a l i r e i n a n t e .

No i n t e r i o r da c a s a J a r ia m q u a tro c a d a v r r o s , sendo d e ia /

do sexo m a s c u l in o (ambos na s a l a u n ic a ) e d o is do gaxo ÍT rm in ino,/ e s ta n d o um no a u a r t o e o no n*-»-

I n s p e c io n a n d o o i n t e r i o r da c a s a , f o i v e r i f i c a d a a erija,

tê n c ia da m u n iç ã o para e sp in g a r d a do c a l ib r e 12 , a ss im como ©atja.para a f a b r ic a ç ã o d© c a r tu c h o s d e s s a n a tu r e z a , ® a in d a c a r tn

chos p a ia r s v ó lv e r dos c a l i b r e s 32 o 38» m o strad os nas f o t o s nQs10 e 11c Ha f o t o n® 12 e,ao v is t o s u a r o lo de cord ão & duas por - çm s d© enxoff*® m. põ e d© n i t r a t o , ©Xemontoo e s s e s que podem /s o r r i r . p a r a a c o n f e c ç ã o d e p e t a r d o s .

I I I - AJL. VJ U U LJLã

1 - 0 ca d á v er qua se achava do la d o do f o r a da ca sa f o i id e n t i f i c a d o p e lo a documantua en c o n tra d o s n o s b o ls o s da su as vej| t e s , como sen d o JOSÉ MA$íl£L DA SILVA, r e s id e n t e em T oritam a, P©X nambuco, na ru a J o se C e le s t in o n® 5 2 , sendo casad o e c o m e r c ia n te .

Era p a r d o c la r o , e s ta v a com a barba e o b ig o d e por f a - s e r , t in h a o c a b e lo c a s ta n h o o n d u la d o , t r a ja v a cam isa v e r d e , c a i ça marrcn e a lp e r c a t a s de c o u r o . E sta v a on d e c ú b ito l a t e r a l d i -

r e i t o , com o s membros s u p e r io r e s d i s t e n d id o s , o i n f e r io r d i r e i t o l ig e ir a m e n t e f i e t id o e o esq u erd o d is t e n d id o o por cim a da p e rn a

d i r e i t a . E s t a v a em e s t a d o de r ig id e z e a p r e se n ta v a l e s õ e s com c a

r a c t e r í s t i c a s d a s p r o d u z id a s p o r p r o j é t i l de arma de fo g o . A s / ▼ estes e s ta v a m s u j a s d e sa n g u e e de b a r r o . As l e s õ e s e sta v a m s i ­

tuadas» d u a s n a r e g iã o i n f r a - e s c a p u la r e sq u e r d a , uma n a r e g iã o m£ a a r ia e s q u e r d a , uma n a r o g ia o a x i la r d i r e i t a , ’vnr r:a x o g ia o a x i ­

l a r e s q u e r d a f • d u a s na r e g iã o l a t e r a l e sq u o ro a do tó r a x .

Na r e g iã o i n f r a - e a c a p u la r e sq u erd a n r t r - a - s e , ' r a lp a - 75-0, f l u t u a r p o r b a ix o d a p e l s u.m r r o ,1 r t .J 1 — do »'

Nos b o ls o * d a s peça« dr ' n.-J:yn'«r if r •!?'■" v 'lt ir~ »‘eram «a

c o n t r a d o s o s s e g u in t e s docu^ ontc?» * ':í t a lã o d • ta do f in a n c ia

mento do I n v e s t c r e d S . A . } t a lã o de ch eq u es do ONN, a g ê n c ia d e C a

r u a r u , de n ° s 161lf 3^ f l a 161^3350» da c o n t a n ° 1 -1 1 6 2 ^ , sem o /

p r im e ir o c h e q u e , te n d o n o c a n h o to d e s t e a p e n a s a menção ” 1 0 0 ,0 0 " ,

V t O .É » 9 .‘U A A { U <5

S. s. r. __ I N S T I T U T O d e p o l í c i a t l c N I C A — PE.

D I V I S Ã O T I C I n K . A

(•

n o lu g a r d e s t in a d o a o s a ld o (n a p a r to i n f e r i o r do canhctc>, t a lã o

do d ieq u © s, i n t a c t o , do Banco P ortu gu ês do E r a s i l BAt de n®...........HD 2A &91 a 2^ 700, d© C ontas C o r re n te s F o p a ia r e s , da A gência d© C aruaru, ten d o , na u lt im a l in h a dr. -;onhoto lc p r im eiro ch eq u e , a oenção Ml oX0Q»00*

2 - Dsnt.ro da g a la ú n ic a , no â n g u lo a n te r io r d i r e i t o , /

Junto a Jaa©X&9 m d w u b it© v e n t r a l , com a cab ear Junto ao ângu­lo to rm d o p e la s p a r e d e s , © p ró x im o a u n a J a rra e a id a (v* fotos K®a 1*+, I S © 16 ® 179 a c h & v s - s © , ©ra m e io a u a a p o ç a de «angu© ®

©ra e s ta d o d© r i g i d e z t o t a l , um eadav© r d o a©xo s & s o u l in o , d© i -

d a n t id a d o d@soorih©©id®? m o re n o , a p a re n ta n d o 30 a a o o 9 cem c a b e lo s

p r o t e s o n d u la d o s B d© b ig o d a a p a ra d o 0 b a r b a p o r f a z e r , t r a ja n d o

e a lç a a z u l © ca m isa d a mesma c o r , de mangas co m p rid a s, d e s c a lç o , tendo no p u ls o e s q u e rd o um r e l ó g i o m arca ” S e ik o fl com p u ls e ir a d© aço in o x id á v e l @ no a n u la r da não e s q u e rd a uma a l ia n ç a de m eta l a n a r e lo se n in s c r iç ã o p e s s o a l .

% w f mm *Junto £ oao d i r e i t a do ca d a v e r , no c h a c , e s ta v e o r e v o i

v er T a u ru s c a l ib r e 3 2 , n ° 8739» co c fu n c io n r n e n to p e r f e i t o , e e s ~CUjO~T&Sbõírli&Viir_qU atro e s t o j o s c ca as r e s p e c t iv a s c a v s u ia s de e sp o l© ta le n to p e r c u t id a s e d e f la g r a d a s e d o is ca rtu ch o ? in t a c t o s Cv. f o t o nO 13) , P e r to do b r a ç o esq u erd o e s t a v a c a id o o r e v ó lv e r T a u ru s nS Ç ^ f.9 3 3 , do c a l i b r e 32, coa c tarúbor d oslocc .d c para a esq u erd a e ©m c u j a s câ m a ra s h a v ia c in c o e s t o j o s c o g a s c á p su la s de e s p o la ta m a n to p © r c u t id a s • d e f l - g r a d a s , e s t a n d o im a das câma­

r a s v a z i a . D ita arm a e s t a v a m u ito su ja de s a n g u e , porem f u n c ic n &

v a p e r f e i t a m e n t e . P o r b a ix o d o c o r p o fo ra m e n c o n tr a d o s d o lo p r o ­

j e t e i s d© chumbo r o v e s t id o s d e o o b r e , b a s t a n t e d e fo r m d r i:a de - lo s , © ambos sujos d© « a n g u e , alem do um e s t o j o do c a l ib r e *32 ,

co a a oapsula do ©spolotamento p e r c u t id * © d e f la g r a d a , As v e s t e s ,

p r in c ip a lm e n t e a cam isa, e s ta v a m b a s t a n t e m ija s de s a n g u e .

No c o r p o fo ra m o b s e rv a d a s a s s e g u in t e s l e s õ e s j to d a s c o r

c a r a c t e r í s t i c a s de p r o d u z id a s p o r n r c j ó t i l d e arma de fo g o * q u a ­

t r o n a c a b e ç a , send o uma n a r e g iã o o r b i t a r i a e s q u e r d a , uma n a rjs

S. S. P. — I N S T I T U T O D E P C L l C I A j j ; (

D I V I S Ã O T É C N I C A

- f -

i ' Á "f l à o f r o n t a l * ■,,ma n a r e g iã o p a r o t id e o - m a s s e t e r in a d i r e i t a , • uma

ua r e g iã o a & s s e t e r in a e s q u e r d a $ d u a s n o t r o n c o , oendo num n a r e ­

g iã o d o t r t f o n o - d o l t o - p e i t o r a l e s c p e r d o o uma n a r e g iã o ©ac; pu -

l a r esquarda.*

l o s b o l s o s d a s r e s t e s f o i e n c o n t r a d a uma c a r t e i a em /

p l á s t i c o p r o t o j am . q u a lq u e r d o cu m e n to i d e n t i f i c a d o r , m&a oont© &

do a i a p o r t a c . c ia do CR$ l C 3+ 900 em c é d u la s o C B t era m o e d a s.

3 - l i n d a m 2 a l a ú n i c a , po*ém ra&is ou meüos a o c e n t r o

da m esm a, a c h a v a - s e um c a d á v e r do s e x o m a s c u l in o , em e s t a d o d® r i

( id e s O O A p le t a , m d e c ú b i t o d o r s a l , c o a o s membros s u p e r io r e s d ia .

le n d id o a # fcJ& sta d o s d o t r o n a o e 03 s u p e r io r e s f le x io n a d o s e c u j a

id e n t id a d e n ã o pouda s e r e s t a b e l e c i d a . S rs. b ra n .e e , com b ig o d e a p a

c a d o , c a b e lo a c a s t a n h o s c l a r o s , t r a j n v a cal',* 3. crem a e c a m is a a n i l

a l a r a , de m angas c u r t a s , t in h a u a r e l c g i o p i l s o m a rca U n i v e r ­

s a l " , f o lh e a d o a o u ro e com p u l a a i r a da p l á s t i c o p r e t o , no punho

eaq u ® rd 0 7 “ B ~ c a lç a T a n s B ií- e s ta m p a d a e s a p a to m a rro n . Do c o r p o f l u i

r a - b a s t a n t e - a a n g u e - q u e - e s c o r r e r a p e lo ch& o o im p re g n a ra b a s t a n t e

a ca m isa » s u ja n d o também o s b r a ç o s « Na mão d i r e i t a d o c a d á v e r ,q u e

se a p o ia v a n a e s t e i r a , e s t a v a o r e v o l v e r T a u r u s , c a l i b r e 3 8 , c u jo* » „

num ero d a s e r i e de f a b r i c a ç a o h a v ia a id o r a s p a d o , d e ix a n d o v e r a -

p e n a s o a lg a r is m o " V 1, à d i r e i t a , e que tu do I n d ic a f o s s e o d a s /

c e n ta n a s de m i lh a r e s ', o d e d o m é d io © ata va no g a t i l h o d e s s a arm a /

cu 4 o ta m b o r t in h a q u a t r o c â m a ra s p r e e n c h id a s com as t o j o s de cápsu .

l a s d e e s p o le ta m a n to p e r c u t id a s e d e f la g r a d a s e d u as o u t r a s com

c a r t u c h o s i n t a c t o s . D i t a arm a f u n c i o m m ] :c r f o i ia m s m ta .

A v í t i m a o r a r e f e r i d a a p r e s e n t a v a a s s e g u in t e s le s Õ Q s i /

duas n a c a b e ç a , »endo uma n o f r o n t a l e a o u t r a na r e g iã o p a r i e t a l

d i r e l t a j d u a s n o t r o n c o , s e n d o uma n a r e g iã o i n f r a - e s c a r u l a r ü r c i

ta • a o u t r a n a r e g iã o m a m á ria d i r e i t a . T c d a s e s s a s le s õ e s tin h a m

c a r a c t e r í s t i c a s de p r o d u z id a s p o r p r o j é t i l de nrma 4« f o g o .

V - Ho c h ã o d o q u a r t o ú n ic o f o i e n c o n tr a d o um c e d á v o r do

se x o f e m in in o , d e c o r b r a n c a , com c a b e lo s c a s ta n h o s c l a r o s , v a s -

t in d o c a l ç a e b lu s a a z u i s e d e s c a l ç o . E s t a v a em d e c ú b it o d o r s a l ,

W . 69 \ J l (------- -- ■ t _ ... t | tft[[ ...---.

S P — I N S T I T U T O D E P O L Í C I A T É C N I C A — I'E.

D I V I S Ã O T É C N I C A

- 6 -

ooea o o asasÉbroa I n f e r i o r e s f i o t i d o s , 03 s u p e r io r e s d is t o n d ld o a » 9

m esfcadó d a c o m p le t a r i g i d s s . Apresentava as s e g u in t e s le s õ e s » /

to d a s ec« c a r a c t e r í s t i c a s d a p r o d u z id a s por p r o j é t i l d o o r n a de

fofog qtmtro na cabeça» «ando duas n a regi~o temporal d ire ita e

dirns na ragiSo pmrol£d©o masaeterina esquerdaf duas no p$aeoço»

aario uma na fd^ lso ©eterEiO-doido-maiá toidea esquerda ® una na ra

fião m&s fcoidea d ire ita « Sntre aí? pernas achava-s© tm efplngarda

d© tsa @© mtao9 ào e&libre 12» marca "Berc-fcta, sem numero da fabr&

cação» funcionando perf<?..1 taaente, © tendo, dentro do cano, \m tyg,

tojo do ca lib re 12» a capsula d@ ©apoietamento percutida e /

de flf Tada. As vsstes» prineipalemnte parta do tronco, estavaa /

basta i ta isps^gnadaa da sangra que tanftées ©acorrera paio p iso do

quarto. PaiSo do ■ ea&ís.T@r egfcava» no p iso , uma bolsa da couro aa^

ron» coa b a a d o la l^ para usar a tiraco lo» a d@atro d©Xa» vadios

«atojes d© íssfcalç aallbre 129 para espingarda» da CBC d© S.

Psulo, In tac to s , &^uda para aerea carregadosj CR$2»18 em naoeda /

nacional» 20 centavos em mo ©d a francesa, 10 ssntaros era moeda ca

loobiana a g e l a fichas m etálicas para ligações te le fôn icas, tudo

dentro d o compartimento la te ra l da bo lsa, fachado por ura fecho-

"e c la ir" ; um lisrpador da cano de espingardav de madeira, a rtic u ­

lado em t r e s p a r t o s , cos ©scova c e ta lic a , fabricado era 5. Paulo ,

segundo a e d e p re e n d e d a impressão de um carimbo tsxistonto na pax to interna d a tam pa de uma cairei do papelão, também a l i encerra­

da.

Dentro da uma b o ls a d e p l á s t i c o aarrcn fo ra m e n c o n t r a -

doa oa segu in tes documentos, a lg u n s d oa que i s p a ra itirem id e n t i­

f i c a r a v ítim a como se n d o S o le d a d B a rre tt Tted.m e, de n n c io n a l id &

do paraguaias uma c a r t e i r a p a r a ccJ . ’ l : ; - , r - f : v ' ~~o ts :t* .o .1 I íq ,tà

z i a ; t a pedaço da m a ca rta ) uma f o l h a d e p a p e l de se d a com 09 / seguintes d ize re s em la tr a de fôrma "PARA BIEO COiTH DEI5CIAL* juaa

fo tocop ia da c a r te ira de Iden tidade do SKS da Quanabara, de . •••

31 . 08 , 72 » R B ,n f i l* 500.00 em nomo de SOIZDAD BARRETT VIEDMA» de n&

c iona lid ade paraguaia» nascida em Laureies em 06 . 01 . 19^ 5 » desem­

barcada em l*f«12 .7 1 em C h u í» n o R G S; o p a s s a p o r t e n fl.95^+» azpe-

dido p a io Consulado Oaral da R e p u b l ic a d o íVraçuay» eo Montevideo

< s. r. _ I N S T I T U T O D E r o L l c i A t i

I V I S A O T É C N I C A

\ a1>,- »um

i- /

- 7 -

m 30. 09 . 19? !} u s a C a r t e i r a d a T r a b a lh o o P r e v id ê n c ia S o c i a l d o

K .T * I * 8 . d o B r a s i l * n O .6 8 .8 3 3 , a é r i© 3*+3 p e x p e d id a p e la D e le g a -

d a B e g io n a l; n e s t e E s ta d o , em 3 0 . l l . 7 2 i um a t e s t a d o de v a c in a ç ã o 1250781 s é r i e B e x p e d id o p e la R e p ú b lic a O r ie n ta l do Uruguay \

o o r ig i n a l da c a r to i r a para id e n t id a d e de e s t r a n g e i r o s , cu ja f o ­to có p ia f o i d e s c r i t a * o chtqu a n f l .7 9 7 .7 5 0 , d® CH$50#0 0 , sem in ^ i, ©ação do r e c e b e d o r § do Banco do B r a s i l 3 / , A gen c ia K e tr o p o l ita - 12a de S an to  n êoa io ( R e c i f e ) , d a tad o d e s t a c id a d e aos 8 de j&n©^ ro ãe 1973 ® a sa in a d o p or M aria A ugusta T i la Nova d*A quino, r a s i , d en te um rua dr* A rnobio Marquos 3?» ®m «õao d© B a r r o s , da c o n ta B0*!?«■ 269”3 - 3 1 0 0 1 -0 1 1 o f© o íb o d s e n tr e g a da D e e la r sç ã o da Ra& d l^ s n te f de.; P agsoa F Í s i s a , CPF n0*O 669397$f-O O , d® 80IEDAD BÃHBm' VU5IKA, r©í3id@ nt9 e s A n a id a S lg isE íundo G on ça lves n fi. l ^ f , ©n Q11& d&{ do ln r e c ib o s de pagam ento d® m e n sa lid a d e do T u iu t í C u r so s ,d s C 1 S 5 0 S00 et,da u k 9 d a ta d o s da b / 12/72 © 2 7 /1 2 /7 2 $ um r e t r a t o . . . .2 1/2 s 3» d a t a d o d e 1 8 / 1 0 / 7 2 ; um p a p a l c o r d® r o s a , com p ro p a -

ganda im p r e s s a d a C M o a B o a B o u t iq u e | um p a p e l com v a r i a s a n o t a ­

çõ e s em m a n u s c r i t o , d e m in e r0 2 , nomes de p e a s o a s , d© lu g a r e s a

de c o i s a s . " '

$ - Ha c o s ln h a da c a s a , em f r e n t e à p o r t a doa fim d o s , / que a p r e s e n t a v a v á r i o s o r i f í c i o s p r o d u z id o s p o r p r o j e t e ia de a r ­

ma de f o g o , J a z i a , n o c h ã o , com o s p é s v o l t a d o s p a ra a p o r t a , um

c a d a v e r d o s e x o f e m in in o , am e s t a d o de c o m p le ta r i g i d e z , e c u j a

id e n t id a d e n ã o f o i p o s s í v e l a s t a b o l e c o r . E r a de c o r b r a n c a , a p a ­

re n ta n d o c e r c a d a 30 a n o s , com c a b e lo s c a s t a n h o s c l a r o s , t r a j a v a

b lu s a a m a r e la d a , d e o&jxgas c o m p r id a s a c a l ç a c o m p r id a de t o n a l i ­

dade semelhante. E s t a v a em d e c ú b i t o d o r s a l , com o membro s u p e r io r

e s q ie r d o f l e x io n a d o a a f a s t a d o do t r o n c o , o d i r e i t o d i s t e n d id o a os i n f e r i o r e s f l e x i o n a d o s . As v e s t o .- , bem como ’ «hão »ti to r n o /

do c o r p o , e s ta v a m b a s t a n t e s u j a s de ?ang*:e. v u n lo ao p é 3531 e rd o

▼ia-se um pa da sapato d e m u lh e r* Na n ã o d i r e i s e g u r a *?» um r e ­

v o lv e r c a lib re 3 2 , de num ero d o f a b r ic a ç F .c 2 S .V $ 6 , sem uosse de /

f a b r i c a n t e , da a a n o lo n g o , o que a p r e s e n t a r a no fam bor q u a t r o eA

t o j o s com as r e s p e c t iv a s n ap .ru l a r '\™ ' r p r l í t r r ^ u ú o p e r c u t id a a /

d e f la g r a d a s , um c a r t u c h o I n t a c t o a tnsa sanara, % a zia . J u n t o ao c a ­

d á v e r h a v ia um p e d a ç o d e c a r t u c h o para e s p in g a r d a , d e p a p e lã o ,ses$

a bas©| b ê j fe c h a d a p e lo s d o ía la d o s cosi p a p a la o e h e ic do u a a — j .

m p a rd ? » bM fcanfee © a s p a o tâ . D i t a arraa f u n c io n a v a p e r f e i t a m e n t e 9

a p e s a r d a ©tife&r cora a e x t r e o id a d G do p u x a d o r d o c ã o f q u e b ra d a .

0 o o r p o a p r ^ im t z r a a s s e g u in t e s l a s c a s , to d a s com cs. -

r a e t e r í s t i c a s d a s p r o d u s ld a s p e r p r o j é t i l de ar-aa da fo g o s q u a t r o

u a c a b e ç a , se n d o m a n s r e g iã o o c o l p i t a l s uraa n a r e g iã o f r o n t a l ,

uma n a re ^ tã o m e n t o o ia n a , e u a a n a r e g iã o p a r i e t a l e a q u e rd a j q ua­

t r o no t r o n c o ? se n d o n o a ua r e g iã o u r a b a l ic a l , v t s na r o s í ã o do

t r lg o n o p @ i t o r a l e s q u e r d o , urna n a r e is iê o « s e s p r ia r d i r e i t a e m a

n a r® gim o a s t e r n a l* Um p r o ^ a t i l r e t i d a na r e g iã o i n f r a - e o c a p u la r

e a q u o r d a , era d i s c e m í v e l , a p a lp a ç a o 9 sob a p e la „

' C - O N C L U S K O

Tendo em v ia ta o r e s u l t a d o c o s tisana2 p r o c e d id o s e qua& to f o i a x p la a a d o , oa p e r i t o s que o p r e a en ta la u d o subscrevem ch e-

* «

g a rara a conclua& o d e qu® no l o c a l in d ic a d o t i v e lu g a r tina o o o rrâ a c ia coa tr o c a de t i r o s , da q u a l r e s u l t o u 3. c o r t o v i o l e n t a de c i n ­co p e s s o a s , sen d o t r ê s do se x o raascu lin o e duas do aexo f a s i n i n o , apenas sen d o I d e n t i f i c a d a s d u a s: JOSÍ HAHUSL DA SILVA, b r a s i l e i r o , e SOLEDAD BAERET VTEEf'A, p a r a g u a ia .

* “ S H C S R R A W B 1 7 T 0

Bu, Mauro Pam plena M o n t e i r o , P e r i t o C r im in a l .V a s is l í- n t o ,

SP-?7U'7, do In s t it u to d® P o l í c i a T é c n ic a , «jemo r e l a t o r r ”JI,zí o

preaent® laudo , qu® v a i d a c t llo g r a fa d o c o tu rv a rso de dr-.c ■' !.!:} r o ­

lh a s da papal o f ic ia l , tim brado, d a s to I n s t i t u t o , acorarar.l-.vio p or

s s. p. _ INST ITUTO Dl: 1'mI.IC!' ,

d i v i s ã o T :

&p a s (0 2 ) c o p la s a caxtoono9 i l u s t r a d o p o r c in q u e n t a © u s a f o t o g r a

f i a s (£ 1 ) com lo t e a d a s d a c t i l o g r a f a d a s «m s c p a ra d o $ tu d o n i n s r a -

d o , © arlsifeado ® r u b r i c a d o , quo a s s in o iu n ta r .c n to c m o T o r i t o C r 4

a ln & l C c n fe r a ia d o , S r . A ü c a n d ln o Jos® d a B i l r a C a v a l c a n t i , cota o

S r . A n t o n io C a s t o d© Mora©*» I n v e s t ig a d o r A u x i l i a r do P o l í c i a »

!?-!># f m ^ ie a & n d o offlBQ f o t o g r a f o , d© a c o r d o oo n & p o r t a r i a n<**Q/70

d« 27 . 02 . 7 0 , d o II*?©. S r . Dr® B i r ^ t o r do I n s t i t u t o d a F o l i e i a T «&

n i c a , cota a n fc@st«aBahí**f s r . H anocsl P s r & i r a l A a a , C o a l s s a r l o A s -

í i a t e n t a d® P o l í c i a y 8 P -8 e a r a . E l i s a l a r e i r a B a r r o s * A u x i l i a r /

d® A d a i n i i t r a ç ã o y p a d rã o "B % @9 finalm ® nt© > cota F ir a n c is c a C a f â i -

rm 8oar®#» E s t e n o - D a c t i l o g r a f o , p a d rS o n0*% qua o d a o t i l o g r a f o u ©

c e n f c r i u .

SECRETARIA DE ESTADO DOS íiSG&IOS DA SEGURANÇA P&3LIC\ J E PEKHAXBUCO - IHSTITÜTO EE POLÍCIA T&iriCA - «sa R o c l f e , a o u d o ­

s a (1 2 ) d la g d o © ti d© f a v a r e i r o do ano £a zr ll n o v o c e n to s o se te& Ca a t r ^ a ( 1973)*

R o la to r

A s c e n d ln o Jos® d a S i l v a C a v a l c a n t i

( P e r i t o C r i n i n a l C o n t r a t a d o )

jgi

I N S T I T U T O d e ] ' v L i (

d i v i s A o t : . c : - ’

/ t f / / r ' / '~ / ç I c c l ^ _ ^ £W B . ^ 1 ...id— U » » — — lIT.m»... • — M< — inmW W n w M lIlf — ■■! irTn M g ^irBW M te -^ IJIIMIIIIM » ■ iw .............. .....

' y ^ k i K m l P e r e i r a Lim a

( C o m ia s á r io A s s i s t e n t e do P o l í c i a , 3P - 8 )

Tesfcocnm ha

E l i s a M o r e ir a B a r r o s

( A u x l l i a r de À t i r in la t r a .ç ã o , p a d rã c )

T e ste m u n h a

1 ' t rt^ A . l c '■ Cl ; (y .

F r a n c ia c a C a n in a Soares (K s t e n o - D a c t i lo g r a f o , padrão M0")

. f • ■ '

J/f/

t a r i a d a s e g u r a n ç a p ü b l i c a

I u T o DE P o L I c. I A 1 r C N I (■ /■

D I V I S Ã O T C C N I C A

i I- \ :

IÀ*-

I

Ifé

ILUSTRAÇÃO f o t o g r á f ic a

s. S. P. — I N S T I T U T O DL 1 ' O l U l . \ n M « \

D I V i S A v * I ' ' 1 '

A s p e c t o s d o c a d á v e r do 30x0 fo n a in in o ,d e Id en tid a d e da c o n h e c id a , e n c o n tr a d o na c o s in h a da ce.su da granja S fo Eonta em P a u l i s t a .

(VTO.GQ.íf A . g o f i i í j

-B - á i

H H B IB H H i

S . P . — 1 n s 11 t u t o de I ’0 1 1 ' e t l i I c , i

o i v i s A o r E c N I c a

P e

• -r.,*• ~

n m iff

M O - 6 0 .ty .'2 l!u 9

• REPRODUÇÃO DA FOTOGRAFIA N° 44

« ■

69 . ^ p - Ç5) ü 3

REPRODUÇÃO DA FOTOGRAFIA N° 46

REPRODUÇÃO DA FOTOGRAFIA N° 47

.€ ,9 ^ 0 .9 1 ^ 9

A l b , G 9 . y 9 a | 6 A 3

ANEXO IX

- Cópia Xerográfica do Laudo de Inspeção Médico- Legal de Corpo ( no local) e da Perícia Tanatoscópica - IML/PE

ESTADO DB PERNAMBUCO

Secretaria da Segurança Pública

Instituto de Medicina Legal de Pernambuco/

I N S P E C Ç Ã O M É D I C O - L E G A l D E C O R P O

As ' - 0 9 * 0 0 ...... .....................horas do dia............^ .........................do mês de............ j a n e i r o

de mil novecentos e setenta e fc re f i .(0 3 ) . • nesta cidade do Recife, os peritos abaixo firmados, à re

quisição do 4©. Doutor D e le ga<Jo de Segurança S o c ia l,

e por Portaria do dr. diretor do Instituto de Medicina Legal, compareceram perita® drfifPedro de

França Cboea e Agríelo Salgado Calhelros*

para procederem à inspecção médico-legal de um corpo, verificaram o que, a seguir, descrevem e respondem aos que­

sitos oficiais, do que foi lavrado o presente auto laudo por mim escrivã de polícia da capital ^ Pe-

nha Procopio ..de A lae lda ,..................................................................................................

assistido pelas testemunhas competentes, abaixo firmados.

Quesitos: 1.° Houve morte? 2.° Se foi natural ou violenta: ..Y iolenta*

3.° Em caso de morte violenta, trata-se de homicídio, suicídio ou acidente? H o m ic íd io .- *

4.° Qual o meio ou instrumento que a ocasionou? Twg^i r ^w ftwty> p e rfu ro -C o n tlff id e n te »

Preenchidas as formalidades usuais, verificaram o seguinte.

Nome ,..II)LliTimi»....DES.Cf5NHECIDA.........................................................................................

Sexo: fe m ln lD O idade aproximada: JO & W 8

Cor. „ t r a n c a ........................................................ cabelos: c a s ta n h a a c l a r o s

Olhos: — __ _ bigode m

Sinais particulares:

Vestes, inclusive estado de conservação: frlq a ji crunpridA a la r a n ja d a »

visuN. et repertum. <b> D o u to r D elegado de Segurarrçc S o c ia l ,

com parecem os às O S tO Q Ín o ve) h o r a s do b o j e ,a o Jb te a m e n to 3ão 3e n to » m u n i­

c í p i o de P a u l i s t a * a f i m de f a s e r uma In s p e ç ã o - í é d i c o - l e g a l , em um co rp o

d e IPEIíTIDADS DESCONHEÇIDA^do. aexo f a m in in o , a p a re n ta n d o t r i n t a an o s de

Id a d e t t r a j a ndo c a l ç a c o m p rid a a la r a n j a d a e b lu s a am^ rg l q t5nr^ntrnwv-if o

c a d á v e r t em d e c ú b it o d b rs a ljm e m b ro s s u p e r io r e s em s e m l- f le x ã o t ten d o uma

arm a n a mão d i r e i t a jmembro a i n f e r i o r e a também em s e m i- f le x ã a *Ao exame -

c o n s ta ta m o a ic o r p o sujo de s a n g u e j r ig id e * c a d a v é r i c a ,a a a s e g u in t e s l e -

a Õ e a t le s ã o . d a b o rd o a . l r r e g u la r . e s , v o l t a d o s p a r a d e n t r o , c i r c u l a r »medindo

a p ro x im a d am en te c in c o m i l ím e t r o s d e d iâ m e tro ,n a r e g iã o m e n to n ia n a f le s ã o

d a b o rd o s i r r e g u l a r e s , v o l t a d o s p a r a d e n t to , c i r c u l a r t m ed indo a p ro x im a d a -

m enta o i t o . m i l ím e t r o s de d iâ m e t r o ,n a r e g iã o p a r i e t a l e s q u e rd a j o u t r a l e -

são d e b o r d o s i r r e g u l a r e s , v o l t a d o s p a r a d e n tro t c i r c u la r ,m e d in d o . a p ro x ia jg

d a n e n te o i t o i p i l í m e tro s de d iâ m e tro ,n a r e g iã o do t r íg o n o p e i t o r a l e sq u e £

dojna região escapu la r dlreita+uma lesao c irc u la r ,d e bordos irre g u la re s ,

voltadas para dentro,medindo aproximadamente nove m ilím e tfbs de diâaetra|-

outra JLesão,da bordo# ir re g u la re s , voltados para d e n tro ,c irc u la r e medin­

do aproximadamente o ito m ilím etros de diâme tro »na região este m a l ;na re­

gião lombar d ire ita ,um a lesão de bordo« ir re g u la ra « ,v o lta d a s para dentro,

medindo aproximadamente se is a ilím e tro s de diâmetro jna re g iãb fe m u ra l «a

te r io r esquerda»una lesão c ir c u la r tda bordos irre g u la re s ,v o ltado s para -

dentro, medindo o ito m ilím etros de diâmetro aproximadamente|na região ocq|>

pltaljU m a^lesão c irc u la r ,d e bordos voltados para fora,medindo aproximada«

mente des m ilím etros de diâmetro}na re g ião fr o n ta l (parte g labra) a direJL

ta t uma lesão de. bordos irre g u la re s ,v o ltado s para fora,medindo aproximada»

oente v in te m ilím etros no seu. maior, diâmetro fna região u m b ilic a l,h a tres

* dedos transversos da c ic a tr iz u m b ilic a l,p a r a a esquerda, uma lesãa de bor­

dos irre g u la re s , vo ltados para- fora ,c ircu lar,m ed indo aproximadamente des •

m ilím etros de diâmetro fnota-se,na região ln fra«escapu lar eaquerda ,p e la -

Palpação,a presença de um p ro jé t il,q u e move-se fac ilm ente , jequimosea de

cores v lo lâoe as espalhadas pelo corpo , L i do e achado correto este laude^ee

P « r ito s ^ s testamunhaa e comigo E scrivã de p o l£d a »o assinamos para os • •

^H tos lega is*D rst Pedra da França Gomes e A grície Salgado Calheiro*tP •, ^

^ Ita s tem unhas e J ia r la d a Penha Procoplo de Almeida*escrivã ad-hoc*x*S«*P /

ESTADO DE PERNAMBUCO

SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBUCA R 1

Instituto de Medicina Legal de Pernambuco

Perícia Tanatoscópica

A s Í ? l ? ? . ... horas do dia .9? ..... ......do mês d e . J f f í í S * ® ...............de m „ novecentos e e t f ê í

nesta cidade do Recife n.°?.— . cumpr i ndo a Portaria n.°............................... ^e 0 9 de J a n e i r o

de mil novecentos e * ? í ? 5 Í £ - * . - £ ? 5 i ... ...................... do dr. D iretor do Institu to de Medicina Legal, e comigo escrivã

de polícia da capital e as testemunhas, abaixo assinadas, os médicos legistas designados naquela portaria procederam a

id ü m t id a d e d e sc o n h e c id anecroscopia de................................................................................................................. ...... ..................................

....... do sexo....?™™.™.!?.®..... .... apresentando...........................anos de idade, de côr..._^?®5í?.™.......... cabelos c a a t .C laTOS

— 62barba— ............................ .... de um metro e-.~.............................. centímetros de comprimento, apresentando os sinais particu

lares seguintes " * *mm* * " ■ ..... " ~

^ ..................-..........................—----------------------------------------------------------------------- — ......— ............ — -__trajando. . c a l s a . . .ç je o ®

• c a l ç a c o m p r id a emr d e r o s a

Oq J a n e i r o 73conforme guia de remoção de de................................................ de 19..Í..S?...... .... verificaram o que, a seguir, descrevem.

pelo que respondem a êstes quesitos:

S iw t1° — Houve morte? .

comum?

2.° — Foi ocasionada pelo emprégo de veneno, fogo, explosivo, asfixia ou outro meio de que possa resultar perigo

V ão*

3.° — Foi ocasionada por outro meio não especificrdo no quesito anterior?.

ente de ferimentos transfixante% da cabeça e transfixan^e e penetrantes tóra- ^Tãbaõaünais"Ípor instrõaontòs perraro-contond^tesCprojete is de arma de fogo)P visuM et REPERTUM g ^ g ^ a m coaQaorativos tra tar-çe de caso de morfce. na -

Granja S . Bento, no m unig ip io do P ^u^ist^ .O cadaver, ;ae chegou a Secção de Necroscopias e Bxumacoes da Q ivisao Técnica.procedea do c itado lo c a l, e se acompanhou de o f ic io , de numero 03. da Delegacia de Segurança Soci­a l , assinado pelo bacharel Bêdlvaldç O liv e ira A c io ly . Brame extern o : Mos - tra-se em çstado de r ig id e z ,c o n liv o res na face po s te rio r, o hirnen redu» zido a carunculas m irtifo rm es, e as seguintes lesões c irc u la re s : de gor­dos ir re g u la re s , v irados para dentro, medindo cinco m ilím etros de diâme­tro , ^na reglao m entaniana; de bordos irre g u la re s , d ir ig id o s pa ja fo ra ,n a reg ião o c c ip ita l, medindo o ito m ilím etros de diâm etro j na reglao parie - t a l esquerda, de„bordos Irre gu la re s , voltados para dentro , medindo o ito m ilím etros de d iâm etro; «lmcul&r, deAbordos ir re g u la re s , d ir ig id o s para fo ra , medindo v in te m ilím etros de diâm etro, na reg ião fr o n ta l, a d ir e ita c ir c u la r , deAbordos Irre g u la re s , virados p a rad an tro , medindo o ito m il í ­metros de diâm etro, no t r lg ono p e ito ra l esquerdo; e , c ir c u la r , de bordos Irregu la res viradog para fo ra medindo dez m ilím etros de diâm etro, na re- g ia o umbel l c a l , tres dedos a esquerda; c ir c u la r . $e b o rd o s i r r e g u la r e s - virados para den tro , medindo dez m ilím etros de d iâm etro, na reglao esca­p a i ar d ir e ita ; c ir c u la r , de^ bordos irre g u la re s , virados p a ra dentro, me- d ln d o o ito m ilím etros de diâm etro, na reg ião e s te rn a lj e, e s g o r ia ç õ e s e^/ e lu ia o s e s v io laceas , generalizadas. _ In cisão h i- m - s t o ld e ib . . C r a n lo - Fratu-> ras m á it ip la s , ^com inativaa} congestão das m e n in g e s ; sanguo, no e sp a ço - s u b - d u r a l ; c c e re b r o c o n g e s t o , c o c g ra n d e d e s t r u iç ã o , e l i . ] U lá o h o n ^ t ic c n o s v e n tr íc u lo s J e o cer^belo c o n g e s to . I n c ^ s -c n a r ,t o - p u b la n a .Pescoço: - òçz. a j io r m - lia a â e m a c r o s c o j ic a , o: p la n o s e o rg a o s da r c / . lã c . Ca r i d -a e , t c r a c i e „ e a p d o a ln -l« _ P ericarõ lo , com lesão e sang ue j lesão ao co ra çã o

/

M l

/»• »fa ir C U B 0I •------------------------------• -C o r t f c Ä Ö Ä

tituto 4t •

*2, « t l a e ® • « w M b« t n v N d a »

DO *ra jgts .ABÖL“ I YACfcg fol «DCaBlnbaÄ* *0 In«f t g>l M p i ÿ ^ K w r l i p ® r tü 8 0 6 C t* t o i o ^ i t û r j b ) — «

'n o rc ita s m *>oa l #s 6b ltö | «) 8&gm Mqusoa • n o tD cl» • d b »#I4A><« £ chß$o carreta esto laufe «dt ferltr#**« t*atenatíba*„* «oslflo U e r t f l «• pclicla^o aasLcoros pora os cTeitoa logaia»^-'«* te tú Bose; lo lie fruxji fin • Ag Icio Sclgofo Cally ro»#per:tos|to«tc«Drtins e Harlc <5a Fooha - ■ H > ? l3 <5® A laalÄ ü.cserl«».

• - Ä

\

ANEXO X

- Outros documentos

DjiPAEmemo as oukm aocm

- S « j » idJE lnlstratlv»-

ariao m C2</7>íwov U Rmit«, 12 a» <•• x. 13

B l h e r Chefo*

1 s t « D a p c rta iM n t«, a u to r iz a a ax w a g íls e trtaLa da g ãa

p a ra a Cidade ds P a u l» , da oadarear da PAUUKK RSICBSTUL, sepultada do c a

a i t a r l » da Ta ra e a , c m » I d i t id a d a d eeo e o h a d d a , f a la e id a n* d ia 09 d-s c « r - / r a n t « .

I I — . S r»

Ghafa <la « a r r i j a doa C aeltacrlas

lu te*

-S«gau» A è d i d l t w U i »

O.FÍCIO fî» C^/73-SjW X»* R«cdfe# 13 de Jan e iro de 1973

Senhor Germte«

S« te D a p srta o a ite , « u tcriz» e trftslrdegãc il; cals*- Ter de I A.UUI3 HJKICUSTUI* p sre ft Oidnde de São TkcJk .

C ardieig jwwdugôaa/ ! / '

/ / . '

Í'1j / ^ ' f i U

Joeé OOLiveir» S llv e e tro ~ I D ire to r

Xln»* Sr*

G «ren te da ^ j .r e s s Viagfto 1er«« Blogrendonao &»Ju (VARIE)

4 I l. 'Ç-V *i : !i

'v •'/:*$' 1^##- •' 'l '“■ í^>f *■,.

Ref.i AJURE - 73/01-01

Recife (PE)* 12 dê janeiro de 1973i > ■>» ' .. .: *

... v . ; <{ W* >« .,- v - .• i

■■ K '■ 1 'Í>'M. V ..,' ;; ’vf-‘ • ‘/'Virv / 4i-- : Í-

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:J s t .i :* ' ,Senhor Secretario»

-Á »»V- • •

?s» E»'!jÇe9sE*

• '-"V i' v f ' ' • ’ '• W .V-;. I r-i.. . . , •'•*•

Solicitamos a V. Exa. o obséquio de fornecer

a>este Banco os dados característicos (altura, cabelos, tipo

•^fSjffsIco, cor. Impressões digitais» etc.), das terroristas SOLE

IIdADBARRET VIEOHA ■Soir e PAULINE REICHSTUL ■Sllvana*, morfãs

^íÃ^na^cIdade de Paulista» neste Estado* conforme reportagem pu-

?-íAt; blicada no Dlarlo de Pernambuco de ontem, bera como xeroscô-

■' •|'\p1as das carteiras de Identidade ou passaportes encontrados*

em seu poder» a fim de que sejam Incluídos nos arquivos da

•; Comissão de Controle e Prevençio de nossa Direção Geral.

Aproveitamos o ensejo para apresentar a Y.

Exa. os protestos de nossa elevada estima e distinta conslde

• <>- ração; * •• " 1 :* *• >

V

. kv." ...VírV. :• *

'•' -V H> ■' •,v ’ .■* r,%, ■•! • -t ** *

' % x «;■

Hoas FítwI»* d»K K N K AOJUMIO

: V " ;}.í ;* & * ■ •u>1 ! - : : v •/.. *• .v. .v .; ,

v >’- \ : v \ -’’ 'í<.‘

Digníssimo Secretario dè Segürança Publica

A Sua Excelência o Senhor

Tenente Coronel Egmont Bastos Gonçalves

- V.iT'

■ ‘ i'!. •* -ít •

■ \ - f y ■■ . iv-, .

.w. >,•

do Estado dé Pérnanbucoh ív

Nesta;/ r -••»1 -/« I .

:-tr.

jV- - VA <-■ i • r

• * ; 1 -•/ ;

,1 i» *1,.: JW> ; 1 .

r >

W > .fc 9 fy .io 3 | iA 9

Ref,i AJÜRE - 73/12-33

Recife (PE), 05 de abril de 1973

[c o n f i d e n c i a l

Senhor Secretario,

Referindo-nos ao nosso o f í d o ref. AJURE 73/01-

01, de 12.01.73, reiteramos a Y. Exa. solicitação no sentido de

que forneça a este Banco os dados característicos (altura, cabe­

los, tipo físico, cor, Impressões digitais, etc.), das terrorls

tas SOLEDAD BARRET VIEDMA "Sol" e PAULINE REICHSTUL "Sllvana" ,

mortas na cidade de Paulista, neste Estado, conforme reportagem

publicada no Dlãrlo de Pernambuco de 11.01.73, bem como xeroscõ

pias das carteiras de lidentldade ou passaportes encontrados em

seu poder, a f1m de que sejam Incluídos nos arquivos da Comissão

de Controle e Prevenção de nossa Direção Geral.

Aproveitamos o ensejo para apresentar a V. Exa.

os protestos de nossa alta estima e distinta consideração.

I

j

v

X

*'1'r,

*:

A Sua Excelência o Senhor

Tenente1 Coronel Egmont Bastos Gonçalves

Digníssimo Secretãrlò de Segurança Pública

do Estado de Pernarobiico

Nesta i

'■•a - í% r j ■

3 h c .•j , >• .

■ Í.'»íl ; .1-. :• >

w .,, , '•-. \7fe-V-

k g «s ■

v-! •: •: •■'.• í *•**%* v'. *• -•.. •...■_ •• -J-V pv";* r -_.

3-Jtl^n i

V

f

À T O . ^ . ^ p

SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICAP E R N A M B U C O

OfiHriTAKBIiTO D3 OHDiáli SOCIAL

Dí2Lü’GACIA DG SSGUtfAUÇA SOCIAL

CAflTÔaio

Recife - Pornnribuco Bm 18 dc Abril da 1>73 OFICIO i;o q pi)o ür. üelcga^o '’ a seguran­

ça Soda.},Ao onr. JC3J AUGy lC Dá- I J:

Gerente do Agencia Conti­do Banco co Brasil S.--;..

Roferindo-r-.a co o fic io AJUTí.A

■is :■M- 1 ‘M-' • “ ■ i•• , r v .-«v /v '

H*»*' -.f . » -■ .-*• **£?»' - V r' .

• V ~V :.;

■ ifei 1 •aà Wt: "' - ■

^ g ?3/o i-oi, dG 12 dG Janeiro do ano cm curso, dessa Agencia, d ir ig i

i | do Ao &:n:o. Sn?. Secretario da Segurança Publica, so lic ito os con

ofíc ios do V. Sa • no sentido do comparecer a esta Dolo <; a c ia , a f ir.

do tratarnos do assuntes ligados o dc interesse desse iastabeloci-

mento do Crocito.

2. Si vo-rne da opor tun: -rnlo pa­

ra apresentar a V. So. meus protestos do estima o ccnsi c : ração.

C7 (<> x

C i i i V J j ?i‘i X J a\

i2 G A D 0

: . .fr.

A

* 1 X 0 ,6 9 . ^ , 1 0 5 ^ .

BANCO DO BRASIL S. A. R e f . : G E R A D -73/252 ]'R e c if e (P E) , 04 de dezem bro de 1 9 7 3 .

Sr. D e le g a d o , C O N F I G í : N C I A L

F a ze n d o r e f e r ê n c i a ao o f í c i o n9 9 2 , de 18 de abril 1*71,

d e s s a D e le g a c ia , c u ja c o p ia anexam os, s o l ic it a m o s o especial ob'v>qulo

de su a a te n ç ã o aos n o s s o s p e d id o s fo rm u la d o s em o f í c i o s r e f . : AJURE

7 3 / 0 1 - 0 1 e 7 3 / 1 2 - 3 3 , de 1 2 . 0 1 . 7 3 e 0 5 . 0 4 . 7 3 , r e s p e c t iv a m e n t e , também

a n e xo s p o r c õ p ia .2 . R e a firm a n d o que e s s a s in fo r m a ç õ e s s e r ã o m a n tid a s em nh-^nlu-

t o s i g i l o » a p ro v e ita m o -n o s do e n s e jo p a r a a p r e s e n t a r - lh e o s p c o t e s t o s

de n o s s a e s t im a e c o n s id e r a ç ã o .

A t e n c io s a s sa u d a ç õ e s

( \

l im o . S r . D r.

D ele g ad o de S e g u ra n ç a S o c ia l

D ep artam ento de Ordem S o c ia i

S e c r e t a r i a de S e g u ra n ç a PúBlica

N e & t a

V i . ' . . • * •

VAl IDA EM TODO 0 TERRITORIQ NACIONAL

J 3.798.203 KS«*o 18/ÜAH/85

no e ssiiHi PHILIPPE H3ICKSTUL

FiLiACAo Selman R e ichs tu l

2 th è l R e ichs tu leNATuRAUDADE DATA DE NASCIMENTO

França 1?/^R /1949

Doc obige« Portaria Ministerial "1,1 J"110136/85 -

cpr 001072248/36

/•<

LEI N °7 116 DE 29'

MUOAOO TirULM fi® • I

i'OffB? 1 É fe A

Comissão Especial Lei n. 9.140/95 - Desaparecidos Políticos

Processo n. 149/96.

Interessado:

Falecido: Pauline Reichstul

Este processo foi aberto por iniciativa de Henri Reichstul, que pede

seja reconhecido que a morte de sua irmã, Pauline Philippe Reichstul, se deu

na forma descrita no art. 4o, I, b, da Lei n° 9.140/95. Requer, ainda, a

indenização prevista na lei.

O requerente apresenta-se como irmão da falecida, indica o número

da sua carteira de identidade, do CPF e fornece o seu endereço. É de se

recomendar, contudo, que anexe aos autos fotocópia dos documentos que

comprovam o seu vínculo de parentesco com Pauline Reichstul.

O processo está instruído por minucioso dossiê elaborado pela Sra.

Iara Xavier Pereira, à frente da Comissão dos Familiares dos Mortos e

Desaparecidos Políticos-DF.

V O T O

&

Pauline Reichstul faleceu durante o episódio que passou a ser

conhecido como o “Massacre da Chácara São Bento”, no município de

Paulista, em Pernambuco. As circunstâncias do evento e as mortes nele

ocorridas tornaram-se conhecidas desta Comissão, ao apreciar os processos

relativos a Jarbas Marques (Processo 12/96), José Manoel da Silva

(Processo 120/96), Soledad Barrett Viedma (Processo 073/96) e Evaldo

Ferreira de Souza (Processo 136/96). Os dados apreciados nesses feitos

tornam induvidosa a militância política de Pauline Reichstul, fator que

conduziu a que fosse levada presa para a chácara referida, ali sendo morta

em janeiro de 1973, por causas que a Lei n° 9.140/95 classifica como não-

naturais.

Os documentos trazidos aos autos corroboram as notícias sobre a

morte de Pauline, obtidas nos outros processos aludidos. A prisão de

Pauline, em Recife, às vésperas do seu falecimento, por indivíduos que se

identificaram como policiais, foi testemunhada por Sonja Maria Cavalcanti de

França Lócio, que prestou depoimento a respeito, transcrito nestes autos (fl.

60).

O Laudo de Perícia em Local de Ocorrência registra quatro lesões na

cabeça, com características assimiláveis àquelas produzidas por projéteis de

fogo, e outras quatro, com as mesmas características, no tronco (fl. 74).

Laudo do IML/PE faz referência a “equimoses de cores violáceas

espalhadas pelo corpo” (fl. 95).

Esses elementos, somados à ilustração fotográfica de fls. 49 e segs.,

reforçam a convicção, já formada nos outros processos relativos aos demais

4 T 0 .6 3 .^ . 1 0 3 / i i e >

militantes da VPR mortos na Chácara São Bento em janeiro de 1973, de que

Pauline Reichstul morreu quando estava sob a autoridade de agentes de

segurança estatais, em local por eles dominado.

A morte de Pauline Reichstul deve ser reconhecida como tendo

ocorrido nas circunstâncias descritas no art. 4o, I, b, da Lei n° 9.140/95.

O pedido de indenização deve ser apresentado com a observância do

disposto no art. 10 da lei de 1995, para que, oportunamente, seja analisado.

(-O

m o & 'j ' t jr f —

’ í ' SEÇAO 1N* 45 QUARTA-FEIRA, 6 MAR 1996 d iA r io o f i c i a l 3711

GABINETE DO MINISTROPORTARIA N9 130, DE 5 DE MARÇO DE 1996

O M ln iftx o de E stado da J u a t iç a , com base no d isp o s to na L e i nO 91, de 2 8 /8 /1 93 5 , regulam entada p e lo D ecreto nO 50.517 de 2 /5 /19 61 , usando da com pe tênc ia que lh e fo i delegada pe lo a r t . 10, in c is o 1 , do D ecre to no 1 .698 , de 13 de novembro de 1995, re so lv e :

A r t . 10! In d e fe r ir os pedidos de t i t u lo de U tilid a d e P ú b lic a F ede ra l re q u e r id o s p e la s in s t itu iç õ e s :

ASSOCIAÇÃO ODONTOLOGICA DE RIBEIRÃO PRETO, com sede na c idade de R ib e irã o P re to , E stado de São P au lo , po rtado ra do CGC no 56 .019.243/0001-26 «P rocesso MJ nO 13 .069/95-68);

INSTITUTO LAURA VICUflA, com sede na c idade de P orto V e lho , Estado de R ondôn ia , p o rta d o r do CGC no 05.210.570/0001-20 (P rocesso M J. n© 22 .949 /95- 52 )|

LIGA PLATINENSE DE FUTEBOL, com sede na c idade de Santo A n ton io da P la t in a , E stado do P a ran á , p o rtado ra do CGC nO 75.453.472/0001-07

gáÊ ^> ce9so MJ nO 18 .25 4 /9 5- 6 7 ).

p u b lic a ç ã o .

(O f. n9 48/96)

Art. 2o : Esta Portaria entra em vigor na data de sua

NELSON A. JOBIM

COMISSÃO ESPECIAL DE DESAPARECIDOS POLÍTICOS Secretaria Executiva

EXTRATO DA ATA DA QUARTA SESSÃO ORDÍNAR1A REALIZADA EM 29 DE FEVEREIRO DE 1996

A Comissão Especial reunida em sua quana sessão ordinária, no dia 29 de fevereiro de 1996. reconheceu as pessoas ■buxo como insertas na üpificaçio do am go 4o. U b. da la n* 9 140, de 04 de dezembro de 1995

- ANGELO ARROYO, brasileiro. casado, nascido a 06 de novembro de 1928 ao dc Sào Paulo. Alho de Angelo Arroyo e Encarnacióo Partido (morto em 1976);

- ANTÔNIO CARLOS NOGUEIRA CABRAL, brasileiro, sohnro. na*t~uir, a 14 de outubro de 1948 no ^ Sào Paulo, filho de Cezano Nogueira Cabral e Mana Tereza Nogoeua Cabral (morto em 1972);

• DEVANIR JOSÉ DE CARVALHO, brasileiro, casado. "***'**» a 15 de julho de 1943 no dc Minas Gerais, filho de E)y José de Carvalho e Esther Campos de Carvalho (morto em 1971);

• DORIVAL FERREIRA, brasileiro, casado, aasddo a 05 de novembro de 1931 no estado de Sfto Paulo, filho dc Domingos Ferreira e Albina Fcsrein (morto em 1970);

• EVALDO LUIZ FERREIRA DE SOUZA, brasileiro, «ahnro. nascido a 05 de junho de 1942 no estado do Rio Grande do SnL filho de Favonno Amónio de Souza e Mana Odete de Souza (morto em 1973);

• a ! RN ANDO AUGUSTO DA FONSECA, brasileiro, casado. a 13 de janeiro de 1946 no «‘q y k * do Rj o de de José Augusto Valente da Fonseca e Nathsyi Machado da Fonseca (mono em 1972).

* HIkOHAKJ TORJGOE. brasileiro, nasodo a 02 de dezembro de 1944 no de Mo Paulo, de Hiroshi Tongoi e kwuko Tongot (morto em 1972).

- JOELSON CRISPIM, brasileiro, nascido a 16 de abril de 1948 no estado do Rio de Janeiro, filho de José Mana Cnspun e Encaroaaón Lopes Peres (mono em 1970);

- JOSt BARTOLOMIl' RODRJC11S DE SOUZA, braslan. mscxlo a 05 * mao ác 1949 no de Pemamboco. filho de Virgíbo Rodrigues de Souza e Maria Cavalcanti de Souza (morto em 1972).

1964);• JOSÉ DE SOUZA, brasileiro, solteiro, i j em 1931. filho de Alcides de Souza e Nair de Souza (morto e

- JOSÉ MANOEL DA SILVA brasileiro, sofaeúo, nascido a 02 de dezembro de 1940 ao estado de Pernambuco, filho de Manod Joaé da Silva e Lmza Elvira da Süva (morto em 1973),

> de 1949 no estado do Rio Grande do Norte.• JOSÉ SELTON PINHEIRO, brasileiro, soltara, «**■«*> a 31 de nu filho de Milton Gomes Pinheiro e Scvenna Gomes de Lima (mono exn 1972).

• LUIZ GHUARDINt brasileiro, nasado a 01 de junho de 1920 no estado de Sio Paulo, filho de Gino Ghilardmi e Erdha Gtuco (morto em 1973);

- MARIA REGINA LOBO LEITE DE FIGUEIREDO, brasileira. r+nA» nxr-vt» a 05 de jonho de 1938 no estado do Rio de Janeiro, filha de Álvaro Lobo Lene Pereira e Qrfli» Lisboa Lobo (morta em 1972);

OLAVO HANSSEN. brasilaro, aohnro. aaacido t 14 de Membro de 1937 ao estado da SAo Paulo, filho de (mono am 1970);

a 18 de junho de 1947 aa Tchecoslováqua. filha de Sdmaa Reichstal e

de 1939 no estado de

- PAULINE REKTHSTUL fe Ethd RadMtni (a m ca 1973);

• RAIMUNDO GONÇALVES DE FIGUEIREDO, brasileira casada amdo a 23 de am Minas Geraa. filho de Franaaco GooçaNes Viana e Ana Gonçalves de Ftguaredo (monoem 1971);

• RUI OSVALDO AGUIAR PFUTZXNREUTER. brasilaro. »tara amado a 03 de aoveabro de 1942 ao estado de Santa Caianaa. fifto de Osvaldo Pto zentemer e Leoma Pfuttzenremer (mono em 1972);

• SOLEDAD BARRET VIED MA. paraguaia, assada a 06 de janeiro de 194S so Paraguai, dBm de Rafad Barren Vkdxna e Deoiiada Viedma Orttz (mona em 1973).

Da data da pohheaçSn desK «o de recunheameaso. c parágrafo 1*. btftmt, do artigo 10. di já referida lei.

I lecnnhecidos que a*o tenham certidko de òbáa da data deste r

A Comissão EjpeaaL b s mesma n a fe afto reconheceu, ao cnqsa*ameaao da lei S* 9 140/95. ALEXANDRE SOARES DE OLIVEIRA, brasileira deaquhado, nascido em 1925. ao estado da Paratoa (faleado a 14 de setembro de1969).

RICARDO DE ALVARENGA FERRÉIRA (O f. n9 48/96) S ecre tãrio- E x ecu tivo

CONSELHO ADMINISTRATIVO DE DEFESA ECONÔMICAATA DA 429 SESSÃO 0RDI3ÃRIA * •

REALIZADA EM 28 DE FEVEREIRO DE 1996 - ; . ’ •

Ao« viate t oito dias do mês de íevsreiro de mil novecentos • aoventa • »eis, àa quatorze horas, em aos sede oo anexo II do Ministério da Justiça, 2* andar, reunio-ee o Conselho Administrativo de Defesa Económica - CADE, fob s Presidência do Dr. Roy Coutinho do Nascimento, presentee os Coosclbetroe Carlo« Educrdo Vieira de Carvalho, Neide Tere*inha Malard, Marcelo Mooteiro Soares, Edgard Lincoln de Proeoça Roca e o Procurador o4 hoc Carlos Eduardo Massot Fontoura Auaertes oe Conselheiros José Mabas Pereira e Edison Rodnjpee-C&cvec, por se eacontra em de ftriaa Iniciada a seaafto, o Presidente subtneteu ao Conselho a Ata da sescio anterior qoe fbi aprovada e, em segmda, dsa micio ao« trabalboa submetendo ao Plenário o primeiro item da paota, a homologação pelo Plenário do Termo de Compromiaso de

Desempenho, originário do Ato de Concsüração d* 56/95, a ser firmado sofre o CADE « a empresa Mslitta do Brasil Indúatria « Comércio Lida., sm conformidade com o art. SS da Lei o* g 8*4/94 O Preaidente

passou, sm segmda, a palavra ao Ccoeeibeiro-Relstcr Mareio Mooteiro Soars«, qpe fez brevs apresentação do teUo do Termo de Compromisao de Desempenho Em continuidade, de acordo com o Regunetto Interno do CADE, woo da palavra o Procurador ad hoc. Caio« Eduardo Masset Footoura, que radficon ot termos do p«recsr Nio haveodo proaoncianeato do Advogado das Interessadas, o Presidente

retornou a palavra ao Coneelbeiro-Relator, qoe ae colocou à dispo*içéo do« demais Conselheiro« para esclarecer eventuais dúvida« ou questionamento« referente« ao documento em pauta A Conselheira Neide

Teresinha Malard, manifè«tou eotendimeato oo seubdo ds qoe o« relatórios referente à execuçio dos Compromissos de Desempenho, deveriam ser encaminhados ao Consetheiro-RelMor e nio ao Presidente, eis qoe toda a cooduçfto do processo á matéria ds coo*>et*ocia do relator, cttaido a mòcléueula 4, do Compromisso acima referido. Apóc a votaçio da matéria o Preaideote proclamou a decisio do Colegiado de, por maioria manter a redaçio apresentada e, por unaiimidade, aprovar a homologaçfo do Tsrmo ds Compromisso de Desempenho. Dando proaaegmmeoto ao« trabalhos, o Preaideote passou so item aegumte

da panta qoe compreeodia também, a hotnologaçio pelo Plenário do Termo ds Conyromisso ds Desempenho, originário pelo Ato de Coacenfraçio a* 19/94, a ser firmado eotre o CADE s a smpresa Oriento Indáatria s Comércio S-A s Ajinomoto Interanericaoa Ltda O Presidente paaaou a palavra ao Cooaelhetro-Relator Carlos Eduardo Vieira de Carvalho, qoe também fez ama breve leitura do texto do Termo de Compromisso ds Desempenho. A seguir, ds acordo com o Reguneoto interno usou da palavra o Procurador ad hoc. Carlos Eduardo Maaaot Footoura, que ratificou os termo« do parecer da Procuradoria do CADE Não havendo manifestação dos Advogado« da empresa, o Presidente colocou a maténa sm votaçio e, ao final, proclamou a decisio do Colegiado de, por maioria manter a redaçio spreseotada pelo Cooeelheiro-Rslstor s, por imammidads, aprovar a homologação do Tsrmo ds Compromisso de Desempenho nos termos propoatoa Passando so item 3. da pauta, foi colocado em julgsmeuto o Ato de

Concentração o® 48/95, recurso de oficio, sendo recorreate a Secretaria ds Direito Econômico - SDE e interessada a empress SKF A. Don—r Tools S/A O Presidente concedeu a palavra ao Cooaelheiro-Relrtor Cario« Eduardo Vie ira de Carvafl», o qual fez a ieitxra do relatório. A tegair, o Precideote paaaou a palavra á Procuradora ad hoc. Magali Klajmic, que ratificou os termos de seu parecer. Em seguida devolvida a palavra ao Conselheiro-Relstor que fez a leitura do voto, mamfestaodo-se pelo não provimento do recurso de oficio interposto pela Secretaria de Direito Econômico - SDE, com o cooaeqQ arquivamento do processo, sem exame de mérito. Após a votação da matéria o Presidente proclamou decisão do Colegiado que, por unanimidade, negou provimento ao recurso de oficio, determinando o arquivamento da Ato de Concentração B° 48/95, sem exams de mérito. Terminando os julgamentos, sm Asstntos Gerai a, o Presidente comunico« ao Plenário que, em reunião realizada ea 27 de fevereiro de 1996, com o Senhor Secretário ds Controls Interno do Ministério da Justiça • CISET/MJ, visando sncoutrar uma solução para os procedimentos contábeis desta Autarquia referentes ao exercício de 1995 e de 1* de janeiro a 9 de março de 1996. chegoo-se à coodusão de que a óruca ao loção possível, considerando nio possuir o

CADE um quadro de pessoal, fbi a de ser delegada competência a um contador do quadro de pessoal do Ministério da Justiça para proceder à conformidade contábil junto ao sistema SIAFI « posterior prestação de contas ao Tribunal de Contas da Uniio • TCU Assim, considerando qoe: 1. a nio soluçio do problema

implicaria em omissão do CADE perante os órgãos de controle (CISET/MJ e TCU); 2. os trabalhos desta Anarquia estão estreitamente relacionados aos da Secretaria de Direito Económico - SDE: 3. o Ordenador de Despesas do CADE, por delegação, é servidor ocupante de cago em comissão, lotado e prestando serviços na SDE; e 4 o contador a quem seria delegada a competência citada deverá trabalhar, durara? alguns dias, diretamente com esse Ordenador de Despeças, o Presidente submeteu ao Plenário o nome da servidora Adricna Fernandes da Silva Contadora do Quacfro de Pessoal do Miniaério da Justiça, lotada na SDE, para assumir o encargo de providencia as conform dadea contábeis e balanços do CADE, relativos

ou ai foi M«ntx H

0U « ^ 1

PROCESSO N° 0149/ 96 , de 27/02/96.

REQUERENTE : HENRI PHLIPPE REICHSTUL (IRMÃO)

DESAPARECIDO POLÍTICO : PAULINE REICHSTUL

0 3 - ^

: 3 § 5

Senhor Presidente,

0 requerente é irmão da desaparecida e apresentou documentação que o habilita ao recebimento de indenização.

Não consta Certidão de Nascimento.

Não consta Certidão de Óbito.

^ A Comissão Especial dos Desaparecidos Políticos reconheceu e o incluiu nosbeneficiados pela Lei 9.140/95 (Ata CEDEP às fls. 18). A publicação no D.O.U. de 06.03.96, descreve-o da seguinte forma:

“PAULINE REICHSTUL, tcheca, nascida a 18 de junho de 1947 na Tchecoslováquia, filha de Selman Reichstul e Ethel Reichstul (morta em 1973)”

Para efeito de indenização, em consonância com o artigo 11 e seus parágrafos, o requerente faz jus a importância de R$ 138.300,00 (cento e trinta e oito mil trezentos reais), a qual se baseia nos seguintes cálculos:

EPOCA DO DESAPARECIMENTO

IDADE NA DATA DO DESAPARECIMENTO

EXPECTATIVA MÉDIA DE SOBREVIDA

VALOR ÚNICO (R$)

VALOR TO TAL INDENIZAÇÃO (R$)

1973 25 46,1 3.000,00 138.300,00

Estas são as informações e valores que submeto a apreciação de V.Sa..

Brasília,

Arge Assessor;

setembro de 1996

os da Silva a Comissão

A T O . f c S ^ p . A i l j u ?

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA COMISSÃO ESPECIAL

LEI N° 9.140/95

A Comissão Especial criada pela Lei n° 9.140, de 04 de dezembro de 1995, no

uso da atribuição estabelecida no Inciso III do art. 4o, do citado Diploma Legal,

Deferir o requerimento formulado por HENRI PHILIPPE REICHSTUL com

base no art. 10 e seus parágrafos, IRMÃO de PAULINE REICHSTUL, conforme avaliação

da documentação constante do Processo n° 0149/ 96 , de 27/02/96.

Em decorrência, o requerente poderá receber indenização a título reparatório a

importância de R$ 138.300,00 (cento e trinta e oito mil trezentos reais), conforme dispõe

o art. 11 da referida Lei, após publicação de Decreto do Senhor Presidente da República.

RESOLVE:

Brasília, de setembro de 1996.

A l 0 » 6 9 * ^ p * M 3 / A l í i

COMISSÃO ESPECIAL instituída pela Lei 9.140/95

(Mortos e Desaparecidos Políticos) Serviço Público Federal

Ministério da Justiça Gabinete do Ministro

M E M O R A N D O

Brasília, 19 de junho de 1997

Dest.: Sra Tereza Rodrigues de Lima

Secretaria de Execução Orçamentária e Financeira

Ass.: Encaminhamento de processo.

Sra. Tereza,

Encaminhamos o processo a que se anexa esse memorando para

que a Secretaria de Execução Orçamentária e Financeira proceda ao pagamento

da indenização devida, conforme dispositivos da lei 9140. de 4 de dezembro de 1995.

Elisabeth Vargas

Secretária Executiva da Comissão Especial

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA A’f öGabinete do MinistroGabinete do Ministro Comissão Especial Lei 9140/95 Mortos e Desaparecidos Políticos

M E M O R A N D O

Em 1o / 7 / 97.Memo n° 27 197

PARA: Sra Tereza RodriguesSecretaria de Execução Orçamentária e Financeira

ASSUNTO: Encaminhamento de processos

Sra Tereza,

Estamos encaminhando os processos abaixo relacionados para que se proceda ao pagamento das indenizações referentes.

! 08000.02451596-12 José Bartolomeu Rodrigues de Souza Carlos Alberto Rodrigues de Souza! 08000.023837/96-45 José de Souza Svdnéa de Souza108000.004311/97-92 José Manoel da Silva Genivalda Melo da Silva08000.024518/96-01 José Silton Pinheiro José Dartalian Gomes Pinheiro08000.004310/97-20 Luiz Ghilardini Gino Ayres Ghilardini08000.024516/96-77; Maria Regina Lobo Leite de

FigueiredoIara Lobo de Figueiredo e Isabel Lobo de Figueiredo

Ö8Ö0Ö.023828/96-54 7 Olavo Hansen Borborema Hansen! 08ÖÖÖ.024527/96-9*3 ' Pauline Reichstul Henri Philippe Reichstul108000.024517/96-30 Raimundo Gonçalves de Figueiredo Iara Lobo de Figueiredo e Isabel

Lobo de Figueiredo! 08000.024524/96-03 Rui Osvaldo Aguiar Pfutzenreuter Rogério PfutzenreuterI 08000.023838/96-16 Soledad Barret Viedma Nasaindv de Araújo Barret (cubana)! Ö8ÖÖÖ.ÖÖ3722/97-5 i Alberto Aleixo Estalinia Aleixo da Silvaj 08000.004309/97-41 Alceri Maria Gomes da Silva Clélia de Melo, Talita da Silva Leão,

Maria de Jesus da Silva, lisa de Siqueira

i 08000.004308/97-88 Almir Custódio de Lima Nadja Maria Oliveira de Lima! 08000.003724/97-87 Anatália de Souza Melo Alves Luiz Alves Neto! 08000.024529/96-19 Carlos Eduardo Pires Fleury Hermano Pires Fleury Nettoi 08000.024530/96-06 Francisco José de Oliveira Nella Oliveira Menin! 08000.024531/96-61 João Lucas Alves Yara Lucas Alves: 08000.003726/97-11 Manoel Lisboa de Moura Iracilda Liboa de Moura

Respeitosamente,

HerbertBorges^afes de Barros Assistente da Comissão Especial

NT° 113 TERÇA-FEIRA, 17 JUN 1997 DIÁRIO OFICIAL SEÇÃO 1 12485 I

DECRETO Nfi 2 .255 , DE 16 DE JUNHO DE 1997

à hm<ln de

desaparecida ou morta em razAo òe particapaçfto, oc acusaçáo de putxapaçfto. em atividades poUocaa. no período de 2 de aetembro de 1961 a 15 de agooo de 1979

O PRESID ENTE DA REPÚBLICA, no uso da atnbuiçào que lhe confere o art 84. inciso IV, da ConsOtniçAo. e tendo em vista o disposto no § 2® do an . 11 da Lei nc 9 140. de 4 de dezembro de 1995. e o parecer da Comissão Especial instituída peio art. 4° da citada l a ,

D E C R E T A :

ArL Io Ficam concedidas, na forma dos arts 10 e 11 da L a n9 9.140. de 4 de dezembro de 1995, as indenizações constantes do Anexo a este Decreto, aos beneficiários nele relacionados.

A rt 2o Este Decreto entra em vigor na data de sua pubücaçio.

BrasiliaJ . 6 de ju n h o de 1997; 176® da Independência e 109° da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO íris Rezende

c o H S M h É . q j

(-■ 1

V

BENEFICIÁRIO MORTO / DESAPARECIDO PARENTESCO INDENIZAÇÃO / RSTcrczn Cnsiinn Dcnucci Martins Paulo Cosia Ribeiro Bastos companheira 111.360.00Manhicc dc Sou/a Mourn Gildo Macedo Lacerda companheira 124 110.00Luiz dc Carvalho Amaro Luiz dc Carvalho filho UN) 000.00Adalgisa Gomes dc Lana Amónio Carlos Bicalho Lana niâc 124 110.00Isairas Pereira da Silva Amónio Henrique Pereira Nclo ndc II I 360.00M ana de FAtima Oliveira Sclubnl Amónio Mnrcos Pinto dc Oliveirn mnfl 124 110.00Marilda dc Jesus Costa Carlos Nicolan Daniclli coinpanl.cira 100.000.00Alicc Pereira Fortes llclcio Pereira Forlcs niAc 124 110.00Valéria M ana dc Araújo Dias José Julio dc Araujo irnul 111 360.00Sueli RonL Moreira. Valdclicc Licariâo Ron/.. Lu/ja R on / Nacif

José Mendes dc Sá R o n / fillias 100.000.00

Gisclia Morais da Costn José Raimundo da Cosia com panha rn 100.000.00Edna Pinheiro dc Sou/a Rola Pedro Jcróniino dc Sou/.a filha 100.000.00Cléa Lopes dc Moraes Sônia M ana dc Moraes Angel Jones m;lc 124.590.00Camila Aitovc Angelo Arrovo filha 100 000.00Maria Tereza Nogueira Cabra! António Carlos Nogueira Cabral mAc 124 110.00Pcdnna José dc Carvalho Dcvanir José dc Carvalho . _ CÒIIJURC 111.360.00Estcrliia Ribeiro Ferreira Dorival Ferreira cõnjugc 100.000,00Jorge Viana dc Souza Evaldo Luiz Ferreira dc Sou ah irniâo I I I 360.00Sandra Mana dc Araújo Fonseca Fernando Augusto da Fonseca cónjugc 124 110.00Shunhiti Tongoi Hiroliaki lo n g o c innAo II I . 360.00Olga Cnspim Lobo B ardauil e Dcnizc Peres Chnspim

Joelson Crispim irmãs 124.110,00

Carlos AlbcTto Rodrigues dc Souz-n José Banolomcu Rodrigues dc Sou/a irmflo 124.110.(10Svdnéa dc Souza José dc Souza irniíl 100.000,00Gemvalda Melo da Silva José Manoel da Silva cõnjugc 100.000,00José Dartalian Gomes Pinliciro José Sillon Pinliciro imiAo 124.110.00Gino Avres Ghilardini Luiz Glulardim filho 100.000,00Iam Lobo de Figueiredo c Isabel Lobo de Figueiredo

Maria Regina Lobo Lcilc dc Figueiredo fillias 111.180.00

Borborema Hansen Olavo Hansen mâc 100 000.00Henri Philippe Rcichstul Pauline Rciclistiil irniâo 138 300.00

Iara Lobo de Figueiredo e Isabel Lobo de Figueiredo

Raimundo Gonçalves dc Figueiredo filhas 100 000,00

Rogéno Pfutzenreuter Rui Osvaldo Aguiar Pfutzenreuter irniâo i l l 360,00Nasaindv de Arauto Barrct Solcdad Barrct Vicdina filha 124 590,00Estaliiua Alcixo da Silva Alberto Aleixo filha 100.000,00Clélia de Melo. Talita da Silva Lcâo. María de Jesus da Silva, ilza dc Siqueira

Alceri M aria Gomes da Silva irmás 124.590.00

Nadja María Oliveira dc Lima Aluiir Custódio de Lima cónjugc 124 110.00Luiz Alves Neto Analália de Souza Melo Alves cõnjugc 124.590.00Hermano Pires Fleurv Netto Carlos Eduardo Pires Fleurv irmáo 111.360,00Nella Oliveira Memn Francisco José dc Oliveira irmà 111.360,00Yara Lucas Alves Joâo Lucas Alves irmâ 100.000,00Iraciida Liboa de Moura Manoel Lisboa dc Moura mác 111.360,00Vanúzia Sérgio de Aquino Radúsia Alves Rodrigues filha 124.590.00Laiz Furtado Tapajós Aurofa Nascimcnto Furtado irmã I24.590.0QJorge Thadeu Melo do Nasciincnto Dilermano Melo do Nasantcnto fiUio 100.000.00Adalton Gomes da Silva Eudaldo Gomes da Silva irmáo 124.110.00Tânia M anns Roque c Taúana Marins Roque

Lincoln Oicallio Roque cõnjugcfilha

111.360,00

Szajna Spiegncr José Roberto Spiegncr mác 111.360,00Zair Castro Amaral Milton Soares dc Castro irmâ 111.360.00Maria Yvone Loureiro Ribeiro Odijas Carvalho dc Souza cónjugc 124.110,00Clarice Herzog Vladimir Herzog cõnjugc _ 100.000,00

Elizabeth Chalupp Soares Manoel Raimundo Soares cónjugc 111.360.00Lcõncio Samuel Pereira Francisco das Chagas Pereira pai 111.360.00Miguel Barros Câmara Lcâo de Souza e Hernani Barros Camara de Souza

Aldo de Sá Bnto Souza Neto irmàos 137.220.00

Zilda Paula Xavier Pereira 1 Alex de Paula Xavier Pereira mâe 124.110.00Emilia Bnckmann Schreier Chael Charles Schreier máe 124.110.00Francisco Bezena dos Santos Emmanuel Bezerra doc Santos trmào 111.360.00M ana Ester Cnstelli Drumond Joáo Batista Franco Dromond cônjuge 100.000.00Roberto Cardien Ferreira Joaquim Câmara Ferreira filho 100 000.00Ai da Manoru de Almeida José Roberto Arames de A lm ada mác 111.360.00Vânia Momz Oest Lincoln Cordeiro Oest filha 100.000.00Angela M ana Mendes de Almeida Luiz Eduardo da Rocha Merline companheira 124.110.00

A T o . f c S . ^ p a i f c j u g

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