0057P22004 0057P22004 203 - Saber Educação
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(0 a 1 ano e 6 meses)
João Batista Araujo e Oliveira
Creche IBebês
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(0 a 1 ano e 6 meses)
Creche IBebês
VOLUME
1
BOAS PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO INFANTILBOAS PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO INFANTILBOAS PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO INFANTILBOAS PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO INFANTILBOAS PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO INFANTILBOAS PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO INFANTIL
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João Batista Araujo e Oliveira
Doutor em Educação pela Florida State University, Estados Unidos.
Presidente do Instituto Alfa e Beto.
Dedicou a maior parte de sua vida acadêmica e profissional a questões
ligadas à educação. Publicou dezenas de artigos científicos, livros
técnicos e coleções de livros didáticos. Foi diretor do Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em Brasília, funcionário do Banco
Mundial, em Washington, Estados Unidos, e perito da Organização
Internacional do Trabalho, em Genebra, Suíça. Nos últimos vinte anos,
vem desenvolvendo projetos voltados para o sistema público de ensino.
1ª edição, São Paulo, 2020
VOLUME
1
(0 a 1 ano e 6 meses)
Creche I
Bebês
BOAS PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO INFANTILBOAS PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO INFANTIL
EDUCAÇÃO INFANTIL
FRONTIS_Interacoes_ATICA_PNLD_2022_Creche_Volume1.indd 1FRONTIS_Interacoes_ATICA_PNLD_2022_Creche_Volume1.indd 1 10/6/20 3:11 PM10/6/20 3:11 PM
Presidência: Paulo Serino
Direção editorial: Lauri Cericato
Gestão de projeto editorial: Heloisa Pimentel
Coordenação editorial: Claudia Morales
Edição: Mariane Braz Brandão, Mirna Acras Imperatore e Cirilo Lemos
Planejamento e controle de produção: Vilma Rossi e Camila Cunha
Revisão: Denise Morgado (coord.), Alexandra Costa da Fonseca, Ana Paula C. Malfa, Ana Maria Herrera, Anna Emília Soares,
Carlos Eduardo Sigrist, Catrina do Carmo Bittencourt, Cláudia Levy, Cristiane Maruyama, Ecila Cianni, Flavia S. Vênezio, Gabriela Macedo
de Andrade, Heloísa Schiavo, Hires Heglan, Julia Kusminsky, Kátia S. Lopes Godoi, Luciana B. Azevedo, Luís M. Boa Nova,
Luiz Gustavo Bazana, Patricia Cordeiro, Patrícia Travanca, Paula T. de Jesus, Sandra Fernandez, Sueli Bossi e Tamires Bonani
Arte: Claudio Faustino (ger.), Erika Tiemi Yamauchi (coord.), Carlos Magno (edição de arte), Formato Estúdio (diagramação)
Iconografia e tratamento de imagens: Roberto Silva (coord.), Claudia Balista, Alessandra Pereira, campos de iconografia,
Carlos Luvizari, Célia Rosa, Cristina Akisino, Daniel Cymbalista, Danielle de Alcantara e Rodrigo dos Santos Souza (pesquisa iconográfica),
Cesar Wolf (tratamento de imagens)
Licenciamento de conteúdos de terceiros: Fernanda Carvalho (coord.), Erika Ramires e Márcio Henrique (analistas adm.)
Design: Noctua Art (proj. gráfico e capa)
Foto de capa: Monkey Business Images/Shutterstock
Todos os direitos reservados por Editora Ática S.A.Avenida Paulista, 901, 4o andar
Jardins – São Paulo – SP – CEP 01310-200
Tel.: 4003-3061
www.edocente.com.br
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Angélica Ilacqua - CRB-8/7057
2020Código da obra CL 719992
CAE 729817 (PR)
1a edição
1a impressãoDe acordo com a BNCC.
Impressão e acabamento
2
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Essa obra foi elaborada pensando em todos
os educadores que trabalham em creches,
com bebês e crianças bem pequenas.
Queremos não só tratar de conceitos e
propostas de atividades, mas principalmente
tornar evidente a relevância dessa fase da
vida para o desenvolvimento infantil: aprender
brincando e brincar aprendendo.
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INTRODUÇÃO 5
Sumário
PARTE IIITINERÁRIOS
PEDAGÓGICOS
UNIDADE 7
Itinerários de rotina
• Hora de Chegar, 39
• Hora da Rodinha, 41
• Hora da Higiene, 45
• Hora de Arrumar, 47
• Hora de Comer, 48
• Hora do Repouso, 49
• Hora de Pátio, 51
• Hora da Despedida, 55
UNIDADE 8
Itinerários pedagógicos
Acompanhamento/ avaliação formativa dos itinerários de rotina e pedagógicos
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
COMENTADAS
38
56
121
125
PARTE IO TRABALHO DO
EDUCADOR NA
CRECHE
UNIDADE 1Aspectos históricos e
legais da prática docente
na creche
UNIDADE 2Conceitos básicos de
desenvolvimento infantil
UNIDADE 3Literacia e literacia familiar
UNIDADE 4Numeracia
UNIDADE 5Educação infantil e o
envolvimento da família
UNIDADE 6Preparando-se para
os itinerários
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Introdução
Este Manual tem como objetivo ajudar o educador a promover o desenvolvimento das crianças nos anos
iniciais de vida que estão sob sua responsabilidade. Está organizado da seguinte forma:
● uma parte conceitual – em que apresentamos os fundamentos para o trabalho, as orientações governa-
mentais e a nossa proposta;
● uma parte operacional – em que apresentamos os dois tipos de atividade que fazem parte do dia a dia de
uma instituição de Educação Infantil: as rotinas, assim chamadas por seu caráter repetitivo, e as demais
atividades com intencionalidade. Nesta parte apresentamos:
● os instrumentos de trabalho;
● como integrar os instrumentos de trabalho ao dia a dia;
● o detalhamento de algumas orientações.
Essas informações permitirão a você integrar teoria e prática e usar todos esses recursos, de forma con-
sistente com a proposta pedagógica da instituição em que você trabalha.
Partimos da ideia de que a Educação Infantil tem como propósito promover o desenvolvimento infantil
em todas as suas dimensões – física, pessoal, social e cognitiva –, bem como preparar a criança para seu pos-
terior sucesso escolar e na vida. O educador precisa conhecer os fundamentos do desenvolvimento, as pro-
postas curriculares, a pedagogia da Educação Infantil e os indicadores relevantes para acompanhar o pro-
gresso e o resultado de seu trabalho. Nossa proposta pedagógica se baseia no princípio “aprender
brincando e brincar aprendendo”.
Aprender brincando e brincar aprendendo.
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Todos nós, adultos, sabemos algo sobre o pro-
cesso de desenvolvimento humano, seja pela cons-
ciência das mudanças que ocorrem em nosso corpo
na adolescência, seja pela convivência com pessoas
de diferentes idades. Mas, para educar bem uma
criança, não basta esse conhecimento intuitivo. Pre-
cisamos conhecer também o que a ciência tem a
nos dizer sobre isso.
Nos últimos anos, houve enormes avanços cien-
tíficos nessa área. Hoje sabemos muito mais sobre
o tema do que há algumas décadas. Como sempre,
o novo conhecimento confirma muito do que sabía-
mos, mas também contesta algumas de nossas in-
tuições e traz novas e valiosas informações para
orientar o trabalho de pais e educadores.
Isso se reflete nas políticas públicas de educa-
ção e nos documentos que dão subsídios aos edu-
cadores. Destacaremos de imediato dois desses
documentos, que são fundamentais para o trabalho
com a Educação Infantil: a Base Nacional Curricular
Comum (BNCC) e a Política Nacional de Alfabeti-
zação (PNA).
BNCC: em que consiste a
proposta para a Educação
InfantilFormulada sob a coordenação do Ministério da
Educação (MEC) e com ampla participação da so-
ciedade, a BNCC trata das aprendizagens essenciais
da educação básica e serve de referência para que
escolas e educadores de todo o pais organizem seu
currículo com base nas próprias características, ne-
cessidades e condições.
Na Educação Infantil, a BNCC propõe seis direi-
tos que visam assegurar à criança experiências e
interações que possibilitem a aprendizagem.
Esses direitos expressam um conceito de Edu-
cação Infantil que ultrapassa o simples cuidado e a
ideia, muito comum até bem pouco tempo, de que
basta a criança pequena se desenvolver de forma
espontânea. Na BNCC é enfatizada a concepção de
intencionalidade:
Participar ativamente, com adultos e outras
crianças, tanto do planejamento da gestão da escola
e das atividades propostas pelo educador quanto da
realização das atividades da vida cotidiana, tais como a
escolha das brincadeiras, dos materiais e dos ambientes,
desenvolvendo diferentes linguagens e elaborando
conhecimentos, decidindo e se posicionando.
Explorar movimentos, gestos, sons, formas,
texturas, cores, palavras, emoções, transformações,
relacionamentos, histórias, objetos, elementos da
natureza, na escola e fora dela, ampliando seus saberes
sobre a cultura, em suas diversas modalidades: as artes,
a escrita, a ciência e a tecnologia.
Expressar, como sujeito dialógico, criativo e
sensível, suas necessidades, emoções, sentimentos,
dúvidas, hipóteses, descobertas, opiniões,
questionamentos, por meio de diferentes linguagens.
Conhecer-se e construir sua identidade pessoal,
social e cultural, constituindo uma imagem positiva
de si e de seus grupos de pertencimento, nas diversas
experiências de cuidados, interações, brincadeiras e
linguagens vivenciadas na instituição escolar e em
seu contexto familiar e comunitário.
BNCC, 2018, p. 36.
Direitos de aprendizagem e desenvolvimento na Educação Infantil
Conviver com outras crianças e adultos, em
pequenos e grandes grupos, utilizando diferentes
linguagens, ampliando o conhecimento de si e do
outro, o respeito em relação à cultura e às diferenças
entre as pessoas.
Brincar cotidianamente de diversas formas, em
diferentes espaços e tempos, com diferentes parceiros
(crianças e adultos), ampliando e diversificando seu
acesso a produções culturais, seus conhecimentos,
sua imaginação, sua criatividade, suas experiências
emocionais, corporais, sensoriais, expressivas,
cognitivas, sociais e relacionais.
Essa intencionalidade consiste na organização e
proposição, pelo educador, de experiências que permitam
às crianças conhecer a si e ao outro e de conhecer e
compreender as relações com a natureza, com a cultura
e com a produção científica, que se traduzem nas
práticas de cuidados pessoais (alimentar-se, vestir-se,
higienizar-se), nas brincadeiras, nas experimentações
com materiais variados, na aproximação com a literatura
e no encontro com as pessoas.
Parte do trabalho do educador é refletir, selecionar,
organizar, planejar, mediar e monitorar o conjunto
das práticas e interações, garantindo a pluralidade de
situações que promovam o desenvolvimento pleno das
crianças.
BNCC, 2018, p. 37.
Para auxiliar o educador nessa tarefa, a BNCC di-
vidiu os objetivos de aprendizagem e desenvolvi-
mento na Educação Infantil por campos de experiên-
cia, atendendo assim a todos os direitos previstos.
Os campos de experiência constituem uma forma
de organizar por grandes áreas as experiências e o
conhecimento que deve ser propiciado às crianças.
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PNA – POLÍTICA NACIONAL DE ALFABETIZAÇÃO
A Política Nacional de Alfabetização trata es-
sencialmente das condições necessárias e sufi-
cientes para assegurar a alfabetização das crian-
ças no início da escolaridade formal, ou seja, no
1º ano do Ensino Fundamental. A proposta de al-
fabetização contida nessa política e expressa no
referido documento se insere no contexto e no
conceito de literacia. Esse conceito é conhecido
e utilizado há alguns séculos em outros países,
notadamente na língua inglesa (literacy), e refe-
re-se ao equipamento cognitivo e linguístico ne-
cessário para que os cidadãos se beneficiem da
linguagem escrita (a palavra literacia vem do la-
tim, “letra”).
Antes da escola formal, o desenvolvimento do
vocabulário de uma criança, assim como o desen-
volvimento cognitivo e da linguagem, depende for-
temente da qualidade da interação da criança com
os adultos que a cercam – na família e nas institui-
ções de Educação Infantil. E essa interação pode e
deve ser mediada pela imersão no mundo dos livros
– da leitura – desde o berço. No caso da creche –
especialmente até os 18 meses –, as habilidades es-
pecíficas destinadas à preparação para a alfabeti-
zação se referem essencialmente à familiaridade
com livros e materiais impressos.
O documento da PNA também aborda outro con-
ceito, mais recente: a numeracia. Esse conceito se re-
fere à habilidade de lidar com números. Especifica-
mente, a proposta contida no referido documento
está diretamente voltada para o desenvolvimento das
habilidades relacionadas ao ensino da aritmética nos
anos iniciais e, de forma especial, ao desenvolvimen-
to de conceitos e habilidades preparatórios que cabe
desenvolver no contexto da Educação Infantil, tanto
nas creches quanto na pré-escola.
BNCC, PNA E O DESENVOLVIMENTO INFANTIL
A criança nasce programada para sobreviver,
e para isso ela precisa se desenvolver, interagir e
aprender nesse processo. A família, os grupos so-
ciais, os desafios do cotidiano promovem os
estímulos para que esse desenvolvimento ocorra
– quanto mais os estímulos forem apresentados
no momento certo e de forma adequada maiores
as chances de promover um desenvolvimento
adequado. É nesse contexto que surge a Educa-
ção Infantil, com papéis complementares e bem
definidos entre os diferentes atores, com o obje-
tivo de permitr que a criança atinja seu potencial
máximo.
A criança é uma só, ela se desenvolve como um
todo. O desenvolvimento de uma área afeta o das
demais. O desenvolvimento físico, por exemplo, ao
Aprender a andar, por exemplo, contribui para a
autonomia da criança, mas durante algum tempo
pode comprometer a segurança e trazer medos.
Afinal, trata-se de um processo interativo. Para aju-
dar a criança a se desenvolver, é importante en-
tender o todo e as partes. O educador precisa co-
nhecer o desenvolvimento infantil para atuar com
foco e saber oferecer estímulos adequados no mo-
mento adequado e de forma adequada: cada coi-
sa a seu tempo e no seu devido lugar.
Diferentemente da educação formal – pautada
por disciplinas – a Educação Infantil é pautada pe-
lo processo de desenvolvimento infantil. Podemos
considerar pelo menos quatro dimensões de desen-
volvimento que os psicólogos utilizam para estudar
o desenvolvimento infantil.
O desenvolvimento pessoal e social refere-se
ao processo pelo qual a criança toma consciência
de si mesma, desenvolve sua personalidade, seu
temperamento, sua autonomia. Isso se dá no rela-
cionamento com o outro e requer o controle das
emoções, da agressividade e o desenvolvimento
progressivo de habilidades sociais para trabalhar
cooperativamente. Para se desenvolver e conviver
de forma adequada, a criança precisa desenvolver
a atenção, a memória e o autocontrole emocional.
A BNCC aborda essa área usando os termos “o eu,
o outro e nós”.
O desenvolvimento físico e motor inclui o
equilíbrio e a coordenação, que possibilitam, por
sua vez, o desenvolvimento sensorial e das habi-
lidades motoras amplas. O desenvolvimento é es-
sencial não apenas para a saúde e bem-estar, mas
também para a aquisição de habilidades especí-
ficas essenciais para o sucesso escolar posterior,
como a postura adequada e as habilidades moto-
ras finas associadas à aprendizagem e ao domínio
da escrita. A BNCC trata do tema usando os con-
ceitos de corpo, gestos e movimentos, de um la-
do, e, no que se refere ao desenvolvimento sen-
sorial, também inclui o desenvolvimento da
percepção e da expressão corporal e estética.
A BNCC estrutura cinco campos de experiência.
Para saber mais, pesquise o conteúdo disponí-
vel em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/
abase/#infantil/os-campos-de-experiencias>.
Acesso em: 24 ago. 2020.
Para saber mais
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O desenvolvimento da linguagem constitui uma área de desenvolvimento em si mesma, mas tam-bém é a base para o desenvolvimento cognitivo e a aprendizagem escolar. A BNCC aborda o tema usando os conceitos de escuta, fala, pensamento e imaginação, o que engloba o desenvolvimento tan-to do vocabulário e da capacidade de compreensão oral quanto das habilidades de comunicação, ex-pressão oral e interação com as ideias, imagens e pessoas. O tema também é abordado de maneira mais específica pelo PNA com o conceito de litera-cia. No sentido amplo, o conceito de literacia se es-tende por toda a vida, mas nos anos iniciais, corres-pondentes ao período da creche, o fator crítico é o desenvolvimento da linguagem, especialmente do vocabulário, da compreensão oral, da familiaridade com livros e materiais impressos e, especialmente, a formação do gosto e do hábito pela leitura. Em-
bora sem objetivo pedagógico intencional, as crian-ças também são expostas aos números e às letras do alfabeto por meio de brincadeiras e jogos.
O desenvolvimento cognitivo refere-se essen-cialmente à capacidade do cérebro em articular os conceitos e tipicamente se expressa por meio de palavras como quem, que, quando, quanto, onde, como, por quê. O raciocínio lógico e matemático também é parte desse processo que permite arti-cular as ideias. A BNCC utiliza a nomenclatura “es-paço, tempos, quantidades, relações e transforma-
ções”, bem como menciona o conhecimento do mundo natural e social no qual a criança vive e que precisa decifrar. O PNA se concentra de maneira mais acentuada nas questões associadas à nume-racia – envolvendo os conceitos e as habilidades para lidar com o sentido do número, os números, as quantidades, propriedades e relações pertinen-tes não apenas ao âmbito do raciocínio matemáti-co, mas também ao raciocínio lógico que permite à criança decifrar e fazer sentido de seu mundo. A criança nasce programada para assimilar esses con-ceitos, mas o que ela consegue assimilar nos pri-meiros anos de vida se faz de maneira informal.
O quadro abaixo mostra como a BNCC e o PNA se situam em relação a essas dimensões.
Como a ciência organiza o conhecimento
Como compatibilizamos o conhecimento científico com as orientações oficiais
Áreas do desenvolvimento infantil
A BNCC(campos de experiência)
A PNA
Desenvolvimento pessoal e social O eu, o outro e nós
Desenvolvimento físico e motorCorpo, gesto e movimentos
Traços, sons, cores e formasLiteracia/caligrafia
Desenvolvimento da linguagem Escuta, fala, pensamento e imaginação Literacia
Desenvolvimento cognitivo/Conhecimento de mundo
Espaço, tempos, quantidades, relações e transformações
Traços, sons, cores e formas
Numeracia
O PNLD
Corpo humano e seus sentidos
Animais
Fenômenos meteorológicos
Astronomia
Plantas
Água e minerais
Família e graus de parentesco
Rotinas e hábitos do dia
Esse quadro permite observar que as propostas do Ministério da Educação podem ser compatibilizadas com o que sabemos a respeito do desenvolvimento infantil – que deve ser o foco do trabalho dos educadores.
É interessante que a entrada na creche seja vista como inserção de novas crianças e famílias em um es-paço em que já há algumas regras e rotinas. Acolhimento é uma palavra essencial nesse momento. É impor-tante que esse processo de inserção seja gradual.
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1Parte
O trabalho do
educador na creche
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Jean-Jacques Rousseau foi um filósofo que viveu no século XVIII. Sua filosofia questionava as instituições de sua época, as insti-
tuições educacionais – inclusive as poucas que existiam em sua época. Para ele, o homem é bom, nasce bom e só se torna mau pelo
convívio com a sociedade. Se o homem vivesse de acordo com as leis da natureza, como viviam os homens primitivos, ele seria bom e
não seria pervertido, cultivando as leis naturais da razão, a capacidade de se manter livre e a capacidade de julgar.
Suas ideias – apresentadas no livro intitulado Emílio, ou da educação (São Paulo, Martins Fontes, 2004) – tiveram muita importância entre
alguns educadores do século XIX e do século XX, como John Dewey, especialmente no respeito ao ritmo e às escolhas das crianças.
Fonte Adaptada de CAMBI, France. História da Pedagogia. São Paulo: Unesp, 1999.
Lendo na fonte
1Unidade
Aspectos históricos e legais da prática docente na creche
Para falarmos sobre prática docente na creche, devemos refletir primeiro sobre o conceito de criança e infância.
Por muito tempo a criança foi vista como um adulto em miniatura, porém essa concepção de infância foi se transfor-
mando ao longo dos anos. Nos últimos vinte anos, consolidou-se uma ciência do desenvolvimento humano que não
apenas descreve com precisão a continuidade do processo de desenvolvimento, mas identifica as características pró-
prias e específicas relacionadas à infância. Cabe ao educador conhecer essas características para promover de forma
eficaz o desenvolvimento, cujo objetivo é chegar à autonomia e independência próprias do adulto.
Para compreendermos a educação infantil como ho-
je ela se apresenta, é necessário o entendimento de seu
caráter histórico, marcado por contextos diversos, de or-
dem política, econômica e social.
Educação infantil na
perspectiva históricaAs crianças sempre usaram suas habilidades de ob-
servação e imitação para decifrar o mundo dos adultos.
Em todos os tempos, há registros de crianças que brin-
cavam e se divertiam em inúmeros tipos de atividades
sem nenhum propósito definido – mas que certamente
correspondia, como sabemos hoje, às suas necessidades
de aprender. Aliás, esse fenômeno também se observa
em diversos outros grupos de animais, especialmente en-
tre os mamíferos e os primatas.
Entre os povos primitivos, as crianças aprendiam primei-
ro a observar e, aos poucos, iam sendo introduzidas nos ri-
tuais da coleta de alimentos, da caça e da pesca. Nas socie-
dades sedentárias, as crianças ficavam em torno da casa até
que passassem a acompanhar os pais nas tarefas agrícolas.
Mas é nas sociedades urbanas, principalmente a partir
da Revolução Industrial, que começa a surgir a necessida-
de de creches – com o objetivo de cuidar das crianças pa-
ra que as mães pudessem trabalhar. Só no século XVIII, com
Froebel, Pestalozzi e Rousseau, começa a surgir a preocu-
pação com uma pedagogia específica para a educação in-
fantil. Já Maria Montessori, aliou um profundo conhecimen-
to científico sobre a criança a uma capacidade de aguda
observação e a propostas consistentes para promover o
desenvolvimento. Foi a partir dessa tradição que se desen-
volveu a ciência do desenvolvimento infantil tal como a co-
nhecemos nos dias de hoje.
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Temas Contemporâneos Transversais (TCTs)
Os Temas Contemporâneos Transversais (TCTs) buscam uma contextualização do que é ensinado, trazendo temas que sejam de
interesse dos estudantes e de relevância para seu desenvolvimento como cidadão. O grande objetivo é que o estudante não termine
sua educação formal tendo visto apenas conteúdos abstratos e descontextualizados, mas que também reconheça e aprenda sobre os
temas que são relevantes para sua atuação na sociedade. Assim, espera-se que os TCTs permitam ao aluno entender melhor: como
utilizar seu dinheiro, como cuidar de sua saúde, como usar as novas tecnologias digitais, como cuidar do planeta em que vive, como
entender e respeitar aqueles que são diferentes e quais são seus direitos e deveres, assuntos que conferem aos TCTs o atributo da
contemporaneidade.
Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/
contextualizacao_temas_contemporaneos.pdf. Acesso em: 24 ago. 2020.
Lendo na fonte
De um lado as creches sempre tiverem um cunho
eminentemente assistencial, ou seja, o de “cuidar”, sem
maior preocupação com o desenvolvimento. Já os jar-
dins de infância, tradicionalmente destinados a crianças
de 4 a 6 anos, desde sua origem tinham um compromis-
so com aspectos relevantes do desenvolvimento infantil.
Nas redes de ensino privadas, o último ano da pré-es-
cola, destinado a crianças de 6 anos de idade, há déca-
das já vinha promovendo a alfabetização de maneira
deliberada.
O movimento que levou à aprovação do Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA), em 1990, já refletia o
embrião de um novo entendimento a respeito da edu-
cação infantil. Com a promulgação da Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional – LDB 9394/96 (Brasil,
1996), a educação infantil passou a ser reconhecida co-
mo parte integrante da educação básica. Inicialmente
abrangia os primeiros sete anos de vida – os primeiros
quatro anos em creches e os três últimos (correspon-
dendo aos antigos jardins de infância) na pré-escola.
Atualmente o período da pré-escola foi reduzido, fican-
do a educação infantil voltada para crianças de até 5
anos e 11 meses.
O termo usado na legislação é “educação infantil”, e
ela é subdivida em dois segmentos: creche e pré-escola.
Esse termo, além da não obrigatoriedade de atendimen-
to em creches, caracteriza a natureza não escolar da
educação infantil. Isso sugere, de um lado, a importância
e a responsabilidade da família e, de outro, a necessida-
de de profissionais, processos, métodos e pedagogia
diferenciada para operar as instituições que complemen-
tam o trabalho das famílias.
Como observado anteriormente, o “currículo” da edu-
cação infantil está inscrito no próprio processo de de-
senvolvimento. O que a Base Nacional Comum Curricu-
lar - BNCC (Brasil, 1996) faz é chamar a atenção para
os tipos de estímulos e experiências que devem ser pro-
porcionados às crianças. O objetivo da educação infan-
til, portanto, é promover o desenvolvimento infantil, se-
ja no contexto familiar, no caso das crianças de até 4
anos que não frequentam creches, seja em um contexto
institucional de creches e pré-escolas, mas não escolar.
A BNCC e os documentos que a antecederam, espe-
cialmente a LDB 9 394/96 (Brasil, 1996), o Parecer CNE/
CEB 20/2009 e as Diretrizes Curriculares Nacionais pa-
ra a Educação Infantil (DCNEI), refletem o entendimen-
to das autoridades brasileiras a respeito desses temas
que têm de ser abordados nos currículos escolares.
A CIÊNCIA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO E AS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL
A infância vem assumindo um papel de destaque nas
políticas públicas desde, pelo menos, o século XVIII. A
educação infantil vem tomando vulto desde meados do
século passado. A atenção à primeira infância vem au-
mentando na medida em que aparecem evidências cada
vez mais sólidas a respeito do seu impacto no desenvol-
vimento cognitivo e socioemocional das crianças. O que
acontece antes e durante a gravidez, as condições de
nascimento das crianças e a qualidade das interações
com adultos apresentam forte relação com a trajetória
mais ou menos bem-sucedida do desenvolvimento. Tam-
bém existem evidências sobre o impacto de creches –
mas essas evidências, inclusive obtidas em países
desenvolvidos, são pouco animadoras: apenas creches
excelentes têm impacto positivo; creches medíocres cos-
tumam causar mais danos do que benefícios (Shonkoff
e Phillips, 2000).
A pré-escola também gera efeitos positivos compro-
vados, inclusive no Brasil. Também não basta oferecer
pré-escola, sua qualidade tem maior ou menor impacto
no futuro desempenho das crianças. Os efeitos da cre-
che e pré-escola são mais fortes e duradouros no de-
senvolvimento cognitivo do que intervenções posterio-
res. Já no que diz respeito às habilidades
socioemocionais, essas são mais maleáveis e suscetíveis
a mudanças até pelo menos os 30 anos de idade.
Nos anos 1960, a educação infantil passou a ser vis-
ta como um instrumento potencial de redução de desi-
gualdades sociais e recebeu importantes contribuições
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Nesses trabalhos, encontram-se evidências sobre a im-
portância dos estímulos que as crianças recebem – ou devem
receber – nos três primeiros anos e como esses estímulos
estruturam a forma como elas irão adquirir novos conheci-
mentos em fases posteriores da vida. Isto se deve ao fato de
a infância ser um período em que o cérebro tem grande plas-
ticidade para se remodelar em função das experiências.
Ainda nas últimas décadas do século XX, foram pro-
duzidos importantes documentos relacionados ao proces-
so de alfabetização e ao desenvolvimento de habilidades
preparatórias que podem e devem ser desenvolvidas antes
da entrada da criança na escola formal. O livro de Adams
(1990) e o relatório do National Reading Panel (2000)
constituem marcos de referência sobre o tema.
Na virada para o século XXI, são notáveis os avan-
ços do conhecimento científico a respeito do impacto
de determinadas intervenções no funcionamento cere-
bral, o que produziu importantes revisões do conheci-
mento científico acumulado até o início do século e deu
impulso a um novo olhar científico interdisciplinar para
as questões do desenvolvimento infantil. De modo par-
ticular, foram notáveis os avanços científicos a respeito
de como as crianças desenvolvem e aprendem algumas
habilidades fundamentais, particularmente as funções
de controle executivo (Diamond, 2011; Diamond et al.,
2019) a importância da leitura desde o berço (Klass et
al., 2010) e das habilidades preparatórias para o conhe-
cimento matemático (Dehaene, 1997; relatório do Ins-
titute of Education Sciences, 2013).
de estudiosos. O tema passou a merecer especial atenção
a partir dos achados de James Heckman, que ganhou
notoriedade por conquistar um prêmio Nobel de Econo-
mia por demonstrar os potenciais efeitos econômicos e
sociais de investimentos no que se convencionou chamar
de primeira infância. Em decorrência dessas mudanças,
de pressões sociais, de evidências e do conhecimento
científico acumulado, a partir da segunda metade do sé-
culo XX, começaram a surgir pré-escolas e, progressiva-
mente, desenvolveu-se a ideia de preparar a criança para
a escolarização, especialmente para a alfabetização.
A partir de meados dos anos 1960 começaram a
surgir políticas públicas voltadas para a primeira in-
fância, a mais conhecida delas é o programa Head
Start, cujas bases conceituais foram desenvolvidas
por Eric Bronfebrenner – um dos maiores estudio-
sos do desenvolvimento infantil da segunda me-
tade do século XX. Essas iniciativas estimularam o
surgimento de diferentes modelos de atendimento
e muitas avaliações dessas iniciativas. Em paralelo,
a psicologia do desenvolvimento, antes restrita ao
âmbito dos psicólogos, tornou-se parte da ciência
do desenvolvimento humano, incorporando conhe-
cimentos de outras áreas, notadamente da Antro-
pologia e da Neurociência. A publicação de Shon-
koff e Phillips (2000) representa esse novo marco
conceitual. Poucos anos depois, começam a surgir
políticas consolidadas em outros países, especial-
mente no âmbito da OCDE, que fez e continua fa-
zendo uma série de publicações intitulada Starting
Strong (“começando bem”), abundantemente cita-
da no documento da PNA.
O primeiro documento publicado no Brasil com ên-
fase na ciência do desenvolvimento humano como
base para formular políticas de educação infantil
data de 2008. Esse documento é fruto de um even-
to do qual participou James Garbarino, discípulo de
Bronfebrenner, e John Bennett, o inspirador da série
Starting Strong da OCDE (Bennett; Dickinson; Garba-
rino; Freund; Oliveira, 2008). Esse tema foi retomado
e aprofundado pela Academia Brasileira de Ciências,
em 2011.
Para saber mais
BENNETT, J.; DICKINSON, D. K.; GARBARINO, J.;
FREUND, L; OLIVEIRA, J. B. A. Educação Infantil:
Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos
Deputados. Brasília: Confederação Nacional do
Comércio Sesc/Senac e Instituto Alfa e Beto,
2008.
SHONKOFF, J. P; PHILLPS, D. A. (org.). From
neurons to neighborhoods: the science of early
childhood development. Washington, D.C.:
National Academies Press, 2000.
Referência de leitura para
aprofundamento pedagógico
DEAHENE, S. The number sense: how the mind
creates mathematics. Oxford: Oxford University
Press, 1997.
INSTITUTE OF EDUCATION SCIENCES
(Washington, D.C.). Teaching Math to young
children. Washington, D.C: Department of
Education. IES, 2014.
KLASS, P.; DREYER, B.; MENDELSOHN, A. Reach
Out and Read: um programa de incentivo à leitura a
partir do atendimento em ambulatórios pediátricos.
In: Leitura desde o berço: políticas sociais integradas
para a primeira infância. Rio de Janeiro, p. 67-
92, 2010. Trabalho apresentado no 3º Seminário
Internacional do Instituto Alfa e Beto, 2010.
Referência de leitura para
aprofundamento pedagógico
Pedagogias da Educação
Infantil: brincadeiras,
intencionalidade e o papel
do educadorAs grandes teorias do início do século XX deram lu-
gar a conhecimentos mais específicos e bem fundamen-
tados a partir da segunda metade do século passado e
início do presente século.
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Dois dos mais importantes estudiosos do desenvolvi-
mento infantil, Jean Piaget e Lev Vigotsky, são conside-
rados os pais da psicologia do desenvolvimento no mun-
do ocidental e nos países do Leste Europeu,
respectivamente. Suas principais contribuições foram de-
senvolvidas há cerca de 100 anos e deixaram marcas pro-
fundas na ciência do desenvolvimento. Mas a ciência evo-
lui, e hoje os conhecimentos sobre a primeira infância,
embora ainda limitados, nos fornecem instrumentos de
observação, de pesquisa e de intervenção muito mais
avançados – como ocorre nas demais áreas das ciências.
Hoje não mais existem “grandes teorias”, mas existem mi-
ni teorias e conhecimentos específicos que nos permitem
entender melhor o desenvolvimento infantil nos seus di-
versos aspectos e na sua interação. E permitem a formu-
lação de propostas pedagógicas, como a que é aqui apre-
sentada, com base nessas evidências.
CONTEÚDOS E BRINCADEIRAS
A pedagogia da educação infantil apresenta duas di-
ferenças importantes em relação à pedagogia da educa-
ção escolar formal. A primeira refere-se aos conteúdos:
os conteúdos da educação infantil não se exprimem na
forma de disciplinas ou matérias escolares, e sim na for-
ma de experiências ou habilidades a serem adquiridas.
Isso afeta a forma como essas informações e conteúdos
devem ser apresentados – e que tem a ver com a forma
como as crianças adquirem conhecimento.
A outra grande diferença da educação infantil em re-
lação à educação formal reside justamente na forma como
as crianças aprendem: a criança aprende brincando. Brin-
car é a forma de aprender da criança: significa imitar, re-
petir, interagir, testar o outro, testar o mundo, tentar de
novo, testar os limites – inclusive os limites da paciência
dos adultos, especialmente dos pais. É o ponto de partida
em que pais e educadores se apoiam para estimular e pro-
mover o desenvolvimento da criança. A brincadeira, inicia-
da pela criança ou estimulada pelo educador, constitui a
forma privilegiada de a criança aprender. Nesse sentido, é
possível dizer que brincadeira de criança é coisa séria. Co-
locando os dois conceitos juntos: a criança aprende muito
brincando, mas não aprende tudo sozinha. Nem aprende
por meio de aulas ou exposições didáticas formais – dada
sua imaturidade para pensar de maneira abstrata. Ela apren-
de por meio de brincadeiras – ou seja, experimentando e
testando as informações. Para a criança é mais fácil apren-
der a partir do que é familiar do que a partir do que é con-
creto. Por exemplo, ela aprende melhor a relação de partes
de um biscoito do que de um disco metálico. O lúdico não
está no tipo de objeto, está na abordagem, na forma de
lidar com os estímulos, que são integrados aos poucos.
Por isso, não há aula de literacia, numeracia ou de ciências.
Não há “aula” de nada: tudo se aprende ao mesmo tempo,
mas com foco, uma coisa de cada vez. Tudo se aprende
brincando. Para funcionar, é preciso uma organização ri-
gorosa pelo educador – planejar com seriedade o que vai
ser apresentado na forma de brincadeiras.
A intencionalidade na atuação do educador
A intencionalidade que caracteriza as ações do educa-
dor, na educação infantil, apresenta características próprias
trazendo à tona uma visão de que o papel do educador, nes-
ta etapa, é diferente do modelo vinculado aos professores
de etapas posteriores da escolaridade. Na educação escolar,
a ênfase é maior no ensino. Só recentemente outros aspec-
tos educativos, particularmente no âmbito das competên-
cias pessoais e sociais, vêm sendo reconhecidos. Na educa-
ção infantil isso é mais óbvio – cuidar e educar são
indissociáveis. Os cuidados, inclusive com questões de se-
gurança, são muito maiores, pois a criança é dependente. E
o educar é integrado, não existem matérias, disciplinas ou
aulas – o conhecimento deriva da qualidade da proposta de
trabalho e, sobretudo, da qualidade das interações entre os
adultos e as crianças.
Um novo perfil profissional
Considerando as mudanças pelas quais a educação
infantil atravessou nas últimas décadas, saindo do foco
meramente assistencialista e evidenciando o aspecto edu-
cacional, com atenção principal ao desenvolvimento in-
tegral de bebês e crianças pequenas, cresceu a necessi-
dade de que o profissional que trabalha com este
segmento seja cada vez mais capacitado e especializado,
visto que para a proposta de educação voltada à primei-
ra infância é necessária uma aprimorada compreensão
do desenvolvimento infantil, assim como de característi-
cas e potencialidades da criança. Além disso, requer uma
boa formação geral, um conhecimento adequado da li-
teratura e especialmente da literatura infantil. E, especial-
mente, requer treinamento prático supervisionado por
profissionais experientes para habilitar o profissional a
desenvolver habilidades adequadas de interação com as
crianças, os colegas e colaboradores e os pais.
Conceito de aprendizagem segundo a BNCC de Educação Infantil:1 – Cuidar e educar.
2 – Formação de vínculo.
3 – Incentivar a autonomia.
4 – Compreender que as crianças, mesmo tendo
idades iguais, possuem ritmos diferentes.
5 – Escuta ativa.
6 – Exploração livre e espaços planejados. As
crianças devem ser estimuladas a explorar
livremente, mas dentro de contextos planejados
pelo professor.
7 – Organização do tempo. O professor deve
reforçar a criação de uma rotina para o melhor
aproveitamento do tempo.
Em diálogo com a BNCC
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Conceitos básicos que todo educador precisa saber sobre desenvolvimento infantil
2Unidade
O desenvolvimento se dá como um todo, mas
existe uma programação genética que estabelece
uma direção e um tempo – ou “janela” em que de-
terminadas capacidades e habilidades começam a
se desenvolver. Elas vão se desenvolver mais ou
menos dependendo dos estímulos que a criança
recebe e como interage com eles.
Nesta unidade, vamos abordar os seguintes
tópicos:
● Natureza e ambiente: como a genética interage
com os estímulos.
● O que promove e o que inibe o desenvolvimento:
fatores de proteção e fatores de risco.
● O processo de desenvolvimento não é contínuo:
há vai e vens.
● Estímulos e interações promovem experiências:
os campos de experiências da BNCC.
● Desenvolver significa adaptar-se, mas nem toda
adaptação é adequada.
● Três aspectos fundamentais do desenvolvimento
infantil: físico e motor, pessoal/social e linguagem.
● Natureza e ambiente: como a genética interage
com os estímulos.
A genética e os fatores genéticos são extrema-
mente importantes; no entanto, tanto a genética
como os fatores genéticos têm relação com os acon-
tecimentos do meio ambiente e do contexto social
da criança. Os genes podem se manifestar de uma
maneira ou de outra, de acordo com o que ocorre
no ambiente em que a criança é gerada e em que
vive. Diferentemente de outros animais, a criança
não consegue sobreviver sozinha, e sua infância é
prolongada. Ela precisa de proteção, afeto e segu-
rança, de um mínimo de estabilidade e de previsi-
bilidade por parte de quem cuida dela. As primeiras
experiências da criança são decisivas para traçar os
rumos de seu desenvolvimento. O que acontece na
gestação e nos primeiros meses e anos marca o
resto da vida. O cérebro humano é dotado de enor-
me “plasticidade”, as pessoas sempre são capazes
de aprender. Há períodos mais favoráveis para a
criança desenvolver certas habilidades, mas, para
isso, são necessários estímulos adequados no mo-
mento apropriado. Ou seja, é necessário que a crian-
ça cresça em um ambiente propício, que, ao intera-
gir em condições ideais com as predisposições
genéticas, permita que determinadas habilidades
sejam desenvolvidas e que a criança possa atingir
seu pleno potencial. “Períodos sensíveis”, por exem-
plo, são épocas da vida em que o cérebro e outras
estruturas ou funções do organismo ficam mais sus-
cetíveis a determinadas experiências. Por exemplo,
há períodos sensíveis para aprender a enxergar ou
a falar. Plasticidade é a capacidade do cérebro de
reorganizar uma estrutura ou função (geralmente
após um trauma ou uma perturbação). Por exemplo:
a utilização de áreas do cérebro para reaprender a
falar ou movimentar-se. A plasticidade dos neurô-
nios é muito maior nos primeiros anos de vida.
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O que promove e o que inibe o desenvolvimento: fatores
de proteção e fatores de riscoQuando mencionamos a importância do ambiente para o desenvolvimento adequado, é essencial deixar
claro que, no ambiente, existem fatores que promovem o desenvolvimento e fatores que significam risco ao
mesmo. Veja mais claramente no quadro a seguir.
Fatores de proteção do desenvolvimento Fatores de risco ao desenvolvimento
• Gravidez desejada.
• Parto a termo e normal.
• Afeto, carinho, contato físico.
• Segurança, previsibilidade no atendimento às demandas da
criança.
• Estimulação dos sentidos (sons, iluminação, objetos para a
criança pegar).
• Oportunidades para conhecer a si mesma, os outros e o mundo.
• Brincar, fazer caretas, falar com a criança, conversar, interagir,
ler para a criança.
• Alimentação adequada.
• Higiene.
• Privacidade.
• Segurança de poder contar com proteção e apoio incondicio-
nal de, pelo menos, um adulto.
• Herança genética problemática.
• Fatores tóxicos durante a gravidez.
• Parto prematuro.
• Falta de estímulos.
• Falta de afeto.
• Doenças.
• Falta de previsibilidade no ambiente.
• Ambiente que não promove a autorregulação.
• Ambiente estressante típico de situações de elevado grau
de pobreza (gravidez de adolescentes, separação de pais,
violência doméstica ou do ambiente, falta de higiene, de-
semprego, insegurança).
• Má alimentação ou subnutrição.
• Ambientes sujos e propícios à propagação de doenças.
Fatores de desenvolvimento são acontecimentos, circunstâncias e estímulos saudáveis que promovem
o desenvolvimento. Por exemplo, o nascimento a termo, proteção, afeto, estabilidade e previsibilidade são
fatores que impulsionam o desenvolvimento satisfatoriamente.
Fatores de risco são as circunstâncias que ameaçam o desenvolvimento normal, como uma gestação de
risco, drogas de todo tipo, álcool, nascimento prematuro, falta de proteção, elevados níveis de estresse e fa-
tores normalmente associados à pobreza – como instabilidade financeira e baixa escolaridade – podem pre-
judicar o curso normal do desenvolvimento.
Pais e cuidadores tanto podem ser fontes de risco quanto propiciar condições adequadas para estimular
o desenvolvimento saudável das crianças.
Um alto fator de risco: o estresse
O estresse é uma experiência forte ou traumática que mobiliza respostas igualmente fortes. Em situações de es-
tresse, o cérebro produz substâncias químicas (como cortisol, adrenalina e outros hormônios), que o ajudam a lidar
com essas ameaças. Trata-se de um mecanismo natural e normal de adaptação. Mas o estresse decorrente de um
ambiente ou situação tensa/estressante pode causar muitos problemas ao desenvolvimento cerebral e deixar mar-
cas. Nos primeiros anos de vida, a criança dispõe de poucos recursos para lidar com o estresse: seu cérebro não é
capaz de processar informações de forma adequada. Se for submetida à situação constante de estresse, a criança
poderá desenvolver respostas inadequadas, como reações agressivas fortes ou apatia. Esses mecanismos de defesa
e adaptação que ela desenvolve, por sua vez, tiram a fl exibilidade para aprender outras formas de lidar com o es-
tresse. Nesse caso, a adaptação ocorre em prejuízo da adaptabilidade, ou seja, da capacidade de tornar-se fl exível
para aprender novas formas de lidar com situações estressantes.
Para saber mais
15
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O processo de
desenvolvimento não é
contínuo: há vai e vens
Desenvolvimento significa mudança. O desen-
volvimento é saudável quando as mudanças ocor-
rem na direção esperada: a criança cresce, apren-
de e, sobretudo, torna-se cada vez mais autônoma.
Como ocorre em qualquer mudança, o desen-
volvimento não é um processo linear. Há altos e
baixos, avanços e retrocessos, continuidades e
descontinuidades. Alguns processos são mais con-
tínuos – como no caso do desenvolvimento mo-
tor: a criança vira, senta-se, engatinha, fica de pé
com apoio, depois sem apoio, etc.
Outros processos são menos contínuos e se
dão por “saltos”. Um exemplo o da autoconsciên-
cia: a criança, que, por quase dois anos, não sabe
muito bem quem ela é nem consegue se ver co-
mo diferente do outro, de repente, por volta de 2
anos de idade, passa a se perceber como um “eu”
separado, como mostra a imagem a seguir.
Alguns processos – como a linguagem – são
universais na sua sequência, mas seu tempo de
início e sua duração podem variar. Como veremos
no volume 2, por exemplo, a criança aprende de
10 a 12 palavras entre os 12 e 18 meses e logo ex-
perimenta uma explosão de linguagem por volta
dos 20 meses de idade. Outro exemplo: algumas
crianças começam a falar entre 10 e 12 meses e
outras só começam com 18 meses.
Os processos emocionais e de autorregulação
sofrem mais descontinuidades e retrocessos que
outras áreas do desenvolvimento. Essas descon-
tinuidades manifestam-se, sobretudo, diante de
transições ou ameaças. Diante de ameaças, a
criança que já era independente pode voltar a
buscar a proteção da mãe. Diante do nascimen-
to de um irmãozinho, por exemplo, a criança po-
de voltar a engatinhar, fazer xixi na cama ou pe-
dir colo, tornar-se mais infantil, para chamar a
atenção. As descontinuidades e os retrocessos
mencionados não constituem problemas de de-
senvolvimento. Pelo contrário, eles fazem parte
do processo normal; portanto, podem e devem
ser contornados com atenção e estimulação ade-
quadas.
A retomada do curso e do ritmo normal do de-
senvolvimento da criança vai depender da capa-
cidade do adulto de compreender, isto é, a pessoa
precisa perceber como os fatores do ambiente
interferem no desenvolvimento infantil, entender
a trajetória desse desenvolvimento e saber como
lidar com a criança nessa situação.
Já os chamados “problemas de desenvolvi-
mento” são de natureza diferente e decorrem de
razões distintas dessas que mencionamos. Algu-
mas crianças nascem com doenças ou deficiên-
cias causadas por desordens genéticas ou que
são contraídas e/ou agravadas depois do nasci-
mento e que podem comprometer, dificultar ou
retardar o desenvolvimento físico, mental ou so-
cioemocional. As crianças que nascem com essas
dificuldades ou as manifestam desde cedo podem
ser beneficiar de um diagnóstico precoce – quan-
to antes, melhor – e de tratamentos adequados,
que podem incluir intervenções de natureza mé-
dica ou diversas formas de terapia e cuidados es-
peciais.
O quadro a seguir apresenta os principais ti-
pos de problemas ou deficiências que acometem
as crianças. A incidência desses problemas varia
com o tipo de transtorno e alguns deles são su-
jeitos a fatores regionais – relacionados a carên-
cias e práticas alimentares.
Outros “problemas de desenvolvimento” po-
dem ser adquiridos como parte do processo de
educação – o que ocorre, por exemplo, quando a
criança é criada em situação de abandono ou em
um ambiente que não oferece meios de ajudá-la
a controlar sua ansiedade ou agressividade, crian-
do um círculo vicioso que pode se tornar patoló-
gico ou irreversível.
Comportamentos típicos de criança que
“regride” diante de ameaças
choro;
birra/manha;
controle dos esfíncteres;
desobediência/mentira;
agressividade (física ou verbal);
problemas relacionados ao sono/hora de dormir/
pesadelos;
dificuldades relacionadas à alimentação;
indisciplina.
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O tempo e a sequência do desenvolvimento são comandados pelo cérebro.
Principais Problemas/Deficiências que podem acometer a criança
TRANSTORNOS DA APRENDIZAGEM
Transtorno da leitura(Dislexia do desenvolvimento)Transtorno da MatemáticaTranstorno da expressão escritaTranstorno da apendizagem sem especificação
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Deficiência intelectual leveDeficiência intelectual moderadoDeficiência intelectual severoDeficiência intelectual profundoDeficiência intelectual com gravidade inespecifica
TRANSTORNOS ALIMENTARES NA PRIMEIRA INFÂNCIA
Transtorno alimentar de PICATranstorno de ruminaçãoTranstorno de alimentação na primeira infância
TRANSTORNO DO COMPORTAMENTO NA INFÂNCIA
Transtorno do déficit de atenção e hiperatividadeDistúrbio desafiador e de oposiçãoTiques Distúrbio depressivo de condutaLinguagem precipitada
TRANSTORNO DA INFÂNCIA E ADOLESCENCIA
Transtorno de ansiedade de sep;araçãoMutismo seletivoTranstorno de apego seletivo de apego na infânciaTranstorno de movimentos estereotipados
PRINCIPAIS SÍNDROMES GENÉTICAS ASSOCIADAS À DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Síndrome de Down Síndrome de Algeman Síndrome de Willians Síndrome X frágilSíndrome de LeightSíndrome de Prader-WillSíndrome de KennedyErros inatos do metabolismoAberrações cromossômicas complexasSindrome de TumerDistrofia muscular de DuchenneHemofiliaNeurofibromatoseThalassemiaDoença de Tay-SachsAnemia falcifomeFenilcetonúriaFibrose cística
TRANSTORNO INVASIVO DO DESENVOLVIMENTO
Transtorno autistaSindrome de RettTranstorno desintegrativo da infânciaTranstorno de AspergerTranstorno invasivo do desenvovimentoSem outra especificação
TRANSTORNO DA COMUNICAÇÃO
Transtorno da linguagem expressivaTranstorno misto da ligugaemreceptiva-expressivaTranstorno fonológicoGagueiraTranstorno da comunicação sem outra espedificação
Fontes: I. organização Mundial da Saúde. Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID-10. Porto Alegre: Artes Médicas Ltda. 1993. 2. American Psychiatric Association-APA. Diagnostic and statistical manual of mental disorders, 4. ed. (DSM-IV).
O centro de comando para todo o desenvolvi-mento é o cérebro. Desenvolvem-se o tamanho do cérebro, a comunicação entre os neurônios e a ca-pacidade de lidar com mais e diferenciados estímu-los. Em consequência, o indivíduo coordena melhor o seu organismo e as suas ações: ele dá respostas mais organizadas aos estímulos que recebe.
Quando a criança nasce, o cérebro ainda não está totalmente acabado. Ele continua crescendo em peso e tamanho. No primeiro ano de vida, o ta-manho da cabeça passa de 13 a 18 cm para 33 a 46 cm. Isso acontece porque o cérebro está crescendo. No final do segundo ano de vida, o órgão já atingiu 3/4 do tamanho do peso do cérebro adulto.
Nos primeiros anos de vida:
o cérebro forma setecentas conexões por segundo;
se ativadas por estímulos, essas conexões vão se
fortalecendo;
se não forem utilizadas, as conexões são cortadas;
as conexões formadas dependem dos estímulos e
das respostas que a criança dá a esses estímulos,
formando, progressivamente, circuitos mais ou
menos adaptados, mais rígidos ou mais flexíveis;
crianças que vivem em ambientes isolados ou
com poucos estímulos, como em alguns orfanatos,
perdem a oportunidade de formar milhões de co-
nexões e têm seu desenvolvimento comprometido
pelo resto da vida.
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Desenvolvimento do cérebro.
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O desenvolvimento do cérebro guarda algumas
semelhanças com o desenvolvimento dos demais
órgãos: são programados pela natureza para se
desenvolver de certa forma, crescer até determi-
nado tamanho, localizar-se em lugares específicos
do corpo e reagir de forma bastante previsível aos
estímulos que recebem. Isso vale, por exemplo, pa-
ra os estímulos que recebemos (o olho se fecha
diante de muita claridade, e as pupilas dilatam-se
no escuro), os alimentos (sofremos azia se ingeri-
mos mais ácidos que o estômago pode processar).
Em muitos casos, as respostas são programadas,
em outros, adaptativas. Por exemplo, corremos
mais e melhor com treino e engordamos se fica-
mos parados. Muitos de nossos órgãos estão pron-
tos ou quase prontos ao nascermos – especialmen-
te os órgãos que formam nosso sistema vital.
Outros levam mais tempo para se desenvolver e
entrar em pleno funcionamento – como no caso
do sistema reprodutivo. O desenvolvimento do cé-
rebro também é parcialmente programado. Sua
fiação segue uma ordem.
ARQUITETURA CEREBRAL
A fi ação do cérebro segue uma ordem fi xada pela na-
tureza:
visão e audição;
motor (aos poucos);
linguagem (depende da interação);
pensamento (depende da linguagem);
autocontrole (depende da experiência);
as emoções desenvolvem-se em paralelo.
Como a experiência modela o cérebro: o vaso e o
oleiro
Feche os olhos e imagine um oleiro que modela um
vaso. O vaso é o cérebro, o oleiro é a experiência. Ele
modela colocando e retirando o barro de determina-
das partes, para dar a forma desejada. O que é a ex-
periência que modela o cérebro? Como ela modela?
Tipos de experiência
O processo de desenvolvimento do cérebro tem
uma característica diferente dos demais órgãos:
o cérebro vai formando várias conexões, de acor-
do com as experiências que a criança vivencia. Se
alguma conexão deixa de ser usada por falta de
estímulos, essa conexão acaba “morrendo”. Esse
é um processo natural e acontece com milhões
de conexões. Da mesma forma, quando a criança
desenvolve uma maneira mais ágil de fazer algo –
andar equilibrando-se em uma corda, por exemplo
– o cérebro guarda aqueles circuitos que são mais
efi cientes e corta ou “poda” os outros. Ao longo da
infância e da adolescência, o cérebro se aperfeiçoa
e elimina as conexões sem uso e as conexões ine-
fi cientes. Quais experiências são necessárias para
ajudar o cérebro a se desenvolver? Como promover
essas experiências? Um importante neurocientista
chamado William Greenough (1987) propôs uma
classifi cação muito simples dessas experiências: as
dependentes e as esperadas.
Experiências dependentes são aquelas das quais
o cérebro necessita para desenvolver alguma ca-
pacidade ou função: se as experiências não acon-
tecerem, o cérebro não fará conexão com deter-
minado órgão, que não será estimulado e poderá,
por sua vez, atrofi ar. Por exemplo: só vamos de-
senvolver a visão se existir luz no ambiente onde
vivemos. Se alguém for mantido no escuro duran-
te os primeiros anos de vida, não desenvolverá o
sentido da visão: os nervos oculares atrofi am-se.
Se viver amarrada, a criança não conseguirá an-
dar, pois os músculos atrofi am-se. Se não tiver
convívio e feedback de adultos, a criança não for-
ma vínculos de apego e não aprenderá a decifrar
importantes sinais que permitem o convívio social.
Basta isso para o cérebro se desenvolver. Mas, sem
isso, ele não se desenvolve.
Diferentes áreas do cérebro desenvolvem-se ou
tornam-se prontas para reagir às experiências
ao longo dos primeiros anos de vida. A área da
linguagem é uma das que se desenvolvem mais
rapidamente entre os 6 e os 24 meses. Se a crian-
ça vive com brasileiros entre os 6 e os 24 meses
iniciais de sua vida, falará português; se vive com
chineses, falará chinês. Se a criança vive em de-
terminado ambiente, poderá desenvolver certas
fobias ou reagir de forma mais ou menos ansiosa.
Experiências esperadas são aquelas para os quais
o cérebro está programado para lidar e que podem
ou não ocorrer em seu ambiente. Por exemplo, uma
criança pode aprender uma, duas ou três línguas ao
mesmo tempo, desde que conviva com pessoas que
falem essas línguas e interaja com elas. Uma criança
pode desenvolver mais ou menos sua
Para saber mais
As emoções também são formadas no cérebro,
como parte e em decorrência de nossas experiên-
cias, e elas desenvolvem-se em paralelo aos ou-
tros aspectos do desenvolvimento físico e cogni-
tivo. Isso significa que todas as áreas de nosso
desenvolvimento estão profundamente interliga-
das com as emoções associadas às experiências
que adquirimos nas etapas iniciais de nossa vida.
As primeiras experiências de vida – inclusive e es-
pecialmente nos primeiros meses e anos de vida
– são marcantes na consolidação de nosso tem-
peramento, nos vínculos de apego e na nossa for-
ma de nos relacionar com os desafios e estresses
do ambiente. Isso dá-se porque grande parte
do desenvolvimento do cérebro é modelado pela
experiência.
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As crianças diagnosticadas com problemas de
visão e audição até os 4 meses de idade têm mais
chance de recuperar esses sentidos, pois, até essa
idade, o cérebro ainda depende de experiências
auditivas e visuais para desenvolver esses sentidos.
Depois disso, as possibilidades de intervenção e
cura se tornarão mais limitadas. Para muitas expe-
riências, há um tempo mais adequado. Isso se apli-
ca, por exemplo, ao aprendizado simultâneo e
natural de duas ou três línguas “maternas” ou à
época adequada para fazer um implante coclear e
assegurar a audição para quem dela ficaria priva-
do. O cérebro humano tende a ser um pouco mais
flexível, mais maleável: ele tem mais plasticidade
do que o dos outros animais. Há janelas que se fe-
cham definitivamente – como vimos no caso da
visão ou da recuperação de problemas auditivos.
Há períodos que são mais favoráveis que outros
para a aprendizagem de determinadas habilidades.
Por exemplo: podemos aprender várias línguas sem
sotaque nos primeiros anos de vida – depois fica
mais difícil discriminar e reproduzir determinados
sons. Há épocas em que somos mais sensíveis e
flexíveis para aprender e desenvolver determina-
das habilidades físicas ou intelectuais – como o uso
de ferramentas, instrumentos musicais ou destre-
zas físicas. Nos primeiros meses de vida, precisa-
mos criar fortes vínculos de afeto com, pelo me-
nos, um adulto – de outra forma, dificilmente
conseguiremos nos ajustar socialmente. Entre o
segundo e quarto ano de vida, precisamos convi-
ver e interagir com outras crianças e adultos – de
outra forma, podemos ter fortes sequelas em nos-
so desenvolvimento social, intelectual e da lingua-
gem. Entre 4 e 5 anos, tornamo-nos mais dispostos
a distinguir os sons da língua, e, portanto, essa é a
época mais adequada para preparar a criança pa-
ra desenvolver a consciência fonológica – uma das
bases para a alfabetização.
A palavra “adulto” é sinônimo de tornar-se ma-
duro, independente, capaz de se autorregular. A
capacidade natural para música, dança ou ma-
temática, a depender da qualidade dos estímu-
los que recebe ao longo de seus primeiros anos
de vida. Algumas dessas estimulações serão mais
eficazes quando ocorrem em determinados mo-
mentos: são os períodos sensíveis ou janelas de
oportunidade. No reino animal, há determinados
comportamentos que são aprendidos em certo mo-
mento ou nunca mais são assimilados. O patinho
segue o primeiro animal que passa andando perto
dele. Alguns pássaros só aprendem o canto de sua
espécie durante determinadas semanas – se passar
do prazo, não aprendem a cantar.
infância é a etapa de transição entre o nascimento
e a idade adulta. É uma fase de amadurecimento
lento e progressivo. O crescimento da capacidade
de autorregulação é a pedra de toque do desenvol-
vimento infantil. As habilidades de regular e contro-
lar emoções e impulsos ajudarão no desenvolvimen-
to e no aprendizado adequados. A autorregulação
abrange todas as áreas do desenvolvimento, mas,
especialmente, o autocontrole e o controle emocio-
nal, que nos permitem viver em equilíbrio interno e
em harmonia com nossos semelhantes.
O ser humano foi feito para sobreviver e se adap-
tar ao mundo. De todos os animais, o ser humano é
o mais dependente e o que tem a infância mais pro-
longada. A infância é um tempo de aprendizagem
– aprender a se tornar adulto, independente, capaz
de lidar de forma adequada com os desafios do mun-
do. Hoje, conhecemos alguns princípios do desen-
volvimento humano e infantil que nos ajudam a com-
preender melhor as crianças e a intervir a seu favor.
A natureza e o ambiente interagem desde a con-
cepção. A herança genética é forte e poderosa, mas
não é inexorável. Há muito que podemos fazer des-
de antes da gestação materna para que a criança
chegue ao mundo em melhores condições de en-
frentá-lo. Existem fatores de proteção e fatores de
risco. O desafio reside em eliminar ou minimizar os
fatores de risco e estimular os fatores que promo-
vem um desenvolvimento saudável. O ser humano
nasce equipado com mecanismos de adaptação,
mas nem toda adaptação é adequada. Ambientes
muito estressantes requerem que o indivíduo se
adapte muito cedo para sobreviver, e, com isso, ele
perde a flexibilidade para lidar com outras situações
novas no futuro.
Desenvolvimento significa mudança e implica
continuidades e descontinuidades. Quando a crian-
ça “regride” a comportamentos anteriores, ela está
dando sinais de que tem dificuldades para lidar com
os novos desafios e precisa de tempo e apoio.
Afinal, o que se desenvolve? Dentre outros ór-
gãos e funções do corpo humano, o mais impor-
tante é que o cérebro se desenvolva. Nesse órgão,
os estímulos são convertidos em impulsos quími-
cos e físicos, e os comportamentos refletem a ex-
periência acumulada pelo indivíduo. Experiências
adequadas ajudam a gerar um desenvolvimento
cerebral rico em conexões úteis e flexíveis. Desen-
volver significa adquirir controle sobre os impulsos,
tornar-se autorregulado. A infância é para ser vi-
vida em suas características próprias, mas sua prin-
cipal característica é a de ser uma fase de prepa-
ração para a vida adulta madura e independente.
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Estímulos e interações possibilitam experiências:
os campos de experiências da BNCC
Os estímulos de que uma criança precisa para
se desenvolver são encontrados nas pessoas com
quem ela interage e em um ambiente social equili-
brado. Os estímulos propiciam experiências – e a
aprendizagem e o desenvolvimento decorrem do
contato com objetos e acontecimentos do cotidia-
no, em interação com os adultos. Tradicionalmente,
isso ocorria de forma adequada no contexto fami-
liar e confirma que, para promover o desenvolvi-
mento, é menos importante a presença de determi-
nados objetos materiais (como brinquedos
comprados ou computadores) que a presença de
outras crianças e adultos com os quais a criança
tenha liberdade de interagir.
A maneira como os estímulos são apresentados
e a forma como a criança interage com eles – pes-
soas, animais ou objetos – é o que promove as
experiências e, em última instância, o desenvolvi-
mento. A seguir, vejamos uma breve descrição dos
campos de experiências:
O eu, o outro e o nós – é a partir da interação
e do convívio com outras crianças que a criança
começa a construir sua identidade e a descobrir o
outro. Quando ela chega na escola, seu foco é seu
próprio mundo (eu). Com o trabalho realizado no
ambiente escolar, ela passa a perceber seus cole-
gas (outro) e bem depressa começa a interagir no
meio dos outros (nós). Desse modo, é na Educa-
ção Infantil que a criança aumenta a percepção de
si, assim como a percepção do outro. Além de va-
lorizar sua identidade, ela aprende a respeitar os
outros e a reconhecer as diferenças entre si e seus
colegas.
Corpo, gestos e movimentos – a criança ex-
plora o espaço em que vive e os objetos a sua
volta por meio do corpo, dos sentidos, dos ges-
tos e dos movimentos. Por isso é que a partir das
linguagens, como dança, música, teatro e brinca-
deiras, a criança estabelece relações, brincam e
produz conhecimentos. Na Educação Infantil, o
corpo da criança é uma peça central. Nesse sen-
tido, a escola tem de ser promotora de atividades
de interação, fazendo com que as crianças pos-
sam vivenciar um amplo repertório de movimen-
tos, gestos, olhares com o corpo, descobrindo
sua ocupação corporal do espaço e do mundo.
Engatinhar, escorregar, o toque da mão no chão,
o equilíbrio, as cambalhotas são modos corporais
de tatear o mundo.
Traços, sons, cores e formas – a criança da cre-
che pode conviver de várias formas com diferentes
manifestações artísticas, culturais e científicas no
espaço escolar, o que possibilita a vivência de vá-
rios modos de expressão e linguagens. Por meio
dessas experiências, as crianças de 0 a 1 ano e 6
meses podem desenvolver desde cedinho o olhar
atento para prepararem-se para o futuro desenvol-
vimento estético e crítico. Esse senso futuro vai in-
fluenciar o protagonismo posterior para criar suas
produções artísticas e culturais. Assim, é de funda-
mental importância, já na creche, o contato com
algumas cores, sons e percepções do entorno. Esse
bebê, ao ser incentivado por percepções, poderá
desenvolver seu olhar e seu corpo para um futuro
criativo e expressivo.
Escuta, fala, pensamento e imaginação – desde
bebê, o contato com experiências de escuta e fala
(desde o útero) são importantes para a participa-
ção da futura criança na cultura oral, pertencente a
um grupo social. Além do treino para a oralidade, é
fundamental preparar o bebê para seu contato com
a cultura e com o uso da imaginação a partir de mé-
todos que instiguem suas curiosidades. Isso, desde
a creche, pode ser feito com o estímulo de escuta
musical e de fala.
Espaço, tempo, quantidades, relações e trans-
formações – a criança da creche está inserida em
um mundo de descobertas, com espaços e tempos
de diferentes dimensões. Logo, é nessa idade que
ela começa a despertar sua curiosidade para o mun-
do físico, seu corpo, os animais, as plantas, a natu-
reza, conhecimentos matemáticos, bem como para
as relações do mundo sociocultural. Por isso, a BNCC
entende que, na creche e na Educação Infantil, a
escola precisa promover experiências sensoriais por
meio de brincadeiras e vivências. Dessa forma, a
creche cria oportunidades para a criança ampliar
seu conhecimento de mundo, de modo a utilizá-los
em seu cotidiano.
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Desenvolver significa adaptar-se, mas nem toda adaptação é adequada
O ambiente pode ajudar ou dificultar o desenvol-
vimento da criança, no entanto, em qualquer situação,
o organismo da criança fará o possível para se adaptar
à realidade da melhor forma possível. Ou seja, inde-
pendentemente do ambiente em que se encontra, to-
da criança é programada pela natureza para se adap-
tar e sobreviver. Adaptar-se significa consolidar as
capacidades essenciais para sobreviver e viver.
Quanto mais saudável o ambiente, mais facilida-
de a criança terá para se adaptar. Quanto mais adap-
tada uma criança, maior a sua flexibilidade para se
ajustar a novos desafios.
Esses mecanismos são universais e necessários
para a sobrevivência. A forma como eles se desen-
volvem depende do ambiente e das interações da
criança com esse ambiente, o que pode levar a ajus-
tes mais ou menos adequados. Quando a sobrevi-
vência fala mais alto, os ajustes ou adaptações, no
curto prazo, podem representar grandes limitações
no futuro – como no caso de uma agressividade
pouco controlada ou um temperamento muito ar-
redio ou muito forte. O quadro a seguir apresenta
os principais mecanismos de adaptação que as
crianças utilizam para sobreviver e desenvolver.
PRINCIPAIS MECANISMOS DE ADAPTAÇÃO
APEGO
Apego é um vínculo emocional duradouro que se desenvolve entre o bebê e o cuidador – que é, ge-ralmente, a mãe, mas pode ser outra pessoa. Esse vínculo, que se consolida por volta dos 6 aos 18 meses de idade, é essencial para dar segurança e previsibilidade à criança e permanece sólido para o resto da vida. A função do apego é preparar o indivíduo para adaptar-se à vida social como adulto.
AGRESSIVIDADE
“A única razão pela qual os bebês não se matam é que não lhes damos facas ou revólveres.” A afir-mação foi feita por Richard Tremblay, um dos maiores estudiosos do desenvolvimento infantil. A agressividade é essencial para a sobrevivência, mas precisa ser controlada para permitir o convívio social. Violência, impulsividade, agressões físicas ou verbais e bullying constituem os quatro tipos mais conhecidos de agressão. O controle da agressividade é parte do processo de educação e está associado à forma como pais e educadores estabelecem limites e orientam as crianças.
FUNÇÕES EXECUTIVAS
Referem-se à capacidade de coordenar diferentes funções para responder aos desafios do dia a dia. Não nascemos com a capacidade de controlar nossos impulsos, fazer planos e permanecer fo-cados em tarefas. Tais habilidades são desenvolvidas e modeladas pelas experiências que temos, especialmente na primeira infância, e têm ligação com o desenvolvimento do cérebro em contato com o ambiente inicial. Há três capacidades básicas: (1) a memória de trabalho; (2) a capacidade de inibir outros estímulos, para que possamos prestar atenção; e (3) a flexibilidade cognitiva, que permite nos adaptarmos a novas situações. Elas servem de base para três outras capacidades de nível superior: (4) planejamento; (5) solução de problemas; e (6) raciocínio.
IMITAÇÃO
É um dos mecanismos mais básicos de aprendizagem. É o exemplo, que pode ser bom ou mau. Desde os primeiros momentos de vida, a criança imita gestos e, a partir da reação dos adultos, aprende a refinar seus gestos e mensagens, para se comunicar e satisfazer suas necessidades básicas (dores, fome, companhia). A imitação está na base da pedagogia milenar do mestre-aprendiz, hoje comumente associada ao conceito de coaching. Para se converter em instrumento útil de aprendizagem, a imitação depende de feedback e de estímulo adequado por parte de quem mo-dela o comportamento das crianças. A imitação é como um ponto de partida para o desenvolvi-mento e a aprendizagem, mas não constitui todo o caminho.
LINGUAGEM
A linguagem é a base para o pensamento e para a comunicação – duas características únicas do ser humano. As crianças são programadas geneticamente para aprender a linguagem, mas isso depende da quantidade e da qualidade das interações verbais entre adultos e crianças. A linguagem é um fa-tor fundamental para o sucesso escolar e merece atenção especial dos educadores, pois grande par-te das crianças vive em ambientes que não favorecem o seu desenvolvimento adequado.
TEMPERAMENTO
Temperamento tem a ver com tempero. É um conjunto de disposições que levam a pessoa a inter-pretar o mundo e a agir de forma personalizada: não existem duas pessoas iguais. É a marca da nossa personalidade, do nosso modo de ser em relação a nós mesmos, a forma de nos relacionar-mos com os outros, de nos expormos aos desafios do mundo e a curiosidade maior ou menor para aprendermos a nos deixar surpreender pelo mundo e pelos outros. As dimensões mais importantes do temperamento são o grau de introversão ou extroversão. O temperamento manifesta-se desde cedo, é difícil de mudar, mas seus aspectos mais negativos podem ser atenuados – especialmente no que diz respeito à timidez no relacionamento social e à propensão a correr riscos.
RESILIÊNCIA
Resiliência é a capacidade de adaptar-se e sobreviver, mesmo em condições adversas e em exposi-ção a fatores de risco. Somos dotados de diferentes graus de resiliência. Uma criança submetida a situações estressantes ou de alto risco pode amadurecer mais depressa, mas, ao mesmo tempo, pode acostumar-se a assumir maiores riscos e compromissos mais instáveis: o custo da adaptação precoce é a perda de flexibilidade no futuro.
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Três aspectos fundamentais do desenvolvimento infantil
A criança é um todo, mas para estudá-la há di-
ferentes focos. Há o foco das políticas públicas, o
foco da Sociologia, da Economia, da História. Ao
educador interessa conhecer a fundo os processos
pelos quais a criança se desenvolve.
Embora não exista um consenso, a maioria dos
estudiosos do desenvolvimento infantil se especia-
liza em determinados aspectos, e dessa forma
tornaram-se mais estudados os aspectos do desen-
volvimento físico e motor, do desenvolvimento pes-
soal, social, emocional, da linguagem e cognitivo.
No quadro “Eu sou assim”, apresentamos um breve
esquema das características mais salientes do de-
senvolvimento nessas diversas áreas. Nos próximos
parágrafos tratamos de três desses aspectos.
Desenvolvimento
Físico
Desenvolvimento
Motor amplo
Desenvolvimento
Motor fino
Desenvolvimento
Social
Desenvolvimento
Pessoal
Desenvolvimento
Linguagem
Resolução de
problemas
6
Corpo se alon-
ga.
Senta-se sozi-
nho sem apoio
das mãos.
Usa as duas
mãos ao mes-
mo tempo para
alcançar ou
agarrar um
brinquedo.
Reconhece a
voz da mãe.
Sorri. Emite gritos
agudos.
Explora o am-
biente pelos
sentidos.
12
Corpo alonga-
do, pernas ain-
da vacilantes.
Levanta-se so-
zinho e dá vá-
rios passos sem
apoio.
Pega um brin-
quedo pequeno
com a ponta
dos dedos.
Sente-se segu-
ro com adultos
conhecidos.
Se você esten-
de a mão, o be-
bê entrega o
brinquedo.
Balbucia. Compreende e
faz gestos sig-
nificativos, co-
mo palmas.
15
Corpo adquire
proporção mais
equilibrada.
Move-se andan-
do, em vez de
engatinhar.
Empilha sozi-
nho um ou dois
blocos.
Chora com o
afastamento da
mãe.
Maior consciên-
cia de si,
diferenciação
entre o “eu” e o
“outro”.
Fala três pala-
vras.
Repete as brin-
cadeiras várias
vezes.
18
Corpo alonga-
do, pernas fir-
mes.
Caminha com
firmeza.
Leva a colher à
boca.
Demonstra in-
teresse por ou-
tras crianças.
Diante de um
espelho, a
criança oferece
um brinquedo
para a sua ima-
gem.
Fala oito ou
mais palavras.
Agrupa objetos
por cor e tama-
nho.
24
Corpo mais del-
gado e muscu-
loso.
Corre. Consegue en-
fiar pequenos
objetos em um
cordão.
Brinca com bo-
necas, dando
colo e alimento.
Reconhece a
sua imagem,
apontando para
partes do seu
corpo diante de
um espelho.
Fala frases cur-
tas (sujeito, ver-
bo, objeto).
Usa critérios
para categori-
zar pessoas,
objetos e rela-
ções.
30
Corpo delgado,
crescimento
ascendente dos
membros
superiores e
inferiores.
Sobe escadas
alternando os
pés.
Faz movimen-
tos giratórios
ao tentar girar
maçanetas, dar
corda em brin-
quedos, enros-
car tampas.
Sente dificulda-
de em partilhar
e ceder nas re-
lações com o
outro.
Responde “eu”
ao ser pergun-
tada sobre de
quem é a ima-
gem no espe-
lho.
Entende alguns
comandos
orais.
Conta até 10.
36
Corpo ágil com
grande ativida-
de motora.
Pula com os
dois pés.
Traça retas e
círculos em um
papel.
Brinca em gru-
pos pequenos.
Veste-se sozi-
nha.
Constrói frases
com três ou
quatro palavras.
Identifica as
imagens e as
nomeia.
48
Corpo esguio
Rápido e
crescente de-
senvolvimento
muscular.
Pula com um
pé só.
Desenha figuras
humanas.
Brinca com
mais crianças,
desenvolvendo
a compreensão
de si e do outro.
Realiza as ativi-
dades de higie-
ne e de rotina
com autono-
mia.
Identifica pelo
menos duas ca-
racterísticas de
um objeto.
Recorre à fan-
tasia e à imagi-
nação nas brin-
cadeiras.
EU SOU ASSIM
Domínios
Meses
Fontes: ASQ/Gesell Institute e Oliveira, 2017.
22
P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-1_U2_014-016_LP.indd 22P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-1_U2_014-016_LP.indd 22 07/10/20 11:0807/10/20 11:08
Desenvolvimento físico e motor Nos anos iniciais de vida, os desafios do desen-
volvimento físico e motor constituem a tarefa mais
importante e imediata: a criança precisa de condições
e espaço para se mover – mas ela também precisa
de segurança e proteção, pois não tem noção de li-
mites e de perigos. A partir dos 3 meses a criança já
precisa começar a exercitar os músculos dos braços
e da barriga – que lhe darão a estrutura posterior pa-
ra sentar-se, levantar-se e sustentar-se. Também são
fundamentais os cuidados com o sono, a alimentação
e a higiene – culminando com o controle dos esfínc-
teres por volta dos 3 anos de idade. A partir dos 3
meses a criança já deve começar a adquirir padrões
de sono e necessita de muitas horas de sono para se
adaptar ao mundo. Regras e cuidados sobre os ho-
rários de sono e descanso associados a uma articu-
lação com as famílias são essenciais para estabelecer
progressivamente o autocontrole da criança em re-
lação ao sono. Também requer atenção e cuidado
especial o uso de TV e telas – a recomendação da
Sociedade Brasileira de Pediatria é de uso zero até
os 2 anos de idade e moderado progressivamente –
nunca ultrapassando 1 hora por dia nesse período.
Como as crianças são expostas a isso em suas casas,
sobra pouco tempo para apresentar programas de
interesse das crianças.
As etapas do desenvolvimento físico incluem o
desenvolvimento de habilidades relacionadas ao
equilíbrio e à coordenação – desembocando na
coordenação dos movimentos motores finos e de
precisão – inicialmente essenciais para poder
segurar e manipular brinquedos, para se alimentar
com autonomia e, aos p oucos, para controlar bra-
ços, mãos, dedos e, finalmente, ensaiar os primeiros
traços no papel – o que será relevante para o pos-
terior domínio da escrita (escrita emergente).
Desenvolvimento pessoal e
social: as habilidades
socioemocionais e as
funções de controle
executivoConseguindo sobreviver, a criança se desenvolve
na formação do autoconceito: a descoberta do eu se
dá em grande parte pela possibilidade de locomoção
(eu sozinho) e pelo encontro com o outro. O “outro”
é essencial para a descoberta do “eu”, mas também
é um empecilho para satisfazer os desejos e as von-
tades do “eu”. Daí a difícil conquista do autocontrole.
As habilidades socioemocionaisNa perspectiva do desenvolvimento infantil, o
desenvolvimento pessoal e social sempre ocupou
um lugar de destaque – frequentemente até maior
do que o desenvolvimento cognitivo. Essa visão
ainda predomina na Educação Infantil, que histo-
ricamente recebeu e acolheu melhor as influências
das teorias de desenvolvimento do que a educa-
ção formal, que se apoiou mais nas teorias de
aprendizagem. Uma vertente da psicologia do de-
senvolvimento infantil levou a uma crença de que
o único papel da Educação Infantil seria o de as-
segurar tempo e espaço para a criança brincar. O
inverso ocorria no mundo da educação, que sem-
pre privilegiou mais o desenvolvimento cognitivo
e a aprendizagem, pois o foco sempre esteve vol-
tado para o ensino formal, que se inicia no 1º ano
do Ensino Fundamental. Nos últimos trinta anos
têm surgido importantes evidências a respeito (a)
da importância das competências socioemocionais
para o desenvolvimento cognitivo, o sucesso es-
colar e para a vida e (b) da importância do desen-
volvimento dessas competências nos primeiros
anos de vida, e especialmente das chamadas fun-
ções de controle executivo. Ao mesmo tempo, es-
ses estudos têm mostrado também que (c) o de-
senvolvimento cognitivo também ocorre e precisa
ser estimulado desde cedo e que (d) as habilidades
socioemocionais podem e dever ser desenvolvidas
ao longo de todo o período escolar (Dusenbery et
al, 2015). Cabe registrar que a BNCC inclui essas
competências gerais não apenas na Educação In-
fantil, mas ao longo de todo o processo educativo.
Crianças que vivem nas ruas, que são submetidas a
trabalho escravo e à violência ou que atuam como
soldados sobrevivem e se adaptam à sociedade,
entretanto, nem sempre a adaptação é adequada.
Elas podem se tornar supervigilantes, arredias, de-
primidas ou desenvolver comportamentos violentos
ou antissociais. Quanto mais estressante for o am-
biente e quanto maiores forem os desafi os e mais
cedo surgirem, mais esforço a criança terá de fazer
para sobreviver. A adaptação assegura a sobrevi-
vência. Quando ameaçada durante a gravidez (por
exemplo, por estresse ou subnutrição materna) ou
no início da vida (abandono ou doenças), a criança
terá de se adaptar aos desafi os do presente – e isso
compromete sua capacidade futura de adaptabili-
dade: para sobreviver agora, a criança desenvolve
mais rapidamente certos padrões de resposta, mas,
com isso, perde a fl exibilidade para se adaptar a
novos desafi os no futuro. Alguns comportamentos
desviantes de crianças e adultos são associados ao
abandono em orfanatos (Rutter et al, 1998). A ex-
periência estressante e negativa nos primeiros anos
de vida deixa marcas no cérebro e na sua forma de
funcionar e processar informações.
Para saber mais
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Adaptado de CASEL. What is SEL?
Disponível em: https://casel.org/what-is-sel/. Acesso em: 06 out. 2020.
Capacidade Definição
Autoconsciência
Capacidade de reconhecer as próprias emoções e habilida-
des, o que proporciona o senso de autoeficácia e de auto-
confiança.
Autogestão
Capacidade de controlar o comportamento, impulsos e
tensões (estresse), estabelecer metas e persistência para
atingi-las.
Relacionamento
Capacidade de cooperar, estabelecer e manter relaciona-
mentos saudáveis, o que requer saber ouvir, comunicar-se
com clareza, procurar, saber receber e oferecer ajuda, lidar
com conflitos.
Consciência socialCapacidade de respeitar os outros, colocar-se e entender a
perspectiva do outro, empatia.
Tomar decisões responsáveis
Capacidade de avaliar e refletir sobre situações e escolhas e
tomar decisões responsáveis (face a normas e princípios
éticos).
Teste do espelhoO teste do espelho é uma medida de autoconsciência desenvolvida nos anos 1970 por Gordon Gallup Júnior, que se
baseou em observações feitas anteriormente por Charles Darwin. Em um zoológico, Darwin observou as expressões
e reações de um orangotango diante de um espelho e concluiu que o signifi cado dessas expressões era ambíguo e
poderia tanto signifi car que o primata fazia as expressões por acreditar que seu refl exo correspondia a outro animal
ou que poderia estar brincando. Gallup desenvolveu, então, um teste para medir a autoconsciência. A experiência
consistia em anestesiar chimpanzés acostumados a espelhos e colocar uma mancha de tinta sem cheiro em uma
de suas sobrancelhas. Ao acordar, os chimpanzés recebiam espelhos e eram observados por Gallup, com o in-
tuito de verifi car se eles notavam a mancha no próprio corpo. Para o pesquisador, qualquer animal que pudesse
entender que a imagem no espelho era um refl exo de si mesmo mostraria autoconsciência. Os chimpanzés, então,
ao notarem a mancha de tinta, eram considerados conscientes de si mesmos como indivíduos separados do seu
ambiente. O teste foi realizado com diversos outros animais, que, em sua maioria, também reconheceram a mancha
de tinta, tais como golfi nhos, pombas e baleias. Os seres humanos, em geral, passam no teste a partir do segundo
ano de vida. Por volta de 18 meses, começam a notar sua imagem, e, após os 24 meses, praticamente todos os seres
humanos se reconhecem.
Para saber mais
Reflexo no espelho.
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Embora o estudo do desenvolvimento pessoal e social tenha uma trajetória de mais de cem anos, os es-
tudos sobre importância, impacto e estratégias para desenvolver habilidades socioemocionais são bem mais
recentes e estão longe de um consenso entre os estudiosos. Há várias tentativas de consolidar os conheci-
mentos existentes, mas ainda existe muita controvérsia a respeito de conceitos e estratégias eficazes para o
seu desenvolvimento. Uma das propostas mais difundidas se denomina CASEL – que é um acrônimo, em in-
glês, de um grupo intitulado Collaborative for Academic, Social and Emotional Learning. As cinco capacida-
des socioemocionais consideradas mais relevantes por esse grupo são definidas a seguir:
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O desenvolvimento da linguagem (até os 18 meses)
A criança já aprendeu a andar? Já aprendeu a
falar? Andar e falar constituem duas das mais
importantes conquistas da criança. A primeira per-
mite adquirir graus de independência e circular li-
vremente. A segunda permite utilizar a linguagem
para expressar seus desejos, sentimentos, resolver
problemas e aprender.
O desenvolvimento da linguagem é um dos te-
mas mais complexos no estudo do desenvolvimen-
to. A linguagem oral desenvolveu-se há milênios – a
capacidade de comunicar não é exclusiva dos seres
humanos. A criança já se comunica ao nascer – ela
reage com o corpo e chora para se fazer entender.
Aos poucos, vai adquirindo outros mecanismos pa-
ra se comunicar.
A criança tipicamente aos 6 meses já emite gri-
tos agudos, aos 12 balbucia, aos 15 fala três ou mais
palavras, aos 18 meses fala oito ou mais palavras e
aos 24 já utiliza frases curtas contendo sujeito, ver-
bo e objeto. Mas o que ela balbucia ou as palavras
que mal fala contêm um significado equivalente às
frases que usamos – e que eventualmente só os pais
e educadores muito próximos são capazes de de-
cifrar. Isso reflete o fato de que a criança aprende
não apenas palavras, ela aprende o seu significado
e as estruturas sintáticas que permitem a comuni-
cação. E aprende ao mesmo tempo a modulação, a
entonação e todos os demais aspectos da “prag-
mática” que lhe permitem comunicar e obter aqui-
lo de que precisa ou o que deseja. Nos parágrafos
seguintes, anotamos apenas alguns conceitos bá-
sicos que o educador infantil deve conhecer – eles
não dispensam um estudo e conhecimento mais
profundo e detalhado dos vários aspectos do de-
senvolvimento infantil.
1. Nascemos com a capacidade de comunicar. Fa-
lamos para nos fazermos entender, para comu-
nicar. Nascemos com a capacidade de aprender
a falar e com a necessidade de falar para expres-
sar nossas necessidades. A habilidade de comu-
nicar apoia-se no aumento do uso de palavras e
frases.
2. Nascemos com uma vida mental. A linguagem
nos permite comunicar nossos pensamentos, nos-
sa vida mental. Utilizamos a linguagem inicial-
mente para expressar necessidades como fome
e dor. Mas logo a utilizamos para expressar con-
ceitos, ideias, preferências, bem como para esta-
belecer relações entre estes.
3. Nascemos com estruturas mentais que nos permi-
tem assimilar as estruturas gramaticais da língua
– e isso ocorre também nos portadores de defi-
ciências auditivas ou visuais, o que comprova a
existência da vida mental: isso significa que somos
capazes de identificar o sentido das palavras in-
dependentemente de visualizar objetos concretos.
4. Nascemos com a capacidade de identificar os fo-
nemas e segmentar os sons de uma fala e, aos
poucos, reproduzi-la de forma adequada. Esse pro-
cesso é inconsciente e automático, no início da vi-
da, e depois se torna consciente por volta dos 4 a
5 anos, quando se inicia a preparação para a alfa-
betização (consciência fonológica e fonêmica).
5. Nascemos com a capacidade de articular as pa-
lavras em frases, com sujeito, verbo e objeto.
Antes dos 3 anos de idade a criança já tem no-
ção de tempos verbais – o que observamos por
exemplo na tendência das crianças de “regulari-
zar” verbos irregulares (“fulano fazeu xixi”).
A aquisição da linguagem permite outras aqui-
sições posteriores, como a leitura e a escrita.
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Literacia e Literacia familiar
3Unidade
Nesta unidade apresentamos dois conceitos fun-
damentais para o desenvolvimento da linguagem:
a interação e a leitura interativa.
Primeiro conceito: o nome do jogo é interação.
No quadro “eu sou assim”, observamos como os di-
versos aspectos do desenvolvimento se relacionam.
Já aos seis meses de idade a criança é capaz de sen-
tar-se sozinha, usar as duas mãos, distinguir vozes
de adultos, interagir e sorrir, explorar os sentidos. Mas
isso não ocorre exatamente aos seis meses, ocorre
progressivamente desde que ela nasce. Desde o 1º
dia de vida, a criança interage com adultos – normal-
mente com os pais e mais frequentemente com a
mãe, ou cuidadores igualmente responsáveis pelo
bem-estar da criança. Essa interação implica trocas,
sobretudo troca de olhares e busca de entendimen-
to, assim como a interação com o seio da mãe – isso
são formas de comunicação. Aos poucos, ela é me-
diada por objetos como a mamadeira, ou a chupeta,
que acalma. E por aí vai. Pessoas e objetos vão en-
trando progressivamente no mundo de experiências
da criança, e ela vai aprendendo a identificar nomes,
formas, cores, propriedades. Se um adulto se movi-
menta, ela não se surpreende. Mas, se uma boneca
anda ou fala, ela fica surpresa – pois isso não faz par-
te de suas expectativas. A linguagem se aprende pe-
la interação. Se você colocar uma televisão ou rádio
falando com a criança, ela nunca aprenderá a ouvir.
Interação é como um jogo de tênis ou pingue-pon-
gue, um bate e outro rebate. Esse é o segredo do
sucesso do relacionamento dos adultos com as
crianças e, ademais, é essencial para a aprendizagem
e para o desenvolvimento da linguagem. No estudo
de Hart e Risley, a diferença de aprendizagem de vo-
cabulário das crianças se deve, sobretudo, à falta de
interação verbal entre adultos e crianças.
Segundo conceito: a interação é mediada por ob-
jetos e por livros. Além de objetos do mundo real e
dos objetos do mundo da imaginação, representado
pelos brinquedos, os livros de pano, material flexível e
posteriormente livros cartonados – são instrumento
privilegiado para promover interações com as crian-
ças. Nas primeiras semanas e meses, os livros atraem
pelo aspecto físico, pelo ruído, pela tessitura. Aos pou-
cos, a criança vai percebendo contrastes e imagens, e
logo é capaz de identificar objetos e suas caracterís-
ticas (o pato que faz quá-quá, etc.). A conversa inte-
rativa com a criança – intermediada ou não pela natu-
reza, os eventos da rua, do dia, brinquedos – é
essencial. Os livros são particularmente potentes, pois,
além de falar do conhecido, permitem falar de objetos
e mundos que não se encontram presentes no hori-
zonte da criança.
Para se alfabetizar, a criança precisa de auxílio
para superar três desafios:
● desenvolver consciência fonológica, isto é, ser
capaz de perceber os sons típicos da língua – e
que são diferentes de sons em geral;
● desenvolver consciência fonêmica, isto é, a ideia
de que as letras representam os sons da língua,
os sons que compõem uma palavra (para isso a
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criança precisa conhecer as letras – seus nomes
e suas formas);
● adquirir o princípio alfabético, isto é, compreen-
der que palavras são formadas por diferentes fo-
nemas (sons) e que esses sons são representados
por letras (grafemas).
Normalmente, essas etapas ocorrem e devem
ocorrer ANTES do processo formal de alfabetiza-
ção. Superados esses desafios, falta o passo deci-
sivo para a alfabetização: identificar quais letras
representam quais fonemas – e vice-versa. Isso im-
plica conhecer as regras, o “segredo” do código
alfabético, qual letra (grafema) corresponde a qual
som (fonema) e vice-versa. Essa é a essência do
processo de alfabetização. Muitas crianças adqui-
rem essas habilidades no processo de desenvolver
as habilidades anteriores, especialmente quando
isso é feito de forma siste mática. Outras precisam
de treinamento específico. Tudo isso pode ser fei-
to de maneira lúdica. E há vantagens quando é
feito de maneira sistemática.
A palavra “consciência” aplicada aos conceitos
de consciência fonológica e consciência fonêmica
é usada porque normalmente não temos consciên-
cia dos sons que formam as palavras. O bebê apren-
de a falar decodificando os sons, balbuciando e
silabando (ba-ba da da, etc.), mas faz isso de forma
inconsciente. Bebês não têm consciência de que
uma palavra é formada por sílabas e fonemas. Crian-
ças não têm consciência de que uma frase é for-
mada por várias palavras – é natural que elas emen-
dem tudo.
Os documentos produzidos pela Secretaria Na-
cional de Alfabetização contêm uma definição cla-
ra do que seja literacia, estão baseados em evidên-
cias científicas robustas e bem estabelecidas há
pelo menos vinte anos e apresentam orientações
claras e específicas sobre como promover e fazer
emergir essas habilidades na pré-escola.
No que diz respeito à Educação Infantil, no do-
cumento o termo “literacia” refere-se essencialmen-
te a preparar a criança para se tornar um leitor au-
tônomo no longo prazo e, no curto prazo, a
preparar a criança para se alfabetizar no 1º ano do
Ensino Fundamental. As propostas decorrentes da
Política Nacional de Alfabetização são consistentes
com o que se publica na comunidade científica in-
ternacional que estuda a ciência cognitiva da leitu-
ra e com as práticas curriculares dos países educa-
cionalmente mais avançados. A versão atualizada
do Relatório Educação Infantil, reconhecido e aco-
lhido pela Política Nacional de Alfabetização, traz
uma revisão atualizada das práticas educacionais
de alguns desses países. Do ponto de vista prático,
existem publicações em português e autores e ins-
tituições que, desde o final do século passado e iní-
cio deste, vêm desenvolvendo programas e mate-
riais de ensino que colocam em prática essas
orientações (Adams, 2006; Cardoso-Martins, 1995;
Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos
Deputados, 2019; Dehaene, 2012; Lemle, 2000;
McGuiness, 2006; Morais, 1996 e 2013; Morais e
Kolinsky, 2004; Oliveira, 2005 e 2008; Scliar-Cabral,
2003). Hirata e Oliveira (2019) documentaram re-
sultados positivos e significativos e de longo prazo
decorrentes da implementação em larga escala de
um programa de alfabetização baseado no método
fônico.
Literacia familiarNos dezoito primeiros meses de vida, os livros
devem estar presentes no cotidiano da criança
tanto em casa quanto na creche. Todas as ativi-
dades comportam a presença de livros para en-
treter, introduzir, induzir, concluir ou reforçar o
tema de uma atividade ou brincadeira. A criança
deve compreender desde cedo que livros fazem
parte do cotidiano. Quando a experiência inicial
das crianças com livros e leitura – no colo dos
pais ou no aconchego da creche – é emocional-
mente satisfatória, ela poderá associar, para o
resto da vida, o hábito com o gosto pela leitura:
esta é a mais sólida base que se pode estabele-
cer para o desenvolvimento da literacia.
Uma das práticas de literacia familiar que têm se
mostrado facilmente realizáveis pela família incluem
conversas (desde o útero – na gravidez as mães
conversam com os bebês) mais frequentes com os
filhos, a narração de histórias, o oferecimento de
papel, lápis e giz para as primeiras tentativas de es-
crita, o contato com livros ilustrados, os jogos com
letras e palavras, as brincadeiras orais com rimas e
trava-línguas (BRASIL, 2019).
O artigo de Lisa Freund documenta o impacto
da leitura no desenvolvimento do cérebro; David
Dickinson revê as evidências científicas sobre lite-
racia familiar. Os demais autores reveem as bases
científicas de políticas de atendimento à primeira
infância em diferentes contextos e países. Uma obra
de referência em relação à Literacia Familiar é Lei-
tura desde o berço: políticas sociais integradas pa-
ra a Primeira Infância, uma coleção de artigos apre-
sentados no III Seminário Internacional, realizado
entre 16 e 20 de agosto de 2010 (Rio de Janeiro:
Instituto Alfa e Beto). Essa publicação contém dois
artigos primorosos. O primeiro deles, de autoria de
David K. Dickinson e Julie Griffith, revê as evidên-
cias científicas sobre o impacto de longo prazo da
leitura para bebês. O segundo, de autoria de Perri
Klass, Dreyer e Mendelsohn, descreve o programa
“Reach Out and Read”, um dos programas de lite-
racia familiar mais bem-sucedidos do mundo.
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O conceito de numeracia foi usado pela primeira
vez em 1959 por Sir Geoffrey Crowther, em um relatório
intitulado UK Committee on Education. Desde então,
passou a ser incorporado ao vocabulário científico e
pedagógico. No documento da PNA, o termo é defi-
nido como “conjunto de conhecimentos, habilidades
e atitudes relacionadas com a matemática”.
Numeracia refere-se, sobretudo – mas não ex-
clusivamente –, à aritmética e à matemática. Ela se
refere também ao raciocínio lógico – à capacidade
de compreender, descrever, relacionar fenômenos.
Está, portanto, intimamente ligado ao conceito de
desenvolvimento cognitivo e também de desenvol-
vimento científico e conhecimento de mundo.
Consideremos uma criança deitada num berço.
Ela vê o mundo da posição horizontal. No colo, vê a
mãe na posição vertical. Com poucas semanas ela
vai aprendendo a estimar distâncias até ser capaz
de tocar objetos – depois é capaz de pegar, empur-
rar ou jogar. Tudo isso envolve aprendizagens de re-
lações causa-efeito, com base num domínio progres-
sivo de habilidades espaciais.
Imagine a criança com fome. Ela logo aprende
a expressar o conceito de “mais”. Quase sempre
chorando até que seja atendida, aos poucos vai con-
seguindo outras formas de atingir seu objetivo.
Imagine a criança aprendendo a se equilibrar na
perna das pessoas ou da cadeira. Ela estima, tenta,
tenta de novo até que progressivamente é capaz
de fazer estimativas cada vez mais certeiras.
Números, formas, cores, pesos, medidas, distân-
cias, estimativas, formas, padrões, sequências – tudo
isso são aprendizagens que a criança é capaz de fazer
rapidamente, pois ela nasce com as estruturas biólo-
gicas que lhe permitem aprender. Mas é somente por
meio de estímulos adequados que ela terá condições
de desenvolver essa “capacidade”. Nisso reside a es-
sência do conceito de “campos de experiência” da
BNCC, implementado concre tamente por meio de
estímulos adequados, apresentados de forma ade-
quada e no momento adequado.
Para a maioria das crianças, o contexto em que
vivem apresenta os estímulos necessários para
que elas desenvolvam essas capacidades inatas de
aprender. Mas para desenvolvê-las, é necessário
estimular – interagir com a criança. Não basta a
presença dos objetos e brinquedos, é preciso brin-
car, isto é, interagir, conversar, estimular, encorajar,
descrever verbalmente.
Numeracia
4Unidade
Para falarmos sobre prática docente na creche, devemos refletir primeiro sobre o conceito de criança e
infância. Por muito tempo a criança foi vista como um adulto em miniatura, porém essa concepção de infân-
cia foi se transformando ao longo dos anos. Nos últimos vinte anos, consolidou-se uma ciência do desenvol-
vimento humano que não apenas descreve com precisão a continuidade do processo de desenvolvimento,
mas identifica as características próprias e específicas relacionadas à infância. Cabe ao educador conhecer
essas características para promover de forma eficaz o desenvolvimento, cujo objetivo é chegar à autonomia
e independência próprias do adulto.
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Senso numéricoO desenvolvimento da capacidade de aprendi-
zagem matemática foi impulsionado com as des-
cobertas de Jean Piaget há quase um século, mas
os estudos nessa área foram retardados pela ideia
predominante de que haveria etapas ou fases naturais
para esse desenvolvimento. A partir da década de
1970, e especialmente com os instrumentos da neu-
rociência na década de 1990, as descobertas sobre
o desenvolvimento do conhecimento e da capacidade
de aprendizagem da matemática até mesmo por
bebês experimentaram uma enorme evolução. Nes-
se contexto, surgiu o conceito de “sentido numéri-
co”, termo que reuniu vários estudos. A publicação
do livro sobre o desenvolvimento do sentido numé-
rico, The number sense, em 1997, por Stanislas Dehae-
ne, representa um marco adicional no avanço des-
ses conhecimentos.
Entre as descobertas mais relevantes destacamos:
● o cérebro humano – como o de animais como
ratos, pombos e macacos – possui mecanismos
especializados para processar quantidades. São
mecanismos inatos, não dependem da cultura ou
do desenvolvimento da linguagem (Branoon &
Terrace, 2000; Gallistel, 1989);
● crianças com menos de seis meses podem iden-
tificar diferenças de pequenas quantidades, mes-
mo antes de aprenderem a contar (Wynn, 1995,
Starkey e Cooper, 1980); podem também detec-
tar diferenças em quantidades maiores (Xu e
Spelke, 2000), incluindo quantidades de sons e
ações (Lipton & Spelke, 2003) ou de pulos que
uma boneca dá (Wynn, 1996);
● crianças de onze meses detectam relações ordinais
(2, 4, 6, 8) (Picozzi, de Hevia, Girelli & Cassia, 2010);
● Izard, Dehaene-Lambertz e Dehaene (2008), de-
monstraram atividade cerebral em crianças de
três meses quando aparece uma quantidade de
objetos inesperada – o que constitui evidência
da base neurológica especializada em processar
números (sentido numérico);
● crianças em idade pré-escolar demonstram sen-
tido numérico em situações que envolvem: (1) sa-
ber que números indicam quantidade e, portanto,
expressam uma grandeza; (2) compreender e usar
termos relativos como mais, menos, maior, menor;
(3) saber que números numa sequência têm uma
posição fixa, por exemplo o 3 vem antes do 4; (4)
saber que números maiores expressam quantida-
des maiores (4 é maior ou mais do que 3); cada
termo representa uma unidade adicional (Griffin,
2004). Essas evidências levaram a uma valoriza-
ção das atividades de contagem, que por muitas
décadas foram consideradas “decoreba”; pois
demostraram que as atividades de contagem
constituem os fundamentos para aprendizagens
mais complexas;
● as crianças também demonstram habilidades pa-
ra lidar com procedimentos matemáticos ao rea-
lizarem atividades que incluem (1) usar uma ordem
estável para contar, (2) associar o valor de uma
unidade para cada termo de uma adição e (3) o
princípio da cardinalidade, isto é, o último núme-
ro da contagem corresponde ao total.
Esses são apenas alguns dos exemplos de como
os cientistas documentaram a aquisição de conceitos
matemáticos por crianças. A forte associação entre o
conhecimento matemático aos cinco anos de idade
e o desempenho escolar em séries mais avançadas,
bem como a forte associação entre desenvolvimento
de literacia e numeracia (Purpura e Napoli, 2015), tor-
nou óbvia a possibilidade e a necessidade de aprimo-
rar o ensino de concepções matemáticas desde cedo,
obviamente usando metodologias apropriadas.
Esses avanços foram acompanhados por inúme-
ras iniciativas e propostas para estimular o conhe-
cimento matemático nas crianças desde cedo. Shiree
Lee (Sparrow et al.), por exemplo, identificou um
conjunto de categorias matemáticas observadas
em atividades espontâneas de brincadeiras infantis,
em ordem de frequência e intensidade:
1. Número: crianças com pouco mais de dois anos
contam naturalmente para diante e para trás,
contam e quantificam objetos, referem-se a duas
ou três bolas de sorvete.
2. Medida: crianças identificam que está chegando
a hora do lanche, solicitam que se repita uma lei-
tura ou vídeo indicando a sequência, demonstram
compreender sequências e padrões temporais
desde cedo.
3. Forma: crianças demonstram capacidade de en-
tender diferenças e semelhanças entre formas
– ao brincar com torres e peças de encaixar, por
exemplo.
4. Classificação: crianças juntam e separam obje-
tos usando diferentes categorias – especialmen-
te em relação a pertences e objetos pessoais.
Da mesma forma como ocorreu com o ensino
da escrita, a ciência cognitiva associada à neuro-
ciência permitiu grandes avanços no conhecimento
e impulsionou o desenvolvimento de estratégias
práticas para o ensino de conceitos numéricos, ma-
temáticos e lógicos desde muito cedo. Isso se tor-
nou possível ao ser documentado que as crianças
nascem com conhecimentos rudimentares de
números, quantidades, relações espaciais e várias
outras (Gpnik e Meltzoff, 2000) e, portanto, podem
desenvolver conhecimentos desde cedo.
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A educação informal (aquela não sistematizada) é pro-
porcionada pela família e tem início com o nascimento da
criança. Por meio dessa relação familiar, a criança aprende
noções de ética, moral e cultura com o núcleo familiar no
qual está inserida.
A educação chamada formal é oferecida de maneira
institucionalizada – mas não necessariamente seguindo o
padrão da escola, cuja missão e pedagogia são diferentes
da educação infantil. Na educação infantil – institucionali-
zada ou não –, a criança será estimulada intencionalmente
a desenvolver habilidades específicas para o seu desen-
volvimento integral. Para além do que a criança aprende
e vivencia em casa e no contexto familiar, ela passa a viver
e conviver coletivamente, experimentando os desafios da
convivência da igualdade na diversidade e oportunidades
de desenvolver habilidades e conviver com outros valores
sociais que não apenas os de sua família.
Um ditado africano diz que “é preciso a colaboração de
toda a comunidade para educar uma criança”. Na mesma
direção, a Constituição brasileira, no artigo 205, estabelece
que “a educação, direito de todos e dever do Estado e da
família, será promovida e incentivada com a colaboração
da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pes-
soa, seu preparo para o exercício da cidadania e para o tra-
balho”. Mais do que em qualquer outro nível da educação,
a colaboração entre as instituições de Educação Infantil e
as famílias é essencial para assegurar à criança o seu direi-
to à educação e à família e oportunidades para exercer es-
se direito de maneira cada vez mais responsável.
Por essa razão, é importante que ocorram trocas de
informações e acompanhamento entre escola e família. A
consolidação dessa parceria, em um clima de profundo
respeito às famílias, possibilita o aumento na qualidade das
ações com as crianças e fortalece o vínculo e o respeito
mútuo, tornando parceiros os responsáveis pelo desenvol-
vimento integral da criança.
A comunicação eficaz e respeitosa entre a comunida-
de escolar e o núcleo familiar não atende somente às ex-
pectativas dos familiares, que desejam ter suas demandas
ouvidas e atendidas; ou, ainda, à escola, que desenvolve
com a família uma parceria para juntos construírem um
ambiente e um relacionamento saudável para o desenvol-
vimento da criança.
Esse vínculo, antes de tudo, é importante para a crian-
ça, que se vê como o centro dessa interação. Mesmo que
de forma não consciente, a criança é capaz de entender
ou sentir que é parte integrante e importante dos espaços
onde vive. Essa experiência de segurança, conforto e aten-
ção estimula seu aprendizado e desenvolve sua confiança.
Também é importante considerar que esses vínculos
entre escola e família, inicialmente horizontais, tendem a
formar uma rede quando mais famílias agem da mesma
forma em relação às suas crianças e à escola. Esses espa-
ços de convivência física e social também se expandem e
oportunizam outras formas de socialização.
Essas redes familiares devem ser construídas e estimu-
ladas pela escola, com a realização de eventos, com con-
vites para atividades pedagógicas, com rodas de conver-
sa para troca de informações. Nem sempre é possível que
essas interações sejam frequentes e próximas, mas, mesmo
diante dessa realidade, as informações, as expectativas e
as avaliações sobre o progresso das crianças devem ser
claras e bem alinhadas para que ambas as partes envolvi-
das nesse processo atuem em uníssono.
Educação Infantil e envolvimento da família
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Nesta unidade, apresentamos instruções práticas de como o educador pode pensar cada momento das
crianças na creche. Foram selecionados alguns tipos de atividade ou rotina para exemplificar. Na Parte 2, ca-
da itinerário será desenvolvido passo a passo.
Hora de chegar ● Cada instituição tem suas regras. Na Educação Infantil é comum acolher as crianças e seus pais/cuidado-
res na porta da instituição ou em local adequado.
● Normalmente, a acolhida é feita pelo diretor ou por uma pessoa por ele delegada.
● Este é o momento em que a instituição manifesta sua alegria em receber cada criança e demonstra seu
respeito e consideração pelos pais. A comunicação visual (olhar no olho), o gesto de cumprimentar, cha-
mar crianças e cuidadores pelo nome são sinais claros do respeito da instituição pelas pessoas.
● Também é o momento de ouvir e registrar recomendações específicas.
● Educadores experientes identificam nesse momento potenciais problemas de saúde ou problemas emo-
cionais, incluindo sinais de violência infantil ou outros
Hora da rodinha ● Dependendo da instituição, antes da hora da rodinha há uma hora de chegar e acolher cada criança na
entrada da sala. Isso envolve as rotinas de acolher as crianças, cumprimentar, guardar mochilas e objetos,
entregar bilhetes.
A hora da rodinha deve ser realizada depois que todas as crianças chegam – nos casos em que o horário
da chegada é regular. Em casos em que os horários de chegada sejam estabelecidos, a rodinha pode come-
çar em hora marcada. Em outros casos, é necessário bom senso para determinar o melhor momento. Mas a
rodinha deve ser o marco do início das atividades formais do dia.
A rodinha deve seguir uma rotina estável e previsível, que inclui:
● um espaço demarcado (com tapete, giz, um local certo), onde as crianças se acomodam. O espaço pode
ter pequenas almofadas, tapetes ou marcas (círculos, quadrados) para as crianças se sentarem sem ficar
se atropelando;
● uma parede, biombo ou painel, onde normalmente há um quadro de giz estão presos alguns elementos
fixos, como o calendário do mês e dos dias da semana e um quadro de avisos. Tudo deve estar na linha
de visão das crianças.
Hora de comer ● Cada instituição tem regras próprias de horário, duração, número e tipo de refeições.
● As refeições devem ser parte integrante do currículo, especialmente no que diz respeito à formação de
hábitos de higiene e hábitos alimentares saudáveis.
● Também devem constituir importante momento para desenvolver habilidades sociais de civilidade, bons
hábitos (o que consumir, quanto, como se servir), uso adequado dos utensílios, postura, relacionamento
com os auxiliares e, sobretudo, a arte da conversação.
● Em vários momentos, antes e depois das refeições, surgem oportunidades imperdíveis para tratar de ali-
mentos, receitas e outros temas relacionados.
Preparando-se para os itinerários
6Unidade
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O que fazer O que não fazer
Sentar-se com as crianças, comer junto.
Conversar naturalmente, estimular a conversa sobre even-
tos do dia ou sobre a própria comida.
Comer com calma e observando bons hábitos de alimen-
tação e polidez.
Sentar-se com outros adultos e deixar as crianças desassistidas.
Ficar em pé na posição de ajudar, limpar ou servir, sem interagir
com as crianças.
Colocar música alta ou servir a comida em ambientes que não
permitem uma boa conversa.
Obrigar as crianças a ficar sentadas e quietas o tempo todo.
Ficar no celular.
Hora de planejar/ fazer / rever ● Esta atividade é mais complexa e necessita de maior detalhamento, que será apresentado a seguir. As
crianças se reúnem em pequenos grupos para decidir o que vão fazer (em grupo ou individualmente), es-
colhendo entre opções existentes/oferecidas pelo educador.
● A atividade é desenvolvida em três etapas: um momento breve, para planejar e trocar ideias; um momen-
to para realizar a atividade planejada e escolhida pelas crianças e um terceiro momento, em que o peque-
no grupo volta para contar o que fez e se lembrar.
● Essa atividade desenvolve habilidades essenciais ao promover oportunidade para as crianças tomarem
decisões, interagirem e lembrarem-se do que fizeram.
Nesse ciclo de atividades, a criança desenvolve importantes habilidades de autorregulação: planejar, im-
plementar o que fez e avaliar. Ou seja, a criança aprende a organizar as ideias, executar um plano, lembrar-se
do que fez e avaliar o que fez. Ela aprende a trabalhar individualmente e em grupo.
A longo prazo, o objetivo do educador é ajudar a criança a se organizar, a ter intencionalidade no que faz,
a tomar decisões, estabelecer preferências, comunicar sentimentos, desenvolver a memória, trabalhar em
grupo, relatar o que fez e compartilhar.
Planejar não é trivial. Exige trazer o futuro para o presente. Planejar é mais que escolher – envolve inten-
cionalidade e alguma ideia do que as crianças irão fazer, de como irão fazer, de como querem fazer. Por isso,
a atividade é rotineira, ocorre a cada dia.
O planejamento deve levar em conta que as crianças:
● partem do simples para o complexo;
● partem do concreto para o abstrato;
● começam com uma ideia, uma vontade e, aos poucos, vão enriquecendo suas intenções;
● podem expressar o planejamento com uma palavra, uma ideia, um gesto que represente o que farão;
● mudam de ideia: não são obrigadas a seguir os planos;
● trocam de ideia: podem querer trabalhar sozinhas, mas, depois, associam-se a um colega ou a uma dupla.
Também pode ocorrer o contrário. Elas podem querer tirar materiais de outros centros ou brincar em ou-
tros centros de atividade. Isso também é válido. Se houver problema de falta de espaço, de superlotação
em algum espaço ou demanda por um tipo de brinquedo, o educador deve usar a situação como uma
oportunidade para ensinar as crianças a resolver problemas.
Durante atividades como essa, o educador deve:
● ficar com as crianças, no mesmo nível delas;
● observar para conhecer as crianças, ver como trabalham, se conseguem resolver seus problemas e desafios,
se brincam sempre sozinhas, se sabem interagir, resolver conflitos, etc.;
● ouvir o que as crianças estão falando, sozinhas, com os colegas, com os adultos (o educador, no caso);
● interagir com as crianças de igual para igual, participando das brincadeiras, fazendo o papel que as crian-
ças pedem para fazer, seguindo as orientações e as dicas das crianças. A forma de interagir depende da
natureza das atividades;
● interagir com as crianças para estimular e encorajar a utilizar os materiais, explorar diferentes usos, repetir
atividades, encorajar, com exemplos de outros colegas, a pedir ajuda, a se esforçar mais para conseguir
realizar os planos;
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● ajudar as crianças a resolver conflitos: o educa-
dor deve usar situações de conflito para ensinar
as crianças a resolver seus problemas;
● anotar ou gravar observações, frases, palavras
interessantes – que ele pode usar na hora de lem-
brar ou que devem ir para a Agenda da criança.
COMO FAZER ANOTAÇÕES
Data, rotina.
Quem estava envolvido na atividade.
O que a criança observada fez, falou, etc.
Seja objetivo, factual, específico e breve.
Use post-its, cartões ou um bloco para anotar e não perder as anotações.
Exemplo:
15 de agosto, Hora de Trabalhar, Área de Artes. Cinco crianças fazendo atividades individuais.
Maurício fez traços de várias cores em uma folha de papel e me disse: “Eu desenhei a nossa sala. Aqui é a porta de entrada e aqui é a Área de Artes – minha área preferida”.
Hora de brincar com os números
A criança nasce com capacidade de perceber vá-
rios aspectos relacionados a números, contagem,
quantidade; é capaz de discriminar formas e perce-
ber relações de distância, o que é capaz ou não de
segurar ou carregar. Com os estímulos que recebe,
ela vai ampliando essa capacidade de maneira pro-
gressiva. Em pouco tempo, é capaz de dominar uma
série de conhecimentos e habilidades para conviver
com o mundo das quantidades e relações mais abs-
tratas. A publicação Teaching Math to Young Children
(IES, 2014) apresenta inúmeras estratégias para esti-
mular o desenvolvimento dessas habilidades – as evi-
dências sobre o seu impacto são muito menos robus-
tas do que no caso da alfabetização, mas sem dúvida
podem e dever ser estimuladas desde cedo.
A base para desenvolver essas habilidades re-
pousa na capacidade inata da criança de lidar com
números, quantidades e formas. O mundo natural
e as experiências do dia a dia oferecem inúmeras
oportunidades para desenvolver essas habilidades,
usando objetos físicos, brinquedos não estrutura-
dos, como blocos de encaixar ou empilhar, desenhos,
etc. Mas essas oportunidades devem ser cuidadosa
e intencionalmente planejadas e oferecidas:
● contar e recontar objetos;
● comparar quantidades;
● associar o número à quantidade;
● identificar os numerais por seu nome, forma e
ordem (contar até 5, até 10, até 20);
● identificar o que é igual e o que é diferente (o in-
truso), mais, menos;
● identificar e formar padrões cada vez mais com-
plexos, por meio de desenhos, massinha, ativida-
des corporais, como danças, ou atividades físicas,
como amarelinha e outras;
● identificar formas básicas (quadrado, círculo,
retângulos) e formar novos desenhos com essas
formas;
● pesar e medir diferentes objetos utilizando dife-
rentes instrumentos para servir de comparação;
● entender proporções simples a partir de expe-
riências familiares (por exemplo, quebrar um bis-
coito em partes);
● elaborar tabelas simples contando objetos ou le-
tras de diferentes tipos.
Além desses, são particularmente úteis jogos co-
mo dominós, para a criança aprender a identificar
números, contar e estabelecer sequências; quebra-
-cabeças para identificar formas e a relação parte-todo;
cartelas para comparar, completar, identificar sime-
trias, contar – e também para desenvolver capacida-
de de localização espacial (jogo da memória); jogos
com dados nos quais a criança aprende a somar e
diminuir, em função do ponto em que estão.
Hora de ler
Desenvolver o hábito e o gosto pela leitura cons-
titui um dos maiores desafios para familiares e edu-
cadores. É preciso desenvolver os dois, o hábito e o
gosto. Isso significa que a criança deve ter oportuni-
dade para escolher e ler os livros. E deve conviver
num ambiente em que livros e leitura são parte nor-
mal de qualquer atividade. Da parte dos educadores,
é necessário dominar e utilizar técnicas adequadas
de leitura e, de modo especial, a leitura interativa,
cujas características são apresentadas adiante.
Leitura interativa
A leitura interativa é a forma comprovadamente
mais eficaz de envolver as crianças no mundo da lei-
tura e dos livros. Como a palavra indica, a leitura é o
pretexto em torno do qual se desenvolve uma con-
versa – interação – entre a criança e o leitor.
Aqui tratamos da leitura – não de contar histó-rias ou de dramatização. E tratamos de uma forma muito especial de leitura, a leitura interativa, dialo-gada ou dialógica. É a leitura que, na feliz expressão de Marisa Lajolo, ajuda a criança a passar da leitura
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dos livros para a leitura do mundo. Nessa leitura, há dois mediadores entre o adulto e a criança – o livro e a linguagem utilizada. O adulto deve ressaltar e reforçar a linguagem do livro – incluindo a lingua-gem visual – e estimular a criança a desenvolver e utilizar a sua linguagem. Daí a expressão “leitura in-terativa”.
As evidências científicas sobre os efeitos positi-vos da leitura desde o berço estão devidamente documentadas em inúmeros estudos. Neste docu-mento, resumimos o essencial que todo adulto e todo educador precisam saber para conduzir a lei-tura de forma interativa com uma ou um pequeno grupo de crianças.
Objetivos da leitura interativa
O objetivo principal é desenvolver o gosto e o hábito pela leitura. O gosto se desenvolve quando o contexto é agradável e acolhedor, e os livros e a leitura são estimulantes. O hábito se desenvolve criando diversas oportunidades dentro e fora da escola para as crianças lerem e aprenderem a iden-tificar, escolher e cuidar dos livros.
O segundo objetivo é ensinar a criança a fazer – pelo diálogo em torno da leitura – a transposição da leitura do mundo para a leitura dos livros. Isso inclui não apenas a aprendizagem de informações e fatos, mas de sonhos, medos e sentimentos.
O diálogo como forma principal de leitura interativa
As evidências são unânimes em indicar a leitura interativa, por meio do diálogo, como o instrumento mais poderoso para a formação de um leitor crítico.
A leitura deve ser uma conversa em torno do li-vro – sempre que possível liderada pelas crianças e estimulada pelos adultos. A leitura de livros é uma oportunidade para conversar, para ver e ler o que está escrito, para imaginar e para trocar ideias. Mais adiante sugerimos o acróstico “Espiche a conversa” para ilustrar diferentes técnicas ou estratégias para conduzir uma boa leitura interativa.
Os desafios da leitura: a linguagem fora de contexto
As crianças aprendem a usar a linguagem para se comunicar. Ou seja, elas usam a linguagem para pro-pósitos imediatos em contextos compartilhados. Elas dão nome aos objetos, descrevem o que está acon-tecendo, expressam seus desejos, sentimentos, frus-trações, etc. Elas usam palavras para descrever ações ou fatos, mas podem usar gestos, expressões faciais
e contar com o interlocutor que está lendo ou vendo
as mesmas coisas.
À medida que a linguagem vai se desenvolvendo,
as crianças são capazes de pensar de forma mais abs-
trata – sobre o passado, o futuro, o que não está pre-
sente. Elas podem falar de coisas reais ou imaginárias,
de como as coisas poderiam ou não acontecer.
Falar fora do contexto, fora do aqui e do agora
requer um vocabulário cada vez mais preciso e o uso
adequado da gramática, além de inferências precisas
sobre o que o ouvinte sabe ou não e o que precisa
saber. Uma coisa é a criança ver e apontar para um
desenho e dizer: “o carro está descendo a rua”. Outra
coisa é fechar o livro e a criança falar o que está acon-
tecendo ou o que aconteceu com o carro.
Exemplos:
● em vez de falar “o homem”, ela deve ser mais
precisa e dizer: “o motorista” ou “a pessoa que
estava dirigindo”;
● ela deve descrever o carro com mais detalhes
(carro grande, verde, etc.);
● ela deve usar frases com verbos: o carro ia des-
cendo mais depressa, aumentando a velocidade,
começou a correr, etc.);
● ela deve usar advérbios (muito depressa, rapida-
mente, de repente, etc.) e conjunções (e, mas);
● ela deve usar verbos que exprimem ideias (pen-
sou, sabe, fingiu, fez de conta que);
● ela começa a usar frases dentro das outras (o
carro que você viu era verde, o que eu estou
falando é azul).
Metodologia: como conduzir a leitura interativa
O educador deve ler muito, sempre, várias vezes
por dia.
As crianças – mesmo as que ainda não sabem ler
– devem ser estimuladas a ler por conta própria
(ler de mentirinha), a explorar os livros, a folhear, ana-
lisar as páginas e a conversar sobre o que está lendo
e olhando com outras crianças e com adultos.
Sempre que possível as crianças devem partici-
par da escolha do que será lido.
Quando for possível ler mais de um livro numa
sessão, o educador deve estabelecer a ordem de
acordo com critérios que as crianças escolheram.
As crianças devem ter acesso ilimitado aos livros.
As crianças devem aprender desde cedo a cui-
dar dos livros.
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A forma de ler deve ser adequada à idade das
crianças e ao nível de desenvolvimento de cada
uma. O educador deve conhecer cada criança para
estimulá-la de forma adequada.
O mesmo livro pode e deve ser lido várias vezes,
de várias formas, para crianças de mesma idade ou
de idades diferentes.
Crie um clima afetuoso, caloroso. Coloque as
crianças perto de você, sente-se no chão, no sofá,
ofereça seu colo para quem quiser se aproximar.
Crie o hábito de ler sempre em determinadas
horas ou ocasiões.
Nunca force a criança a ler ou a ficar quieta du-
rante a leitura – deixe – andar em volta, fazer outras
coisas. Aos poucos, ela naturalmente passará a apre-
ciar o momento da leitura.
Sempre que for necessário que a criança veja
algo no livro – a palavra, a letra, a ilustração, é im-
portante que ela esteja focada no livro e a uma dis-
tância adequada. Daí a vantagem de sempre ler pa-
ra pequenos grupos – enquanto as outras crianças
se envolvem em outras atividades.
Leia com ênfase, com graça, de forma a envol-
ver as crianças. Module a voz e a forma de ler ao
tipo de texto. Para isso, é necessário preparar-se
bem antes de cada leitura.
É importante sempre ler com o livro virado para
as crianças, de forma que elas possam ouvir a his-
tória e ver as figuras e as letras ao mesmo tempo.
Parte do desenvolvimento da habilidade de leitura
é entender que as palavras proferidas pelo educa-
dor estão sendo lidas das páginas do livro e que
essas palavras geralmente acompanham as imagens
e desenhos de cada página.
ESPICHE A CONVERSA
Espiche a conversa. Espichar a conversa é inte-
ragir, estimular, comentar, trocar ideias, perguntas
e respostas com a criança.
Siga as dicas da criança. Retome e amplie o que
ela disser, usando corretamente as palavras que ela
usou do jeito dela.
Pergunte de forma que a criança dê explicações,
analise, ou faça comparações ou predições e possa
imaginar coisas que poderiam acontecer.
Individualize a interação: concentre-se na con-
versa com a criança. Se houver outras crianças, elas
podem participar da conversa, mas mantenha sua
atenção em uma de cada vez.
Converse em torno de um tema; isso ajuda a
criança a repetir as mesmas palavras e reter seus
sentidos.
Habitue a criança a ouvir, esperar a vez, intervir
na hora certa, intervir de forma adequada, a parti-
cipar ativamente da conversa e a aceitar opiniões
diferentes da sua.
Encoraje a criança a conhecer, explorar e conversar
sobre situações, assuntos e livros novos, e não apenas
sobre assuntos que ela já conhece e dos quais gosta.
Ajoelhe, agache-se ou sente-se no chão para fa-
zer contato visual com a criança.
Conte e estimule a criança a contar histórias so-
bre sua vida, a narrar eventos e a descrever o que
está fazendo.
Ouça com paciência. Espere a criança organizar
sua fala. Não tente ajudar, adivinhar ou apressar a
criança.
Não monopolize a conversa nem dê respostas
prontas. As crianças devem falar, ao menos, 50% do
tempo em cada interação.
Você é o modelo: use vocabulário rico e abstra-
to, estimulando a criança a pensar e imaginar.
Estimule a criança a usar palavras adequadas e
frases completas para expressar ideias e perguntar
sobre coisas que ela não entende.
Leitura intencional
A leitura intencional refere-se ao objetivo definido
pelo educador para realizar determinada leitura. Essa
leitura é feita de forma organizada, tem em vista ob-
jetivos do currículo e frequentemente está relaciona-
da com uma palavra, movimento, música, tema ou
outro interesse das crianças. Nos parágrafos seguin-
tes, apresentamos sugestões gerais para a leitura in-
tencional. Nem todas as sugestões podem ou devem
ser feitas a cada dia ou a cada semana.
Escolha do livro e contextualização da leitura
O principal critério de escolha é do educador –
qual livro será usado para promover um dos obje-
tivos do currículo e por quanto tempo (numa semana
ou dia determinado).
A maioria dos livros de uma biblioteca infantil
pode ser lida com interesse e proveito pelas crian-
ças de dois anos e mais. Alguns livros oferecem mais
atrativos e são mais interessantes do que outros.
Mas é, sobretudo, a forma de utilizar os livros que
o tornará interessante e adequado às crianças.
O educador pode escolher o livro em função de
um ou mais critérios, como:
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● tema. Exemplo: livro sobre animais ou sobre ani-
mais que rastejam ou sobre meios de transporte;
● tipo. Exemplo: já leu um conto de fadas, agora
quer ler outro e relacionar com o anterior; outro
exemplo: o educador quer escolher um livro em
que as crianças possam fazer desenhos de bolinhas
ou de asas, ou brincadeiras para soprar;
● linguagem. Exemplo: o educador quer um livro
para explorar conceitos como em cima/embaixo,
antes/depois, curto/comprido ou para contar;
● desenvolvimento de compreensão. Exemplo: o
educador quer um livro para explorar a habilidade
das crianças de fazer inferências e conexões entre
partes diferentes do texto, assim como entre aqui-
lo que o texto diz e o conhecimento de mundo que
elas têm. O desenvolvimento da habilidade de
compreensão oral prediz a habilidade de leitura.
Normalmente, a escolha do livro é intencional,
tendo em vista os objetivos do educador para um
determinado dia ou semana. Mas, mesmo nesse
contexto, o educador pode dar possibilidade de es-
colha às crianças. Por exemplo:
● mostrar três livros, dizer o assunto (ou palavra)
e dizer para as crianças adivinharem qual livro
será lido; ou dizer que vai ler um livro que tem
um desenho de tal tipo, cor ou cujo título ou no-
me do autor começa com a mesma letra do nome
de Fulano;
● levar três livros que sejam pertinentes ao tópico
e perguntar às crianças qual desses livros elas
querem ler (ou qual querem ler primeiro);
● sempre que possível, o educador deve estimular
as crianças a justificar as suas escolhas e adotar
critérios (voto, rodízio, etc.). Para crianças meno-
res, o educador deve sugerir escolhas bem sim-
ples e fáceis.
Metodologia para a leitura intencional
ANTES DA LEITURA
Contextualizar: a leitura deve ser feita pelo pra-
zer da própria leitura, mas, frequentemente, pode-
mos motivar as crianças para a leitura:
● deixando-as participar do processo de escolha;
● relacionando a leitura com algo que foi feito
(uma brincadeira, uma palavra usada) ou que
virá a ser feito;
● relacionando com outras leituras.
Vocabulário: os textos lidos para as crianças de-
vem sempre apresentar palavras novas ou nuances
de palavras conhecidas:
● no caso de crianças até dois anos, o educador
pode substituir uma palavra mais difícil por outra
mais simples durante a leitura;
● depois dos dois anos, as crianças cobram uma
leitura ao pé da letra, e são muito frequentes as
releituras de um mesmo livro. Portanto, o educa-
dor deve ler exatamente o que está escrito;
● sempre que julgar necessário, o educador deve
antecipar e explicar palavras sobre as quais as
crianças terão alguma dificuldade. Ele pode só
avisar ou informar que vai explicar na hora, ex-
plicar antes ou mesmo depois da leitura – depen-
dendo da capacidade das crianças de entender
o texto sem precisar parar.
Em síntese, antes da leitura:
1. O educador deve ler e se familiarizar com o livro
e o conteúdo do livro.
2. O educador precisa prever e pensar se o livro terá
algum conteúdo ou inferência difícil para a crian-
ça fazer.
3. O educador necessita preparar perguntas e con-
versas que ajudem a criança a fazer as inferên-
cias e conexões necessárias.
NO INÍCIO DA LEITURA
Deixe as crianças folhearem o livro, fazerem co-
mentários sobre as ilustrações, etc. Sem perder de
vista o objetivo da leitura e tirar surpresa, ouça e
apresente perguntas que estimulem as criança:
● antecipar o tema, o conteúdo, etc.;
● identificar personagens;
● identificar o tipo de texto (se é de verdade, de
faz de conta, etc.);
● comparar com outros livros (mesmo assunto,
mesmo autor, mesmo tipo de ilustração, mesmo
tipo de história, etc.).
Antes de ler um livro, é importante falar sobre
ele, criar expectativas – e isso pode ser feito de di-
ferentes formas.
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DURANTE A LEITURA
Dependendo do contexto e do livro, o educa-
dor decidirá se vai ler o texto inteiro ou por par-
tes; se lerá primeiro o texto ou as ilustrações. As
opções são várias:
• leitura linear. Nesse caso, a leitura é feita sem
interrupção – no máximo uma parada para ex-
plicar uma palavra, chamar a atenção para um
detalhe ou estimular as crianças a fazer uma
pergunta de predição (o que será que vai acon-
tecer com ...?);
• leitura dialogada a partir do texto. Dependen-
do do texto, o educador poderá estabelecer uma
conversa com as crianças – parando sempre que
achar oportuno estimular a participação e refle-
xão delas. A dosagem é essencial para as crian-
ças manterem-se focadas na leitura;
• leitura dialogada a partir das imagens. Isso
se aplica tanto a livros que contenham apenas
ilustrações como a textos que contenham tex-
tos e ilustrações. A leitura pode ser feita de di-
versas formas: iniciada pela criança, pelo adul-
to, em ordem, fora de ordem – sempre
dependendo do interesse da criança ou da in-
tenção do adulto. Essa leitura via imagens tam-
bém pode ser usada como forma de revisão
ou reconto pela criança, e ajuda no desenvol-
vimento da atenção e da memória;
• leitura dialogada do texto e das imagens. Essa
é uma forma de leitura muito comum nos ca-
sos em que a linguagem visual está integrada
ao texto e em que só faz sentido a exploração
simultânea de ambos.
Crianças mais novas exigem e gostam de mais
paradas. Crianças de quatro anos ou mais preferem
a leitura corrida, sem parar. Em qualquer caso, o
educador deve voltar várias vezes a partes do tex-
to para explorar detalhes de vocabulário, sentido,
relação do texto com as figuras.
Em textos com frases repetidas ou muito pare-
cidas, as crianças gostam de antecipar e completar
o que ainda vai ser lido. Em textos que apresentam
surpresa, o educador deve criar suspense, pergun-
tar o que vai acontecer.
O importante:
● se a leitura for longa ou dependendo do objetivo,
a cada dia o educador poderá ler uma parte do li-
vro ou contemplar apenas um aspecto de cada vez
(familiaridade, ilustrações, conteúdo) – mas com-
pletar sua leitura depois;
● se a leitura for curta, o educador pode ler e re-
ler várias vezes, chamando atenção para dife-
rentes aspectos;
● sempre que as crianças interromperem a leitura,
o educador deve dar atenção a elas, ouvir e bus-
car ajuda de outras crianças.
Qualquer que seja o contexto e a leitura, o edu-
cador não deve perder a motivação das crianças
nem o fio da meada. Às vezes, isso pode significar
terminar a leitura logo, saltar páginas, ou seja, ten-
tar ser breve, pois as crianças pequenas não ficam
muito tempo concentradas.
AO FINAL DA LEITURA
Uma leitura pode se dar em vários dias e ses-
sões. Aqui tratamos da sessão de encerramento da
leitura de um livro. Para cada livro, o educador po-
de se concentrar em um ou mais objetivos – mas
sempre em apenas alguns:
● rever o conteúdo, personagens, enredo, ideia
central;
● identificar a estrutura (princípio, meio, fim);
● estimular a apreciação – em relação ao conteú-
do, à forma ou à estética;
● estimular a comparação com outros livros – em
relação ao tema aos personagens, às ilustrações,
à abordagem, etc. Para tanto, o educador pode
utilizar diferentes estratégias, como:
● resumir ou pedir a alguma criança (ou a várias)
para resumir com palavras;
● conversar sobre o final;
● conversar sobre o início;
● conversar sobre o meio;
● conversar sobre os três momentos acima usan-
do palavras como antes, no meio, finalmente,
no final, antes, depois, etc;
● conversar sobre os personagens e seu papel;
● estimular as crianças a contar a história com
suas próprias palavras.
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Itinerários de rotina
Nestes itinerários de rotina, o professor irá mediar as atividades, desen-
volvendo o protagonismo dos bebês na rotina diária e nas mais variadas
vivências, como na hora de lidar com o corpo, com a alimentação, com
o espaço, com a natureza, com os animais, com as festas e a tradição
folclórica, entre outros elementos que acompanharão a rotina dos bebês
ao longo da trajetória na creche.
7Unidade
Quadro 1 – Rotinas e temas
Aqui, nesta unidade e neste quadro, o foco de interesse são os Bebês (Bb)
Rotinas
TemaS
Chegar
(a)
Rodinha
(b)
Higiene
(c)
Arrumar
(d)
Comer
(e)
Repouso
(f)
Pátio
(g)
Despedida
(h)
1. Corpo, saúde,
alimentaçãoBb1a - Cr1c - - Bb1f - Cr1h
2. Eu, colegas,
família, comunidadeBb2a - Cr2c - - Bc2f - Cr2h
3. Espaços: creche,
casa, rua, cidadeCr3a - - Bb3d - Cr3f - -
4. Natureza,
fenômenos, ciclosCr4a - - Bb4d - Cr4f - -
5. Animais - Bb5b - Cr5d - Bb5g -
6. Festas, folclore,
costumes- Bb6b - Cr6d - Bb6g -
7. Férias, viagens,
aventura, fantasia,
mágica
- Cr7b - - Bb7e - Cr7g -
8. Matéria, materiais,
propriedades- Cr8b - - Bb8e - Cr8g -
9. Meios de
transporte- - Bb9c - Cr9e - - Bb9h
10. Natureza,
paisagem, ambiente,
plantas
- - Bb10c - Cr10e - - Bb10h
38
P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-2_U7_038-055_LP.indd 38P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-2_U7_038-055_LP.indd 38 10/7/20 9:29 PM10/7/20 9:29 PM
Rotinas
Hora de
chegar
(a)
Hora de
rodinha
(b)
Hora de
higiene
(c)
Hora de
arrumar
(d)
Hora de
comer
(e)
Hora de
repouso
(f)
Hora de
pátio (g)
Hora de
despedida
(h)
Te
ma
s
1. Corpo,
saúde,
alimentação
Seu nome
e seu
corpo
A criança
e seus
amigos
– Brincando
no banho
– – Músicas
para
descansar
– Cr1h
2. Eu, Colegas,
Família,
Comunidade
Quem
chegou?
– Escovan-
do os
dentes
Lavar as
mãos
– – Soneca ao
lado dos
amigos
– Cr2h
Hora de chegar
SEU NOME E SEU CORPO
Faixa etária: Bebês (0 a 6 meses)
Tema: Corpo, saúde, alimentação
Bloco de atividade: Hora de chegar
Materiais: Não há.
Como fazer
Chame o bebê pelo nome, olhando-o.
Mantenha um tom de voz calmo e faça movi-
mentos mais lentos, tanto para se mexer dian-
te do bebê quanto para tocá-lo.
Antes de tocá-lo ou pegá-lo, converse com o
bebê. Nomeie as partes do corpo em que você
toca, e narre o que você vê: “Estou vendo suas
mãos”, “Que mãos fortes! Segurou minha blusa”.
Comente e espere a reação do bebê. Repita o
comentário e espere a reação dele e acrescen-
te outra informação. Faça perguntas e utilize
as palavras-chave. Lembre-se de incentivar o
protagonismo infantil, ao observar e deixar que
o bebê faça movimentos com autonomia.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar sobre a cidadania e o
civismo, a vida familiar e social na creche.
Palavras-chave
Oi, tudo bem, bom dia, boa tarde, bem-vindo,
mãos, corpo, braços, cabeça, olhos, pés, che-
gar, olhar, dar colo, brincar, deitar, sentar, rolar,
pegar, soltar, sorrir, chorar, feliz, triste, com sau-
dade, tranquilo, calmo, nervoso, dentro, fora,
antes, durante, depois, muito, pouco, quantos.
Objetivos de desenvolvimento
EI01EO04 Comunicar necessidades, desejos
e emoções, utilizando gestos, balbucios,
palavras.
EI01CG02 Experimentar as possibilidades
corporais nas brincadeiras e interações em
ambientes acolhedores e desafiantes.
EI01EF01 Reconhecer quando é chamado
por seu nome e reconhecer os nomes de
pessoas com quem convive.
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P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-2_U7_038-055_LP.indd 39P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-2_U7_038-055_LP.indd 39 10/7/20 9:29 PM10/7/20 9:29 PM
A CRIANÇA E SEUS AMIGOS
Faixa etária: Bebês (6 meses a 12 meses)
Tema: Corpo, saúde, alimentação
Bloco de atividade: Hora de chegar
Materiais: Não há.
Como fazer
Organize o ambiente com fantoches e fotos dos bebês espalhadas pelo tapete.
Ao chegar, chame o bebê pelo nome, olhando para ele.
Mantenha um tom de voz calmo, alegre e faça movimentos suaves para se aproximar do bebê.
Convide o bebê mostrando uma foto dele e dos seus amigos. Você pode colocar um fan-toche e modular a voz: “Olhe, é você!”. Nomeie as partes do corpo: olhos, nariz, cabelo, bra-ços, pernas, mãos e pés. Mostre outra foto. Você pode perguntar: “E esse? Quem é?”. Lembre-se de incentivar o protagonismo
Palavras-chave
Oi, tudo bem, bom dia, boa tarde, bem-vindo, mãos, corpo, braços, cabeça, olhos, pés, che-gar, olhar, dar colo, brincar, deitar, sentar, rolar, pegar, soltar, sorrir, chorar, feliz, triste, com sau-dade, tranquilo, calmo, nervoso, dentro, fora, antes, durante, depois, muito, pouco, quantos.
Palavras-chave
Bom dia, boa tarde, bem-vindo, chegar, olhar, dar colo, brincar, deitar, sentar, rolar, pegar, sol-tar, eu, ele, ela, nós, mamãe, papai, família, pro-fessor, colega, amigo, perto, longe, antes, du-rante, depois, muito, pouco, quantos.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar sobre a cidadania e o
civismo, a vida familiar e social na creche.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar sobre a cidadania e o
civismo, a vida familiar e social na creche.
Objetivos de desenvolvimento
EI01EO04 Comunicar necessidades, desejos e emoções, utilizando gestos, balbucios, palavras.
EI01CG02 Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes
acolhedores e desafiantes.
EI01EF01 Reconhecer quando é chamado por seu nome e reconhecer os nomes de pessoas com
quem convive.
QUEM CHEGOU?
Faixa etária: Bebês (12 meses a 1 ano e 6 meses)
Tema: Eu, colegas, família, comunidade
Bloco de atividade: Hora de chegar
Materiais: Não há.
Como fazer
Ao receber o bebê, olhe em seus olhos e cha-me-o pelo nome.
Diga: “Que bom que você chegou, (nome da criança)!”; “Vem ver quem já está aqui!”; “Você quer ver quem chegou também?”.
Aponte os colegas, dizendo seus nomes. Diga o nome de cada um e espere o bebê reagir.
Aproveite as perguntas ou o olhar do bebê so-bre os amigos e converse com ele. Você pode
dizer: “O Lucas chegou, olha ele ali. É o Lucas”. Você também pode sugerir: “Ele está brincan-do no chão. Você quer sentar-se com ele?”. Lembre-se de incentivar o protagonismo in-fantil, ao observar e deixar que o bebê faça movimentos com autonomia.
infantil, ao observar e deixar que o bebê faça movimentos com autonomia.
Comente e espere a reação do bebê. Repita o comentário ou a reação dele e acrescente ou-tra informação: “O seu amigo já chegou, vamos procurá-lo?”. Faça outras perguntas e utilize as palavras-chave.
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Objetivos de desenvolvimento
EI01EO04 Comunicar necessidades, desejos e emoções, utilizando gestos, balbucios, palavras.
EI01ET03 Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo
descobertas.
EI01EF01 Reconhecer quando é chamado por seu nome e reconhecer os nomes de pessoas com quem
convive.
Rodinha
ANIMAIS ESCONDIDOS
Faixa etária: Bebês (0 a 6 meses)
Tema: Animais
Bloco de atividade: Rodinha
Materiais:
• Animais de borracha para bebês, uma sacola.
Como fazer
Siga a usual rotina da rodinha: sente-se com
todos os bebês presentes e inicie formalmen-
te o dia.
Cante uma música que faça referência aos no-
mes dos bebês presentes, como “Bom dia, ami-
guinho, como vai?”.
Apresente para os bebês uma sacola com ani-
mais de plástico. Mostre-os um de cada vez,
nomeando-os. Cante uma música correspon-
dente a cada animal.
Converse com os bebês e faça o som dos ani-
mais, os gestos com as mãos e a boca e incen-
tive os bebês a fazerem também: “O cachorro
faz au-au”.
Deixe que os bebês manuseiem os animais de
brinquedo e cante para eles várias canções so-
bre animais. Lembre-se de incentivar o prota-
gonismo infantil, ao observar e deixar que o
bebê faça movimentos com autonomia.
Palavras-chave
Animal, bicho, cachorro, gato, passarinho, bor-
boleta, girafa, elefante, cobra, tubarão, baleia,
peixe, sapo, jacaré, cavalo, vaca, galinha, por-
co, brincar, deitar, sentar, rolar, pegar, soltar,
falar, ouvir, imitar, voar, nadar, andar, correr, al-
to, baixo, leve, pesado, perto, longe, antes, du-
rante, depois, muito, pouco, quantos.
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Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar sobre a cidadania e o
civismo, a vida familiar e social na creche.
Objetivos de desenvolvimento
EI01CG03 Imitar gestos e movimentos de
outras crianças, adultos e animais.
EI01EO02 Perceber as possibilidades e os
limites de seu corpo nas brincadeiras e
interações das quais participa.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas
usando movimentos, gestos, balbucios, fala e
outras formas de expressão.
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P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-2_U7_038-055_LP.indd 41P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-2_U7_038-055_LP.indd 41 10/7/20 9:29 PM10/7/20 9:29 PM
IMITANDO OS ANIMAIS
Faixa etária: Bebês (6 a 12 meses)
Tema: Animais
Bloco de atividade: Rodinha
Materiais:
• Fichas com imagens de animais.
Como fazer
Siga a usual rotina da rodinha: sente-se com
todos os bebês presentes e inicie formalmen-
te o dia.
Cante uma música que faça referência aos no-
mes dos bebês presentes, como “Bom dia, ami-
guinho, como vai?”. Você também pode usar
outra canção, como “A canoa virou”, e, em se-
quência, nomear os bebês.
Convide-os a brincar de imitar animais. O edu-
cador faz o som ou o movimento correspon-
dente, como o rugido do leão, ou engatinha
vagarosamente como a tartaruga, e o bebê
poderá imitá-lo fazendo sons e engatinhando.
Objetivos de desenvolvimento
EI01CG03 Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais.
EI01EO02 Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações das quais
participa.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras
formas de expressão.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: aproveite a atividade de
rotina para pensar sobre educação ambiental.
Palavras-chave
Animal, bicho, cachorro, gato, tigre, passari-
nho, borboleta, girafa, elefante, cobra, tuba-
rão, baleia, peixe, sapo, jacaré, cavalo, vaca,
galinha, porco, brincar, deitar, sentar, rolar,
pegar, soltar, falar, ouvir, imitar, voar, nadar,
andar, correr, alto, baixo, leve, pesado, perto,
longe, antes, durante, depois, muito, pouco,
quantos.
ANIMAIS IGUAIS OU DIFERENTES
Faixa etária: Bebês (12 meses a 1 ano e 6 meses)
Tema: Animais
Bloco de atividade: Rodinha
Materiais:
• Fichas com imagens duplas de animais.
Como fazer
Siga a usual rotina da rodinha: sente-se com to-
dos bebês presentes e inicie formalmente o dia.
Cante uma música que faça referência aos no-
mes dos bebês presentes, como “Bom dia, ami-
guinho, como vai?”. Você também pode usar
outra canção, como “A canoa virou”, e, em se-
quência, nomear os bebês.
Esconda duas fichas de cada vez atrás das
suas mãos. Convide os bebês a brincar de en-
contrar os animais e descobrir se são iguais ou
diferentes. “Vejam só o que tenho na minha
mão: o coelho! Será que na outra mão também
é a figura de um coelho?” Faça perguntas co-
mo: “O coelho é grande ou pequeno?”.
Pergunte aos bebês: “Qual será o animal que
aparecerá? Um peixe?”. Use as fichas com ima-
gens de animais tanto para exemplificar um
animal que os bebês tenham mencionado
quanto para introduzir um outro animal na con-
versa. Lembre-se de incentivar o protagonis-
mo infantil, ao observar e deixar que o bebê
faça movimentos com autonomia.
Incentive a reprodução dos movimentos dos
bebês. Exemplo: “Vejam a boca grande do ti-
gre! Vamos abrir a boca, assim?”. Lembre-se
de incentivar o protagonismo infantil, ao ob-
servar e deixar que o bebê faça movimentos
com autonomia.
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P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-2_U7_038-055_LP.indd 42P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-2_U7_038-055_LP.indd 42 10/7/20 9:29 PM10/7/20 9:29 PM
Palavras-chave
Animal, bicho, cachorro, gato, passarinho, bor-boleta, girafa, elefante, cobra, tubarão, baleia, peixe, sapo, jacaré, cavalo, vaca, galinha, por-co, brincar, deitar, sentar, rolar, pegar, soltar, falar, ouvir, imitar, voar, nadar, andar, correr, al-to, baixo, leve, pesado, perto, longe, antes, du-rante, depois, muito, pouco, quantos.
Objetivos de desenvolvimento
EI01CG03 Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais.
EI01EO02 Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações das quais
participa.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras
formas de expressão.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar sobre o meio ambiente e
a educação ambiental com os bebês.
QUE FESTA ANIMADA!
Faixa etária: Bebês (0 a 6 meses)
Tema: Festas, folclore, costumes
Bloco de atividade: Rodinha
Materiais:
• Imagens, figuras ou fotos que façam referência
a festas e épocas do ano.
• Em se tratando de festas locais que retratam a
cultura da cidade ou da região, é importante le-
var objetos, como vestimentas e instrumentos.
• Fitas e adereços simples na altura do olhar dos
bebês.
Como fazer
Enfeite o ambiente onde ocorrerá a atividade
com fitas e laços.
Após a usual rotina da rodinha (música, boas-
-vindas, presença, comentários sobre o dia, o
tempo, etc.), apresente as imagens e/ou os
objetos que você levou para falar sobre a fes-
ta dessa época.
Deixe os bebês se movimentarem livremente
entre os objetos e as imagens. Comente as ações
dos bebês e espere suas reações. Exemplo: “A
Maria tocou o chocalho”; “Ouçam o barulho da
matraca!”. Lembre-se de incentivar o protago-
nismo infantil, ao observar e deixar que o bebê
faça movimentos com autonomia.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: aproveite a atividade de
rotina para pensar sobre o multiculturalismo e
a diversidade cultural, valorizando tanto o mul-
ticulturalismo nas matrizes históricas quanto
nas matrizes culturais brasileiras.
Objetivos de desenvolvimento
EI01ET03 Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo
descobertas.
EI01EO03 Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais,
objetos, brinquedos.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras
formas de expressão.
Palavras-chave
Festa, época, roupa, vestimenta, objeto, instru-
mento, olhar, observar, aprender, experimentar,
tocar, enfeitar, brincar, deitar, sentar, rolar, pe-
gar, soltar, perto, longe, dentro, fora, antes, du-
rante, depois, muito, pouco, quantos.
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P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-2_U7_038-055_LP.indd 43P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-2_U7_038-055_LP.indd 43 10/7/20 9:29 PM10/7/20 9:29 PM
A ALEGRIA DAS FESTASFaixa etária: Bebês (6 a 12 meses)
Tema: Festas, folclore, costumes
Bloco de atividade: Rodinha
Materiais: Imagens, figuras ou fotos que façam referên-
cia a festas ou épocas do ano.
Em se tratando de festas locais que retratam a cultura
da cidade ou da região, é importante levar objetos, co-
mo vestimentas e instrumentos.
Como fazerApós a usual rotina da rodinha (música, boas-vin-
das, presença, comentários sobre o dia, o tempo
etc.), cante músicas referentes a uma determinada
festa e a determinados costumes.
Apresente as imagens e, em seguida, os instrumen-
tos que você levou para falar sobre a festa dessa
época.
Entregue um instrumento para cada bebê, nomean-
do-os: “A Maria tocou o chocalho.”; “Ouçam o ba-
rulho do tambor que o Pedro toca!”; “A Alice está
animada, está alegre!”.
Deixe-os explorar e tocar os instrumentos e balan-
çar o corpo de um lado para o outro, para a frente
e para trás. Lembre-se de incentivar o protagonis-
mo infantil, ao observar e deixar que o bebê faça
movimentos com autonomia.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: aproveite a atividade de
rotina para pensar sobre o multiculturalismo e a
diversidade cultural, valorizando tanto o multicul-
turalismo nas matrizes históricas quanto nas ma-
trizes culturais brasileiras.
Objetivos de desenvolvimento
EI01ET03 Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo descobertas.
EI01EO03 Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos,
brinquedos.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras formas de
expressão.
EM QUE ÉPOCA ESTAMOS?Faixa etária
Bebês (12 meses a 1 ano e 6 meses)
Tema: Festas, folclore, costumes
Bloco de atividade: Rodinha
Materiais: Imagens, figuras ou fotos que façam referên-
cia a festa e épocas do ano.
Em se tratando de festas locais que retratam a cultura
da cidade ou da região, é importante levar objetos, co-
mo vestimentas e instrumentos.
Como fazerApós a usual rotina da rodinha (música, boas-vin-das, presença, comentários sobre o dia, o tempo, etc.), conte aos bebês sobre as festas de uma de-terminada época do ano.Apresente as imagens e/ou objetos sobre a festa da época escolhida. Os bebês poderão usar adere-ços e fantasias para brincadeiras.Deixe os bebês se movimentarem livremente entre os objetos e imagens levados. Comente as ações dos bebês e espere suas reações. Exemplo: “A Ma-ria tocou o chocalho”; “Ouçam o barulho da matra-ca que o Pedro fez!”; “A Alice pegou a fantasia, ve-jam que chapéu colorido!”. Lembre-se de incentivar o protagonismo infantil, ao observar e deixar que o
bebê faça movimentos com autonomia.
Palavras-chave
Festa, época, roupa, vestimenta, objeto, instrumen-
to, olhar, observar, aprender, experimentar, tocar,
brincar, deitar, sentar, rolar, pegar, soltar, perto, lon-
ge, dentro, fora, antes, durante, depois, muito, pou-
co, quantos.
Palavras-chave: Festa, época, roupa, vestimenta, objeto, instrumen-to, olhar, observar, aprender, experimentar, tocar, brincar, deitar, sentar, rolar, pegar, soltar, perto, lon-ge, dentro, fora, antes, durante, depois, muito, pou-
co, quantos.
Objetivos de desenvolvimento
EI01ET03 Explorar o ambiente pela ação e
observação, manipulando, experimentando e
fazendo descobertas.
EI01EO03 Interagir com crianças da mesma faixa
etária e adultos ao explorar espaços, materiais,
objetos, brinquedos.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas
usando movimentos, gestos, balbucios, fala e
outras formas de expressão.
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P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-2_U7_038-055_LP.indd 44P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-2_U7_038-055_LP.indd 44 10/7/20 9:29 PM10/7/20 9:29 PM
Higiene
BRINCANDO NO BANHO
Faixa etária: Bebês (0 a 12 meses)
Tema: Corpo, saúde, alimentação
Bloco de atividade: Higiene
Materiais: Não há.
Como fazer
Esteja atento aos seus movimentos e aos movi-
mentos do bebê durante essa rotina de cuidado.
Quanto mais lentos e conscientes forem seus ges-
tos, mais conforto e segurança o bebê sentirá.
Com suavidade e delicadeza, fale com o bebê
sobre as partes do corpo, sobre a temperatu-
ra da água do banho, etc.
Comente os movimentos e sons que o bebê
fizer, nomeando as partes do corpo que ele
mexe e o que ele faz.
Comente e espere a reação do bebê. Repita o
comentário ou a reação dele e acrescente ou-
tra informação. Lembre-se de incentivar o pro-
tagonismo infantil, ao observar e deixar que o
bebê faça movimentos com autonomia.
fotorawin/Shutterstock
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: aproveite a atividade de
rotina para pensar sobre a saúde do bebê.
Palavras-chave:
Banho, banheira, chuveiro, água, sabonete, xam-
pu, sentir, relaxar, limpar, tocar, abrir, fechar, tran-
quilo, calmo, seguro, quente, frio, dentro, fora,
antes, durante, depois, muito, pouco, quantos.
ESCOVANDO OS DENTES
Faixa etária: Bebês (0 a 12 meses)
Tema: Eu, colegas, família, comunidade
Bloco de atividade: Higiene
Materiais: Não há.
Como fazer
Para higienizar a boca e os dentes, converse
antes com os bebês sobre o que você fará:
“Vamos limpar sua boca, passando a dedeira
ou um pano umedecido em água, massagean-
do suas gengivas”.
Incentive o bebê a participar das ações que
colaboram com o processo da higienização,
como abrir e fechar a boca.
Nessa rotina, a velocidade do seu gesto faz
muita diferença: o bebê se sentirá mais seguro
e confortável se você fizer gestos mais lentos,
seguindo as pistas e os movimentos dele.
Conte e comente se o bebê já tiver dentes. Se
houver um espelho, você pode mostrar a ele
sua imagem e apontar seus dentes. Lembre-se
de incentivar o protagonismo infantil, ao obser-
var e deixar que o bebê faça movimentos com
autonomia. Comente e espere a reação do be-
bê. Repita o comentário ou a reação dele.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: aproveite a atividade de
rotina para pensar sobre a saúde do bebê em
relação à higienização da boca.
Palavras-chave:
Escova, dedeira, pano, fralda, água, boca, den-
te, língua, abrir, fechar, limpar, higienizar, pegar,
soltar, morder, aqui, ali, dentro, fora, antes, du-
rante, depois, muito, pouco, quantos.
Objetivos de desenvolvimento
EI01EO05 Reconhecer seu corpo e expressar
suas sensações em momentos de
alimentação, higiene, brincadeira e descanso.
EI01CG04 Participar do cuidado do seu
corpo e da promoção do seu bem-estar.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas
usando movimentos, gestos, balbucios, fala e
outras formas de expressão.
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Objetivos de desenvolvimento
EI01EO05 Reconhecer seu corpo e expressar suas sensações em momentos de alimentação, higiene,
brincadeira e descanso.
EI01CG01 Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e
desejos.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras
formas de expressão.
LAVAR AS MÃOS
Faixa etária: Bebês (12 meses a 1 ano e 6 meses)
Tema: Eu, colegas, família, comunidade
Bloco de atividade: Higiene
Materiais: Sabonete líquido próprio para bebês.
Toalha de papel.
Como fazer
Para auxiliar na higienização das mãos, con-
verse antes com os bebês sobre o que vocês
farão: “Antes de comer ou brincar, precisa-
mos lavar as mãos”. Pergunte: “Onde está a
sua mão?”.
Cante uma música: “Onde está a minha mão?”.
Incentive-os a balançar as mãos e a participar,
e nomeie suas ações que colaboram com o
processo da higienização das mãos, como: mo-
lhar as mãos na água, sacudir, esfregar o sa-
bonete de um lado para o outro.
Nessa rotina, a velocidade do seu gesto faz
muita diferença: o bebê se sentirá mais seguro
e confortável se você fizer gestos mais lentos,
seguindo as pistas e os movimentos dele. Lem-
bre-se de incentivar o protagonismo infantil,
ao observar e deixar que o bebê faça movi-
mentos com autonomia.
Comente sobre a importância da higienização
das mãos. Comente e espere a reação do be-
bê. Repita o comentário ou a reação dele.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos Transversais na BNCC: aproveite a atividade de
rotina para pensar sobre a saúde do bebê em
relação à higienização das mãos, preparando
os bebês para a nova realidade da covid-19..
Objetivos de desenvolvimento
EI01EO05 Reconhecer seu corpo e expressar suas sensações em momentos de alimentação, higiene,
brincadeira e descanso.
EI01CG01 Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e
desejos.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras
formas de expressão.
Palavras-chave:
Escova, fralda, água, mão, torneira, dedo, lavar,
abrir, fechar, limpar, higienizar, pegar, soltar,
morder, aqui, ali, dentro, fora, antes, durante,
depois, muito, pouco, quantos.
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Hora de arrumar
ACABOU...
Faixa etária: Bebês (0 a 12 meses)
Tema: Natureza, fenômenos, ciclos
Bloco de atividade: Hora de arrumar
Materiais: Não há.
Como fazer
Fale para os bebês que haverá uma próxima ativi-dade no ambiente escolar.
Escolha uma música que os ajude a identificar esse momento, como “Quem ajuda?”, ou outra do seu repertório.
Em um primeiro momento, o mais importante é o bebê observar a movimentação de arru-mação do ambiente antes de iniciar uma nova brincadeira. Lembre-se de incentivar o prota-gonismo infantil, ao observar e deixar que o bebê faça movimentos com autonomia.
Comente as ações e iniciativas do bebê. Repi-ta o comentário ou a reação dele e acrescente outra informação. Utilize as palavras-chave.
Palavras-chave:
Acabar, começar, guardar, organizar, olhar, brincar, deitar, sentar, rolar, pegar, soltar, perto, longe, dentro, fora, antes, durante, depois, mui-to, pouco, quantos.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: aproveite a atividade de
rotina para pensar sobre a cidadania e o civis-
mo. Hora de arrumar é um modo de refletir so-
bre a vida social.
Objetivos de desenvolvimento
EI01ET04 Manipular, experimentar, arrumar e
explorar o espaço por meio de experiências
de deslocamentos de si e dos objetos.
EI01EO03 Interagir com crianças da mesma
faixa etária e adultos ao explorar espaços,
materiais, objetos, brinquedos.
EI01EF02 Demonstrar interesse ao ouvir a
leitura de poemas e a apresentação de
músicas.
Pik
ul N
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hu
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ck
Palavras-chave:
Caixa, estante, armário, guardar, procurar, or-ganizar, pegar, colocar, soltar, ajudar, apoiar, perto, longe, dentro, fora, antes, durante, de-pois, muito, pouco, quantos.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: aproveite a atividade de
rotina para pensar sobre a cidadania e o civis-
mo. Hora de arrumar é um modo de refletir so-
bre a vida social e a vida em grupo, e sobre o
trabalho coletivo e em grupo.
ARRUMANDO NOSSO ESPAÇO
Faixa etária: Bebês (12 meses a 1 ano e 6 meses)
Tema: Espaços: creche, casa, rua, cidade
Bloco de atividade: Hora de arrumar
Materiais: Mural de rotinas, de preferência com
fotos dos bebês e dos educadores arrumando a
sala, guardando objetos.
Como fazer
Mostre a foto da Hora de arrumar no mural e comunique com palavras, de forma clara: “Lo-go iremos brincar com bambolês. Mas, olhem, está cheio de bolas pelo chão, vamos ajudar? É Hora de arrumar. Vamos guardar os brinque-dos na caixa antes da próxima atividade?”. Cante a música “Está na hora de guardar?”, ela é um poderoso estímulo para os bebês contri-buírem na arrumação.
Agradeça a colaboração dos bebês e nomeie os movimentos de cada um. “A Paula está en-gatinhando perto do copo amarelo. Ela o pe-gou! Obrigada por essa ajuda!”
Aponte novamente a foto no mural, trazendo as expectativas do que irá acontecer de maneira clara. Por exemplo: “Vejam que o espaço está organizado. Já, já estaremos prontos para brin-car de outra coisa”. Lembre-se de incentivar o protagonismo infantil, ao observar e deixar que o bebê faça movimentos com autonomia.
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Objetivos de desenvolvimento
EI01ET04 Manipular, experimentar, arrumar e explorar o espaço por meio de experiências de
deslocamentos de si e dos objetos.
EI01EO03 Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais,
objetos, brinquedos.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras
formas de expressão.
Hora de comer
REFEIÇÃO MUSICAL
Faixa etária: Bebês (0 a 1 ano e 6 meses)
Tema: Férias, viagens, aventura, fantasia, mágica
Bloco de atividade: Hora de comer
Materiais: Alimentos do dia.
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Como fazer
Enquanto apoia o bebê em sua refeição, iden-
tifique os alimentos presentes no dia.
Cante músicas sobre os alimentos, como “Sopa
do neném”, da Palavra Cantada, entre outras.
Você pode falar sobre os alimentos exageran-
do nas expressões, esperando as reações dos
bebês e comentando isso também.
Converse com os bebês e ressalte o aroma, a
textura, as cores e o sabor dos alimentos.
Comente e espere a reação do bebê. Repita o
comentário ou a reação dele e incentive o bebê
a se alimentar bem. Lembre-se de incentivar o
protagonismo infantil, ao observar e deixar que
o bebê faça movimentos com autonomia.
Palavras-chave:
História, frutas, verduras, folhas, legumes, hor-
ta, comer, pegar, levar à boca, mastigar, conhe-
cer, experimentar, gostoso, quente, macio, du-
ro, crocante, perto, longe, dentro, fora, antes,
durante, depois, muito, pouco, quantos.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos Transversais na BNCC: aproveite a atividade de
rotina para pensar sobre a educação alimentar
e nutricional prazerosa e em sociedade.
Objetivos de desenvolvimento
EI01EO05 Reconhecer seu corpo e expressar suas sensações em momentos de alimentação, higiene,
brincadeira e descanso.
EI01CG02 Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes
acolhedores e desafiantes.
EI01EF05 Imitar as variações de entonação e gestos realizados pelos adultos, ao ler histórias e ao cantar.
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P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-2_U7_038-055_LP.indd 48P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-2_U7_038-055_LP.indd 48 10/7/20 9:29 PM10/7/20 9:29 PM
Palavras-chave: Colo, mesa, cadeira, prato, banco, comer, pegar, le-
var à boca, mastigar, conhecer, experimentar, quen-
te, macio, duro, perto, longe, em frente, ao lado.
Objetivos de desenvolvimento
EI01ET03 Explorar o ambiente pela ação e
observação, manipulando, experimentando e
fazendo descobertas.
EI01EO03 Interagir com crianças da mesma
faixa etária e adultos ao explorar espaços,
materiais, objetos, brinquedos.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas
usando movimentos, gestos, balbucios, fala e
outras formas de expressão.
Objetivos de desenvolvimento
EI01ET03 Explorar o ambiente pela ação e
observação, manipulando, experimentando e
fazendo descobertas.
EI01EO03 Interagir com crianças da mesma
faixa etária e adultos ao explorar espaços,
materiais, objetos, brinquedos.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas
usando movimentos, gestos, balbucios, fala e
outras formas de expressão.
DENTRO E FORA DO PRATO
Faixa etária: Bebês (0 a 6 meses)
Tema: Matéria, materiais, propriedades
Bloco de atividade: Hora de comer
Materiais: • Frutas.
• Um prato infantil.
Como fazerConverse com os bebês e explique que eles irão se
sentar na cadeira de refeição. Segure-os delicada-
mente e apoie-os na cadeira.
Nomeie as frutas do dia.
Apoie o prato em frente ao bebê e coloque a fruta.
Observe a reação dele, incentivando-o a colocar a
fruta em direção à boca.
Incentive a autonomia do bebê, elogiando cada mo-
vimento feito pela sua iniciativa ao se alimentar e
utilize as palavras-chave.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos Transversais na BNCC: aproveite a atividade de
rotina para pensar sobre a saúde e sobre a
educação alimentar e nutricional prazerosa e
em sociedade.
Nomeie as frutas do dia.Com dois pratos em frente ao bebê, coloque as fru-
tas para observar a reação dele, incentivando-o a
colocar a fruta de um prato no outro. Lembre-se de
incentivar o protagonismo infantil, ao observar e dei-
xar que o bebê faça movimentos com autonomia.
Faça perguntas e utilize as palavras-chave.
EXPLORANDO POSIÇÕES II
Faixa etária: Bebês (12 meses a 1 ano e 6 meses)
Tema: Matéria, materiais, propriedades
Bloco de atividade: Hora de comer
Materiais: Não há.
Como fazerConverse com os bebês sobre onde eles estão
sentados.
Nomeie os objetos e suas partes (seu colo, perna; me-
sa, tampo da mesa, pés da mesa; cadeira, encosto,
assento, pés; banco, assento, pés); nomeie os locais
da escola ou creche (refeitório, sala, cozinha, pátio).
Nomeie os colegas e os adultos envolvidos. Diga pa-
lavras como: perto, longe, em frente, ao lado, à direita,
à esquerda, em cima, embaixo, de frente, de costas,
de lado, etc.
Comente e espere a reação do bebê. Lembre-se de in-
centivar o protagonismo infantil, ao observar e deixar
que o bebê faça movimentos com autonomia. Repita
o comentário ou a reação dele e acrescente outra in-
formação. Faça perguntas e utilize as palavras-chave.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos Transversais na BNCC: aproveite a atividade de
rotina para pensar sobre o civismo da vida so-
cial na hora de comer e sobre a educação ali-
mentar e nutricional prazerosa e em sociedade.
EXPLORANDO POSIÇÕES I
Faixa etária: Bebês (6 a 12 meses)
Tema: Matéria, materiais, propriedades
Bloco de atividade: Hora de comer
Materiais: Frutas e dois pratos.
Como fazerConverse com os bebês e explique a eles queirão
se sentar na cadeira de refeição. Segure-os delica-
damente e apoie-os na cadeira.
Palavras-chave: Colo, mesa, cadeira, assento, banco, comer, pegar,
levar à boca, mastigar, conhecer, experimentar, gos-
toso, quente, macio, duro, crocante, perto, dentro,
em cima, embaixo, de frente, de costas, de lado.
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P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-2_U7_038-055_LP.indd 49P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-2_U7_038-055_LP.indd 49 10/7/20 9:29 PM10/7/20 9:29 PM
Palavras-chave: Colo, mesa, cadeira, assento, banco, comer, pegar,
levar à boca, mastigar, conhecer, experimentar, gos-
toso, quente, macio, duro, crocante, perto, longe,
em frente, ao lado, à direita, à esquerda, em cima,
embaixo, de frente, de costas, de lado.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos Transversais na BNCC: aproveite a atividade
de rotina para pensar sobre a cidadania e a
vida social, e sobre a educação alimentar e
nutricional prazerosa e em sociedade.
Hora de repouso
MÚSICAS PARA DESCANSAR
Faixa etária Bebês (0 a 1 ano e 6 meses)
Tema: Corpo, saúde, alimentação
Bloco de atividade: Hora de repouso
Materiais: Não há.
Como fazerVocê deve preparar a sala (posicionar colchonetes,
fechar cortinas, etc.) e cantar algumas cantigas (sem-
pre as mesmas) para fazer a transição para o repouso.
Escolha duas ou três canções que você repetirá, con-
sistentemente, para anunciar a Hora de repouso. Seu
tom de voz e a forma como você toca nos bebês
ajudará a prepará-los para esse momento.
Bebês dessa faixa etária necessitam de pequenos co-
chilos ao longo do dia, mas, com a rotina, é possível ali-
nhar um momento em que haverá o descanso coletivo.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos Transversais na BNCC: aproveite a atividade de
rotina para pensar sobre a saúde como um di-
reito da criança.
Palavras-chave: Olho, cama, colchonete, travesseiro, ursinho, naninha,
deitar, fechar o olho, respirar, descansar, relaxar, gostoso,
quente, fresco, macio, perto, ao lado, em cima, embaixo.
HeartPixel/Shutterstock
Objetivos de desenvolvimento
EI01EO05 Reconhecer seu corpo e expressar suas sensações em momentos de alimentação, higiene,
brincadeira e descanso.
EI01CG04 Participar do cuidado do seu corpo e da promoção do seu bem-estar.
EI01EF05 Imitar as variações de entonação e gestos realizados pelos adultos, ao ler histórias e ao cantar.
Entre uma música e outra você pode fazer breves
comentários, como: “O soninho está chegando”. Bo-
ceje e diga: “Fechem os olhinhos e vamos descan-
sar”; “Eu estou aqui com vocês”. Lembre-se de in-
centivar o protagonismo infantil, ao observar e deixar
que o bebê faça movimentos com autonomia.
Objetivos de desenvolvimento
EI01ET03 Explorar o ambiente pela ação e
observação, manipulando, experimentando e
fazendo descobertas.
EI01EO03 Interagir com crianças da mesma
faixa etária e adultos ao explorar espaços,
materiais, objetos, brinquedos.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas
usando movimentos, gestos, balbucios, fala e
outras formas de expressão.
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P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-2_U7_038-055_LP.indd 50P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-2_U7_038-055_LP.indd 50 10/7/20 9:30 PM10/7/20 9:30 PM
SONECA AO LADO DOS AMIGOS
Faixa etária: Bebês (0 a 1 ano e 6 meses)
Tema: Eu, colegas, família, comunidade
Bloco de atividade: Hora de repouso
Materiais: Não há.
Como fazer
Ao preparar a sala e a turma para a Hora de repou-
so, sugira aos bebês que observem os amigos que
já dormiram, os que estão acordados, os que usam
chupeta e os que não usam. O educador mostra a
quem pertencem os objetos antes do repouso.
Nomeie as ações e os gestos deles, como: “A Laura
deu um abraço no Miguel antes de dormir”; “Bom
Palavras-chave:
Amigo, colega, carinho, deitar, fechar o olho, respi-
rar, descansar, relaxar, gostoso, quente, fresco, ma-
cio, perto, ao lado, em cima, embaixo.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar sobre o civismo da vida
social e o sono como saúde da criança.
Objetivos de desenvolvimento
EI01EO05 Reconhecer seu corpo e expressar suas sensações em momentos de alimentação, higiene,
brincadeira e descanso.
EI01CG02 Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes
acolhedores e desafiantes.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras
formas de expressão.
Hora do pátio
BANHO DE SOL COM OS ANIMAIS DE
BRINQUEDO
Faixa etária: Bebês (0 a 6 meses)
Tema: Animais
Bloco de atividade: Hora do pátio
Materiais:
• Animais de plástico.
• Tapete para bebês ou manta.
Como fazer
Aproveite o espaço ao ar livre para levar os bebês
para um importante e suave banho de sol, de acor-
do com os horários orientados para a faixa etária.
Forre o chão com um tapete próprio para os bebês
ou com uma manta, e espalhe os animais de borra-
cha pelo chão.
Identifique os animais, faça ondulações na voz e re-
produza os sons dos animais. Lembre-se de incen-
tivar o protagonismo infantil, ao observar e deixar
que o bebê faça movimentos com autonomia.
Comente as reações das crianças, descrevendo o
que elas fazem.
jeannelight01/Shutterstock
descanso, amigo!”; “Depois da soneca vamos brin-
car outra vez”. Lembre-se de incentivar o protago-
nismo infantil, ao observar e deixar que o bebê faça
movimentos com autonomia.
Palavras-chave:
Animal, bicho, cachorro, gato, passarinho, borbole-
ta, girafa, elefante, cobra, tubarão, baleia, peixe, sa-
po, jacaré, cavalo, vaca, galinha, porco, brincar, dei-
tar, sentar, rolar, andar, pegar, soltar, falar, ouvir,
imitar, alto, baixo, leve, pesado, perto, longe.
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P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-2_U7_038-055_LP.indd 51P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-2_U7_038-055_LP.indd 51 10/7/20 9:30 PM10/7/20 9:30 PM
Em diálogo com os Temas Contemporâneos Transversais na BNCC: aproveite a atividade
de rotina para pensar sobre o meio ambiente
e a educação ambiental por meio do amor
aos animais.
Objetivos de desenvolvimento
EI01ET04 Manipular, experimentar, arrumar e explorar o espaço por meio de experiências de
deslocamentos de si e dos objetos.
EI01CG03 Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras
formas de expressão.
COMO OS ANIMAIS
Faixa etária: Bebês (6 a 12 meses)
Tema: Animais
Bloco de atividade Hora do pátio
Materiais: Animais de plástico.
Como fazerIncentive os bebês a se deslocarem engatinhando até
o brinquedo desejado. Quando eles atingirem o obje-
tivo, comemore. Reconheça com palavras seu esforço.
Aproveite o espaço ao ar livre para afastar um pou-
co mais os brinquedos, desafiando os bebês a con-
tinuarem a engatinhar.
Proponha que mexam os braços, a cabeça, os olhos
e dancem com as músicas cantadas, que devem ser
sobre os animais. Lembre-se de incentivar o prota-
gonismo infantil, ao observar e deixar que o bebê
faça movimentos com autonomia.
Comente as reações dos bebês, descrevendo o que
eles fazem.
Palavras-chave: Animal, bicho, cachorro, gato, passarinho, borbole-
ta, girafa, elefante, cobra, tubarão, baleia, peixe, sa-
po, jacaré, cavalo, vaca, galinha, porco, brincar, dei-
tar, sentar, rolar, andar, pegar, soltar, falar, ouvir,
imitar, alto, baixo, leve, pesado, perto, longe.
A TRANSFORMAÇÃO
Faixa etária: Bebês (6 meses a 1 ano e 6 meses)
Tema: Animais
Bloco de atividade: Hora do pátio
Materiais: Não há.
Como fazerIncentive os bebês a se deslocarem até você ou até
outros colegas. Quando eles atingirem o objetivo, dan-
do seus primeiros passos, apoiados na parede ou não,
comemore. Reconheça com palavras seus esforços.
Aproveite o espaço ao ar livre para brincarem de imi-
tar os animais com gestos e movimentos mais amplos.
Proponha que mexam os braços, a cabeça, os olhos,
como animais. Faça perguntas como: “Qual animal
vocês querem imitar?”. Lembre-se de incentivar o
Em diálogo com os Temas Contemporâneos Transversais na BNCC: aproveite a atividade
de rotina para pensar sobre o meio ambiente
e a educação ambiental por meio do amor
aos animais.
Objetivos de desenvolvimento
EI01ET04 Manipular, experimentar, arrumar e explorar o espaço por meio de experiências de
deslocamentos de si e dos objetos.
EI01CG03 Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras
formas de expressão.
protagonismo infantil, ao observar e deixar que o
bebê faça movimentos com autonomia. Comente as
reações dos bebês, descrevendo o que eles fazem.
Palavras-chave: Animal, bicho, cachorro, gato, passarinho, borbole-
ta, girafa, elefante, cobra, tubarão, baleia, peixe, sa-
po, jacaré, cavalo, vaca, galinha, porco, brincar, dei-
tar, sentar, rolar, andar, pegar, soltar, falar, ouvir,
imitar, alto, baixo, leve, pesado, perto, longe.
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P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-2_U7_038-055_LP.indd 52P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-2_U7_038-055_LP.indd 52 10/7/20 9:30 PM10/7/20 9:30 PM
O QUE TEM NA CAIXA
Faixa etária: Bebês (0 a 6 meses)
Tema: Festas, folclore, costumes
Bloco de atividade: Hora do pátio
Materiais:
• Uma caixa de sapatos vazia.
• Fantoches de tecido relacionados a festas,
épocas do ano ou histórias que você esteja
trabalhando.
Como fazer
Forre o chão com um tapete próprio para os bebês,
ou com uma manta, e apresente a caixa para eles.
Tire um fantoche de dentro da caixa, modifique a
voz usando o boneco e cante músicas infantis tra-
dicionais movimentando o fantoche e atraindo o
olhar dos bebês.
Nomeie todos os fantoches de dentro da caixa e
deixe que os bebês explorem o brinquedo. Lem-
bre-se de incentivar o protagonismo infantil, ao
observar e deixar que o bebê faça movimentos
com autonomia.
Palavras-chave:
Caixa, objeto, instrumento, pegar, guardar, abrir, fe-
char, procurar, conhecer, encontrar, esconder, diver-
tido, engraçado, curioso, perto, ao lado, em cima,
embaixo, dentro, fora.
Em diálogo com os Temas Contemporâ-
neos Transversais na BNCC: aproveite a
atividade de rotina para pensar sobre a ci-
dadania e o civismo e sobre a relação so-
cial entre os bebês.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: aproveite a atividade
de rotina para pensar sobre a cidadania e o ci-
vismo, e sobre a relação social entre os bebês.
Além disso, também pensar sobre a educação
e a noção de direção (dentro, fora, em cima, ao
lado, etc.), que no futuro servirá para uma edu-
cação na cidade e no trânsito.
Objetivos de desenvolvimento
EI01ET03 Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo
descobertas.
EI01CG02 Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes
acolhedores e desafiantes.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras
formas de expressão.
DENTRO DA CAIXA, FORA DA CAIXA
Faixa etária: Bebês (6 a 12 meses)
Tema: Festas, folclore, costumes
Bloco de atividade: Hora do pátio
Materiais:
• Caixas de sapatos vazias e um cesto de roupas
ou uma caixa grande.
• Objetos, instrumentos e/ou brinquedos peque-
nos, relacionados a festas, épocas do ano ou
histórias que você esteja trabalhando.
Como fazer
Espalhe as caixas de sapatos no chão, coloque os
brinquedos no cesto ou na caixa grande e deixe que
os bebês explorem livremente.
Se necessário, abra a tampa da caixa de sapatos
para eles.
Palavras-chave:
Caixa, objeto, instrumento, pegar, guardar, abrir, fe-
char, procurar, conhecer, encontrar, esconder, diver-
tido, engraçado, curioso, perto, ao lado, em cima,
embaixo, dentro, fora.
Nomeie as ações e descobertas dos bebês, comen-
tando o que fizeram, fazendo perguntas e repetindo
suas reações. Lembre-se de incentivar o protagonis-
mo infantil, ao observar e deixar que o bebê faça mo-
vimentos com autonomia.
53
P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-2_U7_038-055_LP.indd 53P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-2_U7_038-055_LP.indd 53 10/7/20 9:30 PM10/7/20 9:30 PM
DENTRO, FORA DA CAIXA; EM CIMA, EMBAIXO DA CAIXA
Faixa etária: Bebês (12 meses a 1ano e 6 meses)
Tema: Festas, folclore, costumes
Bloco de atividade: Hora do pátio
Materiais:
• Caixas de sapatos vazias e um cesto de roupa
ou uma caixa grande. Objetos, instrumentos
e/ou brinquedos pequenos, relacionados a fes-
tas, épocas do ano ou histórias que você este-
ja trabalhando.
Como fazer
Espalhe as caixas de sapatos no chão, coloque
os brinquedos no cesto ou na caixa grande e
deixe que os bebês explorem livremente.
Se necessário, abra a tampa da caixa de sapa-
tos para eles.
Proponha aos bebês colocar todos os brinque-
dos dentro e depois fora da caixa. Colocar um
de cada vez e depois soltar todos juntos.
Empilhar e derrubar as caixas como torres é
um desafio interessante para os bebês.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: aproveite a atividade
de rotina para pensar a cidadania e o civismo e
a relação social entre os bebês. Além disso,
pensar também sobre a educação e a noção
de direção (dentro, fora, em cima, ao lado,
etc.), que no futuro servirá para uma educação
na cidade e no trânsito.
Objetivos de desenvolvimento
EI01ET03 Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo
descobertas.
EI01CG02 Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes
acolhedores e desafiantes.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras
formas de expressão.
Palavras-chave:
Caixa, objeto, instrumento, pegar, guardar,
abrir, fechar, procurar, conhecer, encontrar, es-
conder, divertido, engraçado, curioso, perto,
ao lado, em cima, embaixo, dentro, fora.
Hora de despedida
CANTAR PARA IR EMBORA
Faixa etária: Bebês (0 a 1 ano e 6 meses)
Tema: Meios de transporte
Bloco de atividade: Hora da despedida
Materiais: Não há.
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Nomeie as ações e descobertas dos bebês, co-
mentando o que fizeram, fazendo perguntas
simples e repetindo suas reações. Lembre-se
de incentivar o protagonismo infantil, ao ob-
servar e deixar que o bebê faça movimentos
com autonomia.
54
P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-2_U7_038-055_LP.indd 54P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-2_U7_038-055_LP.indd 54 10/7/20 9:30 PM10/7/20 9:30 PM
Como fazer
Comunique ao bebê que está chegando a ho-ra de ir embora. Aponte o mural da rotina, mos-tre que vocês cantarão uma música para se despedirem.
Diga que agora eles irão para casa, ficar com a família, e que no outro dia voltarão para mais brincadeiras.
Escolha uma ou duas músicas para ser canta-das sempre nesse momento. Incentive os be-bês a fazer gestos e cantar com você. Lembre--se de incentivar o protagonismo infantil, ao observar e deixar que o bebê faça movimentos com autonomia.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: aproveite a atividade
de rotina para pensar sobre a cidadania e o ci-
vismo e sobre a relação social entre os bebês
Objetivos de desenvolvimento
EI01CG03 Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais.
EI01ET04 Manipular, experimentar, arrumar e explorar o espaço por meio de experiências de
deslocamentos de si e dos objetos.
EI01EF05 Imitar as variações de entonação e gestos realizados pelos adultos, ao ler histórias e ao cantar.
Palavras-chave:
Despedida, mochila, bolsa, música, amigos, pe-
gar, guardar, despedir, dizer tchau, hoje, ama-
nhã, antes, depois.
Nomeie as ações e as descobertas dos bebês, comentando o que fizeram, fazendo pergun-tas e repetindo suas reações.
MOVIMENTO PARA DIZER TCHAU
Faixa etária: Bebês (0 a 1 ano e 6 meses)
Tema: Natureza, paisagem, ambiente, plantas
Bloco de atividade: Hora da despedida
Materiais: Não há.
Como fazer
Escolha um movimento ou um gesto que você fará para comunicar, além das suas palavras, que o tempo na creche acabou.
Diga apontando o mural: “Hoje fizemos a ro-dinha, depois brincamos de...”; “... e agora ire-mos dizer tchau para ir para casa”.
Você pode, por exemplo, acenar com a mão (dando tchau), representando que é hora de ir para casa.
Encoraje os bebês a repetir esses gestos com você, enquanto você diz: “É hora de dar tchau” (acenando); “Vamos para casa” (unindo as mãos). Lembre-se de incentivar o protagonis-mo infantil, ao observar e deixar que o bebê faça movimentos com autonomia.
Ao se despedir, abrace ou acene e se despeça do bebê de maneira calorosa, transmitindo se-gurança e conforto.
Palavras-chave:
Despedida, mochila, bolsa, dar tchau, abraçar, pegar, despedir, dizer tchau, hoje, amanhã, an-tes, depois.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: aproveite a atividade
de rotina para pensar sobre a cidadania e o ci-
vismo, e sobre a relação social entre os bebês.
Além disso, pensar também sobre a educação
e a noção de direção (dentro, fora, em cima, ao
lado, etc.), que no futuro servirá para uma edu-
cação na cidade e no trânsito.
Objetivos de desenvolvimento
EI01EO06 Interagir com outras crianças da
mesma faixa etária e adultos, adaptando-se
ao convívio social.
EI01CG03 Imitar gestos e movimentos de
outras crianças, adultos e animais.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas
usando movimentos, gestos, balbucios, fala e
outras formas de expressão.
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P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-2_U7_038-055_LP.indd 55P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-2_U7_038-055_LP.indd 55 10/7/20 9:30 PM10/7/20 9:30 PM
Itinerários Pedagógicos
Nestes itinerários pedagógicos, o professor irá mediar as atividades,
desenvolvendo o protagonismo dos bebês nas mais variadas vivências,
como, por exemplo, hora de mexer, hora de ler, entre outros momentos
de interação.
7Unidade
Hora de Mexer
HORA DO BANHO
Faixa etária: Bebês (zero a 6 meses)
Tema: Corpo, saúde, alimentação.
Bloco de atividade: Hora de mexer.
Materiais: Banheira ou bacia infantil;
Material de higiene do bebê;
Muda de roupa.
Como fazer
Converse com o bebê e proponha um banho
relaxante.
Delicadamente, indique ao bebê as etapas
do banho, com um tom de voz calmo e sua-
ve. Cante para ele, tornando a experiência do
banho morno ainda mais benéfica.
Você pode nomear as partes do corpo do be-
bê enquanto ele toma banho.
Segure-o com firmeza, proporcionando um
momento alegre de contato com a água.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar o civismo da vida so-
cial e o sono como saúde da criança.
Para ajudar
Colocar brinquedos de plástico na água des-
perta a atenção dos bebês, fazendo com que
ele permaneça mais tempo na atividade.
Indo além
Cante várias músicas relacionadas à parte do
corpo, à água, dentre outras.
Palavras-chave
Banhar, molhar, secar, sentir, trocar, descobrir.
Nome das partes do corpo. Um, dois, três. Aqui,
ali, dentro, fora, ao lado, perto, longe.
Objetivos de desenvolvimento
EI01EO05 Reconhecer seu corpo e expressar suas sensações em momentos de alimentação, higiene,
brincadeira e descanso.
EI01CG05 Utilizar os movimentos de apreensão, encaixe e lançamento, ampliando suas
possibilidades de manuseio de diferentes materiais e objetos.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e
outras formas de expressão.
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P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-2_U8_056-121_LP.indd 56P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-2_U8_056-121_LP.indd 56 07/10/20 22:5707/10/20 22:57
SALADA DE FRUTAS
Faixa etária: Bebês (6 meses a 12 meses)
Tema: Corpo, saúde, alimentação.
Bloco de atividade: Hora de mexer.
Materiais: Maçã, uva, melancia, banana, goiaba,
manga, frutas que o bebê conhece e pode pegar
sem risco de machucar; Duas cestas ou potes;
Papel celofane.
Como fazer
Coloque 3 tipos de frutas na cesta e embru-
lhe-as com papel celofane.
Apresente ao bebê as frutas dizendo: Surpre-
sa! Peça para o bebê pegar uma delas para
você. O bebê deverá desembrulhar a fruta pa-
ra descobrir qual é.
Pode recomeçar a brincadeira pegando fruta
por fruta embrulhada e colocando na mão da
criança. Termine a brincadeira comendo a fru-
ta do dia.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar a saúde, a educação
alimentar e nutricional prazerosa e em so-
ciedade.
Objetivos de desenvolvimento
EI01EO05 Reconhecer seu corpo e expressar suas sensações em momentos de alimentação,
higiene, brincadeira e descanso.
EI01CG05 Utilizar os movimentos de apreensão, encaixe e lançamento, ampliando suas
possibilidades de manuseio de diferentes materiais e objetos.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e
outras formas de expressão.
Palavras-chave
Segurar, embrulhar, esconder, aparecer, pegar,
entregar, colocar, segurar, comer.
Nome das frutas. Cores das frutas. Uma, duas,
três, outra, última. Aqui, ali, dentro, fora, ao la-
do, junto.
Para ajudar
Mostre a fruta antes e depois de embrulhada
e ofereça para a criança cheirá-la.
Diga os nomes das frutas.
Indo além
A criança pode explorar bem a textura, o chei-
ro, o peso de todas e o sabor de uma delas.
kintomo/Shutterstock
SALADA DE FRUTAS
Faixa etária: Bebês (12 meses a 18 meses)
Tema: Corpo, saúde, alimentação.
Bloco de atividade: Hora de mexer.
Materiais: Maçã, uva, melancia, banana, goiaba,
manga, frutas que o bebê conhece e pode pegar
sem risco de machucar;
Duas cestas ou potes.
Como fazer
Coloque 3 tipos de frutas na cesta e peça
para o bebê pegar uma delas para você. O
bebê pega e entrega. Você agradece e guar-
da no pote.
Peça para ele colocar outra fruta no pote que
você está alcançando para ele. Agradeça.
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P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-2_U8_056-121_LP.indd 57P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-2_U8_056-121_LP.indd 57 07/10/20 22:5707/10/20 22:57
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar a cidadania e o civis-
mo. Esta atividade é um modo de refletir so-
bre a vida social.
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Objetivos de desenvolvimento
EI01EO05 Reconhecer seu corpo e expressar suas sensações em momentos de alimentação, higiene,
brincadeira e descanso.
EI01CG05 Utilizar os movimentos de apreensão, encaixe e lançamento, ampliando suas possibilidades
de manuseio de diferentes materiais e objetos.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras
formas de expressão.
Nome das frutas. Cores das frutas. Uma, duas,
três, outra, última.
Aqui, ali, dentro, fora, ao lado, junto.
Para ajudar
Mostre a fruta e o lugar em que a criança de-
ve colocá-la.
Diga os nomes das frutas e peça de jeitos
diferentes.
Indo além
A criança que conhece as frutas pode pedir pa-
ra você colocá-las no pote dela e você pode su-
gerir trocas. As crianças podem trocar as frutas
entre elas.
O SOM DA CAIXA.
Faixa etária: Bebês (zero a 6 meses)
Tema: Eu, colegas, família, comunidade.
Bloco de atividade: Hora de mexer.
Materiais: Uma caixa com bolas ou brinquedos ou
objetos variados.
Como fazer
Coloque alguns objetos dentro de uma caixa.
Em um tapete ou colchonetes, acomode os
bebês deitados de costas uns ao lado dos
outros.
Suspenda a caixa na altura dos olhos dos be-
bês e a leve vagorosamente de um ponto a
outro, fazendo com que os bebês a busquem
com o olhar.
Celebre os avanços e conquistas com palavras
e gestos.
A última fruta ele guarda no pote que estará
no chão.
Pode recomeçar a brincadeira pegando fruta
por fruta novamente e colocando na cesta
da criança. Termine a brincadeira comendo
as frutas.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a ativida-
de de rotina para pensar a saúde, a educa-
ção alimentar e nutricional prazerosa e em
sociedade.
Palavras-chave
Pedir, pegar, entregar, colocar, alcançar, segu-
rar, comer, trocar.
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P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-2_U8_056-121_LP.indd 58P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-2_U8_056-121_LP.indd 58 07/10/20 22:5707/10/20 22:57
Palavras-chave
Levar, separar, carregar, segurar, firme, cair,
apoiar, encostar, jogar, subir, colocar, trocar, ti-
rar, empurrar.
Caixa, o nome dos objetos/ brinquedos.
Cheio, vazio, perto, longe, distante, depressa,
devagar, menor.
Objetivos de desenvolvimento
EI01CG05 Utilizar os movimentos de preensão, encaixe e lançamento, ampliando suas possibilidades
de manuseio de diferentes materiais e objetos.
EI01EO03 Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais,
objetos, brinquedos.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras
formas de expressão.
Para ajudar
O bebê pode ouvir o som ao balançar a cai-
xa para despertar a curiosidade pelo que es-
tá dentro. Deixe-o segurar o objeto.
Indo além
O bebê poderá rolar de um lado para o outro
buscando acompanhar a caixa e o som dos
objetos.
DENTRO DO BALDE COLORIDO
Faixa etária: Bebês (6 meses a 12 meses)
Tema: Eu, colegas, família, comunidade.
Bloco de atividade: Hora de mexer.
Materiais: Um balde ou bacia, bolas ou brinque-
dos ou objetos variados.
Como fazer
Coloque um balde cheio de objetos no centro
de uma roda de bebês aconchegados em uma
almofada.
Proponha aos bebês que peguem objetos do
meio da roda e coloquem dentro de um balde.
Você pode nomear os objetos, ressaltar as co-
res, os tamanhos, as texturas deles.
Convide cada bebê a pegar um brinquedo e dar
para um amigo: Qual brinquedo você dará pa-
ra o João? Olha, um bloco amarelo! João, você
também pode colocá-lo dentro do balde?
Crie uma situação de amigos, vizinhos tro-
cando ajuda, brincando junto, emprestando
brinquedos.
Celebre os avanços e conquistas com palavras
e gestos.
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Palavras-chave
Levar, separar, carregar, segurar, firme, cair,
apoiar, encostar, jogar, derrubar, colocar, tro-
car, tirar, empurrar.
Balde, o nome dos objetos/ brinquedos, amigos.
Cheio, vazio, perto, longe, distante, depressa,
devagar, menor, grande, pequeno.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar a cidadania e o civis-
mo. Esta atividade é um modo de refletir so-
bre a vida social.
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P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-2_U8_056-121_LP.indd 59P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-2_U8_056-121_LP.indd 59 07/10/20 22:5707/10/20 22:57
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar a cidadania e o civis-
mo. Esta atividade é um modo de refletir so-
bre a vida social.
Para ajudar
Deixe o balde bem próximo do bebê para que
ele alcance lançar os objetos. Para alegrar e
estimular os bebês, você pode fazer uma con-
tagem, dizendo: Um, dois, três e já!
Objetivos de desenvolvimento
EI01CG05 Utilizar os movimentos de preensão, encaixe e lançamento, ampliando suas possibilidades
de manuseio de diferentes materiais e objetos.
EI01EO03 Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais,
objetos, brinquedos.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras
formas de expressão.
DE BALDE PARA BALDE
Faixa etária: Bebês (12 meses a 18 meses)
Tema: Eu, colegas, família, comunidade.
Bloco de atividade: Hora de mexer.
Materiais: Dois baldes ou bacias, bolas ou brin-
quedos ou objetos variados.
Como fazer
Coloque um balde cheio de objetos de um la-
do e o outro balde vazio mais distante.
Convide as crianças para trocar os objetos de
um balde para o outro.
Crie uma situação de amigos, vizinhos tro-
cando ajuda, brincando junto, emprestando
brinquedos.
Celebre os avanços e conquistas com palavras
e gestos.
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Palavras-chave
Levar, separar, carregar, segurar, firme, cair,
apoiar, encostar, jogar, derrubar, colocar, tro-
car, tirar, empurrar.
Indo além
Você pode colocar ao fundo músicas suaves e
sinalizar aos bebês com gesto e a sua voz que
a música parou. Assim, todos podem parar
também até retomar a brincadeira.
Balde, o nome dos objetos/ brinquedos.
Cheio, vazio, perto, longe, distante, depressa,
devagar, menor.
Para ajudar
Aproxime-se da criança e faça contato visual
com ela, convidando-a a brincar. Oriente a
criança a carregar um objeto menor, para levar
apenas um de cada vez.
Indo além
Crianças que andam com maior firmeza podem
carregar um objeto pequeno em cada mão. Tam-
bém é possível pedir que a criança ande como um
determinado animal até chegar ao outro balde.
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Objetivos de desenvolvimento
EI01CG05 Utilizar os movimentos de preensão, encaixe e lançamento, ampliando suas possibilidades
de manuseio de diferentes materiais e objetos.
EI01EO03 Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais,
objetos, brinquedos.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras
formas de expressão.
Objetivos de desenvolvimento
EI01CG02 Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes
acolhedores e desafiantes.
EI01EO01 Perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças e nos adultos.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras
formas de expressão.
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Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a ativida-
de de rotina para pensar a cidadania e o ci-
vismo, e a relação social entre os bebês.
ESCONDE E ACHA
Faixa etária: Bebês (zero a 12 meses)
Tema: Espaços: creche, casa, rua, cidade.
Bloco de atividade: Hora de mexer.
Materiais: Espaço da sala com manta e almofadas.
Como fazer
Esconda-se embaixo de uma manta e diga:
Cadê a... (usar o nome ou título usual no lo-
cal)? Aproxime-se do bebê e diga: Achou!!!
Esconda o bebê embaixo da manta. Procure
e chame por alguns minutos e logo encontre,
mostrando-se alegre por tê-lo achado.
Palavras-chave
Achou, cadê, esconder, sumiu, procurar, olhar,
ver, chamar.
Nome.
Aqui, ali, embaixo, em cima.
Para ajudar
Se a criança não se esconder sozinha, ensine-a
colocando um pano em sua cabeça. Chame-a
pelo nome e sorria ao encontrá-la.
Indo além
A criança pode estar de bruços e colocarmos
a manta para esconder alguns brinquedos.
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P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-2_U8_056-121_LP.indd 61P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-2_U8_056-121_LP.indd 61 07/10/20 22:5707/10/20 22:57
Objetivos de desenvolvimento
EI01CG02 Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes
acolhedores e desafiantes.
EI01EO01 Perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças e nos adultos.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e
outras formas de expressão.
VENTO, VENTO, VENTO
Faixa etária: Bebês (zero a 6 meses)
Tema: Natureza, fenômenos, ciclos.
Bloco de atividade: Hora de mexer.
Materiais: Lenços coloridos;
Som de barulhos de vento. ksuklein/Shutterstock
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a ativida-
de de rotina para pensar a cidadania e o ci-
vismo, e a relação social entre os bebês.
ESCONDE E ACHA
Faixa etária: Bebês (12 meses e 18 meses)
Tema: Espaços: creche, casa, rua, cidade.
Bloco de atividade: Hora de mexer.
Materiais: Espaço da sala com lençol na mesa;
Toalhas; Máscaras, fantasias.
Como fazer
Entre embaixo da mesa e diga: Cadê a... (usar
o nome ou título usual no local)? Quando al-
guma criança vier perto, diga, sorrindo:
Achou!!! Fale para o bebê se esconder. Fique
procurando e chamando até encontrar, mos-
trando-se alegre por tê-lo achado.
A criança poderá esconder atrás dos móveis,
com toalha, pano no rosto, fantasia.
Palavras-chave
Achou, cadê, esconder, sumiu, procurar, olhar,
procurar, revistar, ver, chamar.
Nome.
Aqui, ali, embaixo, em cima.
Para ajudar
Se a criança não se esconder sozinha, ensine-a
colocando um pano em sua cabeça. Chame pe-
lo nome.
Pegue na mão da criança e a guie até um lu-
gar escondido, atrás de algum móvel, e diga:
Você está escondido aqui.
Indo além
A criança que se esconde pode ter que espe-
rar um tempinho a mais para ser encontrada.
Você também pode esconder objetos para o
bebê procurar.
Olga1818/Shutterstock
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P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-2_U8_056-121_LP.indd 62P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-2_U8_056-121_LP.indd 62 07/10/20 22:5707/10/20 22:57
Objetivos de desenvolvimento
EI01CG05 Utilizar os movimentos de apreensão, encaixe e lançamento, ampliando suas possibilidades
de manuseio de diferentes materiais e objetos.
EI01ET03 Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo
descobertas.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras
formas de expressão.
Como fazer
Acomode os bebês em tapetes, colchonetes
ou almofadas.
Fale sobre o vento que sopra no céu, que faz
as árvores balançarem. Imite o barulho do
vento.
Você pode pegar diversos lenços coloridos e
balançá-los em frente aos bebês, fazendo um
vento próximo a eles. Observe as suas reações
e expressões faciais. Será que piscam ou que
dão risadas?
Palavras-chave
Soprar, balançar, mexer, voar, subir, descer.
Vento, lenço, cor, ar, barulho, som.
Longe, perto, suave, forte.
Para ajudar
Delicadamente, passe o lenço sobre a pele do
bebê. A textura do tecido em contato com a
pele desperta a consciência corporal e acalma
o bebê.
Indo além
Após a brincadeira com o vento, a sala pode
ser enfeitada com lenços coloridos que
atraiam a visão do bebê e que estejam próxi-
mos para que ele possa tocá-los.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a ativida-
de de rotina para pensar a cidadania e o ci-
vismo, e a relação social entre os bebês.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a ativida-
de de rotina para pensar a cidadania e o ci-
vismo, e a relação social entre os bebês.
GARRAFA DE BOLAS DE PAPEL
Faixa etária: Bebês (6 meses a 12 meses)
Tema: Natureza, fenômenos, ciclos.
Bloco de atividade: Hora de mexer.
Materiais: Bacia, bolinhas de papel ou meia, po-
tes com tampa. A atividade deverá ser feita sem-
pre com supervisão do adulto para que as bolas
de papel sejam amassadas e colocadas dentro do
pote sem risco de serem engolidas.
Como fazer
Deixe a bacia cheia com as bolas. O bebê vai
pegá-las e encher o pote.
Depois de completar o pote, incentive o bebê
a chacoalhá-lo e a ouvir o som das bolas den-
tro do pote.
nataka/Shutterstock
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Palavras-chave
Virar, encher, esvaziar, chacoalhar.
Bolinhas, bola, bolão, bacia, pote, tampa.
Cheio, vazio, todas, nenhuma.
Para ajudar
Mostre para o bebê como pegar a bolinha e
aponte o bico da garrafa onde deve ser colo-
cada a bolinha.
Para ajudar
A criança pode não encher as garrafas com
as bolinhas.
Ajude a pegar a bolinha e mostre o bico da
garrafa onde deve ser colocada a bolinha.
Indo além
A criança pode fazer mais de uma garrafa ou
encher, derrubar tudo e voltar a encher a gar-
rafa de bolinhas.
Objetivos de desenvolvimento
EI01CG05 Utilizar os movimentos de apreensão, encaixe e lançamento, ampliando suas possibilidades
de manuseio de diferentes materiais e objetos.
EI01ET03 Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo
descobertas.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras
formas de expressão.
GARRAFA DE BOLINHAS
Faixa etária: Bebês (12 meses a 18 meses)
Tema: Natureza, fenômenos, ciclos.
Bloco de atividade: Hora de mexer.
Materiais: Bacia; Bolinhas de papel ou meia;
Potes ou garrafa pet. Atenção para bolinhas que
não podem ser engolidas.
Como fazer
Deixe a bacia cheia com as bolas, use coisas
da natureza, frutas pequenas e folhas de ta-
manho médio. O bebê vai encher a garrafa ou
o pote com as bolas e levar a garrafa cheia pa-
ra você ou para algum lugar combinado.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar a cidadania e o civis-
mo, e a relação social entre os bebês.
Palavras-chave
Virar, encher, esvaziar.
Bolinhas, bola, bolão, bacia, frutas, folhas, po-
te, garrafa, bico.
Cheio, vazio, nenhum.
Indo além
A criança pode fazer com mais de um pote ou
encher, derrubar tudo e voltar a encher os potes.
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P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-2_U8_056-121_LP.indd 64P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-2_U8_056-121_LP.indd 64 07/10/20 22:5707/10/20 22:57
MIADO DE GATO
Faixa etária: Bebês (zero a 12 meses)
Tema: Animais.
Bloco de atividade: Hora de mexer.
Materiais: Fantoche de gato.
Como fazer
Com um fantoche de gato na mão, aproxime-
-se dos bebês e converse com eles: Vejam, um
gato! Reproduza o miado do animal e cante
uma música.
Coloque o fantoche perto dos bebês, mas
com uma distância necessária para que eles
se movimentem girando o pescoço e esten-
dendo os braços para pegá-lo.
Deixe que os bebês explorem o fantoche de
tecido.
Objetivos de desenvolvimento
EI01CG05 Utilizar os movimentos de apreensão, encaixe e lançamento, ampliando suas
possibilidades de manuseio de diferentes materiais e objetos.
EI01ET03 Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo
descobertas.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras
formas de expressão.
Objetivos de desenvolvimento
EI01CG03 Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais.
EI01ET06 Vivenciar diferentes ritmos, velocidades e fluxos nas interações e brincadeiras (em
danças, balanços, escorregadores etc.).
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e
outras formas de expressão.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar o meio ambiente e a
educação ambiental por meio do amor aos
animais.
Palavras-chave
Miar, tocar, encostar, esbarrar.
Gato, animal, miado, som, música.
Perto, longe, distante, rápido, devagar, todos.
Para ajudar
O bebê que tiver dificuldade pode ser ajuda-
do por você.
Indo além
As crianças que possuem facilidade podem
exercer com mais propriedade o protagonis-
mo infantil.
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CUIDADO COM O GATO
Faixa etária: Bebês (6 meses a 12 meses)
Tema: Animais.
Bloco de atividade: Hora de mexer.
Materiais: Música “Não atire o pau no gato”.
Como fazer
Coloque o áudio da canção “Não atire o pau
no gato” e proponha a brincadeira: engatinhar
como os gatos ao som da música, tentando
não esbarrar no amigo ao lado.
GATO NÃO ENCOSTA
Faixa etária: Bebês (zero a 18 meses)
Tema: Animais.
Bloco de atividade: Hora de mexer.
Materiais: Barbante e fita adesiva.
Como fazer
Prenda um barbante esticado em linha reta e
nas diagonais, formando um circuito de linhas
para a criança atravessar, tendo que abaixar,
Em diálogo com os Temas Contemporâneos Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar o meio ambiente e a
educação ambiental por meio do amor aos
animais.
Palavras-chave
Engatinhar, miar, tocar, encostar, esbarrar.
Gato, animal, miado, som, música.
Perto, longe, distante, rápido, devagar, todos.
Para ajudar
O bebê que tiver dificuldade pode ser esti-
mulado a engatinhar junto ao educador ou a
um amigo.
Indo além
Você pode esconder um gato de brinquedo na
sala e reproduzir o miado do gato. Perguntar
às crianças: Aonde está o gato? Quem o ou-
viu? Indicar a direção e mostrar o brinquedo
aos bebês.
Objetivos de desenvolvimento
EI01CG03 Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais
EI01ET06 Vivenciar diferentes ritmos, velocidades e fluxos nas interações e brincadeiras (em
danças, balanços, escorregadores etc.).
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e
outras formas de expressão.
levantar, arrastar e movimentar bastante o cor-
po. A regra é imitar um gatinho e tentar não
tocar nas linhas.
Lembre-se de usar um barbante macio, cor-
tado previamente pelo adulto e preso com fi-
ta adesiva na parede. A atividade deve ser
inteiramente montada pelo adulto e a criança
deve se divertir sempre supervisionada pelo
educador.
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Palavras-chave
Abaixar, subir, levantar, descer, arrastar, tocar,
encostar, esbarrar, cruzar.
Circuito, linhas, barbante. Reto, diagonal.
Objetivos de desenvolvimento
EI01CG03 Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais
EI01ET06 Vivenciar diferentes ritmos, velocidades e fluxos nas interações e brincadeiras (em danças,
balanços, escorregadores etc.).
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras
formas de expressão.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar o meio ambiente e a
educação ambiental por meio do amor aos
animais.
Para ajudar
O bebê que tiver dificuldade pode ser ajudado
com você dizendo o passo a passo do que ele
tem que fazer em cada linha. Também pode
ser reduzido o número de linhas.
Indo além
As crianças que possuem facilidade podem
ter um circuito com mais linhas para cruzar
ou ter o desafio de levar consigo um objeto.
NO BALANÇO DAS ARGOLAS
Faixa etária: Bebês (zero a 6 meses)
Tema: Festas, folclore, costumes.
Bloco de atividade: Hora de mexer.
Materiais: Argolas leves de tamanho médio e
grande.
Como fazer
Acomode confortavelmente os bebês de bru-
ços e apresente as argolas coloridas a eles.
Deixe que os bebês explorem as argolas, to-
quem, sintam e vejam as cores.
Posicione as argolas no chão e as faça girar,
uma de cada vez, na frente dos bebês. Obser-
ve os movimentos e as reações deles. Gire as
argolas próximas dos bebês para que eles pos-
sam alcançá-las.
Mostre como eles podem pegar as argolas. Com
palavras e gestos, incentive os bebês a obser-
var e a tentar buscar as argolas coloridas.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar o Multiculturalismo e a
Diversidade Cultural, valorizando tanto o
multiculturalismo nas matrizes históricas
quanto nas matrizes culturais brasileiras.
Palavras-chave
Azul, rosa, verde, amarelo, branco, vermelho.
Argolas, roda, chão, mão, olho, cor. Pegar, ver,
observar, sentir, tocar, rodar. Aqui, lá, longe,
perto, rápido, devagar.
Para ajudar
Você pode acompanhar o movimento das ar-
golas cantando cantigas de roda ou até mes-
mo colocando músicas suaves em um aparelho
de som.
Indo além
Você pode propor esconder as argolas embai-
xo de uma manta, interrompendo seu movi-
mento. Pergunte aos bebês sobre as argolas
e, ao levantá-las da manta, diga: Achou!
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Objetivos de desenvolvimento
EI01CG05 Utilizar os movimentos de apreensão, encaixe e lançamento, ampliando suas
possibilidades de manuseio de diferentes materiais e objetos.
EI01ET01 Explorar e descobrir as propriedades de objetos e materiais (odor, cor, sabor, temperatura).
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e
outras formas de expressão.
CAMINHO SENSORIAL
Faixa etária: Bebês (6 meses a 18 meses)
Tema: Festas, folclore, costumes.
Bloco de atividade: Hora de mexer.
Materiais: Um corte reto de papelão bem com-
prido; Elementos para serem fixados no papelão,
como lixa, plástico bolha, penas grandes colori-
das, retângulos de esponjas (parte macia).
Como fazer
Você deve preparar previamente o caminho
sensorial: com um lápis, divida a reta de pa-
pelão e prenda muito bem os elementos que
separou usando cola e fita adesiva. Lixa, pe-
nas macias, esponjas, tecidos suaves e colo-
ridos irão compor uma linda passadeira!
Depois de pronta, convide os bebês a explo-
rarem-na, cada um do seu jeito, engatinhando,
tocando com as mãos ou andando sobre os
elementos.
Mostre como fazer, sentindo e explorando os
materiais. Com palavras e gestos, indique para
os bebês as cores e os materiais, nomeando os
elementos.
Para ajudar
Se a criança sentir necessidade, você pode se-
gurar na mão dela ou nas duas mãos para aju-
dá-la a chegar na fita caminhando.
No caso dos bebês que engatinham, mostre
as texturas, convide-os a explorar com as mãos
para, depois, arriscar-se a passar.
Indo além
Você pode propor que experimentem passar
a ponta dos dedos, rastejar, ficar de barriga
para baixo, no caso dos bebês menores, ou ca-
minhar com as mãos no chão, no caso dos be-
bês que já caminham com firmeza.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar a saúde do bebê.
Palavras-chave
Azul, rosa, verde, amarelo, branco, vermelho.
Lixa, penas, plástico, fitas.
Caminhar, engatinhar, passar, sentir, tocar.
Aqui, lá, longe, perto, rápido, devagar.
Objetivos de desenvolvimento
EI01CG05 Utilizar os movimentos de
apreensão, encaixe e lançamento, ampliando
suas possibilidades de manuseio de
diferentes materiais e objetos.
EI01ET01 Explorar e descobrir as
propriedades de objetos e materiais (odor,
cor, sabor, temperatura).
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas
usando movimentos, gestos, balbucios, fala
e outras formas de expressão.
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Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar a saúde do bebê.
Hora do Pequeno Grupo
FAZ DE CONTA
Faixa etária: Bebês (zero a 18 meses)
Tema: Corpo, saúde, alimentação.
Bloco de atividade: Hora de pequeno grupo.
Materiais: Bonecas, ursinhos de pelúcia, almofa-
das ou qualquer objeto que as crianças escolham
para simular cuidados.
Como fazer
Brinque de faz de conta que esse é meu bebê
e de ninar, cantar e embalar a boneca para dor-
mir, colocar babador para comer, mexer as per-
ninhas como se estivesse andando, trocar fral-
das e roupinhas...
Acomode confortavelmente os bebês bem pe-
quenos. Coloque uma música de ninar bem sua-
ve. Eles poderão ter próximo deles bonecos ma-
cios, específicos para bebês bem novinhos, bem
como observar os outros bebês maiores segu-
rando outros bonecos.
Palavras-chave
Andar, beber, mamar, fazer, trocar, embalar,
amarrar, ninar, balançar, chorar.
Bebê, boneca, criança, brinquedo, urso, pelú-
cia, banho.
Sujo, pesado, faminto, sonolento, limpo, chei-
roso, pequeno.
Objetivos de desenvolvimento
EI01EO05 Reconhecer seu corpo e expressar suas sensações em momentos de alimentação,
higiene, brincadeira e descanso.
EI01EO02 Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações das
quais participa.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e
outras formas de expressão.
Para ajudar
Se a criança não estiver pegando corretamen-
te, ajude-a modelando os braços em volta da
boneca. Sente-se perto e fique atenta aos cui-
dados.
Indo além
Algumas crianças podem cuidar com maior
facilidade. Desafie-as a conversar com as bo-
necas, fazendo de conta que estão cuidando
de irmãozinhos.
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CADÊ?! ACHOU!
Faixa etária: Bebês (zero a 12 meses)
Tema: Eu, colegas, família, comunidade.
Bloco de atividade: Hora de pequeno grupo.
Materiais: Fralda ou pano limpo;
Rolo de papel toalha.
Como fazer
Sente-se junto com um grupo de três ou qua-
tro bebês. Aqueles que ainda não se sentam
devem ser colocados deitados no chão firme e
seguro, com a barriga para cima, com espaço
suficiente para se virarem, se assim desejarem.
Pegue o pano e coloque sobre seu próprio
rosto.
Espere um pouquinho, tire o pano e diga com
empolgação: Achei!
Você também pode propor aos bebês um
pouco maiores, perto dos 12 meses, que bus-
quem os amigos olhando por dentro de um
tubo de papelão. Quem você vê? Quem está
perto de você?
Repita a brincadeira envolvendo cada criança.
Diga o seu nome e: onde estou? Alguém está
vendo o/a...?
Deixe as crianças tentarem tirar o pano de seu
rosto e diga: Achei o... (diga o nome da criança)!
Objetivos de desenvolvimento
EI01EO02 Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações das
quais participa.
EI01EO03 Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais,
objetos, brinquedos.
EI01EF01 Reconhecer quando é chamado por seu nome e reconhecer os nomes de pessoas com
quem convive.
tani85fr/Shutterstock
Em diálogo com os Temas Contemporâneos Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar a cidadania e civismo,
a vida familiar e social na creche.
Palavras-chave
Pegar, puxar, descobrir, tampar, esconder, en-
contrar, achar, pano, fralda, cabeça, olhos,
mãos, onde, aqui, ali, em cima, embaixo, perto,
longe, engraçado, surpreso, curioso, assusta-
do, feliz, divertido.
Para ajudar
Busque contato visual com o bebê, chamando-
-o pelo nome. Diga o nome dele e pergunte:
você quer brincar comigo? Eu vou me escon-
der, você me encontra? Depois, tampe seu ros-
to e espere sua reação.
Indo além
Peça para a criança cobrir o próprio rosto ou
peça para que ela puxe o pano do seu rosto.
Com o seu apoio e mediação, é possível fazer
essa brincadeira entre dois bebês.
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Objetivos de desenvolvimento
EI01EO02 Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações das
quais participa.
EI01EO03 Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais,
objetos, brinquedos.
EI01EF01 Reconhecer quando é chamado por seu nome e reconhecer os nomes de pessoas com
quem convive.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar a cidadania e civismo,
a vida familiar e social na creche.
CADÊ?! ESTÁ NA JANELA?
Faixa etária: Bebês (12 a 18 meses)
Tema: Eu, colegas, família, comunidade.
Bloco de atividade: Hora de pequeno grupo.
Materiais: Caixa de papelão cortada com abas
em forma de janela.
Como fazer
Sente-se junto com um grupo de três ou qua-
tro bebês.
Apresente uma caixa de papelão com abas
cortadas em forma de janela.
Mostre as fotos das crianças e diga: Vou em-
baralhar as fotos, vamos ver quem irá aparecer
na janela? 1, 2, 3 e já: Maria!!
Posicione o bebê escolhido atrás da caixa e
indague aos bebês: Onde está a Maria? Vocês
estão vendo-a? 1, 2, 3, e já... e o bebê aparece
na janela de papelão.
Repita a brincadeira envolvendo cada crian-
ça. Diga o seu nome, pergunte o que ela vê
da janela.
Palavras-chave
Esconder-se, aparecer, fechar, abrir, descobrir,
tampar, esconder, encontrar, achar.
Janela, cabeça, olhos, mãos, amigos, bebês.
Onde, aqui, ali, em cima, embaixo.
Engraçado, surpreso, curioso, assustado, feliz,
divertido.
Para ajudar
Busque contato visual com o bebê, chaman-
do-o pelo nome. Diga o nome dele, pergunte:
Você quer aparecer na janela? Eu vou me es-
conder, você me encontra?
Indo além
O bebê também pode colocar bonecos para
aparecerem na janela e o educador pode au-
xiliar na tentativa de adivinhar quem seria o
boneco.
RISCAR E RABISCAR
Faixa etária: Bebês (zero a 12 meses)
Tema: Espaços: creche, casa, rua, cidade.
Bloco de atividade: Hora de pequenos grupos.
Materiais: Caixa com chocalhos e caminhão.
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Objetivos de desenvolvimento
EI01ET03 Explorar o ambiente pela ação e
observação, manipulando,
experimentando e fazendo descobertas.
EI01ET04 Manipular, experimentar, arrumar e
explorar o espaço por meio de experiências
de deslocamentos de si e dos objetos.
EI01EF07 Conhecer e manipular materiais
impressos e audiovisuais em diferentes
portadores (livro, revista, gibi, jornal,
cartaz, CD, tablet etc.).
Como fazer
Sente-se com um pequeno grupo de bebês.
Acomode-os confortavelmente em almofadões
e tapetes.
Apresente para os bebês uma caixa de brin-
quedos da escola. Nela, há chocalhos e um
caminhão de brinquedo.
Coloque um chocalho de cada vez na caçam-
ba do caminhão. Faça o som da buzina do veí-
culo e cante a música do “motorista”.
Gire o caminhão na frente do bebê cantando
várias músicas. Pare em frente ao bebê e lhe
entregue um chocalho. Observe a reação do
bebê. Mostre como fazer som com o chocalho.
Palavras-chave
Andar, buzinar, parar, seguir, levar, cantar,
chacoalhar, tocar. Curva, chocalho, caminhão,
música. Muito, pouco, perto, longe, todos, ne-
nhum, aqui, ali.
Para ajudar
Mostre o movimento do chocalho. Deixe-o
próximo ao bebê.
Indo além
Toque o chocalho forte ou devagar.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar a cidadania e o civis-
mo, e a relação social entre os bebês. Além
disso, a educação e a noção de direção
(dentro, fora, em cima, ao lado etc.), que no
futuro servirá para uma educação na cidade
e no trânsito.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar a cidadania e o civis-
mo, e a relação social entre os bebês.
RISCAR E RABISCAR.
Faixa etária: Bebês (12 meses a 18 meses)
Tema: Espaços: creche, casa, rua, cidade.
Bloco de atividade: Hora de pequenos grupos.
Materiais: Giz de lousa e parede.
Como fazer
Cante uma música ou, após contar uma his-
tória, vá com as crianças para uma parede
que possa ser riscada e rabiscada para de-
senhar usando giz. Desenhe junto. Ajude a
pegar no giz com os dois dedinhos: polega-
res e indicador.
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Palavras-chave
Desenhar, riscar, apagar, tentar, elogiar, apreciar,
conseguir, admirar, pintar, contornar, melhorar.
Círculo, quadrado, reto, linha, curva, desenho,
aqui, ali.
Maior, menor, bonito, feio, verde, colorido, ver-
melho, azul, amarelo.
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Objetivos de desenvolvimento
EI01ET03 Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo
descobertas.
EI01ET04 Manipular, experimentar, arrumar e explorar o espaço por meio de experiências de
deslocamentos de si e dos objetos.
EI01EF07 Conhecer e manipular materiais impressos e audiovisuais em diferentes portadores
(livro, revista, gibi, jornal, cartaz, CD, tablet etc.).
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar o meio ambiente e a
educação ambiental por meio do amor aos
animais.
Para ajudar
Pegue na mão da criança para mostrar a for-
ça necessária, para servir de apoio para ficar
em pé. Sugira tipos de desenho.
Indo além
Desafie a criança a desenhar formas geomé-
tricas, acrescentar detalhes ou colorir os de-
senhos.
BORBOLETAS AGITADAS
Faixa etária: Bebês (zero a 6 meses)
Tema: Natureza, fenômenos e ciclos.
Bloco de atividade: Hora de pequenos grupos.
Materiais: Borboletas de papel coloridas;
1 bambolê;
Fitas de tecido.
Como fazer
Amarre bem as fitas de tecido no bambolê.
Nas fitas de tecido, prenda as borboletas de
papel.
Acomode os bebês de barriga para cima. Con-
vide-os para ver o movimento agitado das
borboletas. Balance suavemente o bambolê
com as fitas até que os bebês possam encos-
tar nelas.
A altura deve ser o suficiente para as crianças
levantarem as mãos bem alto para conseguir
pegar as fitas.
Palavras-chave
Balançar, colorir, mudar, voar, caçar, cuidar,
proteger.
Fitas, asas, borboleta, bambolê.
Colorida, medrosa, alegre.
Para ajudar
As crianças podem precisar de apoio para pe-
gar a borboleta. Você pode colocar o bambo-
lê bem próximo dos bebês.
Indo além
Coloque em áudio canções tradicionais ligadas
às borboletas.
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QUE LINDA BORBOLETA!
Faixa etária: Bebês (6 meses a 12 meses)
Tema: Natureza, fenômenos e ciclos.
Bloco de atividade: Hora de pequenos grupos.
Materiais: Massa de modelar caseira (farinha de
trigo, sal, óleo, corante natural e água).
Como fazer
Sente-se com um pequeno grupo de bebês.
Converse sobre a beleza da borboleta, o mo-
vimento rápido das asas e a leveza e a delica-
deza desse animal tão pequeno.
Convide os bebês para montar uma borboleta
com a massa de modelar. Os bebês podem
puxar uma pequena porção de massinha e a
manusear bastante. O adulto modela as par-
tes, tomando a forma completa da borboleta.
Objetivos de desenvolvimento
EI01ET04 Manipular, experimentar, arrumar e explorar o espaço por meio de experiências de
deslocamentos de si e dos objetos.
EI01ET06 Vivenciar diferentes ritmos, velocidades e fluxos nas interações e brincadeiras (em
danças, balanços, escorregadores etc.).
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras
formas de expressão.
Objetivos de desenvolvimento
EI01ET04 Manipular, experimentar, arrumar e explorar o espaço por meio de experiências de
deslocamentos de si e dos objetos.
EI01ET06 Vivenciar diferentes ritmos, velocidades e fluxos nas interações e brincadeiras (em
danças, balanços, escorregadores etc.).
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras
formas de expressão.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar o meio ambiente e a
educação ambiental por meio do amor aos
animais.
Palavras-chave
Balançar, colorir, modelar, mudar, voar, caçar,
cuidar, proteger. Fitas, asas, borboleta, massa.
Colorida, medrosa, alegre.
Para ajudar
As crianças podem precisar de apoio para pe-
gar a borboleta. Para isso, você pode colocar
o bambolê bem próximo dos bebês.
Indo além
Coloque em áudio canções tradicionais ligadas
às borboletas.
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CAÇADORES DE BORBOLETAS
Faixa etária: Bebês (12 a 18 meses)
Tema: Natureza, fenômenos e ciclos.
Bloco de atividade: Hora de pequenos grupos.
Materiais: Borboletas de papel coloridas, de ta-
manhos diferentes penduradas em linhas ou su-
portes espalhados pelo ambiente. A altura deve
ser o suficiente para as crianças necessitarem de
pequenos saltos ou levantarem as mãos bem alto
para conseguir pegar as borboletas de papel.
Como fazer
Deite-se no chão de barriga para cima com as
crianças e conte uma história com entonação
e bem envolvente de uma lagarta que vira uma
linda borboleta: As borboletas estavam se di-
vertindo em um lindo jardim de crianças quan-
do ouviram barulho de perigo e precisaram se
esconder rapidamente.
Todos devem levantar e ajudar a pegar as bor-
boletas penduradas, e guardá-las em uma cai-
xa ou em algum lugar protegido.
Palavras-chave
Crescer, transformar, mudar, voar, caçar, cuidar,
proteger.
Metamorfose, asas, lagarta, casulo, perigo.
Colorida, medrosa, alegre.
Para ajudar
As crianças podem precisar de apoio para pe-
gar a borboleta, ou subir em algo.
Indo além
Desafie a criança a pular para pegar uma bor-
boleta mais alta.
Objetivos de desenvolvimento
EI01ET04 Manipular, experimentar, arrumar e explorar o espaço por meio de experiências de
deslocamentos de si e dos objetos.
EI01ET06 Vivenciar diferentes ritmos, velocidades e fluxos nas interações e brincadeiras (em
danças, balanços, escorregadores etc.).
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e
outras formas de expressão.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar o meio ambiente e a
educação ambiental por meio do amor aos
animais.
COELHOS ESCONDIDOS
Faixa etária: Bebês (zero a 12 meses)
Tema: Animais.
Bloco de atividade: Hora de pequenos grupos.
Materiais: Coelhos de vinil ou outros animais
(brinquedo de bebê); Uma manta ou lenço.
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Como fazer
Posicione os bebês de bruços e indague: Cadê
o coelho? Onde ele está? Levante a manta ou
lenço e chame a atenção para o coelho des-
coberto: Achou!
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Você pode deixar o lenço próximo aos bebês
para que um de cada vez faça o movimento
de puxá-lo.
Você pode repetir a brincadeira algumas ve-
zes, colocando mais coelhos e outros bichos
também. Deixe que os bebês explorem os
brinquedos.
Palavras-chave
Achar, esconder, abrir, fechar, sumir, cadê, onde,
um, coelho, pulos.Manta, lenço, chão, música.
Para ajudar
Cantar as músicas de coelhos e de outros ani-
mais desperta a atenção dos bebês.
O lenço pode ser passado pelos braços e per-
nas do bebê bem delicadamente, despertando
sensações e consciência corporal.
Indo além
Você pode inserir outros animais embaixo do
tecido.
COELHINHO NA TOCA
Faixa etária: Bebês (12 meses a 18 meses)
Tema: Animais.
Bloco de atividade: Hora de pequenos grupos.
Materiais: Bambolês coloridos.
Como fazer
Coloque cada bebê sentado ou em pé no cen-
tro de um bambolê. Quando você disser: Coe-
lhinhos, saiam da toca! todos devem trocar os
bambolês.
Objetivos de desenvolvimento
EI01ET03 Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo
descobertas.
EI01ET06 Vivenciar diferentes ritmos, velocidades e fluxos nas interações e brincadeiras (em
danças, balanços, escorregadores etc.).
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras
formas de expressão.
Palavras-chave
Sentar-se, ficar em pé, cair, cuidado, levanta,
rápido, vamos, coelhinho, pulinhos.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar o meio ambiente e a
educação ambiental por meio do amor aos
animais.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar o meio ambiente e a
educação ambiental por meio do amor aos
animais.
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Objetivos de desenvolvimento
EI01ET03 Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo
descobertas.
EI01ET06 Vivenciar diferentes ritmos, velocidades e fluxos nas interações e brincadeiras (em
danças, balanços, escorregadores etc.).
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras
formas de expressão.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar o Multiculturalismo e a
Diversidade Cultural, valorizando tanto o
multiculturalismo nas matrizes históricas
quanto nas matrizes culturais brasileiras.
Para ajudar
Pegue na mão dos bebês que estão começan-
do a andar para ajudar na firmeza do corpo.
Ajude o bebê a sair de dentro do bambolê, pe-
gando na mão e ajeitando pernas e braços co-
mo apoio.
Mostre aonde ir e auxilie-o na locomoção.
MEU CHOCALHO
Faixa etária: Bebês (zero a 12 meses)
Tema: Festa, folclore, costumes.
Bloco de atividade: Hora de pequenos grupos.
Materiais: Chocalhos de borracha específicos pa-
ra bebês.
Como fazer
Entregue para o bebê um chocalho. Você tam-
bém pode deixá-lo próximo para que o bebê
estenda o braço para pegá-lo. Balance um dos
chocalhos e chame a atenção para o som que
ele faz. Estimule o bebê a balançá-lo também.
Cante músicas, cantigas conhecidas e balance
os chocalhos no ritmo da canção.
Palavras-chave:
Balançar, alcançar, pegar, segurar, mover, cha-
coalhar. Chocalho, cor, movimento, barulho.
Em cima, embaixo, ao lado, longe, perto, um,
todos, leve, pesado.
Para ajudar
Faça contato visual com o bebê, diga o seu no-
me e entregue um chocalho. Ajude a fazer o
movimento para cima e para baixo, chacoalhan-
do o brinquedo.
Indo além
Incentive o bebê a alcançar o chocalho. Ao
perceber que o bebê consegue, afaste um pou-
co mais o chocalho para o bebê procurá-lo,
seja arrastando, como os bebês menores, ou
engatinhando, no caso dos bebês maiores. Pa-
ra estes, você pode esconder o chocalho pela
sala e indagar: Aonde está o chocalho? Vamos
procurar?
Viktoriia_P/Shutterstock
Indo além
As crianças que andam podem ter um objeto
tipo coelhinho junto para brincar na toca.
Também podem ser as crianças que vão bater
palmas ou dizer Coelhinho, sai da toca!
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Objetivos de desenvolvimento
EI01TS01 Explorar sons produzidos com o próprio corpo e com objetos do ambiente.
EI01TS03 Explorar diferentes fontes sonoras e materiais para acompanhar brincadeiras cantadas, canções, músicas e melodias.
EI01EF02 Demonstrar interesse ao ouvir a leitura de poemas e a apresentação de músicas.
MEU CHOCALHO
Faixa etária: Bebês (12 meses a 18 meses)
Tema: Festa, folclore, costumes.
Bloco de atividade: Hora de pequenos grupos.
Materiais: Uma garrafa plástica. O educador de-verá vedar totalmente a tampa da garrafa com tecidos e fitas. Toda a atividade deverá ser feita sob a supervisão do educador; Água colorida com corante natural.
Como fazer
Entregue para o bebê a garrafa colorida. Balan-
ce-a e chame a atenção para o som que ela faz.
Depois, é a vez do bebê balançá-la e observar
o movimento da água dentro da garrafa.
Cante músicas, cantigas conhecidas e balance
os chocalhos no ritmo da canção.
Para ajudar
Faça contato visual com o bebê, diga o seu
nome e entregue uma garrafa. Ajude a fazer o
movimento para cima e para baixo, chacoa-
lhando a garrafa.
Palavras-chave
Abrir, fechar, colocar, empurrar, apertar, balan-
çar, chacoalhar. Garrafa, água, cor, movimento,
barulho. Dentro, fora, leve, pesado, apertado,
firme, alto, baixo.
Indo além
Incentive a criança a chacoalhar no ritmo da
música: Marcha soldado.
Você pode colocar várias garrafas coloridas
para distinguir as cores.
Objetivos de desenvolvimento
EI01TS01 Explorar sons produzidos com o próprio corpo e com objetos do ambiente.
EI01TS03 Explorar diferentes fontes sonoras e materiais para acompanhar brincadeiras cantadas, canções, músicas e melodias.
EI01EF02 Demonstrar interesse ao ouvir a leitura de poemas e a apresentação de músicas.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a atividade de rotina para pensar o Multiculturalismo e a Diversidade Cultural, valorizando tanto o multiculturalismo nas matrizes históricas quanto nas matrizes culturais brasileiras.
NotionPic/Shutterstock
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Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar a cidadania e civismo,
a vida familiar e social na creche.
Hora de planejar, fazer e rever
QUANTA GENTE!
Faixa etária: Bebês (zero a 18 meses)
Tema: Espaços, creche, casa, rua, comunidade.
Bloco de atividade: Hora de planejar, fazer e rever.
Materiais: Quebra-cabeça com duas peças de fi-
guras com situações da comunidade, igrejas, fes-
tas locais, em que seja possível perceber muitas
pessoas reunidas. O quebra-cabeça a ser utiliza-
do é feito de um material próprio para bebê, com
apenas duas peças. Também pode ser feito com a
impressão das figuras e plastificação das peças.
Imagens de famílias antigas e recentes também
podem ser utilizadas.
Como fazer
Planejar: Mostre as peças de duas figuras pa-
ra a criança e diga que precisamos arrumar a
imagem. Planeje como juntar as peças, qual
peça encaixa, do que são as figuras, quem são
as pessoas, o que está faltando, que parte
completa...
Fazer: realize a atividade com uma criança de
cada vez ou várias crianças.
Rever: Ajude as crianças a se lembrarem do
que fizeram, quem fez, como fizeram, a ordem
em que fizeram, os objetos etc.
Objetivos de desenvolvimento
EI01ET03 Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo
descobertas.
EI01ET04 Manipular, experimentar, arrumar e explorar o espaço por meio de experiências de
deslocamentos de si e dos objetos.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras
formas de expressão.
Palavras-chave
Completar, encaixar, ver, girar, colocar, arrumar,
fixar, mexer. Foto, imagem, igreja, família, co-
munidade, gente, pessoas, festa. Arrumado,
bonito, enfeitado, alto, baixo, sorrindo, feliz.
Para ajudar
Encaixe uma peça para a criança perceber co-
mo completar a imagem. Aponte com o dedo
partes que se completam na imagem.
Os bebês menores podem tocar, segurar e ex-
plorar as figuras. Mostre para eles nomeando
a figura apresentada.
Indo além
Desafie a criança a contar quantas pessoas apa-
recem na imagem ou a descrever a imagem pa-
ra você.
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AS FLORES HIDRATADAS
Faixa etária: Bebês (zero a 12 meses)
Tema: Natureza, fenômenos e ciclos.
Bloco de atividade: Hora de planejar, fazer e rever.
Materiais: Regador pequeno, vaso com planta ou
flores, água.
Como fazer
Planejar: Planeje como encher o regador, co-
mo levá-lo até o vaso e a quantidade de água
com que vai molhar a planta. Os bebês bem
pequenos poderão sentir o aroma e o contato
com a água e com a planta molhada. Posicio-
ne os bebês menores para observarem a rega
da planta.
Fazer: realize a atividade com uma criança de
cada vez ou várias crianças.
Rever: Ajude as crianças a se lembrarem do
que fizeram, quem fez, como fizeram, a ordem
em que fizeram, os objetos etc.
PLANTAR UMA SEMENTE DE MANGA
Faixa etária: Bebês (12 meses a 18 meses)
Tema: Natureza, fenômenos e ciclos.
Bloco de atividade: Hora de planejar, fazer e rever.
Materiais: Pote com terra, semente grande de
uma fruta, como a da manga ou de abacate, co-
lher, água.
Como fazer
Planejar: Planeje como plantar uma semente
grande no pote. Prepare o pote, coloque a ter-
ra. Planeje como vai fazer o buraco para a se-
mente, qual a profundidade, como vai colocar
a semente, cobrir com terra, a quantidade de
água que vai molhar.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar o Meio Ambiente e a
Educação Ambiental com as crianças.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar o Meio Ambiente e a
Educação Ambiental com as crianças.
Palavras-chave
Regar, molhar, sentir, preparar, colocar, cobrir,
aguar. Vaso, terra, água, regador, cheiro, flor,
planta. Fértil, molhada, fundo, raso, cuidado.
Para ajudar
Segure o regador junto com a criança. Segure
a mão enquanto faz o furo para colocar a se-
mente.
Indo além
Desafie a criança a buscar água sozinha para
molhar a nova semente. Ou peça para levar em
algum lugar que receba sol.
Objetivos de desenvolvimento
EI01ET03 Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo
descobertas.
EI01ET05 Manipular materiais diversos e variados para comparar as diferenças e semelhanças entre eles.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras
formas de expressão.R
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Para ajudar
Segure o pote para a criança, direcione o local
para fazer o furo e colocar a semente.
Indo além
Desafie a criança a buscar água sozinha para
molhar a nova semente. Ou peça para levar em
algum lugar que receba sol.
Palavras-chave
Plantar, furar, cavar, preparar, colocar, cobrir,
aguar.
Semente, pote, terra, água, adubo, buraco, copo.
Fértil, molhada, fundo, raso, cuidado.
QUANTO BICHO!
Faixa etária: Bebês (zero a 12 meses)
Tema: Animais.
Bloco de atividade: Hora de planejar, fazer e rever.
Materiais: Livros de imagens de animais para be-
bês com capa e páginas firmes, livros de tecido
ou de plástico.
Como fazer
Planeje: Escolha um livro com imagens de
animais. Apresente o livro para o bebê, apro-
xime-o dele, deixe que o toque e observe as
imagens.
Fazer: Leia o livro, explorando o nome e o som
dos animais.
Rever: Relembre o bebê bem pequeno sobre
o que foi feito, desde o início até o final do li-
vro. Para os bebês um pouco maiores, ajude a
relembrar o que foi visto no livro.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar o Meio Ambiente e a
Educação Ambiental com as crianças.
Objetivos de desenvolvimento
EI01ET03 Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo
descobertas.
EI01ET05 Manipular materiais diversos e variados para comparar as diferenças e semelhanças entre eles.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras
formas de expressão.
Palavras-chave
Ler, engatinhar, pegar, mostrar, escolher, sele-
cionar, trocar, substituir. Livro, bicho, animal, lei-
tura, imitar, som, outro. Alegre, bom, agradável,
triste, colorido, grande, pesado, pequeno.
Para ajudar
Aproxime os livros dos bebês.
Indo além
Estimule o bebê a tocar, segurar e/ ou obser-
var o livro.
Após a leitura, cante músicas sobre animais.
Vectorfair.com/Shutterstock
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LIVRO DE BICHO
Faixa etária: Bebês (12 meses a 18 meses)
Tema: Animais.
Bloco de atividade: Hora de planejar, fazer e rever.
Materiais: Livros de imagens de animais.
Como fazer
Planejar: Peça para a criança escolher um livro
na biblioteca da sala que seja um livro com
muito bicho. Deixe a criança buscar o livro.
Fazer: Leia o livro com a criança, explorando
o nome e o som dos animais.
Rever: Ajude a criança a rever o que foi feito,
desde o início, e o que se lembra do que viu
no livro.
Palavras-chave:
Ler, rugir, andar, escolher, selecionar, trocar,
substituir. Livro, bicho, animal, leitura, imitar,
som, outro.Alegre, bom, agradável, triste, co-
lorido, grande, pesado, pequeno.
Para ajudar
Pegue na mão da criança para ir até os livros.
Aponte livros para ela escolher.
Indo além
Estimule a criança a escolher um outro livro
sobre outro tema ou um livro mais desafiante.
Dualororua/Shutterstock
Objetivos de desenvolvimento
EI01ET04 Manipular, experimentar, arrumar e explorar o espaço por meio de experiências de
deslocamentos de si e dos objetos.
EI01EF05 Imitar as variações de entonação e gestos realizados pelos adultos, ao ler histórias e ao cantar.
EI01EF08 Participar de situações de escuta de textos em diferentes gêneros textuais (poemas, fábulas,
contos, receitas, quadrinhos, anúncios etc.).
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar o Meio Ambiente e a
Educação Ambiental com as crianças.
Objetivos de desenvolvimento
EI01ET04 Manipular, experimentar, arrumar e explorar o espaço por meio de experiências de
deslocamentos de si e dos objetos.
EI01EF05 Imitar as variações de entonação e gestos realizados pelos adultos, ao ler histórias e ao cantar.
EI01EF08 Participar de situações de escuta de textos em diferentes gêneros textuais (poemas, fábulas,
contos, receitas, quadrinhos, anúncios etc.).
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JUNTAR BOLAS
Faixa etária: Bebês (zero a 12 meses)
Tema: Festa, folclore, costumes.
Bloco de atividade: Hora de planejar, fazer e rever.
Materiais: Bolas coloridas penduradas com fitas
pela sala ou na grade do berço ou bebê confor-
to, considerando a idade e o desenvolvimento
do bebê, em uma altura que ele visualize e até
as alcance.
Como fazer
Planejar: Vamos enfeitar com bolas a sala? Se-
rá que vamos conseguir tocá-las? Elas balan-
çam? São coloridas? Vamos observar?
Fazer: Acomode os bebês em almofadões e
colchonetes para realizar a atividade com uma
criança de cada vez ou algumas juntas.
Rever: Relembre os bebês bem pequenos so-
bre as bolas presas, o balançar, as cores. Ajude
os bebês um pouco maiores a se lembrarem
do que fizeram, quem fez, como fizeram, a or-
dem em que fizeram.
Objetivos de desenvolvimento
EI01ET03 Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo
descobertas.
EI01ET04 Manipular, experimentar, arrumar e explorar o espaço por meio de experiências de
deslocamentos de si e dos objetos.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras
formas de expressão.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar o Multiculturalismo e a
Diversidade Cultural, valorizando tanto o
multiculturalismo nas matrizes históricas
quanto nas matrizes culturais brasileiras.
Para ajudar
Se o bebê é um pouco maior, segure na mão
da criança para ir até as bolas. Se o bebê é pe-
queno, faça contato visual, diga o seu nome e
o convide a direcionar o olhar para a bola. Mo-
vimente a bola colorida na direção do seu
olhar.
Indo além
Desafie o bebê um pouco maior, que já fica
em pé com firmeza, a ficar na ponta dos pés
para alcançar o balão. Se o bebê é bem pe-
queno, afaste um pouco a bola para que o
bebê role o corpo e estenda os braços em
sua direção.
Puslatronik/Shutterstock
Palavras-chave
Pegar, encostar, juntar, segurar, subir, descer,
pedir, apoiar, amarrar. Bolas, fitas, berço, bebê
conforto, sala, parede, móveis. Coloridos, ver-
melho, azul, verde, amarelo, alto, baixo, preso,
seguro, firme.
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JUNTAR BALÕES
Faixa etária: Bebês (zero a 18 meses)
Tema: Festa, folclore, costumes.
Bloco de atividade: Hora de planejar, fazer e rever.
Materiais: Balões coloridos pendurados pela
sala em uma altura que a criança alcance com
alguma dificuldade.
Como fazer
Planejar: Vamos juntar os balões da sala? Co-
mo vamos fazer para pegar todos? Por onde
começar? Como alcançar cada um? Segurar
todos juntos ou ir amarrando em algum lugar?
Pedir ajuda de alguém (ou não)?
Fazer: Realize a atividade com uma criança de
cada vez ou várias.
Rever: Ajude as crianças a se lembrarem do
que fizeram, quem fez, como fizeram, a ordem
em que fizeram etc.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar o Multiculturalismo e a
Diversidade Cultural, valorizando tanto o
multiculturalismo nas matrizes históricas
quanto nas matrizes culturais brasileiras.
Palavras-chave
Pegar, juntar, segurar, pular, subir, descer, pedir,
apoiar, amarrar. Balões, cadeira, banco, cordão,
sala, parede, móveis. Coloridos, vermelho, azul,
verde, amarelo, alto, baixo, preso, seguro, firme.
Para ajudar
Segure na mão da criança para ir até os balões,
para subir e descer de cadeiras ou bancos.
Indo além
Desafie a criança a ficar na ponta do pé para
alcançar o balão, a subir sozinha na cadeira
para pegar o balão mais alto.
Objetivos de desenvolvimento
EI01ET03 Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo
descobertas.
EI01ET04 Manipular, experimentar, arrumar e explorar o espaço por meio de experiências de
deslocamentos de si e dos objetos.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras formas
de expressão.
CHAPÉU MÁGICO
Faixa etária: Bebês (zero a 12 meses)
Tema: Férias, viagens, aventuras, fantasia, mágicas.
Bloco de atividade: Hora de planejar, fazer e rever.
Materiais: 1 chapéu, mordedores de bebê, choca-
lhos, lenços coloridos.
Como fazer
Planejar: Separe um chapéu, coloque vários
objetos interessantes e seguros para a
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exploração dos bebês. Converse com eles so-
bre o que pode estar dentro do chapéu. Você
também pode fazer isso antecipando a ativi-
dade cantando a música: O que será, o que
será que eu vou mostrar?
Fazer: Realize a atividade com uma criança de
cada vez ou várias.
Rever: Espelho para verificar se ficou satisfeita
com sua imagem.
Palavras-chave
Tocar, pegar, mexer, observar, ver. Chapéu, cho-
calho, lenço, brinquedo, som. Pequeno, grande,
apertado, macio, dentro, fora.
Para ajudar
Mostre imagens de algumas pessoas ou per-
sonagens com chapéus. Faça contato visual e
convide o bebê a pegar um objeto dentro do
chapéu.
Indo além
Brinque de esconder e aparecer com os len-
ços. Esconda a si mesmo, o bebê, o chapéu
com os objetos e depois os faça aparecer.
FANTASIA
Faixa etária: Bebês (12 a 18 meses)
Tema: Férias, viagens, aventuras, fantasia, mágicas
Bloco de atividade: Hora de planejar, fazer e rever.
Materiais: Máscara, capa, coroa, chapéu, flores de
feltro, sapato, roupas variadas de personagens e
fantasias.
Como fazer
Planejar: Proponha aos bebês brincar com fan-
tasias. Apresente uma sacola com capas, cha-
péus, flores de tecido, coroas. Mostre e deixe
que os bebês observem, toquem e peguem
adereços e uma fantasia para vestir, algo para
colocar na cabeça, sapatos fáceis de colocar.
Fazer: Realize a atividade com uma criança de
cada vez ou várias.
Rever: Ajude os bebês a se lembrarem, falan-
do e mostrando sobre o que viram e pegaram
na sacola. Rever no espelho a imagem de cada
bebê com os adereços.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar a cidadania e o civis-
mo, a vida familiar e social na creche.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar a cidadania e o civis-
mo, a vida familiar e social na creche.
Objetivos de desenvolvimento
EI01CG02 Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes
acolhedores e desafiantes.
EI01CG03 Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras
formas de expressão.
Mmaxer/Shutterstock
Palavras-chave
Vestir, fantasiar, colocar, servir, enfeitar, brilhar.
Capa, chapéu, máscara, cesta, flores, sapato,
roupa, fantasia peças. Pequeno, curto, longo,
grande, apertado, brilhante, macio, áspero.
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Para ajudar
Mostre imagens de alguns personagens co-
nhecidas com suas vestimentas, ajude a crian-
ça a vestir as peças escolhidas.
Indo além
Incentive o bebê a colocar um chapéu, obser-
var-se no espelho, ver os amigos com fantasias
também.
Objetivos de desenvolvimento
EI01CG02 Experimentar as possibilidades
corporais nas brincadeiras e interações em
ambientes acolhedores e desafiantes.
EI01CG03 Imitar gestos e movimentos de
outras crianças, adultos e animais.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas
usando movimentos, gestos, balbucios, fala e
outras formas de expressão.
DENTRO DO TÚNEL
Faixa etária: Bebês (zero a 12 meses)
Tema: Matéria, materiais e propriedades.
Bloco de atividade: Hora de planejar, fazer e rever.
Materiais: Caixa de papelão aberta nas pontas, for-
mando um túnel. Fure e amarre fitas com brinque-
dos no teto da caixa para uso, principalmente, dos
bebês bem pequenos que ainda não engatinham.
Como fazer
Planejar: Mostre ao bebê o túnel feito com uma
grande caixa de papelão. Proponha que ele o
atravesse engatinhando, se ele é um pouco
maior. No caso dos bebês bem pequenos, vo-
cê pode deitá-lo de costas para explorar os
brinquedos no teto da caixa ou coloque um
brinquedo no chão da caixa para que ele fique
de bruços ou, se já consegue, para que ele se
arraste em direção ao final do túnel.
Fazer: Realize a atividade com uma criança de
cada vez.
Rever: Mostre a caixa e fale aos bebês os brin-
quedos que lá estavam, tanto para os bebês
que se arrastaram quanto aos que engatinha-
ram ou aos que exploraram os materiais. In-
centive a brincadeira novamente para eles re-
lembrarem.
Sim
Lev/S
hutt
ers
tock
Em diálogo com os Temas Contemporâneos Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar a cidadania e o civis-
mo, a vida familiar e social na creche.
Palavras-chave
Escolher, pegar, passar, tentar, conseguir, ca-
ber, engatinhar, arrastar. Objeto, caixa, pote,
túnel, brinquedo. Grande, perto, pequeno, lon-
ge, em cima, embaixo.
Para ajudar
Aponte os objetos e chame atenção para o tú-
nel. Escolha um objeto e coloque na fita para
estimular a interação do bebê. Diga frases co-
mo “Vamos buscar o brinquedo?”
Indo além
Enquanto as crianças exploram o túnel, colo-
que músicas infantis e varie os brinquedos que
despertarão o interesse dos bebês.
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P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-2_U8_056-121_LP.indd 86P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-2_U8_056-121_LP.indd 86 07/10/20 22:5807/10/20 22:58
Objetivos de desenvolvimento
EI01ET04 Manipular, experimentar, arrumar e explorar o espaço por meio de experiências de
deslocamentos de si e dos objetos.
EI01ET05 Manipular materiais diversos e variados para comparar as diferenças e semelhanças
entre eles.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e
outras formas de expressão.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar a cidadania e o civis-
mo. Esta atividade é um modo de refletir so-
bre a vida social e vida em grupo do
trabalho coletivo e em grupo.
ENTRA OU NÃO ENTRA?
Faixa etária: Bebês (12 a 18 meses)
Tema: Matéria, materiais e propriedades.
Bloco de atividade: Hora de planejar, fazer e rever.
Materiais: Caixa de papelão com um círculo
vazado.
Objetos de tamanho médio e adequados à idade,
como argolas, bolas coloridas, blocos de montar,
brinquedos de vinil.
Como fazer
Planejar: Proponha ao bebê esconder os obje-
tos na caixa. Pergunte a eles sobre o que será
que irá caber dentro dela.
Fazer: Realize a atividade com uma criança de
cada vez ou várias.
Rever: Faça uma fila e relembre aos bebês os
objetos que foram colocados na caixa. Este era
grande demais; este coube.
Palavras-chave:
Escolher, pegar, passar, tentar, conseguir,
caber.
Objeto, caixa, pote, brinquedos.
Grande, pequeno, dentro, fora, perto, longe.
Para ajudar
Aponte os objetos e chame atenção para a
forma deles. Entregue ao bebê um objeto e o
coloque dentro da forma vazada.
Indo além
No caso dos bebês maiores, principalmente os
que já andam, desafie-os a encontrar outros
objetos na sala que também possam ser es-
condidos na caixa. Para os bebês que engati-
nham, convide-os a engatinhar e a procurar
objetos variados.
Objetivos de desenvolvimento
EI01ET04 Manipular, experimentar, arrumar e explorar o espaço por meio de experiências de
deslocamentos de si e dos objetos.
EI01ET05 Manipular materiais diversos e variados para comparar as diferenças e semelhanças
entre eles.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras
formas de expressão.
brgfx/Shutterstock
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CARRO ESPELHADO
Faixa etária: Bebês (zero a 6 meses)
Tema: Meios de transporte.
Bloco de atividade: Hora de planejar, fazer e rever.
Materiais: Caminhão de brinquedo com caçamba.
1 espelho médio de aumento com borda plástica
arredondada.
Como fazer
Planejar: Fixe a base do espelho na caçamba
do caminhão. Além de fixar, segure o espelho
durante a duração da atividade. Proponha aos
bebês, mostrando como fazer, olhar para o es-
pelho e ver o próprio rosto.
Fazer: Realize a atividade com uma criança de
cada vez.
Rever: Ressalte o espelho para ver o rosto. Co-
loque o espelho próximo aos bebês para eles
se verem novamente.
Palavras-chave:
Puxar, acelerar, reduzir, subir, descer, corrigir,
virar, capotar, rebocar. Carro, caminhão, cami-
nhonete, pista, obstáculo, barreira, desvio, cur-
va, capota, motorista.Rápido, devagar, lento,
acelerado, virado, amassado.
Para ajudar
Incentive os bebês a fazerem expressões dife-
rentes em frente ao espelho. Você pode bater
palmas ou fazer caretas para o bebê imitar.
Indo além
Caminhe vagarosamente com o caminhão pa-
ra o bebê acompanhar com o olhar a sua ima-
gem mudando de posição.
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Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar a cidadania e o civismo
e a relação social entre os bebês. Além disso,
a educação e a noção de direção (dentro, fo-
ra, em cima, ao lado etc.), que no futuro servi-
rá para uma educação na cidade e no trânsito.
Objetivos de desenvolvimento
EI01ET03 Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo
descobertas.
EI01ET04 Manipular, experimentar, arrumar e explorar o espaço por meio de experiências de
deslocamentos de si e dos objetos.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras
formas de expressão.
CARRINHO NA PISTA
Faixa etária: Bebês (12 a 18 meses)
Tema: Meios de transporte.
Bloco de atividade: Hora de planejar, fazer e rever.
Materiais: Caminhões ou carrinhos com um bar-
bante amarrado e pista com obstáculos para per-
correr. Ter alguns carros e caminhões sem a corda
de puxar para os bebês que engatinham.
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Como fazer
Planejar: Onde amarrar o barbante para puxar
o carrinho, qual o tamanho do barbante, como
será a pista, os obstáculos, onde pode passar
mais rápido, onde precisa passar devagar, o
que fazer se o carrinho virar? Fazer a monta-
gem na frente dos bebês.
Fazer: Realize a atividade com uma criança de
cada vez ou várias.
Rever: Ajude os bebês a se lembrarem qual
caminhão usaram, por onde passaram e os ob-
jetos que viram.
Objetivos de desenvolvimento
EI01ET03 Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo
descobertas.
EI01ET04 Manipular, experimentar, arrumar e explorar o espaço por meio de experiências de
deslocamentos de si e dos objetos.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e
outras formas de expressão.
Palavras-chave
Puxar, acelerar, reduzir, subir, descer, corrigir,
virar, capotar, rebocar. Carro, caminhão, cami-
nhonete, pista, obstáculo, barreira, desvio, cur-
va, capota, motorista. Rápido, devagar, lento,
acelerado, virado, amassado.
Para ajudar
Amarre o barbante no pulso da criança cui-
dando para não ficar apertado, se ele não es-
tiver conseguindo segurar e caminhar. Para os
bebês que engatinham, colocar o carro bem
perto para o bebê empurrá-lo. Você também
pode afastar um pouco o carro para incenti-
vá-lo a engatinhar.
Indo além
Desafie a criança a puxar o carrinho com a ou-
tra mão. Varie os obstáculos usando uma cai-
xa de papelão como um grande túnel.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar a cidadania e o civismo
e a relação social entre os bebês. Além disso,
a educação e a noção de direção (dentro, fo-
ra, em cima, ao lado etc.), que no futuro servi-
rá para uma educação na cidade e no trânsito.
ARTE COM FOLHAS
Faixa etária: Bebês (zero a 18 meses)
Tema: Natureza, paisagem, ecossistema, maio
ambiente, plantas.
Bloco de atividade: Hora de planejar, fazer e rever.
Materiais: Folhas de arvores; 1 bacia; Papel celo-
fane de várias cores.
Como fazer
Planejar: Junte folhas de muitos tamanhos e
formas no pátio da escola, colocando todas
em um pote ou bacia. Na sala, planejar uma
brincadeira com as folhas: abra um papel ce-
lofane grande e coloque todas as folhas den-
tro dele (os bebês maiores podem ajudar).
Fazer: Embrulhe as folhas no papel e ouça o
som das folhas, observe-as através do papel
celofane.
volkanakmese/Shutterstock
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Rever: Desembrulhe as folhas e lembre os
bebês, colocando novamente as folhas na
bacia, dentro do papel celofane, embrulhan-
do-as e desembrulhando-as.
Palavras-chave
Escolher, juntar, pegar, catar, abaixar, agachar,
procurar, cobrir, encher, fechar, abrir. Folhas,
folhinha, chão, bacia, papel, cor, olhar. Limpas,
verde, grande, pequena, amarela, perto, um,
todos, longe.
Para ajudar
Deixe que os bebês explorem, escutem, olhem,
toquem, sintam as folhas e os papéis celofanes
coloridos um de cada vez.
Indo além
Incentive o bebê a segurar e a olhar pelo pa-
pel celofane colorido, trocar as cores. No caso
dos bebês menores, colocar o papel na frente
do olhar deles.
Hora de brincar com o corpo
ESCONDERIJO DAS BOLAS
Faixa etária: Bebês (6 meses a 18 meses)
Tema: Corpo, Saúde, Alimentação.
Bloco de atividade: Hora de brincar com o corpo
Materiais: 1 cesto, bolas coloridas, lã ou fita grossa.
Objetivos de desenvolvimento
EI01ET03 Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e
fazendo descobertas.
EI01ET05 Manipular materiais diversos e variados para comparar as diferenças e semelhanças entre eles.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras
formas de expressão.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar o meio ambiente e a
educação ambiental por meio do amor às
plantas e aos animais.
Como fazer
Com um cesto vazio, trance fitas ou lãs gros-
sas, formando linhas em cima do cesto.
Coloque as bolas coloridas dentro do cesto.
Incentive a criança a colocar a mão dentro do
cesto e retirar uma bola de cada vez, desviando
das fitas.
Muito bom! Você conseguiu encontrar! Vamos
tentar mais uma vez?
Fazer a contagem de quantas bolas foram en-
contradas. Vamos contar quantas bolas pega-
mos do cesto? 1, 2, 3...
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Para ajudar
Observe as ações da criança. Você pode apoiá-
-la virando um pouco o cesto ou deixando-o
mais perto da criança. Um colega pode ajudar
o outro durante a brincadeira.
Indo além
As tranças do cesto podem ser mais próximas
umas das outras, tornando o espaço para pe-
gar as bolas mais estreito, acrescentando um
pouco mais de desafio à atividade.
Também pode ser pedido para pegar do cesto
apenas as bolas vermelhas ou apenas as azuis.
Objetivos de desenvolvimento
EI01ET01 Explorar e descobrir as propriedades de objetos e materiais (odor, cor, sabor, temperatura).
EI01ET05 Manipular materiais diversos e variados para comparar as diferenças e semelhanças entre eles.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras
formas de expressão.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar a saúde, a educação
alimentar e nutricional prazerosa e em so-
ciedade.
VARAL DE LEMBRANÇAS
Faixa etária: Bebês (6 meses a 18 meses)
Tema: Eu, família, amigos, comunidade.
Bloco de atividade: Hora de brincar com o corpo.
Materiais: 1 metro e meio de fita de tecido, elásti-
co grosso ou uma tira de lã para ser colocado ho-
rizontalmente como um varal;
Tiras menores do mesmo material amarradas no
varal;
Fotos plastificadas das crianças da turma;
Brinquedos infantis, como bichos de vinil, argolas,
chocalhos, entre outros.
Como fazer
Amarre uma fita, elástico ou lã de uma ponta
a outra na sala. Em seguida, amarre as tiras
menores.
Em cada ponta das tiras amarre os brinquedos
infantis, alternando com as fotos plastificadas
dos colegas de turma: Vejam, quem está aqui?
De quem é esta foto? Caso as crianças não fa-
lem, diga o nome de cada criança.
NotionPic/Shutterstock
Palavras-chave
Bolas, cesto, fita, barulho, mãos, cheio, vazio,
pegar, esconder, conseguir, puxar, balançar, de-
vagar, muito, pouco, longe, perto, colorido, bo-
nito, trançado.
Posicione o varal de forma que a criança pos-
sa ficar de bruços ou sentada e tente alcançar
os objetos ou as fotos. Motive as crianças com
expressões encorajadoras: Aquele brinquedo
está bem perto de você!
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar a cidadania e civismo,
a vida familiar e social na creche.
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Objetivos de desenvolvimento
EI01EO02 Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações das quais
participa.
EI01EO03 Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais,
objetos, brinquedos.
EI01ET03 Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo
descobertas.
Palavras-chave:
Fotos, varal, brinquedos, fitas, som, barulho:
nomes dos brinquedos; sons dos brinquedos.
Puxar, alcançar, sentar, mexer, balançar, encos-
tar, ver, tocar. Advérbio: Perto, longe, ao lado,
alto, baixo.
Para ajudar
Chame a atenção da criança para o que está
preso no varal: Veja só, parece que tem uma
foto sua aqui! Você conhece este amigo? Quem
será? Prenda brinquedos bem atraentes no va-
ral, com algum brilho ou som.
Indo além
Monte um percurso com alguns obstáculos,
como arrastar sobre colchões, subir e descer
de pequenas alturas, até chegar no varal de
fotos e brinquedos.
ACERTE O ALVO
Faixa etária: Bebês (6 meses a 18 meses)
Tema: Espaços: casa, creche, ruas, cidades.
Bloco de atividade: Hora de brincar com o corpo.
Materiais: Pompons de lã colorida. Os pompons
podem ser substituídos por bolas leves e que
passem pelo tubo.
• Rolo de papelão (do tipo que vem no centro do
rolo de papel toalha).
• Fitas adesivas para decorar.
• Fita durex grossa para prender o tubo na parede.
Livro: “O soldadinho de Chumbo”, Hans Christian
Andersen, Ed. Moderna.
Como fazer
Decore o rolo de papel toalha com fitas ade-
sivas coloridas.
Escolher um local da creche/escola para pren-
der o rolo na parede com fita adesiva, em uma
altura que desafie a criança a se movimentar,
até mesmo a se levantar, mas que consiga al-
cançar. Um local onde ela possa se movimen-
tar com segurança, sentar-se e levantar-se
com facilidade.
Sente-se com um pequeno grupo de crianças
e leia a história: “Soldadinho de chumbo”, res-
saltando as imagens, os sons, as personagens,
como a bailarina, o menino, o rato e principal-
mente o soldado de uma perna só, que cai em
um cano depois de ser levado em um barco
de papel durante um temporal.
Chame a atenção das crianças para o cano
preso à parede: Será que o soldado passaria
por este cano? Muito estreito, não? Mas, eu já
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Objetivos de desenvolvimento
EI01ET02 Explorar relações de causa e efeito (transbordar, tingir, misturar, mover e remover etc.) na
interação com o mundo físico.
EI01CG02 Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes
acolhedores e desafiantes.
EI01EF04 Reconhecer elementos das ilustrações de histórias, apontando-os, a pedido do adulto-leitor.
sei o que pode passar dentro do cano!
Apresente os pompons coloridos para as crian-
ças e mostre como fazer: jogue a bola pelo tu-
bo para que ela caia no chão.
A criança imediatamente vai repetir a ação e
vai fazer isso várias vezes.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar a cidadania e o civis-
mo e a relação social entre os bebês. Além
disso, pensar a educação e a noção de dire-
ção (dentro, fora, em cima, ao lado etc.), que
no futuro servirá para uma educação na ci-
dade e no trânsito.
fitas; numerais.Cair, levantar, alcançar, sentar,
atravessar, colocar, marchar, dançar, contar.
Advérbio: Muito, pouco, dentro, fora.
Para ajudar
Busque fazer contato visual com a criança. Di-
ga o seu nome e a convide a se aproximar do
rolo para tentar colocar o pompom de lã.
Deixe que ela sinta a maciez do pompom, que
o passe em seu corpo para depois brincar.
Indo além
Pegue um cesto com outros brinquedos para
identificar o que passa pelo tubo ou o que é
muito grande para atravessar.
Conte quantas bolas passaram pelo rolo.
CUIDADO, TUBARÃO!
Faixa etária: Bebês (6 meses a 18 meses)
Tema: Natureza, fenômenos e ciclos.
Bloco de atividade: Hora de brincar com o corpo.
Materiais: Quadrados médios de cartolina cor cin-
za ou marrom; Fitas adesivas. Imagens impressas
do fundo do mar, da praia, dos seres marítimos.
Como fazer
Espalhe e cole os quadrados no chão da sala
com fita adesiva.
Sente-se com um pequeno grupo de crianças
e mostre figuras marítimas.
Ressalte as imagens, as cores e os animais ma-
rinhos: Nesta história tem o peixe, glub, glub,
Palavras-chave
Cano, tubo, rolo, pompom, bola, parede, sol-
dado, chumbo, bailarina, menino, rato, barco,
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glub. Vocês conhecem uma canção sobre os
peixes? Cantar a música: “Peixe vivo”
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<https://www.ouvirmusica.com.br/cantigas-
-populares/984001/>
Conte para as crianças que a brincadeira se
chama “Cuidado, tubarão!” porque o chão da
sala representa o mar e muitas vezes no fundo
há tubarões!
Diga que é uma brincadeira. O desafio é atra-
vessar o caminho engatinhando ou pisando
somente nos quadrados.
Os quadrados são as pedras e, nelas, vocês es-
tarão em segurança!
Inicie a brincadeira mostrando para as crian-
ças como fazer.
Palavras-chave
Mar, peixe, quadrado, pés, tubarão, pedras,
chão. Pular, engatinhar, atravessar, parar, co-
meçar, esperar. Em frente, atrás, ao lado, de-
pressa, devagar, muito, bem.
Para ajudar
Busque o contato visual da criança e a convi-
de para brincar.
Coloque quadrados mais próximos à criança.
Adapte à brincadeira uma forma de pedir pa-
ra a criança colocar peixes de papel dentro e
fora do mar (chão da sala).
Indo além
Com base nos comandos sobre tamanhos e
cores, as crianças podem pegar peixes de pa-
pel no cesto e colocar no mar: Agora é a vez
do peixe bem pequeno e amarelo voltar para
o mar. Quem o encontrou? Muito bem!
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar o meio ambiente e a
educação ambiental por meio do amor às
plantas e aos animais.
Objetivos de desenvolvimento
EI01CG02 Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes
acolhedores e desafiantes.
EI01EO06 Interagir com outras crianças da mesma faixa etária e adultos, adaptando-se ao convívio
social.
EI01EF03 Demonstrar interesse ao ouvir histórias lidas ou contadas, observando ilustrações e os
movimentos de leitura do adulto-leitor (modo de segurar o portador e de virar as páginas).VectorsMarket/Shutterstock
QUE ANIMAL EU SOU?
Faixa etária: Bebês (6 meses a 18 meses)
Tema: Animais.
Bloco de atividade: Hora de brincar com o corpo.
Materiais: Livro: “Bichos”, IAB.
Como fazer
Sente-se com um pequeno grupo de crianças
e converse com elas sobre os animais. Leia a
história: “Bichos”, ressaltando as imagens, os
nomes e os sons que fazem os animais. Nesta
história, tem o pinguim que anda de forma di-
ferente. Também tem o cachorro. Qual será o
som que ele faz?
Convide as crianças a imitarem os animais que
apareceram na história fazendo os movimen-
tos característicos: Engatinhar como o
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cachorro, andar ligeiro como a pinguim, com
pisadas fortes como o elefante, dentre outros.
Os bebês podem ser incentivados a fazer os
sons correspondentes aos animais, como bor-
boleta, gato, cachorro e leão e os movimentos
mais simples.
Palavras-chave
Gafanhotos, lebres, touro, animais, movimen-
tos, corpo, posições, som. Pular, engatinhar,
correr, andar, arrastar-se, parar, imitar. Rápido,
lento, forte, valente, trabalhador, silencioso, ba-
rulhento (características dos animais que apa-
recem no livro).
FESTA SURPRESA
Faixa etária: Bebês (6 meses a 18 meses)
Tema: Festas, folclore e costumes.
Bloco de atividade: Hora de brincar com o corpo.
Materiais: 1 Bambolê com fitas coloridas amarra-
das; Colchões; 1 caixa de papelão com furos na
tampa; Brinquedos variados colocados dentro da
caixa de papelão.
Como fazer
Sente-se com um pequeno grupo de crianças
e converse com elas sobre as festas.
Crianças devem se lembrar/identificar tudo o
que existe em eventos como estes: bolo, en-
feites, alegria, música e surpresa.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar o meio ambiente e a
educação ambiental por meio do amor às
plantas e aos animais.
Objetivos de desenvolvimento
EI01CG03 Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais.
EI01EO06 Interagir com outras crianças da mesma faixa etária e adultos, adaptando-se ao convívio
social.
EI01EF08 Participar de situações de escuta de textos em diferentes gêneros textuais (poemas,
fábulas, contos, receitas, quadrinhos, anúncios etc.).
Em frente, atrás, ao lado, depressa, devagar.
Para ajudar
Ofereça cartões com imagens para facilitar a
identificação dos animais pelas crianças.
Crianças devem escolher quais deles preferem
imitar.
Incentive as crianças a participarem da brin-
cadeira iniciando os movimentos. A cobra se
arrasta com a barriga no chão, assim, você
quer fazer junto comigo? Olhe, o seu amigo
parece uma borboleta. Quer tentar?
Indo além
Após a leitura da história, você pode abrir uma
página aleatoriamente, como uma surpresa. A
página aberta indicará o animal que a criança
reproduzirá o movimento.
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Cantar “Parabéns para você!”, incentivando que as crianças cantem e batam palmas.
Mostrar à criança um bambolê todo enfeitado de fitas coloridas. Coloque-o acima da criança para que ela observe de baixo para cima e le-vante os braços para puxar as fitas. Depois, mostre a elas: Vejam, uma caixa surpresa!
Incentive as crianças a rolarem, engatinharem ou se arrastarem sobre os colchões até che-garem na caixa surpresa.
Orientar a criança a levantar o braço e colocar a mão dentro da caixa sem olhar o que surgi-rá: Surpresa!
Espiche a conversa com perguntas: O que vo-cê encontrou na caixa? É grande ou pequeno? É um bicho ou objeto? Serve para quê?
Palavras-chave
Festa, surpresa, caixa, fitas, caminho, colchões, música, bambolês.
Caminhar, rolar, arrastar, engatinhar, levantar, pegar, tocar olhar, sentir.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar o Multiculturalismo e a
Diversidade Cultural, valorizando tanto o
multiculturalismo nas matrizes históricas
quanto nas matrizes culturais brasileiras.
Alegre, curioso, enfeitado, ligeiro, engraçado.
Em frente, atrás, ao lado, acima, no meio, den-tro, fora.
Para ajudar
Busque o contato visual da criança e a convi-de para brincar.
Comece o trajeto rolando e engatinhando para que ela se sinta encorajada a fazer os movimentos também.
Coloque a caixa mais perto da criança e incen-tive-a a colocar a mão dentro da caixa-surpre-sa: Você quer ver o que tem dentro da caixa? Quer pegar algo dentro da caixa para um ami-go da sala?
Indo além
Após a atividade, as crianças podem partici-par de uma atividade culinária segurando a banana (os bebês maiores) ou provando o su-co da laranja. Em seguida, o educador prepa-ra a atividade de culinária “cookies de aveia com banana”:
– 6 bananas bem maduras;
– 1 xícara de aveia;
– Misture todos os ingredientes e leve para a cozinha para a massa ser colocada no forno por alguns minutos. Depois de frio, oferecer às crianças.
Objetivos de desenvolvimento
EI01CG02 Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes
acolhedores e desafiantes.
EI01EO03 Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais,
objetos, brinquedos.
EI01EF02 Demonstrar interesse ao ouvir a leitura de poemas e a apresentação de músicas.
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CADÊ O BRINQUEDO QUE ESTAVA AQUI?
Faixa etária: Bebês (6 meses a 18 meses)
Tema: Férias, viagens, aventuras, fantasia, mágicas.
Bloco de atividade: Hora de brincar com o corpo.
Materiais: Tecidos coloridos; Brinquedos variados.
Como fazer
Sente-se com um pequeno grupo de crianças e
converse com elas sobre as mágicas. Explique
que o mágico faz algo aparecer e sumir de repen-
te, mas que nós também podemos brincar de
mágica. Querem ver? Cante a música:
Onde está a minha mão?
Onde está a minha mão?
Está aqui, está aqui e a outra onde está?
Está aqui também. Como vai você?
Eu vou muito bem, eu já vou embora e eu vou
também!
Incentive as crianças a fazerem o movimento
de esconder as mãos atrás, nas costas, repe-
tindo os movimentos da música.
Convide as crianças para brincar de mágica.
Esconda um brinquedo com o pano. Todos
devem fechar os olhos e contar até 5 e, quan-
do todos abrirem os olhos e as crianças pu-
xarem o pano, o brinquedo terá sumido e apa-
recido em outro local mais distante (O
educador pode contar com uma ajuda de um
auxiliar ou de uma criança mais velha para es-
conder em outro local).
Vejam só! O brinquedo apareceu lá longe! Va-
mos alcançá-lo? As crianças podem engati-
nhar, arrastar-se ou caminhar.
E a brincadeira se repete várias vezes.
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andesign2015/Shutterstock
Em diálogo com os Temas Contemporâneos Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar a cidadania e o civis-
mo, a vida familiar e social na creche.
Objetivos de desenvolvimento
EI01CG01 Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e
desejos.
EI01EF02 Demonstrar interesse ao ouvir a leitura de poemas e a apresentação de músicas.
EI01EF05 Imitar as variações de entonação e gestos realizados pelos adultos, ao ler histórias e ao cantar.
Palavras-chave
Mágica, pano, música, brinquedo.
Caminhar, rolar, arrastar, engatinhar, levantar,
pegar, tocar olhar, achar, sumir, encontrar, apa-
recer, descobrir, fechar, abrir.
Em frente, atrás, ao lado, acima, dentro, rapi-
damente.
Para ajudar
Busque o contato visual da criança e a con-
vide para brincar.
Brinque de escondê-la com o tecido, esconder
partes do seu corpo e se esconda para que ela
o encontre.
Comece o trajeto caminhando e engatinhando
para que ela se sinta encorajada a fazer os mo-
vimentos também para procurar o brinquedo.
Indo além
Reúna todos os brinquedos encontrados e fa-
ça uma contagem com a participação das
crianças.
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SERÁ QUE CABE?
Faixa etária: Bebês (6 meses a 18 meses)
Tema: Matérias, materiais e propriedades.
Bloco de atividade: Hora de brincar com o corpo.
Materiais: Garrafas plásticas transparentes;
Bolas ou pedaços de algodão coloridos;
Blocos pequenos de madeira ou plástico duro.
Como fazer
Sente-se em roda com um grupo de crianças.
Aqueles que ainda não se sentam devem ser
colocados deitados no chão firme e seguro
com a barriga para cima, com espaço suficien-
te para se virarem, se assim desejarem.
Apresente os materiais, indagando se eles os
conhecem: Isso mesmo! É o algodão, o bloco
(de madeira ou de plástico) e a garrafa plástica.
Deixe que as crianças manipulem, experimen-
tem, sintam a textura, o peso e vejam as cores.
Ressalte as características de cada material,
confirmando as impressões feitas pelas crian-
ças, que o algodão é bem macio e leve e o blo-
co mais pesado e duro.
Apresente o desafio: tentar colocar os materiais
dentro de uma garrafa plástica. Será que cabe?
Entregue às crianças os blocos e as garrafas,
ajudando a segurar a base da garrafa. Pergun-
tar a cada criança: Será possível o bloco entrar
nesta garrafa? Diante da tentativa, sem que
seja possível entrar na garrafa, oferecer o pe-
daço de algodão.
E o algodão, vamos experimentar apertar bem
e ver se encaixa dentro da garrafa? Após cada
criança testar e conseguir pôr o algodão den-
tro da garrafa usando a ponta dos dedos, a
brincadeira se repete várias vezes.
Palavras-chave
Garrafa, materiais, algodão, bloco, plástico, desafio, bloco, pedaço, madeira, brinquedo, brincadeira. Amassar, apertar, pegar, experi-mentar, sentir, tocar, entrar, sair, caber, con-seguir, tentar e encaixar. Macio, duro, pesado, leve, colorido, bem, transparente. Dentro, fora.
Para ajudar
Perceba se uma criança precisa de um tempo maior para tocar, sentir o que é macio ou duro dentre os materiais. Deixe que os explore em partes do corpo, faça sons com os blocos, aperte o algodão para chegar às suas próprias conclusões.
Indo além
Após a atividade terminar, retire todos os pe-daços de algodão e analise com as crianças se dentro de uma garrafa cabem muitos ou pou-cos pedaços
Experimente propor a atividade com outros tipos de materiais, como lãs, tampas, gelo, água, papéis ou plásticos.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar a cidadania e civismo,
a vida familiar e social na creche.
Objetivos de desenvolvimento
EI01ET05 Manipular materiais diversos e variados para comparar as diferenças e semelhanças entre eles.
EI01EO06 Interagir com outras crianças da mesma faixa etária e adultos, adaptando-se ao convívio
social.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras
formas de expressão.
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Hora de brincar com as mãos
UMA DELÍCIA DE FRUTA!
Faixa etária: Bebês (6 meses a 18 meses)
Tema: Espaços: creche, casa, rua, cidade
Bloco de atividade: Hora de brincar com as mãos.
Materiais: 2 mangas maduras picadas; 3 potes
de iogurte natural sem açúcar ou água de coco;
1 pote grande; 1 liquidificador;
Livro: “Frutas”, Paulo Leonardo Raymundo, Cole-
ção Pequenos Leitores, IAB.
Como fazerConverse com as crianças sobre as frutas. Leia a his-tória “Frutas”, ressaltando as imagens, as cores, as formas das frutas e quantas aparecem no livro.Apresente a manga ao grupo de crianças. Indague sobre as suas características: Vocês sabem que fruta é esta? De que cor ela é? Pesada ou leve? É grande ou pequena?Entregue a fruta para que as crianças peguem, sin-tam a textura, o cheiro, o peso e provem. Gostaram? É doce?Acrescente as mangas já picadas, o iogurte ou a água de coco e oferecer para cada criança colocar os in-gredientes dentro de uma tigela para depois serem transferidos a um liquidificador, na cozinha da escola.Fale sobre as características do aparelho: sua cor, ta-manho e ressaltar o barulho que ele faz ao ser ligado: Vrrrrrrrrr.Convide as crianças a se agitarem, brincando que o liquidificador “está” ligado, e a pararem quando “for desligado” em uma divertida agitação.
Palavras-chave: Fruta, manga, iogurte, água de coco, pote, liquidificar, som, silêncio, cheiro, gosto. Agitar, mexer, bater, re-tirar, misturar, provar, cheirar, tocar, colocar. Bom, gostoso, engraçado, grande, pequeno, cheirosa. Dentro, fora, bem, quase, pouco, muito, bastante.
Para ajudarPergunte à criança se ela gosta de frutas, como a manga. Perceba se ela gostaria de apenas provar um dos ingredientes e não todos juntos ou ainda se pre-fere apenas observar ao invés de provar.
Indo alémVocê pode ter perto um pote bem pequeno e um ou-tro maior e propor que as crianças experimentem colocar todas as frutas no pote menor e depois no maior para verificar onde elas realmente cabem.
Após o término da atividade, você pode convidar as crianças para dançarem a música “O pomar”, Palavra Cantada, disponível em: <http://palavracantada.com.br>. Acesso em: 31 ago 2020.
Arsvik/Shutterstock
Em diálogo com os Temas Contemporâneos Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar a educação alimentar
e nutricional prazerosa e em sociedade.
Objetivos de desenvolvimento
EI01ET03 Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo
descobertas.
EI01CG03 Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais.
EI01EF04 Reconhecer elementos das ilustrações de histórias, apontando-os, a pedido do adulto-leitor.
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QUE BELO ARCO-ÍRIS!Faixa etária: Bebês (6 meses a 18 meses)
Tema: Natureza, fenômenos, ciclos.
Bloco de atividade: Hora de brincar com as mãos.
Materiais: Plástico bolha no tamanho A3;
Cartolina branca; Guache de cores variadas ou tinta natural; Fita adesiva transparente.
Livro: ZIRALDO, A. P. Flictz. São Paulo: Melhora-mentos, 2000.
Como fazerApresente para as crianças a imagem de um arco-
-íris colorido: Vocês sabem o que é isso? Já viram
no céu? Vejam que bonito é um arco-íris! Conte
quantas cores formam o arco-íris e as nomeie.
Faça a leitura do livro “Flictz” da seguinte maneira:
Abra em uma página, leia e mostre as imagens do
livro, associando-as ao vocabulário, utilizando sons
e onomatopeias. Observe as reações das crianças
e interaja com elas.
Dobre ao meio um pedaço de plástico bolha e colo-
que uma folha de papel branco dentro do plástico.
Coloque uma pequena quantidade de tinta de várias
cores, sem encostar umas nas outras, sobre o papel.
Feche os três lados com fita adesiva transparente
para formar uma bolsa.
Mostre que ao empurrar a tinta com o dedo ela vai
se espalhando, pintando o papel e se misturando
com as outras cores.
Deixe que as crianças experimentem passar o de-
do, enquanto apertam as bolhas do plástico pro-
duzindo som, observando a tinta se espalhando.
Enquanto as crianças estiverem fazendo a ativida-
de, comente com cada uma delas o que está sendo
feito: Veja que bonita pintura você está fazendo!
Olhe como o papel está colorido! Veja as cores do
arco-íris se misturando.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar o meio ambiente e a
educação ambiental por meio do amor às plan-
tas e aos animais.
Palavras-chaveArco-íris, céu, tinta, papel, bolha, céu, nuvem, sol,
chuva, mãos, dedos, pintura, cor. Cores do arco-íris:
vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil (ou ín-
digo) e violeta. Observar, misturar, espalhar, aper-
tar, pintar. Colorido, bonito, claro, escuro, belo,
alegre, alto, encantador. Em cima, muito, longe.
Para ajudarBusque o contato visual da criança e a convide pa-
ra brincar. Antes de começar a pintura, estimule a
criança a tocar a superfície do plástico, mostrando
como será a atividade. Incentive que ela toque, aper-
te, escute o som do plástico bolha. Mostre a ima-
gem do arco-íris para que cada criança observe an-
tes de realizar a atividade.
Indo alémExperimente colocar ao fundo uma música suave relacionada ao tema.
Após a identificação e contagem das cores, você pode propor às crianças que procurem pela sala um objeto de cada cor, agrupem todos eles no meio da roda e formem um arco-íris diferente.
Objetivos de desenvolvimento
EI01ET03 Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo
descobertas.
EI01EO03 Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais,
objetos, brinquedos.
EI01EF04 Reconhecer elementos das ilustrações de histórias, apontando-os, a pedido do adulto-leitor.
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CADÊ O BICHO?
Faixa etária: Bebês (zero a 18 meses)
Tema: Animais.
Bloco de atividade: Hora de brincar com as mãos.
Materiais: Copo de papel ou de isopor; Canudo
de papel; Fita adesiva; Tesoura; Brinquedo pe-
queno que caiba dentro do copo.
Como fazer
Faça um furo na parte inferior do copo para
passar o canudo. O furo deve ser compatível
ao diâmetro do canudo.
Passe o canudo no furo.
Prenda o brinquedo na ponta do lápis ou ca-
neta com fita adesiva:
Tem algo escondido aqui. Vamos contar até
aparecer? 1, 2, 3 e já!
Apresente o brinquedo para a criança.
Ao despertar a atenção da criança para o ob-
jeto, puxe o canudo para baixo, de modo que
o brinquedo desapareça.
Estimule a curiosidade da criança, mostrando
surpresa quando o brinquedo desaparece: Ca-
dê o bicho que estava aqui?! Sumiu! Achou!
Pergunte à criança se ela descobriu qual ani-
mal estava dentro do copo e, quando ela falar,
Shanvood/Shutterstock
Em diálogo com os Temas Contemporâneos Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar o meio ambiente e a
educação ambiental por meio do amor às
plantas e aos animais.
levante o brinquedo novamente. No caso das
crianças que ainda não falam, dar as dicas so-
bre os animais e identificá-los.
Palavras-chave
Animal, bicho, copo, brinquedo, surpresa, ale-
gre, divertido, engraçado. Aparecer, sumir, es-
conder. Embaixo, em cima, dentro, fora, pe-
queno, grande.
Para ajudar
Inicialmente, a criança e o adulto podem brin-
car de aparecer e se esconder com um lençol.
Depois, o educador propõe o brinquedo com
o animal que aparece e some, avisando que tem
algo escondido no copo. Deixar que a criança
manipule o brinquedo.
Objetivos de desenvolvimento
EI01EO03 Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais,
objetos, brinquedos.
EI01ET03 Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo
descobertas.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras
formas de expressão.
Indo além
A criança pode escolher o animal de brinque-
do que irá prender no palito. Dentre as opções,
pode identificar quais animais são pequenos
ou grandes para serem escondidos dentro do
copo.
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tock
Para ajudarA criança pode tocar na água antes do adulto colocá-la
no pote. O adulto pode conversar e explicar para a crian-
ça como a água ficou colorida, sobre os sons que são pro-
duzidos e estimular que a criança toque no pote e passe
por partes do seu corpo.
Indo alémA criança pode colocar pequenos brinquedos para
criar outros efeitos sensoriais.
Objetivos de desenvolvimento
EI01ET01 Explorar e descobrir as propriedades de objetos e materiais (odor, cor, sabor, temperatura).
EI01EO04 Comunicar necessidades, desejos e emoções, utilizando gestos, balbucios, palavras.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e
Em diálogo com os Temas Contemporâneos Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar o Multiculturalismo e a
Diversidade Cultural, valorizando tanto o
multiculturalismo nas matrizes históricas
quanto nas matrizes culturais brasileiras.
POTES MÁGICOS
Faixa etária: Bebês (zero a 18 meses)
Tema: Festas, folclore e costumes
Bloco de atividade: Hora de brincar com as mãos
Materiais: Potes plásticos transparentes; Corante
alimentício de cores variadas; Detergente de la-
var louça; Fita adesiva.
Como fazerEncha um pote de plástico transparente com água
até a metade, adicione corante, uma pitada de glit-
ter e uma colher de chá de detergente de cozinha.
Os potes deverão ser bem tampados. Se preferir,
prenda com fita adesiva transparente.
Mostre os potes coloridos para que as crianças
explorem.
Sacuda e mostre que as bolhas de sabão vão se
formando.
Incentive para que agitem o pote para formar mui-
tas bolhas coloridas.
Aponte cada pote com a cor respectiva: Olhe, o po-
te ficou todo amarelo! E este outro é todo verde!
Palavras-chavePote, água, brilho, cores, bolhas, colorido, brilhante,
fechado, leve, pesado, bonito, agitar, fechar, balan-
çar admirar, olhar.
QUE GRUDE!
Faixa etária: Bebês (6 meses a 18 meses)
Tema: Férias, viagens, aventuras, fantasias e
mágicas.
Bloco de atividade: Hora de brincar com as
mãos.
Materiais: Retalhos médios de tecido cortado
em quadrados;
1 pote;
Plástico adesivo (tipo Contact) transparente;
Fita adesiva.
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Em diálogo com os Temas Contemporâneos Trans-
versais na BNCC: Aproveite a atividade de rotina para pensar o Multiculturalismo e a Diversidade Cul-tural, valorizando por meio das brincadeiras tanto o multiculturalismo nas matrizes históricas quanto nas matrizes culturais brasileiras.
Como fazer
Use um pedaço de plástico adesivo transparente retangular grande.
Tire a proteção do plástico adesivo, prenda-o no chão com a parte colante para cima e use a fita ade-siva nos quatro lados para deixar o plástico bem firme no chão.
Apresente às crianças o plástico no chão. Incentive que elas toquem com a ponta dos dedos e sintam o efeito de grudar o dedo no plástico. Estimule com expressões: O que aconteceu? Seu dedo grudou no papel? Parece mágica!
Mostre às crianças de um pequeno grupo uma ba-cia com retalhos de tecidos coloridos. Você pode mostrar surpresa ao falar: O que será que tem den-tro da bacia?
Passe o tecido pelos braços e pernas das crianças.
Mostre às crianças que o tecido gruda no plástico adesivo. Diga frases instigantes que estimulem a curiosidade do grupo: Não consigo retirar! Vejam! Está grudado!
Deixe que a criança tente pegar o tecido que você colocou. Incentive que as crianças um pouco maio-res coloquem os pedaços de tecido. Mostre que o mesmo pedaço pode ser retirado e colocado outras vezes e em diferentes posições.
Palavras-chave
Algodão, macio, adesivo, fita, mágica. Grudar, pe-gar, colar, amassar, tocar, sentir, ficar, sair, tirar, co-locar. Embaixo, em cima, no meio, onde, pouco, mui-to, bastante.
Para ajudar
Busque contato visual com a criança e convide-a para brincar. Antes de começar a brincadeira, esti-mule a criança a tocar na superfície do plástico e no algodão. Incentive que ela toque com o algodão em seu corpo. Se você sentir que uma criança bus-ca a aproximação com um colega, você pode apoiá--la para que ela converse com um amigo e pergunte se pode tocar o algodão em alguma par-te do seu corpo.
Indo além
À medida que as crianças explorarem o algodão em diversas partes do corpo, nomeie-as e dê as instru-ções para que o passem na parte do corpo indica-da. Diga frases, como: Agora vou passar o algodão na bochecha. Onde é a sua bochecha? Isso mesmo! Que macio!
Variação: Acrescentar outra textura, como formas geométricas feitas em E.V.A. e propor às crianças que observem a diferença no toque e na forma de grudar no plástico adesivo.
Variação: A atividade também pode ser feita na pa-rede, modificando o olhar e indicando uma nova orientação espacial.
Objetivos de desenvolvimento
EI01CG02 Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes acolhedores e
desafiantes.
EI01ET03 Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo descobertas.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras formas de
expressão.
QUE FRIO!
Faixa etária: Bebês (zero a 18 meses)
Tema: Matéria, materiais, propriedades.
Bloco de atividade: Hora de brincar com as
mãos.
Materiais: Cartolina branca;
Tinta natural à base de legumes, como beterraba,
agrião ou corante alimentício;
Gelo.
Lightkite/Shutterstock
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Como fazer
Apresente às crianças um pote com água morna e outro com gelo.
Converse com as crianças sobre as mudanças ocor-ridas com a água e suas propriedades pelo contato com o calor ou o frio.
Estimule que elas coloquem a ponta dos dedos em cada pote e sintam a diferença.
Espalhe as tintas em cima do papel. Ressalte cada cor que é colocada no papel: Vocês conhecem esta cor? É o azul!
Apresente o pote de gelo e avise que a pintura se-rá diferente: ao passarem o gelo sobre as tintas, o papel será todo pintado e a tinta diluída com a água do gelo derretido. Convide as crianças a participa-rem: Vamos tentar?
Deixe que as crianças façam a pintura devagar, ex-plorando bem o papel e tocando levemente no gelo.
Após a pintura ficar pronta, coloque para secar e, posteriormente, mostre o resultado da pintura às crianças.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a atividade de rotina para pensar o meio ambiente e a educação ambiental por meio do conheci-mento das temperaturas do ambiente.
Palavras-chave
Frio, morno, quente, gelo, água, tinta, papel, pintura, colorido, movimento, mãos, dedos, inteiro, branco.
Espalhar, deslizar, tocar, pintar. Lentamente, rápido, parte, todo, seco, molhado.
Para ajudar
Deixe que a criança manuseie o gelo. Compreenda se ela não aceitar o toque do gelo, estimulando a pintura com a tinta apenas.
Indo além
Enquanto pintam, as crianças podem ouvir uma das canções disponíveis no site: <http://palavracantada.com.br>. Acesso em: 31 ago. 2020.
As crianças podem misturar a água com o corante e, depois de congelada, fazer outra pintura com o gelo colorido.
Objetivos de desenvolvimento
EI01ET01 Explorar e descobrir as
propriedades de objetos e materiais (odor,
cor, sabor, temperatura).
EI01ET03 Explorar o ambiente pela ação e
observação, manipulando, experimentando e
fazendo descobertas.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas
usando movimentos, gestos, balbucios, fala e
outras formas de expressão.
BRINQUEDO SURPRESA
Faixa etária: Bebês (zero a 18 meses)
Tema: Meios de transportes/ Espaços: casa, creche.
Bloco de atividade: Hora de brincar com as mãos.
Materiais: Brinquedos de transportes: trem, carro, avião;
Guardanapo de papel ou papel toalha;
Fita crepe.
Como fazer
Embrulhe os objetos com o papel. Se optar por um papel fino, depois é mais simples de remover o em-brulho do brinquedo.
A criança, acomodada em um lugar confortável, com almofadas para apoio das costas, abrirá os embru-lhos de papel higiênico com os brinquedos dentro. A turma poderá cantar: O que será, o que será que a amiga vai encontrar?
Estimule a criança a abrir os brinquedos embrulhados puxando a fita e desembrulhando os transportes.
À medida que a criança consegue abrir, é
importante descrever os objetos, suas cores, suas formas e os sons que produzem para que a criança se familiarize com eles.
Crianças acima de 12 meses podem tentar identifi-car e/ou nomear os transportes descobertos.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos Trans-
versais na BNCC: Aproveite a atividade de rotina para pensar a cidadania e o civismo, e a relação so-cial entre os bebês. Além disso, pensar a educação e a noção de direção (dentro, fora, em cima, ao lado etc.), que no futuro servirá para uma educação na cidade e no trânsito.
Palavras-chave
Quadrado, círculo, papel, fita adesiva, transporte, carro, avião, barco.
Colar, retirar, descobrir, esconder, cobrir, embrulhar, desembrulhar.
Macio, duro, áspero, barulhento, silencioso, colorido, pequeno, grande, ao lado, em frente, atrás, fechado, aberto.
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Para ajudar
Inicialmente, a criança e o adulto podem brincar
de aparecer e se esconder com um lençol. Depois,
o educador propõe o brinquedo com o animal
que aparece e some, avisando que tem algo es-
condido no copo. Deixe que a criança manipule
o brinquedo.
UM JARDIM COLORIDO
Faixa etária: Bebês (6 meses a 18 meses)
Tema: Natureza, paisagem, ecossistema, meio
ambiente, plantas.
Bloco de atividade: Hora de brincar com as
mãos.
Materiais: Guache colorido diluído em um pouco
de água ou tinta natural;
Papel branco, lápis hidrocor;
Livro: MILBOURNE, A. No jardim. Londres:
Usborne, 2018.
Como fazerSente-se com um pequeno grupo de crianças e leia o livro “No jardim”, da seguinte maneira: Abra em uma página, leia e mostre as imagens do livro, as-socie as imagens ao vocabulário utilizando sons e onomatopeias. Observe as reações das crianças e interaja com elas.
Em seguida, proponha a atividade: Vamos criar um jardim pintando flores sem usar pincéis? E indague: O que podemos usar para pintar? Ouvir as suges-tões e estimular respostas como “os dedos” e “as mãos”. Vamos usar os dedos e as palmas das mãos para imprimir as flores do jardim.
Mostre as cores de tintas e passe a tinta no dedo ou na mão da criança, ajudando-a a imprimir as pontas dos dedos e as palmas das mãos sobre o papel.
Deixe que as crianças experimentem livremente a im-pressão no papel e criem formas. Incentive elogiando os resultados obtidos: Sua flor está bem colorida!
Depois de seca a impressão com tinta, com o hidro-cor, dar formas aos detalhes de caule, folhas e o chão do jardim.
Objetivos de desenvolvimento
EI01ET05 Manipular materiais diversos e variados para comparar as diferenças e semelhanças entre eles.
EI01EO06 Interagir com outras crianças da mesma faixa etária e adultos, adaptando-se ao convívio
social.
EI01TS01 Explorar sons produzidos com o próprio corpo e com objetos do ambiente.
Indo além
Depois de todos os transportes terem sido desem-brulhados, proponha que as crianças alinhem os transportes um ao lado do outro, na frente ou atrás. Uma vez alinhados, faça a contagem de quantos transportes estavam cobertos com o papel. A cada descoberta, todos poderão cantar músicas associadas a cada transporte.
Objetivos de desenvolvimento
EI01EF04 Reconhecer elementos das
ilustrações de histórias, apontando-os, a
pedido do adulto-leitor.
EI01ET02 Explorar relações de causa e efeito
(transbordar, tingir, misturar, mover e remover
etc.) na interação com o mundo físico.
EI01TS02 Traçar marcas gráficas, em
diferentes suportes, usando instrumentos
riscantes e tintas.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar o meio ambiente e a
educação ambiental por meio do amor às
plantas e aos animais.
Palavras-chave
Flor, caule, folhas, jardim, tinta. Imprimir, carimbar, pintar, enfeitar, admirar, olhar, cheirar. Dentro, fora, bem, quase, pouco, muito, bastante.
Para ajudarBusque contato visual com as crianças, chamando-
-as pelo nome.
Mostre flores reais para que as crianças as vejam e
sintam seu cheiro.
Toque com a sua mão na mão da criança e pergunte
se ela deseja pintá-la. Você pode passar primeiro a
tinta na sua própria mão para mostrar como se faz a
atividade e perguntar novamente se ela quer brincar.
Observe/ perceba as reações da criança diante da
sensação da tinta nas mãos.
Indo alémA paisagem de jardim é um tema muito usado por
artistas. Você pode apresentar uma imagem de
uma das obras de Monet, como A Ponte Japone-
sa (1899).
Apresente para as crianças figuras geométricas,
como retângulos e círculos, e coloque perto da im-
pressão das mãos, criando os caules, as folhas e o
chão.
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Hora de brincar com os números
ATENÇÃO: OBRAS À FRENTE!Faixa etária: Bebês (12 meses a 18 meses)
Tema: Espaços, creche, casa, rua, cidade.
Bloco de atividade: Hora de brincar com os números.
Materiais: Caminhões de brinquedo;
Peças de Lego;
Fita adesiva.
Se necessário: leve figuras com obras em construção.
Canção: cante com as crianças alguma música do site dis-
ponível em: <http://palavracantada.com.br>. Acesso em: 31
ago. 2020. Ou, ainda, alguma outra canção do acervo digi-
tal de músicas de sua creche que faça referência ao trânsi-
to, cidade, construção, caminhões, carros etc.
Como fazerConverse com as crianças sobre os passeios que fa-
zemos às ruas e quantas obras (construções) pode-
mos encontrar pelo caminho. Observe as reações e
respostas das crianças um pouco maiores, mas inte-
raja com todas elas, falantes ou não. Especialmente
para as crianças um pouco menores, apresente ima-
gens de ruas, calçadas e obras em construção.
Apresente para elas os caminhões e as peças de
Lego. O desafio é levar as peças de Lego dentro do
caminhão de uma ponta a outra da sala, marcada
com fita adesiva. Ao chegar, empilhe um bloco de
Lego em cima do outro.
Incentive as crianças com perguntas que estimulem
e ajudem a explicar e a expandir o que estão fazen-
do: Vejam com a sua construção está subindo! Vai
ficar muito alta? De que altura irá ficar?
Disponha várias peças para que as crianças possam
encaixar de diversas formas, horizontal ou vertical-
mente. Enquanto brincam, as crianças podem can-
tar a música sugerida anteriormente.
Contem quantas peças de Lego foram usadas para
as construções.
Ao final da brincadeira, as crianças poderão guar-
dar as peças de Lego na caixa, contando de 1 a 10,
até guardarem todas as peças.
ONYXprj/Shutterstock
Em diálogo com os Temas Contemporâneos Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar a cidadania e o civis-
mo, e a relação social entre os bebês. Além
disso, a educação e a noção de direção
(dentro, fora, em cima, ao lado etc.), que no
futuro servirá para uma educação na cidade
e no trânsito.
Palavras-chaveRuas, caminhões, cidade, blocos, Lego, fita adesiva,
passeio, construção; números de 1 a 10.
Encaixar, empilhar, derrubar, dirigir, avançar, parar,
observar, guardar, contar.
Alto, baixo, em cima, embaixo, muito, pouco.
Para ajudarBusque o contato visual com a criança e a convide
a brincar.
Como um apoio a mais, incentive um amigo a aju-
dá-la a encaixar as peças.
Indo alémMonte um percurso com alguns obstáculos, como
sinal de trânsito e animais na pista, com os coman-
dos de avançar e parar.
Objetivos de desenvolvimento
EI01ET04 Manipular, experimentar, arrumar e
explorar o espaço por meio de experiências
de deslocamentos de si e dos objetos.
EI01EO03 Interagir com crianças da mesma
faixa etária e adultos ao explorar espaços,
materiais, objetos, brinquedos.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas
usando movimentos, gestos, balbucios, fala e
outras formas de expressão.
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LUA CHEIA
Faixa etária: Bebês (6 meses a 18 meses)
Tema: Natureza, fenômenos e ciclos.
Bloco de atividade: Hora de brincar com os nú-meros.
Materiais: 1 círculo de papel cortado em duas me-tades;
1 cartolina preta;
Cola branca;
Livro: JUNQUEIRA, S. O mistério da Lua. São Pau-lo: Ática, 2019. (para as crianças maiores, com 15 a 18 meses)
Canção: coloque alguma música do acervo musi-cal da creche que fale da lua.
Como fazer
Sente-se em uma roda com um pequeno gru-
po de crianças e converse sobre a lua, sua for-
ma redonda, que aparece durante a noite e o
sol ao amanhecer.
Mostre imagens da Lua em suas variadas fa-
ses, quando ela parece ser só uma linha no céu
e quando ela se completa como lua cheia.
Apresente às crianças duas metades de um
círculo, um quebra-cabeça de duas partes e
explique: Vejam, a Lua está crescendo, mas
ainda não está cheia, não está completa. Va-
mos ajudá-la? Como podemos fazer isso?
Entregue as duas metades para cada criança
e perceba se elas conseguirão uni-las, como
um quebra-cabeça.
Logo em seguida, reforce a orientação: Se se-
guramos uma parte e unimos com a outra, con-
seguimos deixar a Lua inteira, completa, Lua
cheia.
Proponha que espalhem a cola no papel preto
e com a ajuda de todos juntem o quebra-ca-
beças de duas partes.
Em diálogo com os Temas Contemporâ-
neos Transversais na BNCC: Aproveite a ati-vidade de rotina para pensar o meio ambiente e a educação ambiental com as crianças.
Levante bem o papel preto com a Lua unida
e mostre às crianças o céu com a lua bem no
alto.
Palavras-chave
Lua, céu, noite, quebra-cabeça, metade, intei-
ro, parte, círculo, fases, papel, cola, quebra-
-cabeça.
Unir, encaixar, colar, montar, espalhar, admirar.
Cheia, brilhante, bonita, redonda.
Perto, longe, distante.
Para ajudar
Busque o contato visual com a criança e a con-
vide a brincar.
Como um apoio a mais, incentive um amigo a
ajudá-la a juntar as peças do quebra-cabeça
da Lua.
Indo além
Coloque a canção sugerida anteriormente.
Você pode oferecer bolas para as crianças e
brincar de fazer os movimentos para cima e
para baixo: Colocar a lua lá no alto, no céu ou
escondê-la se o sol aparecer.
Objetivos de desenvolvimento
EI01EF04 Reconhecer elementos das ilustrações de histórias, apontando-os, a pedido do adulto-leitor.
EI01ET05 Manipular materiais diversos e variados para comparar as diferenças e semelhanças entre eles.
EI01CG05 Utilizar os movimentos de preensão, encaixe e lançamento, ampliando suas possibilidades de manuseio de diferentes materiais e objetos.
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TORRE DE BICHOS
Faixa etária: Bebês (6 meses a 18 meses)
Tema: Animais.
Bloco de atividade: Hora de brincar com os nú-
meros.
Materiais: Cartões impressos com imagens de
animais iguais ou diferentes.
Como fazer
Apresente para as crianças as imagens de vá-
rios animais. Observe as reações das crianças
e interaja com elas: Vocês sabem que animal
é este? Sim, o macaco. Qual o som que ele faz?
Nomeie e espiche a conversa com cada figura
que aparecer.
Convide as crianças a fazer uma torre de bichos:
uma cartela em cima da outra até formar uma
torre alta.
Se aparecer um cartão igual, pergunte a uma
das crianças: Esta é igual ou diferente da que
apareceu antes?
E a torre segue crescendo. Você poderá con-
tar quantos cartões foram usados para fazer a
torre.
Cada criança segue colocando os cartões na
torre até que desabe e a brincadeira recomece.
Igual, diferente, características dos animais
(Barulhento, bravo, dócil, tranquilo).
Encontrar, achar, separar, jogar, unir.
Em frente, perto, longe, ao lado.
Para ajudar
Busque um contato visual com a criança e con-
vide-a para brincar, chamando-a pelo nome.
Se tiver animais de brinquedo que também
aparecem na cartela, deixe que as crianças
brinquem com os animais antes de fazerem o
jogo da memória.
Indo além
Você pode ampliar a brincadeira apresentan-
do novas cartelas com mães, pais e filhotes,
e propor que encontrem os pares novamente
em uma nova combinação.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar o meio ambiente e a
educação ambiental por meio do amor às
plantas e aos animais.
Objetivos de desenvolvimento
EI01EF04 Reconhecer elementos das ilustrações de histórias, apontando-os, a pedido do adulto-leitor.
EI01CG05 Utilizar os movimentos de preensão, encaixe e lançamento, ampliando suas possibilidades
de manuseio de diferentes materiais e objetos.
EI01ET05 Manipular materiais diversos e variados para comparar as diferenças e semelhanças entre
eles.
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j E
s/S
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tters
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Palavras-chave
Animais, bichos, jogo, figuras, cartelas, par,
mágica, os nomes dos animais.
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SEREIAS AO MAR
Faixa etária: Bebês (6 meses a 18 meses)
Tema: Festas, folclore, costumes.
Bloco de atividade: Hora de brincar com os nú-
meros.
Materiais: Lençol ou pano azul;
10 imagens impressas de sereias, sendo 5 peque-
nas e 5 grandes;
Peixes de plástico ou impressos;
Canção: pesquise alguma canção popular ou indí-
gena sobre sereia.
Como fazer
Apresente para as crianças as imagens de se-
reias pequenas e grandes. Converse sobre suas
características, suas histórias e seus encantos,
como o dom de cantar.
Coloque a música sugerida anteriormente.
Convide as crianças para dançar e reproduzir
movimentos corporais: balançar, dançar, levan-
tar e abaixar os braços, nadar.
Mostre o pano azul na sala e dê as instruções
sobre a brincadeira: Após o comando sobre os
tamanhos, as crianças pegarão uma das sereias
e a colocarão no “mar azul”: Você deve pegar
uma sereia pequena e colocá-la no mar! Ob-
servem o pano e contem quantas sereias pe-
quenas e quantas grandes têm ao final da brin-
cadeira. Na hora de guardar as imagens das
sereias, contem novamente quantas sereias
têm ao todo.
Em diálogo com os Temas Contemporâ-
neos Transversais na BNCC: Aproveite a ati-
vidade de rotina para pensar o meio
ambiente e a educação ambiental por meio
do amor às plantas e aos animais.
Palavras-chave
Sereia, mar, jogo, pano, cauda, voz, metade,
peixe, mulher, brincadeira, música; números de
1 a 10.
Pequena, grande, bela, encantadora, colorida,
misteriosa.
Balançar, cantar, dançar, levantar, abaixar, na-
dar, brincar, contar e guardar.
Perto, longe, ao lado, muito, pouco, em frente,
atrás.
Para ajudar
Aproxime-se da criança, faça contato visual e
a convide para brincar.
A criança pode se deitar ou se enrolar no te-
cido, passar pelo braço e brincar de nadar co-
mo a sereia.
Deixe-a segurar as imagens e observar os de-
talhes de cada figura para depois participar do
jogo.
Indo além
As sereias podem ter caudas com cores dife-
rentes. Neste caso, o desafio na brincadeira
poderá ser encontrar uma sereia pequena ou
grande e com uma cor específica.
Objetivos de desenvolvimento
EI01CG02 Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes
acolhedores e desafiantes.
EI01ET06 Vivenciar diferentes ritmos, velocidades e fluxos nas interações e brincadeiras (em danças,
balanços, escorregadores etc.).
EI01EF02 Demonstrar interesse ao ouvir a leitura de poemas e a apresentação de músicas.
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DE QUEM É ESSE CHAPÉU?
Faixa etária: Bebês (zero a 18 meses).
Tema: Férias, viagens, aventuras, fantasia, mágicas.
Bloco de atividade: Hora de brincar com números.
Materiais: Livro: Siguemoto, R. Chapéu de papel.
Desenhos: Martinez. Belo Horizonte: Compor, 2000.
Áudio da música “Marcha Soldado”.
Papel de jornal para confeccionar os chapéus.
Como fazer
Sente-se em roda com um grupo de crianças.
Aqueles que ainda não se sentam devem ser
colocados deitados no chão firme e seguro
com a barriga para cima, com espaço suficien-
te para se virarem, se assim desejarem.
Leia o livro “Chapéu de papel”, mostrando as
imagens e explorando o vocabulário.
O que vimos na nossa história? Que o papel do
jornal virou um chapéu! O menino colocou o
chapéu e brincou de soldado. Como é a música
do soldado?
Cante a música: Marcha soldado cabeça de
papel...
O que aconteceu depois? O carro do circo
parou, a jaula do leão abriu e ele escapuliu! O
palhaço riu, o macaco fugiu e o menino?
O menino sumiu.
Vamos fazer um chapéu de soldado igual ao
do menino da história?
Faça um chapéu como modelo junto com as
crianças. Os outros já devem estar prontos pa-
ra serem distribuídos. Explore o nome das for-
mas:
Vamos pegar essa folha de jornal. Ela tem o
formato de um retângulo. Vamos dobrá-la ao
meio. Em duas partes iguais. Agora, vamos do-
brar. Fizemos um triângulo de cada lado. Re-
pita: Um triângulo! Dois triângulos! Vamos do-
brar as duas abas para cima. Um lado. O outro
lado. Pronto. Agora é só colocar o chapéu na
cabeça.
O nosso chapéu tem quantas pontas? Vamos
contar? Uma, duas, três! Quem mais na histó-
ria usa chapéu? O palhaço! O chapéu do pa-
lhaço é redondo.
Agora que temos nosso chapéu, podemos
brincar de marchar como o soldado! Coloque
o áudio da música “Marcha Soldado”, cante e
estimule as crianças a imitarem seus movimen-
tos de marcha.
Como os soldados andam? Conte os passos:
1, 2, 3, 4, 5... Repita.
Em diálogo com os Temas Contemporâ-neos Transversais na BNCC: Aproveite a ati-vidade de rotina para pensar o Multiculturalismo e a Diversidade Cultural, por meio de brincadeiras, valorizando tanto o multiculturalismo nas matrizes históricas quanto nas matrizes culturais brasileiras.
Palavras-chave
Chapéu, soldado, cabeça, papel. Números de
1 a 5. Retângulo, Triângulo, Redondo.
Contar, andar, marchar.
Para ajudar
Busque contato visual com as crianças, cha-
mando-as pelo nome. Perceba se a criança
aceita colocar o chapéu. Se apresentar resis-
tência, deixe que ela toque, observe as outras
crianças, e aos poucos veja se aceita experi-
mentar.
Indo além
Coloque diferentes chapéus em uma caixa e
brinque com as crianças de identificar: chapéu
de bombeiro, touca de médico, chapéu de pi-
rata, chapéu de policial.
Objetivos de desenvolvimento
EI01EF04 Reconhecer elementos das ilustrações de histórias, apontando-os, a pedido do adulto-leitor.
EI01ET02 Explorar relações de causa e efeito (transbordar, tingir, misturar, mover e remover etc.) na interação com o mundo físico.
EI01EF02 Demonstrar interesse ao ouvir a leitura de poemas e a apresentação de músicas.
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MINHA CASA PARECE O QUÊ?
Faixa etária: Bebês (zero a 18 meses).
Tema: Matéria, materiais, propriedades.
Bloco de atividade: Hora de brincar com números.
Materiais: Livro: ALCOFORADO FILHO, H. G. Ca-sinhas de Bichos. São Paulo: Scipione, 1965.
Áudio da música “A Casa”, de Vinicius de Moraes.
Blocos de montar.
Como fazer
Sente-se em roda com um grupo de crianças.
Aqueles que ainda não se sentam devem ser
colocados deitados no chão firme e seguro
com a barriga para cima, com espaço suficien-
te para se virarem, se assim desejarem.
Leia o livro “Casinhas de Bichos”, mostrando
as imagens e explorando o vocabulário. De-
pois, converse com as crianças:
O que vimos na história: Cada animal tem sua
casa. O passarinho usou palha para fazer o seu
ninho. A aranha usou fio para tecer sua teia. O
macaco dormiu no galho da árvore. O grilo mo-
rava numa folha. E o João de Barro? Ele cons-
truiu sua casa. Como é a casa do caracol? Uma
casinha redonda nas costas. Vimos que o Tatu
e a formiga cavam um buraco na terra e que a
casa do marimbondo fica lá no alto. E a casa da
abelha? Uma casinha doce, cheia de mel.
Vamos construir uma casinha também? Pegue
os blocos. Estimule as crianças a montar suas
casas. Explore o vocabulário. Separe os blocos
por tamanho. Como será sua casa? Alta? Bai-
xa? Grande, pequena? Redonda, quadrada?
Conte os blocos.
Vamos conhecer uma casa diferente? Coloque
o áudio da música “A Casa”. Cante com as
crianças. Pergunte: Como era a casa da músi-
ca? Muito engraçada. Não tinha teto. Não tinha
chão. Explore os movimentos: Alto, baixo, teto,
chão, dormir, acordar.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos Transversais na BNCC: Aproveite a atividade de rotina para pensar o meio ambiente e a educação ambiental por meio do amor às plantas e aos animais.
Palavras-chave
Casa, palha, madeira, folha, terra. Redondo,
Quadrado.
Montar, construir, morar.
Grande, pequeno, alto, baixo.
Para ajudar
Busque contato visual com as crianças, cha-
mando-as pelo nome.
Indo além
Leve as crianças para o pátio: O grilo morava
em uma folha? Vamos procurar a casinha do
grilo? Separe as folhas com as crianças. Conte.
Explore sua forma e textura.
Olga1818/Shutterstock
Objetivos de desenvolvimento
EI01EF04 Reconhecer elementos das ilustrações de histórias, apontando-os, a pedido do adulto-leitor.
EI01ET05 Manipular materiais diversos e variados para comparar as diferenças e semelhanças entre eles.
EI01EO03 Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos, brinquedos.
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LÁ VAI O TREM
Faixa etária: Bebês (zero a 18 meses).
Tema: Meios de transporte.
Bloco de atividade: Hora de brincar com números.
Materiais: Músicas: “O trem”, de Bia Bedran;
“Trenzinho Caipira”, de Heitor Villa-Lobos;
Caixinhas coloridas para formar os vagões do
trem.
Objetos com formas diferentes: redondos, qua-
drados, triangulares, retangulares (bolas, blocos).
Apito.
Como fazer
Sente-se em roda com um grupo de crianças.
Aqueles que ainda não se sentam devem ser
colocados deitados no chão firme e seguro
com a barriga para cima, com espaço suficien-
te para se virarem, se assim desejarem.
Coloque o áudio e cante a música “O Trem”.
Brinque com as crianças de repetir o som do
trem: Piuí, píui, chique, chique, choque, choque.
Fique de pé e brinque de andar como o trem,
repita o som do trem, faça movimentos com
os braços. Estimule as crianças a fazerem o
mesmo. Se for possível, ajude a formar uma fi-
la. Use o apito.
Pergunte como é o trem: Ele é grande ou pe-
queno? Grande! Tem muitos vagões! Conte nos
dedos: um, dois, três... até dez. Vamos montar
o nosso trem?
Pegue as caixinhas coloridas e coloque uma
atrás da outra em fila. Conte quantos vagões
tem o nosso trem. Diga que o nosso trem pre-
cisa partir e precisamos carregar os vagões.
Diga que ele anda muito rápido.
Coloque os objetos nas caixinhas com a aju-
da das crianças. Diga: Esse vagão vai levar
uma bola. Esse vagão vai levar dois blocos,
esse vagão vai levar três canudinhos. Estimu-
le as crianças a trocar os objetos de vagão, a
movimentar os vagões do trem, a mudar de
posição.
Coloque o áudio da Música “Trenzinho Caipi-
ra”, de Heitor Villa-Lobos. Diga que o trem já
está chegando na estação e agora ele vai an-
dar bem devagar até parar.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar a cidadania e o civis-
mo, e a relação social entre os bebês. Além
disso, a educação e a noção de direção
(dentro, fora, em cima, ao lado etc.), que no
futuro servirá para uma educação na cidade
e no trânsito.
robuart/Shutterstock
Objetivos de desenvolvimento
EI01CG03 Imitar gestos e movimentos de
outras crianças, adultos e animais.
EI01ET04 Manipular, experimentar, arrumar e
explorar o espaço por meio de experiências
de deslocamentos de si e dos objetos.
EI01EF02 Demonstrar interesse ao ouvir a
leitura de poemas e a apresentação de
músicas.
Palavras-chave
Trem, vagão, fila, estação, apito. Números de
um a dez. Onomatopéia. Formas: redondo,
quadrado, triângulo, retângulo.
Partir, chegar, carregar, descarregar.
Rápido, devagar, grande, pequeno, frente,
atrás.
Para ajudar
Busque contato visual com as crianças, cha-
mando-as pelo nome.
Indo além
Use o pátio para desenhar com giz os vagões
do trem. Numere os vagões e brinque de se-
guir a ordem dos números até chegar na lo-
comotiva.
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APRENDENDO COM A NATUREZA
Faixa etária: Bebês (zero a 18 meses).
Tema: Natureza, paisagem, ecossistema, meio
ambiente, plantas.
Bloco de atividade: Hora de brincar com números.
Materiais: Livro: COIRAULT, C. O pequeno livro
do ambiente. Queluz de Baixo, Portugal: Presen-
ça, 2009.
Caixa grande com objetos que podem ser recicla-
dos: latinhas, garrafinhas de plástico, papéis.
Caixas menores coloridas: azul, vermelho, verde,
amarelo.
Quebra-cabeça grande de papelão com seis pe-
ças, formando a figura de uma árvore.
Como fazer
Sente-se em roda com um grupo de crianças. Aqueles que ainda não se sentam devem ser co-locados deitados no chão firme e seguro com a barriga para cima, com espaço suficiente para se virarem, se assim desejarem.
Leia o livro “O pequeno livro do ambiente”, mos-trando as imagens e explorando o vocabulário, ressaltando a parte de colocar os materiais que não usaremos mais em lixeiras.
Traga a caixa grande com objetos. Coloque as caixas menores uma ao lado da outra. Brinque com as crianças de separar os objetos e colocar dentro das caixas.
AZUL: papel/papelão;
VERMELHO: plástico;
AMARELO: metal.
Diga que agora vamos contar quantos objetos colocamos em cada caixa. Conte os objetos. Re-pita.
Diga que agora que guardamos e arrumamos to-da a bagunça e que o espaço está limpo e orga-nizado, podemos receber nossa amiga árvore para brincar!
Pegue as peças do quebra cabeça e monte-o com as crianças. Deixe que manipulem as peças. Estimule as crianças a montar. Conte as peças. Depois de montado, explore a figura e suas for-mas: galhos, troncos, folhas, frutos.
Palavras-chave
Números de um a dez. Cores: azul, amarelo, ver-melho. Animais: macaco, pinguim, canguru.
Fechar, abrir, guardar, reciclar, separar, andar, cor-rer, pular, saltar.
Cheio, vazio.
Para ajudar
Busque contato visual com as crianças, chaman-
do-as pelo nome. Escolha objetos que as crian-
ças possam manipular sem risco.
Indo além
Aproveite a hora de escovar os dentes para brin-car de contar o tempo. Diga que é importante fechar a torneira. Abra a torneira e conte até três. Feche a torneira. O mesmo para a lavagem das mãos.
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Em diálogo com os Temas Contemporâ-
neos Transversais na BNCC: Aproveite a ati-
vidade de rotina para pensar o meio
ambiente e a educação ambiental por meio
do amor às plantas e aos animais.
Objetivos de desenvolvimento
EI01EF04 Reconhecer elementos das
ilustrações de histórias, apontando-os, a
pedido do adulto-leitor.
EI01CG03 Imitar gestos e movimentos de
outras crianças, adultos e animais.
EI01ET04 Manipular, experimentar, arrumar e
explorar o espaço por meio de experiências
de deslocamentos de si e dos objetos.
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Hora de ler
QUE COMIDA COLORIDA!
Faixa etária: Bebês (zero a 18 meses).
Tema: Corpo, Saúde, Alimentação.
Bloco de atividade: Hora de ler.
Materiais:
• Livro: CARLE, E. Uma lagarta muito comilona.
São Paulo: Callis, 2011.
• Frutas frescas disponíveis na época.
Como fazer
Sente-se em roda com um grupo de crianças. Aqueles
que ainda não se sentam devem ser colocados deita-
dos no chão firme e seguro com a barriga para cima,
com espaço suficiente para se virarem, se assim dese-
jarem.
Leia o livro “Uma lagarta muito comilona”, mostrando
as imagens e explorando o vocabulário.
O que vimos na nossa história? Tudo começou com a
lua iluminando um pequeno ovo descansando em uma
folha. No domingo, o Sol chegou e de dentro do ovo
saiu uma pequena lagarta esfomeada! O que ela co-
meu?
Uma maçã. Conte nos dedos e repita: Uma maçã.
Duas peras. Conte nos dedos e repita: Duas peras.
Três ameixas. Conte nos dedos e repita: Três ameixas.
Quatro morangos. Conte nos dedos e repita: Quatro
morangos.
Cinco laranjas. Conte nos dedos e repita: Cinco laran-
jas.
Bolo, sorvete, pepino, queijo, salame, pirulito, torta, sal-
sicha, bolinho, melancia. Conte nos dedos e diga: Dez!
E depois? O que aconteceu? A lagarta comeu uma
folha verde! Ela não era mais uma lagarta pequena, era
uma lagarta grande! Ela saiu do casulo e se transfor-
mou em uma linda borboleta!
Mostre no livro a imagem da borboleta. Diga que ela
tem asas coloridas. Vamos ver as cores? Azul, amare-
lo, verde, vermelho.
E as frutas que a lagarta comeu? Eram coloridas? Va-
mos relembrar?
Pegue a cesta de frutas. Diga que as frutas nos fazem
crescer com saúde e ficar fortes como a lagarta. Va-
mos ver? Olhem a maçã vermelha! Vamos achar outra
fruta vermelha? O morango! A pera amarela! Continue
explorando as cores e as quantidades, formas, textu-
ras e cheiros.
Vamos imitar a lagarta e comer uma fruta? Escolha
junto com as crianças. Ofereça de acordo com a faixa
etária (cortada, inteira, pedaços grandes, pedaços pe-
quenos).
Objetivos de desenvolvimento
EI01EF04 Reconhecer elementos das
ilustrações de histórias, apontando-os, a
pedido do adulto-leitor.
EI01CG03 Imitar gestos e movimentos de
outras crianças, adultos e animais.
EI01EO06 Interagir com outras crianças da
mesma faixa etária e adultos, adaptando-se
ao convívio social.
Em diálogo com os Temas Contemporâ-
neos Transversais na BNCC: Aproveite a
atividade de rotina para pensar a saúde, a
educação alimentar e nutricional prazerosa
e em sociedade.
Palavras-chave
Lagarta, lua, folha, ovo, sol, casulo, comida, borbo-
leta.
Dias da semana, números de um a dez.
Dentro, fora.
Esfomeada, grande, pequena.
Procurar, entrar, sair, comer.
Para ajudar
Busque contato visual com as crianças, chamando-
-as pelo nome. Deixe que as crianças toquem nas
frutas, explorem, sintam o cheiro, a textura, assim
ficará mais fácil experimentar. Substitua por outra
se for preciso.
Indo além
As frutas são coloridas. A lagarta se transformou
em uma borboleta colorida. Onde mais podemos
encontrar muitas cores? No arco-íris! Desenhe um
arco-íris, explore o nome das cores e a quantidade.
Para as crianças menores, ofereça papéis coloridos
e proponha uma colagem.
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QUAL O MEU TAMANHO?
Faixa etária: Bebês (zero a 18 meses)
Tema: Eu, colegas, família, comunidade.
Bloco de atividade: Hora de ler.
Materiais: Livro: ARRONGE, L. L. (Autor, Ilustra-
dor). Eu grande você pequenininho. Julia Bussius
(Tradutor). São Paulo: Companhia das Letras
(Companhia das Letrinhas), 2015.
Varal de roupas: um barbante e pregadores de
roupa.
Meias e luvas coloridas e de tamanhos diferentes:
grandes e pequenos.
Como fazer
Sente-se em roda com um grupo de crianças. Aque-les que ainda não se sentam devem ser colocados deitados no chão firme e seguro com a barriga pa-ra cima, com espaço suficiente para se virarem, se assim desejarem.
Leia o livro “Eu grande você pequenininho”, mos-trando as imagens e explorando o vocabulário.
Pergunte: O que eles estão fazendo? Estão fazendo pão. Olhem um pão bem grande! Um pão bem pe-quenininho! O que eles estão fazendo agora? To-mando banho! Uma espuma bem grande! Uma es-puma bem pequenininha! E agora, o que é isso? O papai castor usa roupas grandes e o filho usa rou-pas pequenininhas. Diga que apesar das diferenças, pai e filho estão sempre juntos.
Ao final da história volte na imagem das roupas no varal e repita: O papai castor usa roupas grandes e o filho usa roupas pequenininhas.
Mostre para as crianças o varal que você montou com meias e luvas grandes e pequenas. Estimule as crianças a pegar as peças de roupa e experimentar. Ajude e espiche a conversa: Essa meia cabe no seu pé? De quem é? Do papai? Ficou grande! E essa lu-va? É do seu tamanho? Pequenininha? Cabe na sua mão? Vamos trocar?
Deixe que as crianças manipulem as peças de rou-pa. Explore o vocabulário incluindo as cores e as texturas. Uma meia azul pequenininha! Uma luva amarela grande! Uma meia grande e macia!
Relembre a história com as crianças: O que acon-teceu na história? Como acabou? O pai e o filho juntos em um grande abraço. Abra os braços e mos-tre um grande abraço.
Palavras-chave
Tamanho, roupas, meias, luvas, varal, papai, filho, abraço.
Colocar, tirar, caber, usar.
Grande, pequenininho.
Para ajudar
Busque contato visual com as crianças, chamando--as pelo nome. Perceba se a criança aceita colocar roupas e acessórios. Se apresentar resistência, dei-xe que ela toque no tecido, observe as outras crian-ças, e aos poucos veja se aceita experimentar.
Indo além
Brincar com as partes do corpo, mãos, cabeça, bar-riga. Colocar a meia e o sapato do colega ao lado, trocar, experimentar.
Julia
August
/Shutt
ers
tock
Em diálogo com os Temas Contemporâ-
neos Transversais na BNCC: Aproveite a ati-
vidade de rotina para pensar a cidadania e o
civismo. Esta atividade é um modo de refle-
tir sobre a vida social e vida em grupo do
trabalho coletivo e em grupo.
Objetivos de desenvolvimento
EI01EF04 Reconhecer elementos das
ilustrações de histórias, apontando-os, a
pedido do adulto-leitor.
EI01CG03 Imitar gestos e movimentos de
outras crianças, adultos e animais.
EI01EO03 Interagir com crianças da mesma
faixa etária e adultos ao explorar espaços,
materiais, objetos, brinquedos.
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UMA CASA PARA MORAR
Faixa etária: Bebês (zero a 18 meses)
Tema: Espaços: creche, casa, rua, cidade.
Bloco de atividade: Hora de ler.
Materiais: Livro: FRANÇA, M.; FRANÇA, E. O Ca-
racol. São Paulo: Ática, 2019.
Música: pesquise alguma música para crianças do
Caracol ou, ainda, uma poesia cantada.
Casa de papelão: Pegue uma caixa de papelão
grande, retire a parte de cima. Retire um dos la-
dos para fazer a entrada. Corte quadrados de 30
cm para fazer as janelas.
Como fazer
Sente-se em roda com um grupo de crianças.
Aqueles que ainda não se sentam devem ser co-
locados deitados no chão firme e seguro com a
barriga para cima, com espaço suficiente para se
virarem, se assim desejarem.
Leia o livro “O Caracol”, mostrando as imagens e
explorando o vocabulário.
Nessa história havia muitos animais diferentes.
Quem eram eles? Mostre novamente as imagens.
O caracol, a joaninha, o grilo (fazer o som), a ci-
garra, o vaga-lume (falar que é iluminado), a for-
miga.
Diga que o caracol queria voar, como a joaninha,
pular como o grilo, cantar como a cigarra, andar
ligeiro como a formiga e até mesmo brilhar como
o vaga-lume, mas não podia. Ele ficou triste, pois
queria fazer tudo que os outros animais faziam,
mas era diferente. Até que um dia, ele percebeu
que tinha uma casa para morar.
Diga que o caracol tem uma casa nas costas. O
caracol anda bem devagar. O caracol é pequeno.
O caracol entra e sai da sua casa. Como ele faz?
Traga a casinha de papelão. Brinque de entrar e
sair da casa. Proponha que as crianças engati-
nhem ou andem bem perto do chão.
Coloque o áudio da música escolhida e repita com
as crianças os movimentos lentos do caracol.
Ro
llin
g S
ton
es/S
hutt
ers
tock
Em diálogo com os Temas Contemporâ-
neos Transversais na BNCC: Aproveite a ati-vidade de rotina para pensar a cidadania e o civismo. Esta atividade é um modo de refle-tir sobre a vida social e vida em grupo do trabalho coletivo e em grupo.
Objetivos de desenvolvimento
EI01EF04 Reconhecer elementos das ilustrações de histórias, apontando-os, a pedido do adulto-leitor.
EI01CG02 Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes acolhedores e desafiantes.
EI01ET03 Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo descobertas.
Palavras-chave
Caracol, joaninha, grilo, cigarra, vagalume, formi-
ga, casa, movimento.
Morar, pular, voar, cantar, brilhar.
Devagar, lento, ligeiro, igual, parecido, diferente,
triste.
Para ajudar
Busque contato visual com as crianças, chamando-
-as pelo nome. Auxilie as crianças menores a reali-
zarem os movimentos de rolar no chão, engatinhar,
virar para um lado e para o outro.
Indo além
Pergunte: Que outro animal tem uma casa assim
como o caracol? Diga que ele anda bem devagar.
Imite os movimentos. Quem é? A tartaruga. Mostre
uma imagem da tartaruga e explore as cores e for-
mas.
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Palavras-chave
Casa, cama, dia, noite, lua, estrelas, nuvem, bom dia,
boa noite, pulga, sono, bocejo.
Morar, dormir, acordar, morder, pular, coçar, boce-
jar.
Claro, escuro, sonolento.
Para ajudar
Busque contato visual com as crianças, chamando-
-as pelo nome. Faça exercícios de respiração e re-
laxamento com as crianças. Inspira e expirar.
Indo além
Existem animais que dormem durante o dia e ficam
acordados durante a noite. A Coruja! Como ela é?
Olhos grandes, penas. Cante a música Corujinha, de
Vinicius de Moraes, e explore os movimentos e sons
da coruja: dormir, acordar, voar, piar.
DORMIR, ACORDAR E PULAR
Faixa etária: Bebês (zero a 18 meses).
Tema: Natureza, fenômenos, ciclos.
Bloco de atividade: Hora de ler.
Materiais: Livro: WOOD, A. A casa sonolenta. São Paulo: Ática, 2019.
Estrelinhas de pano. Corte pedaços de tecido em formato de estrela.
Lenços ou panos para cobrir.
Como fazer
Sente-se em roda com um grupo de crianças. Aque-
les que ainda não se sentam devem ser colocados
deitados no chão firme e seguro com a barriga pa-
ra cima, com espaço suficiente para se virarem, se
assim desejarem.
Leia o livro “A casa sonolenta”, mostrando as ima-
gens e explorando o vocabulário.
O que vimos na história? O menino e sua avó mo-
ravam em uma casa diferente. Era uma casa sono-
lenta! Nessa casa viviam alguns animais: um rato,
um gato, um cachorro. Todos viviam dormindo.
Quem estava acordada? A pulga! A pulga acordou
o rato, que acordou o gato, que acordou o cachor-
ro, que acordou o menino, que acordou a vovó!
Vamos cantar a música da pulga? Estava dormindo,
quando algo aconteceu, era uma pulguinha, e a da-
nada me mordeu – aí! Estimule as crianças a fazer
os movimentos da pulga. Diga: Pula, pulguinha!
Sente novamente em roda e diga que na casa sono-
lenta todos viviam dormindo: Mas nós dormimos du-
rante a noite. Como é a noite? Como é o céu à noite:
escuro, tem estrelas, a lua. E ficamos acordados du-
rante o dia. Como é o dia? Como é o céu de dia: cla-
ro, azul, sol, chuva, nuvem. Quando acordamos, di-
zemos: Bom dia! Quando vamos dormir, dizemos:
Boa noite.
Brinque de abrir e fechar as mãos na frente do ros-
to. Abrir e fechar os olhos. Abra as mãos e os olhos
e diga: Bom dia! Feche as mãos e os olhos e diga:
Boa noite! Repita algumas vezes.
Ahhhh – simule um bocejo. Diga que está ficando
com sono, assim como a casa sonolenta. Distribua
as estrelinhas e os paninhos. Deixe que as crian-
ças manipulem. Deite e estimule as crianças a fa-
zerem o mesmo. Repita o som do bocejo. Diga:
Boa Noite!
ankomando/Shutterstock
Objetivos de desenvolvimento
EI01EF04 Reconhecer elementos das ilustrações de histórias, apontando-os, a pedido do adulto-leitor.
EI01CG03 Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras formas de expressão.
Em diálogo com os Temas Contemporâ-
neos Transversais na BNCC: Aproveite a ati-vidade de rotina para pensar o meio ambiente e a educação ambiental por meio do amor aos animais.
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O QUE OS ANIMAIS NOS ENSINAM?
Faixa etária: Bebês (zero a 18 meses).
Tema: Animais.
Bloco de atividade: Hora de ler.
Materiais: Livro: GOMI, T. Aprendo com meus
amigos. São Paulo: Cosac & Naify, 2008.
Lenço ou pano.
Como fazer
Sente-se em roda com um grupo de crianças. Aque-
les que ainda não se sentam devem ser colocados
deitados no chão firme e seguro com a barriga pa-
ra cima, com espaço suficiente para se virarem, se
assim desejarem.
Leia o livro “Aprendo com os amigos”, mostrando
as imagens.
Pergunte: O que vimos na nossa história? Abra o li-
vro novamente. Brinque de procurar os animais nas
imagens. Explore o vocabulário: Tamanho, formas
e cores. Olhem, achei o jacaré! Onde estará o coe-
lho? Está escondido aqui!!! Achei a formiga! Ela é
pequena! Achei um gorila bem grandão. Qual a cor
da borboleta?
Pergunte o que os animais estão fazendo. Diga que
o gato está andando, o cachorro está pulando, o
jacaré está dormindo.
Agora, vamos fazer o que os nossos amigos animais
nos ensinaram?
Imite o movimento dos animais e estimule as crian-
ças a fazerem o mesmo: O gato nos ensinou a an-
dar, vamos andar como o gato? Fazer movimentos
lentos. O cachorro nos ensinou a pular. Quem con-
segue pular bem alto? O cavalo nos ensinou a cor-
rer. Vamos correr para um lado e para o outro? No
caso dos bebês bem pequenos, eles podem se ar-
rastar ou engatinhar, como o gato e o cachorro.
Quem consegue se esconder como o coelho ensi-
nou? Eu consigo!
Brinque de esconder com um lenço ou um pano.
Cadê (diga o nome da criança)? Achou! Repita al-
gumas vezes.
Diga que agora vamos imitar o jacaré, que nos en-
sinou a dormir com a barriga no chão. Quero ver
quem consegue! Deite-se no chão e estimule as
crianças a imitarem seus movimentos, fecharem os
olhos e relaxar.
Objetivos de desenvolvimento
EI01EF02 Demonstrar interesse ao ouvir a
leitura de poemas e a apresentação de
músicas.
EI01CG03 Imitar gestos e movimentos de
outras crianças, adultos e animais.
EI01EO03 Interagir com crianças da mesma
faixa etária e adultos ao explorar espaços,
materiais, objetos, brinquedos.
Em diálogo com os Temas Contemporâ-
neos Transversais na BNCC: Aproveite a ati-
vidade de rotina para pensar o meio
ambiente e a educação ambiental por meio
do amor aos animais.
Palavras-chave
Animais, movimentos.
Andar, saltar, correr, esconder.
De um lado, de outro lado, grande, pequeno.
Para ajudar
Busque contato visual com as crianças, chamando-
-as pelo nome. Ajude as crianças a realizarem os
movimentos. Repita algumas vezes os movimentos
dos animais. Apresente os animais de brinquedo da
história para ajudar na identificação.
Indo além
Volte no livro e estimule as crianças a identificarem
e reproduzirem os sons dos animais. Como o gato
faz? Miau. E o cachorro? Au au. Vamos cantar co-
mo o passarinho? Piu Piu. Repita algumas vezes.
Associe os sons aos movimentos.
Apresente pares de figuras com animais da histó-
ria para diferenciar e agrupar os iguais. Olhem,
um cachorro! Será que há outro cachorro por
aqui? Um gato, vejam, não é igual, é diferente.
Aqui está, você encontrou!
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PARABÉNS PARA VOCÊ
Faixa etária: Bebês (zero a 18 meses).
Tema: Festas, folclore, costumes.
Bloco de atividade: Hora de ler.
Materiais: Livro: INSTITUTO ALFA E BETO. Eu
sou assim, 2010.
Cante para as crianças a música tão conhecida
“Parabéns a você”
Blocos de Lego.
Como fazerSente-se em roda com um grupo de crianças. Aque-
les que ainda não se sentam devem ser colocados
deitados no chão firme e seguro com a barriga pa-
ra cima, com espaço suficiente para se virarem, se
assim desejarem.
Leia o livro “Eu sou assim”, mostrando as imagens
das crianças.
O que vimos nessa história? Têm muitas crianças
no livro: 1, 2, 3, 4...
As crianças do livro têm várias idades. Nós também
e todos nós fazemos aniversário, quase sempre com
festa e bolo. Quem vai fazer aniversário?
Aproveitar a alegria das crianças e propor uma “fes-
ta com bolo”.
Cante a música “Parabéns para você!”.
Entregue peças de Lego para as crianças coloca-
rem uma em cima da outra.
Os bebês menores podem ter peças de blocos maio-
res para explorarem a cor, o som, a textura.
Brinque de cantar “parabéns”, incentivando as crian-
ças a balançarem e baterem palmas.
Vecter Art/Shutterstock
Objetivos de desenvolvimento
EI01EF04 Reconhecer elementos das
ilustrações de histórias, apontando-os, a
pedido do adulto-leitor.
EI01CG02 Experimentar as possibilidades
corporais nas brincadeiras e interações em
ambientes
acolhedores e desafiantes.
EI01EO03 Interagir com crianças da mesma
faixa etária e adultos ao explorar espaços,
materiais, objetos, brinquedos.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos Transversais na BNCC: Aproveite a ativida-
de de rotina para pensar o Multiculturalismo
e a Diversidade Cultural, valorizando tanto o
multiculturalismo nas matrizes históricas
quanto nas matrizes culturais brasileiras.
Indo alémVocê pode fazer uma massa de modelar natural,
com tinta vegetal para continuar a brincadeira de
uma festa de aniversário com “bolo”.
Palavras-chaveMenino, menina, criança, bolo, vela, blocos, palmas.
Cantar, dançar, brincar, comemorar, montar, cair,
derrubar, crescer, ser.
Alto, baixo, perto, longe, muito, pouco.
Para ajudarBusque contato visual com as crianças, chamando-
-as pelo nome. Para as crianças menores: brinque
de bater palmas bem suavemente, estimulando que
ela a imite.
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P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-2_U8_056-121_LP.indd 119P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_PARTE-2_U8_056-121_LP.indd 119 07/10/20 22:5807/10/20 22:58
MALA CHEIA, MALA VAZIA
Faixa etária: Bebês (zero a 18 meses)
Tema: Férias, viagens, aventuras, fantasia, mági-
cas.
Bloco de atividade: Hora de ler.
Materiais: Livro: MACHADO, A. M. Cabe na mala.
São Paulo: Salamandra, 2012.
Mala grande.
Objetos usados na praia: balde, toalha, chapéu,
óculos de sol.
Como fazer
Sente-se em roda com um grupo de crianças. Aqueles
que ainda não se sentam devem ser colocados deita-
dos no chão firme e seguro com a barriga para cima,
com espaço suficiente para se virarem, se assim dese-
jarem.
Leia o livro “Cabe na mala”, mostrando as imagens e
explorando o vocabulário.
O que vimos na história? Vamos lembrar? Tal etapa da
atividade auxilia na fixação da história lida, no aprendi-
zado de novas palavras e na repetição da atividade,
etapa muito importante para o aprendizado da criança.
A vaca e o cavalo usaram malas e maletas para pas-
sear pela vila. O que cabia na mala? A batata, a vela, a
bola e a panela? E os animais? O tatu cabia na mala?
O mala estava cheia ou vazia? Os animais da história
conseguiram dar um jeito e levaram de volta para a
casa os objetos e os outros animais dentro de suas
malas.
Pergunte às crianças: O que será que tem dentro da
nossa mala? Para onde iremos? Vamos descobrir?
Pegue a mala. Diga que a mala está muito cheia e pe-
sada. Abra e vá tirando os objetos de dentro. Diga o
nome do objeto, explore o vocabulário: Cores, texturas
e formas e tamanhos. Vejam esse chapéu amarelo!
Uma toalha grande e macia! Um balde redondo e azul.
Já sei, nós vamos para praia!!!
Espiche a conversa, pergunte como é a praia, o que
sabemos: Areia, mar, onda, barracas, toalha, balde. Imi-
te o barulho do mar.
Vamos arrumar a nossa mala para caber tudo lá den-
tro? Diga que ela está vazia. Vá colocando os objetos
de volta na mala. Repita o nome dos objetos, suas co-
res e formas. Peça ajuda das crianças, estimule e auxi-
lie para que coloquem os objetos na mala.
Olga1818/Shutterstock
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Em diálogo com os Temas Contemporâneos
Transversais na BNCC: Aproveite a ativida-
de de rotina para pensar a cidadania e civis-
mo, a vida familiar e social, dentro e fora da
creche.
Objetivos de desenvolvimento
EI01EF04 Reconhecer elementos das
ilustrações de histórias, apontando-os, a
pedido do adulto-leitor.
EI01ET05 Manipular materiais diversos e
variados para comparar as diferenças e
semelhanças entre eles.
EI01EO06 Interagir com outras crianças da
mesma faixa etária e adultos, adaptando-se
ao convívio social.
Palavras-chave
Mala, maleta, passeio, viagem, chapéu, toalha, bal-
de, praia, areia, mar, onda, barracas, vaca, cavalo,
tatu, batata, vela, bola, panela, onomatopeias (ruído
do mar); cores e formas.
Levar, caber, encher, esvaziar.
Cheia, vazia, leve, pesada, dentro, fora, grande, pe-
queno.
Para ajudar
Busque contato visual com as crianças, chamando-
-as pelo nome. Escolha uma mala grande para que
as crianças possam explorar juntas e onde caibam
muitos objetos. Escolha objetos coloridos e com
formas e tamanhos variados.
Indo além
Apresente às crianças potes de areia com quanti-
dades variadas. Diga que esta é a areia da praia do
nosso passeio. Qual está cheio? Qual está vazio?
Pegue dois potes e veja qual o mais pesado. Explo-
re as diferenças.
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DO QUE É FEITA A SUA CASA?
Faixa etária: Bebês (zero a 18 meses).
Tema: Matéria, materiais, propriedades.
Bloco de atividade: Hora de ler.
Materiais: Livro dos Três porquinhos.
Objetos diversos: leves e pesados (penas, papel,
blocos).
Como fazer
Sente-se em roda com um grupo de crianças.
Aqueles que ainda não se sentam devem ser
colocados deitados no chão firme e seguro com
a barriga para cima, com espaço suficiente pa-
ra se virarem, se assim desejarem.
Leia o livro “Os três porquinhos”, mostrando
as imagens e explorando o vocabulário.
O que vimos na história? Vamos lembrar? Tal
etapa da atividade auxilia na fixação da história
lida, no aprendizado de novas palavras e na re-
petição, etapa muito importante para o apren-
dizado da criança.
Os três porquinhos viviam na floresta. Mas,
descobriram que ali por perto vivia o Lobo.
Resolveram construir uma casa para morar.
Como era a casa de cada porquinho? Uma ca-
sa de palha. O lobo soprou até derrubar! Uma
casa de madeira. O lobo soprou até derrubar.
Uma casa de tijolos. O lobo soprou, soprou e
não conseguiu derrubar! Explore os materiais.
Diga que a palha é leve, o tijolo é pesado.
Vamos fazer como o lobo e soprar?
Brinque com as crianças de soprar e derrubar
objetos. Escolha objetos mais leves e mais pe-
sados. Estimule as crianças a imitar seus mo-
vimentos com a boca.
Brinque de esconder. Faça o barulho do lobo
batendo na porta: Toc Toc Toc. Quem é? Abriu!
Fechou! Com os menores, faça movimentos de
esconder o rosto com as mãos. Com os maio-
res, brinque explorando o espaço.
herm
andesign2015/
Shutterstock
Objetivos de desenvolvimento
EI01EF04 Reconhecer elementos das ilustrações de histórias, apontando-os, a pedido do adulto-leitor.
EI01CG03 Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais.
EI01ET03 Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo
descobertas.
Em diálogo com os Temas Contemporâneos Transversais na BNCC: Aproveite a atividade
de rotina para pensar a cidadania e civismo, a
vida familiar e social, dentro e fora da creche.
Palavras-chave
Casa, floresta, palha, madeira, tijolos, porta, ja-
nela; porquinho, lobo.
Soprar, derrubar, correr, construir, abrir, fechar.
Forte, fraco, pesado.
Para ajudar
Busque contato visual com as crianças, cha-
mando-as pelo nome. Mostre um fantoche do
lobo e deixe que a criança o manipule, “con-
verse com ele”. Todos podem cantar a música
do lobo para alegrar a brincadeira.
Indo além
Construir as três casas. Faça o modelo em uma
cartolina e mostre às crianças a palha, tiras de
papel corrugado marrom e EVAs cortados em
formas retangulares. Depois, proponha uma
colagem em cada casa.
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9Unidade
Acompanhamento/ Avaliação Formativa dos Itinerários de Rotina e Pedagógicos
cosm
aa/Shutterstock
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O termo “avaliação formativa” é usado por dife-
rentes autores em diferentes sentidos. O que é co-
mum nas diversas definições é o objetivo: Usar a
informação para melhorar. Melhorar o quê?
Depende do objetivo da avaliação. Aqui, esta-
mos tratando das crianças, portanto, trata-se de
averiguar com frequência se as crianças estão pro-
gredindo e, caso não estejam, tomar as providên-
cias para que isso aconteça.
Os seres humanos avaliam tudo e todos a to-
do momento. É a maneira que usamos para nos
situar nos diferentes contextos e momentos. Na
creche e na pré-escola, os objetivos da avaliação
formativa se referem a averiguar se a instituição
está cumprimento a sua missão – que é a de pro-
mover o desenvolvimento das crianças e, no caso
da pré-escola, prepará-las para ingressar na es-
cola formal.
Portanto, os referenciais para a avaliação forma-
tiva são as orientações curriculares – aquilo que a
sociedade espera da creche/ pré-escola e a propos-
ta pedagógica de cada instituição.
Acompanhamento no dia a dia
a) Adaptação. Nos primeiros dias de uma criança
na creche, é de se esperar tensão e ansiedade por
parte de muitos pais e de crianças, especialmente as
que ficaram mais tempo em casa. A adaptação das
Introdução
crianças requer uma preparação para receber a crian-
ça e tranquilizar os pais, bem como uma observação
muito próxima para que a transição seja suave.
b) Os primeiros meses até um ano. Nas creches,
especialmente até o 1º ano de vida, o acompanha-
mento das crianças é diário, os pais se preocupam
em saber detalhes do dia a dia: A criança comeu?
O quê? A que horas? Fez cocô? Teve febre? Dormiu?
Tipicamente, os pais recebem uma informação pre-
cisa por meio de uma agenda física ou eletrônica.
Ao fazer esse acompanhamento, os educadores
também estão observando outros aspectos do de-
senvolvimento da criança. Ao entregar as crianças
às famílias – e vice-versa –, espera-se que as crian-
ças estejam limpas e asseadas.
c) A vida na creche a partir do 1º ano e da adap-
tação. A partir do 1º ano de vida e/ ou do período
de adaptação, as preocupações dos pais mudam
de foco e se concentram mais na alimentação e, por
volta dos 2 anos a 2 anos e meio, no controle dos
esfíncteres. Aos poucos, vão se concentrando mais
no acompanhamento das atividades. A conversa
entre cuidadores e crianças depois do dia na creche
é importante não apenas para aproximar as famílias
da creche como também para desenvolver a me-
mória das crianças. Atividades como empréstimo
de livro e livro viajante contribuem para esses ob-
jetivos.
molcay/Shutterstock
122
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Para além desse acompanhamento conjunto às
famílias, cabe à instituição acompanhar o desenvol-
vimento da criança. Nas creches, especialmente no
1º ano de vida, é muito comum o uso de agendas,
nas quais se registram os dados mais rotineiros, bem
como observações sobre o comportamento da crian-
ça. Para as instituições que adotam agendas, este é
um bom espaço para apresentar sugestões de ativi-
dades para os pais fazerem com os filhos em casa.
Ao final de cada mês, o educador deve registrar
a sua observação do desempenho de cada
criança. O foco principal é identificar se a crian-
ça está progredindo nas diversas áreas do de-
senvolvimento. O progresso é sempre lento,
mas é diferente quando a criança está parada
ou mesmo está regredindo. Regressões são
mais comuns e frequentes devido a eventos ex-
ternos, mudanças na família etc. Depois de pas-
sado esse momento de transição ou tensão, as
crianças tendem a voltar ao que eram. Já a
criança que é apática, que não responde aos
estímulos, esta deve receber mais atenção. Daí
a importância do acompanhamento contínuo.
Apresentamos, a seguir, sugestão de instrumen-
to de acompanhamento e avaliação. Mais do que
a situação “absoluta” da criança, importa acom-
panhar o processo – com especial atenção a
crianças que demonstrem estagnação ou regres-
são. O marco de referência são as expectativas
para o desenvolvimento, que podem ser desdo-
bradas – a critério de cada instituição, em itens
mais específicos, como os propostos na BNCC,
por exemplo.
A escalaA escala sugerida contém 5 áreas do desenvol-
vimento que correspondem aos campos de expe-
riência da BNCC.
Para simplificar, sugerimos que o educador re-
gistre de 1 a 3:
1. Regressão ou sem progresso
2. Progredindo com dificuldade
3. Progredindo dentro do esperado
Ficha de acompanhamento individual – De 0 meses a 1 ano e seis meses
Turma:
Educadora:
Nome da criança:
Data:
Pessoal e Social Des. Físico e Motor Linguagem Cognitivo
O eu, o outro e nósCorpo, gestos e movimentos
Traços, sons, cores e formas
Escuta, fala, pensamento e
imaginação
Espaços, tempos,
quantidades
Exemplos de indicadores pertinentes a essas áreas de desenvolvimento:
PESSOAL/ SOCIAL
Zero 6 meses 12 meses 18 meses
Reage positivamente à presença de adultos conhecidos X
Quando você estende a mão e pede o brinquedo ele lhe
ofereceX
Expressa necessidades e preferências com expressões
e movimentosX
Expressa necessidades e preferências com
vocalizações, sílabas ou palavras (qué, dá etc.)X
A criança chama a atenção do adulto quando
deseja algo X
123
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FÍSICO/ MOTOR
Zero 6 meses 12 meses 18 meses
Senta-se com apoio X
Engatinha X
Começa a andar com apoio X
Anda se balançando X
LINGUAGEM
ZERO 6 meses 12 meses 18 meses
Produz sons, como gá, gu, daX
Quando quer algo, o bebê aponta para o objeto? X
A criança diz duas ou três palavras juntas que
representam ideias diferentes, como “Quero água”,
“Mamãe chegou” ou “Dá bola”
X
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO/ CONHECIMENTO DE MUNDO
ZERO 6 meses 12 meses 18 meses
Explora objetos com as mãos, pés, boca, olhos,
ouvidos e narizX
Repete uma ação para fazer com que algo volte a
acontecer, experimentando a sua causa e efeitoX
Se você aponta para uma figura e pergunta à criança O
que é isso? ela nomeia corretamente pelo menos uma
figura?
X
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WEISLEDER, Adriana; SR MAZZUCHELLI, Denise; SÁ LOPEZ, Aline; DUARTE NETO, Walfrido; BROCKMEYER CATES, Carolyn; Hosana ALVES
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Maio, 1996. Disponível em: <https://doi.or-
g/10.1111/j.1467-9280.1996.tb00350.x>.
Bibliografia comentadaLimitamos nossos comentários a publicações
em língua portuguesa com base científica ou apre-
sentando evidências científicas, e que sejam escri-
tas com linguagem adequada ao público-alvo e re-
presentam o que há de mais atual e pertinente
sobre o tema. As exceções são as obras sobre lite-
ratura infantil.
LITERATURA INFANTIL
LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para a leitura
do mundo. São Paulo: Ática, 1999. Neste livro o
professor encontrará uma reflexão erudita, mas
de fácil entendimento, a respeito da importância
e dos desafios de lidar com a literatura na escola.
LAJOLO, Marisa; e ZILBERMAN, Regina. Literatura in-
fantil brasileira: História & histórias. São Paulo: Áti-
ca, 1999. Este livro traça a história da literatura in-
fantil no Brasil e oferece ao educador uma visão
contextualizada da origem dos nossos principais
autores.
MACHADO, Ana Maria. Como e por que ler os clás-
sicos universais desde cedo. São Paulo: Objetiva,
2002. Um livro erudito, escrito de forma agra-
dável e compreensível, repleto de exemplos que
mostram a importância de ler os clássicos desde
cedo para entendermos a origem de nossa lín-
gua e de nossos referentes culturais.
TATAR, Maria. Contos de fada. Clássicos Zahar, 2013.
Maria Tatar é uma das mais eruditas estudiosas
dos contos infantis. Esta versão comentada per-
mite ao leitor entender as origens, as histórias e
as complexidades culturais e psicológicas refle-
tidas nos contos de fada.
EDUCAÇÃO INFANTIL E LITERACIA
CÂMARA dos deputados. Educação Infantil. Ci-
clo de Seminários Internacionais, 2008. Trata-se do
P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_Referencias_125-128_LP.indd 127P2_V1_EI_J_BATISTA_CRECHE_Atg22_Referencias_125-128_LP.indd 127 07/10/20 23:1507/10/20 23:15
relatório de um seminário realizado em 2008, escri-
to em linguagem clara e compreensível. Todas as
unidades são fundamentadas em evidências. O ar-
tigo de Lisa Freund documenta o impacto da leitu-
ra no desenvolvimento do cérebro; David Dickinson
revê as evidências científicas sobre literacia familiar.
Os demais autores reveem as bases científicas de
políticas de atendimento à primeira infância em di-
ferentes contextos e países.
ARAUJO, Aloísio. (Coordenador do Grupo de
Estudo). Aprendizagem infantil: Uma abordagem
da neurociência, economia e psicologia cognitiva.
Academia Brasileira de Ciência, 2012. Esta publica-
ção apresenta um conjunto de estudos e o relatório
de um grupo de trabalho reunido pela Academia
Brasileira de Ciências para tratar do tema. Todos os
artigos possuem rigoroso embasamento científico,
mas proporcionam ao leitor um entendimento claro
das diferentes ciências e perspectivas científicas
sobre a primeira infância, incluindo as contribuições
da neurociência, da ciência cognitiva da leitura/al-
fabetização e da economia.
Leitura desde o berço: políticas sociais integra-
das para a primeira infância. Coleção de artigos
apresentados no III Seminário Internacional realiza-
do entre 16 e 20 de agosto de 2010. Rio de Janeiro:
Instituto Alfa e Beto. Esta publicação contém dois
artigos primorosos. O primeiro deles, de autoria de
David Dickinson e Julie Griffith, revê as evidências
científicas sobre o impacto de longo prazo da lei-
tura para bebês. O segundo, de autoria de Perri
Klass, Dreyer e Mendelsohn, descreve o programa
Reach Out and Read, um dos programas de litera-
cia familiar mais bem-sucedidos do mundo.
FONTES ADICIONAIS DE INFORMAÇÃO:
Harvard Center for the Developing Child. Esse
site oferece estudos fundamentados sobre temas
relevantes de desenvolvimento infantil. Vários arti-
gos estão disponíveis em língua portuguesa. Dispo-
nível em: <https://developingchild.harvard.edu>.
Acesso em: 8 set. 2020.
Enciclopédia sobre o Desenvolvimento na Pri-
meira Infância. A Enciclopédia é produzida pelo
Centre d’Excellence pour le Développement des Je-
unes enfants, no Canadá, e contém artigos científi-
cos escritos para o público não especializado. Há
versão em português de diversos artigos. Disponí-
vel em: <http://www.enciclopedia-crianca.com>.
Acesso em: 8 set. 2020.
No Brasil, destacam-se os sites da Fundação Ma-
ria Cecília Souto Vidigal, do Instituto Alfa e Beto, e,
especificamente nas áreas de leitura e matemática,
da Fundação ABCD. Disponível em:< https://www.
fmcsv.org.br/pt-BR/>. Acesso em: 8 set. 2020.
ALFABETIZAÇÃO
DEHAENE, Stanlislas. Os neurônios da leitura. Pen-
so: 2012. Neste livro o autor mostra como a ciência
explica nossa capacidade de ler, explica a origem das
letras e suas formas, e como o cérebro se modificou
para aprender a ler. Embora a alfabetização não seja
um tema específico da creche, vale a pena conhecer
o processo pelo qual nosso cérebro aprende a ler.
MATEMÁTICA
WILLINGHAM, D. O Ensino de Matemática nas
Séries Iniciais publicado em III Seminário Interna-
cional IAB, Rio de Janeiro, 2020. Embora o título do
artigo se refira às séries iniciais, o autor se refere a
conceitos que são adquiridos muito antes disso. O
cérebro possui capacidades naturais para aprender
matemática, o “senso numérico”, mas isso é apenas
a base: é preciso um cultivo cuidado, começando
pelo conhecimento dos fatos fundamentais e das
operações. O autor mostra como é muito mais im-
portante usar exemplos familiares do que exemplos
concretos (por exemplo, dividir um biscoito para
ensinar frações tem mais impacto por ser biscoito,
e não por ser concreto).
Matemática para pais e professores: Introdução.
Rio de Janeiro: Instituto Alfa e Beto, 2016. Neste vo-
lume introdutório os autores apresentam informa-
ções, conceitos e evidências que ajudam a entender
e fundamentar não apenas o ensino de matemática
nas séries fundamentais, mas entender o que se po-
de iniciar desde a educação infantil, notadamente
na pré-escola e no contexto familiar, por meio de
jogos e brincadeiras.
CRATO, Nuno. A matemática das coisas. Editora
Livraria da Física: São Paulo, 1999. O subtítulo do
livro é “do papel A4 aos cordões de sapatos, do GPS
às rodas dentadas”. Por meio de exemplos e histó-
rias interessantes o autor convence o leitor sobre a
importância de encantar as crianças (e os jovens e
adultos) com a matemática.
HABILIDADES SOCIOEMOCIONAIS
Habilidades socioemocionais: Aspectos teóricos
e práticos. São Paulo: Hogrefe (no prelo). De modo
particular, o artigo de R. Primi e R. Marino apresen-
ta o modelo dos “cinco grandes fatores”, usando
uma linguagem simples e clara e fazendo referên-
cias entre a literatura científica e a abordagem do
tema na BNCC – Base Nacional Curricular Comum.
Os autores também discutem o uso de instrumen-
tos para acompanhar e avaliar o desenvolvimento
dessas habilidades ao longo da educação básica.
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(0 a 1 ano e 6 meses)
João Batista Araujo e Oliveira
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CAPA_Interacoes_ATICA_PNLD_2022_Creche_Volume1_DIVULGACAO.indd All PagesCAPA_Interacoes_ATICA_PNLD_2022_Creche_Volume1_DIVULGACAO.indd All Pages 5/11/21 10:47 AM5/11/21 10:47 AM