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Rua Silvério Manoel da Silva, 160 – Bairro Colinas
ANAIS DA VI MOSTRA CIENTÍFICA DO CESUCA
POR QUE LOCKE É NATURALISTA EM RELAÇÃO AO DIREITO E
CONVENCIONALIS
RESUMO
O presente artigo faz uma provocação de nível
naturalismo/convencionalismo em Locke
para a Linguagem.Por que Locke não segue a mesma lógica?
fundamentar o aluno dessa área
discussões acadêmicas dentro das salas de aula
Metodologicamente, há o confronto
entendimento da diferença dessas ciências
possíveis reavaliações conceituais do próprio Locke.
Palavras-chave: Direito, Linguagem,
INTRODUÇÃO AO PROBLEMA DAS DEFINIÇÕES EM LOCKE
Escrever um artigo sobre
naturalismo/convencionalismo em Locke teve um propósito bem definido: apresentar ao
aluno do curso de Direito as definições que tanto o deixam apreensivo quando se trata
desse tipo de fundamento.
1Professora e Coordenadora do Curso de Direito do Cesuca,
Direito pela Unisinos/RS, Pós-doutora pelo Institut for InformationLaw (ITM), Münster, Alemanha.
2Professor das disciplinas de Português Jurídico
Estruturante do Curso de Direito no Cesuca, Mestre e Doutor em Linguística Aplicada na PUCRS3Aluna de graduação do Curso de Direito do Cesuca, pesquisadora do Projeto Direito, Linguagem e
Argumentação no Cesuca. 4Aluna de graduação do Curso de Direito do Cesuca, pesquisadora do Projeto Direito, Linguagem e
Argumentação no Cesuca.
ANAIS DA MOSTRA CIENTÍFICA DO CESUCAhttp://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac
Bairro Colinas – Cep.: 94940-243 | Cachoeirinha – RS | Tel/Fax. (51) 33961000| e-mail:
ANAIS DA VI MOSTRA CIENTÍFICA DO CESUCA v.1, n. 7 (2013)
POR QUE LOCKE É NATURALISTA EM RELAÇÃO AO DIREITO E
CONVENCIONALISTA QUANTO À LINGUAGEM?
Ângela Kretschmann
Celso Augusto Nunes da Conceição
Vanessa JamilleHerber
faz uma provocação de nível conceitual em relação
convencionalismo em Locke: o primeiro está para o Direito, e o segundo
Por que Locke não segue a mesma lógica? O objetivo
fundamentar o aluno dessa área para o objetivo específico, que é o de
discussões acadêmicas dentro das salas de aula a partir desse questionamento.
Metodologicamente, há o confronto de definição dessa dicotomia para omelhor
entendimento da diferença dessas ciências. O resultado é a geração inf
possíveis reavaliações conceituais do próprio Locke.
inguagem, naturalismo, convencionalismo
INTRODUÇÃO AO PROBLEMA DAS DEFINIÇÕES EM LOCKE
um artigo sobre o que poderia ser a lógica de conceitos da
naturalismo/convencionalismo em Locke teve um propósito bem definido: apresentar ao
as definições que tanto o deixam apreensivo quando se trata
Professora e Coordenadora do Curso de Direito do Cesuca, Mestre em Direito pela PUC/RS, Doutora em doutora pelo Institut for Information-, Telecommunication.
Português Jurídico e Direito e Linguagem no Cesuca, Membro do Núcleo Estruturante do Curso de Direito no Cesuca, Mestre e Doutor em Linguística Aplicada na PUCRS
Aluna de graduação do Curso de Direito do Cesuca, pesquisadora do Projeto Direito, Linguagem e
Curso de Direito do Cesuca, pesquisadora do Projeto Direito, Linguagem e
TÍFICA DO CESUCA
http://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac
mail: cesuca@cesuca.edu.br
1
POR QUE LOCKE É NATURALISTA EM RELAÇÃO AO DIREITO E
QUANTO À LINGUAGEM?
Ângela Kretschmann1
Celso Augusto Nunes da Conceição2
Eliane Krupp3
Vanessa JamilleHerber4
conceitual em relação à dicotomia
: o primeiro está para o Direito, e o segundo
objetivo geral é
específico, que é o de promover
a partir desse questionamento.
dicotomia para omelhor
. O resultado é a geração inferencial para
o que poderia ser a lógica de conceitos da dicotomia
naturalismo/convencionalismo em Locke teve um propósito bem definido: apresentar ao
as definições que tanto o deixam apreensivo quando se trata
Mestre em Direito pela PUC/RS, Doutora em , Telecommunication- and Media
, Membro do Núcleo Estruturante do Curso de Direito no Cesuca, Mestre e Doutor em Linguística Aplicada na PUCRS.
Aluna de graduação do Curso de Direito do Cesuca, pesquisadora do Projeto Direito, Linguagem e
Curso de Direito do Cesuca, pesquisadora do Projeto Direito, Linguagem e
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ANAIS DA VI MOSTRA CIENTÍFICA DO CESUCA
Locke faz afirmações que aparentemente são categór
natureza do Direito, mas que provocam, para q
bastante desconforto quando faz o cotejamento de sua lógica.
E é a partir de sua pseudailogicidade na comparação de seu posicionamento
relação a essa dicotomia que este artigo está centrado. Os fundamentos filosófico
científicos concernentes às ciências do Direito e da Linguagem são apresentados na
sequência com o claro propósito de levar o aluno à grande complexidade de suas
definições e respectivos filósofos.
O DIREITO NATURAL
Ainda que tanto Hobbes quanto John Locke (1632
homens possuíam liberdade absoluta apenas no estado de natureza (mas dependiam da
convivência social e por isso renunciavam a essa liberdade surgindo o
para Locke o poder arbitrário entre os homens tem limites, pois um não pode desejar mais
do que a natureza razoavelmente lhe destinou, e dessa forma a acumulação só é razoável
se é para o bem comum, e não quando traz prejuízo aos demais (
no caso do dinheiro). Por isso,
concentrando a ideia de soberania na sociedade.
De todo modo, Locke segue a linha de Hobbes, e assim concluiu que a exigência
ética fundamental resume-se na apropriação individual dos bens, porque torna efetivo o
fim da vida humana, sendo a base do bem comum
entre o bem e o prazer, e o ético é o que conduz à fruição dos bens, que satisfazem
carências. O que caracteriza o estado de natureza, pré
razão ao “contrato” que dá origem ao Estado, que tem como finalidade a conservação da
propriedade, esta, condição de efetivação do ser
para superar a insegurança decorrente do estado de natureza
do ético (interior) e do direito (exterior), que também constitui duas esferas distintas da
liberdade, a liberdade como autodeterminação da razão, e a liberdade como determinação
da vontade (de acordo com as leis da sociedade).
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ANAIS DA VI MOSTRA CIENTÍFICA DO CESUCA v.1, n. 7 (2013)
Locke faz afirmações que aparentemente são categóricasno que concerne
, mas que provocam, para quem o conhece definindo
bastante desconforto quando faz o cotejamento de sua lógica.
a partir de sua pseudailogicidade na comparação de seu posicionamento
icotomia que este artigo está centrado. Os fundamentos filosófico
científicos concernentes às ciências do Direito e da Linguagem são apresentados na
com o claro propósito de levar o aluno à grande complexidade de suas
ósofos.
Ainda que tanto Hobbes quanto John Locke (1632-1704) concebessem que os
homens possuíam liberdade absoluta apenas no estado de natureza (mas dependiam da
convivência social e por isso renunciavam a essa liberdade surgindo o contratualismo)
para Locke o poder arbitrário entre os homens tem limites, pois um não pode desejar mais
do que a natureza razoavelmente lhe destinou, e dessa forma a acumulação só é razoável
se é para o bem comum, e não quando traz prejuízo aos demais (mas libera a
no caso do dinheiro). Por isso, ficou reconhecido assim como fundador do liberalismo,
concentrando a ideia de soberania na sociedade.
De todo modo, Locke segue a linha de Hobbes, e assim concluiu que a exigência
se na apropriação individual dos bens, porque torna efetivo o
fim da vida humana, sendo a base do bem comum. O que temos aqui é a identificação
entre o bem e o prazer, e o ético é o que conduz à fruição dos bens, que satisfazem
cteriza o estado de natureza, pré-político, é a insegurança, dando
razão ao “contrato” que dá origem ao Estado, que tem como finalidade a conservação da
propriedade, esta, condição de efetivação do ser-homem. Surge a necessidade das leis
egurança decorrente do estado de natureza – e a distinção entre a esfera
do ético (interior) e do direito (exterior), que também constitui duas esferas distintas da
liberdade, a liberdade como autodeterminação da razão, e a liberdade como determinação
ontade (de acordo com as leis da sociedade).
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2
no que concerne à
uem o conhece definindo linguagem,
a partir de sua pseudailogicidade na comparação de seu posicionamento em
icotomia que este artigo está centrado. Os fundamentos filosófico-
científicos concernentes às ciências do Direito e da Linguagem são apresentados na
com o claro propósito de levar o aluno à grande complexidade de suas
1704) concebessem que os
homens possuíam liberdade absoluta apenas no estado de natureza (mas dependiam da
contratualismo) -
para Locke o poder arbitrário entre os homens tem limites, pois um não pode desejar mais
do que a natureza razoavelmente lhe destinou, e dessa forma a acumulação só é razoável
mas libera a acumulação
ficou reconhecido assim como fundador do liberalismo,
De todo modo, Locke segue a linha de Hobbes, e assim concluiu que a exigência
se na apropriação individual dos bens, porque torna efetivo o
é a identificação
entre o bem e o prazer, e o ético é o que conduz à fruição dos bens, que satisfazem
político, é a insegurança, dando
razão ao “contrato” que dá origem ao Estado, que tem como finalidade a conservação da
homem. Surge a necessidade das leis
e a distinção entre a esfera
do ético (interior) e do direito (exterior), que também constitui duas esferas distintas da
liberdade, a liberdade como autodeterminação da razão, e a liberdade como determinação
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ANAIS DA VI MOSTRA CIENTÍFICA DO CESUCA
Por fim, com Locke e os teóricos modernos do direito, haverá o repúdio à teoria
aristotélica da “desigualdade natural dos homens” derrubando as desigualdades que
tinham base nos estamentos (surgindo a discussã
Direito) – o sujeito terá reconhecimento como portador de direitos
passam a ter o direito de livremente associarem
estatal, motivo pelo qual esta liberdade surge como
razão5.
Essa rejeição tinha endereço certo.
se ao racionalismo de Descartes, virá atacar o empirismo de Locke fazendo uma
correção, segundo entende, ou uma complementação, a
inteligência que não provenha dos sentidos, a inteligência em si mesmo vem constituir
exceção a esse princípio... pois a inteligência tem valor e função próprios, dotada de
verdades que os fatos não explicam, porque antes condi
- assim, por exemplo, os princípios de identidade e de razão suficiente são princípios
racionais de tal ordem de importância que sem eles seria impossível a própria explicação
da realidade empírica - como nota Miguel Reale, t
gnoseológico corresponde a uma posição metafísica implícita
empírica está condicionada pela verdade da inteligência racional...
É a velha questão: se só são verdades os enunciados experimentalm
observáveis, como vamos verificar a verdade desse mesmo princípio, senão usando a
inteligência, que não é empiricamente observável, ainda que passível de uma redução
simbólica em proposições analíticas? Os racionalistas entendem assim que a razão pos
elementos que constituem pressupostos do conhecimento empírico, ainda que um fato
não a explique ou demonstre. De forma no mínimo interessante, o pressuposto
fundamental de todo castelo empírico seria não
5… seus efeitos serão imensos na degradação da politicidade contemporânea (a política vista como simples meio e não fim em si mesma). Locke conseguiu estabelectransferiu a soberania para o povo, passando este a ser o novo sujeito da produção jurídica, já que com a evolução dos fatos da Monarquia para a República, houve a transferência da propriedade do Estado para o povo, ainda que Maquiavel tivesse estabelecido a análise do Estado e governo sem dogmatismo, e Hobbes (que via o direito como emanação exclusiva do soberano) já tivesse concentrado a soberania na sociedade, só com Locke ela é efetivamente transferida para o Ética e sociabilidade, cit., p. 22-23 e 120).
6Cfe. REALE, Miguel. Filosofia do direito. cit., p. 94.
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Por fim, com Locke e os teóricos modernos do direito, haverá o repúdio à teoria
aristotélica da “desigualdade natural dos homens” derrubando as desigualdades que
tinham base nos estamentos (surgindo a discussão de uma sociedade igualitária no
o sujeito terá reconhecimento como portador de direitos –
passam a ter o direito de livremente associarem-se – tal liberdade se opõe à opressão
estatal, motivo pelo qual esta liberdade surge como apolítica – a lei natural é a lei da
Essa rejeição tinha endereço certo. Como matemático brilhante, Leibniz, ligando
se ao racionalismo de Descartes, virá atacar o empirismo de Locke fazendo uma
correção, segundo entende, ou uma complementação, a Locke: se não existe nada na
inteligência que não provenha dos sentidos, a inteligência em si mesmo vem constituir
exceção a esse princípio... pois a inteligência tem valor e função próprios, dotada de
verdades que os fatos não explicam, porque antes condicionam o conhecimento empírico
assim, por exemplo, os princípios de identidade e de razão suficiente são princípios
racionais de tal ordem de importância que sem eles seria impossível a própria explicação
como nota Miguel Reale, tal atitude a racionalista, no plano
gnoseológico corresponde a uma posição metafísica implícita6... quer dizer, a verdade
empírica está condicionada pela verdade da inteligência racional...
a velha questão: se só são verdades os enunciados experimentalm
observáveis, como vamos verificar a verdade desse mesmo princípio, senão usando a
inteligência, que não é empiricamente observável, ainda que passível de uma redução
simbólica em proposições analíticas? Os racionalistas entendem assim que a razão pos
elementos que constituem pressupostos do conhecimento empírico, ainda que um fato
não a explique ou demonstre. De forma no mínimo interessante, o pressuposto
fundamental de todo castelo empírico seria não-empírico.
… seus efeitos serão imensos na degradação da politicidade contemporânea (a política vista como simples meio e não fim em si mesma). Locke conseguiu estabelecer o postulado básico do positivismo quando transferiu a soberania para o povo, passando este a ser o novo sujeito da produção jurídica, já que com a evolução dos fatos da Monarquia para a República, houve a transferência da propriedade do Estado para o
vo, ainda que Maquiavel tivesse estabelecido a análise do Estado e governo sem dogmatismo, e Hobbes (que via o direito como emanação exclusiva do soberano) já tivesse concentrado a soberania na sociedade, só com Locke ela é efetivamente transferida para o povo (OLIVEIRA, Manfredo Araújo de.
23 e 120). Cfe. REALE, Miguel. Filosofia do direito. cit., p. 94.
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Por fim, com Locke e os teóricos modernos do direito, haverá o repúdio à teoria
aristotélica da “desigualdade natural dos homens” derrubando as desigualdades que
o de uma sociedade igualitária no
– os indivíduos
tal liberdade se opõe à opressão
a lei natural é a lei da
Como matemático brilhante, Leibniz, ligando-
se ao racionalismo de Descartes, virá atacar o empirismo de Locke fazendo uma
Locke: se não existe nada na
inteligência que não provenha dos sentidos, a inteligência em si mesmo vem constituir
exceção a esse princípio... pois a inteligência tem valor e função próprios, dotada de
cionam o conhecimento empírico
assim, por exemplo, os princípios de identidade e de razão suficiente são princípios
racionais de tal ordem de importância que sem eles seria impossível a própria explicação
al atitude a racionalista, no plano
... quer dizer, a verdade
a velha questão: se só são verdades os enunciados experimentalmente
observáveis, como vamos verificar a verdade desse mesmo princípio, senão usando a
inteligência, que não é empiricamente observável, ainda que passível de uma redução
simbólica em proposições analíticas? Os racionalistas entendem assim que a razão possui
elementos que constituem pressupostos do conhecimento empírico, ainda que um fato
não a explique ou demonstre. De forma no mínimo interessante, o pressuposto
… seus efeitos serão imensos na degradação da politicidade contemporânea (a política vista como simples er o postulado básico do positivismo quando
transferiu a soberania para o povo, passando este a ser o novo sujeito da produção jurídica, já que com a evolução dos fatos da Monarquia para a República, houve a transferência da propriedade do Estado para o
vo, ainda que Maquiavel tivesse estabelecido a análise do Estado e governo sem dogmatismo, e Hobbes (que via o direito como emanação exclusiva do soberano) já tivesse concentrado a soberania na
povo (OLIVEIRA, Manfredo Araújo de.
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ANAIS DA VI MOSTRA CIENTÍFICA DO CESUCA
Ainda que no Medievo existissem norm
relação ao bem comum, elas derivavam do comando divino, do direito natural, da
tradição ou de arranjos políticos. Elas não tinham base em direitos comuns a todos de
serem tratados com justiça
pudessem exercer contra disposições injustas. A ideia vigente, pré
vinculada a direitos naturais no sentido de retidão, e não de direitos naturais no sentido de
um poder, um direito subjetivo.
Daí a importância d
considerado como fundador da moderna teoria do direito natural.
Revolução Americana, ao trazer a idéia de direito individual de resistência, que até então
era ligado apenas à de “resistência popular”. Ainda que exista controvérsia quanto à
origem dos direitos humanos, a questão da sua universalidade estaria vinculada à teoria
política de John Locke, no final do século XVIII, pois Locke centrou sua preocupação no
indivíduo, cuja dignidade tinha que ser protegida contra o abuso do poder pelos governos.
Na sua origem, defendeu a existência de direitos naturais inalienáveis, implantados por
Deus nos seres racionais.9
Na história da formação das declarações de direitos, Bobbio disting
Numa primeira, elas nascem como teorias filosóficas, e assim é possível remontar da
ideia estoica da sociedade universal dos homens racionais até o jusnaturalismo moderno,
com John Locke. O segundo momento consiste na passagem da teoria fi
prática, com a afirmação dos direitos do homem nas primeiras declarações. A terceira
fase tem início com a Declaração de 1948, pelo seu caráter internacional e universal.
7DONELLY, Jack. The social construction of international human rights. In: DUNNE, Tim; WHEELER,
Nicholas J. Human Rights in Global Politics. 8“[...] a idéia de que o homem enquanto tal tem direitos, por natureza, e que ele mesmo não pode alienar
(mesmo que, em caso de necessidade, ele os aliene, a transferência não é válida), essapelo jusnaturalismo moderno. Seu pai é John Locke” (BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Tradução de Carlos Nelson Coutinho, 5ª. reimp. Rio de Janeiro: Campus, 1992. p. 28).
9 MOREIRA, Adriano. Teoria das relações internacionais. Coimbra: Almedina, 1987. p. 15. Paradoxalmente, a ideologia neoliberal que vem com a globalização acaba esvaziando o Estado e enfraquecendo a força estatal na proteção dos direitos humanos, deixando aoprivados que muitas vezes violam os direitos humanos.
10 Bobbio também remete o nascimento da preocupação com o reconhecimento dos direitos do homem “pelo menos desde o início da era moderna, através da difusão das doutrinas jusntudas Declarações dos Direitos do Homem, incluídas nas Constituições dos Estados liberais, depois [...] mas é também verdade que somente depois da Segunda Guerra Mundial é que esse problema passou da esfera nacional para a internacion
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Ainda que no Medievo existissem normas que impunham uma obrigação em
relação ao bem comum, elas derivavam do comando divino, do direito natural, da
tradição ou de arranjos políticos. Elas não tinham base em direitos comuns a todos de
serem tratados com justiça – as pessoas não tinham direitos humanos ou naturais que
pudessem exercer contra disposições injustas. A ideia vigente, pré-moderna, estava
vinculada a direitos naturais no sentido de retidão, e não de direitos naturais no sentido de
um poder, um direito subjetivo. 7
Daí a importância do pensamento de Locke, do século XVII, frequentemente
considerado como fundador da moderna teoria do direito natural.8 Ele teria influenciado a
Revolução Americana, ao trazer a idéia de direito individual de resistência, que até então
e “resistência popular”. Ainda que exista controvérsia quanto à
origem dos direitos humanos, a questão da sua universalidade estaria vinculada à teoria
política de John Locke, no final do século XVIII, pois Locke centrou sua preocupação no
dignidade tinha que ser protegida contra o abuso do poder pelos governos.
Na sua origem, defendeu a existência de direitos naturais inalienáveis, implantados por
Na história da formação das declarações de direitos, Bobbio disting
Numa primeira, elas nascem como teorias filosóficas, e assim é possível remontar da
ideia estoica da sociedade universal dos homens racionais até o jusnaturalismo moderno,
com John Locke. O segundo momento consiste na passagem da teoria fi
prática, com a afirmação dos direitos do homem nas primeiras declarações. A terceira
fase tem início com a Declaração de 1948, pelo seu caráter internacional e universal.
DONELLY, Jack. The social construction of international human rights. In: DUNNE, Tim; WHEELER, ts in Global Politics. Cambridge: University Press, 1999. p. 81.
“[...] a idéia de que o homem enquanto tal tem direitos, por natureza, e que ele mesmo não pode alienar (mesmo que, em caso de necessidade, ele os aliene, a transferência não é válida), essapelo jusnaturalismo moderno. Seu pai é John Locke” (BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Tradução de Carlos Nelson Coutinho, 5ª. reimp. Rio de Janeiro: Campus, 1992. p. 28). MOREIRA, Adriano. Teoria das relações internacionais. Coimbra: Almedina, 1987. p. 15.
Paradoxalmente, a ideologia neoliberal que vem com a globalização acaba esvaziando o Estado e enfraquecendo a força estatal na proteção dos direitos humanos, deixando ao descontrole os poderes privados que muitas vezes violam os direitos humanos. Bobbio também remete o nascimento da preocupação com o reconhecimento dos direitos do homem
“pelo menos desde o início da era moderna, através da difusão das doutrinas jusntudas Declarações dos Direitos do Homem, incluídas nas Constituições dos Estados liberais, depois [...] mas é também verdade que somente depois da Segunda Guerra Mundial é que esse problema passou da esfera nacional para a internacional, envolvendo – pela primeira vez na história
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4
as que impunham uma obrigação em
relação ao bem comum, elas derivavam do comando divino, do direito natural, da
tradição ou de arranjos políticos. Elas não tinham base em direitos comuns a todos de
s humanos ou naturais que
moderna, estava
vinculada a direitos naturais no sentido de retidão, e não de direitos naturais no sentido de
o pensamento de Locke, do século XVII, frequentemente
Ele teria influenciado a
Revolução Americana, ao trazer a idéia de direito individual de resistência, que até então
e “resistência popular”. Ainda que exista controvérsia quanto à
origem dos direitos humanos, a questão da sua universalidade estaria vinculada à teoria
política de John Locke, no final do século XVIII, pois Locke centrou sua preocupação no
dignidade tinha que ser protegida contra o abuso do poder pelos governos.
Na sua origem, defendeu a existência de direitos naturais inalienáveis, implantados por
Na história da formação das declarações de direitos, Bobbio distinguirá três fases.
Numa primeira, elas nascem como teorias filosóficas, e assim é possível remontar da
ideia estoica da sociedade universal dos homens racionais até o jusnaturalismo moderno,
com John Locke. O segundo momento consiste na passagem da teoria filosófica para a
prática, com a afirmação dos direitos do homem nas primeiras declarações. A terceira
fase tem início com a Declaração de 1948, pelo seu caráter internacional e universal. 10
DONELLY, Jack. The social construction of international human rights. In: DUNNE, Tim; WHEELER, Cambridge: University Press, 1999. p. 81.
“[...] a idéia de que o homem enquanto tal tem direitos, por natureza, e que ele mesmo não pode alienar (mesmo que, em caso de necessidade, ele os aliene, a transferência não é válida), essa idéia foi elaborada pelo jusnaturalismo moderno. Seu pai é John Locke” (BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Tradução
MOREIRA, Adriano. Teoria das relações internacionais. Coimbra: Almedina, 1987. p. 15. Paradoxalmente, a ideologia neoliberal que vem com a globalização acaba esvaziando o Estado e
descontrole os poderes
Bobbio também remete o nascimento da preocupação com o reconhecimento dos direitos do homem “pelo menos desde o início da era moderna, através da difusão das doutrinas jusnturalistas, primeiro, e das Declarações dos Direitos do Homem, incluídas nas Constituições dos Estados liberais, depois [...] – mas é também verdade que somente depois da Segunda Guerra Mundial é que esse problema passou da
pela primeira vez na história – todos os povos
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Por isso é razoável afirmar que a
internacional, é recente, tendo seus antecedentes nos esforços internos nacionais para
assegurar aos indivíduos proteção legal contra o excesso e arbitrariedade do poder dos
Estados. Assim, mesmo que alguns in
filosofia estoica atravessando o direito natural de Grócio e o Direito Romano, a origem
do moderno conceito é encontrada a partir das revoluções inglesa, americana e francesa
dos séculos XVII e XVIII. Quando Hugo
“pai” do direito internacional, tomou para si a tarefa de transformar a base do direito
natural, que era totalmente teísta, ele propôs uma concepção de direito como produto do
pensamento iluminado racional, conside
para o próprio direito natural.
teoria dos direitos individuais ou naturais.
Mas ainda que a obra de John Locke seja considerada a primeira a desenvolver
uma teoria consistente dos direitos naturais vinculados depois aos direitos humanos (em
função da sua lista de direitos naturais à vida, liberdade e propriedade), a mesma obra
deixará evidente que até ali os direitos humanos eram exclusivos de homens (exc
mulheres) e de brancos (excluídos os negros). A luta pelos direitos humanos nos três
séculos seguintes mostrou uma gradual expansão quanto ao reconhecimento dos sujeitos
dos direitos humanos, em direção ao ideal de uma inclusão completa e igual d
seres humanos – para tanto, foi ainda necessário ultrapassar os limites de sexo, raça,
propriedade e religião, que evidenciavam as desigualdades.
(BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Tradução de Carlos Nelson Coutinho, 5ª. reimp. Rio de Janeiro: Campus, 1992. p. 30-31 e 49).
11Assim, a evolução histórica dos direitos humanos é posta, em primeira instância, no direito interno de cada sociedade. Nesse sentido, o que os juristas comentam sobre teorias dos direitos humanos, em tais circunstâncias, possui relevância direta para o âmbcasos nacionais todas as teorias legais e metodologias concernentes a seus respectivos sistemas legais. É a partir da análise de tais casos que se constrói a teoria internacional dos direitos humanos, comDavidson (DAVIDSON, Scott. Humanrights. Buckingham: Open University Press, 1997. p. 2 e 26).
12Assim, apesar da aparente linguagem universalista dos direitos naturais, Locke desenvolve uma teoria da proteção dos direitos de propriedade dos homen“(...despitetheapparentuniversalismofthelangageof natural rights, Locke develops a theory for theprotectionoftherightsofpropertiedEuropean males)”. Com isso, restrições vinculadas à propriedade para o gozo de direitos naturais eram frequentementpropriedade não estavam em condições de desenvolver plenamente suas capacidades racionais para participar da sociedade política. Tais argumentos logo foram eliminados pela chegada de uma camada letrada, além do crescimento armado popular e do sentimento nacionalista. As mudanças sociais e econômicas vinculadas com a industrialização foram fundamentais para isso (DONELLY, Jack. social construction ofinternational human rights. In: DUNNE, Tim; WHEELER, NicholRights in Global Politics. Cambridge: University Press, 1999. p. 82também as de Montesquieu e Rousseau que farão frente, principalmente, contra o absolutismo. Como
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ANAIS DA VI MOSTRA CIENTÍFICA DO CESUCA v.1, n. 7 (2013)
Por isso é razoável afirmar que a história dos direitos humanos, no seu aspecto
internacional, é recente, tendo seus antecedentes nos esforços internos nacionais para
assegurar aos indivíduos proteção legal contra o excesso e arbitrariedade do poder dos
Estados. Assim, mesmo que alguns indiquem ter havido um conceito rudimentar na
filosofia estoica atravessando o direito natural de Grócio e o Direito Romano, a origem
do moderno conceito é encontrada a partir das revoluções inglesa, americana e francesa
dos séculos XVII e XVIII. Quando Hugo Grócio, geralmente conhecido também como
“pai” do direito internacional, tomou para si a tarefa de transformar a base do direito
natural, que era totalmente teísta, ele propôs uma concepção de direito como produto do
pensamento iluminado racional, considerando a possibilidade de dar uma base racional
para o próprio direito natural.11 Essa proposta teria dado origem ao desenvolvimento da
teoria dos direitos individuais ou naturais.
Mas ainda que a obra de John Locke seja considerada a primeira a desenvolver
uma teoria consistente dos direitos naturais vinculados depois aos direitos humanos (em
função da sua lista de direitos naturais à vida, liberdade e propriedade), a mesma obra
deixará evidente que até ali os direitos humanos eram exclusivos de homens (exc
mulheres) e de brancos (excluídos os negros). A luta pelos direitos humanos nos três
séculos seguintes mostrou uma gradual expansão quanto ao reconhecimento dos sujeitos
dos direitos humanos, em direção ao ideal de uma inclusão completa e igual d
para tanto, foi ainda necessário ultrapassar os limites de sexo, raça,
propriedade e religião, que evidenciavam as desigualdades.12De outro lado, hoje toda
(BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Tradução de Carlos Nelson Coutinho, 5ª. reimp. Rio de Janeiro:
Assim, a evolução histórica dos direitos humanos é posta, em primeira instância, no direito interno de cada sociedade. Nesse sentido, o que os juristas comentam sobre teorias dos direitos humanos, em tais circunstâncias, possui relevância direta para o âmbito internacional. Da mesma forma, juízes aplicam a casos nacionais todas as teorias legais e metodologias concernentes a seus respectivos sistemas legais. É a partir da análise de tais casos que se constrói a teoria internacional dos direitos humanos, comDavidson (DAVIDSON, Scott. Humanrights. Buckingham: Open University Press, 1997. p. 2 e 26).Assim, apesar da aparente linguagem universalista dos direitos naturais, Locke desenvolve uma teoria da proteção dos direitos de propriedade dos homen“(...despitetheapparentuniversalismofthelangageof natural rights, Locke develops a theory for theprotectionoftherightsofpropertiedEuropean males)”. Com isso, restrições vinculadas à propriedade para o gozo de direitos naturais eram frequentemente defendidos pelo argumento de que aqueles sem propriedade não estavam em condições de desenvolver plenamente suas capacidades racionais para participar da sociedade política. Tais argumentos logo foram eliminados pela chegada de uma camada
o crescimento armado popular e do sentimento nacionalista. As mudanças sociais e econômicas vinculadas com a industrialização foram fundamentais para isso (DONELLY, Jack. social construction ofinternational human rights. In: DUNNE, Tim; WHEELER, Nichol
Cambridge: University Press, 1999. p. 82-83). Além das idéias de Locke, são também as de Montesquieu e Rousseau que farão frente, principalmente, contra o absolutismo. Como
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história dos direitos humanos, no seu aspecto
internacional, é recente, tendo seus antecedentes nos esforços internos nacionais para
assegurar aos indivíduos proteção legal contra o excesso e arbitrariedade do poder dos
diquem ter havido um conceito rudimentar na
filosofia estoica atravessando o direito natural de Grócio e o Direito Romano, a origem
do moderno conceito é encontrada a partir das revoluções inglesa, americana e francesa
Grócio, geralmente conhecido também como
“pai” do direito internacional, tomou para si a tarefa de transformar a base do direito
natural, que era totalmente teísta, ele propôs uma concepção de direito como produto do
rando a possibilidade de dar uma base racional
Essa proposta teria dado origem ao desenvolvimento da
Mas ainda que a obra de John Locke seja considerada a primeira a desenvolver
uma teoria consistente dos direitos naturais vinculados depois aos direitos humanos (em
função da sua lista de direitos naturais à vida, liberdade e propriedade), a mesma obra
deixará evidente que até ali os direitos humanos eram exclusivos de homens (excluídas as
mulheres) e de brancos (excluídos os negros). A luta pelos direitos humanos nos três
séculos seguintes mostrou uma gradual expansão quanto ao reconhecimento dos sujeitos
dos direitos humanos, em direção ao ideal de uma inclusão completa e igual de todos os
para tanto, foi ainda necessário ultrapassar os limites de sexo, raça,
De outro lado, hoje toda
(BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Tradução de Carlos Nelson Coutinho, 5ª. reimp. Rio de Janeiro:
Assim, a evolução histórica dos direitos humanos é posta, em primeira instância, no direito interno de cada sociedade. Nesse sentido, o que os juristas comentam sobre teorias dos direitos humanos, em tais
ito internacional. Da mesma forma, juízes aplicam a casos nacionais todas as teorias legais e metodologias concernentes a seus respectivos sistemas legais. É a partir da análise de tais casos que se constrói a teoria internacional dos direitos humanos, como diz Scott Davidson (DAVIDSON, Scott. Humanrights. Buckingham: Open University Press, 1997. p. 2 e 26). Assim, apesar da aparente linguagem universalista dos direitos naturais, Locke desenvolve uma teoria da proteção dos direitos de propriedade dos homens europeus “(...despitetheapparentuniversalismofthelangageof natural rights, Locke develops a theory for theprotectionoftherightsofpropertiedEuropean males)”. Com isso, restrições vinculadas à propriedade
e defendidos pelo argumento de que aqueles sem propriedade não estavam em condições de desenvolver plenamente suas capacidades racionais para participar da sociedade política. Tais argumentos logo foram eliminados pela chegada de uma camada
o crescimento armado popular e do sentimento nacionalista. As mudanças sociais e econômicas vinculadas com a industrialização foram fundamentais para isso (DONELLY, Jack. The social construction ofinternational human rights. In: DUNNE, Tim; WHEELER, Nicholas J. Human
83). Além das idéias de Locke, são também as de Montesquieu e Rousseau que farão frente, principalmente, contra o absolutismo. Como
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referência ao direito de propriedade como direito do homem desapareceu nos
mais recentes das Nações Unidas, diz Bobbio, referindo
Direitos Civis e Políticos e dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais”, de 1966.
É possível referir assim, com Henkin, que nas origens e antecedentes
humanos estão correntes do Direito Natural que persistem mesmo na atualidade. As
Revoluções Americana e Francesa tornaram os direitos humanos “naturais” em seculares,
racionais, universais, individuais e democráticos. No século XIX a concepção
naturais, racionalizada no século XVIII pelo contrato social, foi acrescida de um suporte
ético e utilitário: “os direitos e liberdades são necessários para uma vida boa numa
sociedade boa, e direitos e liberdades são ditados pela natureza do
necessidades por dignidade e realização.” No século XIX as resistências aos direitos
humanos continuaram, a começar com Napoleão e a chegada do nacionalismo e
imperialismo. Na primeira metade do século XX a situação se agravou com a
transformação de democracias em tiranias, como na Alemanha, Itália e Espanha
Apesar das críticas às leis naturais e aos direitos naturais (uma das maiores
críticas vindo do utilitarismo de Jeremy Bentham), conclui Davidson, não se pode perder
de vista a poderosa influência que eles exerceram sobre o surgimento e desenvolvimento
dos direitos humanos: “A teoria dos direitos naturais tem o mérito de prover a base para
um sistema de direito que é superior ao direito do Estado e para o qual é possível apelar
se o último for injusto, arbitrário ou opressivo”. Mesmo tendo sua origem no direito
natural, os direitos humanos tomaram a forma do direito positivo para proporcionar uma
lei definitiva e sistemática pertencente às pessoas.
refere Bobbio: “Hobbes foi identificado com Montesquieu com o Estado limitado, Rousseau com a democracia, Hegel com a monarquia constitucional e assim por diante” (BOBBIO, Norberto. Estado, Governo e Sociedade. 12. ed. Tradução Marco Aurélio Nogueira. São Paulo: Paz e Terra, 2005. p. 54). Sobre Montesquieu, especialmente, “não há obra política em que os regimes despóticos tenham sido objeto de tantas observações como O Espírito das Leis” (Ver a respeito BOBBIO, Norberto. A teoria das formas de gov1997. p. 139).
13 BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Tradução de Carlos Nelson Coutinho, 5ª. reimp. Campus, 1992. p. 27.
14 HENKIN, Louis. The rights of man today. Stevens & Sons: London, 1915 “Natural rights theory has the merit of providing the basis for a system of law which is allegedly superior
to the law of the state and to which appeal may be made if it appears that the latter is unjust, arbitrary or oppressive. […] Of course, the view might be taken thatalthough human rights had their origin in natural law, it took a system of positive law to providee a definite andwhich people possessed”.(DAVIDSON, Scott. Human rights. Buckingham:p. 28).
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referência ao direito de propriedade como direito do homem desapareceu nos
mais recentes das Nações Unidas, diz Bobbio, referindo-se aos Pactos Internacionais “dos
Direitos Civis e Políticos e dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais”, de 1966.
É possível referir assim, com Henkin, que nas origens e antecedentes
humanos estão correntes do Direito Natural que persistem mesmo na atualidade. As
Revoluções Americana e Francesa tornaram os direitos humanos “naturais” em seculares,
racionais, universais, individuais e democráticos. No século XIX a concepção
naturais, racionalizada no século XVIII pelo contrato social, foi acrescida de um suporte
ético e utilitário: “os direitos e liberdades são necessários para uma vida boa numa
sociedade boa, e direitos e liberdades são ditados pela natureza do ser humano, por suas
necessidades por dignidade e realização.” No século XIX as resistências aos direitos
humanos continuaram, a começar com Napoleão e a chegada do nacionalismo e
imperialismo. Na primeira metade do século XX a situação se agravou com a
ansformação de democracias em tiranias, como na Alemanha, Itália e Espanha
Apesar das críticas às leis naturais e aos direitos naturais (uma das maiores
críticas vindo do utilitarismo de Jeremy Bentham), conclui Davidson, não se pode perder
derosa influência que eles exerceram sobre o surgimento e desenvolvimento
dos direitos humanos: “A teoria dos direitos naturais tem o mérito de prover a base para
um sistema de direito que é superior ao direito do Estado e para o qual é possível apelar
o último for injusto, arbitrário ou opressivo”. Mesmo tendo sua origem no direito
natural, os direitos humanos tomaram a forma do direito positivo para proporcionar uma
lei definitiva e sistemática pertencente às pessoas.15 Com a transformação dos direitos
refere Bobbio: “Hobbes foi identificado com o Estado absoluto, Locke com a monarquia parlamentar, Montesquieu com o Estado limitado, Rousseau com a democracia, Hegel com a monarquia constitucional e assim por diante” (BOBBIO, Norberto. Estado, Governo e Sociedade. 12. ed. Tradução Marco Aurélio
eira. São Paulo: Paz e Terra, 2005. p. 54). Sobre Montesquieu, especialmente, “não há obra política em que os regimes despóticos tenham sido objeto de tantas observações como O Espírito das Leis” (Ver a respeito BOBBIO, Norberto. A teoria das formas de governo. 9. ed. Trad. Sérgio Bath. Brasília: UnB,
BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Tradução de Carlos Nelson Coutinho, 5ª. reimp.
HENKIN, Louis. The rights of man today. Stevens & Sons: London, 1979. p. 5, 14. “Natural rights theory has the merit of providing the basis for a system of law which is allegedly superior to the law of the state and to which appeal may be made if it appears that the latter is unjust, arbitrary or
rse, the view might be taken thatalthough human rights had their origin in natural law, it took a system of positive law to providee a definite andsystematic statement of the actual rights which people possessed”.(DAVIDSON, Scott. Human rights. Buckingham: Open University Press, 1997.
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referência ao direito de propriedade como direito do homem desapareceu nos documentos
se aos Pactos Internacionais “dos
Direitos Civis e Políticos e dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais”, de 1966.13
É possível referir assim, com Henkin, que nas origens e antecedentes dos direitos
humanos estão correntes do Direito Natural que persistem mesmo na atualidade. As
Revoluções Americana e Francesa tornaram os direitos humanos “naturais” em seculares,
racionais, universais, individuais e democráticos. No século XIX a concepção de direitos
naturais, racionalizada no século XVIII pelo contrato social, foi acrescida de um suporte
ético e utilitário: “os direitos e liberdades são necessários para uma vida boa numa
ser humano, por suas
necessidades por dignidade e realização.” No século XIX as resistências aos direitos
humanos continuaram, a começar com Napoleão e a chegada do nacionalismo e
imperialismo. Na primeira metade do século XX a situação se agravou com a
ansformação de democracias em tiranias, como na Alemanha, Itália e Espanha.14
Apesar das críticas às leis naturais e aos direitos naturais (uma das maiores
críticas vindo do utilitarismo de Jeremy Bentham), conclui Davidson, não se pode perder
derosa influência que eles exerceram sobre o surgimento e desenvolvimento
dos direitos humanos: “A teoria dos direitos naturais tem o mérito de prover a base para
um sistema de direito que é superior ao direito do Estado e para o qual é possível apelar
o último for injusto, arbitrário ou opressivo”. Mesmo tendo sua origem no direito
natural, os direitos humanos tomaram a forma do direito positivo para proporcionar uma
Com a transformação dos direitos
o Estado absoluto, Locke com a monarquia parlamentar, Montesquieu com o Estado limitado, Rousseau com a democracia, Hegel com a monarquia constitucional e assim por diante” (BOBBIO, Norberto. Estado, Governo e Sociedade. 12. ed. Tradução Marco Aurélio
eira. São Paulo: Paz e Terra, 2005. p. 54). Sobre Montesquieu, especialmente, “não há obra política em que os regimes despóticos tenham sido objeto de tantas observações como O Espírito das Leis” (Ver a
erno. 9. ed. Trad. Sérgio Bath. Brasília: UnB,
BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Tradução de Carlos Nelson Coutinho, 5ª. reimp. Rio de Janeiro:
“Natural rights theory has the merit of providing the basis for a system of law which is allegedly superior to the law of the state and to which appeal may be made if it appears that the latter is unjust, arbitrary or
rse, the view might be taken thatalthough human rights had their origin in natural systematic statement of the actual rights
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naturais em positivos, ou a positivação dos direitos naturais, ocorreu um avanço
significativo no desenvolvimento de um direito natural dos direitos humanos.
Finalizando, o Estado de Liberdade produz seu efeito até o momento em que o
homem inicia a vida em sociedade, essa cresce sobremaneira que se torna necessária à
criação de uma organização hierarquicamente superior que regule a convivência entre as
pessoas, assim elas permitem a interferência do governo que recebe o poder para definir
quais são os direitos e fazer que sejam respeitados. A lei para ser legítima não deve anular
os direitos naturais, no entanto devido ao contexto social e tendo em vista o bem comum,
pode alterar, e assim o fez no que diz respeito à propriedade, pois esta, em uma sociedade
capitalista tem uma função diversa daquela existente no Estado de Liberdade.
A LINGUAGEM NATURAL OU CONVENCIONAL?
Aprimeira reflexão que se tem conhecimento sobre a linguagem aconteceu n
Grécia (428 a.C. – 347 a.C.). Crátilo
que apresenta três personagens discutindo sobre a natureza dos nomes: Crátilo,
Hermógenes e Sócrates. O primeiro argumenta que os nomes correspondem à natureza
das coisas que os designam, na sua essência; o
que atribui nomes às coisas. E Sócrates entra como intermediador ouvindo o que cada um
tem a dizer. Em um primeiro momento, aceita os argumentos de ambos, mas em seguida
faz oposições, criando assim mais problema e p
verdade, os dois estavam certos naquilo que estavam defendendo: Crátilo, ao se
posicionar pelo natureza dos nomes, estava falando de linguagem; Hermógenes,
argumentando pela nominalização, caracteriza
convenção e toda convenção é mutável.
Essediálogofoi retomad
em que Leibniz e Locke discutem se a linguagem é inata ou adquirida. Foi a grande
questão da dicotomia que hoje se
retomam os filósofos Platão, corrente do Naturalismo/Mentalismo, e de Aristóteles,
corrente do Convencionalismo. Para Platão,
16HENKIN, Louis. The rights of man today.17PLATÃO, 2010.
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naturais em positivos, ou a positivação dos direitos naturais, ocorreu um avanço
significativo no desenvolvimento de um direito natural dos direitos humanos.
Estado de Liberdade produz seu efeito até o momento em que o
m sociedade, essa cresce sobremaneira que se torna necessária à
criação de uma organização hierarquicamente superior que regule a convivência entre as
pessoas, assim elas permitem a interferência do governo que recebe o poder para definir
itos e fazer que sejam respeitados. A lei para ser legítima não deve anular
os direitos naturais, no entanto devido ao contexto social e tendo em vista o bem comum,
pode alterar, e assim o fez no que diz respeito à propriedade, pois esta, em uma sociedade
capitalista tem uma função diversa daquela existente no Estado de Liberdade.
A LINGUAGEM NATURAL OU CONVENCIONAL?
Aprimeira reflexão que se tem conhecimento sobre a linguagem aconteceu n
347 a.C.). Crátilo17, um dos diálogos do filósofo Platão, é uma obra
que apresenta três personagens discutindo sobre a natureza dos nomes: Crátilo,
primeiro argumenta que os nomes correspondem à natureza
das coisas que os designam, na sua essência; o segundo sustenta que há um “legislador”
que atribui nomes às coisas. E Sócrates entra como intermediador ouvindo o que cada um
tem a dizer. Em um primeiro momento, aceita os argumentos de ambos, mas em seguida
faz oposições, criando assim mais problema e parecendo não se posicionar a respeito. Na
verdade, os dois estavam certos naquilo que estavam defendendo: Crátilo, ao se
posicionar pelo natureza dos nomes, estava falando de linguagem; Hermógenes,
argumentando pela nominalização, caracteriza-se pelo convencionalismo. Língua é
convenção e toda convenção é mutável.
retomado no século XVII com o famoso Debate
ke discutem se a linguagem é inata ou adquirida. Foi a grande
dicotomia que hoje se discute: Linguagem e Pensamento. Na verdade, eles
retomam os filósofos Platão, corrente do Naturalismo/Mentalismo, e de Aristóteles,
corrente do Convencionalismo. Para Platão, as ideias já estão no cérebro e
HENKIN, Louis. The rights of man today.London: Stevens & Sons, 1979. p. 22.
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naturais em positivos, ou a positivação dos direitos naturais, ocorreu um avanço
significativo no desenvolvimento de um direito natural dos direitos humanos.16
Estado de Liberdade produz seu efeito até o momento em que o
m sociedade, essa cresce sobremaneira que se torna necessária à
criação de uma organização hierarquicamente superior que regule a convivência entre as
pessoas, assim elas permitem a interferência do governo que recebe o poder para definir
itos e fazer que sejam respeitados. A lei para ser legítima não deve anular
os direitos naturais, no entanto devido ao contexto social e tendo em vista o bem comum,
pode alterar, e assim o fez no que diz respeito à propriedade, pois esta, em uma sociedade
capitalista tem uma função diversa daquela existente no Estado de Liberdade.
Aprimeira reflexão que se tem conhecimento sobre a linguagem aconteceu na
, um dos diálogos do filósofo Platão, é uma obra
que apresenta três personagens discutindo sobre a natureza dos nomes: Crátilo,
primeiro argumenta que os nomes correspondem à natureza
segundo sustenta que há um “legislador”
que atribui nomes às coisas. E Sócrates entra como intermediador ouvindo o que cada um
tem a dizer. Em um primeiro momento, aceita os argumentos de ambos, mas em seguida
arecendo não se posicionar a respeito. Na
verdade, os dois estavam certos naquilo que estavam defendendo: Crátilo, ao se
posicionar pelo natureza dos nomes, estava falando de linguagem; Hermógenes,
ncionalismo. Língua é
ebate daTábula Rasa,
ke discutem se a linguagem é inata ou adquirida. Foi a grande
Pensamento. Na verdade, eles
retomam os filósofos Platão, corrente do Naturalismo/Mentalismo, e de Aristóteles,
no cérebro e são inatas.
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Leibniz o retoma dizendo: “são repre
impressão pelos sentidos e são eles que podem atualizá
são as que permitem a aquisição de conhecimento
lado, vem Locke com sua afirmação
experiência18. Retoma assim
que antes não tenha passado pelos sentidos”.
Platão, pode-se afirmar que Crátil
paraAristóteles e Locke.A partir disso, pode
capacidade que se tem para adquirir as línguas.
Uma obra recente que esclarece esse im
Rasa, de Steven Pinker19. No prefácio do livro (pág. 9), uma frase
os leitores para um pressuposto da certeza: “... Ainda existe gente que acredita que a
mente é uma tábula rasa?” e mais adiante
Concluindo essa discussão dicotômica, pode
mente tem de ser inata” com “inferir o conteúdo de uma sentença”, em que a primeira
frase se refere à linguagem como capacidade para a comunicação e a segunda
mecanismo sentença como uma estrutura morfossintático
E o nome mais conhecido pela sua contribuição decisiva para que a Linguístic
alçasse a condição de ciência f
da língua, criou as dicotomias
paradigma/sintagma. Essas dicotomias são essencialmente convencionadas, não sendo
necessário aqui discorrer sobre
18
Ver Empirismo de Locke. 19PINKER, 2008, pág. 59. 20
Idem
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: “são representações que estão na alma antes de qualquer
e são eles que podem atualizá-las”, ou seja, as ideias são inatas e
são as que permitem a aquisição de conhecimento e a subjetividade humana
com sua afirmação de que o conhecimento só pode ser adquirido pela
. Retoma assim Aristóteles, que disse “não existe nada no espírito humano
que antes não tenha passado pelos sentidos”. E fazendo uma analogia com o Crátilo, de
se afirmar que Crátilo está para Platão e Leibniz, como Hermógenes
paraAristóteles e Locke.A partir disso, pode-se afirmar que a linguagem é inata e é uma
que se tem para adquirir as línguas.Uma
Uma obra recente que esclarece esse impasse é a homônima ao debate: Tá
No prefácio do livro (pág. 9), uma frase interrogativa
para um pressuposto da certeza: “... Ainda existe gente que acredita que a
e mais adiante
Esse argumento contra a tábula raenergicamente por Gottfried Wilhelm Leibniz (1646em uma réplica a Locke. Leibniz repetiu o lema do empirismo: “Não existe nada no intelecto que não estivesse primeiro nos sentidos”, e acrescentou: “exceto o próprio intelecto”. Alguma coisa na mente tem de ser inata, se ela é apenas o mecanismo responsável pela aprendizado. Alguma coisa tem de inferir o conteúdo de uma sentença em vez de papaguear as palavras exatas em resposta.
Concluindo essa discussão dicotômica, pode-se fazer uma relação do “Alguma coisa na
mente tem de ser inata” com “inferir o conteúdo de uma sentença”, em que a primeira
frase se refere à linguagem como capacidade para a comunicação e a segunda
mecanismo sentença como uma estrutura morfossintático-semântico da língua.
E o nome mais conhecido pela sua contribuição decisiva para que a Linguístic
alçasse a condição de ciência foi Ferdinand Saussure (1975), dedicando
as dicotomias língua/fala,significante/significado,sincronia/diacronia
Essas dicotomias são essencialmente convencionadas, não sendo
necessário aqui discorrer sobre todas elas.
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sentações que estão na alma antes de qualquer
, ou seja, as ideias são inatas e
subjetividade humana. Por outro
de que o conhecimento só pode ser adquirido pela
não existe nada no espírito humano
E fazendo uma analogia com o Crátilo, de
o está para Platão e Leibniz, como Hermógenes
se afirmar que a linguagem é inata e é uma
passe é a homônima ao debate: Tábula
interrogativa já induz
para um pressuposto da certeza: “... Ainda existe gente que acredita que a
Esse argumento contra a tábula rasa foi exposto energicamente por Gottfried Wilhelm Leibniz (1646-1716) em uma réplica a Locke. Leibniz repetiu o lema do empirismo: “Não existe nada no intelecto que não estivesse primeiro nos sentidos”, e acrescentou: “exceto o próprio
na mente tem de ser inata, se ela é apenas o mecanismo responsável pela aprendizado. (...) Alguma coisa tem de inferir o conteúdo de uma sentença em vez de papaguear as palavras exatas em resposta. 20
fazer uma relação do “Alguma coisa na
mente tem de ser inata” com “inferir o conteúdo de uma sentença”, em que a primeira
frase se refere à linguagem como capacidade para a comunicação e a segunda, o
mântico da língua.
E o nome mais conhecido pela sua contribuição decisiva para que a Linguística
(1975), dedicando-se aos aspectos
cronia/diacronia e
Essas dicotomias são essencialmente convencionadas, não sendo
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Para ficar mais clara a noção de convenção,
Saussure está no signo linguístico, que contém a dicotomia
mental e está “depositado” na cabeça de cada indivíduo.
palavra escrita e que representa o
forma como Saussure o definiu,
conceito, constituindo-se aí uma arbitrariedade do signo. É como se fosse uma folha de
papel em que um não existe sem o outro, nem o
vice-versa. E para que se tenha significação, é preciso que haja
coisa, signo e o conceito
convencionalista de língua e não de linguagem.
E para ilustrar mais ainda o caráter convencional,
foi considerado, pois os signos
Sincronia/diacronia é mais uma das dicotomias necessária para fundamentar
naturalidade da língua. Sincronia
e se caracteriza pela sua imutabilidade, ou seja, em linhas gerais, é um estudo para
compor todo o léxico22 de um língua em um determinado momento
linguística. Já o termo diacronia
cronologicamente desde a sua origem. É um estudo etimológico
um período definido pelo linguista.
conveniência da sociedade. 24
É certo que, pela prática da fala, dia a dia os signos podem se alterar, mas o termo
sincronia é para ser entendido como estudo em que esses signos sejam imutáveis em sua
relação significante/significado. Na verdade, é um termo metodologicamente assumido
para a imutabilidade, o que não acontece com diacronia, que é um estudo cronológico e
mutável por natureza.
21Existem signos de outros tipos, mas neste artigo é o estritamente
adjetivo para delimitá-lo como signo linguístico.22Entenda-se aqui como um conjunto de palavras de um lingua.23Disciplina que trata da descrição de uma palavra em diferentes estados de língua anteriores, até remontar
ao étimo (HOUAISS, 2009) 24SAUSSURE, 1975
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Para ficar mais clara a noção de convenção, o objeto de estudo mais importante
Saussure está no signo linguístico, que contém a dicotomia significante/significado
mental e está “depositado” na cabeça de cada indivíduo. Significante é a forma sonora da
palavra escrita e que representa o significado, que é um conceito ou idé
o definiu, o significante é a imagem acústica e o significa
se aí uma arbitrariedade do signo. É como se fosse uma folha de
papel em que um não existe sem o outro, nem o significante existe sem o
versa. E para que se tenha significação, é preciso que haja relação entre signo e a
e signo e acontecimentos. Caracteriza-se assim a relação
convencionalista de língua e não de linguagem.
E para ilustrar mais ainda o caráter convencional, o tempo em Saussure também
foi considerado, pois os signos21 foram sendo concebidos dia a dia desde a sua origem.
é mais uma das dicotomias necessária para fundamentar
Sincronia estuda os signos em um determinado tempo linguístico
e se caracteriza pela sua imutabilidade, ou seja, em linhas gerais, é um estudo para
de um língua em um determinado momento em uma
diacronia estuda esses signos diacronicamente, ou seja,
cronologicamente desde a sua origem. É um estudo etimológico23 e acontece dentro de
um período definido pelo linguista.Obviamente que este é mutável e se altera conforme a 24
É certo que, pela prática da fala, dia a dia os signos podem se alterar, mas o termo
é para ser entendido como estudo em que esses signos sejam imutáveis em sua
relação significante/significado. Na verdade, é um termo metodologicamente assumido
, o que não acontece com diacronia, que é um estudo cronológico e
Existem signos de outros tipos, mas neste artigo é o estritamente linguístico, não necessitando de seu lo como signo linguístico.
se aqui como um conjunto de palavras de um lingua. isciplina que trata da descrição de uma palavra em diferentes estados de língua anteriores, até remontar
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de estudo mais importante de
significante/significado, que é
é a forma sonora da
, que é um conceito ou idéia. Dizendo da
significado o seu
se aí uma arbitrariedade do signo. É como se fosse uma folha de
sem o significado e
relação entre signo e a
se assim a relação
o tempo em Saussure também
sendo concebidos dia a dia desde a sua origem.
é mais uma das dicotomias necessária para fundamentar a não
estuda os signos em um determinado tempo linguístico
e se caracteriza pela sua imutabilidade, ou seja, em linhas gerais, é um estudo para
em uma comunidade
estuda esses signos diacronicamente, ou seja,
e acontece dentro de
e se altera conforme a
É certo que, pela prática da fala, dia a dia os signos podem se alterar, mas o termo
é para ser entendido como estudo em que esses signos sejam imutáveis em sua
relação significante/significado. Na verdade, é um termo metodologicamente assumido
, o que não acontece com diacronia, que é um estudo cronológico e
linguístico, não necessitando de seu
isciplina que trata da descrição de uma palavra em diferentes estados de língua anteriores, até remontar
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Essas duas expressões, língua e fala, fazem oposição entre si e ambas compõem
uma das dicotomias de Saussure
linguagem.26
Último teórico dos estudos de linguagem deste artigo,
dicotomia competência/desempenho
inata para a linguagem, especificamente para a aquisição da língua
por uma estrutura gramatical mental capaz de produzir infinitas sentenças com um
número finito de palavras e de regras.
essa aquisição. Começa a sua teoria definindo
internalizadas que permite o indivíduo produzir, entender e avaliar enunciados de
qualquer língua, mas que é desprovido de consciência dessas regras. Quanto ao
desempenho, é a realização do que se fala, ouve, escreve ou lê e está ligado diretamente à
competencia de cada um27.
Chomsky desenvolveu muitos outros trabalhos, mas o outro mais
este artigo, é com relação ao Gerativismo. Ele desenvolveu uma gramática universal
GU, presente em todas as línguas, que tem como fundamentos
outra é a gramática particular, em que a pessoa se utilizada da gra
nuances de sua própria língua.Fica claro que a
a todas as línguas e não se altera por nenhum motivo
influenciado pela situação emocional com que se encontra o indiví
registrar o contraste que está sendo produzido pelo conhecimento que se têm das regras
quando se faz uso delas. Dizendo de outra forma, Chomsky afirma que a investigação do
desempenho da pessoa depende de como se “compreende a competênc
são teorias que Chomsky introduziu na Linguística e tem a consciência de que a
competência, seuobjeto de estudo é para um falante
comunicade ideal.
Para o estruturalista,a língua é um sistema
exterior aos indivíduos que deve ser estudado separado da fala. Por outro lado Chomsky
em sua teoria gerativista afirma que os seres humanos apresentam uma predisposição
25Autor da obra Curso de Linguística Geral que estabeleceu as bases para dar o caráter científico aos
estudos de linguagem: a Linguística. Obra que foi escrita por seus alunos e publicada em 19l6.26SAUSSURE, 1975 27CHOMSKY, 1980
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Essas duas expressões, língua e fala, fazem oposição entre si e ambas compõem
uma das dicotomias de Saussure25 e que somadas chega-se ao resultado chamado
Último teórico dos estudos de linguagem deste artigo, Chomsky
competência/desempenho. Ele se baseia em que o indivíduo tenha a capacidade
linguagem, especificamente para a aquisição da língua e que é representada
por uma estrutura gramatical mental capaz de produzir infinitas sentenças com um
número finito de palavras e de regras. É uma capacidade genética que pessoa tem para
Começa a sua teoria definindo competência: é um conjunto de regras
internalizadas que permite o indivíduo produzir, entender e avaliar enunciados de
, mas que é desprovido de consciência dessas regras. Quanto ao
, é a realização do que se fala, ouve, escreve ou lê e está ligado diretamente à
Chomsky desenvolveu muitos outros trabalhos, mas o outro mais
este artigo, é com relação ao Gerativismo. Ele desenvolveu uma gramática universal
, presente em todas as línguas, que tem como fundamentos a dicotomia já referida, e a
outra é a gramática particular, em que a pessoa se utilizada da gramática universal e das
nuances de sua própria língua.Fica claro que a competência está ligada à GU e e é comum
e não se altera por nenhum motivo, mas o desempenho
influenciado pela situação emocional com que se encontra o indivíduo. É somente para
registrar o contraste que está sendo produzido pelo conhecimento que se têm das regras
Dizendo de outra forma, Chomsky afirma que a investigação do
desempenho da pessoa depende de como se “compreende a competência”.
são teorias que Chomsky introduziu na Linguística e tem a consciência de que a
objeto de estudo é para um falante-ouvinte ideal e que pertença a uma
Para o estruturalista,a língua é um sistema homogêneo, um conjunto de signos
exterior aos indivíduos que deve ser estudado separado da fala. Por outro lado Chomsky
em sua teoria gerativista afirma que os seres humanos apresentam uma predisposição
Autor da obra Curso de Linguística Geral que estabeleceu as bases para dar o caráter científico aos estudos de linguagem: a Linguística. Obra que foi escrita por seus alunos e publicada em 19l6.
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Essas duas expressões, língua e fala, fazem oposição entre si e ambas compõem
se ao resultado chamado
Chomsky contribui com a
Ele se baseia em que o indivíduo tenha a capacidade
e que é representada
por uma estrutura gramatical mental capaz de produzir infinitas sentenças com um
É uma capacidade genética que pessoa tem para
é um conjunto de regras
internalizadas que permite o indivíduo produzir, entender e avaliar enunciados de
, mas que é desprovido de consciência dessas regras. Quanto ao
, é a realização do que se fala, ouve, escreve ou lê e está ligado diretamente à
Chomsky desenvolveu muitos outros trabalhos, mas o outro mais destacado para
este artigo, é com relação ao Gerativismo. Ele desenvolveu uma gramática universal -
a dicotomia já referida, e a
mática universal e das
está ligada à GU e e é comum
desempenho pode ser
duo. É somente para
registrar o contraste que está sendo produzido pelo conhecimento que se têm das regras
Dizendo de outra forma, Chomsky afirma que a investigação do
ia”. Mas tudo isso
são teorias que Chomsky introduziu na Linguística e tem a consciência de que a
ouvinte ideal e que pertença a uma
homogêneo, um conjunto de signos
exterior aos indivíduos que deve ser estudado separado da fala. Por outro lado Chomsky
em sua teoria gerativista afirma que os seres humanos apresentam uma predisposição
Autor da obra Curso de Linguística Geral que estabeleceu as bases para dar o caráter científico aos estudos de linguagem: a Linguística. Obra que foi escrita por seus alunos e publicada em 19l6.
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genética que permite a aquisição da linguagem.Segundo
princípios radicados na mente humana
língua a termos conhecidos como:competência e desempenho
natural, ou seja, a capacidade inata para a aquisição das línguas
performance.
Finalizando a seção de fundamentos, assim como Platão e Aristóteles, Crátilo e
Hermógenes, Leibniz e Locke têm na mesma fonte de discussão a
como objetos bem definidos, Saussure
estuda a língua e outro, também estruturalista, mas do nível mental
linguagem.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante da exposição histórico
o leitor pôde entender o porquê do caráter provocativo presente no título deste artigo.
A ideia em gerar esse tipo de reflexão teve como proposta geral a fundamentação
conceitual da dicotomia naturalismo/convencionalismo
diferença dessas ciências que
disciplina chamada de Direito e Linguagem.
E como objetivo específico,
aula, em seminários ou em lugares que propiciem a divulgação de conhecimentos
natureza. Para tanto, o tom provocativo deste
didático, inferências acerca de
motivam inquietações.
Sabe-se que uma das propostas
levar aos estudiosos e pesquisadores resultados sucintos baseados em pesquisas com
métodos bem definidos. Este é o padrão, mas existem outras maneiras para divulgar
conhecimento na forma de artigo, que é o cas
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genética que permite a aquisição da linguagem.Segundo ele,a língua é um sistema de
princípios radicados na mente humana. Noam Chomsky relaciona, ainda,a aquisição da
língua a termos conhecidos como:competência e desempenho, em que o primeiro é
natural, ou seja, a capacidade inata para a aquisição das línguas, sendo o segundo a sua
Finalizando a seção de fundamentos, assim como Platão e Aristóteles, Crátilo e
Hermógenes, Leibniz e Locke têm na mesma fonte de discussão a linguagem
como objetos bem definidos, Saussure e Chomsky também. O primeiro é
também estruturalista, mas do nível mental-cognitivo
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante da exposição histórico-conceitual de ambas ciências, Direito e Linguagem,
porquê do caráter provocativo presente no título deste artigo.
A ideia em gerar esse tipo de reflexão teve como proposta geral a fundamentação
da dicotomia naturalismo/convencionalismo para o melhor entendimento
diferença dessas ciências que, conjuntamente, geram no Curso de Direito
Direito e Linguagem.
E como objetivo específico, promover discussões acadêmicas dentro das salas de
aula, em seminários ou em lugares que propiciem a divulgação de conhecimentos
Para tanto, o tom provocativo deste estudopropiciou, além d
inferências acerca de possíveis retomadas de Locke às definições que ainda
se que uma das propostas mais importantes na elaboração de um artigo é
levar aos estudiosos e pesquisadores resultados sucintos baseados em pesquisas com
métodos bem definidos. Este é o padrão, mas existem outras maneiras para divulgar
conhecimento na forma de artigo, que é o caso deste.
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ele,a língua é um sistema de
Noam Chomsky relaciona, ainda,a aquisição da
, em que o primeiro é
, sendo o segundo a sua
Finalizando a seção de fundamentos, assim como Platão e Aristóteles, Crátilo e
linguagem e a língua
primeiro é estruturalista e
cognitivo, estuda a
, Direito e Linguagem,
porquê do caráter provocativo presente no título deste artigo.
A ideia em gerar esse tipo de reflexão teve como proposta geral a fundamentação
para o melhor entendimento da
geram no Curso de Direito uma única
promover discussões acadêmicas dentro das salas de
aula, em seminários ou em lugares que propiciem a divulgação de conhecimentos dessa
propiciou, além do seu caráter
possíveis retomadas de Locke às definições que ainda
mais importantes na elaboração de um artigo é
levar aos estudiosos e pesquisadores resultados sucintos baseados em pesquisas com
métodos bem definidos. Este é o padrão, mas existem outras maneiras para divulgar
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Finalizando, viabiliza
sendo apresentadas a seguir
busca de argumentos consistentes para
1) Se Locke ainda estivesse em condições de
linguagem é convencional, ele o faria ou não
2) E se o fizesse, confirmaria ou refutaria a sua própria afirmação?
3) A partir dos fundamentos apresentados neste artigo, é possível afirmar se
Locke tinha ou não razão quanto às suas definições de ambos elementos
dicotômicos?
4) Locke poderia ser somente naturalista ou convencionalista em relação às duas
ciências?
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Tradução de Carlos Nelson Coutinho, 5ª. reimp.
Rio de Janeiro: Campus, 1992.
CHOMSKY, Noam. Estruturas Sintáticas. Portugal: Edições 70, 1980.
DICIONÁRIO HOUAISS DA LÍNGUA PORTUGUESA
Janeiro: Editora Objetiva, 2009.
DONELLY, Jack. The social construction of international human rights. In: DUNNE,
Tim; WHEELER, Nicholas J. Human Rights in Global Politics.
Press, 1999.
HENKIN, Louis. The rights of man today.
MOREIRA, Adriano. Teoria das relações internacionais. Coimbra: Almedina, 1987.
OLIVEIRA, Manfredo A. de.
PINKER, Steven. Tábula Rasa
Laura Teixeira Motta. 2ª. Reimpressão. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
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viabiliza-se assim nossa proposta para a continuidade dos estudos
a seguir as questões para nortear a discussão e despertar no aluno a
busca de argumentos consistentes para resolver estas indagações:
nda estivesse em condições de reavaliar sua afirmação de que a
linguagem é convencional, ele o faria ou não?
E se o fizesse, confirmaria ou refutaria a sua própria afirmação?
A partir dos fundamentos apresentados neste artigo, é possível afirmar se
tinha ou não razão quanto às suas definições de ambos elementos
ser somente naturalista ou convencionalista em relação às duas
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Tradução de Carlos Nelson Coutinho, 5ª. reimp.
Rio de Janeiro: Campus, 1992.
CHOMSKY, Noam. Estruturas Sintáticas. Portugal: Edições 70, 1980.
ICIONÁRIO HOUAISS DA LÍNGUA PORTUGUESA. Houaiss Eletrônico
o: Editora Objetiva, 2009.
DONELLY, Jack. The social construction of international human rights. In: DUNNE,
Tim; WHEELER, Nicholas J. Human Rights in Global Politics. Cambridge: University
HENKIN, Louis. The rights of man today.London: Stevens & Sons, 1979.
MOREIRA, Adriano. Teoria das relações internacionais. Coimbra: Almedina, 1987.
OLIVEIRA, Manfredo A. de. Ética e sociabilidade. 2.ed. São Paulo: Loyola, 1993.
Tábula Rasa : a negação contemporânea da natureza humana ; tradução
Laura Teixeira Motta. 2ª. Reimpressão. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
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nossa proposta para a continuidade dos estudos,
as questões para nortear a discussão e despertar no aluno a
reavaliar sua afirmação de que a
E se o fizesse, confirmaria ou refutaria a sua própria afirmação?
A partir dos fundamentos apresentados neste artigo, é possível afirmar se
tinha ou não razão quanto às suas definições de ambos elementos
ser somente naturalista ou convencionalista em relação às duas
BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Tradução de Carlos Nelson Coutinho, 5ª. reimp.
Houaiss Eletrônico. Rio de
DONELLY, Jack. The social construction of international human rights. In: DUNNE,
Cambridge: University
& Sons, 1979.
MOREIRA, Adriano. Teoria das relações internacionais. Coimbra: Almedina, 1987.
2.ed. São Paulo: Loyola, 1993.
: a negação contemporânea da natureza humana ; tradução
Laura Teixeira Motta. 2ª. Reimpressão. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
Rua Silvério Manoel da Silva, 160 – Bairro Colinas
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PLATÃO. DIÁLOGOS VI: Crátilo, Cármides, Láques, Ion, Menexeno. São Paulo:
Edipro, 2010.
REALE, Miguel. Filosofia do direi
SAUSSURE, Ferdinand. Curso de Linguística Geral. 7ª. ed. São Paulo: Cultrix, 1975
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PLATÃO. DIÁLOGOS VI: Crátilo, Cármides, Láques, Ion, Menexeno. São Paulo:
Filosofia do direito. 20.ed. São Paulo: Saraiva, 2002.
SAUSSURE, Ferdinand. Curso de Linguística Geral. 7ª. ed. São Paulo: Cultrix, 1975
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