TEATRO É ARTE, ENTRETENIMENTO, COMUNICAÇÃO E
PEDAGOGIA: GRUPO ANTICORPUS1 - ESTUDO DE CASO
O presente estudo quer comprovar que o teatro é,
essencialmente, arte, mas também é entretenimento, quando
as pessoas assistem a um espetáculo somente para se
deleitar com o mesmo, como uma espécie de lazer. Ao mesmo
tempo, não deixa de pertencer ao campo da comunicação, pois
ele é um veículo e uma linguagem comunicacional. Ainda
mais, essa arte que comunica e entretém, também ensina,
logo, somado a isso tudo, acrescenta-se o seu caráter
pedagógico.
1. Arte e Entretenimento:
1.1 Arte é poesia
Com a afirmação de que arte é poesia, inicia-se
esse estudo, pois esta assertiva é a espinha dorsal de todo
ele.
Às explicações, fica-se à luz do sentido de que
poesia é sinônimo de sentimento. Os dicionários tendem a
fazer alguma confusão em suas definições. Para o Aurélio
(2009):Poesia:1.Arte de escrever em verso.2.Composição poética de pequena extensão.3.Entusiasmo criador; inspiração.4.Aquilo que desperta o sentimento do belo.
1 Grupo de teatro dos funcionários do Hospital de Clínicas da UFPR.
5.O que há de elevado ou comovente nas pessoas ounas coisas.6.Encanto, graça, atrativo.
Poema:1.Obra em verso. 2.Composição poética de certa extensão, comenredo. 4.Mús. Composição de estrutura livre, parainstrumento único ou instrumento solista. Poema dramático. 1. Teatr. Designação genérica daspeças e espetáculos nos quais os elementospsicológicos, dramáticos, visuais, musicais,coreográficos, etc., convergem para o simbólico, ofantástico, o lírico.
Para Michaellis (2004):
po.e.si.as. f. 1. Arte de escrever em verso. 2. Caráter doque desperta o sentimento de belo; inspiração.
po.e.mas. m. 1. Obra em verso. 2. Composição poética dogênero épico; epopéia. 3. Assunto ou coisa digna deser cantada em verso.
Tanto para um, quanto para outro, poesia e poema
acaba por se tornarem palavras sinônimas no sentido de ser
uma obra em verso. Com mais atenção aos termos, perceberá
que somente são sinônimas no sentido de uma obra em verso
que expressa sentimentos. Massaud Moisés (1997) já havia
alertado pelo fato de ser um termo que, historicamente,
sempre causou grande confusão. Ele mesmo afirma que é umAssunto dos mais controvertidos. (...) ParaJohaness Pfeiffer, “a poesia não é distração, masconcentração, não substituto da vida, masiluminação do ser, não claridade do entendimento,mas verdade do sentimento” (1954). (...) ParaCarlos Bousonõ “é a um conteúdo psíquico como umtodo particular, como síntese intuitiva, única, doconceptual-sensorial-afetivo” (1969). (...) Roland
Barthes [afirmou que] “(...) Poesia é diferente daProsa. Mas tal diferença não é de essência, mas dequantidade”. (...) Num texto poético, a conotaçãode cada frase ou segmento decerto depende dacontexto, mas antes disso, apresenta uma cargaprópria, que prontamente estimula a sensibilidade ea inteligência do leitor.(p.403-405)
Assim, para diferençar poema, assim, esse termo
aqui designará estrutura poética (verso, rima, etc) e de
poesia, enquanto sentimento. É característica de todo poema
ter poesia, no entanto, não é restrito a ele. Assim, toda
obra artística acaba por ser poética também, no sentido de
exprimir ou gerar sentimentos. Logo, pode-se afirmar que
tem poesia na música, nos quadros, na escultura, bem como
no teatro. Para Roman Jakobson (1963 apud Aranha e Martins,
1986, p.406), “A função poética ganha uma dimensão
estética, podendo, assim, ser aplicada a todas as outras
formas artísticas além da poesia”.
A idéia de que arte e sentimento estão
estreitamente ligados, de maneira intrínseca, também é
compartilhada por elas:
Na experiência estética, a imaginação manifesta,ainda, o acordo entre a natureza e o sujeito, numaespécie de comunhão, cuja via de acesso é osentimento. O sentimento acolhe o objeto, reunindoas potencialidades do eu numa imagem singular. Étoda nossa personalidade que está em jogo, e osentimento despertado não é o sentimento de umaobra, mas de um mundo que se descortina em toda suaprofundidade, no momento em que extraímos o objetodo seu contexto natural e o ligamos a um horizonteinterior. (Aranha; Martins, 1986, p.386)
Logo, se arte é essencialmente sentimento, e
poesia, como tal, também o é; e, se teatro é arte, podemos
afirmar com convicção que teatro é poesia, ou, no mínimo,
transmite.
E toda arte, inclusive o teatro, transmite o belo.
A beleza estética não é necessariamente algo bonito. Pode
ser, inclusive, algo de gosto, sabor, cheiro, cor, matiz e
interpretação horrível, mas com uma beleza artística
singular. Aranha e Martins ensinam que:
Hoje em dia, dentro de uma visão fenomenológica,consideramos o belo como uma qualidade de certosobjetos singulares que nos são dados à percepção.Beleza é, também, a imanência total de um sentidoao sensível. O objeto é belo porque realiza o seudestino, é autêntico, é verdadeiramente segundo oseu modo de ser, isto é, um objeto singular,sensível, que carrega um significado que só podeser percebido na experiência estética. (1986,p.379)
Assim, o teatro realiza todo o seu teor artístico,
lembrando que se a arte está no produtor, a estética no
receptor. Se o produtor o faz com a intenção artística,
mesmo que depois o significado extrapole o seu objetivo, o
receptor, por sua vez, tem que ter uma noção estética, para
entender como tal. Já dizia Fernando Pessoa: “(...) Sentir?
Sinta quem lê!”. Logo, cada obra é aberta ao permitir uma
série de interpretações que são de competências do
receptor:
A obra de arte é aberta, no sentido de que elaprópria instaura um universo bastante amplo designificações que vão sendo captadas, dependendo dadisponibilidade dos receptores. (ECO apud ARANHA;MARTINS, 1986, p.406).
O teatro, além de ser arte, pois se insere como
tal, ele tem características muito peculiares. Como arte
encenada pode reunir todas as outras, pois tem a
iluminação, a sonoplastia, o cenário, o figurino, os
adereços, a maquiagem, a máscara, a música, o canto e o
texto, assim, podendo participar das artes plásticas,
sonoras, visuais e literárias. Contudo, tem caráter de
efemeridade, fugacidade. Aliás, ele só existe nesse
momento. Produção e recepção acontecem de forma simultânea
e, também, singular. Antes, apenas texto e/ou ensaios.
Muito embora o termo seja plurissignificativo:
O vocábulo grego Théatron estabelece o lugar físicodo espectador, "lugar onde se vê". Entretanto oteatro também é o lugar onde acontece o dramafrente aos espectadores, complemento real eimaginário que acontece no local de representação.2
Plural também é sua significação. O que Bakhtin
chamou de polifônico, ou seja, com diversas vozes, diversas
interpretações. Próprio do campo artístico. Dele também, o
conceito dialógico que afirma que “o discurso nasce no
diálogo de uma réplica-viva. (...) Todo discurso é
orientado para a resposta. (...)” (1998, p.88 e 89), bem
como para uma resposta senão no momento, futuramente.
Como o teatro é arte de discursos e que a ação
resulta do discurso dos personagens falados ou não. E aí
entenderemos o discurso também nos atos e não simplesmente
nas falas. O diálogo presente entre os personagens é um,
interno. Contudo esse diálogo interno, resulta num outro2 http://pt.wikipedia.org/wiki/Teatro
diálogo, externo, entre a peça de teatro e o seu público.
Como toda obra de arte, entre ela e seu receptor.
Estabelecidos os conceitos que insere o teatro como
arte, passará, agora, a ser discutido algo que, mesmo
parecendo óbvio é de interesse desse trabalho, o teatro
como lazer.
1.2 Teatro é lazer
Além do que já foi dito, podemos fazer uso das
artes e, dentre elas, o teatro, simplesmente como meio de
lazer para desestressar, de maneira catártica, ou somente
para ocupar o tempo ocioso.
Direito ao lazer é direito ao ócio. Não somente o
ócio criativo, mas também, simplesmente, ao descanso, à
apreciação.
Paul Lafargue, ensina Leandro Konder (2009)3, filho
de um francês e de uma judia, neto de uma mulata, casado
com Laura, filha caçula de Marx, escreveu, em 1880, "O
Direito à Preguiça" em Paris. Nessa época, trabalhava-se,
em média, 12 ou 13 horas por dia, podendo se estender até
17 horas. Os operários eram convencidos do que ‘o trabalho
dignifica o homem’ como muitos o tratam até hoje,
inclusive, que ele é benéfico. Nessa obra, Lafargue critica
Comte e Victor Hugo pela santificação do trabalho, aqui no
3 http://www.culturabrasil.pro.br/konder.htm
Brasil, um dos defensores maiores desse ideal foi o poeta
Olavo Bilac.
Bertrand Russel, em 1932, escreveu “O Elogio ao
Ócio”. Nele não desenvolveu diretamente uma tese
utilitarista do ócio, mas, de maneira indireta, sim. Russel
disse que, com o tempo livre
acima de tudo haverá felicidade e alegria de viver,
em vez de nervos em frangalhos, fadiga e má
digestão. O trabalho exigido será suficiente para
tornar agradável o lazer, mas não levar ninguém à
exaustão. E, como não estarão cansadas na hora de
folga, as pessoas deixarão de buscar diveversões
exclusivamente passivas e monótonas. Uma pequena
parcela dedicará, com certeza, o tempo não gasto na
ocupação profissional com atividades de alguma
utilidade pública e, como não dependerão dessas
atividades para sua sobrevivência, não terão a
originalidade tolhida e nem necessidade de se
amoldarem aos padrões estabeleceidos pelos velhos
mestres. (2002, p.35).
Modernamente, outros autores trataram do assunto,
Domenico de Mais, em o “Ócio Criativo”, em 2000, afirmou
que o tempo dedicado exclusivamente ao trabalho é tempo
perdido, mas se o trabalho for também uma forma de lazer,
não. Para ele:
Aquele que é mestre na arte de viver faz poucadistinção entre o seu trabalho e seu tempo livre,entre sua mente e o seu corpo, entre a suaeducação, entre o seu amor e a sua religião.Distingue uma coisa da outra com dificuldade.Almeja, simplesmente, a excelência em qualquer
coisa que faça, deixando aos demais a tarefa dedecidir se está trabalhando ou se divertindo. Eleacredita que está sempre fazendo as duas coisas aomesmo tempo. (apud Vanessa Costa, p.5).
O JHC – Jornal do Hospital de Clínicas da UFPR
elegeu uma coluna, “Além de...” , somente para pautar os
funcionários do Hospital que, além de trabalhar naquela
insituição, dedicam seu tempo para a música, teatro,
poesia, literatura, culinária, esporte, ações sociais etc.
Um exemplo de trabalhar com o tempo fora do horário de
trabalho
Paulo Leminski em seus “Anseios Crípticos e
Poéticos”, quando definiu Literatura, o fez afirmando que
não serve para nada e somente diz mentiras. Seguindo seu
conceito, nada utilitarista, toda arte, da mesma forma o
teatro, não existe com o propósito de gerar um bem ou
serviço ou ainda de garantir um emprego ou um salário
melhor. Segundo Castro Alves “bendito que semeias livros,
livros a mão cheia e faz o povo pensar”. Ou seja, o
propósito de toda arte, literária ou não, não é produto
final, mas a reflexão. Logo, o tempo ocioso pode ser
dedicado a uma arte de forma até tornar uma pessoa mais
completa, dinâmica, em sua vida pessoal e ou profissional.
Não empregando aqui o fim utilitarista ao tempo
ocioso, até porque pode ser ou não e, ainda, é sábido que,
em média, a maioria dos trabalhadores perfazem uma carga
horária de 44 horas de labuta semanal, restando pouco para
seu conívio social, apenas com o intuíto de inserir o
teatro no contexto de uma atividade cultural ou apenas de
entretenimento para as horas de lazer, na produção, ou
simplesmente na platéia assisitindo um espetáculo,
encerreamos esse tópico.
2. Comunicação e Pedagogia
É comum estabelecermos como meios dre comunicação o
jornal, a televisão, o rádio e o computador. O teatro como
meio de comunicação é pouco difundido, contudo, não precisa
muita imaginação para perceber que há uma comunicação entre
palco e platéia durante uma representação. E não somente o
teatro, mas é característico das obras de arte a
comunicação com a sociedade, seja com qual objetivo for.
Afinal, comunicar é dar conhecimento, segundo o dicionários
Michaellis é
v. 1. Tr. dir. Fazer saber; participar. 2. Tr. dir.Pôr em contato ou ligação; ligar, unir. 3. Tr. dir.Tornar comum; transmitir. 4. Pron. Propagar-se,transmitir-se. 5. Pron. Pegar-se, transmitir-se porcontágio.
Enquanto comunicação, pode funcionar simplesmente
com essa idéia de tornar comum, a de repassar um conteúdo
ou, ainda, com outra intenção, com um fim de ensinar algo a
algúem.
Muito embora, é difícil de conceber que exista
comunicação sem aprendizagem, afinal, apredemos pela
interação com o outro, para efeito teórico, vamos definir
em termos de objetivos primordiais. Enquanto no primeiro
caso, uma apresentação teatral serve meramente ao simples
interesse de divulgar algo, já, no segundo, a intenção
principal é que se aprenda algo para se ter aplicabilidade
ou não.
Para discernir melhor, quando se vai a um teatro
assistir a um determinado espetáculo, tem sempre uma
intenção: para apreciar o conteúdo estético-artístico, para
passar momentos agradáveis de lazer e descontração, para se
informar sobre determinado assunto e para aprender algo.
2.1. Teatro comunica
Quando o teatro passar a ser visto como um ato
comunicacional, não tem como não remeter a teoria clássica
e consagrada de Roman Jakobson que distingue os seis
elementos: emissor, receptor, canal de comunicação,
mensagem, código e referente. Respectivamente, os sujeitos
da comunicação, ou seja, que emite e o que recebe uma
mensagem, que nada mais é do que a composição de todo
conteúdo físico e abstrato; e, ela se apresenta fisicamente
pela linguagem, por meio de códigos verbais (orais e, ou,
escritos) e, ou, não-verbais (semiótica) e, ainda,
referente ao tema abordado.
De maneira generalizada, um espetáculo apresentado
a um público específico pode ser analisado levando em conta
que o emissor é o grupo de teatro que montou a peça,
segundo a ótica do autor do texto, logo o receptor é o
próprio público. O veículo, o canal de comunicação, é a
própria arte. A mensagem é seu entendimento e sua
linguagem. E, Como linguagem, ele pode apresentar códigos
verbais escritos (no texto e em elementos cênicos) ou
oralizados pelas falas dos personagens e não-verbais pela
ação dos personagens, caracterização física, maquiagens,
figurinos, adereços, cenário, sonoplastia e iluminação. Por
fim, o assunto encenado é o referente.
Muito embora, um texto teatral não é concebido para
leitura como a arte literária, mas é possível tratar dessa
forma. Como tal, o texto é o veículo, cujo dramaturgo é o
emissor e o receptor é leitor que atinge sua mensagem, sua
interpretação, pela decodificação verbal escrita. Podendo
assim, identificar seu referente.
Ainda, há comunicação entre o dramaturgo e o grupo
de teatro. Podendo fazer uma leitura parecida com a
anterior, porém, aqui, o receptor é o prórpio grupo de
teatro.
Tanto faz a perspectiva adotada, o teatro vai ser
percebido como meio de comunicação.
Muito embora, pode parecer que não, quando da
apresentação de um monólogo, mas, sua dupla enunciação é
oque faz do teatro uma das artes mais dialógicas no sentido
da necessidade da presença necessária dos sujeitos da
comunicação (emissor e receptor).
di.á.lo.go: s. m. 1 Conversação entre duas ou maispessoas. 2 Obra literária em forma dialogada.
Caso queira tomar o termo diálogo de maneira
lexical, perceberá que, etimologicamente, tratará de dois
campos comunicativos, dois logos. Isso não quer dizer que,
obrigatoriamente, os dois tenham que falar, pois o diálogo
não precisa ser exatamente expresso pela palavra oralizada,
mas também por meneios de cabeças, olhares, gestos, etc.
Aqui, no caso, de maneira externa, um comunicação palco –
platéia ou, interna, dentro da obra, entre os os
personagens.
E, ainda, no sentido dialógico e polifônico de
Mikail Bakhtin. Pois, além de arte, tem um diálogo social e
histórico e, por tudo isso, possui várias “vozes”, como já
foi dito antes.
De qualquer forma, essa comunicação entre palco e
platéia pode comunicar algo específico, como por exemplo,
as peças de cunho instrutivo que Plínio Marcos levava às
cadeias para a prevenção da aids, ou qualquer outra notícia
interessantes.
Segundo Bertold Brecht, o teatro tem que ser
pedagógico. O que veremos com mais vagar no próximo tópico.
2.2. O teatro ensina
pe.da.go.gi.a: s. f. 1. Estudo teórico ou práticodas questões da educação. 2. Arte de instruir,ensinar ou educar as crianças. 3. Conjunto dasidéias de um educador prático ou teorista emeducação.
Pedagogia é a arte de ensinar. Professores do mundo
todo sempre buscam novas maneiras para que melhor e mais
seus alunos aprendam. Aqui, coloca-se o teatro como mais
uma ferramenta a serviço desse objetivo, o de ensinar.
O teatro brechtiano tem seu aspecto pedagócio como
vertente mais aparente. Por meio de suas peças, Brecht
queria que seu público fosse politizado. Para tanto, suas
peças serviam como instrumento pedagógico. Pois o teatro
ensina, mesmo àqueles mais leigos, pois, nele a
história não nos é contada, mas mostrada como sefosse de fato a própria realidade. Essa é de resto,a vantagem específica do teatro, tornando-oparticularmente persuasivo às pessoas semimaginação suficiente para transformar, idealmente,a narração em ação: frente ao palco, elas são porassim dizer obrigadas a acreditar nesse tipo deficção que lhes entra pelos olhos e pelos ouvidos.(PRADO apud CÃNDIDO, 2004, p.85)
Aquela máxima do “só vendo para crer” é incorporada
ao vendo, o ouvindo e sentindo, além de, muitas vezes, o
fazendo. Assim o teatro pode ser uma ferramenta pedagógica
ao ser assistido ou sendo produzido.
A obra “Pragmática da Comunicação Humana”, de
Watzlawick, Beavin e Jackson (2002), utiliza-se da peça
“Quem tem medo de Wirgínia Wolf”, de Eduard Albee, para
ensinar, ou seja, de maneira pedagógica, e mais do que
isso, para ensinar sobre os aspectos comunicacionais da
psicologia. Assim, é um bom exemplo de um obra que reúne
pedagogia e comunicação, juntas, por meio do teatro. A obra
ensina que o teatro tem pouca ação e que
a maior parte do seu movimento consiste em rápidase detalhadas permutas verbais. Através dessaspermutas, a complexidade comunicacional dainteração entre os quatro atores desenvolve-se deum modo mais perfeito do que talvez seria possível,se houvesse apoiado mais em acontecimentos ‘reais’(...) (p.135)
Muitas escolas já adotam, muito embora como
conteúdo complementar, o teatro em sua grade horária.
Inclusive vários professores podem contar com uma vasta
gama de livros sobre o teatro na escola e jogos cênicos.
Agora, as empresas que passaram a se preocupar em ensinar
novas técnicas, fazer reciclagem com seus funcionários e
instruções de caráter preventivo viram no teatro uma
ferramenta que ao mesmo tempo que instrui não é enfadonha,
muito pelo contrário acaba por conquistar a simpatia de
seus colaboradores. Com base nesses príncipios, surgiu o
teatro empresarial.
3. Teatro Empresarial
O sentido lexical, ou seja, dicionarizado dos
termos, segundo o Michaellis4, são:
te.a.tro: s. m. 1. Edifício destinado àrepresentação de obras dramáticas, óperas ou outrosespetáculos públicos. 2. Conjunto das obrasdramáticas de um autor, de uma época, de uma nação.3. Lugar onde se verifica qualquer acontecimentonotável.
em.pre.sa: (ê), s. f. 1. Ação árdua e difícil quese comete com arrojo. 2. Empreendimento,cometimento, negócio. 3. Sociedade organizada paraa exploração de uma indústria ou comércio.
4 Dicionário Michaellis,
Para este estudo, deve ficar claro que dentre os
vários ramos empresariais, o teatro se encaixa na indústria
do entretenimento e esse tipo, inclusive cadastrado no
Ministério da Fazenda com o número de Cadastro Nacional de
Pessoa Jurídica (CNPJ) e tudo o mais chamaremos aqui de
teatro-empresa para diferençar dos demais. Contudo, o
intuito deste trabalho não é tratar do teatro-empresa, mas
do teatro empresarial, ou seja, daquele praticado no
interior de uma empresa com o objetivo de incentivar a
arte, entreter, comunicar e ensinar.
Para a empresa Lighthouse (2009) consultoria,
O objetivo do TEATRO EMPRESARIAL é proporcionarespetáculos sobre a rotina de trabalho da empresa,encenando situações do cotidiano, buscando que osfuncionários se sensibilizem e se identifiquem comas estórias apresentadas, levando-os à reflexão.
Assim, o teatro empresarial, pode ser concebido,
ainda, de duas maneiras:
a)quando da apresentação de um grupo externo que
visita uma empresa, como é o caso da empresa Grafite Teatro
empresarial (2009), que se coloca como uma empresa
prestadora de serviços:
Nosso principal serviço é o ESPETÁCULO, umaferramenta de treinamento focada na apresentação dotema através de peças teatrais. O teatro age comofator motivacional para que os funcionáriosparticipem dos treinamentos empresariais. Este tipode veículo de comunicação abrange os mais variadosassuntos, sem restrição, atingindo o espectador emtrês níveis: racional, emocional e estético, comregistro muito mais consistente na memória. É uma
forma diferenciada de trabalho para obter melhoresresultados.
A Pleiade (2009) ressalta o didatismo pedagógico do
teatro empresarial:
Estratégia didática cujo principio básico é o fatode que, o ser humano, ao ver reproduzida no palco asua própria realidade, se conscientiza de sua formade estar no trabalho e, num sentido mais amplo, navida, iniciando assim o seu processo de mudança.
b) pela criação de um grupo interno. Como o grupo
de teatro Anticorpus todo fomrado por funcionários do
Hospital de Clínicas da UFPR, e que é o nosso foco de
estudo.
Ambas as concepções, podem ser trabalhadas como
ferramentas de ações. No estudo, “A Influência do Teatro no
Marketing de Vendas Directas”, Jorge Dias de Figueiredo
(2009), do Instituto Superior Miguel Torga, muito embora,
confunda a expressão marketing simplesmente com vendas,
ainda assim, expressa um bom exemplo de ferramenta na área
empresarial, pois segundo o artigo, tem características da
arte cênica que podem ser aplicadas em vendas e, inclusive,
algumas delas comuns aos dois:
Um outro factor comum ao teatro moderno e aomarketing de vendas directas tem que ver com oactor/vendedor investigador de novos comportamentossociais. Reportando à intenção expressa a respeitoda corelação estabelecida entre o teatro e asociedade, aferiu-se que toda a obra tem uma funçãosocial, e o teatro mais que nenhuma outra arteacompanha toda a evolução civilizacional, sofrendoinfluências e colaborando também para a suatransformação.
Figueiredo (2009) conclui afirmando que, emboratenham interações, as duas áreas ainda precisam ter umintercâmbio maior:
Terá que haver necessariamente, uma maiorinterpenetração do teatro e marketing com oambiente sociocultural, para uma fomentação etransmissão de valores verdadeiros e transparentes,impostos pelo teatro vivencial e assimilados pelomarketing de vendas directas.
Logo, o teatro pode ser aplicado diretamente numa
empresa como:
- Marketing (interno e externo), com a finalidade
de comunicar ou fortalecer a marca da empresa;
- Pedagogia empresarial, para aprender ou ensinar
algo, utilizado pelo departamento de recursos humanos;
- Atividade de cultura e, ou, de lazer, que
funciona para fortalecer o vínculo entre o grupo de
colaboradores e com a própria empresa;
Além de inúmeros outros valores agregados tangíveis
ou intangíveis e mensuráveis ou imensuráveis .
O teatro, em verdade, deve “responder com formas
novas aos novos desfios da realidade” (BOAL, 1997, p.15).
Aqui, no caso do teatro empresarial, da repostas para
necessidades empresariais e trabalhistas.
4. O teatro no Hospital de Clínicas da UFPR
O HC (como é conhecido) é o quinto hospital
universitário do país e o maior do Paraná. Ele é um órgão
complementar da UFPR e foi criado, em 05 de agosto 1961,
com a intenção de servir de campo para o ensino de
medicina. No ano de 2009, completará 48 anos, ele não
somente serve como campo de ensino e pesquisa, mas consta
em sua missão como responsável pela assistência pública,
pois, por força de lei, é enquadrado como membro do Sistema
Único de Saúde.
Desde sua criação, sempre recebeu visitas de vários
grupos artísticos para interagirem com pacientes e
funcionários a fim de criar um ambiente mais agradável para
todos os partícipes em situações extressantes como as
envolvidas com doenças e, inclusive, com morte. Há mais de
10 anos tem um projeto intitulado “Música e Recreação”,
através do qual recebe artistas das mais variadas área
interessados, de maneira filantrópica, se apresentarem aos
pacientes. Inclusive com parcerias culturais com ógãos do
governo.
No ano de 1996, após a recepção de um desses
grupos, o Lanteri, houve a vontade de se fazer uma peça de
teatro para disseminar o projeto de Qualidade Total. Os
famosos “5 esses” foram transmitidos para outros
funcionários com um grupo de teatro de responsabilidade do
Escritório da Qualidade do Hospital. Aconteceram algumas
apresentações, inclusive, viajando para outros Estados e
logo em seguida a extinção do grupo.
4.1 O grupo
Em 2003, alguns funcionários resolveram colaborar
com SIPAT-Semana Interna de Prevenção de Acidentes de
Trabalho e apresentaram a peça “Os Esquecidos”. A
comunidade interna apreciou o trabalho dos colegas e, na
SIPAT seguinte, aconteceu uma apresentação de um texto
intitulado “Equívocos” que tratava de problemas de
comunicação. O GIUF – Grupo de Implantação das Unidades
Funcionais, responsável pela implantação de um novo modelo
de gestão administrativa convidou o grupo para fortalcer o
seu trabalho e, então, apresentou “O Show do Milhão das
Unidades Funcionais”.
Ainda em 2004, na SIPAT do HC foi apresentada
“Gases Indomáveis”, uma versão do sucesso televisivo
“Chaves”, que tratava entre outros temas relativos a
segurança do trabalhador, a técnica da lavagem de mãos.
No aniversário dos 44 anos do HC, em 2005, foi
encenada “Essa Grande Família” com a intenção de motivar o
grupo de trabalhadores, que foi reapresentada no ano
seguinte na mesma ocasião.
A repercussão das apresentações foi tamanha que,
outras instituições se interessaram pelas peças do grupo e
passaram a solicitar sua presença. O ano de 2006 ficou
marcado como o período em que o grupo saiu de dentro do HC
para atuar também na comunidade. Nesse momento aconteceram
as seguintes apresentações:
- “Os Esquecidos” (Stª Casa Colombo, 15/09;
N.SªPilar, 18/09; Mat.Curitiba, 26/06; Hosp.Trabalhador,
29/09; Hosp. Evangélico, 03/10; Brasanitas, 20/10;
Hosp.Evangélico Bairro Novo, 23/10; Hosp. Constantino,
27/10; e, Hosp.Clínicas, 21/11).
- “Essa Grande Família” (Hosp.Clínicas, 02 e
03/08).
- “Desmotivação” (Hosp.Clínicas, 21/11; e, Setor de
Ciências da Saúde – UFPR, 30/11).
Em 2007, foi batizado de Anticorpus, o grupo de
teatro formado pelos funcionários do HC, e fez as seguintes
apresentações:
- “Os Esquecidos” (Hosp.Vita Batel, 23/03; Stª
Izabel, 01/06; Stª Casa Curitiba, 29/06; Erasto Gaertner,
27/07; Hosp. Vita Br, 27/08; Mat.Victor F. Do Amaral,
19/10).
- “Essa Grande Família” (Hosp.Clínicas, 09/08).
- “(Des)Motivação” (Stª Izabel, 26/10).
- Caminhada “1ª Palhaçada Contra o Fumo” (do HC à
Boca Maldita, 29/08).
- “O Secretário Perfeito” (UFPR, 27/09;
Hosp.Evangélico, 08/10; Hosp.Stª Izabel, 26/10).
- “Lá Vem a dona Norma” (Hosp.Clínicas, 28/11 ,
manhã e tarde).
Em 2008:
- “Essa Grande Família” (Stª Izabel, 14/8; e, Stª
Brígida, 15/08).
- “(Des)Motivação” (Hosp.Trabalhador, 26/07; FAESP,
22/10; e, Progepe/UFPR, 28/10).
- Caminhada “2 Palhaçada Contra o Fumo” (do HC à
Boca Maldita, 29/08).
- “O Secretário Perfeito” (Humanização HC, 04/07;
Hosp.Trabalhador, 26/07; e, Hosp.Clínicas, 30/09).
- “Lá Vem a dona Norma” (Bom Retiro, 18/07;
Instituto de Medicina, 21/10; Hosp.Evangélico Bairro Novo,
23/10; Mat.Victor F. do Amaral, 24/10; Festiva de Teatro de
Pinhais/PR, 26/10; Centro Cirúrgico HC, 07/11; e, Hosp. Stª
Cruz, 11/11).
- “Receita para se fazer um homem” (Humanização HC,
04/07; e, Progepe/UFPR, 28/10).
- “A Mensalista” (Hosp.Clínicas, 04/08, manhã e
tarde).
Foram um total de 56 apresentações, em 12
espetáculos. Perfazendo uma média de 4,6 apresentações por
peça. Algumas deles reaprespresentadas várias vezes, outras
não.
4.2. Reflexões importantes
Nesse período de solidificação do grupo de teatro
dentro da instituição levantou algumas reflexões a questão
até da sua própria identidade:
1º A questão de sua institucionalidade ou não;
2º A questão de sua operacionalidade;
3º A questão de seu financiamento;
4º A questão de sua eficiência e de sua eficácia.
Para responder a primeira questão, precisou o
grupo, primeiro, demonstrar a capacidade de um teatro como
ferramenta de marketing e de pedagogia, ou seja, servir
como de comunicação e como ferramenta de ensino. Logo no
início de seus seus trabalhos já consigou comprovar isso,
seja participando de SIPATs repassando conhecimentos
ensinando técnicas – como as de lavagens de mãos – seja
participando de eventos festivos da própria empresa. Assim,
foi-se criando uma atmosfera prospectiva devido o movimento
próativo do próprio grupo. De maneira producente, fez um
percurso cuja história serviu de prova de sua viabilidade.
Com isso, a Assessoria de Marketing Institucional
do Hospital, filiou esse movimento a ela por dois motivos.
Primeiro, e principal, por se tratar de objetivos comuns,
fazer fortalecer a marca do HC na comunidade e, segundo,
pela facilidade do coordenador do grupo ser um funcionário
dessa Asssessoria.
Mesmo assim, pairam questões administrativas muito
sérias, tais como, a iberaração do funcionário para
participar de ensaios e apresentações do grupo durante o
horário de trabalho. E, nos casos de ações fora do horário
de trabalho devem ser ressarcidas com o pagamento de horas-
extras ou não.
Aí, de forma conjunta, entra-se no segundo
questionamento, pois a operacionalidade de um grupo de
teatro dentro de uma empresa com horários comuns
estipulados para todos é uma coisa, já num hospital é
outra.
4..3. Os atores-funcionários
O grupo funciona com um número de funcionários que
oscila de três a vinte e três, dependendo da montagem.
Contudo, entende-se por grupo todos os funcionários que
queiram participar e sejam admitidos para tal.
Para entender melhor, verique a ficha de cada
funcionário que geralmente compõe o grupo:
1.Renildo Meurer – Cargo: Tec. Ass.educ. da Assessoria de
Marketing – funções: webdesingner, diagramador e jornalista
com titulação precária.
Mestre em estudos literários, professor de língua
portuguesa (graduação e pós-graduação). Vínculo Funpar. No
grupo: diretor geral. É ator, diretor e produtor de teatro
profissional. 8 horas/dia.
2. Lorival Veloso – Cargo: Aux.escritório - Ens.Médio. –
Vínc.Funpar (CLT). No grupo: ator. 8 hora/dia.
3. Marco Aurélio V. Garcia – cargo: Garçon, função:
marcação de consulta – Vínculo: UFPR (servidor). 6
horas/tarde.
4. Vera Singer – cargo: Aux.Enfermagem, função: exames
radiológicos – Vínculo: UFPR (servidor). 6 horas/manhã.
5. Vera Verônica – cargo: Aux.Enfermagem, função: materiais
centro cirúrgico – Vínculo: UFPR (servidor). 6 horas/manhã.
6. Célia Prussak – cargo: Telefonia, função: secretária
Psicologia – Vínculo: FUNAPR (CLT). 8 horas/dia.
7. Marlene Porcel Claro - Aux.escritório - Ens.Médio. –
Vínc.Funpar (CLT). No grupo: ator. 12x36(escala).
8. Valdemar - aux.escritório - Ens.Médio. – Vínc.Funpar
(CLT). No grupo: ator. 6 horas/manhã.
9. Ivonete Heimbecher - Tec.seguraça do trabalho. Lotada
na Funpar - Ens.Médio. – Vínc.Funpar (CLT). No grupo:
ator. (8 horas/dia).
10. Marja Brag. Administradora. Faturamento. Ens.Superior.
Vínculo: UFPR (servidor). 8 horas/dia.
11. Itamar Cardoso. Aux.Escritório. Compras. Ens.Superior.
Vínc.Funpar (CLT). 8 horas/dia.
12. Élio Weber. Aux.Escritório. Humanização. Ens.Superior
incompleto. Vínc.Funpar (CLT). 6 horas/tarde.
Como da para perceber, cada ator-funcionário com um
vínculo, com um cargo, função e horário de trabalho
diferente do outro. Com isso, foi obrigado que os ensaios
fossem sempre no horário do almoço. Para satisfazer essa
necessidade, foi escolhido um estilo de teatro que fosse
mais rápido e mais eficiente. O estilo foi o circo-teatro
de cunho melodramático. Aquele teatro praticado nos circos
como espetáculo de variedades.
4.4 Entrevista
Aleatoriamente, foi feita uma entrevista com um dos
atores-funcionários. As questões foram enviadas para todos
os componentes, para escolha ficou como critério o primeiro
que desse retorno às questões abaixo:
1) O que você entende por teatro empresarial? 2) O grupo de funcionários do HC é teatro empresarial? Por quê? 3) Teatro empresarial é arte? Por quê? 4) Teatro empresarial é comunicação? Por quê? 5) Teatro empresarial é pedagógico? Por quê? 6) Teatro empresarial é lazer? Por quê? 7) O Teatro Anticorpus é importante para o HC e o para o Marketing do Hospital? Por quê?8) O Teatro Anticorpus é importante:a) para você? Por quê?b) para os funcionários que participam do grupo? Por quê?c) para os outros funcionários do HC? Por quê?
d) para as outras instituições que apresentou e para os funcionários delas? por quê?
Ele recebeu as questões por e-mail, sem quaisquerorientações, portanto, as respostas foram respondidas,indubitavelmente, por aquilo que ele percebe acerca dogrupo e do teatro empresarial. Estas foram as suasrespostas:
1) Entendo como uma ferramenta para ensinar,orientar e instruir pessoas de uma empresa arespeito de tudo o que envolve o trabalho delas.2) Sim, pois é um grupo que foi formado para atuarcomo agente de educação dos trabalhadores em saúde.3) Sim. Da forma como entendo, é uma manifestaçãoteatral com objetivo específico, mas ainda umamanifestação artística.4) Sem dúvida nenhuma, pois é feito para informar,orientar, instruir.5) Absolutamente sim. Através do teatro, seconsegue transmitir aos espectadores as mensagensde forma completa, e com grande aproveitamento,pois usa linguagem simplificada e acessível atodos.6) Sim. Porque fala de coisas sérias e importantesusando a sátira e a comédia e garante assim afixação do conteúdo apresentado.7) Acho que o grupo Anticorpus é o veículo dedivulgação de assuntos importantes no que tange àárea da saúde. O HC é o maior hospital dereferência no Paraná, e os assuntos que sãoimportantes para o HC certamente são importantespara os demais hospitais. Ao fazer uma apresentaçãoo Grupo Anticorpus divulga o nome do HC, mantendo-ocomo referência para os demais. 8) [a] Para mim, é importante porque faz adiferença, ensinando e aprendendo no contato com aspessoas. [b] Para os funcionários que participam dogrupo é variado: como válvula de escape, comolazer, como profissão, como prazer. [c] Para osfuncionários de outras instituições, e os demaisfuncionários do HC é importante pois mostra deforma animada situações vividas diariamente porcada um, mas de maneira caricata. Eles aprendem coma brincadeira, descobrem onde buscar informações,sem a monotonia de um evento ou reunião formal. [d]Para as demais instituições, é uma forma depresentear seus funcionários, colaborando para o
alívio do stress e melhora na qualidade de vida.(BRAGA, 2009)
Por essa série de respostas, podemos também
perceber o entendimento do grupo acerca de teatro
empresarial como uma ferramenta pedagógica, de comunicação,
lazer e entretenimento, sem perde seu aspecto artístico,
comprovando nossa tese.
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