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Relatório de Auditoria 0008/2018
UNIDADE ORÇAMENTÁRIA: SECRETARIA DE ESTADO DAS CIDADES
INTERESSADO:Ministério Público Estadual – MPE/MTPromotora de Justiça Ana Cristina Bardusco Silva
C/ CÓPIA:Secretaria de Estado das Cidades – SECIDSecretário Wilson Pereira dos SantosUnidade de Controle Interno – UNISECI
ASSUNTO: Obras Públicas. Convênio n 035/2015 – SECID
Relatório de auditoria referente à análise doConvênio n 035/2015-SECID - UNISELVAfirmado entre o Estado de Mato Grosso e aFundação Uniselva para a apuração de notíciasde contratação de serviços sem a realização deprocesso licitatório e em valores abusivos, emcumprimento à solicitação do Ministério PúblicoEstadual- MT.
Cuiabá - MTJaneiro/2018
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SUMÁRIO1. - Introdução2. - Dados Gerais3. - Do Objeto, do Protocolo de Intenções, do Convênio, dos Agentes e daMotivação Contratual.4. - Conclusão
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1 - INTRODUÇÃO
Em cumprimento à Ordem de Serviço nº 049 /2017 , da lavra do Secretário-ControladorGeral do Estado, e do papel institucional da Controladoria Geral do Estado CGE/MT,que é de zelar pela qualidade, legalidade e responsabilidade fiscal da gestão dosrecursos públicos no Poder Executivo, e objetivando realizar ações preventivas, é queemitimos o seguinte Relatório de Auditoria referente à análise do Convênio n035/2015-SECID - UNISELVA firmado entre o Estado de Mato Grosso e a FundaçãoUniselva, para a apuração de notícias de contratação de serviços sem a realização deprocesso licitatório e em valores abusivos, em cumprimento à solicitação do MinistérioPúblico Estadual- MT. O referido convênio refere-se ao Levantamento de topografia,estudo hidrológico, cadastro de rede, levantamento de projetos de obrasexistentes, quantificação e orçamento, incluindo projeto executivo para a soluçãoemergencial dos alagamentos e por fim, o estudo de viabilidade da rota de fuga dotráfego, durante o período de chuvas na Avenida Fernando Corrêa da Costa, noentroncamento com a Avenida Parque do Barbado, Avenida Brasília e a Avenida
.Tancredo Neves, sobre o Córrego Barbado
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2 - DADOS GERAIS
Processo Nº................. : 528805/2015Edital Nº...................... : Convênio n° 035/2015/SECID Documentos Examinados:Procedeu-se análise dos documentos constantes no processo 528805/2015, entre osquais:
Oficio n° 1967/2015/GAB/SECID de 09/10/2017 que encaminha o plano decontingência de proteção e defesa civil para enchentes e alagamentos na AvenidaFernando Correa da Costa, para conhecimento do Governador do Estado de MatoGrosso. Edital de Concorrência Pública n° 03/2016;Termo de Convênio n° 035/2015/SECID;Pareceres Técnicos;Plano de Trabalho;Termo de Referência;Projeto emergencial de drenagem composto por memorial descritivo, orçamentos,licenças ambientais e Anotações de Responsabilidade Técnica;Projeto executivo de drenagem composto por memorial descritivo, orçamentos,licenças ambientais e Anotações de Responsabilidade Técnica.
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3 - DO OBJETO, DO PROTOCOLO DE INTENÇÕES, DO CONVÊNIO, DOS AGENTESE DA MOTIVAÇÃO CONTRATUAL.
3.1 Do Objeto.
O Convênio n 035/2015-SECID tem como a Secretaria de Cidades SECID;concedentecomo a Fundação Universidade Federal de Mato Grosso FUFMT e aintervenienteFundação Uniselva como para a elaboração do convenente Levantamento detopografia, estudo hidrológico, cadastro de rede, levantamento de projetos deobras existentes, quantificação e orçamento, incluindo projeto executivo para a
e por fim, o estudo de viabilidade da rota desolução emergencial dos alagamentosfuga do tráfego, durante o período de chuvas na Avenida Fernando Corrêa daCosta, no entroncamento com a Avenida Parque do Barbado, Avenida Brasília e aAvenida Tancredo Neves, sobre o Córrego Barbado .A justificativa técnica da necessidade do projeto de drenagem está descrita no Termo deReferência, :in verbis
[...] é de extrema de importância a abordagem da drenagem pluvial naregião do entroncamento da Av. Fernando Correa da Costa com a Av.Tancredo Neves e Av. Brasília, próximo ao viaduto, local que járecebeu repercussão nacional pelo acumulo de água e interrupção detráfego e comércio. Propor a remoção imediata dessas águas é oponto urgente desse projeto, o estudo e apontamento de medidas decunho estruturante para a solução definitiva dos problemas dedrenagem de águas pluviais da região estudada e da bacia tambémserá importante.
Com a leitura do texto observa-se que a Administração estaria contratando os elementostécnicos auxiliares para a elaboração do projeto executivo com o intuito de promover asolução emergencial dos alagamentos e para que o sistema de drenagem de águaspluviais, próximo ao passasse a funcionar Viaduto Clóvis Roberto Balsadore de Queiroz ,de acordo com as boas práticas da engenharia. Antes da inauguração do Viaduto Clóvis Roberto já existia o problema de alagamentonessa região figura 01, contudo, com a implantação do novo viaduto figura 02, ostranstornos referentes ao alagamento no período chuvoso se agravaram e permanecematé os dias de hoje figuras 03,04,05,06 e 07.
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Figura 1 Em abril de 2013 no período de construção do Viaduto havia ocorrência de alagamento.
Figura 2 Em dezembro de 2013 foi inaugurado o Viaduto Clóvis Roberto Balsadore de Queiroz.
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Figura 3 Em janeiro de 2014 continua o alagamento no entorno do Viaduto de Clóvis Roberto.
Figura 4 Em fevereiro de 2015 persiste o alagamento no entorno do Viaduto de Clóvis Roberto.
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Figura 5 Em fevereiro de 2016 manteve-se o alagamento no entorno do Viaduto Clóvis Roberto.
Figura 6 Em dezembro de 2016 o secretário de Cidades declara que o projeto emergencial foram entregue e
os projetos comtemplando toda bacia do córrego do Barbado estão sendo elaborados.
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Figura 7 Em fevereiro de 2017 perdura o alagamento no entorno do Viaduto de Clóvis Roberto.
Observa-se que o problema do alagamento já era existente e a construção do viadutoagravou a situação no local. Nesse sentido, a Secretaria de Cidades SECID adotoumedidas para tentar solucionar de maneira esse alagamento com a emergencialparticipação da Defesa Civil do Estado de Mato Grosso.
3.2 Do Protocolo de Intenções.
Para facilitar o entendimento será efetuada a narrativa dos atos administrativos quecompõe este convênio, intercalado com os apontamentos da equipe de auditoria, assim,ao final de cada tópico serão efetuadas as considerações de auditoria e, no desfecho, asrecomendações finais em relação aos apontamentos indicados.Na data de 29/06/2015 os técnicos da Defesa Civil elaboraram o Plano de Contingência
O para Avenida Fernando Correa da Costa na região entorno do Viaduto Clóvis Roberto.plano de contingência trata-se de um plano preventivo, preditivo e reativo onde sãoapresentados uma estrutura estratégica e operativa para garantir a segurança docidadão nas adjacências do viaduto durante o sinistro, e minimizar as consequênciasnegativas em caso de alagamento, inclusive evidenciando a rota de fuga.Objetivando parecer favorável para iniciar as providências administrativas pertinentes aformalização do instrumento jurídico entre as instituições, em 18/09/2015, a SECIDiniciou as tratativas com a Sra. Maria Lucia Cavalli Neder, reitora da Universidade
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Federal de Mato Grosso UFMT.Em 21/09/2015, a analista administrativa, Danielle Tinôco de Anunciação, emitiu oparecer jurídico 117/2015/SAAS/CIDADES sobre a Análise da Minuta de Protocolo deIntenções n°001/2015 de interesse da Secretaria de Cidades SECID, FundaçãoUniversidade Federal de Mato Grosso FUFMT e Fundação de Apoio e Desenvolvimentoda Universidade Federal de Mato Grosso UNISELVA, quanto a legalidade e aosaspectos formais da minuta do Protocolo de Intenções. A parecerista, quanto a do Protocolo decláusula quinta dos recursos financeirosintenções, que versa sobre a dotação orçamentária ou destinação de verbas especificasposicionou-se no sentido de que ... por ora, não produzirá obrigações de natureza
. Em conclusão, opinou favoravelmente àfinanceira para quaisquer participes...celebração do Protocolo de Intenções.Contudo, o aspecto principal do desdobramento do Protocolo de intenções queseria a celebração de um instrumento de cooperação pela Administração Pública,em regime de mútua colaboração entre as partes, visando o alcance de uminteresse recíproco, com ou sem transferência de recursos financeiros, não foiabordado no parecer jurídico.Conforme se depreende do trecho do parecer jurídico nº117/2015/SAAS/CIDADES, aparecerista deixou a definição para o Secretário de Cidades:
Pode-se conceituar o Protocolo de Intenções como um acerto genéricoque pode proceder o convênio definitivo ou instrumento específico,cuja a vigência não está vinculada a qualquer elemento ou requisito,sendo que sua determinação fica a juízo da autoridade competente,com base em critérios de conveniência e oportunidade.
Nesse sentido, o assunto principal da razão da existência de um Protocolo deIntenções que seria orientar o gestor sobre qual seria a melhor opção para acelebração do ajuste pretendido entre as partes foi tangenciado pelo parecerista.É sabido, que os são manifestações unilaterais emitidas por pareceres administrativosórgãos técnicos, denominados consultivos, quando solicitados, jamais , sobreex offícioassuntos submetidos à sua consideração, e tem caráter meramente opinativo, nãovinculando a Administração ou os particulares à sua motivação ou conclusões.Assim, após a emissão do parecer, a responsabilidade pelo ato administrativoconsequente será integralmente da pessoa ou órgão que o praticar, pois, comodemonstrado acima, o parecer não obriga o agente público a levar a opinião exaradacomo verdade absoluta, mas somente, como um direcionamento a ser seguido. Nessediapasão, revela incisivamente o mestre José dos Santos Carvalho Filho (2010, p.178):
Sendo juízo de valor do parecerista, o parecer não vincula a autoridadeque tem poder decisório, que pode ou não adotar a mesma opinião.
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Sublinhe-se, por oportuno, que o agente a quem incumbe opinar nãotem poder decisório sobre a matéria que lhe é submetida, visto quecoisas diversas são opinar e decidir.
Este nivelamento de informações se faz necessário para demostrar que os parecerestécnicos encontrados no processo tangenciam o assunto principal e não sãoconclusivos, o que está em desacordo com o art. 15º do Regimento Interno - RI daSECID, quanto as atribuições das unidades de assessoria técnica, administrativa ejurídica aos gabinetes de direção e as demais unidades administrativas. De acordo com a doutrina, o juízo emitido pelo parecerista é apenas opinativo, porconseguinte, o Secretário de Cidades tinha uma ferramenta técnica valiosa para ajudarna tomada de decisão, contudo, adotou-se a solução inadequada do convênio
quando poderia ter sido adotado outra modalidade de licitação emergencialconvencional, ou até mesmo emergencial.Nessa mesma linha de pensamento, as exceções à regra da licitação são previstas emlei. É o caso da contratação direta, mediante dispensa, no caso de emergência. Acontratação direta emergencial se baseia em situações excepcionais, em que um fatoextraordinário, que foge a previsibilidade ordinária do administrador, traz a necessidadeirresistível de a Administração contratar em curto espaço de tempo que se mostraincompatível com a tramitação de uma licitação. A contratação emergencial, quando a situação urgente é causada pela própriaAdministração, é indesejável. A falta de planejamento, o atraso ou a omissão doadministrador não podem abrir as portas para se dispensar a competição decorrente docertame licitatório, pois isso poderia dar espaço para direcionar a contratação pública,contrariando a exigência constitucional da impessoalidade. Trata-se do que sedenominou de emergência fabricada.No entanto, ainda que haja desídia do administrador, haverá uma necessidade públicaque, muitas vezes, não pode ficar insatisfeita enquanto se espera a realização regular deuma licitação. Nesses casos, o Tribunal de Contas da União - TCU e a Advocacia Geralda União - AGU passaram a admitir, em caráter excepcional, a contratação direta pelotempo estritamente necessário à realização de novo certame, desde que seja apurada,concomitantemente, a causa da dispensa e responsabilizados dos eventuais culpados.Sobre a motivação deste ato administrativo dissertaremos adiante, neste momento oimportante é a assertividade do parecer administrativo.Portanto, recomenda-se que o Secretário da SECID solicite que os parecereselaborados pela equipe da Secretaria sejam conclusivos, no que tange aosaspectos normativos técnicos/legais, doutrinários e jurisprudenciais, de modo quea fundamentação técnica/legal seja pertinente com o questionamento efetuadopelo Secretário de Cidades, que é o tomador de decisões e responsável pela pasta.
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.3.3 Do Convênio
3.3.1 Do histórico e estrutura do Convênio.
O instituto trata-se de instrumento voltado à pesquisa científica, tecnológica eConvêniode inovação que disciplina a e que tenha comotransferência de recursos financeirospartícipe, de um lado o concedente, e de outro, órgão ou entidade da administraçãopública estadual, federal, distrital ou municipal, direta ou indireta, ou ainda, entidadesprivadas sem fins lucrativos, em regime de mútua cooperação; o Termo de
é o instrumento voltado à pesquisa científica, tecnológica e de inovaçãoCooperaçãoque disciplina a descentralização de crédito entre o concedente e órgãos e entidades daadministração pública estadual, federal, direta e indireta, sem a necessidade de
.exigência de contrapartidaPode-se constatar então que a posição jurídica dos participantes de um convênio ou deum termo de cooperação são idênticas, pois têm interesses comuns e coincidentes, ouseja, a cooperação entre eles. Então o que pode existir é a diversificação na forma decooperação de cada partícipe, mas, o que se deseja é o objetivo comum, tanto é, quequalquer um deles pode denunciar o convênio e se retirar no momento que bementender responsabilizando-se pelas obrigações assumidas.A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios têm competências distintasestabelecidas pela Constituição Federal, abrangendo variadas áreas como saúde,educação, assistência social e habitação. Quando existe um interesse comum ecoincidente para a realização de obras e/ou serviços, a Administração realizatransferências de recursos tanto para os outros entes da Federação (transferênciasvoluntárias) quanto para entidades privadas sem fins lucrativos (transferências derecursos a entidades sem fins lucrativos). Em regra, a operacionalização dessastransferências ocorre por meio de convênios e contratos de repasse.Por definição, o convênio é um compromisso firmado pela União/Estado/Municípios derepassarem recursos a outro ente federado ou entidade privada sem fins lucrativos,tendo em vista a execução do objeto do convênio, conforme condições ajustadaspreviamente entre os partícipes.A Instrução Normativa Conjunta da SEPLAN/SEFAZ/CGE nº001/2015 IN nº001/2015que estabelece as diretrizes, normas e procedimentos para celebração, execução eprestação de contas referentes à transferência de recursos por meio de convênio, pelosÓrgãos ou Entidades do Poder Executivo Estadual no Capítulo II Dos Requisitos para acelebração descreve:
art. 3º Os convênios serão propostos mediante ofício e somente serãocelebrados após o credenciamento e habilitação do proponente e registro do
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Plano de Trabalho no Sistema de Gerenciamento de Convênios (SIGCon) .Grifo nosso.[...]§ 3º O registro do Plano de Trabalho somente será possível após a devidahabilitação pela Secretaria de Estado de Planejamento (SEPLAN), medianteo uso do código de usuário e senha de acesso cadastrado no SIGCon.
Assim, o proponente deve apresentar o Plano de Trabalho para a equipe técnica daSEPLAN para que possa fazer a aprovação, que segundo a IN nº001/2015, deve conter:
Art. 4º O proponente terá sua habilitação aprovada junto ao SIGCon após aanálise da documentação encaminhada, de acordo com o tipo de pessoajurídica correspondente:I documentos institucionais:II documentos de regularidade fiscal:III documentos relativos ao convênio a anexar ao processo no órgão ouentidade concedente:a) plano de trabalho;b) projeto básico da obra ou serviço de engenharia, definidos conformeOrientação Técnica IBR 01/2006 e Orientação Técnica IBR 002/2009 doInstituto Brasileiro de Auditoria de Obras Públicas (IBRAOP), emconformidade com a área demandada;c) , quando o objeto do convênio envolver aquisição determo de referênciabens ou prestação de serviços;
Os procedimentos envolvidos na transferência de recursos via convênio passam por 4fases:
PROPOSIÇÃO CELEBRAÇÃO EXECUÇÃO PRESTAÇÃO DE CONTAS Em primeira análise discorre-se inicialmente sob a forma como foi processado oConvênio n° 035/2015/SECID, para depois responder aos questionamentos efetuadospelo MPE.No que tange aos tramites administrativos para a elaboração do Convênio daSECID/UFMT/FUNISELVA, em resposta ao oficio n° 1825/2015 CIDADES, a Reitora daUFMT em 13/09/2015, no oficio n° 400/2015/GR/UFMT, manifestou concordância emfirmar convênio para a realização do estudo, concepção e elaboração de projeto dedrenagem e obras complementares, no entroncamento da avenida Fernando Corrêacom a avenida Parque do Barbado, oportunidade em que solicitou ao Departamento deEngenharia Sanitária e Ambiental - DESA a tomada de conhecimento do serviço,recomendando uma equipe para realização da atividade.Na sequência, em 30/09/2015, o professor assistente do DESA, Sr. Rafael Pedrollo de
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Paes, informou, ao diretor da Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia FAET,os serviços a serem realizados e a equipe de professores que fariam parte do convênio.Ato contínuo, em 17/11/2015, por meio da carta n°519/2015/FUNISELVA, o diretor geralda UNISELVA encaminhou, para fins de formalização do convênio, o Plano deTrabalho/Termo de Referência e a documentação necessária para atender a InstruçãoNormativa n° 005/2015/SEPLAN/SEFAZ/CGE.A vista disso, o Superintendente de Proteção e Defesa Civil, devido a indisponibilidadede quadro técnico especializado em engenharia para analisar o objeto em tela, solicitouapoio e colaboração no atendimento do pleito ao Secretário Adjunto de Obras daBaixada Cuiabana SAOBC.O assessor especial da SECID, Engenheiro Civil Felipe Borges Peixoto, apresentou, em03/12/2015, parecer favorável visto que o objeto proposto pelo conveniado atendia às
. Observa-se que a análise efetuada pelonecessidades descritas no processoparecerista foi superficial em relação aos itens de engenharia componentes do convênio,pois, dever-se-ia atentar para o orçamento apresentado, a mão de obra que seriautilizada e o prazo de execução, conforme dispõe o parágrafo IV, art. 7º, da InstruçãoNormativa 001/2015. Todavia, a análise ficou apenas no aspecto do serviço propostopelo conveniado e a necessidade da Administração.Dando continuidade, em 09/12/2015, por meio de Comunicação Interna, oSuperintendente de proteção e defesa civil encaminhou o processo administrativo comindicação de dotação orçamentária para a Secretaria Adjunta de AdministraçãoSistêmica, para as devidas providências.Nessa mesma data, a Analista Administrativa, Danielle Tinôco de Anunciação, a mesmaparecerista que se manifestou favorável ao Protocolo de Intenções, emitiu o parecer185/2015/SAAS/CIDADES sobre a Análise da Minuta do Convênio n°035/2015/SECIDde interesse da Secretaria de Cidades SECID e Fundação de Apoio e Desenvolvimentoda Universidade Federal de Mato Grosso UNISELVA, quanto a legalidade e aosaspectos formais da minuta do Convênio. No parecer jurídico a parecerista descreveu a definição de convênio, de proponente, deconvenente, citando o artigo 18º que versa sobre inclusão de despesas não pertinentesao objeto conveniado e o limite da contrapartida para despesas administrativas e/ouoperacionais, e o artigo 3º que versa sobre a documentação necessária para habilitaçãoe credenciamento do preponente e registro no Sistema de Gerenciamento de Convênios SIGCON, todos esses elementos citados fazem parte da Instrução Normativa n°005/2015/SEPLAN/SEFAZ/CGE.Entretanto, observa-se que a parecerista não detalhou na sua análise se as 14 cláusulasque constituem o Termo de Convênio n°035/2015/SECID eram adequadas para ocumprimento do objeto contratual ou resguardassem os interesses da AdministraçãoEstadual, em caso de intercorrências na execução do convênio, apenas citando os
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elementos técnicos da IN n°005/2015, não correlacionando o que preconiza a InstruçãoNormativa e o Convênio n°035/2015/SECID, prestes a ser celebrado.Na data de 10/12/2015, agora como Coordenadora de Convênios, a Sra. Danielle Tinôcode Anunciação efetuou o checkList relatando que os documentos apresentados estão deacordo com os normativos legais; na sequência solicitou empenho no valor de R$140.054,25 (cento e quarenta mil, cinquenta e quatro reais e vinte e cinco centavos) àCoordenadoria de Orçamento e Planejamento, para fins de liberação da 1° parcela doconvênio n°035/2015/SECID. Nesse momento a Srta. Danielle Tinôco de Anunciaçãoagiu de acordo com as atribuições que lhe competem o art. 22º do Regimento Interno.Entretanto, o princípio de segregação de função não foi observado pela servidoraDanielle Tinôco de Anunciação, pois não poderia exercer a atividade deCoordenadora de convênios e emitir pareceres a respeito do Protocolo deIntenções e sobre a minuta do convênio que seria chancelado pela sua pessoa nafunção de Coordenadora de convênios, fato esse em descordo com o art. 15º doRegimento Interno.Na data de 30/11/2015 o Secretário de Cidades, por meio da Comunicação Interna n°194/2015/GAB, previu, com 11 dias de antecedência, que iria faltar recursos para oconvênio, solicitando a abertura de processo de suplementação orçamentária,justificando, por conseguinte, que esse remanejamento de recursos seria para atender ademanda EMERGENCIAL do convênio n°035/2015/SECID.Na sequência a SECID emitiu a nota de empenho n° 28101.0004.15.000163-9 no valorde R$ 140.054,25 (cento e quarenta mil cinquenta e quatro reais e vinte e cincocentavos), tendo como unidade gestora a Defesa Civil em favor da FUNISELVA com achancela da Coordenadora de Planejamento e o Secretário de Cidades/ordenador dedespesa.Na data de 10/12/2015, a Coordenadora de Orçamento informou que não havia saldosuficiente havia apenas R$ 7.405,32 (sete mil quatrocentos e cinco reais e trinta e doiscentavos) na conta da defesa civil para monitoramento dos riscos de desastres.Observa-se que o Secretário de Cidades efetuou a suplementação financeira antes dacoordenação financeira avisá-lo sobre a necessidade de suplementação financeira e,também antes do setor de orçamento da SECID informar sobre a falta de recurso para opagamento da parcela do convênio.Na data de 18/12/2015 o Convênio foi celebrado com as assinaturas do Secretário dasCidades, Reitora da UFMT e do Diretor Geral da FUINISELVA, sendo o extrato doConvênio publicado no Diário Oficial do Estado de Mato Grosso na mesma data.Em 22/12/2015 emitiu-se Nota de Ordem Bancária NOB 28101.0004.15.000169-2 novalor de R$ 140.054,25(cento e quarenta mil cinquenta e quatro reais e vinte e cincocentavos), sendo creditada em favor da FUNISELVA com a assinatura do chefe do
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núcleo setorial de finanças e o Secretário das Cidades, ordenador de despesa.Ato contínuo, na data de 29/01/2016, a FUNISELVA protocolou o memorial descritivo doplano emergencial de esgotamento superficial para a avenida Fernando Correa daCosta. Ainda, em 04/02/2016, por meio da Carta n° 050/2016/FUNISELVA-DIR, o diretorgeral da UNISELVA encaminhou à SECID o projeto executivo emergencial de drenagemda Bacia do Córrego do Barbado - Convênio n°035/2015/SECID.Nessa situação, em 01/03/2016, a Superintendente de Orçamento e Convênios solicitouao Superintendente de Proteção e Defesa Civil a elaboração de portaria, designandofiscais para o acompanhamento do Convênio.Na data de 11/03/2016, o Superintendente de proteção e defesa civil, por meio da CI n°65/2016, solicitou a indicação de um engenheiro para o Secretário Adjunto de PolíticasUrbanas com o propósito de acompanhar o convênio.Na mesma data, o Secretário Adjunto de Políticas Urbanas indicou o engenheiro civil,Celso Luiz Ribeiro, para atuar como fiscal do convênio. Ato contínuo, por meio da CI n°57/2016 o Superintendente de Proteção e Defesa Civil notificou a Superintendente deOrçamento e Convênios que o engenheiro, Celso Luiz Ribeiro, fora indicado como fiscaldo convênio.Na data de 24/03/2016, foi publicado no DOE/MT a portaria de fiscalização para oengenheiro Celso Luiz Ribeiro; o fiscal encaminhou ao Secretário Adjunto de PolíticasUrbanas o parecer técnico favorável a respeito do projeto executivo emergencial dedrenagem da Bacia do Córrego do Barbado, :in verbis
Desta forma, nosso parecer é favorável ao processo, observando-seque se faz urgente a contratação desta obra emergencial de drenagemda Bacia do Córrego do Barbado (Etapa I) proposto pelo conveniado.
O diretor geral da UNISELVA, na data 29/03/2016, por meio da Carta n°154/2016/FUNISELVA, encaminhou ao Secretário das Cidades solicitação deremanejamento do valor de R$ 23.800,00 (vinte três mil e oitocentos reais) da rubricaSERVIÇOS DE TERCEIROS PESSOA JURIDICA para MATERIAL E EQUIPAMENTOSPERMANENTES com objetivo de aquisição de dois microcomputadores, dois nobreaks,um projetor, um turbidimetro portátil e um medidor de PH de bancada com eletrodo.Essa solicitação foi encaminhada ao fiscal que negou a pretensão, pois não havia nessemomento argumentos razoáveis que justificassem a aquisição destes equipamentos nafase final do projeto executivo.O Secretário Adjunto de Políticas Urbanas, na data de 07/04/2016, encaminhou os autosdo processo para as providências relativas ao procedimento licitatório para a execuçãoda obra. Em 12/04/2016 a chefe de gabinete encaminhou o processo para a comissãoPermanente de Licitações CPL.O gestor governamental e o presidente da CPL/SECID, no despacho técnico,
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observaram a ausência de elementos técnicos necessários para se proceder a futuracontratação do convênio, destacando:
I Falta de visto e assinatura em todas as folhas do Plano de Contingência de
Proteção da Defesa Civil;
II Atestados de qualificação Técnica da Uniselva;
III Certidão de Registro de Contrato da Uniselva junto ao CREA-MT;
IV Comprovação que os preços adotados no plano de trabalho são compatíveis
com as tabelas de referência adotadas pela Administração Pública, SICRO ou
SINAPI, por exemplo;
V Comprovação que todos os envolvidos na elaboração estejam vinculados, na
forma da lei, à UNISELVA;
VI Aprovação pelo adjunto da área do parecer emitido pelo engenheiro Felipe
Borges Peixoto;
VII Anotação de Responsabilidade Técnica ART`s dos profissionais envolvidos no
projeto;
VIII Falta de visto e assinatura pelos profissionais nos documentos técnicos de
engenharia;
IX Termo de recebimento provisório e definitivo dos projetos;
X Aprovação do projeto, memorial descritivo, e planilhas orçamentárias pelo
secretário adjunto da área de competência;
XI Planilha de Bonificação e Despesas Indiretas BDI, devidamente assinada e
com identificação do engenheiro elaborador;
XII Planilha de encargos de mão de obra, devidamente assinada e com
identificação do engenheiro elaborador;
XIII Cronograma físico-financeiro, devidamente assinado e com identificação do
engenheiro elaborador;
XIV Memoria de cálculo relativa a composições da planilha de preços,
devidamente assinado e com identificação do engenheiro elaborador;
XV A Licença Ambiental LA ou seu protocolo junto ao órgão competente;
XVI O Termo de Referência da Administração devidamente aprovado pela
autoridade competente.
Por meio da Carta n° 108/2016/FUNISELVA, o diretor geral da FUNISELVA encaminhouao Secretário das Cidades, os seguintes documentos:
Projeto Planialtimétrico;Canalização do Córrego Barbado DET 01;Canalização do Córrego Barbado DET 02;Mapa sobre a rotatória do Córrego do Barbado;
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Anel Viário de Cuiabá-MT DR-72;Anel Viário de Cuiabá-MT DR-73;Sistema viário e drenagem;Projeto de drenagem pluvial;Planta geral.
Na Carta n° 177/2016/FUNISELVA, de 05/04/2016, o diretor geral da UNISELVAencaminhou ao Secretário das Cidades uma via do relatório técnico de campo da regiãodo viaduto da UFMT.Por meio da Carta n° 232/2016/FUNISELVA, de 09/05/2016, o diretor geral daUNISELVA encaminhou ao secretário das Cidades a documentação referente ao projetoexecutivo emergencial do convênio n°035/2015/SECID, relacionada na sequência:
Publicação no DOE-MT de solicitação na Secretaria Municipal de Meio Ambiente eDesenvolvimento Urbano - SMADES das Licenças Prévia - LP e de Instalação - LI do projetoexecutivo em referência;ARTs dos projetos e orçamento;Cronograma físico-financeiro - assinado;Orçamento assinado;Memorial descritivo assinado;Memorial de cálculo assinado;Planilha de Composição do BDI assinado.
No Parecer Técnico 01/2016, o engenheiro, Celso Luiz Ribeiro, emitiu análise técnica doprojeto executivo emergencial de drenagem da Bacia do Córrego do Barbado, com asseguintes pendências:
No projeto executivo não consta o projeto estrutural das Caixas 01 e 02 que interligam osbueiros;A planta baixa deverá apresentar indicação de cotas e dados relevantes do projeto, tais como:As amarrações do início da canaleta 01, a cota de eixo da canaleta 01 e o ângulo de mudançade direção do bueiro celular que parte da caixa 02 e chega ao Córrego do Barbado;Apresentar cortes e detalhes do sarjetão e da canaleta 02;As propostas comerciais apresentadas para fornecimento de pré-moldados devem sercarimbadas, assinadas e constar o CNPJ da empresa.
Por meio da Carta n° 259/2016/FUNISELVA, de 09/05/2016, o diretor geral daUNISELVA encaminhou ao Secretário das Cidades solicitação para liberação da 2°parcela do convênio n°035/2015/SECID.
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Na data de 09/05/2016, na Comunicação Interna 0529/2016, o Superintendente deProteção e Defesa Civil solicitou que a Secretaria Adjunta de Administração Sistêmicaindicasse dotação orçamentária para fins de empenho, em atendimento ao Convênion°035/2015/SECID.A nota de empenho 28101.0004.16.000284-6, no valor R$ 140.054,25, foi emitida em17/06/2016 com a assinatura do Coordenador de Planejamento e o Secretário dasCidades, ordenador de despesas; a liquidação n° 28101.0004.16.000295-1 em22/06/2016, sendo a Nota de Ordem Bancária NOB 28101.000416.000464-6 emitida em15/07/2016 com a assinatura do Coordenador financeiro e do Secretário das Cidades,ordenador de despesas, dessa forma, . a segunda parcela do Convênio foi pagaNa Carta n° 259/2016/FUNISELVA, de 09/05/2016, o diretor geral da UNISELVAencaminhou o relatório Plano de rotas de fuga para a execução de obras estruturais naAvenida Fernando Corrêa da Costa, em cumprimento a meta 4 do Convênion°035/2015/SECID.No ofício n° 434/2016/35ª PJDPPPA, datado de 01/06/2016, o Promotor de Justiça, Dr.Célio Roberto Fúrio, solicitou informações ao Secretário das Cidades, assim como oencaminhamento de cópia do Convênio para análise.Em 20/06/2016, na Carta n° 318/2016/FUNISELVA, o diretor geral da UNISELVA, devidoao atraso do repasse dos recursos, solicitou a prorrogação da vigência do Convênion°035/2015/SECID.Originalmente, de acordo com o Plano de Trabalho, os recursos deveriam serrepassados em parcela única à Uniselva no 1ª mês da celebração do Convênio,conforme descrito no Cronograma de Desembolso do Plano de Trabalho figura 8.
Figura 8 Cronograma de desembolso em parcela única previsto no Plano de trabalho.
Com a apresentação do Termo de Referência observa-se que houve alteração dadistribuição de repasse dos recursos que a Administração deveria repassar. A primeiraparcela de 4% do valor conveniado seria repassada entre outubro/2015 enovembro/2015; a segunda parcela de 52% entre novembro/2015 e dezembro/2015; aterceira parcela de 40% entre dezembro/2015 e abril de 2016, e a última parcela de 4%
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do valor conveniado entre dezembro/2015 e julho/2016, ou seja, em torno de 6 meses oconvênio estaria com 100% do valor pago, em consonância com o desembolso de umacontratação emergencial figura 9.
Figura 9 Cronograma de desembolso em quatro parcelas previsto no Termo de Referência.
Todavia, durante a execução do convênio a Administração pagou a 1ª parcela no valorde R$ 140.054,25 em 22/12/2015; a 2ª parcela, no valor de R$ 140.054,25 , foi paga em15/07/2016. Tecnicamente, a 2ª parcela teria quatro meses de atraso com o cronogramade quatro parcelas previsto no Termo de Referência.Desta forma, conforme o Termo de Convênio nº 035/2015/SECID, cláusula 5ª - DasObrigações, item V Prorrogar de oficio a vigência do Termo de convênio quando
a Administração Estadual se obrigouhouver atraso na liberação de recursos,contratualmente a aditar o prazo de execução/vigência em relação ao atraso naliberação dos recursos e não em relação a execução do objeto do convênio. Observa-seque essa cláusula é desfavorável a Administração, pois cria obrigações de aditamentode prazo somente levando em consideração o calendário de desembolso do convênio, enão com a elaboração e entrega do objeto contratual.Além disso, trata-se de contratação emergencial, sendo esta cláusula inapropriada, poisestá em desacordo com a Lei de Licitações. A saber, existem situações no mundo realque surpreendem o gestor público, como uma calamidade pública ou, ainda, ainterrupção abrupta e inesperada da prestação do serviço contratado pelaAdministração.Tais situações demandam uma ação rápida e eficaz por parte da Administração. Nesteponto a Lei nº 8.666/93 traz dispositivos que permitem ao gestor a contratação direta debens e serviços sem a necessidade de prévio procedimento licitatório. Assim reza o seuartigo 24, inciso IV:
Art. 24. É dispensável a licitação:
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[...]IV - , quandonos casos de emergência ou de calamidade públicacaracterizada urgência de atendimento de situação que possaocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras,serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, esomente para os bens necessários ao atendimento da situaçãoemergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços quepossam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) diasconsecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou
; (Grifocalamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratosnosso).
Como se nota, a contratação emergencial é uma das hipóteses de dispensa de licitaçãotaxativamente prevista no corpo da lei de licitações. O dispositivo começa com osvocábulos emergência e calamidade pública.Entende-se como aquela situação decorrente de fatos imprevisíveis queemergênciaexigem imediata providência sob pena de falta depotenciais prejuízos para o cidadãomedicamentos na rede pública, para o desabamento de muro empatrimônio públicoescola pública, ou para ausência de contratointeresses e valores protegidos pelo Direitode limpeza em órgão público, que feriria o direito ao saudável ambiente de trabalho.O conceito de seriam fatos provocados por calamidade pública desastres naturais que
por exemplo, inundações, secas, epidemiascausam grandes prejuízos à região afetadaentre outros.Aspecto importante diz respeito ao prazo de conclusão das obras ou serviços a seremcontratados. A lei fixa que as parcelas de obras e serviços devem ser concluídas noprazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados dadata da ocorrência da emergência ou calamidade.Importante a parte final deste dispositivo, pois não pode o gestor contar o prazo deconclusão da obra ou serviço da data da contratação, mas sim da data do fato que geroua situação emergencial ou calamitosa, que no caso em tela seria janeiro de 2015 e nãoda assinatura do convênio que foi em 10/12/2015, mas segundo o acordado no convênioo prazo final de execução da emergência seria 07/06/2016.Entretanto, na data de 27/07/2016, o Secretário de Cidades prorrogou a vigência doconvênio n°035/2015/SECID por atraso de 147 dias no repasse de recursos, passando otérmino de vigência do convênio para 25/12/2016.Por meio do Portaria n° 45/2016/35ª PJECP e do ofício n° 434/2016/35ª PJDPPPA, nadata de 03/08/2016 e 05/08/2016, respectivamente, o Promotor de Justiça Dr. Célio
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Roberto Fúrio reiterou ao Secretário de Cidades o envio de informações eencaminhamento de cópia do convênio, e de todo processo de liquidação de despesapara análise.Cabe salientar que o fundamento da proibição de prorrogação contratual previsto na Leide Licitações é o pressuposto de que o prazo de 180 (cento e oitenta) dias sejasuficiente para completar um procedimento licitatório que irá possibilitar a assinatura docontrato para substituir o contrato emergencial, caso a medida tomada pelaAdministração não seja suficiente para a resolução do problema. Todavia, oprocedimento para a licitação da contratação do projeto não foi iniciado, em que pese oprazo de 180 dias da emergência contratado pela Administração ter se exaurido.Na sequência a SECID enviou as informações solicitadas pelo Ministério PúblicoEstadual de Mato Grosso MPE/MT, por meio do oficio n°1344/GAB/2016/CIDADES, de18/08/2016.Na Carta n° 410/2016/FUNISELVA, de 12/085/2016, o diretor geral da UNISELVAsolicitou a liberação da 3°parcela do convênio n°035/2015/SECID Projeto Executivo dedrenagem da bacia do Córrego do Barbado.Na CI n° 962/2016, de 26/08/2016, o Secretário Adjunto de Proteção e Defesa Civildesignou o eng° fiscal Domingos Iglesias Filho para fiscal do convênion°035/2015/SECID e instituiu a comissão para proceder o recebimento dos serviços doconvênio n°035/2015/SECID, formada pelos: eng° Domingos Iglesias Filho; eng° CesarAugusto Bianchi Barreto e Clyderman Ferreira Silvério.Utilizando-se do expediente da CI n° 964/2016, de 02/09/2016, o Secretário Adjunto deProteção e Defesa Civil encaminhou a Secretaria Adjunta de Administração Sistêmicaque, após a análise do eng° fiscal Domingo Iglesias Filho, informou que não haviaimpedimento para a liberação da terceira parcela solicitada do convênion°035/2015/SECID.Na data de 22/09/2016, por meio da Comunicação Interna 1037/2016, o Superintendentede Proteção e Defesa Civil solicitou, para fins de empenho, a indicação de dotaçãoorçamentária para a Secretaria Adjunta de Administração Sistêmica, em atendimento aoconvênio n°035/2015/SECID.A nota de empenho 28101.0004.16.000557-8, no valor de R$ 280.108,50, foi emitida em21/10/2016 com a assinatura do responsável pela execução orçamentária e o Secretáriode Cidade, ordenador de despesas. A liquidação de número 28101.0004.16.000670-1 foiemitida em 13/12/2016; a Nota de Ordem Bancária NOB 28101.000416.000840-4 em13/12/2016, no valor de R$ 140.054,25 com a assinatura do chefe do núcleo setorial definanças e o Secretário de Cidades, ordenador de despesas, dessa forma, na segundaparcela do convênio foi pago R$ 140.054,25, ou seja, metade do valor empenhado.Por meio da CI n° 981/2016, de 01/09/2016, o Secretário Adjunto de Proteção e DefesaCivil solicitou apoio profissional ao Secretário Adjunto de Obras Públicas encaminhando
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o convênio n°035/2015/SECID e seus anexos para atualização e conferência dequantitativo, orçamento e atualização de BDI.Na CI n° 575/2016, de 08/09/2016, o Secretário Adjunto de Obras Públicas encaminhouo convênio n°035/2015/SECID para a equipe técnica da Secretaria Adjunta de PolíticasUrbanas analisar a documentação apresentada pela UNISELVA.Já na CI n° 98/2016, de 07/10/2016, o Secretário Adjunto de Políticas Urbanas devolveuo convênio n°035/2015/SECID para a Secretaria Adjunta de Proteção e Defesa Civil esua equipe técnica para efetuar análise e aprovação do projeto, atualização dos preçosda planilha orçamentária e elaboração do Termo de Referência para a execução da obrade drenagem.Na CI n° 1109/2016, de 21/10/2016, houve a devolução com o encaminhamento para acontratação de empresa especializada para a realização da obra, sendo autorizada acontratação pelo Secretário de Cidades, em 24/10/2016.Ato contínuo, por meio da CI n° 055/2016, de 25/10/2016, o chefe da ComissãoPermanente de Licitação CPL/SECID solicitou PED de reserva orçamentária no valor deR$ 630.765,05 para a realização da Tomada de Preço cujo o objeto é a Execução de
.Obra de Drenagem das Imediações do Viaduto da UFMTNo parecer orçamentário e financeiro n° 013/2016/SAAS a Coordenadoria de Orçamentoemitiu arrazoado dando como adequado e compatível e disponibilidade orçamentária deR$ 630.765,05 na fonte 100, dotação especifica para a execução da obra em tela. OSecretário de Cidades, em 07/11/2016, por meio de declaração afirmou que osdocumentos técnicos do convênio n°035/2015/SECID estavam de acordo com a LeiComplementar n°101 e compatível com o Plano Plurianual e Lei de DiretrizesOrçamentárias.A Comissão Permanente de Licitação CPL/SECID encaminhou ao Secretário Executivodo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Condes, por meio do ofício n°58/2016 de 08/11/2016, solicitação de análise e autorização para a contratação deempresa de engenharia para a execução de obra de drenagem das imediações do
. O CONDES decidiu pela suspensão doviaduto jornalista Clóvis Roberto, Cuiabá/MTprocesso na 41ª Reunião/2016 10/11/2016.O presidente da CPL/SECID encaminhou ofício n° 62/2016/CPL/SECID, de 28/11/2016,ao Secretário Executivo do CONDES reiterando a autorização para a contratação deempresa de engenharia para a execução de obra de drenagem das imediações do
. Por meio da súmula do CONDES 44ªviaduto jornalista Clóvis Roberto, Cuiabá/MTReunião/2016 01/12/2016 o CONDES decidiu pela autorização e continuidade doprocesso.De maneira continuada, a partir de 22/11/2016, o novo Secretário de Cidades, Sr. WilsonSantos, tomou posse na SECID, todavia, em 24/01/2017, 63 dias depois, encerrou-se asituação emergencial, dando novo rumo ao convênio n°035/2015/SECID.
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No despacho datado de 24/01/2017 o presidente da CPL/SECID informou que, porordem do Secretário de Cidades, Wilson Santos, o objeto Construção da obra de
, não será licitado como projetodrenagem nas imediações do viaduto da UFMTemergencial, informando que, após a entrega do projeto definitivo pela Uniselva seráaberto o processo licitatório.Por conseguinte, a situação emergencial/calamitosa que teve início na data daassinatura do convênio, quer seja 10/12/2015, em 24/01/2017 teve decretada o fim daemergência, ou seja, o Secretário Eduardo Cairo Chiletto, exonerado em 21/11/2016,conduziu por 11 meses e 11 dias uma emergência em que não foi realizada a obra
apesar do projeto emergencial ter sido entregue pela Uniselva. emergencial
3.3.2 Da motivação equivocada do convênio n 035/2015-SECID
Um dos principais meios para se verificar a conformidade legal da atividadeadministrativa é por meio da . A motivação motivação dos atos administrativos vem a ser
que prescindiram e a exposição das circunstâncias legais, substanciais e motivacionaisdefiniram a declaração da Administração Pública, para a competente edição do atoadministrativo e que, portanto, configura a obrigação de motivar como o instrumento aptoa externar a consonância entre os pressupostos de fato e os pressupostos de direito.Quanto ao ato da celebração de um convênio, a motivação dos atos administrativosdevem estar de acordo com a Lei Federal nº 9.784/1999, que regula o processoadministrativo no âmbito da Administração Pública Federal, in litteris:
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicaçãodos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:I neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;II imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;III decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;IV dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;V decidam recursos administrativos;VI decorram de reexame de ofício;VII deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão oudiscrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;VIII importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de atoadministrativo.
No caso do Convênio n 035/2015-SECID a motivação do ato administrativo éapresentada no item 6.2 Justificativa 6.2.1.1. Importância do Projeto do Termo deReferência, :in verbis
[...] Propor a remoção imediata dessas águas é o ponto urgente desse
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, o estudo e apontamento de medidas de cunho estruturante para aprojetosolução definitiva dos problemas de drenagem de águas pluviais da região
.estudada e da bacia também será importante. Grifo nosso Constata-se que o gestor inovou em motivar a celebração do convênio como umasituação emergencial ao propor a retirada imediata das águas. Nesse sentido, a retiradada água acumulada na região do evento como se fosse um fator imponderável, o gestorequivocou-se, pois, o evento provocador da emergência na verdade é previsível, vistoque na região Centro-Oeste, o período de chuvas ocorre entre os meses de outubro amarço, conforme observa-se no gráfico referente a precipitação pluviometria anual deCuiabá figura 10.
Figura 10 Precipitação pluviometria anual de Cuiabá do ano de 2016 Fonte: Instituto Nacional de pesquisa
Espacial - INPE.
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Nesse sentido, a motivação para a celebração do convênio descrevendo asprecipitações pluviométricas que acontecem anualmente na estação de chuvas queocorrem anualmente no Estado de Mato Grosso como uma situação emergencial foiequivocada.Por conseguinte, o gestor criou uma singularidade, o , ou seja, convênio emergencialpara resolver imediatamente a situação caótica provocada pelas chuvas na região doViaduto Clóvis Roberto era necessário: a contratação da Uniselva, a elaboração deprojeto emergencial, a elaboração do projeto executivo e a execução da soluçãodefinitiva indicada pelo projeto executivo e a execução da obra emergencial.
Pois bem, já se passaram dois anos e, como pode-se constatar, a solução adotada peloatual secretário de Cidades que a obra emergencial não será mais executada foiconcretizada, todavia, foi realizada nova licitação para a execução da drenagem damicrobacia do Córrego do Barbado, inclusive com as obras já em andamento figuras 11e 12.
Figura 11 Obra de drenagem da Microbacia do Barbado sendo executada pela SECID.
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Figura 12 Obra de drenagem da Microbacia do Barbado sendo executada pela SECID.
Portanto, conforme já suscitado acima, o alagamento já existente no períodochuvoso que ocorre anualmente no Estado de Mato Grosso, maisespecificadamente na microbacia do Córrego do Barbado, não caracteriza situaçãoemergencial apta a motivar a dispensa de licitação para o projeto e/ou execução daobra.
3.3.3 Do Plano de Trabalho e do TR
O Plano de trabalho define o objeto, disciplina a execução e delimita as formas de atingiro objeto conveniado. Deve constar também as razões e justificativas demostrando alegitimidade das escolhas como melhor forma de atender aos interesses públicosbuscado com a celebração do convênio. Na subsequência deve ser apresentado oTermo de Referência detalhando os elementos técnicos apresentados no Plano deTrabalho.A IN nº005/2015, no Capitulo III Do Plano de Trabalho, do Projeto Básico e do Termo deReferência preconiza que:
art. 8º Integrará o , a especificação completa do objeto aPlano de Trabalhoser executado, do bem ou serviço a ser adquirido ou produzido e, no caso deobras, instalações ou serviços, o projeto básico, que entendido como tal, é oconjunto de elementos necessários e suficientes para caracterizar, de modopreciso, a obra, a instalação ou o serviço de engenharia objeto do convênio,
28 de 58
sua viabilidade técnica, custos, fases, ou etapas e prazos de execução,devendo conter os elementos discriminados no inciso IX do art. 6º da Lei nº.8.666, de 21 de junho de 1993: § 1º O será analisado quanto à sua viabilidade ePlano de Trabalhoadequação aos objetivos do programa e, no caso das entidades privadassem fins lucrativos, será avaliada sua qualificação técnica e capacidadeoperacional para gestão do instrumento, de acordo com critériosestabelecidos pelo órgão ou entidade repassador de recursos.
Quanto a execução financeira do convênio, consta no Sistema Integrado deplanejamento, Contabilidade e Finanças FIPLAN o pagamento de três parcelas noimporte de R$ 140.054,25, perfazendo o total de R$ 420.217,02. Como o valor total doconvênio corresponde a R$ 560.217,02, falta liquidar somente o valor de R$ 140.054,27 Tabela 01.
Tabela 01 Demostrando os pagamentos de três parcelas do convênio no total de R$ 420.217,02. Abaixo apresenta-se os elementos técnicos que constam no e no Plano de trabalho
do convênio n 035/2015-SECID, com as análises sobre oTermo de Referênciacumprimento do aspecto legal.
Convênio n
035/2015-SECIDPLANO DE TRABALHO
Análise em
relação a IN
nº005/2015
TERMO DE REFERÊNCIA
Análise em
relação a IN
nº005/2015
Está de acordo Está de acordo
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Título do projeto Projeto Executivo de drenagem da
bacia do córrego do Barbado
com o
normativo
legal.
Projeto executivo de drenagem da
Bacia do Córrego do Barbado.
com o
normativo
legal.
Responsável
legal
Cristiano Maciel Diretor Geral -
UNISELVA
Está de acordo
com o
normativo
legal.
Cristiano Maciel Diretor Geral -
UNISELVA
Está de acordo
com o
normativo
legal.
Responsável
Técnico
Departamento de Engenharia Civil -
Sérgio Luiz Morais Magalhaes- Eng.
Civil.
Está de acordo
com o
normativo
legal.
Departamento de Engenharia Civil -
Sérgio Luiz Morais Magalhaes-
Eng. Civil.
Está de acordo
com o
normativo
legal.
A micro bacia analisada neste
trabalho é a do Córrego Barbado,
completamente inserida na área
urbana. Localizado na porção
Centro-leste de Cuiabá, possui
aproximadamente 12,0 Km², tendo
como principal corpo dágua o
Córrego do Barbado, com cerca de
9,0Km de extensão, atravessando
25 bairros do município
(Cuiabá,2009). Ao longo dos últimos
anos está bacia vem sofrendo
diversas intervenções no que tange
a obras de engenharia (construção
de obras residenciais e comerciais
de pequeno a grande porte,
canalizações e retificações no leito
do Córrego, o que aumenta o
potencial para agravar as condições
de drenagem e os problemas
decorrentes. O entroncamento entre
as Av. Brasília, o acesso a UFMT, e
as Avenidas Tancredo Neves e
Fernando Correa da Costa (esta
última, importante via estrutural da
cidade) é um dos pontos mais
impactados quanto a este aspecto.
A micro bacia analisada neste
trabalho é a do Córrego Barbado,
completamente inserida na área
urbana. Localizado na porção
Centro-leste de Cuiabá, possui
aproximadamente 12,0 Km², tendo
como principal corpo dágua o
Córrego do Barbado, com cerca de
9,0Km de extensão, atravessando
25 bairros do município
(Cuiabá,2009). Ao longo dos
últimos anos está bacia vem
sofrendo diversas intervenções no
que tange a obras de engenharia
(construção de obras residenciais e
comerciais de pequeno a grande
porte, canalizações e retificações
no leito do Córrego, o que aumenta
o potencial para agravar as
condições de drenagem e os
problemas decorrentes. O
entroncamento entre as Av.
Brasília, o acesso a UFMT, e as
Avenidas Tancredo Neves e
Fernando Correa da Costa (esta
última, importante via estrutural da
cidade) é um dos pontos mais
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Justificativa
acerca da
pertinência e
relevância do
projeto
Historicamente, alagamentos fora do
comum na área, porem estes se
intensificaram em frequência e altura
das laminas de água desde o final
de 2013, o que tem levado a uma
maior atenção por parte do poder
público. Esse quadro retrata a
associação das falhas no processo
de urbanização e do trato
inadequado dos resíduos sólidos,
que tem trazido problemas ao
sistema de drenagem da Bacia.
Diversos trabalhos voltados ao
entendimento do sistema de
drenagem e dos processos
ambientais (Ventura, 2011;
Faria,2013; Carvalho,2013;
Rothebarth et all, 2013, Zorzo, 2015)
denotam essa importância. A
interrupção do trafego por
alagamentos, chegou em níveis
preocupantes em 2015, sendo
necessária a intervenção da Defesa
Civil, através de um plano de
contingência para o trafego local em
situação de chuvas intensas. Pelo
plano, o transito da região é
desviado por rotas paralelas a
Avenida Fernando Corrêa da Costa
para manter o sistema viário
operante. A bacia do Córrego do
Barbado é talvez a bacia urbana
mais estudada em Mato Grosso,
mesmo assim, é a que apresenta
maiores dificuldades. Em função das
questões apontadas, é de extrema
importância a abordagem da
drenagem pluvial na região do
entroncamento da Av. Fernando
Está de acordo
com o
normativo
legal.
impactados quanto a este aspecto.
Historicamente, alagamentos fora
do comum na área, porem estes se
intensificaram em frequência e
altura das laminas de água desde o
final de 2013, o que tem levado a
uma maior atenção por parte do
poder público. Esse quadro retrata
a associação das falhas no
processo de urbanização e do trato
inadequado dos resíduos sólidos,
que tem trazido problemas ao
sistema de drenagem da Bacia.
Diversos trabalhos voltados ao
entendimento do sistema de
drenagem e dos processos
ambientais (Ventura, 2011;
Faria,2013; Carvalho,2013;
Rothebarth et all, 2013, Zorzo,
2015) denotam essa importância. A
interrupção do trafego por
alagamentos, chegou em níveis
preocupantes em 2015, sendo
necessária a intervenção da Defesa
Civil, através de um plano de
contingência para o trafego local
em situação de chuvas intensas.
Pelo plano, o transito da região é
desviado por rotas paralelas a
Avenida Fernando Corrêa da Costa
para manter o sistema viário
operante. A bacia do Córrego do
Barbado é talvez a bacia urbana
mais estudada em Mato Grosso,
mesmo assim, é a que apresenta
maiores dificuldades. Em função
das questões apontadas, é de
extrema importância a abordagem
da drenagem pluvial na região do
Está de acordo
com o
normativo
legal.
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Corrêa da Costa com a Av.
Tancredo Neves e Av. Brasília,
próximo ao viaduto, local que já
recebeu repercussão nacional pelo
acumulo de água e interrupção de
trafego e comercio. Propor a solução
de escoamento imediata dessas
águas é o ponto urgente nesse
projeto, em segundo processo, o
estudo e apontamento de medidas
de cunho estruturante para a bacia
também será importante.
entroncamento da Av. Fernando
Corrêa da Costa com a Av.
Tancredo Neves e Av. Brasília,
próximo ao viaduto, local que já
recebeu repercussão nacional pelo
acumulo de água e interrupção de
trafego e comercio. Propor a
solução de escoamento imediata
dessas águas é o ponto urgente
nesse projeto, em segundo
processo, o estudo e apontamento
de medidas de cunho estruturante
para a bacia também será
importante.
Objetivos gerais
do projeto
Reduzir a frequência e o tempo de
exposição a que os impactos do
alagamento provocam na Avenida
Fernando Correa da Costa, no
entroncamento com a avenida
Parque do Barbado, Avenida
Brasília e avenida Tancredo Neves,
sobre o Córrego do Barbado,
durante a ocorrência de
precipitação.
Está de acordo
com o
normativo legal
Reduzir a frequência e o tempo de
exposição a que os impactos do
alagamento provocam na Avenida
Fernando Correa da Costa, no
entroncamento com a avenida
Parque do Barbado, Avenida
Brasília e avenida Tancredo Neves,
sobre o Córrego do Barbado,
durante a ocorrência de
precipitação.
Está de acordo
com o
normativo
legal.
Objetivos
específicos do
projeto
Minimizar os impactos causados
pela deficiência de drenagem no
referido local durante o período de
chuvas.
Está de acordo
com o
normativo legal
Minimizar os impactos causados
pela deficiência de drenagem no
referido local durante o período de
chuvas.
Está de acordo
com o
normativo
legal.
Indicação e a
forma de
Assim no Plano de Trabalho foi
indicado um cronograma de
execução das metas físicas com as
etapas a serem executadas para a
conclusão do objeto do convênio e
os prazos de execução para período
de 180 dias, coerente com um prazo
de uma situação emergencial.
Ocorreram mudanças na
apresentação das metas e etapas
que fazem parte dos serviços
necessários a execução do objeto.
No Termo de Referência foi
apresentado a descrição detalhada
32 de 58
quantificação das
metas, produtos
e resultados
esperados
visando permitir
a verificação de
seu
cumprimento.
Apesar de não contemplar a
execução da obra I Cronograma de
execução das metas físicas Anexo
1.
No plano de aplicação de recursos
do Plano de Trabalho foi
discriminado também que para a
execução do objeto conveniado
seria necessário a contratação de
serviços de terceiros pessoa física e
jurídica, equipamentos, material
permanente e bolsistas II Plano de
Aplicação dos recursos, por
natureza de despesa Anexo 1.
Está de acordo
com o
normativo legal
dos serviços que seriam
executados pela equipe técnica da
Uniselva Anexo 4. Tendo em vista
que o Termo de Referência deve
trazer o detalhamento dos
elementos técnicos apresentados
no Plano de Trabalho e na verdade
foi apresentado uma mudança na
forma de apresentação das metas e
etapas não seria elemento técnico
necessário para caracterizar como
ilegalidade
Está de acordo
com o
normativo
legal.
Metodologia a ser
utilizada com
intuito de
explicar de forma
detalhada as
ações a serem
desenvolvidas no
projeto.
A equipe responsável pela
elaboração do projeto na Bacia
Hidrográfica do Barbado é composta
por professores da UFMT, técnicos,
engenheiros e estagiários.
As primeiras atividades de campo
são:
Realizar o levantamento topográfico
da área e fazer o diagnóstico, com
levantamento do cadastro da rede
de drenagem da área de estudo,
levantamento de projetos
executados e a serem executados
na região para dar subsídios aos
profissionais na proposta de
elaboração dos respectivos projetos.
Tão importante quanto a proposta
será a estratégia referente a rota
alternativa do trafego no período de
chuvas e possíveis alagamentos e
estudo de desvio de rota durante a
execução das obras.
Está de acordo
com o
normativo legal
Ocorreram mudanças na
apresentação das metas e etapas
que fazem parte dos serviços
necessários a execução do objeto.
No Termo de Referência foi
apresentado a descrição detalhada
dos serviços que seriam
executados pela equipe técnica da
Uniselva Anexo 4. Tendo em vista
que o Termo de Referência deve
trazer o detalhamento dos
elementos técnicos apresentados
no Plano de Trabalho e na verdade
foi apresentado uma mudança na
forma de apresentação das metas e
etapas não seria elemento técnico
necessário para caracterizar como
ilegalidade
Está de acordo
com o
normativo
legal.
A microbacia do Córrego do A microbacia do Córrego do
33 de 58
Localização
geográfica
Barbado nas proximidades do
Viaduto Clóvis Roberto está
delimitada conforme a poligonal no
Anexo 2.
Está de acordo
com o
normativo legal
Barbado nas proximidades do
Viaduto Clóvis Roberto está
delimitada conforme a poligonal no
Anexo 2.
Está de acordo
com o
normativo legal
Detalhamento da
capacidade
técnica e
gerencial para a
execução do
projeto
Na memória de cálculo apresentada
no Plano de Trabalho figura 16 foi
apresentada para a execução do
objeto conveniado a necessidade de
contratação de:
8 engenheiros sanitaristas nível I;
8 engenheiros sanitaristas nível II,
8 engenheiros civis,
24 professores doutores, mestre,
especialista em saneamento,
recursos hídricos ou topografia;
8 Engenheiros saneamento
hidráulica;
8 Professores coordenadores;
40 alunos graduando de engenharia
civil, sanitarista, elétrica e economia.
6 auxiliares para ajudar no cadastro
e aberturas das tampas dos poços
de visitas;
8 Técnicos administrativos.
Portanto, de acordo com o
apresentado pela Uniselva uma
equipe formada com 32
engenheiros, 32 professores, 8
técnicos administrativos e 40 alunos
bolsistas seria a quantidade
necessária e suficiente para a
elaboração de um projeto de
drenagem da microbacia do córrego
do Barbado Memória de Cálculo
Anexo 3.
Está de acordo
com o
normativo legal
Na memória de cálculo
apresentada no Plano de Trabalho
com uma equipe formada com 32
engenheiros, 32 professores, 8
técnicos administrativos e 40
alunos bolsistas seria a quantidade
necessária e suficiente para a
elaboração de um projeto de
drenagem da microbacia do
córrego do Barbado. No Termo de
Referência foi apresentado as
etapas para a conclusão do
convênio sem quantificar os
participantes das equipes Anexo 5.
Fato esse que poderá dificultar a
Prestação de Contas desse
Convênio pois fica difícil
estabelecer qual será o critério
adotado para o pagamento e
recebimento dos serviços.
Está de acordo
com o
normativo
legal.
Ocorreram
mudanças em
relação ao
apresentado no
Plano de
Trabalho que
podem
dificultar a
apresentação
da Prestação
de Contas.
Público interno: Toda população
Cuiabana, cidadãos que usam a
Av. Fernando Corrêa para se
34 de 58
Público
beneficiário
Tem como público beneficiário a
população que vive, trabalha ou
transita na microbacia do Barbado
que será a beneficiada pela melhoria
do sistema de drenagem pluvial.
Está de acordo
com o
normativo legal
locomover na cidade. A
comunidade universitária da UFMT
e moradores das proximidades do
Córrego do Barbado nos locais de
alagamento.
Público Externo: Viajantes que
passam por Cuiabá e atravessam a
cidade.
Está de acordo
com o
normativo legal
Detalhamento
dos custos
inerentes a
realização do
projeto
Foi apresentado na memória de
cálculo do Plano de Trabalho.
Está de acordo
com o
normativo legal
Foi apresentado na memória de
cálculo do Termo de Referência.
Está de acordo
com o
normativo legal
Especificação
completa do bem
ou serviço a ser
adquirido,
produzido ou
construído.
Elaboração de Projetos técnicos de
edificações e infraestrutura.
Com a intenção de reduzir a
frequência e o tempo de exposição a
que os impactos do alagamento
provocam na avenida Fernando
Correa da Costa, no entroncamento
com a Avenida parque do Barbado,
Avenida Brasília e a Avenida
Tancredo neve, sobre o córrego do
Barbado, durante a ocorrência da
precipitação, são propostas algumas
medidas emergências para que seja
executada na região: levantamento
topográfico, estudo hidrológico,
cadastro de rede, levantamento de
projetos de obras existentes,
quantificação e orçamento, incluindo
projeto executivo para a solução
emergencial dos alagamentos, e por
fim, o estudo de viabilidade da rota
Está de acordo
com o
normativo legal
Elaboração de Projetos técnicos de
edificações e infraestrutura.
Com a intenção de reduzir a
frequência e o tempo de exposição
a que os impactos do alagamento
provocam na avenida Fernando
Correa da Costa, no entroncamento
com a Avenida parque do Barbado,
Avenida Brasília e a Avenida
Tancredo neve, sobre o córrego do
Barbado, durante a ocorrência da
precipitação, são propostas
algumas medidas emergências
para que seja executada na região:
levantamento topográfico, estudo
hidrológico, cadastro de rede,
levantamento de projetos de obras
existentes, quantificação e
orçamento, incluindo projeto
executivo para a solução
emergencial dos alagamentos, e
por fim, o estudo de viabilidade da
Está de acordo
com o
normativo legal
35 de 58
de fuga, proposto pela Defesa Civil
do Estado de Mato Grosso, durante
o período de chuvas.
rota de fuga, proposto pela Defesa
Civil do Estado de Mato Grosso,
durante o período de chuvas.
Resultado da
pesquisa prévia
de preços
realizada pelo
proponente
Não foi apresentado pelo
preponente no Plano de trabalho.
Sendo assim, Administração deve
se valer, além dos três orçamentos
de fornecedores, da referência de
preços obtida a partir dos contratos
anteriores do próprio órgão, de
contratos de outros órgãos, de atas
de registro de preços, de preços
consignados nos sistemas de
pagamentos, de valores divulgados
em publicações técnicas
especializadas e quaisquer outras
fontes capazes de retratar o valor de
mercado da contratação, podendo,
inclusive, utilizar preços de
contratações realizadas por
corporações privadas em condições
idênticas ou semelhantes àquelas
da Administração Pública necessita.
Realizando está cotação a
Administração estaria se
resguardando de celebrar o
convênio com preço acima do
praticado pelo mercado.
Está
desacordo
com o
normativo legal
Não foi apresentado pelo
preponente no Termo de
Referência.
A falta de realizar está pesquisa
prévia de preços pela a
Administração a resguardaria de
celebrar o convênio com preço
acima do praticado pelo mercado.
Está desacordo
com o
normativo legal
Descrição
objetiva das
ações a serem
adotadas pelo
proponente para
continuidade do
projeto, após o
término do
Não foi apresentado pelo
preponente no Plano de trabalho
Está
desacordo
com o
normativo legal
Não foi apresentado pelo
preponente no Plano de trabalho
Está desacordo
com o
normativo legal
36 de 58
convênio a ser
celebrado.
Desta forma, RECOMENDA-SE que não seja celebrado convênios queDESCUMPRAM todas as exigências da IN nº005/2015. No atual caso, fica evidenteque faltou o resultado da pesquisa prévia de preço, da utilização de um sistema dereferência orçamentário ou de cotação de mercado para basear o valor adotado noconvênio. De maneira subsequente demostra-se a metodologia utilizada na orçamentação doconvênio. Verifica-se que o orçamento apresentado no Plano de Trabalho foi baseado nacontração de Terceiros por meio de Pessoa Física, Jurídica e bolsistas, ou seja, deequipe técnica multidisciplinar, remunerado mensalmente e por períodospré-determinados. Além da aquisição de material de expediente, equipamentos ematerial permanente conforme tabela 02.
Memória de cálculo
Natureza Produto ou serviçoUnidade de
medidaQtde
Valor
UnitárioValor Total
3390.30 Material de expediente Diversos 1,00 3.690,00 3.690,00
Valor - Material de Expediente 3.690,00
3390.36Engenharia sanitarista II com
encargosund 8,00 9.598,80 76.790,40
3390.36Engenharia sanitarista I com
encargosund 8,00 4.800,00 38.400,00
3390.36 Engenharia civil com encargos und 8,00 4.800,00 38.400,00
3390.36
Diárias especiais para colaboradores
eventuais - desenvolvimento do
projeto
Diárias 50,00 180,00 9.000,00
3390.36Mão de obra - auxilio cadastro com
encargosund 6,00 1.200,00 7.200,00
Valor - Serviços de Terceiros - Pessoa Física 169.790,40
3390.30Locação, vale transporte, seguro,
serviços gráficos.Diversos 1,00 31.038,92 31.038,92
3390.30Utilização do espaço - Topografia -
ContrapartidaLaboratório 1,00 22.477,44 22.477,44
Despesas Oper.
37 de 58
3390.30 Instrução de Serviço 01/2015 Adm 1,00 56.021,70 56.021,70
3390.30Utilização do espaço - Sala de aula
01 e 02Sala/mês 1,00 33.716,16 33.716,16
Valor - Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 143.254,22
3390.48
Professor doutor, mestre,
especialista - saneamento, recursos
hídricos, topografo
und 24,00 7.999,00 191.976,00
3390.48 Técnico administrativo und 8,00 650,00 5.200,00
3390.48Alunos graduados - Eng. Civil,
Sanitária, Elétrica, Economiaalunos 40,00 650,00 26.000,00
3390.48 Professor coordenador und 8,00 4.000,00 32.000,00
3390.48 Engenheiro - saneamento hidráulica und 8,00 3.000,00 24.000,00
Valor - Serviços de Terceiros - Bolsa 279.176,00
4490.52Equipamentos e material
permanenteequipamentos 1,00 20.500,00 20.500,00
Valor - Equipamentos e material permanente 20.500,00
Valor do Preponente - Uniselva - Contrapartida 56.193,60Valor do Concedente - Estado de Mato Grosso 560.217,02
Valor total do Convênio 616.410,62Tabela 02 Memória de cálculo do Plano de trabalho baseada na contratação de mão de obra pessoa física e jurídica.
Evidencia-se que a celebração do convênio não ocorreu pelo fato da Uniselva deter aexpertise em desenvolvimento de projeto de drenagem urbana, pois a Uniselva, deacordo com o Plano de Trabalho, terá que gastar com a contratação de terceiros, pessoafísica (R$ 169.790,40), e de terceiros, pessoa jurídica (R$ 143.254,62), perfazendo ototal de R$ 313.044,62, ou seja, o percentual de 55,88% do convênio é para a contraçãode terceiros para assessorar no desenvolvimento do projeto.Verifica-se no valor apresentado no Termo de Referência que o orçamento passou aseguir metas pré-estabelecidas, isto é, mudou a forma de orçamentação. Em outraspalavras, as metas são um instrumento eficaz para identificar as etapas necessárias aobtenção dos resultados pretendidos e devem ser mensuráveis, especificas, temporais,alcançáveis tabela 03. A alteração do orçamento apresentado no Plano de Trabalho temque ser aprovada pela Administração. Essa alteração dificulta a conferência dos serviçospropostos e a prestação de contas do convênio em tela.
Meta Etapa QuantidadeValor
Concedente
Valor
ProponenteValor Total Prazo
38 de 58
Nº Descrição Nº Descrição Início Término
1Assinatura do
Convênio1
Montagem da
equipe.
Elaboração do
Plano de Trabalho
2% 11.204,34 11.204,34 out/15 nov/15
2Termo de
Referência2
Elaborar o Termo
de Referência.
Planejamento das
Atividades.
2% 11.204,34 11.204,34 nov/15 nov/15
3
Diagnóstico,
levantamento
topográfico
3
Fazer o
levantamento
topográfico da
área. Apresentar
mapas.
15% 84.032,55 84.032,55 nov/15 dez/15
4
Diagnósticos
hidrológicos na
bacia
4
Cadastro da rede
de drenagem da
área de estudo e
elaboração de
projetos.
5% 28.010,85 28.010,85 nov/15 dez/15
5
Definição das
áreas
contribuintes.
Entrega da
Etapa 1
5
Levantamento de
projetos
executados e a
serem executados
na região e
entrega da etapa 1
- Projeto Inicial
32% 179.269,44 179.269,44 nov/15 dez/15
6Projeto
Executivo6
Finalizar e
entregar o projeto
executivo das
obras a serem
realizadas na
bacia
35% 196.075,95 196.075,95 dez/15 abr/16
7
Quantificação
e orçamento
de execução
do projeto
7
Quantificação e
orçamento de
execução do
projeto
5% 28.010,85 28.010,85 dez/15 abr/16
Estudo da rota de
fuga de tráfego
39 de 58
8Definição da
rota de fuga8
durante os
alagamentos e
estudos de desvio
de rota durante
execução das
obras.
4% 22.408,68 22.408,68 dez/15 abr/16
Valor do Convênio 560.217,00
Tabela 03 Orçamento baseado em metas e etapas diferente do apresentado no Plano de Trabalho, o valor total
continua a ser R$ 560.217,00.
Adotando esse segundo tipo de orçamentação, fica difícil para Administração Estadualter parâmetros para a valoração em relação na metodologia utilizado no Plano deTrabalho - equipe técnica multidisciplinar, remunerado mensalmente e por períodospré-determinados, em sistemas de referência de preços ou de cotações. Portanto, RECOMENDA-SE a Administração deve se valer, além dos trêsorçamentos de fornecedores, da referência de preços obtida a partir dos contratosanteriores do próprio órgão, de contratos de outros órgãos, de atas de registro depreços, de preços consignados nos sistemas de pagamentos, de valoresdivulgados em publicações técnicas especializadas e quaisquer outras fontescapazes de retratar o valor de mercado da contratação, podendo, inclusive, utilizarpreços de contratações realizadas por corporações privadas em condiçõesidênticas ou semelhantes àquelas da Administração Pública necessita. Realizandoestá cotação a Administração estaria se resguardando de celebrar o convênio compreço acima do praticado pelo mercado.
3.3.4 Da prestação de contas
A figura abaixo apresenta a prestação de contas apresentada pela Uniselva constanteno Sistema de Gestão de Convênios e Contratos SIGCONV.
40 de 58
Tabela 04 Print da tela do Plano de Aplicação da Prestação de Contas do Convenio Convênio n 035/2015-SECID site
da UNISELVA.
Analisando o Plano de Aplicação apresentado pela Uniselva constata-se que existemitens que não constam no Plano de Trabalho original. Além disso, verifica-se valoresdiferentes dos apurados, constando ainda a importância de R$ 145.171,48 no saldo doconvênio.
Concedente -
Estado de
Mato Grosso
Produto ou serviçoContrapartida
Financeira - R$
Contrapartida
não Financeira
Prestação
de Contas -
Uniselva -
R$
Diferença no
saldo da
Prestação de
Contas - R$
Observações
Não existe no
Plano de
Trabalho
Original
Pessoal - Salários e
encargos 40.035,60 40.035,60
Não conformidade
com o Plano de
Trabalho
3390.48
Serviços de Terceiros -
Bolsa Extensão
8.958/94
279.176,00 187.219,80 91.956,20Saldo de convênio
deve ser analisado
Não existe no
Plano de
Trabalho
Original
Serviços de Terceiros -
Bolsa para estudantes26.000,00 30.781,33 4.781,33
Não conformidade
com o Plano de
Trabalho
3390.39
Serviços de Terceiros -
Pessoa Jurídica -IN nº
001/2015
56.021,70 1.859,43 54.162,27Saldo de convênio
deve ser analisado
Equipamentos e Saldo de convênio
41 de 58
4490.52 material permanente 20.500,00 7.843,00 12.657,00 deve ser analisado
3390.30Material de expediente
-3.690,00 1.571,45 2.118,55
Saldo de convênio
deve ser analisado
3390.39
Serviços de Terceiros -
Pessoa Jurídica -
Serviços gráficos
31.038,92 7.228,33 23.810,59
Valor real apurado
na Prestação de
Contas da
Uniselva é de R$
7.548,63
3390.36Serviços de Terceiros -
Pessoa Física169.790,40 138.506,60 31.283,80
Valor real apurado
na Prestação de
Contas da
Uniselva é de R$
137.967,20
Preponente -
UNISELVAProduto ou serviço
Contrapartida
Financeira - R$
Contrapartida
não Financeira
3390.39
Serviços de Terceiros -
Locação de salas -
Contrapartida
- 56.193,60
Valores Parciais do Convênio 560.217,02 56.193,60 415.045,54 145.171,48
O setor de
Convênio deve
verificar a
regularidade
dessa Prestação
de Contas
Valor Total do Convênio 616.410,62 A tabela abaixo apresenta o resumo dos pagamentos efetuados pela Uniselva e, demaneira detalhada, os valores pagos aos serviços terceirizados de pessoa física ejurídica, conforme apresentado pela Uniselva.
DESCRIÇÃO VALOR (R$) OBSERVAÇÕES
PESSOAL - SALARIOS E ENCARGOS 40.035,60 Não conformidade como
Plano de trabalho
MATERIAL DE USO E CONSUMO 1.571,45
SERVICOS DE TERCERIZADOS E ENCARGOS - PESSOA FÍSICA 137.967,20
Engenheira sanitarista e
42 de 58
PATRICIA ALANA DOS SANTOS CAMPOS 22.774,40 ambiental -Prestadora de
serviço da Uniselva
EDSON LUIS RAIA 57.592,80
Engenheiro sanitarista e
ambiental -Prestadora de
serviço da Uniselva
GERALDA ROSA COSTA PESSOA 28.800,00 Engenheira civil -Prestadora
de serviço da Uniselva
MARINETE DE BARROS NEVES 28.800,00
Engenheira sanitarista e
ambiental -Prestadora de
serviço da Uniselva
BOLSA EXTENSAO LEI 8.958/94 187.219,79 MARGARIDA MARCHETTO
47.993,99
Engenheira sanitarista e
ambiental - Docente UFMT
GONCALO SANTANA
BAICERE
47.994,00 Engenheiro sanitarista e
ambiental - Docente UFMT
JOAO BATISTA BEZERRA ITO 47.994,00 Engenheiro Civil - Docente
UFMT
RUBER ALBERTO TADEU BEBETO DE ARAUJO 3.900,00 Bacharel em Comunicação
Social - Técnico UFMT
SERGIO LUIZ MORAIS MAGALHAES 24.000,00 Engenheiro Civil - Docente
UFMT
LUCIO ROBERTO DE ALMEIDA 6.881,75 Engenheiro Civil - Docente
UFMT
SONIA MARIA DUARTE ZARAMELLA 8.456,05 Bacharel em Comunicação
Social - Aposentada da UFMT
BOLSA PARA ESTUDANTES 30.781,33 Não conformidade como
Plano de trabalho
SERV. TERCEIROS PESSOA JURIDICA 7.548,63 DESP. ADMINISTRATIVA PI 342/08 1.859,43
EQUIPAMENTO E MAT. PERMANENTE 7.843,00 Portanto, RECOMENDA-SE que a SECID verifique as não conformidades com o Planode Trabalho apontadas na Prestação de Contas e a pertinência em relação ao projetoelaborado e o pagamento de mão de obra terceirizada, pessoa física e jurídica
43 de 58
contratada pela Uniselva. Ainda, ao celebrar Convênios a equipe técnica verifique se oPlano de Trabalho e o Termo de Referência possui todos os elementos técnicossolicitados na IN n°001/2015 que versa:
§ 2º O projeto básico ou termo de referência deverá conter, no mínimo, os seguintes
elementos:
I título do projeto;
II identificação do órgão ou entidade proponente, do seu respectivo responsável legal,
bem como do responsável técnico pelo projeto;
III justificativa acerca da pertinência e relevância do projeto como resposta a um
problema ou necessidade identificados de maneira objetiva;
IV objetivos gerais e específicos do projeto;
V indicação e a forma de quantificação das metas, produtos e resultados esperados
visando permitir a verificação de seu cumprimento, além da identificação dos beneficiários
(direta e indiretamente) do projeto;
VI metodologia a ser utilizada com intuito de explicar de forma detalhada as ações a
serem desenvolvidas no projeto;
VII localização geográfica do objeto a ser pactuado;
VIII detalhamento da capacidade técnica e gerencial para a execução do projeto;
IX público beneficiário;
X detalhamento dos custos inerentes a realização do projeto;
XI especificação completa do bem ou serviço a ser adquirido, produzido ou construído;
XII resultado da pesquisa prévia de preços realizada pelo proponente,
XIII descrição objetiva das ações a serem adotadas pelo proponente para continuidade
do projeto, após o término do convênio a ser celebrado.
Na ausência de qualquer um dos elementos técnicos solicitados na IN n°001/2015 oConvênio não deverá ser celebrado pela Administração Pública Estadual, pois incorreem descumprimento dos normativos legais.
3.4 Dos agentes.
3.4.1 Das atribuições da SECID e do CONSÓRCIO VLT.
A Secretaria de Cidade - SECID recebeu por meio do Decreto nº 18 de fevereiro de 2015a transferência da coordenação e execução de todas as iniciativas destinadas acontinuidade de políticas, programas, projetos, atividades, e ações relacionadas asobras de infraestrutura que estavam vinculadas a Secretaria Extraordinária da Copa doMundo e as que estavam sob a gestão do Gabinete de Assuntos Estratégicos - GAE.
44 de 58
Assim, a SECID recepcionou não somente as obras, mas também as equipes queestavam desenvolvendo as atividades administrativas e técnicas referente as Obras daCopa. Portanto, não houve quebra da continuidade do conhecimento dos elementostécnicos inerentes ao processo de construção, fiscalização, pagamento das obrasconcernente a Copa do Mundo de 2014.No caso em tela, o Consórcio VLT construiu o Viaduto Clóvis Cardoso que faz parte dasações para a implantação do Veículo Leve sobre Trilho - VLT de Cuiabá/Várzea Grandeconstituindo-se em rede estrutural de transporte que perfaz uma extensão total deaproximadamente 22,0 km, ligando o Aeroporto Marechal Rondon ao terminal do CentroPolítico Administrativo CPA, passando pelo Centro (linha 1) e do Centro ao TerminalCoxipó (linha 2).O Consorcio VLT, em março de 2014, elaborou Estudo Hidráulico das alternativas parasolucionar o alagamento na Avenida Fernando Correa da Costa, com emprego damodelagem matemática para a simulação do funcionamento hidráulico da Bacia doJardim das Américas, que vai do PK 2+850 ao PK 3+300 da linha 2, englobando oViaduto UFMT e a Estação UFMT. Nesse estudo, foi utilizado o método Soil Conservation Service SCS baseado noconceito de hidrograma unitário que é aplicado para bacias de contribuição, com áreasque variam de 3,0 Km² a 250, 0 Km² - figura 13 e 14.
Figura 13 Hidrograma de vazões pluviais calculado pelo método SCS
45 de 58
Figura 14 Simulação do perfil hidráulico aos 30 minutos do princípio da precipitação.
Conforme a simulação de funcionamento hidráulico, a conclusão da equipe técnicacontratada pelo Consorcio VLT foi:
O alagamento pluvial que ocorre na Av. Fernando Correa da Costa em frente ao
viaduto da UFMT, tem como causa o excedente do deflúvio não captado na bacia
de contribuição a montante, que vai ter ao ponto baixo do greide da referida
avenida, aí se acumulando na superfície do pavimento, não conseguindo ser
escoado pela tubulação pluvial existente, por insuficiência da sua capacidade de
escoamento, conforme ficou comprovado pela simulação do seu funcionamento
hidráulico. Assim, para acabar com o mencionado alagamento exigirá a
interceptação do escoamento pluvial superficial afluente à referida avenida, bem
como o aumento da capacidade de vazão da tubulação responsável pelo
escoamento do deflúvio aí acumulado.
Como solução, foi apresentada a seguinte solução para resolução do problema dealagamento na localidade do viaduto da UFMT e o respectivo projeto, comdimensionamento e memória de cálculo figura 15.
Bacia P vai do PK 2+850 ao PK 3+300 da linha 2, englobando o Viaduto UFMT e a
Estação UFMT. Analogamente as galerias que ladeiam a plataforma do VLT, após
se unirem, terão um único ponto de deságue na margem esquerda do trecho
canalizado do córrego Barbado, a jusante da travessia desse córrego com a Av.
Fernando Correa da Costa.
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Figura 15 Planta-baixa com o projeto de drenagem elaboradopelo Consorcio VLT.
Assim sendo, a Administração desde o ano de 2014 já possuía e havia pago um estudohidrológico sobre a bacia de contribuição do Viaduto Clóvis Cardoso com um projeto dedrenagem Valor pago pelo projeto geométrico e de drenagem é de R$ 157.875,93.Observa-se que parte deste projeto de drenagem já havia sido executado pelo ConsorcioVLT Tabela 05 Valor pago pelo trecho de drenagem executado R$ 482.826,13 .
Tabela 05 Demonstrativo dos pagamentos do Projeto Geométrico (Básico R$ 46.171,86 e Executivo R$ 48.236,91)
Total R$ 94.408,77; Projeto de Drenagem (Básico R$ 20.710,44 e Executivo R$ 42.756,72) Total R$ 63.467,16 e
Execução da drenagem do km 2,700 ao km 3,100 Total R$ 482.826,13 .feito pela Administração ao Consórcio VLT
Sendo assim, verifica-se que não deveria ser contratado o projeto executivo definitivo,pois já existia um projeto elaborado pelo Consórcio VLT e pago pela Administração.Neste caso, verifica-se que esse fato não foi observado pelo Secretário a época,
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Eduardo Chiletto, tendo em vista que tinha conhecimento da existência do projetoexecutivo existente, pois recepcionou a equipe técnica responsável pelos projetos doVLT.O fato do caso do VLT estar judicializado poderia ser motivo para a contratação de umprojeto emergencial, todavia, não seria justificativa adequada para contratar um novoprojeto executivo de drenagem, pois já existia um projeto executivo de drenagemelaborado pelo Consórcio VLT. Por conseguinte, RECOMENDA-SE a devolução do pagamento efetuado àUNISELVA no importe de R$ 179.269,44 (cento e setenta e nove mil duzentos esessenta e nove reais e quarenta e quatro centavos), referente ao projetoemergencial de drenagem que não foi executado; de R$ 196.075,95 (cento enoventa e seis mil setenta e cinco reais e noventa e cinco centavos) referente aoprojeto executivo de drenagem já elaborado e parcialmente executado sendo jápago pela Administração ao Consórcio VLT e, de R$ 22.408,68 (vinte e dois milquatrocentos e oito reais e sessenta e oito centavos) referente ao Estudo da Rotade Fuga, pois esse já foi elaborado no Plano de Contingência para AvenidaFernando Correa da Costa na região do entorno do Viaduto Clóvis Roberto, sendoefetuado pela Defesa Civil. Esses elementos técnicos em duplicidade damicrobacia do Córrego do Barbado perfazem o total R$ 397.754,07 que devem serressarcidos ao erário Tabela 06.
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Tabela 06 Demonstrativo dos valores do Projeto Básico de Drenagem Total R$ 179.269,44; Projeto Executivo de
Drenagem Total R$ 196.075,95 e Definição da Rota da Fuga Total R$ 22.408,68 feito pela Administração a
UNISELVA, portanto o total R$ 397.754,07 devem ser ressarcidos ao erário.
4.2 Das atribuições da ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL DE CUIABÁ e da CONCESSIONÁRIAÁGUAS CUIABÁ A Administração municipal de Cuiabá, outrora permitiu a construção do Shopping TrêsAméricas em área de Preservação Permanente. Posteriormente houve a canalização docórrego com o objetivo de diminuir os deslizamentos de solos e assoreamentos nasáreas de preservação,fato que permitiu a ocupação indevida por famílias carentes amargem do córrego, contribuindo diretamente para o alagamento nas proximidades doviaduto da UFMT. A Constituição Federal Brasileira de 1988, no Capítulo II, artigos 182 e 183, atribuiu aosmunicípios diversos encargos, destacando-se a elaboração do Plano Diretor, aprovadopela Câmara Municipal, obrigatório para as cidades com mais de vinte mil habitantes,considerado o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana.
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O Plano Diretor de Cuiabá estabeleceu diretrizes a serem observadas pelos Estados eMunicípios, como o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade, a garantia dobem-estar de seus habitantes, a participação popular e a proteção do meio ambiente, dopatrimônio histórico e cultural, das pessoas com deficiência, dos idosos, das mulheres,bem como outras diretrizes essenciais, como o sistema viário, o transporte, a limpezaurbana, o saneamento e a drenagem, a habitação, a agricultura e o abastecimento, oturismo, a energia e a iluminação pública, a saúde, a educação, a recreação e o lazer, aassistência social e o desenvolvimento humano, a segurança, a defesa e a cidadania.Grifo nosso. Nesse sentido, o Plano Diretor de Desenvolvimento Estratégico de Cuiabá PDEpreconiza no artigo 14. art. 14. Constituem diretrizes específicas do desenvolvimento estratégico na área deSaneamento e Drenagem:XIII elaborar o plano diretor de drenagem urbana em curto prazo;XIV implementar o plano diretor de drenagem urbana em médio prazo, priorizando:Implantação do sistema de monitoramento, controle e prevenção contra enchentes einundações;Ampliação, em médio prazo, da capacidade de escoamento da rede existente nospontos subdimensionados;[...]XV alocar dotação orçamentária anual para serviços de limpeza e desobstrução da redeurbana de drenagem;XIX realizar através da empresa municipal de saneamento a desvinculação da rede dedrenagem de águas pluviais em rede de esgoto.
Conforme descrito no Plano Diretor é de responsabilidade do Município de Cuiabá alimpeza e desobstrução da rede urbana de drenagem no município de Cuiabá. Cabesalientar que a limpeza e desobstrução de bueiros e bocas de lobo devem serexecutadas com periodicidade diferenciada nos períodos secos e chuvosos, lembrandosempre que antes do início do período chuvoso o sistema de drenagem inicial deve estarcompletamente livre de obstruções ou interferências. Para tanto, o município de Cuiabá por meio da Secretaria Municipal de Obras Públicas SMOP compete planejar, manter, fiscalizar, controlar e executar, por administraçãodireita ou indiretamente via prestação de terceiros serviços urbanos relativos a limpeza edesobstrução da rede de drenagem de águas pluviais.
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Atualmente com a implantação do Viaduto Clóvis Roberto o fluxo das águas em direçãoao córrego do Barbado foi interrompido e o sistema de drenagem urbana destamicrobacia não recebeu melhorias e a manutenção/limpeza são inadequados figura 16.No levantamento efetuado pela UNISELVA ficou constatado que apenas 20% das bocasde lobo existentes operam com capacidade plena e os 80% possuem pelo menos umairregularidade que comprometem o bom desempenho do sistema durante os picos dechuva na região Figuras 17, 18 e 19.
Figura 16 Posição georreferenciada dos poços de visita e das bocas de lobo da microbacia do Córrego do Barbado.
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Figura 17 Boca de lobo obstruída na Avenida Haiti com a Rua Montevideo.
Figura 18 Boca de lobo obstruída na Avenida Brasília com a Rua Lima.
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Figura 19 Boca de lobo obstruída na Avenida Haiti com a Rua Lima.
Desse modo, o município de Cuiabá está descumprindo o preconizado no plano Diretorde Cuiabá e, a SMOP não está efetuando a limpeza e desobstrução do sistema dedrenagem da microbacia do Córrego do Barbado. Fato esse que contribui para oalagamento nas proximidades do Viaduto Clóvis Roberto. Em tempo, em concordância com o Plano Diretor cabe ao município de Cuiabá realizar,por meio da empresa municipal de saneamento, a desvinculação da rede de drenagemde águas pluviais da rede de esgoto, sistema conhecido como separador absoluto que éamplamente adotado no Brasil. No sistema separador absoluto, as águas residuárias, juntamente com parcela daságuas de infiltração veiculam em um sistema independente do sistema de drenagem deáguas pluviais. O sucesso deste sistema depende de fiscalização efetiva e controleeficiente para se evitar que ligações clandestinas encaminhem águas pluviais,principalmente, as provenientes de telhados e pátios dos domicílios atendidos e osistema separador absoluto têm como vantagens:
Custa menos, pelo fato de empregar tubos de diâmetros bem menores e defabricação industrial.Reduz consideravelmente o custo do afastamento das águas pluviais, pelo fato depermitir o seu lançamento no curso de água mais próximo, sem a necessidade detratamento.
Para o sucesso do sistema de esgotamento sanitário e drenagem pluvial pelo sistemaseparador absoluto é necessário um eficiente controle para evitar que a água pluvial seja
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encaminhada junto com as águas residuárias figura 20.
Figura 20 A água proveniente das chuvas deve ser captada pelo sistema de drenagem urbana e encaminhada ao
córrego do Barbado e águas residuais devem ser captadas pela rede de esgoto e encaminhada para a Estação de
Tratamento de Esgoto.
Para tanto, o município de Cuiabá fez um contrato de concessão para a prestação deserviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário de Cuiabá com aempresa Iguá Saneamento Águas Cuiabá. Portanto, a Águas Cuiabá é responsável peloconjunto de atividades necessárias para assegurar o abastecimento de água potável e acoleta e tratamento do esgoto, assim como a infraestrutura e as instalações para realizaresses serviços. Isto é, a Águas Cuiabá não é responsável pela limpeza e desobstruçãodo sistema de drenagem pluvial. Para isto, a Lei Complementar nº 252, de 01 de setembro de 2011 que dispõe sobre osserviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário e de resíduossólidos no Município de Cuiabá e ainda cria a Agência Municipal de Regulação dos
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Serviços Públicos de Abastecimento de água e esgotamento sanitário AMAES. A Agência tem o propósito de regular as condições técnicas e comerciais para aprestação dos serviços públicos de água e esgoto do município de Cuiabá e as relaçõesentre as entidades responsáveis por este serviço e seus usuários. Com objetivo semelhante, a Lei Complementar nº 374 de 31 de março de 2015, criou aAgência Municipal de Regulação de Serviços Públicos Delegados de Cuiabá - ARSEC para exercer o poder regulatório, normatizador, controlador e fiscalizador dos serviçospúblicos delegados de abastecimento de água e esgotamento sanitário, nos termos daLei nº 3.720, de 23 de dezembro de 1997, bem como de manejo, tratamento edestinação final de resíduos sólidos, de transporte coletivo urbano, de iluminaçãopública, dentre outros serviços públicos delegados. Atualmente, a situação da microbacia do córrego da Barbado é que a rede de esgotodomiciliar está interligada ilegalmente na rede de drenagem de água pluvial, fato queprovoca mau cheiro no período de seca fazendo com que os moradores obstruam aboca de lobo para impedir que os odores putrefatos da matéria orgânica do esgototomem conta do bairro. Além disso, as edificações que interligam ilegalmente o esgoto predial no sistema dedrenagem urbana acarretam a poluição dos cursos d´água por lançamento de esgoto innatura. Tem-se vários estudos demostrando que inúmeras doenças graves estãorelacionadas a poluição da água, o que justifica a utilização de instrumentos legaispossíveis para combate-la, não somente por razões ambientais, mas também por razõesde saúde pública. Desta forma, RECOMENDA-SE que a SECID notifique o município de Cuiabá, pormeio da Secretaria Municipal de Obras Públicas SMOP, para que efetue a limpezae desobstrução da rede de drenagem de águas pluviais; ao município por meio daAgência Municipal de Regulação de Serviços Públicos Delegados de Cuiabá -ARSEC notifique a Águas Cuiabá para que faça as interligações da rede de esgotodomiciliar à rede de esgoto coibindo o lançamento de esgoto in natura na rede dedrenagem de águas pluviais da microbacia do Córrego do Barbado.
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4 - CONCLUSÃO
Foi solicitado pelo Ministério Público Estadual de Mato Grosso a apuração de notícias decontratação de serviços sem a realização de processo licitatório e em valores abusivosdo Convênio n 035/2015-SECID - UNISELVA firmado entre o Estado de Mato Grosso e aFundação Uniselva. Em análise ao processo do Convênio foi diagnosticado inconsistências outras quetranscendem ao que foi solicitado, todavia, de extrema relevância e que corroboram paraa efetiva tomada de decisão por parte do órgão solicitante. Nesse sentido, e em resposta ao solicitado pelo MPE-MT, as seguintes inconsistênciasforam observadas:
A respeito da contratação de serviços sem a realização de processolicitatório:
O gestor tinha duas opções para solucionar a questão de acordo com alegislação atualmente em vigor: 1º Opção Contratar o projeto e a obra de drenagem por dispensa delicitação, de acordo com o art. 24 da Lei 8.666/1993 utilizando-se doconceito de calamidade pública, assim a empresa executaria o projeto e aobra. Verificou-se a inconsistência na motivação adotada, poisalagamentos ocorrem anualmente no período de chuvas na regiãoCentro-Oeste há milhares de anos, portanto, não seria a motivaçãoadequada para dispensa de licitação. 2º Opção Realizar o convênio com instituição sem fins lucrativos para aelaboração do Projeto e contratar uma empresa para executar. Nessecaso, como trata-se de uma situação emergencial, dever-se-ia contrataruma empresa ou consórcio que poderia fazer o projeto e executar a obrade maneira simultânea e, dentro do prazo emergencial de 180 dias. Entãocelebrar convênio no caso de emergência é inadequado para prazo exíguoque exige a elaboração do projeto e a execução da obra. Porém o que se utilizou foi um convênio emergencial, sem previsão legal,que contratou instituição sem fins lucrativos que não tem capacidade
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operacional de executar a obra e que deveria elaborar o projetoemergencial no prazo de 180 dias, todavia, já se passaram dois anos e aSecretaria de Cidades abandonou a ideia de executar o projetoemergencial. Atualmente a Secretaria de Cidades está executando a obra conforme oprojeto executivo de drenagem efetuado pela Uniselva, ignorando o projetoexecutivo de drenagem que já tinha sido elaborado pelo Consórcio VLT. Portanto, essa não seria a opção adequada a luz da Lei de Licitações.
A respeito dos valores abusivos do Convênio n 035/2015-SECID UNISELVA:
No que tange aos pagamentos efetuados em duplicidadeRECOMENDA-SE que deve-se efetuar a devolução dos pagamentoefetuados à Uniselva nos seguintes moldes:
O valor de R$ 179.269,44 referente ao projeto emergencial de drenagem que foicontratado da UNISELVA e não foi executado pela Secretaria de Cidades;O valor de R$ 196.075,95 referente ao projeto executivo de drenagem que foicontrato em duplicidade e também já foi pago pela Administração ao ConsórcioVLT;O valor de R$ 22.408,68 referente ao Estudo da Rota de Fuga que foi contrato daUNISELVA e está em duplicidade com o que já foi elaborado no Plano deContingência para Avenida Fernando Correa da Costa na região entorno doViaduto Clóvis Roberto feito pela Defesa Civil;
Esses elementos técnicos em duplicidade da microbacia do Córrego doBarbado perfazem o total R$ 397.754,07, e devem ser ressarcidos aoerário. Recomendações à Secretaria de Cidades - SECID.
Recomenda-se que o Secretário de Cidades quando solicitar um pareceradministrativo a sua equipe técnica solicite que essa peça técnica seja conclusiva arespeito dos aspectos normativos técnicos/legais, doutrinários e jurisprudenciais.De modo que a fundamentação técnica/legal seja pertinente com o questionamentoefetuado pelo Secretário de Cidades que é o tomador de decisões responsávelpela pasta.
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Recomenda-se o cumprimento do princípio de segregação de função que não foirespeitado pela servidora Danielle Tinôco de Anunciação, pois não poderia exercera atividade de coordenadora de convênios e emitir pareceres a respeito doProtocolo de Intenções e sobre a minuta do convênio que seria chancelado pelasua pessoa na função de coordenadora de convênios em descordo com o art. 15ºdo Regimento Interno da SECID;RECOMENDA-SE que na celebração de Convênios e instrumentos congêneressejam observadas todas as exigências da IN nº005/2015. No atual caso, restouevidente que faltou o resultado da pesquisa prévia de preço; da utilização de umsistema de referência orçamentário ou de cotação de mercado para basear o valoradotado no convênio. De maneira subsequente demostra-se a metodologiautilizada na orçamentação do convênio.RECOMENDA-SE que a Administração deve-se valer, além dos três orçamentosde fornecedores, da referência de preços obtida a partir dos contratos anteriores dopróprio órgão; de contratos de outros órgãos; de atas de registro de preços; depreços consignados nos sistemas de pagamentos; de valores divulgados empublicações técnicas especializadas, SICRO, SINAPI, CDHU, EMOP, ORSE, porexemplo e, quaisquer outras fontes capazes de retratar o valor de mercado dacontratação, podendo, inclusive, utilizar preços de contratações realizadas porcorporações privadas em condições idênticas ou semelhantes àquelas daAdministração Pública necessita. Realizando esta cotação a Administração estariase resguardando de celebrar o convênio com preço acima do praticado nomercado.RECOMENDA-SE que a SECID verifique as não conformidades com o Plano deTrabalho apontados na Prestação de Contas e, a pertinência em relação ao projetoelaborado e o pagamento de mão de obra terceirizada, pessoa física e jurídicacontratada pela Uniselva. Ainda, ao celebrar Convênios a equipe técnica verifiquese o Plano de Trabalho e o Termo de Referência possui todos os elementostécnicos solicitados na IN n°001/2015. Na ausência de qualquer um dos elementostécnicos solicitados na IN n°001/2015 o Convênio não deverá ser celebrado pelaAdministração Pública Estadual, pois incorre em descumprimento dos normativoslegais.Recomenda-se a notificação do município de Cuiabá, por meio da SecretariaMunicipal de Obras Públicas SMOP, para que efetue a limpeza e desobstrução darede de drenagem de águas pluviais para melhorar a eficiência do sistema.Recomenda-se a notificação do município de Cuiabá, por meio da AgênciaMunicipal de Regulação de Serviços Públicos Delegados de Cuiabá - ARSEC paraque notifique a Águas Cuiabá para que faça as interligações da rede de esgotodomiciliar à rede de esgoto coibindo o lançamento de esgoto na rede dein natura
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drenagem de águas pluviais na microbacia do Córrego do Barbado, evitando acontaminação da água e da população a jusante.
À apreciação superior.
Cuiabá, 19 de Janeiro de 2018
_______________________________Andre Luiz Costa Ferreira
Auditor do Estado
_______________________________Jose Celso Dorileo Leite
Superintendente de Auditoria em Obras