ENSAM® S M ®M AE s
a/ZigEXfifi/ffififi P Q ! ?E
QUATRO E P ISTOLA S
D IVERSA S PES SOAS
TRADUZ [D O S E M P ORTUGUEZ
67£9A7[9 19
7 flit? W4 6?fif fljfi
{7
0 772 dI/J‘
NA [IM HDRE S R EG HA o 18 11
6707” 77
300,
P R E F AQAQ
AO havendo desmerec ido a aceitag‘
é’
o do Publico a Traducg'a'o , que pub liquei o an n o passado do Eusaio de Pope sobre a Cr itica , me animei , satisfazen
do ao que prometti , a impriin ir huma versfio em vul
gar dos En saios M oraes do mesmo Author , em qua
tro Epistolas a d iversas pessoas ;‘
obra em nada in fer ior équella, e que lhe g rangeou tan to cred ito, e reputag
'
é’
o c omo o Leitor facilmen te conheceré pela b reven otic ia, que passo a dar dos obj ectos de que tretio ,
e do -
con ceito , e juizo, que de cada huma dellas form éo os melhores Criticos , seguin do n éo a ordem chro
n ologica da sua primeira, publica‘
gio , mas a em que
actualmente se achéo impressas em difi'eren tesEdicgoeg .
A primeira Epistola sobre o Con hecim en to dos
H omen s ,e seu s d iversos characteres , foipublicada.
pela primeira vez em 1733 , e ded icada a Lord CobBarn , que foimuilison g eado pelos H omen s de talento , e escr itores do seu tempo . Nesta obra expoe Po
pe quan to he difficil cheg ar a este conhec imento , ou
seja pela g rande difi'erepga dos characteres , on polesua dissimu lagfio , e 05 seu s capr ichos ; ou fin almen
te pela circun stan cia em que s e ache, o Observador .
Nota-se n esta composigfio o H omem o mais profandam en te in stru ido n as operagoes secretas do Espir igo , e coragfio human e , e a arte de conservar 0 mode de discorrer dos Dialecticos sem a menor agpa
H “l ‘
u P R E F A Q AO .
r en c ia de huma regu lar idade afi'
ectada. O s d iscu rsossao con cluden tes os exemplos aj ustados , e 05 re trat os bem de l in eados , e bem acabado s .
N56 merece men os estimagao a Epistola seg un
da sob re o s Char acter es das M olher es , pub licadaem 1735 , em que 0 Au thor mostra ter v ivido n o
g rande M un do , e con hecer perfeitarn en te as diver sasPe rs on ag en s , que as M olheres represen tao , as suas
fan tas ias , os seus capr l chos ; mas devemos con vir ,
que ha lugares mu i to duros , e que Pope , como lhe
lan ga em rosto o seu Am igo Arbuthn ot tratavamais de cas tigar , do que emen dar .
Esta obra trabalhada , como diz John son , com
gran de dl lig en cia, e n a Opinia'
o do Author com g rande felic idade , foi de sprezada log o que se publ icou ,
como suppoe o Comen tador , por saber o Pub l i co ,
por hum aviso , que ella nfio t inhaChar acter alg um
tir ado da Vida H uman a ; as sergao que Pope n em
desej ava , n em esperava provavelmen te fos se acredi
tada , e que deu logo aos Le itores suflicien te mot ivopara desconfiar , eom dizerl lhes em huma n ota , que
a ob ra estava imperfe ita , porque parte do seu assum
pto era 0 Vicio as sn'
s elevado para ser exposto . Pou
co tempo depois deu a conhecer com seguran ga a D u
queza de M arlborough debaixo do n ome de A tos sa ,
e o seu character foiin serto, n ao com g rands hon raagratidao do Escr itor .
Suppoe-se , que o n osso Author dirigio esta Ep i s
tola a M artha B loun t , a quem mostrou de sde a s ua.
moc idade muita estimagiio , e affecto ; persuadindflo
P R E F AQ AO . in
s e , que se na'
o ofi’
enderia dos golpes satiricos , que
atira con tra o sexo , e que nao podia’
io d izer-Ihe res
pe ito . Po'de-se accrescen tar , que ella lhe in spirou sen
timen tos os mais~tern os , poq e jun tava as g ragas de
1mm belleza at ract iva hum espirito del icado , e or
n ado ,gos to para '
as s c’
ien cias , am or das Bellas Arartes , e conhec im en todog" in eres ses da suaNagao : Po
pe foisen sivel a tan tas qual ida‘des uma
Ep i stola em vers o , remettendo—l’
ob ras de V o i t ‘u re , elle a compara n estao bra‘
é'
M .
de Rambou illet , e ate a pGe supe rior a ella.
Pope pride pertender huma man ifesta superlori
dade sobre aX.
i
Satira, de Bo ileau a respeito domes
mo as sumpto as sumpto que tinha s ido man ej'
ads‘
)
por You n g o ito an uos an tes,'
e‘
ainda que n ao‘
em hum
estilo t ‘
ao con ciso , correcto‘
, e n ervoso como 0don osiso Author , com tudo corn m u itos toques en g ragados ,e verdadeiram en te H orac lan os , de huma zontharia , e
ridiculo delicado , tocan do gen tilmen te as fraquezasdo sexo com mEio mais cauta , e m1mosa.
“ Como a on
t ica geral , e vaga he in util , diz certo Au thor Ing lez
“eu me an imare i a in s in uar , que os retratos em
“Youn g- dc Z an tipp e de D elia, a Conductora do car
t o ; de D ap hn e , a Cr itica de L em ira , a D ama.
en ferma da Filosof a da Theologa da D ama.
L an gaida ; de Thales tris , a Jurado ra ; de Lyce, a
Belleza velha ; de A licia, a D esal inh/
ada ; da A theis ata ; e da Jogador a , sao desen hados com verdade , e
e spir ito , e n ada perdem em serem comparados com
05 retratos apresen tados por Pope. E as Intr'
oducgoer
i1
w P R E F ACAQ0 o I o
a estas Sat1ras , part l cularmen te a Falla a in compara
vel Lady Izabel Germain ,sao talvez tao elegan tes ,
e bem torn eadas como o que ha de hom n a n os sa
lingoa.
A terceira Epistola , do Us o das R iquezas , he
escr ita a Lord Bathu rst , e se imprimio em 1732 em
fol io mater ia que 0Author tratou de hum modo téom agistral , que quas i esgotou o assumpto , e em que
g astou mu ito trabalho , como declara. Este n obreAn c1ao er
’
a mu i to estirhado , e o seu talen to , Vive
za , sense , e in te ireza sao bem conhec idos ; porémelle repetidas vezes exprimio o seu desgosto , e a s ua
admiragao em ver n as u ltimas edicgiies con vertida esta Epis tola g rosseiramen te em hum D ialogo em que
pouco tem a d izer ; e con sta que huma vez n otaraque e ste versoP . But you are tir
’
d I ll tell a tale . B . Agreed ;era in sofi
‘
rivelmen te in s ipido , e fr io . Pope o vis itava quas i todos os an uos , e frequen temen te louvavao s
'
s eu s melhoramen tos , e as muitas plan tagoes em
C iren cester .
Neste Poema, como reflecte John son , se en con
trao alg umas ide'as his toricas , e se in troduzem alg u n s
characteres conhecidos com outros , de que he difiicil d izer ate' que pon to sao verdadeiros ou fingidos
mas o louvor de Kyrle , o H omem de R os s m erece
particular exame , de quem se diz depois de humalonga , e pomposa en umeragfio das suas ob ras publ icas , e part1culares , ter derramado todas estas felici
P R E F AcL o . v
dades com quin hen tas libr as es ter lin as por an n o . D e
boa von tadese con tao marav ilhas , e de boa von tadese ouvem . A verdad
'
e he , que Kyrle era hum H o
m em de conhec ida in te ireza , e activa ben evolen cia ,
por cuja diligen c ia forao persuadidos os homen s ricos , a pagar con tribuicoes aos seu s charitativos plan os ; esta influen cia obteve elle por hum exemplo de
l iberalidade exerc itada até a maior exten sao das suas
pos ses , e as s im se hab ilitou a dar mais do que tinhas
Esta n oticia houve M r . V ictor do Cura do lugar ;e eu ten ho para mim que o louvor de hum homembom , fazen do-se mais crivel , pride ser mais so'lido .
Narragoes de huma v irtude roman esca , e imprati
cavel ler-se-hfio com admiragao ,mas aquillo que
se n’
ao pride con segu ir , debalde se recomen da para
s e emprehender o bem , he prec iso mostrar que heposswel .
H e esta a umca obra em que 0Author deuhumjud icio da sua R eligiao , ridicu lisando as ceremonias
de quelmar a cfligie do Papa , e fazen do men gao ,
com alguma indignagao dam scripgao do M on umen to .
A quarta Epistola do Us o das R iquezas , on so
bre 0 Cos ta , sah io impressa em folio em 1731, de
dicada a R icardo , Con de de Burlin gton , motivadapor este ter publicado os D esenhos de Palladio dosBanhos , Arcos , Theatros , etc . da an tin oma.
A turba de Escr itores immediatamen te se levan
tou; e o accuzarao de malevolen cia , e in g ratidfio ,
por ter ridicu lisado ,debaixo do n ome de Timon
homem de g rande riqueza, e pouco gosto, a casa,
"
Vl t» P R E F ACA. 0.
jard in s , Capella , e jan tares do D uque de Chan dosem Can on s , que tin ha s ido seu bemfeitor como cl
les afl‘irmava'
o , deven do iisua protecgé o hum presen
te de cem mil libras es terl i n as .
Pope n egou publicamen te ter receb ido as mil li
b ras esterl in as ;. mas pela cen sura que lhe cau sou o
ataque de hum character téo amavel , buscou todosos me ios de se escapar . O n ome de C lelan d foin ovam cn te empregado em huma apolog ia de que nin
g uem se sat isfez , e por fim foireduz ido a occu ltar a
sua temeridade por meio da dis simulagao ,e a e s for
gar-se em desacred itar aquillo , que n un ca teve a.
c onfian ga de n egar abertamen te . Escreveo huma car
ta de descu lpa ao D uque , que foi respon d ida com
gran de magn an im idade , como por quem aceitou a;
s ua descu lpa , sem accreditar os seus protestos . D is
se , que o ridiculisar o seu gosto , on OS seus edifi
cios ter ia s ido huma acgao indifl‘eren te em outro qualquer homem , mas que em Pope , depois da recipro
ca afl'
eigao que tinha havido‘
en tre ambos ser ia mui-s
to mais difiicil de desculpar .
Q ue ixando-se Pope em huma das suas Cartasdo tratamen to , que o seu Poema teve ,
“con fessa que
Semelhan tes Criticos o podem in t im idar , e ate quasipersuad i r a que n Zio escreva mais , o que he hum
compr imen to que este seculo m erece .
"
O homemque ameaga o mun do “
reflecte Johon son ”he sempre
r idiculo ; porque o mun do fac ilmen te pode passarsem elle e em breve tempo de ixarade lhe fazer faldta. Ouv i con tar de hum id iota, que costumava vin
P R E F A Q AO . m r
gar as suas vexagoes deitando-se toda a n o ite sob re a
po n te .
“ N50 han ada ,
”diz Juven al “
que o homemn ao accredite em seu propr io favor .
” Pope foilisong eado ate? 0 pon to de se con siderar huma das potencias que movem
‘
o s i stema da vida. Q uan do elle fal
lou de aban don ar a sua pen a , aquelles que o cerca
n o 0 rogavz'
io , e o imploravao , e o amor propr ionao lhe permitio suspe itar , que se
’
retiravao rin do-sede lle .
D evo accres cen tar que os mu itos e respei
taveis authores , que depois desta Ep i stola tratarfioda arte de dispor terren os , e jardin s , reconhecerao
a exacgao , e propr iedade das reg ras e prece itos dados por Pope n esta obra
‘
perfeitamen te acabad‘a . Oque perten ce xiArchiteetura he mais breve , e talvezn ao ig uale ao resto .
Ale'
m destas quatro Epistolas traduz i tambema Ep istola dedicada a M r . Addison, por occaziao
dos seus D ialogos sobre as M edalhas , composta em
1715, a qual em todas as Ediccoes das Obras do n osso Author , an da an n exa aos En saios M oraes , e faz
como l111ma‘
parte delles .Para. que os Leitores possfio mais fac ilmente
comb in ar a Traducgfio com o O rigmal vaio Textol
segundo a edicgao'
publicada pelo D r . JoséWartonem Lon dres em 179 7 em 9 . vol . em acompanhado das suas Notas eruditas , em que se comprehen
dem algumas de Warbu rton , e do mesm o Pop ‘
e ,
procuran do que se imprimisse com a. possivel
correcgao.
ENSAIOS M ORAES
Q UATR O EP ISTO LAS
A.
D I V ER SA S P E SS O AS.
Est brev itate Opus , ui currat sen ten t ia , n eu se
Impediat verbis las s is on eran tibus aures
Et sermon e o pus est modo t r ist i , saspe jocoso ,D efen den te vicem modo Rhetoris atque Poetze
In terdum urban i , parcen tis viribus atque
Exten uan tis eas con sultb.
H on ,
AD VER TENC IA.
0En s ure s onar: 0 H OM EM dev ia c omprehenderquatro l ivros
D os quas s o P rimeir o , n os deo 0 Authordebaixo deste titu lo em quatro Epistolas .
O Seg un do , devia cons tar do me smo n ume~=
t o : 1. D a exten s éo e lim ite s da raaao hum a-a
n a. 2. D aquellas Arte s , e Scien cias , e partes del1218 , que séo u teis e apor isso comprehen siveis ;
jun tamen te com as in uteis , e per is so in‘
compreo
hen siveis . 3 . D a n atureza , fin s , u so , e applic ao
9 50 das d iffere n tes capac idade s dos homen s. 4. D o
1130 do. scien cia do conhecimen to do mun do , e
do esp ir ito ; c on c lu in do com huma satira con traa ma applicagao destas cousas ; tudo illust rado
c om pin turas characteres e exemplos .
O Ter ceiro l ivro , d iz ia respeito ao regime
c iv il , on a'scien cia da politica ; em que as d i
ver sas formas de huma R epublica devesiao ser’
exam in adas , e explicadas jun tamen te com os dif-o
feren tes modos do Cl
ulto R el igioso em quan to af
fect éo a Sociedade ; e n tre o que suppoe sem w
pre 0 Au thor haver a mais in tima con n exa'
o e
a mais in teressan te relag'
a’
o . D e sorte que e staparte tratar ia da Soc iedade C ivil e Relig iosa na
sua completa. extensin
l v A D V E R T E N C I A.
O Quar to ,e u lt imo livro , tratava da ethica
particular , on moralidade prat ica con s iderada em
todas as circun stan c ias , orden s , profissfies , e em
preg os da vida human a.
Todo este plan o t inha s ido maduramen te d igerido e commun icado a L . Bolin gbroke ao D r .
Swift , e a huma ,ou duas pessoas mais e era
destin ado para a un ica obra dos seu s mais ma
du ros an uos mas ora por cau sa das suas mo
lestias , ora pelo desan imar a depravacao do tem
po ora por pruden cia e outras con sideracoes
foi in terrompido , demorado , e posto de parte fin almen te -
em certo m odo.
M as como esta Obra era a valida do A11
thor , que mais exactamen te reflectia a imagem do
seu espir ito forte , e vasto , e nao temos sen ao
huma m u ito imperfe ita idea della ,
\
pelos disjecta
m embr a P oetw,que agora t estao , n ao ser'é tem
po perd ido ser hum pou co mai s m iudo a respeitode cada hum destes livros proj ectados .
O PR I M EIR O , como trata do homem em abs
t racto e o con s i dera em geral debaixo de cada hu
ma das suas relagoes , vem a ser 0 fun damen to ,
e forn ece a mater ia dos tr es segu in tes de sorte ,
que
0 SEGUND O LIVR O hav ia de abranger a p ri
meir a , e s eg un da Epi stola do prime iro l ivro ;e tratar do H omem por exten so n a sua capac idade in tellectual , como ac ima se esplan ou . D estesdmen te huma pequen a parte da con clusao (que ,
como d issemos , hav ia de con ter huma satira con
A D V E R T E N C I A. v
tra a mziapplicagao do en g enho , e da scien cia)s e acha n o quar to 1ivro
,da D un ciada ; e em va
r ios lugares casualmen te , n os outros tr es .
O TER CEIR O LIVR O , da mesma fdrma , ha
via de ren ovar o assumpto da ter ceir a epistolado p r imeir o , que trata do H omem n a sua capa
c idade soc ial , politica , e religiosa. M as o Poetaconheceo depois , que essa parte podia ser maisbem executada em hum POEMA EP ICO , porquea Acqao o far ia mais an imado , e a Fabula me
n os odioso ; em que todos os gran des pr1n c1plosdos Govern os , e R eligioes verdadeiras , (
e falsasse podia
'
o pr in c ipalmen te mostrar com exemplos
fingidos .
O Q UAR 'r o , e ultimo livro devia con tinuara materia da quar ta epistola do p r imeir o , e tra
tar da E thica , ou M oralidade pratica ; e se ha
via de compfir de muitos membros de que as
quatro Epistolas segu in tes sao Iiorgoes separadas
as duas p r imeir as ,, sobre os Character es dos H o
m en s, e das M ulher es sen do a parte , que ser
ve de in tr oducgc’
i'
o a estc livro , com que con clue .
W
V l II
mesmos , vers . 41. Algan s character es sing ellos ,
mas em g er al conf undidos , dis simulado s , ou ia
coher en tes vers . 5L 0 mesmo hom em in teir a
m en te difi‘
er en te em dif er en tes emp r eg os , e oc
cas zo es , vers . 7 1. In comp r ehen sivel f r aqueza nos
maior es homen s , vers . 77 . etc. Nada con s tan te e
cer to s en do D EOS e a Natur eza vers . 9 5.
N50 3 6 p o'
de ju lgar dos M otivos p elas acgo'
es ,
p r oceden do as m esmas acco‘
es de M otivos con tr a
r ios , e as mesmos M otivos inflain do acgo'
es con
tr ar ias , vers . 100. II. Com tudo p ara f ormar
Char acter es , p odemos con sider ar un icamen te as
acgo es mais f or tes da vida de hum homem e
p r ocur ar con cor dallas . A total in cer teza dis to ,
p or causa da m esma Natur eza , e da P olitica ,
vers . 120. Char acter es des cr ip tos , s egun do o em
p r ego dos homen s do mun do , vers . 135. E alga
ma r azfio p ar a is to , vers 141 A Edacagc’
io al
ter a a Natur eza , an ac m enos o‘
Char acter de
an uitos, vers . 149 . Acgo'
es ,P aixo
'
es ,Opin ifi
'
es ,Cos
tames , Gen ios , on P r in cipios , tudo sajeito a mu
dan ga. N60 s e pdde julgar p ela Natur eza ,desde
o vers . 158 , athe 174. III. R es ta un icamen te achar
(s e p odermos ) a sua PAIXAO D OM INANTE . E s ta
cer tamen te infin im’
em tudo 0 mais c°
p o'
de r e
con ciliar a in coher en cia app ar en te , on r eal em
todas as s uas acgo'
es,vers . 175. Exemp lificada
n o extr aordin ar o char acter de Clodio , vers . 179 .
Cautela p ar a n do tomarmos er radam en te as s e
gun das qualit’l es p elas p rimeir as , o que des tr uisv
75! 10d“ a p oss totlz‘
darle de conhecimen to do genes
E P I STL E I.
Of the Kn owledge and Charac ters
of M EN.
YES, you desp ise the man to Books confin ’
d,
Who from his study rails at human k in d ;Tho
’
what he learn s he speaks, an d may advan ceSome gen
’
ral max ims, or be r ight by chan ce .
N o'r a s .
Epistola 1. D o Conbecz'
men ta , e Character s : do: H o
men s . ] Quem comparar es ta Ep i stola com as pr ime irasedicgfies observara que a ordem , e disposiqio de var iaspartes se mudarao , e t ran sto rn arao in te iramen te ; ain daque apen as com a alteragao de huma un ica palavra. Q uando 0 Editor segundo os desejos do Author exam in oupr ime iro es ta Ep i stola adm irou-se de achar , que con t in ha hum numero de observacoes exqu is itas , sem ordem ,
con n exao ou dependen c ia e mu ito mais quando sobre hu
ma atten ta rev i sta , vio que se a Epi stola ' fosse reduz idaa differen te fé rma sobre huma idéa que en tao con cebeo ,
ter ia toda a clareza de methode , e forca de hum diseurso con n exo . 0 Author m ostrou-se 150 con ven c ido dis to como
0 Editor ; e con ve io ern p6r o Poema n a pre sen te ordem o
que lhe deo todo o ajustado de huma ver’
dade ira compo
s igao . A in troducgfio é Epistola sobre as R iquezas e s
tava n as m esmas c ircun stan c ias e soffreo a mesma re
forma. W .
M as esta reforma nao foi felizVER S. 1 . Sim ,
fua'
r despres ais ] O s patron os , e adm iradores da lit teratura Fran ceza , costumao exal tar o s Au
thores des ta Nagao , que t ratarao da v ida e cos tumes ; 6
c in co part icularmen te reputados sem parelha , n omea
\
E I T
D o Con/tecimen to e Characteres
IM ; vds despresais o homem en tregue aos
Livros , que do seu gab in ete murmura da os
pecie human af ; ain da que d iga o que apprendeo
proponha algumas maximas geraes , ou acerte porN o r a s .
damen te M on tague Charron La Rochefoucault Boi
leau , La B ruyere , e Pascal. Estes se suppoem terem pe
n et rado profundarn en te os mais s ecretos escondr ijo s do co
rac’
ao t human o'
e descoberto os diversos vic ios e vaidades que n e l le se occultao. N50 sei porque mot ivo cedem
o s In glezes a e ste re spe ito aos seus po l idos visinho s rn ais
do que em outra qualquer cousa. Bacon n os seus En saiose Progres so da Scien cia H obbes e H ume n os seu s t ra
tados , Pr ior n a sua e legan te e en genhosa, Alma R ichard..
son n a sua C lar is sa e F ie lding no seu Tom‘
Jon es (naoin clu indo aqu i os Esc r itores comieos ) mostrarao hum pro-q
fundo conhec imen to do homem e muitas retratos dc Ad
dison se podem comparar corn'
o s mais.
completo s toques
de La Bruyere. M as as Epistolas de que agora vamos
fal lar dec idem in te iramen te a questao ; porque os Fran-z
cezes n ao se podem gabar de algum Author seu que
e sgo tasse a s cien eia da moral , como fez Pope nas suas
cin co Epistolas . Con tém n o. verdade tudo”
quan to ha de
sol ido e de valor nos Escr itores Fran cezes ac ima men
c lonados de que o n osso Author era summamen te ape ixon ado. M as todas as observacoes , de que delles se s erq
vio fellas proprias pela destreza , corn que as applicou,
VVARTON.
4 . M O R A L E S SAY S. Ep . I .The coxcomb b ird, so talkative and g rave, 5
That from his cag e cr ies Cuckold,Whore,andKn ave,Tho
’
many a passen ger he rightly call,Y ou hold him n o Ph ilosopher at all .
An d yet the fate of all extremes is such,M en may be read, as well as Books, too much . 10
To ob servation s wh ich ourselves we make,We grow m ore partial for th ’ Ob server ’
s sake;To wr itten Wisdom, as an others ’ less :M axim s are drawn from Notion s, those from Guess .
There ’
s some Pecu l iar in each leaf an d grain , 15
Some unmark’
d fibre, or some varyin g veinShall on ly M an be taken 111 the grossG ran t but as many sorts of M ind as M oss .
N O T A S .
Van s . 5 . Palr ez'
ro ,] ra , adj. o mesmo que palrador , on
fallador : desta palavra u sa Souza , H ist . de S. D om in g .
P. 1. L. 1. Cap . 24. M ar em caso que o baw mos com pedra
c, pea
’ra demasz
'
atlo palr eira 7m afirmar causa: s em fundamen to , etc. D o TRAD U CTO R .
VER S . 10. Em [er demasz'
adamen te or homem ,] D i
gao o que quiz erem do gran de l ivro do M undo , be pre
e1so ler os outros para sabermos como havemos de ler
e ste.
M r . D e Sevign e a R . Rabut in .
VVAR TO N
VERS. 15. H a alguma causa peculiar etc . ] 0 Poe ta
e n tra n a pr imeira divisao do sen as sumpto as dgficula’a
des de cbegar ao Conbecimen to , e aos o erdadeir os Cbara
ctem do: H omem . A pr ime ira causa desta difliculdade que
e l le prosegue (desde o ver s . 14 ,até 19 ) he a grande di
o cm’
dade de Cbaractcres a respe ito do que para aba
Br . I. ,EN SA I O S - M O R AE S. 5
acaso. N50 reputais por F ilosofo '
o passaro presu
mido , tao palreiro e grave que as sua gaiolagr ita Corn M eretriz Velhaco ; posto que
com raza'
o ass im chame a mu itos pas sage iros.Com tudo todos los extreme s tern seu s in con
‘
venien tes ; tan to exces so pride , haver em ler dema-wsiadamen te os homen s , como os livros . Somos maisparciaes das observagfies , que fazemos , por serem
n os sas , e men os das q ue os outros escr everao
por serem alhe ias. As M aximas derivao-se das Nogoes estas das Conjecturas . Em cada folha , e
» semen
te ha alguma cou sa pecu liar ; alguma fibra n ao ob
servada ou alguma veia difi'eren te . E sé havemos tomar o H omem em grosso ? Con cede i stimente , que
N o'r n s
ter a n ossa admiracao e 1150 desan imar a n ossa investigacao so deseja lhe con cedamos ,
“
\que ha tan tas espe
cies de gen ios como de musgos .”
In s in uando ar tificiosamen te ass im q ue se a Natureza
var iou o mais in significan te vegetal em m ais de t rezen ta-s
e spec ies , n os nao devemos adm iran da maior divers idaden a sua obra mais subl ime o esp ir ito human o : !e se a V211?
riedade n es te vegetal se con s idera de bas tan te impor tan ciapara empregar o tempo de hum serio mvestxgador m u i tomai s m erecera -
o n osso estfido , e at tenc'
ao a m esma Cir-1
cun s tan cia n es ta obra pr ima do mundo sublunar . E s cihavemos tomar o homem em grosso
P
W.
VER S. 18. Con cedei Jo'men te ,
r
gue 19a Ian tar especies a’
e
g enios J/ Refer e- se n os M an u s cr itos de M r. H arr is 1, que5 ‘ New ton ouvindo tocar cravo .a H ande l
s, n ada achara
digno de motor senao ae lasticidade dos sen s dedos, E111
6 M O R A L E S SAY S. EP . I.
That each from other d iffers, first con fessNext, that he var ies from h imself n o les s 20
Add Nature ’
s, Cus tom ’
s , R eason’
s, Pas sion ’
s str ife,And all Opin ion ’
s colours cast on life .
O ur depths who fathom s, or our shallows fin ds,Q u ick wh irls, and sh iftin g edd ies, of our min dsO n human Action s reason tho ’
you can , 25
It may be R eason , but it is n ot M an
N o r a s .
outta occasiao tendo aflirmado que as comedias de Teren .
d o 1150 tinh’
ao en redo e Ben tley (seu super ior indubitavelmen te n este conhec imen to ) e sforcando-se copiosamen te
em mostrar o con t rar io con cluio como prin C1p1ou que’
as
comedias de Teren c io nao t1nhao en redo . Em out ra occa
s i'ao pergu n tando-se-lh
'
e o seu parecer sobre a poes iac itou huma opiniao de Barrow , que era hum desproposi
to en genhoso .
As s im ha de n ecessar iamen te acon tecer‘
, quan do os
hom en s até os maiores s egundo se diz commummen te )Sahem do seu e lemen to . Nenhum gen io houve n un ca talvez
mais agudo do que o seu em descobr ir o verdade iro dofal so n as materias da C61, quan t idade , e movimen to . Nin a
guem teve hum en tendimen to mais apto para discern ir o
que exist ia do que'
mao ex is t ia. M as por es tas h is tor iasqualquer podera imag in ar que en tre as c
'
ousas ex is ten tesn
’
ao con hec ia as que er'
ao bellas formosas en gracadas ,
elegan te s e o con trar io disto . VVARTO N.
V 1: RS . 19 . Q ue coda bum difiere do: mais A segunda
causa desta difficuldade (de sde o vers . 18. até he a
in con stan cia do bamem ; porque nao so qualquer homem
differe de on tro mas o me smo homem de sim esmo .
” W.
VER S . 20. D epoz'
r que m’
io varia man or ] H um e scri
tor Fran cez judicioso diz que _
os defeitos e loucuras dos
8 M O R AL E S SAY S. En . I .H is Prin c iple of action on ce explore,
That in stan t ’
tis his Pr in c iple n o more .
Like following l ife through creatures you d issect,Y ou lose it in the momen t you detect .Y et more the did
’
ren ce is as great betweenThe Optics seein g, as the obj ects seen .
All M an ners take a tin cture from ou r own ;
O r c ome discolour’
d through our Pass ion s shown .
O r Francy ’s beam en larges, multiplies,Cont racts, inverts, an d gives ten thousan d d ies .Nor w ill Life ’
s stream for Ob servat ion stay,It hurr ies all too fast to mark their wayIn vain s edate reflection s we would make,When half our kn owledge we must snatch, not take.
N D T A S .
descobr ir, on quando se discorre s obre elle , e se procura
exam inar . ‘ W .
VER S . 31. D e mais ; 6a g rande dzfi'
erenga , etc . ] An?{111i fal lou o Poeta das causas da difliculdade que n ascem
da ebrcuridaa’e do ebjecte ; agora t rata das que procedem
dos (1421705 n o eoser vao’e r . D as quaes a pr ime ira e a
s exta cau sa da difliculdade m os tra serem desde o vers .
30 até 37 )03 perversos cos tumes ejector e tmagmafb'
es
do observador ; m ot ivo porque o s characteres dos out ros
raramen te sao vistos n a s ua verdadeira luz. compleigfie ;ou e
pr epergc'
ie. W.
Van s . 33. Today as accb’
er re n o: pinata] H um pro
fundo conhec imen to da Natureza H umana apparece n es tes
quatro versos . Ass im tambem n o vers . 42 . WAR TON .
VE RS . 37 . New a cur s e da vida espera pela Obrew uyfio ,e t c . ] A setima cau sa da difliculdade e a segunda que
Fiasco dos defei tos n o Observador (desde o vers . 36 até
EN SA I O S M O R AE S. 9
cor o H om em . in dagai huma vez e P rin ciple da ac-e»
gao , n esse mesmo in stan te jaide ixa de e ser . Perdem o-lo n o memen to em que o de scebrimos z a ma
n e i ra daque lle , que bu sca a v ida. n as cr eaturas
(we an atom i sa.D e mais ; t ao grande lie adilfe rencae ntre e s olhos
que vem , c ome en tre e s obj ecte s vistos . Todas as
acedes se n os pin tgio s eg un do a s n os sas ou chega'
o
desfiguradas pe r en tre as n os sas paixr’
ies e n e s.
raie s da fan tas ia as aumen tao multiplrcao , c on »
trahem in vert em e lhes dae dez mil cerm .
Nem o cu rse da v ida espera pela O bservacae s
Foge muiveloz para de ixar vestigios : em vao fa-w
r iamos reflexr’ies s e cegadas quan do sripodemos arre~batar e n ae apanhar metade dos n ossos. cenhecimerw
N o T A s .
41) he a,l revidade da vida bumana ; que 1150 e deixa.
e scolher , e pesar a sua scien cia mas apen as arrebatala
la ae rt empo em que lhe pas sa l ig‘eiramen te pe r dian t e a
de scendo a rapida corre n te do Tempo.
VER S . 41. M al ta; e ezer per turaaa’os t om a g rande agi
sagas do : paixo'
es ,e ta ] Chegam os agora a
'
. o itava e 111
t ima cau sa que muipropr iamen te c on c lu e a relac'ao que.
de alguma sorte re sume todas as difliculdades em huma;
(desde 0 it em . 40 até 5 1) e vem a ser que m u itas vezes
0 mesmo [tomcat ig n ora a seaIbraprie motive» da acetic ;
de cuja ign oran c ia tem e n o sso Author expl icadoravelm en te a causa. Q uando o espir ito (diz e l le) es taagora.
fat igado pelo le ngo ce nflic to de mot ives eppe ste s aban
den a a sua at ten cao e con sen te que a von tade seja sub
jugada pelo prime iro , que depois se lhe offerece , sem
mm: muito conhecimemo do m ot ive . 1510 so asha lmda-wB
lO M O R A L E S SAY S. L e i.
O ft in the Pas s ion s ’
w ide r otatio n te s t,
O u r spr ing of act ion to ou rselves is lostTir
’
d, n ot determin’
d,to the last we yield,
An d what comes then is master o f the field .As the last image of that troubled heap,When Sen se sub s ides, and Fan cy spor ts in sleep,
Tho’
past the recollection of the though t,)Becomes the stuff of wh ich ou r dream is wroughtSometh in g as dim to our in tern al v iew,
Is thus, perhaps, the cau se of most we do .
True, some are open , and to all men kn own
O thers so very c lose they ’re h id from n on e
(Se’
D arknes s str ikes the sen se n o les s than LightThus g rac iou s CHAND O S is belev’
d at s ight ;An d ev ’ry ch ild hates Shylock, tho ’
his s ou l 55
Still s its at s quat, an d peeps n ot from its hole .
N O T A S .
m en te illu st rado com o que el le suppoem ser a causa n a
t ural dos sp n hos ; on de a fan tas ia apen as e sta l ivre se
apodera da ultz'
ma imag em que en con t ra n os confin s en
t re e dorm ir , e o acordar , e sobre i s to forma toda a
sua scen a ideal ; cem tudo com grande difficuldade n os
lembram os des ta impresséo e 56 quando pe r algum in s
ciden te temos e s n os sos prim e iro s s on os repen t in am en te
in terrompido s . En tao (o que prova a v erdade da hypo ;
these ) e stam e s as vez es aptes para des c rever as obras da
Fan tas ia ja pas sadas de idea em idéa pe r huma cadea até.
que cheguemos aque l la donde todas e l las n ascer ’
ae . W .
VER S . 48. H e a materia de que a real m s e fo'
rma ; ]G iraldo Cambren sis fal lando de huma vitae divin a
c em que t inha s ido favorec ido , parece com tudo pen sar
que poder ia ser fezta a’
o materia dos s eu: pen samen tos des
Er . I . EN SA I O S M O R AE S. 11
tos . M u itas vezes perturbados com a gran de ag itagao das Paixr
’
ies escapa— n e s o n osso prin cipie da
accfio can gade s nao decididos cedemos ao u ltimo ; e o que en tao vem he senhor do campo . As sim
com e a u lt ima imagem do con fuse mon t'
a'
e quan doe s sen t idos dormem e a fan tas ia se en tortem n o son o
(ainda que passe a lembran ca do pen samen to) he a.mater ia , de que o sen ho se frirma as s im algumac ousa occu lta tia n e ssa v is ta in terna , he talvez a cam
sa da m aior parte do que obramos .
Algun s , he certo , que sa'
o fran cos , e cenheC ldOS de ‘
tedos outros tao reservados que a nin
guem e scapae ; pois as trevas n'
a'
io ferem m en os e s
o lhe s , do que a luz . As sim o ben evolo C H AND OS heamade aa prime l ra V l Sta. e qualquer crian ga abor t ecc a Shylock , ain da que a sua alma se occulte
N o r a s .
per tader . Silo estas as suas palavras . “ Cum ig itur super
universis qum n ob is accid’
eran t m ecum n on m ediocriter ao
xius extite rim— suspiriosaa m ihi multe ties cogitation es in ani
mum ascenderin t n octe quadam in som n is EX R ELIQ U I IS
ro n r n C O G ITAT IO NU M‘
Vis ion em vidi etc . D e r eoara re
g ertz’
r L. 11. C. 12 . D ende vemos , e he dign o de n o s.
tar -se que o filosofar sobre as n e s sas supersticoes 150
lon ge e sta do as apagar que an te s as grava m ais profundame n te ‘
n o e sp ir ito . A razao he Clara ; con verte a ob
jecca’o a e l las em huma r elaga
'
o em seu abon o . W.
VE R S. 56. Ainda que a s ua alma re ocealte quan ta perra .c n em re qaer espr ez
'
te do rea ercondriie J Nao‘
ha dous
charac‘
ieres pin tados com mais Viveza e verdade e maisc ircuns tan c ias descritas m iudam en te do que e s do artifi
ciose Blifield , e do fran co Tom Jo n es naincemparavel Epo.B 11
F
12 M O R A L E S SAY S. Er . I.”
At half man k in d when g en ’
rou s M an ly raves,All kn ow ’
tis Virtue, for he th in ks them knaves“When u n iversal homage Umbra pays,All see
’
tis V ice, an d itch of vulgar praise .
When Flatt ’ry glares, all hate it in a Q ueen ,
Wh ile on e there is who charm s u s w ith his Spleen .
But the se plain characters we rarely findTho
’
strong the ben t, yet qu ick the turn s of m in dO r puzzling Con trar ies con foun d the whole 65
O r Afiectation s qu i te reverse the sou l
The D ull, flat Falshoed serves for policyAnd in the Cunn ing,Truth itself’s a lie
N o r a s .
pea C6mica d'
e Fielding , obra or ig inal , e sem parelha.
VER S . O que m o s tra (diz Scriblere in utilm en t‘
ey
que esta grave peSsoa e stava con ten te com a sua presen te
s
’ituac'ao , em achar huma pequena satisfacie n aquillo , que
re famoso Poeta recon hece per huma das van tagen s da ida
do avancad’
a
The soul’
s dark cottage“
, batter’
d an d d’
ecay’
d
L et s in n ew l ight through chinks that t im e has made.”
Se n io r.
V an s . 57 . Con tra metaa‘e d
’
er H emen r ,] 0 character ,
a que al lude ho hum dos prin cipaes n o M ercader Sin
c ero de Wycherly com edia t irada do M isan t rOpo de
M oliere mas muito in fer ior ao or iginal. Alces tes nae rem
aquella amargura de e spirito e tem m u ita m ais human idade , e hen ra , do que M an ly. O s Escr itores tran sferem
e s seus pr opr ios charac teres para as suas obras : Wycher lye ra hum libert ine v
‘
ae e dis soluto ; M oliere era amado
pe la sua candura brandura de t emperamen to e in tegr idade . H e de n otar que e s Fran cezes nao r
ge s tarae de s ta
incomparavel comedia n as tres pr ime iras represen tacoe s.
S r . 1. ENSA I O S M OR AE S. 13
quan to pos sa e n em se‘ quer espre ite do sell cscon é»
“
drijo . Q uando o g en eroso M an ly se inflamma con tra:metade '
dos H ome n s , todos sabem que he por vir
tude po i s e s reputa velhacos quan do Umbra ob se’squea geralmen te
l tedes vem que he per vic ie e au
cia do louvor do vulgo . Q uan do a lisonj a dan os
olhe s ,todos a detestao
'
até n’huma“
R ainha ; em
quan to eutrem com a sua acr imonia n os ren can ta.
M as e stes characteres singelos raramen te Seachdo ;a pesar da forte propen sae as mudan gas do espir itosao rapida dades oppostas con fun dem o
t odo on e orn a in teiram en te a alma. O
Estupido obsequea per politica a vil Falsidade : e
a mesma Verdade n o Velhaco he huma men tira.
O s teques de satira erz'
ie demas iada‘
ment e subtis , e delicas
dos para serem conhec idos da gen eral idade do auditor ioque esperava som en te a gros se ira diversao do rise ; de sor e-r
t e que n a quarter vez que
‘
se represen tou foi obr igado0 author a ficcre scen tar-lhe huma das suas mais gre s seieras fargas ,
mas Beileau en t re tan to affirmava que era a
obra capital” do s ew theatre r e que o pevo hum dia 56:
in c l inaria a discorrer as s im .
VER S. Todo: a detert‘
a'
o até‘
n’
buma Rain/ya D an a
do a en tender a Rainha Caro l in a , a quem e l le gostavadc cen surar ; come tambem Bo l ingbroke . yide vol. Bu
s
p. das suas obras , sobre o1 r idi cule pican te da sua
affect ac'
éo de s elen c la. WA RTO N'.
VER S. 62 . Com a sua acrimonia n or en can ta. ] Cop iado '
lit teralm en te de Bo ileauU n espr it n é
'
chagrin plait par. son chagrin meme s”
H e hum cemprirn en te a Swift. ,Wan r0%
M r M O R A L E S SAY S. EP . I'
.
U n thought— o f F railtie s cheat u s in theWiseThe Fool lies hid in in con s isten c ies .
See the same man , in vigour, in the goutAlon e; in company ; in place, or out ;
N O T A S .
VER S. 69 . Cent arfragaezar z
'
mpen radar ] Porque , q uemj ulgaria que Xen ophon te duran te a sua famosa ret ira;
da, exe cu tar ia m u i tos ac te s da m ais vu lgar supers ticio ;
que Augu s to s e assu s tar ia e se desan imar ia de p6r hum a chin e la n o seu pe dire ite que dever ia es tar n o e s
querdo ; que Newton e studasse hum dia Astro logia ; e que
Thuan o , D ryden e e Chan cellor Shafte sbury , calcu lass em e s n asc imen tos ; que Rogero Ascham ,
e 0 D r . Whitby c rée grande s apaixo n ado s do combate dos Gal le s as
sim come Bayle do s C harlat'
fies ; que o B i spo H eadley‘
fosse mu i tas vezes e s carn ec ido pe lo D r . C larke pelo m e
do que t in ha de t rové es ; que H en r ique IV . de Franca
s e havia de aterrar com e s balan ce s do seu coche ; que
Ben John son e Addi son fos sem gran de’
s bebedore s ; e O'
m esmo n osso Au thor hum Epicure . Na n o ite an teceden te
s batalha de B len he im depo i s de hum Con selho de guerra , que se fez n a t enda do D uque de M ar lborough a.
que as sistirao o Pr in c ipe Lu iz de Baden ,1be e Pr in c ipe
Eugen io , es te u ltimo logo que o Con selho se acabou vol.
t ou para a tenda para communicar ao D uque huma cou.
sa , que lhe t inha es quec ido , ao qual achou dando orden s
ao seu Aj udan te de Campo , e Core n el Se lwyn (que con
1011 e ste facto ) a. m em , e nde havia en tao huma un icavéla accesa pe r se terem apagado todas as mai s n o m e .
m en to , que o Con selho se ce n cluio . Q ue hom em he
e s te ,
” dis se o Pr in c ipe Eugen io , que em sem e lhan tee ccasme c uida em poupar e s
‘
cotes das vélas .” Izabel era
n amorada e Bacon re cebee huma pe i ta. 0 D r . B usbyt inha huma violen ta pai'xao pe lo theat re : esta se lhe sus
c iten peles applause s que recebco , quando se represen é
16 M O R A L E SS AY S. EP . I.
Early at Bu s’
n es s, and at H azard lateM ad at a Fox -chase, w ise at a D ebate ;D run k at a Borough, c ivil at a BallFr ien dly at H ackn ey, faithless atWhitehall.Catiu s is ever m oral, ever grave,
Th inks who en dures a kn ave, is n ext a kn ave,Save ju st at din n er then prefers, n o doubt,A ‘
R egue with V en’
son to a Sain t w ithou t.Who would n ot praise Patritio ’
s h igh “ desert,H is hand un stain
’
d, his u n corrupted heart,H is comprehen swe head all in t
’
re sts weigh’
d,
All Europe sav’
d, yet Br itain n ot betray’
d.
N o r a s .
t urpioribus conjunc tior ? Q u is c ivis m eliorum partium ali
quan do? Qu is tet rie r hos t is hu ic civitati? Q uis in vo lu
p tatibus in quin atior ? Q u is in labe ribn s patien tior ? Q u isin f rapacitate avar ie r ? Q u is in largitie n e e tl
'
n sior ? ” O sa.
bio M ark land defenden do a Euripedes da objeccz‘
io bem
con hec ida que se lhe faz a reSpeito da in coheren cia do
character de Iphigen ia he do epiniao que o des ign io doPoeta pe r toda a T ragedia era em geral mostrar a des
igualdade e in ceheren cia do character human e ; e as pre
vas des ta in ceheren cia n o procedimen to de Agam emn on
M en e lau Ach i l les e C hore e todas as pes soas in tro.
duzidas ,excep ta C lytemn e s tra in ten tando mos t rar humani
an im i levi tarem ar in con s tan tiam in ce n siliis s u is , e t n os omn es
a e es se homin es .
” 13u rip, Iphjg. An t. p. 19 1.WA RTON.
VE R S . 7 4. A .caca das Kaperas he a m ai s do ge sto
dos Ln gleze s , a mais ordinaria en tre elles e summamen .
re -v io len ta.
VE R S. 7 5. Eleieb’
er .O texto u sa da palavra Be r oagb
q ue significa a Vi l la , on Povoac‘
ao grande que manda.
Depu tados ao Parlamen to. H e dopolitica dos pr imeiros
EP,
-I. E N SA I O S M O RAE S. 17
de manha' n os Neg e cios , de n oite com es D ados ;lou co n a caga das R aposas sab io n o Parl’amen te ;embriegado n as Eleigé es , c iv il n o Baile amigo em.
H ackn ey p erfide em.Wh itehall .Cac io he s empre m oral sempre g rave ; pen sa
que t quem sod'
re hum\ velhaco estaprox imo a se-lo
excepte ao j an tar en t'
a'
o prefer’e sem duvida o Velha£ 0 com veagéo a hum Santo sem ella.
Quem nae louvaraie alto merec imen to de Patr icio , a sua
'
l‘
impeza de mil e s , o seu coraca'
e me erru
pto , a sua vasta capac idade P Pesou todos os in ter es ses salveu a Europa in teira sem trahir com tudoa Gram Bretanha, M as n ada ve s a
flg radece ;a sua.
N o T A s .
rmen s da Nac‘
ao procurarem ganhar a afl’
eirjfio dos artifices
para serem con templ ados em seme lhan tes eleicr’ies ban qu e
toando-os para e ste fim profusam ent e . D O TRADU CTOR .
VE R S . 75. WM tel mlLJAn t igo Palac io ass im chamado ,
que occupa hum espaco en tre a margem do n orte do rie
hum pouco abaixe daPe n te deWes tméin ster . H en rique VIII.
o comprou ao Cardeal Wo l sey Arceb ispo do York ; e des
de en tao ve io a ser a re s idenc ia dos R e is de In glaterr
até o reinade da Rain ha An na que estabeleceo a s ua Ce r te
n o Palac io de 8. James . D o T n a n u c r o n .
Van s; 77 . Sempr e g rave ; Accrescen te aqu i huma judiciosa refiexie de Re chefoucan lt a fim que o le itor a
p os sa comparar cem huma do gran de Con fuc io sobre a
m esma materia.
‘5 A grav idade ,” diz e pr ime iro “ h e
hum m odo“
miste rie so do ce rpo para en cobr i r e s defe itosdo e spir ito.
” diz e segun do , he 11a.
verdade sémen te a casca ,on cort ica da sabedor ia mas
el la a pr e serva.
” WanTON.
Van s. 81. 0 alto mereeimen to dc Patrieze D ando a
C
18 M O R A L E S S A Y S . EP . I.
H e than ks you n ot, his pr ide is in Picquette,New—market fame, and j udgmen t at a Bett .Whatm ade (say M on tague,or more sage Cliarron !Otho a War r ior, Cfomwell a bufl'oon P
A perjur’
d Pr in ce a leaden Sain t revere,A godless R egen t tremble at a Star 9
N o'r a s .
0
en tender Lord Godo lphin ,de quem refere Pr ior , em hu
ma car ta orig in al , que eu V i , como o sabio C onde de
Godo lphin me dis se , quan do m e despeclio pe lo ter serv ido : As cou sas m udio os tempo s m udao e 05 hom en s
mudfio .
” A pezar de ser hum grande jogador , e ra com
t udo hum M in is tro de Estado habi l e hon rado . WAR TON.
VER S . 86. New-market Lugar fam oso pelas carre irasde cavallos .
VERS . 87 . O que fez ] H uma das razoes que con cor
r eo para M on tague ser hum escr itor tao agradavel , he
ter-n os dado huma p in tura tao forte do modo de v ida dehum Cavalhe iro de Provin c ia n o re inado de H en r ique III.As des c ripcoes do seu palac io da sua l ivrar ia , das suas
Viagen s dos s eus diver t im en tos , da sua dieta , e ves t ido ,
s’
ao par t ic u larmen te agradaveis . M alebran che , e Pascal ,c en surarfio severa , e j us tamen te o seu scepticismo . Pedro
Charron con trahio huma am i zade mu ito e s tre ita com e l le ,
de sor te que M on tague permit tio-lhe n o seu tes tamen to
u sar das s uas armas . No seu Livro da Sabedor ia , publ icado em Bordeaux n o an n o de 1601 in ge rio hum gran
de n um ero dos sen t im en to s de M on tagn e . Es te t ratado foi
g randemen te c en surado po r mu i to s e scri tores da Fran qa c
par t icu larmen te por Garasse o Jesuita por causa da sua
l iberdade . Bayle n otou em Opposigao a e stes cen sores
que de cem mil le itore s_apenas s e ach
'
éo t res em qualquer seculo que estejao bem qualificados para julgarern
E9 2 1. E N S A I O S M O R A E S . 19
vaidade con s iste em j ogar os Cen tos , n a fama deNew—market e n a decisao de huma aposta.
O que fez (diz M on tagn e ou Charron mais sabio )ser O tho hum g uerre i ro Cromwell hum bu fao PAdorar h um Pr in c ipe perj u ro hum San to de chumbo;hum Regen te in ‘
credulo tremer de huma estrella hum
N o r n s .
dc hum l ivro em que as idéas de hum racioc in io exacto ,
e m etafisico es tio pos tas em opposicio as mai s comm uas
opinioe s . Pope servio-se de m uitas n o tas judic iosas de Charron de quem Bo l ingbroke e ra par t icu larmen te apaixon ado .
Q uem imaginar ia , pela ousadia do s sen t imen to s de
H obbes que e l le era n aturalmen te hum grande cobarde ?
W‘
A R r O N.
Van s . 89 . H um P rin cipe perjuro ] Lu iz XI. de Fran gat raz ia n o seu chapeo huma imagem de chumbo da Vir
gem M ar ia , pe la qual ” quando j u rava , receava quebrar o
juramen to . P.
VER S . 90. H um Rage/rte in cr edula t r emer dc huma es
t r ella Fi l ipe D uque de O rleas , R egen te n a m en or idadede Lu iz XV. s uperst icioso n a As trologia judic iar ia , ain
da que in credulo em toda a R eligiao .
O D uque de Orleas , a que aqui se allude era hum.
in c redu lo hum liber t in o e ao m esmo tempo as s im '
co
mo Bouran villiers ,
'
e Cardan , que calcularfio o n ascim en
t o de Jezu Chr i s t o , hurn‘
c rédulo fanatico em As trolo~
gia ju‘
dic iar ia ; ‘
dizem ser 0 author o que com tudo se‘
duvida de mu itas destas can t igas in significan tes n ugm'
can orae a que a lin goa e cos tumes da Fran ga parecem'
s er pecu l iarm en te adaptados . Co'
nheceo o genero human o .
Qu i con que e st san s hon n eur e t san s humeur es t um
court isan parfait era hum dos seus ditos validos. WART.»
C 11
20 M O R A L E S S AY S . EP . I .The thron e a Big ot keep, a Gen iu s qu it,Faithels s through P iety, and dup
’
d throughW’
it ?
Europe aWoman , Ch i ld,or D otard ru le,
And j ust her w i sest m on arch made a foolKn ow G O D and NATU R E on ly are~the same 95
In M an the j udgm en t shoots at flying gameA b ird of pas sage g on e as soon as foun dNow in the M oon perhaps, n ow un der groun d .
In vain the Sage, w ith retrospect ive eye,Wou ld from th
’
apparen tWhat con clude theWhy,I n fer the l‘v/Iotivé'from the D eed, and shew, 101
That what we chan c’
d wasWhat we mean t to do .
B ehold If Fortun e or a M istress frowns,Some plun ge in bu s ’n ess, others shave the ir crown sTo ease the Soul of on e oppress ive weight, 105
Th l s qu its an Empl re, that emb ro i ls a StateThe sam e adu st complex ion has impell ’dCharles to‘
the Con ven t, Ph ilip to the F ield .N O T A S.
VER S. 9 1. H um Fanatico sem fe'
a pazar da rurz pie.
dade con ser var o Tbron o bum Gem’
o r en un ciallo ,]F i l ipe V.
de H espan ha , que depo is de ter ren un c iado o Thron e
pela Religi’ao o torn ou a tomar para con descen der com
a Rain ha e Victor Amadeo II. R ei de Sardan ha que
r en un c iou a Coroa e procurando out ra vez apos sar-se
del la foi prezo até morrer .P
VER S . 9 5. D EO S e a NATUR EZA , ] N5O he muito
c laro o que prec isamen te quiz dizer por Natu reza fies ta
passagem. WARTON.
E 1» . EN S A I O S M O R A-
E S. 21
1
Fan at ico sem fé a pezar da sua p iedade con ser varo Tbron o hum Genio ren un c1allo illudido a pezar
do seu Talen to P H uma M ulher hum M en in o ou
hum Velho ton to governar a Europa em quan to 0seu mais sab io M on archa sé torn a hum Fatuo P
Sabei que soD EO S e a NATUR EZA sao sem
pre os m esmos o j u lgar do H omem he atirar 5 ca
ga n o ar h e hum passarode arribagao, apen as se vio
foi-se ora talvez . esté n a lua, ora deba1xo da terra.
D ebalde o sab io olhan do para o passado que
reria pelo que apparece con clu ir o porque in ferir o
m ot ivo da . acgao e mostrar que o que casualmen tefizemos , he o que in ten tavamos fazer . Observai 2)
Se a fortun a he adversa , ou a Aman te , hun s se
en tregaor
a n egoc ios , outros abrem ton sura. Paraaliviar a alma de
‘
algum peso que aopprime dei
Xa este hum Imper io , pertu rba aquelle hum Estadoa m esma compleicao adu sta arrastou Carlos para.o Con ven to e Filipe para a campan ha.
N O T A S.VER S . 107 . A mesma compleiga
'
o adusfa ar rastou Car los
para o Con ven to e Filipe para a rampart/9m ] Fi l ipe IIe ra de huma com
’
pleicao atrabi l iar ia.D er ivou-a de sen par
Carlos V . cuja saude diz'
em os H 1storladore s da sua vi
da se desordenava frequen tem en te com febres bi l io sas .M as o que he m ais ext raordinar io a me smacompleicao
1150 so 05 exciton por difl'
eren te modo mas fe z com que
cada . hum obrasse con trario ao seu character ; Carlos
22 M O R A L E S S A Y S .Not always Act ion s shew the man we find
Who does a kin dn es s, is n ot therefore k in dPerhaps Prosper ity becalm ’
d his breastPerhaps theWin d just sh ifted from the eastNot therefore humb le he who seeks retreat,Pr ide gu ides his steps, and b ids him shun the GreatWho combat s b ravely, is n ot therefore brave, 115
H e d reads a death-bed like the"
mean est slaveWho reason s w isely is n ot therefore w ise,H is pr ide in R eas
’
ning , n ot in Actin g l ies .
But gran t that Action s best d iscover man
Take the m os t ' stron g, and sort then as you can . 120
The few that glare each character mu st mark,Y ou balan ce n ot the m any l n the dark .What w i ll you do w ith such as d isagree PSuppress them or miscall them Policy PM ust then at on ce (the character to save ) 125
The plain rough H ero tu rn a crafty Kn ave PAlas in tru th the m an but chan g
’
d his m in d,Perhaps was sick, in love, or had n ot d in ’d .
N o r a s .
que era hum homem act ivo , re tirou-se para hum Con
ven to ; F i l ipe que era homem de gabin ete deo a ba
talha de St . Q u in t in o . W.
Tudo quan to quize rmos saber do character des te Im
perador , se pode apprender da H istor ia admiravel de
Robert so n .
Van s . 127 . A6 ! Cer tamen te ] Para a dest ruicao de
hum R emo diz hum hom em de j u izo ,n ada mais se
r equcr as vez es do que huma ma'
. diges tao do pr ime iroM in istro.” O Gréo Senhor ofl
‘
creceo-se a soccorrer a H en
24s M O R A L E S S A Y -S. Era ] .
Ask‘
why from B r itain Caesar would retreat PCaesar h imself m ight wh isper he was beat .Why r isk the world’s great empire for a Pu n k PCmsar perhaps m ight an swer he was drunk .
N O T A S .
morada simuladamen t e a filha do Conde juliao in trodu
zio os Sarracen os em ~H espanha. H e em hon ra de m u itosgrandes succes sos e gran des famil ias que as s uas o ri
gen s se devem occultar . Bayle n os s eus Pen sam en tos so ,
bre o Com eta , t om . 2 . p. 2 14. colligio hum n um ero
'
de
exemplos dive rt ido s para confirmar e sta verdade : Quec audalosos rios que desolio ou fert i l izao gran des pedacosde terra
fi
, n ascem as vez es de huma fon te pequen a e suja.
”
O uvi o s sen t im en tos de hum qu e conheceo bem a
v ida e 08 n egoc ios . Freqflen tem en te m e certificarao
diz Sw ift que a pol it ica 1150 he senio o sen so com,
m um ; o que sen do a u n ica verdade que m e dis ser’
ao
por is so m esm o e ra 21 u n ica cousa, que desejariao eu nao
accreditasse . Sei de certo , por homen s de longa prat ican o s n egoc ios que os \ s egredos de huma Cor te sao m u itom en os do que geralmen t e se suppoem ; e r eputo por
m aior segr edo de huma Gorte , o serem as s im . Poder iaproduz ir in n umeraveis exemplos s egun do a m in ha m e
mor ia e observacao de succes sos imputados a profun das cien cia e dest reza de hum M in ist ro que n a real idadeou forao me ro e ffeito. da n egl igen c ia ,
Jfraqueza hum or
paix'
ao ou s oberba ; ou quando m u ito o cu rso n atu ral
das cousas de ixadas a sim esmas . Pen samen tos l ivres doEs tado dos Negocios ,What was the cause of t he Reformat ion in En glan dWhen Love cou ld teach a m on arch to b e w ise ,
An d Gofpel- t ru th fi rst dawu ’
d from B ul len ’
s eyes ?
M as Burn et s er iam en te s e can ca em provar , que o Rei
t i nha e scrupulo s de con sc ien c ia por ter casado com a viu
yadc sen irm‘
ao. D izem que o primeiro desgosto , QUE?
ENSAI O S '
M O R AE S. as
n amorado ou sem jan tar . Pergun tais porque se re
t irou Cezar da Bretanha P .
0mesmo Cezar vos dir iaao ouvido que fora bat ido. Porque arris cou por huma M eretr iz o gran de Imper io do M un do P R aspou
N O T A S
C ezar deo aos Romanos fora por se nao levan tar do seu
as sen to para receber huma deputacéo do Sen ado o que
nao podia arr iscar-se a fazer n aquelle m omen ta , achando-v
se atacado de huma de s in ter ia o que e l les in terpre taraocomo hum s inal de altiveza , e hum ar de t iran ia , que fi
n alm en te causou o seu assass in o . VVA RTO N .
VER S . 129 . Perg un ta‘
z
’
rfi porque re r eiz'
r ou Cez ar ] Nas pri
m eiras Ediccoes o e verso e s tavao as s imThe m ighty C zar what mov
’
d to wed a Pun k ?
The m ighty Czar wou ld te l l you he was drun k .
M as forio alterados como se v6 ac ima ; e para peor .
H e de adm irar que ou os seus doutos am igosde ixas se de saber que a embrieguez nao e ra hum dos vi
cios de Cezar . Suetonio diz V in i parcis simum n e ini
m 1cr qmdem n egaverun t .” Verbum M . Catom s e st Un um
ex om n ibu s Caesarern ad everten dam rempublicam sobrium
acces sisse . Vit . D . Ju l ius Caesar Ses sao 53. Aaron H il l,n as suas cartas diz que pos su ia algun s documen tos au
then tico s que redun dariao em hon ra do Czar por faz er
e s te cazamen to com Cathar ina e collocari‘
ao e s ta parte
da sua con du ta que a m al ic ia de algumas gran des Cort es da Europa tem procurado represen tar mal em outro
m ui hon ro so pon to’
de vista. WAR TON.
VER S . 130. O mesmo Cezar aos a’ir za] C ezar e sc reveo os
seus Commen far z'
os aimitacao dos Generaes G regos para eu
t er tenim en to do m undo : mas s e o seu am igo lhe t ive s sepe rgun tado ao ouvido a razao de tio repen t in a ret irada da.Bretanha depois de tan tas pe rtendidas victor ias t eriamos
m ot ivo de su spe itar até pe la asua propr ia r élaqao desta
mater ia ,[
de que diria em seg r edo que fé'
ra batido . W .
VERS. 131. Porque ar riscou par huma M eret riz a g ram
D
26 M O R A L E S SAY S. Er . I .But, sage h i stor ian s ’
tis you r task to proveO n e act ion Conduct ; on e, hero ic Love .
’
Tis from h igh Life, high Characters are drawnA Sain t in Crape is tw ice a Sain t in Lawn 136
A Judge is j u st, a Chan c’
lor j u ster st i llA G ownman , learn
’
d a B ishop, what you w illWise, if a M inister but,
'
if a King,M ore w ise, more learn
’
d, more ju st,more ev ’ry th ing .Cou rt-V irtues bear like Gem s, the h ighest rate, 141Born where H eav
’
n’
s in fluen ce scarce can pen etrateIn l i fe ’
s low vale, the so il the Virtues l ike,They please as beauties, here as won ders str ike .
N o r a s .
de Imperio do M anda P'
l D epo is da batalha de Pharsaliapro
’
seguio Cezar o seu mimigo ate'
Alexandr ia , onde se en
fatuou com o s en cl
an tos de C leopatra e em lugar de adiant ar as suas ven tagen s e diss ipar as re l iqu ias da con ten da
de Phar sal ia gran geou para si depo i s de ter e scapado dif
ficultosam en te a'
vio lencia de huma plebe raivosa huma
guerra de sn eces saria em occasiao em que as suas armas
e rao mais prec i sas em out ra par te . W.
VE R S . 133. P or e’
m rabies H is toriadorer Z] Sion pou
vait diz hum talen to sagaz con fron ter Sueton e avec
les vale ts de chambre de s douze Cezars pen se-t-on qu
’
ils
seraien t toujours d’
accord avec luiP-M allebran che a cet
egard avait raison de dire qu’i l n e faisait pas p lu s de cas
‘
de I’
H istoire que de s n ouvel les de son quart ie r .
” WA R T .VEn s . 135 . H e pelo: g rander empr eg os Copiado de Boi
leau v. 203. Sat .8 WAR T .Van s . 137 . H um 7az
°
z be r ecto bum C/zan eeller ainda
mais ; bum Ecclesiartz'
eo be douto bum Bispo a que qui
z er a’es Cada profis sao e s taaqu i igualmen te m et ida a ri
diculo mas nao com igual just ica. O Letrado n o Faro
E r . I . ENS'
AJ O S M O R AE S.
deria talvez que estava embrieg ado . Porém sab iosH i storiadores he obrigaga
’
io vossa provar que humaaccao foisabedoria a outra amor hero ico .
H e pelos gran des Empreg os que tragamos os
grandes characteres hum San to com o Crepe , he
duas vezes San to com o Ro quete hum Jn iz he rectoh um Chan celler ainda mais ; hum Ecclesias tico hedouto hum Bispo o que qu l zerdes ! H umM inistro hesab io ; mas s e he hum R ei, he
‘
mais sabio , mais'
douto ,
mais j usto e mais tudo quan to ha. As virtude s da.Corte , como as pedras prec iosas , tern mais subidovalor ; n asc
'
em on de apen as pride pen etrar a in fluencia do Ceo . Na vida m ed ioc re as virtudes ag radaocomo bellezas mas acolzifazem impres sao , como
N o r a s .
advoga indifl'
ere n temen tc o ju sto e o inju s to . Como 7‘q
he 0 mais z e loso patron o in ves t igador da verdade . O Tbea
log o pe lo con t rar io em quan to es ta n a vida part icu larcon su lta som en te a hon ra da sua R eligiao ; m as quan do he
promovido a publ ica so cu ida em‘
que o M inister m’
io
s eja cen s uraa’o. D e que procede es ta differenca P Nao das
suas proprias disposicoes mas das dos tempos em guc a
7am“. se suppoem n ece ssar iaa Soc iedade c iv i l e a Re
lig z'
a'
o 1150 de s em e lhan te u so . Por isso o Le t rado , quan
do en tra n a M agist ratura se un e in var iave lmen te ao D ire ito ;e o Ecc les ias t ico em Au thoridade deve naoo ffender . W.
VE R S . 141. A: vir tudes da Corie come as pea’ras pre
‘
t iaras e tc .] Toda e sta reflexao , e a comparacio de
que se
'
serve para a susten tar tem gran de de l icadeza do
r idicu lo , jun to a todos os en can tos do Engenho e da‘Poes ia.
28 M O R A L E S SAY S.
Tho’
the same sun w ith all-diffusive raysB lu sh in the R ose, an d in the D i
’
monde blaze,We pr ize the stron g er effort of his pow ’
r,
And ju st ly set the Gem above the F low ’
r .
’
Tis Edu cat ion form s the common m in dJu st as the Tw ig is ben t, the Tree ’
s in clin d . 150
Boastfu l an d rough,you r first Son is a ’
Squ ireThe n ext a Tradesman , meek, an dmu ch a l iarTom struts a Soldier, open , bold, and b raveWi ll sn eaks a '
Scriv’
n er, an exceed in g kn ave 154
Is h e a Churchman P then he ’
s fond of pow’
r
A Q uaker P sly A Presbyterian P sou r :
A smart Ff ee-thin ke r P all th ings in an hou r .
Ask m en’
s Opinion s Scoto n ow shall tell
H ow trade in creases,~ and the world g oes wellStr ike off his Pen s ion , by the seting sun ,
And Br itain, if n ot‘
Europe, is un don e .
N o r a s .
’
V £ R s . 151. Pr er umz
'
a’o e g ras sez
’
roj Quan to conhec im en to da v ida , cos tum e s e charac teres , s e e n con t ra n os
o n ze versos segu i n tes ! N50 devemo s attribuir tan to apo
dero sa influen cia da educaqao somen te como faz H e lvecio n o s eu capr ichoso T ratado de L
’
Esprit que imagin e ,
e atfirma que ,todos os homen s n ascem com iguacs talen‘
tos e que un icam en te a educacao cau sa alguma differenca ou super ior idade em diversos hom en s . H e 0 espir itocommum que s e ié rma pe la educacao ; que nao tem o
m e smo effeito n os e sPirito s em que a n atu reza e con s
tituic'
éo im primirfio profundos e fortes s in aes de hum ge
,n io or iginal. Nio ‘
podemos de ixar de lamen tar , que G ray1150 con cluisse o des ign io que esbogou de hum En saio
a.1. ENSA l-O S M O R AES. 29
maravilhas . Ain da que o mesmo Sol , espalhan do todos os seus raios se torn e verm elho n a rosa e br ilhen o diaman te estimamos o in ais forte esforco do seu
poder , e prefer imos j ustamen te a pedra prec iosaaflor .
H e a Edu'
cacao que forma '
a alma vulgar
con forme s e’ ‘dobra a Vergon tea , se in clina a Ar
vore . O vosso filho mais velho he hum M orgadopresum ido e g rosseiro o segun do hum M ercadorsubm isso e muito men t iroso Thomaz soldado , mar
cha den odado fran co e bravo Gu ilherme Eser i-lvao , efin o velhaco , se humilha. H e Ecclesiastico PSe
r tiamigode poder . Q uaker ? Astuto . Presbyterian o P
Aspero . Esp irito forte ? Tudo nYhuma hora.
Con su ltai as Opinioes dos homen s Scoto vos d iré agora quan to o commerc io florece e o mun dovai
‘
bem ; tirai-lhe de tarde a sua pen sao , a Euro
pa ou ao menos a In glaterra , estaperdida.N o r ri s .
sobre aAllianca da Educag'éo e Govern o que pelos exem
plos que achamos n a s ua vida (pag . 193 ) serao sem
duvidahuma obra pr ima da poes ia didactica. WARTON.
V‘E RS . 156. P r eréiterian o P ima m ] Se pergun tarmos
porque razio o s Theo logos P r erfiiter z’an ar do character pu
r itan o , t ern m ais satisfagéo n os seus sermoes , e dis eur
s os em c itar o Testamehta Veléa'
, do qu e 0“Nova ; dir
se-ha que o seu temperam en to t ris te e azedo acha mais
con solacao n os t errores do D eo s de Israe l ; e a sua vai
dade se sat isfaz mais em ter , com o os Judeos hum D eos
para si.
Isto nao he applicavel ao presen te modo de pregar ,
p sado pelos‘
m in istros diss iden tes. WARTON.
30 M O R A L E S S AY S. EP . I.
That gay Free-th in ker, a fin e talker on ce,
What turn s him n ow a stup i d s ilent dun ce PSome God, or Spir it he has lately foun dO r chan o’d to m eet a M in ister that frown (1.
Judge we byNature P H ab it can efl'
ace,
In t’
rest o’
ercome, or Policy take placeBy Act ion s P those U n certain ty d iv idesBy Pas s ion s P these D i s simulation h idesOpin ion s P they still take a w ider rangeF in d, ifyou can , in what you can n ot change .
N o r a s .
VERS. 164, 165. Algum D eos , ou Espir z'
ta aebou ulti.
inamen te ; ou par acaro en con t r ou algum M in isfr o a'e Es ta
do que [be mostr ou remblan te car regadol] D esgraqas as maisin esperadas por serem as que mais procuravao evitar os
Espiritos forte‘
s com as s uas erpeeulagb'
er e pratica. O Poe.
ta allude aqu i a opiniao clas s ica dos an t igos de que a su
b ita visiio de hum D eos t irava repen t in am en te a fal la ao
irrreveren te observador'
. Esten deo un icamen te hum pouco
o con ce ito e suppoz que os terrores de huma D ivin a’
a
a; da Cor te produziao o m esmo effeito em hum destes de
voto s adoradores . SC R IBL.
VER S . 166. Julgaz’
s pela indole P] Achamos aqu i n o intervallo de o ito regras ,
huma anatom ia da n atureza hu
man a ; mais sen so, e observacao nao se p6de comprehen
der e in c lu ir em hum e spaco mais estre ito . Es ta passa
gem p6de-se expl icar com hum exten so commen tar io e
reduz ir a hum sys tema con cern en te ao conhec im en to do
m undo. Parece haver aqu i fal ta de exacc'
ao n o uso do ulf
timo verbo ; 0 natural temperamen to por n enhum m odo
se muda repen t inamen te on se altera com a mudan ca
do c l ima ainda que os humores certamen te 550 or ig inalrn cute formados por elle. Influen ced by,
”seria huma
32 M O R A L E S S AY S. Er . I .M an n ers w ith Fortun es,H umours turn w ith Climes,
Ten ets w ith Books, an d Pr in c iples w ith Times .
Search then the R ULING PASSION There alon e,TheWild are con stan t and the Cun n in g known 175
N O T A S Q’
VE RS. 17 2 . Or costumer maa’éa cam a: for tan ar .] H a por
ven tura out ros dou s verso s em H oracio , e Bo i leau tio
che ios de hum v igoroso sen so,tao sol idos e abun dan
t es de m ater ia como e s tes dous do nos so Au thor ? T e
n ho-m e diver t ido mu itas veze s em pe n sar , que e spec ie deM ag istrados forio D an te e M on taign e quando o pri
m e iro era M ayre de Florenca , e o segundo de Bourdeaux.
O s seu s cos tume s mudara'
o com o s seus emprego s P WART .VER S . 174. APaixao D omin an te.] D ou s em in en te s e sc ri
t ores cen suraréo a n ocao do n osso ~Au thor ,de huma Pai
xao D om in an t e M r . H ar r is e 0 D r . John son : 0 p ri
m e iro diz H um fal la de huma paixao u n iversal ; co
rno s e todas as paixc’
ise nao fos sem un iversaes. O outro da
Paixao D om in an te ; e da'
a en ten der sem o conhecer
c ertas opinifies dom in an tes . As s im quando a espec iosa men
tira toma a l ira ,
' ficamos en can tados com a m us ica e a.
ven eramos como se fo s se a verdade.
”
C orn razao diz John son s e péde duvidarque e xis ta alguma paixao in n ata e irresis tivel. O s chara
c tere s human os 1150 550 de n enhuma sorte con stan te s ; o s
hom en s mudao com a mudanga do lugar , da fortuna ,
’
da
am izade ; aquelle que em huma occasiio he apaixon ado deprazeres em ou t ra 0 he do dinhe iro. O s que con seguem
n a ve rdade alguma exc ellen cia commummen te gas tao a vi
da em hum un ico fim ; por que a excellen cia nao se ad.
quire mu itas vezes por termos os mais faceis ; porém os
Er . I. ENSA I O S M O R AE S. 33
O s costumes mudao com as fortu n e s ; os temperamen tos com 03 c l imas ; os sen timen tos com 08 li
vros ; e 05 pr in c ipios com o tempo .
Averiguai po is a PAIXZio D O M INANTE Z S6 n es
ta os in con stan tes sao firmes os astutos conhec idos ;N o
'r a s .
homen s in clinao-se aparticu lar espec ie de excellen cra nao
por algum plan eta s uper io r , e u hum or p redom inan te mas
pelo pr im e iro l ivro que le rao po r alguma an teceden te co n
ve rsacae que ouvire‘
ro ou por algum acc ident e que cxc itou ardor )
, e em u lacio .
“ P6de-se con ceder ao men os que es ta. paixao dom in an te an teceden te a razao e a observac
’
ao deve t er hum
obje c to in dependen te da industr ia human a ; /porque n ao po
de haver aqui de sejo natural de hum bem art ific ial . Ne
nhum homem por is so pode n ascer n a mai s r‘igorosa ac
cepcao apaixon ado de d inhe iro po i s p6de n as cer oraclen
'
zio ex is ta dinhe iro : n em tambem pode n ascer , em sen t ido m oral , com o amador do seu paiz ; porque a socieda
de regu lada po l it icam en te he hum e s tado difl'
e rerite/
do
e s tado da n atureza ; e qualquer attencao a e sta un iao de mt ere s se s que faz
z a fel ic idade de hum paiz he so pos s ivel aquelle s a quem o exame .e a reflexao habilitarao pat a a com prehen der.
“ Esta dout r in a he em sim esma pern ic iosa e fal saencamin hae se a produzir a c renca de huma e spec ie de predestin acao moral
,ou de prin c ip io dom in an te a que se
nao pode re s ist ir o que o admit tir e sta. dis’
posto a con
de scender corn todos o s desejos que o capr icho ou a oc .
casiao bajao de exc itar e a‘
lisongeapse de
‘que somen te
E
34 M O R A L E S S AY S.
The Fool con s i sten t, an d the False s in cere ;Priests, Pr i n ces, Wom en , n o D is semblers here .
Th i s c lu'
e on ce fou n d, u n ravels all the rest,
The prospect clears, an dWH AR’
I‘
ON stan ds con fest .Wharton , the s corn and won der of our days, 180
Whose R u l i n g Pas sion was the Lu st of Prai seBorn with whate ’
er could win it from the Wi se,Women an d Fools mu st l ikehim
,or he d ies
Tho’
wond’
rin g Sen ates hu n g on all he spoke,The Club m u st hail him master of the j oke . 185
Shall part s so var iou s aim at n oth in g n ew P
H e’
ll shin e a Tully an d aW’ ilmot too
Then turn s repen tan t, an d his God adores
Wi th the sam e spirit that he dr in k s an d whoresEn ough,
if all arou n d him but admire,An d n ow the Pun k applaud, an d n ow the Fryer .
Thus w i th each gift of n ature and of art,
An d wan tin g n othin g but an hon est heartG rown all to all, from n o on e V ice exemptAn d most con tempt ib le to shun con tempt ;
N O T A S .
s e suje i ta ao legit imo dom in io da n atureza em obede'
cer
51 au thoridade irre sis tivel da sua Paixao D om inan te .
Pope formou a sua theo r ia com 150 pouca scien cia ,
que corn os exemplos com que a i l lu st ra e confirma
con fundio as paixoe s os ape t ites e 05 habitos .
Acc re ssen tarei, que a expre s sao Paixao D om inan te ,
foi prime i ram en te u sada por Roscommon . M ede quan to se
at t r ibue ao s effeitos de huma paixao dom in an te . En saios obre o H om em Ep is tola II. v e r s . 132 . WA RTO N.
VER S . 177 . So'
n er'ta m'
io diu imulaa’
or a: Sarera’o
1. EN S'
A I O S 1110111111 8. 35'
o I
05 fatuos coheren tes e 05 fals os s 1n ceros so n esta1150 $50 d is simu lados os Sacerdotes , os Pr in c ipes ,
as M olheres . Achada huma vez esta gu ia des
en volve- se tudo o mais ; a vista se aclara , eWHARTON fica con hec ido . Wharton o de sprezo , e pasm o
dos n os sos dias , cuja Paixao ‘
D om inan te era 0 de
s ej o do louvor : n ascen do com quan to era preciso
para o con seg uir dos sab ios , quer ia an tes morrer , quenao ser estim ado das M olheres e do s Fatuos ; ain daque os Sen adores ficas sem pasmados e su spen sos
quan do fallava , perten dia tambem , que 0 club 0 t ives se por m estre das joeosidades . Q ual idades tao diversas nao aspirao a alguma cou sa n ova.PQ uer brilharc om o hum Tu ll io , e tambem com o humWilmot . D epo is arrepen de-se , e adora o s eu D eos , pelo mesmo
pr in c ipio porque se’
en trega ao vinho e as m eretri—iz es ; sat i sfaz-se com que todos os que o cercao
'
, 0 ad;
mirem e
'
ora o applauda huma M eretriz ora hum
F rade . As sim com todos os dotes da n atureza e da.
arte , nao lhe faltandO'
mais que hum corac’
a'
o hon es
st o com disposmao para tudo ,sem ser isen to de v icio
algum"
; e bem despresivel para escapar ao desprezoN o T A s.
t es or P r z'
m'
z
'
pes as M olloer erj In s in uando que humcipio commum a per tenga
'
o a’
o P eder dzi huma con for
midade de con ducta ao s°
characteres mais distan tes en
differen tes.
VER s . 187. Joio Wilmot , Con de de Roche ster , fam o~
so pe lo seu engenho , e extravagan c ias n o tempo de Car
108 II.
lin k s . 190. Saliifaz-se com que todas es que o rereéa'
,
"
E 11
36 M O R AL E S SAY S. Ep . 1.
H is Pass ion st i ll, to covet gen ’
ral praise,H is Life, to forfeit it a thou sand waysA con stan t Boun ty wh ich n o frien d has madeAn an g el Ton gue, wh ich n o man can persuadeA F001, w ith m ore ofWit than half man kin d, 200
Too rash for Thought, for Action too refin ’
d
A Tyran t to the w i fe his heart approvesA R ebel tho the very king he love sH e dies, s ad out-cast of each church an d state,An d, harder st ill flagitiou s, yet n ot g reat . 205
Ask you whyWharton b roke thro ’
ev’
ry r u le P”Iwas all for fear the Kn ave s shou ld call him fool .
N O T A S .
o O que hum habi l es cr itor Fran cez observa de Alcibiades pode-se ju stam en te applicar a e s te Ca
valheiro .“ C e n
’
étoit pas ambiiieux m ais un homm e vain ,
qui vouloit fair du bru it e t occuper le s Athenie n s . Il
avo ir I’erpr z't d’
un gran d homm e ; mais son ame ,don t le s
r es sor t s amo l l is é toin t deven u s in capables d’
un e app l icat ionc on s tan te n e pon voit s
’
elever an grand , que par boutade
J’
ai bien de la pe in e acro ire qu’
un homm e assez souplep our étre a Spar te aus s i dur e t auss i Sevére , qu
’
un Spar
tiate ; dans l ’ Ion ic aus s i recherché dan s s es plais i r s, qu ’
un
Ion ien , &c . fut pr opre afaire un grand homme .
” W .
V ER S . 2oo . Fatuo com mais talen to,] A loueura un ida
ao m u i to talen to produz e s te procedim en to que chamam os
nas ara’o ; e es te absurdo descreveo aq u i adm irave lmen te o
Poeta n as palavras “ As sas arrebatado para discorrer as
sas subt i l para obrar . Pe las quaes n os (la. a en tende r , que
a pessoa descr ita l ison j eava a sua fan tas ia quando u sava
do seu j u izo ; e pro seguia as suas especulacée s quan do
confiava n a sua exper ien c ia. W .
V E R S . 205 . E a que ain da be pear , come bum malvaa’o
e sem rer g rande ] Para chegar hum homem perverso
EP . I. E N SA I O S‘
M O R AE S. 37
sen do a sua u n i ca P aixao cobigar o louvor geral mas
v iven do de sorte , que o perdia por mil modos de hu
ma Bondade con stan te sem lhe con c il iar hum soami
g o ; de huma lin goa an gel ica s em persuad ir a nin guem;fatuo com mais talen to , que m etade dos homen s , as
sés arrebatado para di scorrer as sa'
s subtil para obrar ,
t iran o a respe ito da molher que o seu corag'
e'
io est ima
r ebelde para o mesmo R ei, a quem ama morre , in
fel iz ,de sterrado de todas as Igrejas e Estados e o
que he peor , com o hum malvado , e sem ser g ran de .
Pergun tais porqueWharton in frin gio todas as reg rasPPelo receio de que os Velhacos o chamassem Fatuo.
N O T A S .
10 a que o mundo chama GRAND EZ A ou hade esconder ,
e occultar o s seu s vic ios ou des cuber ta‘
, e firm emen te pra
ticallos com o in te ‘
n to de con segu ir algum impor tan te fim .
Es te in fe l iz Nobre n em fez huma, n em ou tra cou sa. W.
VER S . 206. P ergun tais porque WZJ/ar ton] “Este celebrePar diz Lord O xfo rd “
como Buckingham e Roches
t er , an im ou todos o s homen s s eryis , e estupidos , desper
dicando a mais br i lhan te profu sfro das suas qual idades em
lou curas ext ravagan tes sen sual idades e outras cou sas que
podiao m is turar as gracas com 0 grande character , mas
n un ca compor hum . Se Ju l io C ezar se t ive s se sémen te de
pravado corn Cat i l ina n un ca ter ia s ido Imperador do Uni
verso. Na verdade 0 D uijue de Whar ton nao era fe ito pa
ra a con qu is ta n em tambem form ado para s er reco lhidoa Round-hou se n em para combater em Phar sal ia. Emhuma das duas can t igas z ombou da sua propr ia fal ta de he
R ound-beau casa ou pr izio on de m e tem os vaga
bundo s e os que arm'
rio bu lhas pe las ruas pr in c ipalm en te
de n oit e para o s pas sarem ao depois para a cadea publ ica,
o n levarem dian te do ju iz .
38 M O R A L E S S AY S. Er . 1
Nature well kn own , n o prodigies remain ;Come ts are regu lar, andWHAR TON plain .
Y et, in th i s search, the w i sest maym istake,If second qualities for first they take .
When “
Cat lline by rapin e swell’
dv his storeWhen Cae sar made a n oble dame a whore
N O T A S .
roism o ; e em ou tra que fez s endo prezo pela guarda
do Parque de St . Jam es por can tar a aria Jacobita “ The
King shal l have his ow n again e s tava e sc r ito o segu in teThe duke he drew ou t half his sword,
The guard drew out the res t .”
As suas levezas engen ho e fal ta de pr in c ipios a sua
eloquenma e aven turas sao bem con hec idas para serem re
c ap itu ladas . Sem affeic'
ao a n en hum par t ido po s to que com
talen tos /para govern ar qualquer e s te hom em vivo,t rocou
0 ar l ivre de We s tm in s ter pelo sombr io do Escur ial a e spe
ranca da ordem da Garrothea d’
ElR eiJorge pe la do Pe rte nden te e com indifferen qa a todas as R e ligié es e s te
Lord capr icho so true t in ha esc r i to a can t iga sobre o Arce
b ispo de Can tuaria, m orreo corn 0habito de hum Capuchin ho.H e difficil dar huma n o t ic ia das O bras de hum homem
tio'
azOugado cuja l ivrar ia era huma taverna e as m o lher e s pros t itu tas as s uas M usas . M il rasgo s da sua imagin acao
s e perde rao talvez n em e screv eo n em obrou por cau sa da
fama. H a dous vo lum es em o itavo in t itu lado s a Sua Vidae Es cr ito s dos quae s o s egundo nao con tém senio “
seten ta e
quat ro n um eros de hum pape l per iodico chamado 0 Ve rda
de iro Britao e a sua ce lebre Fal la n a Camara dos Lords
n a terce ira vez que se leo 0 bi l l para se imporem pen as
e m u l tas ao Lord Fran c isco B ispo de Roche s te r em 15
de M aio de H e huma an ecdota n otavel con cer
n en te a e sta fal la que Sua Excellen cia em opposicio en tao
aC orte foi a Che l sea n o dia an teceden te ao u l t imo debate
sobre o n ego cio deste Prelado ondc mostrando-se con trito
440 M O R A L E S SAY S. EP . I.
In th is the Lust, in that the Avar iceWere mean s, n ot en ds Amb ition was the v ice . 215
That very Caesar born in Sc ip io ’
s days,H ad aim
’
d l ike him, by Chastity at prai se .
Lucullus, when Frugality cou ld charm,
H ad roasted turn ips in the Sab in e farm .
In vain th ’
ob server eyes the bu i lder ’
s toil,But qu ite m istakes the scaffold for the p ile .
In this on e Pas s ion man can streng th enj oy,As F its give vig our, just when they destroy .Time, that on all thl ng s lays his len ien t han d,1Y et tames n ot th is ; it s t icks to our last san d . 225
N O T A S .
aman te tie seu filho morto pelas miios do seu propr io filho‘
que talvez e sperava apagar es ta su spe ita da sua bastardia pore s ta m esma accao ! O s h is tor iadore s deixarfio de n o s in fo r
m ar da sorte de sta mais in fe l iz aman te e mai. Nada s er iam ais in tere s san te do que a h is tor ia de Servi l ia depo is de s tes ucce s so . Abaixo de C leopatra , e ra a mai s amada de todas
as am igas de Cezar ; e diz Sue tonio que es te lhe comprara
h uma jo ia pe lo preco de 502000 1. WA‘ R TO N.
Van s . 2 14. Nes te a eon capz'
reen ez’
a A m esm a paixao ex
c itou a R iche l ieu a levan tar hum dique em Roche l le e a dis
pu tar a palma da poes ia com Corn e il le des ac reditallo e ra 0
m eio mai s segu ro de gan har o affecto de ste ambic ioso M in ist ro que at é formou 0 des ign io de ser can on i zado como hum
San to . Pe rfe ito con t raste do character do Cardeal Fleury ,
q ue m ostrou s er po s sivel governar humgrande Es tado corn
qual idades m ode radas e hum tempe ram en to brando. O seu
M in is ter io es ta repre sen tado imparc ialmen te por Vo ltairen o Secu lo de Lu iz XIV. WA RTO N .
VE R S . 2 15 . A anzbz'
gaV
o era 0m eio.)A Soberéa a Vaid’a
de , e a amaze , sao v icios tao proximos c viz inhos , e
E'
N SA I o s M on -AE S. 41
b re D ama huma m eretr iz n este a concupiscen c ian aque lle a ava‘
reza forao os m e ios 1150 os fin s ; a
ambiga'
o era 0 v icio . Este m esmo Cezar , n ascido n o
tempo de Scipiio asp irar ia com o e lle ao lou
vor por m e io da castidade e Lu cullo quan do afrugal idade en can tava as saria n abos n a Q u in ta Sab in a.
*Em veio olha o ob servador para a obra do arquitecto se torn a e rradamen te o an dame pelo edificw .
H e n esta un ica paii o , que o homem pode m os
t rar a sua forga aman eira dos acces sos dé febreque dao vigor , ainda quan do destroem . O tempo ,
que tudo‘
adoca com a sua ma'
o , 1150 he capaz de a do
mar ; ella perman ece até o u lt imo lustante . Con stanN O T A S .
un em-se tan to em commum que geralm en te os en con tra
m o s j un tos e po r is so em ge ral tomam os erradam en re hum
por outro . Is to nao con t ribue pouco para con fundir o s n o ssos
characteres porque n a real idade 350 mm diffe ren t e s e dis
tin c tos de t al sor te que he de n e tar que o s t res maiores hom en s de R oma, e con temporan eo s pos suirao cada huma de s tas
paixoes separadam en te com mu i to pouca m is tura das out rasduas o s hom en s de quem fal lo forao Cez ar Catao e
C ice ro : porque Ce zar t in ha ambiea'
a sem vaidade o n so
berba ; Catao s ober éa s em ambic’
ao n em vaidade ; e Cic
c ero oaia’aa
’e , sem soberba ,
n em ambicao . O s fin s des tas
paixc’
ies sao tambem m uidifleren tes . A VA I DAD E con duz os
hom en s como a C icero a procurar a hom en agem dos ou
t ro s a SO BER BA como a Catao a pro curar a hom em
gem de sim esm o e a AM BIQKO como n o caso de C ezar
a dispen salla em todos por cau sa do so l ido in teres se . W .
VE R S . 2 25 . Ella perman ece are e ulz‘z'
mo in s tan te ]“ M . de
Lagnym ouru t le 12 Abr i l 1734. D an s le s derniersgm om en s
on 11n e con noissoit plus aucun de ceux qui ctmen t autour ale
F
42 M O R A L E S SAY S. Er . I .Con s isten t in ou r foll ies and ou r s in s,H ere hon est Nature ends as she begin s .
O ld Politic ian s chew on w isdom past,And totter on in bus
’
n es s to the last ;As weak, as earn est ; an d as grave ly out,As sober Lan esb
’
row dan c ing in the g out .Beho ld a rev
’
rend s i re, whom wan t of graceH as made the father of a n ameles s race,
Shov’
d from the wall perhaps, or rudely pres s ’dBy his own son , that pas ses by unbless ’d
N o r a s .
son lit quelqu’
un pour faire un e exper ien ce ph ilosophiques’
avisa de luidemander que l étoit le quarré de douz e : 11repondit claims 1’ in s tan t, e t apparemen t san s savoir qu ’i l repondit,cen t quaran te quatre .
” Fon ten . Blog . de M . de Lag ny.WAR’
r .
VER S . 2 28 . Os P oliticos e el/90s] A forca ,e con tin uacio
daquillo , a que o n osso Author chama Paixao D om in ant e sobre 0 que veja-se o ver so 174 e as n otas estafor
t em en te exemplificada n es tes o ito characteres ; a saber , o
Po l it ico o D is so luto o Gultao o Econ om ico o Namo
rado 0 Cor tezio o Avaren to e o Pat r iota. D e stes cha
r acteres o s mais vivos por serem os mais dramaticos , 550
o qu in to e o‘
se t imo . En con tra- se tambem m u ita jovialidade n as c ircun stan c ias da frugal C ron e que apagou huma
das ve las ben tas em ordem a preven ir que se gastasse . Atre
v er-m e-hei a apon tar m ais hum ou dous e xemp lo s ? A.
hum velho m surario e stando n a ult ima agon ia apresen tou
lhe o Sacerdo te hum C rucifixo . Abr io 05 011108 n o mom en
to an tes de e sp irar at ten tamen te os fitou n e l le e excla
m ou“ Estas pedras sao fal sas ; nao posso empre s tar mais
de dez p i s tolas sobre hum tal penhor A paixao dom in an tede M alherbe era reformar a lin goagem do seu paiz . O
Sacerdote que lhe ass ist ia n os seus ul t imos momen tos per
gu n tou-lhe se nao estava elle commovido da descripcao
h p . 1. EN SA I O S M O R AE S. as,
tes nas n os sas loucuras e n os n os sos e rros , acabaaqu i a hon esta Natureza
,como pr in c ipiou .
O S Politicos velhos meditéo sobre a scien cia dos
an tigos , e vacillao n os n egocios ate 0fim : ta'
o fracos'co
'
mo d iligen tes perdem o compasso com tan ta g rav i-ldade , como o pruden te Lan esbrow /
adan gar com agota.
R eparai n aquelle ven eran do velho , a qu em o
peccado fez paide huma raga ob scu ra , empurradotalvez do mu ro ou gros se iramen te atropelado porseu propr io filho t
, que amaldigoado passa por elle :
N o r a s .
que lhe dera dos prazeres do Ceo P“ Por n en hum modo
respon deo este in corregivel Poeta,“nao de sejo ouv ir fal lar
mais de s tas cousas se‘
as n’
éo pode is desc rever por humes t i lo mai s puro .
” Ambas estas h is tor ias teriao br i lhado nas
m'
aos de Pope.
Esta dout r in a do n osso Author péde-se illixst rar ainda
mais com a segu in te pas sagem de Bacon .
“ N50 he m enos
dign o de se observar quao pou ca alteracao faz a chegada
da morte n os bon s e spiritos pois parece serem os m esmos
até o u l t imo in s tan te. Augu sto Cezar m orreo fazendo humcompr imen to : Livia , conjugii n os tr i m emor vive e t vale.T iber io com dis simulagao ; como diz Tac ito Jam Tia
berium vire s e t corpus , n on dis simulatio de sereban t . Ves
pas ian o , profer indo huma jocos idade : U t puto , D eu s fio .
Galba ,com huma sen te n ca : Fer i , si ex re sit popu l i R0
m an i ; apre sen tan do o s eu pescogo . Septimio Severo , des
pachando : Adeste , si qu id mih i restat agendum .
”
Es ta Episto la acaba com hum toque da arte digno deadmirac
'
ao. O Poeta suspen de repen t in amen te a vea do ri
diculo com que ia correndo e dir ige-se ao seu Am igocom hum compr imen to o mais de l icado occulto debaixoda
/
apparen cia de sat ira. WAR TON.
VERS. 231. I anesbrow] H um Fidalgo velho ; que con
F 11
44 M'O R A L E S SAYS : EP . I .
Sti ll to his wen ch he c rawls on kn ock ing kn ees,An d en v ies ev ’ry sparrow that he sees .
A salmon’
s belly, H elluo, was thy fateThe doctor call
’
d, declares all help too lateM ercy cr ies H elluo,
“mercy on my sou l ! 240
Is there n o hope P — Alas — then br ing the“ j owl .
The fru g al Cron e, whom prayin g pr iests atten d,Still tr ies to save the hallow ’d taper ’
s end,
Collects her breath, as ebbin g l i fe ret ires,F or on e pu ffm ore, an d in that pufi' expires . 245
“ Odiou s in woollen !’twould a Sain t provoke,”
(Were the last words that poor Narc is sa spoke )No, let a charmin g Ch in tz an d Bru s sels laceWrap my cold limb s, and shade my lifeless faceO n e would n ot, sure, be frightful when on e
’
s
“ dead 250“And— Betty— give th is Check a little R ed.
N O T A S .
t in n on n este exercicio m u ito tempo depoi s de e starem as
s uas pern as in capaz e s por causa da gota. Q uando m orreo
I
o Pr in c ipe Jorge de D in amarca pedio huma audien c ia a
R ainha para a acon s e lhar que con servas se a sua saude
e dis s ipas se a sua magoa ,dancando . P .
V ER S . 241. En té o M agda-me 4 [M egan] H e de n otar , que
sem elhan te h i s tor ia se acha n o o i tavo l ivro de Athen eo a.
r espe ito do Poe ta Philoxen o e scr itor de dithyrambos , o qualadoeceo por com e r hum polvo in te iro excepto a cabeca ; e
quando o s eu m edico lhe dis se que nao se podia res tabe lecerda sua indiges t
'
éo gritou “en tao t ragfio-me a cabe ca do
polvo .
” N50 se in fere daqu i que Pope t ivess e l ido a Athe
n eo ; m as e l le eviden tem en te c0piou es te engracado exemplo
do gultéo de La Fon tain e
EN SA I O S M O R AE S. 45'
sempre bu sca a s ua dama arrastan do-se sobre os tremu los j oelhos e in vej a a qualquer pardal que vé .
A Ven trexa de hum salmao , d H elluo , decidio
a tua sorte ; chamado o M ed ico , declara perd idas todas as esperan cas .
“ M iser icord ia m eu D eos excla
ma H elluo “ ten de m i ser icord ia da m inha alma. Jzi
1150 ha esperan gas ? Ah ! en ta'o tragao-m e a cabega.
A frugal Cron e ,jé co cabeceira, ain-v
da procura poupar o coto vela ben ta su spen de o
seu foleg o estando a m orrer para dar mais hum as
SOpI‘
O , e n este as sopro espira.
“ En volta em 15a ! D esag radavel cou sa ! isto provocaria hum San to .
”
(for'
aoas u ltimas palavras que
a pobre Narciza disse )“N50 huma lin da ch ita , e
ren das de Bru s sellas en volvao o‘
s meu s fr ios membros,
e cubrao o meu semblan te amortec ido. Nin guem quer
por certo cau sar m edo aos mais depois de morto. Iza
be] , p6e huma pouca de cor n estas faces .
”
N O T A S .
Pu is qu ’il faut queje m eure
San s faire tan t de facon
Q u’on m ’
appor te tout a l ’heureLe reste de m on pois son .
” WAR TON.
V ERS . A frugal Cran e Facto que lhe con tou
M adama Bo lingbroke de huma C ondega ve lha de Par iz .
VVA RTO N.
V ER S . 245. Espz'
rajRepet io es tes qp atro ver sos a M r . I‘
R icardson mu itos an n os an tes s
que fossem aqur m sertos .
VVAR TON.
V ER S. 247. For é o as ultimas palav ras , que—
a poér e Nar
ciza dis s e] Es ta h i s toria com o as out ras he fundada em
hum facto ainda que 0 Au thor teve a bon dad’
e de nao
declarar os n omes. Varios attribuem isto n o part icular a
46 M' O R’
A L E S SAY S. EP . I .The Courtier smooth, who forty years had sh in ’
d
An humble servan t to all human k in d,
Just brought out th is, when scarce his tongue cou ldst ir,
If— where I’
m goin g— J cou ld serve you, Sir ?“ I give and I dev ise” (old En el io said
, 256
An d sigh’
d)“ my lan ds an d tenemen ts to Ned.
Y ou r‘
m on ey, Sir- “ M ymon ey, Sir,what all ?
“Why, -if I mu st then wept) I g ive it Pau l .The M an or, Sir -“ The M an or hold, he c ry
’
d,“Not that,— I can n ot par t with that ” —an d dy
’
d.
And you ! b rave COBHAM , to the latest breathShall feel your R u lin g Pass ion strong in deathSuch in those momen ts as in all the pastOh, save my Coun try, H eav
’
n !”shall be you r
lastN O T A S.
huma celebre Com ica que em odio da lembranca de ser
en terrada en vo l ta em 15a deo estas suas u lt imas orden s
estando para e sp irar . P.
A Izabel , de que aqu i se faz m encio , era M adama
Saun ders amiga e confiden te de M adama O ldfie ld boa co
median te’
n o papel de viuva descabida e don z ela velha.
VVARTON.
EP I TL E II.
A L A D Y .
Of lire Characters of"WO M EN.
D,OTH ING so true as what you on ce let
“ fall,“ M ostWomen have n o Character s at all.”
M atter too soft a last in g mark to bear,And best distinguish ’
d by b lack, brown , or fair.N O T A S .
D os‘
Cbaracferes day M olloer erj Nada ha n as obras de
Pope mai s bem acabado , n em e scr i to corn mais esp ir itodo que e s ta epis to la : c om tudo o succes so n ao corre spon
deo ao t rabalho que teve em com polla n em ao esforco
do gen io que m os trou em o rn alla. H uma cou sa , que lhe
e s capou em huma breve adver ten c ia preceden te a e l la ,
n a‘
pr ime ira publicacao podera talvez exp l i car o m o t ivoda pouca at ten cao que o Publ io lhe deo . D iz e l le que
n en hum do: cbaracter er forfio copiado: (la vida . Acredita15 n o sobre a sua palavra e m os trarao pouca curios idade
i
por huma sat ira em que nada havia de pes soa] . W .
1m mais cer to] Bo l ingbroke , ju iz da
m ater ia pen sa ser e s ta epis to la a obra pr ima de Pope .
M as o fel da sat ira n em s empre es ta disfarcado n o r idicu lo . O s charac teres sao e spir i tuoso s bem que fora do
commum. Apenas me lembro de algum n os n ossos escri
EP I T O LA II.
H U M A S E N H O R A .
D os Cbaracteres das M olkeres .
N AD A ha m ais certo do que o d ito que huma.
vez vos e scapou“ A maior p ar te das M o llie
r es n c’
io tem char acter alg um .
”M ater ia as sas b ran
da para con se rvar hum s in al permamen te , e que m e
lhor s e difi'eren ga por pretas tr igueiras ou claras .
N o r a s .
tore s comicos de melhor o rdem . O r idiculo es ta an imadopor mu itos toques de grac ios idade levadps ao excesso da
e xt ravagan c ia , tan to como o s dous u l t imo s verso s de Boi
leau '
, c itados n a pag in a segu in te . As fraquezas do Sexo
t em s ido o objec to talvez de s e exerc i tar m ais o enge n ho
em qualquer lingoa . do que ou tro as sumpto , que s e po s sa
apon tar . A sat ira sexta,de Juven al pos to que de tes tave l
pe la sua obscen idade he certamen te a mais en gen hosa de
todas as de saseis e cur iosa pe la p in tura que n os dada vidap r ivada das Sen horas R omanas . Se e s ta eprs to la cede em al
gum pon to a'
sat ira dec ima de Bo i leau sobre am esma m aten a,
he n a de licadeza e var iedade das tran 51co es pqr que o e ser itor Fran cez pas sa de hum character para out ro sempre com
c on n exao com o an teceden te . Cos tumava dizer Bo ileau fal
lando de La Bruyere que huma das parte'
s mais difficeis daG
50 M O Ri
A L E S SAY S.-Ep . II.
H ow many pictures of on e Nym ph we v iew, 5
All how u n l ike each other, all how trueAr cadia’
s Coun te s s, here, in ermin’
d pride,Is there, Pastora by a foun tain s ide .
H ere Fan n ia, leer in g on her own good man ,And there, a n aked Leda With a Swan .
Let then the Fai r on e beautifully c ry,In h/Iagdalen
’
s loose hair and l i fted eye,
O r drest in sm i les of sweet Cec i lia sh i n e,"Wiith simp
’
rin g Angels, Palm s, and H arps d ivin e
Whether the Charmer sin n er it, or sa i n t it,If Folly grow roman t ic, I mu st pain t it .
N O T A S .
composicao , era a arte da tran sicio . Para vermo s quéio fe.
lizm en te Pope se aprove i tou do m ethodo de Bo ileau ob se r
vemo s hum dos seus r et ratos seja 0 da sua Sen hora Sabia“
Quis’
ofirira d’
abord c’
es t cet te Sqavan te
Q u’
e s time Roberval , e t que Sauveur frequen te .
D ’ou v ien t qu ’
e l le a l ’oe i l t rouble , e t le te in t s1 tern i ?C
‘
es t que sur Ie calcu l dit— ou de Cas s in i ,U n As t ro labe en m ain e l le a dan s sa gouttiere’
A su ivre Jupi ter pas s é la n u it en tiere
Gardon s de la t roubler. Sa sc ien ce je c roy,Aura pour s
’
occuper ce jour plus d’
un emplo i .D
’
un n ouveau mis c roscope on do it en sa pré sen ce
Tan to t chez D alan cé faire l ’eXpe rien ce ;Pu i s d’
un e femm e m or te avec son embryon ,
Il fau t chez D u-Vem ay vo ir la dis sec t ion .
”
Nen hum dos charac tere s fem in in o s de Pope excede a
”D or is (le Congreve n os delicados toques do escarn eo e do‘r idicu lo . WA RTON.
VE R S . 5 . 214m m; bin turas] O in ten to do Poe ta he m os
-t rar aqui que os charac teres sdas molhcres sao geralmen te
Er . II . EN SA I O S M O R A E S. 51
Q u an tas p in turas nao vemos n ds de huma m es
ma Ninfa , todas difi'e ren tes humas das outras , e com
tudo verdadeiras Aqu i , he ‘
a Con dega de Arcadia.vaidosa com 05 s
'
eus arminhos ; ali,Pastora ao lado
de huma fon te ; acola Fan nia olhan do sorrateiramem
to para u seu bom homem ale'
m Leda n ua com hum
C is n e : amda que huma Belleza chore l indam en te comos cabellos soltos e 05 olhos ele
’
vado s qual outraM adalen a ou br ilhe orn ada com 05 sorr isos da suaveCec i lia , cercada de Anj os r isonhos , de palmas e ar
pas D iv in as ; on a En can tadora peque , 011 seja san
ta, se a loucura pas sar a extravaganma , pmtalla-hei.
N O T A S .
in coheren tes com sigo m esmos . e illustra is to com huma
tao fe l iz comparacao que vemos a loucura n e lla des criptan ascer do m esmo prin cipio que da or igem a esta in cohe~
r en c ia de charac ter: W .
Van s . 7 8 , 10 , See . A Gander/ide Ar cadia Parfa
ra ao laa’o a’e buma fon te ; Lea
’a com o Cis n e M a
dalena Cecilia At t itudes em que var ias Sen horas affec tao serem ret ratadas e as vez es a mesma Se n hora em
todas e l las . A po l idez e conde scenden c ia do Poeta com
o Sexo he para n otar n es te exemplo en t re out ros fa
z endo algum as vezes u so n os Cbaracter es dos H omem de
n om es verdade iros quando n o: Jar [Walkway sao sempre
fin gidos . P .
M as a pezar de toda a can tella e conde scen den c ia doPoeta e s ta sat ira geral ou
/
para o m e lhor dizer e s ta ana
l ise moral da n atureza human a tal qual apparec e n os dou s
s exos sempre serzi recebida por e l les mui diH'
e ren tem en te.
O s H omen s s offrem huma sat ira em geral m ai s heroicamen
t e ; as M olheres com a ma1or 1mpac1en c1a. Is to nao n as
cc de algum conhecimen to mais for te dasua culpa poisG u
M \
52 M O R A L E S SAY S. Ep . 11.
Come then , the colou rs and the groun d prepare !D ip in the R ainbow, trick her off
°
in Air ;
Chuse a firm C loud, before i t fall, and in itCatch, e re she chan ge, the Cyn th ia of th i s m in ute ;
R ufa, whose eye qu ick-g lan c i n g o ’
er the Park,Attracts each l ight gay m eteor of a Spark,Ag rees as ill w i th R ufa study in g Lock e,As Sappho
’
s di ’mon ds with her d irty sm ockN O T A S .
cre io que a somma de Virtudes ‘
n o m undo fem in in o por
m u itas cau sas acciden taes ) excede m u ito a somma das Vir
t ude s do mascu l in o ; mas do rece io de que sem elhan te s imagen s pos sao o ffe n der o Sexo n a opin iio dos hom en s quan
do estes nao temem tan to que as suas loucuras ou vi
cios lhes prejudiquem n o con ce ito das m olheres . W.
VER S . 18. D a Iris Vie ira a quem segui serve-se des
ta palavra n o gen ero fem in in o n os exemplos segu in tes . Serm .
t om . 9 . do Ro zar . pag . 312 . H uma Iris , ou Ar ea reler te.
Serm . tom . 1. col . 200. Na Iris on Ar ea celes te todos
or 72223505 jura ra'
b'
que m a. ven do variedaa’er de ce
r es . M oraes n o D icc ion ar io da Lin goa Portugueza diz que
os , Poetas he que usao des te vocabulo fem in in o quando
fallao da Iris da M ythologia. D O T RADU CTO R .
VER S . 20; flpaa/zemo: a Cyn tbia do momen ta primeir o que
J'
e muda ] Alludin do n a expressio ao prece ito de Fr em oy“ forma: ven ere s captando fugaces .
” W .
Like a dove’
s n eck she shift s he r t ran s ien t charm s .
Youn g ,Sat . 5 . WA R TON.
VE R S . 2 1. Exemplos de con trar ie‘
dades t i rado s até daquelles characteres que e s tao m a1s fort em en te marcados e
por is so sao provavelm en te m ais coheren tes como 1. na
Afleetarla ver s . 2 1. P
Van s . 2 1. R afa que apen as [an ger or 011901] Es te cha
reeter de Rufa e 05 seguin tes de Silia Papillia Nar
En . II. EN SA I O S M O R A E S. 53
Eiapois preparemos as tin tas e o pan n o tomemos as core s da Ir is desenhemo-la n o ar , es colham os
huma n u vem den sa, an tes que se di s s ipe ; e n ella apa
nhemos a Cyn thia do momen to , pr ime iro que se mude .
R ufa que apen as lan ga os olhos pelo Parqueattrahe as 1 qualquer leve , e v istoso meteoro de humCasqu i lho , tao pouco se parece com R ufa estudan doLocke com o os d iaman tes de Sapho com a sua cam iza en xovalhada ou como a mesma Sapho occupada
N O T A S .
c iza e Flav ia sao exacta e in te iramen te S’
egundo o
e s t i lo e modo dos ret rato s que You ng n os deo n a sua quinta s at ira sobre as M o lheres . As p in turas de Young e stio
desen hadas corn hum p in cel mais lige iro , e mais engraca
do as do n osso Au thor com huma mao mais firin e e de
hum m odo m ais casto . Pope fez todo o e sforco por ex
ceder ao seu e ngen hoso r ival n a m e lhor par te da PaixaoU n iversal ; 6 po r con segui
fn te foi fe l iz . T an to Pope co
mo Bo ileau vide a sua dec ima sat i ra )forao cen su rados pe
la sua sever idade a respe ito do be l l'o Sexoii R eput ‘ao-n o s 150mac s como s Eu ripedes ; mas cer tamerite nao sao tao depra
vado s como o an t igo poeta com ico Eubultus n o fragm en
t o que se con serva n o l ivro o m a’ is c ur ioso in t itu lado Ex
cerpta ex Trag . e t . Com oed. de G rocio p . 659 o
qual dep01s de fazer m en gao de M edea C lytemn estrae Phedra repen t in amen te para e mal ic io sam en te pet
-ten
de fal tar-lhe a mem or ia para poder lembrar- se de m ai s al
gum characte r bom e n tre as m olheres . As Sen horas de Fran
ca vingarao-se de Bo i leau dizendo que era i n capaz de
amor
‘
, e de cazar por huma in fe l ic idade que lhe acon te
ceo n a sua moc idade . WA RTO N.
Van s . 23. Tiz’
o pouco re parece] Es te pen sam en to es taex
primido corn m u ita galan taria na segunda Estan cia applicada 5. Rainha Carolina
54 M O R A L E S S AY S. EP .I I
,
O r Sapho at her to ilet ’s greasy task, 25
With Sappho fragran t at an ev’
nin g M askSo m orn ing In sec ts that in muck begun ,Sh in e, buzz, an d fly-blow in the settin g sun .
H ow soft is Sil ia fearfu l to offen dThe frail on e 's advocate, the weak on e ’
s fr ien d . 30
To her,» Calista prov
’
d her con duct n iceAnd good Simpl ic ius asks of her advice .
Sudden ,she storm s she raves Y ou tip the w in k,
But spare you r cen sure ; Si l ia does n ot dr in k .All eyes may see from what the change arose, 35
All eyes may see— a pimple on her n ose .
Papillia, wedded to her am ’
rous spark,Sigh s for the shades —
“ H ow charm in g is a Park !”AP ark is purchas
’
d, but the Fair he sees
All bath’
d in teats— “ Oh od iou s, od ious Trees !” 40Lad ies, like var iegated Tulips, show
’Tis to the ir Chan ges half their charms we owe ;
F in e by defect, an d delicately weak,The ir happy Spots the n ice adm irer take .
’Tw as thu s Calypso on ce each heart alarm ’
d, 45
Aw’
d w ithou t Virtue, w ithout Beauty charm ’
d
H er Ton gue bewitch ’
d as odly as her eyes ;LessWit than M im ic, more aWit than wise .
N O T A S .
Tho’
Artemesia talks, by fits,O f coun ci l s , class ics , fathers, w i ts ;
Reads M albran che , Boyle, and Locke ;
Y e t in some th ings , methin ks , she fai ls ,‘Twere we l l , if she wou ld pair her nails,And wear a clean er smock.
”
56 M O R AO
L E S SA Y S. Ep . 11.
Strange graces st ill, and s tran ger fl ights ‘
she had,
Was j ust n ot ug ly, and was j ust n ot mad
Y et n e’
er so sure our pas s ion to create,As when she tou ch
’
d the b r in k of all we hate .
Narcis sa’
s n ature, tolerab ly m ild,To make a
‘
wash, would hardly stew a ch ildH as ev
’
n been prov’
d to gran t a Lover ’
s pray'r, 55
And paid a Tradesman on ce to make h1m stare;Gave alm s at Easter, m a Christ ian tr im,
An d made aWidow happy, fo r a whim .
Why then dec lare Good-n atu re is her scorn ,
When ’
tis by that alon e she can be born ?Why pique all
ym ortals , yet affect a n ame ?
A fool to Pleasure, yet a s lave to Famev
N O T A S.
co M an oel , Carta de Gu ia pag. 129 . da ediq . de 1747 H un :
t r eg eztaa’
ar es ,ou embaz
’
a’ares ; que faz em pregapoer que ar
r emea’aa ammaes e g en tler sao pagan/9a r efin aa
’a etc.
e Re sende , M iscell. pag . 107 . v . c . Poeta Inglez ser
vie -Se da palavra M zmz'
e que significa hum bu lao ou
bobo e o que im ita on arremeda com ge s to s e pan tomi
m as . D o T n an u c r o n .
VER S . 52 . D a que quando‘
cbegava aa ext r ema a'e tudo
quan ta abar r eeamasj O s s eus en can tos con sis tiio n o s ingular m odo da sua viveza con segu in temen te quan to mais fortemen te exe rc itava e s ta viveza m ais v io len ta e ra a sua
atraccao ; mas quando a sua viveza se e levava aquella al
t ura em que e ra mais at ract iva chegava quas i ao execs
o ; pon to , em que a de l icadeza da sen sual idade desaparec e e toda a sua gros ser ia se descobre . WVEn s . 53. IV. Na Extravagan te. P
VERS 54. Dfieultozamen te guizaria buma crianya Es
E r . II . EN SA I O S M O R AE S. 57
rituosa do que treg eitadora ; mais v iva do que sab ia.
T inha sempre gragas est ran has e t ran sportes mais estranhos nao era de todo fe ia, n em de todo louca : comtudo n un ca m ai s segura de excitar a n ossa palxao ,
que quan do chegava ao extrem o de tudo o que abar‘
r
recemos .
O g en io de Narciza soffrivelmen te bemg n o para
fazer hum cosme’ tico difficu ltosamen te g~uizaria hu
ma crian ga ; ate’
s e sabe , qu e cede o aos rog os de hum
Am an te , e pag ou a bum M ercador huma vez para a
espan tar . D eo esm olas pela Pascoa com apparato deChr ista, e fez fel iz huma V iuva, por hum capr icho .
P’
orqh e as s evera ella , que abom in a o born g en ioquando he S6por is so que a podem es sofi
'
rer P Porqueesca
’
ndal iza a todos os mor taes , e com tudo quer terbom n ome PLouca por Prazeres , e escrava f
da Fama.
N O T A S,
t e r idicu lo hyp/
erbolico es ta levado a grande auge ;Pmas
em huma imagem as sas desagradavel. Juve nal n a sua sex
ta sat ira fal lando de huma molher m u i to loquaz usa da
galan te hyperbole“ Un a laboran tipoterit succurrere lunm. WARTON .
VEn s . 57 . Cam apparato de ebr z’
s té L inda expres sao ,
dan do a en tender que a sua mesma car idade e ra tan to hixm
e st erior da R eligtao com o as ce rem omas da e s tac’
ao . Na'
o
com a z
'
n clinagaa ale ebrirta'
; m as un icamen te com hum ap.
parata a’e Chris ta: nao tan to por habito c om o po r maa
’a. W.
VER S . 58. E fez feliz buma Viuva,] H a algun s
c tere s fem in in os debuxados com exqu i s i ta de l icadeza e
p rofun do con hec imen to da n atureza em hum l ivro onde
n inguem esperar ia achal-los Perfeicao Chr is ta de Law .
VVARTON.
58 M O R A L E SSAY S. E9 . II.
Now deep in Taylor an d the Book of M artyrs,New dr in kin g C itron w ith his G race and ChartresNow Con s cien ce ch i lls her, an d n ow Pas s ion burn sAn d Athe i sm an d
“
R el igion take the ir turn s ; 66
A very H eathen in the carn al part,
Y et st ill a sad, g ood Chr ist ian at her heart .See Sin in State, m aj estically drun k ;
Proud as a Peeress, prouder as aPun kChaste to he r H u sban d, fran k . to all bes ide,A teeming M i stres s, bu t a bar ren Br ide .
What then ? let B lood an d Body bear the fault,H er H ead
’
s un touch’
d, that n ob le seat of thought ;Such th i s day ’s doctr in e — ia an other fitShe s in s w ith Poet through pure Love ofWit .What has n ot fir ’
d her bo som or her b rain ?Caesar an d Tall—boy, Charles and Carlema
’
n e .
As H elluo, late D ictator of the Feast,The n ose of H au tgout and the Tip of Taste,Critiqu
’
d your w in e, an d analyz’
d you r meat,
Y et on plain Puddin g deig n ’
d at home to eat
So Philomedé, lect’
rin g all mank in d,O n the soft Pass ion , an d the Taste refin ’
d,
N O T A S.
Van s . 65. Ora a ean rezen eza a er t rameeeflM adama de
M on te span du ran te a sua c r im in osa comm un icagi’
ror
com
Lu iz XIV. guardava a Q uare sma tfio exactam en te que
co s tumava faze r pe sar o seu pao . WAn'
r O N .
VER S. 68. Cam tua’a s empr e huma t ris te ,] Seide boa au a
thoridade , que e s te character diz ia respe i to aD uqueza de
H am i l ton , que e n tao ex i stia. WARTON.
Van s . 69 . Na D zrraluta , e Vzciara. P.
Er . II. EN SA I O S M O R AE S. 59
O ra med ita em Taylor , e n o livro dos M artires ; or ’
a.
bebe licor com o D uque , e com Chartres ; ora a con s’c ien c ia a estremece ra a. paixao a inflamma ; ora o
Atheismo , e a R eligiao .a combatem altern adamen te ;ve
‘
rdade ira Paga n a parte carnal ; com tudo sempre
huma tr iste , boa Christaden tro do seu coracao .
Vede a M aldade em pompa embriegada magestosamen te ; soberba com o a molh
’
er de hum Par mais
soberba que huma meretr iz ; casta para seu M ar i do ‘
,
fran ca para todos os mais ; Aman te fecun da, mas Es
posa esteril . Q ue importaPO san gue , e o corpo sao os
cu lpados ; a sua cabeca, este n obre assen to do pen sam en to , estaintacta tal he hoj e a doutr ina Nout'rotran sporte pecca com os Poetas por puro Am or do
Talen to . O qu e he que de ixou de ab razar o seu peitoon o seu cereb ro P Cezar , e Tall-boy,
Carlos , e Car105 M agn o . Q ua] H elluo , ha pouco D ictador do Festim , com o olfato e paladar delicado cr iticava esvos sos v inhos , e an alisava as vos sas iguarias , e com
tudo Se dig n ava comer em sua casa hum s imples puddim . As s im Philomede
’
a , doutr in an do a todo 0 g en e‘
ro human o sobre a Paixao me iga, o Gosto refin ado ,
N O T A S .
VEn s . 70. Soberba came a an al/yer a'e bum Par Appli
cado aD uqueza de M ar lborough que am ou tan to a Con
g reve ; e depo is da sua morte m andQ u fazer o re t rato de l
le em cera e o pu n ha frequen tem en te a. sua m esa. Es ta con
n ex'
ao se (lapar t icu larm en te a en tender n o verso 76. Pecca
c om 05 Poetas . Por is so nao he verdade ira a dec larac'
éo
do n osso author de nao alludir a character algum par
ticular . WA R ’I ON.
H 11
60 M O R A L E S SAY S. En l l r
Th’ Addres s
,the D el icacy— stoops at on ce,
And makes her hearty meal upon a D un ce.
Flav ia’
s aWit, has too m u ch sen se to pray ; _
To toast ou r wan ts and wishes , is her way;Nor ask s of God, but of her Stars, to giveThe m ighty bles sin g ,
“Wh ile we live, to live .
” 90
Then all for D eath, that Opiate of the soul
Lu cretia’
s dagger, R osamon da’
s bowl .Say, what can cau se su ch impoten ce of m in d ?A Spark too fickle, or a Spouse too k in d .Wise Wreteh w ith pleasu res too refin ’
d to please ;
With too much Spirit to be e’
er at ease ;
With too mu ch Q u ickn es s ever to be taught ;Wi th too much Thin k ing to have comm on Thought ;Y ou pu rchase Pain w ith all that Joy can give,An d die of n oth in g bu t a R age to l ive . 100
Turn then fromWits an d look on Simo ’
s M ate,No As s so meek, n o As s so ob stin até.
O r her, that own s her fau lts, but n ever mends,B ecau se she
’
s hon est, an d the best of Fr ien ds .
O r her, whose l ife the Church an d Scandal share,For ever in a Pas s ion , or a. Pray
’
r . 106
O r her, who laugh s at H ell, but (l ike her G race )Cr ies, “Ah how charm in g if there ’
s n o su ch place !”
N o r a s .
V ER S . 87 . Can trar z'
ea’aa
’
er n ar Espirituajar , e R efin aa’ar . P.
VE R S. 107 . O n para aauellaut ra que zamba a’o Infer n al
“ Shal l pleasure s of a shor t durat ion chainA Lady
’s sou l in ever las t ing pain ?Wil l the G reat Au thor us poor worms des troy
For n ow and then a sip of tran sien t joy ?
E1» . II. EN SA I O S M O R AE ‘
S. 61‘
o Trato , e a D elicadeza , se abate sub itamen te , e
farta-se com hum Estupido .
Flav ia he hum Gen io . Tern demas iado sen so pae
ra se occupar n a oragao br indar a' saude das n os sasn ecess idades , e desejos , he o s eu costume ; nao roga aD eos , mas as suas Estrellas , que lhe dem o summo
bem de gozar da v ida em quan to v ivemos . Nou tra occasiao sé lhe lembra a m orte , esta opiata da alma ; 0 .
punhal de Lu crec ia, a taga de R osam onda. Q ual he
a cau sa , dl zei-me , de tan ta fraqueza de esp irito ?H um Casquilho as sas in con stan te , ou hum Esposo assis ben ig n o . Sabia , desg ragada ! Com prazeres assa
‘
s
delicados para agradar ; com demas iado Espirito fi
pa
t a n un ca estar em socego ; com demas iada v ivac idadepara in stru ir-se ; com demasiada reflexao para ter o
sen so commum comprais os in commodos com tuda e
que a Aleg ria pride dar , e 1159 morreis de outra cou
sa senao the burn exces sivo desej o de gozar da vida.
D eixem os pors as espirituosas ; e olhemos para a.
molher de Simao nao ha/
Jumen ta tao man sa , n em
tao ob st in ada. O u para a que recon hece os seu s de
fe itos mas n un ca se emen da , porque se con ten ta com
ser hon esta, e a melhor am iga : ou para aquella , que
reparte a vida en tre a Ig reja , e o Escan dalo ,sempre
ralvosa , on em oracao : ou para aquellou tra, que
zomba do In fern o , mas (como a D uqueza)exclama
N O T A S .
No ; H e’
s for ever in a sm ilin g m ood ;H e
’
s l ike them se lve s , or how cou ld he be '
good PD e Young Sat . 5. A pessoa que Pope pertende ridiculisar
t
era a,D uqueza de M on tague. WARTO
62 M O R A L E S SAY S Er . II.
O r who in sweet v ic is s itude appears,
O f M irth an d Op ium , R atafie and Tears,The daily An odin e, and n ightly D raught,To kill those foes to fair on es, Time and Thought .Woman and Fool are too hard thing s to hitFor true No-meaning pu zzles more than Wit . 114
But what are these to g reat Atos sa’
s m in d ?Scarce on ce herself, by turn s allWoman kind l
Who, w ith herself, or others , from her b irthF in ds all her l i fe on e warfare u pon earthSh in es in expos in g Kn aves, and pain t in g Fools,Y et is, whate ’
er she hates and r id icu les .
No thought advan ces, but her Eddy BrainWh i sks it abou t, an d down it g oe s again .
Fu ll s ixty year s the World has been her Trade,The w i ‘sest Fool much Time has ever made .
N O T A S .
VE R S . 115. Cam a alma n’a g rande Atarra P] Atossa
n ome de que faz mene‘
ao H eroddto dizendo ser sequaz
de Sapho . Era filha de Cyro e irm ‘
a de Cambyses e ca
sada com D ar io . H e tambem n om eada n os Pe rsze de Es
chylo . D iz em fora a pr im eira que e screveo Epis tolas . Vi
de Ben s ley sobre Phalaris p . e D odwe l l con t ra Benrley, WA R TON.
V n n s . 120. Cam tua’a ella merma be aquilla que aaar re
ee Es tes versos espir ituosos que pin tao hum character sin
gular sao applicados afamosa D uqueza de M arlbo rough ,
a quem Sw ift. t inha tambem satirisado severamen te n o Exa
m in ador . A‘
sua be l leza as suas habi l idades as s uas in
t rigas pol it icas sao assa'
s conhec idas . A vio len c ia do '
sen
t em peramen to rompeo frequen temen te em indecen c ias pas‘
m osas e ridiculas . Na u l t ima doenca do grande D uque
seu marido quando 0 D r. M ead sahio da sua camara
.64 M O R A L E S SAY S. EP . II.
From loveles s Youth to u n respected Age, ‘
125
No Pas s ion g rat ify ’d, except her Rage .
So mu ch the Fu ry st ill ou t-ran the Wit,The Pleasu re miss ’
d her, and the S can dal hit .
Who b reaks with her, provokes R evenge from H ell,
But he’
s a holder man who dares be well. 130
H er ev ’ry turn w ith Violen ce pursu ’
d,
No more a stormher H ate than g ratitudeTo that each Pas sion turn s, or soon or late ;Love, if i t makes her yield, mu st make her hateSuper iors ? death ! and Equals ? what a f
curs‘
e 135
B ut an In fer ior n ot depen dan t ?worse.
Ofl'
en d her, an d she kn ows n ot to forg ive ,
Obl ige her, and she’
ll hate you wh ile you live:Bu t die, an d she
’
ll adore you -Then the BustAnd Temple r ises — then fall again to dust .
N o r A s .
550 de M adama M . B loun t ; e depo is da morte da D uque
za foi impresso em fo l io em 1746 e finalm en te aqu i ias
’
e r to com 03 de Philom edéa e C lin e . H e‘
e s ta a maior n o
doa n o character m oral do n os so Poeta. Es tes t res,1ret ra
103 3510 todos an imados com o mais agudo engenho , O de
C loe he part icularmen te exacto , e fe l iz que es ta reprev
s en tado como quem se con ten ta m era , e s imple smen te de
sl ive r decen temen te e s e sat isfaz de ev i tar offender r e he
h um des tes mu itos en tes in sign ifican tes , e in uteis
“Who wan t, as thro ’blan k l ife they dream along,
Sen se t o be r ight , and pass ion t o be w ron g .
”
C omo diz ,o en genhoso Autho r da Paixao Un iversal ; obra
q ue abunda de engen ho observacz’
io da vida graca de
licadeza , urban idade , e a mais pol ida zombar ia , sem hum
un ica s inal cle colera c meio gen io. Forao estas as pri
Er . II . ENSAI O S M O R AE S. 65
mais a-visada queo lougo tempo pode fazer . D esde asua desamavelm oc idade , ate
'
a suadesprezada velhice ,
n ao cedeo a n en huma Paixao ,senao aR aiva. Tan to o
furor lhe excedeo o j uizo , que lhe escapou o prazer ,
e so'
acertou com o escan dalo . Q uem quebra com cl
la , provoca a vingan ea do In fern o e ain da he maisresolu to quem se atreve a con servar a sua am izade .
Proseg ue todos o s seus tran sportes com violen c la e
tan to o seu odio como a sua gratida'o , he huma t em
p es tade‘
. A isto se reduzem cedo(
ou tarde todas a s
suas palxo es ; se o amor a faz ceder , tambem a faz
aborrecer . Super iores para ella m orte ! Iguacs quepraga Porém in fer iore s indepen dentes peor que tudo . Se a ofl
'
en de ls , nao sabe perdoar ; se a obrigai saborrecer-vos-ha toda a v ida ; mas se morre re s , ado
rar-vos-ha ; en t’ao levan tar-vos—ba '
bum bu sto , hum
templo e depois se reduz iraa '
pd. A n oite passadaN o r a s .
m e iras satiras characteristicas da n ossa . lingoa e e s téo es
c ri-tas , com huma facil idade , e fam il iar idade de est ilo mui
differen te das outras obras deste au thor . As quat ro pr1m e1
ras se 1mpr1m1rao em fol-io n o an n o
i
de 1725 ; e a qu in ta ,
e a sex ta em 17 27. WAR TO N.
Van s . 139 . M ar re mar r er es aa'arar-vas-ba “ Raras
vez e s diz M r . Walpo le “recebe o publ ico da pr im e i ra
fon te n ot lc ras a re spe ito dos Pr in cipes e val idos . A lizon
ja , on a 1n vec tiva e sta dis pos ta a perver ter a relac’
ao dos
out ros . H e so pelas suas pen as sempre qu e 1510 con .
de scen den tes como a Sen hora de que se t rata e tem pai
xao por fama e approvaeao que sabem os exac tam en te
q uéo in significan tes loucos e ridiculos forao o s seus fin s
e ac cfies e quan tas vezes as desgraces que motivérao ,
I
66 M O R A L E S S AY S. EP . II.
Last n ight, her Lord was all that ’s go od and great ;A Kn ave th i s m orn ing, an d his Will a Cheat .
Stran ge! by the M ean s defeated of the En d s,By Spir it robb ’
d of Pow’
r, by warmth of Fr iends,ByWealth of follow ’
r s ! w ithout on e d i stress 145
Sick of herself through very selfi shn essAtos sa, cu r s
’
d with ev ’ry gran ted pray’
r,
Childles s with all her Ch i ldren , wan ts an H e ir .
To H eir s un k n own , descen ds th’
un guarded store,O r wanders, H eav
’
n -d irected, to the Poor . 150
N o'r A s .
procederz’
io de cau sas mais in sufficien tes . Sabem os n a ver
dade que as repu l sas do D uque de B uck in gham aindaque e l le nao foi au thor em am ore s m u ito im perten en tes ,in vo lveréo lilR ei Jam es
~
e ElRei Carlo s em disput as na
cion ae s corn H e span ha e Franca. D a D uque za de M ar lborough podem o s colligir que a Rain ha An n a foi obr igada a m udar o seu m in i s ter io e con segu in tem en te a sor
t e da Eu ropa ; porque e l la se atreveo a es t imar m u ito hum a cr iada da sua Camara como t inha fe i to a ou tra. A
Duqueza nao podia comprehender como as Pr imas Sarah
Jen n in gs e Abigai l H i l l , podiao en t rar n un ca em com
peten cia bem que huma nao fez m ais que ajoelhar para apan har o n ovel lo do favor que a ou t ra t inha al t ivam en te langado fé ra e que nao p6de recupe rar ; pondo To
do 0 D ever do H om em n as mao s da Rainha para lhe en s
s inar a t er amisade . Es ta D uqueza val ida , que sem elhan
t e ao soberbo D uque (le Espern on viveo para proyocar o s
seus succes sorés em huma Corte on de t in ha dom inadocon cluio a sua vida capr ichosa o nde parece que a t inhapr i n c ipiado , com huma apologia da sua conduc ta. A obra
posto que en fraquec ida pela pruden cia dos que a haviao de
emendar, posto que mut ilada pelas proprias correccé es da
E9 1 11. E N SA I O S M O R AE S. 67
era seu M arido tudo quan to ha de bom , e gran de ;e s ta manha hum velhaco , e o seu testamen to humatrapaga. Q ue marav i lha ! M al logrando os sen s fin s
pela escolha dos me ios , privada do poder pe lo seu es
pir ito , dos am igos pela sua arden cia , de sequazes pela sua riqueza : sem desgraga alguma, aborrec ida desimesma, pelos eu amor propr
'io , Atossa , amaldigoa
da , com todos os rogos con cedidos , sem filhos com
tan tos que teve , carece de herdeiros os seu s hen s de s
amparados se devolvem a e’
stranhos , ou vao parar por
direcgao do Ceo aos pobres .
N o T A‘
S.
D uqueza , e posto que grande parte de l la he mais H is
t or 1a de huma guarda-ropa do que de hum re inado t em
com tudo ‘
an ecdotas cur iosas e algun s de s tes rasgo s -de en
genho que o iten ta an n os de arrogan cra' n ao podiao deixar
de produz ir em hum en tendim en to tao ext ravagan te . E com
t udo al terando i
as suas M em o r ias quan tas vezes qu1z em
gan ou o publ ico e igualm en te a sua propr ia familia.
'Po
r ém o s prin cipaes obj ectos ficarao ; e qualquer vé‘: exac tamen
te com o a Europa , e a porta t raves sa tin hao lugar n a sua
1mag1n acéo e n a sua n arrat iva. A revolucao n éo‘
de ixou ou
t ra impres sao m ais n o seu e spi r ito do que o levan tar s Rai nn ha M ar ia as roupas da cama ; e do H e roe pro tes tan te n a
da mais lhe ler’n brou , do que ser hum guitao ego i s ta quedevorou hum prato de ervi lhas ‘
, que vin ha para sua C u
n hada. Pequenas c ircun s tan cias na verdade manife s tio ideasas m ais characterist lcas m as a es colha de l las tan to péde
p in tar o gen io do e scr itor como da pessoa repre sen tada.
M adama Abigai l H i l l 1150 he a un ica pes soa t ran smit tida
a pos ter idade com o s s in aes do re sen tim en to da D'
uqueza.
Lord O xford “fo hon rado Jack H ill , 0 rap
—
age e sfarra
pado 0 Gen eral Q uebec e outros fazem a mesma fiI l l
M O R A L E S SAY S. EP . I I .Pictures l ike these, dear M adam, to design ,
Asks n o firm hand, an d n o u n errin g lin e ;Som e wan d
’
rin g tou ches, some reflected l ight,Som e fly in g stroke alon e can h it ’
em r igh t :F or how cou ld equal Colou r s do the kn ack P 155
Cameleon s who can pain t in wh ite an d black P“ Y et C loe sure was form
’
d w ithout a spotNatu re in her then err
’
d n ot, bu t forgot .“With ev ’ry pleas in g, ev ’
ry pruden t part,Say, what can Cloe wan t ? — She wan ts a heart.She speaks , behaves, an d acts j u st as she ought ; 161Bu t n ever, n ever, reach ’
d on e g en’
rou s Thought .V irtue she fin ds too pain ful an en deavou r,Con ten t to dwell in D ecen c ies for ever .
So very reason able, so unm ov’d,
As n ever yet to love, or to be lov’
d.
She, wh ile her Lover pan ts upon her breast,Can mark t he figures on an In d ian chest :And when she sees her Frien d in deep despair,Ob s erves how much a Ch in tz exceeds M ohair . 170
Fo rb id it, H eav’
n , a Favour or 3 D ebtShe e
’
er shou ld can cel — but she may forget.N 0 T A s .
gura na sua historia que n o seu espir ito Rasgos de
paixéo nao se devem adm irar em quem at é sacrificou as car
tas par t icu lares de sua ama e bem feitora. A Rainha deolhe hum re trato e smaltado guam ecido de diaman tes . A D a
queza t irou os diaman tes , e deo o ret rato a M adama H ig
g in s para se vender .
” WA R TO N.
Van s . 151. Taer guadrar ,] H uma Senhora dc talen to ,
Ep . . 11. EN SA I O S M o n A-
E S. as
Para desen har .taes quadros , quer ida Senhoranao se requer h umamao firme , n em l in has exactas sci
0S podem executar bem algun s toques vagos , alguma
luz reflectida, algun s rasgos pas sageiros ; po is com o po
dera?) cores ig uaes fazer tal habil idade ? Q uem podera pmtar hum C amaleao ,
scicom o b ran eo , e preto ?“ M as Cloe certamen te foiformada sem hum sci
defe ito .
”
A n atu reza a seu respeito n ao errou des
cu idou-se .
“ D otada de todas as qualidades agrada“Ve i s , e pruden tes , dize i , que falta a C lo'e l” Falta-lhe Sen s ib i lidade . Falla , porta-se ,
e obra com‘
o
deve mas nun ca nun ca lhe occorreo hum pen sa
men to g en eroso . Acha que a virtude he hum esfor a
go-asszis pen o so , con ten ta-se com V1ver sempre de
~
cen temen te . H e tao razoavel , tao in sen sivel , que
n em lhe importa amar n em ser amada. Em quanto o seu aman te palpita jun to a seu peito , estacontan do as figu ras de huma papeleira da In d ia ; e quan ~do ve o seu Am igo em profun da deseSperaga’o , oh
serva quan to a ch ita excede amelan ia. Negar ella
hum favor , ou huma d iv ida D eos n os livre ! mas po
dertiesquecer-se . O s vossos segredos estao sempre xc
N O T A v S.
e literatura , me fez a reflexao de que huma Epi sto la co
mo e s ta se devia e s crever de c in co em emco an n os ; tao
n ovos e 150 m eriveis characteres de m olheres (e rece iom e dis ses se fraquezas e loucuras ) apparecem diariam en
t e . WAR TO N.
VE RS . 159 . D e todas as qualidades]“ Estes dous versos
d isse-me hum dia L’
ord H un t ingdon “pin tao exactamen
70 M O R A L E S S A Y S . EP .IL
Safe is your Secret still in Cloe ’
s ear
Bu t n on e of C loe ’
s shall you ever hear .Of all her D ears she n ever s lander
’
d on e,
But cares n ot i f a thousan d are un don e.Wou ld Cloe kn ow i f you ’
re alive or dead PShe b ids her Footman pu t it in her head .C loe is pruden t— Would you too be w ise ?Then n ever break you r heart when C loe d ies . 180
O n e certain Portrait may (I g ran t )be seen ,
Which H eav’
n has varnish’
d ou t, and m ade a QueenTH E SAME F O R EVER ! an d describ
’
d by all
With Truth an d Goodn ess, as w ith Crown an d Ball.Poets heap Vi rtues, Pain ter s Gems at will, 185
And shew the ir zeal, an d h ide the ir wan t of sk ill .
‘Tis well— but, Art i sts who can pain t or wr ite,To draw the Naked is you r true del ight .That R obe of Q uality so struts an d swells,Non e see what Parts of Nature it con cealsTh
’
ex’
actest traits of Body and of M in d,We owe to m odels of an humb le k in d .If ’ Q UEENSBER R Y to strip there ’
s n o compelling,’
Tis from a H an dmaid we must take a H elen .
From Peer or B i shop ’
tis n o easy th ingTo draw the M an who loves his God, or Kin g
N o r A s .
t e 0 character do meu am igo velho Fon ten elle .
” Tac itodiz que Galba era mai s isen to de v icios , que realmen tev irtuoso . VVARTO N.
VER S. 180, Quando Cloe mqr rer .] Es te re trato completamen te acabado pertence é Senhora Suffolk corn quem
72 M O R A L E S S A Y S . EP . II.
Alas I copy, (or my draugh t wou ld fail)From hon est M ah
’
met, or plain Pars on H ale .
But g ran t, in Pub lic, M en sometimes are shown ,
A.Woman’
s seen in Private L i fe alon e
O u r bolder Talen ts in fu ll light display’
d
Your V irtues open ” fa irest in the shade .
B red to disgu ise, in Pub lic ’
tis you h ide ;There, n on e d ist ingu ish ’tw ixt you r Shame or Pr ide,Weakn es s or D elicacy ; all so n ice, 205
That each may seem a Virtue , or a V ic e,N o r a s ,
V ER S . 198. M abomet Servo do falec ido Rei dizemser hlho de hum Baxz
’
i T urco a quem fez pr is ion e iro n o
s it io de Buda e con servou con stan temen te jun to a si. P .
VE R S . 198. 0 D r, Es lw iz’
o H ale. N50 mais e stimavel
pelos seus u l t imo s de scobr imen tos como filosofo da n atu
r eza que pe la sua V1da exemp lar , e car idade pastoral ,com o Paroco de huma Freguez ia. W .
VER s , 202. As w as Vir tudes re paten teéa] Para con t ra
pesar as mu itas cou sas s everas que o n os so Author di ssedas M olheres n es ta Ep i sto la ]
,nao pos so deixar de acresceu
t ar huma pas sagem de cer to Escr i tor reputado ge ralmen te
n ada apaixon ado do bel lo sexo . E causarz’
i talvez adm i ragao achar-se seme lhan te passagem n o D eao Sw ift . “ 0 tei‘
degen erado a con versacao e as pern ic iosas con sequen cias
que dah i r esultéo sobre os n os sos humore s e disposicfies ;deve-se mu i to mais en tre ou tras cousas , ao co s tum e in
t roduzido ha tempos de exc luir as M olheres de part ic iparem da n ossa soc iedade , do que és companhias de j ogo ,
dan ga e amore s . Con s idero como o mai s an t igo per iododc po l idez em Ing later ra
x(c da m esma data em Franga )2.
par te pacifica do re i n ado d’ElRei Carlos I, e pelo quelemo s de stes tempos e n ot ic ias que an t igamen te me dc.
Ifio algumas pessoas que viveréo naquella Corte 0 me
Ep . 11.
l
EN SA'
I O S M O R AE S. 73
sen R ei. Ah ! eu c0p io (on am inha pin tu ra 1150 prestar ia) o hon rado M ahomet , on o s in cero Cura H ale .
Con cedo , que os homen s se conhecem as vezesn a vida publ ica , mas as m olheres scise des cobrem n a.
particu lar . O s n os sos talen tos mais notave l s se desenvolvem em plen a luz ; as vos sas . v irtudes se paten tea'omais bellas n a s ombra. Edu cadas para o disfarce , he
n o publ i co que vos en cobr is e nin guem pride alidistinguir en tre o vos so pej o , ou soberba , a vos sa fraqueza, ou del icadeza. Tudo he tfio subtil , que nao seconhece o que he
i
Virtude , ou V ic io .
N O T A S .
thodo que en téo se usava para e levar e cult1var a con
versacao era to talm en te diff'eren te do n os so ; varias Se'
n ho ras que vem o s ce lebradas pe los Poetas des se secu lo ,
tin hao as sembleas em suas'casas aonde pes soas de m elhor
in telligen cia e de ambos c s s exos con corriao a pas sar a n o it e discorrendo sobre assumptos agradaveis que casual-fm en te se suscitavao e ain da que n os in c l in amos a ridicu
l isar as subl im e s mocc’
ies platon icas que tinhao ou fin giio
t er n o amor ou n a amisade imagin e que os seus re
qu in tados se fun davao em razao e que hum pequen o grao
de roman ce nao he meio ingredien te para preservar e
e xal tar a dign idade da n atureza human a sem oi
que e s ta'
.
disposta a degen erar em tudo o qu e he sordido v i c ioso e
baixo . Q uando outra u t il idade se nao t iras se da con ver sac’
éo
das Sen horas , bas tava que servis se de coh ibir e s tes as sum-s
p to s odioso s de immodes tia ,e indecen c ias , em que a rude
za do n o s so gen io do No rte e s ta tao apta a cahir . WAR TVE R S . 203. Ea
’
ueaa’as par a o a
’zsfar ee be n o publica que
vos en eabrir H a alguma cousa apparen tem en te dign a dec en su ra n o m odo des ta asseicao , que faz com que o s eu
abs/far ce em publica seja o effeito n at u ral de
'
serernrea'acarlar
para disfargar : mas se con s iderarmos que esta. educa
K
74 M O R A L E S S AY S. Er . I I.In M en , we variou s R ul ing Pass ion find
In Women , two almost d ivide the Kin dThose, on ly fix ’
d, they fi rst or last obey,The Love of Pleasure, and the Love of Sway . 210
That, Nature gives ; andwhere the les son taughtIs bu t to please, can Pleas ure seem a fault ?Exper ien ce, th is ; by M an
’
s oppres s ion curst,They seek the secon d n ot to lose the fir st .
M en , some to Bus’
n es s, som e toPleasure take ;But ev
’
ryWoman is at heart a R ake 216
M en , some to Q u iet, some to publ ic Str ifeBut ev ’ry Lady wou ld be Q ueen for l i fe .
Y et mark the fate of a whole Sex of Q ueen s
Pow’
r all their end, but Beau ty all the mean s : 220N o r a s .
950 fem in il he a arte que en s ina nao a ser . mas a pa
r acer , n'
ao terem o s raz’
ao em achar erro n a exaccao da
expres sao . WVER S.
’
207 . Tendo m o strado n a pr ime ira parte que os
Cfiaracier es par ticular es das M o lheres sao m ais var ios que
o s dos H om en s obse rva com t udo que a g eral C harac te
ris tica do Sexo z
, pelo que toca a Paixa'
o D omin an te he
mais un iform e. P .
VE R S . 208. Na: M olber es , so'
d uar] N50 me po sso per
suadir que o n os so Author con sen t is se em huma m iudac omparacfio de sta ep i s to la com o s m ais br i lhan tes e ap
plaudidos pedagos da sat ira dec ima de Bo i leau como indubitavelm en te 550 , o seu ret rato da molher affectada Pedan
t e vers . 439 . D a Jogadora , ve rs . 2 15. D a sua Sen hora
C iosa vers . 378. D a Sen hora de Fam i l ia Al t iva ver s . 470.
E sobre tudo o que o m esmo Boileau aval iou em m aisda Senhora B eata , e seu D irector , vers . 558. Bo ileau foi
seveiamen te cr iticado por causadestaEp istola por Perrault ;
EP . .II. EN SA I O S M O R AE S. 75
Nos H omen s , achab-se varias paix6es dom inantes n as M olheres 56 duas quazid ividem a Especie
o Amor do Prazer , e o Amor de D om in ar unicas
con stan tes , a que cedo , ou tarde obedecem .
Aquella a Natureza a (15; e quan do a ligao en s ina que se deve agradar , pride 0Prazer parecer defe ito ?Esta a Exper ien c ia : vexadas pela opres sao do homem ,
bu sca'
o a segun da , para nao perderem a primeira
O s H omen s , hun s se en tregao aos Negocios , outros aos D ele ites porém toda a M olher ama in ter iormen te os Prazeres . O s H om en s , hun s bu scao o soce
g o , outros a in qu1etag§o dos n eg oc ios ; mas qualquerSenhora quer ser R ainha toda a l vida.
R eparaicom tudo n o de st in o do sexo in te iro des‘tasR ainhas ! O poder he todo o seu fim , mas abelleza to
N O T A S .
mas defendido fortemen te pe lo gran de Arn au ld m oralistar igoroso e tambem por
i
La B ruyere . VVAR TO N.
VER S . 2 11. Isto he m ot ivado em parte pe la sua Naiu
r eza em parte pela sua Edueaeiio ,
'
e até certo pon to por
n ece s s idade . P.
VE R S. 2 16. P orém toa’a a .M olber ama in fer zormon te as
P razer erj Es te ve rso escandalisou mas a favor do Poe
ta devem os observar , que 0 que e lle diz se reduz un icam en te a isto “Os H omen s hu n s se en tregao aos n ego
cio s ou t ros aos de le ites ; porém toda a M o lhar de boa.
von tade so,
s e oooupa n o prazer o que sen do a verdadei
t a per iphras is do Rake u sa‘
des ta palavra ,mas n em por
isso in c lue n e l la mai s qual idades ru in s do Rake do que
as que s e comprehendem n a definiqao do que faz a’o pm .
z er toa’a a sua occupaea
'
o. W .
VER S. 2 19 . Q uacs $50 as P er teagb'
er , e a Sor ta deste se
xo. I. Em quan to ao Parlor . P.
K l !
76 M O R A L E S SAY S. EP . II.In Youth they con quer, w ith so w ild a rage,As leaves them s carce a subject in their AgeFor fore ign g lory, foreig n Joy, they roamNo thought of peace or happ in es s at home .
ButWi sdom ’
s tr iumph, is well-tim ’
d R etreat, 225
As hard a scien ce to the Fair as GreatB eaut ies, l ike Tyran ts, old and fr ien dles s grown,Y et hate repose, an d dread to be alon e,
Worn out in publ ic, weary ev ’
ry eye,Nor leave on e sigh beh ind them when they die . 230
Pleasu res the sex, as ch ildren B irds, pursue,Still out of reach, yet n ever out of v iewSure, if they catch, to spoil the Toy at most,To covet flyin g, and regret when lostAt last, to follie s Youth could s carce defen d, 235
It g rows their Age ’
s pruden ce to preten dAsham
’
d to own they grave delight before,R educ
’
d to feign it, when they give n o more
As H ags hold Sabbaths le s s tor joy than spight,So these the ir m erry, m iserable NightStill roun d an d roun d the Ghosts of Beau ty g l ide,An d haun t the places where the ir hon our dy’
d.
See how theWorld its Veteran s rewardsA Youth of Frolic s, and old Ag e of Cards
N O T A S .
VER S . 229 . 795 muito vis ta: p'
elo publico Copiado da sa
t ira qu in ta de Young e scr i ta o ito an n os an tes que e sta
epi stola appareces se“Worn in the publ ic eye, g ive cheap de l ightTo throngs, an d tarn ish to the sated s ight ." WART .
Er . II . EN SA I O S M O R A E S.
" 77
dos os me ios : n a moc idade con quistao com tao extravagan te ful or , que apen as lhes de ixa hum vassallo
para a velhice : buscao a glor ia , e alegr ia fora de casa, sem lembranca da paz , ou fel ic idade dom est ica.
O triun fo da sabedor ia con s i ste n ’
huma fetirada a tem
po se leucia ditficil para as Formosas , e para os G randes ! As Bellas , como os Tiran os , en velhec idas , e semam igos , ain da aborrecem o soceg o , e temem a sol idiio ; jeimu ito v1stas pelo publico , can sao a todos osolhos , n em deixao saudades quan do morrem .
O Sexo prosegue os prazeres , como os men in os ospassaros , sempre fo'ra do alcan ce , n un ca fé ra da VISta ; certos de estragar este b’
r in co apen as o apan ha'
o
de o cobiqar quan do voa, e de o lam en tar quan do o perdem . Fin alm en te he pruden cia da sua velhice pertenderein lou curas , qu e a moc idade apen as pride descu lpar ; en verg on hadas de con fessarem que dan tes deraoprazer e redu zidas a fingillos quan do nao podem darmais . Bem
'
como as fe iticeiras guardao os Sabadosmen os po r gosto , do que por mal ig n idade ,
as sim pas
550 as suas n o ites aleg res , e miseraveis . O s fan tasmas
da sua belleza girao sempre em torn o , e frequen tao
os lugares , em que a sua hon ra espirou .
Vede como o mun do, prem1a as suas veteran asNa M ocidade com Loucuras n a Velhice com 0 Jo
N O 'T A S.
VE RS. 231. II. Em quan to ao P razer . PV ER S . 244. Na M ocz
'
a’aa
’e com Loucuras A an t ithes is
tao exces s ivamen te n otavel n es tes ver sos e ra huma figura muito valida do nosso Poeta dellamsou na verdade em
78 M O R A L E S S AY S. EP . I I .Fa ir to n o pu rpose, artfu l to n o end,
Y oung w ithou t Lovers, old w ithou t a Fr ien d ;A Fop the ir Pass ion , but their Pr ize a Sot,
Al ive, r id icu lous an d dead, forg otAh F rien d to daz zle let the Vain des ign
To raise the Thought, and touch the H eart, beth ine !
That Charm shall grow, wh ile what fatigues theR ing,
Flaun ts an d goes down , an un regarded th ingSo when the Su n
’
s b road beam has tir ’
d the s ight,All m i ld ascen ds the M oon
’
s more sober light,N 0 T A s .
mu i tas parte s das suas obras ; até n a sua t raduccao da Iliada onde devia se r admittida e de que raras vez es se ser
vio D ryden n o s eu Virg i l io. O n os so Autho r quas i n unca e screve m u itas palavras j un tas s em huma an t i thes i s . D e
vem o s con fes sar que as vezes augm en ta a forca a hum sen
tim en to por huma Opposigéo de imagen s m as repe t idam ui frequen temen te vem a ser fas t idiosa e de sagradavel .
A r ima tem quas i huma prOpen sao n atural\ para fazer ca
hir 0 Author nis so : porém os que sao m ais puros a des
prezao como hum ornato impropr io , puer i l e epigrammat ico . Sen eca , Pl in io , Tac i to , e os Autho res mais m o
de rn os abundao dis to . Q u in t i l ian o u sou algumas veze s del
la com m uita fe l ic idade como quando fal la do e s t ilo ;
“ magn a n om n im ia ; subl im is , n on abrupta ; severa n on
tr i s t is ; las ta n on luxu r iosa ; plen a ,n on tum ida.
”E as
vez e s Tu l lio ; as s im “vicit pudorem l ibido timorem au
dac ia , rat ion em am en t ia.
”
M as es te s escr itores so raras ve
z e s cahem n este m odo de fal lar e faz em delle 0 seu con s
tan te , e geral est ilo . Es tes m odern os que n ao adqu ir i1510 0 verdade iro gosto pe la s imp l icidade dos m elhore s an
rigos cahem geralmen te no frequen te uso de agudezas op
80 M O R A L E S SAY S. EP .
Seren e in V i rg in M odesty she sh in es,And u n ob se rv
’
d the g lar in g O rb dec lin es .
O h ! blest w ith Temper, whose u n clouded rayCan make to-morrow chearful as to-day
She, who can love a Sister ’
s charm s, or hear
Sighs for a D aughter w ith u nwoun ded ear ;She, who n e
’
er an swers’t ill her H u sban d cools,
O r, if she ru les him, n ever shows she ru les
Charm s by accept in g, by s ubm itt ing sway s,
Y et has her humou r m ost, when she obeys ;Let Fops or Fortun e fly wh ich way they w i ll 265
D isdain s all loss of T ickets, or Cod i lle ;Spleen , Vapou rs , or Small-pox, above them all,
And M i stres s of herfelf, though Ch in a fall.An d yet, bel ieve me, g ood as well as ill,
Woman’
s at best a Con tradiction st ill .H ear
’
n , when it str lves to polish all it can
Its last best work, but form s a softer M an ;
N o r a s .
cen ter raios do Sol N50 ha talvez em toda a exten sio da
lingoa In gleza quat ro ve rso s m ais bem acabado s nao se
pode al te rar huma 56 syl laba para me lhor ; cada palavraparece se r a u n ica propr ia de que se podia usar . Tao
puro e br i lhan te he 0 es t i lo“ Ut pu ra n octu rn o renidet
Lun a m ar i l” WAR'I‘
O N.
V ERS . 268. Ain da que s o [be quebra a [aura ] Addisont ocou es ta m ateria com a sua cos tumada , e e xqu is ita graca , n o Aman te N.
°10. p . 29 1. das suas obras em
Er . II . ENSAI O S M O R AES. 81
da Lua , e br ilhan do i
seren a em v irg in al modést ia ,
declin a o lucitlo Astro sem ser ob servado .
O h ! abengoada a de hum tal temperamen to , cu
jos r aios sem nuven s fazem 0 dia d’
aman ha'
tao aleg re
como 6 de il oje que po'de amar os en can tos de hu
ma 1rma , ou ouvir su spirar por huma filha ,sem que
os seus ouv idos se oft’endao ; que n un ca respon de , em
quan to o mar ido nao esfr ia ; ou que se o g overn a, n un
ca 0 deia con hecer ; que,en can ta con tempomzando
que impera'
, sujeitan do— se qu emais se sat isfaz , quando obedece que nao faz caso dos prezumidos , n em
das riquezas ; que desden ha perder n a loter ia, ou de co
d ilbo que he super ioracrilera'
,ahypocon dria,as hexi
gas e senhora de si ain da que se lhe quebre a!louga.
Crede com tudo , que a m olher boa , ou mzi, he
sempre huma con tradigz’
io . O Ceo quan do se esforga
em polir quan to p6de a sua u ltima, e melhor ob ra, n ao”
faz sen ao format hum H omem mais bran do. Escolhet
N o r a s .
c itando a Epicteto para con solar huma Senhora que es .
tava Opprimida‘
com es ta pesada calam idade . VVA RTO N.
VER S . 269 . Pin tura de huma M olher es timave l com a.
melhor qual idade de co n trariedades cr iadas n a imaginaqao
do Poeta ; que por iss o fin gio es tas circun s tan c1as de hum
m ar ido , de huma filha , do amor por buma arma para‘
pre
v en ir que a n'
éo tomas sem erradam en te poi
r alguma do seu
con hec im en to . E tendo a s s im t racado a s tia M oi/oer e l lea in voca‘
, e lhe dedica o seu Poema , s egundo 0 co stume
do s an t igos Poetas quan do in ven tavéo a sua M ara. W.
VER S . 270. H e sempr e huma con tradiyoioj As s im mos
t ron n o en saio ser tambem o H omem. WARTON.
L
82 M O R A L E S SAY S. Era n .
P ick s from each sex, to make the Fav’
rite b lest,Your love of Pleasure, ou r
’
desire of R est :B lends, in except ion to all g en
’
ral ru les,
Your Taste of Foll ies, w ith our Scorn of Fools ;R eser ve w ith Fran kn es s, Art w ith Truth ally
’
d,
Cou rage w i th Softn es s, M odes ty w ith Pr ide ;Fix ’
d Pr in c iples, w ith Fan cy ever n ew ;
Shakes all tog ether, and produces— Y ou . 280
Be this aWoman’
s Fame : w ith th is un b lest,Toasts l ive a scorn , and Q ueen s may die a j e st .Th is Phoebus promis ’
d (I forget the year )When those b lue eyes first open ’
d‘
on the sphere ;
Ascen dan t Phoebus watch’d that hour w ith care, 285
Averted half your Paren ts ’ s imple Pray’
r ;
And gave you Beau ty, bu t deny’
d the PelfThat buys your Sex a Tyran t o ’
er itself.The gen
’rou s God, whoWit and Gold refin es,
An d r ipen s Spir its as he r ipen s M in es, 290
Kept D ros s for D uchesses, the world shall kn ow it,
To you gave Sen se, Good-humour, and a Poet.N o
'r A S.
VE RS . 280. E o r es ulta/Io soir Vo’
s .] A frase des tes verJsos he exactamen te a m esma que os de M adama B iddyF loyd ; Sw ift ’s M i s ce l lan ie s , vol . IV. p. 142 .
“
Jove mix’
d up all, and his bes t c lay employ’d,
Then call’
d the happy compos it ion -F loyd.
Suppoz-se sem pre ao pr in c ipio que M adama Pat ty B loun t ,
he a quem se dir ige - “ So i s Vé s .” WAR TON.
VER S . 29 1. Como eon/Jeoera'
o muna’o. ] H e huma expres
550 inin telligivel e huma fraca expletiva de que o n os so
Author foiobr igado a usar infelizmen te por causa da r ima.
84 M O R A L E S SAY S. Er . II.
“Not Cae sar’
s empress would I deig n to pr ove
If Queen sberry t o s t r ip there’
s n o compelling”
“ Rapt in to fu ture t im es the bard beg un”
“ Kn ow all the n o ise the busy wor ld can keepIf t rue , a w ofu l l iken e ss, and If lyes
”
“ No thin g so t rue as what you on ce let fall“ Fo r Virtue ’
s se lf may too much zeal be bad“can n o wan ts endur e "
“Nay half in H eav’
n ex cept wbat’
s mz
'
gbly od
“can have n oflaw
”
“ou such a w orld we fall
“ take scandal at a spark” ;
“ do the kn ack, and— do {beflat
E m ais exemplos se poder‘iao acrescen tar sen sio fosse des
agradave l observar e s tas palhas n o ambar . M as se a r imac ausa taes in con ven ien tes e imprOpriedades em hum es
c ritor tao exacto com o o n os so Author que se deve e s
perar dos ve rsificadore s in fer iores ? Néo he da m in ha int eneao en trar em hum a discus séo t r ivial , e fast idiosa dosdiversos m erec im en tos da r ima , e do ve rso bran co . Tal
vez que a r ima seja m ais propr ia para peqas mais cu r tas ;
para poemas lirico s ,elegiacos e satirico s ; para as obras
que requerem con cis'
ao de expres sao , e agudeza de e st i lom as para as sumpto s mais e levados em que se deve expri
mir algum en thusiasmo ou commocao , ou para poemas
de m aior exten sao o verso bran co he indn bitavelmen te pre
ferivel. H um poema épico r imado ser ia 0 m esm o que a
En e ida se fos se escr ita com o o s Fas tos de O vidio em ver
sos hexametros e pen tam e tros e 0 le i tor ficaria 150 abor
rec ido como quem v iajas se por hum cam inho comprido e
dire ito coberto de pin he iros desde M oscow , até Peters
burg . M os t rare i ao le itor a propr ia Opini‘
ao de Pope sobre
e s ta mate ria e com as suas proprias palavras dir igidas a
M r. Spen ce“ Nada t enho a dizer da r ima ; sendo que
duvido que hum poema se po ssa sus te r por sim esmo n a
n ossa lingoa sem e lla, a 1150 ficar duro'com palavras tao
EP . II . ENSA I O S M O R AE S. 86
e stranhas que~
pare cem de stru ir a mesma lin goa. 0 es
t i lo subl ime que tahto se affecta n o verso bran co nao
s e supor taria n em em M i lton ,
a 11510 t er e l le manejado o
seu as sum pto com cousas e s t ranhas e f6ra do m undo .
”
Nao devemos com tudo aven turar-n os a observar , que e s
ta ve rdade ira harmon ia , que me lhor su stem hum poema ,
re su l te mai s da var iedade das pau sas e de huma m is turades tes differen tes pés (part icu larm en te jambos , e t rocheos)em que a n os sa lin goa cahe n aturalmen te do que da uni
lormidade das terminaq6es sem elhan tes .
” Nao p6de haver
m us ica " ‘diz Cow ley)” 56 .com huma n otanVide as ex
c ellen te s O bservacé es de M r . Webb sobre a Rir‘
n a, e p
ver so B ran co ,n as s uas Be l lezas da Poe s ia.
2,
0 D r . Ad'
ao Smitht como tambem Fon ten el le , jul
gou que gran de par te do prazer , que exPerim eritam os das
artes de imitacao ,n asce da ditficuldade que ha n isso .
‘
VO ]
taire tambem n a prefacao ao seu Edipo fal la do prazer
que resu l ta da dz'
flieuldade ven cz
'
da corn respe ito a r imaM as Sm ith com quem V ivi mu ito s an n os em in tima
'
ami
z ade ,foi sempre hum amador da poes ia Fran ceza , as s im
c‘om o era 0 seu am igo D ayid H ume . Em fim nao podemos
con vir nar decisao authorisadade hum cer to cr1t1c0 n otavel
“ de que as n os sas composicfies epicas agradao m ais vest idas com a r ima : e de que a gen eral idade dos le itores a
s erem en t regues a si mesmos e a 1150 se preoccuparern
com a sua admiracao pelas l in guas Grega e Lat in a gos
t ar iao mais de M i l ton se além da sua var iada pausa e
quan t idade de medida t ives se en r1quec1do os seus versos
com a r ima.
”Isto faz-n os lembrar a Opiniao de outro Pre
lado sab io que diz “
que 0Paraiso Perdido foi m uito
adm irado ain da que 0 Author affectou escrevello em ver
so branco.
” H is t . de Burn et vol . I. WARTON.
E P I S O LA III.
A L L E N L O R D B A T H U R S T.
,A R G U M E N T O .
D o Uso das Riquezas.
UE p oucas o con hecem , cahin da a maior par
t e em hum dos extr emas,Avar eza ou P r of us t’
io
vers . 1. etc . D is cutz‘
do a p on to , s e a in ven pdo dd
JlIoeda tem sido mais commoda ou p er n iciosa ao
Gen er a human a vers . 21 athe 77 . Que as R iquezas
tan to aoAaar en ta, coma ao P r odigo , udo p odem dar
F elicidade , ap en as o n eces sar io ,vers . 89 . athe 160.
Que a Avar eza he hum abs olu to Fr en esi, s em hum
Fim , ou Utilidade , vers . 113 . etc . 152. Conjectur e s
s abr e as M o tive s dos H omen s Aoar en tos , vers . 121
athe 153 . Que a con du ta dos H orizon s , a r esp eito
das R iquezas ,so'
so p ode exp licar p ela Or dem da
P r oviden cz’
a , que obra 0 B em g er al p elas Ex tr e
m os e g uia tudo ao s eu g r an de Fim p ar p erp etuas
R evolugfies , vers . 161 athe 178 . Como obr a o Ava
r en ta par P r in cip ios que lhe p ar ecem r azoaveis
vers . 179 . Como faz o mesmo o P r odig o , vers . 199.
E P I S L E III.
H O shall dec ide, when D octors disagree,An d soun dest Casu i sts doubt, like you
an d me
Y ou hold the Jove to M omus g iv ’a,That M an was m ade the stan din g j est of H eav’
n ;
An d .Gold but sen t to keep the fools in play, 5
For some to heap, an d some to throw away .Bu t I, who thin k m ore h ighly of ou r k in d,
An d s urely, B eav ’a and I are of a m ind,)Opine, that Natu re, as in duty boun d,D eep hid the sh in ing m isch ief un der g roun dBu t when by M an
’
s audac iou s labour won ,
F lam’
d forth th is r ival to it s Sire, the ‘
Sun ,
Then carefu l H eav’
n supply’
d two sorts of M en ,
To squan der These, and Those to h ide agen ,
Like D octors thus , when much d i spute haspast,
We find our ten ets jus t thesame at last,N o r a s .
Epir lola Il l . Es ta epis tola foi e scr ita depo is de humgrande c lamor con t ra o n os so Au tho r por suspe ita de tcrridiculisado hum Fidalgo ben emerito m eramen te pelo seu
mao gosto . Justificou-se sobre e ste art igo em huma carta
ao Conde de Bur l ington ; n o fim da qual se achao e s tas
palavras :“ Sei que algun s an tes quereriio ser perversos
que ridiculos ; e por i sso m e serzi talvez mais s eguro cen .
su rar v ic ios do que loucuras . Por con segu in te de ixo os m eus
super iore s n a pacifica pos se dos s eus idolos das suas la
medas e dos seus altos empregos e mudo o meu assump
EP I ST O LA III.
UEM hade dec idir , quan do os D outores discorda
'
o , e 05 mais profun dos Casu istas duvidao como en , e vds ? Susten tais o dito de Jup i ter aM omo de ser 0 H omem hum con tinuo ludibr io dosCeos e o Ouro dado para d ivertir os fatuos , proeuran do hun s accumulallo , e outros dissipallo
M as en , que pen so ma1s altamen te da n ossa os
pec ie (e por certo he tambem este o parecer do Ceo)Op in o , que a Natureza, com o era obrigada, escon deoprofun dam en te debaixo \
da terra o b r ilhan te mal : mas
quan do ven c ida pelo atrev ido trabalho do H omem
chamej ou este / rival do Sol seu Pai, en téo o Ceo cui
dudoso produzio duas e species de H omen s , hun s parao di s s ipar , outros para o esconder de n ovo .
As s im , como os D outores depois de larga dispuputa , achamos fin almen te serem as n ossas 0p1n 10es
\ N O T A S.
to da sua o sten tacao para a~ sua baixeza das suas vai
dades para as suas m iser ias ; e como u n ico e segu ro m e iode ev itar mis in telligen cias de diminm r a offen sa e nao
mu l t ip l icar applicaciies malignas he provavel que n a mi
n ha seguin te Epis to la use l de n omes verdade iros em ln
gar de algun s fingidos .”V E R S . 2 .
'
Como eu a 00'
s 9] H e hum pedaeo de mu itomao Inglez me em lugar de 1. N50 he por fazer pequen as
'
objec6es que se j u lga n eces sar io dar a con hecer es tas‘
falé
tas de exaceio em hum e scr itor tao correcto ,. mas mera-u
men te para preven ir , sirv‘
ao de authoridade s para erros . »
“Nas Epistolas aos Lords Bathurst e Burl ington diz
M
90 M O R A L E S SAY S. EP . III.
Both fairly own in g , R iches, in effect,No grace of H eav
’
n , or token of the’
ElectG iv
’
n to the F001, the M ad, the Vain , the Ev il,T0Ward, toWaters, Chartres, and the D evil. 20
N o r A s .
John son “esforcou-se Warburton em achar huma huma
ser ie de pen sam en to s , que n un ca vierao a lembran ca do
e scr itor e para s us ten tar a sua hypothes i s imprimio aque lla pr im e iro que foia u l t ima que se publ icou . VVA R T .
VE R S . 20. Joao Ward de H aukn ey, Escudeiro , M embro
do Par lam en to sendo persegu ido pe la D uqueza de Buck ingham e con ven c ido de s inaes fal sos foipr im e iramen te ex
pu lso da Camara e pos to de golilha n o Pe lour inho a 17de M arco de 17 27 . Foi su spe ito de se un ir sobre huma
c es sio com o Cavalheiro Jo ’
ao B lun t para e sconder cin
c oen ta mil l ibras e ster l in as dos_ben s des te D irec t or con
fiscadas para a Com panh ia do M ar do Sul por Acto do
Parlam en to . A Com pan h ia cobrou de Ward as c in coen tamil l ibras m as e lle fe z an teceden tem en te ce s sées dos seu s
p ropr io s be n s a seu 1rma0 e a seu filho ,e oc cu ltou to
do o seu pes soa] que s e compu tava em cen to e cin coen
ta mil l ibras . Es tas ces s6e s sen do an n ulladas tambem por
hum Proces so verbal foipre zo Ward e s e expoz a per
de r a vida por nao querer en t regar o s seu s ben s até 0 ul
t imo dia em que foi exam in ado . Em quan to e s teve prezo
e ra 0 seu divert im en to dar ven en o a cae s ,e gatos , e ve l
lo s m orrer com tormen tos m ais len to s ou mais apres sa
do s . A somarm o s a r z
'
queza des te Cavalhei10 em different es epochas da sua v ida quando e s teve dc golilha possu iapara ez
'
ma de dzzzen tas mil H oras e s t er linas ; quando foi
mandado para a priz éo cen to e cin coen ta mil ; m as depo isdimin uio tan to de repu tacao que 0 suppun hao te r mezzo:
de cin coen ta ou reru n/a mil libras . P .
Fran c isco Char tres homem in fame por toda a qua
92 M O R A L E S SAY S. EP . II I.B .What Nature wan ts, commod ious G old bestows,
’
Tis thus we eat the bread an other sows .
P . But how un equal it bestows, ob serve,
’
Tis thus we r iot, wh ile, who sow it, starveWhat n atu re wan ts (a phrase I much d istrust )25Exten d s to Luxu ry, exten ds to Lust :U seful, 1 gran t, it serve s what life requ ires,But dreadful too, the dark As sassin h ires .
N o r n s .
_a confianca do dinhe iro publ ico sem service s que me
rece s sem subo rn o adquirio , ou para m e lhor dizer ,
creou para 51 a fortuna de hum M in i s t ro de Es tado . Era
a un ica pe ssoa do seu tempo que p6de en gan ar sem
a mascara da hon es t idade con se rvar a sua pr im e ira baixeza quando pos su ia dez mil l ibras es ter l in as por an n o ,
e tendo m erec ido diar iam en te a forca pe lo que fez foi
por fim conden ado a el la pe lo que n éo podia faz er . O h !
Le i tor indign ado f
,n
'
éo imagin es que a sua v ida foiin util ao gen ero human o : a Providen c ia disfarcou os seu s
abomin aveis de s ign ios para dar ao s seculos fu turos huma
eviden te prova e exemplo de quao pouca e s timacao me
t ecem as exorbitan te s r iquez as n os o lhos de D eos dan
do-as ao m ais indign o de todos os m or taes .
Es ta l inda reflexao tem s ido mu ito adm irada ; en con
t ra-se tambem em La Bruyere ; m as he eviden temen te ti
rada de Sen eca :“Non s un t divitiae bon um ; n ul lo modo
magis potes t D eus con cupi ta t raducere quam si il le ad
perpes simos defer t ab Opt im i s abigit .”
Cu r Bon is Viri s m ala fiun t , cap . V.
Esta pas sagem foi-m e apon tada por hum bom am igo e
p’
er ito em todas as partes da scien cia u ti l e de o rnato n as
mater ias tan to de gos to como da filosofia 0 D r . H eberden .
A figura de Chartres foi in troduzida por H ogarth 11a
Ep . 111. EN SA I O S M O R AE S. 93‘
da0 commodo Ouro ; as s im comemos 0 pao , q ue ou-l
t ro semeou . P . M as Ob servaicom quan ta desigualdade o dti somos n tis os que n os ban queteamos , em
quanto quem o semeou morre de fome : o que a
Natu reza n ecess ita (frase de que desconfio ) estendese ao luxo , esten de— se tisen sual idade : he ut il , con
cedo ; forn ece o n ecessar io para a vida ; mas tambem
he temivel, assalaria o n egro As sassin o . B .fFavorece
N o a a s .
primeira estampa do Pogresso do seu D issoluto , e por
det raz de l le e s ta hum homem que t inha sempre jun toa 31, e era 0 seu alcovite iro .
4
D iz em que es te C/avalhe iro t inha por an n o em ren da
de terras s ete mil lioras e perto de cem mz'
l em din he iro .
M r . Waters o terce iro de s tes heroes era hum ho
m em em n ada sem e lhan te ao pr im e iro n a sua vida m i l itar ,
mas summamen te n a sua capac idade c ivi l tendo-se augm en
tado a sua grande for tuna pe la m esma di l igen te at tencr’
rp
aS/ n eces sidade s alhe ias . M as a h i stor ia des te‘
Cavalheiro deve ser defirida até asua morte em que o seu cabedal
'
se
ra'
co nhec ido com mais cer teza.
VER S . 20. d Cbarir es e ao D iabo .] Alludindo a opi
n iéo vulgar de que todas as'
m rnas de m etal , e tesou
r o s subterran eos estio debaixo da guarda do D iabo 0
que parece ter or igem n a fabula pag’
a de Pluto D eos das
Riquezas . W. Seme lhan te allusao n éio lhe/
occorreo .
VVAR TON
VER S. 2 1. O que a Natureza n ecessita,dé 0 commodo
Our o.] O e pitheto commodious da-n os a idea propria de
hum Aleovz'
tez'
r o ou Aleoueez’
ro ; e e s te pen samen to produ
zio os dous versos‘
segu in te s que e s tavao em todas as pri
me iras edic96es e que pelo seu mao racrocmro se omittirao“And if we coun t amon gst the n eeds of l ifeAnother
’
s Toil, Why n ot another ’s Wife 9”
94 M OR A L E S S AY S. Er . III .B . Trade it may help, Soc iety exten d .P . But lu res the Pyrate, an d corrupts the Fr ien d . 30B . It raises Arrrues m a Nation ’
s aid.
P . But br ibes a Sen ate, an d the Lan d ’s betray’
d.
In vain m ay H eroes fight, and Patr iots rave ;If secret Gold sap on from kn ave to knave .
On ce, we con fes s, ben eath the Patr io ’
s cloak, 35
From the crack’
d bag the dropping Gu i n ea spoke,And gin glin g down the back- stairs, told the crew,
“ O ld Cato is as great a R ogue as you .
N o"r A s .
V ER S . 29 . Favorece o Commer eio O que aqu i se p6en a boca de Bathurs t p6de-s e t ran sferir com igual propr iedade para Pope e 0 mesmo suc cede
‘
n a verdade c orn
outro s m u itos versos . WARTO N.
VER S. 30. Cor r ompe oAmig o. Cam6es n o Can to 8. Es
tan c. 98 e 9 9 , descreve adm irave lmen te os prejuizos queresultao do mao uzo do ouro
Este'
rende mun idas fortalezasFaz t redores ,
e falsos os am igosEs te a m ais n obre s faz fazer vi lezas ,
E en t rega Capi taes aos in im igosEs te corrompe virgin aes pu rezas
Sem temer' de hon ra ou fama alguus perigos
Es te deprava as veze s as scien cias
O s juizos cegando e as con scien cias .
Es te 1n terpreta mais que subt i lmen te
O s textos : este faz e desfaz le i sEs te cau sa os perjur ios en t re a gen te
E mil vez es tyran n os torna os R e i s .Até o s que $0
,
a D eos O mn ipoten teSe dedicao mil vez es ouv ire isQ ue corrompe este encan tador e illude ;M as nao sem cor , com tudo , de virtude. D O TRAD .
9 6 M O R A L E S SAY S. EP . III.
B lest paper-credit ! last and best s upplyThat len ds Corruption lighter w ings to flyGold imp ’
d by thee, can compas s hardest th in gs,Can pocket States, can fetch or carry Kings ;A s ingle leaf shall waft air Army o ’
er,
O r ship off Senates to a d istan t shore ;N o T A s .
O Cavalhe iro Chr istovao M usgrave , o homem maissabio do part ido (dos Tor is ) morreo an tes da u l t ima Sessao e pe lo m odo com que s e compor taréo depois da s ua
m or te se‘ m ost rou que n ecessitav
'
ao da s’
ua direccao . Es‘te ve ti tes ta da Opposiq
'
ao que . se fez n o u l t imo re in adodesde 0 pr in c ipio até o fim ; porém c edeo de m u itos ponto s de gran de impor tan c ia n o m om en to c r1t1co por cujom ot ivo ten ho boas raz6es para c rer que recebeo do fa
lecido Rei doz e mil l ibras es ter lin as em differen tes occa
s i6es .” Bdrn et n o ann o do 1705. W .
VER S . 39 . Abencoado papel‘
moeda lj“Nenhuma das mi
n has obras diz Pope a M r. Spen ce“ foim ais t rabalha
da , do que a m in ha Epis tola sobre 0 U so das R iquezas . ”Abunda n a verdade de con hec imen to da vida e de ~huma
sat ira a m ais exac ta. O s versos ac ima c itados tem tambem
0 m erec imen to de tocar sobre hum assumpto que n un ca
0.cco rre0 ao s satiricos an ter iores . Ainda que seja diflicn lto sodizer alguma cou sa de n ovo sobre a avare za
“vic io que
tem s ido tao cen surado diz Cow ley “com boas sen
t encas corn tudo o n os so Au thor fez is to 150 felizmen
t e que es ta epistola , jun tam en te com o t r iges imo t erce it o En saio de Lord Bacon , con tém quas i tudo quan to se
p6de di zer do uzo , e abuzo das R iquezas e dos absur
dos extremos da avarez a e profusao . M as o n os so Poeta
an imou o s seus prece i tos com 150 var ios characteres pin
turas e imagen s que . lha derao jus a'
preferen c ia sobre
todos os que tratarao desta assumpto ten tador desde o tem
. Ep . 111. E N S A I O S M o n AE s .
‘
9 7
papel moeda u ltimo e m elhor soccorro ! que dds azas
mais lige iras acorrupgao para voar ! O ‘
ouro aux il iado por ti pcide con segu ir as cou sas mai s difficeismetter Estados n a algibeira , chamar , ou desped irR e i s huma sci folha he capaz de tran sportar hum
‘Exerc ito , ou de embarcar Sen ados para huma praiaN o r a s .
pQ do Pluto de Ar is tophan e s . Aquelle Fidalgo velho mui
t o v ivo e amavel o falec ido Lord Bathurs t me dis se“
que e s tava mu1to adm irado de ver aquillo que com repe;
.tid0 prazer lera tan tas vez e s como hum a ep1s tola di r ig ida a e l le m esmo
,con ve r t ido n e s ta ediccao em hum dia
logo em que’
cliz e l le,
“conheco que sc
'
) faco huma
desprezivel e indiffe ren te figura e con t r ibuo m u ito pouco para 0 e spir ito do dialogo , se is to he hum dialogo e
e spero ter ia m ais a diz er a In élli
re spe ito em m u itas con
ve rsac6es agradaveis que t ive com Pope e Sw ift , e com
03 m eu s an t igo s am igo s poetas .
”
Na verdade podem os fa
z er a m e sma objeccao que Pe rrau l t dizem , fiz e ra a de
c ima sat ira de Bo i leau “ l’
Au teu r oubl ie que lquefois quec
’
e s t umdialogue qu ’il compose .
” Nao pos so de ixar de ac re s
c en tar que C ice ro da ao seu am igo At t ico huma mu itopequen a parte n os dialogo s em que e l le m e smo he re
p re sen tado como hum in ter locutor . WAR TciN.
VER S . 42 . Cloamar ou despedir Ra'
s No t em po do
n os so Au thor m u itos Pr in c ipes errarao pelo m u ndo e gran
des m udan gas de R e i s s e projectarao n a Europa. O T ra
tado da R epart icao diSpoz da H e spanha ; Franca tin ha ‘e s
tabelecido hum R ei para In g laterra foi m andado para a
Escos sia e depo is r e t irado ; Ec i Es tan is lao foiman dado para a Po lo n ia e r et irado ; 0 D uque de AnJou foi
en viado para H e span ha , e D . Car los . para l talia. P.
VR R S . 44. Ga de embar car Senado r para buma praza r e
mofa Al lude a varios M in is t ros de Es tado Con selhei
N
98 M O R A L E S S AY S EP . III.
A leaf, like Sibyl ’s, s catter to an d fro 43
O ur fates and fortun es , as the w i nds shall blowPregn an t w ith thousan ds H it s the Scrap un seen !
An d s ilen t sells a King , or buys a Q ueen .
Oh that such bu lky B r ibes as all m ight see,Still, as of old, in cumber
’
d Vi llai ny !Cou ld Fran ce or R om e d ivert ou r brave des ign s,With all the ir, brandies or w ith all the ir w i n e s ?What could they more than Kn ights and ’
Squ irescon fou n d,
O r water all the Q uorum ten m iles roun d ? 54
A Statesman’
s s lumbers how th i s speech wou ld Spoil !“ Sir, Spain has sen t a thousand jar s of oil ;H ug e bale s of Br itish c loth b lockade the doorA hundred oxen at you r levee roar .
Poor Avar ice on e tormen t m ore wou ld findNor could Profusion
xsquan der all in kin d .
Astr ide his cheese Sir M organ m ight we m eet ;
An dWorldly cryin g coals from street to street,
N o T A s .
ro s e Pat r iotas desterrados n os n os so s tempos para a Si
beria e A ’ M A IS G LO R IO SA SORTE do PA R LA M ENTO de
r n n rs ban nido para Pon to i se n o an n o de 17 20. P.
VER S . 47 . H uma lira de papel pr en he de Game'
s,
v o‘
a
s em rer vis ta A imagem he m ui subl ime e al lude ai
carre ira de huma pes te de stru idora. O Psalmis ta n a sua ex
pres sao da P erle que eaminbava n a es curia’
ade a form
ceo com a subl im idade da sua idea. W.
VER S . 48. Compra huma Rain/n u ] H um subt i l toque desat ira sobre huur character , que elle frequen temen te sat i
100 M O R A' L E S S AY S. Er . III.
Whom w ith a wig so w i ld, and m ien so maz’d
,
P ity m istakes for some poor tradesman craz’
d.
H ad Colepepper’
s whole wealth been hops an d hog s,Cou ld he h im self have sen t it to the dog s ? 66
H is Grace w i ll game : toWhite ’
s a Bull be led,With spu rn in g heels an d w ith a butt i ng head.
ToWh ite ’
s be car ry’d, as to an c ien t games,
Fair Cou r ser s, Vases, an d allu ring D ames .
Shall then Uxor io, i f the stake s he sweep,
Bear home six'Whores, an d make his Lady weep ?
O r soft Adon i s, so perfum’
d an d fin e ,
D r ive to St/ James’s a whole herd. of sw in e ?O h fi lthy check on all in dustr iou s sk i ll, 75
To spoil the n ation ’
s‘
last g reat trade, Q uadr illeSin ce then , my Lord, on such a world we fall,What sayyou B . Say?Whytake it, Gold and all.
P W-
hat R iches g ive u s let u s then en quireM eat, Fire, and C lothes . B .What more ? P. M eat,C lothes, and F ire . 80
Is th is too l ittle ? would you more than live ?Alas
’
tis m ore than Turn er fin ds they g ive .
N O T A S .
VE R S . 65. Calepepper] O Cavalhe i ro Gu i lherm e Colepep
per Baron ete pe s soa de huma fam i l ia an t iga , e de gran
de for tuna ,s em m ais alguma ou tra qual idade de hum ho
m em bem n asc ido ; 0 qual depo i s de se ter arru inado n as
casas de jogo pas sava ali0 re s to dos sen s dias vendo
a ru in a dos ou t ro s querendo an tes subs i s t i r de emp res timos
c esm olas do que e n t rar em algum m odo de vida hon e s tocngeitando hum Po s to n o Exerc ito que se lhe offe receo . P.
VE R S . 69 . Famosa casa de café em Londre s j un to aCo rte ,onde con corre a pr imeiraNobreza, e se j oga. D o TRAD .
Era. III . E N SA I O S . M O R A E S. 101
que pela g rande cabelleira, e semblan te espan tado , a
p iedade trocar ia por hum pobre‘
mercador lou co . Se toa
da a r iqueza de Colepepper fos sem luparos ,’
e porcos
poder ia elle desperdigalla ? Q uer o D u que j ogar : serziprec i so ‘
levar hum Boiao Cafe’ de Wh ite in vest indocom as pon tas e marran do com a cabeca. Podem-se
conduz i r para ali, como n os j ogos dos an t igos , bon sCavallos
, Vasos , e D amas atract ivas . E se Uxorio
ganhar o bolo , ha de levar para casa se i s meretr izes ,
e fazer chorar a molher ? O u o doce Adon is , t fio perfumado e l in do , gu iara' para 8 . James huma vara in ~te ira de porcos ? O h ! in fam e obstacu lo a toda a s c ion -a01a da 1ndustria ! pr ivar a Nagao do g ran de , e u ltimo commerc io , 0 Jogo do Q uarto Jaque v ivemos,Senhor , em tal mun do , qu e d ize i s ? B . Q ue digo ?Q tie vam os com elle , com o Ou ro , e tudo o mais .
P . Exam in em os po i s o que as r iquezas n os (1510. C0
m er ,fogo , e vestuar lo . B . Q ue r
’
uai s ? P . Comer ,
vestuar io , e fogo . H e pouco ? Q uereis m ais do que
viver ! Ah ! he mai s do que Tu rn er achou que ellas
N O T A S .
VER s . 82 . Tur n er ] Cer to hom em d que pos sumclo t re
zen tas mil l ibras es te r l in as n ao qu iz ter ~mais carruagem ,
porque 0 j uro se reduzio de c in co a quat ro por eem‘
o e
e n tao deo a Ju ro mai s ven tajo so se ten ta mil libras a Cor
poracao de Car idade ; cuja somm a perdida tomou i s totan to a pe ito L que n un ca m ais sahio do seu quar to . jul
gou-se que nao sobreviver ia a este reve l s e nao houve s
ac de ser herde iro de out ros con side raveis b en s que e spe
rava todo s os dias e 1150 poupas se po r e ste modo de vi
da 0 vestuario e todas as mais,despesas
102 M O R A L E S SA Y S. Er . III.
Alas’
tis m ore than (all his V i s ion s past )U nhappyWharton , waking, foun d at last !Whatfin they g ive ? to dying H opkin s, H e irs ; 85
To Chartres , V igour ; Japhet, Nose an d Ears ?
Can they, in gem s bid pall i d H ipp ia g low,
In Fu lv ia’
s buckle ease the throb s belowO r heal, old Narses , thy ob scen er ail,Whit all th ’
emb roid’
ry plaister’
d at thy tail ?They m ight (were H arpax n ot too w ise to spen d )G ive H arpax s elf the ’
b le ssin g of a fr ien d ;O r find some D octor that wou ld save the f life
O f wretched Shylock, sp ite of Shylock ’s WifeBut thousan ds die, w ithou t or th is or that,D ie, and en dow a College, or a Cat .
N o n a s .
V E R S . 84. Infilz’
z Wbar tan ] Cavalhe iro de grandes qualidade s mas tao de sgracado n a applicacao del las com o
s e fossem vic ios e loucuras . Vede 0 seu charac ter n a pri
m e ira Epis to la. P
VER s . 85 . H apém s H um cidadao , cuja rapacidade fez
c om que obt ive s se 0 n om e de Aaul r e H aplm r . Viveu s em
m e rec imen to m as m orreo pos suin a’o tr ez en tar mil [foray
es ter lin as que nio qu iz dar a nin guem e depo i s dispozde modo que SC 1150 podose gozar , s enao pas sadas duas
gerac6es . 0 sea Advogado repre sen tando-lhe quan tos an uos
deve riao correr pr ime iro que i sto t ives se e ffeito e que
o s eu dinhe iro duran te aque l lo tem po sc'
i podia fiear ven
cendo juros mos trou n is to grande alegr ia e disse “
que
se r ia n eces sar io tan to tempo para se con sum ir 0 sen cabe
dal quan to foi prec i so para 0 adqu ir ir .
”Po rém a Chan
cellaria an n u llou depois 0 tes tamen to e en trcgou tudo ao
herde iro leg itimo.
’
P.
. 104 M O R A L E S SAY S. Er . III.
T o some, indeed, H eav’
n g ran ts the happier fate,T
’
en rich a Bastard, or a Son they hate .
Perhaps you th in k the Poor m ight have theirp art ?
Bon d dam n s theP oor, an d hates them from his heartThe grave Sir Gilbert holds it for a rule 101
‘That ev ’
ry man in wan t is kn ave or fool
”God can n ot love (says Blun t, w ith tearless eyes )The w retch he s tarve s -an d p iously den iesBut the g ood B ishop, with a m eeke r air, 105
Adm its , an d leave s them, Providen ce ’
s care .
Y et, to be‘
ju st to these poor m en of pelf,~Each does but hate his n eighbou r as him self :
N O T A S .
ta.] H um a famosa D uqueza de R ichemond de ixou n o seu
t e s tamen to con side raveis legado s e an n uidade s aos seus Ga
to s . P .
Es ta bemfeitora 1150 cm out ra sen do La Be l le Stuar t
do Conde de G ramm on t ; e a sua deixa nao he hum oh
jec to propr io de sat i ra. A verdade he que de ixou an n u i'
clades a cer tas am igas com 0 en cargo de su s ten tarem algu n sdo s seus gat os ; m e io de licado
‘
de prover e stas m olheres
pobre s e provave lm en te bem n asc idas e de ve rg on ha
s em lhes faze r conhecer que devifto o seu sus ten to d sua
‘m e ra' liberal idade . WA RTO N .
VER S . 100. Band or amaldica‘
a, Es ta epis to la foi
e scr ita n o an n o de 1730 ,cm que se e s tabe leceo huma Cor
poracio para empres tar di n he iro aos pobre s sobre penh o
r es com o n om e de Corporavio Car itat iva ; mas tudo se
con ver teo un icam e n te em hum m e thodo in iquo de en r iquecer o s par t iculares com ru ina cle tan ta gen te ; de so r te
que ve io a ser do in teresse do Par lamen to e sforcar-se em
ajudar a es tes de sgracados miseraveis e t res dos D irec to
Er . III . EN SA I O S M O R AE S. 105
A algun s n a verdade con cede o Ceo a sorte mai s feliz de en r i quecer hum Bastardo , ou hum Filho ,
que detestz'
to.
Ju lgais talvez , que os pobres tern n isto parte ?Bon d os amaldigda, e 05 aborrece do coraga
’
o : o g ra
ve Cavalhe iro G ilbert tem por max ima , que todo o
homem n ecess itado , on he velhaco ou fatuo : “ D eos
nfio p6de amar (diz Blun t corn os olhos en xutos ) oin fel iz que mata afome ”
e p iamen te refusa soccor
rello : mas o bom Bispo ,com air mai s meigo os aco
lhe , e 05 de ixa ao cu idado da Providen c ia.
Com tudo a fazer Ju stiga a e stes pobres in teressel ros , elles aborrecem o seu prox imo, como a simes
l
N o r m s .
res , que erio membros da Camara dos Commun s forao
expu lsos . D a In formacao da Jun ta n omeada para exam inares te n egoc io in iquo se most ra , que quan do se Oppunha por
obiecqao a' in ten tada m udanca da casa que os pobres pa
t a cuj o uzo fora er ig ida teriao n is to prejuizo , respondeoB ond hum dos D irec tores : malditos 1450 or poorer .
“ D eo s
aborrece os pobre s e“ todo o homem n ecess itado , on he
ve lhaco ou fatuo e tc . erao o s ge n u in os apothegmas
'
de
algumas pes soas de que aqu i se faz mencao .
VE R S . 105: M ar 0 bom'
Bispo Em lugar des te Bispo1mag1nar1o e n o prrm eiro D ialogo de 1738 t in ha 0 Poe
ta n omeado huma pessoa de Q ual idade bem dign a que'
n o
discurso de mu1t0s an n os br i lhou n os empregos publicos com
m u ita hon ra e ven tagern do ' seu paiz ; ‘
mas sendo huma
vez opprimido pe la preoccupaca'o popu lar , e cen sura pu
blica nao adm ira que o Poeta, que 0 11510 conhecm pes
soalmen te ju lgasse mal delle . T ive a hon ra de conhecer
mu ito bem es ta Pessoa verdade iramen te illus trel, e de lhe
ser’
assas obr igado ; e pelo ‘ in t imo conhecimen to do seu cha
0
106 M O R A L E S SAY S. EP . III .D amn
’
d to the M in es, an equal fatel
betides
The Slave that d igs it, an d the Slave that h ides .
B .Who suffer thu s, m ere Char ity should own , 111
M u st act on mot ives powerfu l, tho ’
unkn own .
P . Some War, som e Plague, or Fam in e they foresee,Some R evelation hid from you an d me .
Why Shylock wan ts a meal, the cause is foun d,H e thin k s a Loaf wil r i se to fifty poun d . 116
What made D irectors cheat ~in South-sea year ?To live on Ven
’
son when it sold so dear .
Ask you why Phryn e the whole Auct ion buys ?Phryn e foresees a gen eral Exc i se . 120
Why she and Sappho raise that mon s trou s sumAlas ! they fear a man w ill cost a plum .
‘N o r n s .
racter estava in te iramen te per suadido da sua in n ocen cia e
que fcira impruden tem en te ret ratado por m u i tos embus tei
ros in fames corn grande perda dos seu s ben s e reputao
9 510. A rogos po i s e por in formacao m inha retractou o
Poeta com m u ita satis facao e r iscou em ambos os lugaresa sua mal fundada cen s ura. Tive depo is o praz er dc saber
de boa au thoridade que e stes favoraveis sen t im en tos de l lefor
‘
ao po r fim p len amen te ju stificado s n o cu rso de algun s
procedimen tos no Al to T r ibunal da Chan cellaria o maiss eguro in ve s t igador da Verdade , e Fal s idade . W .
Este procedimen to faz ce rtamen te grande hon ra agran
dao e am izade do D r . Warburton . O Cavalhe iro R . deo.
lhe o Ben eficio de Brandbroughton ; e a carta que e lle escre
veo em sua defeza acha-se a p . 144 da sua V ida e scr itapelo B ispo H urd. WA RTON.
Van s . 109 . 19’
s M ina: Is to man ifestamen te he t iradodas cau sas da D ecaden c ia da Piedade Chr is ta.
“ R eputou se
sempre diz este excellen te escritor “
pelo mais severo cas
108 . M O R A L .E S SA Y S. EP . III.
Wise Peter sees theWorld ’s respect for Gold,And therefore hopes th i s Nation may be soldG lor iou s Amb ition Peter, swell thy store,And be what R ome
’
s g reat D idiu s was before .
The Crown of Polan d, ven al tw ice an age,
To j ust th ree million s st in ted m odest Gage.But n obler s cen es M ar ia ’
s dream s un fold,H ereditary R ealm s, an d worlds of Gold .Con gen ial sou ls whose l ife on e Av
’
rice j o in s ;And on e fate bur ies in the Astur ian M in es .
N o r h s .
de 1733 1magin ar'
éo que se t ratava de semelhan te projecto de
que he p rovavel t ives se e s ta Sen hora alguma n ot ic ia. P.
V ER S. 123. O sabio P edr o] PED RO WALT ER homem
1150 $6 em in en te n a s cien cia da sua profis séo como hum
des tro Procurador , mas reconhec ido por hum bom Nota
rio e talvez seguro ; summam en te re spe i tado pe la NO
breza des ta terra ain da que i sen to de todas as man e irasde luxo e o sten tacao nin guem vio n un ca as suas r iquezas n em ouvio fal lar da s ua bondade ; excepto a re spei
t o de seu filho , para quem procu rou hum emprego de
con sideravel lucro de que lhe deixava sém en te o n eces sa
rio. Por i sso macu lar e s te Cavalhe iro de ambicao he cer
tamen te grande injus tica. P.
VER S. 126. Em R oma o g rande D idio.]i
Juriscon sultoRoman o tao r ico que comprou o Imper io quando e s
tava para se ven de r por m orte de Pert in az . P
VER S . 127 . A Cor oa e tc . As duas pe ssoas aqu i design adas e rao cle Q ualidade cada huma das quaes n o M is sissip
pifldenhou realisar para c ima de trez en/as mi] libras er
Ier lin as ; o Cavalhe iro com 0 in ten to de comprar a Coroa
de Po lon ia ,a Sen hora com huma idea da m esma R eal na
t u reza. R etirarao-se depo is para H espan ha , onde se .0ccupéo
ainda em procurar ouro nas m inas das As turias. P.
f
Er . III. E N SA I O S M O R AE S. 109
O sab io Pedro vé o respeito , que o M un do temao ou ro , e per 1880 es
'
pera que esta Nagao se ven da :
g lor iosa ambigz‘
ro Augmen ta Pedro os teu s ben s , e
sé o que foi an tigamen te em R oma 0 gran de D idio .
A Coroa de Polon ia ven al duas vezes em hum
seculo , fez desejar ao modesto Gage _
tres milh6es sci
men te . M as scen as mais n obres descob rem os sonhos
de M ar ia ; R e in os hereditarios , e mu n dos de ou ro .» G e
nios semelhan tes , que a mesma avareza une em v idae 1gual sorte sepulta n as M in as das Astur ias .
N o r A s .
Paiz de st inado aruin a pelos seus ambiciosos e injustos visin ho s que m erecem os mai s severos ,toques de hu
ma sat ira tal qual a do n osso Author . WA RTON.
VER S . 128. Fez desejar ao modes to Gag e] “ Q 5 n omes'
destas duas pe ssoas e rao M r . Gage e Lady M ar ia H er
ber t filha de Gu i lherme M arquez de Pow i s que m or
ren do em O utubro de 1745 de ixou n as m eios dos seus te s ;
tamen teiros e depos itar ios huma an n uidade de duzen tas
l ibras por an n o , para serem pagas em ben eficio des ta filha nao para pagamen to das mu itas dividas que el la ti
n ha con trahido mas para que lhe nao faltas se o n eces sa
rio . Gu ilherme M arquez de Pow is filho do pr ime iro ple iteou sobre o dito t es tamen to mas faleceo quan do a de
manda pendia n o Ju izo Eccles ias t ico de ixando 0 reman e
cen te das terras e rendas f dos seus ben s de raiz depo isde pagas as suas dividas , em poder de depos itar ios em uti
lidade do M uito H on rado H en riqu je Arthur , en tao Lord,
H erbert depo is Conde de '
Powis com quem nao t inhaparen tesco , amisade , ou conhec imen to ; 0 qual Ar thur ca
sou depo is com Barbara H erber t sobr in ha e herdeira leg it ima'
do u l t imo Conde de Pow i s . Es te homem com gran
des prom es sas e am eacas con seguio que o s depos i tariosdo primeiro Conde conviessem em obter a administragao do
110 M O R AL E S SAY S EP . III.
M uch inju r ’
d, Blun t ! why bears he B r itain ’
s
hate ?A wrzard told him in these words ou r fateAt len ght Corruption , l ike a gou
’
ral flood, 135
(So long by watchful M in isters withstood,)Shall deluge all and Avarice creepin g on ,Spread l ike a low-b orn mist, and. blot the Sun ;Statesman and Patriot ply alike the stocks,Peeress and Butler share alike the Box,And Judg es job, and Bi shops b ite the town ,An d m igh ty D ukes pack cards for half a c rown .
See B r itain sun k in lucre ’
s sord id charm s,
And Fran ce reveng’
d of An n E’
s and EDWAR n ’
s
arms
N O T A S .
testamen to , e codic illo do M arquez Pai an n exo em M aiode 1749 e en tio se arrependeo de pagar a an n uidade de
duzen tas l ibras a M aria H erbert filha do dito M arquez .
C omo e l la agora res idia em Franc-a promet terao-lhe fa
z e lla D ama de H onor vda Rain ha de Frauea ; 0 que saben
do Lord H erbert sah io de Inglaterra para a dissuadir cle
ace itar como huma afron ta para e lla e para a sua fa
m il ia ; '
e promet teo pagar-lhe todos o s at razados da an n u idade das duzen tas l ibras devidas pelo tes tamen to de seu /
pai e dar-lhe ainda mais out ras duzen tas por an no . Nun
ca cumpr to 1sto até que depo i s dc var ios ple ito s se dec idio a causa n a Camara dos Lords que de te rm in ou que
ambas as an n uidades fossem pagas corn todos os atrazados
ven c idos n o an n o de 1766.~Tio pouca differenca experi
men tou e sta Sen hora en tre sonhos e real idades duran te a
sua dilatada vida.
”
D as n o tas M SS. de M r . Bowyer. WAR'I‘
ON.
Van s . Blun t arrds jajuriadoi] O Cavalhe iro. joao
112 M O R A L E S SAY S. EP . III.’Twas n o Court-badge, great Scr iv ’n er fir ’
d thyb rain ,
Nor lordly Luxury, n or C ity GainNo,
’twas thy r ighteous en d, asham ’
d to see
Sen ates degen’
rate, Patriots d isagree,And n obly wish ing Party-rage to cease,
To buy both s ides, and g ive thy Coun try peace . 150
All this is madn ess,” cries a sober sageBut who, my fr ien d, has reason in his rage ?The R ulin g Pas s ion , be it what it w ill,The R u l in g Pas s ion con quers R eason still .Les s mad the w ildest whim sey we can fram e, 155
Than ev’
n that Pas s ion , if it has n o Aim ;
For though such m otives Folly you may call,
The Folly ’s greater to have n on e at all .
H ear then the truth : ’
Tis H eav'n each
Passion sen ds,An d diff’ren t men d irects to difl’
ren t en ds .
Extremes in Nature equal good produce,Extremes in M an con cur to gen
’
ral u se .
”
N o r a s .
n eira a’
o n evoa ras tez'
ra e man e/yard a s ol Esta compara
9 50 he summamen t e apropr iada , significando que e s te vi
cio he de or igem baixa e vil c reado e n u t r ido en tre
o s Escriv'
aes e Correctore s , e desconhec ido até ha pou
co t empo dos Nobres des ta t erra ; mas agora n a pleni
tude do tempo levan ta a cabeca , e aspira a escurecen os
mais i l lustres Empregos com a sua cal igin osa e pes tilen
cial sombra. Significando 0 so] e outros corpos lum inosos do Ceo n o alto est ilo or ien tal , os Grandes c No
bres da terra. SCRIBL In terpretac’
ao arrastada. WAR ’
I‘
.
EP’
. 111. ENSA IO S M O R AES. 113
de ANNA , e de D UAR TE !” Nem as In sigmas da
Corte , cig rande Esc r ivao , n em o luxo dos Lords ,
n em o lucrodo Commerc io , inflammarao o teu cc
rebro : n ao : en verg onhado de vere '
s degen erar 0 Seriado , os Patr iotas discordar , e desejan do nobremen teque o espiritcide Partido ces sasse , era 0 teu justo fimcomprar
'
ambos os partidos , e dar paz atua Patr ia.
“ Tudo isto he hum sab io mo
derado : mas , am igo , quem tem razao n a sua raiva?A Paixéo dom in an teseja qual for , a Paixa'o dom i
n an te con qu ista sempre aRazao . A maior extrava
g an cia que se possa 1mag1n ar , he m en os 1n sen sata do
que qualquer Pa ixao , se nao tern algum fim ; porqueai nda que chamemos lou cura a semelhantes mot ivos ,mal or loucura he n ao
‘
ter n en hum .
O uv1 po1s a verdade : “ H e 0 Ceo que 1n sp1ra as
palxoes , e d ir ige d iversos homen s a d iversos fin s .
O s extremos na Natu reza produzem 1g ual bem , os
extremos n o H omem con correm para a ut ilidade g eral .” Pergun tais quem faz com que hun s, guardem,
N o r A sd
V E R S. 145. Inflammarao’
a tea cer ebro As in signias x
da
Cor te inflammando 0 ce r’
ebro he certam en te huma ex
pre s séo grosse ira e 1mpr0pr1a. WA RTO N.
VER S . 154. Con quista] Vede o que Ja se dis se da permc io sa m ax ima de huma paixéio dom inan te . WAR TON .
VER S . 158. M az'
or loucura] verbatim de Rochefoucault .
VVAR TO N.
VER S . 162 . Os’
ext r emor n o H omem] Vede a l inda pas sagem c itada ac ima n o En saio sobre o H omem do T 1atad0 do
D r. Bulguy sobre a D 1vma Ben evolen cia, p. 100.Wan r .
114 M O R A L E S SAY S. EP . 1II .Ask me what makes on e keep, and on e bestow ?That Pow ’
r who b ids the Ocean ebb an d flow,
B id/s Seed-t im e, harvest, equal course main ta in , 165
Through recon cil’
d extremes of drought and rain,
Bu i lds Life on D eath, on Chang e D urat ion founds,
And gives th’
etern al wheels to kn ow the i r roun d s .
Riches, l ike in sects, when con ceal’
d they lie,Wait but for w in g s, an d in the ir season fly.
Who sees pale M ammon pin e am idst his store,Sees but a backward steward for the Poor ;This year a R eservoir, to keep and spare
The n ext, a Foun tain , spoutin g through his H eir,
In lav i sh stream s to qu en ch a Coun try ’s th i rst, 175
An d men and dog s shall d r in k him t i ll they bur st .O ld Cotta sham
’
d his fo rtun e and his b irthY et was n ot Cotta vo i d of wit or worth :What though (the u se of barb
’
rou s sp its forgot )H is k itchen vy
’
d in cooln es s with his g rot ?H is cou rt with n ettles, m oat s w i th cres se s stor ’d
,
With soups un bought and sallads bless’
d his board ?,N O T A S .
Vas s . 164. flguelle P oe/em] Tambem os an t igos filo sofo sat t ribuirao e s ta differenca de carac te re s n o s hom en s a hu
m a D iv indade com o se vé daquelle s bellis simo s verso s de
H orac io 183 e seg. da Epis t . 11. do liv. 11.
‘
Cu r al ter frat rum c essare e t l ndere e t ung iPrmferat H e rodis palm e tis pinguibu s ; al terD ives et impor tun us ,
ad umbram luc is ab or tu
Sylve s t rem flammis ac fer ro mitiget agrum
Sc it Gen ius n atale comes qui temperat as t rum ,
Naturre D EU S humanas m ortalis in un um.
Q uodque caput , vultu mutabi l is albus et ater.
116 M O R A L E S SAY S. EP . III.
If Cotta liv ’
d on pu lse, it was'
n o more
Than Bramin s, Sain ts, an d Sages did before ;To cram the R ich was prodigal expen ce, 185
An d who would take the Poor from Providen ce ?Like some lon e Chartreux stan ds the good old H all,
Silen ce w ithout, and fasts w ith in the wallNo
l
rafter’
d roofs with dan ce and tabor soun d,No n oon -t ide bell in vites the coun try round 190
Ten an ts w ith s ighs the sm oak lcss tow’
rs s u rvey,An d turn th
,
’
unw illing steeds an other wayN O T A S .
das a mais e s sen cial na poe s ia. Cada epitheto , de que aqu iu sa p in ta 0 seu obj ec to e o p in ta dis tin c tarn en te . D e
pois de passado o fo s so che io de mas t rucos ,r 1150 n o s acham os
r ealmen te n o m e io do pateo de s ta de serta e so l itaria habitac
’
ao , c oberto de labacas e or t igas ? E nao e s tai s ou
v indo 0 050 que vo s vai in ves t ir ? En tre as out ras cir
c un stan cias fel ize s que acompan hao a H omero
'
, 1150 he
huma das m ais pequen as 0 ter e sc r ito an tes de se inven tarem termos geraes e abs t ractos . D aqu i vem most rar a s ua
m u sa (sem e lhan te a sua propr ia H e lena e s tando sobre as
muralhas de T ro ia) cada pe s soa , e cou sa , exacta e eflicazm en te . Todas as vi stas , e per spect ivas que nos apre
sen ta parecem trio comple tas e pe rfe i tas com o a que des
pe rtou a at tencao de Neptun o quando e l le es tava as sen ta
do . (Iliada ,lib . x 111. v.
c l/é'
or anpoc awg atom/(011g Earns vAnsaang
®pnmmg £12052 fyap eQDau/Efro warm 1511
(Pawefro 55 I—
Iptauow arch ;Jm 1 meg Axmwv.
Aquelles que sao apaixon ados de gen eral idade s poderac') julgar que o n um ero de c ircun stan c ias n aturaes e pequen as ,in t roduz idas n a be l la n arracao da accao de D olon e D io
medes (l ivro decimo) sao demasiadamen te part iculares e
EP . III. EN SA I O S M O R AE S. 117
aben goem a sua mesa com Sopas ,-e saladas nao com
pradas ? Se Cotta v ivia de leg umes , n ao’
fazia mais
que d’
an tes o s Bramen es , os San tos , e os Sab ios ; fartar o R ico , he
‘
despesa prodiga, e quem t iraré 05 P0bres tiProv iden c ia ? O seu b
'
om an t igo Palacio se pa
rece com huma Cartuxa sol itaria , por fora s ilen cio ,
por den tro j ejum ; n em os tectos forrados soéo c om
dan gas e tamboris , n em o s in o do me io dia con vida osv iz inhos os rendeiros olha
'
o su spiran do para as torressem fumo , e voltao os cavallo s con strangidos por ou
N O T A S .
pequenas e in feriores é dign idade da poes ia ép ica. M as
qualquer le ito r de go sto apurado adm irarei sempre a miuda
descripcio'
do capacete e pen acho n o ver . 257 o ter
das azas da Garca que e l les nao vi‘
éo ; o e star agachado
en t re o s corpo s m ortos até que D o lon passasse ; o as sobiarU l is ses a D iom edes por senha ; o dar nos cavallos com
o seu arco por lhe ter e squecido t raz er corn s igo o aco ite ;e as in n um eraveis c ircun s tan cias que faz
’
em e s ta n ar racfio
t éo viva tao dramatica e tao in teressan te. M etade da Il ia’da e da O dys sea se pode c itar como exemplos de st e m o
do de es crever tao difleren te das figuras que n os apre
s en tao mu ito s escr itores modern os in completas e me iasformadas . Q uan to he e levado o patethico de Sophoc lesquando fal lando de D ejan ira determ in ada a de s truir-se asimesma ,
e despedindo-se do s eu palac io acrescen ta hu
m a c ircu n stan c ia que Vo ltaire despresaria !Khan . 8
?
Opfyaww 07 8
xl/azwa eua519 sxpwro Behma Wat/Jag,
En tre os poetas Roman os Lucrec io forn eceramu itos exemIM ITAct
’
iEs .
VER S . 182 . Com s opas e salaa’as m
’
io compradas ?
-dapibus men sas on erabat P.
118 M O R A L E S S AY S. EP . III.Ben ighted wanderers, the forest o ’
er,
Cu rse the sav’
d can dle, and u n op’
nin g door ;Wh i le the gaun t mastifi
'
, g rowl in g at the gate, 195
Afi'
rights the beggar whom he lon g s to eat .
Not so his Son , he mark’
d th is overs ight,And then m istook reverse of wron g for r ight . .
(For what to shun w ill n o great kn owledge n eed,But what to follow is a task in deed . )Y et sure, of qual it ies deserv ing praise,M ore go to ru in Fortun es, than to raise .
N O T A S .
p los de sta e spec ie de p in tura forte . A sabe r o seu retra
t o de hum hom em c ioso , l ivro IV. v . 1130.
“ Au t quod in ambiguo verbum jaculata r eliquit
Q uod cupido M dfixum cordi vivescxt , u t ign isAut n imium jac tare o culos aliumve tuer iQ uod pu tat , in vo ltuque v ide t ve s t igia r i su s .
D e Iphigen ia indo para‘ o sac rificio n o m omen to em que
— “ M oes tum s imu l an te aras ads tare paren tem
Sen sit e t hun c propter ferrum ce lare m in istros .D o temor l ivro III. v . 155.
“ Siidores itaque°
e t pallorem existere toto
Corpore ; e t in fr in g i lin guam ; vocem que aboriri
Cal igare occulo s ; son ere au res ; s ucc idere artus .
Sem espe cificar os var io s toque s da n atureza com que Vir
g il io descreveo o s pron os tico s do tempo n a sua pr ime ira Geor
g ica ,con s ideremo s un icamen te corn que e n erg ia en ume
rou e par ticularisou os gesto s e at t itude s da s ua D idom or ibunda. Nao ha c in co versos que con tenhéo mais image n s e xpr im idas mais dis tin c tamen te .
“ Il la grave s oculos con ata at tolere rursus
D ificit ; infixum s t ride t sub pec tore vul n us ;T e r revo luta toro es t ; oculis que e rran tibus , alto
Q uaesivit cos lo lucem in gemuit que reperta.
”
120 M O R A L E S S AY S. Er . III .What slaughter ’
d hecatomb s, what floods ofWin e, ,
F ill the capacious’
Squire, and deep Div in e 'Y et n o mean m otive th is profu s ion draws,H is oxen per ish in his coun try’
s cause ;’
Tis G EO R GE and LIBERTY that c rown s the cup,
And Z eal for that great H ou se wh ich eats him up,
The woods recede aroun d“ the n aked seat,The sylvan s groan — n o mater— for the Fleet : 210
N O T A S.
gen eralmen te parlando con s ista piu dipen s ier i ch e d’
im
m ag ini si compiacc ia de l le riiiles sion e equalm en te che dei
s en t imen t i : n on sia co s i part ico lareggiata e p it toresca co
m e e la n ostra. Virg il io a cagion e d’
e sempio rappresen tan
do D idon e quando e sce al la cacc iafa un a tal de scrizio
n e del suo ves t imen to che tut t i i r itratt is t i leggen do quelpasso ,la vestirebbon o a un modo
‘Tandem progreditur , m agn a s t ipan te caterva ,
‘Sidoniam picto chlamydem circumdata limbo‘Cui pharetra ex auro c r in e s n odan tur in aurum
‘Aurea purpuream subn ectit fibu la ves tem .
’
,Non co s i M ilton o quando desc rive la n uda be l leza diEva‘G race was in all her s teps heav
’n in her eye ,
‘In every ge s tu re, dign ity and love .
’
Con quella parole gen erale e as t rat te idee digraz ia cie
lo amore e maes ta’
n on pare a lei che ogn un o si form:
in m en te un a Eva a posta sua ?
D eve se n a verdade con fessar que es ta pas sagem m o
(15. huma idéa distin c ta e par ticular da pes soa de Eva
mas em quan tas muitas ou tras n ao tem M il ton descripto
as suas figu ras , e expr im ido as suas imagen s com en er
gia e distinq‘
ao
“ Unde r a coron et his flow ing hairIn curls on either check play
’
d ; wings he wore
if
EN SA I O S M O R AE S. 121
do que para a augmén tar . Q ue san gu in olen tas hecatombas , que r ios de v inho en chem o barrigudo Escudeir ‘
o ,
e o profundo Theologo Com’
tudo n enhum m otivo insig n ifican te causa e sta profu sfio ;
‘
seusbo i s morrem n a.
causa da sua patr ia ; he JOR GE , e a LIBER DAD E , que
c oroao a taga ,e o ze lo por esta g ran de Casa , que 2)
devora. O s bosques se apartao do seu Palac io descor‘
tin ado ; gemem os Sylvan os , n ao importa he para a.
N o T A 8.
O f m any a colour ’d plume spr in kled v'
vith gold 5
H is habit fit for speed succin c t , and he ldBefore his decen t steps a s i lver wand.
“ D ire was the t o ss ing, deep the groan s ; D espair
Ten ded the s ick , bus ie s t from couch to cou ch ;
And over them t riumphan t D eath his dart
Shook, but delay’
d to st r ike .
“ From his s lack hand tlg'e‘
garland, w reath‘
d for Eve,
D own dropt , and all the faded roses‘
shed ;
Spee chles s he s tood, and pale .
E Spen cer o me s t re _de M il ton abunda tan to de retratos
pecu liarmen te mar cado s e in ven tados fo r teme n te que he
diflicil con hecer quaes havemos e sco lher des te cop io so ar
m az em da pin tura a mais an imada. O me/smo se pode di
-f
Zer de Shakespear de cujos pequen os toque s da n atu reza ,
nao h e de adm irar nao gos tas se Vo l taire -
que n os nao da'
.
e xemplo desta be l lezan a sua H e n riada, n em provas de hu
ma fan tas ia pic toresca em huma obra , que abunda m aisde declamacao de reflext’ies moraes e po l it icas do que
de imagen s poeticas em que~ba pouco charac ter , e m e
n o s n atureza e em que x
o m esmo Author se m os tra“
em
toda a obra e be e l le m esmo o heroe do seu poema.
D emore i-m e . m ais sobre '
este as sumpto , por m e per
suadir que vejo muitas s in tomas , até v en treJ
os escr itoresQ
[122 M O R A L E S‘
S'
A“
Y 8. EP . III .N ext goes his wool- to clothe our valian t ban ds ;Last, for his Coun try ’s love , h e sells his Lan ds .
N o r a s .
‘
em in en tes de se apartarem de s tas trepresen tacoes da Na
‘tureza Ne rdadeiras vivas .e miudas e se demorarem em
g en eral idade s . A es tes opponho o testemunho do m ai s judicioso e e legan te c r i t ico talvez en t re os an t igos “ Pro
c uldubio qui dic it expugn atam es se civitatem complec ti
tu r om n ia quazcum que tal is fortun a recipit : sed in affectus
m in u s pen et rat brevis hic velut n un tius . At siaperias hz c
qua verbo un o in c lusa eran t apparebun t effusae per do
m o s ac t em pla flammx et ruen tium tec torum fragor , et
ex diversis c lam oribus unu s qu idam son us ; aliorum fuga in
c er ta ; al i i in extremo complexfi sn orum cohx ren t es , e t
in fan tiurn faemin arum quea
ploratus e t male usque in illum
diem servat i fato sen es ; tum i l la profan orum sacrorumque
direptio efl'
eren tium praeda‘
s, , repeten tium que di scursus
e t act i an te suum qu isque prae ‘
don em caten ati e t conata
r etin ere in fan tem su urn m ater et sicubimajus lucrum e st
pugn a in ter victo re s . Licet en im hasc fom nia ,u t dixi, com
plectatur evers io m in u s ies t tam en .totum dicere quam om
h hfi’VVA RTON .
N50 cedem ao s exem plos de H om ero ac ima c itadosas segu in tes ‘
Pin turas de ”
Camoes . D as Nin fas ,e de Ve
n us indo l iv rar as Naos da Gama dos cachopos (Can t . II.Est . 20.
Ja n a agoa erguendo vao com grande pressa
C o’
as argen teas caudas bran ca escuma ;’
C loto co’o o speito
-corta e atraves sa
C om mais furor 0 mar do que .cos tuma.
Sal ta TNise Ne r in e se arremessa
'Por c ima da agoa c re spa em forca suma
Abrem cam inho as on‘
das en curvadas
“D e t emor »das iNereidas apressadas.
124 M O R A L E S SAY S. Er . III.
To town he comes, completes the n ation ’
s hope,
And heads the bold Trai n -ban ds, and bu rn s a Pope .
An d shall n ot Br itain n ow reward his to i ls, 215
B ritain , that pays her Patr iots w ith her Spo ils ?In vain at Cou rt the Ban krupt pleads his cau se,
H is than kles s Cou n try leave s him to her Laws .
The Sen se to value R iches, w ith the ArtT3 enj oy them, and the Virtue to impart,Not m ean ly
,n or amb itiously pursu ’
d,
Not sun k by sloth, n ot rais ’
d by serv itude ;To balan ce Fortu n e by a j u st expen ce,Jo in w ith Econ omy, M agnificen ce
With Splen dor, Char ity with Plen ty, H ealth ; 225Oh teach u s, BATHUR ST yet un spoil
’
d by wealthN O T A S.
dre An ton io V ie ira de hum homem i rado onde parece ter
exhaurido todo s o s acc iden tes da Co lera. Serm . tom . 1 1.
pag .
“ Salta o coracao bate o pe i to m udéo-se as
co res chame'
io o s olhos de sfazem se os den tes e scuma
a boca m orde se a l ingua arde a co lera fe rve o san gue
fum eao o s e spiritos ,ao s pé s as m aos o s bracos tudo
he ira t udo fogo , tudo ven en o .
’
Como tambem a de San sao e a do Fi lho Prodigo(Sea n . t om . I . col . “ Vede s aquelle hom em robus
t o e ag igan tado que com aspec to ferozm en te t r i ste t ros
gu iados os cabe l los cavados os o lhos , e correndo san gue
atado den t ro em hum carcere a duas forte s cade ias an da
m oendo em huma atafon a ? Po is aquelle he San sa'
o . Vedes
aquelle m an cebo m ac ilen to e pen sat ivo que roto e quas ide spido com hum a corn e ta penden te do hombro , arr imadosobre hum cajado es taguardando hum reban ho vil do ga
do r'n ais asqueroso ? Pois agn elle he 0 Prodigo.
”
Er . III . ENSA I O S M O R AES. 125
ran gas da n agao , po e-se atesta das M il icias atrev idas ,
e que ima hum Papa. E a In glaterra n ao recompen
saré agora os'
seu s t rabalhos , a In g laterra, que paga
aos seu s Patr iotas com 05 seu s despojos ? D ebalde n a
Corte advoga o Fal ido a s ua cau sa , a suap atria in
g rata o abandon a ao rigor das leis .
Uh BATHUR ST ,n ao corrom pido atégora pelas
r iquezas ! En s in ai-n os a avaliallas a gozallas com
arte ; a distribuillas com v i rtude , a procu rallas n em
baixa , n em ambic iosam en te ; a n ao as d issipar n o
oc io , n em augmen tallas com baixeza ; a p1oporcio
n ar a despesa aos haveres a uuir a econ om ia amagmficen c1a ; a car ldade ao esplendor a saude a abun
dan c1a ! En sinal —n os o raro segredo de caminharmos
N O T A S.
E em u l t imo l ugar a descric’
éo do progresso do trabalho
de h'
um Escu l tor forman do hum a Estatua. (Se rm . t om . 3.
pag“ Arran ca o Es tatuario huma ped1a des sas m on
l an has t o s ca bru ta dura in form e e depo is que desbas tou o mais grosso toma o maco e o c in zel n a m ao
,
e com eca a formar hum hom em pr im e iro m embro a m em
bro , e depois feicéo por feicao até a m ais m iuda : ondea
lhe os cabe l los al iza-lhe a t es ta , rasga-lhe os olhos afi
la-lhe o n ar iz abre-lhe a boca avu l ta-lhe as faces , tor
n ea-lhe o pescoco e s tende -ihe os braco s e spalma-lhe as
maos dividelhe os dedos lan ga-lhe o s ve s t ido s : aqu i desp rega , al l i arruga aco la recama : e fica hum hom em per
feito e talvez hum San to que se p6de p6r n o Altar .
”
VER S . 214. Es te barbaro costum e prat icado pe la in tima plebe. foi sempre desaprovado pelas pessoas de s izo e
de educac’
éo. D o TRAD UCTOR .
126 M O R AL E S SAY S. Ea l l l .
That secre t rare, between th ’
extremes to m oveO f mad G ood-n atu re, and of mean Self-love .
B . ToWorth or Wan t well-weigh ’
d be Boun tyg l v
’
n ,
An d ease, or emulate, the care of H eav’
n ; 230
(Whose measure full o’
erflows on human race
M en d Fortun e ’
s fau lt,-and j us tify her g race .
Wealth in the g ross is death, but life difi'us ’
d ;
As Po ison heals , in j us t proport ion u s’
d
In heaps, l ike Amberg rise, a stin k it lies,But well dispers
’
d, is In cen se to the Skies .P Who starves byNobles, or w i th Nobles eats ?TheWretch that trusts them, and the R ogue
cheats .
Is there a Lord, who kn ows a chearful n oon
Withou t a F iddler , Flatt ’rer, or Bufi'oon ?Whose tab le,Wit, or modest M er it share,U n -elbow
’
d by a Games ter, Pimp, or P lay’
r ?
Who copies Y our’
s, or OXF OR D ’
S better part,To ease th
’
oppress’
d, and raise the s in king heart ?Where ’
er be ‘
shin es, oh Fortun e, g ild the scen e,An d Angels guard him in the' g olden M ean 246
There, En g lish Boun ty yet a-wh i le may stan d,And H on our linger ere it leaves the lan d .
N o r a s .
Van s . 243. Oxford] Eduardo H arley, Conde de C x-fo‘
rd
filho de Roberto , que t inha s ido c reado Conde de O xford
e de M ontimer pela Rainha An n na. A mor te deste Cava
lheiro foi sen t ida por todos o s homen s de letras grande
parte dos quaes tin hao exper imen tado os seus ben eficios .
D eiirou huma das mais bellas l ivrar ias da E uropa. P.
‘
128 M O R A L E S SAY S.
But all our prai ses why shou ld Lords engross “
?
R ise, honest M u se ! an d s in g the M AN of R os s : 250
P leas’
d V aga echoes through her w i ndin g boun ds,An d rap id Severn hoarse applau se resoun ds .
Who hu ng w ith woods yon moun tain ’
s su ltry b row ?From the dry rock who bade the waters flow ?Not to the sk ies in u seless column s tost,O r in proud falls mag n ificen tly lost,But c lear an d artles s, pou r ing through the plainH ealth to the s ick, an d solace to the Swa in .
'Whose Cause-way parts the vale w ith shady rowsWhose Seat s the weary Traveller repose ? 260
Who taught that H eav’
n -d irected Spire to r ise ?“The M AN of R o s s
,
”
each lisp in g babe replies.
Behold the M arket-place w ith poor o ’
erSpread
The M AN of R os s d ivides the weekly bread ;H e feeds you Alm s-hou se, n eat, but vo i d of state,Where Age andWan t sit sm ilin g at the gate ; 266
N o r A s .
'V ER S . 250. Levama-te , bon es ta M ara Es te s versos'
,
gue sao em in en tem en te be llos part icu larm en te o 276 con
t endo huma l inda prosopopea , fizerao immor tal hum sin
c e ro ben em e r ito e u t i l cidadao de H erefo rdshire M r .
Joao Kirle que con sumio a sua lon ga vida em prom over
e inven tar plan os de u t i l idade publica. 0 H oward do s eu
t empo que m erece se r ce lebrado mais do que todos o s
he roe s de Pin daro. A part icu lar razao po rque de l les facomengao he para observar o agradavel effeito que o u so
de palavras e objectos commun s e . familiares j udic io samen te man ejados produzem n a poes ia. Taes sao aqu i aspalavras causeway seats spir e market-place almr-boure
appren tic’
d. H uma fas t idiosa delicadeza, e huma falsa apu
Ep . 111. EN SA I O S M O R ’
AE S. 129
M as porque daremos todos os louvores sé aos Fidalg os ? Levan ta-te ,
hon esta M u sa , e can ta 0 H o
M EM de R os s ; 0Vaga con ten te faz echo por en tre osseu s lim ites tortuosos , e o rapido Severac resoa com
rouco applauso . Q uem cobrio de bosques o cume ar
den te daquella mon tan ha ? Q uem orden ou corressem
ag oas daquellaar ida rocha,nao lan cadas aos Ceos em
column as inuteis , n em perd idas com magn ificen cia em.
soberbas cascatas , mas cristallin as , e sem artificio , eS
palh/ando pelas campin as saude aos en fermos e alivio
a‘
os Pastores ? Q uem levan tou aestrada pelo valle , guarmec ida '
de arvores sombr ias Q uem fez estes as sen tospara descan sar o Caminhan te fatigado . Q uem en s in oua con stru ir este campanar io , que sobe as n uven s .
P “ O~H OM.EM de R os s ,
”respon de qualquer crian ga bal
b ucien te . Olhaipara a Praga coberta de pobres 0
H O M EM de R o s s . lhes distr ibue 0 pao da seman a ; he
elle quem susten ta aquelle H ospital asseado , mas sem
N O T A S .
racao para evitar a baixeza dissuadio '
os n ossos escr itoresde in troduz irem sem e lhan tes palavras , mas D ryden se atre
veo m u itas vezes a is to e deo hum s ecreto en can to e
hum ar n atural ao s seus versos conhecendo m u1to bem
de que con sequen c ia era is vezes abrandar e subjugar os
s eus pen samen tos e nao pm tar e adorn ar cada objectoem que tocava com perpetua pompa e con t in uado es
plendor . M r . Kyrle habi l itou-se para effectuar mu ito s dosseus in ten tos ben evolos com o s occorro de subscricé es liberaes que o s eu character fac i lmen te procu rou . Esta cir
cun stan cia foi communicada por M r . Victor . VVARTON.
V ER S . 262 . H um pequen o l ugar da Provin c ia de H é reford , s ituado sobre o
'Wye , rio que se lanqa n o Severn e.
R
130 M O R A L E S SAY S. Ep . 111.
H im portion’
d maids, appren tic ’
d orphan s b lest,The youn g who labou r, and the old who rest .Is any s ick ? the M AN of R o s s rel ieves,Prescr ibes, atten d s, the med’
cin e m akes, and gives .
Is there a var ian ce ? en ter but his door, 271
Balk’
d are the Courts, an d con test is n o m ore .
D espairing Q uack s w i th cu rses fled the place,And vile Attornies, n ow an u seles s race .
B . Th rl ce happy man en abl’
d to pursue
What all so w ish, but wan t the pow ’
r to do
O h say, what sum s that gen ’
rou s han d supply ?What m in es, to swell that boun dles s char ity ?P . OfD ebts, and Taxes,Wi fe and Children clear,Th is man possest
— five hundred poun ds a year . 280
B lush, G ran deur, b lush ! proud Co‘
urts, w ithdrawyour b laze
Y e l i ttle Star s h ide your diminish ’
d rays .B . Andwhat n o mon umen t, in s cr iption , ston e ?H is race, his form, his n ame almost un kn own ?
P . Who builds a Church to God, and n ot to Fame,Will n ever mark the marble w ith his Name : 286
Go, s earch it there, where to be born and die,
Of r ich and poor makes all the h istoryN O T A S .
VER s f 275. H omem tr es vez es fl'liz Finalmen te per
m itte-se que Lord Bathurs t pron un c ie humas poucas de pa
lavras , e faca huma pergun ta.
VER S . 281. En verg onbai-vos Gran dez a , cn verg onbai-vor !
Car ter s oberbas , afiartai o vorr o csplen zlor Ne sta subl imeapo s trophe nao se diz as Cortes soberbas que s e en ver
ganhem porque sobrepujz‘
i’
o na virtude 5 po is semelhan te dis~
M O R A L E S SAY S. BP . III.
'
En ough, that Virtue fill ’d the space between ;P rov
’
d by the en ds of being, to have been .
When H opkin s dies, a thou san d lights atten dThe wr etch, who l i v ing sav ’
d a can dle ’
s end :
Should’
ring God ’s altar, a vile im age stan ds,Bel ies his feature s, n ay exten ds his han ds ;That l i ve-long wig , wh ich Gorgon ’
s self m ight own ,
Et ern al buckle takes l n Par ian ston e . 296
Behold what b less ings Wealth to l i fe can len dAnd see, what comfort it affords our end.
In the worst in n ’
s worst room, with mat halfhun g,
The floors of plaister, and the walls of dun g, 300
O n on ce flock -bed, but repair’
d w ith s traw,
With tape-ty’
d curtain s , n ever mean t to draw,
The George and Garter dan g ling from that bedWhere tawdry yellow strove w ith d irty red,G reat V iller s lies— alas how chan g
’
d from him, 305
That life of pleasure, and that soul of wh imN
'
o T A S .
VER S . 296. Fo'
rma em marmore de Paras bum an el eter
n o.] 0 Poeta r idicu l isa O meio gos to de e scu lpir grandes
cabelleiras n os bustos de que ha vario s exemplos maos n ostumulos em We s tm in s ter »
, e out ros lugare s . P.
VE RS . 305 . Faz o Grande Es te Lord ainda maisfamoso pe los seus vic ios . que pe las suas desgracas , po s
suindo perto de c in coen ta mil l ibras por an n o e t endo ser
yido m u itos dos maiores cargos do Re in o morreo em 1687
em huma e stalagem remota em Yorkshire reduz ido 5 ul
tima m iser ia. P .
“
Quando este extraordinario homem com a figura
ENS A I O S M‘
O R ’
AE S. 133‘
e do pobre ; basta , que a V irtude en chesse O espacoen tre estes dous termos , e que m ostrasse pelos me ios(la sua ex i sten c ia, ter exist ido . Q uan do H opkin s mor
re , mil tochas acompanhao o desg racado , que em v ida poupou O c6to de huma vela : hombrean do com 0
altar de D eos estaa sua vil estatua desmen t in do as suasfeigoes , e até abr in do as maos a an tiquis sima cabel
le ira , que a mesma Gorgon a recon heceria por sua ,
frirma , em marmore de Paros ,‘
hum ane l etern o . Oh
s ervai , que felic idades podem as r iquezas prestar 5 viiida ; e vede , que con solagao n os (150 n a morte
NO peor quarto da peor estalagem meio armado '
de esteiras s erv in do-lhe de pavimen to a terra , com
paredes de este rco , sobre hum cl ao d ’an tes de 15 ,
e agora che io de palha , em hum leito com cort in asatadas por hum cordao , que nun ca correm , de qu e pen
dem balan gando as In signias de S. Jorge , e Garrotea,
competin do 0 false amarello com 0 sord ido en carna
do jaz o grande Villers .
'
Ah quao difl'eren te agorade quan do dava v ida ao prazer , e alma ao capr icho,
N o T A r s .
e gen io de Alc ibiades p6de en can tar igualmen te O presbyt erian o Fairfax , e_ O dis sol uto Car los ; quando igualmen teridiculizou este en genhoso R61 e O seu grave Chan celler ;
quando ordio a ru in a do seu paiz com huma caballa de mimist ros maos ; ou igualmen te sem pr in c ipios su stent ou a sua
causa com maos pat r iotas ; qualquer lamen tar ia que se
me lhan tes parte s fos sem destituidas de todas as v irtudes .
-M as quando Alc ib iades se torn a ch im ico ; quando he humverdade iro fatuo e hum avaren to vi s ionar io quando a am
‘
bicao he 56 huma veneta quando os peores des ign ios sao
134 M O R A L E 88 21Y S. Er . III.
Gallan t and gay, in C liveden ’
s proud alcove,The bow’
r of wan ton Shrewsbury and love ;O r j us t as gay, at Coun c il, in a r ingO f mimick Statesmen , and the ir merry King . 3 10
NOWit to flatter, left_
of all his storeNO Fool to laugh at, wh ich he vala
’d more .
There, Victor Of his health, of fortun e, fr ien ds,And fame ; this lord of u seles s thousan ds en ds .
H is G race ’
s fate sage Cutler cou ld foresee, 315And well (he thought )advis ’d him,
“ Live like me .
As well his Grace reply’
d,“ Like you, Sir John ?
That I can do, when all I have is gon e .
R esolve me, R eason , wh ich of these is wors e,Wan t with a full, or w ith an empty purse ? 320
N O T A S.
para os mais ridiculos fin s ; 0 desprezo ex t ingue todas as
r eflexfies sobre O seu character . 0 ret rato des te D uque tem
s ido desenhado por quatro maos magis traes : Burn et O cor
ft ou com hum c in z e l aspero': O C on de de H almiton O to
,cou com aquella del icadeza que acaba , quando parece que
0 esboca : D ryden O ret ratou bem ao vivo : Pope complet ou a seme lhanca his torica. Com tudo as habil idades desteLord em nenhuma cousa se mos trariio m a1s pasmosas ,
"
do
que em ter e l le desacreditado dez vez es mai s s eve ram en te
a bum dos dous maiores poetas que 0 in famarao . Z im
ri, he hum ret rato admiravel ; po rém Baye s , huma in
ven cao or ig in al. D ryden satirisou a Buck ingham ; mas Vil
lers fez com que D ryden se sat ir izas se a si m esmo .
”
Cathalogo de Nobres Au thore s , vol . II. p. 77 . WAR T:VE R S . 307 . Oliveden Palac io apraz ivel , n a margem do
Tham e s edificado pe lo D . de Buck ingham . P.
Van s . 308. Sbrewréury A condeca de Shrewsbury
136 M O R A L E S SAY S. Er . III.
Thy life more wretched, Cutler, was con fess ’d,Ar ise, and tell me, was thy death more bless
’
d ?
Cutler saw ten an ts'
break, and hou ses fall,For very wan t ; he could n ot bu i ld a wall.H is on ly daughter in a s tranger ’
s pow’
r,
For very wan t ; he could n ot pay a dow ’
r .
A few grey hairs his rev ’
rend temples crown’
d,’Twas very wan t that sold them for two poun d .What ev ’
n deny’
d a cordial at his en d,Banish
’
d the doctor,‘
and expell’
d the fr ien d ? 330
What but a wan t, wh ich you perhaps thin k mad,
Y et n umbers feel, the wan t Of what he hadCutler and Brutus, dying , both exclaim,
“V irtue andWealth what are ye but a name
N O T A S .
e n ada dos seus elegan tes move is escapou das chamas , ex
c epto a l inda tapegaria que represen tava \as Victor ias do
rD uque de M arlborough . O belle D rama de‘
AlfredO foies
c rito e repre sen tado em C liveden em 1744. NO duello
ac ima men c ion ado teve o D uque de Buck in gham por seu s
dous padr inhos O Capitao H o lmes , e M r . Jen k in s . O s do
C o nde de Shrewsbury forao O Cavalheiro‘
JOaO Talbot deLaycock e M r . Bern ardo H oward. 0 D uque de Buc
k ingham fer io m ortalmen te O Conde . WA RTON.
V E R S . Cavalhe iro C ut ler homem mu ito r ico e
ainda mais avaren to . Viajava ordin ar iamen te a cavallo e
so para poupar . D e n o ite , chegando a es talagem pretex
t ava e star doen te para n ao cear . O rden ava ao m oco da es
t rebaria t rouxesse para o seu quarto as suas botas cheias dcpalha ,
faz ia esquen tar a‘
cama ,pedia huma botelha de
agoa e hia-se de itar . Q uando a c reada se ret irava tornava
a levan tar-SC 1 e com a palha das botas e a vela de sebo
N
EP . III. EN SA I O S M O R A E S. 137
A tua vida , Cutler ,
‘
foireconhec ida mais desg ragada levan ta-te , e d i‘ze-me se a tua morte foimais feliz ? Cutler vio quebrar os seus rendeiros ,e cah ir as
suas casas por mera n ecessidade , sem poder levan tarhuma sci parede . A sua un ica filha passou por m'
éra.“
n ecess idade para as maos de hum estranho ,sem ter (10
te que lhe dar . As pou cas ven erandas c a'
s que orn a
vao as suas fon tes , forao ven didas por mera n eces sidade por duas l ibras esterl inas . Porque razao ahora dam orte refu sou hum c ordial , despedio O M ed ic o e ex
pu ls ou O seu am igo ? Nao f01 san ao por n eces s idade ,O
que vo'
s j ulgareis talvez lou cura com tudo infinitossen tem a falta do que elle t inha: Cutler , e Bruto , e s
tan do para morrer , exclamara'
o ambos ,
“Virtude 'R iquezas “
! que so is sana‘
o hum n ome
N o r a s .
que lhe ficava faz ia hum pequen o fogo em due assava
hum“
aren que que t irava da alg ibeira v inha mun ido com
hum pedac'
o de pao e desta sorte se regalava barato com
a
,
sua bote lha d’
agoa.
V ER S . 333. Cutler , e Br ute estando pam'
mor r er ex
clamariio'
ambos “ Vir t ude ! Riquezas ! que s ois renfio bumn ame H a
‘
n es ta comparacao maior be l leza do que 0
le itor ordin ar io p6de conhecer . Br ute e ra riai mark! 30‘
men os hum Estoz’
co como seu Tio . E quan to e l le ac res-w
cen ton a es ta se ita em geral s e mos t ra de ter e l le m esmo
p rofes sado a an t iga. Academ ia e se r 0 ma1s apa1xon ad0 ad
m irador de An tziocbo Arcalon z'tes , Es taif o au stero se he que
houve algum . O ra a Vz'
r tu/le Ertoica era s egundo 0n o sso Author - n os diz com verdade n ao O exer cicio mas a.
apathia que tudo xm t rabia retiran d'o-s e ao peitw Em hu-v
ma"
. palavra , semelhan te é: bo lsa'do Cavalheiro J. CutlerS f o
138 M O R AL E S SAY S. Er . III.
Say, for such worth are other worlds prepar ’
d ?
O r are they b oth, in th is their own reward ? 336
A kn otty po in t to wh ich we n ow proceed .Bu t you are tir
’
d -I’
ll tell a tale— B . Agreed.P .Where Lon don ’
s column , po in ting at the skiesLike a tall bully, lifts the head, and lies ; 340
There dwelt a C itizen of sober fame,
A plain g ood man , and Balaam was his n ame ;
R eligiou s, pun ctual, frugal, and so forth ;H is word wou ld pass for m ore than he was worth .
O n e solid dish his week-daymeal affords ; 345
An add in g pudd ing sOlemniz ’
d the Lord ’sCon stan t at Church, and ’
Change ; his gain s weresure,
H is g ivings rare, save farth ings to the poor .
The D ev’
l was piq’
d such sain tship to behold,An d lon g
’
d to tempt him, like good Job of old
But Satan n ow is w iser than of yore, 351
And tempts by'mak in g r ich, n ot making poor .
N O T A S .
1150 para 0 uso mas bem fechada , e encerrado tudo em
si. O ra a vir tud'e e as riquezas n estas c ircun stan c ias
1150 5510 out ra cou sa mais que meros names . W . Sen t ido 0 mais torc ido ! WA RTON.
VE R S .
“
339 . O nde 4 Colum n: dc Lon dr es M on umen
t o con st ru ido em m emor ia do fogo de Londres com hu
m a in scripcao diz endo que a C idade t inha s ido que imada
pe los Catho l icos Roman os . P .
VER S . 340. Como bum alto Erpadacbim apon tando pa
r a or Gear levan ta a cabeya e men te ,] Ser ia para desejar que 0 mon umen ts
‘
da Cidade se comparas se com als
M O R A L E S SAY S. EP . III.
R ouz’
d by the\ Prin ce Of Air, the wh irlwin dssweep
The surg e, an d plun ge h l s Father in the deep ;Then full again st his Corn ish lan ds they roar, 355
An d two r ich sh ipwre cks bles s the lucky shore .
Sir Balaam n ow, he live s like other folks,H e takes his ch irp ing p in t, an d c racks his Jokes“ Live like you rself,” was soon my Lady ’s wordAnd 10 two puddin g s smoak
’
d upon the board . 360Asleep and n aked as an In dian lay,
An hon est factor stole a Gem away ;H e pledg
’
d it to the Kn ight ; the Kn ight had wit,So kept the D i ’mon d and the rogue was b it .Some s cruple rose, bu t thu s he eas
’d his thought,I
’
ll n ow give Sixpen ce where I gave a groat 366Where on ce I wen t to chu rch, I
’
ll n ow go twiceAnd am so clear too of all oth er v ice.
The Tempter saw his time ; the work he ply’
d ;
Stocks an d Sub scription s pou r on ev ’ry s ide, 370
Till all the D emon makes his full descen tIn on e abun dan t show ’
r of Cen t per Cen t,Sin k s deep with in him, an d posses ses whole,Then dub s D irector, and Secu res his sou l .
Behold Sir Balaam ,n ow a m an Of sp i r it, 375
Ascr ibes his gettings to his parts an d mer it ;N O T A S .
VE RS . 355. Cor n uaz'
ller 0 Au thor poz a scen a de s
t e s n aufrag ios em Corn uailles 1150 SO pe la sua frequen
cia n es ta costa mas pe la deshumanidade dos habitan te s para com aquelles a quem succede semelhan te desgraga.
EP . 111. ENSAI O S M O R AES. 141
FuracO’
es agitados pelo Pr in c ipe do Ar , en ca
pelao as vagas e submergem seu Pain o abismo ; e
b ramindo fur iosamen te pelas suas costas de Cornuailhles , dous ricos naufragios aben goao a feliz praia.
Balaam agora Cavalheiro v ive como a maisg en te : bebe O seu quartilho , que 0aleg ra, e soltas eu s
'
chi stes : “ Tratai-vos como vos con vem ,lhe diz logo
a M olher ; e c isque dous puddin s fumegio sob re amesa.
Estand'
o dormin do hum In dio n u furtou -lhe
hum D iaman te certo Fe itor hon rado , e o empenhou
n a m'
a'
o do Cavalheiro ; este , que era esperto, O guar-ldou , e logrou O velhaco v in do-lhe algun s escrupu los ,socega as sim
‘
a con scien c ia ,
“em lugar da terga par
te de hum ch\elim que dava , dare i agora metade eni
lugar-de ir ~aIg reja huma vez , ire i agora duas ; e
quan to aos mais v ic ios me con sidero isen to ;O Ten tador vé a boa occasm o
, m etemaosaobra ;w spalha por toda a parte Ac es
, e Subscrin es , até
que 0 D emon io todo desce in teiram en te em hum
pioso chuve iro de cen to por cen to , n elle se sub
ge apodera-se delle , e en tao o faz D irector , e segum a su a alma.
Observai o Cavalheiro Balaam agora homemde espirito , attribuindo os seus cabedaes as suas qua
-A
N O T ‘A s .
Q uando acon tece n aufragar alialgum n avio , he bem sabido , que fazem n el le buracos para que se n éo possa des-u
embaragar para roubarem e até (as vezes para'matarem a
142 M O R A L E S S AY S. EP . III.What late he call
’
d a Bles s sing , n ow wasWit,And God ’s good Prov iden ce, a lucky H it .Th ings change the ir t itles, as our man n ers turnH is Comptin g-house employ
’
d the Sun day-morn ;Seldom at Chu rch ’twas such a bu sy life ) 381
But duly sen t his family and w ife .
There (so the D ev ’
l ordain’
d) on e Chr istmas-tideM y good old Lady catch 'd a cold, and dy’
d.
A Nymph of Q uality adm ires our Kn ight ; 385H e marries, bows at Cou rt, and g rows pol ite :Leaves the dull C its, an d j oin s (to please the fair)The well-bred cuckolds in St. James ’
s air
F irst, for his Son a gay Comm iss ion buys,Who dr in ks,whores, fights, and in a duel d iesH is D aughter flaun ts a V iscoun t ’s tawdry w ife ; 391She bears a Coron et and P— x for life .
N O T A S.gen te . O Parlamen to de In glaterra nfio tem podido atégo
ra supprimir de tOdO seme lhan te barbar idade . P.
VE RS. 377 . O que an tigamen te cbamavafelicia’aa
’e be aga
ra talen to ; e tc .] H e huma p in‘
tura admiravel ‘ da n atureza
human a. NO prm c1p1o da v ida todos , a e xcepcio dos
que n ascem pedan tes , sao modes tos e es timao o s favores
dos seu s super iores como s in aes da sua ben evo len c ia ; pOr ém se s uccede augmen tarem
-se es tes favores e n tao em
lugar de n os adian tarm os n a gratidio para com o s n ossos
bem feitores un icamen te augmen tamo s a boa opiniao de nOs
mesmos ; e o s con s tan tes re torn os de seme lhan tes favoresfazem com que OS 1150 con s ideremos por mais tempo , co :
mo commodidades as n ossas n ece s sidadades ou salar ios dosn ossos servigos ,, mas como tributo devido ao nosso mere-a
144: M O R AL . E S SAY S. Er . III.In Br itain ’
s Sen ate he a seat obtain s,And one more Pen s ion er St . Stephen gain s .
M y Lady falls to play ; so bad her chan ce ,
H e mu st repair it ; take s abr ibe from Fran ce ;The H ou se impeach him ; Con ingsby haranguesThe Cou rt forsake him, and Sir Balaam hangsWife, son , an d daughter, Satan ! are thy own ,
H is wealth, yet dearer, forfe it to the CrownThe D ev il and the King d ivide the Pr ize,And sad Sir Balaam curses God and d ies .
N O T A S.
segundo a frase exper imen tar ia vir a ser hum H oot er,
hum H ales ou humI
Sydenham ; em quan to na rapidezdo seu curso imaginou ver em eada n ovo es tado huma
nova porta de scien cia a abr ir-se-lhe sem ao m en os espel
rar , que hum lisongeiro O faca en trar ?
— Beatus en im jam
C um pulchris tun icis sum et n ova con s ilia. W.
VER S . 39 4. E S . Er tewzo] O lugar onde se ajun ta. a.
ICamara dos commun s era an t igamen te huma Cape l la de-vdicada a S. Estevao . D o T RADUCTOR .
VER s . 401. O D iaba e ElR eidivz'
dem a preza ,] D e~
ve-se en tender isto em hum sen t ido mu i to moderado e de-r
ce n te ; como huma sat ira sém en te aquelle s M in i s tros deEs tado que a h is tor ia n os in forma terem s ido as sim ) quc '
ajudarao ao D emonio n as suas ten tapfier em ordem a fo.
m en tar senao a fazer con spiracé es por cau sa de confis .
cos . As s im he sempre certa e j usta a sat ira do n os so Au
thor até n aquelles lugares em que parece ter elle m esmo.
IM 1TAOOES.
VER~S .. 394. E S. Er tem’
ia con ta mais bum Pemianarz'
o.
“m u — atque unum. civem donat e. Sibylla .
”
juv.
EN SA I O S M O R AE S. 445
adqu ire huma Coroa, e Gall . para toda a v ida. Elle obtem hum As sen to n o Sen ado de Inglate rra , e S.
Estevao con ta mai s hum ,Pen s ion ar io . ASenhora per
de ao j ogo , e he tal a sua in felicidade , que he preciso
que elle a remedeie ; recebe huma pe ita da F ran ga ; aCamara O accu sa ; Conin g sbyr aren ga ; a Corte O desampara , e O Cavalhe ir o Balaam he en forcado . M o
lher , F ilho , e F ilha, tudo OSatanaz , he teu ; as suas
r i quezas , ain da mais qiieridas ,se confiscao para a
Coroa : O D iabo , e ElR eidividem a preza , e o tristeCavalhe iro Balaam amaldigoa a D eos , e morre .
N O‘
T A'S.
condescendido mais corn hum brin co elegan te . M as esta sa
t ira sobre O abu so x das le is geraes do confisco por al ta t raiééo (le is' que todas as R epublicas bem civilisadas achar
'
éo’
n ece ssarias )de n en huma‘man e ira se deve en ten der com o hu~
ma reflex’
ao sobre‘
as m esmas le is ; cuja n eces sidade , equ idade e até brandura tern s ido excellen tem en te v indicadas n o D iscu rso mu ito sabio e e legan te in t itu lado Al
g umas Con sideragc'
ier sabr e a Leido Confirm pela Alta“
Trai
pz’
io. Ter ceira Londre s 1748.
VERS . 402. Amaldigoa a D oor Alludindo ao segundo
Capitu lo do Lie de Job ; sobre cuja pas sagem fazWar
burtonj
D ivin a Legacao liv. VI. ) a segu in te n otavel Oh
s ervacao .“ A molher de Job represen ta hum pequen o pa
.»
pe l n es te drama "
rn as mu ito an imado . En tao lhe diz a'
molher ‘Con servas t 1’
1 sempre a tua in tegr idade ? amaldi
9021 a D eos e morre .
’ Te rn o e p1o l Podia ver por es
te preludio da sua e§p0za O que devia e sperar dos seus
am igos . O D emon io n a verdade acometteo a Job mas pa
rece ter torn ado posse de sua p. 261. WART .
E P I T O LA. IV
R I C A R D O B O Y L E , C O N D E
D E B U R L I N G T O N .
A R G U M E N T O.
D e Use de s Riquezas.
04 Vaidade das D esp ezas n as P es soas Ricas , e
do Qualidade . O abu se da palavr a Go s te , versf I3 .
Q ue e p rimeir o p r in cipie efun damen te dis te , e de
tudo e mais he 0 B om Sen se , vers . 40. A p r in cipal
p r e’
va delle he, s eguir a Natur eza , . athe n as obr as
do mor e Luxe , e elegan cioo. Exemp lzjficade n a Ar
chitectur e e
l
Jar din s , on de tudo deve s er adap tado
ae Gen ie , e Vs e do Lug e r , e as B ellezas 7260f or
gadas , mas n as cendo de li, vers . 50. Come as H e
m en s s e en gan r’
ie n as su as emp r esas mais disp en
dz‘
e sas , p er f e lta des te verdadeir o Fundamen te , s em
o que n ada p ode ag r adar muito tempo ,ou n un ca
e as sim e s melhor es Examp le s , 6 R eg r as 86 86 p er
e erier n’
e'zem . ceu sas
-
p esadas , e ridicule s , vers . 65 etc .
athe 92. H uma descrip gdo do false Gos te do M ag
E P I STL E'
9 IS stran ge, the M iser should his Cares employTo gain those r iches he can n e
’
er enj oyIs it les s strange, the Prod igal should wasteH is wealth, to pu rchase what he n e
’
r can taste ?Not for him self he sees, or bears, or eatsArt ists m u st chu se his P ictures, M U SIC, M eats ;H e buys for Topham, D raw ings an d D es ign s,For Pembroke Statues, d irty Gods,and Co in s ;R are mon kish M an u scr ipts for H earn e alon e,
And Books for M ead, an d Butterfl ies for Sloan e . 10‘
Th in k we all these are for h im self ? n o m ore
Than his fin eWife, alas or fin er Whore .
For what has Virro pain ted, bu ilt, and plan ted ?On ly to show, how m any Tastes he wan ted .What brought Sir Visto ’
s ill-got wealth to waste ? 15'
Some D emon whisper’
d,“ Visto have a Taste .
”
N O T A S .
V ER S . 1. H e estranbo Esta epi stola foi escr ita e pu
blicada pr ime iro que ‘
a an te ceden te ; e o es tar collocada de
po i s -da terce ira , causou algun s anachronismos fe ios e in
coheren c ias . WARTON
VE R S . 7 . Topbam H um Cavalhe iro famoso por causa
de huma collé cgao esco lhida de D esen hos . P.
VER S . 8. Esraiuas para P embr okefl“A alma de In igoJon es diz M r . Walpole ,
“
que t inha s ido patroc in adapelo s an tepassados de H en r ique Conde de Pembroke , pa
rec ia estar ainda pairando sobre'
o sen val ido Wilton e ter
ajudado a‘
s M usas das Artes na educacio des ta n obre pes
soa. As torres os quar tos as s cenas que H olbe in Jo
n es e Vandyck ornaréo e que o Conde Thomaz en ri
I T O
E estranho, que o Avaro empregue os seus cui-s
dados em adquirir aquellas r iquezas , de que
n un ca pode gozar : mas he‘
men os estranho diss1par oProdigo os seu s ben s em comprar o que n un ca p6de
desfrutar ? N50 he para si, que ye, que ouve , que
come ; os Artistas escolhem as suas Pin turas , M u s ica , e Comida : compra Pin turas , e D esen hos para“Topham ; Estatuas D eozes , e M edalhas s ujas paraPembroke ; raros M an uscritos fradescos 36para H earn e livros para M ead e Borboletas para Sloan e .
Pen sal s que tudo isto he para elle n'
z'
io mais do que asua lin da M olher ah ou a sim Am iga mais l in da
A que fim p intou , edificou , e plan tou Virro ? so“
para mostrar quan to lhe faltava o bom Gosto . Q ue
obr igou o Cavalheiro Visto a dissipar as suas r iquezasmal adqui1idas ? algum D emon io lhe d isse em segre
N o r 111 s .
queceo com 05 despojos dos melhores seculos f receberao
os u lt imos toques de belleza da mac do Conde H en r ique sVVA RTON.
VERS. 10. Li'v ras para M ead , e
'
BorboIetas, para Slaa-r
‘
an ] D ous em in en tes M edico s ; hum t inha huma excellenw
te l ivrar ia ; o outro a mais l inda colle cczio da Eumpa de
cur ios idades n aturaes ; ambos eréo homen s de grande scien
cia , e human idade .
VE RS. 11. P en saz’
s que tudoinfo] Aosten tao'
éo des te hoi
mem de mao gosto he o que aqu i es ta ridicularisado'
;
nao goza de n enhum dos objectos da falsa magnificen ciaf
aquLmen cionada. WARTON. s'
150 M O R A L E S SAYS . E9 . IVH eav
’
n vis its w ith a Taste the wealthy fool,An d n eeds n o R od bu t R ipley w i th a R u le .
See sport ive fate, to pun i sh aukward pr i de,B ids Bubo bu i ld, an d sends him su ch a Gu ideA stan d in g Sermon , at each year ’
s expen ce,
That n ever Coxcomb ré ach ’
d M ag nificen ce
Y ou show u s, R ome was glor ious, -
n ot profuse,And pompous bu ild ings on ce were th ing s of U se .
N o r a s .
VER S . 17 . 0Ceo visita ofatuo rico com a 0 pre
sen te fu ro r do Gos to n es ta en chen te do luxo geral pode ser
r epre sen tado mui pm priamen t e por huma peste desolaa’ora
a que al lude n a palavra visita. W .
Van s . 18. Ripley] Es te homem era hum carpin te iro em
p regado”
pelo pr im e iro M in ist ro , que o e levou a Arch itec to sem algum gen io para a arte ; e depo is de algumasprovas desgracadas n o s Edificios publicos o fez Superin
t enden te da M esa das O bras . P .
— M as M r . Walpole falla mais favoravelmen te deste Arehiteéto . WARTON.
V ER S. 19 . Vea'e eamo o fado z omoador para cas tigar a
acanfiada s oberoa A soberba he huma das maiores desgracas como hum dos maiores absurdos da n ossa n ature
ma ; e por i sso segundo se vé da H istoria profan a e sa
grada , tern s ido sempre o obj ecto mais part icular da divi
n a vinganca. M a‘
s a Soberba g ros seira daa en tender taies
hab i l idades n o que a t em , que n os alivia do rece io de
m u itas desgracas , que pode causar de sor te que o Poe
t a suppoe hum tal homem livre do ser io resen timen to do
Ceo , ainda que elle permit ta , que ojado on a for tun eo conduza aquelle publ ico despr ezo e r idiculo que a sua
natural maldade do coragéo tan to merece. W.
[52 M O R A L E S S AY S. EP . IV
Y et shall (my Lord )your just, your n oble ru les, 25F ill half the lan d w ith Imitating-Fools
N o r a s .
Burlington . Pas sando pe la porta de n oi te nao me fez im
p re s sao . Ao romper do dia o lhando da jan ella para ver
n ascer o Sol , fiquei pasmado com a colum nata , que fica
va defron te de mim .
)
Figurou-se-me hum de s tes edificios
dos con tos das Fadas levan tado s po r gen io s ern huma n oi
te.
"
Pope parecendo hum excellen te m oral is ta n as epis tolas
an teceden tes m ost ra ser n es ta hum excel len te conhecedore deo-n os 1150 so algumas das n o s sas prim e iras mas das
n os sas m e lhores regras e observacoe s sobre a architectu
t a e o s jardin s e part icu larmen te sobre a u l t ima des tas
vteis e divert idas ar tes em que se demorou mais largam en te e com m u ito mais con hec imen to da mater ia. 0 se
gu in te he copiado verbatim de hum pequen o pape l que'
deo a M r . Spen ce“As artes s
'
ao t iradas da n atureza ; e
depo is de mil esforcos vaos para o progress o estio in e
lhore s quando tornfio as ua pr im e ira s impl icidade. H um e s
boco ou an alyse dos pr im e iro s prin c ipios de cada arte corn
as suas primeirgas con sequen cias poder ia se r huma cou sa
da maior u t il idade . As s im por exemplo todas as regras
de arch itec tura s e poderiéo redu z ir a t re s ou quatro pon
t os ; o ajustado dos vaos a sacada s obre sacadas 21 t e
gularidade do s pillares e tc . Aquillo que 1150 he ajus tadon os edificios he de sagradavel aos o lhos (como huma cousa
maior sobre huma m en or et c . ) e isto se p6de chamar o
raciacim'
o dos olbos . Ao t racar hum jardim , a pr ime irae prin c ipal cousa que se deve con s ide rar he a n ature
za do lugar . Ass im em Riskin s chamado agora PiercyLodge Lord deve r ia ter levan tado dous ou t res mon
tes porque a sua situacao he n’
huma plan ic ie , e n ada
p6de agradar sem variedade .
-M r . Walpole n a sua elegan te e dive rt ida H istor ia .
dos jardin s modern os m ost rou c laramen te que Ken t era.
0 artiste a quem a nacao Ingleza devia principaln en tc 0
El'
. E N S A I O S M O R AE S. 153
tempo u teis . Com tudo , M ylord , as vos sas ju stas , asvossas n obres regras , en chem metade do Paiz de Fa
N o r n s .
ter diffundido hum gos to em repart ir o terren o , de que o s
Fran cezes e Ital ian os n éo tern idea. M as acc res cen ta em
g rande c redito do n os so Author , que Pob
pe con tribuio sem
duvida para formar o gosto de Ken t . 0 desen ho doyjardim
do Pr in c ipe de Gales n o s eu Palac io de “
Carl ton , he ev1..
den tem en te t irado do do Poe ta em Tw icken ham . H a huma
pou ca de modes t ia afi'
ec tada n o u lt imo quando diz que
e n t re todas as suas obras se desvan ece m ai s corn 0 s eu jardim . E todavia he hum esforco s ingular da arte e do gos
to , imprrm l r tan ta variedade , e pe rspect iva em hum t e r
ren o de c in co geiras . O '
pas sar-
pe la e scuridade de huma
g ru ta para a luz do dia o re t irar as sombras e tom ar
a ajun tallas os bo sques sombr ios o cam po mais dilatado , e a gravidade dc term in ar com c1pres tes , que condu
z em ao tumulo de sua mai e sta tudo dir ig ido com ex
,qu1s1to JUIZ O , e posto que Lord Peterborougli o ajudou“To form his quin cun x and to rank his vin es
n ao erao es tes os mais agradaveis ingredien tes dasua pequen a per spect iva. N30 sei se a dispo sicao do jardim de R ou
sham , t racado pe lo Gen eral D orm e r e n a m in ha Opiniaol
,
o mai s i n teres san t e de todas as obras de Ken t , foidesen ha
do segundo o de Pope ao m en os n o abr ir e ret irar “as
sombras do Val le de Ven us .”H e para observar que mu itos an uos an te s que e sta
ep i stola se e screves se e Ken t fos se em pregado como aper
feicoado r do s terren os ainda até o an n o de 17 13 Pope
parece ter s ido a pr ime ira pes soa que cen surou e ridicu
l ison a m oda Fran ce/l a e H o llandeza , afi'
ectada ,fal sa , e
fora do n atural de formar jardin s em hum pape l do Guar
dian N.
°173 dir igido con tra as operacoes capn chosas
da ar te e de cada e spec ie de e s cu ltu ra vegetal , e da mi
t ureza invert ida ; pape l que abunda de engenho e gos to ,
e acaba com hum r idiculo catalogo de varias figuras cm ar
V
‘
154 M O R A L ‘
E S SA‘Y S. EP . IV.
WVho random draw in g s from your sheets shall take,An d of on e beauty many b lunder s make ;Load som e vain Church with old Theatr ic state,Turn Arcs of Tr iumph to a Garden -g ate 30
N O T A S .
busto s sempre verdes . Nem ju lgo que estes quatro versos
des ta epit tola
Am phi t r i te nadando por en t re latadas de myrtho ; os
G ladiado res combatendo ou morrendo , e n tre flo res ;hum Caval lo mar inho des falec ido e t r is te pe r 1150
t er agoa para beber ; e as Andor in has dormem n a u ro
n a do Ni lo che ia de pd ;excedao a pas sagem segu in te n o seu Guardian :
“ H um ci
dadao apen as he propr ietario de ,hum par . de teixos logos e lembra de o s con ver te r em gigan tes seme lhan tes ao s de
G uidhall. Co nheco hum em in en te coz in he iro que a for
m oseou a sua qu in ta com hum jan tar de coroaq‘
ao em ver
duras on de vedes o campiao brandindo a e spada a caval loem hum dos topos da m e sa e n o ou tro a Rain ha em perpe
tua m oc idade .
”
M as a v igoro sa e creadora imagin acao de M il ton , s u.
per ior as preo ccupacoes do seu tempo he que mo s t rou n o
s eu Eden as pr im e iras ideas e l in has do que ser ia hum jar‘
dim formoso ; porque até o seu amado Ar ios to e Tasso ,
n as suas p in tu ras exuberan tes dos jardin s de Alc in a eArm ida mos t rarao n
‘
a'
o se rem i s en tos do gos to fora do n atu ral ,e l im itado .dos seus compatr io tas e até o seu m e stre Speu
c er poz huma 'fon t e art ific ial n o m e io do seu bosque da
bemaven turan ca.
Nao posso de ixar de aprove itar a occasnao (le n otar n es
t e lugar , que n o sagrado drama ,in t i tu lado L
’
Adamo
e scr i to e public'ado em M iliio n o an n o de 1617 por JoioBapt is ta Andreini, Floren t in o , que M ilton de certo t inhal ido (e de quem Vo l taire deo huma n o t ic ia t
'
éo fal sa e
150 imperfe ita n os seus En saios sobre os Poetas Epicos ) as
155 M O R AL E S SAY S. Ea lv.
R everse you r O rn amen ts ; and hang them all
O n some patch’
d dog-hole '
ek’
d w ith en ds '
of wall ,
N o - T A S .
t o para o diveziimen to civil , he impossivel que os orn atos
indecen tes e sumptuosos da ult ima con venh‘
ao é modest ia ,
e san t idade da i
pr ime ira. Nem exemp los algun s des ta val”
dade f dc ornato n os sagrado s edific ios da an t igu idade j us t ificaréé e s ta imitacao ; porque taes o rn atos podem ser pro
prios para hum Temp lo de Rac cho ou de Ven u s que
nao quadrarao com a sobr iedade , e pureza da Religiao Christa. D e mais deve-se con s iderar , que a té rma de hum
Theatro nao permit te que o s orn atos architec ton icos se po
nh z‘
io senao n a face extern a ; em quan to os de huma Ig r e
ja podem s er collocados mais commoda e propr iam en te
den tro ; part icu larm en te n as c idades gran des , e com o s
edificio s ap in hoados onde o con t in uo fumo que lancaoem pouco t em po
‘
co rré e e de s t roe todos os o rn atos en
t ern os de s ta e spec ie ; part icu larmen te s e o s m embro s , co
m o n o go s to o rdinar io sao pequen os e miudos .
O s Godos n o s sos an tepas sados tin hao n ocoe s mais ajustadas e m ai s fortes de m agnificen cia , sobre as ideas G re
gas e Romanas do que o s Im itado re s do Gas /o que
p rofes sao e'
s tudar somen te a e legan c ia c las s ica. E come is
t o faz hon ra ao gen io des tes Barbaro s e sforcar-m e-heiem
explicallo . Todas as n ossas an t igas Igrejas se chamao sem
distin qfio , Goilzicas ; mas erradamen te . 850. de duas e s
pecie s ; humas edificadas n os tempos Saxonicos outras n o s
Norfltan a'os . Varias Igrej as Cathedraes e Collegiaa
'as , da
p r im e ira espec ie ainda ex i stem on em todo on em
par te das quae s es ta he a or igem . Q uando os R e is Saxonios se fiz e ri
‘
ro chris taos a sua piedade (que e ra a pie
dade dos tempos ) con s is t ia em con st ru ir Igrej as n o paiz
e faz er romarias fora espec ialme n te 6 Ter ra San ta ; e e s
t es exercicios e spirituae s ajudavdo e sus ten tavao huma e
butra‘
cousa; porque os'
modellos os mais venerar eis ,fl e
Ep . IV. E NSA I O S M O R AE S. 157
de jard in s ; stran s tornfio osgvossos orn atos , e os amon
toao sobre huma coch ichola , acrescen tada com hunsi
N O T A S.
elegan tes dos edificios relig iosos erao en tao na Palest in a. D ese
‘
tes tomarao os n o s sos Edificadores Saxonicos o tudo das
s uas ideas como s e p6de ver comparan do os desen hos
que o s viajan tes ,n os deixar
'
éo das Igrejas , que ainda exis
t ern)n e ste paiz com o s re stos Saxonico s do que achamos
ent re nos e part icu larm en te n a seme lhanca do es t i lo n os
ultimas edificios re l ig iosos dos Cavalleiros T emplar io s (con st ruidos de propos ito segundo o mode l lo do San to Sepu lc roem Jeru salem ) com 03 reads m ai’s an t igos dos n ossos Edificios Saxonicos . O ra a arch itec tu ra da Terra San ta e ra Grea
ga mas\m u ito des cab ida da sua an tiga . elegan cia. An os
sa obra Saxonica he n a verdade huma ma copia de lla ;e tan to i n fer ior as obras de San ta H e len a e Ju st inianocom o as suas a re spe i to dos modellos G regos que s
‘
egui
150. Com tudo sempre apparecem os ve s t igios da an t iga ar‘
t e nos arcos c irculare s column as in te iras divi sao de Ci
malha em huma e specie de Archit rave Frizo e Cor
n ija e huma so l ide z igualm en te e spalhada-po r toda a mas-1
s a. A e s ta por dis tin cfio chamar ia eu Architec tura SAXO NICA .
Po rém as n os sas obras Normandas t ern huma origemmu ito differen te . Q uando o s Godos con quistarao a H e spe.
n ha e o calor produz idor do c l ima e a religiao dos an
tigo s habitan tes amadureceréo os seu s talen tos e inflammarao a sua e rrada '
piedade postas ambas em exercicio pela
visinhanca dos Sarracen os emulac'
a'
o da sua scien cia e
avers‘
ao da sua s uper s ticao ) in ven tar‘
ao huma n ova e speciede Architectura de sconhec ida a
'
Grec ia e a Roma sobre
pr in c ip ios o riginaes e idéas mu ito mais n obres do que as
que tinhfio dado or igem até amagnificen’
cia clas s ica por
que es te povo do n or te c ostumado duran te as t revas do
pagan ismo avenerar aD ivindade emBosous s (pratica com
158’
M O R A L E S S AY S. EP . IV
Then clap fou r slices ofiPlilaster on
’
t,
That, lac ’
d with bits ' of ru st ic, makes a Fron t :N o
'r A s .
mum a todas as n acoes ) quando a sua n ova relig1ao reque
ria edificio s cobertos , projec tarao e n genho sam en te fazellos
parecer Basques tan to quan to podia permittir a dis tan c iada Architectura ; conde scendeo ao m esmo t empo corn as
suas an t igas . preoc cupacoes e providen ciando para a
'
s suas
presen te‘
s con vemen cms com hum fre sco as ilo em hum cli
m a quen te . E com quan ta s cien cia e succes so e xecuta
150 o projecto com o soc corro dos Architec tos Sarracen os
cujo e s t i lo exotico de con s tru ir mui fel izm en te con vin haao seu in ten to '
, se m an ife s ta dé hum atten to observador ter
jamais o lhado para huma rua cle arvores bem cresc idase n trelacando os seus ramo s sobre a cabeca que lhe nao
faca lembrar immediatamen te4
a longa v i s ta de huma Cathedral Gothica ou de 1150 t er en t rado em n en hum dos
m ais vas tos e mais elegan tes edificios des ta espec ie sem
que se lhe represen te a'
sua imagmacéo huma r ua de ar
vores . E is to sf) he o que verdade iram en te se deve chamar
e s t i lo GOTH ICO de Architectu ra.
D ebaixo des ta idea de huma tao ext raordinar ia espec ied c Architec tura todas as tran sgre s sé es i rregu lare s con tra
a arte todas as m on struosas offen sas con tra a n atureza
desapparecem ; cada/
cou sa tem sua razao cada cousa e s-c
ta em ordem e hum Todo harmon io so dimana da e stua
diosa applicacao dos m eios propr ios e propo rc ionados ao
fim . Po is pode riao o s Ar eas de ixar de ser ag udos quan s
do 0 Ar t is ta havia de im i tar aque l la curva , que os ramos
de duas arvo re s Oppostas fazem n a in te rseccio de huma
com ou tra ? ou poderiéo as Colum nas deixarem de ser ra~
chadas em differen te s fu s tes quando deviéo represen tar o s
t ron cos de hum n um ero de arvores gue c rescem jun tas ?Sobre o s m e smo s pr in c ipios formarao a ramificacao que
s e espalha na obra de pedra das janellas e o vidro pin tado
160 M O R A L E S SAY S. EP . IV
Shall call the w in ds through long arcades to roar, 35P1oud to catch cold at a V en et ian door ;Con sc iou s they act a true Pallad ian part,And if they star ve, they starve by ru les of art .
Oft have you h in ted to you r b rother Peer,A certain tru th, wh ich many buy too dear :Someth ing there is m ore n eedful than Expen ce,And someth ing prev ious ev’
n to Taste— ’
tis Sen se
Good Sen s e, wh ich on ly is the g ift of H eav’
n,
An d though n o Sc ien ce, fai rly worth the seven
A Light, wh ich in yourself you mu st perce ive ;Jon es and Le t re have it n ot to give .
To bu ild, to plan t, Whatever youin tend,To rear the Column , or the Arch to ben d,
N O T A S .
n ha seu merec imen to. D evem ao m en os con fessar‘
que te
-v e huma o r igem mais n obre ainda que huma for tuna maishum i lde do que 3 1AR C H 1TLCTU RA GR EGA e R O M ANA . 0 leitor pode ver a n ot ic ia que n os dé desta mater iao Cavalheiro Chr istovao Wren e em algun s dos seus pape ispubl icados depo is de impresso es te , em hum l ivro chama
do Paren talia paginas 273— 29 7
—
306—
7- 8—
355 e en téo
j u lgar po r si m e smo .W. Vede Paren tal ia de Wren e o
P refacio aH i s tor ia de Ben tham da Cathedral de Ely em que
s e diz foi aj udado po r G ray. H uma his to r ia m ai s am plada Architec tura Gothica e Saxonica
,sobre ou tra idea
s e e spera de huma mio -hab i l . WA R TON.
V ER S. 30. Con ver tem ar cor triun/aes em porjas dc jardin s Es te absurdo parece n asce r de huma imitaqao indis
.c reta do que es teS‘
Edificadores teriao ouvido diz er de l les aent rada dos an tigosjardin s de Roma mas nao . con sideréo que
Ep . IV . EN SA I O S M O R AE S. 161
mao o Fro‘
n tespicio . Fazem bramir os
'
ven tos por eu
tre as longas arcadas , desvan ec idos de se-con st iparem
em huma portaaVen ez1an a con ven cen do-se que imitao verdade iramen te a Pallad io , e qu e
-se m orrem de
fr io , m orrem segun do as reg ras da arte .
M u itas vezes in sin uastes aos voss os illu stres Companheiros huma verdade in fallivel , que mu itos compra
'
o bem caro . que 11a alguma cou sa ainda mai s n eces sar ia que a D espesa ; t alguma Sousa, que até de
ve preceder ao G'ros to , o Sen so : o born Sen so , dadivapu ramen te do Ceo , que posto n ao s
’
ej a huma‘
Scien
cia , val por todas ; huma luz , que deve is perceber emvds m esmos Jon es , e Le Notre , n ao tern para o (lar .
Para edificar , plan tar , fazer o que in ten tardes ,le'van tar column a, ou cur var o arco , en cher o terras
N O T A S .
e s tes jardin s e rr’
ia pul licos dados ao povo por algum grande hom em depo is de hum t r lun fo ; aos quaes por is soerao o rn atos m u ito propr ios os Ar eas des ta e specre . W .
VER S . 36. D ew an ecia’os de s e con stipar em em buma par ?
la a Ven ezian a Nos exemplos an tec eden tes expé e o 'Poe
ta a imitacao absurda a’as man eira: e st ran ge i ras e in cohe
r en tes‘
, m edificio s publicos , aqui torn a ao absu rdo ain
da ma1or de segu irem os modellos de hum c l ima diffe ren tepara 03 seus edificios par licylar es cuja loucura supp6e
e l le que mais fac i lmen te se p6de em endar ,
‘
f
porque faz
m ais impres sio n os hom en s o‘
que em si‘
sen tem do que
a con sideracao do'
publ ico .
VE R S . 46. Le Not r e Architecto’
dos bosques e gru
tas de Versail les . Ve io para ca en carregado de aperfeicoar
o n os so go sto .
“ Fez o s lParques de S. James e G reen
Cwich : monumen to s nio grandes da sua invencao. Wal
pole sobre os jardin s page 278;
162 M O R A L E S SAY S. Er .
To swell the Te rras, or to s in k the GrotIn all,
“
let Natu re n ever he forgot.But treat the Goddess l ike a modest fair,Nor over-dre s s, n or leave her wholly bare ;Let n ot each beauty ev ’ry where be spy
’
d,
Where half the sk ill is decen tly to hide .
H e gain s all po in ts, who pleas ing ly con foun ds,surpr izes, varies , .and con ceals the Boun ds .
Con sult the Gen iu s of the Place in all ,
That tells the Waters ‘
or to rise, or fall ;O r helps th ’
amb itiou s H ill the H eav’
n s to scale,
O r scoops l n Circlin g theatres the Vale ;‘1
N o T A s .
VERS . 50. Nun ca vos erguecais a’o Natur eza.] Nas Quin
tas de Cas tall em fo l io 17 28 se pode ver quan to a cc
lebrada Q u in ta Toscan a se parece com o s n os sos jardin spoucos anuos atraz . A Qu in ta de Pl in io -era. seme lhan te ao
seu gen io .
‘ WA R TON .
VER S . 53. N50 apparega Jaama belleza em qualquer par-1
ie Po is quando a m e sma be l leza se n o s offerec e repet i,das vezes ; quando se en con tra se rrr’ rebuco em qualquerparte em que paramo s , ou para qualquer pon to para queo lhamos en tao a Natu reza perde os seu s propr io s en can
tos de huma bella modesto ; e pr in c ip iamos a aborrecella ,
e n au sealla com o huma pro st ituta. W .
ivER S . 54. Q uana'o metade da s cien cia con sis te em accul
talla decen temen te .] Se 0 Poeta tem razao em comparar o
verdade iro vest ido da Natureza com o de huma bella mo
des to he huma con sequen c ia clara que me tade da ar te
do desenhador con s i ste em oecullalla decen lemen te ; e a
outra ametade em descobrilla eng ragadamen ie . VV.
VER S . 57 : Con sultai em tudo a Natur eza do lugar etc .]até apalavra deseaba vers . O personalisar , ou pa
164 M O R A L E S SAY S. Er . IV .
Calls in the Coun try, catches 0p ’
nin g'G lades,
Jo in s w illin gWoods, and var ies Shades from Shades ;Now breaks , or n ow directs, th ’
in tendin g Lin es ;Pain ts as you plan t, an d, as you work, des ign s .
Sti ll follow Sen se,, of ev ’ry Art the soul,
Parts an sw ’
ring parts shall s l ide in to a whole,Spon tan eous beauties all aroun d advan ce,Start ev ’
n from D ifficu lty, st rike from Chan ce ;Nature Shall j oin you ; T im e shall make it g rowAWty
'k to won der at— perhaps a S l ow .
Without it, prou'd Versailles thyglory falls ;And Nero’
s Terraces desert their wallsN O T A S .
O ra corta‘
; ora dir ige as projectadas l in has : pin ta am edida que p lan tais e desenha im edida que t rabalhais .”
Bern sem e lhan te ao m odo com que s e suppoe obrar a Na
t ur eza n a geracao .
/
W.— Nem huma so observacao fare i
sobre e s ta supposta ser ie de m etaforas o, e allusoes ext ra
vagan tes at tribuidas aqu i ao Poeta mas de ixo i s to ao es
car n eo e pasm o do le ito r ou para o m elhor dizer ao seu
pezar e s en t imen t o em ver hum esc r i tor tao con s iderav el como es te comm en tador oc cupar
-se em bagatellas tfio
egreg iam en te e e sforcar-se em en gan ar o le itor ,
e expor
o Poeta ; qn e ter ia sido ~as sa'
s r idiculo se es tas in telligen cias
exto rqu idas se lhe pode ssem corn razao imputar . WA R T .Van s . 66. As par tes cor responden tes s e ira
'
o unin a’o em
bum toda Isto he nao serao obr igadas mas iréo por
si m esmas como se ambas as partes e o todo nao fos
s e'
m obra vo s sa , mas da Natu reza : a m e tafora he t i radade huma peca do m echanismo acabada por algum grande
m e stre em que todas as partes est'
aio preparadas an tece
den temen te de sorte que fac i lm en te as pode un ir hum ar
t i s ta ordin an o : c
‘
eada parte corre para o seu lugar , co
m o se fosse por en tre hum rebaixo pron to para este fim .W.
Ep . 1v . ENSA I O S M O R AE S. 165
g em serve-se dos claros dos bosques un e os arvoresdos a is so dispo stos e var ia as sombras corn sombras ;ora corta, ora d irige as proj ectadas linhas pin ta5me »
dida que plan tais , e desenha timedida que trabalhal s .
Segui sempre 0 born sen s0, aa alma de qualquerarte ; as partes correspon den tes se un irzi6 em hum to
do ; bellezas espon tan eas se levan tariit”) em torn o ; n ascera6 ate
'
das m’esmas difliculdades e 0 acaso lhes da
15 realce . ANatureza se un iraa vds o tempo faravira ser huma obra , que
‘
admire‘
; talvez hum Stow.
Sem isto , 6soberbo Versailles , descabe a tuag loria , e os Terrassos de Nero desamparao os seus mu n
N O T A s .
VER S . 69 . ANatureza se uniré a N50 me lembrade nenhum do s an t igos que t ive sse o gosto tao ajustado
como At t ico que prefer ia a casa de Tu l l io em Arpino
a todas as outras suas casas ; m ostrando hum despreso da
magnificen cia t rabalhada pavimen tos de marm ore canaes
artificiaes e corren tes forcadas das qu in tas de Ital ia,
paradas com as bellezas”
n aturaes des te lugar. D e Legibus
lib. II.
Presumo que qualquer le itor de gosto con hecerei0jardim Inglez de M r . M ason e com o commen tar io e
tas de M r . Burgh WAR TON.
VER s .
’
70. Casa de campo e jardin s do Lord Viscon
dc Cobham em Buck in gham sh ire .
VER S . 7 2 . Sober éo Ver sailles Cada exemplo do falsa
gosto e da fal sa magnificen cia se acha em Versail les ver
d adeira pin tura da gran deza espu r ia do seu propr ietar io vao ,F
pomposo affectado, e faus toso Lu iz XIV.
VER S . 72 . Este ver so es ta escuro ; he diflicil saber'
o
que quer dizer “os terras sos desampara
'
o a s suas mura
lhas ., No vers .
,172 abaixo ha out ra obscur idade ; “
F 0
que o seu duro coracao n ega— néo occorre
/
i’
mmediata;
ass M O R A L E S SAY S . n a rv;The vast P ar ter res a thou san d han ds shall make,Lo ! COBHAM com es , an d floats them w i th a LakeO r cut wide views -through M oun tain s to the Plain , 75You ’
ll wish you r h ill or shelter’
d seat again .
Ev’
n ~in an o rn amen t its place remark,
Nor in an H erm itage set D r . C larke .
N O T A S .
men te de quem be a eoracao. No vers . 71.“ Sem isto
he e scu ro. Sem 0 que ? Q uer dizer o bom sen so que es.
ta m u ito separado n o con texto . WARTO N.
Va n s . 74. Bisque wem Cobbam e as in unda co‘
m bum la
go H um g ran de e log io a n obre pessoa a quem se dir igc fazendo-o s ubstituto do bem ser um — Es te oflicio
,n o
p lan o o rig in al do Poema foidado a outro H omem de Gos
t o B r idgman que n ao teiido sen so para ver que o elo
gio se en cammhava a elle , conven ceo 0 Poeta de que lhe
nao perten c ia.
“A magnificen cia ,
'
e 0 esplendor 550 as characteris ti.
c as de Stow i he como hum des tes lugares ce lebres da an .
tiguidade que for’a o dedicados ao s fin s da religiio , e che ios
de sagrados bosques de fon tes con sagradas ,e templos of.
ferecidos a .varias divindade s ; lugar frequen tado de n apé es
r emotas e obj ec to de ve n erac‘
do para m etade do mundo
p agat‘
) e s ta pompa he e m Stow m is tu rada com a b el leza ; e 0 lugar s e dis t in gue igualmen te pela sua amem
’
dade ,
e g randeza.
”O bservac6es sobre o Jardim M oderno p. 2 13.
E n tre o s m u ito'
s edificio s com que e s tes jardin s $50 or
mados hum dos mai s n otaveis he 0 Templo dos H eroe s Bri
t anicos che io dos seguin tes B us to s com in scripcc’
ies ,
q ue con t ém os seus respec t ivos charac tere s : Pe pe 0 Ca
valheiro Thomaz G re sham Ignac io Jon es Joio M i l ton ,G u i lherme Shakespeare 10510 Locke o Cavalheiro Isaac
New ton o Cavalhe iro Fran c isco Bacon , ElReiAlfredoEduardo Pr in c ipe de Gale s a Rain ha Izabe l ElReiG ui
lhorme III. o Cavalhe iro Walter Raleigh , o Cavalheiro
M O R AL E S SAY S.
"
EPI Iv;
Behold V illa'r io ’
s ten -years to i l complete ;H is Q u in cunx darken s, his Espal iers meet ;The Wood s upports the Plain , the parts un ite,And stren gth of Shade con tends with strenght ofLight ;A wav ing G low the bloomy beds d isplay,B lush in g in br ight divers i t ies of day,With silver-quiv ’
ring r i lls meander ’
d o’
er
Enjoy them, you Villario, can n o more ;
Tir ’
d of the scen e Parterres an d Foun tain s yield,H e finds at last, he better likes a Field .Through his youn gWoods how pleas ’d Sab inas
stray’
d,
Or sat del ighted in the thiek ’
ning shade,With an n ualjoy the red
’
ning shoots to g reet,O r see the s tretch ing b ran ches lon g to meetH is Son
’sfin e Taste an op’
n er Vista loves,Foe to the D ryads Of his Father ’
s g roves ;N O T A S .
to 0 D r. frequen tava exactamen te a Corte . P .— M as def.
ver ia ter acrescen tado com a in n ocen cia e de s in te re s sede hum E1mitao . W .
V E R S . 82 . E aforca da s ombra] D epoi s de celebrar Ken t
como in strumen to para me lho rar O n ovo e ajus tado gos to
dos jardin s ac rescen ta M r . Walpole “Ainda que sejéojudt os os elogios que t enho fe i to a Ken t n em de ixou dc tersocco rros nem defe i tos . Q uem procurar os seus erros ,
ampla co lhe ita n a sua m esma obra val idaEs tampas para a Rainha das Fadas de Spen ser . Como os
desenho s de llas foréo summamen te gabados pe los seus ad
m iradores a cen sura recahio injustarn en tc sobre o abr idor.
Er . IV . EN SA I O S M O R A E S. 169
R eparai n o trabalho completo de dez an uos de
Villario ; as suas Arvores em xadrez fazem es cu1i
dao ; as suas latadas se en lagao ; OS bosques cobren r
a planic ie ; as partes se un em , e a forga da sombracompete com a da luz ; os floridos can te iros mostr
'
a'
o
hum on deado lustre , coran do n as b r ilhan tes mudangas do dia, com as tremulas , e prateadas agoas dos tortuosos r ibe iros . Gozai po is disto ; Villario jé 1160 pé
de ; en fastiado com a perspectiva , que offerecem os“
j ard in s , e as fon tes , acha fin almen te que g osta maisde hum campo .
Com que p1azer vagava Sabin e pelos seu s n ovosbosques , ou se sen tava satisfe it o asombra que se vai
conden san do , con templan do’ com alegr ia cada an n o O S
vrgosos ren ovos , ou ven do os esten d idos ram os , que
desejao en con trar-se ! Seu filho de gosto mais del icado, In im i go das D riadas dos bosques de seu pal , gos
ta mais de huma v ista descoberta, e de olhar para huN O T A S .
O seu celebrado mon umen to de Shakespeare emWes tmin s
ther e ra improprio . VVA RTO N .
VE R S. 83. H um on a’eado lus tr e Es tes t res ve rsos e s
160 che ios de epithetos alegre s e flu idos bem adaptados
ao as s umpto . WA RTO N.
V ER S . 88. Achafin almen le que g osfa mais de bum campa ]O u l t imo Conde de Le iceste r sendo e log iado po r ter com
pletado O seu'
grande des ign io ern H o lkham respondeo
H e cousa m elan col ica es tar SO n as n os sas terras . O lhi
o
em roda ; nao vejo outra casa senao a m inha. Sou o gi
gan te do Castellm dos gigan tes e tenho comido todos os
meus visinhos .” WARTON.
170 M O R A L E S SAY S. Ep . IVO n e boun dles G reen , or flourish ’
d Carpet v iews, 9 5With all the m ourn ful fam i ly of Yew s ;The thriving plan ts, ig n ob le b room st ick s made,Now sweep thos e Alleys they were born to shade .
At Timon ’
s V illa let us pas s a day,Where all cry out,
“What sum s are th rown away
So proud, so g rand ; of that stupen dous air, 101
Soft an d Agreeab le come n ever there .
G reatn es s, with T imon , dwells in such a draughtAs br in gs all Brobdignag before your thought .TO compas s th i s, his bu i ld in g is a Town ,H is pond an Ocean , his parterre a D own
Who but m u st laugh,'
the M aster when he sees,
A puny in sect, shiv’
rmg at a breeze
g”
N O T A S .
V ER S. 9 5. O s dous ext remos em jardin s que sao igualfuen te defe ituosos ; huma R elva s em limite vasta , e des
p ida com o hum campo ou hum florido Tapete 0nde a
g randeza e n obreza da peca fica dimin uida po r ser div idida em demas iadas partes com obras de lavor e can te im s de que ha frequen te s exemplo s P .
V E R S . 96. Lug ubre familia dos fezxos Fal la do mao
go sto dos que sao apaixonados por arvores sem pre vigo sas
(part icu larm en te O S teixos que sio o s que m e lhor se tos
q uiéo) a pon to de des t ru i rem os mais n obre s Bosques paradar lugar a tae s pequen os orn atos como Pyram ide s de ver
de e scuro con t i n uam en te repet idas , 11510 dessemelhan tes dc
huma procissao fun eral . P.
Van s . 9 9 . Na Quin ta de Timon Esta descripcao di rige- se a comprehender os pr in cipios de hum fal so Gos to dc
M agnifice n cia , e a exemplificar O que se disse an tes que
so 0 Born Sen so p6de con segmr lSlO . P.
172'
M O R A L E S SAY S. EP . IV .
Lo, what huge heaps of l ittlen ess aroun dThe whole, a. labour ’
d Q uarry above groun d . 110
Two Cupids s qu irt before : a Lake beh in dImproves the keen n es s of the Northern w in d .H is Garden s n ext your adm iration call,
O n ev ’ry s ide you look, behold the Wall !
No pleas in g In tricacies in terven e,No artful w i ldn es s to perplex the scen e ;
G rove n ods at grove, each Alley has a brother,An d half the '
platform j u st reflects the other .
The s ufl’
ring eye in verted Nature sees,
Trees cut to Statues , Statues th ick as treesWith here a Foun tain n ever to be play’
d
And there a Summer-hou se that kn ows n o shadeH ere Amph itrite sails through myrtle bow ’
rs
There G ladiators fight, or die in flow’
r s
N O T A S .
V ER S . 109 . Que g rande moniZia do ninbar z'
ar em torna
fi’
gran deza na arqu itectura como n a m aqu ina humana
n ao toma a sua den omin aoao do corpo mas da alma daobra : quando a alma po i s e staperdida ou opprimida com
a sua coberta as part es in an imadas por maiores que se
jao 1150 550 m embros de grandeza , mas s imp les man to‘esn'a pequen ez . W .
VE R S . 110. H uma pedrez'
m lav rada] Nas suas car tas ap
pl ica es ta expres s‘
éo a Blen he im ; cuja m agnificen cia mac ica 0 Cavalhe iro Joshua Reyn olds defendeo sempre con t ra
a voz geral de s er pesada. Pe los u l t imos augmen tos de
B rown B lenhe im ve io a ser hum dos mais l indos exem
plos para dispo r terren os j udic iosamen te . WA RTON .
Van s . 121. H uma form] Causa prazer o ver quan to o
ENSA I O S M O R A‘
E S 173"
to se vé , he huma pedre ira lavrada sobre o terren o .
A’
en trada estao dous Cupidos \ esgu ichan do agoahum lago ,por detra'
z augmen ta a fr ialdade do ven toNorte . Seguem
-se os jardin s para,excita
'
r a vos sa ad;
m lragao ; para qualquer parte que olhe is vedes humin u ro . Nao se en con trao as variedade s , ‘
que en can -J
150, n em o ag reste artificio‘
so que con fun de a scen a;
o s arvoredos n utao sobre outros arvoredos ; cada rn a
tern outra irma e m etade da plataforma correspon de’
exactamen te aoutra. O s olhos mortificados vem aNa
tureza 1n vertida ; arvores cortadas em estatuas , esta-ltn as em tan ta abun dan c ia como as arvores aqu i huma font e parafn un ca lan gar ag oa : alihuma casade
verao sem somb ra ; Amph itr ite n ada’
n do por en tre latadas de myrtho os G ladiadores combaten do , on
‘
morren do , en tre flores ; hum cavallo marinho’
desfa'
N o r a s :
n osso bom gosto em jardin s se tem espalhado . A actual
Imperatr iz da Russ ia e screve ass im a Vo l taire em 25 de
Jun ho de 1712 :“
J’
aime ala fo l ie présen temen t les jardin s a 1’ An glaise les
'
lign es courbes_les pen tes don c
'
es
les é tan gs en form e de lacs les arch ipe l s en terre ferm e ;
e t j’
ai um profun d mépri s pour les l ign es dro it s les al
lees jume l les . Je hais les fon tain es qui don n en t 1a tortn
re a’
l eau pour lui faire pren dre un cours con t raire a sa
n ature les s tatues s on t re légué e s dan s les galer ies les
ves t ibu le s et c . En un m ot 1’
Ang loman ie dom in e dan sma plan tomanie . WARTO N .
VE R S . 1211. As dnas Es tatuas do Gladiator pug nan s , e
Gladiator morien s . P .
VERS . 124. M or ren a'o , en treflora: Is to he mai s afl‘
e s
crado e puer il que 0 sen costume. WARTON.
‘
174 M O R AL E S SAY S. EP . IV'
U nwater’
d s ee the droop in g sea-horse m ourn , 125
And swallows roost in Nilu s ’ du sty U rn .
M y Lord advan ces w ith maje st ic m ien ,Sm it with the m ighty pleas ure , to be seen :
But soft— by regu lar approach— n ot yet
F irst th ro ’
the length of you hot Terrace sweat : 130And when up
—
ten steep s lopes you ’ve drag ’
d yourth igh s,
Just at his Study-door he ’
ll bless you r eyes .
H is Study ! with what Au thors is it sto r ’d ?In Books, n ot Authors, cu r ious is my Lord ;To all the ir dated backs he tu rn s you roun d ; 135
These Aldus pr in ted, those D u Su'
c' il has bound
Lo, some are Vellum, and the re st as g oodFo r all his Lordsh ip kn ows, bu t they areWood.
F or Loc ke or M ilton ’tis in vain to look,
These shelves adm it n ot any modern book .And n ow the Chapel
’
s s ilve r hell you hear,That summon s you to all the Pr ide of Pray
’
r
N O T A S.
VER S. 130. 0: Aproobes e Communioago'
o da casa com
0 jardim ,ou de huma parte com out ra , m al en tendidos ,
e in commodos . P .
Van s . 133. D o sou c aban a ] O fal so Gos to n os l ivro s ;sat ira sobre a vaidade de fazer de lles colleccao , mai s frequen te n os hom en s de For tun a do que o es tudo para 05
en tender . M ui tos gos téo prm crpalm en te da el egan c ia da imp res sao on da e n cade rn acao ; algu n s levio i s to a pon to
de mandarem en cheri
as par teleiras mu ito al tas de l ivros dcpa
'
o pin tados ou tro s prézio-se de te r l ivro s em huma lin
goa que nao e n tendem , até excluircm'
os mais uteis na
que comprehendem .P.
176 M O R A L E S SA Y S. EP . IV
Light quirks of M u s ic, b roken and un even,
M ake the sou l dan ce upon a Jig to H eav’
n .
O n pain ted C iel ings you devou tly stare,Where sprawl the Sain ts of Verrio or Laguerre,
N O T A S .
sen do a Vaidade de todas as loucuras human as a pr imeira ,
que deveriam o s de ixar quando n os chegamos para 0 al tarsagrado .
-M as aquelle que tomar a Baixeza po r M agn ific en c ia p6de fac ilmen te thmar erradamen te a H um i ldade porBaixeza. W .
VER S . 145.— E 11a Pin tura (do que n em a Ital ia es ta
livre ) de figuras n uas n as Igrejas etc . 0 que obr igou a
algun s Papas a cobr ir com roupas algumas das dos me lhores m es t res .
°
P.
VER S . 146. Onde es tiz'
o es tz'
rados 0s San tos dc Ver r z'
o
ou Lag uer r e em desordem] Is to 1150 so foi dito para e scar
n ecer da indecen c ia e po s tura de sairo sa das figu ras m as
para in s in uar a fal ta de dign idade n o s as s umptos . O s pa
g'
aos de Raphael , as s im‘
como os demon io s de M il ton , re
p
i
resen t'
ao hum pape l mais n obre que o s D eoz es e 05
San tos do s poe tas , e pin tore s ordin ar io s . Nao ha ninguem
que nao fal le n os Carté e s em H ampton— Cou rt ; tem s ido
copiados g ravados e c r it icado s e corn tudo tao pouco
e s tudados on . exam in ados que n os m ais n obres de l le sde que igualm en te mai s s e tem dito , que de todo o res
to e stamos tio ign oran tes a respe i to do auditor io de S.
Pau lo n o Areopago com o a re spe ito daquellcs dian te dc.quem pregou em Thessalon ica ou Beroea.
A hi stor ia donde o pin tor t irou o seu as sumpto he e s
ta - “ S. Pau lo chega a Athenas ,-foi en con t rado pelos
Epicureos e Es to icos - levad0 por e l les ao T r ibun al doAreopago , 0nde fez a sua apo log ia e hun s dos sen s con
ve rt idos n e s ta occasiao forao D ion is io o Areopag i ta e hu
ma molher chamada D amar i s . ” Sobre este s imples plan oexercita a sua in vencéoa Paulo esta collocado sobre huma
Er . IV. ENSA I O S M O R AE S. 177
pedagos de can tochao quebrados e desiguaes elevz‘
io
a alma até os Ceos dan gando huma’
g iga. Com de vo950fitais os olhos n os tectos pi n tados , on de estao est irados os San tos de Verrio , on Laguerre em des ordem
kN O T A'
S.
em in enma n o ac to de fal lar ,e o auditor io 51 roda de l le em
h n m c irculol
e huma e statua de M arte defron te do sen
Temp lo den ota a Scena da Accao .
A prime ira fign ra s e faz n otavel pe la forca da expresjs'
aio .
‘Vem os todos o s s inaes de con viécéo‘
, e re sign acao 5,
ordem do divin o M en sage iro . M as n a/o
f
s e1 se ha su spe itade que aqu i represe n tou hum character part icu lar . E com
t udo o aspec to Platomco e a molher que 0 acompan ha
m os t rao c laram en te que 0 pin tor des ign ou a D IO NY S IO a
quem a H is to r ia Ec c le s ias t ica faz des ta se ita e a quem a
H is toria Sagrada da e s ta‘
compan he ira. Porque a molher he
D A M A R I S m en c ion ada com e l le n os Actos como huma con
~v er t ida n o m esmo momen to . ,O u o Ar t is ta e n te n deo m al 0
s en t ex to e s uppoz que e l la se con ve rteo com e l le n es te
!auditor io ; ou o que he mai s provavel de propo s ito co
m et teo a indecen c ia de condu z ir huma m olher ao Areopa
go para di stinguir m e lhor 0 sen D z
'
onys z'
o characte r dc
g rande n ome n a Ig1eja Roman a t irado de hum diffu so 1mpos
to r mys t ico que torn ou o s se n s titulos . Jun to a e s te”Platoni
co de huma fision omia fran ca e s ta huma figura summamen
te con cen trada em Sim esma , profundam en te pen sat 1va , c
reflectindo n o que ouve . Con forme 0 seu e stado o s s en s
bracos es tao me t idos n o seu ve st ido e a sua barba des can
sando sobre 0 pe ito ; e‘
m huma palavra todas as s uas fei
coes den otao 0 EsTo rc o diz tao c laram en te No to quor
s z'
ver z'
s ext ra como,se 0 p in tor desen has se e s te Symbolo da
sua Se it a em hum letre iro sahindo pe la b'
oca fora. Jun toa e l le es ta hum velho com huma barba , e vestidd e squa
. l ido s en cos tado sobre a sua m oleta , e levan t ’ando o s o lhosp ara 0 Apostolo ; mas com hum semblan te tao carregado
P78 M O R A L E S S AY S. Er .
On g ilded clouds in fai r expan smn lie,And b r ing all Parad ise before your eye .
To rest, the Cu shion and the soft D ean inV1te,
Who n ever men t ion s H ell to cars pol i te ;N o
‘r a s .
e can in o que n in guem duvidar ia por hum m omen to de
c lar allo C Y N IC O . O que immediatam'
en te se segue pe la ele
gan cia do seu t raje e ar socegado de e s carn eo e de spre
zo ,in cu lca-‘
se por hum EP I C U R EO : as s im com o 0 o u t ro,
que es ta jun to a e l le com 0 dedo n a boca deno tando
silen cio c laramen te m os t ra ser hum s equaz de PY TH AGO
R A S . D epo i s dis to ha hum grupo de figuras , al ter can docom todo 0 furhr da dispu ta e c r it i can do o div in o O ra
dor . Es tas de s ignio man ifes tam en te o s ACA D EM IC O S o ge
n io de Cuja e s co la e ra debater de ’
quolibel on to ,1 e n un ca che
gar a con c lu sio . Fora do C ircu lo e por det raz' das pr in
cipae s figu ras ha hum n um e ro de s emblan tes j uven is t e
p resen tando o s e s tudan te s e discipulo s (le var ias s e i tas .Es tfi
'
o todos e s te s defron te do Apo s to lo . Por de traz de l leha mai s duas figuras : huma ol han do para a accao do Apo s
t o lo com‘
0 10510 levan tado para c ima ; em que as pai
xoe s de hum ze lo mal ic io so , e de huma mal lograda rai
va 651210 fo rt-emcn te marcadas que 1150 n ece s sn amo s
do dar réte vermellBa,para ver que e l le he hum Judeo Rab
bin o : a out ra he hum Sacerdo te pagéo che io de in qu ieta950 pelo per igo do C u l to e s tabelec ido .
H e as s im que e s te gran de M es tre , em o rdem a realgar a dign idade do ‘
SEU as sum pto imroduz os cabecas de
~c ada se ira de filo sofia e re ligia
'
o que erao m ai s con t ra
r ias aos pr in c ip io s e mai s Oppo s tas ao fe l iz succe sso do
Evangelho de so rte que qualquer p6de es t imar verdadei
ram eute e Ste Carrao corn o 0 maior e sforco do seu divinogen io . W .
Tenho a authoridade de dous t'
a'
o emin en tes art is tascomo o Cavalheiro Joshua R eynolds , e Nathan iel D an ce
M O R A L E S SAY S. ER. IV
But hark the ch im in g Clock s 'to d in n er call ;A hundred footsteps scrape the marble H all
The r ich Rufl'
et well-‘
colou r’
d Serpen t s g race,
And gaping Tr iton s spew to wash you r face .
Is this a d in n er ? th is a Gen ial room ?No
,
’
tis a Temple, an d a H ecatomb .
A solem n Sacr ifice, perform ’
d in state,Y ou drin k by m easu re, an d to m in u tes eat .So quick ret ire s each fly ingcourse, you ’d swearSan cho ’
s dread D octor , and his Wand were the re .
Between each Act the trembin g salvers r in g, 161
From soup to sweet-w in e, an d God bles s the King .In plen ty s tarvmg , tan taliz
’
d in state,And complai san tly help ’
d to all I hate,Treated, cares s
’
d, an d tir’
d, I take my leave, 165
Sick of his c ivil Pr ide from M orn to Eve ;
I cu rse s uch lav ish cost, an d\little sk ill,
And swear n o D aywas ever past so ill .Y et hen ce the Poor are cloath ’
d, the hungry fed;H ealth to himself, and‘
to his In fan ts bread 170
N O T A S.
lugar que ju lgou nao ser decen te n omear em huma as
s cmblea 150 pol ida.
” P.
VER S. 153. C ri t ica a in coheren cia dos or natos (ainda queas ve zes prat icados pe los an t igo s ) em que huma boca aberta
lanca agoa para huma fon te , ou figuras dc Se rpen tes de sa
g radaveis sao in t roduz idas n as G rutas on Aparadores . P.
-V E R S . 155 . H e is to bum jan tar ?] O s Ban que te s sobe r
bos de algun s homen s se descrevem aqui para ridicu lisar ;
em que a o s ten tacao des troe a commodidade e a regulat idade formal todo 0 agradavel gozo do divert imen to . P.
Erl lV. EN SA I O S M O R AE S. 181
M as escutai ! O s relogios a tocar vos chamfio paraa meza on ve-se o ruido de cem pe
’
s pela salla de mar-1
more Serpen tes bem p in tadas orn ao o r ico aparador ,
e Tr it6es com a boca aberta vomita'
o ag oa para la-f
Vardes o rosto . H e isto hum jan tar ? H uma salla dé
prazer ? Nao ; he hum Templo , e huma H ecatombm
H um sac rificio solemn e executado com pompa ; ahise
bebe a compas so , e se com e a min ut os e 610 de pres
sa vfia cada coberta , qu e jurarieis achar-se alio ter
r ivel M ed ico de San cho com a sua vara. En tre cada’
Acto t in em as t1emu las salvas , de sde a sopa, ate’
0 vi
n ho doce , e a can t iga D eo s s alve o R ei. M orren do defome n a abun dan c ia,
s ofirer1do a sorte de Tan talo com
a pompa , servido com agrado de tudo quan to‘
aborrego , ban queteado , afi
'
agado , e can sado me despegodoen te do seu c iv il Fau sto , de sde manhaaté titarde .
Amaldicoo igo excess iva despesa , e pouco go sto ,
”
e
juro que n u n ca pas seidia tao maio .
Com tudo daqui se vestem os pobres , e se sus
ten tao os fam in tos ; o trabalhador adqm re saude pasN O T A S.
VERS . 156.
’
H uma H ecatoméaj Alludindo aos cem pés
an teceden te s . W.— Es ta observacao he mu1to ridicn lamen
te arras tada. WAR TO NVERS . 160. O ter rivel M edico de San cho] Vede D . Q ui
xote cap . XLVII. P.
VE R S . 169 . Com_tudo daqui s
‘
e ves tom\
os padr es etc
I sto he a M oral do todo em que se ju stifica a PR O V ID ENC IA em dar r iquezas aos que as dis sipao as s1m . O m ao
gosto emprega m ais maos e espalha r iquezas mais u t i lmen te do que 0 born . Is to faz lembrar 0 que se disse
182 M O R AL E S S AY S. EP. 1V.
The Lab 're t bears : What his hard H eart den ies,H is char i tab le Van ity s upplies .
An other Ag e shall'
see the golden EarImb rown the Slope, and n od on the Parterre,D eep H arvests bury all his pr ide has plan '
n’
d, 175
And laugh ing Ceres re-as sume the lan d .Who then shall grace, or who improve the Soil ?
Who plan ts like BATHUR ST, or who bu i lds l ikeBOY LE.
’
Tis U se alon e that san c tifies Expen ce,And Splen dor borrows all her rays from Sen se . 180
N O T A S .
n o Livro 1. Ep. 11. vers . 230-7 e n a Epis tola anteceden
te a e s ta vers . 161 e tc . P
Es ta reflexéo he bem differen te do pr1n C1p10 perver sodc M andevill : que o s V1c1os par t icu lare s sao ben eficios
publicos . D e quem diz . H ume c om bas tan te sagac idadeNao he m u ito in coheren te aflirmar hum au thor em huma
pagin a que as dis tincé e s nio raes Si‘lO
‘ i n ven tos dos pol i t icos pelo in te res se publ ico ; e n a segu in te s us te n tar que
0 v ic io he van tajoso ao publ ico 2” WA RTO N.
VER S . 173. Out r o s eculo e tc .] Se 0 Poe ta t ives se v ivido t res an uos mais ver ia a sua profec ia ge ral con tra to
da a‘
magn ificencia mal en tendida verificada in te iramen te
em hum e xemplo m ui to part icu lar . W.
Na Edicao de 1751 es ta n ota acha-se assim :“ Se 0
Poeta t ivesse vivido t res an n os mais t er ia vis to e s ta pro
fecia verificada a qual allude tao claram en te ao que acon te
ceo em Can on s que foiem en dada como aqu i es ta'. WA RT.VE RS . 176. E Ceres riz on ba tomar de n ovo pos s e (la ter l
ra.jA grande be lleza des te verso he huma prova da arte
pecu l iar ao n osso Poeta ; com a qual dispoz de sorte dc
huma fign ra c las sica , e muito usada , que 96 fez com
M O R AL E S SAY S. EP . IV.
H is Fathe r ’
s Ac res who enj oys in peace,O r makes his Neighbou rs g lad, if he in creaseWhose chearful Ten an ts bles s the i r yearly to il,Y et to the ir Lord owe m ore than to the so i lWhose ample Lawn s are n ot asham
’
d to feed 185
The m ilky he ifer, and deserving steed ;Whose r is ing Fore sts, n ot for pr i de or Show,B ut future Bu ild ings, future Nav ies, g row :
Let his plan tation s stretch from down to doWn,F i rst shade a Coun try, and then rai se a Town . 190
Y ou too proceed make fallin g Arts your care,Erect n ew won ders, and the old repai r ;Jon es and Palladio to themselves restore,And be whate ’
er Vitruvm s was before :N 0 r A 3 .
Lord Ches terfield escreveo os verso s seguin tes imtent ando m os trar que Lo rd Bur l ington nao seguio sempre as
‘
ta regra do n o s so Poe ta
Po s ses t of on e great hall for State
Without on e room to s leep or eat
H ow We l l you bu i ld ;le t flattery tell ,
_
And all man k ind ,how i l l you dwe l l . WAR TON .
Van s . 19 1. Vo'
s tambem con tin ual ljIs to 1150 he huma en
fa'don ha adulaca'
o , m as sém en te hum louvor hon es to , tal
qual m erece O n obre Lo rd a quem e l le 0 di r ige .
rigoro
sam en te que herdou todo aquelle amo r da scien cia, c
conhec im en to u t il pe lo que a sua fam i l ia s e fe z tao ceJ
‘ lebre . O n ome de Boyle he n a verdade propic io 21 l iterat u ra. Aquelle subl im e gen io , e born hom em , 0 B i spo Berk ley deve o seu adian tam en td prin c ipalmen te a e s te com
p le to Par ; porque foi e l le que 0 re comm en dou ao D uque
de G rafton 1n o an n o de 172 1 que o levou com sigo pa
t a Irlanda quando elle foi Vice-Rei e 0 promoveo ao
EP. IV. EN SA I O S M O R A E S.1185
Aqu ello que desfruta em paz os campos de son
pai, e faz os seu s v1s1nhos con ten tes quan do se aug
men ta ; cujos rendeiros alegres abeneoao o seu trabalhoan n ual , deven do ainda mal s a seu Senhor io , do que
ao .terren o cujas vastas camp in as se nao en vergonhao
de n utrir a Vaea que dd le i te , e o Cavallo que merecc su sten to; cujos bosques elevados crescem , n ao para
a vaidade , ou os ten tagag , mas para‘
os futuros Edificios , e para as futuras Esquadras a este Se estendaoas suas plan tagOes de valle em valle , cubr
'
z'
to primel ro
o paiz dc arvores e depm s edifiquem huma C idade .
Vds‘
tambem con t in uai! Sej a o vos so cu idado as
Artes decahidas ; e r igin ovas maravilhas , e repa
an‘tigas restabelecei Jon es , _ e Palladio a sime s ;
e sede o que dan tes foiVitruvio : até que os R e is , susN o
'r a s .
D eado dc D erry no an n o de 1724. Berkley grangeou a
prot eccao e amisade do Lord Bur l ington , nas SO pe la,sua ve rdadeira polidez e pecu l iare s en can tos da sua con
ye rsacao que era exqu is ita mas pela sua profunda e
perfe ita scien cia n a architectura , arte que e l le t inha es tu
dado mui part icu lar , .e accu radamen te n a Ital ia quando
majou , e 151 se demorou quat ro arin os com M r . Ashe fi
lho do Bispo dei
‘
C logher . Com huma at ten cao m saciavel
e filo sofica Observou Be rk ley , e examin ou cada obj ec to dep urio sidade . N50 56 fez 0 giro usual mas foi a Apu l ia ,
e a Calabr ia ,e até V1ajou a pé pe la Sic i l ia e deo huma
n ot ic ia deste t erren o m u ito c las s ico ; q ue se perdeo n’
1111
m a viagem aKNapole s , o que he bem para las t imar . 0
s ea gen eroso projec to de e r igi r huma Un iv’
ers idade'
em 'Ber
mudas esforco de hum espir ito verdade iramen te act ivoben evo lo e patriot ico ,
he as sas conhec ido . WAR TON.
Van s.19 3. jones Vede huma n011c1a exacta e 111
186 M O R A L E S SAY S. Er . IVTill K in g s call forth th ’
Ideas of you r m in d, 195
(Proud to/
accomplish what such han ds design ’
d)Bid H arbou rs open , pub lic Ways exten d,Bid Temples, worth ier of the God, ascend ;
Bid the broad Arch the dang ’
rous F lood con tain ,The mole proje cted break t he roar ing M ain ; 200
N O T A S .
diciosadas suas O bras n as An ecdo tas de Walpo le , vol . 11.de sde pag . 261. até pag . 280 , che ia de part icular idade s cu
rio sas . 0 D r . C larke do C o l legio de All Sou ls ern O x
ford tem 0 Paladio de jon e s corn as suas propjias n o.
tas e obseruaqé es em Ital ian o que 0 D r . deixdh em tes
tam en to ao Co l leg io de Wo rces ter . WA RTON.
VaR s . 19 5 19 7 e tc . Ate'
que os R ez
’
s— orden em que s e
aér fio por tos e tc .] 0 Poe ta depo i s de ter tocado n os objet o s propr ios da M agn ificen c ia , e D e spesa , n as obras pare
ticu lares dos g ran de s hom en s chega a es tas Obras grandes
e publ icas que quadrao a hum Pr in c ipe . Es te Poema foi
p ubl icado n o an n o de 1732 quando algumas Igrejas n ova
an en te edificadas pe lo Ac to'
da Rainha An n a e stavéo
a pon to de cahireml, sendo fundadas em terra apaulada (a
q ue satm cam en te al lude 0 n osso Author na imitacfio de
H orac io liv . 11. Sat . 2 .
“ Shal l half the n ew -bu ilt churches round thee fal l).O utras forao mu ito mal executadas pe las fraudu len tas ca
balas en t re -O s empre i teiros O fficiaes e tc. D agen ham
b reach cau sou de sgracas m uito grande s ; m u i tas das Es tradas publ icas de Inglater ra ape n as e réo t ran sitaveis e a
m aior par te das que 101510 con ce rtadas com o re ndimen to das
can cellas vierao a servir de lucro para par t i cu lare s e forio
in fam emen te execu tadas até a m esma en t rada de Londres .
C on t ra a proposicio de se co n s t ru ir huma Pon te em
We s tm in s te r se requereo e foi rej e itada ; mas dous an n o s
depo is da publicacao de s te poema , pas sou por ambas as
C amaras o Ac to para se con stru ir huma Pon te . D epo is de
188 M O R A L E S SAY S. Er . IV
Back to his boun ds the ir subject Sea comman d,And roll obed ien t R ivers through the LandThese H onou rs, Peace to happy BR I TAIN b r ings,These are ImperialWorks, and worthy Kings .
O T A S.
Con s iderado tudo contém esta epistola an tes regras
sobre o falso gos to do que illn st1a96es sobre o verdadei
r o ; cujas c1rcn n s tan cias derio lugar a M r . M ason t ratar
a
"
materia de hum modo mais aberto , amplo e o rn ado ,e
'
com i ‘magen s mais picturescas e poeticas n o seu Jardim Inglez . WARTON.
‘
Er . IV : ENSAI O S M O R AES. 189
recde aos sen s limites , e os R ios obedien tes corraope la terra. Estas 550 as hon ras que a Paz traz
‘
para a
feliz INGLATER RA estasas obras imperiaes , e dignasdos R e is .
N 0 T K S .
Van s . 203. Es tas siz’
o as lzon ras que a Paz] H uma das
prin cipae s or igen s das grandes r iquezas des te paiz foia Ionga paz a
.
de quekgozon duran te 0 minis ter io do Cavalhei
ro Roberto Walpo le ; o qual po sto que t inha s ido cen su
rado merece grande louvor por este motivo . WARTON.
EP I T L E V .
‘
T O
M R . A D D I S O N .
OccdSz'
on ed by his Dialogues
on M ED ALS.
SEE the wildWaste of all-devour ing yearsH ow R ome her own sad Sepulchre appears !
N O T A S.
Esta foiescrita or ig inalmen te n o an n o de 17 15 quan
do M r. Addison in ten tou pub l icar o seu Livro de M eda
lhas ; acon teceo i sto algum tempo prim e1ro que fosse Se
c re tario do Es tado ; mas nao se publ icou até a'
Ediccio
de M 1. T iekel das suas obras : em cuja occasiao o s ver
sos sobre M r . C raggs que con cluem 0 poema forao acres
cen tados em 17 20. P.
Van s . 1. Vede o g rande es trago] Es te t ratado sobre as
M edalhas foi e scr ito por Addi son n es ta agradavel forma
de composicao D ialogo s tio in fe l izm en te emprehendida
por m u itos authores modern os . Em n enhuma e spec ie de e s
c ritos tem os an t igos huma tao indispu tave l supe rio ridades obre nOs . O s D ialogos de Platao e de C ice ro ,
e spec ialm en te o s pr ime iro s sao
,dramas pe rfe itos ; em que os cha
racteres e stio s us ten tados com cohe ren c ia e n atureza e
rac ioc in io propr io aos charactere s .
“ H a em Inglez tres D ialogos e 56 tres. D iz hum
192 M O R A L E S SAY S. EP . V
With n odd ing arches, broken temples spreadThe very Tomb s n ow van ish
’
d like the i r dead !Imperial won ders rais
’
d on Nat lon s spoil’
d, 5
Where mix ’
dw ith Slaves the g roan in g M artyr toil’dH uge Theatres, that n ow un people
‘
dWoods,Now drain
’
d a d istan t coun try of her FloodsN O T A S .
t rastados hum com o outro e com a s ingeleza e sim
plicidade de En phran or .
Es te s dialogos de Addison forio esc r i tos com aquellasuavidade e pureza de e s t i lo que
'
o con st ituem hum dos
n o s sos m elhore s e scr itore s em Prosa. O s Praze res da Ima
gin acéo 0 En saio sobre as Georgicas e 05 s en s u l timospape is do Spectador e do Guardian sao m ode l lo s da lingoa. E algun s e sc ritores mode rn os que parecem ter to
m ado e rradamen te a dureza pe la forca , e se tom arao po
pulares por huma frase pompo sa e torn eada faz em de
s ejar a qualque r que a geracao n ascen te haja de abando‘
n ar es te es t i lo fé ra do n atural , falso in chado e flor ido e que se form em segundo o m odel lo mais pu ro de
Addison . A pr in c ipal imperfeicao do seu_
T ratado sobre as
M edalhas he , serem as pes soas in troduz idas como in terlo
cu tores em directa con t radiccao com a prat ica dos an t i.gos ,fingidas , e 1150 verdadeiro s ; po rque Cyn thio ,
Philan dro , Palaemon , Eugen io , e T heoc le s n ao podemigualmen te exc i tar e occupar a at tenc'
éo do le itor com
Socrates e Alc ibiades At t ico e B ru to C owley e Sprat t
M aynard e Somers . H e alguma cousa s ingu lar , que tan
tOS e scr i tores modern o s de dialogos fos sem mal succedidos
n es te part icu lar , quando tan tos en genhos dos mais celebres
Q uan to mal as fOrmas e ceremon ias e 05 compr im en tos de boa educacao mode rna so lfreréo pa1a serem re
presen tados exactamen te vede Characterist. vol. I. p.
EP . V EN SA I O S M O R A E S. 193
tr i ste sepulcro ! Toda coberta de arcos vacillan tes , detemplos despedacados O s mesmos tumu los desapare
c erao ja"
,como . os seus mortos M arav ilhas im
periaes levan tadas ticu sta de NacOes despojadas , aonde en tre esc ravos ) m isturado trabalhava o M artyrgemen do : Vastos Theatros , que ora despovoava
'
o .
N O T A S .
da Italia moderna lhes der'io em in en tes exemplos de hum
p rocedimen to con t rar io e s egumdo a r isca O S pas so s do s
an t igos con stan temen te in troduzxrao pes soas vivas e ver
dadeiras n as s uas n umerosas composicfie s des ta e spec ie ;em que forio tao apaixon ados de m os t rar O S sen s se n tim en
tos tan to em assumpto s m o raes como c riticos para pro .
Va, 11Corteg ian o de B . Castig l ion e OS Asolan o s de P . Bem
bo D ialogh i del S. Speron ew
e 0 grande Gal i leo 0 Nau
geriu s de Fracas to rius e Lil. Gyraldu s de Poe t is e ou
t ros m u ito s . Em cujas e spec ie s todas O s famosos e vi
vos gen ios da Ital ia sao in t rodu‘
z idos discuti‘ndo differen te smate r ias n a pre sen ca de l les . WAn
'r O N.
Van s . 2 . 0 sea pr oprio t ris te s epulcr o S. Jeron imo
diz “ Roma quondam orbis caput postea popu l i R omaui sepulchrum . WA RTO N.
Van s . 6. don de en tre es crav os , mis turado t rabalbafva a
M ar tyr g emendo z] Pal ladio fal lando do s banhos de D io c lec ian o diz “Ne l l edification e de l le qual i D ioc lec ian o tenn e m o lt i an n i 140 m i la Chr is t ian i a edificarle .
” W.
Van s . 6. 0 M ar tyr gemendo zjD odwell , n as suas D is
sertacfies Cyprianicas emprehendeo provar que 0 n um e
ro dos M artyres era mu ito m en or ,do que o rdinar iam en te
se imag in ou . A sua opimao he combat ida por M o she im110 cap itu lo 5 da sua excel len te H istor ia da Igreja.WaR
'r .
Van s . 7 . Vas tos Tbeat ros H e i s to igual , on superior x
ao que Addison diz sobre 0 mesmo as sumpto ?
“ That on its publ ic Shew s unpeopled R ome,
And held un cr owded nat ion s in its womb.
”VVART.
Bh
194‘
M O R A L E S SAY S. EP . Y
P an es, wh ich adm ir in g God s w ith pride survey,Statues of M en , s carce les s alive than they lSome felt the s i len t stroke of mou ld
’
ring age,
Some hosti le fu ry, some relig ious rag e .
Barbarian blin dn ess, Christ ian,
zeal con spire,An d Papal p iety, and Goth ic fire .
Perhaps, by its own ru in s sav ’
d from flam e,Some bu ry
’
d marb le half preserves a n ame ;
That Name the Learn’
d w ith fierce disputes pu rsue,And g iv e to Titus old Vespas ian ’
s due .
Amb ition sigh’
d : She foun d it vain to tru stThe faithles s Column an d the crumbl in g Bust : 20
H uge moles, whose shadow stretch’
d from shore toshore,
Their ru in s perish ’
d, an d the ir place n o more
Con vinc’
d, she n ow con tracts her vast des ign ,An d all her Tr iumph s shr in k in to a Co in .
A n arrow OR B each crowded con quest keeps,Ben eath her Palm here sad Judea weeps .
Now scan t ier l im its the proud Arch con fin e,And scarce are seen the prostrate Nile or Rh ine ;
N O T A S .
Van s . 18. E ddo a Tito o que per ten ee ao fuel/Jo Vesper
sian o.] H uma l inda in sin uacao da fal ta tan to de go sto co
m o de scien cia n os An tiquarios ; cuja ign oran c ia de cha
rac teres o s en gana (su s ten tados SO por hum n ome ) con t ra
a razao e a h istor ia. W .
Van s . 19 . A dmbiydo suspir ou H umas pr osopopeias 150
curtas faz em hum grande cfl'
eito .
“ O Silen cio e s tzi con t'
en
te diz M ilton : cuja prosopopeia he t irada bem que
196 M O R A L E S SAY S. EP . V.
A small Euphrates th rough the piece is roll ’d,And little Eag les wave the ir w in g s in g old.
The M edal, fai thfu l to its charg e of fame,
Through cl imes and ages bears each form and name
1In on e Short v iew subj ected to ou r eye
G ods; Emp ’
rors, H eroes, Sages, Beauties, lie .
With Sharpen ’
d s ight pale An tiquaries pore,Th
’
in script ion value, bu t the ru st adore .
This the blue varn i sh, that the green en dears,The sacred ru s t of tw i ce ten hun dred yearsTo ga in Pescen nius on e employs his Schemes,
O n e g rasps a Cecrops in ec static dream s .
Poor Vad io s, lon g with learn ed spleen devour’
d,
Can . taste n o pleasu re s in ce his Sh ield was scour’
d.
An d Cur io, res tles s by the Fair On e ’
s s ide,Sighs for an Otho, and n eglects his br ide .
N O T A S.
Van s . 29 . H um pequen a Euphrates] O S dous pr ime i rosr ios m en c ion ados 0 Ni lo e 0 R hen o tendo s ido pe rson alisados nao se dever ia ter fal lado do Euphrates como
m e ro 110. A c ircun s tan c ia n o vers . 30 he mu i to puer i l ,e in significan te . WAR TON.
Van s . 35 . Com pen etran te vis ta examindo os fé lidos fln
tiquarios Vidr os de mier os eopio in ven tados pe lo s F i loSofos para descobr i r as bel lezas n as obras m ais m in das dan atureza , applicados r idiculamen te pe lo s An tiquario s paraconhecerem a falsidade das m edalhas con t rafe itas . W .
Van s . 37 . Es te es tima o ver niz az ul , agn elle o verde
Es te he hum Co l lec tor de m edalhas de prata aquelle das
de cobre . W .
Van s . 39 . Para ooter 7mm P es cen nio ,] O vivo e enge
nhoso Young diz n a sua 4. Sat ira
EP . Y E N SA I O S M O R A E S. 197
m‘
edalha , e pequenas Agu ias movem as suas azas n o
ouro .
A M edalha , fiel tifama que se lhe confia , co‘
n a
\
serva cada fOrma, o n ome por cl imas e seculos : em
curto espago apresen ta aos n ossos olhos D eozes ,Im
peradores , H ordes , Sab ios , e Bellezas . Com pen e
traute vista examina'
o os pélidos An tiquarios , avaliéo
a in sc ripgfio , mas adoréo a ferrug em . Este estima 0
vern iz azu l , aquelle o verde ; sag rada ferrugem de
dou s mil an n os . Para obter hum Pescen n lo , empregahum os sen s proj ectos , outro apan ha hum Cecrops emsonhos extaticds . O pobre '
V tidio , con sumido por
muito tempo com sab ia cOlera , 11510 p6de experimen
tar prazer , depois que o seu Escudo foiareado : e
Cu rio in qu ieto ao lado de sua Bella, suspira por humOtho , e nao faz caso da sua n oiva.
N O T A S .
H OW his eyes lan gu ish ! how his thought s adore
That pain ted coat which Jo seph n ever wore !
H e shew s , on holidays, a sacred pin ,
That ton ch’d the ruff that touch
’
d Q ueen Bes s’s chin .
Q uan to engenho se t ern despen dido , e applicado m al es
forcando-se em ridiculisar os an tiquarios cujo s e s tudo s sao
nao SO agradaveis a imagin agao mas — segu idos de mu itasven tagen s a soc iedade espec ialm en te depo is de terem s idom e lhorados , como u l t imam en te foréo com Sin gu lare propr iedade em illus trar aquillo
'
que mais que tu
do he 3 parte ma1s 1n teres san te , e importan te de toda a
bis tor ta a his toria dos cos tumes WARTON.
Van s . 41. 0pobr e Vede a sua h is tor ia ,e a do
seu Escudo nas zwemorias de Scriéler us . W .
Van s . 43. E Curio in quieto] O histor iador D ion deo-n os
198 M O R A L E S SAY S. EP . Y
The irs is the Van ity, the Learn in g th in e :Touch
’
d by thy hand, again R ome’
s glor ies Sh in e ;H er Gods, and godl ike H eroes r ise to view,
An d all her faded garlan ds bloom a-n ew .
Nor b lush, these stud ies thy regard en gage ;These pleas ’
d the Fathers of poetic rage ;
The verse and s culptu re bore an equal part,And Art reflected images to Art .
N O T A S.
hum exemplo mu i to ext raordin ar io de ste gos to por an t igualhas . Con ta
- n os , que hum certo Vibius Rufus que
n o re inado de T iber io era 0 quarto m ar ido de T eren cia
v iuva de C icero que en tao t in ha mais de cem an n os de
idade co s tumava des van ecer-se p or pos s u ir as duas ‘ mais
n obre s pecas da An t igu idade que havia n o mun do A VrvVA D a T u aaro e A CAD E I RA D E C EZA R aque l la Cade ir'a
l
em que foias sas s inado na presenca de todo 0 Sen ado .Wa a'
r .
Van s . 44. Suspira por bum O tbo Carlo s Pat in foidest errado da Co rte por vender a Lu iz XIV. hum O tho , que
n ao e ra verdade iro . O T ratado de Pat in sobre as M edalhashe bom . Ficor1n 1 ce lebre cur ioso em F lo renca dis sea M r. Spen ce
“ Addison nao adquirio grande profundida
de n o e s tudo de m edalhas ; todo 0 con hec imen to que ti
n ha de sta e spec ie cre io b houve de mim e 1150 lhe dei
mai s de vin te licOes sobre WA R TO N .
Van s . 48. As suas g rin ala’as mur o/ms ] Na H i s tor ia de
Win ke lman da Arte en tre o s An t igo s se acha talvez a
m e lhor n ot ic ia , que se po s sa ter , da gradual decaden c ia dap in tura architec tura e m edalhas abundan te de m u i tosexemplos Ca sorte que sofl
'
rerao m u i tas e xqu is i tas pecasda arte . En t re o m ais diz e lle que quando o s Au st r iacos tomarao M adr id , Lord Gal loway procurou hum Bus
t o m u ito ce lebre de Cal igu la que soube t in ha traz ido pa1a H espanha ,
o Cardeal G . Colon na ; cujo l indo B us to el
200 M O R A L E S S AY S Bia V I
Oh when shall Br itain , con sc iou s of her c laim,
Stan d emulou s o f G reek an d R oman fame ?'
In l iv ing medals see her wars en roll’
d,
An d van quish’
d realm s s upply record ing g oldH ere, r isin g bold, the Patriot ’s hon est face ;ThereWarr iors frown ing in h istor ic b ras sThen futu re ag es w ith delight shall seeH ow Plato ’
s , Bacon ’
s, Newton
’
s looks agree ; 60
O r in fai r ser ies lau rel ’d Bards be shown,
A V irgil there, an d here an Add ison .
Then shall thy Gam e s (an d let me call him m in eO iith e cast Ore, an other Pollio, sh ine ;With aspect open , shall erec t his head,An d rou n d the orb in last in g n otes be read, .
Statesman , yet fr ien d to Truth of sou l s in cere,l n action faithful, an d in hon our clear ;
N O T A S.
Fallava das suas obras,c omo de bagate llas in fer iore s a cl
‘
le ; 6 deo-m e a en te n der n a pr ime ira con ve rsacéo que
o v i s i tas s e 86 com o mo t ivo de ser hum Cavalheiro que
levava huma vida s imple s e s inge la. R espo ndi-lhe que
a ser tfio desgracado que fos se hum m ero Cavalhe iro n un
ca 0 ter ia hido ver ; e que m e desgos tava m u ito com hu
m a prova tfio in tempes t iva de vaidade .
”Car ta: a r espeito
da [Vagiio Ing leza XIX. VV.
V ER S . 53. Of) quan ta a, Bream/ya e ta ] Elogio a hum dos
pape i s de M r . Addison n o Spectador , sobre e s ta mater ia.W.
VER S . 62 . Ali bum Virgilio Copiado man ifestamen te
do Tickell a Addi son sobre o seu Rosam ond
“Which gain ’
d a Vi rg il an d an Addison .
Es ta e legan te copia dc verso s foi tio ace ita a Addi son que
ve io a ser 0 fundamen to de huma amisade perman en te en
EP . V .
’ ENSAIO S M O RAE S. 201
Oh quando a Bretanha conhecen do o seu d ire itoserzie
'
mu la da fama Grega , e R oman a ? Q uan do ve
ré alistadas as suas guerras emv ivas medalhas , e R ein os ven cidos forn ecerem o ouro, que as fara' lemb rar ?Aqui o in trepido rosto de hum hon rado Patr iotase
elevara, alios guerreiros carran cudos n o b ron ze historial : en tz
'
io os seculos v indouros verao com deleitecomo se as semelhao as feigoes de P latéo , de Bacon ,
de Newton on em huma bella ser ie appareceréo os
lau reados Vates , alihum Virg ilio , e“
aqu i hum Ad
dison : en tfio o teu Craggs e permitte-me chamallo
men ) br ilharan o metal fun d ido , qual outro Polliao ;com aspecto fran co ergueraa sua cabega” e aroda
do c irculo se lerzicom letras etern as : “ M in i stro de Estado , com tudo am igo da verdade de huma alma.
sin cera , fie] obran do , e pu ro em hon ra que n ao
N O T- A S .
t re e lles . ‘
Tickell merece hum lugar mais alto en tre os
Poetas do que regu larmen te lhe con cedem . WA RTO N.
VER S. 67 . M inis tr o a’e Estado com iud
’a amig o d
’a ver
dade ! etc .] H e de advert ir , que e s te poema foi compos :
to para se impr im ir com o D iscu r s o s obré as M edal/m;
de M r . Addison em que ha a segu in te cen sura sobre as
Iongas in s cripgé'
es n os C un hosl
t ‘O prim eirq defe i to que
aCho nas in scripcoes m odernas , he a sua sua diffusao . Te.
m o s as vez es huma das faces da m edalha toda cobe rta de l
las . Q ualquer imaglnaria , que 0 au thor in ten tou se r hum
C icero : mas n'
z‘
io be 363o ,
unico defe ito , que en con t ro de
serem as in scripcoes fas t idiosas ; suppondo-as de huma m o
derada ex ten s'
éo porque hao ,de ser em verso ? Se r ia pat a adm irar ver 0 t itulo de hum livro ser io em r ima.
"
D ial. III. W.
202 M O R A L E S SAY S. EP . V .
Who broke n o prom ise, serv’
d n o pr ivate en d,
Who gain ’
d n o title, and who lost n o frien d ; 70
En n ob led by h im self, by all approv ’
d,
And prais’
d, un en vy’
d, by the M use he lov’
d.
N O T A S .
V ER S. 67 . M inis tr o dz Es tado Estes versos n ervosos ,
e perfe i tos forao depois in s criptos como hum epitafio so
bre a sepultura des te hom em ben em er i to n a Abbadia dc
Wes tm in s ter corn a,alterac;
'
ao de duas palavras n o u l t imovers o que es ta escr ito as s im :
“ Prais’
d, wept, an d hon on r’
d by the M use he lov’
d.
"
Foi C raggs que se e levou a sim esmo pelas suas habilidades ; sendo sen pai hum barbe iro que do m odo m aisamigavel e at trac tivo offereceo ao n os so Author huma
pen sao de t rez en tas l ibras e s ter l inas por an n o ; que se e l leaceitasse ficariamOS
’
pr ivados das suas m e lhores satiras . O s
Poetas tern hum al to esp ir i to de l iberdade e de indepen
den e ia ; n un ca buscao n em esperao recompen sau
O s M ecen as n un ca criarz’
xo gen ios . Nem Spen ser n em
M ilton , n em D an te , n em Tas so , n em Corn e i lle , forio
p roteg idos pe los govern os debaixo dos quaes viverao. E
H orac io , e Virg il io e Bo i leau , ja e s tav'
éo formados an tes
de terem occasiao de lisongearem a Augus to e a Luiz XIV.
Ainda que Pope se al is tou debaixo das bande iras dcBolin gbroke n o que se chamava o part ido patriot ico e
corn v io len ta Oppo sicao as m edidas de Walpole com tu
do o seu ju izo claro e bom sen so o habili tou para ver
as loucuras e a malign idade dc todos os part idos ; e era
F I M .
Top Related