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JORNAL DO BRASIL

©jornal DO brasil sa 1991 Rio de Janeiro — Quinta-feira, 31 de outubro de 1991 Ano Cl -- N" 206 Preço para o Rio: Cr$ 350,00

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Brasilia — Aldori Silva

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Por causa do marido, Isabel Gros teve que tnudar pianos

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Brasília — Gilberto Alves

Tinoco depôs durante três horas

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Táxi-lotaçãoA Câmara Municipal apro-vou projeto do vereador Ro-naldo Gomlevsky (PL) quepermite aos táxis fazeremlotação. O projeto, que de-pende da sanção do prefeitoMarcello Alencar, limita alotação a,o horário do rush.(Cidade, página 1)

Brasilia — Aldori Silva

Três dias de trabalho inútil

Odai-l f igueiredo

"Francisco, vocô me viu trabalhandotres dias como uma louca e agora me dizque vai mudar tudo?"— desabafou donaIsabel ao marido, na noite do últimodomingo, poucas horas antes do anúnciofeito pelo Banco Central de que não iriamais segurar as cotações do ouro. o queacabou provocando a disparada do dólar110 mercado paralelo. Assim como ela.milhares de investidores tiveram esta rea-çào ao verem negócios já fechados irempor água abaixo, planos alterados e cál-culos refeitos.

Isabel é mulher de Francisco Gros. o

presidente do Banco Central, que na noi-te de domingo voltou de uma reunião nacasa do ministro da Economia. MarcilioMarques Moreira, na qual foi tomadaa decisão de deixar os mercados deouro e dólar flutuarem livremente. Pro-prietária de uma fábrica de confecçõesno Rio. ela começou a relatar ao mari-do seus planos de injetar cerca de USS30 mil na empresa, fortemente afetadapelas altas taxas de juros, quando foiinterrompida com um conselho: "Olha,

eu acho que você vai ler que refazer essascontas", advertiu Gros. O que estavarealmente para acontecer ela só foi sa-ber na manhã do dia seguinte. (Conti-nua em Negócios e Finanças, página 2)

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Por causa do marido, Isabel Gros teve que mudar planos

TEMPO

? A homenagem do fotó-grafo Brian Lanker a 75 mu-lheres negras pioneiras daluta pela igualdade racialnos Estados Unidos estará apartir de amanhã no Museude Arte Moderna. As ima-gens de Lanker dividirãoolhares com a arte concei-tual de sete artistas cario-cas e com as miniísculasinstalações da paulista Jea-nete Musatti, exposiçõesque o Museu inaugura hoje.

Jabes RabeloA Comissão de Constitui-ção e Justiça da Câmaraaprovou, por 39 votos a fa-vor, 15 contra e duas abs-tenções, o pedido de cassa-ção do mandato dodeputado Jabes Rabelo(sem partido-RO), acusadode falsificação de carteirafuncional do Parlamento ede envolvimento com o trá-fico de drogas. (Página 4)

Imposto de RendaEm menos de cinco minu-tos, o Senado aprovou e re-meteu à sanção do presi-dente Fernando Collor,ontem à noite, o projetoque isenta do Imposto deRenda os salários até Cr$190 mil. A lei deverá ser pu-blicada hoje no Diário Oficialda União, para que a novatabela do IR já possa incidir' sobre as folhas de pagamen-to de outubro. (Página 3)

João AlvesO deputado João Alves' (PFL-BA) foi destituído docargo de relator da Comis-

. são Mista de Orçamento doCongresso, em decisão ines-perada do líder do partidona Câmara, Ricardo Fiúza(PE). (Página 3)

CotaçõesDólar comercial: Cr$ 639.40(compra), Cr$ 639,50 (ven-da). Dólar paralelo: Cr$ 820(òompra), CrS 900 (venda).Dólar turismo: CrS 833.31(compra), CrS 851,77 (ven-da). Salário mínimo: CrS42.000. TR (Taxa Referen-ciai de Juros): 19,77",,. TRD(Taxa Referencial Diária):0.800422%. Tablita do dia31.10: 1.9428. Cadernetas depoupança com aniversáriohoje: 17,4606%. Fator de^atualização de Depósito Es-pecial Remunerado acumu-lado de 15.08 a 31.10:50,1274%. Último valor doBTN: CrS 126.8621. Unif paraIPTU residencial: CrS8.892,59. Unif para IPTU co-

. mercial e territorial. ISS eAlvará: CrS 10.158.58. Taxade expediente: CrS 2.031.72.Uferj: CrS 13.248.

Brasil assina

novo acordo

com EUA dia 15Os Estados Unidos não vão mais exigir

uma lei que proteja as patentes farmacêuti-cas 110 Brasil e assinarão um novo acordotecnológico com o país no próximo dia 15,em Brasília. A fórmula tornou-se possívelapós longas negociações entre os dois go-vemos e foi anunciada ontem, em Was-hington, na reunião entre a representantede comércio dos Estados Unidos, CarlaHills. e o secrctário-geral do Itamarati,Marcos Azambuja. A superação do impas-se representa a primeira vitória do embai-xador Rubens Ricúpcro após assumir seuposto na capital americana. (Página 4)

Consultor quer

só 54% para

aposentados

Parecer do consultor-geral da Repú-blica. Célio Silva, divulgado pelo Paláciodo Planalto, considera inconstitucional oaumento de 147.06% reivindicado poraposentados e pensionistas da Previdên-cia. Segundo o consultor, o índice corretode reajuste das aposentadorias 6 o de54%. aplicado pelo Ministério do Traba-lho e correspondente á variação da cestabásica dc março a setembro. Com baseno parecer de Célio Silva, o governorecorrerá contra liminares da Justiça quedeterminaram o pagamento de 147.06%a 3.8 milhões de aposentados. (Página 3)

Tinoco diz que

militares não

temem "'fritura"

O presidente Collor convocou paraas 10b dc hoje uma reunião com osministros militares, Carlos Tinoco, doExército, Mário César Flores, da Mari-nina, e Sócrates Monteiro, da Aeronáu-tica. e mais o chefe do Estado-Maiordas Forças Armadas, Emfa, Antônio daRocha Veneu. Ontem, cm depoimentona Câmara sobre as denúncias de su-perfaturamento numa compra de farda-mento para o Exército, o general Tino-co disse que ministros militares não são"fritados". Eles "não são desestabiliza-dos tão facilmente. Ou são demitidos oupedem demissão", explicou. (Página 2)

Flamengo não

pode enfrentar

estrangeiros

Por ter recorrido à Justiça comumcontra a CBF. o Flamengo está proibidode jogar contra clubes do exterior. Apunição foi anunciada ontem pela Fifa evai vigorar enquanto o clube não retirara ação dos tribunais. O presidente doFlamengo, Márcio Braga, disse que nãovai recuar e poderá também promoveruma ação na Justiça comum da Suíça,país onde fica a sede da Fifa. O clubedeverá sofrer um prejuízo imediato deUSS 30 mil como conseqüência do can-celamcnto de duas partidas amistosas jácontratadas no Senegal. (Página 16)

O presidente dos EstadosUnidos, George Bush, afir-mou que um "acordo terri-torial é essencial" para apaz no Oriente Médio, aoinaugurar em Madri a con-ferência que pela primeiravez leva à mesa de negocia-ções Israel e os árabes. Oapelo de Bush é um recado aIsrael, cujo primeiro-mi-nistro, Yitzhak Shamir,reiterou intransigência emrelação aos territórios ára-bes. (Páginas 12 e 13)

BC prepara

novas medidas

Venda de automóveis

tem alta inesperada

No Rio e em São Paulo, o mercadodc automóveis viveu ontem um dia deeuforia e vendas inesperadas. Algunsconsumidores chegaram a comprar doisou mais veículos, na tentativa de prote-ger-se das incertezas do mercado. Umaconcessionária da Ford em Niterói ven-deu 18 carros, quase 10% do movimen-to mensal. No Centro do Rio, os carne-lòs, mesmo pessimistas com a queda navenda de importados, já repassaram asaltas do dólar para os preços. (Página 9)

Saques na poupançasuperam depósitos

Pode ter chegado a CrS 100 bilhõeso volume de recursos retirado das ca-dernetas de poupança nos dois últi-mos dias. o que corresponde aos depó-sitos efetuados no sistema entre osdias Io e 25 deste mês, de CrS 101,8bilhões. Os saques, iniciados a partir dasnotícias sobre a disparada do dólar edos juros, deram prejuízo a investidoresque aplicaram no paralelo e não vende-ram a moeda na terça-feira. (Página 2)

No Rio e emNiterói, céunublado a cia-ro. com insta-bilidade a

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tura em ligeira elevação.Máxima e mínima de on-tem: 37° em Bangu e 18,9°no Alto da Boa Vista. Marcalmo com visibilidademoderada passando a boa.Fotos do satélite, mapa etempo no mundo, página 10.

Oriente Médio

para acalmar

Prefeito paga

13° no início

de dezembro

O funcionalismo municipal receberá asegunda parcela do décimo-terceiro salá-rio junto com o pagamento de novembro,ou seja, logo nos primeiros cinco diasúteis de dezembro, e a primeira parcela,paga em junho, será descontada sem cor-reção, o que significará ganho para osservidores. Ao fazer ontem o anuncio, oprefeito Marcello Alencar disse ter assi-nado o decreto que cria a GratificaçãoAdicional de Desempenho c permite aformação da pirâmide, sistema de promo-ções baseado na qualificação e desempe-nho no serviço público. (Cidade, pág. 1)

? Os professores das redes estadual emunicipal de ensino entraram em grevede advertência de três dias, por reivindi-cações salariais, e começaram a parali-sação com uma vigília matinal diante doprédio onde mora o governador LeonelBrizola, na Avenida Atlântica. Mais tar-de, cerca de 100 manifestantes da cate-goria realizaram um protesto durante afesta de posse de novos servidores daprefeitura, no Clube Municipal, na Tiju-ca. Lá, a presidente do Sindicato Esta-dual dos Profissionais de Educação (Se-pe), Florinda Lombardi, colocou-seatrás da cadeira onde sentava-se o pre-feito Marcello Alencar (foto) e tentouiniciar uma conversação. Só conseguiu,entretanto, irritá-lo. (Cidade, página 1)

investidores

O presidente do Banco Central,Francisco Gros, se reuniu ontem comlíderes de seis partidos no Senado parainformar que novas medidas serãoanunciadas pelo governo, nos próxi-mos dias, com a finalidade de diminuiras incertezas dos investidores. Uma dasações cogitadas pelos técnicos do BC éa redução dos prazos de vencimentodos títulos financeiros.

Os empresários da Federação dasIndústrias do Estado de São Paulo,Fiesp, defendem um plano de consen-so e o ministro da Economia, MarcilioMarques Moreira, nega que o paíscaminhe para a hiperinflaçào. O mer-cado financeiro viveu um dia maiscalmo. O dólar paralelo recuou paraCrS 900 e o grama do ouro. cotado emCrS 9.850, desvalorizou 1,96%. (Pág. 1)

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TEMPO

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No Rio e emNiterói, céunublado a cia-ro, com insta-bilidade a par-tir da tarde.Temperatura

em ligeira elevação. Máximae mínima de ontem: 37° emBangn e 18,9° no Alto da BoaVista. Mar calmo com visibi-lidade moderada passando aboa. Fotos do satélite, mapae tempo no mundo, pág. 10.

Oriente MédioO presidente dos EstadosUnidos, George Bush, afir-mou que um "acordo territo-rial é essencial" para a pazno Oriente Médio, ao inau-gurar em Madri a conferên-cia que pela primeira vez le-va à mesa de negociaçõesIsrael e os árabes. O apelo deBush é um recado a Israel,cujo primeiro-ministro,Yitzhak Shamir, reiterouintransigência em relaçãoaos territórios árabes ocupa-dos na guerra de 1967. (Pági-nas 12 e 13)

? A homenagem do fotógra-fo Brian Lanker a 75 mulhe-res negras pioneiras da lutapela igualdade racial nos Es-tados Unidos estará a partirde amanhã no Museu de ArteModerna. As imagens deLanker dividirão olharescom a arte conceituai de se-te artistas cariocas e com asminúsculas instalações dapaulista Jeanete Musatti,exposições que o Museuinaugura hoje.

Jabes RabeloA Comissão de Constituiçãoe Justiça da Câmara apro-vou, por 39 votos a favor, 15contra e duas abstenções, opedido de cassação do man-dato do deputado Jabes Ra-belo (sem partido-RO), acu-sado de falsificação decarteira funcional do Parla-mento e de envolvimentocom o tráfico de drogas. Acassação será votada quarta-feira pelo plenário. (Pág. 4)

Imposto de RendaEm menos de cinco minutos,o Senado aprovou e remeteuà sanção do presidente Fer-

i nando Collor, ontem à noite,'.o projeto que isenta do Im-: posto de Renda os salários•. até CrS 190 mil. A lei deverá

.j ser publicada hoje no DiárioOficial da União, para que a

inova tabela do IR já possaincidir sobre as folhas de pa-• -gamento de outubro. (Pág. 3)

Táxi-lotaçãoA Câmara Municipal apro-vou projeto do vereador Ro-

. naldo Gomlevsky (PL) quepermite aos táxis fazerem

--lotação. O projeto, que de-pende da sanção do prefeitoMarcello Alencar, limita alotação ao horário do rush e a

, pontos da Avenida Rio Bran-; co. (Cidade, página 1)

João Alves:0 deputado João Alves

(PFL-BA) foi destituído docargo de relator da ComissãoMista de Orçamento do Con-gresso, em decisão inespera-da do líder do partido na Cã-mara, Ricardo Fiúza (PE),que assumiu a relatoria.(Página 3)

CotaçõesDólar comercial: CrS 639,40(compra), Cr$ 639,50 (venda).Dólar paralelo: CrS 820 (com-pra), CrS 900 (venda). Dólar.turismo: CrS 833,31 (compra),CrS 851,77 (venda). Saláriomínimo: Cr$ 42.000. TR (TaxaReferencial de Juros):,19,77%. TRD (Taxa Referen-ciai Diária): 0,800422%. Ta-blita do dia 31.10: 1.9428. Ca-dernetas de poupança comaniversário hoje: 17,4606%.Fator de atualização de De-pósito Especial Remuneradoacumulado de 15.08 a 31.10:50,1274%. Último valor doBTN: Cr$ 126,8621. Unif paraIPTU residencial: CrS8.892,59. Unif para IPTU co-mercial e territorial, ISS eAlvará: CrS 10.158,58. Taxa deexpediente: CrS 2.031,72.Uferj: CrS 13.248.

Brasil assina

novo acordo

com EUA dia 15

Os Estados Unidos não vão mais exigiruma lei que proteja as patentes farmacêuti-cas no Brasil e assinarão um novo acordotecnológico com o país no próximo dia 15,em Brasília. A fórmula tornou-se possívelapós longas negociações entre os dois go-vemos e foi anunciada ontem, em Was-hington, na reunião entre a representantede comércio dos Estados Unidos, CarlaHills, c o secretário-geral do Itamarati,Marcos Azambuja. A superação do impas-se representa a primeira vitória do embai-xador Rubens Ricúpero após assumir seuposto na capital americana. (Página 4)

Consultor quer

só 54% para

aposentados

Parecer do consultor-geral da Repú-blica. Célio Silva, divulgado pelo Paláciodo Planalto, considera inconstitucional oaumento de 147,06% reivindicado poraposentados e pensionistas da Previdên-cia. Segundo o consultor, o índice corretode reajuste das aposentadorias é o de54%, aplicado pelo Ministério do Traba-lho e correspondente à variação da cestabásica de março a setembro. Com baseno parecer de Célio Silva, o governorecorrerá contra liminares da Justiça quedeterminaram o pagamento de 147,06%a 3.8 milhões de aposentados. (Página 3)

Brasília — Gilberto Alves

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Tinoco depôs durante três horas

Tinoco diz que

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temem "fritura"

O presidente Collor convocou paraas lOh de hoje uma reunião com osministros militares. Carlos Tinoco, doExército, Mário César Flores, da Mari-nha. e Sócrates Monteiro, da Aeronáu-tica. e mais o chefe do Estado-Maiordas Forças Armadas, Emfa, Antônio daRocha Veneu. Ontem, em depoimentona Câmara sobre as denúncias de su-perfaturamento numa compra de farda-mento para o Exército, o general Tino-co disse que ministros militares não são"fritados". Eles "não são desestabiliza-dos tão facilmente. Ou são demitidos oupedem demissão", explicou. (Página 2)

Seleção joga

bem e vence

a Iugoslávia

O treinador Carlos Alberto Parreiracomeçou bem no comando da seleçãobrasileira. Com boa exibição e aplicaçãotática, o Brasil venceu a Iugoslávia comfacilidade por 3 a 1, ontem, em Varginha,interior de Minas. Os gols foram de LuísHenrique, Raí, Müller e Lukic.

Por ter recorrido à Justiça comum con-tra a CBF, o Flamengo está impedido pelaFifa de jogar no exterior. A punição vigora-rá enquanto não for retirada a ação, mas oclube pretende recorrer aos tribunais suíços,país onde está a sede da Fifa.(Página 16)

BC prepara

novas medidas

para acalmar investidores

Brasília — Aldori Silva

Por causa do marido, Isabel Gros teve que mudar planos

Três dias de trabalho inútil

Odail Figueiredo

"Francisco, você me viu trabalhandotrês dias como uma louca e agora me dizque vai mudar tudo?"—desabafou donaIsabel ao marido, na noite do últimodomingo, poucas horas antes do anúnciofeito pelo Banco Central de que não iriamais segurar as cotações do ouro, o queacabou provocando a disparada do dólarno mercado paralelo. Assim como ela,milhares de investidores tiveram esta rea-ção ao verem negócios já fechados irempor r.gua abaixo, planos alterados e cal-culos refeitos.

Isabel é mulher de Francisco Gros, o

presidente do Banco Central, que na noi-te de domingo voltou de uma reunião nacasa do ministro da Economia. MarcilioMarques Moreira, na qual foi tomadaa decisão de deixar os mercados dcouro e dólar flutuarem livremente. Pro-prietária dc uma fábrica de confecçõesno Rio, ela começou a relatar ao mari-do seus planos de injetar cerca de US$30 mil na empresa, fortemente afetadapelas altas taxas de juros, quando foiinterrompida com um conselho: "Olha,

eu acho que você vai ter que refazer essascontas", advertiu Gros. O que estavarealmente para acontecer ela só foi sa-ber na manhã do dia seguinte. (Conti-nua em Negócios e Finanças, página 2)

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O presidente do Banco Central,Francisco Gros, se reuniu ontem comlíderes de seis partidos no Senado parainformar que novas medidas serãoanunciadas pelo governo, nos próxi-mos dias, com a finalidade de diminuiras incertezas dos investidores. Uma dasações cogitadas pelos técnicos do BC éa redução dos prazos de vencimentodos títulos financeiros.

Os empresários da Federação dasIndústrias do Estado de São Paulo,Fiesp, defendem um plano de consen-so e o ministro da Economia, MarcilioMarques Moreira, nega que o paíscaminhe para a hiperinflação. O mer-cado financeiro viveu um dia maiscalmo. O dólar paralelo recuou paraCrS 900 e o grama do ouro. cotado emCrS 9.850, desvalorizou 1,96%. (Pág. 1)

Venda de automóveis

tem alta inesperada

No Rio e em São Paulo, o mercadode automóveis viveu ontem um dia deeuforia e vendas inesperadas. Algunsconsumidores chegaram a comprar doisou mais veículos, na tentativa de prole-ger-se das incertezas do mercado. Umaconcessionária da Ford em Niterói ven-deu 18 carros, quase 10% do movimen-to mensal. No Centro do Rio, os carne-lôs, mesmo pessimistas com a queda navenda de importados, já repassaram asaltas do dólar para os preços. (Página 9)

Saques na poupançasuperam depósitos

Pode ter chegado a CrS 100 bilhõeso volume de recursos retirado das ca-dernetas de poupança nos dois últi-mos dias, o que corresponde aos depó-sitos efetuados no sistema entre osdias Io e 25 deste mês, de CrS 101,8bilhões. Os saques, iniciados a partir dasnotícias sobre a disparada do dólar edos juros, deram prejuízo a investidoresque aplicaram no paralelo e não vende-ram a moeda na terça-feira. (Página 2)

OCIOSFINANÇAS

Prefeito paga

13° no inicio

de dezembro

O funcionalismo municipal receberá asegunda parcela do décimo-tcrceiro salá-rio junto com o pagamento de novembro,ou seja, logo nos primeiros cinco diasúteis de dezembro, e a primeira parcela,paga em junho, será descontada sem cor-reção, o que significará ganho para osservidores. Ao fazer ontem o anúncio, oprefeito Marcello Alencar disse ter assi-nado o decreto que cria a GratificaçãoAdicional de Desempenho e permite aformação da pirâmide, sistema de promo-ções baseado na qualificação e desempe-nho no serviço público. (Cidade, pág. 1)

? Os professores das redes estadual emunicipal de ensino entraram em grevede advertência de três dias, por reivindi-cações salariais; e começaram a parali-sação com uma vigília matinal diante doprédio onde mora o governador LeonelBrizola, na A venida Atlântica. Mais tar-de, cerca de 100 manifestantes da cate-goria realizaram um protesto durante afesta de posse de novos servidores daprefeitura, no Clube Municipal, na Tiju-ca. Lá, a presidente do Sindicato Esta-dual dos Profissionais de Educação (Se-pe), Florinda Lombardi, colocou-seatrás da cadeira onde sentava-se o pre-feito Marcello Alencar (foto) e tentouiniciar uma conversação. Só conseguiu,entretanto, irritá-lo. fCidade, página 1)

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? Io caderno ? quinta-feira, 31/10/91 Política e Governo JORNAL DO BRASIL

Coluna do Castello

Quase um espasmo

mas não foi o fim

pesar da im-

pressão decatástrofe fortale-cida pelas primei-ras páginas de to-dos os jornais,ainda não é o fim.Teria havido ape-nas intensa mano-bra de especula-ção no paralelo e nomercado de ouro. O go-verno resolveu abandonaro paralelo à sua própriasorte depois que perdeuparte das suas reservastentando manter uma cor-relação entre o dólar daespeculação e o dólar co-mercial. Também não éseu papel controlar o mer-cado do ouro. Esse con-trole é feito pelas bolsasde Londres e Nova Ior-

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que.Essa avaliação foi feita

por especialista em negó-cios e coincide com análi-ses técnicas, como a dodeputado Delfim Neto, de

que ainda não é a hiperin-fiação e de que o governonão perdeu o controle dasituação. No entanto, odano causado ao governoe ao país pela repercussãodo pulo do dólar chegou a

provocar intenso nervo-sismo nos centros de deci-são política. No Congres-so a emoção prenunciouum apocalipse. Em SãoPaulo, onde se reuniam o

governador Fleury e o

presidente do PSDB, che-gou-se a supor que o co-lapso era iminente.

A decisão de abando-nar a tentativa de contro-lar os ativos de risco seriaapenas um item da políti-ca econômica conduzidapelo ministro MarcílioMarques Moreira, assisti-do pelo secretário de Poli-tica Econômica, RobertoMacedo. O choque psico-lógico poderá ter causadodanos acima do previsto,mas o governo continuaconfiante em que obteráos resultados que pretendecom a liberação do merca-do paralelo e a elevaçãodas taxas de juros.

A sensação de estar opaís à beira da catástrofepoderá produzir efeitos na

negociação do"acordo

parale-lo" que se diz es-tar em curso nasconversas que têmsido conduzidaspelo governadorLuiz AntônioFleury, que reto-mou o tema no

encontro com Tasso Je-reissati. Sabe-se que tam-bém o governador de Mi-nas, Hélio Garcia, paraquem não é bom deixarisolado o presidente daRepública, está empenha-do em participar de ges-tões das quais resultem al-ternativas para umentendimento políticocom Collor. O governadorde Pernambuco, JoaquimFrancisco, dizendo-se em-bora perplexo, não se sen-tia otimista mas tambémresistia ao desespero.

Essas respostas aoagravamento do quadrode crise de certa formacompensam a dramáticaadvertência do senadorFernando Henrique Car-doso, o qual aconselhouque o Congresso ficasse"em estado de alerta, co-mo acontece nos quartéisque se preparam paraabrir fogo". O presidenteda República continua atocar sua tarefa, apesar doseu descontrole emocionalda última sexta-feira, ma-nifestação à qual se atri-bui parte da responsabili-dade pela reaçãotraumática registrada nasbolsas do Rio e de SãoPaulo.

A capacidade de assi-milação desse espasmocrítico se definirá nos pró-ximos dias. Se se acentuara sensação de que o paístornou-se um doente ter-minai, tudo poderá seguirno rumo de saídas trau-máticas. Do contrário, orelativo equilíbrio na crise

poderá ser encontrado eretomada a expectativa deque o governo consiga,afinal, apresentar algumresultado que elimine oestado de pânico que che-

gou a afetar alguns setoresnos dois primeiros diasdesta semana.

Avaliaçãoargentina

Manda-me o deputadoPaes Landim recorte deartigo de Mariano Gron-dona no La Nacion, deBuenos Aires, do últimodia 27, no qual começapor dizer que o presidenteCollor atravessa os pioresmomentos do seu gover-no. "Um vento de condi-ções negativas", escreve ojornalista,

"se abate sobreo Brasil. Um presidentedébil e sem plano trata desobreviver em meio aoisolamento político. O hu-mor do brasileiro médiodeixou de ser alegre e oti-mista. Como disse umagudo analista: o sambase torna triste enquanto otango parece alegrar-se. Éque, à parte as dificulda-

des conjunturais, os obs-táculos estruturais à mu-dança econômica são, noBrasil, muito maiores doque na Argentina."

E adiante: "O Brasil,esse colosso mal ferido, é,ao fim e ao cabo, o paíscom o qual a Argentinadecidiu celebrar a mais es-treita das associações.Tendo avançado ao me-nos um bom trecho emnosso próprio ajuste, ve-mos com ansiedade que oBrasil não avançou noseu. Nós o esperamos nametade do caminho parao Mercosul; desejamosque logo nos alcance. Aespera nos devolve o in-quietante argumento deBecket no Esperando Go-dot. Há um ponto além doqual o que espera desespe-ra."

LiçãoRogério Azevedo, de

Governador Valadares,lembra-me — e não é aprimeira vez que recebo

esta aula — que o verbo éviger e não vigir, comoaqui escrevi recentemente.

Obrigado.

Carlos Castello Branco

Tinoco diz ter apoio do PlanaltoBrasília — Gilberto Alvos

BRASÍLIA — O ministro do Exerci-to, general Carlos Tinoco, disse ontem, emdepoimento na Comissão de Defesa Na-cional da Câmara dos Deputados, que ''osministros militares não são desestabiliza-dos tão facilmente". Ele fez a declaraçãodurante sabatina de três horas sobre asdenúncias de superfaturamento na licita-ção de CrS 130 bilhões para compra deuniformes e roupas de cama e banho.Tinoco afirmou que não está sendo fritadopelo Palácio do Planalto. "Esta afirma-ção", acrescentou, "se prende á estruturaque os ministros militares têm por trás desi, que dá tranqüilidade para defender seuspontos de vista sem serem fritados. Osministros militares ou são demitidos oupedem demissão".

Numa demonstração de união entre asForças Armadas, o depoimento do generalCarlos Tinoco foi acompanhado pelo mi-nistro da Marinha, almirante Mário CésarFlores, e pelo segundo homem do Ministé-rio da Aeronaútica, brigadeiro MárcioDrummond, enviado à Câmara pelo mi-nistro Sócrates Monteiro. Em trajes civis,o almirante Flores e o brigadeiro Elrum-mond ouviram o ministro do Exércitoassegurar aos deputados que o processo delicitação é legal e não foi superfaturado, jáque a homologação das compras está pre-vista para o próximo dia 8.

Tensão — Auxiliado pelo generalíris Lustosa de Oliveira, chefe do De-parlamento Geral de Serviços do Exer-cito, orgão responsável pela concorrên-cia, Tinoco repetiu que alguns gruposestão interessados na desmoralizaçãodas Forças Armadas. "Nós não estamosquerendo identificar os responsáveis poresta conspiração, pois isto é um proble-ma do Congresso", disse.

Um pouco tenso, o ministro exaltou-se ao explicar aos membros da Comis-são de Defesa Nacional por que aceitarao convite do deputado Maurício Cam-pos (PL-MG) para depor. "A motivaçãoprincipal ê o esclarecimento da opiniãopública, pois estamos há uma semanatentando fazê-lo e não conseguimos",afirmou, levantando a voz.

O deputado Jair Bolsonaro (PDC-RJ), que é capitão da reserva do Exerci-to e tem sua base eleitoral na guarniçãodo Rio, fez um rodeio de elogios, antesde perguntar se o ministro ainda estavaprestigiado pelo presidente FernandoCollor. "No despacho da última segun-

Auditoria na

LBA constrange

família MaltaMACEIÓ — A família da primeira-

dama Rosane Collor vem sofrendo, desdequinta-feira da semana passada, novosconstrangimentos por causa das denúnciasde corrupção na LBA, em Alagoas, naseleições passadas. Um procurador da LBAem Brasília, dois auditores do Ministérioda Ação Social, acompanhados de umdelegado e quatro agentes da Polícia Fede-ral, ocuparam as instalações de uma cons-trutora, uma locadora de veículos e umaassociação de proteção à criança ligadas áfamília Malta em Canapi, realizando audi-toria em busca de irregularidades.

Desde a semana passada, a comissãode sindicância nomeada pelo presidentenacional da LBA, Paulo Sotero, sob apresidência do procurador EdmundoGongenore, vem vasculhando a contabili-dade da superintendência local da LBA.Como há três empresas ligadas a parentesde Rosane entre as 42 envolvidas, os ini-migos dos Malta em Canapi espalharamna cidade que a Polícia Federal estava lápara prendê-los.

Os recursos usados pela LBA em Ala-goas por determinação da presidência na-cional na administração de Rosane, se-gundo fontes da entidade, nãoultrapassam CrS 86 milhões, distribuídosentre a Locadora Neto, uma construtora euma associação de assistência a criançasCanapi.

A comissão nomeada por Sotero de-verá concluir seus trabalhos na próximasemana. Dos três pontos em que a audi-toria vai se concentrar — verificação dadocumentação contábil da LBA local,confronto de notas fiscais existentes naentidade com as disponíveis nas empre-sas e os depoimentos de funcionários —,este último é o que está tomando a maiorparte do tempo. Segundo fontes da Su-perintendência da LBA, devem ser ouvi-das pelo menos 10 pessoas e algumasdelas até acareadas pela comissão. Entreos citados, estão algumas das 22 pessoasdemitidas por ordem da ministra daAção Social, Margarida Procópio, quetinham sido nomeadas por indicação dodeputado federal Vitório Malta (PSC-AL), cunhado e primo de Rosane.

fiiioco levou Lustosa (E) à Câmara e disse que não é Jacil derrubar ministro militar

da-feira, o presidente me recebeu de for-ma cordial e amigável", contou Tinoco.O ministro, no entanto, não perdeu aoportunidade de responder com diplo-macia à bravata de Bolsonaro. que pro-metera impedir Tinoco de entrar na Cã-mara, em represália à ordem que proibiusua presença nos quartéis do Rio. "Se osenhor visitar um quartel, será tratadocomo congressista e nunca como militarda ativa", disse a Bolsonaro, que é con-siderado pela cúpula do Exército ummau militar, que usa a política para sepromover entre os ex-companheiros.

Denúncia de 87 — O deputadoNilmário Miranda (PT-MG) lembrouao chefe do DGS, general íris Lustosa,que a empresa Diana Paulucci. uma dasquatro companhias que ganharam 75%dos CrS 130 bilhões licitados pelo Exér-cito — as outras são a São Paulo Alçar-gatas, o Grupo Santista e o LaniticioCapricórnia —, praticou superfatura-mento de preços em 1987, numa licita-ção de uniformes para a Polícia Militarde São Paulo.

Segundo Miranda, a irregularidadefoi denunciada na época pelo Tribunalde Contas do Estado. "O problema érecente", comentou Lustosa. O depu-tado perguntou se o chefe do DGS co-nhecia Oscar Ramos Ortiz, representan-te da Diana Paulucci e que está sendoindiciado pela Polícia Federal, devidoao superfaturamento de 6.900 cestas bá-sicas vendidas â LBA por sua empresa, aRPR. "Ele é o homem da empresa paratratar de assuntos desta companhia.Não sei se a RPR tem algum cadastra-mento conosco", respondeu Lustosa.

Tinoco criticou o contingenciamen-to dos recursos orçamentários pelo Mi-nistèrio da Economia, que só no últimotrimestre do ano liberou recursos paraaquisição de uniformes. Embora apenasquatro grandes companhias tenham fí-cado com 75% do valor da concorrên-cia, Tinoco negou que isso caracterize aprática de cartel.

"Devido às exigências na qualidadee volume de encomendas, são poucas as

empresas no Brasil que têm condiçõesde ser fornecedoras do Exército", argu-mentou. O ministro do Exército negoutambém que o presidente Collor tenhaordenado o cancelamento da licitação,como afirmara domingo passado ementrevista na porta da Casa da Dinda."Não houve nenhuma ordem neste sen-tido", disse Tinoco.

O Tribunal dc Contas daUnião julgou irregulares as

contas do 41° Batalhão de Infanta-ria do Ministério do Exército, cul-pando os funcionários Flávio Lo-

pes Ribeiro e Luis Dirlei Rosa daSilva pelo desvio de CrS 284 mil. Oministro Homero Santos determi-nou que a devolução deverá serfeita até o dia Io de dezembro, comjuros e correção monetária.

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Albano faz

discurso em

defesa de empresários de funcionários

Junqueira quer

liberar FGTS

BRASÍLIA — O senador AlbanoFranco (PRN-SE), presidente da Confede-ração Nacional da Indústria (CNI), ocu-pou a tribuna do Senado para defender oempresariado, que desde a semana passa-da vem sofrendo ataques do Palácio doPlanalto. "O momento atual exige enten-dimento. Não se constrói uma nação ata-cando quem trabalha, quem investe, quemgera empregos", disse. "Qual é o país domundo que não gostaria de ter um espíritoempreendedor como o de Antônio Ermí-rio?", complementou Albano, aludindo àscriticas do líder do PRN no Senado, NeyMaranhão, que endossou as acusações dopresidente Fernando Collor aos empresa-rios e chamou o presidente d o GrupoVotorantim de "chefe de quadrilha".

Albano invocou sua condição de presi-dente da CNI e disse que conjugava asduas atividades para "reclamar respeito ereconhecimento ao industrial e cidadãoAntônio Ermírio de Moraes — atingidopor comentários, acusações e incompreen-sões veiculadas pela imprensa no últimofim de semana". Em discurso intituladoMais uni apelo ao entendimento nacional,Albano refutou todas as criticas a AntônioErmírio.

"Como empresário, ele foi acusado deaproveitador de benesses governamentaise comprador privilegiado da Siderbrás",lembrou o senador, em referência a umdos trechos do discurso de Ney Mara-nhão. Depois de expor dados demonstran-do que nos negócios com a Siderbrás oGrupo Votorantim mais vende do quecompra, Albano concluiu: "Antônio Er-mírio não tira proveito da Siderbrás —nem como comprador, nem como vende-dor". Citou dados referentes aos negóciosentre o Grupo Votorantim e o BNDES,garantindo que, ao montar a CompanhiaNíquel-Tocantins, o empresário recebeudo BNDES a oferta de um empréstimotrês vezes superior ao solicitado, e que nãofoi aceito..

"É fácil acusá-lo de aproveitador dasbenesses governamentais. Mas os fatosprovam o contrário", enfatizou AlbanoFranco, que fez questão de destacar até

mesmo as atividades de Antônio Ermírionos campos educacional, social e da saúde,além de ressaltar aspectos de sua vidapessoal, inclusive "diante do arbítrio mili-tar". Embora citando nominalmente ape-nas o senador Ney Maranhão, que nãoestava no plenário — "Tenho certeza deque grande parte de suas criticas advem dofato de aquele eminente parlamentar nãolabutar diretamente no setor industrial",observou —, Albano Franco, na partefinal do discurso deixou claro que seuobjetivo era mais amplo:

"Creio que precisamos desarmar nos-sos espeíritos para, com a benção de Deus,ajudar este país a sair da crise e diminuir osofrimento de nossa gente. O que necessi-tamos, nesta hora, é serenidade. Este é oapelo que faço aos homens de boa vonta-de, em especial ao meu nobre companhei-ro e líder, senador Ney Maranhão."

O discurso recebeu muitos elogios —extensivos a Antônio Ermírio, recente-mente chamado de "cara de buldogue"pelo porta-voz da Presidência, CláudioHumberto —, e farpas dirigidas ao presi-dente Collor. "Ocorrem distorções entreempresariado, governo e trabalhadores, eisso decorre da própria política do gover-no", disse por exemplo o senador EduardoSuplicy (PT-SP).

Para ele, Collor tem adotado compor-tamento ambíguo, pois ao mesmo tempoem que ataca duramente o empresariado,como fez na sexta-feira, "recursos doFGTS foram direcionados para ajudarempresários amigos do presidente" (recen-temente, ele questionou a liberação derecursos do FGTS para obras dos empre-sários Luís Estevão de Oliveira e deputadoPaulo Octávio Pereira, do PRN). O sena-dor Mário Covas (PSDB-SP) fez rasgadoselogios a Antônio Ermírio, mesma linhada intervenção que acabou fazenfo até opresidente do Senado, Mauro Benevides(PMDB-CE). O senador Cid Sabóia deCarvalho (PMDB-CE) defendeu o presi-dente do Grupo Votoratim, observandoque "o presidente Collor não tem as apti-dões necessárias para ferir a imagem deAntônio Ermírio".

BRASÍLIA —O procurador-ge-ral da República,Aristides Jun-queira, entroucom ação de in-constitucionali-dade ontem, noSupremo Tribu-n a 1 Federal(STF), contra de-terminação do ju„?~^ragoverno federal *que proibiu o saque do FGTS dosfuncionários públicos que mudaramdo regime celetista para o estatutário.De acordo com a Procuradoria Geralda República, a Lei 8.162, que proibiuo saque, vai contra direito adquiridoprevisto na Constituição. Para Aristi-des Junqueira, a medida "só poderiaser instituída mediante lei complemen-tar e, assim mesmo, restrita às hipóte-ses constitucionalmente previstas".

Com o pedido de ação direta deinconstitucionalidade, o procurador-geral da República acatou solicitaçãodo deputado federal Jackson Pereira(PSDB-CE) para pôr fim à avalanchede ações de servidores públicos na Jus-tiça Federal para sacarem o dinheirodo FGTS. "Quando aconteceu a mun-dança do regime jurídico de trabalhodos funcionários públicos, ficou claroque houve quebra do vínculo empre-gatício e os trabalhadores têm dinhei-ro a sacar do FGTS", explicou o par-lamentar.

Segundo Jackson Pereira, a lei, ao"considerar extintos" os vínculos dosceletistas, não deu margem a outrainterpretação que não a de que osservidores foram demitidos e recontra-tados. O deputado disse ainda que estátranqüilo quanto o julgamento doSTF. "A matéria é inquestionável,ainda mais porque a Procuradoriaanalisou profundamente o assunto an-tes de entrar com a ação de inconstitu-cionalidade", afirmou.

Em defesa do STF

A tese parlamentarista de que o siste-ma presidencialista é inviável no Brasilporque o STF não tem a mesma estaturada Suprema Corte dos Estados Unidos foiduramente criticada ontem pelo líder doPDT na Câmara, Vivaldo Barbosa (RJ),durante homenagem ao centenário doSTF. "Jamais poderemos, a título de fazerpropaganda de uma idéia, agredir umainstituição que merece todo o nosso res-peito e consideração."

Protesto diferenteMagoado com a política econômica do

governo e sem vislumbrar perspectiva queminit lize a crise, o dono de restauranteJoarce Jolando Neves, de 30 anos, decidiutornar público seu ressentimento! No lu-gar de um anúncio que mantinha numtntuloor de seu estabelecimento, o FeijãoPreto, próximo à Universidade Federal deMato Grosso do Sul. Joarce colocou umafrase, que é mais um desabafo: "Tenha

piedade de nós, renuncie Collor". Naturalde Dourados (239km ao sul de CampoGrande), ele se diz indignado com "asbarbaridades" do governo.

Requiao, isolado)CURIT1B A —

Rohertol

, desafia PMDBpara ser o presi»

Requião (foto),desafiou ontem aexecutiva doPMDB a encoa-trar ama justifi-cativa jurídicapara expulsâ-to ¦áomÊÊÊM¦partido, afir|mando que conti-noa filiado, adespeito do iso-lamento em quevive, desde quecomeçou a co- smémíbrar respostas- a denúncias decorrupção contra o ex-governa-

flòí Qrestes Quercia. Requião

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oeste de honra |do PST, mascostinua disposr-to a enfrentar os

jiw qumm

guirio exptdsar_um suieito serio.iNao ter^l^HVMMUo capa-

cidade jurídicapara isso' , asse-gurou. A trami-

¦ so deexpJs3oj&uassou pela Comissao de £tica,

daria para o caso de a exclusãose concretizar: o PST do ex-governador Álvaro Dias. Re-quião chegou a ser convidado

com parecer favorável do rela-tor, Genebaldo Corrêa. "O

PMDB está numa areia move-diça. Cada movimento que faz,afuada mais. Se insistir, desa-parece", apregoou o governa-

Presídios privadosA campanha de desestatização do go-

verno ganhou ontem mais um defensor: odeputado Erasmo Dias, lider do PDS naAssembléia Legislativa paulista e secreta-rio de Segurança Pública de São Paulo nadécada de 70. Ele apresentou ontem àAssembléia projeto de lei propondo a pri-vatizaç^o dos presídios do estado. O pro-jeto p

^ê que entidades filantrópicas e

sem fins lucrativos participem do sistemapenitenciário ao lado de empresas especia-lizadas em segurança, a exemplo do mode-lo implantado em alguns estados dos EUApela firma Wackenhut Internacional.

Câmara nega título

A Câmara Municipal de Belo Hori-zonte negou ontem, por 21 votos aoito, a concessão do título de cidadãohonorário ao presidente FernandoCollor. O projeto era de autoria doex-vereador Adelino de Carvalho(PTB), que teve o mandato cassado háum mês por crime eleitoral. "Achouma descortesia negar um título aquem não pediu", criticou o presidenteda Câmara, vereador Sérgio Coutinho,único representante do PRN na casa.

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2 ? Io caderno ? quinta-feira, 31/10/91 ? 2a Edição . c Política e Governo JORNAL DO BRASIL

Coluna do Castello

Quase um espasmo

mas não foi o fim

a pesar da im-pressão de

catástrofe fortale-cida pelas primei-ras páginas de to-dos os jornais,ainda não é o fim.Teria havido ape-nas intensa mano-bra de especula-ção no paralelo e nomercado de ouro. O go-verno resolveu abandonaro paralelo à sua própriasorte depois que perdeuparte das suas reservastentando manter uma cor-relação entre o dólar daespeculação e o dólar co-mercial. Também não éseu papel controlar o mer-cado do ouro. Esse con-trole é feito pelas bolsasde Londres e Nova Ior-que.

Essa avaliação foi feitapor especialista em negó-cios e coincide com análi-ses técnicas, como a dodeputado Delfim Neto, deque ainda não é a hiperin-fiação e de que o governonão perdeu o controle dasituação. No entanto, odano causado ao governoe ao país pela repercussãodo pulo do dólar chegou aprovocar intenso nervo-sismo nos centros de deci-são política. No Congres-so a emoção prenunciouum apocalipse. Em SãoPaulo, onde se reuniam ogovernador Fleury e opresidente do PSDB, che-gou-se a supor que o co-lapso era iminente.

A decisão de abando-nar a tentativa de contro-lar os ativos de risco seriaapenas um item da políti-ca econômica conduzidapelo ministro MarcílioMarques Moreira, assisti-do pelo secretário de Poli-tica Econômica, RobertoMacedo. O choque psico-lógico poderá ter causadodanos acima do previsto,mas o governo continuaconfiante em que obteráos resultados que pretendecom a liberação do merca-do paralelo e a elevaçãodas taxas de juros.

A sensação de estar opaís à beira da catástrofepoderá produzir efeitos na

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encontro com Tasso Je-reissati. Sabe-se que tam-bém o governador de Mi-nas, Hélio Garcia, paraquem não é bom deixarisolado o presidente daRepública, está empenha-do em participar de ges-tões das quais resultem al-ternativas para umentendimento políticocom Collor. O governadorde Pernambuco, JoaquimFrancisco, dizendo-se em-bora perplexo, não se sen-tia otimista mas tambémresistia ao desespero.

Essas respostas aoagravamento do quadrode crise de certa formacompensam a dramáticaadvertência do senadorFernando Henrique Car-doso, o qual aconselhouque o Congresso ficasse"em estado de alerta, co-mo acontece nos quartéisque se preparam paraabrir fogo". O presidenteda República continua atocar sua tarefa, apesar doseu descontrole emocionalda última sexta-feira, ma-nifestação à qual se atri-bui parte da responsabili-dade pela reaçãotraumática registrada nasbolsas do Rio e de SãoPaulo.

A capacidade de assi-milação desse espasmocrítico se definirá nos pró-ximos dias. Se se acentuara sensação de que o paístornou-se um doente ter-minai, tudo poderá seguirno rumo de saídas trau-máticas. Do contrário, orelativo equilíbrio na crisepoderá ser encontrado eretomada a expectativa deque o governo consiga,afinal, apresentar algumresultado que elimine oestado de pânico que che-

gou a afetar alguns setoresnos dois primeiros diasdesta semana.

Avaliaçãoargentina

Manda-me o deputadoPaes Landim recorte deartigo de Mariano Gron-dona no La Nacion, deBuenos Aires, do últimodia 27, no qual começapor dizer que o presidenteCollor atravessa os pioresmomentos do seu gover-no. "Um vento de condi-ções negativas", escreve ojornalista,

"se abate sobreo Brasil. Um presidentedébil e sem plano trata desobreviver em meio aoisolamento político. O hu-mor do brasileiro médiodeixou de ser alegre e oti-mista. Como disse umagudo analista: o sambase torna triste enquanto otango parece alegrar-se. Éque, à parte as dificulda-

des conjunturais, os obs-táculos estruturais à mu-dança econômica são, noBrasil, muito maiores doque na Argentina."

E adiante: "O Brasil,esse colosso mal ferido, é,ao fim e ao cabo, o paíscom o qual a Argentinadecidiu celebrar a mais es-treita das associações.Tendo avançado ao me-nos um bom trecho emnosso próprio ajuste, ve-mos com ansiedade que oBrasil não avançou noseu. Nós o esperamos nametade do caminho parao Mercosul; desejamosque logo nos alcance. Aespera nos devolve o in-quietante argumento deBecket no Esperando Go-dot. Há um ponto além doqual o que espera desespe-ra."

LiçãoRogério Azevedo, de

Governador Valadares,lembra-me — e não é aprimeira vez que recebo

esta aula — que o verbo éviger e não vigir, comoaqui escrevi recentemente.

Obrigado.

Carlos Castello Branco

Tinoco diz ter apoio do PlanaltoBrasilía — Gilberto AlvesBRASÍLIA — O ministro do Exerci-

to, general Carlos Tinoco, disse ontem,em depoimento na Comissão de DefesaNacional da Câmara dos Deputados,que "os ministros militares não são de-sestabilizados tão facilmente". Ele fez adeclaração durante sabatina de três ho-ras sobre as denúncias de superfatura-mento na licitação de CrS 130 bilhõespara compra de uniformes e roupas decama e banho. Tinoco afirmou que nãoestá sendo fritado pelo Palácio do Pia-nalto. "Esta afirmação", acrescentou,"se prende â estrutura que os ministrosmilitares têm por trás de si, que dá tran-qüilidade para defender seus pontos devista sem serem fritados. Os ministrosmilitares ou são demitidos ou pedem de-missão".

O presidente Collor reúne-se hoje àslOh com os ministros do Exército, daMarinha, almirante Mário César Flores,e da Aeronáutica, brigadeiro SócratesMonteiro, e o chefe do Estado-Maiordas Forças Armadas (Emfa), generalAntônio da Rocha Veneu. O Palácio do.Planalto não informou o assunto da reu-nião.

Os ministros militares aproveitaram aida do general Carlos Tinoco à Câmarapara dar uma demonstração de unidadedas Forças Armadas. O almirante MárioFlores e o brigadeiro Márcio Drumond,representando o brigadeiro SócratesMonteiro, assistiram ao depoimento doministro do Exército. Em trajes civis, oalmirante Flores e o brigadeiro Drum-mond ouviram o ministro do Exércitoassegurar aos deputados que o processode licitação é legal e não foi superfatura-do, já que a homologação das comprasestá prevista para o próximo dia 8., Tensão — Auxiliado pelo generalíris Lustosa de Oliveira, chefe do Depar-tamento Geral de Serviços do Exército,orgão responsável pela concorrência, Ti-noco repetiu que alguns grupos estãointeressados na desmoralização das For-ças Armadas. "Nós não estamos queren-do identificar os responsáveis por estaconspiração, pois isto é um problema doCongresso", disse.

Um pouco tenso, o ministro exaltou-se ao explicar aos deputados da Comis-são de Defesa Nacional por que aceitarao convite do deputado Maurício Campos(PL-MG) para depor. "A motivaçãoprincipal é o esclarecimento da opinião

Auditoria na

LBA constrange

família MaltaMACEIÓ — A família da primeira-

dama Rosane Collor vem sofrendo, desdequinta-feira da semana passada, novosconstrangimentos por causa das denúnciasde corrupção na LBA, em Alagoas, naseleições passadas. Um procurador da LBAem Brasília, dois auditores do Ministérioda Ação Social, acompanhados de umdelegado e quatro agentes da Polícia Fede-ral, ocuparam as instalações de uma cons-trutora, uma locadora de veículos e umaassociação de proteção à criança ligadas àfamília Malta em Canapi, realizando audi-toria em busca de irregularidades.

Desde a semana passada, a comissãode sindicância nomeada pelo presidentenacional da LBA, Paulo Sotero, sob apresidência do procurador EdmundoGongenore, vem vasculhando a contabili-dade da superintendência local da LBA.Como há três empresas ligadas a parentesde Rosane entre as 42 envolvidas, os ini-migos dos Malta em Canapi espalharamna cidade que a Polícia Federal estava lápara prendê-los.

Os recursos usados pela LBA em Ala-goas por determinação da presidência na-cional na administração de Rosane, se-gundo fontes da entidade, nãoultrapassam CrS 86 milhões, distribuídosentre a Locadora Neto, uma construtora euma associação de assistência a criançasCanapi.

A comissão nomeada por Sotero de-verá concluir seus trabalhos na próximasemana. Dos três pontos em que a audi-toria vai se concentrar — verificação dadocumentação contábil da LBA local,confronto de notas fiscais existentes naentidade com as disponíveis nas empre-sas e os depoimentos de funcionários —,este último é o que está tomando a maiorparte do tempo. Segundo fontes da Su-perintendência da LBA, devem ser ouvi-das pelo menos 10 pessoas e algumasdelas até acareadas pela comissão. Entreos citados, estão algumas das 22 pessoasdemitidas por ordem da ministra daAção Social, Margarida Procópio, quetinham sido nomeadas pòr indicação dodeputado federal Vitorio Malta (PSC-AL), cunhado e primo de Rosane.

Tinoco levou Lustosa (E) à Câmara e disse que não é Jacil derrubar ministro militar

pública, pois estamos há uma semanatentando fazê-lo e não conseguimos",afirmou, levantando a voz.

O deputado Jair Bolsonaro (PDC-RJ), que é capitão da reserva do Exércitoe tem sua base eleitoral na guarnição doRio, fez um rodeio de elogios, antes deperguntar se o ministro ainda estavaprestigiado pelo presidente FernandoCollor. "No despacho da última segun-da-feira, o presidente me recebeu de for-ma cordial e amigável", contou Tinoco.

O ministro, no entanto, não perdeu aoportunidade de responder com diplo-macia à bravata de Bolsonaro, que pro-metera impedir Tinoco de entrar na Câ-mara, em represália á ordem que proibiusua presença nos quartéis do Rio. "Se osenhor visitar um quartel, será tratadocomo congressista e nunca como militarda ativa", disse a Bolsonaro, considera-do pela cúpula do Exército um mau mili-tar, que usa a política para se promoverentre os ex-companheiros.

Denúncia de 87 — O deputado

Nilmário Miranda (PT-MG) lembrou aochefe do DGS, general íris Lustosa, quea empresa Diana Paulucci, uma das qua-tro companhias que ganharam 75% dosCrS 130 bilhões licitados pelo Exército— as outras são a São Paulo Alpargatas,o Grupo Santista e o Lanificio Capricór-nia —, praticou superfaturamento depreços em 1987, numa licitação de uni-formes para a Polícia Militar de SãoPaulo.

Miranda perguntou se o chefe doDGS conhecia Oscar Ramos Ortiz, re-presentante da Diana Paulucci e que estásendo indiciado pela Polícia Federal, de-vido ao superfaturamento de 6.900 cestasbásicas vendidas à LBA por sua empre-sa, a RPR. "Ele é o homem da empresapara tratar de assuntos desta companhia.Não sei se a RPR tem algum cadastra-mento conosco", respondeu Lustosa.

Embora apenas quatro grandes com-panhias tenham ficado com 75% do va-lor da concorrência, Tinoco negou queisso caracterize a prática de cartel. "De-

Albano faz

discurso em

defesa de empresários

BRASÍLIA — O senador AlbanoFranco (PRN-SE), presidente da Confede-ração Nacional da Indústria (CNI), ocu-pou a tribuna do Senado para defender oempresariado, que desde a semana passa-da vem sofrendo ataques do Palácio doPlanalto. "O momento atual exige enten-dimento. Não se constrói uma nação ata-cando quem trabalha, quem investe, quemgera empregos", disse. "Qual é o país domundo que não gostaria de ter um espíritoempreendedor como o de Antônio Ermí-rio?", complementou Albano, aludindo àscríticas do líder do PRN no Senado, NeyMaranhão, que endossou as acusações dopresidente Fernando Collor aos empresá-rios e chamou o presidente d o GrupoVotorantim de "chefe de quadrilha".

Albano invocou sua condição de presi-dente da CNI e disse que conjugava asduas atividades para "reclamar respeito ereconhecimento ao industrial e cidadãoAntônio Ermírio de Moraes — atingidopor comentários, acusações e incompreen-sões veiculadas pela imprensa no últimofim de semana". Em discurso intituladoMais um apelo ao entendimento nacional,Albano refutou todas as criticas a AntônioErmírio.

"Como empresário, ele foi acusado deaproveitador de benesses governamentaise comprador privilegiado da Siderbrás",lembrou o senador, em referência a umdos trechos do discurso de Ney Mara-nhão. Depois de expor dados demonstran-do que nos negócios com a Siderbrás oGrupo Votorantim mais vende do quecompra, Albano concluiu: "Antônio Er-mírio não tira proveito da Siderbrás —nem como comprador, nem como vende-dor". Citou dados referentes aos negóciosentre o Grupo Votorantim e o BNDES,garantindo que, ao montar a CompanhiaNiquel-Tocantins, o empresário recebeudo BNDES a oferta de um empréstimotrês vezes superior ao solicitado, e que nãofoi aceito.

"É fácil acusá-lo de aproveitador dasbenesses governamentais. Mas os fatosprovam o contrário", enfatizou AlbanoFranco, que fez questão de destacar até

mesmo as atividades de Antônio Ermírionos campos educacional, social e da saúde,além de ressaltar aspectos de sua vidapessoal, inclusive "diante do arbítrio mili-tar". Embora citando nominalmente ape-nas o senador Ney Maranhão, que nãoestava no plenário — "Tenho certeza deque grande parte de suas críticas advem dofato de aquele eminente parlamentar nãolabutar diretamente no setor industrial",observou —, Albano Franco, na partefinal do discurso deixou claro que seuobjetivo era mais amplo:

"Creio que precisamos desarmar nos-sos espeíritos para, com a benção de Deus,ajudar este país a sair da crise e diminuir osofrimento de nossa gente. O que necessi-tamos, nesta hora, é serenidade. Este é oapelo que faço aos homens de boa vonta-de, em especial ao meu nobre companhei-ro e líder, senador Ney Maranhão."

O discurso recebeu muitos elogios —extensivos a Antônio Ermírio, recente-mente chamado de "cara de buldogue"pelo porta-voz da Presidência, CláudioHumberto —, e farpas dirigidas ao presi-dente Collor. "Ocorrem distorções entreempresariado, governo e trabalhadores, eisso decorre da própria política do gover-no", disse por exemplo o senador EduardoSuplicy (PT-SP).

Para ele, Collor tem adotado compor-tamento ambíguo, pois ao mesmo tempoem que ataca duramente o empresariado,como fez na sexta-feira, "recursos doFGTS foram direcionados para ajudarempresários amigos do presidente" (recen-temente, ele questionou a liberação derecursos do FGTS para obras dos empre-sários Luís Estevão de Oliveira e deputadoPaulo Octávio Pereira, do PRN). O sena-dor Mário Covas (PSDB-SP) fez rasgadoselogios a Antônio Ermírio, mesma linhada intervenção que acabou fazenfo até opresidente do Senado, Mauro Benevides(PMDB-CE). O senador Cid Sabóia deCarvalho (PMDB-CE) defendeu o presi-dente do Grupo Votoratim, observandoque "o presidente Collor não tem as apti-dões necessárias para ferir a imagem deAntônio Ermírio".

vido às exigências na qualidade e volumede encomendas, são poucas as empresasno Brasil que têm condições de ser fome-cedoras do Exército", argumentou.

O ministro do Exército negou tam-bém que o presidente Collor tenha or-denado o cancelamento da licitação,como afirmara domingo passado ementrevista na porta da Casa da Dinda. "Não houve nenhuma ordem neste senti-do", disse Tinoco.

|—| O Tribunal de Contas daUnião julgou irregulares as

contas do 41° Batalhão de Infanta-ria do Ministério do Exército, cul-pando os funcionários Flávio Lo-pes Ribeiro e Luis Dirlei Rosa daSilva pelo desvio de CrS 284 mil. Oministro Homero Santos determi-nou que a devolução deverá serfeita até o dia 1° de dezembro, comjuros e correção monetária.

Junqueira quer

liberar FGTS

de funcionáriosBRASÍLIA —

O procurador-ge-ral da República,Aristides Jun-queira, entroucom ação de in-constitucionali-dade ontem, noSupremo Tribu-n a I Federal(STF), contra de-terminação dogoverno federalque proibiu o saque do FGTS dosfuncionários públicos que mudaramdo regime celetista para o estatutário.De acordo com a Procuradoria Geralda República, a Lei 8.162, que proibiuo saque, vai contra direito adquiridoprevisto na Constituição. Para Aristi-des Junqueira, a medida "só poderiaser instituída mediante lei complemen-tar e, assim mesmo, restrita às hipóte-ses constitucionalmente previstas".Com o pedido de ação direta deinconstitucionalidade, o procurador-geral da República acatou solicitaçãodo deputado federal Jackson Pereira(PSDB-CE) para pôr fim à avalanchede ações de servidores públicos na Jus-tiça Federal para sacarem o dinheirodo FGTS. "Quando aconteceu a mun-dança do regime jurídico de trabalhodos funcionários públicos, ficou claroque houve quebra do vínculo empre-gatícío e os trabalhadores têm dinhei-ro a sacar do FGTS", explicou o par-lamentar.

Segundo Jackson Pereira, a lei. ao"considerar extintos" os vínculos dosceletistas, não deu margem a outrainterpretação que não a de que osservidores foram demitidos e recontra-tados. O deputado disse ainda que estátranqüilo quanto o julgamento doSTF. "A matéria é inquestionável,ainda mais porque a Procuradoriaanalisou profundamente o assunto an-tes de entrar com a ação de inconstitu-cionalidade", afirmou.

Junqueira

Em defesa do STFA tese parlamentarista de que o siste-

ma presidencialista é inviável no Brasilporque o STF não tem a mesma estaturada Suprema Corte dos Estados Unidos foiduramente criticada ontem pelo líder doPDT na Câmara, Vivaldo Barbosa (RJ),durante homenagem ao centenário doSTF. "Jamais poderemos, a título de fazerpropaganda de uma idéia, agredir umainstituição que merece todo o nosso res-peito e consideração."

Protesto diferenteMagoado com a política econômica do

governo e sem vislumbrar perspectiva queminimize a crise, o dono de restauranteJoarce Jolando Neves, de 30 anos. decidiutornar público seu ressentimento! No lu-gar de um anúncio que mantinha numounloor de seu estabelecimento, o FeijãoPreto, próximo à Universidade Federal deMato Grosso do Sul, Joarce colocou umafrase, que è mais um desabafo; "Tenhapiedade de nós. renuncie Collor". Naturalde Dourados (239km ao sul de CampoGrande), ele se diz indignado com "asbarbaridades" do «overno.

I Requião, isolado, desafia PMDB¦ CURITIBA

governadorParaná, Roberto^^^^^^^^^^^^^^^HRequião (foto),desafiou ontem aexecutiva doPMDB a encoa-irar una justífi-cativa juridieapara expulsá-lodo partido, afir-

nua filiado, adespeito do iso-lamento em quevive, desde quecomeçou a co-tear respostas a denúncias decorrupção contra o ex-governa-dor Orestes Quercia. Requião,porém, já tem uma opção parti-dária para o caso de a exclusãose concretizar: o PST do ex-governador Álvaro Dias. Re-quião chegou a ser convidado

para ser o presi-dente de honrado PST, mascontinua dispôs-toa enfrentar osque querem tirá-Io do PMDB."Alguns

pilan»tras não conse-guirão expulsarum sujeito sério.Não terão capa-cidade jurídicapara isso", asse-gurou. A trami-tação do proces-so de expulsão já

passou pela Comissão de Ética,com parecer favorável do rela-tor, Genebaldo Corrêa. "OPMDB está numa areia move-diça. Cada movimento que faz,afunda mais. Se insistir, desa-parece", apregoou o governa-dor paranaense.

Presídios privadosA campanha de desestatização do go-

verno ganhou ontem mais um defensor: odeputado Erasmo Dias, líder do PDS naAssembléia Legislativa paulista e secretá-rio de Segurança Pública de São Paulo nadécada de 70. Ele apresentou ontem àAssembléia projeto de lei propondo a pri-vatização dos presídios do estado. O pro-jeto prevê que entidades filantrópicas esem fins lucrativos participem do sistemapenitenciário ao lado de empresas especia-lizadas em segurança, a exemplo do mode-lo implantado em alguns estados dos EUApela firma Wackenhut Internacional.

Câmara nega título

A Câmara Municipal de Belo Hori-zonte negou ontem, por 21 votos a;oito, a concessão do título de cidadãohonorário ao presidente FernandoCollor. O projeto era de autoria doex-vereador Adelino de Carvalho(PTB), que teve o mandato cassado háum mês por crime eleitoral. "Achouma descortesia negar um titulo aquem não pediu", criticou o presidenteda Câmara, vereador Sérgio Coutinho,único representante do PRN na casa.

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JORNAL DO BRASIL Política e Governo quinta-feira, 31/10/91 n Io caderno n 3

Tuma pede

documentos que

comprometem Alves e Seval

HKASÍl l \ - O direlor-gcral doDepurtaiiiciiin de Políciu Federal. dele-gado Romeu I uma. requisitou osdoui-mentos — obtidos pelo JORNAL DOKKASIL que comprovam u partiei-paçào da Seval -Serviços e Planeja-mento Lida. na intermediação de ver-ha 5 públicas com prefeituras demunicípios do interior da Bahia que sãobase eleitoral do deputado João Alves

ífPI L-BA), que até ontem era relator daComissão Mista de Orçamento. Os do-(Jumentos, que estavam jogados na latade lixo da empresa, que funciona noEdifício Radiocenter. em Brasília, serãoutilizados no inquérito policial aberto apedido da Procuradoria Geral da Re-

friública pela Policia federal, contra oproprietário da Seval. Norniando LeiteCavalcante, e contra o deputado JoãoAlves.

Só ontem o delegado Romeu 'fuma

recebeu o ofício da Procuradoria Geralda República pedindo instauração deinquérito policial. O oficio deu entradana manhã da terça-feira passada na Po-

licia f ederal, e por ele o procurador-»e-ral da República, Aristides Junqueira,sugeria diligência urgente na empresaSeval, para que documentos importan-tes para a investigação não fossem per-didos. Até a noite de anteontem, o dele-gado Romeu Tu ma não tinhaconhecimento do ofício.

O senador Eduardo Suplicy telefo-nou ontem de manhã a Romeu Tumapara cobrar dele uma posição. Tumaainda não recebera o oficio. O líder doPT ligou então para o procurador-ge-ral. que informou a hora em que odocumento fora protocolado na PolíciaFederal — lOh de terça-feira. Somenteás I5li de ontem, o delegado RomeuTuma telefonou ao senador, informamdo que já estava de posse do oficio, eque aguardava apenas autorização judi-ciai para fazer a diligência na Seval.Tuma criticou a burocracia da própriapolícia, e ressaltou que se fosse alertadopor um telefonema teria agido o maisrapidamente possível.

Senador denuncia Aragão

Madalena Rodrigues

O vice-líder do governo no Senado.•Odaeir Soares (PFL-RO), disse que es-tranhou a rapidez com que foi aprova-do pela Superintendência para o Desen-volvimento da Amazônia (Stidani)projeto de instalação de urna indústriaalgodoeira em Caçoai. Rondônia, com•concessão de CrS 754 milhões, oriundosde incentivos fiscais. Um dos interessa-dos é o presidente da Comissão Mistade Orçamento do Congresso, senadorRonaldo Aragão (PMDB). A mulherdo senador. Sueli Alves Aragão, detémum terço das cotas da empresa. "liu me«limitei com a velocidade da decisão,porque o projeto foi apresentado aoconselho deliberativo da Sudatii apenasdois dias antes da reunião do dia 25deste inés". denunciou Soares.

;r. Ronaldo Aragão não gostou das cri-tieas feitas por Odaeir e atribui a iniciati-va do colega ao fato de que são rivais napolítica estadual. Ambos serão candida-tos ao governo do estado nas próximaseleições. "Pois eu quero que ele expliquecomo foi que obteve as quatro conces-soes ile emissoras de rádio na época daditadura", devolveu Aragão. Soares sedefende, afirmando que conseguiu asemissoras em concorrência pública. Ara-gào pediu ajuda à mulher para explicartis dados fornecidos por Soares. A Algo-ríorte— Agroindústria Algodoeira S.A.terá investimento de CrS 2.3 bilhões, dos

quais CrS 1.6 bilhão em recursos pró-prios. O restante sairá do fundo de incen-tivos fiscais da Sudam.

Odaeir Soares chama a atenção parao fato de que a aprovação de projetoscandidatos a incentivos da Sudam costa-ma levar uni tempo maior para seremaprovados. F também estranha o fato dea empresa ter. em seus objetivos, umleque enorme de atividades. O relatórioaprovado pelo conselho deliberativo dizque a empresa fará exploração da itidús-tria têxtil, beneficiamento, prensagem,processamento, compra e venda, expor-tação e importação de algodão.

O vice-líder do PFL acusou o conse-llio deliberativo da Sudam, presidido pe-Io secretário de Desenvolvimento Regio-nal. Fgberto Baptista. de aprovarprojetos a toque de caixa. "A pauta éentregue aos conselheiros na véspera dareunião. E eles aprovam projetos em blo-co. que não conhecem", avaliou. A fisca-lização sobre a aplicação dos recursos éprecária e muitas vezes a Sudam liberarecursos para a segunda etapa de umempreendimento, sem que a primeira es-teja concluída, afirmou.

Aragão rebate as acusações, afirman-do que seu colega tentou obter recursosda Sudam e não conseguiu, porque que-ria transferir um projeto agropecuário doPará para Rondônia, transformando-oem indústria madeireira. Soares, irritadocom a acusação, jura que jamais cncami-nliou qualquer projeto seu á Sudam.

Fiúza assume o

cargo de relatorO deputado João Alves (PFL-BA) foi

destituído ontem da relatoria da Comis-são de Orçamento pelo líder do PFL,Ricardo Fiúza (PE), que decidiu assumirele próprio, em nome de seu partido, ocargo de relator. A decisão inesperada deFiúza, que surpreendeu a própria banca-da, foi tomada na noite de terça-feira,depois de intensa pressão do governadorda Bahia. Antônio Carlos Magalhães,que insistia em manter o cargo nas mãosde um baiano. Para não ceder totalmenteás exigências do governador, o própriolíder decidiu assumir a relatoria.

"Foi o preço que tive de pagar",comentou com um de seus vice-líderes,que retrucou: "É melhor pagar um preçoalto que destruir o partido." Fiúza que-ria nomear o deputado Francisco Dome-les (PFL-RJ) relator-adjunto de Alves,que se afastaria da comissão silenciosa-mente, depois de ameaçar "sair atiran-do". Na prática, Dorneles seria o relator,o que provocou a reação do grupo dogovernador baiano.

"A Bahia é a maior bancada do par-tido", lembra o deputado José CarlosAleluia (BA), segundo o qual a briga vaicontinuar na indicação dos relatores-ad-juntos que auxiliarão Fiúza na elabora-ção do relatório final da comissão. "Vemmais baiano por ai, e tem que vir. Quere-mos. inclusive, mudar alguns relatoressetoriais", revelou Aleluia.

A difícil decisão política de afastarAlves em definitivo da comissão acaboufacilitada pelas denúncias publicadas on-tem pelo JORNAL DO BRASIL, com-provando a intermediação do relator norepasse de verbas para municípios emque se concentram suas bases eleitorais,por intermédio da empresa Seval, dirigi-da por Norniando Cavalcante, que ospróprios prefeitos reconhecem como umassessor do deputado João Alves.

No centro das disputas está o bilhãode dólares que a proppsta orçamentáriailo governo destinou aos 900 Ciacs. Aauto-indicação de Fiúza teve apoio detodos os líderes da Câmara e do Senado."Mas a briga continua", advertiu o vice-líder do PSDB. Paulo Hartung, paraquem Alves é apenas a peça-chave de umesquema de negociatas na comissão.

I—| O Senado aprovou à noite re-'—' querimento do senador EduardoSuplicy (PT-SP) para que o TCUrealize auditorias contábil, financei-ra, orçamentária, operacional e pa-trimonial cm convênios celebradosentre o Ministério da Ação Social e37 prefeituras de cidades do interiorda Bahia, tidas como redutos eleito-rais do deputado João Alves (PFL-BA). O requerimento pede ao TCUque envie relatórios e notas ficais.

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Consultor acha inconstitucional

reajuste pedido por

aposentado

BRASÍLIA — O consultor-geral daRepública. Célio Silva, considerou in-constitucional o reajuste de 147.06% rei-vindicado pelos aposentados e pensionis-tas da Previdência. Segundo ele, o índicecorreto para corrigir as aposentadoriascom valor acima de um salário mínimo éo aplicado pelo Ministério do Trabalho,de 54%. O parecer foi divulgado ontemde manhã no Palácio do Planalto. Para oconsultor, o Índice de 147,06% não temamparo legal e sua aplicação é manifes-lamente inconstitucional por infrigir oartigo 58 das Disposições Transitórias eo artigo sétimo da Constituição, que, "nasua segunda parte, veda a utilização dosalário mínimo para qualquer fim".

Segundo Célio Silva, a Lei 8.213 de-termina que a partir de Io de setembro de1991 os valores dos benefícios serão alte-rados com base na variação integral doINPC, calculado pelo IBGE, "exatamen-te como agiu o Ministério do Trabalho ePrevidência Social".

O presidente do Sindicato dos Meta-lúrgicos de São Paulo e da Força Sindi-cal, Luiz Antônio de Medeiros, afirmouque respeita o parecer de Célio Silva, masque "um parecer é apenas um parecer,não é jurisprudência". Ele garantiu que,se for necessário, apesar da liminar con-

cedida terça-feira pelo juiz HumbertoMarques Filgueiras (garantindo o reajus-te a todos os aposentados paulistas), aForça Sindical e o sindicato continuarãoa entrar com ações cautelares na Justiça.

No Rio, o parecer de Célio Silva foicriticado pelo vice-presidente da Asso-ciação dos Aposentados e Pensionistasda Previdência, Roberto Pires. "Res-peito o ponto de vista cultural-jurídicodo consultor-geral da República, mas,neste caso, ele está atendendo aos inte-resses do patrão dele, que é o presidenteFernando Collor."

Segundo Pires, a correção deveriaser de 178%. com a incorporação doINPC de março a agosto e mais a varia-ção da cesta básica. Segunda-feira, as-sociações de aposentados e pensionistasde todo o país se reunirão num congres-so em Xerém (Duque de Caxias), parapromover uma ação conjunta em defesade seus interesses.

A Procuradoria-Geral da Repúblicaem Curitiba impetrou ontem à tarde naJustiça Federal uma ação cível públicacontra o INSS, exigindo o reajuste de147.06% nas aposentadorias. A ação foifeita pelo procurador D.lton França emfavor de 825 mil aposentados e pensio-nistas do Paraná.

Magri anuncia

que vai recorrer

O ministro do Trabalho e da Previdên-cia Social, Antônio Rogério Magri, anun-ciou que, com base no parecer do cônsul-tor Célio Silva, o governo recorrerá contraas liminares de Tribunais Regionais Fede-rais que determinaram o pagamento doreajuste de 147% a 3 milhões de aposenta-dos paulistas e 900 mil gaúchos.

"Isso que o consultor disse no pare-cer nós discutimos semanas e semanasaqui no ministério. Eu avisei ao Medei-ros (Luiz Antônio de Medeiros, presi-dente da Força Sindical) que não criasseexpectativa para os aposentados em tor-no desse índice de 147%. porque ele éinconstitucional", disse Magri ao presi-dente da Associação dos EletrieitáriosAposentados de São Paulo. João Rotta,que assistia á entrevista. "Mus e as limi-nares que vêm sendo concedidas?", re-trucou Rotta. "Você sabe como é limi-nar, Rotta, é feita aqui. ó", atalhourispidamente o ministro, batendo na co-xa. Rotta não se convenceu e disse quepedirá na Justiça o pagamento do INPCde março a agosto, que somou 79%.

^Tabela do IR é aprovada e vai

vigorar no salário de outubro

Empresários dão

ajuda na reforma

BRASÍLIA — O Diário Oficial da;União deverá publicar hoje a nova tabelade desconto do Imposto de Renda na

Tonte, que isenta os salários até CrS 190mil. O projeto foi aprovado ontem ànoite pelo Senado e imediatamente reme-'tido a sanção do presidente FernandoCollor. para que a redução do descontoalcance os salários de outubro.

O líder do governo, senador Marco'Maciel (PFL-PF). admitiu que Collor

vetará a emenda — aprovada pela Cá-mara dos Deputados e mantida pelo Se-

jiado — que estabelece a correção mensaldo Imposto de Renda com base noj\PC'.

"Não conversei com o presidentesobre esse assunto e não há qualquer

,-garantia de que o projeto vá ser saneio-pado sem vetos", disse.

De acordo com a nova tabela de des-conto, salários acima de CrS 190 mil e

.até CrS 620 mil mensais terão deduzida aparcela de CrS 190 mil c sobre o saldo

incidirá uma alíquota de 10%. Para ossalários superiores a CrS 620 mil, a dedu-ção para a base do cálculo do impostodevido será de CrS 448 mil, incidindouma alíquota de 25% sobre o saldo.

Para determinar a base de cálculo doImposto de Renda, a partir de Io denovembro serão deduzidos: CrS 16 milpor dependente, até o limite de cincodependentes; CrS 190 mil. corresponden-les á parcela isenta dos rendimentos pro-venientes de aposentadoria, pensão, pen-são ou transferência de militares parareserva remunerada ou reforma, pagospela Previdência Social da união, dosestados, do Distrito Federal c dos muni-eipios, ou pessoa jurídica de direito pú-blico interna, a partir do mês em que ocontribuinte completar 65 anos de idade;o valor da contribuição paga, no mês,para a Previdência Social da União, dosestados, do Distrito Federal e dos munci-pios; e o valor de pensão judicial paga.

A nova versão do projeto de reformatributária, que o ministro da Economia,Marcílio Marques Moreira, entrega hoje,às 7h, ao presidente Fernando Collor, in-clui sugestões de combate á sonegaçãoapresentadas ontem pelos empresários An-tônio Carlos Rocca, Roberto Rodrigues,Paulo Cunha e Antônio Teixeira Lanzane,que participam do Conselho MonetárioNacional (CMN). O projeto deverá serencaminhado amanhã ao Congresso.

Além da indexação total do sistematributário, os textos que a equipe doMinistério da Economia apresenta hojeao presidente incluirá um projeto queprevê a indisponibilidade de bens dosdevedores de impostos no momento cmque for constatado o débito.

PSICANAUSE* ATENDIMENTO CLÍNICOCRUPO DE ESTUDOS

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4 n j° Cçicjerno n quinta-feira, 31/10/91 Brasil JORNAL DO BRASIL

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Porto Alegre — Mauro Mattos*j-l , • ••¦ -V-V.y.V v. ;.^y. ^'

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Jabes sain s<'in ouvir a vola<;ao do pedido de cassa^uo

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Brasília — Gilberto Alvesj TcQ.dom.ira Braga

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\ WASHÍ^TON — No primeiro{resultadp concreto da ajuda prometi-tia pelo presidente George Bush ao'presidente Fernando Collor, o gover-[no americano decidiu firmar novojacordo tecnológico coni o Brasil, ape-¦sur de o país ainda não ter legislaçãojde proteção às': patentes farmacèuti-cas. A decisão foi anunciada em reu-jnião realizada ontem entre a repre-jsentante de comércio dos Estados(Unidos, Carla Hills, e o secretário-ge-Irai do Itamarati, Marcos Azambuja,'que

veio à capital americana partici-ípar da conferência dos ministros de'Comércio Exterior e equivalentas dasjAméricas!.Ò novo acordo será assi-[nado em Brasília antes do dia 15 de,novembro, quando vence a prorroga-çào de seis meses do acordo anterior,(expirado em maio passado.( Para contornar a exigência do(Congresso'americano de que o país"só faça acordos econômicos com pai-"ses que tenham legislação de proteçãosã proprjçjdade industrial, o novoacqndq tecnológico Brasil-EstadosíUnictps.excluirá provisoriamente aparte referente à cooperação na áreajfarrnâcmicá.í Flexibilidade — A fórmula foi,possível após longas negociações en-tre representantes dos dois governos.

ISua-aceitação significa expressivo re-cuo na posição intransigente que a

'adminijtíação americana vinha assu-j mindo em relação á necessidade de o• Congrôsso brasileiro aprovar o proje-j to de ]cj.,que regulamenta as patentesS farmacêuticas, há vários meses cm-jpcrradq ria Comissão de Justiça daCâmara dos Deputados.|| ?ai», A éxigênçia foi reiterada durante ajvisita"^ ^Washington, em agosto, do^ice-presidcnte Itamar Franco, quan-Jlo airtoridades do Departamento de(Estado afirmaram que a aprovação

do acordo tecnológico dependeria dainstituição no Brasil da proteção áspatentes farmacêuticas.

A superação do impasse represen-ta a primeira vitória do embaixadorRubens Rieúpero após sua posse co-mo embaixador na capital americana,no final dc agosto. A renovação doacordo era um dos primeiros pontosna lista dc prioridades de Rieúpero eexigiu vários contatos do embaixadore integrantes de sua equipe com re-presentantes do governo americano.Como o governo não teve sucessonos seus esforços para acelerar a tra-mitação do projeto dc lei das patentesfarmacêuticas no Congresso, a solu-ção para o problema só foi possívelcom a posição mais flexível assumidapelos americanos.

A boa fase de entendimentos dosgovernos Collor e Bush foi confirma-da em outro acerto formalizado noencontro entre Carla Hills c MarcosAzambuja, referente â Rodada Uru-guai do GATT, que tenta ampliar aliberalização do comércio mundial.Os dois governos decidiram aumen-tar seus esforços nessa fase final dcnegociações por meio do aumento dcsuas equipes em Genebra. Como par-te dessa decisão, a equipe brasileira,chefiada pelo embaixador CelsoAniorim, receberá nos próximos diaso reforço de dois especialistas cmacessos a mercados e negociação deserviços.

Os Estados Unidos têm a mesmaposição do Brasil em relação à necesi-dade de a Rodada Uruguai impor aredução nos subsídios agrícolas, idéiaque tem forte oposição dos países daComunidade Européia. Na reuniãode ontem, Hills e Azambuja reconhe-ceram as mudanças positivas na posi-ção da Alemanha sobre a questão."Não é ainda uma posição perfeita,mas significa uma evolução impor-tante", avaliou Azambuja.

Recife — Nalanael Guedesi mm wmm

Bush faz acordo sem exigir direito a patente

de remédio

Detetive nega ter

ígrampeado7 Telesp

••v>S3»WÍ»«: .«fc«v»0v . '¦¦ .WWi. WWHHI <[>!, U—i1m4Bancários tdntaràni reassumir à revelia dos interventores

OBancários demitidos eml

jReoife invadem agência

ÍRECIBB-^ Em desafio aos interven-

ores, qne;6Órpretendem reintegrá-los-quando.;i .determinação judicial for pu-iblicada jiò -piárb Oficial, os 3 mil fun-jeionários" dò Banco do Estado de Per-^ambutíj^Baridepe)," demitidos há 16«dias, invttoârify ontem, as agências para{reassumir i- revelia suas antigas funções.'Eles se baseiam no julgamento do Tribu-ínal Regional do Trabalho que, na noiteide terça-feira passada, decidiu anular asiidemissões porque estas foram feitas du-rrante uma greve. .; Com alto-falantes e cópias de repor-jtagens sobre o julgamento do TRT, os^demitidos cobraram dos chefes e gerentes|ji reintegração no trabalho. Pela determi-inação dò TRT;'eles deveriam reassumirias funções ^partir do segundo expedien-•te de ontem. Orientados por um comuni-iCado interno do diretor-administrativo,•Fernando Soares Jofili, os chefes de setor'e gerentes permitiram apenas que perma-tnecessem nos lugares de trabalho. Ne-jnhum teVe permissão para exercer a fun-£ào. nem para assinar o registro de^freqüência. "Nossa situação é tão difícil/quanto a deles", confessou constrangidoto coordenador dos caixas da agência•Centro. Luciano Nunes de Almeida,"pressionado por um grupo de funcioná-¦frios para liberar o ponto da caixa Marli-.Martins, uma das demitidas.I Inconformados com a orientação dof banco, os dirigentes do Sindicato dos Ban-fcários que acompanharam simbolicamen-

.,

Jabcs saiu sem ouvir a votação do pedido de cassação

Pedido de cassação

de Jabes é aprovado

BRASÍLIA — A Comissão de Cons-tituição e Justiça da Câmara aprovouontem, em sessão secreta, o pedido decassação do deputado Jabes Rabelo(RO) por 39 votos a favor, 15 contra eduas abstenções. Rabelo é acusado de terauxiliado o tráfico de cocaína, através dafalsificação de uma carteira funcional daCâmara em favor de seu irmão, o trafi-cante Abidiel Pinto Rabelo. Um projetode resolução recomendando a perda demandato será votado na próxima quar-ta-feira pelo plenário da Câmara. Serão,então, necessários pelo menos 252 votospara que Rabelo perca o mandato. Atéhoje, apenas três deputados perderam osmandatos, julgados pelos colegas ou pelamesa da Câmara.

O resultado da reunião, que durousete horas, deixou preocupadas as lide-ranças e a mesa da Câmara. "0 resulta-do não é tranquilizador", comentou opresidente da casa, Ibsen Pinheiro(PMDB-RS), empenhado na cassação deRabelo. Um dos integrantes da comis-são, deputado Jurandir Paixão (PMDB-SP), considerou-o "perigoso", a mesmaopinião do líder do PTB. deputado Gas-tone Righi (SP). O pedido de cassaçãofoi aprovado com apenas nove votos amais do que o minimo exigido pelaConstituição. Para o deputado Genebal-do Correia (PMDB-BA), líder de suabancada, vai ser necessário um empenho"muito maior para consolidar em plená-rio a votação de ontem".

O resultado poderia ter sido favorá-vel a Jabes, não fosse a intervenção das

lideranças. Logo depois do pronucia-mento do perito em grafotecnia, AntonioVilanova, contratado pela defesa, algunsdeputados previram que o número mini-mo de votos sim não seria obtido. Amesa e os principais líderes foram acio-nados. Por volta das 15li30, a sessão daCâmara foi suspensa e o deputado IbsenPinheiro, acompanhado dos principais li-deres, correram para a reunião secreta,onde permaneceram até o final, às I8hl0,pressionando seus liderados para que vo-tassem pelo pedido de cassação do colega.

"Sem a intervenção das lideranças,esse resultado não seria obtido", confes-sou Jurandir Paixão, que permaneceu otempo todo dentro da sala da comissão.Os lideres do PT, José Genoíno (SP), doPRN. Cleto Falcão (AL), do PMDB,Genebaldo Correia (BA), do PTB, Gas-tone Righi (SP) e do PDC, SiqueiraCampos (TO), além de vice-líderes, pres-sionaram suas bancadas para que apro-vassem ò relatório do deputado Vital doRego (PDT-PB), relator do processo depedido dc cassação.

A reunião foi calma c ininterrupta. Odeputado Jabes Rabelo manteve-se cala-do. Na hora de sua defesa, relembrou aorigem humilde no interior do Paraná egarantiu que não assinou a carteira paraseu irmão. Antes dele, haviam se pro-nunciado o advogado de defesa, AntonioPonce, o perito da defesa, Antonio Vila-nova, e os peritos da acusação, Lamarti-ne Mendes e José Cândido Neto, daequipe da Unicamp, que confirmou serdo deputado a assinatura na carteirafuncional.

Ele é um bode expiatório5

te a reintegração dos 76 demitidos naagência Centro decidiram solicitar ao TRTa designação de um oficial de justiça paracomunicar formalmente aos interventoresa decisão. "Esta postura é no mínimo umaincoerência. Afinal, eles estavam presentes,através de seus advogados, ao julgamen-to", reclamava o vice-presidente do sindi-cato, Roberto Leandro. Como a direçãodo Bandepe anunciou que recorrerá aoTribunal Superior do Trabalho (TST), osdirigentes do Sindicato dos Bancáriosacreditam que esta é apenas mais umaestratégia para ganhar tempo.

Cloro — Apesar da incerteza, inclusi-ve quanto ao caráter definitivo da reinte-gração o retorno aos locais de trabalho foium momento de grande emoção para osdemitidos. Os escriturários Antonio Car-los Guimarães Rocha, 40 anos, e NirdesLima Seixas, 45, abraçados no corredor daagência Centro, comemoravam emociona-dos com os colegas o que consideram umaprimeira batalha vencida. "Podemos ven-cer mais uma vez no TST", previa Nirdes,funcionária concursada, com 11 anos debanco, que esteve todos os dias, desde quefoi demitida, na frente da agência Centro."Pelo menos houve um reconhecimento deque fomos injustiçados", desabafou Anto-nio Carlos, também com 11 anos de ban-co. "Se o TST não referendar a decisão doTribunal Regional, com certeza não serápor argumentação técnica", disse otimistao presidente do Sindicato dos Bancários,Marcos Pereira.

Depois do voto do relator Vital doRego pedindo a cassação com base nadoação da carteira funcional, alguns de-putados resolveram se pronunciar. Nel-son Trad (PTB-MT) foi o único a de-fender Jabes Rabelo, sustentando a tesede que a quebra do decoro parlamentartem, como pena máxima, a suspensãotemporária, e não a perda definitiva domandato. Em seguida, Nelson Jobim(PMDB-RS) contestou sua tese, afir-mando que na verdade Jabes Rabelocometeu crime duplo: falsificação eomissão da verdade.

Alguns parlamentares defenderampublicamente a absolvição, como NobelMoura (RO), também acusado de en-volvimento com o narcotráfico, c EdiSiliprandi (PDT-PR): "Ele é bode ex-piatório", pregaram. Jabes Rabelo pre-

Envolvimento com o tráfico

Pouca gente conhecia o deputadoJabes Rabelo (Sem partido-RO) an-tes da prisão dos traficantes Abidiel eNoabias, em São Paulo, no começodc julho, com 554 quilos de cocaína.Encurralado. Abidiel sacou uma car-teira funcional da Câmara. Os agen-tes apreenderam o documento, assi-nada no verso pelo deputado JabesRabelo, irmão de Abidiel e Noa-bias. Jabes negou sistematicamenteter assinado a carteira. Se admitisseque assinara, mas não sabia do uso

Vasconcelo Quadros

SÃO PAULO — O detetive particu-lar João Amaral, até agora o únicoindiciado no inquérito que apura a es-pionagem comercial contra a Princetondo Brasil Ltda., nega seu envolvimentocom o grampo encontrado dentro daestação Paraíso da Telesp. "Sou espiãosim, mas não lanço mão de funcioná-rios da Telesp para grampear telefone.Uma porcaria assim, eu não teria fei-to", ironiza Amaral, que é presidente daFederação Nacional dos Detetives Pro-fissionais. ,

Foi num apartamento alugado porAmaral, na Avenida Paulista, que apolícia encontrou apetrechos indicandoser ali a outra ponta do grampo instala-do nos telefones da Princeton, conecta-dos ao Distribuidor Geral da Telesp. nobairro do Paraíso. "Eles sabem que eusou um grande profissional e executotrabalhos de primeira qualidade. Assim,era mais fácil envolver meu nome",acrescenta.

João Amaral não sabe quem estápor trás do esquema, mas afirma queem todo o pais a escuta clandestina,tanto por parte da polícia quanto pelossetores que integram a chamada coniu-nidade de informações, continua fun-cionando. Ele especula sobre várias ver-sões, envolvendo de um lado a Telesp edc outro a Princeton e o advogadoWaldemar Marques Ferreira, dono daSegmar que, segundo ele, quando traba-lhou no setor dc segurança da Telesp,sempre perseguiu os detetives partícula-res.

Amaral diz ter recebido informaçõesde que a Princeton estaria preparandouma ação contra a Telesp para receberindenização de USS 100 mil, alegandoprejuízos sofridos com o vazamento de

informações comerciais. "Ele deve serlouco, imbecil. Isso é um absurdo. Nos-sa posição no momento é aguardar oresultado do inquérito, e não incriminarninguém", reagiu o representante daPrinceton, Carlos Roberto DamascenoCosta.

Já indiciado em vários inquéritospor estelionato e espionagem telefônica,João do Amaral compõe o perfil idealpara servir de bode expiatório de umaestratégia que teria por objetivo enco-brir a existência de uma base de espio-nagem que funcionaria com o apoio deum grupo de militares — os chamadosarapongas —, dentro da Telesp.

O delegado Gerson Carvalho, daDelegacia Seccional Centro, emboraprocure ater-se apenas â investigação,diz que "ao que tudo indica a pontafinal do grampo encontrado na Telespnão é o escritório dc Amaral". Apesardisso, ele indiciou o detetive por viola-ção do sigilo das telecomunicações.

O coronel José Alencar do Amaral,chefe de segurança da Telesp, apontadopelo advogado Marques como um dosarapongas, prestará depoimento hoje aodelegado Carvalho. A polícia quer sa-ber quais os funcionários que tinhamacesso ás áreas restritas da empresa pa-ra tentar chegar ao autor do grampocontra a Princeton.

Outro detalhe a ser esclarecido é porque funcionários, como Rivaldo Agri-pino dos Santos, lotado na Administra-ção de Patrimônio (APA), que cuidaapenas da zeladoria de prédios, tinhamlivre acesso aos setor operacional daTelesp, onde ficam os DistribuidoresGerais (DG). Segundo o advogado Wal-demar Marques Ferreira, Rivaldo crágrampeiro do coronel Raul Rufino Frei-re, apontado por ele como um dos prin-cipais arapongas instalados na Telesp.

|—| Após ruidosa manifestação cm— frente ao Palácio Piratini, sededo governo do Rio Grande do Sul,contra os baixos salários dos nwri-dos, integrantes da Associação dasEsposas de Praças da Brigada Mili-tar não se con formaram com a re-cusa do governador Alceu Collares(PDT) de recebê-las para entrega deum modesto rancho de alimentos,simbolizando o que come a famíliade um soldado em um mês. Unigrupo subiu as escadarias do palá-cio, mas foi barrado por segurançasna ante-sala do gabinete do gover-nador. A intenção, segundo o e.v-PM e agora deputado João Osório(PMDB), foi imitar "um

gesto dopróprio Alceu Collares que, quan-

do deputado federal em 1980, en-tregou uma cesta básica ao entãopresidente João Figueiredo, emprotesto contra o salário mínimo".Durante a manifestação, o coman-dante da Brigada Militar, coronelPM Luís Carlos Maciel, discutiupublicamente com o deputadoJoão Osório na porta do palácio.Segundo o parlamentar, o coronelteria ameaçado as mulheres comprocesso, pois elas usavam os bonésdos maridos. Mas Maciel garantiudepois que, apesar de não concor-dar com o uso de peças do uni for-me, não teria como punir. Depois,reconheceu que os soldados ga-nham mesmo baixos salários.

feriu não esperar o resultado da vota-ção e se retirou para o seu gabinete,dizendo que precisava ir ao banheiro.

Caso o plenário confirme o voto daComissão, Rabelo perderá o mandato e aimunidade parlamentar. Como pena adi-cional, ele se tornará inelegível até trêsanos após o final do mandato para oqual foi eleito, ou seja, até janeiro de1998. Mas, para evitar tudo isso, ele poderenunciar antes da votação final peloplenário da Câmara dos deputados.

Mesmo assim, ele não se livrará dajustiça que, então, poderá processá-locomo um cidadão comum. Rabelo con-firmou que, caso seja cassado pelos co-legas, vai plantar café ou ser caminho-neiro em Caçoai (RO). No ano quevem, pretende se candidatar a prefeitoda cidade que o acolheu em Rondônia.

A Policia Federal prèodca o diretor-presidente do Hospital lelar, em São

i José do Rio Preto, no interior do esta-do, que cobrava taxas de internaçãoaos padeates cooveniados peto Siste-ma Unificado de Saôde (SUDS) e quedeveriam ter atendimento gratuito. Ri-cardo Miguel FazanelU, de 53 anos, foi

crime contra a ordem econômica.O golpe no hospital vinh

aplicado bá muito tempo, de acordocom o delegado Ulysses da Silva OU-veira Fiibo, da Políeia Federal, mas sóna manhã de ontem unia das vitimas

Rainha no interior Arquivos fechados

que o irmão pretendia dar a ela, pe-garia, no máximo, uma suspensão.

No início de agosto, uma comis-são de inquérito da Câmara concluiupela perda do mandato e o resultadofoi encaminhado à Comissão deConstituição e Justiça. 0 trabalho dorelator, deputado Vital do Rego, foidecisivo: ele juntou três laudos — daPolícia Federal, da Unicamp e doInstituto Del Picchia — provandoque a assinatura era dc Jabes.

A rainha Sílvia, mulher do rei CarlosGustavo, da Suécia, inaugura hoje, emRio Claro (SP), a sede do Centro deHabilitação Infantil construído com aju-da da Sociedade Beneficente Sueco-Bra-sileira para Crianças Excepcionais. Sílviaestá no pais desde sábado, descansandona fazenda de parentes, em Araras, cida-de próxima a Rio Claro.

Médico fetichistaDevido ao hábito de cheirar os pés

das pacientes, o médico boliviano ElioAlcoba Arnez foi proibido pela 6a Câma-ra Cível do Tribunal de Justiça do RioGrande do Sul de exercer atividade clini-ca no Hospital Santa Luzia, de Capão daCanoa (RS). O médico fetichista foraafastado pelas freiras que administram ohospital em 1985. Diversas testemunhasconfirmaram que Arnez costumava "seengraçar com pacientes".

Comissão formada por deputados es-taduais, vereadores e parentes de desapa-récidos políticos esteve ontem em BeloHorizonte com o superintendente da Po-lícia Federal em Minas, Renato Surette,tentando ter acesso aos arquivos do ór-gào. A comissão saiu frustrada, já queSurette não permitiu a consulta, infor-mando não ter recebido autorização dodelegado Romeu Tuma.

Tiros nos JardinsUm tiroteio seguido de perseguição

cinematográfica movimentou a manhãde ontem no sofisticado bairro dos Jar-dins, na Zona Sul de São Paulo. Às 7hl5,o empresário Osmar de Almeida Carnei-ro deixava suas filhas na Escola Experi-mental Morumbi quando foi rendido pordois assaltantes armados que levaramseu Opala Diplomata, placa BFA-9990.A polícia foi chamada e prendeu umdeles, João Carlos Alves.

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JORNAL DO BRASIL Brasil quinta-feira, 31/10/91 n l°caderno ? 5

Projeto de lei do Executivo vai

regulamentar a reforma agrária(-—s Brasília — Aldori Sil

BRASÍLIA — O governo está ela-borando um pacote para a reformaagrária, com aquisição, desapropria-çáo e o estoque de terras da União.Até o fim do mês, o presidente Fer-nando Collor enviará ao Congressoprojeto de lei para regulamentar osartigos IS4 e 185 da Constituição,que permitem a desapropriação desdeque não seja em áreas produtivas eem pequenas e médias propriedadesrurais, se o dono não possuir outra."Hoje, estamos impedidos jurídica-mente de lazer as desapropriações",comentou o ministro da Agricultura,Antonio Cabrcra. "Temos 1,22 mi-Ihào de hectares prontos para seremdesapropriados e não podemos mexerum palmo".

Ontem, durante reunião sobre re-lorma agrária, o presidente FernandoCollor deu a Cabrera prazo de duassemanas para que apresente um pia-no para assentamento de 400 mil fa-milias até o final do mandato. Cadauma terá direito a em média 25 milhectares. "Em um ano e meio, o go-vemo Collor titulou 107 mil famí-lias", informou o ministro. Ele e.x-plicou que entregar o titulo é selar ofinal do processo da reforma agrária,já que com o documento a pessoa setorna proprietária rural.

Na próxima sexta-feira, em novareunião setorial no Planalto, começa-rá a ser discutida a infra-estruturadas áreas onde será feita a reformaagrária, como a construção de estra-das. escolas e postos de saúde. Dia14. haverá nova reunião para definiro projeto de lei que será enviado aoCongresso.

Cadastramento — O recadas-tramento no próximo ano dos traba-lhadores rurais que teriam acesso àterra e a utilizaç^do Fundo de Ga-rantia para a compra de terra foram

Terras ociosas

pagarão maisSegue amanhã para o Congresso pro-

jeto do governo que reajusta o ImpostoTerritorial Rural (ITR). A alíquota vaivariar de acordo com a produção e asterras improdutivas pagarão mais impôs-to. entre 0.1% e 15% mais. "Terras im-produtivas, com taxa de utilização abai-xo de 10%. pagará alíquota de 15%",explicou o ministro da Agricultura, An-tonio Cabrera. Ele espera que a alteraçãona taxa seja aprovada esse ano, para quepossa ser cobrada no próximo ano:"Consultamos vários parlamentares e,ao que tudo indica, inclusive a bancadarural vai apoiar esse projeto".

Cabrera pretende destinar CrS 50 bi-Ihòes arrecadados com o ITR para areativação do Senar (Serviço Nacional deAprendizagem Rural). "Em alguns casosvamos aumentar a alíquota em dez ve-/es", avisa. "Se um produtor tiver umafazenda que utiliza menos de 10%, emquatro anos ele perde a fazenda, porquevai pagar em imposto o valor do bem".

Receita Federal — O projetotem outra novidade: o cunho ecológico.As áreas consideradas de preservaçãoambiental ficarão fora da tributação. Pa-ra isso, terão que ter o reconhecimentodo I bania. Essa semana, a Receita Fede-ral comecará a entregar o ITR pelo Cor-reio. No ano que vem, quando estiverreformulado, se transformará em impôs-to declaratório, semelhante ao Impostode Renda, na qual o agricultor fará adeclaração sobre sua terra. Assim, o tra-balho deixará de ser feito pelo Incra.

Ministério tem

vigilantes mas

paga a empresasBRASÍLIA — Embora o Ministério

da Infra-Estrutura tenha 3 mil servidoresem disponibilidade, gasta mensalmenteCrS 29 milhões para manter 240 funcio-nários contratados pela empresa de pres-taçào de serviço Cordial Comércio e Re-presentações. O ministério alega que teveque contratar a Cordial porque não temvigilantes e pessoal de limpeza entre osservidores disponíveis.

O diretor do Sindicato dos ServidoresPúblicos, Ismael José César, informouque mesmo não tendo esse tipo de mão-de-obra. o Ministério da Infra-Estruturapoderia encontrá-los a poucos metros, namesma Esplanada dos Ministérios, noMinistério da Agricultura. Lá, conformeexplicou, existem no quadro 130 vigilan-tes e, mesmo assim, o ministério contra-tou a empresa Tlior para prestar o mes-mo serviço."Esses 130 vigilantes do quadro da-riam conta do recado tranqüilamente.No entanto, o ministério resolveu con-tratar uma firma, .gastando dinheiro des-necessariamente. E comum no ministérioencontrar dois vigilantes, um do quadroe outro da firma, em um mesmo localtrabalhando", explicou Ismael.

Na Secretaria de Administração Fe-deral (SAF), assessores do secretário,Carlos Garcia, garantem que o Decreto2.300. de 1986. é bem claro quando per-mite abertura de licitação para contrata-çâo de firma de pessoal para as tarefas devigilância e limpeza. O secretário CarlosGarcia disse ontem que a SAF não vaiinterferir nessa questão, porque os minis-térios têm autonomia para resolver seusproblemas.

O secretário de Administração doMinistério da lnlra-Estrutura, Joel JorgeFilho, informou por meio da assessoriade imprensa que o órgão não se respon-sabiliza pela relação funcional entre aempresa prestadora de serviço e seusfuncionários, principalmente na questãosilarial

/ )7 mialgumas das sugestões apresentadaspor Cabrera na reunião de ontemcom Collor e outros ministros. "Como FGTS, vamos abrir opção para queele possa construir uma casa ou com-prar pedaço de terra no seu local deorigem", planeja Cabrera.

Outras medidas serão adotadasneste plano de reforma agrária dogoverno, como a emancipação de 170projetos de assentamento, que estãohá cerca de oito anos nas mãos doIncra. Hoje, existem 638 projetos nes-sa situação. "Isso é uma herança queo governo recebeu e que temos queresolver. Tem projeto que já foi titu-lado, mas não tem casa, escola, postode saúde. Temos que levar a infra-es-trutura", afirmou.

Segundo ele, por esse fato o presi-dente Collor assinou na semana pas-sada decreto possibilitando a aquisi-ção dessas terras. "Nós estamosfazendo ainda um levantamento das

terras da União disse. Segundo oministro, além dos 1,22 milhão dehectares prontos para serem desapro-priados existe 1,4 milhão ainda tra-mitando no Incra. A idéia é que ogoverno adquira esse 1,22 milhão deterras com TDA (Título da DividaAgrária) em estados como Goiás,Maranhão, Mato Grosso, Piauí e Ba-hia.

? O secretário-executivo da Asso-ciação Brasileira de Reforma

Agrária, Plínio de Morais, afirmouontem que não espera que haja refor-ma agrária no governo Collor. "Exis-tem 1,4 milhão de famílias para seremassentadas. No governo Sarney não seatingiu nem 1,6% de assentamentos enão temos esperança de que haja refor-ma agrária nesse governo", disse Pli-nio na CPI da Agricultura da Câmarados Deputados. "Não há reformaagrária porque não existe até hoje ne-nhum plano nacional da reforma agrá-ria, previsto no artigo 188 da Consti-tuição", disse.

VERMELHA

O Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia doEstado do Rio de Janeiro — CREA-RJ, no sentido de elucidar asociedade quanto a controvérsias na construção da LINHA VERME-LHA, vem esclarecer ao público em geral que, ao realizar a sua 2afiscalização na obra, constatou que persistem três empresas semregistro ou visto neste Conselho, a saber: Supermix Concreto SA,TVA Engenharia Ltda. e Meta Brasil Engenharia de Constru-ções Ltda.

Verificou-se também que outras 22 (vinte e duas) empresas encon-tram-se em situação irregular perante este Conselho.

O CREA-RJ informa, ainda, que as empresas recalcitrantes foramnotificadas e autuadas, estando sujeitas às sanções legais.

A DIRETORIA

BANCO CENTRAL DO BRASIL

AVISOCONCURSO PÚBLICO TBC-89/01

CARGO DE TÉCNICO DO BANCO CENTRAL0 Banco Central do Brasil comunica que o Edital de Convocação de candidatos para participarem da 2' etapa do Concurso Publicopara o cargo de Técnico do Banco Central, nas praças de Belém. Brasília. Porto Alegre. Rio de Janeiro. Salvador e São Paulo, foipublicado no Diário Oficial da União do dia 30.10.91.Maiores informações a respeito poderão ser obtidas nas Delegacias Regionais ou. em Brasília, no Departamento deDesenvolvimento Interno (DESEN). DIRETORIA DE ADMINISTRAÇÃODEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO INTERNO

IA Lm J\ TELECOMUNICAÇÕES//A ' S\ AERONÁUTICAS SA

AVISO DE EDITALTOMADA DE PREÇOS N? 014/91

Governodo Brasil

A TASA - TELECOMUNICAÇÕES AERONAUTICAS S/A, localizada noAeroporto Internacional do Rio de Janeiro, Terminal de Carga Aérea,2? andar - Ilha do Governador - Rio de Janeiro/RJ, torna público que farárealizar a seguinte Licitação.

• OBJETO: 1.1 • Construção de um Prédio para abrigar as instalaçõesda Sede do GTA e obras civis complementares em, Bom Jesus da Lapa,Bahia- BA, confprme estabelecido na pastade especificações do Edital.

- INFORMAÇÕES: 2.1 - As firmas interessadas poderão obter informa-ções e esclarecimentos sobre este Edital na Divisão de Procura e Com-pras daTASA, localizada no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro • RJ,hangar II, sala 418, Ilha do Governador, Tel.: 383-7239 ou na SUREG-RF,Av. Recife, S/N?, Ibura - Recife - PE, CEP: 51041, Tel.: 339-5917, até o dia 11de novembro de 1991, nos dias úteis, das 08:30 às 16:00 horas. 2.2 - O Editalcompleto poderá ser lido e adquirido nos endereços acima, até o dia05 de novembro de 1991, pelo preço de CrS 15.000,00 (quinze micruzeiros), recolhidos à Tesouraria da TASA, na Sede ou na Sureg-RF,não reembolsáveis.

Ministério da Educação

Universidade Federal de ViçosaEDITAL

Vestibular/92

Encontram-se abertas, até o dia 22 de novembro, as inscriçõespara o Vestibular/92 da Universidade Federal de Viçosa, que ofere-ce os seguintes cursos de graduação, com o respectivo número devagas: Administração (50). Agronomia (210). Arquitetura e Urba-nismo (20). Biologia (25). Ciências Econômicas (50). Cooper,ttivismo (30). Direito (50). Economia Doméstica (50). EducacãoFísica (50). Engenharia Agrícola (40). Engenharia Civil (40). Ènganharia Agrimensura (40). Engenharia de Alimentos (45). Engonharia Florestal (80). Física (25). Informática (30). Letras Secretariado Executivo (20). Letras (40). Matemática (25). MedicinaVeterinária (40). Nutrição (30). Pedagogia (50). Química (25).Tecnólogo em Laticínios (30) e Zootécnica (50) As inscricõespoderão ser feitas em gualquer agência dos correios e os interessados em informações complementares poderão obtè Ias pelos telefones (031 ) 899-21 37 em Viçosa. (031) 227-5233 em Belo Horizonte e (061) 225-2605 em Brasília.

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A hora da verdade

O país aguarda a reforma tributária anunciada pelo governo federal.Nós, produtores de cana, açúcar e álcool do Nordeste, esperamos que

o setor não seja mais uma vez preterido. Neste momento decisivo,algumas verdades precisam ser ditas.

1

450 mil empregos

correm perigo no

Nordeste

5

Há pouco, o Brasil se mobilizou parapreservar 1.200 empregos na área maisrica do país. Uma mobilização justa eoportuna. Como explicar, então, a omissãodiante da ameaça concreta que paira sobreos 450 mil trabalhadores da agroindústriacanavieira e suas famílias, no Nordeste?

São, na maioria, trabalhadores não qua-lificados, que no momento não têm outraopção. Com a perda de seus empregosmigrarão para os grandes centros, engros-sando a vaga de violência e desajuste so-ciai que já atormenta as principais cidadesdo país.

O Presidente conhece

a dimensão do

problemaExiste muito preconceito, muita meia-

verdade, muita exceção transformada emregra e, especialmente, muito emociona-lismo baseado em desinformação quandose trata da produção nordestina de cana. OPresidente Fernando Collor, no entanto,conhece o problema de perto e sabe dasua gravidade. Temos confiança em quenão ficará indiferente a um problema tãograve e corrigirá as distorções que tantosprejuízos têm causado ao Nordeste e suagente.

2

A crise é gravee real

6

Nos últimos quatro anos o Nordestereduziu em 30% sua produção de cana.Isto representou 100 mil empregos a me-nos. É como se fossem desativadas 25fábricas produtoras de açúcar e álcool. Acrise, que já devastou outros setores pro-dutivos da região, ameaça a própria sobre-vivência da atividade sucro-alcooleira doNordeste. Este perigo é reconhecido porórgãos insuspeitos, como o Tribunal deContas da União, a Câmara dos Depu-tados e o próprio Governo Federal. Ê umdado real: se providências não forem ado-tadas, a cana-de-açúcar também será ris-cada do mapa.

Produzimos alimento

barato para o povoA agroindústria canavieira do Nordeste

é um empreendimento de alto nível tecno-lógico, voltado para a produção de ali-mento barato, combustível renovável enão poluente. Está muito longe, portanto,de constituir uma atividade elitista ou su-pérflua. Abastecemos a população com oalimento energético mais barato, cujo pre-ço sofre, aliás, um persistente aviltamento.

7

Respeitamos as

conquistas do

trabalhador

3

Taxa de equalização

não é subsídio

O que os produtores do Nordeste rei-vindicam do Governo é o pagamento dataxa de equalização, atrasada há quasedois anos. É bom esclarecer que esta taxanão é subsídio, ou seja, não onera oscofres públicos. Ela é cobrada sobre oaçúcar vendido em todo o país e compen-sa a diferença de custo entre a cana doCentro-Sul e do Nordeste.

Mais da metade dos trabalhadores bra-sileiros não tem sequer carteira assinada.Muitos ganham menos que o salário mini-mo. Nosso setor respeita integralmente alegislação trabalhista e as demais con-quistas sociais. Nossa atividade tem, hoje,o maior nível de sindicalizaçáo rural dopaís, o segundo maior entre todos os seto-res da economia. E temos conduzido todasas negociações trabalhistas em clima derespeito mútuo, buscando sempre o en-tendimento.

4

O açúcar nordestino

é dos mais baratos

do mundoOs produtores de cana, açúcar e álcool

do Nordeste ocupam o quarto lugar emeficiência entre as 58 maiores regiões pro-dutoras do mundo. Nosso açúcar só não émais barato que o produzido no Centro-Sul do Brasil, na África do Sul e na Aus-trália — por muito pouco. Não consegui-mos produzir cana ao mesmo preço doCentro-Sul porque nossas condições desolo e clima são menos favoráveis. Daí anecessidade de equalização, como acon-tece em vários outros setores da econo-mia. No transporte urbano de massa, porexemplo.

8

É preciso coragem e

grandeza

Reagimos, desse modo, ao cerco dopreconceito e reivindicamos o fim daomissão nacional ante problemas que nãosão só nossos: eles flagelam o Nordeste eempobrecem o Brasil.

Temos a coragem de reivindicar clara-mente o que é nosso direito e o encami-nhamento de soluções duradouras para osetor.

E convocamos todos para uma reflexãofinal, com grandeza de espírito:

A economia canavieira do Nordeste nãoé problema para o Brasil. É solução.

Produtores de Cana, Açúcar eÁlcool do Nordeste

Urn cao solitdrio ocupa sala da casu que f'oi dc IJclfim

Mansões entregues às traçasBrasília — Luiz Antonio

Vandalismo em

Brasília destróisímbolo do poder

Francisco GonçalvesCosta

BRASÍLIA — O governo fede-

ral ainda não conseguiu se li-vrar das mansões da Península dosMinistérios, onde moravam os mi-nistros de Estado e que se tornaramsímbolo das mordomias oficiais.Mesmo com toda a propagandaanunciando a venda das casas impo-pulares, passado pouco mais de umano do início do processo licitató-rio, dos 46 imóveis existentes, 12ainda não foram vendidos, dosquais oito já foram entregues à Cai-xa Econômica Federal, que estácoordenando a venda.

Dos imóveis entregues à Caixa,dois enfrentam problemas burocrá-ticos para liberação e dois estão subjudice. Foram vendidas 35 mansões,mas uma delas foi devolvida pelocomprador, o Unibanco, que desis-tiu do negócio e a caução foi repas-sada aos cofres do governo. AUnião arrecadou nas primeiras ven-das quase CrS 10 bilhões em valoresatualizados.

Abandonadas, as mansões estão

localizadas numa das regiões maisvalorizadas da capital e já sofremcom ação de vândalos. As suntuo-sas casas que foram freqüentadaspelas mais importantes autoridadesdo país nem de longe lembram osáureos tempos em que a mordomiafederal financiava festas e jantares.Favorecidos pelo desinteresse tanto

do governo como dos novos pro-prietários, visitantes desconhecidosaproveitaram a falta de segurança eroubaram louças de banheiro e atémesmo instalações elétricas. A Se-cretaria de Administração Federalexplicou que a vigilância dos imó-veis ficou a cargo dos comprado-res.

6 ? Io caderno ? quinta-feira. 31/10/91 Ecologia JORNAL DO BRASIL

Informe JB

Os títulos da dívida brasileira no mercado secundário

foram negociados ontem por 23 centavos de dólar.

Se o,investidor quisesse levar papéis da Jamaica teria

que desembolsar 50 centavos de dólar. Para ter os do

México, pagaria 67 centavos, e os do Chile, 90 centavos.Os títulos da dívida da Polônia eram encontrados a 24

centavos de dólar.O Brasil não era o lanlerninha: perdia para os papéis

de Cuba, emitidos por Fidel Castro, cotados a 8 centavosde dólar, n

Í.;(-ík?ís v'r ¦—' , .Investidores estrangeiros e principalmente brasileiros

começaram a comprar papéis do Brasil porque acham queo país ficou barato demais lá fora.

MadrugandoO presidente Collor con-

vocou a equipe econômicapara unia reunião às 7h dehoje.

Pauta oficial: reformatributária.

CasernaOs ministros militares

também foram convocadospelo presidente.

A audiência será às lOh.

Leque amploO secretário de Política

Econômica. Roberto Mace-do. anuncia que o ajuste fis-cal será mais amplo do que seimagina.

Não se esgota no projetoque o governo enviará ama-nhã ao Congresso. Abrangeprivatização, renegociação dadivida, administração do or-çamento...Céu azul

Roberto Macedo não secansa de repetir a imagem deque o país é um avião.

Segundo ele, a tranqüili-dade da equipe econômica édecorrência da certeza de queestá manejando os instru-mentos de vôo na direçãocorreta.

E termina com um avisoaos passageiros:— No panic!Sugestões

O deputado José Serra(PSDB-SP) sugere três saídasde curto prazo para o gover-no tranqüilizar o mercado.

Emitir títulos pós-fixa-dos, eliminar os impostos queincidem sobre os juros (10F,PIS e Finsocial) e lançar títu-los com correção cambial —o que é diferente de dolariza-ção, segundo Serra.

DesconfiançaO governador de São

Paulo desistiu de oferecer umplano econômico alternativoao presidente Collor.

A grande arteO ex-ministro Maílson

da Nóbrega não gostou quese lhe acrescentasse aos títu-los acadêmicos a experiênciade ter levado o país à beira dahiperinllação — embora, aodeixar o governo, a inflaçãoestivesse em quase 80% aomês:

— Consegui manter aeconomia minimamente or-ganizada, apesar da inflação.Demos uma mensagem clarade que a ausência de instru-mentos fazia com que o go-verno tivesse como objetivonão eliminar a inflação, masevitar a desorganização. A

Há indícios de que o di-nheiro baratinho obtido nocrédito rural estaria sendodesviado para a ciranda fi-nanceira.

Prato cheioDo ex-ministro Delfim

Netto, sobre a possibilidadede uma hiperinflação:

— Em cidades como oRio de Janeiro e São Paulohaverá uma crise de abasteci-mento, que poderá gerar atosde canibalismo.

A propósito, o ex-minis-tro pesa mais de lOOkg.

Fora do tiroteioO que faz de tão impor-

tante no outro lado do mun-do, exatamente no Japão, asecretária nacional de Econo-mia, Dorothéa Werneck, nomomento em que os preçoscomeçam a explodir nova-mente?

EntronizaçãoO governador Luiz An-

tônio Fleury pegou, definiti-vãmente, o gosto pela políti-ca.

Ontem, foi até o Largode São Francisco debatercom os estudantes de Direito.Almoçou num restaurantetradicional da região central,o Itamaraty, onde a estudem-lada costuma se reunir, e àtarde voltou ao Palácio Ban-deirantes comemorando o su-cesso da excursão.

Depois de Jânio Qua-dros, que estudou na Facul-dade de Direito, Fleury é oprimeiro governador a apare-cer por lá. Sem vaias.'Pense em mim'

Piadinha ouvida ontem àtarde na Fiesp.

Em Brasília, foi formadamais uma dupla caipira: lta-mar & ltapior.

TermômetroA captação líquida acu-

mulada da caderneta de pou-pança nas 2.150 agências daCaixa Econômica Federalnos dias 28 e 29 — auge dasubida do dólar — foi de Cr$2,6 bilhões.

Um movimento normal,segundo o presidente daCEF, Álvaro Mendonça. Etambém indício de que não semexeu tanto na poupançaquanto se pensa para com-prar dólares.

Sinal dos temposO livro O fenômeno Col-

lor, escrito por professores dauniversidade gaúcha de ljuí,exaltando o modelo adminis-trativo e o pensamento doCVIUU cl UC5VJ1 £aiu/xiyaw. r\ «

srande tarefa foi gerenciar a presidente da Republica, estaüt-v-i 11 /-i 111 ri o r> o r\ na lix/rariíJ nr\

crise.

Olho vivoA ambiciosa safra agrí-

cola esperada pelo presidenteCollor pode se esfarelar.

em liquidação na livraria doSupermercado do Sul, emPorto Alegre.

Baixou de Cr$ 1.200 paraCr$ 725. Mesmo assim, con-tinua encalhado.

LAN CE-LTVTtE

São Paulo conseguiu: baleu Brasília,ontem, cm boalos.

Toda a Mesa Diretora da Câmaracompareceu à sessão da Comissão de Jus-tiça que decidiu pela cassação do depu-tado Jabes Rabelo. A bancada do PDT foia única a ter unanimidade de presença dosseus titulares.

Cerca de dois mil prefeitos e vercado-res de lodo o pais participam, entre osdias 5 a 7 de novembro, em Brasília, damarcha SOS Municípios, com o objetivode retirar do Emendào os artigos quereduzem os recursos das prefeituras.

A diretora Cininha de Paula e a produ-tora F.veli Ficher procuram patrocínio pa-ra a peça infantil Robin Hood. a lenda,com Raul Gazola. Daniela Perez e RenataLaviolla no elenco.e Bilal. vencedor do Grand Pri\ d'An-goulème. e Françoise Boucq. vencedordo prêmio de rádio e televisão de Lu-xcmburgo, sào alguns dos artistas queexpõem a partir de amanhã na BienalInternacional de História cm Quadri-nhos. na Casa França-Brasil. no Rio.

O novo manda-chuva da TVE, WalterClark, atè o final do ano coloca no ar osúltimos programas criados na gestão dtLcleco Barbosa. No esporte, só fica oMesa-Redonda. Acabam: Deles. Delas.Videosom. Canaljazz. Sábado aberto eCiranda.

O preço do quilo da manga Carloti-nha chegou a CrS 1.200, ontem, no Su-permcrcado Zona Sul de Ipanema. Omesmo preço do quilo da maçã argenti-na.

Os meninos de rua que fazem ponto emfrente à Igreja de N. Sra. de Copacabanaestão assaitando os idosos que freqüentamas missas jogando um cobertor sobre eles.

O astrólogo Pedro Tornaghi. a psica-nalista Joana D'Arc Luz Tiago e o larò-logo Domingo Marques falam hoje. ásI3h. no programa Encontro com a Im-prensa, da Rádio JORNAL DO BRA-SIL. sobre o misticismo no Brasil.

Hoje é quinta-feira e Dia das Bruxas.Brrrrrrrr...

Marcelo Pontss, com sucursais

Reparação ecológica é insuficiente

As formas de reparação aos danosambientais de alguns dos maiores paísesdo inundo c a discussão da conversão dadívida externa em investimentos sobre omeio ambiente foram o centro das aten-çôes do último dia da Conferência lnter-nacional de Direito Ambiental, que ter-mina hoje no Hotel Glória.

O acidente na usina nuclear de Clier-nobyl, a maior catástrofe ambiental daúltima década, foi tomado como exem-pio de incongruência entre as leis e suaaplicação. O acidente segundo o diretorde Direito Ambiental da Academia deCiências de Moscou, Oleg Kolbasov,atingiu cinco milhões de pessoas, e as

indenizações são extremamente insatisfa-tórias. já que o ambiente só poderá serreparado em 50 ou cem anos", disse ele.

O presidente da Associação Francesade Direito Ambiental, Gilles Martin, de-tende que não só o estado deveria ser ocontrolador dos danos ambientais, e quemuitas vezes ele é o próprio réu. Eleacredita que devam ser discutidos princí-pios diferentes para a legislação ambien-tal, e que "o meio ambiente não tempreço, mas a degradação tem um custo .Ainda este ano, a Comunidade ComumEuropéia publica o Livro verde, que dis-serta sobre as responsabilidades dos da-

nos ambientais, para a discussão e imiti-cação ilos outros países representantes.

Já o Japão e os EUA encontraramsoluções diferentes para seus problemasambientais. Toyohiro Nomura, proles-sor da Universidade de Gakushin, emTókio, contou que o Japão conta comum fundo de indenização, criado a partirde impostos sobre as empresas poluído-ras. O governo americano criou o super-fund,um fundo próprio para a recupera-ção ambiental, através de impostoscobrados da indústria petroquímica parasuprir as possíveis faltas de outros res-ponsáveis pelos crimes ambientais. Estefundo, como explicou Nicholas Yost, da

Comissão Permanente de Defesa Am-biental dos LUA, ja conta com USS Sbilhões, contribuindo para a despoluiçãoe recuperação de (ò áreas degradadas.Segundo ele, muito pouco perto dos USS30 bilhões que deveriam ser aplicadospara a recuperação de tini total de 1.200áreas degradadas.

|—| No Brasil, o lixo radiológico— é mais perigoso que o nu-

clear, e a fiscalização nos labora-tórios é insuficiente, adverte a ju-rista belga Marie Sancy, que falahoje durante a Conferência de Di-reito Ambiental.

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06/11 FUNDAMENTOS DO MARKETINGCULTURALCândido José Mendes de Almeida (Diretordo Centro Cultural Cândido Mendes)

11(11 0 MUSEU E A CIDADE DO RIODE JANEIROMarcos Lontra Costa (Coordenador Geraldo MAM)

13/11 INCENTIVOS FISCAIS PARA ACULTURAJoào Míujricio de Araújo Pinho(Advogado Tributarista)

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20/11 MARKETING CULTURAL • BANCONACIONALCarlos Alberto Pousa (Gerente deRelações Públicas do Banco Nacional)

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25111 PROJETOS EDITORIAISMarcos da Veiga Pereira (Diretor daEditora Salamandra)27/11 MARKETING CULTURAL • SHELLJoào Madeira (Gerenle de ComunicaçãoSocial da Shell)02/12 CENTROS CULTURAISMárcio Calvào (Coordenador Geral dúFundição Progresso)04/12 PUBLICIDADE E PROMOÇÃOCULTURALRoberto Medina (Presidente da Artplan)09/12 ESPETÁCULOS MUSICAIS

Luís Oscar Niemeyer (Mills J4 NiemeyerPromoções Lida.)10/12 NEGOCIAÇÃO DO PROJETO

CULTURALYacott Sarkovas (Diretor da ArteculturaMarketing e Empreendimentos)11/12 POLÍTICA CULTURAL NOVASPERSPECTIVAS

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©JORNAL DO BRASIL S A 1991

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JORNAL DO BRASIL Ciência quinta-feira, 31/10/91 u 1" caderno ?' 7

Gruta nos EUA Japão garante patente

tem marca humana / .

com 35 mil anos de engenharia genetica

Galileu pode

sobrevoar

asteróide Ida em 1993

toronio — A marca de umamão impressa em barro, encontradaem uma caverna do Novo México,pode recuar em 23 mil anos a chega-da do homem às América. Testes comelementos radioativos indicam que amarca foi feita há 35 mil anos, o quemudaria a teoria aceita pelos norte-a-mericanos, de que a América come-çou a ser povoada há 12 mil anos."Tudo que vi me convence de quea marca é humana" diz o antropólo-go canadense Janshed Navalhala, es-pecializado em estudos da pele. Al-guns cientistas argumentam que amarca pode ter sido féita por algumprimata, como o orangotango ou ogorila. Todavia, ampliações fotográ-ficas da marca mostram poros muitosemelhantes aos da pele humana.

O pesquisador Don Chrisman, dauniversidade de Yale, que lidera aspesquisas, disse que novos estudosterão que ser feitos antes que a marcapossa ser considerada humana. Mas épossível, diz Chrisman, que os sereshumanos tenham cruzado o estreitode Bhering há 35 mil anos, chegandoà América vindos da Ásia. Naquelaépoca o gelo cobria o mar, permitin-do a passagem dos povos nômades.

A marca foi descoberta duranteuma escavação arqueológica entre osmeses de janeiro e maio, dentro deuma antiga caverna perto da cidadede Orogrande, no estado norte-ame-ricano de Novo México. "O homemera o único primata habitando aquelaregião naquela cpoca" garante o an-tropólogo Howard Savage, da uni-versidade de Toronto. A caverna emOrogrande apresenta vestígios muitobem preservados, incluindo ossos decavalos e camelos já extintos. A con-firmação da descoberta apoiaria asteses da arqueóloga brasileira NiedeGuidon, que afirma ter descobertovestígios da presença humana noPiauí, há 49 mil anos.

v„ |—| Depois de 4.000 anos en-— terrado sob o gelo o Homotirolenses, o cadáver mumifica-do encontrado em setembro nosAlpes, começa uma nova vidano mundo da publicidade. Amúmia já está ilustrando umanúncio de roupas interiores pa-ra o inverno. "Sobreviver é tu-do", diz o letreiro de outroanúncio, de calças compridas,ao lado de uma foto da múmia.Também já apareceram camise-tas com a foto da múmia estam-pada junto aos dizeres: "Sou

tiroiês...há quatro mil anos".Essas camisetas provavelmenteserão usadas por militantes deum movimento que quer a auto-nomia do Tiro do Sul.N

Fim da greveil ODepois de 30 dias em greve, os

funcionários do Instituto Nacional dePesquisas Espaciais (INPE), do Cen-tro Técnico Aeroespacial (CTA) e doInstituto Tecnológico da Aeronáutica(ITA), em São José dos Campos, São

í Paulo, voltaram a trabalhar ontem.Esta foi a primeira vez que os trêsmais importantes institutos voltadospara a pesquisa e desenvolvimento

l aeroespacial do país fizeram greve.No entender dos sindicatos envolvi-dos, o saldo da paralização foi umganho real de salário para todos os

*" pesquisadores destes institutos.v Ariane

Um foguete Ariane colocou ems órbita o satélite de comunicações In-ij telsat 6-F1. Foi o 47° lançamento da

série de foguetes construída por umconsórcio de firmas européias. O In-telsat 6 vai retransmitir sinais de tele-visão, telefonia e dados entre as re-giões do Atlântico Norte e Sul.Quatro satélites desse tipo já foram

: lançados, mas o terceiro entrou emórbita baixa devido a uma falha do

í foguete americano Titã. O Ariane éum foguete descartável de três seg-mentos e combustível líquido, lança-do da base de Kourou, na Guiana

í Francesa.' Cegonha

Ginecologistas, obstetras e enfer-meiros de bases militares americanasestão se preparando .para enfrentaruma invasão de recém-nascidos semprecendentes, pelo menos desde aguerra da Coréia. "Pós-guerra é tem-

; po de boom de bebês", comentou,resignado, o tenente-coronel EdwinShoonover, médico do hospital deFort Campbell, no estado de Ken-tucky. A "chuva" de nascimentos vaiacontecer nos próximos meses. Estãosendo esperados 325 bebês só no mêsde janeiro, quando a média habitualnessa época do ano é de apenas130. Seiscentos bebês estão sendo es-perados até abril em Fort Stewart, naGeórgia. O boom se deve ao retornodos soldados que lutaram durante afomenta do Deserto, depois de umano e meio nos desertos árabes. Nãoé preciso muitos cálculos para se con-cluir a proximidade do boom. oitomeses depois do retorno.

TÓQUIO — A corte do distrito deOsaka proibiu uma empresa japonesa defabricar e vender no país um remédiocontra ataque cardíaco patenteado pelaGenentech Inc. sediada nos Estados Uni-dos. O remédio comercializado pela Toyo-bo Co. é muito parecido estruturalmentecom o da Genentech, distribuído no Ja-pão. A corte ordenou também que a To-yobo destrua seus estoques de T-PA. oremédio em questão. A T-PA é uma drogaproduzida por engenharia genética."É uma iniciativa muito boa para odesenvolvimento mundial da biotecnolo-gia", disse Díck Goodown, presidente daAssociação Industrial de Biotecnologiados Estados Unidos. "Se esse tratamento

justo for dispensado a outros casos seme-lhantes, significará que, pelo menos noJapão, existe um mínimo de respeito emrelação às patentes", afirmou o porta-voz da Genentech, Jack Murphy. O re-médio fabricado pela Toyobo tem trêsaminoácidos a mais que o da Genen-tech, comercializado nos Estados Uni-dos desde 1987.

Mas Taisuke Fudo, executivo da To-yobo. garantiu que sua empresa não vaiacatar a decisão da corte. "Vamos apelarimediatamente", falou. Esta foi a primei-ra vez que uma corte japonesa decide afavor de uma companhia estrangeiranum processo envolvendo biotecnologia.

França indeniza

5 mil infectados

e/n transfusõesO governo da França concordou,em

indenizar entre 4.500 e 5.000 franceses queforam contaminados com o vírus da Aidsatravés de transfusões de sangue, anunciouontem o Ministério das Finanças da Fran-ça. O ministério divulgou nota explicandoque o governo francês entrou em acordocom as companhias seguradoras, de modoa não ter limites de gastos para cobrir asindenizações. O valores das indenizaçõesainda não foram calculados. A medidacobre o período entre 1980 e 1989. Aindenizações vão incluir as famílias dasvitimas. Associações de hemofílicos disse-ram que 200 pessoas morreram de Aids ede hepatite que contaminavam o sanguerecebido pelas vítimas.

PASADENA — Depois de sobrevoaro asteróide Gaspra, na noite de terça-feira,a sonda espacial Galileu está pronta paraperseguir outro pequeno planeta. Ida, quedeve atingir em 28 de agosto de 1993.Antes disso, a espaçonave passará pelaTerra, em dezembro de 1992, para trans-mitir os dados e as 150 fotografias obtidasno encontro desta semana.

A confirmação do encontro com Gas-pra chegou à Terra com um atraso de 23minutos. Foi esse o tempo que os sinais derádio levaram para cruzar os 410 milhõesde quilômetros que separam o asteróidedo nosso planeta. Descoberto por um as-trónomo ucraniano em 1916, Gaspra temforma de batata e aproximadamente 19

•quilômetros de largura. De còr cinza aver-melhada. o pequeno corpo celeste é ricoem ferro e níquel. : i. 1

Ida é um minimundo semelhante, des-coberto pelos astrônomos em 1884. Quán-do sobrevoá-lo, em 1993, á Galileu estaráa caminho do planeta Júpjter e só poderátransmitir as fotos se sua antena principalestiver funcionando. A antena parabólicada Galileu ficou emperrada, em abril c aNasa continua tentando abri-la.

Uma nova tentativa para fazer funcio-nar a antena será feita em dezembro. Se astentativas fracassarem as informações so-bre Ida estarão perdidas assim como amaioria das observações de Júpiter. >

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Canoa Furada

O pânico nunca foi bom conselheiro. Que odigam os pequenos investidores que acorre-

ram aos milhares às casas de câmbio do Rio e SãoPaulo atraídos pela onda em torno da alta dodólar e do ouro. Muita gente ingênua sacou dapoupança antes de completar o mês e teve duploprejuízo. Alguns perderam até 30% de um dia parao outro.

Assentada a poeira da especulaçao, e hora deos empresários, economistas, políticos e autorida-des da área econômica e do governo mergulharemna realidade. A hiperinflação ainda está longe decontaminar o Brasil, apesar de muita gente boaacreditar que só essa desgraça poderia consertar opaís. Elas consideram os agentes econômicos tãoviciados nas distorções da indexação e, ao mesmotempo, suficientemente imunizados às ações depolítica monetária e fiscal, pacotes ou planos eco-nômicos, que só a hiperinflação faria tudo come-çar do zero.

Como a hipótese não serve á maioria da socie-dado brasileira, convém examinar o fundamentodoN boatos antes que empresários, sindicalistas,políticos, investidores e consumidores embarquemnuma canoa furada. Vale, mais uma vez, recapitu-lar os passos da política econômica oficial e asreações dos agentes às diretrizes gerais de aberturada economia, do fnn das reservas de mercado, deestímulo á concorrência interna, e da redução dapresença do Estado na vida brasileira, através doenxugamento da máquina administrativa e da pri-vatizaçào.

Apesar de alguns percalços, a política econo-mica está na direção correta, para realinhar oBrasil, décimo PIB do mundo, entre as economiasde mercado que praticam a liberdade. Mas o cho-que de liberdade contraria interesses empresariaiscristalizados em décadas de uma economia super-fechada, com alta proteção a cartórios e oligopó-lios. ,

Por isso, a sociedade tem sido bombardeadapor argumentos vários. A maioria defende posi-çòes ultrapassadas. A realidade do mundo interde-pendente, depois da queda do Muro de Berlim e

das barreiras ideológicas, que precedem a própriaremoção das barreiras alfandegárias nos grandesblocos geopolíticos, como a Europa Unida de 93,exige mudanças rápidas para não ficar para trás.

Muitos empresários arregaçam as mangas pa-ra enfrentar os novos desafios da concorrênciacom o produto estrangeiro. Um exemplo disso é odo empresário Paulo Villares, que está promoven-do duro enxugamento na Equipamentos Villares,para tornar o seu poderoso grupo mais eficiente.Os empresários gaúchos, de Santa Catarina e Pa-raná, já encaram a hipótese de uma competiçãoaberta com produtores do Uruguai, Argentina eParaguai, que compõem com o Brasil o núcleoinicial do Mercosul. A redução das alíquotas deimportação cria uma via de mão dupla. Comesforço e criatividade conquista-se o mercado quese abre no Prata.

São Paulo é diferente, o que talvez explique otom elevado das críticas dos empresários que en-traram em bate-boca com o governo. Berço damoderna industrialização, promovida por Jusceli-no Kubitscheck, e protegida excessivamente peloguarda-chuva do Estado nos últimos 30 anos, aindústria paulista prosperou com a conquista cati-va do mercado interno. O guarda-chuva fechadoexpõe os empresários ao sol e à chuva.

O projeto do Brasil grande potência, no perío-do autoritário, gerou o Estado corporativo ondeempresários exerciam grande influência nos planose na gestão econômica dos superburocratas deBrasília, mas se esfumou na falência financeira doEstado, incapaz de suportar tantos subsídios, apóso fim da ajuda externa, na crise da dívida em 82.

Como defendiam os empresários, que seomitiram agora na defesa da privatização daUsiminas, o Estado está cortando gastos e desa-tivando sua participação em empresas. Algunsempresários já perceberam que é inelutável amudança de atitude, e partiram para a reorgani-zação interna de seus grupos, fechando unidadesdeficitárias e procurando associações na buscada economia de escala.

Reflexos do Baile

A Polônia volta a ser o laboratório político doLeste europeu: na eleição legislativa desta

semana, o partido comunista, chamado agoraAliança Democrática de Esquerda, chegou nafrente, embora não tenha ultrapassado mais de13% dos votos. Foi lá mesmo na Polônia que, noinício dos anos 80, um todo-poderoso PartidoComunista se mostrou incapaz de lidar com umasituação de crise, obrigando a URSS a tirar daalgibeira um militar, o general Jaruzelski, paraassumir o poder com mão de ferro.

Era o tempo da ascensão do Solidariedade eseu posterior esmagamento pelos tanques. A cri-se polonesa e a guerrilha afegã demonstraramque a fórmula soviética de poder começava aapresentar as primeiras rachaduras. As greves doSolidariedade prepararam o caminho para o des-moronamento do comunismo no Leste europeu.Eleições sucessivas permitiram a vários paísesescolher seu próprio destino, repudiando ou refi-nando os velhos partidos comunistas que duran-te meio século governaram comodamente de cos-tas voltadas para a História.

È exatamente na Polônia do Solidariedade,depois de um ano de governo de seu antigo líder.Lech Walesa, que o comunismo obteve um resulta-do eleitoral positivo, embora pálido. Esta loi defato a primeira eleição realmente livre e democráti-ca na Polônia. A última eleição para o Parlamento,em 1989. que assinalou uma vitória estrepitosa do

Solidariedade, desenvolveu-se com base num acor-do pré-eleitoral que assegurava basicamente aoscomunistas a maioria relativa.

Tudo isto parece agora pré-história. Os comu-nistas na Polônia não passam de 13% e até oSolidariedade é recordação de um passado glorio-so. Os poloneses hoje se interessam, mais do quepela política, em como sobreviver nas condições deum mercado livre e sem contemplação. Um tantopela conjuntura internacional e outro tanto pelaspróprias contradições internas, o governo está comos cofres vazios, e a terapia de choque aplicadapelo ministério da Economia, com apoio do FMI eespecialistas americanos, para concretizar a passa-gem à economia de mercado, atravessa momentode perigo. A recessão econômica sempre se expri-me em turbulência em épocas eleitorais.

O custo social das reformas feitas em circuns-táncias difíceis é sempre pesado. O descontenta-mento do povo tende a se transformar em voto dedesconfiança nas urnas. Mas esta é a "lógica dademocracia", para usar uma expressão de Walesa.Quem está na oposição usa legitimamente todos osrecursos para chegar ao poder, e quem está nopoder sabe que pode reverter à oposição.

O laboratório polonês, pioneiro em váriosexperimentos, abre de novo as portas para aexperiência da democracia plena — aquela que éo reflexo dos anseios do povo, sem o baile daameaça externa.

República do Deboche

Os que se lembram do sorriso debochado e

arrogante de Robert de Niro no papel de AlCapone, nas cenas do julgamento em Os Intocá-veis, terão uma idéia aproximada do shovv dedescaramento e cinismo encenado anteontem porcinco dos maiores bicheiros cariocas. A farsa sedesenrolou perante deputados federais, integrantesda CPI da Câmara que apura denúncia do promo-tor Rafael Çesário sobre o envolvimento da con-travenção com o tráfico de drogas.

Os famigerados Ailton Guimarães Jorge, oCapitão Guimarães; Aniz Abraão David, o Anísio;Valdemiro Garcia, o Miro; seu lilho Valdemir PaesGarcia, o Maninho e Haroldo Nunes Rodrigues, oHaroldo da Saenz Pena. só faltaram se apresentarcomo filantropos, mecenas, benfeitores sociais ecidadãos acima de qualquer suspeita.

Com a suficiência dos que levam no bolsojuizes, policiais e políticos, afirmaram deslavada-mente que desconhecem traficantes, que o bichonão mantém ligação com a droga, que não hápolíticos metidos com o samba ou com o tráfico,que estão afastados do jogo, que são fazendeiros,homens pacatos e pais de família responsáveis.

Munido de recortes e estatísticas, o CapitãoGuimarães, notório torturador expulso do Exércitopor corrupção, chegou mesmo a pedir a "descon-

travenção" do bicho, ao mesmo tempo em queconvidava o presidente da CPI, deputado EliasMurad (PSDB), a desfilar numa escola de samba.Anísio acusou a imprensa e pediu contas sobre ocaso Jabes Rabelo. Castor de Andrade, CarlinlwsMaracanã, Haroldo Sousa e Silva e Antônio Kalil.o Tureão, nem se deram ao trabalho de compare-cér. Imaginem quantos compareceriam se a reu-nião fosse, como deveria ter sido, em Brasília.

Uma república que permite esse nível de desfa-çatez por parte de mafiosos, suspeitos de assassi-natos e de constituírem a principal linha auxiliar

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Cartas

do narcotráfico no Rio de Janeiro, oferece umtriste exemplo a seus cidadãos decentes. Até aspedras sabem que esses homens de branco, comanéis e colares. que gostam de Aruba e de AtlanticCity. são perigosos. Não porque bancam o jogo,mas porque manipulam amplos setores da polícia,mandam nas prisões, controlam a droga nas fave-Ias, mandam liquidar os que se metem em seuscaminhos escusos.

Eles simbolizam a falência da república, por-que só conseguiram avançar graças a um modeloeconômico excludente. Arrogando-se o papel demediadores entre o povão e o poder político, com-praram o samba e passaram a substituir os poderesdo Estado. Infiltraram-se, primeiro, nas adminis-trações locais, depois no Parlamento, na magistra-tura. na burocracia, nos órgãos de segurança pú-blica, nos meios de comunicação de massa. Seuscamarotes na Passarela do Samba escancaram essapromiscuidade.

Podem, hoje, fingir que não são bicheirosporque investem em imobiliárias, jornais, casasnoturnas e haras. Freqüentam casas noturnas, dãopolpudas gorjetas em restaurantes da moda e ga-rantem a presença de socialites e de notáveis noscasamentos de suas filhas, como dons Corleonestupiniquins.

A mentalidade que instilam é a de que a únicacoisa escrita que vale no Brasil é a lei do bicho, queo crime aqui compensa, que a especulação e aexploração parasitária são os melhores atalhospara o enriquecimento, que a violência é a formamais rápida de garantir a ordem. O promotorRafael Cesário é um homem que não se confor-mou com essa impunidade toda. Passou anos reu-nindo provas do envolvimento dos bicheiros comhomicídios, seqüestros e traficantes. F. dele que osbenfeitores do bicho estão rindo.

Por que privatizar?Nas reportagens Privatização dá

eficiência a empresas e Caraiba subsi-(liava os clientes, do dia 13/10. o sr.Normélio Costa, presidente da Carai-ba Metais, diz que a empresa, nos seisanos em que permaneceu em mãos dogoverno, foi um dos mais rentáveiscartórios brasileiros para seus clientes.Cita ainda que importava concentradode cobre e vendia a preço fixado peloConselho Interministerial de Preçosque, por conseguinte, sofria pressãodos clientes para que houvesse atrasono reajustamento do produto, aeumu-ando prejuízo de USS 100 milhões porano.

Ora, esse tipo de pronunciamentopode ser traduzido como denúncia(...), que a principio pode ser um casode policia, visto que houve malversa-çâo do dinheiro público, ao tempo emque se fomentou a formação de qua-drilhas especializadas em tirar provei-to próprio com prejuízo para o povobrasileiro. Provavelmente parte dessesUSS 100 milhões deve ter sido distri-buída generosamente entre pessoas cu-ja pátria é uma só: o dinheiro. (...)

O que nos deixa extremamentepreocupados é o fato de que boa partedos dirigentes das atuais estatais não émuito diferente dos antigos dirigentesda Caraiba Metais, da mesma formaque algumas pessoas que ocupam car-gos no governo ou têm autoridadeadministrativa em estatais pertenciamao antigo CIP. (...) Acertar seria priva-tizar ou moralizar? Será que o cami-nho não seria resgatar a moralidade?Irineu Renato Gregórk» dc Andrade —>Rio de Janeiro.Avisem ao país

Já que as autoridades não conse-guem evitar os aumentos de preço dosveiculos zero quilômetro praticadospelas montadoras, que lamentavel-mente encontram reforço na políticade vendas das revendedoras, avisem aopais que eu consegui: muito emboratenha amealhado dinheiro suficientepara comprar um veículo zero quilô-metro, que há muito gostaria de ter,deixei de comprar em respeito aosmeus e aos vossos filhos, netos, paren-tes e amigos.

Esse procedimento, em todos osníveis e em todos os itens que com-põem as necessidades do nosso dia-a-dia. impõe-se praticar pelo devido res-peito que cada um de nós merece, bemcomo pela recuperação da já fragiliza-da e comprometida segurança no futú-ro daqueles que mais amamos. Esperoque isso seja muito mais que uma filo-sofia zero quilômetro. Cândido Ferrei-ra da Cunha Lobo — Rio de Janeiro.TST x TRTs

Oportuna a matéria publicada em13/10. sob o título Sentenças divergen-tes irritam sindicalistas. Aqui no Espí-rito Santo, os servidores públicos esta-duais com dissídio coletivo ou outrasações trabalhistas ajuizadas no Tribu-nal Regional do Trabalho, I7'1 Região,estão apreensivos com as futuras deci-sões no Tribunal Superior do Traba-lho, em razão das sistemáticas derro-tas que o TST vem impondo aostrabalhadores públicos, sempre favo-recendo o governo do estado, quandoeste recorre de decisão favorável aosservidores pelo TRT-ES. Até agora, oplacar é de zero para os servidores,que estão levando de goleada. JoséCarlos Moreira da Silva — Vitória.Bom empresário

Adquiri da empresa Baby Indús-tria de Carrocerias, no Rio, um Buggyfabricado no ano passado. Decorridosmais de 12 meses, constatei um defeito,rarissimo, e comuniquei o fato portelefone ao proprietário da indústria.José Augusto Teixeira Soares, que deimediato autorizou seu representanteem Natal u reparar o defeito.

Esse empresário, seguramente,não controla nenhum cartel e nem paf-ticipa de concorrências fraudulentas.Trabalha e garante a boa qualidade doproduto que vende. João Emílio Gal-vão — Natal.

bolo de uma democracia plena, glóriade um povo.

Não resta dúvida de que os mo-narquistas brasileiros advogam emprimeiríssimo lugar a instauração damonarquia, seja como reino ou impó-rio. mas a segunda denominação nosrecorda o imperador Pedro II. injusta-mente deposto por uma quarteladamilitar em 15/11/1889. Brigido

Imjjerio ou reino

Em seu artigo. Cunha Bucno dizque os impérios não mais existem, poiso último era o soviético. Concordoquando se trata de império construídocom anexações de países e regiões, oque não aconteceu com o império lira-sileiro (...)

Louvamos a luta do MovimentoParlamentarista Monárquico, pois elase ergue pela instauração do regime e arestauração da dinastia Orleans e Bra-gança, o que é duplamente favorávelao Brasil. (...) O que falta ao Brasil éum toque imperial, emanado de seupovo, e é o povo que irá coroar nova-mente esta naçào com o sim à monar-quia. Cleber Mauro Soares — Rio deJaneiro.Dinheiro do Brasil

Está na moda depreciar tudo que ébrasileiro, mas a matéria que o cader-no Negócios de 20< 10 publicou, sob otítulo l'm dinheiro qtie vale pouco, foiexageradametue superficial e impreci-sa. A começar pelas legenda destaca-das: "Maior nota do pais, a ser lança-da em dezembro, não comprará sequeruma geladeira" (mesmo nos países deinflação baixa, a maior nota não com-pra tal objeto); "Essa cédula (de 50 milréis) vale até USS 1.5 milhão" (afirma-tíva que é um absurdo). Além disso, acriação da nota de Cr$ 50 mil. com aefígie de Cascudo, não foi autorizadaem setembro de 90, mas quase um anodepois, conforme li no próprio JB.Roberto \V. Emcrich — Nova Friburgo(RJ).Forças Armadas

Desejo cumprimentar o jornalistaMárcio Moreira Alves pelas sensatascolocações feitas no artigo G-7 e asForças Armadas, publicado na ediçãode 23/10. A maneira equilibrada comque o articulista enfoca os problemas,hoje tratados de maneira pouco pa-triótica nesse nosso Brasil, merece sercolocada na sua importante dimensão,como contribuição isenta para o escla-recimento de pessoas que andam opi-nando e agindo sob o influxo de meraspredisposições simpáticas c nervosas,sem o objetivo conhecimento do as-sunto. Capitão-de-mar-e-guerra Afrâ-nio de Paiva Moreira — Rio de Janei-ro.Sevilha 92

Ao ler a nota 11a coluna Zózimo de5/10. afirmando que o Brasil foi oprimeiro país a iniciar as obras em seuestande, fiquei estarrecido. Na verda-de, as autoridades do Itamarati nego-ciaram com a ocupação de um terrenocom excelente localização, para cons-trução de um pavilhão com aproxima-damente 6.000m- de área construídapara representar o Brasil. (...) Brjgjdo

atividades que demonstrava que. ape-sai de o prazo ser curto, ainda seriapossível realizar o concurso e iniciar asobras antes do prazo-limite.

O concurso foi realizado e surgi-ram excelentes trabalhos. (...) O sr.Olavo Monteiro de Carvalho tambémestava participando das principais reu-niòos 110 Ministério das Relações Exte-riores. nas decisões de organização daconstrução do pavilhão. Não sei porquais motivos as autoridades brasilei-ras não decidiram a tempo, e por de-curso de prazo nós. brasileiros, perde-mos um dos melhores lugares daexposição.

Alguns alegam que o pais não ti-nha condições de investir USS 6 mi-Ihòes na construção do pavilhão. Ora.isso é um absurdo, pois com apenas 30empresas poderíamos obter um patro-cinio com cotas de USS 200 mil cada.o que representaria quase nada emtermos de marketing para uma empre-sa de grande porte. Francisco Nioac deSalles — Rio de Janeiro.

Sob o titulo O perfil da monarquia.o deputado Cunha Bueno aborda demaneira fria e objetiva o artigo publi-cado em 21 10. sobre a instauração damonarquia no nosso pais. Pessoalmen-te. sou favorável á denominação Im-peno do Brasil, devido ás dimensõesterritoriais do pais. E não se trata deuma instauração, mas de uma restau-ração do que se perdeu nestes 102anos: da dienidade como nação, sim-

Em janeiro de 91. o Itamarati or-ganizou concurso, com o 1AB. entrearquitetos brasileiros, para escolha doprojeto do pavilhão. Nesta época oprazo-limite para o inicio das obrasera muito curto, março ou abril de 91O Itamarati havia convocado diversasempresas com experiência no exteriorParticipei elaborando cronograma de

Casta privilegiadaNa edição do JB de 11/10. sob o

título acima, encontrei a longa cartaem que Márcia Teixeira se estende emconsiderações sobre a vida funcionaldos funcionários do Banco do Brasil eoutros, classificando-os de marajás eparasitas da nação, com citações inve-rídicas e maldosas.

Na persuasão de que analisa cor-retamente as atividades dessa tão in-justiçada classe, demonstra claramenteinveja por a ela não pertencer. Nãocalha bem a quem escreve com ódiocitando fatos de sua imaginação, jáque desconhece a matéria que auda-ciosamente se atreve a relatar. A missi-vista é digna de compaixão. Escreveutanto para dizer tolices. Clóvis CoutoCastello Branco — Rio de Janeiro.Assinaturas

Em julho deste ano apareceu emminha casa um jovem vendendo assi-naturas das revistas da Editora Globo,entre elas. Maric Claire. da qual souleitora desde o primeiro número. Paraajudar o jovem, fiz. a assinatura, dandoum cheque pré-datado de CrS 13 mil.Ficou acertado que em 5 de agostoreceberia o exemplar do mês e o ehe-que seria descontado. O cheque real-mente foi depositado, mas esperei até20 de agosto (a revista aperece nasbancas lodo dia 5) e liguei reclaman-do. usando o meu número de ClienteGlobo. Em setembro, a mesma coisa,mas nada da revista. No inicio de ou-tubro. a explicação: o meu CEP nãoeslava certo. En) 1510 recebi (só nestepaís) o número de agosto. Minha casanão é depósito de revistas velhas. Seráque é mais um conto do vigário? Esteeu não conhecia. Alda Braz Carneiro— Rio de Janeiro.

?Em 28/6/91, firmei contraio de as-

sinatura com a Editora Globo (11"1815042) para receber 12 edições darevista Maric Claire. pagando CrS5.780,00 de entrada, restando duasprestações de igual valor. Em 30 8 91,já tendo pago a segunda parcela, nãohavia recebido um exemplar sequer,apesar das reclamações. Em 30 9 91.data do pagamento da última parcelaresolvi não pagar, pois ainda não recebera a revista. O cúmulo do absurdoaconteceu em 30<9 91. quando, emmais um contato com o Serviço deAtendimento da Globo, reconheceramo erro e disseram para eu ir ao escritorio pessoalmente apanhar os númerosatrasados. Patrícia Fonseca de Kauff-mann — Rio de Janeiro.

?Fiz assinatura da revista AIoda

Moldes, da Editora Globo, com contrato n" 206392. em 8 3 90. para rece-ber 12 edições. Só recebi até agora seleexemplares, mesmo assim reclamandomuito. Acredito que ficarei no prejuizo. neste Brasil de impunidades. Arminda Godoy Teixeira da Costa — Riode Janeiro.

?Em fevereiro deste ano. cometi

ingenuidade de fazer assinatura dasrevistas Criativa e Querida, da EditoraGlobo. Depois de muito tempo, recebium fichário. quebrado. Quanto ás revistas, já cansei de tanlo reclamarreceber os números sempre com doisou três meses de atraso. Soliciteidevolução do dinheiro, mas preferiramcontinuar me enrolando. Neide GChedid — Brasília.

As carias serão selecionada» para publico-çõo no lodo ou em parte entre as quetiverem assinatura, nome completo o tegi-vel e endereço que confirmaçãoprévia.

JORNAL DO BRASIL Opinião quinta-feira, 31/10/91 n Io caderno n 9

Emergências médicas

Pedro Valente *

Antes de conseguirmos atingir

o objetivo da regionalização eda distritalização sanitária 110 esta-do e no município do Rio de Janei-ro, respectivamente, a idéia, 110 mo-mento, é racionalizar e uniresforços para um melhor atendi-mento conjunto c integrado sob co-mando único na rede hospitalar,lnamps, estado e municípios defi-riíndo as referências e caracteristi-cas de seus hospitais e integran-do os seus serviços. Umcompletando o outro em estreitacolaboração. Assim teremos defini-dos os perfis das unidades de emer-gência e ordenaremos a remoçãodos pacientes, quer domiciliar ou davia pública, para o hospital maisadequado e com vaga.

Para isto contaremos com a ex-periência e os dados estatísticos doGrupo de Socorro de Emergênciados Bombeiros, que possui comple-to levantamento do tipo e das possi-bílidades de admissão de pacientesde emergência cm todos os nossosprincipais hospitais públicos.

, Antes da adoção deste sistemade ambulâncias intensivistas doCorpo de Bombeiros, implantadoem. 1986 pelo governador Brizola,serviço de que já dispunha a maio-ria dos países de Primeiro Mundo(a primeira equipe brasileira foitreinada na Alemanha) havia umapremência urgentíssima de levar opaciente grave ao primeiro hospital.Isto formou uma arraigada culturano nosso meio médico e na comuni-dade em geral, impedindo que aidéia tão óbvia da setorização, co-mum nos centros mais avançados,tenha sido posta em prática até hojena maior rede pública hospitalar daAmérica Latina, que é a do Rio deJaneiro.

Aquele serviço móvel de salva-mento médico executado pelos sol-dados do fogo conseguiu provarque é possível, utilizando modernatecnologia e disciplina, viabilizar aescolha do hospital mais adequadopara a vítima, com o tempo sobcontrole e em excelente nível de se-gurança.

Quanto aos demais meios quetambém transportam pacientes deemergência: ambulâncias dos hospi-tais públicos e do setor privado.

viaturas de polícia, dc particulares eos táxis continuarão, dependendodo caso, a transportar para o hospi-tal mais próximo, mesmo porquetodos os hospitais públicos perma-necerão prestando os primeiros so-corros indistintamente de suas espe-cializações, sem perderem seucaráter de hospitais gerais. Toda-via, dentro do possível, os pacientesserão conduzidos ao hospital maisbem aparelhado e disponível para aresolutividade naquele momento.

A setorização, isto é, a reorgani-zação e a racionalização da distri-buição de tarefas segundo o fortedas emergências de cada unidadeserá bem definida e certamente tbráampla cobertura da mídia, a^simcorno há que se desenvolver aíco-municação telefônica e computado-rizada dos hospitais entre si le asambulâncias do Corpo de Bom-beiros. Este serviço (GSE) contahoje apenas com o rádio para co-municação através de sua central deoperações. É fundamental que ve-nham a dispor também de telefonescelulares que permitirão a interco-municação direta com os hospitais edemais serviços públicos afins.

Os hospitais não serão mais co-nhecidos e procurados apenas pelonome e endereço e sim pela suavocação e disponibilidades. Com is-to evitaremos os riscos e os sofri-mentos provocados pelo périplo depacientes, por diversas unidades an-tes de encontrar o socorro possível eadequado.

Por outro lado, medidas comple-mentares de reforço dos recursoshumanos necessários ao preenchi-mento das enormes lacunas existen-tes estão sendo tomadas pela con-tratação de concursados no Estadoe o planejamento de novo concursopor parte da Prefeitura do Rio deJaneiro, assim como a reforma e oreaparelhamento dos principaishospitais municipais e estaduais pe-lo "Programa Pró-Saúde" do go-verno federal, que também estáconstruindo dois novos hospitaisgerais de 170 leitos cada um, emSaracuruna e Queimados, na Baixa-da Fluminense, o que por certo, aoatender as carências daquela injusti-çada região, desafogará em grandeparte os estressados setores deemergência da capital.

* Secretário de Saúde do Estado do Rio deJaneiro

O Orçamento do Rio

César Maia *

Uma palavra

contra a loucura

Roberto Paulo Çezar dcAndrade *

a i>od Zeus vult perilerc, priusdementai já diziam os roma-

nos: aqueles a quem Zeus quer des-truir, antes enlouquece. O Brasil es-tá sob a maldição do Olimpo. Bastaler os jornais e conversar com ho-mens representativos das liderançasempresariais e políticas para sentira onda de insensatez que se alastra ese aprofunda de forma assustadora.Brasília e São Paulo são focos anti-téticos e ressonantes dessa onda.Entre o planalto cívico e o planaltoempresarial cria-se uma relação demútua e crescente desconfiança ehostilidade.

As acusações mais infundadas,assim como os boatos mais absur-dos, são repassados e reconfirma-dos, como se verdades comprova-das fossem — por pessoas cujacredibilidade deveria ser inatacável.Em conseqüência, a Nação vivemomentos de tensão, angústia e so-bressalto, agravando, muito alémdo necessário, o sofrimento de mi-Ihões de brasileiros submetidos àpressão constante de uma inflaçãoconfiscatória e de incerteza totalquanto ao futuro.

Há quem descreva o momentocomo de "queda de braço" entre oGoverno e o empresariado. É des-criçâo simplista: na queda de braço,quem perde sofre apenas a humi-lhaçào da derrota e quem vence saiincólume. A disputa atual é diferen-te. Mais se assemelha a uma brigade navalha em quarto escuro: nin-guém vê o alvo, golpeia-se ás cegas— os ferimentos são profundos e osangue jorra abundante, camufladopelas trevas. Nada se lucra. Só aanemia crescente do país, na medi-da em que as artérias sangram e asamputações são irreparáveis.

íi o destroçamento sem glória:em vez do torneio de campeões, abriga de malandros, sórdida e pos-sivelmenté fatal. É preciso acendera lu/. Jogar água fria, parar parapensar.

Já não falemos da Pátria — apalavra e o conceito parecem con-denados á obsolescência em nossasociedade cada vez mais aética,cónsúmista e internacionalizada.Falemos de nós mesmos: não deempresários, políticos ou operários,mas de pessoas: homens, mulheres,

pais, mães. filhos, avós e netos. Nósque em conjunto somos a comuni-dade do país.

Não é possível que continuemosa permitir que se brinque com fogoentre barris de pólvora. Que se ad-vogue a hiperinflação como purganecessária para se poder combater ainflação: como a aconselhar a acen-der fósforos para ver se há gasolinano tanque...

Não será a "intífada" paulista

que fará o governo recuar de suasposições. Já não por teimosia, masporque não há para onde recuar.Sabemos por experiência própriaque os choques e congelamentossão crescentemente ineficazes e sóadiam por prazos cada vez maiscurtos os surtos cada vez mais for-tes da crise.

Se o choque não vier, os queperderão de imediato por teremapostado nele, são muitos e podero-sos. Os que perdem irremediável-mente, se ele vier, seremos nós to-dos.

Ao combater o choque e aoapoiar o governo em seu esforçopara evitá-lo não estaremos apoian-do o Presidente, enquanto político epessoa com cujas idéias e posturaspodemos ou não concordar. Estare-mos. sim, tornando viável o nossopresente — pois já não se trata maisde considerar o futuro.

Cabe ao Governo, por seu lado,manter-se firme numa estratégiaque permita a solução definitiva denossos males econômicos e não ce-der às tentações de soluções mági-cas, quer pela troca de pessoas (nãohá gerente milagroso que substituauma política correta), quer pela im-plementação de planos de aigibeira(basta lembrar o "tiro certeiro" deontem). Cabe a ele também ao pro-curar o consenso construtivo, saberdistinguir o joio do trigo, buscarcom humildade aliados e conselhei-ros na sociedade civil para poder seproteger contra os inimigos verda-deiros e os críticos empedernidos.

Só uma aliança do bom sensocom serenidade, determinação e hu-mildade, pode arrostar com sucessoa borrasca. É preciso enfrentar oOlimpo: não permitir que, ensande-cidos. percamos todos. Do contra-rio. não haverá vencedores nemvencidos: apenas cento c cinqüentamilhões de vítimas.

* Advogado e empresário

Embora seja excessivo repetir, o Or-

çamento é uma lei através da qual arepresentação política da sociedade deci-de acerca do gasto público, da forma definanciá-lo e das prioridades a serem ob-servadas pelo Poder Executivo. É nestesentido uma lei que controla o PoderExecutivo, prevenindo qualquer abuso.A história dos parlamentos começa poresta necessidade: controlar e coibir o ar-bítrio do Executivo.

O espaço do Orçamento no Brasil éestabelecido pela Constituição Federalem seu Título VI, Capítulo II, e repetidoliteralmente pelas Constituições esta-duais. Mesmo que para alguns possa pa-rccer necessário mudar ou aperfeiçoareste texto, até lá nos cabe cumprir o queali está estabelecido.

No momento em que os meios decomunicação vocalizam o clamor da so-ciedade contra manipulações no Orça-mento da União, é básico que atençãosemelhante seja dada aos Orçamentosestaduais e municipais, muitas vezes fon-tes de distorções maiores. Cumpre, por-tanto, analisar com o mesmo cuidado oOrçamento para 1992 que o governo doestado do Rio de Janeiro apresentou àAssembléia Legislativa.

No projeto de lei do Orçamento doestado, se observam duas importantissi-mas distorções: uma de ordem jurídica eoutra de ordem política. Na primeira seatenta contra a legislação vigente. Nasegunda, o uso das autorizações previs-tas na lei torna o Orçamento inócuo,tudo permitindo ao Poder Executivo.

Comecemos pela questão de ordemlegal. O parágrafo 5o do artigo 165 daConstituição Federal determina que a leiorçamentária anual compreenderá o or-çamento fiscal referente aos poderes daUnião, seus fundos, órgãos e entidadesda administração direta e indireta, inclu-sive as suas fundações, o orçamento deinvestimento das empresas em que aUnião, direta ou indiretamente, detenhaa maioria do capital social com direito avoto e o orçamento da seguridade social.Uma leitura superficial do texto do orça-mento fiscal poderia levar os não inicia-dos. ou os espertamente iniciados, a ima-ginar que, como se refere também aoorçamento da administração indireta, oorçamento completo das empresas esta-tais ai deveria estar incluído. Isto não éassim. O parágrafo Io do artigo 173 daConstituição Federal dispõe que: "/( em-presa pública e a sociedade de economiamista e outras entidades que explorematividade econômica sujeitam-se ao regimejurídico próprio das empresas privadas,inclusive legislações trabalhistas e tributa-rias." Portanto, ao contrário do âmbitode gestão centralizada, onde se aplicamas regras da administração financeirapública, nas empresas estatais se aplicam

regras legais privadas. Por exemplo: en-quanto a questão trabalhista, inclusiveremuneratória, dos servidores públicos édefinida em leis próprias, conforme pre-vê o artigo 37 da Constituição, os traba-lhadores das empresas estatais se regempela legislação do setor privado, inclusi-ve não estando afetos ao regime da esta-bilidade e da aposentadoria, próprio dosservidores públicos. Outro exemplo: oinciso VI do artigo 150 impede a cobran-ça de tributos entre a União, os estados emunicípios. O mesmo não se aplica àsempresas estatais.

Por isto tudo, e tendo em vista anecessidade de controle da sociedade, aConstituição Federal criou o Orçamentode Investimento das Estatais, a fim deque as prioridades da ação básica dasestatais fossem definidas em lei. No en-tanto, por motivos de ordem legal, nãopôde incluir todo o orçamento das esta-tais na Lei de Orçamento. Assim, alémdo investimento, ele só pode incluir astransferências do Tesouro que subsidiamas empresas estatais. Portanto, o Orça-mento da União não contempla o con-junto das receitas e despesas da Petro-brás, da Embratel, da Telebrás, daCSN...: só os seus investimentos. Nãopor vontade, mas porque a lei proíbe. Senão fosse assim, para que um inciso naConstituição sobre o Investimento dasEstatais? Este estaria abrangido pelo or-çamento fiscal para toda a administraçãoindireta.

Pois bem! O governo do estado, in-terpretando de forma abusiva e esperta aabrangência do inciso 1 do parágrafo 5odo artigo 165, incluiu no orçamento fis-cal do estado, pela totalidade, as receitase despesas das empresas estatais, sejampúblicas ou sociedades de economia mis-ta. Isto está explícito no texto da lei noquadro de despesas por órgãos, constan-te do artigo 4" da lei, 110 quadro anexo dapágina 33. e nos anexos específicos.

A ilegalidade de tal inclusão terá des-dobramentos graves, como a não valida-de do orçamento aprovado e a inocuida-de das receitas e despesas lançadas: oLegislativo estará controlando fumaça.Para se ter uma idéia disto, basta compa-rar a valores constantes — por exemplo,em dólares — o efetivamente realizadoem 1990 e o orçado para 1992. As recei-tas correntes "saltariam" de 3 para maisde 6 bilhões de dólares. As despesas depessoal "cresceriam" de 1,5 para 2,8 bi-Ihões de dólares. E o endividamento de300 milhões em 1990 seria "multiplica-do" por 4. Artificialmente, as despesascom a função saúde e saneamento sai-riam de 430 milhões para mais de 1,5bilhão de dólares.

Por que o governo do estado, contan-do com a Procuradoria competente quetem, estaria cometendo tal ilegalidade? Aresposta nos ajudará a compreender osegundo ponto citado no início: o graude arbitrariedade política contida na Lei

do Orçamento. Para melhor comprcen-são, dever-se-ia ler com atenção a SeçãoIII da Lei de Orçamento do estado, e emespecial o seu aitigo 6U. Ele diz textual-mente: "Fica o Poder Executivo autoriza-do a abri; créditos suplementares com afinalidadi de atendei insuficiência nas do-loções ort, intentaria; até o limite de 30%do total de despesa fixada nesta lei." Ve-jamos agoia o mesmo dispositivo 110 Or-çamento da União e,comparemos o al-cance de ambos. f. o artigo 6° doCapitulo III, que também trata da Auto-rização para a Abertura de Créditos: "ko Poder Executivo autorizado a abrir crê-ditos suplementares, com a finalidade deatender insuficiências nas dotações orça-memórias para cada subprojeto ou subati-vidade, até o limite de 30% de seu valor,mediante a utilização de recursos:...b) daanulação parcial de dotações orçamentá-rias ou créditos adicionais autorizados porlei, desde que não ultrapassem o equiva-lente a 30% do valor do subprojeto ousuba ti vidade objeto da anulação."

A diferença é completa. O governodo estado quer autorização para cancelaraté 30% de todo o Orçamento, ou 30%de 7,7 bilhões de dólares, ou seja. 2,2bilhões de dólares, para suplementar, co-mo quiser e onde desejar, qualquer dota-çào orçamentária. Enquanto isso, a Leide Orçamento da União limita a 30% dovalor de cada dotação a nível de subpro-jeto ou subatividade a possibilidade de ogoverno federal mexer 110 orçamento,tanto para subtrair quanto para suple-mentar recursos.

Agora fica mais visível o objetivo dogoverno do estado ao incluir as empresasestatais no Orçamento: inchar o Orça-mento. Com isto e com a autorizaçãocontida no artigo 6° da Lei de Orçamen-to, ele poderá fazer o que quiser com osrecursos disponíveis, em 1992. Poderágastar a mais quanto desejar em qual-quer programa, projeto ou atividade, po-derá se endividar à vontade. O Orçamen-to se tornará peça tão flexível quantoinócua. A Assembléia Legislativa nãoestará na verdade aprovando nada. Sim-plesmente estará assinando um chequeem branco.

Aqueles que imaginavam que tama-nha extravagância legal tinha como obje-tivo exercer um maior controle sobre asestatais se enganaram. O objetivo é queninguém exerça qualquer controle sobreo governo. A aprovar o Orçamento as-sim como está, é melhor que a Assem-bléia Legislativa feche, por inutilidade.

Por coincidência ou não, o falo é queem 1992 teremos eleições municipais.Não será uma boa combinação esta: elei-ções e arbítrio sobre os recursos públi-COS.

Como o Orçamento ainda está emdiscussão, aguardemos as correções.

' Economista e deputado federal (PMDB-RJ)

Quem com golpe fere...

Eduardo Mascarenhas *

O Senado aprovou, por folgadamaioria, a antecipação do plebis-cito sobre o Parlamentarismo. O Vice-

Presidente Itamar Franco, até agora emreverente silêncio, resolveu falar; e sepronunciou contra o projeto de privati-zação da Usiminas - ponto de honra detoda a filosofia do governo Collor. Che-fes militares, que vinham mantendoexemplar discrição e postura estritamen-te profissional - como convém numa de-mocracia séria a quem detém a força dasarmas - retornaram com aquela mesmaladainha paranóica das fantasmáticasforças nunca nomeadas mas sempre inte-ressadas em desmoralizar as gloriosascorporações militares. Isto, ao invés deresponderem com objetividade às funda-das suspeitas de irregularidades na com-pra de roupas militares. Pior: retornaramcom aquele mesmo tom ameaçador dcrecente memória; e na frente do Presi-dente da República. Como se não bastas-se, parlamentares que subiram nos pa-Ianques exigindo a redemocratização dopais, falam desinibidamente sobre o "im-peachment" como se ele fosse uma saída"natural" para crise dc governo, ao mes-mo tempo que um industrial paulistacom sobrenome de refrigerador esquentasua língua e chama o Presidente de mole-que!

Tudo isto - e muito mais - no prazode 15 dias! E logo nos 15 dias de crisemáxima da atual administração. O tigreque deveria ter sido morto com um únicotiro destila saúde por todas as garras edentes, atingindo patamares de 20% aomês, com direito a crise cambial. A tãoanunciada reforma administrativa atéagora se revela um fiasco, gerando maisdespesas do que economias. Os marajás

da previdência, do legislativo e do judi-ciário parecem ter tanto fôlego quanto o"tigre". Nosso sonho de nos tornar paísde primeiro mundo cada vez parece maisum_ sonho. E a realidade, pesadelo. Osescândalos atingem o próprio leito presi-dencial, enquanto a confiável Zélia, 110seu livro, trai a confiança de seus maisíntimos confidentes. A crise é tanta queatingiu o porão do navio: até aquelaspessoas encarregadas de esculpir durantea campanha a imagem de candidato, uti-üzam agora seus mesmos dotes para de-negrir a imagem presidencial.

O mais grave é o que acontece á bocapequena, fora dos grandes canais de co-municação: "democratas" ditos liberaisou de esquerda sussurram soluções dig-nas da velha UDN golpista. Tudo é mo-tivo para uma visão destrutiva: até adieta presidencial, com a perda de gordu-rosos quilos, recebe escabrosas interpre-tações.

Os parlamentaristas precoces afir-mam, em tom acadêmico, que seus movi-mentos são democraticamente normais.O Congresso - respeitados os ritos - temo direito da antecipação do plebiscito.Um jornalista de São Paulo vai maislonge: tem o direito inclusive de estabele-cer o parlamentarismo já! Tudo. na maisperfeita ordem democrática...

Ainda nessa linha "legalista" os che-fes militares têm o direito de, como mi-nistros, se pronunciarem, assim como oVice-Presidente da República. A impren-sa é livre e o "impeachment" é previstomesmo pela Lei.

Fica-me contudo a pergunta: por quetudo isto nestes últimos 15 dias? Por quelogo agora e não naqueles tempos quan-do Collor. no auge do prestígio, exibiaaquela postura de final de noite na TVE,com direito a um piano civicamente

emocionado ao fundo tocando o HinoNacional?

A resposta não me é difícil: este lega-lismo cínico recobre a realidade políticados fatos.

Não votei em Collor. Mas quandovotei para Presidente, votei por um man-dato de cinco anos, em regime presiden-cialista e sem direito à reeleição. Eu e os70 milhões de brasileiros que fomos àsurnas. Foi esta a certeza que nos levou aexercer o voto. Cinco anos. presidencia-listas, este foi o principio fundamental,transparente, de conhecimento universal.Este, portanto, é o único princípio regu-lador de todos os outros princípios. Tu-do o mais é artificio, tecnicalidade, her-metismo jurídico que só servem paraenganar e iludir. Astúcias técnicas, nadamais do que astúcias técnicas.

Sejamos diretos. Antecipar o plebiscitoé desestabilizar o mandato presidencial;representa um perigoso precedente capazde estimular outros. Um Vice-Presidente,em hora de crise, insinuar-se como alter-nativa de poder, também constitui mano-bra suspeita. Assim como pronunciamen-tos militares intempestivos.Particularmente em momentos difíceis,chefes militares devem preservar posturaostensivamente profissional e jamaisameaçadora. O "impeachment" existe, po-rém, nunca, em hipótese nenhuma pararesolver crises institucionais.

Estas são questões de principio. Inego-ciáveis. O governo Collor deverá chegaraté seu último dia de mandato. Essa foi avontade popular expressa nas urnas.

Tudo o mais fere de morte a democra-cia. Tudo o mais é golpe. E golpe nãoadianta. Até porque, quem com golpe fere,com golpe será ferido.

• Psicanalista e deputado federal (PDT-RJ)

Uma cesta de moedas

Maurício Kaufman eSerafim Gandara *

Segundo todas as pesquisas realiza-

das até hoje, houve praticamenteum consenso quanto á necessidade deprivatização da Usiminas. Um ponto,porém, parece pouco claro para a maio-ria das pessoas interessadas no assunto:por que a cesta de moedas que foramutilizadas no leilão de ações?

Torna-se necessário esclarecer a pro-funda interligação existente entre o preçomínimo de venda e o uso das moedasdestinadas à privatização. O valor eco-nômico de uma empresa é definido uni-versalmente pelo valor presente do fluxode caixa descontado, único parâmetrocoerente e consistente para análises destanatureza.

O valor presente representa o valorreal da empresa que poderá ser pagopelos investidores na suposição de que osgastos e as receitas previsíveis poderãorepor este investimento inicial em umnivel normal de remuneração e riscos

No caso da Usiminas, este fluxo foi pro-jetado inicialmente por 10 anos; em se-guida, foi agregada uma série infinita,com a repetição de ciclos de oito anos.período este definido tecnicamente emfunção da reforma dos altos-fornos.

Para se obter o valor da empresa(VPL — Valor Presente Líquido), des-conta-se o fluxo de caixa projetado comuma alíquota chamada Taxa de Descon-to, que incorpora, além da remuneraçãopretendida pelo investidor, todos os ris-cos inerentes aos cenários da economiamundial, nacional, setorial e da própriaempresa.

A taxa de desconto considerada nasprojeções da Usiminas (14%) foi defini-da. após cuidadosa análise por parte dosconsultores, das taxas utilizadas por ban-cos de investidores europeus, consultoresinternacionais e instituições internado-nais de lomento para o sclor siderúrgico.

No caso do Brasil, esta taxa tende aum patamar mais elevado em função daconsideração de um maior risco da eco-nomia brasileira em relação aos países

industrializados. Nas projeções da Usi-minas, considerou-se, entretanto, umataxa típica de país estável, na suposiçãode que o risco adicional do Brasil seriacompensado pelo risco das própriasmoedas utilizadas na privatização, quepossuem valor real menor que o valor deface. Portanto, o preço mínimo estabele-cido para a venda da Usiminas chegariaa um nível significativamente menor, ca-so fossem usadas moedas mais fortes.

E importante observar ainda que autilização dessas moedas obedece a umadas prioridades da política econômica dopaís e do próprio programa de privatiza-çào (Lei 8.031) no que diz respeito àredução da divida pública. Por outrolado. a utilização de moedas fortes nessemomento de instabilidade econômicarestringiria bastante a participação dospotenciais investidores, inviabilizando oprocesso ou depreciando o valor de aqui-sição da Usiminas.

Diretores da Tecnometal. responsáveis pelaavaliação econômica da Usiminas. no consór-

no coor lenado ppla Consemp

H RELIGIÃO

Queremos

sangue

Dom Murros Barbosa *

Não se assuste o leitor com o

título. Queremos sangue, masnão o seu e de ninguém, porém onosso próprio, a correr em nossasveias, mas devidamente purificado.Pois nessa época, em que se lava atédinheiro sujo, lava-se também, emcompensação, graças às maravilhasda técnica, um sangue impuro como onosso. Não estou usando o "pluralmajestático", pois há três anos meencontro entre os que freqüentam aClínica de Doenças Renais da RuaBarão de Lucena, em Botafogo.

Frei Damião, um padre belga, quese estabeleceu no século passado naIlha de Molokai. depósito de leprososde todo o mundo, numa época em quea doença era tida como incurável, ve-rificou certa manhã, ao lazer a barba,que não sentira na mão a chama davela e começou assim o sermão dedomingo: "Nós, os leprosos..." Tam-bém eu posso falar: "Nós, os doentesrenais". Não como conseqüência deum ato de heroísmo, mas porqueDeus achou conveniente que eu já vádescontando cm vida as minhas fal-tas, a fim de passar menos tempo nopurgatório, que não deixa de ser umahemodiálise espiritual...

Se venho trazer aos leitores meusproblemas dc saúde, é porque sãotambém os de outros, de várias clini-cas do Estado do Rio, que correm orisco de verem interrompido o seutratamento, isto é, a sua vida, se aSecretaria Estadual não lhes repassaras verbas necessárias, destinadas peloMinistério da Saúde aos médicos emédicas, enfermeiros e enfermeiras,auxiliares de enfermagem, e todo umpessoal de apoio. Sem falar nas má-quinas, 11a sua manutenção, nos medi-camentos necessários c numa série dematerial descartável, indispensávelpara o tratamento.

Como pertenço a uma Ordem reli-giosa. cujo lema é "oração e traba-lho", disporia eu de alguns recursospara continuar o tratamento. Tive atéum amigo que me queria mandar, ásua custa, para os Estados Unidos: osaudoso Sérgio Henrique Gregori,que acabou morrendo antes de mim,num acidente de automóvel, no qualviajava com Ana Elisa, como se Deus,conhecendo o amor de ambos, nãolhes quisesse impor o sofrimento deviverem um só dia separados. Aliás,três amigos me ofereceram um de seusrins; mas nenhum médico me falouem transplante e nem eu iria aceitar,aos 76 anos. sem nenhuma missãoespecial a cumprir neste mundo, tãogeneroso sacrifício.

Porém se eu, embora com certadificuldade, poderia enfrentar a situa-çào, este não é o caso da maioria dosmeus colegas de hemodiálise, compos-ta daquela "gente humilde, que dávontade de chorar", segundo Chico cVinícius. Pais e mães de família, jo-vens com longa estrada a percorrerainda, e até crianças. Sim, criancinhasque nos levam a perguntar como oPoeta: "Penas cruéis assim, por que asmerecem, quem mal entrando 11a exis-téncia vinha?" Mas sabemos queDeus é bom e que a doença e a mortenão foram criadas por ele, mas intro-duzidas no mundo pelo homem, quese desviou dos seus planos. Contudo,se por um homem fomos condenadossem culpa nossa, por um outro, of ilho dc Deus feito homem, a quemSão Paulo chama Novo Adão, somossalvos. Abrem-se de novo para nós asportas da Vida Eterna, pois Jesus,ressuscitando, venceu a morte, embo-ra permaneçam ainda, nesta vida, asoutras conseqüências do pecado.

Há pouco tempo publiquei aquium apelo do Padre Lyra. necessitandourgente liberação de verbas para queas famílias de sua paróquia pudessemconstruir, em cada casa, um pequenoreservatório de barro para recolherágua de chuva, indispensável para su-portar a estiagem naquele sertão doPiauí. Tive a grande alegria de ver asolicitação atendida pelo Dr. LafaieteCoutinho, Presidente do Banco doBrasil, não sem dúvida por mim. quenem o conhecia, mas pela realidadedramática exposta pelo Padre: "Que-remos apenas água: água para beber!"Nós agora queremos sangue. Sanguepara viver. E eu pergunto como Rilkç:"Quem, se eu gritasse, me escutaria?"Só que não me dirijo, como ó Poeta, á.hierarquia dos anjos, mas às autorida-des do Governo do Estado.

Certa vez um juiz de Belo Hori-.zonte concedeu liminar a um bairropobre, do qual a Prefeitura cortara aágua, declarando: "Água não se cor-ta . Também dizemos: "Sangue nãose corta". E esta crônica é como amensagem lançada ao mar, dentro dagarrala, pelo náufrago refugiado nu-ma ilha perdida.

NOTA — O Cardeal Dom Eugé-nio Sales convida para uma homena-gem a Jackson de Figueiredo no dia 4de novembro, ás 17:30 no EdifícioJoão Paulo II. Rua Benjamin Cons-tant. 23.

Membro da Academia Brasileira del etras

10 r:i rcaderno 1.1 quinta-feira, 31/10 91 JORNAL DO BRASIL

TEMPO REGISTRO

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Baixada ^ Baixada litorâneaf|umjnQnse MMMM.

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Fonte: DNMET-MARAA

aproximação de uma frente fria no litoral do Sudeste torna instável amassa de ar subtropical, causando aumento de nebulosidade e

rajadas de vento. A rápida elevação da temperatura nos últimos dias,que varia de 15 a 38 graus, favorece a ocorrência de pancadas de chuvase trovoadas isoladas a partir da tarde na Baixada Fluminense, nasregiões serranas, Vale do Paraiba e litoral sul. Os ventos de quadrantenorte passam de fracos a moderados. Nas próximas 48 horas, a previsãoé de céu parcialmente nublado.

nascentepoente

AMÉRICA DO SUL06h08min19h04min

Satélite Goes - 15h

nascente 01h58minpoente 14h43min

amChoia Minguante23/10 a 30/10 30/10 a a 6/11

O HNova Crescente06 a 14/11 14 a 21/11Fonte: Observatório

Nacional

preamar12h58min 0.8m23h45min 0.8m

baixamar05h15min 0.2m17h53min 0.4m

Na orla marítima, lempobom com nóvoa úmida pelamanhã. Céu meio encober-to. Ventos sopram de no-roeste a nordeste, com ve-locidade de 10 a 15 nós.Mar de nordeste com ondasde 1m a 1,5m, em intervalosde 4 a 5 segundos. Visibili-dade de 4 a 10 Kms ao ama-nhecer, passando para 10 a20 Kms durante o dia. Tem-peratura estável.PRAIAS

Angra dos Reis ImprópriaPraia Brava PrópriaGrumari PrópriaRecreio PrópriaBarra PrópriaPepino ProoriaSào Conrado I mprópriaLeblon ImprópriaIpanema PrópriaCopacabana PrópriaLeme PrópriaUrca ImprópriaBotafogo ImprópriaPlameng^ ImprópriaMagò ImprópriaItaipu PrópriaItacoatiara PrópriaMaricá Própriallauna PrópriaJaconè PrópriaAraruama ImprópriaArraial do Cabo PrópriaBúzios PrópriaRio das Ostras PrópriaFonte: Fundaçào Estadual do MeioAmbiente Boletim de 25110191ESTRADAS

Rio - Juiz d« Fora (BR 040)Vários trechos em obras do Km75 ao 93. na serra de Petrópo-lis.em ambos os sentidos.Rio - Santos (BR 101)Meia pista no Km 424, sentidoAngra-Rio.Rio - Campos (BR 101)Obras no acostamento do Km80 ao Km 100, ambos os senti-dos.PraiidanU Outra (BR 118)Obras do Km 219 ao 222, naSerra das Araras. Mâo duplado Km 272 ao 274. Desvio emPenedo, no Km 311.Sarra da Taraaftpolis (BR110)Desvios para obras em váriostrechos, do Km 96 ao Km 100.Magé - Manllha (BR 110)Desvio no Km 12. em Guapimi-rim.Teroaópolis - Friburgo (RJ130)Pista com erosão no Km 19 eno Km 45.Tribobó - Manllha (RJ 104)De pressôos em vários trechos.Itaborai - Friburgo (RJ 110)Trechos da pista em obras esem acostamento, do Km 51 aoKm 63. Meia pista e erosõesnos Kms 252 e 253.TÚNEISRebouças - fechado de 23h às5h. sentido Lagoa-Rio Compri-do.Santa Bárbara - fechado de 23hàs 5h. ambos os sentidosFonta: DNERI DER.

Satélite Goes - 18h

N aregião

Norte,uma con-

centração deyr nebulosidadeprovoca pança-is de chuvas e tro-

voadas em algumasáreas. No litoral do Nor-

deste ainda ocorrem chu-vas isoladas devido à for-mação de nuvens baixas.

Fotos: INPECAPITAIS

Tempo mix min Tempo m&x minPorto Velho nub/chuvas 33 21 Recife nub/chuvas 28 21RioBranco nublado 33 23 Aracaju nub/chuvas 28 22Manaus nublado 32 24 Salvador nub/chuvas 30 23Boa Vista nub/chuvas 33 24 Cuiaba par/nublado 36 25Belem nub/chuvas 32 22 Campo Grande nub/chuvas 35 21Macapa nublado 33 24 Goidnia par/nublado 34 17Palmas nub/chuvas 34 23 Brasilia par/nublado 31 17SaoLuiz par/nublado 32 25 Belo Horizonte nublado 29 19.Teresina par/nublado 32 24 Vit6ria nublado 30 22Fortaleza par/nublado 30 24 Sao Paulo nub/chuvas 29 17Natal par/nublado 29 23 Curitiba nub/chuvas 27 16Jo3o Pessoa nub/chuvas 28 22 Floriandpolis nub/chuvas 28 22Maceib nub/chuvas 28 20 Porto Alegre nub/chuvas 24 20Fonte: DNMET-MARA

C«todo Condi?dc3 max min Cidode Condicdes man minAmstertia claro 07 03 Madri nublado 19 09Atenas nublado 16 13 Mexico par/nub 2! 10Barcelona, claio 19 09 Miami claro .28 «Be£m claro 0/ -01 Montevideo nublado 18 15Bogota nublado 20 10 Moscou nublado 00 -03Biu<elas nublado 12 07 Nova lorquo claro 18 13Buenos Aires chuvas 19 16 Paris chuvas 12 09Chicago chuvas 21 13 Pedum' claro 17 03Genebia pai'nub 09 00 Roma claro 20 13Johanesburgo nublado 28 15 Santiago claio 30 12Lima nublado 22 16 Sao Francisco claro 18 13Lisboa claro 21 12 Sidney par/nut) 28 17Londres nublado 14 11 Toquio nublado 18 15los Angeles claio 21 11 Washington claro 19 08Fonte: Agências Internacionais

Par/nub Nevoa seca durante o dia.Galeao (RJl Par/nub Nevoa umida durante o diaCumbica (SP) Par/nub Possibilidade de chuvasCongonhas (SP) Par/nub. Possibilidade de chuvasViracopos (SP) Par/nub Possibilidade de chuvasConfms (BH) Bom Visibilidade boa.Brasilia _ Bom Visibilidade boaManaus Par/nub Possibilidade de chuvasFortaleza Par/nublado. Visibilidade boa.Recife Par/nublado Visibilidade boa.Salvador _ Par/nublado Visibilidade boa.Curitiba Nublado Chuvas e trovoadas?.?.r.!?.A'.9.9.r.®. Nublado Chuvas e trovoadasFonte: 7asa

Negada: lio pastor anglicano Al-lan Uocsak, ex-líder mundial do Movi-mento das Igrejas Reformadas da Áfricado Sul, a permissão para voltar a la/erpregações. Boesak foi protagonista 110ano passado de um escândalo causadopor um caso extraconjugal, que o levou arenunciar à sua paróquia na Cidade doCabo e aos cargos de moderador daIgreja Holandesa da Missão Reformadae de presidente da Aliança Mundial deIgrejas Reformadas. Depois do escânda-Io, Boesak separou-se de sua mulher ecasou-se com a apresentadora de rádio ctelevisão Elnia Botha.Doado: pelo governo de Moscouao país homenageado com o filme VivaMéxico 49 rolos com 490 minutos deimagens, material original do cineastasoviético Sergei Eisenstein. O autor deEncowaçudo Potemkin e Outubro ficouum ano no México para realizar umfilme sobre a Revolução de 1910. Deacordo com Victor Flores Olca, presiden-te do Conselho Nacional para a Culturae as Artes do México, Eisenstein "reve-lou a plástica, o caráter, a sensibilidade ca intensidade da vida mexicana em suasdiferentes dimensões". A doação dos 70km de filme vinha sendo negociada há 50anos entre os dois países.Homenageado: com aMedalha do Mérito Pedro Ernesto, pelaCâmara Municipal do Rio, o espanholJuan Andres Fcrnandcz Salmcrón, 67anos. Nascido em Villanueva dei Arzo-bispo, 11a região de Andaluzia, Salmeronestá no Brasil desde 1950, é sócio-funda-dor e diretor-gerente da editora Monter-rey, especializada em escritores espa-nhóis e na publicação de autoresbrasileiros 11a Espanha, e subdiretor, no

AFP —6/11/05

Boesak: escândalo conjugai impediu sua volta à igreja

Rio, da Companhia Ibéria Linhas AéreasEspanholas.Nomeado* diretor-cxecutivoda Comissão Pró-Olimpiada 2.000 emBrasília, o presidente da ConfederaçãoBrasileira de Vôlei, Carlos Arthur Nuz-man, que acumula a vice-presidência daFederação Internacional de Voleibol. In-dicado pelo secretário de Desportos,Bernard Rajzman, e com o apoio dodeputado federal Paulo Octávio (PRN-DF), Nuzman assumiu prometendo tra-balhar junto ao Comitê Olímpico Inter-nacional para trazer as Olimpíadas paraBrasília.Morreram: Mario Scclba. 90anos, de trombose, em sua casa, em Ro-ma. Nascido na Sicilia, foi primeiro-mi-nistro da Itália de 1954 a 1955. Um dos

fundadores do Partido Democrata Cris-tão, começou a carreira política comosecretário do padre Luigi Sturzo, funda-dor do pró-católico Partido Popular, lo-go após a Primeira Guerra Mundial. Co-mo ministro do Interior (1947 a 1953),acabou com altos cargos pertencentes aex-comunistas. Uma de suas principaistarefas, como primeiro-ministro do go-verno de coalizão, que juntou social-de-mocratas e liberais, foi resolver em 1954a questão de Trieste, cidade de fronteiraocupada pelos aliados. Sempre críticoaos comunistas, galgou vários postos noPartido Democrata Cristão durante osanos 60. Foi presidente do ParlamentoEuropeu de 1969 a 1971.Solimar de Oliveira, 79 anos, de infartodo miocárdio, em Cachoeira de Itapemi-rim (ES). Jornalista, um dos maiores e

mais populares poetas capixabas, publi-cou seu primeiro livro de poemas. Ilha da,I11:, em 1947. Suas principais obras fo-

. ram An/ora azul (1956), Lamentação deOi/eu (1957) e Paisagem interior e outraspaisagens (Livraria Taurus Editora, Rio,1982). Membro de instituições literáriasno Brasil e no exterior, era filho do poetaLuiz de Oliveira, da Academia Mineirade Letras. Casado com Joaquina de Oli-veira, tinha oito filhos, entre eles o jorna-lista Glauco de Oliveira. Foi sepultadono Cemitério Municipal de Cachoeira deItapemirim.Oskar Wylcr, 71 anos, de insuficiênciarespiratória, em sua casa, em Botafogo.Nascido em Turgóvia, na Suíça, veiopara o Brasil antes da Segunda Guerra,cm 1939. Foi diretor-comercial da Com-panhia Suíça de Impermeabilizamos (Si-ka), onde começou como contador, dú-rante mais de 30 anos. Aposentado,tornou-se tesoureiro da indústria de biju-terias Grasmiick, cm Jacarepaguá. Liga-do à Associação Filantrópica Suíça, e àIgreja Reformada Suíça, era casado comEva Wyler, ex-presidente da Associaçãodas Senhoras Suíças, teve três filhos edois netos. Foi sepultado no Cemitériode São João Batista, em Botafogo.Eduardo Dantas Pinto Guimarães, 37anos, de insuficiência respiratória, naCasa de Saúde São Vicente, 11a Gávea.Carioca, jornalista, era neto de Orlandoc Ondina Dantas, proprietários do Diá-rio de Noticias, extinto em 1978. Nosúltimos anos trabalhou no exterior, emLondres e Nova Iorque, como produtorlo programa TV Brasil — que vendia

programas e shows de música para tele-visões americanas. Foi sepultado no Ce-mitério de São João Batista.

Bandido leva

mulher da

porta da igreja

SÃO PAULO — Carlota GomesBudino foi seqüestrada ontem, entre16h e 16h30, quando esperava seufilho sair da aula dc catecismo, naCongregação Santíssimo Redentor,11a Praça Honório Libero n° 90, regiãodos Jardins. Carlota estava com o car-ro estacionado na porta da igrejaquando um homem aparentando 20anos entrou pela porta cio passageirodo Kadet branco placa MZ-2020. Elea obrigou a dar partida no carro e sair.Chorando muito, o filho de Carlotatelefonou para o pai, José RobertoMusa, que foi imediatamente ao local.Musa é proprietário da Assessoria deTelecomunicações Ltda.

Polícia prende

cabo PM

por seqüestro de mulher

tCarlos Malm

(MISSA DE 7° DIA)Dymphna (esposa), Sandra, Patri-cia, Carlos Áxel (filhos) e netos,convidam parentes e amigos para aMissa de 7® Dia a ser celebradaamanhã, 6- feira, às 18:00h, naIgreja N. S. do Brasil - Urca.

BRASÍLIA — A Polícia Civil pren-deu ontem os dois seqüestradores de Gi-selda Machado da Costa, mulher do em-presário da construção civil WalterEgídio da Costa. O cabo da Polícia Mili-tar Plácido José de Macedo Júnior foipreso no inicio da tarde de ontem nacomunidade de Santo Antônio do Des-coberto, a 40 quilômetros de Brasília.Seu companheiro de seqüestro, José Al-berto de Carvalho, foi preso às 7h emcasa na cidade-satélite de Taguatinga.Com o cabo, a polícia encontrou partedo resgate. Dos CrS 3.5 milhões, foramrecuperados CrS 2,1 milhões e, dos USS10 mil, USS 9,6 mil. A polícia está procu-rando o restante do dinheiro com pes-soas a quem o cabo pagou dívidas.

O diretor-geral da Polícia Civil, Euri-pedes Barbosa, disse que o resgate serádevolvido ao empresário tão logo a poli-cia consiga recuperar toda a quantia. Ocabo deverá ser expulso da Polícia Mili-tar esta semana e entregue à Justiça co-mum para ser julgado. A policia investi-ga a hipótese de o seqüestro ter sidopremeditado, porque José Alberto foifuncionário da distribuidora de bebidasCartola, uma das empresas do marido deGiselda. Plácido José negou que o se-qüestro tenha sido planejado.

Brasília — Jamil Bittar

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-;y <\< JmCabo pagou dívida com resgate

Giselda foi seqüestrada por volta dasI7h de segunda-feira passada, quandoretornava do supermercado. Ela parou ocarro atendendo ao sinal do policial, quedisse ser o carro suspeito de estar envol-vido em um acidente. Depois de rodarempor mais de uma hora, o cabo avisou queela estava sendo seqüestrada.

Banqueiro diz

não ter visto

seus captoresSÃO PAULO — O banqueiro Yer-

chanik Kissajikian, de 66 anos, prestoudepoimento ontem pela manhã, em suaresidência, mas pouco ajudou os policiaisda Delegacia Especializada Anti-Seqües-tro (Deas) que estão procurando pistasdo grupo que o manteve em cativeirodurante 16 dias. De acordo com o dele-gado Jorge Miguel, diretor do Departa-mento de Homicídios e Proteção à Pes-soa (DHPP), ao qual o Deas ésubordinado, o banqueiro chorou muitoe não conseguiu lembrar-se de nenhumdado que possa auxiliar as investigações.

Durante duas horas, os policiais ten-taram obter de Kissajikian alguma pistade quem poderiam ser os seqüestradores,mas todas as tentativas foram, segundoJorge Miguel, totalmente infrutíferas."De nada valeu irmos à casa do banquei-ro, pois ele está traumatizado e garanteque não pode reconhecer nenhum dosseqüestradores", contou o diretor do De-partamento de Homicídios. Kissajikiandisse em seu depoimento que foi levadoencapuzado para o local do cativeiro eque em todos os contatos com os seqües-tradores eles se mantinham com o rostoencoberto. A polícia não perdeu as espe-ranças de conseguir algumas pistas como banqueiro, que deverá ser ouvido no-vãmente na próxima semana.

ANT0NI0 MARIA FERREIRA SARMENTOMISSA 7° DIA

t

Seus familiares, agradecidos pela solidariedade, convidampara a Missa de 7o Dia às 10:30hs do dia 4/11/91. naantiga Catedral, na Rua 1o de Março. Praça XV.

MARCELINA TEIXEIRA GATTO

t

(MARCELA)A família comunica seu falecimento e convida parentes e amigos paraa Missa de 7o Dia, 6a feira, dia 01/11/91, ás 11 hs, na Igreja Sta Ritano Lgo Sta Rita — Centro (Mal. Floriano).

MARIA AUGUSTA RAMOSMãe querida, minha rainha, faz hoje 2 anos que fostes morar numpedacinho do céu junto com meu pai. Minha saudade é imensa e meuamor que é infinito te acompanha, já que levastes contigo muito emuito de mim.

Tua filhaJandyra Ramos

t

NELSON BERALDINELLI DE OLIVEIRAA família agradece as manifestações de pesar e convida para a Missade 7o Dia a ser celebrada hoje. quinta-feira, dia 31 de outubro, ás11:00 horas, na Igreja de N.S. de Bonsucesso. Largo da Misericórdia.

MANOEL DE SOUZA CAMPOS(MISSA DE 7° DIA)

tSeus

irmãos, filhos e netos agradecem asmanifestações de pesar recebidas e convi-dam para a missa que será celebrada dia

31.10.91 (quinta-feira) hoje, às 19 horas naCapela da Igreja da Ressurreição. Rua Francis-co Otaviano, 99 — Copacabana — RJ.

DINAH CORRÊA DA COSTA(7° DIA)

t

Esposo, filha, neta e genro convidam parentes e amigos para-a.Missa de Sétimo Dia que será realizada no dia 1o de novembrorãg^411 horas, na Igreja de São José. na Rua 1 ° de Março — Praça XV.

THEREZINHA LAGROTA REZENDE LOPESCarlos Augusto, Adriana, Carlos Fernando e Maria Helena, esposo,,filhos e irmã comunicam o seu falecimento e convidam para a Missa de7o Dia que será realizada DOMINGO, dia 03/11, às 11:00hs, na Igrejada Santíssima Trindade, á Rua Senador Vergueiro n° 141.t

DR. DAVID J0SE RESENDE

MÉDICO VETERINÁRIO

MISSA DE 7® DIA

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diretoria da Smithkline Beecham—Saúde Animal agradece as mani-festações de pesar pelo falecimentodo médico veterinário Dr. David

José Resende, diretor da nossa empresa,e convida parentes e amigos para a Missade 7o Dia que será celebrada em sufrágiode sua alma, amanhã, às 18:30, na Paró-quia de São Francisco de Paula, na PraçaEuvaldo Lodi, s/n°. Barra da Tijuca.

NILZA DE LACERDA CORRÊA(MISSA DA RESSURREIÇÃO)

Jayme. Angela. Leila e Roberto, Fátima e Jayme. Tatiana. Mareei-Ia. Mirella, Jayme Neto e demais parentes agradecem as manifes-tações de carinho recebidas e convidam para a Missa da Ressur-reição de sua querida esposa, mãe. sogra e avó NILZA no dia 1oNovembro, sexta-feira, ás 19:00 horas, na Capela do ColégioTeresiano (Rua Marquês de São Vicente—n° 331 —Gávea)

fde

CEL. INF. SÉRGIO AUGUSTO

MENDES CORRÊAMISSA DE 7° DIA

t

Ajax Mendes Corrêa. Ajax Augusto. Esmeralda e filhos agradecem asmanifestações de carinho recebidas por ocasião do falecimento do queri-do filho, irmão, cunhado e tio ocorrido em Brasília, e convidam parentes eamigos para a Missa que farão realizar, hoje. dia 31. às 19 horas, na IgrejaSanta Terezinha do Menino Jesus, à Rua Mariz e Barros. 354 — Tijuca.

Avisos Religiosos e FúnebresPara publicação de seu anúncio, mantemos um

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nascente 06h08m i n

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A aproximação de uma frente fria no litoral do Sudeste torna instável amassa de ar subtropical, causando aumento de nebulosidade e

rajadas de vento. A rápida elevação da temperatura nos últimos dias,que varia de 15 a 38 graus, favorece a ocorrência de pancadas de chuvase trovoadas isoladas a partir da tarde na Baixada Fluminense, nasregiões serranas, Vale do Paraíba e litoral sul. Os ventos de quadrantenorte passam de fracos a moderados. Nas próximas 48 horas, a previsãoé de céu parcialmente nublado.

nascente 06h08min Satelite Goes - 15h

nascentepoente

01h58min14h43min

Cheia Minguanto23/10 a 30/10 30/10 a a 6/11

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Nova Crescente06a14/11 14 a 21/11

Fonte: ObservatórioNacionalMARES

preamar12h58min 0.8m23h45min 0.8m

baixamar05h15min 0.2m17h53min 0.4m

A fo-to mos-

tra umafrente fria

deslocando-se do Sul do

país em direçãoao Sudeste. No inte-

rior da região, um cam-!í po de nebulosidade oca-siona pancadas de chuvase trovoadas isoladas.

Satélite Goes - 18h

ONDASNa orla marítima, tempobom com nóvoa úmida pelamanhã. Céu meio encober-to. Ventos sopram de no-roeste a nordeste, com ve-locidade de 10 a 15 nós.Mar de nordeste com ondasde 1m a 1,5m, em intervalosde 4 a 5 segundos. Visibili-dade de 4 a 10 Kms ao ama-nhecer, passando para 10 a20 Kms durante o dia. Tem-peratura estável.

Angra dos Reis ImpropriaPraia Brava PropriaGrumari PropriaRecreio PropriaBarra PropriaPepino ProDriaSaoConrado Improprialeblon ImpropriaIpanema PropriaCopacabana PropriaLeme PropriaUrea ImpropriaBotafogo ImpropriaFlamengo ImpropriaMage Impr6priaItaipu PropriaItacoatiara PropriaMarica PropriaItauna PropriaJacone PropriaAraruama ImpropriaArraial do Cabo PropriaBuzios PrbpriaRio das Ostras PropriaFonto: Fundacao Esladual do MaoAmbienlc Bolctimde25U0/9l

Rio - Jute do Fora (BR 040)VArios trechos em obras do Km75 ao 93. na serra de Petrdpo-I i s .emamboso ssent; d os.Rio-Santos (BR 101)Meia pista no Km 424, sentidoAngra-Rio.Rio - Campos (BR 101)Obras no acostamento do Km80 ao Km 100. ambos os senti-dos.Presidents Dutra (BR 110)Obras do Km 219 ao 222, naSerra das Araras. Mao duplado Km 272 ao 274. Desvio emPenedo. no Km 311.Serra de Teres6polis (BR110)Desvios para obras em v^riostrechos. do Km 96 ao Km 100.Magi - Maniiha (BR 110)Oesvio no Km 12. em Guapimi-rim.Teres6polis - Friburgo (RJ130)Pisla com erosSo no Km 19 eno Km 45.Tribob6 • Maniiha (RJ 104)Depress&es em virios trechos.Itaborai - Friburgo (RJ 110)Trechos da pista em obras esem acostamento. do Km 51 aoKm 63. Meia pista e erosoesnos Kms 252 e 253

/Y'* ' das de chuvas e tro-voadas em algumas

£reas. No litoral do Nor-11I*mP deste ainda ocorrem chu-' vas isoladas devido & for-

mapao de nuvens baixas.Fotos: INPE

CAPITAIS

TÚNEISRebouças - fechado de 23h às5h. sentido Lagoa-Rio Compri-doSanta Barbara - techado de 23hás 5h. ambos os sentir1 is

Tempo m&x min Tempo m&x minPorto Volho nub/chuvas 33 21 Recife nub/chuvas 2B 21Rio Branco nublado 33 23 Aracaju nub/chuvas 22Manaus nublado 32 24 Salvador nub/chuvas 30 23Boa Vista nub/chuvas 33 24 Cuiab^ par/nublado 36 25Belem nub/chuvas 32 22 Campo Grande nub/chuvas 35 21Macapa nublado 33 24 GoiSnia par/nubladoPalmas nub/chuvas 31 23 Brasilia par/nublado 31 17S3o Luiz par/nublado 32 25 Belo Horizonte nublado 29 19Teresina par/nublado 32 24 Vit6ria nublado ^ 30 22Fortaleza par/nublado 30 24 Sao Paulo nub/chuvas ' 29 17Natal par/nublado 29 23 Curitiba nub/chuvas 27_ 16Joao Pessoa nub/chuvas 28 22 Floriantipolis nub/chuvas 28 22Macei6 nub/chuvas 28 20 Porto Alegre nub/chuvas 24 20Fonte: DNMF.T-MARA

Cidade Condkpdes max min Cidade Condicoes max mmAmsterda claro 07 03 Madri nublado 19 09Atenas nublado 16 13 Mexico par/nub 27 10Barcelona claro 19 09 Miami claro .28 24Berlim claro 07 -01 Montevideo nublado 18 15Bogota nublado 20 10 Moscou nublado 00 -03Bruxelas nublado 12 07 Novalorque claro 18 13Buenos Aires chuvas 19 16 Paris chuvas 12 09Chicago chuvas 21 13 Pequim claro 17 03Genebra par/nub 09 00 Roma claro 20 13Johanesburgo nublado 28 15 Santiago claro 30 12Lima nublado 22 16 Sao Francisco claro 18 13Lisboa claro 21 12 Sidney par/nub 28 17Londres nublado 14 11 Toquio nublado 18 15Los Angeles claro 21 11 Washington claro 19 08Fonte: Agências Internacionais

Fonte: DNER' DER

Santos Dumont (RJ) Par/nub. N6voa seca durante o dia.Galeao (R J)_ Par/nub. N6yoa umida durante o diaCumbica (SP) Par/nub. Possibilidade de chuyasCongonhas (SP) Par/nub.Possibi11dadede_chuyasViracopos (SP)_ Par/nub. Possibilidade|de chuvas.Confins (BH) _ Bom. Visibilidade boa.Brasilia Bom. Visibilidade boa.Manaus Par/nub. Possibilidade de chuvas.Fortaleza Par/nublado. Visibilidade boa.Recife Par/nublado. Visibilidade boa.Salvador Par/nublado. Visibilidade boa.Curitiba Nublado Chuvas e trovoadas.Porto Alegre Nu Jado Chuvas e trovoadas.Fonte: Tosa

Negada: no pastor «nglicano Al-km Hocsak, cx-lider mundial do Movi-incuto das Igrejas Reformadas da Áfricado Sul. a permissão para voltar a fazerpregações. Boesak foi protagonista noano passado de um escândalo causadopor um caso extraconjugal. que o levou arenunciar à sua paróquia na Cidade doCabo e aos cargos de moderador daIgreja Holandesa da Missão Reformadae de presidente da Aliança Mundial deIgrejas Reformadas. Depois do eseânda-Io. Boesak separou-se de sua mulher ecasou-se com a apresentadora de rádio etelevisão Elma Botha.Doado: pelo governo de Moscouao país homenageado com o filme VivaMéxico 49 rolos com 490 minutos deimagens, material original do cineastasoviético Sergei Eisenstcin. O autor deEncouraçado Potemkin e Outubro ficouum ano no México para realizar umfilme sobre a Revolução de 1910. Deacordo com Victor Flores Olea, presiden-te do Conselho Nacional para a Culturae as Artes do México, Eisenstcin "reve-lou a plástica, o caráter, a sensibilidade ea intensidade da vida mexicana em suasdiferentes dimensões". A doação dos 70km de filme vinha sendo negociada há 50anos entre os dois países.Homenageado: com aMedalha do Mérito Pedro Ernesto, pelaCâmara Municipal do Rio, o espanholJuan Andres Fernandez Salmerón, 67anos. Nascido em Villanueva dei Arzo-bispo, na região de Andaluzia, Salmeronestá no Brasil desde 1950, é sócio-funda-dor e diretor-gerente da editora Monter-rey, especializada em escritores espa-nhóis e na publicação de autoresbrasileiros na Espanha, e subdiretor, no

AFP —6/11/85

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Boesak: escândalo conjugai impediu sua volta à igreja

Rio, da Companhia Ibéria Linhas AéreasEspanholas.Nomeado: díretor-executivoda Comissão Pró-Olimpíada 2.000 emBrasília, o presidente da ConfederaçãoBrasileira de Vôlei, Carlos Arthur Nuz-man, que acumula a vice-presidência daFederação Internacional de Voleibol. In-dicado pelo secretário de Desportos,Bcrnard Rajzman, e com o apoio dodeputado federal Paulo Octávio (PRN-DF), Nuzman assumiu prometendo tra-balhar junto ao Comitê Olímpico lnter-nacional para trazer as Olimpíadas paraBrasília.Morreram: Mario Scclba, 90anos, de trombose, cm sua casa, em Ro-ma. Nascido na Sicília, foi primeiro-mi-nistro da Itália de 1954 a 1955. Um dos

fundadores do Partido Democrata Cris-tão, começou a carreira política comosecretário do padre Luigi Sturzo, funda-dor do pró-católico Partido Popular, lo-go após a Primeira Guerra Mundial. Co-mo ministro do Interior (1947 a 1953).acabou com altos cargos pertencentes aex-comunistas. Uma de suas principaistarefas, como primeiro-ministro do go-vemo de coalizão, que juntou social-de-mocratase liberais, foi resolver em 1954a questão de Trieste, cidade de fronteiraocupada pelos aliados. Sempre críticoaos comunistas, galgou vários postos noPartido Democrata Cristão durante osanos 60. Foi presidente do ParlamentoEuropeu de 1969 a 1971.Solimar de Oliveira, 79 anos, dc infartodo miocárdio, em Cachoeira de Itapemi-rim (ES). Jornalista, um dos maiores c

mais populares poetas capixabas, publi-cou seu primeiro livro dc poemas. Ilha ihiluz, em 1947. Suas principais obras l'o-

. ram Anfora a:ul (1956), Lamentação deOrfeti (1957) e Paisagem interior e outraspaisagens (Livraria Taurus Editora, Rio,19,S2). Membro de instituições literáriasno Brasil e no exterior, era filho do pòètaLuiz de Oliveira, da Academia Mineirade Letras. Casado com Joaquina de Oli-veira, tinha oito filhos, entre eles o joma-lista Glauco dc Oliveira. Foi sepultadono Cemitério Municipal dc Cachoeira deItapemirim.Oskar Wylcr, 71 anos. de insuficiênciarespiratória, em sua casa. em Botafogo.Nascido em Turgóvia, na Suiça, veiopara o Brasil antes da Segunda Guerra,em 1939. Foi dirctor-comercial da Com-panhia Suíça de lmpermeabilizantes (Si-ka). onde começou como contador, du-rante mais de 30 anos. Aposentado,tornou-se tesoureiro da indústria de biju-terias Grasmiíck, em Jacarepaguá. Liga-do à Associação Filantrópica Suíça, e .áIgreja Reformada Suíça, era casado comEva Wyler, ex-presidente da Associaçãodas Senhoras Suíças, teve três filhos edois netos. Foi sepultado no Cemitériode São João Batista, em Botafogo.Eduardo Dantas Pinto Guimarães, 37anos. de insuficiência respiratória, tiaCasa de Saúde São Vicente, na Gávea.Carioca, jornalista, era neto de Orlandoc Ondina Dantas, proprietários do Dia¦rio de Noticias, extinto em 197K. Nosúltimos anos trabalhou no exterior, emLondres e Nova Iorque, como produtor',o

programa TV Brasil —• que vendiaprogramas e sliows dc música para tele-visões americanas. Foi sepultado no Ce-mitério de São João Batista.

Bandido leva

mulher da

porta da igreja

SÃO PAULO — Carlota GomesBudino foi seqüestrada ontem, entre161i e 16h30, quando esperava seufilho sair da aula dc eatecismo, naCongregação Santíssimo Redentor,na Praça Honório Libero n° 90, regiãodos Jardins. Carlota estava com o car-ro estacionado na porta da igrejaquando um homem aparentando 20anos entrou pela porta do passageirodo Kadet branco placa MZ-2020. Elea obrigou a dar partida no carro e sair.Chorando muito, o filho de Carlotatelefonou para o pai, José RobertoMusa, que foi imediatamente ao local.Musa 6 proprietário da Assessoria deTelecomunicações Ltda.

Polícia prende

cabo PM

por seqüestro de mulherRracllia lamil

tCarlos Malm

(MISSA DE 7° DIA)Dymphna (esposa), Sandra, Patri-cia, Carlos Axel (filhos) e netos,convidam parentes e amigos para aMissa de 7® Dia a ser celebradaamanhã, 65 feira, às 18:00b, naIgreja N. S. do Brasil • Urca.

BRASÍLIA — A Polícia Civil pren-deu ontem os dois seqüestradores de Gi-selda Machado da Costa, mulher do em-presário da construção civil WalterEgídio da Costa. O cabo da Polícia Mili-tar Plácido José de Macedo Júnior foipreso no início da tarde de ontem nacomunidade de Santo Antônio do Des-coberto, a 40 quilômetros de Brasília.Seu companheiro de seqüestro, José Al-berto dc Carvalho, foi preso às 7h emcasa na cidade-satélite de Taguatinga.Com o cabo, a polícia encontrou partedo resgate. Dos CrS 3,5 milhões, foramrecuperados CrS 2,1 milhões e, dos USS10 mil, USS 9,6 mil. A policia está procu-rando o restante do dinheiro com pes-soas a quem o cabo pagou dívidas.

O diretor-geral da Polícia Civil, Eurí-pedes Barbosa, disse que o resgate serádevolvido ao empresário tão logo a poli-cia consiga recuperar toda a quantia. Ocabo deverá ser expulso da Polícia Mili-tar esta semana e entregue à Justiça co-mum para ser julgado. A polícia investi-ga a hipótese de o seqüestro ter sidopremeditado, porque José Alberto foifuncionário da distribuidora de bebidasCartola, uma das empresas do marido deGiselda. Plácido José negou que o se-qüestro tenha sido planejado.

Brasília — Jamil Bittar

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Cabo pagou dívida com resgate

Giselda foi seqüestrada por volta das17h de segunda-feira passada, quandoretornava do supermercado. Ela parou ocarro atendendo ao sinal do policial, quedisse ser o carro suspeito de estar envol-vido em um acidente. Depois de rodarempor mais de uma hora, o cabo avisou queela estava sendo seqüestrada.

Banqueiro diz

não ter visto

seus captoresSÃO PAULO — O banqueiro Yer-

chanik Kissajikian, de 66 anos, prestoudepoimento ontem pela manhã, cm suaresidência, mas pouco ajudou os policiaisda Delegacia Especializada Anti-Seqües-tro (Deas) que estão procurando pistasdo grupo que o manteve em cativeirodurante 16 dias. De acordo com o dele-gado Jorge Miguel, diretor do Departa-mento de Homicídios e Proteção á Pes-soa (DHPP), ao qual o Deas ésubordinado, o banqueiro chorou muitoe não conseguiu lembrar-se de nenhumdado que possa auxiliar as investigações.

Durante duas horas, os policiais ten-taram obter de Kissajikian alguma pistade quem poderiam ser os seqüestradores,mas todas as tentativas foram, segundoJorge Miguel, totalmente infrutíferas."De nada valeu irmos á casa do banquei-ro, pois ele está traumatizado e garanteque não pode reconhecer nenhum dosseqüestradores", contou o diretor do De-partamento de Homicídios. Kissajikiandisse em seu depoimento que foi levadoencapuzado para o local do cativeiro eque em todos os contatos com os seqües-tradores eles se mantinham com o rostoencoberto. A polícia não perdeu as espe-ranças de conseguir algumas pistas como banqueiro, que deverá ser ouvido no-vãmente na próxima semana.

ANT0NI0 MARIA FERREIRA SARMENTOMISSA 7° DIA

t

Seus familiares, agradecidos pela solidariedade, convidampara a Missa de 7o Dia às 10:30hs do dia 4/11/91, naantiga Catedral, na Rua 1 ° de Março, Praça XV.

EDUARDO SIMAO(FALECIMENTO)

Sua família consternada comunica'seu falecimento e informa que o féretroestará a partir das 10:00 hs no Cerríitério de São Francisco Xavier, no Caju.

MARIA AUGUSTA RAMOSMãe querida, minha rainha, faz hoje 2 anos que fostes morar numpedacinho do céu junto com meu pai. Minha saudade é imensa e meuamor que é infinito te acompanha, já que levastes contigo muito emuito de mim.

Tua filhaJandyra Ramos

MARCELINA TEIXEIRA GATTO

f

(MARCELA)A família comunica seu falecimento e convida parentes e amigos paraa Missa de 7o Dia, 6^ feira, dia 01 /11 /91, às 11 hs, na Igreja Sta Ritano Lgo Sta Rita — Centro (Mal. Floriano).

NELSON BERALDINELLI DE OLIVEIRA

f

A família agradece as manifestações de pesar e convida para a Misstr*de Ia Dia a ser celebrada hoje. quinta-feira, dia 31 de ou tubi o."âS""11:00 horas, na Igreja de N.S. de Bonsucessó, Largo da Misericórdia-'

MANOEL DE SOUZA CAMPOS(MISSA DE 7° DIA)

tSeus

irmãos, filhos e netos agradecem asmanifestações de pesar recebidas e convi-dam para a missa que será celebrada dia

31.10.91 (quinta-feira) hoje, às 19 horas naCapela da Igreja da Ressurreição. Rua Francis-co Otaviano, 99 — Copacabana — RJ.

THEREZINHA LAGROTA REZENDE LOPES

f

Carlos Augusto, Adriana, Carlos Fernando e Maria Helena, esposo,filhos e irmã comunicam o seu falecimento e convidam para a Missa deIo Dia que será realizada DOMINGO, dia 03/11, às 11:00hs, na Igrejada Santíssima Trindade, à Rua Senador Vergueiro n" 141.

DR. DAVID J0SE RESENDE

MÉDICO VETERINÁRIO

MISSA DE 7" DIAA diretoria da Smithkline Beecham—Saúde Animal agradece as mani-festações de pesar pelo falecimentodo médico veterinário Dr. David

José Resende, diretor da nossa empresa,e convida parentes e amigos para a Missade 7o Dia que será celebrada em sufrágiode sua alma, amanhã, às 18:30, na Paró-

quia de São Francisco de Paula, na PraçaEuvaldo Lodi, s/n°, Barra da Tijuca.

t

DINAH CORRÊA DA COSTA(7° DIA)

t

Esposo, filha, neta e genro convidam parentes e amigos para aMissa de Sétimo Dia que será realizada no dia 1o de novembro,.às11 horas, na Igreja de São José, na Rua 1 ° de Março — Praça XV.

NILZA DE LACERDA CORRÊA(MiSSA DA RESSURREIÇÃO)

Jayme, Angela. Leila e Roberto. Fátima e Jayme. Tatiana, Mareei-Ia, Mirella, Jayme Neto e demais parentes agradecem as manifes-'tações de carinho recebidas e convidam para a Missa da Ressur-reição de sua querida esposa, mãe, sogra e avó NILZA, no dia 1o

Novembro, sexta-feira, às 19:00 horas, na Capela do Colégio

CEL. INF. SÉRGIO AUGUSTO

MENDES CORRÊA

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MISSA DE 7° DIA

Ajax Mendes Corrêa. Ajax Augusto, Esmeralda e filhos agradecem asmanifestações de carinho recebidas por ocasião do falecimento do queri-do filho, irmão, cunhado e tio ocorrido em Brasília, e convidam parentes eamigos para a Missa que farão realizar, hoje. dia 31. às 19 horas, na IgrejaSanta Terezinha do Menino Jesus, à Rua Mariz e Barros. 354 — Tijuca.-'

Avisos Religiosos e FúnebresPara a publicação de seu anúncio, mantemos um serviço de atendimentodireto pelos telefones:

Após o horário comercial e aos sábados, domingos e feriados: 585-4320 585-4476De 2' à 6' das 0:00 às 18:00 horas: 585-4550/585-4396 JORNAL DO BRASIL

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ao Sudeste. No inte-jjxjjgL; rior da regiao, um cam-jBapl#8 po de nebulosidade oca-

8siona pancadas de chuvase trovoadas isoladas.

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O direito de se matar

causa da inexistência dc lei sobre aquestão no estado de Michigan.

O episódio pôs cm evidência a vo-tação a ser realizada no estado deWashington, no próximo dia 5, sobre aIniciativa 119, que permite aos médicosajudarem no suicídio de pacientes comdoenças fatais mas mentalmente sãos.Se for aprovada, a lei certamente serácopiada em outros estados onde estáavançada a discussão sobre a questão.

Abaixo, os trechos da conversa deKevorkian com as duas mulheres quechocaram os telespectadores america-nos:

Kevorkian: "Estamos aqui paradiscutir o que é chamado de suicídioauxiliado por um médico. Estamosaqui para discutir os desejos deSherry Miller e da senhora MarjorieWantz. Sherry, você já pensou muitosobre isto?"

Sherry: "Sim, já. Pensei sobre istopor um longo tempo, um longo tem-po. Não tenho nenhum receio emrelação à minha decisão... Queromorrer e sei que não há retorno. Estanão é uma decisão tomada da noitepara o dia."

Kevorkian: "Você tem algum me-do?"

Sherry: "Não, não. Nenhum."Kevorkian (para Maijorie): "Você

teve alguma melhora?"Marjorie: "Tem ficado muito

pior. Gostaria de poder ter feito istoum ou dois anos atrás... Tentei car-regar uma arma, mas não sabia co-mo fazer. Quando a gente faz essascoisas sozinho, não sabe o que estáfazendo."

Kevorkian: "Você estava cansadaou apreensiva quando tentou?"

Marjorie: "Não. As pessoas di-zem 'agüente'... Quando você estiverna minha situação, então poderá medizer o que fazer. Até lá, não me digao que fazer."

Gorbachev e Mitterrand

debatem armas e fome

BlARRITZ, França — O presiden-te soviético Mikhail'Gorbachev, a ca-nj.içho de Moscou após participar emMadri da abertura da conferência depai sobre o Oriente Médio, reuniu-secom François Mitterrand na casa deveraneio do presidente francês nos ar-redores de Biarritz, perto da fronteiracom a Espanha.

Além dos problemas do Oriente Mé-dio, os dois lideres falaram sobre asquestões que mais preocupam a UniãoSoviética, como a desintegração do paise a ameaça de escassez de alimentos, esobre assuntos de segurança européia.Segundo fontes do governo francês,Gorbachev sondou Mitterrand sobre apossibilidade de aumentar a ajuda fran-cesa a Moscou, que se prepara paraenfrentar um inverno difícil, com sériosproblemas de desabastecimento. O líderfrancês se disse disposto a contribuirpara que não falte comida na mesa dossoviéticos nos próximos meses.

Outro assunto foi o controle dasarmas nucleares soviéticas, que preocu-pa tanto a Europa como os EstadosUnidos. Com as repúblicas soviéticas

empenhadas em declarar sua indepen-dêneia e soberania, o problema de saberqual delas está controlando os enormesarsenais nucleares soviéticos tem causa-do inquietação no Ocidente. De acordocom as mesma fontes, Gorbachev eMitterrand discutiram a idéia de reali-zar uma conferência dos quatro paísesque têm armas nucleares na Europa:Estados Unidos, URSS, Grã-Bretanhac França. Foi a primeira visita de Gor-bachev á França após o fracassado gol-pe contra seu governo em 19 de agosto.

|—i O presidente russo, Boris Yeltsin,'—' pediu ao Congresso dos Deputados

do Povo da Federação Russa que lhe dêpoderes para baixar decretos e procla-mar a supremacia das leis russas sobreas da União Soviética. Esses poderes,alega, são indispensáveis para reformara república. Apesar de ter tido seu pres-tigio aumentado após o golpe contraMikhail Gorbachev, Yeltsin tem sidoacusado de pouco fazer para reconstruira Rússia, duramente atingida pelo co-lapso das instituições comunistas.

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SEGUNDA A SEXTA

SÁBADO

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'Morte de mulheres

com ajuda médica nosEUA causa polêmica

Teodomiro BragaCorrespondente

WASHINGTON - O debate

sobre o direito dos médicosde ajudar os pacientes cm fase termi-nal a pôr fim a suas vidas recomeçoucom força nos Estados Unidos apósum sinistro vídeo-teipe exibido emtodo o país pela televisão na segunda-' feira. O filme mostra duas mulheresacertando friamente os detalhes desuas mortes com o médico que maistarde ajudou-as a praticar suicídio.Jack Kevorkian, apelidado de Doutor" Morte, é visto no teipe perguntando aMarjorie Wantz, que tinha esclerosemúltipla, e Sherry Miller, que sentiadores intermináveis no corpo, se real-mente queriam morrer. Ambas res-pondem que sim. Mais tarde, seuscorpos foram encontrados numa ca-bine conectada com a máquina de.suicídio inventada por Kevorkian.

"Quero morrer e sei que não háretorno", diz Sherry no teipe, filmadoum dia antes do suicídio. "Gostariade poder ter feito isto um ou dois

„ anos atrás", acrescenta Maijorie logoem seguida. A acalorada controvérsiaprovocada pela participação de Ke-vorkian nas mortes levou o procura-dor da cidade de Oakland (estado deMichigan), Richard Thompson, aprotelar a decisão sobre a abertura ounão de processo contra o médico. Elepreferiu esperar a conclusão das in-

,,.,„vestigações da polícia. No ano passa-on do, um processo instaurado contra

Kevorkian por ajudar uma mulher acometer suicídio foi arquivado por

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EUA aderem a boieote ao Haiti} . . • ••••.. .• :••• ••• • •. : '¦ i '¦¦¦ ^ ¦ .•••••• • •,

O presidente deposto do Haiti, pa- nosos não resistirão mais que dois ou] dre JeaiHíertrairi Aristkte, piwto on^¦t tem em Paris que voltará ao poder em prometeu amstia para todos, menos pa-

uma semana se boovar um^ bloqueio r* os líderes golptóas. Os EUA, prátd-econômico total ao pais: "Se o boicote pai parceiro comercial do Haiti, proibi-

v for respeitado, aqueles militares crirai- ram todas as transações com o pais.,I

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Soldados nas ruas

O presidente do Zaire, coronel Mo-butu Sese Seko, colocou tropas na capi-tal para evitar novos protestos e o líderoposicionista Etienne Tshisekedi, quechegou a ser indicado primeiro-ministro

Te depois foi rejeitado por Mobutu, disseque o diálogo com o ditador acabou.Ontem à tarde, o novo primeiro-ministroMúngul Diaka, chamado de traidor pelaoposição, anunciou os 27 ministros indi-c-ados para o novo governo.

Polônia em crise

A União Democrática, do ex-primei-ro-ministro Tadeusz Mazowiecki, supe-rou os ex-comunistas, mas nenhum par-tido obteve mais de 13% dos votos,devendo fazer no máximo 60 dos 460deputados da Câmara, que terá 29 parti-dos. Os políticos reagiram friamente àproposta do presidente Lech Walesa dese tornar ele próprio primeiro-ministro.Só um governo de união nacional poderádar alguma estabilidade à Polônia.

golpe de agosto, aumenta a pressãopara que seu corpo, exposto em mau-soléu da Praça Vermelha, cm Mos-cou. seja transferido para outro local.

í|—| O corpo embalsamado do fun-'— dador da URSS, Vladimir Lê-

yíiTT^Toi fotografado ontem pela pri-{meira vez em 30 anos. Com o colapso¦do comunismo, após o fracassado

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Shamir foi irredutivel com Bush sobre os territorios

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Madri

EUA adotam

fórmula

mais leve

No seu discurso. Bush preferiu

evitar a fórmula de "terras emtroca da paz", que liavia consagradoem seu discurso de 6 de março, quan-do propôs uma nova ordem mundialdepois da Guerra do Golfo. Essa fór-mula, que é rejeitada pelo governo deYitzhak Shamir, foi substituída poroutra mais leve, a dos "acordos terri-toriais", sugerindo que Israel pode-ria. nas futuras negociações diretascom seus vizinhos árabes, devolvertodos, mas não a totalidade dos terri-tórios ocupados durante a guerra de1967. "A paz é possível", disse Bush."mas será impossível sem justiça, semautodeterminação para o povo pales•tino e sem segurança para Israel."

Durante as negociações bilateraisque deverão ser realizadas entre Síria,Líbano e a delegação jordaniano-pa-lestina com Israel, os árabes exigirãode Shamir a retirada israelense daCisjordãnia, Gaza, Jerusalém Orien-tal (setor árabe) e das colinas de Go-lã. Para fazer justiça e concretizar aautodeterminação dos palestinos quevivem em Gaza e na Cisjordãnia, Is-rael teria que ceder esses territórios.Mas algubs observadores estimamque em nome da segurança israelense,á luz do compromisso sugerido pelodiscurso de Bush. os árabes não po-derão exigir a totalidade desses terri-tórios.

A idéia de um compromisso terri-torial. preferida pelo Partido Traba-Ihista e pelo movimento pacifista is-raelenses — ambos de oposição aShamir —, também não aerada ao

primeiro-ministro israelense, cujo go-verno se nega a qualquer concessãode terras ocupadas nos conflitos comos vizinhos árabes. O vice-ministrodo Exterior de Israel, Benjamin Ne-tanyahu, disse na terça-feira que seupais já devolveu mais de 90% dasterras ocupadas na Guerra dos SeisDias, em 1967, insinuando que nãopretende abrir mão da Cisjordãnia,Gaza e Golã. O vice-ministro se refe-ria aos mais de 50 mil quilômetrosquadrados da península do Sinai, quefoi devolvida ao Egito depois do tra-tado de paz assinado pelos dois paísesem 1979.

Ontem, depois do discurso deBush, o porta-voz da delegação síria,Zuhair Yenam, afirmou que não ha-verá paz sem a retirada israelense dascolinas de Golã, território sirio ocu-pado na guerra de 1967. Sobre o pe-dido de Bush para que tanto árabesquanto israelenses demonstrem flexi-bilidade em suas posições. Yenam foidireto: "Somos nós que temos nossosterritórios ocupados. Não somos nósque temos de ceder. Nossa oferta épaz por territorios e a Síria não estádisposta a aceitar uma retirada par-ciai israelense."

O porta-voz disse também que aSíria não está disposta a aceitar quese vincule a retirada israelense da lo-na de segurança criada por Israel nosul do Líbano com sua própria retiiu-da desse pais. "Fomos chamados pe-Io governo de Beirute e iremos embo-ra quando ele nos pedir", afirmou.Yenam reiterou que toda negociação

deve basear-se nas resoluções 242 e338 da ONU, que exigem a devoluçãodas áreas ocupadas por Israel naGuerra dos Seis Dias.

Fase bilateral

enfrenta impasseA parte substantiva da conferência so-

bre o Oriente Médio — com as negocia-ções diretas e sucessivas entre Israel e asdelegações libanesa, sina e jordaniano-pa-lestina — ainda estava ontem em risco,deixando preocupado o secretário de Esta-do americano, James Baker. Enquantoprosseguiam intensas negociações sobre olocal e a data para o início desses entendi-mentos — ou confrontos —, Baker frisouque os Estados Unidos não aceitarão quealguma das partes envolvidas se eximadeste compromisso essencial."Esperamos — os Estados Unidos e aUnião Soviética — que as partes nãotentem impor condições. O verdadeiroteste [do sucesso da conferência] viráquando as partes negociarem bilateral-mente. O convite enviado a todas aspartes, graças ao qual estão aqui cmMadri, pede a realização de negociaçõesbilaterais quatro dias depois da aberturada conferência. Esperamos vivamentecumprir este prazo."

A Síria, com apoio soviético, querque os encontros bilaterais se dêem cmMadri; Israel pretende promovê-los emlugar ainda não especificado do OrienteMédio — o que provavelmente implica-ria o desejo de levar lideres árabes aterritório israelense.

Baker frisou que o fato de o presiden-te Bush não ter mencionado em seu dis-curso de abertura qualquer exigência auma das partes — em especial a de queIsrael deixe as terras árabes ocupadaspara ser por sua vez deixado em paz —não significa que os Estados Unidos te-nham recuado de alguma maneira ouabrandado sua posição. "Há muitas coi-sas que representam a posição dos Esta-dos Unidos que não precisavam ser ex-postas no discurso", disse Baker. "Jáexpusemos claramente a todas as partesquais são nossas posições."

Baker falou aos jornalistas depois dese encontrar com o dirigente palestinoFaiçal al Husseini, militante de Jerusa-lém oriental que lidera na realidade adelegação palestina embora não partici-pe diretamente por objeção de Israel.

Animosidades em cena

Tensão e pompamarcam aberturado encontro

Com amplos sorrisos, trajes oci-

dentais ou túnicas árabes, osdelegados chegaram ao Palácio Realde Madri numa procissão rápida ebem preparada. A abertura da confe-rência foi pomposa e bastante tensa,já que não foi possível deixar total-mente de lado a animosidade quereina entre árabes e israelenses há 43anos. À medida em que avançavampara a sala de reunião, os delegadosse dividiam em grupos previsíveis: osisraelenses com seus amigos egípciose os libaneses de um lado, e seusinimigos sírios, jordanianos e palesti-nos do outro.

Ninguém esperava que antigosadversários se abraçassem. Nesse sen-tido. não houve surpresas. Houvepouca confraternização entre árabese israelenses e a atmosfera não foiespecialmente agradável, mas tam-bém não foi agressiva. O primeiro-ministro israelense Yitzhak Shamirostentava um largo sorriso quandodescia uma escada com uma guardade honra formada por soldados comchapéus de três pontas que levavamfuzis. Também parecia animado okuwaitiano Abdulah Bishara, repre-sentante do Conselho de Cooperaçãodo Golfo, que vestia um turbantebranco com túnica dourada.

Na sala de conferências, israelen-ses, americanos e egípcios animadasconversas, numa cena que parecia re-fletir a solidez do tratado de paz assi-nado há 12 anos entre Egito e Israel,que segundo o presidente americanoGeorge Bush poderia servir de mode-Io para o resto da região. O outrovizinho de Israel na mesa de negocia-ções, o Líbano, já negociou com os

israelenses no passado, mas exige queagora Israel se retira do território queocupa no sul libanês.

Os discursos se sucederam segun-do o programa. Começaram ás10h31, quando o chefe do governoespanhol, Felipe González, deu asboas-vindas aos delegados. Depoisfalaram Bush e o presidente soviético,Mikhail Gorbachev. que patrocina-ram a conferência.

Shamir ouviu atentamente os dis-cursos, com suas mãos trançadas. Asua frente estava o delegado palestinoHaidar Abdul-Shafi, de 71 anos, comsua cabeça apoiada no peito. Shafi foiuma dos fundadores da Organizaçãopara a Libertação da Palestina(OLP), enquanto Shamir integrou oscomandos guerrilheiros clandestinosque por duas décadas lutaram pelaindependência de Israel.

Bush e e Gorbachev se sentaramlado a lado, e também esteve presenteo secretário de Estado americano Ja-mes Baker. Em seu discurso, Bushafirmou que a História não tinha de"subjugar os homens", uma alusãoao tratado de paz egipcio-israelense,à paz entre França e Alemanha apósa Segunda Guerra Mundial, e á der-rubada do Muro de Berlim.

A Espanha foi eleita como sede doencontro em parte porque as culturasjudaica e muçulçamana deixarammarcas em seu território na IdadeMédia. As paredes da sala de confe-rências, adornadas com magníficastapeçarias, e a guarda de honra, comseus fuzis, chapéus de três pontas edolmãs vermelhos, contribuíam paradar um ar pomposo à cerimônia.

La fora, cordões de policiais cer-cavam o palácio e mantinham ao la-do centenas de curiosos, apesar dofrio e da névoa.

Visita inesperadaO príncipe Bandar bin Sultan, embai-

xador saudita nos Estados Unidos,- che-gou ontem de manhã inesperadamenteao palácio real de Madri, pouco antes dtcomeçar a conferência de paz, e sentou-se atrás do delegado do Conselho dèCooperação do Golfo. A presença dòpríncipe, neto do rei Fahd, representoúum gesto de apoio saudita ao esforço depaz de Washington.

Desarme nuclear 1A Associação Ecologista de Defesa

da Natureza (Aedenat) pediu ontem emMadri ao governo de Israel que suspendaa fabricação de armas nucleares e liberteo físico Mordechai Vanunu, que estápreso por revelar que esse país dispõe dearmamento nuclear. A Aedenat disse quea mesma pressão que os EUA e a ONUaplicaram ao Iraque para alcançar seudesarme nuclear devia ser aplicada a Isrrael. Vanunu foi preso em 1986,.,depoisde denunciar ao jornal londrino TheSunday Times a fabricação de armas atôrmicas por Israel.

Gafe de BushA conferência de Madri começou

com uma pequena gafe protocolar,quando o presidente George Bush e osecretário de Estado americano, JamesBaker, entraram cedo demais na sala-dascolunas do palácio real. onde têm.lugaros trabalhos. Os dois deram meia-volta eretornaram pouco depois com o primei-ro-ministro espanhol Felipe González, opresidente soviético Mikhail Gorbacheve seu ministro do Exterior, Boris Pankin.

Convite a GorbyO primeiro-ministro israelense Yitz-

hak Shamir convidou o presidente sovié-tico Mikhail Gorbachev a visitar Israel.O convite foi feito na terça-feira, e Gor-bachev agradeceu sem especificar quan-do teria um tempo livre para a visita. AURSS. que rompeu relações diplomáti-cas com o Estado judeu em 1967. resta-beleceu plenos elos diplomáticos comMoscou no dia 18.

Bush defende acordo territorial para

Oriente Médio

Any BourrierEnviada especial

MADRI — Um capítulo da históriamarcado com sangue, sofrimento efrustração encerrou-se ontem em Ma-dri. Pela primeira vez, os inimigos doconflito mais complexo do século senta-ram-se frejite à frente, em torno de umamesa com toalha branca e buquês deflores, na inauguração da Conferênciade Paz do Oriente Médio, cuja realiza-ção é um dos maiores sucessos de diplo-macia americana e da nova ordemmundial, que transformou os EstadosUnidos em única superpotência.

No discurso mais esperado do dia opresidente americano, George Bush, pe-diu a árabes e israelenses que sejamflexíveis e demonstrem um compromis-so sincero com a reconciliação. A Israel,que tem se negado a discutir a devolu-ção dos territórios árabes ocupados du-rante a Guerra dos Seis Dias, em 1967.Bush mandou o recado de que "o acor-do territorial é essencial" à paz. Aosárabes, dos quais só o Egito reconhece

Estado israelense, disse que a paz seráimpossível "sem segurança para Israel"."Agora c o momento ideal para ospaises árabes demonstrarem que seucomportamento mudou, que desejamviver em paz com Israel e fazerem asconcessões para que Israel tenha direitoà segurança", afirmou Bush.

Há poucas chances de que o monó-logo das delegações iniciado ontem átarde com o discurso do ministro doExterior egípcio, Amro Musa, se trans-forme logo em diálogo. Na opinião detodos os participantes o processo de pazno Oriente Médio será longo, difícil eincerto. Mas no seu discurso o presi-dente Bush destacou a esperança queontem, apesar de todas as adversidades,parecia imensa em Madri. "Viemosaqui numa missão de esperança paraalcançar uma paz justa, duradoura eampla no Oriente Médio", disse o presi-dente americano, que definiu os objeti-vos da conferência: "Não só acabarcom a guerra mas buscar a paz real,através de tratados de segurança, rela-ções diplomáticas, econômicas, comér-cio, investimentos, intercâmio cultural eaté turismo".

Realismo — Bush afirmou que apaz "só virá através de negociações di-retas, acordos e concessões. A paz nãopode ser imposta do exterior, pelos Es-tados Unidos ou outro país". Ele ad-verti u os participantes da conferênciapara que sejam realistas: "Não estamosesperando que a paz seja negociada emum dia, uma semana ou até mesmo umano. Vai exigir tempo, tempo para queas delegações, há muitos anos em guer-ra, aprendam a conversar a ouvir umasás outras".

Sobre as negociações diretas, o pre-sidente americano apoiou a tese israe-lense — que considera a reunião deMadri puramente cerimonial e pretendeconcentrar-se nas negociações bilateraisa serem iniciadas no domingo, sem ainterferência de potências de fora doOriente Médio. Mas seu senso de neu-tralidade e diplomacia fez com que le-vasse em conta também as reivindica-ções dos países árabes: "As negociaçõestêm que ser conduzidas com base nasresoluções 242 e 338 do Conselho deSegurança da ONU". Essas resoluçõespedem a retirada israelense dos territó-rios ocupados e o reconhecimento detodos os países da região.

Bush fez questão de indicar comodeve ser, para os americanos, o proces-so gradual de negociações: "Assim

quecomeçarem as negociações bilaterais, osparticipantes vão preparar a organiza-

ção da segunda fase, de negociaçõesmultilaterais sobre problemas comunsda região, como controle de armas,abastecimento de água, refugiados e de-senvolvimento econômico. Essas con-versações multilaterais não substituirãoo que deve ser decidido nas negociaçõesbilaterais". Ou seja, o secretário de Es-tado americano, James Baker, impôsum ritmo às negociações pelo qual secomeça discutindo as questões em quejá existe consenso, deixando-se as maisdifíceis para o final, a fim de não blo-quear as conversações.

Reconhecendo que as negociaçõesnão serão fáceis, Bush afirmou que"haverá críticas, desacordos e talvez in-terrupções". O presidenta americanosublinhou também o papel que desem-penhou junto com James Baker paraconvocar a conferência. Elogiou a atua-ção de seu secretário de Estado e afir-mou que obtiveram garantias por escri-to de Israel, da Síria, da Jordânia e dospalestinos. "Os Estados Unidos estãodispostos a ampliar estas garantias, ofe-recer apoio e tecnologia, se for esta aexigência da paz. Vamos convocar nos-sos amigos e aliados da Europa e daÁsia a se unirem a nós, somando esfor-ços em busca dos recursos necessáriospara que a paz e a prosperidade cami-nhem juntas".

Crianças —Bush encerrou seudiscurso com dois apelos que lembra-ram os discursos redigidos por Ted So-rensen para o presidente Kennedy. Re-feriu-se às crianças, dirigindo-se ásgerações de crianças do Oriente Médioque sofrem com o conflito. Para essasgerações, marcadas por tantos funeraisde irmãos e irmãs, de pais e mães mor-tos tão cedo, Bush enviou uma mensa-gem de esperança: "Se não tivemos atéhoje a coragem de liquidar com o pas-sado, vamos fazê-lo pelas crianças".Depois, como nos discursos de JohnKennedy, invocou Deus, pedindo que"faça esta conferência nos levar para omodelo da paz".

Antes de George Bush, o primeiro-ministro espanhol Felipe González dis-cursou rapidamente, chamando a aten-ção das delegações para o fato de queem sua História "a Espanha viveu umperíodo de convivência, tolerância e pazcom as três culturas aqui presentes".

O discurso de Mikhail Gorbachevfoi o mais longo. Durou 12 minutos edestacou o reatamento de relações di-plomáticas entre a URSS e Israel, opapel das Nações Unidas, presentes nareunião apesar da oposição de Israel.Como Bush, Gorbachev não fez qual-quer exigência ou sugestão concreta.Fez questão apenas de deixar claro quea paz no Oriente Médio passa pelorespeito aos direitos do povo palestino.

Impacto — A parte mais longa dodiscurso de Gorbachev (cerca de seteminutos) foi dedicada a ressaltar a gra-vidade dos problemas da União Sovié-tica, e como se refletem decisivamentena situação mundial. "A comunidademundial está cada vez mais conscientede que o que está acontecendo naUnião Soviética tem um impacto maiorque qualquer condito regional nos inte-resses vitais da maior parte do mundo",disse, agradecendo o apoio concretoque os Estados Unidos e a Europa pas-saram a dar a seu pais. Gorbachev fri-sou a importância do chamado novopensamento da política soviética para asmudanças ocorridas no cenário interna-cional e exortou os participantes a"romperem com a lógica antiga e ado-tar uma nova. baseada na interdepen-dência e na colaboração".

Madri — AFP

Bush abriu a conferência de paz no

CEE pede fim

das colôniasO presidente do Conselho de Minis-

tros da Comunidade Econômica Euro-péia (CEE), Hans van den Broek, afir-mou na sessão da tarde da conferência depaz que Israel deve suspender imediata-mente a construção de colônias nos terri-tórios ocupados. A mesma posição foimanifestada pelo ministro do Exterioregípcio, Amro Musa, que falou em segui-da. Musa disse que a devolução de todosos territórios árabes ocupados em 1967 ea retirada de Israel para as fronteirasanteriores a este conflito são a condiçãopara uma paz genuína no Oriente Mé-dio.

Van den Broek defendeu a adoçãoimediata de algumas medidas para au-mentar a confiança entre os dois lados,como o congelamento da construção decolônias israelenses em territórios ocupa-dos e a suspensão do boicote comercialárabe contra Israel. Em nome dos 12países da CEE, Van den Broek, que éministro do Exterior da Holanda, endos-sou a posição americana de conduzir asnegociações tendo por base as resoluções242 e 338 do Conselho de Segurança daONU.

A resolução 242, de 22 de novembrode 1967, exige a retirada israelense dasColinas de Golã, da Faixa de Gaza, daCisjordãnia e de Jerusalém Oriental,além de afirmar o direito de todos ospaíses do Oriente Médio existirem "den-tro de fronteiras seguras". A resolução338, de 22 de outubro de 1973, retoma a242 e pede uma conferência de paz parao Oriente Médio.

O ministro holandês afirmou que ospalestinos são "as maiores vítimas doconflito árabe-israelense" e merecem tersua pátria. O ministro egípcio do Exte-rior, Amro Musa, afirmou que a confe-rência de paz "é uma nova oportunidade,talvez a última, de acabar com o sangue,a miséria, os filhos perdidos, os maridosausentes, o suor e as lágrimas" nos terri-tórios palestinos ocupados por Israel.

Único país árabe a fazer a paz comIsrael, através dos Acordos de CampDavid, assinados em 1979, o Egito com-parece a Madri como observador. Musadefendeu a devolução dos territóriosocupados, a criação de um Estado pales-tino e afirmou que Jerusalém, locai sa-grado do Islamismo, do Cristianismo edo Judaísmo, deve ter um status especialpara que os fiéis de cada crença possamter livre acesso a ela. Atualmente Jerusa-lém está nas mãos de Israel, que a consi-dera inegociável.

laãrTpedindo reconciliação entre árabes e israelenses

Shamir mantém linha duraMADRI — Antes de discursar na

abertura da conferência de paz, o presi-dente dos Estados Unidos, George Bush,se reuniu ontem por meia-hora com oprimeiro-ministro israelense, YitzhakShamir, que reiterou sua posição de nãoceder os territórios ocupados em troca dapaz, como desejam os Estados Unidos ea União Soviética, patrocinadores daconferência."E a nossa terra. Como poderíamosnegociá-la? Como desistir da nossa ter-ra", disse Shamir â rede de TV CBS.Indagado sobre a crucial questão docongelamento da construção de novascolônias nos territórios ocupados, Sha-mir também não cedeu: "As pessoas es-tão vindo. Nós temos que viver lá. Preci-samos de novos edifícios, precisamos demais, muito mais prédios em toda parteno nosso país", disse Shamir.

Ao sair do encontro, Shamir disseapenas que "foi uma boa discussão" en-quanto o secretário de Estado america-110, James Baker, se referiu à reuniãocomo "plena e amigável". Indagado so-bre a posição irredutível de Shamir, Ba-ker disse que os EUA acreditam na "boa

fé" de Israel: "Naturalmente, se vamosalcançar a paz, isto exigirá concessões detodos. Não tenho dúvida sobre as inten-ções de Israel. Não estaria aqui se nãoacreditasse neste compromisso de ls-rael", disse Baker. Numa entrevista cole-tiva à tarde, Baker disse que o processose baseia nas resoluções 242 e 338 doConselho de Segurança da ONU, queexigem a desocupação dos territórios to-mados por Israel na Guerra dos SeisDias, em 1967: as Colinas de Golã, Cis-jordânia e a Faixa de Gaza.

O porta-voz israelense. Ehud Gol, in-formou que Shamir manifestou a Bushsua preocupação com o recrudescimentodo terrorismo na Cisjordãnia e na faixafronteiriça do sul do Líbano ocupadapor Israel. Nas últimas 72 horas, doiscivis e dois militares israelenses morre-ram e cinco civis ficaram feridos em vá-rios atentados de radicais palestinos cfundamentalistas islâmicos contrários aoprocesso de paz. O presidente da Organi-zação para a Libertação da Palestina(OLP), Yasser Arafat, condenou os aten-tados e pediu o apoio de todos os palesti-nos.

AFP

Sham ir foi irredutível com Bush sobre os territórios

Dois palestinostemem atentadosMADRI — Dois líderes palestinosameaçados de morte por muçulmanos e

judeus radicais por irem á conferênciasobre a paz no Oriente Médio reclama-ram de falta de segurança. A Espanha,montou o maior esquema de segurançajá visto em Madri, com mais de J2 milsoldados e policiais, para proteger os.presidentes George Bush e Mikhail Gor-bachev e os delegados árabes e israelen-ses que participam das negociações. Maso jornalista Faisal Husseini e a professo-ra universitária Hanan Ashrawi, vetadospor Israel porque estiveram na reuniãodo Conselho Nacional Palestino (parla-mento no exílio) na Argélia, não têmdireito a carro blindado e escolta especialpois não são delegados oficiais. "Sabe-mos que somos extremamente vulnerá-veis", lamentou Hanan Ashrawi, porta-voz dos palestinos na conferência.

O governo espanhol, com sua longaexperiência de luta contra os guerrilhei-ros separatistas bascos, nega que os pa-lestinos corram risco. O lider linha-durairaniano Ali Akbar Montachemi pediuaos muçulmanos do mundo que matem!os participantes da conferência."Todas as delegações têm o mesmotipo de proteção. Foi uma exigência dosEUA e da URSS", explicou o porta-vo^.do Ministério do Exterior espanhol. Fer-nando Delgado. Hanan Ashrawi alegouque "algo deve ser feito além da letra friada lei. Somos parte da representação pa-lestina, tivemos dificuldade de conseguircarros, e os carros não eram à prova debala. Não temos escolta nem batedorescom sirene".

Sem embaixada, sem imunidade di-plomática, sem companhia aérea nacio-nal e sem experiência anterior em con-versações desta importância, os,delegados palestinos parecem amadoresdiante dos negociadores profissionaisreunidos em Madri. São advogados, mé-dicos, professores e jornalistas saidos dáspobres cidades da Cisjordãnia e da Faixade Gaza. "Somos uma delegação do po-vo, sem um governo para nos apoiar",explicou Ashrawi.

Os problemas começaram na saída dadelegação do Aeroporto Ben Gurion, emIsrael. A polícia israelense apreendeudois computadores, só liberados na vés-pera da abertura da conferência. "Quan-do chegamos a Madri não tínhamos qua-se nada. Pedimos uma impressora a lêiseremprestada e perdemos muito tempoprocurando o que precisávamos", disseoutro delegado.

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JORNAL DO BRASIL Internacional quinta-feira, 31 10/91 ? l"caderno n 13

Irã declara guerra à reuniãoo

de paz e denuncia itraidores7

Beirute — AFP—

¦Trií:RA — 0 Irã encabeçou ontem asvíps^árabes contrárias à realização daconferência internacional sobre o OrienteMécIiÒ, e o líder radical Ali Akbar Mon-tachemi disse na Assembléia Nacionalque todos os participantes do encontrode Madri "são inimigos do islamismo eestão condenados á morte", exortando"os muçulmanos revolucionários a cum-prir seu dever religioso com esses inimi-gõs no mais breve prazo".

O dirigente político e religioso, pre-sidente da Comissão dc Defesa da As-sembléia, especificou que o presidentedôs Estados Unidos, George Bush,"instigador desta grande traição", è o"principal criminoso": "O objetivo des-ta conferência é estabilizar o regimesionista ocupante, destruir a Palestina ea nobre Qods (Jerusalém) e começar oconfronto com o Islã. O dia de hojerruírca o início do confronto entre 1,2bilhão de muçulmanos e Israel. Célulase revolucionários do Hezbollah (Parti-do de Deus) transformarão o mundonum cemitério ou num inferno para oscriminosos — americanos, israelenses eseus mercenários."

Encontro divide

o mundo árabeJliRUSALÈM — A mesma confe-

rência de paz que reuniu em Madri pelaprimeira vez Israel, seus vizinhos árabeseos palestinos provocou uma onda deifiáiiitestações e choques armados em to-do o Oriente Médio. Na Cisjordánia,soldados israelenses mataram um pales-tino de 19 anos ao dispersar a bala umamanifestação do Hamas (movimento deresistência islâmica) em Hebron. No sul,uma patrulha matou um iraniano que nanoite de terça para quarta-feira cruzou afronteira da Jordânia, supostamente pa-rá atacar alvos dentro de Israel.

Nos territórios ocupados 10 organi-/ações palestinas que se opõem à confe-rência convocaram uma greve geral. Masna Faixa de Gaza mais de 10 mil mani-festárites fizeram uma passeata a favordas negociações com Israel. Enquantoxiitas obrigavam comerciantes a fecha-rem suas lojas, grupos favoráveis á con-ferência apedrejavam mesquitas. Nosconfrontos entre grupos rivais, três mili-tantes da Fatah foram esfaqueados pormilitantes do Hamas. Fatah, o principaldos oito grupos que integram a Organi-zação para a Libertação da Palestina(OLP), é chefiado por Yasser Arafat, queápóia a reunião de Madri. Em CheijRaduan, também em Gaza, as disputasentre facções palestinas deixaram oitoferidos.

Represália — Em Gaza, mais de20 palestinos foram feridos por disparosdo exército israelense e 11 foram feridosem Nablus, na Cisjordánia. No assenta-mento judeu de Shilo, também na Cisjor-dània, foi iniciada a construção dc umnovo bairro, em represália ao ataque desegunda-feira, no qual a guerrilha pales-tina matou dois colonos judeus. Uma dasvitimas do atentado foi uma mulher dcSljiló. Na conferência, Israel será pres-sionado pelos árabes a suspender os as-sentamentos nos territórios ocupados.

No sul de Israel, tropas israelenses eseus. aliados milicianos do Exército doSul do Líbano lançaram descargas deartilharia contra alvos no Libano, emrepresália às incursões dos guerrilheirosxiitas, contrários à conferência de paz,que terça-feira mataram três soldadosisraelenses. Mais de 200 tiros dc canhãoforam disparados contra a cidade de Na-batiyeh, e 30 tiros de morteiro contra asaldeias de Touline e Kabrikha. O grupoxiita Hezbolah (Partido de Deus), quereivindicou os ataques de terça-feira, tembases nessas localidades." Luta armada — Em Beirute, maisde 10 mil militantes do Hezbolah fizeramuma manifestação contra a conferência,no q.ue restou do antigo prédio da em-baixada americana no Líbano. Aos gri-tPS .dfi,"Lutaremos" c "Morte aos Esta-dos Unidos, Morte a Israel", elesccitiçn/am também os países árabes queparticipam da conferência e com issoreconhecem a legitimidade do Estado dcIsrael. "Convocamos o povo do mundoislâmico a fazer uma única escolha — adeclaração de uma jihad (guerra santa)armada", disse Abbas Musawi, líder doHezbolah.

Musawi atacou duramente Arafatpor ter aprovado uma delegação conjun-ia palestino-jordaniana da qual, por exi-gência de Israel, não participa um únicointegrante da OLP. "Israel só concordouem ir a Madri depois de impor suascondições á conferência", afirmou o diri-gente islâmico, falando do primeiro an-dar do prédio da embaixada.

Na Líbia, houve passeatas e manifes-Cações em protesto contra "a supostaconferência de paz". De acordo com aíádio libia, declarações aprovadas pelosmanifestantes são unânimes em ressaltar"a absoluta impossibilidade de coexis-tência entre árabes e sionistas". No Irã, aoposição á conferência reuniu lideres re-ligiosos, estudantes e professores numagrande passeata na cidade sagrada deQom.

DO presidente da Organização pa-ra a Libertação da Palestina

(OLP), Yasser Arafat, pediu aos pa-lestinos que não apoiem os grupos pró-iranianos que se opõem à Conferênciade Madri. Ele c o grande ausente,porque Israel vetou a participação daOLP. Afirmando que não aceita inter-ferências, Arafat pediu a todas facçõespalestinas que apoiem a negociação

. que considerou "crucial tanto para osárabes e palestinos quanto para muçul-manos e cristãos". O líder da OLPesteve ontem com o rei Hassan no Mar-

i roços. Antes de viajar, mostrou-se eéticoem relação à possibilidade do primeiro-ministro israelense, Yitzhak Shamir,mudar de posição e negociar a devoluçãodos territórios árabes ocupados.

Os regimes e organizações árabesradicais — além do Irã, a Líbia, o Ira-que e várias organizações palestinas quese opõem à corrente moderada da OLP,participante da conferência — conside-ram que o Estado de Israel ocupa terrasárabes, que não deve ser reconhecido eque a negociação implica em seu reco-nhecimento. Sustentam também que aconferência estará negociando terraspalestinas inegociáveis.

No Irã, Montachemi, o mais radical,não estava sozinho ontem. Mais ponde-rado, o aiatolá Ali Khamenci, sucessorde Khomeini na chefia do regime, tam-bém disse — em reunião com cadetesdo Exército — que a conferência é umatraição e uma "ameaça à nação oprimi-da dos palestinos", devendo suas deci-sões ser "escritas na areia". Na cidadesagrada de Qom, estudantes e sacerdo-tes islâmicos também se manifestaramcontra o encontro de Madri, dispondo-se a participar de uma guerra para li-bertar Jerusalém e a Palestina.

Esta guerra foi uma das decisõestomadas nos dias 19 a 22 de outubro.

cm Teerã, por uma conferência da "re-volução islâmica na Palestina", quereuniu líderes e organizações árabescontrários a qualquer compromissocom Israel quanto á questão das terras edos palestinos. Ontem o governo ira-niano criou uma Secretaria Permanentesobre a Palestina, destinada a aplicar asdecisões da conferência de Teerã, espe-cialmente a organização de um fundode apoio á intifada (rebelião palestinanos territórios árabes ocupados por Is-rael) e a criação de um "exército delibertação de Qods".

Em Bagdá, também em encontro co-mo militares, o presidente iraquiano,Saddam Husscin, atacou Bush, a quemse referiu como uma "cobra", e os diri-gentes ocidentais que são para ele "cria-ções do sionismo", ao se referir à confe-rência de Madri. Além da Frente deSalvação Síria, várias organizações pa-lestinas — como a Frente Popular deLibertação da Palestina, de George Ha-bash — condenaram a conferência deMadri. O mesmo fizeram milhares deestudantes reunidos em diferentes uni-versidades no Cairo.

EATH

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X iitas libaneses gritam slogans contra Israel e EÜA diante da embaixada americana

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Alain Prost, sent carro, ainda nao pilota sen destino

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Frank acha difícil ganhar o Mundial de

Prost e Ferrari

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ADELAIDE, Austrália — AlainPrçst quer correr de Fl em 92. Demitidoda Ferrari, fora da disputa de uma provapela primeira vez desde o final de llJS(). ofrancês três vezes campeão do mundo foilacônico no comunicado que mandoudistribuir ontem 110 circuito australiano."Confirmo que a Ferrari terminou meucontrato, e a questão agora está nasmãos de meus advogados", afirma o tex-to.

Lies certamente terão o que fazer. Alonga guerra de nervos que piloto e equi-pe travaram durante todo o ano estálonge de chegar ao fim, e promete roumlsacirrados na Justiça suíça, onde o con-tr;)lo está registrado. As nuáncias dodocumento são tantas que ninguém sabe,ou revela, ao certo, se Prost já podeassinar com outra equipe para 92.

"Fie não está necessariamente livre"'.respondeu evasivamente o porta-voz daequipe, Riccardo Amerio. Segundo ele, aFerrari pretende processar Prost pelasdeclarações e criticas que fez contra aequipe durante o último ano, podendorequisitar uma indenização superior aUSS 4 milhões. Por outro lado, por tertomado a iniciativa de romper o contra-to, válido até o fim de 92. a Ferrari podeser forçada a pagar o salário do pilotodurante todo o periodo.

A forma como terminou o fracassado

casamento —cm que Prost pela primeiravez desde XI ficou uma temporada intui-ra sem vencer— torna ainda mais impre-visível o futuro do francês. Uin acordopara liberá-lo parece improvável a curtoprazo, a menos que ambas as partesconsigam encontrar logo cifras e termoscomuns.

"Era preciso lazer isso antes do finalda temporada para mostrar que a Ferrarié a Ferrari", afirmou Amerio. Segundo odiretor logístico da equipe, Marco Zec-chi, "o relacionamento não era do inte-resse da equipe. Era possível sentir atensão afetando lodo mundo. Uma deci-são tinha de ser tomada."

"Ainda que lamente estar agora nu-

ma situação contenciosa com a Ferrariem resultado do que aconteceu, de umponto de vista pessoal estou aliviado porter chegado ao fim o que para mim foiuma temporada muito insatisfatória",alirmou Prost em seu comunicado."Apesar de minhas experiências este ano.mantenho meu entusiasmo em pilotar naFl em 92", continua o texto, mostrandoa determinação do piloto.

Segundo os rumores, Prost só pode-ria romper o contrato sem pagar a multaprevista se decidisse parar de correr, oupelo menos afastar-se das pistas por umano. alegando motivos de saúde. Com ainiciativa da Ferrari, ele aparentementelivra-se dessa obrigação, mas poderiaperder os salários da Ferrari em 92 seassinar com outra escuderia.

Só Alesi está confirmadoDepois de ter passado os últimos

quatro meses rebatendo as investidas dosjornalistas sobre o futuro da equipe coma mesma frase — "os pilotos da Ferraripara 92 são Alain Prost e Jean Alesi" —o porta-voz oficial da Casa de Maranellomudou o disco. "O piloto da Ferraripara 92 é Jean Alesi. O outro não sesabe", disse Riccardo Amerio em Adelai-de, rindo da constante evasiva que tantorepetiu.

Segundo Amerio, a indicação deGianni Morbidelli para substituir Prostno GP deste domingo "não tem nada aver com a próxima temporada. Ele é omelhor para entrar na equipe, pois co-nhece o carro e participou dos testesapós o GP da Espanha. Para 92 vamos

esperar." A possibilidade de Piquet ocu-par a vaga ao lado do amigo Alesi épouco mencionada pelos jornalistas ita-iianos, especialistas em especulações so-bre o que se passa em Maranello. Amaioria aponta para uma solução pa-triótica, com grandes chances para IvanCapelli. O próprio presidente da escude-ria, Piero Fusaro, afirmou no GP dePortugal que "um piloto italiano é sem-pre bem-vindo na Ferrari".

Mesmo tendo aceitado dar seu lugarna Leyton House para o austríaco KarlWendlinger nas duas últimas provas doano, Capelli afirma que ainda não deci-din seu futuro e se diz "bem próximo daScuderia Itália em 92. "Estamos conver-sando, mas ainda não assinamos. (F.E.)

Troca de pilotos

na Williams está fora de questãoFrank ne*ou /pi* Ele informa aue Mansell m-nn nn 1 1¦SHBanr ^^ ••. j ___ . .Frank nega ter

a intenção de

T-. con tra tar Prost

Frank Williams foi o homem queagitou a Fórmula I este ano.

Construiu o melhor carro e apesar deter perdido o titulo do Mundial dePilotos para a McLaren de Avrton• Senna continua na briga pelo Mundialde Construtores, que será decidido nacorrida deste domingo.

Paraplégico desde 86 - devido a umacidente de carro - esse inglês faz daadversidade a sua luta. Hábil negocia-dor. foi o primeiro a ter os motoresHonda, não se perturbou ao perdê-lo eatravessou o canal da Mancha atrásdos motores da Renault. Tem especialafeto por Nigel Mansell e um defeito:não administra bem o jogo de equipe epor isso perdeu o mundial de pilotospara Prost em 86 e deixou Piquet irembora em 87, já tricampeão.

Esse ano tentou alguma coisa, ante-cipando a renovação dos contratos deMansell e Patrese para deixá-los tran-quilo nas pistas. Esqueceu, porém, demandar Patrese atacar Senna 110 GPdo Japão e instruir Mansell a pouparseu carro. A tática foi exatamente acontrária e Senna sagrou-se tricam-peão com Mansell fora da pista.

Lie informa que Mansell errou noJapão e que Prost não faz parte de seusplanos para o ano que vem. Revelatambém certa mágoa com Senna que ocriticou quando renovou os contratosde Patrese e Mansell.A notícia do rompimento de Alain Prostcom a Ferrari...Eu sei. é ruim, estou triste. Gosto mui-to de Alain e adoro a Ferrari. Nãoposso tomar parte, não é meu negócio.O senhor esperava uma reação como ade Senna em Spa, quando ele se disse

desapontado com a renovação comMansell ç Patrese?Meu único acordo com ele era quecontinuaríamos em contato. Ele se re-cusou a discutir uma palavra sequersobre 92 até estar pronto. Quandosoube das declarações dele à imprensafiquei surpreso, e muito ferido, porqueeu o adoro, acima de tudo como pes-soa.Senna se queixou genericamente quantoà quebra de contratos. O de Mansellpara 92 ainda pode ser rompido?Não tenho intenção de trocar os pilo-

tos. E acho qambos estão muitofelizes em ficar aqui.Mas e se ele receber alguma outra ofer-Ia?Ele tomou uma decisão e não vejorazão para mudarmos. Amanhã algopode acontecer, mas não creio. Nãoestou pensando nisso, posso assegurar-lhe. E acredito que Nigel também não.Será Mansell o único capa/, de vencerSenna?Sem dúvida, sim.Mas Senna foi campeão sem ter o me-,lhor carro...Quem diz isso é a imprensa.O fato de Nigel Mansell aproveitar ostreinos em Adelaide para testar o carrode suspensão ativa significa que a equipe,já está pensando mais em 92 do que noatual Mundial de Construtores?Não. achamos apenas que seria umaoportunidade muito útil para colocar ocarro ativo na pista ao mesmo tempoque o normal, com as McLarens e asFerraris, numa pista difícil, em condi-ções de corrida.Com 11 pontos atrás da McLaren, em16 possíveis, o título de construtoresainda e alcançável?Está muito difícil, nias não c impossi-vel. E preciso que aconteça com aMcLaren o que aconteceu conosco em .Spa (quando ambos os carros quebra-ram, Mansell abandonou e Patrese.chegou em quinto).!'F.E)

Teco e Fábio enfrentami

vencedores das triagens

, GUARUJÁ, São Paulo — Flávio¦Teco Padaratz, 27° lugar, e Fábio¦Gouveia, 25°, os brasileiros melhorescolocados no ranking da Associaçãodos Surfistas Profissionais (ASP) em

; 1990, entram na água hoje para a¦primeira fase das disputas do HangiLoose Pro Contest, 14a etapa do Cir-.cuito Mundial Profissional de Surfe,•na praia de Pitangueiras, no Guaru-já.I

; Teco e Fabinho, integrantes dogrupo dos Top 30 — surfistas coloca-des entre o 14° e o 30° lugares noranking no ano passado —, enfrenta-rao adversários saídos da fase de tria-gens, que termina hoje pela manhãcom oito baterias.

Vencedor da etapa do Rio doMundial de Surfe, o Alternativa In-fçroational. no último final de sema-na. Teco Padaratz tenta seu segundotítulo consecutivo, mas não faz previ-soes quanto à etapa do Guarujá. "Osurfe não tem muita lógica, por isso édifícil prever se estarei novamente nafinal de um torneio", afirma.

Teco diz estar concentrado apenasna disputa e. se chegar à final, nãopretende ganhar o titulo, como nodomingo passado, com a desistênciado adversário — o havaiano Sunnv

Garcia, que machucou o joelho."Quero vencer dentro d "água, surfan-do", garante.

Segundo o gerente do circuitomundial da ASP. o australiano AlHunt. pelos resultados obtidos noano. Teco, I Io no ranking deste ano,dificilmente ficará fora da lista dos 16melhores surfistas de 1991. os Top16.

O Hang Loose Pro Contest abertoontem teve como um dos destaques opaulista Tadeu Pereira, de Ubatuba,com 29.3 pontos de média. O cariocaDadá Figueiredo passou bem pelaprimeira fase, mas foi eliminado nasegunda bateria pelo americano JoeyJenkins e pelo carioca GuilhermeHerdy. Outros destaques foram Ota-viano Taiú Bueno e o japonês SatoshiSekino.

Os Top 16. entre eles os atuaislideres do campeonato, o australianoDamien Hardman (12.246 pontos) eo americano Brad Gerlach (11.512),entram na água amanhã. As bateriasde ontem, disputadas por 71 surfistas

60 deles brasileiros —. foram dis-puladas sob sol forte e com ondas demeio metro em média. Só à tarde éque o tempo ficou 11111 pouco nubla-do.

Es portes/Turfe

entram no

Dadá Figueiredo fez boa exibição mas foi eliminado

Hoje na Gávea¦—- . ... .. Ufa

1" páreo às 10h30m — 2.000m(AREIA) Cr$ 430.000,00 —TRIEXATA/DUPLA-EXATAPRÊMIO QENOIS KHAN -1943Ambado. J. Ricardo 58 1Liniers. G. Euclides 54 23Náo. M. Pinto 54 3My Tio, J. Pinto 53 4Etienne Navarro. G F. Almeida 54 5Primo Pobre, C.G. Netto 54 62* páreo ás 20 horas — 1.100m —(AREIA) Cr* 430.000,00 —TRIEXATA/DUPLA—EXATA PRÊMIOAYMORÉ—1044Enfadado, 51 jMatutinas Pater, M. A. Santos 51 2Ange Gardien. G. Euclktes... 51 3four Victory, E.D. Rocha 56 4El Camilo, J.C. Castillo 51 5Ipuaçú, R. Antônio 53 6" Doar, J.L. Marina 58 73* Páreo ás 20h30m — 1.300m(AREIA) Crt 860.000,00 —TRIEXATA/DUPLA-EXATA (INÍCIODO CONCURSO DE 7 PONTOS)PRÊMIO FRISSON — 1S45 (PÁREODE LEILÃO)Jonzales. J. Pinto 56 1Itinerário. E. R. Ferreira .. 56 2Spot. M. Andrade 56 3Eleven Pelicans. M. A. Santos 56 4Banker's Pel. G, Euclidas 66 56loió. M.Almeida..... 56 6In The Moon. E. D. Rocha. 54 7Adorato 55 aCampeão da Wesl.C.Lavof 56 910 Sextante, J. Ricardo 56 104° Páreo ás 21 horas— l.lOOm(AREIA) Cr$ 430.000,00 —TRIEXATA/DUPLA-EXATA PRÊMIOEL MOROCCO — 1046Lisoca, U. S. Ferreira 56 2Ukko, M. Andrade 58 3Rita-Flete. J. Ricardo 56 5Sheik Xila. G. Euclides 53 65Apito.J.Freire 58 7Last Month, J, Pinto 58 8El Boyero. F. Pereira F° 58 9Djebel Tarik, A. Machado F° 58 1" Folastrelo, J. L. Marins 58 4& Páreo ás 21h30m — l.300m —(AREIA) CrS 550.000,00—TRIEXATA/DUPLA-EXATA PRÊMIOHALCYON — 1947Partcá. D F. Graça 58 1Botinha Veloz. G. Euclides.. 56 2Mister Chapelante. M. Ribeiro 58 3Rei Lear, R Macedo 58 4Gallant Arabian. A. Ramos 58 5First Conection. Juarez Garcia 58 6Bole'0 Dancer. C G Netto. 58 7Piazza Navona U. S Ferreira 56 8

6'Páreo ás 22 horas —1.30Om(Areia) Cr$ 670.000,00 —TRIEXATA/DUPLA-EXATA PRÊMIOSCARAMOUCHE1046/1940

Urubu Cantou. V. Xavier....... 57 1Grow Up, G. Souza..... 57 2Naykire. E.D. Rocha 57 3Orlando Júnior. E.S. Rodrigues. 57 4Balacobaco, R. Rutino 57 5Infanto da Piedade. A. M. FHbo . 57 6Que Horse, ES. Gomes 57 7Hipólito. J. Freire 57 8Jalisco Tour, J. Ricardo........ 57 97* Páreo á*22h30m—1.200(Areia) CrS 430.000^)0 —taiexata/dupla-cxata prêmioBAR H QHAZAL-1BSOZebedeu, U.S. Ferrtíira 54 1Mozinho, E.S. Gomes 56 2Zapt Vupt, S. Dornelles 54 3Tia da Luz, E.D. Rocha 52 4Scarpelli, Juarez Garcia 58 5Gueen Madeleine, G. Euclides 56 6Limon. J. Ricardo 58 7Turcanio.R. Macedo 58 8Dow Jones. M B. Santos 58 9

8* Páreo kt 23 hora. -1.200 (Areia)Cr» 430.000,00-

Triewrta/DupU-Exata PrêmioProsper-1951 ,.r.nruGráo Xará. R.Macedo 58 2Klatsch, R.Antônio 56 3Apito, J.Freire 54' 5Max Anu, J.Ricardo 58 6New-Fan, F.Pereira F° 58 7Diderot. M B. Santos 58 8Raggio, M.Silva -58 9Elis Pimenta. M. Almeida 56 1"Keep Out, E.D. Rocha 58 49* Páreo ás 23h30m-1.100m

(Areia) CrS 430.000,00 -Trfexata/Dupta*Exata PrêmioFlamboyant-1952Keni-lmperial, ED. Rocha... 56 1Good Machens, J.Ricardo..... 58 2Lady Away, G. Euclides 56" '3Ribo-Flete, M. Pinto 58 > • 4Nephalion, R. Ant&nio 58 5Tudor Raft, G. Souza 58 7Hot Speed, J.L. Marins 56 8Marrio, M. Ribeiro 58 9Zapt Vupt, J.James 50 1010 Belo Fan, L.S. Santos 58 1211 Pioridad, J.Freire 56 1312 Geblier. MB. Santos 56 6"Gal-Madnss. R.Rulino 56 11

Indicações

1° Páreo: Ambado ¦ Primo Pobre ¦ My Tio2° Páreo: Ar>ge Gardien ¦ Four Victory ¦ Dear3° Páreo: Adorato ¦ Sextante ¦ Campeão da West4* Páreo:Last Month ¦ Rita-Flete ¦ El Boyero5° Páreo: Rei Lear ¦ Paricá ¦ Bolero Dancer6° Páreo s Jalisco Tour ¦ Orlando Júnior ¦ UrubuCantou7° Páreo: Limon ¦ Turcãnio ¦ Zapt Vupt8» Páreo: New Fan ¦ Keep Out ¦ Max Anú9° Páreo: Ribò-Flete ¦ Good Machens ¦ Keni-lmperialAcumulada: 2"3 (Ange Gardien), 6°9 (Jalisco Tour) e 8°5(New Fan)

JORNAL DO BRASIL

Moreno continua sua lutaSomente quando desembarcou às

6h30 da manhã de ontem (I8h de terça-teira no Brasil) em Adelaide é que Ro-berto Moreno teve a certeza de quevoltaria a pilotar um Fórmula l aindaeste ano. Mas não pela Larrousse, co-mo inicialmente esperava, e sim pelaMinardi, na vaga deixada por GianniMorbidelli, convocado para substituirAlain Prost na Ferrari.

"Havia a possibilidade de correr paraa Larrousse (no lugar do Eric Bernardque quebrou a perna num dos treinospara o GP do Japão) e preparei tudopara vir. Enquanto estava no avião acon-teceu essa situação com o Prost e oMorbidelli e acabei aqui", afirmou Mo-reno., que â tarde já estava no boxe desua terceira equipe este ano, acertando aposição do banco no cockpit.

Na verdade, ao embarcar para a via-gem de 24 horas de Mônaco até Adelai-de. Moreno ja :?.oia que perdera a vagana Larrousse para.Bertrand Gachot. Li-bertado da prisão na Inglaterra poucoantes do GP do Japão, o belga nãoconseguiu recuperar o lugar que deixarana Jordan.

Mesmo admitindo que "já tinha da-do como morta a situação este ano" e sededicava apenas a buscar uma equipepara a próxima temporada. Morenopôs na mala o velho macacão azul dostempos de F.3000, Coloni e Eurobrun.que. sem nenhum patrocínio, "serviapara qualquer um". Desta vez ele ftúoterá de pagar para entrar na pista, co-mo fez com a Jordan em Mon/a ePortugal, mas só depois de conversarpcssoíilmente coni Giuncurlo Minurdi,que ainda não havia chegado a Adelai-de, é que saberá se terá algum prêmiocaso consiga terminar entre os pontosou pelo menos completar a prova.

A viagem estava prevista antes mes-mo do acidente de Bernard, para darcontinuidade aos contatos que vemmantendo desde que foi demitido daBenetton. Fu vou correr talvez numaequipe com um nivel não tão bomquanto a que eu estava no começo des-de ano. Vai ser uma briga de novo paramim, mas estou disposto a enfrentaressa situação". (F.F..).

circuito da justiça

Piquet contApesar do divórcio litigioso entre

Alain Prost e a Ferrari, o futuro deNelson Piquet parece continuar atreladoao do francês. Desde o GP de Portugal,quando tornaram-se mais insistentes osboatos de uma possível vaga na Ferrari,Piquet recusa-se a falar sobre seus pia-nos, chegando a irritar-se com a publica-çào de informações de que estaria nego-ciando com a equipe italiana.

No Japão, já oficialmente fora daBenetton para 92, Piquet admitiu que hádois meses vem mantendo contato comoutra equipe, acreditando ter 90% dechances de disputar mais uma têmpora-da. Apesar de evitar dar detalhes, tudoleva a crer que esta equipe é a Ligier, queainda não definiu o companheiro do bel-ga Thierry Boutsen.

Se a saída de Prost da Ferrari abre a

iua a esperapossibilidade de uma tranlerência para aequipe italiana — o que Piquet já adiiii-tiu publicamente como uma opção iríto-ressante. "pois lá teria condições de'(lis-pular o titulo" —. ela também pojlçfechar a porta da Ligier, que tem nofrancês o piloto ideal para sua equipenacionalista, com motor Renault e com-bustível Elf.

Pelo menos um integrante da cúpulaferrarista acha muito difícil a contrata-ção do brasileiro. Por outro lado. háindícios de que em sua última passagempelo Brasil Piquet teria conversado comsetores de marketing da Fiat, proprietá-ria da Ferrari, e já detentora de uma dascotas publicitárias para a transmissão deTV da próxima temporada para o pais.Além das versões de uma visita secretahá fábrica de Maranello. (F.E.)

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14 ? I" caderno n quinta-feira, 31/10/91 ? 2a Edição Esportes/Turfe JORNAL DO BRASIL

Prost e Ferrari entram no circuito da Justiça

/'cru <mdo EuertonCorrespondente

A D Li L A IDE. Austrália — Alai nProst quer correr de F1 em 92. Demitidoda Ferrari, fora da disputa de uma provapela primeira vez desde o final de 1980. ofrancês tré» vezes campeão do mundo foilacônico no comunicado que mandoudistribuir ontem no circuito australiano."Confirmo que a Ferrari terminou meucontraio, e a questão agora está nasmãos de meus advogados", afirma o tex-to.

Eles certamente terão o que fazer. Alonga guerra de nervos que piloto e cqui-pe travaram durante todo o ano estálonge de chegar ao fim. e promete rouiulsacirrados na Justiça suiça. onde o con-trato está registrado. As nuâncias dodocumento são tantas que ninguém sabe,oa revela, ao certo, se Prost já podeassinar com outra equipe para 92.

"Fie não está necessariamente livre",respondeu evasivamente o porta-voz daequipe, Riccardo Amerio. Segundo ele, aFerrari pretende processar Prost pelasdeclarações e críticas que fez contra aequipe durante o último ano, podendorequisitar uma indenização superior aUSS 4 milhões. Por outro lado. por tertomado a iniciativa de romper o contra-to, válido até o fim de 92. a Ferrari podeser forçada a pagar o salário do pilotodurante todo o período.

A forma como terminou o fracassado

casamento —em que Prost pela primeirave/desde .SI ficou uma temporada intei-ra sem vencer — torna ainda mais impre-visível o futuro do francês. Um acordopara liberá-lo parece improvável a curtopra/o. a menos que ambas as partesconsigam encontrar logo cifras e termoscomuns.

"Era preciso fazer isso antes do finalda temporada para mostrar que a Ferrarié a Ferrari", afirmou Amerio. Segundo odiretor logístico da equipe, Marco Zcc-chi, "o relacionamento não era do inte-resse da equipe. Era possível sentir atensão afetando todo mundo. Uma deci-são tinha de ser tomada."

"Ainda que lamente estar agora nu-ma situação contenciosa com a Ferrariem resultado do que aconteceu, de umponto de vista pessoal estou aliviado porter chegado ao fim o que para mim foiuma temporada muito insatisfatória",afirmou Prost em seu comunicado."Apesar de minhas experiências este ano,mantenho meu entusiasmo em pilotar naFl em 92". continua o texto, mostrandoa determinação do piloto.

Segundo os rumores, Prost só pode-ria romper o contrato sem pagar a multaprevista se decidisse parar de correr, oupelo menos afastar-se das pistas por umano, alegando motivos de saúde. Com ainiciativa da Ferrari, ele aparentementelivra-se dessa obrigação, mas poderiaperder os salários da Ferrari em 92 seassinar com outra escuderia.

Só Alesi está confirmadoDepois de ter passado os últimos

quatro meses rebatendo as investidas dosjornalistas sobre o futuro da equipe coma mesma frase — "os pilotos da Ferraripara 92 são Alain Prost e Jean Alesi" —o porta-voz oficial da Casa de Maranellomudou o disco. "O piloto da Ferraripara 92 é Jean Alesi. O outro não sesabe", disse Riccardo Amerio em Adelai-de, rindo da constante evasiva que tantorepetiu.

Segundo Amerio, a indicação deGianni Morbidelli para substituir Prostno GP deste domingo "não tem nada aver com a próxima temporada. Ele é omelhor para entrar na equipe, pois co-nhece o carro e participou dos testesapós o GP da Espanha. Para 92 vamos

esperar." A possibilidade de Piquet ocu-par a vaga ao lado do amigo Alesi épouco mencionada pelos jornalistas ita-lianos, especialistas em especulações so-bre o que se passa em Maranello. Amaioria aponta para uma solução pa-triótica, com grandes chances para IvanCapelli. O próprio presidente da escude-ria, Piero Fusaro, afirmou no GP dePortugal que "um piloto italiano é sem-pre bem-vindo na Ferrari".

Mesmo tendo aceitado dar seu lugarna Leyton House para o austríaco KarlWendíinger nas duas últimas provas doano. Capelli afirma que ainda não deci-diu seu futuro e se diz "bem próximo daSeuderia Itália em 92. "Estamos conver-sando. mas ainda não assinamos. (F.E.)

Troca de pilotos

Frank nega ter

a intenção de

contratar Prost

Frank Williams foi o homem que

agitou a Fórmula I este ano.Construiu o melhor carro e apesar deter perdido o título do Mundial dePilotos para a McLaren de AyrtonSenna continua na briga pelo Mundialde Construtores, que será decidido nacorrida deste domingo.

Paraplégico desde 86 - devido a umacidente de carro - esse inglês faz daadversidade a sua luta. Hábil negocia-dor, foi o primeiro a ter os motoresHonda, não se perturbou ao perdê-lo eatravessou o canal da Mancha atrásdos motores da Renault. Tem especialafeto por Nigel Mansell e um defeito:não administra bem o jogo de equipe epor isso perdeu o mundial de pilotospara Prost em 86 e deixou Piquet irembora em 87. já tricampeào.

Esse ano tentou alguma coisa, ante-cipando a renovação dos contratos deMansell e Patrese para deixá-los tran-qiiilo nas pistas. Esqueceu, porém, demandar Patrese atacar Senna no GPdo Japão e instruir Mansell a pouparseu carro. A tática Ibi exatamente acontrária e Senna sagrou-se tricam-peão com Mansell fora da pista.

Ele informa que Mansell errou noJapão e que Prost não faz parte de seusplanos para o ano que vem. Revelatambém certa mágoa com Senna que ocriticou quando renovou os contratosde Patrese e Mansell.A notícia do rompimento dc Alain Prostcom a Ferrari...Eu sei, é ruim, estou triste. Gosto mui-to de Alain e adoro a Ferrari. Nãoposso tomar parte, não é meu negócio.O senhor esperava uma reação como ade Senna em Spa. quando ele se disse

"Quando soubedas declaraçõesde Senna fiquei

surpreso emuito ferido"

Teco e Fábio enfrentam

vencedores das triagens

GUARUJÁ, São Paulo — FlávioTeco Padaratz. 27° lugar, e FábioGouveia, 25°, os brasileiros melhorescolocados no ranking da Associaçãodos Surfistas Profissionais (ASP) em1990, entram na água hoje para aprimeira fase das disputas do HangL.oose Pro Contest, 14:' etapa do Cir-,'cuito Mundial Profissional de Surle,na praia de Pitangueiras. no Guaru-já-

Teco e Fabinho, integrantes dogrupo dos Top 30 — surfistas coloca-dos entre o 14° e o 30° lugares noranking no ano passado —, enfrenta-rào adversários saídos da fase de tria-gens, que termina hoje pela manhãcom oito baterias.

Vencedor da etapa do Rio doMundial de Surfe, o Alternativa In-ternational, no último final de sema-na. Teco Padaratz tenta seu segundotítulo consecutivo, mas não faz previ-sões quanto á etapa do Guarujá. "Osurfe não tem muita lógica, por isso édifícil prever se estarei novamente nafinal de um torneio", afirma.

Teco diz estar concentrado apenasna disputa e, se chegar à final, nãopretende ganhar o título, como nodomingo passado, com a desistênciado adversário — o havaiano Sunny

Garcia, que machucou o joelho."Quero vencer dentro d'água, surfan-do", garante.

Segundo o gerente do circuitomundial da ASP. o australiano AlHunt, pelos resultados obtidos noano. Teco, 11° no ranking deste ano,dificilmente ficará fora da lista dos 16melhores surfistas de 1991, os Top16.

O Hang Loose Pro Contest abertoontem teve como um dos destaques opaulista Tadeu Pereira, de Ubatuba,com 29.3 pontos de média. O cariocaDadá Figueiredo passou bem pelaprimeira fase. mas foi eliminado nasegunda bateria pelo americano JoeyJenkins e pelo carioca GuilhermeHerdy. Outros destaques foram Ota-viano Taiti Bueno e o japonês SatoshiSekino.

Os Top 16. entre eles os atuaislideres do campeonato, o australianoDamien Hardman (12.246 pontos) eo americano Brad Gerlach (11.512),entram na água amanhã. As bateriasde ontem, disputadas por 71 surfistas— 60 deles brasileiros —, foram dis-puladas sob sol forte e com ondas demeio metro em média. Só á tarde éque o tempo ficou um pouco nubla-do

Trabalhadores do autddromo de Adelaide retirantm a placa com o nonie(ufprost aue estara sohre o ho v da bWrnri

„ I. p

Adelaide — Reuter

Trabalhadores do autódromo de Adelaide retiraram a placa com o nome de Prost que estava sobre o box da Ferrari

Piquet continua à espera Moreno continua sua lutaApesar do divórcio litigioso entre

Alain Prost e a Ferrari, o futuro de NelsonPiquet parece continuar atrelado ao dofrancês. Desde o GP de Portugal, quandotornaram-se mais insistentes os boatos deuma possível vaga na Ferrari, Piquet recu-sa-se a falar sobre seus planos, chegando airritar-se com a publicação de informaçõesde que estaria negociando com a equipeitaliana.

No Japão, Piquet admitiu que há doismeses vem mantendo contato com outraequipe e que tem 90% de chances dedisputar mais uma temporada. Apesar denão dar detalhes, tudo leva a crer que estaequipe é a Ligier, que ainda não definiu ocompanheiro do belga Thierry Boutsen.

Se a saída de Prost da Ferrari abre a

possibilidade de uma transferência para aequipe italiana — o que ele consideraopção interessante, "pois lá teria condi-ções de disputar o título" —, ela tambémpode fechar a porta da Ligier, que tem nofrancês o piloto ideal para sua equipenacionalista, com motor Renault e com-bustivel Elf.

Um integrante da cúpula ferraristaacha difícil a contratação do brasileiro,mas há indícios dc que em sua recentepassagem pelo Brasil Piquet teria conver-sado com setores de marketing da Fiat,proprietária da Ferrari, e detentora deuma das cotas publicitárias para a trans-missão de TV da próxima temporada parao país. Além das versões de uma visitasecreta á fábrica de Maranello. (F.E.)

Somente ao desembarcar na manhãde ontem em Adelaide é que RobertoMoreno teve certeza dc que voltaria apilotar um Fórmula 1 ainda este ano.Não pela Larrousse, como esperava, esim pela Minardi, na vaga deixada porMorbidelli, que substituirá Alain Prostna Ferrari. "Havia a possibilidade decorrer para a Larrousse (no lugar do EricBernard, que quebrou a perna num dostreinos no Japão), mas enquanto estavano avião aconteceu essa situação com oProst e o Morbidelli e acabei aqui", afir-mou Moreno, que á tarde já estava noboxe de sua terceira equipe este ano.acertando a posição do banco no cock-pit.

Ao embarcar em Mônaco, Moreno jásabia que perdera a vaga na Larroussepara Bertrand Gachot. Mesmo já tendo"dado como morta a situação este ano"e dedicando-se apenas a buscar uniaequipe para a próxima temporada, Mo-reno pôs na mala o velho macacão azuldos tempos de F 3000, Coloni e Euro-brun, que, sem nenhum patrocínio, "ser-ve para qualquer um".Desta vez ele não terá de pagar paraentrar na pista, como fez com a Jordanem Monza e Portugal, mas só depois deconversar pessoalmente com GiancarloMinardi é que saberá se terá algum pré-mio caso consiga terminar entre os quemarcam ponto ou completar a prova.(F.E)

I Frank acha difCcil ganhar o Mundial de Construtores AyrtOttSettnU"

^. 1

"Nigel Mansellé o único

piloto capazde vencer o

Ayrton Senna"

Dadá Figueiredo fez boa exibição mas foi eliminado

Hoje na Gávea

1» páreo às 19hj0m — 2.000fn(AREIA) CrS 430.000,00 —TRIEXATA/DUPLA-EXATAPflÊMIO GENGIS KHAN —. 1943Ambado, J. Ricardo 58 1Liniers. G. Euclides 54 23Não.M. Pinto 54 3My Tio, J. Pinto 58 4Etienne Navarro, G.F. Almeida 54 5Primo Pobre, C.G. Netto 54 62* páreo às 20 horas —1.1 OOm —(AREIA) Cr$ 430.000,00 —

TRIEXATA/DUPLA-EXATA PRÊMIOAYMORÉ—1044Enfadado 51 1Matutinus Pater, M. A. Santos. 51 2Ange Gardien, G. Euclides... 51 3four Victory, E.D. Rocha 56 4El Camilo. J.C. Castillo 51 5Ipuaçu, R. Antônio 53 6" Dear. J.l. Marina 58 73* Páreo às 20h30m — 1.300m(AREIA) CrS 860.000,00 —TRIEXATA/DUPLA-EXATA (INÍCIODO CONCURSO DE 7 PONTOS)PRÊMIO FRISSON —1045 (PÁREODE LEILÃO)Jonzales, J. Pinto 56 1Itinerário, E. R. Ferreiro 56 2Spot, M. Andrade 56 3Eleven Peiicans, M. A. Santos. 56 4Banker"s Pet. G. Euclides 56 5loiô, M. Almeida 56 6In The Moon, E. D. Rocha 54 7Adorato 56 8Campeão da West, C. Lavor. 56 910 Sextante, J. Ricardo 56 104* Páreo às 21 horas —1.1 OOm

(AREIA) CrS 430.000,00 —TRIEXATA/DUPLA-EXATA PRÊMIOEL MOROCCO — 1840tisoca, U. S. Ferreira 56 2Ukko. M. Andrade 58 3Rita-Flete, J. Ricardo 56 5SheikXila.G. Euclides 58 6Apito, J. Freire 58 76Last Month, J. Pinto 58 8El Boyero, F. Pereira F° 58 9Djebel Tarik, A. Machado F°. 58 1" Folastrelo, J. L. Marins 58 45* Páreo às 21h30m — 1.300m —

(AREIA) CrS 550.000,00 —TRIEXATA/DUPLA-EXATA PRÊMIOHALCY0H-10471 Paricá. D. F. Graça 58 12Botinha Veloz, G. Euclides... 56 2Mister Chapelante, M. Ribeiro. 58 3Rei Lear, R. Macedo 58 4Galiant Arabian, A. Ramos.... 58 5First Conection, Juarez Garcia 58 6Bolero Dancer, C. G. Netto.... 58 7Piazza Navona. U. S. Ferreira. 56 8

fl* Páreo às 22 horas«— 1.3OOm(Areia) CrS 070.000,00 —

TRIEXATA/DUPLA-EXATA PRÊMIOSCARAMOUCHE1948/1940Urubu Cantou, V. Xavier 57 1Grow Up. G. Souza 57 23Naykire, E.D. Rocha 57 34 Orlando Júnior, E.S.Rodrigues. 57 45Balacobaco, R. Rufino 57 5Infanto da Piedade. A. M. Filho.. 57 6Que Horse. E S. Gomes 57 7Hipólito, J. Freire 57 89JaliscoTour,J.Ricardo 57 97* Páreo às 22h30m — 1.200(Areia) Cr* 430.000,00 —TRIEXATA/DUPLA-EXATA PRÊMIOBAR—EL—QHAZAL—1950Zebedeu, U.S. Ferreira 54 1Mozinho, E.S. Gomes 56 2Zapt Vupt, S. Dornelles 54 3Tia da Luz, E.D. Rocha.,.. 52 4Scarpelli, Juarez Garcia 58 5Queen Madeleine, G. Euclides 56 67Limon,J.Ricardo....; 58 78Turcanio, R. Macedo 58 8Dow Jones, M B. Santos 58 9

8* Páreo às 23 horas -1.200 (Areia)CrS 430.000,00-

Triexata/Dupta-Exata PrêmioProsper-1951Grão Xará, R.MacedoKlatsch, R.AntònioApito, J.FreireMax Anu, J.RicardoNew-Fan, F.Pereira F8Diderot, M.B. SantosRaggio, M.SilvaElis Pimenta, M. Almeida"KeepOut, E.D. Rocha9* Páreo às 23h30m -1.1 OOm

(Areia) CrS 430.000,00-Trtaxata/Dupla-Exata PrêmioFlamboyant-1952Keni-lmperial, E.D. Rocha 56 1Good Machens. J.Ricardo 58 2Lady Away, G. Euclides ,56 .3Ribo-Flete, M. Pinto 58 45Nephalion. R. Antinio....; 58 5Tudor Raft, G. Souza 58 ,7.Hot Speed, J.L. Marins 56 8Marrio, M. Ribeiro 58 9Zapt Vupt, J.James 50 1010 Belo Fan, L.S. Santos 58 1211 Pioridad, J.Freire 56 1312 Geblier, M.B. Santos 56 6"Gal-Madnss, R.Rufino..: 56 11

Indicações

1" Páreo: Ambado D Primo Pobre ¦ MyTio2° Páreo: Ange Gardien ¦ Four Victory ¦ Dear3» Páreo: Adorato ¦ Sextante ¦ Campeão da West4o Páreo: Last Month ¦ Rita-Flete ¦ El Boyero5o Páreo: Rei Lear ¦ Paricá ¦ Bolero Dancer6o Páreo : Jalisco Tour ¦ Orlando Júnior ¦ UrubuCantou7° Páreo: Limon fl Turcânio D Zapt Vupt8» Páreo: New Fan ¦ Keep Out ¦ Max Anú9° Páreo : Ribô-Flete fl Good Machens ¦ Keni-lmperialAcumulada: 2°3 (Ange Gardien), 6"9 (Jalisco Tour) e 8°5(New Fan)

na Williams estáquestãotos. E acho que ambos estão muitofelizes em ficar aqui.Mas e se ele receber alguma outra ofer-ta? a....Ele tomou uma decisão c não vejorazão para mudarmos. Amanhã algopode acontecer, mas não creio. Nãoestou pensando nisso, posso assegurar-lhe. E acredito que Nigel também não.Será Mansell o único capaz de vencerSenna?Sem dúvida, sim.Mas Senna foi campeão sem ter o ine-lhor carro...Quem diz isso c a imprensa.O fato de Nigel Mansell aproveitar os(reinos ein Adelaide para testar o carrodc suspensão ativa significa que a equipejá está pensando mais cm 92 do que noatual Mundial dc Construtores?Não, achamos apenas que seria umaoportunidade muito útil para colocar ocarro ativo na pista ao mesmo tempoque o normal, com as McLarens e asFerraris. numa pista difícil, em condi-ções dc corrida.Com 11 pontos atrás da McLaren, em16 possíveis, o titulo de construtoresainda é alcançável?Está niuito difícil, mas não é impossi-vel. É preciso que aconteça com aMcLaren o que aconteceu conosco emSpa (quando ambos os carros quebra-ram. Mansell abandonou c Patrese,,chegou em quinto).(F.E)

fora de

desapontado com a renovação comMansell e Patrese?Meu único acordo com ele era quecontinuaríamos em contato. Ele se re-cusou a discutir uma palavra sequersobre 92 até estar pronto. Quandosoube das declarações dele à imprensafiquei surpreso, e muito ferido, porqueeu o adoro, acima dc tudo como pes-soa.Senna se queixou genericamente quantoà quebra dc contratos. O dc Mansellpara 92 ainda pode ser rompido?Não tenho intenção de trocar os pilo-

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JORNAL DO BRASIL Esportes quinta-feira, 31/10/91 n Io caderno ri 15

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Osjogadores do liotajogo sabetn que o adversaria na lulu jtcla Idea J\io e a I'lamengo

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•; v? s/"'' -;;: T'Vt> o FlamengoOs jogadores do Botafogo sabem que o adversário na lula pela Taça Rio

Edinho exige o título do returnoA nprHu ri#» trAc nnntnc noro (iniAc £¦«£.« •> >*y .tf ¦¦ '¦¦ v' >',> >W"->^a §§&"¦ ^ < jy./.wax.*&">&: ^k#C"cí$!S&?S&a#MSiMÍ®í^!M|Míffi3^&:*í®S3^£^A perda de três pontos para times

de Campos — empate com o Ameri-cano e derrota para o Goytacaz — foio limite do Fluminense na Taça Rio.Depois da reabilitação contra o SãoCristóvão, enfrenta hoje o Américade Três Rios, às I6h30, nas Laranjci-ras, sequer admitindo a hipótese deum empate. Vencer, custe o que eus-tar, é a ordem do técnico Edinho.

"Volto a dizer que o time carregaa grande vantagem de já estar classi-ficado para as finais. Devemos usá-laa nosso favor e não contra. Aindapodemos ganhar o returno e, conse-qüentemente, conquistar o Campeo-nato Estadual sem a necessidade departidas extras. Se não der, a meta ésomar o maior número de pontos (oFluminense tem 21, cinco a menosque Flamengo) para fazer a final con-tra apenas um adversário e ter a van-tagem do empate", explica Edinho., Artilheiro da equipe (ao lado deÉzio) com sete gols, Renato prometeum Fluminense igual ao do primeiroturno. "Vamos mostrar que não esta-mos acomodados. Não há sentido emganhar a Taça Guanabara, cair deprodução e chegar às finais sem moti-vação. Quem pensa que o Fluminensedesistiu da Taça Rio, está muito en-ganado", garante. Com os desfalquesde Marcelo Gomes, Marcelo Ribeiro(ambos contundidos) e Sandro (sus-penso por ter recebido o terceiro car-tão amarelo), Edinho manteve Leo-nel e deu nova oportunidade a Dago

Alaor Filhov

Jhainno ( C) nao admite sequer o empate no jogo de hoje contra o América de Três Riosno meio-de-campo, além de promover a estréia de Júlio na defesa.

Mais uma vez, Dago ganha achance de mostrar que sabe jogar demeia-direita e justificar a recusa ematuar na lateral, onde apareceu noCampeonato Brasileiro. "Preciso deuma partida inteira para provar queestou com a razão", diz ele. Júlio, de22 anos, contratado por empréstimoao Anapolina de Goiás com preço dopasse fixado em U$ 80 mil, luta por

um lugar no time. Ele lembra física-mente Válber, até na baixa estatura(l,75m), e é atleta de Cristo. "Os

jogadores goianos têm facilidade emse adaptar ao futebol carioca. Veja omeu ex-adversário Valdeir", cita.Cumprindo um acordo de cavalhei-ros, o América de Trcs Rios não esca-Ia hoje os jogadores emprestados peloFluminense — César Diniz, Juarez eRenato.

Fluminense America-TRRicnrdo Pinto 1 1 NenecaCarlinhos 2 2 EdevaldoJulio 3 3 MarceloEdmilson 5 -1 fidson LuisMarcelo Barreto 1 6 CesarPi res 6 5 SiniiloDago 8 8 GamaLeonel 10 lOGinoRibamarll 11 LeonardoRenato 7 7 QuarentinhaEzio 9 9 PiftoT6cnico: T6cnico:Edinho Raffaele Graniti

Local: laranjeiras. Horário: l(ih30.Juiz: Roinaldo Barros.

Herói em causa perdida

Torcida esconde

quem apanhouno Maracanazinho

Marcos Malafaia

Sentados em mesas da lanchone-

te da Gávea antes do jogo Fia-mengo x Itaperuna, ou gritando nasarquibancadas quando a bola já rola-va, a facção das torcidas organizadasidentificada por Raça Rubro-negramantinha ontem sua rotina. Nadaque lembrasse o que acontecera comum de seus integrantes há cinco dias,no Maracanazinho, durante o jogoVasco x Flamengo, de basquete. Aimagem do garoto que foi arrastadoarquibancada abaixo e pisoteado pelosarqui-inimigos vascainos está maispróxima de um troféu do que perdapara esses aficcionados torcedores.

"Onde está o Huguinho?", per-guntava um insistente repórter, semresposta. Hugo é o nome do protago-nista do massacre do Maracanazi-nho, cuja surra foi transmitida pelaTV. "Huguinho não vai aparecer. Eleé um herói e não vai dar entrevista

falando como apanhou", foi a pri-meira explicação dada ao jornalistadentro do grupo que veste Uniformesvermelhos, detalhes em preto e identi-Reação da facção 110 peito.."Ele mora em Icarai". deixou es-capar uma menina, de 1*7 anos. quefez questão de não dizer o nome,como todos os outros. !'Se deu malporque estava lá em cima da arqui-bancada, cantando provocações co-muns, e não quis correr quando oscovardes vieram. EnfreráõJ^Ójf tarassozinho e é um exemplo de coragem",detalhou outra amiga, de 16 anos,que estava na pancadaria^ chama decovardes os torcedores do Vasco.

O chefe da torcida, conhecido co-mo Bocão, se limitou a dizer que nãosabe o endereço do rapaz^e. esperavê-lo no jogo de domingb; ',ç:ontra oAmérica, de Três Rios! "A: imagemda torcida é o que importtfPF// Hchaque a gente vai jogar d Hugo aosleões e depois ouvir todo ;mundo di-zendo que a Raça é fraca.e.só sabeapanhar", comentou uni óútro' inte-grante, explicando que osjornalistas que, como eu; tentavamdescobrir algo aparentemente sim-pies: onde está o Huguinho?

Placar JB

FUTEBOLCopa da EuropaGrupo 6Grécia 2x0 FinlândiaClassificação: Holanda 11, Portugal 9, Grécia 7,Finlândia 6, Malta 1.Próximos jogos: 20/11 Portugal x Grécia, 4/12Grécia x Holanda, 22/12 Malta x Grécia.Copa da Itália(Oitavas-de-final, jogos de ida)Pisa 2x0 Genoa

Aberto de Paris(Dotação: USS 2 milhões)Segunda rodadaS Edberg (Sue-1) 6/0, 6/7 (1/7), 6/3 T. Hogstedl(Sue), B Becker (Ale-2) 6/2, 6M H. Skoff (Aul), N.Kulti (Sue) 6/3. 6/3 D Wheaton (EUA-10). P

Korda (Tch-9) 3/6, 6/4, 7/6 J. Stofleiíborg (AusfcD. Rostagno (EUA)-12) 6/3, 6/3 Y, Nbah (Fra)../VBoetsch (Fra) 7/5, 6/3 W. Ferreira (Afs), K. Nova-cek (Tch) 6/4, 6/4 M. Washington |EUA|, G. For-get (Fra-5) 6/3, 6/2 P. McEnroe (EUA); A: Volkov(URSS) 6/2, 2/6, 6/3 B. Gilbert (EUA-14). M,Chang (EUA-16) 7/6, 3/6, 7/6 R. Giibert (Fra). 0~'Camporese (Ita) 7/6, 3/6, 7/6 J. Hlàsek'(Sui). ¦ 'Próximos jogos: Edberg x Chang,. . , ji/M 2000 Junior's Cup . >aí>or . cc.(Rio de Janeiro) * .• ".714 anos, (eminino: T. Calazans (RJ) 6/2. 3/6, &MG„ Fernandes (SP), L. Biazoli (SP) GIZ 6/1 £Quiroga (RJ), J. Piumatti (SP) 7/5, 6/4 J: Biazoli(SP). Masculino: L. Nogueira (RJ) 6/0, .6/2 A.Amaral (GO), P. Bissoli (SP) 6/1, 6/0 M. Costa(BA). E. Freitas (SP) 6/3, 6/1 R. Alencar (GO) ¦ .-j12 anos, (eminino: C. Bruno (RJ) 6/J', 6/2 sMarine (GO), F. Cruz (RJ) 6/1, 7/S'C Móura (SPJÍV. Batista (SP) 6/2, 6/0 J Brito (RJ). Maacuhnô-D. Wajnberg (RJ) 6/1, 6/2 L Baistelo (SP) L.Bravo (RJ) 6/1, 6/1 S, Sportt (SP). B Puzzi (SP)6/1. 6/0 D. Borges (GO)

Vasco joga preocupado

com Botafogo em Campos

O Vasco entra em São Januário,hoje, às 2lh30, para enfrentar o Goi-tacás com as atenções voltadas paraCampos — onde seu próximo adver-sário, o Botafogo, estará enfrentandoo Americano. Além de estarem segu-ros de que não será muito difícil der-rotar o Goitacás, todos no clube tor-cerão como nunca para que oBotafogo perca pelo menos um pontocontra o Americano. Com tal combi-nação, os vascainos acreditam quesuas chances aumentam 110 jogo dedomingo. "Primcro temos que pensar110 Goitacás. Falam que é um jogofácil mas isso só vai se ver quandoacabar. O fundamental será manter-mos o ritmo o tempo todo. Marcan-do um gol, temos que continuar atrásdo segundo e do terceiro", afirmou otécnico Antônio Lopes.

A única novidade do time quevem aos trancos e barrancos no re-turno é a estréia do lateral Pimentel,19 anos, puxado dos juniores. Ontem,Lopes passou boa parte do treinoexplicando pacientemente ao jovemjogador o que quer dele a partir dehoje. Demonstrando humildade eenorme tranqüilidade, Pimentel ga-rantiu ter entendido tudo. "Ele estáconfiante e nem abordei o aspectopsicológico. Falei só sobre sua colo-cação", explicou o treinador.

O goleiro Carlos Germano, quejogou com Pimentel nos juniores, ga-

rantiu que ninguém está-preocupado-com a inexperiência doflluteral. "Liejoga muito, cruza bem e:tem um pre-iparo físico incrível. Vai áe dar muito'bem." Quem não ficou satisfeito coma situação foi Dedé, que vinha reve-sando com Rauli na posição e criti-cou a mudança, acrescentando que!"isso é uma humilhação para mim.'3Lopes demonstrava ontem preocupa-^ção com a participação de Bebeto no:amistoso entre Brasil x Iugoslávia.Geovani não começou jogando enwVarginha, mas Bebeto sim; e o técni-.co teme que ele chegue desgastado. «

O Vasco, 25 dias dcjiois de atuar110 Gabão, ainda não recebeu os USS50 mil que teria direito pelos doisamistosos. A diretoria continua ten-tando receber através do consuladobrasileiro no país.

Vasco Goitac&s \Carlos Germano 1 Jefferson , .Pimentel 2 MarcosJortfeLuls3 3 Paulo RobertoTorres •! 4 Fernando ,CtlssioG G AntAnio .'rbttuFrangaS 5IIbqii.-ini . »/Geovani 8 PimpoJho r.«William 11 lOGilmar '

Bismarck 7 Edu .8oralo 9 Dias. . . ,BebetolO 11 Pelica' 'T6cnico: T6cnico:Antdnio Lopes Sena

Local: Sdo Januário. Horário: 21h30. Juiz: Or-laudo Gomes Leonor. Arquibáncadii: Cr$ :imil. A rádio Tupi (1280 Klíz) tranfemite a parti-da.

Botafogo

Na briga pelo tricampeonato doRio de Janeiro, o Botafogo já detec-tou o seu concorrente na luta pelotitulo da Taça Rio, segundo turno doCampeonato Estadual, última chan-ce para chegar à decisão contra oFluminense, campeão do primeiroturno. "Será o Flamengo", anunciouo técnico Ernesto Paulo, respaldan-do-se no conhecimento que adquiriunos tempos de treinador dos junioresda Gávea.

Ernesto já percebe a ascensão dotime rubro-negro e, por isso, nãoadmite sequer um empate com oAmericano hoje à noite, no EstádioGodofredo Cruz, em Campos. "Pre-cisamos manter a diferença que nossepara e chegar em vantagem para oconfronto direto", advertiu ontem,antes da viagem da delegação.

Na visão do treinador, o gramadoruim, os er-ros da arbi-tragem e apressão datorcida ad-versária te-rão que sersuperadoshoje comtranqüilida-de e disposi-ção, asmaiores vir-

Ernesto Paulo tudes do

já sabe com

quem brigar

Marcelo Theobald — 25/10/91

Botafogo. "Não adianta discutir ouensaiar muita coisa. Os jogadores sãohabilidosos, estão entrosados e é du-rante a partida que o time define amelhor maneira de jogar", explicou.

Se Djair e Valdeir chegarem can-sados (estavam com a seleção brasi-leira, ontem, em Varginha), serãopoupados para a entrada de Sandro eVivinho, reservas imediatos. "Eles

foram muito bem no coletivo destasemana", elogiou.

O fato de a delegação retornarlogo após a partida, chegando ao Riojá pela manhã, foi discutido. Paracompensar o desgaste, os jogadoresfolgarão amanhã e só voltarão a trei-nar no sábado de manhã para en-frentar o Vasco no domingo. "Can-saço? Não podemos pensar nisso.Para nós a decisão do tricampeonatocomeça amanhã (hoje). Precisamosdos quatro pontos que disputaremosesta semana e não podemos nos aba-ter com nada".

Americano BotafogoZ6 Carlos 1 Ricardo CruzSerial nilo 2 Paulo RobertoParajii3 3 Gilaon JitderFhivio 4 V.-ilberPaulo Renato G JeffersonCarlos 5 Carlos A. SantosCdsar 8 Pln^oBranco 10 10 DJair (Sandro)Bahia 7 DiasLuisinho Lemos 9 ChicftoJecimarll 11 Valdeir (Vivinho)T6cnico: T6cnico:Fliivio Almeida Ernesto Paulo

Local: Estádio Godofredo Cruz (Campos). Ho-rário: 21h. Arbitro: Pedro Carlos B rega Ida. Asrádios Globo (1220 khz). Tupi (1280 khzl, T:i-moio (900 khz) e Record (1030 khz) transmllema partida.

Cruzeiro quer golear

o

Olímpia pela

Supercopá'BELO HORIZONTE — O Cruzeiro

começa a decidir hoje, às 21 h, no Minei-rão. contra o Olímpia, do Paraguai, asorte do futebol brasileiro na Supercopá.O clube mineiro sonha em repetir suaperformance na primeira versão da com-petição, há três anos, quando chegou áfinai (foi vice-campeão). Para atingir seuobjetivo, o Cruzeiro pretende deixar ocampo hoje com uma vitória por folgadamargem de gols, que lhe garanta umaboa vantagem para o segundo jogo, napróxima semana, em Assunção.

A maior preocupação do Cruzeiro é oexcesso de partidas, que vem desgastan-do os jogadores. Ontem de manhã, otécnico Enio Andrade levou um susto aochegar á Toca da raposa e encontrar doistitulares, Luís Fernando e Nonato, con-tundidos. Os dois acabaram treinandoapenas fisicamente, com o preparadorLuís lnarra, mas devem jogar.

Mesmo jogando em casa e precisandovencer, os cruzeirenses sabem que nãopodem descuidar-se. "O time deles temmuita velocidade. Precisaremos ter cui-dado com estas jogadas em velocidade",afirmou o zagueiro Paulão, um dos joga-dores mais regulares do time na Superco-pa. O Cruzeiro quer apagar também amá impressão deixada na derrota para oNacional, por 3 a 0, semana passada, emMontevidéu.

Romerito — Ídolo da torcida doFluminense por cinco anos, período emque ajudou o time a conquistar um bi-;ampeonato carioca e um título brasílei-ro, o atacante paraguaio Romerito devefazer hoje à noite, no Mineirão, contra oCruzeiro, sua primeira apresentação no

Belo Horizonte — Waldemar Sabiop

Romerito- saudades doBrasil desde que deixou o tricolor, há}dois anos. Contratado há um .mês para]disputar, a princípio, apenas partidas in-jternacionais, Romerito ainda sente sau-jdades do Fluminense e do Rio de janeiro.i

Cruzeiro: Paulo César, Zelão, Pau-Ílão, Adilson e Nonato; Ademir. Boiadei-fro e Luís Fernando; Tilicp,,.Charles e)Murquinhos. Olímpia: BatagljajCáceres.JRamirez, Delgado e Suarez; B;|lbuena,iGuash, Jara e Guirland; Sanábria e Ga-!briel Gonzalez. Juiz: Carlos Torres (Co-jlómbia). j

Oncins é o novo número 1 do Brasil

José Emílio Aguiar

BÚZIOS - Com a vitória sobre ofrancês Olivier Delaitre por 7/6 e 6/4 nasegunda rodada do ATP Kolynos Cup,em Búzios, o paulista Jaime Oncins, de

,21 anos, passa a ser o tenista númeroum do Brasil. Oncins, atualmente no98o' lugar, deve assumir a 90a ou 91aposição no ranking mundial, a ser di-vulgado segunda-feira pela Associaçãodos Tenistas Profissionais. Ele ultrapas-sa, assim, Luiz Mattar, que deve cair da-96-a para além da centésima colocação."Ser o número um do Brasil nãomuda nada na minha cabeça", diz On-cins, acrescentando que seu objetivo notorneio é jogar bem e ir o mais longepossível. Frio dentro e fora da quadra,Oncins mostra um lado perfeccionistaao afirmar que, mesmo tendo derrotadoo 42° jogador do ranking, venceu maisna base da garra: "Estava com um pia-car adverso de 5 a 2 no tie-break doprimeiro set e consegui virar".

Oncins não acha que esteja no me-lhor momento de sua carreira. Em ju-nho, chegou a ocupar a 82a posição doranking, mas um pequeno acidente odeixou um mês fora das quadras. Desdecriança despontou como grande pro-messa do tênis brasileiro. Ganhou doiscampeonatos mundiais, aos 10 e 12 anos,três brasileiros e um sul-americano. Esteano, seus melhores resultados foram asvitórias no Challenger Bancesa Class, noPinheiros, em São Paulo, e contra o ame-ricano David Wheaton, atual 16" domundo. Chegou ainda á terceira rodadado Aberto da Austrália.

Resultados — Oncins é o únicobrasileiro que permanece no ATP TourKolynos Cup. Fernando Roese e JoséAmin Daher foram eliminados, ontem,respectivamente, pelos espanhóis Fran-cisco Clavet (6/2 e 6/2) e Jordi Arrese(7/6. 1/6 e 6/4). O alemão Markus Zoec-ke derrotou o canadense Daniel Nestorpor 6/3 e 6/2 e agora enfrentará Oncins.Outros jogos: Thomas Muster (Aut) 6/4e 6/4 Andrez Gomes (Equ); Juvier San-chez (Esp) 2/6, 6/2 e 7/5 Luiz Herrera(Mex); Francisco Roig (Esp) 6/2 e 6/1Paul Haarhuis (Hol); Guilherme PerezRoldan (Arg) 6/4, 6/7 e 6/2 Carlos Costa(Esp).

Búzios, RJ — J.B.Salagado/Simon Press

Oncins, em excelente forma, é o único brasileiro que permanece no ATP Cup

Cortes no vôleiO técnico da seleção brasileira infan-to-juvenil de vôlei masculino, o mineiro

Marcos Lerbach, anunciou ontem, emBelo Horizonte, as duas primeiras dis-pensas no grupo que se prepara para adisputa do Campeonato Mundial da ca-tegoria. em dezembro, em Portugal: oatacante Digào, do Banespa, e o meio derede Carlos Magno, do Fiat Minas.

O grupo ficou reduzido a 15 jogado-res e o treinador ainda tera de fazer trêscortes antes da competição. A seleçãoinfanto-juvenil está treinando em BeloHorizonte desde o dia Io de outubro. Apartir da próxima semana, a equipe co-meçará a realizar amistosos preparativoscontra times mineiros.

Radicais no Guarujá SeleçOs principais nomes do bodyboard

nacional estarão mostrando sua radicali-dade neste final de semana na Praia doTombo, no Guarujá, na disputa do OpenFrutare, válido pela segunda etapa doCampeonato Brasileir. O torneio seráaberto hoje com a série de baterias classi-ficatórias da categoria amadora. No sá-bado. entram os profissionais.

Entre os nomes confirmados para asegunda etapa destacam-se GuilhermeTámega, Paulo Estcves, Marcelo Siquei-ra, Adilson Chumbinho Júnior, Alexan-dre Pontes, no masculino e Daniela Frei-ias. Stephanie Petersen, Carla Fontes,Glenda Koslowski, Claudia Ferrari. Lei-Ia Ali e as irmãs Mariana e IsabellaNocueira, no feminino.

ao no arPreocupada com a classificação da

equipe para a próxima fase do campeo-nato paulista, a diretoria do Bragantinotratou de garantir as presenças do técni-co Carlos Alberto Parreira e do volanteMauro Silva na partida de hoje á noite,contra o Novorizontino. em Novo Hori-zonte, a 425 quilômetros da Capital.

Para que Parreira chegue a tempo deorientar a equipe loi alugado um heli-cóptero. Depois de um péssimo inicio nacompetição, hoje o Bragantino pode so-nhar com o bicampeonato: O Guarani,na luta pela classificação, também vaialugar um avião para garantir a volta dogoleiro Carlos, para o clássico contra oPalmeiras, no Parque Antártica.

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JORNAL DO BRASIL Esportes 2a Edição ? quinta-feira, 31/10/91 n l°caderno ? 15

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Oncins, em excelente forma, e o iinico brasileiro que permanece no ATP Cup

exige o tiiuio ao reiurnu( Alaor Filho

Edinlw (C) nao admite seqii^r o empate no jogo de hoje contra o America de Tres Rios

Marcelo Theobald — 25/10/91

Os jogadores do BotaJ'ogo sabem que o adversdrio na luta pela Taqa Rio e o Flamengo

Humeri to. saudades do Flu

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Òs jogadores do Botafogo sabem que o adversário na luta pela Taça Rio é o 1' íamengo

Astros da sinucaO Clube Federal vai receber, a partir

de amanhã, os 32 melhores jogadores desinuca do país para o 1 Torneio Kaiserde Sinuca. Ao lado dos conhecidos RuiChapéu, Jesus, Roberto Carlos, Jairzi-nho e Heitor, 27 sinuqueiros, indicadospelas federações de São Paulo, MinasGerais, Paraná, Rio de Janeiro, Goiás eBrasília, estarão concorrendo ao pré-mio de USS 2 mil para o primeiro colo-cado. Também serão premiados os jo-gadores que chegarem em 2o, 3° e 4olugares, além do autor da maior tacadacontinua — que receberá um troféu.Um salão do clube foi especialmentepreparado para o torneio, com a colo-cação de duas mesas para os jogos e trêspara treinos. O ingresso será gratuito.

Radicais no GuarujáOs principais nomes do bodyboard

nacional estarão mostrando sua radicali-dade neste final de semana na Praia doTombo, no Guarujá, na disputa do OpenFrutare, válido pela segunda etapa doCam. eonato Brasileir. O torneio seráaberto hoje com a série de baterias classi-ficatórias da categoria amadora. No sá-bado, entram os profissionais.

Entre os nomes confirmados para asegunda etapa destacam-se GuilhermeTámega, Paulo Esteves, Marcelo Siquei-ra, Adilson Chumbiiilw Júnior, Alexan-dre Pontes, no masculino e Daniela Frei-tas, Stephanie Petersen. Carla Fontes,Glenda Koslowski. Claudia Ferrari. Lei-Ia Ali e as irmãs Mariana e IsabellaNogueira, no feminino.

Judô paga alto Os judocas do Flamengo começam a

sentir a crise financeira que o clube atra-vessa. Este ano, os dirigentes não vãopagar a taxa de exame de faixa que seusatletas farão no próximo dia 5. Por sinalé uma taxa salgada. A Federação estácobrando de quem pretende chegar afaixa preta CrS 110 mil. sendo CrS 55 miljá na segunda-feira.

Na intimidadeMaradona festejou ontem mais um

aniversário: completou 31 anos. Foiuma festa sem o estardalhaço de antes:um churrasco privado em Esquina, ci-dade onde costuma pescar, só na com-panhia de familiares.

Plagar JB

FUTEBOLCopa da EuropaGRUPO 3Hungria 0x0 NoruegaClassificação: URSS 11, Noruega e Hungria 8,Itália 7. Chipre 0. Próximos jogos: 13/11 Itália xNoruega e Chipre x URSS, 21/12 Itália x Chipre.GRUPO 6Grécia 2x0 FinlândiaClassificação: Holanda 11, Portugal 9, Grécia 7,Finlândia 6, Malta 1. Próximos jogos: 20/11 Por-tugal x Grécia, 4/12 Grécia x Holanda, 22/12Malla x Grécia.Copa da Itália(Oitavas-de-final, jogos de ida)Pisa 2x0 Genoa

TÊIMISAberto de Paris(Dotação: USS 2 milhões)Segunda rodada

Edinho exige o título do returnoAlaor Filho

A perda de três pontos para timesde Campos — empate com o Ameri-cano e derrota para o Goytacaz — foio limite do Fluminense na Taça Rio.Depois da reabilitação contra o SãoCristóvão, enfrenta hoje o Américade Três Rios, às I6h30, nas Laranjei-ras, sequer admitindo a hipótese deum empate. Vencer, custe o que eus-tar, c a ordem do técnico Edinho.

"Volto a dizer que o time carregaa grande vantagem de já estar classi-ficado para as finais. Devemos usá-laa nosso favor e não contra. Aindapodemos ganhar o returno e, conse-qüentemente, conquistar o Campeo-nato Estadual sem a necessidade departidas extras. Se não der, a meta 6somar o maior número de pontos (oFluminense tem 21, cinco a menosque Flamengo) para fazer a final con-tra apenas um adversário e ter a van-tagem do empate", explica Edinho.

Artilheiro da equipe (ao lado deÉzio) com sete gols, Renato prometeum Fluminense igual ao do primeiroturno. "Vamos mostrar que não esta-mos acomodados. Não há sentido emganhar a Taça Guanabara, cair deprodução e chegar às finais sem moti-vaçào. Quem pensa que o Fluminensedesistiu da Taça Rio, está muito en-ganado", garante. Com os desfalquesde Marcelo Gomes, Marcelo Ribeiro(ambos contundidos) e Sandro (sus-penso por ter recebido o terceiro car-tão amarelo), Edinho manteve Leo-nel e deu nova oportunidade a Dago

: —- .Edinho (C) não admite sequer o empate no jogo de hoje contra o América de 1 res Rios

no meio-de-campo, além de pronto-ver a estréia de Júlio na defesa.

Mais uma vez, Dago ganha achance de mostrar que sabe jogar demeia-direita e justificar a recusa ematuar na lateral, onde apareceu noCampeonato Brasileiro. "Preciso deuma partida inteira para provar queestou com a razão", diz ele. Júlio, de22 anos, contratado por empréstimoao Anapolina de Goiás com preço dopasse fixado em US 80 mil, luta por

um lugar no time. Ele lembra física-mente Válber, até na baixa estatura(l,75m), e é atleta de Cristo. "Os

jogadores goianos têm facilidade emse adaptar ao futebol carioca. Veja omeu ex-adversário Valdeir", cita.Cumprindo um acordo de cavalhei-ros, o América de Três Rios não esca-la hoje os jogadores emprestados peloFluminense — César Diniz, Juarez eRenato.

Fluminense America-TRRicardo Pinto 1 NenocaCarlinhos 2 EdevaldoJulio 3 Marcelo

Edmilson 1 fcdson LuisMarcelo Barroto 6 Cosar

Pires 5 Sim;\oDago 8 GaniaLeonel 10 10 GinoRibamur 11 11 LeonardoRenato 7 QuarentinhaEzio 9 PiaoT6cnico: Tdcnico:Edinho Raffaele GranitiLocal: Laranjeiras. Horário: 16h30.Juiz: Reinaldo Barros.

Herói em causa perdida

Torcida esconde

quem apanhouno Maracanãzinho

Marcos Malafaia

Sentados em mesas da lanchone-

te da Gávea antes do jogo Fia-mengo x ltaperuna, ou gritando nasarquibancadas quando a bola já rola-va, a facção das torcidas organizadasidentificada por Raça Rubro-negramantinha ontem sua rotina. Nadaque lembrasse o que acontecera comum de seus integrantes há cinco dias,no Maracanazinho, durante o jogoVasco x Flamengo, de basquete. Aimagem do garoto que foi arrastadoarquibancada abaixo c pisoteado pelosarqui-inimigos vaseaínos está maispróxima de um troféu do que perdapara esses aficcionados torcedores.

"Onde está o Huguinho?", per-guntava um insistente repórter, semresposta. Hugo é o nome do protago-nista do massacre do Maracanazi-nho, cuja surra foi transmitida pelaTV. "Huguinho não vai aparecer. Eleé um herói e não vai dar entrevista

falando como apanhou", foi a pri-meira explicação dada ao jornalistadentro do grupo que veste uniformesvermelhos, detalhes em preto e identi-Reação da facção no peito."Ele mora em Icarai", deixou es-capar uma menina, de 17 anos, quefez questão de não dizer o nome,como todos os outros. "Se deu malporque estava lá em cima da arqui-bancada, cantando provocações co-muns, e não quis correr quando oscovardes vieram. Enfrentou os carassozinho e é um exemplo de coragem",detalhou outra amiga, de 16 anos,que estava na pancadaria e chama decovardes os torcedores do Vasco.

O chefe da torcida, conhecido co-mo Bocão, se limitou a dizer que nãosabe o endereço do rapaz e esperavê-lo no jogo de domingo, contra oAmérica, de Três Rios. "A imagemda torcida é o que importa. Tu achaque a gente vai jogar o Hugo aosleões e depois ouvir todo mundo di-zendo que a Raça é fraca e só sabeapanhar", comentou um outro inte-grante, explicando que leões são osjornalistas que, como eu, tentavam •descobrir algo aparentemente sim-pies: onde está o Huguinho?

José Emílio Aguiar

Oncins é o novo número 1 do BrasilBúzios, RJ — J.B.Salagado/SImon Press

BÚZIOS - Com a vitória sobre ofrancês Olivier Delaitre por 7/6 e 6/4 nasegunda rodada do ATP Kolynos Cup,em Búzios, o paulista Jaime Oncins, de21 anos, passa a ser o tenista númeroum do Brasil. Oncins, atualmente no98° lugar, deve assumir a 90a ou 91aposição no ranking mundial, a ser di-vulgado segunda-feira pela Associaçãodos Tenistas Profissionais. Ele ultrapas-sa. assim, Luiz Mattar, que deve cair da96a para além da centésima colocação."Ser o número um do Brasil nãomuda nada na minha cabeça", diz On-cins, acrescentando que seu objetivo notorneio é jogar bem e ir o mais longepossível. Frio dentro e fora da quadra,Oncins mostra um lado perfeccionistaao afirmar que, mesmo tendo derrotadoo 42° jogador do ranking, venceu maisna base da garra: "Estava com um pia-car adverso de 5 a 2 no tie-break doprimeiro sei e consegui virar".

Oncins não acha que esteja no me-lhor momento de sua carreira. Em ju-nho, chegou a ocupar a 82a posição doranking, mas um pequeno acidente odeixou um mês fora das quadras. Desdecriança despontou como grande pro-messa do tênis brasileiro. Ganhou doiscampeonatos mundiais, aos 10 e 12 anos,três brasileiros e um sul-americano. Esteano, seus melhores resultados foram asvitórias no Challenger Bancesa Class, noPinheiros, em São Paulo, e contra o ame-ricano David Wheaton, atual 16" domundo. Chegou ainda á terceira rodadado Aberto da Austrália.

Resultados — Oncins é o únicobrasileiro que permanece no ATP TourKolynos Cup. Fernando Roese e JoséAmin Daher foram eliminados, ontem,respectivamente, pelos espanhóis Fran-cisco Clavet (6/2 e 6/2) e Jordi Arrese(7/6, 1/6 e 6/4). O alemão Markus Zoec-ke derrotou o canadense Daniel Nestorpor 6/3 e 6/2 e agora enfrentará Oncins.Ouiros jogos: Thomas Muster (Aut) 6/4e 6/4 Andrez Gomes (Equ): Javier San-chez (Esp) 2/6, 6/2 e 7/5 Luiz Herrera(Mex); Francisco Roig (Esp) 6/2 e 6/1Paul Haarhuis (Hol): Guilherme PerezRoldan (Arg) 6,4, 6/7 e 6,2 Carlos Costa(Esp).

S. Edberg (Sue-1) 6/0, 6/7 (1/7), 6/3 T. Hogstécft(Sue), B. Bocker (Ale-2) 6/2,6/4 H. Skoff (Aut),"N.Kulti (Sue) 6/3. 6/3 D. Wheaton (EUA-10). RKorda (Tch-9) 3/6, 6/4, 7/6 J. Stoltenberg (Aus),D. Roslagno (EUA)-12) 6/3, 6/3 Y. Noah (Fra). A.Boetsch (Fra) 7/5, 6/3 W. Ferreira (Ais), K. Noy$l-cek (Tch) 6/4, 6/4 M. Washington (EUA), G. For-get (Fra-5) 6/3, 6/2 P. McEnroe (EUA), A. Volkov(URSS) 6/2, 2/6, 6/3 B. Gilbert (EUA-14), W.Chang (EUA-16) 7/6, 3/6, 7/6 R. Gilbert (Fra), 0_Camporese (Ita) 7/6, 3/6, 7/6 J. Hlasek (Sui).M 2000 Junior's Cup(Rio de Janeiro)14 anos, feminino: T. Calazans (RJ) 6/2, 3/6, 6/1G„ Fernandes (SP), L. Biazoli (SP) 6/2, 6/1 C.Quiroga (RJ), J. Piumatti (SP) 7/5, 6/4 J. Biazáii(SP). Masculino: L. Nogueira (RJ) 6/0, 6/2 AAmaral (GO), P. Blssoli (SP) 6/1, 6/0 M. Costa(BA), E. Freitas (SP) 6/3, 6/1 R. Alencar (GO) —12 anos, lemlnino: C. Bruno (RJ) 6/1, 6/2 S.Marine (GO), F. Cruz (RJ) 6/1, 7/5 C, Moura (SP),V. Batista (SP) 6/2, 6/0 J. Brito (RJ). Masculino:"D. Wajnberg (RJ) 6/1, 6/2 L Baistelo (SP), L:Bravo (RJ) 6/1, 6/1 S, Sportt (SP), B. Puzzi (SP)6/1, 6/0 D. Borges (GO)

Oncins, em excelente forma, é o único brasileiro que permanece no ATP Cup

Vasco joga preocupado

com Botafogo em Campos

O Vasco entra em São Januário,hoje, às 2lh30, para enfrentar o Goi-tacás com as atenções voltadas paraCampos — onde seu próximo adver-sário, o Botafogo, estará enfrentandoo Americano. Além de estarem segu-ros de que não será muito difícil der-rotar o Goitacás, todos no clube tor-cerão conio nunca para que oBotafogo perca pelo menos um pontocontra o Americano. Com tal combi-nação, os vaseaínos acreditam quesuas chances aumentam no jogo dedomingo. "Primcro temos que pensarno Goitacás. Falam que é um jogofácil mas isso só vai se ver quandoacabar. O fundamental será manter-mos o ritmo o tempo todo. Marcan-do um gol, temos que continuar atrásdo segundo e do terceiro", afirmou otécnico Antônio Lopes.

A única novidade do time quevem aos trancos e barrancos 110 rc-turno é a estréia do lateral Pimentel,19 anos, puxado dos juniores. Ontem,Lopes passou boa parte do treinoexplicando pacientemente ao jovemjogador o que quer dele a partir dehoje. Demonstrando humildade eenorme tranqüilidade, Pimentel ga-rantiu ter entendido tudo. "Ele estáconfiante e nem abordei o aspectopsicológico. Falei só sobre sua colo-cação", explicou o treinador.

O goleiro Carlos Germano, quejogou com Pimentel nos juniores, ga-

rantiu que ninguém está preocupadocom a inexperiência do lateral. "Ele

joga muito, cruza bem e tem 11111 prer.paro físico incrível. Vai se dar muito,bem." Quem não ficou satisfeito coma situação loi Dedé, que vinha reve-sando com Rauli na posição e criti-cou a mudança, acrescentando que"isso é uma humilhação para mim."Lopes demonstrava ontem preocupa-ção com a participação de Bebeto 110amistoso entre Brasil x Iugoslávia.Geovani não começou jogando emVarginha, mas Bebeto sim, e o técni-co teme que ele chegue desgastado.

O Vasco, 25 dias depois de atuarno Gabão, ainda não recebeu os USS.50 mil que teria direito pelos doisamistosos. A diretoria continua ten-tando receber através do consuladobrasileiro 110 país.

Vasco GoitacásCarlos Germano 1Pimentel 2Jorge Luís 3Torres 1C.issio 6França 5Geovani 8William 11Bismarek 9Sorato7Bebeto 10Técnico:Antônio Lopes

JeffersonMarcosPaulo Roberto•1 FernandoAntônio José5 ílsonPimpolho10 GilmarEduDias11 PolioaTécnico:SenaLocal: Sáo Januário. Horário: 21h30. Juiz: Or-lando Gomes Leonor. Arquibancada: CrS 3mil. A rádio Tupi 11280 Khz) transmite a parti-da.

Cruzeiro quer golear

o

Olímpia pela

Supercopa

BI-LO HORIZONTH — O Cruzeirocomeça a decidir hoje, às 21 h, no Minei-rão, contra o Olímpia, do Paraguai, asorte do futebol brasileiro 11a Supercopa.O clube mineiro sonha em repetir suaperformance na primeira versão da com-petição, há três anos, quando chegou àfinal (foi vice-campeão). Para atingir seuobjetivo, o Cruzeiro pretende deixar ocampo hoje com uma vitória por folgadamargem de gols, que lhe garanta umaboa vantagem para o segundo jogo, napróxima semana, em Assunção.

A maior preocupação do Cruzeiro é oexcesso de partidas, que vem desgastan-do os jogadores. Ontem de manhã, otécnico Ênio Andrade levou um susto aochegar à Toca da raposa e encontrar doistitulares, Luís Fernando e Nonato, con-tundidos. Os dois acabaram treinandoapenas fisicamente, com o preparadorLuís lnarra, mas devem jogar.

Mesmo jogando em casa e precisan-do vencer, os cruzeirenses sabem quenão podem descuidar-se. "O time delestem muita velocidade. Precisaremos tercuidado com estas jogadas em velocida-de", afirmou o zagueiro Paulão, um dosjogadores mais regulares do time naSupercopa. O Cruzeiro quer apagartambém a má impressão deixada naderrota para o Nacional, por 3 a 0,semana passada, em Montevidéu.

Romerito — ídolo da torcida doFluminense por cinco anos, período emque ajudou o time a conquistar um bicam-peonato carioca e 11111 titulo brasileiro, oatacante paraguaio Romerito deve fazerhoje à noite, no Mineirào, contra o Cru-zeiro, sua primeira apresentação 110 Brasildesde que deixou o tricolor, há dois anos.

Contratado há um mês para disputar, a,princípio, apenas partidas internacionais, -Romerito ainda sente saudades do Flumi-nense e do Rio de janejro. "Sempre voutorcer pelo Fluminense. É um time do qual >;gosto muito", afirmou o jogador.

Cruzeiro: Paulo César, Zelão, Paulão/Adilson e Nonato; Ademir, Boiadeiro e'Luís Fernando; Tilico. Charles e Marqui- 'nhos. Olímpia: Bataglia, Cáceres, Rami-rez. Delgado e Suarez; Balbuena, Guasli,Jara e Guirland: Sanábria e Gabriel G011-zalez. Juiz: Carlos Torres (Colômbia).

Ontem, em Buenos Aires, o RiverPlate derrotou o Penarol por 2 a 0, 11aprimeira partida das semifinais.

Botafogo

Na briga pelo tricampeonato doRio de Janeiro, o Botafogo já detec-tou o seu concorrente na luta pelotítulo da Taça Rio, segundo turno doCampeonato Estadual, última chan-ce para chegar à decisão contra oFluminense, campeão do primeiroturno. "Será o Flamengo", anunciouo técnico Ernesto Paulo, respaldan-do-se no conhecimento que adquiriunos tempos de treinador dos junioresda Gávea.

Ernesto já percebe a ascensão dotime rubro-negro e, por isso, nãoadmite sequer um empate com oAmericano hoje à noite, no EstádioGodofredo Cruz, em Campos. "Pre-

cisamos manter a diferença que nossepara e chegar em vantagem para oconfronto direto", advertiu ontem,antes da viagem da delegação.

Na visão do treinador, o gramadoruim, os er-ros da arbi-tragem e apressão datorcida ad-versaria te-rão que sersuperadoshoje comtranqüilida-de e disposi-ção, as

1 maiores vir-Ernesto Paulo tudes d O

já sabe com

quem brigar

Marcelo Theobald — 25/10/91

Botafogo. "Não adianta discutir ouensaiar muita coisa. Os jogadores sãohabilidosos, estão entrosados e é du-rante a partida que o time define amelhor maneira de jogar", explicou.

Se Djair e Valdeir chegarem can-sados (estavam com a seleção brasi-leira, ontem, em Varginha), serãopoupados para a entrada de Sandro eVivinho, reservas imediatos. "Eles

foram muito bem no coletivo destasemana", elogiou.

O fato de a delegação retornarlogo após a partida, chegando ao Riojá pela manhã, foi discutido. Paracompensar o desgaste, os jogadoresfolgarão amanhã e só voltarão a trei-nar no sábado de manhã para en-frentar o Vasco no domingo. "Can-

saço? Não podemos pensar nisso.Para nós a decisão do tricampeonatocomeça amanhã (hoje). Precisamosdos quatro pontos que disputaremosesta semana e não podemos nos aba-ter com nada".

Americano BotafogoZ6 Carlos 1 Ricardo CruzSeiKinho 2 Paulo Roberto

Pa raj u 3 Gilson JAderFlAvio 4 Villber

Paulo Renato 6 J6ffersonCftrlos 5 Carlos A. SantosCesar 8 Pin^oBranco 10 10 Djair (Sandro)Baliia 7 DiasLuisinho Lemos 9 ChicftoJeeimar 11 11 Valdeir (Vivinho)Ticnico: T^cnico:Fldvio Almeida Ernesto Paulo

Local: Estádio Godofredo Cruz (Campos). Ho-rário: 21h. Arbitro: Pedro Carlos Bregalda. Asrádios Globo (1220 khz). Tupi (1280 khz). Ta-molo (900 khz) c Itecoid (1030 khz) transmitema partida.

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Flamengo pode

ir à justiça

civil contra Fifa

A 1 ila Mispendcu ontem o Flamen-go para iodas as atividades de futebolcm nivci internacional, pelo fato de oclube ter recorrido á justiça comum pe-iluulo a anulação da eleição do presi-dente da C BI Ricardo Teixeira. A pu-nição. conumicada ao clube através deum Ia/ por intermédio da CBF, deverádurar enquanto o Flamengo não retirara ação dos tribunais civis e impede oFlamengo de disputar jogos fora dopais.

Mesmo sabendo da punição da Fifa,o presidente Márcio Braga chegou 011-tem ao clube muito calmo e dizendoque não loi pego de surpresa. "Agoravamos reunir o corpo jurídico do clubec acionar nosso advogado em Zurique.Minha opinião é que devemos entrar najustiça comum da Suíça contra esta de-cisão arbitrária e fascista", comentou.O presidente também informou que oFlamengo já apresentou á 35a Vara Cí-vel do Rio réplica do processo que mo-\e contra a reeleição do presidente Ri-caído Teixeira na CBF, deixando tudopronto para a sentença. "Pode ser dada,em F instância, imediatamente".

Fm Varginha. o presidente da CBF,Ricardo Teixeira, disse que "MárcioBraga está se julgando um Dom Quixo-te e cometendo uma irresponsabilidadecontra a torcida e os conselheiros doFlamengo. E eu. como conselheiro etorcedor, lamento isso". E acrescentou:

"Para que tudo volte ao normal, bastao Flamengo retirar a ação da Justiçacomum. Se não o ll/er. ficará suspensoo resto da vida".

A primeira reação do Flamengo foienviar através de fax uma contestação ádecisão da Fila. O advogado HeitorTigre redigiu um documento c enviou aZurique, para Max Roesler, tambémadvogado e representante do clube nacidade suíça, para que seja entregue áentidade internacional. O Flamengo vaimanter exatamente a posição que tinhaantes da punição, só que agora não hásequer condição para retirada da açãoda justiça. "Antes

queria a formação deum juízo arbitrai. Agora, não vejo co-1110. Enquanto o processo não for julga-do. vamos esgotar todas as possibilida-des dentro das leis brasileiras, que nosprotegem."

Quanto aos prejuízos do clube, pornão participar de competições interna-cionais, o presidente garantiu que nãoserão grandes. Segundo ele. havia ape-nas dois jogos marcados para o Senc-gal, no início de dezembro, que rende-riam ao clube aproximadamente USS30 mil. "Até meados de 1992 não temosparticipação em nenhuma competiçãointernacional e sequer contratos paraamistosos. Ficaremos sem marcar ne-nhum amistoso até que seja julgada aação, temos paciência e a a causa éjusta".

João Corquoira

Gaúcho J'vz o terceiro do 1<lamengo e firmou-se na liderança dos artilheiros do campeonato com 12 gols

Opiniões

Furico Miranda, vice-presidente de lute-üòl do Vasco: "Vamos sugerir aos de-mais clubes do Rio que, enquanto durara punição, nós também não participare-Utos de competições internacionais".Y;il(|iiir Cimentei, vice-presidente de fute-boi do Fluminense: "O Fluminense nãotem nada a ver com o Flamengo. Nahora de começar a guerra, não quis con-sultar ninguém. Agora, que agüente asconseqüências".EUinlio. técnico do Fluminense: "O Fia-íflengo pode até ter suas razões, isto eunão quero discutir. O que ele não poderiafazer é comprar briga com a Fifa, umaentidade séria".Renato, atacante do Fluminense: "Nessabriga de dirigentes, quem perde, outravez. é o futebol brasileiro. Depois se

perguntam por que o torcedor está au-sente dos estádios".Afonso 1'aulino. presidente do Atlético-MG: "Errou o Márcio Braga e errou aCBF. O Márcio Braga por recorrer áJustiça Comum e a CBF por antecipar aseleições. Não entendo é a punição daFIFA. Suspende o Flamengo até que oclube retire a ação. Ai acaba. Se a FIFAdecidiu que o Flamengo merece uma pu-nição. deveria punir para valer, dizendoo Flamengo está impedido de disputarpartidas internacionais por um ano. Essadecisão da FIFA demonstra que as duaspartes estavam erradas".Eduardo Farah. presidente da FederaçãoPaulista de Futebol: "Somos contra umclube buscar a Justiça Comum para rc-solver questões da Justiça Desportiva".

Enquanto os dirigentes e advogadosdiscutiam ações, punições e processos,os jogadores do Flamengo não perdiamtempo. Mostrando a disposição do timeem conquistar a Taça Rio e uma conse-qiiente vaga para a disputa do tituloestadual com o Fluminense, golearam oItaperuna, na Gávea, por 3 a 0 — golsde Paulo Nunes. Marcelinho e Gaúcho.Só quem não se mostrou disposto foi otorcedor. Apenas 982 pessoas assisti-ram à partida, numa tarde em que otime rubro-negro não fez. uma apresen-tação espetacular, mas também nãoprecisou se esforçar para derrotar o frá-gil adversário.

O jogo se decidiu ainda no primeirotempo. Depois de um inicio lento epouco criativo — sentiu a falta de Jú-

Vitória sobre Itaperuna mantém esperançanior —. o Flamengo tomou conta donieio-campo e passou a criar oportuni-dades. Aos 32 minutos. Zinho cruzou eGaúcho, dentro da pequena área, errouo chute. Um minuto depois, o própriocentroavante cabeceou forte, o goleiroPacato defendeu e a bola sobrou paraPaulo Nunes, que emendou forte e semdefesa. O segundo gol foi aos 45 minu-tos. Depois de um cruzamento de PauloNunes, Zinho chutou na trave e Marce-linho aproveitou a sobra, tocando decabeça. Dois a zero e o jogo definido.

No segundo tempo, o Flamengoapenas administrou o placar. Mesmoassim, conseguiu fazer mais um gol.através de Gaúcho, de cabeça, depoisde cobrança de escanteio por Marceli-

nho. Houve outras oportunidades cia-ras de gols. sem êxito. Por sua vez. oItaperuna mal conseguia chegar á árearubro-negra. se limitando a dar chutõese se defender. Uma partida fácil e bemconduzida pelos donos da casa.

O técnico Carlinhos, embora lenhagostado da atuação de Nélio no meio-campo, vai ter Marquinhos retornandopara o jogo contra o América, de TrêsRios, domingo, também na Gávea, edisse que o escalará. Júnior ainda édúvida, mas tem boas chances de jogar.O corte na lesta se transformou numgrande hematoma, mas o jogador ga-rante que não há sintomas. Caso en-frente o América-TR. Marcelinho serásacado do time.

Flamengo: mimar.ci*..í«- . aaa-irBaiano. Gotardo u IMa: l'id»; mar tFal>i-nho). Nélio. Marcolinho o Zinlt-.: TimiIÔNunes (Djalnnt Dias» »• Gaúcho. Técnico:Carlinhos.3

Itaperuna: pacato, navio, ciámiioGomes. Nabor e líaoinha: Ja nuàrio/TVs-lana (Douglas). Alcer e Marcào iBunia!'*»:César Gaúcho e .Júnior. Técnico: !)<*.Local: Estádio cia Gávea. Renda: CrS2.916.000.00 Público: 982 Juiz: floborto Costa.Cartões amarelos: Douglas. Gols: primeirotempo - Paulo Nunes, aos :Wm. e Marcel.ínho..aos 15m. Secundo tempo - Gaúcho. aos2.'im.

Outro jogoAmérica 2 x 1 São Cristóvão(Gols: Beto e Anderson, para o América, cSandro, para o São Cristóvão)

Enquanto isso,

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Parreira já está

Técnico querficar exclusivonu seleção

Cláudio Arrcguy

VARGINHA. MG — O impasse

de sua liberação pelo Braganti-no. para que possa se dedicar exelusi-vãmente à seleção, tem afetado o hu-mor de Carlos Alberto Parreira, pormais que o treinador mantenha o con-trole c a educação habituais: "Há qua-se duas semanas que não vejo minhamulher. Sai de Piracicaba apôs o jogodo Bragantino com o XV, peguei umavião em São Paulo para o Rio e sòcheguei em casa á meia-noite. Para sairás sele tia manhã para o aeroporto eviajar para cá. Tem limite sua pacién-cia. ne.'"

Parreira pretendia já ter leito algu-mas viagens de observação de jogado-res. "Queria ir a Porto Alegre, á Minas,á Bahia. A verdade ò que não pudeainda trabalhar com a seleção." Poucascoisas o irritam tanto quanto o desor-gani/ado calendário do futebol brasi-leiro. "A gente não sabe como será no

sem paciênciaano que vem. Não adianta apresentarprojeto porque eles vão lá e mudam ocampeonato. Não mudaram este ano?O Campeonato Brasileiro deveria terentre 16 a 20 clubes, com jogos em doisturnos, por pontos corridos. A gente sógostaria de um calendário, para facili-tar a vida da seleção."

O técnico viaja hoje num jatinho deVarginha para Catanduva (SP), a 20quilômetros de Novo Horizonte, ondeo Bragantino enfrenta á noite o Novo-rizontino, num encontro entre cam-peão e vice de São Paulo. Ele só volta atrabalhar pela seleção em meados denovembro. Isso se a CBF conseguirconfirmar o jogo com o México. Masnão na Cidade do México, pois Panei-ra é contra, devido á altitude de 2 milmetros. "O Fluminense foi lá outro diae perdeu de três", lembrou Zagalo,postado a seu lado na coletiva numsalão do Hotel Jaraguá.

O técnico não sabe o calendário doano que vem, porém, já tem seu. "Vouao Pré-Olimpico, aos Jogos Olímpicose á fase final da Copa Européia dasNações, na Suécia. São competiçõesimportantes, pois entre os finalistascertamente estarão futuros adversáriosna Copa de 94."

'Estrangeiros'

só na hora certaOs "estrangeiros" não estão tora

dos planos do comando da seleçãobrasileira. O técnico Parreira só nãoquer sofrer com os mesmos proble-mas de seus antecessores. "É precisosaber em que momento agregá-los.Temos que formar a base aqui noBrasil e só mais tarde, numa CopaAmérica ou nas eliminatórias, encai-xaríamos esses reforços onde fossemnecessários. Definitivamente não po-demos ter duas seleções. Se montaruma base já é difícil, duas. então, émuito mais dicil ainda."

Ele não quis garantir que o timeescalado no jogo de ontem seja afutura base. Acha que é muito cedopara isso. "As portas estarão sempreabertas para que se possa melhorar aequipe. Estamos começando agora esó com o tempo é que teremos aospoucos essa base." Parreira elogiou ofutebol argentino. "A organização e aestrutura que eles conseguiram se tra-duziram cm resultados positivos emcampo. Foram campeões e vice domundo e venceram a Copa Américagraças a esse bom trabalho."

Varginha, MG — Alcyr Cavalcanti

wi'« v- «*>Purreiraf E) desconhece o calendário do futebol brasileiro, mas o seu já está pronto

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Flamengo pode

ir à justiça

civil contra Fifa

A Fifa suspendeu ontem o Flnmen- "Para que ludo volte ao normal basta —~~T~. ^^qífei^A Fifa suspendeu ontem o Flamen

go para todas as atividades de futebolem nível internacional, pelo fato de oclube ler recorrido à justiça comum pe-dindo a anulação da eleição do presi-dente da CBF Ricardo Teixeira. A pu-niçào. comunicada ao clube através deum fax por intermédio da CBF, deverádurar enquanto o Flamengo não retirara ação dos tribunais civis e impede oFlamengo de disputar jogos fora dopaís.

Mesmo sabendo da punição da Fifa.o presidente Márcio Braga chegou on-tem ao clube muito calmo e dizendoque não foi pego de surpresa. "Agoravamos reunir o corpo jurídico do clubee acionar nosso advogado em Zurique.Minha opinião é que devemos entrar najustiça comum da Suíça contra esta de-cisão arbitrária c fascista", comentou.O presidente também informou que oFlamengo já apresentou á 35a Vara Cí-vei do Rio réplica do processo que mo-ve contra a reeleição do presidente Ri-cardo Ieixeira na CBF, deixando tudopronto para a sentença. "Pode ser dada,em I" instância, imediatamente".

Em Varginha. o presidente da CBF,Ricardo Teixeira, disse que "MárcioBraga está se julgando um Dom Quixo-te e cometendo uma irresponsabilidadecontra a torcida e os conselheiros doFlamengo. E eu, como conselheiro etorcedor, lamento isso". E acrescentou:

"Para que ludo volte ao normal, basta

o Flamengo retirar a ação da Justiçacomum. Se não o fizer, ficará suspensoo resto da vida".

A primeira reação do Flamengo foienviar através de fax uma contestação àdecisão da Fifa. O advogado HeitorTigre redigiu um documento e enviou aZurique, para Max Roesler, tambémadvogado e representante do clube nacidade suíça, para que seja entregue àentidade internacional. O Flamengo vaimanter exatamente a posição que tinhaantes da punição, só que agora não hásequer condição para retirada da açãoda justiça. "Antes

queria a formação deum juízo arbitrai. Agora, não vejo co-mo. Enquanto o processo não for julga-do, vamos esgotar todas as possibilida-des dentro das leis brasileiras, que nosprotegem."

__ Quanto aos prejuízos do clube, pornão participar de competições interna-cionais, o presidente garantiu que nãoserão grandes. Segundo ele, havia ape-nas dois jogos marcados para o Sene-gal, no inicio de dezembro, que rende-riam ao clube aproximadamente USS30 mil. "Até meados de 1992 não temosparticipação em nenhuma competiçãointernacional e sequer contratos paraamistosos. Ficaremos sem marcar ne-nhum amistoso até que seja julgada aação, temos paciência e a a causa éjusta".

Opiniões

Eurico Miranda, vice-presidente defutebol do Vasco: "Vamos sugerir aosdemais clubes do Rio que, enquantodurar a punição, nós também nãoparticiparemos de competições inter-nacionais".

Valquir Pimentel, vice-presidente defutebol do Fluminense: "O Fluminensenão tem nada a ver com o Flamengo.Na hora de começar a guerra, não quisconsultar ninguém. Agora, que agüenteas conseqüências".

Edinho, técnico do Fluminense: "OFlamengo pode até ter suas razões, istoeu não quero discutir. O que ele nãopoderia fazer é comprar briga com aFifa, uma entidade séria".

Renato, atacante do Fluminense:"Nessa briga de dirigentes, quem per-de, outra vez, é o futebol brasileiro.

Depois se perguntam por que o torce-dor está ausente dos estádios".

Afonso Paulino, presidente do Atlé-tico-MG: "Errou o Márcio Braga e er-rou a CBF. O Márcio Braga por recorrerà Justiça Comum e a CBF por anteciparas eleições. Não entendo é a punição daFIFA. Suspende o Flamengo até que oclube retire a ação. Aí acaba. Sc a FIFAdecidiu que o Flamengo merece umapunição, deveria punir para valer, dizen-do o Flamengo está impedido de dispu-tar partidas internacionais por um ano.Essa decisão da FIFA demonstra que asduas partes estavam erradas".

Eduardo Farah, presidente da Fede-ração Paulista de Futebol: "Somos con-tra um clube buscar a Justiça Comumpara resolver questões da Justiça Des-portiva".

Gaúcho J'cz o terceiro do flamengo e firmou-se na liderança dos artilheiros do campeonato com 12 gols

Vitória sobre Itaperuna mantém esperançaEnquanto os dirigentes e advogados

discutiam ações, punições e processos,os jogadores do Flamengo não perdiamtempo. Mostrando a disposição do timeem conquistar a Taça Rio e uma conse-qüente vaga para a disputa do títuloestadual com o Fluminense, golearam oItaperuna, na Gávea, por 3 a 0 — golsde Paulo Nunes, Marcelinho e Gaúcho.Só quem não se mostrou disposto foi otorcedor. Apenas 982 pessoas assisti-ram á partida, numa tarde em que otime rubro-negro não fez uma apresen-tação espetacular, mas também nãoprecisou se esforçar para derrotar o frá-gil adversário.

O jogo se decidiu ainda no primeirotempo. Depois de um início lento epouco criativo — sentiu a falta de Jú-

nior —. o Flamengo tomou conta domeio-campo e passou a criar oportuni-dades. Aos 32 minutos, Zinho cruzou eGaúcho, dentro da pequena área. errouo chute. Um minuto depois, o própriocentroavante cabeceou forte, o goleiroPacato defendeu e a bola sobrou paraPaulo Nunes, que emendou forte e semdefesa. O segundo gol foi aos 45 minu-tos. Depois de um cruzamento de PauloNunes, Zinho chutou na trave e Marce-linho aproveitou a sobra, tocando decabeça. Dois a zero e o jogo definido.

No segundo tempo, o Flamengoapenas administrou o placar. Mesmoassim, conseguiu fazer mais um gol.através de Gaúcho, de cabeça, depoisde cobrança de escanteio por Marceli-

nho. Houve outras oportunidades cia-ras de gols, sem êxito. Por sua vez. oItaperuna mal conseguia chegar á árearubro-negra, se limitando a dar chutôese se defender. Uma partida fácil e bemconduzida pelos donos da casa.

O técnico Cadinhos, embora tenhagostado da atuação de Nélio no meio-campo, vai ter Marquinhos retornandopara o jogo contra o América, de TrêsRios. domingo, também na Gávea, edisse que o escalará. Júnior ainda édúvida, mas tem boas chances de jogar.O corte na testa se transformou numgrande hematoma, mas o jogador ga-rante que não há sintomas. Caso en-frente o América-TR, Marcelinho serásacado do time.

3

Flamengo: Gilmar. Charles. .JúniorBaiano. G o tardo e Piá: Uide mar iFaiiinho). NVlit.. Marcvltnho e Zinho: r.uiioNunes (DJalm.t Disisi e Cauoli». Técnico:Carlinhos.Itaperuna: Pacato. Flávio. CláudioGomes. Nabor e Racinha: .Ia nuario. pes-lana i Douglas». Aleer e Ma irá o (Kuniai <:César Gaúcho e Júnior. Técnico: IV

Local: listádio (la Gávea Renda: CiS000.00 Público: MG Juiz: Kolx-rt» Ou-U iCartões amarelos: Douglas. Gols: pi'lni"ilotempo — Paulo Nunes, ao.s 33m. e Marcelinho¦o»-toro, s.-mnulri i.-nipi, «..rtch... atwa.ni.

Outro jogoAmérica 2 x I São Cristóvão (Beto e

Anderson, para o América, e Sandro) Cam-po Grande 2x0 Bangu (Elói e Zinho)

Brasil

Cláudio Arreguy

VARGINHA, MG — Pode não terí ¦ sido o show de bola que alguns torcedores

mais otimistas apregoavam, mas, não hádúvida: a seleção brasileira que derrotou aIugoslávia, ontem á noite, nesta cidade,por 3 a I. mostrou muito mais bola edisposição que os poucos saudosos temposlaboratoriais de Faicào. E, se é verdade,também, que os jogadores iugoslavos sen-tiram o cansaço das 24 horas de viagem eo calor, o Brasil cm momento algum dei-xou de procurar o gol.

O empenho dos jogadores foi a prin-cipal diferença entre o Brasil de ontem —de camisa nova. muito bonita e de boaslembranças — e o da Copa América, porexemplo. Até o momento do gol de LuísHenrique, a Iugoslávia não criara sequerum lance de perigo contra o gol de Car-los. Mas, logo depois de ficar em desvan-tagem, após boa troca de passes (de cal-canhar) entre Bebeto e Rai, que LuísHenrique completou, Lukic recebeu livrena área e empatou.

A partir deste momento a Iugosláviachegou, até, a equilibrar a partida. E foimostrando uma disposição tática quecompensava, inclusive, as até aquele ins-tante poucas deficiências físicas. Aos 46

vence fácil na estréia de Parreiraminutos, no entanto, o toque diferencial. -mm rTinr[í ni-r r Varoim^MG — Aicyf Cavalcantiminutos, no entanto, o toque diferencial.Uma bola rebatida pelo zagueiro Vujavic— depois de um vacilo de Bebeto quenão foi na jogada — parou no peito deRai que simplesmente completou, de pri-meira. Omerovic ainda tocou, mas a bolafoi morrer no ângulo.

Em desvantagem e já sentindo osefeitos da maratona, os iugoslavos come-çaram a tocar bola para se poupar eevitar uma goleada. Renato perdeu umgol inacreditável, na pequena área e foisubstituído (junto com Bebeto) — e fo-ram Valdeir e Miillcr os responsáveispelo terceiro gol. O botafoguense deixouMiiller á vontade na área para driblar ogoleiro e marcar, com calma, como nãofizera na Copa, contra a Argentina. Masos tempos agora são outros e o que valt épensar no futuro.

Brasil: Carlos, Luís Carlos Winck(Caiu), Antônio Carlos, Márcio Santos eLira; Mauro Silva, Rai e Luís Henrique;Renato (Valdeir), Bebeto (Miiller) e Eli-vélton. Iugoslávia: Omerovic, Novak, Jo-kanovik, Vujacic e Milanic (Visakovic);Najdoski (Babunski), Mihilovic (Busic) eSavicevic; Lukic. Jugovic e Mijatovic(Stanic). Juiz: Wilson Carlos dos Santos.Gols: no primeiro tempo, Luis Henrique,aos 9m, Lukic. aos 1 lm, e Rai. aos 46m:no segundo tempo, Miiller, aos 23m.

Raí, capitão do time, esteve bem tia armação e ainda marcou um bonito gol, num chute defora da área sem chance para o goleiro

Técnico festeja

a boa exibiçãoAinda emocionado com a vitória,

mas demonstrando sua calma caracteris-tica, o treinador Carlos Alberto Parreiracomemorava, no vestiário, a credibilida-de obtida. "Mais importante que a vitó-ria foi a boa impressão deixada junto átorcida. A atuação foi regular, mas al-guns estreantes se mostraram muitobem", explicava Parreira, referindo-seaos sãopaulinos Eli vélton e AntônioCarlos.

As substituições de Bebeto e Renatoforam justificadas com um simples "pie-cisava testar Valdeir e Miiller", da mes-ma forma que o agrado maior á atuaçãoda equipe no segundo tempo: "O timepassou a bloquear melhor, se impor, edominou o jogo".

Valdeir. que hoje à noite jogada emCampos, pelo Botafogo, estava satisfei-to. "Foi a primeira vez que tive realmen-te chances de jogar na seleção. Me senticomo se estivesse 110 Botafogo. Acho queme saí bem", sorria, sem falar claramen-te dos tempos de Falcão, quando nãojogou mais que 10 minutos. (C.A.)

...CTuumuu'x>„ it-iiujuut-tuu Nao podo ser vondido separadamenloHio de Janeiro — Quinta-leira. 31 de outubro de 1991

TablitaFator foi congelado apartir de 03 de julhoem 1,9428Fonto: Banco Central.

TR %TR 19,77TRD 0,800422Var.mês até 30.10 18,818942Var.mês até 31.10 19,769999índice acum até 31.10 .. 2,57770498

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Dólar Cr*Paralelo

Comercial

Fonte: Banco Centrai o Anaima

Inflate*

IGPM/FGV %Julho 13^22Agosto 15,25Setembro 14,93Acumulado no ano 193,16Em 12 meses 356,68

INPC/IBGE %Julho 12,14Agosto 15,62Setembro 15,62Acumulado no ano 1202,49Em 12 meses 382,17

FIPE/IPC %Julho 11,30Agosto 14,42Setembro 16,21Acumulado/ano 188,77Em 12 meses 360,13

DIEESE/1CV %Julho 13,29Agosto 13,59Setembro 16,20Acumulado/ano 219,75Em 12 meses 407,65_____

BTN CrS 126,8621Cr$ 327,0131*

UPC CrS 3.908,47(4° trimestre)

TaxaAnbid 3.641,02IBA/CNBV ndl-SENN 1.235'atualizado pela pontosTR acumulada

Ouro Cr$

10.200,00

9.240,0028.10 29.10 30.10Fonte: BM&F

Salário MínimoAgosto Cr$ 17.000,00Setembro Cr$ 42.000,00Outubro Cr$ 42.000,00Abono SalarialJulho 6.131,68Agosto 19.161,60

CadernetaJulho dia 01.07 9,9470%Agosto dia 01.08 10,60%Setembro dia 01.09 .. 12,50%Outubro dia 01.10 17,3639%

IBV (em pontos)

~1T0;808j

Barar""——-—I28.10 29.10 3010

FGTSJulho 10,3706%Agosto 10,9904%Setembro 13,2344%Outubro 18,1512%

AluguelFator de CorreçãoResidencial

ISN (Teto) Set.[ Out.[Semestral 1,9452 126,32Antigos 1,9452 24,21

ComercialOutubro IGp{ IGPM l

l Anual 4.6869 4,5673¦ Semestral 1,9268 1,8851; Quadrimestral 1,6633 1,6268. Trimestral 1.5140 1,4997

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Gros, ^

Gros promete

novas medidas

• Objetivo é tranqüilizar os aplicadores, que podem ganhar redução no prazo dos títulos

BRASÍLIA — Em reunião ontem com os lide-res de seis partidos no Senado, o presidente doBanco Central, Francisco Gros, informou que no-vas medidas serão anunciadas pelo governo, nospróximos dias, com a finalidade de "tirar as incer-tezas dos aplicadores". Uma, segundo revelou osenador Affonso Camargo (PTB-PR), presente aoencontro, deverá ser a redução dos prazos de titu-los. O senador Raimundo Lira (PFL-PB) aprovei-tou a informação para sugerir a Gros que, entre asnovas medidas a serem adotadas, o governo pro-mova a redução do IOF (Imposto sobre Operações•Financeiras), a criação de um indexador diáriopara as aplicações financeiras, e de títulos pós-fixa-dos. Ao chegar à reunião, Gros deixou claro que ogoverno não vai recuar com relação ao mercado doouro e do dólar paralelo: "É uma decisão dellniti-va", assegurou.

O lider do governo no Senado, Marco Maciel(PFL-PE), confirmou o novo ajuste mas disse quenão haverá qualquer medida de impacto. "Ê tudofeijão com arroz", explicou. Os senadores saíramdo encontro convencidos de que não haverá cho-que. "Quem acreditar cm choque vai morrer eletro-cutado", garantiu Maciel. Ele participou da reu-nião de duas horas do presidente do BC comsenadores do PFL, PDS, PTB. PRN, PDC ePMDB, em uma das salas do Arquivo do Senado.O encontro ficou acertado em um jantar na noitede terça-feira, na casa do senador Jonas Pinheiro(PTB-AP), em que os senadores dos partidos queapoiam o governo tiveram uma conversa com oministro da Justiça, Jarbas Passarinho, sobre asituação econômica. Foi Affonso Camargo quemsugeriu ao ministro o debate com Gros, no Sena-do.

Setor privado — O presidente do BancoCentral chegou a admitir, indiretamente, que ogoverno agiu porque estava com as reservas emníveis muito baixos. "O mercado estava deman-dando um volume de divisas que não era maisconveniente", disse Gros, em entrevista, antes dediscutir a situação econônomica com os senadores.Ele não admitiu a hipótese da hiperinfiação: "Oque existe é uma inflação alta. Convivemos comela. Hiperinfiação é uma palavra que não temsignificado." Durante a conversa. Gros impressio-nou os senadores pela "clareza, transparência ehumildade", como definiu Affonso Camargo, masnão poupou o setor privado.

Segundo informou o senador José Eduardo An-drade Vieira (PTB-PR), o presidente do BC expli-cou que a política de juros tem o objetivo dedesestimular a formação de estoques, e quando osinterlocutores lembraram que as empresas que re-correm aos créditos terão problemas, Gros não sepreocupou: "Que assumam os riscos", assinalou.Tanto o presidente do BC quanto o lider do gover-no no Senado comemoravam no final da tarde anormalização do mercado. "À uma hora da tardede hoje o mercado já estava funcionando comequilíbrio", garantiu Gros.

Ele revelou também aos senadores as razões queo levaram a retirar-se do mercado do ouro e anun-ciar a retirada, o que foi criticado por algunsdeputados economistas no primeiro dia da crise.Segundo Gros, o governo quis tornar tudo públicopara não acontecer como no caso do café e nãocorrer riscos de beneficiar pessoas que tivessemacesso às informações privilegiadas, o que fatal-mente aconteceria se o governo tivesse se retiradodo mercado mas não anunciado isso publicamente.

Brasília — Jamil Bittar

Gros, Gonçalves e Marcílio: reunião com senadores para mostrar quais são os planos em estudo

Dólar cai 4,2% e ouro perde 1,9%O ouro e dólar paralelo recuaram ontem, con-

firmando as expectativas do próprio mercado deque os fortes movimentos especulativos da véspe-ra não se sustentariam. Apesar de terem abertocm alta, os preços desses dois ativos não se manti-veram durante o dia. O ouro, que chegou a sernegociado a Cr$ 11.000 pela manhã, fechou a CrS9.850 o grama, uma desvalorização de 1,96% nodia. O número de contratos fechados tambémrecuou para 50 mil, contra os 70 mil registradosna véspera. As operações day-trade — compra evenda do metal no mesmo dia para realização delucros imediatos — também caíram bastante,prova de que o mercado de ouro conseguiu asse-gurar lucros expressivos aos especuladores naterça-feira.

O paralelo chegou a abrir a CrS 870 para acompra e a CrS 920 para a venda, mas não tevefôlego para segurar a cotação, fechando em CrS820 (compra) e CrS 900 (venda), ou seja, menos4,25% em relação ao dia anterior. O ágio entre ocomercial e o paralelo também recuou de 50%para 40%. A procura caiu significativamente, e amaior parte dos investidores procurou as casas de

câmbio para vender a moeda. "No final de mês omercado é sempre vendedor", explicou um opera-dor de câmbio.

Estratégia — O Banco Central manteve asua estratégia de segurar a cotação do dólarcomercial, tentando estimular os exportadores afechar seus contratos de câmbio para aplicar oscruzeiros no mercado financeiro, já que as taxasde juros continuaram altas. A resistência dessemercado a um controle das taxas, porém, foibastante forte e o Banco Central foi obrigado afazer três leilões de venda da moeda para conter aelevação do preço. O mercado puxou o preço noinício da manhã, cotando o comercial a CrS 644.A mesa de câmbio do BC forçou a baixa para CrS631.50 na primeiro leilão, e a CrS 632,50 nosoutros dois. Ainda assim a cotação subiu paraCrS 639,50.

O presidente do Banespa, Antônio CláudioSochaczewski. ex-diretor da área externa do Ban-co Central c um dos formuladores da políticaanterior de venda de ouro para conter a alta noparalelo, não esconde sua apreensão com a novaforma de funcionamento do mercado. Apesar dese dizer aliviado com o recuo ontem das cotações

do ouro e do dólar, Sochaczewski alerta para anecessidade de o BC ficar, a partir de agora,muito atento ao ágio do paralelo.

Risco — Na opinião do ex-diretor do BC. seeste ágio subir muito, o pais corre o risco de vivera mesma situação de 1989, quando muitos expor-tadores subfaturavam suas exportações, e os im-portadores superfaturavam as importações, paravender seus dólares no mercado paralelo e obterbons lucros. "Com o ágio nos níveis de 150% eramais interessante ao exportador e ao importadorcorrer o risco de fazer uma operação ilegal, doque trocar os dólares com o Banco Central eaplicar os recursos no mercado financeiro", ava-lia, revelando que as estimativas são de que ocaixa do BC deixou de engordar suas reservas, naépoca, em cerca de USS 3 bilhões, o que levou ainstituição a criar, no início do governo Collor. asistemática de controle do paralelo através davenda de ouro.

Sochaczewski não acredita, porém, que esteseja um efeito imediato c nem que vá acontecer."Se não houver uma disparada do ágio, difícil-mente irão ocorrer estas operações", estima.

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Senado convoca

Marcílio a deporBRASÍLIA — O ministro da Economia, Mar-

cilio Marques Moreira, será obrigado a fornecerao Senado todos os dados relativos ao desempe-nho da economia do pais, explicando a evoluçãodas contas do setor público. A convocação deMarcílio foi aprovada ontem pelo plenário doSenado, que votou requerimento do senadorEduardo Suplicy (PT-SP).

No depoimento, que terá que ser marcado peloministro em no máximo 30 dias, Marcílio terá queapresentar aos senadores os demonstrativos dosdados utilizados pelo governo, junto ao Senado, emjunho passado, para fundamentar que o Brasiltinha condições de fazer frente ao acordo assinadocom os credores internacionais.

Serão pedidos também os dados apresentadosao Congresso em setembro para justificar a ne-cessidade de uma urgente reforma constitucional,o Emendão, e o ajuste fiscal que deverá ser pro-posto pelo governo em breve. Analisando as in-formações fornecidas em junho e setembro, Su-plicy encontrou números conflitantes, que agoraquer ver explicados.

Para Suplicy, os compromissos com a dívidaexterna "devem levar em conta a capacidade inter-na de pagamento, definida como diferencial entrereceita e despesa do governo federal, inclusive daadministração indireta, ressalvadas as necessidadesdo desenvolvimento econômico". Ele acha estra-nho que as autoridades econômicas tenham garan-tido em junho que a situação econômica do paíspermitia o acordo com os credores internacionais eque menos de três meses depois, ao colocar oEmendão como única alterativa para a evitar ocaos na economia do país, o governo tenha apre-sentado números complementamente diferentes.

Mais conseqüências da crisenas páginas 2 e 9

Marcelo Reaua

| | A movimentação nas casas de cambio doCentro do Rio ontem foi menor que na véspe-

ra. quando a cotação de venda do dólar chegou arompera barreira dos CrS 1.000. Ontem, a grandemaioria dos clientes procurava vender suas verdi-nhas, o que determinou uma baixa nas cotações.Até o início da tarde, as casas de câmbio compra•ram a moeda americana por valores entre CrS 820 eCrS SS0. Para venda, a variação foi de CrS 900 aCrS 980. A oferta era tanta que a Agência Portu-guesa, na Avenida Rio Branco, chegou a interrom-per as operações de compra durante mais de meia

hora, na parte da manha, por talta de cruzeirosdisponíveis. Durante o período em que a casaapenas vendeu dólares (a CrS 930, contra CrS 950na abertura), com o balcão vazio, os investidoresapenas perguntavam a cotação e iam embora. Àsllh55, quando foi reiniciada a compra, o balcão seencheu novamente. Um dos poucos investidores aadquirir dólar na Agência Portuguesa foi o aposen-tado Matias Lima, que levou USS 50. "Procurocomprar sempre, pois volta e meia vou aos EUA,onde tenho uma caderneta de poupança. É lá quevou depositar estes dólares, pois é mais seguro de

guardar do que aqui , disse. Na Casa Piano, ogerente considerou o mercado "praticamente

para-do", fato que atribuiu à alta verificada na terça-fei-ra. Ele acreditava que a cotação de CrS 950 paravenda seria mantida até o final do dia. O publicitá-rio Antônio José de Oliveira queria vender osdólares que adquirira, segunda-feira, a CrS 760,pois temia um novo pacote do governo. Tambémna casa de câmbio Irmãos Cupello o movimento foiconsiderado fraco. "A alta de ontem foi provo-cada por especulação. Hoje, a cotação do dólarpara venda deve ", afirmou um dos funcionários

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2 o Negócios e Finanças ® quinta-feira, 31/10, ^1 C JORNAL DO BRASIL

arcílio nega idéia de choque via hiperinflação

BRASÍLIA — O ministro chi Econo-mia. Marcilio Marques Moreira, admitiuouteiíTque a situação econômica do paisé delicada, e repudiou a idéia de qae ogoverno estaria caminhando deliberada-mente "para um choque via hiperinfla-eào". "Isso seria uma total loucura",garantiu Marcilio. porque iria desestru-turár toda a economia e o "tecido socialdo pais". O ministro, que informou serum estudioso sobre processos de hiperin-Ilação ocorridos no mundo negou qual-quer possibilidade de "algum lance dra-mático" do governo na área econômica."Não marcharemos nem para um novochoque, nem para um novo congelamen-to", garantiu.

Um novo motivo Ibi apresentado pe-Io ministro para justificar a saída do BCda venda de ouro e dólar. "A Varig. emjulho, teve cinco vôos por dia para Mia-mi. coisa absolutamente sem sentido",revelou. Marcilio informou que. com ainterferência do governo para segurar ospreços do dólar no paralelo, houve diaem que saíram do Brasil 10 aviões paraMiami. tal a vantagem de se viajar para oexterior. "Estávamos subsidiando fugasde capital ou viagens ao estrangeiro deuma maneira extremamente descabida."O ministro rebateu as críticas feitas por

alguns economistas e parlamentares, pa-ra quem o governo não precisava teranunciado a saída do BC do mercado deouro. Para ele. poderia ocorrer vazamen-to de informação privilegiada.

Ao fazer uma exposição na aberturatia sexta reunião do Conselho MonetárioNacional em sua administração, o minis-tro anunciou que espera terminar aindanesta semana uma proposta de reduçãotios impostos sobre os juros pagos naárea industrial, como aconteceu recente-mente no setor agrícola. Para ele. a medi-da irá diminuir a diferença entre as taxasde juros do tomador e do poupador. Oministro da Economia chegou a preverque as taxas de juros poderão "se aco-modar em um nível menos agressivo",assim que o mercado se acalmar, depoisda disparada dos preços do ouro e dodólar no paralelo, como resultado doafastamento do Banco Central.

PONTE — Marcilio eiiumerou todasas medidas que o governo vem adotandopara conseguir estabilidade da economia.Na sua opinião, o problema está na tra-vessia de hoje até a plena vigência dareforma tributária de emergência, quan-do haverá equilíbrio nas contas do go-verno, o que contribuirá para segurar ainflação.

Enquanto isso, a ordem para o Te-souro Nacional é conseguir superãvits decaixa, apoiar a agricultura para se obteruma boa safra de alimentos, fechar oacordo com o fundo Monetário Nacio-nal e insistir na renegociação da dividade USS 52 bilhões com os banqueirosestrangeiros privados. O ajuste fiscal deemergência é fundamentai nessa traves-sia e Marcilio sustentou que não haveráaumento da carga fiscal sobre-os contri-buintes. mas sim ampliação do universodas pessoas que podem pagar impostos.

Aproveitando a oportunidade, o mi-nistro criticou o alarmismo difundido nopais e citou o caso da inflação de outu-bro. "Os números da inflação de outu-bro, conforme o IBGE, não chegaram asesses píncaros de 30% como se falou."Pela primeira vez Marcilio citou a neces-sidade de "um entendimento entre todosos setores da sociedade" para se chegar àestabilidade econômica. Advertiu que ogoverno persistirá em sua política mone-tária e fiscal apertadas e não abrirá mãode se chegar ao livre mercado, "semprelevando em conta que muitas vezes aqui-Io que pode parecer de mercado é, defato, a ação de agentes econômicos que-rendo se aproveitar das imperfeições domercado".

Brasília — Aldori Silva

Continuação da primeira página Aldori Silva

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Isíibel: o assalariado, mesmo que ganhe bem, não tem como acompanhar o dólar

Isabel Gros reduziu os preços

Marcilio, após reunião com Collor, disse que só entendimento salva o país

M i |JJJ u tinha previsto uma cotaçãoC média de mil cruzeiros por dó-

lar até 31 de dezembro e esse nível foiatingido em apenas 24 horas. Vou lerque refazer todos os cálculos", lamenta-se Isabel, que havia passado os últimostrês dias da semana passada debruçadasobre estimativas de fluxo de caixa epagamento de fornecedores da confec-ção. Com a saída do Banco Central domercado, seu trabalho aumentou aindamais. Há cerca de um mês, ela haviaaberto um antiquário em Brasília, noqual as mercadorias, assim como em to-das as lojas do gênero, são cotadas emdólar. Na segunda-feira, passou o diaremarcando para baixo os preços daspeças de menor valor para manter aclientela de classe média. "Quem é assa-lariado, mesmo que ganhe bem, não temcomo acompanhar essa alta do dólar",justifica. "Em média, tivemos que redu-zir em 30% os preços em dólar paramanter a equivalência em cruzeiros."

Economista, além de empresária, Isa-bel Gros poderia ser uma excelente asses-sora do marido na presidência do BancoCentral se não fossem as diferenças ideo-lógicas que os separam. Amiga da econo-

mista Maria da Conceição Tavares, filia-da ao PSDB, Isabel não esconde quediscorda de muitos pontos da políticaeconômica que Eranciso Gros ajuda acomandar, entre os quais a elevaçãoacentuada das taxas de juros."Com juros de 40% ao mês não dá paradescontar duplicata em banco, pois ne-nhuma empresa trabalha com uma mar-gem de lucro como essa. Ou você põemais capital próprio no seu negócio oufecha as portas", resume, revelando quequase chegou ao ponto de sair do ramode confecções, há algumas semanas,quando os juros começaram a disparar.

Mesmo essas discordáncias, entretan-to, não impediriam Francisco Gros dever nos negócios da família um termòme-tro da situação do pais. A redução dospreços em dólar das mercadorias do anti-quário, por exemplo, só beneficiou aspeças de valor mais baixo, como peque-nas caixas de marfim, jarras de cristal etapetes de pequenas dimensões, procura-das pela classe média. As peças maiscaras — móveis antigos, artigos de prata— continuam com suas cotações em dó-lar inalteradas. "Os compradores destetipo de mercadoria geralmente fazem

transações também no mercado interna-cional, e as cotações no Brasil aindaestão muito mais baixas do que lá fora",observa Isabel. "Quem compra umabandeja de prata de lei por USS 550 podecolocar na mala e vender por USS 1.000na Europa, onde o mercado é franca-mente comprador", ensina.

No Brasil, ao contrário, o que se vê éuma oferta muito grande de quadros,móveis, tapetes e outros objetos por pre-ços baratos. "A recessão está levandomuitas famílias a venderem o que têmpara pagar dívidas. Em São Paulo, prin-cipalmente, isso está acontecendo mui-to", informa Isabel. Com certeza o presi-dente do Banco Central vê nessa situaçãoo resultado da política econômica dogoverno, e gostaria que muitas empresasseguissem o mesmo caminho, desovandoestoques e baixando os preços. FranciscoGros não poderia concordar, no entanto,com as previsões da mulher sobre astaxas de inflação dos próximos meses."Até há pouco tempo eu achava que ainflação ficaria entre 15% e 20% atédezembro. Agora é óbvio que ficará mui-to acima disso", diz Isabel.

Economistas temem efeitos da crise Saque supera depósito em poupançaSÃO PA IJ LO — A crise cambial que

se estabeleceu no país. nos últimos dias. étípica da fase de hiperinflação e o maiorrisco, no momento, é se partir para aindexação dos preços á variação do dólarno paralelo. O diagnóstico foi feito, on-temido economista Yoshiaki Nakano,dúríiltte a divulgação da Curta de Conjun-titiu doConselho Regional dos Economis-tas, ''Isso vinha sendo represado e se devebasicamente á crise de confiança, que le-vou os poupadoresa uma rápida mudançano portfòlio e partir para a compra dedólares, por não acreditarem mais no pa-dràó monetário cruzeiro, nem nos títulosdo governo." Para Nakano. essa rejeiçãopode ampliar-se e levar a população cadavez mais para a dolarização.

"A hiper ainda está embrionária, maspode. tornar-se mais visível se o hlackpassar a ser o parâmetro para o reajusteile preços", advertiu. O governo, disse,leve grande parcela de culpa na crise

financeira estabelecida, ao segurar a va-riação cambial, para depois admitir estarsem reservas e decretar a mídi de 16%,em setembro. "Além disso, essa históriade prever o juro futuro através da TR lhetrouxe problemas", diz Nakano. No co-meço do mês, lembra o economista, ogoverno arbitrou a taxa de 19,77%, quepareceu satisfatória ao mercado em rela-ção ás perspectivas inflacionárias. "Ter-minado o mês, percebeu-se que a taxaera negativa." Na sua opinião, juros al-tos não funcionam no Brasil para con-trolar uma inflação na casa dos 20%.

Outro erro do governo, observou, foideixar de intervir no mercado de ouro,demonstrando ao mercado que o níveldas reservas era mais baixo do que sedizia com a decretação da mídi. "Osexportadores ficaram aguardando, comonum jogo. e apostaram alto. Acabaramganhando." Nakano aconselha o gover-no a diminuir os prazos de indexação de

títulos públicos e partir para uma inde-xação mais confiável.

O economista Paul Singer, secretáriomunicipal de Planejamento de São Pau-Io, constatou que, a principio, a bruscavariação do câmbio, pelo tamanho domercado, não deveria contaminar o restoda economia. Mas. admite, esse raciocí-nio é otimista e os efeitos não se restrin-gem apenas a compradores e vendedoresde dólares. "Mas a fvariação do dólar}acaba sendo conta-minada pela infla-ção. A previsão de juma hiper projetada jpara acontecer entre jo Natal e o Carna- jvai pode ser anteci-1pada. A situação égrave e algo deve serleito no máximo se-manas." \'osliiaíii iSaímiio

Vicente Nunes

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Desde a terça-feira, quando a maiorparle dos investidores tomou conheci-niento da disparada das taxas de juros edos preços do dólar no mercado parale-Io, os saques de recursos passaram a sermaiores do que os volumes de novosdepósitos nas cadernetas de poupança.Estimativas preliminares do mercadoapontam que cerca de CrS 100 bilhõesforam retirados das cadernetas nos doisúltimos dias, valor que corresponde aquase todos os novos depósitos efetua-dos entre os dias Io e 25 deste mês, deCrS 101.8 bilhões.

O diretor da captação do Banco Eco-nômico. Silvestre Caetano, disse que obanco vinha registrando um crescimentomédio de 2,88% na captação de novosrecursos em sua caderneta. Na terça-fei-ra, porém, a instituição contabilizou umsaldo negativo de CrS 50 milhões. Os

números de ontem ainda não tinhamsido contabilizados. "Os saques aindasão insigificantes, diante da entrada denovos recursos ao longo do mês. Mas éimportante que o governo fixe a TR(Taxa Referencial) de novembro em umpatamar mais realista, para evitar novosperdas aos poupadores. Em outubro, arentabilidade média da poupança foi de20,73%, contra uma inflação de 22,63%,segundo o índice de Preços do Mercado(IGP-M).

O diretor de planejamento financeirodo Banco Nacional, Walter Kuroda, re-velou que os saldos dos depósitos empoupança da instituição diminuíram deUSS 228 milhões para USS 224 milhões— queda de 1,75% — entre julho esetembro últimos. Ele ressaltou, porém,que isto não representou evasão de re-cursos. "Saques e depósitos permanece-ram estáveis. A queda decorreu mais dadiferença dos preços do dólar e da remu-neração da caderneta: enquanto as cota-

çôes da moeda americana subiram48.9% no período, a remuneração dapoupança foi de 46%."

Até 30 de setembro último, o saldodos depósitos em caderneta de poupançatotalizavam CrS 6,079 trilhões, registran-do crescimento real cie 4,9% em relação adezembro de 1990, segundo a AssociaçãoBrasileira das Entidades de Crédito lmo-biliário (Abecip). No dia 11 de outubro,os depósitos somavam CrS 6,192 trilhões(mais 1,85%). As estimativas da Abecipapontam para um crescimento de 2% a2.5% até o tím deste mês. Caso estaprevisão se confirme, os recursos deposi-tados na caderneta deverão alcançar CrS6.231 trilhões. Abaixo portanto, dos CrS7,333 bilhões que o saido teria que atin-gir, levando-se apenas em consideração ataxa de atualização cios recursos, em ou-tubro, de 20,73%.

Empresários propõem indexação

Os empresários e economistas

que compõem o Conselho Su-f. perior de Economia da Fiesp chega-. ram, ontem, à conclusão de que è| preciso um plano de consenso, que| ¦ englobe entendimento e adoção de' um indexador, nem que seja têmpora-¦ rio, para segurar a inflação. O conge-*; lamento também foi defendido, mas

apenas sc a inflação tornar-se galo-; > pante. Antes desse plano, que os em-) presários se recusam a chamar de m

liicardo Setiilerchoque, seria preciso alinhar os pre-• ços, entre os vários setores. Embora; ninguém admita estar torcendo por um pacotão, como disse1 anteontem Ricardo Semicr, da Semco, há sinais de estoques'- altos. Ontem, na divulgação do Indicador do Nível de Ativi-

dade (INA) da indústria paulista relativo a setembro, aparece| uma produção 4,1% maior em relação a igual mês do ano'

passado e queda real de 13,1% nas vendas. Isso significa acxislência de estoques de produtos acabados, mesmo com

juros altos.'•

feres Abujamra, diretor da Fiesp, falou em nome do

grupo. Ele deixou claro que è preciso preparar um plano. "AFiesp não está propondo nada, apenas alguns levantaramessa hipótese, conjugada com a adoção de um indexador, quepudesse servir de ponte para se encontrar uma saída â crise",explicou. Um novo congelamento também permeou a conver-sa, da qual participaram pesos-pesados como Olavo Setúbal,Abílio Diniz, Mário Amato, Walter Sacca e os ex-ministrosMailson da Nóbrega e Luiz Carlos Bresser Pereira. "Estamospreocupados com os cenários, pois o problema é de ordempolítica e econômica", disse Abujamra.

A crise de anteontem no campo financeiro foi a tônicada reunião. Segundo as análises, este é o primeiro sintomade uma conjuntura que pode afetar a produção e os empre-gos. "Por isso estamos buscando o entendimento, pois nãoqueremos ficar esperando o que vai acontecer amanhã",afirmou Feres Abujamra. Ele sc referiu á necessidade de umchoque de produção, acoplado a uma reforma fiscal etributária, redução do custo financeiro (juros) e um amploentendimento político, "tudo em ritmo de emergência". Nareunião, comentou-se até o choque iiberai que se cogita noPlanalto, uma espécie de liberação total de preços e aliquo-tas de importação.

Especulador derrota investidor

Saques para acompra de dólarderam prejuízo

Consuelo Dieguez

Quem sacou dinheiro da poupan-

ça ou desaplicou do fwulão antesdo tempo, na terça-feira, para tentarobter bons ganhos no mercado de dó-lar paralelo, ontem, acabou tendo pre-juízo. Com a queda tanto do ouroquanto do black já no início da manhã,ficou claro que só quem realizou ope-rações de compra e venda desses ativos110 dia da alta conseguiu lucros expres-sivos. Ou seja. novamente os especula-dores ganharam dinheiro em cima dopequeno investidor.

Como as casas de câmbio foram, naterça-feira, assediadas por pequenos

investidores, que sacaram seus recursosda poupança e do fundão para comprarUSS 100 ou USS 200, o mercado esti-ma que muitos aplicadores saíram pre-judicados no jogo pesado de terça-fei-ra. Uma pessoa com CrS 100 milaplicados no fundão desde o inicio domês que resgatou seu dinheiro paracomprar dólar a CrS 1.000, perdeu on-tem, em relação ao que ganharia setivesse deixado o dinheiro no banco,17,6%. Se o dinheiro ficasse no fundão,o resgate seria ontem de CrS í 17.580.Com a queda do dólar para USS 820,preço de compra fixado pelas casas decâmbio, só levaria para a casa CrS99.143, caso trocasse o dinheiro.

Quem antecipou o saque da pou-pança amargou prejuízo ainda maior.Se o investidor tinha CrS 100 mil apli-cados. que seriam remunerados ontem,mas resolveu sacar o dinheiro na terça-feira para comprar dólar, perdeu

29.2% do seu rendimento. Isto porque,se tivesse deixado o dinheiro na pou-pança, estaria ontem com CrS 120 mil.Ao correr para o dólar, porém, estesCrS 100 mil aplicados durante todo omês não tiveram qualquer remunera-ção. Os CrS 120 mil caíram para CrS100 mil.

O consolo fica mesmo para quemcomprou dólar no inicio do mês. Se oaplicador investiu no dólar a CrS 585,podia comemorar, na terça-feira, umganho de 79,5%, caso tenha consegui-do vender a moeda CrS 1.000. Mesmoem relação á cotação de ontem, emtorno de CrS 850 para a compra, esteinvestidor teve um ganho de 45,32%."Os mercados especulativos são pa-ra cachorro grande. O pequeno investi-dor deve ter muito cuidado com essasoperações para não ser prejudicado",aconselha um observador do mercadofinanceiro.

Juro alto não animou exportador Mercado de ouro pede a volta do BC's A alta dos juros não animou exporta-dores a converterem dólares em cruzeiros ei}'plicá-los no mercado financeiro. Os nú-meros do BC que circulam entre os bancosque operam na área de câmbio indicam atéó contrário: na última segunda-lêira,quando os juros começaram a subir, ofechamento do câmbio para exportaçãoficou em l 'SS 90 milhões, abaixo da médiadiária que se registrava até sexta-feira, detlSS 105 milhões, e menor ainda que amédia de setembro, de USS 125 milhões.

Para quem trabalha 110 mercado decâmbio, existem duas explicações. As in-certezas no mercado dcsestimulam o lê-chamento rápido do câmbio, convertendops dólares; depois, diante do aumento dainflação (22,6% 110 IGP-M de outubro ep0" 'i previstos para novembro), o juro nãothega a atrair. Assim, os números nãoindicam aumento de exportações. ."Os juros não estão ajudando", eons-

lata o diretor-superintendente do BancoCasli, Ricardo Azen. também presidentedo Forex Brasileiro, que reúne os bancosque operam 110 mercado de câmbio. Em11 deste mês. quando ainda se respirava amídi cambial de 14% de 30 de setembro,incentivando as exportações, o lechamen-to do câmbio estava com uma média diá-ria de USS 110.4 milhões. Na segunda-fei-ra passada. 20 dias úteis após. essa mesmamédia fechou nos USS 104,8 milhões.

Saldo modesto — Com esse de-sempenho. dificilmente o fechamento decâmbio para exportação vai repetir, emoutubro, os USS 2.5 bilhões de setembro.Na última segunda-feira, faltando maistrês dias para fechar o mês. o acumuladoestava nos USS 2,096 bilhão. Ou seja. serianecessário um movimento de quase USS4(10 milhões, entre terça-feira e hoje. parao volume ficar no mesmo patamar do mês

passado, quando o pais fechou a balançacomercial com um saldo bem modesto:USS 535 milhões.

O diretor-execuiivo do Banco Boavis-ta. José Alfredo Lamv. \è barreiras para aaplicação em cruzeiros, como remunera-ção pela TR e elevada carga tributária peloIOF. Além, é claro, da escalada da inlla-ção. Para Ricardo Azen, do Banco Casli, oque termina acontecendo na conjunturaatual é o crescimento das importações.Explicação: quem está comprando emmoeda estrangeira teria o interesse de le-char o câmbio mais rápido, sem esperarvalorização maior do dólar comercial, en-carecendo sua encomenda. Enquanto 110dia 11 de outubro a média diária de lêclia-mento de câmbio para importação era del SS 58 milhões, na última segunda-feira ovalor dos contratos chegou aos USS 79.4milhões.

SÃO PAULO — Os presidentes daAssociação Nacional do Ouro (Anoro),Nallian Blanche, e da Bolsa de Mercado-rias & Futuro (BMF), Luis MasagãoRibeiro, se reuniram ontem com Armi-nio Fraga, diretor da Área Internacionaldo BC. Eles solicitaram que o BC volte aatuar, ou pelo menos anuncie o retornopara o mercado de ouro brevemente. "Amedida foi liberalizante. mas houve oerro de avisar todo mundo", criticouBlanche. "A primeira lição que um ope-rador do mercado financeiro recebe éque jamais ele pode avisar o mercado doque ele vai fazer."

As operações de subfaturamento, queestavam suspensas desde março do anopassado, voltarão a ocorrer por causa daelevação do ágio entre o preço do dólarnegociado 110 câmbio comercial e flu-tuante (ontem, a diferença estava em tor-

110 de 35%). A subida do ágio é resultadodireto da saida do Banco Central dasoperações de compra e venda de ouro 110mercado interno. "C0111 um ágio nessepatamar, voltam as operações de subia-turamento e o dólar excedente vai ficardepositado lá fora. 110 caixa 2", allrmaNathan Blanche. "Por isso. essa ausênciado BC do mercado de ouro só funciona110 curto prazo."

No curto prazo, ele estima que odólar não terá fôlego para continuar su-bindo. devendo o ágio se acomodar nafaixa de 18%. ou seja. a preços de ontem,o dólar negociado 110 mercado de taxasflutuantes iria voltar para algo como CrS760. Segundo estimativas da Anoro.30% das exportações brasileiras eramsonegadas tio lísco e permaneciam depo-sitadas em contas bancárias no exterior.Esse percentual representa 11111 volume

cm dólares da ordem de USS 10 bilhões,dinheiro não registrado que ficava depo-sitado 110 exterior. "O subfaturamento éuma operação viável a partir de 20% deágio entre as cotações do câmbio", esti-ma Blanche.

Na verdade, o BC não conseguiu re-cuperar reservas com a mididesvaloriza-ção de 15% 110 final do mês passado. Asexportações continuaram baixas. "Histo-ricamente, o volume de exportações doúltimo trimestre do ano é muito baixo",lembra Alexandre Lodgenski, diretor decâmbio do Banco Francês e Brasileiro(BFB). "Por essa razão, além do fator deinsegurança em relação ao movimentodas cotações do câmbio, o governo nãoestá conseguindo a reação esperada porparte dos exportadores." Além disso, es-tá havendo um volume grande de impor-tações.

JORNAL DO BRASIL quinta-feira, 31/10/lJI ® Negócios e Finanças « 3

Informe Econômico

inda circularam ontem os boatos de praxe, mas asituação evidentemente esteve mais calma. As cota-

ções do dólar caíram e os especialistas não esperam novasaltas. Enfim, o mundo não acabou, nem começou ahiperinflaçâo.

Os especialistas não acreditam que a cotação do dólarparalelo volte a disparar. Alguns acham que as cotaçõeschegaram ao equilíbrio ontem, com o dólar paralelo (cmgrandes negócios, feitos sem manuseio de dinheiro, masvia transferência de fundos eletronicamente) custando 30% amais que o dólar comercial. No dólar-papel (negócios pe-quenos, nos quais o sujeito sai com as verdinhas namão) o preço do paralelo esteve 35% acima do comercial.Há especialistas para os quais as cotações vão cair aindamais.

O Banco Central, com suas operações, vinha manten-do o paralelo em torno de 10% mais caro que o comer-ciai. Para muitos especialistas, com o BC fora do merca-do, uma diferença em torno de 25% está razoável. É umponto de equilíbrio.

O importante, em todo caso, é que o estouro do dólarfoi reduzido a suas proporções: é um mercado pequeno,afeta pouco o conjunto da economia, mas tem um forteimpacto psicológico. Impacto que se reduz na medida emque a especulação perde fôlego c as pessoas percebem quea vida continua.

Embora, diga-se, continua com problemas: a taxa dejuros está na estratosfera, travando os negócios, c a inflaçãoc muito alta. Esses são problemas reais c de fundo.

AssustadosO diretor de um banco de

negócios de São Paulo foi sur-preendido ontem por um cu-rioso telefonema: queria falarcom ele a dona Neusa, mulherdo Antoninho, garçom do clu-be freqüentado pelo executivo.Ele atendeu. A dona Neusaqueria saber onde poderiacomprar dólares.

É sempre assim: quandoo mais comum dos mortaisvai comprar, os especulado-res já estão vendendo. O pre-ço cai logo depois da comprados comuns. E aí o especula-dor compra de novo.

Notícia boaTem empresa que não es-

tá reclamando, que não achaque o apocalipse é iminente eaté acredita que as coisas es-tão razoáveis e vão melhorarno ano que vem.

Um exemplo? A Volvo doBrasil, segundo explica seu di-retor de Marketing, OsvaldoTuacek. No final deste ano, aempresa, localizada no Paraná,terá produzido 4 mil cami-nhões e 1.200 ônibus. O núme-ro de caminhões é o mesmo doano passado e a perspectiva éde vendas melhorando no pri-meiro trimestre de 1992, umavez que se espera uma boa sa-fra agrícola.

A produção de ônibus des-te ano é 38% maior do que ade 1990. Tuacek diz que asvendas aumentaram desde queo governo Collor acabou coma defasagem nas tarifas, o quepermitiu que as empresas detransporte investissem mais emsuas frotas.

Em resumo, afirma o di-retor, os atuais 1.300 funcio-nários da Volvo têm seus em-pregos garantidos.Aos tribunais

Mais uma ação judicialcontra o governo está empla-cando. Sem estardalhaço, al-gumas empresas de médio por-te (como a Mercúrio Trefilaçãode Aço, Casa Botelho, DiferDiamantes e Isolantes Spagfe)ganharam liminares que man-dam suspender o pagamentode contribuição previdenciáriade 20% sobre o pró-labore dosdiretores das empresas, hono-rários em geral a trabalhadoresautônomos e o 13% salário.

"É inconstitucional, pois acontribuição previdenciária de-ve incidir apenas sobre folha desalário, faturamento e lucrodas empresas", garante o ad-vogado paulista Luiz HenriqueCotrim.

GatosDo empresário Wolfgang

Sauer, ex-presidente da Auto-latina, atual presidente do gru-po Tupy, ao referir-se à ascen-são dos chineses na economiamundial, em associação e cominvestimentos de empresas ca-pitalistas ocidentais:

— Eles estão tomando aopé da letra a frase de DengXiaoping: não importa se ogato é preto ou branco, desdeque coma os ratos. Outro en-sinamento está no modo co-mo os chineses escrevem a pa-lavra crise. Uma composiçãode dois ideogramas, um signifi-cando perigo, o outro oportuni-dade.

Cena brasileiraRetrato do operário da

construção civil no Rio, con-forme pesquisa do Sindicatoda Indústria de Construção Ci-vil:

É jovem; 27,8% têm me-nos de 25 anos e 61,5% têmmenos de 35;

vem do Nordeste (68%, sen-do que 34% da Paraíba);

não tem formação escolar(19,9% são analfabetos, 44,5%não conseguem interpretar oque lêem;

não tem formação profis-sional (90,4% aprenderam naprática).

Demonstra com clareza oproblema maior do país, a fal-ta de educação básica e profis-sional. Isso leva a produtivida-de a níveis muito baixos eencarece as obras, porque de-moram e apresentam defeitos.

E como o empregado nãoé qualificado, as empresas nãotêm interesse em mantê-lo.Apenas 5% dos trabalhadoresna construção civil têm mais de10 anos de permanência numamesma empresa. E 35,9% játrabalharam em mais de dez.

E atenção: não são indo-lentes. A quase totalidade dosentrevistados (1.000 operários,de 13 construtoras) demons-trou interesse em participar decursos profissionalizantes re-gulares.

Carlos Alberto Sardcnberg, com sucursais

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Rio de |aneiro

Especulação provoca

alta da carne

• Açougue e frigorífico acusam pecuarista por reajuste de 54% na arroba

Carina Caldas

A disparada da inflação, em outubro,chega quando as vendas 110 varejo eslão110 fundo do poço — prova da incoerên-cia que marca, no pais, a relação entreoferta e procura. Um dos itens que apa-rece com destaque nos 22,63% apuradospelo IGP-M deste mês é a carne bovina.Segundo a coleta da Fundação GetúlioVargas, o produto subiu, no varejo,28;7%, somente entre os dias 21 de se-teiiibro e 20 de outubro. Se dependessedo consumo, entretanto, o preço teriacaido. Para se ter uma idéia, sò no Rio,as vendas de carne estão 30% abaixo dosniveis registrados em setembro. E o con-sumo anual per capita no pais, que foi deIS quilos em 1990, deve fechar 1991 namagra faixa de 12 quilos.

Os açougues e frigoríficos atribuem adisparada dos preços aos pecuaristas. "Aespeculação com o boi gordo 110 pasto étão lucrativa que, entre os dias 1° e 21 deoutubro, a arroba subiu 54%", afirmaOrlando Diniz, presidente do Sindicatodo Comércio Varejista de Carnes do Rio,ilustrando a resistência dos preços diantedo quadro de vendas fracas: "esta sema-11a, a arroba cedeu de CrS 20 mil paraCrS 19 mil. Mas ainda é muito poucodiante da falta de dinheiro dos consumi-dores", reflete Diniz, revelando que, nosúltimos três dias, o movimento nos açou-gues caiu ainda mais em relação à sema-na passada.

Além da carne, a coleta do IGP-Mapurou que arroz, feijão e óleos de gor-duras tiveram aumentos entre 29% e35,6%. Tanto que os alimentos foramum dos principais responsáveis pela altade 20,6% nos preços ao consumidor

Cesta paulista sobe 19,6%Nas duas primeiras sema-nas de outubro o preçoda cesta básica contendo68 produtos de alimenta-ção, higiene e limpeza nacapital paulista subiu19,61%. É o que indicapesquisa feita pelo Pro-con, órgão da Secretariada Justiça e Defesa e Ci-dadania do governo pau-lista. Na segunda semanado mês, a variação foi de

9,33%. Hoje, o trabalha-dor precisa desembolsarCrS 55.506,92 para com-prar a cesta. Entre osprodutos que tiverammaiores aumentos estão:água sanitária (28,33%),alface (25,42%), sal(24,45%), papel higiênico( 20,46%). arroz(18,84%), açúcar(17,79%), óleo (17,48%),pão francês (17,39%),

creme dental (16,29%) emargarina (13,12%). Atendência dos preços con-tinua sendo de alta. Entresexta e terça-feira, a pes-quisa diária do Proconanotou uma variação de0,56% na cesta. Entre osque mais subiram nessesdias estão frango resfria-do (10,92%), leite em pó(6,85%) e sabão em póOrno (2,71%).

Autopeças carasUma coleta de preços de autopeças

realizada por técnicos do Procon em oitolojas de São Paulo — quatro das quaisconcessionárias de montadoras — mos-tra diferenças de até 359,35% entre omaior e o menor preço cobrado pelomesmo produto. Entre os itens pesquisa-dos, a maior diferença aparece na com-paraçáo de um farol Cibié para o modeloMonza: custa CrS 127.699 numa conces-sionária e CrS 27.800 em loja indepen-dente. Outra diferença significativa foiregistrada nos preços do pára-choquediante do Gol (CrS 43.297 na concessio-nária e CrS 10.560 na independente).

Leilão de carneO governo leiloa, hoje, 10.800

toneladas de carne do seu estoqueregulador, na Bolsa de Mercado-rias dc Minas Gerais, em BeloHorizonte. A novidade deste lei-lão c que os compradores, ge-ralmente frigoríficos e supermer-cados, teráo prazo de 30 dias parao pagamento dos lotes, Quem qui-tar a dívida até a próxima semanaterá desconto de 5%. Fontes dosetor acreditam que a tendência ède queda na cotação da carne.

São Paulo — Luiz Luppi

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Scheuer e Medeiros: propostas distintas de reajuste

Sindicatos e Fiesp

não chegam a acordoSÀO PAULO — Não houve acordo,

ontem de manhã, nas negociações entreos sindicatos metalúrgicos de São Paulo,Guarulhos e Osasco (Força Sindical) e oGrupo 19 da Fiesp. Os empresários ofe-receram, como segunda proposta, umreajuste nos salários de outubro de 80%.em duas parcelas: 50% em novembro eoutros 20% em dezembro (o cálculo sedá por multiplicação dos dois índices).Propôs ainda antecipação de 20% nossalários de janeiro, uma nova política depisos salariais — que passariam de duasfaixas para três — e a promessa de umanova negociação já em fevereiro. A pau-ta foi rejeitada por Luiz Antônio de Me-deiros, presidente do Sindicato dos Me-talúrgicos de São Paulo e da ForçaSindical, que contrapropôs reajustes de116%, em duas vezes; 80% em novem-bro e outros 26% no mês seguinte.

Nas fábricas, a adesão á greve au-mentou, segundo as versões dos sindica-tos e da própria Fiesp. De acordo comMedeiros, o grau de participação estariaacima dos 80%; Luiz Adelar Scheuer,coordenador do Grupo 19 não soubequantificar a adesão, mas reconheceu tercrescido, de terça para quarta-feira. Às15h, os três sindicatos realizaram assem-blêias. Em todas as bases — São Paulo,

apurada pelo Índice. São reajustes queimpressionam diante da realidade de car-rinhos vazios nos supermercados. Desdeagosto, vêm se registrando quedas suces-sivas de vendas mês a mês — só emsetembro, houve redes que venderam até15% a menos do que em agosto que, porsua vez, foi um mês muito fraco.

Os varejistas culpam os fornecedorespelos reajustes abusivos. A AssociaçãoBrasileira dc Supermercados apurou, porexemplo, que o preço da saca de cafésubiu 50% no atacado, em outubro. Es-sas reclamações até coincidem com aapuração do IGP-M: os preços do ataca-do subiram 23,68%, acima, portanto, daalta de 20.6% dos preços no varejo. Hánovos aumentos, entretanto, que o índicenão captou, mas que já estão colaborati-do para engordar o próximo IGP-M,

GM eleva em

25 % os preços

de seus carrosSÃO PAULO — A General Mo-

tors decidiu, ontem, fazer o segundoreajuste de preço cm trinta dias, aindano mês de outubro: um aumento mé-dio de 25,05%, superando os mais re-centes índices médios de Volkswagen eFord, em torno de 22%. O ChevetteDL, carro mais barato de sua linha,que custava CrS 5.082.686, subiu28,9%, passando a custar CrS6.551.582, na versão a gasolina. Já omais caro, a Caravan Diplomata SE deseis cilindros, passou de CrS18.046.892, para CrS 22.377.040, comum reajuste de 24%.

Hoje, a Ford e a Volks deverão rea-justar os preços de seus veículos quenão subiram na última segunda-feira,como o Versailles e o novo Santana. AFiat não revelou quando seus planos.Com o reajuste de ontem, o ChevetteDL, apenas em outubro, sofreu umaumento acumulado de 54,52%, supe-rando inclusive o reajuste do Gol CL1.6, que ficou este mês em 50,92%. Jáo Kadett SL, que ontem teve um au-mento de 28,5%, registra um reajusteacumulado de 54.63%.

referente ao periodo de 21 de outubro a20 de novembro.

Como a coleta foi encerrada em 20de outubro, ficou dc fora, por exemplo,o reajuste de 5% no preço do feijão, noatacado, registrado nos primeiros doisdias desta semana. O índice de 22,63%— a maior laxa mensal do IGP-M dosúltimos 17 meses — também não cap-tou, por inteiro, a onda de aumentos nospreços dos alimentos, registrada diasantes da entrada em vigor da fórmulaCLD, que controla margens de lucro.Uma pesquisa pelo JORNAL DO BRA-SIL levantou que, entre o anúncio davolta do controle, no dia 1S, e a entradaem vigor da medida, no dia 28, houveaumentos de até 41% nos supermerca-dos do Rio — se por culpa do atacadoou varejo, acaba não fazendo diferençapara o bolso do consumidor.

Supermercados

do Rio abrem

neste sábado

Os supermercados do Municípiodo Rio vão abrir as portas no próxi-mo sábado, feriado de Finados, entre8h e 20h. Em compensação, não fun-cionarão na segunda-feira, dia 4 denovembro. A decisão faz parte doacordo selado, no ano passado, entreos sindicatos do Comércio Varejista edos Comerciários, que permite aabertura das lojas cm sábados deferiados.

É a segunda vez nos últimos 30dias que os supermercados utilizamesse artificio. No dia 12 de outubro,feriado de Nossa Senhora Aparecida,as lojas também funcionaram, aten-dendo às compras de última horapara o Dia das Crianças. Na verdade,com os números negativos que to-mam conta do setor há meses, perderum sábado significa reduzir aindamais as vendas — é o dia de maiormovimento na semana. Ainda maisneste final de semana, quando osconsumidores começam a receber osalário de outubro.

Ocupação na indústria

caiu 11,3% este ano

Guarulhos e Osasco — a proposta patro-nal foi rejeitada e a continuação da greveaprovada. Uma passeata de metalúrgicosganhou o Centro de Guarulhos, logodepois do fim da votação.

Julgamento — Hoje, às 14h, estáprevisto o julgamento da greve no Tribu-nal Regional do Trabalho. Scheuer nãovê a possibilidade de os empresários au-mentarem o Índice de reposição para omês de novembro. "Agora no final deano, com o décimo terceiro, os pagamen-tos antecipados das ferias coletivas (prá-tica comum em cerca de 50% das empre-sas metalúrgicas de São Paulo) e osproblemas de caixa que enfrentamos, umreajuste desse porte, em novembro, éinviável", disse.

Para Medeiros, o parcelamento dasreposições salariais é completamente des-favorável ao trabalhador, numa época deinflação alta. Ele avalia o movimentocomo vitorioso. "Quebramos um tabu. AFiesp, que nunca negociou durante umagreve, está fazendo isto hoje." Segundoele, a proposta do patronato è sofrível.Ele conta com os 78,48% já sugeridospelo Tribunal Regional do Trabalho, pa-ra o mês de novembro, apresentada àspartes nesta última terça-feira e rejeitadapela Fiesp.

A indústria brasileira chegou aos pri-meiros nove meses de 1991 com umaqueda de 11.3% no pessoal ocupado naprodução e de 17.5% na massa de salá-rios pagos a esses trabalhadores, tudo nacomparação com o mesmo periodo de1990. Os números foram divulgados on-tem, pelo IBGE, que justamente no mêsde setembro detectou uma parada nomovimento de recuperação do setor, es-boçado a partir de abril.

As empresas diminuíram as contrata-ções, e o pessoal ocupado aumentou ape-nas 0,4% em relação a agosto. No casodo maior centro industrial do país, SãoPaulo, o IBGE registrou uma queda nostrabalhadores empregados na produção:0.2%. No Rio de Janeiro o contingentetambém diminuiu, em 0,3%. Na compa-ração com setembro de 1990, a queda éde 7% no pessoal ocupado tanto na in-dústria paulista quanto na fluminense.

Vestuário — A pesquisa é feitamensalmente com 5.700 grandes, peque-nas e médias empresas das indústrias detransformação e extração mineral, res-ponsáveis por cerca de 70% do valor daprodução brasileira e 40% da massa desalários pagos no país. Para se ter umaidéia do desemprego no setor, nos últi-mos 12 meses (agosto de 1990 até setem-

bro último), a redução do pessoal ocupa-do na produção diminuiu 16% entre usempresas fabricantes de vestuário, calça-dos e artefatos de tecidos.

No caso dos salários, o lBGÇ..,atêidentificou em setembro o maior cresci-mento em 1991. A massa de saláriosregistrados em carteira — o que .nãoinclui abonos e horas-extras, por exem-pio — cresceu 7,7% no mês. acima dainflação. A explicação está no aumentodo salário minirno, que foi para CrS 42mil. Na Região Nordeste, por exemplo,onde é maior o número de indústrias que'pagam o salário mínimo, o salário con-tratual médio aumentou 32% em relaçãoem agosto. Em São Paulo, onde a rela-ção é inversa, o crescimento foi de ape-nas 3%.

O que o Instituto também verificoufoi um crescimento do salário contratualmédio real durante os nove primeirosmeses de 1991: 4.3%. Como houve que-da tanto no pessoal ocupado quanto namassa salarial, entre as empresas pesqui-sas, a interpretação do IBGE é a de que odesemprego industrial se concentrou nossalários menores. Ou seja, sobraram sa-lários mais elevados, que divididos entreos trabalhadores que permaneceram em-pregados terminou elevando a média.

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% ValorQuantidado Ncg. Volume Total

34.944 4 2.446.080,00 0,0236.691.910 117 44.181.815,60 0,39

510.045.932 22 639.925.017.64 5.6875.233.318 132 83.791 068.72 0.74

251.000 10 13.040.835,00 0.12

13.108.330.622 4.853 10.298.756.482,94 91,44

5.989.100 54 180.412.074.00 1,6013.736.576.826 5.192 11.262.553.373,90 99.99

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Medio 1.270Fechamento 1.235 (-1,67)Maximo 1.307Minimo 1.220

Mercado * vista ? lot# .OfortasTrtulos Qtd. Foch. Mix. Min. M6d. Osc. Compro Von do I.L. N°Ano Nog.

Pru$os por mil a9dosAco Altona PP 4.250 000 260,00 250,0U 250,00 250.00 25,00 175,00 250.00 50540 2Arthur Lange PP 132.000 87,00 8/.00 87.00 87,00 1.14- 87.00 796,63 2B.Progresso PN ...... 9,50 jo.90Banorj ON ... .... 6.20BanerjPN 25.000000 '7.00 7.20 7.00 7.04 1,95- 6.50 7.00 264,46 4BanostadoON ... ... 330,00BanestadoPN ...... 330.00Barbara PN 5 647.100 230,00 231.00 210.00 230.86 4,94 230.00 245,00 125,61 5Bclprato PN ...... 140,00 150,00Belprato PP 200 000 160.00 165.00 160 0U 162.50 2607 150.00 902.77 2BnnqMimoPP ...... 24000Cemig ON 173 276 600 13 00 14.40 1300 13.22 6 84- 13 00 13 50 1047.54 10Cem.g PN 5383629 500 16 99 17.50 16.50 17.03 0.59 16.25 17.00 1294.07 115Comig PP 46 036 700 1600 16 40 16 00 16.14 4 84- 1500 16.00 1229 24 8Climax BN 5498 600 3000 3200 30 00 30.18 060 27.10 31.00 159.51 2CorbettaPN 3000000 0.99 0.99 0.99 0.99 10.00- 0.97 761.53 1Czarina PN ...... o,62 080EborloPN 460 813 000 3 20 3 20 3.20 3.20 • 3.30 1035.59 13EberloPP 5 829 000 3.20 3.20 3.20 3.20 - 3 20 1077.44 3Pabrica Bangu PN ...... 35 00Fertibras PN ...... 45 01 48.00Fertisul PP 991.200 420.00 420,00 370,00 418,63 - 420,00 480.00 837.32 5Gazola PP 35.100 5.50 5.50 5.50 5,50 175,21 1InoparPN 28 000 000 55,00 55,00 55,00 55,00 7.84 51.50 339.08 4J.B.Duarto ON ...... o.90 1,10J.B.DuartePN 247.037 300 0,56 0,56 0,53 0,55 1.79- 0.56 144.73 11B Kalil Sehbe PN ...... J90.OOLumSPP ....... 36,00MullorPN 5.118 400 5.31 550 5.31 5.50 4.56 5.31 348.10 4Multitel ON 400 19.00 19.00 19,00 19,00 - 19,01 32.75 1Multitol PN 239.700 24.20 24 20 22.00 22.92 14 60 24.20 26.60 163.71 2Perdigao PN 73.100 175,00 175.00 175,00 175.00 4,89- 185.00 246.93 1Pers.Columbia PN 24 300 700,00 700.00 700,00 700,00 - 769.23 2Persico PN 415.000 43,51 43.51 43,51 43.51 - 40.00 45.00 397.71 2Puttenati PN 40 000 000 25.00 26,00 25,00 25.25 2.77 23,00 25,00 1375,27 6Prometal PP 125.000 230,00 230,00 330.00 230,00 EST 210.00 270.00 71.85 2PronorAN 19 348 500 43,00 43.00 43.00 43.00 7.50 43,00 50,00 843.13 5PronorPA 880 100 43.00 43.00 43.00 43.00 7.50 43.00 50.00 742.65 1Rio Guahyba PN 50 000 355,00 355.00 355,00 355,00 - 350.01 710 00 1Sharp PN 1 132 800 600,00 600,00 580,00 597.66 2,86 580.00 2213,55 6Si bra BN ...... 50,00Sid Informatics PN 900 630,00 630,00 630.00 630,00 - 650,00 2100,00 1Sondolocntca PA ...... 196,00 250.00Sondotecnica PB ...... 190.00Taurus PN 2.126 000 210.00 220,00 210.00 220 00 EST 220,00 375.99 3TelebrasON 468.600 4225,00 4700,00 4150.10 4218,35 0.02- 4225.00 4400 00 2037.85 25Telobras PN 33.304 000 5600,00 6050,00 5520,00 5812.18 3,01 5600,00 5699 00 1905,63 60TelobrasPN-R 57.474 200 2701,01 2800.00 2650.01 2788,54 - 2701.00 2800.00 • 14Trombini PP 4 800 250.00 250.00 250.00 250.00 • 230.00 250,00 454.29 1Ucar Carbon ON 57.364 000 35.70 37.80 35.50 36.70 3.91 35.70 37,40 1044.39 17Votec PN - - - • - 5.60 9,00 •ZiviPN 5000 000 17.00 17.00 17.00 17,00 2.30- 842.83 1ZiviPP 3 700 000 17.00 17.00 17.00 17,00 0,59 718,20 3

Proqos porapaoAbe Xtal AN .... 13.00Acesita ON ...... 200,00Acesita PN 100 61,00 61.00 61.00 61.00 1.67 60.00 1273,22 1Aconorte AN... 49 600 12,00 12,00 12,00 12.00 1,32- 12.00 444,44 2AconorteBN ...... eooAcos Villares PN -GE.... 700 74.10 74.10 74,10 74.10 - 74,10 80.00 321.61 1Adubos Trovo PP 52.300 1.35 1,49 1.30 1.34 - 1,22 1.48 1654,32 4AgraloPN 46 500 4,52 5.00 4,49 4.52 - 4.50 5,00 262.63 4Agroceres PN ...... 6.51 7.70Albarus OP - ... 800.00Alpargatas ON...... ....... 89.99AlpargatasPN 200 36.50 36,50 36.50 36.50 • 33.00 38.00 400.48 1Aracru* BN 600 1700,00 1750,00 1700,00 1725.00 2.55 1700.00 1800 00 724.18ArtoxPN... 5 786 600 0 28 0.29 0.28 0.28 6,67- 0.28 0.31 307.69 ?AzevedoPN ...... 8,50B Amazonia ON 49 300 4,90 4,90 4.90 4,90 2.00- 4,90 5.00 233,44 vB.Amer Sul Prt PN -G-. 100B America Sul PN-G-. 100 000 1,40 1.40 1.40 1,40 EST 1.25 1.42 231.40 1B.Brasil ON 169 800 150.00 155.00 150.00 152.07 0.64 151.00 153.90 723.52 27B Brasil PN 1.363.600 165.00 170.00 162,00 167.13 1.35 165.00 168.50 630.75 103B.Economico ON • • ¦ - 9,00B.Economico PN 3.162 000 5.50 5.50 5.20 5.21 5.10- 5.20 5.75 877.10 6BEconomicoPP 3 054 800 5,50 5,50 5,20 5,20 5,46- 5,40 600.46 4B Mere.Brasil PN ...... 30,00B.RoalPN ....... 41,90Bamenndus ON E-.... 606.100 17.50 17.50 17.30 17.49 1.57 17,30 17,80 662,75 7Bamerindus Adm ON E-99 400 20.80 2080 2080 20.80 0.97 20.00 173.53 2Bamerindus Seg PN E- 99.900 13.85 13.85 13.85 13.85 0.36 13,00 13 90 157,65 1BanespaON 288 700 3,49 3,49 3,10 3.35 3.72 3.49 867.87 10Banespa PN 16.197 500 3,67 3,70 3.45 3.6-1 8.98 3.55 3,66 914,57 86BarrotloPB ...... q.60 0.66Belgo Mineira ON 159400 130,00 130,03 121,00 129,80 0,23- 130,00 140.00 612.28 10Bolgo Minoira ON -R .. 100 105.30 105,30 105.30 105,30 • 100,00 111,00 • 1Bolgo Mmoira PN 1 800 75,00 77,00 75,00 76.11 1,53- 75.00 80 00 633.77 6BicCaloiPB 34 300 0.46 0,55 0,46 0.50 7,41- 0.45 0,60 256,41 3Bombril PN ....... 4 95Bozano Sim.Cia OP ....... 60,00Bradcsco ON 6- 102 000 13,50 13,50 13,50 13.50 EST 691,59 2Bradesco PN E- 518 800 15,00 15.00 14.40 14.64 4,87 14,60 15.00 749,23 12Bradesco Inv.ON E-... 900 22,00 22,00 22,00 22.00 - 21.00 924.36 1Bradesco Inv PN E- 507 300 22.00 22.00 22,00 22,00 EST 21,00 921,65 3Brahma ON 15400 125,00 125.00 125,00 125,00 3.78- 125,00 140.00 1319.53 3Brahma PN.. 2 626 900 95.50 98.00 95,00 96.71 3,92 95,50 99,00 1200,32 24Brasilit ON • • - - 50.00Brasilit OP • - - - - - 440.00Brasilit PN ...... 50.OOBrasilit PP • • • . 50.00Brumadmho PN-G- 1672 900 0,54 0,54 0.49 0.49 EST 0.50 0.52 25388 8Caemi Mineraca PN.... 298 000 82.00 88,00 80.00 85.15 9.64 82 00 88.00 752.80 8CalfatPP 100 000 1.60 1.60 1.60 1.60 EST 1.50 1.70 1095.89 1Cambuci PN ...... 2.70Casa Anglo ON-R .... ...... 980.00Casa Anglo OP ...... 930,00Cat.Leopoldina AN -G-. 2.204 200 5.00 5,10 4,75 4.92 5,58 4,90 5,00 803.92 25Cat.LeopoldinaON-G-.. ...... 400Cbv-lnd Mecani PN-G-. 4 000 210,00 210.00 195,00 201.63 - 200,00 276,58 4CorjON ... 0.66CospPN. ... ....... 15500CevalPN. ..... 410 000 3,25 3.25 3,25 3.25 8.33 3,00 1354.16 2Cica PN . .. .... ....... 69.00CofapPP 11.752 900 3,65 3,81 3.65 3.79 2.43 3,70 3.80 303.92 15Confab PN 100 000 40,00 40,00 40,00 40.00 - 377.35 2ConsALindPN ...... 100Const BeterBN ...... 1.20 1.50Consul ON ... .... 440,00Continental PN ....... 4 30CopenoAN 355 100 135.00 140 00 135.00 135.04 1.03- 135.00 140.00 382,18 11Cosigua ON 3.500 7.00 7.00 7,00 7,00 • 7,00 1000,00 2Cosigua PN 109 700 11.50 11.50 11,00 11.43 0.61- 1150 1329.06 6Cresal PP ...... 2.70Dhb Ind.Com PN 3 000 1.70 1.70 1.70 1,70 15.00- 1.70 242,85 1Dijon PN 100 000 1.50 1.50 1,50 1.50 - 1.60 103.44 1DocasON. . 3 200 22.00 22,00 22,00 22.00 10,00 22,00 2588.23 1DocasPN - • - - - -11.50 12.00DovaPP ... . ... 0.17DuratexOP - - . - . -11.50 14.00Duratex PP. 15 000 13.00 13 00 13.00 13.00 • 13.00 563,50 1EcilPN . - . - - 1,60 - •Eletrobras BN 17 919200 28,50 33,00 28.40 30.62 3.69 28.10 28.50 1631.32 323Embraco PN ...... 330,00Ericsson ON ...... 5 40Ericsson OP ....... 5 70Ericsson PN ...... 4 50Ericsson PP .. 76 500 4.90 4.90 4,90 4.90 4,90 5.10 460,95 2EstrolaON-G- ....... 21.OOEstrela PN -G- ..... 33 qqEtormtON ... 120.00F Guimaraes PN ...... 10,90Forbasa PP 4 600 7.00 7,00 7.00 7.00 • 6,30 636.36 1Fefro Ligas PN-G- 807.300 1,50 1,50 1.45 1,50 2,04 1.60 483.87 4Ficap PP 5 500 57,00 57,00 55,00 55,76 1,57 57.00 733 68 3Fnv-Veiculos PN 208 000 0,46 0.53 0 43 0.46 4.17- 0.43 0.53 450.98 5Fras-teAN... ....... 280GerdauPN ...... 20.00GrazziotinPN ....... ^0.00Gurgol Motores ON ... 59 100 15,00 15,00 13,05 14,45 0,35- 14,00 15,95 161,00 12Gurgol Molores PN ....... 9 30InbracPP 200 000 0.47 0.48 0,47 0.47 - 361.53 3Ipuanga Dis PN 525 800 3.50 3.50 3.50 3.50 77.77 3Ipiranga Dis PP 15 700 3.85 3.85 3.85 3.85 EST 451,87 1Ipiranga Pet PP 165 500 3.70 3.70 3.50 3.70 1.93 3.71 305.53 2Ipiranga Rol ON. ..... 4,10Ipiranga Rol PN. 4.00 5.00Ipiranga Rot PP.... ..... 5 00ItaubancoON.. .. ...... 67.00ItaubancoPN . 20.100 67.00 67.00 65.00 66.99 3.06 70.00 1142.58 2ItautecPN. ...... 0,61Joao Fortes ON 700 120.00 120.00 120.00 120.00 1,64- 120,00 1508.48 1Kopler Weber PN-G- ...... 190Lam Nac.Metais PN... .... 2.10Lanificio Sehb PN . ... ...... 1.6OLight ON.. . ., 2 200 000 25,00 26,00 24,60 25.15 0 04 24.60 25.50 1012.07 14LimasaPP 4008400 1.15 1.15 1.15 1.15 4.17- 1.15 821.42 2Loj Americanas ON 200 245.00 245,00 245,00 245,00 1.11- 220,00 245.00 537.52 1Loj Amertcanas PN ..... 245,00MagnesitaPA .... 1672 800 1.15 1.15 1.15 1.15 1,10 1084.90 1MaioGalloPP ... .0,19 0.22ManahPN. ..... 1,90 - •Mangels PN-G- 32 200 6,00 6,00 5.90 6.00 537.1* 3MannesmannON 11820 000 0,68 0.68 0,63 0.66 6.45 0.63 0.67 857.14 15MannesmannPN 10 306 500 0.36 0.40 0,35 0,36 7,69- 0,36 0.40 947.36 29Marcopolo BN-G- * - 1500,00 1800,00Marcopolo PN-G- - 1800,00 2190,00Marvin PN.. • • 0,34 0,39

Mondes Jr BNMendos Jr PAMondes Jr PBMot Duque PPMetal Love PNMetal Love PPMetal Leve Aut PNMicrotoc PAMinoracao Amap PN....Minoracao Part PNModdata PPMonteiro Arnnh PNMontoiro Aranh PPMontreal PN -G-Motoradio PNMullitextil PPNacional ONNacional PNNakata PN-G-Odobrecht ONOlvebra PNOrion PN -G-Papel Simao PNParnibuna PNParanapanema PNPeixe PNPerdigão Agro PNPetrobras ONPetrobras PNPotrobras PPPotroouisa PPPirelli ONPirelli PNPirelli Pnous ONPirelli Pnous PNPolialden PNPolipropilono PNPropasa PN -G-Racimoc PPRecrusul PNRetripar PN Rheem PPRiograndense PNRipasa PPRodoviaria PNSadia Concordi PNSadia Oeste ANSadia Oesto CNSadia Ooste ONSamitri ONSamitri PNSano PPSao Braz PNSergen PPSid Guaira PNSid Pains PNSid Pains PPSifco PNSouza Cruz ONSultepa PPSupergasbras ON -G-...Supergasbras PN -G-...Tecei S Jose PN -G-....Toka Tecolagom PN....Telerj ONTelerj PNTelosp PNTransbrasil PPunioanco ANUnibanco ONUnipar AN -G-Unipar BN -G-Unipar ON -G-Vacchi PN -G-Vale Rio Doce ON -£•...Valo Rio Doco OP -E-...Vale Rio Doce PN -E-...Vale Rio Doce PP -E-....Varig PNVilejack BN -G-Whito Martins ON -G-...,Zanini AN

Emprosas om situação especial-Cobrasma PP•Engesa PA•Guararapes PN-Vorolme PN 289000Coluloso Irani OP 240 000Conforja PNPacaombu PPTotal 6868 281.100

OfertaaQtd. Fech. M6«. Mk». Mfed. 0»c. Comprn Venda I.L Nu

Ano Ne«.4.10

3000 5.80 5,80 5.80 5,80 3,57 5.00 1198.3-1 25300 7.00 7.00 7,00 7.00 7.00 1272.72 34,40 •280,001100 300,00 300.00 300,00 300,00 • .417.34 3

20,005.1043 927 400 2.45 2.50 2.10 2.33 7.87 2.38 2.45 663.81 320,703.100 1.30 1,30 1.30 1.30 • 1.30 371.42 12.20 •2.40 •1.207.100 1.98 1.98 1.90 1.91 6.11 1,90 2.20 M4.15 4500 3.80 3.80 3.80 3.80 4,00 446.53 120000 1.20 1.20 1.20 1.20 • 1.20 342.85 1700 45.51 46.50 45.50 45.79 • 45.52 523.13 411200 42.60 42,62 42,60 42.61 0,26 42,00 50.00 669.86 534,00 36.0017 400 70,00 70.00 70,00 70.00 • -158.19 1

2010.000 0,36 0.36 0,36 0.36 • 0.36 837.20 340.00 48.0019000 9.50 9.60 9,50 9,58 2.25- 9.50 454.67 217.700 1.15 1.15 1.15 1.15 • 1.40 920,00 114 529 200 6.56 7.00 6.35 6,64 6.58 6,47 6.56 660.03 10724,00 30.00241.500 0.65 0.65 0.65 0.65 • 541.66 11900 1152.00 1250.00 1152,00 1187.89 • 1151.01 1289.99 1208.66 5600 1900.01 2000.00 1900,01 1966.67 8.68 1800.99 2150,00 1306.34 263.700 2100.00 2250.00 2020,00 2144.94 2.39 2100.00 2200.00 1343.27 4393 500 9,30 9.70 8.10 8.78 8,40 9.30 9,90 629.39 1010000 30,00 30,00 30,00 30.00 EST 35,00 834,26 113900 30.00 30.00 30.00 30.00 • 30.00 931.96 210.000 10.80 10,80 10,80 10.80 • 10.00 11.88 268,12 115500 9.20 9.20 9.20 9.20 - 8.90 9.50 279.72 113,006000 2.00 2.00 2.00 2.00 • 435.72 10.81130000 10,50 11.00 10,50 10.69 0.J6 10,50 11.50 2293.99 344,0011100 0.34 034 0.34 0.34 - 0.34 0.41 283.33 217000 22.00 22.00 22.00 22.00 0.45- 17.00 26.00 836.18 310300 16,99 17.00 14.00 16.64 18.77 16.99 17.00 1664,00 9140.004.605.001,101.35 •1.00 •12400 670.01 680,00 670.01 679,68 4,54 670.01 740.41 3300800 545.00 550.00 500,00 524.11 31.03 420.00 550.00 784,34 156.00 •160.00500000 0.88 0.88 0.88 0,68 EST 0.85 0.92 1066.41 59,00 11.003.733.808.9025300 2450.00 2550.00 2300 00 2474.11 0,89- 2600.00 828,69 95.005.00 •468600 5.00 5,30 5.00 5,16 2.58 5.00 5.29 462,78 12219.500 550,00 550.00 550.00 550,00 • 559,92 15000 0.46 0.46 0.46 0.46 4.55 0.42 0.45 161,97 11.248600 10,01 13.50 9,90 10.64 10.14 10.01 11.90 2338,46 24175200 13,77 13,77 13.00 13.01 2,33- 13,50 13.77 3497,31 12220100 52,00 52.00 51,00 52,00 9.70 49.00 51,50 4063.00 710000 1.80 1,80 1.80 1,80 - 180 2686.56 127.02 29.50100 4,61 4.61 4 61 4.61 • 4,66 4.92 577,69 1

12 673400 4,75 5,00 4.75 4,89 1,45 4.75 4.85 594.16 6750000 5,00 5.00 5.00 5.00 - 4.51 677.50 115000 0,30 0.30 0.30 0,30 7.14 0.23 0.29 176.47 1

649100 35,51 37,00 35.00 35.96 4,53 35.51 36.00 1865.14 193.212.700 35.51 39.00 35.00 37,38 8.00 35,51 39.00 1899.39 1b60.532500 41,50 45,00 40.02 43.05 9.15 41,00 42,48 1607.54 6714.145.100 40,10 43.50 40.10 41.24 5.74 40.10 42.00 1498.54 70

2.800 70,00 71.10 70.00 70.39 17.75- 77.00 88.00 923.75 3100000 0.45 0,45 0.45 0.45 • 0.40 0.54 160.71 22.210500 13.56 13.60 13.00 13.52 4.40 13,1« 13.40 736.38 2969600 1,50 1.50 1.50 1,50 • 1.50 1420.57 1

1.0558.00 1.2558,00 1,0358.00 1.0458,00

11.002,50300.001,30 2080.0058,0039,00135.00242.17

Mercadoàyiité[I|fr«çio^Títulos Tipo DBS Quantidade PreçoMódio Valor (Cr$)

% valorTotal N. deNegPrcQos por mil aqdoaBarbara PN 75 110.00 0.25 0,001 1Comig ON 50 10.00 0.50 1Comig PN 37 10.01 0.37 1Cemig PP 90 11.41 1.02 1Climax BN 37 15.00 0.55 1Gazola PP 54 2.75 0.14 1Muller PN 145 2.97 0.42 2Persico PN 20 22.00 0.44 1Sharp PN 62 441.00 27.34 0.003 1Sid Inlormatica PN 124 340,00 42,16 0,004 2Telebras ON 728 2.655.26 1 933.01 0.205 13Telebras PN 823 3 650.00 3003.92 0.318 13Telebras PN -R 66 1.300.00 85.80 0.009 1Ucar Carbon ON 55 19.27 1,06 2Prcqoa por A?£oAcesita PN 50 33.01 1.650.50 0.175 1Adubos Trevo PP 12 0.68 8,16 0.001 1Aracruz ON 60 1 200.00 72 000.00 7.620 1BBrasil ON 203 92.21 18 720.39 1.981 5BBrasil PN 162 107.26 17.376.20 1.839 5Bamerindus ON t— 20 17.20 344.00 0.036 1Bamerindus Seg .. PN I- 99 13.00 1.366.20 0,145 1Banespa ON * 121 1.07 227.36 0.024 3Banespa ... PN 69 2.30 164.50 0.017 2Belgo Mineiia... ON 46 65.00 2.990.00 0.316 2Belgo Mineira .. .. PN * 46 45.97 2.115,00 0,224 2BicCaloi .. PB 20 0.27 5.40 0.001 1Bradesco ON I 31 13.50 410,50 0,044 1Bradesco PN E~ 210 11,55 2.426,06 0.257 5Bradesco Inv ON E- 08 22.00 1.936.00 0.205 1Bradesco Inv PN E-- 14 22.00 300,00 0.033 1Brahma ON 128 63,96 8.187.50 0.866 2Brahma HN 229 53.17 12.176.76 1,289 5Copene AN 12 82.01 984.12 0.104 1Cosigua PN 157 7.97 1.252.15 0.133 3Dhb Ind.Com PN 0.05 5,10 0.001 1Eletrobras BN 33 15.50 511,50 0.054 1Eluma PN 90 5.00 450.00 0.040 2Ferbasa PP 60 2.75 165.00 0.017 1Ipiranga Dis PN 160 1,75 200.00 0.030 2Limasa PP 61 0.60 36.60 0.004 1Mangels PN -G- 143 3.00 429.00 0.045 2Marinesmann ON 99 0.30 29.70 0.003 1Mannesmann PN 73 0.19 13.87 0.001 1Mineracao Amapa PN 20 1.24 24.00 0.003 1Nacional ON 28 45.00 1.260.00 0.133 1Nacional PN 14 42.62 596,68 0.063 1Odebrecht ON 72 70,00 5,040.00 0.533 1Paraibuna PN 20 0.60 12.00 0.001 1Paranapanema PN 116 3,91 453.56 0,048 2Petrobras ON 58 710.36 41.665.00 4.409 2Petrobras PN 78 1.072.30 83 640.00 8.851 2Petrobras PP 398 1 302.16 518 261.51 54.846 10Pirelli PN 87 15.00 1.305,00 0,138 2Pirelli Pneus PN 76 4.50 342.00 0,036 1Relripar PN 127 0.20 25.74 0.003 2Samitri PN 111 330,72 36 711.00 3.885 2SouzaCruz ON 61 1 500.00 91.500.00 9.683 1Supergasbras PN -G- 20 4.00 80.00 0.000 1Telerj ON 100 5,04 504.00 0.053 3Telerj PN 104 6,32 1.163.40 0.123 5Unipar BN -G- 100 2.00 200.00 0.030 2Unipar ON -G- 66 2.80 104.00 0.020 1Vale Rio Doce ON -E- 36 52,00 1 872.00 0,198 1Vale Rio Doce PN -E- 136 21.77 2.962.00 0.313 2Varig PN 51 35,00 1.785,00 0.189 1White Martins ON -G- 476 7,53 3.505,20 0,379 7Emprcaas em altua^io cspccialC Brasilia PN 10 116,00 1,16 1Total 7.313 944.939,96 150Bolsa de Valores do Rio de JaneiroResumo das Op«raç6«sMercadosA vista

Ações DireitosRecibosCertificados.Debentures..Obrigações..Ex.Opcoes...,

TermoIntegralPro-Rata

OpçõesDe Compra...De Venda ....

FuturoGeral

Quantidade6.868.288.4136.810.814.047

- ' "• -Y.Valor (Cr*)

5.631.276.686,955.470.996.827,72

57.474.366 160.279.859,23

lltÉlSíN.Neg

2.5962.580

16

265.350.000265.350.000

3.259.527.600,003.259.527.600,00

7.133.638.413 8.890.804.286,95

2.4062.406

5.002i ndicadores do Pregão ^"ílvSotoros Min Man Pit Mln PitGo'al 110.512 113 796 112 518 110.808 10? 63? 109 441 108 106GovernamertMl 142 457 149094 146.299 142807 414 377 422 117 414556Pi'vado 75810 77 283 76.258 76 035 77.923 79 405 78 394Bens Oe Consumo 206 998 215 957 211638 209 928 22 111 22 573 22.438Comfircio 66 383 70 366 68.507 66 383 52 834 56.004 52 834Flnancas 91.358 94 323 92.840 93.268 116 532 118 344 117 635Mineracao 220.434 231 118 229 281 223.737 345.147 370.996 365 641Putroloo 106 463 116 504 111 288 109004 210 108 217 38 215325Ouimica E Putr 67 115 70 467 68 998 89 739 93.531 98 197 96 883Servicos 66 247 70 981 89011 66.662 78.29? 81 801 78 628Sid E Metal 46 889 48.710 48 389 47.975 64 779 65 996 64.767Evolucfio dos Indices

Dia Hfi H6Indices Pontos Osc anterior ummts um anoGeral(ibv) 110.808 -0,7 111.690 89.469 7.872Governamental 142.807 -1,4 144.949 120.671 7.270Privado 76.035 0,1 75.899 57.435 7.169Geral(ipbv) 108.106 0,4 107.637 93.903 10.389Governamental 414.556 -0,1 415.209 365.785 20.770Privado 78.394 0,6 77.923 67.790 9.220

Mercado de OpçftesOperações

mrnmmm

Preço de PrêmioTipo DBS Séries Exerc. Quant. Uft. Màx. Min. Méd

% Valor N°de 'Vdof Total Neg

00 BBtasil PN CIF 240.00 100 000 16.00 16,00 16.00 16.00 1.600 000.00 0.049 1F:LET Eletrobras BfJ CLA ?8.00 5230000 12.05 15,00 12.01 13.74 71 860 300.00 2,205 70ELET Eletrobras ON CIF 36.00 5070 000 8.50 11.00 8,00 903 49.854 500.00 1.530 87ELET EleUobras ON CIN 44.00 1500 000 5,00 6.79 5,00 5.85 8 775 700.00 0.269 21VALE Vale Rio Doce PN -E- CLF 43.00 65890 000 15.50 18.50 15.00 17.091.12ft 170 000.00 34.550 736VALE Vale Rio Doce PN -E- CLH 49,00 13530000 13.00 14.50 12,50 13.97 189065 000.00 5,800 56VALE Vale Rio Doce PN -E- CLI 52.00 360 000 11,80 12.10 11.80 11.93 4.296.000,00 0.132 5VALE Vale Rio Doce PN -E- CLJ 55.00 71980 000 9.99 12.00 8.51 10.42 1 792 970.300.00 55,007 1403VALE Vale Rio Doce PN -E- CLM 64 00 1670 000 6,00 7.00 6.00 6.45 10.775 800.00 0.331 26VALE Vale Rio Doce PP -C- CLE 490,00 20 000 207.00 207.00 207.00 207.00 4 140 000.00 0.127 1

Total 65350 000 3 269 527.100.00 2406

Posigdes em 29/10/91Prafodi Quant. «m Abtrto N'd*poii;6M Pr*«iiC6d Tltulo« Tlpo DB8S*ri» Eawtlclo Tot«l« Cob»rt»« TlttfWr * Vim

BB B Brasil PN CLF 240,00 20 20 1 164,90CMIG Cemig PN CLF 26,00 330.000 330.000 1 16,93ELET Eletrobras BN CLA 28,00 32.070 29.877 200 79 29.53ELET Elelfobras BN CLC 32,00 100 100 2 29,53ELET Eletrobras BN CLF 36,00 45.490 26.756 242 117 29,53ELET Elelrobras BN CLG 38,00 200 200 1 29.53ELET Elelrobras BN CLM 26,00 3.050 2.690 15 12 29,53ELET Eletrobras BN CLN 44,00 9 360 S.720 (4 81 29,53PETR Petrobras PP CLG 3.200,00 25 25 I 2093,84PMA Paranapanema • PN CLH 9.00 1.000 1.000 I 6.23TLBR Telebras PN CLB 5.500.00 1.450 1.450 1 5641.94VALE Vale Rio Ooce PN -E- CLC 37,00 39.720 39.720 16 39.44VALE Vale Rio Doce PN -E- CLE 40,00 22 560 22.S60 8 39,44VALE Vale Rio Doce PN -E- CLF 43,00 420.210 2H.533 417 213 39.44VALE Vale Rio Doce PN -E- CLG 46,00 18.200 1.890 8 39.44VALE Vale Rio Doce PN -E- CLH 49,00 157.300 22.130 33 63 39,44VALE Vale Rio Doce PN -E- CLI 52.00 4.320 3.600 3 39,44VALE Vale Rio Doce PN -E- CLJ 55,00 251.600 110.470 462 274 39,44VALE Vale Rio Doce PN -E- CLM 64.00 620 510 5 39,44VALE Vale Rio Doce PP -C- CLE 490,00 20 20 1 0.00VALE Vale Rio Doce PP -C- CLF 520,00 290 290 13 12 0,00Totals por vmnclm»ntoDei 1 337.605 818.561 1.484 880Total t.337.605 818.561 1.484 880

Quantidades efetivas em 29/10/91(A) (B)lnver B/A) Encarremerrto Aumerrtoa Cure. VarfapioC6d Tttuloa Tipo Sen® Totais No Dia Compra Vanda Docum. Cempra Vanda 4o dia efathra

ELET Eletrobras BN CLA 7.210 2.770 38.41 3400 3.750 3 810 3 460 2.B30ELET Elelrobras BN CLF 4.200 1.240 29,52 2.840 3.460 1.360 740 860-ELET Eletrobras BN CLN 1.630 670 41.10 870 770 760 860 660PETR Petrobras PP CLG 25 0.00 25 25 25VALE Vale Rio Doce PN CLC 960 0.00 960 960 0 960-VALE Vale Rio Doce PN CLF 84 590 41.280 48,80 58.940 72.740 1.200 25.550 11.750 7.110-VALE Vale Rio Doce PN CLG 3.500 0,00 3.500 3.500 0VALE Vale Rio Doce PN CLH 13.290 2.890 21.74 9.780 9 840 3.510 3.450 3 440-VALE Vale Rio Doce PN aj 132.130 63.170 47.80 69.090 87.320 20 62.510 44.280 38.340VALE Vale Rio Doce PN CLM 100 0,00 50 100 50 50

Total 247.635 112.020 145880 182.390 1.220 101.125 64 615 29.535

MercedoQuantidades a vencer Valor diário dos contrato» a wwwData Côd Títulos Tipo Quantidade Data Valor Data

01/11/91 PNOR Pronor AN 38 000 00001/11/91 PNOR Pronor PA 18.000.00006/11/91 TLBR Telebras PN 200.00007/11/91 CJS Casa Jose Silva PN 4 600.00007/11/91 DOVA Dova PP 10.200 00007/11/91 MEND Mendes Jr PB 80 00007/11/91 TRMB Trombini PP 1.000.00011/11/91 VALE Vale Rio Doce PP 10 000

01/11/91 2.102.980.00 11/11/91 4.067.200.0006/11/91 1.287.272.40 14/11/91 177.003.050.0007/11/91 2.467.905,04 18/11/91 16.558.500.00

Fundo» de InveetimantoefpFundos Mútuos de Ações ? (Renda Variável)

VI. da Coto Rentab. Acum. Pair. LlquidoDenominnpao OBS Crt No Mil No Ano Cr(Baneri BCA |RJ) 2.032900 13.91 491.67 4 151 613.081Banespa Acoes (SP) 20.686911 572.46 2 504 832.553Banortinvest <PE) 10.854981 17.79 246.40 311.475 438Boavista CSA (RJ1 180.585384 21.66 489.68 1 436.265 424Boavista FBA (RJ) 18.909230 14.52 349.14 798.139 174Boston Sodrrl (SP) 196.672250 20.25 482.88 1 356 717.370Bozano Simonsen II (RJ) 145.741656 19.69 724.27 912 662.561Bozano Simonsen-Curt, (RJ) 38.948845 15.21 444.86 1.200.301118Bozano Simonsen-Fundo (RJ) 167.520360 17.70 344.74 414 793 494Chase Flexpar (RJ) 746.890127 22.70 650.59 4 850.247.528Chase Select (RJ) 216.804658 24.77 535.37 752.296.620City I (RJ) 5 456.034000 11.73 662.48 37.624.798Economico (RJ) 6.981944 22.80 603.19 3 876.126 765Fundo BBM (RJ) 89.054000 263 705 339F.M.A.C.M. (RJ) 16.285656 22.26 516.45 1 353 349.035Garantia (RJ) 1 407.478338 27.820 616.746Itau-Capital Market (SP) 308.99431 20.40 623.43 5 813 784 347Itau-ltauacoes (SP) 325.643900 26.88 662.41 6 148 911 456Montrealbank Segurid (RJ) 33.958100 28.48 779.37 539.217.000Montrealbank (RJ) 112.266000 24.96 690.0& 1.875 930Montrealbank-Brascan (RJ) 1439.508800 21.02 585.50 1.984 249Multiplic Ativo (SP) 67 213.934647 32.44 178 485 998Multiplic (SP) 18 203.266625 19.82 500.48 2 061.756 696Prime (RJ) 12.436886 15.98 676.45 687 903 690Primus (RJ) 14 298.210165 9 778 402Salra (RJ) 31.650651 19.63 554.13 1 256.575.521

Fundos de Investimento ? Capital Estrangeiro

Denominação OBSBoavista Brazilian (RJ) 4 27Brazil Conversion Fund (RJ) 6Brazilian Invest. (RJ) 6Brazilian Invest.ONE (RJ) 6B Simonsen Inc Area F (RJ) 6Chase Brazil (RJ) 6Chase (RJ) 6Emgf - Brasil Fundo (RJ) 6Emil Brasil (RJ) 6Equity Fund ol Brazil (RJ) 6Inlinity Brasil (RJ) 6Montrealbank (RJ) 6Mulliplic (SP) 4Quantum Brasil (RJ) 6Swiss German Braz.lnv.(RJ) 6Temi Brasil (RJ) 6

VI. da CotaCr$ Ult. diatr. Patr. LiquidoCr*182 066.24,231,17.985,12398,885,38629,6020.1.47.225,91 920.827 539.130 188.1,1269,

,146092,320784,240789.915495.204710.582079,020513,371674,737274,166694,063900,819000879800,740700652289,467724

1 27196132 28822.830156 7881 57278 960.21 006.54.4374.48925.16510 68841.6.414

.098 649764.836559678935.825407.327743.742411 821111.906608.201,.262574598040737.829507.975105347196 516.374 784

Fundos de Aplicação Financeira

DonominaçãoAzul CF.F (RJ)Banerj (RJ)Banespa (RJ)BMC (RJ)Boston Cash (SP)Chase S Savings (RJ)..Credibanco (SP)Economico (RJ)Fator F A F (RJ)Fundo Gaúcho (RS)Garantia (RJ)Itau Eletronico (SP)Montrealbank (RJ)Multiplic (SP)Ronda Mais (PE)Saíra (SP)

Fundos PAITDenominacaoBoavista Pait (RJ)BVRJ-Elite (RJ)Montrealbank (RJ)

VI. da Cota Rentab. Acum. fatr. LlquidoOBS Cr( No Mos No Ano Cr$7.657794 16.17 144.94 330.159.500.711398.527600 16.51 139.54 45 164 175-16532.579929 16.47 209.72 475.160821 1493.187.634894 16.66 142.48 6.288.B52.969274.401300 17.24 139.02 33.099.200 81422 790.250437 15.53 133.08 17.437 685 139104.360595 16.26 209.26 3.123.179 262309.026323 16.13 141.91 55.096.647.530104 925.290619 17.18 109.85 253 028.4432.489.253417 18.08 148.92 28 325.828.3792 392.911761 16.13 139.29 2.545.255.219425 543.058000 16.22 138.26 490 412 591.4281.582.595000 17.46 137.53 4 353 40095.360226 10.68 99.21 338424 0001 099.238080 15.94 129.98 5 061.658 50334.668545 16.96 208.07 64 691.216.819

Valor da Cota Rantab.UttimoaCri Trinta Diaa

12 682.2149244.27584822.839112

fatrimonio Liq.Crt

7.438.377225.879.061

98005.000

Fundos de Incentivos/DL 1.376 Valor da Cota Patr. Liq.Denominacao Obs N°d«Cotas Crt Cr(Finam 3 156263851.230 0.71 111 85^ 47ft 614Finor 6 44 615824 534 5.51 246 269 897 660FisetPesca 6 95 338364 101500 9.33 890 241 000Fiset Reflorestarrento 6 5 478 177.259700 15.36 84.172 000Fiset Turismo 6 5 249026.101100 1.b8 8 860 000

Fundos Renda Fixa

DenominaçãoAzul Fix EmpresarialAzul Fix (RJ)Banespa Investimento (SP)Bemge Empresarial (MG)Boston Corp I (SP)Boston D.l (SP)Bozano.Simonsen PJ II (RJ)Chase Empresarial (RJ)Chase Flexinvest (RJ)Credibanco (SP)Economico Fundo P.Jur.(SP)Economico (SP)Investmais Empresarial(PE)Investmais (PE)Itau Money Empresarial(SP)Itau Money Market (SP)Montreal Cond. (RJ)Montrealbank Emp. (RJ)Multiplic (SP)Prime (RJ)Primus (RJ)Saíra Corporate (SP)Saíra Open D.l. (SP)Saíra Personal (SP)

VI. da Cota Rentab. Acum. Patr. LiquidoOBS Crt No MAa No Ano Crt2.347050 19.29 134,71 2.965.195.8092.364138 17.85 136.41 3.769.110.84327,314611 18.51 222,62 1.902.098.027467,173132 18,81 246,81 975.158.89760.366,728000 20.04 284,25 19.389.962.0911.536,747000 20,09 53,67 35.280.614.03396,849194 21,31 219,38 3.628.619.0956.570,295770 18,82 278,04 7.033.790.32240,146997 17.78 240,42 15.784.604 55527,758068 27,00 562.63 3.143.819.2352,273197 18,28 129,72 1.140.822.6517,541632 18,03 273.71 557.167.2161.120,194346 24,59 220,23 4.619.772504,712542 18,92 206.71 25.657.593221,837816 18,53 7.562.556.62847,615521 17,73 246,67 17.143.149.2622.570,131000 19,74 239,03 935.069.0002.873,675400 20,76 250,48 5.769.29874.206340 4.34 55,02 12.405.5194.845,612000 14.09 148.21 3 435.12228.829,583353 1.208.824177,636725 19,57 267.58 17 652 071.5691,189728 18,97 18.97 12.685 93>46,495&32 18.73 239.99 9 925.326.190

Todas as mtormacoes constantes dessa relacao sao de responsabilidade exclusiva <Jos administradores dosfundos.03)Posicao em 23/10/91 05)Posicao em 25/10/91 06)Posicao em 28/10/91 07)Posicao em 29/10/9104)Posicao em 24/10/91

í-OUrA.NÇ.IN A íy O Ü PA N OA|

~A POUPANÇA Pl 4 POUPANÇA PC§P*\N. BANEBj/GEPOR3ANCA POl

WOUPANCA oAJ- JUMNCAJ;QkrAKQA POUPANC& PQUPAfiCA_PQUPANCA_POU£ANCA pniJgANCA POUPAMT.A PQUBANCAi'OUPANQA POr; T l O fviwIfd oK%n lojf^\ n C/jA Ap ft "f -Ao u o A plkj ftKJPlp t|r M r§¥8 r tJl/r Flf:J aft pfc 1 ; AAca Id-XFig l\M-r*. u>1

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I

JORNAL DO BRASIL quinta-feira, 31/ lü/y 1 • iNegocios e Finanças

SISTEMA ELETRÔNICO DE NEGOCIAÇÃO NACIONAL

bolsain%>''*

Noticiário do SENN ||g|Moedas usadas na comprade ações PN da Usiminas

Na distribuição secundária de ações prefe-rcnciais da Usinas Siderúrgicas de Minas Ge-rais S/A-Usiminas, os subscritores poderãoutilizar, na liquidação das operações, a moedacorrente nacional ou qualquer meio de paga-mento admitido pelo Programa Nacional deDescstatização, à exceção dos créditos e títulosda divida externa brasileira decorrentes deobrigações contraídas por entidades do SetorPúblico Federal.

Lote-padrão da Celmaé de 1 milhão de ações

No leilão de ações da Companhia Eletro-mecânica Celma, a ser realizado nesta sexta-feira, através do Sistema Eletrônico de Nego-ciação Nacional, serão ofertados 276.521 lotesde ações da Companhia Eletromecância Cel-ma; sendo que o lote mínimo nacional será de182.782 lotes, o limite máximo estrangeiro seráde 93.739 lotes, o limite máximo para compa-nhias aéreas (30%) de 96.311 lotes, o limitemáximo para estatais (5%) de 16.051 lotes e olimite de cada companhia aérea (10%) será de32.103 lotes. O lote-padrão é de 1 milhão deações e a licitação mínima é de 3.500 lotes. Ascorretoras que adquirirem quantidades iguaisou superiores a 35.000 lotes para um clientedeverão* informar por escrito ao diretor doleilão de sua praça a identificação dos mesmos,logo após a efetivação dos lances contempla-dos, dentro de um intervalo de 30 minutos.

Foi fixado em CrS 177,55 por grupo de1.000 ações o preço para o leilão da Celma.Este preço é valido até a data da liquidaçãofinanceira da operação, que ocorrerá no dia 6de novembro próximo.

Cerâmica Portobelloestréia hoje no SENN

A partir de hoje, serão iniciados no Siste-ma Eletrônico de Negociação Nacional-SENNos negócios com os valores mobiliários deemissão da Cerâmica Portobello S/A, cujo re-gistro principal foi feito pela Bolsa de Valoresdo Extremo Sul.Informações sobre a negociaçãoCódigo SENN-CPLLNome de Pregão- PortobelloTipos- ON e PN (ações escriturais) e DC (de-béntures conversíveis)

k As ações oriundas de conversão de debén-tures terão direito a dividendos pro rata tem-poris do exercício de 1991 e serão negociadasatravés do código CPLP. Até 28/10/91, foramconvertidas 18.437 debêntures, gerando937.809.661 ações ordinárias e 625.218.752preferenciais. Os acionistas da empresa serãoatendidos, no Rio de Janeiro, na Rua Sete deSetembro, 99, subsolo—Banco Itaú.« Maiores informações sobre a empresa po-derão ser obtidas na Divisão de Relações como Mercado da BVRJ.

Microlab contínuasuspensa nas bolsas

As bolsas de valores decidiram manter sus-pensos os negócios com as ações da Microlab(MICR) —interrompidos em 27 de maio pas-

sado—, porque a companhia ainda está aguar-dando a conclusão <la justiça para pagar odébito que gerou o pedido de falência^ feitopela Setra-Serviços Especializados de Trans-porte Ltda.

Próximas etapas para oprocesso de privatização

A Comissão Diretora do Programa Nacio-nal de Desestatização comunica que são asseguintes as próximas etapas dos processos deprivatização em andamento:Dia Evento31/10 Anúncio dos resultados da pre-identifi-cação para o leilão de Celma01/11 Leilão de ações da Celma, às I5h06/11 Termino das visitas individuais à Mafer-sa

Negociações com Bradescoforam feitas ex-dividendos

Os 27 negócios efetivados no dia 29 deoutubro, envolvendo 4,931 milhões de açõesde emissão do Bradesco (BRAD), foram reali-zados sob a forma ex-dividendo especial deCrS 0,06. As três negociações com BradescoInvestimento (BRDI), registradas na mesmadata, também não terão direito ao dividendo aser distribuído pela empresa no dia 2 de de-zembro próximo.

Alterada forma denegociação de ações

As ações das empresas abaixo relacionadaspassam a ser negociadas da seguinte forma apartir do pregão de hoje:Cacique Cafe (CACI) — ações escriturais ex/subscrição em ações da empresa controlada(13,3333333%, ao preço de CrS 3.016,640722por ação). Negociar direitos de subscrição até22/11/91.Casa Anglo (CANG) — deixam de ser nego-ciados recibos de subscrição.Coest (COE) — ações ao portador ex/dividen-do (CrS 0,698750 por ação. Estado dos direitosn° 23).Portobello — inicio da negociação na BVRJatravés dos códigos: CPLLON—; CPLLPN—(integral); CPLPON—; CPLPPN— (pro ratatemporis), cotadas por unidade.Observação: desde ontem, as ações escrituraisda Tam - Transportes Aéreos (TAM) estãosendo negociadas ex/subscriçâo (68,3270995no tipo, ao preço de CrS 0,90 por ação. Nego-ciar direitos de subscrição até 21/11/91).Comunicados <ta BVRJ

Corretoras registram novosoperadores para o pregão

A Bolsa do Rio recebeu pedido de registrode operador das sociedades corretoras abaixo.Os pedidos podem ser impugnados por qual-quer corretora, por escrito e fundamentada-mente, até a data limite indicada.Operador de pregão sênior:?Darly José aa Silva (Umuarama S/A CTVM,até 02/11/91)*José Tirone Dias de Lima (Boreal S/A CVC,até 07/11/91)?Sérgio de Leão Fernandes (Primus CVC S/A,até 12/11/91)•Célio Esteves Leal (DC CCVM, até 12/11/91)Informações da CLC

Taxas de aplicação dasmargens de garantia

São as seguintes as cinco últimas taxas deremuneração das margens de garantia deposi-tadas na Câmara de Liquidação e Custódia

S A: dia li) —30.01%: dia 29 -30.52%: dia28—26.58%; dia 25 —8,53% e dia 24—24.94%,

Legislação da CVMCVM divulga a

Deliberação n" 136A CVM-Comissão de Valores Mobiliários

divulgou a Deliberação n° 136, aprovada noúltimo dia 23, que trata dos limites vinculadosao volume de exportações das companhiasemissoras de debêntures cambiais.

Segue, abaixo, a íntegra do documento:Deliberação CVM n° 136, de 23 de outubro de1991.

Dispõe sobre os limites vinculados ao vo-lume de exportações das companhias emisso-ras de debentures com cláusula de variaçãocambial.

O presidente da CVM-Comissão de Valo-res Mobiliários torna público que o Colegiado,em reunião realizada nesta data, com funda-mento no artigo 5°, da Resolução n° 1.833, de26 de junho de 1991, do Conselho MonetárioNacional, e considerando:1- a sistemática adotada por companhias derealizar suas exportações através de tradingcompanies, criadas nos termos do Decreto-Lein° 1.248, de 29/12/72, ou de empresas comer-ciais exportadoras, de que trata o artigo 3o doDecreto-Lei n° 1.894, de 16/12/81, e respectivaregulamentação;2- o entendimento da CVM de que razõescomerciais perfeitamente válidas levam ascompanhias a manterem essa estrutura comer-ciai no relacionamento com o mercado exter-no, embora determinados benefícios original-mente vinculados à realização de exportaçõesindiretas tenham sido abolidos;3- e que, em decorrência, tal procedimento nãodeve reverter em seu prejuízo, no que concerneá faculdade de emitir debêntures com cláusulade variação de taxa cambial;Deliberou:Artigo Io — O limite previsto no item a doinciso V do artigo Io da Resolução n° 1.833/91poderá ser calculado considerando-se as ex-portações realizadas ou contratadas pela com-panhia emissora de debêntures, através de tra-ding companies ou de empresa comercialexportadora controlada, coligada ou sob con-trole comum da emissora.Parágrafo único — As operações de venda nomercado interno, equiparadas para efeitos fis-cais a exportações, poderão ser consideradas, acritério da CVM, em casos devidamente con-substanciados, no cálculo de que trata o caputdeste artigo.Artigo 2o — Esta Deliberação entra em vigorna data de sua publicação.Ary Oswaldo Mattos FilhoPresidenteExercício da direitos

Tam eleva capital comsubscrição particular

O conselho de administração da Tam-Transportes Aéreos (TAM/TAMP), cm reu-nião realizada na terça-feira, aprovou o au-mento do capital social de CrS3.825.194.688,20 para CrS 4.862.194.688,90,mediante a subscrição particular de384.074.075 ações ordinárias escriturais e768.148.148 preferenciais escriturais, ao preçounitário de CrS 0,90, com pagamento à vista.

Os acionistas poderão exercer o direito depreferência até o dia 28 de novembro próximo,na proporção de 68,3270995% no tipo. Aseventuais sobras serão subscritas no período

de 9 a 11 de dezembro. As ações provenientesdessa subscrição terão direito a dividendo prorata relativo ao exercício social em curso.(Atendimento: Banco Itaú S/A—Rua XV deNovembro, 324, térreo, São Paulo)Norma:Ações escriturais: desde 30/10/91 ex/subscri-çào.Desde 30/10/91 e até 21/11/91 está autorizadaa negociação dos direitos de subscrição.Observação: 1- As ações oriundas dessa subs-crição serão negociadas, após a homologaçãodo aumento do capital, através do códigoTAMS (direito a dividendo pro rata temporisdo exercício de 1991).2- A partir de 29/11/91 poderão ser negociadosrecibos de subscrição através dos códigosTAMSON-R c TAMSPN-R.3- A codificação da negociação no mercado ávista c TAM-ON-GE; TAM-PN-GE; TAM-PON-GE; TAMPPN-GE; TAM-ON-D eTAM-PN--D.Assembléia realizada

Banco do Progresso reavaliaimóveis e constitui reserva

Durante a assembléia realizada na terça-fei-ra. os acionistas do Banco do Progresso (BPR)apreciaram a reavaliação dos imóveis de usopróprio; a ratificação da indicação das empresasespecializadas para procederem à reavaliaçãodos mesmos; e o laudo de reavaliação, com aconstituição de reserva no valor de CrS3.027.213.523,15.

Segundo o banco, a assembléia geral ex-traordinária de 30 de julho passado aprovou aincorporação da Distribuidora Progresso de Ti-lulos e Valores Mobiliários Ltda., a qual foiextinta.Empresas & marcado

Petrobrás teve lucrode CrS 521,7 bilhões

A Petrobrás (Pl-TR) divulgou ao mercado oresultado do período findo em 31 de agostodeste ano. <|uunilo foi apurado um lucro liquidode CrS 52I.7IN bilhões (CrS 5IX.42 por ação). Ofaturamento bruto, em moeda constante deagosto 91, foi de CrS 3.755.422 bilhões, e ofaturamento liquido chegou a CrS 3.035,834bilhões.

Segundo a empresa, o saldo do relaciona-mento Petrobrás Governo, em 31 0X 91. apon-tava a companhia como credora de USS 2.370bilhões. Naquela mesma data, o endividamentovinculado a empréstimos e financiamentos cor-respondia a USS 3,215 bilhões.

O patrimônio liquido alcançou o montante

de CrS .VI 13.447 bilhões. lixando " valor patrí-moinai da avàu em CrS .1.<W.1.78. A produçãomedia diária de petróleo no período ficou em666 mil barris.

SLW Corretora faz leilãode ações da Chiarelli hoje

A SLW Corretora de Valores e CâmbioLtda. vai realizar hoje, das 12h às I2h30, naBovespa. operação de compra e venda de1.569.528 ações preferenciais ao portador deemissão Cerâmica Chiarelli (CCII). ao preçounitário de CrS 1.00. A quantidade ofertadarepresenta 12,93% do capital preferencial daempresa.

A sociedade corretora informou que seucliente vendedor nào é ligado ao controle daCerâmica Chiarelli. Será permitida a livre inler-feréncia de compradores e vendedores no leilão.Caso haja rateiro entre as corretoras, o mesmocritério deverá ser observado para os clientes.

Vale paga jurospara debentnristas

A partir de hoje. a Vale do Rio Doce (VA-LE) estará pagando os juros de 0.9950494%sobre o valor nominal das debêntures da 3Jemissão atualizado nesta data. mediante a apre-sentaçâo do cupom 11" 17. Também serão pagos,a partir de amanhã, os juros dos títulos da 4'emissão, â razão de 3.9230485%. Os debenturis-tas vinculados á Cetip receberão os juros atravésdo Sistema Nacional de Debéntures-SND e osdemais serão atendidos na Avenida Treze deMaio, 23-A (Unibanco).

Buettner coloca assobras no mercado

A Buellner (lilJHT) iniciou na terça-feira adistribuição das sobras de ações relativas aoaumento do capital social para CrS 2.094 bi-Ihões. conforme aprovado pela assembléia de l(>de setembro deste ano. Lstào sendo distribuídas4S8.297 ações ordinárias e 6.310.762 preferen-ciais, todas nominativas-escriturais. ao preço de50 cada uma.

Os subscritores poderão se habilitar, atéamanhã, ao financiamento 1'rocap l inae. juntoao Banco Financeiro e Industrial de Investimen-to S A ou à Sudameris Corretora de Câmbio eValores Mobiliários S A.

Essas ações terão direito a dividendos inte-grais do exercício social iniciado em 01 0191.

Madeirit pretendefabricar chapas

A Madeirit (MDIil) comunica que está ementendimentos com a Gethal S A Indústria deMadeira Compensada para obter o liceneiamen-lo da marca Gethal e passar a fabricar chapas

compensadas plastificadas, em virtude da para-lisação da fabricação desses produto^por aquelaempresa.

Com essa iniciativa, a Madeirit espera forta-leeer a sua participação no mercado nacional eestrangeiro, com conseqüente benefícios aosseus acionistas.

Posição do capital daPetrobrás em 28/10/9!

A Petrobrás (PETR) enviou á BVRJ a posi-çáo de seu capital social em ações ordinárias epreferenciais na semana de 21 ;i 25 de outubro:'Capital em ações ordinárias

Posição PosiçãoAcionista anterior finalUnião l'ederal 475.290.799475.290.799listados, municípios eentidades de direitopúblico 26.214.736 26.214.736Demais acionistas 82.464.693 82.464.693* Capital em ações prefererenciaisForma Posição Convertidas Posição em

anterior no período 28/10/91Nominativas 63.893.231 10.231 63.903.462Portador 35X.49.V7.1S 358.4S.V507

Coldex Frigor nãovai pagar dividendo

Desde ontem, estão disponíveis nas posiçõesdos acionistas da Coldex Frigor (CLDX) asações provenientes da subscrição aprovada pelaACili de 15 de julho passado e homologada nasegunda-feira passada.A empresa esclarece aos acionistas que. emvirtude do prejuízo no exercício social encerradoem 30,06 91, não haverá distribuição de divi-dendos. Dessa forma, fica eliminada a distinçãodo direito das ações oriundas da subscrição.Observação: fica cancelado o código CLDN.

Titulo» extraviado»Banco do Brasil

O Juízo de Direito da 22J Vara Cível infor-mou á BVRJ que estão impedidos de negociaçãoos títulos abaixo relacionados, representativosde 4.SIX ações preferenciais ao portador deemissão do Banco do Brasil(BB) e pertencentesao acionista Antônio Carlos Peixoto da Silva:Titulo n" Quantidade de ações5.S45 240-tl5.845.241-95.917.225-85.917.226-65.917.227-45.917.228-26.006.190-16.006.191-86.006.192-86.006.193-6

1.00095

i ooo200100

142.000

200200

9

Perfil/Eluma

Ka/ào social — Eluma S A Indústria e ComércioNome de pregão — LluniaCódigo nu SENN - 1:1.1'MC.G.C. — 57.488.645 0001-33Data do registro na BVRJ — 10 05 1979Tipo das ações — ON. PN. DB. DCAtividade principal — metalurgiaEndereço da sede — Avenida Alexandre de Gusmão. 865. telefone(011)411 -íift.VV Ccp 09110. São Paulo (SP)Atendimento a acionistas — Rua Sele de Setembro, 99 • subsolo,telefone (021) 270-24X9Presidente do conselho — Luiz Fernando de GusmãoDiretor de relações com o mercado — Ruy MarquesComposição do capital — 103 milhões de ações ordinárias e 215milhões de ações preferenciaisCapital social — CrS 7.4 bilhõesControle acionário (dados retirados do IAN referente â AGO de07 01 91)

Ações ordináriasLuiz Lduardo CampelloLee Adm. e Repres. LtdaUna Exportações LtdaNoranda do Brasil LtdaOutrosAções preferenciaisLuiz Eduardo CampelloLee Adm. e Repres. LtdaLua Exportações LtdaNoranda do Brasil LtdaOutrosC Itimos direitos distribuidosDividendo — \< IO: Ml 04 X'í: inicio: 10 05 S9; OrdCrS 3.71 por lote de 1.000Bonificação — AGE: 22 04 87; inicio: 01 06 87; percenSubscrição — ACili: 23 07 So: período: 09 OS a OS li')0.2SS75970(iü"„; CrS 55.52

(1.000)41.423 (39.80%)30.156 (29.01)%)

4.950 ( 4.80%)10.555 (10.20%)16.829 (16.20%)

(1.000)8.419 ( 3.90%)1.272 < 0.60%)2.565 ( 1,20%)

51.441 (23.90%)151.429 (70.40°,.)

CrS 3.090 e Pref:0.10%

percentual:

POUPANÇA VIVA BCN. A POUPANÇA DE 3.° GERACAO.

SUA VIVO. FALE COM O GERENTE BCN.BCN

Banco deCréditoNacional SA

BOLSA DE VALORES DE SÃO PAULO

Resumo das Operações

Lote PadrãoConcordatáriasDireitos e RecibosFundos DL 1376 e Cert.Privat....Mercado a termoOpções de CompraFracionárioCódigo do BDI não cadastrado.Total Geralíndice Bovespa Médioíndice Bovespa Fechamentoíndice Bovespa Máximoíndice Bovespa Minimo

Qtde(mil)

5.858.18722.78014.651

774520

2.276.27413

289.9608.173.201

31.72530.94232.72030.535

Vol. om(CrS mil)19.997.951

2.51767.1412.4787.223

3.585.2072.020

371.46023.664 540

(-0.9%)

Das 56 ações do BOVESPA, 19 subiram, 23 cairam, 12 permaneceramestáveis e duas não foram negociadas.

OsoilaçSes do Mercado Oscilações do Bovespa0»c. Fech.

(X) (Crt mil 0*c.

Maiores AltasCasa Anglo onMotoradio pnCurt pnAços Villares onPolipropilon pnMaiores BaixasAdubos Trevo ppVo/olme pnCruzeiro Sul pnLiasa pnlacesa pp

90.900.966,643.035735,020.526.621.620,0

1.950,004.00150,00100.10

3,001.301.00

22.0029.004,00

Maiores AltasEluma pnLuxma ppCevai pnAracruz pnbFerro Ligas pnMaiores BaixasComig ppFNV pnBombril pnBeigo Mineira pnEstreia pn

Fech.(%) (Crf milaçóos)11.69.07.46.06.6

19.910.114,012.510.5

9.501.203,331 000.001.60

16.000.454,30

70 0034.00

Mercado & vista ,Tltulos Qtd. Abt. Min. M6d. M6x. Fech. Osc.

%Acesita ON 200 195,00 195,00 207.50 220.00 220,00 + 29.4Acesita PN 100 60.10 60.10 60.10 60.10 60,10 +9.2Acos VIII ON 16.500 100,10 100.10 100.10 100.10 100.10 - 43,0Acos Vill.PN 129.500 76.00 72,00 74,97 76,00 72.00 -5.2Adubos Trevo PPC15 ... 212 000 1,30 1,30 1.30 1.30 1.30 -35.0AgralePN 1400 4.00 4,00 4,00 4,00 4,00 /Albarus ON 3.000 003,00 000.00 002.00 003,00 000,00 + 14,2AlpargatasON 10 000 05,00 05,00 65,00 05,00 65,00 -10.5Alpargatas PN 232.100 35,00 34.50 34,95 35.00 34,50 -1.4Amazonia ON.. 100 5.00 5,00 5.00 5,00 5,00Amorica Sul ON 191 ' 47.200 2.50 2.50 2.50 2.50 2.50America SurPN 191 570 000 1.35 1.32 1.38 1.40 1.40Aftferkia Sol ON P91 3800 2,10 2.10 2.15 2.15 2.15 /America Sol PN P91 340 700 1.25 1.25 1.25 1.25 1.25 ~Ant'Queiroz PN '. 100 1.200,00 1.200.00 1.200.00 1.200.00 1 200,00 -7.6Antarc Piaui PNA 5 200 255.00 256.00 255,00 255.00 255,00 + 2,0Antartf Nord PN INT 800 255,00 255.00 255.00 255.00 255,00Antarct Nord PN 40 800 245,00 245,00 251.75 260,00 260.00Antarctic Pt> PNA 25 000 93.50 93.50 93,60 94,00 94,00 + 2.1Aquatec PP C09 .y 10 000 1,79 1.79 1.79 1,79 1.79 -0,5AracruzON 200 1.900.00 1.900.00 1 900.00 1.900.00 1 900.00 /Arapruz PNB' 40 000 1.800,00 1.800.00 1.000.00 1 000,00 1 800.00 ^6.8ArtexPN- 8 221.400 0.28 0,25 0.28 0.28 0.25 -10.7Aut Asbestos PP C02 .... 1.500 4.20 4,20 4.20 4.20 4,20 IAvipal ON 2810.000 2.20 2.20 2,20 2.20 2.20 -4.3Azevedo PN 15.100 9.50 8.80 9,50 9,50 8.80 -2.3Bahema ON 1000 6.30 6.30 6.30 6.30 6.30 /Bamerind Br ON ED 216 800 17.50 17.50 17.50 17.50 17.50 + 2,9Bancesa PN 5.600 110,00 110.00 110.00 110,00 110.00Bandeirantes ON 5 000 100,00 100.00 100,00 100,00 100.00 + 11.1BanospaON. 2008.700 3.39 3.39 3,40 3.40 3.40 + 9.6Banespa PN 32501800 3.60 3.50 3.61 3,69 3,65 +4.2BanorteON 1.500 120,00 120,00 120,00 120.00 120,00 + 9,0Banrisul ON 238.700 470,00 440.00 44126 470.00 440,00 -2.2Belgo Mineir ON 851.100 135.00 130.00 132.43 135.00 130.00Belgo Mineir PN 576 900 00.00 70.00 79.52 80.00 70,00 -12.5BomgoON* 200 000 1M.00 150,00 150,00 150,00 150,00 + 4.1BescPNB 233 800 1.44 1,44 1,44 1,44 1,44 -4,0Beta PNA 443600 0.35 0,3b 0.35 0.35 0.35 IBetaPPA 300000 0.35 0.35 0.35 0.35 0 35 * 9,3Bombril PN 4 000 4,50 4 30 4.45 4,50 4 30 -14,0Borghoff PN 500 100,00 100.00 100.00 100.00 100.00 ? 5.2Bradesco ON ED 2679 600 13.80 13,00 13,69 14 00 14.00 + 3.7BradescoPNED 5 761 700 14.80 14.66 14,94 15,00 14,70 - 2,4Bradesco Inv ON ED 600 22,00 22,00 22.00 22,00 22,00 -0,0Bradesco Inv PN ED 254 500 21.00 21.00 2200 22.00 22.00.Brahma ON 81300 125.00 125.00 125.26 126,00 126.00 *5.0Brahma PN 4 537 500 95.00 94.00 05.17 Q6.50 Q5.50 -0.5

' Tltulos Qtd. Abt. Mln. M6d. Mfix. Fech. Osc.%

Brasil ON 34 000 149,00 149.00 149,50 150,01 149,00Brasil PN 742 300 170,00 161,00 168,46 170,01 164,00 -0,9Brasil Segur ON 39800 70.00 70,00 70.38 70,50 70,50 ? 8.4Brnsmotor PPC12 3.113 000 54.00 52.00 52.04 54.00 54,00 + 2.8Brasmotor PN 2217.300 53.00 52.00 52.11 54.00 52,00 + 1.9Brumadinho PN 602 100 0,47 0.47 0.48 0.48 0.48 -Buettner PN 800 60,00 60,00 60.00 60.00 60,00 -1.6CM A Miner PN 30 700 2.10 2.10 2.10 2.10 2.10 + 5.0Caemi Metal PN 1844 200 02.00 82.00 82.01 82.10 82.00 + 5.1CaetanoBranON' 68 300 14,99 14,99 14.99 14,99 14,99 /Calfat PP C03 100 1,60 1,60 1,60 1,60 1.60 -5.8Cambuci PN 300 2.71 2.71 2.71 2.71 2.71 /Casa Anglo PP C10 100 1 000,00 1 000,00 1 000,00 1.000,00 1 000,00Casa Anglo ON 1 700 1.350.00 1.350.00 1 632.35 1 950.00 1.950.00 /CbvlndMecPN 500 201.00 201.00 202.60 205.00 205,00 4 7.8Cemig PP *C66 12.011.400 16.00 16.00 16.00 16,00 16.00 -19.9Cemig ON* 10 000.000 14.40 14.40 14.40 14.40 14.40 + 2.8Cemig PN 1880 355 600 17,00 16,00 16.91 17.00 16.00 -5.8CespPN 14 800 134,99 124,99 125.17 134.99 130.00 + 4.0CevalPN 6.291.200 3,30 3.20 3.35 3.39 3,33 +7,4Chapeco Alim PN 65 000 1,70 1.70 1.70 1.70 1.70 -Cia Hering PN 165 000 45,00 45.00 45.00 45,00 45,00 -CicaPN 1 100 61,00 61.00 61,00 61,00 61.00 -11.5Cim Gaucho PN 2 000 25,00 25.00 25,00 25.00 25.00 -CimltauPN 812 400 59,00 59,00 59.00 60,00 60.00 + 3.4Cim Tocantin PN 200 700,00 700,00 700,00 700,00 700,00 + 7.6Ciquine Potr PNA* 250.000 205,00 205,00 205.40 206.00 206.00 + 0.4ColapPP 46.548 900 3,00 3,60 3,65 3,80 3.70 -5.1Consul PP C11 100 295,00 295,00 295.00 295,00 295.00 -1.6CopeneON 138 000 139,00 139.00 139.00 139.00 139,00 -Copene PNA 1.024.700 140,00 135,00 135,89 140,00 135.00 -2.1Corbetta PN 380.000 000 1.00 0.90 0.90 1.00 0,90 -Cosigua ON 100 7,00 7,00 7.00 7,00 7.00 -Cosigua PN 385 200 12,00 12.00 12.07 12.50 12.00 + 4.3Credito Nac ON INT 3 400 10.00 9.01 9,04 10,00 ' 9.01 +2.3Credito Nac PN INT 1.744700 0.10 8.00 8.70 9.00 9,00 + 8.4Cremor PP COO 32.000 17.00 17.00 17.00 17.00 17.00 -8.1CrosaIPP 8 000 2.70 2.70 2.70 2.70 2.70 /Cruzeiro Sul PN 100 22,00 22,00 22.00 22.00 22.00 -26,6Czarina PN 10.000.000 0,80 0.80 0.80 0.80 0.80 ^DocasPN 100 11.50 11.50 11.50 11.50 11.50 +3.9

DovaPP 36 100 0.15 0.15 0.15 0,15 0.15 >25.0Duratex PPC17 451300 13.70 13,51 13.97 14.00 13.51 -0.6DuratexPN 20 000 12,00 12,00 12,00 12.00 12,00 +1.6Eborlo'PN* 750009 600 3.40 3.20 3.32 3.40 3,30

EcilPN 2.400 000 1.40 1.40 1.40 1.41 1,40Ecisa PN 100 10 300,01 10 300,01 10300.01 10 300.01 10 300.01 /Economico PN 34.100 5,40 5.40 5.40 5.41 5.41 +0.1Elebra PPC31 2.000 1.60 1.60 1.60 1.60 1.60Eletrobras PNB INT 10 526 200 32.00 28,00 31,00 32.50 20.30 -5.6ElumaPN 32.300 0.51 8.51 9.19 9.50 9.50+11.6Embraer PN 16.000 16.00 15.00 15,38 16.00 15.00 -3,2Ericsson OP 20 200 5.10 5,10 5.10 5.10 5.10 /Ericsson PP 7.226.600 5,30 5,30 5,30 5.30 5.30 + 3.9Ericsson ON 45 000 5.15 5,15 5,15 5,15 5.15 -8.0Ericsson PN 700 000 5,30 5,20 5.27 5.30 5,20Est Parana PN* 150.100 310.00 310,00 310,00 310.00 310,00 + 3.3EstrelaPN 38 000 35.00 34,00 34,53 35.00 34,00 -10,5EternitON 21.000 120,00 120,00 120.00 120.00 120,00 4 4.3F Cataguazes PNA 20.000 5,00 4.90 4.96 5,00 4.90 + 6.5FN VPN 10693.700 0,45 0,44 0.45 0,46 0,45 -18,1Fator PP C04 343 800 0.95 0.95 0.95 0.99 0.99 -1.0FerbasaPP 3.882200 7.10 7,10 7.36 7,40 7,30 +1.3Ferro Ligas PN 5.701.200 1.50 1.50 1.51 1,60 1,60 + 6,6Fertisul PP *C03 50.000 450,00 450,00 450,00 450,00 450.00 + 4.6FicapPP 1400 57.00 57,00 57.00 57.00 57.00Fras-le PNA 17 000 2.75 2.75 2.75 2.75 2.75 -3.1Glasslite PN 6 000 0.45 0,45 0.45 0,45 0,45 /Gradiente PP 11000 13.50 13,50 13.50 13.50 13.50 ^3.8GradienteON 5 000 16,00 16,00 lb.00 16.00 16,00 »6.6Gradiente PN 210 000 13.50 13.50 14.93 15,00 15.00 + 20.0Gurgel PN 6 000 75.00 75.00 75,00 75.00 75,00 /Gurgel Motor ON 68 700 17,00 16.00 16.26 17,00 17.00 + 0.0Gurgel Motor PN 6 000 8,55 8,55 8,55 8,55 8,55Hering Nord PNB 200 500,00 500,00 525.00 550,00 550,00 + 10,0Iguacu Cafe PNA* 117.500 220.00 220.00 220,00 220,00 220,00Iguacu Cafe PNB* 528 900 220,00 220.00 220.00 220,00 220,00 ~IndsRomiPN 3W8.300 2.00 2.00 2.00 2.20 2,20+10.0Inepar PN 0.000 000 60,00 60,00 60.00 60,00 60.00+17.6lochpe ON 400 40.00 40,00 40.00 40,00 40,00 /Ipiranga Dis PPC09 2662 200 3.85 3,00 3,84 3,85 3,00 -1.2Ipiranga Dis PN 14 600 4,00 4 00 4.00 4.00 4,00 + 17,6Ipiranga Pot OP C09 10 000 3.30 3.30 3.30 3.30 3.30Ipiranga Pet PPC09 1413 800 3.70 3.70 3.70 370 370Ipiranga Pet ON 238800 3,30 3.30 3.30 3.30 3.30Ipiranga RefPPC09 23 500 5,00 5.00 5.00 5 00 5.00 /Itacolomy ON 300 2 550.00 2 550,00 2 566.67 2 600.00 2 600 00 <-1.9Itaubanco ON 400 65.00 65.00 68.75 70.00 70.00 + 7.6Itaubanco PN 1.783.400 67,00 67.00 70.31 71,50 70,00 ^4.4ItausaON 41 600 330.00 330,00 330.00 330.00 330,00-10.0ItausaPN 275.000 245,00 245,00 249.56 250.17 247.00 ^2.9Itautec PN 3677.400 0.64 0.61 0.62 0.70 0.70J B Duarte PN * 78433 300 0,51 0.51 0.51 0,52 0.52 -1.8

Tltulos Qtd. Abt. Mln. M6d. Mb*. Fech. Osc.%

Kalil Sehbe PN * 12.500 151.00 151.00 151,00 151,00 151.00+ 16.1Kepler Wober PN 249 500 1.77 1,77 1,80 1.80 1.80Klabin OP ED 400 630.00 630,00 630,00 630,00 630,00 + 3.1Klabin PP ED 19 500 620,00 610,00 619.74 620.00 610,00Klabin PN 146.700 610.00 610.00 619.98 620,00 620,00LaboPN 1 500 0,50 0,50 0.50 0,50 0,50Lacesa PP 5.700 4,00 4,00 4.00 4,00 4,00 -20,0Lanif Sehbe PN 130.000 1,50 1,50 1,50 1.50 1,50 f 35.1Loco PN 48 500 4.10 4.10 4.10 4.10 4,10LiasaPNINT 14.300 30,00 29,00 29,91 30,00 29.00 -21,6Light ON 345 900 25.00 24,50 24,99 25,00 24,50 + 2.0Lojas Americ ON 3 000 234.00 234,00 234,00 234.00 234,00 -€.3Luxma PPC23 2 000.000 1.10 1.10 1.15 1.20 1.20 + 9.0ManahPN 400 000 1.90 1,85 1,88 1.90 1.85 + 2.7

ManasaPN 100 0,85 0.85 0.85 0.85 0.85 +6.2Mangels Indl PN 20 000 7.20 7.20 7.20 7.20 7.20 -4.0ManncsmannON 172 000 0.63 0,63 0.65 0.70 0.63Mannosmann PN 79.700 000 0,39 0,35 0,37 0,39 0.35 -12,5Marcopolo PN 100 1.950.00 1.950.00 1 950.00 1.950.00 1.950,00Marcopolo PNB 1.100 1 800.00 1.800.00 1 800.00 1 800,00 1.800,00 -*-9,0Marisol PN 1.000 40,00 40,00 40,00 40,00 40,00 /Marvin PN 500 000 0.40 0,40 0,40 0.40 0.40MatocOP 1.000 750.00 750,00 750,00 750,00 750,00 -6,2MatocPP 100 750,00 750,00 750,00 750,00 750,00MaxionPN 200 000 14,00 14,00 15,00 15,00 15,00 + 3.4Mec Pesada PN 100 330,00 330,00 330,00 330,00 330.00 /Mendes Jr PPB 500 5,80 5,80 5,94 6,50 6,50 + 8,3MercS Paulo PN 20 200 6,80 6,80 6,80 6,86 6,86 + 0,8MosblaPN 100 379,00 379,00 379,00 379,00 379,00 -0.2Met Barbara PN 29.730 000 237.00 220,00 234.68 237,00 220,00Mot Gerdau PN 77.200 21.70 20,00 21,29 21,99 21,80 /Metal Leve PP C46 131 800 315,00 314.99 318.73 320,00 315.00 + 5.0MetisaPN* 100 142.00 142,00 142.00 142,00 142,00 + 7,5Micbeletto PN 100 330,00 330,00 330,00 330,00 330,00 -7.0Minupar PN ' 15.000.000 0.40 0,40 0.40 0.40 0.40+14,2Ml Eletr Aut PN 60 000 25,00 22,01 22,51 25,00 22,01 +4.7MoinhoSantON 1.000 780,00 780,00 780,00 780,00 780,00 + 0,3Mont Aranha PN 800 2,50 2,50 2,50 2.50 2.50 /Montreal PN 50.000 2,19 2,19 2,19 2,19 2,19 + 21,6Moto Pecas PPA* 550.000 60.00 60.00 60,00 60,00 6O.1J /MotoradwPN 150.000 3,10 3,10 3,22 4,00 4,00 + 80.9Muller PN 28 400 5,35 5,35 5,35 5,35 5.35 -1.1NakataPN 3.806.1C0 36.00 36.00 36.82 37,00 37,00 + 2,7Nord Brasil PN 2.016.100 0,90 0,90 1,10 1.10 1.00 + 5,2NordonMetON 139 000 85.00 85.00 86,97 88.50 88.50+10.6

Nova America PP C03 ... 500 3,00 3.00 3,00 3,00 3,00 /Olma PN 3.572 000 0.64 0.64 0.64 0,65 0,64 -3,0Olvebra PN 20 000 0.34 0.34 0.34 0.34 0.34 -2.8OrniexPN 3.300 17,00 17.00 17.00 17.00 17.00 + 3.0OsaPN 1.000.000 2.40 2,40 2,40 2.40 2.40Oxiteno PNA 100.000 3.00 3,00 3.00 3.00 3,00Panvel PN 8.900 1.66 1,65 1.66 1.66 1,65 /Papel Simao PN 15.003 000 9.99 9,40 9.77 9.99 9,68 -2.2Paraibuna PN 3.321.300 1,20 1.05 1.15 1,20 1,15 -4,1Paranapanoma PN 127.846.300 6.70 6,20 6.77 7.10 6,40 -1.5Paul F Luz OP C07 855 900 4,60 4,20 4,36 4,60 4,40 + 2,5Paul F LuzON 100 3,20 3.20 3.20 3.20 3.20Perdigao PN * 32 665000 180.00 175.00 176.91 180,00 175,00 -5.4Perdigao Agr PN 630 000 0.71 0,69 0.70 0.71 0.70 -2.7Perdigao Aim PN • 2.118.500 280.00 280,00 280,00 280.00 280.00 + 7.6PetrS Paulo PN 45 900 72,00 72,00 72.65 75,00 75,00 /Petrobras PP C59 1.145.400 2.200.00 2.050,00 2.159,15 2 250,00 2.090,00 -2.7PetrobrasON 3 000 1 400.00 1.350,00 1.366,67 1.400,00 1.350.00 + 3.8Petroquisa PP C03 670000 9.00 9.00 9,01 9,50 9,50Pettenati PN 10 060.000 25,00 23.40 25.56 26.00 25,50 + 2.0Pirelli ON 31 100 29.00 29.00 29,01 30,00 30,00Pirelli PN 126.800 25,00 25.00 28.66 31.00 31,00Pirelli Pneu ON 9 000 10,50 10,50 10.50 10,50 10,50 -1.8Pirelli Pneu PN 2 216 800 9.00 9.00 9,50 9,50 9.50 -5.0Polar ON 1000 725,00 725,00 725.00 725,00 725,00 +1.3Polar PN 100 720.00 720.00 720.00 720.00 720,00 -4.0Polialden PN 125.500 14,70 14.70 14,70 14.70 14,70 -3,9Polipropilen PN 43.100 2.00 2.00 2,86 3.00 3.00 + 35.7Progresso PN 237 000.000 10.00 9,85 10,35 10.40 9.85 + 2.0Pronor PNA* 138.100 42.00 42.00 42.00 42.00 42.00 + 5,0Quimic Geral PN 67000 1.22 122 1,22 1,22 1.22 +0,8RandonPN 116.300 6,60 6.60 6.60 6,60 6.60 +1.5

RoalON 63 200 38.10 37.00 37.51 38,10 37.00+10.4Real PN 146200 37,00 37,00 37,08 38,00 37,11 +3.0Real Cia Inv PN 1.800 33.00 33.00 33,00 33.00 33.00 + 3.1Real Cons ON 4 200 50,02 50,00 50,02 50.02 50,00 -0.0Real Cons PNB 700 36.00 36,00 36,00 36.00 36.00 + 2.2Real Cons PND 000 36.00 36,00 36,00 36,00 36,00 /Real Cons PNE 3 400 36.60 36,60 36.75 37.10 37.10 +1.5Real Cons PNF 1400 39,00 39.00 39.65 40.30 40,30 + 3.3Real De Inv ON 700 66.01 66.01 66.01 66.01 66,01 +7.3Real De Inv PN 23.100 66.10 66.10 69.81 70,00 70,00 + 7.6Real Part ON 2600 48.00 48.00 48.00 48.00 48.00 -4.3Real Part PNA 2 400 37,00 37.00 37.00 37,00 37,00 + 1,3Real Part PNB 2 100 37,00 37,00 37,00 37.00 37.00Recrusul PN 500 000 45.00 45.00 45,00 45.00 45.00 + 2.2Refripar ON 13 200 0.25 0,25 0.25 0.25 0.25Retripar PN 5.154 100 0.35 0.34 0,35 0.36 0.34RheemPP 5000 20,00 20,00 20.00 20,00 20,00

Abt. Min. Mèd. Môx. Fech. Osc.%

Rio Guahyba PN * 53 600 500.00 500,00 500,00 500.00 500.00Ripasa PP C30 1.378.700 140,00 130,00 138,63 140.00 140,00Sadia Concor PN 31.107 000 4,85 4,60 4,84 4,85 4.70 -3,0Salgema PNB 1.100.000 0,70 0.70 0,77 0.80 0,80Samitri ON 900 700,00 700,00 717.78 720,00 720.00+10.7Samitri PN 200.100 500,00 500,00 540.59 545,00 530.00 + 3,9Sansuy Nord PPA* 100 5,50 5.50 5.50 5,50 5,50SegAIBahiaPN 100 1.000,00 1.000,00 1 000,00 1.000,00 1 000.00 /Sehbe Part PN* 8.000 300,00 300,00 300,00 300,00 300,00 **.Sharp PN* 3.174.100 630,00 600,00 608.26 630.00 610,00 -3.1Sibra PNB* 68.800 70,00 70,00 70.00 70,00 70,00Sid Informal PN * 3900.000 650.00 600,00 624,36 650,00 600,00 -10,4Sid.Aconorte PNA 100 12.00 12.00 12,00 12,00 12.00Sid.Guaira PN 95 000 10.80 10,00 10,04 10,80 10.00 + 8.6Sid.Riogrand PN 3800 16.50 16,50 16.76 17,50 17.50 + 6.0Sllco ON 100 19.00 19,00 19.00 19,00 19,00 -9,5Solorrico PN 94 400 300,00 300,00 300,47 310,00 310.00+10,7SouzaCruzON 111.900 2 500,00 2 490.00 2.499.12 2 500,00 2 490,00 -0.4'Staroup PN * 100.000 180.00 180,00 180.00 180,00 180.00 -10,0Sudameris ON 50.700 13.00 12.70 12.89 13,00 12,70Sudameris PN 2.800 10.50 10,50 10,50 10,50 10,50Supergasbras PN 25.500 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80 -4,3SuzanoPP 48 300 2.415,00 2.415.00 2.424.28 2 450.00 2.450,00 + 4,2Tecnosolo PN 199.900 1.20 1.20 1.20 1.20 1.20 ITekaPN 89.297.800 0,44 0,44 0,46 0.46 0,45Tel B Campo ON INT 4.100 26,00 26,00 26.00 26,00 26,00 -10.3Tel B Campo PN INT 3.900 25,00 25,00 25.00 25,00 25,00 + 22,5Tolobras ON * 443.900 4 222.00 4.210.00 4.220.42 4 300.00 4 220,00 + 1.5Telebras PN *191 1.233.778.700 5 810.00 5.550.00 5.904.01 6.100.00 5565,00 -2,3Toleinvest PN * 601.700 275.00 275.00 279.16 280.00 280,00TelerjONINT 18.500 9.50 9.50 9.50 9.50 9,50 + 5.5Telerj PN INT 141.400 13,90 12,50 13.46 14,00 13,80 + 2.2TelespONINT 6 800 31,00 30,00 30.22 31.00 30,00 -3.2Telesp PN INT 3287.200 51,00 48,50 51.49 52.50 49,50 -1.0TraloPN* 100 190.00 190,00 190,00 190,00 190,00Transbrasil PP C37 500.100 1.40 1.30 1.40 1.40 1 30 -7.1TrombiniPP' 12.650.100 250,00 248.00 251,03 260,00 260,00 + 4,0Trufana PN 100 4.00 4,00 4,00 4,00 4,00 ^TupyPN 745 800 3.00 3,00 3,00 3,00 3,00Ucar Carbon ON * 449.359.000 36,00 36,00 36.55 38,00 36,05 -2.5UnibancoON 29.300 30.20 3020 30.20 30.20 3020 +2.3Unibanco PNA 78 600 27.01 27,00 27,01 27,01 27,00 + 3,8Unibanco PNB 20.700 25,75 25,51 25.75 26.01 26,01 +1.9UniparON 80 000 5.10 5.10 5.10 5,10 5,10 +6.2Unipar PNB 8.453.400 4,80 4.79 4.91 5,00 4,79 -0,2ValeRDoceOPCII 4749.700 35,50 35.50 37,10 37.53 37.52 + 7,2ValoRDoce PPC11 14 669 400 43.50 40.00 42.25 44.00 40,50 -2.4Vale R Doce ON INT 4.600 37,00 26.00 36.72 37,00 37,00+12.'1Vale R Doco PN INT 89462 000 43,00 40.50 43,08 45,00 42.00 + 0.4VarigPN 103.000 85,00 85,00 89,87 90,00 90,00 M.6Vidr Smarina OP C08 .... 54.800 1.700,00 1.699,99 1.700,00 1.700,01 1.700,00 -Vidr Smarina ON 8.300 1.700.00 1.700,00 1.700,00 1.700,00 1.700,00 /Vilejack PNB 600 000 0,40 0,40 0,40 0,40 0,40 -11,1Votec PN * 200 7.55--. 7.55 7.55 7,55 7,55 +0.6Vulcabras PN 2.600.000 16,00 16,00 16,00 16,00 16,00 +6,6Wetzel Fund PN * 100 9.00 9,00 9,00 9,00 9,00Wetzel Met PN 155.000 170,00 170,00 170,00 170,00 170,00Whit Martins ON 8.592.100 13,40 13,40 13.53 13.70 13.45 +1,1Zivi PP *C49 150 000 17.50 17.50 17.50 17,50 17,50 ^

ConcordatciriasCaf Brasilia PN 3.700 137.00 137.00 137,00 137,00 137,00 -5,5Celul Irani OP *C33 4.020 000 55.00 55,00 55,00 55,00 55,00Curt PP *C01 363 800 150.00 150,00 150,00 150,00 150.00 /Curt PN 4.800 150,00 150,00 150,00 150,00 150,00 + 66,6Farol PN * 1031000 340,00 340.00 341.94 350,00 350.00Madeirit PN * 10 000 550.00 550.00 550.00 550,00 550,00 + 3,9Persico PN * 9 000.000 45,00 43,00 44,00 45,00 43,00 -1.4Trol ON 6 873.400 186.00 186,00 186.00 186,00 186.00 /Trol PN * 1.273.500 6.10 6.10 6.10 6.10 6,10 /Verolme PN 200.000 1,00 1,00 1,00 1.00 1.00 -28,5

Termo 30 diasTitulos Qtd. Abt. Mln. MM. M6x. Fech. Osc.%Banespa PN 500000 5.04 5,04 5,04 5.04 5.04 0.0Brasil PN 20 000 235,18 235,18 235,18 235,18 235,18 0,0

Op^des de compraTitulo Venc. P. Exerc. Qtde. Abe. Min. Mix. M*d. UK. Osc.PET PPPMA PNTEL PNTEL PNTEL PNTELPN

DezDezDezDezDezDez

2300,00 74 000 949.99 719.99 949.99 795.27 719.90 -10.09.00 80400 000 1 50 1,30 1,70 1,58 1,30 -2.26000,00 30Õ800000 2600.00 2000.00 2600.00 2423.48 2049,00 -12.87000.00 487215000 1950.00 1550,00 2050 00 1873.50 1599.99 -8.89000 00 96250000 1200,00 930.00 1300,00 1170,92 969,99 -8.48000,00 305535000 1600,00 1200 00 1650.00 1504.81 1202.00 -14.1

ERi

Negócios c Finanças o quinta-feira, 31/10/91 JORNAL DO BRASIL

MERCADO

CDBs perdem

da inflação

Rendimento üca. 1 % abaixo da taxa e dólar valoriza 60,7%

Pela primeira wi neste ano, os in-\estidores que direcionaram as suas so-bras de caixa para os Certificados deDepósito Bancário (CDBs) vão conta-hili^ar prejuízos em suas aplicações.Enquanto a inflação medida pela índiceGeral de Preços do Mercado Fitiancei-ro (IGP-M), em outubro, ficou em^2,63%, a rentabilidade média paga pe-•los CDBs, com resgate amanhã, será de21,73%. l;sta taxa, no entanto, ficaráainda menor, se for levada em contaque o investidor pessoa física tem quepagar um imposto de 35% sobre osganhos que excederem a variação daIR, no periodo, de 19,77%. Supondoque a aplicação foi de CYS I milhão, orendimento líquido do CDB ficará em21.54% (ou CrS 215,4 mil). O que re-presentará uma perda real de 0,9%.

Lucro, mesmo, tiveram os investi-dores que apostaram nos mercados es-peculativos, pois contaram com a ajudado Banco Central para aumentar osseus ganhos. Até ontem, os preços dodólar negociado no mercado paraleloacumulavam uma valorização de60.71 % — quase três vezes mais do quea in Ilação de 22.63% medida pelo IGP-M. A rentabilidade do ouro, por sua\ez, está na casa dos 54.15%. A Bolsado Rio, a um pregão do encerramentooficial do mês. acusa alta de 23,85%. Avalorização da Bolsa de São Paulo, era-vava. ontem, 26,41%.

A explicação para os prejuízos regis-irados nas aplicações em CDBs foi asurpreendente disparada da inflação,

Angela Duquo

O rendimento dos ativos no mês

iDólar no paralelo 60.71% j

Ouro 54,15%]

|7Bjr23.85%

Ibovegpa 26,41%|

Poupança 20j37%J

íFundáo 18,50%}

CDB/RPB 21,73% jTR 19,77%[

IgKSPjM 22,63% I

em outubro. No inicio do mês, as esti-mativas apontavam para algo em tomode 18%. O número oficial passou de22%. Apesar de todos admitirem o des-controle dos índices inflacionários, osanalistas continuam apostando noCDB como um dos poucos ativos paraproteção do patrimônio, em novembro.Quem, por exemplo, comprou, ontem,um título com rednimento anual de3.200%, garantiu, para os próximos 30dias, um ganho bruto de 33,83%, dian-te de uma estimativa de inflação de30%.

Também as pessoas que aplicaramos seus recursos na caderneta de pou-

pança, no Fundo de Aplicação Finan-ceira (o fundão), ou deixaram os cruza-dos novos liberados no DepósitoEspecial Remunerado (DER) vão em-bolsar prejuízos, neste mês. A rentabili-dade da poupança com aniversário nodia 1° de novembro será de 20,37%; orendimento acumulado no fundão, atéhoje, é de apenas 18,50% (taxa inferioraté mesmo a TR); e a remuneraçãopaga pelo DER não passa de 19%.Nem mesmo o fato de o BC ter fixado aTR em cerca de 20%, no inicio destemês, foi suficiente para evitar a perdados investidores que apostaram nessesativos.

O QUE FAZER COM O DINHEIRO

Analistas recomendam muita cautela

A corrida desenfreada, ontem, àscau> de câmbio para comprar dólar nomercado paralelo por até CrS 900 èjpenas um sinal de que os investidoresestão muito confusos para decidir orumo de suas aplicações daqui parafrente. Afinal, qual a melhor estratégia,agora, quando o mercado financeiroparece atingido por uma espécie de ven-davaP.

Quatro analistas financeiros reco-mendam acima de tudo muita cautela,hin porque nem mesmo um especialistapode procurar adivinhar o futuro daeconomia brasileira até o final do ano."O jeito c mesmo diversificar, colocan-

| do um pouco em cada cesta, e depoisficar parado", recomenda João Luiz.Mascolo. diretor do Instituto Brasileirodo Mercado de Capitais.

Ele lembra que quem resolver trocartodas suas economias por dólar corre orisco de ficar decepcionado ao perceber

que a moeda poderá não continuar nomesmo ritmo desenfreado desta sema-na. "Ê verdade que não tem caído, maspode perder de outras aplicações."Mauro Sérgio Oliveira, diretor da Oli-veira Bastos Distribuidora, tambémnão recomenda a compra de ouro oudólar, agora. "Como ativo de risco pre-firo as ações, principalmente as demaior liquidez, também conhecidas co-mo blue-chips."

Com a experiência de quem vive odia-a-dia do mercado financeiro, Mau-ro Sérgio admite que apesar de nãocomprar ouro e dólar, também não re-comenda a venda agora. Quem pensaem deixar o dinheiro em algum ativoatrelado às taxas de juros, como a pou-pança ou o CDB, o especialista lembraque pode não haver ganho em cima dainflação deste mês.

"È realmente muito perigoso operar

agora no ouro e dólar, nestes niveis depreços", alerta Gilberto Zalfa, diretorda corretora Interunion. Ele tambémprefere, como ativo de risco, as ações,especialmente as mais negociadas. Nasua opinião, as taxas de juros deixamdúvidas se vão realmente ser positivas.Há quem aposte no dólar como umaespécie de antídoto contra choques."Neste caso, pode até servir como umaproteção. Mas a cotação chegou, emtermos reais, ao pico dos últimos seisanos, registrado em fevereiro de 1990,pouco antes do presidente assumir",analisa Ricardo Sirotsky, diretor da R.Sirotsky Consultoria e PlanejamentoFinanceiro.

Ele salienta que o ágio (diferença dopreço oficial para o paralelo) subiu bas-tante, deixando pouco espaço paraquem pretende ganhar com esta aplica-ção. "Qualquer previsão agora é puraespeculação."

bec tem lucro Bolsas abrem em alta

mas recuam até 1,6%

•¦TB*?'

e amplia rede

de agências

FORTALEZA — O Banco do Esta-do do Ceará (BEC) obteve lucro de CrS271 milhões 110 primeiro semestre desteano e tem mantido a taxa de rentabili-dade a cada mês, para fechar 1991 comretorno do capital e aumento dos em-préstimos, informou ontem seu presi-dente, Pedro Brito do Nascimento. Aocontrário de outros bancos estaduais eaté de bancos privados, que este anotêm enfrentado prejuízos e fechadoagências, disse ele, o BEC está com CrS160 bilhões de saldos de empréstimos —que o colocam no 24° lugar no rankingnacional da categoria — e vai abrirnovas agências.

Atualmente com 70 agências e 2.300funcionários ativos — mais três unida-des serão abertas em novembro, semaumento do quadro. Pela posição fe-chada no último dia de agosto, o BECtem patrimônio líquido de CrS 18,68bilhões. Em operações de crédito estãoaplicados CrS 170,5 bilhões, mais CrS69,04 bilhões em depósitos. O ativo to-tal é de CrS 248,5 bilhões. A fatia maiordos empréstimos é destinada à infra-es-trutura (CrS 90,3 bilhões), seguida dehabitação (CrS 563 bilhões), desenvol-vimento (CrS 18,5 bilhões), crédito ge-ral (CrS 4,1 bilhão) e crédito rural (CrS1,1 bilhão).

Pedro Brito disse que o Ceará nãotem nenhuma letra em mercado. "Tal-vez seja o único Estado que não sefinancia junto ao mercado financeiro."As letras estão hoje em tesouraria. "To-do investimento do governo é feito emrecursos próprios, sem necessidade definanciamento", afirmou. O presidentedo BEC está animado com a decisão jáanunciada pelos empresários que com-põem o Pacto de Cooperação com oSetor Produtivo, de parceria com o go-verno do Estado, de canalizar para obanco as aplicações que são feitas acada dia no mercado financeiro nacio-nal, em média de CrS 350 bilhões.

|—1 O presidente do Banco do Estado'— do Rio Grande do Sul (Banrisul),

Flávio Obino, divulgou, ontem, o desem-penho da instituição no primeiro semes-tre deste ano, tendo registrado um lucroliquido de CrS 309 milhões, com cresci-mento real do patrimônio de 21,46%,atingindo agora CrS 46,4 bilhões. Noperiodo, o banco emprestou CrS 185,9bilhões com incremento real de 14% nosfinanciamentos agrícolas em compara-ção ao primeiro semestre de 1990.

As bolsas de valores iniciaram asnegociações de ontem sinalizandomais um dia de expressiva alta. Emapenas uma hora de operação, osíndices de lucratividade já crava-vam altas superiores a 4%. Mas tãologo os juros voltaram a subir, porvolta do meio dia, o mercado deações se retraiu. Resultado: o índiceSENN, que mede a lucratividade dopregão nacional, fechou o dia em1.235 pontos, com desvalorizaçãode 1,6%; a Bolsa do Rio selou baixade 0,7%, com o 1BV ficando nos110.808 pontos; na Bolsa de SãoPaulo, o indice Bovespa acusouperda de 0,9%, fechando em 30.942pontos. As operações cederam cercade 20%, totalizando CrS 5,63 bi-lhões no pregão nacional, CrS 8,41bilhões no mercado carioca e CrS23,66 bilhões na bolsa paulista.

O presidente da Bolsa do Rio,Francisco Souza Dantas, disse quea reverssão do processo de alta dasbolsas de valores, ao longo do diade ontem, resultou da apreensãodos investidores frente à situaçãoatual da economia do país.

"Esta-mos passando por um momentomuito turbulento, com disparada

Jgg&Ldos juros, dos preços do dólar tji^paralelo e do ouro. Mas a tcndêncifcrj-de acomodação, nos próximos diajgÇTé clara. Com isso, acredito quebolsas podem voltar a registrai'bons resultados, a curto prazo", fíjgjsou, lembrando que o mercado |ações tem, a seu favor, o sucesso 1leilão de privatização da Usiminá^^apesar do impasse em torno da rear Vlização do leilão da Celma, marca-do para amanhã.

Segundo o analista da área de*"bolsa do Banco da Bahia de Investi"nientos, Alberto Dawidowitsch, -tf Jclima foi de nervosismo nas bolsadevido aos boatos que assolaram as-'-negociações. Ele ressaltou, poréin.que a firme demanda por parte dos ""

bancos por ações de empresas ex-i'.,portadoras foi o grande sustentácu-.:;Io das bolsas. As ações de Vale dò-1"Rio Doce, por exemplo, responde^-ram por 20% do total de negócios,,-na Bolsa de São Paulo, e por maisde 40% das operações na Bolsa doRio. Vale PN fechou o dia cotada' aCrS 41,50 no pregão carioca, com ,alta de 9,15%, e Vale PP subiu ,5,74%, fechando a CrS 40,10.

BC força elevação de

juros que vão a 42%

O Banco Central manteve ontemsua política de juros altos na tentativade estimular os exportadores a fecha-rem suas operações de câmbio, trocan-do os dólares por cruzeiro e investindoos recursos no mercado financeiro. Pe-Ia manhã, o BC doou dinheiro ao mer-cado a 42,04% e, a tarde, puxou umpouco mais a taxa, ofertando dinheiroa 42,11%. O mercado também elevouos juros do CD1. As operações de umdia com esses papéis foram cotadas a41%, enquanto o CD1 de 30 dia foinegociado a uma média de 4.200%,representando uma taxa over de45,11% ao mês, e um ganho bruto noperíodo de 36,81%.

Os CDBs também se mantiveramem alta. Os papéis de 30 dias foramnegociados, na média, a 3.200% aoano, o que significa um over de 41,92%e um ganho bruto no periodo de33,83%. Ainda assim, estas altas taxas

não estão tendo o efeito de atrair o\>exportador. "O problema é que os ev'portadores não querem se arriscar a se. -desfazer de suas posições em dólar para.,aplicar no mercado financeiro, no lon-ogo prazo, a taxas fixas, em um moinem ,;,to de grande incerteza econômica",analisa o diretor de câmbio do Banco;-Boavista, Alfredo Lamy. -

Para ele, a taxa de 42% paga pelo-r-BC não é aproveitada pelo investidor,pelo menos no curto prazo, já que, se.,mantiver o dinheiro aplicado nodão, os recursos serão tributados tão.pesadamente que a remuneração acatyi;;ficando bem inferior à do dólar. "-Ogoverno precisa pensar em adotar me-i jdidas para tornar as aplicações finativ.!!ceiras no curto prazo mais atraentesM"'redução do IOF que incide sobre essas-'operações poderia ser uma boa altern3''T"tiva", propõe Lamy.

Bolsa de Mercadorias e FuturosVolume Geral

Contratos I Numeros de I Contratos I Volume I Part. Iomabefto | negdeioa | nogociadoa | . (MilCrS) [ ; (%) |

Ourc iiiisw 2 93b 104.026 IWM0.6I8nO'C.. 11 rot, ZZZZl ^ZZZZZZM^. JPJ.9.....Anpoajo -J 0 0.00....C J'v l.4tb 10 119 tobwO? 0.1.3.....Cjmo.o 112?19 1\22 26.131 37.^713 6.b4"'oi b/021 2^..3M.227 46.?/..bo. Go»do . 1.0b 0...Total 526 b23 10000

Ouro/disponivel. Valor do contrato: ZSOg

Veto [ Contr [ Heflòcio»| AbertCotações em eruioiro» por grama

Mínimo I Máximo | Ult I Osc I

60112 1 697 9 /bO.GO 11 ooo.co 9 850.00 •3.4

Ouro/Mercado de Opções sobre disponívelValor do contrato: 2SOg

Veto I Eierc Contr Neg Abert

NvOlfJyOb.Nvt 1Ny 12Nv14hvl.7Nv37Nv39

...6.500,00.6 500.00"à.oiw.w'imoõ.

.jo.poo.oo...jimoo.;9 500.00

10000.00

707..2.963'"6 36512693

...9.3508951 0471.851

11""ir105520."392..

jo"2067

..4.676.00...

.3300,00..

.2900,00.2600.00...^2 055,00Impo;;

26.0070.00

' Cotaçfle» «m crtueirot por gramaj- Min I: Mi» | Ult

.4.440.00..2.550,00..2.150.00.

. .1750.00....1.400,00800.0018.0050.00

4 676.00...3.Mp:pO..(.2.9.50; 00" 2 80000 ^2310.00.

Í'pM.00iiipp:100.00

. 4.440.00 í

...3.000.00 \

...2.250.00. :

.1^0.00 :.1 500.00 ;800.00 h25.00 I

90,00 •

Mercado Futuro/ÍndiceValor do contrato:Crt 5,00 p/pontot

Veto | Contr | Nagòcioa | Abert |.

Cotaç&ei. em números de pontosMinimo I Máximo I Último I

33530 54.100 53.300 56.000 54 200

Mercado Futuro/AlgodãoValor do contrato: 050 arroba» liq. Cotaçóei em cruzeiro* por arroba

Mercado Futuro/Café ajustadoValor do contIOO saca* da MHcgliq. Cot.em Crt/por Mca de COkg liq.

Mar»MJ.2

777119

1154 .90.50..94.00

88.10 90.5094.00 94.00

88.1094.00

Mercado Futuro/CâmbioDólar Valor do contrato: USt S mil

NOVIOtV'

6 3582 675

5258 . 565.00

925.00

Cotações am eruielros por dólar

J>59.80. 665.50 661,0) ;923.00 932.00 932.00" '

Mercado Futuro/Dl - Depósito Interfinanceiro de 1 diaValor do conlralo: Cr$ 100,00 p/ponto P.Ü, Cotação em ponto» d« P.U.

NOvIOê: l

4 06031 6/2

30940

97 33072 400

97.32070 100

97 33072400

97.32570 500

Deposito Interfinanceiro de 30 dias

Mercado Futuro/Boi GordoValor do Contratos 330 arroba» UquJdftt. CottçóM «m ponto» por arroba

INDICADORES

Contributes ao lapasMte da compatftncia: outubro • pods P*(H»r «ti o 5» dia util d« novwnbro;ap6> 8 de novembro com comfiik dMkrt* p*|i TRD, 10% d« rmatta • 1% daJuros.Autdnomos

Claaae | Filiayio-Tempo j Baae(Crt) | AHquota (%) [ ApagartCrt)

i?..8.400,04 12

1?.. I; ,7 Maisde^ 12^'Maisde^ 24

,?®..3660

^^17 11"" I^^ SO."'•io^'^""''MajsjjteKa^ M.000,40 :

Empregados Dom63ticos

Aliquotas (%) | Mfnimo (Crt) | Mi*(Cr»)

B^de^lculo 42.000.00 126.000.60I ""Enipreftado iO.OTO.OB

|^ Emprogador 12 5.040,00 15.120,07

| Empregados Segurados

|| SalAriodeContribuigao (Cr») Aliquotas (%)

.?do126^ ?^iaoiMrijnri at642Mi)2J0 10.

Impostos, taxas e índicesJunho [ Julho [: Agosto [ Setembro) Outubro)Maio

Unif 5.182,45 5.650,01 6.181,11 6.812,19 7.721,36 8.892,59Uferj 7.722,00 8.417,00 9.208,00 10.133,00 11.344,00 13.248,00

Imposto de RendaBaso dc càlculo(CrS) Alíquota Parcela a doduzir

(CrS)

IRnaFonte (Setembro)

Ate 120.000,00 isento —

Del20.000,01 a 400.000,00 10% 12.000,00Acima de 400.000,00 25% 72.000,00

Deduçõesa) CrS 10.000 (setembro) por dependente até o limite de 5 dependentes, b) CrS120.000 (setembro) para aposentados, pensionistas e transferidos para reservaremunerada a partir do mês que completar 65 anos de idade, c) Pensão alimenti-cia paga devido a acordo ou bentença judicial d) Contribuições para PrevidênciaSocial

" í .II M I I

Operafdes entre Taxa Over" Rent. Rent. Rent. Pr°j. [Inst Financeiras (%a.m.)| Dia.(%) Sem.(%) Mes(%) Mes(%)|,|

i Civ , •; > . ~ ''^^jv}' ' i H

LBC.LFT/BBC 42,02 1,40 4,26 24,21 25,95 |jAOM(CDB) 41,05 1,37 4,17 24,39 26,09 ij|DIOVER 41,01 1,37 4,16 24,38 26,08 -fLFTE 42,48 1,42 4,31 24,99 26.76 ^

Taxas Andima

MERCADO FUTURODE Dl

P.U. emCr» Over(%a.m.) I

Rent. RentDia.(%) Som.(%)

Rent.Mes(%)

Proj:Mes(%)

Dl OVER FUTUROBM&F Nov/91 97.325 40,95 1,36 26,08BM&F Dez/91 70.500 48,05 1,60 38,05

'• A Circular n11 890 do B.mro Cenu.il ved.i 3 leolizacào de opeiacóescompromissjd.is com pesso.is Iimc.is ejundicas nâo financeiras a partir de 01 03, 91 A p.irtir de 17 10 91. eslas opeiacóes poderáo sei realuadascom títulos públicos e prazo minimo de 30 dias. segundo a Circulai n 2 063 do Banco Central

IndicadorÜSS COMERCIAL 29/16CompraVendaUS$ COMERCIAL'CompraVendaUS$ TURISMO 29/10CompraVendaUS$ PARALELO 'CompraVenda

ÜÍÒSS BM&F ¦ COMERCIALNov/91Der/91

ÒÜRÒSPÓTSINO • Fcc.'BM&F - Fec.BBF • Fec.

OURO FUTUROBBF Nov/91IBV-RJIBOVESPA

Prepo Cr8 Var. Var. Var./Indies Dia(%) Sem(%) Mes(%)

629,33628,99 1,03 1,39 35,29640,60641,16 1,93 3,35 37,90

901,87869,99 16,46 21,77 69,01

850,00900,00 - 5,26 22,45 60,71

661,00 -0,38 -0,15 5,42932,00 2,31 6,27

9.850,00 -3,43 17,99 54,159.850,00 - 3,43 1 7,99 54,159.850,00 -3,43 1 7,99 54,15

Proj.

ü. I

38,21

rr'

110.80830.942

3,750,00 -0,79 0,00

-0,90 1,67 26,43(*) Dados obtidos através de amostra da ANDIMA

Fonte: ANDIMA; Banco Central, BM&F. BBF; BVFIJ; BOVESPA

Câmbio Turismo

Compra Venda(Cr») (CrS)

Escudo 5,80 6,4804- Dolar 833,31 851,77 |

Franco Sul^o 572,72 637,91FrancoFrances 146,61 163,307lene 6,40 7,20Libra 1.458,80 1.624,87Lira 0,66 0,74MarcoAlemao 500,40 557,42Peseta 7,90 8,86

Ouro(Cr6-llngoto por gramas)

Compra I

. • -w.Ji'í

VendaJ::

Banco doBrasil(250grs) 9.830,00 :nv9.850,00 .

Fonte: Banco do Brasih ANECC

Fonte: Socroturid de Recata Federal

Goldmine(250g) 9.845,00 9.850,00

0urinve8t(250g) 9.825,00 9.845,00Safra(lOOOg) 9.840,00 9.850,00BozanoSimonsen(lOOOg) 9.845,00 9.850,00

Fundidoras for,iecedoras e custodiantes \*credenciados na Bolsa Mercar til e de vFuturos

a^aI*

Empro^io ""'.8iO.OTO.OB JEmprogador 12 5.040,00 15.120,07

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JÒRNAL DO BRASIL quinta-feira, 31/10/91 • Negócios e Finanças 1....Arquivo— 18/09/91

Ernesto esforço

Três consórcios disputam controle da Celma

• Interessados se dispõem a pagar até 38% acima dos USS 72,3 milhões pedidos como preço mínimo

Sônia Araripe

Petrobrás vai

reduzir seus

investimentosA Petrobrás não cumprirá o orça-

mento de investimentos deste ano, deUSS 2,3 bilhões. "Estamos fazendo umesforço para chegar a USS 2 bilhões"declarou o presidente da estatal. ErnestoWebtr, sem explicar os motivos da redu-ção,.Mas fontes do alto escalão da em-presa asseguram que será impossívelatingir o patamar previsto porque, atéagosto, os investimentos ficaram em ape-nas USS 1,3 bilhão.

VVeber alega que não estava na em-presa no primeiro semestre e por isso nãotem condições de explicar o atraso. Masé certo que as incertezas na economia,duas greves e a troca da presidência daempresa são alguns dos motivos que in-fluenciaram esse resultado. Ele assegu-rou que cumprirá o orçamento de 1992.fixado em USS 3,5 bilhões para todo ogrupo, sendo USS 2,9 bilhões para aholding.

A Petrobrás continua negociandocom os 19 sindicatos dos petroleiros, masdeixou de negociar com o comando na-cional, explicou Webwer. Pelo acordo nodissídio da categoria, cm setembro, ossalários seriam revistos de quatro emquatro meses. Em novmebro, haveráapenas o reajuste previsto em lei, percen-tual ainda a ser definido pelo governo.

Custos — O presidente da Petro-brás'divulgou os prejuízos com a grevedos petroleiros em setembro: USS 44.08milhões. A perda de receita devido aoatendimento do mercado com derivadosimportados somou USS 26 milhões, en-quanto a redução no faturamento devidoá não exportação de produtos especiaisficou em USS 6 milhões. O prejuízo coma'redução das vendas de gás naturalficou em USS 4.5 milhões e a sobreesta-dia de navios chegou a USS 2.7 milhões.Somente com a interrupção das exporta-çòs de gasolina, a empresa perdeu USS 2milhões, enquanto a redução das vendasde combustíveis marítimos acarretouqueda de renda de USS 1.8 milhões. Aimobilização de estoques elevados, pormedida de precaução, provocou prejuízode USS 670 mil, enquanto o custo adicio-nal de movimentação de derivados e ál-cool totalizou USS 410 mil.'' VVeber se reunirá, hoje, com o minis-tro da Infra-Estrutura, João Santana,para discutir os investimentos da empre-sá:;Quanto à desequalização dos preçosdois combustíveis, de forma que que cadaregião pague o custo real do frete, Weberafirmou que o projeto está pronto masséu lançamento e depende da vontadepolítica do presidente Fernando Collor.Ele evitou falar sobre mudanças de supe-rintendentes da empresa, argumentandoqíie novos diretores sempre gostam deaftalisar seus superintendentes e, casojiifgUem necessário, fazem modificações.

Se no leilão de privatização da Usimi-nas, no último dia 24, a briga foi grandedo lado de fora da Bolsa de Valores doRio de Janeiro, entre manifestantes e apolicia, com direito a tapas e muito tu-multo, a venda de Celma, prevista paraamanhã, promete trazer a queda-de-bra-ço para dentro do pregão. Pelo menostrês consórcios — Andrade Gutierrezcom a General Eletric e Bancos Boavistae Safra; Banco Nacional e Bancos Real eHolandês — podem ser consideradoscompradores em potencial.

Todos eles têm títulos aceitos comdesconto, ou seja, moedas podres. Por-tanto, o preço de USS 72,3 milhões paraquem quiser levar todas as ações queserão colocadas á venda pode sair bemmais barato. Como os compradores têmmuita munição para gastar, não será sur-presa se a Celma for vendida bem acimado preço mínimo. A Usiminas, privatiza-da na semana passada, saiu por cerca de15% além do que era exigido pelo gover-no. Neste segundo leilão há compradoresque admitem, embora veladamente, che-gar até perto de USS 100 milhões, ouseja, 38,3% acima do valor mínimo.

Ainda não está acertado que o leilãoserá realmente realizado amanhã, porqueo BNDES está lutando contra o relógiopara conseguir levantar uma liminarconcedida pelo juiz da 6o Vara Federaldo Rio de Janeiro, Sérgio Feltrin Corrêa,na terça-feira. Mas, por enquanto, atésegunda ordem, está tudo pronto parauma grande disputa amanhã.

Otimismo — "Promete ser umatípica briga pelo controle. Quem ficarcom os 51%, deverá procurar ficar tam-bém com as sobras", acredita Sérgio Be-rardi, superintendente geral da Bolsa deValores do Rio de Janeiro, onde iráacontecer o leilão. Isto será influenciadoainda pelo fato do edital exigir de cadainteressado um capital mínimo de USS Imilhão. Até o inicio da noite de ontemainda não estava pronta a lista das insti-tuições financeiras interessadas em dis-putar a empresa.

O clima de otimismo no BNDES nãofoi afetado sequer com a liminar. "Acre-ditamos que o leilão será mesmo na sex-ta-feira e que conseguiremos um bompreço por conta do forte interesse", disseVenilton Tadini. diretor das Áreas dePlanejamento e Infra-Estrutura do BN-DES.

A hipótese de adiamento tambémnão afetou o diretor-presidente da em-presa, o engenheiro Alexandre Gonçal-

ves Silva. Ontem, ele atendeu muitos jor-nalistas mas não ouviu o telefone tocaruma só vez com investidores preocupa-dos com um possível atraso no leilão."Tudo indica que um só consórcio deve-rá ficar com quase tudo", opinou.

Comenta-se no mercado financeiroque apenas a Andrade Gutierrez teriacerca de USS 500 milhões em créditoscom a União e com estados. Este dinhei-ro vale como moeda para a privatização.Como o consórcio entra junto com aGeneral Eletric e ainda dois bancos deporte, o Boavista e o Safra, também comtítulos cm suas carteiras, dinheiro nãopromete ser problema para esses com-pradores.

Acordo — Mas a aritmética destenegócio não é assim tão simples. O Ban-co Nacional também promete entrar comfôlego, assim como o consórcio formadopelo Real e Holandês. Por fora, comchances menores, correm o Banco Pac-tual, junto com a Chrome-Alloy (empre-sa americana parecida com o perfil daCelma, que revisa peças de motores demuita precisão) e, finalmente, a Distri-buidora Bancorp, associada a fundaçõesde previdência.

Para todos esses grupos, a atual sóciaestrangeira da Celma, a Pratt Whitney,dona de 10,8%, deu uma espécie de avalinformal. Como estes compradores sãoforasteiros, a empresa americana garanteque entraria como sócia para administrarum negócio que conhece muito bem. Oúnico consórcio que não precisa destesinal verde é o da Andrade Gutierrez:junto está a GE, fornecedora de todos osmotores de aviões da Varig, Vasp eTransbrasíl, com exceção apenas dos an-tigos Boeing 727 e 737. A GE pretendedesembolsar quanto for necessário parater a Celma no mesmo nivel tecnológicoatual, garantindo os seus motores.

Mesmo sem a garantia de que a ven-da será mesmo amanhã, todos os gruposjá estão com as turbinas prontas paradecolar. O consórcio da GE com a An-drade vai ser representado pela corretoraPrimus, a mesma que no leilão de Usimi-nas trabalhou para o maior número declientes, um total de oito, inclusive aCompanhia Vale do Rio Doce. "È umaboa empresa, sem dúvida, pronta paraser tocada adiante", diz Victor Paranhos,diretor do Nacional, que já definiu umpreço teto para concorrer. Como era dese esperar, detalhes como estes são guar-dados a sete chaves.

Nilton Claudino

BNDES entra com mandadoO BNDES impetrou ontem mandado

de segurança junto ao Tribunal RegionalFederal do Rio de Janeiro para tentarsuspender liminar da 6a Vara Federal noestado que vetou o leilão de privatizaçãoda Celma (Companhia Eletromecánicado Ministério da Aeronáutica). O juiz da6a Vara, Sérgio Feltroni Corrêa, negou,no início da tarde, pedido verbal peloefeito suspensivo da liminar feito pelaequipe jurídica do Banco que tambémentrou com agravo de instrumento namesma vara buscando reverter a decisãoainda hoje. O leilão está marcado origi-nalmente para amanhã.

Os argumentos da ação civil envol-vem meios de pagamento, recuperação

dos recursos públicos, transferência demonopólio a iniciativa privada, privilé-gio no preço aos empregados, avaliaçãoeconômica com base em preço defasadoe violação do dever de democratizar ocapital. O BNDES afirma no agravoque a aprovação de medida provisóriajá desfez as dúvidas relativas à moedautilizada no leilão, lembrando aindaque a Celma atua de forma não mono-polista com concorrência interna e ex-terna (Rolls & Royce, Motortec, Varige FAB no país). Pela democratização,afirma que a Celma poderá ter mais 79novos acionistas através do lote mínimode USS 1 milhão.

Dias: empresas não fazem reparos em motores que consertamos porque não querem

Monopólio pode cancelar leilão Nilton ClaudinoKnrlu Terra

PETRÓPOLIS, RJ — O leilão deprivatização da Celma (Companhia Ele-tromecánica do Ministério da Aeronáu-tica), previsto para amanhã e indefinidoface ao impasse judicial, poderá nãoocorrer mesmo, como espera o Sindicatodos Metalúrgicos de Petrópolis. "Esta-mos falando de 90% de chance de cance-lar a privatização", diz o presidente doSindicato, Waldir Lima. Essa certeza es-taria baseada na alegação da procurado-ria da República de que a empresa exerceum monopólio no setor de revisão e re-paro de motores de avião, o que garanti-ria, segundo Lima, o apoio da Justiça."Não acreditamos em passeatas oumanifestações para resolver o impasseporque temos nas mãos um caminho ju-dicial assegurado pela lei", diz Lima. Opresidente da Celma, Alexandre Silva,garante que a empresa não è monopolis-ta, apesar de deter, segundo seus cálcu-los. 60% do mercado de revisão e 85%do mercado de reparos em motores, quemovimenta mais de USS 150 milhões porano. A Varig seria sua principal concor-rente, porém somente nos serviços derevisão, onde tem cerca de 30%. O pre-feito de Petrópolis, Paulo Guatacós,também aposta no argumento do mono-pólio e dispara. "A Celma não estavasendo avaliada com a devida eompetén-cia. Uma empresa que detém um mono-pólio não pode ir assim para as mãos dosetor privado, que passaria a controlartotalmente o mercado."

O presidente da Celma define como"exclusividade" alguns serviços executa-dos pela empresa e atribui a isso decisõesde mercado. "Hoje fazemos reparos emmotores que as outras empresas tambémpoderiam fazer, não fazem porque nãoquerem", garante, referindo-se basica-mente aos modelos 737-200 e 727-200.No caso da recuperação, ou mesmo re-construção de uma peça, a Celma invés-tiu nos últimos cinco anos cerca de USS Nmilhões, o que garantiu o controle de85% desse mercado.

Ao fundamentar seu argumento deque a empresa não é monopolista, opresidente exemplificou alguns modelosde aviões que são revisados no Brasil porele e sua concorrência. Em seus exem-

Ao menos cinco aviões são reparados apenas pela Celma

Á divisão do mercado

Modelo Oficinas Frota Uso

;:;0C-10 Varig/Colma 12 comorcial !U747-200B/300/341 Varig/Cclma comorcial< Airbus Varig/Celma comercial

• 737-300 Vang/Colma 26 comorcial>737*200 Colma 36 comorcial1727-100 Colma 12 comorcial

EMB-120/8rasilia . Vang 8 comorcial1767-200 Varig comorcialpl*27 Rolls Royce 17 comorcial

| C-i30/Herculos 1ZZIZZL.! Vang 10 -j' Bufalo/C-115 Colma 16 .milltar;F-5B/E/F Colma 48 milltarliAMX Colma 10 milltar| Bandeiranto Celma/Motortoc 107 milHar

Tycano Celma/Motortoc 110 rni!!,arI Lear-jet mi,l,ar

Xavante Rolls Royce 110 milltarBell-206 Rolls Royce/Motortec helicOptoro/militar

| Esqullo Ro,,s Royce 30 helicdptero/militar

Fonto: Alexandre Silva, presidente da Celma. o Anuário Aoroospacial Brasiloiro 199011991

pios, pelo menos cinco modelos de aviõessão reparados exclusivamente na Celma.com uma frota (segundo o Anuário Ae-roespacial) de 122 aeronaves. Outras 51aeronaves seriam disputadas pela estatale a Varig e mais 217 pela Celma e a

Motortec. Menos de 200 aviões teriamseus motores, necessariamente, revisadosfora da Celma, segundo os exemplos ci-tados pelo próprio presidente. Convémlembrar que cada avião tem. geralmente,mais de um motor.

1

Empregados debatem Usiminas

4 Funcionário quer participar do conselho administrativo

BELO HORIZONTE — Mesmoconstando do termo de compromisso as-sijiado com o grupo liderado pelo Boza-nq, Simonsen, a Nippon Usiminas e aCompanhia Vale do Rio Doce, o presi-dente do Sindicato dos Metalúrgicos deIjiatinga, Luiz Carlos de Miranda Faria,nâo tinha ontem plena convicção que aassembléia de hoje dos novos acionistasdá Usiminas conduzirá um representantedós empregados (da ativa ou aposenta-do) ao Conselho de Administração. Mi-ránda esteve reunido pela manhã com oatiial diretor-presidente da Usiminas, Ri-naldo Campos Soares, e não dava, tam-bjim, garantias da sua recondução. Eleniostrou-se exaltado quando interrogadosobre manutenção do girafão — gratifi-cação com base no lucro da empresa —dps empregados.

• "A carta de princípios (termo decompromisso) fala que os empregadossão intocáveis", resumiu Miranda, quenão admite a hipótese de os 12.611 fun-cionários da Usiminas virem a perderaquela gratificação e outros benefícios."Ficou assegurado que os direitos e be-nêficios adquiridos serão intocáveis. Nós(povos acionistas signatários do termo)vamos trabalhar em conjunto para queos trabalhadores continuem a ter melho-rt?s condições de trabalho e melhorescondições de vida", reafirmou o presi-dente do sindicato.

! No termo de compromisso, a única

parte que fala sobre os empregados, edentro de um contexto genérico de admi-nistração da siderúrgica, o item IV doAnexo A (princípios e condições básicase essenciais para associação de acionistasda Usiminas, visando compartilhar o seucontrole), diz: "Que as decisões estratégi-cas da Usiminas na área financeira, naárea comercial e na área política de re-cursos humanos sejam sempre motivadospelos interesses comuns dos acionistas,buscando garantir a estes o melhor retor-no dos seus investimentos, mediante umapolítica consistente de pagamentos dedividendos."

Sem validade — Ao sair ontemde uma reunião de mais de duas horascom o atual presidente da Usiminas, opresidente do Sindicato dos Metalúrgi-cos deixava a entender que o termo assi-nado para assegurar o compartilhamen-to do controle da siderúrgica nâo tem amenor validade jurídica na assembléiamarcada para as 15h de hoje e que indi-cará os sete novos integrantes do Conse-lho de Administração. Miranda, mesmoassim, acreditava que os empregados fa-rão o seu representante provisório, a serindicado pelo Clube de InvestimentosUsiminas, que representa os metalúrgi-cos. Garantido o assento desse represen-tante, o nome definitivo seria escolhidopor uma eleição desse segmento de acio-

Acordo fixa princípios para gestão

nistas. O sindicalista assegura que não écandidato.

O presidente do Sindicato defendeu acontinuidade de Campos à frente da dirc-toria executiva da Usiminas. Para a as-sembléia de hoje estão confirmadas as pre-senças do ministro da lnlra-Estrutura,João Santana; do presidentes do BNDES,Eduardo Modiano; de representante daNippon Usiminas, Hideo Kobayashi; Wil-son Brumer, presidente da CVRD; Cris-tiano Buarque Neto, do Bozano, Simon-sen; e do governador Hélio Garcia.

|—| Os metalúrgicos da Usiminas— aprovaram, por ampla maio-

ria, em assembléia realizada na tar-de de ontem em lpatinga, a propostade acordo apresentada pela empre-sa. O reajuste a partir de novembrovai variar de 101% a 125% sobre ossalários de outubro. Além disso, osfuncionários não terão que pagar oempréstimo de 2,2 salários que rece-beram parceladamente nos meses dejulho, agosto e setembro e receberãoum prêmio de Cr$ 150 mil junto como salário de novembro.

O s principais itens do termo decompromisso assinado pelo Clu-

be de Investimentos Usiminas (CIU)com a Vale do Rio Doce, a NipponUsiminas e os bancos e distribuidores deaço liderados pelo Bozano, diz:

f?CS- ¦

Anexo A — Princípios e condiçõesbásicas e essenciais para associação deacionistas da Usiminas, visando com-partilhar o seu controle.

—¦ A administração da Usiminasserá exercida de forma compartilhada,a fim de se evitar que apenas «ma daspartes integrantes do grupo associado aexerça isoladamente;

— Que a gestão dos negócios daUsiminas seja exercida por profissionaisexperientes, recrutados, de preferência,do quadro de empregados da empresa.

3—Que a administração da Usimi-nas seja direcionada an busca, perma-nente de eficiência, produtividade ecompetitividade.

4—Que as decisões estratégicas daUsiminas na área financeira, na áreacomercial e na área política de recursoshumanos, sejam sempre motivadas pelointeresses comuta dos acionistas, bos-cando garantir a estes o melhor retomodos seus investimentos, mediante umal

política consistente de pagamentos dedividendos»

nhia Vaie do Rio Doce) seja mantido e,no futuro, ampliado.

5 __ Que sejam aproveitadas as po- 11 — Que a Usiminas mantenha etencialidadcs da empresa, na criação de desenvolva seus compromissos dedesen-subsidiárias, na prestação de assistência volvimení© econômico e social em suae consultoria técnica especializada. área de influência.

6—Que seja buscada a verticaliza- 12 — Que a Usiminas continue eçSo da empresa, em função de novos aprimore seus programas de pesquisanegócios, principalmente na comerciali- tecnológica, automação do processoração interna e externa de seus produ- produtivo, treinamento de toda sua for-tos, bem como na sua participação em ça de trabalho, visando o aprimorandonegócios onde «ja intensivo o emprego de sua odâçsO) ctislos o

7 ~ Que seja respeitada a livre com amer-

13 — Relações deconcorrência, base fundamental da eco- Usiminas sempre em coi._„„„

mwm cado, assegurando, entretanto, aos só-clientes tradicionais. cios, preferência em igualdade de condi-

nas seja conduzida com efetiva partici- opwaçoes de seu interesse,

pação de seus empregados, através de 14 —Que a administração da Usi-um representante no conselho de asso- minas seja conduzida democratkamen-ciação de acionistas. te, com base no consenso dos integran-

9—Que a administração da Usimi- t da presente forma de controle4. <>AI> ÜIIVAC ., os quais contribuirão

de sua área dei assegure a continuidade dos fluxos~ ¦ ¦-. .. .. - ¦» • como*•••••:•

com as ede tecnologia siderurgica japonesa eaprimore o rdacionamrato_quaM|m

si» especialização,como objetivo dealcan-10 — Que o relacionamento comer- çar as condições básicas da empresa

ciai entre Usiminas e CVRD (Compa- mencionada neste documento.

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8 • Negócios e Finanças » quinta-feira, 31 10/91 JORNAL DO BRASIL

INTERNACIONAL

EUA incentivam zonas livres

• País quer ampliar relações comerciais entre as AméricasJ.C. Brasil — 11/4/91

Teodomiro BragaCorrespondente

WASHINGTON — Assim que con-cluir a integração econômica com o Ca-nadá e o México, prevista para o final doano, os Estados Unidos iniciarão enten-dimentos para ampliação dessa zona livrede comércio para outros países do conti-nente. O anúncio foi feito pela represen-tante do comércio dos Estados Inidos,Carla Hills, na Conferência dos Minis-tros do Comércio Exterior ou equivalen-tes das três Américas, encerrado ontemnessa capital. Segundo Hills, o governoamericano dará preferência à negociaçãocom grupos de países que mais já avan-çaram na integração, o que significa quea opção setá feita entre o bloco da Aladiou o do Mercosul, do qual participa oBrasil.

A revelação desencadeou as primeirasarticulações para que a preferência sejadada á integração com o grupo dos qua-tro países do Mercosul e mais o Chile. Oavanço da integração econômica do con-tinente foi apenas um dos temas da con-ferència, realizada durante dois dias nasede da OEA. Além da confirmação daestratégia de desenvolvimento prevista naIniciativa das Américas, lançada pelopresidente George Bush no ano passado,o encontro também acertou a atuaçãoconjunta dos países das Américas do Sul,Central e do Norte na Rodada Uruguaido Gatt, que discute a liberalização docomércio mundial.

Integração — O problema da in-tegração centralizou as atenções da reu-nião, principalmente depois que Hills, emsua intervenção inicial na terça-feira, ma-

Azambuja: Mercosul sai no prazo

nifestou a disposição americana de seguiradiante na formação de alianças econô-micas após a formação da AssociaçãoAmericana de Livre Comércio (a Naftra,segundo sua sigla em inglês), que estabe-lecerá uma zona de livre comércio entreos Estados Unidos, Canadá e México.Após manifestar a satisfação do governoamericano com o andamento das nego-ciações com as autoridades mexicanas ecandenses, Hills disse que a etapa seguin-te será a incorporação de mais um blocode nações ao processo de integração.

Em seu principal pronun-ciamento na conferência, ochefe da delegação brasileira, oembaixador Marcos Azambu-ja, secretário-geral do Itama-raty, garantiu que o mercadocomum entre o Brasil, Argen-tina, Paraguai e Uruguai, oMercosul, será formado den-tro do prazo previsto,

"até ofinal de 1994'. Na sessão deontem de manhã, a conferên-cia discutiu o atual estágio dosacordos de integração econô-mica regionais em vigor ou emnegociação entre os países docontinente. Os acordos em vi-gência, que nunca funciona-ram, estão todos sendo revis-tos. São eles o Pacto Andino,que reúne dez países da Amé-rica do Sul e mais o México; aAladi, formada pela Venezue-ia, Colômbia, Peru, Bolívia,Chile e Equador; o MercadoComum Centro-Americano eo Caricom, constituído por umgrupo de países do Caribe.

Os processos de reativaçãodesses acordos, bem como as negociaçõespara o estabelecimento de novos blocosregionais, ganharam nova dimensão coma perspectiva da zona livre de comércioda América do Norte iniciar sua expan-são pelo bloco de países que tiver feitomais progresso em sua integração. Re-presentantes de governos do Mercusul semostraram confiantes de que os paísesque integram esse bloco serão os benfi-ciados e já surgiu a idéia de incluir oChile na articulação do bloco, para darmais peso político à proposta.

CE acusa PortugalComunidade Européia acusou Por-

tugal ontem de utilizar ilegalmente fun-dos governamentais para manter de péa Companhia Nacional de Petroquími-ca (CNP), empresa estatal altamenteendividada. Segundo a CE, Lisboa es-taría perdoando dividas de USS 1,7bilhão da empresa, dando-lhe assimcondições artificiais de competição, emprejuízo de outras organizações do se-tor na Europa. Uma declaração da CEdisse que a ajuda à CNP "é incompatí-vel com o mercado comum". A CEdeverá exigir que o governo portuguêsreceba de volta o dinheiro perdoado.

Um rublo valiosoOBanco do Estado da URSS

começou ontem à emitir novas cé'dulas de 200 rublos, duplicando ovalor nominal da nota de maior,valor em circulação no pais. A •agência oficial Taas informouapenas que a nova nota traz aefígie de Lênin, mas não deu ex-pücações adicionais, CStculavamatò agora novas de 1,3,5,25,50 c100 rublos. Cada rublo divide-seem 100 copeques. A renda médiamensal dos soviéticos nâo passade 500 rublos, o que quer dizerque um salário poderá ser pa-go com a utilização de apenas trêsnotas.

Mercosul confirmado

Ameaça ao comércio internacional

Lei que pune exportador pode voltar nos Estados Unidosno plenário daWASHINGTON — A temida Super

301, peça da legislação comercial ameri-cana que ameaçava governos e exporta-dores estrangeiros com retaliaçõesquando os interesses dos Estados Uni-dos eram prejudicados, deixou de existirno ano passado. Mas, deputados e sena-dores estão se articulando para ressusci-tá-la. E não é só isso. Numa rara de-monstração de fé protecionista, umsubcomitê da Câmara apresentou proje-to que tem como objetivo restringir aaquisição, por estrangeiros, de empresasamericanas que utilizem tecnologia deponta.

A Super 301 era parte da Lei deComércio dos Estados Unidos, de 1988,e obrigava o governo a investigar negó-cios envolvendo exportações e importa-ções que contrariassem os princípios dolivre mercado. Provadas as práticas co-merciais desleais, o governo tinha o po-der de retaliar, estabelecendo barreirasàs exportações do país em questão paraos Estados Unidos. Japão, Brasil e índiaforam enquadrados como prioridadespela Super 301.

Os principais pontos do contenciosocomercial com o Japão e Brasil puderamser resolvidos, mas as investigações con-tra a índia continuam pendentes, embo-ra o poder retaliatório da Super 301 nãotenha sido utilizado. Em 23 deste mês,no entanto, o poderoso Subcomitê deComércio e Energia votou o seu retornosob a nova denominação de Lei de Au-mento das Exportações e de ComércioJusto, que, se aprovado nas demais ins-táncias decisórias do Legislativo, farácom que o governo americano tenha emsuas mãos, novamente, a capacidade de

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Hills: "Uma reação emociona

punir parceiros comerciais a partir doano que vem e até 1995.

— A não ser que mantenhamos pres-são sobre o Japão para abrir seus merca-dos com o uso de poderes como (o queera representava) a Super 301, nossosproblemas comerciais com aquele paísirão piorar —, advertiu a presidente doSubcomitê de Comércio e Energia, Car-diss Collins. Para valer, a nova legisla-ção precisa agora ir a votação novamen-te dentro do Subcomitê e depois ser

Arquivo aprovadaCâmara.

Um dia antes do Subco-niitê da Câmara aprovar alegislação, os senadoresJohn Danforth e Max Bau-eus apresentaram projetoampliando o arsenal estraté-gico de retaliação comercialamericana. Ele estende ava-lidade da antiga Super 301por mais cinco anos, a partirde 1992. Baucus, queépresi-dente da Subcomissão Fi-nanceira para Comércio In-ternacional, disse que oJapão, a China, a Coréia doSul e a Europa continuam aimpor barreiras injustificá-veis às exportações dos Es-tados Unidos. "Precisamosda Super 301 para abrir es-ses mercados", disse.

O governo americano seopõe a que esses mecanis-mos sejam ressuscitados.Carla Hills, representantecomercial da Casa Branca,já disse que isto seria "um

grave erro; è uma reação emocional,e não racional, aos problemas comer-ciais". De fato, uma nova legislação re-taliatória, e protecionista, seria alta-mente prejudicial neste momento, emque os Estados Unidos pressionam pelotérmino das conversações do Gatt (doinglês, Acordo Geral de Tarifas e Co-mércio), que foram interrompidas háum ano (e só agora retomadas) em de-corrência de dificuldades na área desubsídios agrícolas com a Europa.

Os chanceleresda Argentina,Guido Di Telia, edo Brasil, Fran-cisco Rezek, rati-ficaram ontem,em nome dos res-pectivos gover-nos, seu apoio pa-ra a concretizaçãodo Mercosul, quejunto com Para-guai e Uruguaipretendem tornarefetivo em janeirode 1995. O chan-ccler da Bolívia,Carlos Iturralde,e do Chile, Enri-que Silva Cimrna,estiveram presen-

tes, confirmandoa intenção deacompanhar deperto o processode integração daseconomias dosquatro países e,futuramente, dese inserirem nele.Di Telia disse: "Oque está aconte-cendo é de enor-me transcendên-cia e podemosimaginar que oMercosul será pa-ra a nossa regiãoo que o Tratadode Roma (quecriou a CE) foipara a Europa.

Zenith no MéxicoZenith Electronics, última grande

fábrica norte-americana de aparelhosde televisão a cores, anunciou quetransferirá suas operações de monta-gem para o México no próximo ano. Aindústria, com isso, eliminará cerca de1 mil empregos nos Estados Unidos,mas continuará fabricando tubos ecomponentes eletrônicos no pais emanterá suas atividades de pesquisa edesenvolvimento de novos produtos. Adecisão da Zenith tem o objetivo de re-duzir perdas de mais de USS 50 milhõesno ano passado e consolidar suas ope-rações no México.

IRI chega ao JapãoO Instituto de

Reconstrução In-dustrial inaugu-rou escritório on-tem em Tóquiopara fortalecersua presença noJapão e nos mer-cados do ExtremoOriente e Sudesteasiático. Tambémmotivou a decisãoda entidade italia-na o papel do Ja-pão "nos circuitosdo financiamentomultilateral e bi-lateral com ospaíses emergen-

tes", disse FrancoNobili, o presi-dente do IRI, quetem faturamentode USS 70 bilhõespor ano. Os me-lhores setores pa-ra investimentossão, para a enti-dade, aeronáuti-ca, telecomunica-ções, informática,indústria espaciale siderúrgica. OIRI pretende ain-da ter escritóriosem Bruxelas,Washington, Pe-quim e Moscou.

EletrobrásCentrais Elétricas Brasileiras SA

GovernodoBrasü

COMPANHIA ABERTA CGC N° 00001180/0001-26MINISTÉRIO DA INFRA-ESTRUTURA

EXTRATO DA ATA DA 91» ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA (publicada na integra noD.O.U. de 17.07.91, Seçào I, pág. 14.159) na torma do artigo 130 § 3e da Lei n?6.404/76

1. Data, hora e local: 06.06.91. às 14:00 horas, na sede da Empresa, no setor de Au-tarquias Norte. Rua Dois. Edifício Petrobras. 4S andar, Brasília. DF.

2. Acionistas Presentes: em número legalmente suficiente conforme r.purado às lis. 26do Livro de Presença de Acionistas n8 03.

3. Mesa: constituída pelos Drs. JOSE MARIA SICUBRA DE BARROS t ANT0NI0 CARLOSBORGES CAMANHO, respectivamente, Presidente e Seciutário da Assembléia.

4. Convocado: publicados anúncios nos dias 29 e 31.05 91 c 03.06.91 no D.O.U. e28, 29 e 30 05.91. no Correio Braziliense. 0 Globo e Gazeta Mercantil

5. Objetivos: 5 1 - proposta da Administração para aumento do capital social de CrS762.158.151.619.34 para CrS 1.524.316.303.238,68. mediante a incorporação de reser-vas. com a emissào de 13.741.948.670 açóes ordinárias. 3.673.000 açóes preferenciaisclasse 'A' e 2.577.951.419 açóes preferenciais classe B , na proporção de uma ação novapara cada uma acáo componente do capita! social em 31.12.90. com conseqüente alte-raçao do art. 69 do Estatuto: 5.2 - eleição de memoro do Conselho Administração

6. Proposta do Conselho ds Administração à AGE: contida na integra na ata original daAGE

7. Delèerações: 7 1 - o contido no subitem 5 1 como proposto, considerando o aumen-to do capital social de CrS 762.158.151.619.34 oara CrS 1.524.316.303.238,68. median-te a incorporação de reservas, com a emissão de 13.741.948.670 açóes ordinarias,3.673.000 ações preferenciais classe A' e 2.577 951.419 açóes preferenciais classe Bque serão distribuídas na torma de bonificaçao. na proporção de uma ação nova para cadauma acao componente do capital social em 31.12.90. com a conseqüente alteração do art6! do Estatuto: 7 2 - com relação ao disposto no subitem 5.2, loi indicado e eleito paracompor o Conselho de Administração o Sr LUIZ FERNANDO GUSMÃO WELLISCH. como re-presentante do Ministério da Economia. Fazenda e Pianeiamento. em substituição ao DrJOÃO DA SILVA MAIA, oue não tomou posse no relendo Conselho

8. Encerramento: nada mais foi tratado e encerrado pelo Presidente da Mesa o livro depresença de acionistas . foi lavrada a ata na integra, no livro próprio, assinado por todos osacionistas presentes, da qual esta e um extrato. Declaramos que o presente extraio da aiada 92! AGfc da ELETROBRÁS reproduz as matérias relevantes traladas na AGE. cuio inteiroteor consta do 4S livro de alas das Assembleias Gerais da ELETROBRÁS as tis. 143 e se-guintes

Brasília 06 06 91 JOSÉ MARIA SIQUEIRA DE BARROS - Presidente e ANTÔNIO CARLOSBORGES CAMANHO - Secretario. Reqistro e arquivamento na JCDF sob o n9 53178-1 de05.07.91

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BNDE^

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USIMINASGovernodo Brasil

COMUNICADOUsinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A. • USIMINAS

A Comissão Diretora do Programa Nacional de Desestatização, nostermos do item 2.3.5 do Edital n9 PND-A-01 /91 /USIMINAS, comunica queo preço mínimo para o Leilão das Ações Preferenciais de emissão daUSIMINAS, a realizar-se no dia 18 de novembro de 1991, ó de Cr$ 550,00(quinhentos e cinqüenta cruzeiros) por lote de mil ações.Este preço é válido até a data da liquidação financeira da operação, fixadapara o dia 21 de novembro de 1991.

Eduardo Marco ModlanoPresidente

Assinatura Jornal do BrasilPctrópolis (0242)42-2175:

m

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TOMADA DE PREÇOS N° 049/91— CPL/FPSOBJETO. Aquisição de Material para Radiografia/Filme, Fixador, Revela-dor, Geléia para Exame de Ultrason e Papel Termo Sensível.ABERTUFiA: Dia 18 de novembro de 1991 às 15:00 horasTOMADA DE PREÇOS N° 050/91—CPL/FPSOBJETO: Aquisição de Matérias-Primas e Componentes Nacionais (açoinox, alumínio, ferro, latão e outros).ABERTURA: Dia 20 de novembro de 1991 às 09:00 horasLOCAL: Sala de Reunião da Comissão Permanente de Licitação da FPS,situada no Edifício Sede das Pioneiras Sociais, 4o Andar, Sala 413 (SMHSQuadra 101 Bloco "B" N° 45) Brasllia-DF.Para participação os interessados deverão cadastrar-se junto à Fundaçãodas Pioneiras Sociais.EDITAL: A disposição dos interessados na Divisão de Compras e Cadastromediante o recolhimento da importância de CrS 200,00 (duzentos cruzei-ros) na Tesouraria da FPS.

COMISSÃO PERMANENTE DE LICITACÃO

Mitsubishi

fábrica da

WASHINGTON — A MiLsubishitornou-se a quarta fábrica de automó-veis japonesa a ter unidade de produ-ção própria nos Estados Unidos, aocomprar os 50% das ações de umafábnea que possuía em conjunto com aChrysler. A empresa americana rece-beu USS 100 milhões pela venda dasações da Diamond-Star Motors Corp,criada em 1985.

Com 3.000 empregados, a posse ex-clusiva da Diamond permitirá à Mitsu-bishi — terceira maior fábrica de auto-móveis do Japão—juntar-se à Toyota,Nissan e Honda, que já possuem fábri-cas próprias nos Estados Unidos. Ape-sar dos prejuízos de USS 400 milhõesacumulados, a transação dará à MiLsu-bishi autonomia para expandir suaparticipação nos EUA.

O negócio foi concluído na terça-feira, quase ao mesmo tempo em queoutras duas poderosas corporações ja-ponesas, a Toshiba e a C. Itoh, invés-

compra

Chrysler

tiam USS I bilhão na compra dc parteda gigantesca empresa de comunicãç3<5americana Time Warner. Enquanto' atacada japonesa na Warner provocou .imediato aumento das ações da emgftysa na Bolsa de Nova Iorque, a vendada Diamond só fez aumentar as d es-confianças de Wall Street em relação ;isituação da companhia. Na avaliaçãode muitos analistas, a transação foiuma desesperada iniciativa da Chryslerpara levantar dinheiro e aliviar a crisefinanceira agravada pela queda nasvendas de automóveis nessa época derecessão. Os USS 100 milhões que aempresa presidida pelo lendário Lee'lacocca receberá à vista dos japonesesproporcionarão um aumento pouiío.significativo nas reservas em dinheiroda companhia, que caíram de USS f\(Tbilhões, em 30 junho de 1990, paraUSS 2,4 bilhões no final do mês passa-do. (Teodomiro Braga) '

Companhia tem prejuízo menorA Chrysler teve um prejuízo menor

do que o esperado pelo mercado noterceiro trimestre deste ano, evitandoque as três maiores indústrias automo-bilísticas dos Estados Unidos atingis-sem o seu pior resultado conjunto numperíodo de três meses. A perda daChrysler foi de USS 82 milhões, contraos USS 214 milhões do terceiro trimes-tre do ano passado. A previsão dosanalistas era de que a empresa teria umprejuízo de USS 150 milhões a USS 225milhões.

As perdas conjuntas das três maio-res indústrias do setor. General Mo-tors, Ford e a própria Chrysler, atingiuUSS 1,7 bilhão, a pior desde o prejuízode USS 2,3 bilhões enfrentado no pri-meiro trimestre deste ano. A GM per-

deu USS 1,1 bilhão e a Ford, USS 574milhões.

A mais débil do trio automobilisti-co americano, a Chrysler já acumuloueste ano, considerado um dos piores dosetor, USS 892 milhões. O presidenteda empresa, Lee lacocca, atribuiu osprejuízos de agora á redução nas ven-das de caminhões e automóveis, a fe-chamento de algumas tábricas e ao lati-çamento do seu novo Jeep GrandCherokee.

Apesar de ruim, o resultado dacompanhia dirigida por Lee lacocca,assim como a venda de uma de suas'fábricas à Mitsubishi, fez com que cadaação da empresa, na Bolsa de NovaIorque, subisse 87,5 centavos, para fe-charem USS 12.

INDICADORES

BolsasFechamonto Records do Recorde de

^ | alta em 91 baixa em 91

T6quio 24.981,18 -15SL43 27.146,91 2^456,76(Nikkei)

| Nova torque 3.071,78 +9,84 3,077,15 2.470,30(Dow Jones)Londres 'jtiSTM +23^3 2.679,6 2.054,08 ,<.(?.!«).Frankfurt 1.582,83 -7,92 1.712,76 1.311,82

I (DAX-30) :v..fHongkong 4.020,64 +19,99 4.093,41 2.984,01 v

Fontos: Reuter o Ap Dow Jones

MOed«3S(cota9£o/d6lar)Ontem | Anteriorj

Fra nco Z Z 5,7615

¦ Franco sulpo 1,4660 1,4775

ura::z::::i:23i 1.233:; D6lar

canadense 1,1231 1,1233Coroasueca 6,1005 6,1400

| "pwliu "wM 106,03

I

Astral 9 J00 9.910 'Peso

j uruguaio" 2.306 2.307Fonto: AP Dow Jones (Nova Iorque) ' umalibra compra USS 1,742b " AFP (Londres)

Commodities

(libras por t) Ontem Anterior

Café(nov.) 525,00 522,00 :Apticor (mar.)' 196,00 194,00 'Cacau (dez.) 734,00 727,00

Suco de laranja(now.)" n.d. n.d.

Fonte: EFE tLondros); • US$lt

Ouro (USS/onça-troy)Ontem Anterior

j Nova lorque 359,35 357,30! (Handy andI Harman)|''iowiw» afi5» aitieo'| Paris fed. fed.| Zurique 359,50 358,05| Hong Kong 359,85 MMO

JurosEmissão(90 dias)

Fecha. Um anomento atrfls

Tesouro 4,96% 7,13% ,

:c^zzzz:=a%z:^;ir&rod6iar MOTS II

"Ubor"' *5*1/2%' fed?!

Fontes: The Wall Stroet Journal (20110191);• Financial Times (29/10191)

Petrdieo(Uis/berrll)'

1 : Ontem Anterior

: ¦ ; . ¦ . . , , .. ..i Londres 21,85 21,70 >

Fonte: UPiFonto: EF£; cotação do óloo cru tipoBrent do Mar do Norlo para dezembro

EDITALLEILÃO ESPECIAL DE TÍTULOS DE PART1CÍPAÇAO DA

BOLSA BRASILEIRA DE FUTUROSDATA: OULM HORA: l&OOh

A BOtBA BRASILEIRA DE FUTUROS-BBF toma público a deliberação de seu Conselho de Administração, doreeltzar Letléo Espedal para «qutslçèo de Tftuk» de PmtSdpaçèa de BBF, nas categorias de Sócio Eletivo,Corretora de Mercadorias, Operador Especial e Agente de Compensação, de propriedade de AssociadosInadimplente», em objervâncfiàs dlsposlçaes de seu Estatuto SoçWe demais irormasresplutórias.Local • Data: O lellio será procedido no recinto de negodacfies da BBF, sito à Praça XV de Novembro, 20 -Térreo, nesta cidade, ocorrendo no dia 08 de novembro de 1991, ás 15 horas.Psftidpicéo; O público em geral poderá adquirir os títulos sujeitos a leilão, por Intermédio de um dosOperadõresEspeciaiaouCorretotasdeMercadoriasque encontram-se credenciados & reollzaçâoda negóciosa esteiam em «fia com aaaua» obrigações associativas.Das oferta»: Rcam colocados à disposição dos participantes compradores os seguintes títulos, cujos lancesmínimo# corresponderSo ao valor do débito do Associado:

LOTE TtTULOS01 230102 1243-224303 1416-148604 1242-224205 145306 140807 1426-142708 1216-221609 147610 147111 1431

LOTE1213141516171819202122

TtTULOS LOTE TtTULOS1407 23 1161-21811467-1468 24 1454-23171221-2221 25 24421183-2193 26 14521442 27 1195-21951482 28 1162-21621514 29 14001402 30 14051456 31 14351167-2107 32 2372-23731473 33 1034-2034-2325-

2325-2327-6034

_ JLKI WVoperação, transfelinda~e de liquidação)" A taxa de corretagem percebida pelos Operadores Especiais eCorretoras de Mercadorias, como Intermediários, será livremente pactuada entre estes

Nâo serão admitidos lances intermediários inferiores a CrS 100,00.Doa Eneargoa; Os adqulrentes de títulos em lelláo estarão Isentos dos encargos devidos & Bolsa (taxas de- - • • a»- .a ^—adores Especiais e

e seus respectivosLiquidação' A liquidação da anemataçAo a a devida transferência de propriedade do titulo se darão peloefetivo pagamento no dia útil subseqüente ao leilão, pela parte compradora mediante a emissão da cheauenominativo a ordem da BBF |unto à rua do Mercado II - 6° anaar. A BBF colocará a disposição dos Associadosvendedores compulsórios, o valor remanescente da compensação de seus débitos em mora com o do yaJorarrematado, se houver. , .Ingreesooomo Aaaodado: O adquiro rito deverá Instruir e comprovar, na forma do artigo 10 do Estatuto Sócia],a documentação e capacitação necessária à sua admissão na respectiva categoria, no prazo de 180 dias,contados da liquidação do lell&o.Informações Adicional»: As demais Informações suplementares, Inclusive os do caráter operacional do leilãoconstam de Circular BBF n° 012/91 à disposição de todos os interessados na rua do Mercado, II - 6o andar •Gerência do Atendimento, que passa a fazer parte Integrante a este Edital.Rio de Janeiro, 30 de outubro de 1991.Alexandre MareeiPresidente

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Ambulantes do Ccntrojii H/eram reajustes de ate 25%

Marialdo Araújo

Ambulantes do Centro já fizeram reajustes de até 25%

JORNAL DO BRASIL

Camelôs repassam alta

do câmbio para produtos

Mesmo reclamando de queda acen-tuada nas vendas, os camelos do Centrojá repassaram o aumento da moeda ame-ricana ao preço de suas mercadorias.Uma-telcvísão portátil cm preto e bran-co, com rádio AM e FM, custava atéterça-feira CrS 60 mil, mas ontem passoua ser vendida por CrS 75 mil ( + 25%).Um rádiogravador da marca Internado-na!, que saía entre CrS 18 mil e CrS 20mil, pulou para CrS 25 mil. A razão, oscamelôs não escondem, é a disparada dodólar.

Sempre atentos à cotação da moedaamericana nas casas de câmbio da Ave-nida Rio Branco, os ambulantes mantémunia rede de informações entre eles emostram saber das variações do dólartão. bem como os operadores. A maioriareclamou das vendas fracas de ontem,m.asjlinguém se atrevia a baixar o preço.Como em um cartel, os preços dos pro-dutos importados nos camelôs são mbc-lados. Um deles, sem saber que estavafalando para a reportagem do JORNALDO BRASIL, chegou até a mostrar umatabela, onde nos preços dos produtosconstavam aumentos ainda maiores. Elealegava que os ambulantes já estavamvendendo abaixo do que deveriam. Atelevisão portátil, por exemplo, estavapor CrS 7S mil.

¦ Desistir — Donas de algumas bar-rácas-divididas entre a Rua Uruguaian ca Rua Sete de Setembro, duas irmãs —uma identificada apenas como Akla —

se mostravam preocupadas. "Até o co-meço de outubro vendia entre CrS 30 mile CrS 40 mil em um dia. As vendas foramcaindo durante o més e hoje só fatureiCrS 10 mil", disse uma. Segundo cias, oassunto do dia entre os camelôs era oaumento do dólar. "Está todo mundopensando em parar de trabalhar comimportado." Com viagem marcado parao Paraguai, no próximo dia 10, elas jánão sabem mais se irão. "Com os USS250 que levo sempre para as compras,dessa vez eu volto apenas com uma saco-linha", explicou Akla.

O camelô Paulo Fernandes garantiaque, ás, 17h. ainda não tinha vendidonada. "É só olhar essas lojas ai em frente.Estão sempre assim, vazias o dia intei-ro." Ele reclamava do rádiogravador quevendia até ontem a CrS 18 mil, comdesconto. "No Paraguai, agora sai porCrS 15 mil. Vendendo a CrS .25 mil,ainda corro o risco de não conseguirrepor o estoque. Anota o que eu estoudizendo: o Paraguai vai parar. O comér-cio de lá será afetado e até as empresasde ônibus vão sentir."

Outro ambulante, conhecido comoSouza, não se intimidava de vender mer-cadorias bem acima da maioria dos ca-melôs. "Voltei ontem do Paraguai. Seique estou vendendo mais caro. mas nãotem outro jeito. Esse pessoal que aindanão atualizou o preço vai penar paracomprar mercadorias, quando voltar aviajar.

quinta-feira, 31/10/91 • Negócios e Finanças

Automóvel vende em dobro

• Preço em dólar de carro zero cai e procura dispara

Cotação prejudica os

negócios no ParaguaiCURITIBA — As altas cotações do

dólar em Citado dei Este. a cidade Pa-raguaia que faz fronteira com Fo/ doIgílaçit. provocaram uma queda de até90% nas vendas dos três mil frec-shopsque jazem a alegria dos turistas brasi-leirós. a maioria muambeiros. Nos úl-timos cinco dias, o dólar saiu de CrS710,00 e iniciou uma escalada que cul-Minou na terça-feira com uma cotaçãode CrS 1.320.00 por dólar, cerca de CrS200,00 acima do preço real no mercadoparalelo. O efeito da alta exorbitanteloi instantâneo: os compradores sumi-ram das ruas tortuosas c barrentas deCiudad dei Este. "Mas já estão voltan-dó", dizia ontem Said Taijen. diretorda Câmara de Comércio da Cidade Pa-raguaia. otimista com os preços prati-cados à tarde. Inferiores a CrS 970.00 odólar.

i As origens da disparada da principalmoeda usada no comércio paraguaioda fronteira estão na própria crise eco-nômica brasileira, cuja extensão deusinal de estar se aprofundando nestesegundo semestre. "Estamos com ummovimento de vendas 50% menor des-de o começo de outro", conta Taijen.Segundo ele. cada vez que as coisasvão mal no Brasil, os paraguaios deCiudad dei Este. a antiga PuertoS.troessner, "sentem na própria ear-

ne". No fim do ano passado, tambémhouve evasão de compradores brasilei-ros — responsáveis por S0% do fatura-mento dos frec-shops. e que nos sába-dos cruzam a ponte da amizade em 300ônibus lotados.

A recessão no comércio prolongou-se até os últimos dias de janeiro c.naquele período, cerca de 20% dos 20mil trabalhadores foram dispensadospelos lojistas, uma maioria de árabes ecoreanos resparramada por qtiilòme-tros de galerias e shoppings. "Foi umdesastre", recorda Taijen.

Ele acha que dessa \ez os prejuízosserão menores. 'Essa alta do dólar foiuma jogada cambial, um pouco de es-peculaçào". diz. atribuindo a respon-sabilidade apenas aos cambistas. "Pa-ra o comerciante não interessa umacotação tão alta. O que ele quer é ven-der o mais barato possível para nãoperder a freguesia", explica. Apesardisso, os legítimos FMls — Foriiecedo-res de Mercadoria Importada, como osmuambeiros brasileiros gostam de serchamados — sabem que Ciudad dei Es-te o dólar é sempre mais caro no mer-eado paralelo do Brasil. E. pior, a cota-ção varia de loja para loja. diretamenterelacionada â sde de lucro do comer-cíante e á inexperiência do comprador.

Agências não se ressentem'

A disparada do dólar nos últimosdias ainda não se refletiu nos negóciosdas agências de turismo. "Ainda é cedopanrsaber se esta alta no dólar paraleloafetará o nosso mercado", afirma Dani-Io de Almeida, sócio na agência GT1Turismo. Segundo ele. a primeira rea-ção sempre é de retração, mas o brasi-loiro tem a facilidade de absorver crisese; por isso mesmo, não deixará de via-jar. "Quem estava com a programaçãode viagem pronta não está preocupado.Os que planejavam viajar, na alta tem-porada do verão, vão adiar um mês,como forma de se capitalizar novamen-

te", comenta ele. acrescentando que pa-ra os estrangeiros a preocupação não écom desvalorização do cruzeiro, massim com a falta de segurança

Para o diretor de planejamento daSoletur, Delvir Credidio. ainda é difícilestabelecer as conseqüências da subidada moeda no mercado de turismo. "Atendência a curto prazo é que. com aalta do dólar e o recente aumento dastarifas aéreas nacionais, isso deverá Ibr-talecer sensivelmente a opção pelo ta-rismo rodoviário", comenta o diretorda Soletur.

SISTEMA BNDESIDESf

BNDESFINAMEBNDESPAR Governo

do Brasil

COMUNICADOCONCORRÊNCIA Ns 003/91

Objeto: Contratação de empresa especializada para prestação deserviços de vistoria e avaliação de embarcações para o BNDES.

COMUNICAMOS A TODOS OS INTERESSADOS QUE, EMCONSONÂNCIA COM O DISPOSTO NO ARTIGO 39 DODECRETO-LEI Ns 2300 DE 21 DE NOVEMBRO DE 1986, FICAREVOGADA A CONCORRÊNCIA SUPRAMENCIONADA.

O mercado de carros zero quilôme-tro, ontem, no Rio de Janeiro, apresen-tou um movimento atípico em compara-ção aos últimos dias. A loucura foi tantaque um mesmo cliente comprou seis car-ros — três Uno e três Gol. Na semanapassada esta compra teria sido equiva-lente a USS 42 mil mas ontem ficou emUSS 32 mil. Para se ter idéia do repenti-no aquecimento do mercado, somente aconcessionária Rivel, da Ford, cm Nite-rói. vendeu dezoito automóveis, o quecorresponde a praticamente 10% do mo-vimento mensal da revenda.

Nisio Martins, diretor de Planeja-mento e Marketing da Cadillac, uma dasmaiores agências de automóveis do Riode Janeiro, estima que as montadorasproduzam mensalmente 75 mil carros,ficando 40% no mercado paulista e 15%no fluminense. No Estado do Rio deJaneiro, dos 12 mil carros novos, seis mildestinam-se ao varejo, com uma vendadiária de 250 unidades. "Somente ontemdevem ter sido vendidos entre 500 e 600carros", calcula ele.

A explicação para essa corrida dos

consumidores está na busca de bens quenão sofram depreciação frente à incertezaeconômica do país. "O automóvel é ummeio de se precaver contra a atual conjun-tura, pois cada vez mais torna-se um ativofinanceiro com valorização garantidadiante da inflação", afirma Paulo SérgioFagundes, gerente de Vendas da Rivel."Ontem foi um dia atípico nas nossaslojas. Recebemos 52 telefonemas de pes-soas reclamando que não havia vendedorsuficiente para atendê-los", conta NisioMartins. Segundo ele, a procura foi as-tronômica, chegando a ter um movimen-to três vezes superior aos dias normais."Mesmo com o aumento dos automó-veis, em torno de 25%, anunciado pelasmontadoras para essa semana, o carroficou barato", argumenta o diretor, reve-lando que nunca vendeu tanto carro co-mo neste mês. O Gol CL, na semanapassada, estava custando entre USS 8 mile USS 9 mil c, na falta desse modelo,chega até USS 11 mil. Ontem podia-secomprar esse carro por até USS 6.500.

A queda de preço, cm dólar, segundoa avaliação de Martins, deve se manter

até amanhã. "Até o final da semana oestoque atual terá acabado e, a partir desegunda-feira, as lojas estarão recebendocarros com valores novos", observa ele,prevendo para novembro um nível devendas semelhante a outubro.

Para Martial Coulaub, diretor de em-presas do Rio de Janeiro da Mesbla,Divisão de Veículos, está havendo umagrande procura por carros cm decorrên-cia do aumento da tabela de preços c doganho real no ágio do dólar. "Juntou afome com a vontade de comer. As pes-soas que ganharam até 40% na especula-ção com o dólar — que passou de CrS700 para CrS 1.000 — se anteciparam aoreajuste da tabela e conseguiram com-prar um carro zero quilômetro a um bompreço", explicou Coulaub. Sem os mime-ros do movimento de ontem, o diretor daMesbla não está preocupado com a ven-da de automóveis no varejo. Sua preocu-pação é acabar com as pendências dosconsórcios. "Na terça-feira vendemoscinco unidades e temos seis carros 110estoque. Nossa média diária de vendasão 10 automóveis"; diz ele.

Vendas explodiram nesta semana em SPSÃO PAULO — Nunca se vendeu

tanto carro de uma só vez no país comonos últimos três dias desta semana. Osconsumidores invadiram as lojas. Há ca-sos de pessoas querendo comprar, deuma só vez, dois ou até três veículos. Ainusitada situação ocorre por dois moti-vos básicos: de um lado, o consumidorcom dinheiro 110 bolso quer investir emalgum bem durável, temendo um possí-vel choque econômico ou mesmo umnovo confisco; por outro, há um poucode especulação para se obter um bomlucro ás vésperas dos cada vez mais fre-qüentes aumentos de preços da indústriaautomobilística.

A Pompéia Veículos, de São Paulo,maior revendedora Chevrolet do país,que costuma comercializar 10 a 12 veicu-los por dia, teve um boom nos seus negó-cios, colocando cm pouco mais de umdia — na terça-feira e até o meio da tardede ontem —, 70 carros, quase os 80 quecostuma vender numa semana. Para odiretor da revendedora, Assis Pires,"vender, nestes últimos dias, perdeu atéum pouco a graça". Segundo ele, "obrasileiro está meio escaldado com possí-veis confiscos, e quem tem algum dinhei-ro quer comprar automóvel de qualquer

l/i Companhia Energética -VJflIV deMinasGwats ~SIWCOMPANHIA ABERTA • CGC 171SS 7XW01-M AÇMJASSEMBLÉIA GERALEXTRAORDINÁRIA

CONVOCAÇÃOFicam os senhores acionistas convoca-dos para se reunirem em AssembléiaGeral Extraordinária, a realizar-se no dia04 de novembro de 1991, às 10:00 ho-ras, na sede social, à Avenida Barbace-na, 1.200 - 18° andar, nesta cidade deBelo Horizonte, Estado de Minas Gerais,a fim de deliberarem sobre as seguintesmatérias:

- Autorização do aumento do capitalsocial da Cemig de Cr$90.000.000,000,00 (noventa bi-Ihões de cruzeiros) para Cr$99.071.000.000,00 (noventa e no-ve bilhões e setenta e um milhões decruzeiros), por subscrição particu-lar, em dinheiro, de907.100.000.000 ações, do valornominal de Cr$ 0,01 (um centavo)cada uma, sendo 396.475.268.000ações ordinárias, nominativas e510.624.732.000 ações preferen-ciais, nominativas, com pagamentointegral no ato da subscrição, porum preço mínimo -— por lote de1.000 ações — diferenciado para asações ordinárias e preferenciais,correspondente a 100% da médiaaritmética das cotações médias dasações ON e PN da Cemig, ocorridasna Bolsa de Valores de São Paulo,nos 20 pregões anteriores ao dia darealização da Assembléia ora con-vocada, o qual, respeitado esse pre-ço mínimo, deverá ser atualizado atéa data de subscrição, de acordo como mesmo critério e considerando-seos 20 pregões anteriores à data desubscrição.As ações integrantes do citado au-mento de capital farão jus a todosdireitos que, porventura, vierem aser distribuídos às ações ora em cir-culação, inclusive dividendos inte-grais referentes ao ano de 1991.

- Extinção das ações preferenciais aoportador, mediante sua conversãoem preferenciais nominativas, emconformidade com o disposto noart. 4" da Lei n° 8.021, de 12.04.90.

- Conseqüente reforma do EstatutoSocial, dando-se nova redação àalínea "B" do art. 4o. suprimindo-se o art. 9" e renumerando-se osartigos subseqüentes, que perma-necem com o mesmo teor.

- Eleição de um membro efetivo doConselho Fiscal, representante daminoria, em decorrência de renún-cia.

Em acordo com o disposto no § 2o doart. 11 do Estatuto Social, os serviços detransferências, averbações o conversõesdo ações, bom como os dosdobramen-tos a onglobamcntos do títulos ropro-sontativos do ações, ficaram suspensosno poriodo de 04.11.91 a 14.11.91. paradefinição do cadastro de acionistas no-minativos com direito á subscrição dasnovas ações. 11a data da realização daassembléia ora convocada.Para comparecerem à Assembléia Geral',os possuidores de ações ao portadordeverão depositá-las com antecedênciadi' 3 (três) dias. poio monos, na Secre-tatu Geral da Cemig 011 em qualquerestabelecimento da rode bancária na-cior il.

Belo I lorizonte.2b de outubro do 1 991

Carlos Eloy Carvalho GuimarãesDiretor-Presidente

jeito, pois realmente é um bom investi-mento". A perspectiva de novo aumentoda GM, concretizada ontem, tambémimpulsionou muitos negócios, na suaopinião.

Explosão — A Transam, outra re-venda Chevrolet de São Paulo, que cos-tuma vender três a quatro veículos pordia, comercializou, apenas na terça-feira,14 unidades, além das sete de segunda-feira. Já as cinco revendas Volkswagendo Grupo Mesbla, que costumam vender30 a 35 veículos por dia, tiveram um pulonesta semana para 60 a 65 unidades diá-rias. "Poderíamos vender bem mais setivéssemos estoque de veículos", lamentao gerente-geral da divisão Volks da Mes-bla, José Roberto Cavalheiro. A Volks-wagen, curiosamente, suspendeu seu fa-turamento há uma semana, porproblemas de falta de autopeças. Na se-gunda-feira acumulava em seus pátios5.000 a 6.000 carros incompletos.

Na Davox, de São Paulo, maior rc-vendedora Volks do país, onde as vendasdiárias chegam a 25 unidades em média,

houve um aumento para 40 veículos diá-rios, segundo revelou o diretor da empre-sa, Nicolau Kohn: "A procura é real-mente muito grande e não estamospodendo atender a todos os clientes". Nocaso da Volks, que segunda-feira aurnen-tou os preços do Gol, Parati, Voyage eApollo, há a expectativa de um aumentopara os demais modelos — hoje ou ama-nhã. O novo Santana, por exemplo, de-verá ter um reajuste de 26%. Segundocálculo de um revendedor, quem com-prou esse carro antes do aumento ganha-rá pelo menos CrS 3 milhões.

Já a Mirafiori, maior revenda Fiat dopaís, que costuma comercializar 12 a 13veículos por dia, segundo seu diretor,Valdner Papa, teve 11111 acréscimo nasvendas de 37% nos três primeiros dias dasemana, passando para 16 a 18 unidadesdiárias. Para o presidente da FederaçãoNacional da Distribuição de VeículosAutomotores, Alencar Burti, os revende-dores não pensam duas vezes para ven-der seus veículos: "Quem seria louco deguardá-los em estoque com um juro diá-rio dc 1,3% ?".

Elevação da

moeda afeta

os imóveis"A disparada na cotação do dólar

atingiu cm cheio o mercado imobiliá-rio." A afirmação c dc Carlos AlbertoVieira, diretor comercial da Bolsa deImóveis do Rio dc Janeiro. Ele afirmaque tanto compradores quanto vende-dores, que calculam os contratos emdólar, estão sem um referencial. "Porconta disto, os negócios estão suspen-sos", admite. Um cenário similar 6constatado pelo gerente geral da corre-tora Piramídal, Disleu Duarte. Ele ar-gumenta que com a alta da moeda ame-ricana, os proprietários interessados emvender seus imóveis serão obrigados areajustar os preços. "É preciso baixarcm pelo menos 15%", calcula.

Ele dá como exemplo um aparta-mento de dois quartos, no Flamengo,que estava sendo vendido a USS 55 mil."Com a disparada do dólar, o compra-dor acabou desistindo do negócio",afirma Duarte. Neste caso, ele acreditaque o proprietário do imóvel vai préci-sar baixar o preço para USS 50 mil. "Éa única maneira de conseguir um outrocomprador", admite o gerente da Pira-midal.Já o proprietário da corretora Portal,Alcenir Motta da Silveira, explica quenem sempre os preços em dólar (anun-ciados nos jornais) são aqueles cobra-dos na hora dc fechar o contrato. "Hásempre espaço para uma negociação",diz ele ao citar como exemplo o preçode um apartamento de três quartos naUrca que é anunciado por USS 270 mil."E bem provável que ele seja vendidopor até USS 240 mil", prevê Silveira.

Aluguel— Em relação aos aluguéiscalculados cm dólar, ainda não foramconstatadas reduções nos valores pro-postos pelos proprietários. "Estão todosna expectativa, preferindo aguardar al-guns dias para uma avaliação mais segu-ra do mercado", afirma o gerente dclocação da administradora RJardim, Jo-sé Gonçalves. Segundo ele, porém, osproprietários que realmente quiseremalugar seus imóveis pelo dólar terão querever os valores, "pois um aluguel maldimensionado pode excluir uma parcelade inquilinos potenciais." Deve-se levarem conta que este já é um mercado muitorestrito, onde somente os imóveis dc altoluxo são indexados pela moeda.

COMISSÃO DE LICITAÇÕES/

5 8 0-5522

MAIS UM APELO AO ENTENDIMENTO NACIONALDISCURSO PRONUNCIADO PELO SENADOR ALBANO FRANCO

NA SESSÃO DO SENADO FEDERAL DE 30 DE OUTUBRO DE 1991.Senhor presidente:

São incontáveis as vezes que ocupei esta tribuna paradefender um entendimento entre os brasileiros. Por tempera-mento e formação, sou um homem de diálogo que busca a pazentre as pessoas.

Hoje, as circunstâncias se conjugam para que eu possaexercer, a um só tempo, o meu mandato de Senador e Presi-dente da Confederação Nacional da Indústria e, com isso,reclamar respeito e reconhecimento ao industrial e cidadãoAntonio Ermirio de Moraes — atingido por comentários,acusações e incompreensões veiculadas pela imprensa no últi-mo fim de semana.

A democracia libera opiniões. Não há por que deixar deouvi-las e respeitá-las mas, como neste caso, refutá-las com amesma energia. Como conhecedor da obra de Antonio Ermiriode Moraes, tenho o dever de reparar as noticias que o denigreminjustamente.

1. Como empresário, ele foi acusado de aproveitador debenesses governamentais e comprador privilegiado da SIDER-BRÁS. Apresso-me a informar que o Grupo Votorantim, que écomposto de 96 empresas e recolhe anualmente 750 milhõesde dólares de impostos — mais vende do que compra daSIDERBRAS. O Grupo possui sua própria siderúrgica (BarraMansa) para aços não-planos o, quanto aos planos, suasaquisições representam menos de 3% do total de compras.

2. Suas vendas, estas sim, são bastante expressivas. Porexemplo: A Companhia Brasileira de Alumínio fornece à SI-DERBRÁS 6.000 toneladas de alumínio por ano. A CompanhiaMineira de Metais vende 10.000 toneladas de zinco.

Em suma, o Dr. Antonio Ermirio não tira proveito da SIDER-BRAS — nem como comprador, nem como vendedor.

3. Quanto a eventual benefício creditício, convém mencio-nar que o estilo do Grupo Votorantim foi sempre o de "crescercom base em muito capital próprio". Suas necessidades definanciamento têm sido mínimas. Além disso, o Grupo é quaseauto-sustentado. Grande parte de suas máquinas e equipa-mentos é fabricada por uma de suas fábricas, a Mecânica Atlas.Ali são construídos geradores de usinas elétricas, moinhos,britadores, decantadores, fornos etc. A Atlas é uma verdadeira"fábrica de fábricas". Isso dá ao Grupo muita autonomia paracrescer com seus próprios recursos.

4. Examinemos a situação das outras 4 unidades que sãotambém administradas pelo Dr. Antonio Ermirio de Moraes —as empresas de metais, pois as demais são geridas pelos outrossócios e por profissionais especializados.

5. No campo da metalurgia, o Dr. Antonio Ermirio tem serevelado um brasileiro de competência e destemor ao enfrentaros mais complexos desafios. Dou aqui o exemplo do níquel,que é um metal difícil. Seu domínio industrial era praticamentedesconhecido antes da iniciativa do Dr. Antonio Ermirio aomontar a Companhia Níquel-Tocantins— única produtea emgrande escala. Como é de conhecimento geral, ele e todos osseus filhos se especializaram em tecnologias de metais naEscola de Metalurgia do Colorado, Estados Unidos. É gente doramo.

6. Na montagem daquela empresa, o BNDE quis emprestarpara o Dr. Antonio Ermirio uma importância três vezes maior doque a solicitada. Conhecedor dos elevados riscos, ele tomou1/3 do oferecido que, na verdade, foi apenas 10% do capitaltotal.

7. O Governo Federal reconheceu também os riscos envol-vidos na fabricação de zinco. Mas, neste caso, o BNDE recusouemprestar para o Dr. Antonio Ermirio. Deliberado e destemido,ele implantou uma fábrica de zinco em 1969 com suas própriasforças. Foi um sucesso. Éa Companhia Mineira de Metais.

8. No campo do alumínio, o empréstimo concedido peloBNDE para montagem da Companhia brasileira de Alumínio foi10% do capital total. Noventa por cento foi capital próprio, ehoje, a CBA concorre em eficiência com as melhores fábricasdo mundo. Entre nós, é uma das empresas mais premiadas.9. Todos esses foram empreendimentos de altíssimo riscoassumido pelo Dr. Antonio Ermirio. Ê fácil acusá-lo de aprovei-tador das benesses governamentais. Mas os fatos provam ocontrário. O sucesso de suas obras veio de uma combinação dearrojo, competência e muito trabalho — muito trabalho mesmo— durante mais de 40 anos.

Senhor Presidente, Senhores Senadores:Em relação ao Dr. Antonio Ermirio, cidadão — este seu

lado, é verdade, só é inteiramente conhecido pelos que privamde sua intimidade. Ele não gosta de alardear o que faz nocampo educacional, social e da saúde.

10. E inaceitável a acusação veiculada pela imprensa se-gundo a qual a benemerência do Dr. Antonio Ermirio deMoraes é apenas da boca para fora. Isso é uma grande injustiçaque não pode fazer parte dos Anais desta Casa.

11. Os que convivem com ele costumam ouvir: "Preencherum cheque para quem tem muito, é simples. O difícil é preen-cher o cheque, honrá-lo e, além disso, doar o seu tempo delazer em benefício dos que precisam". Esse é o seu exemplo.

Há mais de 20 anos, quase todas as noites, aos sábados eparte dos domingos, o Dr. Antonio Ermirio dedicou-se, e aindase dedica, ao Hospital da Cruz Verde, Hospital da Cruz Verme-lha, aos doentes de fogo selvagem, a centenas de creches,asilos, orfanatos e escolas e, sobretudo, ao Hospital da Benefi-cência Portuguesa, em São Paulo. Um meu amigo, que desfru-ta de sua privacidade, o instigou, há pouco tempo, a somar

suas horas de trabalho social: 17.000! Sim, Senhor Presidente,17.000 horas de atenção aos que precisam. Isso não é da bocapara fora.

12. Quando ele entrou como Presidente, em 1971, a Bene-ficência Portuguesa tinha 650 leitos. Hoje, tem 1.350. Ê um doscentros mais avançados de clínica e cirurgia. E tudo privado.São 550 operações do coração por mês! Mais de 1.300 examesde cateterismo. Quase 100 operações de cérebro e sistemanervoso. Repito, tudo privado — sem nenhuma subvençãoMunicipal, Estadual ou Federal.

13. A maior parte dos clientes são pessoas humildes] debaixo poder aquisitivo. Só no ano passado, foram 30.000doentes — dos quais 16.000 do INAMPS — todos atendidosgratuitamente com a mesma qualidade científica dispensadaaos que pagam.

14. Os que tentam denegrir o cidadão Antonio Ermirio deMoraes o fazem por má informação. Ele é um obstinado pelotrabalho. Quem não sabe disso? Ele acompanha de perto o queacontece nas obras sociais em que atua. Ê impressionante vê-lodar números precisos sobre a conta de medicamentos; osquilômetros de fio cirúrgico; os milhares de kilowatts, a quanti-dade de radiografias, tomografias e ressonância magnética; aspontes de safenas; as vidas salvas; o andamento da construçãodo hospital infantil; e tantos outros detalhes. Isso é fruto de suainusitada supervisão, alcançada pelas 20, 30 e, ás vezes, até 40horas por semana controlando gastos e cobrando resultados.

15. O Dr. Antonio Ermirio de Moraes tem defeitos, é claro.Mas ninguém pode acusá-lo de falso naquilo que faz comocidadão. Ele tem uma vida simples. Da casa para o trabalho, dotrabalho para casa. Ê avesso às colunas sociais, aos baresnoturnos, à ostentação e ao esbanjamento. Ele investe tudo oque ganha. Ê responsável por 60.000 empregos diretos, o maisde 150.000 indiretos. O pais está em crise, mas é aqui que elequer ficar — sem jamais ter buscado alternativas externas.

16. Ainda como cidadão, é bom lembrar o seu papel noprocesso de redemocratização. Quando todos temiam e silen-ciavam diante do arbítrio militar, o Dr. Antonio Ermirio liderou,com coragem, uma campanha cívica de alta significação para aabertura política.

Ele jamais aceitou as arbitrariedades. Seu temperamento,nessas horas, é explosivo. Muitos vêem nisso um defeito. Masele nunca se omite, quando a luta é em prol da democracia. Êhomem de princípios rígidos. Indicado tantas vezes para dirigira PETROBRÁS, a SIDERBRAS, e várias pastas ministeriais, elesempre rejeitou os convites por terem partido de quem não foidiretamente eleito pelo povo.17. Esse é o seu espírito democrático. Em 1986 concorreuem eleições diretas ao Governo do Estado de São Paulo.Perdeu. Mas, nos quatro anos de mandato de Orestes Quércia,seu adversário político, ele soube respeitar o Governador deseu Estado. Jamais o afrontou. Nunca o denegriu.

Essa é a regra da democracia. Ele foi educado numa delas —os Estados Unidos — e lá aprendeu o valor do respeito àspessoas e às instituições. Aprendeu também que a liberdadenão deve ser usada para injuriar os seus semelhantes.

18. Como se fala tanto em oligopólio neste País, d sejoanalisar, outra vez, o setor dos metais.

O que é um oligopólio? Todos sabem, é um sistema em quehá poucos produtores. O que é um cartel? É um arranjo em queesses poucos produtores fazem acordos para ditar preços.Estaria o Dr. Antonio Ermirio valendó-se de um oligopóliopara ditar o preço dos metais que produz? Estaria ele completa-mente isento de concorrência? No âmbito interno, há competi-dores. Basta ver, por exemplo, a concorrência de preços.dasempresas que fabricam alumínio.

No âmbito externo, é bom salientar que os metais foram osprimeiros a ser expostos à concorrência internacional. A grandemaioria está hoje com alíquota zero. ou próxima de zero paraimportação. Esse é o caso do alumínio, que tem tarifa zero.Níquel, 5%. Zinco, 5%.

Em suma, todos os metais, hoje em dia, sofrem concorrên-cia interna e externa. £ possível ditar preços nessas condições?Onde está a quadrilha? Como ela atua?Senhor Presidente. Senhores Senadores:

Decidi tecer estes comentários para, com todo o respeitoque merece o lider do meu partido, reparar as críticas tão durasque vêm sendo repetidas pelo nobre Senador Ney Maranhãocontra um grande empresário e um bom cidadão, como é o Dr.Antonio Ermirio de Moraes.

Tenho certeza que grande parte de suas criticas advêm dofato daquele eminente Parlamentar não labutar diretamente nosetor industrial. A indústria é uma atividade complexa. A indús-tria dos metais é um ramo de alto risco. Ao mesmo tempo, é umramo básico para o desenvolvimento do Pais. Temos de dar umcrédito aos que arriscam nessa atividade.

O momento atual exige entendimento. Não se constrói UniaNação atacando quem trabalha; quem investe; quem geraempregos; quem acredita neste País. Qual é o país do mundoque não gostaria de ter um espírito empreendedor como o deAntonio Ermirio de Moraes?

Creio, Senhor Presidente e Senhores Senadores, que preci-samos desarmar nossos espíritos para, com a bênção de Deus.ajudar este País a sair da crise e diminuir o sofrimento de nossagente. O que mais necessitamos, nesta hora, q serenidade. Esteé o apelo que faço aos homens de boa vontade, em especial, aomeu nobre companheiro e líder. Senador Ney Maranhão.

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10 « Negócios e Finanças o quinUi-lcira. 31 10/91 JORNAL DO BRASIL

Rhodia vai construir fábrica em Pernambuco

Vera Ogundo

RECIFü — Quando visitar o pais noinicio cio próximo ano, Jean Renc Four-tou. presidente da Rhône Poulene, aium-ciará oficialmente que o grupo trances.í|tic controla a Rhodia Brasil, vai aplicarUSS 200 milhões para instalar uma novafábrica de produtos petroquímicos. Oinvestimento, o maior do grupo numasubsidiária internacional, tem endereçocerto — o estado de Pernambuco — edestina-se à implantação da primeiraunidade produtora de ácido acético (in-sumo usado pelas indústrias dc tintas) daRhône Poulene no mundo. O empreendi-monto, considerado pelo governo federalcomo um sinal dc que as multinacionaisvoltaram a demonstrar interesse pelopais, deve ser anunciado, em Brasília,com muita pompa, na presença do presi-dente l-emando Collor e do governadorde Pernambuco, Joaquim Francisco.

O novo projeto no Brasil, onde aRhodia ancorou há 72 anos, ainda estacoberto de muito sigilo. As negociaçõesentre a Rhodia e o governo do estadovêm rolando há mais de sete meses eforam praticamente consolidadas, numareunião na semana passada em Brasília,envolvendo o governador Joaquim I ran-cisco, o ministro da Inlra-Estrutura,João Santana, o líder do governo noSenado, Marco Maciel (PI* L/PE) e odeputado federal Ricardo l-iuza (IM L/PE). Ontem, o diretor executivo da Rlio-dia do Nordeste. Sérgio Zuanella, quevem participando do entendimento, naoadmitia as negociações que dentro dogoverno já estão contadas como certas."Vai ser um grande investimento no se-tor químico", minimizava Zuanella."Mas não há nada definido", acrescenta-va, sem revelar sequer o montante derecursos a ser aplicado.

O investimento da Rhodia vai serfeito com empréstimos levantados de trêsfontes de recursos: o BNDES, o Bancolnteramericano de Desenvolvimento(BID) e o Banco do Nordeste do Brasil(BNB) — este último entrará, segundofontes empresariais, com aporte de USS30 milhões. O presidente do BNB. JorgeLins Freire, não foi encontrado ontem.

Todos os recursos — USS 200 mi-Ihões — serão empregados na instalaçãoda unidade no município do Cabo (a 40quilômetros do Recife), ao lado da Com-panhia Alcoquímica Nacional, subsidiá-ria da Companhia Pernambucana deBorracha (Copcrbo), cujo controle acio-

nário c da Copene, Petroquisa c Norqtii-sa. além do governo do estado. A Aleo-química, que absorveu investimentos decerca de USS 100 milhões quando insta-lada há cinco anos no estado, deve seradquirida pela Rhodia futuramente. "Háum namoro que pode brevemente chegarao casamento", disse um dos interlocu-tores das negociações entre a Rhodia c aAlcoquímica. Para a aquisição da em-presa, deverão ser desembolsados, se-gundo fontes empresariais, no mínimo,mais USS 50 milhões.

Otimismo — O negócio da aquisi-ção ila planta da Alcoquímica deve vingarporque a subsidiária da Coperbo é a únicaprodutora nacional de acetato de vinila.produto obtido do ácido acético. que seráproduzido pela nova unidade da Rhodia.Para fabricar o acetato de vinila — S0 miltoneladas/ano —, a Alcoquímica utiliza oálcool como matéria-prima para produçãode ácido acético. A Rhodia vai produzir oácido a partir do gás natural, como ocorrenas indústrias químicas mais modernas daEuropa e dos Estados Unidos. Além de sermais barato, esse processo elimina umempecilho: a retirada do subsídio do ál-cool para as indústrias químicas. Atual-mente, esse subsídio corresponde a 1S0%do preço da nafta.

Esse subsidio deve ser mantido até1994. Foi essa a garantia que o ministroJoão Santana deu aos políticos pernam-bucanos, tudo para que a Alcoquímica,até dentro de quatro anos — quando anova unidade da Rhodia estiver pronta— siga com condições de continuar lor-necendo acetato de vinila para as indús-trías nacionais, que consomem 90% daprodução. O único empecilho agora re-pousa na Secretaria Nacional de Econo-mia. nas mãos de Dorothéa Werneck. Éque a Rhodia deseja que, até que suaunidade seja construída, o governo segu-re as alíquotas de importação do ácidoacético. Atualmente, essa alíquota está nafaixa de 30% e. pelo plano dc compctitivi-dade tio governo, lançado no ano passado,que prevê o fim das barreiras alfandegá-rias. essa alíquota cairia para lí%.

O número de empregos e a geração deimpostos do novo empreendimento ain-da não foram calculados pelo governo dePernambuco, mas se estima que. com avinda da Rhodia, mais 30 empresas queutilizam o ácido acético como iiisumo(indústrias de tintas e de resinas) corrampara investir no estado USS 500 milhõese gerar cinco mil empregos.

Fiat oferece

carro a todo

consorciadoSÃO PAULO — Depois dc tirar

da GM o segundo lugar de vendasno ranking brasileiro das quatrograndes montadoras, em setembro,a Fiat Automóveis entra em novem-bro com uma estratégia de marke-ting bastante agressiva na área deconsórcios. Com uma campanhapublicitária que se inicia hoje, a em-presa se propõe a atender todos osconsorciados. de todas as marcas,que já tenham sido contempladosmas ainda não foram atendidos den-tro do prazo legal de 30 dias.

"A Fiat convoca os consorciadose assume os compromissos dos ou-tros. garantindo a entrega do yeícu-Io", assegura o diretor comercial daempresa. Roberto Bogus. que prefe-re encarar a iniciativa da montadoranão como uma jogada de marketing,mas como "a preservação c a mora-li/ação do consórcio, uma formaimportante de distribuição". Segun-do o diretor superintendente dasempresas financeiras Fiat. NavioCroppo. o último levantamento doBanco Central, referente a julho, in-dicava um atraso na entrega de 23mil veículos. Bogus prevê que a Fiatpoderá garantir a entrega de pelomenos 20% a 30% desse déficit.

Atualmente, segundo Bogus, aFiat não registra nenhum atraso naentrega de veículos contemplados desua marca. Sua carteira, no momen-to, é constituída de 15.000 cotas.Valdner Papa, presidente da Asso-ciação Brasileira dos DistribuidoresFiat (Abraçai"). explicou que os con-sorciados, de qualquer administra-dora independente ou mesmo dasadministradoras nacionais de labri-ca, que já tenham sido contempla-dos em seus grupos, podem se dirigira uma revendedora Fiat, com a car-ta de crédito na mão para a escolhado modelo desejado. O pagamentoda mensalidade continuará sendofeito na administradora do grupo.

Tec Cine cresce na crise

Produtovíi fazcomercial paraTV da Europa

Tereza Lobo

A produtora dc comerciais TecCine Rio fez o caminho in-

verso de suas concorrentes. En-quanto a maior parte tratava deenxugar a máquina para enfrentara crise — além da recessão, asagências se voltavam para o mer-cado paulista —, Ronaldo Uzeda,

'dono da Tec Cine, resolveu ocuparo espaço deixado pelas pequenas emédias produtoras e começou noano passado um investimento quechegou a USS 1 milhão.

A produtora comprou equipa-mentos sofisticados, câmaras dc ci-nema, montou estúdio na Barra daTijuca e aumentou o número defuncionários de 15 para 60. O re-torno veio rápido. Toda essa in-fraestrutura abriu as portas domercado externo, através de umaassociação com o diretor GuyBlanc, que já havia trabalhado noBrasil com Uzeda c participado dolonga metragem Faca dc Dois Gu-mes, de Murilo Salles.

O primeiro filme da filial pari-sicnse já está passando nas telinhasda Europa. Trata-se de um comer-ciai para o mousse de chocolateDanessa, da Danone francesa, fil-mado cm uma plantação de cacauem Ilhéus, na Bahia, encomendadopela produtora PAC, líder do mer-cado francês. Essa abertura para omercado externo é importante por-que o custo médio dos comerciaisproduzidos na Europa é de USS500 mil, enquanto no Brasil umbom filme fica em USS 70 mil,observa Uzeda.

Adriana Lorete1

^Zjsafaa

cafap -cia. fabricadora de peçasCGC/MF 57.500.001/0001-12

COMPANHIA ABERTAATA DA ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA REALIZADA EM 27 DE SETEMBRO DE 1991

Aos vinle o sele (27) d,as do môs do so.embro (9) do ano de mil novecentos 0 ^^Q^p^^i^pAg^icADOR^DE SpEÇAS° rantorme0 as^inaa|urasAí1ançádar no°Uvro de

Paulo, na Av. Alexandre de Gusmão, 1395 - Bairro Capuava. compareceram os ac.on stas, d.t COFAP COMPANhWV Diário Olioial do Estado de Sâo Paulo, DiárioPresença de Aciomstas da sociedade e em atendimento ao Edital de Convocação ^ ^ag||i o nos dias 1B, 19 0 20 d0 solembro no Estado de Minas. Na forma ostatutá-do Grande ABC, O Estado do S5o Paulo, Gazeta Mercanti, o a _ Bqo|s BERNARDO KASINSKI, quo convidou a mim, GILBERTO DE ABREU SODRÉ CARVA-ria, assumiu a presidência da mesa o Presidente do Conselho dc'°Ja ^s^p^cfen^f^cfo^rsTssão solicitando'aTitum do edital de convocação, do seguinte teor: "COFAPLHO, para secretariar os trabalhos e lavrar a presente ala. Havendo quomm legal, o Sr..Pre EXTRAORDINÁRIA - EDITAL DE CONVOCAÇAO - Ficam os Senhores- COMPANHIA FABRICADORA DE PEÇAS - ComPanh,a Aberta - CGC/MF n 57.500,001/0001

^ no |mQ dja 2? de set(Jmbr0 de 1991, in,cio às 14:00 horas, na sede social emAcionistas desta Companhia convidados a se reunir em Assembléia Geral Extraordinâ seauinte 0rdem do Dia: (1) Extinção dos cargos do Diretor Vice-Presidente Executivo; (2)Santo André (SP), na Av. Alexandre de Gusmão, 1395 - Bairro CaPuava para dcAbo,.

4X7os assuntos de interesse da Companhia. Santo André (SP), 09 de setembroModificações no Conselho de Administração; (3) Alteração do Estatuto Social em lunç Dassou-se a discussão dos itens constantes da Ordem do Dia. lendo a Assombléia decidido ode 1991. BORIS BERNARDO KASINSKI - Presidente do Conselho de Administração. Em do Soc|a| atua|mente em vjg0re criar, em substituição, o cargoseguinte: Primeiro - Extinguir os dois cargos de Diretor Vice-Pres.denle Executive' pr®^t0® ®de vice-ProsIdenle. continuando o número de Conselheiros sendo igual a sete (7); Terceirode Diretor Superintendente; Segundo - Criar dentre' C°"se °

t ° hrasileiro casado RG n« 224.661 e CIC n* 001.888.670-72, om consideração e reconhecimento à sua Imensa contrl-

Nomear Conselheiro Emérito o Sr. BORIS BERNARDO KASINSKI brasileiro casado J»

* ^

KASINSKI, brasileiro, separado judicialmente. Industrial. RG n° 338.970buiçao como lundador da companhia. Eleger como Presidente do Conselho de Administração o

casad0i industrial, RG n* 2.229.764. CIC n* 058.347.088-20; RENA-e CIC n9 016.362.278-72; como Vico.Presidon.osdoConselhode Adm.nistiraçãoi os Ss.

enganhoiro, RG n, 356.716, CIC n* 016.362.008-34;TO KASINSKY, brasileiro, casado, economista, RG n? 2.004.049, CIC n . „ 270 494 858-53' NELSON KASINSKI, brasileiro, casado, médico, RG n» 2.858.466,e como Conselheiros os Srs. LEON KASINSKY NETO, brasileiro, casado indust,na RG I» 8.3'" 004 967.828-00, tedos eles com endereço comercial om Santo André (SP), naCIC n9 565.995.528-20 e HUMBERTO CERRUTI FILHO brasileirç^casado^ ^n.

s a RG n- 1 107 128 CIC n 004.967. g ^ ^ ,g (dezenove). 20 (vinle), 23 (vinteAv. Aloxandre de Gusmflo, 1395 o com mandato até a Assombléia Geral Ordinária a se roa T , „ passaram a vigorar com o seguinte teor: "ARTIGO 19-0 Con-e lr6s), 26 (vinte o seis), 27 (vinle e sote) e 28 (vinte o oilo) do Estatuto Sócia, emiii 0 mesmo'conclave designará como Presidente do Conselho de Administração, podendo,selno do Administração é composto de sete (7) membros, eleitos pela Assembléi Paráqrafo 1» - Ocorrendo a designação de mais de um Conselheiro para a lunçãoainda, designa, até três (3) deles como

yice.Prosidon,es pa,n subs l„ o em seus m ed m „ os ou ate.

^ ^ ^ ^ ^ par6gr0(0 2,_ 0s mombros d0 Conselhode Vice-Presidente, aos dois primeiros eleitos caberá o que prevê a letra a o o parag g impedimentos ou lallas, os membros do Conselho de Administraçãode Administração, até o máximo de 1/3 (um terço), poderão ser eleitos para cargos da Diretoria. - Nos seus impedj^nms ou^ .

^ Qs dQÍS pr|meirosserão substituídos por um de seus pares, designado polo mesmo órgão, salvo com a°0cSorrendo vaga no Conselho de Administração, proceder-se-á da mesma lorma prevista neste ar-eleitos, ou na talta desses pelo terceiro Vice- Prosidente na ordem dc eleição. Parágrafo imediatamente convocada a Assembléia Geral Extraordinária,jgo até o término do mandato do substituído salvo se a ^^.^LerTlr

adotado se a v cãncia «orrer na ma!oria dos cargos de Conselheiros. Parágrafo 2» - Considera,se-á vagopara deliberar sobre o respectivo provimento. Procedimento idêntico deverá ser ado |icj

de mais de dua5 (2) reUniõos, consecutivamenle. Parágrafo 3» - As subslituiçóes previstaso cargo do membro do Conselho do Administração que, som causa |usti a i„.,a ,n preSidonte do Conselho ou Vice-Presidente que o substituir, nas reunióes do Con-nos parágrafos anteriores implicarão na acumulação das funções e do idire ^'tcTedade serTadmSaTpor uma Diretoria composta de dois (2) alé nove (9) Direto-selho de Administração, mas não nos honorários o demais vantagens do substituído. AB O i oualouer tempo pelo Conselho de Administração. Parágrafo 1» - Os membros dares, dentre elos, um (1) Diretor Presidente e um (1) ^P-"SSÍ" dS - õta «llB-da.. direta ou indiretamente e nos contratos de locação deDiretoria náo poderão: (a) obrigar a sociedade por aval ou por liança,

^ V° e^

^°r a S°^

c0|jqadas direta ou indiretamente; (b) ser mombros do Conselho Fiscal do qualquer sociedade,imóveis para Uns residenciais em favor de luncionários da sociedade e/ou' 8

^^po, piioal conUatado pela Diretoria. Tais pessoas poderão usarsalvo as referidas empresas coligadas. Parágrafo 2» - Os diversos selo r|lleiuamnn!o t^cniens e/ou administrativas sem que importem em delegação de poderes que, por leio titulo interno do Diretores de Departamento ou de D''°lor°s

^ conséiho^e^dm^nis^raçáo não se lhes atribuindo, assim, condição de membros de qualquer órgão estatutário, nem alto-ou polo presente estatuto, são privat.vosi doe^.rotoros o^tos _P°

d| nQ ar|,g'0 anterior e n0 arljg0 segulnle deste estatuto, competirá a cada um dos Diretores a representa-rando suas relaçõos trabalhistas com a empresa. ARTIGO 26 Todavia coniDetirá privativamente: I - Ao Diretor Prosidente: (a) representar a sociedade, ativa ou passivamente.Ção da sociodade o a prática dos atos necessários ao sou luncion, atribúiç0es ao Diretor Superintendente; (b) coordenar as atividades dos demais Diretores; (c) convocarem Juízo ou fora dole, especialmente para prestar depoimento pessoal, ressalvadas iguais atribuições; ao Diretor supa ime

|( _ Aq Di[etor Superintendente; (a) reprosen-

ss rrr rrarsrs dooPresidente ou seus eventuais substitutos. Parágrafo 1» - As

^,®ç6e5|inJcl8lsod8jrs™i[ed8rdeesjd°™na/0Br^^ ^faculdade de designar e constituir procurador especialdento. Parágrafo 2' - Nos casos dci que trata a '®,ra definidos no artigo 25 (vinte e cinco) deste estatuto, a sociedade considerar-se-á obrigada quando representada: (a)para prestar «poimenlo POssoa . A™°° a|s 0 Diret0Pr Ptesidenle ou o Diretor Superintendente, ou por qualquer um dos Diretores eleitos acompanhado pelo Presidente do Con-coniuntamente po dois (2) °';el^5 e^^'

jrosqe|eito5 vicc.Pros,dentes d0 Conselho de Administração; (b) conjuntamente por um Diretor eleito e um procurador, quando assim for desig-selho de Admin stração ou por um dos do s pnme g ox|on5âo dQs es que nc|e se con„ve(em; (c) conjuntamente por dois (2) procuradores, quando assim for designado nonado no respectivo

|"s'ru™n'° j° Jd0 com a oxlons5o aos poderes que nele se contiverem; (d) singularmente, por um procurador, em casos especiais, quando assim for designadorespectivo instrumento do mand..lo e de _|p rin„ noderos ouc nele se contiverem. Parágrafo 1» - A sociedade também considerar-se-á obrigada quando representadano respectivo instrumento de mandato o de aco de duolicalas em favor de instituições financeiras para o efoito de descontos e/ou de caução e/ou de penhorsingularmente por qualquer dos Diretores elei os, nos segu . ( ) nrnnnc|a<; « horderôs- íbí iunto a quaisquer repartições públicas federais, estaduais e municipais, inclusive Bancomercantil o/ou de cobrança. 'de (ST7 BancSTeSsi?^e/o^Banco Cenlral do Brasil. Conselho de Política Aduaneira. Se-Central do Bras'1, D°Pa'tai™nl° Autarquias o Correios o Telégrafos; (c) junto à Justiça do Trabalho o Sindicatos, inclusive em matéria do admissão, suspensão e demissão de em-cretaria ou Deiegacias » '

parágrafo 2» - Nos atos de constituição de procuradores a sociedade deverá ser representada por dois (2) Diretores eleitos, um deles o Diretor Presi-pregados e/ou acordos trabalhistas. Paragra o z» do

Conselho de Administração ou um dos seus dois primeiros eleitos Vice-Presidentes. Parágrafo 3» - Salvo quando pa-dClnfi0L0ic™fou

pTar7nT ospocíltos de obtenção de direitos de propriedade industrial no exterior, todos os demais mandatos outorgados rola sociodade terão prazo de vigência até 31ra Uns judiciais ou p i a ins ospotílcoa de obterá q

qua|_ omqualquor cas0, douerâ constar sempre do respectivo instrumento." "ARTIGO 28 - A Diretoria reunir-^á'asneempre que convocada pelo Dire.o'r Prosidente ou polo Direlor Superintendente. Essas reuniões serão válidas quando dolas participar a maioria dos Diretores em exercício, «".re os quais

anarnemo o Diretor Presidente ou o Diretor Superintendente se o estiver substituindo. Parágrafo 1» - Em todas as reuniões da Diretoria as deliberações serão tomadas por maioria donecessariamente, o Dire or Pres Presiden,o ou o Diretor Superintendente, quando substituindo o Direlor Presidente, usará do voto de qualidade, além do prtpnc^ votovolo dos seus ombros e no casoje mnpate. o^^, o ^(o^ p[esidentei soja represenlad0 por um de seUs pares nas reuniões da Diretoria, assim para a formação docomo Diretor. Parágra indicacão por carta telegrama ou telex. Igualmente sâo admitidos votos por carta, telegrama ou telex, quando recebidos, na sede social, atémomento da™ união " Quinto - Ficou decidido submeter à Assembléia Geral Ordinária de 1992 uma proposla sugerindo que as publicações da companhia passem a ser feitas somente no Diá-momento da reun ão. Qu Grande ABC e Gazc,a Mercantil. Sexto - Todas as deliberações foram tomadas por unanimidade de votos dos presentes, som quaisquer roslr-"*° nhJmndo-se de votar os legalmente impedidos. Encerrados os assuntos constantes da Ordem do Dia. o Sr. Presidente ofereceu a palavra a quem dela quisesse lazer uso e, como nin-

^S' naHi m-1 te houvesse i ser tratado foram encerrados os trabalhos e lavrada a presente ata a qual, depois de lida e conferida, foi assinada por todos os presentes. Santcguém a pedisse e nada mais houvesse a ser 13 • KAS|NSK| _ Pros,den,P- GILBERTO DE ABREU SODRÉ CARVALHO - Secretário; BORIS BERNARDO KASINSKI; ABRAHAM KASINSKI;LAEON K^^INSKY NE1*0 NeTsCDN KASINSKI; ^E^ATCD KASINSKY; ROBERTO KASINSKY; MAURlCO GRINBERG. DIÔGENES NUNES DE OLIVEIRA NETO; JOSÉ ARTHUR MONTEIRO DE LIMA;

KASINS ITAUAÇÒES - FUNDO DE AÇÕES (pp. Paulo Tadashi Tanaka). Certifico que a presente é cópia fiel do ori-

glnal lavrai no livrio^le_atas da socüdade^Gilberto di Abreu Sodré Co,valho-Secretário da Mesa. Arquivada na JUCESP sob n9 160.071,9,-4. em 04.10.91.

ATA DA REUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO REALIZADA EM 27 DE SETEMBRO DE 1991

„... -...»—r«t£ss.,ss»TSmSiPaulo, na Av. Aloxandre do °US^0'1

lomVestaimãrla 'assumiu

a presidência da mesa o Presidente do Conselho de Administração rocém eleito e empossado. Sr. ABRAHAM KASINSKI.ras lançadas ao final ós trabalhos e lavrar a presente ata. Dando início à sessão, inlormou o Sr. P-osidente quo o ob,etivo da reunião era 'eorgan zarque convidou a mim, RENATO KAblNòKY, para sec nimtnr vir^-Prosirionte Executivo e criacSo do cargo de Diretor Superintendente, tudo conforme decisão da Assembléiaa atual Diretoria da companhia em função da iextinçãoque a Diretoria da sociedade seria a seguinte: como Diretor Pre-Gorai Extraordinária ocorrida nosta mesma data. patrimA FRESCHET DIÔGENES NUNES DE OLIVEIRA NETO (que acumula a funçSo de Diretor de Relações com

d°i ^SÉRGK^^GRINBERG^ N LSON)'gUIGUER e RICARDO HAMLET CIAMPI DE OLIVEIRA, tidos com mandato a vigorar até a realização da Assembléia Geral Ordinária em 1993. O Cor,

o Mercado). SÉRGIO GRINBEHG, NiLbUiM ouiuucn h nnua deliberação Nada mais havendo a tratar, loram encerrados os trabalhos e lavrada a presente ataselho também decidiu que o cargo de iroor en sp 2? de setembr0 de 19g1# (aa) ABRAHAM KASINSKI - Presidente da Mesa; RENATO KASINSKY - Secretário daque, depois de lida e «ntorida. RENATÒ KASINSKY; MAURÍCIO GRINBERG; LEON KASINSKY NETO; NELSON KASINSKI E HUMBERTO CERRUTI FILHO. CafW-^^e a°Tèseer:é côpia ^ 5o oüginal lavrado no livro de atas da sociedade. Renato Kaslnsky - Secretário da Mesa. Arquivada na JÜCESP sob n* 167.317/91-0, em 16.10.91.

Uzeda: mais investimentos e associação com franceses

Ele argumenta que os preços deprodução no Brasil são favoráveisao mercado internacional, ficandoem cerca de 60% dos praticadosnos Estados Unidos e na Europa.A concorrência na América Latinafica com Venezuela, Argentina eMéxico, onde os investimentos dasprodutoras são menores, porque aimportação dc equipamentos é li-vre, enquanto no Brasil as taxassuperarm 100%.

Enquanto o mercado publicitá-rio se reduzia, o faturamento daTec Cine cresceu mais de 100%,mas o lucro foi pequeno, afirmaUzeda. Ele acredita que se não ti-vesse investido a empresa teria sidoengolida com a crise. "Hoje faze-mos cinco a oito comerciais por

mês contra os 16 produzidos emagosto", revela o produtor.

Atendendo agências como Mc-Cann Erickson (Mc Donald's, Co-ca Cola), J. W. Thompson (Esso).Contemporânea (BarraShopping,Tintas Ypiranga), BBDO/Almap(Pepsi), Salles lnteramericana(Bob's. Rio Sul), a Tec Cine traba-lha com dois diretores exclusivos:Silvio Campos Silva, que estava cmNova Iorque, e Mário MárcioBandarra, que deixou a televisãodepois de 29 novelas na Globo,Armação Ilimitada, especiais para aManchete e o longa metragem doFaustão. Também trabalham pa-ra a produtora os diretores Osval-do Sargenteli, lnés Oliveira. PauloJosé. Jean Crepon e Tisuka Yama-zaki.

EMPRESAS

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Faca de congeladoA Tok & Stok coloca â venda

um novo modelo de faca superpo-tente, desenvolvida para cortarcongelados. Fabricada pela Tra-montina, ela é feita em aço Aisi

Mudança em xampuAs novas embalagens dos Sham-

poos Halo, que estão começando achegar ao mercado em todo o pais,foram criadas pela Art & Contrast,empresa que há cinco anos presta servi-ços a empresas na área de embalagens,merchandising e promoções, como aColgate Palmolive, Eveready, Heu-blein, Kibon, NGK, entre outras. Aempresa investe no momento US$ 90mil em computação gráfica e treina-mento de pessoal e espera um crês-cimento real de 200% no faturamentodeste ano em comparação a 1990.

420, de grande resistência e passapor um tratamento de choque tér-mico, em que é submetida a tempe-ratura de 160 graus negativos. Oproduto custa este mês CrS 2.610:

Solado vende bemA Amazonas Produtos para Calça-

dos S/A, tradicional indústria de sola-dos. saltos e placas de borracha, come-çou a exportar para vários países, comoFrança, Canadá, Estados Unidos, Mé-xico, e vários da Europa e da AméricaLatina. O mais novo mercado conquis-tado pela empresa foi a Inglaterra.Através da grife Burberry's, fabricantede calçados masculinos e femininos, jáexportou sete mil pares de solados deborracha, que estão sendo utilizadosexclusivamente na loja da Burberry'sno Japão.

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Shopping tem investidor apreensivo ^Ura megaprojeto de arquiteta-

ra e consumo de 103 rail ã* dia-mado Praia de Belas ShoppingCehter, aberto ao público bojecom o status de maior shoppingdo Rio Grande do Sul, não pode-ria ter chegado era época pior,segundo seu principal acionista."As vendas nos nossos outros

1989, que é a mesma queda dosalário real", revelou ontem o em-presário Carlos Francisco RibeiroJereissati, presidente da La FonteEmpresa de Shopping Centers, res-ponsávei em 40% pelos USS 80milhões investidos. Os outros par-ceiros sâo a Portofino, da RBS doRio Grande do Sul, o Instituto de

e o consórcioda entre 30% e 42% em relação a paulista chamado Participa.

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:::abrasca' tO9comp*f*hia «jiocutJ*' WOiiAS AÇC*V UoMUXIACAS MAS KXSAS M

PETROBRASPETROLEO BRASILEIRO S.A.

EDITAL DE CONCORRÊNCIA N2 9.847.246.91

A Petróleo Brasileiro S.A. - PETROBRÁS, através do Serviço de En-genharia (SEQEN), torna público que fará realizar concorrência paraexecução de serviços de dragagem, batimetria.transporte e despejodo material dragado, num volume estimado de 1.300.000 m (um mi-Ihão e trezentos mil metros cúbicos) no Terminal Marítimo AlmiranteAlves Câmara (TEMADRE), Município de Madre de Deus, estado daBahia, para o Empre6ndimento para ConstruçõGS Industriais na Re-

gião Nordeste (EMPRE-NE).O Edital n5 9.847.246.91, publicado no Diário Oficial da União e noDiário Oficial do Estado da Bahia, em 29.10.91, 30.10.91 e 31.10.91,apresenta os dados gerais sobre os serviços e obtenção da documen-tação pertinente pelas empresas interessadas.

COMISSÃO DE LICITAÇÃO

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Nn Tijuca, Marcello, esperado por pro res do municipio, manifestagao

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Para Burle Marx, ha gente inepta administrando o parque

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Rio de Janeiro — Quinta-leira. 31 de outubro de 1991

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Nâo podo sor vendido soparadamonlo'

Olavo Rulino

Em Copacabana, professores do estado fizeram vigília em frente ao prédio de Brízola. Na Tijuca, Marcello, esperado por professores do município, ignorou a manifestação

Brízola e Marcello enfrentam professores

em greve

Governador ameaçacortar ponto de

quem não trabalhar

O governador Leonel Brizola disseque cortará o ponto dos proles-

sores da rede estadual que aderiram àparalisação programada para ontem,hoje e amanhã e que não negocia coma categoria em greve. A declaração loifeita ontem de manhã a cerca de 20professores que, desde 7li30. faziam vi-gilia diante do prédio em que mo-ra o governador, na Avenida Atlântica,em Copacabana. Ao sair do edifício,sem se importar com as palavras deordem gritadas pelos manifestantes,Brizola disse, sorridente: "'Vai todo omundo para a sala de aula. São 100 mil

professores do estado e só 40 mil estãona escola. Vai voltar todo mundo."

"A greve deve ser um recurso usadoem último caso. quando se esgotamtodos os canais de negociação, o quenão ocorreu. Para mim, vocês estãosendo manipuladas pela CUT e peloPT", afirmou Brizola. acrescentandoque vai marcar uma reunião com apresidente do Sindicato Estadual dosProfissionais da Educação (Sepe), Fio-rinda Lombardi.

Segundo a primeira-secretária doSepe, Dulce Rodrigues Alvarenga, avigília em frente ao prédio do governa-dor vai continuar hoje e amanhã, das7h às I7h. O mesmo será feito pe-los professores do município, no Cen-tro Administrativo São Sebastião, naCidade Nova. Dulce Alvarenga infor-mou que a paralisação de três dias é

apenas uma advertência e, na segunda-feira, a categoria volta a trabalhar.

Os profissionais de ensino do esta-do e do município reivindicam a unifi-cação dos pisos salariais, de CrS 156mil para os professores e de CrS CrS 84mil para o pessoal de apoio. Umprofessor da rede estadual, cm inicio decarreira, recebe hoje CrS 58 mil e, narede municipal, um pouco mais: CrS98.320,93 (da Ia à 4a série) e CrS104.168,67 (os que têm licenciatura pie-na). Os funcionários de apoio recc-bem, no estado e no município, umsalário mínimo. Hoje, às I6h, os pro-fessores do estado fazem assembléia emfrente ao prédio do governador. No dia9, a reunião será no auditório daUerj (Universidade do Estado do Riode Janeiro), com a participação dosprofissionais do município.

Prefeito anuncia

pagamento de 13°em festa tumultuada

Um protesto do Sindicato Esta-

dual dos Profissionais de Educa-ção (Sepe) tumultou ontem a festa daposse dos novos 1.754 servidores muni-cipais, no salão nobre do Clube Muni-cipal, na Tijuca, onde o prefeito Mar-cello Alencar anunciou também opagamento da segunda parcela do 13°salário junto com os salários de no-vembro. Cerca de 100 manifestantes,com faixas e cartazes, foram ao localna tentativa de pressionar o prefeito aabrir um diálogo com a entidade. Ape-sar de irritado, Marcello não cedeu áspressões e deu continuidade à festa,

ignorando o barulho e as provocaçõesdo grupo. Para o prefeito, a atitude doSepe foi "uma manifestação do deses-pero de lideranças vencidas que sabemque não têm correspondência com ossetores que dizem representar"

Cerca de 2 mil pessoas lotavam osalão nobre quando os professores efuncionários de apoio chegaram. Noinício da cerimônia, quando o HinoNacional começou a ser tocado, os ma-nifestantes passaram a gritar palavrasde ordem, abafando o som dos amplifi-cadores. Eles ficaram em frente à mesa,na qual estavam o prefeito e outrasautoridades, e foram recebidos comvaias. Apesar de irritado, MarcelloAlencar não respondeu às provoca-ções. Vendo que o prefeito não estavareagindo aos protestos, a presidente doSepe, Florinda Lombardi, se colocou

atrás de sua cadeira e começou a láiarem seu ouvido. A tática, entretanto,também não deu resultado. O prefeitopermaneceu sentado e fez, várias vc -s,um aceno para que ela se afastasse.

Depois de fazerem bastante 1 aru-lho no salão superlotado e qiicnu osmanifestantes se calaram por um .trioperíodo de tempo. Florinda Lombardiexplicou que foi ao Clube Mui.ieipalporque Marcello já havia desmarcadotrês audiências nos últimos dias. O pre-feito disse que tem dialogado com osprofessores, mas que seu dever é nãoprestigiar falsas lideranças. "Tentaram,mas não conseguiram estragar a festa.Essas 30 moças que andam desespera-das por aí não trabalham e fazem baru-lho. Não aceito intimidações", comen-tou o prefeito.

Projeto de lei

causa polêmicaO projeto de lei apresentado pelo ve-

reador Ronaldo Gomlevsky (PL), que naprática retira a proibição dq, sistema delotação de táxis, dividiu a opinião tantode usuários como a de motoristas. Para opresidente da Associação de Motoristasde Empresas de Táxis do Rio de Janeiro,Nélson Waksman, se o projeto for san-cionado pelo prefeito Marcello Alencar,a lei poderá beneficiar somente aos ban-dalheiros, os motoristas que costumamenganar os passageiros. Para ele, muitosmotoristas irão cobrar pela lotação forado horário permitido. "Este projeto nãopode abrir nenhuma lacuna; tem que sermuito bem fundamentado pára não pre-judicar o passageiro", disse Waksman.

O motorista Antônio Moreira, quetrabalha há mais de 10 anos na praçaacredita que o sistema pode funcionar sefor bem divulgado e se não demonstrarnenhuma falha de operação. "Até emgreve de ônibus fica difícil o passageiropegar lotação, por isso as vantagens te-rão que ser grandes", atesta ele. Já oempresário Antônio Santos, que sai to-dos os dias de Copacabana onde mora,para o Centro, acredita que o projeto sótraria vantagens se transformado em lei."Todo mundo irá ganhar. O motoristavai lucrar mais e o passageiro irá pagarmenos", garante.

Cidade

Crise nos jardins

do Aterro

í Fundação não querajudar Burle Marx

a nomear árvores

Apesar de lançada ontem por Ro-

berto Burle Marx — autor doprojeto paisagístico da área — e pelaAssociação de Moradores, do Flamen-go (Flama), a campanha Árvore Viva já

j enfrenta a oposição da Fundação Par-ques c Jardins. A iniciativa servirá para

; cadastrar todas as árvores do Parquedo Flamengo até a Conferência dasNações Unidas sobre o Meio Ambientee Desenvolvimento (Rio-92), em junhodo ano que vem, com o que não con-corda o diretor da fundação, MauroMoniz Freire.

Proposto pela Flama, o cadastra-mento das árvores poderá ser feito emtrês meses, com a assistência de 3urleMarx e ajuda de professores de Botàni-ca da Universidade Santa Úrsula, re-sultando num special tíook que já tempromessa de patrocínio do Fórum Glo-bal para a Rio-92, das OrganizaçõesNão Governamentais (Ongs).

A Fundação Parques e Jardins, quese nega a fornecer o projeto original doParque do Flamengo á Flama, enviou

carta à diretoria da entidade, assinadapor Mauro Freire, afirmando que "ostécnicos não recomendam a identifica-ção das espécies na forma pretendidapela associação de moradores paraáreas do tipo do Aterro do Flamengo".A fundação considera que o cadastra-mento só é necessário em local de estu-do. como o Jardim Botânico, c não emáreas abertas como o Parque do Fia-mengo.

"Nós acreditamos que a vontadepolítica do prefeito Marcello Alencar éliberar o projeto original. Somos teste-munhas de que a prefeitura está fazen-do um esforço muito grande para pre-servar este patrimônio, que ficouabandonado durante 20 anos disse apresidente da Flama, Leila MariaMaywald. Por proposta do botânicoJosé Emigdio de Melo Filho, que inte-grava a equipe do Burle Marx quandoo Parque do Flamengo foi construído,o símbolo da campanha Árvore Vivaserá a árvore Eritima Fluminenses, porser uma espécie híbrida que surgiu noRio de Janeiro.

A Flama pretende de colocar placasde identificação em todas as árvores doparque e ocupar o prédio do Teatro de

Marionetes, hoje fechado, para montaro Centro de Memória Burle Marx, compainéis de exposição e informações so-bre as árvores do Parque, proposta quetambém tem a oposição da FundaçãoParques e Jardins.

Burle Marx acha que falta conti-nuidade na manutenção do parque."Certos cargos políticos estão nasmãos de pessoas ineptas", disse ele,acrescentando que o Parque do Fia-mengo precisa de melhor policiamento,bons jardineiros e de ter à sua frentetécnicos capacitados em administra-ção. Ele citou a necessidade do replan-tio das árvores que morreram. Deacordo com a Flama. hoje o Parque doFlamengo conta com 14 mil árvores, 3mil a rienos do que constava no proje-to original, mas a Fundação Parques eJardins garante que foram plantadasrecentemente 2 mil árvores, completan-do as 17 mil previstas originalmente.Burle Marx criticou ainda a insta-laçào do Museu Carmem Miranda naCidade das Crianças. "E muito difíciltransformar uma máquina de escreverem um piano. Não vamos querer queum sanitário de criança seja usado poruma senhora gorda de 120 quilos",disse ele.

Petrobrás paga por

acidente

;!¦ Fixada indenização a família de jornalista morta em Macaé

,j Com alegria e alivio, os pais da jorna-lista Regina Célia Sant'Anna receberamontem a notícia de que a Petrobrás foi

¦ condenada pelo Superior Tribunal deiJustiça a pagar indenização pela morteda filha. Regina Célia, repórter da TVBandeirantes, de 28 anos, era uma entreos 14 jornalistas e técnicos de emissorasde televisão que, em 28 de junho de 1984,viajavam a bordo do avião Bandeiranteda TAM para fazer uma reportagem so-bre o recorde de produção de petróleo naBacia de Campos.

"Nada vai trazer minha filha de vol-ta, mas foi uma grande vitória depois de

; sete anos de luta", disse a mãe de Regina.Maria de Lourdes Sant'Anna, de 58anos. Os 50 salários mínimos que recebe-

rão, além dc CrS 144 mil reajustáveis por30 anos, chegam numa boa hora. "Agente estava vivendo num aperto muitogrande", disse a mãe de Regina. O pai,Joaquim Dias SanfAnna, 62 anos, co-merciário aposentado, passou a sofrer docoração pouco depois do acidente e des-de então vive de pensão e da ajuda deuma outra filha.

O processo dos pais de Regina estavana Justiça desde 1988. Os advogadosAndré Martins e Silvio Viola consegui-ram que o Superior Tribunal de Justiçajulgasse favoravelmente a questão, pon-derando que a Petrobrás fez um "contra-to de transporte interessado". A Petro-brás argumentou que a reportagem sobrea produção de petróleo era de interessedas emissoras de televisão e que a estatal

apenas ofereceu o transporte aos jorna-listas. Os advogados provaram que areportagem geraria lucros imediatos novalor das ações da empresa na Bolsa deValores.

Mais três ações sobre o mesmo aci-dente, que até hoje não ficou completa-mente esclarecido, poderão ser julgadasfavoravelmente pelo STJ. Os dois advo-gados movem ações representando os fa-miliares de Dario Duarte da Silva, JorgeSilva dos Santos e Luis Carlos de Souza.Como no caso de Regina, a Petrobrásganhou essas causas no Tribunal de Jus-tiça, em primeira instância. Entretanto,no caso de Regina, o STJ anulou a sen-tença e ordenou que fosse julgada peloTribunal de Alçada do Rio de Janeiro.

A última reportagem de 14 jornalistasVinte e um minutos após ter decolado

do Rio de Janeiro, no dia 28 de junho de¦;1984, o avião Bandeirante da Táxi Aéreo¦JVIarília (TAM) se chocou contra as ár-^ores e um morro em Barra de São João,município de Casimiro de Abreu, e ex-plodiu. A bordo viajavam 14 jornalistase técnicos dc emissoras de televisão queiam para Macaé fazer uma reportagemsobre o recorde de produção de 500 milbarris/dia de petróleo na Bacia de Cam-,pos.

Além dos 14 jornalistas e técnicos, osdois funcionários da Petrobrás, o piloto eo co-piloto do avião morreram na hora.Três semanas depois, o laudo da comis-são dc investigação do Departamento deAviação Civil concluiu que o acidente foicausado por excesso de confiança do pi-loto. O relatório do DAC afirma que,apesar do mau tempo, o piloto EdsonFerreira da Silva teria pedido ao controlede Brasília para cancelar o plano de vôopor instrumentos. Com base em depoi-

mentos de colegas do piloto, cujos nomesnão foram revelados, a comissão de in-vestigação concluiu que ele pretendiachegar a Macaé em condições de opera-ção visual.

Na época, essa versão foi bastantecontestada. O Sindicato Nacional dosAeronautas disse que esse tipo de bimo-tor turboélice construído pela Embraerapresenta várias imperfeições e que oBandeirante que caiu poderia estar comsobrecarga.

Luiz Morier

Para Burle Marx, há gente inepta administrando o parque

Arquivo

O avião ia do Rio para Macaéquando se chocou e explodiu,matando os 18 a bordo, entre elesRegina Célia

Táxi lotação

no 'rush'

pode

ser legalizadoA Câmara de

Vereadores do Rioaprovou terça-feiraprojeto de lei dc ve-reador RonaldoGomlevsky i PL)que permite a ado-ção das lotações para os táxis, hojeproibida pela Superintendência Munici-pai de Transportes Urbanos (SMTU).O projeto só depende agora da aprova-ção do prefeito Marcello Alencar.

O texto estabelece que este tipo deserviço poderia ser utilizado na hora dorush, no final da tarde (entre 17h e 20h),mas apenas em pontos da Avenida RioBranco. Cada motorista teria o direitode levar, no máximo, três passageiros,que passariam a pagar 50% da tarifacobrada normalmente. Assim, se umacorrida do Centro para Copacabanacustar CrS 1.500, por exemplo, cada umdesembolsaria somente a metade destevalor, ou seja, CrS 750.-"O motoristaganha de lucro a metade da tarifa co-brada, É vantagem para todos", garan-te Gomlevsky, que pretende com issediminuir a pressão sobre os meios dctransportes coletivos na cidade e aten-der ao usuário, que na hora de maio.movimento não encontraftaxi para irpara casa.

1 31

Nao pode ser vondido soparadamonte

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C# sflgmade

Rio de Janeiro — Quinta-feira, 31 de outubro de 1991TAD V A TÜvXvIi AlJ

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João Cerqueira> íMMHfi Olavo Rufino

Em Copacabana, pi ofessores do estudo fizeiam vigília em frente ao prédio de Brizola. Na Tijuca, Marcello, esperado por professores do município, ignorou 11 manifestação

Brizola e Marcello enfrentam professores

em greve

Governador ameaçacortar ponto de

quem não trabalhar

O governador Leonel Brizola disseque cortará o ponto dos profes-

sores da rede estadual que aderiram àparalisação programada para ontem,hoje e amanhã e que não negocia coma categoria em greve. A declaração foifeita ontem de manhã a cerca de 20professores que, desde 7h30, faziam vi-gilia diante do prédio em que mo-ra o governador, na Avenida Atlântica,em Copacabana. Ao sair do edifício,sem se importar com as palavras deordem gritadas pelos manifestantes,Brizola disse, sorridente: "Vai todo omundo para a sala de aula. São 100 mil

professores do estado e só 40 mil estãona escola. Vai voltar todo mundo."

"A greve deve ser um recurso usadoem último caso, quando se esgotamtodos os canais de negociação, o quenão ocorreu. Para mim, vocês estãosendo manipuladas pela CUT e peloPT", afirmou Brizola, acrescentandoque vai marcar uma reunião com apresidente do Sindicato Estadual dosProfissionais da Educação (Sepe), Fio-rinda Lombardi.

Segundo a primeira-secretária doSepe, Dulce Rodrigues Alvarenga, avigilia em frente ao prédio do governa-dor vai continuar hoje e amanhã, das7h às 17h. O mesmo será leito pe-los professores do município, no Cen-tro Administrativo São Sebastião, naCidade Nova. Dulce Alvarenga infor-mou que a paralisação de três dias é

apenas uma advertência e, na segunda-feira, a categoria volta a trabalhar.

Os profissionais de ensino do esta-do e do município reivindicam a unifi-cação dos pisos salariais, de CrS 156mil para os professores e de CrS CrS 84mil para o pessoal de apoio. Umprofessor da rede estadual, em início decarreira, recebe hoje CrS 58 mil e, narede municipal, um pouco mais: CrS98.320,93 (da Ia à 4a série) e CrS104.168,67 (os que têm licenciatura pie-na). Os funcionários de apoio rece-bem, no estado e no município, umsalário mínimo. Hoje, às 16h, os pro-fessores do estado fazem assembléia emfrente ao prédio do governador. No dia9, a reunião será no auditório daUerj (Universidade do Estado do Riode Janeiro), com a participação dosprofissionais do município.

Prefeito anuncia

pagamento de 13°em festa tumultuada

TT m protesto do Sindicato Esta-U dual dos Profissionais de Educa-

ção (Sepe) tumultou ontem a festa daposse dos novos 1.754 servidores muni-cipais, no salão nobre do Clube Muni-cipal, na Tijuca, onde o prefeito Mar-cello Alencar anunciou também opagamento da segunda parcela do 13°salário junto com os salários de no-vembro. Cerca de 100 manifestantes,com faixas e cartazes, foram ao localna tentativa de pressionar o prefeito aabrir um diálogo com a entidade. Ape-sar de irritado, Marcello não cedeu àspressões e deu continuidade à festa,

ignorando o barulho e as provocaçõesdo grupo. Para o prefeito, a atitude doSepe foi "uma manifestação do deses-pero de lideranças vencidas que sabemque não têm correspondência com ossetores que dizem representar"

Cerca de 2 mil pessoas lotavam osalão nobre quando os professores cfuncionários de apoio chegaram. Noinício da cerimônia, quando o HinoNacional começou a ser tocado, os ma-nifestantes passaram a gritar palavrasde ordem, abafando o som dos amplifi-cadores. Eles ficaram em frente à mesa,na qual estavam o prefeito e outrasautoridades, e foram recebidos comvaias. Apesar de irritado, MarcelloAlencar não respondeu às provoca-ções. Vendo que o prefeito não estavareagindo aos protestos, a presidente doSepe, Florinda Lombardi, se colocou

atrás de sua cadeira e começou a falarcm seu ouvido. A tática, entretanto,também não deu resultado. O prefeitopermaneceu sentado fez. várias vezes,um aceno para que < 'j se afastasse.

Depois de fazei cm bastante bani-lho no salão superlotado e quente, osmanifestantes se calaram por tini curtoperíodo de tempo Florinda Lombardiexplicou que foi to Clube Municipalporque Marcello |á havia desmarcadotrês audiências nos últimos dias. O pre-feito disse que tem dialogado com osprofessores, mas que seu dever é nãoprestigiar falsas lideranças. "Tentaram,mas não conseguiram estragar a festa.Essas 30 moças que andam desespera-das por aí não trabalham e fazem baru-lho. Não aceito intimidações", cometi-tou o prefeito.

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Petrobrás paga por

acidente

¦ Fixada indenização a família de jornalista morta em MacaéCom alegria e alivio, os pais da jorna-

lista Regina Célia Sant'Anna receberamontem a notícia de que a Petrobrás foicondenada pelo Superior Tribunal deJustiça a pagar indenização pela morteda filha. Regina Célia, repórter da TVBandeirantes, de 28 anos, era uma entreos 14 jornalistas e técnicos de emissorasde televisão que, em 28 de junho de 1984,viajavam a bordo do avião Bandeiranteda TAM para fazer uma reportagem so-brc o recorde de produção de petróleo naBacia de Campos.

"Nada vai trazer minha filha de vol-ta, mas foi uma grande vitória depois desete anos de luta", disse a mãe de Regina,Maria de Lourdes Sant'Anna, de 58anos. Os 50 salários mínimos que recebe-

rão, além de CrS 144 mil reajustáveis por30 anos, chegam numa boa hora. "Agente estava vivendo num aperto muitogrande", disse a mãe de Regina. O pai,Joaquim Dias SanfAnna, 62 anos, co-merciário aposentado, passou a sofrer docoração pouco depois do acidente e des-de então vive de pensão e da ajuda deuma outra filha.

O processo dos pais de Regina estavana Justiça desde 1988. Os advogadosAndré Martins e Silvio Viola consegui-ram que o Superior Tribunal de Justiçajulgasse favoravelmente a questão, pon-derando que a Petrobrás fez um "contra-to de transporte interessado". A Petro-brás argumentou que a reportagem sobrea produção de petróleo era de interessedas emissoras de televisão e que a estatal

apenas ofereceu o transporte aos jorna-listas. Os advogados provaram que areportagem geraria lucros imediatos novalor das ações da empresa na Bolsa deValores.

Mais três ações sobre o mesmo aci-dente, que até hoje não ficou completa-mente esclarecido, poderão ser julgadasfavoravelmente pelo STJ. Os dois advo-gados movem ações representando os fa-miliares de Dario Duarte da Silva, JorgeSilva dos Santos e Luis Carlos de Souza.Como no caso de Regina, a Petrobrásganhou essas causas no Tribunal de Jus-tiça, cm primeira instância. Entretanto,no caso de Regina, o STJ anulou a sen-tença e ordenou que fosse julgada peloTribunal de Alçada do Rio de Janeiro.

A última reportagem de 14 jornalistasVinte e um minutos após ter decolado

do Rio de Janeiro, no dia 28 de junho de1984, o avião Bandeirante da Táxi AéreoMarília (TAM) se chocou contra as ár-vores e um morro em Barra de São João,município de Casimiro de Abreu, e ex-plodiu. A bordo viajavam 14 jornalistase técnicos de emissoras de televisão queiam para Macaé fazer uma reportagemsobre o recorde de produção de 500 milbarris/dia de petróleo na Bacia de Cam-pos.

Além dos 14 jornalistas e técnicos, osdois funcionários da Petrobrás, o piloto eo co-piloto do avião morreram na hora.Três semanas depois, o laudo da comis-são de investigação do Departamento deAviação Civil concluiu que o acidente foicausado por excesso de confiança do pi-loto. O relatório do DAC afirma que,apesar do mau tempo, o piloto ÉdsonFerreira da Silva teria pedido ao controlede Brasília para cancelar o plano de vôopor instrumentos. Com base em depoi-

mentos de colegas do piloto, cujos nomesnão foram revelados, a comissão de in-vestigação concluiu que ele pretendiachegar a Macaé cm condições de opera-ção visual.

Na época, essa versão foi bastantecontestada. O Sindicato Nacional dosAeronautas disse que esse tipo de bimo-tor turboélice construído pela Embraerapresenta várias imperfeições e que oBandeirante que caiu poderia estar comsobrecarga.

Crise nos jardins

do Aterro

Fundação não querajudar Burle Marxa nomear árvores

Apesar de lançada ontem por Ro-

berto Burle Marx — autor doprojeto paisagístico da área — e pelaAssociação de Moradores do Flamen-go (Flama), a campanha Árvore Viva jáenfrenta a oposição da Fundação Par-ques e Jardins. A iniciativa servirá paracadastrar todas as árvores do Parquedo Flamengo até a Conferência dasNações Unidas sobre o Meio Ambientee Desenvolvimento (Rio-92), em junhodo ano que vem, com o que não con-corda o diretor da fundação, MauroMoniz Freire.

Proposto pela Flama, o cadastra-mento das árvores poderá ser feito emtrês meses, coni a assistência de BurleMarx e ajuda de professores de Botãni-ca da Universidade Santa Úrsula, re-sultando num special bovk que já tempromessa de patrocínio do Fórum Glo-bal para a Rio-92, das OrganizaçõesNão Governamentais (Ongs).

A Fundação Parques e Jardins, quese nega a fornecer o projeto original doParque do Fiam ngo à Flama, enviou

carta à diretoria da entidade, assinadapor Mauro Freire, afirmando que "ostécnicos não recomendam a identifica-ção das espécies na forma pretendidapela associação de moradores paraáreas do tipo do Aterro do Flamengo".A fundação considera que o cadastra-mento só é necessário em local de estu-do, como o Jardim Botânico, e não emáreas abertas como o Parque do Fia-mengo.

"Nós acreditamos que a vontadepolítica do prefeito Marcello Alencar éliberar o projeto original. Somos teste-munhas de que a prefeitura está fazen-do um esforço muito grande para pre-servar este patrimônio, que ficouabandonado durante 20 anos". disse apresidente da Flama, Leila MariaMaywald. Por proposta do botânicoJosé Emigdio de Melo Filho, que inte-grava a equipe do Burle Marx quandoo Parque do Flamengo foi construído,o símbolo da campanha Árvore Vivaserá a árvore Eritima Fluminenses, porser unia espécie híbrida que surgiu noRio de Janeiro.

A Flama pretende de colocar placasde identificação em todas as árvores doparque e ocupar o prédio do Teatro de

Marionetes, hoje fechado, para montaro Centro de Memória Burle Marx, compainéis de exposição e informações so-bre as árvores do Parque, proposta quetambém tem a oposição da FundaçãoParques e Jardins.

Burle Marx acha que falta conti-nuidade na manutenção do parque."Certos cargos políticos estão nasmãos de pessoas ineptas", disse ele,acrescentando que o Parque do Fia-mengo precisa de melhor policiamento,bons jardineiros c de ter à sua frentetécnicos capacitados em administra-ção. Ele citou a necessidade do replan-tio das árvores que morreram. Deacordo com a Flama, hoje o Parque doFlamengo conta com 14 mil árvores, 3mil a menos do que constava no proje-to original, mas a Fundação Parques eJardins garante que foram plantadasrecentemente 2 mil árvores, completan-do as 17 mil previstas originalmente.Burle Marx criticou ainda a insta-lação do Museu Carniem Miranda naCidade das Crianças. "É muito difíciltransformar uma máquina de escreverem um piano. Não vamos querer queum sanitário de criança seja usado poruma senhora gorda de 120 quilos",disse ele. rara tíurle Marx, há gente inepta administrando o parque

Táxi lotação

no 'rush'

pode

ser legalizado

O projeto de lei apresentado pelo ve-reador Ronaldo Gomlevsky (PL), que naprática retira a proibição do sistema delotação de táxis, dividiu a opinião tantode usuários como a de motoristas. Para opresidente da Associação de Motoristasde Empresas de Táxis do Rio de Janeiro,Nélson Waksman, se o projeto for san-cionado pelo prefeito Marcello Alencar,a lei poderá beneficiar somente aos ban-dalheiros, os motoristas que costumamenganar os passageiros. Para ele, muitosmotoristas irão cobrar pela lotação forado horário permitido. "Este projeto nãopode abrir nenhuma lacuna; tem que sermuito bem fundamentado para não pre-judicar o passageiro", disse Waksman.

O motorista Antônio Moreira, quetrabalha há mais de 10 anos na praçaacredita que o sistema pode funcionar sefor bem divulgado e se não demonstrarnenhuma falha de operação. "Até emgreve de ônibus fica difícil o passageiropegar lotação, por isso as vantagens te-rão que ser grandes", atesta ele. Já oempresário Antônio Santos, que sai to-dos os dias de Copacabana onde mora,para o Centro, acredita que o projeto sótraria vantagens se transformado em lei."Todo mundo irá ganhar. O motoristavai lucrar mais e o passageiro irá pagarmenos", garante.

Arquivo

O avião ia do Rio para Macaéquando se chocou e explodiu,matando os 18 a bordo, entre elesRegina Célia

A Câmara deVereadores do Rioaprovou terça-feiraprojeto de lei do ve-reador RonaldoGomlevsky (PL)que permite a ado-ção das lotações para os táxis, hojeproibida pela Superintendência Munici-pai de Transportes Urbanos (SMTU).O projeto só depende agora da aprova-ção do prefeito Marcello Alencar.

O texto estabelece que este tipo deserviço poderia ser utilizado na hora dorush, no final da tarde (entre 17h e 20h),mas apenas em pontos da Avenida RioBranco. Cada motorista teria o direitode levar, no máximo, três passageiros,que passariam a pagar 50% da tarifacobrada normalmente. Assim, se umacorrida do Centro para Copacabanacustar Cr$ 1.500, por exemplo, cada umdesembolsaria somente a metade destevalor, ou seja, Cr$ 750. "O motoristaganha de lucro a metade da tarifa co-brada. É vantagem para todos", garan-te Gomlevsky, que pretende com issodiminuir a pressão sobre os meios detransportes coletivos na cidade e aten-der ao usuário, que na hora de maiormovimento não encontra táxi para irpara casa.

Lei gera polêmicaentre motoristas

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2 o Cidade o quinta-feira, 31/10/91 C JORNAL DO BRASIL

A despolllição da baía CPI da esterilização

¦ Japoneses iniciam em fevereiro estudo sobre o ecossistema vai investigar Bentam

Hospital no

Caju está em

más condições

O Instituto Estadual de InfcctologiaSão Sabastião, no Caju, centro de refe-rência de doenças infecto-contagiosas noestado do Rio, está em estado pré-fali-mentar: sem infra-estutura física, médi-cos"ôm número insuficiente e equipamen-to sucateado. Se houver realmente umaepidemia de cólera, como prevê a Secre-taria de Saúde, o hospital não terá condi-çõès' de atender aos doentes de formasegura, pois, da maneira como o atendi-mérito vem sendo feito hoje, é grande orisco de pacientes com meningite e até deos funcionários contraírem cólera.

A conclusão é da equipe do Sindicatodos Médicos que, juntamente com fiscaisdo Conselho Regional de Medicina cdois vereadores da Comissão de Saúdeda Câmara Municipal (Laura Carneiro,do PSDB, e Mário Dias, do PDT), fize-rain ontem uma vistoria no hospital.' Eles foram informados pelo presiden-te da Comissão de Ética do Instituto,Waldemar Weller, de que, quando umpaciente com suspeita de cólera foi inter-nado ali, há três meses, não ficou isoladodos outros doentes por lalta de acomo-dações desse tipo. E pior: suas fezes fica-vam expostas a moscas, através das quaisa cólera pode ser transmitida. Por sorte,o paciente não estava com a doença.

Além disso, o CTI ficou sem nenhummédico de plantão no último fim de sema-na, porque os que deveriam estar lá pedi-iam demissão e não foi feita nova escala.O CTI, que só tem cinco leitos fixos e doisextras, apesar de o hospital atender princi-palmente casos graves, sofre ainda comproblema de equipamento: dos quatro res-piradores pediátricos, só um está funcio-nando e há dez dias falta catéter parapegar veias profundas. A comida dos pa-cientes, feita fora o hospital por firmacontratada, freqüentemente chega estraga-da. Não raro, falta água também.

A chefe do laboratório de análises,Maria Cristina Ribeiro, admitiu que nãotrabalha em condições de segurança. Alémde faltarem equipamentos importantes,como câmaras de fluxo (para trabalharcom material biológico de risco), a banca-ila. utilizada para a manipulação, que de-veria ser de mármore ou aço inoxidável, éde fórmica, e remendada com durex eesparadrapos.

O diretor do hospital, Sérgio WilsonNóbrcga, garante que as dificuldades es-tão sendo resolvidas aos poucos e a con-tratnção de pessoal — seriam necessáriosmais 16 médicos além dos atuais 94,secundo ele — depende do secretárioestadual de Saúde, Pedro Valente, assimcomo a melhoria dos salários desses pro-fissiónáis, cujo piso hoje é de CrS 85 mil.O Instituto São Sebastião tem 70 leitos eatende anualmente a uma média de trêsmil a cinco mil doentes com meningitemenigocócica, além de pacientes com té-tano, difteria e sarampo grave.

Técnicos japoneses, responsáveis peloprojeto de despoluição da Baía de Tó-quio, iniciam em fevereiro a elaboraçãode um plano diretor para a recuperaçãodo ecossistema da Guanabara. O proje-to, que deve ser concluído em dois anos eseis meses, inclui o traçado do modelohidrodinãmico da baía e o estabeleci-mento das relações de causa e efeito entreas fontes de poluição e a qualidade daágua. Os resultados orientarão o projetode despoluição.

Ontem, o governador Leonel Brizolae o chefe da missão da Agência de Coo-peração Internacional do Japão (Jica),Senro Imai, assinaram convênio no Palá-cio Laranjeiras. O governo japonês secompromete a transferir tecnologia e aliberar USS 5 milhões (CrS 3,1 bilhões,ao câmbio comercial), a fundo perdido,para a realização dos estudos, cm con-junto com técnicos da Feema (FundaçãoEstadual de Engenharia do Meio Am-

A poluição da Baia de Guanabara étão intensa que Senro Imai, represen-tante da Jica, conseguiu localizar comexatidão, em rápidas vistorias, os pon-tos em que a situação é mais critica. Elese disse impressionado com "um riocompletamente negro, no lado norte dabaia". Referia-se, provavelmente, ao

biente), Cetlae c Secretaria estadual deMeio Ambiente.

O projeto de despoluição depende daconcessão, pelo BID (Banco Interameri-cano de Desenvolvimento), de um linan-ciumento de USS 450 milhões (CrS 284,4bilhões, ao câmbio comercial). A missãojaponesa, porém, desfez as esperanças docarioca de ver as águas da baía limpasainda nesta década. Na verdade, o traba-lho pode não ser concretizada nem nesteséculo. Segundo Senro Imai, o projeto dedespoluição da Baía de Tóquio, quatrovezes maior que a do Rio, foi iniciado há20 anos e ainda não alcançou o nívelideal, o que, acredita ele, só será conse-guido dentro de mais 10 ou 20 anos.

Em inspeções de barco e helicóptero,durante os 10 dias de sua visita ao Brasil,Imai ficou impressionado com a diversi-ficação de atividades e da qualidade daágua na Baía de Guanabara. Numa ava-liação preliminar, ele destacou um dado

que deverá diferenciar muito o tipo deestudo feito aqui do que foi elaborado noJapão: a profundidade da baia de Tó-quio é de aproximadamente 50 metros,enquanto a Guanabara tem apenas 30metros, no trecho mais fundo. "Não sa-bemos ainda se isso será benéfico ouprejudicial para o processo de despolui-ção. Dependerá do diagnóstico dos estu-dos", explicou Imai.

Apesar de o modelo hidrodinãmicosó ficar pronto em meados de 1994, ostécnicos acreditam que, alguns meses de-pois de iniciado o estudo, já se possatraçar um perfil básico sobre a qualidadeda água, sedimentação e despejos de es-goto doméstico e industrial. No discursoem que agradeceu a ajuda do Japão,Brizola não mediu elogios: "Nós, às ve-zes, temos alguma inveja de São Paulo.Gostaríamos de contar, aqui no Rio,com maior presença japonesa."

A deputada Lúcia Souto (PCB),presidente da Comissão Parlamentar deInquérito (CPI) instaurada na Assem-bléia Legislativa para apurar abusos naprática da esterilização de mulheres noestado do Rio, anunciou ontem que oMinistério Público e o ministro das Re-lações Exteriores, Francisco Rezek, re-ceberão pedidos de abertura de inquéri-to para investigar se entidades quefazem controle da natalidade são finan-ciadas por capital estrangeiro. Esta prá-tica é proibida pela Constituição Fede-ral.

Segundo a deputada, este é o casoda Benfam (Sociedade Civil Bem EstarFamiliar no Brasil), que declarou rece-ber financiamentos de diversas institui-ções internacionais como a FundaçãoPathfinder e a Development AssociatesInc., entre outras, c da ABEPF (Asso-

ciação Brasileira de Planejamento Fa-mitiar). Serão enviados também ao Mi-nistério Público relatórios sobre osdramas de Sônia Beltrão, esterilizadacontra sua vontade ao fazer uma cesa-riana na Maternidade Praça 15, e Mari-nete Souza de Farias, com quem acon-teceu o mesmo ao submeter-se ao testecontraccptivo Norplant, da Benfam, su-postamente de efeito temporário.

Tanto a Benfam quanto a ABEPFdeclararam, em depoimentos reserva-dos, que recebem financiamentos exter-nos, nias se negaram a enviar â CPIcópias dos contratos com as agênciasinternacionais. A CPI quer esclarecerainda por que a Benfam disse ter reali-zado 4.557 cirurgias de esterilização noHospital Moncorvo Filho, cuja direçãonega a existência de convênio com ainstituição.

dentifíca pontos críticos

Rio Iguaçu, que se encontra com oSarapuí, em Jardim Gramacho, no mu-nicípio de Duque de Caxias, antes dedesembocar na baía. "A cor do rio de-monstra uma contaminação bastanteviolenta de poluentes", disse ele.

Os técnicos japoneses utilizarãoimagens de satélite para analisar os efei-

tos dos desmatamentos e das fontes depoluição.

"Do lado norte para leste, háuma zona extensa de manguezal, queserve como obstáculo á entrada de terrae dejetos. Nesse ponto ,o estado daágua parece bom", comentou Imai. Oponto mencionado é o manguezal deGuapimirim.

RenanCepeda

|—| A Praça Serzcdclo Correia, emCopacabana, será finalmente

aberta ao público. Depois de maisde dez meses de obras, que custaramCrS 200 milhões, a Fundação Par-ques e Jardins promete entregar,amanhã, aos moradores do bairro

um espaço totalmente reformado,com bancos novos, banheiros nosubsolo, mesas de jogo de xadrez ede dama, e brinquedos de madeira.Até o final da tarde de ontem, ope-rários ainda trabalhavam do lado delora do gradil que cerca a praça.

colocando as últimas pedras portu-guesas na calçada e fixando as peçasdo banheiro, que será usado me-diante o pagamento de uma taxa deCrS 50. Guardas de segurança lãráoo policiamento do local, dia e noite.

Técnico identifica pontos críticos

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Centros Culturais do RioJosé Bonifácio

Pela Cidade

Ponto a ponto•..Moradores da Rua Barão doFlamengo, no Flamengo, quei-xam-se da desorganização doscarros estacionados diariamentepela .oficina de automóveis Eletro-Car. Os proprietários da loja che-gam a fazer filas triplas no meioda'rua. Pela manhã o trânsito ficaum verdadeiro caos.

Qs. garis da Comlurb estão dei-xando de fazer a varredura da Ave-nida Antenor Navarro, em Brás dePina, a partir do número 792. Vá-rias reclamações já foram feitas,sem resultado.•,,Há três semanas os moradoresda-Rua Matupire, em Benfica, pe-dem à Cedae para providenciar ocònserto de um bueiro que vazaesgoto em frente ao prédio núme-ro 208. O mau cheiro.está insu-portável.

Um terreno de propriedade daComlurb, na esquina da AvenidaPresidente Vargas com Rua Gene-ral Caldwell, virou favela. Comer-ciantes da área estão temendo as-saltos e pedem providências.

Os; carros apreendidos pela 16aDP (Barra da Tijuca) estão aban-donados na calçada da Rua Gene-ral Ivan Raposo, atrapalhando apassagem de pedestres, que sãoobrigados a andar no meio darua.

Um buraco da Cedae está colo-cando em risco a vida dos motoris-tas que passam pela Avenida Gere-mário Dantas, esquina com RuaJosé Silva, em Jacarepaguá. Elessão obrigados a fazer manobras pe-rigosas para desviar do buraco, quenão pára de jorrar água.Reclamações para esta coluna pelo te-lejone 585-4565, de segunda a sexta-fei-rà,"no horário de 13h às 15h.

Menores

gU O juiz da 2* Vara de Meno- res, Siro Darlan, estará hoje

na Assembléia Legislativa, ás 14b,para falar sobre as instituiçõesque cuidara dos menores infrato-

---«s e esclarecer as mudanças ocor-—ridas com base no Estatuto da

r~Cíiança e do Adolescente. Ele fa-iará aos deputados estaduais naComissão de Assuntos da Mulher

i e da Criança, presidida pela depu-i tada Aparecida Boaventars.

Um prédio misteriosoH O edifício Guarajá, que fica num

dos pontos mais nobres de Copacabana— esquina da Rua Domingos Ferreiracom Constante Ramos — desafia a ima-ginação dos moradores do bairro. Im-ponente com seus 9 andares, fachada nomelhor estilo francês da década de 30 eescadarias em mármore de carrara, oprédio está fechado há mais de 10 anos.Conseqüentemente, acabou se transfor-mando em símbolo do abandono. Suasjanelas cm madeira perdem pedaços esua cor, que um dia foi branca, agora écinza-escuro. A vizinhança arrisca o co-mentário de que o edifício "è vazio degente mas cheio de mistérios", e que o

local é mal assombrado; alguns maisrealistas pedem a intervenção da prefei-tura, pois o local se transformou cmponto de concentração de desocupados.Herança da família Ribeiro Campos,segundo Guilhermina Maria Campos,uma das suas proprietárias, a intençãodos herdeiros c vendê-lo, pois nenhumdeles tem condições de recuperá-lo.Guilhermina lembra que há 10 anos afamília conseguiu esvaziar o prédio paraobras, que no entanto não foram feitasna época porque o proprietário de umalanchonete que ficava no térreo se recu-sou a sair.

Prédio em estilo neoclássi-co, construído entre 1871 e1877, para abrigar a EscolaJosé Bonifácio. Na obra, u-tilizaram-se recursos dedoações feitas, após aGuerra do Paraguai, paraerguer uma estátua de DomPedro II. O imperador recu-sou a homenagem e orde-nou que o dinheiro fosseempregado em escolas. Ficana Rua Pedro Ernesto. 80.na Saúde.

Macaé

Ontem foi mais um dia de poucotrabalho na Assembléia Legislativa. Asessão ordinária não aconteceu por faltade quorum, mas o presidente da Casa,deputado José Nader, não deixou de fa-zer, no fim da tarde, uma convocaçãopara mais quatro sessões extraordinárias,que podem render aos 70 parlamentaresnada menos que CrS 28 milhões. A ses-são ordinária que deixou de ser realizadanão fará falta para o eleitor e contribuiu-te. Estavam na pauta de votação quatroprojetos de concessão de títulos dc Cida-dão Benemérito e Medalha Tiradentes, ea instituição da Semana Hispânica.

Os coelhos cor-de-rosa'Ande legal'

A Secretaria estadual de Justiça rcini-ciou ontem a campanha Ande legal, parainformar pedestres e motoristas sobre asregras básicas de segurança no trânsito.Funcionários da secretaria c da 4a Re-gião Administritiva (Botafogo) passarama manhã no Largo do Machado, ondeforam entregues 10 mil cartilhas educati-vas. A distribuição já foi realizada emoutros bairros da cidade.

Quem passou ontem de manhã pelaAvenida Graça Aranha, próximo á cs-quina da Avenida Nilo Peçanha, no Cen-tro, dificilmente resistia á curiosidade deparar e olhar uma caixa, cheia de filhotesde coelhos — coloridos. Eram 15, com ospêlos pintados de rosa, azul-claro, azul-marinho c marrom, que estavam â ven-da. A idéia foi de um camelô, que apa-renta ter 25 anos e não quis se identificar.

Ele decidiu estender ao Centro a expe-riência que fez no subúrbio de Madureirae em menos de duas horas, conseguiuvender os 15 animais, a CrS 2 mil cadaum. O rapaz fazia questão de mostrarque os coelhos foram tingidos com anili-na, "inofensiva ao animal", e que, depoisde uma lavagem, os pêlos voltariam â cornormal. O camelô contou que, no verão,vai trabalhar na Região dos Lagos.

Pena de morteSc depender dos cariocas, a pena de

morte não será adotada no Brasil, parafrustração do deputado federal AmaralNeto (PDS-RJ). Em pesquisa experimen-tal, feita pelo Instituto Data-Brasil. re-centemente criado, 46.4% dos 830 entre-vistados manifestaram-se contra a penade morte. O índice, no entanto, é bastan-te próximo das opiniões favoráveis:41,94%. A pesquisa indica também que10,4% dos entrevistados condicionam aadoção da pena dc morte a vários fatorese 1,3% não soube responder.

Festa das bruxasPara tentar espantar ou exorcisar o

fantasma da crise, o Restaurante Lo-kau, na Reserva Biológica da Barra daTijuca, promove hoje a festa das Bruxas— Halloween, com direito aos cenáriosmais assombrados. Estes ficaram porconta da imaginação dos cinegrafistasIrênio Maia e Peter Gaspar, que vãofazer aparecer fantasmas e duendesnum jogo de luzes. Esta é a segundafesta das bruxas promovida pelo res-taurante, que só deixará entrar bruxas ebruxos a caráter ou em black-tie.

Debate no barO secretário de Obras do município,

Luis Paulo Corrêa da Rocha, inaugurahoje um novo estilo de divulgar os tra-balhos que estão sendo feitos pela Pre-feitura do Rio nos diversos bairros dacidade: ás 20h ele estará no Bar Consti-tuinte, na Rua da Constituição, no Cen-tro, para discutir alguns projetos, a con-vite de associações de bairros ecomerciais que consideram ser esta amelhor maneira de conseguir uma con-versa informal com representantes domunicípio. A entrada é gratuita.

SatisfaçãoO prefeito Marcello Alencar não

escondeu ontem o ar de satisfação,ao tomar conhecimento de quegrande parte das cenas do filme Getback, documentário sobre as turnèsdo ex-Beatle Paul McCartney lança-do sexta-feira nos Estados Unidos,apresenta diversos locais no Rio, co-mo o Cristo Redentor, praias e oestádio do Maracanã. MarcelloAlencar considerou o filme uma dasmelhores propagandas turísticas doRio, cujo responsável destacou ser odiretor, Richard Lcster.

Assinatura Jornal do Brasil

Pouco trabalho

Marcelo Tabach

Soniu

Sônia foi enganada no partoDepois de 10 meses, período em

que foram ouvidos mais de 20 depoi-mentos de médicos, vítimas, pesqui-sadores e testemunhas, a CPI queapura o problema da esterilização emmassa constatou que em muitos mu-nicipios do Rio as cesarianas supe-ram em 60% a média permitida porlei. O trabalho da CPI contou com aajuda de mulheres submetidas invo-luntariamente a laqucadura, comoSônia Beltrão, arquiteta da Secretariaestadual de Obras.

Ela pretendia ainda de ter filhos,mas em fevereiro de 1985 fez umacesariana na Maternidade Praça 15,no Centro do Rio, e o médico Dioní-sio Cavalheiro ligou suas trompas,sem que ela soubesse. Sônia só des-confiou o que acontecera quando,ainda sob o efeito da anestesia, ouviuos comentários de dois médicos sobreo seu caso. Na época, ela procurou oConselho Regional dc Medicina doRio de Janeiro (Cremerj), que puniuo médico com um mês de suspensão.

"Decidiram por mim, sem eu po-

der dizer nada. Eu queria que o médi-co fosse cassado", desabafa Sônia.Ela diz que tinha recursos para pagarhospital particular, mas procurou oserviço público por recomendação depessoas amigas. "O atendimento naMaternidade Praça 15 é voltado basi-canicnte para mulheres de baixa ren-

Renan Copeda

Sônia: O módico deveriaser cassado

da, que até hoje não devem saber porque não conseguiram mais ter li-lhos", afirma. Atualmente, com 42anos, ela ainda sente raiva não só domédico, mas também da administra-ção do hospital. Há quatro meses aarquiteta encontrou Dionisio no me-trô, todo vestido de branco, o quea deixou "estarrecida e sem pala-vras."

(0247)62-2214

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JORNAL DO BRASIL quinta-feira, 31/10/91 o Cidade p 3

Última palavra sobre

tragédia do 'Bateau'

Os desembargadores Antonio CarlosAmorim, Adolphino Ribeiro e AméricoCanabarro, da 4a Câmara Criminal doTribunal de Justiça, vão decidir hoje semantêm ou não a absolvição dos acusa-dos pelo naufrágio do Bateau MoucheIV, em que morreram 55 pessoas, nanoite de 31 de dezembro de 1988. Se forconfirmada a sentença dada em novem-bro do ano passado pelo juiz JasminSimões Costa, os donos da Bateau Mou-che Rio Turismo Ltda. e da Itatiaia Tu-rismo ficarão definitivamente livres daacusação.

Francisco Garcia Riveiro, da Itatiaia,Álvaro Pereira da Costa, Faustino Puer-tas Vidal, Ramon Rodrigues Crespo.Gerardo Morgade Senra, Avelino Fer-nandez Rivera, José Ramiro GandaraFernandez, Pedro Gonzalez Mendez.Juan Carlos Rodriguez Rodriguez e Car-los Gambino Morgade, da Bateau Mou-che, e o mecânico Edson Gonçalves deCarvalho foram processados por expo-rem embarcação a perigo, tendo comoresultado várias mortes. A defesa dos

Obra da Linha

volta a fechar

a Av. Brasil

A pista lateral de sentido Centro—Zona Oeste da Avenida Brasil será inter-ditada ao tráfego, em São Cristóvão,segunda, terça e quarta-feira da próximasemana, para instalação de treliças metá-licas da Linha Vermelha. O período deinterdição vai das 22h às 5h. Há cerca deum mês, a pista lateral de sentido opostofoi fechada, para a realização de traba-lho semelhante. Com as extremidadesdo elevado avançando sobre a pistas la-terais, faltarão apenas alguns metros pa-ra completar o vão livre sobre toda alargura da Avenida Brasil.

Em dezembro, as duas pistas centraisserão interditadas ao mesmo tempo, du-rante um fim de semana, para a finaliza-ção da montagem das treliças sobre aavenida. Segundo a Fundação Depar-tamento de Estradas de Rodagem (Fun-derj), será feita uma intensa campa-nha informativa, uma semana antes dofechamento — previsto para o dia 7 dedezembro —, para reduzir os transtor-nos.

Ontem o presidente do Banerj, Antô-nio Carlos Brandão, e o presidente daAssociação Industrial e Comercial deSão Cristóvão, Athus Ferreira, assina-ram protocolo que estabelece a aberturade uma linha especial de crédito para oslojistas prejudicados pelo fechamento daRua Bela para as obras da Linha Ver-melha. Os empréstimos, em 10 parcelasmensais, vão beneficiar 150 comerciantese começarão a ser liberados segunda-fei-ra, na agência São Cristóvão e num pos-to bancário montado na sede da Flupe-me (Associação Fluminense da Pequenae Média Empresa).

empresários incriminou duas vitimas datragédia: o mestre-arrais Camilo Faro,que dirigia a embarcação, e o engenheiroeletricista Mário Rodrigues Trilles, res-ponsável pela manutenção dos barcos daempresa.

Irregularidades — A Delegaciade Defraudações abriu há um mês oinquérito n° 117/91, para apurar irregu-landades na construção e funcionamentodo Windsor Palace Hotel, na Rua Do-mingos Ferreira, 6, em Copacabana. Umdos sócios do hotel é o dono da ItatiaiaTurismo, Francisco Garcia Riveiro, quetem 750 mil cotas. Garcia foi o principalpromotor do trágico réveillon a bordo doBateau Mouclie IV.

Em 1985, um grupo de empresáriossolicitou à prefeitura autorização paraconstruir no local um prédio residencial.O imóvel foi posteriormente modificadopera funcionar como hotel e a SecretariaMunicipal de Obras embargou a refor-ma, mas os empresários colocaram ohotel em funcionamento no início de1989. apesar de 12 autos de infração.,.

Brizola e

Nader se

reaproximam

O fato de o governador Leonel Brizo-la ter sobrevoado as obras da LinhaVermelha esta semana em companhia dopresidente da Assembléia Legislativa, de-putado José Nader (sem partido) provo-cou rumores de uma possível reaproxi-mação entre os dois. Nader e Brizolaromperam relações logo depois da elei-ção para a presidência da Assembléia, noinício do ano, quando o deputado foiexpulso do PDT por se negar a desistirda disputa e dar vez ao deputado CarlosCorreia, indicado pelo governador.

Para alguns deputados, a explicaçãodo novo namoro pode estar no Tribunalde Contas do Estado. Brigado com seuúnico aliado no TCE, o conselheiro Pau-Io Ribeiro, por ele ter dado parecer favo-rável às contas de Moreira Franco, Bri-zola estaria precisando fortalecer suainfluência sobre o órgão, responsável pe-la aprovação das contas do Executivo.

Bem relacionado com a maioria dasbancadas da Casa, Nader pode influen-ciar de forma decisiva na escolha donovo conselheiro. Apesar das expectati-vas, até agora o presidente não publicouedital para o preenchimento da vaga,aberta com a morte do conselheiro Hei-tor Brandão Schiller. Para o deputadoWagner Siqueira (PMDB), os indícios dareaproximação surgiram há algumas se-manas. "Tínhamos maioria para aprovarCPIs que investigariam irregularidadesnas obras da Linha Vermelha e no Ba-nerj, e o presidente as tirou de pauta.Curiosamente, poucos dias depois foramliberados CrS 11 bilhões para a Assem-blêia", lembra o deputado.

Paulo Nicolella

"Jh llllw' jl v

Òs velhos trailers agora serão substituídos por quiosques

Trailer deixa praia

Tribunal anula

concessão dada

até o ano 2008

Os trailers de toda a orla maríti-

ma do Rio de Janeiro perde-ram a concessão da prefeitura paraocupar os pontos até o ano 2008. OÓrgão Especial do Tribunal de Justi-ça do Rio declarou inscontitucional alei municipal sancionada em 1988 pe-lo então prefeito Saturnino Braga,que deu aos proprietários de trailers apermissão para explorar esse tipo decomércio nas praias pelo prazo de 20anos. O prefeito Marcello Alencarcomemorou a decisão do Órgão Es-pecial, composto pelos 25 desembar-gadores mais antigos do Tribunal de

Justiça, e começará a fazer uma novaavaliação das concessões.

Com a decisão do Órgão Especialdo Tribunal de Justiça a prefeiturapoderá instalar com tranqüilidade elegitimidade os quiosques previstosno projeto Rio-Orla. Desde 89 a pre-feitura tenta, através da ProcuradoriaGeral do Município, derrubar a leique deu permissão aos proprietáriosdos trailhers para que eles exploras-sem o comércio na orla até 2008. Asecretaria municipal de Fazenda ca-dastrou todos os proprietários detrailhers, mas apenas 220 deverão ob-ter concessão para explorar os futu-ros quiosques. Esses pontos de vendaterão água encanada e só poderãovender alimentos e bebidas dentrodos padrões de higiene da Fiscaliza-ção Sanitária. Também será proibidoo uso de botijões de gás.

Promotora questiona

comportamento de juiz.

A promotora Ariadne Dias, da Varade Execuções Penais, quer que a Corre-gedoria Geral da Justiça apure as liga-ções do juiz da 12a Vara de Família doRio, Antônio Felipe da Silva Neves, como auxiliar de necropsia da Polícia CivilRaimundo Batista de Oliveira, o Tiririca,condenado por envolvimento em seques-tro e acusado do assassinar um guardamunicipal em Volta Redonda (MédioVale do Paraíba), em 16 de agosto. Con-denado em 89 a auatro anos de prisão,como integrante de um grupo de exter-mínio, Tiririca estava, no dia da mortedo guarda, a serviço do juiz, que o requi-sitara em 27 de junho de 90 para aprestação de "relevantes serviços" à Jus-tiça.

O auxiliar de necropsia, que cumpriapena de prisão em regime semi-aberto nacarceragem da Polinter em Benfica, noRio, foi requisitado por Silva Nevesquando o juiz respondia pela Ia VaraCível de Madureira e dirigia o Fórumlocal. Dois dias depois da condenação deRaimundo Batista de Oliveira — o queobrigaria a sua transferência para umapenitenciária —, Silva Neves pediu à Po-iinter que o preso fosse "posto à disposi-ção do juizo da Ia Vara Cível Regionalde Madureira".

Em indignado parecer contra a "si-tuação de desmando e impunidade" go-zada por Tiririca, a promotora AriadneDias pediu ao juiz da Vara de ExecuçõesPenais, Carlos Raimundo Cardoso, que

notifique à Corregedoria Geral de Justi-ça e ao Conselho da Magistratura o en-volviniento de Silva Neves com o crimi-noso. A ligação do auxiliar de necropsiacom Silva Neves, juiz em Volta Redondaaté outubro de 88, foi revelada no inqué-rito em que Tirirca é acusado de terassassinado o guarda municipal EupjdioDias Ferreira, o Sitia. O mandante seriao secretário de Finanças de Volta Re-donda, Luís Alberto Leite.

No inquérito, o delegado MauderyBatista Saldanha, da 94a DP, pediu àPolinter informações sobre Tiririca. Foisurpreendido por oficio do delegado Ris-calla João Abdenur, da Polinter: "Em'27de junho de 90, em atendimento ao oficiona 301/90, oriundo da Ia Vara Cível deMadureira, da comarca da capital, fir-mado pelo juiz Antônio Felipe da SilvaNeves (documento cm anexo, cópia), foio interno supramencionado colocado àdisposição da referida autoridade judi-,ciaria."

Ariadne Dias afirma, no parecer, queSilva Neves agiu "em frontal violação aoCódigo de Organização e Divisão Judi-ciária e á Lei de Execuções Penais, exor-bitando os limites de sua competência".Isso, assinala Ariadne, "significa dizerque o apenado estava em situação ilegalde 27/06/90 a 12/09/90" — dia em que oauxiliar de necropsia foi recolhido à Po-linter, em regime fechado. A promotoraquer que Tiririca seja removido imedia-lamente para um presidio. •

Criminoso confirma ligação

O auxiliar de necropsia RaimundoBatista de Oliveira, o Tiririca, de 46anos, confirmou, na 94a DP (Volta Re-donda), que "prestava serviços" ao juizAntônio Felipe da Silva Neves, da 12aVara de Família do Rio. Ao depor, noinício do mês, no inquérito que apura oassassinato do guarda Eulpídio Dias Pe-reira, Tiririca disse que um escrivão cri-minai conhecido como Wagner, do Fó-rum de Madureira, conseguiu o beneficioirregular com Silva Neves. Não esclare-ceu, porém, que serviços prestava ao juiz,então diretor do fórum.

Desde que foi requisitado por SilvaNeves, o auxiliar de necropsia passou aser visto com freqüência em Volta Re-donda, onde montou uma metalúrgicaque trabalha para a prefeitura. Tiriricafoi condenado em 28 de agosto de 89pela juíza Jorgenete Basilio, em BarraMansa (Médio Vale do Paraíba), peloseqüestro de quatro rapazes — desapare-cidos até hoje — no distrito de Quatis,em janeiro daquele ano. Com uma me-tralhadora da Polícia Civil, Tiririca pra-ticou o crime com Antônio Carlos Re-

bolla, o Cartão, condenado também aquatro anos de prisão.

A prestação de "relevantes serviços"ao juiz Silva Neves e a regalia de nuncater cumprido pena em presídio foramalgumas das facilidades concedidas aoauxiliar de necropsia pela Polinter,,.ondedesde fevereiro de 90 ele gozava de prisãosemi-aberta, com direito a liberdade ,du-rante o dia e em fins de semana alterna-dos. "Não se entende como alguns. ,con-seguem tanto e tantos nada obtêm",comentou em 16 de setembro a promoto-ra Maria Cristina Menezes de Azevedo,da Vara de Execução Penais, em parecercontrário ao livramento condicional deTiririca.

Silva Neves, procurado ontem peloJORNAL DO BRASIL na 12a Vara deFamília do Rio, recusou-se a comentar ocaso, alegando não ter autorização,doTribunal de Justiça para dar entrevista.Silva Neves é um dos juizes sob investi-gação em sindicância do tribunal quoapura denúncia de envolvimento de mar-gistrados com crimes na região do MédioParaíba.

PM abre as portas aos

punidos com a reservaCentenas de militares da PM — entre

soldados, cabos, sargentos e oficiais su-balternos — colocados na reserva nogoverno passado pelo então comandanteda corporação, coronel Manoel Elísiodos Santos Filho, por discordarem dadiretriz do comando e reivindicarem me-lhores soldos, poderão voltar ao serviçoativo da Policia Militar.

Decisão neste sentido foi adotada pe-lo atual comandante da PM, coronelCarlos Magno Nazaré Cerqueira, quecriou uma comissão para analisar as pu-nições e a conclusão foi de que houveexcesso do comando anterior. Os quedesejarem retornar ao serviço ativo de-vem procurar a Diretoria Geral do Pes-soai Militar e entregar o requerimentosolicitando a reversão do serviço inativopara o ativo.

O antigo comandante, coronel Elísio,foi responsável pela elaboração de umprojeto-de-lei, aprovado pela AssembléiaLegislativa, alterando o Estatuto da Po-licia Militar que diminuía de 35 para 25anos o tempo de serviço dos oficiais. Afinalidade era afastar da PM, passando

para a reserva, dezenas de oficiais quetambém não concordavam com seus mé-todos de comando. Na semana passada,o governador Leonel Brizola mandoumensagem para a Assembléia Legislativa.,revogando a lei, que fará voltar à PM.dezenas de oficiais.

Os soldados, cabos, sargentos e ofi-ciais subalternos (tenentes e capitães)'pu-nidos pelo comando anterior com a pás-ísagem para a reserva e que désèjem,voltar, deverão fazer um estágio de 45dias no quartel do Centro de Recomple-tamento e Especialização (em Niterói).Somente irão retornar à corporaçãoaqueles que tiverem fichas limpas. Mili-tares excluídos a bem da disciplina óuenvolvidos com drogas, grupos de e.xter-vmínio, extorsão e outros crimes não sé-rão aceitos de volta. Segundo o ténênjgrcoronel Brandino Ribeiro, a PM não teni.o objetivo de aumentar seus quacftòs,com a volta daqueles que foram injusti-çados no comando passado e o retornodeve ser de iniciativa do próprio pessoalpunido.

Atropelamento na Barrapí* - -A

Um dia após a manifestação dos vermelho, UN 5414, dirigido por LülS"moradores da Barra da Tijuca pela Alberto Torquato Reis, 42 suios, quê

f?de passarelas, passagens seguia em alta velocidade. Levado à"'.\tou de nivel na Avenida 16" DP (Barra da Tijnça), o motoris- •

Cardoso, de 76 anos, morreu ontematropelada na altura do Km 14, pertodo Barrashopping, por volta de10h30. Ela foi colhida pelo Escort

. www vi».»:' r ' —T >Segando policiais, ele será indiciado-por faomicidio culposo. O carro foi .apreendido, porque os documentos de •:Luís estavam vencidos. *

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Assinatura

Brasília

(061)223-0888

Maria Jos6 Lessa

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O Cristo Redentor abriga, em duas unidades, velhos e crianqas

Paulo Colagrossi será indiciado

¦ Procuradoria da República promove indiciação por tomada de preços e licitação irregulares

O diretor do Abrigo Cristo Redentor,Paulo Rogério Colagrossi, denunciadopelo deputado federal José Dirceu (PT-SP) por promover concorrências públi-cas irregulares c acobertar empresas ini-dôneas, será indiciado na Procuradoria-Geral da República também por nãopublicar resultados de tomadas de preçosno Diário Oficial, como determina o Tri-bunal de Contas da União. Será indicia-do ainda por ter dividido uma licitaçãopública no valor de CrS 36 milhões, emnovembro do ano passado, quando erasuperintendente da Legião Brasileira deAssistência (LBA) no Rio, em seis car-tas-convites a firmas por ele escolhidas, oque é ilegal.

A ex-superintendente da LBA noRio, Solange Amaral, que está auxilian-do o deputado federal José Dirceu nolevantamento das irregularidades noAbrigo Cristo Redentor, disse que o dos-siê apresentado pelo deputado paulista àProcuradoria-Geral da República não asurpreendeu: "Quando esteve à frente daLBA, durante dois meses, Paulo RogérioColagrossi já tinha cometido irregularida-des. Ele sempre gostou de trabalhar nasombra, tanto que não publicou no DiárioOficial os resultados de várias licitações".

Paulo Rogério Colagrossi mandoupublicar, em abril, os avisos das seguin-tes tomadas de preços para o AbrigoCristo Redentor: 03, para compra de

material de cama, banho e vestuário; 04,para manutenção e reparos hidráulicos eelétricos; 05, para serviços de reforma emcamas e mesas hospitalares; 06, para ser-viços de limpeza e reforma de caldeira dalavanderia; 07, para aquisição de gênerosalimentícios. Os resultados não são co-nhecidos, pois não foram publicados.

Quando assumiu a superintendênciada LBA no Rio, entre novembro de 1990e janeiro deste ano, Paulo Rogério Cola-grossi cometeu ilegalidade ao fracionaruma tomada de preços, o que é expressa-mente proibido pela legislação. EramCrS 36 milhões na época, ou CrS 108milhões em valores de hoje. Uma tomadade preço nesse valor exige publicação deedital e qualquer firma pode participar,desde que preencha os requisitos. Aodividir por sete, Paulo Rogério Cola-grossi pulverizou os CrS 36 milhões, oque lhe permitiu comprar os produtosatravés de cartas-convites, enviadas aempresas por ele escolhidas.

A tomada de preços era para a com-pra de cestas básicas que a LBA jamaisdistribuiu à população carente. Ao divi-dir, Colagrossi enviou cartas-convitespara empresas fornecerem 57 toneladasde açúcar, 51 toneladas de feijão, 27toneladas de leite em pó, 57 toneladas dearroz, 73 toneladas de fubá, 29 toneladasde farinha de mandioca e 17.500 latas deóleo de soja.

Maria Josó Lessa

Diretor acusa deputado"O deputado federal José Dirceu é

mentiroso e fofoqueiro. Não é a primeiravez que ele ataca o Centro de PromoçãoSocial Abrigo do Cristo Redentor semnenhum fundamento e com denúnciasfalsas. Estamos sendo ameaçados pelaira insana de um candidato a candidato àPrefeitura de São Paulo." Essa foi a res-posta dada ontem pelo diretor-geral-substituto do Abrigo do Cristo Redentor(LBA), Ricardo Neves, às acusações fei-tas na véspera pelo deputado federal JoséDirceu (PT-SP) sobre fraudes praticadaspelo abrigo, que teria pago faturas a umafirma criada com o objetivo de ganharconcorrências armadas.

Falando pelo diretor Paulo RogérioColagrossi, que estava em Brasília paraaudiência com o ministro da Saúde, Ne-ves disse que está convocando para ir aoabrigo, às 18h de amanhã, o deputadoJosé Dirceu, a ex-superintendente daLBA no Rio, Solange Amaral, o senadorNélson Carneiro (PMDB-RJ), um repre-sentante da Procuradoria-Geral e a im-prensa. "Vamos botar em cima da mesatodos os processos da suposta "fraude",

chamar a firma laranja e provar quequem está usando muito mal o dinheiropúblico é o deputado José Dirceu", disseo subdiretor.

Administradores do Abrigo, queatende na unidade da Avenida dos De-mocráticos, em Bonsucesso, 800 idososem regime de abrigo e 250 em regime desemi-abrigo — funcionava ontem comdiversos tipos de atendimento e recrea-ção para idosos — disseram que não é aprimeira vez que José Dirceu investecontra o Cristo Redentor."O deputado afirmou, no dia 25 deagosto, que tínhamos sonegado informa-ções a empresas na licitação de desconta-minação ae pó de broca, próximo a nos-sa unidade para crianças em Cidade dosMeninos, Duaue de Caxias. E que havia-mos contratado a empresa Promom semlicitação. Só que havíamos pedido o can-celamento dessa licitação, desde 15 deagosto. O cancelamento saiu no dia 20do mesmo mês, porque não conseguimosacertar com o Ministério da Saúde ques-tões de verba para a licitação" disse Ri-cardo Neves. O Cristo Redentor abriga, em duas unidades, velhos e crianças

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JORNAL DO BRASIL 2a Edição ? quinta-feira, 31/10/91 o Cidade o 3

Maria Jos6 lessa

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O Cristo Redentor abriga, em duas unidades, velhos e crian^as

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Maria Josó Lessa

Paulo Nlcolella

Promotora questiona

comportamento de juiz

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A promotora Ariadne Dias, da Varadc Execuções Penais, quer que a Corre-gedoria Geral da Justiça apure as liga-ções do juiz da 12" Vara de Família doRio, Antônio Felipe da Silva Neves, como auxiliar de necropsia da Polícia CivilRaimundo Batista de Oliveira, o Tiririca,condenado por envolvimento em seques-tro e acusado do assassinar um guardamunicipal em Volta Redonda (MédioVale do Paraíba), em 16 de agosto. Con-denado em 89 a quatro anos de prisão,como integrante de um grupo de exter-mínio, Tiririca estava, no dia da mortedo guarda, a serviço do juiz, que o requi-sitara em 27 de junho de 90 para aprestação de "relevantes serviços" à Jus-tiça.

O auxiliar de necropsia, que cumpriapena de prisão em regime semi-aberto nacarceragem da Polinter em Benfica, noRio, foi requisitado por Silva Nevesquando o juiz respondia pela Ia VaraCível de Madureira e dirigia o Fórumlocal. Dois dias depois da condenação deRaimundo Batista de Oliveira — o queobrigaria a sua transferência para umapenitenciária —, Silva Neves pediu à Po-linter que o preso fosse "posto à disposi-ção do juízo da Ia Vara Cível Regionalde Madureira".

Em indignado parecer contra a "si-tuação de desmando e impunidade" go-zada por Tiririca, a promotora AriadneDias pediu ao juiz da Vara de ExecuçõesPenais, Carlos Raimundo Cardoso, que

notifique à Corregedoria Geral de Justi-ça e ao Conselho da Magistratura o en-volvimento de Silva Neves com o crimi-noso. A ligação do auxiliar de necropsiacom Silva Neves, juiz em Volla Redondaaté outubro de 88, foi revelada no inqué-rito em que Tirirca é acusado de terassassinado o guarda municipal EupídioDias Ferreira, o Sula. O mandante seriao secretário de Finanças de Volta Re-donda, Luís Alberto Leite.

No inquérito, o delegado MauderyBatista Saldanha, da 94a DP, pediu àPolinter informações sobre Tiririca. Foisurpreendido por ofício do delegado Ris-calla João Abdenur, da Polinter: "Em 27dc junho de 90, em atendimento ao ofíqio,na 301/90, oriundo da Ia Vara Cível deMadureira, da comarca da capital, fir-„mado pelo juiz Antônio Felipe da SilvaNeves (documento em anexo, cópia), foi.o interno supramencionado colocado ádisposição da referida autoridade judi-ciária." ;

Ariadne Dias afirma, no parecer, queSilva Neves agiu "em frontal violação aoCódigo de Organização e Divisão Judi-ciaria c à Lei de Execuções Penais, exor-bitando os limites de sua competência".Isso, assinala Ariadne, "significa dizerque o apenado estava em situação ilegalde 27/06/90 a 12/09/90" — dia em que oauxiliar de necropsia foi recolhido à Po-linter, em regime fechado. A promotoraquer que Tiririca seja removido imedia-lamente para um presídio.

Criminoso confirma ligação

O auxiliar de necropsia RaimundoBatista de Oliveira, o Tiririca, de 46anos, confirmou, na 94a DP (Volta Re-donda), que "prestava serviços" ao juizAntônio Felipe da Silva Neves, da 12aVara de Família do Rio. Ao depor, noinício do mês, no inquérito que apura oassassinato do guarda Eulpidio Dias Pe-reira, Tiririca disse que um escrivão cri-minai conhecido como Wagner, do Fó-rum de Madureira, conseguiu o benefícioirregular com Silva Neves. Não esclare-ceu, porém, que serviços prestava ao juiz,então diretor do fórum.

Desde que foi requisitado por SilvaNeves, o auxiliar de necropsia passou aser visto com freqüência em Volta Re-donda, onde montou uma metalúrgicaque trabalha para a prefeitura. Tiriricafoi condenado em 28 de agosto de 89pela juíza Jorgenete Basílio, em BarraMansa (Médio Vale do Paraíba), peloseqüestro de quatro rapazes — desapare-cidos até hoje — no distrito de Quatis,em janeiro daquele ano. Com uma me-tralhadora da Polícia Civil, Tiririca pra-ticou o crime com Antônio Carlos Re-

bolla, o Carlão, condenado também a •quatro anos de prisão.

A prestação de "relevantes serviços"ao juiz Silva Neves c a regalia de nuucater cumprido pena cm presidio foramalgumas das facilidades concedidas aoauxiliar de necropsia pela Polinter, ondedesde fevereiro de 90 ele gozava de prisãosemi-aberta, com direito a liberdade du-rante o dia e em fins de semana alterna-dos. "Não se entende como alguns con-seguem tanto e tantos nada obtêm",comentou em 16 de setembro a promoto-ra Maria Cristina Menezes de Azevedo,da Vara de Execução Penais, em parecercontrário ao livramento condicionúLcleTiririca.

Silva Neves, procurado ontem peloJORNAL DO BRASIL na 12a Vara deFamília do Rio, recusou-se a comentar ocaso, alegando não ter autorização doTribunal de Justiça para dar entrevista.Silva Neves é um dos juizes sob investi-gação em sindicância do tribunal queapura denúncia dc envolvimento de ma-gistrados com crimes na região do MédioParaíba.

PM abre as portas

aos

punidos com a reserva

Centenas de militares da PM — entresoldados, cabos, sargentos e oficiais su-balternos — colocados na reserva nogoverno passado pelo então comandanteda corporação, coronel Manoel Elisiodos Santos Filho, por discordarem dadiretriz do comando e reivindicarem me-lhores soldos, poderão voltar ao serviçoativo da Polícia Militar.

Decisão neste sentido foi adotada pe-lo atual comandante da PM, coronelCarlos Magno Nazaré Cerqueira, quecriou uma comissão para analisar as pu-nições e a conclusão foi de que houveexcesso do comando anterior. Os quedesejarem retornar ao serviço ativo de-vem procurar a Diretoria Geral do Pes-soai Militar e entregar o requerimentosolicitando a reversão do serviço inativopara o ativo.

O antigo comandante, coronel Elisio,foi responsável pela elaboração de umprojeto-de-lei, aprovado pela AssembléiaLegislativa, alterando o Estatuto da Po-lícia Militar que diminuía de 35 para 25anos o tempo de serviço dos oficiais. Afinalidade era afastar da PM, passando

para a reserva, dezenas de oficiais quetambém não concordavam com seus mé-todos de comando. Na semana passada,o governador Leonel Brizola mandoumensagem para a Assembléia Legislativarevogando a lei, que fará voltar à PMdezenas dc oficiais.

Os soldados, cabos, sargentos C ofi-ciais subalternos (tenentes e capitães) pu-nidos pelo comando anterior com a pas-sagem para a reserva c que desejemvoltar, deverão fazer um estágio de, 45dias no quartel do Centro de Recomple-tamento e Especialização (cm Niterói).Somente irão retornar à corporaçãoaqueles que tiverem fichas limpas. Mili-tares excluídos a bem da disciplina ouenvolvidos com drogas, grupos de exter-,mínio, extorsão e outros crimes não se-rão aceitos de volta. Segundo o tenente-coronel Brandino Ribeiro., a PM não temo objetivo de aumentar seus quadroscom a volta daqueles que foram injusti-çados no comando passado e o retornodeve ser dc iniciativa do próprio pessoalpunido.

Atropelamento na BarraUm dia após a manifestação dos

moradores da Barra d» Tijuca pelaconstrução de passarelas, passagenssubterrâneas ou de nível a» Avenidadas Américas, a aposentada DamaresCardoso, de 76 anos, morreu Ontematropelada na altura do Km 14, pertodo Barrashopping, por volta de10h30. Ela foi colhida pelo Escort

vermelho, ÜN 5414, dirigido por LuísAlberto Torquato Reis, 42 anos, queseguia em alta velocidade, levado à16" DP (Barra da Tijuca), o motoris-,ta disse que não teve tempo de freanSegundo policiais, ele será indiciadopor homicídio culposo. O carro foiapreendido, porque os documentos deLuís estavam vencidos.

Rodoviários recebem

aumento e não param

Em reunião realizada ontem ànoite na Secretaria estadual de Trans-

Eortes, os rodoviários de Niterói,

•uque de Caxias, Magé, Nova Igua-çu e São João de Meriti aceitaram aproposta de reajuste salarial de 16%,retroativo a Io de outubro, e mais20,69% em novembro. As linhas queligam o Rio de Janeiro a esses muni-cipios terão aumento de 44% na tari-fa. As passagens dos ônibus que in-terligam os demais municípios ficarão35% mais caras, a partir ae zero horade sábado.

Além do reajuste de 40%, os mo-'toristas e cobràdores reivindicavam"pagamento de antecipação salarial,'que deveria ter sido concedida emsetembro e já acumula 32%. Celda.Ludi, diretora do Sindicato dos Rò-doviários de Niterói, disse que o ob-jetivo é conseguir, para motoristas ecobradores, piso salarial de cinco etrês salários mínimos, respectivamen-te. Isso eqüivale, atualmente, a- GrS210 mil eCr$ 126 mil.

Classificados JB

O fato de o governador Leonel Brizo-Ia ter sobrevoado as obras da LinhaVermelha esta semana em companhia dopresidente da Assembléia Legislativa, de-putado José Nader (sem partido) provo-cou rumores de uma possível reaproxi-mação entre os dois. Nader e Brizolaromperam relações logo depois da elei-ção para a presidência da Assembléia, noinício do ano, quando o deputado foiexpulso do PDT por se negar a desistirda disputa e dar vez ao deputado CarlosCorreia, indicado pelo governador.

Para alguns deputados, a explicaçãodo novo namoro pode estar no Tribunalde Contas do Estado. Brigado com seuúnico aliado no TCE, o conselheiro Pau-lo Ribeiro, por ele ter dado parecer favo-rável às contas de Moreira Franco, Bri-zola estaria precisando fortalecer suainfluência sobre o órgão, responsável pe-Ia aprovação das contas do Executivo.

Bem relacionado com a maioria dasbancadas da Casa, Nader pode influcn-ciar de forma decisiva na escolha donovo conselheiro. Apesar das expectati-vas, até agora o presidente não publicouedital para o preenchimento da vaga,aberta com a morte do conselheiro Hei-tor Brandão Schiller. Para o deputadoWagner Siqueira (PMDB), os indícios dareaproximação surgiram há algumas se-manas. "Tínhamos maioria para aprovarCPls que investigariam irregularidadesnas obras da Linha Vermelha e no Ba-nerj. e o presidente as tirou de pauta.Curiosamente, poucos dias depois foramliberados CrS 11 bilhões para a Assem-bléia", lembra o deputado.

Os velhos trailers agora serão substituídos por quiosques

Trailer deixa praia

Tribunal anula

concessão dada

até o ano 2008

Os trailers de toda a orla mariti-

ma do Rio de Janeiro perde-ram a concessão da prefeitura para0( upar os pontos até o ano 2008. OÓrgão Especial do Tribunal de Justi-ça do Rio declarou inscontitucional alei municipal sancionada em 1988 pe-lo então prefeito Saturnino Braga,que deu aos proprietários de trailers apermissão para explorar esse tipo decomércio nas praias pelo prazo de 20anos. O prefeito Marcello Alencarcomemorou a decisão do Órgão Es-peciai. composto pelos 25 desembar-gadores mais antigos do Tribunal de

Justiça, e começará a fazer uma novaavaliação das concessões.

Com a decisão do Órgão Especialdo Tribunal de Justiça a prefeiturapoderá instalar com tranqüilidade elegitimidade os quiosques previstosno projeto Rio-Orla. Desde 89 a pre-feitura tenta, através da ProcuradoriaGeral do Município, derrubar a leique deu permissão aos proprietáriosdos trailhers para que eles exploras-sem o comércio na orla até 2008. Asecretaria municipal de Fazenda ca-dastrou todos os proprietários detrailhers, mas apenas 220 deverão ob-ter concessão para explorar os futu-ros quiosques. Esses pontos de vendaterão água encanada e só poderãovender alimentos e bebidas dentrodos padrões de higiene da Fiscaliza-ção Sanitária. Também será proibidoo uso de botijões de gás.

Última palavra sobre

tragédia do 'Bateau'

Os desembargadores Antonio CarlosAmorim, Adolphino Ribeiro e AméricoCanabarro, da 4a Câmara Criminal doTribunal de Justiça, vão decidir hoje semantêm ou não a absolvição dos acusa-dos pelo naufrágio do Bateau MouclieIV, em que morreram 55 pessoas, nanoite de 31 de dezembro de 1988. Se forconfirmada a sentença dada em novem-bro do ano passado pelo juiz JasminSimões Costa, os donos da Bateau Mou-che Rio Turismo Ltda. e da Itatiaia Tu-rismo ficarão definitivamente livres daacusação.

Francisco Garcia Riveiro, da Itatiaia,Álvaro Pereira da Costa, Faustino Puer-tas Vidal, Ramon Rodrigues Crespo,Gerardo Morgade Senra, Avelino Fer-nandez Rivera, José Ramiro GandaraFernandez, Pedro Gonzalez Mendez.Juan Carlos Rodriguez Rodriguez e Car-los Gambino Morgade, da Bateau Mou-che, e o mecânico Edson Gonçalves deCarvalho foram processados por expo-rem embarcação a perigo, tendo comoresultado várias mortes. A defesa dos

empresários incriminou duas vitimas datragédia: o mestre-arrais Camilo Faro,que dirigia a embarcação, e o engenheiroeletricista Mário Rodrigues Trilles, res-ponsável pela manutenção dos barcos daempresa.

Irregularidades — A Delegaciade Defraudações abriu há um mês oinquérito n° 117/91, para apurar irregu-laridades na construção e funcionamentodo Windsor Palace Hotel, na Rua Do-mingos Ferreira, 6, em Copacabana. Umdos sócios do hotel é o dono da ItatiaiaTurismo, Francisco Garcia Riveiro, quetem 750 mil cotas. Garcia foi o principalpromotor do trágico réveillon a bordo doBateau Mouche IV.

Em 1985, um grupo de empresáriossolicitou à prefeitura autorização paraconstruir no local um prédio residencial.O imóvel foi posteriormente modificadopera funcionar como hotel e a SecretariaMunicipal de Obras embargou a refor-ma. mas os empresários colocaram ohotel em funcionamento no início de1989 apesar de 12 autos de infração..

Paulo Colagrossi será indiciado

¦ Procuradoria da República promove indiciação por tomada de preços e licitação irregulares

Obra da Linha

volta a fechar

a Av. Brasil

A pista lateral de sentido Centro—Zona Óeste da Avenida Brasil será inter-ditada ao tráfego, em São Cristóvão,segunda, terça e quarta-feira da próximasemana, para instalação de treliças metá-licas da Linha Vermelha. O período deinterdição vai das 22h às 5h. Há cerca deum mês, a pista lateral de sentido opostofoi fechada, para a realização de traba-lho semelhante. Com as extremidadesdo elevado avançando sobre a pistas la-terais, faltarão apenas alguns metros pa-ra completar o vão livre sobre toda alargura da Avenida Brasil.

Em dezembro, as duas pistas centraisserão interditadas ao mesmo tempo, du-rante um fim de semana, para a finaliza-ção da montagem das treliças sobre aavenida. Segundo a Fundação Depar-tamento de Estradas de Rodagem (Fun-derj), será feita uma intensa campa-nha informativa, uma semana antes dofechamento — previsto para o dia 7 dedezembro —, para reduzir os transtor-nos.

Ontem o presidente do Banerj, Antõ-nio Carlos Brandão, e o presidente daAssociação Industrial e Comercial deSão Cristóvão, Athus Ferreira, assina-ram protocolo que estabelece a aberturade uma linha especial de crédito para oslojistas prejudicados pelo fechamento daRua Bela para as obras da Linha Ver-melha. Os empréstimos, em 10 parcelasmensais, vão beneficiar 150 comerciantese começarão a ser liberados segunda-fei-ra, na agência São Cristóvão e num pos-to bancário montado na sede da Flupe-me (Associação Fluminense da Pequenae Média Empresa)

O diretor do Abrigo Cristo Redentor,Paulo Rogério Colagrossi, denunciadopelo deputado federal José Dirceu (PT-SP) por promover concorrências públircas irregulares e acobertar empresas ini-dôneas, será indiciado na Procuradoria-Geral da República também por nãopublicar resultados de tomadas de preçosno Diário Oficial, como determina o Tri-bunal de Contas da União. Será indicia-do ainda por ter dividido uma licitaçãopública no valor de CrS 36 milhões, emnovembro do ano passado, quando erasuperintendente da Legião Brasileira deAssistência (LBA) no Rio, em seis car-tas-convites a firmas por ele escolhidas, oque é ilegal.

A ex-superintendente da LBA noRio, Solange Amaral, que está auxilian-do o deputado federal José Dirccu nolevantamento das irregularidades noAbrigo Cristo Redentor, disse que o dos-siê apresentado pelo deputado paulista àProcuradoria-Geral da República não asurpreendeu: "Quando esteve à frente daLBA, durante dois meses, Paulo RogérioColagrossi já tinha cometido irregularida-des. Ele sempre gostou dc trabalhar nasombra, tanto que não publicou no DiárioOficial os resultados de várias licitações".

Paulo Rogério Colagrossi mandoupublicar, em abril, os avisos das seguiu-tes tomadas de preços para o AbrigoCristo Redentor: 03, para compra de

material de cama, banho e vestuário; 04,para manutenção e reparos hidráulicos eelétricos; 05, para serviços de reforma emcamas e mesas hospitalares; 06, para ser-viços de limpeza e reforma de caldeira dalavanderia; 07, para aquisição de gênerosalimentícios. Os resultados não são co-nhecidos, pois não foram publicados.

Quando assumiu a superintendênciada LBA no Rio, entre novembro de 1990e janeiro deste ano, Paulo Rogério Cola-grossi cometeu ilegalidade ao fracionaruma tomada de preços, o que é expressa-mente proibido pela legislação. EramCrS 36 milhões na época, ou CrS 108milhões em valores de hoje. Uma tomadade preço nesse valor exige publicação deedital e qualquer firma pode participar,desde que preencha os requisitos. Aodividir por sete, Paulo Rogério Cola-grossi pulverizou os CrS 36 milhões, oque lhe permitiu comprar os produtosatravés de cartas-convites, enviadas aempresas por ele escolhidas.

A tomada de preços era para a com-pra de cestas básicas que a LBA jamaisdistribuiu à população carente. Ao divi-dir, Colagrossi enviou cartas-convitespara empresas fornecerem 57 toneladasde açúcar, 51 toneladas de feijão, 27toneladas de leite em pó, 57 toneladas dearroz, 73 toneladas de fubá, 29 toneladasde farinha de mandioca e 17.500 latas dcóleo de soja.

Diretor acusa deputado"O deputado federal José Dirceu é

mentiroso e fofoqueiro. Não é a primeiravez que ele ataca o Centro de PromoçãoSocial Abrigo do Cristo Redentor semnenhum fundamento e com denúnciasfalsas. Estamos sendo ameaçados pelaira insana de um candidato a candidato àPrefeitura de São Paulo." Essa foi a res-posta dada ontem pelo diretor-geral-substituto do Abrigo do Cristo Redentor(LBA), Ricardo Neves, às acusações fei-tas na véspera pelo deputado federal JoséDirceu (PT-SP) sobre fraudes praticadaspelo abrigo, que teria pago faturas a umafirma criada com o objetivo de ganharconcorrências armadas.

Falando pelo diretor Paulo RogérioColagrossi, que estava em Brasília paraaudiência com o ministro da Saúde, Ne-ves disse que está convocando para ir aoabrigo, às 18h de amanhã, o deputadoJosé Dirceu, a ex-superintendente daLBA no Rio, Solange Amaral, o senadorNélson Carneiro (PMDB-RJ), um repre-sentante da Procuradoria-Geral e a im-prensa. "Vamos botar em cima da mesatodos os processos da suposta "fraude".

chamar a firma laranja e provar quequem está usando muito mal o dinheiropúblico é o deputado José Dirceu", disseo subdiretor.

Administradores do Abrigo, queatende na unidade da Avenida dos De-mocráticos, em Bonsucesso, 800 idososem regime de abrigo e 250 em regime desemi-abrigo — funcionava ontem comdiversos tipos de atendimento e recrea-ção para idosos — disseram que não é aprimeira vez que José Dirceu investecontra o Cristo Redentor."O deputado afirmou, no dia 25 deagosto, que tínhamos sonegado informa-ções a empresas na licitação de desconta-minação de pó de broca, próximo a nos-sa unidade para crianças em Cidade dosMeninos, Duque de Caxias. E que havia-mos contratado a empresa Promom semlicitação. Só que havíamos pedido o can-celamento dessa licitação, desde 15 deagosto. O cancelamento saiu no dia 20do mesmo mês, porque não conseguimosacertar com o Ministério da Saúde ques-tões de verba para a licitação" disse Ri-cardo Neves.

Brizola e

Nader se

reaproximam

O Cristo Redentor abriga, em duas unidades, velhos e crianças

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4 o Cidade o quinta-feini, 31/10/91 JORNAL DO BRASIL

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Unitas começa na segunda

¦ Força tarefa americana já está no Rio com submarino nuclear

Cartas

Obras na LapaLi no JBque ;i prefeitura vai gastar

C'iS 338 milhões com obras na Lapa,para melhorar o trânsito, congestiona-do com as obras de rcurbanização dobairro. Ao tempo em que não podemospoupar aplausos ao autor do projetode rcurbanização. não podemos ser to-lerantes com os "técnicos" da Secreta-ria Municipal de Transportes que mar-caram essa bobeira que tumultua avida de milhares de cariocas c dá maisum considerável rombo nos cofres pú-blicos, quer dizer, no sugado bolso docontribuinte. Valho-me do JB paraapresentar uma sugestão simples quelonge de ser a de um "tecnocrata" é ade um usuário dos meios de transportecoletivo. Porque não desviar os ônibusque demandam á Zona Sul do contor-no do Passeio Público e direcioná-losdiretametne â Praça Paris, através daRua Teixeira de Freitas'? Fcrdy Carnei-ro, Copacabana.Falta de policiamentoResido a Rua Dr. Satamini, na Ti-juca. e gostaria de informar às autori-dades competentes que no trecho com-preendido entre as ruas São FranciscoXavier e Professor Gabizo não existequalquer tipo de policiamento. Váriosprédios já foram assaltados mais deuma vez á luz do dia, sem que qualquerprovidência fosse tomada. Só no mêsde outubro ocorreram três assaltos,dois deles na altura da Avenida MeloMatos. Por isso, peço que algo sejafeito com urgência, para que os mora-dores possam entrar e sair de suas resi-dcncias com mais tranqüilidade e segu-rança. Monica Blois, Tijuca.Comlurb

Sugiro a todos que sofreram emdecorrência do mau odor. da poluiçãovisual, do perigo de contaminação e daproliferação de ratos em decorrênciado acúmulo de lixo devido a mais umagreve do pessoal da Comlurb que pas-semos a retribuir a gentileza, o senso deresponsabilidade funcional, o zelo para

com o público e amor a esta cidade,não mais oferecendo gratificação nata-lina em espécie aos lixeiros. Em troca,podemos oferecer-lhes um cartão, depreferência perfumado, com os dizeres:Feliz greve. P. Bottrel, Tijuca.Jacaré

Faço um apelo ao prefeito MarcelloAlencar para que as informações dadaspelo caderno Cidade, de que o bairrodo Jacaré perderá 13 ruas para a favelado Jacarezinho não se concretizem.Também o Ciep e o posto de saúde dobairro não precisam ser transferidos,pois prestam serviço às comunidadescarentes. Tanaka Chcng, Jacaré.Rodoviária

Em carta publicada nesta coluna, oSr. Jorge Carriço Rentroia, moradorde Vista Alegre, queixa-se da adminis-tração da Rodoviária Novo Rio, ale-gando que "se o passageiro perder otiquete de embarque que acompanha apassagem tem de pagar novamente essataxa covarde". A alegação é incorreta.A taxa de embarque é cobrada porpassageiro embarcado e não por tíque-te emitido, Assim, se o passageiro per-der seu tiquete, deve procurar nova-mente o guichê onde comprou apassagem e um outro tiquete ser-lhe-áfornecido, sem qualquer custo adicio-nal. O Sr. Rentroia estranha ainda que"uma rodoviária freqüentada na maio-ria por pessoas de baixa renda sejaatendida por serviço de táxi especial".O fato nada tem de estranho. A Rodo-viária é atendida por táxis especiais etambém por táxis normais (os amareli-nhos), devidamente cadastrados, numesforço conjunto com a PM, o SMTU eo Sindicato dos Taxistas, para evitar osbandalhas. (...) Evangelina Meirelles,Assessoria de Comunicação Social doConsórcio Novo Rio.Cartas para esta coluna devem trazer assinam-ra, endereço e, se possível, telefone para confir-maçào. Elas podem sair na integra ou em parte,e estào sujeitas a nova redação, para maiorclarezae concisão.

Cursos

ÁrabeO Jardim Árabe de Música, Arte e

Literatura (JAMAL) dará início, dia 4de novembro, a novas turmas de seucurso de Árabe, através de conhecidoe revolucionara método. O curso teráduração de 10 semanas e as matrículasestào abertas. O preço total, incluídasapostilas, fitas e certificados de conclu-são, é de CrS 150 mil, dividido emquatro parcelas. Hoje a amanhã, osinteressados poderão obter bolsas deauxilio, na Avenida Nossa Senhora deCopacabana. 97S, sala 203. Maioresinformações: 267-3698Arqueologia

O arqueólogo e historiador SérgioCorreia Lima iniciará, dia 5 de novem-bro, no Centro Cultural Ipanema (RuaVisconde de Pirajá, 82, subsolo 114), ocurso Introdução à Arqueologia. Eleabordará temas como pirâmides, te-souros submersos, escavações arqueo-lógicas, entre outros. Entrada franca.Maiores informações: 267-4193 e 247-5497.Fotografia

Começou ontem, no Espaço Cultu-ral Céfel de Nova Friburgo, o cursoAr/e Fotográfico, que inclui Fotogra-fia Turística, para iniciantes, amadorese público em geral. O curso tem dura-çâo de dois meses, com aulas das 91i às

I lli, das I4h às I6h, das 17h às 19h edas I9h às 21 h. Ao final do curso, osalunos receberão certificados e seustrabalhos serão expostos no EspaçoCultural (Rua José Tessarolo Santos,70 - Paissandu). A matricula custa CrS

5 mil e a mensalidade é de CrS 7 mil.Mais informações pelo telefone (0245)22-1425.Ervas

O raizeiro e ervanário Ary Moraesdará, entre os dias 9 e 10 de novembro,no Centro Cultural Cândido Mendes-Ipanema (Rua Joana Angélica, 63, 6oandar) o curso Ervas Medicinais, emque falará sobre morfologia vegetal,como plantar ervas, inseticidas natu-rais e biológicos, técnicas de propaga-ção, entre outros itens. Preço: CrS 28mil. Maiores informações: 267-7141,ramais 109/111/128.Italiano

O Instituto de Especialização Pro-fissional (INEP) promove o curso lia-liano Básico, com a duração de 10semanas e aulas às terças e quintas-fei-ras, das 9h ás 10h30, na Travessa An-grense, 14,4o andar (Copacabana). Iní-cio: dia 5 de novembro. Preço: duasparcelas de CrS 26 mil ou então CrS 46mil à vista. Maiores informações: 255-5588.Microinformática

O GTO Informática (Avenida dasAméricas, 3.333, Barra da Tijuca) ofe-recc, durante cinco meses, os cursospráticos Introdução à Informática MS-DOS, Wordstar, Lotus 1-2-3 e dBaseIII Plus Interativo. Matrícula de CrS28 mil e cinco mensalidades fixas deCrS 40 mil (a primeira vence 30 diasapós a matricula). Maiores informa-ções: 325-9611.Para a publicação dos anúncios, ó necessà-rio quo eles tenham informações sobre pre-ços ou entrada tranca nos cursos.

Finados terá

missas em

226 paróquiasA missa solene pelo Dia de Finados

será celebrada às lOh, na Catedral de SãoSebastião, na Avenida Chile. Mais dedois mil religiosos prestarão atendimentoespiritual nos cemitérios. As 226 paró-quias da cidade terão missas em horáriosespeciais e nos cemitérios serão rezadas116 missas. Representando o cardeal Eu-gênio Sales, que está em Roma, o bispoauxiliar do Rio, dom José Carlos deLima Vaz, fará a celebração oficial daArquidiocese, às 8h, na capela da Qua-dra da Irmandade de São Pedro, no Ce-mitério São Francisco Xavier.

A Comlurb preparou a Operação Fi-nados, mobilizando, a partir das 7h dehoje, 160 garis para limpar as imediaçõesdos cemitérios. Serão utilizados 12 cami-nhões basculantes, 11 guindastes, doiscompactadores e dois carros-pipas. Estáprevisto o recolhimento de 140 toneladasde lixo, das quais 100 apenas no Dia deFinados. O comércio não abrirá, mas asfeiras livres funcionarão. Nos postos degasolina, o funcionamento será facultati-vo.

Ivo Saldanha

continua a

greve de fomeBRASÍLIA — O prefeito de Cabo

Frio, Ivo Saldanha, que hoje completao terceiro dia em greve de fome diantedo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) —em protesto contra a decisão do Tribu-nal Regional Eleitoral (TRE) do Riosobre a emancipação de Búzios —, foivisitado ontem pelo médico Seve Neto,que mediu sua pressão e verificou suascondições básicas de saúde. Ivo Salda-nha apresenta condições físicas adequa-das neste início da greve de fome.

O prefeito de Cabo Frio não con-corda com a emancipação política dodistrito de Búzios, principal fonte dearrecadação de seu município. Ivo Sal-danha pediu um mandado de segurançaao TSE, solicitando a anulação da sen-tença do TRE. Segundo ele, a decisãofoi ilegal, porque não levou em conta afalta de quorum no plebiscito no vizi-nho distrito de Tamoios, que fará partedo novo município de Armação dosBúzios. Se o ato for mantido, o munici-pio de Cabo Frio, acrescenta Ivo Salda-nha, ficará reduzido a um amontoadode favelas.

Vazamento no'Theomana'

vai à JustiçaO defensor público do Estado

do Rio de Janeiro, Elton Martinez,e o procurador da República, NívioFreitas, entraram com uma açãocautelar de produção de provas,preparatória de ação civil pública,contra as empresas TheomanaShipping Company, The LondonInsurance Association e Petrobrás.

As três empresas estão envolvi-das no vazamento de 7.500 tonela-das de óleo bruto do navio Theo-mana, dia 3 de setembro, atingindo200 quilômetros quadrados da cos-ta de Macaé.

DAS 18:15 ÀS 20:45 h.

Quatro décadas de arquitetura

Livro mostra os209 marcos daconstrução no Rio

SÃO PAULO - Da Vila Ope-

rária da Gamboa até o Rio-centro, em Jacarepaguá, a arquite-tura moderna carioca percorreumuitos quilômetros e conceitos. Fo-ram quatro décadas de uma evolu-ção despertada pelo arquiteto suiçoLe Corbusier, em visita ao Rio deJaneiro, em 1929. Os principaismarcos deste trajeto estão reunidosem fotos e projetos comentados nolivro Arquitetura Moderna no Rio deJaneiro, lançado ontem durante o13° Congresso Brasileiro de Arqui-tetos. Os autores, Alberto Xavier,Alfredo Britto e Ana Luiza Nobre,pesquisaram durante dois anos eacabaram selecionando 209 edifi-cios residenciais, comerciais e in-dustriais, casas, parques, templos econjuntos arquitetônicos construí-dos a partir dos anos 30, dispostosem ordem cronológica.

Desta década, os autores desta-cam, por exemplo, a Vila Operáriada Gamboa (1931, projeto de LúcioCosta e Gregori Warchavchik); oedifício do Ministério da Educaçãoe Saúde (1936, projeto coletivo lide-rado por Lúcio Costa) e o edifício-sede da Associação Brasileira deImprensa (1936, Marcelo e MiltonRoberto). Nos anos 40 ressaltam, en-tre outros, o projeto da Cidade Uni-versitária da Ilha do Fundão (1949,equipe de arquitetos do escritóriotécnico da Universidade do Brasil); oEstádio Municipal do Maracanã(1949, projeto coletivo) e o edifício-sede das Empresas Gráficas O Cru-zeiro (1949, Oscar Niemeyer).

Os autores identificam o Museude Arte Moderna (1953, AffonsoEduardo Reidy) como uma dasobras fundamentais da arquitetura

Geraldo Viola

moderna brasileira. A proposta ur-banística do Parque do Flamengo,no Aterro, desenhada pelo mesmoarquiteto em 1962, com concepçãopaisagística de Burle Marx, mereceo mesmo destaque. Entre os edifi-cios comerciais dos anos 60, estão asede do Jornal do Brasil (1966, pro-jeto coletivo), o Hotel Nacional(1968, Oscar Niemeyer), a sede daPetrobrás (1968, projeto coletivo) eo seu Centro de Pesquisas (1969,Sérgio Bernardes).

O Aeroporto Internacional doRio (1970, Hidroservice) inauguraos principais projetos da década de70, marcada também pela constru-ção do Riocentro (1977, Hélio Mo-desto) em Jacarepaguá. O Centrode Controle do Metrô (1981, Inter-nacional de Engenharia S.A.) abre aseção dedicada aos anos 80. O livrofoi publicado em conjunto pela Edi-tora Pini, a Fundação Vilanova Ar-tigas e a Rioarte, com o apoio cul-tural das Indústrias Villares.

Com o submarino nuclear SandLance fundeado na Baía de Guana-bara, e não aportado, como as outrasembarcações, está no Rio desde on-tem a força tarefa da Marinha ameri-cana que veio participar da 32a Ope-ração Unitas, cujo objetivo éaprofundar a cooperação entre asforças navais e aéreas do Brasil eEstados Unidos. Sob o comando docontra-almirante Theodore Lock-hart, quatro navios e o submarinoirão participar, a partir de segunda-feira, da fase número oito da opera-ção, que também conta com uma fra-gata uruguaia.

Os exercícios de treinamento, en-tre o Rio e Salvador, terão a partici-pação de seis navios e dois submari-nos brasileiros. Em entrevista abordo do contratorpedeiro 0'Ban-non, juntamente com o comandanteda força tarefa brasileira, contra-al-mirante Sérgio Ribeiro, o contra-al-mirante Lockhart disse que o Depar-tamento de Defesa dos EUA nãocomenta a existência de armamentosnucleares em suas embarcações."Preenchemos todos os requisitos desegurança necessários; o submarinonão está no porto", disse o oficialbrasileiro.

Ao ser informado da manifestaçãode protesto organizada pelo depu-tado Carlos Mine, o contra-almiranteSérgio Ribeiro disse que técnicos daComissão Nacional de Energia Nu-clear, com apoio da Marinha do Bra-sil, estão coletando amostras da águapróxima ao submarino e ao naviolançador de mísseis antiaéreos, oDahlgrcn, para verificar o cumpri-mento das medidas de controle e sehá algum tipo de contaminação comresiduos radioativos de qualquer es-pécie.

A Operação Unitas é um exercícioanual onde os países marítimos da

Atualização em

Procedimentos

Trabalhistas e

Previdenciários

ObjetivoEste evento tem por objetivo primordial atualizar funcionários do Departamento Pessoal arespeito das inúmeras alterações introduzidas tanto na área trabalhista como na áreaprevidenciária, inclusive os novos Planos de Custeio e-Benefícios Previdenciários.O tempo de duração do Curso é suficiente para, além da exposição completa dos temaspropostos, solucionar dúvidas que os participantes eventualmente tragam.

ProgramaProcedimentos da admissão de Empregados: Registros, documentos, etc.Direitos do Empregado: Sistemática sobre férias, 13® salário, aviso prévio, horas-ex-tras, compensaçáò de horas, contrato de experiência.Procedimentos do desligamento de Empregado: Análise das diversas formas de resci-são e extinção contratual; Cácuio das verbas rescisórias; Normas para homologação darescisão: Preenchimento do termo de homologação; Novo formulário de rescisão, pra-zos.Procedimentos na interrupção e suspensão contratual.Folha de Pagamento: INSS, FGTS, 1RF, Salário-FamÜia, Salário-maternidade.GRPS: Processamento segundo a atividade da Empresa.Autônomos inscritos no INSS: Tabela de Salário-Base (composição, interstício, en-quadramento, progressão, regressão, recolhimento); Rotina de pagamento pelaEmpresa do recolhimento da GRPS, Incidência do IR; Exercícios desenvolvidos emaula, incluindo preenchimento do RPA e GRPS; Carreteitos; Cálculo do valor damão-de-obra, recolhimento da GRPS, incidência do IR, exercícios práticos desen-volvidos em aula.Autônomos não inscritos no INSS: Encargos.Os procedimentos a partir da Lei n9 7.855/89 que alterou a CLT.O novo regulamento do FGTS - Dec n9 99.684/90.Vale transporte.

EXPOSITORCarlos Renato Hernandes Alvarez,

Advogado, especialista em advocacia Trabalhista, Consultor na área para várias empresas e Professor da ESAD.

América do Sul atuam com a Mari-nha dos EUA, em exercícios bilate-rais ou multilaterais. Entre outrascoisas, é feita a simulação de guerrasanti-submarinas, antiaéreas, de su-perficie e eletrônica, além de opera-ções de controle de aeronaves, o quetambém envolve aviões baseados emterra.

Segundo o contra-almirante Sér-gio Ribeiro, a operação foi iniciadano dia 26 de outubro no litoral do

Rio Grande do Sul e deverá ser con-cluída no dia 14 de novembro, quan-do os navios deixarão Salvador eMaceió. "A Unitas envolve dois mi!homens e é realizada a 400 quilôme-tros da costa brasileira, o que nãocoloca em risco as rotas de navegaçãobrasileiras. Hoje já estamos realizan-do exercícios anfíbios, com desem-barques na restinga de Marambaia,juntamente com a Marinha america-n/", disse ele.

R.T. Fasanello

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JORNAL DO BRASIL quinta-feira, 31/10/91 o Cidade o 5

Punição pode

deixar presídios

sem guardas

Guardas alegam inocênciaOs agentes penitenciários Cosme

Hermaho de Alboim Guimarães e Ro-berto Gama, acusados da chacina noPresídio Ary Franco, afirmaram que sãoinocentes, em entrevista concedida on-tem na Penitenciária Milton Dias Morei-ra, onde estão presos. Eles responsabili-zaram os presos pelo incêndio egarantiram que, se foram disparados ti-ros, partiram da arma de PMs. "Se al-guém jogou bomba ou deu tiros, cu nãovi. Ainda consegui retirar 18 presos vi-vos", afirmou Gama, com o apoio deCosme. Os dois contaram que os presosda galeria A pretendiam tomar os guar-das como reféns, para uma fuga em mas-sa. Mostraram, também, duas bombasartesanais, encontradas em dezembro,segundo eles. na cela incendiada, a A-15.

De acordo com os agentes, um dospresos mortos, conhecido como Firminoou Caçula, era perito em explosivos. Ga-ma, chefe da segurança, disse acreditarque está sendo acusado por ter acabadocom alguns privilégios. "Até garotas deprograma, chamadas através de anúnciosnos jornais, entravam no presidio de ma-drugada", declarou. Cosme contou que,

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Agentes penitenciários esconderam o rosto, depois do depoimento na delegacia de Todos os SantosFotos de Marcelo Theobald

no mês passado, encontrou um quilo demaconha na galeria E e uma pistola naA. Os dois disseram que trabalham de-sarmados.

Cosme mostrou um relatório, no qualrelata que, ao assumir o serviço, às 7h desegunda-feira, foi informado pelo chefedo plantão anterior, Jorge Luís Patríciodo Nascimento, que, na galeria A, ascelas 8,9, 10, 14. 15, 16, 17 e 21 estavamcom as grades serradas. Foi à galeria epediu aos presos que retornassem às cc-Ias. Em seguida, foi coordenar a visita nagaleria B, onde se encontram os presosdo Comando Vermelho. Às 11 h30, apro-ximadamente, começou a rebelião na ga-leria A e ele solicitou o auxilio do Serviçode Operações Especiais do Desipe (De-parlamento do Sistema Penitenciário),mas nada conseguiu.

Segundo o relatório de Cosme, ele,Gama, os também agentes penitenciárioBarbosa e Guzzo, entraram na galeria,junto com PMs armados, para removeros detentos. Nesse momento, os presosda cela 15 puseram fogo em colchões,papéis e panos, iniciando o incêndio.

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Guardas disseram ter encontrado cm dezembro, na cela incendiada, duas bombas feitas artesanalmenteK*?" ^HF?«wft^v'

Zelador diz que ouviu tiros Roberto Gama Siqueira e Cosme Hernando Guimarães

Os agentes peni- r * -i—¦ »tenciários do Rio W. I I Iameaçam entrar em |PpJ I Igreve, por tempo in- Ldeterminado, se Í35-N^ÍL<fqualquer um dos Oguardas do Presidio sAry Franco, naÁgua Santa, sofrer punição adminis-trativa ou criminal pelo incêndio quecausou a morte de 25 detentos, nasegunda-feira. Dizendo-se convictoda inocência dos agentes no episódio,o presidente do Sindicato dos Servi-dores da Secretaria de Justiça, Fran-cisco Rodrigues, afirmou que a cate-goria aguarda decisão da Justiçasobre o habeas corpus impetrado emfavor dos guardas Cosme Hernandode Alboim Guimarães e Roberto Ga-ma Siqueira, que estão presos, paratomar uma atitude.

"Se o habeas corpus for negado eos agentes punidos, qualquer um de-les, a categoria vai parar suas ativida-des em solidariedade, até que o siste-

O ex-agente penitenciário GeraldoBispo, acusado de participação na chaci-ria no Presídio Ary Franci, loi indiciado110 inquérito instaurado na 26a DP, emTodos os Santos. Já respondem a inqué-rito os guardas Cosme Hermano de Al-boim Guimarães, Roberto Gama (presosna Penitenciária Milton Dias Moreira) eJorge Luís Patrício do Nascimento. Ou-tro agente, identificado apenas comoMarcos, deverá ser indiciado, segundo odelegado Antônio Carlos Almeida Ro-cha. Ontem à tarde, prestaram depoi-mento dois PMs, um funcionário do De-sipe c três presos da galeria A. Odepoimento mais importante, de acordocom o delegado, é o do chefe da zelado-ria do presídio, Jonas José Nunes.

Jonas contrariou as declarações dosagentes Cosme e Gama, que disseram terentrado desarmados na galeria A. Elecontou que se dirigia à galeria, para con-

Foi normal o movimento ontem 110Presidio Ary Franco, em Água Santa. Osinternos receberam visitas de advogadose parentes, e foi reduzido o efetivo dePMs que estavam concentrados em vá-rias dependências do presídio desde se-gunda-feira, quando ocorreu a rebelião.Por ordem do Desipe, os agentes peni-tenciários não falaram com os jornalis-tas, mas segundo um funcionário da ad-ministração o presídio recebeu reforço demais dez ou 15 agentes.

Para evitar tumultos e tentativas defugas, a direção transferiu para outras

ma penitenciário volte a serpraticável, com um mínimo de segu-rança e condições humanas", decla-rou Francisco Rodrigues. Ele adian-tou que o sindicato vai pedir areconstituição dos fatos ocorridos nacela 15-A e a realização de períciatécnica nos colchões incendiados pe-los detentos. "Todos nós conhecemoso risco que é trabalhar na Água Santae vamos provar que não é preciso umbarril de álcool lá dentro para que ascoisas aconteçam", disse.

Segundo o presidente do sindica-to, a perícia não provou que, de fato,um artefato inccndiário foi atiradodentro da cela. "Também não há nc-nhuma prova de que esse petardo, seexistiu, foi jogado por um agente pe-nitenciário pois, na hora do inciden-te, havia mais de 100 policiais milita-res 110 presídio, além dos agentes",prosseguiu. Ele atribuiu a culpa pelatragédia ao estado, "pela superlota-ção de presos e pelas condições subu-manas do presídio".

sertar as grades serradas pelos presos,quando ouviu muitos tiros e gritos. Aoentrar na galeria, viu os dois agentes ealguns PMs com armas na mão e aslabaredas na cela A-15. Gama, disse ele,contou-lhe que os presos haviam atiradouma bomba contra ele. mas o artefatobateu numa grade e explodiu dentro dacela. Três presos acusaram Gama de ati-rar nos detentos Paido Branco e JoséRoberto Luís da Silva, e afirmaram queo ex-agente Bispo, que deveria estar pre-so na Milton Dias Moreira, cumprindopena por assalto, participou da chacina.

O tenente Cláudio Lima Freire e osargento Leonez de Castro alegaram quenem entraram 110 presídio. Segundo odelegado Antônio Rocha, os depoimen-tos prestados por 15 presos da galeria Asão semelhantes. Os exames de neeropsiaindicaram que nenhum preso foi morto atiros.

unidades os internos que têm lideranças esão envolvidos com a organização crimi-nosa Comando Vermelho. A chacina é oprincipal assunto entre os presos, queainda estão tensos e não escondem odesejo de vingança. As celas estão sendorevistadas várias vezes por dia, principal-mente depois do término das visitas. Amulher de um detento disse que o maridolhe confidenciou que presos de váriasgalerias estão se organizando para fazerum protesto contra a matança e o exces-so de internos que superlotam as gale-rias.

Profissionais

elogiados

pelo DesipeOs guardas Roberto Gama Siqueira e

Cosme Hernando de Alboim Guima-rães, presos sob acusação de terem cau-sado a morte de 25 detentos no PresídioAry Franco, são funcionários do Depar-lamento do Sistema Penitenciário (De-sipe) há mais de sete anos e têm elogiosem suas fichas funcionais. Os dois játinham exercido a função de chefe deturma de guardas e estavam há poucotempo no presídio de Água Santa.

Roberto Gama Siqueira, de 38 anos,está no Desipe há oito anos, onde come-

A diretora do Desipe (Departamentodo Sistema Penitenciário), Julita Lem-gruber, aceitou ontem o pedido de de-missão do diretor do Presidio Ary Fran-co, capitão PM Jorge Sérgio de Freitas,por causa dos distúrbios ocorridos nasegunda-feira, que provocaram a chacinade 24 presos e inúmeros feridos, algunsinternados com poucas chances de sobre-vivência. O assessor do vice-diretor doDesipe, Sauler Sakalen, é o novo diretordo presídio. Poucas horas antes do pedi-do de demissão de Freitas, cogitava-seno departamento de sua transferência,como medida disciplinar.

Julita Lemgruber informou que na

çou a trabalhar em caráter experimental,em março de 1983. Efetivado três mesesdepois, foi designado para a Peniten-ciária Lemos Brito e recebeu elogio dadireção, "pelo alto senso de responsabili-dade e excelente espirito de camarada-gem". Foi removido, cm 1984, para aCoordenação de Saúde do Desipe. Noano seguinte, Gama recebeu novo elogio,por "excepcional espirito de solidarieda-de, honradez, eficiência e colaboração atodo momento e hora em respeito a fun-cionários e internos".

Ainda na Coordenação de Saúde, foipara o Manicômio Judiciário HeitorCarrilho, como chefe da turma. Estavahá dois meses 110 Ary Franco. Seu colegaCosme, de 36 anos, está no Desipe há 110-ve anos. Logo que entrou para o depar-tamento, 110 início de 1982, foi lotado na

sindicância aberta foram ouvidos já 14presos. A sindicância, segundo a direto-ra. apurará em 30 dias toda a verdadesobre o incidente, inclusive a denúncia deenvolvimento de policiais-militares. O se-cretário de Justiça, Nilo Batista, determi-nou a transferência para a Polinter dossete presos que acusaram os agentes pe-nitenciários.

Adiantou a diretora do Desipe que osagentes Cosme Hernando Alboim Guima-rães e Roberto Gama, acusados pelos pre-sos de causarem a tragédia, poderão serpunidos até com a exoneração do serviçopúblico. Ela acrescentou que o estado ar-

Água Santa, onde ficou durante quatromeses. Depois, trabalhou em diversospresídios e penitenciárias — como a Le-mos Brito, o Evaristo de Moraes e aEsmeraldino Bandeira — e também noManicômio Judiciário e 110 HospitalCentral do Desipe, onde foi chefe daturma de guardas.

Cosme foi lotado ainda no gabinetedo diretor-geral do Desipe c nas coorde-nações de Segurança e Saúde. Em 1989,foi removido para a Penitenciária MiltonDias Moreira, na Frei Caneca, onde, noano passado, recebeu elogio da direçãopor "alto senso de profissionalismo eesmerado espirito público". Nesse mes-mo ano, passou a chefiar a guardada penitenciária. No dia 9 deste mês, vol-tou a trabalhar 110 Ary Franco.

cará com despesas de enterro e que paren-tes liberaram 11 corpos no Instituto Médi-co-Legal. De acordo com a diretora, em 30dias a lotação do Ary Franco foi reduzidade 1.385 para 1.270 presos.

Julita Lemgruber negou a possibilida-de de interdição da galeria A do AryFranco. Disse que, com a interdição dagaleria E do Presídio Hélio Gomes, asdelegacias ficaram com presos além dacapacidade. O Ary Franco tem 38 agentespenitenciários, que trabalham em quatroturnos. Mas na segunda-feira dois estavam11a coordenação, por cometerem faltas, etrês não compareceram ao serviço.

IML examina

18 espancadosJorge Nunes Amorim e Alexandre

Maluf, médicos-legistas do Instituto Mé-dico-Legal, fizeram ontem exames decorpo de delito em 18 detentos, espanca-dos no Presídio Ary Franco. Todos acu-saram os agentes Gama e Cosme pelasatrocidades na Galeria A. Contaram queinternos de outras galerias, principal-mente da B, cantaram o Hino Nacional.11a tentativa de conter a violência dosguardas.

Os examinados ontem foram CaubyGuedes Pinheiro, de 39 anos, EutacianoFerreira Mamede, de 22, Wilson de Go-dói Majar, de 20, Edson Carlos Soares,de 23, Márcio Roberto de Almeida, de25, Wagner da Silva Correia, de 20, Ára-gaty Lopes Barbosa, de 54, Ándré VianaFernandes, de 22, Ivaldo Brandão, de 25.Wagner Góes, de 21, Vandcrley Alves deSouza, de 33, Valtencir da Silva, de 35,Geraldo Bernardes, de 39, José WaldirLorena, de 38, Leonardo da Silva Mota,de 45, Cícero Lopes, de 30, Luís AraújoFeitosa, de 25, e Álberto da Silva deOliveira Filho, de 18.

Julita apressa

transferênciasAntes do pedido de demissão do dire-

tor do Presídio Ary Franco, capitão PMSérgio Luís de Freitas, soube-se 110 de-partamento que ele e os agentes peniten-ciários de serviço na segunda-feira se-riam transferidos para outras unidadescarcerárias. A diretora do Desipe (De-partamento do Sistema Penitenciário),Julita Lemgruber, só aguarda a conclu-são do inquérito na 26" DP (Todos osSantos) para iniciar a transferência dosguardas, muitos deles acusados de chaci-narem presos.

Soube-se também no Desipe que atransferência é medida punitiva; uma dasprincipais causas seriam as denúncias deenvolvimento da organização criminosaComando Vermelho com os internos. Amaioria dos presos do Ary Franco per-tence á organização, apontada como res-ponsável pela distribuição de drogas en-tre os presidiários e de financiar fugas.De acordo ainda com funcionários dodepartamento, parentes de internos, du-rante as visitas, entregaram serras e ou-tros materiais para tentativa de fuga.

Agentes estão

fora da funçãoApenas cerca de 900 dos 2 mil e

300 agentes penitenciários do Estadodo Rio estão trabalhando diretamentecom os detentos, nas 23 unidades dosistema penitenciário, conforme mfor-mo» ontem o presidente do Sindicatodos Servidores da Secretaria de Justi-ça, Francisco Rodrigues. Segundo ele,o restante dos agentes foi desviado defunção e está atando no serviço buro-crático. "O último concurso paraagente foi em 1989 e 96 200 das 720vagas foram preenchidas", disse.

Francisco Rodrigues admitia que aseleção de candidatos é "péssima, semcritérios", e a formação do agente"bastante insuficiente". Ele explicouque o concurao para agente de seguran-ça penitenciária exige dos candidatos o2° Grau completo, certificado de reser-vista e carteira de habiBtação. As pro-vas incluem introdução ao direito pro-cessual penai, direito civil eadministrativo. Os aprovados, apóscurso teórico de 30 dias sobre legisla-Ção penal e direito administrativo, pas-sam a trabalhar nos presídios «n cará-ter experimentai, durante seis meses,quando são analisadas suas condiçõespsicológicas, aptidão, assiduidade epontualidade. "Não há uma comissãopara faier tuna investigação social pro-fanda do candidato", lamenta Francfe-co Rodrigues, que já apresentou pro-posta para a criação de umapenitenctória-escok.

Sete PMs são

presos porextermínio

Sete soldados da Policia Militar, umsoldado do Corpo de Bombeiros e doiscivis foram presos em uma operaçãoconjunta entre os Serviços Secretos daPM e do Corpo de Bombeiros, a Delega-cia de Defesa da Vida e a 55a DP (Quei-mados) suspeitos de integrarem um gru-po de cxtermínmio que age na BaixadaFluminense. Os PMs são acusados dematar, em 8 de julho, o mecânico Ma-noel Ormindo Rodrigues, 58 anos, suamulher, Maria Helena de Carvalho, de51, e o neto do casal, Anderson, de 13anos.

O grupo usava uma fábrica clandesti-na de bebidas, em Queimados, onde fun-cionava também uma suposta oficinamecânica. Foram apreendidas as Kom-bis de placas RP 4182 e FG 0807, oPassat SZ 4063 e o Volkswagem ED3362, além de oito revólveres c duas pis-tolas. O soldado Gerri Martins de Car-valho, do 24a BPM (Queimados), e seucunhado Sebastião Carvalho Cunha,eram os responsáveis pela fábrica, naRua Olímpia da Silva, 137. Eles mistura-vam bebidas e colocava rótulos falsos.

Segundo o delegado Alberto Leite, da55a DP, além de Gerri e do cunhado dele,integram a quadrilha PMs Manoel Pri-mo Lisboa (24° BPM), Ronald MachadoMendes (22° BPM), Paulo Henrique Co-lina da Conceição (24ü BPM), JailtonFilgueiras (24° BPM), Rogério Martinsde Carvalho (24° BPM), Justino MárioMariotini Valim (24° BPM) e o soldadodo Corpo de Bombeiros Juvenal da SilvaMesquita (4° Grupamento de Incêndio).

PM impede torturas de rapazes em menores

Três jovens de classe média podem pegar até sete anos de prisão por ameaçarem de morte dois garotos faveladosUm grupo de rapazes de classe média

foi surpreendido por policiais do 6° BPM(Tijuca) quando surrava André LuisDouglas Pereira da Silva, de 13 anos. eFábio da Costa, de 10. amarrados um aooutro pelos pulsos. 110 Morro da Divi-néia, 110 Grajaú. Os garotos, detidos nu-ma rua e levados para o morro, afirmamque foram ameaçados de morte. Três dosrapazes do grupo, presos e autuados emflagrante na 20a DP (Grajaú) por seqües-tro. lesão corporal e formação de quadri-lha, poderão ficar presos por até seteanos. .

Os PMs Menezes c Gérson contaramque viram os meninos sendo levados pa-ra o morro, pediram auxílio a outra via-tura e foram ao local, sendo recebidoscom tiros. Vários dos rapazes agressoresfugiram, mas três foram detidos: JuanPérides de Lima Teescti. de 20 anos;Adalgiso Maira Neto, 25: e Pedro PauloVicente Ferreira. 25. Segundo o delegadoViveiro Coiistantino Machado, eles ale-gam que levavam os meninos a umatestemunha, para que ela os reconhecessecomo autores de furto, quando morado-res do morro chamaram os policiais.

Os meninos afirmam que entraramnum terreno baldio para pegar frutas.Ao saírem, viram 11111 homem armadocom faca e correram, mas quatro homensos alcançaram numa Brasília. Entre elesestavam Juan. Adalgiso e Pedro Paulo,que os levaram ao morro, onde aparece-ram outros rapazes. Com corte 11a perna

direita, que atribuiu a uma facada, A11dré disse que recebeu pauladas e que lhedisseram que serrariam sua perna e lhedariam cachaça, antes de matá-lo. Como pé esquerdo inchado — "foi um pisào"—, Fábio disse ter sido torturado comcassetete. tapas e chutes. Eles moram naFavela do Jacarczinho e dizem que fo-ram ao Grajaú comprar balas para ven-der no trânsito.

Segundo o advogado Laércio Lemos,que assiste Juan, Adalgiso e Pedro Paulo,os garotos estavam assaltando uma casana Rua Campinas, quando foram sur-preendidos pelo morador. Seus clientes,explicou Lemos, identificaram os meni-nos como autores de outros furtos 110bairro. A moradora da casa n° 223, onde,segundo Lemos, os meninos estavam,nao quis se identificar e negou que osmeninos estivessem em seu terreno, quese prolonga com o Morro da Divinéia.

Moradores da Rua Campinas, quenão quiseram se identificar, alegando le-mer represálias de moradores do morro,disseram que um dos meninos tinha umrevólver de brinquedo e que os rapazesnão fizeram nada de errado. "Eles sãoamigos", afirmou Marinize da SilvaMaia. mãe de Adalgiso. Ele mora naRua Campinas, trabalha na oficina me-cânica do pai e é estudante do 2° grau.Juan, também da Rua Campinans. é ar-tesão: e Pedro Paulo, vendedor, mora naRua Botncalu. também 110 Grajaú

José Roberto Serra

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André e Fábio (de camisa), medicados e alimentados, disseram na polícia que seriam assassinados

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Agua Santa volta à rotina Diretor deixa o Ary Franco

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JORNAL DO BRASIL 2a Edição n quinta-feira. 31/10/91 o Cidade n 3

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Agentes penitenciarios esconderam o rosto, depois do depoimento na delegacia de Todos os Santos \-

Fotos

de Marcelo Theobald

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I Guardas disseram ter encontrado em dezembro, na cela incendiada, duas bombas feitas artesanalmenteGuardas disseram ter encontrado em dezembro, na cela incendiada, duas bombas feitas artesanalmente

Punição pode

deixar presídios

sem guardas

Perícia confirma

bomba de magnésioEstudos realizados por peritos do

Instituto Carlos Éboli (ICE) apontam,com 90% de probabilidades, que o arte-fato incendiário que causou a morte de25 detentos do Presídio Ari Franco, naÁgua Santa, continha até meio quilo demagnésio, elemento químico de vendacontrolada, que entra em combustão cmcontato com o ar ou com a umidade.Também já está praticamente confirma-do pela perícia que o artefato foi lançadode fora para dentro da cela.

O Instituto Médico Legal confirmouontem que a morte dos presos foi provo-cada por irradiação de calor. A conclu-são definitiva da perícia, entretanto, de-pende do resultado de exameslaboratoriais de resíduos encontrados nacela 15-A do presidio, como unhas epedaços de pele que descolaram dos cor-pos dos presidiários pela ação do calorirradiado, além de restos dos colchõesincendiados pelos detentos, durante a re-belião. Esses exames só devem estar ¦prontos dentro de três ou quatro dias

Posto especial

orienta parenteFoi instalado ontem cedo. no Institu-

to Médico-Legal, por determinação dosecretário de Polícia Civil, Nilo Batista,um posto especial para atender às fami-lias dos presidiários mortos no incêndiodo Presídio Ary Franco. Funcionários daSanta Casa da Misericódria estão deplantão no IML para orientar as famíliasdas vítimas e encaminhar os corpos parasepultamento. com todas as despesas pa-gas pelo governo do estado.

Até ontem, foram identificados pelafamília 14 mortos — 11 permaneceramno IML e três foram sepultados à tarde.Foram enterrados Jorge Goulart de An-drade, no Cemitério do Pechincha, emJacarepaguá; Ralf Francisco Peçanha.no Cemitério de São Gonçalo; e NazaroManuel do Nascimento, no Cemitério deMaruí. em Niterói.

Legislas do IML realizaram examesde corpo delito em 18 presos espancadosno Presídio Ari Franco durante a ehaci-na. Os internos acusaram os agentes Ga-ma e Cosme pelas atrocidades que culmi-naram com a morte de 25 detentos.

Guardas alegam inocênciaOs agentes penitenciários Cosme

Hermano de Alboim Guimarães e Ro-berto Gama, acusados da chacina noPresidio Ary Franco, afirmaram que sãoinocentes, em entrevista concedida on-tem na Penitenciária Milton Dias Morei-ra, onde estão presos. Eles responsabili-zaram os presos pelo incêndio egarantiram que, se foram disparados ti-ros, partiram da arma de PMs. "Se al-guém jogou bomba ou deu tiros, eu nãovi. Ainda consegui retirar IX presos vi-vos", afirmou Gama, com o apoio deCosme. Os dois contaram que os presosda galeria A pretendiam tomar os guar-das como reféns, para uma fuga em mas-sa. Mostraram, também, duas bombasartesanais, encontradas cm dezembro,segundo eles, na cela incendiada, a A-15.

De acordo com os agentes, um dospresos mortos, conhecido como Firminoou Caçula, era perito em explosivos. Ga-ma, chefe da segurança, disse acreditarque está sendo acusado por ter acabadocom alguns privilégios. "Até garotas deprograma, chamadas através de anúnciosnos jornais, entravam no presídio de ma-drugada", declarou. Cosme contou que,

no mês passado, encontrou um quilo demaconha na galeria E e uma pistola naA. Os dois disseram que trabalham de-sarmados.

Cosme mostrou um relatório, no qualrelata que, ao assumir o serviço, às 7h desegunda-feira, foi informado pelo chefedo plantão anterior, Jorge Luís Patríciodo Nascimento, que, na galeria A, ascelas 8, 9, 10, 14, 15, 16, 17 e 21 estavamcom as grades serradas. Foi á galeria epediu aos presos que retornassem às ce-Ias. Em seguida, foi coordenar a visita nagaleria B, onde se encontram os presosdo Comando Vermelho. Às 1 lh30, apro-ximadamente, começou a rebelião na ga-leria A e ele solicitou o auxílio do Serviçode Operações Especiais do Desipe (De-partamento do Sistema Penitenciário),mas nada conseguiu.

Segundo o relatório de Cosme, ele,Gama, os também agentes penitenciárioBarbosa e Guzzo, entraram na galeria,junto com PMs armados, para removeros detentos. Nesse momento, os presosda cela 15 puseram fogo em colchões,papéis e panos, iniciando o incêndio.

Os agentes peni-lendários do Rioameaçam entrar cmgreve, por tempo in-determinado, sequalquer um dosguardas do PresídioAry Franco, naÁgua Santa, sofrer punição adminis-trativa ou criminal pelo incêndio quecausou a morte de 25 detentos, nasegunda-feira. Dizendo-se convictoda inocência dos agentes no episódio,o presidente do Sindicato dos Servi-dores da Secretaria de Justiça, Fran-cisco Rodrigues, afirmou que a cate-goria aguarda decisão da Justiçasobre o habeas corpus impetrado emfavor dos guardas Cosme Hernandode Alboim Guimarães e Roberto Ga-ma Siqueira, que estão presos, paratomar uma atitude.

"Se o habeas corpus for negado eos agentes punidos, qualquer um dc-les. a categoria vai parar suas ativida-des em solidariedade, até que o siste-

ma penitenciário volte a serpraticável, com um mínimo de segu-rança e condições humanas", dccla-rou Francisco Rodrigues. Ele adian-tou que o sindicato vai pedir areconstituição dos fatos ocorridos nacela 15-A e a realização de períciatécnica nos colchões incendiados pe-los detentos. "Todos nós conhecemoso risco que é trabalhar na Água Santae vamos provar que não é preciso umbarril de álcool lá dentro para que ascoisas aconteçam", disse.

Segundo o presidente do sindica-to, a perícia não provou que, de fato,um artefato incendiário foi atiradodentro da cela. "Também não há ne-nhuma prova de que esse petardo, seexistiu, foi jogado por um agente pe-nitcnciário pois, na hora do inciden-te, havia mais de 100 policiais milita-res no presídio, além dos agentes",prosseguiu. Ele atribuiu a culpa pelatragédia ao estado, "pela superlota-çào de presos e pelas condições subu-manas do presídio". Agentes penitenciários esconderam o rosto, depois do depoimento na delegacia de Todos os Santos

Agentes estão

fora da funçãoApenas cerca de 900 dos 2 mil c

300 agentes penitenciários do Estadodo Rio estão trabalhando diretamentecom os detentos, nas 23 unidades dosistema penitenciário, conforme infor-mou ontem o presidente do Sindicatodos Servidores da Secretaria de Justi-ça, Francisco Rodrigues. Segundo ele,o restante dos agentes foi desviado defunção e está atuando no serviço buro-critico. '"0 último concurso paraagente foi em 1989 e só 200 das 720vagas foram preenchidas", disse.

Francisco Rodrigues admitiu que aseleção de candidatos é "péssima, semcritérios", e a formação do agente"bastante insuficiente". Ele explicouque o concurso para agente de seguran-ça penitenciária exige dos candidatos o2° Grau completo, certificado de reser-vista e carteira de habilitação. As pro-vas incluem introdução ao direito pro-cessual penal, direito civil cadministrativo. Os aprovados, apóscurso teórico de 30 dias sobre legisla-ção penal c direito administrativo, pas-sam a trabalhar nos presídios em cará-to- experimental, durante seis meses,quando são analisadas suas condiçõespsicológicas, aptidão, assiduidade epontualidade. "Não há uma comissãopara fazer uma investigação social pro-funda do candidato", lamenta Francis-co Rodrigues, que já apresentou pro-posta para a criação de umapenitenciária-escola.

Sete PMs são

presos porextermínio

Sete soldados da Policia Militar, umsoldado do Corpo de Bombeiros e doiscivis foram presos em uma operaçãoconjunta entre os Serviços Secretos daPM e do Corpo dc Bombeiros, a Delega-cia de Defesa da Vida e a 55a DP (Quei-mados) suspeitos de integrarem um gru-po de extermínmio que age na BaixadaFluminense. Os PMs são acusados dematar, em 8 de julho, o mecânico Ma-noel Órmindo Rodrigues, 58 anos, suamulher, Maria Helena de Carvalho, de51, e o neto do casal, Anderson, de 13anos.

O grupo usava uma fábrica clandesti-na de bebidas, em Queimados, onde fun-cionava também uma suposta oficinamecânica. Foram apreendidas as Kom-bis de placas RP 4182 e FG 0807, oPassat SZ 4063 e o Volkswagem ED3362, além de oito revólveres e duas pis-tolas. O soldado Gerri Martins de Car-valho, do 24a BPM (Queimados), e seucunhado Sebastião Carvalho Cunha,eram os responsáveis pela fábrica, naRua Olímpia da Silva. 137. Eles mistura-vam bebidas e colocava rótulos falsos.

Segundo o delegado Alberto Leite, da55a DP, além de Gerri e do cunhado dele,integram a quadrilha PMs Manoel Pri-mo Lisboa (24° BPM). Ronald MachadoMendes (22° BPM), Paulo Henrique Co-lina da Conceição (24° BPM), JailtonFilgueiras (24° BPM). Rogério Martinsde Carvalho (24° BPM). Justino MárioMariotini Valim (24° BPM) e o soldadodo Corpo de Bombeiros Juvenal da SilvaMesquita (4° Grupamento de Incêndio)

Zelador diz que ouviu tiros Roberto Gama Siqueira e Cosme Hernando Guimarães

O ex-agente penitenciário GeraldoBispo, acusado de participação na chaci-na no Presidio Ary Franci, foi indiciadono inquérito instaurado na 26a DP. emTodos os Santos. Já respondem a inqué-rito os guardas Cosme Hermano de Al-boim Guimarães, Roberto Gama (presosna Penitenciária Milton Dias Moreira) eJorge Luis Patrício do Nascimento. Ou-tro agente, identificado apenas comoMarcos, deverá ser indiciado, segundo odelegado Antônio Carlos Almeida Ro-clia. Ontem à tarde, prestaram depoi-mento dois PMs, um funcionário do De-sipe e três presos da galeria A. Odepoimento mais importante, de acordocom o delegado, é o do chefe da zelado-ria do presídio, Jonas José Nunes.

Jonas contrariou as declarações dosagentes Cosme e Gama, que disseram terentrado desarmados na galeria A. Elecontou que se dirigia à galeria, para con-

sertar as grades serradas pelos presos,quando ouviu muitos tiros e gritos. Aoentrar na galeria, viu os dois agentes ealguns PMs com armas na mão e aslabaredas na cela A-15. Gama, disse ele,contou-lhe que os presos haviam atiradouma bomba contra ele, mas o artefatobateu numa grade e explodiu dentro dacela. Três presos acusaram Gama de ati-rar nos detentos Paulo Branco e JoséRoberto Luís da Silva, e afirmaram queo ex-agente Bispo, que deveria estar pre-so na Milton Dias Moreira, cumprindopena por assalto, participou da chacina.

O tenente Cláudio Lima Freire e osargento Leonez de Castro alegaram quenem entraram no presídio. Segundo odelegado Antônio Rocha, os depoimen-tos prestados por 15 presos da galeria Asão semelhantes. Os exames de neeropsiaindicaram que nenhum preso foi morto atiros.

No currículo,'honradez

e

camaradagem'Os guardas Roberto Gama Siqueira e

Cosme Hernando de Alboim Guima-rães, presos sob acusação de terem cau-sado a morte de 25 detentos no PresídioAry Franco, são funcionários do Depar-tamento do Sistema Penitenciário (De-sipe) há mais de sete anos e têm elogiosem suas fichas funcionais. Os dois játinham exercido a função de chefe deturma de guardas e estavam há poucotempo no presídio de Água Santa.

Roberto Gama Siqueira, de 38 anos,está no Desipe há oito anos, onde come-

çou a trabalhar em caráter experimental,em março de 1983. Efetivado três mesesdepois, foi designado para a Peniten-ciária Lemos Brito e recebeu elogio dadireção, "pelo alto senso de responsabili-dade e excelente espírito de camarada-gem". Foi removido, em 1984, para aCoordenação de Saúde do Desipe. Noano seguinte, Gama recebeu novo elogio,por "excepcional espírito de solidarieda-de, honradez, eficiência e colaboração atodo momento e hora em respeito a fun-cionários c internos".

Ainda na Coordenação de Saúde, foipara o Manicômio Judiciário HeitorCarrilho, como chefe da turma. Estavahá dois meses no Ary Franco. Seu colegaCosme, de 36 anos, está no Desipe há no-ve anos. Logo que entrou para o depar-tamento, 110 início de 1982, foi lotado 11a

Água Santa, onde ficou durante quatromeses. Depois, trabalhou em diversospresídios c penitenciárias — como a Lc-mos Brito, o Evaristo de Moraes e aEsmcraldino Bandeira — e também 110Manicômio Judiciário e no HospitalCentral do Desipe, onde foi chefe daturma de guardas.

Cosme foi lotado ainda no gabinetedo diretor-geral do Desipe e nas coorde-nações de Segurança e Saúde. Em 1989,foi removido para a Penitenciária MiltonDias Moreira, na Frei Caneca, onde, noano passado, recebeu elogio da direçãopor "alto senso de profissionalismo eesmerado espirito público". Nesse mes-mo ano, passou a chefiar a guardada penitenciária. No dia 9 deste mês, vol-tou a trabalhar 110 Arv Franco.

Água Santa volta à rotina Diretor deixa o Ary FrancoFoi normal o movimento ontem 110

Presidio Ary Franco, em Água Santa. Osinternos receberam visitas de advogadose parentes, e foi reduzido o efetivo dePMs que estavam concentrados em vá-rias dependências do presídio desde se-gunda-feira, quando ocorreu a rebelião.Por ordem do Desipe, os agentes peni-tenciários não falaram com os jornalis-tas. mas segundo um funcionário da ad-ministrarão o presídio recebeu reforço demais dez ou 15 agentes.

Para evitar tumultos e tentativas defugas, a direção transferiu para outrasunidades os internos que têm lideranças.

1—1 Por determinação do secretário— de Justiça, Nilo Batista, uma no-

va vistoria foi realizada ontem à noite110 Presídio Ary Franco, dessa vez como objetivo dc procurar pistas nos armá-rios dos agentes penitenciários CosmeHernando dc Alboim Guimarães c Ro-berto Gama Siqueira. Os dois estãopresos, sob acusação dc terem causadoa morte de 25 presos.

Segundo fontes da Policia Civil, oagente Cosme foi obrigado a acompa-nliar a equipe encarregada da vistoria.

A diretora do Desipe (Departamentodo Sistema Penitenciário), Julita Lem-gruber, aceitou ontem o pedido de de-missão do diretor do Presídio Ary Fran-co, capitão PM Jorge Sérgio de Freitas,por causa dos distúrbios ocorridos nasegunda-feira, que provocaram a chacinade 24 presos e inúmeros feridos, algunsinternados com poucas chances de sobre-vivência. O assessor do vice-diretor doDesipe, Sauler Sakalen, é o novo diretordo presidio. Poucas horas antes do pedi-do de demissão de Freitas, cogitava-seno departamento de sua transferência,como medida disciplinar.

Julita Lemgruber informou que na

sindicância aberta foram ouvidos já 14presos. A sindicância, segundo a direto-ra, apurará em 30 dias toda a verdadesobre o incidente, inclusive a denúncia deenvolvimento de policiais-militares. O se-cretário de Justiça, Nilo Batista, determi-nou a transferência para a Polinter dossete presos que acusaram os agentes pe-nitenciários.

Adiantou a diretora do Desipe que osagentes Cosme Hernando Alboim Guima-rães c Roberto Gama, acusados pelos pre-sos de causarem a tragédia, poderão serpunidos até com a exoneração do serviçopúblico. Ela acrescentou que o estado ar-

cará com despesas de enterro e que paren-tes liberaram 11 corpos no Instituto Médi-co-Lcgal. De acordo com a diretora, em 30dias a lotação do Ary Franco foi reduzidade 1.385 para 1.270 presos.

Julita Lemgruber negou a possibilida-de de interdição da galeria A do AryFranco. Disse que, com a interdição dagaleria E do Presídio Hélio Gomes, asdelegacias ficaram com presos além dacapacidade. O Ary Franco tem 38 agentespenitenciários, que trabalham cm quatroturnos. Mas na segunda-feira dois estavamna coordenação, por cometerem faltas, etrês não compareceram ao serviço.

PM impede torturas de rapazes em menores

¦ Três jovens de classe média podem pegar até sete anos de prisão por ameaçarem de morte dois garotos faveladosUm grupo de rapazes de classe média

foi surpreendido por policiais do 6" BPM(Tijuca) quando surrava André LuísDouglas Pereira da Silva, dc 13 anos, eFábio da Costa, de 10. amarrados um aooutro pelos pulsos. 110 Morro da Divi-néia, 110 Grajaú. Os garotos, detidos 1111-111a rua e levados para o morro, afirmamque foram ameaçados dc morte. Três dosrapazes do grupo, presos e autuados emflagrante na 201' DP (Grajaú) por seques-tro. lesão corporal e formação de quadri-lha. poderão ficar presos por até seteanos.

Os PMs Menezes e Gérson contaramque viram os meninos sendo levados pa-ra o morro, pediram auxílio a outra via-tura e foram ao local, sendo recebidoscom tiros. Vários dos rapazes agressoresfugiram, mas três Ibram detidos: JuanPcricles de Lima Tecsen, de 20 anos:Adalgiso Maira Neto. 25: e Pedro PauloVicente Ferreira. 25. Segundo o delegadoViveiro Constantino Machado, eles ale-gani que levavam os meninos a umatestemunha, para que ela os reconhecessecomo amores de furto, quando morado-res do morro chamaram os policiais.

Os meninos afirmam que entrarammim terreno baldio para pegar frutas.Ao saírem, v iram 11111 homem armadocom faca e correram, mas quatro homensos alcançaram numa Brasília. Entre elesestavam Juan. Adalgiso e Pedro Paulo,que os levaram ao r oito. onde aparece-iam iiiitiòs t.ipa/es, Com corte na perna

direita, que atribuiu a uma facada, An-dré disse que recebeu pauladas e que lhedisseram que serrariam sua perna e lhedariam cachaça, antes dc matá-lo. C0111o pé esquerdo inchado — "foi um pisão"—, Fábio disse ter sido torturado comcassetete, tapas e chutes. Eles moram naFavela do Jacarezinho e dizem que fo-ram ao Grajaú comprar balas para ven-der 110 trânsito.

Segundo o advogado Laéreio Lemos,que assiste Juan, Adalgiso e Pedro Paulo,os garotos estavam assaltando uma casa11a Rua Campinas, quando foram sur-preendidos pelo morador. Seus clientes,explicou Lemos, identificaram os meni-nos como autores de outros furtos 110bairro. A moradora da casa 11o 223, onde,segundo Lemos, os meninos estavam,não quis se identificar e negou que osmeninos estivessem em seu terreno, quese prolonga com o Morro da Divinéia.

Moradores da Rua Campinas, quenão quiseram se identificar, alegando te-mer represálias de moradores do morro,disseram que um dos meninos tinha 11111revólver de brinquedo e que os rapazesnão fizeram nada de errado. "Eles sãoamigos", afirmou Marinize da SilvaMaia, mãe de Adalgiso. Ele mora naRua Campinas, trabalha na oficina me-cãtiica do pai e é estudante do 2° grau.Juan, também da Rua Campinans. é ar-tesão: e Pedro Paulo, vendedor, mora naRua Botucatú. também no Grajaú.

José Roberto Serra

André c Fábio (dc camisa), medicados e alimentados, disseram na polícia que seriam assassinados

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6 o Cidade o quinta-feira, 31/10/91 JORNAL DO BRASIL

Ve s t ibular

Olimpíada incentiva alunos

Cerca de mil jovens disputam, em cinco questões, o título de campeão em Matemática

Uma questãodo concurso

l 111a das formas de incentivar o cstu-ilo da Matemática entre alunos do 2"grau. a Olimpíada Brasileira de Mateiná-tica, terminou esta semana com a vitóriado paulista Emerson Ferreira Leite e docarioca Ricardo Soares Slern. A I.Volimpíada reuniu cerca de mil concorreu-tes de todo o país. A prova constou decinco questões com o objetivo, segundo ocoordenador do concurso, Carlos Frede-rico Borges Palmeira, de escolher oscampeões entre os melhores alunos deMatemática. Houve empate no segundolugar, entre o niteroiense Eric CamposBastos Guedes e o carioca Márcio LuísAlmeida dos Anjos.

Na 13" Olimpíada Júnior, reali/adasimultaneamente, o cearense João Luísde Araújo I-aleão foi o campeão, e opaulista Rodrigo Onias ficou em segun-do lugar. Os primeiros colocados dispu-tarào uma vaga na equipe que vai aMoscou, ano que vem. participar daOlimpíada Internacional de Matemática.

Provas em NiteróiQuatro faculdades particulares de

Niterói se juntaram para realizar anoque vem o Vestibular Integrado domunicípio, oferecendo 1.500 vagas em16 cursos das áreas biomédica, tecno-lógica e de ciências humanas. As ins-crições poderão ser feitas em qualquerdas quatro instituições — FaculdadeGay-Lussac, Plínio Leite, Maria The-resa c Pestalozzi — no período de 2 dejaneiro a 6 de fevereiro. A FaculdadeMaria Theresa, localizada em São Do-mingos, bairro niteroiense à beira-mar,tem como destaque seu curso de Biolo-gia Marinha, além de Informática,Educação Física, Psicologia e CiênciasBiológicas, enquanto a Plínio Leiteoferece cursos de Pedagogia, Letras,Turismo, Medicina Veterinária e For-inação de Professores. A SociedadePestalozzi, dedicada ao tratamento dealunos excepcionais, oferece cursos deFisioterapia, Fonoaudiologia e Tera-pia Ocupacional. A Gay-Lussac temcursos de Administração, CiênciasContábeis e Economia. Informaçõessobre o Vestibular Integrado de Nite-rói podem ser obtidas pelo telefone622-2795;

Cândido MendesA Faculdade Cândido Mendes abre

dia 12 de novembro as inscrições paraseu primeiro vestibular integrado comuma novidade: não haverá provas parao curso de Pedagogia, pois a diretoriaconstatou que no vestibular de meio deano não houve procura que justificassea criação de novas vagas. O prazo dasinscrições termina 6 de dezembro e asprovas serão realizadas nos dias 16 dedezembro, a primeira fase, e 10 e 15 dejaneiro, a segunda. "Com base no nú-mero de inscrições no último vestibu-lar, os cursos mais procurados foramos de Direito c de Administração. Omenor índice de procura foi para Pe-dagogia, o que resultou no cancela-mento das provas para esta carreira",explicou o professor Ruy Afonso, dire-tor da Cândido Mendes. Na primeirafase do vestibular, dia 16 de dezembro,os candidatos farão as provas dísserta-tivas de Português e Literatura, comênfase na Literatura Brasileira. A Càn-dido Mendes oferece 960 vagas distri-buidas da seguinte forma: UnidadeIpanema — Economia, 150; Adminis-tração 150; Direito 200; Ciências Con-tábeis 50; Unidade Centro — Econo-mia 180; Administraçaão 180; Direito600; Ciências Contábeis 60; UnidadeCampos (Norte Fluminense) — Eco-nomia 100; Administração 100; Ciên-cias Contábeis 100; Unidade NovaFriburgo (Região Serrana) — Admi-nistração 90 vagas.

Vagas na CesgranrioVai sobrar vaga no Vestibular Uni-

ficado da Cesgranrio. Faltando oitodias para encerrar as inscrições, cercade 4.000 candidatos se inscreveram pa-ra o concurso, que será nos dias 12, 14e 16 de janeiro. O Unificado reúne 16instituições de ensino e oferece 12.081vagas. O prazo para as inscrições ter-mina dia 8 de novembro, e os interes-sados têm de pagar taxa de CrS 15 mil(hoje) ou CrS 18 mil (a partir de ama-nhã), devendo comparecer a um dos 13postos para preencher a ficha de inseri-ção e apresentar a carteira de identida-de. Nas décadas de 70 e 80. o Vestibu-lar da Cesgranrio foi disputado por100 mil candidatos. Em meados dosanos 80. quando saíram do Unificadoas universidades públicas (UFRJ,UFF, Uni-Río e Uerj), o número decandidatos começou a diminuir. Esteano, a procurar cairá ainda mais poissó participarão as escolas particulares.Cada universidade pública resolveu la-zer seu próprio concurso. A única quese juntou a outras escolas foi a Uerj,que terá no Vest-Río a companhia daEscola Nacional de Ciências Estatísti-cas (Ence) e do Centro Federal deEducação Tecnoló; ica (Cefet).

"Na Olimpíada Internacional desteano. na Suécia, o Brasil ganhou uma dasmedalhas de bronze e menção honrosa,com uma equipe pequena, de seis estu-dantes. Na disputa da Olimpíada ibero-Americana, cm Córdoba, na Argentina,nossa equipe de quatro alunos conquis-tou uma medalha de ouro e outra deprata, enquanto quatro meninos de 15anos da equipe júnior conseguiam umamedalha de prata e duas de bronze naOlimpíada do Cone Sul. também esteano", contou Carlos Frederico.

O coordenador da Olimpíada Brasi-leira notou que este ano não havia me-ninas entre os vencedores. "É estranho,porque no Brasil a quantidade de mu-iberos fazendo bem a Matemática é per-eentualmcnte maior que no resto domundo. E bem verdade que há umarussa que já disputou a Olimpíada In-ternacional várias vezes, mas não há,percentualmente, muitas russas naequipe nacional deles", afirmou.

Em uma festa, toda mulher dançacom algum homem e nenhum homemdança com todas as mulheres. Demons-tre que existem homens Ho c Hl, e mu-lheres Mo e Ml, tais que Ho dança comMo, Hl dança com Ml, Ho não dançacom M1 e H1 não dança com Mo.Resposta: Seja Ho o homem que dan-ça com mais mulheres. Existe uma mu-lher Ml que não dança com Ho, pois Honão dança com todas as mulheres. Mldança com pelo menos um homem Hl.Afirmamos que existe uma mulher Moque dança com Ho e não dança com HI,pois se HI dançasse com todas as mulhe-res que dançam com Ho, ele dançariacom mais mulheres do que Ho, já que eledança com Ml, que não dança com Ho.Isso é um absurdo, pois Ho é o homemque dança com mais mulheres.

Livro/Matemática divertida e curiosa

Malba Tahan ajudou a ensinar jovens

O gosto pela Matemática, maté-

ria que assusta muitos alunos,pode nascer da leitura de alguns li-vros feitos exatamente para jovensque acreditam que a Matemática só éaborrecida e difícil. O livro Matemá-tica divertida e curiosa, de Malba Ta-han, pseudônimo do professor JúlioCésar Mello e Souza, por exemplo,está sendo reeditado pela Record epode ser encontrado nas livrarias.

Recheado de histórias curtas, cu-riosidades e frases soltas, o livro,"mostra flaslws da Matemática queatraem as pessoas para o estudo daciência. Suas pequenas histórias têmforte aspecto lúdico, porque MalbaTahan teve o mérito de fazer literatu-ra científica há 57 anos. Foi ele, aliás,quem deu uma dimensão humana àMatemática", afirma Valdemar Velo,43 anos, diretor da Oficina de LivreExpressão Matemática, de São Pau-lo, e um dos fundadores da SociedadeBrasileira de Educação Matemática,com sede também na capital paulista.

Matemática divertida c curiosa, se-gundo Valdemar, "é de 1934, tem ofamoso problema dos sete navios deC. Laisant e marca o início da fasedas obras de divulgação da Matemá-tica que o Malba Tahan escreveu".

Malba Tahan

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Valdemar fez um levantamentocompleto dos trabalhos de Júlio CésarMello e Souza, dividindo as obras dofamoso professor em nove itens: litera-tura oriental, matemática recreativa,didática, diversos, obras cm colabora-ção, revistas, bibliografia, obras parateatro e títulos de livros não editados.No total, Malba Tahan escreveu 120livros, três peças de teatro, colaborou

em três revistas e vários jornais. Eletem ainda muitos livros inéditos, comoo Dicionário de pesos e medidas, emvolumes cuidadosamente guardadospor seu neto, André Pereira.

A eficácia das histórias de MalbaTahan em atrair jovens estudantes pa-ra a Matemática é comprovada porCarlos Frederico Borges Palmeira, odiretor do Departamento de Matemá-tica da PUC: "Malba Tahan é o res-ponsável pelo gosto por esta ciência damaioria dos matemáticos brasileiros.Não há quem não tenha lido O homemque calculava, considerado o melhorlivro dele. Meu avô me deu a coleçãocompleta do Malba Tahan quando euainda estava no primário", lembraCarlos Frederico.

"Hoje em dia, as crianças se iniciamna Matemática com os computadores,enquanto no meu tempo a iniciação sedava com o Malba Tahan," acrescentaele. O professor de matemática JúlioCésar Mello e Souza morreu em 1974,aos 79 anos, no Recife, depois de darum curso sobre "A arte de contarhistórias" e outro sobre "Jogos e re-creações no ensino da Matemática".Uma de suas frases preferidas era:"Quem complica a Matemática nãogosta dela; é um sádico que se divertevendo os alunos sofrerem."

Sandra Chaves

AULA PARTICULAR

Geografia

Assunto: Ocupação do espaço

urbano no Rio de Janeiro

Comentário: Os números mais recentes confirmam que a cidade doRio de Janeiro já tem pelo menos um milhão de favelados, numquadro de dois milhões de pessoas, em situação de sub habitação,numa área com seis milhões de habitantes.

Os números do cadastro de favelas mostravam que cm 1980.50% da população favelada estendiam-se ao longo da via férrea(Méier, Ramos, Penha etc...) e em contrapartida, à medida que secaminhava para Zona Oeste, diminuía o número de favelas.

Ocorreram algumas alterações na última década, neste processo,pois enquanto a população total e favelada aumentaram 35%. naBarra da Tijuca, a população favelada cresceu 83%.

Isto mostra que assim como as comunidades de classe médiaalta para cima, milhares de favelados estão mudando de endereçona mesma direção, ou seja. Barra da Tijuca e Jaearepaguá.

(Rio de Janeiro — INPLAN — Rio)

Cidades principais:- Rio de Janeiro- Niterói- Nova iguaçu- Duque de Caxias

5- São Gonçalo- Nilópolis- São João do Meriti

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II NúcleoPwHtria ImediataLimito da Região MetropolitanaLimite das periferias

¦I Área urbanizada

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Exercício: UFF/90espaço capitalista pode ser representado, genericamente,

com base nas relações sociais que se estabelece, entre umaárea considerada como centro (ou núcleo) e seus espaçosperiféricos. De acordo com este critério está apresentada, nomapa acima, a região metropolitana do Rio de Janeiro.

Observando-se as faixas do mapa e conhecendo-se ascaracterísticas sociais de cada um destes espaços, pode-seafirmar que:

— o espaço denominado "núcleo" (I) corresponde àárea onde estão localizados os principais centros de decisãopolítica e financeira da metrópole;

— a periferia imediata (II) caracteriza-se como áreabasicamente ocupada por classes mais altas, como é o casoda Barra da Tijuca;

— a "periferia intermediária" (III) caracteriza-se comoárea industrial e residencial, onde se concentra população debaixa renda c corresponde a vastos espaços carentes deinfra-estrutura;

— a "periferia distante" (IV) corresponde ao espaçoainda não incorporado à dinâmica sócio-cconômica da me-trópole, e está unicamente voltada para a produção dehortigranjeiros.ASSINALE:a) se somente as afirmativas 1 e 2 forem verdadeiras;b) se somente as afirmativas I e 3 forem verdadeiras;c) se somente as afirmativas 2 e 4 forem verdadeiras;d) se somente as afirmativas 1. 2 e 3 forem verdadeiras;e) se somente as afirmativas 2, 3 e 4 forem verdadeiras;

Resposta : B— Verdadeira — nota-se perfeitamente a localização da

cidade do Rio de Janeiro como centro catalisador da áreametropolitana.II — Falsa — com o crescimento acima descrito não se podecaracterizar esta área como basicamente ocupada pelas cias-ses mais altas.III — Verdadeira — a identificação das cidades aí instaladascaracterizam a Baixada Fluminense com os indicadorescitados e com instalações industriais como Refinaria (Duquede Caxias), Indústrias Químicas (Nova Iguaçu) etc...IV — Falsa — a chamada periferia distante acha-se integra-da á dinâmica da metrópole, tanto na Região Serrana(Petrópolis) como na Baixada Norte Fluminense com cintu-ròes verdes e processo industrial...Questões fornecidos pelo Professor Luiz Sérgio Gonçalves da Rede MVIde Ensino

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O matemático moderno

O matemático moderno não vemmais da engenharia e muito menos é umsenhor sério e compenetrado, que viveresolvendo equações difíceis, como Os-wald de Souza, famoso pelos prognósti-cos sobre quantas pessoas acertam nostestes da Loteria Esportiva. O matemáti-co moderno é normalmente jovem — aidade dos mais experientes beira os 45anos — e se veste informalmente, gostade esportes e encara a Matemática comouma ciência apaixonante, uma atividadeenvolvente e até uma brincadeira fácil.

O melhor curso de Matemática é o daPontifícia Universidade Católica (PUC),na Gávea, onde o diretor, de bermuda,camisa pólo, tênis e meia esportiva, sin-tetiza bem o novo perfil do estudiosodesta ciência. "Eu fiz Matemática aquimesmo na PUC. Sou da geração que seformou apenas em Matemática, porqueantigamente os matemáticos vinham daengenharia, diz Carlos Frederico BorgesPalmeira, o Fred, diretor do Departa-mento de Matemática da PUC.

O bacharelado em Matemática, se-gundo ele, é um grau acadêmico quesignifica o primeiro passo na carreiracientifica. Com trabalhos para o Institu-to de Matemática Pura e Aplicada (Im-pa), no Jardim Botânico, ele constatouque os matemáticos têm pouca escolhana hora de trabalhar: vão ser professoresou participar de pesquisas de Matemáti-ca Pura ou. em muitos casos, se voltampara o mercado da Informática, ondeestes profissionais são bem cotados pelasua formação especializada.

"Na área de pesquisa científica, osalunos podem contar com o Impa, oInstituto Nacional de Pesquisas Espa-ciais (Inpe) de São José dos Campos(SP), o Laboratório Nacional de Com-putação Científica (LNCC), na Urea, e oInstituto Politécnico do Rio de Janeiro,em Nova Friburgo (Região Serrana),lembra Fred.

"Nosso curso é o melhor, porque ocorpo docente é todo formado de douto-res. as turmas são pequenas — de nomáximo 10 alunos — e os estudantesmostram muita disposição para o estudo.O curso de Matemática da PUC foi cria-do por Antônio César Olinto. João Cân-dido Portinari e Natan Moreira dos San-tos, alguns dos melhores matemáticos dopais", destaca Carlos Frederico.

Françoise Imbroisiri—

Ciência da computação foi alternativa para Heródoto

O sucesso na InformáticaHeródoto Bento de Mello Filho,

42 anos, atual gerente de Planejamcn-to de Produto da diretoria de Marke-ting da Medidata, quase cometeu oque agora considera que seria umerro: formar-se em Engenharia. Eledescobriu a tempo sua vocação e es-colheu o curso de Matemática daPUC, onde teve os primeiros conta-tos com a Informática."A ciência da computação surgiupara mim como alternativa dentro docurso da Matemática e acabou tor-nando-se mais importante que o pró-prio curso. Sou um bacharel em Ma-temática, mas assim que me formeifiz, imediatamente, pós-graduaçãoem Informática", conta ele.

A Matemática, porém, abriu paraHeródoto as portas para uma dife-rente percepção do mundo. "Achoque a Matemática abre uma visãomuito diferente de tudo. Através delasc passa a perceber que se pode criarmodelos para tudo que existe; mode-los até sobre como se relacionar comas pessoas. Com a Matemática sepode entender que a sociedade definemodelos e que. embora esses modelospossam estar errados, a sociedade de-mora a constatar que deve muda-los.A Matemática ajuda a julgar, critica-mente, se os modelos estabelecidosestão certos", afirma ele.

Segundo Heródoto, a Medicina

"trabalha em cima de modelos: há omodelo alopático e o modelo homeo-pático. Mesmo a sociedade demons-trou seu grande esforço de organiza-ção criando modelos em que sebasear, e esse foi o grande aprendiza-do que tive no curso de Matemáticada PUC. onde conheci um professorque considero dos mais lúcidos, JoãoCândido Portinari."

Para o jovem matemático, Portina-ri, filho do pintor Cândido Portinari,"tinha uma visão mais crítica da Mate-mática. Ele foi a pessoa mais impor-tante na minha graduação," acrescen-ta. Heródoto formou-se em 1973 eCarlos Frederico Borges Palmeira, oFred, atual diretor do Departamentode Matemática, foi monitor de suaturma. A ligação com a: Informáticacomeçou, profissionalmente, quandoHeródoto ainda fazia o mestrado."No meio do mestrado eu já estavatrabalhando como gerente de centro deprocessamento de dados (CPD) emNova Friburgo, na Região Serrana.Depois fui para a Cobra c mais tardepassei para a Medidata. Um ex-colegade turma da PUC trabalhou nessamesma empresa, o Paulo Kacelnick,mas agora ele está passando um perio-do em Campinas, interior de São Pau-Io. Outros ex-colegas fundaram empre-sas ou estão trabalhando em pesquisade Matemática pura."

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Os amantes de Carax

Um jovem cineasta

consegue passar dokcult'

ao sucessoANY BOURRIER

Correspondente

ARIS — Já era um cnli inovieantes de seu lançamento. Eagora, quando longas filas de

curiosos esperam pacientemente oinício das sessões nos 12 cinemas de.Paris onde entrou em exibição nasemana passada, Les amants du PontNeuf (Os amantes da Ponte Nova),terceiro filme do cineasta de 30 anos,Leos Carax (os anteriores foram Boymeeis girte Motivais saiig), passou defilme-eulto para a categoria de suces-so tia década.

Lcs amants dtt Pont Neuf mereciaque outro filme fosse rodado cm tor-no de sua gênese, pois se trata de umtrabalho polêmico, muito esperadopela crítica c um dos mais caros rea-lizados até hoje na França pelo cine-ma de autor. Sua longa história com-preende três anos de filmagem, trêsprodutores — os dois primeiros de-sistiram de financiá-lo por causa dosatrasos e prejuízos provocados poracidentes com o elenco, destruiçãodos cenários, modificações no roteiroque tinha três finais possíveis — eorçamento previsto de USS 10 mi-lhões mas que, no encerramento damontagem, chegou a USS 30 milhões.

Se o filme chegou ao fim, os res-ponsáveis são Juliette Binoehe, De-nis Lavant, os intérpretes principaise também dois técnicos, Michel Vcn-

destien, o decorador e Jean YvesEscoffier, diretor da fotografia. To-do o elenco empenhou-se para que ofilme não ficasse só no projeto e emalguns planos de Paris filmados porCarax. O acidente de Denis Lavant,que quebrou a mão fazendo piruetasna ponte, obrigou o diretor a rccons-truir a Ponte Nova, que passa porcima do rio Sena, no sul da França, ábeira de um lago. Nos três anos quedurou a filmagem, Carax perdeu oscenários de madeira e papelão duasvezes, destruídos pelo vento e pelachuva e também ultrapassou o prazode três semanas que a prefeitura deParis lhe deu para rodar sua históriade amor no cenário natural da PonteNova. Todas estas dificuldades fize-ram com que Les amants dtt PontNeuf sc transformasse num filmefantasma, misterioso, inacessível,que ninguém mais tinha esperançade ver um dia.

Mas valeu a espera. De uma liis-tória banal — um homem, uma mu-llier, uma ponte — Carax consegueextrair uma aventura moderna, feéri-ca. um legítimo conto de fadas ele-trônico, utilizando todos os recursosda iluminação e da fantasia paratornar sincera, honesta e fascinante apaixão de dois mendigos, que vivemsob a ponte porque não tem maisnada a perder nem a ganhar.

O filme conta o encontro de Alex(Denis Lavant), sem passado nemfuturo, que vive sob a ponte cmcompanhia de Hans (Michael Gru-ber), misto de pai e guru dos mendi-gos que se instalam em seu território.Alex vive para roubar comida nosmercados, cospe fogo nas feiras para

ganhar algum dinheiro e só conseguedormir graças às drogas que lhe dáHans, de quem é totalmente depen-dente. Michele (Binoehe) desembar-ca um dia no mundo dos elocltards einstala-se na ponte para fugir deduas obsessões, o desaparecimentodo namorado c a cegueira gradativaque a impede de continuar seu traba-lho de pintora.

Entre Michéle c Alex nasce umapaixão cm cujas raízes estão a atra-ção de dois extremos: de um lado, aartista sensível e, de outro, um sujei-to feio. bruto e violento. Mas comoambos são jovens e ingênuos, rapi-damente se tornam companheiros etransformam, através da fantasia eda imaginação, o cotidiano depri-mente dos mendigos em viagem psi-codélica pelas margens do rio Sena cpelos cais de Paris. O enredo poderiaacabar em tragédia, no dia em queMichéle ouve pelo rádio o apelo deseu médico, para voltar ao consulto-rio e testar um remédio milagrosocontra sua doença dos olhos. Paranão perdê-la, Alex tenta alguns atosdesesperados, como queimar os car-tazes nos muros da cidade pela fami-lia da moça, pedindo-lhe que voltepara casa, a fim de ser tratada. Alextermina na prisão mas Leos Caraxnos reserva um final feliz, os doisamantes, que se jogam no Sena, sãosalvos por um barco que os leva paraum futuro longínquo c desconhecido.

O mais interessante neste filme deestilo populista, que retoma a tradi-ção dos filmes franceses da Idade deOuro, assinados por Jean Renoir ouMareei Carné, são os contrastes cn-tre o antigo e o moderno, entre omundo sombrio dos mendigos e a

colorida festa de fogos de artificio,de paradas militares, de saltimban-cos que Carax nos oferece junto comuma mensagem: nem a mais negramiséria é capaz de impedir que a \ idaseja bela, desde que iluminada pelaimaginação e criatividade dos anis-tas ou pela fome de viver intensa-mente dos jovens. Les amants duPont Neuf á uma série de contrastes,de mundos e mentalidades opostas,um melodrama que lisa tintas som-brias para pintar a realidade soeialdos mendigos, um filme que, sem seipobre, escolhe os pobres para seremheróis e reis do mundo da ilusão c dafantasia.

O único defeito que se poderiaapontar é o distanciamento do dire-tor que não soube exprimir todas assutilezas e matizes de uma situaçãosocial trágica, de um novo tipo depobreza que começa a aparecer na>ruas das cidades européias, a pobre-za dos jovens, sem emprego nemperspectiva. Talvez os estereótiposda existência dos clochards de Parissejam pesados demais: garrafas devinho barato, sujeira, latas de coti-serva transformadas em panelas pa-ra aquecer a comida dos mendigos,Mas, mesmo assim, é um aeonteci-mento cinematográfico porque mos-tra as grandes diferenças entre po-bres e ricos nos países que seconsideram civilizados. Depois devárias décadas de cinema pasteuriza-do, em que se louvavam as virtudesdo consumismo e o brilho dos viip-pies, Carax aponta novos caminhospara o filme de autor: o realismotemperado pela magia.

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o quinta-feira, 3! 10/91JORNAL DO BRASIL

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Mareia Moura deixa

o erotismo e lança

um livro visionário ,

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EFIN1TIVÃMENTE pai-xão c mulher não combinam.Zélia. Darlcnc Glória, Dori-

nha Duval, Odile Rubirosa são al-gumas das nossas mulheres que, deuma forma ou de outra, alteraramprofundamente as suas vidas porcausa de uma paixão mal curada.Agora chegou a vez da ex-vogal daJustiça Trabalhista Márcia Moura.Com o nome de Maria Cristina No-gueira. como foi batizada. Mareialança hoje, às 18h30, no Rio Atlân-tica Hotel, o seu sexto livro Deus,tcirot e o terceiro milênio. Nada derevelações de alcova. Só revelaçõesdivinas. Quem te viu e quem te vê.

"A Zélia sou eu ontem", diz, ma-rota, a carioca de 39 anos, cheia deenergia cósmica com a nova viradadc sua vida. Na época de seu pri-meiro livro, A revolução sexual,Deus e o diabo ainda brigavam umbocado na sua vida. Sc por um ladoa incrível vendagem do livro garan-tiu a sua sobrevivência por muitotempo, por outro, provocou sua ex-pulsào do Tribunal Regional doTrabalho, o que a impede de cxcrccra advocacia desde 84. O livro, nasua 19" edição, procura cumprir asua missão: "Ensinar os homens alidar com as mulheres só que com aminha visão antiga, deformada doque é amor", afirma ela, que hojeconsidera o livro superado.

Assim como sente até vergonhadc um dia ter escrito o segundo. Por

debaixo da toga, "um livro do tipodo da Zélia". segundo ela. que on-tregava meio mundo do meio jurídi-co como uma espécie de vingançacontra a expulsão. Mas os persona-gens eram apresentados apenas porsuas iniciais. "Por isso, o livro naofez sucesso", reflete. Mas ainda as-sim agradece: "Graças a Deus, eunão dei nome aos bois como fez aZélia." Até o arrependimento total,ainda vieram outros títulos da suafase erótico-passional: Como conse-guir um liomem, Vaidade das vaida-des, tudo é vaidade — "nesse euestava começando a ter os saquesque eu tenho hoje" — e Cozinhaafrodisiaca.

A mudança começou a ocorrerdepois que conheceu, há dois anos,um ciumento porém amoroso em-presário gaúcho. Os dois ficaramjuntos até junho:

"Com ele, eu tive asegurança do amor de verdade e dapaz, e pude enxergar a minha verda-de interior." As cobranças do mari-do ajudaram Mareia a voltar a serMaria Cristina. "Nunca tive quemme cobrasse qualquer coisa, que seinteressasse de verdade por mim*,diz. Antes dele, continua, "eu eracomo a Zélia. Fazia tudo de lormanatural e ingênua. Pode ter certeza,a Zélia está fazendo tudo isso demodo inconsciente, ela está inocentenessa história", garante. No augedessa inconsciência, Mareia Mourafez algumas "loucuras" das quais searrepende, como posar apenas dcavental para a capa do livro Cozinhaafrodisiaca.

Depois dc encontrar o verdadeiroamor na matéria, Mareia/MariaCristina acha que sua imaginaçãopôde finalmente encontrar espaçopara os sonhos visionários. "Come-

cci a ter vários sonhos em que eu era

compelida a falar sobre o fim domundo e como as pessoas deveriamfazer para se salvarem", conta. Umlivro sobre Tarot foi sua arma parafalar sobre as previsões do Apoca-lipse c suas novas concepções davida. "Para não chegar com um dis-curso careta, dc crente, eu usei otarot." A misteriosa amiga Sol, queMareia conheceu antes dc encontraro marido, assina o livro com ela. Solé sua assessora nas coisas do Tarot.Segundo o livro, os 22 arcanosmaiores do Tarot são as provas pe-Ias quais todos os seres humanosdevem passar até chegar a algumtipo de redenção. Mareia, já total-mente Maria Cristina, entregou-setão furiosamente ao livro, que nãoencontrava mais tempo para se de-dicar ao marido. "Quando termineio livro, a gente também terminou",diz ela. que acha possível uma re-conciliação, agora que está prontapara o amor. "Ele foi o Lutero daminna vida", brinca.

"Isso de encontrar o amor podeacontecer com todo mundo. Unsmais cedo outros mais tarde. Anteseu estava sob o controle da energiada terra. Agora estou tentando do-minar aquele energia, e ficar maisespiritualizada. Nós mulheres temosque estar o tempo todo segurando aboca do Leão, que é a carta 11 doTarot. Leão é o bicho que está den-tro da gente e sinboliza raiva, sexo,vingança, ignorância." Mas MariaCristina não pirou,

"como muitagente deve estar imaginando. Conti-nuo gostando de sexo, só que invertios valores. Não quero mais um rela-cionamento baseado na paixão, massó no amor. Porque com o amorvocê perdoa, entende as pessoas, su-porta melhor as coisas."

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ExtermínioUma cabaça pensante do

marcado finunceiro compara-va ontem a nova taxa de jurosdo governo, dc 43% ao mês(quase 4.0005 ao ano), à bombaatômica.

Trinta dias depois da expio-são, lembrava, a inflação emHiroshima ara scro por cento.

• Vai-se provar, mais umavez, que onde os juros vão, ainflação vai atrás.

Em festaOs mendigos da» praças da Zona

Sul estão satisfeitíssimos com osbanheiros públicos que começa-ram a ser instalados pela prefeitu-ra.

Só aguardam agora a instalaçãode cozinhas, salas e quartos.

PivôJá 8e sabe quem é o dentis-

ta que, sem queror, acaboutornando-se o pivô da separa-çáo, em Paris, de Zélia Cardo-so de Mello e do ex-ministroBernardo Cabral, e um dosEersonagens

principais — em-ora anônimo — do lamen-

tável livro de memórias daox-ministra.

Trata-se do Dr. WilliamsSaraiva, um dos precurssoresdos implantes laminados noBrasil.

Agenda0 presidente c Sra. Fernando

Collor estarão em Roma de 11a 13 dc dezembro.

No dia de sua chegada serãohomenageados com um ban-quetc no palácio Quirinalc, 011-de iicarão hospedados, ofereei-do pelo presidente FrancescoCossiga.

No dia 12, Collor almoçarána Villa Mudama, tendo comoanfitrião o primeiro-ministroGiulio Andrcotti, c á noite, aolado da primeira dama, ofere-cerá um banquete no palácioPamphili.

Na manhã do dia 13, o presi-dente Fernando Collor — semKosaue — terá uma audiênciacom o papa João Paulo II.

Olho vivoÀs contas de luz do mês de

novembro serão anexadas ad-vertências da Llght alertan-do os consumidores para o au-mento natural do consumo deenergia no verão.

Como as tarifas já andamaltas e caras, a empresa deci-diu poupar aborrecimentoscom reclamações e Informarque o uso continuo de umventilador, por exemplo, po-dera aumentar em 50°,, o con-sumo médio no fim do mês.

• Um aparelho de ar condi-cionado poderá fazer a contamédia dc um apartamentodar um pulo de 300",,.

MéritoDepois da mais de 30 anos

exercendo com brilho e raracompetência a profissão dearquiteto sem diploma, inclu-sive no exterior, José ZanineCaldas teve, enfim, raconha-cido pelo Instituto dos Arqui-tetos do Brasil o mérito desua obra.

Recebeu anteontem, dasmãos do urbanista LúcioCosta e em nome do IAB, umdiploma de arquiteto e o res-pectivo registro profissional.

Zanine, recém-chegado deuma temporada em Paris, es-tá mergulhado numa novaobra de peso.

A construção de quatrograndes mansões de praia en-comendadas pelo banqueiroCastor de Andrade.

Na Ilha Grande.

Zózimo

Fotos de Ronaldo Zanon

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Liège Monteiro, o cantor angolano Abel Duerê, BelizaRibeiro e Pedrinho Aguinaga animando a noite do Rio

Vida mansaOs oito dias que passou

no Brasil conversando comautoridades de Brasília ecom cinco governadores doEstado foram mais que sufi-cientes para que o chance-ler Helmut Kohl embarcas-se de volta levando nabagagem um bem traçadodiagnóstico político, econô-mico e social do Brasil.

Prova maior de que jácaptou o essencial para en-tender o pais, foi a observa-ção feita por ele duranteuma caminhada pela praiade Copacabana:— Que lástima ver na praiatodas essas pessoas, que po-deriam estar empregando asua força de trabalho embeneficio de sua própria vi-da, do país. Eu sei que hámuito desemprego e consi-dero isto uma grande lásti-ma para o país.* * *

Kohl acertou na mosca.

Enxugamento Com a barriga De mão em mãoO secretário do Desenvolvimento Re-gional, Egberto Batista, asclarace que,ao contrário de 639 servidores, comoesta coluna publicou recentemente, asecretaria abriga, na verdade, 671.

E que o decreto n" 79, de 5 de abrildeste ano, prevê um corpo de trabalhopara o órgão de até 1.376 funcioná-rios.*A secretaria funciona, portanto,com apenas 48,7% de sua lotaçãoideal.

Na telinhaJú tem título definitivo a próxima no-

vela dus oito du TV Globo, que subs-tituirá 0 dono do mundo.

Assinada por Aguinaldo Silva, vai scchamar Fruto proibido.

0 titulo provisório, Garimpo, não cm-Plat'ou- * * *

Um novo programa .semanal estrearáno ano que vem na (ílobo.

Será estrelado por Regina Duarte edirigido por Roberto Talma.

Atenderá pelo nome de Happy ilOUl'.

PaciênciaHá pelo menos 160 deputados fede-

rais pendurados no Banco do Brasil,depois de estourar os limites de seuscheques ouro e cartões de crédito — enão pagar.

Por uma especial deferência, obanco está administrando as dividasá espera de pagamento, mas se nãoforem cobertos o quanto antes os ver-melhos das contas, as dividas serilopotestadas.

Afinal, paciência tem limite.

Pelo menos oito importantes temasque estão na ordem do dia há meses àespera de votação deverão deixar deser apreciados na atual legislaturapor — pasmem! — excesso de trabalhodo Congresso.

Com o recesso do fim de ano, Câma-ra e Se7iado empurrarão com a barri-ga para o ano que vem a votação dalei orgânica dos partidos, do códigode propriedade industrial, da regula-mentação dos portos brasileiros, daparticipação dos empregados no lu-cro das empresas, da reforma do sis-tema financeiro, do imposto sobregrandes fortunas, da nova lei de im-prensa e da lei de diretrizes e bases daeducação. •k * *

Deputados e senadores já começa-rão 92 sobrecarregados de trabalho.

PrejuízoEm função da punição sofrida on-

tem pelo Flamengo, imposta pela Ei-fa, ao clube restará agora recorrer,pela ordem, ao bispo, á Corte de Haiae ao papa.

Com remotas chances de vir a serouvido por qualquer um deles.

* * *Os dois jogos do Flamengo no Se-

negai, agendados para os dias 11 e 14de novembro, são os dois primeiroscompromissos internacionais do clu-be a irem para o espaço.

Só não serão cancelados caso o Fiaretire as ações que move na justiçacomum contra a CBF— motivo,aliás, da punição.

—• "— 'j'' ':

Priscila Barbará e Andréa Ourivio em noite de coquetel

RODA-VIVAO presidente Fernando Collor deu or-

dens expressas ao Itamaraty para quetodo o visitante, chefe de Estado ouchele de governo, que vier a Brasíliatenha como roteiro obrigatório uma vi-sita ao recém-inaugurado Ciac.

Dc volta dc Amstcrdam, está no Rio,ao que parece definitivamente, Neuzi-nha lirizola.

A Casa França-Brasil inaugura hojeás 18 horas a exposiçílo Isto é a França cmquadrinhos, trazida pelo Centre Nationalde Bande Dessinée et de 1'Image.

Stclla dc Orleans c Bragança reuniuamigas para jantar ontem no Aquarela.

O vice Itamar Franco representará opresidente Collor na reunião do Grupodos 15, em Caracas, marcada para os dias27, 28 e 29.

Carlos Eduardo Sobral assumiu estasemana, a convite de Lywal Salles Fi-lho, uma diretoria no Chase Manliat-tan.

Emita e James de Pourtalès voaráoamanhã para Paris.

Cundinhu c Joaquim Guilherme daSilveira hospedarão no final de semanana fazenda dc Além Paraíba os embai-xadores e Sras Mário Gibson Barboza eRaul de Vinccnzi, mais Teresa Muniz cAloísio Salles.

Dias 1, 2 e 3 de novembro, dentro dasérie Poeta, mostra a tua cara, o Jazzma-nia apresentará ás 19 horas o espetáculode Sérgio Natureza. Como convidadosespeciais, Maitê Proença e Paulinho daViola.

O embaixador e Sra. Paulo NogueiraBatista seguirão pura Paris no dia 10,onde ele fará uma conferência na OCDEsobre Opção dc comércio para a Améri-ca Latina.

Sob a direção de Marco Nanini es-treará amanhã, no Rio Jazz Club, o es-petáculo Hcllo Ccrshwin.

A bonita Karmita Medeiros festejaráseu aniversário hoje na festa do Hallo-ween do Lokau.

A jornalista Nina Chaves, ra-dicada cm Paris, terminou ontema leitura de Zélia, uma paixão ejá emprestou o livro aos amigosYara c Roberto Andrade.

Ganhou-o dc presente de ani-versário da antiga Lilibcth Mon-teiro de Carvalho.

Dupla indigestãoO empresário Antônio Er-

mirio de Moraes participouanteontem em São Paulo dolançamento da publicaçãoBalanço Anual, do jornal Gaze-ta Mercantil, e no inicio de seuspeccli, após o almoço que foiservido à fina flor da impren-sa econômica e a um grupo deexpressivos participantes doPIB nacional, não deixou derelacionar os fatos:— Pior do que digerir as críti-cas que nos foram jogadasnos últimos 15 dias foi engoliro pato cru e a torta feita háuma semana que acabaramde nos servir.

Foi aplaudidissimo.

AparênciasUm cx-figurão da República e

uma eonhecidíssima personagemda economia brasileira reataramseu muito comentado romanceno eixo Brasília-São Paulo.

Parece, mas não 6.Voltaram a namorar o ex-pre-

sidente do Banco Central, Fer-nando Milliet, e a secretária na-eional de Economia, DorothéaWerneck.

MetáforaO governador de Santa Ca-

tarina, Vilson Kleinubing,que embarcará depois deamanhã para os Estados Uni-dos e Canadá, já desenvolveuuma técnica para convenceros diretores dos bancos Mun-dial e Interamerioano de De-senvolvimento a liberar umempréstimo de 170 milhões dedólares para seu Estado.

Vai se apresentar como go-vernador do Brasil do Sul,que vem a ser um outro paisbem diferente daquele que to-do mundo conhece.

IsolamentoOs namorados Leticia Sa-

batella e Ângelo Antônio —respectivamente a Tais e oBeija-flor da novela O donodo mundo — estão tão apai-xonados, mas tão apaixona-dos, que esquecem-se até mes-mo de saldar suas contas.

Tiveram o telefone de seuapartamento, no Leblon, des-ligado pela Telerj por falta depagamento.

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(Rua Conde do Bonlim. 406 — 254-9578). Art- Hiftjgl>{ifjiOy.. T&MPnon nc nDMTnc T«uatiu rn R0MULO ARANTES — Show com o cantor eMadureira 1 (Shopping Center de Maduroua - —IF m, MEM MPAfiU CTF /r^l.1 ^ l.T,n I. LITERATURA E CINEMA/FILMES FRANCE- compositor. De 5- a sib.. is 19h. Teatro Suam.390-1827). Art-Mite, (Rua Silvn Rabelo. 20 - gT

Com Tsutomu Y^azakl No^uko Miyamoto a SES - Ex,biffio de O/tf/o/a (T/Wo/A de Georges Prapa das Napoes. 88A (270-7082). Ingressos a249 4544). ISh. 17h. 19h. 21 h. (12 anos). jHHL I tflR* *!w * Koji Yakushi. Centro Cultural Banco do Brasil n.Hnn"Uma sGne de acontecimantos nrsteriosos e mortes 9 *JBfT, (Rua 1° do Marpo, 66): 16h30, 18h30 Entrada (Praca Rui Barbosa 1V 4« e 6» in 18h30 5« ALCION6 — Show com a camora. 5*. a padu debrutais perturbam a vida de um lotbgralo ameri- :yf franca com distribuipao de sonhas 30 minutos u^h-irtn -ieiRhin iti ^hnrfn 21 h. Quadra da Mocidade. Rua Coronel Tamari-cano que. obcecado pela id6ia de vinganpa. deci- I Ms&$!mu antes da sessdo. (14 anos). no, 38 (332-5823). Ingressos a CiS 1.500 (bo¬de apronder os segredos mortals das lacas Ba HistArias cfimicas e porsonagons engrapados em Baseado na obra de Dostoievsky. Franpa/1945. mens) e CrS 1 000 (damas).T^fnal0 lornance dc Riibem Fonseca Produpao "

/& diversas situapfies que onvolvem preparar e do- UTERATURA E CIIMEMA/FILMES BRASILEI- SELMA REIS — Show com a cantora Diropao de' e v| gustar boa comida. Japao/1986 ROS — Exibipao de Sarganto Getulio (Brasilai• Renato Icarahy. De 5J a sab , 4s 21 h30. dom . asA VOZ DA LUA (La voce delta tuna), de Federico CORAQAO SELVAGEM (Wild at heartJ. do Da- to), de Hermano Ponna Com Lima Duarte, Orlen- 20h30 Cafd-Concerto Rival. Rua Alvaro Alvim.Fellmi Com Robeito Bemgm. Paulo Villaggio. vid Lynch. Com Nicolas Cage. Laura Dern. Willem do Vieira, Inez Maciel e Fernando Bezerra.'/Wosao 33/37 (240-1135). Ingressos a CrS 3 500 Ate diaNndia Ottaviani e Maiisa Tomasi. Estacao Cine- Daloe. Isabella Rossellini e Harry Dean Stanton. da tmagem cdo Som (Prapa Rui Barbosa 1 )• 4* 10denovembro"s'li'0^nh2o'^^h2"°h40^(Livre) ^^1 ^^ 287^Invy™'"'3-'"e' sibado^^omlng" is 6°' Ss 16h30 5'' 0 Si5hado- 4s 18h3°- At6 sSbado BANDA UMTAS - Apresentapao da banda. no

Numa cidade imagindria dois loucos vanueiam em 15h30. 17h45. 20h. 22h15 4J e 5#, 4s 16h15, versitario Clementino Fraga Fi/ho da UFRJ, llhameio a seus sonhos: um deles acredita ouvir vozes 18h30, 20h45. (16 anos). argento obstinado e leal ao chele insiste em do FundSo. Entrada Iranca.e anseia por um contato com a lua o outro Hffl'l /?oat/mov/'e. Jovem casal percorre osul dos Esta- realizar a missao de conduzir um prisioneiro. mes- dcov oincion ci,acredita numa conspirapao para dominar 0 mun m t wItL,^ JhSRHBRK^T : flRSvJHSI dos Unidos e vive uma s6rie de situapoes que mo depois que uma reviravolta politica modifica hado pelo g"°Po Opu!"

"d^3° as4b"VsTah30'do. ltdlia/1990 O PY Iprmi tvirlr»r rlr> ft 11 urr» II 'linrto pm r-itmrt incluem morte. sexo. perseguipfies e humor. Pal- situapao. Baseado no romance de Joao Ubaldo rM,,„ d , Ai ai ,,^T'

u^lrL^ru ¦ W , . n exierminaaor ao IlltUlO ll, ainaa em cmco Cinemas madeourono Festival de Cannes. EUA/1990. Ribeiro. Produpao de 1983. !ea,ro Rlva' "uaAlvaro Alvim. 33 (240-1135).HOMIClDIO (Homicide), de David Mamet. Com Ingressos a CrS 3.500. Ingressos a domiciho pe/osJoe Mantegna, William H Macy, Lionel Smith BOYZ'N THE HOOD — OS DONOS DA RUA MOSTRA MACLAREN — Exibipao de B/ynkity tot. 779-5816 e 622-2858. At6 dia 9 de novem-Jack Wallace. Foxy.2 (Av. Copacabana, 945 — hopping 3 (Av Alvorada. Via 11. 2.150 - 325- (Rua Raul Pompein, 102 - 247-8900): 15h, 17h. (Boyz'n the Hood), de John Singleton. Com Ice bland (Uma nova experiSncia). de 1925, Hoppity bro.236-6245), Veneia (Av. Pasteur, 184 - 295- 0746): de 2" a 6', as 16h20. 18h40, 21 h Sabado 19h, 21 h. (Livro). Cube, Cuba Gooding Jr., Morris Chestnut e Larry pop (Sailitantes). de 1952, A little phantasy on a8349), Leblon-1 (Av. Ataullo de Paiva, 391 - e domingo, a partir das 14h Bruni-Ti/uca (Rua a obsessao de um Inzenrieim irlnnrl.-.^ nne n.Pinn Flsh?U,rI?f' La9oa°rive-ln (Av. Borgesde Medei- ;g,/, century painting (Fantasia sobre uma pintu- ~fl| ' 239-5048), America (Rua Conde de Bonlim, 334 Conde de Bonlim, 370 - 254-8975): 14h30. Ad°^f° i6ast ros 1.426 - 274-7999): 20h, 22h. At6 domingo. do sicuio XIX). de 1947. Rock bargain !Lis,a U R A P F <S- 264-4246): 14h10, 16h, 17h50, 19h40, 16h40. 18h50, 21 h. (14 anos) »„ on o™

" e ,Z lel o ,2a™>' ,, taWnha). de 1936 e Synch,omy (Sinconia). de ¦ D A 11 Ij J

ssf ssnorstsnoTm'Si *• ~r ™ t ««• °"? ™t : 5F !»rsact—bbs sunrsswivffssx "s~i °°vuemm - — ~—

anos) ¦ ¦ ' 1anlu' ¦!ln- (lz vivem de golpes e mipapas: um rapaz internado indicapao para o Oscar, lnglaterra/1990. um suburbio negro de Los Angeles EUA/1991 1 a 1 ih h ' 12h30' sibado, 3s Alice Ferreira e Sebastioo Robalinho. De 2'a sab ._ . num hospital, sua mae procurada pela mafia e sua CORRA QUE A POLlCIA VEM All 2 1/2 (The eumi cv wai bmtimc /«».•/ u / .• , j sabado. a partir de 23h. De 5' a sab ha tambem a piesen-" 'nnV,eS"°a " m-°MH Umr mU,lhf" nomorado' que desconfia de uma relapao inces- naked gun 2 ;/2. the smell of fear), de David Lewis Gilbert Com Paulfife CoLs3 Tom Comf MOSTRA MACLAREN - Exibipao de Two ba- ?a de ranchos. Sem couvert artistico. Rua da-dido entre a^ealdadeTpdlda e° d^le'sapass'io- "V'° ^ J'm

1"*°' ^ ^"n IT"' P"Sfa,P^ MckZ^TaUs^ gatelles (Duasbagatelas). de 1953, SpooA: (Dan- Passagem, 178 (541-11660)nal da comunidade judaica EUA/1991 thompson. EUA/1990. George Kennedy e O.J. Simpson. Star-lpanema Machado 2 (Largo do Machado, 29 - 205- fa macabra). de 1940, Helt unlimited, de 1936, ALBACORA/IATE — Show Sargentelli: Este Rio

DR HOLLYWOOD _ uma ncrP.TA nc TEM UM MORTO AO IVIEU LADO (Sibling ' 'f°"de .52i'469<?):,1D5h' 6842): 14h30, 16h40.18h50, 21 h. (Livre). five for four (Spara as4). de 1942, Dollar dance que eu amo. Com a parlicipapao de Gloria deAMOR fDnr Hnlivwnnrii ri« Mirh,.i r i rivalry), de Carl Reiner. Com Kirstie Alley, Bill I' 1 ® ^ i^>ZVn fi,11. Dona-de-casa inglesa viaja com uma amiga para (Danqa dos di/ares). de 1934 e Korean alphabet Oliveira. Chamon. Dinah Perry e Paulo Goulartnes Com MirhiPl I Fox I ii w' ST Pullman. Carrie Fisher e Jami Gertz. Ricamar (Av ^Kucn^foK™^ 240-1291): 13h:30. 15h10, a GrScia e decide ficar 14, quando descobre novos (Allabeto coreano), de 1967. Museu da Imagem Filho. De 3-' a sab., as 22h. Couvert a CrS 10 000.

'¦Hughes e Woody Harrelson. PaUcLS (Rua" do 48 "ana (Rua F,0ue„edo MaqaSi^M -"lit lnglaterra/1989. taMO^Zha"' B,"b0Sa' "* 3* " 6"' T™ (2°5'3346)

'Passeio, 40 - 240-6541): 1 3h40. 15h30, 17h20, 14h50. 16H30. 18h10. 19h50, 21 h30 Sabado e 2610). Largo do Machado I (Largo do Machado DANpA COM LOBOS (Dances with Wolves). BLUE JEANS — Show Halloween 5;is 22hu'l9h10, 21 h. Copacabana (Av. Copacabana. 801 domingo, a partir das 18h10. (Livre). 29 - 205-6842): 14h. 15h40. 17h20, 19h] de Kevin Costner. Com Kevin Costner, Mary Mc- Couvert e consumapao a CiS 2.000 Rua da Pas-255-0953), Lebfon-2 (Av. Ataulfo de Paiva, Mulher insatisfeita com a monotonia da vida con- 20h40, 22h20. Norte-Shopping / (Av. Suburba- Donnell, Grahem Greene e Rodney Grant. Campo w sagem. 123 (259-6427).

391 - 239-5048), Barra-2 (Av. das Americas. jugal decide seguir as idGias da irma e procurar na. 5.474 - 592-9430): 14h. 15h30. 17h, Grande (Rua Campo Grande, 880 — 394-4452): BIERKLAUSE — Happy Houi de 2 ' a sab. ai4 666 - 325-6487), Tijuca-2 (Rua Conde de novas aventuras, mas logo na pnmeira tentativa 18h30. 20h, 21h30 Tijuca-1 (Rua Conde de 14h, 17h, 20h. (Livre).^ partir de 17h. Com Toni ao piano e os cantores: Bonfim 422 264-5246): 14h 10. 16h, 17h50. sen parceno morre. na cama, ao seu lado EUA/ Bonlim, 422 — 264-5246): 13h30. 15h, 16h30. amizade e a admirapao mutuas entre um solda- AN-* T7" T "TV f\ Carlinhos e Neuma. A partir de 21 h a orquestra19h40. 21h30. Opera-2 (Praia de Botafogo, 340 1991 18h. 19h30. 21 h Olaria (Rua Uranos. 1 474 do americano e os indios Sioux, que vivem no ^ V I I I h, I Bierklause. Couvert a CrS 3.000 (De 2-' a 4-' eo - 552-4945): 15h30, 17h20. 19h10. 21 h. (Li- 230-266G): 15h. 16h30, 18h. 19h30. 21 h. (Li- territbrio de Dakota, em 1860. Oscar para melhor 1 T 1 \J U \J s4b ), CrS 3.500 (5 ') e CrS 4 500 (61) Av Riovre) OBJETO DO DESEJO (The object of beauty), de VIe) filme, diretor, trilha sonora, roteiro adaptado, fo- Branco. 277/101 (220-1298)I;-., I . , Michael Lindsay Hoog. Com John Malkovich, „ ... .. tografia, montagem e som. EUA/1990. AS CRIANCAS E AS INSTITUICOES — Exibi-govern pretende ficar (amoso como medico na Andie MacDowell Lolita Davidovich e Joss Ack Comedia. Mais uma serie de trapalhadas com cao de As mpninai Hn Rin utH^n BOTANIC - Show Caspar Filho/Dez e meia.r,California mas, por engano, vai parar numa cida- | d Art-Fashion Mill 4 (Estnda di Givo-i 899 Frank Drebin, o desastrado tenente da policia F^R'A MORTAL (Out for /ustice). de John dph-itpc mm Mirtha R-.mi » u ¦ i ioh uma comedia musical. 5J. as 22h30 Convert e•dezinha perdida da Carolina do Sul onde se torna '!°de

2?i6- ta Bh?Sh 20^2^1, lanpado no primeiro dime. EUA/1991 IVnnn?0mh » Willia^ ^Vthe, consumapao a C-S 1.500. Rua Pacheco Leao. 70v. o iinico medico disponivel. EUA/1991 7 -i ??u r JerrV0rbach e Jo Champa. Ramos (Rua Leopol- umversraade banta Ursula. Rua Faram. 42. (274-0742)•ESP,AO POR ENGANO (Teen agent, de W„- P— ^265°

^BafS ^ ToBARRA GRILL - Apresentap4o da pianista Naja- grR^re^bin'ttred t:vL;n(tHcnooaca" 4653>: 16M8h- 20h'22h (Lh"9»- Botafogo,Safa 3 (Rua Volun,4rios da P4,„a. 88 S ^"p^ia'^B^yn decide limpar o ^"orn^^^^^a^fgtitFr^.'s ^ hour das 14 4s 21h.

, bana 945 236-6245) Sao Luiz 2 fR i Casal vive esbanjando dinheiro em grande estilo - 286-6149): 15h30. 17h30. 19h30, 21h30. (14 bairro e acabar com o crack, nem que para isso — Niterbi. Ap6s a sessao haver4 debates com Sem consumapao. Av. Min. K-an Luis. 314 (399-f'Catete 307 - 285-2296) Rio-Sul (Rua M

° at4 que tudo que Ihes resta 6 uma pequena escul- anos) tenha de enfrentar um antigo amigo de infancia, Andr6 Gentil, Antonio Carlos de S4 Costa. Luiz bubu)-ques de Sao Vicente, 52 — 274-4532) Birra-3 ,Urn' d° qU''1 3 mulhor na0 C,UD' 5e des,azer por F,|ho de alemaes deixa os Estados Unidos para lider dos traficantes. EUA/1991. Vanderley Vasconcelos de Lima e Tissiani Caval- BUFFALO GRILL - Show do violonista Jotan.(Av. das Amdricas. 4.666 — 325-6487): l'4h50. 6S'nr llnntia a0 e*"ma,|do. EUA/lnglaterra/1991 viver na Alemanha. em 1945, e, no seu emprego HISTORIA DE O — PARTE 2 (Histoire d'O — can,i- De 3 " a as 21 h Co"vert a CrS 1 000 Ru.i Rita

16h30. 18h10. 19h50, 21h30. Opera-1 (Praia de ZANDALEE — UMA MULHER PARA DOIS na ler,ov|a. descobre um pais estilhapado e Part 2). de Eric Rochat. Com Sandra Wey, Rosa CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL Ludo1'' 47 (274-4848). Botafogo, 340 - 552-4945), Carioca (Rua Con- (Zandatee). de Sam Piltsbury. Com Nicolas Cage. sociedade decadente Dinamarca/Franpa/Alema- Valenty e Manoel de Bias. Cine Hora (Av. Rio As 12h30: David Sanborn — Love & happiness. CASARAO — Show de musicu com The Country.de de Bonlim, 338 - 228-8178), Madureira-1 Judge Reinhold. Erika Anderson e Joe Pantolia- nha/Suecia/1991. Branco, 156/sl 326 — 262-2287): 11 h, 12h45, As 15h: Eisenstein em outubro: Viva Mexico/. As Brand Two. Todasas 5 \ a partir de 20hs. Couvert(Rua Dagmar da Fonseca, 54 - 450-1338), Nor- no. Madureira-3 (Rua Joao Vicente, 15 - 593- TUDO POR AMOR (Dying young) de Joel 14h35,16h20,18h05. At4amanha. (18 anos). 18h30: Eisenstein em outubro: Outubro. Hoje, no a c,s 9.500. Sheraton-Rio. Av. Niemeyer, 121te-Shopping 2 (Av. Suburbana, 5.474 - 592- 2146) 15h30, 17h20. 19h10. 21 h (14 anos) Schumacher Com Julia Roberts Campbell Scott Filme erbtico. Mulher participa dos negocios de CCBB. Rua 1" de Marpo, 66, Entrada franca com (274-1122).

n,fpraca MahmmrGaJJh'i4, ' °'a-a PaBS'onal. ambientado no ba,„o trances de V™ent DOno.no e Colleen Dewehuist. Joia J™* *eduz >oda a famllia. Franpa/ dis.ribuipao de senhas 30 minutos antes da ses- CLUB 1 - Show com Aline Anandi. Silvinho,• 5h40 r^*2„^°-3835): h' New Orleans, sobre uma mulher casada e insatis- <Au Copacabana. 680), Tijuca-Paface 2 (Rua 1984" saa Tinoco e Eriston. De 5- a sab., as 22h30. Couvertlbh4U. Wh20. 19h, 20h40. (Livre) feita, que adota como amante um pintor marginal, Conde de Bonfim. 214 - 228 4610) 15h. 17h. VIDEOS NO MIS/MOZART - Exibipao do a CrS 1.500 e consumapao a CrS 3.000. Rua PaulEm sua pnmeira viagem a Paris, adolescente ame- quo trabalha para o marido EUA/1990 19h, 21h. (lOanos). H nymn I Concerto em fa maior para piano e orquestra. com Redfern. 40 (259-3148).

r,n°H6 ",n,undld<; com um aBen,e da CIA e CACADORES DE EMOCAO (Point hrP-,k> Hn Ga'°<a P°b'e «ai "abalHar como enfermeira na ¦ fi A 1 K A ^T""3 T?*' H°ie' DRAFT ~ Roda de choro u samba Com S'^e"a-obngado a se envolver numa pengosa rede de E =M°CAO (Point break), de casa de um mi|ion4,jo aue sofre de doenca fatal as 12h30. 16h30, 18h30, no Museu da Imagem Josimar, Eduardo Marques e Felipe Todasas5 's,espionagem internaconal. EUA/1990. KaUjvn B gelow/. Com Pa rick Swayza Keanu e g emie qs ^ ^ g g |utm BLOCO C (Escafier C). de Jean-Charles Tacchel- d°Som' P'a?a Rui Ba^ 1 a partir de 211,30 Couvert a CrS 1 000. IAB. Rua Copacabana 945 — 236 6245V 15h 17h10 vida. EUA/1991 la. Com Robin Renucci, Jean-Pierre Bacri e Ca- VlDEO-OPERA - Exibipao de Uma italiana na do Pinheiro, 10 (285-3480).

PflATTTlVTT A TATC 19h20. 21h30 .Sa™-/(Av. das Americas, 4.666 O EXTERMINADOR DO FUTURO 2 - O JUL- 'cZleYpZTma RulTvfscond^ Se Mnm^nln e^fl°!° DUER£ " Show com Carlos Adib 5-. as 22hLUJN 1 1JN U A-LUillO ' 325-6487), Madureira-2 (Rua Dagma, da GAMENTO FINAL (Terminator 2 - Judgement a„dar P ' R"a V'SCOnde de P"aA 82/12 ZTn^ HnrnTr a o r ™ .= "i CoUW" ° CrS 1 500 Cowa" " C,S 2 500 Eslvvitlinunyvuu Fonseca, 54- 450-1338), Ti,uca-Paface 1 (Rua de James Cameron. Com Arnold Schwa,». J"1" "

„ 1' 0.179, 8= andar. Caetano Montei,o. 1.882 (616-1126).iDS IMORAIS (The orifters) de Steohen Ftenrq Conde de Bonlim, 214 - 228-4610): 14h30, negge,. Linda Hamilton, Edward Fu,long e Robert Comedia. As diversas hist6,ias de um gmpo de GULA BAR Show con, o conuabaixista e;Com Anielica Huston John Cus ick Annotip Rp 16h40, 18h50, 21 h. (Livre) Patrick. Art-Fashion Mall 1 (Estrada da G4vea, moradores, todos com idade m6dia de 30 anos, e ALMOQO CONCERTO — Exibipao de Concerto compositor Dodo Ferreira. De 5' a sab., as 23h: ning e Pat Hingle Estacao Botalooo/Sala / (Rua Agente do FBI infiltra-se entre os surfistas para 899 " 322-1258) de 2 - a 6". as 161,40, 19h20, vizinhos num imbvel do Paris Baseado no ro- para vro/oncelo de Haydn, com regencia de Ros- Couvert a CrS 3.000 e consumapao a C,S 1 500'Voluntinosda P4tna, 88 - 286-6149)' 16h 18h mvestigar uma sSne de assaltos e conhece o lider 22h. Sabado e domingo, a partir das 14h. Art-Ca- m nee de Elvire Murail. Ftanpa/1985. ¦'°P1°KhC Ho'e' en\sessoes continuas, das 12h Av. Delfim Moreira, 630 (259-5212).V20h, 22h. Star-Copacabana (Rua Barata Ribeiro." de uma tu,ma, que vive apenas em busca de fortes 0PP'"9 MAv. ,Aivoraida. Via 11, 2 150 128/A Visconde de JAZZMANIA Show Todo sent,memo, coma;502/C 256-4588): 15h, 1 /h10,191,20. 211,30. e perigosas emopoes. EUA/1991 325-0746). 151,30. 18h10 20h50 Art-Maduwira ¦ 1 f A 0 m T) i P „i cantora Maria Creuza e banda. De 5" a dom . as'Art-Fashion Matt 3 (Estrada da Gavea, 899 TERRA DA DISCORDIA nh* imh) Hp i,m 2 (Shopping Center de MadureirO i 390-1827). | ill (J U 1 K A b CINEMA EM VIDEO — Exibipao de Perigo na 23h. Couvert a CrS 4.000 e consumacao a CrSr322 1258V rip 2-» t -iQ i7h?n iQhdn 991, TERRA DA DISCORDIA (The field), de Jim Pathe (Prapa Flonano, 45 - 220-3135), Parato- noite. de Ridley Scott. De 2J a 6«\ 3s 16h, ria Sa/a 2 000 Av Rainha Eliznhoth 760 l??l ?447^Sibado e dominoo a om , hs I 5h Art rSheridan Com Richard Ha,,is' John Hu"' Tom "os (Rua Arquias Cordeiro. 350 281 3628) MOSTRA DO CINEMA FRANCES - Hoje: de Video Vera Cruz. Rua Engenheiro Trindade, Ate dia 9 de novembro (227-2447).; domingo, a partir ilas 15h. Art-Casas- Berenger e Brenda Fricker. Studio-Copacabana 13h30.16h. 18h30, 21 h. (12 anos) Padre Leon Morin (Leon Morin Prete). de Jean- 229/C — Campo Grande.LUGAR COMUM — Show com o cantor Freddy

Macha 5". £is 22h. Couvert e consumacao a Cr$1.500. Rua Alvaro Ramos, 408 (541 -4344).

. ——*6^ MARIOS BAR/LEME — Show com Carlinhost • ¦ h ¦ I m I I I B m rn m Wg 46^ Veloz e Carlos Hembeck. De 2-' a sab., a partir de

I TMf <m JI tftf BIJ SiSSf banco DO BRASIL s.far1"A>3M¦ mumi in^ MARIUS BAR/IPANEMA Show con Wilop—^r^ooooooooooooooooooooooooiooo X P nrpQt"Tr\ Botelho e Edinho Queiroz. De 3" a dom. a partir°oooooooooool ? i'I2^ IC/dllVJ V^UpClLClUdlla de 21 h. Couvert a CrS 2.200 Rua Francisco Ota- 1"

^ 0000000000 0000 ° Q oo oo oo oo oo ooj ooooooooooo0 viano. 96 (287-2552).

Ill HkV NJ" "j apresentam MISTURA UP - Show com a cantoia Daude. De° I I 1 II U JI /A \ I 1^ V 11 1% ¦ 1% ¦ Hrl lli^o iA 5* a sab. as 22h30 Couvert a CrS 4 000 e consu° I Lx /I r \?l / /% \ I If J

~J I I Ik* o mapao a CrS 2.000. Rua Garcia D'Avila. 15 (267s I^LujIni!/ LL?Ii4nH~i_LIS_ 5596,^^.^0-M-Mtc* 1 £/v PEOPLE Show com a cantora Adriana Calca-oooooooooooooo0o0oooooooooo0000000o0o000000'ri'o'00000000000()0000000000000j)0 IVJ" nhoto De 4-' a sat,. as 231, Couvert a CiS 5 000

On- diregao ^ e deAJ ¦pj A T CCCA fenado) e consumacao a CrS 2 500 (4'e5') e CrS

r Hi -Dl/x LDuO/V 3 000(6 *. sab e vespera de fenado) Av Bartolo-./ meu Mitre. dia dc novem

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FAGNER-ESTRÉIA DIA 7

NACIONAL

FAGNER-ESTRÉIA DIA 7

JORNAL DO BRASIL

Cyborg chega a Los Angelos para matar o futurolidor do uma rebelião contra as máquinas, mas umoutro oxtorminador é enviado pela resistência pa-ra proteger o garoto e sua mãe. EUA/1991

NÀO AM AR AS (Krótki film o milosci), deKrzysztof Kieslowski. Com Grazyna Szapowska,Olaf Lubaszenko e Stofania Iwinska. Studio-Ca-tete (Rua do Catete, 228 - 205-7194): 14h50.16h30, 18h10,19h50, 21 h30. (10 anos)

Através da janela, garoto do 19 anos observa avizinha, doz anos mais velha, e sua paixão leva-oa usar de mil expedientes para conhecê-la pes-soalmente. Polônia/1988

Pierre Melville. Com Jean-Paul Belmondo e Em*manuelle Riva. Estação Botafogo/Sala 2 (RuaVoluntários da Pátria, 88 — 286-6149): 19h,21 hDurante a ocupação alemã na França, jovem viúvaapaixona-se pelo padre que a converteu è reli-(jião. França/1961.

RECORDANDO FRANK CAPRA (III — Fl-NAL) — Hoje: Os viúvos também sonham (Ahole in the head), de Frank Capra. Com FrankSinatra, Edward G. Robinson e Eleanor Parker.Cinemateca do MAM (Av. Infante D. Henrique.85 — 210-2188): 18h30. Versão original, semlegendas.

Comédia sobre desencontros familiares. EUA/1959.

LITERATURA E CINEMA/FILMES FRANCE-SES — Exibição de O idiota (L'idiot). de GeorgesLampin. Com Gérard Philippe, Edwige Feuillòre eLucien Coedel. Museu da Imagem e do Som(Praça Rui Barbosa, 1): 4a e 6a, às 18h30. 5d esábado, às 16h30. Até sábado.

Baseado na obra de Dostoievsky. França/1945.LITERATURA E CINEMA/FILMES BRASILEI-ROS — Exibição de Sargento Getúlio (Brasilei-to), de Hermano Penna. Com Lima Duarte, Orlan-do Vieira, Inez Maciel e Fernando Bezerra. Museuda Imagem e do Som (Praça Rui Barbosa, 1): 4* e6J, às 16h30. 5a e sábado, às 18h30. Ató sábado.(18 anos).

Sargento obstinado e leal ao chefe insiste emrealizar a missão de conduzir um prisioneiro, mes-mo depois que uma reviravolta política modifica asituação. Baseado no romance de João UbaldoRibeiro. Produção de 1983.MOSTRA MACLAREN — Exibição de Blynkitybland (Uma nova experiência), de 1925, Hoppitypop (Saltitantes), de 1952. A little phantasy on a19th century painting (Fantasia sobre uma pintu-ra do século XIX). de 1947, fíock bargain (Listatelefônica), de 1936 e Synchromy (Sincronia), de1971. Museu da Imagem e do Som (Praça RuiBarbosa, 1): de 3J a 6a. ás 12h30. Sábado, âs15h30. Até sábado.MOSTRA MACLAREN — Exibição de Two ba-gatelles (Duas bagatelas), de 1953. Spook (Dan•ça macabra), de 1940, Helt unfimited. de 1936,Five for four (5 para as 4). de 1942, Do/lar dance(Dança dos dólares), de 1934 e Korean alphabet(Alfabeto coreano), de 1967. Museu da Imageme do Som (Praça Rui Barbosa, 1): de 3" a 6a, ás13h30. Até amanhã.

ELYMAR SANTOS/SER FELIZ — Show com ocantor. 5a, às 21 h30; 6a e sáb., ás 22h30; dom., ás21 h. Canecão. Av. Venceslau Braz. 215 (295-3044). Ingressos a Cr$ 7.000 (mesa central efriza), Cr$ 5.000 (mesa lateral e mezanino) e Cr$4.000 (arquibancada). Ató domingo.FÁTIMA GUEDES/GRANDE TEMPO — Showcom a cantora. 5-, às 19h; 6J. às 12h30 e 19h,sáb., às 21 h e dom., às 20h. Teatro João Theotô-nio. Rua da Assembléia, 10/subsolo (224-8622r.236). Ingressos a CrS 2.000 (5-); CrS 1.500 eCrS 2.000 (6-): CrS 2.500 (sáb.) o CrS 2.000(dom.). Até domingo.

RÔMULO ARANTES — Show com o cantor ecompositor. De 5" a sáb., às 19h. Teatro Suam.Praça das Nações, 88A (270-7082). Ingressos a2.000.ALCIONE — Show com a cantora. 5a, a partir de21 h. Quadra da Mocidade, Rua Coronel Tamari-no. 38 (332-5823). Ingressos a CrS 1.500 (ho-mens) e Cr$ 1.000 (damas).SELMA REIS — Show com a cantora. Direção deRenato Icarahy. De 5J a sáb., às 21 h30; dom., às20h30. Cafô-Concerto Rival. Rua Álvaro Alvim,33/37 (240-1135). Ingressos a Cr$ 3.500. Até dia10 de novembro.BANDA UNITAS — Apresentação da banda, noProjeto Saúde & Arte. 5a. ás 12h. Hospital Uni-versitário Clementino Fraga Filho da UFRJ. Ilhado Fundão. Entrada franca.PERY RIBEIRO —Show com o cantor, acompa-nhado pelo grupo Opus 5. De 3J a sáb.. âs 18h30.Teatro Rival. Rua Álvaro Alvim, 33 (240-1135).Ingressos a CrS 3.500. Ingressos a domicilio pelostel. 719-5816 e 622-2858. Até dia 9 de novem-bro.

A GRANDE ARTE (Brasileiro), de Walter SallesJr. Com Peter Coyote, Tcheky Karyo, AmandaPays, Raul Cortez e Giulia Gam Art-Copacabana(Av. Copacabana, 759 — 235-4895). São Luiz 1(Rua do Catete. 307 — 285-2295): 14h, 16h,18h, 20h. 22h. Art-Fashion Mall 2 (Estrada daGávea, 899 — 322-1258): de 2J a 6a. ás 16h,18h. 20h, 22h. Sábado e domingo, a partir das14h Art-Casashopping 2 (Av. Alvorada, Via 11,2 1 b0 - 325-0746): de 2" a 6\ ás17h, 19h, 21 hSábado e domingo, a partir das 15h. Art-Tijuca(Rua Conde de Bonfim, 406 — 254-9578), Art-Madureira 1 (Shopping Conter de Madureira -390-1827), Art-Môier (Rua Silva Rabelo. 20 —249-4544): 1 5h. 17h. 19h. 21 h. (12 anos).

Uma série de acontecimentos misteriosos e mortesbrutais perturbam a vida de um fotógrafo amori-cano que, obcecado pela idéia de vingança, deci-de aprender os segredos mortais das facas. Ba-seado no romance de Rubem Fonseca. Produçãode 1991A VOZ DA LUA (La voce delia tuna), de FedericoFellini. Com Roberto Benigni, Paulo Villaggio,Nadia Ottaviani e Marisa Tomasi. Estação Cine-nta-1 (Av Prado Júnior, 281 — 541-2189):15h10. 17h20. 19h30, 21 h40. (Livre)Numa cidade imaginária dois loucos vagueiam emmeio a seus sonhos: um deles acredita ouvir vozese anseia por um contato com a lua, o outro.acredita numa conspiração para dominar o mun-'do. Itália/1990.HOMICÍDIO (Homicide). de David Mamet. ComJoe Mantegna. William H. Macy, Lionel Smith eJack Wallace. fíoxy-2 (Av. Copacabana, 945 —236-6245), Veneza (Av. Pasteur, 184 — 295-8349), Leblon-1 (Av. Ataulfo de Paiva. 391 -1 239-5048). América (Rua Conde de Bonfim, 334— 264-4246): 14h10, 16h, 17h50. 19h40,21h30. Palácio-1 (Rua do Passeio. 40 — 240-6541): 13h40, 15h30, 17h20. 19h10. 21 h. (12anos)

Policial judeu investiga a morte de uma mulherjudia mas, durante a apuração do caso, fica divi-- dido entre a lealdade á policia e a defesa passional da comunidade judaica. EUA/1991

DR. HOLLYWOOD — UMA RECEITA DEAMOR (Doe Hollywood), de Michael Caton-Jo-nes. Com Michael J. Fox, Julie Warner, Barnard'Hughes e Woody Harrelson. Palãcio-2 (Rua do'Passeio, 40 -240-6541): 1 3h40. 15h30, 17h20.u19h10, 21 h. Copacabana (Av. Copacabana. 801" - 255-0953), Leblon-2 (Av. Ataulfo de Paiva,391 — 239-5048), Barra-2 (Av. das Américas,i4 666 - 325-6487). Tijuca-2 (Rua Conde de8onfim. 422 — 264-5246): 14h10. 16h, 17h50.r19h40, 21h30. Ópera-2 (Praia de Botafogo, 340o - 552-4945): 15h30, 17h20. 19h10. 21 h. (Li-vre)Alovem pretende ficar famoso como médico nabCalifórnia mas, por engano, vai parar numa cida-•dezinha perdida da Carolina do Sul onde se tornaw\o único médico disponível. EUA/1991.ESPIÃO POR ENGANO (Teen agent), de Wil-liam Dear Com Richard Grieco, Linda Hunt, Ro-ger Rees e Robin Bartlett. Roxy-1 (Av. Copaca-

.'bana. 945 - 236-6245). São Luiz 2 (Rua dot.Catete. 307 — 285-2296), Rio-Sul (Rua Mar-,qués de São Vicente, 52 — 274-4532). Barra-3

9 (Av. das Américas. 4.666 — 325-6487): 14h50,16h30. 18h10. 19h50, 21 Ii30. Opera-, (Praia de. Botafogo, 340 - 552-4945), Carioca (Rua Con-.de de Bonfim, 338 - 228-8178), Madureira-1(Rua Dagmarda Fonseca, 54 - 450-1338), Nor-te-Shopping 2 (Av. Suburbana, 5.474 - 592-9430) 14h20, 16h. 17h40. 19h20, 21 h. Odeon"(Praça Mahatma Gandhi, 2 - 220-3835): 14h•15h40. 17h20, 19h, 20h40. (Livre)

fcm sua primeira viagem a Paris, adolescente ame-ncano é confundido com um agente da CIA eobrigado a se envolver numa perigosa rede deespionagem internacional. EUA/1990.

TAMPOPO — OS BRUTOS TAMBÉM CO-MEM ESPAGUETE (Tampopo). de Juzo Itami.Com Tsutomu Vamazaki, Nobuko Miyamoto eKoji Yakushi. Centro Cultural Banco do Brasil(Ruo 1° do Março, 66): 16h30. 18h30. Entradafranca com distribuição de senhas 30 minutosantes da sessão. (14 anos).Histórias cômicas e personagens engraçados emdiversas situações que envolvem preparar e de-gustar boa comida. Japão/1986.

CORAÇÃO SELVAGEM (Wild at heart). de Da-vid Lynch. Com Nicolas Cago. Laura Dern, WillemDafoe, Isabella Rossellini e Harry Dean Stanton.Cândido Mendes (Rua Joana Angélica. 63 —267-7295): 2a, 3a, 6a, sábado e domingo, ás15h30, 17h45, 20h, 22h15. 4- e 5a, às 16h15,18h30, 20h45. (16 anos).Roadmovie. Jovem casal percorre o sul dos Esta-dos Unidos e vive uma série de situações queincluem morte. sexo. perseguições e humor. Pai-ma de ouro no Festival de Cannes. EUA/1990.

BOYZ'N THE HOOD — OS DONOS DA RUA(Boyz'n the Hood). de John Singleton. Com IceCube. Cuba Gooding Jr., Morris Chestnut e LarryFishburne. Lagoa Drive-ln (Av. Borges de Medei-ros, 1.426 — 274-7999): 20h, 22h. Até domingo.(12 anos).Inspirado na adolescência do diretor, o filme con-ta a história de três amigos que crescem juntos emum subúrbio negro de Los Angeles. EUA/1991.

SHIRLEY VALENTINE (Shirfey Valentine). deLewis Gilbert. Com Pauline Collins, Tom Conti.Julia McKenzie e Alison Steadman. Largo doMachado 2 (Largo do Machado. 29 — 205-6842): 14h30, 16h40.18h50, 21 h. (Livre).Dona-de-casa inglesa viaja com uma amiga paraa Grécia e decide ficar lá, quando descobre novosprazeres para sua vida. Inglaterra/1989.

DANÇA COM LOBOS (Dances with Wolves).de Kevin Costner. Com Kevin Costner, Mary Mc-Donnell, Graham Greene e Rodney Grant. CampoGrande (Rua Campo Grande, 880 — 394-4452):14h, 17h, 20h. (Livre).A amizade e a admiração mútuas entre um solda-do americano e os índios Sioux, que vivem noterritório de Dakota, em 1860. Oscar para melhorfilme, diretor, trilha sonora, roteiro adaptado, fo-tografia. montagem e som. EUA/1990.

FÚRIA MORTAL (Out for justice), de JohnFlynn. Com Steven Seagal. William Forsythe,Jerry Orbach e Jo Champa. Ramos (Rua Leopol-dina Rego. 52 -230-1889): 14h20,16h. 17h40.19h20, 21 h. (14 anos).Oficial de policia do Brooklyn decide limpar obairro e acabar com o crack, nem que para issotenha de enfrentar um antigo amigo de infância,lider dos traficantes. EUA/1991.

HISTORIA DE O — PARTE 2 (Histoire dO —Part 2). de Eric Rochat. Com Sandra Wey, RosaValenty e Manoel de Blas. Cine Hora (Av. RioBranco. 156/sl 326 — 262-2287): 11 h. 12h45,14h35.16h20,18h05. Até amanhã. (18 anos).Filme erótico. Mulher participa dos negócios deuma corporação e seduz toda a família. França/1984.

Õ exterminador do futuro li, ainda em cinco cinemas

hopping 3 (Av. Alvorada. Via 11. 2.150 - 325-0746): de 2" a 6J. ás 16h20. 18h40, 21 h. Sábadoe domingo, a partir das 14h. Bruni-Tijuca (RuaConde de Bonfim. 370 - 254-8975): 14h30,16h40. 18h50. 21 h. (14 anos)

As difíceis relações entre três personagens quevivem de golpes e trapaças: um rapaz internadonum hospital, sua mãe procurada pela máfia e suanamorada, que desconfia de uma relação inces-tuosa entre os dois. Baseado no livro de JimThompson. EUA/1990

TEM UM MORTO AO MEU LADO (Siblingrivalry). de Carl Reiner. Com Kirstie Alley, BillPullman. Carrie Fisher e Jami Gertz. Ricamar (AvCopacabana, 360 - 237-9932): do 2-' a 6J. às14h50. 16h30. 18h10. 19h50. 21 h30 Sábado edomingo, a partir das 18h 10. (Livre).Mulher insatisfeita com a monotonia da vida con-jugal decide seguir as idéias da irmã e procurarnovas aventuras, mas logo na primeira tentativaseu parceiro morre, na cama. ao seu lado. EUA/1991

OBJETO DO DESEJO (The object of beauty). deMichael Lindsay Hoog. Com John Malkovich.Andie MacDowell. Lolita Davidovich e Joss Ack-land. Art-Fashion Mall 4 (Estrada da Gávea, 899

322-1258): de 2-' a 6'. às 16h, 18h, 20h. 22h.Sábado e domingo, a partir das 14h. EstaçãoPaissandu (Rua Senador Vergueiro, 35 — 265-4653): 16h, 18h. 20h, 22h (Livre).

Casal vive esbanjando dinheiro em grande estiloaté que tudo que lhes resta é uma pequena eseul-tura, da qual a mulher não quer se desfazer porestar ligada ao ex-marido. EUA/lnglatorra/1991

ZANDALEE — UMA MULHER PARA DOIS(Zandalee). de Sam Pillsbury. Com Nicolas Cage,Judge Reinhold, Erika Anderson e Joe Pantolia-no. Madureira-3 (Rua João Vicente. 15 - 593-2146) 15H30, 171120, 19h10, 21 h. (14anos)

Drama passional, ambientado no bairro francês deNew Orleans, sobre uma mulher casada e insatis-feita, que adota como amante um pintor marginal,que trabalha para o marido. EUA/1990.

CAÇADORES DE EMOÇÃO (Point break), deKathryn Bigelow. Com Patrick Swayze, KeanuReeves, Gary Busey e Lori Petty Roxy-3 (AvCopacabana, 945 - 236-6245): 15h. 17h10.19h20, 21h30. Barra-1 (Av. das Américas, 4.666325-6487), Madureira-2 (Rua Dagmar daFonseca, 54— 450-1338), Tijuca-Palace 1 (RuaConde de Bonfim, 214 - 228-4610): 14h30,16h40. 18h50, 21 h. (Livre)

Agente do FBI infiltra-se entre os surfistas parainvestigar uma série de assaltos e conhece o liderde uma turma, que vive apenas em busca de fortese perigosas emoções. EUA/1991TERRA DA DISCÓRDIA (The lield). do Jim

Sheridan. Com Richard Harris. John Hurt. TomBerenger e Brenda Fricker. Studio-Copacabana

(Rua Raul Pompéia, 102 -247-8900): 15h. 17h.19h, 21 h (Livre).

A obsessão de um fazendeiro irlandês, que preten-de comprar as terras de uma viúva, e acaba emconfronto com um americano, que tem o mesmopropósito O filme valeu a Richard Harris umaindicação para o Oscar. Inglaterra/1990.

CORRA QUE A POLICIA VEM Al! 2 1/2 (Thenaked guri 2 1/2: the smell of fear), de DavidZucker. Com Leslie Nielsen, Priscilla Presley,George Kennedy e O.J. Simpson. Star-Ipanema(Rua Visconde de Pirajá, 371 — 521 -4690): 15h,16h40, 18h20, 20h. 21h40 Metro Boavista (Ruado Passeio. 62 — 240-1291): 13h30. 15h10.16h50. 18h30, 20h10, 21h50. Condor Copaca-bana (Rua Figueiredo Magalhães. 286 — 255-2610), Largo do Machado I (Largo do Machado.29 - 205-6842): 14h. 15h40. 17h20. 19h,20h40, 22h20. Norte-Shopping 1 (Av. Suburba-na. 5.474 - 592-9430): 14h. 15h30. 17h.18h30. 20h, 21h30. Tijuca-1 (Rua Conde deBonfim, 422 — 264-5246): 13h30. 1 5h. 16h30.18h, 19h30. 21 h. Olaria (Rua Uranos. 1 474 -230-2666): 15h. 16h30. 18h. 19h30. 21 h. (Li-vre)

Comédia. Mais uma série de trapalhadas comFrank Drebin, o desastrado tenente da policialançado no primeiro filme. EUA/1991

EUROPA (Europa), de Lars Von Trior. Com Jean-Marc Barr. Barbara Sukowa e Udo Kier. EstaçãoBotafogo/Sala 3 (Rua Voluntários da Pátria, 88- 286-6149): 15h30. 17h30. 19h30, 21h30. (14anos)

Filho de alemães deixa os Estados Unidos paraviver na Alemanha, em 1945, e. no seu empregona ferrovia, descobre um pais estilhaçado e asociedade decadente. Dinamarca/França/Alema-nha/Suécia/1991.

TUDO POR AMOR (Dying young). de JoelSchumacher Com Julia Roberts, Campbell Scott,Vincent D Onofrio e Colleen Dewehurst. Jóia(Av. Copacabana, 680), Tijuca-Palace 2 (RuaConde de Bonfim, 214 — 228-4610)- 15h. 17h.19h, 21 h. (10 anos).

Garota pobre vai trabalhar como enfermeira nacasa de um milionário, que sofre de doença fatal,e a paixão entre os dois anima o rapaz a lutar pelavida. EUA/1991

O EXTERMINADOR DO FUTURO 2 — 0 JUL-GAMENTO FINAL (Terminator 2 - Judgementday). de James Cameron. Com Arnold Schwarze-negger. Linda Hamilton, Edward Furlong e RobertPatrick. Art-Fashion Mall 1 (Estrada da Gávea,899 - 322-1258): de 2-a 6". às 16h40, 19h20,22h. Sábado e domingo, a partir das 14h. Art-Ca-sashopping 1 (Av. Alvorada, Via 11, 2 150325-0746): 15h30. 18h10. 20h50 Art-Madureira2 (Shopping Center de Madureira 390-1827).Pathô (Praça Floriano, 45 - 220-3135), Parato-dos (Rua Arquias Cordeiro, 350 281 3628)13h30,16h. 18h30. 21 h. (12 anos)

ADEGA DO VALENTIM — Show com MariaAlice Ferreira e Sebastião Robalinho. De 2a a sáb.,a partir de 23h. De 5a a sáb. há também a presen-ça de ranchos. Sem couvert artístico. Rua daPassagem, 178 (541 -11660)ALBACORA/IATE — Show Sargentelli: Este Rioque eu amo. Com a participação de Glória deOliveira, Chamon, Dinoh Perry e Paulo GoulartFilho. De 3 ' a sáb., às 22h. Couvert a CiS 10 000.Marina da Glória (205-3346).

BLUE JEANS — Show Halloween. 5a. às 22hCouvert e consumação a CrS 2.000 Rua da Pas-sagem. 123 (259 6427).BIERKLAUSE — Happy Hour de 2a a sáb , apartir de 17h. Com Toni ao piano e os cantoresCarlinhos e Neuma. A partir de 21 h a orquestraBierklause. Couvert a CrS 3.000 (De 2a a 4» esáb ), CrS 3.500 (5 ') e CrS 4 500 (6"). Av RioBranco. 277/101 (220-1298).

BOTANIC — Show Gaspar FHho/Dez e meia.uma comédia musical. 5J. às 22h30 Couvert econsumação a CrS 1.500. Rua Pacheco Leào 70(274-0742).

BARRA GRILL — Apresentação da pianista NajaSilvino. De 3a a sáb., happy hour das 14 às 21 h.Sem consumação. Av. Min. Ivan Lins. 314 (399-6060).BUFFALO GRILL — Show do violonista Jotan.De 3-' a 5". às 21 h. Couvert a CrS 1 000 Rua RitaLudolí, 47 (274-4848).CASARÃO — Show de música com The CountryBrand Two. Todas as 5 \ a partir de 20hs. Couverta CrS 9.500. Sheraton-Rio, Av. Niemeyer, 121(274-1122)

CLUB 1 - Show com Aline Anandi. Silvinho.Tinoco e Eriston. De 5' a sáb., às 22h30. Couverta CrS 1.500 e consumação a CrS 3.000. Rua PaulRodfern. 40 (259-3148).

DRAFT — Roda de choro e samba. Com Siqueira.Josimar. Eduardo Marques e Felipe. Todas as 5 's,a partir de 21 h30. Couvert a CrS 1 000. IAB. Ruado Pinheiro. 10 (285-3480).

DUERÈ — Show com Carlos Adib. 5a. ás,22hCouvert a CrS 1.500. Couvert a CrS 2 500 Est.Caetano Monteiro. 1.882 (616-1126).GULA BAR Show com o contrabaixista ecompositor Dódo Ferreira. De 5-' a sáb.. às 23hCouvert a CrS 3.000 e consumação a CrS 1.500

Av. Delfim Moreira. 630 (259-5212).JAZZMANIA Show Todo sentimento, com acantora Maria Creuza e banda. De 5a a dom . às23h. Couvert a CrS 4.000 e consumacão a CrS2.000. Av. Rainha Elizabeth, 769 (227-2447).Até dia 9 de novembro.LUGAR COMUM — Show com o cantor FreddyMacha 5". ás 22h. Couvert e consumação a CrS1.500. Rua Álvaro Ramos. 408 (541 -4344).MARIUS BAR/LEME — Show com CarlinhosVeloz e Carlos Hembeck. De 2a a sáb.. a partir de17h. Couvert a CrS 1.500 Av Atlântica. 324(295-1546).

MARIUS BAR/IPANEMA Show com WilBotelho e Edinho Queiroz. De 3a a dom . a partirde 21 h. Couvert a CrS 2.200 Rua Francisco Ota-viano. 96 (287-2552).MISTURA UP — Show com a cantora Daúde. De5a a sáb.. às 22h30. Couvert a CrS 4 000 e consu-mação a CrS 2.000. Rua Garcia D Ávila, 1 5 (2676596). Até sábado.

PEOPLE Show com a cantora Adriana Calca-nhoto. De 4a a sáb., às 23h. Couvert a CrS 5 000(4a e 5a) e CrS 6.000 (6a. sáb. e véspera deferiado) e consumação a CrS 2.500 (4a e 5a) e CrS3.000 (6a. sáb. e véspera de feriado). Av Bartolo-meu Mitre. 370 (294-0547). Até dia 9 de novembro.

PICADILLY PUB Show da cantora MárciaValery. 5a. às 22h. Couvert e consumação a CrS1.300. Av. Gal. San Martin. 1.241 (259-7605)PIANO BAR 776 — O Projeto Bizarre 776, apre-senta show com Adriano Giffoni. De 5a a sáb.. às22h. Couvert a CrS 2.500 (5") e CrS 3 500 (6 • esáb.) Av. Niemeyer, 776 (322-0911). Até sábado.

RIO JAZZ CLUB Show com Vera Canto eMello acompanhada pelo pianista Helvius Vilela.5a. às 22h; 6J e sáb.. às 23h. Couvert a CrS 4 000(5a) e CrS 5.000 (6a e sáb.) e consumação a CrS2.400 (5a) e CrS 3.000 (6a e sáb ). Rua GustavoSampaio. s/n° (541 -9046). Última semana.

UN-DEUX-TROIS — Show Rosa in blues. com acantora Rosa Maria. Direção de Zé Rodrix. De 4aa sáb., às 23h30. Couvert a CrS 5.000 (4a e 5a) eCrS 7.000 (6a e sáb.). Av.Bartolomeu Mitre. 123(239-0873). Até dia 9 de novembro.

VINÍCIUS Show Chega de Saudade, com opianista Luiz Carlos Vinhas De 4a a sáb.. às 23hCouvert a CrS 2.800 (4a); CrS 3.200 (5a) e CrS4.000 (6a e sáb.). Rua Vinícius de Morais, 39(267-5757). Até dia 9 de novembro.

AS CRIANÇAS E AS INSTITUIÇÕES — Exibi-ção de As meninas do Rio. vídeo seguido dedebates com Mirtha Ramirez. Hoje, às 19h, naUniversidade Santa Úrsula, Rua Farani, 42.

VlDEO-DEBATE — Exibição de Cristianismo —mito ou verdade?, de Francis A. Schaeffer. Hoje,ás 20h. no Teatro da UFF, Rua Miguel de Frias, 9— Niterói. Após a sessão haverá debates comAndré Gentil. Antonio Carlos de Sá Costa, LuizVanderley Vasconcelos de Lima e Tissiani Cavai-canti.

CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL —As 12h30: David Sanborn — Love & happiness.Ás 15h: Eisenstein em outubro: Viva México/. As18h30. Eisenstein em outubro: Outubro. Hoje, noCCBB. Rua 1ü de Março, 66. Entrada franca comdistribuição de senhas 30 minutos antes da ses-são.

VÍDEOS NO MIS/MOZART — Exibição doConcerto em fã maior para piano e orquestra, coma Orquestra Filarmônica de Câmara Alemã. Hoje,às 12h30, 16h30, 18h30, no Museu da Imagem edo Som. Praça Rui Barbosa, 1.VlDEO-ÓPERA — Exibição de Uma italiana naArgélia, de Rossini. com Marilyn Horne e PaoloMontersolo. Hoje. às 18h30. no Auditório MuriloMiranda do IBAC. Av. Rio Branco, 179, 8o andar.Entrada franca.ALMOÇO CONCERTO — Exibição de Concertopara violoncelo de Haydn. com regência de Ros-tropovich. Hoje, em sessões contínuas, das 12hàs 16h, na Torre de Babel, Rua Visconde dePirajá, 128/A.

CINEMA EM VÍDEO — Exibição de Perigo nanoite, de Ridley Scott. De 2J a 6". ás 16h, na Salade Vídeo Vera Cruz. Rua Engenheiro Trindade,229/C — Campo Grande.

BLOCO C (Escalier C). de Jean-Charles Tacchel-Ia. Com Robin Renucci, Jean-Pierre Bacri e Ca-therine Leprince. Hoje, ás 19h, na Afiança Fran-cesa de Ipanema. Rua Visconde de Pirajá, 82/12oandar.Comédia. As diversas histórias de um grupo demoradores, todos com idade média de 30 anos, evizinhos num imóvel de Paris. Baseado no ro-mance de Elvire Murail. França/1985.

pS IMORAIS (The grilters). de Stephen Frears.; Com Anjelica Huston, John Cusack, Annette Be-i ning e Pat Hingle. Estação Botafogo/Safa 1 (RuaJ Voluntários da Pátria. 88 - 286-6149): 16h, 18h,V20h, 22h. Star-Copacabana (Rua Barata Ribeiro,;502/C 256-4588): 15h. 1 /h10,19h20, 21 h30.:Art-Fashion Mall 3 (Estrada da Gávea, 899>;322 1258): de 2-' a 6". às 17h20. 19h40. 22hSábado e domingo, a partir «Ias 15h. Art-Casas- MOSTRA DO CINEMA FRANCÊS — HojePadre Leon Morin (Leon Morin Prete). de Jean

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JORNAL DO BRASIL quinta-feira, 31 '10 '91 o ?

^ TEATROADOTEI UMA ENCRENCA — Texto o direção

do Luiz Carlos Palumbo. Com Jussara Calmon,Fátima Serafhin, Marcelo Torreão o outros. TeatroAmérica, Rua Campos Sallos, 118 (234-2068).Du 5a a dom., às 21 h. Ingressos a CrS 1.000 (5-' edom.) e CrS 1.200 (6J o sáb.).

ALGEMAS DO ÓDIO — Toxto do Terrol An-thony. Direção do José Wilker. Com José Wilker,Miguel Falobella, Mônica Torros o outros. TeatroVannucci, Rua Marquês de São Vicento, 52 (274-7246). De 4" a 6". ás 21 h 30; sàb.. às 20h o 22hse dom., às 19h30. Ingressos a CrS 5.000 (4a adom.) e CrS 6.000 (sáb., leriado e véspera deleriado).

ASSIM QUE PASSEM CINCO ANOS — Texlode Federico Garcia Lorca. Tradução de Olga Sa-vary. Direção de Gilberto Gawronski. Com LuizHenrique Nogueira, Alexandre Dav;d, MarlliaMartins e outros. Museu Histórico Nacional, Pra-ça Marechal Âncora s/n°(Centro) (220-5450). 5da dom., ás 19h30. Ingressos a CrS 3.000. Hoje,excepcionalmente, não haverá espetáculo. Pro-moção: menores de 20 anos e maiores de 65anos. pagam CrS 2.000.

O BAILE DE MASCARAS — Texto e direção deMauro Rasi. Com Cleide Yáconis, Sérgio Viotti,Lllia Cabral e outros. Teatro dos Quatro, RuaMarquês de São Vicente, 52/2° (274-9895). De4d a 6-, ás 21 h; sáb.. às 20h e 22h30 e dom., às19h. Ingressos a CrS 4.000 (4a e 5a), CrS 5.000(6a e dom.) e CrS 6.000 (sáb., feriado e vésperade feriado). Ingressos a domicílio pelo tel. 622-2858. O espetáculo começa rigorosamente nohorário. Música ao vivo com a pianista MariaAlice Saraiva 1h antes do espetáculo. Duração:2h.

Em pleno carnaval carioca um seleto grupo depessoas se reúne para uma sessão de vídeos.

O BEIJO NO ASFALTO — Texto de NolsonRodrigues. Direção de M.A. Braz. Com o Círculode Comediantes. De 5a a sáb., ás 21 h; dom., às20h. Teatro Nelson Rodrigues, Av. Chile, 230(262-3935). Ingressos a CrS 3.000 e CrS 1 500(estudante e classe). Duração: 1 h15. Até domin-go. Estacionamento próprio.

"De repente, um outro cara aparece, ajoelha-se noasfalto. Apanha a cabeça do atropelado e dá-lheum beijo na boca."

BLUE JEANS — Texto de Zeno Wilde e Wander-ley Bragança. Direção e adaptação de Wolf Maya.Com Maurício Mattar, Alexandre Frota, Fábio As-sunção, Carlos Loffler e grande elenco. TeatroGaleria, Rua Senador Vergueiro. 93 (225-8846).De 4" a 6", às 21 h; sáb., às 20h e 22h e dom., ás19h e 21 h. Ingressos a CrS 5.000 (4a e 5a) e CrS6.000 (6-, dom., feriado e véspera de leriado) esáb., a CrS 6.500. Duração: 1 h25. Não é permitidaa entrada após o inicio do espetáculo.

Musical que enfoca a prostituição masculina esuas histórias contadas através de um grupo derapazes.

BONITINHA. MAS ORDINÁRIA OU OTTOLARA RESENDE — Texto de Nelson Rodrigues.Direção de Eduardo Wotzik. Com Gustavo Gas-parani, Isio Gaelman, Cristina Bethencourt, Ro-berta Malta e outros. Teatro Glauce Rocha. Av.Rio Branco, 179 (220-0259). De 4» a 6''. ás18h30; sáb.. às 21 h e dom., às 19h. Ingressos aCrS 2.500 (de 4J a 6''): CrS 3.500 (dom ); CrS4.000 (sáb.). Ingressos a domicilio pelo tel. 622-2858 o 719-5816. Duração: 1h50. O espetáculocomeça rigorosamente no horário. Promoção:mulheres com 30 ou mais de 30anos pagam 50%.

CARTAS PORTUGUESAS — Adaptação de Jú-lio Bressane. Direção de Bia Lessa. Com CarlaCamurati o Luciana Braga. Teatro Copacabana,Av. N.S. de Copacabana, 327 (255-7070). De 5aa sáb.. ás 21h30 e dom., às 19h. Ingressos a CrS4.000 (5-); CrS 5.000 (6° e dom.) e CrS 6.000(sáb ). Duração: 50m. Até dia 1 de dezembro.

O relato apaixonado de uma freira: suas fantasias eseus desejos.

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Nardja Zulpério, com Regina Casé, volta ao Casa Grande

A ESFINGE DO ENGENHO DE DENTRO —Texto de Wilson Sayão. Direção de Amir Haddad.Com Vanda Lacerda, Ricardo Petraglia e Dill Cos-ta. Teatro Cândido Mendes. Rua Joana Angélica,63 (267-7295). De 4" a sáb., às 21h30; dom., às19h. Ingressos a CrS 3.500 (4a e 5a), CrS 4.000(6J e dom.) e CrS 5.000 (sáb.). Ingressos a domi-cilio pelo tel. 622-2858.Promoção: maiores de 60anos. tem 30% de desconto em todas as sessões.

FULANINHA & D. COISA — Texto de NoemiMarinho. Direção de Marco Nanini. Com BiaNunnes, Thais Portinho e Luiz Carlos Buruka.Teatro Posto 6. Rua Francisco Sá, 51 (287-7496). 5'1 a sáb., às 21 h30; dom., às 19h. Ingres-sos a CrS 3.000 (5" e 6") e CrS 3.500 (sáb. edom.). Essa semana, excepcionalmente, não ha-verá espetáculo. Na sessão de dom., jovens até 21anos e maiores de 60 anos. pagam CrS 2.500.

O universo de uma dona de casa classe média esua empregada interiorana.

FREUD LEVOU PAU EM GINECOLOGIA —Texto de Eleonora V. Vorsky. Direção de JoséLavigne. Com Patrícia Pillar, Zezé Polessa, Alolsiode Abreu e Raquel lantas. Teatro Ipanema. RuaPrudente de Moraes, 824 (247-9794). De 4a asáb., às 21h30; dom., às 20h. Ingressos a CrS5.000 (4" a dom.) e CrS 6.000 (6a e sáb.).

O HOMEM QUE SABIA JAVANÊS — Adapta-ção de Anamaria Nunes para o conto de LimaBarreto. Direção de Eduardo Wotzik. Com ArakenRibeiro, Carolina Aguiar, Roberta Malta. FláviaGuimarães e outros. Teatro Glauce Rocha, Av.Rio Branco, 179 (220-0259). De 4- a 6". às12h30h. Ingressos a CrS 2.500. Promoção: cadaingresso dá direito a um sanduíche e um refrige-rante e participação no sorteio de 2 a/moços norestaurante Sabor Saúde.

LOUCAS LIGAÇÕES — Texto e direção de Mar-ceio de Souza. Teatro da AFE, Rua Marques deHerval, 1160 (771 -4251). De 4J a dom., às 20hs;sáb., às 21 hs. Ingressos a CrS 1.200.

Os atores, retratam a imagem dos jovens suasposições e atitudes dentro da nossa sociedade.

M ÉDICO A FORÇA — Texto de Molière. Direçãode Pierre Astrié. Com Afonso latarola, CarolinaVirguez, Charles Myara e outros. Teatro da Alian-ça Francesa de Botafogo, Rua Muniz Barreto, 730(226-4118). De 5J a sáb., às 21h30; dom., ás20h. Ingressos a CrS 3.000. Duração: 1 h20.

História de um lenhador que se torna médico aforça vítima de armadilha de sua mulher.

AS MIL E UM A NOITES — Adaptação de Geral-do Carneiro. Direção de Karen Acioly. Com CarlaMarins, Chico Diaz, Carlos Takeshi e outros. Tea-tro de Arena. Rua Siqueira Campos. 143 (235-5348). De 4a a sáb.. às 21 h; dom., às 20h. Ingres-sos a CrS 4.000 (4a e 5a); CrS 5.000 (6a e dom.) eCrS 6.000 (sáb ).

OS MISTÉRIOS DO SEXO — Texto de CoelhoNetto. Direção de Marcelo Escorei. Com TeresaFrota, Isio Ghelman, Paloma Riani e outros. Mu-seu da República. Rua do Catete, 153 (225-4302). 5a e 6a, às 21h30. Ingressos a CrS 3.000.Duração: 1h05. O espetáculo começa rigorosa-mente no horário. Promoção: professores não pa-gam.

Critica da revolução feminista nos anos 20.NARDJA ZULPÉRIO — Texto e direção de Ha-milton Vaz Pereira. Com Regina Casé. Teatro CasaGrande. Av. Afrànio de Mello Franco, 290 (239-4045). De 5a a sáb., às 21h30; dom., às 20h.Ingressos a CrS 5.500 (5a). CrS 6.000 (6a), CrS7.000 (sáb.) e CrS 6.500 (dom.). Duração: 1h30.O espetáculo começa rigorosamente no horário.

Mulher urbana e contemporânea equilibra 300funções ao mesmo tempo.

NO LAGO DOURADO — Texto de ErnestThompson. Direção de Gracindo Júnior. ComPaulo Gracindo, Nathália Timberg, Grancindo Jr„Françoise Forton e outros. Teatro Tereza Rachel,Rua Siqueira Campos, 143 (235-1113). De 4a a

sáb., às 21 h o dom., ás 19h. Ingressos a CrS 4.000(4a o 5a), CrS 5.000 (6a e dom.) e CrS 6.000(sáb ). Promoção: às sextas pessoas com 60 anospagam meia entrada. Ingressos a domicilio devemser requisitados com 24h de antecedência pelotel. 622-2858.

NOTURNO — Sonetos e canções do Shakespea-re. Direção de João Gomes do Rogo. Com BethAraújo, Antônio Carlosouza, Manoca do Jesus eBia Sion. Museu da República, Rua do Catete, 29(287-8923). 5a e 6a, ás 20h30 o sáb., às 21 h.Ingressos a CrS 5.000. Lotação do 22 pessoas porespetáculo. Duração: 1 h05.

POSSESSÃO — Coletânea de textos de LucienSix, Artaud, Van Gogh e Rimband. Direção deGisela Rodriguez. Com Cristiane Lárin, Gisela Ro-driguoz o Rodrigo Kurrgo Jr. Caverna 2, RuaLauro Muller 1 (541-8547). 5a e 6a, às 22h.Ingressos a CrS 1.000. Até dia 29 de novembro.

Conflitos e alucinaçôes dos personagens sob o solde satã, ao som do música clássica e trash metal.

SAPATO APERTADO — Toxto de Ana Campeio.Direção de Mario Souza. Com Alex do Andrade,Gisele Pinheiro, Samir Mansur e outros. Teatro doPlanetário, Rua Padre Leonel Franca, 240 (274-0096). De 5a a sáb., às 21 h; dom., às 20h. Ingres-sos a CrS 2.000 (5a e dom.); CrS 2.500 (6a o sáb.)e CrS 1.500 (classe).

O universo das drogas visto a partir do desesperode um universitário.

SHIRLEY VALENTINE — Texto de Willy Russel,Direção de Euclydes Marinho. Com Renata Sor-rah. Teatro Clara Nunes, Rua Marquês de SãoVicente, 52 (274-9696). De 5a a sáb., ás 21 h;dom., às 20h. 5a, matinê às 17h. Ingressos a CrS5.500 (5a), CrS 6.500 (6»), CrS 7.000 (sáb., feria-do o véspera de feriado) e CrS 6.000 (dom.). Nãoserá permitida a entrada após o inicio do espeta-culo. Ingressos a domicilio pelo tel. 622-2858.

Uma dona de casa descobre aos 42 anos que omundo é bem maior que os limites de sua casa.

A SERPENTE — Texto do Nélson Rodrigues.Direção de Antônio Abujanra. Com AntonioGrassi, Maria Adelia, Mário Borges e outros. Tea-tro Dufcina, Rua Alcindo Guanabara, 17 (240-4879). 5a o 6a. às 21 h. Ingressos a CrS 4.000.Duração: 1 h40.

SENSAÇÕES PERIGOSAS — Texto de Lissan-dro Kaell. Direção de Cyrano Rosalém. Com Isa-dora Ribeiro, Paulo Reis, Aldine Müller e JúlioLevy. Teatro Barra Shopping. Av. das Américas,4666 (325-5844). 5a e 6a, ás 21 h; sáb., às 20h e22h, e dom., às 20h. Ingressos a CrS 5.000 (5a),CrS 5.500 (6a e dom.) e CrS 6.000 (sáb ).

Quando a esposa viaja o marido resolve contrataruma scort-girl, criando situações engraçadas.

TRAIR E COÇAR É SO COMEÇAR — Texto deMarcos Caruso. Direção de Atílio Riccó. ComBeth Erthal, Maria Lúcia Dahl, José AugustoBranco e outros. Teatro Princesa Isabel, Av. Prin-cosa Isabel, 186 (275-3346). De 4a a 6a, às21h30; sáb., às 20h e 22h30 e dom., às 18h e21 hs. Ingressos a CrS 3.500 (4a e 5a), CrS 4.000(6a), CrS 5.000 (sáb.) e CrS 4.500 (dom.). ,4s 4Js.desconto de 20% para grupos de 25 pessoas.Ingressos a domicílio pelo tel. 233-4023.

A história gira em torno de hipóteses de adultério.VELHINHAS INVICTAS — Direção de Gugu

Olimecha. Com Dilú Mello e Cely Ramalho. Espa-ço Cultural Sérgio Porto, Rua Humaitá. 163(266-0896). 5a, às 21 h. Ingressos a CrS 2.000.

A VIDA COMO ELA Ê — Crônica jornalística deNélson Rodrigues. Direção de Luiz Arthur Nunes.Com o Núcleo Carioca de Teatro, composto porIvo Fernandes, Shimon. Maria Esmeralda e ou-tros. Teatro II. Centro Cultural Banco do Brasil.Rua Primeiro de março, 66 (216-0223). De 4a adom., às 19h; 6a e sáb., às 21 h. Ingressos a CrS2.500.

VIÚVA. PORÉM HONESTA —Texto de NélsonRodrigues. Direção de Marco Speziali. Com a Cia.de teatro Os Caras-de-pau. Teatro do ICBEU, RuaDr. Francisco Portela, 2772 (712-6559). De 5a asáb., às 21 h; dom., às 19h. Ingressos a CrS 2.000.Até dia 17 de novembro.

EXPOSIÇOESFIDELIS — Esculturas. Museu de Arte Moderna,Av. Infante D. Henrique, 85. De 3a a domingo,das 12h ás 18h. 5a feira das 12h às 21 h. Últimodia.

OS LUGARES — PEQUENA MEMÓRIA —Desenhos e objetos de Anna Maria Maiolino.Galeria Anna Maria Niemeyer, Rua Marquês deSão Vicente, 52/205. De 2a a 6a, das 10h às 22h.Sábados, das 10h ás 18h. Último dia.

LYGIA PAPE — Instalação. Galeria IBEU. Av.Copacabana, 690/2° andar. Do 2a a 6a. dos 11 hás 20h. Último dia.

MARYLAND PRINTMAKERS NO BRASIL —Gravuras. Sala de Exposições Cândido Portinarida UERJ, Rua São Francisco Xavier. 524. De 2a a6a. das 9h30 às 21 h. Último dia.

LIEBERMANN, SLEVOGT E CORINTH — GTB-vuras. Museu Nacional de Belas Artes, Av. RioBranco, 199. De 3a a 6a, das 10h às 18h. Atéamanhã. Hoje, às 12h, visita guiada pela artistaplástica Fayga Ostrower.

LUIZ ALPHONSUS — Instalação. Museu de ArteModerna. Av. Infante D. Henrique. 85. De 3a adomingo, das 12h às 18h. 5a feira das 12h às 21 h.Até domingo.

SALVIO DARÉ — Pinturas. Galeria Saramenha,Rua Marquês de São Vicente. 52/165. De 2a a 6a,das 10h às 21 h. Sábados, das 10h às 18h. Até dia5.

ALUISIO CARVÃO — Pinturas. Thomas CohnArte Contemporânea. Rua Barão da Torre. 185/A.De 2a a 6a, das 14h às 20h. Sábados, das 15h às18h. Até dia 8.

JOVENS ARTISTAS BRASILEIROS — Coletivade pinturas. Museu Nacional de Belas Artes. Av.Rio Branco, 199. De 3a a 6a, das 10h às 18h. Atédia 10.

PINKY WAINER — Aquarelas. GB Arte. Av.Atlântica, 4.240/ssl 129. De 2a a 6a, das 10h às20h. Sábados, das 10h ás 14h. Até dia 13.

AUGUSTO RODRIGUES, ESSE MENINO —Desenhos e pinturas. Galeria Bonino, Rua BarataRibeiro, 578. De 2a a sábado, das 10h às 20h. Atédia 1 6.

VIAJANTES BRITÂNICOS — O RIO DE JA-NEIRO DO SÉCULO XIX NA COLEÇÃOCASTRO MAYA — Obras de artistas inglesesque passaram pelo Rio no século passado. Museuda Chácara do Céu. Rua Murtinho Nobre, 93 —Santa Teresa. De 3a a domingo, das 12h às 17h.Até dia 17.

JEANETE MUSATTI — Objetos em forma decaixa e lançamento do livro de Casimiro Xavier deMendonça. Museu de Arte Moderna, Av. InfanteD. Henrique, 85. De 3a a domingo, das 12h às18h. 5a feira, das 12h às 21 h. Inauguração, hoje.às 18h. Até dia 24.

7 X AR — Instalações de diversos artistas. Museude Arte Moderna. Av. Infante D. Henrique, 85. De3a a domingo, das 12h às 18h. 5a feira, das 12h às21 h. Inauguração, hoje, às 18h. Até dia 24.

ISTO É A FRANÇA EM QUADRINHOS — De-senhos originais de quadrinistas franceses. Fun-dação Casa França-BrasH, Rua Visconde de Ita-borai. 78. De 3a a domingo, das 10h às 20h.Inauguração, hoje. às 18h. Até dia 5 de dezem-bro.

MEMÓRIA DA EDUCAÇÃO NA CIDADE DORIO DE JANEIRO — Documentos, livros, foto-grafias e mobiliário sobre o cotidiano da vidaescolar no Rio. Museu Histórico Nacional. PraçaMarechal Âncora, s/n°. De 3a a 6a, das 10h às17h30. Sábado e domingo, das 14h30 às 17h30.Inauguração, hoje. às 18h. Até dia 31 de março. .

2-' LEILÃO CINEMATOGRÁFICO DA AMÊRI-CA LATINA — Leilão com peças e souvenirsligados ao cinema. Rio Design Center, Av. Ataulfode Paiva. 270. Leilão hoje. às 21 h.

O MUNDO DENTRO DOS OLHOS — Pinturasde Taia Aguiar. Villa Riso, Estrada da Gávea, 728.

De 2a a 6a. das 14h às 19h. Sábados, das 14h às18h. Último dia.

MARI Dl JORIO — Escultura em cerâmica. Espe-^lho d água do MAM. Av. Infante D. Henrique, 85De 3a a domingo, das 12h às 18h. 5a feira, das12h às 21 h. Último dia.

RACHEL ARGUELLES — Pintur,ib Galeria ilrArte Borghese, Rua Marquês do São Vicente,DJ/138 Do 2a a 6", das 10h às 22h Sábados, das10h às 20h. Último dia.

I INTEGRARTE — Pinturas de Sheila Neves eVora Nogueira. Galeria da CERJ, Rua Luiz Leopoldo Fernandes Pinheiro, 517 — Niterói. De 2a a6a, das 9h às 19h. Último dia.

CENAS CARIOCAS — Coletiva de fotografiasBiblioteca Pública do Rio de Janeiro. Av. Presidente Vargas, 1.261. De 2a a 6a. das 9h15 às 20tyÚltimo dia.

PEÇA DO MÊS — Folha de leque que compõe acoleção iconográfica de D. João VI. Centro Cul-tural Banco do Brasil. Rua 1° de Março, 66 De 3aa domingo, das 10h às 22h. Último dia.

ELIANE BAND, LUCIANE DA SIQUEIRA EFERNANDO CARVALHO — Pinturas. SolarGrandjean de Montigny. Rua Marquês de SãoVicente, 225. De 2a a 6a, das 9h às 20h. Sábados,das 9h ás 13h. Último dia.

JÓIAS PREMIADAS — Coletiva com jóias dèvários artesãos. H. Stern. Rio-Sul. De 2a a'6a', das10h às 22h. Até amanhã.

CONHECENDO A REALIDADE BRASILEIRA— Fotos de Mônica Botkay. Universidade SantaÜrsula. Rua Farani. 42. De 2a a 6a, das 9h às 191^Até amanhã.

FRANCIS GURGEL E NOÊLIA AMADO —Pinturas. Espaço Cultural Banco Central do Brasi/. Av. Presidente Vargas, 730/subsolo. De 2a a6a, das 10h às 16h30. Até amanhã.HELENA MARQUES — Pinturas. Animus. RuaBenevenuto Berna. 129 — 1 ijuca. De 2a a 6a, das9h às 21 h. Sábados, das 9h às 13h. Até dia 4

SrMUSICA

GRUPPO STRUMENTALE MÜSICA d'OGGI— No programa músicas de compositores italia-nos contemporâneos. 5a, às 20h. Salão LeopoldoMiguez da Escola de Música da UFRJ, Rua doPasseio, 98 (240-1641). Entrada franca.

PROJETO MONTEALBANK — Recital de Hbl-der Parente (voz) e Nicolas de Souza Barros(violão). No programa obras de Mozart, Villa:L'o-bos, Carlos Gomes e outros. 5a, às 12h30. PaçoImperial, Praça XV. Entrada franca.

¦*ÒRQUESTRA DE MÚSICA DE CÂMARAITALIANA — Música d'Oggi. No programa obrade Felix Mendelssohn-Bartholdy. 5a, às 20h. Sa-lã o Leopoldo Miguez da Escola de Música daUFRJ. Rua do Passeio, 98 (240-1641). Entratyfranca. - -

SÉRIE OS PIANISTAS — Recital do pianistaHenrique Loureiro. No programa obras de Mozart.Beethoven o Chopin. 5a, às 19h30. Sala CeciliaMeireles, Largo da Lapa, 47 (210-2463 r. 210),Ingressos a CrS 2.000 e CrS 1.000 (estudantes oAASCM).

PAULIN A BLOCH — Show com a cantora. 5°, às18h30. ABI. Rua Araújo Porto Alegre, 71 — 9"andar. Ingressos a CrS 1.200.

ILZE TRINDADE — Recital da pianista, acompa-nhada por Giancarlo Pareschi (violino), NayranPessanha (viola), David Chew (violoncelo) e Va-lêria Guimarães (contrabaixo). No programaobras de Mozart e Schubert. 5a, às 18h30. Audi-tório do BNDES. Av. Chile, 100/1° subsolo. En-trada franca.

ALPHA FILMESapresenta CC

A GRANDE ARTE é mais do que um ótimo filme."

Cora Rónai - O GLOBO

fiihi—nm¦— r

^^MSfciJECTIDTHtATRES HP

PETER COYOTE

Grande 4 ME

A R T )

A GRANDE ARTE é um policial que prende

a atenção do espectador pela velocidade

da trama e pela beleza de suas imagens.REVISTA VEJA

"Misterioso, ultrapessoal. Uma fotografia

deslumbrante... Um raro filme que desperta

a vontade de ser revisilado."Amlr Labakl • FOLHA DE SÃO PAULO

"Este é, sem dúvida, um dos melhores thrillers

a que eu assisti nos últimos tempos."Andró Boltsler • THE WEEK, IN REVIEW

(Los Angeles* EUA)ii

Sua extraordinária qualidade técnica

supreende num trabalho de estréia."Zuenlr Ventura > JORNAL DO BRASIL

Do romance de

RUBEM FONSECA

Direção deWALTER SALLES JR.

IIDJE

HORÁRIOSDIVERSOS

ESS Hjjll

EBffl rari

com TCHEKY KARYO AMANDA PAYS RAUL CORTEZ GIULIA GAM in iguacH PCARAll

a

6 o quinta-feira, 31/10/91 JORNAL DO BRASIL

>V TELEVISÃO.

Um garoto

na guerra

ã

CARLOS IIELÍ DE ALMEIDA

pireGlobo reprisa hoje Império do Sul (Em-of ilie Sun. EUA. 1987). II a segunda

tentativa do diretor Steven Spielberg de alcançara cobrada niniogralia adulta. Acusavam o dire-tor de filmar com a sensibilidade e a visão dclima criança. Depois da frustrante receptividadedo feminino, beloe melodramático A corpitrpu-jra, Spielberg procurou por um meio termo.ilmpério di> Sul 6 um filme maduro, sim, mas[protagonizado por um menino em fase de tran-[sição para a adolescência. O imaturo Jim Gra-iham (Christiam Bale) cresce em meio à balbúr-dia da Segunda Guerra, em plena Chinaocupada. O pequeno Jini é o alter-ego de Spiel-berg.

Não é exagero. O diretor encarou uma fila naWarner para se candidatar ao roteiro e encaroua burocracia chinesa para poder rodar a históriade um garoto inglês apaixonado por aviões(assim como Spielberg) e de fértil imaginação.Império do Sol exibe uma guerra sob o ponto dc\ ista ile uma criança - há cenas espetacularesile bombardeios e ocupações, mas sem sanguenem corpos trucidados, E. em síntese, um rito dcpassagem de fundo autobiográfico: o lilme éresultado da adaptação do best-seller homôni-mo de .1. G. Ballard. No livro, o escritor deficção-cientifica relata alguns anos dc sua infàn-

~MM /-feB 7h3o

r Ml 8h30

I • ¦ ¦. 9h30

Império do Sol é mais um belo filme do diretor Steven Spielberg

cia passados 110 campo de prisioneiros japonêsem Langhua. Spielberg viu neste relato o polen-ciai de um grande épico de contornos pacifistas.

Império do Sol era 11111 projeto endereçado aDavicl Lean (Passagem para a índia). O diretoringlês desistiu do empreendimento. IE o roteirodo dramaturgo Tom Stoppard Ibi entregue aum entusiasmado Steven Spielberg. que já co-nliecia o romance de Ballard de cor. Nas mãosdo diretor de Tubarão, Contatos imediatos doterceiro grau e outros mcgasucessos. a traumáti-ca experiência do escritor ganhou embalagem desuntuosa superprodução. O diretor moveumundos e fundos para conseguir filmar exterio-res em Shangai. As negociações com o governochinês consumiram alguns meses e a exibição devários de seus títulos naquele país. .1 cor púrpura

acabou se transformando 110 cult-movie dos es-tudantes chineses e Spielberg foi beneficiadopelo processo de abertura política da China.

Cerca de IJSS 30 milhões foram consumidospara contar a história de Jim Graham, filho dediplomatas ingleses que se perde dos pais duran-te a invasão das forças japonesas à Shanghai de1941. O garoto é acolhido por Basie (JohnMalekovich, dc Ligações perigosas) e Frank (JoePuntoliano), dois marinheiros americanos e dou-blés de malandros. O trio acaba capturado eenviado para o decrépito campo dc SoocliowCreck. Mas o pequeno Jim não desanima esubverte cada momento de violência, desesperoe frustração numa grande e proveitosa aventura.E cresce a cada nova experiência. Como Spiel-berg vem tentando fazer com sua filmogragia.

1 OS FILMES

BAILE DE FORMATURASTV S— I3h3ü'd Horror.(Prom nighl) de Paul Lineli. Com| l.eslie Nielseil, Jamie Lee Curtis. Casey Slevens',c Eddie Reatou. Produção canadense de 80. CorI('JJ min).¦Moleques brincam em casa abandonada, e umaidas meninas morre. Seis anos depois, já adoles-'contes, todos 110 mesmo colégio, são aterroriza-dos por maníaco assassino. Os sustos são con-vencionais. Mas o elenco hoje é notório:Nielseil é o débil Frank Drebin de Comi que a

l/x/lieia vem ai, Jamie Lee Curtis foi a estrelinha¦jde Um peixe chamado Wanda.OS HERÓIS NÃO TÊM IDADE

{TV Globo — 14h40'¦ Aventura mirim. (Cloak and dagger) de/•ieliard Eranklin. Com llenry Thomas. Dahnev( 'oleinan, Micliael Murpliy, Christina Nigra.John Mchitire. Jeanette Nolan. Produção ame-rieana de <S4. Cor (101 min).Garoto (Thomas) — que foi o melhor amigui-nho de E.T. — afiecionado por jogos eletrôni-cos compensa a negligência do pai inventandoaventuras para ele e seu amigo imaginario. Atéque testemunha um assassinato e vira persona-gem de 11111 enredo ile espionagem perigosa-mente real.

O SEQÜESTRO DE KARENTV Bandeirantes— 151i

Drama. (1'alher's revenge) de John llerxfeld.Com Briun Dennehy. Joanna Cassiily. IlelenPaliou. Produção americana (TV) de 87. Cor(93 min).Sujeito (Dennehy) de maus boles descobre quea jovem c adorada filha (Patton) está entre asvitimas de avião seqüestrado por terroristas. Efaz uso dos mesmos métodos dos criminosospara resgatar a moça. Teledrama de atitudes eresultados inconseqüentes.IMPÉRIO DO SOLTV Globo — 22h3()

Drama hioyráfico.(Empire of lhe sim) deSteven Spielberg. Com Christian Bule, JohnMalkovich. Miram/a Riehardson. Xigcl llavcrs.Joe 1'aiilolino c Leslie Phillips. Produção ameri-cana de 87. Cor (143 min).No inicio ilos anos 40. 110 aristocrático setorocidental de Shangai, menino (Bale) inglês viveem paz com seus sonhos e aviões de brinquedo.Eelode a Segunda Guerra e o garoto se perdedos pais durante a fuga da cidade. Acolhidopor uma dubla de malandros americanos, aca-ba cm um campo dc prinsioneiros, onde aguar-ila a guerra terminar.

SETE HOMENS E UM DESTINOTV Globo— lli

Bung-biing. I lhe nuignificeni seren) de JohnSturges. Com Yui Brinner, Sieve McQueen. EliWaliacli, James Coburn, Charles Bronson. lio-berl Valtghn e llorsl Bucholz. Proibição ameri-cana de 60. Cor (126 min).Grupo de bandoleiros assalta um tranqüilovilarejo mexicano todos os anos. em plenafartura da colheita. Mas um dia a cidade con-trata 11111 bando de pistoleiros (Brinner, Mc-Qticen, Wallaeh. Coburn. Bronson. Vauglin eBucholz) para protegê-los. Faroeste que pegacarona nO.v sete samurais dc Akira Kurosawa.Reparem 110 elenco de 1'oras-da-leí de aluguel.O PRÍNCIPE E O MENDIGOTV S — 1 h 15

Carochinha. I The prince and lhe pauper 1 deRichard fícischer. Com Mark Lester. OliverReed. Raquel il eicli. Ernest Burgnine. Re.xllarrison, Cliarlloii lleslon e George C. Seotl.Produção anglo-americana de 77. Cor 1 120min).O jovem príncipe Edward VI (Lester), herdeirodo trono inglês, troca de identidade com 11111também jovem plebeu (Lester) e seu sósia.Capa&espada mirim adaptado do romance deMark Twain. Fícischer embrulha bem o produ-to. mas o destaque é o elenco dc veteranos.

1 SUPERCANAL

I ESPNUHF48BODYBY JAKEAEROBICA: ENTRE EM FORMA.COM DENISE AUSTINAEROBICA: CORPOS EM MOVI-MENTO

10h30 CAMPEONATO DE MODELA-GEM FÍSICALIFESTYLEAEROBICA: TREINAMENTO BA-SICO

1 2h30 MODELAGEM FÍSICA13h HIPISMO14h AERÔBICA: ENTRE EM FORMA

COM DENISE AUSTINBODY BYJAKEAEROBICA: CORPOS EM MOVI-MENTOMODELAGEM FÍSICAESPORTES UNIVERSITÁRIOS

16h30 AMAZING GAMES17h30 AUTOMOBILISMO EXXON

8h8h309h

11 li12h

114h3015h

15h3016h

18h30 POR DENTRO DA TURNE DEGOLFE

19h AUTOMOBILISMO IMSA GRANPRIX SAN DIEGO

21 h RESUMO HÍPICO21li30 UPCLOSE22li AUTOMOBILISMO GLORY DAYS22h30 SEMANA ILUSTRADA DE MOTO-

RES23h30 FUTEBOL AMERICANO: BRNG-

HAM YOUNG X COLORADOSTATE

18h MUSICA ITALIANA19h RAI AO VIVO21 SHOWS23li CINEMAOh VARIEDADES2h MtlSICA ITALIANA4h SHOWS6h ENTREVISTAS

1 CNNSHF5

7h308I1101111 h12h14h15h16h17h

RAISHF4TELEGIORNALEDOCUMENTÁRIOINFANTILMÚSICA ITALIANAVARIEDADESCINEMAINFANTILMÚSICA CLÁSSICAVARIEDADES

8I1 HEADLINES INTERNATIONAL9h30 BUSINESS DAY10li HEADLINES INTERNATIONAL10li30 BUSINESS DAY11 h HEADLINES INTERNATIONAL12h LARRY KING REPLAY1 3h CNN WORLD DAY14h HEADLINES INTERNATIONAL15li CRIER & COMPANY1 5h30 HEADLINES INTERNATIONAL16h CNN WORLD NEWS16li30 HEADLINES INTERNATIONAL17h WORLD BUSINESS TODAY

(0 Super Canal funciona por assinaturas, nas ondas UHF e SHF. Contatos pelo telefone: 205-8612)

CANAL 2 — TV EducativaTelefono da emissora 292-0012

EXECUÇÃO DO HINO NACIONALTELECURSO 1° GRAU — Educati-voTELECURSO 2o GRAU — Educati-VOQUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL— EducativoUNIVERSIDADE ABERTARA-TIM-BUM — EducativoMÃOS MÁGICAS - InfantilDOCUMENTÁRIOS DIRIGIDOS —Hoje: Indochina

10h15 MERCADO FINANCEIRO — Fias-hes ao vivo da Bolsa de Valores doRio

10h20 ABC DO ESPORTE — Documenta-rio esportivo

10h30 O MUNDO DA CIÊNCIA — Docu-mentário

11 h ALLES GUTE — Curso de alemão11 h30 TELECURSO Io GRAU — Educali-

VO11 h45 TELECURSO 2° GRAU — Educali-

VO12h REDE BRASIL — TARDE — Noti-

ciãrio local12h30 RIO NOTICIAS — Apresentação

Claudia Pfeifer12h45 RA-TIM-BUM — Reprise13h15 MÃOS MÃGICAS — Educativo

1 3h30 QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL— Educativo

14h UNIVERSIDADE ABERTA —Jpe-bates

14h30 DOCUMENTÁRIO DIRIGIDO/360° — Reprise

15h ALLES GUTE — Curso de alemão15h30 SEM CENSURA — Debates. Apre-

sentaçào de Márcia Peltier.18h55 RIO NOTICIAS — Noticiário19h10 TEMPO DE ESPORTE — Noticiário

esportivo19h30 JORNAL DA EDUCAÇÃO — Noli

ciário20h ALLES GUTE — Curso de alemão '20h25 JORNAL DO CONGRESSO - Noti-

ciário sobre o CongressoHORÁRIO POLlTICIO — PCBJORNAL DA REDE BRASIL —NOITE — Noticiário nacional e IníérnacionalAS REPÓRTERES — Especiais jornallsticos.

23h DELAS — Entrevistas. Apresentaçãode Ana Maria Nascimento e Silva: Ho-je: Oswaldo Sargeníe/li

0h30 TEMPO DE ESPORTE — NoticiárioesDortivo

0h EXECUÇÃO DO HINO NACIONAL

20h3021 h05

22h

I CANAL4-TVGloboTelefone da emissora: 529-2857

6h307h7h30

8h13h

17ii30 HEADLINES INTERNATIONAL18h INTERNATIONAL HOUR19h WORLD NEWS19h30 HEADLINES INTERNATIONAL20h WORLD BUSINESS TODAY20li30 CNN SHOWBIZ TODAY2111 THE WORLD TODAY/HEADLINE

NEWS21 h30 THE WORLD TODAY/TELEMUN-

DO CNN22h MONEYLINE22h30 CROSSFIRE23h PRIME NEWSOh LARRY KING/HEADLINE NEWS0h30 LARRY KING/TELEMUNDO CNN1 h HEADLINES INTERNATIONAL2h SHOWBIZ TODAY (REPRISE)2h30 HEADLINES INTERNATIONAL4h30 MONEYLINE5li CNN WORLD WIDE UP DATE5h30 HEADLINES INTERNATIONAL6h40 CNN NEWSROOM7h HEADLINES INTERNATIONAL

RADIOJORN AL DO BRASIL

I AM 940 KHz ESTEREOJBI — Jornal do Brasil Informa — Às 7h30,

12h30, 18h30 e 23h30. Sáb., dom. e feriados, às8h30,12h30. 18h30 e 23h30.

Repórter JB — Informativo às horas certas.JB Noticias — Informativo às meias horas.1n Página — Das 7h às 9h30.Comentaristas: Sônia Carneiro, Carlos AlbertoSardenberg, João Máximo, Ernesto Alonso Ortiz.

Prestação de Serviços — Repórter Aéreo JB/Unidas, condições do aeroporto, previsões dotempo e dicas culturais.

Correspondentes: Paris, Londres (BBC), Coló-nia.

Panorama Econômico: Às 8h30.Encontro com a Imprensa — Das 13h às 14h.Cartazes do Rio — Às 16h.Variedades: 2". 4a e 6J, das 22h às 23h30.Arquivo Sonoro: 5J feira.Lotação Esgotada: Das 23h50 ás 0h30.Noturno: De 0h30 às 2h.Pela Madrugada: Às 2h.

I FM ESTÉREO 99,7 MHz I FM 105 - 105,1 MHz

Assinatura Jornal do Brasilflacaé

¦h

(0247)62-2214

Noticiário — De hora em hora.1a Classe — As 6h.Destaque Econômico — Às 9h30.Informe JB— Às 11 h50, 17h50 e 24h.Jô Soares Jam Session — As 18h.20 horas - Reprodução digital (CDs e DATs):

Credo, em Sol maior, RV592, de Vivaldi (Mars-hall, Daniel. Vittorio Negri - ADD - 12:00); Bar-carola, em Fá sustenido maior, op. 60, de Chopin

Desperta Rio — As 5h.Bom Dia Alegria — As 9h.Vale A Pena Ouvir de Novo — Às 12h.De Coração Pra Coração — As 13h.Programação corrida — ÀS 14h.Paquera 105 — As 17h.Amor sem Fim — As 20h.105 Na Madrugada — A 24h.

TELECURSO 2» GRAU — Educati-vo. Hoje: Biologia e HistóriaBOM DIA BRASIL — EntrevistaspolíticasBOM DIA RIO — Noticiário e agendaculturalXOU DA XUXA — InfantilGLOBO ESPORTE — Espomvo lo-cal

13h10 JORNAL HOJE — Noticiário, agendacultural e entrevistas

1 3h30 VALE A PENA VER DE NOVOReprise da novela Cambalacho, de Síl-vio de Abreu

14h40 SESSÃO DA TARDE — Filme: Osheróis não têm idade

17h ESCOLINHA DO PROFESSORRAIMUNDO — Humorístico comChico Anysuio

17h30 ROQUE SANTEIRO —Novela18h FELICIDADE — Novela do Manoel

Carlos18h50 VAMP — Novela de Antonio Calmon.

Com Claudia Ohana e Ney Latorraca19h45 RJ TV — Noticiário local20h JORNAL NACIONAL — Noticiário

nacional e internacional20h30 HORÁRIO POLÍTICO - PCB21 h05 O DONO DO MUNDO — Novela de

Gilberto Braga. Com Antônio Fagun-des, Malu Mador, Glória Pires e Fqp-nanda Montenegro

22h10 FESTIVAL DA PRIMAVERA — Filme: Império do sol

1 h05 JORNAL DA GLOBO — NoticiárioComentários de Paulo Francis

1 h35 FESTIVAL DE SUCESSOS — Filme:Sete homens e um destino

I CANAL 6 — TY Manchete7h30 BRASIL —Noticiário nacional8h COMETA ALEGRIA —Infantil.12h MASKMAN — Seriado japonês12h25 MANCHETE ESPORTIVA — 1u

TEMPO - Noticiário esportivo1 2h45 JORNAL DA MANCHETE — EDI-

ÇÃO DA TARDE—Noticiário13h25 SESSÃO SUPER-HEROlS - Infantil15h30 CLUBE DA CRIANÇA — Infantil.

Apresentação de Angélica18h10 SESSÃO ESPACIAL — Buck Ro-

gers19h10 RIO EM MANCHETE - Noticiário

Telefono da emissora: 285-0033

19M35 PANTANAL — Reprise da novela doBenedito Ruy Barbosa

20h30 HORÃRIO POLÍTICO —PCB21h05 JORNAL DA MANCHETE — 1 »

EDIÇÃO — Noticiário22h05 O FANTASMA DA ÓPERA — No

vela23h05 HOLOCAUSTO - Minissérie amerci

nana0h MOMENTO ECONÔMICO0h05 NOITE E DIA — Noticiário com en

trevistasCHIP'S — Seriado0h50

I CANAL 1 — TY BandeirantesTelefone da emissora: 542-2132

5h30 IGREJA DA GRAÇA — Religioso7h REALIDADE RURAL - Noticiário

sobre o campo7h25 CARROSSEL - Desenhos .7h55 BOA VONTADE —Religioso8h DIA A DIA — JornalísticoI0h15 COZINHA MARAVILHOSA DA

OFÉLIA - Culinária com Ofélia Anun-ciato

10h45 OS IMIGRANTES — Reprise da no-vela de Benedito Ruy Barbosa

11h30 CASA DE IRENE - Reprise da novela12h ACONTECE — Noticiário13h30 GENTE DO RIO - Entrevistas e deba-

tes. Apresentação de João RobertoKelly. Hoje: O empresário João Bentes

14h CARAVANA DO AMOR — Varieda-des. Com Alberto Brizola

15h CINEMA NA TARDE — Filme: Osegredo de Karen

17h RITUAIS DA VIDA — Minissérieamericana

17h30 CANAL LIVRE — Debates. Apresentação de Flávio Gikovate.

18h45 AGROJORNAL - Noticiário sobre ocampo ^

18h55 JORNAL DO RIO — Noticiário local191120 JORNAL BANDEIRANTES — Noti-

ciário20h ESPORTE — Hoje: f ouro Brasil20h30 HORÁRIO POLÍTICO - PCB21h05 ESPORTE - Hoje: Especial futebol

norte-americano: as regras, os regula¦mentos e os ídolos

21 h30 ESPORTE — Hoje: Campeonato Ca-rioca de Futebol; Vasco XC Goitacás

23h30 SEMANA AMERICANA LUCKYSTRIKJORNAL DA NOITE — NoticiárioBANDEIRANTES INTERNACIO-NAL — Resumo das últimas 24 horasdo noticiário da CNNFLASH — Entrevistas. Apresentaçãode Amaury Jr.

1 h35 TVCARD1 h50 BOA VONTADE —Religioso

Oh0h20

0h35

H CANAL 9 — TY C o r c o v a d o / M T \Telefone da

emissora: 580-1536

6h30 PROGRAMA 45 MINUTOS — Tu-rismo

7h15 AGENDA DO INVESTIDOR — No-tícias do mercado financeiro

7h30 O RIO É NOSSO — Variedades.Apresentação de Douglas Prado

8h POSSO CRER NO AMANHÃ —Religioso

8h15 COISAS DA VIDA —Religioso8h30 VINDE A CRISTO — Religioso8h45 GÊNIO MALUCO — Desenho9h IGREJA DA GRAÇA —Religioso9h30 CENTRO DF. CONVENÇÕES

EVANGÉLICAS — Religioso10h FÉRIAS NO ACAMPAMENTO —

Seriado12h VÍDEO MUSIC —Clips13h TOP 10 EUA — Os 10 melhores cli-

pes da parada de sucesso americana14h NON STOP - Vídeos. Apresentação

de Cuca

1 Gh GAS TOTAL — Clips de heavy metal.Apresentação Gastão (

17h30 CHECK IN MARCELO NOVA18h DISK MTV — Parada de sucessos19h MTV NO AR — Noticias. Apresenta-

çào Zeca Camargo19h15 VlDEO MTV — Clipes. Apresentação

de Rita20h30 HORÃRIO POLÍTICO —PCB21 h30 CINE MTV — Sobre cinema. Apre-

senlação de Cristlane Couto.22h FÜRIA METAL—Reprise. O melhor

do heave metal23li MTV NO AR — Apresentação de Ze-

ca Camargo23h15 CHECK IN TITÃS23h45 BEATNTV — Música sem intervalo1h LADO B — Clips de vanguarda2h VlDEO MUSIC

(Zimerman - DDD - 8:54); Música de ballet, daÓpera Otello, de Verdi (OTC Bologna, Chailli -DDD - 5:54): Pavano o The King's hunting jig, deJohn Buli (Philip Jones Brass Ens. - DDD -4:23); Quinteto para cordas, em Ré maior, K593,de Mozart (Aeolian, Essex - ADD - 28:27): Qua-tro Baladas, op. 10, de Brahms (Benedetti Mi-chelangeli - DDD - 25:16); As Fontes de Roma,de Respighi (OS Montreal, Dutoit - DDD -15:13): Concerto em Si bemol, para violino, cor-das e contínuo, de Telemann (lona Brown - DDD- 16:08); Tasso - lamento e trionfo - Poemasinfônico, do Liszt (Orq. Paris, Solti - ADD -20:54); Abertura da ópera Guilherme Tell, deRossini (Nat. Phil., Chailly - DDD - 11:54): So-nata Sz80, de Bartok (Kocsis - DDD - 12:04);Herz und Mund und Tat und Leben - Cantata paraa Festa da Visitação da Virgem Maria. BWV147,de Bach (Buckel, Toepper. Kesteren, Engen, Co-ro, Orq.Bach Munique, Karl Richter - AAD -32:55); Children's Comer, de Debussy (Watts -DDD - 15:42); Sacrifico, para flauta, alaúde, vi-brafone e cimbalos antigos, de Toru Takemitsu(Wakasugi - ADD - 6:21).

Mestres da Música — As 24h.

¦ CIDADE —102,9 MHzVitamina C —As 6h.Saudade Cidade — As 12h.Sucesso da Cidade — Às 18h.Cidade Diet — As 22h.

1 CANAL 11 — TV S6h30 — EDUCATIVO7h JORNAL DO SBT —Reprise do últi-

mo noticiário7h30 SESSÃO DESENHO - Desenho9h FESTOLÃNDIA — Infantil10h30 SHOW MARAVILHA —Infantil12h30 CHAPOLIN —Seriado13h CHAVES-Seriado13h30 CINEMA EM CASA — Filme: Baile

de formatura15h30 SUPERBOY — Seriado

SESSÃO DESENHO — Pica-PauDÔ RÊ Ml - Infantil com Vovó Mafal-daCHAVES — SeriadoPROGRAMA LIVRE - Entrevistas emusical. Apresentação de SérgioGroisman. Hoje: O piloto de Fórmula 3Rubens Barrichello e o músico Wag-ner TisoAQUI AGORA lornalísticoECONOMIA POPULAR — Informeeconômico

16h16h30

17h17h30

18h3019h27

Telefone da emissora: 580-0313

19h30 TJ BRASIL —Apresentação de BórisCasoy

20h CARROSSEL—Novela20h30 HORÃRIO POLÍTICO - PCB „21h05 QUINZE ANOS21 h25 SIMPLESMENTE MARIA - Ngvela22h15 COCKTAIL —Variedades ^23h15 JORNAL DO SBT 1" EDIÇÃO —

Noticiário ^23h30 JÔ SOARES, ONZE E MEIA — En-

trevistas com Jô Soares. Hoje: O se-cretàrio de educação de São Paujo.Fernando Moraes, o deputado fedçrpldo PT. Pauto Delgado e o cantor^Pepi-no de Capri

0h30 JORNAL DO SBT 2" EDIÇÃO —Noticiário. Apresentação de UilfanWitte Flbe

1 hl 5 TJ INTERNACIONAL — Noticiáriointernacional. Apresentação de Her-mano Henning

1 h30 LONGA-METRAGEM LEGENDA-DO — Filme: O príncipe e o mendigo

¦ CANAL 13-TV RioTelefone da emissora: 293-0012

6h45 INSTANTE BRASILEIRO — Musi- 13h30 RIO URGENTEscal 17h30 REPORTER RIO —2° EDIQAO

7h POSSO CRER NO AMANHA 18h CLIP TV7h10 VINDE A CRISTO 19h SAO FRANCISCO7h40 MIST6RIOS DA F6 20h INSTANTE BRASILEIRO7h55 CADA DIA 20h30 HORARIO POLITICO — PCB8h CLIPES MUSICAIS 21h05COMBATE9h COMBATE 21 h45 INSTANTE BRASILEIRO10h CLIP TV 22h55 KUNG FU11 h GUERRILHEIROS 23h25 INSTANTE BRASILEIRO11 h55 INSTANTE BRASILEIRO 23h35 REPORTER RIO12h OS MELHORES CLIPLES 0h05 OS MELHORES CLIPS13h REPORTER RIO 0h35 NACORDABAMBA

A

JORNAL DO BRASIL

1"TEATRO 'Asmil

quinta-feira, 31/10,91 o 7

uma noites

Histórias árabes sem fantasiaMareia Kranz

M,\( KSI.N LUIZ

/l tradição Tubular, a forma de recriar/""* o real através de histórias, faz com

X JL que a experiência luimana ganhe adimensão ficcional do exemplo e da referên-cia. Contar é como olhar. Vendo, se cons-tròe uma descrição, como se os olhos seapropriassem daquilo que captam cotnoIH)D1 fluxo de imagens, sentimentos e idéias..I.v mil e uma noites é essencialmente a fábu-Ia dos sentidos. Através da oralidade contahistórias que compõem um painel sobre aprópria arte de narrar. Shcrazade utiliza oartificio de contar, interminavelmcnte, paraShariar histórias que adiem a sua morte, jáque o sultão pune com a morte todas asmulheres depois da noite de núpeias. É aforma de Shariar se resguardar da traiçãofeminina. Com o interesse que as históriasprovocam em Shariar (a conclusão ficasempre para o dia seguinte), Shcrazade vaiganhando mais tempo de vida. As históriascontadas por Shcrazade compõem a narra-tiva de A.v mil c uma noites e na adaptaçãopara o teatro de Geraldo Carneiro — emcena no Teatro de Arena — a própria liistó-ria de Shcrazade e Shariar se integra àsoutras cinco do espetáculo. A origem oraldessas histórias, no entanto, dificulta atransferência para a ação do teatro, já que oque acontece é sempre contado.""¦A adaptação de Geraldo Carneiro pre-

serva esse caráter narrativo selecionandonotórias que abordam o universo feminino.

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Chico Diaz, Carla Marins, Vera Zimmermann e Cristina Aimideo

A narradora (Shcrazade), a principio cmoff. só surge em cena quando a história deShariar é contada. Não é fácil transpor parao palco /I.v mil e uma noites, reinventá-la cmimagens c ação dramática, o ao mesmotempo captar o imaginário e a fantasia des-sa que já foi definida como "a narrativa dasnarrativas". Em cena. há que reproduzir afantasia e a magia de histórias que. de outramaneira, não encontram justificativa paraserem encenadas. A diretora Karen Aciolytenta imprimir algum caráter mágico á sua

encenação, mas o espetáculo tem limitaçõesque impedem se confunda com a simplesilustração das histórias. A montagem assi-nada por Karen Acioly se mantém numnivel superficial, sem que a encenadora eon-siga estabelecer um conceito cênico (a nãoser uma certa infantilização no tratamentodramático) que aprofunde a fabulaçào de.I.v mil e uma noites e reproduza os seusmomentos de fantasia. Karen Acioly substi-tui essa ausência por um desenho cênico cmque a excessiva movimentação se identifica

com unia aoi" exteriori/ada. A ação inter-na. aquela que emana das próprias histó-rias. não chega á cena. A idéia de umahistória dentro da outra llea pouco clara e aagitação do elenco apenas evidencia umacerta indefinição da montagem. E a nature-za de cada das histórias se banaliza. Umbom exemplo é o primeiro quadro do espe-táculo: O carregador c as damas.

A iluminação dc Paulo César Medeirosestá completamente dissociada do tipo dcespetáculo a que se assiste. Por demais im-positiva (é bastante evocativa e bonita cmmuitas cenas), não consegue se integrar aosimplismo da montagem. Os figurinos dcEmilia Duncan e Tadeu Burgos são, nominimo, confusos. Utilizando referenciaisárabes (realismo), os figurinistas misturamroupas dc muito mau gosto (macacões cm-borrachados e desenhos dc duvidosa inspi-ração futurista) que tornam a cena estranhae feia. O cenário de Afonso Tostes e Eduar-do Andrade é pouco mais do que umasugestão de portais árabes. A música deTini Rescala desaparece pelo forma arbitrá-ria como que é usada.

O elenco não transmite a essência dostextos, prejudicados pelo excesso de agita-ção. A bela figura de Vera Zimmerman, avoz de João Signorelli e o empenho deChico Diaz se diluem numa concepção quedá pouca margem expressiva aos atores.

,-l.v mil e uma noites, mais uma vez su-cumbe no teatro pelas dificuldades de trans-ferir uma forma de expressão (literatura)para outra (teatro). Nesta versão, a aparén-cia toma lugar da essência.

Saiu no

Cotações: • (ruim) ? (razoável) * ? (bom) ? * ? (ótimo) ? * ? ? (excelente)

JORNAL DO BRASIL

HÁ CEM ANOS

Telegrammas para LisboaRceebfiào-se em Lisboa os seguintes lelcer.mi-

mas sobre os acontecimentos que se derâo aqui. poioccasiàoda desordem 110 thenlro lyrien:"Rio do Janeiro, 8. ás 12 horas o 30 minutosda tarde.

Ha grandes desordens entre o povo e a poli-cia. A origem foi um grave tumulto no Theatrol-yrico. Depois reprodu/irào-se na cidade.

Levantarão-se barricadas. Motive cargas decavalaria. Descargas cerradas e tiroteio. O gover-no espera restabelecer o soeego".

^Peru

Não é de galinacea que vamos lalar: vemlonge o Natal, e tem tempo a estimada avepara engordar: tratamos da vizinha rcpuhli-ca, e tão somente para dar a relação das suasestradas de ferro. Possuc as seguintes:

Ferro-Canil Central dei Peru. idem deChimbote. idem de Salaverry a Trujillo \Ascope. idem de Pacasmayo a Guadalupe >Zonon. idem de Pisco a leo. idem de Payla aPiura. idem dei Sur: Arequipa. Puno y ( u/-eo. Camino de Chanchamayo. idem de Palcaa Vitoc. idem de San Luis de Seluiac. aPuerto Tueker. idem de Yurimagas a Moyo-bomba, idem de lea a Ayacuebo. Soeabondei Cerro de Paseo e Viadueto de Verrimas.

Porto de TunisO jornal llitliu. de Milão, do dia ~ do corrente,

publicou uma informação de Tunis. dizendo queo cônsul geral italiano e o cônsul allemào pedirãoao commandantc militar de Tunis permissão paravisitar os trabalhos do porto. O commandante,porém, recusou dando como desculpa que. semordem especial de Pari/, elle não poderia accederao pedido.

Km eonsequeneia deste facto as colonias allemãe italiana de Tunis agitárào-se. e pedem aos seusgovernos que exijão uma satisfação da França.

I HORÓSCOPOCarlos Magno

ÁRIES • 21/3 a 20/4A expressão dosseus instintos conti-nua sujeita a ebuli-cões súbitas e explosões de alta voltagem.É contraproducente conter a raiva ou dese-jos, pois isto é o caminho mais curto para adepressão. Inquietude.

TOURO • 21/4 a 20/5Possível falta de pri-vacidade e de novasoportunidades podedar-lhe a impressão de que você está pas-sando por testes severos. Em compensa-ção, seu pique está maior, mas é precisoevitar atos descontrolados.

GEMEOS • 21/5 a 20/6Fase crucial para re-definir limites na suarelação com os ou-

7;

tros. Defina na prática o que é obsoleto e oque é imprescindível. Momento de bastantetrabalho, autocrítica, detalhismo e perfec-cionismo. Eliminações.

CÂNCER» 21/6 a 21/7Revoluções por mi-nuto continuam ron-dando a consciênciae os relacionamentos dos nativos do 2°decanato. Os demais devem viabilizar commétodo, paciência e engenhosidade proje-tos que produzam mudanças revigorantes.

LEÃO • 22/7 a 22/8Insõnia. Fase parafazer reformas inti-mas e na esfera dolar. Possíveis mudanças de residência ouna sua forma habitual de lidar com familia-res e pessoas que morem com você. Tentemastigar bem e respirar melhor.

VIRGEM • 23/8 a 22/9Momento de insegu-rança onde possi-veis complexos psi-cológicos e fugas da realidade desarmemsuas defesas e dão a sensação de estar àmercê dos fatos, sem vontade própria paradeterminar o que fazer. Reaja mais.

LIBRA *23/9 a 22/10Problemas materiaisestressam o libriano,mas ao mesmo tem-po concentram toda a sua atenção e esforçospara poder proteger, manter e recuperartanto a sua boa forma fisica quanto financei-ra. A noite atrai bons encontros.

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ESCORPIÃO • 23/10 a 21/11Vale a pena ter maisatenção ao guiar,movimentar-se, evi- tando confrontos e discussões que só tra-zem tensão e nervosismo. Forte indignaçãocom fatos e pessoas que bloqueiam seusplanos e intenções. Momento de ação.

SAGITARIO « 22/113 21/12Inimizades ou surtos,de fofocas irritambastante o seu hu-mor e podem alterar drasticamente a suaforma natural de lidar com as pessoas ouestipular metas e valores. Reorientaçãomaterial, emocional e mística.

CAPRICÓRNIO • 22/12 a 20/1Maior responsabili-dade é exigida devocê por chefes, familiares e pessoas de idade. O sucesso deprojetos em andamento dependerá da suacapacidade de planejamento e execução.Não fique muito isolado. Abra o verbo.

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AQUARIO *21/1 a 19/2Sensação de que aspessoas não estãosabendo captar seusdesejos gostos e necessidades. Evite de-sencontros ou distrações que fazem vocêperder tempo e, às vezes, dinheiro. Ten-dências a se deixar levar por curiosidades.

PEIXES • 20/2 a 20/3Elegância e genero-sidade. Fatos ca-suais ou súbitos ati-vam lembranças e reações efervescentesque, apesar de confusas, fazem você reas-sumir preocupações e interesses que esta-vam embotados. A crise traz renascimento.

I QUADRINHOS

GARFIELD JIMDAVIS AS COBRAS VERÍSSIMOUMA XÍCARA DE CAFE EO SOL nascendo! queMAIS SE PODE QUERER?

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ANTES.

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CEBOLINHA MAURÍCIO DE SOUSA

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O QUE A VITIMA. DISSE-,QUAMDO SOUBE <?L)E/ TINHAM ROUBADO SUA MAQUINA Ü>£oo

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BELINDA DEAN YOUNG E STAN DRAKE

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CRUZADAS

CARLOS DA SILVA

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HORIZONTAIS - 1 - Intensidade duma corrente elétricaem ampóres; 10 - obtidos a custa de muito trabalho: 12 -designativo da estopa de melhor qualidade, cujas estrigas terminam em bico ou ponta aguda; meia cana. meiatelha, pequeno canal, tubo por onde corre água. 13vigia, para que não se debande um lote de éguas dcargo de cavalo garanhão; 14 - pedra sobre a qual osacerdote estende os corporais e coloca o cálice é 'ahóstia, para celebrar a missa. 15 - estiolamento e Ira-queza geral da planta, que se mostra pobre de tecidolenhoso; diminuição da hemoglobina do sangue circu-lante. com diminuição proporcional dos glóbulos ver-melhos. ou sem ela; 16 - diz-se do animal ou indivíduobaixo e reforçado; atarracado; 18 - alguma coisa; 19 -rocha granitóide composta essencialmente de nefelita epiroxênio; 20 - a parte mais profunda da psique, recep-táculo dos impulsos instintivos dominados pelo princi-pio do prazer e pelo desejo impulsivo; 22 - torna maisfirme, aumentando o peso; carrega com lastro; 23 -forma simplificada do esperanto, criada em 1907. porJespersen. Couturat e outros; 24 - teia de pano; lenca-ria; pano branco de algodão ou pano cru; 26 - elementode composição usado em Química, prefixado ou sufixa-do. para indicar a presença de amõnia ou amoníaco; 27• preparar a superfície de uma pedra, para receberoutra em cima; 29 - clave quase inteiramente em desu-so. que se marca na terceira linha do pentagrama; 30 -pequeno inseto coleóptero que ataca a carne de porcomal curtida. 31 - qualquer objeto de bronze, cobre oulatáo; 32 - deus anão e popular dos antigos egípcios,que presidia aos casamentos.VERTICAIS - 1 - variedade de pèra francesa com levecheiro de ámbar-cinzento (pi ); 2 - trabalha muito, semdescanso, luta pela vida; 3 - picado de carne de carnei-ro. ovos e pão ralado; 4 - acontecimento ou época fixaque se toma como base de um sistema cronológico; 5 -a primeira risca do jogo do aro ou arco. da qual secomeça a jogar; 6 - vestidas como um janota; 7 - antigaembarcação de guerra, comprida e estreita, que emer-gia pouco acima da água impelida basicamente porgrandes remos, manejados cada um por três a cincohomens, e acessoriamente por duas velas bastardas,içadas em mastros próximos á proa; 8 - (ant.) semana; 9- movimento de reação da matéria viva. por estímulosexternos ou internos: 11 - simio de São Paulo e MinasGerais, de pêlo comprido, amarelo-ruivo, com extremi-dades e fronte pretas; 15 - montão de terras ou pedrasfeito para divisão de terrenos em herdades; 17 - plantamedicinal da familia das malváceas; raiz seca da Al-thaea olficinalis, despojada da camada marrom, corti-cente. e das raizes pequenas, a qual fornece umamucilagem e é usada como demulcente; 21 - dobra decomprimento e largura quase idênticos, cujas camadasmostram direção periclinalmente variável e mergulhosaproximadamente idênticos, e que em secção transver-sal horizontal apresenta forma circular ou eliptica, fre-qüentemente observada em jazida de sal (pl.): tipo decristal composto de camadas paralelas a um eixo late-ral que se encontram em cima em uma aresta horizontalcomo um telhado (pl.); 25 - vislumbre; 28 - coisa destitui-da de rigidez: coisa que não tem efeito enérgico.

CÍRCULO ENIGMÍSTICO CARIOCASua sede na Rua da Quitanda 49 sala 411 está aberta

a todos os charadistas, associados ou não. Se preferir,telefone para 242-0727 e vai descobrir uma nova formade educação.CHARADAS METAMORFOSEADAS (troca de uma

letra)1. Carlos da Silva, confrade estimado:Nesta charada metamorfoseada.Sem me sentir em nada REJEITADO.Agradeço a homenagem a mim prestadaNo dia onze próximo PASSADO. 9 (8)CHICO DA SILVA - Niterói2. A CONSERVA INDIANA fez o cachorro LATIR. 5 (3)VICENTE FERREIRA DE ASSIS NETO

O objeto, HEXAEDRO REGULAR.Gostava de admirarUm RELÓGIO muito atraente.Que ganhou de um parente. 4 (3)

FREI IGNÁCIO - CEC - JacarcpaguáQuando me aproximo do ALTAR PARA A COMUNHÃOnão fico TENSA porque tenho a minha consciência em

paz 4 (1)CELLY - CEC - Tijuca

SOLUÇÕES DO NÚMERO ANTERIORHORIZONTAIS - conceituar: odienta; su; messiamca;bota; caos; anaricas; giros; am; gama; ado; urinar, che;arcar; atol; reoscopica. VERTICAIS - comba. odeçn;nistagmico; cesarianas; eni; ita; tancas; asco; ruas; ias;coar; moelaCHARADA INTERCALADA: 1 tralha/pada = trapalha-da CHARADAS TECIGRAMAS: mago/magro; 3 mu-nir/mungir; 4 move/movei.Correspondência para: R. das Palmeiras, 57, ap. 4,Botafogo - CEP 22.270 gp

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O olhar interrogativo da miliumte Angela Davis

turas e instalacoes convivem em harmonia no Museu de Arte Moderna ... Fotos de Brian Lanker

Ruby Dee abriu caminlios para as atrizes negras A^escritora Alice Walker, premiada por A cor purpura

A

A escritora Alice Walker, premiada por A cor púrpura

arte se multiplica no MAM

Imagens de mulheres heróicas, esculturas e instalações convivem em harmonia no Museu de Arte Moderna

Ruby Dee abriu caminhos para as atrizes negras

8 o quinta-feira, 31/10/91 JORNAL DO BRASIL

Barbara Jordan, primeira senadora negra, eleita em 66Barbara Jordan, primeira senadora negra, eleita em 66

"A gente procura aquela fo-

to, aquele retrato que desafia otempo", diz o fotógrafo, ga-nhador do Prêmio Pulitzer em1973. Durante dois anos, Lan-ker vagou pelos Estados Uni-dos disparando o clique de suamáquina, invariavelmenteapontando a objetiva para mu-lheres negras. O resultado dessalonga viagem é a mostra Eusonho com um mundo, títuloinspirado em um poema deLangston Hughes, provável-mente o escritor negro mais co-nhecido do mundo.

Segundo Brian Lanker, aidéia da mostra surgiu quando

Mulheres que

sonharam com

um mundo novo

ele ouviu o "maravilhoso" dis-curso de Barbara Jordan naconvenção do Partido Demo-crata, em 1976. Comovido eentusiasmado, pensou com seusbotões: "É essa a mulher queeu gostaria de ver na CasaBranca. Por que ela não se can-didata à Presidência da Repú-blica?" Alguns anos mais tarde,depois de ler o best-seller A corpúrpura, de Alice Walker —transformado em filme por Ste-ve Spielberg —, diz ter se cons-cientizado da luta da mulhernegra. "Mas foi a força e adignidade de Priscilla Williams,ama de minha mulher, que me

convenceu arealizar a ex-posição",conta Lanker.

Daí emdiante, Brianfoi colecio-nando suaspersonagens.Entrou emcontato com aviúva de Mar-tin LutherKing, CorettaScott King,"uma das mu-lheres negrasque mais con-tribuíram pa-ra a históriadesse país",que hoje pre-side o Comitêa Favor deMudançasSociais Não-ViolentasMartin Lu-ther King Jr.,mais conheci-

DELIZABETH

ORS1NI

ESAFIAR o tempo. Emlinhas gerais é essa a in-tenção do fotógrafo

norte-americano Brian Lanker,autor das 75 fotos em preto ebranco de Eu sonho com ummundo — Retratos de mulheresnegras que mu-daram a Améri-ca, exposiçãoque o Museude Arte Moder-na inauguraamanhã, às18h30. A festade inauguraçãoterá a partici-pação da har-pista CristinaBraga e da can-tora Leila Ma-ria, que apre-sentará umrepertório decantoras ameri-canas como Al-berta Hunter,Billie Holliday,Janis Joplin eB i g MamaThornton. Amostra é patro-cinada pelo ser-viço de infor-mações daEmbaixada dosEstados Uni-dos.

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Uma mostra

de formas

e de vazios

'EM painéis ou persianas, comonão acontece há mais de duas déca-das, o Museu de Arte Moderna abreseu espaço monumental para receberhoje, a mostra 7 X ar, reunindo seteartistas, na faixa dos 30 anos, saídosda última safra carioca. As esculturase instalações da exposição têm emcomum estruturas moduladas que serepetem cm série, formando conjun-tos de objetos e vazios. "Eles sãotodos artistas mais conceituais quenão trabalham com a forma pura eclássica, mas como conceito além daforma", diz a cu-radora da mostraLigia Canongia.

Mas não se po-de dizer que a ex-posição do MAMaponte uma ten-dência para a artedos anos 90, apóso triunfo da pintu-ra na década pas-sada. A afirmaçãode que na viradados 80 houve umretorno à arte con-ceitual, entre osmais jovens, pare-ce precipitada."Como jurada doSalão Carioca,que acontece emnovembro, obser-vei que existe umaprodução maciçade pintura, embo-ra não tão esfu-ziante, grandilo- Meias cheiãS

qüente como a da Geração 80",esclarece Ligia Canongia. No entan-to, não há dúvida de que entre osparticipantes de 7 X ar há uma empa-tia muito maior com os conceituaisdos anos 70 — Waltércio Caldas, Cil-do Meireles ou Tunga — do que comos pintores da década seguinte.

Há dois anos Ligia Canongiaacompanha o desenvolvimento daobra dos sete selecionados. WaléskaSoares comparece com oito pilaresem mármore, com pequenas baciasesculpidas na parte superior, nasquais será colocado óleo de rosa.Marcos Chaves fez um labirinto comfios de náilon e 91 módulos dessesusados para organizar filas em ban-cos. Fernanda Gomes expõe folhas etextos de jornal sob tinta a óleo pretae um painel negro com um furinho nomeio. "Mas isso não é importante. Oimportante é criar um olhar diferen-

de chumbo fazem a obra de Ernesto

ciado sobre as coisas mais banais",explica a própria artista.

Outro participante, Rodrigo Car-doso, acaba de ganhar uma bolsa deestudos para o Instituto de Arte deNova Iorque. Seu trabalho no MAMreúne 42 réplicas do Pão de Açúcar,em chumbo fundido, espalhadas nochão do museu. "É uma instalaçãomesmo. Só funciona neste local, por-que isso aqui (aponta para as peças)faz parte daquilo ali (aponta para opedra da Urca)." Já Ernesto Neto érápido ao definir sua participação:"Não é uma instalação. É escultura.Sempre fiz escultura." As atuais reto-mam as meias de náilon femininas,cheias de chumbinho de espingarda,uma constante em seus trabalhos re-centes. Os conjuntos que nascem deum ovo, se expandem em três partes ese levantam até o teto.

Ricardo Becker participa com umagaiola dourada, que ocupará o centrodo espaço monumental e Carla Gua-

Luis Carlos David giiardi' COm escul-turas em tubos dePVC transparen-tes. Dentro de ca-da uma delas háum vergalhão deferro e água. "Essetrabalho não podeser visto apenaspela sua forma. Oimportante é o tra-jeto da ferrugemque indica a passa-gem do tempo",diz a autora. A cu-radora da mostrapensa o mesmo:"O projeto não es-tá interessado emesboçar problemasde forma. O queprevalece é a idéiade projetar limitese de como esses li-mites podem serampliados ou des-truídos no ar", sin-tetiza Ligia Ca-nongia. (C.M.)

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A educadora e lider dos direitos civis Septima Clark

do como o King Center. E come-çou a ampliar seu conhecimentosobre o mundo dessas pessoasduplamente oprimidas, comomulheres e como negras. A pro-fessora de Filosofia e EstéticaÂngela Davis, a mais famosaativista política dos anos 60 e 70(objeto de uma caçada policial anível nacional em 1970), é umadas mulheres retratadas pelaslentes de Brian. Recostada emuma árvore, Ângela exibe suacabeleira afro transformada emtranças rastafari.

Há uma certa perplexidadeno olhar dessas mulheres queintegram a galeria de persona-gens do fotó-grafo, a maio-ria delasmulheres demeia idade,com rostos quecontam histó-rias. Mas en-quanto esses 75rostos exibemmarcas do tem-po, os cenáriosonde eles tran-sitam são atem-porais.

"Uso aminha arte emeu dom paraconstruir a his-tória. Queroque daqui a 50anos as pessoaspossam ir auma bibliotecae descobrir a vi-da dessas mu-lheres", dizLanker, que fezquestão de edi-tar um álbumcom fotos e his-tórias de suas

musas negras. A capa do ál-bum, todo em papel couché, éilustrada com a foto de Septi-ma Poinsette Clark, uma dasmais decantadas heroínas domovimento americano pelos di-reitos civis. Mão encostada noqueixo, verruga na testa arre-matada por tranças que descematé a nuca, a figura de Septima,líder educacional do Sul dosEstados Unidos, captada pelaslentes de Lanker é, sem dúvida,uma das mais expressivas daexposição.

No livro estão ainda a can-tora Sarah Vaughan; WilmaRudolph, a primeira mulher

A educadora e líder dos direitos civis Septima Clark

americana a conquistar trêsmedalhas de ouro numa únicaOlimpíada; a atriz e cantoraLena Home; a romancista ToniMorrison; a gigantesca contistaJackie Torrence; a escultoraElizabeth Catlett; a poetisaMargaret Walker Alexander; aatriz Ruby Dee; Shirley Chis-holm, uma das primeiras mu-lheres eleitas para o Congressoamericano, e Willie Mae FordSmith, mais conhecida comoMo ther Smith, uma das princi-pais cantoras da gospel music.No mundo sonhado por BrianLanker, as mulheres fazem a

história e tra-zem no rostoas marcas des-sa aventura.Elas desbra-varam cami-nhos, abriramportas.

"Defato, todas es-sas mulheressonharamcom um mun-do melhor.Não apenaspara elas, maspara as futu-ras gerações",diz Lanker.Um mundoonde o quevale é carátere trabalho,não apenas acor e o sexo.Essas são asmulheres quesonharam (econseguiram)transformar aAmérica.

Micromundo

fantástico

de Musatti

N,

CLEUSA MARIA

ressalva. O processo que resultou naatual produção de Jeanete teve iníciodepois de uma viagem para estudarAntroposofia na Inglaterra. Na volta,ela começou a fazer anotações emdiários em forma de caixas. Nem pas-sava por sua cabeça expor impressõestão pessoais para o público. Mas, porinsistência dos críticos que viram ostrabalhos cm sua casa, Janete acabouconcordando em mostrar seus diá-rios. Daí nasceram as pequenas insta-lações.

Ao longo do tempo, sua produçãofoi se depu. ando e se distanciando dosentido descritivo inicial, embora ain-da guardem uma relação com os mo-mentos em que foram executados. Ostrabalhos mostrados no MAM, porexemplo, foram feitos durante a guer-ra do Golfo Pérsico. A referência co-meça no chumbo, que além de cinza étambém um metal do poder. A ironia

I AO é preciso dizer muita coisa aquem se depara com o olhar de umapequena vaca em chumbo, refastela-da numa espreguiçadeira a contem-Çlar uma tela amassada no cavalete.É o que pensa a paulista Jeanete Mu-satti, presente a partir de hoje noMuseu de Arte Moderna pela primei-ra vez e em dose dupla. Esta noite, aartista lança seu livro com texto docrítico Casimiro Xavier de Mendonçac inaugura exposição de 17 trabalhosda fase mais recente. São instalaçõesem pequena escalaque convidam oespectador a pene-trar em um mundoirreal, ou mais realque a realidade."Diante dos tra-balhos, a pessoatem de bater coma cabeça. E quan-do bate, tem queparar para pensarem outros níveis: oda intuição refiexi-va", diz Jeanete.

Há 12 anos, elatrocou as escultu-ras pelos trabalhosem pequena esca-la. "Há quem cha-me meu trabalhode micromundoou de liliputiano.Mas eu não rotu-lo, pois se fizesseuma pintura de 10metros teria amesma escaladiante do macro", Jeanete Musatti constrói associações inusi

Josemar Ferrari

que a artista aponta em cada uma dassituações — fechadas em caixas deacrílico —, é uma forma de aliviar astensões. "Mas não sou uma artistaconceituai. Meu trabalho é intuiti-vo." Para o crítico Casimiro Xavierde Mendonça, o que dá valor artísti-co às montagens de Jeanete é a inteli-gência e a sutileza das associaçõesinesperadas.

Assim, ela senta um índio carajá,em cerâmica, diante de um homemminúsculo, travando um diálogo inú-til. "Não preciso descrever o senti-mento. Esse trabalho mostra uma to-tal falta de comunicação", diz. Masao contrário do que acontecia emfases anteriores, como a das peque-nas arqueologias (mostradas no Rioem 1983), a figura humana está pra-ticamente ausente na produção maisnova de Jeanete. Ela preferiu colocarum rinoceronte sobre uma cama,com um globo na cabeça, ou um

elefante sobre umdivã. O materialmais empregadona exposição doMAM, churríbo,está nas pequenaspeças compradasna Suiça e na Ale-manha, ou nos lèn-çóis metálicos quea artista esculpepara criar suasimagens. No textodo pequeno e bemcuidado livro (Jea-nele Musatti), Ca-simiro Xavier deMendonça refere-se ao simbolismodesse metal, que aartista repete paraexplicar a preferên-cia atual. "Umadas mais belas ima-gens da alquimia éa noção de que ochumbo oculta, emseu interior, umapomba branca."

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