VII Encontro de Arqueologia do Sudoeste Peninsular. Aroche-Serpa. 29 e 30 de Novembro e 1 de...

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Iª Série(1982-1986)

IIª Série(1992-...)

3

EDITORIAL

II Série, n.º 19, tomo 1, Julho 2014

Propriedade e Edição |Centro de Arqueologia de Almada,Apartado 603 EC Pragal, 2801-601 Almada PortugalTel. / Fax | 212 766 975E-mail | [email protected] | www.almadan.publ.pt

Registo de imprensa | 108998ISSN | 2182-7265Periodicidade | SemestralDistribuição | http://issuu.com/almadan

Director | Jorge Raposo([email protected])

Publicidade | Sofia Oliveira([email protected])

Conselho Científico |Amílcar Guerra, António Nabais, Luís Raposo, Carlos Marques da Silvae Carlos Tavares da Silva

Redacção | Vanessa Dias,Ana Luísa Duarte, ElisabeteGonçalves e Francisco Silva

Resumos | Jorge Raposo (português),Luisa Pinho (inglês) e Maria Isabeldos Santos (francês)

Modelo gráfico, tratamento deimagem e paginação electrónica |Jorge Raposo

Revisão | Vanessa Dias, ElisabeteGonçalves, Fernanda Lourenço e Sónia Tchissole

Colaboram neste número |Rui Roberto de Almeida, Marco AntónioAndrade, Rui Boaventura, Maria TeresaCaetano, João Luís Cardoso, JoãoMuralha Cardoso, João Pedro Cardoso,

António Rafael Carvalho, MiguelCorreia, Cláudia Costa, Ana Cruz,Gonçalo Cruz, Juan Moros Díaz, GlòriaDonoso, José d’Encarnação, Maria TeresaFerreira, António Fialho, Jorge Freire,Rita Gaspar, José António Gonçalves,António Gonzalez, Miguel Lacerda,Miguel Lago, Elsa Luís, Andrew May,Ana Mesquita, Luís Campos Paulo,

Capa | Jorge Raposo

Registo da escavação da Lapa da Cova, na Serra do Risco, em Sesimbra.Fotografia © Ricardo Soares.

Àdata em que são escritas estas linhas (meados de Junho de 2014), o percurso da Al-Madan Online continua a justificar o esforço editorial do Centro de Arqueologiade Almada e a valorizar o trabalho dos seus colaboradores. Os dados estatísticos da

plataforma ISSUU (http://issuu.com/almadan) relativos ao último semestre comprovam-no:162.384 visualizações e 8112 leitores, com predomínio dos portugueses (3033), mas emreflexo de uma clara expansão mundial (Brasil, Espanha, Reino Unido, França, Alemanha,Taiwan, Itália e Bélgica são, por ordem decrescente, as origens dos acessos de leitura maisnumerosos). Estes dados são ainda reveladores da impressionante taxa de crescimento edifusão desta solução editorial, se atendermos a que em período homólogo de 2013 osvalores registados foram de 22.916 visualizações e de 1616 leitores! As 200 páginas deste novo tomo digital, um dos mais volumosos para corresponder àcrescente procura dos autores, contribuirão certamente para consolidar e incrementar aafirmação do modelo de comunicação científica multidisciplinar que a Al-Madan Onlinematerializa.Apresentam-se reflexões sobre os materiais de construção e a arquitectura do sítio proto--histórico do Castanheiro do Vento (Vila Nova de Foz Côa) e sobre as condições de navegaçãono litoral de Cascais (Lisboa) em Época Romana, a par dos resultados de intervençõesarqueológicas realizadas no vale do Sabor (Trás-os-Montes) e no centro histórico de Lagos,que também revelaram contextos pré-históricos e romanos. É ainda tratado um interessantecaso de reutilização medieval de um monumento funerário megalítico da zona de Nisa.A investigação osteoarqueológica está representada pela análise do conjunto ósseo exumado nanecrópole medieval identificada aquando da expansão urbana de Serpa, enquanto os frutos esementes recolhidos na Citânia de Briteiros (Guimarães) justificam uma abordagem carpológica.Dois estudos incidem em artefactos de pedra polida da região de Avis e nos cossoiros proto--históricos provenientes da Fraga dos Corvos (Macedo de Cavaleiros), dedicando-se outros ahistoriar a investigação arqueológica realizada na zona da Arrábida (península de Setúbal) e no Alentejo litoral (neste último caso centrando-se especificamente no período islâmico), a inventariar a documentação relativa ao convento franciscano do Torrão (Alcácer do Sal) e a reflectir sobre a evolução da iconografia associada a Apolo nos baixos-relevos e mosaicosantigos e tardo-antigos.No plano patrimonial, apresentam-se novidades sobre o sistema defensivo medieval deAlbufeira e a evolução da frente ribeirinha de Alcochete, complementadas com trabalho sobreJosé Joaquim dos Santos Pinto, entalhador-escultor da Casa Real de D. Carlos.Há ainda noticiário sobre edições e vários eventos científicos e académicos, e informaçãoactualizada quanto à actividade de organismos representativos dos profissionais de Arqueologia.

Razões mais do que suficientes para que expressemos votos de boa leitura!

Jorge Raposo

Franklin Pereira, Inês Vaz Pinto, JoséCarlos Quaresma, Ana Maria Silva, SaraSimões, Ricardo Soares, João PedroTereso e Catarina Viegas

Patrocínio | Câmara Municipal deAlmada Parceria | Arqueohoje LdªApoio | Neoépica - Arqueologia ePatrimónio

Perscrutando Espólios Antigos - 2:um caso de reutilização funeráriamedieval na anta de São Gens 1(Nisa, Norte alentejano) |Rui Boaventura, Maria Teresa Ferreirae Ana Maria Silva ...60

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ÍNDICE

II SÉRIE (19) Tomo 1 JULHO 2014online

EDITORIAL ...3

Das Técnicas de Construção à Arquitetura: algumas notas |

João Muralha Cardoso ...6

O Abrigo Natural do Lombo das Relvas: um local de enterramento do Neolíticofinal / Calcolítico inicial? |Rita Gaspar, Andrew May,Clòria Donoso e João Tereso...25

A Navegação Romana noLitoral de Cascais: uma leituraa partir dos novos achados ao

largo da Guia | Jorge Freire,Miguel Lacerda, José António

Gonçalves, João Pedro Cardosoe António Fialho ...36

Um Testemunho da FiglinaScalensia em Lagos (Portugal):

a propósito da grande fossadetrítica da fábrica de salga

da Rua Silva Lopes |Rui Roberto de Almeida e

Juan Moros Díaz ...44

Frutos e Sementes da Idade do Ferro e Época Romana

da Citânia de Briteiros |João Pedro Tereso e Gonçalo Cruz ...83

ARQUEOLOGIA

“Nunca a Boa Fiandeira Ficou Sem Camisa”: os cossoiros da Fragados Corvos (Macedo deCavaleiros) | Elsa Luís

...105

Arrábida: episódios dainvestigação arqueológica

regional (do século XVIII aoséculo XX) | Ricardo Soares

...113

Crescimento na IdadeMédia: contributo de

uma série osteológica |Maria Teresa Ferreira

...77

ESTUDOS

ARQUEOCIÊNCIAS

Sobre os Conjuntos de Artefactos de Pedra Polida das Áreas de Benavila e Ervedal (Avis, Portugal) |Marco António Andrade ...92

5

O Convento Franciscano de SantoAntónio do Torrão (1584/1604-1843):inventário da documentação existente

no Arquivo Distrital de Beja |António Rafael Carvalho ...123

PRAXIS II: a sustentabilidade dos recursos arqueológicos e turísticos em discussão | Ana Cruz ...184

Apolo Ressurecto emCristo: efulgências de

uma iconografia solar |Maria Teresa Caetano

...144

A Descoberta de uma Torre Medieval daMuralha de Albufeira |

Luís Campos Paulo...155

PATRIMÓNIO

LIVROS

EVENTOS

VII Encuentro de Arqueología del Suroeste Peninsular / / VII Encontro de Arqueologia do Sudoeste Peninsular (Aroche - Serpa, 2013) | Comissão Organizadora do VII EASP ...185

Colóquio Internacional Recursos do Mar e ProdutosTransformados na Antiguidade | Inês Vaz Pinto ...188

Elementos Sobre a EvoluçãoHistórica da Frente Ribeirinhade Alcochete | Miguel Correia,António Gonzalez e Jorge Freire ...161

O Período Islâmico no Alentejo Litoral e naArrábida: bibliografia básicaproduzida nos últimos 40 anos (1974-2014) |António Rafael Carvalho...137

José Joaquim dos Santos Pinto(1828-1912): marceneiro,

entalhador e gravador de courosda Casa Real de D. Carlos |

Franklin Pereira ...169

ESTUDOS

NOTÍCIAS

No Limite Oriental do Grupo Megalítico de Reguengos de Monsaraz.4.º volume da 2.ª série das Memórias d’Odiana, da autoria de Victor S. Gonçalves: uma apreciação crítica |João Luís Cardoso ...181

Cuantificación de Ánforas - Protocolos y Comparativas: principais resultados de outro seminário de êxito do Projecto Amphorae ex Hispania | Rui Roberto de Almeida e Catarina Viegas ...189

Congresso Internacional de Cerâmica Tardo-Romana Reuniu em Alexandria (LRCW5) | José Carlos Quaresma ...191

Património e Cidadania: dos vestígiosarqueológicos à acção pedagógica |

José d’Encarnação ...192

DISCO2014: conhecer os arqueólogos portugueses | Cláudia Costa,

Cidália Duarte e Miguel Lago ...195

Os Trabalhadores de ArqueologiaPortugueses Já Têm um Sindicato |

Ana Mesquita e Sara Simões ...197

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dos dois países e incluindo até algumas partici-pações do Norte de África, culturalmente irma-nado ao Sudoeste Peninsular, na perspetiva do“Cír culo do Estreito”.Os objetivos que norteiam os Encontros de Ar -queo logia do Sudoeste Peninsular desde a suaorigem radicam na promoção de sinergias entreos investigadores portugueses e espanhóis, demo do a potenciar colaborações e projetos comunse na divulgação dos mais recentes dados relativosaos trabalhos arqueológicos realizados no territórioa que se reportam – o Sudoeste Peninsular, enten-dido não só num âmbito geográfico, mas tambémcultural.O facto de se comemorarem em 2013 vinte anossobre a primeira edição conduziu a que se cele-brasse a ocasião de uma forma especial, através darealização de um programa desdobrado entre2013 e 2014, embora correspondente a duas edi-ções individualizadas (a VII e a VIII), celebradode forma articulada em simultâneo em Espanhae em Portugal, com sessões de comunicações e visi-tas cruzadas em ambos os anos, beneficiando daproximidade entre as localidades fronteiriças deAroche e de Serpa e sublinhando o cariz trans-fronteiriço de que se revestem estes Encontros.Inscreveram-se no VII Encontro 85 pessoas –44 de nacionalidade portuguesa e 41 de nacio-nalidade espanhola, mantendo-se o equilíbriodas participações que se constatou na ediçãoanterior. Foram apresentados 66 trabalhos, algunsdos quais resultantes de projetos conjuntos deinvestigadores de ambos os países, traduzidos em36 comunicações e 30 posters, que serão conver-tidos em artigos a publicar nas atas. De um pon-to de vista cronológico, registou-se um equilíbriono número de comunicações apresentadas, inte-grando-se 11 na Época Romana e na AntiguidadeTardia, dez em Época Medieval, oito na Pré-His -tória e sete na Proto-História e no Período Pré-Ro -mano. Nos posters persistiu o equilíbrio, emboraprevaleça ligeiramente a Pré-História (nove) sobre

Nos dias 29 e 30 de novembro e 1 de dezem-bro de 2013 realizou-se o VII Encuentro de

Arqueología del Suroeste Peninsular / Encontrode Arqueologia do Sudoeste Peninsular, nas loca-lidades de Aroche (Huelva, Espanha) e de Serpa(Portugal). Constituíram entidades anfitriãs oAyuntamiento de Aroche (AA) e a Câmara Muni -cipal de Serpa (CMS), integrando ainda a organi -zação a Direção Regional de Cultura do Alentejo(DRCALEN), o Instituto de Arqueologia de Mérida(IAM) e a Universidade de Huelva (UHU).A Comissão Científica foi composta por AnaMar garida Arruda (UNIARQ - Universidade de Lis -boa), António Valera (NIA - Era Arqueologia),Inês Vaz Pinto (CEAUCP / Troiaresort), Javier Ji -mé nez Ávila (Junta de Extremadura), Juan Ma nuelCampos Carrasco (Universidade de Huelva) e Pe -dro Mateos Cruz (Instituto de Arqueología de Mé -rida). Integraram a Comissão Organizadora Nie -ves Medina Rosales (AA – Secretariado), AnaSo fia Antunes (CMS), Juan Aurelio Pérez Macías(UHU), Macarena Bustamante Álvarez (IAM),Ma nuela de Deus e Susana Correia (DRCALEN).Os Encontros de Arqueologia do Sudoeste Pe nin -sular têm mantido desde o início uma alternân-cia entre Espanha e Portugal. A primeira ediçãofoi realizada em Huelva e em Niebla, em 1993,por iniciativa do Campo Arqueológico de Mér -tola e da Universidade de Huelva. Seguiu-se Faro,onde o evento foi acolhido pela Universidade doAlgarve entre 7 e 9 de novembro de 1996. Apósum interregno de dez anos, foi retomado em Al -justrel (26 a 28 de outubro de 2006), por inicia-tiva do Museu Municipal, a que se juntaram aUni versidade de Huelva e a Extensão de CastroVerde do extinto IPA. Depois ganhou uma cadên-cia bianual e manteve o acolhimento direto porparte dos Municípios, realizando-se em Aracena(27 a 29 de novembro de 2008), Almodôvar (18a 20 de novembro 2010) e Villafranca de losBar ros (4 a 6 de outubro de 2012), contando sem-pre com um elevado número de participantes

os restantes períodos (cinco / seis), sendo mino-ritária a Época Contemporânea (dois). Geogra fi -camente encontram-se representadas diversasáreas do Sudoeste Peninsular, caso da AndaluziaOcidental, da Estremadura espanhola, do Algarvee do Alentejo (Baixo, Central e Alto).Embora uma parte significativa das comunicaçõesque versam sobre território português resulte detrabalhos efetuados no âmbito da designada ar -queologia empresarial, houve uma redução do nú -mero de comunicações e posters comparativamen -te às edições anteriores, reflexo do menor núme-ro de intervenções realizadas, sobretudo na regiãode Beja, em contexto de minimização de impac-tes patrimoniais. A temática em torno dos sítiospré-históricos com estruturas em negativo e dosrecintos de fossos, impulsionada por recentes tra-balhos de investigação e de salvaguarda patrimo-nial que vieram alterar o estado do conhecimen-to, continua a ter nestes Encontros um espaço deapresentação que congrega arqueólogos dos doislados da fronteira. É ainda de destacar no VII En -contro a apresentação de trabalhos relacionadoscom o estudo de conjuntos faunísticos, a revisi-tação de sítios e de coleções museológicas, bemcomo a apresentação de intervenções executadasno âmbito de projetos de valorização ou reabili-tação, sobretudo de fortificações, que são tambémreflexo de diferentes perspetivas de intervenção noPatrimónio.No que respeita ao programa do VII Encontro,procedeu-se à abertura, no dia 29 de novembro,no Salón Felix Lunar, em Aroche, com a presen-ça do Alcalde-Presidente de Aroche, AntonioMuñiz Carrasco, do Presidente da Câmara Mu -nicipal de Serpa, Tomé Alexandre Martins Pires,do Delegado Territorial de Cultura y Educación,Vicente Zarza, do Diretor de Serviços de Bens Cul - turais da Direção Regional de Cultura do Alen te -jo, António Carlos Silva, e do representante da Or -ganização dos Encontros, Juan Aurelio Pe rez Ma -cías, que fez um balanço dos 20 anos do evento.

VII Encuentro de Arqueología del Suroeste Peninsular / / VII Encontro de Arqueologia do Sudoeste Peninsular

Aroche - Serpa (2013)

Comissão Organizadora do VII Encontro de Arqueologia do Sudoeste PeninsularFIG. 1.

EVENTOS

186 II SÉRIE (19) Tomo 1 JULHO 2014online

A Câmara Municipal de Serpa tem desenvolvidodesde 2004 o projeto de Requalificação e Am plia -ção do Museu Municipal de Arqueologia, arti-culado com o de Recuperação do Sistema Cons -trutivo das Muralhas e com o de Valorização do

O Encontro prosseguiu na Ermida de San Ma més,onde Juan Manuel Campos Carrasco proferiu acomunicação inaugural, intitulada “Arucci yTurobriga: su problemática y reducción”, discor-rendo acerca dos topónimos e da identificação elocalização da cidade romana, após o que o Ca -tedrático de Arqueologia da Universidade deHuelva conduziu a visita àquele sítio arqueológi-co, no qual o Ayuntamiento de Aroche concluiurecentemente uma intervenção arqueológica pon-tual e introduziu novos percursos, de modo a pro-porcionar melhorias na visita ao sítio.O Ayuntamiento de Aroche iniciou em 2004 umprojeto designado “Património”, dirigido à con-servação, manutenção, investigação e valorizaçãode parte do importante património histórico-ar -queológico municipal, que se tem traduzido emdiversas iniciativas. A intervenção na cidade roma-na de Arucci / Turobriga, desenvolvida de formasistemática desde 2004, constitui um dos proje-tos mais importantes assumidos pela autarquia epela Universidade de Huelva, incidindo sobre oúnico sítio desta tipologia visitável na província deHuelva.Após a visita procedeu-se à inauguração da sala dosposters, localizada no Convento de la Cilla, ondese encontra instalado o Museu Municipal de Aro -che, possibilitando-se a sua discussão com os res-petivos autores. Depois da pausa para almoço, ofe-recido a todos os participantes pelo Ayuntamientode Aroche, no Centro Cultural Las Peñas, man-teve-se o âmbito cronológico da visita e do temaapresentado em Arucci / Turobriga, realizando-sea sessão de comunicações dedicada à Época Ro -mana e à Antiguidade Tardia no Salón Felix Lu -nar. No dia seguinte continuou a apresentação decomunicações, desta feita enquadradas na Pré--História, na Proto-História (de manhã) e naIdade Média (de tarde). As comunicações foramorganizadas por sessões temáticas de base crono-lógica, as quais foram sempre seguidas de perío-dos de debate participados.No domingo, dia 1 de dezembro, o VII Encontrotransitou para Serpa, onde se realizou uma sessãode receção, com a presença do Presidente da Câ -mara Municipal de Serpa, Tomé Alexandre Mar -tins Pires, do Alcalde-Presidente de Aroche, An -tonio Muñiz Carrasco, e de Paulo Lima, Diretorda Casa do Cante, local onde se realizou o even-to. De se guida, Ana Sofia Antunes, arqueóloga daCâmara Municipal de Serpa, apresentou a comu-

nicação “A intervenção arqueológica na Rua daBar bacã 29-33 (Castelo de Serpa) e a requalifi-cação do Mu seu Municipal de Arqueologia”,após o que conduziu a visita ao local da escavaçãoarqueológica e ao Castelo.

FIG. 2 − Apresentação de comunicação sobre Arucci / Turobriga por Juan Manuel Campos Carrasco. Ermida de San Mamés – Aroche (29-11-2013).

FIG. 3 − Visita a Arucci / Turobriga, conduzida por Juan Manuel Campos Carrasco (29-11-2013).

FIG. 4 − Sala dos posters. Convento de la Cilla – Museu Municipal de Aroche.

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munhos documentados conduziu à alteração doprojeto neste local, onde funcionariam áreas téc-nicas, tendo a autarquia optado pela sua valori-zação de forma integrada no Museu, como ummódulo interpretativo da Cidade Histórica (ainstalar).Coincidindo com o VII Encontro e, após asobras de conservação e de requalificação de queforam alvo, a Câmara Municipal de Serpa pro-moveu a reabertura do Castelo ao público e inau-gurou a Sala Polivalente do Museu de Arqueologia(localizado na Alcáçova), com a exposição itine-rante da Rede de Museus do Distrito de Beja,“Mar cas do Território. Testemunhos do Patri -mó nio do Baixo Alentejo”, estando em curso a ins-talação da exposição permanente. Neste atoacompanharam o Presidente da Câmara Muni -cipal de Serpa a Diretora Regional de Cultura doAlentejo, Aurora Carapinha, e o representante doGrupo Coordenador da Rede de Museus do Dis -trito de Beja, Miguel Rego. A inauguração foi ain-da assinalada com a atuação do grupo de CanteAlentejano “As Ceifeiras de Pias”.Procedeu-se ainda à apresentação das atas do VIEncuentro de Arqueología del Suroeste Penin sular,realizado em Villafranca de los Barros (Badajoz,Espanha) em 2012, tendo tomado a palavra oseditores, Miriam García Cabezas, Consejala--Delegada de Cultura, Formación y Turismo doAyuntamiento de Villafranca de los Barros, JavierJiménez Ávila e Macarena Bustamante Álvarez.Decorreu depois o encerramento do VII En con -tro, a cargo dos Presidentes dos dois Municípiose da Diretora Regional de Cultura do Alentejo,que salientaram a colaboração entre as entidadese os elos criados e lançaram o convite para o VIIIEncontro, após o que se realizou o almoço, ofe-recido a todos os participantes pela Câmara Mu -nicipal de Serpa.Em 2014, mantendo-se as parcerias estabelecidase o espírito da comemoração dos 20 anos dos En -contros de Arqueologia do Sudoeste Peninsular,será realizada a VIII edição, entre 24 e 26 de ou -tubro, que decorrerá nos dois primeiros dias emSerpa e no terceiro em Aroche.Para mais informações sobre o VIII Encontro deArqueologia do Sudoeste Peninsular / Encuentrode Arqueología del Suroeste Peninsular consulte:– http://www.cm-serpa.pt/artigos.asp?id=1802;– https://www.facebook.com/encuentrosencontros.arqueologiaso.

Caminho de Ronda, concretizados em 2011 e2012 na Alcáçova e nos troços de muralha que lhesão adjacentes a Norte. Neste âmbito, realiza-ram-se escavações arqueológicas no imóvel daRua da Barbacã n.º 29-33, confinante com a

Torre da Horta do Castelo e com a muralha de tai-pa medieval, tendo-se registado uma vasta dia-cronia de ocupação que recua, pelo menos, aoBronze Final e que se prolonga até aos nossos dias.A importância histórica e patrimonial dos teste-

FIG. 5 − Visita à Rua da Barbacã, n.º 29-33 (local das escavações arqueológicas). Serpa (01-12-2013).

FIG. 6 − Reabertura do Castelo e inauguração da Sala Polivalente do Museu Municipal de Arqueologia de Serpa (01-12-2013).

FIG. 7 − Sessão de encerramento. Casa do Cante – Serpa (01-12-2013).

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