USO DE LEGUMINOSAS PARA RECUPERAÇÃO DE SOLOS

Bárbara Mariane MagalhãesBárbara Pesso OlegárioIsabella Moraes TeodoroLarissa Rausse Pereira

Luiz Filipe Moraes Teixeira

Ibirité, 13 de Novembro de 2014Professora: Reisila

Mendes

Ciências Biológicas - 4º Período

DEFINIÇÃO• “A família botânica Leguminosae é uma das mais importantes nos trópicos, com representantes herbáceos, arbustivos e arbóreos distribuídos em mais de 650 gêneros”. (FRANCO et al., 2003 apud NOGUEIRA et al., 2012).

• Ocorrência do fruto tipo legume (vagem), sendo encontradas em quase todo o planeta, com exceção das regiões árticas e antárticas. (AGEITEC).

SUBFAMÍLIAS• Faboideae (Faboídeas)• Caesalpinioideae (Cesalpinoídeas)• Mimosoideae (Mimosoídeas)

• Diversas leguminosas podem ser usadas em nossa alimentação, como por exemplo:

• Feijões• Lentilhas• Soja• Ervilha• Amendoim

IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA• “As leguminosas, além de proporcionarem benefícios similares aos obtidos com espécies de outras famílias, têm como particularidade o fato de formarem associação simbiótica com bactérias fixadoras de nitrogênio atmosférico dos gêneros Rhizobium e Bradyrhizobium. Como resultado da simbiose, quantidades expressivas desse nutriente essencial às plantas cultivadas se tornam disponíveis após o corte da leguminosa”. (Smyth et al., 1991 apud ESPÍNDOLA et al., 2004).

• “Além das bactérias fixadoras de nitrogênio, o cultivo com leguminosas herbáceas afeta a população de fungos micorrízicos arbusculares (MA) no solo. Esses fungos são capazes de formar simbiose com a maioria das espécies cultivadas, trazendo como vantagens o aumento da absorção de água e nutrientes, a agregação de partículas do solo e a resistência a determinados patógenos”. (ESPÍNDOLA et al., 2005).

•“No processo da fixação de nitrogênio, a leguminosa alimenta a bactéria com produtos da fotossíntese e a bactéria é responsável pela transformação do nitrogênio que está na atmosfera em formas assimiláveis pela planta. Este processo ocorre nas condições normais de temperatura e pressão”. (WAUGHAN, 2009).

• “As leguminosas arbóreas fixadoras de nitrogênio produzem uma elevada produção de biomassa que ativa os processos biológicos do solo, favorecendo uma incorporação relativamente rápida de quantidades substanciais de matéria orgânica e nitrogênio ao mesmo. A grande quantidade produzida contribui para reciclagem de nutrientes e os processos de reabilitação do ecossistema servindo como banco de sementes e fonte primária de nutrientes e energia para organismos do solo”. (MACEDO et al, 2008 apud DINIZ, 2008.).

USO EM RECUPERAÇÃO DE SOLOS

• Início das atividades com leguminosas no Brasil se deu na década de 1970. Havia necessidade de exportar essas plantas de outros países. Oito gêneros foram utilizados para os primeiros trabalhos (VALENTIM et al, 2008).

• “Estima-se que hoje no Brasil, 28% dos solos estejam degradados ou em processo de degradação, aproximadamente cento e oitenta milhões de hectares, devido ao desmatamento associado ao manejo inadequado desses solos”. (FAO, 2008 apud DINIZ, 2008).

• “A degradação do solo está geralmente associada às práticas inadequadas da agricultura e à perda da fertilidade e da matéria orgânica. Com a redução da matéria orgânica, diminui a disponibilidade de nutrientes”. (ARAÚJO & SILVA, 2007, p. 1592).

• “O uso e a ocupação desordenada do solo têm provocado alterações ambientais às vezes irreversíveis. Problemas causados por intervenções humanas das mais variadas formas vêm comprometendo toda a dinâmica dos subsistemas que a integram, como as habitações em áreas de risco, desmatamento das cabeceiras de drenagem, além de obras de infraestrutura sem controle técnico”.(MEIRA et al., 2004 apud NOGUEIRA et al., 2012).

• “A recuperação de áreas degradadas é um processo e, como tal, é composto por várias etapas que devem ser desenvolvidas num conjunto, para obter o resultado final que é restabelecer o seu potencial de produção. Em muitos casos, as áreas declivosas são exploradas sem nenhum controle à erosão pelos produtores”. (SANTOS et. al, 2001, p. 1064).

CONSIDERAÇÕES FINAIS• O uso de leguminosas para recuperação de solos degradados se mostra uma alternativa eficiente e barata para resolução de diversos problemas ambientais, além de gerar alimento para o homem e outros animais e por fim se mostrando uma atividade econômica promissora para nossa economia, sobretudo no que se diz respeito à produção e exportação desses vegetais.

REFERÊNCIAS

• NOGUEIRA et al. Utilização de Leguminosas para recuperação de áreas degradadas. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer, Goiânia, v. 8, n. 14, p. 2121 – 2131. 2012.

• CARVALHO, P. E. R. & GAIAD, S. Fabaceae. AGEITEC – Agência Embrapa de Informação Tecnológica. Disponível em: http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/especies_arboreas_brasileiras/arvore/CONT000fu17wvyo02wyiv807nyi6s9ggg9il.html>. Acesso em: 07 nov. 2014.

• ESPÍNDOLA, J. A. A. et al. Estratégias para utilização de leguminosas para adubação verde em unidades de produção agroecológica. Embrapa Agrobiologia, Rio de Janeiro, p. 01 – 24. 2004.

• ESPÍNDOLA, J. A. A. et al. Adubação Verde com Leguminosas. Coleção Saber: Tecnologia e Produção, Brasília, p. 01 – 45, 2005.

• SANTOS, A. C. et al. Gramíneas e Leguminosas na recuperação de áreas degradadas: Efeito nas características químicas do solo. Revista Brasileira de Ciência do Solo, n. 25, p. 1063 – 1071, 2001.

• DINIZ, A. R. Leguminosas Arbóreas para recuperação de áreas degradadas: Potencial de sequestro de carbono. 2008. 17 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Florestal) – Instituto de Florestas, Departamento de Silvicultura, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2008.

• ARAÚJO FILHO, J. A. & SOUSA, F. B. Avaliação de leguminosas arbóreas para recuperação de solos e repovoamento em áreas degradadas, Quixeramobim – CE. Revista Brasileira de Agroecologia, v. 2, n. 2, p. 1592 – 1595, out. 2007.

• VALENTIM, J. F. et al. Leguminosas cultivadas. In: ______. (Org.). Agricultura Tropical, p. 1111 – 1132.

• WAUGHAN, S. Leguminosas podem ajudar na recuperação de áreas degradadas. INPA – Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. 2009. Disponível em: https://www.inpa.gov.br/noticias/noticia_sgno2.php?codigo=1284>. Acesso em: 6 nov. 2014.