UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CIÊNCIA DOS POLÍMEROS E ENGENHARIA DAS FIBRAS I Por
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE Ciência dos Polímeros e Engenharia das Fibras II
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E TÊXTIL
CURSO DE ENGENHARIA TÊXTIL
APOSTILA
Ciência dos Polímeros e Engenharia das Fibras II
Por
Prof. Dr. Rasiah Ladchumananandasivam, PhD, AUMIST., CText FTI., FRSA., Senior Member – AATCC (USA)
Natal, RN – Brasil
setembro, 1999
Ciência dos Polímeros e Engenharia das Fibras II Prof. Dr. Rasiah Ladchumananandasivam, PhD, AUMIST., CText FTI., FRSA., Senior Member – AATCC (USA)
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1.0 FIBRAS NATURAIS E FIBRAS MANUFATURADAS (OU
FIBRAS FEITAS PELO HOMEM) (Man Made Fibres - MMF) OU (FIBRAS QUÍMICAS)USADAS NA INDÚASTRIA TÊXTIL
FIBRA: Geralmente é uma matéria-prima têxtil
caracterizada pela flexibilidade, finura e alta razão do
comprimento para espessura.
Todos os fios, sejam naturais ou sintéticos (MMF), consistem de um número
de fibras ou filamentos. No caso das fibras feitas pelo homem, este número situa-
se, normalmente, na faixa de 15 a 100, isto é, a maioria dos fios será composta de
nem menos de 15 ou nem mais de 100 filamentos. Se um fio de MMF for
quebrado, podemos observar os filamentos individuais. Eles podem ser separados
mecanicamente. A razão pela qual esta construção de multi-filamento foi adotada
é porque ele confere maleabilidade e flexibilidade ao fio. O fio composto de vários
filamentos finos é muito mais flexível do que um filamento sólido e grosso. O uso
de vários fios finos de cobre na indústria elétrica é uma analogia.
Fibra Comprimento
(polegadas) Diâmetro
(polegadas) Comprimento : Diâmetro
Algodão 1 0,0007 1.400 Lã 3 0,0010 3.000 Linho (ultimate)
1 0,0008 1.200
Fibra Comprimento
(mm) Diâmetro
(µ = 10 -3mm)Comprimento : Diâmetro
Hemp 20 22 900 Juta 2,5 15 170 Ramie 150 50 3.000 Manila 6 24 250 Sisal 3 24 125
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Abacaxi 6 6 1.000 A seda é um filamento contínuo ( na realidade a larva produz dois filamentos) cujo
comprimento pode ser até 500 m, e o diâmetro cerca de 15µ. Neste caso, temos a
razão 500/15 x 10 -6 ou 33 x 10 6 : 1; em que o filamento da seda é 33 milhões de
vezes maior do que a sua largura.
fibra química : tradução literal de vários termos não escrito em inglês que tem o
mesmo significado que fibras feitas pelo homem (fibras manufaturadas), e que é
uma possível nomenclatura para que eles querem evitar o uso do termo “fibra feita
pelo homem”.
fibra feita pelo homem: é a fibra manufaturada, em oposição à fibra que ocorre
naturalmente.
fibra natural: a fibra que ocorre na natureza e que é de origem animal, vegetal ou
mineral.
fibra regenerada: a fibra manufaturada de uma solução de um polímero natural,
ou de um derivado químico de um polímero natural, tendo a mesma constituição
química do polímero natural do qual a solução ou o derivado foi feito.
fibra sintética: uma fibra manufaturada produzida de um polímero construído de
elemento químico ou compostos, em oposição às fibras feitas de polímeros
naturais.
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1.1 CLASSIFICAÇÃO DAS FIBRAS TÊXTEIS
Fibras Têxteis
Fibras Naturais Fibras Manufaturadas
Animal Vegetal
Semente Caule Folha
Algodão Kapok Côco
Linho Hemp Juta Kenaf Ramie Etc.
Abaca ou Manila Henequen Phormium tenax Sisal Abacaxi Curauá Macambira Caroá etc
Seda Lã (carneiro)
Pelo
Alpaca Camelo Vaca Bode(moair, Caxemira) Cavalo Coelho (angorá) Vicuña, etc.
Polímero sintético Polímero
natural Outros
carbono vidro metal cerâmica etc.
Alginato Borracha(FTC) (elastodiene)
Proteína regenerada (azlon(FTC)
Celulose regenerada (raion (FTC)
Animal Vegetal
Viscose Cupro (cupra(FTC)
Modal Acetato deacetilado
éster de celulose
acetato triacetato
Mineral
Tencel
Amianto
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Polímero sintético
Uréia de polimetileno (policarbamida)
Polielefina (olefina(FTC)
Derivados polivinílicos Poliuretano Poliamida ou
náilon Aaramid Kevlar
Poliéster Poliisopreno sintético (elastodieno)
Polietileno Polipropileno Poliuretano naõ-segmentado
Poliuretano segmentado
Elastano Spandex (FTC)
Lastrile (FTC)
Novoloid(FTC)
Anidex(FTC)
Acrílico
Modacrílico Nytril(FTC)
Clorofibra
Vinylal
Alcool polivinilico acetilizado vinal(FTC)
Fluorofibra (PTFE)
Trivinil
Poliestireno
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Poli(cloreto de vinila) (vinyon(FTC)
Poli(cloreto de vinilideno) (saran(FTC)
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1.1 CARACTERÍSTICAS DE UMA FIBRA: Finura: a finura do algodão, seda e fibras feitas pelo homem é, normalmente,
expressa em termos da densidade linear média. A finura da fibra animal é
expressa pelo diâmetro médio da fibra.
Comprimento: corresponde à distância entre as extremidades da fibra quando
medida sob condições específicas. Na prática comercial aplica-se a seguinte
definição.
barbe: o comprimento médio das fibras de uma fita ou de um pavio
calculado a partir das proporções por massa das fibras na fita ou no pavio.
Nota 1: este termo é usado para um feixe de fibras longas, particularmente
a lã.
Nota 2: “barbe” é sempre maior do que “hauteur” para um dado top; a
seguinte relação pode ser usada na conversão de hauteur para barbe e
vice-versa:
Barbe = Hauteur (1 + V2) onde V é o coeficiente de variação fracional de Hauteur, isto é,: Coeficiente de variação 100 Comprimento do CRIMP: a distância entre as extremidades de uma fibra quando
substancialmente livre de resistência externa, medida em relação ao seu eixo de
orientação geral.
Dispersão: a medida da variação do comprimento das fibras de algodão.
Estatisticamente fica na faixa inter-quartil nas fibras maiores do que a metade do
comprimento máximo quando determinado pelo uso do “comb sorter”.
Comprimento efetivo: a medida do comprimento característico de uma amostra
das fibras de algodão. Estatisticamente é o comprimento quartil superior das fibras
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maiores do que a metade do comprimento máximo quando determinado pelo
comb sorter.
Diagram da fibra: representação gráfica do comprimento característico de uma
amostra de fibras curtas (staple fibre). É um gráfico do comprimento sobre a
freqüência cumulativa.
Staple - (1) um feixe ou conjunto de fibras curtas (fibras naturais) com
propriedades uniformes. Preparado para demonstrar o comprimento da
fibra.
(2) um feixe de fibras tendo algumas propriedades
homogêneas normalmente comprimento.
Staple Fibre – fibras feitas pelo homem, de comprimento curto predeterminado.
Nota: as fibras, que podem ou não ser crimpadas, são normalmente
preparadas pelo corte ou quebra dos filamentos do material, em
comprimentos apropriados para o sistema de processamento em
questão. Estas fibras normalmente variam de 5 mm a 500 mm e têm a
densidade linear de 0,5 a 50 decitex. Todavia alguns produtos especiais
são feitos fora destes limites.
Extensão da Fibra: a distância entre dois planos que englobam a fibra sem
intercepta-la; cada plano é perpendicular à direção geral do fio ou outro conjunto
ao qual a fibra pertence.
Extensão da fibra
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Fibrograma: (diagrama da fibra) o gráfico que mostra a distribuição do
comprimento de uma amostra de fibras de algodão como determinado pelo
fibrógrafo. Estatisticamente é a curva que representa a Segunda
cumulação(integral) da distribuição da frequência.
Índice da fibras flutuantes: a percentagem das fibras que não foram seguradas
pelos rolos dianteiros ou traseiros de um sistema de estiragem
(escartamento). É determinada pelo fibrógrafo que é um instrumento usado
para testar amostras de fibras de algodão.
O índice das fibras flutuantes é dado pela equação:
100)975,0( ⋅×⋅⋅−⋅LS
onde, S = 2,5 % span length, e L = comprimento médio. Hauteur: o comprimento médio das fibras de uma fita ou pavio, calculado com
base nas proporções pela titulação das fibras na fita ou pavio (*ver barbe)
Nota: este termo é usado para fibras longas principalmente as de lã.
Span Length: a extensão da fibra que excedida por uma percentagem pre-
estabelecida das fibras de algodão pelo um número determinado, pelo
fibrógrafo. (ex. 2,5% span length corresponde a extençaõ excedida por
apenas 2,5% das fibras.
Staple Length: o comprimento característico de uma amostra de um feixe (grupo)
de fibras (usualmente é estimado pela avaliação visual subjetiva para fibras
naturais).
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Nota: o staple length da lã é normalmente considerado como o
comprimento das fibras mais longas num feixe ou “staple” das fibras
preparadas manualmente no seu estado natural com crimp (ondulações).
O staple length do algodão aproxima-se muito ao modal ou comprimento
mais freqüente das fibras quando medidas na condição de naturalmente
estiradas.
Índice da uniformidade: a medida de variação de comprimento das fibras de
algodão determinada pelo fibrógrafo. Corresponde a razão do comprimento
médio e o comprimento médio da metade da parte superior, expressa em
percentagem.
%)5,2(%)50(100.
SLSLUI ⋅⋅=⋅
Razão de uniformidade: a medição da variação do comprimento das fibras de
algodão determinada pelo fibrógrafo. Corresponde a razão entre dois “span
length” (50% e 2,5%) expresso como uma percentagem do maior span
length.
Comprimento médio da parte superior: o comprimento médio pelo número da
metade mais longa das fibras de algodão pelo peso como determinado pelo
fibrógrafo
Migração da fibra: a mudança na distância de uma fibra ou filamento a parti do
eixo de um fio durante a produção.
Índice da qualidade da fibra: um valor numérico que indica a processibilidade de
algodão calculado com base em sua finura, comprimento e tenacidade. O
índice da qualidade é dado pela seguinte equação:
2,5 x razão da uniformidade x tenacidade (gf/tex)
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valor micronaire comprimento final da fibra (“Ultimate fibre”): a unidade celular na qual não é
possível haver subdivisão sem que seja perdida a identidade da fibra.
Espessura das paredes da fibra (algodão):
Maturidade: a característica da fibra de algodão, que expressa o grau
relativo de espessura da parede da fibra. É normalmente estimada por um
ou mais dos vários testes indiretos que são frequentemente usados para
descobrir a proporção das fibras que têm maturidade acima de um nível
selecionado.
a. Fibra madura: a fibra onde um alto grau de espessura da parede
ocorreu durante o seu desenvolvimento.
b. Fibra imatura: a fibra onde ocorreu pouco espessamento da parede
durante o seu crescimento.
c. Fibra normal: a fibra cuja parede desenvolveu-se além de um valor
específico.
d. Fibra com parede fina: a fibra que não pode ser classificada nas
categorias como normal ou morta.
e. Fibra morta: uma forma extrema da fibra imatura.
Razão da maturidade: um método para expressar, numericamente, a maturidade
de amostras da fibra de algodão. É a razão do grau real da espessura da parede
da fibra com relação ao grau padrão da espessura, igual a 0,577 (ISSO 4912).
Fibrila: uma pequena fibra.
Filamento: a fibra de comprimento indefinido.
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Índice de Micronaire:
4069,1 x N x N10.000 xMaturidade Micronaire Índice
f ⋅×⋅⋅⋅
=e
Onde :Nf = no de fibras no fio.
Ne = Título do fio(sistema inglês)
Ne = no de meadas de 840 jardas, pesando uma libra. High Volume Instrumentation – HVI: um conjunto de instrumentos eletrônicos
semi-automáticos integrados para determinação rápida da finura, comprimento,
conteúdo das impurezas e resistência das amostras de algodão cru.
PARÂMETROS:
1) Índice micronaire ligado à finura e maturidade;
2) Comprimento, normalmente expresso “Staple Length” SL;
3) Índice Pressley (I.P.), medição da resistência, definido:
I.P. = Resistência da mecha em libras/Peso mecha em miligrama (mg).
4) Valor comercial Resistência = {I.P. X 10,8116} – 0,12;
5) Conteúdo de impurezas, expresso em mg/m3 ;
% F.M.- Percentagem de Fibras Maduras, Maturidade.
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Tabela 1.1 Correlação das propriedades da fibra de algodão com os
processos de fiação mais usados.. Tipo/Fiação Fiação
a
Anel
Fiação
a
Rotor
Fiação
a
Jato de Ar
Fiação
A
Fricção
ITEM
1
Comprimento
&
Uniformidade
Resistência
Finura
Fibra
Para
Fricção da Fibra
2 Resistência Finura Maturidade Resistência
3
Finura
Comprimento
&
Uniformidade
Resistência
Finura
4
-
Trash (lixo) &
Pó
Comprimento
&
Uniformidade
Comprimento
&
Uniformidade
5
-
-
Trash
& Pó
Trash
& Pó
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Tabela 1.2 – Classificação quanto a % de Fibras Maduras (F.M.):
% F.M.
CLASSIFICAÇÃO
> 84
Muito Madura
De 77 a 84
Madura
De 68 a 76
Médio
De 60 a 67
Pouco Madura
< 60
Muito Imatura
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TABELA 1.3 RESUMO DAS ANÁLISES DAS PROPRIEDADES DA FIBRA DE ALGODÃO [Moises V.de Melo, Dissertação, MSc., 1999 –
orientador Prof. Dr. Rasiah Ladchumananandasivam]:
Característica. Algodão Seridó
AlgodãoSertão
Algodão Precoce
Algodão Prata
Algodão Lada
Algodão Safí.
ESTADO/UF RN. RN. RN. S.P. RÚSSIA ÁFRICA.
Comprimento Comercial.
34/36 32/34 30/32 30/32. 30/32. 30/32.
TIPO 4/5 5/0 4/0 4/0 4/0 4/5 Comprimento 2,5% Span Length
31,1 mm 30,0 mm 27,4 mm 27,9 mm 27,8 mm 27,6 mm
Uniformidade %.
49 49 49 51 49 49
Maturidade %.
75,0 74,6 74,0 73,0 83,2 73,0
Finura/Micronaire (µg/”)
3,8 3,7 3,4 4,5 3,9 4,6
Resistência (I.P) 7,5 7.4 7,1 7,0 8,0 7,2 Impurezas %. 2,03 2,15 2,05 3,61 1,59 1,88
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Tabela 1.4 Classificação das propriedades da fibra quanto à finura, comprimento, resistência e conteúdo de impurezas, [KLEIN, 1998].
Índice
Micronaire
Comprimento da
Fibra
Índice Pressley Conteúdo de
Impurezas % Valor Classificação Valor Classificação Valor Classificação Valor Classificação
< 3,1
Muito fina
< 1”
Fibra
Curta
< 93
Excelente
< 1,2
Muito limpo
3,1-3,9
Fina
1, 1/32”
- 1, 1/8”
Fibra Média
87-92
Muito
Resistente
1,2-2
Limpo
4 - 4,9
Média
1,
5/32”-
1, 3/8”
Fibra longa
81-86
Resistente
2-4
Médio
5 - 5,9
Grossa
>
1,13/32”
Extra longa
75-80
Resistência:
Média
4-7
Sujo
> 6
Muito grossa
- -
70-74
Razoável
> 7
Muito Sujo
> 70
Fraco
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1.2 ESTRUTURA FÍSICA DAS FIBRAS
A física ocupa um papel muito importante na área de tecnologia têxtil. Mas,
embora possua inúmeras aplicações em processamento têxtil, estas são muito
diversas e não podem ser estudadas exceto como parte da tecnologia desses
processos; todavia, o estudo da estrutura e propriedades físicas das fibras, fios e
tecidos forma a área de estudo chamada física têxtil, que é uma parte essencial na
formação de um especialista têxtil.
O estudo da estrutura e propriedades físicas das fibras têxteis são dois
aspectos interrelacionadas: as propriedades devem ser explicadas pela estrutura
que elas ajudam a elucidar.
Estrutura física das fibras
Fotomicrografos (ver Apostila Ciência dos Polímeros e Engenharia
das Fibras I - Prof. Dr. Rasiah Ladchumananandasivam)
Tabela das Propriedades. (ver Apostila Ciência dos Polímeros e
Engenharia das Fibras I – Prof. Dr. Rasiah Ladchumananandasivam)
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1.3 COMPRIMENTO DAS FIBRAS
1.3.1 VARIAÇÃO DO COMPRIMENTO DA FIBRA: Do mesmo modo que a maioria das propriedades físicas da matéria prima
têxtil natural, o comprimento das fibras varia muito. Assim, por exemplo, o
coeficiente da variação de comprimento que difere de uma amostra para outra
situa-se na ordem de 40% para o algodão e 50-60% para a lã. Esta variabilidade é
biológica e não há nenhuma maneira prática de evitá-la, principalmente porque o
componente principal da variância encontra-se na semente do algodão ou no tufo
de lã. É possível melhorar a fibra desenvolvendo condições para que a planta
produza um algodão com uma maior uniformidade de comprimento da fibra, mas
além disto o que se pode fazer é adotar melhores métodos de cultivo, colheita e
marketing que mantenha o mínimo possível dos outros componentes da variação.
Como esperado, as fibras feitas pelo homem, possuem uma maior
uniformidade de comprimento, embora não atinjam a perfeição. Um coeficiente de
variabilidade de 10% pode ser considerado como indicativo do grau de variação
do comprimento passível de ser encontrado. Uma parte dessa variação, sem
dúvida, origina-se nas imperfeições da máquina de corte, mas a outra parte é
causada pela quebra da fibra. Todas as fibras que sejam naturais ou sintéticas,
são susceptíveis de rompimento durante o manuseio e processamento. Entende-
se assim que a medição dos comprimentos no mesmo material, em estágios
sucessivos da manufatura, revelarão a presença de um aumento progressivo das
fibras curtas, exceto, naturalmente, onde a penteagem é introduzida com o
objetivo específico de remover as fibras curtas.
Pelo corte ou por outros métodos as fibras feitas pelo homem (fibras curtas)
podem ser produzidas em qualquer comprimento para atender as necessidades
de um fiandeiro, embora na prática somente um número limitado de comprimentos
- padrão esteja disponível. Estes comprimentos são escolhidos para facilitar a
mistura (blending) com- ou processamento nas máquinas designadas para – fibras
naturais.
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Com fibras feitas pelo homem é bom notar que o comprimento pode ser
variado, independente da finura, e sem afetar (alterar) o custo. Com o algodão e a
lã acontece o contrário, onde o comprimento e a finura estão fortemente
correlacionados, negativamente no caso da lã e positivamente com o algodão.
Então, das lãs encontradas nas várias partes do mundo, os tipos longos são
geralmente grossas, e podemos acrescentar que o mesmo tipo de associação
entre o comprimento e a finura também encontrado entre as fibras individuais
dentro de uma mesma amostra. Entre os algodões os tipos mais longos
geralmente são os mais finos, mas neste caso não há uma correlação
correspondente para s fibras dentro de uma mesma amostra. A finura varia dentro
do comprimento da fibra de uma mesma amostra, mas não sistematicamente:
algumas vezes as fibras mais longas são as mais grossas,. Algumas vezes as
mais curtas são as mais grossas, e algumas vezes isto acontece com as fibras de
comprimento intermediário. Exemplos podem ser vistos na tabela 1.5 abaixo.
Tabela 1.5 Tipo de algodão com relação ao peso da fibra por cm
Tipo de algodão Peso da fibra por cm (mg x 10 –5) Mais comprida
Mais curta
São Paulo 194 225 236 256 283 Egípcio branco 158 160 166 180 173 Sea Island 138 124 131 117 108 Sudão Sakel 131 132 148 132 116 Egípcio Maarad 141 134 131 137 134
As variações maiores do que as mostradas nas primeiras quatro linhas não
são encontradas com muita frequência. Algumas vezes como se ver nos números
correspondentes à amostra Maarad, a finura é praticamente independente do
comprimento. Os comprimentos das lãs e algodões são normalmente
considerados em termos de “staple length”. Podemos dizer que o “staple length”
da lã é o comprimento médio total dos tufos naturais da lã no seu estado crimpado
normal, enquanto que o do algodão situa-se entre o comprimento médio e o
máximo.
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A tabela 1.6 serve como um guia para indicar os vários comprimentos de
diferentes fibras têxteis. Esta tabela não esta completa e os números dados são
aproximações.
Tabela 1.6 Variação do comprimento das matérias-primas têxteis Algodão:
Bengal Surats American Upland Egípcio Uppers Egípcio Karnak Sea Island
Lã 80s Australiano Merino 56s Southdown 48s Romney Marsh 36s Lincoln
Linho: Comprimento da strand, aprox.
Hemp: Comprimento do Strand, aprox.
Juta: Comprimento do Strand, aprox.
(polegadas) ½ - 5/8. ¾ - 11/16 ¾ - 11/16 11/16 – 1¼ 1¼ - 13/8 1½ - 1¾ 2½ - 3
3 - 3½ 5 - 6 10 - 12
12 - 36 pol. 30,48 - 914,4 cm 4 - 10 pé 121,9 - 304,8 cm 5 - 12 pé 152,4 - 365,8 cm
* 1polegada = 25,4 mm; 1 pé = 304,8mm Geralmente, as máquinas de processamento - e especialmente aquelas que
incorporam sistema de estiragem – são projetadas para operar com eficiência
somente, dentro de uma faixa de variação comparativamente pequena de “staple
length”. Além disso, dentro dessa faixa devem ser feitos ajustes, com o devido
cuidado a fim de que haja uma adequação ao material que está sendo
processado, com o objetivo de obter resultados melhores. Então, uma vez que as
máquinas tiverem sido ajustadas, para evitar alterações repetitivas e de alto custo,
é desejável manter condições de processamento ótimo, assegurando o
suprimento da matéria – prima para que não varie mais do que as quantidades
mínimas do comprimento padrão estabelecido.
Staple length
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Quando o processo de penteagem está envolvido, é necessário, também,
controlar não somente o comprimento, mas também a variação do comprimento
do material que está sendo processado. A quantidade das fibras curtas presentes,
influencia a quantidade de “noil” (fibras muito curtas), ou impurezas extraídas e
deste modo, tem um peso importante na economia da manufatura.
Nos pavios e fios quanto mais longos for a fibra mais longa será a
sobreposição entre as fibras o que pode levar à aderência por meio da torção.
Consequentemente, a torção poderá ser menor sem sacrificar a resistência e que,
em conclusão pode se dizer que, quanto maior for o comprimento da fibra, menor
será o seu índice de rompimento, com os outros fatores permanecendo iguais.
Deve se mencionar que, quando o material a ser processado é curto, o
fabricante da máquina enfrenta problemas especiais, uma vez que o escartamento
deve ser montado muito próximo. Consequentemente terão que ser usados
cilindros pequenos menos robustos e alta velocidade, com um menor espaço
disponível para acomodar os dispositivos capazes de controlar os movimentos das
fibras curtas presentes. Deste modo, quanto maior for a fibra, mais fino e uniforme
será o fio a ser fiado, com os outros fatores permanecendo iguais.
Assim, as fibras longas são preferíveis para a maioria dos usos. Do ponto
do vista das características do tecido, as fibras curtas apresentam vantagens
quando se deseja produzir uma superfície macia, peluda e que oferece a
sensação de aquecimento. Neste caso, é necessário haver um grande número de
fibras que se projetam na superfície do tecido, e embora o grande número dessas
fibras possa ser fortemente influenciado pelo método de fiação empregado, em
qualquer condição deverá, obviamente, vária inversamente como o comprimento
médio da fibra.
1.4 COMPRIMENTO MÉDIO DO ALGODÃO (CLASSIFICAÇÃO DO ALGODÃO DE ACORDO COM O COMPRIMENTO DA FIBRA)
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Desde o início do processo de estiramento com o uso de cilindros, foi
entendido que havia uma associação muito forte entre o escartamento
(espaçamento ótimo) dos cilindros e o comprimento característico da fibra de
algodão a ser processada. Consequentemente é natural que se aceite que os
valores designados ao chamado “staple length” de diferentes tipos de algodão
correspondesse intimamente ao escartamento necessário a cada tipo. Mas o
conceito de “staple length” passou a ser usado muito antes do desenvolvimento
dos métodos satisfatórios da medição da fibra, de modo que os comerciantes,
fiadores e classificadores ao realizar negócios uns com os outros tinham que se
contentar com estimativa do comprimento feito do modo que ainda usado hoje em
dia, isto é, pela avaliação pessoal da aparência de um conjunto (tufo) da fibra
preparada manualmente como se vê na figura 1.1. Deste modo, tendo se julgado o
comprimento por meio da avaliação e não de medição o “staple length” nunca era
definido formalmente em termo da distribuição estatística do comprimento.
Figura 1.1 Classificação manual do tufo das fibras de algodão:
a) Algodão Egípcio de 1671⋅ pol.; (b) Algodão Americano de
811⋅ pol.; (c) Algodão Indiano de
87⋅ pol.
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Relacionamento comercial contínuo naturalmente resultou na medida
substancial de acordos entre as comunidades comerciais, sobre o que é o
comprimento de um “staple” de qualquer amostra de algodão, e pelo menos nos
Estados Unidos a estabilidade no julgamento padrão das variedades de Upland,
ajudou muito em estabelecer padrões físicos de referências, na forma de amostras
reais de algodão, pelo Departamento de Agricultura em 1918. Apesar disso, ainda
é possível encontrar indivíduos que diferem em casos extremos até 3mm no seu
julgamento, e além disso a evidência mostra que com o tempo todo padrão de
julgamento foi mudado em outros países.
Clegg [J. Text. Inst., 1932, 23,T35] foi o primeiro a iniciar o novo processo
de avaliação do comprimento da fibra e com base nos diagramas do Baer Sorter,
desenvolveu a construção geométrica para dar a quantidade que chamava
“comprimento efetivo”. E acordo com o seu ponto de vista, este estava de acordo
com a estimativa feita pelo classificador do Mercado de algodão cru de Liverpool.
Nos anos 30. A construção é seguinte (figura 1.2):
Figura 1.2 Análise do Diagrama do Baer.
OQ = ½ AO = PP′, OK = ¼ OP, KS = ½ KK′ = RR′, OL = ¼ OR, LL′ É O Comprimento efetivo
Podemos observar que o comprimento efetivo é o quartil superior de uma
distribuição de comprimento numérico do qual algumas das fibras curtas foram
eliminadas por uma construção arbitrária. Em relação ao algodão americano, o
A
Q
O
P′
R′
L P K R
S
K′
L′
B
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comprimento efetivo deve ser dividido por 1,1 para se obter o staple length. Com
relação ao algodão egípcio, o comprimento efetivo ainda é quase igual à
estimativa do classificador.
1.5 CRIMP
Um dos aspectos caraterístico, praticamente de todas as fibras curtas, que
não pode ser omitido em qualquer discussão sobre comprimento da fibra, é o
crimp. Crimp, em termos gerais, pode ser definido como as ondulações da fibra, e
é de importância técnica em muitos contextos. Em resumo, ele determina a
capacidade de adesão da fibra sob uma pequena pressão e em seguida determina
o grau de aderência do tecido (a manta que é retirada do doffer pela faca oscilante
numa carda) da carda, a quantidade de pequenas fibras liberadas e o a
quantidade de pelos na superfície do fio final. É também o principal fator que
governa a potência apresentada pelo material têxtil para ficar volumoso,
geralmente o volume específico dos fios e tecidos.
Pode ser medido em termos do número de ondulações por comprimento
unitário ou o aumento na percentagem do volume da fibra ou na remoção do
crimp. Nas fibras muito crimpadas, a força necessária para estirar a fibra pode ser
suficiente para causar um alongamento real no eixo do comprimento, mas isso
provavelmente não acontece em nenhum momento, a menos que a fibra seja,
excepcionalmente, extensível.
Embora a ondulação normalmente seja uniplana, isto necessariamente não
acontece, e o padrão da curvatura axial pode assumir várias formas. Por exemplo,
na lã, a estrutura bifilar ocasiona um crimp helicoidal. Nas fibras feitas pelo
homem, o crimp é normalmente imposto por deformação mecânica, embora as
fibras de raion viscose, com pele assimétrica, apresentem um crimp permanente
em sua estrutura. A elasticidade da forma do crimp também pode variar
consideravelmente. Na lã o crimp é altamente elástico, como também o é nas
fibras sintéticas, onde as deformações axiais aplicadas são estabelecidas pelo uso
de tratamento térmico apropriado. Isto leva à produção de fios e tecidos que retêm
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suas características de maciez e volume por muito tempo. Por outro lado, o crimp
feito mecanicamente nas fibras regeneradas não é tão permanente, e durante o
processamento do material até o estágio do fio, a maior parte do crimp
desaparece. Todavia, quando o crimp for feito na estrutura, ele deverá ser
desenvolvido novamente usando o processamento térmico úmido, mesmo que
tenha sido perdido, temporariamente, durante o processo de fiação.
1.6 MEDIÇÃO DO COMPRIMENTO DA FIBRA
1.6.1 Método da fibra individual O método mais obvio e confiável na medição do comprimento da fibra. é
estirar as fibras um por um da amostra e medir o seu comprimento numa escala. È
muito trabalhoso e leva dores nos olhos: no outro lado, os resultados obtidos são
muito mais compreensivos e superior para qualquer outro método por exatidão,
especialmente quando as fibras curtas de uma amostra tem que ser estiradas com
exatidão no estudo como por exemplo no rompimento das fibras. Este é o método
de pesquisador e em que os outros métodos são baseados para testar a exatidão
dos resultados. Pelo uso de iluminação apropriada no plano de trabalho
combinado com fundo com contraste e o uso de um lente grande quando for
necessário pode minimizar as dores nos olhos.
É possível usar equipamentos semi-automáticos onde as medições podem
ser feitas com rapidez.
Outros métodos:
Placa de óleo
Tester semi-automático de fibras singelos.
1.6.2 MÉTODOS COMB-SORTER
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A operação envolve em dois estágios: (i) a preparação de um feixe ou tufo
da fibra, todas sejam alinhadas em um lado como mostrado na figura 1.3; e (ii) a
retirada das fibras do tufo da fibras em ordem decrescente ou incremento do
comprimento.
Figura 1.3 Fibras alinhadas para seleção. 1.6.2.1 COMB SORTERS (pentes separadores)
O sorter mais comum é o comb sorter, que em formas variadas e podem
ser usados para vários tipos das fibras. Quando os fortes crimps existentes,
apresenta dificuldades os comb sorters são considerados inapropriados.
O princípio da operação é o mesmo por todos, embora existem diferenças
de pequenos detalhes. O elemento essencial é um conjunto de pentes cabeça
para cima e de aço, onde as fibras são colocadas para controle durante a
manipulação. O “pitch” e a finura dos pentes e o espaçamento varia de acordo
com o tipo da fibra para que o instrumento foi designado. Para o algodão, o
espaçamento do pente é normalmente 5mm, enquanto para lã, ele pode ser de
1cm ou ½ polegada.
1.6.3 MÉTODOS DE ESCANEAMENTO:
O método físico de separação das fibras em seus comprimentos diferentes
é um trabalho forçado e demorado. Para obter resultados rápidos, foram
introduzidos vários equipamentos em que um tufo representativo de uma forma
padrão, é preparado e então escaneado de ponta a ponta para uma propriedade
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mais ou menos linearmente relacionada ao número. Dos resultados obtidos deste
modo e com calibração apropriada, vários características do comprimento do
material podem ser derivadas.
1. Escaneamento da espessura – Uster.Stapling Apparatus – desenhado para
testar algodão.
2. Escaneamento fotoelétrico: o fibrógrafo:
Um dos equipamentos usado extensivamente em que o escaneamento
fotoelétrico é empregado é o Fibrógrafo, desenhado pelo K. L. Hertel para testar o
algodão lint. A característica distintiva deste instrumento é que a amostra a ser
examinada, é apresentada para escaneamento na forma de um par de tufos, a
composição em que é pretendido a ser quase similar aquele que foi indicado pela
o diagrama do conjunto das fibras.
O gráfico resultante que é chamado o Fibrogram, assim mostra pela uma
medição indireta de número de fibras restantes nos tufos quando elas foram
analisadas do pé ate o topo. Todavia, por causa da espessura dos lentes no fonte
da luz, escaneamento não pode ser efetuado desde do pé dos tufos e deve
começar uma pouco distante. O instrumento é consequentemente insensível para
presença de fibras muito curtas, e na prática, o Fibrogram dos modelos recentes,
tem sua origem num ponto que representa um comprimento de 3,18mm.
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Figura 1.4 Fibrograma (Diagrama da fibra) O fibrograma pode ser analisado graficamente para se obter vários
parâmetros de comprimento de interesse dos produtores e usuários de algodão.
A tangente da curva no ponto de início A, corta OY no P e OX no M. Então,
OM é o comprimento médio das fibras na população original das fibras maiores do
que 0,15 polegadas. Se OP é dividido no Q e a tangente de Q, corta OX no R,
então OR é o comprimento médio da parte superior, e a razão de OM sobre
OR, é o índice de uniformidade válido.
Uma outra medida de quantidade significativa que foi introduzida por Hertel
é o Span Length. O diagrama de beard representado pela Fibrograma mostra a
distribuição dos comprimentos que se projetarão de um lado de um ponto de
Comprimento em polegadas
F r e q u ê n c i a s r e l a t i v a s
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contato dos cilindros de um par de cilindros do trem de estiragem. A curva pode
ser utilizada para determinar a distância (span) ou escartamento entre os pares de
cilindros sucessivos de estiragem para evitar que mais de uma certa proporção de
fibras possa ser segurada por ambos os pares dos cilindros, simultaneamente. O
Span length usado nesta conexão é o 2,5% span length, isto é, o comprimento
que excede somente por 2,5% do tufo das fibras escaneadas pelo instrumento.
Este é mostrado na figura como OS.
Outros equipamentos:
O Shirley P.E.M Stapler – principalmente para algodão.
Outros métodos:
Método de capacidade
Métodos de Corte e pesagem.
2.0 PROPRIEDADES TENSIL
2.1 Introdução
As propriedades mecânicas das fibras têxteis – a resposta às forças
aplicadas e deformações –provavelmente são as propriedades tecnicamente mais
importantes, contribuindo para o comportamento das fibras no processamento e
das propriedades do produto final.
As propriedades de uma estrutura têxtil tais como um fio, ou um tecido
dependem de uma complexa inter-relação entre o arranjo das fibras e as
propriedades das fibras, de modo que, enquanto o conhecimento das
propriedades das fibras é essencial para o entendimento das propriedades dos
fios e tecidos, não é suficiente em si mesmo. Haverá alguns efeitos devido às
propriedades inerentes ao arranjo estrutural, e as propriedades das fibras podem
ser alteradas pela fibras na vizinhança. As propriedades das fibras em si mesmas,
oferecem, todavia, um limite do que é possível no fio ou tecido – por exemplo, com
exceção de pequenos efeitos por causa do apoio mútuo das fibras variadas, a
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resistência de um fio não pode ser maior do que a somatória das resistências
máximas das fibras que componentes.
As propriedades mecânicas de uma fibra cobrem um grande número de
efeitos, e todas se combinam para determinar um determinado caráter das fibras.
No uso das fibras, é necessário descobrir a fibra que melhor se adapta às
necessidades de um trabalho específico. Essas necessidades variam em grande
escala na grandeza das aplicações dos materiais têxteis.
Por causa da sua forma, o mais estudado, e com relação a muitas
aplicações, as propriedades mecânicas mais importantes das fibras são as
propriedades tensil – o seu comportamento sob forças e deformações aplicadas
ao longo do eixo da fibra. Destas, a mais fácil de estudar, experimentalmente, é a
extensão (alongamento), e finalmente o rompimento, sob uma carga que aumenta
em ordem crescente.
2.1.1 OS FATORES QUE DETERMINAM OS RESULTADOS DOS EXPERIMENTOS TENSIL.
2.1.1.1 O material e sua condição
O comportamento de um material depende da natureza e do arranjo das
moléculas que o compõem, e estas variarão não somente de um tipo de fibra para
outra, mas também de uma fibra para outra dentro de uma mesma amostra, e de
uma condição de material à outra. Estes resultados posteriores devem ser levado
em conta quando consideramos os resultados do teste. O comportamento das
fibras individuais deve ser investigado: na verdade, em alguns ocasiões, a faixa
dos valores pode ser mais importante do que o valor médio, como, por exemplo,
seria se quiséssemos saber se haveria chance da resistência de uma fibra cair
abaixo de um certo valor crítico. A condição do material depende de sua história
prévia, incluindo os processos ao qual foi submetido, e o tratamento mecânico que
recebeu; da quantidade da umidade que contém; e da temperatura. Todos estes
parâmetros devem ser especificados para validade dos resultados dos testes.
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2.1.1.2 O arranjo e dimensões da amostra
As dimensões das amostras terão, certamente um efeito direto sobre os
resultados dos testes. Por exemplo, os outros fatores permanecendo iguais, a
carga do rompimento de uma fibra aumentará em proporção a sua área de seção
transversal, e a sua alongamento aumentará em proporção ao seu comprimento.
Todavia nossa maior preocupação é com os efeitos indiretos.
Num material variável, há uma chance maior da ocorrência de pontos finos
nos comprimentos longos do que nos curtos, e desde que a fibra rompe nos
pontos fracos, a carga média de rompimento das fibras de comprimentos longos
será menor do que aquela das fibras curtas. Por essa razão, o comprimento
testado sempre indicado.
Se as amostras compostas, feitas de várias fibras, forem usadas num teste,
então nem todas as fibras necessariamente suportaram a carga na mesma
proporção, e nem todas elas rompem na mesma hora. Por essas razões, as
propriedades de uma amostra composta são afetadas por um determinado arranjo
de fibras na amostra e não é dado por uma combinação simples das propriedades
das fibras individuais.
2.1.1.3 A natureza e tempo do teste.
O alongamento de uma fibra têxtil, não é uma função única da carga
aplicada, pois depende do período de tempo em que a carga, e qualquer outras
cargas anteriores, foram aplicadas. Se uma carga constante for aplicada a uma
fibra, ela continuará, após a sua extensão instantânea, a se estender por um
tempo considerável, e se a carga for suficiente, ele romperá eventualmente. A
carga necessária para causar o rompimento varia de acordo com a velocidade do
teste, um teste rápido necessita de uma carga maior de rompimento do que um de
teste lento. Assim, os resultados dos testes serão afetados pelo tempo e pela
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maneira em que a carga é aplicada, que seja pela taxa constante de carregamento
ou taxa constante de alongamento, redução de uma carga maior, ou qualquer
outra seqüência dos eventos.
Uma limitação do valor dos resultados experimentais pode ser notada aqui.
Na prática, as fibras têxteis estão sujeitas as histórias de cargas complexas,
variáveis, e provavelmente desconhecidas. Ao avaliar o comportamento prática
das fibras deve se tentar prever os resultados das condições reais de uso com
base nos resultados experimentais obtidos sob diferentes condições. A melhor
maneira de fazer isto, é usando as condições experimentais mais simples
possíveis.
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2.2 EXPRESSANDO OS RESULTADOS: QUANTIDADES E UNIDADES
2.2.1 Curvas de Carga - alongamento e Tensão – deformação
O comportamento de uma fibra individual sob uma força crescente, aplicada
gradualmente, é expressa totalmente pela curva de Carga – alongamento com sua
rompimento na extremidade final, como se ver na figura 1.5.
0,12 0,06 0 2 4 0 0,1 0,2 Extensão 0 10 20 Extensão % Figura 1.5 Curva de Carga – alongamento para uma amostra de
filamento de 0,3-tex de densidade de 1,5 g/cm3
Rompimento
Alongamento cm 0
0,2
0,4 600
300
0
N a g r a c
Carga (N)
Tensão específica N/tex
Tensão N/mm2 = MPa
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A carga pode ser medida em Newton ou força grama e o alongamento em
centímetros, mas, se desejarmos de comparar diferentes fibras,
independentemente dos efeitos diretos das suas dimensões, devemos usar outras
quantidades.
Na maioria das aplicações de física e de engenharia, a carga é substituída
pela tensão (stress), e definida como, equação 1.1:
tensão = ltransversaseçãodeárea
ac⋅⋅⋅
arg (1.1)
A unidade SI da tensão, é newton por metro quadrado (N/m2), que é também
chamado de pascal (Pa).
Na tecnologia têxtil, todavia, frequentemente estamos mais interessados em
materiais em termos de seus pesos, do que em termo de seu volume. Em adição,
a área da seção transversal para têxteis não é normalmente bem definida, e seria
experimentalmente obtida, de maneira indireta da massa e densidade da amostra.
Consequentemente, é mais conveniente usar uma quantidade baseada na massa
da amostra. Esta é chamado de tensão específica, e é definida como, equação
1.2:
tensão específica = unitáriocomprimntomassa
ac⋅⋅⋅ /
arg (1.2)
A unidade SI consistente para tensão específica é N m/kg (ou Pa m3/kg). Todavia,
para se adaptar no sistema de Tex para densidade linear, é melhor usar newton
por tex (N/tex), que é 106 vezes tão grande quanto N m/kg. Para pequenas
tensões, milliewton por tex (mN/tex) pode ser um tamanho mais conveniente. Alem
disso, ainda têm usos mais práticos da unidade força grama por denier,
normalmente escrito como, g/den, e alguns usos de gf/tex (ou g-wt/tex na
terminologia antiga).
Nas unidades consistentes, nós temos a seguinte relação entre a tensão f ,
tensão específica σ , e a densidade ρ , equação 1.3:
f = ρ σ 1.3
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A distinção entre as duas quantidades torna-se apenas significante quando
nós desejamos comparar materiais de densidades diferentes, por exemplo, seda e
náilon. Normalmente, fazemos isto com base de pesos iguais, mas, em alguns
casos especiais, por exemplo, se o material tiver que ser acondicionado num
espaço pequeno, o volume seria importante, e a tensão convencional deve ser
aplicada.
Considerando o comprimento da amostra, o alongamento é expresso como
tensão ou porcentagem de alongamento (extensão), equação 1.4:
Extensão (deslocamento) = inicialocompriment
oalongament⋅
(1.4)
As curvas de carga – alongamento tornam-se curvas de tensão – extensão,
pela mudança das unidades, sem afetar a forma da curva como indicado na figura
1.1.
Todavia, as curvas de tensão – extensão (alongamento) expressam
totalmente os resultados deste tipo de teste; existem algumas características da
curva que seria importante definir separadamente. Estas referem-se à forma da
curva ou à posição de sua extremidade final, isto é, o rompimento.
2.2.2 Resistência
A resistência é a medida em que uma força constante necessário para
romper a fibra, e é dada experimentalmente pela carga máxima desenvolvida num
teste tensil.
Para uma fibra individual, a resistência é dada pela carga de rompimento.
Para comparar fibras diferentes, o valor da tensão específica no
rompimento é usado, e é chamado de tenacidade ou resistência específica.
Para uso na comparação de resistências com base na área da seção transversal,
a tensão no rompimento é chamada de tensão final (ultimate tensile stress)
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2.2.3 Alongamento no rompimento
O alongamento necessário para romper uma fibra representa uma
quantidade importante. Ele pode ser expresso pelo real, fracional ou a
porcentagem de aumento no comprimento e é chamado de extensão do
rompimento.
2.2.4 Trabalho da ruptura
Para uma fibra individual, o trabalho de ruptura, as vezes chamado de
dureza, é definido como, a energia necessária para romper a fibra. As unidades
são, joules.
Se considerarmos a fibra sob uma carga F, aumentando no comprimento
pela uma quantidade de dl, temos,
trabalho = força x deslocamento = F. dl (1.5))
Então, trabalho total no rompimento da fibra.
= trabalho da ruptura = ∫ ⋅rompimento
dlF0
1.6
= a área dentro da curva carga – alongamento (figura 1.6)
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l⋅δ Alongamento Figura 1.6 Trabalho de ruptura. Disto podemos ver que, com outros fatores iguais, o trabalho de ruptura de
uma fibra será proporcional a sua massa por comprimento unitário (por causa do
efeito na carga necessária) e ao seu comprimento (por causa do efeito no
alongamento). Para comparar materiais diferentes, podemos usar o termo,
trabalho de ruptura específica, definido como:
trabalho de ruptura específico =
inicialocomprimentxunitárioocomprimentmassarupturadetrabalho
⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅
)/( (1.7)
As unidades e dimensões do trabalho de ruptura específico são indicados
abaixo:
Rompimento
Carga
F
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Tabela 1.7 Relações dimensionais
Trabalho de ruptura específico
= oxcomprimntocomprimentmassa
energia)/( ⋅⋅
= energia / massa
= comprimntoxocomprimentmassa
ocomprimentxforça⋅⋅⋅⋅
⋅⋅)/(
= )( ocomprimentxmassa
força⋅⋅
Unidade SI consistente
Unidade no sistema Tex
J/kg
N m/kg
KJ/g
N/tex
Será mais conveniente expressar os valores do trabalho de ruptura
específico das fibras em N/tex, dado pela área dentro da curva de tensão
específica Vs. extensão: isto representa a energia em Joules, necessária para
romper um filamento de 1-tex, com 1 m de comprimento. Todavia, desde que o
trabalho de ruptura específico é dimensionamento equivalente à energia por
massa unitária; o trabalho de ruptura de qualquer amostra específica é
proporcional a sua massa, independentemente dos valores reais da densidade
linear e comprimento que determinam essa massa.: a unidade N/tex igual kJ/g.
2.2.5 Comparação dos métodos para especificação da ruptura.
Até agora foram descritos três maneiras para especificação da ruptura,
resistência à ruptura- pela força, alongamento, e energia necessária. Sempre que
ocorre o rompimento, os valores de cada um deles são apropriados às condições
que o teste deve alcançar, mas normalmente o valor limitante de apenas uma das
três será inerente às condições que causam o rompimento, enquanto as outras
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duas adaptam-se automaticamente. É importante comparar as três quantidades a
partir deste ponto de vista.
A resistência, ou tenacidade, dá uma medida da resistência para forças
constantes. Assim, será a quantidade correta a ser considerada, quando uma
amostra é submetida a uma força de tração constante, como por exemplo, numa
corda usada para levantar pesos pesados.
O alongamento do rompimento dá a medida da resistência do material ao
alongamento. Assim, é importante quando uma amostra é submetida ao
estiramento; por exemplo, a decote de uma roupa puxada sobre a cabeça, ou o
urdume na tecelagem.
O trabalho de ruptura, que é a energia necessária para romper uma fibra,
dá a medida da habilidade que o material possui para suportar choques súbitos
de uma dada energia. Quando uma massa m, ligada à uma amostra têxtil, é
deixada cair de uma altura h, ela adquiri uma energia cinética, igual ao mgh, e se
esta energia for maior do que o trabalho de ruptura, ocorre o rompimento,
enquanto que se for menor, a amostra sustentará o choque. Então, o trabalho de
ruptura é a quantidade apropriada a ser considerada nos casos de abertura de
um paraqueda, na interrupção da queda de um alpinista quando ele sustentado
por uma corda, e em todas as ocasiões quando um choque súbito pode causar
rompimento. Deve se notar que a característica significante na aplicação do
trabalho de ruptura é que o choque contém uma dada quantidade de energia; o
fato que dele ocorrer rapidamente, não é relevante, embora, a velocidade de
carregamento afetará o valor do trabalho de ruptura.
Ao comparar os materiais com o objetivo de saber qual é o menos sujeito
ao rompimento, é importante considerar as condições nas quais esse
rompimento ocorreria e decidir qual é a quantidade apropriada a ser usada. Por
exemplo, não há necessidade da corda do alpinista ter uma alta tenacidade se o
trabalho de ruptura é baixo. Na prática, as condições tensil mais complicadas
podem ocorrer, por exemplo, o choque súbito pode ser aplicado à uma amostra
que já tenha uma carga constante. Devemos lembrar que o rompimento pode
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ocorrer como resultado de aplicações repetidas de forças, não necessariamente
ao longo do eixo da fibra.
2.2.6 Módulo inicial
A primeira de várias quantidades relacionadas à forma do gráfico de
tensão–extensão, é o módulo inicial, que é igual ao coeficiente angular da curva
inicial do gráfico de tensão-extensão (após a remoção de qualquer ondulação).
Esta inclinação normalmente permanece constante na parte inicial da curva, como
mostrado na figura 1.7. O módulo é medido em unidades de tensão ou tensão
específica.
Figura 1.7 módulo inicial = tan ∝
Pode ser notado que o valor do módulo inicial é igual ao valor da tensão
que será necessária para dobrar o comprimento da amostra, se as condições
iniciais permaneceram imutáveis. É uma medida da resistência à extensão em
pequenas extensões. Uma fibra que é mais facilmente extensível terá o módulo
baixo.
∝
Extensão
• Tensão Específica
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O recíproco do módulo é chamado de compliance .
2.2.7 Fator de trabalho
Se a fibra obedecer à lei da Hooke, a curve da carga – alongamento será
uma linha reta, e o trabalho de ruptura será
Trabalho de ruptura = ½ (carga de rompimento x alongamento do
rompimento)
È conveniente definir uma quantidade, o fator de trabalho, dependente da
diferença do estado ideal:
rompimentodooalongamentxrompimentodoacrupturadetrabalhotrabalhodefator
⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅
⋅=⋅⋅⋅arg
(1.8)
No estado ideal, o fator de trabalho seria 0,5. Se a curva de carga –
alongamento, cair acima da linha reta, o fator de trabalho será mais de 0,5; se for
abaixo, será menos de 0,5. Este é ilustrado na figura 1.8.
• Figura 1.8 Fator de trabalho.
Rompimento
Fator de trabalho
> 0,5 = 0,5
< 0,5
Alongamento
C a r g a
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Para materiais que rompem no mesmo ponto, o trabalho de ruptura será
maior do que o fator de trabalho. Desde que o fator de trabalho não muda muito
nas diferentes amostras do mesmo material, os valores das tabelas podem ser
usados para estimar o trabalho de ruptura das medições da carga de ruptura e
alongamento.
2.2.8 Limite de Resistência
Muitas curvas de tensão – extensão têm a forma semelhante a da figura
3.5. Após um período de declive inicial, a extensão de repente torna-se menos
pronunciada. É nesta região que ocorre o limite de resistência. Para localizar o
ponto mais preciso, Meredith definiu o limite de resistência como o ponto em que a
tangente da curva encontra-se paralela à linha que junta o ponto inicial ao ponto
de rompimento. Este ponto é então caracterizado pela sua tensão e extensão - a
tensão limite e a extensão limite. Coplan usou uma construção diferente e definiu
que o limite de resistência ocorre na tensão dada pela interseção da tangente na
origem, tendo a tangente o declive mínimo. Alternativamente, principalmente onde
existe consideráveis regiões lineares acima e abaixo da região do limite de
resistência, o ponto de interseção das tangentes pode ser considerado como o
limite de resistência. Desde que, a curva de tensão – alongamento é,
aproximadamente, linear até o limite de resistência, o esforço até o limite de
resistência seria quase igual ao ½ (tensão limite x extensão limite).
Além da indicação da forma da curva, o limite de resistência é importante
porque, para a maioria dos materiais a recuperação elástica, que é boa até o limite
de resistência, torna-se menos completa para altas tensões. Na prática, o ponto
em que as deformações permanentes começam a ocorrer será tão importante
quanto o ponto em que o rompimento ocorre.
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Figura 1.9 (a) Ponto de limite – Construção de Meredith
Figura 1.9 (b) Ponto de limite – construção de Coplan.
•
Extensão Extensão de limite
Tensão de limite
Ponto de limite
Ponto de limite
Alongamento Extensão de limite
Tensão de limite
(a)
(b)
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A quantidade real de dobramento da curva de tensão–extensão pode ser
importante. No ponto onde há um achatamento significativo da curva, significa
que a fibra suportará fortemente pequenas cargas, mas cederá com cargas
maiores. Isto terá uma influência no toque dos tecidos feitos destas fibras.
2.2.9 Ondulação (Crimp)
Até o presente momento as fibras têm sido tratadas como sendo uma
estrutura primitivamente reta. Todavia, muitas fibras são onduladas. A ondulação é
normalmente tirada aplicando-se uma tensão apropriada na medição da
densidade linear, e pode ser removida por uma pré - tensão no início do teste
tensil.
Se uma fibra ondulada for inserida num equipamento de teste sem tensão
inicial, a curva de alongamento da carga terá a forma mostrada na figura 1.6. O
início da curva pode ser colocado no ponto A, onde diverge da linha zero, mas é
difícil localizar este ponto com precisão.
•
Figura 1.10 Curva de Carga – alongamento de uma fibra ondulada
Crimp
Alongamento
C a r g a
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O melhor procedimento seria a colocação do início no O, e o ponto
extrapolado corresponderia à fibra hipoteticamente reta. A ondulação é dada por
AO e pode ser expressa como a porcentagem do comprimento inicial. Novamente
é provável que seja melhor no O, embora o valor no estado de ondulação no A
possa ser usado.
2.2.10 MÉTODOS EXPERIMENTAIS
A curva de carga – extensão (alongamento) de uma fibra têxtil pode
ser obtida pela extensão gradual dela e a medição da tensão correspondente de
cada incremento em comprimento. Uma vez que o alongamento e o ponto de
rompimento das fibras têxteis variam com o tempo, o método de extensão da
amostra é um fator importante na determinação dos resultados do teste.
As características essenciais de qualquer método consistem de
garras que seguram as extremidades da amostra usada; o tipo de amostra usada;
o método de variação da carga e alongamento; e os meios usados para registrar
seus valores para a curva da carga – alongamento. É sempre possível obter
registros autográficos, e a forma exata varia de acordo com o arranjo da
experiência, embora alguns dos equipamentos mais simples dêem somente os
valores da carga de rompimento e o alongamento no rompimento. Existem vários
tipos de equipamentos para estes fins.
2.2.10.1 EQUIPAMENTOS PARA TESTES DO ÍNDICE DE
ALONGAMENTO CONSTANTE.
A fim de padronizar as condições do teste deve-se colocar a carga
ou estender a amostra no índice constante durante todo o teste.
A dificuldade apresentada pelos métodos mais óbvios e mais simples
relaciona-se a existência de uma interação complicada entre a extensão da
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amostra e o movimento do sistema de medição da carga ou sistema de controle
da carga. Alguns métodos também dão origem a inércia ou outros erros.
A maior parte dos testes é feito agora em índice constante de
alongamento ou instrumentos como o Instron Tensile Tester, que foi originalmente
desenvolvido pelo MIT por Hindmann e Burr. A caraterística essencial destes
instrumentos mostrado na figura 1.11, é que uma célula muito rígida usada na
medição da carga, contendo um aferidor de tensão ou outras formas de transdutor
Aferidor de tensão
Barra
Fibra
Figura 1.11 Aparelho de aferidor de tensão.
é usada. Naturalmente é necessário um grau de deflexão a fim de medir a carga,
mas esse pode ser tão pequena que o movimento das garras ligadas à célula
torna-se desprezível. (embora possa ser necessária uma correção para as
amostras muito curtas ou muito rígidas). A outra garra tem que ser atravessada
num índice constante por um dispositivo mecânico. O dispositivo também é ligado
ao registrador, e a célula da carga leva a deflexão da caneta para fazer o registro.
Os instrumentos deste tipo são usualmente muito versáteis nas
variações de carga índice de passagem, índice acionador de diagrama,
sequências do teste e facilidades auxiliares. Com servo controle apropriado eles
podem ser usados para dar índice de carga constante.
Circuito eletrônico
Registrador
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2.2.10.2 EQUIPAMENTOS PARA TESTES DO ÍNDICE DE
CARGA CONSTANTE.
Existem vários métodos criados com o objetivo de assegurar o índice
de carga constante.
O método mais simples é a aplicação direta da carga, mostrado na
figura 1.12., que foi usado, por exemplo, por Leonardo da Vinci no século XV. Para
medir a resistência de um arame.
Fibra
Figura 1.12 Carregamento direto
A carga na amostra pode ser aumentada pelo fluxo da água, como
no instrumento de Krais; pelo movimento de uma viga numa balança como
descrito por Sax, ou por métodos eletromagnéticos, como descrito por Barratt. O
método conveniente de “chainomatic” (com corrente), figura 1.13, na sua forma
mais simples não dará o índice de carga constante, desde que o alongamento da
amostra altera a carga.
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Fibra
Figura 1.13 Carregamento simples com corrente.
O método mais frequentemente usado atualmente é o método do
plano inclinado, mostrado na figura 1.14. Ao baixar a extremidade do carrinho
numa velocidade constante, a carga da amostra aumenta num índice constante.
Desde que o carregamento é feito pelo peso morto, os erros de inércia podem
ocorrer, levando a uma oscilação com o alongamento ficando inicialmente atras da
carga. Pode também haver erro devido à força centrífuga se o carrinho descer
muito rapidamente.
Figura 1.14 Aparelho de plano inclinado
Carga = F = Mg seno θ = lMgx (1.9)
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2.2.10.3 A DIFERENÇA ENTRE OS MÉTODOS DE ÍNDICE
DE ALONGAMENTO CONSTANTE E ÍNDICE DE
CARGA CONSTANTE.
A característica de deformação (“Creep”) resulta na diferença dos
resultados dos testes do índice de alongamento constante e índice de carga
constante. As curvas podem ter formas diferentes, desde que num teste de índice
de alongamento constante, seja possível diminuir a carga enquanto aumenta o
alongamento, o que é mostrado na figura 1.15. Isto não é possível no teste de
índice de carga constante, onde a carga deve aumentar ao longo do teste.
Figura 1.15 Resultados dos testes de Índice de alongamento
constante e Índice de carga constante.
2.2.10.4 MEDIÇÃO DIRETA DO TRABALHO DE RUPTURA
O trabalho de ruptura pode ser obtido da curva de carga -
alongamento, mas ele pode também ser medido diretamente pela teste balístico.
O pêndulo é liberado de um dado ângulo ao vertical e quando esta em movimento,
Figura 1.16 entra em contato com uma das garras que seguram a amostra e
rompe-a. A energia necessária para romper a amostra é perdida pelo pêndulo e
podemos ter:
Trabalho de ruptura = perda da energia potencial
Índice de carga constante Índice de alongamento constante
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= Mgx (1.10)
onde, M = massa do pêndulo e
x = a diferença em altura das posições finais do pêndulo,
com e sem a amostra.
Figura 1.16 Testador balística
Este método é mais rápido do que o teste normal de carga – alongamento,
mas a variação da carga com o tempo dependerá das propriedades da amostra e
as condições da experiência.
Posição final
Posição final (sem amostra)
Posição inicial
Amostra
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Figura 1.17 As curvas de tensão específica – deformação de várias fibras testadas à 65%
da umidade relativa (U.R), 20oc, 90 gf tex-1 min-1
Flax –Linho; Silk – Seda; Viscose rayon – Ráion viscose; Wool – Lã; Durafil – Ráion de
Lilianfeld, de 1945; Fibro – Ráion viscose de fibras curtas; Lanital – Fibra Caseína; Acetate
rayon – Ráion acetato secundário.
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TABELA 1.8 Propriedade tensil das fibras
Fibra Tenacidade
(N/tex)
Alongamento
no rompimento
(%)
Trabalho
de ruptura
(mN/tex)
Módulo inicial
(N/tex)
Tensão de limite
(escoamento)
(mN/tex)
Alongamento
do limite
(%)
Fator de
trabalho
Algodão St. Vicente Upper Bengals
0,45 0,32 0,19
6,8 7,1 5,6
14,9 10,7 5,1
7,3 5,0 3,9
- - -
- - -
0,49 0,46 0,49
Linho Juta Hemp Ramie
0,54 0,31 0,47
0,59
3,0 1,8 2,2
3,7
8,0 2,7 5,3
10,6
18,0 17,2 21,7
14,6
- - - -
- - - -
0,50 0,50 0,50
0,47
Ráion viscose Filamento
contínuo Fibro Tenasco
0,18 0,21 0,27
27,2 15,7 16,9
30,6 18,8 19,7
4,8 6,5 6,0
57 68 66
2,0 1,9 1,6
0,62 0,59 0,50
Acetato (Celanese) 0,13 23,7 21,6 3,6 75 3,2 0,72 Fortisan (celulose) 0,59 6,4 19,1 16,1 113 0,8 0,51 Seda 0,38 23,4 59,7 7,3 156 3,3 0,66 Náilon 0,47 26,0 76,0 2,6 407 16,0 0,61 Lã
Botany 64’s Crossbred 56’s Crossbred 36’s
0,11 0,14 0,12
42,5 42,9 29,8
30,9 37,5 26,6
2,3 2,1 3,0
57 62 74
5,0 5,1 3,6
0,64 0,62 0,78
Fibra de vidro 0,75 2,5 9,8 29,4 - - - Fio de aço 0,26 8,0 17,7 28,5 - - - Comprimento do teste = 1 cm; Umidade Relativa = 65%; 20oC; índice de carregamento = 0,9 N tex-1 min-1
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Devemos lembrar que os valores mostrados na tabela aplicam-se aqueles materiais
que foram testados e às condições especificas citadas.
Tabela 1.9 Propriedade Tensil das fibras. Fibra Tenacidade
(N/tex)
Alongamento no
rompimento (%)
Trabalho de ruptura
(mN/tex)
Módulo inicial
(N/tex)
Ráion viscose
Alta tenacidade
polinósica
0,41
0,26
12
7
28
11
8,8
13,2
Tricaetato 0,12 30 18 3,1
Caseína 0,10 63 44 3,5
Náilon 6.6
média tenacidade
alta tenacidade
fibras cortadas
Náilon 6 (Perlon)
0,48
0,66
0,37
0,29
20
16
43
46
63
58
101
77
3,0
4,4
1,0
0,6
Poliéster (Terylene)
média tenacidade
alta tenacidade
fibras cortadas
0,47
0,56
0,47
15
7
37
53
22
119
10,6
13,2
8,8
Acrílico (Orlon) 0,27 25 47 6,2
Modacrílico (Dynel) 0,34 34 63 8,8
Polivinil alcool 0,17 26 24 2,2
Polivinil cloreto 0,24 17 23 3,5
Polietileno
Courlene (baixa
densidade
Courlene X3 (alta
densidade)
0,8
0,34
20-40
10
11-26
19
0,9
4,4
Polipropileno (Ulstron) 0,65 17 71 7,1
Vidro 0,40 1,9 3,9 21,2
Elastómero
Poliuretano
Borracha
0,0309
0,0088
540
520
65
14
0071
0026
UH 65%; 20oC
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Figura 1.18 Curvas de Tensão - alongamento de várias fibras.
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Figura 1.19 Curvas de Tensão – alongamento dos filamentos de graus de orientação
diferentes. As linhas pontilhadas representam o acetato e as curvas de linhas completas
representam as fibras de celulose regenerado de acetato. A curva mais baixa em cada grupo
corresponde ao material não orientado.
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Figura 1.20 Curvas de Tensão – alongamento dos filamentos de graus de orientação
diferentes. As linhas pontilhadas representam o acetato e as curvas de linhas completas
representam as fibras de celulose regenerado de acetato. A curva mais baixa em cada grupo
corresponde ao material não orientado.
A curva de tensão – alongamento das fibras de celulose regenerada e acetatos
mostra inicialmente, um crescimento rápido com ponto do limite bem destacado, seguido
por uma porção quase reta e sobe mais rápido quando se aproxima do ponto de
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rompimento. As curvas variam muito de acordo com os diferentes tipos de ráion e
diferentes métodos de manufatura, e a diferença maior seria entre as fibras estiradas e não
estiradas. As fibras estiradas tendo uma boa orientação das moléculas, mostram alta
resistência e pouca alongamento, semelhante às fibras de caule; enquanto que, as fibras não
estiradas são fracas mas, mais extensíveis. Este comportamento é mostrado na figura 1.15,
para fibras de acetato de orientação de graus diferentes. Se as fibras de celulose são
regeneradas de acetato, como no Fortisan, o locus da resistência é maior. As fibras de
acetato são, em geral, mais fracas e mais extensíveis do que as fibras de raion viscose. As
curvas de carga – alongamento das fibras de acetato, quando forem medidas no índice de
alongamento constante, na maioria das vezes mostra uma caída após o ponto limite.
2.2.11 Seda, Lã e Fibras sintéticas.
A seda, como as outras fibras sintéticas, é caracterizada pela alta resistência e
alongamento que se combinam para oferecer uma carga de ruptura muito alta.
As fibras de lã e outras fibras protéicas, com moléculas dobradas, são caracterizadas
pela baixa resistência, mas, com alto alongamento. Por causa do alto alongamento ao
rompimento e a forma da curva, o trabalho de ruptura não é tão baixo, apesar da baixa
resistência.
As fibras sintéticas dependem muito do peso molecular do polímero e das
condições da fiação e estiramento. Um exemplo é a fibra de poliéster, que pode
ter uma variedade de curvas de tensão – alongamento como mostrado na figura
1.21.
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Figura 1.21 Curva de Tensão – alongamento da fibra Terylene (fibra de poliéster)
Quando o peso molecular aumenta, o locus dos pontos de rompimento move-se para
cima, mas, as partes iniciais das curvas são pouco alteradas. As tendências gerais das fibras
sintéticas são mostradas nas figuras 1.17 e 1.18.
2.2.11.1 Efeito de Umidade e Temperatura
A figura 1.22 mostra as curvas de tensão – alongamento de várias fibras em
umidades relativas diferentes. Todas as fibras tornam-se mais extensíveis nas umidades
altas, o módulo torna-se pequena e aumenta o alongamento ao rompimento, mas, enquanto
que o algodão e as outras fibras celulósicas naturais tronam-se mais resistentes, o restante
das fibras enfraquece. A tabela 1.3 mostra os valores das propriedades tensil de várias
fibras expresso em porcentagem dos valores sob condições - padrão. As propriedades das
fibras sintéticas que absorvem pouca ou nenhuma água não variam com a umidade.
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Figura 1.22 Curvas de Tensão – % alongamento em várias umidades
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Figura 1.23 Curvas comparativas de Tensão – % alongamento das fibras no ar em
várias temperaturas.
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Figura 1.24 Efeito da umidade na curva de Tensão – % alongamento das fibras de
lã
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Figura 1.25 Curva de Tensão – alongamento da fibra de poliéster nas condições -
padrão. a) como recebido b) após tratamento na água a 95oC.
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Tabela 1.26 Efeito da umidade e temperatura na propriedade tensil.
Fibra Razão de valores: umido/65%UR Razão de valores: úmido. 95oC/umido20oC Tenacidade Alongamento
de rompimento
Trabalho de ruptura
Módulo inicial
Tenacidade Alongamento de rompimento
Trabalho de ruptura
Módulo inicial
Algodão, Uppers 1,11 1,11 0,92 0,33 1,00 1,00 1,00 1,00 Ráion viscose
alta tenacidade polinósica normal
0,64 0,70 0,50
2,00 1,21 1,58
0,78 0,62 0,69
0,02 0,08 0,03
0,90 0,95 0,90
1,25 1,06 1,03
1,25 1,00 0,89
0,75 0,83 0,80
Acetato 0,54 1,41 0,63 0,17 0,43 1,98 0,75 0,07 Triacetato 0,62 1,27 1,10 0,57 0,56 1,79 0,91 0,30 Seda 0,92 1,63 1,31 0,25 0,71 0,96 0,67 0,67 Lã, merino 0,69 1,33 0,65 0,40 0,55 1,37 0,82 0,50 Fibrolane, caseína 0,32 0,95 0,18 0,05 0,29 0,67 0,33 1,00 Náilon 0,80 1,05 0,87 0,82 0,79 1,76 1,19 0,21 Terilene 1,00 1,00 1,00 1,00 0,72 1,40 0,85 0,42 Orlon, acrílico 0,84 1,08 0,98 1,00 0,35 4,26 1,04 0,02 Fibras de polipropileno
1,00 1,00 1,00 1,00 0,45 2,47 1,13 0,21
Fiberglass 0,80 0,78 0,63 1,00 0,68 0,78 0,53 0,86
62
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63
As propriedades mecânicas também mudam com a temperatura que pode ser visto
na tabela 1.4.que ilustra a diferença de comportamento entre 20oC e 95oC quando é úmido.
A tenacidade e a dureza são baixas nas temperaturas altas, mas o alongamento de
rompimento sempre alto. A exposição prolongada as temperaturas altas pode levar a
degradação permanente das fibras.
2.2.11.2 Efeito da luz
Quando expostas à luz, ou à luz ultravioleta ou radiação infravermelha, as fibras
têxteis podem se deteriorar e mostrar uma diminuição na resistência e alongamento no
ponto de rompimento. O grau de deterioração depende do tipo da fibra; a finura da fibra, e a
extensão até a qual a fibra é protegida pelas fibras circundantes; se qualquer tipo de corante,
produtos de acabamento, ou outros agentes estão presentes na fibra; e o tipo e a intensidade
da radiação. Os últimos fatores mencionados, por sua vez, são afetados pelo tipo da
exposição, por exemplo, se estiverem totalmente expostos à luz do sol, parcialmente na
sombra, atras de um vidro, ou na luz artificial; e na exposição à luz solar, pela localização
geográfica e a época do ano.
Devemos observar que quando os materiais forem testados com relação resistência à
luz, outros fatores tais como, mofo, fungo, fumaças industriais, fumaça, flexão, abrasão, e
areia levado pelo vento – podem causar mais deterioração do que a luz solar.