UMA INTRODUÇÃO ÀS PERSPECTIVAS DA ADMINISTRAÇÃO FAZENDÁRIA NO REGIONALISMO ECONÔMICO...

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UMA INTRODUÇÃO ÀS PERSPECTIVAS DE ATUAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO FAZENDÁRIA NA DINÂMICA DO REGIONALISMO CONTEMPORÂNEO por Marcos Antonio Bezerra Brito 1 Introdução da pesquisa em curso por convênio entre o Programa de Pós- Graduação em Direito da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e o Instituto Alemão de Pesquisas em Administração Pública (Deutsche 1 Mestre em métodos de trabalho em tributação (PUC-Rio 2005), doutor em direito tributário procedimental (PUC-Rio & Deutsche Universität für Verwaltungswissenschaft-Speyer 2010), pós-doc em administração fazendária (PUC-Rio & Deutsche Universität für Verwaltungswissenschaft-Speyer 2012). A pesquisa atual, cuja introdução consiste neste artigo, concluído em setembro de 2015.

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UMA INTRODUÇÃO ÀS PERSPECTIVAS DE ATUAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO

FAZENDÁRIA NA DINÂMICA DO REGIONALISMO CONTEMPORÂNEO

por

Marcos Antonio Bezerra Brito1

Introdução da pesquisa em curso por

convênio entre o Programa de Pós-

Graduação em Direito da Pontifícia

Universidade Católica do Rio de Janeiro

e o Instituto Alemão de Pesquisas em

Administração Pública (Deutsche1 Mestre em métodos de trabalho em tributação (PUC-Rio 2005), doutor emdireito tributário procedimental (PUC-Rio & Deutsche Universität fürVerwaltungswissenschaft-Speyer 2010), pós-doc em administração fazendária(PUC-Rio & Deutsche Universität für Verwaltungswissenschaft-Speyer 2012). Apesquisa atual, cuja introdução consiste neste artigo, concluído em setembrode 2015.

Forschungsinstitut für öffentliche

Verwaltung - Speyer).

Rio de Janeiro/Speyer, agosto de 2015.

Sumário

Habitamos e protagonizamos, como cidadãos,

empreendedores ou agentes públicos, o curso do regionalismo

econômico contemporâneo, embora sejam eventualmente escassas em

nossa compreensão cotidiana as dinâmicas subjacentes moventes

das decisões políticas, negociais ou de consumo que nos afetam

na forma, p.ex. como podemos negociar os bens ou a garantia do

que compramos, a maneira como as empresas devem prestar

informações comerciais, contábeis e fiscais, ou como precisamos

atender o controle migratório de outros países, se viajamos.

Assim também os requisitos para a transferência de empresas ou

de oportunidades de emprego e salário em nosso país ou para

outro. É dizer que a intensidade com que percebemos alterarem-

se nossas alternativas de consumo, crédito, serviços, emprego

ou empreendimento, não é correspondida usualmente de imediato

por nossa capacidade de compreender-lhes as causas subjacentes,

nós que hoje convivemos situados no regionalismo contemporâneo.

Mas o que está mudando, se já antes do regionalismo econômico

também havia regras que se modificavam como acontece hoje? O

que se pode até aqui indicar é que as modificações nas relações

econômicas e sociais que nos afetam hoje e nos afetarão

doravante tendem já agora a originar-se em menor medida nas

fontes de direito político estatal, e não mais necessariamente

serem mediadas somente pelos estados nacionais. Procuramos

neste ensaio investigar a atuação da administração fazendária

no regionalismo econômico contemporâneo, identificando-a num

modelo dinâmico de espaço público, que será o método de

identificação de tal atuação. Palavras-chave: Regionalismo

econômico, espaço público contemporâneo, administração

fazendária.

Uma introdução às perspectivas de atuação da administração

fazendária no regionalismo econômico contemporâneo

A – Perguntas a responder e motivo do itinerário proposto para

respostas

Como poderemos compreender que as demandas por

padronização de qualidade, preço mínimo e até de distribuição

dos produtores de vinho da Europa não dependam de seus

ministérios de agricultura ou das relações exteriores, pois têm

eles representação em Bruxelas? Como poderemos compreender

p.ex. a existência e atuação das OSCIP2 na execução das

políticas públicas no Brasil, as quais concorrem pelas verbas

orçamentárias com órgãos governamentais de administração que

atuam no mesmo segmento? A mundialização comercial, da

comunicação e do crédito dinamizou de tal modo as relações

econômicas e sociais, que o Estado não tem condições de hoje

sozinho - quiçá nem mesmo predominantemente - organizar a

sociedade.

E a regionalização econômica contemporânea, iniciada

no último pós-guerra, é o fenômeno3 que subjaz os

acontecimentos que nos afetam mas não compreendemos, se apenas

consideramos os conceitos e as instituições situadas no2 Organizações Sociais Civis de Interesse Público.3 Na acepção deste ensaioa, um fenômeno dá conta da emergência eduração de instituições políticas, jurídicas, econômicas e sociais porqueinserido nelas, pelo que oferece instrumentos de percepção e compreensão dosconceitos políticos, jurídicos, sociais ou econômicos na sua própriahistória de ruptura, emergência, duração e crise. Sobre fenomenologia geral,dentre muitos mais didáticos, HUSSERL, Edmund, HEIDEGGER, Martin, e GADAMER,Hans-Georg. Para fenomenologia aplicada, dentre muitos outros, SARTRE, Jean-Paul, FOULCAULT, Michel, e DERRIDA, Jacques.

horizonte das relações geopolíticas. Por ser um fenômeno ainda

em curso de construção, não se pode ainda compreender o

regionalismo contemporâneo com conceitos construídos por uma

experiência histórica secular, como a das relações

geopolíticas, tampouco seu institucionalismo cabe em definições

reduzidas pela repetição de problemas, soluções e

consequências, como as instituições construídas e referidas à

atuação estatal, como a administração pública e a administração

fazendária. Esta última, parece-nos, tem sido das mais

alvejadas por modificações na direção de sua atuação e pela

necessidade de flexibilização dos seus papéis tradicionalmente

exercidos, para permanecer a serviço público: o público de seus

serviços tem se expandido para além do espaço territorial,

transbordado pelo o espaço de atuação dos tratados de

regionalização econômica. Se o espaço público contemporâneo da

regionalização não é mais apenas territorial – hoje matéria de

defesa geopolítica -, ele é permeado pelo espaço de atuação dos

tratados regionais e das relações comerciais, de crédito e

comunicação mundiais. Então precisamos retornar teórica e

epistemologicamente a decompor e reconduzir um modelo de espaço

não definido territorialmente, não visível num mapa-mundi, não

perceptível estático, macrofisicamente, mas movido também por

atores e eventos exteriores ao cotidiano estatal, um espaço

dinâmico, microfísico.

B – Posição do problema e referências teórico-metodológicas

Será preciso conceber um itinerário de compreensão para

a atuação da administração fazendária no regionalismo

contemporâneo dos tratados do MERCOSUL e deste com a União

Européia, a partir de novas referências teóricas, como a

dinâmica do espaço público, o regionalismo contemporâneo, os

novos institucionalismos, para examinarmos nossas melhores

oportunidades a partir dos tratados do MERCOSUL, e deste com a

União Européia. Dessa articulação entre as diretrizes dos

tratados e a abordagem adequada, poderemos fazer convergir

respostas que possibilitem perceber a atuação da administração

fazendária no indefinido espaço público do regionalismo

contemporâneo, através da implementação dos tratados e de sua

concretização constitucional, que coadjuvamos como cidadãos,

empreendedores ou agentes públicos.

C – Mediação constitucional das alternativas de respostas

Nos marcos da constitucionalização de garantias aos

direitos fundamentais e da necessidade política de integração

regional na Europa e na América do Sul4, e da mundialização da

4 LAFER, Celso, e FONSECA Jr., Gelson.  Notas sobre o alcance dodiálogo político entre a União Europeia e o Mercosul, consulted between16/06/2011 and 29/06/2011 at website https://docs.google.com/viewer?a=v&q=cache:GdaMHZkq4-UJ:www.ieei.pt/files/Regular_Democratizar.Lafer-Fonseca.Notas_Sobre.pdf+&hl=pt-

comunicação, do crédito e do comércio eletrônicos, pode-se

perceber que o espaço público contemporâneo tende a ampliar-se

desterritorializando-se, e nesse âmbito a administração pública

passa a atuar, em conjunto com atores públicos e privados, para

além dos limites territoriais e diplomáticos estadocêntricos

tradicionais5.

A tendência crescente – após a 2a. Guerra Mundial - de

constitucionalização dos tratados regionais6 – que avança por

sobre o tortuoso e emaranhado caminho da harmonização

legislativa, frequentemente permeado por desavenças políticas,

econômicas e culturais internas de cada estado nacional –, a

par da participação em sua elaboração e da responsabilidade por

sua implementação interna, têm resultado numa ampliação

transterritorial da administração pública, já agora atuante em

um espaço público também ampliado tanto pelos tratados

regionais, quanto pela mundialização da comunicação, do crédito

e do comércio eletrônicos, porque também constitucionalizadas

em âmbito regional garantias de direitos fundamentais, tais

BR&gl=br&pid=bl&srcid=ADGEEShuWG2pslyRdAJoV2Lrp8aIkBudMPnMbrc_68_JjllKN7vxMQtn2GrlbEx2kDcmOgFL6UGPkbfk9InxCl4OgXt5lAwJWQxriClGktkfksbt0iNJ-1PjjbO9r722TK3Zfb_VZTwN&sig=AHIEtbTPchHGIJlUlclNR6CXkAUW-rYw2g&pli=1; 5 SOMMERMANN. Karl-Peter, und MAGIERA, Siegfried (Ed.). Europäisierungund Internationalisierung der Öfentlichen Verwaltung. SpeyererForschungsberichte 252, consultada no websitehttp://www.foev-speyer.de/publikationen/pubdb.asp?reihen_id=1.6 HÄBERLE, Peter. “El Regionalismo como Princípio Estructural Nacientedel Estado Constitucional y como Máxima de la Política del Derecho Europeo”in Retos Actuales del Estado Constitucional, Õnati, IVAP, 1996, p. 75.

como o direito à informação, à comunicação e os direitos de

consumidor.

Entretanto, se com isso o espaço público contemporâneo

ganhou em participação, com mais entes públicos e privados

tendo acesso aos procedimentos decisórios e/ou de implementação

de políticas públicas deliberadas em nível regional, ele perdeu

em definição, definição esta que é cara à atuação estatal

legislativa, reguladora, executiva ou jurisdicional. Esta

opacidade na definição do espaço de atuação estatal decorre

tanto da constitucionalização de um espaço público regional (na

CF88, art. 4o., par. único), quanto da tendência interna das

sociedades contemporâneas de o estado desocupar o espaço

público como agente direto e passar a uma posição de agente

indireto, é dizer regulador.

D – Desterritorialização da administração pública e

internacionalização do direito administrativo

Modificadas que vêm sendo as tarefas do estado

contemporâneo ocidental na dinâmica regulatória e de

implementação dos tratados regionais, tem-se tornado difícil

optar por um itinerário de investigação que vise “mapear” a

atuação da administração pública neste espaço público que se

amplia mais temática que territorialmente7, tanto pelo concurso

de atores privados, quanto pela difusão regional da regulação,

que se não lhe retira a competência, tampouco pode definir - ex

ante da implementação dos tratados regionais - os seus limites.

É dizer que o concurso dos tratados regionais e sua eventual

constitucionalização revolvem as já inseguras definições por

catálogos de competência, levando a que, onde não haja consenso

mínimo para sua implementação interna, judicialize-se a

definição política8.

Mais importante portanto que procurar mapear limites de

atuação da administração pública – o que nos parece uma

infrutífera tarefa, considerando-se que o processo de

regionalização contemporâneo se encontra em desenvolvimento,

não tem posições conceituais definidas como a geopolítica das

7 Ver, sobre a ampliação do espaço public em HÄBERLE, Peter. “ElRegionalismo como Princípio Estructural Naciente del Estado Constitucional ycomo Máxima de la Política del Derecho Europeo” in Retos Actuales del EstadoConstitucional, Õnati, IVAP, 1996, p. 75. SOMMERMANN, Karl-Peter, undMAGIERA, Siegfried (Hrsg.). Europäisierung und Internationalisierung derÖffentliche Verwaltung. Speyerer Forschungsberichte 252, websitehttp://www.foev-speyer.de/publikationen/pubdb.asp?reihen_id =1 .8 Transconstitucionalismo: “Em poucas palavras, otransconstitucionalismo é o entrelaçamento de ordens jurídicas diversas,tanto estatais quanto transnacionais, internacionais e supranacionais, emtorno dos mesmos problemas de natureza constitucional. Ou seja, problemas dedireitos fundamentais e limitação do poder que são discutidos ao mesmo tempopor tribunais de ordens diversas. Por exemplo, o comércio de pneus usados,que envolve questões ambientais e de liberdade econômica. Essas questões sãodiscutidas ao mesmo tempo pela Organização Mundial do comércio, peloMercosul e pelo Supremo Tribunal Federal no Brasil. O fato de a mesmaquestão de natureza constitucional ser enfrentada concomitantemente pordiversas ordens leva ao que eu chamei de transconstitucionalismo.” MarceloNeves, Revista Consultor Jurídico, 12 de julho de 2009.

relações internacionais, tampouco portanto definições claras

de institutos e limites de competência no espaço público

transnacional -, é procurar identificar não os catálogos de

competência, mas a própria atuação da administração pública

neste espaço público, e, especificamente nesta pesquisa, da

administração fazendária, pelos eventos postos em curso por

atores públicos e privados no âmbito regional, a par do espaço

público geopolítico internacional9.

E – Do espaço público macrofísico territorial ao espaço público

microfísico dos tratados regionais

Tratamos portanto aqui de um problema que envolve

decerto uma percepção diferenciada da noção geográfica de

espaço como vinculado a território, e por conseguinte, uma

percepção diferenciada do senso comum sobre a noção de espaço

público.

Diferentemente dos conceitos estadocêntricos já

delineados pela experiência secular das ‘relações

internacionais’10 desde a Paz de Westfália, o regionalismo9 No espaço público das relações internacionais, a cooperação entre asadministrações na prevenção e no combate à lavagem de dinheiro, p. ex. pelorastreamento eletrônico de cédulas de Euro e Dólar e dos fluxos de recursosfinanceiros do comércio eletrônico mundializado.10 Ver BRITO, Marcos Antonio Bezerra Brito. ELEMENTOS DE GOVERNANÇA EMSISTEMAS MULTINÍVEIS DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: A VINCULAÇÃO CONSTITUCIONALCONTEMPORÂNEA DA ADMINISTRAÇÃO FAZENDÁRIA NA INTEGRAÇÃO REGIONAL. Pesquisaapresentada como resultado do estágio de pós-doutorado do Programa de Pós-Graduação em Direito da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro,

contemporâneo, sem uma experiência secular que não tem, é um

fenômeno em curso de construção. Daí porque, para além das

discussões conceituais e paradigmáticas entre escolhas de

sujeitos multipolares geopolíticos11, ou normas de ‘global

administrative law’12, a atuação da administração pública também

pode ser compreendida13 como uma concertação de critérios

temáticos de consenso com parâmetros fiscais de distribuição

das ações que resultam da deliberação, decisão e implementação

de políticas públicas por uma multiplicidade de atores14

públicos e privados aos níveis regional, nacional, sub-nacional

e local.

em convênio com o Instituto Alemão de Pesquisas em Administração Pública deSpeyer, e a Universidade Alemã de Ciência da Administração de Speyer. RJ,PUC-Rio, 2012, Cap. 1, “Percepção e método”.11 Bibliografia geopolítica das relações einternacionais bipolares /multipolares.12 KRISCH, N. (2006). The Pluralism of Global Administrative Law.European Journal of International Law 17(1): 247-278;13 Ver BRITO, Marcos Antonio Bezerra Brito. ELEMENTOS DE GOVERNANÇA EMSISTEMAS MULTINÍVEIS DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: A VINCULAÇÃO CONSTITUCIONALCONTEMPORÂNEA DA ADMINISTRAÇÃO FAZENDÁRIA NA INTEGRAÇÃO REGIONAL. Pesquisaapresentada como resultado do estágio de pós-doutorado do Programa de Pós-Graduação em Direito da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro,em convênio com o Instituto Alemão de Pesquisas em Administração Pública deSpeyer, e a Universidade Alemã de Ciência da Administração de Speyer. RJ,PUC-Rio, 2012, Cap. 1, “Compreensão e método”.14 Ver BRITO, Marcos Antonio Bezerra Brito. ELEMENTOS DE GOVERNANÇA EMSISTEMAS MULTINÍVEIS DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: A VINCULAÇÃO CONSTITUCIONALCONTEMPORÂNEA DA ADMINISTRAÇÃO FAZENDÁRIA NA INTEGRAÇÃO REGIONAL. Pesquisaapresentada como resultado do estágio de pós-doutorado do Programa de Pós-Graduação em Direito da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro,em convênio com o Instituto Alemão de Pesquisas em Administração Pública deSpeyer, e a Universidade Alemã de Ciência da Administração de Speyer. RJ,PUC-Rio, 2012, Cap. 1, “Compreensão e método”.

Entendemos que, para além da regionalização financeira

em avanço na União Européia com o Banco Central Europeu, e no

Mercosul com o Grupo de Monitoramento Macroeconômico15, a par de

outras medidas centralizadas nos representantes tradicionais de

cada país, dispostos segundo a correspondência geopolítica

westfaliana secular, o crescente concurso de agências e atores

regionais16 em temas específicos, como fármacos, turismo,

cidades do arco atlântico17, vinicultura, entre muitas18, tem

levado a administração pública a coadjuvar a construção do

regionalismo por vias perceptíveis somente ex post facto, pelo

exercício de interpretação do desempenho dos atores no sentido

do consenso acordado sobre o tema em curso de discussão,

deliberação, regulação ou implementação.

15 Veja-se também o Projeto de Cooperação Técnica Apoio aoMonitoramento Macroeconômico, celebrado com a União Européia. Fontehttp://jus.com.br/revista/texto/18391/coordenacao-fiscal-no-mercosul-obstaculos-e-perspectivas#ixzz1umSH57Lt;16 “This new form of international relations is put into practicethroughout an innovative form of diplomacy, whose actors include not onlyMember States, but also enterprises, political parties, unions, professionalorganizations, subnational entities and above all non-governmentalorganisations”. FRANÇA FILHO, Marcílio Toscano. Law in the TransatlanticTrade Road: The EU-Mercosur Agreement between Global Administrative Law andMultilevel Constitutionalism. Fonte:http://www.garnet.sciencespobordeaux.fr/Garnet%20papers%20PDF/FRANCA%20FILHO,%20Marcilio%20Toscano.pdf. 17 Contribuição da Conferência das Cidades do Arco Atlântico – 6, rueSaint-Martin – 35700 - RENNES (France) – Tél.: +33(0) 2 99 30 24 51 – Email:[email protected] Além da Comissão Européia, composta por cidadãos que não tomam parteno executivo, no legislativo ou no judiciário nacional nem europeu, e outroscomitês consultivos e para ação social, custeados por fundos, como o FundoSocial Europeu, o Fundo Europeu para o Desenvolvimento Regional e o Fundo deCoesão.

Nossa hipótese é que a administração pública – e

especificamente a administração fazendária – tem operado por

inovação institucional no regionalismo contemporâneo da União

Européia, do Mercosul, da Unasul e do Acordo-Quadro Regional

entre a União Européia e o Mercosul. Entendemos que o

protagonismo da administração pública – e especificamente da

administração fazendária19 - na dinâmica do regionalismo

contemporâneo, é coadjuvado por uma convergência de atuação

temática que também inclui entes privados, convergência esta

que deixa gradativamente de ser fortuita das diretrizes apenas

de cada gestão governamental nacional, se e quando passa a ser

acordada regionalmente e mediada constitucionalmente para ser

implementada internamente, desde as trocas de informações e

comunicação padronizadas entre entes públicos e privados em

termos de procedimentos, procedimentalizando-se daí os

elementos de juízo e de prestação de contas (accountability).

Se o espaço público contemporâneo ganhou em

participação com mais entes públicos e privados tendo acesso

aos procedimentos decisórios e/ou de implementação de políticas

públicas deliberadas desde o nível sub-nacional até ao nível19 Sobre o protagonismo dos ministérios das finanças – administraçãofazendária – no regionalismo contemporâneo, ver BRITO, Marcos AntonioBezerra Brito. ELEMENTOS DE GOVERNANÇA EM SISTEMAS MULTINÍVEIS DEADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: A VINCULAÇÃO CONSTITUCIONAL CONTEMPORÂNEA DAADMINISTRAÇÃO FAZENDÁRIA NA INTEGRAÇÃO REGIONAL. Pesquisa apresentada comoresultado do estágio de pós-doutorado do Programa de Pós-Graduação emDireito da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, em convêniocom o Instituto Alemão de Pesquisas em Administração Pública de Speyer, e aUniversidade Alemã de Ciência da Administração de Speyer. RJ, PUC-Rio, 2012.

suprarregional (ONU, Banco Mundial, Organização Mundial do

Comércio, Fundo Monetário Internacional), perdeu em definição

no nível regional, definição esta que é cara à atuação estatal

legislativa, reguladora, executiva ou jurisdicional. A atuação

da administração pública tanto em sistemas multiníveis (sub-

nacional, nacional e regional), bem como a partir de sua

interação com outros entes privados e entes/órgãos públicos

para além de um mapeamento por catálogos de competências,

entendemos, pode oferecer uma dimensão mais esclarecedora dos

papéis desempenhados pelo estado no regionalismo contemporâneo,

um processo que, por inacabado, não oferece ontologia segura

como os conceitos políticos e seus decorrentes jurídicos da

experiência histórica geopolítica moderna.

F – O institucionalismo regional de mediação constitucional

Mediador da inovação nas tarefas da administração

pública, o constitucionalismo contemporâneo aponta para um

comprometimento cidadão e solidário com as gerações futuras e

não das gerações futuras, daí a importância dos ajustes fiscais

buscados regionalmente na União Européia e no Mercosul, que

denotam o avanço do cooperativismo constitucional estatal20, a

expansão da participação na interpretação/concretização da

constituição (portanto dos tratados regionais20 HÄBERLE. Peter. Estado constitucional cooperativo. RJ/SP/Recife, Ed.Renovar, 2007.

constitucionalizados) por sua procedimentalização21,

capilarizada na atuação da administração pública22 e dos entes

privados23, e decorrente da tendência crescente no regionalismo

contemporâneo de institucionalização da opinião e da vontade

política espontaneamente gerada na base das sociedades

ocidentais24.

Portanto o interesse desta pesquisa está no exame da

atuação institucional no regionalismo contemporâneo, de modo a

identificar, nos procedimentos25 consolidados, em curso ou em

perspectiva de implementação, suas tendências de regularidade e

pertinência ao espaço público regional, que denotem a presença

21 HÄBERLE. Peter.Hermenêutica constitucional – a sociedade aberta dosintérpretes da constituição: contribuição para a interpretação pluralista e“procedimental” da constituição. P. Alegre, S.A. Fabris, 199722 Por exemplo o Forum Consultivo de Municípios, Estados Federados,Províncias e Departamentos do MERCOSUL, criado em 2004 na Cúpula de OuroPreto;23 Por exemplo, os comitês temáticos da Comissão Européia. Ver emGovernance by Committee, the role of Committees in the European Policy-Making  and Policy-implementation, Comitês do Parlamento Europeu e daComissão Européia, http://aei.pitt.edu/548/1/main.pdf.24 HABERMAS, Jürgen. A inclusão do outro. SP, Edições Loyola, 2002; eMás allá del Estado nacional. Madrid, Editorial Trotta, 2008.25 A par da ética procedimental proposta por Habermas (HABERMAS.Jürgen.Direito e democracia entre facticidade e validade. RJ, Ed. Tempobrasileiro, 1997, vol. II; e A inclusão do outro. SP, Edições Loyola, 2002;)e da interpretação procedimental da constituição proposta por Häberle(Häberle, Peter. Hermenêutica constitucional – a sociedade aberta dosintérpretes da constituição: contribuição para a interpretação pluralista e“procedimental” da constituição. P. Alegre, S.A. Fabris, 1997;), a propostade legitimação procedimental de Luhmann (LUHMANN, Niklas. Legitimação peloprocedimento, DF, Universidade de Brasília, 1980). Uma perspectivacomparativa entre Habermas e Luhmann sobre legitimação pelo procedimento,ver em BRITO, Marcos Antonio Bezerra. Apontamentos sobre métodos de trabalhoem direito constitucional tributário. RJ, PUC-Rio, 2005, dissertação demestrado, cap 2.

da administração pública subnacional, nacional e supranacional.

Para tanto lançaremos mão de um levantamento identificador e

descritivo da atuação de concretizadores e implementadores

públicos e privados da constituição e dos tratados regionais

contemporâneos, e a seguir de uma comparação de modelos,

duração, procedimentos e resultados da atuação da administração

fazendária brasileira e alemã no regionalismo contemporâneo do

Acordo Quadro-Regional da União Européia com o Mercosul.

Para saber como está atuando e quais são as tendências

de inovação institucional da administração pública no

regionalismo contemporâneo do Acordo Quadro-Regional entre

União Européia e Mercosul, valem o exame do período a partir da

Constituição Brasileira de 1988, os tratados do MERCOSUL e

deste com a União Européia, bem como as emendas constitucionais

do período, e considerando a União Européia, o período a partir

do final da 2a. Guerra Mundial.

G – Conclusão: questões propostas ao debate sobre a atuação da

administração fazendária – a RFB – no regionalismo econômico

contemporâneo

Considerado este período, algumas questões podem ser

propostas a quem se interessa pelas tendências de atuação do

serviço público no regionalismo contemporâneo:

1) se para o regionalismo econômico não valem as

premissas estadocêntricas já conecidas, será preciso reelaborar

critérios e parâmetros de percepção e compreensão do espaço

público no regionalismo contemporâneo como regulação e como

atuação, referidos ao fenômeno da internacionalização da

administração pública e da transnacionalização do direito

administrativo;26

2) como poderemos compreender a dinâmica contemporânea

do regionalismo com este novo modo de perceber? Decerto há

muitas possibilidades, e uma delas é que, tido o espaço público

como uma pluralidade ampliada de atores que coadjuvam a atuação

da administração pública no contexto do regionalismo

contemporâneo, podemos adequadamente examinar as constituições

e os tratados regionais, para identificar o sentido e os

propósitos da existência e da atuação institucional econômica,

política e social, e com isso reunir elementos de compreensão

da atuação dos concretizadores públicos e privados da

constituição e implementadores dos tratados regionais

contemporâneos; e26 1) Quanto à discussão de noção de espaço, BACHELAR, Gaston. Aexperiência do espaço na física contemporânea. RJ, Ed. Contraponto, 2010; eEstudos. RJ, Ed. Contraponto, 2008; 2) Para sua articulação com umanoção de espaço público contemporâneo, HABERMAS, Jürgen. Más allá del Estadonacional. Madrid, Editorial Trotta, 2008; Ay, Europa! Pequeños escritospolíticos. Madrid, Editorial Trotta, 2009; A inclusão do outro. SP, EdiçõesLoyola, 2002; e A constituição da Europa, 2011; e 3) Para compreensão dadinâmica do espaço público a partir dos atores e sua interação, GADAMER,Hans-Georg. Hermenéutica de La Modernidad. Conversaciones com Silvio Vietta.Madrid, Editorial Trotta, 2006; e Verdade e método: traços fundamentais deuma hermenêutica filosófica. Petrópolis, Ed. Vozes, 2004.

3) Percebido o espaço público no regionalismo

contemporâneo e compreendidos o sentido e os propósitos de

existência e protagonismo de seus atores, precisaremos de casos

concretos para comparação. Valeria uma comparação de exemplos

dentro do Mercosul, dentro da União Européia, ou entre os

exemplos de desempenho de uma administração pública nacional do

Mercosul com uma da União Européia?

As respostas, que possivelmente ainda não temos,

poderão nos proporcionar melhor compreensão e alternativas de

escolha diante do que nos virá alcançar no cotidiano de

cidadãos, empreendedores e agentes públicos, ao menos nesta

década, cá no Mercosul.

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