TCC 20 11 10

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9 1. INTRODUÇÃO Desde que os esportes coletivos foram criados, passaram por muitas modificações, algumas dessas deveriam servir para coibir as agressões que ocorrem durante os jogos, sendo eles de competição ou não. Em alguns lugares, a violência no esporte interpessoal é tolerada e muitas vezes pessoas são seguidores e aplaudem a ação desses indivíduos. Segundo Weinberg e Gould (2001) existem dois tipos de agressão, a boa (ex: ir buscar uma bola “perdida” em uma partida de tênis) e a ruim (ex: chutar o adversário). Gill (1986) também define que o termo produz interpretações e julgamentos automáticos de valor e respostas emocionais positivas ou negativas. A maioria dos comportamentos agressivos em ambientes esportivos depende principalmente da interpretação, ou seja, não ações desejadas por quem faz, mas consequências de outros acontecimentos. Bartholomeu e Machado (2008) referem-se à agressão de intimidação, sendo verbal ou não, são direcionadas a causar prejuízos a outros. Anshel (1994) propõem diferentes condutas agressivas, que diferenciam agressividade hostil, que é uma resposta agressiva

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1. INTRODUÇÃO

Desde que os esportes coletivos foram criados, passaram

por muitas modificações, algumas dessas deveriam servir para

coibir as agressões que ocorrem durante os jogos, sendo eles

de competição ou não. Em alguns lugares, a violência no

esporte interpessoal é tolerada e muitas vezes pessoas são

seguidores e aplaudem a ação desses indivíduos.

Segundo Weinberg e Gould (2001) existem dois tipos de

agressão, a boa (ex: ir buscar uma bola “perdida” em uma

partida de tênis) e a ruim (ex: chutar o adversário). Gill

(1986) também define que o termo produz interpretações e

julgamentos automáticos de valor e respostas emocionais

positivas ou negativas. A maioria dos comportamentos

agressivos em ambientes esportivos depende principalmente da

interpretação, ou seja, não ações desejadas por quem faz, mas

consequências de outros acontecimentos. Bartholomeu e Machado

(2008) referem-se à agressão de intimidação, sendo verbal ou

não, são direcionadas a causar prejuízos a outros.

Anshel (1994) propõem diferentes condutas agressivas, que

diferenciam agressividade hostil, que é uma resposta agressiva

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a outros que o irritam ou provocam, também denominada como

agressividade reativa. Há a agressividade instrumental, em que

o autor utiliza-se da agressividade para conquistar um

objetivo, como ganhar um campeonato. Muitas vezes atitudes

agressivas são consideradas como normais, pois os juízes

atuantes no esporte têm de interpretar a regra de acordo com o

que acontece durante uma partida, mesmo tendo especificado em

suas regras que algumas atitudes são punidas.

Existem tipos de violência que não são físicas, mas de

comportamento, podendo ser verbal, pelas ações das pessoas,

discriminação sexual, racial ou religiosa. São ações abstratas

de um grupo ou pessoa sobre o outro. Baron e Richardson

(1967) definem que a agressão pode ser definida como qualquer

forma de comportamento dirigido ao objetivo de prejudicar ou

ferir outro ser vivo que está motivado a evitar tal

tratamento. Hannin (1999, apud HOKINO & CASAL, 2001) afirma

que a ansiedade mal canalizada pode gerar momentos de muita

violência.

Existem teorias que tratam da agressividade, essas têm

como base a frustração, mediante os comportamentos aprendidos

com a observação de outros. A agressão acontece algumas vezes

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não pelos jogadores, mas pelos espectadores. Segundo Paim e

Strey (2007) no momento que a pessoa participa de uma torcida

organizada, ela está constituída de expansão várias emoções,

muitas vezes reprimidas pelos meios sociais do cotidiano. Essa

pessoa se revela e mostra todos suas frustrações e impotência

na sociedade, que acabam sendo diluídas nas arquibancadas na

hora do jogo. Esses torcem com tanta paixão pelo seu time, no

caso futebol, que algumas vezes passam dos limites que a

sociedade impôs e acabam com o jogo e prejudicam seus times. A

violência entre torcidas também está relacionada com a

rivalidade, Smith (1983) verificou que atos agressivos

realizados em campo também estão relacionados com as atitudes

agressivas da torcida.

Existe a influência do técnico, esse tem acesso aos

jogadores, e deve conhecê-los bem para poder agir ou se

posicionar de determinada maneira de acordo com suas emoções,

influenciando positiva ou negativamente. Para tentar amenizar

qualquer ansiedade ou medo, o técnico deve utilizar decisões

sensatas, oferecendo propostas de acordo com a razão e o

raciocínio lógico. Dessa forma, juntamente com a maturidade e

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experiência adquiridas faz com que o técnico seja uma pessoa

respeitada e respeitadora (MACHADO, 2006).

Deve-se também fazer um esforço para que essas agressões,

sejam elas de atletas ou torcedores, diminuam nos

acontecimentos esportivos. Existem formas de fazê-lo,

estudando formas de prevenção com mais segurança, ensinar os

atletas a controlar suas emoções, para que elas não motivem os

espectadores a reagir de forma hostil. O esporte tem atraído

muitos praticantes, e a agressividade durante á prática

esportiva tem sido marcantes, assim qual seria a incidência de

agressão verbal durante uma partida? Comparando dois esportes

de competição, como handebol e futsal, será que existe

diferença entre as agressões?

O estudo desses comportamentos torna-se relevante por não

existir muitos trabalhos que discutam o tema, em que o mesmo

trabalho tem como finalidade mostrar qual o comportamento de

atletas de modalidades diferentes em sua essência. Outro tema

que foi abordado no trabalho é a violência, que tem sido

decorrente no esporte mundial nos últimos tempos. Por esse

motivo, handebol e futsal são modalidades que estão com a

incidência de violência cada vez mais alta nos jogos. Então,

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faz-se necessário um estudo de quais atitudes tomar para

prevenir agressões das pessoas envolvidas no jogo (jogadores,

torcedores e comissão técnica).

Assim, torna-se importante o estudo da agressão verbal nos

dois esportes para que haja maior conhecimento de fatores que

influenciam as pessoas a atitudes para as quais elas se

arrependam depois.

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2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1 VIOLÊNCIA

A violência que os jogadores podem levar para os seus

jogos pode vir de casa, de costumes adquiridos durante sua

vida. Garbarino et al (1986) afirmam que a violência

psicológica contra crianças e adolescentes é caracterizada

como uma agressão orquestrada por um adulto. Essas ações tem o

sentido de rejeitar, isolar, aterrorizar, ignorar e corromper

essas crianças e define que qualquer consideração sobre

violência psicológica depende grandemente do contexto

cultural. Moraes & Reichenheim (2002) enfatizam a necessidade

da construção de novos instrumentos de aferição.

Starepravo (2003) argumenta que o desenvolvimento social

está intimamente relacionado à presença do Estado, já que os

mesmos constituem-se em redes de interdependência, em que a

formação do Estado depende do grau de complexidade nas suas

estruturas, do estágio das relações humanas da sociedade e

vice-versa.

Segundo Weinberg e Gould (2001), a agressão é definida

como comportamento que envolve a intenção referente ao

objetivo de prejudicar ou até mesmo de ferir outro ser vivo.

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Gill (1986) corrobora que a agressão é um comportamento físico

ou verbal, sendo uma atitude ou emoção que envolve danos ou

ferimentos que os levam a ser físicos ou psicológicos. Porém

Lorenz (1996) analisam a agressão com um sistema de instinto

que em sua própria energia é gerada de agressividade, e de

difícil controle.

De acordo com Samulski (1992), a expressão da conduta

agressiva vai depender das frustrações anteriormente

vivenciadas pelo sujeito, de uma percepção de justiça, da

intensidade atual que está condicionado á expectativa diante

da meta ou competição. Santos (2005) complementa a idéia

destacando que as agressões consomem energia física e psíquica

do indivíduo e ás reações as frustrações podem variar de

pessoa para pessoa, bem como o tipo de agressão pode ser

gestual, verbal, comportamental ou física.

Bidutte (2005) aponta que o comportamento agressivo no

esporte é o início do comportamento violento, que se forma

prejudicial à equipe, significando a ação violenta a qualquer

ofensa física, verbal enquanto comportamento para dar dano,

qualquer ação intencional.

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Freud (1920, apud DOBRANSZKY & MACHADO, 2000) considera a

agressão como parte do instinto sexual de procura do prazer e

da dor. Acredita-se que todo comportamento agressivo poderá

ser investigado e debitado a partir das seguintes teorias:

agressão como instinto, frustração como causa da agressão e

agressão como aprendizagem social (RIBAS, 1995).

Buss (1975, apud SAMULSKI, 1992) concorda que existem dois

tipos de agressão quanto á intencionalidade, no entanto a

terminologia utilizada difere. Pode ser instrumental e

reativa, ou instrumental e cólera, e ainda instrumental e

afetiva, segundo Samulski (1992). Na agressão cólera, afetiva

e reativa, a intenção é provocar sentimento na vítima, é

iniciada a qualquer estímulo que induza a insulto, ataque na

presença de elementos desagradáveis.

O esporte possui ambiente que proporciona estes dois tipos

de agressividade. Na instrumental, o esporte de alto nível é

sinônimo de competição e outro tipos de agressão, cólera,

reativa e afetiva não importando tanto o nível que é praticado

(WEINBERG & GOULD, 2001). A agressão acontece algumas vezes

não só pelos jogadores, mas sim pelos espectadores. Segundo

Paim e Strey (2007) no momento em que a pessoa participa de

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uma torcida organizada, esta constituída e expansão de várias

emoções. Muitas vezes reprimidas pelos meios sociais do

cotidiano e sua vida sóciocultural, essa pessoa revela e

mostra todas as suas frustrações e impotência na sociedade,

que acabam sendo diluídas nas arquibancadas na hora do jogo.

Para Smith (1983), a violência entre torcidas estão

relacionadas com as rivalidades, verificando assim que os atos

agressivos em campo também estão relacionados com atitudes das

torcidas.

Hokino e Casal (2001) fazem diferenciações entre raiva,

agressividade, agressão e violência. Esclarecem que a raiva

está relacionada com o estado emocional do ser humano e que

abrange sentimentos que variam de aborrecimentos pequenos,

podendo esse sentimento se expandir para a fúria e para a

cólera. Por outro lado, entendem que a agressividade, a

agressão e a violência dirigem-se a outras pessoas, e

objetivos do meio, podendo ser também direcionada à própria

pessoa. Na sequência de suas idéias, pontuam que o sentimento

de raiva, sozinho, não reúne condições suficientes para o

desenvolvimento de comportamentos agressivos, embora os

expressem. Esses comportamentos dependem, sobretudo, de outros

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aspectos, como o da personalidade, determinada por diversos

fatores, entre eles as influências do meio social e cultural

em que vive o sujeito.

Dobranszky e Machado (2000) afirmam que no esporte, a

percepção contra o oponente está relacionada à percepção dele

ser violento ou não. Se o oponente for percebido como não

violento, pequena agressão será o resultado contra ele. Se o

oponente é tido como passível de ato injusto e agressivo, uma

agressão maior pode ser esperada de ambos, espectadores e

participantes.

2.2 VIOLÊNCIA NO ESPORTE

Segundo Bredemeier (1983), o individuo ter o inicio

intencional de comportamento violento é prejudicial. O termo

“Violento” significa qualquer ofensa física, verbal ou não

verbal, enquanto “comportamento para causar dano”, quer dizer,

qualquer intenção ou ação prejudicial. Ou seja, o indivíduo

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torna-se violento devido a ações externas, como em um jogo de

futsal, ao tomar uma cotovelada em uma disputa pela bola,

enquanto a pessoa que tem um comportamento violento para

causar dano entra em jogo com a mentalidade não voltada para o

esporte, mas para causar algum dano a alguma pessoa.

Gabler (1987, apud SAMULSKI, 2002) divide a agressão em

duas tangentes: quando tratada na esfera esportiva, hostil ou

reativa e instrumental. A agressão hostil tem intenção de

lesar ou prejudicar o adversário, e a agressão instrumental

traduz um comportamento que teve como intuito realizar os

objetivos do indivíduo, mesmo que, ás vezes, possa envolver

algum dano a um adversário. A agressividade hostil define-se

pela intenção de machucar alguém, e a agressividade

instrumental mostra que um indivíduo pode “passar por cima” de

outra pessoa para alcançar seu objetivo, podendo assim

lesioná-la.

Bidutte (2005) afirma que a agressão instrumental pode

fazer parte do jogo e ser considerada benéfica para atletas e

equipes, mas a agressão hostil não é saudável e pode ser

prejudicial em todos os aspectos no esporte. Então pode-se

dizer que a agressão instrumental pode ser benéfica desde que

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alcance seus objetivos e a hostil que em nenhum momento deve

ser usada, pois ela é prejudicial para todos.

Para Paim (2009), a violência é uma realidade tão antiga

quanto à humanidade. Está atrelada a “necessidade” de poder,

que é exercido contra o considerado mais fraco; contra a

minoria ou, às vezes, contra a maioria, no caso do poder

público esportivo e religioso, transformando-se em alguns

casos de fanatismo e radicalismo.

A agressão também pode ser considerada como violência,

onde Paim & Strey (2008) afirmam que a violência física é o

tipo mais comum no meio esportivo, mas que existem outros

tipos de violência que não são vistos tão facilmente, que

causam grandes prejuízos a saúde também, como a violência

psicológica e simbólica. Na psicológica, toda ação ou omissão

que causa dano de identidade ou ao desenvolvimento do

indivíduo. São os conhecidos deboches, preconceitos e

estereótipos. Rede Saúde (2001). A violência simbólica tem o

poder de construção da realidade, que tende a estabelecer o

sentido real do mundo, sendo em particular do mundo social.

Segundo estudos realizados por Paim (2005), esses tipos de

violência ficam evidentes quando o foco é colocado em cima de

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mulheres praticantes de esportes, seja por lazer ou de auto-

rendimento, em que ainda são seguidos muitos valores

masculinos, os quais fazem mulheres que se envolveram com o

esporte sejam questionadas por suas escolhas pessoais, vitima

de preconceito, de descriminação, estereótipo, que vem de

todas as partes, da mídia, família e da sociedade em geral.

Segundo Paim & Strey (2007) outro tipo comum de violência,

no contexto esportivo, é o que discrimina a mulher esportiva,

com preconceitos e estereótipos. Esses preconceitos, estigmas,

quando afetam direta e indiretamente as atletas, oprimindo-as

psicologicamente, ou transformando-se em obstáculos e

impedimentos para a participação e progressão da atleta em

qualquer terreno esportivo, afetando ou violando seus

direitos, refletem um tipo especial de violência, a violência

de gênero, neste caso com a mulher esportista.

Saraiva (2005) afirma que as diferenças entre os sexos

foram atribuídas pela sociedade, as quais levam homens e

mulheres a patamares diferentes, podendo acarretar episódios

de violência, mesmo no âmbito esportivo. Estudos de Paim &

Strey (2005) corroboram com a afirmação de que as mulheres são

muito lesadas nos parâmetros esportivos, pois são consideradas

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mais sensíveis que os homens e que a prática do futebol exige

muito esforço físico, que atribuem característica de

liderança, que ainda é considerada pela sociedade como sendo

característica do homem e não das mulheres.

Segundo Paim & Strey (2007), a prática de esportes ainda é

considerada uma atividade de domínio masculino pela sociedade,

principalmente, em se tratando de esportes como futebol,

handebol e lutas. Ás mulheres é permitida a participação nas

ginásticas, bales e atividades físicas ditas femininas, que,

por sua vez, são modalidades “proibidas” para os homens. Strey

(2001) definem este tipo de violência como violência de

gênero, na qual aparecem relações entre violência e as

relações de gênero.

Sabe-se também que um jogador pode mudar todo o contexto

do jogo, fazer com que a torcida jogue com ele, com que o time

tenha acendido um ímpeto pelo ataque e a fome de gol, fazendo

com que o nível técnico e tático do jogo suba e fique cada vez

mais emocionante. O futebol, como o futsal, necessita que seus

times joguem coletivamente e que tenham como válvula de escape

jogadas individuais.

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Para Pereira (2000), a violência é um fenômeno que se

encontra disseminado em diversas instituições da sociedade,

tais como família, escola e o esporte. Cada vez mais presente

na sociedade, afetando a população em geral, desta forma,

pensar, discutir e refletir torna-se um elemento fundamental

para compreendermos a dinâmica cultural contemporânea.

2.3 VIOLÊNCIA NO FUTSAL

O futsal vem de outro esporte adorado por todos da nação

brasileira. Tanto no futebol quanto no futsal, quem rege os

acontecimentos não são somente os jogadores, mas também são as

pessoas que cercam os jogos. Segundo Daolio (1998), o futebol

brasileiro, como qualquer outro fenômeno nacional, é e sempre

será aquilo que a sociedade fizer dele, aquilo que os atores

envolvidos - torcedores, dirigentes, imprensa etc. - forem

constantemente atualizando nele e com ele. Todo e qualquer

esporte deve muito aos seus coadjuvantes, e não somente aos

que o representam.

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O futsal é um esporte como qualquer outro, em que existe

competição, sede pela vitória. Sendo ou não de alto

rendimento, faz com que os atletas realizem ações sem pensar

no que elas podem acarretar. Na violência, exercida pelo ato

de desespero, nas consequências para o time caso perdesse um

jogador ou raiva pela forma que o jogo tomava durante seu

período. Alguns atos que um jogador exerce durante uma partida

podem refletir acontecimentos anteriores, experiências vividas

em casa, na adolescência ou até mesmo em um relacionamento.

Feshbach (1961, apud MACHADO & HIGINO, 2000) afirma que os

atletas sucumbem sob tensão psicológica, quando chegam na hora

do jogo não acertam os fundamentos treinados.

Daolio (1998) afirma que o futebol como esporte coletivo,

exige uma tática grupal para que uma equipe se sobreponha à

outra, além de uma dinâmica tática da equipe, é necessário o

individualismo dos jogadores para vencer a defesa adversária.

Em relação aos gestos específicos, o futsal se assemelha

ao futebol, porem, é disputado em uma área de jogo menor com o

numero proporcional de jogadores. O futsal apresenta sistemas

posicionais ofensivos e defensivos bem definidos, e existe uma

infinidade de padrões de movimento usados dentro desse

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sistema, e os contatos físicos são inevitáveis, pois a

intensidade do jogo é alta. (DE ROSE JUNIOR, 2006).

Não quer dizer que um time deva jogar sempre com jogadas

individuais, deve-se também utilizar jogadas treinadas

anteriormente em bola parada, utilizar a afinidade de

jogadores que estão posicionados do mesmo lado do campo para

criar uma jogada. Um time que saiba aliar formas de se jogar

individualmente e em grupo só precisa conseguir manter os

ânimos calmos para não gerarem nenhuma briga, seja de direta

ou indiretamente. A melhor forma de respeitar um adversário é

jogar com ele de igual para igual, sem nenhum brilhantismo a

mais do costumeiro, assim não haverá reações de agressão um

com os outros (DAOLIO, 1998).

Para Kokubun e Daniel (1992) provavelmente o futsal

possibilita a realização de movimentos mais intensos e curtos.

Por estar constantemente em oposição do adversário, as ações

no futsal devem ser realizadas em tempo curto e com variação

de velocidade, exigindo assim uma elevada capacidade

coordenativa de controle corporal.

O futebol gera também ídolos e as pessoas que o seguem. No

Brasil existem exemplos e tipos diferentes de ídolos. Daolio

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(1998) afirma que o futebol brasileiro gera ídolos como

Ronaldinho, por um lado, e Edmundo, por outro, representam

dois lados dos desejos humanos: ser ao mesmo tempo calmo e

rebelde, manso e feroz, bom e mau, humano e animal. É nesse

sentido que afirmamos ser o futebol expressão da sociedade e

que cada sociedade tem o futebol como um espelho. A sociedade

de acordo com as características dos jogadores definem o que

querem, que tipo de rotulo empregam nessas pessoas, podendo

mesmo sem querer dar-lhes status de vencedor, porque seu

talento se sobrepõe ao se comportamento.

Segundo Paim & Strey (2007) a prática esportiva e/ou a

participação em uma torcida constitui momento de expansão de

emoções reprimidas pelo meio social cotidiano. É a

manifestação do sentimento de impotência e da frustração

pessoal, diluídas no coletivo das arquibancadas. Assim,

pessoas quaisquer, independente de seus credos, dinheiro, vão

a um jogo e se transformam, sendo boas ou ruins suas atitudes.

Daolio (1998) afirma que a rivalidade entre torcidas é uma

constante, sendo que, em alguns momentos extremos, gera

verdadeiras batalhas campais, resultando até mesmo em

ferimentos graves e mortes. O ímpeto que o jogo gera nos

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torcedores é irreal, levando-se em consideração que para

alguns o resultado é vida ou morte.

Betti (1997) define que a comercialização do futebol

profissional nas ultimas décadas provocou uma profunda

alteração neste esporte, no que diz respeito ás pressões que

os atletas sofrem, como por exemplo: ganhar a qualquer preço,

pressão dos patrocinadores, da mídia, etc. Essas pressões

fazem, em muitos casos, que jogadores transgridam as regras

que regem o esporte, ocasionando um aumento do comportamento

violento, seja ele físico ou verbal.

2.4 VIOLÊNCIA NO HANDEBOL

O handebol surgiu no Brasil, por volta de 1.950/52. O

grande impulso a nível nacional começou a acelerar em 1.969

quando foi introduzido nos Iº Jogos Estudantis Brasileiros. Na

Europa o handebol (de salão) teve seu inicio e impulso na

década de 30, portanto, o Brasil está aproximadamente 40 anos

atrás dos países da Europa que desenvolvem o handebol. O

objetivo principal do handebol é conseguir a marcação de gols.

Para se marcar um gol a equipe deve combinar perfeitamente as

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técnicas de ataque, iniciando pelo perfeito domínio dos

diversos tipos de passes, recepção e fintas, além de outros

recursos importantes, que colocam um jogador em condições de

arremessar, após ter conseguido desequilibrar a defesa

adversária (Zamberlan, 1997).

No âmbito esportivo, podemos levar em conta as palavras

de Samulski (1992), ao afirmar que a expressão da conduta

agressiva vai depender das frustrações anteriormente

vivenciadas pelo sujeito, da sua percepção de justiça, da

intensidade da frustração atual que está condicionada a

expectativa diante à meta ou competição.

Com relação a emoção Samulski (2002), diz que existem

emoções negativas como raiva, tensão, fadiga, confusão e

depressão. Diz ainda o autor que o controle emocional é um

aspecto importante no comportamento do atleta.

Em se tratando de agressões no esporte, Santos (2005),

complementa a idéia destacando que as agressões consomem

energia física e psíquica do indivíduo e as reações às

frustrações podem variar de pessoa para pessoa, bem como o

tipo de agressão que pode ser física, gestual, verbal ou

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comportamental, citando como exemplo o fato de um jogador

ficar nu após ser expulso do jogo.

Na disputa de um jogo de handebol podemos verificar uma

“guerra” disfarçada em competição onde o “fair-play” deve

imperar, sem a necessidade de matar e comer o seu adversário.

Segundo Boxiadós(1995, apud ROMEIRO & SILVA, 2009), existem

categorias de valores positivos que são consideradas como boas

para prever se os atletas poderão ter este fair-play: a

primeira é ser capaz de usar corretamente as habilidades

requeridas em situações de jogo, tecnicamente e taticamente,

em segundo jogando com respeito às regras, ao espírito do jogo

e as decisões dos árbitros, e em terceiro buscando um

equilíbrio e apreciar o jogo independentemente do resultado,

experimentando um sentimento de satisfação. Como categorias

negativas o autor citado acima destaca o agir agressivamente

ou violentamente com risco de lesões e ganhar vantagens ou

superioridade no jogo usando para tal, meios ilegítimos. Por

outro lado, com bem assinalam Dunnimg & Maguire (1997, apud

SILVA & ROMERO, 2009), entendem o esporte como a expressão

cultural de valores masculinos. A sociedade, de maneira geral,

atribui a agressividade e a coragem como características

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masculinas, como bem demonstrou Silva e Romero (2009), ao

fazer um estudo entre mais de quatrocentos professores de

Educação Física.

Estas características guerreiras que podem e devem estar

incrementadas de fair-play estão ligadas às qualidades básicas

necessárias e naturais para aqueles que praticam este dinâmico

esporte, o handebol, além daquelas que denominamos adicionais

– agressividade e coragem. Fazemos um contraponto aqui, em

relação às mulheres praticantes.

No handebol, certamente a própria essência do jogo possa

explicar as “necessidades” de agressividade e de coragem, já

que se trata de um jogo de constantes defesas do seu

território – representado por seu espaço defensivo - e

agressões, penetrações do território inimigo, do seu espaço

defensivo, num constante ataque contra defesa, para passar,

quase que imediatamente, para defesa contra ataque.

Agressividade e Coragem são qualidades adicionais, que vão

alicerçar esta disputa territorial. Para as equipes de alto

nível, não importando se masculinas ou femininas, é desejável

que estas qualidades adicionais sejam trabalhadas (Silva &

Romero, 2009 e 2010).

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E um dos seus trabalhos Ribas (1995), observou que os

comportamentos agressivos que apareceram durante o jogo, foram

apresentados pelos defensores, mostrando assim que na maioria

dos casos a agressão parte dos defensores. Ele nos traz também

que existe um equilíbrio da freqüência de agressão entre o

primeiro e segundo tempo.

Romeiro & Silva (2009), ressaltam algumas situações que

podem ser traduzidas como corriqueiras no jogo como: empurrar

com mão, esmurrar, segurar o corpo, empurrar com o antebraço e

chutar com o joelho, caracterizando assim, uma agressividade

passível de punição pelas regras. A conseqüência dessa punição

é prejudicial à equipe por ter jogadores excluídos

temporariamente ou até desqualificados, deixando-a em

inferioridade numérica.

Ribas (1995) confirma que no inicio da partida a agressão

é sensivelmente mais freqüente que nas demais etapas,

diminuindo na metade e aumentando no final da primeira etapa.

No segundo tempo ha um equilíbrio entre o inicio e o meio,

porém observou que houve um leve aumento no final do jogo.

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3. OBJETIVO

A pesquisa a ser realizada tem como objetivo geral

identificar a incidência de agressão em equipes de futsal e

handebol.

O objetivo específico da pesquisa será de identificar a

incidência de agressão no futsal e no handebol e comissões

técnicas participantes dos jogos regionais e comparar os

resultados obtidos.

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4. MATERIAIS E MÉTODO

O presente trabalho possui características de pesquisa

descritiva qualitativa do tipo observacional. Para isso foram

utilizadas câmeras para gravação e observação dos jogos e um

roteiro de observação científica para identificar a

agressividade durante o jogo.

4.1 POPULAÇÃO E AMOSTRA

A população utilizada neste estudo foi formada por

jogadores de handebol e futsal, sendo doze (12) jogadores de

um time de futsal e doze (12) jogadores de um time de handebol

e seus respectivos treinadores. Os times disputaram suas

respectivas modalidades nos Jogos Regionais do Estado de São

Paulo na cidade de Taubaté, no período de 23 a 30 de julho de

2010.

4.2 MATERIAIS

Computador;

Lápis;

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Borracha;

Câmera Digital Sony;

Papel.

4.3 INSTRUMENTOS

Para a identificação da agressividade e violência durante

os jogos da competição, foram utilizadas filmagens e um

roteiro de observação científica com fundamentação no estudo

de Bartholomeu e Machado (2008). A coleta de dados foi

realizada durante os jogos das equipes, em que as câmeras

foram posicionadas nas extremidades da quadra, assim pode-se

filmar e focar cada câmera em uma metade da quadra. Um

terceiro observador ficou responsável pela anotação no roteiro

de observação científica dos atos de agressão e violência que

ocorreram durante a partida. A análise dos dados foi realizada

de acordo com os resultados obtidos pelas anotações no roteiro

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de observação científica e confirmados nas filmagens

(quantificação e qualificação dos atos violentos).

O método de filmagem para o presente estudo mostrou-se

satisfatório e eficiente para a realização do estudo, e houve

a confirmação dos dados anotados pelo observador. Para a

filmagem dos jogos, utilizou-se uma filmadora digital,

possibilitando a visualização dos jogos.

4.4 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS

A coleta de dados ocorreu durante os Jogos Regionais do

Estado de São Paulo 2010, categoria sub-21, no período de 23 a

30 de julho, na cidade de Taubaté. Durante o campeonato foram

filmados dois jogos da fase inicial do torneio, na fase de

grupos, e dois jogos da segunda fase, semifinal.

Após a gravação dos jogos, foi realizada a observação dos

vídeos. Todos os comportamentos agressivos identificados,

conforme o roteiro de observação científica (ANEXO 02) que

exige as seguintes informações: reação dos jogadores perante a

torcida; sem que o árbitro veja, o jogador faz algo para

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provocar a equipe adversária; provoca os adversários para

intimidá-los; o nível de agressão aumenta quando o time está

perdendo; através de uma agressão verbal acontece uma agressão

física; no decorrer da partida, enquanto acontece uma falta,

muda o comportamento por não aceitar a punição dada pelo

árbitro, sendo ele quem fez ou recebe a falta; agressão de

jogadores da mesma equipe. A observação foi aleatória, assim

pode-se evitar que os observadores dessem maior ênfase a um

tipo de agressão do que ao jogo todo. As observações dos jogos

junto com as informações descritas no roteiro científico

facilitam a compreensão do que e de que forma aconteciam as

agressões durante o jogo, podendo assim chegar a uma melhor

conclusão.

4.5 ANÁLISE DOS DADOS

A primeira coleta de dados foi realizada no local do jogo

pelo pesquisador que fazia o relatório e, em um segundo

momento, estes dados analisados em loco eram confrontados com

as filmagens.

37

Os resultados estão apresentados de forma discutida.

38

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Apresentamos a seguir a análise dos jogos da discussão

para facilitar a compreensão do texto. As primeiras análises

são da equipe de handebol e sequencialmente a de futsal.

5.1 ANÁLISE DAS PARTIDAS DE HANDEBOL

Para a primeira partida da fase de grupo analisada na

modalidade de Handebol, categoria sub 21 dos Jogos Regionais,

tendo como sede a cidade de Taubaté-SP, verificamos que os

atletas pesquisados antes mesmo do início da partida entram em

quadra dizendo que a vitória já esta garantida.

No início a partida demonstra ser um pouco agressiva pela

ansiedade de ambas as equipes, segundo Hannin (1999, apud

HOKINO & CASAL, 2001) aponta que a ansiedade é um estado

emocional mais difuso, desfocado e claramente percebido. Essa

ansiedade aumenta quando os atletas pesquisados se deparam com

o grande volume de torcedores e psicologicamente não conseguem

controlar a emoção, no entanto, estes jogadores, no decorrer

39

da partida, não encontram dificuldade para abrir e ampliar o

placar. Mas foram surpreendidos por seus adversários que não

se deixam intimidar, Machado (1997) confirma que existem

influências exteriores e inegáveis exercendo um papel

determinante sobre a conduta emocional e motora do atleta.

O contato físico é constante e visível, chegando ser uma

agressão hostil que segundo Samulski (2002), é a agressão onde

se tem intenção de usar ou prejudicar o adversário. Deste

modo, perante tamanha violência, os árbitros da partida são

rígidos e aplicam as advertências necessárias para cada

atleta, porém mesmo diante das punições recebidas, a

agressividade física permaneceu constante ainda mais por se

tratar de um esporte de muito contato. De Rose Junior (2006)

confirma que o handebol é avaliado como um esporte de alto

risco para ocorrência de lesões, pois é uma modalidade

esportiva coletiva com possibilidade de contato entre

oponentes e até mesmo com indivíduo da mesma equipe.

O técnico da equipe pesquisada durante a partida aparenta

estar nervoso com a sequência de erros e por seus atletas não

terem paciência para dar continuidade na jogada programada,

apresentado atitudes agressivas quando vai orientar usando

40

palavras de baixo calão na tentativa de estimular e promover

uma melhora do rendimento. Para Machado (2006) o profissional

do esporte vai influenciar seus atletas positiva e

negativamente, conforme suas atitudes e sua personalidade, em

determinadas situações, podendo ter um técnico inteligente,

porém abalado emocionalmente diante de uma situação que gera

uma grande tensão, assim não conseguindo instruir e controlar

a equipe ou os atletas, que esperam exatamente que ele inverta

a situação desfavorável ou vulnerável.

Termina o primeiro tempo e o resultado é agradável para a

equipe pesquisada. Já no segundo tempo, os atletas pesquisados

aparentam estar mais equilibrados, e apresentam um nível de

agressividade menor que o início. Eles permanecem com a

vantagem de saldo de gols, com isso a comemoração gera

mudanças deixando os adversários desorientados, pois tentam

diminuir desvantagem e não conseguem, ficando bem frustrados

com o resultado negativo. Mediante a desvantagem do placar, os

adversários agem com mais agressividade. Weingberg & Gould

(2001) afirma que a agressão é provável quando os atletas

estão frustrados, os participantes normalmente se sentem assim

quando estão perdendo e consideram as faltas injustas, ficando

41

constrangidos, sofrendo fisicamente ou jogando abaixo de suas

capacidades. Portanto, os profissionais como técnicos e

professores devem ser particularmente sensíveis para detectar

e controlar a agressão física nessa situação frustrante.

Mesmo tendo um bom desempenho, os atletas pesquisados

agridem os adversários de maneira desrespeitosa na tentativa

de intimidá-los com atitudes antidesportivas. Weingberg &

Gould (2001) contradiz dizendo que certamente a relação entre

agressão e desempenho é complexa, considerando a estratégia de

fazer um jogador de menor habilidade cometer atos agressivos

contra o adversário de maior habilidade para distraí-lo ou

atrái-lo para uma briga. O técnico adversário, em seguida, faz

um pedido de tempo técnico para poder orientar melhor seus

atletas que acabaram de sofrer mais um gol, mas o goleiro se

sente ofendido emocionalmente com a comemoração feita pelo

jogador pesquisado, caminha em sua direção e o agride

verbalmente, Baron & Richardson (1994) apontam que, embora a

frustração nem sempre leve à agressão, ela aumenta a

possibilidade de agressão por causa do aumento da excitação e

da raiva. Perante este ocorrido o arbitro presente o pune com

42

uma exclusão que não permite sua presença na partida por

apenas dois minutos.

A partida foi interrompida e não prossegue até o final,

por que o goleiro era o único de sua equipe não havendo outro

substituto regulamento não permite que um jogador de linha

com outra cor de camisa que não seja igual a do goleiro

excluso permaneça na partida, a vitória foi concedida para a

equipe pesquisada.

Já para a segunda partida analisada, observamos que os

atletas pesquisados apresentam um comportamento mais

equilibrado. Este jogo requer muita concentração pois a

disputa faz parte das eliminatórias (semi-final) que vale vaga

para a final.

Durante o aquecimento da partida, os jogadores pesquisados

demonstram estar bem motivados, vibrando e incentivando muitos

uns aos outros. No ginásio há um grande número de torcedores

sendo a grande maioria do time adversário.

A partida inicia de maneira equilibrada onde os jogadores

analisados trabalham pacientemente na construção das jogadas

programadas, porém os adversários se encontram muito bem

43

concentrados, dessa forma saem na frente no placar e os

jogadores pesquisados não se deixam abater e buscam o empate.

A partida prossegue de modo que os jogadores pesquisados,

durante a partida, têm sempre que buscar o placar e isto

começa provocar um pouco de stress e desequilíbrio, o contato

físico é presente e o dialogo entre os jogadores pesquisados

fica um pouco agressivo, tanto para motivar quanto para

cobrar, pois cometem erros individuais. Lipp & Malagris (1995)

considera uma associação entre os estímulos internos e

externos, além de estratégia de enfrentamento do indivíduo,

determina se irão desenvolver stress excessivo ou não.

Os jogadores conseguem em um determinado momento da

partida buscar uma vantagem no placar e ficar à frente no

saldo de gols, entretanto não conseguem manter por muito tempo

este resultado e assim termina o primeiro tempo.

O segundo tempo da partida inicia com os jogadores

pesquisados mais agressivos na marcação, tentando pressionar e

desestabilizar o ataque dos adversários, mesmo assim se

sobressaem conseguindo se infiltrar na defesa. Para Bidutte

(2005), as ações coletivas favorecem o comportamento agressivo

e, como resultado enfraquecem o controle moral.

44

O jogo fica cada vez mais agressivo por que os jogadores

pesquisados estão atrás do placar e quanto mais o tempo passa,

mais dificuldades surgem. O técnico mantém a mesma postura

apresentada no primeiro jogo, utilizando-se de palavras de

baixo calão ao orientá-los dentro de quadra na tentativa de

estimular seus atletas para obter uma mudança de atitude

positiva. Segundo Costa & Samulski (2009), o rendimento

esportivo exige do treinador, além do conhecimento tático e

técnico, o domínio de outras dimensões, tais como os aspectos

coletivos, aspectos de relacionamento social que influencia

diretamente os resultados da equipe segundo Lobo, Moraes e

Nascimento (2005) não existe um estereótipo da personalidade

do treinador, ou do tipo liderança que garanta o sucesso,

podendo ser necessário o emprego de um estilo de liderança

mais severo, para resolver dificuldades da equipe.

O jogo desenvolve um ritmo agressivo, porém a torcida não

corresponde de forma violenta perante a agressividade dos

jogadores dentro de quadras . A partida consiste de muitas

faltas e interrupções. Os árbitros têm um comportamento mais

severo conforme aumenta o nível de agressividade Alguns

autores como Bidutte, Azzi, Raposo & Almeida (2005) analisam a

45

agressão no esporte, nas suas formas e interpretações, sendo

que a definição de um comportamento agressivo hostil ou

instrumental depende do tipo de modalidade, das suas regras,

da posição dos jogadores na equipe e da interpretação o

observador.

Naturalmente fica visível o desequilíbrio dos jogadores

pesquisados que contribuem para um resultado negativo; a

derrota.

De acordo com os dados coletados acima através da

observação analisada, identifica-se como forma inicial de

agressão o contato físico mais hostil do que a modalidade

naturalmente apresenta. Sendo que este é um esporte de muito

contato físico e inteligência tática.

Em consequência dos contatos físicos mais hostis, surgem

as agressões verbais, descontroles emocionais por fim as

agressões físicas como socos e pontapés, gerando um combate

que foge do contexto esportivo.

5.2 ANÁLISE DAS PARTIDAS DE FUTSAL

46

Para o primeiro jogo analisado na modalidade de Futsal

Masculino, categoria sub 21 dos Jogos Regionais, tendo como

sede a cidade de Taubaté-SP, observamos que os atletas

pesquisados iniciam a partida com muita ansiedade e com grande

motivação da torcida. Weingberg & Gould (2001) aponta que a

ansiedade é um estado emocional negativo com sentimentos de

nervosismo, preocupações e apreensão associados com ativação

ou ativação do corpo e a motivação é a direção e a intensidade

do esforço na tentativa de maior superação. A partida esta

equilibrada entre as equipes que apresentam baixo nível de

agressividade.

O técnico da equipe pesquisada durante a partida observa

sentado, seus atletas e só levanta do banco para orientar

quando necessário sem utilizar termos impróprios. Segundo

Machado (2006), cabe ao técnico as chamadas à razão e as

condutas ao raciocínio lógico, a maturidade e a possibilidade

de ter maior experiência para dirigir um grupo, em atitude de

liderança indiscutível, faz do técnico a pessoa respeitada e

respeitadora que é. Uma visão mais especializada e até mais

apurada, e fazendo com que seus conselhos soem como

determinantes, bom senso é um recurso determinante.

47

É importante destacar o comportamento individual que

goleiro da equipe pesquisada apresenta durante o jogo, em que

fala o tempo todo, gesticula bastante com seus parceiros de

equipe dentro de quadra, tendo uma conduta verbal agressiva

tanto para vibrar e motivar, quanto para orientar sua equipe

de falhas. Santos (2005) considera que o indivíduo, ao ser

agressivo, consome energia física e psíquica e as reações

podem variar de pessoa para pessoa, bem como o tipo de

agressão pode ser física, gestual, verbal ou comportamental.

Notamos que ao passar do tempo, as equipes começam a ter

um diálogo agressivo entre si, em consequência ocasionando uma

agressão instrumental referente à disputa de bola que para,

Samulski (2002) a agressão instrumental traduz um

comportamento que teve como intuito realizar os objetivos do

indivíduo mesmo que, às vezes, possa envolver algum dano a um

adversário. O primeiro tempo termina com um resultado/

positivo para os jogadores pesquisados que iniciam o segundo

tempo com o mesmo rendimento e determinação.

Os torcedores presente vibram o tempo todo principalmente

para provocar os jogadores em quadra que não se deixam abater,

não correspondendo às provocações, Paim & Strey (2005) afirmam

48

que se uma pessoa participa de uma torcida organizada, ela

está constituída de expansão de várias emoções. Dabranszky e

Machado (2000) apontam que os torcedores são parte importante

em um espetáculo esportivo, mas a violência entre eles seja

verbalizado ou até mesmo direta, recorrendo a objetos jogados

nos atletas e juízes, é uma variável especifica para o aumento

da agressividade dentro e fora da área de jogo.

A partida está bem disputada e os adversários começam a

cometer muitas falhas se desequilibrando um pouco da partida,

deixando um clima mais tenso. Os jogadores pesquisados durante

a partida começam a ser provocados verbalmente por seus

adversário que não reagem aos insultos, mas os adversários não

satisfeito por não conseguir intimidá-los desta forma tomam

outra atitude, mais agressiva fisicamente, Samulski (2000)

confirma que a agressão representa um instinto inato,

espontâneo, e acumulativo, o qual provoca no organismo humano

uma acumulação contínua de energia agressiva, a qual deve ser

descarregado de vez em quando.

Em consequência de seus atos, os adversários recebem então

advertências e punições pelos árbitros da partida, mesmo assim

a partida fica um pouco mais agressiva e os árbitros novamente

49

intercedem, porém aplicam punições mais severas como a

utilização do cartão vermelho para os adversários da equipe

pesquisada que se encontram em desequilíbrio na partida, os

jogadores pesquisados apresentam bom comportamento e ampliam

mais uma vez o placar, vencendo a partida. Machado (2006)

aponta que no esporte, pela necessidade de afirmação dos seus

componentes, a agressividade e violência podem degradar

relacionamento, desde quando o atleta perde seu autocontrole,

passando pela revolta do espectador sobre o comportamento do

jogador, o descontrole do árbitro, até chegar ao treinador,

que utiliza meios ilícitos para conquistar a vitória.

Já para a segunda partida analisada, verificamos um

comportamento de grande ansiedade e emoção, pois este jogo faz

parte das eliminatórias (semi-final) da competição. A partida

inicia com grande disputa entre as equipes, os atletas

pesquisados durante a partida conseguem conter a emoção e a

ansiedade, trabalhando as jogadas pacientemente. De inicio

abrem o placar. De Rose Junior e Vasconcellos (1997)

consideram a ansiedade-traço competitivo sendo uma

característica psicológica relativamente estável em que o

atleta percebe certos estímulos do meio competitivo como

50

ameaçadores ou não. Esta partida de fato foi bem tranquila

tanto no primeiro tempo, quanto no segundo. Observamos que não

houve nenhuma agressão que colocasse em risco a integridade

física dos jogadores, o contato físico ocorria nas disputas de

bola de maneira limpa sem agressão. A equipe pesquisada

desenvolveu durante a partida um ótimo rendimento que por sua

vez resultou na vitória sem muita dificuldade, garantindo a

vaga para a final do campeonato.

De acordo com os dados analisados através da observação,

verificou-se que as agressões iniciais surgem através de

palavras de baixo calão direcionados tanto para o adversário,

quanto para os companheiros da própria equipe. Com a

incidência da violência verbal, acarretam intimidações que

consequentemente podem gerar agressões físicas.

51

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir dos dados coletados, verificou-se que a

modalidade de futsal durante a competição apresentou mais

agressividade instrumental durante as partidas do que

agressividade hostil. A agressividade instrumental transparece

através de um comportamento correto, em que os jogadores não

agridem nenhum dos adversários. Por outro lado, verificou-se

que no handebol houve a predominância da agressão hostil no

decorrer da partida, que está presente como característica a

intenção de usar ou prejudicar o adversário.

Assim, o futsal apresenta a agressão verbal sendo a

primeira a aparecer durante as partidas, em um segundo

momento, a agressão física. Já no handebol a agressão que

primeiro se manifestou foi a física e por consequência dessa

surgiam as agressões verbais.

Observou-se que a comissão técnica das equipes possuem

papel importante durante as partidas. O técnico da equipe de

handebol se mostrou explosivo, tendo uma conduta desfavorável

com seus jogadores, mas com o intuito de motivá-los em busca

de um melhor rendimento. Já o técnico da equipe de futsal

possuía uma conduta essencial para o rendimento dos atletas,

52

agindo de forma segura e confiante para dar suporte

necessário.

Propomos que sejam realizados novos estudos visando à

comparação de agressão entre outros esportes de alto nível e

níveis diferentes de rendimento, também estudos sobre a

participação da figura do psicólogo no esporte.

53

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Paulo. 1997.

59

7. ANEXOS

ANEXO I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Você está sendo convidado (a) para participar, comovoluntário, em uma pesquisa. Após ser esclarecido (a) sobre asinformações a seguir, no caso de aceitar fazer parte doestudo, assine ao final deste documento, que está em duasvias. Uma delas é sua e a outra é do pesquisador responsável.Em caso de recusa você não será penalizado (a) de formaalguma. INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA:

Título do Projeto: Incidência da Violência em EsportesColetivos de CompetiçãoPesquisador Responsável: Enrique Osvaldo Cimaschi NetoTelefone para contato (inclusive ligações a cobrar: ((12)3621-6420)Pesquisadores participantes: Marcelo Chizzilini, MarcusVinicius Oreste Xaubet, Suellen AparecidaTelefones para contato: Marcus Xaubet (12) 81424381, MarceloChizzilini (12) 78137926

Verificar a incidência da violência durante arealização da partida

A participação nesta pesquisa não implica riscofísico algum e nem de constrangimeno e desconforto.

Todo o material coletado será destruído após análise,o que garante o anonimato.

Buscar através de análise a diferença entre aincidência de violência entre duas madalidadesdiferentes.

Nome e assinatura do pesquisador_______________________________________

CONSENTIMENTO DA PARTICIPAÇÃO DA PESSOA COMO SUJEITO

60

Eu, _____________________________________,RG______________________________, abaixo assinado, concordo emparticipar do estudo, Incidência da Violência em EsportesColetivos de Competição ,como sujeito. Fui devidamenteinformado e esclarecido pelos pesquisadores MarceloChizzolini, Marcus Vinicius Oreste Xaubet e Suellen Aparecidasobre a pesquisa, os procedimentos nela envolvidos, assim comoos possíveis riscos e benefícios decorrentes de minhaparticipação. Foi-me garantido que posso retirar meuconsentimento a qualquer momento, sem que isto leve a qualquerpenalidade ou interrupção de meu acompanhamento/assistência/tratamento.

Local e data ___________________/________/________/__________Nome: ________________________________________Assinatura do sujeito ou responsável:________________________________________

61

ANEXO II

ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO CIENTÍFICA

O roteiro de observação científica foi fundamentado em

Bartholomeu e Machado (2008). Será utilizado para verificar a

incidência de agressões, sejam elas verbais ou físicas. Serão

utilizadas tais situações como base de pesquisa:

1. Reação do jogador perante a torcida;

2. Sem que o árbitro veja, o jogador faz algo para provocar

a equipe adversária;

3. Provoca os adversários para intimidá-los;

4. O nível de agressão aumenta quando o time está perdendo;

5. Através de uma agressão verbal acontece a agressão

física;

62

6. No decorrer da partida quando acontece uma falta, muda o

comportamento por não aceitar a punição dada pelo

árbitro, sendo ele quem fez ou recebeu a falta;

7. Agressão de jogadores da mesma equipe;