Saturnino reduz Unif e baixa IPTU

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NAL DO BRASIL©JORNAL DO BRASIL SA 1986 Rio de Janeiro — Segunda-feira, 19 de maio de 1986 Ano XCVI — N° 41 Preço: Cz$ 4,00

TempoNo Rio e em Niterói,nublado a ocasional-mente claro. Sujeitoa chuvas ocasionais.Temperatura está-vel. Ventos quadran-tes Oeste a Sul, fra-cos. Visibilidadeboa. Máxima: 34.4em Realengo, e a mi-nima também emRealengo, de 20.0.Foto do satélitee tempo no mundo,página 14.

Esportiva

4 SORTEIO

Tõ5<ir—^

ProfessoresDe- hoje até sexta-feira, cerca de 35 milprofessores, votandoem 70 universidadesem todo o país, ele-gem a nova diretoriada Andes. Pela pri-meira vez em seisanos, há duas chapasdisputando a elei-ção.. (Página 7)

ObituárioJosé' Luiz SantosAzevedo, 57, de en-farte em Belo Hori-zonte. Era o presi-dente da Fiat Auto-móveis. (Página 14)FundosA tendência de que-da das bolsas de va-lores nos últimos 20dias fez com quequase todos os fun-dos mútuos de açõesapresentassem ren-tabilidade negativanas duas primeirassemanas de maio.(Página 18) <

CannesSerão anunciados• hoje à noite os ven-cedores do 39° Festi-vai de Cannes, cujosfavoritos são: TheMission, de RolandJoffé, Sacrifício, deAndrei Tarkovski, eFool for love, de Ro-bert Altman. O Bra-sil tem poucas chan-ces. (Caderno B)GastrenteriteO secretário de Jus-tiça baiano, GabinoKruschewski, afãs-tou a diretoria doCentro de Recupera-ção e Triagem daFundação de Assis-tência ao Menor doEstado da Bahia emandou abrir inqué-rito para apurar amorte de 14 crian-ças, vítimas de gas-trenterite. (Página 8)Duarte no RioProtesto contra apresença no Rio dopresidente de ElSalvador. José Na-polèón Duarte, oobrigou a cancelarpasseios pela cida-de. (Página 12)

AbelhasO combate ao mos-quito Aedes aegypticom inseticida estápreocupando os api-cultores do Rio, que,para evitar mortan-dade das abelhas,sugeriram que a pul-verização seja feitaà noite. (Página 5)

CotaçõesCruzado: 1.413,01 (ho-je); 1.419,37 (amanhã).Dólar: Cz$ 13,77 (com-pra) e Cz$ 13,84 (ven-dà). UNIF e UFERJ:Cz$ 186,99 para IPTUaté 30 de junho e Cz$248,55 para cálculodo ISS e taxa de ex-pediente desde Io deabril.

Saturnino reduz Unif e baixa IPTUFoto de Mabel Arthou

Brizola fez o desabafo ao levar D Neuza a recadastrar-se

Recadastramento frustraprevisão do TRE no Rio

Sob pressão de dezenas de entida-des representativas da comunidade, reu-nidas num seminário na PUC, a Prefei-tura decidiu reduzir em cerca de 10% oaumento da Unif (Unidade Fiscal doMunicípio), que serve de cálculo para oreajuste do IPTU (Imposto Predial eTerritorial Urbano) no segundo se-mestre.

Embora sabendo que a medida re-presentará para a arrecadação munici-pai uma perda de quase Cz$ 200 mi-lhões, o prefeito Saturnino Braga ren-deu-se às reivindicações de 50 entidadese determinou que o reajuste ficará entreCz$ 214,00 e Cz$ 216,00. As autorida-des financeiras municipais tinham eleva-do a Unif para Cz$ 248,00.

A iniciativa do prefeito, ao mesmotempo em que atende às solicitações da

Brizola ameaçapassar Av. Brasilpara Brasília

Em protesto contra "o procedimento

indecoroso do ministro João Sayad, quereteve o pedido de rolagem da dívida doestado e mandou sustar o repasse de ver-bas", o governador Leonel Brizola ameaçouabandonar o trabalho de conservação da Av.Brasil, se o governo federal não cumprir oconvênio para pagar a despesa, que é de Cz$15 a 20 milhões anuais.

Particularmente irritado com o ministroSayad — "isso demonstra o desprezo comque esse barbudo trata o Rio" —, Brizoladisse que o governo federal tem o dever degovernar para todos os estados, sem dis-eliminação. O governador estendeu ao pre-sidente Sarney sua irritação e prometeu cor-tar as gentilezas:

"Não vou ficar nos palan-ques dando risadinhas com ele." (Página 5)

comunidade — representadas no semi-nario pela Famerj (Federação das Asso-ciações de Moradores do Rio de Janei-ro) e Fàferj (Federação das Favelas doRio) —, ameniza as críticas do governofederal, que reagiu contra a decisão daPrefeitura de aumentar impostos na ho-ra do plano de austeridade do presiden-te Sarney.

Saturnino pretendia aumentar o IPTUpara garantir a previsão orçamenta-ria e investir, segundo ele, mais emáreas carentes. A Faferj defendia seusplanos, mas a Famerj entendeu que oreajuste do IPTU sacrificaria ainda maisos contribuintes. Diante das pressões,o prefeito encontrou a fórmula concilia-tória: abrir mão do reajuste integral,tornando o imposto e a perda na arreca-dação "mais toleráveis". (Página 6)

Bancos admitemmais demissõesem todo o país r

Trinta mil bancários já foram demi-tidos em todo o país em conseqüênciada reforma econômica, conforme levan-tamento feito pelo Sindicato dos Banca-rios do Rio. Segundo o vice-presidentedo Sindicato dos Bancos, Teóphilo deAzeredo Santos, esse número deveráaumentar, até o fim do processo deajustamento das instituições financeiras.

Para compensar a redução dos lucrosdos bancos, o Governo já havia autori-zado o aumento das tarifas e a criaçãode taxas para pagamento dos serviços.Agora, os bancos ganham nova compen-sação: o Governo está pagando as dí-vidas atrasadas de empresas estatais jun-to às instituições financeiras. (Página 17)

Cidade do México — Foto de Alberto Ferreira

Só 1 milhão 108 mil eleitores — 34%do eleitorado da cidade do Rio de Janeiro— participaram do Dia Nacional do Reca-dastramento. O percentual de recadastra-mento no Estado, que era de 42% atésexta-feira, atingiu 74%. O presidente doTRE, desembargador Fonseca Passos, es-perava 85%. Mesmo assim, recebeu umaboa notícia do presidente do TSE, minis-tro José Neri da Silveira: o Rio teve omaior comparecimento do país.

— É negligência dos eleitores. Pare-ce que eles gostam mesmo é de fila —disse Fonseca Passos. Como o Rio deJaneiro tem 6 milhões 751 mil 886 eleito-res, há ainda para recadastrar mais de 2milhões. O presidente do TRE advertiuque o prazo termina dia 30 e quem não serecadastrar não vota em novembro.

O presidente Sarney é um dos 18mil eleitores que moram em Brasília eainda têm títulos expedidos pelos esta-dos de origem. O TSE decidirá estasemana se esses eleitores poderão reca-dastrar-se, sem perder o domicílio elei-toral. O tribunal deverá aplicar o mes-mo princípio que permite ao eleitorresidente em Brasília votar nos candi-datos de seu Estado.

Em todo o país, o recadastramento seprocessou sem filas e sem tumulto na ma-ioria dos postos. Em muitas seções, sobra-vam mesários e faltavam eleitores. NoRio Grande do Sul, um eleitor, cuja iden-tidade não foi revelada, se alistou em qua-tro cidades da Região Metropolitana dePorto Alegre. Foi o primeiro caso de ten-tativa de fraude no Estado. (Págs. 2,3, e 4)

Foto de José RenatoGol de Casagrande, um dos poucos bons momentos da Seleção

Telê resiste para nãocortar Zico e Cerezo

Só por razões emocionais — e emconsideração aos dois jogadores,— Telêesperará até sexta-feira para decidir sobrea inclusão de Zico e Cerezo entre os 22inscritos para a Copa. O mais certo é queantecipe os cortes, caso eles não possamtreinar com bola na próxima quarta-feira,pois pretende escalar o time titular nospróximos coletivos. Se depender do medi-co Neilor Lasmar, Zico e Cerezo já estãode fora.

Com gols de Casagrande e Sócrates, aSeleção venceu a fraca equipe mexicanado Atlante por 2 a 1, num amistoso em que

Edinho foi o destaque. Edson, com uma.torção no tornozelo direito, é mais umproblema para Telê. Alemão e Dirceuvoltam no treino de quarta-feira.

Alegando que alguns de seus jogado-res são vítimas do vírus do Aedes aegypti,o Fluminense não foi a Campos, mas ain-da é o líder da Taça Rio de Janeiro,com 7 pontos ganhos. O América venceu oVasco por 2 a 1, o Flamengo goleou aPortuguesa por 5 a 0; o Olaria ganhoudo Botafogo por 1 a 0; o Bangu quebrou ainvencibilidade do Mesquita por 3 a 0 e oGoitacás goleou o Campo Grande por 4 a 0.

ESPORTES

Na praia, indiferença ao recadastramento e à "lei seca"

O fraco desempenho da seleção brasileira na fase preparatória da Copado Mundo diminuiu o ânimo da torcida e, em conseqüência, reduziu osnegócios que giram em torno do campeonato mundial de futebol. (Página 17)

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2 ? Io caderno ? segunda-feira, 19/5/86 Política JORNAL DO BRASIL

Disputa depopularidade

Eliane Cantanhede

O Rio de Janeiro é o fórum mais apropria-do para opinar sobre a principal disputa

política que se trava hoje no país: de um ladoo presidente José Sarney, seu ministério e aAliança Democrática; de outro, o governa-dor Leonel Brizola, sua disposição de chegarrapidamente à Presidência da República e ooposicionista PDT. Por isso, são significati-vos os resultados de uma pesquisa realizadapela MPM no estado, abrangendo 200 paisde família de todas as classes sociais, aindaque o período de entrevistas tenha sido entreos dias 2 e 10 de abril, antes, portanto, doslances mais empolgantes da disputa, comBrizola assumindo a ofensiva pela imprensa.

Foi apurado, por exemplo, um ganho depopularidade para' a Aliança Democrática,entre esses homens consultados, que têmentre 20 e 59 anos e são apontados pelosautores do trabalho como "provedores dolar, ou seja, principais responsáveis pela

I renda e liderança da família". Em 1982,36%'¦ deles votaram no PDT, contra os 14% que; preferiram o PMDB, mas haveria uma inver-

são na preferência: se houvesse eleições! agora, a maioria (28%) ficaria com o maior| partido de sustentação do governo Sarney,: 26% optariam pelo PDT; e o PFL, que sói obteve a aprovação de 7% deles em 85, dariaj um pulo para 15%.

A questão do partido, no entanto, conti-nua no Rio como no resto do Brasil — ou

; seja, secundária. Do total dos entrevistados,; apenas 4% tem filiação partidária e só uma; reduzida parcela de 13% manifestou conhe-! cimento pertinente sobre o significado daI Assembléia Nacional Constituinte a ser elei-¦ ta em novembro. Assim, os dados mais: emocionantes da pesquisa desembocam

principalmente em nomes.• Sarney ganha quando a opção é por

| nomes: "Quando se fala em política, qual é oprimeiro nome que vem à sua cabeça?" —'¦ perguntou-se. 45% citaram Sarney, 21%,Leonel Brizola. Em seguida, quase empata-dos, surgiram os nomes de Tancredo Neves,

í o presidente morto há pouco mais de umano, lembrado por 7%, e de Dilson Funaro,

, 9 ministro da Fazenda do Plano Cruzado,t com 6%. O presidente da Câmara e do! PMDB, Ulysses Guimarães, foi o grande; esquecido. Quando a pergunta seguinte afu-í nila a opção para o político que os entrevis-; tados mais gostam, o salto de Sarney é: marcante: ele ficou com 80% enquanto Bri-: zola, em segundo lugar, emplacou apenasI 42%.

Também essa pergunta embute uma das!; grandes surpresas de toda a pesquisa. Para

um país que se habituou nas duas últimas¦ :décadas a eleger os mentores da política•econômica como os bodes expiatórios de

;. todos os males nacionais, não deixa de serum dado para reflexão a lembrança dos dois

:, principais ministros econômicos entre os:.;."políticos" preferidos, justamente num esta--do de grande passado político. Os pais de

família do Rio de Janeiro deram 39% (3o•lugar) para Dilson Funaro e 12% (o 8o) para; ;o ministro do Planejamento, João Sayad. É

-evidente que opção significa um "sim" para; a ousadia de um plano oficial que se propõe

a alterar profundamente a economia do país.É interessante também, já que a pesqui-

sa é um bom parâmetro da observação| popular à disputa Sarney-Brizola, anotar

que, entre os oito "políticos" mais simpáti-cos ao universo da pesquisa, só dois são doRio de Janeiro — além de Brizola, surge o

_nome do prefeito Saturnino Braga, em 4o'•>, lugar, com 22% de aprovação. No mais, são"citados nomes de projeção nacional: Sarney,^Funaro, Aureliano Chaves, Marco Maciel,

i> Ulysses Guimarães e João Sayad.Na fusão de todos esses dados — e eles

são apenas alguns entre os investigados pelo'trabalho da MPM —, fica a conclusão de queo governo Sarney está avançando na popula-ridade e, neste avanço, brilham preferencial-mente os seus escudeiros para a área econô-mica, já que Aureliano e Marco Maciel têmuma presença natural nesse tipo de avalia-ção, pelo papel que representam no jogopolítico desde a sucessão do general Figuei-redo — outro nome, aliás, que, como Tan-credo, é ignorado completamente pelos ho-mens cariocas, apesar de ter largado a Presi-dência da República há pouco mais de umano.

De outro lado, Brizola pode estar per-dendo para Sarney agora, mas continua umgovernador popular. A proporção entre osíndices de popularidade de um e outro estáestreitamente vinculadA à execução e àsconseqüências, a médio e longo prazos, doPlano Econômico. Por isso, Brizola não temsaída, ou arrisca ou não petisca. E estáestrategicamente certo em ir à luta sem secontentar com a posição defensiva ou asubmersão. Ao denunciar publicamente"um boicote" do governo federal às verbasque devem ser liberadas para seu estado, elenão só marca uma postura de oposição quelhe pode ser útil nacionalmente, num futuropróximo, como garante uma aliança — ouempatia, ao gosto dos carismáticos — com aúnica alavanca, hoje, que pode deslancharseu sonho presidenciável: o eleitorado doRio de Janeiro.Eliane Cantanhede é chefe de redação do JB em Brasília.

Novo título ainda pode ser tirado até dia 30-. . ... ~. .. . . JL Frito ds José RenatoFoi tranqüilo, em toda a cidade, o Dia Nacional do

Recadastramento. Na Zona Sul, a maior parte dos eleitorespreferiu comparecer aos postos e seções somente à tarde, depoisde voltar da praia. Na Zona Norte, ao contrário, o movimentomaior foi de manhã. Só na 1644a seção, na Escola MunicipalIPEG, em Santa Cruz, 300 pessoas esperavam a vez, em longasfilas sob sol forte, por volta de llh.

Quem não conseguiu recadastrar-se ontem, tem prazo parafazê-lo até o dia 30, nos postos instalados pelo TRE ou nas sedesdas zonas eleitorais. Mas eleições de 15 de novembro só poderãovotar eleitores recadastrados, que receberão em setembro o novomodelo de título.

Domingo de solPequenos problemas ocorreram: muitos eleitores pro-

curaram postos fora de sua zona eleitoral e não puderam serecadastrar; analfabetos foram impedidos de entregar o formula-rio por falta de almofada com tinta para marcar a impressãodigital; e, apesar da lei seca, muitos bêbados foram detidos pelosguardas de plantão, principalmente na Zona Norte. O excesso dezelo de alguns fiscais também atrasou o eleitor em algumasseções, onde além da exigência da carteira de identidade paraconferência dos dados, foram recusados os formulários comnúmeros escritos da direita para esquerda.

Se para a maioria dos eleitores o recadastramento foi umdever cívico, para alguns comerciantes bem humorados represen-tou uma fonte de renda. No restaurante Cozinha Brasileira, naRua Visconde de Pirajá, em Ipanema, os proprietários, ao ladode um recorte de jornal com todos os postos e seções eleitorais,afixaram cartazes anunciando um cardápio com cabrito, leitão,bacalhau, supremo de frango, lingüiça mineira "e mais 25 pratospara você tirar o seu título na capricho". Um outro cartazanunciava a proibição da venda de bebidas alcóolicas: "Lei Seca,seja compreensível. Dura lex sed lex".

O mesmo comportamento, porém, não foi observado emoutros pontos da cidade. Nas praias, os barraqueiros que traba-lham na areia venderam normalmente batidas, cachaça e cerveja.Na Zona Sul, seis bares foram denunciados, entre eles, o"Nectar", na Rua Teixeira de Mello, em Ipanema, e o "Zuza",na Miguel Lemos, em Copacabana. Na Zona Norte, maisdiscretos, os comerciantes usaram de um recurso: serviam cervejae chope em copos colocando nas mesas garrafas de guaraná. Odono do "Bar Pinhão", na rua Senador Camará, em Santa Cruz,jogou no chão copos e garrafas de cerveja, ao perceber um carrode reportagem do JORNAL DO BRASIL que passava à suaporta.

Portas fechadasAs maiores filas na Zona Norte foram as da Escola

Municipal IPEG, que atende aos moradores de Santa Cruz eJardim Palmares e da Escola Bahia, em Bonsucesso. Motoristasde ônibus, diaristas, comerciários e operários — que trabalhamdurante a semana e só dispunham do domingo para se recadastrar— levaram horas à espera de serem atendidos na seção instaladano prédio da Escola Bahia, onde terminado o horário muitosficaram sem se recadastrar. Contrariando as recomendações daJustiça Eleitoral — que predominam em todas as eleições —mulheres grávidas, senhoras idosas não tiveram preferência.Jussara Oliveira Pereira, no terceiro mês de gravidez, chegou apassar mal.

Ainda em Santa Cruz, no Colégio Professor Coqueiro, AnaMaria da Conceição, 80, 12 filhos, 10 netos e analfabeta, nãoescondia o entusiasmo de poder votar pela primeira vez. "Apesarde não saber ler nem escrever, eu não sou nada burra e não voudeixar nenhum político me enganar na hora de escolher o meuvoto", disse. A procura dos analfabetos, porém, foi bastantereduzida. Na Zona Norte, a média foi de dois por seção e na ZonaSul, houve postos onde o comparecimento de analfabetos foinulo.

No York Esporte Clube, em Bonsucesso, o atendimento foiencerrado às 16h50min — dez minutos antes do prazo estabeleci-do pela Justiça Eleitoral — quando ainda havia 40 pessoas na fila.Houve princípio de tumulto e os eleitores exigiram a distribuiçãode senhas. A polícia foi chamada, mas os mesários mantiveram adecisão de fechar o portão do clube.

MilitaresNas seções da 15a Zona Eleitoral, na Vila Militar, o

movimento foi tão pequeno que alguns mesários puderam até irem casa almoçar tranqüilamente. Há três semanas, o recadastra-mento começou a ser feito na Escola Municipal Rosa da Fonseca,que fica na Praça Marechal Hermes, e os funcionário do TREacreditam que, durante esse período, foram recadastrados maisde 40% dos eleitores locais.

Também na colônia de hansenianos do Hospital Estadual deCurupaiti, em Jacarepaguá, o trabalho de recadastramento feitonos dias 9,10 e 13 diminuiu muito a procura da 99a Seção, queontem recebeu pouco mais de 150 formulários preenchidos, dos700 distribuídos anteriormente. Na colônia votam doentes, egres-sos, funcionários e pessoas do bairro.

"Eleitora de cabresto"O governador Leonel Brizola acompanhou sua mulher, d.

Neuza, e sua governanta, Cacilda Guedes, às 12a seção da 18aZona Eleitoral—na agência do Bradesco na Rua Sousa Lima, emCopacabana. Brizola se recadastrou há 15 dias, no PalácioLaranjeiras, na presença do presidente em exercício do TRE,desembargador Fonseca Passos.

D. Neuza e a governanta, também gaúcha, levaram osformulários preenchidos e o encarregado do recolhimento com-pletou apenas o espaço reservado ao código da profissão de cadauma. Como profissão, d. Neuza escreveu "do lar", enquantoCacilda Guedes registrou "doméstica". Ao apresentar sua gover-nanta, Brizola anunciou: "Ela é a minha única eleitora decabresto."

Rocinha teve que usarposto de São Conrado

Os eleitores da Rocinha sofreram para mudar seus títulos.Apesar de ter 130 mil moradores, a favela não contou comnenhum posto de recadastramento. O mais próximo ficou em SãoConrado, num banco, e esteve sempre lotado. Enquanto isso, nospostos dos hotéis Nacional e Intercontinental, também em SãoConrado, funcionaram 23 seções eleitorais, onde os eleitores serealistavam sem problemas.

Menores que a Rocinha, pois somam uma população deaproximadamente oito mil habitantes, as favelas do Pavão ePavãozinho, em Ipanema, organizaram-se para o recadastramen-to. A associação de moradores sediou um posto modesto, quaseao pé do morro, que tem fronteiras com Copacabana e Ipanema.O movimento foi calmo, embora os moradores estivessem tensos,porque o traficante e benfeitor do lugar, Tom Zé, está sendocaçado pela polícia. Seus olheiros estão por todos os cantos eontem houve até boato de tiroteio.

Organização"Não houve nada. A situação está calma", garantiu um cabo

da PM, ao lado de uma metralhadora, num carro-patrulha,parado num ponto estratégico da Rua Saint Roman, onde fica oprincipal acesso à favela, a mais beneficiada com obras pelogoverno do estado e pela Prefeitura.

No posto de recadastramento eleitoral a fila foi constante,mas nunca chegou a reunir mais de dez pessoas, atendidas por trêshomens. O chefe, José Donizeti de Souza, é funcionário daComlurb, e foi requisitado pela 18a Zona Eleitoral. "Todos osdias alistamos em média 80 pessoas", informou, entusiasmado, napequena sede azul e branca da atuante associação.

EDITAL DE CONVOCAÇÃOO SINDICATO DOS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO DO

MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO convoca todas as escolas paraa Assembléia Geral Extraordinária a realizar-se na próxima quinta-feira dia 22 de maio. às 15 horas e 30 minutos, no auditório doClub Municipal — Rua Haddock Lobo. 359 — 2° andar — Tijuca.quando serão tratados os assuntos abaixo relacionados.

a) Acordo Salarial com os Professores e Auxiliares,b) Reavaliação dos efeitos do Decreto 92504/86.c) Assuntos Gerais.Em razão da delicada situação que atravessa a escola

particular no presente momento, enfatizamos a necessidade doseu comparecimento

PAULO KOBLER PINTO LOPES SAMPAIOPresidente do Smd Estab. Ens. Mun RJ.

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Os mesários não tiveram muito trabalho nas seções instaladas no Gávea Golf ClubFotps de Vidal da Trindade

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Em Santa Cruz, uma das áreas de maior densidade eleitoral, já havia fila de manhã

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Leonidas (E), do PDT, distribuiu e preencheu formulários na Praça Serzedelo Correia

Poucos sabem em quem vão votarA indefinição é geral. A seis meses

das eleições no Rio de Janeiro, as pessoasnão conhecem os candidatos a governa-dor, não têm sequer idéia de quem vãoescolher e mostram-se apáticas em rela-ção á ciranda dos políticos em campanhaeleitoral. A julgar pelos depoimentos dosque entraram nas filas do Dia Nacionaldo Recadastramento Eleitoral, são rarosaqueles que estão por dentro e já sabem oque fazer com o título eleitoral que vãoganhar.

— A gente ouve dizer que fulano vaiser candidato de um partido, sicrano deoutro, mas não sei... Ninguém sabe direi-to as coisas. Há uma confusão"..., afirmaa professora Paula Heilborn, 29 anos,uma brizoiista arrependida. "Em 82, vo-tei no Brizola. Infelizmente, me arrepen-do amargamente", confessa.

VinculaçãoHá, no entanto, quem já sabe de cor

e salteado todas as opções, mas não gostanem um pouco de nenhuma delas. "Até

agora, um é pior que o outro. DarcyRibeiro, Nelson Carneiro, Gabeira, ...não dá" protesta a engenheira civil Paulade Castro, 31 anos, que votou em Morei-ra Franco, então candidato do PDS, naseleições de 82. "O melhorzinho é esseÁlvaro Valle, mas ele não é candidato.Vamos ver se até lá aparece alguém". Odesinteresse pelos candidatos, porém,não impediu Paula de ser uma das primei-ras a chegar ao posto de recadastramentolocalizado dentro do aristocrático Coun-try Club, no coração de Ipanema.

Casos como o do estudante de enge-nharia da PUC Paulo Issler, 25 anos, sãouma honrosa exceção: Ele sabe quem sãoos candidatos e até já escolheu o seu: oprofessor Darcy Ribeiro, candidato doPDT. Eleitor do PDT, desde 82, Pauloestá gostando do governo Brizola. "Eleestá fazendo muita coisa na área social,sobretudo na parte de educação. Semeducação, não há desenvolvimento. E aidéia do Brizola é dar toda força àeducação", diz ele. Já assistiu a uma

palestra de Darcy Ribeiro e gostou: "Ele

tem boas idéias."A doméstiuca lone de Oliveira, 47

anos, é uma vítima da vinculação devotos, que obrigou o eleitor nas eleiçõespassadas a votar em candidatos de ummesmo partido, ou seja, de vereador agovernador. "Eu tive que ir de Brizolaporque queria votar no Timóteo (Agnal-do Timóteo, hoje no PDS). Mas agora eunão voto no Brizola de jeito nenhum. Eleprometeu muita coisa e não fez quasenada", esbraveja lone de Oliveira. Mas,como a maioria das pessoas, ela aindanão sabe o que vai fazer daqui' a seismeses. Mas resta-lhe um consolo: destavez, com o fim da vinculação, poderávotar em quem bem entender.

No Country Club, o movimento deeleitores foi razoável. Organizados emfilas pelos guardas do clube, os eleitores,em sua maioria, preferiram preencher nahora o formulário de recadastramento daJustiça Eleitoral. Nas três primeiras horasde funcionamento do posto, mais de 300pessoas apareceram para se realistar.

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JORNAL DO BRASIL Política segunda-feira, 19/5/86 a 1 caderno ? 3

Gomparecimento de eleitores foi abaixo do esperadoSem filas e sem tumulto. Se era esta a

pretensão do Tribunal Superior Eleitoralao estabelecer o 18 de maio como DiaMacional do Recadastramento, o objeti-vo foi alcançado. Mas se a previsão eralevar o máximo de eleitores aos postosem um só dia, a idéia quase fracassou. DeNorte a Sul, o movimento em nada foipareceio com o de um dia de eleição.

Pára evitar as longas filas que têmlugar desde 15 de abril — quando foiiniciado o recadastramento — os TREmontaram uma operação semelhante adas eleições. Instalaram postos e convo-caram mesários, cuidando de alertá-lospára as punições revistas em lei — multae até pena de prisão — para os quedeixassem de comparecer às várias se-ções.

ís T_l advertência, se irritou alguns dosconvocados — como as professoras doInstituto de Educação de Minas Ge-râttis-^, foi seguida à risca pelos funciona-rios do Centro Administrativo de Goiâ-nia. Em Brasília, no entanto, onde apopulação vai votar pela primeira vezdesde a fundação, não foram poucos osservidores que simplesmente ignoraram aconvocação.

Emoção da fiscalEm Goiânia, todos os funcionários

do Centro Administrativo foram convo-cados a trabalhar, sem necessidade. Hou-ve,-"é claro, muita reclamação. Muitosforam mandados de volta para casa e osdemais, redistribuídos para os postos on-de o movimento era mais intenso.

A falta de funcionários em duas se-ções de Brasília, na Asa Norte e naPenínsula Sul, atrasou os trabalhos. En-tre as 220 seções eleitorais da Capital, amais concorrida foi a 8a ZE, na cidadesatélite de Ceilândia, a mais pobre, ondemoram cerca de 500 mil pessoas e estima-se-haver mais de 200 mil eleitores.

É em Ceilândia que se encontra omaior número de analfabetos que sealistam para votar. Entre eles, a mineiraJúlia Jacomé, 54 anos, solteira, mãe deunia garota de 15 anos. D Júlia chegoucedo, agüentou duas horas na fila e, aoSjíGtendida, por Elias Ferreira Cabral(funcionário do Banco do Brasil há 15dias., trabalhando no recadastramento)soube que seu formulário, preenchidopoE-uma vizinha, estava incorreto.

Feita a correção por Cabral, D Júliaimprimiu o polegar direito no formulário,pegou de volta a carteira de identidade ecomeçou a chorar: "Voto em qualquerum, mas já estou muito satisfeita só deporJer votar", explicou a nova eleitora,qnrtrazia no vestido um botão de "fiscaldr/Sarney".

Se D Júlia teve de esperar duas horasna fila, o mesmo nâo aconteceu com osque foram se recadastrar em Salvador."Teve mais gente credenciada nos postos

do que eleitores", ironizou a diretora doTRE baiano, Mariza Guerreiro, infor-mando que na capital funcionaram poucomais de 300 postos com 1 mil 500 pessoashabilitadas para o trabalho.

Na Bahia, o Dia Nacional do Reca-dastramento foi tema da Oração Domini-cal do cardeal primaz, d Avelar Brandão,para que o momento nacional é caracteri-zado "por um panorama sentimental epsicológico com lances de civismo e comtraços de charlatanie, algumas vezes".

Última horaO pequeno comparecimento dos elei-

tores foi explicado como decorrência dohábito do brasileiro de deixar tudo para aúltima hora. Este foi o argumento utiliza-do por Ronaldo Herculano da Costa, ex-funcionário da Prefeitura de CampoGrande, que, no entanto, tinha umareclamação a fazer: o abandono do TREdos que estavam "perdendo o domingo".

— O TRE só dá trabalho para agente e mais nada. Não mandou sequerum copo dágua — disse Ronaldo. Em umposto instalado no próprio edifício daJustiça Eleitoral em Campo Grande, osrecadastradores tiveram como alimenta-ção durante todo o dia um pastel com

Ó hábito de deixar tudo para a últimahora foi constatado em Cuiabá, a capitalnacional do recadastramento, onde o nú-mero de eleitores deve pelo menos do-brar, nas previsões da presidente do TRElocal, Shelma Lombarde Kato. Lá, o juizda Ia ZE, Aparecido Chagas, resolveufazer uma pesquisa por telefone e consta-tou que, de Gada cinco famílias consulta-das, quatro ainda não haviam se recadas-trado nem pretendiam comparecer ontemaos postos eleitorais.

Em Fortaleza, não foi por falta devontade que alguns eleitores não conse-guiram o carimbo de "revisado" em seustítulos. Eles compareceram a alguns dospostos montados pela 83a ZE trajandobermudas ou roupa de banho e foramimpedidos de se recadastrarem. "Trata-se de um equívoco de funcionários. Anossa ordem é recadastrar todo mundo",alertou o desembargador Carlos Facun-do, presidente do TRE cearense. I

No Ceará, como na maioria dos esta-dos, os eleitores compareceram com osformulários já preenchidos. Ao constatarque cometeram erros, alguns, irritados,rasgavam os impressos. Na capital cea-rense, o presidente do PMDB, MauroBenevides, e o virtual candidato do parti-do ao governo do estado, Tasso Jereissa-ti, furaram a fila em um posto do bairrodo Mucuripe e ainda atrasaram os traba-lhos porque seus formulários continhamerros. Políticos ausentes

Se em Recife, o virtual candidato doPMDB, Miguel Arraes, circulou por vá-rios postos e saiu elogiando o trabalho e aeficiência da Justiça Eleitoral, nos demaisestados eles se mantiveram distantes.

— Onde está o poder econômico dospartidos de direita e a capacidade dearregimentação dos de esquerda? — in-dagava o presidente do TRE gaúcho,desembargador Milton Santos Martins, àprocura de uma explicação para o peque-no movimento de eleitores. Em PortoAlegre, somente nas vilas da periferia,havia um clima de dia de eleição.

Em Manaus, no entanto, alguns can-didatos pouco conhecidos aproveitaram odia para fazer propaganda e para

"darcarona" a eleitores, o que para o presi-dente do TRE amazonense, Raimundoda Costa Santos, não caracterizou fraude.

Foi na juristição de Costa Santos, noentanto, que ocorreu um dos poucoscasos comprovados de fraude no recadas-tramento. Marília Moreira Menezes com-pareceu ao posto instalado na EscolaMarquês de Santa Cruz em Manaus comtrês formulários com seu próprio nome,preenchidos com a mesma caligrafia. Foiflagrada e será ouvida hoje pela JustiçaEleitoral.

Outro caso de fraude foi denunciado,por telefone, por indivíduo que não seidentificou ao TRE gaúcho. O eleitordisse que uma pessoa se ofereceu parafazer seu recadastramento, exigindo emtroca que ele se filiasse ao PMDB.

Às escurasAs fortes chuvas que caíram em todo

o Paraná impediram que se alcançasse oíndice de 30% de recadastrados ontem,previsto pelo TRE. Em Senges, no Nor-deste do estado, as estradas estão intran-sitáveis e nenhum veículo conseguiu che-gar até lá. Em Goio Erê, na região Norte,o recadastramento foi feito às escuras.Sem poder alertar os eleitores pelo rádioou pela TV, o juiz Ruy Portugal nãohesitou: pediu emprestado a Kombi quefaz a divulgação do cinema local.

Na cidade que tem o maior contin-gente eleitoral do país, São Paulo, 75%dos eleitores já foram recadastrados atésábado. O presidente do TRE, desem-bargador José Gonçalves Santana, acre-dita que o total aumentará substancial-mente com a transferência de domicíliode milhares de migrantes.

Até sábado, três bairros da ZonaLeste — que abrigam predominantemen-te nordestinos — já haviam inscrito 35%a mais de eleitores. Nas eleições de 1982,cerca de 700 mil pessoas procuraram asagências do Correio para justificar o nãocomparecimento.

Brasília — Foto de Ana Carolina Fernandes

Os políticos, de um modo geral, nãodisseram presente ao recadastramento.

Belo Horizonte — Foto de Waldemar Sabino

Analfabeta, d júlia, depois de deixar a Nos postos de recadastramento de Belo Hori-impressão digital no formulário, chorou zonte, o eleitor não enfrentou fila

Porto Alegre — Foto de Jurandir Silveira'íy.zyyz:;-A,

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,4 ü Io caderno ç segunda-feira, 19/5/86 Política JORNAL DO BRASIL

|arney não pôde se recadastrarLimoeiro, PE — Fotos de Natanael Guedes

Brasília — O presidente José Sarneyé um dos 18 mil eleitores que moram emBrasília mas mantêm seus títulos eleito-rais vinculados aos estados de origem epor isso não se recadastraram em nenhu-ma das 220 seções abertas pelo TribunalRegional Eleitoral, em todo o Distritofederal. O Tribunal Superior Eleitoral(TSE) decidirá esta semana se esses ciei-tetes poderão se recadastrar em BrasíliaSftmiperder o domicílio eleitoral,jóo A decisão será tomada em sessão

secreta, com base na legislação que per-mite ao eleitor residente em Brasíliavotar nos candidatos de seus estados.Como essa legislação não foi revogada,segundo um dos ministros, a decisãodeverá ser favorável a esses eleitores.Existe, entretanto, uma outra correntedentro do tribunal que defende a transfe-rência automática do título para o localonde o eleitor tenha sido recadastrado, oque obrigaria diversos políticos, inclusiveo presidente Sarney, a viajar para seus

estados para se realistarem eleitoral-mente.

Esta, entretanto, não é a tendênciado tribunal, que já estuda uma fórmulapara a realização solene do recadastra-mento do presidente Sarney, em Brasília,com a transferência de sua ficha eleitoralpara o Maranhão. A hipótese mais piau-sível é a de que o presidente do TSE, JoséNery da Silveira, vá ao Palácio do Planai-to para, pessoalmente, receber a folha derecadastramento de Sarney.

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\m COMEÇA NO RIOCom as mãos na cintura, o coronel Francisquinho Heráclio vistoria recadastramento

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Material

Ermírio ficaseis horascom Jânio

São Paulo — Seis horas deconversa, entremeadas por ai-moço num apartamento dosjardins marcaram o mais longocontato político entre o empre-sário Antônio Ermírio de Mo-raes — candidato ao governopaulista e filiado ao PTB — e oprefeito da capital, Jânio Qua-dros. O diálogo começou àsllh30min e terminou por voltade 17h30min. Roberto Gus-mão, articulador da candidatu-ra do empresário, também es-tava presente.

O anfitrião, deputado Gas-tone Righi (PTB) considerou aconversa "muito

produtiva" eanunciou que em 15 dias, Jânioanunciará quem vai apoiar nasucessão paulista. Assessoresde Ermírio admitiram que

"tu-do é um bom e claro sinal deapoio".

Jânio Quadros esteve pelamanhã no bairro do Butantã,onde se recadastrou, e somenteno início da noite seu paradeiroficou conhecido. Choveu forteem São Paulo na tarde de on-tem, o que ajudou a manter emsigilo por algum tempo o en-contro político.

A noite, Roberto Gusmãolimitou-se a confirmar mas semcomentários o encontro entreJânio e Ermírio. O deputadoGastone Righi (PTB) disse:"As coisas estão caminhando etodos os objetivos foram anali-sados. Mas, a definição mes-mo, por parte do prefeito JânioQuadros sairá em 15 dias, de-pois de sua audiência a sermarcada pelo presidente Sar-ney". Nessa viagem a Brasília,acrescentou Gastone, Jâniotambém pedirá audiência a mi-nistros.

O prefeito não tem dúvidas,porém, quanto à importânciado seu apoio polfico:

— Eu devo transferir cercade 2 milhões de votos e ocandidato que receber essaquantidade de votos suplemen-tares estará eleito — disseJânio.mm

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Na porta do sindicato, Semeão (C) faz campanha contra ospatrões e a favor de Arraes

Recadastramento mostra |decadência de "coronel"

Terezinha NunesLimoeiro, PE — Aos 72 anos, com dificul-

dade para se locomover, amparado no ombrodo vereador Manoel Simões, Francisco deMorais Heráclio, — filho do coronel ChicoHeráclio que faleceu em 1972 como o maisfamoso dos coronéis que dominaram a políticapernambucana até a década de 70 — não tevesossego ontem na zona rural de Limoeiro e davizinha cidade de Passira. Como fazia o pai —que inspirou o famoso personagem de ChicoAnísio, o coronel Limoeiro — Francisquinhoabraçou eleitores, acenou aos que passavam ecomandou mais de dez carros e cabos eleito-rais, mobilizados para transportar eleitores atéos postos de recadastramento.

"Precisamos andar rápido" ordenava doterraço de sua residência na fazenda Varjada.Ele se deixou ir até os postos de recadastra-mento. No distrito de Bengalas, vistoriou otrabalho dos mesários. "Está tudo bem?",perguntou a uma moça, enquanto lembrava aum analfabeto que não esquecesse de molhar odedo na tinta para colocar no papel.

O Dia Nacional do Recadastramento —criado, segundo o PMDB, para combater asfraudes eleitorais e minar o poder dos coronéisnordestinos —, mostrou nesta região que ospemedebistas usam os mesmos métodos dafamília Heráclio para captar eleitores. O pre-feito de Limoeiro, José Artur Cavalcanti(PMDB), que também é candidato a depu-tado, mobilizou carros e cabos eleitofais.

Sem seguidoresRevólver na cintura — "Não ando sozi-

nho, tenho receio de emboscadas" —, bengalana mão esquerda, seu Francisquinho, que foideputado durante 20 anos e prefeito até 1982,esforçou-se para seguir ontem o exemplo dopai mas, como ele mesmo reconheceu, agoraestá praticamente sozinho. Depois que oscandidatos apoiados pelos Heráclio perderama eleição em 1982 nos municípios de Limoeiroe Passira — só venceram em Caumaru —,Francisquinho corre o risco de ser o último doscoronéis da família Heráclio, que dominou aregião, situada na Zona da Mata do estado, a74km do Recife.

Enquanto trabalhava com afinco no reca-dastramento, Francisquinho reconhecia quenão deixa herdeiros políticos. O filho, LuísHeráclio, deputado estadual, desistiu de secandidatar este ano, com receio de uma derro-ta. A sobrinha Maria Lúcia é candidata adeputada estadual, mas pelo PMDB, pois omarido. Waldomiro Barros. prefeito de Boni-to, resolveu abandonar o PDS.

— Ela nâo terá meu apoio — sentenciaFrancisquinho. — Mas nós temos outros can-didatos em todos os municípios e vamos ga-nhar do PMDB.

Para Francisquinho, o poder da família foicaindo com a modernização e o nascimento dainfluência de Recife sobre as cidades do inte-rior mais próximas da capital.

O poderOrnem, ele sentiu bem próximo de sua

fazenda como a oposição à família Heráclio

está cada dia mais forte. O Sindicato dosTrabalhadores Rurais, dirigido por um antigoaliado da família, o trabalhador Semeão dósSantos Pereira, combateu em pleno dia, emreunião a que compareceram cerca de 200canavieiros, o poderio dos Heráclio. Na salaao lado de um posto de recadastramentoaberto no sindicato — coisa jamais imaginadapelo poderoso coronel Chico Heráclio —,Semeão não se limitou a ensinar aos canaviei-ros, sobretudo os analfabetos, como deveriamtrocar seus títulos. Com um microfone e oargumento de que "trabalhador

que vota empatrão não vai para a frente", ele fez campa-nha para os candidatos a deputado federalEuclides Almeida do Nascimento e EvandroCavalcanti, apresentados pela Federação dosTrabalhadores da Agricultura — Fetape. Tam-bém pediu votos para o candidato do PMDB agovernador, Miguel Arraes. "Ninguém tomadele", afirmou.

Aprendendo com a CGTTodo mundo obedecia ao coronel, mas

hoje é outra coisa. Em 1982, o povo já votouem outros candidatos. Este ano, vamos votarnos que vão nos defender na Constituinte —,explicou, falante, Semeão, que aprendeu istona reunião da CGT em São Paulo à qualcompareceu como delegado da Fetape.

A julgar pelos argumentos de Semeão,Francisquinho tem razão em culpar a moderni-zação e até em apoiar a atitude de seu filhoLuís — que teve 26 mil votos em 1982 e foíóoitavo mais votado dos deputados estaduais doPDS, mas decidiu deixar a política.Aqui o coronel era como um rei —lembra Semeão, cujo pai foi preso em 1964,segundo ele, a mando do coronel Chico Hera-elio. Semeão lembra que o povo votava nocoronel com medo de ser acusado depois detraição. "Até os jurados soltavam o preso queo coronel quisesse. No dia do julgamento, eleia ao fórum, dizia que queria o homem julgadoe solto e a votação acabava com um 7 a 0", diz.

Sentado no terraço de sua fazenda de 800hectares, esperando que a reforma agráriachegue "só

para as terras improdutivas", Fran-cisquinho fala de Semeão com estranheza.

Pensei que ele ainda estivesse conosco,mas acho que é candidatura de Arraes que ofez mudar de caminho. Mas nâo tem outra.Vamos mostrar na campanha as 10 viúvas detrabalhadores que apostaram em Arraes em1962 e se deram mal, pois os maridos desapa-receram. Elas hoje estão arrependidas. Vamosganhar, pois eu mesmo digo que meu paiapoiou Araes Pensando em bom Governo. Eleficou um ano e meio e' não fez nada, sóconfusão — diz Francisquinho.

Apesar de manter a tradição, do coronelHeráclio Francisquinho usa métodos já bemmais modernos que os do pai. Ele não recusa,por exemplo, o perdão aos os que o traíram."Muitos

já se arrependeram de terem votadono PMDB c eu os recebo de braços abertos",conta. Depois de descobrir que o Sindicato dosTrabalhadores Rurais é um instrumento im-portante. apoiou um candidato a presidente doSindicato de Passira e ganhou a eleição doprefeito Ederco Gomes da Silva, do PMDB,que apoiou outro nome.

JORNAL DO BRASIL Cidade segunda-feira, 19/5/86 ? Io caderno ? :5

BrasilBrizola exige verba federal para obras na Av.Inseticida usado contra a

dengue preocupa apicultores0 governador Leonel Brizo-

la ameaça abandonar o traba- •lho de conservação da Av. Bra-sil, que é feito pelo estado, se ogoverno federal não cumprir oconvênio para pagar a despesa,de Çz$ 15 milhões a 20 milhõespor', ano, pois é uma rodoviafederal. "O governo federal re-passa apenas CzS 2 milhões,mas vamos querer que elecubra todas as despesas, inclu-swe o pagamento dos funciona-rios,". .

O ultimato foi feito ontem àtarde, na seção eleitoral de Co-pífiábana onde sua mulher,Nensa, foi fazer o recadastra-mento. Ele aproveitou a oca-sjão para anunciar que vai en-viar.hoje um telegrama ao pre-sidente Sarney protestandocontra "o procedimento inde-coroso do ministro Sayad, quereteve o pedido de rolagem dadívida do estado e mandou sus-tar o repasse de verbas".

DÍVIDAMais uma vez, o governador

Brizola manifestou indignaçãocom a atitude do governo fede-rai e, especialmente, do minis-tro João Sayad, que ele consi-dera o responsável pelo atrasona rolagem da dívida externado estado. "Isto demonstra odesprezo com que esse barbu-do trata o Rio de Janeiro",acusou.

Brizola disse que o mais im-portante agora é que "o gover-no federal reveja sua posição evolte atrás, porque tem o deverde governar para todos os esta-dos, sem discriminação".

— No momento, a única ati-tude que devo tomar é estrilar,protestar e denunciar à opiniãopública a discriminação porparte do governo federal. As-sim, os que são cúmplices dessamanobra no Rio vão ter querecuar e o governo federal vaiver que não tem outro caminhosenão se entrosar conosco —afirmou.GENTILEZAS

Fora isso, Brizola pretendetambém cortar as gentilezascom o presidente Sarney. "Seeu-estou sabendo que o presi-tfêHte está dando seu beneplá-cito à discriminação contra oRio, não vou ficar nos palan-ques dando risadinhas comele."

Em nota oficial distribuídaontem, Brizola explica que ogoverno federal bloqueou atéagora CzS 185 milhões, e queessa quantia deve chegar a CzS248 milhões. O governo federalalega que o estado não fez orecolhimento correspondente a29,8 milhões de dólares a 30 deabril, data de vencimento deuma quota da dívida externa.Segundo a nota, o bloqueio dasverbas é "discriminatório e ao-surdo, porque a responsabili-dade desse atraso cabe justa-mente às autoridades fede-rais".

De 1983 até dezembro de .1985, a rolagem da dívida ex-terna dos estados sempre foifeita dentro das normas estabe-lecidas pelo governo federal: osestados se dirigem à Seplan,que concede as prioridades eenvia o expediente ao Ministé-rio da Fazenda. Daí vai aoConselho Monetário Nacionale depois à Casa Civil, para serenviado ao Senado. Só depoisda aprovação do Senado é quese concretiza a autorização pa-ra a rolagem.

Repetição"A nota oficial diz que o go-

verno do Rio de Janeiro proce-deu exatamente como das ve-zes anteriores. No dia 15 dejaneiro, através do ofício GABn° 21, solicitou ao ministroSayad autorização para rola-gem da quota da dívida externaque vencia a 30 de abril. Segun-do Brizola, o ministro Sayadreteve o expediente durantetrês meses — até o dia 17 deabril, quando encaminhou Mi-nistério da Fazenda. O conse-lho monetário só se reuniu nodia 15 de maio, depois da datadè vencimento. A autorização

da depende de tramitaçãosía Casa Civil e pelo Senado

para aprovação.Para caracterizar a discrimi-

nação contra o Rio, Brizolacitou o caso de Minas Gerais,que no dia 3 de abril já tinhaaprovação do Senado para arolagem de uma dívida de 120•milhões de dólares.,„.,A nota diz que "houve in-tenção de criar um estado deinadimplência e com isto pro-ceder ao bloqueio das transfe-rências de recursos que perten-cem ao estado".

Foto de José Renato

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(Üom roupas típicas, integrantes da seita varreram Jardim Botânico

Seita comemora fundaçãolimpando Jardim Botânico

Donas-de-casa, estudantes, empresa-rios, bancários e executivos de grandesempresas, todos seguidores da religiãoTenrikio — "a razão da vivência entre océu e a terra" —, reuniram-se ontem noJardim Botânico para comemorar o cen-tenário da morte de Miki Nakayama, amãe Oyasama, fundadora da igreja. Comvassouras coloridas, túnicas pretas e"muita fé", eles limparam as margens dolago Lótus em uma das alamedas doparque.

A cerimônia, denominada hinokishinou mutirão, foi repetida também emoutras capitais do pais e em várias cidadesdos EUA, Canada, Coréia, Japão, Nepale nos demais países por onde estão espa-lhados os 16 mil 500 templos tenrikio. Deacordo com o missionário Eduardo Ka-waguti, o exercício da limpeza, "quandose presta um serviço a alguém", eqüivaleainda à purificação do corpo e da mentecom a eliminação da cobiça, mesquinhez,ódio, raiva, rancor, amor próprio, avideze soberba, as oito impurezas que infestamo ser.

A IgrejaHá 148 anos, no dia 26 de outubro de

1838, quando o filho mais velho sofria degraves dores nas pernas e o marido perdiaa visão, o deus Tenri-ô-no-Kikoto, "o

quedeu origem a todas as coisas", surgiu pelaprimeira vez manifestando-se através dasenhora Miki Nakayama. "Eu sou o Deusoriginal, o Deus verdadeiro. Nesta casahá uma predestinação. Desta vez, revê-lei-me neste mundo para salvar toda aHumanidade. Desejo ter Miki como meusacrário". Era o surgimento da religiãoTenrikio.

Nas primeiras duas décadas, segundo

os registros de época, a pregação foiincompreendida a ninguém se dispunha aouvi-la. Pouco a pouco, porém, Nakaya-ma passou a ser vista como a deusa-viva,aumentando o número dos que a pro-curavam em busca da salvação. Ela com-pôs a música, a letra e a dança dos hinossagrados, estabeleceu o primeiro templona cidade japonesa de Tenri, o Jibá ouberço da humanidade, e escreveu (pelavontade de Deus) a obra conhecida como,Ofudesaki, com í mil 711 versos. Faleceuem 26 de janeiro de 1887.

No Brasil, segundo Eduardo Kawa-guti, a igreja conta com 15 mil adeptos. Odia internacional do Hinokishin foi ape-nas uma das festividades comemorativasdo centenário de Oyasama. De 26 dejaneiro a 18 de fevereiro, mais de 3milhões de fiéis — inclusive 1 mil 200brasileiros, em 12 aviões fretados e linhascomerciais — estiveram visitando o tem-pio de Jibá. Na limpeza do Jardim Bota-nico, feita em profundo silêncio e respei-to pelos seguidores, foram recolhidosdezenas de sacos de folhas secas e galhosde árvores.

Apesar do sol — a maior parte dosfiéis era de senhoras idosas — o trabalhofoi intenso, por mais de uma hora. O lagoLótus foi escolhido por estar situado norecanto conhecido como Jardim Japonês."É uma forma de agradecermos, atravésdo nosso esforço, a vida que nos foiconcedida e por estarmos sendo vivifica-dos a cada momento", explicou o missio-nário Kawaguti, um dos poucos que seexpressava claramente em português. Otemplo Tenrikio no Rio está situado naAvenida Armando Lombardi, n° 3, Ilhada Gipóia, Barra da Tijuca.

Ul àfj^ *MÊmP ^ V ftRflifL&Pip aSjiP^ i^fv^p ^fà^AVmÚmVUmf

O APARELHO COMPLETO sS^oSi 1

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Inscrições abertas

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FACULDADES INTEGRADAS ESTÁCIO DE SA

ma&m*i

Institutotranqüilizaos turistas

O acidente no reator da usi-na nuclear de Chernobyl, naURSS no dia 25 de abril, nãodeve impedir viagens à Euro-pa. Quem garante é o Institutode Radioproteção e Dosimetria(IRD), órgão da Comissão Na-cional de Energia Nuclear eúnico encarregado da fiscaliza-ção e controle das instalaçõesnucleares e outras que traba-iham com material radioativono Brasil. Instalado há 14 anosna Bana da Tijuca, o Institutoé filiado à Agência Internado-nal de Energia Atômica.

Desde o acidente de Cher-nobyl, uma média de oito pes-soas vindas da Europa têm pro-curado o IRD diariamente parafazer o exame chamado "con-tador de corpo inteiro". Numasala blindada, com 72 tonela-das de aço, revestida comchumbo, cádmio e cobre, dete-tores muito sensíveis exami-nam a pessoa. A sala, inaugu-rada no dia 21 de março, fun-ciona como isolante da radioa-tividade existente no meio am-biente.

Os detetores emitem mensa-gens para um computador loca-lizado em outra sala. As men-sagens formam um gráfico novisor do computador, queacusa a existência ou não dematerial radioativo, qual o ele-mento e também a quantidadedesse elemento no corpo dapessoa. O gráfico é parecido-com um eletrocardiograma. Oexame faz também medição emórgãos específicos, como pul-mão, tireóide, ossos e fígado.

O que temos encontradoaté agora nessas pessoas sãopequenas quantidades de Iodo131, que não apresentam ne-nhum risco à saúde. Todo servivo apresenta um pouco deradioatividade em seu organis-mo e o que temos encontradonão altera em muito essa quan-tidade natural existente — dizCarlos Alberto Nogueira, che-fe da Divisão de MonitoraçãoInterna do Instituto.

A exposição de seres hu-manos à radiação pode levar àleucemia e outros tipos de cân-ceres, assim como efeitos gene-ticos em seus descendentes.Mas isto só ocorre quando ograu de radiação, ou de ele-mentos radioativos, é muitoelevado. Quando isso aconte-ce, as células deixam de sereproduzir, o que causa a insu-ficiência dos órgãos atingidos econseqüentemente a morte.

Mas a quantidade que temosencontrado nas pessoas nãoapresenta nenhum desses riscos— acrescentou.

Além de realizar exames in-dividuais, o Instituto de Radio-proteção e Dosimetria vem fis-calizando os aviões que fazemvôos internacionais. Amostrasda fuligem que se deposita nasturbinas e da água que se con-densa no corpo dos aviões sãolevadas até o Departamento deProteção Radiológica Ambien-tal do IRD. Estas amostraspassam por exames semelhan-tes ao executado pelo Conta-dor de Corpo Inteiro.

— Estamos fazendo examessemanais em diversos aviões. Aquantidade de elementos ra-dioativos encontrada até agoranão apresenta nenhum risco aomeio ambiente — garantiu Ha-roldo Azevedo, chefe do De-partamento de Proteção Ra-diológica Ambiental.

Enquanto as autoridades sanitárias e apopulação do Estado do Rio empenham-se emcombater o aedes aegypti, pulverizando-o cominseticida, os apicultores estão preocupadoscom a dizimação de abelhas por efeito doveneno e sugerem que o fumacè seja feitosomente à noite, a partir das 19h, quando asabelhas já estão recolhidas às cnlméias.

O presidente da Campanha de ApiculturaRacional (Capir), João Cândido Nogueira deSá, observou a primeira mortandade há cercade oito meses, quando encontrou montes deabelhas mortas ao redor das caixas de seuapiário-escola, na Ilha do Governador. Naocasião, ele fez o mesmo apelo à Sucam e àComlurb e foi atendido, mas agora soube quea mortandade está ocorrendo em outros bair-ros e municípios.

DedicaçãoJoão Cândido tem 72 anos e há 10 deixou

de ser apenas um contador aposentado para sededicar à apicultura. Além de criar abelhas eproduzir mel e outros derivados em seu sítio,em Mendes, ele dá cursos de formação deapicultores, promove exposições, feiras, pales-trás no Rio e no interior do Estado e freqüen-temente comanda equipes de captura de enxa-mes e colméias, a pedido da Feema e daSucam.

Há três anos, João Cândido fundou aCapir, que hoje congrega 250 apicultores, epreocupa-se com a preservação das abelhas 24horas por dia. "Além de beneficiarem a todospelos seus produtos diretos (mel, cera, geléiareal, pólen, própolis e o próprio veneno, queajuda no tratamento da artrite reumatóide),elas são de valor inestimável como agentespolinizadores para o incremento de produtivi-dade de culturas econômicas", lembra.

dor, onde fica o apiário-escola, passou a*erfeito à noite e não morreram mais abelhas"Soubemos que em Jacarepagua e Niterói, porexemplo, a pulverização continua a ser feita dedia e, assim, infelizmente, continua a mortan-.dade em outros locais", acrescenta ele. !

i

ProduçãoImaginando que muitas abelhas devem ter!

morrido durante o vôo, antes mesmo de che-jgarem à colméia, João Cândido lembra que1,outros insetos úteis também podem ser afeta-!dos pelo veneno, como vespas, besouros,!borboletas e abelhas nativas, que não fabricam!mel. Segundo ele, a pulverização aérea podeiacabar com os apiários domésticos e também!com os que produzem comercialmente. !

De acordo com dados da FAO, organismo!das Nações Unidas para alimentação, o Brasil!ocupava em 1983 o 29° lugar em produção dejmel. Naquele ano, foram produzidas no Brasil,7 mil 500 toneladas de mel, mas, com o!crescimento da apicultura nos últimos cinco!anos, a estimativa de produção este ano é de!25 mil toneladas. •

João Cândido acha qúe o Brasil poderia!equiparar-se ao México, que ocupa o quarto!lugar no mundo. Este, segundo ele, é mais um!motivo para se evitar a dizimação das abelhas, j

No Brasil, existem cerca de 20 mil apicul-itores (no México, eles são 50 mil), e durante oiIo Encontro Fluminense de Apicultores foi!apontada a necessidade de formação de maisj150 mil. Com seus cursos ministrados no Rio eno interior do Estado, a Capir já contribuiu;;até agora com mais de 400 profissionais.

.

Ao constatar que muitas abelhas apare-ciam mortas após a pulverização do venenocontra o aedes aegypti, ele procurou aComlurb e a Sucam, para saber se a prevençãocontra o dengue e a febre amarela poderia sercompatibilizada com a preservação das abe-lhas. O serviço do fumacè na Ilha do Governa-

Os cursos duram pouco mais de um <P«S>jicustam Cz$ 170,00 por matrícula e têm song&v!te 10 alunos de cada vez. As inscrições.poi^!ser feitas pelo telefone 393-7147 e o prój^õ|curso começa em junho. Os resultadosHJJOftrabalho da Capir poderão ser constatadqsjjaipartir de amanhã, em exposição na UE^ipromovida pelo Departamento de AlulJQS,;onde haverá venda de mel puro e outros',produtos das abelhas que João Cândido e ieusicompanheiros lutam para preservar.

Foto de André Câmara;

João Cândido, da Capir, teme pelo futuro das abelhas no tiio\

Governador critica politicagem federal;— Se o governo federal não se preocupas-

se tanto com politicagem, não teríamos essaepidemia de dengue no Rio de Janeiro, afir-mou o governador Leonel Brizola, ao lembrarque há seis meses o ex-ministro da Saúde,Carlos Santana, manifestou-lhe sua preocupa-ção com a enorme infestação do mosquitoAedes aegypti no Rio.

Brizola contou que, na época, Carlos San-tana temia o surgimento de casos de febreamarela: "Mas o ministro disse que estavatendo dificuldades para encontrar apoio emBrasília na questão de combate aos mosrquitos".

Mosquito ameaça pernambucanos-]Recife—O delegado federal de Saúde,

José Jorge Magalhães, estimou que 40% dapopulação pernambucana será vítima dedengue, principalmente quem residir pró-ximo às rodovias federais e locais infectos.Sua preocupação é de que a doença, tantoem Pernambuco quanto nos demais esta-dos do Nordeste, contaminará uma popula-ção de crianças desnutridas e com o sistemade defesa comprometido, o que poderáacarretar sérias complicações.

Embora se tenha detectado até agoraapenas quatro focos do mosquito transmis-sor da dengue e da febre amarela — emPalmares a 250 km da capital, sem registrosda doença — o delegado garante que osfocos não são únicos em Pernambuco e queexistem vários na Região Metropolitana doRecife, principalmente em Olinda.

Magalhães atribuiu o alastramento dos

focos dos mosquitos à falta de incrementonas ações de vigilância sanitária e epide-miológica, pois Pernambuco "não tem co-mo instalar barreiras para este tipo deprecaução". Segundo ele, é necessário umaumento de pessoal (guardas, inspetores)na Sucan(Superintendéncia de Campanhade Saúde Pública) e da colaboração deprefeituras com fornecimento de servido-res para desenvolver esse trabalho.

Ressaltou que é importante o envolvi-mento das prefeituras no combate à den-gue, porque esse será um passo para a"municipalização da saúde pública". Todaa sociedade, disse, deve ficar atenta para apossibilidade de esse surto da dengue vir aser uma realidade em Pernambuco e emtodo Nordeste, face às precárias condiçõesatuais de a região efetuar essa vigilânciasanitária.

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L.Wt presentes1 jrãn4es:-c-,;

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•6 ? Io caderno ? segunda-feira, 19/5/86 Cidade JORNAL DO BRASIL

Informe JB

A

T^O dia 31 de outubro de1985,o Ministério do Planeja-

mento, através do Aviso 1.625,encaminhou ao Conselho Mone-

etário Nacional parecer favorávelpara que o Rio rolasse 50% da

.dívida em títulos estaduais.w.¦**•,

Na reunião de 27 de novembro\ào ano passado, o CMN autorizou?;;£i rolagem da dívida e encami-k nhou, pelo ofício 6.165, o assuntoIao Gabinete Civil da Presidência•."1 ¦

v da RepúbUca, de onde deveria ser'encaminhado ao Senado.

Só que até hoje o ministrogiMarco Maciel não despachou o

pleito do governo fluminense.Não há no Gabinete Civil ne-

nhum outro caso semelhante, en-volvendo outro Estado da Federa-

Jlção que esteja dormindo tantotempo assim em suas gavetas.

Sllíihn; D

É por essas e outras que o°. 'governador Leonel Brizola está'convencido

de que o ministroMarco Maciel é o chefe da "cons-

....piração" contra seu governo.

,g Bom exemplojlcn O novo governador do Paraná, João^"Elísio, decidiu que durante seu manda

to de IO meses não haverá contratação'/"'de servidores públicos.ilí • A sua decisão independe da sorte do"projeto

que o Executivo enviou ao¦ Congresso impedindo a saída de novos

u'trens de alegria nos Estados.

Arroz amargoA saca de 60 quilos de arroz está

congelada no preço de Cz$ 133,00.Mas os produtores da região noroes-

te de São Paulo só encontram compra-dores para o produto por Cz$ 80,00.

DEm tempo: o governo se prepara

para importar um milhão de sacas dearroz.

Em campanhaO deputado Fernando Lyra, ex-

ministro da Justiça, é candidato à presi-dencia da Câmara dos Deputados.

A eleição para a escolha do sucessordo deputado Ulysses Guimarães serárealizada em fevereiro.

Muda BrasilA Companhia União de Refinado-

res — que produz os cafés Caboclo ePilão — torrou, em abril, 62 mil sacas.

Em dezembro a produção foi deapenas 35 mil sacas.

Evasão de cérebrosUm dos mais avançados centros de

ciência e tecnologia do país — o CentroTécnico Aeroespacial — corre o riscode fracassar irremediavelmente na se-qüência de suas pesquisas, devido à"evasão alarmante" de seus profissio-nais mais qualificados.

A advertência foi feita pelo diretordo CTA, brigadeiro Hugo Piva, queadvoga uma política salarial mais realis-ta para os cientistas do Centro.

Energia de foraO Governo do Rio Grande do Sul

estuda a possibilidade de comprar ener

gia elétrica do Uruguai, para suprir asdificuldades de fornecimento na regiãoSul do país.

O Estado está disposto a gastar até40 milhões de dólares na compra de

energia excedente da usina uruguaia deSalto Grande.

InformáticaDo ministro Celso Furtado, pro-

curando minimizar o anúncio de san-ções comerciais americanas contra oBrasil, em represália à lei brasileira dereserva de mercado de informática:

— Isso é coisa de burocratas meno-res do governo americano.

Bacha no MéxicoA Fundação de Cultura do México

acaba de editar o livro El Milagro y lacrisis.

Trata-se de uma coletânea de en-saios do professor Edmar Bacha, presi-dente do IBGE.

AbusoA Funai encontrou uma explicação

para a presença, junto ao piquete defuncionários grevistas da Fundação emBrasília, do promotor Ezequiel Neto,que deu voz de prisão no sábado aopresidente do Projeto Rondon, SílvioAmorim.

É que a mulher do promotor, MariaYandira Lucana, é auxiliar-administrativa da Funai e está entre os440 ex-funcionários da Fundação colo-cados à disposição do Dasp.

Amorim quer agora processar o pro-motor que o prendeu por abuso deautoridade.

SenadoAs vagas de candidatos do PDT ao

Senado caminham para as mãos deDoutel de Andrade e Marcelo Alencar.

Não mudaO ministro Dilson Funaro não está

nem um pouco interessado em mexer nalegislação de remessa de lucros dasempresas estrangeiras no país.

A legislação é antiga, mas tem,aparentemente, funcionado bem.

ChapãoO PDT de Pernambuco prepara

uma chapa majoritária capaz de buscarapoio à direita e à esquerda na sucessãoestadual.

A chapa é encabeçada pelo depu-tado estadual Sérgio Guerra, o cândida-to a governador, tendo como vice overeador João Coelho — que, comocandidato do partido à Prefeitura, obte-ve 22% dos votos, em novembro.

Para o Senado serão candidatos oex-deputado Francisco Julião e o depu-tado Murilo Paraiso.

Julião fundou as Ligas Camponesa,e Paraiso é egresso do grupo moderadodo PMDB.

ElogioDo empresário carioca Márcio For-

tes sobre o novo presidente da Petro-brás, coronel Osires Silva:

— Sem ele não existiria indústriaaeronáutica no Brasil.

AxéA atuação do Conselho de Defesa

da Mulher está inspirando outrosgrupos.

O ator Milton Gonçalves — que,assim como a ex-presidente do CNDM,Ruth Escobar, é candidato à Consti-tuinte — esteve no Ministério da Justiçacom uma comitiva de 12 negros, parareivindicar ao ministro Paulo Brossard acriação de um "Conselho Nacional deDefesa do Negro" , também ligado aoMinistério.

Além de Milton Gonçalves, o gru-po, que se reúne há cinco meses no Riode Janeiro, conta com a participação dacantora Alcione, entre outros artistas eintelectuais.

Rosemary Corrêa, delega-da da primeira delegacia dedefesa da mulher em SãoPaulo, participa às 20h30minde hoje no Rio de um debateno Restaurante Barbas sobreviolência contra mulheres,promovido pela Federaçãode Mulheres Fluminenses.

Faltou povo na festa delançamento da candidaturado professor Darcy Ribeirosábado em Três Rios.

Mestre Fuleiro, o diretorde harmonia do Império Ser-rano, receberá às 18h de hojea medalha Pedro Ernesto, naCâmara de Vereadores.

A defesa do consumidor se-rá o assunto debatido hoje noprograma Encontro com aimprensa. Às 13h, na RÁDIOJORNAL DO BRASIL.

O governador Hélio Gar-cia não pretende tomar posi-ção sobre a sucessão estadualantes de quinta-feira. Aguar-dará o pronunciamento dosenador Itamar Franco, noSenado, onde pretende expli-

-Lance-Livre-

tarV"

car as razões de sua saída'doPMDB.

A Revista Forense está emvias de contratar famoso ju-rista para sua direção. A edi-tora Regina Bilac Pinto Zin-goni conduz as negociações.

O líder comunitário ChicoAlencar, presidente da Fa-merj, recusou o convite paraser candidato a vice-governador na chapa encabe-cada pelo jornalista Fernan-do Gabeira. Prefere conti-nuar participando da luta dasassociações de moradores.

A nova diretoria do Institu-to dos Magistrados do Brasiltomará posse às 17h de boje,no Palácio da Justiça do Riode Janeiro. Na ocasião serálançado o volume 5 do livroDireito Concreto.

A convenção do FMI, emsetembro, em Washington,terá como solista, na inaugu-ração, o pianista AntônioGuedes Barbosa.

O jornalista Roberto D'A-vila, candidato à Constituin-

Saturnino reduz Unif e baixa o IPTUO prefeito Saturnino Braga decidiu

ontem à noite, depois de reunir-se comdezenas de entidades representativas da

.comunidade, que o aumento da UNIF(Unidade Fiscal do Município) que rea-justa o IPTU (Imposto Predial e Territo-rial Urbano), será de pouco mais de 20%(o valor exato ainda será calculado) e nãomais de 33%, o que elevaria a UNIF paraCzS 248,00 a partir de julho.

A decisão, que a Prefeitura considerainédita, por atender a uma reivindicaçãodireta da comunidade, representará parao município um ganho político e umaperda prática de CzS 150 a CzS 200milhões na arrecadação. A UNIF deveráficar entre Cz$ 214,00 e Cz$ 216,00,sendo o reajuste calculado pelos mesmoscritérios que determinam as elevaçõessalariais.

A modificação deverá ser encami-nhada à Câmara dos Vereadores, sob aforma de mensagem, nos próximos dias.Participaram do Seminário As DemandasSociais e as Finanças Municipais do Rio deJaneiro, realizado na PUC, quase 50entidades representativas, desde a Cama-ra dos Vereadores e a ABI, até a Asso-ciação dos Empregados de Furnas, doIBGE, do Serpro, a CGT e a CUT ediversos sindicatos.

A proposta conciliatória do Prefeitoatendeu à reivindicação da Federação dasAssociações de Moradores do Rio(Famerj), que não queria nenhumreajuste, por considerar" que oneraria apopulação assalariada da cidade. Semqualquer reajuste da Unif, o fator decálculo do IPTU ficaria nos atuais CzS186,99 o ano todo, com uma perda deCzS 800 milhões para o orçamento muni-cipal. Com isto não concordava a Federa-ção das Favelas do Rio (Faferj), quedefendeu a preservação orçamentária pa-ra as aplicações previstas nas áreas maiscarentes da cidade. Saturnino então pro-pôs aumentar o IPTU pela média — "a

perda neste caso será mais suportável" —e encaminhará mensagem à Câmara Mu-nicipal nos próximos dias sobre isto.

Faferj x FamerjPromoção da Prefeitura do Rio para

debater o orçamento municipal.com ossetores representativos da sociedade ei-vil, o Seminário acabou discutindo commais intensidade a questão do reajuste do

te, fará um debate às 19h dehoje na Universidade SantaUrsula.

Os Arcos da Lapa conti-nuam no escuro. As lâmpa-das, retiradas há mais de ummês, até agora não foramrecolocadas.

O ministro Célio Borja se-rá homenageado, no dia 6 dejunho, num almoço de ade-soes no Hotel Glória.

O ministro Rafael de Al-meida Magalhães fará às12h30min uma palestra naAssociação Comercial doRio de Janeiro, para 230 em-presários cariocas, sobre asituação da Previdência So-ciai.

Faltam 11 dias para o ini-cio da Copa do Mundo.

Retorna hoje de uma via-gem de trabalho a Washing-ton o presidente interino doBNDES, André Montoro Fi-lho. O banco está sem presi-dente efetivo há 264 dias.

Cadê os royalties do petró-leo do Rio?

IPTU — decidido pela Prefeitura depoisdo Plano Cruzado, e que previa a aplica-ção dos percentuais da inflação acumu-lada nos meses de janeiro e fevereiroúltimos (antes do congelamento depreços).

Saturnino já se comprometera com opresidente da Famerj, Francisco Alencar,que iria comparar a correção dos saláriosdos trabalhadores (reajustados pela mé-dia dos seis meses anteriores a março)com o valor previsto para o reajuste daUnif em julho, e, se possível, adotaria ocritério da equivalência salarial.

Ontem, porém, de início Saturninoalinhou-se com a posição defendida pelaFaferj, em defesa do orçamento munici-pai, que inclui fortes aplicações nas áreascarentes:

— Se não reajustarmos a nossa moe-da fiscal, os assalariados certamente sebeneficiarão, mas estaremos favorecendosobretudo os grandes contribuintes doIPTU. A quem prejudicaremos e a quembeneficiaremos se abrirmos mão do rea-juste? Prejudicaremos a população maiscarente em benefício dos contribuintesmais abastados — afirmou com veemên-cia o Prefeito, sob aplausos.

A discussão vinha seguindo porémrumos inesperados, com os 40 represen-tantes de associações de moradores, deentidades profissionais e de instituiçõesrepresentativas da sociedade civil dividin-do-se entre o apoio à Famerj — logoidentificada como organização de classemédia — e à Faferj — que defende ascomunidades carentes. E Saturnino resol-veu propor como solução a sua fórmulaalternativa, concordando em abrir mãode parte do valor total estimado para oorçamento municipal — de Cz$ 9,9 bi-lhões — reajustanto a Unif abaixo doprevisto,

"mas permitindo que possamos

nos recompor dessa perda até o final doano".

O secretário de Planejamento, TitoRyff, já tinha prontos os estudos dequanto deveria ser o reajuste do IPTUem julho, se aplicado com base na médiado valor da Unif nos seis meses anterioresa março:

— O valor da Unif subiria para ape-nas CzS 190,00 a partir de março; mascomo o reajuste da moeda fiscal domunicípio é por semestre, e em marçocom o advento do Plano Cruzado perma-

neceu no mesmo valor, de CzS 186,00,compensaríamos a diferença de receita dcmarço a junho elevando a Unif em julhopara cerca de CzS 215,00 — disse, dandoa impressão de que havia tirado os cálcu-los prontos do bolso do colete, masexplicando que calculou diversas alterna-tivas para o Orçamento Municipal, de-pois do Plano Cruzado.

Voto de confiançaAo lado do prefeito Saturnino Braga

na mesa que presidia os trabalhos doSeminário, o presidente da Faferj, NaildoFerreira, foi aplaudido ao dar um voto deconfiança à Prefeitura "para cumprir oseu programa":

Podem dizer que somos um mon-te de analfabetos. Mas não somos não.Somos, sim, três milhões de faveladosanalfabetos porque abandonados por to-dos os governos que já passaram poraqui. E agora estamos confiantes. Vota-mos na proposta do governo do Rio deconcentrar aplicações nas áreas carentese na reforma agrária. Isto é fundamental.Mas temos que oferecer condições aogoverno do Rio para cumprir seu progra-ma. Por isto somos favoráveis à manuten-ção do orçamento como está — defendeuNaildo.

Antes, o presidente da Famerj, Fran-cisco Alencar, propôs um debate "desa-

paixonado", afirmando que as 580 Asso-ciações filiadas à Famerj eram contra oreajuste do IPTU, que iria sobrecarregaros assalariados que pagam aluguel:

Achamos que este governo, defato, vai investir nas comunidades caren-tes, mas acreditamos que há alternativaspara resolver o problema orçamentário,retirando mais daqueles que sempre co-meram e continuam comendo — ironi-zou, referindo-se aos grandes grupos eco-nômicos e empresas estatais.

Além da proposta conciliatória doprefeito, aceita pelas duas Federações, aintervenção do presidente do InstitutoBrasileiro de Análises Sociais e Econômi-cas, o pedetista Herbert de Souza (o"Betinho", irmão do chargista Henfil),deu fecho à discussão:

A quem interessa esta divisão?Querem jogar a administração estadual emunicipal contra a classe média, mas nãoé nada disto —'- finalizou.

Foto de Marcelo Carnaval

Projetos do Riovão a Brasília

Uma avalancha de projetosdo Município, pleiteados pelacomunidade do Rio com abso-luta priondade, será levada naspróximas semanas ao GovernoFederal, como conseqüênciado seminário sobre Problemassociais e as finanças do Rio, natentativa de sensibilizar a NovaRepública para as carênciasmunicipais — segundo revelouontem o secretário municipalde Planejamento, Tito Ryff.

Ryff explicou que um dosgrandes objetivos do seminá-rio, encerrado na PUC do Rioapós três dias de debates.com50 entidades representativas.doconjunto da sociedade, é defi-nir prioridades e, em funçãodisso, projetos que, levados aBrasília, façam o Governo Fe-deral modificar a sua posturacom o Rio:

— Há mais de dois mese's oprefeito espera uma audiênciacom o ministro da Fazenda,Dilson Funaro. No entanto, odeputado José Colagrossi, aodeixar o PDT, foi imediata-mente recebido pelo presidenteSarney. Então, quem represen-ta a população do Rio para oGoverno Federal: o prefeitoSaturnino Braga e seus secreta-rios de Governo ou o deputadoJosé Colagrossi? — perguntouTito Ryff, para resumir os pro-blemas enfrentados peio muni-cípio com a Nova República.

No seminário, propôs-sé'qúeos representantes das associa-ções de moradores e das comu-nidades viajem a Brasília, emcaravanas, para acompanhar atramitação dos projetos. Satur-nino Braga deu o seu apoio aesta proposta — "a idéia damarcha a Brasília é ótima" —mas Tito Ryff esclareceu que ogoverno municipal não está sesentindo fraco politicamente aocaminhar junto com a suá'po-pulação em defesa dos seuspleitos:

"Sempre achamos qúesó a mobilização política dacomunidade garante apoio"

-A* - ISaturnino propõe aumentar menos o IPTU e Jó Resende congratula-se com Chico Alencar

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DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO

AVISOASSEMBLÉIA GERAL DA CATEGORIA

VALES REFEIÇÃOO Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do

Município do Rio de Janeiro, entidade representativa legal da categoriaeconômica convoca todos os comerciantes do ramo para uma Assem-bléia Geral que se realizará no Liceu Literário Português, a Rua: SenadorDantas 118 — 1° andar, esquina do Largo da Carioca, no dia 20 de maiocorrente às 16 horas, para discutir e deliberar a solução finalpara oassunto, face do impasse criado pelas empresas de "tickets".

A DIRETORIA JSCOPO2í a sábado no Caderno 8

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JORNAL DO BRASIL Nacional segunda-feira, 19/5/86 a Io caderno ? 7

Duas chapas disputam direção da Andei-¦- ¦*• *^ Cstn Aa An/Irá Vtí"iraií

Õ T-6 da FAB foi içado sem cauda e com as asas partidas

Pescador acha por acasoavião submerso há 28 anos""Brasília — Na busca da lagosta, que é o

seu meio-de-vida, Beira-Mar, pescador analfa-beto da ilha, de Itaparica, mergulhou maisfundo do que de hábito e acabou tendo umasurpresa: descobriu um avião da FAB submer-

.„so.j)á 28 anos, quando caiu no mar provável-mente por falta de gasolina com duas pessoas abordo.

Guiada por Beira-Mar, na semana passa-da, uma equipe de mergulhadores do Parasar(grupo especializado em resgates da Aeronáu-tica) conseguiu suspender à tona e rebocar atéa praia as três toneladas desse avião — umNorth-American T6 sem cauda, de asas parti-das, coberto de coral vermelho e algas, mastendo ainda seus pneus cheios, pistões brilhan-tese cabos de aço tão novos "que pareciamrecem-saídos do almoxarifado", segundo adescrição dos mergulhadores.

- — Busca de um corpo. _ ...Na esperança de encontrar a bordo umtenente-aviador, Flávio Bandeira, que caiucom avião idêntico na mesma região em abrilde 71, a Aeronáutica montou essa operação'usando balões inflados com oxigênio, no me-lhor estilo dos filmes de Hollywood. Depois devários dias de espera para que o tempo melho-rasse e o mar se acalmasse na Baía de Todos os

. Santos, os mergulhadores conseguiram com-gletar a tarefa em menos de 12 horas. Por três

, jtfáes consecutivas os balões se romperam, as-cintas de nylon cederam e a carcaça voltou ao

. fundo do mar, a 20 metros da superfície.¦ -- Já com base nos objetos achados a bordo

— um par de óculos, divisas de tenente-

coronel, documentos de vôo e apostilas de umcurso de língua inglesa — os mergulhadoresconcluíram que não se tratava do avião aciden-tado em 71, porém de um outro que caiu emfevereiro de 1958, antes da Copa da Suécia,pilotado por um coronel-aviador e levando abordo, como passageiro, um chileno, profes-sor de inglês, que iria instruir sargentos daAeronáutica em Salvador.

Luís Felipe Perdigão, o aviador, e MiguelMacderaont, o professor, cobriram a nado, ànoite, os oito quilômetros que os separavamda praia em Itaparica antes de recerem osocorro de pescadores. O coronel Perdigãotinha um corte profundo na testa e outroferimento no peito. Sangrava muito, porémainda ajudou o seu passageiro chileno, embar-cado no Aeroporto Santos Dumont, no Rio, avencer as ondas e o medo dos peixes atéchegar à areia. Os dois tinham muitas queima-duras causadas por águas-vivas.

Milagrosamente salvo naquela ocasião, ocoronel Perdigão, herói da Segunda Guerra,morreu num choque de automóveis no Rio,em novembro passado. Do professor chileno,a FAB não tem mais notícias.

Do que restou do avião, quando completa-da a operação de resgate com a ajuda de umatraineira, cabos de aço e um trator, saíramvárias lagostas (doadas a Beira Mar), umouriço e um casal de moréias, ue faziam dacarcaça sua morada. A mais agressiva delas,pesando quase 30 quilos, teve de ser arpoadapara que a operação se completasse semsustos.

Briga de sócios em clínicaagrava situação de loucos- - Belo Horizonte — Uma briga entre os dois

sdüios da Clínica psiquiátrica Nossa Senhorade Lourdes, no Sion — um dos bairros maisvalorizados da Zona Sul desta capital — estácolocando a nu a situação em que são deixa-dos, por um dos dois únicos estabelecimentosde "longa permanência" credenciados peloIriamps, em Belo Horizonte, os seus 420pacientes, todos considerados "irrecuperá-veis": alimentados, mas sem direito a qualquer

i conforto e a nenhum tipo de terapia, resta-lhesapenas esperar a morte.

' Consciente da superpopulação na clínica,fundada em 1959 e considerada revolucionáriana época, a Superintendência Regional doInamps em Minas, através de sua Comissão deSaúde Mental, suspendeu o encaminhamentodé novos pacientes, depois de uma auditoriaali realizada há cerca de um ano: foramencontrados 427 pacientes, para uma capaci-dade máxima de 331 leitos. Se fosse respeitadaa exigência de, no mínimo, 4,5 metros quadra-dos por paciente, sobravam % doentes, naépoca, e 89 agora.

Internamento em massa• Apesar disso, o coordenador da Comissão

de Saúde Mental do Inamps, Virgílio Busta-mante Reno, explicou que o órgão não podedéscredenciar a clínica porque existe apenasuma outra na região metropolitana de BeloHorizonte — a Serra Verde, em Vespasiano,qúe tem 740 leitos destinados a pacientescrônicos.

. Segundo o coordenador o Inamps aguardaa .conclusão das obras de um novo pavilhão,em no máximo dois meses, que aumentarão acapacidade em 120 leitos, e promete umavigilância severa para impedir o internamentode novos pacientes. A auditoria revelou que,nas enfermarias nos dois primeiros andares (o' prédio tem quatro), destinadas aos casos maisdifíceis, as camas estavam encostadas umas àsoutras, com menos de dois metros quadradosdisponíveis para cada paciente.

Briga dos sóciosSe não fosse uma briga entre o diretor e

proprietário da clínica, o clínico-geral PedroCosta Neto, e um ex-sócio proprietário, opsiquiatra Hélio Duraes de Alkmim — quenão concorda com os métodos adotados —alem de reclamações de vizinhos sobre ascondições precárias de funcionamento do hos-pitai, o drama que existe ali não se tornariapúblico. Um problema que o diretor CostaNeto não reconhece:

— Os nossos pacientes são extremamentebem tratados e recebem todos os medicamen-tos • de que necessitam, não lhes faltandoabsolutamente nada — afirma. — O que estáacontecendo são reclamações infundadas devizinhos, que compraram casas e apartamen-tos próximos à clínica muito tempo depois deaqui nos instalarmos, e o que o doutor HélioAlkmim tem falado é fruto da mágoa queguardou, ao rescindir judicialmente nossa so-ciedade.

„•..- Segundo ele, os problemas dos pacientesda clínica não são diferentes dos existentes em

todas as clínicas psiquiátricas brasileiras, moti-vados muito mais por aspectos sociais do quemédicos.

Cerca de 70% dos nossos pacientes(muitos com mais de 10 anos de internamento,o mais antigo com 17 anos) encontram-setotalmente abandonados pelas famílias, quasesempre carentes, que chegam a mudar deendereço para fugir aos nossos contatos. —justifica. — Temos de assumir toda a respon-sabilidade, até com roupa e enterro; passamosa ser a família dos doentes.

Verde, nãoDos Cz$ 44 de diária paga pelo INAMPS

para cada paciente, 6% sáo repassados aosmédicos-assistentes e o resto vai para a clínica,para cobrir as despesas com alimentação,medicação e vestuário dos pacientes.

O diretor garante que emprega cerca de100 pessoas, das quais 20 são médicos; umpsicólogo, um terapeuta ocupacional e quatroestagiários de Psicologia. A clínica segue umalinha de tratamento, segundo Costa Neto,baseada na farmacologia.

Com a extinção dos eletro-choques, dainsuüno-terapia e dos métodos de contenção,quando os pacientes eram presos a correntes, abase do tratamento é constituída por sedativose remédios que controlam o paciente.

Mas ele duvida que alguma terapia alter-nativa ou mesmo a existência de áreas verdespudessem solucionar ou, pelo menos, minimi-zar o sofrimento daqueles doentes. "Gentenão é boi para precisar de verde e se o verdefosse tratamento para a loucura, o meio ruralnão seria o maior fornecedor de pacientes parahospitais psiquiátricos, motivada quase sem-pre pela pobreza absoluta e carência alimen-tar"—revelam o pensamento vivo do diretor.

Ex-revolucionáriaCitada por especialistas estrangeiros como

uma instituição revolucionária, na década de60, por "buscar um caminho mais humano naassistência psiquiátrica", segundo a chefe doServiço de Terapia Ocupacional de Ilinois(EUA), Lucy Fairbaks, a clínica Nossa Senho-ra de Lourdes passou a se interessar unicamen-te no internamento em massa. A crítica foifeita pelo psiquiatra Hélio Alkmim, professoraposentado da Faculdade de Medicina daUFMG, que acaba de ganhar na Justiça umaação a favor da dissolução da sociedade com ocolega Costa Neto.

. — A verdade é que assistir a pacientescrônicos passou a ser um lucro certo para oshospitais — denuncia. Apesar da miséria dediária paga pelo INAMPS, a instituição nãotem praticamente nenhum gasto com o pacien-te, bastando apenas contratar enfermeiras eatendentes, sem contar com terapeutas, assis-tentes sociais e psicólogos.

Segundo ele, o doente crônico necessita demuito mais espaço e assistência permanente,não bastando "alimentá-lo e drogá-lo para oresto da vida, estando nestes métodos a fontede lucro dos hospitais, que por terem umareceita pequena procuram reduzir também oscustos."

Pela primeira vez em seis anos, duaschapas disputarão a eleição para a diretoriada Andes (Associação Nacional de Docen-tes do Ensino Superior), que começa hoje evai até sexta-feira, com urnas distribuídasem 70 universidades e escolas superiores dopais.

A nata da intelectualidade brasileiraestá dividida na eleição. A chapa um,Andes — autônoma e democrática, temapoio da atual diretoria da entidade e deprofessores como Dalmo Dallari, o reitorda UnB, Cristóvam Buarque, Teotônio dosSantos, Francisco Weffort, Marilena Chauí,o lingüista Silviano Santiago e outros. Pelachapa de oposição, Andes — hoje emdefesa da universidade, assinam manifestoo reitor da UFRJ, Horacio Macedo, Mariada Conceição Tavares, o cineasta SilvioTendler, os cientistas políticos Carlos Nel-son Coutinho e Luiz Werneck Vianna e oartista plástico Fernando Pamplona.

Uma das entidades profissionais quemais cresceu nos últimos anos, tomando olugar da UNE como porta-voz da universi-dade brasileira, a Andes, desde a fundaçãoem 1979, sempre elegeu sua diretoria porchapa única. No entanto, representantes deambas as chapas acham que a divisão atualrepresenta um fortalecimento do movimen-to docente.

Trata-se de um fato político degrande importância, que reflete o amadure-cimento das associações de professores e domovimento docente — analisa o candidatoà presidência da entidade pela chapa dois,Paulo Rosas, 54 anos, professor de psicolo-gia na Universidade Federal de Pernam-buco.

A divisão fortalece a entidade na-cional na medida em que oferece aos pro-fessores duas concepções diferentes de dire-ção — afirma o professor da UniversidadeFederal de São Carlos, Newton Lima Neto,33 anos, doutor em engenharia pela USP ecabeça da chapa um.

As duas chapas discordom principal-mente sobre a forma como dever ser enca-minhada a luta por mais verbas para auniversidade e pela defesa do ensino públi-co e gratuito. Enquanto a chapa um priori-za a mobilização dos professores no movi-mento social, a dois destaca as formasinstitucionais de atuação.

A realidade política nacional mu-dou, e as mudanças impõem novas estraté-gias ao movimento docente — afirma Joel

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Joel e Paulo (E), da chapa dois, e Newton e Sydney, da chapa um j

Teodósio, professor da UFRJ e candidato àvice-presidência da entidade pela chapadois.

— A força da Andes reside no movi-mento dos professores e é com essa autori-dade, autônomos e independentes do Esta-do e dos partidos políticos, que temos dedialogar com o governo — argumenta Syd-ney Solis, 35 anos, professor do departa-mento de filosofia da Universidade SantaÚrsula e candidato à vice-presidência pelachapa um.

Além disso, os representantes da chapadois defendem que a Andes hoje, semabandonar sua vocação sindical, deve darigual peso às questões acadêmicas. Para achapa um, o aperfeiçoamento do ensino eda pesquisa no Brasil é indissociável da lutapor melhores salários e por mais verbaspara a universidade.

A Andes tem 35 mil filiados através de70 associações de docentes de universidadese instituições de ensino superior em todo opaís. Todas as 35 universidades federais —

fundacionais e autárquicas — têm hoje suasassociações de docentes, mas a Andes aindasente dificuldades para penetrar em muitasescolas particulares devido, segundo suaatual presidente, Maria José Seres Ribeiroj"à repressão exercida pelos reitores". Asuniversidades católicas do Paraná, de Per-nambuco e de Pelotas, no Rio Grande: dóSul, por exemplo, não têm associações déprofessores. A presidente da Andes avaliaque 30 mil professores comparecerão àsurnas esta semana.

A eleição para a diretoria da Andes sérealiza logo após uma bem-sucedida parali»sação dos professores, durante dois. dias»pela isonomia salarial entre universidadesfundacionais e autárquicas (as fundacionaispagam salários muito mais altos). Èstâmarcada para o final do mês uma vigíliaenquanto se aguarda a resposta do MEC.'

— Ganhe chapa um ou chapa dois, óvitorioso encontrará os professores já numpique de mobilização — afirma a historia-dora Maria José Seres Ribeiro.

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8 ü Io caderno segunda-feira, 19/5/86 Nacional JORNAL DO BRASIL

Governo baianoapura a mortede 14 crianças

Salvador — O secretário de Justiça, GabinoKruschewski, determinou a abertura de inquéri-:o administrativo e o afastamento temporário deiodo o corpo diretivo do Centro de Recuperaçãoe Triagem da Fameb (Fundação de Assistênciaio menor do estado da Bahia) onde este mêsmorreram 14 crianças de gastrenterite, seis delasna última semana.

O secretário anunciou que a comissão deinquérito será formada por cinco ou seis inte-;'.rantes, todos médicos, sanitaristas e especialis-i as em doenças tropicais, e se revelou surpreen-'lido com a notícia das mortes, atribuindo ai missão do fato ao excesso de zelo da diretorala Fameb, Maria Auxiliadora Minahim. "Certa-nente ela não quis me trazer maiores proble-nas", comentou Gabino. Por ser uma pessoa deíbsoluta confiança do secretário, a diretoraindicará um dos nomes para a comissão' deinquérito.

SuperpopulaçãoO Centro de Recuperação e Triagem, no

bairro do Beiru, está, segundo o secretário, comproblema de superpopulação: em condições dereceber cerca de 300 menores abandonados, temmais de 350.0 surto de gastrenterite foi detecta-•do em uma unidade onde havia 76 crianças.Destas 60, sadias, foram transferidas para aCreche Helena de Magalhães. As 16 doentesficaram em uma enfermaria. Além destas, exis-tem oito crianças com gastrenterite internadasem hospitais e clínicas conveniadas com oInamps.

Logo que recebeu a denúncia do surto degastrenterite no Centro da Fameb, ainda nosábado, o secretário de Justiça determinou aretirada dos menores, e a queima imediata detodos os colchões e cobertores. Em visita deinspeção, estiveram no centro os deputados LuisNova e Haroldo Lima, do PC do B. O secretáriojustificou a suspensão do corpo diretivo daunidade da Fameb como uma medida necessária"para

que o inquérito administrativo se processelivremente", mas não arriscou uma opiniãoquanto ao procedimento da diretora Maria Au-xiliadora Minahim, que não o manteve informa-do dos fatos.

Por se tratar de uma doença contagiosa,Gabino considerou o quadro grave, mas procu-rou explicar a situação como conseqüência dotipo de criança que para lá é encaminhada.

São quase sempre recolhidas no lixo, nasarjeta, com infecção e outras doenças — acres-centou.

Ele promete providenciar a contratação depessoal médico para tratá-las, coisa que nãoexistia:

Trata-se de uma doença contagiosa ecom a ocorrência de tantas mortes eu deveria tersido imediatamente comunicado para desenca-dear as providências como a ajuda de institui-ções de saúde.

Como são "menores absolutamente abando-nados, despossuídos, rejeitados, filhos de paisignorados na totalidade", o secretário explicouque isso contribuiu para que ninguém compare-cesse ao centro procurando saber da situaçãodas crianças. Denunciou que a unidade, nos trêsprimeiros meses deste ano, atravessou sériasdificuldades financeiras porque não recebeuqualquer transferência de verba da Funabem,por quem é mantida, e funcionou com recursosdo governo estadual.

Presos paulistastentam fugir econseguem remoção

São Paulo — Após terem feito refém umcarcereiro, os 57 presos da 17a DP na ZonaSudeste da capital paulista, tentaram fugir, rebe-lando-se com a presença de um juiz e dejornalistas, solicitados por eles próprios, deten-tos, mas acabaram conseguindo remoção para aCasa de Detenção e outros presídios, depois decomprovar as más condições carcerárias em queviviam.

A rebelião começou às 8h45min, no mo-mento em que o carcereiro Pedro Martinezentrou no pátio da carceragem para distribuir ocafé. O motim foi planejado na noite de sábado,quando um grupo de presos serrou as grades doxadrez 4 e ficaram à espera do carcereiro pelamanhã. Pedro ficou em poder dos detentos porduas horas e meia, enquanto 20 carros da políciae mais de 60 policiais armados de revólveres,carabinas e metralhadoras cercavam a delegacia,no bairro do Ipiranga.

O juiz Paulo Sérgio Fernandes de Oliveiraentrou na carceragem com policiais e jornalistase negociou a liberação do carcereiro, sob acondição de conseguir a transferência de deten-tos para prisões em melhores condições. Ospresos entregaram dois estiletes e libertaram ocarceiro às llhl5min. Posteriormente o juiztitular da Corregedoria dos Presídios, WalterFanganiello Maierovitch, vistoriou a cadeia edeterminou a remoção de todos os 57 presos ¦para a Casa de Detenção, presídio do hipódro-mo e delegacias da Zona Sul.

Santuário gaúchorecebe a visitade motoqueiros

Porto Alegre — Mais de três mil motoquei-ros participaram da tradicional romaria ao san-tuário de Nossa Senhora do Caravaggio, emFarroupilha, onde o bispo de Caxias do Sul,dom Paulo Moretto, rezou missa campal, sob otema Terra de Deus, Terra de Irmãos, o mesmoda Campanha da Fraternidade da CNBB e quedefende a realização imediata de reformaagrária.

A romaria dos motoqueiros foi uma das trêsfestas religiosas realizadas ontem no Estado,que incluiu a procissão de Santa Rita de Cássia,uma das mais tradicionais de Porto Alegre, e aprimeira romaria dos advogados do Rio Grandedo Sul, em Santa Maria. Esta foi comandadapelo presidente da CNBB e bispo diocesanodaquele município, d Ivo Lorscheiter, o que éum fato inédito dentre as festas religiosas dopaís.

A romaria dos advogados começou comuma missa no santuário da Medianeira, em cujacripta foi inaugurada a capela de Santo Ivo,padroeiro dos advogados, magistrados e júris-tas. Depois, os mais de 200 participantes doencontro saíram em procissão, do santuário àcripta, até a capela de dom Ivo, onde foicolocada uma relíquia do santo, trazida por dIvo Lorseheitcr da França e que é a única noBrasil.

DOS 880'COME

RESTAURRA

CENTROAcre, R.

10 Lj. Sobr. Eilal Sorv..18 Café e Bar Brasiluso35 Pensão Acre47 Lj. D Brisbane Bar51 Sandu-Rasco

120 U. Café e BarCruzeiro Novo

Alcântara Machado, R.36 Lj. Bomboniere Cap. Rio48 Cantina Gaúcha

Alexandre Mackennzie, R.40 D'Aldeia

Alfândega Da, R.7 1' Pensão Galo de

Barcelos7 Bar e Rest. Jordil

73 Bor Araújo112 1' Renovação Biológica

Álvaro Alvim, R.31A Oouradinho

Andradas Dos, R.53 Manchester lanches

Antônio Carlos Pres., Av.375 S/Refeiçães Paladar

Araújo Porto Alegre, R.70B Porto Alegre71 Le Bon Menu

Assembléia Da, R.81 Rest. Columbia

Barbeiros Dos, Be.12C Rest. Cacique

Beira-Mar, Av.406A Xodó do Castelo

Beneditinos, R.18 Helth's

Bento S., R.19 Dom Giacomo24 1» Rest. Rancho Grande

Buenos Aires, R.Lj. C LaranjadaAmericana

ló Li. Molho Inglês45 Haku San80 Café Roseiral84 Bucarest

104 Menina das Flores126 Sobr. Pensão Guanabara153 OrfeÕo Lanches159 Sob. Pensão Rosa Bem206 Sob. Rest. Cristiane222 Lanch. e Past. Bonlanche235 A Pizza Nostra250 1»And. Rest. Alasca265 Assoc. das Sras.

Brasileiras302 Sobrado Pensão

Palácio Carioca328 El-Gebal336 Karim Restaurante

Câmara Card., Pça.132 Arco da Velha

Câmara Mar., Av.150D Big Beth186 3 Federação das

— Bandeirantes186A Lj. 1 Bacaninhada

Castelo Lanches210B Sírio e Libanês271B Mustafá

Camerino, R.Bar Servidor

22 Bar e Rest.Flor do Valongo

61 Sobr. Lima RefeiçõesCandelária, R.

74 Casa Havaneza74 SI. Pensão Sagrado

Coração92 Sardi's e Rest. e

ComestíveisCarioca Da, R.

3 Ponto Quente21 Conf. Nova Carioca

•32 lanches YeYeYeCarlos Sampaio, R.

31A Bar e Rest. RioDamasco ltda.

Carmo Do, R.38 S/Lj. Green56 Bar Mundo Ideal

Churchill, Av.10C BarDumate97A Ali Sucos

109B Jambo109A Verde luna129B Sangay lanches

Comércio Do, Trav.20. Século 2021 Gianasticlube

Conceição Da, R.28 Vergelão31B Esconderijo da

Pizza42 Bagatelle

105C Rodge'sBarCruz Vermelha, Pça.

9 Lj. 11 Cosa Vieira SoutoDa Assembléia, R.

87 Galeto na BrasaDantas Sen., R.

29A Bar Past. ChanLing

31 Churrascolàndia4óA Casa Olona75 lj. D Lanch. 7584 l). A/B Galeto Bicão84F lj. O/E Brasileiras

lanches100 Lj. B le Croissant117 lj.PArco's118H Uceu

Debret R.23 SI. 1108 Associação dos

Funcionários do BNHDo Mercado, R.

51 lj. 2 Café e Bar Machadoírosmo Braga, Av,278A EdeMaxEvaristo da Veiga, R.

20 Restaurante Expresso24 lj. A Sonata45A Café e Bar Canadá83A Congo

Feijó Reg. ,R.47 Sobr. Pensão André91A Cafée Bar

ContabílistaFloriano, Pça.

55B Lj. Bar e Sorv.Amarelinho

55 lj. A Café e Conf.Superbar

Floriano Mar., Av.37 Rest. Lanch. Garota

da Cidade40 Pensão Tanus

77 Café Centenário89 Casa Caça e Pesca

do Rio94 Lanchinhos, Doces

e Balas137 Natural Time Rest.138 1» Pensão Jurema175 Cantina Marechal183 Rest. Maravilhoso

Francisco de Paula S., Lgo.ó Casa Bonifácio

Francisco Serrador, R.2 lj. Z Super Galeto2G/H Galeto Cinelândia

Franklin Roosevelt, Av.231.B Moustafa71C Tenda Árabe84 Lj. C Galeto Castelo

194 Sub. lj. A VendomeGerardo D., R.

63B/C/D Zarotrustra63 Bar e Past. Iddai64 Rest. Boca

Gomes Freire, Av.151 Lj. Henriques176 L|.C Lúcia243 Bor e Churr. Ponto

Jovem387 Lj. Cafée Bar Massapê430 Bar e Rest. Marivel450A Lanch. Loreley517 Salsa e Cebolinha

Gonçalves Dias, R.16B Vitória Lanches80 Lanches Opus82 Café e Bar Risomar82 Canto Verde

Gonçalves ledo. R.33 Sobr. Pensão do Minho

Henrique Valadares, Av.3C Lanch. Fininha

Inhaúma Vise. De, R.95 Nino

113 Sobr. Restaurante Joãode Barro

Joaquim Silva, R.36 Ljs. A/B Princesa da lapa

138 Semente AlimentosNaturais

José S., R.35 Lj. 104 Keijão Líquidos e

Comestíveis50A Casa Urich

Lapa Da, Pca.71 Caso A. Elias86 Nova Lapa

Leandro Martins, R.2 1' and. Pensão Laponense

Pensão AquáriosLí. Restaurao Com.oe Alimentos

100 BarAlimarLuís de Camões, R.

ó Café e Bar GibiS/N Adega luiz de Camões

51 Entreposto NaturalLuzia Sta., R.

33ó Café Ajax348 Mini Onda405 5' And. Pensão Santa

Luzia405 Cafée Bar dos

Estudantes583 Esplanada760 1' Andar O Boêmio762 Top-Ten799B Lj. Pacuja799A Muglandia Conf.

e lanches405 207 Metamorfose

AlimentaçãoR. Autêntica

Mahatma Gandhi, Pça.2 S 1 Amaeg

14 2CiepeMarrecas Das, R.

25A Sucos e Frutas44 luck'sRest.46 Lj. Rest. Rio Jordão

Mem de Sá, Av.90 Bar Brasil96 Nova Capela

132 Bar Flor do VougaMéxico, R.

41A Snack Bar Nisa41B Restaurante Miron

148A Emir164A Riomar

Miguel Couto, R.45 Lj. Café e Bar Lomaia

105 y. C Churr. Galeto BeiFrango

U7A Alijo124A Tesouro125 Lj. Restaurante Hugos127 Café e Bar Ascot139 Sob. Pensão Albatroz

Mosqueira Do, Trav.Rest. Cosmopolita

Olavo Bilac, Pça.Penafiel

11/13/15 Rest. das Flores28 Lj. F Bill lanches

Ouvidor, Trav.25 Rest. Zan

Ouvidor Do, R.10 Rio Minho45 Sobr. Mia .o18 Lanch. Gouveia37 Lj. laranjada Americana

Paço Do, Trav.10E lj. Café e Bar Anápolis

Passos, Av.63 Doçura Novo Rio

Pedro I, R.7 Lj. 3 Granada7 SI. 603 Coop. dos

[m VegetarianosPompeu Sen., R.

43 Armazém e Bor N. S. deLourdes

84/88 Abiliu's104 lj. Café Camerino106 ü. Rest. Solar do Tamega116 Café Flor Nacional118 Cafée Bar Rio

Vessa217 Bar Rest. Flor de lis

Primeiro de Março, R.7 Café do Carmo

20 1» Pensão Barcelos20 Kit-Kat24 Ritz26 Jorge V

Quinze de Novembro, Pça.21 Burguesõo

Quitanda, R.45 Itaipu Cafée Bar

176 Bor e Café Ric186 lj. OGaletão194 L). B Bar e Past. do Beco

203 Café e Bar MercantilRepública do Chile, Av.

65 Petro's BarRepública do Líbano, R.

25 Sob. Pensão JupiaraRiachuelo, R.

162 Lj. B Fátima Doces eSalgados

209 Café e Bar Montalegre221 Lj. C Biloca Bar e Rest.

Rio Branco, Av.26 Lj. A Spaghett's40B/C Red River Lanches92/94 Casa Simpatia

120 lj. 528 Bar Previdenciários120 Lj. 44 Tropicólia Sucos133 l). D Lanch. Canários156 SI. 324 Shin Miura185 S/S Lj. Marquês do Herval

Rio Branco Vise. De, R.20 Fds.CaféeBar

Zezinho61 Rest. A Garota do Rio

Rita Sta., lgo.6 Sblj. Millo's Rest.

Rodrigo Silva, R.7D/E Gaúcho-2

34 201/205A NobregaProdutos Naturais

Rosário Do, R.24 Lóide Bar34 Parte Encontro's Bar84 S. 502 Executivo

Com. Dist. Alimentos133 Paulista167 Lj. C EdeMax172 Ernesto

Santana, R.142 Ponif. Divino Trigo77 Lj. 4 Frigele

183 Bar e Galeto 183185 Cantina D'Oro

São Félix Br. De, R.75 Rest. Rei da Lagosta

Senado Do, R.39 Guima Bar

Senhor dos Passos, R.42 Sobr. Pensão Vilar

Formoso46 Sobr. Pensão Azurara53 Sobr. Pensão N. S. do

Sameiro55 Li. Tony Boy

211 Galeto Mapipi217 y. Restaurante

Sírio* Libanês231 Loja Restaurante Cedro do

LíbanoSete de Setembro, R.

43C Ponto Sete77 l9 Pensão André Luís88 Lj. V Cantarinha Lanch.

136 Lanches Rossini138 Rainha dos Sucos171 Coliseu das Massas175 Galeto Big-Ben

Taylor, R.12 Loj. A/B Churr. e lanch.

Rainha da LapaTeófilo Otoni, R.

20 Lj. Café e Bar D. Diniz40 L. 1» Restaurante Tóquio63 Conf. Hermon

101 Casarão 101103 Esquina da Bisteca121 Bar Faria132 Lj. 5 Cantinho da Teófilo134 Cafée Bar Valdeiras137B Pad. e Conf. Iara206 O Papa Lanches

Tesouro Do, Be.26 Lj. Grego's Bar

Treze de Maio, Av.23 Lj. M Al Kuwait Nelsons

Bar Ltda.23 Lj. N Caldo de Cana

Belas Artes23C Lanches Galeria

Darke Ltda.33 lj. C Cheio de Vida

Trinta e Três, R.74 Come Quieto

Ubaldino do Amaral, R.41A Restaurante Nova

' República da Lapa70 Lj. F N. B. Panificação

Uruguaiana, R.32 Lj. o Sobr. Pizzarella36 Bar e Rest. Cantinho

147 Café e Bar Cacique216 2'Pensão Fox

Vargas Pres., Av.392A Sorv. Guanabara962A Rei dos Galetos

1146 Lj. C lanches VarinaWilson Pres., Av.

118 9» And. D. Moraes210 lj. l?NelBlu

Centro/Sta. TeresaAndré Cavalcanti, R.

58 Dom André Rest.Resende Do, R.

81 Sobr. Pensão RosaImperial

BAIRROSA. B. Vista"

Boa Vista, R.113 Café e Bar Boa Vista

Fumas Das, Est.1275 D Rest. São Roque

Andara?Gastão Penalva, R.

8<1 Pensão DolimarMaxwell, R.

388 Sobrado Pensão TioCarmem

Paula Brito, R.240 Brasileirão

Anil

B. da TijucaAméricas Das, Av.

4666 y. 106CraryDog2000 32C Batata Batuta4666 L. 101 Pte. Pepe4666 Lj. 213A Pizza e Cia.1340 Rua's Bar2000 Lj. 18 Batato Batuta2300 U. A Pret a Manger4666 ti. 115B Sabor e Arte5150 li. 26 Le Casse Croute5150 y. 36 Churr. Pampa

A Ticket põe em pratos limpos a situação de quem conta-cdia mais fácil encontrar boas alternativas para se comer bem e tcredenciados. Comida nutritiva por um preço acessível não deve

e promovendo sua rede de restaurantes. Aguarde para poucosTicket para ótimas refeições n

* Lista parcial dos restaurantes credenciado:

Araújo Jorge Des. Box, Pça.8 Vista Alegre

Armando Lombardi, Av.800 y. A Golden Chiclten

Barra da Tijuca, Est.25 D Café e Bar Roselândia

Helios Seelinger, R.100H Mordomo Alimentos

Congelados100 Salada Etc.

Heráclito da Graça Aranha Alm., R.234 AHantis lanches

Olegario Maciel, Av.518 Lj. A Coisa de louco

Oscar Valdetaro, R.66 Rest. Novo Leblon

Paulo Mazzochelli, R.51 Adega

Perpétuo S., Pça.116 y. A Churr. Carreto Barra

Tillon S., R.141 Bar Beira D'Água

BanguAri Franco Min., Av.

197 Marios Lanch.Boiobi, R.

95 ALj. Dumor Lanch.Vasconcelos Con., Av.

104 Churr. lula

Bcngu/Sen. CâmaraCruz de Sta., Av.

7474 y. F/G Rest. Rosali

Barra da TijucaAméricas Das, Av.

4666 Lj. 106 Pte. Edo Port4666 ÍJ.C1/C2 Golden Chiken4666 Lj. K Restaurante

OuverseasHenrique Lott Mal., Av.

120 y. 128 Restaurante Tosty

BenficaBrasil, Av.

1779 5 Lj. A Lanch. Garota deIrajá

2230 4 Guadalupe CountryClub

5069 O y. D Ghandy BarFélix Cap., R.

110 Gal. 5 Galeto Zig Zag .Francisco Manuel, R.

177 Bar e Café Delemlopes Trovão, R.

15 Pensão TrovãoSuburbana, Av.

485 Rest. Amarantes724 José Matheus de Lucena

Benfica/M. GraçaSuburbana, Av.

1000 2 Lj. A Ula la Conf. e Sorv.

BonsucessoItaoca, Av.

2391L BeverlyBaturité, R.

14 Lj. A Tia Solange Bar eConf.

Bonsucesso De, R.275/283 Pala Pala404H Caravela da Saudade

Cardoso de Moraes, R.400 U. 14/15 Chef Comércio

ae AlimentosDemocráticos Dos, Av.

606 Bar e Rest. Braital2036 li. G/H Novo Democrático

Leopoldo Bulhões, R.2170 Recanto de Bonsucesso

Londres, Av.2A Café e Bar Rotim

Nova York, Av.35 lj. BKuko's

100 Pizza Hause212A Garota de Bonsucesso

Proclamação Da, R.855 Casas da Banha

Regeneração Da, R.770 Folharal886 Oriente

155 Sobr. Pensão RaimundoPaulo Barreto, R.

25 y. B Adega da VelhaPinheiro Guimarães, R.

57 Bar São BernardoPolidoro Gal., R.

25 Porto Vizeu100A Kibelândia

Pr. De Botafogo,340 y. 44 Tasca Adega340 EddysBar406 y. 13 Sucos Sonho

ündo Ltda.492 Panif. e Conf. Mourisco340 lj. EHotDog340A Conf. Melindrosa454 Café e Bar Sol e Sombra484 Lj. A Suco de Ouro

Real Grandeza, R.162 Rest. do Adriano167 Botequim Paraíso Ltda.177 y. B Frio Maravilha254 lanch. Real Grandeza316 Lj. Na^s Sucos

Severiano Gal., R.159 Lenilu Lanchonete

Sorocaba, R.416B Banine Frutas

Venceslau Brás, R.71 M. J. da Silva

Voluntários da Pátria, R.45 Lj. 112 Mesa Farta

156 Mister Diegas Lanches420 y. A Café e Bar Planalto

19 de Fevereiro, R.21 Churrascaria Ponto

Vermelho

Botafogo

Engenho D'Água Do, Est.1484 Lj. Bar Rio Alfama

Álvaro Ramos, R.146 Pad. Oceano

Arnaldo Quintela, R.26 Era So o Que

Faltava Bar36 Térreo Bar Província44 Sobr. Pensão Don Quixote

Bambina, R.145 Raízes Comida Natural

Clemente S., R.Botafogo De, Praia

324 y. A Pizza & Cia.10 y. C. Luba

164A Futuramente254 Lj. B Santo Inácio

Farani, R.42 Lj. D Pé de Moleque42A Pub's Sucos42 Lj. H Muhandess

Fernandes Guimarães, R.101 Cafée Bar Cento e Um

Góis Monteiro Gal., R.18 Bela Roma

Hans Staden, R.10 Lj. A Lanch. Gimini

Irajá Cd. De, R.132 Bor e Rest. Nega Fulô

Lauro Müller, R.1 y. Bor e Rest.

Braseiro da Fé116 y.301C/50JChickenln116 lj.301 PSondwiches116 201 PLBSeuNacib

Mariana Da, R.91 y. A Sorv. e lanch. Dona

MarianaMuniz Barreto, R.

610 Mandrake RestauranteNena Barreto, R.

55 Panif. Modelo Botafogo

Oliveira Fausto, R.27 Lj. A Questão de Gosto

Ouro Preto Vise. De, R.5 y. F Doce Doce5 Lj. B Sormani5 lj. L Stuffing5D Kampai Bar e Rest.

Passagem Da, R.30 Li. C Cafée Bar Seco83C/Ü Pastitalia

146 y. D Lanches Sal e Mel153A Café e Bar Ramboio

BotafogoCaravelas Vise. De, R.

71 Confeitaria So-Tati ISilva Vise. De, R.

152 Rest. Maria Thereza WeissVoluntários da Pátria, R.

34 Botequim Itu36B Marcos Antunes Bar45 De Repente Drinks62D Timone Restaurante

Ltda.195L Água no Boca234 Rex de Botafogo249B Maria Mole270 Melo Doces e Salgados340 Sucos Sman402B Bar do Tio Octavio445B Chez Regina452 YesBar468S Pensão Humaitá468 Darcy Refeições

Pasteur, Av.184 Lj. 14 lanch. Sorv. linda

ae Botafogo214 y. A Beijinho Doce333 Área 1 Cantina do

Manolo

C. Deus/CuricicaBandeirantes Dos, Est.

2629 Rest. Novo Mundo2697 D/E Rest. Rio Centro

C. NovaAmoroso Lima, R.

100A Ana CapriCorreia Vasaues, R.

Ó0A Santo AgostinhoOnze de Junho, Pça.

403 Cantina dos FuncionáriosJ.M.

C. VelhoCosme Velho, R.

174 y. G Er Pizzettaro362 Panif. Rainha

CachambiCachambi, R.

145 Alia Madonno325 y. B Dikomer

CajuCarlos Seidl, R.

627 Bar RetiroGal. Gurjão, R.

232 Café e Bar Gal. GurjãoPr. Caju Do

17 Bar Cruzeiro do CajuSampaio Gal., R.

54A Lanch. e Bar 20 deJaneiro

Campinho/PC. Sec.Cândido Benicio, R.

1757 y. BBaronezaLanches

Campo Grande

574 y. lanch. Frankelle584A Rest. e Bar Tróia767A Três Rosas

CavalcanteSilva Vale, R.

919 y. ATonns

ColégioAutomóvel Clube, Av.

11026 y. E Confeitaria Rei deAcarí

Copacabana

iol>

Anita Garibaldi, R.83 y. A Panif. Anita

Atlântica, Av.1910 Bolero1936 y. B Nona Comestíveis2936B Lanchonete Fim de Papo4240 Brosserie

Barata Ribeiro, R.7 L. D Galeto Sat's

232 Lj. A A Marisqueira370 Irmão Sol419 L 2 Bristol467 Lj. B Lanches Carolino tÍjo.M560 LJ. BNasher819C lanchonete Papillon . ,q

Bolívar, R.45B Carambola

Carvalho de Mendonça, R.35 Biscuit Pão de Queijo " ' ""?

Clara Sta., R.89A Suíça

151 Sblj.Pensão Acit CratnaConstante Ramos, R.

35A Rest. Chicken TopCopacabana N. S. De, Av.

.420 U. Sucos e Sorveteria .ouissa • " '.i,j*\

534 Lj. A Rest. e Conf. CityCopacabana

574 Ptf. Boni's581 2'Cantinho Doce610H BarMille's686 Restaurante 686734 Bonnie793 202 Pensão Cantinho Azul .,-915 y. ABonino's986B Bor Azul

1033 BarKice1194B luculu's -;-,',- iroí

Décio Vilares, R.360 y. B/CStopHere

Dias da Rocha, R.27A Ximbole31B João Pastel

,I0;"V

¦:bi'l

Augusto Vasconcelos, R.HE lanch. Bis

Cel. Agostinho, R.11/13/15 Magazine luzes

Dantas Vva., R.35D Coldo de Cana Princesa

Major de Almeida Costa, R.32 Água na Boca

Rio do A., Est.665 IJ. C Pad. e Conf. lanch.

Alvarenga

CascaduraMagalhães Cel., R.

16 Pensão MocotóPadre Telêmaco, R.

161 Caixa Social RecreativoG. Militar

Catete Bento Lisboa, R.

175 y. C Que Delícia184 y. 1 Café e Bar Fonte

NovaCatete Do, R.

130 Sob. P. Elcomolo'n Ltda.311D Jalee Douce

Machado Do, lgo.11A Copa São Sebastião

Vitaminas29 y. 33 Takaka Sucos29 S/y. 261 Estrela Solitária

Alimentos29 Lj. 19 Rotiss. Sírio Ubanezo29 y. 16 lareira Gaúcha30A Adega Real do

Machado Ltda.39A Churrascos Nabraza

Prot. Guimarães Alm. Trav.14 Sob. Pensão Videirinha

Tavares de Lira Min. R.105 Rest. Kioto

Catumbi/Sta. TeresaItapiru, R.

Djalma Ulrich, R.184 Sob. Restaurante Mar Rico

Domingos Ferreira, R.10D Pão de Lá Doces e

Salgados .. „197A Crock dos Galetos215A Dauphine

Duvivier, R.101A Restaurante Ruth

Escd. Sta. Clara36B Casa Suzana ",í s./ir<o-!

Felipe de Oliveira, R.1 y. B Bar Slat

Fernando Mendes, R. ^i%/ oSi7A La Tratoria

Francisco Sá, R.35E Ki Pão de Queijo

100 y. B Cedro do Arábia108A Sucos Copa Sá

Isabel Prino, Av.185 y. EII Cappuccino >ic-jau>)300 y.B Conf Plaza

Júlio de Castilhos, R. ..-!/-,,«!33A Galeto's Copa Rio

Miguel Lemos, R. ¦ :;:>::(54B Chez Nous Doces e

Salgados . ^, r„.,-!.:(56A Pizza House

Min. Viveiros de Castro, R. ;j ^33 Fornalha Pão de Queijo

Paula Freitas, R.60B Lanchonete e Churr.

Viva Flor ;. Serzedelo Correia, Pça. *"'

21 Lj. Natureza VivaRepública do Peru, R. I,r'

250 y. C Copa Galeto .. .Rodolfo Dantas, R.

87B Rest. MoustaphaSá Ferreira, R.

25B LaGondolaSiqueira Campos, R.

29A Sorveteria Bacaninha44E 46 Conf. Roxy63A O Crack dos Galetos

121 Cafée Bar Moura PintoViveiros de Castro Min. R.

13 Churr. El Cid15 Churr. Nogueira33 La Campana

Xavier da Silveira, R.50B Lanches Top Set . _

.(

hoU

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Cordovil"í«í

Conrado Maj. R.10 PonH. Trivoly

Cosmos SoniL

Cesário De Mello, Av.9200 y. Conf. Paula

Igara, Pça. •>"'"- '"10 Debo's Bar e Rest. Ltda. . . _

46 Bor Chelucci Abrahão

Cpo. Grande ...~,7~u<iMonteiro Do, Est.

1007 Adega Lino

CuricicaCanal do Rio Caçambe, Av.

38 Lj. A Nosso Ponto deencontro

Del Castilho/PiedadeSuburbana, Av.

4187 y. D Café e Bor Andrade -

Duque de CaxiasGênero Lomba, R. ;. -o/

146 y. A/l KantãodoSsisLanches

E. DentroFernão Cardim, R.

lól Pte. Sem Nome

E. NovoÁlvaro Seixas, R.

37 Lj. A Bar Boca do JacaréEngenho Novo Baron Do, R.

313A Bar Mercearia Rio Velho

Encantado/Piedade

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Manuel Vitorino, R.440 Papa Pizza522 Choves e Almeida

Estácio/TijucaHaddock Lobo, R.

8A Sub. Pensão Estrela~——-"¦- Solitária¦:¦- 149 lanch. Bar Comodoro

163 Lj. e Água na Boca:/l Lanches"176

Sing Sing— ,—.239 pens5„ rjona fjeiia__,-366 Lj. A Come Come

F. S. XavierVinte e Quatro de Maio, R.

475 Lj. Sudete Lanch.

FlamengoBuarque de Macedo, R.

83/8 AztecaFlamengo Br. Do, R.

35A Café e Bar Odisséia do, -—-^= Flamengo

68 BI. A-2' Pav SodexhoMachado de Assis, R.

4 Bar SinhazinhaPr. do Flamengo,

64A Confeit. Parque doFlamengo

150 Praia BarSen. Vergueiro, R.

45 Lj. C Lanches Satiricon11/15 Majorica Churrascaria

, 200 Lj. B Doc's Lanch.218A Barrocas218 Lj. B Maguila Latic

238A Rainha do Sol

Flamengo/BotafogoAbrantes Mq. De, R.

ISA Lamas92A Parque Recreio

110 Lj. A Panif. Santo Alice205 Pensão Acácia

216 Café e Bar Vilo Pouco

FreguesiaTrês Rios Dos, Est.

139 Rest. Vista Alegre

Freguesia/Antil

256 Lj. B Tropeço Bar e Rest.259 Ciúme Vídeo Bar559 Lj. A/B Lasagna636 Pad. Osório

Guilhermina Rainha, R.95 Lj. C Pancake Bar

Pereira Guimarães Alm„ R.65 Cantinho de Goa

Russel Do, R.404 Lj. A Maria Thereza450A Bar Russel450 Li. B Bar Novo Russel724 Li. B Casa Mayo de

Comestíveis Finos

Glória/CateteCatete Do, R.

128 Sob. Pensão Palácio150 Guanabara

265 Lj. Rio Golicio

Glória/Sta. TeresaCândido Mendes, R.

160 Braseiro Galeto16A Rest. Vila Rica

GrajaúFarias Brito, Jr.

8 Lj. B Fios de OvosGrajaú, R.

22 A B Toni Lanchonete

i Glória

Jardim América(léxico, R.

7 Pensão ItaguaíCorreia e Castro Gal., R.

268B Corujinha

Jd. Botânico«raça Vise. Da, R.

51 Alfacesardim Botânico, R.

594A Jóia Pizz.Chopp608 Marmita656A Naldo

rlaria Angélica, R.113 Lj. D Óndinha Doces

'acheco leão, R.. 16D Café e Bar Jockey Club320 Lj. B Lanch. Século XX724 Pte. Dist. Bebidos Biroska

Lagoaiorgei de Medeiros, Av.

--3429 Mistura Fina

LapaageVCd., R.

44 Lj. 1 Pastel Mania

Laranjeiras"as Laranjeiras, R.

462 Tasko Doces

—Laranjeiras/C. V.aranjeiras Das, R.

20 Cortiço76A Conf. Itajaí-"7.76B Conf. Flor das.. Laranjeiras430 Pizzana Parme462A/B Capri478E Youtys Lanches— 487A Nossa Sorv.

._ 536 Bar Academia

rl_ - ¦ - LeblonirtigarGal.,' R.

2.39. lj. Galeto leblonitaulfo de Paiva, Av.

209 lj. C La Pala D'Oro313 Refeições Sobradinho' '406A

Itálica483 Sabor Saóde. . Produtos Naturais505 Polis Sucos" "591

Bi Bi Sucos •-900A FineChiken

980A Só Bobe's Sucos1060 Lj. CVercelli1079 Forninho132IA Show Pizza

ias Ferreira, R.247 Lj. 201 Boca do Panela

GuadalupeBrasil, Av.

2333 5 S/ 2 Irmãos BarbosaSenhor do Bonfim, R.

135 Mercearia Dona Maria

Guaratiba/B.Gua.Barra de Guaratiba Da, Est.

9907 Tubarão de Guaratiba

Higienópolis

Jacarepaguá, Est.6135 Pizz. Boldaracci

GaleãoGaleão Do, Est.

2775 Lj. C Sérgio's Lanches2811 Lj. Panif. Rumo da Lua

Vinte de Janeiro S/N.c: Lj. E - A E

Gamboa.eôncio de Albuquerque, R.

50 Lanch. Vieira'edro Ernesto, R.

108 Café e Bar Macedense

GáveaSantos Dumont, Pca.

116 Li. Lanch. Dias Sontos160 Planeta dos Sucos

>ão Vicente Mq. De. R.10 Gávea s House Conf. Fina52 lj. Lca. Comestíveis68 Pad. e Conf. Castelo da

Gávea'75 Lj. A Grão de Mostarda

Glóriaaugusto Severo, Av,

220A Rest. Árabe Safitalenjamim Constant, R.

47 A Conf. Rainha da Glória[ateie Do, R.

22 Conf. Santo AmaroGlória Da, R.

374 Panif. Glóriajd. Glória Da,1 8 Lj. A Rest. Bar Amarelinho

daí

Darke De Matos, R.134A Pizz. Niponltda.278 Lj. A Lanch. A Pastorinha

Democráticos Dos, Av.811 Panificação Roccio

Marialva, R.10A Pad. Conf. Catedral

HigienópolisUaruma, R.

80 S. Peixoto Silva

Humaitáleões Dos, Lg* ,

111 Nosssa Senhora de FátimaMatriz da lll Sobr., R.

B Flor de BotafogoSalomão Cap., R.

43 Aurora

I. Pague táPinheiro Freire, R.

51 Amarelinho Paquetá

InhaúmaVelha da Pavuna, Est.

2300 Bar Churr. Rio3786 Lj. Café e Bar

EscorquelenseIpanema

Aníbal De Mendonça, R.55F Pazza Pizza

123B 123 Quero MaisFarme dé Amoedo, R.

85 RefazendoGomes Carneiro, R.

138 Lj. 9 Ovo do DiaPirajá Vise. D, R.

3 Lj. B Baba de Moça112 Pad. Ponto das Famílias207 lj. C Mister Pizza325 Conf. Ipanema547 Lj. Croissant D'Or550 Ü. 321 550 Bar e Rest.580 L(.407TcheCarlitos.605 L|. D Fontes de Prod.

Naturais630 Bx 2 Lanches Cinco de

Maio630 WM Lanches

Teixeira de Melo, R.53M lebonJus53 Lj. L Pizz. Pizzarola

Torre Br, Da, R.155B Carolice167 Abelinha169A 171 Rest. Natural

Vinícius de Morais, R.UOC Mão na Massa

jrajáFelix Mns, Av.

935 Ponto CertoOliveira Alvares, R.

265 Dimatos ProdutosAlimentícios

Jacaré, Lindo Teixeira, R.

S/N Panificação Central doJacaré

Jacarepaguá

MangueiraNiterói Vise. De, R.

372 Buffet Dinorah

Manquinhos/BonsucessoDemocráticos Dos, Av.

2108/2110 Café e Bar VilaMa rim

Manguinhos/Olaria

Genemário Dantas, R.713 Churrascaria Baretta

M. Graca/Del CastilhoSuburbana, Av.

3265B Noni Doces e Salgados

MadureiraAlmerinda Freitas, Trav.

27A Bar e Rest. El ToreroDagmar da Fonseca, R.

118 Lanch. MisticusEdgard Romero Min., Av.

81 J. G. Tupinambd Boutique520A Padaria e Confeitaria

Rion

Madureira/TuriaPortela Do, Est.

99 Lj. 118 Alan Pop Lanches99 ü. 108 Bicotinha lanches

de Madureira122B Bar e Rest. Est.

de Madureira

Madureira/V. Lob.Edgard Romero Min., Av.

460B GLW Sorv. Pizzaria elanchonete

Madureira/VI. Va.Magalhães Int. Est.

90 Conf. e Lanch. BonsAmigos

Uranos, R.883 Bar Airoso de Ramos

1359 Churr. São Tiago

Marechal HermesCarolina Machado, R.

1974 Pad. e Conf. Central deMarechal Hermes

Latife Luvizaro, R.41 Monte Costeira

Xavier Curado, R.•< 36 Ma ri ene

Marechal Hèrmes/DeodoroJoão Vicente, R.

1565 Garota de Marechal1581 Lj. Pizzaria Bem Bolada

MaracanãAfonso Sto. R.

274 Lj. A Cantinho da Titia436 l|. F Rio Center Sucos

Cairu Vise! De, R.26A Café luso-Americano

Canabarro Gal., R.119A BarTopsy Ltda.218 Macaense

Isido de Figueiredo, R.28 FreezerLife

Mariz e Barros, R.470D King Mac Richards633 Café e Bar Barros Pena

Maracanã/TijucoHorácio Lucas Aluno, Lgo.

35A Guluko

MéierArquias Cordeiro, Av.

324 205Veiga'sConsfanca Barbosa, R.

45A Rest. Príncipe da ArábiaDias da Cruz, R.

111 Li. B O Beco Lanchonete eConf.

802 lj. A Bar JangadaLopes da Cruz, R.

85 Bar Pinhal do MéierOliveira, R.

80 Lj. Cairo lanch.Tobias Con., R.

27 Cantina Flor do MéierTte. Cerqueira leite, R.

24 Lj. Pizza House

Méier/CachambiCoração de Maria, R.

44 Bar e Rest. Xodódo Méier

Méier/E. DentroDias da Cruz, R.

20 Pizz. Lanchomeyer170 lj. H Real Império188 Sob. 203 Pica-Pau

MesquitaSanta Catarina, R.

151 Lj. Rai Fay Adega eRestaurante

OlaririaAndré Azevedo, R.

2 Bar Famoso Líq. eComestíveis •

Brasil, Av.10500 Lanchonete Be B

Pirangi, R.31C Bar e Mercearia

Sardinha

P. Circular

P. Circular

Paguetá

Maris de Barros, R.591 LjConf. Gerbo

1120 Lj. 5Tocho

Pça. SecaCândido Benicio, R.

2537 lj. A/B AlligalorRestaurante

Francisco, R.95C Sra. Salada

IOYÂ FORNADA,

Florianópolis, R.1146 Ponto Zero

lobo Júnior, Av.1044 Fds. Pensão Francis

1308 Rest. Garoto da Penha

P. Circular/B. PI.Bento Cardoso, R.

835C Magustão PizzariaOurique, R.

769 Cofé e Bar Ourique

P. Lucas/Vig. GeralMaba, R.

225/225A Cantinho dosViajantes

Otranto, R.1322 Grêmio Esportivo

PechinchaPau Ferro Do, Est.

9 Bar e Restaurante Tocado Ribeirão

Pechincha/Fregu

Cascais, R.77A Cantinho 77

Pau Ferro Do, Est.47 lj. D Labaska

Penha

Cascais, R.77A Cantina 77

Montevidéu, R.206A Cofé e Bar Montevidéu

Penha CircularAntônio José de Almeida, R.

9A Lanchonete Santo IrícioDo Milho, R.

98A/100A ChurrascariaPorção

Pila resAlfredo de Sousa Mendes, R.

48 Bar ModernoJoão Ribeiro, Av.

76 Lanch. Show dos Pilaresluiz Simoni, R.

9A Conf. Flor dos PilaresSoares Meireles, R.

109 Casa Pensão Drezamar

PitangueirasAugusto dos Santos, R.

12 Restaurante Caçarola

Q. BocaiúvaSuburbana, Av.

9372 lj. Panificação Amália

R. AlbuguergueJapoara, R.

174 lj. B Rodrigão Pizz.

R. BandeirantesPontal Do S/N, R.

Rest. Mostal

R. Comprido

832 Pad. dos NavegantesJanuário S., R.

54 Lanches Alfacinha daCancela

200 Pensão Estrela MatutinaJosé Cristino Gal., R.

3 Bpr e Rest. CristinoLopes Ferraz, R.

443A Pureza de JesusLuís Gonzaga S., R.

119B 1" Gerbo313 Café e Bar Nazaré568A Rest. Rei Artur

1890 Posto de Gás S. L.Gonzaga

1992 Lj. Café e Bar ApacheManuel Gomes Mns., R.

37 Café Bar Praia deS. Cristóvão

69 Rest. e Bar Alvanense362 Bar Meluiza

Nogueira da Gama, R.2 York Comestíveis

Pedro II, Av.232 Li. E Café Flor da Quinta

de Agilde322 Baccara Bar

SampaioAna Neri, R.

669 Lanch. A Vencedora765 Pensão E. M. dos Santos

Sampaio/E. NovoDois de Maio, R.

474 Lanch. 474

São Cristóvão

Aristedes Lobo, R.88 Café e Bar SÕo Martinho

Bispo Do, R. „83 Parte Drug Estácio

302 Cosa dos PoveirosCampos da Paz, R.

52 Lj. 54 A GulosaItapejipe Br. De, R.

197.Çsquina dos BarõesMatoso Do, R.

285 SaborosaPaulo de Frontin Cond., Pça.

1 Pensão S. Jorge doRio Comprido

Sampaio Vianna, R.5 Santa Combadão

144 Café Rest. SampaioVianaR. Comprido/Tijuco

Itapajipe Br. De, R.72 Coei Coei Lanch.

R. MirandaOito de Maio, Pça.

8A Conf. Nova AuroraRubis Dos, R.

16D Lanch Belmay

RamosGérson Ferreira, R. .

31B BalneárioJoão Torquato, R.

230A Café Bar CurumimLuís Câmara, R.

300 lanch. Dom Vital

Ramos/CiariaEngenho Da Pedra Do, Est.

880 Bar e Rest. Tupiarade Ramos

RealengoCruz de Sta., Av.

1266 Bar Antônio dos Santos

Ribeiralaia Garcia, Pça"'

Ai'15 Ádega Cantinho daRibeira

Rio CompridoItapagipe Br. De, R.

176 Pappo's

RochaDo Rocha, R.

36A Jeom Comestíveis

Bom Jesus, Pça.13 Charretão

Furquim Werneck, R.180A/B Sereia da Ilha

PavunaEmbau, R.

2437 Lanchonete EmbauEtchegoyen Gal., R.

174 Lj. A LanchoneteChamego-do-Parque

Pça. BandeiraBandeira Da, Pça.

43 Marcos Galeto85 Conf. Cometa

Mariz e Barros, R.60B Patusca685 Café e Bar Negrelense

Pereira de Almeida, R.33 Pensão Santo Expedito

Pça. Bandeira/R CMatoso Do, R.

195 lj. C lá de Minas Pão deQueijo

234 Lj. B Luz PetrusPaulo de Frontin, Av.

516 Guorarapes

Pça. Bandeira/Tijuca

S. ConradoPovina Cavalcanti, R.

120 lj. 1 RubeMax

S. CristóvãoBarrSo Cap., Trav.

13 Pensão Rosa de OuroBaltazar Alm., R.

148 Lj. A Café e Bar AlfacinhaCristóvão S., R.

47 IA Café e Bar Sta.Genoveva

Bela, R.800 Pensão Marão837 Casa 18 Francisco

Rodrigues Refeições849 Nau Catarineta

Bruce Gal., R.342 Cantinho do Irmão390 Center Lanches

Cabrita Cel., R.1 Térreo Nova Pad. Vera

CruzCpo. Cristóvão S., De,

254 Pt. Pad. e Conf. Pie Nic406 Pensão Estrela de Lisboa

Cristóvão S., R.93 Café e Rest. Flor da

Quinta103 A Rest. Olho Vivo653 Sobr. Pensão Rosinha707 lanch. Polar715 Cafée Bar Flor de

S. CristóvãoEuclides da Cunha, R.

118 J. Gomes Leirinha -Pensão

Fonseca Teles, R.16 Pensão Sta. Bárbara

Januário, R.

Roca Gal., R.947 Churrasqueto ao Frango

Veloz949 Lj. B/C Roquinha da

TijucaSaenz Pena, Pça.

45 LJ./323 Golfinho DocesSoares da Costa, R.

10 Molinárío SucosValença Mq. De, R.

99 Boyou Restaurante

Tijuca/F. XavierFrancisco Xavier S., R.

210 Trattoria Don Raffaello238A Las Vegas Lanch.463 Bar Rest. Joseval545 Ofre Doces e Salgados

Tijuca/GrajaúMesquita Br. De, R.

48A Cantinho dos Amigos314 lj. Paslelli370 Li. Conf. Universal615 Lj.A Tia Léa Doces714 Amarelinho do Grajaú

Tijuca/MaracanãGabis

José Eugênio, R.29 Haki

SaúdeVenezuela, Av.

27A lanches Marquezinho

Sen. Câmara

>Pref.,R.287 Ar Livre Saladas

Soares filho Dep., R.87 Pé Quente

UrçaCantuária Mar, R.

10A Café e Bar Pedrada Urca

148 Café e Bar Flor da Urca

V. Carvalho/P. Cl.Vicente de Carvalho, Est.

995 Adega Duas Nações Ltda.

Vila da PenhaOliveira Belo, Av.

480 Lj. A/B Othi Thi da Vila

Raul Azevedo, R.100 lj. E Pizz. Ia Bizzaiola

Vila Isabel

SepetibaPr. do Recôncavo

676 Churr. Camorgão

Sta.CruzCâmara Sen., R.

151 Lanch. Rob'sFernanda, R.

1616 Pad. e Conf. Flordos Cajueiros

lopes de Moura, R.4 Conf. Ciraudo

Sta., TeresaLd. Orlando Fr. Av.

8 Pensão GomideAlexandrino Alm. R.

432 De Boca em Boca

Sto. CristoCristo Sto., R.

99 Flor do Baião113 Lj. A Lanch. e Bar Coluna149 Café e Leiteria Lafões153 Café e Rest. Cristal231 Bar e Rest. Coração

de Jesus239 Café e Rest. Ribeira285 Lj. Conf. Mar e Terra299 lanch. Rest. Ia Corunha

Hermes Mar., Pça.27 Café e Bar do Pinhal

Pedro Alves, R.103 Café e Bar São JorgeU9A lanch. 119

Caxias Duque De, R.5 Lj. A Leury Sucos e Frutas

Teodoro da Silva, R.767 Café e Bar Arcus

28 De Setembro, Av.253 Confeitaria e Panificação

Pandoro257 Massas Dorem

Abaete' Vise. De, R.64 Nove Dragão Rest.

28 de Setembro, Av.267 Petiskinho dos Galetos281 Pizz. Nova Orleans

S/N Tia MariaS/N Pensão JalecoS/N Cantina do HospitalS/N Do Rem

Drumond Br. De, Pça.4 lj. Pizz. Parme

Jorge Rudge, R.60 Lj. B Bar Belacap

VI. CosmosMeriti, Av.

1714A/B Graça da Vila1771 Pad. e Conf. Mouzinho

VI. PenhaOtávio Póvoa Gal., R.

10 Lj. A Adega e Churr.ündinha

Roser Pe., Est.41B Rest. Roser

Trabalho Do, R.44 Lj. A/B/C Encontro da Vila

T. SantosVI. Valgueire

Getúlio, R.150 Bar Calhau

José Bonifácio, R.705 Lj. B Copa 82880 lanch. Flor do Meu

Bairro

Tangue/PechinchaGeremário Dantas, Av.

210A Lj. Ponto Zero Um

Magalhães Int., Est.845 Toco do Bacalhau

TaguaraTaquara Da, Pça.

41A Nobreza da Taquara

Taquara/C. DeusBandeirantes dos, Est.

209 Lj. Feito Por Mim857 Churr. Tibon e Steak

TijucaAfonso Pena, R.

66 Lj. E Pizza e Cia.Ávila Maj., R.

185A Churrasqueto Lareira409 lj. Bela Tijuca

Bom Pastor, R.255 Panif. Bom Pastor

Bonfim Cd. De, R.25 Li. Lord dos Galetos41 Planalto Pizzaria44 Lj. A Pizz. Piriquita

135 Sob. Pensão Tia Helena466C Al Capone557 Galeto Sublime589 lj. A Casa das Três

Meninas690C Super Sucos

Campos Sales, R.118 4'And. Botliho Service

Carlos de Vasconcelos, R.125 L. Prona Prod. Naturais

Carmela Dutra, R.5 Lj. A/B Nova Tijuca

Cochrane Alm., R.103 Escobufo

Figueiredo Vise. De, R.4B Sta. Fé

Haddock lobo, R.342 BarColúmbia

Isidro Des., R.6B Firenze Pizz.49 Lj. Panq's House

Jurupari, R.21 Rosolina Teixeira

da CunhaMesquita Barão De, R.

224 Lareira675B Belo Horizonte

Moura Brito, R.30B Sabor e Arte

Pereira Dos Santos Dr., R.20 Pensão Guarujá

Pinto de Figueiredo, R.32 Conf. São Sebastião

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TicketO número

Brasília — Apesar de ter conhecimento daenorme quantidade de equipamentos científicosparados nas Universidades, muitos deles fora deuso porque não são necessários nos laboratóriosem que se encontram, o Ministério da Educaçãonão consegue remanejá-los. As universidadesnão abrem mão dos aparelhos porque o Conse-lho Federal de Educação aprova novos cursosbaseado em listas de equipamentos que jamaischeca se estão em bom estado e o Ministério daCiência e Tecnologia se baseia em notas dadaspela Capes — Coordenação de Aperfeiçoamen-to do Pessoal de Nível Superior para liberarverbas.

A informação é de Gilca Wainstein, diretorado Centro de Desenvolvimento e Apoio Técnicoà Educação (Cedat), órgão do MEC. A Funda-ção Universidade do Amazonas, por exemplo,tem 17 balanças semi-analfticas paradas e não as.cede ao MEC, embora Gilca insista há um ano e bupnitenha uma lista de 20 laboratórios que precisamdessas balanças.

Contudo, a mesma Universidade do Ama- >zonas, em edital assinado pelo Cedat e publica- n'£r!do no JORNAL DO BRASIL de 25 de abril, Womabre concorrência internacional para a compra âsoside equipamentos e instrumental para o curso de '•ZIC^

Medicina. O Ministério da Educação concorda. "¦ °^"Você

pode ter 20 pares de sapatos e não ter ¦'^^sequer uma única meia", argumenta o diretor -:sa!3técnico do Cedat, Luís Cláudio Melo e Silva. >n»»fl

Chuva no raio-X ^ smÓrgão responsável do MEC pela compra de ]rttsal

equipamentos para as universidades, o Cedat. .item um registro de 46 mil equipamentos científk. ~r.vx%cos importados para elas. Em 1979, pagou 300:.jsdsKmil dólares à Alemanha Oriental por um apare-1.. Briteilho de raios-X para o Hospital Universitário :obolGetúlio Vargas, em Manaus. O aparelho foi ;aq.?nidestruído dias depois de chegar ao Brasil porque, evoUa direção do Hospital destelhou para obras o i!ü?ujcompartimento onde o aparelho estava e não tsbicuirecolocou as telhas de volta. "Como se não -i^q"soubessem que no Amazonas as chuvas sãamwilquase diárias", critica a diretora do Cedat. . insup

Gilca foi para o Cedat no mesmo ano da •osiíixdestruição do aparelho de raios-X. E Ceou .ob obperplexa:

"Não havia ao menos uma idéia do Iqué havia sido comprado até então." Forant-iosOcinco anos de trabalho para ter um quadro final j ucne histórias absurdas, como a inútil fábrica de b oqitparafusos comprada para a Universidade Fede- —ral do Pará, que jamais produziu um único isixfi*:parafuso. 'jaiaca

Entre 1968 e 1979 foram gastos USS 80 3

bfi ri'oboi

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c-ír.LiHOtl:"<?6n::0í"ii

J

milhões. Depois de 1979, apenas US$ 8 milhões.Até então, as universidades escolhiam os equi-pamentos em catálogos enviados pelos fabrican-tes, quase todos escritos em alemão, porque oBrasil era obrigado a comprar os equipamentos,da Alemanha Oriental. "E que o Brasil vendia,muito mais a eles do que comprava. Então, elesofereciam os equipamentos. Se o país não com-prasse, cobravam o superávit brasileiro na ba-lança comercial. Os brasileiros não entendiamalemão e nem tinham boa noção do que pediamatravés das fotografias nos catálogos.

— Assim, por exemplo, a Faculdade deTecnologia de Lorena, em São Paulo, comprouduas fábricas inteiras, uma de oxigênio e outrade injeção plástica, acreditando que caberiamnos laboratórios — conta Gilca. A Universidade '

de Brasília guarda até hoje, sem uso, uma torrede destilação de oito metros de altura. "Foicomprada como equipamento de laboratóriotambém", explica ela.

No início de seu trabalho, Gilca não tevesucesso. "Nem as universidades tinham os regis- -tros dos seus equipamentos", explica o chefe deoperações do Cedat, Francisco Elói dos Santos,destacado por Gilca para a missão. Então, foinecessário recorrer às guias de importação daCacex (Carteira de Comércio Exterior) do Ban-co do Brasil e às empresas com as quais o Brasilcostumava negociar equipamentos. Queimadaesta etapa, procuraram as universidades parasaber como estavam os equipamentos. Novoproblema.

As universidades temem perder seus equi-pamentos, porque o Conselho Federal de Edu-cação, ao julgar pedidos de criação de novoscursos nas universidades, leva em conta a exis-tência de equipamentos — embora não verifiquese estão em bom estado.

Hoje, o Cedat aponta três rumos às univer-sidades. Pelo primeiro, manda canibalizar osirrecuperáveis (aproveitar as peças boas de umaparelho defeituoso para consertar outro). En-quanto isso, preparar uma longa lista de peçasde reposição que faltam. Quanto aos equipa-mentos excedentes numa universidade, o Cedattenta o quase impossível: mandar para outras.

Primeiro satélitenacional passa noteste de estrutura

São Paulo — OINPE (Instituto de PesquisasEspaciais) realizou com sucesso testes de labora-tório em um modelo estrutural do primeirosatélite artificial brasileiro, cujo lançamento estáprogramado para meados de 1989. A simulação,feita no CTA (Centro Técnico Aeroespacial),em São José dos Campos, a 100 quilômetros dacapital, reproduziu as condições de aceleraçãoàs quais o satélite será submetido e não reveloudeformação na estrutura.

O primeiro satélite brasileiro, que está sen-do projetado pelo INPE e construído pelaEMBRAER (Empresa Brasileira de Aeronáuti-ca), será utilizado na coleta de dados paraprevisões meteorológicas, captando inforama-ções de 200 plataformas espalhadas no territóriobrasileiro para a estação do INPE em Cuiabá.

Em 1990, deverá ser colocado em órbita umsegundo satélite com as mesmas funções. Outrosdois satélites de sensoriamento remoto — capa-citados para a transmissão de imagens de todasas regiões brasileiras —têm lançamento previstopara 1991 e 1993.

O programa faz parte da missão espacialcompleta brasileira, planejada para o período de1981 a 1993, que inclui a criação da Base de-Lançamento em Alcântara (MA) e a construçãode foguetes propulsores, a um custo lotai de 850milhões de dólares.

Para equipar o primeiro satélite de sensoria-mento remoto, o INPE trabalha no protótipo deuma câmara de observação da terra, que deveriaser testada pela tripulação — da quul faria parteum astronauta brasileiro — de um ônibus espa-ciai norte-americano em 19S7. Com o acidenteocorrido no último vôo do ônibus espacial daNasa. a experiência foi adiada e pode nãoocorrer.

Os testes complementares na estrutura doprimeiro satélite brasileiro serão feitos a partirHo çpp.undo semestre de 1987.

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JORNAL DO BRASILjr

Sr"Fundado cm 189J

M F. DO NASCIMKNTO BRITO — Dlrelor Prcsidenlc

BERNARD DA COSTA CAMPOS — Dirrlor

I. A DO NASCIMENTO BRITO — Diretor Executivo

MAURO GUIMARÃES — Dlrelor

FERNANDO PEDREIRA — Rahilm Clu-fi-m

MARCOS SÁ CORRÊA — Editorm

FEÁVio PINHEIRO — lüluor Assistente•JOSÉ SILVEIRA — Secretário Executivo

Ique

Alvos do ConselhoI "C NTRE as muitas medidas do Conselho Monetá-

; -L-/ rio Nacional anunciadas no fim da semana, duasem particular merecem especial consideração. A

< primeira refere-se aos bancos estaduais. Acertada-mente, o Conselho decidiu congelar as operações de

I empréstimos desses bancos ao setor público no valordos saldos em 30 de abril.

A segunda refere-se ao regime de financiamentoI mediante o uso de recursos externos que ingressam noI país pela Resolução 63. O Conselho ampliou o prazoi mínimo para repasse do contravalor em cruzados nosi empréstimos externos, o que expõe o tomador ao

. risco cambial e às flutuações das taxas de juros, num' í ambiente onde operações de hedge e a flexibilidade;; do mercado financeiro são complicadas pela conside-; i rável dose de "gesso" aplicada à economia.•; O Governo agiu certo com os bancos estaduais,'!

porque a pressão exercida pelas administrações regio-', j nais sobre a Caixa do Tesouro é um dos gatilhos que

: | aumentam o desequilíbrio nas contas federais. Num;; ano eleitoral, governos de Estados e Municípios que1! tivessem livre acesso aos empréstimos dos seus bancos! j iriam gastar por conta. E os bancos iriam pressionar¦! Brasília atrás de redescontos pu outras formas de

refinanciamento de suas operações no vermelho.O Governo deveria ir além nas medidas tomadas

nessa área, avançando no fechamento de bancosestaduais, que não têm nenhuma justificativa lógicade existência a não ser o interesse de administraçõeslocais em emitir promissórias contra a caixa central daUnião. Passadas as eleições, as contas ficam pendura-

das, e os aventureiros tratam de encontrar meios 'alternativos para pagar a fatura ou, simplesmente,rolar a dívida aos seus sucessores. Situando-se acimada lei e dos princípios que regulam até mesmo osbancos comerciais de seus próprios Estados, os ban-cos oficiais regionais são fontes permanentes deproblemas, mais que de soluções. Se o argumento épreservar os interesses financeiros de determinadosEstados, então que isso se faça com o fortalecimentodos bancos privados regionais, e não pela macrocefa-ha financeira pública, que se sujeita às injunçõespolíticas, em primeiro lugar, para só depois pensar naeficiência.

Menos feliz foi o Conselho Monetário ao alongaro perfil compulsório das operações de repasses exter-nos, numa conjuntura de ajustamentos como a atual,onde apenas começam a engatinhar os mecanismos deproteção dos riscos de flutuações de taxas de juros ecâmbio. Para que esse importante setor da economiase atualize, será preciso que o Governo não perturbeo funcionamento de mercados futuros de câmbio, quepoderão minimizar os riscos para operações externasde financiamento.

O mercado funciona respondendo a múltiplosestímulos, eó que menos se desejaria, no momento, épressionar as cotações paralelas do dólar, pela insegu-rança dos operadores. É importante que floresçammecanismos de dispersão de risco cambial. A longoprazo, isso pressupõe a flexibilidade das cotações e oajustamento dos interesses da iniciativa privada comrecursos e instrumentos próprios de mercado.

JUUlj Viúvas da InflaçãoE há um mérito essencial, insofismável, na refor-

taHjjÈ. ma econômica decretada pelo Governo Sarney, éfçrde ter exposto à luz do sol a mentalidade inflacioná-SSíàfein que vivíamos todos — as cabeças mergulhadaslha inflação, com todas as suas conseqüências práticasHtísticas.m,vt Mais de dois meses passados da decretação da•reforma, há muita gente que ainda não se acostumou

ilà°lüz do sol. Gente que ainda não percebeu o óbvio: o/fyè a inflação oferecia, ou parecia oferecer, era pura"jj^ão (como as altas taxas obtidas na "poupança").'Essas pessoas ainda não se aperceberam de que a>ioflação (e não pode ser de outro jeito) tomava muito*mais do que dava.

Quando se decretava uma correção monetária de'%, o cidadão comum fechava os olhos ao fato de"qué a inflação já levara mais do que isso. Daí a

-realidade concreta: ninguém se contentava com o seuSalário. Da correção semestral queria-se passar àüifhestral, e desta para a mensal. Por quê? Porque oapetite da inflação era cada vez mais voraz, e acabariasendo sentido (já estava sendo, aliás) de um dia paraó outro.

«,"*'" Derrubada a inflação, o homem da rua mostra a^propensão de continuar raciocinando do mesmo mo-^da Ele gostaria, percebe-se, de acabar com os malesuia>inflação para ficar com as suas supostas vantagens'—o

que é desejar a quadratura do círculo.; -'¦'-, '-

É preciso enfatizar: tudo o que se ganha numa-economia estável é real; ao passo que o que se ganhana "outra" não era. Tome-se, por exemplo, o impor-

, Santíssimo conceito de poupança. O que é a poupan-Tça? É a capacidade de gastar menos, de economizar,.'de pôr de lado uma parte do que se ganha. Não é^investimento: poupar, vale a pena repetir, é nãogastar.-r-' A poupança que havia até dois ou três meses•atrás já não era a verdadeira poupança: era um-mecanismo, perfeitamente legítimo, aliás, de preser-'Vai-

parcialmente a moeda da corrosão inflacionária.A prova disso é que a correção monetária nunca era

1 maior que a inflação. Logo, ninguém ganhava nada.w' Mas havia quem achasse que estava ganhando.

Nisto residiu a grande ilusão coletiva, o lado realmen-te deletério da inflação. Colocando seu dinheiro napoupança, as pessoas achavam que estavam "investin-do", fazendo um bom negócio.

Isto podia ser verdade em outro plano — noplano dos grandes capitais —; mas nunca no nível dopoupador comum. O que se ocultava por trás dessailusão não era saudável: nada menos do que a idéia(igualmente corrosiva) do enriquecimento fácil, semesforço; do sonho romântico de que dinheiro podegerar dinheiro por si mesmo. (O que, mais uma vez,pode até ser verdade, mas só em outro padrão de"quantidade".)

Em conseqüência disso, as atividades produtivasforam-se estiolando. O "herói" do momento era oespeculador, o homem ágil no manejo do dinheiro.Ganhar dinheiro tornou-se um modo de brilhar nasociedade. i

Perdera-se todo sentido "econômico" do dinhei-ro: ficou só o lado "financeiro", sem qualquer utilida-de social. O que aumentou, com isto, foi a taxa decorrupção. Mas ninguém percebia. A inflação apaga-va toda imoralidade. Não causava mais espécie oganho ilícito, desproposital, pois todos estavam em-penhados na busca do ganho fácil, automático (enesses termos, todos os gatos se tornam pardos).

Para 90% dos que participavam do "jogo", oganho era ilusório. As pessoas não tinham como ficarricas na voragem inflacionária. Se gastavam suas"rendas", estavam, na verdade, dilapidando o pró-prio capital. É compreensível que tratassem de sedefender da corrosão do direito. É menos compreen-sível que lamentem, agora, o fim do processo decorrosão.

Eis por que o pressuposto, num momento comoo de agora, só pode ser derrotar a inflação que seinstalou na cabeça das pessoas, e que-ainda não foiderrubada pelo plano do cruzado. Eis por que oíndice mensal da inflação de agora — aliás, irrelevan-te, quando não inexistente — não é o que importa. Oque importa é quebrar o mecanismo que ia' nostransformando a todos em sócios da inflação — e, atésegunda ordem, em viúvas da inflação.

Lance de Dadost,'/*\ Presidente Raul Alfonsín deu a partida para um

:i$rf ambicioso projeto: o de mudança da capital*-na£gentina para o sul — para as "portas da Patagônia",

onde hoje se encontram as pequenas cidades deryiedma e Carmen de Patagones. É um projeto em"seus inícios: muitos estudos ainda precisarão ser

feitos, e muitas instâncias ultrapassadas para suaT aprovação. Mas o Governo tem metas definidas:'

| passar o poder aos novos administradores, em 1989,. já na nova capital.•fj

r Encontrou a Argentina o seu Juscelino? Qual ai prioridade de um tal projeto? Quais os recursos de) qüe o país dispõe para um investimento tão grande?; ATpposição já abriu fogo vigorosamente: o Presidente; esfria apenas querendo "desviar as atenções" dada a

gravidade do momento nacional; ou estaria buscando: assunto novo, esgotada a carga de novidade que a sua

¦ j administração pudesse oferecer. O Governo respondeqyfi, quanto ao dinheiro; ele aparecerá a seu devidotçmpo.

Quanto à oportunidade política, pode ser que a' oposição tenha acertado o alvo. O projeto satisfez

alguns antigos sonhos federalistas — dos que achamque Buenos Aires cresceu a um tal ponto que quaseanulou o resto do país. Mas a sua motivação básicaparece realmente o esforço de "mudar de ares", deencontrar "assunto novo".

Disso não decorre que o motivo seja mau. Omais inquietante em tudo o que aconteceu na Argen-tina moderna é a sensação de que o tempo parou, deque o país se consome em antigos ódios, em divisõesirreconciliáveis: Alfonsín fez muito para atenuar essasdivisões quando quebrou a força do peronismo éconseguiu levar a bom termo o processo do regimeanterior.

A proposta de agora significa, talvez, uma face"concreta" do mesmo projeto. Mudar a capital écomo propor o reinicio da história de um país. Écontrariar antigos condicionamentos. Isto, em certoscasos, pode ser apenas sinal de inquietação. No casoargentino, pode ser uma medida heróica para sacudirum marasmo que se assemelha, às vezes, a umgradativo declínio.

; Condenaçãoiju.

Pode o direito de greve ser inter-'

pretado como autorização da lei para! constranger aqueles que não querem

fazê-la? Não, respondeu um juiz da'• Vara Cível de Canoas no Rio Grande

: do Sul, ao conceder liminar à empresa;JSpringer Carrier, que recorreu à Justiça

-Tópicocontra a ação de piqueteiros nos por-toes de sua fábrica.

Condenado a pagar CzS 70 mildiários à conta dos prejuízos causados àempresa, o Sindicato dos Metalúrgicosapressou-se era recomendar aos mem-bros dos piquetes que fossem "discre-

tos". E assim a greve esvaziou-se, por-que fora declarada pela manipulação da

minoria de ativistas e não pela vontadeda maioria dos trabalhadores.

O reconhecimento de que o uso depiquetes é crime contra a organizaçãodo trabalho é uma decisão destinada afazer história. Pode vir a ser um marconos esforços para que o sindicalismobrasileiro se liberte de certos comporta-mentos selvagens e os conflitos traba-lhistas sejam afinal conduzidos civiliza-damente.

IM

CartasLista de assinantes

Recentemente os assinantes de telefo-nes receberam, pela segunda vez nestesúltimos anos, um catálogo de páginasamarelas. Quer dizer, um catálogo quefornece uma lista de empresas, respecti-vãmente fontes nas quais obtêm dadossobre artigos e serviços. Entendo queestas edições estão sendo custeadas pelasempresas que tem interesse em que onome delas apareça.

O que, no entanto, estou — e nãoapenas eu — reclamando é uma nova listatelefônica de endereços, pois a última datade 1982! Sou de opinião que a Cia.Telefônica tem a obrigação de prestareste serviço aos seus assinantes; isto é,em intervalos de, no máximo, dois a trêsanos, lista atualizada mostrando os assi-nantes por endereço. R. Koester — Riode Janeiro.

ECTUm amigo comuni mandou-me um

telegrama no dia 2/ 5/ 86 e eu até hoje nãosei aonde foi entregue assim como quemfoi que assinou o recibo. Teria essetelegrama voltado para a agência reme-tente? Aguardo ansiosamente uma res-posta da ECT com a devida solução parao caso, se possível a xerox do protocolode entrega do mesmo. Caso simplifique,a minha caixa postal é 24.063. Ernesto deSá R. Corrêa — Rio de Janeiro.

DesconsideraçãoReina a desorganização na Associa-

ção dos Amigos do Teatro Municipal, daqual sou associada visando facilidade pa-ra a aquisição de ingressos para os espeta-culos daquele teatro. Mas não tem sidonada fácil. Tendo feito reserva, mediantepagamento antecipado, para os espetácu-los de dança do Royal Ballet, TeatroKabuki e Pilobulus Dance Theatre, fuiposteriormente informada através de trêstelefonemas de que os ingressos já esta-vam à disposição na sede da associação.Nas três ocasiões, ao chegar lá os ingres-sos não estavam na sede (as desculpaseram ridículas). Somente na quarta vezminha irmã conseguiu finalmenteapanhá-los.

Contudo, ao conferir, verifiquei queos ingressos para a noite do Royal Balleteram para data diferente da que eu haviasolicitado quando da reserva c para aqual estaria ausente cm viagem. Voltei àassociação e me foi alegado que a datahavia sido alterada e que a informaçãoteria sido veiculada pelos jornais. Acon-tece que não vi, e estava ciente da dataque constava no programa oficial impres-so, remetido pela associação. Felizmenteconsegui fazer a troca pela data certa,embora não no lugar pelo qual haviapago CzS 500,00 um mês antes. Emresumo, desorganização e desconsidera-ção para com os associados (...). GlóriaMaria Xavier da Silveira — Belo Hori-zonte.

nenhum problema, no dia marcado. ATelerj merece nota 10 pela presteza eeficiência com que atende aos seus assi-nantes.

2o) O aparelho da Cetel estava, eainda está, instalado na Vila da Penha epertence à estação 391. Ao contrário daTelerj, a Cetel não me atendeu pronta-mente: não marcou e nem deu previsãopara data de instalação, apesar dc nãohaver necessidade de mudança de nume-ro, pois o novo endereço fica em VistaAlegre e o número continuará sendo omesmo da estação 391. Estou aguardan-do contato da Cetel para marcar a ligaçãode um telefone que nem sequer mudaráde número. A Cetel merece nota 0 pelademora e ineficiência com que atende,precariamente, aos seus assinantes. Todoassinante que reclama da Telerj pensariaduas vezes antes de fazê-lo se fosse tam-bem assinante da Cetel. João HangesSoares — Rio de Janeiro.¦

Solicito a gemtileza da Telerj em meinformar a razão de tanta demora (atéseis meses) para a transferência de ende-recos de um aparelho. Durante o horáriocomercial, não se consegue falar para104. A gravação que se houve fora dohorário comercial não é bem explicada.Assim o tempo vai passando... Marly G.Valente — Rio de Janeiro

Frustração

Telerj e Cetel

trem, restando os demais 70%, pálfavenda ao público.

Quanto à sugestão do leitor, que nósseja entregue a administração dos treíjspara São Paulo, ela em muito nos lison-jeia. Mas cremos que os referidos trenssão muito bem administrados pela RedeFerroviária Federal, que já têm sicíomantidos em bom funcionamento apesardo governo federal há muito tempo naomais destinar verbas para o transporteferroviário de passageiros. (...) EduardoAlberto Koglin, p/ Agência de Viagens À.Koglin Ltda — Rio de Janeiro.

FilmeMais uma vez recorro ao JORNAL

DO BRASIL, para que me seja dadaalguma notícia acerca do paradeiro dofilme do aniversário do meu filho, envia-do à Fotóptica no dia 20/2/86. Tenhoacompanhado sistematicamente as recla-mações divulgadas pelo JB e tive o prazerde constatar que algumas pessoas já tive-ram a sorte de ter seus filmes devolvidos,depois de divulgadas suas reclamações.Sônia Levinbue — Rio de Janeiro.

Desrespeito

ZZT—©-

«•,¦HrÓT-

(...) Vítima de um acidente, necessi-tando extrair metade de um alfinete pro-fundamente penetrado em sua mão direi-ta, minha mulher, Neuza Caldas, socor-reu-sc dos serviços médicos do Dr WalterBarbosa que, ao preencher o documentoa ser submetido à Golden Cross (Rio),especificou a necessidade de internaçãohospitalar por um dia, uma vez que adelicadeza da intervenção cirúrgica dc-mandava o uso de anestesia geral.

Acontece que um empregado da Gol-den Cross (Rio) decidiu considerar des-necessária a internação, sobrepondo-seassim a um parecer médico. As idas evindas da minha mulher dc Ipanema àGolden Cross na Av. Rio Branco foraminfrutíferas, apesar de ter levado o assun-to à consideração do chefe local. (...) Nãofora a interferência do Dr Walter Barbo-sa, obrigado a justificar por escrito, emseparado (já o fizera na guia), a necessi-dade de internar a paciente, teríamos dearcar com todos os custos.

Nesta Nova República, hoje abençoa-da pela mais brilhante revolução econô-mica de todos os tempos, é preciso com-bater, também, a má prestação de servi-ços da Golden (?) Cross. Marcello DiasCaldas — Rio de Janeiro.

Telhado no túnelVenho fazer um apelo às autoridades

competentes no sentido de que coloquemum telhado sobre as pistas do túnelLagoa—Bafra, junto ao prédio minho-cão, pelo motivo exposto a seguir: no dia9/5/86, às 21h30min, transitando em mi-nha motocicleta com destino à Barra daTijuca, assustei-me e, só Deus sabe,quase fui atingido por uma garrafa devidro atirada de uma das muitas janelasexistentes no minhocão. Este fato não é aprimeira vez que ocorre, pois amigosmeus c amigas minhas já tiveram osmesmos problemas, os quais lhes causa-ram-lhes alguns prejuízos financeiros emseus carros e motos e também com gran-de possibilidade de acidentes fatais. Talmedida merece acolhida, se possível, decaráter urgente. Wilson Ferradeiro—Riode Janeiro.

Aposentados(...)Após 45 dias da reforma econô-

mica do Presidente Sarney, só os aposen-tados não receberam o aumento a quetêm direito, nem sabem quando irãorecebê-lo. A informação recebida dosórgãos do INPS é sempre a mesma: nadasabemos, e isto dito, com a costumeira"gentileza" que caracteriza aqueles fun-cionários, nos contatos com os beneficia-rios. (...)Estou apelando para o Presiden-te Sarney, para o Ministro Rafael deAlmeida Magalhães e para quem maispossa nos ajudar. (...)Jayr José de FreitasLourenço — Rio de Janeiro.

Sou assinante de dois telefones. O 1"da Telerj. O 2o, infelizmente, da Cetel.No dia 6/5. solicitei transferência de cn-dereço de ambos os telefones.

Io) O da Telerj estava instalado emCopacabana e pertencia à estação 256.Prontamente fui atendido e, no mesmomomento, a Telerj marcou para o dia 9/5a instalação do telefone no novo endere-ço que fica no Grajaú e, inclusive, forne-ceu meu novo número pertencente àestação 278. O telefone foi instalado, sem

Viagens de tremEm resposta à carta do Sr. Celso

Klejnberg, publicada na edição de 12/ 5/86, onde nossa empresa é acusada deformar uma "máfia" juntamente com aRede Ferroviária Federal nas viagenspara São Paulo, cumpre-nos esclarecerque tal acusação é extremamente injurio-sa a nós e à Rede Ferroviária Federal.(...)

Nossa empresa realiza há quatro anosexcursões ferroviárias regulares, sendopioneira nesta modalidade de turismo noBrasil. Para tal adquire, assim comoqualquer cidadão, passagens nos trens daRFFSA nas datas em que delas necessita,respeitando o prazo de antecedência queé de 10 dias. Sendo o trem um transportepúblico federal, nenhum fato anormalvemos nessa aquisição de passagens.Cumpre-nos informar ainda que não in-termediamos a venda dessas passagens,ou seja, elas são apenas para uso denossos passageiros em excursão e, por-tanto, não são revendidas ao público emgeral, ao contrário do que afirma o leitor.Cabe ainda dizer que, nos dias de sexta-feira, o trem Rio/ São Paulo opera comum total de 60 cabines duplas e 24individuais e que nunca adquirimos maisde 19 cabines duplas, ou seja, adquirimosapenas 30% dos lugares disponíveis nesse

No dia 9/3/86, fomos (minha família eeu) ao Teatro do BNH — sessão das17h30min ver a peça infantil Simbad.deBagdá. Para nossa surpresa, principal-mente em se tratando de uma peça infan-til, onde o critério de responsabilidadedeveria imperar, havia uma superlotação,adultos sentados nas escadas e corredb-res, crianças próximas ao palco, ou nocaso do 2o andar, próximas à mureta,enfim, impedindo e bloqueando os aces-sos dc saída, sem falar no desrespeito aquem chegou cedo e garantiu o seu lugarnas poltronas.

Em vista dos acontecimentos recentesdo Ed. Andorinhas e outros, ficamosespantados com a falta de consideraçãoao público, em especial ao público mirim,uma vez que poderia redundar em trage-dia. Fomos à administração do teatro,onde infelizmente não havia nenhum rês-ponsável, apenas o bilheteiro Francisco,que não tinha argumentos para explicar oque estava ocorrendo, e o que nos fazsupor que seja fato corriqueiro. (.'.'.).Eliane Mazur Rezenblum — Rio de ,1a-neiro.

Lei do SilêncioVimos protestar quanto ao funciona-

mento do restaurante La Bodeguita, ins-talado, muito mais nos moldes execráveisdo "jeitinho brasileiro", do que no res-peito às liberdades fundamentais dos tra-' balhadores.

As famílias que residem na casa gemi-nada ao restaurante, compostas por pes-soas que lutam pela própria sobrevivên-cia, trabalhando durante o dia para asse-gurar seus salários, e crianças que estu-dam, perderam o direito ao repouso. Ouseja, foram todos privados de uma desuas liberdades essenciais, asseguradaspor Lei: dormir a partir das 10 horas danoite! Demonstram, os responsáveis, to-tal falta de ética, flagrante desrespeitohumano, bem ao estilo do capitalismoselvagem, dura e justamente condenadonas canções que seu show apresentadapartir das 23 horas.

Na ausência do show, ruídos como:arrastar de mesas e cadeiras, bater depanelas e utensílios de cozinha (ao somdc rádio às duas da madrugada), funcio-nários berrando e proferindo palavras-dé'baixo calão, cheiro forte enjoativo de.comida, lixo e detritos jogados pelas'janelas da área comum, e outros horroresmais que entram madrugada afora, torna-ram insuportável a permanência de pes-soas cm suas próprias casas, servindopara que alguns venham a usufruir bauferir lucros em detrimento do benvestar de outros. Sentimo-nos moral bpsicologicamente afetados pela tensão bcansaço. E não nos parece justo ter quêsuportar tamanho descalabro. Suely Fi-guelras Frazão — Rio de Janeiro.

Água paradaBasta ameaçar chover que logo e

formada uma verdadeira piscina na ruaNerval de Gouvêa com Garcia Pires, emCascadura (uma estação antes de Madu-reira, que é um dos bairros que mais geraimpostos). Sendo que esta água só desa-parece por evaporação... haja tempo-sol-45° à sombra. ...Os moradores da redon-deza solicitam providência. Isto porque ,adengue pode até ser federal, mas a água,eternamente parada, é um problema es-tadual. Hélio Almeida Santas — Rio deJaneiro.As cartas serão selecionadas pora pubií-cação no todo ou em parte entre as quetiverem assinatura, nome completo e legí-vel e endereço que permita confirmaçãoprévia.

•<T*T.

JORNAL DO BRASIL Opinião segunda-feira, 19/5/86 o Io caderno o "11

Não somos anjosMario Pontes

CÇ Lewis era um inglês erudito, versado em

• »3 • literatura medieval e, portanto, em anjos edemônios. Viveu a defender o cristianismo, em constantepolêmica com os ateus. O objeto principal de suas controvérsiasera o irredutível materialismo da ciência moderna. Preocupava-o que o cientificismo chegasse ao grande público sob a forma delivros de vulgarização e daquilo que genericamente chamamosde ficção científica. Mas a certa altura, para levar seus pontos devista ao homem comum, ele próprio se pôs a escrever ficçãocientífica. Em 1938 publicou O planeta silencioso, início de umatrilogia que continuou com Viagem a Vênus e encerrou em 1947com Essa força monstruosa. A série foi um sucesso; quando oautor morreu, em 1963, já estava traduzida para meia dúzia delínguas.

Com seu tríptico, Lewis foi o primeiro, do lado cristão, apegar na unha, para valer, o, desafio que a conquista do espaço ea possível existência de extraterrestres trazem para uma teologiaaté agora geocêntrica. Não caberia aqui retomar essa discussão.No momento nos interessa uma tese que Lewis lança noprimeiro dos seus romances, cujo personagem central é umlingüista e astronauta malgré lui. Em contato com os marcianos,ele vem a saber que há um capítulo inédito do Gênesis: depois

¦de ter criado o nosso sistema solar, Deus entregou cada planetaa um anjo de sua confiança, e todos lhe foram fiéis, exceto o daTerra, Satã, que se rebelou, fez as coisas a seu modo e por issoficou de quarentena. Oyarsa, o anjo governante de Marte, dequem o astronauta ouve essa revelação, alinha entre as razões

. para malhar Satã o fato de haver organizado aqui umasociedade exageradamente consumidora de energia.

E se Lewis estiver certo? Sua fábula é atraente enquantocrítica de nosso perdulário dispêndio de energia; mas perde acontundência quando o autor exime-se de esclarecer se ohomem foi criado por Deus ou se o Rebelde teve de começar

—pelos alicerces. Seja como for, a metáfora de Lewis vai'diretamente à raiz do nosso drama e mostra por que acabamospor chegar a Chernobyl. Quem quer que nos tenha criado, náonos deu a leveza quase translúcida dos marcianos de Lewis;encerrou-nos, ao contrário, em organismos complexos e pesa-dos; verdadeiras esponjas de combustível. Precisamos de umaenormidade de calorias para nos mantermos vivos e de uma cotasuplementar de energia para nos adaptarmos às condições do

i planeta, tanto maior quanto mais a espécie se multiplica — e' como se multiplica! Houve, pois, mais do que resposta positiva' a uma tentação de luxo satânico quando a sociedade moderna se

pôs a explorar de modo intensivo as suas fontes de energia, até[ ao ponto de enfrentar os riscos da manipulação do átomo., Desperdício e considerações de poder são pecados conseqüen-

tes; na origem da corrida aos materiais destinados à queima¦ esteve sempre a necessidade. Não haveria, nesse caso, lição

nenhuma a tirar de Chernobyl?Decerto que há. Para começo de conversa, Chernobyl

' desmaniquéíza a discussão sobre o uso da energia nuclear, umavez que, sejam os fins militares ou pacíficos, capitalistas e"

.comunistas estão no mesmo barco. E já que há bons e maus, _nessa história, a questão tem de ser abordada de outro ângulo.

Aliás, procurar essa perspectiva nova é o que vem fazendo umnúmero crescente de pensadores. Dedicando-se à crítica daciência e da tecnologia, distinguem-se eles por uma posição deequilíbrio que antes não tinha lugar: não ignoram os fatorespolíticos e econômicos que intervém no problema, mas tambémnão permitem que tudo lhes fique subordinado.

O mal da ciência contemporânea, dizem esses críticos, é avisão de mundo que informa a sua prática. Mecanicista ecompartimcntada, continua a dar as costas aos sistemas —biológicos, ambientais — e, em última análise, às própriasconstruções teóricas pós-newtonianas, que sugerem uma reali-dade integrada e não fragmentada. Chamam a atenção para oparadoxo de que se discuta a submissão do cientista ao Estado eao capital, silenciando-se porém quanto à evidência de que elesnão são passivos nessa relação, que também exercem considera-vel influência sobre os dois. De um modo geral, observam, ocientista com poder de decisão em sua esfera não se mostramenos auto-suficiente do que os governantes, e tende a medir arealidade pela escala do seu laboratório. Critica o homem deEstado quando este não o consulta sobre questões cruciais,como a das usinas atômicas, mas, possuído pelo sentimento desuperioridade em relação ao leigo, dá seu parecer sem pergun-tar aos pobres mortais se eles concordam ou não em ter reatoresnucleares no quintal de suas casas.

Os movimentos ecológicos, portanto, são intérpretes fiéisda crescente inquietação mundial ante os descontroles datecnologia, aplicada unidimensionalmente à busca do desenvol-vimento. Onde talvez tenham de acertar o passo é ao imaginar,com certa inocência, que o melhor meio de afastar os perigos éforçar uma brusca ruptura. Ao se proporem a prevenir umdesastre provocando outro, mostram-se escravos da mesmarígida dialética segundo a qual algo só se impõe pela negação dooposto. Não lhes faria mal prestar mais atenção à velha filosofiachinesa, qué tantas vezes mencionam; também ela aceita oprincípio da polaridade, mas insiste em que a superação dasdesarmonias e conflitos não se dá por exclusão e sim porreequilibração e reintegração.

Em matéria de energia seria ingênuo fechar os olhos aofato de que, infelizmente, não temos a leveza dos marcianos deLewis, que quase dispensam as calorias. E também não temos,como eles, um anjo-monarca, feito ele próprio de energia, coma qual supre as necessidades extras dos seus súditos. Por ser oque somos, estamos condenados a consumir energia em largaescala. Inclusive a do átomo, pelo menos até que saibamos tirarpleno proveito dos raios solares.

Isto não quer dizer — e aqui estamos devolvendo a palavraaos críticos acima referidos -r que devamos nos conformar coma unilateralidade de uma política e de uma tecnologia que nospõem no fio da navalha de Three Mile e Chernobyl. Nãopodemos dispensar a ciência, mas precisamos urgentemente deuma ciência mais doce, mais maleável, que não nos mate com osseus remédios por demais específicos. Se a razão estiver com ospensadores menos pessimistas, talvez Chernobyl seja lembradono futuro como o ponto crítico a partir do qual a modernatecnologia começou a desviar-se do rumo da catástrofe e poucoa pouco desceu do olimpo que a isolava da sociedade doshomens. Tomara.

HW W ®k&

A encruzilhada moral do JapãoFlora Lewis

O Japão é o primeiro país subdesenvolvido a deixar estacategoria e repentinamente enfrentar problemas cau-

• sados pela riqueza. Isto provoca um fascinante auto-exame,'

principalmente dentro da estrutura em vias de assumir opoder. Estes são os homens entre 40 e 50 anos de idade, que.alguns chamam de "neonovos líderes".

Os japoneses não se sentem ricos. Habitualmentepreferem o tradicional "perfil discreto", procurando segu-

' rança no exercício da modéstia e da fraqueza. Mas seuslíderes sabem que há uma nova realidade causando ressenti-mentos no resto do mundo. Assim, sentem a necessidade deuma adaptação.

Também há na sociedade japonesa um surpreendente| hiato de gerações. Takashi Hosomi, que dirige o Overseas' Economic Cooperation Fund, a agência japonesa encarrega-! da da distribuição da ajuda externa, antes de falar olha pela\ janela de seu escritório situado num prédio alto, vendo uma\ paisagem de grandes edifícios brilhantes e ruas congestiona-

das por automóveis:"Crescemos na pobreza do Japão. Vivíamos entre as

ruínas. Nossos filhos estão crescendo entre a riqueza do' Japão. Há uma atmosfera muito diferente".|x, Hosomi se preocupa, acha que se não houver uma. mudança na atmosfera social e o desenvolvimento de uma: posição aceita por consenso, existirão "duas espécies de'

japoneses e não saberemos qual é a nossa identidade". Osjovens mimados, satisfeitos com a vida, não saberão como

: competir, como lutar, se o país não se abrir para o mundo.: Prossegue Hosomi: "Há o perigo de nos fecharmos era\ busca de proteção e nos tornarmos nacionalistas".

A palavra-chave para os reformadores do Japão é: 'Internacionalização" — significando muito mais do que'• comprar produtos estrangeiros, viajar ao exterior e aparecer; no cenário das potências mundiais.! d As pessoas tendem a focalizar sua atenção na econo-; .mia porque este é um "país econômico", explica outro líder.I .Contudo, existem profundas conotações morais e culturais' no debate, um medo de perder antigos valores sem que em' seu lugar sejam estabelecidos outros, novos e fortes.' ""' Shuzaburo Takeda, um entusiasmado jovem profes-

^sòr, cujo hobby é aconselhar políticos, ressalta que "há

'[ .muito tempo, nosso objetivo tem sido acompanhar o

, /mundo. Trabalhamos muito e conseguimos. Agora precisa-, , mos encontrar um novo objetivo. Vivemos em um mundo

• com quatro dimensões, o tempo não pára e precisamos nos'-mover com ele".

'! Kazo Obuchi, membro do Parlamento e também um' neonovo líder, fala sobre a necessidade de nova filosofia'

/para ampliar uma história espiritual baseada nas virtudes da

poupança e da diligência em um clima de necessidade:"Precisamos

pensar sobre o significado da riqueza. Nenhumpaís jamais foi destruído pela pobreza, mas muitos têm sidoarruinados pela riqueza".

Estes pensamentos ainda não estão ressoando nodiscurso público. Por enquanto, toda a conversa é sobre osprejuízos que a alta do iene está causando aos empregos eaos negócios que dependem das exportações. O estado deespírito é sombrio. Pouco se fala nos benefícios de umamoeda forte, das importações mais baratas, menores preçospara os consumidores e maior crescimento não inflado-narro.

O Primeiro-Ministro Yasuhiro Nakasone está sendoresponsabilizado pela situação. Esperava-se que ele fosse oportador de uma promessa do presidente dos EstadosUnidos, Ronald Reagan, de intervir nos mercados decâmbio para sustentar o dólar, a ser feita na conferência decúpula dos países mais industrializados, há pouco realizadaem Tóquio. Talvez tenha havido algum engano durante seurecente encontro com Reagan em Camp David, nos EUA.

Uma vez que Nakasone é o mais proeminente advoga-do da "internacionalização", este programa será prejudica-do se ele for afastado do governo pelas eleições deste ano. Oparadoxo japonês é a necessidade de um forte estímuloexterno para mover a sociedade, mas se a mudança vierantes de as pessoas terem tempo para digerir a idéia, ficamirritadas e se trancam nas antigas posições."Esta é uma sociedade coletivista baseada no capitalis-mo", sugere um veterano observador ocidental. Contudo osreformadores acreditam que seu país precisa incentivar acriatividade individual, os empreendimentos individuais,mesmo que para isto seja preciso quebrar o molde deconformismo e aceitar maior diversidade, e falam na refor-mulação do sistema educacional para possibilitar maior "ir-

regularidade".Talvez algum dia outros países cheguem à invejável

riqueza japonesa. Por enquanto não existem instruções emodelos para o Japão seguir, como de costume. As econo-mias ocidentais têm teorias para incentivar o crescimento epara combater a inflação, mas não para como deve agirquem se está saindo comparativamente bem demais.

A resposta óbvia quando a riqueza se torna ura fardo édistribuí-la. A pobreza dos outros pode distrair a mente dosperigos do excesso. Mas, como ressalta um líder, a tradiçãocristã da caridade não faz parte da ordem confuciana. OJapão precisará aprender a dar, assim como aprendeu aganhar.

O mundo será melhor quando muitos outros paíseschegarem ao dilema japonês—mas isto não acontecerá semproblemas. A encruzilhada moral do Japão é o primeiroexemplo.

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Vejam só que tremenda ignorância genealógi- ;;ca! Eu não sabia que a estonteante Roseana ::também era prima da dona Carmem!

Petróleo/Taxar é pouco.Reduzam os preços!

Otávio Tirso de Andrade

E sempre assim. Instituem-se monopólios estatais a pretextode que a Nação deve dispor de empresas que a sirvam sem

egoísmo privatista, ou porque os particulares não teriamcapitais para alicerçar certas estruturas tecnológicas. Apóscriadas, as estatais operam como qualquer outra firma indus-trial-comercial de qual só se distinguem por terem o governosubmisso às suas ordens. As casas-de-negócios oficiais transfigu-ram-se logo no "duplo do Estado" a que aludiu o professorMiguel Reale ao consignar a luta que elas empreendem contra aburocracia tradicional. Assumem a fisionomia caricatural da eraprotocapitalista. As metas que se propõem, objetivando lucrosincessantes, fazem-nas chocar-se, freqüentemente, com os inte-resses da coletividade.

O confisco pela Petrobrás dos lucros resultantes da vertigi-nosa baixa nas cotações do petróleo importado ilustra bem oferoz egoísmo do estatismo. Os bilhões de dólares com que aempresa se ingurgita pertencem no povo brasileiro. A apropria-ção é procedida impunemente porque as autoridades federaistornam-se aliadas dos estatocratas abrigados na imensa colméiaonde também vão iniciar carreiras de terecira-idade centenas dereformados das Forças Armadas.

Anuncia-se que o Tesouro Nacional pretende taxar oslucros discricionários. É pouco! O que se impõe é devolver aosbrasileiros o dinheiro abusivamente subtraído a todos nós. Faça-se agora, hoje, a remarcação para baixo dos preços de todos osprodutos petrolíferos, adotando-se concomitantemente, é ób-vio, as medidas necessárias à preservação da indústria alcoolei-ra. Na hora da alta não nos obrigaram a acompanhá-la? Agoradevem devolver-nos o que nos tomam em excesso.

A quem apelar? O Sr. Ministro de Minas e Energiaalinhou-se com o truste estatal. Após visitar uma das platafor-mas marítimas, ao largo de Campos, voltou dizendo-nos tudoquanto a Petrobrás quer que se diga: não haverá baixa depreços, as raultibilionárias perfurações adiáveis prosseguirão nomesmo ritmo. Quanto ao habitualmente loquaz Sr. DilsonFunaro, usa cadeado na boca em matéria de petróleo.

No entanto, poucas providências, quanto à aludida baixa,seriam tão benéficas à luta antiinflacionária. Não a promulga ogoverno só porque o petróleo é monopólio estatal. Caso a

__-~—*—y£Flora Lewis é colunista do The New York Times

indústria petrolífera pertencesse, aqui, a capitais privados, ossenhores Ministros de Estado e o senhor Presidente da Repúbü-ca fechariam os olhos à brutal tosquia de consumidores tomadapossível pela crise no cartel da OPEP? É claro que não.

A ausência de medidas radicais, como a que ora pedimos,mostra-nos estar o "pacote econômico" reduzindo-se, a pouco epouco, a mero congelamento parcial de preços. Os governantes— como está à vista de todos — perceberam no trem da vidaperdulário dos tempos autoritários. Os gastos improdutivosaumentam em escala crescente. Não estão para instalar, .emHavana, mais uma embaixada desnecessária? Não há contraçãodo déficit. Alguns meios de produção ainda não monopolizadospelo Estado são presenteados caprichosamente a oligopóliosconstituídos por capitalista com tráfego na administração públi-ca. O que ocorrerá quando não for mais possível manter otabelamento dos gêneros e o mercado negro irromper por todaparte, ainda mais escandalosamente do que o jogo do bichò|soba administração Brizola? Não há de ser dos bandos precatóriosintitulados "partidos", cujos integrantes mudam de um "para

outro lado, qual baratas tontas, que virá solução para tão gravesproblemas. „,,,

O intervencionismo indiscriminadado praticado pela NovaRepública não augura futuro promissor às instituições represen-tativás. Torna consideravelmente maior o já imenso obstáculoque impede, historicamente, a implantação de estruturas políti-co-jurídicas democráticas no Brasil. Refiro-me à propensão.doEstado a fagocitar sistematicamente a economia. Não há comoestruturar uma autêntica democracia, entre nós, se a sociedademalograr na eliminação da morbosa tara herdada dos temposcoloniais. v

A luta é dura, porquanto o progresso tecnológico exige,'deseus agentes, conhecimentos sempre crescentes e trabalhdá tíádavez mais árduos. Por este motivo os deixa minoritários diantedos que encontram nas empresas monopolistas, públicas.ouprivadas, segurança e lazer sem risco e esforço. A lei do menoresforço explica, igualmente, a presença de político-profissíónaisintelectualmente medíocres entre os monopolistas e os defenSo-res da "reserva de mercado".

Não esqueçamos de consignar que a manutenção dospreços do petróleo no mercado interno, em níveis desaforada-mente elevados, mostra-nos, eloqüentemente, como o Es'tádo-Negociante perde, ou melhor, é despojado de seu impresclndí-vel papel de árbitro. Sob o Estado-empresário, a fragilidade dasinstituições democráticas será tanto maior quanto mais comple-xos e abrangentes forem os seus negócios. A observação não éminha. Eu a li em recente ensaio de Jean Meyer sobre Le poidsdePEtat. .

Não sei como verdades tão elementares passam completa-mente despercebidas a homens públicos de boa fé. Os demaissabemos todos muito bem porque ainda têm o desplantedeproclamar que

"o petróleo é nosso" e se alistaram na camnajoha

para confinar os consumidores no terreno de cbasse gardée dareserva de mercado...

Em conclusão: o Sr Presidente da República fala comfreqüência em redistribuição da riqueza nacional. No caso' desinceramente desejar promovê-la, o Sr José Sarney deve partir,sem mais tardança, para a liquidação do maior número possívelde empresas estatais. A propósito: alguém sabe onde foramparar as centenas de milhões de dólares surrupiados através datrading COBEC, da qual o Governo detinha o controle?

Ao nos aproximarmos da convocação da AssembléiaConstituinte, sob regime eleitoral deploravelmente casuísta,lembremo-nos de que o Estado, quando se torna presente emtodas as atividades, passa- a - capturar, para si, montantescrescentes de Produto Interno Bruto. Torna-se inevitavelmentetotalitário. - ¦"

Otávio Tirso de Andrade é jornalista

Até a última horaRogério Coelho Neto

NÃO foi por falta de persistência que o governador

Leonel Brizola deixou de contar a seu lado com oex-prefeito Moreira Franco a quem pretendia entregaraos poucos o comandoregional do PDT parapoder, depois de 15 demarço de 1987, quandotermina seu mandato, setransferir de armas e ba-gagens para São Paulo.

Embora tivesse sa-bido, no final da noitede 13 de maio — 48horas antes de vencer oprazo para que políticos com interesses conhecidos naseleições deste ano ainda pudessem trocar de partido —,que a ida de Moreira para o PDT não havia passado deum sonho, Brizola não desistiu. Na manhã do dia 14,em telefonema de 40 minutos para o ex-prefeito deNiterói, o governador pediu que ele pensasse um poucomais nas vantagens de trocar os quadros pemedebistaspelos pedetistas. Moreira, que recebia amigos em seuapartamento da Lagoa, acabou por marcar um jantarcom Brizola para o mesmo dia.

-—^J U IS 2Coisas da política

Sabe-se, com segurança, que o-governador, du-rante o jantar, olhava a toda a hora para o relógio, naexpectativa de arrancar de Moreira uma definiçãofavorável antes da meia-noite, quando a troca departido ainda seria possível. Só se deu por vencido, aos15 minutos do dia 15, quando teve a certeza de que osquatro meses de conversas e entendimentos que vinhamantendo com o ex-prefeito de Niterói não levaram anada.

Políticos do PMDB e do PDT, com acesso a partedas conversas mantidas entre Brizola e Moreira, achamque pesou bastante na decisão do vencedor da únicapesquisa eleitoral sobre a sucessão fluminense conheci-da no Rio a posição de inferioridade que costumaacompanhar as lideranças pemedebistas que buscamabrigo nas fileiras pedetistas. Uma situação analisadaprofundamente por Moreira foi a do ex-líder do PMDBna Assembléia Legislativa deputado Cláudio Moacyrque sofre um processo continuado de rejeição no PDT.Considerado um dos principais oradores da políticaestadual, Cláudio imaginava que as oportunidades paraabrir novos e importantes espaços não lhe faltariam.Acabou, porém, marginalizado, sem encontrar condi-ções ideais para brilhar até nas reuniões de bancada deseu novo partido.

Esses receios de Moreira, segundo um ex-deputado trabalhista ligado a Brizola desde os temposde PTB gaúcho, são injustificáveis. Garante o antigolíder trabalhista que a intenção do governador eramesmo fazer do ex-prefeito de Niterói, no PDT, o seuprincipal herdeiro no estado. Condição que poderialevá-lo até, no período decisivo da presente campanhaeleitoral, a promover uma troca de posições na chapaque pretende patrocinar às eleições majoritárias. Nela,Moreira começaria como candidato a uma cadeira desenador, ao lado de Doutel de Andrade ou de MarceloAlencar, e acabaria encabeçando-a, na condição decandidato a governador.

Os entendimentos entre Brizola e Moreira envol-veram lances interessantes, dignos dos melhores joga-dores de xadrez. O político pemedebista isolou-se emManaus, pretextando necessidade de cumprir compro-missos de trabalho para a editora que preside (NovaAguilar), no dia 7, ao saber que o governador haviaacertado uma conversa com seu sogro, senador AmaralPeixoto. Como só voltou da capital amazonense quatrodias depois, Moreira evitou o impacto direto do recadoque Brizola pediu que Amaral lhe transmitisse: "O

futuro político do seu genro poderá ser irremediável-mente comprometido se ele continuar perdido dentrode uma frente política contraditória e incoerente".

Para Brizola, desde os 15 minutos da madrugadado dia 15, quando terminava o jantar com Moreira, osonho de dar uma roupagem getulista ao PDT acabou."É que, apesar de ter motivado o próprio neto dó'criador do velho PTB, Getúlio Vargas Neto, que sairácandidato a deputado estadual no Rio Grande do Suír"sabe o governador fluminense que a grande chama'getulista encontra seu brilho mais forte no Rio. Essa"chama ficou, desde 1954, em poder da filha favorita dei-Getúlio: Alzira Vargas, mulher do senador Amaral*Peixoto e sogra de Moreira.

Para Moreira persiste uma esperança, desde qdè"ele passou a manter entendimentos políticos maispermanentes com Brizola: a de formação, acima dosinteresses partidários eventuais, de uma Frente Pro-gressista capaz de unir o PMDB e o PDT sob umamesma bandeira política, que seria a da luta permanen-te contra o esvaziamento econômico e a degradaçãosocial do Estado do Rio. Um embrião, enfim, de umpartido mais forte, de linhas ideológicas definidas,capaz de se impor a um país que o ex-prefeito deNiterói acha que sairá mais amadurecido da Assem-bléia Nacional Constituinte.

Rogério Coelho Neto ó subeditor de Pollica do JORNAL DO BRASIL

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12 , a Io caderno ? segunda-feira, 19/5/86

Parlamentaresiam no Chile

de democraciaSantiago — Os carabineiros (poli-

cia militar) isolarão "por medida desegurança" o setor do centro de San-tiago onde se realizará hoje a Assem-bléia"?arlamentar pela Democracia no,Chiíe^que contará com a participaçãode üjis.80 senadores e deputados de 18paísesi À reunião vai durar três dias e épromovida por um grupo de ex-parlamentares chilenos liderados peloúltimo" presidente da Câmara, LuisParéto'.

— Esta reunião é altamente anti-patriótica — disse o Ministro do Inte-rior, Ricardo Garcia. O regime militardo.general Augusto Pinochet advertiuas r!JSi|sentações diplomáticas no Chi-le que** governo não dará garantia desegit^Kça aos parlamentares que parti-riparem da reunião. Há dois dias, oporSfoz de Pinochet, FranciscoCuadJ^. anunciou a descoberta de umplanoíe agitação que seria desenvolvi-do durante os dias da reunião, compossíveis atentados terroristas.

jtXIx-deputado democrata-cristão,Carlos Dupre, integrante da comissãoorganizadora da reunião, disse que oreg^gf militar fez tudo para impedir oufazéí-&acassar o encontro, mas semêxiti^SAfirmou que estáo sendo espe-radaspentre outras, delegações parla-mentares da Argentina, Bolívia, Bra-sü, Peru, Espanha, Finlândia, Norue-ga, Suécia, Alemanha Ocidental, Itáliae até do Parlamento Europeu.

Amanhã, em desafio ao regime dePinochet, o Comando Nacional dosTrabalhadores (CNT) realizará umapasseata pela "paz, reivindicações tra-balhistas e pela democracia". A mar-cha será na Avenida Bernardo 0'Hig-ginCprincipal avenida de Santiago,com"ou sem autorização do governo.Segundo o presidente do CNT, o mi-néí$"llodolfo Seguei, até ontem ogoverno não havia respondido ao pedi-do dé! autorização para a realização dapasseata pacífica.

ftüma semana de muita movimen-taçj.$#olítica e sindical em Santiago,chegará quinta-feira à Capital chilenauma'delegação sindical de vários pai-ses, que incluirá o secretário geral daConfederação Internacional de Orga-niz^çõés Sindicais Livres (CIOSL),John Van Der Berker, uma represen-taçãjçTcJa União Geral de Trabalhado-res da- Espanha, e líderes sindicaisamericanos, canadenses e norue-gueççs.¦rí Trata-se da delegação sindicalinten)3pional mais importante que jávisitou o país nos últimos 13 anos. Vemse solidarizar com o movimento sindi-cal do Chile — disse o vice-presidentedo (áíT, Manuel Bustos. — Eles vêmver;4 realidade do movimento sindicaldo Cfuíe por que são solidários com oque,.está se passando. Trezem umasolidariedade muito oportuna, nestemomento de dura perseguição noChile.-

'".'Todos serão punidosEm entrevista à emissora argentina

Rádio Colônia, o presidente do CNT,Rodolfo Seguei, assegurou que, noChife, '"não haverá perdão nem anistiapara'os responsáveis pelos graves deli-tos cometidos pela ditadura.

— Os culpados devem ir aos tribu-nais de justiça civis, que devem serreestruturados para que haja juizesidôneos que garantam a eqüidade paraas partes, porque tampouco vamosmatar todos — declarou Seguei.

O líder mineiro chileno disse que ogeneral Pinochet "cairá antes de com-pletar os dois anos de mandato quetempela frente. Admitiu que "o tiranoestá golpeando muito forte nas favelase nosibairros pobres", mas considerounecessário que, "em tempos de ditadu-ra, >se faça uma paralisação atrás daoutra para tornar o país ingovernável".

jítíut.A greve é uma ferramenta legalque,os trabalhadores devem usar. Sãobem-vindos todos os métodos que sequeira usar, sempre que sejam pacífi-cos,'.'para terminar com os regimesmilitares — declarou.

Internacional JORNAL DO BRASILrtL

Foto de José Roberto Serra "Contras" seqüestram 8alemães e Bonn negocia

_ ? "JpSJMjgl^^mcar^^^^a punição para assassinos do ÀrcebisjHTde San Salvador, Dom Romero

Protesto faz Napoleón Duartecancelar passeios pelo Rio

Uma manifestação de 15 membros doComitê de Solidariedade aos Povos Lati-no-Americanos defronte do hotel CaesarPark, com cartazes de repúdio à presençano Rio do Presidente da República de ElSalvador, Jose Napoleón Duarte, fez comque o presidente salvadorenho, hospeda-do no 20° andar do hotel, desistisse decumprir o programa de sua agenda.Napoleón pretendia, pela manhã, assistirà missa das lOh, no Mosteiro de SãoBento e, em seguida, percorrer a ponteRio—Niterói e visitar o Museu do Açudena Floresta da Tijuca.

Oficialmente, os seguranças queacompanham o presidente de El Salvadorinformaram que ele desistira de sair dohotel por se encontrar "muito cansado" eque só conseguira acordar às llh20min.Os mesmos seguranças, no entanto, ad-mitiram que Napoleón Duarte preferiupermanecer na suíte presidencial do hotel

"para evitar um confronto" com os mani-festantes que o aguardavam aos gritos de"fora" e "assassino". Bastante nervoso,Lorena, a filha do presidente salvadore-nho, correu para o saguão do hotel ao serabordada pela imprensa, só saindo quan-do o carro placa CD 168 estacionou juntoà portaria para levá-la, em companhia deduas' secretárias particulares, para umpasseio pela Zona Sul da cidade."Fora assassino" foram as palavrasque ouviu a filha de Napoleón Duarte,quando foi vista pelos manifestantes doComitê de Solidariedade aos Povos Lati-no-Americanos que empunhavam diver-sos cartazes, todos acusando o presidentesalvadorenho de "genocida", pelo assas-sinato só em seu governo de 5 mil 500pessoas e pela prisão de outras 5 mil. Umdos cartazes dizia que "Enquanto oDuarte fala mentiras o Exército matatrabalhadores, mulheres e crianças".

Exército inglês treinasoldados de Moçambique

The New Yòrk Times

Inyanga, Zimbabwe — Ao inspe-cionar um batalhão de 48 oficiaismoçambicanos, o capitão do exércitobritânico Steve Norris cuidadosamen-te removeu fios de cabelo de seusuniformes de camuflagem. Através deum intérprete português, ele cumpri-mentou os oficiais por terem comple-tado com bons resultados o rigorosoprograma de treinamento a que foramsubmetidos pelos britânicos durante12 semanas, nas montanhas próximasa Inyanga, no Zimbabwe.

O grupo de oficiais moçambica-nos retornou a seu país no mesmo diapara comandar os soldados que lutamhá oito anos contra os rebeldes daResistência Nacional de Moçambi-que, apoiados pela África do Sul. Ocuidado de Norris com a roupa dosoficiais contrasta com as precáriascondições em que combatem as tropasdo governo de Maputo.

A África do Sul fornece apoio aosrebeldes violando um acordo assinadoem 1984, pelo qual os dois governosse comprometeram a não ajudar osgrupos oposicionistas que atuam emcada país.

Um oficial britânico que esteverecentemente em Moçambique disseque. apenas 40% dos soldados datropa que ele visitou usavam botas.Os oficiais britânicos acreditam queseu cuidado com detalhes como alimpeza dos uniformes levanta o mo-rai das tropas e tem tanto valor quan-to as aulas de planejamento logístico eleitura de mapas.

Na cerimônia de conclusão docurso, foi enfatizada a cooperação

entre Moçambique, Zimbabwe e Grã-Bretanha na guerra contra os rebeldesapoiados pela África do Sul, que temarrasado a economia moçambicana.Os britânicos devem treinar cerca de200 oficiais do exército de Moçambi-que este ano, num simbólico esforçodo governo da primeira-ministra Mar-garet Thatcher para ajudar o presi-dente Samora Machel.

Nem mesmo a ajuda adicional dogoverno do Zimbadwe, que enviou 12mil soldados para Moçambique em1985, foi suficiente para conter a ativi-dade rebelde. As principais cidadesmoçambicanas — Maputo, Beira,Quelimane e Tete — continuam sen-do alvo de ataques terroristas, quenão poupam nem mesmo as indús-trias, prejudicando ainda mais a jádeteriorada economia do país.

As áreas rurais se encontram emuma situação caótica, segundo medi-cos estrangeiros que trabalham emMoçambique, porque os rebeldes nãopoupam nem a agricultura de subsis-tência. A província de Zambezia, queexportava arroz e outros produtoscultivados no féftil delta do rio Zam-bezi, foi tão afetada pela guerra querecentemente o governo de Maputoanunciou que 1 milhão de pessoas daregião vão ser afetadas pela falta dealimentos básicos.

Apesar da ajuda externa, o frágilexército de Moçambique não conse-gue manter o controle da situação nopaís. Sem armas eficazes, mal alimen-tados e freqüentemente sem recebersalários, os soldados moçambicanossão incapazes de derrotar os guerri-lheiros bem armados e alimentadospela África do Sul.

Ao saberem do nervosimo da filha deNapoleón Duarte, os manifestantes avi-saram aos jornalistas que estavam alipara uma manifestação pacífica e que nãopretendiam "de maneira nenhuma" agre-dir fisicamente o presidente de El Salva-dor nem pessoas que o acompanham.

Violência salvadorenhaEm San Salvador, o Arcebispo Artu-

ro Rivcra y Damas afirmou que as açõesviolentas que se registraram em diferen-tes pontos do país, na semana passada,resultaram em pelo menos 35 mortes, desoldados, supostos guerrilheiros e civis.

— Quanto mais se prolonga o confli-to, mais sua solução nos escapa das mãose mais difícil será resolvê-lo. Por isso vejocom esperança a iminente assinatura doacordo de paz de Contadora, que facilita-rá os esforços para encontrar uma solu-ção regional.

Argentina eEVA farãomanobra naval

Buenos Aires — A Marinha argentina— que não participa das manobras daUNITAS desde 1982 em represália aoapoio dos Estados Unidos à Grã-Bretanha na Guerra das Falklands (Mal-vinas)—vai fazer alguns exercícios com âMarinha americana no segundo semestredeste ano, informou fonte governamentalà agência Notícias Argentinas.

A informação foi divulgada depoisque o chefe do Estado-Maior da Mari-nha, almirante Ramín Arosa, defendeupublicamente a importância que tem parasua Arma a participação nas manobras daUNITAS. Segundo a fonte governamen-tal, as "manoDras restritas" poderiam se"constituir num passo a mais no processode normalização de relações militares"dos dois países. Os exercícios serão cha-mados de "América".

O almirante Arosa disse, em entre-vista na sexta-feira, que "não é conve-niente deixar de lado a participação naUNITAS, pois estas manobras permitemum progresso permanente e uma evolu-ção constante para os marinheiros argen-tinos". Permitem também, afirmou, "co-nhecer os meios mais atualizados dentrode uma doutrina e procedimentos elabo-rados pelas grandes potências".

As manobras restritas evitariam, noentanto, a entrada dos navios americanosnos portos argentinos para não provocarreações de protesto como os ocorridosem 1984, pouco depois de assumir opresidente Raul Ãlfonsin. Naquele inci-dente, um navio americano aportou paraser reabastecido de combustível c, deimediato, foram organizadas manifesta-ções populares que obrigaram o barcoamericano a abandonar a área, voltandoa mar aberto. O barco americano nãodeixou de ser abastecido, mas fora doporto, por navios argentinos.

Bonn — A embaixada da AlemanhaOcidental em Tegucigalpa está negocian-do com os anti-sandinistas da Força De-mocrática Nicaragüense (FDN), que se-qüestraram oito técnicos alemães queprestavam serviço voluntário à Nicará-gua, informou porta-voz governamentalem Bonn. O Ministério de Relações Ex-teriores também mantém contato perma-nente com os governos dos Estados Uni-dos e Nicarágua.

Os seqüestrados são membros doEscritório de Informação sobre a Nicará-gua, com base em Wuppertal (Oeste daAlemanha Ocidental), um organismo in-dependente que coordena no país o movi-mento de solidariedade à Nicarágua eque, desde 1978, implementa projetos dedesenvolvimento naquele país. Outrosquatro técnicos alemães conseguiram es-capar dos contras, mas um foi ferido,embora sem gravidade.

O seqüestro ocorreu na madrugadade sábado, na localidade de Jacinto Vaca,a 350 km a Sudeste de Manágua, onde os12 técnicos participavam da construçãode casas pára camponeses da região. Oscontras atacaram a aldeia e realizaram oseqüestro. Houve uma escaramuça comuma brigada sandinista e quatro dos se-qüestrados conseguiram escapar, infor-mou o Escritório de Informação sobre aNicarágua em Wuppertal.

— Aproveitamos a oportunidade pa-ra protestar contra a política de Bonn,que retirou seus técnicos de cooperação esuspendeu sua ajuda à Nicarágua — indi-cou comunicado do Escritório, que játeve dois de seus voluntários seqüestra-dos no ano passado pelos contras e umoutro assassinado — o médico TomoPflaum — em maio de 1983. A verba quesustenta essa organização de cooperaçãotécnica é de diferentes Igrejas alemãs ede partidos políticos oposicionistas, comoo social-democrata e os verdes.

Em Manágua, porta-voz da Chance-laria informou que os oito técnicos — trêshomens e cinco mulheres — foram se-qüestrados por contras que têm sua baseem território hondurenho, a 370 km aoNorte da localidade atacada, no Estadode Zelaya. Os contras, disse o porta-voz,empreenderam uma fuga precipitada devolta a Honduras.

Sobre as negociações de paz promo-vidas pelo Grupo de Contadora, o chan-celer nicaragüense, padre Miguel D'Es-coto, disse em entrevista que "não sepode negociar com uma pistola encostadana cabeça". E explicou:

— Os Estados Unidos mantêm essa

pistola em nossa cabeça porque não que-rem negociar. Só lhes interessa impor suavontade.

Depois dc dizer que o problema daAmérica Central reside na impossibilida-de de que os Estado Unidos reconheçamna prática o exercício do direito dospovos e sua autodeterminação, D'Escotoafirmou:

Os Estados Unidos são, ao mes-mo tempo, juiz, acusados e verdugo. Sãoeles que estão fazendo a guerra contra aNicarágua e envolvendo outros paísesnessa guerra suja, imoral e desleal. Nãopodemos ter ilusões a respeito da paz naAmérica Central, quer a Nicarágua assi-ne ou náo o acordo de paz, já que oagressor não está assumindo qualquercompromisso.

Em entrevista ao jornal mexicanoExcelsior, o presidente da Costa Rica,Oscar Árias, disse que, se a Nicaráguanão assinar o acordo de paz, dará "umabofetada" aos esforços de Contadora(México, Colômbia, Venezuela e Pana-má). Afirmou que o acordo de paz "é umprincípio, um começo, não o fim".

Se por intransigência da Nicará-gua não se assinar o acordo, creio queserá responsabilizada de ter impedidouma saída política para os problemas.Dia 6 de junho, poderá ser uma datamemorável para a história latino-americana, com a assinatura do acordode Contadora.

Na Cidade do Panamá, onde vice-chanceleres de Contadora e dos cincopaíses centro-americanos em crise tentamacertar os detalhes finais sobre a questãoda segurança no acordo de paz que deve-rá ser assinado dia 6 de junho, o vice-chanceler nicaragüense, Victor Hugo Ti-noco, informou que os trabalhos sãoagora de conciliação de propostas daNicarágua e de Honduras, depois queCosta Rica e Guatemala retiraram assuas, que tinham apoio de El Salvador.

As propostas da Nicarágua e de Hon-duras foram retiradas porque eram ape-nas semelhantes à de Honduras, que —segundo Tinoco — "está mais próxima daposição dos Estados Unidos". Tinocoressaltou que a Guatemala está se apre-sentando nesta reunião mais ligada aoBloco de Tegucigalpa (integrado porHonduras, El Salvador e Costa Rica).Ressalvou, no entanto, que esta novaposição pode ser apenas da delegaçãopresente na Cidade do Panamá, não donovo governo guatemalteco. A Guatema-la vinha se apresentando como neutra nacrise da América Central.

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Vantagem já garantea vitória de Balaguer

r\.-t. n.«l»Mn Crttn AtSanto Domingo — O ex-presidente da

República Dominicana, Joaquin Bala-guer, se tornou ontem o virtual presiden-te eleito do país pelo Partido ReformistaSocial-Cristão (PRSC), ao conseguir umavantagem tida como "insuperável" sobreseu principal oponente na eleição desexta-feira, Jacobo Majluta, do governa-mental Partido Revolucionário Domini-cano (PRD), segundo os números divul-gados pela Junta Central Eleitoral.

Com 92% das sessões eleitoraiscomputadas, isto é, 2 milhões 32 mil 155votos, Balaguer tinha 799 mil 968,41,50%, encanto Majluta só conseguia763 mil 956, 39,63%. A vantagem eraassim de 36 mil 16 votos, faltando contar1 milhão 7 mil 292 votos. O terceirocandidato presidencial mais votado eraJuan Bosch, do Partido de LibertaçãoDominicana (PLD), com 351 mil 749,18,25%.

As Forças Armadas e a polícia domi-nicana adotaram medidas de segurançaem todo o país para evitar alterações daordem pública quando forem divulgadosos resultados finais das eleições gerais. Acampanha eleitoral foi violenta e só nasexta-feira, dia da votação, três pessoasmorreram. Pode-se prever a ocorrênciade novos confrontos entre partidários deBalaguer e Majluta, já que a margem devotos que dará a vitória a um dos doisserá muito pequena.

Apoiado agora pelo governo ameri-cano Je Ronald Reagan, Balaguer esteveno poder de 1966 a 1978. Chegou à

Santo Domingo — , u,w ua AP j

Joaquin Balaguer, 79 anos

presidência numa eleição que foi o fecho.dc uma intervenção dos Estados Unidos,'-com apoio de países membros da Organi*.tzação de Estados Americanos (OEA).-como o Brasil, na República Dominica—na. A intervenção ocorreu em meio a?uma guerra civil, provocada pela deposU-ção do poder, por militares, do presiden*'-.te eleito, o esquerdista Juan Bosch. Bala-guer está com 79 anos, mas fez uma ativa"-'campanha eleitoral, denunciando a cor^ >rupção e prometendo "um futuro mais^"promissor" aos dominicanos. •¦¦»

Alexandra, África do Sul — Foto da Reuters, f, "li

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Oito militantes negros, vítimas deconflitos raciais, foram enterrados nocemitério do gueto de Alexandra,perto de Johannesburgo, com a pre-sençade 300 dissidentes brancos doCotiútê de Ação Democrática, antia-pqrtheid. Eles desafiaram uma proi-biçaoda polícia, que os ameaçou deprisão se entrassem no gueto, e foramrecebidos com aplausos por 2 mil

negros que os saudaram nas ruas. nocemitério, estavam presentes 40 milnegros, os brancos colocaram floresnas covas para pregar a união numfuturo comum e depois cantaram demãos dadas, observados por 400 po-lidais brancos e negros que não inter-feriram. A polícia sul-africana infor-mou a descoberta do maior arsenalde um grupo guerrilheiro já encontra-

do no país: entre o material apreendi-do, um lançador de foguetes, 11cargas de demolição, 24 minas mag-néticas, seis minas terrestres, três qui-los de explosivo plástico, 28 bananasde dinamite, 30 granadas de mão, 12fuzis AK-47 com 48 cargas de muni-ção. Todo o material é de fabricação

soviética.

Arte latino-americanaA arte latino-americana movimen-

tara o mercado nova-iorquino esta sema-na. As duas mais prestigiadas casas dacidade — Sotheby's e Chritie's — váocolocar à venda obras de alguns dos maisfamosos artistas latino-americanos e es-peram negócios em torno de 6 milhões dedólares. Entre os artistas selecionadosestão os mexicanos Rufino Tamayo eDiego Rivera, o colombiano FernandoBotero, o brasileiro Cândido Portinari, oargentino Benito Quintela-Martin e ouruguaio Joaquin Tones Garcia.

Cena de CinemaOs passageiros de um Boeing 737

que fazia a linha Nova Deli — Bombaim,receberam um pedido inusitado do pilotopara ajudar a empurrar o aparelho e tira-lo de uma pista errada. O Boeing fez umaescala na pequena cidade de Gwalior, nocentro da índia, e o piloto errou a pistade aterrissagem, entrando por uma outraexclusiva de aviões militares e que estavabloqueada no final. Como não podia irem frente, tentou dar marcha-ré mas deudefeito e não funcionou: Os passageiros,pntre eles o ministro da Indústria, NrayanTiwari, tiveram que fazer uma forcinha,junto com funcionários do aeroporto epoliciais, para colocar o Boeing de novono bom caminho.

Imelda e EvitaQuase três meses após a queda do

ditador Ferdinando Marcos, das Filipi-nas. 17 cinemas de Manila estão apresen-tando uma versão editada de um seriado

feito para a televisão chamado EvitaPerón, com Faye Dunaway no papel-título. Durante cerca de 20 anos, ImeldaMarcos proibiu a apresentação de qual-quer obra sobre a vida da primeira mu-lher do ex-presidente argentino Juan Pe-rón por temer comparações com Evita, aquem chamou de prostituta numa entre-vista à imprensa.

Perigo de guerraO primeiro-ministro de Israel, Shi-

mon Peres, disse que não vê "perigoimediato de guerra" com a Síria. Decla-rou, no entanto, cm entrevista à CBS,que a Síria deve responder a perguntassobre seu suposto "apoio direto a atos deterrorismo". Declarou-se satisfeito com ofato do presidente sírio, Hafez Assad, terdito em entrevista ao Washington Post,publicada ontem, que a tensão entre osdois países havia diminuído.

Terror no LíbanoUm grupo muçulmano até então

desconhecido, o Movimento Indepen-dente para a Libertação dos Seqüestra-dos, ameaçou matar o professor libanêsprotestante, Nabol Mattar, seqüestradoquando ia para a Universidade americanade Beirute, onde leciona. Professores ealunos suspenderam as atividades emprotesto contra o seqüestro, e o Movi-mento ameaçou eliminar Mattar se osuniversitários continuarem sua "ação

provocativa". A mensagem entregue emagências de notícias junto com uma fotode Mattar dizia que ninguém se pronun-cia sobre 2 mil 200 muçulmanos desapa-recidos em conseqüência da açáo da fa-

lange de direita do presidente AmimGemayel desde o início da guerra civil em-<1975.A luta continua ..>

Em mais uma das milhares de ofen-'-sivas nos quase cinco anos de guerra, o jjIraque anunciou a tomada de duas cOli-nas perto da cidade iraniana de MehraiCjunto à fronteira, aumentando para 82y'quilômetros quadrados o território inimi-"go ocupado. O Irã admitiu o avançoiraquiano mas garantiu que foi rechaçado-4e eles tiveram que retroceder cinco tíuUô-ímetros em mais uma vitória islâmica:-Teerã reivindicou a queda, nas últimas 24"horas, de quatro aviões e seis helicópte-"ros iraquianos. Os aparelhos foram der-cubados pela defesa antiaérea na região';de Hadj Omran, ao Norte do front, onde"outra ofensiva iraquiana foi rechaçada;semana passada.

Emboscada terroristaUm homem foi morto a tiros numa*

emboscada preparada por terroristas nocondado de Tyrone, na Irlanda do Norte.Um porta-voz do Exército RepublicanoIrlandês (IRA) assumiu a responsabilida-de pela morte de David Wilson, um'comerciante de 37 anos.

Pobreza portuguesaRelatório da Caritas portuguesa in-

dicou que 5 milhões dos 10 milhões dç,portugueses vivem em situação de pobre;,za. O pior é que 50% da população sóconsomem um quarto do gasto total do,país e 28.7% dos camponeses só consonmem 12,8% dessa parcela. *

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JORNAL DO BRASIL Internacional segunda-feira, 19/5/86 ? Io caderno ü~JJ3Ú

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"Pravda" critica demoraem divulgar Chernobyl

Wackersdorf, RFA — Foto da AP 1

Policial negro se queixade racismo na Inglaterra

Joseph LelyveldThe New York Times

Londres — Quase 10 anos depoisdas primeiras contratações de poli-ciais negros ou asiáticos em Lon-dres, quase 99% dos 27 mil inte-grantes da polícia metropolitanaainda são brancos, e os negros nãosó encontram dificuldades e violên-cia no confronto com as manifesta-ções nos bairros pobres como sen-tem no ar, por parte da população,uma espécie de discriminação queos faz evitar, por exemplo, andar deuniforme fora do horário de tra-

. balho.É o caso do sargento Andrew

Simons, 29 anos, originário daGuiana e um dos primeiros recruta-dos. Dizendo que reflete nesta atitu-de o comportamento de quase todosos policiais negros, ele afirma que seandasse uniformizado no metrô ouônibus em Londres, indo ou voltan-do do trabalho, certamente seriaabordado com perguntas imperti-nentes:

— Os brancos não se aproxi-mam. São grupos de três ou quatronegros na faixa de 15 a 25 anos, quevêm perguntar o que eu penso queestou fazendo num uniforme de po-licial. A sensação é de que umabriga pode começar a qualquer mo-mento — diz ele.

Simons, que jogou basquete pelotime da polícia até perceber queestava ficando eternamente relega-do à reserva por causa de sua cor,serve atualmente numa delegaciaencarregada de manter prostitutasafastadas do centro de Londres.Segundo ele, é comum também, nacantina da delegacia, que algumcolega chegue anunciando que pren-deu "um negro", e peça desculpashipocritamente ao "perceber" queele está presente. Já aconteceu tam-bém de ser detido e interrogadocom violência na rua por colegasque custavam depois a acreditar serele um policial.

Simons lembra-se também do de-sânimo que se apoderou dele ao serinformado, em 1981, de que passa-ria a servir no bairro de Peckham,

no Sul de Londres, onde começa-ram naquele ano as conflagraçõesraciais que se repetiriam em setem-bro do ano passado.

— Eu tinha um amigo negro emBrixton que simplesmente não po-dia sair sozinho em patrulha. Todavez que ele ousava, acabava espan-cado — comenta.

Apenas agora a Inglaterra pareceacordar para o fato de que 4% desua população (13% em Londres)são constituídos de não-brancos.Mas apesar dos esforços de integra-ção na Scotland Yard, são apenas287 os policiais negros ou de origemindiana, paquistanesa e chinesa. Apolícia afirma não dispor de númerosobre a quantidade específica denegros neste pequeno total.

Na região metropolitana de Lon-dres, pelo menos 6% dos residentessão negros. Mas nos chamados bair-ros pobres — ou inner cities, segun-do a fórmula americana que já pre-valece na própria Inglaterra — osbrancos podem ser minoria.

Após os confrontos de rua do anopassado, a imprensa londrina come-çou a cobrar do governo o envio demais policiais negros e menos bran-cos às ruas, nos momentos de crise."O que é necessário é um rígidopoliciamento negro dos bairros ne-gros mais violentos", escreveu oDaily Mail, citando o exemplo deNova Iorque.

Mas os responsáveis pela políticade recrutamento, embora aceitandoo argumento, lembram que as con-flagrações têm causas sociais com-plexas que não desapareceriam se6% dos policiais na rua fossem ne-gros. Afirmam também que a resis-tência da comunidade é a principalcausa do pequeno número de poli-ciais negros, e que tudo tem sidofeito para aumentá-lo, exceto fixarquotas raciais ou baixar os padrõespara admissão.

O novo secretário do Interior,Douglas Hurd, não tem entrado nomérito do debate. Limitou-se a dei-xar claro que espera progresso maisrápido no recrutamento de policiaisnegros.

Moscou — O Pravda reconheceu on-tem que a demora em liberar informaçõessobre o acidente nuclear de Chernobylcontribuiu para aumentar a preocupaçãodo povo soviético com o desastre. Ocorrespondente em Kiev, Boris Oleynik,afirmou que é preciso confiar na popu-lação.

— Esta será uma lição não só paranós. É necessário confiar no povo—maisque todos, no povo soviético, que de-monstrou mais uma vez, nesses dias,calma e coragem.

A União Sovi'etica foi bastante criti-cada pelo Ocidente por não levar 48horas para dar informações completas eimediatas sobre o acidente de Chernobyl,detectado primeiro pela Suécia. Um pri-meiro comunicado no dia 28 de abril nãofalava de baixas nem dos níveis de radia-ção na área. O Kremlin rebateu que oOcidente aproveitou a tragédia para fazerpropaganda política e desacreditar Mos-cou como interlocutor confiável nas quês-toes de desarmamento.

O número oficial de vítimas divulga-do pela imprensa russa aumentou para 10ontem, com a publicação, por dois jor-nais, dos nomes de oito pessoas mortasem conseqüência do acidente: O Izvestiapublicou fotografias de seis bombeirosque morreram combatendo o incêndio doreator e o Sovietskaya Rossiya deu osnomes de dois trabalhadores de Cherno-byl que morreram de queimaduras eradiação. Os oito têm nomes diferentesdos dois técnicos que morreram na expio-são que deu origem ao incêndio e queforam citados no discurso de Gorbachevquarta-feira.

O médico americano Roberto Gale,que tratou dos mais gravemente atingi-dos, afirmou sexta-feira que dos 35 pa-cientes sob seus cuidados, 24 continuamvivos e ele esperava salvar pelo menosmetade dos sobreviventes. Nesse caso osmortos seriam 13,11 no hospital e dois nausina.

Os meios de comunicação soviéticoscontinuaram a apresentar depoimentospara tranqüilizar a população. O físiconuclear Lev Feoktistov disse no progra-ma de TV Studio Nove que nenhumapessoa além do perímetro da usina correperigo de radiação, e que a contaminaçãoem Kiev eqüivale, por ano, à exposiçãoaos raios X durante uma radiografia.

No mesmo programa, o vice-primeiro-ministro, Ivan Silayev, infor-mou que as partes mais quentes do nú-cleo do reator acidentado estão comtemperaturas entre 200 e 250 graus centí-grados. Ele .disse que os cientistas estão

absolutamente seguros de que um novoaumento de temperatura não ocorrerá.

O físico Feoktistov explicou em pala-vras simples as diferenças entre usinasnucleares e armas nucleares, garantindoque uma explosão atômica é impossívelha usina. Acrescentou que as usinas sãofeitas de maneira a tornar um acidenteimpossível, por isso ele não sabe comoaconteceu o de Chernobyl.

O vice-chefe do Centro Soviético deComputação, Nikita Moiseyev, defendeuuma cooperação internacional entre cien-tistas:

Eles poderiam desenvolver meiosde avaliar mais rapidamente os efeitos deum desastre nuclear, para divulgar infor-mações sobre o acidente em menor tem-po e estudar meios de aumentar a confia-bilidade na energia atômica. Os cientistasdeviam achar uma língua comum, longedo ferrão venenoso da propaganda.

A agência Tass criticou duramente apretensão da Alemanha Ocidental depleitear indenização ao Kremlin pelasperdas agrícolas causadas pela radiaçãode Chernobyl:

Ele (o Chanceler alemão HelmutKohl) fez esta exigência imprudente dian-te de relíquias hitleristas às vésperas do45° aniversário da agressão nazista contraa União Soviética. Eles, em Bonn, apa-rentemente esqueceram seu débito irre-parável com o povo soviético pela dor,assassinatos, destruição e sofrimentosque o nazismo alemão causou a cadafamília soviética — afirmou a Tass refe-rindo-se a um discurso de Kohl ontem emMunique para alemães expulsos de umenclave na Tcheco-Eslováquia pelosrussos.

Em Munique, Kohl se irritou com anegativa soviética expressa quarta-feirapor Gorbachev, de pagar indenização eatacou o tratamento dado pelos paísescomunistas aos direitos humanos e àsliberdades básicas, selecionando a Tche-co-Eslováquia como exemplo, para agra-dar aos ouvintes, os alemães expulsos deSetenand, norte daquele país, aos fim daGuerra. O tratamento dado pelas autori-dades tchecas ao grupo dissidente Carta-77 fere os acordos sobre direitos humanosfirmados pelos dois blocos na cidade deHelsinqui em 1975, afirmou Kohl.

Ele criticou Gorbachev, dizendo queo líder russo levou três semanas parafazer o primeiro pronunciamento sobreChernobyl e atacou o Ocidente em vez defazer um mea culpa pelo longo silêncio eaceitar indenizar as perdas de paísesestrangeiros.

Kwangju, Coréia do Sul — Foto da Reuters

Filha de Stálinnão se ajusta àvida na Rússia

Nova Iorque — A filha de Stálin,Svetlana AUiluyeva, que retomou aosEstados Unidos mês passado, disse quenão conseguiu se reajustar à vida naUnião Soviética depois de passar 17 anosno Ocidente, e confessou que estava cadavez mais triste com a situação na sua terranatal, embora elogiasse Mikhail Gorba-chev.

Svetlana está reclusa no estado deWisconsin desde 16 de abril, quandovoltou de Moscou, e deu uma entrevista aThe New York Times para explicar asrazões da volta e falar sobre a políticasoviética. Ela acha que Gorbachev é umlíder idealista "no bom sentido da pala-vra", com idéias próprias:

, — Ele tem o ideal da paz, é o vemproclamando em todos os lugares. E euacredito que ele fala sério.

Ela acha que as coisas mudam quan-do se trata da situação interna porquecontinua a vigorar o dogma: Não mudenada quando ameaçado pelo estrangeiro.Svetlana acredita que Gorbachev se recu-perou diante dó povo da imagem inicialque fizeram dele, de um líder que nadaoferecia e pedia mais e mais trabalho:

O povo soviético trabalha muitomas nada recebe por seu esforço: essa é aprincipal falha da sociedade soviética. Épor isso que as pessoas ainda querem virpara o Ocidente porque sabem que seutrabalho será recompensado aqui.

Svetlana disse que não desejava fazerprofecias mas a União Soviética necessitade uma profunda reforma para acabarcom o impasse em que está a economiado país.

O ocultamente de falhas, os shows,desfiles e festivais falando de democraciae prosperidade, refletem apenas o medoe' a insegurança do partido governante —comentou Svetlana.

A filha de Stálin afirmou que um dosmaiores contrastes soviéticos hoje é aexistência, lado a lado, de Forças Arma-das modernas e bem equipadas e umPartido Comunista superado e fraco:

Gorbachev é sincero e fala sérioquando prega a paz, mas só o tempo diráse ele e outros como ele irão vencer osmonstros da burocracia, nas Forças Ar-madas e uma ideologia superada.

Svetlana disse que voltou a Moscoupara ver os filhos e os netos, mas seirritou quando a entrevista que deu emMoscou, dizendo que o retomo não tinhamotivos políticos, foi distorcida e trans-formada em propaganda.

Terrorista emMadri acusadjiplomata líbio Policiais à paisana carregam um cristão

Madri — O encarregado de negóciose responsável pela embaixada líbia emMadri, Ahmed Mohamed Nakaa, organi-zou e financiou o grupo terrorista "Ochamado de Jesus Cristo", recentementedesmantelado na Espanha, informou odiário madrilenho El País. A notícia,baseada em declarações à polícia do liba-nês Faisal Hanna Joudi, considerado li-der do grupo terrorista, acrescenta queNakaa pagou 70 mil dólares para quefossem cometidos atentados contra alvosamericanos e judeus em Madri e Lisboa.

Joudi foi detido na semana passadajunto com outros nove supostos integran-tes de "O chamado de Jesus Cristo". Osdez estão presos, à disposição da justiçaespanhola. Segundo o jornal, fontes doMinistério do Interior espanhol reconhe-ceram que um dos três diplomatas líbiosque permanecem em Madri—dois foramexpulsos do país na semana passada —poderia estar envolvido nas atividades dogrupo terrorista.

Citando fontes ligadas ao governoespanhol, El País afirma que o envolvi-mento do chefe da representação diplo-mática líbia em Madri com "O chamadode Jesus Cristo" criou um novo problemanas já deterioradas relações entre Espa-nha e Líbia, após a expulsão de váriosdiplomatas do governo de Tripoli. Porenquanto, Nakaa permanece na Espanhae a embaixada qualificou as informaçõesdo jornal de mentirosas.

Em Londres, a polícia montou umgrande esquema de segurança em todosos portos do Canal da Mancha devido aotemor de possíveis atentados terroristascontra os navios que fazem a travessia docanal. Participam também desse esquemaas polícias francesa, belga e holandesa.

Segundo o jornal Daily Mail, a opera-ção de segurança — que envolve o uso dedetectores de explosivos e cães na inspe-ção dos carros que embarcam em Dôver— foi realizada para impedir um supostoplano árabe para explodir uma barcaçadurante a travessia. A Scotland Yardteria até a descrição do carro que seriausado no ataque. A agência de notíciasbelga disse que o carro era um Volvo.

Em Damasco, três diplomatas brita-nicos foram expulsos ontem da Síria emrepresália à expulsão de três diplomatassírios por Londres.

Estudantes radicalizamluta na Coréia do Sul

Kwangju e Seul — Com bombas degás lacrimogêneo e a prisão de cerca de200 pessoas, a polícia impediu as come-morações do sexto aniversário de umasangrenta rebelião popular em Kwangjucontra a proclamação da lei marcial pelogoverno da Coréia do Sul. Uma cerimô-nia que se realizaria no cemitério local,onde foram enterradas 100 vítimas darepressão atribuída ao atual presidentesul-coreano, Chun Doo Hwan, foi preju-dicada pela ação de grupos radicais quegritavam lemas revolucionários.

Os manifestantes impediram o dis-curso de um representante da oposiçãomoderada com gritos de "morte a Chun,o assassino de Kwangju" e "abaixo oimperialismo americano e japonês". Acomemoração do aniversário da rebeliãode Kwangju ocorre este ano em meio aum crescente movimento pela democra-cia, contra o regime autoritário do presi-dente Chun — clima que foi favorecidopela recente queda do presidente Ferdi-nando Marcos, das Filipinas.

Tanto o governo do presidente Chunquanto políticos oposicionistas têm mani-festado preocupação com o crescimentodo radicalismo nas universidades sul-coreanas. As manifestações estudantis,uma tradição sul-coreana, têm-se caracte-rizado pela violência e pelo anti-americanismo. Nas últimas semanas, vá-rias pessoas de ambos os lados morreram,entre elas dois policiais e um jovem quebotou fogo na sua própria roupa emprotesto contra o governo.

O governo acusa os estudantes dereproduzirem a linguagem dos comunis-tas da Coréia do Norte e adverte que vaienviar tropas de choque para os campicada vez que for realizada uma manifes-tação estudantil. Os políticos do principalgrupo oposicionista, o Partido Democrá-tico da Nova Coréia, tentaram se manterlonge da briga entre estudantes e Chun.mas acabaram se convertendo em novosalvos dos ataques dos universitários, queos consideram oportunistas e ansioso;por participarem de um governo que

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O protesto contra a nova usina acabou em violência;juJi)'.,tí;

Protesto antinuclearleva 7 mil à Bavária

denunciam como sendo uma "ditaduramilitar apoiada pelo imperialismo ameri-cano".

No último sábado, centenas de jo-vens participaram de uma manifestaçãocontra o governo e contra os políticos deoposição na cidade industrial de Masan,no Sul do país. Kim Dae Jung, um dosmais destacados líderes oposicionistas daCoréia do Sul, se mostrou surpreso com aatitude dos estudantes e afirmou que nãosabia que os universitários estavam tãoradicais. Os políticos consideram os estu-dantes importantes aliados em sua lutapor mudanças constitucionais que permi-tam eleições diretas para presidente antesde 1988, quando termina o mandato deChun Doo Hwan.

O atual presidente sul-coreano, quechegou ao poder através de um golpemilitar em agosto de 1980, afirma quequalquer mudança na ordem constitucio-nal do país deve esperar 1989, quando eleestará longe do poder. Mais importanteque eleições diretas, afirma, é a necessi-dade de manter a estabilidade socialdevido à constante ameaça representadapela Coréia do Norte. Chun quer perma-necer no governo até 1988, quando come-caria um processo de "transferência pací-fica do poder".

Inicialmente, Chun tentou impedir acampanha dos políticos de oposição mas,mais tarde, admitiu que ela prosseguisse,juntamente com as manifestações de rua.No final de abril, ele afirmou que poderiaconcordar em rever a constituição antesde 1988 se os principais partidos políticoschegassem a um consenso em torno dasreformas.

Como as negociações sequer foraminiciadas, alguns analistas concluíram queChun apenas criou mais um problemapara seus oponentes, uma vez que conse-guiu dividir o Partido Democrático daNova Coréia: uma ala aceita abrir mãodas eleições diretas em troca de outrosavanços, enquanto o grupo de Kim DaeJung diz que a proposta nâo representaqualquer mudança nas posições de Chun"

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Hanover e Waackersdorf, AlemanhaOcidental — Sete mil pacifistas se reuni-ram num acampamento pela paz emWaackersdorf, Bavária, onde se pretendeconstruir uma usina de reprocessamentonuclear, e houve sérios choques entre umgrupo deles, mascarado, e policiais: asautoridades informaram que 132 agentesficaram feridos, 17 deles gravementeatingidos por pedras, esferas de aço joga-das com atiradeiras e coquetéis-molotov.

Enquanto o Partido Verde se reuniaem Hanover, o protesto se intensificariaem Wackersdorf, com uma afluência degente inesperada para os organizadores,refletindo a força que o movimento anti-nuclear ganhou no país após o acidentede Chernobyl. Os manifestantes tambématacaram trens que traziam material parao canteiro de obras da usina, que chegoua ser invadido mas foi desocupado pelapolícia.

Em Hanover, no penúltimo dia deseu 12° Congresso, o Partido Verde Ale-mão aprovou resolução pela retirada daAlemanha Ocidental da OTAN. Os 900delegados, animados pelo clima nacionalantinuclear, adotaram os lemas radicaisde abandonar a OTAN e fechar as usinasnucleares como pontos principais da cam-panha para a eleição legislativa de ja-neiro.

A resolução diz que a OTAN é umaorganização inimiga e a principal respon-sável pela corrida armamentista Leste-Oeste:

— Não pode haver paz com aOTAN, é preciso enfraquecer e abolir aaliança para conseguir a paz. A OTANnão pode mais ser modificada: a idéia detomar os dois blocos supérfluos numfuturo indefinido (proposta russa, só que

com prazo para acabar com a OTANiP Orr,Pacto de Varsóvia: 2010) não interessa_.;;

Os Verdes querem a imediata retira-,,.da dos mísseis americanos Pershingu2 eJ(jTomahawk Cruise de solo alemão como...primeiro passo, depois a retirada dás^tropas americanas e uma diminuirão?drástica no orçamento militar alemão".-rni?^i '.7

As prévias eleitorais prevêem que oPartido Social Democrata (SPD), na..ópo- ,sição, vai sair das urnas como a agrermajj.ção mais forte, só que provavelrnjenie.''terá que fazer uma coalizão corrf os'"!verdes para formar um governo.

'."" i ''.Em Moscou, o analista polítictfjdb.

jornal Izvestia, Alexander Bovin, dissenum programa de televisão que a de,cis'áo "de reativar a moratória unilateral" nos 'testes nucleares desagradou as FófÇas' jArmadas: .^i..¦•''•>

— Os militares soviéticos têm séiis''problemas, e suas preocupações são bãs-tante compreensíveis mas, diante da si-''tuação política mundial, a decisão'1 foi 'correta — afirmou Bovin. --«

Na sexta-feira, o general Nücòjai .'Chervov, do alto comando, afirmou- quea segurança soviética não será negligèn-ciada pela reimposição da moratória."1Gorbachev anunciou a primeira morató-1ria no dia 6 de agosto do ano passado,' •aniversário do bombardeio de Hiroxima,com prazo até 31 de dezembro e um -convite de adesão aos Estados Unidos,depois ele a estendeu até 31 de rríarço.Em seguida, afirmou que continuaria.àtéo primeiro teste americano, que foi diü 9de abril: mesmo assim não anunciom o •.fim da moratória nesse dia, só no diajl, )quando um novo teste americano aconte- ,ceu no deserto de Nevada. u. ¦!

Papa anuncia para30 sua nova encíclica

Cidade do Vaticano — O papa JoãoPaulo II anunciou que a quinta encíclicade seu Pontificado, a Dominum et Vivifi-cantem, será divulgada dia 30. A encíclicaserá dedicada ao Espírito Santo e "consti-tuiu uma trilogia com as encíclicas Divesin Misericórdia e Redemptor Hominis,dedicadas ao pai e ao filho, e se trataportanto de uma trilogia trinitária", afir-mou o papa.

— Dedico ao Espírito Santo estenovo texto, que preparei com profundoamor por ele e pela Igreja, e espero que oque escrevi sirva para suscitar nos fiéisuma cada vez maior devoção pela Tercei-ra Pessoa da Santíssima Trindade, a qualcristo, antes de subir aos céus, deixou atarefa de guiar sua Igreja à verdade

Avião francêscai e mata 19

completa — disse João Paulo II aòs"30!mil fiéis reunidos na Praça de São Pedro.'"

A Conferência Espiscopal do Crjile,'em mensagem às igrejas de todo 0'país, -intitulada Mensagem à Igreja e ao Povodo Chile sobre a Visita do Santo Padre, sdisse que a visita de João Paulo If^no'.início do ano que vem, "trará os frutos.deconversão, de reconciliação e de pa&que;,todos esperamos". E destacou: .¦¦ - .n

— O Santo Padre vem nos visitarem,;nossa realidade concreta, em nossas, ten^-soes e conflitos, esperanças e frustra^çs,,,êxitos e fracassos. O Papa iluminaránossos problemas para que os vejamos^com maior clareza. Esperamos que suavisita ajude a produzir na nossa sociedadechilena a mudança de atitude que nosparece tão necessária e desejável.

Weinberger temhoje reuniões

em Djibouti em PortugalParis — Um avião militar de vigilân-

cia da Marinha francesa bateu numamontanha em Djibouti, cujo pico, a 1 mil700 metros de altura, estava coberto pornuvens: morreram os 19 ocupantes, infor-mou o Ministério da Defesa, que orde-nou um inquérito.

Um comunicado afirmou que o aviãoBreguet Atlantic levava 14 tripulantes ecinco passageiros, todos militares france-ses, numa missão de rotina. Helicópterosque sobrevoaram o local do acidente nãoviram sobreviventes e duas companhiasda Legião Fracesa com 240 homens fo-ram despachadas para o local.

Este tipo de avião é usado pelaMarinha francesa desde 1965, tem alcan-ce de 4 mil quilômetros e pode voar 17horas sem reabastecer. Esle foi o terceiroacidente este ano com a avição militardos franceses: no dia 10 de fevereiro, umhelicóptero Super Frelon caiu no Medi-terràneo ao largo da Córsega. matando13 militares, e. a 27 de março, um caçaJaguar caiu num bairro de Bangui, Repú-blica Centro-Africana. matando 25 pes-soas e ferindo 30.

A França mantém 17 mil soldados emsua ex-colônia de Djibouti. por força deum tratado de defesa assinado em 1977,quando o país se tornou independente.

Lisboa — O secretário de Defesaamericano, Caspar Weinberger, chegou a^Portugal para uma visita de 21 horas,7-durante a qual conversará com as autori-dades portuguesas sobre a ex-colônia deAngola, aumento da cooperação militar,combate ao terrorismo internacional edefesa das bases americanas em Lajes.

Weinberger seguirá hoje à tarde paraViena, onde passará dois dias, antes deseguir para Bruxelas, para particip_pde -reunião de dois dias com os ministi^HeDefesa da OTAN. Depois, visitará» aDinamarca. O secretário americançTJlIa-rá com o presidente Mário Soares- e'~almoçará com o primeiro-ministro C^a-.'co Silva, o chanceler Pedro Pires*-deMiranda, e o ministro da Defesa, Leonar-do Ribeiro de Almeida. '•"••

A visita de Winberger começou'36horas de depois de um atentado commorteiro contra as instalações da OTAN. -na vizinha cidade de Oeiras. A base não,chegou a ser atingida, não houve danosno local em que o morteiro caiu. nemvítimas. Por telefone à agência ANOP, aesquerdista Forças Populares 25 de Abrildisse que o ataque foi "uma represália-à'cumplicidade da OTAN ao recente bom-bardeio americano à Líbia".

14' D Io caderno ? segunda-feira, 19/5/86 JORNAL DO BRASU:

ObituárioRio de Janeiro

Alba Soares, 86, de insuficiên-cia cardíaca, no Hospital SantaMônica. Carioca, viúva e semfilhos.Joaquim Rodrigues Pedro, 73,de septicemia, no hospital narua Bom Pastor, 295. Carioca,aposentado, casado e sem fi-lhoü,Juliana Castilho dos Santos, umano, de meningo encefalite, noHospital Sâo Sebastião. Cario-ca, morava em São Gonçalo.Pedro Rodrigues Oliveira, 83,de, infarto no Hospital Univer-sitario, no Fundão. Servente,natural da Paraíba, era casadoe tinha oito filhos.Rodolfo Luís Biazio dos Santos,dois meses, de crise hipóxica esífilis congênita, no hospital daavenida Rui Barbosa, 716. Ca-rioca, morava em Duque deCaxias.Felipe Freitas Pinheiro, trêsmeses, de distúrbio metabóli-co-,-na Beneficência Portugue-sá; "Paraíso. Carioca, moravano Engenho Novo.Manoel Orlando Ferreira, 74,de septicemia, no Hospital Ge-rai "de Bonsucesso. Natural doRio. Grande do Norte, econo-mista, casado, dois filhos.Nice Lídia Maria Batalha deAzevedo, 66, de glioblastomamuítiforme, no hospital na tra-vç§?a Frederico Pamplona, 32.Carioca, viúva, dois filhos. Mo-rá.j# na Glória.Helena Campos da Silva, 71, deinsuficiência hepática na Bene-ficência Portuguesa. Casada,sem filhos.Laura Parente de Mello, 88, de

septicemia, no Hospital à ruaJoão Borges, 204. Natural doPará, viúva, duas filhas. Mora-va na Gávea.José Eduardo Pestana deAguiar, 78, de choque sépticono hospital à rua Bambina, 56.Carioca, advogado, viúvo ecom seis filhos.Nelly da SUva Paiva, 50, depneumonia no Hospital de Ipa-nema. Carioca, solteira, advo-gada, três filhos. Morava emIpanema.Guiomar Garcia Soares, 52, nohospital à rua Bambina, 98 decâncer de colon. Paulista, casa-da, três filhos, sendo um me-nor, e morava no Leblon.Rolf Henninger, 44, de infartono Hospital de Jacarepaguá.Carioca, contabiüsta, casado ecom três filhos menores. Mora-va na rua Ituverava.Alaíde de Almeida, 59, de aci-dente vascular cerebral, noHospital de Ipanema. Carioca,seis filhos, sendo um menor.Morava em Copacabana.Philip Betz, 82, de insuficiênciarespiratória aguda. Natural daAlemanha, comerciante, apo-sentado, casado e morava naPraia do Flamengo.Amilton Camacho, 62, de septi-cernia, no Hospital dos Servi-dores do Estado. Natural doEspírito Santo, alfaiate, casa-do, três filhos menores. Mora-va na Lapa.Cristóvão Mafra Alves, 79, deacidente vascular cerebral, emcasa, no Engenho Novo. Eramarítimo, natural do Pará, ca-sado e com cinco filhos.

Santostose LuizAzevedoJosé Luiz Santos Azevedo, 57,de enfarte, na clínica Cardio-center, na Pampulha, em BeloHorizonte. Presidente da FiatAutomóveis, nascido em BeloHorizonte, formou-se em Di-reito pela Universidade Fede-rai de Minas Gerais, tendo sidochefe do departamento jurídicoda Companhia Agrícola de Mi-nas Gerais, de 1954 a 1967. Foidiietor-fundador de diversasempresas, como a JPM-Empreendimentos ImobiliáriosLtda. e a Incop-IncorporadoraPatriarca Ltda. Dedicou-se àárea habitacional, sendo dire-tor-superintendente do Ino-coop-MG-Instituto de Orienta-ção às Cooperativas Habitado-nais durante 11 anos, períodono qual foram construídas 34mü habitações para os progra-mas de cooperativas habitado-nais, empresas e de servidorespúblicos. Foi diretor da Asso-dação Brasileira de Inocoop's,de 1978 a 1979, membro dacomissão de política habitacio-nafdo BNH, em 1979, e diretorda Associação Comerdal deMinas, de 1977 a 1978. Assu-miu a presidência da Fiat Auto-móveis em agosto do ano pas-sado, por indicação pessoal dogovernador Hélio Garcia, dequem era amigo, substituindoAmaro Lanari Júnior. Ligadoao esporte (foi jogador de bas-quete do Minas Tênis Clube),

Exterior

Estadosera presidente do PIC — Pam-pulha Iate Clube, um dos maistradicionais clubes recreativosde Belo Horizonte, até o finaldo mês passado. Sentiu-se malno sábado à tarde, quando foilevado para a clínica Cardio-center, onde faleceu por voltadas 12h de ontem. Seu corpoestá sendo velado na sede urba-na do PIC, no bairro Funciona-rios, e será sepultado hoje, àsllh, no cemitério Parque daColina. Casado com MárciaRegina Montenezi Azevedo, ti-nha três filhos.

Luís Chaves Bariem, 72, deparada cardíaca, em sua resi-dência, em Porto Alegre. Na-tural da capital gaúcha, erageneral da arma de Artilharia,serviu em diversas unidadesmilitares no país, no III Exerci-to, teve participação ativa noapoio ao movimento da legali-dade, deflagrado em 1961 peloentão governador Leonel Bri-zola, para assegurar a posse dovice-presidente João Goulartno lugar do presidente JânioQuadros, que renunciara. Foitambém subchefe da Casa Mili-tar da Presidência da Repúbli-ca, no Governo João Goulart.Servia no QG do III Exército(atual Comando Militar do Sul)quando Jango caiu e, após omovimento militar de 64, foitransferido ex-officio para aBahia. Preferiu não assumir epediu passagem para a reserva.Era casado com Alair de Le-mos Bariem, e tinha dois filhos(Nara, casada com o engenhei-ro-agrônomo e fazendeiro Flá-vio Ramos) e o engenheiro qui-mico da indústria Riocell, NísioBariem, além de cinco netos.Cunhado do advogado e ex-vice-prefeito Ajadil de Lemos(eleito em 1962 mas que nãocompletou o período devido aogolpe de 1964), que também foiSecretário do Interior do entãoGovernador gaúcho LeonelBrizola. Será sepultado hoje nocemitério João XXIII.

Giuseppe Lazzati, 79, em Mi-lâJJ^Uma das mais representa-tivás figuras da cultura laicacajplica, antes da PrimeiraGuerra começou, com Giusep-pCj)ossetti e Amintore Fanfa-nif suas primeiras reflexões so-b{§*as possibilidades de umapresença cultural dos católicosn^rvida pública e na ação politi-ca. Em 1948, foi eleito depu-tado pela Democracia Cristã efundou a revista Cronache So-

ciali, que durante anos repre-sentou a expressão mais mo-derna e culta dos católicos ita-lianos envolvidos em política.Yehuda Hellman, 65, em St.Louis, Missouri, de ataque car-díaco quando fazia uma pales-tra para os participantes docongresso da congregação dejudeus americanos. Era o líderda comunidade judaica de No-va Iorque.

Frustrada emBangu fugade presos

Uma inspeção comum deguardas do Desipe evitou umafuga em massa do Presídio Es-meraldino Bandeira, em Ban-gu: na ronda em volta da peni-tenciária, eles descobriram,por acaso, um túnel com 50centímetros de diâmetro que jáchegava a 15 metros de compri-mento, encoberto por capimcolonião de meio metro de ai-tura. Foi cavado de madrugadapor vários homens que previamatingir as celas dos presidiários.Não houve fuga.

Oito homens de duas guarni-ções do Corpo de Bombeirosde Campinho, comandados pe-lo tenente Arati, inspeciona-ram o túnel, constatando queestava ainda pela metade. Ne-nhum material de escavação foiencontrado. Medidas de segu-rança foram tomadas para evi-tar qualquer aproximação dolocal. Uma sindicância seráaberta hoje pela direção dopresídio para descobrir como otúnel começou a ser escavado.O TÚNEL

A tentativa de fuga do Insti-tuto Penal Esmeraldino Ban-deira deve ter começado hádois meses, inicialmente atra-vés de um primeiro túnel que játinha cerca dc cinco metros decomprimento, quando os esca-vadores encontraram um obs-táculo: uma manilha impedia oprosseguimento das escavaçõese, consequentemente, o acessoàs celas do Esmeraldino Ban-deira.

Nesse primeiro túnel, comcerca de dois metros de profun-didade e 80 centímetros de diâ-metros, havia uma escada demadeira com quatro degrauspara facilitar a subida dos esca-vadores. O segundo túnel, com50 centímetros de diâmetro, es-tava com 15 metros de compri-mento, ultrapassando os murosdo presídio em direção ao pátiointerno, tudo indicando que ti-nha como objetivo facilitar afuga em massa dos 1 mil 200presidiários.

Às 17h, o tenente Arati aca-bou a vistoria, dificultada pelofato de seus homens se senti-rem sufocados quando ultra-passavam os 10 metros dotúnel.

Tudo indica que os dois tú-neis começaram a ser escava-dos de madrugada, quando os"PM, cansados de ficarem oitohoras consecutivas nas guari-tas, sem terem sequer onde sesentar, cochilaram", explicouum soldado que reclamou dascondições de trabalho impostasà Polícia Militar e garantiu:— Foram elementos de qua-drilha que tentaram resgatar ospresos do Instituto Penal Es-meraldino Bandeira.

Quatro escapam dedelegacia na Ilha

Quatro presos fugiram on-tem, por volta das 13h, de umadas celas da 37a Delegacia Poli-ciai, na Ilha do Governador,depois de dominarem o deteti-ve João Andrade que estavacomo carcereiro, envolvendoseu rosto com uma camisa. Opolicial conseguiu se livrar daroupa e atracou-se com outrospresos, impedindo uma fugamaior.

Dado o alarme, os demaispoliciais de plantão saíram àsruas em perseguição aos fugiti-vos e conseguiram recapturartrês. A fuga ocorreu durante afaxina de rotina nas celas. Osquatro presos — cujos nomesnão foram divulgados —, quejá haviam arrebentado o cadea-do da cela em que sc encontra-vam, correram então para cimado carcereiro, dominando-o. ¦

tJORGE ROBINSON DAS CHAGAS

(Robinho)Sílvio, Suely e filhas, Humberto,Maria Luiza e filhos, agradecem asmanifestações de pesar pelo fale-cimento do seu querido sogro, pai

i è avô, e convidam parentes e amigos! para a Missa a ser celebrada hoje dia 19j às 19 horas na Igreja da Ressurreição, ài Rua Francisco Otaviano, 99 Copaca-i bana.

AAATHILDE MATTAR RISKI(MISSA DE 7o DIA)

t NELSON RISKI e Família; CELSO RISKI eFamília; ADIB MATTAR e Família; JORGEMATTAR e Família e demais parentes agrade-cem as manifestações de pesar recebidas por

^-ocasião do falecimento de sua sempre amada Mãe,Sogra, Irmã. Cunhada. Tia e Avó e convidam paraMissa de 7° Dia. amanhã, Dia 20. Terça-Feira, às18:30 horas, na Igreja do Líbano, à Rua Conde deBonfim n° 638 — Tijuca

Foto de José Roberto Serra ._ ==-r"ji Tempo <>

..',..; ,.;¦........... fP - ,"" Salòlilo GÓES — 'NPE — Cacl^ir^ulisla — IBh ,

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O túnel para a fuga estava encoberto pelo capim colonião

Grupo de metralhadoramata 2 e fere 3 emassalto a supermercado

Duas pessoas morreram e três ficaram feridas gravementedurante um assalto praticado sábado à noite, por seis homensarmados com metralhadoras, ao supermercado Sendas deCampo Grande, na Avenida Cesário de Melo, número 1464, a300 metros da 35a Delegacia Policial. Os assaltantes levaramCz$ 520 mil, sendo Cz$ 280 mil em dinheiro.

Durante o assalto foram mortos o guarda de segurança daBrink's Edson Machado Faleiros, 34, que segurava o malotecom o dinheiro, e o fiscal do supermercado, Valmario OliveiraMelo, 21, que caminhava ao lado do vigilante. Surpreendidospelos assaltantes, Edson e Valmario não puderam resistir. Logoque se apoderaram do malote, os assaltantes fugiram em doiscarros: o Parati placa JD-8647 e um Del Rey, placa nãoanotada.

O assaltoPor volta das 21h, os seis assaltantes entraram no super-

mercado, como clientes normais, e empurrando carrinhospercorreram diversas prateleiras, recolhendo mantimentos. De-pois de encherem os carros com compras, eles se dirigiram paraas seis caixas que ficam perto da entrada e da saída dosupermercado.

Eram cerca de 21h30min, quando chegou o carro-forte deBrink's, de placa VT-0645, do qual desembarcou o vigilanteEdson, que logo se dirigiu ao escritório do supermercado e daliregressou minutos depois, acompanhado de Valmario. Quandoeles estavam perto da porta, um dos assaltantes sacou umametralhadora e anunciou o assalto.

Houve pânico entre funcionários e fregueses do supermer-cado. Um dos bandidos, que apontava sua arma para Edson eValmario, fez vários disparos, atingindo a ambos na cabeça. Osegurança e o fiscal agonizavam no chão quando um outroassaltante recolheu o malote com o dinheiro.

Empunhando suas armas e se dirigindo para os doisveículos estacionados na porta do mercado, os bandidos volta-ram a disparar em várias direções, inclusive contra os outrosvigilantes da Brink's, causando ferimentos graves em trêspessoas: o guarda Sérgio Pereira Dias, 45; o empregado dosupermercado Renato Gomes, 35, e a freguesa da casa, Eleuzada Silva, 30, todos internados no Hospital Carlos Chagas.

O assalto não durou mais que três minutos, e somente os. assaltantes atiraram. •

O centro de baixa pressão que permanece, intensifi-cando-se no Sul do país, provoca chuvas e trovoadas nestaregião. No Sudeste predomina bom tempo, porém compossibilidade de instabilidade no decorrer do dia. O calor-deverá aumentar no Rio e em São Paulo. No restante dopaís predomina tempo bom, com chuvas isoladas emalgumas áreas do Norte e litoral nordestino.

em Niterói

Avisos Religiosose Fúnebres

Recebemos seu anúncio na Av.Brasil. 500 De 2a a 6a até 23:00h.aos sábados até 18:00h e domingoaté às 22:00h. Tel: 264-4422Rs/350 e 356 ou no horário comer-ciai nas lojas de

CLASSIFICADOS

NOVENA SANTA CLARAÓ Santa Clara que seguiste a Cristo com tuavida de pobreza e oração, faze que entregando-nos confiantes a providência do pai celeste, nointeiro abandono, aceitemos serenamente suasoberba vontade. Amém. Orar 9 Aves-Mariasdurante 9 dias com uma vela acesa, deixando-aqueimar no 9o dia, quando deverá haver apublicação do anúncio. Fazer um pedido denegócios e 2 considerados impossíveis.

N.M.R.W.

PROFESSORA

CLÉA SARMENTO DA SILVEIRA DE MATTOS30° DIA

A família sensibilizada agradece as manifestações recebidas e,convida para missa que será celebrada em sua memória, amanha,20 de maio 86 às 9,30 horas, no Santuário de Nossa Senhora deFátima, R. Riachuelo 367.

tMARCELLO BRASILEIRO

MADEIRA(AAISSA DE 7o DIA)

Os colegas de trabalho, consternados,comunicam a todos que a Missa de 7oDia será celebrada amanhã, dia 20/5/86,às 10h, na Igreja Nossa Senhora da Paz,

Rua Visconde de Pirajá, n° 351.

t

Pai e filhofazem pactoe um morre

Após ingerir dezenas de bar-bitúricos, o crente Manoel Car-los Gomes, 53, foi encontradomorto no apartamento 115 doHotel Caxambu, na Rua Cor-reia Dutra 22, Catete. Seu fi-lho, Guilherme, 18, que tam-bém tomou os comprimidos,está internado em estado decoma no Hospital SousaAguiar. O delegado RodolphoNeto, de plantão na 9o DP,acredita que os dois executa-ram um pacto de morte, embo-ra não saiba explicar os mo-tivos.

Manoel e Guilherme se hos-pedaram sexta-feira. Disseramao porteiro Luís Agostinho quevieram de Minas Gerais pararesolver um problema de he-rança. Ontem, às 14h, o portei-ro foi cobrar a diária de CzS128 que venceu ao meio-dia.Bateu na porta e não obteveresposta. Chamou um seguran-ça e, usando a chave mestra,entrou no apartamento, ondeencontrou o crente morto e seufilho agonizante.

No quarto havia 270 envelo-pes de diversos comprimidosFenobarbital, Aloperidol eAloam A.D. Um bilhete en-contrado na roupa de Guilher-me dizia: "Se algo me aconte-cer, favor procurar Luciane,telefone... (o delegado não di-vulgou o número).

Em contato com a mulher, opolicial soube que ela é psicólo-ga e tratava de Manoel. Omarido de Luciene, o pastorCelso Franco de Oliveira, daigreja Anglicana do Méier,contou ao delegado que conhe-cera Manoel e o filho na Tiju-ca. Os dois falaram sobre orecebimento de uma herança eo pastor decidiu ajudá-los,custeando as diárias em diver-sos hotéis.

Rodolpho acrescentou que opastor contou que há algunsdias ter recebido um telefone-ma de Guilherme, dizendo queo pai havia comprado os barbi-túricos e estava preocupadoporque ele já tentara o suicídiooutras vezes.

A Polícia chegou a cogitar ahipótese de que Guilherme,por apresentar um ferimentona face, tenha sido obrigado atomar os comprimidos. Apesardisso, o delegado consideramais viável a realização de umpacto de morte.

Incêndiodanificaa Central

Um incêndio de causas des-conhecidas quase destruiu oquarto pavimento do prédio daCentral do Brasil, na manhã deontem. Umas 10 salas e partedo corredor, de 450 metrosquadrados, segundo estimativado capital Peixoto, do QuartelCentral do Corpo de Bombei-ros, foram atingidos pelaschamas.

O andar atingido pelo incén-dio estava em obras, e o fogocomeçou num local onde haviaenorme quantidade de entulho,informaram os soldados doCorpo de Bombeiros. O fogonão chegou a paralisar o movi-mentona estação D. Pedro II.

Nublado a ocasionalmente cia-ro sujeito a chuvas ocasionais.Temperatura estável. Ventoquadrante Oeste a Sul fraco.Visibilidade boa. Máxima deontem foi de 34.4 em Realengoe a mínima 20.0 também Rea-lengo.

Precipitação das chuvas em mm

Últimas 24 horas:Acumulada no mês:Normal mensal:Acumulada no ano:Normal anual:

0.015.872.9

579.01075.8

O Sol

O Mar

Rio

Angra

CaboFrio

Nascerá às

Ocaso às

Preamar

llh49min/1.0m

10h57min/1.0m23h42min/l.lm

llh27min/1.0m

Nos Estados

06hl8tnin

17hl7min

Baixa-mar

06h29min/0.5m!

18h50m/0.3m

04h56min/0.6ra

16h57min/0.0m

05h36min/0.5m

17h49min/0.3mO Grupamento Mariiimo do Corpo de. Bombei-ros informa que o mar está meio agitado combanhos proibidos. Temperatura 23 graus.

A Lua

@ EINovaAté 22/05

Crescente23/05

D DCheia Minguante30/05 06106

NubladoParcialmente nubEncoberto com chuv 27,6

Condições

NubladoNubladoNubladoNubladoNubladoNubladoNubladoNublado com chuvEncobertoNubladoNubladoNubladoParcialmente nubNublado com chuvNublado com chuvNubladoNubladoNubladoNubladoNubladoNubladoNublado

32.230.0

30.1

30.730.0

28.626.531.228.427.024.721.126.922.9

29.430.432.225.4

23.024.123.622.422.7

22.921.821.82W22<»m22S18.015.819.31<T220M1 xo2Íb\<t%23.421.8

No Mundo

AmsterdãAssunçãoAtenasBerlimBonnBogoUBruxelasBuenos AiresCaracasGenebraLa PuLimaLisboaLondresMadriMéxicoMiamiMontevidéuMoscouNova IorqueParisRomaSantiagoTóquioVienaWashington

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CLEA SARMENTO DA SILVEIRADE MATTOSMissa de 30° Dia

t A Família de CLEA SARMENTO DA SIL-VEIRA DE MATTOS e a presidência da-SOCIEDADE BRASILEIRA DE INSTRtkÇÃO convidam para a Missa de 30° Dia:

que será celebrada amanhã, terça-feira, dia 2Q,de maio, às 9:30 horas, na Igreja de Nossa.Senhora de Fátima, à Rua Riachuelo, 367. -.a

tHELYETHE COPPOLA 1

(MISSA DE 7° DIA)

Maria Lucia Coppola Duarte de Moraes. Gil Duarte de"Moraes. Claudia, Mareia, Alexandre e Luciano, agrade-cem as manifestações de pesar e convidam para a-Missa de 1° Dia que será celebrada dia 21 (4°-feira), à§10:30h, na Igreja de N. S. do Carmo (antiga catedral), à"

1o de Março, esquina de R. 7 de Setembro.

MARIZA DE CARVALHO DORNELLESMARCELO DE CARVALHO DORNELLES

Sua família participa os falecimentosem 14.05 e convida para a Missa de 7o Dia;na Igreja N. S. do Rosário, no Leme, nesta'terça-feira, dia 20, às 10:30h. (R. GeneralRibeiro da Costa, 164). ,: 1

AAARCELLO BRASILEIROMADEIRA

tSua

família agradece aos amigos o cari-nho e solidariedade recebidos e convidapara a Missa que em sua intenção serácelebrada, amanhã, dia 20, às 10hs. na

Igreja de N. S. da Paz (Pça. N. S. da Paz —.Ipanema).

MARCELO BRASILEIROMADEIRA

t A Diretoria da FINEP e seus funcionáriosconvidam parentes e amigos do colegaMARCELO BRASILEIRO MADEIRA, paraa Missa de Sétimo Dia que será celebrada

dia 20.05. às 10:00h, na Igreja Nossa Senhorada Paz, em Ipanema.

JORNAL DO BRASIL Economia segunda-feira, 19/5/86 ? 1° caderno ? 1.5,

Circuito Integrado

ÀAssespro (Associação

das Empresas de Servi-: ; ços de Informática) do> Rio de Janeiro, presidida por' Alexandre Lello Machado,

I "rachou" violentamente comj a Assespro-Nacional, presidi-

'! da por Nilton Trama. Motivo:'i a, substituição do representan-i te da entidade no Conselho'}¦

Nacional de Informática e Au-jj tomação (Conin).\ >. A Assespro-RJ acusa NU-;< tôn Trama de ter dado umaji verdadeira rasteira no antigoi representante, José Maria So-

brinho. Nomeado pelo presi-Ç dente da República, em abril' do ano passado, por indicação| dp uma Assembléia-Geral Ex-í ttaordinária da entidade, em'. nível nacional, Sobrinho teria5 pôr direito representar a As-|l sçspro por três anos no Conin,í a,não ser que ele mesmo, ou ol presidente Sarney, dispuses-'< sem do cargo. "Cassaram o; meu mandato", comentou Jo-i sé Maria Sobrinho, na semana

passada.\ De acordo com Alexandrej Lello Machado, a decisão foi'

tomada sem consulta às regio-

_Rnnais da Assespro, que apenasforam comunicadas da mu-dança, embora no telex envia-do ao ministro Renato Ar-cher, aos cuidados do secreta-rio-geral do Ministério daCiência e Tecnologia, LucianoCoutinho, Nilton Trama infor-masse que a saída de Sobrinhoteria sido uma decisão de as-sembléia. Neste caso, NiltonTrama, na versão da Asses-pro-RJ, mentiu para o minis-tro Archer e envolveu até opresidente José Sarney, que"a

pedido da entidade", o no-meou o novo representante daAssespro no Conin.

A Assespro-RJ reuniu to-da a documentação que provao que a regional classifica de"ato arbitrário e truculento" eestá avaliando se vai ou nãoaceitar a representação deTrama, já que seu mandato naAssespro-Nacional terminadentro de dois meses.

ji x>^——~^---~—_»^

I ' -i r fi — Manifestação

» Nesta próxima sexta-feira, o'ministro Renato Archer, daCiência e Tecnologia, estará noRio para participar da festa de^inauguração da nova sede da

j Abicomp (Associação Brasileira, .da Indústna de Computadores ei Periféricos), que Gca no prédio. da Academia Brasileira de Le-C Iras, no centro do Rio. A Abi-1 comp aproveita o encontro para

realizar um "ato público" come-morativo da sanção do PlanoNacional de Informática — oPlanin — pelo presidente JoséSarney.

O encontro certamente vaimarcar a união do governo emtorno da lei de reserva de raer-cado, contra a ofensiva norte-americana de retaliação comer-ciai.

Reflexo diretoij— Com o aumento do volume delj negócios das corretoras e distribui-1 (toras de valores, que com o Plano5 Cruzado passaram a contar com' Clientes estáveis, as softw_e-houses5 brasileiras estão trabalhando como'¦ nunca para apresentar ao mercado! produtos para controle financeiro.' É o caso da Labo Eletrônica e daS Biodata.

g A Labo apresentou ao mercado, «arioca, no último dia 15, seu novoi software voltando para o controle: operacional das corretoras e distri-' buidoras de valores. No Hotel Gló-

ria, o vice-presidente da empresa,Marco Antônio Filippi, mostrou opacote integrado contendo dez siste-

I. mas para o controle do mercado de?^rções e de outros mercados, como

câmbio, open market, overnight,.^.bolsas de mercadorias e de futuro.* Ó software, que "roda" em todos osÍ

minicomputadores da Labo e nosupermíni 8090, já é utilizado pormais de 30 corretoras paulistas.

A Biodata, por sua vez, estálançando um sistema para mercadode capitais, que permite controlarFundo Mútuo de Ações, carteira deações e Clubes de Investimentos,que "roda" em máquinas da linhaPC, supermicros e minicomputado-res, além de poder ser utilizado nobirô on line da empresa. O diretorda Biodata, Fernando Vogt, explicaque seu sistema tem um cadastroúnico e carteira de ações única, quepermitem às corretoras fazer cruza-mentos das informações operacio-nais de seus clientes. O sistema daBiodata conta, para isso, com umbanco de dados do tipo relacionai, cpermite a expedição de extratos pa-ra o acompanhamento dos investi-dores.

\ Comunidade Internacionali A Conpart foi

¦ a única empresaj brasileira citadaJ no relatório de! 1986 da Freeman'. Associates sobre; unidades de fita: do tipo cassete eLcartucho. No re-

latório, além do endereço da em-J"presa, Jacarepaguá, no Rio, cons-. tam as especificações técnicas dos? modelos de fitas em cartucho queí a Conpart produz,i A empresa, para alegria det sfcu presidente, Diocleciano Pega-í do, aparece ao lado das principaisíempresas do ramo em todo o

mundo. A presença de uma indús-

—7^

^^mx:.

tria brasileira étão anômala eisolada, que nemchega a contarnas estatísticaspor localizaçãogeográfica: dos44 fabricantes lis-tados pela Free-

man 73% são norte-americanos,16% sediados na Ásia e 11% naEuropa. A presença da Conpartneste relatório é decorrência de seuenvolvimento no grupo de fabrican-tes que periodicamente se reúne nosEUA, sob a coordenação da Free-man Associates, para discutir a evo-lução da tecnologia das unidades defita no mercado mundial.

I|/ No Rio, esta semana, o titu-4 lar da Secretaria Especial deJ Informática, professor José Ru-

bens Dória Porto, foi taxativo• qm torno da necessidade de es-

tabelecimento de regras para aJ entrada de software estrangeiro*-io Brasil. "Chega de soluções

de jeitinho", disse ele, que de-fendeu uma decisão "consciente

i e duradoura".; As regras para a comerciali-

zação e distribuição de software} estrangeiro no país estão sendo*; discutidas há quase um ano pelaX SEI e pelo INPI (Instituto Na-j cional da Propriedade Indus-] trial). Dória Portol diz que

"se for'--preciso, levare-—mos até dois

anos". O secreta-rio da SEI quer3ue

os distribui-ores de software

estrangeiro assu-mam compromis-sos de investimen-

Sem jeito

Maaaaaaaanaco a ffio a a a a q pa c/ a cg a aa a a cc o c'o a-—- s s ia

tos em pesquisa e desenvolvi-mento, mas recusa-se a comen-tar qual o teor da minuta quetem nas mãos para ser aprovadana próxima reunião do Conin(Conselho Nacional de Informa-tica e Automação).

A reunião, aliás, foi adiadapela segunda vez. E não se sabequando se realizará. Dória Por-to assegurou, estranhamente,que não está sendo trabalhadoqualquer projeto de lei para aproteção jurídica do softwarecriado aqui. Com essa afirma-ção, ele desmente as diversasdeclarações recentes do ministro

da Ciência e Tec-nologia, RenatoArcher, incansávelem anunciar que oprojeto de lei desoftware será ana-Usado na próximareunião do Coninpara encaminha-mento ao Congres-so Nacional.V /

'j /

Abicomp não crê em retaliação dos EUA

Cristina Chacel

A decisão do governo norte-americano em adotar rígidas res-trições comerciais contra o Brasil,em represália à reserva de merca-do determinada pela Lei de Infor-mática, não está sendo vista pelaAssociação Brasileira da Indústriade Computadores e Periféricos(Abicomp), como uma escaladado processo de retaliação ou au-mento de pressões. É desta formaque avalia os últimos aconteci-mentos o diretor da Abicomp,especialmente encarregado deacompanhar os diálogos com osEUA, e presidente da SID Infor-mática, Antônio Carlos do RegoGü.

"Nós só estamos vendo compreocupação a publicidade que foidada, internamente, nos EstadosUnidos, à reunião do Comitê dePolítica Econômica da Casa Bran-ca, na semana passada", observaRego Gil. Para ele, "claramentehouve uma divulgação para au-mentar o clima de emoção emtorno da questão". A preocupa-ção da Abicomp se deve, segundoRego Gil, sobretudo porque játinha sido deflagrado um processode diálogo diplomático.

Bom senso

— Obviamente, esta publici-dade coloca o Brasil em posiçãomuito desagradável e nos restaesperar que o bom senso volte aimperar nos Estados Unidos —acrescenta Rego Gil, para quem émuito prematuro, ainda, definir oque irá ser feito por parte daAbicomp para enfrentar mais esteround da briga iniciada formal-mente em 7 de setembro do anopassado, quando o presidente Ro-nald Reagan tornou público odescontentamento dos EUA coma reserva de mercado brasileira naárea de informática.

Ele reinterou a posição daAbicomp, que é idêntica a dogoverno brasileiro, de que a Leide Informática é imutável, e lem-brou que os empresários reunidosna entidade têm procurado mos-trar que, na realidade, os EstadosUnidos não estão avaliando o im-pacto da lei nas transações comer-ciais da área de informática, jáque o comércio entre os dois pai-ses aumentou, bem como as ex-

portações americanas para oBraail em produtos de informáti-ca. Lembrou, também, que asmultinacionais americanas detém50% do mercado de informáticabrasileiro e que a Abicomp nãotem poupado esforços para escla-recer, tanto no Brasil, como nosEstados Unidos, de que a lei deinformática, que protege o merca-do de micros, minis, superminis eperiféricos, não tem sido danosoaos EUA.

De fato, desde o último 7 desetembro, a Abicomp se colocouà frente de defesa da Lei deInformática brasileira. De lá paracá, por mais de dez vezes gruposde empresários têm viajado aosEUA, para participar de encon-tros com empresas norte-americanas, seminários em uni-versidades, e diálogos com os ór-gãos oficiais de comércio, numlobby de alguns milhares de dó-lares.

Em setembro passado, a enti-dade contratou Donald Santarelli,lobista que já trabalhava em defe-sa da Embraer, e desembolsouUSS 50 mil. Em janeiro desteano, Santarelli foi substituído porAnthony Motley, ex-embaixadordos EUA no Brasil, que estácuidando dos interesses da Abi-comp em Washington, em umcontrato milionário e extenso.

Um dos líderes do setor deinformática no Brasil considera,por exemplo, que a reserva demercado está sendo utilizada pe-los Estados Unidos apenas comopretexto. Não são poucos os em-presários, aliás, que interpretam aposição americana com a reservade mercado como uma forma dedescontentamento com as posi-ções em política externa que oBrasil vem adotando, de alinha-mento mais automático com oterceiro mundo, em especial comos regimes de Angola e Nicará-gua. A Abicomp acredita que jáestá muito bem provado que, co-mercialmente, a Lei de Informáti-ca nada representa de ruim paraos Estados Unidos e as pressõessão motivadas por interesses pu-ramente políticos. Há algunsanos, a IBM Brasil ganha junto aCorporation o primeiro lugar noranking da lucratividade.

Burroughs gasta US$ 4 bilhões •na compra das ações da Sperry

O negócio ainda não está fechado. Atéo final do mês, contudo, a BurroughsCorporation espera ter realizado uma ope-ração inédita não só nos Estados Unidos,como em toda a área de informática, novalor de US$ 4 bilhões, na compra daSperry Corporation. No ranking norte-americano, a Burroughs ocupa hoje oterceiro lugar em faturamento das empre-sas de informática e a Sperry vem logoatrás, em quarto. Juntas, as duas fabrican-tes de computadores pretendem chegar aosegundo lugar, hoje ocupado pela DigitalEquipment Corporation, e concorrer pesa-damente com a priKijiríssima IBM.

No Brasil, os executivos da Burroughsagem com cautela, à espera do desenrolardas negociações que podem até nãoculminar na compra da Sperry. Afinal, estajá é a segunda vez que a Burroughs investeno negócio. Na primeira, há cerca de 10meses, a operação não se concretizou "pe-lo lado da Sperry", como admitiu o diretorde marketing por linha de negócio daBurroughs no Brasil, Wilson Figueiredo.Agora, porém, a Sperry já recebeu aproposta formal para compra das suas 33milhões de ações, a US$ 70 cada.

DocumentoEm documento divulgado esta semana,

a Burroughs Corporation admite que aIBM é hoje maior do que seus 13 concor-rentes juntos nos EUA, e afirma que

"nãoé uma característica norte-americana res-tringir os seus interesses nacionais a umaúnica megaempresa". Não definiu, contu-do, como será a nova companhia resultanteda "fusão" Burroughs/Spérry. Poderá fun-cionar como holding ou simplesmentesubstituir as duas fabricantes que hojeatuam no mercado mundial.

O que o documento elaborado emDetroit, onde está a matriz da Burroughs,deixa muito claro é que as linhas deprodutos tanto da Burroughs quanto daSperry não serão interrompidas. O quegarante aos usuários a continuidade e aevolução das máquinas e de todos osprodutos correlatos a elas, como software eperiféricos.

Caso o negócio entre Burroughs eSperry chegue a bom termo, a nova com-panhia terá, segundo a Burroughs, umarenda anual de US$ 10 bilhões 500 milhõese mais US$ 1 bilhão 100 milhões em receita

operacional. Além disso, a nova compaj~nhia, que ainda não tem nome propostoy.mas poderá se chamar simplesmente Bür-"4rougns ou, de início, contar também com1»'marca Sperry, vai dispor de uma base'"instalada de computadores superior a US$'j30 bilhões. " •"

Juntas, Burroughs e Sperry terão 75.'%,de sua renda obtida com a venda demáquinas e serviços de computação,'.'.'egastarão em pesquisa e desenvolvimento(P&D) mais de US$ 700 milhões. Deacordo com o documento divulgado nfls,,Estados Unidos, cerca de 35% de sua^receita serão originários da exportação eãtexpectativa da Burroughs é de que operar;,ções de grande porte poderão ser realizar,das em toda a Europa Ocidental, Japãfl,,Austrália e América Latina (o Brasil, neste-caso, tem participação expressiva, embora^a Burroughs aqui não divulgue em quo-percentual). 3 uc

A "fusão" das duas empresas é motiva*'da por uma estratégia de longo prazo '«y-mesmo fechado o negócio, de início irão"funcionar independentemente, no chama»-"do período de ajustamento,. A expectatiVa"da Burroughs é de que, já em 1987, ;3tsrreduções de custos obtidas com a comprada Sperry aumentarão bastante a receffii"operacional e a renda por ação. Os acionis:tas da Sperry receberão, neste caso, úm!considerável ágio, pago em espécie e ejjj;títulos, "cujo valor é em grande partejindependente do desempenho futuro 3%,nova companhia". mZ£

A Burroughs pretende ocupar o mercíü-;do utilizando uma infra-estrutura mundialde vendas e serviços que conta com 60subsidiárias de vendas, além de uma redede distribuidores e revendedores. Seu mer-cado mais seguro será o de agências gover-namentais, nos Estados Unidos, que atuamna defesa, em especial a Federal AviationAgency, a marinha e a força aérea norte-americanas. Pretende contar, mesmo às-sim, com os mercados comerciais de pjpj;.cessamento de dados, junto aos setoresfinanceiro, de fabricação, transporte^energia. **g

Na área de software e serviços,.«á^Burroyghs pretende fornecer aplicaçõé$|industriais específicas não só dos 11 centrosinternacionais de desenvolvimento contos*,quais contará a nova companhia, mas tam*bém de empresas terceiras de software.

Computador éde corretoras

São Paulo — O interesse crês-cente das empresas na instalação determinais ligados aos computadorescentrais da Bolsa de Valores de SãoPaulo (Bovespa) é um dos indíciosda modernização tecnológica naárea do mercado de capitais.

Entre corretoras, distribuidorase empresas de capital aberto, há 500instituições na fila de espera desseserviço oferecido pela Bovespa, me-diante cobrança de tarifas. As restri-ções adotadas pelo Conselho Mone-tário Nacional dos negócios no mer-cado acionário não desanimaram osinteressados, que apresentarammais 60 pedidos de terminais.

— As empresas que queremterminais nem estão mais telefonan-do, pois sabem que a ampliação darede requer investimentos expressi-vos, que serão feitos, mas não nocurto prazo. A desastrosa decisãodo CMN não modificou em nadaeste quadro, pois a bolsa continuaráem alta — assegurou o presidenteda Bovespa, Eduardo Alfredo LcvyJúnior.

Hoje, estão instalados 900 ter-minais. E, a curto prazo, até setem-bro, este número subirá para 1 mil100, o que representa um cresci-mento significativo sobre os 770 ter-minais de 1985. Os equipamentossão das marcas Scopus, Itautec,TDA e Burroughs. A bolsa os ad-quire e os aluga, cobrando umataxa: para instalação, cobra CzS 7mil 440 e o custo médio mensalpelas consultas efetuadas está emtorno de CzS 3mil 600. Os terminais

São Paulo — Foto de Ariovaldo dos Santos

nova opçãopaulistas

estão interligados on-line (sistemade informação imediata) a cincograndes computadores: dois IBM4341, um IBM 4348 e dois Bur-roughs A-9.

— É intenção da bolsa investirna ampliação do serviço, pois, como aumento do interesse por ações, omelhor investimento do mercadonos últimos três anos, cresceu muitoa solicitação por terminais — garan-tiu Levy.

Desse interesse compartilhamduas grandes empresas: uma que játem terminal e outra que está solici-tando a instalação de um. O primei-ro caso é o da Duratex. O diretor deinvestimentos, Plínio do Amaral Pi-nheiro, esclarece que o terminal éextremamente útil e faz uma retrós-pectiva histórica. Durante a reces-são, de 1981 até o início do anopassado, a empresa reduziu oscustos o mais que podia. Comoresultado, houve grande liquidez ealta disponibilidade de caixa.

O segundo caso (da empresaque não possui terminal) é radical-mente diferente: a Copas quer oequipamento exclusivamente paraacompanhar a evolução do seu pa-pel. O que a empresa pretende,segundo seu presidente, Luiz Boca-lato, é administrar a ação. Ou seja,evitar manipulações que aviltem seupreço ou, ao contrário, exerçampressão altista. "Queremos evitar aespeculação, que só prejudica o pe-queno investidor", revelou o em-presário.

Pinheiro, da Duratex, considera o terminal de extrema utilidade

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16, o Io caderno ? segunda-feira, 19/5/86 Economia JORNAL DO BRASIL-

Química & Petroquímica*tMrtl*

indústria petroquímica queríredução no preço da nafta** * A Potrí-*ViríSt_ Tv_rlí»rá Am hre*vp rw»r- p/wi nrp.vfcíir. dp. Inrrn nnfp.Q Hn nrnor:A Petrobrás poderá, em breve, per-"der mais uma fonte de receita. A indús-_tria petroquímica se mobiliza em várias«frentes para puxar para baixo o preçoícobrado pela nafta que a estatal fornece'ao setor, argumentando que o produto"está

hoje com o seu preço muito supe-;rior ao do mercado externo. Enquanto•o insumo brasileiro custa 125 dólares^por tonelada, no mercado internacional«ele não chega a 110 dólares.* As conseqüências do programa de«estabilização econômica no setor, se-"gundo aqueles industriais, foi o início«de tudo. Quando o governo decidiu"congelar os preços, o segmento petro-«químico se adaptou rapidamente, ofe-"recendo descontos que resultaram nu-"ma

diminuição de 5,5% nos preços de'^seus produtos em todas as gerações. O

«criterioso entanto não foi adotado pela"Petrobrás. E a conseqüência poderá ser¦«observada no desempenho das centrais"petroquímicas que, em 1986, terão re-«sultados inferiores à média dos últimos"10 anos.i O empresário Michel Hartveld, da"Unipar, vai mais longe. Lembra, entre«outros casos, que a Copesul trabalhava ili

^Reavaliação:de Camaçari

A Copec, empresa vinculada à«Secretaria da Indústria e do Co-ümércio e Turismo do Estado da«Bahia, iniciou uma completa revi-Jsão do plano diretor do Pólo Petro-jj químico de Camaçari. Além de«levantar as novas necessidades do"Pólo, o trabalho desenvolvido pela| empresa objetiva, 10 anos depoisjda instalação do conglomerado pe-itroquímico baiano, redirecionar[ aquele complexo industrial em fun-I ção da nova realidade econômica ea social do país.» r Hoje, segundo avaliação dol presidente da Copec, Elmyr Rama-filio, o Pólo baiano deixou de serl especializado em petroquímica, de-l vido à presença de unidades indus-5 triais de vários segmentos econômi-»cos, especialmente nos ramos da"química,

bebidas, metalurgia, celu-lose e até têxteis. Técnicos do go-verno baiano admitem ainda que' muitas empresas que começaram

com previsão de lucro, antes do progra-ma econômico, mas terá prejuízo esteano; e que a Copene já está prevendouma redução de 50% em seu lucro. Deuma cômoda posição de exportador, oBrasil, na avaliação de Michel Hart-veld, poderá chegar a 1990 importandoprodutos petroquímicos, o que signifi-cará um déficit comercial estimado emUS$ 1 bilhão.

A mesma posição é defendida pelodiretor superintendente da Polipropile-no S.A., Geraldo Araújo, para quem osetor petroquímico só manterá sua ca-paridade de produção se for contempla-do com investimentos em torno de US$6 bilhões. E isso dificilmente acontece-rá se suas unidades industriais continua-rem perdendo rentabilidade. Araújoobserva que várias empresas foram sur-preendidas pelo programa de estabiliza-ção econômica com preços defasadosem relação aos custos e que a soluçãonão será a elevação dos preços de seusprodutos. Mas sim o aumento da pro-dutividade combinada com a reduçãode custo—para o que é fator importan-te a redução do preço da matéria-primabásica para a petroquímica: a nafta.

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na Bahia — onde havia incentivosfiscais — abandonaram Camaçari ese encontram atualmente instala-das no pólo petroquímico gaúcho.

O incremento de um mercadoconsumidor próximo a Camaçari éuma das principais preocupaçõesdo novo plano diretor que pro-curará atender especialmente aprodução de termoplásticos. Entreos vários projetos do novo plano daCopec estão ainda a reativação dosinvestimentos no setor da constru-ção civil e a instalação de umamontadora de automóveis em Ca-maçari.

Polisul diversifica e já ameaça concorrentes

i •?

'" A Polisul Petroquímica, empresadó pólo gaúcho, está com um projetono CDI, para ampliação de sua unidadede polietileno para 100 mil toneladas/a-

,"#o, :om investi-• mentos no valor de

ÜS$ 2 milhões, ei jjpe entrará emi operação tão logo]

"Seja aprovado peloi Conselho. O lance! ..mais ousado da* ^empresa entretan-

to é seu interesse,3ia instalação demma unidade de

.^polipropileno no Sul, com investimen-^Jos aproximados de US$ 35 milhões, e-¦capacidade para 100 mil toneladas/ano.22 Desta forma, a Polisul estará con-•«correndo diretamente com a PPH —"..'também empresa de segunda geraçãoJ*j>aúcha, e tradicional fabricante de poli-&-propileno, com a Polibrasil de SãoJJJPaulo e ainda com a Polipropileno doNordeste (Bahia). O diretor-Jjjuperintendente da Polisul, Norberto•-"Meirelles Leite, lembra que a nova.^unidade aproveitará toda a infra-•«estrutura disponível no pólo gaúcho,««como sua unidade de polietileno, e temJ2grande interesse na aprovação de seu««projeto, já que seus acionistas, espe-"

jrialmente a Ipiranga, desejam diversifi-**car suas atividades naquela região.Z". A Polisul é resultante da associaçãoIJJntre o grupo Ipiranga, a Petroquisa e a«¦-alemã Hoechst. Produziu 85 mil tonela-

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das de polietileno no ano passado, comuma previsão de ampliar esse volumepara 90 mil tonelada este ano. Metadeda produção é exportada para a Améri-

ca do Sul e Extre-mo Oriente, por-que o consumo depolietileno (mate-ria-prima básicapara a fabricaçãode produtos finaispara embalagens,vasilhames, engra-dados, etc) noBrasil é de apenas126 mil tonelada-

s/ano. O superintendente da Polisul,Norberto Mierelles Leite, lembra aindaque o mercado de polietileno esteveacima do normal entre janeiro e feve-reiro, baixando em março e abril, devi-do ao plano cruzado, o que levoumuitas empresas a se desfazerem deseus estoques. Mas em maio há a expec-tativa de que o mercado seja reaqueci-do. A empresa fornecedora de tecnolo-gia da Polisul para a unidade de poli-propileno também será a Hoechst, enão haverá mudanças na estrutura daempresa caso o projeto venha a seraprovado pelo CDI. A briga agora noSul está entre a PPH — que já fabricapolipropileno e quer também uma novaunidade — e a Polisul que ainda nãoproduz, mas pretende diversificar suaatividade.

Novos produtosA Secretaria Especial de Abas-

tecimento e Preços (SEAP) está àsvoltas com uma nova proposta daindústria farmacêutica para com-pensar a não concessão do reajustede 28,58% nos preços dos reme-dios, contido pelo programa deestabilização econômica. O setordeseja que o governo autorize acomercialização de 100 novos pro-dutos (com novos preços) e liberesuas empresas do pagamento do

Imposto de Importação e do Im-posto sobre Operações Financeiras(IOF).

Apesar das inúmeras reuniõesrealizadas entre os representantesda indústria farmacêutica e autori-dades do governo federal, fontesda SEAP asseguram que a reivindi-cação significa o fim parcial docongelamento de preços, e que porisso, dificilmente será atendida.

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emaíca

A ampliação da Salgema In-dústrias Químicas, que chegou aser neutralizada, ano passado,devido a queixas sobre os pre-juízos que a empresa causariaao meio ambiente, já foi reto-mada. Um relatório elaboradopela Multiservice demonstrouque o impacto sobre o ecossiste-ma da região será nulo, emvirtude da implantação de mo-demos equipamentos antipo-luentes na unidade industrial.

A duplicação da Salgemaenvolverá investimentos globaisem torno de US$ 150 milhões epossibilitará, dentro de doisanos, o aumento da produçãode vários insumos. A produçãode soda cáustica passará das 270mil toneladas anuais para 540mil; a fabricação de cloro quehoje está em 250 mil toneladasserá duplicada, o mesmo acon-tecendo com o hidrogênio, jáque a empresa fabrica hoje ape-nas 6 mil 500 toneladas ano.Além disso, a produção de di-cloro-etano (DCE) que está em300 mil toneladas anuais ficaráem 420 mil toneladas/ano, apósos trabalhos de duplicação'daSalgema.

ALADlfazreuniãono Rio

O diretor da Cacex, RobertoFendt Jr., abrirá hoje às 17 horasno salão nobre do hotel Copacaba-na Palace, a V Reunião Empresa-rial da Indústria Químico-Farmacêutica, que será encerradana próxima sexta-feira. O encontroestá inserido nas reuniões promovi-das pela ALADI, e reunirá cercade 150 empresários de vários paíseslatino-americanos, signatários dosacordos de comércio números 15 e26 daquela entidade.

O primeiro acordo se refere ainsumos químico-farmacêuticosreagentes die diagnóstico e produ-tos para laboratórios de análise, e ode número 26 envolve os fabrican-tes de produtos médicos, hospital»-res, odontológicos e veterinários.

A Câmara dos Produtores eExportadores de Insumos Farma-cêuticos (Farmexport), promotorado evento, informa que, ano passa-do, o setor exportou USS 185 mi-lhões, sendo que 20% desse totalpara países que fazem parte daALADI.

Dow investe namodernização

A modernização e a ma-nutenção dos equipamentosindustriais da Dow Químicado Brasil exigirão investi-mentos de US$ 35 milhõeseste ano, segundo informa-ções do presidente da multi-nacional Richard Fieler. Pa-ra ele o programa de estabili-zação econômica ajudou mui-to a empresa a decidir poressas inversões.

Prevenindoacidentes

Uma idéia nova está sendo arti-culada entre as empresas químicas:a criação dè um banco de dados,com sistemas de emergências paraacidentes provocados por produtosquímicos. Se for implantado, obanco terá uma finalidade tambémpreventiva, envolvendo a comuni-dade das regiões onde existam em-presas dessa área. Isso evitará, porexemplo, que na eventualidade deum acidente com produtos quími-cos a população próxima das indús-tria não saiba como agir.

Bautista Vidal quer indústriacom independência tecnológica

n'1

Mariluce Moura

Ronaldo Lapa e Sucursais

Brasília — Preterido da comissãointerministerial que elabora, sob a coor-denação da Seplan, a proposta de umanova política industrial para o país, osecretário de Tecnologia Industrial doMinistério da Indústria e Comércio, JoséWalter Bautista Vidal, está decidido ainfluenciar, mesmo de fora, na sua con-cepção básica. E a principal tese quedefende — prometendo lutar para vê-laincluída na nova política — é a da auto-nomia tecnológica da indústria brasileira.

Não iremos a lugar algum, com omodelo de dependência tecnológica queo país aprofundou desde os meados dadécada de 50 e que traduziu na importa-ção de milhares de pacotes tecnológicosfechados — diz ele. Bautista Vidal acres-centa que até mesmo a profunda reformaeconômica iniciada com o plano de infla-ção zero, a médio prazo estará fadada aofracasso, se não for alterado "este

pontochave do modelo industrial brasileiro".

O titular da STI, que já ocupou omesmo cargo no governo Geisel — quan-do desenvolveu a proposta nacional decombustíveis alternativos ao petróleo,consolidada no Proálcool — não propõecontudo que o país ingenuamente sefeche às mais novas conquistas tecnológi-cas dos países desenvolvidos. Não é esta aidéia que vai levar aos técnicos da Seplan,do Ministério da Ciência e Tecnologia edo próprio MIC, envolvidos com a políti-ca industrial.

É evidente que não se trata deuma posição tão primária. Devemos bus-

car os componentes tecnológicos ondequer que eles estejam, mas sem importarmais pacotes fechados — argumenta. Atecnologia completa de cada produto éque segundo ele deve ser montada noBrasil, levando-se sempre em conta asvantagens comparativas dos fatores deprodução do país.

"Nos pacotes, ao con-

trário, estamos sempre atendendo às van-tagens dos fatores dos donos da tecnolo-gia". E para Bautista Vidal é este umdado essencial da perda de eficiência,com brutal aumento de custos da indús-tria brasileira, em muitos setores.

Inflação estruturalEssa perda de eficiência, que segun-

do ele chega a 30% ou 40% na indústriade base, refletindo-se sobre todos osdemais setores industriais, determina quesomente graças ao apoio dos subsídios, aprodução brasileira seja competitiva nomercado externo. E isto eqüivale, na suavisão, a reconhecer que justamente naparca eficiência da indústria localiza-se araiz de uma inflação estrutural,"que senão for corrigida vai aflorar mais adiantee arrebentar com o programa de estabili-zação".

Bautista Vidal tem inúmeros exem-pios de custos desnecessários e baixaracionalização na indústria brasileira, de-correntes da adoção de uma tecnologiaque atende inteiramente aos interesses dopaís que lhe dá origem. "Temos 90% dasreservas mundiais de nióbio, um metalque substitui exepcionalmente o vanádioem uma infinidade de produtos. No en-tanto, até muito recentemente nada usá-vamos de nióbio e ficávamos totalmente

dependentes da importação do vanád©."'É claro que o Japão ou os Estados'''Unidos, nas plantas e. especificações dosseus pacotes tecnológicos, não têm,,&|menor interesse em indicar utilização cjéj.um material, cujas reservas estão iípjjBrasil", diz. A

Na siderurgia, o Brasil hoje é obriga^do, segundo o secretário de Tecnologja-jIndustrial, a produzir mais de dois nípítipos dc aços, quando as economias alta;mente desenvolvidas trabalham com pou-j^co mais de 100 tipos. Isto porque o país,,--não tem um conjunto de normas indus-'triais, a que estejam submetidos os fabri;tócantes que utilizam o aço. Eles esfacuportanto inteiramente soltos para exigj^.rem as especificações que qü&ereijOLindústria siderúrgica. . "'

O resultado disso é uma necessidade. ^de alterações contínuas dos fornos, n}ú"tjjdança de componentes e manutenção'^,um fantástico almoxarifado, que tem fp^sultado num aumento extraordinário dc^custos e no final, em prejuízos: , ^,

Segundo Bautista Vidal, um pacote^.,tecnológico de-um produto muito simples,,,envolve 30 mil itens, com 300 ou 400 nú);"possibilidades de opção de materiais, e,.\outros elementos. "A escolha é antes dç •-,tudo técnica, mas é também política,^econômica, social e, em muitos casos'estratégica". Um pacote tecnológico é,assim, na sua avaliação, um agregadopolítico, do qual nenhum país, sensata-...mente, abre mão. Porque em cada úmi"deles está embutida a decisão de utilizar^ou não mão-de-obra intensiva, capi'ta(./intensivo, materiais abundantes no p^ís,,,'etc. ,„,„_

Ministérios disputam o poderBrasília — Embutida na posição do

titular da STI, José Walter Bautista Vi-dal, pela autonomia tecnológica do país,está na verdade uma surda disputa depoder e espaço político, entre os Ministé-rios da Indústria e do Comércio e daCiência e Tecnologia, iniciada ainda notempo do ministro Roberto Gusmão. Abriga, com alguns lances visíveis, é paradecidir quem efetivamente dá as cartas naárea de pesquisa e desenvolvimento tec-nológico.

Na verdade, sem o Fundo Nacionalde Tecnologia, FUNAT que foi transferi-do juntamente com o Instituto Nacionalde Tecnologia, do MIC para o MCT, pordecreto do presidente Sarney, a Secreta-ria de Tecnologia Industrial é hoje um

órgão muito frágil — tem estruturacomplexa, mas não tem dinheiro eportanto seu poder é pequeno. Enquantoisso, o ministro Renato Archer, além doFUNAT, tem para administrar os recur-sos da FINEP e do CNPQ.

O ministro José Hugo, contudo, ain-da pode se dar por muito feliz, por nãoter perdido para Archer a própria STI e oInstituto Nacional de Propriedade Indus-trial, INPI — coisa a que aliás ele mesmoera favorável, quando o ministro da In-dustria e do Comércio era Gusmão. Co-mo chefe da Casa Civil de Sarney, JoséHugo se pôs ao lado de Archer, nadisputa com Gusmão e lhe deu apoiopara a aprovação do Decreto que transfe-

ria para o MCT todos os órgãos cobiça-dos pelo ministro da Ciência e Tecno-,Iogia. "^

Segundo a versão que circula no.;>MCT, o texto do Decreto ficou guardada-'"na sua gaveta, para ser assinado peto"-;,presidente Sarney no dia 14 de fevereiro?"Mal ficou decidido, no entanto, que ína('/para o MIC e não para o BNDES, comoinicialmente imaginava, José Hugo *foknligeiro ao presidente e lhe informou qticv>já tinha combinado com Archer que pànPo MCT iriam apenas o FUNAT e o INT..,'.<Sarney acreditou e aprovou um novo-,.texto para o decreto. • )\

Aviação Mário José Sampaiá"0

Bandeiranteganha substitutoBrasil e Argentinapoderão construir juntosum avião de concepçãorevolucionária

Desenho da Embraer

O rio Paraná banha terras brasi-leiras e argentinas e ajuda aintegrar a economia dos dois

países. O mesmo nome, Paraná, estáagora cotado para batizar o primeiroavião que poderá ser produzido conjun-tamente pelas indústrias aeronáuticasdo Brasil e da Argentina.

O projeto foi inicialmente desen-volvido pela Embraer e utiliza o nariz,o corte seccional da fuselagem e algunselementos da cauda do Xingu. No mais,o EMB-123 é inteiramente novo e revo-lucionário. Empregando uma configu-ração "canard", motores turboélices nacauda colocados nas extremidades depequenas superfícies de apoio, hélicespropulsivas (ao invés de tratoras) e asasde grande alongamento.

A fórmula "canard" (custo pionei-

ro foi Santos Dumont com o 14 Bis)compreende um estabilizador frontal,que aumenta consideravelmente a sus-tentação e permite reduzir a área alar econseqüentemente diminui o peso e oarrasto. Este arranjo oferece aindamaior resistência ao estol e maior doei-lidade dos controles laterais.

Embora conhecida há muito tem-po, a configuração "canard" apareceuem aviões executivos de grande série naconvenção da NBAA de 1983. A partirde então, diversos modelos foram lan-çados, entre os quais o Piaggio GP-180,que além da superfície frontal, mantevea cauda em "T", como o avião deprojeto brasileiro. O EMB-123 deveráser, no entanto, a primeira aeronavecomercial com esta disposição estru-tural.

Outra novidade do aparelho a serlançado, são as asas de perfil avançadoe grande alongamento, que diminuem oarrasto induzido e o consumo de com-

bustível. O avião poderá, ainda comoconseqüência de suas vantagens aerodi-nâmicas, voar a grandes altitudes, ga-nhando em economia e conforto.

Os turboélices PT-6 de mais de 1100 HP ficarão na cauda, colocados naextremidade de pequenas asas, que dãoabertura para as hélices. Esta disposi-ção se reflete em menor nível sonoro nacabine e forças assimétricas reduzidas,no caso de pane de um motor. Ascarenagens das turbinas terão dutos dedescarga dirigidos para trás, que serãooutro fator de atenuação de ruído.

O EMB-123 deverá usar materiaiscompostos em larga escala, reduzindo opeso estrutural. Entre os componentesque deverão ser feitos em compostos sedestacam as partes móveis, o estabiliza-dor frontal, as naceles dos motores e ashélices.

Comparado ao Bandeirante, o no-vo modelo para 19 passageiros deveráoferecer maior conforto, devido à pres-surização e poltronas individuais maislargas. Em contrapartida, a altura dacabine (l,56m) será um pouco menor.Frente ao Brasília, o EMB-123 se desta-ca pela maior velocidade de cruzeiro(mais de 560 km/hora) e alcance maislongo. O aparelho será capaz de ligardiretamente Brasília a Manaus (1.960km) com reservas normais.

Os concorrentes diretos, o MetroIII e Bcech 1 900 americanos e o Jets-tream inglês, têm preços semelhantes(3,5 milhões de dólares) mas oferecemdesempenho inferior.

A fórmula adotada para o EMB-123 alia a velocidade de alguns jatos àeconomia dos turboélices. Seu tamanhoe performance o colocam como o maissério concorrente para o reequipamen-to do GTE da FAB e das regionaisbrasileiras.

A VBC, sigla que se confunde comVDC (Vôos Diretos ao Centro), já tem

NOVA EMPRESA SERÁSEDIADA EM BRASÍLIA

A Viação Brasil-Central-LinhasAéreas Regionais, que sucederá o setorregional da VOTEC, será constituídacom capital de 4 milhões de dólares eterá sede em Brasília, declarou RolimAdolfo Amaro, maior acionista da novaorganização.

— As ações com direito a votoserão distribuídas entre a Táxi AéreoMarilia (40%), um grupo constituídopor investidores paulistas e dois bancos

(30%) e pela MOTORTEC (30%),continuou Rolim.

luz verde das autoridades aeronáuticaspara ser constituída e sua operaçãoinicial será feita em acordo operacional';'"com a TAM Transportes Aéreos Regio-nais.

A empresa será gerida por um con-selho administrativo e o presidente seráo brigadeiro Silas Rodrigues, atualmen-te representante da TAM em Brasília.Os serviços de manutenção e outros deapoio serão fornecidos pela TAM, emSão Paulo.

A Viação Brasil Central deverácomprar todos os bens da VOTECRegional (F-27, Bandeirante, algumasoficinas e estoques) e assumirá alguns""compromissos financeiros. A VBC vai'""operar em consórcio com a TAM mas^Rolim declarou de forma ehfática: J(

— Não pretendemos ter uma em- Qpresa com fachada de duas. A Marilia ea TAM são companhias independentes.A VBC será uma terceira empresa.

As informações disponíveis até ago- -ra para a imprensa não predizem gran-1des dispensas de pessoal. Mas as autori-*dades e os sindicatos de aeronautas e*iaeroviários devem manter sua vigilân-'"cia para que o nível de emprego do*setor seja mantido.

AERO NEWS* * * "~=

Os Boeing 737-300 da VASP jáestão voando nas linhas domésticas.;Como os aviões estão operando emhorários do 737-200. de menor capaci-_dade, apenas 112 assentos estão sendo;vendidos ao público. Esta prática deve-rá ser mantida até a entrada em vigordas linhas pedidas para os novosaviões.* * * A Embraer entregou hádias o décimo Brasília, que foi o segun-do para a Air Midwest.* * * A Líderteve aprovada a importação de maistrês Learjet.* * * O governo uru-guaio está implementando um projetopara privatizar a PLUNA, que poderáinclusive contar com capitais estrangei-ros de países fora do cone sul docontinente.* * * A guerra de tarifasnos EUA provocou graves prejuízosnas empresas aéreas daquele país. ATWA e a Pan Am lideraram as perdasque ultrapassaram a 580 milhões de -dólares e incluíram até mesmo a Delta"Airlines, tradicionalmente lucra- 'tiva.* * *

si

JORNAL DO BRASIL Economia segunda-feira, 19/5/86 ? 1° caderno D 17

Bancários demitidos no país são 30 milFoto de André Câmara

Bancos têmRegina Coeli Perez

Trinta mil bancários demitidos entreos dias 28 de fevereiro e 8 de maio. Esse osaldo apurado pelo Sindicato dos Bancarrios do Rio como conseqüência da refor-ma econômica sobre uma categoria quechega a 800 mil trabalhadores em todo opaís. Os dados oficiais, obtidos atravésdas homologações trabalhistas, ainda es-tão muito longe desse número, mas ovice-presidente do Sindicato dos Bancos,Theóphilo Azeredo Santos, reconheceqúe'ele poderá ser até superior quandoencerrado o processo de ajustamento econtenção de despesas das instituiçõesfinanceiras."Considerando

inevitável e até neces-sáríq o "emagrecimento" do setor finan-ceiro, o governo aposta numa absorçãodesse contingente de mão-de-obra pelossetores da indústria e do comércio, apartir da aceleração do processo de aque-cimento da economia. As indústrias real-mente estão aquecidas e até já sentemfalta de mão-de-obra qualificada, segun-do o presidente da Federação das Indús-trias do Rio (Firjan), Arthur João Dona-to. Isso não significa, entretanto, que ocontingente de bancários demitidos possasér'ãbsorvido nesse setor, pois na avalia-çãÒ"de Donato, "o nível de produçãoindustrial brasileira hoje exige trabalha-dores de alta especialização", com perfilprofissional bem diferente do bancário.

OfertaEm contrapartida, "o comércio ofe-

rece empregos", anuncia o presidente daCNC (Confederação Nacional do Comer-cio), Antônio Oliveira Santos. Contra os30 mil desempregados no setor financei-ro. ele vislumbra a perspectiva de 100 milnovos empregos no setor lojista, caso ogoverno volte atrás na decisão de nãopermitir o funcionamento do comércioaos domingos. Hoje o comércio emprega250 mil trabalhadores em todo o país,somente no setor lojista. Esse númeroseria acrescido de 100 mil novos empre-gos, na avaliação do presidente da CNC,que contesta os opositores do funciona-mento aos domingos alegando grandediferença entre "jornada de trabalho ehorário de trabalho", pois as lojas seriamobrigadas a aumentar o número de fun-cionários para fazer escalas.

-A idéia de Oliveira Santosé defendi-da' por todo o comércio, mas encontraresistências entre a categoria dos comer-ciários e até no governo. Pouco antes dedeixar o cargo, o ex-presidente da Repú-blica João Figueiredo assinou decretoatendendo à reivindicação do comércio.A medida foi revogada pela Nova Repú-blica e, em âmbito regional, chegou asurgir a hipótese de alguns municípiosadotarem até a semana inglesa, proibindoo funcionamento das lojas à noite e nossábados à tarde.

; Para o sindicato dos Bancários, aquestão não é a absorção dos demitidospor outros setores e sim a garantia eestabilidade no emprego. O ex-vice-presidente do sindicato, Ciro Garcia (quese afastou da função na última quarta-feira para poder ser candidato à Consti-tuinte pelo PT), acha que

"se a indústriae o comércio têm condições de empregar,deveriam absorver os 17 milhões de brasi-leiros que há muito estão desempregadose vivendo na mendicância ou na margina-lidade". _ .Defazagem

| Com base nas homologações feitasno sindicato dos bancários e na principalseção da Delegacia Regional do Traba-lho, as demissões de bancários ainda nãomostram números assustadores. No bi-mestre março/abril foram homologadas1.662 demissões, contra 2.032 em janeiroe fevereiro. A comparação dos números,nio entanto, não espelha a real situaçãodo setor porque, além da alta rotativida-de que sempre se caracterizou entre acategoria, os meses de janeiro e fevereiroforam atípicos em função das 1.141 de-missões nos bancos Comind, Auxiliar eMaisonave, cujo contingente foi reabsor-vjdo em outras instituições.

; Vistos isoladamente, entretanto, osnúmeros do sindicato dos bancários indi-cám que, após a reforma monetária, oBanco Real sagrou-se campeáo do de-semprego no setor, com 383 demitidos.Os maiores conglomerados privados —Bradesco e Itaú—dispensaram, respecti-vãmente, 145 e 90 empregados. No Na-cjonai, as dispensas chegaram a 119 e noBamerindus totalizaram 178.

i O problema de se determinar exata-mente o número real de demitidos, se-gundo Ciro Garcia, é que além da defasa-gem de tempo entre a dispensa de traba-lhadores e a homologação, muitas demis-soes fogem ao controle do sindicato por-que não há obrigatoriedade de homolo-gar contratos de trabalho inferiores a umano.

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Felipe estava na lista de promoções mais foi demitido

Comunicação do afastamentoveio no lugar da promoção

Felipe Cima de Holanda, 24 anos,uma filha de um ano e mulher nooitavo mês de gravidez, estava na listade promoções da agência Taquara doBanco Real, após seis anos de esperae oito de serviço. No dia Io de abril,ele não acreditou quando recebeu dochefe o aviso de demissão, mas ao cairna realidade atribuiu o fato à decisãoque tomara há menos de um mês denão fazer mais horas extras, pelasquais nunca recebeu pagamento.

Sem a garantia do salário de CzS 1mil e 900, a solução foi entregar a casaalugada por CzS 500 mil no bairro doAnil, em Jacarepagua, e mudar com afamília para a casa da sogra. Há duassemanas, ao ir para o Centro procuraremprego ele dormiu no volante ecapotou com o fusquinha 69 da sogra,minutos após sair de casa. O carropode ser recuperado, mas o custo doacúmulo de mais uma dívida para sersaldada.

A exemplo das dezenas de demiti-dos do Banco Real que diariamenteligam para o Sindicato dos Bancários,Felipe ainda não conseguiu sacar oFGTS, que está depositado na mesma

agência onde trabalhava. Paradoxal-mente, o banco justifica o atraso naliberação do fundo à falta de funcio-nários para executar o serviço.

Inconformada com a demissão domarido, "após 8 anos de exploração",a mulher de Felipe, Glória Luzia, 25anos, encaminhou carta ao presidentedo Banco Real, Aluízio Farias; aoministro do Trabalho, Almir Pazzia-notto, e até ao presidente Sarney. Obanco respondeu, através do chefe dadivisão de pessoal, Wilson RobertoFellim, que

"as circunstâncias quedeterminaram a redução de despesasainda são as mesmas" e até que oquadro mude será "impossível reassu-mir encargos financeiros".

Felipe de Holanda sabe que suademissão é conseqüência da necessi-dade dos bancos de se ajustar à novarealidade econômica. Lamenta, en-tretanto, que o "Sarney lançou opacote, mas não garantiu o empregode ninguém".

Felipe acha que não tem direitoao seguro-desemprego, pois a lei sóentrou em vigor após sua demissão.

Descrédito da Seleção reduzlucros esperados com a Copa

Quando todo mundo já acreditavater superado os traumas do terremoto doMéxico, ocorrido em setembro do anopassado, um novo abalo deixou os brasi-leiros apreensivos. Não se trata, agora,de nenhum tremor sísmico, mas do dra-mático desempenho da Seleção Brasileirade futebol na fase preparatória para aCopa do Mundo, que começa dentro deduas semanas. As fracas atuações daSeleção têm diminuído o ânimo da torci-da e, em conseqüência, dos negócios quegiram em torno da mais apaixonantecompetição esportiva do mundo.

As grandes empresas que patrocinamas transmissões dos jogos pela TV estãopreocupadas e temem ver seus nomesassociados a um estrondoso fracasso.Muitas outras companhias que estão forae se viram tentadas a participar dasmilionárias cotas de patrocínio desistiramdefinitivamente, deixando às emissoras aalternativa de alterar seus preços de ven-da das transmissões.

A Globo vendeu semana passada aquinta e última cota que ofereceu aomercado por 7 milhões e 900 mil dólares.Só que a Black and Decker, que comprouesta cota, pagou 5 milhões de dólares. Adireção da emissora justifica este preçoafirmando que vários eventos que esta-vam incluídos no pacote já ocorreram e,portanto, foram descontados do preçofinal. Mas é certo também que houveuma grande dificuldade para comerciali-zar o patrocínio das transmissões na retafinal para a Copa.

A Manchete só conseguiu vender trêsdas quatro partes em que dividiu o patro-cínio de suas transmissões. A R.J. Rey-nolds, segunda empresa do mercado bra-sileira de ciganos, o Banco do Brasil e aGillette do Brasil pagaram 3,5 milhões dedólares cada. Isso há quase um ano atrásquando a emissora iniciou o trabalhovisando a Copa. A estratégia da empresafoi financiar, com essas vendas, o paga-mento do direito de transmissão, e deixarpara vender mais tarde a última cota quedeveria pagar as despesas com a viagemde sua equipe para o México. Não foifeliz e está com uma cota encalhada.

Para contornar essas dificuldades aManchete tem tentado uma outra postu-ra. Aproveitando um marketing que vemutilizando na cobertura de vários even-tos, a emissora vem procurando identifi-car seu trabalho para a Copa do Mundocomo abrangente. Os responsáveis pelaoperação de transmissão dos jogos pro-metem ficar 12 horas por dia no ar,exibindo todos os jogos de todas a sele-ções que participam do mundial. Com oapelo de uma cobertura da "Copa total"ela consegue tirar o foco principal decima da Seleção brasileira e viabilizar avenda de sua última cota.

Mesmo assim, as dificuldades não sãopoucas. Temendo ficar com a cota enca-lhada para sempre, a Manchete haviadecidido há duas semanas rateá-la porvárias empresas em São Paulo. Constaque antes de ir para o mercado, a emisso-ra foi procurada pela GE interessada emadquirir a cota. Quase tudo acertado,veio o jogo amistoso da Seleção brasileiracom o Chile, em Curitiba, quando osbrasileiros empataram em 1 X 1. No diaseguinte a General Eletric desistiu donegócio.

A Gillette do Brasil, uma das empre-sas que bancam a cobertura da Manche-te, mostrou-se há poucos dias arrependi-da por ter desembolsado 3,5 miihões dedólares. Procurou os outros dois patroci-nadores para tentar iniciar um movimen-to que venha minorar os efeitos de umeventual fracasso da Seleção brasileira noMéxico nos seus negócios. A lembrançade 1982 ainda está muito viva na memóriada empresa.

Naquela época a empresa acreditouna Seleção brasileira e investiu pesadonuma campanha publicitária que mobili-zou o país inteiro. Puxada pelo bonecoPacheco, o camisa 12 da Seleção, umpersonagem criado pelo publicitário Wil-son José Peron, a Gillette talvez tenhasido o nome de empresa mais lembradopelo torcedor. O estrondoso sucesso e asimpatia despertada pelo personagemnão foram suficientes, porém, para ate-nuar a tristeza do brasileiro depois daderrota da Seleção para a Itália. O perso-nagem foi retirado de circulação antesque as vendas da empresa caíssem aindamais.

Cuidados semelhantes estão tendoagora os patrocinadores das transmissõesdos jogos pela Globo. A Souza Cruz,Brahma, o laboratório Dorsay e a CaixaEconômica Federal recomendaram àemissora mais cautela para o personagemAraken, o "gol man", interpretado pelohumorista José Antônio de Barros Frei-re, o Barrinhos. Na reta final para aCopa, percebendo os desencontros daSeleção, a Globo decidiu tirar momenta-neamente do ar o Araken, até que elabo-rasse um novo filme tirando partido jus-tamente dos insucessos do selecionado.No final da semana passada o novoAraken aparece no céu pedindo uma"força"

para a Seleção e sendo reconhe-rido pelos anjinhos.

A decisão da Globo foi rápida eatendeu tanto os seus patrocinadoresquanto aos consumidores. Uma pesquisafeita no início de abril pela MPM Propa-ganda revelou que o maior contingentede entrevistados (23%) menciona a cam-panha do Araken como a mais marcanteentre todas as propagandas vistas na TVnos últimos dois meses. Diante desseresultado a Globo preferiu modificar aimagem do personagem sem tirá-lo do arcompletamente.

Tranqüila pela venda da última cotade patrocínio, a Globo aposta todas assuas fichas na estratégia que montou paraa sua mais recente coligada a TV MonteCario, em Mônaco. Lá, o esquema para avenda dos patrocínios das transmissõesdos jogos foi diferente do adotado para oBrasil. Cada jogo terá um patrocinador eo preço vai variar de acordo com ointeresse do mercado. Ou seja, a empresafará um verdadeiro leilão de sua cobertu-ra. Com boa penetração na Itália, aemissora promete ficar no ar ininterrup-tamente transmitindo todos os jogos daCopa. O que perder aqui, a Globo pre-tende ganhar lá.

Menos sorte em seus negócios com aCopa têm tido a Bandeirantes e o consór-cio Record/ SBT. A Bandeirantes só'conseguiu vender duas das quatro cotasque colocou no mercado. E o consórciosó conseguiu conquistar a simpatia daPhilip Morris e da Antártica que tambémestá na Bandeirantes. A Petrobrás, queestá no patrocínio da Bandeirantes, fe-chou o contrato há mais de um ano, antesmesmo que o governo da Nova Repúblicaassumisse, em março do ano passado. Oresponsável, do lado da estatal, pelaassinatura do contrato com a emissora deTV, Atan Barbosa, então chefe do servi-ço de comunicação da empresa, foi suma-riamente afastado pelo novo presidente,.Hélio Beltrão, que assumiu em março edeixou a companhia na semana passada.

A Petrobrás pagou o preço oficial,3,5 milhões de dólares. Mas a Antártica,segundo informações que circulam nosetor publicitário, teria pago apenas 800mil dólares, aproveitando-se do fato deque a Bandeirantes não tinha dinheiroem caixa e precisava pagar uma dasprestações pelos direitos de transmissão.

mais umacompensação

Brasília — Além do aumen-to das tarifas cobradas por seusserviços, os bancos também re-ceberam outra generosa com-pensação do governo pela re-

- dução de seus lucros com adecretação do plano cruzado: opagamento das dívidas atrasa-das de órgãos e empresas esta-tais com as instituições finan-ceiras. Somente em abril, ogoverno dispendeu Cz$ 666 mi-lhões com a liquidação dessasdívidas.

Apesar dessas e mais algu-mas outras vantagens que con-quistaram das autoridades mo-netárias nos últimos dois mesese meio, os bancos ainda insis-tem no atendimento do restan-te das reivindicações contidasna lista de 22 itens que apresen-taram ao Banco Central poucodepois da decretação da refor-ma econômica. Eles não seconformam, principalmente,com a recusa do governo emreduzir o percentual do recolhi-mento compulsório dos depósi-tos à vista junto ao Banco Cen-trai.

As reivindicações foram rei-teradas na reunião entre acúpula do Banco Central e oConselho Superior da Federa-ção Brasileira das Associaçõesde Bancos (Febraban), realiza-da na segunda-feira passada,em São Paulo. Pelo lado doBanco Central participaram doencontro, além de seu presi-dente, Fernão Bracher, os trêsdiretores da instituição queparticiparam da elaboração doplano cruzado: Pérsio Árida,André Lara Rezende e LuizCarlos Mendonça de Barros.Os banqueiros estavam repre-sentados por alguns de seusmaiores peso-pesados: LázaroBarbosa (Bradesco), MarcosMagalhães Pinto (Nacional)José Carlos Morais de Abreu(Itaú) e o veterano líder daclasse, Teófilo de Azeredo dosSantos.

A relação das exigências fei-tas pelos banqueiros guardauma curiosa semelhança, porsua amplitude, com as listas dereivindicações apresentadaspelos dirigentes sindicais dostrabalhadores nos dissídios co-letivos. Da mesma forma queos trabalhadores misturam rei-vindicações salariais com ou-trás de menor importância, alista dos banqueiros inclui des-de pleitos que envolvem bi-lhões de cruzados com reivindi-cações secundárias, como o pe-dido de transferência para ogoverno da responsabilidadedc manutenção de guardas desegurança nas agências banca-rias.

Bracher pedenovos prazospara o Brasil

Brasília — O presidente doBanco Central, Fernão Bra-cher, pediu ontem a um grupode banqueiros norte-americanos que o Brasil sejatratado como um "feliz casoespecial" entre os países deve-dores da América Latina e pro-pôs a negociação dos prazos dcvencimento da dívida contraídapelo Brasil com os bancos antesde 1983. Bracher falou duranteo 64° Encontro Anual de"Banker's Association For Fo-reign Trade", em Phoenix, noArizona (EUA), e sua palestrafoi distribuída em Brasília peloBC.

O presidente do BC justifi-cou a necessidade de um trata-mento especial ao Brasil argu-mentando que o país possui aoitava economia do mundo e"foi o único que concebeu umplano razoavelmente sofistica-do e coerente de obtenção derecursos externos para comple-tar os investimentos domes-ticos."

Ele atribuiu aos dois cho-ques do petróleo e à "rupturado mercado financeiro interna-cional para todos os países lati-no-americanos", em 82, as difi-culdades encontradas pelo Bra-sil na questão da dívida, e ace-nou com o "muito bom início"do plano de estabilização daeconomia como mais um argu-mento em favor de um trata-mento diferenciado para a divi-da brasileira."Já com referência à dívidacontraída antes dc março de 83ou posteriormente a essa datamas decorrente de dívida anti-ga, entende o Brasil que ela foicontratada pressupondo o cre-dor e o devedor que haveriauma mercado internacionalfuncionando para que fossepossível a sua rolagem", pon-derou.

— Desaparecido o mercadointernacional, o Brasil, ao tem-po em que reconhece a dívidacontraída, entende, com refe-rência aos vencimentos, que oadequado seria as partes, deve-dor e credor, sentaram-se àmesa de negociações para. embom entendimento, substitui-rem-se ao mercado. Fixandoadministrativamente as regrasque regerão a rolagem. —propôs.

SOCIEDADE ANÔNIMA WHITE MARTINS '%££?£INSC. CGC-MF N? 33.000.571/0001-85 kxí*sm«iobs

Ata da Reunião do Conselho de Administração ÜfiMIrealizada em 07 de abril de 1986 'lAos sete dias do mês de abril de mil novecentos e oitenta e seis, às quatorze horas, nasede social da Empresa, à Rua Mayrink Veiga n? 9, 27? andar, nesta Cidade, depois deregularmente convocado, da acordo com o disposto no artigo 12 dos Estatutos Sociais,^reuniu-se o Conselho de Administração da Sociedade Anônima White Martins, sob a"presidência do Dr. Pedro Luiz Coutinho Coelho, presentes os Conselheiros José Lifs-.chits, Jayme Bastian Pinto, João Batista Pereira de Almeida, Paulo Figueiredo, Félix de-Bulhões, Thomas Charles Cassilly, Daniel G. Sydenstricker e Paulo Martins. Apôsconstatar a existência do quorum estatutário, o Sr. Presidente, dando infeio aos traba:lhos, esclareceu aos presentes que o motivo da Reunião, de acordo com o Edital deConvocação, era proceder á eleição da Diretoria da Empresa para o perfodo de 1? de1janeiro de 1986 até a realização da nova eleição, o que deverá ocorrer no més de abril"""do próximo ano. Pedindo a palavra, o Conselheiro Jayme Bastian Pinto apresentou aoConselho proposta no sentido de que a Diretoria fosse composta dos seguintes mem-bros: Presidente: PEDRO LUIZ COUTINHO COELHO; Diretor Vice-Presidente Execu-tivo: FÉLIX DE BULHÕES; Diretores: IVAN FERREIRA GARCIA; JOÃO BAPTISTA''CATALDO; JOÉRCIO MENDES GRECA; JOSÉ LUIZ DE SOUSA TRAVASSOS;JÚLIO CÉSAR CASSANO; PAULO REQUIÃO COIMBRA e THOMAS CHARLES.CASSILY. Colocada a proposta em votação, foi aprovada por unanimidade pelos-Conselheiros, à exceção dos Drs. Pedro Luiz Coutinho Coelho, Félix de Bulhões e^Thomas Charles Cassily que se abstiveram de votar. Em conseqüência, foram reeleitos: _'Presidente, o Sr. PEDRO LUIZ COUTINHO COELHO, brasileiro, casado, engenheiro,portador da carteira de identidade n? 1.218.887-1 FP, CPF n? 003.504.00768, residen-'"te à Rua Almirante Salgado n? 293, Rio de Janeiro, que terá as atribuições que lhe sãoconferidas pelos Estatutos Sociais; Vice Presiden;e Executivo, o Sr. FÉLIX DE BU-MLHÕES, brasileiro, casado, engenheiro, portador da carteira de identidade n?1.511.974-1 FP, CPF n? 025.630.377-00, residente à Av. Sernambetiba n? 3.300 -Bloco II - apt? 1001, Rio de Janeiro, que terá as atribuições que lhe são conferidas1^pelos Estatutos Sociais; IVAN FERREIRA GARCIA, brasileiro, casado, engenheiro;'portador da carteira de identidade n? 2.308.390-IFP, CPF n? 027.811.667-15, resi-ndente â Rua João Borges n? 28 apt? 202, Rio de Janeiro, a quem foi atribuída a res---ponsabilidade de cuidar de toda a parte relacionada com a produção de gases Ifquidos.,'misturas especiais, fabricação de colunas de separação de ar e tanques criogénicos;.JOÃO BAPTISTA CATALDO, brasileiro, casado, engenheiro, portador da carteira de -identidade n? 1.052.236-1 FP, CPF n?002.970.037-04, residente à Av. Afrânio de MeloFranco n? 85, apt? 801, Rio de Janeiro, a quem foi atribuída a responsabilidade de'cuidar de toda a parte relacionada com a produção de gases a alta pressão, assim como.da comercialização dos produtos de revenda; JOÉRCIO MENDES GRECA, brasileiro,casado, engenheiro, portador da carteira de identidade n? 3.231.546, CPF n?045.504.128-87, residente à Rua General San Martin n? 492, apt? 401. Rio de Janei-,ro, a quem foi atribuída a responsabilidade de cuidar de toda a parte relacionada com afabricação de produtos oxi-combustíveis, carbureto de cálcio, reflorestamento, além dafabricação e comércio de cilindros de alta pressão; JOSÉ LUIZ DE SOUSA TRAVAS-_SOS, brasileiro, casado, engenheiro, portador da carteira de identidade n? 39.754-D-,,CREA, CPF n? 031.813.917-00, residente á Rua Aimorés n? 58, São Francjsco,Niterói, a quem foi atribuída a responsabilidade de cuidar de toda a parte financeira aeconômica da Sociedade, inclusive controladoria e auditoria; JÚLIO CÉSAR CASSA-NO, brasileiro, casado, advogado, portador da carteira de identidade n? 17.317-OABi(.CPF n? 004.078.017-15, residente à Rua Afonso Pena n? 82, apt? 601, Rio de Janei-ro, a quem foi atribuída a responsabilidade de cuidar de toda a parte jurídica da So-ciedade bem como daquela referente às relações com o mercado de capitais; PAULO'REQUIÃO COIMBRA, brasileiro, casado, engenheiro, portador da carteira de identida-.de n? 1.352.812-IFP, CPF n? 002.475.707-10, residente á Rua Visconde de Albuquerque n? 517, apt? 305, Rio de Janeiro, a quem foi atribuída a responsabilidade de,;cuidar de toda a parte relacionada com a engenharia, projetos, construções e compras.,industriais da Sociedade e THOMAS CHARLES CASSILY, norte americano, casado,técnico em administração, portador da carteira de identidade n? RNE-1110693, CPF :n? 944.131.427-72, residente á Av. Sernambetiba n? 3.300, Bloco II, apt? 1701,!.Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, sem atribuições específicas. Finalizando, o Sr. Presi .,dente, apôs agradecer aos Conselheiros pela distinção, facultou a palavra a quemquisesse utilizá-la. Como ninguém se manifestasse, encerrou-se a Reunião, da qual se"lavrou a presente ata que, lida e achada conforme, vai assinada por todos os Conselhei-'ros presentes. Pedro Luiz Coutinho Coelho, José Lifschits, Jayme Bastian Pinto, Joãq,Batista Pereira de Almeida, Paulo Figueiredo. Félix de Bulhões, Thomas CharlesCassilly, Daniel G. Sydenstricker e Paulo Martins. Confere com o original copiado doLivro de Atas de Reuniões do Conselho de Administração. Rio de Janeiro, 07 de abrU^de 1986 PEDRO LUIZ COUTINHO COELHO - Presidente do Conselho de Adminis^,tração. CERTIDÃO - Processo n? 23448/86. CERTIFICO que S/A. WHITE MARTINSarquivou nesta JUNTA sob o n? 141121 por despacho de 02 de maio de 1986 da 59-TURMA, ARCA de 07.04.86, que reelegeu a Diretoria, do que dou fé. JUNTA CO-'MERCIAL DO ESTADO OO RIO DE JANEIRO, em 02 de 05 de 1986. Eu, Léa dos S,.Freitas, escrevi, conferi • assino. Eu, CÉLIO JUNGER VIDAURRE, Secretário Geralda JUCERJA, a subscrevo e assino. Taxa de arquivamento - Cz$ 564,90.

NAOPERCA

0 GIRO DOpiuNoaJORNAL PO BRASIL

UNIÃO NACIONAL DOS ECONOMIÂRIOS (UNEI)Fies convocada, para o dia 22 de maio de 1986, uma AssembléiaGeral Extraordinária, dos associados da UNIÃO NACIONALDOS ECONOMIÂRIOS - UNEI, a realizar-se no salão da SedeSocial, á Av. Rio Branco, 174 - 31P andar, âs 16 horas em pri-meira convocação, e meia hora depois em segunda convocação,com qualquer número de associados, para tratar dos seguintesassuntos: a) Reconhecimento definitivo e Irreversível da filiaçãoé FUNCEF, nos termos dosseusprópriosEstatutos.dosaposen-tados até 31.12.1976 e dos pensionistas que entraram no gozodo benefício até aquela data, mediante gestões a serem feitascom as Diretorias da CEF e da FUNCEF; b) Estabelecimentode um Plano de Assistência Social ao Associado - PASA, nostermos do que dispõe o §4Pdo Art. 9Pe com ampliação doprevisto no § 1?do mesmo artigo e dos benefícios consignadosno art. 10P; c) Moção de solidariedade ao Senhor PresidenteMarcos Freire e à Diretoria da CEF, quanto ás providências oserem tomadas pela Instituição em decorrência do Plano deEstabilização Econômica do Governo Federal;d) Renovação aoSenhor Presidente Marcos Freire e à Diretorle da CEF dos agra-decimentos dos eposentados até 31.12.1976. Rio de Janeiro,

v29 de abril de 1986. Wolney Breune - Presidente.

SIDERÚRGICA AÇONORTE S, A.GERDAU

COMUNICAÇÃO AOS ACIONISTAS E DEBENTURISTAS

INFORMAÇÃO RELEVANTE

SUBSCRIÇÃO DE AÇÕES PREFERENCIAISComunicamos aos Senhores Acionistas e Debenturistas que o Conselho de

Administração desta Empresa, em reunião a ser realizada em 02.06.86,deliberará sobre proposta da Diretoria, de aumento do capital social por

subscrição de novas ações, nas seguintes condições:

AÇÕES A SEREM SUBSCRITAS: Preferenciais Classe APREÇO DE SUBSCRIÇÃO POR LOTE DE 1.000 AÇÕES: CzS 10,00,

a ser pago no ato da subscrição.DIREITO DE PREFERÊNCIA: o direito de preferência será calculado, naproporção de aproximadamente 26 por cento sobre as quantidades de

ações ordinárias e preferenciais Classe Apossuídas pelos acionistas em 02.06.86.

DIVIDENDOS: as novas ações perceberão integralmente os dividendosdo exercício social em curso.

INCENTIVO FISCAL - 45%: por estar a AÇONORTE localizada no Nordestee ser considerada como empresa de interesse para o desenvolvimentoeconômico daquela região, os subscritores deste aumento de capital

poderão deduzir do imposto de renda devido na próxima declaração derendimentos, 45 por cento do valor aplicado nesta subscrição, observados

os limites estabelecidos na legislação vigente.

AÇÕES RESULTANTES DACONVERSÃO DE DEBÊNTURES.

Nos termos das escrituras de emissão, as ações resultantes de conversõesde debêntures que forem solicitadas ate o dia 27.05.86 farão jus a

dividendos integrais deste exercicio e terão direito de subscrição doaumento do capital supra citado, em igualdade de condições com as ações

atualmente em circulação.Os juros e prêmios vincendos serão calculados "pro rata temporis" até o

dia do recebimento do pedido de conversão e serão colocados à disposiçãodos debenturistas no prazo de 10 dias daquela data.

Os debenturistas que desejarem exercer sua opção de conversão deverãoentregar até o dia 27 do corrente, nos endereços abaixo, correspondênciaespecificando a emissão e a quantidade de debêntures a ser convertida.

Ftorto Alegre: Av. Farrapos, 1811 - Fones: 22-4677 e 22-4777Curitiba: Rua Mato Grosso, 899 - Vila Guaira - Fone: 242-4611

Rio de Janeiro: Av. Almirante Barroso, 22 -19.° Andar - Fone: 262-5022São Paulo: Av. da Consolação. 368 - 15? Andar - Fone: 255-5200

Recife: BR 232. Km 12.7 - Distrito Industrial do CuradoFones: 252-3488 e 251-3711

Recife. 15 de maio de 1986.A Diretoria.

IttOtMIMVMOn

18 a Io caderno ? segunda-feira, 19/5/86 Economia JORNAL DO BRASIL

A rentabilidade dos fundos

Mútuos de AçõesFUNDOS MÚTUOS OE PAT.llQUIDO VLfl.COTA EMRENT.SEMDEREMI.EMMAIORENT.ACUMULA0A

14.05.1986 8 H.05.86ATÉ0 DIA MN0AN0ATÉ0 DIA 14/05

RENDA FIXA Crt MIL Ci$ (%) (%) (%)América do Sul 1.248.500 1,5387 0,18 0,35 38.16AAi-Palrimínio 51.414 29,2280 0,21 0,46 38,50Amor. 155.372 3,5306 0,18 0,35 35,80Bamerindus 125.499 1,5112 0,15 0,29 36,76BancmMs 11.281 0,1022 0,19 0,37 35,39Bandeirantes 15,17 1,9850 0,15 0,20 38,35Banespa 4.756.656 0,5959 0,16 0,34 38,48Banestado 148.202 0,0691 0,27 0.56 38,90,Banorliroest 498.066 0,2762 0,20 0.44 37.96BCNPro Renda 66.968 1,2168 0,16 0,33 35,94BMG 14123 2.6885 0,10 0,20 36,30Boavista CRS 216.368 0,1503 0,18 0,34 37,25Bonança 5.347 461,6600 0,22 0,40 36,60Boston Sodril 270.578 1,6654 0,15 0,31 38,07Boano Condomínio 124.172 0,5883 0,16 0,33 37,59Bradesco 1.8O5.803 78,0420 0,21 0,40 37,62Brasil Canadá 13.773 406,0143 0,19 0,38 36,47Chasè"FlQÜnvest 869.438 0,8306 0,13 0,23 36,91Cidáile de S3o Paulo 79.755 0,0106 0,15 0,31 36,79CIN Nacional 302.200 0,44*4 0,15 0,27 38,27Citinvest 4.449.207 1,0935 0,18 0.35 315.89Cta.Rda.Fi«a Fininvest 84.762 1,0290 0,23 3,21 42,51Craditanco 908.674 0,2416 0,16 0,31 37,09CceHs.IMaiiR.Fiia 65.375 0,1076 0,24 0,44 39,44CSC/7 2.487.447 74,9421 0,17 0,43 36,07DelapievfrCidel 96.156 2,6765 0,20 0,25 37,34Denasa 50.225 1,2940 0,70 1,45 40,48WG 188 0,0027FBaireto 182.138 0,1765 0,22 0.43 36,81Hat- 56.504 1,5868 0,13 0,32 37,83Fidesa 21.839 314.9669 0,18 0,35 35.43Financeira 172299 17,0334 0,11 0,19 36,89Finas» 369.204 0,3299 0.20 0,41 36,86Fininvest 123049 9,2518 0,15 0.41 37,50FW Unibanco 588.750 0,9805 0,17 0,34 36,80n« Banerj 47.108 0,3078 0,23 0,36 39,20Geialtix 65.160 2,4278 0.12 0,25 35,97lochpe 409.880 0,7278 0,16 0,29 37,53Itaú Money Marte* 2.350.381 0,9829 0,20 0.39 36,72Uowls 393.511 20,5374 0,17 0,34 36,04l_jici«d 11885 0,0117 0,17 0,26 34,48Magliano(l) 37,9893 0,15 0,33 35,26Mariu 8.390 3,0975 0,41 0,83 38,33Matone 9.663 0,0834 0,12 0,17 35,99Meridional 55.860 0,1207 0,18 0,34 33,16Montrealbank Condom. 111.430 40,6050 0,12 0,30 37,54Morada 231 3,1161Mulliplic 145.242 15,6830 0,16 0,27 36,98Noroeste™ 182.875 105,0750 0.19 0,38 38,15

• Novo Norte 13.936 0,1401 0,17 0,35 35,32Omega 39.173 35,7038 0,25

0,49 35,55

Open 19.267 39,5931 0,14 0,20 39,02Patente (1) 7.863 13,6390 0.11 0,24 38,73Paulo Willemsens 1.073 3,2720 0,09 0,20 34,42Pilla Renda Fiia 1.374 1.4186 0,25 0,49Prime Prefi» 2.543 264,1818 0,16 0,31 37,51Renda Real 1.159.639 8.8537 0,15 0,30 37,05Safra Renda fi»a 501.300 0,2026 0,15 0.30 36,74Se«mento 91 2,5319 0,33' 0,66 39,69Soua Barras 29.109 0,0372 0,09 35,53Sudameris 400.050 10,7380 0,10 0.22 37,64BMC 5.718 0,9213 0,19 0,37EstiWtura 677 189.9300 0,08 43,30

.,: i TOTAL 26.408.078(1)A última informação disponível é de 13.05.1986.

Renda Fixa-fUNDOS MÚTUOS DE PAT. LÍQUIDO VIR. COTA EMRENT. SE

MANA DE RENT. MAIO ATÉRENTA.ACUM.ANO•"'" 14.05.1986 14.05.1986 8À 14.05.860 DIA 14/5ATÉ O DIA 14/5

AÇÕES CZÍ MIL (%) •%) {%)

Fundos caemcom quedanas bolsas

O comportamento de quedadas bolsas de valores nos iilti-mos 20 dias fez com que todosos fundos mútuos dc ações,com raras exceções, apresen-tassem rentabilidade negativanas duas primeiras semanas demaio. As maiores desvaloriza-ções no período ocorrem comos fundos do Econômico, Loji-cred (Ações), Portinvest, Dela-pieve (Investdel) e Real.

As únicas cotas que apresen-taram valorização em maio fo-ram as dos fundos NoroesteFNA (com um ganho de14,31%), Garantia, Fidep e Fi-ninvest Ações. Considerando operíodo da semana passada, atendência, embora de baixa,foi de maior estabilidade. Asdesvalorizações médias oscila-ram em torno de 2% e 3%.

Embora com uma lucrativi-dade pequena, os fundos derenda fixa acumularam umarentabilidade positiva no mêsde maio, sendo que a mais alta,a do Fininvest, alcançou 3,21%e a do Denasa, 1,45%. Asdemais aos cotistas ganhos in-feriores a 1% nas duas primei-ras semanas do mês.

Alfa-Unibanco 1.336.282 13,4773 (3,52) (9,37) 144,32América do Sul Aoóes 1.086.499 6,0412 (1.71%) (6,83) 146.98Amui-Equilíbrio (1) 59.485 46.2060 0,46 (4,07) 197,03Aymoré Ações 267.915 2,0768 (0,93) (4,10) 180,54Bamerindus Ações 1.885.609 6.5678 (0,33) (4,42) 171,42Bandeirantes Ações 380.474 2,0880 (1,94) (8,26) 164,52BCABanerj 1.042.021 0,1381 (1,00) (3,36) 173,93Banespa Ações 1.533.957 3,7122 (2,73) (.7.56) 151,41Banestado Ações 148.535 0,6858 (0,23) (3.49) 158,90Banorteações 135.114 1.3582 (6,39) (9.42) 196,67 (2)BBI Bradesco 122.114 7.4290 0,19 (1,45) 240,44BCN Ações - 408.611 3,6620 (0,38) (8,43) 137,96BESC 68.157 1,8977 (2,90) (.8,35) 174,79BMG Ações 53.560 2,5728 (6,35) (9.10) 129,06Boavista Ações 323.511 3.4765 (4,04) (3,12) 168,96Boavista CSA 1.047.030 15.3226 (1,64) (5,03) 148,00Boston Sodril 810.610 0,0286 (1.26) (4.45) 182,85Boano Ações 419.586 20,9420 (4,11) (6,93) 161,92Boano Carteira 288.839 4,4396 (0,80) -(3,85) 176,54Bradesco Ações 14.488.321 13,0290 (0,90) (5,59) 185,42Chase Fiei Par 3.104.914 59,5865 (2,72) (4,75) 184,26Cidade de São Paulo 158.137 0,0096 (3,34) (8,32) 147,52)

-Crt» 12.870 554.7650 (2,88) (5,90) 159,90Condomínio Banorte 279.628 1,0225 1,51 (4.85) 146,86Credibanco Ações 388.234 6,8484 (2,30) (6,07) 188,24Crcdibanco FBI 1.399.271 1,7267 (0,95) (4,23) 170,93Cltfisul (Ex-157) 372.714 4,8547 (1,61) (6,35) 123,28Crefísul Blue Chip 625.962 0,2325 (1,14) (6,32) 113,96Crefísul Mas Ações 217.154 0,5577 (4,52) (8,99) 124,27Crefísul Múltipla 850.091 5,2828 (3,20) (5,63) 120,70Crescinco Unibanco 3.768.379 6,9708 (1,31) (8,46) 150,44Delapiwe-lnvestdel (1) 194.439 18,1270 (2,81) (10,30) 172,88Denasa Ações 520.168 7,9385 (2,74) (5,56) 151,51Denasa Miner. e Metal. 194.437 54.5861 (1,16) (3,27) 161,77WG Ações 5.675 0,0016 (0,79) (4,63) -Econômico 881.940 0,9150 (6,73) (13,84) 118,49E1ÜB 64.624 0,0482 (2,87) 249,14FAN Nacional 2.071.245 7,8896 (1,92) (9,24) 166,96Fidep 137.470 0,0614 4,39 2,95 213,96FHesa 54.069 128,9602 0.41 (4,05) 142,96Finasa Ações 1.472.404 10,9240 (1,00) (4,93) 171,52Rrlimest Ações 5.171 1,009 (0,06) 0,06 -FMALB 485.020 2,7052 (2,%) (7,97) 198,67Garantia 86.601 33,5505 5,48 4,74 197,33Geral do Comércio 123.091 11,6674 (1,83) (5,66) 145,45Industrial 292.697 38,7378 (0,75) (4,47) 168,92Inter-Atlântico 19.914 2.798,3889 (1,47) (8,37) 156,29 (3)Imesplan Cil 5,7852 11,53) (3,94) 78,66tehpe Ações 762.462 3,6992 (3,01) (6,75) 164,83ttnações 2.486.894 10,8760 (0,50) (6,44) 164,96ftaú Capital Market 6.860.557 16.4747 (0,70) (8,31) 157,95LDjicttd Ações 56.649 0.1568 (4,24) (10,45) 111,57Mercantil Ações 5.663 0,5900 . (6,50) 119,95

"'Mercantil do Brasil 489.737 (1,40) (8,17) 152.50Meridional Ações 795.946 3.2841 (2,19) (4,91) 180,07Montealbank 595.072 4.8760 3,41 (3,54) 207,95Montrealbank Ações 368.527 146,5810 2,75 (5,98) 174,11Morada 1.496 5,5319 5,25 0,67 118,65Mulliplic 950.359 1.697,6330 (1,36) (4,16) 134,24

•¦*•• Mulliplic 751 219.478 3.250,9150 2,59 (0,97) 162,82Noroeste CNA 30.986 2,6585 1,28 (1,99) 67,70(4)Paulo Willemsens 14.957 0,3419 (2,69) (6,41) 204,38Bllainvest Ações 372.132 16,7710 (1,42) (5,48) 154,02Plllainvest Condomínio 31.587 0,7050 (3,16) (6,99) 129,67Portinvest 5.186 6.489,5900 0,69 (5,52) 170,51Prime 113.458 0.5935 (2.62) (9,11) 170,34Real 4.302.372 7,9200 (3,77) (10,51) 148,33Rim 28.529 7,4744 (2,39) (6,63) 209,63Safra Ações 438.045 2.5580 (2,65) (6,82) 163,14

- Sdiahin Cury-FASC 22.669 91.2305 (4,57) (5,35) 210,27Seguridade 56.850 1,7990 90,61) (7.84) 218,58Unibanco 433.695 5.1670 (0,08) (6,57) 150,55'Tórremolinos 11.303 2,4968 —Estroctwa 13.203 321.3200 (0,92) 157,68

TOTAL 63.621.109

(1) A última informação disponível é de 13.05.1986.(2) Foi aberto ao público em 19.02.1986.

• (3) Foi aberto ao público em 27.01.1986.(4) Foi aberto ao público em 10.03.1986.

COMO GANHARDiNHEIRO

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DO ASSUNTO.Médicos, advogados, engenheiros precisam entender de.medicina, advocacia, engenharia e não de mercado decapitais. O Banco Multiplic de Investimento tem a equipede analistas mais competente que você pode encontrar.Profissionais que escolhem os melhores negócios, deacordo com a característica de cada cliente.Invista na Bolsa através dos analistas do Fundo de AçõesMultiplic. Na nossa profissão, como na sua, ganhardinheiro não é uma questão de sorte. Masde competência.

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Tabela deatualização

Esta tabela serve para calcularos valores dos aluguéis e sala-rios. Veja como se faz:Aluguel — Multiplicar o valoratual (fevereiro) pelo fator cor-respondente ao mês do últimoreajuste ou ao mês da assinatu-ia do contrato, se este foi feitoapós fevereiro de 1985. O re-sultado deve ser multiplicadopor 0,5266 (contrato anual) oupor 0,7307 (semestral). Con-verter o resultado para cruza-dos, dividindo o valor por1.000. Este cálculo vale para osaluguéis de marco em diante.Salários — Multiplicar o valorrecebido mês a mês, a partir desetembro de 1985, pelo fatorcorrespondente a cada mês. So-mar os números e dividi-los porseis. O resultado deve ser mui-tiplicado por 1,08 e convertidoem cruzados, dividindo-se por1.000.1985 Março 3.14921985 Abril 2.89451985 Maio 2,71121985 Junho 2,51711985 Julho 2,30361985 Agosto 2,05491985 Setembro 1,83511985 Outubro 1,67431985 Novembro 1,50681985 Dezembro 1,32921986 Janeiro 1,14361986 Fevereiro 1,0000

Tabela deconversão

Todos os carnes de prestaçãoe as dividas em cruzeiros de-vem ser convertidos em cruza-dos. Para fazer a conversão,procure na tabela o dia em quea conta tem que ser paga. Divi-da o valor da conta (em cruzei-ros) pelo número que você en-contra na tabela. O resultadoda divisão é o valor a ser pago.

Maio/86DIA Cr$/Cz$19 1.413,0120 1.419,3721 1.425,7622 1.432,1723 1.438,6224 1.445,0925 1.451,5926 1.458,1327 1.464,6928 1.471,2829 1.477,9030 1.484,5531 1.491,23

Junho/861.497,941.504,681.511,451.518,251.525,091.513,951.538,84

8...: 1.545,771.552,72

10 1.559,7111 1.566,7312 1.573,7813 1.580,8614 1.587,9815 1.595,1216 1.602,3017 1.609,5118 1.616,7519 1.624,0320 1.631,34

Lançamento de novas açõespode

"esquentar" o mercado

Empresários discutemopções de investimentoestrangeiro no Brasil

Vale a pena investir no Brasil? Cem empresários estrangeirosvêm participar do II Fórum Internacional sobre EconomiaBrasileira, nos próximos dias 26 e 27, e pretendem sair daqui comuma análise precisa da economia brasileira, para poderem respon-der na prática a essa indagação. Foram convidados quatroministros de Estado (Fazenda, Planejamento, Tecnologia e CasaCivil) para traçar um quadro quanto à viabilidade do Brasilenquanto investimento externo e responder às dúvidas de empre-sários estrangeiros e brasileiros.

O seminário, promovido pela EMF Foundation (EconomieMonde Fórum) com Apoio da Associação Brasileira das Compa-nhias Abertas, será realizado em um momento crítico, deaumento de consumo, face à confiança da população na políticaadotada de combate à inflação, mas que provocou um aquecimen-to e crescimento econômico. "Que só se sustentará se houverinvestimentos", diz o diretor executivo da Abrasca, EduardoLucano.

Um dos pratos de resistência do encontro será a discussãosobre transformação de dívida externa em capital de risco. Essetema deverá ser abordado pelo diretor da área externa do. BancoCentral, Carlos Eduardo cie Freitas, durante palestra sobre asperspectivas do setor externo. Luiz Gonzaga Belluzo, chefe daassessoria econômica do Ministério da Fazenda, falará sobre areforma monetária.

Serão realizados também cinco painéis setoriais sobre indús-tria, finanças, comércio internacional, recursos naturais e tecnolo-gia. Sobre indústria falará Mário Amatto, presidente eleito daFIESP, e José Castanheira, do CDI; na parte de finanças, opresidente em exercício do BNDES, André Franco MontoroFilho, o diretor da CVM, Rogério Martins, o presidente daFederação de Bancos, Antônio Pádua Rocha Diniz; de comérciointernacional falarão o diretor da Cacex e o presidente daAssociação dos Exportadores Brasileiros; de tecnologia, JoséRubens Dória Porto, da SEI, Mathias Machline, da Sharp, eAntônio Carlos Gil, da SID Informática e sobre recursos naturaisfalará Agilberto Pires, da Companhia Vale do Rio Doce.

A nova realidade econômica brasileira e a situação externa dopaís serão os principais assuntos do II Fórum, que será realizadono Hotel Intercontinental do Rio. Criado em 1971, o EMFFoudation é um órgão independente, sem fins lucrativos, traba-lhando sob a supervisão legal do governo da Suiça. Seu objetivoprincipal é aproximar, através de seus inúmeros encontrosrealizados em vários países do mundo, as lideranças empresáriasdos dirigentes governamentais. No Brasil a entidade é conhecidanos meios empresariais pelo seu simpósio anual realizado emDavos, na Suiça, que reúne mais de 600 empresários do mundointeiro.

Com o mercado primário (de lançamentode novas ações) bastante aquecido, as bolsasde valores mantiveram na semana passada atendência de queda dos preços dos papéis. Oritmo de queda foi menos acentuado do quenas duas semanas anteriores e alguns papéisvoltaram a ser oferecidos a níveis de preçoatraentes.

O mercado começa a trabalhar com expec-tativas de ganhos mais realistas, compatíveiscom as possibilidades de cada uma das empre-sas listadas em bolsa de apurar bons lucros emseus balanços desse exercício. Depois de anali-sar estudo sobre as bolsas de valores noexterior, o presidente da CVM (Comissão deValores Mobiliários), Victório Cabral, con-cluiu que a tendência de alta no mercado decapitais é um fenômeno mundial.

Mesmo sem dispor de números precisossobre a relação preços das ações e os lucros dasempresas projetados (P/L) nas bolsas brasilei-ras, o dirigente considera que o mercado deações está trabalhando dentro dos parâmetrosinternacionais. Já o presidente da Bolsa doRio, Enio Rodrigues, deve assumir um com-portamento de estabilidade até que o volumeexpressivo de lançamentos no mercado prima-rio e no secundário (venda de participaçõesacionárias, na maioria das vezes, através deleilão) sejam absorvidas.

Sâo operações que, de uma maneira geral,oferecem boa rentabilidade mas de difícilacesso aos investidores. A CVM, segundo seupresidente, está estudando maneiras de garan-tir uma maior pulverização dos lançamentos

de novas ações. Uma idéia em estudo é fixarmetas em relação ao número de subscritoresdo lançamento, antes de aprovar o pedido deregistro da emissão.

Nesta semana, a evolução dos preços das *

ações da Petrobrás deverá ser ditado pelais,notícias sobre a maneira pela qual o govern».]._irá transferir lucros da Petrobrás para ajudar a *$,

pagar as contas públicas. Também é esperada"a divulgação do balancete trimestral da Valedo Rio Doce, já em cruzados. J

Na terça-feira, na Bolsa do Rio, a,.... .BNDESPAR, subsidiária do BNDES, vai co-r ~!

locar em leilão 1 bilhão 950 milhões de açõespreferenciais da Corrêa Ribeiro S.A Còmérc.ôjjme Indústria, ao preço mínimo de Cz$ 21,00, o..,nlote de 1 mil ações. Na sexta-feira passada, o

''»

único negócio com o papel foi fechado a Cz$»iJp25,00, o lote padrão. .|.-ç>

A Corrêa Ribeiro, com sede em Salvador,é forte exportadora de cacau. Publicou balan- '

ço especial, com data de 28 de fevereiro e.V$',ireferente a onze meses, com lucro por ação de. jy»CzS 3,85 por 1 mil ações. A participação que a'^"BNDESPAR vai colocar em oferta, corres^p^ponde 21,40% do capital total da companhiap tí

Também deverá repercutir favoravelmen-.,.-..te a decisão do Conselho Monetário Nacional,' '

tomada na reunião da semana passada, dé H''autorizar as corretoras e distribuidoras erivgVí?prestarem ações ou recursos para os investidor.;., r.res operarem no mercado à vista, na chamada '

conta margem. A CVM deverá baixar uma;'instrução regulamentando a decisão, no prazode 15 dias.

¦-¦.'¦¦'.»¦ '^y.'i_-''\-^'^Ll--'j\-'-'-'j'i\e.----- ¦¦.'.-í-.<e..--e-.-.y.-.y.\^......^^.-..,'i-.';,'.'.'.-^.'.-yyyyyyy.-.y ' 'mL '-y: w.-.-. . J%y ¦'¦;•;.; :¦:.¦/¦_¦:-.•..•_.-. y'.emyy y-yl-y::;-:Juros ao consumidorINSTITUIÇÃO BENS DE CONSUMO CRÉDITO PESSOALRNANCBRA MÍN. MÁX. MÍN. MAX.ASSOCIADA MENSAL MENSAL MENSAL MENSAL

Bamerindus S.A. 2,80 3,44 2,80 3,58 \"{

Banerj 2,84 3,03 3,14 3,14Banestes 3,50 3,60 3,50 3,70 ABanorte 3,14 3,72 3,72 3,72 3.t;Battistella 3,00 3,72 3,00 3,72BBC Financeira 2,84 3,71 3,71 3,71Boavista 3,08 3,55 3,44 3,61 . pCédula 3,57 3,72 3,72 3,72Cia. Aymoré 3,15 3,72 3,72 3,72 _$&Dadalto 3,414 3,588 3,592 3,6888Econômico 3,025 3,607 3,025 3,607 ,Fiança 3,72 3,72 3.72 3,72Financ. Mappin 3,14 3,72 3,72 3,72Financ. Mesbla 3,49 3,66 3,72 3,72Fininvest 2,5955 3,7196 3,7196 3,7196 LrInvestcred 3,62 3,72 —

'—.

Lar Brasileiro 2,96 3,43 3,71 3,71 fl,.Losango 2,60 3,72 3,72 3,72 ILundgren 3,72 3,72 — ¦,'£Montrealbank Fin.* 1,84 1,94 — INacional S.A. 3,144 3,144 3,436 3,436 fl

Sul América CFI S/A | — — — ¦.'¦ a• Exclusivamente operações Inter-Companhias H

Retorno da inflação pressionouMutuários já podem pagar taxas dos títulos de renda fixa

es*

A confusão criada entre empresas de crédito imobiliário emutuários do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) que dese-jam pagar com antecipação uma série de prestações da casaprópria tende a ser resolvida a partir dessa semana. Com base emuma Resolução liberada pelo BNH há poucos dias, os agentesfinanceiros já puderam começar a calcular o valor dos saldosdevedores de seus mutuários, sem os quais não era possível aceitaro pagamento.

O mutuário, se desejar, poderá pagar antecipado um mínimode 12 prestações, conforme orientação da Associação Brasileiradas Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Essemesmo procedimento será adotado no caso de o comprador doimóvel desejar liquidar sua dívida. No caso de amortização, serãoeliminadas as últimas prestações do financiamento e isso nãorepresentará, necessariamente, uma redução proporcional donúmero de meses a pagar.

Com a Resolução do BNH, o cálculo do saldo devedor doSFH foi enquadrado nas novas normas que regem a economia dopaís. Agora, o saldo devedor será reajustado com base na OTN ena periodicidade que esse índice venha a ser alterado (antes eratrimestral, pela UPC). O valor-base para cálculo será o da data deassinatura do contrato de financiamento, e não mais o do primeirodia do trimestre civil.

As taxas de juros dos títulos de renda fixavoltaram a subir na semana passada, em decor-rencia da expectativa de retorno da inflação(0,78%), com as instituições financeiras ofere-cendo até 25% ao ano na emissão de certificadosde depósitos bancários (CDB). Os bancos deprimeira linha, todavia, só pagavam 22,5% aoano, mesmo assim para aplicações substanciaisde recursos.

Os bancos estaduais chegaram a oferecer até30% ao ano para as aplicações de seis meses deprazo, dada a escassez de recursos para investi-mentos mais longos. A menor taxa oferecidapelas instituições estaduais estava em 27% nosCDB de 60 dias.

Nas financeiras, as taxas de juros das letrasde câmbio estavam na faixa de 22 a 24% paragrandes lotes e entre 20 a 22% para quantiasmenos expressivas. A necessidade de captaçãode recursos é grande para permitir que as

financeiras possam dar conta dos pedidos definanciamento para compra de bens de consumo".*.'e crédito pessoal. Após o plano cruzado, houveuma expansão de 50% no volume de créditoconcedido.

Levantamento realizado pela Associaçãodas Empresas de Crédito, Investimentos e Fi-nanciamento (ADECIF) mostra que as financei-ras estão trabalhando com taxas de juros, nócrédito direto ao consumidor muito próximas do 1limite determinado pelo Banco Central (3,76%. Iao mês). A única instituição que está cobrandojuros mais baixos é a Nacional S.A., com 1,94%de taxa máxima.

No crédito pessoal, onde não é exigidacomprovação por nota fiscal, a taxa mais baixaestava sendo cobrada pelo Bamerindus, com.2,80% ao mês. Todas as demais financeiras.'tinham juros superiores a 3% ao mês.

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PELAJORENTABILIDADE MÉDIA

Até15 dc maio 1^

83,12 íAcumulado

em 1986até 15 de maio

A criação de um novo título público, a Letrado Banco Central, que renderá exatamente ataxa overnight (financiamentos por um dia nomercado aberto), deixou o mercado financeirona expectativa de que o governo venha a fazerprogressivamente uma troca dos títulos da divi-da pública em circulação (em sua grande maioriaObrigações do Tesouro Nacional). A troca be-neficiaria as instituições que têm posições relê-vantes de OTN prefixadas em tomo de 15% aoano e que teriam perdas acentuadas caso ainflação voltasse a surgir, forçando uma eleva-ção nas taxas de juros (e com isso uma queda nascotações dos títulos em mercado).

Mas para as instituições que estão atuandoapenas na compra e venda de títulos, financian-do diariamente suas posições no mercado, onovo papel não trará nenhuma vantagem, namedida em que renderá a mesma coisa que terãode pagar aos investidores que aplicaram osrecursos overnight.

Para o Banco Central, no entanto, os novostítulos serão um instrumento precioso na condu-ção da política monetária, regulando a liquidezda economia. E têm a vantagem de não pressio-nar as taxas de juros nos leilões, na medida emque as LBC serão negociados pelo seu valor deface e rendem exatamente a taxaovernight nosseus períodos de vida. Na prática haverá umanova indexação, só que determinada pelo custodo dinheiro, que é balizado, direta ou indireta-mente, pelo Banco Central no dia a dia do openmarket. ••'*>

Na semana passada, no leilão mensal deOTN o Banco Central emitiu 200 milhões detítulos, de dois anos de prazo, mas preferiumantê-los na sua própria carteira. Certamente:agora, para compensar os resgates que vem'fazendo dos títulos da dívida que estão vencen-do, o BC fará uma venda das Letras novas, quea perderão de prazo de até um ano.

INDICADORES ECONÔMICOS

DOCAS^SA. e,ebraC.G.C 33.433.665/0001-48 ELEBRA S A. ELETRÔNICA BRASILEIRA

C.G.C. 53.843.777/0001-84

p1-1 8B9

COMPANHIAS ABERTAS

AVISO AOS ACIONISTASgjMMIMMa-BlüliM

Comunicamos aos Senhores Acionistas de DOCAS S.A. eda ELEBRA S.A. ELETRÔNICA BRASILEIRA que a par-tir de 19 de maio de 1986, o Setor de Ações destas So-ciedades estará atendendo na Avenida Almirante Barroson9 52 - Grupo 802 ou pelo Telefone 220-6754.

A DIRETORIA HEflU 1&®ssíEasBgmBRi&!si^;rtttBgfm—wa~mmwi~mmÊiim^^

SAO NEGOCIADASKA5KUASM VMOÍIS

Inflaçlo IPCA do IBGE — (%)

Acum.19(5 Mensal no Ano 6 Meses 12 MesesMar 12.78 40.82 90.11 232,22Abr 8.80 53.21 86.57 230.91Mai 6.76 63.57 80.50 221,52Jun 7.71 76.18 76,17 220.24Jul 9.27 92.52 67.98 210.71Ago 12.10 115.81 72.84 224.55Set 11.98 141.67 71.60 226.27Out 9.60 164.87 72.86 222,53Nov 11,12 194.32 79.91 224.79Dez 13.36 233.65 89.35 233,651986Jan 16,23 16.23 101.4 238.36Fev (1) 14.36 32.9 105.48 255.16Fev (2) 11.23 - —Mar -0.11 — _

. ,—

(1). inflação média do penodo que vai de 15 de laneiro a lb delevereiro em relação à de 15 de dezembro 15 de janeiro.

Produção Industrial IBQE (virlncéo — %)

IBGE (variação — %)1986 Mensal No Ano 12MesesJan 3,39 15.68 7.62 .Fev 7.08 8.76 6,89Mar 11.41 9.46 8,03Abr 9.9 9.23 7.88'Mai 11.51 7,04 7,58-Jun 2.18 6.08 7.09Jul 9.81 6.64 7.03Ago 1.89 6.81 7.17,.Set 1.20 7.50 7.91Out 12.92 7.93 7.82'Nov 10.03 8.13 8.02Dez 12.14 8.45 8,45Jan 11.91 11.91 8.32Fev 13,09 12.32 9.14 •

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JORNAL DO BRASILESPORTE

Rio de Janeiro — Segunda-feira, 19 de maio dc 1986

Zico e Cerezo têm só três dias de prazoCidade do México — Fotos de Almir Veiga JL

Cidade do México — O prazopara Zico e Cerezo encurtou.Telê decidiu que se eles nãopuderem entrar em campo paraparticipar do treinamento dequarta-feira serão cortados daSeleção, apesar de o prazo parainscrições terminar na sexta-feira. Telê tem um objetivo cia-ro: quer escalar nos últimos trei-nàmentos a equipe para a es-tréia no Mundial, com a Espa-nha. Há uma chance, muito re-mota, de o prazo ser estendidomais um pouco. Vai dependerde alguns fatores, um delesemocional.

— Posso até aguardar atésexta-feira, em consideração aosjogadores, mas acho que não vaiadiantar nada — admitiu Telê.— Confesso que acho impossí-vel o quadro clínico de Zico eCerezo mudar em dois dias.Diante dessa realidade, vou de-finir logo o time, para que possaganhar conjunto para a estréia.

Telê já não está indeciso.Embora não diga claramente, jádefiniu a equipe titular, a essaequipe não tem Zico nem Cere-zú. Nos últimos treinos a Sele-ção deve atuar com Carlos, Josi-mar, Júlio César. Edinho e Jú-ntor; Alemão, Falcão, Sócratese Dirceu (Silas); Muller e Casa-grande. A indecisão quanto aDirceu também é puramentemédica. Se ele estiver recupera-do será titular.

Edson cai.E mais um quese machuca

• A Seleção do Brasil tramava umajogada na intermediária do campo doAtlante. O lateral Edson correu da direi-ta para o meio da área, mas caiu no meiodõ caminho e não conseguiu mais selevantar. O médico Neilor Lasmar correupara socorrer o jogador e logo que perce-beu a gravidade da contusão gritou pelomassagista Paulinho.

Edson, com muitas dores no tornoze- *lo direito, não conseguiu mesmo ficar depé sozinho e foi amparado até cair deita-do junto à baliza do Atlante. O médicopassava a mão sobre o tornozelo dojogador, a fim de verificar o local exatoda torção, enquanto o jogador explicavaque o seu pé virou numa irregular dogramado, confirmando que a dor não lhepermitiu ficar de pé.

Enquanto o médico continuava ali-sando o tornozelo dc Edson, o massagistaquebrava pedaços de gelo dentro de umatoalha batendo forte contra uma dastraves do goleiro Souto, que apenas ob-servava com cara de espanto as reclama-ções de Edson e a violência de Paulinhona tarefa de quebrar o gelo contra suabaliza.

Com a ajuda do massagista, o médicocolocou a toalha,cheia de gelo sobre opeito do pé de Edson. O treino, já nosegundo tempo, continuava correndo.Edson se acalma e fica em silencio. Juntocom Neilor e Paulinho, ve a entrada deJosimar em seu lugar.

O treino está chegando ao fim ecomeça a chover forte. O médico retira atoalha e imobiliza o pé do jogador comatadura. Edson sc levanta amparado e,com muita dificuldade, vai caminhandoem direção à concentração, que fica pró-xima ao campo. O Brasil já vencia por 2 a1 e Josimar era um dos destaques dolime.

— Não posso ficar fora da Copa.Tenho de me recuperar e treinar naquarta-feira, pois corro o risco de encon-trar dificuldades para se titular. Isto nãopodia acontecer, logo agora que estavatudo pronto para o Mundial. Sou umjiomem de coragem. Tenho certeza deqúe isto náo será nada — disse Edson.

O médico Neilor Lasmar explicouque só dali a 24 horas poderia avaliar agravidade da contusão:

— Parece que a torção não foi muitoforte, mas se o tornozelo amanhecerinchado, ele (Edson) terá de ser afastadodos treinamentos.

Alguns brasileiros que viam o treinonas arquibancadas, embora lamentassema contusão de Edson, manifestavam aopinião de que o time não iria perdermuito. Já que não contava mais com otalento de Leandro, o melhor era mesmotestar Josimar. que vem-se destacando eacabou aplaudido no fim do treino deontem.

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Sócrates, Nabi, Zico e Neilor assistem ao treino. Pelo menos na aparência, todos muitos tranqüi

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Mas a traiu{üilidade seria interrompida logo depois, quando Edson tornou-se mais um problema da Seleção

Mais Seleção Brasileira e Copa do Mundo nas páginas 4, 5 e 8

João Saldanha

Guerra das estrelas—ICIDADE

DO MÉXICO — Vamosaos prognósticos das equipes.

Gostaria cie fazer tudo de uma vez masseria necessário um jornal inteiro.Quanto à nossa equipe, o Brasil, entrano Grupo D. Por enquanto, se faznotar apenas pelo excessivo e absurdonúmero de contusões. Uma planifica-ção desastrosa, de incertezas, insegu-rança, viagens exaustivas, concentra-ções rígidas e um trabalho muito duroem cima de organismos cansados ementes ansiosas.

Bem. temos o Grupo 2, com Bélgi-ca. México, Paraguai e Iraque quedisputarão as duas vagas na Cidade doMéxico e em Toluca. O favorito doGrupo é o México, dono de casa efortemente apoiado pela torcida. Aequipe está bem treinada e o pouco

que se viu dá impressão melhor do quea de 1970. Pelo menos o povo estámais confiante, apesar da derrota noamistoso contra a Inglaterra. Conse-guiu no sorteio um grupo bastantefavorável. Sim, estou certo de que scclassificará.

Bélgica: Um excelente time e umaótima concepção de futebol. E gostamde fumar um bom charuto durante umjogo. Na Bélgica, se costuma dizerquando a partida não agradou que"fumamos um péssimo charuto". So-bre esta seleção, eles têm grandesesperanças. Se classificará no grupo?Mais adiante, não sei. Ganha trêsestrelas, com muita facilidade.

Paraguai: Ateo assim como a Bul-gária em seu Grupo. Tem um timebem atrevido. Nunez,- Romerito e Ca-

banãs são jogadores de primeira classeem qualquer país. Na eliminatória, nosderam um grande calor, principalmen-te na partida jogada no Brasil. Ga-nhou depois a repescagem contra asboas equipes do Chile e Peru. Como aBulgária cm seu Grupo, o Paraguaipode ir mais longe. E uma equipe trêsestrelas.

Iraque: Pouco se conhece do Ira-que. Já teve o grande mérito dc vir àsfinais. Me parece o mais fraco doGrupo e dificilmente se classificará.Seria uma tremenda surpresa. Equipede uma estrela.

Então, no Grupo teremos México,Bélgica e Paraguai para duas vagas.Dono da casa deve passar. Os outros évida ou morte.

SERÁ QUEDA PRANo Consórcio União você ganha com certeza. Por grupo, são pelo menos duasentregas por mês: uma ou mais por lance e outra por sorteio.

Buenos Aiies, 111 • 221 -5757 «COPA N S" de Copacabana. "45 -235-1337• TIJUCA Barão ae Mesquita. 238 - 228-6980 • NOVA IGUAÇU Otávio tar-

¦ 767-4890» NITERÓI-lui.-L F Pinheiro, 572'1102 (antiga Barão /-#~K1,/~-/-i/ , i ;MU/n717-8066 / 717-9012 UJNXJKUU l INAUquino, 173-

do Amazonas; -

Se dependesse domédico, seria já

Se o corte de Zico e Cerezo dependerapenas da opinião do médico NeylorLasmar — a única opinião válida —, eleserá inevitável. Neilor, baseado no qua-dro clínico de ontem, não tem a menordúvida de que os dois não têm condiçõesde disputar a Copa do Mundo. Mas eleadmite esperar um pouco mais e dá razãoa Telê, que quer aguardar até, pelojBienos, quarta-feira.

— Em Medicina a não se pode dizerexatamente o que vai acontecer no diaseguinte. Analisamos a situação do mo-mento. i Hoje, Zico e Cerezo não têmcondições de jogar. Por isso eu cortaria,se tivesse que fazer a relação hoje. Nãovou discutir a hipótese de eles melhora-rem, ou não, durante a competição. Nãovou dizer ao Telê que Zico e Cerezopoderão entrar no segundo ou terceirojogo. Isso eu não faço, nem médicoalgum pode fazer.

Neilor admitiu que Telê pediu paraque ele desse aos dois jogadores umaoportunidade maior de lutar pela recupe-ração. Mas garantiu também que nãolutará contra o diagnóstico se ele forcontrário à permanência de Zico e Cere-zo na Seleção.

— Nossa esperança é de que o qua-dro se modifique completamente. Se esti-ver como agora, não haverá a menorchance. Será melhor, então, contar comos jogadores que estiverem em boas con-dições. O Zico é nossa maior estrela, masse não puder jogar não vai adiantar nada.O Cerezo também é excelente, mas sepuder correr o tempo todo.

Já Alemão e Dirceu estão pratica-mente recuperados. Dirceu começou acorrer e Alemão, já sem a imobilização,fez exercícios localizados.

0 espião daEspanha olhou jo meio-campo

Adalid Cabrera, correspondente deagência espanhola de notícias EFE,confessou durante o treino coletivo doBrasil com o Atlante que estava alicomo um misto de jornalista e infor-mante do técnico da Espanha, MiguelMunoz. Muiioz estaria interessado emsaber principalmente como se compor-ta o meio-campo brasileiro quando éatacado em velocidade nos contra-ataques. E ele iria observar atentamen-te este detalhe.

Ao terminar o primeiro tempo trei-no Cabrera parecia meio desanimado:

— Esse time do Atlante nâo estáajudando nada. É lento, não sai comforça para o ataque e -até parece queestá aí para ajudar o Brasil a despistar aSeleção da Espanha. Só fiz uma anota-ção para Munoz, no do gol dos mexica-nos. Os jogadores da defesa do Brasilestavam rigorosamente jogando em li-nha. O Edinho ficou sozinho, não teveninguém na sua cobertura. Foi interes-sante, mas é pouco.

Se Cabrera estava confuso no pri-meiro tempo, no segundo piorou. Otime do Atlante se fechou na defesa eraramente passou da intermediária. Ocaderno do espião ficou em branco. Jáfora do Centro de Capacitação, Cabre-ra reconheceu que o time mexicano erafraco e nada exigiu do meio-campobrasileiro.

— Uma coisa, no entanto, eu voudizer ao Miguel, sem medo de errar: oFalcão, apesar da sua indiscutível cate-goria, parece fora da sua melhor formae será bom a Espanha forçar o jogopelo seu setor. Pude observar que elenão acompanha a movimentação doscompanheiros e precisa sempre de so-corro para matar as jogadas. E umafalha que pode ajudar muito a Espanhano jogo da estréia. No mais, o meutrabalho foi realmente prejudicado pe-Ia pouca categoria do time local. Masdeu para tirar uma conclusão: para oBrasil ganhar a Copa do Mundo estáfaltando muito. Até talento, que sobra-va em épocas passadas.

Equipe JB no México

Vicente Senna (coordenação),Armando Calvano, Antônio MariaFilho, Araújo Netto, Cláudio Ârre-guy, Eloir Maciel, João Saldanha,Jorge Peni, Oldemário Touguinhó,Paulo César Vasconcellos. RobertoPrado e Sérgio Rodrigues (textos),Alberto Ferreira, Almir Veiga e AriGomes (fotos).

2 O ESPORTES 0 segunda-feira, 19/5/86 Esportes JORNAL DO BRASIXi

Bola DivididaFotos de Delfim Vieira

A Seleção Brasileira voltou a decepcio-nar, treinando muito mal ontem, no

México, contra o Atlante, medíocre equipe desegunda divisão, que ainda outro dia, na CostaRica, perdeu para um time misto do Botafogo.

O Atlante erà mais um desses adversáriosfracotes, muito ao gosto de Telê Santana e suacomissão, para dar moral à troPa. Mas, igual atantos outros "sparrings" iguais, o treino resul-tou num fracasso, frustrando aos que pelaprimeira vez assistiam à Seleção Brasileiramodelo 86, e podiam julgar um tanto exagera-das as críticas que se faziam.

A mesma ausência de um esquema tático,a habitual lentidão, os passes errados, geral-mente para os lados, a falta de agressividade, aconfusão enfim marca registrada desses trêsmeses de treinamento.

O treino constatou ainda que Falcão,Sócrates e Oscar continuam devendo o seumelhor futebol e outros como Careca, Muller,Silas, Edivaldo e Elzo, precisam vencer ainibição e jogar o futebol que sabem.

Como de praxe, o treino forneceu tambémo contundido do dia. É ele Edson, com torsãono tornozelo, a contusão epidêmica da Sele-ção. Agora são cinco os jogadores recolhidos àenfermaria: Zico, Cerezo, Dirceu, Alemão eEdson. Todos eles têm o prazo de mais quatrodias para se recuperar. Caso não consigam,serão dispensados e novos jogadores ocuparãosuas vagas. Toda essa expectativa, no entanto,só vai contribuir para aumentar a tensão domi-nante.

Por isso, a duas semanas da estréia naCopa, nenhum apelo publicitário conseguesensibilizar o torcedor e convencê-lo a empu-nhar confiante a sua bandeira ou a enfeitaralegre a sua rua. Ele continua naquela atitudeentre a revolta pelos desmandos dos cartolas ea indefinição de Telê, e uma quase indiferençapela sorte de sua Seleção.

O time saiu daqui carregado de proble-mas, o último estourado lá mesmo no aeropor-to, com a desistência de Leandro. Pensava-se,porém, que no México, livre das pressões, oambiente haveria de melhorar. Ledo engano.Ao contrário: só fez se agravar. Surgiu umaimpressionante seqüência de contusões, atin-gindo jogadores importantes e cortando ozagueiro Mozer. O drama vivido por Zico,nesta altura, tornou-se irreversível.

Para aumentar o nervosismo geral, com avolta do chefete José Maria Marin, a SãoPaulo, onde tentou jogar o PFL, que preside,nos braços de Maluf, Nabi Abi deu de investircontra os repórteres, proibindo que entrassemna concentração e provocando violentas repre-sálias.

Nesse clima agitado é evidente o domínioda intranqüilidade. Ninguém tem sossego parase concentrar na Copa. Dentro de 13 dias, aSeleção estará entrando em campo para en-frentar a Espanha e essa gente do comandoprecisa pensar na responsabilidade que assu-miu. Do Brasil, 130 milhões estarão torcendopor um resultado favorável ou pelo menosdesejando que o futebol brasileiro não dêvexame. A confiança não é grande, mas sem-pre existe um resto de esperança.

É nesta esperança que devemos nos agar-rar, deixando de lado os Nabis, e Marins, quedeles não se espera e não se deseja nada. Nemeles podem se ligar a um possível sucesso parao qual nada fizeram a não ser atrapalhar comseguidas provas de incompetência, de irrespon-sabilidade e de gestos de prepotência.

A confiança deve ser dada aos jogadores.Eles não tm culpa do primarismo dos dirigen-tes e precisam se saber apoiados pelos torcedo-res para, na hora, mostrarem o talento e acategoria do futebol que a maioria, inegável-mente, possuí.

Vamos todos torcer pela Seleção. O restoque trate de aproveitar as mordomias e outrasmamatas, porque depois da Copa elas vãoacabar.

O Campeonato do Rio deu também deimitar a desorganização da CBF de Nabi. Seusjogos ou não terminam ou nem chegam a

, começar. O Americano, de Campos; porexemplo, não precisa de jogadores: basta-lhe

. um bom advogado.O Americano tem quatro pontos a ganhar

no tapetão: dois do Vasco e dois do Fluminen-se. A continuar assim, de ponto em ponto," pode até chegar a um segundo lugar. CaixaD'Água está lá mesmo para garantir.

¦Histórias: Telefona-me, agitado comosempre, o jornalista Willian Prado, muitopreocupado com os rumos da Seleção. Fala da

. falta de um time, de um esquema, do fracorendimento apresentado por jogadores queconsidera chaves.

Lamenta os contundidos e aí diz de re-pente:— Soube agora de duas notícias terríveis.A primeira é a de que Zico não se recuperou.E a segunda é que Dirceu se recuperou.

Sandro Moreyra

BRASIL

CABiCA.

Maurício recebeu üvre na entrada da pequena área e chutou forte, entre as pernas de Paulo sergio, empatando o jogo

América acredita, luta e vira o jogoMarco Antônio Ribeiro ¦

O futebol passou distante, bem distante, doMaracanã ontem. Vasco e América fizeram umadas piores partidas do campeonato, recheada depasses errados, faltas desnecessárias, chutõespara a frente, lentidão. Venceu o América (2 a1), graças à única coisa que apresentou: força devontade. Fe o América lutou. Em nenhummomento acreditou na derrota que parecia irre-versível pelo menos no primeiro tempo.

O Vasco, enredado em uma auto-suficiênciainjustificável, acreditou ho ilusório domínio queexerceu no começo do jogo e ficou esperando osgols acontecerem. Fez 1 a 0, na única jogada deRomário — dominou na área e chutou semdefesa para Pimenta —, perdeu algumas opor-tunidades por absoluto desleixo e saiu de campocom o empate, conseguido pelo América tam-bém na sua única investida coordenada.

O gol de Maurício, um dos raros destaquesdo jogo, provocou a primeira confusão. Elerecebeu o passe de Renato dentro da área, livre,e chutou entre as pernas de Paulo Sérgio. O timedo Vasco correu para pedir impedimento, mas o"fraco juiz Luís Carlos Gonçalves manteve suadecisão inicial.

Mal começou o segundo tempo e o Américafez seu segundo gol, aproveitando falha do setordireito do Vasco. Renato recebeu livre na entra-da da área e chutou forte, cruzado. Com avantagem, o América recuou e passou a tentarexplorar única e exclusivamente os contra-ataques.

E, dentro de suas limitações táticas e técni-cas, recuou bem. Acabaram-se definitivamenteos espaços para as arrancadas de Mauricinho eas tabelas entre Roberto e Romário. Como seumeio-campo estava muito mal, o Vasco ficoutambém sem toque de bola e esbarrou semprenos chutões de Bene e Zedflson.

Antônio Lopes ainda tentou alguma coisaao lançar Henrique e Santos, mais agressivos.De nada adiantou.

Vasco 1x2 AméricaLocal: Maracanã.Renda: Cz$ 442 mil 380.Público: 16 mil 466 pagantes.Juiz: Luis Carlos Gonçalves.Cartões amarelos: Paulo César (Vasco), Pola-co, Luisinho, Serglnho, Luis Carlos, Zedllson,Bene, Santos e Paulo Roberto.Vasco: Paulo Sérgio, Paulo Roberto, Donato,Fernando e Paulo César; Vítor (Henrique),Mazlnho (Santos) e Geovani; Mauricinho, Ro-berto e Romário.Técnico: Antônio Lopes.América: Pimenta, Polaco, Bene, Zedflson ePaulo César; Muller, Serglnho e Renato; Maurí-cio, Luisinho e Luis Carlos (César).Técnico: Djalma Cavalcanti.Gols: No primeito tempo, Romário (11 min) eMaurício (38 min); no segundo, Renato (2 min).

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CLASSIFICAÇÃOP6 J V E

-Fluminense 4 3 1-Vasco 4 3 0-Flamengo 4 2 1Goitacás 4 2

5-Bangu 2 2Botafogo 5 2Mesquita 4 1

8 -Olaria 4América 3

10 -CampoGrande 5Portuguesa 5

12 -Americano 2

D GP GC TPG0 6 1 221 81 9

1002

1 11 1

20

0 1

103121

2 10 1419 7

10 17

2421141519121211

Muller e Luís Carlos fecharam o caminho de Paulo Roberto

Lopes não sabe o que aconteceu

ResultadosAmérica 2x1 Vasco

Flamengo 4x0 PortuguesaOlaria 1x0 BotafogoBangu 3x0 Mesquita

Campo Grande 0x4 Goitacás

Próximos jogosQuarta-feira

América x BanguAmericano x Flamengo

Vasco x OlariaDomingo

Bangu x BotafogoMesquita x Vasco

Flamengo x GoitacásPortuguesa x Fluminense

Olaria x AméricaAmericano x Campo Grande

A surpreendente derrota sofrida pa-ra o América, quando o time era supe-rior ao adversário, deixou o técnicoAntônio Lopes irritado. Para ele, oVasco perdeu a oportunidade de liqui-dar o jogo quando tinha amplo domíniodas ações.

— O América aproveitou a únicachance que teve e o Vasco, inexplicável-mente, não se encontrou mais a partirdo gol marcado em claro impedimento.Não sei o que deu no time.

Para a partida de quarta-feira, com

o Olaria, em São Januário, o Vasco temo desfalque de Paulo Roberto, querecebeu o terceiro cartão amarelo. Serásubstituído por Heitor.

Cinco advogados do DepartamentoJurídico do clube estarão defendendo oVasco amanhã, quando o TJD julga asúmula da partida com o Americano,interrompida aos 32 minutos do segun-do tempo, quando o adversário venciade 3 a 2 e a torcida invadiu o campo deSão Januário para agredir os jogadoresdo Americano.

Técnico atribui sua vitória à féO técnico Djalma Cavalcanti atri-

buiu à fé dos jogadores no trabalho queestá desenvolvendo no Andaraí a res-ponsabilidade pela virada do Américasobre o Vasco. Foi sua primeira vitóriadesde que assumiu o cargo e Djalma, naeuforia pelo resultado, achou que oAmérica merecia ter vencido por umadiferença maior.

— As nossas chances de gol forammais objetivas que as do Vasco —comentou, enquanto informava que ossubstitutos de Polaco e Zedilson —

receberam o terceiro cartão amarelo —na partida de quinta-feira, com o Ban-gu, em São Januário, serão Arildo eNélio.

Outro problema que o treinadorpode ter para este jogo é Serginho. Eleestá sem contrato desde que terminouseu empréstimo ao Santos e, pela novaregulamentação da Lei do Passe, nãotem mais obrigação de atuar.

— Se não renovar, não entro maisem campo e vou aguardar a fixação dopreçodo passe — disse.

Renato criou eainda fez gol

Pimenta — Nota 5. Complicou lances fáceis equase impede a vitória do seu time.Polaco — Nota 6. Não foi o lateral afoito deoutros jogos, preocupado com Romário. Um'bom chute, em cobrança de falta, e determina-ção para cortar os ataques.Bene — Nota 6. Muito mal no começo, melho:'rou depois, quando seu meio-campo recuou""para segurar a vitória. Limitado, sua primeiraopção era o chutão para qualquer lugar.Zedflson — Nota 6. No mesmo nível de Bene,teve o cuidado de evitar faltas próximas daárea. Mostrou determinação e boa impulsão.Paulo César — Nota 7. Depois que conseguiuencontrar o tempo ideal para dar combate aMauricinho, foi absoluto. Não tentou apoiar, éverdade, mas evitou a jogada mais perigosa do .Vasco.Muller — Nota 6. Muita luta e combate. Valeu -principalmente pelo espírito de sacrifício.Serginho — Nota 6. Outro que apareceu pelaluta constante, embora pouco técnico. Fezprevalecer a determinarão na briga pela nosseda bola.Renato — Nota 7. O mais técnico do meio-campo. Procurou sempre a melhor jogada, osdribles e lançamentos. Fez um belo gol e voltoupara garantir a vitória.Maurício — Nota 7. Ganhou com sobras oduelo com Paulo César. Começou a jogada queacabou no seu gol, o primeiro do América, eobrigou o Vasco a deixar semore alguém nacobertura.Luisinho — Nota 6. Brigou, xingou, reclamou,.driblou, combateu Só não conseguiu dar conti- ..nuidade às jogadas.Luís Carlos—Nota 5. Entrou em campo com adeterminaçãona marcação e fez isso até cansar.César (nota 5) nâo arriscou nada. Ficou láatrás, compondo o bnlo de jogadores que oAmérica plantou na entrada da área.

Luta de Robertofoi desperdiçada

Paulo Sérgio — Nota 6. Os dois chutes quechegaram ao gol entraram. Limitou-se a repora bola em jogo e a orientar a defesa, quasesempre malcolocada.Paulo Roberto — Nota 6. Dominou a lateral-direita, mas não conseguiu concluir as jogadasde apoio ao ataque.Donato — Nota 6. Perdeu o combate direito aLuisinho e não teve competência para sairjogando.Fernando — Nota 6. Malcolocado, não conse-guiu cobrir o lateral Paulo César e permitiu ochute de Renato. Apesar dessa falha, foi oúnico da defesa a mostrar alguma técnica.Paulo César — Nota 3. Envolvido por Maurícioe totalmente dispersivo no apoio.Vítor—Nota 4. Lento e falho na saída de bola.Pareceu cansado e sem ritmo. Henrique (nota3) entrou para dar mais força ao meio-campo ecometeu erros primários.Mazinho — Nota 4. Limitou-se a destruir, semmuita convicção. Lento e falho no apoio.Santos (nota 4) entrou e ajudou a embolarainda mais o já complicado ataque.Geovani — Nota 5. Um começo razoável,quando acertou alguns lançamentos, e maisnada. No segundo tempo errou praticamentetodos os lançamentos que tentou.Mauricinho — Nota 3. Um começo animador,bem ao seu estilo, e um final melancólico. Foidominado pelo lateral Paulo César e nãoconseguiu encontrar espaços para os dribles.Roberto — Nota 7. O único jogador lúcido doataque. Criou algumas oportunidades invaria-velmente perdidas por Romário e, mais tarde,Henrique.Romário — Nota 4. Fez um belo gol, com acalma de sempre quando está na área. Depoissumiu do jogo. Perdeu lances infantis e mos-tFOu novamente seu grande defeito: esqueceque há outros jogadores em campo.

JORNAL DO BRASIL Esportes segunda-feira, 19/5/86 0 ESPORTES 0 3

Torcida aplaude Leandro (e goleada): 7. nassaram a tocar a bola e Leandro. Foto de Gilson Barreto

Paulo Gama

O Flamengo, com excelente atuaçãodc seu meio-campo, principalmente deAílton, o melhor em campo, derrotou aPortuguesa, ontem à tarde no EstádioCalo Martins, por 5 a 0. Leandro, quecompletou 300 jogos com a camisa doclube e foi aplaudido pela torcida, teveboa-atuação mas admitiu depois da parti-da que sentiu dores no joelho esquerdo,em conseqüência de uma tendinite, que,segundo ele, já o incomoda há trêsmeses:í;_ poi bom voltar a jogar na zaga,posição em que me sinto bem. O Flamen-go fez ótima partida, e modéstia à parte,acho que minha experiência foi útil, poistranqüilizei a garotada. Vou jogar a últi-ma partida do segundo turno e durante ointervalo para a Copa pedirei aos dirigen-tes:um repouso de 20 dias para merecuperar adequadamente.

A partida foi muito fácil para oFlamengo. Além da fragilidade do timeda Portuguesa, que dava muitos espaçospara os jogadores do Flamengo, a presen-ça de dois veteranos, Russo e PaulinhoCarioca, em seu meio-campo, não permi-tia acompanhar a velocidade do adversa-rio,:principalmente de Aílton, que jogouemsua verdadeira posição (apoiador) eagradou.

Com o gol de Aílton, logo aos 9 minde jogo, depois de excelente jogada deAdilio, a defesa da Portuguesa se abriu, eo Flamengo não encontrou dificuldadespara penetrar. Percebendo a fragilidadedo adversário, os jogadores do Flamengo

passaram a tocar a bola e Leandro,principalmente, preferiu ficar plantado,sem se arriscar muito no apoio ao ataque.Como o jogo ficou monótono, a torcidareclamou. Atendendo aos apelos dos tor-cedores, o Flamengo voltou a forçar oritmo e chegou aos 2 a 0, numa lindajogada de Adilio, que Andrade concluiucom categoria.

No segundo tempo o Flamengo jogoucom mais velocidade e o cansaço dosjogadores da Portuguesa, principalmenteno meio-campo, permitiu a goleada. Aíl-ton aumentou para três em outra boajogada de Adilio. Jorginho e Zinho fize-ram o quarto e o quinto quando a Portu-guesa já se arrastava em campo.

Flamengo 5x0 PortuguesaLocal: Estádio Caio MartinsRenda: Cz$ 85 mil 905Público: 4 mil 433 pagantesJuiz: Roberto CostaCartão amarelo: Sérgio RobertoFlamengo: Zé Carlos, Jorginho, Lean-dro Aldair e Adalberto; Andrade, Adilio(Valtinho) e Aílton; Carlinhos Vinícius eJúlio César (Zinho).Técnico: LazàroniPortuguesa: Jorge Lourenço, Baiano,Sérgio Roberto, Cláudio e Marco Aurélio;Russo, Chico e Paulinho Carioca; JoãoMauro, Guto e Emâni (Jorge).Técnico: Sérgio CosmeGols: No primeiro tempo, Aílton, aos 9min, e Andrade, aos 36 min. No segundotempo: Aílton, aos 4 min, Jorginho, aos22 min e Zinho, aos 32min.

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^_JA Portuguesa não resistiu nem na simples disputa da bola

O fim de um invicto. E Moisés não vêFoto de Luiz Morier

Carlos Aurélio Miranda

Com dois gols em apenas um minuto,o Bangu conseguiu sua segunda vitória naTaça Rio e acabou com a invencibilidadedo Mesquita em seu campo. Depois deum primeiro tempo em ritmo lento, oBangu contou com mais velocidade nosegundo, principalmente pelo lado direi-to com Marinho, que fez o terceiro gol noúltimo minuto.

O auxiliar técnico Paulo Lumumbaassumiu interinamente no lugar de Moi-sés e disse ter contado com a sorte em suaestréia. O técnico do Mesquita, RenêSimões, criticou a lentidão do time e afalta de criatividade do meio-campo. Opatrono do Bangu, Castor de Andrade,após o jogo, negou que já tenha acertadocom Jair Pereira para substituir Moisés.

O jogo começou frio. So melhorouum pouco após os gols de Ricardo e Ado,aos 10 e 11 minutos do segundo tempo.Logo no começo, o Bangu perdeu Artur-zinho, atingido com violência por MarcoAntônio no tornozelo esquerdo.

Os dois ataques pouco produziramno primeiro tempo e tiveram duas opor-tunidades de gol cada um. No segundo,ao contrário, o Bangu acertou rápidoscontra-ataques, sempre pela direita, econsegiu os três gols aproveitando o ven-to constante e forte. Os atacantes doBangu levantaram seguidas bolas na áreaadversária e tiveram êxito duas vezesseguidas com Ricardo e Ado, que cabe-

cearam livres ante a indecisão do goleiroSanderson e dos zagueiros Lutio e MarcoAntônio. Renê Simões fez duas substitui-ções, mas o time do Mesquita continuoulento e sem produzir jogadas de ataque.O goleiro do Bangu, Gilmar, quase nadafez no jogo.

O Bangu ainda teve uma bola chuta-da no travessão por Fernando antes doterceiro gol de Marinho aproveitandorebote da defesa do Mesquita após maisum cruzamento da linha de fundo. Nofinal do jogo, a torcida do Mesquita teveque ouvir a alegre bandinha do Bangu eaceitar a perda da invencibilidade.

MESQUITA 0x3 BANGULocal: Estádio Nielsen LouzadaRenda: Cz$ 93 mil 550Público: 5 mil 30Juiz: José Carlos MouraMesquita: Sanderson, Reiner, Lutio;Marco Antônio e Paulo Roberto (Bira);Manicera, Delaci e Eliseu; Oman, FlavioRenato (Antônio Carlos) e Gilson.Técnico: Reno Simões.Bangu: Gilmar, Velto, Márcio Rossini(Jair), Oliveira e Márcio Nunes; Israel,Mário e Arturzinho (Fernando); Marinho,Ricardo e Ado.Técnico: Paulo LumumbaGols: Ricardo (10 min), Ado (11 min) eMarinho (44 min), todos no segundotempo. Àdofa^segun^goldo'Bangu, antecipando-se a Ricardo (à esquerda) também livre

Botafogo segue a sua triste rotinaSérgio Dantas

Nem parecia o time que há apenasuma semana no Maracanã derrotou oFlamengo com uma bela exibição detécnica e determinação. Ontem, sem fi-bra e recorrendo a jogadas grosseiras, oBotafogo foi derrotado (1 a 0) peloOlaria e está fora da luta pelo título dosegundo turno, única possibilidade de vira disputar a final do Campeonato.

E verdade que o piso irregular e durodo campo da Rua Bariri trouxe desvanta-gens para o Botafogo. Mas seu maiorobstáculo foi a boa organização tática doOlaria, que alternou sistemas de marca-ção como lhe convinha e mereceu oresultado por ter criado situações objeti-vas de gol.

Mas se o adversário, mesmo semnenhum brilho, conseguia exibir um pa-drão de jogo competitivo, capaz de fazercom que a bola saísse da defesa para oataque com poucos toques, o Botafogo,ao contrário, esbarrava quase sempre noserros de seus jogadores.

Apesar de tudo, foi o Botafogo quemesteve mais perto de marcar, numa bolaque o lateral Mário tentou passar a Edi-valdo e Ademir roubou ao se anteciparao adversário. Livre, na marca da peque-na área, chutou alto e forte, quando ajogada pedia um toque colocado. Mas

como jeito não é o forte de Ademir, suaforça foi vaiada pela própria torcida.Quase no fim do primeiro tempo, apro-veitando mais uma falha de Mânica,Mário cruzou na área e Paulo Henriquenão teve dificuldade para subir e testarforte para o gol, liquidando o jogo.

O segundo tempo trouxe de novidadeapenas as substituições efetuadas pelosdois técnicos. A única diferença foi queas de Humberto Redes foram mais inteli-gentes que as de Carbone e o Olaria teveo domínio do jogo acentuado. Nesta fase,Ataide, um dos melhores em campo,perdeu pelo menos dois gols fáceis.

OLARIA 1 X 0 BOTAFOGOLocal: Rua BaririRenda: Cz$ 31 mil 430Público: 1 mil 655 pagantesJuiz: Luís Carlos FélixCartões amarelos: Gilberto e MânicaOlaria: Jurandir, Mário, Olavo, Brasília eEdvaldo; Flavio, Orlando e Ataide; Benó-rio (Mazola), Nunes e Paulo Henrique(Renan)Técnico: Humberto RedesBotafogo: Luis Carlos, Gilberto, Mari-nho, Leiz e Mânica; Osvaldo (Silvinho),Ademir (Isaac) e Edson; Helinho, Antô-nio Carlos e BergTécnico: CarboneGol: No primeiro tempo, Paulo Henrique(40min) A defesa do Olaria garantiu a vitória e o Botafogo fica móis um ano sem o título

Flu não foi a Campos.Perderá os dois pontos?

O Fluminense, como já haviaanunciado, não apareceu em Campospara jogar. O árbitro do jogo, AloisioVing, esperou vinte minutos, enquan-to o Americano batia bola no grama-do, e depois declarou o time de Cam-pos vencedor por WO. O presidenteda Federação de Futebol do Estadodo Rio de Janeiro, Eduardo Viana,confirmou ontem à tarde no CaioMartins, onde assistia a Flamengo ePortuguesa, que tecnicamente oAmericano é o vencedor. Agora oFluminense terá seu recurso julgadono Tribunal da Federação:

— Agora quem vai decidir é oTribunal. O que eu podia fazer já fiz,ou seja, o Arbitrai foi convocado edeterminou que o Fluminense teriaque jogar. Agora o clube terá queprovar legalmente seus argumentos.

O Fluminense baseia sua defesa

no artigo 304 do Código BrasileiroDisciplinar de Futebol, onde diz que oclube que colocar jogadores em cam-po sem condições será multado em200 OTNs. O Fluminense apresentarátambém, no tribunal da Federação,um laudo dos médicos Paulo Francis-co de Almeida Lopes e Celso RamosFilho, informando que vários jogado-res estavam com uma virose respirató-ria transmissível.

O assunto, que se transformou namaior polêmica do Campeonato, serájulgado amanhã, juntamente com apartida entre Americano e Vasco, quenão chegou ao fim, porque os torce-dores do Vasco invadiram o campo eos jogadores do Americano não qui-seram retornar. O Fluminense, queentrou com uma liminar na JustiçaComum, não deferida, está em posi-ção delicada.

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Primeiroturno édo Santos

São Paulo — O Santos con-quistou o título de campeão do

primeiro turno do CampeonatoPaulista, ao vencer o Botafogo,em Ribeirão Preto, por um azero. A Portuguesa de Desportosficou com o vice-campeonato, aovencer o XV de Novembro deJaú, por dois a zero. Os demaisresultados foram os seguintes:Guarani lxl Comercial; NovoHorizontino 1 x Mogi Mirim 1;XV Novembro de Piracicaba 2 x 1Internacional de Limeira; e Fer-roviária 2x1 América.

O Santos totalizou 26 pontosganhos, a Portuguesa 25 e o Ju-ventus, o terceiro colocado, com23 pontos.

Juiz ajudaInter anão perder

Porto Alegre — Com um pê-nalti inexistente em Balaio, bemcobrado pelo ponteiro, o Interna-cional conseguiu empatar em umgol com o Esportivo em BentoGonçalves e assegurou, por ante-cipação, a conquista do segundoturno do campeonato. O Grêmionão teve dificuldades em derrotarao Aimoré no Estádio Olímpicopor 4 x 0, o último dos quais emcruzamento do ponteiro RenatoGaúcho — um dos destaques dapartida — para a cabeçada deCaio Júnior.

O clube colorado, com umavantagem anterior de cinco pon- ;•tos, enfrentou o difícil Esportivo !no interior e contou com a sorte e !ajuda do juiz: perdia de 1 x 0, gol

'

de Alfredo, mas empatou ainda !no primeiro tempo, com um pê- Jnalti inexistente em Balaio, bem jcobrado pelo próprio Babalo. No jsegundo tempo, agüentou a pres-

'

são do Esportivo e saiu de Bento \Gonçalves com o empate e com o .título antecipado do segundo i.turno. 1;

Já o Grêmio, que dependia de ?•uma derrota do Inter para ter j:ainda alguma esperança, venceu ¦fácil ao Aimoré por 4x0, gols de ¦Osvaldo (2) e Caio Jr (2). O jsegundo colocado nesta fase, o jJuventude de Caxias do Sul, per-deu para o Novo Hamburgo, o íque, pela combinação de resulta- :dos, permitiu ao Inter o título do jsegundo turno mesmo com o em- ;pate. A dupla Grenal já assegu- j.rou antecipadamente participa- ;.ção no quadrangular final.

Bahia estái.tmuito perto

do títuloSalvador — Já com seis pontos [acumulados no quadrangular de- '

cisivo, o Bahia deu ontem mais iium sério passo para conquistar ocampeonato baiano deste ano aoaplicar uma impiedosa goleada de •cinco a zero no Vitória em jogo ;realizado na Fonte Nova. Foram .dois gols marcados no primeiro j.tempo e mais três no segundo,com destaque para a atuação da jdupla de área do Bahia formada ;por Cláudio Adão e Bobo, que ifizeram dois gols, cada. :

O Vitória, sabidamente com :poucas chances de alcançar uma ;boa colocação no quadrangular,;já entrou em campo apático. De |nada adiantaram os gritos de Ai- jmore Moreira para que a defesa Ise resguardasse mais dos ataques ',

do Bahia. Os zagueiros simples-'.mente não se entendiam e isto !facilitava as entradas dos atacan- í'tes do Bahia.

No primeiro tempo o placar !foi aberto por Leandro aos 5 '.

minutos e fechado com chave de '•¦

ouro por Cláudio Adão aos 41 j:minutos, quando matou uma bola íno peito, deu um lençol no za-;gueiro adversário e, em grande ¦estilo, chutou sem chances de i"defesa para o goleiro Ademir'Maria.

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4 O ESPORTES 0 segunda-feira, 19/5/86 Esportes JORNAL DO BRASIL

Seleção conquista ostorcedores mexicanos

A Seleção Brasileira deixou o refú-gjo em que vivia e pôde sentir ontemcomo pode ganhar um substancial refor-ço neste Mundial: o da torcida. Emboraseja difícil calcular exatamente — mui-tas pessoas pularam muros num terrenobaldio ao lado —, pelo menos 3 milmotivados torcedores, com bandeiras ecamisas brasileiras, acompanhavam otreinamento de ontem. Havia até brasi-leiros residentes aqui na Cidade doMéxico, que se vestiram de amarelo e seembandeiraram para incentivar a Se-leção.

"Eu vi, eu vi, eu vi um avião.Nele estava escrito que o Brasil é

campeão".Assim o grupo de brasileiros -

mineiros e paulistas na maioria — rece-beu a Seleção, quando os jogadoresentraram em campo para o aquecimen-to. E tentaram incentivar de todas asmaneiras, embora muitos sequer te-nham podido ver mais do que os lances

Sue se desenrolavam na ponta esquer-

a, primeiro com Edivaldo e depoiscom Silas.

O grupo de brasileiros, com crian-ças e mulheres também, era liderado

por um paulista de Campinas, Vander-lei Corrêa, que tentava acompanhartudo de binóculos e chegou a implorar

aos irredutíveis seguranças para seaproximar um pouco mais dos jogado-res que estavam sentados à margem docampo, ao lado do gol do Brasil —Valdo, Paulo Vítor, Leão, Alemão,Mauro Galvão, Josimar, Júlio César.Ele e seu grupo estarão em Guadalaja-ra, dia Io de junho, para o jogo com aEspanha, o único a que assistirão:

— Estou chateado. Teremos pro-vas nos dias dos outros jogos — desaba-fou Paulo César, um paulista de 15anos, torcedor da Portuguesa, há umano morando na Cidade do México.

Que os brasileiros torcessem deli-rantemente pela Seleção de Telê eranatural. Mas na pequena arquibancadado campo, onde se comprimia a maioriados mexicanos, havia também muitascamisas amarelas e bandeiras do Brasil.Só uma senhora conseguiu vender 30.Para o Brasil, pôde-se perceber clara-mente, a derrota do México para aInglaterra foi até benéfica. Aumentou aesperança e a motivação dos mexicanospara torcer pelo Brasil. A derrota foiuma ducha fria para quem já esperavasomente que o México chegasse até as

?|uartas-de-final. Chegar lá já seria uma

acanha, admitem os entusiasmados tor-cedores mexicanos, que vibraram tantono gol do Atlante quanto nos gols doBrasil.

íí.— ———— cidade

do México — Foto de Alberto Ferreira

IPHf ...pmpp xxxx^m^-S^svxppx ,....

As bandeiras e a alegria dos torcedores já estão fazendo parte do dia-a-dia da Seleção no Cidade do México3b

Entre os espanhóis, confiança de sobraTlaxcala — Se depender de confiança, a Sele-

ção da Espanha será um adversário bem mais difícildo que imagina o Brasil. Seus jogadores estão muitosatisfeitos com os vários problemas que ocorrem naSeleção Brasileira e se mostram muito otimistaspara o jogo do dia 1, em Guadalajara.

Brasil é sempre Brasil e, apesar de Zico eCerezo serem excelentes jogadores, que agradariama qualquer técnico do Mundo, seu técnico já deveter um esquema preparado. Mas estamos trabalhan-do muito e o time está bem unido neste objetivo —declarou o técnico Miguel Munoz, bem mais tran-quilo do que seu antecessor Santamaria.

Camacho, capitão da Seleção e um dos cincoremanescentes de 82 (os outros são Urruti, Maceda,Gordilo e Gallego), não acredita muito no que setem dito dos contundidos do Brasil. Ele garante quequando chegar no dia do jogo todo mundo estaráem campo. Ele está muito entusiasmado com oatual momento do futebol de seu país:

Há muitos anos que não vemos um paiseuropeu colocar três finalistas nas três copas conti-nentais. E é bom que todos se lembrem que aEspanha é vice-campeã européia e se classificoucom relativa tranqüilidade para a Copa do Mundo,sem necessidade de repescagens e maiores sofrimentos, sendo a primeira de seu grupo. Esta Copa éa oportunidade que teremos de prosseguir com ummomento altamente favorável. Apesar de respeitar-

mos o Brasil, estamos muito preparados para estacampanha.

Para o ex-lateral e hoje meio-campista RafaelGordillo, com tantos problemas, o Brasil difícil-mente terá um bom resultado diante de sua equipe,que está preparada, sem contusões graves e comexcelente ambiente. Ele diz ter confiança absolutanuma boa vitória da Espanha.

A mesma motivação é encontrada no ídoloespanhol do momento, o atacante Emilio Butrague-no, para quem o Brasil será um adversário difícil,mas que não deverá mostrar seu melhor jogo, porcausa das indefinições. O zagueiro Macêda é damesma opinião, embora aponte o Brasil como umdos quatro prováveis finalistas, junto com a Es-panha.

Ambiente bom

A concentração da Seleção Espanhola, nacidade de Tlaxcala, a 30 quilo metros de Puebla, éum local muito bonito e aprazível. O Centrovocacional de La Trinidade é muito amplo e abertoao público, que o freqüenta com muita assiduidadenos fins de semana.

Mantido pelo governo, cobra preços populares(200 pesos para crianças e 400 para adultos, contan-do-se o peso a mais ou menos 35 cruzados). Hávárias quadras de esportes, uma lagoa para remo,áreas imensas, onde as famílias fazem piqueniques,e piscinas. Mas o local mais atraente é a grande

piscina coberta, perto do restaurante. Ali, os joga-dores espanhóis circulam livremente, pois a piscinaestá no prédio do hotel onde eles se concentram.

Não há isolamento, a não ser o do própriolocal em relação ao município. A facilidade dalíngua e a simpatia que a delegação espanhola temmostrado permite um contato muito caloroso comos meninos, que lhes pede autógrafos e recuerdos.

É dessa maneira que a Espanha está se prepa-rando para a Copa do Mundo. Mas esse descansoserá interrompido hoje, pois a Seleção viajará nofinal da tarde para Guadalajara, onde disputa doisamistosos amanhã e quarta-feira com as equipes doUniversidad e do Atlas. O time retorna quarta ànoite e só vai em definitivo para Guadalajara no dia28.

Miguel Munoz, 64 anos, ex-jogador do RealMadrid dos tempos de Di Stefano, Puskas e Gento eda Seleção Espanhola, não acredita que treinosecreto possa trazer qualquer benefício a umaequipe. Ele até defende certos momentos de intimi-dade, para que haja maior liberdade para dialogar echamar a atenção dos jogadores, mas não vê naporta fechada uma boa medida para quem querganhar uma Copa do Mundo.

— A gente conhece como joga o adversário éno jogo, se possível jogo oficial. E muito importan-te e benéfico observarmos jogos adversários. Masnão creio que ver o treino dos outros vá nos ajudarem alguma coisa. Ali geralmente os jogadores sepoupam. Por isso não tenho qualquer receio em

abrir as portas à imprensa internacional em nossostreinos. Nosso time não é segredo para ninguém.

Ele não crê que as ausências de Zico e Cerezofacilitem as coisas para a equipe espanhola:

— Nós estamos nos preparando para enfren-tar a Seleção Brasileira, seja ela qual for. Lógicoque Zico e Cerezo são dois grandes jogadores, masa Seleção Brasileira já deve ter seus possíveissubstitutos e um esquema para atuar sem eles. Anós compete mantermos a seriedade e não ficarmospreocupados com esse ou aquele jogador.

Ele está satisfeito com a preparação da Espa-nha e elogia a reação dos jogadores aos primeirosdias de treinamento em altitude. Depois dos doisamistosos em Guadalajara orientará treinamentosmais pesados, com jogadas específicas. Ele estáansioso para começar logo a Copa do Mundo, poispara ela se preparou com muito desempenho.

— Sinto-me tranqüilo e tenho dormido nor-malmente, pois sei o que pode render a minhaequipe, sei muito bem do que esses jogadores sãocapazes.

A Seleção Espanhola está muito mudada emrelação à que fracassou em casa, há quatro anos. Éum time bem renovado, com a maioria dos jogado-res jovens. É um time de excelente média de alturae muito forte fisicamente. Mas Munoz garante que,além desses fatores, o nível técnico é um dosmelhores mostrados pela Seleção nos últimos

'tempos.

Evaristo anuncia quelarga tudo em 2 anos

Metepec — O brasileiro Evaris-to Macedo, técnico da Seleção doIraque, declarou ontem que dentrode dois anos deverá abandonar ofutebol, fixando residência no Rio

os grandes e certamente vai quereisempre estar entre os grandes.

Evaristo acha que a adaptaçãodos iraquianos à altitude foi paulati-na e satisfatória. Reconhece que

de Janeiro, perto do seu neto e dos sua equipe está num grupo forte,que ainda virão proximamente.

Para Evaristo, de 52 anos, 37dos quais dedicados ao futebol, apresença do Iraque na Copa doMundo do México é uma motivaçãomuito forte para o povo dessespaíses, que agora se encontra entre

onde enfrentará Bélgica, México eParaguai, mas tem condições desurpreender e classificar-se para asquartas-de-final. Depois da Copa,Evaristo voltará a Qatar para conti-nuar assessorando os trabalhos deseleções do Iraque.

Soviéticos e húngarosvão fazer mistério

Irapuato — O mistério cercaráas presenças das seleções da UniãoSoviética e Hungria nas cidadespróximas a Irapuato. O técnicohúngaro Giorgy Mezzey já anun-ciou em Budapeste que não permi-tira a presença de jornalistas e tor-cedores durante os treinos da suaequipe. O mesmo procedimentoadotará Valeri Lubanowksi, treina-dor da União Soviética.

Motivos diferentes levaram es-tes treinadores a adotarem o mes-mo esquema de comportamento emrelação a suas equipes. EnquantoMezzey sempre foi um adepto daprivacidade — nem jornalistas hún-garos, seus amigos, conseguem en-trevistá-lo nas vésperas dos jogos -Valerie Lubanowski usará a discri-ção para fazer mudanças radicais naSeleção Soviética.

Lubanowski assumiu a direçãotécnica da União Soviética a poucomenos de uma semana e com umamissão especial: mudar totalmenteo estilo de jogo da equipe, que nosúltimos amistosos — sob o coman-do de Eduard Malofeev — nãoconseguiu bons resultados. Lwsba-noswki foi recebido como o salva-dor da pátria, principalmente por-que a sua equipe, o Dínamo deKiev, conquistou a Recopa com

uma vitória de 3 a 1 sobre o RealMadri.

Em 82, quando Lubanowski eraapenas assistente-técnico de Cons-tantin Beskow, a União Soviéticatambém adotou o mesmo esquemade isolamento. Na primeira fase, aequipe conseguiu se classificar emsegundo lugar — o primeiro lugarficou com o Brasil —-, mas poste-riormente foi eliminada. Os soviéti-cos, mesmo assim, ainda acham queo isolamento é a melhor maneira delevar a equipe às finais da Copa doMundo.

Quanto a Giorgy Mezzey, a si-tuação é diferente. A exemplo deTelê Santana, a quem ele muitoadmira, Mezzey acredita que sócom muita privacidade pode se ar-mar a seleção ideal. É assim queMezzey vem trabalhando há doisanos, desde que assumiu o coman-do da equipe húngara, e o resultadotem sido o melhor possível. Atual-mente, tanto no México como emBudapeste, os nomes de Mezzey edo jovem apoiador Lajos Detari, 22anos, são os mais comentados.

A seleção da Hungria chegaráhoje à noite ao México e seguiráimediatamente para o balneárioComanjilla. em Guanajuato, ondeficará concentrada.

No Hotel Maison dei Angel, os italianos aproveitam o sol da manhã antes do treino

Italianos levam sustoPuebla — O primeiro e alegre

treino com bola dos italianos foi inter-rompido, ontem de manhã, por umsusto que silenciou todo o pequenocontingente de torcedores que se en-contrava no campo da Unidade Espor-tiva. Quando o atacante Serena tentoua cabeçada para marcar mais um gol ese chocou com o goleiro Tancredi, nocampo e nas arquibancadas todos pen-saram no pior.

Os dois jogadores caíram, foramcercados por seus companheiros, osmassagistas entraram em ação. Por umminuto, pensou-se numa contusão gra-ve. Serena foi o primeiro a levantar-se.Tancredi levou muito mais tempo parareerguer-sc e deixar o campo, apoiadonos ombros dos massagistas.

A ordem de Bearzot era para en-cerrar uma hora o treino corrido.Bem-humorado, nem chegou a sertransmitida. Os próprios jogadores de-cidiram terminar o primeiro coletivoda azzurra em Puebla. Mais tarde, ochefe da delegação italiana, Cario deGáudio, tranqüilizou jornalistas e tor-cedores italianos, informando queTancredi não sofrerá nada de grave,apenas uma forte pancada no pescoço,tanto que hoje mesmo deve participarde novo treino.

Antes desse incidente, chamouatenção de todos a descontração e aalegria do grupo de jogadores italia-nos. Principalmente as muitas exibi-ções de números humorísticos de Bru-

no Conti, que divertiram seus compa-nheiros e o pequeno público.

Antes do treino, os jornalistas ita-lianos quiseram saber de Beazort seele não seguiria o exemplo dos espa-nhóis, autorizando encontro dos seusjogadores com suas mulheres e fami-liares que se encontrassem no México.O selecionado italiano respondeu queesse problema não existia, inclusivenunca foi apresentado pelos maioresinteressados, os próprios jogadores.Com ironia, o selecionador italianodisse que uma concentração de 20 ou25 dias não constitui sacrifícios paraninguém. Ao contrário, para muitosjogadores representa uma espécie deférias agradáveis e tranqüilas dos pro-blemas e preocupações domésticas.

A saúde da "Azzurra •>•>

Em conversa com o JORNAL DOBRASIL, ontem, o professor Leonar-do Vecchietti, médico da Seleção Ita-liana, disse que o atual grupo de joga-dores italianos apresentou-se em con-dições físicas muito melhores do que ado grupo do mundial da Espanha,apesar do susto de ontem.

— Desta vez, e até hoje, nãotemos um único jogador com qualquertipo de problema físico. Se tudo de-

pendesse do fator físico, diria quesomos dos mais fortes candidatos ao

título de campeão. Felizmente ne-nhum de nós se ilude: sabemos, temosconsciência de que a boa condiçãofísica é apenas uma premissa, talvez aprimeira em ordem de importânciapara se fazer uma grande competição— disse o professor Vecchietti.

Homem calmo, retraído, muitobem educado, o professor Vecchiettiexplicou também a razão da toneladade água mineral (Sam Gemini) e deespaguete que chamou tanta atençãopara a bagagem da Seleção Italiana".

— E que a nossa dieta mediterrâ-nea, à base de pasta asciutta e carne,recomendava que trouxéssemos umgrande estoque e uma grande varieda-de de tipos de massas. Para a águamineral, a explicação é mais simples:todos os italianos, desde que nascem,bebem água mineral feita na Itália.Embora no México haja de tudo, acha-mos que. para evitar qualquer altera-ção no metabolismo dos nossos atletas,deveríamos trazer esse estoque deágua mineral. Daquela que eles bebemem suas casas.

Hungria pronta — O treinador-da Hungria, Gyoergy Mezey, disseontem que o período de duas se-1'manas em montanhas austríacas',''como preparação para enfrentar aaltitude do México, "foi um êxi-,to". Ele lamentou apenas a contu-,são de Tibor Nylasi, que não pode-rá participar da Copa do Mundoi.'A delegação segue amanhã para o'México, via Madri.Proteção — A Polícia de Non-terrey está dando total proteção, àSeleção de Portugal. Na entradado Motel La Torre, onde estáconcentrada a delegação portugue-sa,. ficam, durante todo o dia, trêscarros cheios de policiais. Eles nãopermitem que jornalistas ou torce-dores chegem perto dos jogadoresfora da hora marcada para entreivistas.Simpatia — A Seleção de Mar-rroços está sendo uma atração emMonterrey. Seus jogadores têm*tratado a imprensa e o povo mexi-cano com carinho e estão receben-do em troca todo apoio da torcida.A delegação já visitou o principalcentro comercial de Monterreyduas vezes e todos os seus inte-grantes ficaram mais de duas horasdistribuindo autógrafos.Ansiedade — A Seleção da In-glaterra está sendo esperada emSaltillo com muita ansiedade porparte dos torcedores mexicanos,que a consideram a favorita dogrupo. Os ingleses ficarão concen-trados no Motel Camino Real a100 metros do Motel La Torre,onde está hospedada a SeleçãoPortuguesa.Outra fúria Chegou a segundafúria vermelha. Assim os jornalis-tas espanhóis noticiam a presençaem Puebla, próxima de Tlaxcala,de nove esposas de jogadores es-panhóis. Hoje, após treinarem pe-Ia manhã, eles tiveram o dia defolga para passarem com as mu-lheres.Pepe esquecido — Técnico daEspanha na última Copa, PepéSanta-Maria está parado desdeaquela campanha. A imprensa deseu país garante que não é porqueele deseja tal recolhimento, masporque ninguém o chamou paratrabalhar nesses quatro anos. Ain-da hoje, não se poupam críticas aoseu trabalho.Programação — A Seleção Espa-nhola viajou ontem, às 18h, depoisda folga, para Guadalajara, ondedisputa dois amistosos. MiguelMunoz já anunciou que colocaráum time no primeiro tempo e ou-tro no segundo, para movimentartodos os 22 jogadores.Dinamarca — A Seleção da Di-namarca chegou hoje a Bogotá,Colômbia, para cumprir a últimaetapa de sua preparação para áCopa disputando dois amistososcontra equipes profissionais da Coilômbia. O técnico Sepp Pointekdisse que confia em sua equipe eque a grande esperança é MichaeíLaudrupin, que joga pelo Juven?tus, da Itália, "um autêntico espe-táculo em cada partida que joga".Brasil será sede—O presiden-te da Comissão Organizadora doMundial do México e membro daFIFA, Hermann Neuberger, de-clarou ontem que a Copa do Mun-do de 1994 deverá ser realizada noBrasil. Segundo ele, o Brasil contacom o apoio de várias federações etem infra-estrutura adequada paraa realização. Além disso, é deten-tor do título mundial de três Co-pas. em 1958, 1962 e 1970. Quantoà Copa de 1990, já está acertadoque será realizada na Itália.

JORNAL DO BRASILEsportes segunda-feira, 19/5/86 0 ESPORTES 0 5

Maradona aindaé a estrelamaior do "show"

Cidade do México — Dieguito é uma preciosidade.Que outro jogador em qualquer seleção teria o direito aum preparador físico só para ele? Ou trazer para a Copao massagista de seu clube — no caso o Napoli — comtodas as despesas pagas pela federação de-seu país, só

porque ele se diz fã incondicional e está mais habituado aconformação dos músculos de suas pernas? Pois Marado-na tem todos esses privilégios na Argentina e os outros

jogadores encaram isso naturalmente. Nenhum delesousaria discordar do técnico Carlos Billardo, quando diz:

Maradona tem todas as condições de ser o

grande jogador deste mundial.Há três meses ninguém tinha tanta certeza. Atingi-

do covardemente por um torcedor venezuelano com umchute por trás no joelho direito, quando dava autógrafosantes da primeira partida dá Argentina pelas eliminató-rias, Diego Maradona só deixou de sentir dores no local— e só superou psicologicamente o trauma — há cercade dois meses e meio, segundo Fernando Signorini, seupreparador físico particular.

Hoje não há qualquer problema. A contusão erapreocupante, mesmo tendo atingido apenas os meniscosexternos, mas está totalmente superada. Fala-se queMaradona poderia operar o joelho após a Copa, mas éboato. Tudo que ele vai fazer quando deixar o México éprocurar um lugar tranqüilo para comemorar com afamília o título mundial — assegurou Signorini ontem,com a autoridade de quem cuida da forma física docraque, na Seleção e no Napoli, há três anos, desde queele operou o tornozelo esquerdo.

O fato de Maradona ter passado por dificuldadescomo essa às vésperas da Copa só contribui, paraaumentar o valor que lhe dão os argentinos. No treinofísico que a equipe fez ontem no Club América, haviasempre um ou dois companheiros a ajudá-lo nos exerci-cios, enquanto outros faziam flexões sozinhos. Quandochegou ao campo a notícia de que seu pai, DiegoMaradona como ele, chegara à cidade para vê-lo, masfora barrado na porta do clube pelos rigorosos Seguran-ças mexicanos, imediatamente um dirigente da^ delega-ção foi resolver o problema. Em cinco minutos, seuDiego, baixinho e forte como o filho, já estava noalambrado acompanhando as evoluções do craque.

Ele está cem por cento, física e psicoloçicamen-te, está com cabeça de craque — dizia num canto oitaliano Salvatore Carmando, massagista do Napoli e,aqui no México, massagista de Maradona.

Na concentração argentina, esse é o assunto. EMaradona como se comporta no meio disso tudo? Commuita tranqüilidade. Após o treino, não teve qualquergesto de impaciência para os jornalistas que retardarampor cerca de 40 minutos sua entrada no

"chuveiro.

Respondeu em voz baixa às perguntas, todas elas, atémesmo sobre o que acha do tango de Astor Piazzola("Sou argentino, gosto de qualquer tango"). Chuteirasdesamarradas, brinco na orelha esquerda, dieguito disseque, como jogador, e exatamente o mesmo da Copa daEspanha, "apenas

quatro anos mais velho".

Derrota para osingleses nãodesanima México

Los Angeles — O treinador da Seleção Mexicana,Bora Milutinovic, apesar da derrota por 3 a 0 diante daInglaterra, em amistoso disputado em Los Angeles,sábado passado, disse que continua a confiar em suaequipe para conseguir um bom resultado na Copa doMundo:

— Continuo otimista, porque perdemos para umdos grandes times do Mundo e um dos favoritos paraganhar a Copa — declarou. — Foi apenas uma partida amais. E foi bom que a derrota tenha se registrado antes enão durante a Copa.

Hugo Sanches, o maior ídolo do futebol mexicano,que não jogou por estar se recuperando de uma contusãosofrida em jogo do Real Madrid, disse que gostou daatuação da equipe do México, apesar da derrota:

— Só pecamos por falta de mobilidade para supe-rar a marcação cerrada dos britânicos. Acho que deve-mos jogar com a mesma garra mostrada contra aInglaterra, mas com mais atenção. Quanto ao espírito deluta, ninguém deve ser superior a nós.

O México começou pressionando e o goleiro inglêsShilton fez grande defesa num chute de Hermosillo, masfoi a Inglaterra que marcou aos 22 minutos, quandoHateley mergulhou para cabecear um cruzamento daesquerda de Chris Waddle. Oito minutos mais tarde,Hateley voltou a marcar de cabeça, completando ocruzamento da Beardsley da direita. Beardsley, queatuava pela terceira vez na Seleção da Inglaterra, marcouo terceiro gol com um chute de dentro da área.at A partida foi disputada no Estádio Memorial Coli-seum, em Los Angeles, diante de um público calculadoem 60 mil espectadores, sob a arbitragem do norte-americano Vincent Mauro. Na preliminar, a Coréia doSul derrotou a Seleção do Peru por 2 a 0.

Cidade do México — Foto de Ari Gomes

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Diego filho e Diego pai, pouco antes do treino de ontem

Um time para lá de unido"União" é a palavra de ordem na Argenti-

na. Ela é mencionada nas entrevistas de todos osmembros da delegação, mesmo quando nâo seprocura nada sobre isso. E parece ser verdade.No treino de ontem, ao meio-dia, no ClubeAmérica, com portões abertos para a imprensa,quem queria ver o time em ação se decepcionou:os jogadores limitaram-se a correr pelo campo,enquanto os goleiros Islãs, Pumpido e Zeladaeram exigidos no gol por Billardo e o auxiliarCarlos Pachame. Mas pelo menos uma coisaficou clara para quem assistiu à movimentação:o ambiente é muito bom na Argentina.

— O que estava faltando para nós eraapenas isso: ficarmos todos juntos num lugar,pensando todos na mesma coisa: o Mundial, aunião hoje é muito forte — diz Ricardo Giusti,29 anos, meio-campo do Independiente.

Enquanto os jogadores se mexiam em cam-po, em meio a brincadeiras—não exageradas, oque reforça a idéia de que eram espontâneas —

o médico da delegação, Raul Madero, assistiado lado de fora aos exercícios de 22 homens,feliz por não ter um atleta sequer sob seuscuidados. E garantia:— O ânimo do time é muito bom. Conviverdois minutos é fácil. Duas semanas, um poucomais difícil. E dois meses, impossível, se oambiente nâo for bom. Mas o ambiente é bom.Os jogadores sabem separar muito bem suasaspirações individuais da coletiva, que é ganhara Copa.

Além disso, muitos jogadores disseram teratingido ontem um ponto de aclimatação quaseideal. Para Billardo, só falta agora conseguir ummelhor conjunto dentro de campo. E, para isso,a Argentina enfrenta nos próximos dias asequipes do América e do Atlante, os mesmosque jogaram com o Brasil. Ninguém duvida deque se apresentará bem melhor do que contra oJúnior de Barranquilha, na Colômbia, semanapassada, quando ficou no 0 a 0.

Los Angeles — AP

Terry Fenwick e Hermosillo, a corrida em busca da bola

Charme dos francesesinterrompe a corrida

Tlaxcala—- O treino da Seleção Fran-cesa no .estádio de Tlhuicole, em Tlaxca-la, a 40 quilômetros de Puebla, pratica-mente acabou com uma etapa do Cam-peonato de Ciclismo local. A principalrua de Tlaxcala estava interditada paraque a corrida pudesse se desenvolvernormalmente. Quando a Seleção France-sa chegou, os torcedores mexicanos inva-diram a pista e a prova sofreu umaparalisação rápida até que os francesesentrassem no estádio e se acalmasse ogrande número de pessoas que queria verMichel Platini.

No belo gramado do Estádio deTlhuicole, o técnico Henri Michel dividiuos jogadores em quatro grupos e fez umtreinamento discreto. Havia três balizas eos grupos se atacavam e se defendiam,com todos chutando a gol contra a balizamais próxima da bola. Foram apenas 20minutos de movimentação e o técnicoficou satisfeito com seus jogadores, masnão definiu qual o time que começa oamistoso de amanhã, contra a seleção deGuatemala, com portões fechados aopúblico.

Michel marcou a partida para as12hl5min (15hl5min de Brasflia), paraque os jogadores franceses comecem a sehabituar ao forte calor (em torno de 41graus) e ao horário dos jogos durante aCopa do Mundo. Ele só confirmou omeio-campo, preferindo deixar que ogrande número de jornalistas francesesfizessem suas especulações sobre as ou-trás posições.

No meio-campo é certa a presença deMichel Platini, Tigana, Giresse e o nova-to Luis Fernandez, que é a mais novasensação do futebol francês. Segundoalguns jornalistas, pelo fato de estar jo-gando ao lado de Platini e Tigana, ho-mens habilidosos e extremamente ofensi-vos. No ataque, apenas o centroavanteRocheteau foi garantido na partida deamanhã, enquanto o ponta-esquerda (jo-ga também pela direita) Papin pode ter

sua chance de entrar no time titular.Papin é o jogador mais jovem entre ostitulares e, segundo Henri Michel, temtudo para se revelar neste mundial. Alémdeste amistoso contra a Guatemala, aSeleção Francesa fará mais dois amisto-sos antes dc estrear na Copa do Mundo:joga contra a Seleção Mexicana dc meno-res de 21 anos, sábado (dia 24), e contra o rPuma, dia 28, sempre às 12hl5min (local) te no Estádio Tlhuicole.

Platini, a atraçãoO torcedor mexicano só quer saber '

de Michel Platini. Vez por outra — até ;

por curiosidade — ele se interessa emsaber quem é o negrito flaco que corre 5muito com a bola. Quando fica sabendoque se trata de Jean Tigana, o torcedor semostra indiferente e segue querendo sa-ber mais de Platini, que, com sua simpa-tia, já começa a conquistar os mexicanos,que esperam dele grandes atuações egols.

Com muita simplicidade, Platini afir-ma que a Seleção Francesa irá apresentar •um futebol vistoso e colorido, pro-curando marcar os gols em todas as .oportunidades surgidas, independente do ,adversário. Sempre alternando palavrassérias com brincadeiras, Platini não quisrevelar seus favoritos nesta Copa, provo-cando risos quando disse que poderiarevelar os 12 que ele acha que nãochegarão ao título, o que acabou tambémnão revelando. Respondendo à perguntaseguinte de um curioso, que queria saber •

qual o melhor jogador do mundo, de-clarou:

— Existem muitos jogadores queadmiro. Os que mais gosto, no entanto,são aqueles que sabem passar a bola nomomento certo.

Essa referência era direta ao amigoTigana que estava por perto e acabava deatender a um pedido de alguns torcedoresmexicanos, para que tirasse uma fotogra-fia entre dois deles que que estavam comimensos sombreros na cabeça.

Os gritos de guerraque ecoarão na Copa— São 24 seleções, serão 24 gritos de

guerra a ecoar nos estádios mexicanos apartir do dia 31. O jornalista húngaroEstvan Somos teve o trabalho de coletartodos eles, desde os mais sucintos erítmicos aos declaradamente discursivos,como o dos espanhóis. Enfim, um painelde estilos que vai do marcial — caso dosalemães — até a alegria rasgada doshúngaros, por exemplo. Os gritos seguemem suas línguas originais, naturalmente.,Boa parte deles é intraduzível.

Argélia — "One two three, vive 1'Al-gerie!"

Inglaterra — "Eng-land, Eng-land!"Argentina — "Vamos... vamos, ar-

gen-ti-na!"Bélgica — "Bel-gi-um, Bel-gi-que!"Brasil — "Bra-sil! Bra-sil!"Bulgária — "Hajde naste, Bulgari

junaci, hadje naste!"Dinamarca — "Hisa-husa, hejsa-sa,

hisa-husa, hejsa-sa!"Coréia — "Ko-rea, Bum-kun-cha,

Vic-to-ry!"Irlanda do Norte — "Here we go!

Here we go! Here we go!"França — "Allez, la France! Allez,

allez, la France, allez!"Iraque—- "Kettos, utemes taps, Iraq,

min gailek tilab toba!"

Canadá — "Go Canada! Go Ca- ;nada!"

Polônia — "Polska gola! Polska gola! >

Taka jest kibicow wola!"Hungria — "Haj-ra magyarok, huj- I

huj hajra, ria ria Hungaria!" \Marrocos — "Allez Maroc! Allez ,

Maroc! Allez Maroc!"México — "México, México, ra ra ¦

ra!"Alemanha Ocidental — "Deutsch- 9

land vor, noch ein tor!" |Itália—"For-za az-zur-ri, for-za I-ta- 3

li-a!"Paraguai — "Adelante Paraguay! i

Adelante Paraguay!"Portugal — "Por-tu-gal, Por-tu-gal!"Escócia — "Come on Scotland, and .

stood against him proud! Edwards Army, .and send him homewards tae thinkagain!"

Espanha — "Es-pa-na, Es-pa-na,Desde los viejos tiempos has dado aconocer em en ei mundo entero tus, aupa IEspana, aupa aupa, aupa la seleccion conganas de vencer, Bombos y banderas leapoya la aficion!"

URSS — "Saj-bu, Saj-bu!"Uruguai—"Uruguay, Uruguay, arri-

ba la celeste, es ei color de la casaca deiSeleccionado Nacional!"

Contrato milionáriopara Enzo Francescoli

Montevidéu — O atacante EnzoFrancescoli assinou ontem, em Bogo-tá, um contrato de cinco anos com oRacing, de Paris. O jogador, de 24anos, que integra a Seleção do Uru-guai, transferiu-se do River Plate, daArgentina, por uma quantia em tornode 6 milhões de dólares (cerca de CzS84 milhões).

O contrato foi assinado em Bogo-tá, onde a Seleção do Uruguai está-seaclimatando para enfrentar a altitudedo México. Embora não se tenha in-formado as cifras exatas da transação,o River Plate receberá cerca de 2milhões 800 mil dólares (Cz$ 40 mi-lhões, aproximadamente). O clubeWanderers, do Uruguai, onde Fran-cescoli, iniciou sua carreira, terá direi-to a 350 mil dólares (Cz$ 5 milhões).

O jogador receberá 2 milhões 700mil dólares (cerca de Cz$ 38 milhões) e

terá um salário mensal elevado, alémde 500 dólares (cerca CzS 7 mil) porponto ganho pela sua equipe, doiscarros e uma casa mobiliada, alugadapor conta do clube francês.

Na temporada de 1985, Francesco- •li foi eleito pelos críticos como o me-lhor jogador da América do Sul. Alémde artilheiro do Campeonato da Ar-gentina, ganhou também o prêmio deMelhor Companheiro, outorgado pelosjogadores argentinos.

Os jornais uruguaios dão grandedestaque à transação, assegurando queEl Principe, como é conhecido em seupaís, merece tudo isto, porque

"além.das condições futebolísticas, tem tam-bém as condições humanas". Para serum verdadeiro craque, na opinião doscríticos uruguaios, não basta ter grande'habilidade com a bola, "mas tambémsaber comportar-se na vida, e isso elesabe muito bem".

Comparação inevitávelcom a Seleção de 1966

Na Seleção Portuguesa há um jogador de quem pouco seouviu falar, mas de quem muito se há de escrever e dizer, segundoo técnico José Torres. É Futre, de apenas 20 anos e somentelm70. A idade sugere inexperiência e a altura não recomendamuito um atacante. Mas Futre é um desses fenômenos quesurgem no futebol: já é craque desde os 14 anos. Tudo na vidadesse jovem acontece da noite para o dia.

Paulo Jorge Futre é um ponta-esquerda veloz e driblador,bem ao estilo dos jogadores sul-americanos. Tais virtudes revelouno Sporting, ainda aos 14 anos, quando já era profissional.Surpreendentemente, nos quatro anos em que ficou no Sporting,não passou de promessa. Foi explodir no Porto.

Assim como surgiu no Sporting. foi parar no Porto. Numatransação da noite para o dia. trocou de camisa. E se transformounão só em um dos melhores jogadores do time. como também dopaís. Aprimorou a condição física, fortaleceu a musculatura eaperfeiçoou as conclusões ao gol. Acabou na Seleção.

Futre tem agora dois sonhos. O primeiro, ganhar a Copa doMundo. O segundo, transferir-se para a Itália. Ele sabe queambos dificilmente se concretizarão. São muitos os candidatos aotítulo no México e seu contrato com o Porto vai até 1988. E opreço é desencorajador: 1 milhão de dólares, cerca de CzS 14milhões.

Wj ;álp

/!)

Torres de olho na segunda fase

O símbolo da atual Seleção Portuguesa

Saltillo — Ganhar sempre é o lemado técnico da Seleção Portuguesa JoséTorres. Uma frase que repete com fre-qüência, mais como efeito psicológicopara manter os jogadores confiantes emqualquer circunstância do que própria-mente pela certeza na vitória. Ele mesmoadmite — e não poderia ser de outramaneira — que o ideal seria ganharsempre, mas há ocasiões, sobretudo emuma Copa do Mundo, em que até oempate é problemático.

O importante, agora, é pensar-mos na classificação para a segunda fase.Não posso negar que tenho muitas espe-ranças. Acho que nosso grande adversa-rio no grupo será a Inglaterra. Mesmoassim, acredito que possamos derrotá-la— disse Torres.

Há um fator de desequilíbrio aponta-do por Torres que reforça suas esperan-ças em uma vitória sobre a Inglaterra:

O calor de Monterrey. Todas asequipes serão sensivelmente afetadas.

umas mais, outras menos. As que jogamem velocidade serão as mais afetadas. Asde ritmo cadenciado sentirão menos. Aescola portuguesa tem uma certa seme-lhança com a sul-americana. Levará van-tagem.

E é para tentar adaptar-se o maisrapidamente possível ao calor que Torreslevou ontem os jogadores para um pas-seio em Monterrey e a partir de hoje oslevará para treinar naquela cidade, numatemperatura em torno dos 40 graus.

Duas coisas o preocupam e o aborre-cem. O que o preocupa é o apoiadorCarlos Manoel, um dos mais importantesjogadores da Seleção Portuguesa, queestá em recuperação de um problemamuscular e não tem presença garantidanem na segunda partida da primeira fase.E o que o aborrece são os jogos-treinosprogramados contra duas equipes amado-ras. Tigres e Clube Nova. Ele queriaenfrentar equipes da Primeira Divisão ehoje vai ter que observar a Seleção contra

o Clube Nova. Os dois verdadeiros testespara Portugal serão contra o Monterrey,quinta-feira, e o Tecnológico, dia 28.

GeraçõesDa geração de Eusébio, Coluna e

Vicente, entre outros que entraram paraa história do futebol mundial (com umestilo altamente técnico e objetivo e oterceiro lugar na Copa de 1966), e aatual, há o que os portugueses chamamde um quase abismo de exatamente 20anos. E a nova geração estará em condi-ções de levar Portugal a ocupar um lugarde honra entre as grandes potências dofutebol mundial? O apoiador Ribeirogarante que sim.

— Temos que fazer renascer a forçade Portugal na Copa do Mundo. Sei queserá difícil chegarmos ao título. Mastambém não abriremos mão dele fácil-mente.

6 O ESPORTES 0 segunda-feira, 19/5/86 Turfe JORNAL DO BRASILFoto de Dilmar Cavalher

Cinofiliai

TeresópolisKennel Clube

Orottweiler CH. Konig do Atuba ga-

nhou as duas exposições nacionaisgerais realizadas dia 3 de maio pelo TKC,no ginásio de esportes do Colégio Esta-dual Edmundo Bittencourt, em Teresópo-lis. Uma programação bem organizadaque teve seu ponto alto na atuação dosjuizes; uma rotina, em se tratando doKennel dirigido por Sara de AndradeBarbosa. Resultados oficiais: 22a Nacio-nal: juiz — Flavio Lima Neves (BeloHorizonte). Melhor Cão da Expo: CH.Konig do Atuba, rottweiler, propriedadeJulio C. Brandão; Reserva: Ch. Furrufa'sGeneral Volhk, husky siberiano, proprie-dade do Kiska's Kennel; 3o lugar: Ch.Lorribrook Man 0'War, whippet, pro-priedade de José Maurício Machline; 4olugar: Camelot Aruba, poodle anão, pro-priedade de Maria de Lourdes Calegari.23a Nacional: juíza — Maria José CostaMagalhães (Belo Horizonte). Melhor Cãoda Exposição: Ch. Konig do Atuba. Re-serva: Gr. Ch. Querência de Casablanca,dobermann, criação e propriedade do Ca-nil Casablanca; 3o lugar: Burghfield's Spa-ce Invader, dobermann, propriedade deSuzana D. Jeolás. 4o lugar: Ch. Lorri-brook Man 0'War. Especializadas de Io,2o e 3o grupo: juiz — Paulo José Ramosde Azevedo (Rio de Janeiro).

Io Grupo: Melhor Macho — Ch.i Fieldstone Highland Drummer (setter: gordon), propriedade do Canil Sumatra.

Melhor Fêmea: Ch. Laverack's V. F.Candice, propriedade de José Artair de

| Moraes;2o Grupo: Melhor Macho: Ch. Sakka-

. ra's Oriente, (afghan hound), proprieda-de do Canil Akhenaton. Melhor Fêmea:' Flame de Aloé (beagle), propriedade doEndless Sommer Beagles.

3o Grupo: Melhor Macho — Konig doAtuba (rottweiler), propriedade de JulioC. Brandão. Melhor Fêmea — Gr. Ch.Querência de Casablanca (dobermann),criação e propriedade do Canil Casablan-ca. Especializada de Dobermanns: juiz —Renato Inecco Longo (Rio de Janeiro).Melhor Macho: BurghfiekTs Space Inva-der, propriedade de Suzana Jeolás. Me-lhor Fêmea: Gr. Ch. Querência de Casa-bianca, criação e propriedade do CanilCasablanca. Nossas felicitações a Sara deAndrade Barbosa, Newton Carlos Vieira,Carmen Silva Costa Prado, Janet WeitzeíCoelho Silva, Alfredo Alvinceto e CarlosCésar Gomes, diretores do TerezópolisKennel Clube, responsáveis pelo sucessodessa importante programação de exposi-ções do mês de maio.

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TRATA-SE de uma raça rara, que certa-

mente não possui representantes entre oscriadores brasileiros; "basset artésien nor-mand", uma das raças mais populares naatualidade em toda a França. O animal dafoto é a Campeã Francesa e InternacionalMAIA, criação e propriedade de Mme. Le-blanc, França. Maia foi o mais destacado"basset artésien normand" de sua época,ganhando títulos de campeã na Alemanha eno Luxemburgo. Mme. Leblanc costumavaafirmar com orgulho que seria impossíveldestacar uma entre as muitas vitórias deMaia, pois, ela conseguira CAC ou CACIBem todas as vezes que se apresentou emexposições. Esta raça teve como ancestrais oantigo blodhound francês e o cão de St.Hubert, e podem ser ditos primos-irmãos domoderno "basset hound", como pode notar-

se pela foto

S55F^_55S55S5zz^^^^^^5

AQUI está mais uma raça rara no Brasil,

o braço italiano, representada por estalindíssima Campeã italiana TENDA DEL-LE FORRE, perfeita em linhas e tipicidadede raça. Tenda é criação e propriedade deEdmondo Amaldi (Allevamento Delle For-

re), Mantova, Itália. Notável exemplar

Paido Roberto Godinho

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Depois de uma reta marcada por prejuízos e partidos, a potranca Queen Cell tornou-se a Oaks winner carioca de 1986

Queen Cell levanta o Diana86 após uma reta bem confusa

O Haras Santa Maria de Ararasconseguiu mais uma vitória nobrenesta temporada (de longe, a maisimportante, por sinal), ao vencer osdois quilômetros do Grande PrêmioDiana (Grupo I), o Oaks, corridoontem em pista de grama leve noHipódromo da Gávea, através deQueen Cell (Vacilante II em Aciana,por Pewter Platter).

Resultados completosIo páreo, 1 mil metros, grama, Io

Vitórina Tina, A. Machado Filho, 2oIbenka, J. Garcia, ponta (3), 1,40,dupla (23), 3,40, placés (3), 1,10, e(4), 1,50. Dupla Exata (3/4), 3,90.Tempo: 58s.

2o páreo, 1 mil 400 metros, areia,Io Yellow Light, L.S. Santos, 2°Tenente, J. Aurélio, ponta (5), 5,00,dupla (14), 2,70, placés (5), 1,70, e(1), 1,20. Dupla Exata (5/1), 12,70.Tempo: lm29s 3/5.

3o páreo, 1 mil metros, grama, IoEstrada, G.F. Silva, 2o Atiana, J.

Garcia, ponta (3), 2,90, dupla (23),3,30, placés (3), 1,70, e (5), 2,50.Dupla Exata (3/5), 9,40. Tempo: 59s3/5.

4o páreo, Io Judy Garland, J.Queiroz, 2o Casima, A. MachadoFilho, ponta (3), 4,10, dupla (12),4,50, placés (3), 1,80, e (1), 1,40.Dupla Exata (3/1), 28,20, triexata(3/1/6), 48,00. Tempo: 58s 4/5.

S° páreo, 1 mil metros, grama, IoMakarowa, J.F. Reis, 2o Bambou-che, J. Ricardo, ponta (2), 1,90,dupla (23), 3,10, placés (2), 1,50, e(3), 2,20. Dupla Exata (2/3), 7,80.Tempo: 58s 3/5.

6o páreo, Grande Prêmio Diana(Grupo I), 2 mil metros, grama, IoQueen Cell, C. Lavor, 2o New Filly,J.M. Silva, a seguir, pela ordem,Quip Mask, Best Choice, Haja Sor-te, Belle Valley, Falini, Hidden Star,Giulia Fitz e Bela Bagé, ponta (3),2,60, dupla (24), 5,20, placés (3),1,60, e (8), 2,20. Dupla Exata: (3/8),15,90. Tempo: 2min03s.

7o páreo, 1 mil metros, grama, IoHagada, F. Pereira Filho, 2o So Pet,J. Ricardo, ponta (1), 1,30, dupla(14), 2,10, placés (1), 1,10, e (6),1,60. Dupla Exata (1/6), 3,40. Tem-po: 58s 4/5.

8o páreo, 1 mil metros, grama, IoDividendo, J. Queiroz, 2o Xalidium,J. Ricardo, ponta (5), 11,90, dupla(33), 13,20, placés (5), 5,20, e (4),2,60. Dupla Exata (5/4), 59,60, trie-xata (5/4/6), 142,00. Tempo: 59s. 3/5.

!r páreo, 1 mil 200 metros, areia,Io Ibiratai, J.F. Reis, 2o Guaco, J.Ricardo, ponta (1), 1,70, dupla (12),3,20, placés (1), 1,50, e (3), 1,60.Dupla Exata (1/3), 5,20. Tempo:lminlós 3/5.

Movimento Geral de Apostas:Cz$ 2.700.709,50.

Depois de levar um prejuízo nacurva, quando vinha por dentro, ojóquei E. Ferreira rodou do potroAce Archer no último páreo. Comluxação na clavícula, deverá ficar até45 dias sem aparecer em público.

Volta Fechada

5NÓS podemos afirmar, tranqüilamente

e sem a menor sombra de dúvida, deue o grandíssimo clássico Diana (Grupo\ o Oaks carioca de 1986, ontem dispu-

tádo na pista de grama do Hipódromo daGávea em 2 mil metros, foi o Oaks dasausências, infelizmente. Depois das nãoinscrições de Dimane (Janus II em Oscila-ção, por Waldmeister), criação e proprie-dade de Fazenda Mondesir, e Hafeli (Fi-gurón em Zetinga, por Petingo), criaçãodo Haras Rio das Pedras e propriedade doHaras Rosa do Sul, houve o lamentávelforfaít de Deep Blue (Janus II em Oca-sião, por Waldmeister), criação e proprie-dade de Fazenda Mondesir, a óbvia favori-ta (e, pelo perfil e final que a carreira teve,uma também óbvia vencedora), vítima deum acidente na véspera da grandíssimacarreira. Uma lástima.

Por tudo, foi um dos Oaks menosexpressivos dos últimos anos pelo perfilapresentado, com uma ligne droite onde osprejuízos, partidos e facões (de dentropara fora e, principalmente, de fora paradentro), foram a lamentável tônica. Comum tempo fragüíssimo (proporcionalmen-te, um dos mais fracos da história destaprova), construído a partir de uma totalfalta de train na primeira parte do percur-so, a consistente Queen Cell (Vacilante IIem Aciana, por Pewter Platter), criação epropriedade do Haras Santa Maria deAraras, apesar de mal corrida (o que foi aconstante em todas as concorrentes comalgumas sofrendo mais os delírios de seuspilotos), avançou por dentro, depois de

participar do bolo dos primeiros metros dareta, j>ara ganhar, com dificuldade, deNew Filly (Lone Wolf er Filie de Gesvres,por Clouet), criação c propriedade doHaras Bandeirantes (participantes dosprejuízos e outra corrida sem inspiração),que chegou a dar impressão que vinaaominá-la.

A companheira de Queen Cell, QuipMask (Waldmeister em Gas Mask, porDecorum), terceira colocada, talvez aprincipal atriz dos prejuízos dos metrosiniciais da reta, foi, mais uma vez, vítimade seu piloto, sanfonada tristemente e sóconseguindo correr realmente nos últimosmetros quando se aproximou perigosa-mente das ponteiras. Antes, ficou empur-rando as que vinham por dentro dela.Lamentável para e por ela. Belle Valley(Mogambo em My Valley, por Vai deLoir), criação e propriedade do HarasSanta Ana do Rio Grande, foi a principalvítima das loucuras da reta. Mas ioi,igualmente, vítima da direção mais biso-nha de todo o páreo (que a levou a umaposição privilegiada para os prejuízos queacabou sofrendo). Finalmente, Best Choi-ce (Waldmeister em Exarque, por Exbu-ry), companheira de Belle Valley (cujacorrida, obviamente, não valeu), terminouem quarto, muito perto, avançando firme,à Pexterieur, na reta, depois de corrermuito longe apesar da ausência de train,em percurso também absurdo. Um tristeOaks!.

Escoriai

———M—¦¦—¦—!¦!— lll—¦ IIHI'11 ¦

Hoje na Gávea1° PÁREO — h 19h30min — 1.300 metros Cavalos nacionais de 5 anos e mais. ganhadores até CzS

1.200.00 em Io lugar no Pais

Eiil"1—1 Furioso 58 1 D.F.Graça 24/06 5o- 6 Hartito 1.3 NL 83s3

2—2 Ibo Flete 58 2 R.Antônio 17/04 2o- 9 Aba Owen 1.1 NP 70s3—3 Galvão 58 4 J.Pinto 18/03 5o- 7 Giant Black(CP)1.0 NL 65s

4—4 DmJu's Friend 58 3 E.S.Gomes Ap.2 17/04 9o- 9 Aba Owen 1.1 NP 70s

2° PÁREO—Âs 20h00m —1.100 metros Cavalos nacionais de 4 anos, sem mais de uma vitória no Rio o emSâo Paulo

1—1 Gunlire 57 R. Silva 24/04 2o 7 Lcicester 1.2 NP 72s2 I" Escandal 57 I. Brasiliense 04/05 8o 9 Killer 1.0 GL 58sl

2—2 Dom Dijon 57 1. Freire 04/05 2° 9 Killer 1.0 GL 58sl3—3 Corléo 57 E. S. Gomes Ap. 2 24/02 6°-15 Teatrólogo 1.1 NL 68s3

4 Don Rigoni 57 1. Aurélio 06/04 10M0 Karoche -d- 1.3 GL 78s24—5 Catanho 57 J. Pinto 24/04 Io 9 Comjpio 1.2 NP 75s3

6 Marvell 57 J. Ricardo 24/04 5o 7 Leicester 1.2 NP 75s2 •

3° PÁREO — Ás 20h30min — 1.100 metros Animais nacionais de 6 anos e mais. ganhadores atéCrt 8.000.00 em Io lugar no Pais

1—1 BouFMich 57 6 A.Ramos 01/05 3o- 8 Overloquista 1.2 NL 76s2—2 Alalé 54 3 G.F.Silva Ap.l 22/09 2o- 7 Momentosa 1.1 NM 69s3—3 Hig Eslen 58 4 J.B.Fonseca 28/04 3o- 9 Doblez 1.3 NP 83s3

4 King Bruit 58 1 I.Ricaido 28/04 8o- 9 Doblez 1.3 NP 83s34—5 Fascinadora 55 2 F.Lemos 24/04 3o- Kellon 1.1 NP

6 Damoclean 58 5 J.Pinto 03/05 5°- 7 Volo 1.3 NL 83sl

4o PÁREO — Ás ZlhOOmin — 1.100 metros Animais nacionais de 5 ar.os e mais. ganhadores aléCri 9.000,00 em 1° lugar no Pais

1—1 Ornitorrinco 57 7 JAurélio 31/03 2o- 6 Mis Au Point 1.1 NP 68s

Trausseau 58 5 J.Ricardo 24/04 7o- 7 Kelton 1.1 NP 68s3

2—2 Blow up 57 6 O.Ricardo 04/05 3o- 5 Opus 1.3 AL 82s33—3 Gajo 58 4 J.Pinto 11/05 4»- 8 Boulevard 1.3 AP 82s

Pajador ^ 58 3 C.Valgas 03/02 7o- 9 Fleior 1.3 NP 80s2

4—4EIGinele **"* bl 2 LSSantos Ap.3 U/05 7»- 8 Boulevard 1.3 AP 82s '

Jóia da índia 55 1 J.Freire 05/04 5°- 7 Bramania 1.3 AL 8ls2

5o PÁREO — Ás 21h30min — 1.300 metros Animais nacionais de 3 anos e mais, ganhadores até CzS

15.000,00 (detlacionado) em Io lugar no Pais '

1—L Boy Boy 58 2 J. Freire 03/05 !5°-22 F.Astrid' (SP)l.Ò GL 56s8

Kicker 58 7 GF.AImeida 10/04 Io- 8 Braza leste 1.3 NL 80s

2—3 Copenor 56 1 J.Aurélio 16/03 2o- 7 DustinHoltmanl.4 GL 83sl

Banana Split 57 5 E.S.Gomes Ap.2 15/02 5o- 6 Deep Blue * 1.6 GU 94s2

3-5 last Man 56 9 J.F.Reis 27/04 3o- 6 Haug 1.3 NL 80s

6 Round Sin 57 6 MAndrade 21/04 Io- 6 Nice Maiy ' 1.2 NL 75s2,

4—7 Zeddaros 56 8 J.Pinto 04/05 4°-12 Desaforado ' 1.0 GL 5/s2" Advento 59 4 J.Ricardo 12/05 Io- 7 Doblez 1.3 NU 81s3

8 Lambu 56 3 L.S.Santos Ap.3 27/04 4o- 6 Haug '

1.3 NL 80s

6o PÁREO — Ás 22b00min — 1.100 metros Éguas nacionais de 5 anos e mais, ganhadoras aléCri 9.000,00 em Io lugar no Pais

1—1 Veiga 55 4 J.Ricardo 05/05 2o- 6 Mumtaz 1.1 NL 68s2

2—2 Front Page 57 1 AMachado F° 10/03 1°. 6 Jóia da índia 1.3 NU 83s

3—3 Filateta 58 6 J.F.Reis 05/05 2o- 5 Apontado 1.1 NL 69sl" Itomentosa 56 3 R.Coata 05/05 2o- 4 Docimeu 1.1 NL 70s

4—4 Koceira 57 2 .'.Freire 05/05 4o- 5 Aponeado 1.1 NL 69sl

Sotema 57 5 LS.Santos Ap.3 23/03 4o- 4 Selima do Sul 1.4 GM 84sl

7o PÁREO — Ás 22h30min — 1.100 metros. Animais nacionais de 5 anos e mais. ganhadorca até

5ri 4.500, em Io lugar no Pais

1—1 Black Dollar 58 5 J.Pinto 02/85 7o- 7 Goldstone 1.1 NP 67a3

2—2 Bom Bom 58 2 O.Ricardo 01/04 6o- 6 BolganilCP) 1.2 NM 78s3

Vale Bronze 56 6 R.Antônio 08/05 3°- 5 Goltista 1.2 NP 75s4

3_a. Visível 58 4 I.Brasiliense 18/01 6o- 6 Be A Championl 3 AL 80s2

Nutcracker 58 7 J.Ricardo 01/05 11°-11 Grito Raro* 1.1 AL 69s2

4—6 Layout Man 57 1 E.Ferreira 27/03 3o- 5 Buruvichá 1.2 NL 75a2

Xixocapucho 58 3 R Freire 05/05 4°- 8 Monty -I- 1.3 NL 83s2 ?

8° PÁREO — Ás 23h00min —1.300 melros — Animais nacionais de 4 anos, sem mais de uma vitória no

Rio e em SSo Paulo

1—1 Comipio 57 2 J.F Reis 08/05 1°-U Iclus 1.2 NP 75sl

2 Durbilon 57 5 M.NascimentoAp.3 24/02 15°-15 Teatrólogo * 1.1 NL 68s3

2—3 Cuttack 57 6 l.B Fonseca 03/05 3°- 6 Pany 1.4 AL 88s

Red Lu 55 3 E.S.RodriguesAp.4 10/04 Io- 8 Princess Paula 1.1 NL 69s

3—5 letus 53 7 J.C.Castillo 08/05 2°-ll Comjpio 1.2 NP 75sl

Primordial 57 9 F.Silva 12/05 6o- 7 Polaquinho 1.3 NU 82sl

4—7 Préclin 57 1 C.Valgas 04/05 6o- 9 Killer -d- 1.0 GL 58sl

Keni Brown 55 4 J.Gouveia 03/05 9°-ll Miss Mel * 1.0 GL 59s" Franscineide 55 8 CAMartins 03/05 6M1 Miss Mel * 1.0 GL 59s

Indicações Mauro de Faria

Polar Circle vence a milhaclássica de Cidade Jardim

São Paulo — Polar Circle, porManado em Polar Call, venceu on-tem à tarde, em Cidade Jardim, oClássico Renato Junqueira Netto,disputado em raia de areia encharca-da, com dotação de Cz$ 50 mil. Asapostas somaram Cz$ 6 milhões 094mil 822. Betting duplo exato: 5 ga-nhadores (cada um Cz$ 100 mü),portões: Cz$ 4 mil 408.

Resultados

l.V 1 mil metros — grama pesa-da: 1) Red Hair, A. Bassan; 2)Heur, N. Lima; 3) Hortelana, L.Almeida; vencedor: Cz$ 15,90; du-pia: Cz$ 57,50; placés: Cz$ 12,40 eCz$ 5,60; dupla exata: Cz$ 208,00.2.) 2 mil metros — grama pesada: 1)Small Talk, M. Latorre; 2) Eclaira-

fe, M. Fontoura, vencedor: CzS

,80; dupla: CzS 3,90; placés: CzS1,80 e CzS 1,50; dupla exata: CzS8,30.3.) 1 mil metros—areia encharcada:1) Ever-Living, M. Fontoura, 2)Brawling Girl, A. Alves; 3) Farafiz,

R. Penachio; vencedor: Cz$ 4,40;dupla CzS 5,80; placés: CzS 2,20 eCzS 1,40; dupla exata: CzS 12,80.4) 1 mil 500 metros — areia enchar-cada: 1) Langenthal, J. Manoel; 2)Duthen, C. Canuto; 3) Gadame's ,O. Gonçalves; vencedor: CzS 5,60;dupla: CzS 8,50; placés: CzS 2,60 eCzS 2,00; dupla exata: CzS 13,30.5.) 1. mil metros — grama: 1) Bali-player, O. Gonçalves., 2) Reynier, I.Quintana., 3) Pakon, A. Bolino.,vencedor: CZS 1,60., Dupla: CZS5,40., Placés: CZ$ 1,40 e CZS 3,20.,dupla exata: CZS 1,20.6.) 1 mil metros — grama: 1) BlessedMaster., M. Fontoura., 2) Miguelita,L. Duarte., 3) Brunelleschi, J. Vol-mir., vencedor: CZS 15,70., dupla:CZS 11,70., placés: CZS 2,10 e CZS5,10., dupla exata: CZS 10,60.7.) Clássico Renato Junqueira Neto:1 mil 600 metros — areia encharcada— Dotação: CZS 50 mil.1) Polar Circle, J. M. Amorim., 2)Chess-Board, A. Moisés 3) Engre-neur, L. Duarte., vencedor: CZS4,60., dupla: CZS 196,50., placés:

CZS 13,40 e CZ$ 25,50., dupla exa-ta: CZS 196,50.8.) 1 mil 300 metros — areia enchar-cada: 1)Trance, J. Vitorino., 2) OneWee, A. Bolino:, 3) Goldineas, N.Souza., vencedor: CZS 3,70., dupla:CZ$ 41,00., placés: CZS 4,70 e CZS5,30, dupla exata: CZS 53,90.9.) 1 mil 200 metros — Areia Varian-te: 1) Ostoyal, J. Rocha.. 2) OlintoBird, H. Freitas., 3) Kosiusko, I.Quintana., vencedor: CZS 2,40., du-pia: CZS 32,90., placés único: CZS3,20., dupla exata: CZS 32,90.10.) 1 mil 200 metros — areia en-charcada: 1) Valleto, I. F. Ribeiro.,2) Jeruan, A. Bolino., 3) Forhidden,A. Soares., Vencedor: CZS 2,30.,dupla: CZS 6.00., placés: CZS 2,10 eCZS 2,50., dupla exata: CZS 7,10.11.) 1 mil 200 metros — areia en-charcada: 1) Amico Fausto, I. F.Ribeiro., 2) Pyrrho, C. Canuto., 3)Happy Deal, J. Garcia., vencedor:CZS 2,60.. dupla: CZS 6.90 placés:CZS 1.70 e CZS 1,50., dupla exata:CZS 3,40.

Io páreo — Ibo Flete • Galvão • Furioso — Ibo Flete é o melhorretrospecto desta prova sujeita a armação de duplas moles quenão poderia se realizar na Gávea. Galvão reaparece em turmafraca. Furioso volta de longa ausência em companhia tambémacessível.2° páreo — Catanho • Dom Dijon • Córleo — P'areo aparente-mente equilibrado. Catanho ganhou com autoridade podendorepetir já que a turma não está tão forte. Dom Dijon está maduropela enturmação e pode ter chegado a hora de vencer. Córleo temcarreira até para ganhar e também Gunfire vem de ótimaexibição. Vamos ver agora.3° páreo — Alalé • Boul Mich • Hig Sten — Alalé é muito veloz edificilmente será alcançada a tempo de ser derrotada. Boul Michestá em turma fraca, à exceção de Alalé, sendo o maior rival denossa indicada. Hig Sten vem de boa atuação e pode surpreender. I4o páreo — Ornitorrinco • Gajo • Blow Up — Ornitorrincoatravessa ótima fase e deve ganhar com firmeza. Gajo caiu deturma e aparece como o maior adversário do nosso escolhido.Blow Up é veloz e deve figurar com destaque. Outra carreiraperigosa para o apostador.5° páreo — Boy Boy • Banana Split • Kicker—Boy Boy foi correr!o quilômetro internacional em Cidade Jardim sem sucessos. Dèvolta a uma turma mais fraca deve ganhar. Banana Split corremuito na areia e volta bem preparada. Kicker atravessa excelentefase de treinamento podendo surpreender o favorito.6o páreo — Filareta • Veiga • Front Page—Filareta vem dc ótimaexibição frente aos machos e agora no seu páreo, deve dominar.Veiga anda em boa forma mas talvez preferisse uma distânciamaior. Front Page retorna em companhia acessível mas não é umaégua sã. E perigosa.T páreo — Black Dollar • Visível • Vale Bronze — Black Dollar éinfinitamente superior a esta turma. Porém é animal muitobaleado dos joelhos. Deve vencer na categoria se estiver firme.Visível volta em companhia bastante camarada e em caso defracasso de Black Dollar, certamente será o ganhador. ValeBronze estreou regularmente chegando em terceiro lugar. Deve.render mais agora.8o parto — Corrupio • Ictus • Cuttack — Corrupio venceu commuita autoridade e deve repetir sem dificuldade. Ictus, que osecundou, está forçando turma. Mesmo assim, é adversário derespeito. Cuttack vem chegando cada vez mais perto dos primei-ros. É perigoso.

Acumulada Barbada3" _ Alalé ¦*"— Ornitorrinco4o _ Ornitorrinco Melhor dupla5o—Boy Boy 3o—12

Melhor place Pule boa8o — Corrupio 2" — Catanho

HlUllBBIMJBUJBUJMMMWiJIWWIilllWilllP1! mil—HWIHn i*l"il

JORNAL DO BRASILEsportes segunda-feira, L9/5/86 0 ESPORTES 0 7

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Maguila — 0 brasileiro Adilson RodriguesMaguila ganhou ontem o título sul-americano de

IV pesos-pesados ao vencer por nocaute, no sétimo/ 1 • assalto, o argentino Daniel Falconi. Dizendo-se

-1 "vingado", Maguila venceu o adversário damesma forma quer perdeu a última luta para o mesmoFalconi, em 31 de março do ano passado, quando toinocauteado no terceiro assalto. Com dois golpes

"cruzados ,Maguila comemorou a vitória, agradecendo a seu treinador,Miguel de Oliveira. Rui Borges, presidiário, conquistou otítulo de campeão brasileiro dos meios-pesados ao lutadorClarismundo Silva, que era o campeão. A vitória foi pordesclassificação de Clarismundo.Mundial de Boxe - Estados Unidos e Cuba dividema liderança do Campeonato Mundial de Boxe Amador, cadaum com três medalhas de ouro, nas seis finais ja disputada emReno EUA. A luta que mais emocionou ao publico ate agorafoi a que o cubano Teófilo Stevenson, três vezes campeãoolímpico venceu o norte-americano Alex Garcia, no segundoround, sagrando-se tricampeão mundial.

Brasil no Mundial Com três vitórias pormarcadores centenários, a Seleção Brasileiraconquistou, em Guaratinguetá, o CampeonatoSul-Americano de Basquetebol Feminino Adul-

. t0> garantindo o direito de participar, em agos-to na União Soviética, do Campeonato Mundial da categoria.Na final de ontem, o Brasil se impôs à Colômbia, vencendopor 124 a 96 pontos. Nas duas primeiras partidas da competi-ção o Brasil venceu a Argentina, por 132 a 49, e o Peru, por124 a 45. Antes do Mundial, a Seleção Brasileira aindadisputará a Copa Cuba, em Havana, e os Jogos da Amizade,também na União Soviética. A técnica Maria Helena, doBrasil, criticou a arbitragem no jogo de ontem, que permitiuàs colombianas o uso da violência. Maria Helena comentouque não tem com o que se preocupar no ataque da SeleçãoBrasileiras, mas reconheceu que a defesa ainda apresentamuitas falhas e precisa ser aprimorada.

Acidente com Gugelmim — Nostreinos oficiais para a terceira etapa do Campeo-nato Internacional de Fórmula 3.000, que serárealizada hoje, em Pau, na França, o pilotobrasileiro Maurício Gugelmim (Perdigão/JPS-

/Labra) sofreu um acidente de grandes proporções ao bater defrente no muro que circunda a pista mas escapou com algumasleves escoriações e uma contusão no ombro direito enquantoseu March ficou bastante danificado. O acidente tirou Maurí-cio da prova de 73 voltas que terá o italiano Emanuelle Pirrona pole-position. O brasileiro Maurício Sala (Equipe Alface'sRestaurante/Giustino Jóias) manteve a liderança do Campeo-nato Inglês de Fórmula-3, ao terminar em segundo lugar asétima etapa do campeonato, disputada ontem no circuito deDonington Park, que teve o inglês Martin Donnely comoprimeiro colocado. Com este resultado, Sala soma agora 42pontos contra 32 do inglês Andy Walace, que não terminou acorrida de ontem, com problemas no motor. O terceirocolocado na classificação geral é o holandês Gerrit VanKouwen. Diante de 150 mil pessoas que lotaram as arquiban-cadas do circuito oval de Indianápolis, o piloto brasileiroRoberto Moreno foi o quarto mais rápido no treino livre desábado para as 500 milhas, que serão realizadas no próximodomingo. Outro brasileiro classificado foi o veterano EmersonFittipaldi dirigindo seu March/Cosworth. Debaixo de muitachuva, foi realizada ontem a terceira etapa do CampeonatoBrasileiro de Marcas com a vitória de Paulo Gomes e FábioGreco, com o Escort. Em segundo lugar chegaram os pilotosIngo Hoffmann e Cláudio Girotto Filho, com o Passat,seguidos de Armando Balbi e Xandy Negrão, também dePassat. O argentino Guilermo Maldonado confirmou seufavoritismo e venceu a terceira etapa do Campeonato Sul-Americano de Fórmula-2/Codasur, em Salta, na Argentina,completando as 30 voltas em 37min38s, a uma média horáriade 163 quilômetros. Com este resultado o piloto assumiu aliderança do campeonato que pertencia ao brasileiro LeonelFriedrich, que abandonou a prova. A sensação da corrida foiCésar Bocão Pegoraro, que ficou em 4o lugar, seguido deoutro brasileiro, José de Mello Pimenta.

Paraná campeão— Com cinco medalhas de ouro, duas de prata eduas de bronze, o Paraná obteve o primeirolugar, por equipes, no VI Campeonato Brasilei-ro de Ciclismo Júnior, encerrado ontem cedo

com a prova de resistência (estrada), vencida pelo paulistaPaulo Sérgio Vanucci, com o tempo de 3hl7min3s. O ciclistade São Paulo completou os 120 Km que ligam as cidadesmineiras de Betim e Itaúna, um segundo apenas na frente deOsni Safanelli, de Santa Catarina, e dois segundos antes de omineiro Celso Aparecido cruzar a linha de chegada. Acompetição ajudará na definição da equipe brasileira quedisputará o Mundial, em Marrocos, no mês de julho. Os maiscogitados são Paulo Sérgio Vanucci, Clever Anderson eGeovani Markoff, de São Paulo, os paranaenses EdersonSeix, Raimundo Ranieri, José Luis Hunger e Adriano Pas-quealotto, os catarinenses Osni Safanelli e Claudius Krueger,além do mineiro Celso Aparecido e do goiano Toni Maga-lhães.

Vitória de Kasparov — O campeãomundial Garri Kasparov venceu ontem na Basi-leia a terceira partida de seu encontro como oinglês Antony Miles, estabelecendo um placarfavorável de 3 a 0. A partida havia sido suspensa

após disputados 60 lances com o campeão numa melhorposição. Ontem, Kasparov necessitou de apenas nove jogadaspara derrotar o inglês e partir para a quarta das seis partidasque serão disputadas.

m

m=rik I Taça Carioquimica — Leon Heon-tk zog e Juan Luis Mingo foram os campeões da

g» Taça Carioquímica de Duplas, disputada noJ\ Itanhangá Golfe Clube, na modalidade best-

—' bali. A dupla vencedora encerrou a competição,de 36 buracos, com 128 net, seguida de Pedro Orleans eBragança/Alberto Ferreira da Costa, com 129, e FrancisMcCormick/George Harrison, com 130 net.

• 1 Corrida das Empresas — José daA, Silva, do Banerj, foi o vencedor da categoriaj\ masculina da II Corrida das Empresas, ao per-

1 correr os 8 quilômetros da prova em 23minl7s.' Em segundo lugar chegou Delmir dos Santos,também do Banerj, com o tempo de 23min28s e em terceiro,Jorge Souza Santos, da Douglas, com 23min39s. Na categoriafeminina, Cássia Aparecida, do Banerj, estabeleceu um novorecorde da prova, com 28min30 enquanto a segunda colocada,Elzi de Oliveira, de Gama Filho, cruzou a linha de chegada em29min50, seguida de Lúcia Garcez, da Arki, com o tempo de3ÓminlO. A River foi a empresa campeã, com o total de 98pontos, ficando a Petrobrás com o segundo lugar, com 105 e aTelerj com o terceiro, com 232.

SaltOS—O paulista Caio Sérgio de Carvalho,^$A~[ montando "Coca Cola ei Virtuoso", conquistou"""t> a série principal do Campeonato Internacional'de Saltos Cidade de Porto Alegre—classificató-

ria para a Copa do Mundo —. totalizando 65.5.pontos. O mineiro Vitor Alves Teixeira, com "Just DorangeCepel", foi o segundo colocado com 59.5 pontos. Um grandepúblico assistiu à competição, disputada na pista de grama daSociedade Hípica. Apesar de ter ficado em segundo lugar naclassificação, o conjunto Vitor Alves Teixeira/ "Just DorangeCepel" foi a grande estrela da prova de ontem, na qual fez osdois percursos sem cometer faltas. Em segundo, com quatrofaltas, colocaram-se Carlos Vinicius da Mota ("Ducas CocaCola"), Marcelo Blessmann ("Coca Cola Ubergard"), CarlosDodero ("River Black") e Caio Sérgio de Carvalho ("CocaCola El Virtuoso").

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Foto Ansa

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TESTE 806

Ivan Lendl encontrou dificuldades para vencer pela primeira vez o Aberto de Roma

Ivan Lendl campeão na ItáliaRoma — O tenista número um

do atual ranking mundial, o tchecoIvan Lendl, conquistou ontem pelaprimeira vez o Torneio Aberto daItália, ao vencer, após duas horas e52 minutos de partida, o espanholEmilio Sanchez, a maior revelaçãodo Torneio, por 7/5, 4/6, 6/1 e 6/1,somando 350 pontos para o NabiscoGrand Prix e faturando um prêmiode 56 mil dólares, cerca de Cz$ 780milhões.

Ivan Lendl teve muito trabalhopara vencer o tenista espanhol, cor-rendo por toda a quadra para defen-der as milimétricas jogadas de San-chez, que se plantou bem nos doisprimeiros sets, ganhando inclusive osegundo, mas não suportou a pres-são do tcheco, e seu esgotamentonervoso o impediu de chegar a umquinto set. Ao final do jogo, EmilioSanchez admitiu que a partir doterceiro set estava mentalmente can-sado e começou a cometer muitos

erros, tornando-se impossível conteras bolas de Lendl.

Este foi o quinto torneio ganhopor Ivan Lendl este ano. O tchecovenceu o Torneio da Filadélfia, BocaWest, Milão e Fort Myers, além doMasters, em janeiro. Com o jogo deontem, Lendl acumula agora 35 vitó-rias, em 86, contra apenas duas der-rotas. O próximo compromisso dotenista é o Aberto da França, daqui auma semana, para o qual ele seprepara aperfeiçoando suas jogadas,nadando e praticando o golfe.

Emilio Sanchez, 20 anos e 34° doranking mundial, disputou pela pri-meira vez a final de um torneio quereuniu os maiores nomes do tênis erecebeu como prêmio a quantia de28 mil dólares além de somar 245pontos para o Nabisco Grand Prix.Pelo torneio de duplas, os vencedo-res foram Yanick Noah e Guy For-get, da França, que venceram KarkEdmonson, da Austrália, e Sher-

wood Stewart, dos EUA, por 7/6 e'6/2.

Martina Navratilova classificou-se para a final do Torneio AbertoFeminino de Berlim, ao derrotar aalemã Claudia Kohde Kilsch, por 7/5e 6/2. A adversária da tcheca natura-lizada americana será a jovem alemãde 16 anos, Steffi Graff, que passouà final após sua adversária HanaMandlikova abandonar a competi-ção com infecção estomacal e febrealta. A alemã obteve um bom resul-tado ao sagrar-se campeã de duplasao vencer, ao lado da tcheca HelenaSukova, por 7/5 e 6/2, a dupla forma-da por Martina Navratilova e a hún-gara Andréa Temevari.

A brasileira Patrícia Medradoestreou bem no Torneio Internacio-nal de Tênis Feminino, válido para oGrand Prix, eliminando a japonesaEtsuko Inque, por 4/6, 7/6 e 7/6.

Praia repete a decisão de 85A final do Campeonato de Fute-

boi de Praia da temporada de 1985/86 será entre os protagonistas dagrande decisão de 84/85. O Embalo,que detém o título, voltará a enfren-tar o Axeia Company, em partidateoricamente agora muito mais difi-cil. O título será decidido no próxi-mo sábado, em local ainda a serdesignado pela Federação de Fute-boi de Prata.

Nos jogos realizados sábado últi-mo, pelas semifinais, o Embalo der-rotou o Copaleme por 1 a 0 e o Areiavoltou a vencer o Chelsea por 3 a 1.Curiosamente, foram eliminados osdois clubes que precisavam apenasdo empate para se classificar para afinal.

O jogo entre Embalo e Copale-me foi dramático. O Embalo com-pensou a diferença de técnica comuma boa organização defensiva, des-tacando-se o combativo Afonsinho,e a determinação, principal virtudedurante todo o Campeonato. O ti-me, que perdeu Dunga, Renato,Galocha, Saquinho, Mendinha e Pa-lhaço — seis jogadores importantes— , mesmo com a maioria de aspi-rantes da temporada passada nãoperdeu a ousadia, muito menos agarra. E foi assim que manteve o 1 a0 (gol de Naíba, na cobrança defalta), que o levou mais uma vez àfinal.

Palhaço, que trocou o Embalo

Esporte e SaúdeO direito de participar

O atleta paraplégico Oscar Lucas Tiago Filho, apesar deter largado segundos na frente e ter se utilizado de

uma cadeira de rodas especial, acabou chegando primeiro,na última corrida de rua promovida pela Associação Cristãde Moços, com uma diferença de tempo maior do queaquela vantagem (9800m em 28':28" corrigidos). Aos28':32" com uma excelente performance, chegou o atletacorredor Carlos Antônio Serpa. Imaginem a situação cria-da? Quem deveria levar a premiação? Quem chegou emprimeiro lugar ou quem chegou em primeiro, correndo a pé?

Houve quem tenha defendido a posição, de que se forapermitida a participação de um atleta usando cadeira derodas, sem que no regulamento houvesse tratamento espe-ciai para esta categoria, consequentemente deveria ter sidoconsiderado vencedor, aquele que chegasse primeiro, quer apé ou correndo em cadeira de rodas. Segundo outros, estetipo de situação só ocorrera, porque teria sido permitida aparticipação do paraplégico e que o regulamento de corridasde rua deveria proibir a participação de quem não corresse apé. No caso, os dois foram premiados. O Serpa ganhou apremiação como vencedor e o Oscar uma premiação espe-ciai.

Esta situação gera evidentemente uma série de quês-toes e posicionamentos que implicam necessariamente naanálise de múltiplos aspectos e o objetivo aqui, não é discutiro mérito de quem deveria ter vencido, mas sim, defender odireito da participação dos deficientes físicos em eventosdesportivos de massa.

A solução para estes conflitos não deve vir a partir deuma proibição da participação desta categoria de atletas. Seo problema é evitar uma injustiça quanto à premiação, ocaminho deve ser o do estudo e da investigação criteriosa detodas as variáveis intervenientes na performance destesatletas, em comparação com a dos não deficientes.

Não há dúvidas de que é mais complicado organizai,por exemplo, uma corrida de rua em que possam participaros paraplégicos correndo em suas cadeiras de rodas. Imagi-nem por exemplo o tumulto que poderia ocorrer no funil dechegada se não houvessem modificações no planejamento dachegada. Mas será que não vale a pena um esforço maior deorganização? Nos EUA e na Europa, em diversos eventosdesportivos de massa, inclusive em algumas maratonas, édado abertura à participação da categoria de paraplégicos,cuja cadeira de rodas não é encarada como um veículocomum, mas um meio de locomoção para este tipo dedeficiente físico.

No meu entender, não apenas os aparentemente sa-dios, mas também aqueles atingidos por alguma deficiênciafísica em caráter definitivo, devem ter a oportunidade deexercer o direito de participar dos eventos desportivos em

que há mobilização de massa, considerando os seguintesargumentos de defesa desta proposição:

1) Os organizadores de eventos desportivos de massatêm defendido a tese de que este tipo de iniciativa éimportante no processo de promoção do ser humano, tanto anível pessoal quanto social:2) Esta tese para ser coerente com seus propósitos, não podedeixar espaço para discriminações (o deficiente físico tam-bém é um ser humano):3)Proibir a participação de deficientes físicos em eventosesportivos de massa, entre outras coisas, faz com que sejarelativamente pequeno o número de deficientes físicos quepraticam exercícios junto com a comunidade em geral, quera nível de manifestação "esporte participação", quer a nívelda manifestação"esporte competição". Sob a alegação deque a promoção de eventos esportivos para esta categoriaexclusiva de atletas mobilizaria poucas pessoas e conseqüen-temente não geraria "retorno financeiro" proporcional aoinvestimento com patrocínio, a maioria das empresas comer-ciais se limitam, na maioria das vezes a investir exclusiva-mente em eventos com grande mobilização de pessoas.Forma-se assim um ciclo vicioso que desestimula a cada vezmais a prática de exercícios entre os deficientes físicos, quedela tanto necessitam:4) Vale lembrar que a mobilização maior de pessoas emrelação à prática regular de exercícios deveu-se também aoefeito multiplicador de clientela das chamadas corridas derua, maratonas, passeios ciclísticos, etc:5) Em havendo maior oportunidade de participação dedeficientes físicos em eventos desportivos de massa, estacategoria seria beneficiada pelos efeitos daquela mobiliza-ção, em prol da difusão da prática regular de exercícios entreos deficientes físicos, como tem acontecido com a comunida-de em geral:6)A prática de exercícios representa para um deficientefísico não apenas um meio de preservação da saúde, masprincipalmente a oportunidade que têm, de provar a sipróprios e aos não deficientes, que também são. capazes departicipar e que, apesar de suas limitações e, dentro de suasrespectivas categorias, também são capazes de competir e deser vencedores.7) Teria o Barão de Coubertin discriminado os deficientesfísicos quando emitiu o pensamento de que "mais importan-te que vencer é participar"?Dia 25 próximo, no Leme. às 8:00 acontecerá mais umacorrida rústica em que os paraplégicos poderão participar.Dr. Paulo Pegado.Endereço para correspondência: CENTRO AERÓBICODO BRASILRua Martins Ferreira 40.Botafogo Tel. 286-7796.

? FLAMENGO/RJ X GOYTACAZ/RJNITERÓI

FLAMENGO27.04 — 1x1 C.Grande — F01.05 — 4x1 Confiança — F04.05 — 2x0 Aménca — N11.05 — 1x2 Botalogo — N18.05 — 5x0 Portuguesa — N

GOYTACAZ20.04 — 0x1 Mesquita — F27.04 — 0x2 Fluminense — F01.05 — 1x0 Portuguesa — C04.05 — 0x0 Mesquila — C16.05 — 4x0 C.Grande — F

Cotações: Col.l (60%) X-(20%) 2-(20%)

m MESQUITA/RJ X VASCO/RJMESQUITA

pelo Areia e decidiu o título no anopassado, foi um dos responsáveispela primeira vitória sobre o Chelseae participou também da que levouseu time à nova decisão. Marcoudois belos gols na primeira partida eo terceiro, anteontem. Neivaldo, oprincipal nome do jogo de sábadoúltimo, marcou os dois primeiros doAreia. O do Chelsea foi marcado porOlavo.

Palhaço e Saquinho, campeõespelo Embalo, estarão sábado próxi-mo com outra camisa. É outra atra-ção numa final festiva de um Cam-peonato que tem levado multidões àspraias e é promovido pela Viva Pro-moções Esportivas.

MESQUITA20.04 — 1x0 Goytacaz — C01.05 — 1x0 Botalogo — C04.05 — 0x0 Goytacaz — F11.05 — 1x1 Fluminense — C18.05 — 0x3 Bangu — C

VASCO04.05 — 2x0 C.Grande — C08.05 — 2x3 Americano — C11.05 — 2x0 Portuguesa — F13.05 — 1x1 Itabaiana — F18.05 — 1x2 América — N

Cotações: Col.l (20%) _____ 2-(50%)

m PORTUGUESA/RJ X FLUMINENSE/RJILHA DO GOVERNADOR

PORTUGUESA26.04 — 1x0 Americano — C01.05 — 0x1 Goytacaz — F04.05 — 0x1 Botafogo — F11.05 — 0x2 Vasco — C18.05 — 0x5 Flamengo — N

Cotações: Col.l(10%) X-<20%) 2—<70%)

FLUMINENSE27.04 — 2x0 Goytacaz — C01.05 — 2x0 C.Grande — F04.05 — 1x0 Olaria — C11.05 — 1x1 Mesquila — F

El BANGU/RJ X BOTAFOGO/RJMARACANÃ

BANGU23.04 — 2x1 Olaria — C01.05 — 0x1 Barcelona — F06.05 — 1x3 Deportivo — F13.05 — 1x1 Coritiba — C18.05 — 3x0 Mesquila — F

BOTAFOGO27.04 — 2x3 Vasco — N01.05 — 0x1 Mesquita — F04.05 — 1x0 Portuguesa — C11.05 — 2x1 Flamengo — N18.05 — 0x1 Olaria — F

Cotações: Col.l(30%) X—(40%) 2—(30%)

m OLARIA/RJ X AMÉRICA/RJRUA BARIRI

OLARIA19.04 — 0x0 Mesquita — C23.04 — 1x2 Bangu — F04.05 — 0x1 Fluminense — F11.05 — 0x0 Americano — F18.05 — 1x0 Botafogo — C

AMERICA24.04 — 1x0 Union Douala — F .28.04 — 0x1 Cannon Younde — F04.05 — 0x2 Flamengo — N10.05 — 1x1 C.Grande — F18.05 — 2x1 Vasco — N

Cotações: Col.l (30%) X-(30%) 2—(40%)

El PINHEIROS/PR X ATLETICO/PRCURITIBA

PINHEIROS27.04 — 0x0 Matsubara — F01.05 — 1x1 Colorado — N04.05 — 0x2 Apucarana — F11.05 — 0x0 U.Bandeirante — C18.05 — 1x0 Toledo — F

Cotações: Col.l(30%) X-(30%) 2—(40%)

ATLÉTICO27.04 — 2x1 Apucarana — C01.05 — 0x1 Londrina — F04.05 — 1x1 Curitiba —N11.05 — 1x1 Maringá — F18.05 — 3x1 U.Bandeirante — C

e COLORADO/PR X CORITIBA/PRCURITIBA

COLORADO26.04 — 0x0 U. Bandeirante —01.05 — 1x1 Pinheiros — N04.05 — 0x0 — Maringá — C11.05 — 0x1 Cascavel — F18.05 — 3x2 Londrina — C

CORITIBA04.05 — 1x1 Atlético — N08.05 — 2x2 Cascavel — C10.05 — 0x0 Plalinense — C13.05 — 1x1 Bangu — F18.05 — 2x0 Matsubara — F

Cotações: Col; 1(30%) X-(30%) 2-(40%)

ei REMO/PA X IZABELENSE/PABELÉM

REMO03.04 — 1x2 Sport Belém — N18.04 — 1x1 Tuna Luso — N01.05 — 1x2 Santa Rosa — N04.05 — 3x0 Tiradentes — N18.05 — 5x0 Sport Belém — N

Cotações: Col. 1(60%) X-(20%) 2-(20%)

IZABELENSE26.03 — 0x0 Tuna Luso — N27.04 — 0x3 Tuna Luso — N04.05 — 1x0 Sport Belém — N07.05 — 0x1 Paissandu — N

EU RIO BRANCO/ES X DESPORTIVA/ESVITÓRIA

RK> BRANCO27.04 — 1x0 Guarapari — C01.05 — 2x8 Vasco — C04.05 — 1x1 Estrela — C11.05 — 0x3 Desportiva — N18.05 — 0x1 Guarapari — F

Cotações: Col.l (30%) X-(40%) 2—<30%)

DESPORTIVA23.04 — 0x1 Guarapari — F27.04 — 2x1 Estrela — F04.05 — 0x0 Guarapari — F11.05 — 3x0 Rio Branco — N18.05 — 2x0 Estrela — C

M SPORT/PE X SANTA CRUZ/PERECIFE

SPORT23.04 — 3x1 Sele Selembro — C27.04 — 1x0 Santa Cruz — N04.05 — 3x2 Paulistano — C11.05 — 0x0 Central — C18.05 — 2x0 Náutico — N

Cotações: Col.l(30%) X-(40%) 2—(30%)

SANTA CRUZ27.04 — 0x1 Sport — N04.05 — 2x0 Sete Setembro — F11.05 — 1x2 Náutico — N17.05 — 0x0 Central — C

__GOIÂNIA/GO X VILA NOVA/GO

GOIÂNIA

GOIÂNIA01.05 — 1x0 América — C04.05 — 3x1 Giatuba — C11.05 — 0x0 Goiás — N18.05 — 1x1 Anapolina — F

VILA NOVA01.05 — 2x1 Anapolina — C04.05 — 1x3 Ceres — F07.05 — 1x1 Goianésia — C11.05 — 0x2 llumbiara — F18.05 — 0x1 Atlético — N

Cotações: Col. 1(30%) X-(40%) 2-(30%)

mM SANTA CRUZ/RS X GREMIO/RSSTA. CRUZ DO SUL

SANTA CRUZ01.05 — 1x1 Inter (SM) — F04.05 — 0x1 Esportivo — C11.05 — 2x1 Juventude — C18.05 — 1x0 Caxias — C

GRÊMIO01.05 — 5x0 Pelolas — C04.05 — 3x0 Bagé — F11.05 — 1x3 Inter — N18.05 — 4x0 Aimoré — C

Cotações: Col. 1(30%) X-(30%) 2-(40%)

WTOSL INTER/RS X INTER SM/RSBi Jl BEIRA RIO

INTER INTER SM01.05 - 3x1 S. Paulo - 30-04 - 1x1 Santa Cruz - C04.05 - 1x0 Brasil — 04.05 - 1x1 Sania Cruz — C11.05 - 3x1 Grêmio - 1105 - 1x1 S. Bona — C18.05 — 1x1 Esportivo — 1805 - 1x1 Pelotas — F

Cotações: Cbl.l(60%) X-(20%) 2-(20%)

TESTE 805Vasco/RJ AméricaíRJ 2 ¦

¦ Flamengo/RJ Portuguesa/RJ 0

¦ Olaria/RJ Botafogo/RJ C

Americano/RJ Fluminense RJ sorteio

EsportivoRS H Inter RS 1

¦ Grèmio.RS Aimoré.RS O

¦ AtlétiroPR U. Bandeirante PR 1

¦ Atlético GO Vila Nova GO 0

¦ TrezePB Botafogo PB 0

10 ¦ JuventusSP Paulista SP 1

11 Botafogo SP Santos SP 1 8

12 ¦ P. Desportos SP XV Nov. Jaú SP 0

13 Coríntians SP a S. Paulo SP •

O jogo 4 será sorteado hoje. O prêmio é deCzS 12.994.449,62.

Uma vitória modesta sobre um time modestoCidade do México — A Seleção Brasileira ganhou

com sobras do modesto time do Atlanta, por 2 a 1, masainda está longe de apresentar um futebol confiável, umfutebol que a destaque como uma das favoritas para aconquista da Copa do Mundo.

Na verdade, o time de Telê continua sem força definalização. Suas jogadas (as poucas que surgem) depen-dem unicamente do talento de quem as realizam e o quemais caracteriza este time é o excessivo toque de bola,que acaba por tornar a Seleção lenta e pouco ofensiva.

As falhas que se verificam desde os coletivos daToca da Raposa permanecem visíveis. Entretanto, ojogo-treino de ontem apresentou alguns aspectos positi-vos, como a constatação que Muller tem que ser o ponta-direita e que Júlio César, ao lado de Edinho, torna adefesa mais sólida do que com Oscar.

O Atlanta foi uma equipe tão fraca que não chegoua testar a Seleção Brasileira. Atuando sempre atrás, osjogadores mexicanos ameaçaram muito pouco a defesado Brasil. É bem verdade que conseguiram um gol, masmarcado numa falta de atenção da defesa, bem aprovei-tada por Casanova que chutou por cobertura, ao perce-ber que Paulo Vítor estava adiantado.

A fragilidade dos mexicanos fez com que os jogado-res brasileiros não se apavorassem com a desvantagemno marcador. O time de Telê continuou tocando bola,criando e perdendo muitas chances, mas antes de termi-nar o primeiro tempo Casagrande subiu mais alto do quea defesa do Atlanta e completou bem o córner cobradopor Júnior.

No segundo tempo, o padrão melhorou um pouco.A entrada de Muller, principalmente, equilibrou mais aSeleção Brasileira, que passou a ter uma opção dejogadas pela ponta direita. E foi numa dessas jogadasque o Brasil marcou o segundo gol, através de Sócrates,que chegou a tempo de completar o cruzamento da linhade fundo. Outra melhora ocorrida na equipe foi aentrada de Josimar, substituindo Edson (torceu o torno-zelo), que deu mais força ao ataque.

De qualquer forma, o Brasil ainda precisa melhorarmuito. Seus jogadores continuam errando muitos passesencontram dificuldades para descobrir espaços, poisquando surge uma chance de aproveitar a má colocaçãodo adversário, o time sai lento e só chega à área quandojá está muito congestionada. Não chegou a ser melancó-lica a atuação da Seleção Brasileira, já que em algunsmomentos se viram boas jogadas individuais (Edinho,numa ocasião, partiu com a bola dominada desde o seucampo e por pouco não consegue o gol), mas ainda faltamuito para à Seleção Brasileira fazer jus ao prestígio quepossui no México.

Apesar de tudo, boasatuações na Seleção

Carlos, Paulo Vítor e Leão — Os três não tiveramqualquer problema e Paulo Vítor não pode ser responsa-bilizado pelo gol que tomou — a defesa hesitou e oatacante mexicano chutou por cobertura, longe do seualcance.Edson — Continua a mostrar suas limitações. Sem ter aquem marcar, foi várias vezes à frente, mas não ousanada, não consegue criar jogadas, limita-se a correr pelalateral do campo.Oscar — Não foi forçado, mas demonstra algumalentidão no momento em que o adversário contra-ataca.Esta deficiência é que lhe poderá custar a posição.Edinho—Hesitou no momento do gol, ao permitir que oatacante mexicano chegasse primeiro na bola e chutassepor cobertura. Talvez tenha facilitado por não acreditarque seu adversário tentasse aquele chute. Afora isso, foium dos melhores do treino. Quase sempre bem coloca-do, orientou na colocação do time o tempo inteiro eainda tentou jogadas individuais muito boas.Júnior — Outro que apareceu bem. Errou alguns passes,mas, sempre que caía para o meio, via-se alguma coisa:boa, de talento, lúcida. Como marcador, não foi for-çado.Falcão — Um primeiro tempo ruim, pelo excessivonúmero de passes errados. De qualquer forma, é umjogador que se coloca bem, enxerga bem as jogadas enão perde tempo com passes para o lado. No segundotempo, melhorou sensivelmente.Elzo — O burocrata de sempre. Limita-se a combater einsiste nos passes laterais. Falta-lhe lucidez para desço-brir e tentar jogadas.Silas — Talvez seja o que mais se movimenta. Está bemno meio, mas falta-lhe mais decisão no momento de seapresentar na área, o que faz a Seleção perder a sua forçaofensiva.Careca — Mostrou que não pode jogar ao lado deCasagrande, uma vez que insiste em cair para o meio eficam os dois a bater cabeça com cabeça. Tinha a missãode tentar também as jogadas pela ponta direita, maspoucas vezes ocupou aquele espaço.Casagrande — Apesar do seu jeito desengonçado, é oque mais preocupa a defesa adversária. Está semprebuscando a conclusão e procura ocupar os espaços vaziosdo lado esquerdo do ataque.Edivaldo — Não soma nada à Seleção. É muito leve esem força física. Tem como mérito principal a luta pelabola, mas como atacante, deveria ser melhor nas jogadasofensivas.Josimar — Não chegou a brilhar, mas foi mais lúcido doque Edson nos lances ofensivos. Joga mais à vontade etambém tenta os chutes a gol, não se limitando aoscruzamentos.Júlio César — Sua entrada deu mais firmeza à defesa.Não disputa as bolas com o adversário, simplesmente astoma sem que o atacante nada possa fazer.Sócrates — Substituiu Elzo e a Seleção melhorou muito,embora continue lento. Muito mais inteligente que Elzo,dá mais dinamismo ao time. Ontem teve o grave defeitode tentar os passes de calcanhar e não acertou nenhum.Valdo — É habilidoso, mas fraco fisicamente paradisputar jogadas mais ríspidas. De qualquer forma, tocabem a bola e sabe protegê-la.Muller — Sua entrada deu mais força ao ataque, quepassou a explorar as jogadas de ponta e tornou o timemais equilibrado.

ATLANTE 1 X 2 SELEÇÃO BRASILEIRALocal: Campo do Centro Guillermo CafiedoJuiz: Gilberto TimPúblico: 3 mil pessoas (aproximadamente)Atlante: Soto, Catanon, Varga, Cisneros e Jardon: Rico(Barroso), Garcia e Coutollenc (Colin): Huerta (Padilla)Malibran (Moses) e Casanova (Casellas)Técnico: José Antônio RoccaSeleção Brasileira: Carlos (Paulo Vitor, depois Leão),Edson (Josimar), Oscar (Júlio César), Edinho e Júnior:Falcão, Elzo (Sócrates) e Silas: Careca (Valdo), Casa-grande e Edivaldo (Muller).Técnico: Telê SantanaGols: No primeiro tempo, Casanova (aos 39) e Casa-grande (aos 42 min): no segundo, Sócrates (aos 25min).

Cidade do México — Fotos de Alberto Ferreira

Júnior se multiplica na marcação e na criação de jogadas de um time ainda sem um estilo

Edinho comandacom entusiasmoApesar de a Seleção Brasileira estar

longe de apresentar um futebol que en-cante, no treino de ontem um* jogadorconseguiu se destacar: Edinho, que alémde cumprir sua missão de zagueiro (e estácumprinndo muito bem) comanda a Sele-ção dentro do campo.

No jogo-treino com o Atlante, Edi-nho falou o tempo inteiro. Gritou comtodos indistintamente, não importando seera o novato Edivaldo ou o consagradoFalcão. Suas broncas eram sempre bemcolocadas e dadas com energia, buscandomais empenho ou melhor colocação docompanheiro, mas com o cuidado deincentivar.

É verdade que falhou no único gol doAtlante, talvez por não acreditar que oatacante adversário tivesse coragem detentar um chute por cobertura quase daintermediária.

Além do comando da equipe dentrodo campo, Edinho tem muita energia eontem provou isso em várias jogadas emque se lançou ao ataque. E partiu semprecom decisão, em alta velocidade. Numdesses lances quase conseguiu um gol.Foi sem dúvida o destaque do jogo-treinode ontem.

\

Casagrande estárindo outra vezCasagrande voltou a sorrir. Agora,

tem certeza de que é titular da SeleçãoBrasileira exatamente onde gosta deatuar — lá na frente, entre os zagueirosadversários.

Só preciso me acostumar a sair damarcação homem a homem.

Essa certeza Casagrande teve no jo-go-treino de ontem, quando, mesmo apóslevar uma forte pancada no tornozelo,resolveu continuar em campo. No inter-valo, enfaixou o local contundido e vol-tou, enquanto Careca — o outro centroa-vante — era substituído por Muller. Erao sinal de que Telê já havia optado pelapermanência de Casagrande no time ti-tular:

Espero que continue assim. Omais difícil para um jogador e quando háindefinição, quando ele não sabe se fica,se vai, se entra, se sai. Agora, o time estásendo mantido e estamos podendo traba-lhar o conjunto. Aliás, trabalhar o con-junto e o que mais precisamos no mo-men,to. Nosso desentrosamento é eviden-te. As vezes eu saio da área, abro espa-ços, e não penetra ninguém. Nosso timevem de trás tocando a bola vagarosamen-te. É necessário impor um pouco mais develocidade, com toques de primeira.

Zagalo confessatoda sua revolta

O tempo que ele dispõe como comentaris-ta da TV Globo é curto. Além disso, porquestões éticas, prefere resguardar suas críti-cas de público. Mas, na intimidade, MárioJorge Lobo Zagalo, o técnico tricampeão domundo, que viveu há 16 anos todo aqueleclima de entusiasmo com a Seleção Brasileira,se confessa revoltado com o que está vendohoje no time de Telê. Embora torça desespe-radamente para que a equipe supere tudo,acha muito difícil que nestes poucos dias querestam para a estréia na Copa as coisas setransformem substancialmente:

No fundo, acho que só Deus podesalvar — dizia Zagalo, até com certa tristeza,recostando a um banco do furgão da TVGlobo depois do treino, a caminho do hotel.

Na TV não fica bem eu ficar falandodessas coisas, mas está tudo errado. Desde apreparação para jogar na altitude até a falta deuma definição de esquema de jogo. Dessejeito a gente acaba voltando mais cedo.

Zagalo confirmou que seria o técnico emcaso de vitória de Medrado Dias, mas nãorevela mágoa alguma nas críticas que faz.Como técnico, analista do futebol, no entanto,vê as coisas difíceis, desde a convocação:

A minha convocação ia surpreender.Eu não chamaria um quilo desses trintões (ecitou nomes: Falcão, Sócrates, Cerezo e Os-car, além de Careca e Elzo).

Telê sofreu o treino de longeTelê preferiu ver o treino de longe.

Entregou seu apito ao preparador físicoGilberto Tim e ficou de pé junto à linha defundo. Boné verde, para se proteger dosol, adotou a tática do silêncio. Somente.

. duas vezes se manifestou no primeiro tem-po. A primeira, para reclamar de Falcão:

Vamos, vamos, volta logo. \Falcão chegara na área adversária paratentar o arremate e, quando o adversárioiniciou o contra-ataque, voltou numa corri-da cadenciada, longe da exigida pelo trei-nador. \

Para Júnior, Telê deu algumas instru-ções da cobrança de um córner:

Joga no primeiro pau, sempre noprimeiro pau.

Júnior cobrou no meio da área, próxi-mo à marca do pênalti, c Casagrandemarcou o primeiro gol, de cabeça. Telêcalou a boca. E assim foi até o fim doprimeiro tempo.

No intervalo, conversou com quatrojogadores, todos do meio-de-campo: Elzo,

Falcão, Silas e Sócrates, que acabava defazer o aquecimento para entrar no time.Com Falcão, uma conversa ao pé do ouvi-do, longe de todos. Os dois gesticularammuito, apontando sempre uma faixa docampo, a intermediária da defesa brasilei-ra. Com Silas, a conversa foi um poucomais aberta. Pelos gestos, notava-se clara-mente que o treinador exigia a presença doapoiador na ponta esquerda, quando oBrasil estivesse no ataque.

Quando começou o segundo tempo,Telê parecia mais agitado. Gritou logo comJúlio César, que substituíra Oscar:

— Sai na cobertura. Rápido. Eles vãoganhar na velocidade.

Júlio César atendeu, ganhou a jogadacom o corpo e Telê pareceu aliviado.Virou-se e fez um breve comentário com oauxiliar de preparação Valdir de Morais.Mas logo em seguida voltou a se irritar.Uma falta a favor do ataque brasileiro, naentrada da área adversária, e a Seleção se

armou para cobrar em dois toques, jogadaensaiada nos treinos. Telê reclamou:

Não, náo. Daí é direto.Sócrates cobrou a falta em cima da

barreira. Telê calou a boca e passou a mãona cabeça. E aí veio o grande susto,quando Edson ficou caído, machucado.Mandou Josimar se aquecer e esqueceu ojogo. Mesmo a uma grande distância, olha-va fixamente para o local onde Edson, forade campo, era atendido pelo médico NeilorLasmar. Só ficou um pouco mais tranqüiloquando o médico voltou e, a princípio,informou que a contusão não parecia sergrave. Para Josimar, umas poucas instru-ções: Faz a jogada com o Muller nadireita. Um dos dois sempre procurando alinha de fundo.

O segundo gol brasileiro, marcado porSócrates, nasceu de uma jogada de Mullerna linha de fundo. E aí Telê se acalmou.Calou a boca de vez até o fim do jogo-treino.

VOZ, FALA, INIBIÇAOCorreção dos Problemas da Fala (método próprio) Inibi-ção (aula de oratória em grupo com VT) Prof. SimonWajntraub 18 anos de espenència. Matriz — RJ Salão deConvenções do Hotel Astória Tel: 257-8080 das 9 às 22horas. Filiais — BH, SP, Brasília, GO. Salvador.

Protegido do sol, Telê ficou ao lado do campo, perto de um grupo de jogadores, sério

Atenção na Espanha — Telê aindanão decidiu quem vai até Guadalajara. Mastodos os movimentos da Espanha serão obsetí-vados — e devidamente anotados — durante òjogo-treino de amanhã contra o Guadalajara.Telê conversou longamente com seu auxiliar,Emilson Pessanha, mas é provável que seuobservador seja Nicola Gravina, agora emp/e-sário radicado no México, que jogou no füte-boi carioca e foi companheiro de Telê ffôFluminense. Pelas observações que ele mesmo tfez sobre o futebol espanhol, Telê concluiu',que a Seleção Brasileira terá de se resguarífeíiprincipalmente nas laterais e, em particular;com o artilheiro Bitragueno. A ida de ümobservador é considerada fundamental poruma razão especial: em cada jogo o técnicoespanhol mudava a equipe e Telê quer quesuas dúvidas sejam desfeitas por alguém de<suamais absoluta confiança. fe$

Desastre mata 3 — Três funcionárpjdo comitê organizador do Campeonato IjÜurX^dial de Futebol morreram ontem à noite*quando a camioneta em que viajavam, "de''Puebla para a Cidade do México, bateu contrauma rocha num local estreito da rodovia. Np;acidente, oito outras pessoas Ficaram feridas e;foram socorridas no hospital de Puebla. Osmortos foram José Manuel Gomez Martinez,Fernando Gomez e Carlos Casanueva Arez.Todos tinham ido assistir a um treino-.'rja*seleção da Espanha.

Dirceu poupado — Telê não quis anis-.car: preferiu poupar o ponta-esquerda Dirceudo treino de ontem. Ele fez apenas corridasem volta do campo e ficou batendo bola àbeira do gramado.Treino tático •— Telê vai entrar firmenos treinos táticos e de conjunto para darentrosamento à Seleção. Para hoje',' ao meio-dia, marcou treino tático. Amanhã, haveránovo coletivo ou treino tático. Quarta-feira,coletivo.CaAedo presente — A Seleção Brasi-leira tem recebido uma grande assistência doComitê Organizador. O responsável pelo aten-dimento à delegação é um Canedo — não opresidente do Comitê, Guillermo Canedo,mas seu filho, também Guillermo. Ontem, ele'providenciou tudo no Centro de Capacitaçãoque leva o nome de seu pai. Esteve atento atéà movimentação da polícia.Alemão alegre — Liberado pelo médico^Neilor Lasmar para voltar hoje aos treinos,Alemão sorriu muito ontem: "Agora chegou aminha vez", garantia. ;¦••Pimenta — Na concentração, da Seleçãonão entra o tempero preferido dos mexicanos:a pimenta. Ordem do médico Neilor Lasmar:"Não é hora de corrermos riscos, por menorque seja."

Casa do Brasil — A Espanha estáfazendo uma grande campanha para conquis-tar os torcedores de Guadalajara. A CBFcontra-atacou: além do farto material que íf|idistribuir, incluindo camisas, bolas e chaveí-ros, entrou em contato com o Consulado do.Brasil nesta cidade, que criou a "casa do.Brasil" em Guadalajara. HX,Espanhol preocupado — Pabio Nií;nez, espanhol que reside no México, foi ao.'jogo-treino do Brasil com o filho de sete ano^ |E ficou muito preocupado:: "Dizem que oBrasil está mal. Isso não passa de invenção',;Dá para perceber que o time tem jogadores deiótimo nível. Uma pena parada Espanha."

Espionagem — Já começou a entrar emfuncionamento o esquema de espionagem dáSeleção. Vários teipes de jogos dos adversa-rios do Brasil na Copa estão chegando^ ãconcentração da Cidade do México. Antcon*tem, Telê viu pela televisão Inglaterra 3 x0México. '• \,Policiamento — Sessenta policiais foramdestacados para proteger ontem a Seleçãodurante o jogo-treino. Não houve qualquerproblema. Os torcedores se comportaram beme, no fim, aplaudiram os jogadores brasileiros/

Dia Crítico — O cardiologista da SeleçãoBrasileira, Ricardo Vivacqua, gostou da mu-;dança do local de adaptação à altitude, embó-1ra Toluca (2.600 metros acima do nível do-mar) esteja mais alta do que a Cidade do-México (2.240 metros). Explicou: em Guada-lajara, no momento, o calor passa dos 30 grause na Cidade do México a temperatura também'beira os 30 graus, enquanto em Toluca estava'bem mais baixa. "Acho

que os jogadores já'passaram pela pior fase. Ninguém soube, masna quinta-feira, depois do jogo aqui na Cidadedo México, os jogadores passaram muito mal.'Alguns tiveram sérios problemas de pressão.Era o sétimo dia no México e isso sempremexe com o organismo. Neste domingo (no-je), o rendimento já será melhor". Antes damudança para a Cidade do México Vivacquafoi consultado pela chefia da delegação. Nãose opôs à idéia por que numa altitude superiora dois mil metros, o tempo necessário parauma boa adaptação é de 15 dias no mínimo. Sóexigiu que o embarque para Guadalajara nãofosse feito antes do dia 24, o que conseguiu?-'

r. rsO juiz Tim — No primeiro tempo dtíjogo-treino de ontem, houve um lance de'ataque da Seleção Brasileira em que Edsoncaiu na área, derrubado por um mexicano,^,muitos esperavam a marcação do pênalti. Maso preparador físico Tim, juiz do treino, deixou;o lance seguir e explicou depois por que não,marcou: "O Edson se atirou. Se ele não fizesse;isso, eu teria dado q pênalti. Ele tá querendo'jogar a torcida contra a gente e principalmentecontra mim. Não sou maluco". i

Chuva de granizo — A Seleção teve;sorte. Tão logo se encerraram as atividades noCentro de Capacitação Guillermo Canedo (en-trevistas, inclusive) desabou sobre a Cidade doMéxico um forte temporal. De início, as gotascaíam muito grandes e bastante frias. Mas àmedida que o tempo foi passando, elas come-çaram a se transformar em pedras de gelo. Noengarrafamento de volta do estádio, podia-sever gotas transformadas em pedras de gelo dotamanho até de uma bola de gude.

Queixa de Falcão — O mau primeirotempo da Seleção no treino contra o Atlantatem uma explicação, pelo menos para Falcão.Explicou que o calor era sufocante e osjogadores ainda não estão suficientementeadaptados à altitude: "No segundo tempo,com a queda da temperatura, pudemos tocarmais a bola e envolver completamente oadversário, que se concentrou em seu campopara evitar uma goleada". Disse ainda quealguns jogadores começam a ganhar confiançae as jogadas começam a ser feilas com maisfacilidade: "Até a estréia contra a Espanha, aSeleção Brasileira estará no ponto ideal. Defi-nido o time titular, tudo ficará mais fácilainda".

JORNAL DO BRASILRio de Janeiro — Segunda-feira, 19 de maio de 1986

Festival de Cannes __

A noite dosOshima,Tarkovski,

Ursula Andress,Pan Chacon,Jabor, FernandaTorres, RobertAttman: estréias,com maior oumenor brilho, de1 mü 500 horasde filmevencedores yl^^l JL^

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Hanna e as irmãs de Allen

Zuenir Ventura e José Carlos Avellar

CANNES

— Serão anunciados hoje à noite osvencedores do 39° Festival Internacional deCannes, que este ano apresentou 20 filmes nacompetição oficial, cinco como hors-concours

e mais algumas centenas em várias mostras paralelas.No total foram projetadas 1 mil 500 horas de celulóideonde a produção mundial gravou presumivelmente asmelhores imagens criadas no ano passado em termos deamor, aventura, solidão, ódio, drama, tragédia, risos elágrimas. Em pelo menos três momentos dessa marato-na mundano-cultural, o Brasil esteve representado: nojúri, com Sônia Braga; na competição oficial, com ofilme de Arnaldo Jabor, Eu sei que vou te amar; e namostra chamada Quinzena dos realizadores, com omusical de Ruy Guerra Ópera do malandro.

Mesmo que não obtenha prêmios — e não é fácilobtê-los numa competição onde, tanto ou mais do que aqualidade artística, pesam o prestígio do diretor, a forçado produtor, o custo da produção e até a importância dopais — a participação brasileira náo terá muito do quereclamar. Só com a venda para os Estados Unidos, porexemplo, o filme de Ruy Guerra sai daqui completamen-te pago — isso sem falar na venda para vários paises daEuropa. O de Jabor não teve tanta procura, mas já estácom o mercado francês garantido e mesmo os filmes quevieram apenas para a Mostra do Mercado—uma espéciede feira de compradores—obtiveram resultados bastan-te animadores: ou foram vendidos ou convidados paraoutros festivais.

Estão nesse caso A hora da estrela, de SuzanaAmaral (o mais vendido desse pacote), Fulaninha, deDavid Neves, Com licença vou à luta, de Lui Farias, eSonho sem fim, de Lauro Escorei Filho, e Nem tudo éverdade, de Rogério Sganzerla.

>: Entre este festival e o do ano passado houve pelomenos uma diferença notável: os 12 dias da competiçãoforam ensolarados, ao contrário de 85, quando choveu otempo todo. Além disso, uma certa apreensão inicial emface de possíveis atentados terroristas — que impediu aVinda das principais estrelas americanas — foi-se desfa-zendo e logo mais à noite espera-se ter — ainda quebatendo com o nó do dedo na madeira — uma pacifica,alegre e memorável festa de encerramento.

, : O caráter eclético da 39a mostra manifestou-se nãoapenas na escolha dos paises participantes—um elencoque vai do Brasil, índia e Argentina até a União Soviéti-ca, passando evidentemente pelos EUA, França, Ingla-terra e Itália—como na seleção dos filmes. Se não houvepara todos os gostos, houve de quase todas as tendên-cias.,...-: Os amantes do cinema-arte — aquele que privilegiamais a expressão do que a comunicação — foram con-templados com um Andrei Tarkovski (Sacrifício) emgrande estilo, apresentando uma obra que talvez seja, nacompetição, a reflexão mais densa, inquietante e criado-r£,— embora hermética — sobre os tempos modernos.

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Por isso e porque Tarkovski está internado com câncerem Paris, esse filme dificilmente deixará de receber umprêmio — por exemplo, o especial do júri. Ou de melhordiretor?

Para quem é chegado a uma manifestação under-ground talentosa — dessas que caminham da margempara o centro — houve um prato cheio com Down bylaw, do semi-altemativo Jim Jarmusch, que há doisanos foi revelado aqui com Stranger than paradise e queno primeiro FestRio, foi descoberto e devidamente re-compensado pelos cariocas cultores do gênero.

A Palma de Ouro do ano passado ao iugoslavo EmilKusturica, com Papai foi em viagem de negócios, nãodeixa alimentar muito as esperanças dos jarmuschia-nos. O festival estaria disposto a repetir dose parecida?Dificilmente.

Os que gostam mais do cinema-indústria — o dasuperprodução, da perfeição técnica, da grandiosidade— tiveram dois espetaculares presentes: um, represen-tando a Inglaterra, e o outro a União Soviética: Themission e Boris Godounov. A diferença entre esses doiscompetidores que recriam duas épocas e dois mundosdistantes — o primeiro fala dos jesuítas e dos indios noséculo 18 sul-americano, enquanto o segundo trata daRússia dos Tzares do século XVII — é que o filme deRoland Joffe apresenta-se como um dos maiores favori-tos à Palma de Ouro. O de Sergei Bondarchuk segura-mente não. ... ,,.*_,

Para os cultores de bobagens — mais até do que devícios solitários — o 39° Festival de Cannes reservou trêsexemplares: I love you, de Marco Perreri; Max, meuamor, de Magisa Oshima; e Tênue de Soirée, de Ber-trand Blier. São como se sabe, três histórias de amor. Noprimeiro, conta-se a história de Chrystophe Lambertcom um chaveiro; no segundo, a de Charlotte Ramplingcom um chimpanzé; e no terceiro, a de Gerard Depar-dieu com Michel Blanc. Esses filmes, que não escandali-zaram por suas propostas artisticamente indecorosas,certamente provocarão um escândalo se ganharem ai-gum prêmio. Se o caso for premiar um filme francês, aescolha mais justa seria de Terese, de Alain Cavalier,uma comovente história de Santa Teresa de Lisieux —que tem a simpatia da critica francesa e a preferência dopúblico de Cannes. O outro francês, Le lieu du crime, deAndré Techine, é um suspense sem graça onde não sesalva nem Catherine Deneuve, para a qual muitos deseus compatriotas têm a coragem de reivindicar o pre-mio de melhor atriz.

Os cinéfilos que, aqui como no Brasil, compõem o fã-clube do moderno cinema alemão receberam com gran-de expectativa e alguma decepção Margarethe VonTrotta, que enviou ninguém menos do que a lendária esempre atual Rosa Luxemburgo. Apesar da importânciado filme — é daqueles que se diz: "tinha que ser feito" —ficou uma forte impressão de que a história de Rosa émelhor do que a contada por Margarethe.

O time dos americanos célebres está competindocom Robert Altman (Fool for love) e Martin Scorsese(After hours). Embora nenhum dos dois tenha sido umestouro de critica ou de público, ainda que bem recebi-dos, é impossível não admitir a hipótese de que levemalgum ou alguns prêmios, seja pela qualidade — mesmoconsiderando que Fool for love lembra muito ParisTexas, o que o prejudica, e que o risível After hours nãoé o melhor Scorsese — seja pela importância do país queeles representam neste festival. É bom não esquecer quea presença de Jack Valenti aqui e seus encontros com onovo ministro da Cultura François Leotard tem declara-damente em vista o reforço de intercâmbio comercialque pretende abrir o mercado americano para o cinemafrancês e escancarar o francês aos filmes dos EUA. Apremiação pode revelar de alguma maneira esse jogo deinteresses recíprocos.

Ontem à noite, Arnaldo Jabor continuava multofeliz com as "noticias" de que o seu filme ainda não tinhasido afastado da triagem que o júri faz de dois em doisdias para excluir os candidatos sem qualquer chance.

Diz-se que há uma remota possibilidade de se atri-buir o prêmio de melhor atriz a Fernanda Torres. Embo-ra nessa categoria as candidatas não sejam muitas eóbvias, é preciso repetir a palavra remota nessa versãoque, como tantas outras, tem corrido nesse boateirobalneário, como o nosso. Se isso acontecer — e do júritudo se espera — será mais ou menos como ganhar aCopa do Mundo. É para fazer um carnaval.

Quanto aos hors-concours — Piratas, de RomanPolanski; Color purple, de Spielberg; Um homem, umamulher, 20 anos depois, de Claude Lelouch; Amor brujo,de Carlos Saura, que se vai ver hoje no encerramento; eHannah e suas irmãs, de Woody Allen — eles talveztenham sido o ponto alto do festival, especialmente ofilme de Allen.

Parece que vai acontecer o que tem acontecido nosúltimos três anos: o melhor filme do 39°. Festival éHannah e suas irmãs, desse genial diretor que continuacontando histórias que a gente já sabe, falando daquelesproblemas que a gente vive, mostrando personagens quea gente conhece. Que continua o mesmo: novo, maravi-lhoso. surpreendente. Coisas de gênio.

OQuixotede WellesCOM

muita emoção,por parte da platéiado festival e por

parte de Oja Kodar queveio a Cannes para um pe-queno pronunciamentoantes da projeção, Cannesfez sua homenagem a Or-son Welles apresentandoontem Don Quixote emduas projeções. Num dis-curso emocionado e inter-rompido duas ou três vezespara cobrir o rosto com asmãos e afastar uma lágri-ma, Oja Kodar disse queeste foi um sonho do qualWelles jamais conseguiudespertar, e que foi um so-nho tão lindamente sonha-do que ela receava aindaprojetar o que existe mate-rializado dele, cerca de 40minutos montados, partedeste material com diálo-gos gravados pelo próprioWelles fazendo as vozes deDon Quixote, Sancho Pan-ça e do narrador. Receavaapresentar o material jámuito arranhado, pelas su-cessivas passagens da me-sa de montagem, e comuma fotografia não corrigi-da, e um som improvisado.Receio não justificado. Natela o que resta do sonhode filmar Don Quixote su-gere um filme que conti-nua na imaginação do es-pectador. Mesmo do espec-tador menos familiarizadocom o cinema de Welles.Aklm Tamiroff é SanchoPança. Francisco Reguei-ro é Don Quixote. E o en-genhoso fidalgo sai de ládo tempo em que existiude acordo com o texto deCervantes e vem, em sualuta contra dragões e moi-nhos, à Espanha do perío-do em que as .cenas foramfilmadas, a década de 50, ese defronta com a cidadecheia de marcas e de figu-ras dele e de Sancho: umacervejaria Don Quixote,uma escola Don Quixote,uma loja Don Quixote, emais estudantes e popula-res que correm para saudá-lo entre carros, guardas detrânsito, gente que passapara um lado e outro, arra-nha-céus em lugar de moi-nhos.

Quer dizer, os moinhosestão lá, que de uma horapara outra a imagem saltado cenário em que DonQuixote existe (na imagi-nação de quem leu o livro)para o cenário em que Or-son Welles viveu a aventu-ra de filmar Cervantes.Uma primeira sugestãoque vem do material (nasimagens e nos diálogos deSancho e Quixote) estánum possivel aproveita-mento da sociedade deagora como o alvo das in-vestidas do engenhoso fi-dalgo. Outra sugestão quevem do material está na deum filme construído quasetodo ele sobre o enquadra-mento. Difícil saber se oprojeto sonhado por Wel-les era bem assim comosugere o material reunidoe mostrado aqui. Mas oque existe se destaca exa-tamente por esses doispontos: a riqueza da com-posição das imagens (quenos faz sentir quanto o ei-nema de agora perdeu coma agilidade da câmeraocupando o lugar do dese-nho preciso do quadro) eesta substituição da cida-de de hoje pelos moinhosde ventos de outrora.

COMO nos anos anteriores, o

cinema norte-americanotrouxe uma grande produ-

ção cheia de efeitos especiais e delances espetaculares (The runawaytrain, dirigida pelo soviético AndreiKontchalovski), dois ou três auto-res consagrados aqui mesmo, emanos anteriores (Spielberg mandouThe colour purple, Scorsese man-dou After hours) e salpicou pelasdiversas mostras do festival novosdiretores e produções de Jim Jar-musch com Down by law de portemédio. (Entre eles, Lizzie Bordencom Working girls).

E como nos anos anteriores omelhor filme que veio dos EstadosUnidos, e um dos melhores de todaa mostra, é iun outro meio-comédiameio-drama de Woody Allen: Han-na and his sisters (Hanna e suasirmãs). Foi assim em 85 (o ano deBroadway Danny Rose), foi assimem 85 (a vez dé A rosa purpura doCairo) e a história se repete esteano com esta aventura encolhida,meio tímida e sentimental que temum bom número de pontos de con-tato com as duas anteriores. Algunspersonagens, como os de Broad-way Danny Rose, passam pêlomundo do teatro de variedades (umdeles é empresário de músicos derock, outro quer ser cantor e se róide nervosismo quando se preparapara um teste). Um deles, como aprotagonista de A rosa purpura doCairo, reencontra a ordem e a razãodo mundo (depois de procurar umaexplicação para a vida através deuma aproximação com Deus) nocinema, revendo uma comédia dosirmãos Marx e sentindo que o senti-do da vida está em vivê-la com ocoração ("músculo pequenino maspara lá de complicado", como elemesmo diz). Uma aventura encolhi-da, meio tímida e sentimental, quenão tem muito a ver com a habitualgrandiloqüência das superprodu-ções norte-americanas, nem com atão procurada espetaculosidade dequase toda a produção industrial.Uma aventura construída, como asanteriores comédias de Allen, emcima do seu jeito bem particular dese comportar diante da câmera.Woody construiu uma forma cine-matográfica como que diretamentetirada do personagem que ele vemvivendo desde que apareceu pelaprimeira vez no cinema: um sujeitotímido, ligeiramente desajeitado,cheio de manias, que tropeça nas

palavras quando nervoso, e que seexpressa através de gestos simples.Dá um tapa na mesa quando abor-recido a ponto de não poder mais seconter. Se esconde da câmera portrás de uma parede quando nãoconsegue olhar as pessoas cara acara. Pisca os olhos quando satis-feito. Leva com alguma freqüênciaas mãos à cabeça porque não sabecomo resolver um problema que seapresenta. E problemas se apresen-tam um depois de outro. Allen vemrepresentando assim e, quando secoloca por trás da câmera, dirige osseus intérpretes de modo.a tirardeles esses mesmos gestos e a mes-ma maneira de recitar seus diálo-gos com uma fala meio sussurrada.

Por isso mesmo, bem justa é aobservação de Michael Caine, umdos intérpretes de Hanna e suasirmãs, que disse que a única razãode sua presença neste filme era anecessidade que Woody Allen tinhade encontrar um Woody Allen maisalto que ele. Tudo é igual e aomesmo tempo tudo é novo e inte-resSante. A forma de construir ofilme é a mesma, os personagenspertencem àquela mesma famíliade pessoas que aparecem nos filmesde Allen. Mas tudo é novo (e pareceainda mais novo quando confronta-do com a média da produção) por-* que uma outra vez, tímido e meiosentimental, o filme vai fundo nocoração, montando uma historinhade amor divertidamente complica-da; Hanna tem dois filhos gêmeos eduas irmãs. Seu atual marido seapaixona por uma de suas irmãs.Seu ex-marido se apaixona pelaoutra irmã.

Esta ciranda de paixões e maistunas ligeiras observações sobre ojeito de ser (e de se apaixonar) decada um fazem o filme exibido aquino último dia do festival. Um bomfinal de tantas conversas de amorcomo o filme de Carlos Saura, exibi-do hoje na sessão solene de entregados prêmios, o Amor Bruxo. Umbom final porque de modo nadatímido de modo nem um poucodesajeitado, Allen, enquanto nos fa-la de amor, nos fala também de seuamor pelo cinema (para os cinema-maços que ficam aqui correndo deum filme para outro tantas medi-das de segurança parece que estapaixão é o que basta para explicaro mundo. E despertar outras pai-xões).

0 cinema em fuga

Eric Roberts e Jon Voight:fuga e brutalidade

em RunawayTrain, de Kontchalovsky

UM mesmo ponto de partida

une dois dos três filmes ame-ricanos da mostra competi-

tiva: Runaway Train, de AndreiKontchalovsky, e Down by law, deJim Jarmush, contam histórias deuma fuga da prisão (o terceiro, Af-ter hours, de Martin Scorsese, mos-tra um jovem empregado de umaempresa de computação fugindopara não ser preso por engano).

Duas fugas da prisáo (deixemosde lado a história do homem quefoge para não ser preso) mas duasftigas inteiramente diferentes. Umadelas colorida e barulhenta, commuito vermelho, sangue e falas ber-radas, com uma história que vairápida e violenta, cheia de brutali-dade: Runaway Train. A outra empreto e branco e meio silenciosa,com falas poucas e sussuradas e umcinza bem agradável aos olhos (ofotógrafo, Roby Müller, é o mesmode Paris Texas e com uma históriaque vai tão (deliciosamente) deva-gar e suave que nem parece existir.

O filme de Andrei Kontchalovs-ky e conta a fuga de dois presos (umdeles ficara na solitária durantetrês anos) de uma prisão dominadapor um diretor de brutalidade igualou maior que a dos presos. Os fugi-tivos se escondem num trem que sepõe em marcha e que logo disparasem controle porque o maquinistamorre de ataque cardíaco. A violên-cia do filme dentro do presídio (bri-gas entre presidiários, rebelião, ca-ras enfurecidas e dentes à mostranos confrontos entre o diretor, in-terpretado por John P. Ryan, e oprisioneiro, interpretado por JohnVoight) e continua dentro do trem(a perseguição, os policiais num he-licóptero tentando saltar sobre alocomotiva desgovernada), acen-tuada por uma exagerada monta-gem de ruídos e de música.

O filme de Jim Jarmusch conta ahistória de três homens, dois deles.

já com entradas na polícia, inocen-tes envolvidos numa cilada, e oterceiro, um migrante italiano,acusado de assassinar um homemdepois de uma briga por trapaçanum jogo de cartas. Os três jogadosna mesma cela fogem com um pia-no formulado pelo italiano, de açor-do com um filme americano que elevira ainda na Itália. Nenhum intér-prete conhecido, nenhum efeito es-pecial, nenhuma descrição maiselaborada da fuga. O que interessaé seguir os três personagens reuni-dos mais ou menos ao acaso na celade uma prisão e Jarmusch (que nofestival do ano passado ganhou aCâmera de Ouro para o melhor fil-me de estréia com seu Strangerthan paradise) segue seus três he-róis confinados à margem da socie-dade com uma visão bem-humorada e amorosa. Segue comose fosse um deles.

Segue preocupado apenas emrevelar suas relações emocionaisdiante do caminho impreciso emeio perdido da fuga. Nenhum da-queles grandes lances de brutalida-de ou de tensão que se encontramnas estereotipadas aventuras (co-mo a de Runaway Train) de fuga deprisioneiros. Os presos aqui nâo es-capam de um sistema carcerárioespecialmente brutal nem são elesameaça à sociedade norte-americana. Não ameaçam nada.São vitimas desajeitadas da violên-cia cotidiana e quase invisível dasociedade. Acostumaram-se a isto eestabeleceram uma estratégia desobrevivência. A fuga da cadeia éapenas um episódio a mais, atéuma próxima prisão. E nãc é a fuga,nem a prisão de agora, nem a quevirá daí a pouco, o que importa.Mas sim as pessoas tal como elassão. Suave, em preto e branco, ecomo uma conversa meio tímida,Down by law fica bem próximo doque de melhor o cinema norte-americano mostrou aqui, o Hanna esuas irmãs, de Woody Allen.

2 o CADERNO B o segunda-feira, 19/5/86 JORNAL DO BRASIL

\r^~~ V

Feras do traço atacam na Funarte

? Sempre acontecem coi-

sas engraçadas no Mis-tura Fina (R. Garcia D'Ávila,15), em Ipanema. Depois, en-tâo, que a Casseta Popularlançou seu Almanaque naque-le bar, as coisas nunca maisforam muito sérias. Hoje, porexemplo, será inauguradauma exposição de cartuns —Humor de Ponta a Ponta —dos artistas plásticos Dil Már-cio e Plávio, o primeiro bemconhecido dos leitores do Pas-quim e o segundo dos "leito-res" da revista Mad. A exposi-ção, que fica até o dia 9 dejunho, inaugura uma "nova fa-se" do bar, que promete insti-tuir o espaço para os humo-ristas.

ASCOBRAS

GARGALHADAS,

piadas,risos nervosos — sons va-riados sacodem hoje, a

partir das 18h30min, os austeroscorredores do prédio da Funarte.Ao som da bissexta mas impagá-vel Muda Brasil Tancredo JazzBand — os gêmeos Chico e PauloCaruso, "los hermanos cromosso-mos", mais Cláudio Paiva na ba-teria e Reynaldo no baixo -rabre-se a exposição Os Feras doQuadrinho Brasileiro, um totalde 130 originais de 25 autores.

São os mesmos cartuns, histó-rias e tiras que os franceses viramno início do ano no 13° SalonInternational de Ia Bande Desi-née e que pretendem, segundoseu organizador e diretor do Nú-cleo de Artes Gráficas da Funar-te, o cartunista Marco, 34 anos,dar uma visão geral do que temsido a HQ no Brasil nos últimosanos.

— As histórias em quadrinhosbrasileiras remontam aos temposdo império, mas sua expansão foitolhida pelos comics norte-americanos. Elas não foramadiante porque não havia quemas distribuísse — afirma Marco,animado com a receptividade doProjeto Agência Funarte, que es-

/PROMTINHO, MAE ! QUE} ^T\_\ MV TAL O BANHO OUE EU Yf \V V-X>t-t DEI MO BIOU ? r——< <«. a TV-\

^l~~*. ir""-" —** "A— 1 21- li I 1 I I I " <-*at.p/ Al"nm ¦2\^.....

VERÍSSIMO GARFIELD

tá distribuindo tiras de 13 auto-res (num total de 16 títulos) a oitojornais do país. O órgão fica com30%, relativos a despesas, o dese-nhista com 70%. Jornais como aTribuna da Bahia e o Jornal deBrasília, que nunca haviam pu-blicado HQ, estão publicando, oque Marco acha promissor. "Issoabre mercado para livros, ál-buns".

Na mostra que se inaugura ho-je, Marco e Ziraldo não entraram,por causa da norma de deixar defora gente da casa. Ziraldo saiu,mas não dá tempo de pendurarseus trabalhos na parede, ao ladodos vultos da História do Brasilde Ivan Rodrigues, Antônio Eu-sébio, Monteiro Filho — a velhaguarda realista da Editora BrasilAmérica — dos neuróticos urbá-nos inventados por Luis Gê, An-geli e Laerte ou dos fradinhos doHenfil. A exposição, garante-se, éeclética: tem ainda Maurício deSouza e sua turma da Mônica, ocordelista Jô Oliveira, um DelfimNeto com dentes de vampiro, de-senhado por Chico e Paulo Caru-so como estudo de capa para arevista Terror Moderno, mais aciência-ficção do paraibano Deo-dato Filho.

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OCONDOMÍNIO LAERTE CEBOLMHA MAURÍCIO DE SOUSA

ESTOU APAIXONADO!É O iNlblO faUSRRO) èt3E OUTRO TRÁGICO

ROMAMCE...

ESTOU H« POUCASHORAS NA FRANÇA,MAS UA TIVE SETE. ,TRA'SIC03 ROMANCES1

iDI-OTAS OTA

^ÓR; flCflRETTfl; TENHOESIAÜD MUITO rJA FOSSAPORQUe MINHA MElHO. AMlíflSESER.SOI VO MíBIBCH.

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\S7?) A Sl/A .AMIGA 5E ^ UES&A6 (WS ^ i i®sue NUNCA íivg M^iro/^

HORÓSCOPO MAX KLIM

ARIES — 21 de março a 20 do abrilVocê contará, durante todo esta segunda-feira, com boas indicações quanto á rotinaprofissional. Mudanças positivas podem seresperadas. Esse quadro o' influenciará emrelação aos sentimentos. Vivência afetivacarente de maior cuidado em suas ações,o TOURO — 21 de abril a 20 de maioO momento astrológico marca para o tauri-no, vantagem nas associações e em todosos assuntos profissionais que digam respei-to a outras pessoas, trabalho em grupo econtato com o público. Encanto e ternuraem seu comportamento. Reciprocidade deafeto.

GÊMEOS — 21 de maior a 20 de junhoVocê começa esta semana de especialsignificação, com indicações favoráveis emquase todas as casas de seu horóscopodiário. Procure ver nos acontecimentos oseu lado favorável. Em tudo há um quadrobenéfico que vai deixá-lo feliz e realizadointeriormente.

CÂNCER — 21 de junho a 21 julhoA segunda-feira lhe reserva indicações for-tes de vantagens até metade do dia, quandose alteram essas condições, mais por seucomportamento que por fatores astrológi-cos. Por isso suas reações serão fatordeterminante no andamento da semana.

LEÃO — 22 de julho a 22 de agostoO leonino começa a semana sob boasinfluências para o trato de questões relacio-nadas ao trabalho e assuntos de família.Apesar disso, você se sentirá com fortetendência a negativismo que poderá atrapa- -lhar seus planos. Procure ser mais confiante

',.

e otimista. -tVIRGEM — 23 de agosto a 22 de *

setembro ajSão boas as perspectivas financeiras e pro- Ifissionais para o virgiano durante toda esta .segunda-feira. Um comportamento equili-^brado, mesmo diante de pequenas dificulda- ides domésticas, é recomendável. Você po- •dera se aconselhar vantajosamente com'"pessoas mais idosas.

LIBRA — 23 de setembro a 22 de^outubro0 libriano, que se encontra em período deforte influência quanto aos seus interesses •materiais e patrimoniais, terá a seu favor,nesta segunda-feira, uma forte influência alevá-lo a agir com cuidado diante de situa-'ções complicadas. Sensibilidade muito':forte.

ESCORPIÃO — 23 de outubro a 21 denovembro *'Você deverá hoje seguir a sua intuição'diante de qualquer dificuldade inesperada'em seu trabalho. Assim fazendo você toma-;rá as decisões corretas e delas tirará oproveito necessário. Ainda são equilibradas"..e estáveis as influências sobre sua vivênciamais Intima.

SAGITÁRIO — 22 de novembro a 21 >de dezembroHoje o sagitariano inicia uma semana emque predominará o seu sentido de atualida-de e presença de espirito. Aja conforme lheaconselhar sua prudência e faça da dedica-ção à pessoas mais próximas um quadro deafetividade e amor. Mudanças agradáveis.

CAPRICÓRNIO — 22 de dezembro a20 de janeiroO dia revelará ao capricorniano um aspectoimportante na condução de sua rotina. Tudoestará dependente de seu estado de ânimoe você agirá, nas exigências que lhe foremfeitas, dentro daquilo que decidir a seufavor. Por isso, pense positivamente e ajade forma confiante.

AQUÁRIO — 21 de janeiro a 19 defevereiroVocê hoje é beneficiado no trato com outraspessoas, notadamente as mais jovens e deespirito mais aberto. Mudanças de bomsignificado em seu trabalho. Após a primeirametade do dia você será alvo de especialatenção quanto aos seus sentimentos.

PEIXES — 20 de fevereiro a 20 demarçoTrato profissional disposto de forma muitoharmônica e favorável, especialmente noque diz respeito aos seus interesses patri-moniais. Começa hoje um período de fortepresença de suas intuição e premonição, oque sugere o uso dessas faculdades sem-pre que necessário.

LOGOGRIFO JERÒNIMO FERREIRA

Problema N° 2240

R T N C

FR L G B

administração deleitor |8I

afetuoso (9)cansar{7}corpo de tropas {7)designação ciontl-fica da vegetação(9)

6. dividir 19)7. espécie de clarine-

ta(6)8. estampido (619. lenda (61

10. Iriorento |7)11. indivíduo inofonsi-

vo.(7)12. lapidar |7)13. limite (9114. manufaturar (7)15., pequena fibra (7)16. perfídia (7)17. pessoa que fila (7)18. que ó de torra es-

tranha (7)19. siümantta (9)20. tocador de fole (71

Pilavra-chave: 17 le-trat

Consisto o LOGOGRIFO om encontrar-se deter-minado vocábulo, cujas consoantes já estãoinscritas no quadro acima. Ao lado, à direita, édada uma relação de vinte conceitos, devendoser encontrado um sinônimo para cada um,com o número de letras entre parênteses, "

todos começados pela letra inicial da palavra—chave. As letras de todos os sinônimos estáocontidas no termo encoberto, respeitando-se asletras repetidas.

Sotuçõm do problema n° 2239: Palavra-chave: IMACULISMOPardals: icto, itaoca. isca. islaco, ictro, tluso.isto, istmo, imita, imola, isola, ictiol. iatai.

CRUZADAS CARLOS DA SILVA XADREZ ILUSKA SIMONSEN

HORIZONTAIS — 1 — introdução terapêutica desubstâncias no organismo mediante aplicação de cor-rente elétrica, sem dissociação molecular; 9 — quintomer, dos babilônios, depois adotado pelos hebreus; 10— sílaba ou letras que, pospostas às raizes daspalavras primitivas, as toma derivadas; desinência;11— pequeno sultanato vassalo da Indochina, queexistiu nos séculos XV e XVI na costa oriental dapenínsula de Malaca; 13 — denominação dada aosreligiosos persas; antiga denominação dos reis per-sas; 15 — que nào está leso; incólume; 17 — deusegípcio do Sol, apresentado ora com a cabeça sobre-pujada por um disco e duas longas plumas, ora comcabeça de carneiro, ora com fisionomia humana echifes de carneiro; 19 — grande escudo de madeira,por vezes guamecido de couro, usado outrora noJapão e que o arqueiro colocava diante de si antes ceatirar; 20 — criança, menino que ainda nâo tem 13anos; 21 — enfeitar (o homem) com trajes ou adornospróprios de mulher; 23 — dança, popular ou de salão,de ntmo vivo. em voga no séc XIX; 24 — nome dado àdinastia estabelecida no Egito, depois da morte deAlexandre Magno, por um dos seus melhores lugares-tenentes Ptolomeu Soter, filho de Lagos; 26 —símbolo do virgínio, nome dado a um elementometálico alcalino supostamente encontrado na águado mar e noutras matérias; 27 — espécie de tecidopara vestuário de senhoras; espécie de sofá largo esem costas (pi.); 29 — diz-se de. ou animal que possuitentáculos em número par; 31 — tabela que fornece,em intervalos de tempo regularmente espaçados, ascoordenadas que definem a posição de um astro (pi),anotaçáo ou enumeração dos acontecimentos sujeitosa cálculos e a previsão durante o ano.VERTICAIS — 1 — diz-se do caráter de tamanho maiordas duas formas com que ê representada uma mesmaletra no alfabeto; qualquer coisa que sirva de meio deação ou utilidade permanente; 2 — direção que a caça

toma ao levantar-se; salda de um lugar; 3 — unidademonetária de bronze das populações primitivas daItália central; 4 — feixe de fibrilas citoplasmáticas quefixam e orientam os deslocamentos dos cromosso- ¦mos. visível, na célula no curso da mitose; porção desuperfície esférica compreendida entre dois semipla-nos que partem de um diâmetro da esfera; instrumen-to roliço sobre que se forma, ao fiar. a maçaroca; 5 —massa feculenta e celular venenosa, encontrada nasplantas; 6 — descartar-se de, abandonar (pessoa oucoisa que já nâo interessa); 7 — isentar, dispensar; 8— o parceiro que nào compra canas no jogo devoltarete; 12 — figura pela qual se dá a vida e, pois,ação, movimento e voz, a coisas inanimadas. e seempresta a voz a pessoas ausentes ou mortas e aanimais; discurso empolado ou veemente; 14 —determinação dos elementos que se organizam emuma totalidade, dada ou a construir, material ou ideal(pi); decomposição ou separação de um todo. querseja uma substância material, quer seja um produto dopensamento, em seus elementos constituintes (pi.);16 — intervalo de metade de um tom, que constitui oelomento básico da escala cromática; 18 — pequenalombada, na extremidade de um tubo. que serve parafixar-lhe melhor a tampa; eminência esbranquiçadaovóide do (ace anterior do bulbo raquidiano; 20 —célebre violinista alemão (1745-1800); 22 — obtenha aconcordância entre {diferentes elementos arquitetóni-cos) por meio de molduras, guarnições, meias-canas,etc; tome mateável um metal sob ação do fogo; 25 —a mais importante vestimenta tfpica da mulher indiana:longa peça de tecido enrolada em volta do corpo, comuma das pontas formando a saia. e a outra ponta,drapeada, em tomo do seio, 28 — terra situada a estedo jardim do Éden. para a qual se retirou Caim. depoisde matar Abel; 29 — indivíduo de pouco prêstimo; 30— teixo. Léxicoi Mor; Melhoramentos; Aurélio eCasanovti

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SOLUÇÕES DO NÚMERO ANTERIOR

HORIZONTAIS — lavrados, ariano; obi; it; uremia. sais. ag;escambados, um; ofato; talas; ab. ostreira. cor; parol, borais; axe.

VERTICAIS — Ia, árias; vitteultor. ra, anu; dorobo, somada; pia,bigota. septo; samarra, alura. sobole, asco, se; ips; ara; ox.

Correspondência pare: Rua dai Palmeiras. 57 — ap. 4Botafogo — CEP 22.270.

WUK aan ZEE-86O inglês N. Short. um GM de 21anos que usa óculos "aro de tartaru-ga", já acumulou 10 desses anos.pelo menos, como "garoto-

prodígio". Este período de "Supor-

boy" do tabuleiro, embora de umaforma bem menos impressionanteque a vivida por Kasparov, é quaseuma carreira à parte em sua vida.Contudo, nestas duas últimas tem-poradas, tendo tomado a nada fácildecisão de dedicar-se inteiramenteao xadrez, ele demonstra o desejo detransformar todo seu reconhecidopotencial em êxito concreto e consa-grador. Para tanto, sabe-se. é neces-sário, além de trabalhar duro. triunfarem fortes e tradicionais torneios eascender ao seleto grupo dos melho-res do mundo. Um passo importantenesta direção. Nigel deu no inicio doano ao conquistar soberanamente otítulo do grupo magistral do festivalde Wijk aan Zee. um balneário, àque-Ia época, quase glacial nas costasholandesas. O jovem britânico lide-rou o certame do princípio ao fim,derrubando o favoritismo de vetera-nos como Hubner (2625) o Ljuboje-vic(2605). os maiores ratings pre-sentes. Suas partidas — e isto émuito importante — evidenciarammaturidade e um "fino acabamen-to"! Neste sentido são exemplaresduas de suas atuações que mostra-mos em seguida.

H. REE x N. SHORT — Gamb. doReiDP4R -P4R 2)P4BR -P4D 3IPRXP -P3BD 4)PDXP -CXP 5)B5C -PXP61C3BR -B3D 7IP4D -C2R 8)0-0 0-09)C3T -B5CR 10IC4B -B2B 1DP3B -C4D 12) D3D -P3B 13)BXC -PXB14)B2D -D2D 151TR1R -P4C 161P4C -TD1R 171TXT -TXT 18IT1R -TXT +191CXT -R2C 201C5T -BXC 21)PXB -C2B 22)P4B -B4B 23ID3B -C3R241C3B -B5R 251P5D -PXP 261C4D - .PXP 27ICXC + -DXC 28) D4D -P3TD291B3B -R3C 30IP3TR -B4D 31 )R2T -D5R (0-1)

N. SHORT X R. HUBNERPosição após o 41° lance preto:BrancasR2TR/D7BD/T5D/P7D/P2CR/ P3TR;Pretas — R1CR/D2RmD/P2CR/P3TR.42D4B -RIT 431D4CR -RIC 44)D4D -R1T 45)P4T -R1C 46)T6D -R2T47)R3T -R1C 48ID5B -D2B 49)R4C -D2R50)D5D+ -RIT 5DR1T-D7R +52IP4C -D2R 53IP5C -PXP 541PXP -P3C+ 551TXP -D7R+ 561R4T -D7R+ 57IR4C -D7R+ 58IR4T -D7TR+ 591R4C -D7R+ 60IR5B -D7BD+ 6DR6B -T1BR+ 62)R7R -DXT 63)RXT -D4B+ 64)D7B -DXPC651D6R -D1D+ 661R7B -D1CR +67)R7R -D2C+ 681R8D -D4C +69IR7B -D5B+ 70ID6D -D5B +71ID6BD -D5B+ 72IR8B -D5CR73ID3B+ -R2T 741R7B -D5BR +75IR6B-D5R- 76IR6C (1-0)

A classificação final ficou assim:1°/Short - 9,5 pontos; 2°/4°/L Ljubje-vic (Iug). P. Nikolic (Iug). Van DorWiel (Holl -8,0 ps; 5°/Hubner (RFA) -7.5 ps; 6°/70/ J. Hodgson (GB). G.So-sonko (Hol) -7,0 ps; 8°/107A. Tcheri-ni (URSS), V.Hort (RFA), Y.Seirawan(EUAI-6.5 ps; 11°/13°/F.Hellers(Suei. H.Ree (Hol), Van der Sterren(Hol)-4,5 ps; 14°/N. de Firmian (EUA)-3 ps.

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DIAGRAMA 276—6b1/1P6'6rV8/IR6.'8/6tl/8Brancas jogam e empatam.Solução do diagrama 275: 1)C6D -

R4D 2)C4R -R4R 3IC6B -R4B 4)C4C -

R4C 5IC6T -R5T (ou R4T16)C7B-..7)T6T+ +

Interino: LUIZ LOUREIRO

JORNAL DO BRASILsegunda-feira, 19/5/86 o CADERNO B o 3

IQÃOJONATO » PEOÍLEDOMINGO ZE CARLOSBEATLES PAO_IHHOIHOM-_tB3ÍC0ÜRTRV Hn_ÂOS*BU»0 à«_nraO~CHIQtJINHO AZEVEDO8-E 3.. F..À 1H. BILLY JOHN • ATHIE SàS 20:30 • AV. BARTOLOMEU MITRE, 370 . TEL. 294-0547

\ESPECIAL x

Sertanejo

HOJE

WÊÊÊÊÊBCANAL 9

A EMISSORA DO RIO

APRESENTAÇÃO:

Marcelo CostaCésar e Paulinho

Carlos César e CristianoJoão Mineiro e Marciano

Miguel e AninhaRoberto e Mineirinho

Pião Carreiro e Zé Paulo

acucar7fi§fe

UNIÃOo doce sabor da energia.

apresenta

O MULTI TALENTO ÜO TROMPETISTA MAIOR" |

*\%r( DIZZY¦¦^Wl GILLESPIE» „ '^V & fX'\T ^4 24 E 25 DE MAIO

,*rí :.T -71 ÚNICAS APRESENTAÇÕES

Teatro do Hotel NacionalIngressos a partir do dia 15 de Maio

PROMOÇÃOB4DK> mJCBpE CEQXJÊOm EE

NOVIK ) Os Melhores Artistas do Mundo' Voam Pan Am

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HOJE NA

[llifUli

TV RECORDCanal 9A EMISSORA DO RIO

11:00 HS RECORDnos esportes

De segunda a sexta 11 da manhãa equipe esportiva da Record e asnotícias diárias de todos os setores doesporte.

17:30 HS l O novo cotidiano do jovemcarioca.Tudo sobre o mundo jovemcom entrevistas, esportes no-vos e aqueles musicais espe-ciais.Apresentação: Cesinha (ska-tista)

23:30 HS

W> APRESENTAÇÃO:Danuza Leão

CONVIDADOS:Bruna Lombardi

Aldo Floris

<Z>£tL£ J^xaüíLzaüLLLanaMARIA CLODES

Pianista21 de MAIO — 4a feira — 21 horas

FLÁVIO VARANIPianista

22 de MAIO — 5a feira — 21 horasuFUNARJ

ENTRADA FRANCA

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Informações: 232-9714

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Linha duraA Secretaria de Controle das Estatais can-

sou de esperar que as empresas estatais eseus fornecedores chegassem a bom termocom as negociações para discutir os descon-tos e os ajustamentos nos contratos.

Na opinião do secretário Antoninho Mar-mo Trevisan os fornecedores das estataisestão se comportando como se as negocia-ções fossem para recompor suas margens delucro.

Até agora, na sexta rodada de negociação,os dois lados não arredarampé das posiçõesiniciais e por isto o Governo já tomou umadecisão: vai baixar, ainda esta semana, umato normativo fixando os níveis dos des-contos.

Coronel cearenseQuem pensava que a prefeita Maria Luiza

Fontenelle iria assumir a prefeitura de For-taleza para acabar, em nome do PT, com oscoronéis, enganou-se.

Ela decidiu chamar um outro coronel: oKadhafi.

Método antigoO professor Seiti Kaneko Endo está achando

que a "desazonalização" dos índices de inflaçãovai ser objeto de muita discussão ainda e por istojá firmou posição: na FIPE, Fundação Instituto dePesquisas Econômicas, que preside, o índice docusto de vida será calculado normalmente.

Seiti Endo vai se bater dentro da comissão queestudará o assunto pela posição de que a desazo-nalização—por não estar prevista no decreto queeditou o pacote econômico — é ilegal.

E sua aplicação para efeito de cálculo de au-mentos salariais um absurdo completo.

De malas prontasO economista Pérsio

Árida está disposto a seestabelecer mesmo emBrasília, aproveitandoque como diretor doBanco Central tem ago-ra direito a uma casa nolago.

Desmanchou o aparta-mento que dividia comum funcionário do Mi-nistério do Planejamen-to na asa sul e agora estácumprindo a parte maisdifícil do plano: conven-cer a mulher a mudar-sede São Paulo para Bra-sflia.

¦ ¦ ¦

EM MINASDepois de conversas mantidas no fim de semana

no Rio, o deputado Milton Reis convenceu-se deque a candidatura de Itamar Franco, em Minas,está sofrendo a primeira turbulência: é que o PSBvai mesmo retirar seu apoio ao candidato, dianteda aproximação de Itamar Franco com o PDS deMurilo Badaró.

Milton Reis está certo de que ganha em Minas achapa do PMDB que, na opinião dele, será forma-da com Pimenta da Veiga, Carlos Cotta e NewtonCardoso.

A novidade é que na versão do Secretário-Geraldo PMDB, Newton Cardoso disputa a senatória enão o Governo de Minas.

¦ ¦

NervosismoO Governador Leonel Brizola, como se sabe,

quanto mais nervoso fica, mais fuma.Ao descarregar sua ansiedade, ele tem sido

acompanhado pelo seu vice, Darcy Ribeiro, quedesenvolveu nestes anos de Governo um outrovicio tão intenso mas mais saudável: tomar pilu-Ias homeopáticas.

¦ ¦

Em tempoDiscretamente o Ministro José Hugo Castelo

Branco foi sábado ao Instituto do Coração para aprimeira revisão pós-operatória da cirurgia queextraiu um tumor maligno de seu intestino.

O diagnóstico não poderia ser melhor: os medi-cos consideraram que a cirurgiafoifeita antes queo câncer atingisse outros órgãos.

AUDIÊNCIATV Manchete comemorando o recorde de ibope

batido por D. Beija na última terça-feira.A série teve 35 pontos de audiência quando a

Globo no mesmo horário teve 39.

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ZózimoFoto de Rubens Monteiro

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Heitor Schiller e Ida de Rayrinck, Rosângela e EduardoMagalhães Pinto em, noite movimentada no Hippo

Ecos dosucesso

O jornal Liberation, edição de sábado,publicou uma crítica assinada por LuiSkorrecki dizendo nada menos que aÓpera do Malandro é o melhor musical jáfilmado desde West Side Story.

O filme já foi vendido para os EstadosUnidos e quase todos os países da Eu-ropa.

Semdescanso

O prefeito Jânio Quadros nãoencontrando em casa o Depu-tado Ulysses Guimarães, na tar-de de sábado, repetiu seu conhe-cido gesto: deixou um bilhete.

O propósito: o presidente daCâmara dos Deputados já comu-meou aos amigos que até quarta-feira irá a Brasília.

¦ ¦ ¦

Leitura mexicanaAcaba de ser publicado o se-

gundo volume de A Lei de Mur-phy de Arthur Block, traduzido eadaptado por Millôr Fernandes,com máximas bem atuais:

Primeira lei do esporte: tudosendo igual para os dois adversa-rios, você perde.

Corolário: Todas as coisas sen-

DesembarqueDesembarcou ontem no

Rio vinda de Paris RoseanaSarney Murad.

Não se sabe se aproveita-rá o ensejo para desembar-car também do trem da ale-gria.

do a seu favor, você continuaperdendo.

Lei do Irremediável: se o caso éganhar ou perder, você perde.* * *

Impedida de treinar por contu-soes generalizadas, a delegaçãobrasileira anda concentrando-senestas pensatas.

NA FRANÇA

ContundênciaNo artigo publicado no fim de

semana o Senador Roberto Cam-pos bateu nos adversários de sem-pre, só que desta vez bem maisforte.

Na opinião do Senador, a Lei deInformática não viola as regras doGatt, as "estupra".

O Itamarati, na visão do diplo-mata, está sofrendo uma "invasãomongolóide".

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Hélio Paulo Ferraz e Arnaldo Ja-bor concluíram ontem em Paris anegociação com a distribuidorafrancesa de Frederic Mitterrandpara a distribuição do filme Eu Seique Vou Te Amar, na França.

Os brasileiros ficarão com 50 porcento da bilheteria, com direito aum adiantamento, que já embolsa-ram, de 40 mil dólares.

Animadíssima a fei-joada na casa de JoséEduardo Montesantiem homenagem ao ar-tista plástico Grego-rio. Presentes RubemBraga, Gilberto Cha-teaubriand, YolandaFigueiredo, TâniaCaldas, Madeleine Ar-cher. E mais. Muitomais.

O Ministro AntônioCarlos Magalhães es-colhendo as datas pa-ra uma viagem à Sué-cia, a convite do Go-verno.

Mesa elegante noAntonino sexta-feira:Teresa Souza Campose o príncipe D. João.

Casam-se em Paris

Roda-Vivana próxima segunda-feira, dia 26, Vera Si-mões e Herve Ban-ville.

Luis Werneck Via-na, candidato a cons-tituinte pelo PMDB,foi homenageado nu-ma festa de quinhen-tas pessoas no Clubedos Macacos onde bri-lhou intensa a estrelade Maria da Concei-ção Tavares em vesti-do vermelho depaetês.

Giulitte Coutinhojantando sábado comamigos no Nino deCopacabana.

Amanhã, na VilaVernini, duplo lança-mento: do livro Mala-

goli visto por Quinta-na e do disco de Ar-thur Moreira Lima to-cando 24 prelúdios deChopin.

O jornalista PedroRogério deixando aTV Globo.

Almoçando domin-go no Del Maré, SaritaMontiel em mesa con-'corrida.

Gisela Amaralinaugurou ontem obrunch do Alô Alôreunindo dezenas deamigos.

O candidato doPMDB Orestes Quer-cia assistindo na pri-meira fila à luta doMaguila. Com cara dequem estava apren-dendo tudo.

Miriam Leitão

ROUPAS DE FRIO AUMENTAM A INFLAÇÃO!Mas o ALFAIATE MÁGICO tem a solução: ao invés de adqui-rir roupas novas, reforme as suas antigas oom quem enten-de do assunto. Consulte-nos! Barata Ribeiro, 396 si. 204. Tels.:257-0277 • 237-8196 • Largo do Machado, 11 lj. H. Tels.: 285-1148• 285-0545.

Fique perto do rádio.JORNAL DO BRASIL

JMIj^LlMTodos os dias no Caderno B.

Hoje:17h30min

"IMAGINATION"

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4 o CADERNO B o segunda-feira, 19/5/86 JORNAL DO BRASIL

DISCO/"Anos Dourados"

Nostalgiasemcritério

Tárik de Souza

aTJASE

nada do Rio aflito de hoje.Macios ônibus gostosões, linha109, Malvino Reis-Ipanema, pra-

teados com faixa vermelha, cruzavam comos meia-cara, Camões (com a cabine domotorista destacada na carroçaria), linha12, E. de Ferro-Gal. Osório, de tons amar-ronzados. Brasília ainda era um ligeirobrilho nos olhos do presidente Kubitschek.As vitrolas chegavam ao hi-fi (abreviaturade alta-fidelidade), mas o 78 rotações, pesa-dão e quebrável batia longe o long-playinginiciante. Essa época, cristalizada na mini-série mais bem-sucedida dos últimos tem-pos, Anos Dourados, da TV Olobo, agorachega ao disco através da trilha sonoraselecionada pelo próprio autor do texto,Gilberto Braga. São 14 faixas escolhidas deum primeiro copião de 50, meticulosame-nte pinçadas nos cadernos de letras copia-dos pelo autor na infância. "Levei minhavida inteira para fazer essa seleção", enfati-za, "e duas horas para montar o disco".

O resultado não deixa de ser simpáti-co, agradável de ouvir, mas está muitodistante de qualquer critério representa-tivo. Há uma profusão de baladas, bolerose sambas-canção e nenhum baião, porexemplo, o ritmo que dominou (para nãodizer, subjugou) boa parte da década de 50.Não se diga que o baião de Luiz Gonzaga,Carmélia Alves, Dalva de Oliveira (Kalu) eaté a princesinha do gênero, Claudete Soa-res era cafona, brega ou xangai, para usara palavra da época. Os acordeons baila-vam nos dedos da melhor safra de futurosazes da musica como Edu Lobo, EumirDeodato e João Donato.

Quem não abria o fole nas academiastipo Mário Mascarenhas, mais adiante es-taria rodopiando nas capotas de automô-

itfw«_______k.,£&-.

Wilson Cunha CIN_MA"0 Sol da Meia-Noite'

veis e poltronas dos cinemas ao balanço dorock, outro inexplicável ausente do disco.O argumento de que a juventude rjjucanaretratada na minissérie era surda ao Wop-Bop-a-Lu-Bop a Loo-Bam-Boom de ElvisPresley ou ao Rock Around The Clock deBill Haley é inconcebível. Afinal, o rockbrasileiro Jovem Guarda nasceu bem ali,na rua do Mattoso, onde se reunia umaturminha formada por Erasmo e RobertoCarlos, Tim Maia e Jorge Bem. Legiões detljucanos, se não freqüentavam os quebra-quebras do eme Rian, degladiavam-se nacalçada do Imperator, no Méier.

De qualquer forma, o disco contraba-lança essas lacunas com os cintilantes IApologize (Billy Eckstine), When I Fal InLove (Nat King Cole), Franqueza (Maysa)ou Por Causa de Você (Dolores Duran). Semachuca os ouvidos o duro teclado daversão do mambo Patrícia (Perez Prado),desce bem o suave Alguém Como Tu, deDick Farney. Antibolero enquanto bossa-novista, Tom Jobim fez a única inédita doLP, exatamente um lindíssimo bolero,acompanhado por pauzinhos típicos, comdireito a cortina de violinos, o principalinstrumento do LP. E já que um liquidifica-dor Walita completo "furou" a pesquisa deambiente da minissérie, outra gaffe remetetambém a trilha para o futuro: a gravaçãode AU of You (Cole Porter) por Ella Fitzge-rald, não é a original, de 56, em compassojazzístico. Trata-se da versão bossa novada mesma faixa já da época em que acantora (e seus arranjadores) contamiram-se, irremediavelmente, com o estilo brasi-leiro. Mas, nostalgia é isso: cada um tem opróprio retrato na parede da memória.

O

início promete: Bary-shnikov em bela co-reografia de Roland

Petit para Le Jeune Homme etLa Mort. Trata-se, entretanto,apenas de uma espécie de pró-logo. Quando a câmara come-ça a deslizar sobre o corpo de"Misha", a platéia fica meiosem saber o que está aconte-cendo, mas O Sol da Meia Noi-te revela aí uma de suas princi-pais intenções: servir de veicu-lo para Baryshnikov Supers-tar, no cinema, depois do bal-let. Um exagero (pelo menosna tela), mas Mikhail acredita.E será, dramaticamente, umadas fontes a ofuscar o brilho deO Sol.

O diretor Taylor Hackfordconfessa no extraordinária-mente bem editado Portrait ofa Film/White Nights — dispo-nível em algumas livrarias ca-riocas — sua intenção de reali-zar um filme onde houvesse"uma combinação impar entrea narrativa dramática e a dan-ça, um filme realista no qual adança ocorresse tão natural-mente quanto o desenvolvi-mento da ação dramática."Pretensão e água benta... Pois,como na incursão de FrancisFord Coppola (Cotton Club)em parecida mistura de gene-ros, falta equilíbrio entre oselementos. Em Cotton Clubhavia uma certa indecisão en-tre a supremacia do gangstersobre o musical — o que nãochega a ser exatamente o pro-blema de O Sol. Hackford sa-bia o destino de seu trabalho ea essa intenção, é verdade, seajusta o tratamento de Su-perstar dado, desde logo, a Ba-ryshnikoy.

Tem-se, aqui, então, a his-tória de um bailarino russoque, como Mikhail "Misha"

Entrou emeclipse

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Baryshnikov deu o fora daURSS para ver a luz do estre-lato no Ocidente. Seu nome:Nikoli "Kolya" Rodchenko.Em um dos périplos intercon-tinentais a que costumam sesubmeter tais astros, o fato de"Kolya" ("Misha") sofre umapane e faz uma aterrissagemforçada em território daURSS. Como se comportarãoos russos? Da pior forma possí-vel. Afinal, são uns bárbaros...

Tão bárbaros que já estão afim de se livrar de um sapatea-

dor americano negro, Ray-mond Greenwood (GregoryHines) que, nos idos da Guerrado Vietnã, desertou de seupaís para não participar daentão "Guerra Suja" e agora(diante do sucesso de Rambo?)se corrói de arrependimento ese rói de amor pela grávidaesposa russa Darya (a italianaIsabele Rossellini). O encontroentre os refugiados se tomaindispensável ao bom anda-mento dos trabalhos e a tenta-tiva de fuga inevitável.

Em meio a bombásticas de-ciar ações do americano —- tipo"Desta vez eu vou fazer a coisacerta", "Eles quase me dês-truíram. Não darei a eles .achance de fazer a mesma coisacom meu filho" —, O Sol entre-meia alguns bons númerosmusicais, mas é o proselitismopolítico que está em jogo.Quando se fizer um levanta-mento dos filmes que melhortenham encarnado o espíritoda "Era Reagan", O Sol daMeia-Noite (até agora) estaráem primeiro lugar ao lado deRambo. Da composição daspersonagens, aos cenários, àestrutura dramática, reedi-tam-se os momentos mais dog-máticos da época Guerra Fria.E Taylor Hackford se dedicacom tamanho afinco a seu dis-curso anticomunista que se es-quece da tal "combinação ífh-par." Acaba realizando, é ver-dade, seu filme unique: de umanacronismo de fazer dó. Ou oque se supõe seja anacrônico.

No elenco há uma grandedificuldade em se descobrirquem está "canastrandó"mais: se o diretor polonês(também refugiado) Jerzy Sko-limovsky travestido de ator, evivendo um comunista racis-ta, Gregory Hines ou "Misha."Já Isabella Rossellini (filha deIngrid Bergman e RobertoRossellini, que chegou a con-tracenar com a mãe em UmaQuestão de Tempo, de Vincen-te Minnelli) consegue imprimiralgum interesse a sua insossapersonagem. Geraldine Pagênada tem a fazer. E não faz. Aofinal, Hackford conseguirá ar-rançar seus heróis das garrassoviéticas. Pena que, em co-memoração, náo tivesse mon-tado um grande show naBroadway para a volta do sa-pateador. Pelo menos, assim,haveria motivo para se ficar nocinema até o fim e, talvez, eyi-tar que O Sol entrasse emeclipse.

HOJE NO RIOCINEMA

frifeI

ESTRÉIAS80L DA MEIA-NOITE (White Nights), de

Taylor Hackford. Com Mikhail Baryshnikov,Gregory Hines, Jerzy Skolimowski, Helen Mir-ren, Geraldine Page, Isabella Rossellini e JohnOlover. Art Copaoabana (Av. Copacabana. 769— 235-4895). Art São Conrado-2 (Estrada daGávea, 899 — 322—1258): 14h30min, 17h.

i 19h30min. 22h. ArtCasashopplng-8 (Av. Alvo-rada, Via 11, 2150 — 325-0746), Art Tijuca(Rua Conde de Bonfim. 406 — 854-9S78), ArtMadureira (Shopping Center de Madureira —390-1827): 14h, 18h30min, 19h, 21h30min.Pathé (Praça Floriano, 45 — 220-3135): de 2a a6a as 12h, 14hl5min, 18h30min, 18h46min,21 h; sáb. e dom. a partir das 14hl5min. Parato-doa (Rua Arquiaa Cordeiro. 350 — 281-3628):14hl5min. 16h30min. 18h45min. 21h (10

. anos).Oito anos depois de ae exilar no Ocidente, b

bailarino russo Nikolai Rodchenko vive umpesadelo: o avião no qual viaja e obrigado afazer um pouso de emergência na Sibéria, De-pois de ter sua identidade descoberta, Nikolai épersuadido por Raymond — um bailarino ame-ricano que mora na União Soviética em protes-to contra o envolvimento americano no Viet-nam — a voltar ao Bale Kirov, em Leningrado.NUíolai aceita por náo ter outra alternativa mas

1 ' sabe que na Rússia não terá a liberdade artlsti-

j ca que tem no Ocidente. Produção americana.j i Vencedor do Oscar de melhor canção (Say You

Say He).

I OÜERREIR08 DE FOGO (Red Sonja). de RI-I' chard Fleischer. Com Arnold Schwarzenegger,! Brigitte Nielsen. Sandahl Bergman, Paul'.: Smith, Ernie Reyes Jr., Ronald Lacey e Pat

¦Roach. São Luiz-1 (Rua do Catete, 307 — 285-j 2296), Rozy (Av. Copacabana, 945 — 238-

•' 6245), Rio-Sul (Rua Marquês de S. Vicente, 52|

- — 274-4532), Barra-3 (Av. das Américas, 4866! — 325-6487), América (Rua Conde de Bonfim,

334 —264-4246): 13h40min, 15h20mln, 17h,18h40min, 20h20min, 22h. Odeon (Praça

j Mahatma Qandhi, 2 — 220-3835): de 2a a 6a às12h, 13h40mln, 15h20mln. 17h, 18h40min,20h20min. 22h; sáb. e dom. a partir das13h40min. Madureira-1 (Rua Dagmar da Fon-

i seca, 54 — 390-2338): 13hl0min, 14h60mln,16h30min, lBhlOmin, 19h50min, 21h30min.Olaria (Rua Uranos. 1474 — 230-2866):14h20mln, 18h, 17h40min, 19h20min, 21h.(10 anos)

Numa era selvagem de um mundo indoma-do e povoado por seres fantásticos e poderososvive Red Sonja, uma jovem pacifica de cabelos

i cor de fogo. Depois de ver sua família serassassinada brutalmente, Red Sonja jura vin-gança e e investida de poderes extraordináriospor uma misteriosa aparição. Mas, em trocadessa dádiva, a jovem se vè obrigada a jurarque nunca se deixará amar por um homem, a

.menos que ele a vença numa luta. Produçãoamericana.

UM SONHO DE DOMINGO (Un Diamanche a LaCampagne). de Bertrand Tavernier. Com LouiaDucreaux, Sabine Azema, Michel Aumont, Ge-nevieve Mnich e Monique Claumette. Cinema-1:15h, 17h, 19h. 21h (Av. Prado Júnior, 281.(Livre).

Baseado no livro Monsieur Iadmirai vaBlentot Mourir, de Pierre Bost. Monsleur Lad-mirai é um pintor da época do impressionismo,já cora 75 anos. Num escaldante domingo deverão, Monsieur vai buscar seus filhos na esta-ção de trem maa, acaba chegando atrasado.Monsieur Ladmiral sente-se cansado, e cora apresença de Irene, uma Jovem e irrequieta, elevai no decorrer do d'a, sentindo-se cada vezmais velho. Produção francesa.

VIAOEM AO MUNDO DOS SONHOS (Expio-rers), de Joe Dante. Com Ethan Hawke, RiverPhoenlx, Jason Presson, Araanda Peterson eDick Miller. Metro Boavista (Rua do Passeio,62 — 240-1291). Condor Copaoabana (Rua Fi-gueiredo Magalhães, 286 — 255-2810). Largodo Machado-1 (Largo do Machado, 29 — 205-6842), Leblon-2 (Av. Ataulfo de Paiva, 391 —239-5048), Barra-2 (Av. das Américas. 4.866'—325-6487): 14h, 16h. 18h. 20h. 22h. Art-Méier(Rua Silva Rabelo. 20 — 249-4544), Carioca(Rua Condo de Bonfim. 338 — 228-8178): 15h,17h, 19h. 21h (Livre). Até quarta no Leblon-2.Som dolby stéreo no Leblon-2 e Carioca.

Filme de aventuras do mesmo diretor deOremlins. Três garotos, apaixonados por fie-ção científica e viagens espaciais, conseguem,através de várias experiências com compu-tadores, fabricar uma nave espacial que osconduz ao espaço. Produção americana de1985.

O BEIJO DA MULHER PrRANHA (Brasileiro,,de J. A. Nunes. Com Neusa Silveira. KarinaMacieira, Walter Qabarron, Francisco Rezendee Pedro Terra. Vitória (Rua Senador Dantas. 45— 2201783). de 2a a 6a as 13h. 14h20mln,15h40min. 17h. 18h20min. 19h40min, 21h;sáb. e dom. a partir das 14h20min. Botafogo(Rua Voluntários da Pátria. 35 — 266-4491):14h. 16h30min. 19h. 20h25min. Filme com-plementax do Botafogo: Aberrações Sexuais (18anos)

Filme pornô.

VENHA BRINCAR COMIGO (Brasileiro), deMauri de Queiroz. Com Fabiana Rios. VanOliver. Lya Soul e Agnaldo Costa Filme Com-

plementai- Sexo Total. Rex (Rua Álvaro Alvim.33 — 240-8285): de 2B a 6a às 12h. 14h20rmn,16h40min. 19h. 20hl5min. sáb. edom. às 14h.18h20min. 18h40min. 19h55min (ia anos)

Filme pomo.TIRA AS CAIXINHAS... (La Petite Etrange). deBurd Tranbaree Com Richard Allan. Birgltt.Guy Royer. Cathy Stewart e Nadine Roussial.Scala (Praia de Botafogo. 320 — 266-2545):14h. 15h30min. 17h. I8h30min. 20h.21h30min. Tijuca Palace-2 (Rua Conde de Bon-fim, 214 — 228-1610). AstoríAv. Min Edgard

Romero. 236-390-2038): 15h, 16h30min. 18h.19h30min, 21h. Orly (Rua alcindo Guanabara,21): de 2a a 8a às lOh, HhSOmin, 13h.14h30min, 16h, 17h30mln. 19h, 20h30min;sáb. e dom. a partir das 14b30_dn. (18 anos).

Filme pornô.

CONTINUAÇÕESjK O BEIJO DA MULHER-ARANHA (Brasilei-L^ ro), de Hector Babenco. Com William Hurt,Raul Julia, Sônia Braga, José Lewgoy. MiltonGonçalves, Míriam Pires, Nunco Leal Maia,Fernando Torres e Denise Dumont, Ópera-2(Praia de Botafogo, 340 — 552-4945): 15h,17hl5min, 19h30min. 21h45min. (16 anos).

A difícil convivência entre dois prisionei-ros num presidio de um país latino-americanonão especificado. Um deles, homossexual, foicondenado por corrupção de menores, e o ou-tro, militante político, foi torturado para passarinformações sobre as atividades subversivas.Para passar o tempo, Mollna (o homossexual)conta para Valetim (o preso político) históriasde velhos filmes melodramáticos e duranteessas conversas eles despobrem a solidarieda-de, o respeito mútuo e a amizade que os une.Filme baseado na obra homônima da ManuelPuig. Vencedor do Oscar de Melhor Ator paraWilliam Hurt.¦ Dois mundos em conflito — o real de umativista político, machão, e a fantasia de umvitrinista, homossexual — encontram, atravésdo cinema, em um filme dentro do filme, suasíntese nesta brilhante versão do bestaellerhomônimo de Manuel Puig. No elenco, WilliamHurt ó uma presença catalizadora de todas asatenções, mas O Beijo da Mulher Aranha valepelOB valores conjuntos da produção — a seremcurtidos em sua plenitude.

r*s-A HORA DA ESTRELA (Brasileiro), deLy/Suzana Amaral. Com Marcélia Cartaxo,José Dumont, Taram Taxman, Umberto Mag-nani, Denoy de Oliveira, Sônia Guedes e parti-cipação especial de Fernanda Montenegro.Bru—i-Ipanem* (Rua Visconde de Pirajá, 371 —521-4690): 16h, 18h40mln, 18h20min, 20h,21h40min. Largo do Machado 8 (Largo doMachado, 29 — 205-6842): 14h, 16h, 18h, 20h,22h. Até quarta. (Livre).

O filme mostra o cotidiano de uma jovemalagoana que tenta sobreviver na cidade gran-de, embora seja muito tímida e despreparadapara enfrentar as dificuldades. Ela tem umnamorado, nordestino como ela, também doslo-cado no ambiente mas sem admitir isso. Aoperseguir um sonho, incentivada por uma car-tomante, seu destino acaba om tragédia. Basea-do no romance homônimo de Clarice Lispectore premiado em vários festivais: 10 prêmios noFestival de Brasília, além dos prêmios de me-lhor atriz e da OCIC no Festival de Berlim.Produção de 1B85.¦ Um filme quo exige Ber visto, sentido, vivido,pensado e repensado. A arte de três mulheres —Clarice Lispector, Suzana Amaral e MarcéliaCartaxo — nos brinda com uma obra brilhante earrebatadora. A Hora da Estrela ó uma como-vente reflexão sobre oa enjeitadoB pela socieda-de, vitimados por forças que nem mesmo com-preendem. A Macabóa de Marcélia Cartaxo échaplinianamente Inesquecível.

rN. A HI8TÓRIA OFICIAL (La Historia Ofi-ly^cial), de Luis Puenzo. Cora Norma Alean-dro, Hector Alterio, Analia Castro e Chunchu naVillafane. Barra-1 (Av. das Américas, 4666 —325-6487), Voneza (Av. Pasteur, 184 — 295-8349): 14h, 16h, 18h, 20h, 22h. Comodoro (RuaHaddock Lobo. 145 — 264-2025): 15h, 17h,19h, 21h. (10 anos). Até quarta no Barra-1 eComodoro.

A historia recente da Argentina mostradaatravés de um casal bem-sucedido — ele, umalto executivo e ela, professora de História, comuma filha adotada de cinco anos. Aos poucos amulher vai tomando conhecimento da realida-de á sua volta e descobre, horrorizada, que omarido tem ligações com as forças paramilita-res e a filha é uma das milhares de crianças queforam afastadas dos verdadeiros pais, presos etorturados pela ditadura militar. Produção ar-gentina que ganhou este ano o Oscar de MelhorFilme Estrangeiro.¦ Em uma narrativa comovente, o estreanteLuiz Puenzo atinge triplo objetivo: mergulhana história pessoal de ura casal, e a partir dela,na história oficial e na História verdadeira dopassado recente da Argentina. Destaque para ainterpretação de Norma Aleandro.

pKBIJ SEI QUE VOU TE AMAR (Brasileiro).Lyi/de Arnaldo Jabor. Com Fernanda Torres eThaloa Pan Chacon. Tijuca (Rua Conde de Bon-fim, 422 — 264-5246), Sâo Luis 2 (Rua doCatete, 307 — 285-2298). Leblon-1 (Av. Ataulfode Paiva, 391 — 239-5048): 141), 18h. 18h, 20h,22h. Paláoio-i (Rua do Passeio, 40 — 240-6541): 13h30min, 15h30min. 17h30min.19h30min, 21h30min. Madureira-8 (Rua Dag*-mar da Fonseca. 54 — 390-2338): 15h, 17h,19h, 21h. (16 anos). Até quarta no Leblon-1. Apartir de quinta no Leblon-2.

Uma discussão sobre o amor, a partir dahistória de um casal que se casou muito jovem,teve um filho e se separou dois anos depois. Aação se desenrola quando, numa tarde, a mu-lher vai ao envontro do ex-companheiro paradiscutirem o amor, a paixão o a separação, serano entanto conseguirem explicar por que é tãofácil começar uma paixão e tão difícil terminarcom ela.¦ Realizando um filme para seu ouvido, tantoquanto visto, Arnaldo Jabor volta a discutirseus temas preferidos: os impasses e desenlan-ces da relação amorosa. A bela fotografia, amusica de Ravel, os cenários, tudo valoriza apalavra que sai da boca de Fernanda Torres eThales Pan Chacon.

A HONRA DO PODEROSO PRIZZI (PrizzfsHonor), de John Huston. Com Jack Nicholson.Kathleen Turner. Robert Loggia. John Ran-dolph. Anjelica Huston, William Hickey e LeeRichardson. Copacabana (Av. Copacabana. 801

— 255-0953): 14h30mtn. 16h50min,lGhlomin. 21h30min; 4a às 14h30min,lehSOmin, 19hl0min. Palaclo-2 (Rua do Pas-seio, 40 — 240-6541): 14h, 16h20min,18h40min, 21h. (14 anos). Até quarta.

O homem de confiança de uma família demafiosos, do Brooklyn, apaixona-se por umamatadora profissional contratada para execu-tar alguns serviços para a família. Mais tardeela passa a ser suspeita de traição e compete aele eliminar o problema sumariamente. Produ-ção americana de 1985. Oscar de Melhor AtrizCoadjuvante (Anjelica Huston).

Jv OOLPE DE TIRAS (Les Ripoux), de ClaudeL^Zidi. Com Philippe Noiret, Thlerry Lher-set. Art-Caaashopping 1 (Av. Alvorada, Via 11,2.150 — 325-0746): lõh, 17h, 19h, 21h. Atéquarta. (16 anos).

Comédia sobre dois policiais obrigados atrabalhar juntos, embora adotem métodos detrabalho completamente diferentes. Um delesconvive oom oa vigaristas cometendo toda asorte de irregularidades e transações. O outrorepresenta o mérito, a integridade e o eacrúpu-lo. Entre eles aparece a figura de uma mulherobrigando-os a agir com cumplicidade e com-pleta amoralidade. Produção francesa.¦ Um filme onde tudo dá certo: divertido, bemnarrado, é uma bela surpresa na carreira de seudiretor Claude Zldl até aqui conhecido por suastolas oomediaa Em Golpe de Tira», Zidi oonse-gue manter um excelente nível de humor ePhilippe Noiret, oomo o policial corrupto, temadmirável Interpretação.ENTRE DOIS AMORES (Out of África), de Syd-ney Pollaok. Com Meryl Streep, Robert Redofr,Klaus Maria Brandauer, Michael Kitchen, Ma-lick Bowens e Joseph Thiaka. Baronesa (RuaCândido Benloio, 1.747 — 390-6745): lõh,17h45min, 20h30min. Com som dolby-atereo.(Livre). Até quarta.

Baseado nas memórias da escritora dina-marquesa que publicou um livro — Out ofÁfrica — sob o pseudônimo de Isak Dinesen. Ahistória começa quando uma Jovem herdeiracasa-se oom um barão sueco e vão morar noQuênia. Ao descobrir a verdade sobre o maridoela se separa e apaixona-se por um aventureirobranco, mas uma série de tragédias aconteceme ela é obrigada a voltar para sua terra. Produ-ção americana. Ganhador do Oscar em setecategorias: filme, diretor, fotografia, roteiroadaptado, trilha sonora, direção de arte e som.

IR VOLTAR (Partir Revenir). de Claude Le-louch. Com Annie Girardot, Jean-Louis Trin-tlgnant, Rlohard Anconina, Evelyne Boulx,Michel Piccoll e Franooise Fabian. Jóia (Av.Copacabana. 680): 15h, 17h, 19h, 21h. (Livre).

A história de duas famílias no pós-guerra,centrada principalmente sobre uma mulher dedescendência judaica, que foi e voltou de umcampo de concentração. Através dessa história,o filme mostra a depressão coletiva que percor-reu a Europa depois que a guerra acabou.Produç&o francesa.

JÓIA DO NILO (The Jewelof the NUe), de LowisTeague. Com Mlobael Douglas, Kathleen Tur-ner, Danny Ds Vlto, Splros Focas, Avner Elsen-berg o Paul Davtd Magid e Howard Jay Patter-son. Brürtol (Av. Min. Edgard Romero, 460 —391-4822): 14h30min. 18hl0min, 17hS0min.19h30min, 21hl0min, Brunl-Méler (Av. Ama-ro Cavalcante, 105 — 591-2748): 15h, 17h. 19h,21h. (Livre). Até quarta.

Uma esoritora de novelas românticas e umaventureiro — a mesma dupla do filme TudoPor uma Esmeralda — lançam-se a uma perigo-sa viagem pelos desertos do norte da África,onde não faltam terríveis tempestades, triboshostis e masmorraa, até conseguirem descobrira chave do mistério da jóia do Nilo. Produçãoamericana.

A HORA DO ESPANTO (Frlght Night), de TomHolland. Com Chris Sarandon, William Raga-dale. Amanda Bearse. Roddy McDowall, Sto-phen Oeoffreys e Jonathan Stark. Art Sao Con-rado-1 (Estrada da Oávea, 899 — 322-1258),Coral (Praia de Botafogo. 318): 14h, 16h, lBh.20h, 22h. (16 anos).

Um rapaz de 17 anos leva uma vida normalaté o dia em que descobre que um vampiro soinstalou na casa ao lado. Nem sua mãe, nemsua namorada, nem seus amigos querem leva-lo a sério até que ele resolve Investigar. Filmede terror bem-humorado. Produção americana.

A PRIMEIRA TRANSA DE JONATHAN (Mis-chiei"), de Mel Damski. Com Doug McKeon,Catherine Mary Stewart, Kelly Preston, ChrisNash e Jami Oertz. Ópera-1 (Praia de Botafogo.340 — 552-4945): 14h. 16h, 18h. 20h. 22h. ArtCaaashopping-3 (Av. Alvorada. Via 11. 2150 —325-0746): 15h30min, 17h20mln. 19hl0min,21h. Até quarta no Ópera-1. (16 anos).

As primeiras experiências sexuais de doisamigos — um deles, tímido e recém-chegado deuma cidadezlnha do interior e o outro maisexperiente — em meados da década de 50,quando o puritanismo começa a dar lugar a umprincípio de liberalismo que será a marca dosanos eo. Produção americana de 1085.

REAPRESENTAÇOES1-N.0 BAILE (Le Bal), de Ettore Scola. ComL^Chrtstophe AUwright* Aztz Arbie, MureBerman, Regia Bouquet, Chantal Capron e Mar-tine Chauvan. Lido-l (Praia do Flamengo, 79):15h, 17h, 19h. 21h (Livre).

Filme sem diálogos, onde a trilha sonoraexplica o momento da ação. Num salão de baile,os fatos vão se sucedendo e ilustrando a hiBtó-ria da França, desde o ano de 1936 até os diasde hoje. Drama baseado na montagem do espe-taculo do Theatre Du ChampagnoLProduçáofrancesa.

Patrícia Medinaa, Akim Tamiroff e MisohaAuer. Lldo-2 (Praia do Flamengo, 72): 15h,17h, 19h. 21h (14 anos)

Um milionário encomenda ura relatórioconfidencial sobre seu passado para saber atéque ponto seus crimes poderiam ser descober-tos. Produção francesa em preto e branco.r-K. CARMEN (Carmen), de Carlos Saura. ComLy^ Antônio Gades, Laura dei Sol, Paço deLúcia, Cristina Hoyos e Juan Antônio Jimeno-zes. Oaumont Copaoabana (Rua Raul Pompéia,102 — 247-8900): 14h, 16h, 1811, 20h, 22h (14anos). Até quarta-feira.

Depois de muito procurar uma dançarinapara o papel de Carmen, Antônio encontra umajovem com o mesmo nome da personagem e osdois repetem na vida real, a tragédia que pre-tendem levar ao palco. Inspirado na novela de

los (coooons) no fundo do mar. Os casulosrecuperados vão para uma piscina, vizinha auma clínica geriátrica, e logo os velhinhosdescobrem que sua água tem uma energiaespecial funcionando como fonte da eterna ju-ventude. Produção americana. Ganhador dedois Oscar: melhor ator coadjuvante (Don Ame-che) e melhores efeitos visuais.INDIANA JONES E O TEMPLO DA PERDIÇÃO(Indiana Jones and the Temple of Doom), deSteven Spielberg. Com Harrison Ford, KateCapahaw, Ke Huyad Quan e Philip Stone. Oau-mont Catete (Rua do Catete, 228 — 205-7194):lõh, 17hl0min, 19h20min, 21h30min (14anos).

Nova aventura com o herói Indiana Jones,personagem do filme Caçadores da Arca Perdi-da. Dessa vez, Indiana parte para uma perigosa

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Jack Lemmon e Shirley MacLaine em Irmana Douce,comédia de Billy Wilder que está em cartaz no Paissandu

Prospsr Merlmóe e na ópora de Bizot. Produçãoespanhola.¦ ¦ Um doB melhores exomploB, noB últimosanos, de que cinema o dança podem estar nomesmo ritmo. Qraças aos arranjoa do Paço doLúcia, à coreografia de Antônio Õades, à cama-ra diabólica de Carlos Saura e a um elencohomogêneo.COCOON (Cooonn), de Ron Howard. Com DonAmeohe, WUford Brimley, Hurae Cronyn,Bruan Dennehy, Jaok Oilford, Tahnee Welch eTyrone Power Jr. Coper Tijuoa (Rua Conde deBonfim, 615); 15h, 17h, 19h, 21h. (Livre). Aláquarta.

Filme do ficção olentlfioa. Um grupo doextraterrestre vem à Torra para recuperar ai-

guns seres de seu planeta, guardados em caau-

misa&oÍBncontrar centenas de crianças deaapa-reoidas de um vilarejo noB confins da índia,raptadas por fanáticos religiosos. Produçãoamericana. Ganhador do Oscar de melhoresefeitos especiais.

Curta-metragem: Assaltaram a Gramática, deAna Maria MagalhãeB. RloamaríAv. Copacaba-na, 360 — 237-9932): 18h40min, 21h20min.(18 anos). Até quarta.

Filme liberado em versão integral, adapta-do do original escrito por Gore Vidal. O filmeconta as aventuras eróticas de Calígula o suaascensão ao poder, como Imperador Romano.Produçáo americana.

IRMA LA DOUCE (Irmã La Douce), deBlllyWilder. Com Jack Lemmon, Shirley MaoLaine,

Lou Jacobi, Bruce Yarnell e Herschell Bernar-dl. Paissandu (Rua Senador Vergueiro, 35 —265-4653): 14h, 16h30mln, 19h, 21h30min.(10 anos).

Comédia baseada numa peça musical daBroadway, contando a história de amor entreum exemplar gendarme da polícia francesa euma agitada prostituta que arma umã tramacomplicada para desmoralizá-lo, mas acaba seapaixonando. Produção americana.A ESCOLA NO CINEMA: HISTÓRIAS BRASI-I__RAS — Exibição de Inocência (Brasileiro),de Walter Lima Júnior. Com Fernanda Torres,Edson Celulari, Sebastião Vasconcelos e Rai-ner Rudolph. Complemento: Superstição, deStil. Clneolube Estação Botafogo (Rua Voluntá-rios da Pátria, 88 — 286-6149): as sessões,sempre pela manhã, devem ser marcadas pelasescolas, previamente, pelo telefone. (Livre). Atésexta.

Baseado no livro homônimo de Visconde deTaunay, conta a história do amor impossívelentre a filha de um fazendeiro e ura médicoviajante, em fina do século XIX, no sertãomineiro.CALÍQULA (Calígula), de Giancarlo Lui e BobGuccione. Com Malcolm McDowell, PeterOToole, Teresa Ann-Savoy e Hellen Mirren.ROCKY m (Rocky m), de Sylvester Stallone.Com Sylvester Stallone, Talia Shire, BurtYoung, Carl Weathers, Burgess Meredith e IanFried. Bruni Tijuoa (Rua Conde de Bonfim, 370— 288-2325): 15h. 17h, 19h, 21h. Bruni Copa-oabana (Rua Barata Ribeiro, 502 — 256-4588):14h40mln, 16h30mln, 18h20min, 20hl0min,22h. (14 anos). Até quarta. A partir de quintano Coper Tijuoa.

Terceira parte da história do lutador deboxe Rocky Balboa, nascido num bairro pobrede Filadélfia e que, num golpe de sorte, acabatornando-se campeão mundial. Produçáo ame-ricana.

DRIVE-INPAPILLON (PapUlon), de Franklin J. Schafner.Com Stever McQueen, Dustin Hoffman, VictorJory, Don Gordon e Anthony Zerbe. LagoaDrive-In (Av. Borges de Medeiros, 1426 — 274-7999): 20h, 22h30min (18 anos). Até quarta:

As tentativas de fuga de um prisioneiro daIlha do Diabo, baseado no relato de HenriCharriere, ex-prlsioneiro da Ilha.

VÍDEOTV-BAR CLUB — Hoje, às lBh, 20h, 22h e 24h,exibição do vldeo-dooumentário sobre a Copade 1850. Lançamento do livro 18/07/50, dePaulo Perdigão. Rua Teresa Guimarães, 92.

DANÇABALLET BOLSHOI — Programação: dia 21 demaio, ãs 21hl5m e dia Io de junho, às 17h,Spartacus. Dias 22,23 e 30, às 21hl5m, O Lagodos Cisnes. Dias 24 e 27, às 21hl5m e dia 25, às17h, Raymonda. Dias 28, 29 e 31, às 21hl5m.Ivan. O Terrível. Teatro Municipal, Cínelândia(262-6322). Lotação esgotada.NOTURNOS — Espetáculo com direção e coreo-grafia de Regina Miranda e Os Atores Bailará-nos. Música de Rodolfo César. Teatro Villa-Lobos, Av. Princesa Isabel, 440 (275-6695).Hoje e amanhã e dias 26 e 27, às 21h.

EXTRASCINEMA FRANCÊS HOJE — Exi-bicão hoje àa 18h e 22h, de EscadaC (Escaliar C), de Jean-CharlesTacchella. Com Robin Renucci,Jean-Pierre Bacri e Jacques Bon-naffé. As 20h. Caminhada à Som-bra (Marcho a 1'Ombre), de MichelBlanc. Com Oérard Lanvin, MichelBlanc, Sophie Duez e Beatrice Ca-murat. Clneolube Estação Botafo-go. Rua Voluntários da Pátria, 88(288-6149).DISAPPEARINO WORLD — Exibi-ção de Embora — The End of theRoad. Episódio feito pela GranadaTelevision que mostra Os Emberasda Colômbia. Hoje às 18h30mlnno Auditório Cultura Inglesa. RuaRaul Pompéia, 231. Entradafranca.

Três vidas, dois mundos, üm sonho... a liberdade.

OSCAR DEMELHORCANÇÃO

SAY YOU SAY MEinterpre laçâoLIONEL RICHIE

NITERÓI

Não se diz uma palavra em O Baile: EttoreScola retraça as últimas quatro décadas atravésdo som e dos costumes. Mas. ao final de 112minutos de projeção de O Baile, fica a certeza deque a História encontra seu maior ritmo e ocinema ganha um de seus mais brilhantesmomentos.

MR. ARKADIN (Conf Idential Report). de OrsonWelles" Cora Orson Welles. Michael Redirrave

ARTE-UFF — Segunda Especial:Monty Python no Show de Holly-wood, com Granam Chapman. Às21h (14 anos).

ICARAÍ (717-0120) — A PrimeiraTransa de Jonathan. com DougMcKeon. Às 14hl0min, 16h,17h50min. 19h40min, 21h30min.(16 anos). Até quarta.

CINEMA-1 (711-9330) —O SoldaMela-Nolte, com Mikhail Barysh-nikov. Às 14h30min. 17h,19h30min, 22h (10 anos). Até do-mingo.

WTNDSOR (717-6289) — A JÓIADO NILO. com Michael Douglas.Às 15h. 17h. 19h, 21h. (Livre). Atéquarta.CENTER (711-6909) — Eu Sei QuoVou To Amar. com Fernanda Tor-res. Às 15h. 17h. 19h, 21h. (16anos). Até quarta.CENTRAL (717-0367) — Viagemao Mundo dos Sonhos, com EthanHawke Às 13h30min. 15h30min.17h30min. 19h30min.21h30min(Livre). Até domingo.

NITERÓI (717-9322) — Ouerrei-ros de Fogo, com Arnold Schwar-zenegger. Às 14h20min. 18h.17h40min. I9h20min. 21h (10anos). Até domingo.

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UM FILME DE TAYIOR HflOiKFD

0 SOL DU MEIR-NQITEÀs vezes, para se ser herói, só é preciso uma boa causa.

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JORNAL DO BRASILsegunda-feira, 19/5/86 o CADERNO B o 5

AGENDA DO DIA''¦ Uma casa de cultura que se prezenâo pode ter preconceitos. A de Lau-fa Alvim, em Ipanema, dâ hoje à

'fioite sinais de que não pretende sev submeter exclusivamente aos mo-.dismos. Às 21h, o Quadro Cervantes,

. um quarteto especializado em muéi--fi» barroca, lançará seu mais recenteJtiÉ, Teleman, fruto de um trabalho' que remonta a 1973, quando o grupoç formou.-"-~Além do concerto, que marca ofiiício de uma programação voltada!ã valorização da música erudita, a'Casa de Cultura Laura Alvim serábrindada com uma coleção de 350íítülos clássicos da Polygram, quejconsidera "fundamental a escolha-de- locais menos ortodoxos para a"divulgação do gênero".

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•¦ o cantor-compositor JoãoBosco, raridade nos palcosdo Rio, mata as saudades docarioca fazendo duas sema-nas do Seis e Meia do TeatroCarlos Gomes estreando ho-je. No roteiro, além das par-cerias com Aldir Blanc emjóias como Mestre Sala dosMares, De Frente pro Crime,Í>

Ronco da Cuíca, entre ou-ras, novidades do último

LP: Cabeça de Nego, inclusi-ve a música título.

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• A RioArte e a Editora Nobel estãolançando hoje às 20h30min, no Pavi-lhão Victor Brecheret do Parque daCatacumba, o livro A Cidade Moder-na Entre a História e a Cultura, doarquiteto e urbanista italiano Ric-cardo Mariani. Na ocasião, o autorfará uma palestra sobre o livro.

D Estão abertas a partir de hoje asinscrições para o 10° Salão Cariocade Arte, promovido pela RioArte.Poderão participar artistas maioresde 18 anos e residentes na cidade,que devem apresentar três trabalhosem no máximo duas das seguintescategorias: desenho, escultura geo-métrica e fotografia. Haverá três pre-miados em cada categoria, e cadaum deles irá receber o prêmio dequatro mil cruzados. As inscriçõesdeverão ser feitas no Mezanino daEstação Carioca do Metrô, de segun-da a sexta, entre lOh e 16h, até o dia6 de junho. As fichas de inscrição,que contêm o regulamento do Salão,poderão ser retiradas na EstaçãoCarioca do Metrô, na FUNARTE, noMuseu Nacional de Belas-Artes, noMAM, na Escola Visual do ParqueLage, na Escola Superior de Dese-nho Industrial ou na própriaRioArte.

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- No Botecoteco de Vi-la Isabel (28 de Setem-bro, 205) hoje tem festacom o lançamento doLP Opereta Inédita deNoel Rosa — A Noivado Condutor. O coque-tel, promovido pelo es-túdio Eldorado, conta-rá com a presença dosartistas que participamdo disco: Marilia Pera,Grande Otelo, Caola,Bolão e Grupo CoisasNossas mostrando ou-tra faceta do composi-tor de Vila Isabel.

FILMES DA TV"Western" e boêmiaPaulo A. Fortes

A

semana começa com pelomenos dois filmes interes-santes, programados pelas

emissoras de TV. Terra Bruta (TvBandeirantes, 22h05min) é um épicocom tinturas de western, assinadopelo mestre John Ford. Os princi-pais componentes da estética fordia-na estão ali: uma visão romântica epatriótica da saga dos pioneiros queocuparam as terras selvagens doOeste americano. Às custas, é claro,de subjugar as civilizações indígenasque viviam há séculos por aquelaspradarias. Mesmo contando com Ja-mes Stewart e Richard .Widmark,Terra Bruta não chega a ser umaobra de peso na carreira de Ford: umtrabalho onde ele repete de formanão muito criativa seu estilo. Mesmoassim, um filme digno de interesse.

Também interessante é Bar Es-perança (Tv Globo — 23h50min), se-gundo longa-metragem dirigido porHugo Carvana (o primeiro foi o óti-mo Vai Trabalhar Vagabundo). Ou-tro filme, outro universo. Agora acâmera nos leva ao mundo de jorna-listas, intelectuais e artistas que fre-qüentam um certo Bar Esperança, oúltimo que fecha. Pinceladas de dra-mas tão cotidianos a todos nós.Quem nunca afogou suas mágoasnum copo de bar? O filme tem ime-diata empatia com a platéia, contacom um ótimo elenco liderado porMarilia Pera e o próprio Carvana enos faz sentir que, nas telas, há gentecom a gente. Mesmo sem o brilho e ohumor de seu filme anterior, BarEsperança é uma agradável e simpá-tica viagem, liderada por Carvana,pelos meandros emocionais da cias-se média carioca.

Hugo Carvana e Marilia Pera em Bar Esperança(no 4, às 23h50min).

A NOVA VIAGEM DE SIMBADTV Olobo — 14h20nün

(The Golden Voyage of Sinbad) produçãoinglesa de 1973, dirigida por Oordon Hess-ler. Elenco: John Phlllip Law, CarolineMunro, Tom Baker, Douglas Wilmer. Co-lorido (105 min)

Aventura. Estranha criatura é abatidapela tripulação do navio de Sinbad (Law)e deixa cair estranho objeto, que é o mapada terra perdida de Lemúria. Slmbadparte para lá, e vive novas aventuras.

TERRA BRUTATv Bandeirantes - 23h05min

(Two Rode Together) produção america-na de 1961, dirigida por John Ford. Elen-co: James Stewart, Richard Widmark,Shlrley Jones, Linda Cristal, Andy Devi-ne. Colorido (109 min).

Western. Marechal (Stewart) e tenente

(Widmark) do Exército americano rece-bem missão de conduzir caravana de co-lonos através do território dos Coman-ches, que estão em pé de guerra contra osbrancos.

BAR ESPERANÇATv Globo — 23h50min

produção brasileira de 1983, dirigida porHugo Carvana. Elenco: Marilia Pera, Hu-go Carvana, Anselmo Vasconcelos, Nel-son Dantas, Louise Cardoso, Paulo CésarPerelo, Wilson Grey. Colorido (118 min)

Comédia. Atriz de novela (Pera) é ca-sada com escritor (Carvana), mas o casa-mento vai mal. Todas as noites eles seencontram com os amigos no Bar Espe-rança, o último que fecha, onde dividemseus problemas com os dos outros fre-qüentadores. Um Jato une a todos: o Barserá demolido.

RADIO";•

JORNAL DO BRASILAM 940KHZ

' JBI — Jomil do fimil Informa — de 2* a sáb. às7h?0min, 12h30min. I8h30min e 0h30min.

' Noticiário — de 2* a 6a informativo às meias horas.Reportar JB — de 2a a dom. Informativo às horascertas.Além da Noticia — com Villas-Bôas Corrêa, às

"7h55min, de 2a a 6a.No Mundo — Com William Waack. de 2" a 6* às¦8h25min. _,-,-,

Panorama loehpe — Informativo economioo. de 2 a 6"'às8h40min. _._-..

Na Zona do Agriio — Com João Saldanha, de 2° a 6° às''áhIOmin. '"Via

Preferencial — Com Celso Franco, de 2* a 6" àsáh25min.' À Margem da Noticia — com Rogério Coelho Neto. de2a a 6a. às 9h04min e 17h60min.A Oplnláe do Touguinhó — Com Oldemário Tougui-

' nhb: de 2a a 6a às 12h05min.Encontro eom a Imprensa — Hoje, às 13h. Assunto:

. "O que acontece quando você compra um produto que

na embalagem vem escrito que ele pesa 100 gramasmas na realidade pesa 50? "Nesta segunda-feira o temaem debate é a defesa do consumidor. Os convidadossào: FLÁVIO DUARTE, diretor do IMPEM-RJ (Institutode Pesos e MedidosI e FRANCISCO ALENCAR, presi-dente da FAMERJ.// Os ouvintes podem fazer suasperguntas pelo tel. 284-5599.Bola Dividida — Com Sandro Moreyra. do 2a a 6a às17h05min.Alta Final — de 2a a 6*. às 22h.Arta Final Jazz — Dom., às 22h.

FM ESTÉREO 99,7MHzHOJE

20h — Reproduções a raio laaer: Cavalgada daaValUriaa. de Wagner (Solti — 3:03); Sonata n° 2, amsol menor, para violoncelo a piano, op. 5/2. deBeethoven (Yo Yo Ma e Emanuel Ax — 26:07); Sinfo-niatta. de Janacek (Mackerras — 24:01); Fantasiaspara oboé solo, n°a 6 a 9. de Telomann IHolIiger —

20:00). Reproduofte» convaneionala: Sinfonia n° 3,am Ré maior, op. 29. de Tchaikoswsky (Rozhdestvons-Icy _ 44:45); Sonatina am sol menor, op. 137/3. deSchubert (Grumiaux e Crossley —12:10); Missa am mlmenor de Bruckner (Junge Kantorei de Dàrmstadt eMartini — 28:58); Sutt» da Danças, de SalomoneRosai (Linda — 6:25).

ARTES PLÁSTICAS MUSICA

SHOWSEGUNDA AXÉ — Apresentação do grupo Re-melexo, Noca da Portela. Agbara Dudu e DélcloCarvalho. Hoje àa 21h, no Ciroo Voador, Lapa.

.Ingressos a CzS 20,00.SK18 E MEIA BR — Show de João Bosco ogrupo. Teatro Carlos Domou, Pça Tiradentes,e/n°. De 2a a 8", àa 18h30mln. IngrassoB a CzS

'25.00. Até dia 30 de maio.A NOIVA DO CONDUTOR — Lançamento daoperota inédita de Noel Rosa com Marilia Pera,

-Orando Otelo, Caola, Bolão e grupo CoisasNossas. Hoje, àa 21h30min, no Botecoteco, Av.28 de Setembro, 205, Vila Isabel. Ingressos aCzS 35,00.

-TEMPORADA 8ERTÀO — Show do cantor e• compositor Gilberto Teixeira acompanhado deconjunto. Teatro Nelson Rodrigues (BNB), Av.Chile, 230 (212-6895). De 2» a 8», às 18h30min.Ingressos a CzS 25,00. Até dia 30.ín a—i— -¦—.——¦—aaaSMS—^e———

TURÍSTICOSGOLDEN RIO — Show musical oom a cantoraWatusi e o ator Orande Otelo à frente de um«lenço de bailarinos. Direçào de Mauricio Sher-man, Coreografia Juan Cario Berardi. Orques-tra do maestro Guio de Moraes. Soala-Rio. Av.Afrânio de Melo Franoo, 208 (239-4448). De 2a_ dom, às 23h. Couvert a CzS 200,00.OBA OBA BRASIL — Show oom Dora, OlavoSargentelli, Glória Cristal, Iracema com a or-

-questra do maestro índio e As Mulatas Que NáoEstão no Mapa. Música ao vivo para dançar a

.partir das 20h30min, com serviço de restau-rante. 8how, àa 23h. Oba Oba, Rua Humaitá,110 (280-9848). Couvert a CzS 150,00.

KARAOKÊKARAOKÊ DO VOOUE — Diariamente, a partirdas 22h, karaoké com música ao vivo apresen-tado por Rinaldo. Todas as 4as, Festival deKaraoké. Couvert e consumação a CzS 40,00(de dom a 5*) e CzS 50,00 (8* e sáb). Rua'Cupertino Durão. 173 (274-4145).

JFESTA DO KARIOKÉ — De 2* a sáb, a partir• daa 22b, músioa ao vivo, pista de dança ej animação do ator Mário Jorge. Jirau Rua Si-'qujflra Campos, 12 (255-6884). Couvert e oon-;, sumação de 2a a 5a a CzS 40,00 e 6a, sab e

. véspera de feriado a CrS 50.00.! CANJA — De dom a 5a, às 20h30mln; 8a e sáb,í as,-20h, karaoké, onde o cliente canta acompa-I nhado de.play-baoka ou dos músicos Armando¦'Martinez (órgão).. Apresentação dos cantores' Ernesto Pires e Mario Jorge. De dom. a 6a a CzS

•50.O0 (consumação); 6a e sáb. a CzS 70.00_ (consumação). Av. Ataulfo de Paiva, 375 (511-j 0484).'.

BAMBINO I/ORO — Programação: 2a a 4a, às21h, Pagode do Karaoké animado por Alceu

J Maia. 5a a Báb, Manuel da Conceição, AlceuMaia, Sá Moraes e Marcelo Miranda. Sempre, às

|21h30min. Sem oouvert. Rua Real Grandeza,. 238.

•CASAS NOTURNASFEOPLE — Programação: De 2a a sáb.. às

J20h30min, piano-bar com Athie Bell; 2a àsÍ22h30min, João Donato e Sexteto; 3a às1 22h30min, com o Grupo Friends; de 4a à sáb. àa

. 22h30min. Morais Moreira e participação de1 Armandinho; dom. Terra Molhada., de dom. a13a à lh da manha Billy John (violào e voz). De' 4a a sáb, à 1 h da manhã. Bruce Henry Quarteto.J Av. Bartolomeu Mitre, 370 (294-0547). Couvert' a partir das 22h30min. de dom. a 3a. a CzS| 75,00; 4a e 5a, a CzS 100.OO; 8a e sáb.. a Cz8! 120,00.', CHDWS BAR — Piano-bar com música ao vivo

i a partir daa 2ih. Programação: 2a e 3a, o violo-' nista Nonato Luiz; de dom. a 2a ãs 21h30min. Wilson Nunes (piano). Tibério (contrabaixo) e•Fátima Regina (vocal); Aberto diariamente a! partir das 18h, com música de fita. Sem cou-I vort. sem consumação mínima. Av. Epitácio! Pessoa, 1.560 (287-0113 e 287-3514).' O VIRO DA IPIRANOA — Programação: 3a. a) cantora Lelé Alvos; 4a e 5a, àa 23h. grupo Solar;*ea e sáb. às 23h. a cantora Letícia; 6B o sáb., àa', 24h, José Luiz Staneck (gaita), João Alfredo((guitarra) e outros; dom. às 22h a banda Impa-|vído Colosso; 2ft às 22h chorinho com DirceuI Leite e o regional Choro Só. Couvert de 2a a 5a aCiS 20.0O e 6a e sáb. a Cz$ 30,00. Consumação

. dóm. a CzS 30.OO. Rua Ipiranga. 54 (225-4762).•SOBRE AS ONDAS — Diariamente, a partir das" 20h, o pianista Miguel Nobre e a cantora Con-.súelo. Depois o conjunto de Osmar Milito e oscantores Norma e Beto. Couvert: 6a. sáb. e vesp.

de feriado, a CzS 60,00. Av. Atlântica, 3 432(521-1208).VINÍCIUS — Diariamente, àe 21h, a orquestrade Cellnho do Piaton e os cantores Vitor Hugo,Roberto Santos, Leona. Av. Copacabana, 1 144(287-1497). Couvert, de dom. a 5a a CzS 25,00 e8a e sáb. e veep. de feriado, a CzS 40.00.

ONE-TWENTY-ONE — Programação: 2a, às20h, Antônio Galante e quarteto; de 2a a sáb, às15h, Lygia Campos (piano e voz); de 3a a dom adupla Maria Fraga o Álvaro Luis-, de 3a a domàs 21hl5min Roberto Quartin (plano e voz) emaestro Nelsinho. Dom. às 21h25min, ElianeSalek (piano). Hotel Sheraton. Av. Niemeyer,121 (274-1122).CARINHOSO — Diariamente, àe 22h, o conjun-to de Dora e Carinhoeo. Couvert de dom. a 5a, aCzS 30,00; 8a e sáb., e véspera de feriado a CzS50,00. Rua Viso. de Pirajá, 22 (287-0302).

POKER BAR — De 2a a sáb, a partir das 20h acantora Biga e o pianista José Neto. Sem oou-vert, consumação a CzS 20,00. Rua Almte Gon-çalves, 50 (521-4999).ROND POLNT — De 2a a sáb, às 22h, conjuntoFogueira Três. A partir das 18h, conjunto deYta Moreno (violão). Rond Point Hotel Meri-dlen, Av. Atlântica, 1020 (275-1122). CzS40,00.DESGARRADA — De 2a a sáb, às 22h30min,fados o guitarradas com oe cantores AntônioCampos e Maria Aloina. Àa 23h30min, a canto-ra Roslta Gonzalez. Couvert a CzS 26,00. RuaBarão da Torre, 687 (239-5746).MIRADOR — Programação: 2a, Noite do Spa^ghettl. com os ViolinoB de Varsóvia; 5a, às 19h.Noites de Frutos do Mar, com Bobó e Bahia e

quarteto; sáb, às 13h, feijoada com conjuntoHelcio Brenha e regional Chora Baixinho edom. às 13h Roberto Bion Bossa Jazz. HotelSheraton, Av. Niemeyer, 121 (274-1122).NILDA APARECIDA — Apresentação da canto-ra e pianista. Diariamente, a partir daa 19h. norestaurante Ceu, Hotel Naoional, Av. Nio-moyer, 789 (322-1 OOO).

CAF& NICE — Música para dançar com a bandada casa, de 2a a sáb., a partir das lOh. Couvertde 2a a 5a e sáb a CzS 30,00; 6a e véspera deferiado a CzS 40.0O. Av. Rio Branco, 277 (240-0499).ANTONDTO — Música ao vivo de 2a a sáb. apartir das 21h, oom a cantora e planieta LygiaCampos. Av. Epitácio Pessoa, 1 244. Sem oou-vert.O CASARÀO — Programação: 2a e sáb. e dom.às 21h. Trio Art-Som; de 3a a sáb, às 12h e às19h, Roberto Blon Bossa Jazz; Hotel Sheraton,Av. Niemeyer, 121 (274-1122).

• JAZZMANIA — Programação: 2a, Grupo Camade Gato; 3a e 4a, Luiz Avellar (teclados) e banda;de 5a a sáb, Leo Gandelman (sax) e banda. 4a aCzS 60,00; de 5a a sáb., a CzS 80,00. Av. RainhaElizabeth. 769 (227-2447).PICCADILLY PUB — Programação: 2a, LiliaBrasil (flauta) e Maria Lucia (piano); 3a e 4a.Rogério Bicudo (violão); 8a e sáb, Noel Nunes(piano) e Llgia Campoa (piano). Couvert de 2a a5a e dom a CzS 20,00, 6a e sáb a CzS 25,00.Consumação 6a e sáb a CzS 25.00. Av. Gal SanMartin. 1241 (259-7605).RTVE QAUCHE — De 2a a Báb. às 21h, osconjuntos de Erasmo e Rubinho e as cantorasLygia Drummond e Claudete. Av. Epitácio Pes-soa, 14B4 (521-2645). Couvert a CzS 20,00.

ALÔ ALÔ — Programação: 2a e dom SilvioPrado (voz e violão); de 3a a 5a o cantor e atorEduardo Conde; 6a e sáb grupo Idéia Fixa; de 3aa 6a, às 23h30min e 2a e dom, às 2Zh. Couvertde 2a a sáb a CzS 100.00 e dom a CzS 80.00. RuaBarão da Torre, 368 (821-1460).

PECADO — Exposição de fotografias, de gran-de dimensão, de Marisa Alvarez Lima. ShowRoom no Rio Design Center, Av. Ataulfo dePaiva, 270/3°. Inauguração hoje às 20h30min.De 2a a aáb. das lOh às 22h-, dom. das 12h às20h. Até o dia 8.

PAIVA BRASIL—Pinturas. OB Arte, Av. Atlán-tica, 4240/129. Inauguração hoje às 2 lh. De 2aa 6a das lOh às 21h; sáb. das 14h às 18h. Até odia 7.

UMA QUE8TÀO DE COR— Exposição coletivacom pinturas do Suely Kretzman. Slté. ToledoPiza, Rita de Lucena, Henri Victor e outros. RioOthon Palace Hotel, Av. Atlântica, 3284. Inau-guraçáo hoje às 21h. Diariamente daa lOh às23h. Até o dia 30.08 FERAS DO QUADRINHO BRASILEIRO —Exposição de cartuns, histórias e tiras de cartu-niHtaa brasileiros como Ziraldo, Mauricio deSouza, Angeli. Paulo e Chico Caruso. CláudioPaiva e outros. Galeria Rodrigo Mello Francode Andrade da Punarte, Rua Araújo Porto Ale-gre, 80. Inauguração hoje àa 18h30min com oespetáculo musical da Muda Brasil TancredoJazz Band. De 2a a 6a das 10h30mln às18h30min. Até o dia 6.

HUMOR DE PONTA A PONTA — Exposição decartuns dos artistas plásticos Dil Márcio eFlávio. Mistura Fina Ipanema, Rua Garcia D'A-vila, 15. Inauguração hoje às 21h. Dlariamontea partir das loh.

ARTESANATO PORTUGUÊS — Exposição de400 peças om barro, Unho, lã, eeda, peças dovime, madeira o metal de regiões de Portugal.Paço Imperial, Praça XV. De 3a a dom.das 1 lhàa 17h30min.

MIL BRINQUEDOS PARA A CRIANÇA BRASI-LEIRA — Mostra de brinquedos artosanais.Centro Infantil de Cultura/CIEP Ipanema, Rua

Alberto de Campoa. 12/1°. De 3a a 6a das 9h às12h e das 14h às 17h; Báb. e dom. das IBh às18h.

MÁRIO FRAGA — Pinturas. Petite Galei-lo, RuaBarão da Torre, 220. De 2a a 6a daa 15hàs21h.Até o dia 30.

COLETIVA — Pinturas de Beatriz Valente, He-be Carvalho, Maria Pereira o Ruth PoliB. Gale-ria de Arte do Hotel Nacional, Av. Niemoyor,789. Diariamente das 8h às 22h. Até o dia 31.

GREGÓRIO — Desenhos. Montesantl Galeria,Av. Ataulfo de Paiva, 270/114. Inauguraçãohoje às 21h. De 2a a 8a daa lOh àa 22h; sáb. daslOh às 18h. Até o dia 7.

MANUEL BANDEIRA — UM NOVO ITINERÀ-RIO — Exposição com as relíquias bibliográfí-caa de Bandeira, fotografias, manuscritos, carl-caturas, discos e outros objetos. Caaa de RuiBarbosa, RuaSáoClemonte. 134. De 2aa8a, daslohàs 17h. Sábados e feriados, das 13hàs 17h.Até sábado.

EDILSON ARAÚJO — Pinturas primitivas. 8a-la do Artista Popular do Museu do Folclore,Rua do Catete, 179. De 2aa 8a, das lOh às 18h.Ató sábado.

JOSÉ DÁVILA — Desenhos o gravuras. SalaCarlos Oswald do Museu Nacionai de Belas-Artes, Rua México, esquina com Heitor deMello. Do 2a a 8a, das lOh às 18h. Até sexta.

PENSÃO MAUÁ — Sogunda parto da moBtraTempos de Ouerra com obras dos artistas ouro-peus, japoneses e americanos que vieram parao Brasil na década do 40 e foram morar naPensão Mauá. Galeria Banerj, Av. Atlântica, 4066. De 2a a 8a, daa lOh às 21h. Sábados, das16h às 21h. Até dia 28 de maio.

QUADRO CERVANTES — Lançamento do dis-co do grupo instrumental com programa dedi-cado a Telemann e Ronaldo Miranda. Hoje, apartir daa 20h, na Casa de Cultura LauraAlvim, Av. Vieira Souto, 176 (227-2444)

SEGUNDAS LÍRICAS — Apresentação de Moe-ma, de Delgado de Carvalho. Com Cilene Fadi-gas. Newton Ferruggini e outros e reoltal deLigina Pinho, Oawaldo Silva e Marilia Soren.Hoje, às 18h30m, no Teatro Glauoe Rocha, Av.Rio Branco, 179 (220-0259). Ingressos a CzS20,00.

QUARTETO BE8SLER-REIS — Recital de Ber-nard Bessler e Michel Besaler (violinoa), MarieChriatine Sprlnguol (viola) o Alceu Reie (vio-loncelo). Programa, peças de Turina, Mozart eBorodin. Amanhã, àa 21h, no Teatro do Ibam,Lgo do Ibam, l. Entrada franca.

CONCERT08 DIDÁTICOS — Apresentação dabanda Sinfônica do Corpo de Bombeiros, sob aregência do maeBtro Josó Cândido. Narrador

Helder Parente. No programa, poças de CarlosOomes, Mignone e compositores populares bra-sileiros. Amanhã, às 14h e 16h, na Sala CecíliaMeixelea, Lgo da Lapa, 47. Entrada franca.

MARIA CLODES — Recital da pianista inter-pretando Bach, Schumann. Beethoven e Albe-niz. Quarta-feira, às 21 h, na Sala Cecilia Meire-les. Lgo da Lapa, 47. Entrada franca.

CORO DE CÂMARA PRÓ-AHTE — Apreaenta-ção sob a regência de Carlos Alberto Figuoire-do. No programa, peças de Monteverdi, Ginas-terá, Charles Yvos e outros. Amanhã, às 20h,na Igreja da Glória. Entrada franoa.

CORAL DO INSTITUTO GUANABARA — Apre-sentação sob a regência de Luiz Paternostro.No programa, obras de Palestrina, T. Morloy ecompositores populares brasileiros. Quarta-feira, às 18h30m, no auditório da Cultura In-glesa, Rua Almto Cochrane, 17. Entradafranca.

TEATRO

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TELEVISÃOCANAL 2

8:00 Telecurso 1° Grau8:15 Teleourso 2° Grau8:29 TVE na Esoola — Para professoroB9:00 TVE na Escola — Do pré-escolar à 4a

série do Io grau10:40 TVE na Esoola — Da 5* sórie à 8* Bérie do

l°grau12:00 Teleourso Io Orau12:15 Telecurso 2° Grau18:30 TVE na Esoola — Para professores13:00 TVE na Esoola — Do pré-escolar à 4a

Bérie do Io grau14:40 TVE na Esoola—Da 5a Bérie à 8* série do

l°grau15:40 TVE na Esoola — Para Professores16:00 Sem Censura — Debates18:30 Os Médloos — Hipertensão18:45 Metrópole da Arte — Oceania: culturas

dos mares do Sul19:46 Suporsério — O Cavaleiro Solitário80:00 Eu Sou o Show — Trajetória de um artia-

ta. Hoje: Roupa Nova80:30 Reino Selvagem81:00 O Advogado do Diabo — Jornalístico

com entrevistas. Hoje: Hélio Fernandes88:00 Jornal das Dez — Notioiário83:00 1988 — Debates00:00 Eu Sou o Show — Trajetória de um

artista. Hoje: Eliana Pitman0:30 Boa Noite de Jonas Resende

23:30 Jornal da Manohete — 2a Edição — Roau-mo daa principais notícias do dia

0:10 Rio em Manohete — Noticiário local0:86 Frente a Frente — Entrevistas

Manoela Machado, Eliane Maia e Aracy Cardoso em HáVagas para Moças de Fino Trato: peça de Alcione Araújo

em temporada no Teatro VanucciO ALIENISTA — Texto de Machado de Assis.Adaptação do Renato Icarahy e Cláudio Bojun-ga. Direção de Renato Icarahy. Direção rausi- '

cal de José Lourenço. Com o grupo TAPA.Teatro Ipanema, Rua Prudente de Morais, 824(247-9794). 2a o 3a, às 21h o do 4a a 6a, às 17h.Ingressos a Cz$ 50.OO.

HÁ VAGAS PARA MOÇAS DE FINO TRATO —Texto e direção de Alcione Araújo. Com AracyCardoso, Manoela Machado e Eliane Maia. Tea-tro Vanuooi. Rua Marquês de S. Vicente. S2/3°(274-7246), 2a e 3a, às 21h30min. Ingressos aCzS 80,00.

AMIZADE DE RUA — Texto de Fausto Fawcott

é Hamilton Vaz Pereira. Direçào de HamiltonVaz Pereira. Com Lena Britto. Cristina Ache.Patrícia Pillar, Luiz Nicoláu, Rodolfo Bottino ooutros. Teatro Cândido Mendes, Rua JoanaAngélica. 83. 2a o 3a, àa 2 lhSOmin: 6a e sáb, às24h. Ingressos a Cz$ 60,00.

A Associação Carioca do Empresários Teatraiscoloca à venda em suas agências ingreasoa apreços de bilheteria, de todas as poças omcartaz no Rio. com entrega a domicílio, semacréscimo no preço. As agências funcionam noRio-Sul (do 2a a sãb., daa lOh àe 22h). na Pça N.8a. da Paz (do 3a a dom., das lOh àa 22h) e noLgo da Carioca (de 2a a 6a, das lOh às 18h), e otelefone para informações é 542-4477.

DANCETERIASHELP — Música de discoteca a partir das21h30min. Ingreasos a CzS 35.OO. homem oCzS 30,00, mulher: voaperai àa 16h CzS 15.00Av. Atlântica. 3432 (521-1296)PAPILLON — Do 2a a Báb. àa 22h. discoteca.IngTessoa do 2a a 5a, a CzS 40.00; 6a e sáb a CzS70.OO. Hotel Intercontinental. Av PrefeitoMendes de Moraes. 222 (322-2200). De 2a a 4a e6a dama acompanhada não paga.CIRCUS — Discoteca com a presença do dlsk-Jóquei Tonny Decarlo. Diariamente a partir das21h. Ingressos de dom a 5a a CzS 40,00, homeme CzS 25,00. mulher; 6a e sab a CzS 60.00,homem e Cz$ 35.00, mulher, com direito a umdrink nacional. Matinês dom, ãs 16h. a CzS15.00. com direito a um refrigerante. Rua GalUrquiza, 102 (274-7986).

Os programas publicados no Hoje no Rio estão suieitos a mudanças de última hora. que sào deresponsabilidade dos drvuigadores E aconse^avei confirmar 05 horários por telefone

CURSOSE8TIMULAÇÀO AÜDITTVA — Aulas (somentedias 24 e 31, àa Oh) destinadas a fonoaudiólo-gos especializados em educação do surdos, soba coordenação do Aparecida Elmor. Vagas li mi-tadas. Taxa de CzS 3OO.0O. Rua Vise. de Pirajá.577/604 (239-7892).

TEATRO — Estão abertas as inscrições para ocurso básico na Escola do Teatro LeonardoAlves. Seráo ministradas aulas práticas do Ex-preneào Corporal, Respiração. Impostação deVoz, Interpretação entre outros temas. Turmasàs 3as e 5as, às 14h. na Rua Correa Dutra, 99sobreloja (205-6371)OFICINAS DE ARTE — O Centro Infantil deCultura está abrindo vagas para as oficinas dapalavra, dança, música, teatro e artes plásticaspara crianças de quatro a sete anos. Aulas às3as e 5*s, de manhã ou à tarde. Rua Alberto deCampos, 12/1°, Ciep de Ipanema.

FACULDADE DA CIDADE — A faculdade pro-gramou para esta semana dois cursos: hoje, às19h40min. começa o de. Câmara para Do-cumentário em Vídeo, com a professora AngelaLopea e amanhã, às 15h ou 20h. a professoraIrene Campeãs falará sobre Prática Empreaa-rial Av. Epitácio Pessoa. 1664/2° (227-8996).

LEITURA DINÂMICA — O professor JuarezÂngelo Lopes estará, a partir de amanhã. _aI8h30min, na Fundação Casa do Estudante do

CANAL 7

Programa infantilReligioao

ReligioaoNoticiário esportivo

CANAL 4Programa educa-

¦ Programa educa-

Programa de entre-

8:30 Teleourso 1° Orau -tivo

8:4» Teleourso 2° Orautivo

7:00 Bom-Dia, Brasilvistas

7:30 Bom-Dia, Brasil — Reprise8:00 TV Mulher — Programa femininoB:00 Balão Mágico — Programa infantil

12:20 RJ TV — Noticiário local12:35 Olobo Esporte — Notioiário esportivo12:65 Momento da Copa13:00 Hoje — Programa Jornalístico13:25 Vale a Pena Ver de Novo — Reprise da

novela Paraiso14:20 Sess&o da Tarde — Filme: A Nova Via-

gem de Slmbad16:25 Sessão Aventura — Vegas17:15 Teletema— Historiada semana: Banoan-

do o Cupldo17:65 Slnhá Moça — Novela de Benedito Ruy

Barbosa18:50 Cambalacho— Novela do Sílvio de Abreu19:45 RJ TV — Noticiário local19:56 Jornal Nacional — Noticiário nacional o

internacional20:25 Momento da Copa20:30 Selva de Pedra — Novela de Janete Clair21:25 Viva o Gordo — Humorístico22:15 AnosDourados — Minissóriede Gilberto

Braga23:10 Jornal da Olobo — Noticiário23:40 RJ TV — Noticiário local23:50 Festival de Sucessos — Filme: Bar Espe-

rança

8:45 Programa Jimmy Swaggart—Programareligioso

7:15 Qualificação Profissional — Programaeducativo

7:30 Show de Desenhos -8:00 O Despertar da Fé -

8:30 Ela — Programa feminino10:45 E3e no Ela — Programa feminino

11:25 A Maravilhosa CoBlnha de Ofélia—Culi-nárià

11:55 Boa Vontade -12:00 Esporte Total -

13:00 Fórmula Única — Musical14:00 TV Criança — Programa infantil

17:55 Fim de Tarde — Seriado: Chipa18:55 Boa-Noito, Rio — Jornalístico

19:00 Olhar de Marúsia — Jornalístico19:05 Jornal do Rio — Noticiário local

19:30 Jornal Bandeirantes —Noticiário nacio-nal e internacional

20:00 Jornal da Copa — Boletim informativo20:05 Oito Bhow — Programa com Blota Jr.

22:00 Jornal da Noite — Noticiário22:05 Sinuca Internacional — Direto de São

Paulo23:05 Segunda 8om Lei — Filme: Terra Bruta1:00 Jornal de Amanhã — Noticiário1:30 Fim de Noite — O Gordo e o Magro —

Seriado humorístico

CANAL 9

Brasil, dando um curso que abrangerá: Descon-dlolonamento doe Defeitos da Leitura Habitual,Reoondloioxuunento para a Leitura Dinâmica eDesenvolvimento da Memória. Serão conferi-dos certificados de freqüência e material didáti-co. Pca. Ana Amélia, 8/9° (220-7123)

PSICOLOGIA DA ESQUIZOFRENIA — Cureocomposto de quatro audiovisuais que Binteti-zam as principais pesquisas realizadas pelaDra Nise da Silveira, no Museu do Imagens doInconsciente. As aulas (a partir do hoje e atéquinta-feira, às 20h) serão realizadas no audi-torio do Rio Data Centro, PUC. Rua Marquês deS. Vicente. 225. Inacriçôes no local.

HISTÓRIA DA ÓPERA — Continuam abortasna Casa Rui Barbosa as inscrições para o cursoque terá início dia 28 de maio (término dia 27de junho) às ISh. O professor Luiz OsvaldoCunha abordará as diversas fases da ópera,desde as suas origens até a atualidade, utili-zando ilustrações visuais e demonstrações mu-sícais ao vivo. Informações na Rua do Catete.134 (286-1297. ramal 45). Taxa do Cz* 200,00.

PROGRAMAÇÃO DB BINTETIZADORES, TE-CLADOS E BATERIA ELETRÔNICA — Come-çam hoje os cursos para alunos de nível básicoe adiantado, com aulas às 2*s e 4*s, às 18h ou20h. que funcionarão no Centro Musical Ant6-nio Adolfo. Av. Ataulfo de Paiva, 135/912 (259-8747).

CANAL 610:30 Programação Educativa11:00 Sessão Animada11:65 Copa Total — Boletins preliminares12:00 Manchete Esportiva — Io Tempo — Reao-

nha esportiva nacional e internacional12:30 Jornal da Manchete — Edição da Tarde

— Noticiário13:00 Mulher de Hoje — Programa feminino14:00 De Mulher para Mulher — Programa

feminino14:35 Clube da Criança—Desenho17:50 Cine-Ação — Histórias de Elta18:50 Clô para os íntimos — Programa femi-

nino.19:25 Copa Total — Boletins preliminares19:30 Rio em Manchete19:45 Manchete Esportiva

20:O0 Jornal da Manchete—1* Edição — Noti-ciário nacional e internacional

21:20 Dona Beija — Novela de Wilson AguiarFilho

22:20 Acredite, se Quiser — Série documenta-ria

23:20 Copa Total — Boletim informativo23:25 Momento Econômico

9:00 Quallflnocão Profissional — Educativo9:15 A Hora da Eucaristia — Religioso9:30 Igreja da Graça — Religioso

10:00 Posso Crer no Amanhã — Religioso10:23 Vida Selvagem10:30 Aventura Aos Quatro VentOB — Do-

cumentário11:00 Record nos Esportes — Noticiário espor-

tivo11:30 Em tempo — Programa de entrevistas12:00 Record em Notícias — Noticiário13:30 À Moda da Casa — Culinária13:45 Comer Bom — Culinária14:00 Férias no Acampamento — Documenta-

rio14:30 Tartaruga Biruta—Desenho14:45 Os Dois Caretas — Desenho15:00 Roger Ronget — Desenho15:30 Beany e Cecil — Desenho16:00 Oénio Maluco — Desenho16:30 Cachorro Lobo — Filmo17:00 Assim é a Vida17:30 Vibração — Programa Jovem18:00 Ultraman — Desenho18:30 RegreBso Ultraman — Desenho19:00 Jornal da Record — Noticiário19:30 Videoolip — Musical20:30 Cristina Bazan — Novela21:25 Informe Econômico — Jornalístico21:30 Especial Sertanejo — Musical23:30 Encontro Marcado — Programa de en*

trevistas

CANAL 118:45 Patati Patatá — Educativo7:00 Follow me — Aula de Inglês7:30 Tom e Jerry — Desenho8:00 Sessão Desenho — Seleção de desenhos

animados14:30 Angelito — Novela15:30 Solodad — Novela18:30 TV Pow — Desenhos18.30 Carrossel — Desenho: Pica-Pau19:05 Jornal da Cidade — Noticiário local19:15 Jornal Noticontro — Noticiário nacional

e internacional19:45 Show da Lucy — Variedades20:15 Agentes da Felicidade — Seriado21:15 A FanWra Cor-de-Rosa21:S0 Caldairão da Sorte21:25 O Homem que Veio do Céu — Senado22:25 Cidsdo Infernal — Senado23 30 Atras das Orades — Seriado0:30 Jornal 24 Horas — Informativo

A programação e os horários sâo da rcsjXJiniobiKdadt' das emissoras.

Labirinto cLo pecadoMarisaAlvarez

Limaexpõe suas

fotose obsessões

Elizabeth Orsini

AOS

seis anos, em Olin-da, ela costumava fugirde casa, levantar umcantinho de lona do

Circo Nerino e olhar de perto suaprimeira paixão: o trapezista Ro-ger (que, há pouco tempo, soubeser primo da atriz Renée de Viel-mond). Foi essa a primeira trans-gressão da fotógrafa Marisa Alva-rez Lima que, de pecado em peca-do, acabou tendo motivos sufi-cientes para inaugurar, hoje, noshow-room do Rio Design Cen-ter, um espaço poético-sensorialpara abrigar sua última exposi-cão. Que, naturalmente, leva otitulo de Pecado.

Um investimento calculadoem Cz$ 170 mil — sem incluir opatrocínio da Kodak — com 80fotos que ela faz questão de frisarhão serem de pessoas, mas sim depersonagens — muito emboraapareçam na pele de gente comoMaitê Proença, Renée de Viel-mond, Lobão, Rodolfo Scarpa,Lucinha Lins, Elke Maravilha,Roberta Close. E que surpresasserão descortinadas nos 10 ara-bientes prometidos pela fotógra-fa? O primeiro deles, uma home-nagem à mulher, o segundo, naSala Geléia Real, recorda os ei-neastas brasileiros inspiradohum texto de Torquato Netto. Oterceiro, Espaço Poético das Na-dadoras, mostra mulheres nuasusando toucas de borracha bran-ça nas cabeças. Seguem-se as sa-Ias Lupanare dei Potere, inspira-da no filme Salão Kitsch; Viscon-de Fellini, bem ao estilo da divi-na decadência; dos Inquisidores;o Cenário Bandido, uma home-nagem de Marisa a Spielberg eFassbinder; a Sala Brian de Pai-ma o cineasta que adora cenas desexo e violência; um túnel senso-rial homenageando Hélio Oitici-ca e a Cela do Monge, onde afotógrafa homenageia HumbertoEco. Por falar no escritor, Marisaalerta que a mostra tem muito aver com O Nome da Rosa, comseus mistérios, seus labirintos.Quem imagina uma exposiçãocertinha, com fotos pregadas nasparedes, engana-se. Logo naabertura a primeira surpresa: asvisitas serão feitas individual-mente e, no percurso, o visitanteserá acompanhado por um mon-ge que abrirá os ambientes. Col-chões d'água, correntes, vasos sa-

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Fa/á deBelém e o

barãoBernard

Braslaverestão na sala"DivinaDecadência.O bailarino

Lafontintegra o"CenárioBandido".

KátiaBronsteine Angela

Figueiredocompõem o"EspaçoPoético dasNadadoras"

nitários, pingos de sangue, tudoisso em ambientes negros ao somde cantos gregorianos, da músicade Kitaro e de John Cage, tentan-do envolver o observador na vi-sáo muito particular de Marisa.Usando os cinco sentidos e dandoasas à criatividade, o espectadorvai poder escolher sua própriaviagem. A saida é um convite àreflexão: num espelho o visitanteverá refletida sua imagem.

Marisa, nascida em Laguna,Santa Catarina, começou suacarreira artística como "bailarinaespanhola" e só alguns anos maistarde se embrenhou pela fotogra-fia. E assegura: Pecado não éapenas uma exposição de foto-grafias. Mas sim um projeto con-ceitual que usa a arquitetura e amúsica para complementar asensação visual, uma idéia quevem amadurecendo desde 1982:

— Na verdade — diz ela — euqueria fazer uma coisa totalmen-te minha. Na qual eu pudesseescolher a música, a fotografia, oscenários, os figurinos, o cheiro.Pecado é uma manifestação intei-ra, impregnada das minhas vi-vências. Tem meu lado mais pro-fundo, meu humor, minha sen-sualidade e delicadeza.

Filha de pais religiosos, Mari-sa estudou em colégios de freira e

não tem, deles, boas recordações.No último que freqüentou, rece-beu um delicado convite para seretirar. Motivo: argumentava de-mais e isso era "pecado". Recu-sou-se a fazer primeira comunhãoaos 12 anos porque não se queriarevelar a um desconhecido e por-que "tinha ouvido histórias es-quisitas sobre confessionários".Ela relembra que sempre aceitoumuito bem seus primeiros peca-

DLobãoPara mim pecado é o que as

pessoas não conseguem enten-der da vida. É neste ponto queas pessoas começam a se punir.O pecado está ligado à obscuri-dade, à falta de esclarecimentofilosófico. E não conseguir de-signar o erro deixa o pecado amercê da moral.DRenée de Vielmond

O gostoso é aquele pecadonão realizado, não cabido, nãorevelado. É aquele que perma-nece na área do desejo, da fan-tasia, do delírio, da ilusão. Pes-soalmente, não acho graça emcometer pecados mas sim em"ilusionar" pecados. Viver comessa ameaça do poder vir a pe-car a qualquer momento é umaidéia apavorante e gostosa.DMaitê Proença

Não sou a pessoa ade-quada para responder a essapergunta porque não tenhodentro de mim a noção do certoe do errado. Essas palavras nãofazem parte do meu vocabu-lárioDDenise Carvalho

Pecado é o que me tirado rumo. O que me desorienta.O que faz as pessoas se perde-rem de si próprias. Enfim, épara o que a minha consciênciadiz não.DRoberta Close

Pecado prá mim é umacriança morrendo de fome, umaobra de arte sendo destruída.Mas desprezar o amor é tam-bém um grande pecado.DAdele Fátima

—' Pecado para mim é es-conder a própria razão de vida.DMarina Montini

O fato de eu ter nascidojá é um pecado. Mas pecadomesmo é a gente não amar nin-guém.DCarmita MedeirosO pecado é não saber pecar.

DYicky SchneiderE qualquer sentimento con-

trário ao amor.DElke Maravilha

Pecado é a mentira, afome, a miséria, o sentimentode ser traído, a consciência per-dida. Enfim, é tudo que deixade consciência pesada.

dos principalmente porque elesestavam sempre ligados a coisasboas, prazerosas: "Ah, a gula, pe-cado tão gostoso. E o sexo". E ospecados foram se avolumando.Os decotes ousados que gostava(e gosta) de usar e que provoca-vam comentários maliciosos dafamília, o segundo casamentocom uma pessoa bem mais novaque ela...

;: c

Tragédia grega no Terceiro Mundo•t 'i Uruguai 2

:< >'

XBrasil 1

1950Joaquim Ferreira

dos Santos

P AULO Perdigão, diretordo departamento de fil-mes da Rede Globo, ti-

nha 11 anos quando viu o! Uruguai ganhar o Brasil de 2 a 1 e^conquistar, no dia 16 de julho de

1950, a Copa do Mundo no Mara-.•cana.;„ — Minha infância acabou ali.

Era meu primeiro encontro com arealidade.

I:-: Foi o único acontecimento his-tórico que as retinas cansadas dePerdigão (só Os Brutos TambémAmam viu 50 vezes) presenciaram

i — e bastava. O país nunca mais foi"o mesmo. Arrasado, o garoto reti-' rou-se com o pai do estádio, acom-'.

panhando o féretro de 200 mil torce-7 dores, e foi recolhendo pelo tempo

toda fagulha de memória que so-brasse do jogo — recortes de jor-nais, revistas, fotos, depoimentos.Histórias fantásticas. Naquele dia,o capitão uruguaio Obdulio Varelaacordou, viu que o jornal O Mundopublicava uma foto do escrete bra-

; sileiro com a manchete "Os novoscampeões mundiais" e tomou aprovidência que julgava cabível:

S, urinou em cima. O dia de cãocomeçava. Tudo que se sabe deleestá reunido no livro Anatomia deuma Derrota (LPM, 200 páginas),que Perdigão lança hoje à noite noVídeo Bar Clube, em Botafogo. Umlivro para quem quiser ir se prepa-rando para o pior que vem por aí.

Numa boa parte de Anatomia deuma Derrota, Perdigão deita-senum diva com todas as informaçõesque recolheu, mistura-as comFreud. Camus, Schopenhauer ouSartre e tira conclusões psicanali-ticas:

Ò segunda golW Uruguai, te país inteiro, Na foto menor, o time da final: Barbosa. Augusto, Danilo, Juvenal,Bauer e Bigode (de pé) e Johnson (massagista), Friaça, Zizinho, Ademir, Jair, Chico, e o massagista Mário Américo (agachados) .

— A derrota de 50, para os brasi-leiros, traduziu metaforicamente aluta tenaz e inglória do homemcontra a morte: nossa vida vencealgumas batalhas para perder jus-tamente a ultima e decisiva.

Foi um dia tão amargo que Per-digão o compara a uma "tragédiagrega no Terceiro Mundo" e só con-segue lembrar de comoção seme-Diante em nossa história quandoGetúlio deu um tiro no coração eTancredo agonizou por dois meses.Ele estava no Maracanã meio poracaso, levado pelo pai mais paraver a festa de uma Copa do Mundo.De futebol, o que mais admiravaeram as pernas de Ademir luzindofantásticas com o Bálsamo Algi-nex. Ainda hoje se lhe perguntaremde uma outra emoção marcantecom o futebol lembrará imediata-mente do dia em que, na praia,levou uma bolada no peito, des-maiou e foi conduzido para o hospi-tal nos braços de ninguém menosque Ademir. Do craque do Vasco,Perdigão imitava até a queixadaprojetada.

Mas'a grande obsessão de Perdi-gão com a bola rolando era mesmoo 16 de julho de 1950 (não vai aoMaracanã desde 69) e por isso seusolhos quase caíram no chão quan-do. anos atrás, durante uma pesqui-

sa que fazia sobre o programaPRK-30, viu no arquivo da RádioNacional, na Praça Onze, quatro 78rotações com toda a narração domaldito jogo. São dois locutores.Quando a bola estava no lado direi-to do campo, quem narrava eraJorge Curi. Quando passava para ooutro lado, Antônio Cordeiro assu-mia o comando. Perdigão transcre-veu toda a irradiação no livro e comessa peça fantástica desmascara ai-gumas das lendas criadas em tornoda partida. O célebre tapa de Obdu-lio Varela em Bigode, que teria es-talado como uma vergonha naacústica do Maracanã, foi descritoassim, em cima do lance, por Anto-nio Cordeiro, aos 28 minutos doprimeiro tempo:"...Gighia conseguiu passar nadireção de Obdulio. Obdulio perdepara Jair. Bola fora, pela lateral.Obdulio atingiu agora Bigode comum pontapé. Depois, com aquelasua mania de dar tapinhas na cabe-ça do jogador, atingiu também Bi-gode com a máo no pescoço. Agorao juiz chama a atenção e obriga osjogadores a se abraçarem".

Perdigão defende no livro que hã"tantos 16 de julho de 50 quantosforem os que pensarem a seu respei-to". Tapa. bofetada — "que ficouardendo no rosto da multidão", se-

gundo Mario Filho — ou tapinha decatimba, a cena abateu o já delica-do Bigode, que confessa no livro terse sentido desamparado. De qual-quer maneira parece uma carga dovelho e cruel racismo que toda aresponsabilidade da derrota fossedepositada justamente nos ombrosde Barbosa, Bigode e Juvenal, osnegros da equipe. O Brasil perdeuporque não repetiu as boas atua-ções das partidas anteriores (che-gou a fazer 13 gols em dois jogos) efaltou sorte. No segundo tempo osuruguaios chutaram apenas duasbolas contra Barbosa. As duas en-traram. Contra esses fatos, registra-dos agora na fita, e no livro não hãfolclore que permaneça.

Perdigão reproduz entrevistaspublicadas em vários países sobre afinal e também entrevistou o técni-co Flávio Costa, dedicando boaspáginas a destrinchar o esquematático dos dois times. Faz gráficos,da o "cineminha" dos três gols. Econta, como não se tinha feito antesem relação a esse jogo, históriasque dão todo o quadro patético daderrota. Antes da partida o prefeitoÂngelo Mendes de Morais, pelos 254alto-falantes do estádio, fez um dis-curso épico em que. abandonandotoda a ética desportiva, diante doadversário estrangeiro, dirige-se

aos jogadores brasileiros como"vós" que não possuis rivais emtodo o hemisfério. Vós que eu jásaúdo como vencedores! Eu cumpriminha promessa construindo o es-tádio. Agora, façam o seu dever,ganhando a Copa do Mundo! "Bemfeito!

Foi a última vez que o Brasiljogou com a camiseta branca degola azul. Em 53, amaldiçoadas pe-Ia superstição, um concurso do Cor-reio da Manhã mudaria as cores,passando a se usar as amarela everde. Tudo isso está em Anatomiade uma Derrota. O nevoeiro que fezpela manhã, o teatro Recreio comCatuca por Baixo (Dercy Gonçal-ves e Luz Del Fuego juntas no pai-co) e principalmente aquela confu-são louca na concentração de SãoJanuário. Os jogadores foram açor-dados às 7 da matina para assistir auma missa que inauguraria umaestação de rádio; saíram atrasadospara o jogo; o ônibus enguiçou;depois bateu num poste abrindo osupercílio de Augusto; e deputadosdiscursando, oferecendo prêmiosincríveis mas com a mau-caretieede pagarem em dobro o bicho dosatacantes.

No lançamento do livro, hoje,Perdigão está esperando todos osjogadores daquela "tragédia grega"

tropicalista. Dizem que Juvenal tal-vez não apareça, porque andoufalando mal de Flávio Costa.acusando-o de responsável peladerrota. Estão todos vivos ainda,embora às vezes tenham ganas desumir, tantas vezes são obrigados alembrar o que não querem. Zizinho,por exemplo, dono de tantas gló-rias, já não agüenta mais ser apre-sentado insistentemente apenascomo "aquele jogador da Copa de50". Era uma seleção de grandescraques — Bauer, Zizinho, Ademir,Jair—, mas as imagens que ficaramdela sâo apenas as que Perdigãomostrará durante a festa, um vídeode tom fortemente dramático. Ojogo, no entanto, foi todo filmadopor Nilton Rodrigues, mas sumiu.Só não some a foto de Bigode com amão na cabeça, a bola chutada porChiggia balançando a rede e o guar-da-valas Barbosa morto — por si-nal, a capa do livro. Agora, com adescoberta de Perdigão, o silênciosepulcral que se abateu sobre oestádio também tem som, na voz deAntônio Cordeiro:"... Ghiggia devolveu a Júlio Pe-rez, que dá em profundidade aoponteiro-direito. Corre Ghiggia.Aproxima-se do gol do Brasil e ati-ra! Gol! Gol do Uruguai! Ghiggia.Dois a um. ganha o Uruguai".