rasil reafirma ria ONUp ê: osiçao antiblocos - Coleção Digital ...

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TEMPO — bom, nevoeiropela manhã, névoa seca.

T K U V E RATURA — emligeira elevação.

VENTOS — do quadranteeste, fracos.

MÁXIMA — 30.3.MÍNIMA — 1-1.0.

JORNAL DO Jo Jrt x\ o X làRio de Janeiro — 6,a-i'eira, 20 de setembro.de 1963 Ano LXXIH — N;'J A-0 . .

:> "í'.é

X

rasil reafirma ria ONUp ê:osiçao antiblocosS. A. JORNAL DO brasil:

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Empregadosde bondesfazem ígreye' Os ^èirínrègádos-nós cai-ris.urbanos 4a Guanabara, numtotal de , 7 mil,- resoíveramíazer greve de advertênciaa partir do primeiro minutode hoje, com a duração, de24 horas, em sinal de pro-testo pelo atraso no naga-monto do aumento salarialque firmaram com seus pa-trões, na hase de 75%, e emvigor a partir de janeiro docorrente ano.-

A decisão íoi posta emprática, "notadamente por-que o p r o p r i o PresidenteJoão Goulart autorizou áu-mento nas tarifas dos bon-des cariocas para fazer faceàs despesas". (Página 101

Irmãs sãoda direita,disExercita'

0 Delegado bra- ' ,sileiro à 18.* Assem-

/^ D<> BR*SIL

bléia-Geral das Na- /j

ções Unidas, Chance- j|ler Araújo Castro^/'a fir in ou oufem^},?

, abrindo os trabalhos;¦A Polícia vqlípÚ---.a,=vaÉcuÍ^ ÒÍ'gàllÍ- ./'

ontem,-io, 3.° andar; do-ijrêtJio.'. ' ,:''ÍW '' '¦ u iV„'-¦! '"

37-À da Rua. Primeiro de lyiai^VSíaÇao -mundial, - -que; ,ço. —; Organização, Válter., S,. "'Castro .— onde na . véspera fnlapreendida munição calibre 22'e : granadas, encontrando, riaiiova busca, documentos per-tencentes à Ação Vigilante doBrasil-e &• Confederação doaCentrps .Culfcui-aii da Juventu-de, entidades que estão sob &suspeita da prática

' de terro-rismo de extrema direita.

Entre os documentos apre-endidos destacam-se os, esta-tutos das entidades, carteirasde identificação, fichas indivi;dúais dos seus simpatizantes,mapas do Sítio da Alegria, em __ _Jacarepaguá — que seria um • delicia .centro de treinamento — e li-vros de contabilidade, além dealgumas ferramentas de sapa'e cintos de guarnição seme-Ihantes acs usados pelo • Exér-¦ cito. (Página 10)

"o Brasil não se f ilia a nfènnuin dostrês blocos em quese pretende dividir '_

o inundo e não acei-/ta o rótulo de neu-tr alista que se desejadar à sua políticaexlerna de indepen-)

Tumultos naassembléiada Filosofia

Tumultos e brigas in- A paz mundial, basea-terromperam, o nt e m à da no princípio da con-noite, a assembléja-gèral vivência entre nações de

Paz íoi temaentre Tito eJoão Goulart

diferentes regimes, foi otema central do discur-.so com que o PresidenteJoão Goulart saudou pPresidente Tito; da Iu-goslávia, no banquete quelhe ofereceu , ontem noPalácio do Planalto.

dos alunos da FaculdadeNacional de Filosofia, quefoi convocada para apre-ciar a solução dada deBrasília, pelo Ministro daEducação, ao caso. da lis-ta tríplice para a escolhado diretor e qúe deracausa à greve.

'¦¦

Os tumultos começa-ram quando ó Grupo de os~ iugoslavos têm acom-

«Resistericià^Dernpcráticái _¦:;.panhadò çom iníprêssâ-'qüe foi contrário à.greve,' atuação intòrhaciònal doretirou-se do recinto ao Brasil, p a rtictilarmenteser proposto um voto de seus esforços ná Confe-desconfiança ao Diretor rencia de Desarmamento,da FNFi, Professor Ere- e acrescentou que a po-mildo Luís Viana, pela lítica exterior brasileiraposição que assumiu du- deu afirmação e impor-rante o movimento. (Pá- tancia internacional àsgina 13) posições do Brasil. (P. 4)

Numa oração en-trecortada por aplau-sos, o .ChancelerAraújo Castro criti-cou Estados Unidos,Rússia e Inglaterra

por terem firmado o. acordo atômico fora

do âmbito do Desar-mamento da O N U.

O Sr. Araújo Cas-tro pediu que se am-

plie o tratado de

proscrição atômicaassinado em Moscou,

para que dentro dedois anos estejam

O Marechal Tito, ho proibidas ás provasagradecimento, disseque . * •¦ .- ,' '-U- *„_.„_í'í^ capazes de ser acusa-

das porv sismôâÔBôs ensaios còih bom-bas dé mais de 7_^5"quilotoneladas e fi-nalmente as provassubterrâneas de to-dos os tipos. (P. 2)

IIP!" >^4 ^^SpEi| ___%¦WP¦- : ¦¦»¦¦ ¦'¦ ^'^m^^^z WmsH SP^ - *fifí$^s__WÊ__\_\^_W____W________f_WÛ:y:-:-..- ¦.".'.¦"'' '."'.: ?'iíSMaEs3

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CGT estuda¦:•:¦'

Genrespostaao

Lítleres siriclicais pau-listas enviaram ao Pre-sidente João Qóülart umtelegrama dc prot c s t o"coiitrá a nota insillttio-sa, aviltante; provocado-ra c subversiva dò Geiie-ral Peri Beviláqua", c oCGT estuda a possibili-dade de divulgar, naspróximas horas, uma de-

,-<*• '. %1

Periposição de,parar o País,-se necessário fôr.:

A atitiifle (lò CGT ex-.'plicaria a nota de instru)-

"

Oão- baixada antcòntèní.;nos quartéis do II Exçr- '

cito pelo General PeriBeviláqua. Um dos lide-res do CGT entende qüç.o pronunciamento do Có-*mandante do II Exército

claração respondendo ao é "uma provocação adèr

libelo do Cómandaiil» do marista contra os trabárII Exército, qiíe conside-rara a entidade de cúpu-la sindical corno à mar-geiii da lei e da ordem.

No encontro de tèrca-íeira com o Ministro daGuerra alguns líderes doCGT explicaram que aentidade não é estrutu-rada contra a lei ou àmargem dela, mas ape-nas resultante de . uma projeto. de emenda cousrcoriybnção. entre os . ór- titucional que altera j»

éapítuio das 4.c«apropria>-ç õ e;s, para a reíornüa

lidades, a fim de, dar aòssargentos o acesso a car>

lhadores", e qué o Minis-iro da Guerra deverá to-m ar providências, casodeseje manter-se còeren-.te com o discurso, quépronunciou ao ser enir

possa(Võ na. Pasta dá'Guerra.-

O líder do Governona Câmara, Sr. Taricre-do Neves, está redigindo

gaos sindiícais para darUnidade, às suas campa^ ¦

;-, nilfa*» rèivindicatóda».;''Presse sentido, não pòdc-ria repudiar manifesta-çóes de solidariedade cn- gos de'representação po-tre categorias da classe: pular. (Noticiário na pá-trabalhadora. Os dirigen- gina 3, Coluna do Castel-tes dò CGT reiteraram, /o. na pág.'4 e Coisas da

O èr. Araújo Castro abriuUa'sessão, da 01SÚ. (AP) ¦ ná oportunidade, sua dis- Política, na pág. 6)

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Bancáriosvoltam hojeao trabalho

Os bancários da Gua-nabara, reunidos ontem

tarde de ontem, ura r"úl-timo entendimento entre

em Assembléia-Geral no bancários e' banqueiros,Automóvel Club e do marcou para as 13 horasBrasil, .decidiram retor- de hoje o julgamento do,nar -hoje ao trabalho, dissídio coletivo suscita-porque, segundo o Presi- do p e 1 o Sindicato dosdente do Sindicato dos Bancos,empregados, a reabertu- O Secretário de Finan-ra dos bancos numa ças da Guanabara, Sr.sexta-feira "acarretará. Lorenzo Fernandes, dissegrande, prejuízo aos ban- ontem que o Estado .vemqueirps". ' ' ¦ ¦' - sofrendo um prejuízo

O Presidente do Sindi- diário de GrS 24 milhões;•cato dos Bancos, Sr. Joi-, com a serie de feriadosjjje Melo Flores, _aiir- bancários e _a_instabili-; mou que" os" banqueiros^-dade-ponUca, que provo-

continuam firmes em cam uma queda de 8%sua deliberação de não na arrecadação estadual,aceitar as exigências dos. estimada em CrS 320 mi,-bançário.s e que não, Inões por dia. (Pag. 4)acredita em corrida ban-caria na reabertura dos

Em- sua visitai ao Suprèiiw Tribunal Federal, o Marechal Tilo foi recebido pelo Ministro Lafaiete de Andrada

bancos, "porque nemisso a situação inflado-nária do País permite".

O Presidente do Tribu-nal Regional do Traba-lho, Sr. César Pires Cha-ves, depois ,de tentar, na

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'2 — 1." tíad., Jornal do Brasil, C.»-felra, 20-ft-63

BRASIL PROPÕE PACTO MULTILATERAL DE NÃO AGRESSÃOA fala

;\do Brasil?na ONU.,.... Newton. Carlos

.;>..- Fiel ao programa âos três¦¦i-.h (desarmamento,- descolo-¦y-nização e desenvolvimento),"¦que é a essência âa agenda

brasileira para a XVIII As-:* ..sembléia-Geral da ONU, ja-

V lou ontem o Sr. Araújo¦•'¦'Castro, abrindo os trabalhos"'de

plenário. Impressionam,~ no discurso do.Ministro doExterior do Brasil, a objeti-viâaâe e a ausência âe pre-conceitos ou hipocrisias

mtproâuziáos pela indústriav.da civilização cristã e oci-

"^-'dental. Como detalhe im-•"portante, registramos o pe-

^àiâo para que o Comitê de"? Descolonização passe em re-'i":_. vista caáa continente, sem"'esquecer

as Américas eseus'territórios ¦ que dependem

'..de potências extracontinen- ."i. fais. Pela primeira vez uma .

£ "cZe??iocracici latino-america-

l4'.na chama a atenção, na.¦ _Í0NU, para os resíduos de

1 colonialismo em nosso Con-•¦'¦Hínente — justamente no1}l"momento em que os Esta-mãos Unidos fazem o possí-..vel, junto à Inglaterra, pa-

i-l'ra retardar a inâepenãên-„'--rdft âa Guiana Inglesa..>,'. Em seu discurso, o Sr.

••** Araújo Castro deixa cia'-¦ro

que o Brasil se iãcntifi-ca, dentro das Nações Uni-ãas, com a politica âe resis-tência ao diretário das po-

.ciências mundiais. Lamentou,' .Jc.èle que o acordo antlatônü--k''co tivesse sido assinado à¦¦¦rZviargem do Comitê de De-*•- sarmamento, condenando, ao•¦'ihhesmo tempo, o qué cha-¦'^túou de "veto invisível".Ji Esse "veto invisível", refe-''^rência evidente ao controle,'.apelas

potências, de conse-'^y lhos- estruturados para sub-ii_:meter a ONU a essas-po-

'ftênclas, impede, segundodisse, que a Assembléia sepronuncie sobre medidas

¦ qu decisões essenciais ao'^.'desarmamento, desenvolvi-

lamento, e descolonização.'-£Reafirma o Governo brasi-

--.Jeiro, através de seu- Minis-tro âo Exterior, seu apoio

,;,, às medidas.de reestruiura-.„._, ção'-. de-Conselhos-como o de-^/segurança e Econômico eJ>i $ocial, que conservam suas,-«'estruturas de IB anos atrás,l:~'lguando a recêm-crlaâa ONU"rr^tinha;

apenas 50 membros*~,'.(hoje tem lll) e quando o'¦.-.mundo recêm-saido áe uma'_',',

guerra de seis anos estava-V.--0- o comando de fato da.s_>- '.potências- vitoriosas. Desde¦¦'¦então, nasceram mais dez\'-cinco dezenas de nações e*b úm terceiro munão, silen-

ciado por práticas coloniaisdiretas e indiretas, impôs-se no cenário internacional.Desconhecer esse fenômeno,

v. consemcmdo a estrutura deconselhos criados para per-

•••!¦> mitir às potências o contro-•sple da ONU, é condenar a'''ôrganização áo desapareci-'¦^meJüõêlõ ánãcrónismorO

Brasil ê por uma ONU semanacronismos.

"Em politica externa, nãosomos neutros (porque te-

'r'?ínos posições definidas âian-y'.ie áos problemas mundiais),,,£'?rca. independente", disse o,->:',Ministro Araújo Castro.-?-_) resposta sem rodeios aos

* --tque 'procuram promover,¦''nosso retomo a posições'ãe•'¦'dependência, confundindo,'['propositadamente, indepen-*t,Jdência com neutralismo.

íFALN queima,7a Dupont

de Caracas;'.. Caracas (UPI-FP-AP-JBV —.

:*'As Forças Armadas de Liber-"via ção Nacional, \ organização

... clandestina de orientação cas-1>-tristá, coroou, ontem -quarenta,7.dias ininterruptos de ataques.'. e atos de terrorismo, incen-diando a fábrica de tintas Du-

pont, nesta Capital, causando'prejuízos de milhões de boliva-res (250 000 dólares) e des-

_,.truição praticamente total.-V O incêndio íoi ateado por .•'-}'seis elementos armados de mer°-Vtralhadoras', que penetraram na

" fábrica, à noite, manietando os.-'^"vigias e lançando coquetéis'^Molotov

sobre grande quanti-v dade de materiais inflamáveis.¦"-_.- Quase ao mesmo tempo — pela';

sexta vez em um ano — foram"\. realizados atos de sabotagem' contra os oleodutos da, compa-nhia. norte-americana Creole,com combas de dinamite que,"

-'¦""•entretanto, não atearam'nc-- íinüm incêndio.

_7. . Os inccndiàrios. da FALN.antes de lançarem fogo às ma-

:*' térias inflamáveis na Dupont,..-* escreveram nas paredes uma

."série de lemas subversivos e dcdesafio às autoridades.

'" Os vigias escaparam à morte'•"• quase que por milagre, pois fo-

.r-ram socorridos segundos antes.que as chamas os alcançassem.'"' Os bombeiros não consegui-

•"--•ram combater o fogo, llmitàn--,,. do-se a cortar todo o forneci--

mpnto de energia . elétrica à""fábrica, que está situada em

um bairro residencial.

Nações Unidas (AP-FP-JB)— Ao abrir o debate politicoda 18.1 Assembléia-Geral, se-gundo tradição observada des-de a fundação da ONU, o che-íc da d e1e g a.ç ã o brasileira,.Chanceler João de Araújo Cas-tro, pronunciou-se favorável-rjiente ao pacto Leste-Oéste denão agressão proposto peloPrimeiro-Ministro soviético.

O Ministro brasileiro conci-tou as três potências atômicasa estudarem, Imediatamente, aampliação do tratado atômicode Moscou e sugeriu um planoae três etapas que visa a prol-bir, dentro de dois anos no má-ximo, as experiências nuclearessubterrâneas, as únicas náo In-cluídas no tratado.PLANO

A primeira etapa do planoestabeleceria a proibição ime-diatà das provas subterrâneasque pudessem ser detectadaspelos mecanismos especiaisexistentes. A segunda, que co-rneçaria dentro de um ano, sus-penderia os ensaios de. potên-cia .superior a .''4/75 quilotons.A terceira, dentro de dois.anos,proibiria, todas as experiênciassubterrâneas.

O Sr, , Araújo Castro . la-mentou que o acordo de Mos-cou tenha sido assinado à mar-gem dá Comissão de Desarma-mento, reunida em Genebra, e"*.propôs .que as negociações sô-bre a -," proscrição das provas

_ subterrâneas sejam realizadasdentro do subcomitè da confe-rência de Genebra sobre pro- •vas atômicas.

— A paz e- a segurança mun-diai — disse o Chanceler brasi-leiro — não podem ser objetoce negociações exclusivas deum diretório de grandes potên-cias, por maiores * e poderosasque sejam. Ante o perigo co-mum de morte e destruição,deve contrapor-se uma respon-sabilidade comum. Esta é aresponsabilidade que devem as-sumir as potências não nuclea-

>res.DESNUCLEARIZAÇAO

O Chanceler, Araújo Cas-tro afirmou que o Brasil, jun-tamente com a Bolivia, o Chile,o Equador-e o México, prosse-guirão em spus esforços parachegar a. um acordo, median-te o qual os,paises.latino-ame-ricanos se comprometeriam anão fabricar, armazenar, rece-ber, ou experimentar armasnucleares.

^xtemandq a esperança üa-qúe acordos semelhante- pos-,sam ser assinados em; outrasregiões do mundo, o ministrobrasileiro assinalou que o Bra-sil, ao levar á: questão peran-te a Assembléia-Geral, nãopretendia que á -América Lati-na seja declarada zona desnu- .clearlzada pelas Nações Uni-das. *. *- m

• — O que o Brasil propõe tque os paises latino-america-nos, como nações soberanas, es-tudem os meios de livrar oContinente das armas atôml-cas. Este é o,sentido da;propos-ta dos cinco países latino-ame.'ricanos firmada a 30 de abril.

— Meu Pais, por exemplo— acrescentou — nunca acei-tou o titulo de neutralismopara. sua. politica exterior in- ,dependente.

Nossa posição é perfeitamen-te. clara. O Brasil não perten-ce a bloco nenhum. Ê parteIntegral de um sistema. — osistema Interamericano — queíoi. concebido como instrumen-to de paz e, compreensão entretodos os membros da comuni-dade de nações.

VETO

O Chanceler brasileiro afir-mou, em seguida, que a Car-ta das Nações Unidas, redigidapor 51 paises e imposta aos60 ..povos membros, deve serrevitalizada, levando em con-ta 7 as grandes modificaçõesporque passou o mundo desdeque íoi criada a organizaçãomundial.

Sublinhou que a Carta, con-ceblda segundo o conceito desegurança absoluta e indivi-dual de cada pais, tem que re-íletir agora a.realidade termo-nuclear. Disse, ainda, que aCarta atual contém apenas ge-neralizações sobre conceitoseconômicos e o que se neces-sita hoje é de multo mais, da-do o esforço em que está em-penhado o miíndo inteiro parapromover o desenvolvimentoeconômico. ¦ \ • •

Condenou, também, o quequalificou de veto invisível, queimpede á- Assembléia-Geral depronunciar-se sobre medidasjá tomadas, ou aprovar reso-luções nos campos do desarma-mento, do desenvolvimento, e-da descolonização. — É contraesse veto que se devem con-centrar os esforços dos paisesque aspiram à paz, ao desen-volvimento e à liberdade, acres-centou. .

OIW OUVE O BRASIL

___B™hSt****í15^!* *i> __•* "^".'.^yj^" w -i_ ¦ í__B___y

Gromykopropõecúpula

Araújo Castro dá tomna Assembléia como programa dos três D

NEUTRALISMOEm seu discurso, que tev»

como temas principais o de-sarmamento, o .desenvolvimen-to e a descolonização, o Minis-

. tro Araújo Castro disse queo mundo assiste, no momento,a uma união de nações peque-nas e médias, sob aquelas trêsbandeiras, que transcenderá àatual divisão do mundo emoriental, ocidental e neutra-lista.

Assinalou 'que áo diminuir oconflito ideológico e perdergradualmente.seu -entido po-litico os conceitos de oriente eocidente, os termos neutralis-mo e náo alinhamento sofremmodificações políticas e semán-

—ticas. — Três amplas classifi-cações não podem abarcar, emconjunto, toda a variedade deidéias, conceitos e tendênciasda humanidade inteira, disseAraújo Castro.

DESENVOLVIMENTO .

Acentuando que dois terçosda população mundial são sub-desenvolvidos, o Si'. AraújoCastro propôs que a ONU con-centre seus esforços no domi-nio econômico sobre os trêsseguintes problemas: industria-

.lização, mobilização de capitaispara o desenvolvimento eco-nômico e comércio internacio-nal. ,-'¦_';.

Propôs, também, a criação,pela ONU, de um organismoespecializado pára o desenvol-vimento industrial e um fundoc'_ desenvolvimento, já apro-vado em principio pela orga-nização mundial. Propôs; ain-da, a criação de um comitêpermanente de Conselho Eco-nômico e Social, que teria pormissão um controle contínuodos movimentos de capitaispara oS paises subdesenvolvi-dos.

O Ministro brasileiro suge-,riu, finalmente, que a confe-rência da ONU sobre comer-,cio e desenvolvimento, que se-' rá*realizada no próximo ano,.em Genebra, adote, ao térmi-.

- no • dos trabalhos, uma .decla-ração universal para a. con-cretizáção e salvaguarda- dasegurança econômica coletiva;que encerre os princípios queservirão de guia às atividades

' da ONU, a longo prazo, no do-minio do desenvolvimento eco-;

' Plenário tia ONU ouvindo, o Ministro âo E.vleríor brasileiro, Sr.

Araújo Caslro. (Hailiojoto tia UPI)

Material brasileirona guerra da Guiné,dizem nacionalistas

Dacar - (FP-UPI-JB) - Ca-minhões militares, ambulânciase jipes fabricados nc-Brasil, ia-zem parte do material usadopelas tropas portuguesas emação na Guiné, segundo um co-municado da FLING (Frente deLuta pela* Independência Np-cional da Guiné),.publicado emDacar.* O comunicado pergun-ta.ao Governo brasileiro se de-seja converter-se em cúmplicedireto ..."das matanças feitas haGuiné".

Uma comissão ministerialpresidida pelo GeneralíssimoFrancisco Franco começou on-tem a examinar um projeto delei instituindo o regime auto-nomo nas províncias espanholasde Fernando Pó e Rio Muni, naÁfrica Equatorial. Entre outrascoisas, o projeto tem o resulta-doi de. um. inquérito feito entrea população, dos dois territórios,representada por 18 persòiíali-dades indígenas.

"em relação a Portugal". O edi-torial íala sobre a entrevistadada pelo Chanceler AraújoCastro, na ONU, em que o Mi-nistro brasileiro afirma que"embora o fim do colonialismolôsse-um dos pontos de honrada politica brasileira, as boasrelações entre o Brasil* e Por-tugal estão aoima de qualquerincidente."

— É lícito perguntar — dizo jornal — o que significamessas declarações, essas provasde amizade qué com tanta ire-quência e solicitude não sãodadas. Como é que as açõesnão correspondem às palavras?

A seguir, critica o Governa-dor

"Carlos Lacerda,' a quemchama de "amigo sincero, dePortugal" por não ter incluídoainda nada nas íestas do IVCentenário do Rio que lembre

Nações Unidas. (AP-UPI-JB) — O Ministro do Exte-

'

rior da União Soviética, An-drei Gromyko, ao discursarontem ante a Assembléia-Geral, propôs que os Chefesde Estado dos 18 paises queparticiparam das negocia-çõos de Genebra se reúnama 30 de junho do próximoano, em Moscou, para dis- ¦cutir sobre o desarmamento.

'O representante dos Esta- 'dos Unidos, EmbaixadorAdiai Stevenson, declarouque o, tom conciliatório dodiscurso de Gromyko au-montou, sua esperança deque a Assembléia-Geral nãose converterá em campo deguerra fria e contribuirá,realmente, para eliminar osgrandes obstáculos á pazmundial.

PROPOSTAS

Em seu discurso,' q chefeda delegação soviética a As-senibléia da'ONU apresentoudíias outras propostas, rela-tivas ao desarmamento e aoespaço exterior:

— Os Estados Unidos ea União Soviética conserva-riam um número limitadode projéteis intercontinen-tais e projéteis antifoguetesaté que seja completado todoo processo de desarmamentogeral.

— Os Estados Unidos ea União Soviética firmariamum acordo mediante o qualseria' proibida a ' colocaçãoem órbita de objetos comprojéteis nucleares a1 bordo.

CONFIANÇA

O chanceler soviético disseque a manutenção de umnúmero limitado de foguetescom cargas nucleares' empoder das duas grandes po-léncias atômicas áté a.etapado desarmamento resolverian problema da confiança noprocesso do desarmamento.

Gromyko, que falou depoisdo Primeiro-Ministro cana-dense Lester B. Pearson,disse que sè deveria apro-veítar a melhoria da atmos-fera internacional decorren-

Nações Unidas — As primeirashoras da Assembléia-Geral con-firmam Araújo Castro como di-plomáta de enorme intuição po-litica internacional. Tudo in-dica que a XVIII Assembléiaserá marcada pelo trinômio dc-senvolvimento, descolonização edesarmamento, que serviu detema central do discurso doChefe da delegação do Brasil,que por tradição dá inicio aosdebates.

O Ministro Araújo Castro íoirepetidas vezes aplaudido du-rante os noventa minutos emque expôs suas teses. Além dadefinição dos três D, causouimpacto a coragem de Aráü-Jo Castro em sugerir que oPacto Atômico era o começodo íim da guerra fria e tor-nava obáoletós todos os con-ceitós anteriores de divisão domundo ',eni dois pólos com umbloco neutralista no meio. AAssembléia da ONU estão pre-sentes representantes . de 111paises, 67 dos quais represen-tados por seus Chefes de Go-vêrno.

A VERDADE

Ninguém espera que as gran-des potências reconheçam averdade que íoi apresentadapelas pequenas nações e arti-ctiladas pelo Chanceler brasi-leiro, isto é, que existe bominício de um substancial en-tendimento entre os dois grau-des. É evidente que Moscou eWashington devem ser maiscuidadosos e deixar abertas aa' possibilidades de j u s t i ficaremmais adiante um fracasso quevenha a ocorrer nos esforçosque desenvolvem, de público enós bastidores, para uma pac!-íicação. ein torno do status quo.No entanto, é para isso que semarcha e não só ..como conse-quência do confronto do Ca-ribe, no ano passado, em querussos e americanos arreganha-ram os dentes e quase destruí-ràm o mundo. Ê que amboscompreenderam que terão mui-to >mais a ganhar numa guer-ra pacífica- cujos instrumen-tos foram qualificados peloChanceler Gromyko num dis-curso da mais alta significa-ção. Disse cie, comentanuo oPacto Atômico de Moscou, "que

novas fronteiras devem _èr al-cançadas para ampliar o rela-xamento*. das tensões invrna-cionais e reduzir o perigo, deum-conflito militar".

Disse também que os sócia-

/Vn/n/m SirotskyNosso correspondente

dados e sim por legiões de 11-vros, não com bombas atômicase sim com a habilidade de pro-duzir mais e distribuir com maiseqüidade os benefícios da pro-dução. Estas devem ser as Sr-mas da luta entre as duas ideo-logins.

Desde 1945 qué oonheço' eescuto Gromyko em discursosque sempre me soaram comolatidos de cão que late e morde.Foi uma experiência, inesqueci-vel òuvl-io na tarde de ontemfalar da paz com voz mansa eapresentar as propostas de ieuGoverno, na Assembléia.NECESSIDADE

O Ministro do Exterior daURSS' reafirmou a necessidadede um pacto de nâo agressãoentre o grupo de Varsóvia • e' ogrupo de países do-Tratado-doAtlântico Norte, a conveniênciade aceitar a China comunistanas Nações Unidas, a reduçãodos orçamentos militares, a cri-ação de zonas desnuclearizadas,medidas preventivas contra ata-ques de surpresa, um acordopara impedir a proliferação dasarmas nucleares.

Gromyko também propôs areunião do Comitê do Desarma-mento para o próximo ano, aonivel dè Chefes de Estado parauma discussão mais ampla ecompleta do desarmamento.-Asusuais acusações ao Ocidenteíoram evitadas e só no monifin-to em que surgiram as referèn-cias aos alemães ocidentais éque o velho Gromyko de outros

. tempos surgiu no tom duro de- voz dos dias de Stalin.;

Gromyko reafirmou em seudiscurso que o desarmamentoliberaria vastos recursos para oesforço do desenvolvimento edefendeu mais rapidez na des-colonização. .,.',;:• . ,,

nômico.

ACUSAÇÃO

Os dirigentes da .' Frente deLÚta - pela Independência Na-cional da Guiné vão enviar ao

listas '-não desistirão de atingir

a "participação

por.tuguèsa na t<? .da. assinatura áo- tratado ' ^.;'^no:"alinas, SeSn-fundação da -cidade.' ' f» tf - /' àtomitó rdé ^¦tós<.óú, para se ^""d" coração dos homens

tentar obter novos acordosque visem a pôr fim à guerrafria.

Quanto ao problema do co-lonialismo, disse o Sr. AraújoCastro que o Brasil é contraqualquer forma de colonialis-mo, quer seja político ou eco-nômico, e que a luta pela des-colonização compreende todosos aspectos da luta secular emprol da liberdade e dos direi-tos humanos.

Assinalando que os últimosíocos de resistência do colo-nialismo exigirão, ainda, du-rante certo tempo, os esforçose a prudência das Nações Uni-das, o Ministro brasileiro su-geriu que os órgãos da ONUque tratam da descolonizaçãose ocupem também do neóco-lonialismo.

Governo J_;a_ileir_o__um .comum-cado sobre os veiculos militaresdas íôrças portuguesas. ÍJa no-ta distribuída ontem, os mem-bros do FLING afirmam quePortugal enviou mais 2 mil ho-mens para a Guiné, que deve-rão juntar-se aos oito mil quelutam contra cs rebeldes. Osnovos reforços, afirmam, pos-suem armas modernissimas uti-lizadas apenas por certos paisesda OTAN e pelos EUA.

LACERDA E INGRATIDÃO

O Jornal Diário dc Lisboa emeditorial intitulado Gôndolas eCaravelas, critica as "atitudesdúbias dos dirigentes brasileiros

— Temos presente — a/ir-ma — o projeto do programadas comemorações do IV Cen-tenário da fundação do Rio de

¦ Janeiro. Não há nèie uma sópalavra que recorde Portugal.Portugal que nao só fundou o

_Rio de Janeiro como possibili-tou"o Bfásíírí*ré um amigo sin-cero de Portugal, Carlos Lacer-da, que governa o Estado daGuanabara, onde vão ser efe-tuadas as comemorações. Emcompensação, pasmem os lei-tores, lê-se nesse programa quehá negociações para se levar aoRio de Janeiro, nos festas, au-tènticas gôndolas de Venezaa fim de se espanejarem comocisnes na Lagoa Rodrigo de

-. Freitas, onde não há pontes,' ném canais, nem sombra dedoges. É caso — conclui o jor-nal português — para se per-guntar; e as caravelas de Pe-dro Alvares Cabral? Que figu-ra fazem nisso tudo?

CONSELHO

O Ministro soviético suge-riu, ainda, que fosse am-plíado n Consell.õ"Q'e""St;gu-*rança da ONU. atualmentecom onze membros, de forma a possibilita-cionar uma série

• mas que, no momento,da alçada da Assembléia-Geral.

O Embaixador britânico.Sir Patrick Dean, a .exemplodo representante norte-ame-ricano, elogiou o tom dó dis-curso de Gromyko, porémcondenou os ataques aoChanceler Konrád Adenauer,da Alemanha Ocidental.

quista- dp coraçãoc não pela sua imposição comauxilio ,de armas".-0 Ministrodo Exterior soviético deu entãosua definição quase poética daguerra. pacífica: .

— É uma guerra que. deve serfeita não por divisões de sol-

. BONS VENTOS .

6 cumprimento de Adiai Ste-venson ao delegado Çrasileiropelo seu discurso,' a convocaçãode Araújo Castro pelo Secre-tário-Geral U Thant (os dois

"côhferenciaram durante mais detrinta minutos), o tom do dis-cíirsode Gromyko e os comen-' : tários públicos sobre êle feitos

* pelo chefe da delegação ameri-cana constituíram-se nos sinaisde que bons ventos propulsio-nam a Assembléia da ONU:

Acredita-se qué assim seráaté seus últimos minutos, da-qui a meses, criando-se ambi-

¦ ente ainda-.mais favorável para. á construção da paz. Espera-se

. „que aqui sejam adotadas reso-luções especificas que contri-buam ainda piais.para orelaxa-mento das tensões. Há certezaqué em seu discurso de hoje, oPresidente Kennedy amplie ain-da mais as árças possíveis, deacordo, sugeridas pelo Chance-ler. brasileiro. , ,

Keimedy^^riaâmitÉ^prS: para tentar atenuar ;nento, são JL .^ -.

tensão em Birmingliam

Trechos principais do discurso de Araújo Castro"O mundo em que vivemos

é rico de idéias, teorias, con-cepções e sistemas de pensa-mento, e as Nações Unidasnão íoram criadas para afir-mar a eterna validade ou a.proscrição definitiva de ne-nhuma delas. Nossa unidadede propósito deverá necessà-riamente assentar sobre ainevitável diversidade de nos-sas opiniões. Se a ONU vaiconservar seu caráter univer-sal, deverá manter-se repre-sentatlva de todas as idéias econcepções da humanidade."

— rerspectiva Política dasNações Unidas ¦— ''O mundode 1963 não è o mundo pré-atômico de 1945, e não é emvão que se vivem dezoito anosde História, em plena eranuclear. A entrada para t. Or-ganização Internacional deum numeroso contingente denovos Estados membros, so-bretudo africanos e asiáticos,íoi, sob todos os aspectos,profundamente benéfica paraa vida internacional toda'.""Nem tudo é Este ou Oestenas Nações Unidas de 1963.O mundo possui outros pontoscardeais. Esses termos, quedominavam toda a políticainternacional até há poucotempo, poderão eventualmen-te ser devolvidos à área daGeografia. O esmaecimento doconflito ideológico e a pro-gressiva despolitização dostermos Este e Oeste vieramtambém trazer algumas con-seqüências — tanto políticasquanto semânticas — nosconceitos de neutralismo oude não alinhamento. O neu-tralismo ou o não allnhámen-to váo perdendo sua solidez esua consistência ã medida quese tornam menos rígidos ospólos que os sustentavam."

"Olhemos em torno de nósnesta sala e verifiquemos se omundo aqui representado po-deria ser adequadamente des-crito por essas generalizaçõesapressadas e por essa rígidacatalogação. Três classifica-ções genéricas não poderiamcobrir toda a gama da.vidéias.

concepções e tendências detoda a Humanidade."

— Os três temas íundamen-tais: — "O que estamos aquipresenciando é à emergênciade uma articulação parlamen-tar no seio das Nações Uni-das, a uma articulação parla-mentar de Pequenas e MédiasPotências que se unem, íoraou à margem das ideologias edas polarizações militares,numa luta continuada emtorno de três temas funda-mentais: Desarmamento, De-senvolvimento Econômico eDescolonização".

— Posição do Brasil — "Ca-da Nação, grande ou pequena,eerá sempre o melhor juiz desuas necessidades de seguran-ça e defesa. Meu país, porexemplo, nunca aceitou a de-sígnação de neutralismo parasua política externa indepen-dente. O Brasil não pertencea blocos, mas intesra um sis-'tema, o sistema interamericá-no, qut concebemos como uminstrumento de paz e de en-tendimento entre todos osmembros da comunidade dasnações. O Brasil, como a ge-neralidade das nações latino-americanas e afro-asiãticas,não poderia, entretanto, estaralheio a essa articulação par-lamentar, que certamenteconstitui a ampla maioria dos111 membros desta Organiza-'ção Mundial e impulsiona asua renovação."

— O veto invisível — "E,contudo, dentro de um espiri-to de puro realismo político,devemos admitir que estamaioria não consegue, comacentuada freqüência, ver im-plementadas suas recomenda-çOes em cada um dns trêsgrandes temas fundamentais".

-Esse veto invisível, doqual muito pouco se íala Çmuito pouco se ouve. poderárevelar-se, nas grandes ques-tõ;s de Desarmamento, do De-senvolvimento e da Descolo-nização; ainda mais funesto emais perigoso do.que o ladonegativo do princípio de una-nimidade- que tem dificultado

o funcionamento e impedido aação eficiente do Conselho deSegurança."— Desarmamento — "O Bra-sil sempre defendeu a idéia deque, sem esperar a conclusãode um Tratado sobre Desar-mamento Geral e Completo,as Potências Nucleares deve-riam ir formalizando os acôr-dos à medida que se verificas-sem coincidências de pontos-de-vista. Por isso sempre ad-vogamos prioridade para aquestão das experiências nu-cleares, nâo disseminação dearmas nucleares e prevençãoda guerra' por acidente.Neste sentido, o Brasil aco- .lheu o Tratado parcial comoum dos fatos mais auspiciosos .desde 1945 e como ponto departida para entendimentosainda mais amplos e' criado-res. As palavras que acrescen-' tarei não podem, assim, serinterpretadas como indicandoíalta de entusiasmo em rela-ção ao Tratado.

Sem querer diminuir o im-pacto e a alta significaçãodeste Tratado parcial, cujaidéia defendemos desde osprimeiros dias da Conferênciade Genebra, não podemos dei-xar de lamentar haver sido areunião de Moscou conduzidaíora do âmbito da Conferên-cia das 18 Nações sobre Desar- ¦mamento. A paz e'a seguran-ça mundial não podem maisser objeto de negociações ex-clusivas de um Diretório deGrandes Potências, por maio-res e mais poderosas que se-jam. A um perigo comum —de morte e destruição — háde corresponder uma respon-sabilidade comum, e é essa aresponsabilidade que os paísesnáo nucleares desejam assu-mir.

O Brasil — juntamentecom a Bolivia. o Chile, oEquador e o México — con-tinuará seus esforços por verconsagrada, em acordo únâni-me, a desnuclearização daAmérica Latina, fazendo!' aomesmo tempo, ardentes votos

por que acordos semelhantesvenham a ser consagrados, afim de cobrirem o quantoantes o máximo de superfíciedo globo. Dentro do mesmoespírito, a Delegação do Bra-sil à Comissão de Desarma-mento lançou recentementeem Genebra a idéia de umtratado multilateral de nãoagressão, que criaria um me-canismo recíproco entre o.máximo número de Estadosque aderissem ao pacto denãò se engajarem em agres-são contra nenhum outro,qualquer que íôsse a situaçãogeográfica relativa dos mes-mos. Esta idéia parece ex-tremamente mais razoável edinâmica do que a idéia, an-teriormente aventada, de um .simples Pacto de. Não Agres-são entre os membros daOTAN e os integrantes doPacto de Varsóvia. O espíritoda Carta é um, espirito uni-versai. A paz deve- prevalecerentre todos os membros dacomunidade das nações e nãoapenas entre aqueles que seentrincheiram atrás de alian-ças militares específicas. Aidéia de um Pacto limitadovincula-se ao antigo esquemaEste-Oeste, que, como disse-mos, tende a esmaecer."

— Desenvolvimento — "Em-' bora a luta pelo desenvolvi-

mento tenha de ser travadaem várias frentes, cabe às Na-ções Unidas, pela universali-dade de sua vocação, e coe-rentes com a letra e espiritoda Organização Internacional,desenvolverem um papel deexcepcional relevância paraobterem a redenção econômicae social da grande maioria dapopulação do globo, que hojeem dia vive em condições in-írá-hümanas: As atividadesdas Nações Unidas no campodo desenvolvimento devem, noentender do meu Governo,atender a três áreas prioritá-rias: a industrialização, a mo-bilização de capital para o de-senvolvimento e o comérciointernacional."

— Descolonização — "É pos-

sivel, sem nenhum, exagero,asseverar que a humanidadeatingiu a fase final do pro-cesso colonial com as córesque ,o caracterizaram nos cin-co últimos séculos. É possível,assim, reconhecer que o pro-cesso colonial é uni arcaísmohistórico e sociológico, cujosresíduos perdurantes são íocosde tensões e atritos políticosno mundo contemporâneo quepodem e devem ser, finalmen-te, erradicados e liquidados".

, "É, por conseguinte, momentooportuno para que o Comitêdos 24, ao reencetar seus tra-balhos, passe em revista sis-temática cada continente deper si, não omitindo o Con-tinente americano e os seusterritórios dependentes de po-téncias extracontinentais. En-quanto subsistir um territóriodependente, ai haverá um fo-co de desentendimentos in-ternacionais, num tipo de re-lação internacional superadoe anacrônico. Essa, é a liçãodos tempos". "Para o Brasil, aluta pela desço 1 o n i z a ç ã oabrange todos os aspectos da.luta secular pela liberdade epelos direitos humanos. OBrasil é contra toda forma decolonialismo: político, eco-nômico ou policial."

— Fortalecimento das Na-ções Unidas — "A Carta —apesar dos enormes méritosque lhe deram a forma domais alto instrumento diplo-mático até hoje lavrado pelahumanidade —, a Carta guar-da os estigmas do impacto sobque nasceu, a saber, a herança

. da Segunda Grande Guerra. E,por isso, íicou marcada pelaconjuntura, como instrumentorie paz entre os Grandes, co-mo saldo das lutas terminadasem 1945. De modo que a suaverdadeira finalidade — que éa da instauração de üm mun-do de paz desarmada na baseda justiça universal —, a suaverdadeira finalidade ficoucomprometida por certosvícios de origem.vicios talvezinevitáveis no seu tempo, masque já hoje merecem ser sa-nados ou superados."

¦Washington, Sclipa, Birmin-gham (AP-FP-JB) - O Pre-sidente Kennedy instituiu on-tem uma comissão especial, for-mada'por Eail' H'. Blaik, an-tigo técnico de futebol do Exér-cito norte-americano, e Ken-neth C. Rohall, ex-Secretáriodo Exército, para tentar res-tabeleoer -o contato entre oslíderes brancos e negros deBirmüigham, a fim de que oscidadãos dessa* Cidade do Ala-bama "recuperem a confiançana manutençãp .da ordem esegurança na comunidade"..Na localidade de Selma,

também no Estado de Alaba-ma, o branco racista DeanBarber, tentou meter uma co-bra viva na boca de um negroque assistia a uma cerimôniareligiosa em favor da integra-çáo racial, sendo imeditamen-te preso pelo Chefe de PoliciaJames Clark.

Um sargento negro norte-americano, de identidade nãorevelada, sediado na Alemã-nha, casado com uma brancada qual tem quatro filhos, di-rigiu uma carta ao Procuradordo Estado da Geórgia, de ondeé originário, preocupado como fato de que está para voltarad seu' Estado, pois teme queseu casamento seja declaradoilegal, tendo em vista a contro-vérsia originada pelo casamen-to de uma estudante negra,Charlcne Hunter, com o jovembranco Walter Stoyall.

O sargento escreveu ao Pro-curador Eugene Cook, pergun-tando-lhe se sua situação "élegal na Geórgia", pois tem

• quij voltar para lá e está pre-ocupado com as conseqüênciasque daí poderão advir.

Em sua .resposta à consultadisse o Procurador: "As leis doEstado da Geórgia declaramser ilegal o casamento de pes-soas brancas com elementos dequalquer outra raça. Isso com-preende os elementos antilha-nos, asiáticos, indianos, mon-góis, japoneses e chineses, bemcomo, naturalmente, os negros."

O sargento perguntou aindase lhe seria aplicada tal lei,difcendo o Procurador: "Não

posso responder exatamente,pois tudo deponde da cidadeque escolher para sua mora-dia. Lembro, apenas, que todasas leis do Estado da Geórgiasão aplicadas atualmente econtinuarão a sê-lo."

COMISSÃO

Ontem o Presidente Kennedydesignou Earl H. Blaik, antigo

técnico de futebol do Exércitonorte-americano, e Kenneth C.Rohall, ex-Secretário... do Exér-cito, para constituírem umacomissão que irá colaborar comos líderes negros de Birmin-gham, em um esforço para ate-nuar a tensão racial ali obser-vada. .

Fontes da Casa Branca repu-tam capital a necessidade deserem restauradas as comuni-cações entre os dirigentes bran-cos e negros em Bírmingham,como "condição inicial para avolta dá confiança dos cida-dãos na manutenção da ordempública e-da segurança ha co-munidade".

Ao designar os elementos dacomissão especial, o Presidentedirigiu um apelo a todos os ci-dadãos de Birmingham, pedin-do-lhes "cooperação e calma,pois sem isso os fatos se pre-cipitarão- no Alabama, poden-do atingir , gravidade inimagi-nável".

REAÇÕES

. , Elementos de imprensa che-gados de Birmingham afir-mam que, racistas e integra-cionistas — em maioria esma-gadora — reprovam o atentadoque resultou na morte de qua-tro meninas negras, à porta deuma igreja.

Um branco, náo identifica-do, de Birmingham, disse: "Ja-mais poderia acreditar que coi-sa de tal ordem aconteceriaem' nosso Estado. Admito quenem sempre tratamos os nos-sos negros como devíamos, masdaí a assassiná-los enquantorezavam em uma' igreja — étotalmente inadmissível. Estoucerto de que os autores do aten-tado náo são de nosso Estado".

Há elementos cm Birmin-gham que chegam ao ponto deatribuir o atentado ao Revê-rendo Martin Luther King, li-der anti-racista. Trata-se, en-tretanto, de facção que lhe temgrande antipatia, dada suacondição de dirigente dos ne-gros que lutam contra a se-gregação.

O Governador racista GeorgeWallace. intransigente em seuódio à gente dc côr, alinha comessas pessoas, * afirmando queos próprios negros foram osrealizadores do crime.

Alguns brancos demonstra-vam indignação ante o atenta-do, dizendo: "Se fór descoberto,seu realizador será fatalmente,linchado, seja branco ou ne-gro".

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/Jornal do Brasil, 6,»-felra, 20-9-63, 1." Cad. — -3

Trabalhadores paulistasSão raulo (Sucursal) — O

Pacto de Ação Conjunta dosTrabalhadores de São Pauloprotestou ontem, veemente,-mente, em nota pública e emtelegrama urgente ao Presiden-te da Republica, "contra a no--ta insültüòsa, aviltante, provo-cadora e subversiva'do Gene-ral Peri Beviláqua".

Afirma o Pacto, na nota pú-blicada, que as declarações doComandante do II Exército,

, considerando o CGT e outrosórgãos de cúpula sindicalistas'como

inimigos dn lei, cóiiici-.-, .dem "com as posições antina-..çianàis do Sr. Ademar de Bar-

ros, Sr. Carlos Lacerda e ou-• iras .personalidades interessa-das em negar, o desenvolvimen-to do Pais".

TELEGRAMA ~

O telegrama no Pacto ao Pre-. sidente João Goulart tem o se-

. guinte teor:"A Comissão Executiva do

Pacto de Ação dois Trabalhado-i.-.res. dc São Paulo,, hoje reuni-

da, vem pretestar veemente-- mente contra a nota insultuo-ia,'aviltante; prov o cadora e

:* subversiva do General Peri Be--viláqua — insubordinada, mes-mo, ao programa de reformasdo Presidente da República *—,exigindo sejam garantidas erespeitadas neste Estado as li-herdades sindicais è democra-ticas."

Assinam o telegrama os Srs.Luís Tenório de Lima, Floria--no Dezen. Artur Avalone. New-

-ton de Oliveira, Dante Pelacanl,Afonso pelells, José Molenídlo,Valentim Rigamonti. Hoje pelamanhã a Comissão Executivavoltará a reunir-se para redl-Sir. uma carta pública còmen-tando a instrução emitida an-teontem pelo Comandante doII Exército. Nesta carta os tra-"balhadores

paulistas reafirma-rão "a posição patriótica domovimento sindical de defesaintransigente à luta antiimpe-Halistas, conquista de melhorescondições dc vida para os tra-balhadores, garantia das liber-dades asseguradas na C a rt aMagna e concretização das re-formas de base anunciadas pe-

, lo Presidente da República".

; .NOTA PUBLICA

:^Naj'_nta pública,-o Pacto" de

Presidente do Clube dos Lo-.listas do Brasil, enviou-lhe, on-tem, telegrama nos' seguintestermos:"O admirável e oportunopronunciamento de V. Ex"., deprofundo sentido patriótico, emmomento delicado da vida na-cional, inclusive indlviduali-zando os "malfeitores sindi-cais", perturbadores da tran-qüilidade e progresso do Pais,sugere-nos enviar a V. Ex*.os nossos calorosos aplausos,que, estamos certos, são aeom-panhados por todos os brasilei-ros que zelam pela manutençãode nossas instituições demo-cráticas."

outra mensagem;.DE APOIO :"':•..¦.¦

"A Federação do Comérciodo Estado de.São Paulo, órgãosindical de grau superior quecongrega 79 sindicatos, cum-primeiita o ilustre Chefe do IIExército pelo oportuno e inci-sivo pronunciamento atravésde comunicado interno, de i*e-púdio à indisciplina reinanteem vários . setores . da Nação,firmando princípios básicos derespeito às Instituições e emprol da manutenção do regimedemodrático. A ¦ manifestaçãojudiciosa de V.. Ex.» é uma es-perança de segura tranqüill-dade tão almejada pelo comer-cio paulista. — Cordialmente.Moacir Calil — Presidente emexercício."

Pelo mesmo motivo, r UniãoCívIcr Feminina telegrafou aoGeneral Peri Beviláqua, nestestermos: "Na defesa dos ver-dadeiros interesses da Pátria,ora ameaçada por criminosasintentonas, mais uma vezV. Ex."- levanta-se como bravosoldado. Neste, pronunciamen-to, verdadeiro libelo contra osmaus brasileiros, traidores decompromisso jurado, reavivaV. Ex." nossa confiança no gio-rios o Exército Nacional. AUnião Cívica Feminina, emnome das mulheres de SãoPaulo, vem confiar ás , suasmãos os destinos da terra.ban-deirante."

queixam-se a Góulart contra PeriMaioria do Exército com Peri União com povo para reformas Advogados contra a interdição

O "General Perl Beviláquatem o apoio da maioria esma-gádora do Exército — segundodeclararam ontem ao JOR-NAL DO BRASIL vários ge-nerals' — na sua preocupaçãode alertar o País para a ne-cessidade de se impedir que osttperpoder constituído poralguns redutos Influentes detrabalhadores pressione o Go-vérno e intranqüilize a Naçãosob pretexto de lutar pelo.atendimento de reivindicações.

Embora supere totalmente- aexpectativa, pela lmpulslvlda-de de alguma., exuressões, oGeneral Perl Beviláqua . nãosurpreendeu o Exército comseu último nrohunciámentocontra a pressão .sindical e asublevação de Brasília, tendo-se indicado, ontem, que o Co-mandante do II Exército hámuito é considerado um porta-voz autêntico ' do pensamentodo grosso do Exército, na suacampanha velada contra oCGT, o' Pacto de Unidade eAção e o Foro Sindical de De-bates. *

OBJETIVOS

O General Perl Beviláquafalou à tropa, através de bole-tim.. de rotina, mas especial-mente preparado, ganhandoseu pronunciamento o noticia-rio dos jornais por .represen-tar, segundo as opiniões niaisinfluentes, uma peça que sófaz . reafirmar a preocupaçãoreinante no Exército e que pre-cisa ser estudada, enquanto hátempo.

Em círculos ligados ao Gabi-note do Ministro da Guerra na-da se revelou, não obstantese indicasse, entre alguns ge-nerals da intimidade. do. Che-fe do Exército, que ò GeneralPeri nada mais íêz tíq que acen-tuar uma preocupação que Jãdomina o Ministro Jair Dan-tas Ribeiro há multo tempo. *

ELOGIO NA CÂMARA

Brasília (Sucursal) — ODeputado udenista Tufi Nas-sií classificou o pronunciamen-tó do General Peri Beviláquacontra o CGT como "o tipo depalavras que o povo deseja ou-vir nesta hora de lntranqüill-dadè". • i

O Deputado Magalhães Melofalou .agradecendo ás lideran-ças partidárias o apoio que vêmdando ao seu projeto que darádireito à eleição dos sargentoscom reforma automática ime-diatamente após o registro dacandidatura.

GARCIA FALA SEGUNDA

O Deputado-sargento Antô-nio Garcia Filho disse que fa-lará na sessão de segunda-fei-ra. depois de ter adiado porduas vezes o pronunciamentosôbi;e a sua posição frente aoproblema das emendas consti-tuciohais que permitirão a elei-ção dos sargentos.

O que fêz o Deputado-sar-gento Garcia Filho transferirpara segunda-feira" o seu de-poimento foi a íalta de opor-tunidade durante o periodo dogrande expediente da sessãode ontem.

Ao assumir ontem o Coman-do do Conta — Comando deTransporte Aéreo. — o Briga-deiro Ricardo Nicoli concitoutodos os integrantes da FAB a"marchar unidos com o povo,para á concretização * dás re-formas sociais indispensáveisao progresso do País'1.

As palavras do BrigadeiroNicoli íoram apoiadas, comgestos afirmativos e . palmas,pelos Comandantes das Bases' Aéreos de Santa Cruz e dosAfonsos, Comando AerotátlcoNaval, Brigadeiro.. FranciscoTeixeira, Comandante' dá 3.*Zona Aérea, e Brigadeiro Hé-lio Rosário, a quem substituiu,c que hoje assume o gomandoda 4." Zona Aérea, ém' SãoPaulo;

DISCIPLINA '

O Brigadeiro Nicoli... acen-tuou, também*, que "nesse mo-mentó dificil que o Pais .atra-vèssa,:é necessário que se .'digacom toda a lealdade , qUe ascausas ., sé devem aos - fatoresnacionais que influem nasclasses, e à falta de conheci-mento e aceitação por. parte demuitos das soluções, dos pro-blemas exclusivamente nàcio-nais".

— Assumo este comando —que confesso ser uma velha as-piração — com o mesmo éspl-

rito e propósito que assumi aBase Aérea do Galeão, em'no-vembro de 1955. Apelo a todosque aqui trabalham para que'não transijam com a - discl-plina e a hierarquia, mantçn-do-se dentro dos' princípios dalealdade, ho cumprimento do

• dever — disse o nôVo Coman-dante.

O* Brigadeiro Nicoli, identi-ficado Intimamente com o es-quema de segurança do Govêr-no montado na FAB, íoi abra-'çado demoradainente, após suaposse, pelos Brigadeiros Ada-mastor Cantallce, Comandanteda E c e m a r (Escola dé Co-mando e Estado-Maior da Ae-ronáutícal, Afonso Costa, Co-,mandante do Cat-Nav' (Co-mando Aerotático Naval), José.dê Sousa Prata, Diretor doPessoal da FAB, BeneditoFleury, Advíhcula Montezuma,Augusto Xavier dos Santos, .Serra de Meneses, PresserBelo,Alvim Câmara e Xavier Neto,além dos Coronéis AdemarScafa, Presidente do ConselhoNacional de Telecomunicações;Rui Moreira Lima, Comandan-te da Base de Santa Cruz; Pe-dro Freitas, Comandante daBase dos Afonsos; Fausto Ger-pe, Pedro de Freitas, WalmickConde, Neiva de Figueiredo,Hermes Gama, Rutênio Ribei-ro e Pires Cerveira, este Coro-nel db Exército.

A Ordem dos Advogados pro-testou ontem, em oficio, Jun-to ao Presidente da República,aos Ministros da Justiça e daMarinha e ao Comandante doIo Distrito Naval,' contra ain-terdição dó naVio-prisâo RaulSoares e a incomunicabilidadedos . militares amotinados ' dia12 èm Brasília, Impedidos dese avistarem com os advogadosque vão defendê-los.

A Ordem dos Advogados con-sidera que as prerrogativas-dosadvogados, garantidas por leise pela Constituição, ¦ íoramanuladas pelo Impedimento im-posto pelos Almirantes GalvãoAntunes e Hélio Azambuja, emflagrante ilegalidade

COMO FOI* As 9 horas de.ontem, os ad-vogados Evaristo dé Morais Fi-lho, Alcione Vieira Barreto,Leoni de Sousa, Emo Duarte,Alfredo Tranjan, Augusto Be-lém, George Tavares, HiltonBatista Cordeiro e Moniz Bar- .reto, além * do' Sr. Pedrílvio

luares e, pelos regulamentosmilitares, sáo obrigados a fl-car recolhidos em: unidadesmilitares. E o navio Raul Soa-res é, agora, uma unidade mt-litar, rigorosamente enquadra-da nas exigências dos Regula-mentos Militares.

Um dos advogados considerouabsurda a Interpretação, citan-do; como exemplo, a possibili-dade de um militar da Aero-náutica ser preso e posto den-tro de um avião que permane-ça dias a fio no ar.

-- Como, então, o advogado-poderá ter condições para irfalar ao seu constituinte, usan-do das prerrogativas garanti-das pela Constituição? — ,'in-dagou o advogado,

Só COM LANCHA

Os advogados dos rebeladosde Brasilia expuseram os fatosao Conselho da Ordem dos Aí-vogados, sustentando o ponto-de-vista de que as autoridadesmilitares estâo cerceando o dl-

Jair desestimula a anistia

Posição mais avançada no CGT

.Ação Conjunta dos TraMlha-dores de São Paulo lança os-mesmos adjetivos do telegramaao Sr. João Goulart contra asdeclarações do Comandante doII Exército, e reafirma "con-

•dicional'apoio à luta pela ele-Ribilidade e posse dos sargen-tos e demais-candidatos eleitospelo povo no pleito de outubrode 1962".

Reafirma ainda seu "apoioao CGT, PUA, Fórum Sindical 'de Debates, de Santos, è de-

, mais entidades que vêm desen-volvendo seus esforços em de-fesa dos trabalhadores.e da so-çerania nacional".

APLAUSOS A PERI

Elogiando a atitude do Ge-neral Perl Constant Bevilá-rjua, Comandante do II Exér-cito,, ao baixar a nota de ins-trução sobre a ação dns forçasque visam a implapíar a cha-mada "República Sindicalista",o Sr. Celso Dario Guimarães,

MEM PESSIMISTA.

Falando ontem à, tarde aosjornalistas, o Senador Mem deSá (PL-Rio Grande do Sul)afirmou que a situação nacio-na) "piora dia a dia", e oueestá preocupado com os índicesalarmantes "das emissões damoeda que prejudicam mais doque os Brizolas, Arrais, CGT eoutros que andam por aí".

O Senador chegou a SSoPaulo à tarde para pronunciar,à noite, na Faculdade de Di-reito do Largo de São Fran-cisco, conferência sobre a pro-blemática brasileira. Em Con-gonhas, onde desembarcou,, íêztambém declarações sobre* aatuação do Ministro CarvalhoPinto na Pasta da Fazenda,dizendo que este não demons-trou ainda • realmente a orien-táção da politica financeiraque pretende .seguir .naquelaPasta, "deixando todos os'bra-sileiros em suspense".

Frisou o Sr. Mem de Sá quéo que se vè é "a emissão deGO bilhões,' em parte para co-brir a corrida* no momento emque qs bancos retomarem suasatividades". O Sr. Mem de Sáretorna hoje à Guanabara.

Dirigentes do CGT informa-ram ontem que a entidade sóassumirá uma posição defini-tiva diante da crise politico-militar após o regresso dos Srs.Dante Pelacanl e ClodsmidtRiam, respectivamente Presi-dente e Vice-Presidente doCGT e da CNTI, e que haviamido a Brasilia para contatoscom o Presidente João Goulart.

A divulgação -do anunciadomanifesto do CGT poderá sersuspensa em íavor de uma"posição mais avançada". En-tendem as lideranças sindicaisque o pronunciamento do Ge-

-ncral-Pei-i-BevíláquaT-anteon—tem, e o lançamento de umabomba de gás lacrimogêneo naUNE são sintomas de umaofensiva "das forças reãciona-rias contra as liberdades demo-cráticas".

BOMBEIRO

O Presidente da FederaçãoNacional dos. Trabalhadores em

Transportes Aéreos, Coman-dante Paulo de Melo Bastos,também membro do CGT, afir-mou que esta entidade "estáse comportando, nessa crise, co-mo bombeiro, apaziguando osânimos das correntes maisafoitas".

Sobre o pronunciamento doComandante do II Exército,entende o lider sindical tratar-se de "uma provocação ade-marista contra os trabalhado-res", e que o Ministro da Guer-ra deverá enquadrar o GeneralPeri Beviláqua dentro dos re-

O Presidente João Goulartfoi alertado pelo Ministro JairDantas Ribeiro, nas conversasque se desenvolvem em Brasi-lia. nas últimas horas, para anecessidade de o Governo de-sestimular qualquer tentativade concessão de anistia aosparticipantes dò movimentorebelde do dia 12, sob pena de •enfraquecer sua autoridade eretardar a volta do Pais à nor-malidade.

O Ministro da Guerra, cujadecisão de levar às últimasconseqüências a punição dosrevoltosòs é considerada pací-fica, em círculos influentes doExército, procurou reafirmar edeixar bem claro sua posiçãoapós a conversa com o Sr. JoãoGoulart, fazendo divulgar no-ta (distribuída pelo seu Gabi-

gime vigente, conforme com-prova a documentação apre-endidá em poder dos rebeldes".NADA DE FRAQUEZA

O Ministro Jair Dantas R1-.beiro tem apoio dos seus cole-gas da Marinha e ída Aeronáu-tica ná disposição de euqua-drar os sargentos e suboficiáisimplicados no levante.à, luz dosresultados do inquérito poli-cial-miiitar em marcha. Alémda sua preocupação com a aú-toridade do Governo, que oChefe- do Exército consideraindispensável reafirmar ime-diatamente e de maneira in-discutível, spb Vpena de o País'vir. a sofrer novas tentativas desubversão, q General Jair de-fende o. ponto-de-vista de que

Francisco Guimarães Ferreira •¦ re"*9 de de_esa dos acusados, aoimpedir o contato deles comseus advogados.

Explicaram que, às 9 horasde hoje, irão novamente ao Mi-nistério da Marinha, mas des-tacaram que o compromisso tioComandante do 1.° Distrito Na-vai, Almirante Hélio Azambu-ja, não é de autorizar o conta-to deles com os militares apri-sionados no Raul Soares, mastão-sòménte de permitir o de?-locamento dos advogados até odestróier que policia a embar-cação-presidio. Do destróieratéo naVio terá de ser fretada umalancha, o que caracteriza lh:-grantemente o cerceamento ;.liberdade de ação dos advoga-dos. -

Lu.*r^^^

representante da Ordem dosAdvogados, foram ao Ministé-rio da Marinha para conseguircontato com os militares daMarinha que se rebelaram dia12 em Brasilia.

O Almirante Galvão Antu-nes, Chefe de Gabinete do'Ministro da Marinha, que osrecebeu, informou-os de que oassunto não era de alçada mi-nisterial e que somente o Co-mandante do Io Distrito Na-vai poderia dar ou não a per-missão para que se avistassemcom seus constituintes. Foimarcado encontro dos. advoga-dos com o Comandante, do IoDN, Almirante Hélio Azambu-ja, para as 14 horas, na sededa corporação.

NAO DEIXA

O Almirante Hélio' Azambujaponderou áos advogados quenão poderia conceder permls-sãó para que houvesse ó con-tato com os amotinados queestão recolhidos a bordo donavio do Lóide Brasileirotransformado em prisão flu- -,tuante, Poderia, apenas, con-

-coerente-comrtFseu pronunciamento quando tomou posse naPasta".

Enquanto o CGT aguarda oregresso de seus dois lideres,os ferroviários da Leopoldina,após reunião de delegados es-taduais do sindicato, divulga-ram manifesto favorável à li-bertàção dos militares presos econtrário à instauração do es-tado de sitio,

Masel__-pelo—menos- sentirem que os advogadostaça que a rebelião de Brasi-lia visava "à subversão do re-.

. aguardar o 'fim

das investiga-ções antes de se falar em li-.berdade para os acusados.

Exército procura armamento

Bomba de gás lançada na UNE

ELO! EA SUCESSÃODA GUANABARAQuando nas últimas eleições, . Elói Dutra iniciou

a campanha do centavo, contra o dólar, apontando oIBAD como financiador de candidaturas que representa-vam a reação e o espirito negativo de brasilidàde, mui-tos pensavam que o lider trabalhista usava apenas umaarma de demagogia.

Elói vinha de lutas memoráveis, desde a reabilitação\ de Vargas, impiedosamente massacrado por Lacerda esua equipe dé diíamadores, ã luta que sustentou no C8n-gresso Nacional pugnando pela nacionalização completa

..da Panair, então subsidiária d», Pan American Airways * a• ponto de tim dirigente daquele consórcio norte-americano,

Mr. Balluder dizer:— Este homem sozinho, acabou com o nosso mono-

pólio no Brasil. . ,

Homem de combate; quando iniciou a sua vida jor-nslistica não hesitou em enfrentar os riscos dè uma re-volução, na Argentina, para trazer a verdade nua e cruasobre a torpe chantagem da Carta Brandi/desmascarandoo calumador-mor Lacerda e mostrando como o então Vice-

;• Presidente João Goulart fora vítima da trama arquitetadarios porões da UDN.Eleito Vice-Governador, contra uma coligação de sete

.partidos apoiada pelo IBAD e Governo do Estado, obtevemais de meio milhão de votos, conseguindo, ainda, eleger-se Deputado Federal, com seus próprios sufrágios..

A luta do povo contra a miséria tem encontrado emElói um dos seus mais autênticos baluartes. A sua-par-ticipação na Comissão Parlamentar de Inquérito paraapurar o poder de corrupção do IBAD já mereceu os maio-res elogios inclusive de seus inimigos políticos.

Foi uma atitude firme do começo ao fim. Em conse-quência de um golpe baixo dado por deputados ibadianosque constituíam a maioria daquela Comissão, a mesmaíoi extinta. Que fêz Elói? Cruzou os braços? Sem a Co-missão de Inquérito para interrogar os "gangsters" da.fraude* e da traição nacional, voltou, ao jornalismo, escre-..vendo uma série'de impressionantes artigos à. base deirrefutável documentação. -

• Este é Elói Dutra que assumirá o governo se Lacerdalargar o poder para a sua aventura à Presidência da Re-Publica;, quando sentirá, fatalmente, o repúdio do povo.

Muitos acham que Elói deve candidatar-se em facedo risco da Guanabara cair nas mãos de um Fidélis qual-quer, destes que vivem das gorjetas do IBAD. Mas Elóitem consciência de tarefa histórica que lhe incumbe e queé a de arrancar, uma a uma. as penas do Corvo.

De qualquer maneira, a sorte da Guanabara, com maisde um milhão de eleitores, está em suas mão.., no próximopleito sucessório.

(De O Semanário de 19 9 963)IP

Uma homba dc gás lacrimo-gêneo ¦ íoi lançada, ontem, nasede da União Nacional dos Es-tudantes. obrigando os direto-res da entidade a ficarem do la-dò dé fora da sede. durante tô-.da a manhã, uma vez que variasdependências foram atingidas,pelo gás; no quadro de avisosda Federação Atlética Estudan-til havia cartazes com os dize-res de."Viva o IBAD". "CL-65'e "Viva Raimundo Padilha".

O Presidente em exercício daUNE, estudante Marcelo Cer-queira, disse ao JORNAL DOBRASIL que o fato não foi co-municado às autoridades poli-ciais, "em virtude da Policiada Guanabara não inspirar con-fiança, podendo ter sido elamesma a autora do atentado".

Acrescentou que o lançamentoda bomba não faz parte de umato isolado, e sim, de um movi-mento de reação que diverge in-teiramente das posições daUNE.CONTRA GOLPE

As partes do prédio mais atin-gidas pelos efeitos da bomba degás lacrimogêneo íoram a sa-la da UME, sala de reuniões doConselho de Representantes, asala da Campanha de Alfabeti-zação da UNE e a do CentroPopular de Cultura. A bom-ba', ao que presumem os di-retores da entidade, foi atira-da pela madrugada, através deuma das janelas de frente doandar térreo, onde íicam as sa-las citadas.

Proclamação à FAB e ao povoAo voltar ontem de Brasilia,

o Ministro da Aeronáutica,Brigadeiro Anisio Botelho,; dis-trlbulu "proclamação à- FÁB eáo povo", afirmando queTTéle-gebilidade ou não dos sargen-tos "é um problema essencial-mente político e que, portanto,não deve ser trazido para o in-terior dos quartéis, onde tra-rá, sem dúvida, como já trou-xe, danosa s conseqüências,atingindo até a segurança in-terna".

-^- Como militares que somos— frisa o Ministro da Aero-náutica -r-' compete-nos zelarpela segurança nacional, inter-na é externa, permitindo-se,assim, que o nosso povo encon-tre, dentro da paz indispensá-vel, os destinos cristãos e civi-lizados que nos estão reserva-dos.

avulta a questão ' da elegibill-

dade dos sargentos, corpo denumerosos, operosos e dedica-dos militares, que inestimáveisserviços têm. prestado à Na-ção.

A mecânica democrática exi-ge, entretanto, o respeito àsdecisões soberanas dos três Po- .deres da República, indepen-dentes e harmoniosos entre si econstituídos que são de legíti-mos representantes do povobrasileiro e de juristas de re-conhecido saber.

¦ A reivindicação a que acimame, referi é uri. problema es-sencialmente p o lí t i c o e que,

Brasilia (Sucursal) — OExército está procurando, nes-ta Capital, grande número dearmas utilizadas na fracassa-

. da revolução dos sargentos eque estão desaparecidas.- Se- •giuido informes conhecidos, osargento Prestes de Paula-, nodia da revolta, esteve ria ÁreaAlfa e. ao mesmo tempo emque pediu o apoio dos compa .nheiros da Marinha, pediutambém 70 armas diversas.

Presume-se que estas armastenham sido entregues' a civisinteressados no movi m e nto,mas esse pormenor ainda estásendo investigado, debaixo domais absoluto sigilo, tanto no-Ministério da Guerra como noda Marinha, que está fazendoo levantamento de todo o seuarmamento.

TESTEMUNHOS

Ontem, o Capitão-de-Mar-e-Guerra MaUro Baloüssier re-tornou ao Rio ade Janeiro, emcompanhia do Auditor MilitarJáci Guimarães Pinheiro, Ic-vando consigo todo o farto ma-terial que colheu com relaçãoà rebelião. O Capitão Balous-sier — é opinião corrente naMarinha — poderá encerrarmais cedo do que o prazo pre-visto o * inquérito policial-mili-tar que agora será iniciado naGuanabara, com a sua presen-ça. Isso porque, enquanto aquipermaneceu, ouviu, um a um,todos os oficiais que testemu-n h a r a m os . acontecimentos,tendo, ainda, mantido contu-tos com áreas importantes doExército e da Aeronáutica, oque lhe permitirá chegar maisrapidamente a uma conclusão,não iniciando no escuro, co-mo é comum em inquéritos.

Antes de viajny para o Rio,o Capitão Baloüssier mante-ve um demorado encontro com

diu prematuramente, .pois te-ria âmbito nacional e nele es-tava previsto, até, a distribui-ção de armas a camponeses,para a tomada de posição aolado dos revoltosòs.. -,,...'

A opinião: de que houve,.pre-'cipitação dos sargentos é quase .què Unániiiife rios*^ três * setores.mais importantes das -ForçasArmadas, da mesmaforma co-mo acreditam os mesmos seto-res que, se fosse antes cenhe--cido o caráter subversivo darevolução, e suas flagrantestendências esquerdistas, 80%des implicados teriam ficado defora des acontecimentos, pornão concordar" com o mesmo.O movimento — acreditam —¦:teve maioria de opinião no seio:da classe dos sargentos, anteo pretexto de solidariedade declasse, no caso, para. protestarcontra a decisão do SupremoTribunal Federal.

O movimento dos sargentosprovou, de um lado, a disci-'plina dos praças, que no cum-primento das ordens emanadasdos sargentos, pegaram ém ar- *más, mas- por igual, eviden-ciou a falta de instrução noseio da tropa, pois havia um

íôssem a Bordo do destróier quevigia o navib-prisão.— Os senhores arranjam, porcondução, uma lancha que os

levem do destróier ao RaulSoares — afirmou o Almiran-te Hélio Azambuja, sublinhan-do ser seu compromisso apenasa concessão de autorização pa-¦ra a ida dos advogados até aodestróier.

REGULAMENTOS- • ._ -

| Embora as conversações dos.'advogados*'com as autoridades'militares tenham sido reserva-das e realizadas distante de re-pórteres, a reportagem apurou*que alguns advogados pondera-ram. sobre a ilegalidade dascondições impostas para oacesso dos advogados aos seusconstituintes, dos quais têmprocurações.— Mas os senhores .compre-

andem — disse o AlmiranteAzambuja — os presos são mi-

PROCESSO

Na eventualidade de resistêh-cia ao cumprimento dos dispu-sitivos de leis e da Constitui-ção, a Ordem dos Advogadosdeverá processar, por crime deresponsabilidade, as autorlda-des militares, dentro de Umcomportamento semelhante aoadotado para o caso da prisãodo jornalista __Hélio-FernandesrDiretor da Tribuna da Impren-«a, por ordem do* Ministro daGuerra, General Jair DantasRibeiro, há algumas semanas-

OFICIO .

Ao Almirante Hélio Azamou-..a, a Ordem dos Advogadosenviou o seguinte oficio, as-sinado pelo seu Presidente, Sr.Jorge Lafaiete Pinto Gulm»-rã es:

"Comunico a V. Ex." que, émsessão de hoje, o Conselho daOrdem dos Advogados do* Brn-sil, tomando- conhecimento daimpossibilidade dà comunicaçã»de- advogados com seus clien-tes, presos à ordem de V. Ex.»no navio Raul Soares, o queconstitui violação do dispostono Artigo 89, III, da Lei 4215,de 27 de abril de 1963, resolveu,por unanimidade, solicitar ime-diatas providências no sentidode serem integralmente respei-tadas as prerrogativas legaisdos advogados no exercício desua profissão." . •

próximas horas, apresentar aoPresidente João Goulart umprojeto-de emenda constitucio-nal que altera o capítulo dasdesapropriações, para o efeitoda reforma agrária, e o das

grande número de soldados sem; inelegibilidades, para permitirsaber atirar

Tancredo prepara as emendasBrasília (Sucursal) - O lí- apresentado em tempo um pro-der Tancredo Neves deverá, nas jeto de emenda viável.

NO DFSP

O inquérito policial paralelo,que foi instaurado no Departa-mento Federal de SegurançaPública,, foi ontem' entregue pe-lo Delegado Lincoln de Almei-,da, que o presidiu preliminar-mente, ao Superintendente deCoordenação da Polícia Federal,Sr. Gilberto Alves Siqueira, quesomente amanhã iniciará, po-sitivamente, os trabalhos, rela-cionados com o mesmo.

Ontem à tarde, o Sr.. GilbertoSiqueira ainda tomava os últi-.mes depoimentos no inquéritomandado instaurar quando do

aos Sargentos* o acesso aosmandatos parlamentares.

Essa missão Ihetfoi confiadaem reunião realizada ontem ànoite, na residência do Sr. Dar-ci Ribeiro, Chefe da Casa Ci-vil, presentes seis Ministros de.Estado, além do Chanceler in-terino Bolitreau Fragoso, quenão participou -dos debates, olíder Bocaiúva Cunha è o vice-líder Rubens Paiva, do PTB,

PROVEITO

O Sr. Bocaiúva Cunha, noinicio da reunião, expôs a tesedn que a acuidade da crise,provocada pela rebelião dos

Participaram da reunião osMinistros Oliveira Brito, Abe-lardo Jurema, Osvaldo LimaFilho, Wilson Fadul, ExpeditoMachado e Paulo de Tarso.

REUNIÃO DOSLÍDERES

Ontem de manhã, o colégiodos líderes da Câmara reu-niu-se, não entrando no exameda questão dos sargentos, em-bora fófse ó debate' a respeitoproposto pelo Sr. Max da Cos-ta Santos, líder do PSB. Ò Sr.Martins Rodrigues, que na vés-pera se encontrara reservada-mente com o Ministro da Guer-ra, expôs a opinião de que sedeve tratar, preliminarmente,de modificar o Regimento. daCâmara, de modo a dar cará-ter permanente às normas es-peciais de tramitação de emen-da constitucional, normas essas

portanto, nao deve ser trazido „ Ministro da Marinha, em seu choque entre policiais do DFSP ^^enfcüs.' ««¦ ?P Governo con- S»*^"1."1, a ser usadas me-

para o interior dos quartéis, Gabinete, quando íêz um am- e estudantes, por causa do au- dl.0?s para vinc«lar a questão «lan«s™Ples requerimento da

onde trará, sem duvida, como plo relato de tudo -_té mento das tarff d - .£° ™ militar a reforma agrária, de MeianÇa-

PROCLAMAÇÃO

Eis, na Íntegra, a proclama-çSo do Ministro Anísio Bote-lho: ¦; ¦•

"Os lamentáveis acontecl-mentos da rebelião em Brasi-lia, ocorridos na noite de 11para 12 de setembro, envol-vendo pessoal militar da Aero-náutica, concretizaram-se emmanifestações incontidas a mãoarmada, contra a decisão damais alta corte de Justiça doPaís. Os documentos apreen-didos e as averiguações reali-zadas certamente nos darãouma ideia. dos reais objetivosdos mentores do movimento.

A pretexto de uma reivindi-cação que tem encontrado re-ceptividade em setores da vidanacional, elementos inescrupu-losos e ambiciosos, desmedidose desajustados, mesmo, utili-zando-se da boa-fé e do espí-rito de acomodação dos menos«visados, tentaram impor, pelaforça; seus objetivos pessoais,que não condizem com os an-seios pnclficos, cristãos e de-mocráticos do nosso povo

O Governo térii manifestado,per várias vezes, o seu desejode ¦"tendimento aos lesítimòsanseios de todos os brasileiros,ajustando-os às inegáveis con-dições evolutivas da democra-cia brasileira

Entre outros de importância,

Já trouxe, danosas conseqüên-cias, atingindo até a segurançainterna. Como militares quesomos, compete-nos zelar pelasegurança nacional, interna eexterna, permitindo-se, assim,que o nosso povo encòhtre^den-tro da paz indispensável, oT_Iès=-tinos cristãos e civilizados quenos estão reservados.

Nesta, oportunidade, desejocongratular-me com todosaqueles que se mantiveram fiéisà disciplina militar, alicerce ba-silar da nossa organização,concitando-os a prosseguir notrabalho silencioso, eficiente econstrutivo dentro do respeitodevido à hierarquia militar,sintetizada na pessoa do Co-mandante-em-Chefe das ForçasArmadas, o Sr. Presidente daRepública, para que se possamanter a segurança indispen-sável às soluções dos proble-mas que nos afligem. Infeliz-mente, sou forçado a lamentar,também, nesta oportunidade, aincontida e condenável atua-ção daqueles que, não sabendomanter-se dentro dos princípiosfundamentais da estrutura mi-litpr e social, levaram ihlratV-qüilidade e a insegurança àvida democrática do Pais c, porconseguinte, aos seus próprioslares.

Tomei, em conseqüência, asmcciidas repressivas que se mi-punham e desejo 'deixar b.*>mclaro minha disposição de man-ter a disciplina e a ordem ecom elas contribuir para o res-guardo dns Instituições deino-cráticas. dever que nos é im-posto pela Constituição Fe-deral."

aspra sabe a respeito do mo-vimento rebelde. Antes, o Che-fe do Gabinete do Ministro daJustiça, Capitão-de-Mar-e-Guerra Cardoso de Castro, fêzloual relato', seja na qualida-

_rie_de reoresentante do. Minis-.tro Tio—Distrito... Federal, seja,principalmente, como um doselementos que tiveram part;ativa na operação de tomadado Ministério. fti Marinha,quando por várias horas êlee.néve em poder dos comanda-dos de Prestes de Paula.

TOMADA DE POSIÇÃO

Nos documentos encontra-dos em uoder do sargentoPrestes — a grande, maioriaanresndida na sua própria re-s i d ê n c i a — são permitidasconclusões as mais valiosas pa-ra ü inquérito policial-militar.Inclusive com relações que in-dicam que o movimento eclo-

... noDistrito Federal. De todos ósdois assuntos, o Superinten-dente de Coordenação do DFSPnão quis dar qualquer esclare-cimento, prometendo notíciaspara depois de encerrados ostrabalhes.

MISSA DE SÉTIMQ DIAOntem, o Ministério- da Ma-

rinha mandou celebrar missade sétimo dia., pela morte domotorista Antônio Francisco deMorais, do DNER, metralhadopor um fuzileiro revoltoso. Amissa foi celebrada pelo próprioCapitao-Capelão da Marinha,que, aproveitando, também re-zeu missa pelo fuzileiro Divinodos Anjcs, revoltoso, mor-to naporta principal do . Ministérioda Marinha. ¦

A noite, familiares do fuzilei-ro morto mandaram celebrarmi«a de sétimo dia, em sua in-tenção. na Igreja de Santa Te-resinha, nesta Capital.

Contos com STF contra Nei caBrasília t Sucursal i — O Tri-

bunal de Contas da União so-lidàrizoú-se com o Supremo Tri-bunal Federal em face da e.m-pnnha do Deputado Neiva Mo-reira contra o STF. tendo-sepronunciado em primeiro lugaro Ministro Brochado dá Rocha,que destacou o discurso dn Mi-nistro Luis Gallotti cm rèspús.ta ao deputado maranhense.

Além do Ministro Brochadoda Rocha pronunciaram-se osMinistros Rubens Rosa. Joa-quim Coutinho, Rogrrio de Frei-

tas, Etelvino Lins e Freitas Ca-valcanti. o procurador Cristia-no Martins e o Presidente doTribunal de Contas, MinistroVerginaud Vanderlei.MOÇÃO

O Instituto dos Advogados doBrasil aprovou, em sua sessãonoturna de ontem, uma moçãode solidariedade aos Ministrosdo Supremo Tribunal Federal"pelos atentados e injúrias quevêm sofrendo por parte de de-terminado parlamentar".

modo a exigir do Congresso aemenda ao capítulo das desa-propriações, como preço pararesolver a crise militar quenem mesmo a oposição, nomomento, parece interessadaem agravar. .

Aceita a tese, o lider do PTBpassou a defender a necessida-ac de se preparar um texto queenvolvesse a responsabilidadedo Ministério, ao qual se ófere-ceria a alternativa de íazè-loaprovar ou cair. Os Ministrospresentes aprovaram a idéia,declarando não terem apegoaos cargos, mas houve' obje-ções, principalmente do liderTancredo Neves, quanto à idéiade sè dar ao Ministério a ini-ciativa de emenda constitucio-nal, que é privativa do Con-gresso.

REMISSÃO

Ficou, então, combinado queo próprio lider do Governo re-digirá o projeto de emenda, oqual deverá ser o mais simplespossível, transferindo-se todoso.s aspectos polêmicos para alei ordinária, admitindo-se, en-¦tretãntó, a prévia fixação de,compromissos entre os diversospartidos para a fase de regula-mentação do texto constitucio-nal.

O PTB se dispõe até mesmoà retirar a sua emenda, já emdiscussão na Câmara, se íór

V

A elegibilidade dos sargentos,além do mais, segundo o Sr.Adauto. Cardoso, é problemaque transcende a área de deli-beração das lideranças, caben-do apenas ao plenário exami-ná-lo. O argumento, especioso,apenas confirma estarem as li-deranças da Câmara decididasa recusar à questão dos sar-gentos caráter de urgência.

PRIORIDADES

Reduziu-se a reunião ao exa-me das prioridades a serem da-das a projetos de destacada lm-portância, ora em tramitaçãona Câmara. Além dos já rela-cionados pelo Sr. TancredoNeves, íoram examinados: porsugestão do líder da UDN, o deação popular, o de responsabi-lidade dos agentes do PoderPúblico e a emenda constitu-cional Gabriel Passos, que tra-ta da exploração do subsolo foSr. Tancredo Neves pediu vis-ta, devendo dar seu parecer nareunião de quinta-feira próxi-mal; o projeto que trata demandado de segurança » o deações ao portador, pedindo vis-ta do último o Sr. MaurícioGoulart, cio PTB: o Sr. Mar-tihs Rodrigues propôs, a íoiaprovado, que se constituamComissões Mistas da Câmara etio Senado para examinar a Leido Inquilinato, a Lei Eleitorale o projeto de Estatutos dosPartidos.

4 — 1.» Cad,, Jornal do Brasil, 6.*-felra, 20-9-63

Goulart disseColuna do Castello

a Tito que Brasil nao é de blocos

Goulart vincula a reformaagrária à crise militar

Brasília — O Deputado Magalhães Melo,autor da primeira emenda dos sargentos, en-tende que, por trás âo compasso de esperadeterminado pelos líderes parlamentares comrelação ao assunto, existem problemas queescapam ao seu entendimento. Acha êle, porexemplo, que o Sr. Bocaiúva Cunha, lider doPTB, está interessado na imediata aprovaçãoda emenda, tendo ouvido ão Ministro áa Jus-tiça manifestação ãe idêntico desejo. Naopode, portanto, concordar com a afirmativade que o Governo deseja que decorra tim pra-so de nojo antes ãa aprovação áa emenáa,pois o Sr. Tancreáo Neves, que enáossa talpònto-áe-vista, não seria mais representanteáo Governo áo que o Sr. Abelarão Jurema ouo Sr. Bocaiúva Cunha. . • ¦

O Sr. Magalhães Melo, áe resto, ja pre-parou um adenào a sua emenáa, visando aatender á exigência dos generais de que atransferência para a reserva se dê com o re-gistro áos candidatos. O adendo atende emparte a essa pretensão, pois por ela, com oregistro, o militar é agregado ao quadro e socom a diplomação transferido para a reserva.A transferência para a reserva com o simplesregistro eqüivaleria à criação áe âificuláaáesincompatíveis com a réaliâaâe brasileira. __

O Sr. Jurema, áe resto, numa reuniãopela maârugaáa, na casa âo Sr. Darci Ribei-ro, explicou aos lideres, sua'participação naemenda Leopoldo Peres (a qual .ja contanúmero áe assinaturas suficiente a sua apre-sentação) e manifestou sua estranheza pelareceptividade ãos seus companheiros âa lide-rança do Governo ao que diagnosticou comouma intriga da Oposição — ade que preten-ãe se sobrepor ao líâer.

Afirma'o Sr. Magalhães Melo que, nocaso âa emenáa constitucional âos sargentos,os liâeraáos não estão âe acorâo com os liâe-res e querem votar já a moâifiçaçao legal, aemaneira a levar a tranqüiliáaâe aos quartéis.Aâmite que não haja interferência âe gruposmüitares hostis. O que há é o propósito âemontar na cruz âos sargentos a emenáa áareforma agrária, como se afirmou na reuniãoâo Ipê: O Presiáente, que está convencido áeseu fortalecimento após a crise pelo fracassoâe articulação âe áireita ou âe esqueràa con-tra seu Governo, acha que assim a reformaanâará, pois a pressa não será mais áele, masâos quartéis.O segredo

No capítulo áas coisas aináa não escla-reciâas, esta a conferência áo Ministro áaGuerra com o Presiáente âa República, ante-ontem, em Brasília. ' ,

Até o momento de iniciar-se a conferèn-cia, o Ministro ãa Guerra não havia ofereci-âo qualquer âesmentião às notícias ref crentesao-estaáo de sítio, que vinham senão divulga-das há ãois-ou três âias. No aeroporto, emBrasilia, recebenão apreensivos políticos âoPSD, silenciou sobre o assunto. O Sr. JoãoGoulart, atê o momento ãe recebê-lo, era umhomem abatiáo por tremenãas preocupações.A conferência foi, portanto, áecisiva, e, nelaé que o assunto foi esclareciâo. Os âesmenti-âos foram conseqüência. Aquilo que o Sr.Aâauto Caráoso chamar'" âe "tentativa âesangrar". ¦ > ,;

Tito vai ao Rio de janeiro¦ O Marechal Tito irá do Rio áe Janeiro. Ma-

ni}estou êle o áesejo áe visitar a antiga Capi-tal, incógnito, pois gostaria âe submeter-se aum chek-up no Hospital áos Serviáores âo Es-tado, em face de informações que lhe chega-ram sobre o excelente serviço áe controle âepressão arterial ali existente. O hospital estáâe resto mobilizaâo para receber o Marechal.O Presiáente João Goulart, atenãenâo ao âe-sejo manifestaão pelo Presiáente âa Iugos-—láma~d^sejxrque-stttt^sÍtarîoÛ&-seja-oficial.—

O Marechal Tito irá também a São Pau-lo, aceitanão o Sr. João Goulart o ofereci-mento áo Sr. Assis Chateaubrianâ áe hospe-dar naquela Ciâaâe o Chefe iugoslavo.

São Paulo é a fonteO Ministro âa Justiça assegura que tô-

ãas as informações colhiâas pelo Governo sô-bre bbatos alarmistas coinciâem em apontarSão Paulo como fonte e origem âe tudo.

A convicção da MarinhaNo Ministério âa Marinha, com as inves-

tigações em curso sobre a revolta âos sar-gentos, vai-se consoliâanâo a impressão queos oficiais âo Gabinete, ão Ministro tiveramâesde o primeiro momento: — A ãe que arevolução foi de inspiração comunista. Nomomento em que o Ministério foi assaltado,segunão consta âo inquérito, um sargento es-clareceu ao oficial âe ãia "que se tratava âeimplqntar uma "República sem hierarquia".

As autoriãaães âa Marinha, com relaçãoà presença de civis, dizem que não estão vi-sando especialmente às ativiãaâes âo Sr.Neiva Moreira ou âe qualquer outro ãepu-taão, mas que não hesitarão em seguir seurastro âesãe que apareça no curso áas pes-quisas.O sargento Roncalli

O Sr. Neiva Moreira propõe que os sar-gentos tomem'como patrono âe sua causa oPapa João XXIII, que, na Primeira GuerraMunâial, serviu no Exército como o sargentoRoncalli.

Jango e os lideres bancáriosO Sr. Abelardo Jurema trouxe a Brasi-

lia, anteontem, os líáercs bancários para con-versar com o Presidente. E pôde observar pes-soalmente a intimidade do Sr. João Goulartcomi os dirigentes sindicais. "O homem", disse,"tem mesmo autoridade sobre essa gente".

Carlos Castello Branco

Brasília — (Sucursal) — Apaz mundial foi o tema centraldo discurso-com que o Sr. JoãoGoulart saudou o Presidente daIugoslávia, Marechal Tito, nobanquete que lhe ofereceu on-tem _ noite no Palácio do Pia-nalto, quando o Presidente bra-sileiro disse que o Brasil nãopertence a blocos, mas integraum sistema e tem todas as con-dições para lutar pela convi-vencia pacífica.

O banquete, teve 'inicio ãs2lh I5m, ho Salão Verde: doPalácio, minutos após a solem-dáde realizada no Salão da_Bandeiras, quando, çom, a pre*sença de todo seu Ministério eda comitiva visitante, o Presi;dente Goulart condecorou oMarechal Tito com o Grand.Colar da Ordem do Cruzeiro á"Sul. '

f íl-, , wMÊm.

Vulto de TitoAinda está vivo na memô-

ria de todos nós — acrescentouo Presidente Goulart — o vultoda destruição causada pelo últi-mo conflito mundial ao territó-rio de seu-país, como tambémtemos presente a grave e pesa-da tarefa que representou paraos povos Iugoslavos, reunidosein uma nova comunidade po-litica e social, a sua grandeobra de reconstrução.

Na pessoa de V. Ex.* re-cèbémos o lider de uma nação

altiva e generosa que, atravé»de sua longa história, soube es-crever páginas memoráveis deconstante afirmação nacional.Tornou-se V. Ex." conhecido e

. admirado de seus contemporâ-neos, não só pela ação heróicae legendária qué desempenhouà frente do comando das forçasde libertação nacional, comotambém pela atuação que de-senvolve em favor do convívirpacífico entre as nações.

Novo ciclo. írr. A visita de V.. Ex.*'acon-

tece .no momento .'em.' qúe o Bra -sil' atravessa o' limiar' de umnovo ciclo de sua existência,dominado por um. irresistívelimpulso de renovação. Govêr-no e povo, numa comunhão deesforços criadores, estão pro-curando conduzir a Nação aoencontro de seus altos destinos.Também a politica externa bra-

dar uma contribuição positivaaos problemas básicos de nossotempo e às grandes causas daHumanidade. ¦¦

— A vocação pacifica é umtraço característico da alma dopovo brasileiro e de suar exis^tência politica. E o Brasil par-ticipa do esforço daqueles pai-ses que defendem a necessidadede uma tranqüila evolução na

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sileira passou a viver uma nova ' comunidade internacional, con-

fase. projeção nítida dó èsfôrco* denando sempre o recurso r.da Nação inteira, que deseja violência.

' Mundo dividido

Tito foi saudado como "herói,

no Supremo Tribunal Federal

— O Brasil não pertence ablocos, mas integra um siste-ma. Não aceita que a atual dl-visão do mundo em dois cam-pos' seja um traço permanentenas reIaçõés internacionais.Considerámos que a cisão dehoje já começa a ser felizmen-te superada pela dinâmica doprocesso histórico. Devemos,porém, considerar sempre umalneludível realidade: a dlstân-cia que separa, de maneira

crescente, países industrialistasdc países economicamente sub-desenvolvidos.

— Para corrigir esta divisãodo mundo, é Indispensável umesforço internacional, tantodas nações capitalistas, quantodas socialistas. Acreditamos queesta colaboração permitirá dis-tribuir, eqüitativamente, os be-nefíciosdo progresso da ciên-cia e da tecnologia entre todosoi povos do mundo.

Reforma da ONU—... ainda no quadro dos

objetivos da política externabrasileira — disse o Sr. JoãoGoulart — anima-nos mais umpropósito: o de lutar pela re-íorma da Carta das NaçõesUnidas. Julgamos- ser chegadoo momento de adotarmos certas

medidas para corrigir suas de-íiciências, de modo a que aquê-le organismo possa cumprirmelhor suas funções e que suaestrutura responda às condi-ções atuais do mundo em quevivemos. -

Reformulação do comércioAnteriormente, o Presidente

João Goulart já discursara an-te seu visitante, no encontroentre ambos realizado às llh,no Salão de Despachos do Pa-lácio do Planalto, onde o as-suntoíql o intercâmbio comer-ciàl entre os dois paises.¦•— O Brasil acredita — disseo Sr. »João Goulart —- que, à,vista da estreita correlação exis-tente entre a estrutura do co-mércio internacional e o pro-

blema do desenvolvimento eco-nômico, somente uma reformu-lação ém profundidade das nor-mas e práticas que atualmenteregem as. relações econômicasinternacionais permitirá que ocomércio mundial possa' desèm-penhar seu papel legitimo' de"instrumento para a aceleraçãoe a sustentação do crescimentoeconômico dos países em desen-volvimento.

Trocas pequenasA despeito do interesse re- Assim é que às vezes as transa

velado nos' últimos ¦ tempos, nosentido de expandir o comer-cio entre os dois paises, o vo-lume das trocas entre ambos éainda relativamente pequeno ede comportamento irregular.

ções globais (exportação maisimportação) .chegaram a subira 35 milhões de dólares para.outra ocasião, descerem a ape-nas 4 milhões.

Acordo— As autoridades brasileiras

estudam, no momento, as pos-sibilidades de um .melhoraproveitamento dos créditosconcedidos pela Iugoslávia aoBrasil, no valor global de 120milhões de dólares, para com-pra de bens de capital e paga-mento de serviços técnicos,

Acreditamos que, para o apro-veitamento desses créditos, vi-rá contribuir decisivamente ofuncionamento do Grupo Misto_de Cooperação' Industrial, ob-jeto do acordo que deverá serassinado amanhã por nossosdois Governos.

Comissão mistaA Comissão Mista_Br_asil-_

Iugoslávia-qüeêsta elaborandoos protocolos que serão firma-

-dos, amanhã,_pelns dois PresU

-niali—Eihbaixador Jaksa Pe-tric, da Secretaria de Estadodas Relações Exteriores; Ge-

_neral Petar—Babic,—éhefc-do~dentes é integrada, pelo ladobrasileiro, pelo Chanceler (in-teriho) Bolitreau Fragoso: Em-baixador Jaime Azevedo Rodri-gues, Secretário-Geral Adjun-' to pára Assuntos Econômicos;Ministro Aluisio Régis Bitten-court, Secretário-Geral Adjun-to para a Europa Oriental eÁsia; Primeiro-Secretário Oví-dio de Andrade Melo, Chefe daDivisão de Politica Comercialdo Itamarati; Primeiro-Secre-tário Celso Diniz, Chefe da Di-visão da Europa Oriental e Se-cretários Mauro Azevedo e Jó-rio Dalster.

O grupo iugoslavo é formadopelos Srs. Mijalko Todorovic,Vice-Presidente da AssembléiaFederal; Koca Popovic, Chan-celer; General Ivo Rukavlna,Vice-Ministro d'e Estado daDefesa: Bogdan Crnobrnja, Se-rretárlo-Gçral do Presidente daRepública; . Mari jan Barisic,Embaixador no Brasil; TomaGrarifi 1, Diretor-Geral do Ban-co Iugoslavo do Comércio Ex-terior: Embaixador SlovenSmodlaka, Chefe do Cerimo-

Gabinete do Comandante Su-premo das Fôrçãs Armadas;General Luka Bozovic, Aju-dante-de-Ordens do Coman-dante Supremo dns Forças Ar-madas. Como intérprete, estáfuncionando o Sr. Franro Ea-cie.

A Comissão mantém-se, prà-ticamente, em sessão perma-nénte e deverá concluir seustrabalhos, na tarde de hoje.Ontem, depois da cerimônia deinstalação, retiraram-se os doisPresidentes, cêrca das 11 h25 m, "Ocasião em que o Sr.João Goulart afirmou:"Peço permissão às delega-ções brasileira e iugoslava parame retirar, "em companhia doSr. Presidente, deixando que' os membros das duas delega-ções continuem examinando osassuntos de fundamental im-portancia para ambos os pai-ses, dentro desse espírito co-mum e no Interesse de inten-sificar por todos os meios essecomércio e estreitar as nossas,relações."

Brasília (Sucursal)- — Com oedifício totalmente cercado pormilitares do Exército e um poli-clamento Interno e externo Ja-mais visto, o MarechalJoslp BrozTito visitou ontem. ás 16 horas, oSupremo Tribunal Federal, ondeíoi saudado como herói-da liber-taçfio de seu pais.

Na entrada prinqipal, Tito íoi¦ recebido pelo Ministro AntônioCarlos Laíniete de Andrada, Pre-sidente da Corte, e pelb Procura-dor-Geral da República, Sr. Cân-dido de Oliveira Neto. O visl-tante íoi introduzido, em segui-da. na sala de sessões do Trlbu-nal, Já àquela altura literalmentetomada.

POLICIAMENTO.

O policiamento ostensivo, ln-clusive na sala de café dos rai-nistros, onde o Marechal íoi brin-dado com uma taça de champa-nha, desagradou membros da Su-prema Corte. O Comandante dopoliciamento, Coronel Amaral,justificou o .aparato, mostrando- a inúmeros ministros um tele-grama enviado a Brasilia peloServiço de Informações e Contra-Informações do II Exército, dan-do conta de que croatas residen-tes em SSo Paulo Juraram que oPresidente da Iugoslávia nào sal-ria vivo de Brasilia. Os respon-sávels pela segurança do vlsltan-te acreditam que se encontramem Brasília inimigos , politicos. 1o

' Marechal prontos..para., atentarcontra a sua yldá. «!¦¦«»-

SAUDAÇÃO ÃO HERÓI

Em nome do STF o Presiden cêda Iugoslávia íoi saudado peloMinistro Vítor Nunes Leal, querealçou, primeiramente, a ílgurvlendária do Marechal e "herói dalibertação do seu pais". Disse *seguir que a visita é um passoImportante para a mútua com-preensáo dos dois povos, que ago-ra começam a se aproximar -.

E cont-iiuou o Ministro VitorNunes Leal: "Os nossos dois pai-ses tém um problema íundamen-tal, comum, porque lutamos am-bos contra o subdesenvolvimento,convencidos de que nílò é umafatalidade eterna, porém umacontingência histórica, que pode-mos, desejamos e conseguiremossuplantar._Para ê_se_problema co—rnüm, pelas nossas diversas con-dições sociais e políticas, os nos-os-povos estáo abrindo e palmi-lhando caminhos diferentes.- AIugoslávia Incrementou o seucombate ao subdesenvolvimentono próprio bojo da guerra con-tra o invasor Implacável, quandoas elites tradicionais haviam de-sertado.

Os vencedores dns 'tropas es-trsngciras, na dinâmica das duas

_lútas_ simultâneos—transformaram--completamente as instituições po-líricas, acreditando que era esteo rumo certo. Entretanto," a ba-talha cm que se empenha o Bra-sil, contra a pobreza, a lgnorãn-cia t a dependência econômica,

está sendo travada no âmbito dosquadros políticos tradicionais. En-quanto a Iugoslávia preferiu oprincipio da unidade e concentra-çáo do Poder, o Brasil adota oprincipio da divisão dos Poderes,com a interpretação que exige acomplexidade da vida moderna.

O Ministro Vitor Nunes Lealdestacou, a seguir, a atuaçáo doMarechal Tito em pro! da paz npela Independência dos povos.Considerou-o um dos precursoresda competição sem guerra, sallen-tando -a convenção das maloreipotências para a proscriçao parcialdás provas nucleares e augurou"que n&o demorará o dia da su-pressão total das armas atômicas,como etapa avapçada do desarma-mento geral a que aspiram todosos povos, para a paz e segurançada humanidade".

BEASIL E IUGOSLÁVIA

A seguir, o Presidente Joslp BioaTito pronunciou um discurso, n»sua lingua, traduzido em seguidapelo Intérprete. — Em nossa' cola-boraçãò — disse — até agora «.sobretudo, por ocasláo das trocaide opiniões que se têâi vcrlílcn-do, ultimamente, evidenclou-s»que entre o Brasil t a Iugosláviahá m,*iltos pontos de contato epontos-de-vista afins sobre os maisimportantes problemas Internado-nais, bem como sobre a maneira

, de solucioná-los. Os nossos povos, estão profundamente consolos de

que só em paz podem assegurar' o". seu desenvolvimento e o seu me-

lhor futuro. Por Isso, os nossosdois paises procuram, dentro dassuas possibilidades, contribuir pa-ra o fortalecimento da cooperaçáoInternacional construtiva e para adiminuição das tensões no mundo,

— Estou convencido de expres-sar também a vossa opinião,quando digb que, para.o ulterlordesenvolvimento da proílcúa co-laboraçáo entre o Brasil e. a Iu-goslávia, há náo apen.is posslbi-lldndes reais, mas também o de-sejo de ambas as partes de queessas possibilidades sejam aprovei-tadas em beneficio dos nossos po-vos e da comunidade internado-nal.

. — Desejaria dizer, neste lugar,que, em nosso pais, os princípiosfundamentais c os objetivos dapolitica exterior que partcm_dacoexistência pacífica íoram erigi-dos em disposições constitucionais,determinando, claramente, o lugare os anseios da República Sócia-lista Federativa da Iugoslávia nacomunidade Internacional. Segun-do a nossa nova ConstitulçSo, qu»reflete a realidade existente e dc-termina as diretrizes para o ul-terior- desenvolvimento em todosos campos, a Iugoslávia íunda a«suas relações internacioftals emprincípios jj tle i neluein também os"conhecidos

princípios da Carta dasNações Unidas. Devotada a essesprincípios, a Iugoslávia, à seme-lhança do Brasil, empenha-se pelamultiforme coiaboraçfto com esoutras nações « cpm os outrospovos.

Bancos fechados e crise

política dão prejuízo de 24milhões diários ao Rio

O Secretário de Finanças, Sr. Mário Lorenzo Fernan- jjdes, revelou ontem que a Guanabara vem sofrendo um pre-juízo diário da ordem de Crs 24 milhões, com a série de«feriados bancários e a instabilidade politica, que provo-cam uma queda de oito por cento na arrecadação estadual,estimada em CrÇ 320 milhões.

O Sr. Mário Lorenzo Fernandes, que prestou essas ln- .,•formações em entrevista coletiva à imprensa, focalizou o- :.projeto de lei, ora em discussão na Assembléia Legislativa,que determina o fechamento de alguns setores do comércioaos sábados, medida que considera prejudicial ao Estado.

MATÉRIA DISCUTÍVEL

Depois de salientar o fato deque algumas firmas interessa-das em cessar o expediente aos _sábados no centro da cidade,conforme vêm anunciando nosjornais, estão dispostas a man-ter o comércio aberto nos bair-ros, o Sr. Lorenzo Fernandesafirmou que a matéria é aindabastante discutível "e demons-tra mesmo aspectos os maisvariados, fazendo crer-que, emtese, o que vai ser impedido é

o comercio no centro". Em se-

guida, fêz um apelo à pòpula-ção carioca, para que não guar-de seus comprovantes de com-pra, trocando-os logo .peloscertificados do-concurso—Seus-Talões Valem Milhões.

— Notamos que a queda natroca é muito grande em re-Jação ao montante das compras.É preciso que a troca seja íei,-ta com rapidez para que a Se-cretaria não fique com um vo-lume imenso de certificados, o'que dificulta o trabalho de fis-calização — concluiu. -

Bancários voltam hojeao trabalho para dar

prejuízo a banqueirosReunidos ontem em assembléia-geral no Automóvel

Clube do Brasil, os bancários da Guanabara resolveramretornar hoje ao trabalho, porque, segundo o Presidentedo Sindicato dos empregados, a reabertura dos bancos numasexta-feira "causará grande prejuízo aos banqueiros",

O Presidente do Sindicato dos Bancos, Sr. Jorge deMelo Flores, disse que os empregadores continuam firme?em sua decisão de não aceitar as propostas dos emprega-dos e que não acredita em corrida bancária hoje, "porque

nem isso a situação inflacionária do Pais permite".A DECISÃO Segunda-íelra próxima, ban-

queiros _ bancários de Brasíliaráo encontrar-se para, um últimoentendimento.

O Presidente do Sindicato dosBancários convenceu a classe cmjretomar ao trabalho,* íazendo aseguinte argumentaçáo:

1— .Será uma demonstração deconfiança no Tribunal Regionalrio Trabalho, que Julgará hoje,ás 13 horas,

~õ~mssTHTo~suscltltm>—l»ta_ _lí--___-l___tiiras para um re-querlmento, pedindo a. constitui-

INQUÉRITO

O Deputado Marco AntônioIniciou ontem na Câmara a co-

Policiamento não deixou <rue ovisitante passeasse à vontade

Homenagem a Sr.* BrozNo late Clube de Brasilia. às

13 horas, a Senhora Maria Te-resa Goulart homenageou, comum almoço intimo, a SenhoraJovanka Brcz Tito.

Na ocasião, a Primeira Damado Brasil presenteou a Primei-ra Dama da Iugoslávia comüm belissimo colar de BurleMarx, jóia moderna com pedraspreciosas brasileiras.

Retribuindo, a Sr." Broz cie-receu à Legião Brasileira deAssistência, por intermédio daSr.» Maria Teresa Goulart um

mederno aparelho de raios. Xanunciando; que mandaria téc-nicos iugoslavos, brevemente, afim de instalá-lo.

Compareceram ao almoço, co-mo convidadas, as Sr"s. Boli-treau Fragoso, Ploven Modlá-ka, Zlata Almuli, Marijan Ba-risic. Hermes Lima, Jair Dan-tas Ribeiro, Evandro Lins, Dar-ci Ribeiro, Hugo Gouthier, Sou-sa Mota, Pio Correia Júnior, Bo-

' caiúva Cunha, Américo Vargas,Válter Ataide, Oliveira Castro,Maria Moreira e Iara Vargas.

Cerco de segurançaNão se modificou o cerco

de segurança em volta do Ma-rechal Tito, nesse segundo diade sua estada em Brasilia. Asmedidas são tão rigorosas quechegam a ser incompreensíveis.De manhã, uma hora antes dachegada do Presidente da Iu-goslávia ao Palácio do Planai-to. numerosos policiais inter-romperam, totalmente, o trán-

sito nas proximidades do Con-gresso Nacional, a um quilo-metro da sede dú Governo, emconseqüência, centenas de tra-balhadores que se destinavamã Vila Planalto, Dó-Re-Mi,Acampamento Rabelo e Bra-siiia Palace tiveram dc retor-nar à estação rodoviária eaguardar horas inteiras a rea-bertura do tráfego.

Brasilia (Sucursal) — Qucbran-do o rígido protocolo .estabelecido,o Marechal Tito aceitou ontemconvite do Coronel Carlos Calrolle saiu em grande comitiva paravisitar a superquadra 114, retor-nando após pçla Avenida W 3, queficou com o trânsito Interrompidoante o Inesperado movimento.

A superquadra 114 * onde re-sldem as principais . autoridadesdo DP bem como representantesdiplomáticos de várias naclonall-dades. É considerada a melhorsuperquadra residencial do Dlstri-to r.deral,'' dal o Interesse emmostrá-la ao visitante.

Na oportunidade da visita, oCoronel Carlos Calroll, que resideno local, convidou c Marechal Titoa acompanhá-lo á sua residência,v. ílm de recepcioná-lo. Mas a

guarda que acompanhava o Presi-dfnte iuçoslavo, e que integra oseus dispositivo de segurança, de-«aconselhou tal visita, tendo oMarechal Tito retornado pela A\ _-nida W-3.

RUAS TRISTES

A íalta de brilho na recepçãoao Marechal Tito em Brasília —

ausência de bandeiras, brasões ou

qualquer outro ornamento nasruas por onde passou o Presidenteda Iugoslávia — foi ontem regis-tir.da na Câmara pelo DeputadoDaso Coimbra, do PSD llumincn-

oue lançou tim apílo ao Pre-íeíclto Ivo de MagalhSes para quecorrija o t-rro enquanto há lempo.

Assinalou inclusive o Sr. Da«oCoimbra que o Departamento deTurismo da Prefeitura foi total-meate omisso na, rcccpçSo do Ma-

rechal Tito e que nenhuma lojade Brasília ornsmontou as suasvitrinas com artigos brasileiros eIugoslavos e nem a costumeiraIlumlnaçáo dos prédios públicosda Capita! foi mantida para ale-gr.-.r a passagem do visitante.

Às 18 h, no Palácio do Planalto,os Presidentes do Brasil e da In-goslávia assinarão a. DeclaraçáoConjunta e os acordos bil/item!5,elííéorados por uma comissão mis-ta de representantes de ambos ospaíses.

No seu terceiro dia de visita aoBrasil, o Marechal Tito cumprirá,ainda nesta Capital, o seguinteprograma:

10 horas — Encontro com oPresidente Goulart, na Sala deDespachos do Palácio do Planai-to, para exame dos trabp.lhos járealizados pela Comissão Mista;

16 horas — Visita no CongressoNacional;

17 horas — Passeio na lanchaGilda (do Presidente Goulart) nolago de Brasília;

18 horas — Assinatura da De-claraçâo Conjunta e dos acordosbilaterais;

21 horas — Banquete e recepçãooferecidos pelo Presidente da Iu-goslávia e Senhora Broz ao Pru-sidente Joáo Goulart t SenhoraMaria Teresa Goulart.

PESCA

O Marechal Tito Irá sábado __Fazenda de Uruaçu, onde pesca-rá cm companhia do PresidenteJoão Goulart. Domingo, o Chefedo Governo da Iugoslávia estaránovamente em Brasília onde 11-cará r-it segunda-íelra.

pelo Sindicato dos Bancos.¦ 2- — O retorno ao trabalho

atenderá aos interesses Imedia-tps dos demais trabalhadores emanterá a simpatia popular pelacaufa dos bancários.

SEM CONCILIAÇÃO

O Presidente . do Tribunal Ke-glonal do Trabalho, Sr. CésarPires Chaves, reuniu ontem, às15 horas, os representantes dosbanqueiros e dos bancários, paratentar' uma última conclliaçSoentre as duos classes, o que náoíoi possivel.

Às 18 horas, o Sr. César.PiresChaves encerrou a reunlào, dian-te da Intransigência dos duaspartes, e anunciou o Julgamen-to do dissídio para a tarde dahoje.

O julc.\m:_ 10

Funcionará como revlsor nojulgamento do dissídio coletivo,o Sr. Geraldo Otávio, sendo re-lator o Sr. Álvaro F. da. Costa.

A presidência caberá ao Sr. Cé-' sar Pires Chaves c os demaisJuizes serflo os Srs. Gessi de Pai-va, Geraldo Machado, Abel Bas-tos, José pelse Raimundo Nonato.

BRASÍLIABrasília (Sucursal) — O Pre-

sidente Joáo Goulart recebeu on-tem uma comissão de lideres ban-carlos, aos quais disse o Go-vêrno está fazendo esforços paiaque as reivindicações da classesejam atendidos e para que osbancos reabram suas portas omais cedo possivel.

Os .representantes do bancáriosmanifestaram sua confiança napalavra do Presidente da _..cpú-blica e prometeram envidar cs-íorços. para melhorar as relaçõesentre empregadores e empregadosem bancos.

REIVINDICAÇÕES

Os bancários do Distrito Fe-deral ainda não deflagraram agreve que vêm anunciando hádios, após baldados os esforçosparo um entendimento entre cm-predadores c empregados.

Oí bancários de Brasilia. relvln-dicam, aiém de um aumento nabase de Wo. mais SOî à guisa.<le mela dobradinha (diárias deBrasíliai, salário-familia de CrS 4mil e outras vantagens, com asquais náo concordam os banquei-ros, que se dispõem a conce-der \im aumento geral na basefie 50%.

çáo de uma Comissão Parlamen-tar de Inquérito, destinada ain-re=tigar a situação do sistemabancário nacional. Sáo os seguin-tes os pontos sugeridos para- ins.vestlgaçáo pela CPI:

1 — Lucros do sistema banca-rio: 2 — Distribuição tíe créditospara os pequenos e médios pro-dutores e comerciantes; 3 — Re-desconto no Banco do Brasil; 4 —Operações cambiais; 5 — Obten-ção de cartas-patente; * — Taxose jure» bancários; 7 — Sigilobancário.

SÀÓ PAULO SUSPENDE-Sáo Paulo (Sucursal) — Os ban-

cárlos de São Paulo decidiramsuspender a greve de advertência,deflagrada há 48 horas. A'decisãoé conseqüência da "disposição dosbancários de não prejudicar opúblico que se serve dos bancos ináo pressionar a Justiça do Tra-balho do' Rio de Janeiro, que de-vera Julgar hoje as reivindicaçõesdos bancários cariocas".

Deliberaram Igualmente man-ter-se em "estado de greve", a-guardando a convocação de novaassembléla-gerol a qualquer mo-mento.

O Presidente do Sindicato dosRoncos, - Sr. José Adolfo SilvaGordo, disse que "os bancos estáopreparados para reabrir e funcio-nar normalmente". ¦ O Sr. JoséAdolfo Silva Gordo fêz a declara-Cão ao terminar uma reunião ÍHt..formal com o« diretores de váriosbancos na serie do Sindicato dos .Empregadores,

RECIFE

Recife (Correspondente) — OTribunal Regional do Trabalhoconcedeu ontem aos bancáriospernambucanos um aumento ds-,5% sobre os salários atuais, comminlmo de CrS 25 mil; abono pro-visório de 35TJ em março; anuènloaté o 4.» ano de CrS 800; quin-qüénio de CrS 4 375; salário mi-nimo profissional: portaria, omínimo e mais 30%: contabilida-dc. o mínimo e mais 50%; te-souraria, o minlmo e mais 70%;quebras e riscos, 1/12 do saláriomensal, creditado até o montantede um mês de salário e pagavmensalmente a diferença que ul-trnpassar esse valor: adicionalmínimo de chefia (comissionadaou não) de 50% do salário mini-mo; reajuste de salários dos ban-c&riOS quando majorado o saláriominlmo, equivalente à diferença;10% da diferença do salário do1.° mês após o aumento irão paraa caixa do Sindicato,

Jornal cio Brasil, 6.n-fc!ra. 20-9-63, 1." Cad, — 5

HONRA AO MÉRITO

wm^ÊÈHB____\i &$•&____ *^'--^S^inkíàWÊi mÊf^__J__m'¦ '• 'V^^1^B ___\-mWk$fèvSÍ£%R___m _n_B______ JiB ___\ ____B__Wr

O JORNAL DO BRASIL dis-tinguiu ontem, com Meda-lhas de Mérito, em cerimô-nia simples no Gabinete daSuperintendência, os exímiosvolantes brasileiros Bird Cle-mente e Mário César áe Ca-margo, o Chefe ão Departa-mento ãe Esporte e Teste, '¦

Sr. Jorge Lettry, e o Gerenteãe Venáas, Sr. L.iBilyk, to-áos áa equipe ãa Vemag.Após a cerimônia — duran-te a qual usaram da pala-vra os*Srs. Bernard Cam-pos, Superintendente do JB,e L. Bilyk, o Sr. ÁlvaroMarins, áa Gávea S. A.,ojereceu um coquetel aosautomobilistas, nas âepen-ãências áe sua loja, com apresença áo Sr. F. Willmar,áa CIN. A foto mostra, áaesquejãà para a ãireita, BirdClemente, Jorge Lettry, L.

Bilyk e Mário César.

Instaladaa CPI docontrabando

Brasília (Sucursal) — Insta-lou-se, ontem, na Câmara aComissão Parlamentar de In-'quérito, que investigará a exis-tencia legal, atividades e irre-gulariclades do Serviço Federalde Prevenção e Repressão deInfrações contra a Fazenda .Nacional, requerida pelo Si-,Arnaldo Nogueira da UDN ca-rioca; que se inspirou na série.,de reportagens publicadas noJORNAL DO BRASIL.

Foram eleitos Presidente' eVice'os Srs. Flores Soares(UDN) e Filadelfo Garcia,(PSD), sendo designado rela-tor o Sr. Tufy Nassif, que re-presenta o PSP. .

Virgílio vê

Sunab aprova plano paraconter preços da carne,que vai ter tabelamento

Após mais de quatro horas de .debates, o Conselho.daSuperintendência Nacional do Abastecimento resolveuaprovar, ontem, o plano de contenção';'dos preços da carnee que estabelece o tabelamento do boi em pé, a partir de1 de outubro, em CrS 4 200 á arroba e da carne (l.a e 2.a)em CrS 350 e Cr$ 240, dó atacado.para o varejo.

Os preços do produto nos açougues serão fixados combase na de média cobrada pelos açougueiros, segundo pes-quisa recentemente feita pelos órgãos especializados dasForças Armadas. A Sunab informou que não estabeleceráqualquer cota de aquisição para os consumidores, os quaispoderão comprar_a quantidade que desejarem.

consumidor, a manteigaPESCADO

A Superintendência do De-senvolvimento da Pesca, medi-ante acordo firmado com a Su-n à-b, vai continuar a vender,hoje, o pescado popular na Cen-trai, Leopoldina, Penha, Viadu-to de Madureira e Praça Ser-zedelò Correia.

Os peixes mais vendidos têmsido a sardinha (CrS 70), a cor-vina (Cr$ 100) e a pescadinha(Cr$ 130).

MANTEIGASegundo queixas dos distri-

buidores ao comércio varejistade laticínios, a manteiga estádesaparecendo cio mercado, Umavez que o tipo tabelado (co-mum) não pode ser comerciali-zado, pois os preços oficiais nãocompensam, estando muitoaquém do real custo dè pro-

. dução.Alegam que, déste modo, sô

trabalham com o artigo de qua-lidade extra, que não está ta-belado, e — ainda assim — têmque cobrar para o varejista 800cruzeiros, chegando por vezes, opreço a CrS 820 e Cr$ 850. Pa-

ra o consumidor, atem que ser cobrada, de acôr-do com estes preços, num mi-nimo de Cr$ 1 008.BABAÇU E ARROZ

O cargueiro noruegéz Mi ti-gard chegou dos portos de SãoLuís e Tutoia (Maranhão) comum carregamento de 3 928 330quilos de óleo de babaçu e ....226 997 quilos de óleo de tucum,consignados a dievrsas firmasindustriais e químicas da Gua-nabara.

Outro cargueiro, o Cidade deManaus, trouxe de São Luis,.para a.popúlação carioca, 23 700.sacos de. arroz com 1 422 000quilos.FALTA FEIJÃO

Porto Alegre (Correspondeu-te) — O quilo do feijão subiuesta semana de CrS 90 paraCr$ 140, havendo ameaça deque venha a faltar de vez nomercado.

A alta e a ameaça de desa-parecimento do produto são de-corrência da compra, pelo Ban-co do Brasil, de toda a safra dóEstado, que foi remetida parao Rio e São Paulo.

Grupo-Tarefa da Marinhana Operação-Unitas recebeordem urgente de regresso

. O Grupo-Tarefa da Marinha do Brasil, que encerroudomingo último sua participação na Operação-Unitas IV,chegou ontem ao Porto do Rio de Janeiro, atendendo adeterminações superiores de rápido regresso, em vista doregime de semiprontidão. ordenado pelo Estado-Maior daArmada, como conseqüência da previsão de crises que se-riam geradas por novas greves na Guanabara.

A ordem do Estado-Maior da Armada não prejudicoua participação do Grupo-Tarefa, pois só chegou às mãosdo comando brasileiro na altura de Mar dei Plata, localprevisto para o desligamento da representação brasileira,mas a programação de.regresso, que estipulava uma escalados navios-brasileiros em Florianópolis, onde seriam home-•nageados pelo Governador de Santa Catarina, foi sus-pensa.

Denúncias Consultor eCeará enl* paz ãeAbele nega boato

Fortaleza (Correspondente)— O Governador Virgílio Távo-ra declarou que todo o Estadose encontra em perfeita tran-qüilidàde e com isso desmentiuinformação divulgada no Rio,por um vespertino, segundo aqual â situação no Ceará esta-ria tensa e ameaçadora.

Acrescentou o GovernadorVirgílio Távora que a paz serámantida em toda circunstânciano Estado, pois as autoridadesestão em condições de. preve--nir e reprimir qualquer movi-mentqj£iid(ordeiiípública.

vao a IvoaEMFAcómo

caso "Minas"Brasília (Sucursal) — As de-

núncias do Deputado Abel deRafael Pinto contra o Sr. Ivode ¦ Magalhães — entre asquais a que comprou j:e_u cargodo Sr. Eugênio CaiUard por CrS300 milhões — serão levadas aoconhecimento do Prefeito deBrasília para. que preste os ne-cessários esclarecimentos. Foio que decidiu ontem a subco-missão designada pelo Sr. Gui-lherme Machado, Presidente daComissão, no Distrito Federal,dá Câmara, que levará essa de-cisão à próxima reunião do ór-gão "para que delibere a res-peito.

Brasília (Sucursal) — OChefe do Estado-Maior dasForças Armadas, General Os-valdo de Araújo Mota, e o Con-sultoivGgral da República, Sr.""Valdir Pirei cõnferenciarám,ontem, durante 90 minutos, noPalácio do Planalto, sobre oproblema da aviação embar-cada. ¦

Ao final do encontro, o Che-fe do EMFA recusou-se, termi-nantemente, a falar aos jorna-listas, e o Consultòr-Geral li-mitou-se a confirmar que ha-via sido abordado o caso doMinas Gerais, negando-se, en-tretanto, a fornecer qualquerdetalhe a respeito.

ASESTENDIDA AO ESTADO DO RIO

EMANA DE 5 DIASPARA OS COMERCIÁRIOS

Coerente com a nossa campanha em prol da Semana de 5 Diaspara os comerciários, estendemos às lojas do Ponto Frio, no Es-tado do Rio de Janeiro, as mesmas vantagens que asseguramosà£ nossas lojas do Estado da Guanabara. • -vComunicamos, assim, aos clientes e amigos do PONTO FRIO em__,.;:¦_..¦**... . „_

NITERÓI: -.: NOVA IGUAÇU": '

CAXIASSÃO JOÃO DE MERITI

onôvo horário das nossas lojas nessas localidades:De terça a sexta-feira: funcionamento normalSábado: fechamento às 12 horasSegunda-feira: abertura às 12 horas.Estabelecendo este escalonamento de trabalho, de acordo comas condições locais, e dando às segundas-feiras uma justa com-pensação aos seus prestimosos colaboradores, o PONTO FRIOcontinua na sua cruzada de participação total no processo deevolução da sociedade brasileira.

FIIIO

Aluísio Alves vem ao Riopara obter Cr$ 500 milhõesdo Ministério da Fazenda

O Governador do Rio Grande do Norte, Sr. AluísioAlves, chega este fim de semana ao Rio para entrevistar-se com o Ministro da Fazenda, Sr. Carvalho Pinto, e ten-tar obter a liberação de uma. verba de CrS 500 milhões para.fazer frente às dificuldades econômicas de' seu Estado,agravada com a recente sublevação da Policia Militar.

Assessores do Governador norte-rio-grandense infor-mam que a situação do Estado é tal que até a' pontualida-de do pagamento do funcionalismo está em perigo estemês, o que decidiu o Sr. Aluísio Alves a vir tentar pessoal-mente a liberação de verba que seu Secretário de Finan-

ças, Capitão Manuel Leão Filho, buscou sem sucesso.

POLÍTICA ¦ ,,>¦ É atribuída ao Sr. AluísioAlves a intenção de, com o.apoio dos Governadores doCeará, Sergipe, Alagoas e Ba-hia, fazer gestões junto ao Go-vernador Arrais até levá-lo aaceitar ser companheiro dechapa do Sr. Magalhães Pintonas eleições de 1965

Coutinua a

Setores politicos atribuemúma segunda finalidade à via-gem do Sr. Aluísio Alves e di-zem que êle pretende, no Rio,encontrar-se, este íim de se-mana, com os GovernadoresMagalhães Pinto e MiguelArrais.

«reve naSousa Cruz

O Sindicato dos Trabalhado-res na Indústria de Fumo in-formou, ontem, que a greve dos1 800 empregados da Cia. deCigarros Sousa Cruz foi moti-vada em defesa dos emprega-dos com menos de dois anos deempresa- que reivindicam se-mana inglesa e pagamento in-tegral do sábado, e não poraumento- geral de salários.Houve uma reunião entre gre-vistas e patrões ao Ministériodo Trabalho, ontem, mas agreve não íoi suspensa.

O Presidente do Sindicato—dos Trabalhadores no Fumo,

Sr-. Antônio Gonçalves, infor-mou que o último aumento desalário, concedido em Junho,íoi de 25% sobre o salário daépoca. Em julho, foi reajusta-do, fixando-se em CrS 31 milmensais, íora as horas extra-ordinárias. O operário menosclassificado na empresa ganha

. Cr$ 40 mil mensais, enquantoos diaristas, mais graduados,Ci-S 115 por mês.

I l

MAIS UMA VITÓRIA DO IDEAL POPULAR

SEGUNDA FASE

Após o desligamento do Grupo-Tarcía brasileiro, encen-ando aprimeira grande ínse da Operaçüo-Unltas- IV, os navios da Marinhade Guerra, comandado pelo por-ta-avlões Minas Gerais, iniciaramo seu regresso, enquanto que osnavios americanos, argentinos euruguaios íazlam sua entrada emBuenos Aires, de onde, após umarounlío de crítica do alto coman-do das operações, saíram para asegunda íase da Unitas IV, emdemanda ao extremo sul do Con-tlnente.

A Operação Unitas, realizada emquatro giandes fases, teve na suaürimenra parte o auge de todosos exercidos, quando .13 unidadesnavais dos quatro países partici-pantes registraram á maior con-centração naval em operações con-Juntas Já veriílcada no Atlântico.Nada menos de 19 contratorpedel-ros, quatro submarinos, dois por-ta-avlões. duas fragatas, uma cor-veta, um' petroleiro, úm rtavlo-oíl-clna, um rebocador, um navio-transporte, um destróler-Ilder eEete avlõas compuseram a, Força-Tarefa do Atlântico Sul.

UNIDADES MODERNAS

O Comandante da Fõrça-Tarefa.do Atlântico Sul e coordenador daOperaçâo-Unitos. Almirante JohnAügustine Tyree, falando ao JOR-NAL DÓ BRASIL, após um almoçode despedida no porta-aviões Mi-nas Gerais, disse que a Operação-Unitas V. a ser realizada no pró-ximo ano, contará, com naviosmais modernos e eficientes, "vi-saneio antes à qualidade do que aquantidade. dos barcos partici-pantes".

Esta declaração do comandanteamericano vem confirmar o pro-pósito do Ministro da Marinha,Almirante Silvio Mota. que jâentrou em entendimentos com oChefe da Missão Naval Americananc Brasil, para a aquisição nosEstados Unidos de novos naviospara a Armada brasileira e o rei-nlcio, possivelmente em ígBírTM-construção no Brasil de navios deguerra, segundo o programa doPlano-Diretor que vem sondo ela-borado pelo seu Ministério.

BENEFÍCIOS

O Almirante Tyree declarou,,ainda, que a Unltas IV começouregularmente em. sua primeiraparte, no trajeto Salvador—Rio,tendo melhorado sensivelmente nasegunda parte, com a reunião denavios argentinos e uruguaios aosamericanos e brasileiros, e termi-nando dc maneira excepcional,este ano. Indagado sobre os pon-tos fracos apresentados nos exer-ciclos, o Almirante americano pre-feriu esquivar-se da pergunta, di-zenda que estes seriam discutidospelos comandantes dos grupos par-ticlpantes em xima reunião dscritica que se seguiria em. BuenosAi:cs.

Frisou o Almirante Tyree queas nações que participam dessaoperação naval conjunta adqul-rem benefícios sem precedentes emdois pontos básicos: 1) O pessoalenvolvido passa a se conhecermutuamente e a ter admiraçãopelo seu trabalho; 2) Adoção dasmesmas normas e táticas, comaperfeiçoamento cada vez maior.Referindo-se ao porta-aviões Ml-n.is Gerais, disse que a lnexlstòn-cia de aviões naquela unidade na-vai em nada prejudicou o êxitoda Unltas IV, pois quando o pio-grama para a operação foi feito,já se sabia que o Brasil nfio par-tlclparla com nenhum avião.

— Os exercícios — acrescentou— teriam sido incomparavelmentemelhores, se o Minas tivesse tra-zido algum avião, se bem que osaviões se veriam obrigados a II-car com seus--vôos. Jimltados, emyista do Intenso nevoeiro qué" severificou nos últimos diaa.

Elogiando a participação doabrasileiros, o coordenador da Ope-ração-Unitas encerrou suas decla.rações dizendo que "há multo co.nhece a eficiência dos brasileiros,pois não é a primeira vez que temo privilégio de trabalhar com eles-'.Com rclaçío ao Comandante doGrupo-Tarefa brasileiro, Capitão-de-Mar-e-Guerra José dc Carva-lho Jovdfio, afirmou que Já co-municou aos seus superiores "amaneira brilhante com que seconduziu o oficial brasileiro'*.

CAMPEÕES

Os navios brasileiros íorarn oaautênticos campeões na primeiraíase da Operação-U n i t a s IV,quando todos os exercícios de tá-tica nntl-submarlna consistiam' cmlocalizar e destruir, filmuladamcn.te. o Inimigo; cabia sempre a umaunidade naval brasileira o prlvilé-gio de detectar os submarinos.

Cerca de 20 exercícios de táticaanti-submarina foram realizados,em 13 áreas distintas, ao longo dacosta brasileira, numa distância fle240 milhas. Os navios das naçõesparticipantes foram divididos cmquatro grupos, de acôvdo com onumero cle submarinos: Riachuelo,Srnnet, Santa Fê c Santiago Del

. Estero. Cada jrnmo ficou compôs-

to de dois contratorpedelros brã-sileiros, dois argentinos, um uru-guaio, um americano, xim subma-rlno e um navio de grande porte— Minas Gerais, Independência,Norfolk e Missiones, sendo que és-te último foi considerado grandepara efeito de exercícios.

NEVOEIRO

O nevoeiro registrado no dia 10,data de Inicio da segunda etapada Operação, impossibilitou a exe-cuçáo de um dos mais importan-tes exercícios, que seria a saidados navios participantes do Pól-todc Rio de Janeiro, obedecendo kprogramação das manobras. Nesseexei-cicio, os submarinos deveriam«guardar na saida da barra a pas- -sagem dos navios de grande por-te, que estariam representando '

um comboio mercante ou militar.Os submarinos permaneceriam

aubmersos em suas posições,aguardando a hora.de., atacar.Entretanto, os 10 contratorpedel-ros sairiam com várias horas dsantecedência do porto e fariamuma busca com os aparelhos so-nares em toda a área de passa-gem dos grandes barcos, colocan- .' do-se em seguida numa formação '

de semicirculo, a ílm de melhor.protegê-los. A medida que os na-vios de grande porte fossem sala- _do, os contratorpedelros fecha- ¦riam o circulo e prosseguiriam.viagem, sempre com seus apare-lhos sonores ligados, procurandoencontrar as posições inimigas.

EXERCÍCIOS

Dentre os exercícios realizadosno trajeto Rio—Buenos Aires, des-tacaram-se os seguintes: pvcteçuô"a vários comboios em área mina-da de submarinos, no qual um nu-vio, representando uma estaçáo de.terra, controlava a direção doscomboios de modo a dar-lhes umadlreç&o segura à medida que oscontratorpedelros lam localizandoos submarinos, com o auxilio dosaviões- argentinos. Num dêssseexercícios, rcallzado_no_dia_12_—o -jjorta-avlõos MTiíãs Gerais de-monstrou a sua superioridadeante o seu irmáo gêmeo, o porta-aviões argentino Independência,quando lhe coube a tarefa deorientar os aviões argentinos —por estar com-uma aparelhagemmais aprimorada — até o pontoonde estava localizado um subma-lino. O êxito do Minas Gerais, foireconhecido pelo próprio corrian-dante argentino, que enviou, ime-dlatamente, pelo rádio uma men-sagem de congratulações aos ofi-ciais brasileiros.

Os aviões argentinos, em nítme-ro de três, baseados no. porta-aviões Independência, do tipo S2F,náo fizeram nenhum pouso noporta-aviões brasileiro, contrarlau-do algumas noticias divulgadasneste sentido. A mft visibilidadeocasionada pelos nevoeiros e aacentuada diferença dc pistas cn-tre os dois porta-aviões — MinasGerais tem pista em diagonal e oIndependência tem pista reta —foram os fatores principais queimpossibilitaram a visita ao porta-aviões brasileiro de aviões argen-tlnos.- Por outro lado, os hellcóp-teros brasileiros que estavam ba-seados no Minas Gerais tiveram aoportunidade de pousar no Inde-pendência, atendendo às neces-

. sidades dos exercícios.No dia 11, quando o comando

das operações passaram às mãosdo Comandante brasileiro, doisnviões; da FAB, completamente es-tranhos ás manobras, sobrevoaramas áreas de exercícios., sem ter noentanto dado a minima explica-ção de sua presença naquele lo-cal.

Bancários Suspendem GreveOs bancários, em Assembléia ontem realizada, aprovaram, por

unanimidade, o seguinte:CONSIDERANDO a atitiftle de intransigência dos Srs. banqueiros,

mais uma vez confirmada na Audiência, de Conciliação de ontem, noTRT, onde, nos entendimentos preliminares, se recusaram até mesmoa ouvir a proposta de conciliação tentada pelo Presidente daqueleTribunal;

CONSIDERANDO que, diante desse fato, foi marcado o julgamentopara hoje, sexta-feira, às 14 horas, e que entendem oportuno deixaro TRT apreciar a questão sem que se venha alegar de parte dos ban-cários qualquer forma de pressão;

CONSIDERANDO que já existem duas decisões de Tribunais Re-gionais de Trabalho completamente diversas: a do Tribunal Regionalde Pernambuco, reconhecendo a legitimidade e justeza das reivindica-ções dos bancários e a do Tribunal Regional de São Paulo, que, pornão ter resolvido o problema social, levou os colegas paulistas e parana-enses a prosseguirem na luta pelas reivindicações não atendidas pelaJustiça do Trabalho; ____ —ir^

CONSIDERANDO, por outro lado, que a classe bancaria sensível"aos interesses nacionais, sempre que possível procura evitar prolongada

paralisação no sistema bancário;CONSIDERANDO também que os trabalhadores, o comercio, a

indústria e o povo em geral necessitam de suprimentos, e que nãoseria justo que sobre eles recaíssem as conseqüências de uma açãodirigida apenas contra a intransigência dos banqueiros;

CONSIDERANDO QUE testemunhas do empenho dos bancários,as próprias autoridades, inclusive o Exm.° Sr. Presidente da República,já reconheceram publicamente que apenas a intransigência patronaltem impedido a solução amistosa e definitiva do problema;

CONSIDERANDO finalmente que, em face de suas necessidades,não pode a classe bancária ficar impassível diante da possibilidade deuma decisão que não corresponda à realidade social;

RESOLVEM1.°2.e

3o —

suspender a greve a partir do primeiro minuto de hoje;convocar nova sessão: da Assembléia Permanente para hpje.,às 19,30 horas, no Automóvel Clube, para exame da; situa-.,ção e deliberações cabíveis em defesa dos legítimosjnterês---ses da classe; -^__——- AAdeterminar o _çmnp_aieeimenttr- aas comissões sindicais e

-denraisTrtívIstãs~ã uma reunião preliminar, também hoje,às 18 horas na sede do Sindicato, para discussão prévia daposição a ser levada- à Assembléia.

A DIRETORIA E OCOMANDO GERAL DOS BANCÁRIOSRio dé Janeiro, 20 de setembro de 1963.

(P

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trica, e segurança do pessoal que realiza êsse serviço, torna-se indispensávelinterromper o fornecimento de eletricidade nos seguintes.logradouros:

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AMANHÃ21/9/1963 (SÁBADO)

ZONA SULPeríodo aproximadamente das 8 ãs 15 horas

LARANJEIRAS — GLÓRIARUAS:. Barão de Guaratiba, Esteves Júnior,

Ipiranga, Orlando Rangel.

CIDADE NOVAPeríodo aproximadamente das 12 às 16 horas

CIDADE NOVARUAS: Afonso Cavalcante, Júlio do Carmo, Neri

Pinheiro.

SUBÚRBIOS DA CENTRALPeríodo aproximadamente das 12 âs 15 horas

CASCADURA (CAMPINHO, V. VALQUEIRE)RUAS: Aladim, Andrade Araújo, Analia Fran-

co, Carlos do Rosário, Cincinato da Silva,Conde de Linhares, da.s Rosas, Ditauna, Iái-dora, Hortèneias, Lilazes, Maria José, Mar-garidas. Mataqirá. Maturá. Mogurari. Na-mui-, Olímpio Azevedo, Professor SebastiãoFontes, Quirlrim, Torquato Lamarão.

ESTRADA: Intendente Magalhães.Período aproximadamente das 8 ãs 17 horas

SANTA CRUZRUAS: Tenente Colsen Sapucaia, Tenente Cor-

deiro e Silva. Tenente Lopes Dorneles, Te-nente Rolando Rittermeister.

ESTRADAS: Aterrado do Itaguaí, Reta do RioGrande.

Período aproximadamente das 12 às 17 horasMADUREIRA, IRAJA, V. DA PENHARUAS: Araguari, "B", Baráo de Jaguari, Ca-

pitão Aliatar Martins, Curimatã, da Inspi-ração, Engenheiro Alberto Rocha, Enge-nheiro Augusto Bernarch, Engenheiro Eu-rico de Oliveira, Engenheiro Jerônimo Re-belo, Engenheiro Lafaiete Stocler, Enge-nheiro Oscar Weischenk, Engenheiro PintoMagalhães, Feliciano Pena, Frederico Mota,Gabriel Lisboa, General Marques de Souza,Gustavo Martins, Honório Pimentel, Idel-íonso Cianeiro, José Vieira Filho, LuizGastão, Maira, Maestro Henrique Vogeler,

Major Medeiros, Manoel de Oliveira, Ma-reclial Caetano de Faria, Maria Lopes,Mendes de Aguiar, Monte Santo, MunizAquarone, Osmindo Pimentel, Padre Ma-nuel Rodrigues, Padre Manuel Viegas, Pafe-cal Celanera Chaves, Professor Artur Thi-rée, Professor Oscar Clark, Professor Tei-xeira da Rocha, Samaúna, Tejüpá, Uarama.

AVENIDAS: Brás. de Pina, Meriti, OliveiraBelo, Monsenhor Félix, Senador AlminoAfonso.

TRAVESSAS: Amizade, "C", Oieiras.ESTRADA: Quitungo.

Período aproximadamente das 7,30 às 16 horas

TERRA NOVARUAS: Aderbal de Carvalho, Benjamin'Maga-

lhães, Costa Jacarai, Costa Miranda, Do-mingos Pires, Dona Lídia, João Loureiro,Luiz Vargas, Maria Benjamin, Mateus deAndrade, Paquequer.

SUBÚRBIOS DA LEOPOLDINAreríodo aproximadamente das 7,30 às 17 horas

PENHARUAS: Afonso Ribeiro, Costa Rica, Curuá, do

Couto, Gruçaí, Itaú, jRcurutan, Jequiriçá,Leopoldina Rego, Macapuri, Paraná, Quito.

Período aproximadamente das 12 às 17 horasCORDOVIL, B. PINA, V. DA PENHARUAS: Almirante Irigran, Anequirá, Antônio

João, Angico, Araúna, Barão de Melgaço,Bertio, Castro Menezes, Coronel Camisão,Dolores Duran, Dourados, General Carva-lho, Ipueva, Itabira, Jaboti, João Henrique,José Lopes, Manuel Cavanelas, OliveiraMelo, Pedro Rufino, Tenente Bruno, Te-nente Lopes Ribeiro, Tenente Nilo Pinhci-ro, Tucumaré, 18 de setembro.

ESTRADA: do Quitungo.PRAÇA: 13 de Junho.TRAVESSA: Mário Barreto.

ZONA DE ILHAPeríodo aproximadamente das 12 às 16,30 horasILHA DO GOVERNADORRUAS: Intendente Bitencourt, Pires da Mota.PRAIAS: da Ribeira, do Jequiá.

RIO LIGHT S.A.SERVIÇOS ÜE ELETRICIDADE E CARRJS

(p

;.

RONDÕ^

tudio,inquérito e ;:

,'. ..- ':. ,-. J V .._. '.'muro

O Ministro ¦ Abelardo Jurem*defende as boas Intençôc* do Go-

. vérno • condena «, oposição sl»-temática, sobretudo numa ho.»do ciise. que-afeta todo o de.v-

, tino nacional e nSo apeniui o deuma íacçlio política.

— A oposlçí.0 — reclama Jure-ma — nfio deve tratar o Governocomo Índio de cinema, que nuncatem chance.VERSO E REVERSO

O -Deputado Carlos Murilo le-vou paia a-Câmara, onde exibiaaos colegas, o .resultado de umapesquisa eleitoral em Minas, ondt

i o candidato Juscelino Kubltsohelcempolgava ¦ 60%' dos consultadose o Governador MagalhSes Pintoapenas 157.,, ficando uns troca-'' dos para Lacerda, Carvalho Pinto,Arrais e outros aspirantes meno-• res. Mas à íôlha onde apareciamfisses Índices _e seguia uma outra,

-qué o Deputado Carlos Murilo• ocultava algo desajeitadamente,

de um Inquérito sobre o Governod» Minas. Qulnz* .por cento das

. respostas consideravam o Governoótimo, 20% bom - 3-.. regulai-,' num total de 65% de resposta*simpáticas ao Sr. Magalhães Pin-to. i Nfio faltaram os Indiscretosé os analistas contumazes paralevantar ali o véu. das contradl-

. ções. O episódio chegou ao co-nheclmento do QG de JK. CarlosMurilo recebeu Instruções para1 rnigar a segunda página.

, CANTO DA. CRISEQuando correu o boato da re-

núncia do Presidente, estavamno quarto de hospital do Depu-tad.o José Aparecido os' compo-sltores Pernambuco • Henriquede Almeida. Fosse ou nfio íósseverdadeira a noticia, todos os pre-sentes entenderam que a melhorsolução seria cantar um tangoargentino. Mas desde qu» ali seachavam dois representantes namúsica popular brasileira, optou-se pelo artigo nacional. E du-rante mela hora Pernambuco eHenrique de Almeida cantaram asmelhores coisas de seus reper-tórios.O MURO

Recentemente íoi Inauguradona Galeria Dezon (o ponto.-.de<en->contro dos Jovens exlstenclallst-v.da Zona Sul) no Pôstb 'Seis, umrestaurante chamado,' iTouJours,que'passou a lazer còno.qa.éncl»a outro vizinho, o Alíér, ond» tereúne a rapaziada do cawanha-,que, do cachimbo e da'calça", sur-rada. Os moços .permaneceramfiéis ao seu. pontoVde

' i-éunllo,passando a apelidar o n6vo, res-taurante de "J-érllm. OcúfehtM",onda Identificam a presença dis-solvente p áo mesmo,ten)pot-sed',i-.vtora do .Capitalismo bem compor-tado, Para completar o- quadroslmb-llco. '-. -diversos va30.s -.. Complantlnhãs .íazçm as -vo2.es doMuro" da. Vergonha. sepaVando os.dais ipúi-iâos da noite.'Eíqúalquerdla_. desses, "áqul como, lá, o .pau'vai''.começar a cantar para.resoí-.,ver' as diferenças ..Ideológica»-

"é -alcoólicas.' ' ! '..,/'.'>• íLIMITE.'' '.' ' rrrjr-y ..','; ¦.'..'.

FonteJ jjàiillsta gera'liiien>»;'benlInformada-revela que' O' ex-Presl-dente ,J&nlo Quadros vai paiítlcl-par $6. programa' O. Céu é o LI-mite, a" ser «apresentado breve-menti- iiuijna, 'emissora -..d» (te-levisfio'de'."Sío Paulo. Como éóbvio, respondei* 'Í6b£»/.i vida dt.Lln_QÍ_jÍ!^;. .1.;'. ..y'.J.'\: ¦_ J, .-'-.'

JORNAL DO BRASIL GUISAS DA POLÍTICA

DIVetor-PresIden.te :C- rercira Carneiro

Cartasdos vleitores ¦rm.)-

Hlo, 211 «le relembro d« 1963Diretores :

M. F. do Nascimento Brito e Celso de Souza e s>ilv*

Palavra de ordem

Edlt.or-Ch. te -.Alberto Dlncs

O País, a falta tle outra.; J'. tem uma pula-vra de. ordem, em todos os sentidos que a expres-são encerra contemporimeamente. Ordem no sen-lido de orientação. Ordem no sentido de ordemmesmo.

Â palavra de ordem íoi dada pelo Coman-dante do IL Exercito. General Peri Beviláqua, res-

ponsável pela paz e pejo trabalho do Eslado deSão Paulo, coração econômico do País. E um do-

tancia de poder às instituições democráticas nahora crucial do embate com o poder sindicai,ilegal e espúrio, a serviço da revolução.

Pela palavra do Comandante dò II Exército,a ordem é repudiar, repelir, "com toda energiao contato com esses verdadeiros inimigos da Pá-tria". Não apenas os r,;litares devem assim pro-ceder. O.s graduados" c-subalternos ao serem acon-solhados, jamais compreenderiam que o exemplo

cumento perfeito em todos os aspectos. Pelo seu nao partisse de cima, das autoridades constituídas,alto e. verdadeiro sentido legalista quando vcrhe- algumas das quais insistem em receber "a solidara a sublevação, a mazorca. as greves promovidaspor

"ajuntamentos ilegais è espúrios"; que se"apresentam sob títulos esdrúxulos de CGT, Pac-to de Unidade e Ação, Fórum Sindical de Dcba-tes, com a veleidade de sc erigirem em um super-poder da República".

Citamos entre aspas as palavras seguras doGeneral Peri Beviláqua cm sua Nota de Instruçãodo Comando do II Exercito. De fato, a denúnciapedagógica retrata o fenômeno que abala as ins-tituições democráticas. O superpoder e não 4.°Poder. "Mas, o pretenso pod'etx sindical." - ;

É êste poder sindical que hoje ameaça ò Paísc através do sindicalismo rcvolucáon^río- desafia

riedade dos malfeitores sindicais" do CGT, Pactodc Unidade c Ação etc.

Com essas palavras, o Comandante do II Exér-cito põe cobro à tendência militar que entregavao.s destinos da Njição a um dispositivo dc gradua-dos e sindicalistas. As Forças Armadas voltam aoexercício pleno dc stías funções constitucionais.I) a reação do País foi automática: a distensão dòdia dc ontem.

No entanto, como os desafios sindicais prós-seguem sem condenação explícita, pública, ofi-ciai c ampla do Presidente da República, omis-são já afrontosa aos que

"pagaram para ver" quemera mais forte — a ordem ou a desordem? —

o próprio poder militar que se dcstiiíá;. nós ter- , nada mais oportuno do que encerrar nossa opi-

mos constitucionais, *'a defendei* a'Bátrui e' a ga-.."¦- nião com a palavra de ordem do General Peri

rantir os pojclércs constituídos, a leié, á ò.rdcnv';. ^ Beviláqua:-.';¦¦. As, palavras do' Geriéral Peri à:'tW)pa^do;ÍI "É preciso ter bem presente que ninguém é

Exército - traduzem a regra constituçionab d.o pá/"forte fora da lei. Em qualquer emergência, é pre-pei das Forcas Armadas, ElasMaram pélp.Çç- ferívcl morrer a sobreviver perdendo as razões dcneral PcVi. E ao assiín procederem; deram .; súbs- viver."

Ato -de' émfàu^mJmfyjyO Ministro da Fazenda- fê»:ÍecliíríiçÕersòinv:"'|í|ar sujeito, aos -demagogos ç,a^;^ç,:#áleiido-sefi

brias. Denionstrou, com cifras,,,as cònscquêneias^'-^ confusão' « da penúria; 'tang»^._^s. Iváses, de;;.das greves,'"quase permanentes, que assolam "f: tação para romper, o reginie déníòçrático. -

economia^ do País. E demonstrou que a ántraií-:;.'",' As declarações do Ministro da Fazenda re-

quilidade'política leva a emissões incontroláyeii'--"velam bem as'preocupações"dc quem sc sente qua-Com a. palavra do Ministro, ficou claro que f. se sem forças pára continuar a-responder pela

ruiu completamente o pouco qüe restava da po-j.soma de problemas que existem e que se agravamlitica antiinflacionária. Está,;:assim,;fo:País mci;- ;a cada minuto com os desmandos que passam a«ilibado mini ambiente em que' a desvalorização . proliferar, num momento em que a ordem e asdá moeda já nãopode mais ser';contida- éni s,eu / in^Utuições são agredidas com atitudesde. todos

/.ritirio^cii-çsOènte. [ ."'"'.' :::?,:jy.,'Tj' '¦" ...,-i "" ""*"*"*

.' 'ÍDèduz-sej aindaVfidas' palavras: ministeriiiis,que o clima existente impede qualquer; formula-irão de política econômica. Não' existem as cõndir

ções mínimas "para' qiie ós agentes da produção,

õs-^tipp?.:!'; Altterrocadá. da política antiinflacionária'fe-duz cada vez mais as possibilidades de crédito 'ex-terno. E passa a diminuir a confiança dós em-presários. que. tendem a conter suas inversões.

:.... Em'carta üue. tefinsoreve-mos na integra, -a seguir,,, oDeputado AmarjálNetò íazre-paròs. a cpnceitóSr,«-m.itidosacêrcá ,de seu , passado, jorna-lísticô>em -editorial dò JOR-NA_.:áO: BRASIL. '

"De acordo com a Lei de Im-prensa-; èsijo de V. S." a pu-blicação da confirmação" pro-vacla ou testemunhada da afir-matlva feita em seu editorialRoteiro Correto, segundo aqual "o Deputado Amaral Netose notabilizou pela prática dojornalismo de chantagem". V.S."- tem o direito de colocar oseu jornal na linha de liquida-ção cia minha candidatura àsucessão do Sr. Carlos Lacei'-da. Mas V. S.* não tem, nemninguém tem, o direito de fa-zer afirmação de tal porte ede tal gravidade sobre .. umdeputado que ém 1960 íoi omais votado do séu Estado eque em 62, com quase 130 milvotos, teve. o reconhecimentodo povo pelo desempenho doseu mandato como lider daConstituinte e do Governo, du-rante todo o tempo em queesteve na Assembléia.

Fosse eu o ¦ mais ignoradodos cidadãos e nem mesmo as-sim V. S."- teria o direito defazer afirmação dessa gravi-dade.

Não exijo retratação. Exijoprovas, testemunhas ou mes-mo, se não as tiver, indíciosque tenham servido para íssejornal referir-se como se refe-riu a um homem que, queiramou não, é o segundo Deputadomais votado deste Pais.

Não tenho como defender-me, a não ser ha tribuna da,Câmara, de onde lerei esta cai-ta, e nas ruas, onde semanal-mente estou falando e ouvindoo povo em todos os bairros des-ta cidade'.-

Usarei da Lei se V..S.* pre-ferir, além de não provar, rc-cusar a retratação do qüe lc-viana e criminosamente foi di-to no seu editorial.-

Mas, ao mesmo tempo, faço- .lhe uma 'comunicação.

Minha candidatura não serádestruída com essa-campanha ,em que tantos se unem contraum só. Ela é uma realidadeque a infâmia, a calúnia e ainjúria não conseguirão des-truir. Porque só o povo, só oseleitores, poderão acabar comcia."

i'fi OI." Secretário da As-sombléia Legislativa do Esta-do da Guanabara, DeputadoHércules Correia, comunica que,por proposta dos DeputadosPaulo Alberto e Ib Teixeira, doPTB, foi aprovado "o voto decongratulações da Assembléiacom o JORNAL DO BRASIL,pela feliz iniciativa de apoiara luta do Artista Brasileiro, solançar as histórias em quadri-nhos brasileiras, da Coopera-tiva Editora de Porto Alegre.criando, dessa íorma. um nó-vo mercado de trabalho paradesenhistas e escritores nacio-nais"*

o setor público e o privado, opereiu norinahuen- .Os assalariados, que sentem a cada minuto; nn,. . ., .. i. _¦ .i ¦ .'. •_'-_..-- -m:.._:.... „„ ._--'..-;•_ .._...__ __ -r_u„_ .1.. :_-fl..,.;.~ :„,i:_-».r.«,,,.te ho produzir e distribuir a!'riqueza. Elimina-se,

com isso, a possibilidade de recuperar o ritmo dedesenvolvimento, visivelmente em retrocesso.

Já de algiini tempo as autoridades financei-ras' deparavam-se com dificuldades agudas paraexercitar os instrumentos de contenção inflacio

própria cai'ncf. os efeitos da inflação, indispõem-se ciu intensidade cada vez maior. E mergulba-se,d essa forma, num turbilhão, que pode devorar,cin .pouco'tenijio, as. pilástràs do sistcmiudemocrá-tico de Governo.

Serviram as palavras do Professor Carvalhonária, a começar pela desorientação salarial em Pinto pára demonstrar que o próprio Governo jácurso. Agora, porém, com a intranqüilidade ío- sente os efeitos da ausência de ordem e respeitomentada, tornam-se incapazes dc manejar os ór- às instituições. Disso foi depoimento o feriado

gãos financeiros, já obsoletos, como o da estru- bancário, determinado como medida preventivatura bancária, do regime tributário c de, outros, à ação confusionista de mais uma. das muitas gre-elementos de política econômica. ves que temos presenciado.

Coin o crescimento voraz da inflação e Chegamos, no campo econômico, à etapa

queda na taxa de crescimento da riqueza, mar- final. Se uma reação não ocorrer rapidamente, ochamos para aquele caldo de cultura em que po- País estará à beira de tim colapso. É momentodem proliferar quaisquer tendências qu incursões para um exame de consciência, antes que cheguena ordem política c constitucional. O País passa o momento, tálVcz tardio, de um ato de contrição.

Brasil e IugosláviaA coincidência das posições que o Brasil e novas perspectivas de entendimento proveitoso

a Iugoslávia têm assumido no plano internacional enlre os dois países com as negociações para ahem demonstra como países de tradições diferen- abertura e instalação de um porto na costa dál-tes, de sistemas econômicos e políticos diversos,podem contribuir, de modo posilivo, para a pie-servaçao da paz mundial. Tanto a Iugoslávia quan-to o Brasil, cada qual à'sua maneira, opõèm-se àcontinuação da "guerra fria", da corrida arma-mentista è da' disseminação das armas nucleares.O'Governo da Iugoslávia tornou claro, desde afase aguda dá divergência com o stalinismo,. em1948, a sáa posição dc não-compromctiniento com

mata, cm Bacar, em que os petroleiros do Brasildescarregarão minério dc ferro e recolherão pe-tróleo. Esse porto, que servirá para a penetraçãodo minério de ferro dò nosso País èm toda a áreada Europa Oriental, apresenta, ainda, vantagenssólidas para. o Eslado iugoslavo. Cabe ao Brasilempenhar-se, o mais rapidamente possível, no rea-_parelhamento da nossa Embaixada em Belgrado,não só considerando os novos laços econômicos

blocos poílílicp-militarcs mundiais. O que não o I que se criam entre os dois países, como, também,impede dc reafirmar compromissos específicoscom nações vizinhas, como a Grécia e a Turquia.A mesma atitude tem sido a do Brasil a partir doinstante em que o nosso País resolveu envidaresforços em favor da paz e da coexistência. A po-litica do helicismo e da exacerbação só pode in-

levando em conta que aquela Capital é um centrode informações e observações de primeira ordemque muito ajudará a nossa diplomacia a compre-cntler, com exatidão, muitos problemas aluais dapolítica internacional:

Brasil c Iugoslávia podem entender-se e apro-lercVsàr nesta época em que as armas nuclea- fundar a sua cooperação, especialmente quandores e balísticas podem, até mesmo, destruir a civi-lização — a grupos de fanáticos c de irresponsá-veis. Tanto a Iugoslávia quanto o Brasil afirma-ram esse ponto-de-vista, reiteradas vezes, em reu-niões internacionais, tendo sido muito profícuaa colaboração entre, os dois países na Conferen-cia de Desarmamento de Genebra e nmito expres-siva a troca dc mensagens entre os dois Governospor ocasião da crise mundial de outubro do anopassado.

A cooperação entre a Iugoslávia c o Brasil,no plano estritamente bilateral, foi mais simbóli-ca do que roal nos últimos anos. Abrem-se, porém,

CGT diz a lair queV

poderá parar o Pais

m m

Em contato pessoalcom o Ministro âa Guer-ra, ocorrido terça-feira emantido até ontem emsigilo, integrantes do Co-mando-Geral dos traba-lhadores. responderam àadvertência govemamen-ial, contra as greves po-liticas, com outra adver-tência, viais grave: oCGT consider ase emcondições ãe parar o Paisem poucas horas e nãohesitará em fazê-lo se is-to lhe parecer necessário,do ponto-de-vista dos di-reitos populares, qve oslíderes sindicais julgamameaçados' com as suges-tões do estado de. sítio.

A versão de que dispo-mos, desse contato pn-l)or!arie, é fornecida pornm dos dirigentes doCGT que estiveram como General Jair DantasRibeiro — Srs. OsvaldoPacheco c Hércules Cor-reia — e omite o que terárespondido a essa adver-tência o Ministro ãaGuerra, que no curso âalonga conversa âe quaseduas horas "ouviu maisdo que falou"..

O objetivo principal âoencontro, solicitaão pelosâois dirigentes sindicais,era explicar ao GeneralJair o que é, realmente,o C o maná o-Geral ãosTrabalhadores: o CGT, ¦segunão a explicação âa-âa, mais ou menos na li-nha da definição ão Mi-nistro da Justiça, tam-bém aqui divulgada, nãoé um organismo estrutu-

Jraão contra a lei ou àV margem dela, mas ape-mas a resultante de uma

í1 convenção . entre os ór-¦; gãos de ãireção ãa viãasindical brasileira, nosentido âe sé reunirem' com freqüência para darunidade âe vistas à açãodas diférelites categoriasprofissionais em luta pormelhoria salarial ou emdefesa de certos direitos;

-,. .o.nojnÁ-foi 4ddo pela im-¦pretúa-—' disseram eles-— '!e\

pqt êlês recebido''coni. prazer" mas sem

compromisso'com as suas' cçnotações políticas, mi-litar es ou rev o luci o-

nárias.

"Com o maior respeitoe perfeita corâialiáaãe,ma$ com firmeza", foiâito ainâa ao Ministroâa Gxierra que o CGT,assim definido como umaconjugação ãe vontades,não poderia encarar asgreves políticas segunãoa linha ãe variação âopensamento govemamen-tal, isto é, não poâeriarepuáiar as manifesta-ções âe soliâarieâaâe en-tre categorias âa classetrabalhaâora pelo fato ãeter resolviâo o Governo,"a g or a", considerá-lassubversivas ou ilegais.

O plebiscito

Para ilustrar a adver-tência. os integrantes doCGT lembraram ao Ge-neral Jair que o Governo,quando o Presidente JoãoGoulart queria obter âoCongresso a antecipaçãoâo plebiscito, não sóaãinitiu como perfeitasas greves políticas, viasainâa recorreu a elas,com a colaboração pron-ta dos organismos sindi-cais.

Até quanâo o Governomanterá o ponto-âe-vistasustentaâo agora, segun-do o qual serão reprimi-ãas como subversivas- asgreves âêsse- tipo? — eisa pergunta feita peloCGT, exprimindo a âúvi-âa justificativa âa afir-mação ãe que o pensa-mento ãas liâeranças sin-ãicais não poâe ficar su-jeito às variações âo pen-samento âo Governo. -:

O SÍtio' r

O Ministro âa Guerraouviu (já ficou ressalva-âo que âispomos apenasâe um laâo ãa conversa,èscápando-nos, por en-quanto, o sentido da pos-sível resposta âo GeneralJair) âos Srs. HérculesCoi~rèiá e Osvalâo Pache-co .a âeclaração âe que. o*CGT está preparado paradecretar a greve geral eparalisar o País "paraevitar o estaão dc sítio, sefôr pedido, ou para en-frentá-lo, se fôr conce-âido".

A nota de Pert

A revelação da conver-sa áos líderes do; CGTcom o Ministro da Guer-ra projeta alguma luzsobre a Nota de Instru-ção do General Peri Be-viláqua, a qual, por suavez, seria âe certo modoexplicada pela declara-ção atribuída ao GeneralAssis Brasil no Rio Gran-de âo Sul.

Sabe-se, aliás, qüe oCGT examina a conveni-ência de âivulgar naspróximas horas uma no-ta respondendo direta-mente ao. libelo âo Co-manâante âo II Exército,isto é, tornando ostensi-vo e como -que oficial oconfronto entre o podersindical denunciado peloGeneral Peri e o podermilitar.

Posição de Goulart

Entre esses dois pode-res, a posição do Presi-âente João Goulart ãefi-7ie-.se como de extremadificuldade.

Manifesto

A Frente de Mobiliza-ção Popular, da qual fazparte o CGT, prepara-se,por sua vez, para lançarum manifesto, em cujaredação seus principaiselementos trabalham hádois dias.

Para ultimar esse tra-¦ balho — menos de rèda-ção que de avaliação dasconseqüências do )p*r o-nunciamenio — estãovindo para o Rio os par-l a m entares integrantesâa Frente, entre os quaisestá o Sr. Neiva Moreira-

Magalhães no Rio

O Governador: Maga-lhães Pinto está no Riòdesâe ontem, quanâo vi-sitou, à noite, o ex-Mi-nistro da Fazenda, Sr.San Tiago Dantas.

Ajudando a História

Tristão de Athayde

se considera qite as duas nações têm opiniões coin-cidentes no que diz respeito à questão dos paísessubdesenvolvidos, ao problema da descolonizaçãoe ao direito que cada povo tem dc encontrar o seucaminho específico para o progresso social e parao desenvolvimento econômico. Quanto às diferen-ças de concepções que. existem entre os dois regi-mes, não podem ser consideradas obstáculos aesse entendimento uma vez que as duas naçõesmantêm relações normais e cordiais, baseadas nosprincípios fie autodeterminação e de não-intorven-ção. que são us bons princípios para a conviveu-ria internacional e para a coexistência pacífica.

A visita de Tito ao Bra-sil nos leva a repisar &1-guns conceitos que vimoshá muito sustentando. Eainda ontem relembra-vamos. O primeiro deles,em matéria de relaçõesinternacionais, é que oisolacionismo é o melhorcaminho para a guerra.E esta o pior dos meiosde promover o progressosocial. "O progresso so-ciàl, à ordem, a seguran-ça e a paz de cada comu-nidade política estão emrelação vital com o pro-gresso social, com a oi'-dem, com a segurança ea paz de todas (sic) asdemais comunidades po-liticas" {Pacem in Ter-ris, n.° 130).

Ora, a visita dos go-vernantes de um país aosgovernos, e.,aos povos deoutros países é um meioeficaz para criar e desen-volver esses-'laços inter-nacionais. É um ponto departida útil para se es-tataelecer o -intercâmbiode pessoas é de gruposintermediários. "O hemcomum universal exige,ademais, què as naçõesfomentem toda espéciede intercâmbio, quer en-tre os cidadãos respecti-vos, quer entre os respec-tivos organismos inter-medianos" (ib n.° 100).

O isolacionismo inter-nacional é, pois, um pro-cesso condenável de pro-mover o progresso social,em que todas as naçõesse empenham, quaisquerque sejam os seus regi-mes politicos. Pois o bemcomu m universal exigeque cada Estado respeiteo. regime político ou eco-nòmico das demais na-ções, quaisquer que sejamas discordàncias com oseu próprio regime eco-nòmico ou politico. "Ne-

nhuma nação tem o di-reito de exercer qualqueropressão injusta sobreoutras, nem de interferirindevidamente nos seusnegócios" (Ibid.n.o 120).

Um dos dados elemen-tares da comunidade uni-versai moderna é a exis-tência simultânea de ré-gimes políticos e eco-nômicos diversos, que, nalinguagem corrente, to-maram habitualmente osnomes de regimes demo-cráticos e regimes sócia-listas. É de toda conve-niência, pois, que o cam-po chamado democráticoe o chamado socialista seinterpenetrem e se co-nheçam mais de perto.De longe, ou de perto de-mais, fazemos sempreuma imagem deformadados outros. Tanto maisquanto a observaçãomesm o superficial dosfatos sociais nos revelaque democracia e sócia-lismo são conceitos am-bíguos. Há muitas for-mas de democraciainclusive a democraciasocialista, e muitas for-mas de socialismo, inclu-sive o socialismo demo-crático, Querer isolar umcampo do outro, como sefossem campos de con-centração recíprocos, é omais irracional dos pro-cessos de comportamentoindividual ou coletivo,moral ou político.

. O fato de o Brasil rece-ber o Marechal Tito nãoimplica, nem de longe,que queiramos substituiro sistema pluripartidárioe eleitoral de governo, pe-lo sistema monopartidá-rio e ditatorial. E muitomenos atenuar a ilegiti-inidade da perseguiçãoreligiosa ou qualquer res-trição da liberdade sacer-dotal. Será, quando mui-

to, um bom pretexto paraapurarmos o nosso; pr^-prio sistema político. Co-mo o será, igualmente, noplano econômico. Tantomais quanto em umíe ou'-tro nos encontramos emplena, fase de reformas •. ereformulações. E sabemosque nada é mais contra-rio ao bom senso qüe qíarisaísmo.

Mas não há apenas ês-ses aspectos, digamos as-sim, indiretos, que nos le-vam a provar essa visita.Há um lado mais positivo.É que foi na Iugosláviaque começou o processode fragmentação do co-munismo, com o qual aHistória mostrou, maisuma vez, que transbordados sistemas. No caso, omarxismo. A bravura se-rena com que Tito en-frentou Stalin é umfenômeno histórico mo-derno da mais alta im-portancia. Devemos com-bater o imperialismo co-munista, como qualqueroutro imperialismo. Nãose trata de dividir paraimperar, pois o imperia-liçmo democrático ou tec-nocrático é tão perniciosoquanto o socialista.'Tra-ta-se de ajudar a. Histó-,ria, digamos assim, a su-perar as ideologias quelevam aos fanatismoscomo estes levam às re?voluções sangrentas e àsguerras monstruosas esuicidas. Dialogando como mundo moderno, comonos convida a fazer oSanto Padre Paulo VI, ,(euma visita, oficial ou par-ticular, é sempre um diá-logo) é que ajudamos aHistória a se libertar dosmitos sangüinários e dosheróis carismáticos. Co-,mo o próprio Tito. .

Jornal do Brasil, (P-fclra, 20-0-63, 1.° Cad.

-JL JL JL £»leses já começaram a sair da IndonésiaIllía pretende levarCapital da Argentinapara interior do país

Buenos Aires — (FP-JB) —O Presidente eleito da Argen-tina, Arturo Illia, pretende mu-dar a Capital do país parao interior, segundo o matutinoLa Nación, mais precisamentepara à região de Córdoba, cen-tio geográfico do pais.

O matutino diz que as equi-pes de técnicos já estão es-tudando êsse projeto, que nãoapresenta' tantas dificuldadescomo a construção de Brasi-

¦ lia. A infra-estrutura já exis-te, há rodovias, ferrovias, ae-roportos, e as comunicaçõescom Buenos Aires são excelen-tes, mas sem dúvida seria pre-

i ciso construir quase inteira-.mente uma nova cidade.

DESAFOGO

O projeto não teria por ori-gem-.o fato de que Illia tenhavivido toda a sua existência emCruz dei Eje, na Província deCórdoba, mas sim a necessida-

¦de de terminar com o domíniode Buenos Aires, uma espéciede gigante que afoga o res-'tante do país;

Lá Nación diz que essa com-paração é bastante verdadeirae que foi pela* mesma razãoque o Presidente JuscelinoKubitschek decidiu construirinteiramente a nova Capitalbrasileira.

Os chamados provincianos,o Presidente. Illía e o Vice-Presidente Carlos Perette (nas-,cido na Província de EntreRios).. conhecem todos os in-convenientes do centralismo deBuenos Aires e seriam homens

capazes de levar adiante o' gigantesco plano.EXPECTATIVA

Os sindicatos ferroviáriosmarcaram para hoje a segun-da greve ferroviária nacionalde 24 horas, caso não se che-gasse ainda ontem a uma so-lução nas conversações quevêm sendo mantidas há váriosdias entre os representantesdas ferrovias do Estado e osdirigentes sindicais para ' con-ceder um novo aumento de sa-lários para os 180 mil em-pregados da categoria.

Os dirigentes sindicais soli-—Sâ nuú nun úun úun úuncitaram aumento de 21 por cen-to. mais mil pesos de abono sô-bre seus salários atuais. Os re-píesentantes das empresas sò-mente concordam em dar o au-mento de 21 por cento a partirde junho até 31 -de outubro, e asalários seriam aumentados empartir de 1 de novembro ossalários seriam aumentadas em700 pesos, mas esta última pro-vidêncla seria tomada de acôr-do com os dirigentes radicaispopulares, que assumirão o Go-vêrno no dia 12 de outubro.

As organizações sindicais fi-xaram uma série de greves de24 horas, a primeira das quaisíoi realizada no dia 16 do cor-rente. A segunda está marca-da para hoje e a terceira, quedurará 48 horas, para os dias30 de setembro e 1 de outu-.bro.

As seis linhas ferroviáriasestatais apresentam atualmen-te um déficit anual de cercade 20 milhões' de pesos.

Belaúnde Terry pedeao Congresso maiororçamento do Peru

Lima (UPI-JB) — Para -fa-zer frente ao maior orçamento

-fiscal-da história do Peru, oPresidente Fernando BelaúndeTerry pediu ontem a aplicaçãode novos impostos sôbre ós pio-dutos importados — uísque, cos-méticos, tecidos e aparelhoseletrodomésticos — que chega-rão em alguns casos a 50 porcento.,

* O' Ministro• dà Fazenda do-Peru, Javier Salazar Villanue-va, pediu urgência ao Congres-so, controlado pela oposição,para a aprovação dos novos im-postos, que tentarão cobrir odéficit de 400* milhões de so-les (cerca de 15 milhões de dó-lares) do orçamento dêste ano,que os militares tentaram equi-librar com emissões especiais debônus.

ORÇAMENTO RECORDE

Belaúnde Terry solicitou aoCongresso a aprovação de umornamento recorde de 18 288milhões de soles (680 milhões

de dólares), 30 por cento amais do que foi pedido no anoanterior. O Ministro da Fazen-da assegura que em despesasreais o aumento é de apenas21 por cento.

Para cobrir os maiores gastes,derivados simplesmente deumamaior absorção de fundos pelofisco, e não de uma desvalori-zação da moeda, que prática-jnérité permáriecé estável, oCongresso, se aprovar novos im-postos, dará ao orçamento maisde 2 584 milhões de soles,aproximadamente 97 milhões dedólares. Em sua mensagem aoCongresso, Belaúnde pede aindaa supressão do imposto sôbreos pequenos salários. -

Aíirma-se que o comérciomais atingido será o que nego-cia com produtos importados,bastante procurados pelos turis-tas. Em Lima, ainda pode-secomprar por preços relativa-mente baixos uísque escocês,queijo italiano, tecidos ingleses,cigarros, porcelanas e objetoseletrodomésticos.

Exilados afirmam queURSS está retirandoseus soldados de CuBa

"Washington — Havana (AP-FP-JB) — Fontes de exiladoscubanos informaram, o n t e ni,que a União Soviética recente-mente.retirou de Cuba um con-sidcrável número de soldadossoviéticos, e que o Governo deFidel Castro os está substituiu-tío por latino-americanos, es-panhóis, chineses e africanos.

__m Havana, o Vice-Primciro-Ministro e Ministro das ForçasArmadas, Raul Castro, denun-ciou a existência de planos decoritra-revolucionários para as-sassinar os líderes da revoluçãocubana, além de sabotagens eataques afinados ao territórioda.ilha. procedentes de váriospontos da América Central.

DENÚNCIA

O Comandante Raul Castrofalou ao povo, por ocasião dacriação de um núcleo de 34membros do PURS (PartidoUnido da Revolução Socialis-tá). Séu discurso, feito no PicoTorquino, o mais alto de SierraMacstra, íol publicado ontempela imprensa.

Raul Castro também se refe-riu às relações entre Cuba eEstados Unidos, dizendo que, umdia, talvez possam até vir aserem reatadas.

Quanto à presença de tropassoviéticas em Cuba, acredita-seque venha a constituir assun-to das conversações que o Pre-sidente Kennedy projeta man-ter com o Ministro soviético doExterior. A n d r e i Gromyko,aproveitando sua estada emNova Iorque para as sessões daAssembléia-Geral da ONU. Tra-ta-se de um dos temas íavori-tos dos críticos da Administra-ção Kennedy.

Kennedy desmentiu categòri-camente as insinuações de queseu Governo e o kremlin te-riam negociado um acordo se-creto acerca da retirada dastropas soviéticas de Cuba,quando das conversações quelevaram à assinatura do trata-do de proscrição parcial dasexperiências atômicas.

Em abril, calculavam as au-toridades norte-americanas queainda estavam cm Cuba cercade 12 mil soldados soviéticos; oano passado, durante a crise

entre Cuba e Estados Unidos,êsse total era de 22 mil.

A Comissão Pró-Cuba Livre,formada de norte-americanosque se, opõem ap regime deFidel Castro, informou, por ou-tio lado, que se estabeleceram,em território da ilha, dez cen-tros dc adestramento em pon-tos estratégicos, cujo fim é aInstrução militar dos soldadosestrangeiros que substituem ossoviéticos, particularmente aprática da luta de guerrilhas.

Disse um porta-voz da Co-missão que o General AlbertoBayo. famoso guerrilheiro es-panhol que treinou, no México,o grupo que acompanhou FidelCastro em sua primeira inva-são, dirige um desses camposde adestramento situado emBoca Clega, nas proximidadesde Havana. Outro conhecido lí-der comunista espanhol, Enrl-que Lister, tem a seu cargo abase localizada em Minas deFrio, na Província de Oriente,mas realiza viagens regulares aPinar dei Rio, a oeste de Cuba,onde dirige as operações deuma brigada especial interna-clonal.

PEREGRINAÇÃO

GOi.LC___J..LRevendo a histórica ilha — palcodas maiores batalhas das forçasamericanas — um famoso ator datelex isão nos conta os 23 dias queali passou quando ela era a . isiiodo próprio interno, Cada palmode seu solo é uma epopéia de san-gue e coragem, revivida agora norelato emocionante do autor. Leiaem Seleções rie setembro — já âvenda em todas as bancas.

Jacarta (AP-FP-JB) — oscivis britânicos começaram adeixar a Indonésia ontem, poruma ponte aérea especial paraCingapura, apesar do compro-misso assumido pelo Governodo Presidente Sukarno de re-primir novas violências anti-britânicas. A maioria dos prl-meiros 300 refugiados, que par-tiram com a roupa do corpo,era constituída de mulheres ecrianças. . .'

Pressionado por Londres eWashington, ò Governo Indo- inésio disse que "não pode en-contrai* suficientes desculpas elamenta profundamente" o in-cêndio da Embaixada brltâni-ca e o saque de outras pio-priedade.. britânicas cometi-dos ,por uma turba de 10 milindonésios. O comunicado ofi-ciai publicado em Jacarta —embora dizendo que "compre-ende" a cólera popular — exor-ta a população a sé abster de"ações violentas", prejudiciaisà política do-Governo. Em no-ta oficial entregue ontem einLondres pelo seu Embaixador,o Governo indonésio diz que"não perdoará novas violtn-cias das turbas contra cida-dãos e propriedades britàní-cos. "

Uma fila de soldados em ar-inamento completo de combatee baionetas caladas guardava afrente do aeroporto Kemajo-ran," durante o êxodo dos cl-dadãos britânicos. Funcionáriosda Chancelaria indonésia com-pareceram à partida.

Aviões de transporte da RAFvindos de Cingapura e apare-lhos comerciais reuniram-se¦para formar a ponte aérea. Aprimeira leva de 71 pessoas^partiu pouco antes das cinco*horas e em seguida decolouum avião a jato da Pan Ame-rican, alugado, com 130 pes-soas. .

Muitos dos refugiados, cujasresidências haviam sido saquea-das pela turba, usavam roupasemprestadas. Algumas das cri-ancas levavam brinquedos nani-jO. O Ministro do TrabalhoAliem Erningpradja anunciouque os trabalhadores haviam-seapossado da refinaria Pelm-bang, pertencente à Shell OUCo„ e que o Presidente Sukar-no decidiu non.éar uma comis-S-.o temporária para super-vi.ionar as operações.

Msia dúzia de outras com-p-nhlos de propriedade brita-nica, no entanto, segundo Er-ningpradja, que também ha-

viam sido tomadas pelos tra-balhadores, foram entregues aêle. AS previsões eram de queo Ministro do Trabalho as de-vplveria: aos proprietários,

De acordo com as instruçõesdadas na quarta-feira à noitepelo Governo indonésio, astropas do Exército montavamguarda aos pontos estratégicosde Jacarta, enquanto carrosblindados patrulhavam asruas. Funcionários disseram,contudo, que isso não consti-tuía lei marcial. Nftô foi im-posto o toque de recolher e ossoldados têm ordens de coo-perar com a policia civil.

A capital indonésia estavaontem tranqüila. Grupos dedemolição começaram a retiraros escombros do terreno r'aEmbaixada britânica, inclusiveas carcassas retorcidas doscarros incendiados.

O Eríibaixador britânico An-drew G. Gilchrist está agorahospedado na residência doEmbaixador dos Estados Uni-dos, koward P. Jones, o de-cano do Corpo Diplomático.

O Hotel Indonésia, onde seencontra grande parte do pes-soai da Embaixada, está sob aproteção de pára-quedistas..

Em Londres, um porta-vozdo Foreign Office declarouque a evacuação de mulherese filhos de diplomatas e fun-cionários britânicos, em Ja-carta, está sendo executadaem colaboração com as auto-ridades indonésias, não se ten-do verificado incidente algum.A evacuação, segundo o porta-' voz, nfto era obrigatória.

Quanto às medidas de pro-teção aos cidadãos britânicose seus bens, anunciada peloPresidente Sukarno, o porta-voz declarou que o Governobritânico ignorava a atitudeoficial do mesmo com respeitoãs empresas britânicas na In-donésia. Neste sentido, fontesbem informadas de Jacartadisseram ontem pela manhã' que o Governo de Sukarnoaparentemente decidira confis-car todas as propriedades bri- ,tánicas e pedir a Londres a re-tirada dos súditos ingleses daIndonésia.

Na capital da Federação daMalásia, Kuala Lumpur, o Prl-mciio-Minlstro Abdul Rahmandeclarou que está disposto aconferenciar com os Presiden-tes da Indonésia e das Fllipi-nas, paises com os quais aGrande Malásia rompeu rela-

ções diplomáticas. O príncipeAbdul Rahman exige que a reu-nião tenha lugar cm KualaLumpur.

Um grupo de manifestantesinvadiu ontem pela manhã asdependências vazias da Embai-xada da Indonésia — cujo pes-soai havia deixado Kuala Lum-pur na véspera — incendiou umretrato do Presidente Sukarnoe pendurou em seu lugar o doPrimeiro-Ministro malalo. Osprejuízos foram insignificantes.O Prlmelro-Ministro inter-veio pessoalmente para que osmanifestantes deixassem a Ein-baixada, que íoi posta sob aproteção da polícia.

Cerca de 500 pessoas realiza-ram uma manifestação antiin-donésia em fiente ao consula-do desse pais na ilha de Pe-nang, onde ai-riaram e queima-ram a bandeira da Indonésia,hasteando cm seu lugar o pa-vilhão da Malásia. A policiaimpediu que o prédio fosse in-vadido.

MENSAGENS

O Embaixador britânico An-drew Gilchrist e cerca de 60 .funcionários diplomáticos e fa-millares foram transferidos de

tim "miserável Posto Policialpara um dos melhores hotéisda cidade", anunciou ontem o¦ porta-voz do Foreign Office,que leu trechos de duas mensa-gens enviadas pelo Embaixadoratravés da representação norte-americana e pelo piloto de umavião.

Na primeira mensagem, oEmbaixador refere-se à reclu-são da maior parte do pessoalda Embaixada e de seus fami-Hares em um Comissariado. Amensagem acrescenta que amaioria dessas pessoas perdeutodos os seus bens e só tem aroupa do corpo

Na segunda mensagem, Gil-chríst relata sua transferênciapara um luxuoso hotel de Ja-carta, onde todos chegaram"cansados, sujos, mas de bomhumor". Acrescenta que sua re-sidencia está intata e que pro-videnciará a instalação de es-ciltórios provisórios na mesma.

O Japão está disposto a ofe-recer seus bons ofícios para en-contrai- uma solução para a di-vergencia sôbre a Malásia, de-clarou ontem o Primeiro-Mi-nistro nipônico Mayato Ikeda,acrescentando ser esta a suaobrigação como membro da co-munidade asiática.

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Segunda WILSON FIGUEIREDO

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Seção

Jango nada

vai decidir

antes de

Tito voltar

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Aos Ministros militares, que se mostraram in-slstentes na urgência de uma decisão de Governoque resolva o dilema ordem pública-agitação sindical,o Presidente da República respondeu que só voltaráa cuidar do problema depois da partida do MarechalTito.

Acha o Presidente que se deve poupar ao visi-tante, quanto possível, o espetáculo das nossas difi-culdadès, e que um compasso de espera pode serviràs tendências naturais de acomodação e de auto-defesa do regime. Os comandos militares, entretanto,estão menos convencidos da solução automática dacrise. O quadro das casernas continua sendo o dasensibilidade ferida e do ressentimento agressivo. '

Mesmo os sargentos do Exército, que não participa-ram da rebelião, acham que houve o deliberado pro-pósito, na repressão dos chefes, de desacreditar aclasse..

Os ministros militares não atinam até que pontopoderão evitar que o estado de tensão se exaspereem ações incontrolávels. Na Base Aérea de. Cumbica,oficiais tomaram, em pessoa, o lugar dos sentinelas.Nas unidades da Marinha e da Aeronáutica, os ar-mamentos estão sendo controlados pela oficialidade.A questão reside em saber se um tal quadro tem con-dições para resistir à pressão dos fatos.

Políticas

_. informação de .Geraldo Cornei-ro, ou seja, da melhor fonte juscelinis-ta: o ex-P^residente não vai mais tomarconhecimento da crise e daqui por dian-te procederá exclusivamente como umcandidato em campanha. As crises quese engendrem e se desfaçam pelos seusresponsáveis diretos ou por si mesmas.Belo Horizonte, Salvador e São Paulosão as três próximas cidades no roteiroâe campanha de JK.

2. Os lideres sindicais querem im-primir, para farta distribuição, o textodo discutido telegrama do General Jair,então Comandante áo III Exército, ..<.crise do plebiscito. Ê para provar — se-gundo eles — que a posição atual doMinistro não é a que vem sendo apre-goada pela "imprensa direitista" e que oCGT outra coisa não faz senão lhe darcobertura.

3. Lideres das classes produtorasestão-se atribuindo a responsabilidadepelo afastamento do Governador CarlosLacerda dos fatos da crise, aconselhan-do-o a preservar-se e a preservar aomesmo tempo a autoridade do GeneralJair. A alegação principal é a âe que aincompatibilidade do Ministro da Guer-ra em relação a Lacerda é tão marcaâa ¦e invencível, que qualquer atituáe doGovernador para influir nos aconttcl-mentos faria reverter contra êle a açãonovamente solidária âos dispositivos mi-litar e sindical do Governo.

4. Do Prof. Carvalho Pinto para o ¦Ministro da Guerra: "General, eu nãoposso sair do Governo como o Ministrodas emissões."

5. O Sr. Medina Coeli, Presidenteâo Banco âo Brasil, não gostou âe queo Sr. João Goulart tivesse atribuiâo aoSr. Nei Galvão, Ministro âo ComércioExterior e ex-Presidente âo BB, o tra-balho âe mediação com os banqueiros,para pôr fim à greve dos bancários.

6. O Senador Dinarte Mariz e o Sr.Bernardes Filho têm atuado intensa-mente nas últimas horas, coordenandoforças nas áreas politica e parlamentar,para a neutralização âa> crise.

7. Há noticia de que o CoronelGustavo Borges já conhecia o texto daproclamação do General Peri Beviláqua,antes do seu pronunciamento em SãoPaulo.

S. O Governador Magalhães Pinto,que chegou ontem ao Rio, éstéve con-versando com o ex-Ministro San TiagoDantas sobre a situação politica e o pa-norarna financeiro e tinha encontro pro-gramado com o ex-Presidente JuscelinoKubitschek.

As amargas

O Frigorífico Armour suspendeu oabate do gado, já vendeu grande partede suas inver nadas no Municipio deSanto Anastácio (São Paulo) e é pos-sivel que encerre suas atividades noBrasil. Já o Frigorífico Mouran, da fa-mília Moura Andrade, anuncia que vaifechar em outubro: a alegação é deque a firma perde 600 cruzeiros por ar-ròba de gado abatido. Esses dados signí-ficam perspectivas de crise no mercadoda^arne. *

A Prefeitura de São Paulo expedia,até há bem pouco tempo, uma média de4 alvarás, por semana, para instalaçãode fábricas. No môs de agosto — emtodo o mês de agosto — houve apenasuma licença concedida.

O Governo paulista não cumpriuos compromissos de cobertura dos capi-tais da Cosipa. Agora o Governo fe-deral terá que complementar esses capi-tais, no que desembolsará 10 bilhões decruzeiros.

Depois de atendidas as reivindica-ções dos bancários em greve, muitosbancos passarão a operar a juros de 4 .'.ao mês nas promissórias.

As suaves

A presença do Marechal Tito no mo-mento nevrálgico da crise suscitou febrilmanifestação do bom humor carioca. Aidéia de Jango passar a batata quente aTito, no encontro solene dos dois Che-fes de Estado, ocorreu a todo mundo.Jango justificaria o gesto: "Antes o Go-vêrno nas mãos de Tito do que de umtitere."

O eng.0 Enaldo Cravo Peixoto, Se-cretário de Obras da Guanabara e Pre-sidente da Sursan, dá um exemplo decomo é dificil sua situação de adminis-trador: "Se não chove, é o diabo: agra-va-.se a crise no abastecimento da água.Mas se chove, também é o dla'bo: o ca-nal do Mangue, que está obstruído e sóagora começa a ser dragado, vai provo-car uma inundação das piores.

A tumultuada visita do MarechalTito se juntou um problema de últimahora. Sabendo que o Marechal adoracaçar jacarés, o Sr. João Goulart cuidoude ajeitar uma caçada para o ilustre vi-sitante. Mas, dos contatos com a Embai-xada iugoslava, resultou que a idéia eraimpraticável: 1.°) porque não'haviatempo de consultar o Marechal; 2.°)porque não é sempre que o Marechalestá interessado em caçar Jacarés. Aliás,comentou um itamaratiano, os jacaréstambém não foram consultados e nempor isso...

Não é o Embaixador Gilberto Ama-, do, como foi dito, que está às voltas com

o seu íardão de imortal, mas sim o íar-dão que está às voltas com o Embaixa-dor. Amigos de Gilberto e padrinhos desua candidatura mandaram um alfaia-te tomar-lhe as medidas. A verdade, en-tretanto, é que Gilberto só fará a enco-menda depois de eleito para a Academia.

O poeta na ativaDepois de solenizar,. na Embaixada

da Bolívia, seu casamento com a jovembaiana Nelita Rocha, de 20 anos, o poe-ta, compositor e diplomata Vinícius deMorais viajou terça-feira para assumirseu novo posto na UNESCO. Vinícius se-guiu diretamente para Roma, onde oaguardavam sua irmã Letícia e sua Ji-lha Susana e onâe passará a lua-de-mel.A partida interrompe a preparação doprograma de homenagens pelo 50° ani-versário do poeta, que depois áa consa-gràção literária tomou de assalto a ci-daclela áa música popular brasileira eganhou nova fama como um âos papasãa bossa nova.

Literárias e musicais

Helena Jobim, irmã do compositorAntônio Carlos Jobim, escreveu em du-pia com sua amiga Vânia dos Reis, am-bas casadas com oficiais da Aeronáuti-ca, o romance Praia Branca, já lido eaprovado, pelas suas apreciáveis quali-dades literárias, por Fernando Sabino eOto Lara Resende. • Fernando Sabinorecebeu da Alemanha 63 recortes dejornais e revistas com informações e crí-ticas sobre a tradução alemã do seu En-contro Marcado. • Oto Lara Resende,que está terminando seu romance OBraço Direito, foi convidado pelo Ita-maratl a participar de uma antologia decontos que será publicada em línguaalemã pela Editôfa Horst Eídmann, deHerrenalb, Alemanha Ocidental. • Ra-quei de Queirós vai ser editada tambémpela Editora do Autor, por especial de-ferência de José Olímpio. Participará,com seu livro, dos lançamentos de ani-versário programados pela editora paranovembro. • Tom Jobim criou e já re-gistrou internacionalmente a Editora doCompositor (Eco), que inclusive vai lan-çar no Brasil os Soi_?.c. Boofc, de grandesucesso nos Estados Unidos. • Vinícius

• de Morais e Tom Jobim terminaram an-teontem a mais recente composição dadupla: o samba Adeus Calhordas. •Entusiasmado com uma crônica de José_arlos de Oliveira sobre o caso da Sra.Lígia Jordan, o Embaixador GilbertoAmado incumbiu diversos emissários delocalizarem o cronista, para receber osseus efusivos cumprimentos pessoais.

Lance livre

— O Departamento deRelações Públicas do IEOvai lançar um concursode reportagens. Osprêmios em dinheiroserão duas vezes supe-riorès aos maiores jáconcedidos no Pais. —Juscelino vai falar ama-nhá na Escola de Co-mando e Estado-Maiorcia Aeronáutica sobre AOperação - Pan-America -na e a Aliança para oProgresso. A exposição fazparte do ciclo de páies-trás da Ecemár. — A VIIReunião de Técnicos dosBancos Centrais do Con-

tinente Americano, pro-movida pelo Banco doBrasil e pela Sumoc, con-tara com a presença de200 professores de eco-nomia, diretores e técni-cos bancários, diretoresdo FMI, do BID, CEPALe outros órgãos financei-ros. Local e data: Copa-cabana Palace, de 14 a20 de outubro. — Em Lis-boa o humorista MillorFernandes. — O Eng. Al-íreclo Andrade Filho, no-vo Diretor da Petrobrás,foi homenageado, ontem,com um churrasco, peloscontabilistas da empresa.— O Prof. San TiagoDantas já cumpriu 5 se-

manas do período de re-cuperação previsto nelosmédicos que o operaramnos Estados Unidos. Arecuperação total se com-pletará em 8 semanas. —Um grupo de pesquisa-dores do mar traçou, on-tem, em almoço no IateClube, os planos de bus-ca de um tesouro sub-merso, há dois secuios,dentro de um cor-sário francês afundadoperto da Ilha do Cotinga,em Paranaguá. Um ca-nhão e um sino de proajá foram retirados dobarco.

PEDRO GOMESRedator substituto

Cantorafrancesano Rio

Para se apresentar na Tele-vlsfio Reeord, de São Paulo,chegou ontem ao Rio, onde fl-cará até segunda-feira, a can-tora francesa Yolanda Morl-seDalida.

Para acompanhar Dalida .rasuas apresentações, chegará nosábado próximo o conjunto vo-cal Les Four Dreamers e omaestro GÚ1 Mota.

EUA dãoquinino paraíndios

Salvailor (Correspondente) —O Governo dos Estados Unidosenviou caixas de quinino desti-nadas ao combate da epidemia

. de gripe que flagela e mata ln-dios na fronteira da aBhia e doPiauí, região de Lagoa Grande.

A Informação é do Sr. LeeWorley, representante do pro-,grama People to People, nestaCapital.

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il« fil wÉ mm Hiii i n n ii1.° LUTA

Amadores - Pêso-Meio-Médio-Ligeiro—3-ROUNDS—

JOSÉ FONSECA RAMOS X JADIR DE SOUZA(ULTRAGAZ A.C.) (CASSIO MUNIZ)

2>Q LUTAProfissionais - Meio-Médio

4 ROUNDSVÍTOR TIMÓTEO X ANTÔNIO DE PAULA

3.a LUTAProfissionais - Pêso-Leve

6 ROÚNOSGUALBERTO FERNANDEZ X JOÃO MERÊNCIO (Fumafa)

(Uruguaio) (Brasileiro)

4.a LUTAProfissionais - Semi-final-Meio-Médio

8 ROUNDSROBERTO SABRA X CELESTINO PINTO

(Argentino) (Ex-Campeão-Brasileiro)

5.a LUTAProfissionais - Final-Meio-Pesado

10 ROUNDSV.ALT.R SANTOS X JOSÉ MANZUR(Invicto-Carioca) (Campeão-Argentino)

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Congresso Brasileiro deAstronomia revela novateoria de origem da Lua

O III Congresso Brasileiro de Astronomia e Astronáu-tica e a IV Semana da Ciência serão abertos no dia 28,às 19h30m, no Palácio Pedro Ernesto, numa promoçãoda Sociedade Interplanetária do Rio de Janeiro, e se es-tenderão até 7 de outubro, com apresentação de nova teo-ria da origem da Lua, discussão sôbre a vida no Cosmo,foguetes, radiação e discos voadores.

Durante a Semana da Ciência será realizado um con-curso para a descoberta de jovens cientistas, que deverãoenviar para a Rua Carlos de Carvalho, 60, sala 714, tra-balhos escritos e manuais, fotografias e maquetas sôbrepesquisas no campo eletrônico, astronômico, químico eastronáutico.

Ciência defendendo teses sôbreos discos voadores em face da-ciência, a Lua como base cien-tiflca, íoguetes e seus combus-tiveis, satélites artificiais e aGeodésia etc.

Durante a Semana serão exi-bidos filmes especiais, cedidospelas Embaixadas do Canadá edos Estados Unidos,

Irmã põea culpa hoexibiclor

TESES

Astrônomos do Observatóriode Valongo, do Gabinete dePesquisas da Patrulha AéreaCivil, e técnicos cm eletrônicada Marinha de Guerra e doObservatório de Sfto Pauloparticiparão do III CongressoBrasileiro de Astronomia e As-tronáutlca e da Semana ,da

A atriz Irmã Alvarez decla-rou ontem ao JORNAL DOBRASIL que nfto pensou pi"o-cessar o produtor clnemato-gráfico Elísio de Freitas, con-forme notícia divulgada on-tem, mas apenas revoltou-secontra a atitude da Cia. LuísSeveriano Ribeiro, que, na se-gunda-feira passada, colocouna porta do cinema Odeon ocartaz do filme Porto das Cai-xas. apresentando somente osnomes do produtor e do autordo argumento, esquecendo-sedos artistas que desempenhamos papéis principais.

Irmã acha que houve faltade consideração aos . artistas,além de um atentado à, éticaprofissional, que obriga a dai*em todo o material de propa-ganda do filme os nomes deseus atores principais, os quais,independentemente do produ-tor ou do autor da história,têm o próprio público que pre-cisa ser respeitado.

Ainda em estado graveo detective da Invernada.que tentou o suicídio

Niterói (Sucursal) — Continua internado, em estadograve, no^Hospital Antônio Pedro, o detective da 2,a' Sub-seção de Olaria, Carlos Pulcheiro, que na noite de ante-ontem tentou o suicídio, em sua residência ,na TravessaSão Domingos, 20, casa 4.

Embora sua mulher houvesse declarado no 1.° Dlstri-to Policial que o detective vinha sofrendo de enfermidadeaparentemente incurável, -as autoridades suspeitam quetentasse contra a vida para não ser acareado no caso dasatrocidades na Invernada.

UM TIRO

Segundo o depoimento daSr.a Glória Basques Pulcheiroe do Sr. Jorge de Freitas Lou-mellno, o policial, doente, apro-veitou um momento de distra-ção de seus familiares e, hoInterior do seu quarto, disparouum tiro à altura do coração.

As autoridades policiais quan-

do chegaram ao local, encon-|tra,ram o detective caldo nochão, tendo a seu lado um re-volver calibre 38, com umacápsula disparada.

O investigador Fernandes pe-diu, então, a remoção do poli-ciai para o Hospital AntônioPedro, onde se encontra sob oscuidados do médico C1 e b e rPinto.

Prefeitoconfia nosservidores

Niterói — (Sucursal) — OPrefeito de Niterói, Sr. SílvioPicanço, disse ontem que "nãodesconfia da prática de irre-gularidades por funcionáriosda Prefeitura" e que avocoupara o seu Gabinete os pro-cessos sôbre a construção einstalação de hotéis, casas lo-térlcas, bancas de jornais epostos de gasolina "para coi-bir as práticas ilícitas tenta-das pelos interessados nos pro-cessos".

Contrariando essas declara-ções, o Prefeito Silvio Pican-ço decidiu impedir o funcio-namento de um' posto de ga-sollna na Rua São Sebastião,esquina da Rua Tiradentes,cuja construção foi autorizadapela Divisão de Obras, emdesrespeito às recomendaçõesda Comissão, de Segurança,que considerou a área residen-ciai e imprópria para a loca-lização de depósitos de com-bustíveis.

Jornal do Brasil, 6.H-feirn, 20-9-03, 1," Cp.cI, — 0

Funcionário do MIC dizque apenas cinema novoé contra decreto dos 40%

Funcionário do Gabinete do Ministro da Indústria edo Comércio disse ontein ao JORNAL DO BRASIL que o de-creto que regulamenta o depósito compulsório de 40% sô-bre os lucros das empresas cinematográficas estrangeirasem nada prejudica o cinema nacional e que as críticasfeitas a essa medida provêm de desentendimento entreo Sr. Flávio Tambelini, Secretário do Geicine, e algunshomens do chamado cinema novo brasileiro.

O decreto — prosseguiu — oferece uma opção às em-presas estrangeiras: poderão produzir filmes no Brasil oudeixar o dinheiro para o fisco. Além do mais, o Geicinecontrolará e fiscalizará a execução do decreto, cabendorecurso para a secretaria do Ministério e até para o pró-prio Ministro, no caso do não cumprimento do que dispõea lei.

As críticas ao decreto têmcomo causa a oposição que fa-zem ao Sr. Tambelini algunshomens do cinema, especial-mente do grupo chamado clne-ma novo. Como a exposição demotivos que encaminhou o pro-jeto teve incorporadas as su-gestões do Geicine, algumas

vozes se têm levantado contraêle.

— Quanto à. informação deque aquele grupo estaria pràti-camente extinto, devemos ln-formar que isso só ocorreráquando fôr criado o InstitutoBrasileiro de Cinema, que her-dará as atribuições do Geicine,

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I10 — 1.° Cad., Jornal rln Brasil, 6.B-folrn. 20-3-63

Armas apreendidas são da extrema direita, revela ExércitoOficiais do I Exército, tendo

à frente o Major SebastiãoNunes Cavassoni, voltaram avasculhar, ontem, o 3.° andardo prédio n,° 37-A da Rua Pri-meiro de Março — OrganizaçãoVálter S. Castro — onde, navéspera, havia sido apreendidagrande quantidade de muniçãocalibre 22 e granadas, encon-trando, na nova busca, do-cumentos pertencentes à Ação

' Vigilante do Brasil e à Confe-deração dos Centros Culturaisda Juventude, entidades queestão sob a suspeita de práti-ca de terrorismo, de extremadireita.

Entre os documentos aprecn-didos figuram estatutos, cartel?ras de Identificação; fichas in-dividuáis dos simpatizantes,mapas do Sitio da Alegria —tido como cenlro de treina-mento dos- terroristas — e 11-vros de contabilidade, além dealgumas ferramentas de sapa ecintos de guarnição usados peloExército. Todos os documentosapreendidos, revelando que setratavam de organizações para-militares, assemelham-se aosusados pela extinta Ação Inte-gralista.

A FAMÍLIA COMO BASE DE PRESSÃO

Como eraO escritório vasculhado era

composto de quatro salas, uma¦r*-i quais, a ocupada pelo Di-retor, o despachante Válter

....... Santos Castro (registro90*155), tinha na porta o avisode È proibido fumar — a mu-nição íoi encontrada nessa sa-la — levando as autoridadesmilitares a suspeitas de que osempregados do escritório tives-sem conhecimento das ativida-des extras do despachante, hi-pótese que se robustece diantedo fato de nenhum funciona-rio ter comparecido, ontem, aoserviço, ainda que por curiosi-dade. ou telefonado.

Nas outras salas o aspectoera realmente de um escrito-

rio de despachante, com guias,recibos, contratos, licenças eorçamentos arquivados em or-dem para cobrança, adminis-tração, corretagem ' e registrode firmas. Outro fato que cau-sou espécie foi a mesa encon-trada na sala do diretor comuma placa de Paulo de SalesGalvão — Presidente, emborao escritório levasse o nome deOrganizações Válter S. Castro.Todos os documentos foram es-palhados sobre a mesa e exa-minados pelos militares, que ti-veram de arrombar a porta doescritório do diretor para arre-cadar os papéis mais impor-tantes.

DocumentosUm dos documentos arreca-

dados, o Estatuto da Ação Vi-¦ gilante do Brasil, assinalavaque "os componentes da AVB,

| em*ação, trazem no braço uma, faixa branca com a letra V ao- centro, nas cores verde e ama-, relo", dividindo os adeptos nas! categorias de primevo, aspi-rante, imediato, adjunto e mo-

I nítor, sendo o primevo, prin-j cipiante e o monitor, apenas

um, o Chefe.Os estatutos assinalam, ain-

; da, a formação de um tribunal•*para admitir os futuros prime-vo'sf, determinar promoções me-

ritórias, absolver, condenar, re-baixar ou condecorar, cabendoao réu, em caso de acusação,direito a defensor".

Entre os objetivos da AçãoVigilante do Brasil — suas car-teiras de identidade especifica-vam o agrupamento e especia-lidade de sócio — figuram apromoção de escotismo e deexcursionismo. O organogramadá a Guanabara conro Central,os Estados como Sede, os mu-nicipios como Núcleo, os dis-tritos como Grupo e os bairroscomo Base.

Indeferido liminarmente omandado de segurançaimpetrado por IBAD e Adep

O Desembargador Homero Pinho, do Tribunal de Jus-tiça da Guanabara, indeferiu, ontem, liminarmente, o man-dado de segurança impetrado pelo IBAD e pela Adepvisando a reabrir, as suas sedes, que foram fechadas porordem do Secretário de Segurança do Estado, Coronel Gus-tavo Borges.

Argumentou o magistrado que a autpridade estadualíol mera executora de solicitação do Ministro da Justiça,que, por sua vez, agia em cumprimento de decreto baixadopelo Presidente da República, no qual determinou a sus-pensão das atividades das impetrantes em todo o territó-rio nacional.

Centenas de trabalhadores em carris da Guanabara, que se concentraram 'no Ministério do Trabalho, levaram as mulherese os-filhos para forçar o pagamento dc seus atrasados

ConfederaçãoCom relação á Confederação

dos Centros Culturais da Ju-ventude, o n ú mero de do-cumentos foi menor, causandoespécie, porém, o fato de emse tratando de uma organiza-ção cultural constar na fichade ingresso dos associados in-dicacões do partido político a

• -que. pertence, se dirige auto-'móveis, pratica esportes e é ta-;qiügrafo. a exemplo das fichas

Vde, recrutamento nas unidades. militares.

RVt*r;F

¦.-..* Arsenal

Os estatutos, a exemplo doque acontece com os da AçãoVigilante do Brasil, prevêem,que em caso de dissolução dasentidades, seu patrimônio re-verteria em íavor da UniãoOperária e Camponesa do Bra-sil, que o Conselho de Seguran-ça Nacional tem como organi-zação de extrema direita, atu-ando de maneira a ser confun-dida como de extrema esquerda.

Com relação às armas e mu-• nições apreendidas, sabe-se queas autoridades militares pro-curam estabelecer uma ligaçãoentre as 44 carabinas calibre

•vfB2 apreendidas em poder de[jiíwhc1 Gonçalves da Silva, Luis25^2.mes de Lima e Manuel Lo--i_isn do Nascimento, na Estação"jjftâcloviáriá e os pentes de mu-!jJ3p](ção encontrados no escrito-_Jb_cJq. também calibre 22 e ai-

umas granadas.

Sabe-se que as armas, auto-máticas, têm a inscrição de in-dústria brasileira e a marcaUrco, mas seu modelo não éconhecido pelo Exército, que asconsidera armas de guerra,porque tém capacidade paramais de seis tiros intermiten-tes. As carabinas Urco têmcapacidade para 15 tiros e osmilitares as consideram "mui-

to boas".

Famílias4*tS3ra cunhado do funcionárioJaSKpófap Noir Gomes da Sil-*-&*.* vizinhos do bombeiro hi-

¦ "Mj-áulico Manuel Lopes do Nas-"pimento e um irmão do despa-T?5|ijijite Válter dos Santos Cas-2ijo, todos presos pelo I Exór-

cito para responder inquérito"policial-militar sobre a.s armas,HMjSeram ao JORNAL DOBÍRÀSIL ter recebido com sur-pfrésa a noticia da prisão, por-m$ ignoravam qualquer ativi-iyíge dos detidos com relaçãot_Ku'm'as'i«O Sr. Heráclito dos SantosOrsiro, irmão do principal im-

_ ?#» ''-$«*¦.

^'ijGèrca de 100 homens da Po-líifja do Exército vasculharam,'dittem, o Sitio Alegria, em Ja-'çfrepaguá, onde se supunha(file. existia um depósito de ar-j)ías contrabandeadas.

pücado, despachante Válter dosSantos Castro, lamentava odescrédito em que caíra, o-es-critério, não sabendo o que fa-zer para explicar aos- clientescom grandes impòrtâncitis"; ládepositadas o motivo' da inter-dição da firma por soldados daPolicia do Exército, armadosde metralhadoras.

Revelou o Sr. Heráclito dosSantos Castro que seu' 'irmão

teve também sua residênciavasculhada pelo Exército e quefoi preso quando chegava- 'da

rua em companhia da esposa.

Busca na AlegriaO Sítio Alegria pertence a

Paulo Galvão, que está presona Policia do Exército.- Segun-do o vigia do sítio, José ciosSantos, o seu patrão está cons-truindo no local uma clinica.

Americanostransplantamo fígadoBoslon (UPI-JB) — Joseph

J. Binguel, de 58 anos, ao qualse transplantou o fígado de umpolicial assassinado durante umassalto ao supermercado da ci-dade. apresentava ontem sinaisevidentes de melhora e já co-meçou a alimentar-se.

O policial Edward Callahanfoi ferido de morte durante oassalto e quando morreu suaesposa autorizou a extração deseu fígado, que íoi éríxertadono corpo de Binguel, atacadopor mal hepático;

Alegretticpier carromais barato

Bras nin (Sucursal) — O Depu*tado Dervlle Alegrou (MTR . daS&o Pniüo) voltou a reclamar, on-tem, providências do Governo Fe-deral para impedir que as indús-¦ triás automobilísticas continuemaumentando os preços dos vel-culos.

Declarou o parlamentar ciiio oiibufio cia alta constante cios pre-ços dove ser comtíatiòo t que oGovórno deve adotar medidasenérgicas nesse setor, tal como arestrição do financiamento peloBanco cio Brns.ll às lháltetrías deautomóveis.

• - Alllmou o Sr. Dervlle Alegretlnus o preço de um VolltSwaganfíerá, no começo de outubro, deCrS 2.200 mll. porque a cmprcsAvem aumentando de cinco porcento, mensalmente, o valor daunidade. Depois de acentuar (|ueas posas de automóveis, emborafabricadas no Pais. estfto alcan-çnndo preços exorbitantes, preco-nlzuu o seu tabelp.mcnto.

Concluindo, o parlamentar iczum apelo ao PTB, pnra que Inter-fira, junto ao Presidente JoíioGoulart, no .sentido de qiíè prõ-videriçle a regiilamentaçâo da leidc vemessa dc lucros, acresceu-tando que a grqiutc quantidade deroyal tiès que essas empregas reme-tem pira o exterior é um dos fn- .toros rbspónsÃvéis pelo' encareci-mento cios automóveis.

Pessoal de bondes decretagreve de advertência parareceber aumento em atraso

Cerca de sete mil trabalhadores em carris urbanos daGuanabara decidiram entrar em greve de advertência por24 horas a partir do primeiro minuto de hoje, em sinaldc protesto pelo atraso do pagamento do aumento salarialde 75% concedido à classe a partir dé janeiro deste ano.

A decisão, tomada ontem nas escadarias do Ministériodo Trabalho, terá também, segundo os lideres da classe,a finalidade de forçar o apressamento da solução, "sobre-

tudo depois de os trabalhadores do grupo Light terem re-cebido o aumento, quando estes íoram beneficiados namesma época, em janeiro".

..

AMAURI NÃO APARECE

Desde às 16 horas de ontem,centenas de trabalhadores emcarris urbanos concentraram-se nas escadarias do Ministé-rio, acompanhados, na maio-ria, de suas famílias. A dispo-sição inicial era de só sairemdali depois de receberem umaresposta definitiva do Ministro

• Amauri Silva. Êste, no entanto,viajou para Brasilia, mandan-do seu Chefe de Gabinete, Sr.Castelo Branco, parlamentarcom os empregados.

O Sr. Castelo Branco decla--rou aos trabalhadores que o Mi-nistro Amauri Silva, tão logochegasse em Brasília, manteriaentendimentos com o Presiden-te Joio Goulart no sentido deque seja o problema resolvidono menor espaço de tempo pos-sivel.

TARIFAS E ADVERTÊNCIA

Explicou que o Ministro doTrabalho maritivera conversa-ção com o Ministro OliveiraBrito, o qual Já teria conse-guido do Presidente da Repú-blica a promessa de aumentaras tarifas dos bondes da Gua-nabara para fazer face à com-plemcntação dos meios de pagarmonto dn aumento salarial ematraso, sendo 50'í de 1 de ja-

"Agrément

a Alvesâe Sousa

Paris (Luís Edgar de Andra-de, Correspondente do JB) —.A Rainha Ellzabeth II. da In-glaterra. ao voltar a Londres,após suas férias, concedeu oagrément ao Embaixador Car-los Alves de Sousa.

í'-se agrément fora pedido pe-lo Governo brasileiro simultà-heátivente com o do Sr VascoLeitão da Cunha, que será o nô-vo Embaixador brasileiro naFrança.neiro a 31 de março e mais

25' r a partir de 1 de abril.Apesar das promessas tradu-

zidas • pelo Sr. Castelo Bran-co, os trabalhadores resolve-ram fazer a greve de adver-tência "para mostrar às auto-ridades que os empregados emcarris já estão cansados de es- -. .perar e também para forçar flpQ niJPJJTiÇuma solução mais rápida para ULtO L/LlL-lí Uòo caso".

Diretor negaentupimento

LIGHT SE DEFENDEEm comunicado à imprensa,

a Rio Light afirma que vemapresentando ao Governo daGuanabara razões de defesacontra multas que lhe têm sidoimpostas pela Secretaria deServiços Públicos, "sob a ale-gacão de ter a Companhia co-metido diferentes tipos de in-fração do contrato que regulao Serviço de Bondes"."Os. tipos de infração aocontrato, que data de 1307, ío-ram secundo o Estado: pinturaem mau estado, cortinas dccorrediça cm mau estado, fal-ta db cordão de sinal, faltade lâmpadas no sistema di ilu-minação do carro, falta cie üm-peza do piso tío carro e aupres-são de viáséns do horário."

A LHht se defende de' lócUsessas -multas com uma série deòútrás alegações, quanto ã pin-tura, defeitos e à liriípeza..

Lista de nomesv.Infõrnür=sê~qüe as autòrida-des militares já estão de posse¦{& uma lista de nomes e ende--vèços de todas as pessoas im-.çlicadas no tráfico de armas,¦õ"que revela que a organizaçãoj{em âmbito nacional.

A lista de nomes e endere-ços não deverá ser divulgadaimediatamente, a fim de nâoprejudicar as investigações quevêm sendo, realizadas pe'oExército, com a colaboração daPolicia da Guanabara.

risoesÍS Autoridades dos Comandosiíjo I e II Exércitos efetuaram,¦nas últimas horas, a prisão deSferias pessoas, cujos nomesSém sendo mantidos em sigilo,üpntem, o General Peri Bevi-'láqua, Comandante do II Exér-,*úito, falou por telefone com o¦General Morais Ancora, Co-.mandante do I Exercito, a fim¦•tíe acertar uma ação conjun-

Íi» para desbaratar os traficim-

ps de armas.,_!_• O Ministro da Guerra, Gene->l-al Jair Dantas Ribeiro, ao to-Ijhar conhecimento da extensão•<jo contrabando de armas, in--terrompeu o seu programa em"Brasilia e veio para a Guana-$ara, a fim dc tomar conhe--cimento total dos fatos. O Mi-sinistro da Guerra regressou às•fl horas de ontem ao DistritojSjederal. v

Ainda na "Guanabara, 0 Ml-nistro Jair DantasRTBCire-ncmeou o General Idâlio Sar-dènberg para presidir o Inqué-rito policial-militar que apu-rara a procedência das armase munições apreendidas pelesautoridades militares. O Gene-ral Idâlio Sardenbcrg, que éComandante da Artilharia Di-visionária da 1." Divisão de In-íantarla, teve a sua escolhaatribuída, nos círculos milita-ros, à necessidade de se con-duzir as i n v e s t i g ações comgrande cuidado e perícia, noque èle é exímio, pela experl-ência acumulada como Chefedo Serviço Secreto do Exército,ao tempo do Marechal Henri-que Lott no Ministério daGuerra.

Bicheirostratam deassociar-se

Niterói 'Sucursal) — Os bi-cheiros de Caxias debateram,ontem, reunides num hotel, aoficialização da Associação Ba-rão de Drumond, que çpngre-gará todos os cambistas de jogodo bicho e corridas de cavalosno Estado do Rio. O Vereador~ÃririTrnxto^ie^{úo_J__i_anca

com -

Conselho de Enersia renovaapelo à população paraeconomizar consumo de luz

O Presidente do Conselho Nacional de Águas e Ener-gia Elétrica, Sr. Teixeira Mendes, reiterou ontem seu ape-lo à população carioca, no sentido de que seja íeita a maioreconomia possível de energia elétrica, em conseqüincin, daprolongada estiagem na Região Centro-Sul do Pais, que co-loca a Guanabara sob a ameaça de novo racionamento.

A Rio Light confirmou ontem ser quase certa a voltaao racionamento diário na Guanabara, pois se têm verifi-cado, atualmente, as mais baixas vazões já registradas nasbacias hidrográficas que alimentam as usinas geradorasda empresa. O Coordenador .do Racionamento, A.mirameMiguel Magaldi, se,reunirá, nos próximos dia.s, com os téc-nicos da Èio Light, a fim de estabelecer as medidas res-tritivas ao consumo de energia.

O Diretor do Departamentode Obras da Guanabara, Sr. Jo-berto Macedo, disse, ontem, ao-JORNAL DO BRASIL, a res-peito da denúncia de que buei-ros entupidos podem inundar acidade, que jamais um Govêr-no se empenhou em desentu-pir ralos e bueiros do Estadocomo o Governo Carlos Lacer-dr.: "O único motivo pelo qualnos po-'f-".i atacar é de que es-t-mos dando preferência ãs zo-rias tradicionalmente abando-nadas, como a Tiiuca. Vila Isa-bel e Cais do Porto."

— Só para a limpeza de ga-lerias pluviais dispomos de CrS90 milhões — ájúntou o Sr. Ma-cedo — com os quais contra-tamos, .por concorrências pú-blicás, equipes para a desobs-trução de zonas previamentedelimitadas A última destasconcorrências públicas se rea-lizou. anteontem, para o de-hntübimehto tias galerias roCentro, operação o"çadf em CrS5 milhões c 90 mil.

Comissãotúneldo

RACIONAMENTO EDITAL

Informações3f Por volta das 15 horas de informou nada sobre os nomes«ontem, um emissário especial_*%nbarcou para Brasilia, a fim<dc levar ao Ministro Jair Dan-

£tas Ribeiro o resultado das pri-.jneiras investigações, inclusive'das prisões já íeitas. Não se

do.s detidos.A Policia do Exercito, sob o

Comando do Coronel Domin-gos Ventura, vasculhou ontemvários pomos da cidade, mui-tos do.s quais estão sob severavigilância.

•í»r^* O Presidente da Companhia-?imobiliária Nacional informou•Sphtem que a sua empresa ja-Inais funcionou no 3." àridar

5da. Estação Mariano Procopio,jtWie o Exército apreendeu mu--•trições.

EsclarecimentoEsclareceu que a empresa

era locatária do quarto andar,de onde retirou-se recente-mente para se localizar naAvenida Feio Branco, 85, 15"andai'.

prometeu-se a registrar a Asso-ciação no Serviço de Censura eDiversõas,

Em Caxias, Itáguai e Tcre-sópoiis, o jc^o continua fecha-du. uma vez que os bicheiros te-mem represálias da Justiça, que.pretende requisitar força fede-ral para os três municípios, ca-so sua ordem venha a ser des-respeitada. Cinco casas de jogoforam fechadas, ontem, em No-'va Iguaçu e em Niterói estãosendo fechados todos os hotéisque exploram o lenocinio.

Comerciáriosaceitaram abonificação

O Presidente do Sindicato dosEmpregados no Comércio doRio de Janeiro, Sr. Jaime daSilva Correia, informou ontemque os comerciários concorda-ram com a bonificação de 27';>oferecida pelos empregadores.

O Sr. Jaime da Silva Cor-rçia já entrou, em entendimen-td.ccm o Desembargador PiresCVaves. do Tribunal Regionaldo Trabalho, para homologaçãodo acordo, o que deverá dar-sequarta-feira.

Esclarecendo que "o assuntoainda não c.áá re_.ulvi:lo", oPresidenta do Consjlho Nacio-nal de Águas e Energia Elétricarevelou que provavelmente .seránecessário recorrer ao raciona-monto na Guanabara, dada aestiagem prolongada na regiãoCentro-Sul.

Disse que, devido â estiagem,a São Paulo Light viu-se obri-gada a cortar o fornecimentode energia elétrica à Guanaba-ra, em virtude do deficit ener-gótico que sofre aquele Estado.

O suprimento da primeiraunidade da Usina de Furnas —prosseguiu — por não ter atin-gi:io ainda a potência máximanão poderá beneficiar o sistemada Guanabara, pelo menos, en-quanto a situação dos reserva-tórios de São Paulo não se nor-malizar.

O Sr. Teixeira Mendes revê-lou que o Almirante MiguelMagaldi. que se encontra noParaná, tão logo retorne à Gua-nabara, se reunirá com os tèc-nicos da Rio Light e do Govêr-no do Estado para estudar orestabelecimento das medidasrestritivas ao consumo que seíaçani necessárias, que serãoposteriormente homologadas pe-lo Conselho Nacional de Águase Energia Elétrica. Acrescentei!que, caso a Coordenação do Ra-cionamento seja forçada a res-tabelccer o racionamento, êstedeverá ser de curta duração,até que ocorram chuvas abun-dantes na região Centro-Sul.

Niterói — JSucursall--Vimi-tro cias Mir_ãs~e Energia,Sr. Oliveira Brito, marcou vi-sita ao Governador Eaciger Sil-veira. no Palácio cio Ingá. parao dia 4 de outubro, quando as-sinará com o Secretário deEnergia. Sr. Heleno Nunes, -o'edital rie concorrência pública,para a realização das obrascivis da Usina de Rosai.

A obra está orçada em Crs16 bilhões e será realizada comrecursos estatfuais e da Eletro-brás, além de financiamentosinternos e externos, e se des-tina a produzir 100 mil kw.para _ab_astecer. o norte flumi-nense, região atualmente s'u-prida com. apenas 42 mil kw.A conclusão da .usina está pre-vista para 1966. mas a regiãoserá dois anos antes . supridapor energia geraria na UsinaTérmica cie Campos, que pro-duzirá 30 mil k\v.

FREQÜÊNCIA

O Presidente da Eletrcbrãs.Sr. Paulo Richer. e o Secreta-rio de Energia do Estado doRio, Sr. Heleno Nunes, acer-taram ontem as últimas provi-dências para o inicio, ainda

¦ êste ano. rias obras de unifica-ção da freqüência dos sistemaselétricos da Light, CBEE e dasempresas particulares e oficiaisque operam no norte do Estado.

se reúneNiterói (Sucursal). — A Co-

missão Federal que estuda aligação através cie um túnel,entre R.o-Niterói reúne-se ho-je nn Gabinete do Diretor doDNER, Sr. Roberto FerreiraLissance, Presidente da comis-são.

Na ocasião, será discutida a

proposta apresentada por doisfinancistas alemães para aconstrução do túnel. O Dire-tor doDER^__fhiminenso—Siv-Dilson Feliciano Pinto, repre-sentará o Governo e examinaráa proposta, de acordo com osinteresses cio Estado.

DESPACHO

Foi o seguinte o despacho doDesembargador Homero Pinho:"Deixo de admitir' a processoo presente mandado de segu-rança porque, embora atribui-da ao Secretário de Segurançado Estado a violência de que sequeixam os requerentes, assimnão é de entender-se, pois talse vê dos autos, e expressa-mente registra a inicial, aque-la autoridade nada mais teriaíeito que dar execução a soli-citação do Ministro da Justiça,em cumprimento ao decreto doPoder Executivo federal, denúmero 52 425, de 31-8-63, epelo qual se determinou a sus-pensão das atividades dos re-querentes em todo o territórionacional.

No caso, o Secretário de Se-gurança da Guanabara não émais que um mero executor daindicada determinação. Escapa,portanto, ao âmbito da júris-dição estadual processar, co-nhecer e decidir de mandadoae segurança impetrado. Ade-mais, tendi como relator odouto Ministro Pedro Chaves,segundo divulgação da Impren-sa Oficial, está em curso pe-rante o Supremo Tribunal Fe-deral idêntica medida com re-lação à legitimidade do decre-to em questão.

Atos do Ministro da Justiçanão podem ser apreciados namatéria pela Justiça do Es-tado."

SOLIDARIEDADE

O Diretório Regional da UDNdo Estado da Guanabara votoumoção de solidariedade aosDeputados Pedro Aleixo eAdauto Cardoso, lideres do par-tido na Câmara dos Deputados,em face dos ataques que sofre-ram por parte do DeputadoAmaral Neto, no episódio daconstituição da nova ComissãoParlamentar de Inquérito doIBAD.

O autor da moção foi o Con-' selheiro Edison Jawolky. Nodocumento^ aprovado pelamaioria dos presentes à 'reu-

nião, argumenta o seu autorque a UDN não poderia deixarsem uma refutação as manifes-tações hostis feitas contra oslideres Pedro Aleixo e AdautoCardoso, que "constituem ver-dadeiro patrimônio moral daUDN".

Deve-se assinalar que o grupoAmaral Neto não se encontra-va presente à reunião, pressu-pondo-se que a posição assu-mida pelo diretório poderá pro-vocar reação imediata do Sr.Amaral Neto, reacendendo lu-tas internas no partido.

.CONVOCAÇÃO DE IVA

Brasilia (Sucursal) — Reini-ciando os seus trabalhos na no-va íase, a CPI do IBAD deci-diu, ontem, convocar os Srs.Ivã Haslocher e Frutuoso Osó-rio para prestarem depoimen-tos no dia 25. quarta-feira pro-xima, às 15 horas, e requerer,entre outras providências, aapreensão de todos os do-cumentos referentes ao IBAD,Adep e Promotion, onde querque se encontrem, bem comosolicitar às emissoras de rádioe televisão, jornais e revistas,extratos de contas de publici-dade de candidatos apoiadospor estas entidades;

Na reunião interna de on-tem, o relator Pedro Aleixo su-feriu as seguintes diligências,aprovadas pela CPI.

1) juntada de atas de funda-ção ou de sessões de estatutosou de modificações dos estatu-tos da Ação Democrática Po-pular Acíep. 21 juntada dedocumentos nos quais constemas razões pelas quais o IBADpromoveu a fundação da Adep

^jejI22_£ã3fâ4maaçap;- 31 jun-tada de documentos sobre osn o m e s dos fundadores daAdep e de listas dos seus só-cios até o presente momento;4) juntada de todos os discur-sos e comunicações qur. se íi-

zernm na Câmara dos Depu-tados sobre o IBAD e a Adep;5) juntada dos artigos doDeputado Elói Dutra publica-dos êste mês, pela Ultima Ho-ra; 6) juntada dos artigos pu-blicados, de autoria de • IvilHaslocher; 7) juntada do de-creto que suspendeu o funcio-namento do IBAD, bem comoos pareceres do Consultor Vai-dir Pires e todos os documen-tos referentes ao assunto; 8)providências para a apreensãoe requisição dos documentos doIBAD; 9) ofício ao DeputadoElói Dutra solicitando que dèà CPI os documentos mencio-nados no seu artigo e outrosque se encontram em seu po-der, relativamente ao IBAD.

CONGELAMENTO

Por sugestão do Sr. Tempe-rani Pereira, será íeita tam-bém a juntada dos artigos pu-blicados na Ultima Hora peloJornalista Severino Moura Car-neiro. O Sr. Joáo Dória, queintegiv.u a antiga comissão,pediu que o Sr. Ulisses Gui-marães, Presidente da CPI,considerasse como reencami-nhados requerimentos de suaautoria que não tiveram anda-mento, entre os quais o quepede o congelamento de con-tas bancárias do Sr. Haslocher,do IBAD, da Adep e Promotione queixas-crime que apresen-tou contra depoentes.

O Sr. Ulisses Guimarães rie-feriu o pedido, mas ante asexplicações do Sr. Pedro Alei-xo. esclareceu q u e o deferi-mento significou apenas a.aceitação da solicitação, queseria encaminhado ao relator,para parecer.

O relator explicou que a CPIé um órgão processual e nãotem competência para pedircongelamento de contas ban-cárias e muito menos encami-nhar queixas-crime, salientan-do ainda que os trabalhos es-tão sendo reiniciados, em no-va fase. As providências do Sr.Dória — disse o Sr. PedroAleixo — contrariam os dispo-sitivos legais e não podem seratendidas, no resguardo mes-nio do próprio prestigio daCPI "pois quem iria executara ordem de prisão"? Acresceu-tou que "esse espetáculo de seafirmar que se vai mandarprender testemunhas não é su-portável", e que as testemu-nhas são protegidas pela CPI.

O Sr. João Dória retrucoudizendo que náo pediu nenhumdisparate e mesmo com pare-cer prévio do relator formali-zarà os requerimentos que, emúltima análise, poderão 1 h epropiciar receber uma "aula deDireito do Sr. Pedro Aleixo..."

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Foram também acolhidas su-gestões do Sr. Jeremias Fcn-tes, do PDC (ausente da reu-nião) de convocação do Sr.Frutuoso Osório Filho, pelassuas negativas anteriores cierevelar nomes, e se nelas per-sistir, será acareado com o Sr.Artur Junqueira. Sugeriu ain-da o Sr. Jeremias Fontes quea CPI peça tudo que existe só-bre IBAD, Promotion e Adep,nos Bancos da Lavoura de Mi-nas Gerais, Crédito Real deMinas Gerais, Mineiro da Pro-dução, Nacional de Minas Ge-rais e Andrade Arnaud e quese requeira, às estações de rá-dio e televisão, cópias de pro-gramas patrocinados por umdesses órgãos, com os nomesdes politicos que neles, partici-param.

O representante do PDCconsiderou, no .ofício que en-dereçou á CPI, que a documen-tação existente no processo eescassa, "embora compromete-dora",_ restando _s_aber quais os""políticos""qué" foram

"beneficia-

rios pelo IBAD e ADEP; quala origem dos recursos até ago-ra "clandestinos"; o grau deinfluência das entidades cita-das no procedimento dos po-liticos por cias financiados etc.

isiiirs fa f&\ rp pii

NO CIUDE fôAVM-BARRACAS E

0SSÂ FEIRAILHA PIRÃQUÊ"SHOWS"

Domingo 22. a partir das 14 horas

Shaw Bcssa-Nova — Sylvinha Telles, Johnny Alf, Juarez, Jorginho,Lúcio Alves, Jorge Bem, Menescal etc. — Bingo

Jornal do Brasil, 6.«-feira-, 20-3-63, l.n Cad. Uri—Tr4*

i.r

Aquisição de trigo canadense pelaURSS foi bem recebida pelos EUAC. Pintonão vainegociar

O Ministro Carvalho Pintoainda não decidiu se Irá ounão à Reunião de Governa-dores do Fundo MonetárioInternacional. Caso venha adecidir sobre a sua Ida àque-Ia reunião, não cogitará otitular da Fazenda, segundoapuramos, de manter nego-ciacõe3 com o FMI nem como próprio Governo norte-americano, no tocante ásnossas dívidas.

O Ministro Carvalho Pintocaso venha a comparecer ãreunião do organismo finan-ceiro internacional, limitar-se-á, apenas, a apreciar osdebates.

Governo emitiu em menosde cinco meses a soma ;de 150 bilhões de cruzeiros

Na terça-feira da semana passada o. Governo eiiil-tiu 5 bilhões d. cruzeiros, a fim de atender ao suprimentode numerário feito pela rede bancária. Por siia vez, demaio até'a presente data,'o Ministério da Fazenda já\ian-çou em circulação o montante de. Í50 bilhões de cruzeiros,sendo que as emissões estão distíibuídas da seguinte foi*-ma: maio — 15 bilhões; junho — 25 bilhões; julho — 15bilhões; agosto — 30 bilhões e setembro (até o dja 18) —70 bilhões.

Somente na primeira quinzena do corrente mês, asemissões totalizaram quase a metade do que foi emitidonos últimos cinco meses. A causa foi a instabilidade po-lítica reinante no País, principalmente á inquietação ori-ginada pela recente rebelião dos sargentos.

PROGRAMA

No mis corrente as emlssõe..obedeceram ao seguinte profira-ma; dia 2 — 20 bilhões; dia 4— 3 bil-iõeí.: dia 5 — 5 bllhfies;dia 10 — 10 bilhões; dia 12 —5 bilhões; dia 16 — 10 bilhões;dia 17 —.5 bilhões, e dia 13' —10 bilhões. .

O Plano Trienal revisado pre-via uma emissão anual da ordemde 145 bilhões de cruzeiros, sen-

GÊNEROS E MATÉRIAS-PRIMAS

Nnv.1 Iorque (AP-UPI-JB) —O cale Santos n.° 4, no dispo-nível, foi cotado ontem a 33.50centavos de dólar a libra-pêso.Entre os tipos ciue Incluemcusto e írete, o Santos Bour-bon íoi cotado a 33.75 centa-vos e o número 5 a 32.70 cen-t? vos.'

No' mercado a termo o tipoB cotou-se com baixa de 10pontos, sendo vendidos 6 con-tratos. O contrato W nSo re-gistrou vendas.

MERCADO A TÍRMO

Foram as seguintes s» cota-cões _m centavos de dólar a li-bra-péso, entregas futuras:

'

CACAU

Foram as seguintes as cota-ções para o cacau', no disponi-vel. em centavos do dólar a 11-bra-pêso:

Acra _>._.. 90Bahia 27.40Equador 27.15Dominicano 27.15

AÇÚCAR

Cotações para o Açúcar, con-trato nacional _.* 7, em cen-tavos de dólar por libra-pêso:

NovembroMarço ...Maio Julho ....Setembro

7.598.308.368.338.38

Contrato B:

Setembro Dezembro Março Maio Julho

Contrato Yv":

34.0534.453o. 2534.45'35.90

Cotações para3 imundial);

o contrato n."

Setembro 30.75Dezembro 31.01

MOEDASO mercado de cimblo nâo iun-

elonou ontem,, em face.dò.ic-i'lado bancário.; •

BOLSA DE TÍTULOS

A Bolsa de Títulos também11*0 funcionou ontem.FUNDOS MÚTUOS DEINVESTIMENTOS

Fluido Crescinco — 447.95 —22 P20 670 357,00.

Condomínio Deltec — 291,00 (•)— 1 902 425 069.00.

Fundo Atlântico — 293.36 —1 049 127 812.20.

Fundo Brasil56 055 620,00.

Fundo Nortec — 534.S1 —85 046 536,10.

Fundo Orcíca — 131,69 —110 744 726.00.

(. — ex-distribuiçío de 6,00poi' cota.

Janeiro ,. S.00Março 8.00.01'Maio 8.00

Julho 7.98/80Setembro 7.68

Londres (BNS-JB) — O preçodo açúcar assinalou outros 50velins por tonelada, colocando-se em 66 libras, esterlinas, queê 17,5 libras esterlinas acimado nivel alcançado no mês pas-sado, embora ainda multo abai-xo do teto máximo de 101 librasc-terlinas por tonelada registra-,tio em inato .passado, segundoiiiformaçf-o do Financial Times,de Londres.

A recuperação de preços, en-tretanto. acelerou nos últimosdias. porquanto o mercado bus-ca equilibrar-se.

Parte da alta representa aInevitável reaçáo à anteriorqueda, tornada aguda em vir-tude de operações especulativase que nSo refletiu a verdadeirabalança da oferta t da procura.

272,40 — METAIS

Cotações para os metais abai-xo, em centavos de dólar por 11-bra-pêso, nas operações do dis-ponivei.

Câmbioeni_NT. Iorque

Nova Iorque (UPI-JB) — Cota-ções de moedas estrangeiras emrelaçáo ao dólar norte-americano:Cruzeiro O.oonLibra esterlina 2.7980Marco alemão 0.2513Peso argentino 0.0070

AntimónloCotire Chumbo ..Zinco Estanho ..

COBRE

36.2531.0011.7512.50

117.13

Cotações registradas ontempara o cobre, na Bolsa de NovaIorque, em centavos de dólarpor libra-pêso:

Outubro 29.97Dezembro 30.17Março 30.02Maio 30.01Outubro 29.98

MERCADORIASCAFfc

E. do Rio 890Sio Paulo 2 000

Funcionou ontem, o mercadodé café disponível firme e comos preços inalterados. Cotou-seo tipo 7, safra 1962/63, contrl-huiçáo de 26 dólares ao preçoanterior de Cr$ 720,00 e o tipo7, safra 1963/64. contribuição de19 dólares ao de CrS 1140,00 por10 quilos. NSo houve vendas sô-lire o disponível. O total de caféricepachado pára embarqueis «o-mou 249 403 sacas. Fechou inal-terá do.

Leopoldina:

Minas

Total .. «789

Desde 1 do mês 198 535Desde

' 1 de Julho ... *. 699 857Idem, ano passado .. 1 987 020

Embarques em 17 de setembro:

Europa

Cotações Por 10 quilos

'América do Norte1 6.'i38 125

.Saíra 1963,64. contrlbulçio de26 dólares:

Tipo 2Tipo 3Tipo 4Tipo .5Tipo 6Tipo 7Tipo 8

CiSCr-

770.00760,00

CrS 750.00CrS 740,00

730,00720.00

Total De.de l do mês ..Desde 1 de Julho ..Idem. ano passadoExistência Idem, ano passado

AÇÚCAR

. 9 733138 21.1824 406733 7.11647 163936 346

CrSCr»

Safv.v 19S2. 63. contrlMilç&o de19 dólares:

Tipo."TipoSfripòTipo'TipoTipoTipo

O mercado deste produto iun-CrS 710,00 elonou ontem, firme e sem ai-

teraçio nos preços. Entradas 250sacos do Estado do Rio. Saidas5 000. Existência 101 700 sacos.

Cotações por 60 quilos (ReiO-luçáo n.» 1 090. de 2t-6-1963 —PVU) — Cr» 4 400,00.

Cr*.CrSCrSCrJCrsCrSCr»

1 190.001 180,001 170.001 160.001 130.001 140,001 130,00

JEstado de Minas:

Café comum 62/63Idem íaíra 63/64 .Idem, fios

Estado do Paraná:

Cates b. dis.Cafés finos

Estado do K-lo:

CrS 72,00CrS 114,00Cr» 158,35

Cr? 135,00Cl'S 158,35

ALGODÃO

Continuava o mercado de al-jodao em pluma ontem, em po-«iofio firme e com os preços m?.n-tidos Inalterados. Entradas nSohouve, Saidas 50. Existência 3002tardos.

Cotações por lft quilos(Entregai em 120 dias)

Libra longa:

Serltló — Tipo 3 , 4 100 i 4 200Seridó — Tipo 4 . 4 000 * 4 100

lilira média:C-iíé com. saf. 62/63 CrS 80.00Idem. safra 63/64 .. Crs 114,00

Liberado em IS de setembro:

T.. rte roflnprm:

Sertões — TlpnSertões —- TipoCeará — Tipo 3Ceará — Tipo 4

Fibra curta:

3 500 a 3 6003 400 a 3 5003 -',00 a 3 5003 330 a 3 400

MinaMata. — Tlpof 3-4 a 3 500

6 39.1 Pf.uIÍÍÍA — _i?í. 4 . 3 330 a 3 400

do que »_s recente* rolwõei JáUltrapassaram as previsões üoPlano • Trienal em 5 bilhões decruzeiros, O ex-Minlatro SanTiago Dantas emitiu durante «I*eua gestão á frente dn Mlnl.Uêrloda Fazenda a soma de 40 bilhõesde cruzeiros.

O pensamento do Professor C«r-valho Pinto, segundo apuramos,l de que durante o.corrente, mês'.©

Brasil nao íV-leifarÀ mora detuai dívidas no exterior." '¦'•

DEMISSÃO

O Ministro Carvalho Pinto emrecente conversa què teria man-tido com o Presidente Joáo Gou-lart, disse-lhe que estava muitopreocupado com a atual sltuaçftoeconômico-financeira do Pai.«,pol-s todo o esforço por êle feitok frente do Ministério da Fazen-da para sanear as nossas finan-ças íoi totalmente anulado peissgreves e pela rebeliSõ dos «argen-tos. Ponderou o Sr. CarvalhoPinto que aceitou a Pasta da i'a-zenda com a, lntençáo de salvaro Pais e nío pari destrui-lo.DepoLs de ouvir as lamúria* doProfessor Carvalho Pinto, o Sr.Joáo Goulart rilise-llie que con-tinuasse no Ministério da Fazen-aa. pois, se atualmente _ rum »situaçáo financeira do Pais. comsua saída só tenderia a »« agra-var mais ainda.

Créditosà economiados Seis

B.ur-elas (ANSA-JB) — Osórgãos centrais da Còmunidà-de Econômica Européia acabamds divulgar uma nota sobre oscréditos a curto prazo à su»economia. No documentos, afir-ma-se que, apesar do incre-mento do crédito a curto pra-zo registrado nos países mem-bros, vão-se multiplicando ossintomas de uma flexâo da ex-pansão credítfcia.

Na Alemanha Federal, a tx-pansão diminuiu senslvelmüii-te, Na Holanda, o crédito ácurto prazo desenvolveu-se maisrapidamente que na Alemanha,mas nota-se uma tlexão nocrédito a médio prazo- NaFrança, ao que parece, a ex-pansão do crédito diminuiu,pelo menos na percentagem.Na Itália, pelo contrário, o rit-mo de expansão acelerou-se tlemaneira a indicar para o fu-turo uma política de m enorexpansão do crédito e da sualiquidez. Finalmente, naVBélgi___ca, os bancos mantém um rit-mo constante de expansão cie-ditícia.

Inglaterra:expansãosem inflação

Londres (BNS-JB) — Sr.Regiriald Maudling, Ministroda Fazenda britânico, afir-mou nesta cidade que a in-dústria está cada vez maiscompetitiva nos mercadosmundiais. Os preços ofere-cidos são notavelmente cs-táveis. O indice dos preços_a varejo mal variou no cor-rente ano, ainda que tenhams u bi d o violentamente emoutros países. O balanço depagamentos está em boascondições e a libra esterlinamantém sua costumeira ro-bustez nos mercados docâmbio.

A economia britânica cmgeral está realizando alen-tador progresso e, dia a dia,aumentam as provas de quese concretizará o objetivo doGoverno de, promover .'ex-pansão seni inflação. Umaexpansão que possa ser man-tida".

Todas as estatísticas re-centemente publicadas con-têirt indícios de progresso ecresce a confiança entre oshomens de negócios. A pro-duçãò continua aumentandoem ritmo seguro. As últimasestatísticas sobre as indús-trias siderúrgicas e de cons-trução civil revelam o mes-

i mo e não há dúvida de quenovos dados apontarão namesma direção.

As estatísticas sobre o mo-vimento comercial em agôs-'to. recém-publicadas, sãoex-celentes, parecendo confir-mada a tendência básica deum incremento das expor-tações.

A exportação dos três últi-mos meses superou em maisde 7 por cento a dos perio-dos correspondentes de 1902.refletindo crescente eficiên-cia, iniciativa e espirito com-peülivo.

N.ova Iorque (FP-JBÍ — Aconlpra de 239 milhões debiíshèls de trigo canadense pe-Ia URSS íoi recebida muitoíavoràvelmente pelos meios có-mcrclais norte-americanos. Ospreços do produto registraramnotáveis altas no mercado atermo, de Chicago. A importan-cia dessa operação confirma asnotícias segundo ns quais sãograndemente .deficientes esteaiio :as colheitas tle cereais naURSS, sem contar os reitera-dos atrasos sofridos neste do-minio com relação ás previ-soes do plano soviético.

Òs especialistas, cm assuntoscerealíferos consideram que asexiportações soviéticas de triço,que se elevaram a 176,4 milhõesdé busheis em 1961 e a 229 mi-lhões em 1962,' que se efetua-ram recorrendo às reservasconstituídas graças à colheitarecorde de 1958. Esses estoquesestão ,agora. esgotados, e a es-cassez atual é salientada, se-'gundo se estima, pelo fato clcque os compradores soviéticos íse esforçaram em compensá-lamediante uma aquisição maci-ça — quantidade que corres-ponde à quase totalidade cioexcedente exportável do Cana-dá — eni 'lugar de proceder acompras escalonadas de acordocom o costume. .PARA WASHINGTON

Acredita-se que Moscou sedirigirá agora a Washingtonpara completar suas comprasde trigo. As.autoridades sovié-ti.as temeriam, com.efeito, queoutros fortes importadores, en-tre os quais a China popularse disportto a realizar aquisi-ções no mercado mundial. Essetemor é acentuado pelas con-seqüências do rigor do invernosobre as colheitas européias decereais. Menciona-se a respei-to o fato de que a França, paístradicionalmente exportador detrigo, teve que comprar recen-temente 200 000 busheis aosEUA.

Não existe precedente dacompra de trigo norte-ameri-cano pela URSS e a questão seapresenta atualmente cm tèr-mos políticos. Em princípio,não estão proibidas as expor-tações de trigo para a URSSContudo, o Congresso indicoucm reiteradas oportunidades,que tais operações somente po-deviam praticar-se sob duascondições: 1) — O pagamen-to deveria ser efetuado em cii-visas conversíveis: 2) — Opreço deve corresponder no

preço interno norte-americanosem gozar da subvenção outor-gada habitualmente para ai'. exportações, qué é de 50 cen-

¦ tavos de dólar, aproximada-mente; por bushell.

Além disso, qualquer expor-tação para os países comunis-tas tem que ser objeto de umalicença concedida' pelo Depar-tamento de Comércio.'CRITICAS

A compra de trigo canaden-se pela URSS foi severamentecriticada ontçm pelos. Senado-res William Froximire (De-mocrata) e Kenncth Kcating(Republicano), devido a queuma partida no valor de 33milhões de dólares, será desti-nada á Cuba. Esses Senadoressuspeitam que o Governo deKennedy tenha aprovado aoperação. Por outro lado, oSenador' democrata • HubertHumphrey declarou que assu-mira a iniciativa de uma cam-panha de. persuasão junto ao-Presidente, visando ] a que npolítica cie exportações agríco-las cont destino á. URSS sejaaplicada com n_aior flexiblll-' dade'. - , , *

De 'sorte que a extensão ao' domínio econômico davpoliticade apázigUameiito com a. URSSé às vezes censurada, outrasvezes aprovada: em algunscírculos se critica o Governopor motivos políticos, sua ati-tude em relação aos comunis-tas, ao passo, que, noutrosmeios, que representam os in-teresses dos agricultores, seacusa Washington de impedi-los de realizar ífegócios vanta-josos, dos quais se aproveitampaíses aliados como o Canáriaou a Austrália.

Os círculos comerciais con-sideraram essas controvérsiascom serenidade. Com efeito,recentes atitudes assumidaspelos dirigentes da economiasoviética poderiam deixar odebate sem objeto. Tais diri-gentes acabam, em particular,de anular compromissos de ex-portaçào de 1 400 000 Bushellde trigo à Holanda e de .. ..2 200 000 à Finlândia. Outroscancelamentos poderiam regis-trair-se em breve.

Em tais condições, fazem ob-servar as esferas comerciais,exportadores norte-americanoscompensarão multo possível-mente as deficiências da agri-cultura soviética nos merca-dos externos, sem provocar amenor dificuldade politica.

São Paulo quer rapidez naconclusão da estradaParanaguá—Foz do Iguaçu

Falando em São Paulo, na qualidade de Presidente daFederação e do Centro das Indústrias do Estado de SãoPaulo, o Sr. Rafael de Sousa Noschese louvou os jornaisque vêm fazendo da Estrada Paranaguá—Foz de Iguaçu, anova vedete rodoviária brasileira, "através de artigos, en-trevistas e reportagens, reproduzindo as opiniões de téc-"nicos,

consultando estudiosos dos nossos problemas eco-nômicos e polarizando em torno de sua urgente termina-ção as mais variadas correntes, visando afinal a incenti-var o Governo a emprestar aos trabalhos daquela rodoviaq mesmo ritmo empregado na Rio—Bahia".

Analisou o Sr. Noschese os diferentes fatores que es-tão fazendo crescer a taxa de desemprego em São Paulo,além da que é normal e prevalece mesmo nos grandes

-centros- industriais^do^niundo, citando a influencia da in-fiação que desorganiza os custos de produção, as campa-nhas pela elevação dos salários, as greves políticas, e aescassez ocasional de certas matérias-primas, como as cha-pas de aço, para concluir que a principal causa do desem-prego é. realmente a produção baixa.

Pensa o dirigente industrialque o aumento de nossas expor-tações de artigos manufatura-dos operaria como regulador domercado de trabalho pois am-pilando o mercado, além fron-teiras, a industria precisaria demaior número de operárlgs....p_.'i*a alcançar m-áor£:¦>"" volumes

..de- produção.O presidente da FIESP reco-

nhece que o "Brasil tem enor-mes possibilidades de expor-tar artigos de seu parque in-dustrial para muitos países sul-americanos, recebendo delesmatérias-primas que nos faltamou cu.ia produção aqui é insu-íiclente. o que produziria umaampliação das nossas relaçõescomerciais, tanto em volumecomo em diversificação.

Na sua opinião o grande en-trave ao crescimento do inter-câmbio comercial, do Brasü comos outros povos deste çontuieh-te é a deficiência dos meios detransporte.

Voltando a falar da estradaParanaguá-Foz do Iguaçu que,apesar de incluída entre as ro-clovias prioritárias, se não ti-ver o tratamento de vedete su-gerido pela imprensa, ainda le-vara quatro anos para chegarà fronteira do Paraguai, dizRafael Noschese que a concre-tização rápida do empreendi-mento traria condições magni-ficas para desenvolver o comer-cio paraguaio-brasileiro e tam-bém nossas exportações paraBolivia e Peru. Aqueles paísescm varias ocasiões têm mani-íestado interesse nos prcdxúosda Indústria brasileira e o Pa-raguai já tentou íazer maiorescompras de manufaturados bra-sileiros.

COMENT-ÁK10 ECONÔMICO

RFFSA .«?'*-l:

Quando o Pais empreendeu, em1951 52, a recuperação de seus ser-viços ferroviários através de um pro-grama seriado de investimentos ma-ciços, criou-se a impressão de queo objetivo não seria alcançado se aadministração das ferrovias sob ju-risdição do' setor publico não viessea se pautar por normas mais empre-sariais e dinâmicas. Atribuía-se àinércia e ao emperramento de admi-nistrações burbcratizaãas o déficitferroviário e a indiferença pelo ree-quipamento e modernização do ma-terial e pela conservação das viaspermanentes. Pouco depois de ins-tituídos dois fundos financeiros comdestinação específica — melhoriadas condições do setor —, organi-zou-se a Rêãe Ferroviária FederalS.A. — RFFSA —, uma espéciede empresa do setor público, comcaráter de holding, para adminis-trar as estradas, de ferro oficiaisãentro de modelos empresariais ousemi-empresariais.

A RFFSA. foi, na época de suacriação, uma esperança. Mas, narealidade, de uma esperança nãopassou. Ao contrário, transformou-se, em pouco tempo, numa frustra-ção. Essa frustração pode ser bemexpressa por alguns números. Em194S, a densidade média dc tráfegodas ¦ 17 . estradas- hoje geridas pelaRede era, em conjunto, de 197 miltoneladas por quilômetro de linha;

em 1961, de. 313 mil toneladas por-,quilômetro de linha. Crescera a cár' .pacidade de transporte por efeito. ¦dos programas de capitalização. No'.,mesmo período, porém, as receitasîndustriais do conjunto, em relação".a despesas, evoluíram de modo inver-, _so. Em 1948, as receitas cobriam-75'/n das despesas, enquanto evi.':1961 cobriam apenas 35',c. Piorara;.,a administração das estradas der.ferro oficiais. . -.."

É possível que, fosse qual fosse _a forma de administração, a evolii-'^ção financeira tivesse sido inconvèr-,niente. Problemas de tarifas, decompetição e de deslocamento decentros de influência econômica po-deviam dificultar — e teriam difi-.:cultado — melhor rendimento è"maior autonomia financeira das es---tradas. Mas forçoso é reconhecerque houve involução e que essa in--s.volução foi devida, e?n larga matr'-\gem, à relativa ineficácia adminis- ,trativa da Rede. Ineficácia, inclusi-..-ve, no rechaçar o empreguismo.

Não parece provável que a eco-';nomia ferroviária do País tenhà^perspectivas de expandir-se acentua-ydamente. Que se recupere, ao me--nos, para redxizir o ônus que des-carrega sobre o orçamento da União'."'É ãe perguntar-se, porém, se a-RFFSA, como unidade administra-tiva, está em condições de promo-ver tal recuperação.

Por dentro do negocio<__ARRECADAÇÃO — A arrecadação da

União no Estado da Guanabara, no mès deagosto próximo passado, apresentou diminui-ção em relação à do mès de julho, atingiu-cio a càrca de 15 bilhões de cruzeiros. O mon-tante da receita federal na Guanabara, nes-te ano, já atingiu a 95 bilhões de cruzeirosou seja,'mais 102 r:h do que a obtida em iguulnúmero de meses no ano passado, que foi de47 bilhões de cruzeiros.

CUBA-IUGOSLAVIA — Dez delegadosdo Ministério do Comércio Exterior üe Cubaviajaram para. Belgrado a fim de discutiremo protocolo de 1964 entre Cuba e Iugosla-

via. A delegação é chefiada pelo vice-minis-.'tro, Hector Llompart. Pode-se adiantar qu.e.â Iugoslávia está bastante interessada na':aquisição de grandes quantidades de açúcar >cubano para o consumo interno. ,';¦.'

TRATORES — Estarão reunidos, no pró-¦ximo dia 28, na sede da ANMVAP, fabricai}- ites e comerciantes de tratores, máquinas.'agrícolas e máquinas rodoviárias, para trá-,';tar de assuntos relativos à comercialização eimportação desses produtos. A reunião de- ,verão comparecer interessados da Guanabá-;.ra, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e.'udo Norte do País.

I Simpósiode RedatoresEconômicos

O I Simpósio de Redatoresc Jornalistas Econômicos doHemisfério Ocidental e Euro-pa vai. ser inaugurado no clia30 de setembro corrente, naGuanabara, com a presença deredatores econômicos do mun-do. Entre os 70 congressistasestrangeiros 'que chegarão aoBrasil no próximo dia 28, des-tacam-se os seguintes: M. J.R o s s a n t do New York Ti-mes; Donald Rogers do NewVork Herald Tribune; JamesHunt do The Economist eGeorge Schwartz do SundayT i iii c s, ambos de Londres;Hector Tomasini do Clarin deBuenos Aires; P. Van de Weycrdo Eco de Ia Bourse de Bru-xelas.

O Simpósio vai ser Inaugura-do às 18 horas, no Hotel Gló-ria, pelo Ministro da Fazenda,Professor Carlos Alberto Cav-valho Pinto. Estarão presentes,o Sr. Teodoro Mòscoso, Diretor

— da-Aliança-para-o-Pro^ressOj eo Sr. José Figucres, cx-Prcsi-dente de Costa Rica e atualSecretário-Executivo do Merca-do Comam Regional Centro-Americano. _---''"

Flexa vaiparaninfarturma: CFG

O Professor Flexa Ribeiro,Secretário dc Educação do Es-tado, paraninfará os alunosdos Cursos de Imposto de Ren-da e Gerência de Compras, que'o Centro de Prática de Gerên-cia e Marketing do Brasil, ór-gão técnico da ADV, acaba deministrar a 52 representantesdas mais importantes emprê-sas da Guanabara.

Alimento ^S*desviado dá v* :inquérito >%

Niterói 'Sucursali — O Sè-cretário de Saúde, Sr. Ca.losAntônio da Silva, determinouontem a abertura de Inquéritono Sanatório Azevedo Lima

para apurar o desvio de gene-ros alimentícios, principalmen»te carne, calculado em três.ml-lhões de cruzeiros.

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NOME

ENDEREÇO

CIDADE UAinROESTADO

12 _ i.o cad., Jornal do Brasil, G.Mcirn, 20-0-n*.

AGENDA JBPagamentos

O Tesouro Nacional nnga hoje o 17.° dia útil, falhas 5 100 a 5 1*13,(¦-ilàrlo-.amllla. • A Secretaria, de Finanças paga hoje os servidorescio lote 13. -,Mares

Tábua de marés para Hoje: preamar — 31i ...m/Um c 10U 10m/_,*'m; baixamar — llh/O.üm e 231. Mm/0,3m. Navios

Hoje deverão atracar: Cabo San Hoquc, espanhol, de BuenosAires para Tenerlfe, Lisboa, Palma de Malorca, Barcelona e Gênova.Cargueiros: Kenncmcrland e Nikklu Maru, do Norte; lllo Aguapoy aSlarilia, do Sul. Audição e recital

A Orquestra Afro-Brasilcl..., sob a rc.cncla do maestro AbigailMoura, promove hoje, ãs üOh, no auditório rta Itádlo Ministério daEducação, uma audiçío. cm homenagem à Sr."- Maria leda LeitoLinhares, pela sua posso na diretoria da emissora. • A declamador»H.lcnlta Correia realiza hoje, às 20h, no Colcsio Santa Isabel, um.ditai luso-brasllciro de declama ção, -'-.''-,

Notas médicasbo Hospital dos Servidores'do Estado tem reunião clinica dia 25,

di' lOh ka 12h, no 10> andar de seu ediíicio-sede. A ireqü-nclo. éliVrc» Hoje, às 20h 30m. em sua sede social,, reúne-se a AB.ocla.ftoBífoilcira de Farmacêuticos. ,Autógrafos

!Xno Corredor de Arte da Kua Laranjeiras, dia 23, às 20h, a jorna-jlista gaúcha Maria Ramos lançará seu livro Quinze Dias no RioGfande do Sul. . .*,. Comunicado

-ft * ¦

í*'0 Juiz da Vara Privativa de Execuções Criminais comunica quotodos os Comissários Voluntários. do Juizor dever, recolher suascredenciais para Uns de revisão geral doûndro-íStoento terô

Jglorasi (credenciais, substituídas, de côr azul, a partir de 1 de outubio.

Polícia dá batida hojebloqueando morros doEstácio e Rio Comprido

Uma batida geral, com bloqueio dos Morros de SãoCarlos, Coroa e Querosene, será realizada hoje, às 21 ho-ras, pelas autoridades do 8.° Distrito Policial e choques daPolicia Militar, visando á detenção de suspeitos sem do-cumentos e portadores de armas.

O Chefe da Seção de Vigilância e Investigações Crimi-nais daquela delegacia, deteefive Wilson Palhares, infor-mou ontem que a blitz terá como finalidade "uma limpezageral na Praça do Rio Comprido, Largos do Estácio e Ca-tumbl e ruas adjacentes, ultimamente infestados de mar-Sinais".

Clubes e sambaÍAmanhí, na ACC, a-,4.» apuração do concurso para. escolha da

Rainha da Primavera, cuja coroaçSo scra durante o baile de gala,â =11 dc outubro. • Veteranos sambistas participarão do I Con-

gresso da Velha Guarda do Samba, que será realizado cm jane.rol_V, na Guanabara. • O Cordão da Bola n&Wg"?..-^f'?15.?mh baile com show cm sua sede, de 21h a lh. • H°i<*- »s *lh. °

CÒUntry Club da Tijuca prossegue na Semana «a Primavera, com

apresentação de artistas dc cinema, rádio e televisão.

Eleição e posse' -Assume hoje ás 14h, o cargo de Diretor da .Subdiretoiia de

Engenharia Clv 1. o Canitão-de-Mai-e-Gucna Roberto Rocha Fragoso

• Toma posse no dia 25, às 20h 30m. como membro da Academia•feiX

de Medicina Militar, o Dr. Eugênio da Silva Carmo,

quesÂ saudado pelo acadêmico Brigadeiro Gerardo Mnjella Eijos. • O

pintor Mûel Faria íoi eleito, ontem, entre 236 candidato e com

a "tmtagcm

de três votos sobre o escultor Flori' Gama, para com-

pietar o Júri do Salão do Museu Nacional de Belas-Artes, que seráaijeftb em outubro.Cursos e concursos

ÍÍÀ. Secretaria de Turismo da Guanabara/em colaboração com a

Associaçáo dos Repórteres Fotográficos no Rio de Janeiro, promo-vt«m concurso fotográfico sobre aspectos turísticos da 0u«u**ra.O..trabalhos devem ser enviados para a Rua Sao José, 90, 19.» andar.

•*-£ instituto de Administração e Gerência da PUC inaugura dia 7

«le outubro os cursos de Gerência Financeira, Gercncia-Geral, Ge-íêníia de Produção e Técnica dc Ensino. • O TRE abriu 34 vagas

.ra o Curso dc Direito Penal Eleitoral, tendo limitado em 140 o".úmero de candidatos. «Serão realizados »»!•« ««»»">»•

\™£respectivamente, os exames medico e físico dos candidatos a Guardadc Vigilância que faltaram ou requereram novos exames.

\i: Conferências'O Professor Carlos Flexa Ribeiro íaz conferência, hoje, sobre

arte Italiana, às nh 30m. na exposição Pintura Italiana Através dosTempos, que se acha aberta no anexo da Faculdade Nacional de

Filosofia, Av. Presidente Wilson. 231. .• Dia 23, as IBh. no Cent.ocatarinense, conferência do escritor Paulo de Malta Ferraz sobreA influência Alemã na Colonização de Santa Catarina. «^PrbtessorWilíred Leonard Veenendaal, do Centro da Universidade, do ..Estadode Mlcnlgan, fará três palestras sobre o tema O rroblemaâoForma.cin-Mensagens Educativas, no Instituto de Educação, dias 2o, 26 e,2i,dás' 15h às 17h.

U't. , CatolicismoííSSnto do dia: Santo Eustáquio,' brilhante. oficial de Vespasiano;

art perseguir um dia um veado, viu' um* crucifixo entre as hastes doanimal; íoram as suas esmolas a.ultadas,' que lhe mereceram talfa«>. Converteu-se, íêz-se. batizar com toda a íamilia. Deus íêz-llie,conhecer então o que'havia de sofrer pela. sua glória.-Com,.efeitoloi reduzido a mais completa miséria e, quando fugia para longe, da.,pátria, viu arrebatarem-lhe no caminho a mulher e os dois filhos.O Imoerador Trajano, deDois de o mandar procurar, entregou-lhe ocomando dos seus exércitos. Alcançou a vitória e encontrou a mulhere os filhos. Mas, por se ter recusado a dar graças aos deuses pelavitória, íoi atirado aos leões com os seus. Poupados pelas íeras, lorammetidos dentro de um touro de bronze debaixo do .qual se lêz umagrande íoguelra, no ano de 120. • Hoje, Têmpora* Rito do SegundaClasse, Missa própria, Segunda oração dos Santos Mártires Eustáquioe Comoanhciros, Prefácio comum. Paramento de côr roxa. • A MesaAdministrativa da Irmandade de Santo Elesb&o e Santa Eflgênlafaráo celebrar amanhã, sábado e domingo, solenes festividades reli-giosas em louvor à Santa Eflgênla, cm sua Igreja, na Kua da Al-íándega, 219. <f Amanhã será celebrada missa festiva, às 9h 30m,e domingo, às lOh, com sermão, por Monsenhor Benedito Marinho.• Festejos comemorativos à Santa Teresinha terão início domingo,com uma novena na Basílica de Santa Teresinha, na Rua Mariz eBarros, 354. • Domingo, às 16h, no Santuário Nacional da AdoraçãoPerpétua, Matriz de Santana, será realizada a Hora Santa das Paro-cintas de Nossa Senhora de Loreto, (Jacarepaguá), Santo AntônioMaria Zacarla (Tanque), Nossa Senhora do Sagrado Coração (PraçaSeca), Nossa Senhora de Fátima e S. Bartolomeu (Furnas).

FundaçõesFoi fundada ontem a Associação dos Funcionários Marítimos

Federais, que congrega os servidores marítimos pertencentes às rc-partições de serviços marítimos dos Ministérios da Marinha, Guerra,Aeronáutica. Fazenda,. Saúde, Justiça e Viação, e todos os arrais,condutores-motoristas, maquinistas, marinheiros, foguistas, guin-dasteiros, faroleiros, capatazes, carpinteiros e riscadores navais. •Hoje, âs 18h, assembléia do fundação do Clube dos Redatores dePropaganda, na Av. Rio Branco, 14, 17.° andar.

Bolsa de estudoA Campanha Nacional de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

Superior (Capes) comunica aos interessados que o Instituto Dupuy-tren de Traumatologla e Ortopedia cm Buenos Aires está oferecendouma bolsa para estudos pós-graduados nessas especialidades. A .bolsa cm questão destina-se a um Jovem médico que após um estágiotle três anos, poderá ser enviado, por conta do referido Instituto,.a um centro especializado da Europa ou dos Estados Unidos, porum período de um ano, a íim de aperfeiçoar os conhecimentogadquiridos. A bolsa compreende residência permanente no Instituto;uma mensalidade de 5 000 pesos argentinos durante o primeiro ano,tle 6 000 durante o segundo ano e de 7 000 durante o terceiro ano;refeições, lavanderia e transporte. Os interessados deverão dirigir-sediretamente ao Instituto Dupuytrcn de Traumatologla e Ortopedia,Av. Belgrano, 3 402, Buenos Aires, Argentina.

Previsão do tempoBrasília e Belo Horizonte — tempo bom, com nebulosidade;

temperatura elevada: ventos do quadrante leste fracos a moderados;visibilidade boa; máxima, 27,5; minima, 17,2. Recife e Salvador —tempo bom, nublado, instabilidade passageira; temperatura estável;ventos de sul a este fracos; visibilidade boa. São Paulo — tempobom, nevoeiro pela manhã, névoa seca; temperatura cm ligeiraelevação; ventos do quíidnmte este íracos; visibilidade boa, reduzidapela manhã. Rio de Janeiro e Guanabara — tempo bom, nevoeiropela manhã, névoa seca; temperatura em ligeira elevação; ventosdo quadrante este íracos; visibilidade boa.

Análise Sinôtica do Mapa — Regiões sul, este e centro sob açãode Massa Polar em transição com tempo em geral bom com íracanebulosidade, nevoeiro e névoa seca. Dissipação da Frente Fria sòbròO Atlântico a leste da Bahia.

Ws MAPA do TEMPOH>. T. CG. do ai»

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AÇÃO POLICIAL

Revelou o Detective Palharesqus a -batida de hoje contarácom- a cooperação da PolíciaMilitar, sob o comando do Te-nente -Sena, e <la Administra-ção Regional do Rio Comprido.Estará presente também o Dç-legado Murilo da Silva Bastos.Os que foram encontrados nasruas sem documentos em or-dem serão detidos por vadia-gem e os que portarem armasserão autuados .em flagrante e ,recolhidos ao xadrez.

Informou ainda que o PostoPolicial de São Carlos e os ron-dantes da Delegacia estão exer-cendo rigorosa, vigilância sobreos empinadores de pipas, queatiram pelas rabiolas maconhana Penitenciária e no Presidio.

EMPINADORESFOGEM

O Comandante do Posto Po-licial do Morro'de São Carlos,sargento Gerei Alves Nunes,

Informaçãoda Marinhatem Subchefe

O Contra-Almirante CláudioAcilino de Lima assumiu on-tem o cargo de Subchefe de In-formações do Estado-Maior daArmada, numa cerimônia sim-pies. que teve a duração de cin-co minutos.

O Contra-Almirante AldoPessoa Rabelo, que transmitiuo cargo, foi nonieado para oComando Naval de Brasília,cargo que deverá assumir nopróximo dia-30.

Jovem! Totlo brasileiro

tem o dever de alistar-se

para prestação do ser-

viço militar.

disse ontem ao JORNAL DOBRASIL que efetuou várias ba-tidas no morro, principalmentena área denominada CidadeMineira, atrás do Cemitério doCatumbi, Caminho do Galo eCampo dos Escoteiros. Solda-dos da Policia Militar, em Ira-jes civis, foram reconhecidospeloirempinadores de papagaios,que conseguiram fugir.

O sargento Gerei Nunes re-velou' vários métodos usadospara colocar a maconha nasprisões: atiradeiras, pastéis,barbantes, comida, bolas fura-das e pipas. Verá, mulher quemora no morro, é especialistano fabrico de pastéis contendomaconha. As mulheres de pre-sidlários levam também a ervaho fundo dos pratos de comi-da. Concluindo, disse o sargcii-to Gerei que ontem, ao ser des-coberto por um grupo de poli-ciais, o marginal Filé fugiu doseu barraco, deixando cair doispacotes de maconha.

FALAM OS 'MENINOS

Vários meninos que fabricame vendem pipas foram ouvidostambém pelo JORNAL DOBRASIL. Disseram que estãode acordo com a medida poli--ciai, que nã<> prejudicará osseus negócios, pois vendem suaspipas nas feiras e outros Íuga-rcs distantes do Estácio.

O menino José Francisco Fl-onta, de 11 anos, morador naRua Senhor de Matosinhos, 53,declarou que vende suas pipasàs crianças dc bairro, revelan-do que os marginais fabricamsuas próprias pipas, que sãoutilizadas na passagem da ma-conha.

SUGESTÕESRevelou que o Sr. Benedito

Serra,, escrevente aposentado,íieou de ouvir vários setoresinteressados no assunto, umavez que existem cartórios decondições especificas - diversas,para apresentar sugestões quelevassem ao acordo pretendido

— Mas não conseguimos atéhoje receber a colaboração.prometida — revelou o tabe-hão Márcio Braga, frisandoque como é notório têm recrús-decido, rios últimos dias, notasanunciando reclamações e pró-tostos pelas delongas na solu-ção do assunto, partidas, exa-tamente, dos setores que dizemrepresentar a classe dos escre-ventes.

Acha o tabelião Márcio Bra-ga ser natural que, tendo sidoredigido um anteprojeto, noqual, atendidas as reivindica-cões consideradas, justas ;dosescreventes, sobre salários fi-xos, ferias remuneradas, ampa-ro em caso de enfermidade eparticipação percentual nómovimento dos cartórios, êlequisesse submetê-lo, "com,boa-

mB

ainanhãem todas as bancas

Tabelião dis que sua açãono caso dos cartórios nãoé imoral e sim democrática

Õ Presidente do Colégio Notarial, tabelião Márcio Bra-ga, declarou ontem ao JORNAL DO BRASIL que custa acrer ter partido do Presidente da Associação de Escreven-tes da Justiça, Sr. Benedito Serra, "a grosseira e injustaafirmativa" de que a sua ação é imoral e desonesta nocaso da oficialização dos cartórios.

— Imoral, não; democrática, sim, minha atuação —disse o tabelião Márcio Braga, revelando que a diretoriada Associação de Escreventes não está proibida de parti-cipar da reunião que debaterá o assunto e tratará dos pro-jetos de conciliação.

fé e boa-vontade", à aprecia-ção e discussão, solicitando, in-clusive, a colaboração dos es-creventes.

— Que reprovável ação sepoderá encontrar nesse meuconvite, feito às claras a todo3os cartórios, a íim de que cadaum deles, livremente, escolhes-se dois colegas escreventes pa-ra vir estudar uma soluçãoharmoniosa para nossos reci-procos interesses e os do pú-blico e. do Governo, que noscumpre atender, bem servindoum e não sobrecarregando ou-tro? — pergunta o tabeliãoMárcio Braga, buscando en-tender a razão pela qual a As-•sociação de Escreventes consi-dera imoral a sua ação.

Finalizou o Sr. Márcio Bra-ga solicitando ao Presidente daAssociação de Escreventes daJustiça que reflita e compre-enda que, "se realmente tachoudc imoral e desonesta minhaação de convidar os colegaspara o debate livre e coopera-ção democrática, foi, ipelo me-nos. precipitado e infeliz naescolha daexpressão".

TST proveudissídiode advogados

O Tribunal Superior do Tra-balho, em sentença de ontem,decidiu que o Sindicato dos Ad-vogados da Guanabara temqualidade para representar osadvogados assalariados por en-tidades privadas.

O processo do dissídio coleti-vo dos advogados, logo que pu-blicado o acórdão, baixará aoTribunal Regional para resol-ver o mérito, isto é, as bases econdições do dissídio.

Vereadoresquerem abrirnova Câmara

Niterói (Sucursal) — Os 10vereadores que formam a maio-ria da Câmara jMunicipal deSão Gonçalo, liderados peld Sr.Norival Correia da Silva —ameaçados, pelos nove que for-mam a minoria, de surra, casocompareçam às sessões — vãosolicitar ao Governador BadgerSilveira um prédio do Estadopara instalarem uma nova Cá-mara.

A atitude dos vereadores damaioria íoi tomada em repre-sália ao aumento de impostosdecretado pelo Prefeito JoaquimLavoura. O pedido feito aoJuiz Roque dos Santos, paraque a nova Câmara funcionas-se numa dependência do Foro,íoi negado.

AVISOS RELIGIOSOS

Conselho Florestal achac?ue incêndio deve fazer

elegem seuConselho

Mais de 1 400 médicos daGuanabara já compareceramás urnas do Conselho Regio-nal de Medicina do Estado pa-ra a escolha dos novos Conse-lheiros da entidade, na eleiçãoque termina amanhã. Outros1 600 eleitores devem votar atésábado próximo, às 12 horas,quando será iniciada a apura-ção do pleito, no qual estãoconcorrenc-o duas chapas.

A chapa i ncabeçada peloProfessor Álvaro Dória vem sen-do apontada como de inspira-ção esquerdista, o que provo-cou ó desligamento de oito deseus membros. A outra é li-derada pelo Professor SílvioSertã.

araalisa para você -^^

As razões da crisede setembro

Quem faz as grevesr—> :• •' '

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SÃO JUDASTADEU

Agradeço a graça recebida.- D. L. F.

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noA luta dos negros

nos EUA¦ Porque sâo bonitosos brotos da Zona Sul

... e apresenta pelaprimeira vez naimpren-sa brasileira: Geografiado Brasil em côres-12capítulo: Litoral Norte

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À SÃO JUDASTADEU

Sensibilizada Vos agra-deço o favor — Mariza.

Congresso aprovar códigoO Presidente do Conselho Florestal Federal, Sr. Vítor

Farah, disse ao JORNAL DO BRASIL que o Código Flores-tal, elaborado por um grupo de trabalho designado peloGoverno Jânio Quadros, não pôde entrar em vigência porculpa exclusiva do Congresso, pois o projeto foi encami-nhado à Câmara Federal em junho doano passado e atéhoje não foi apreciado sequer por qualquer de suas co-missões.

O Sr. Vitor Farah é de opinião que o "impacto emo-cional" sofrido pelas autoridades e pela opinião públicacom os incêndios no Paraná e em outras regiões do Paiscriou um estado psicológico propicio para o estudo da ques-tão da preservação das florestas, fato que, no seu enten-der, deve ser aproveitado pela Câmara para votar o Códi-go Florestal.

Francisco GomesVidal

Sua família comu-Jâ nica o seu faleci-

f» mento ocorrido on-tem e convida para

o seu sepultamento, hoje,às'10 horas, saindo o íé-retro da capela da Abo-íição, Av. Suburbana,7 258, para o cemitériode Inhaúma.

PROJETO ARQUIVADO

Ressaltou o Presidente doConselho Florestal Federal quetem havido um mal entendi-mento quase que generalizadosôhre o Código Florestal, tendoem vista que grande parte daopinião pública julga que omesmo ainda não íoi conclui-do, por culpa, segundo este ra-ciocinio, das auto ridades aquem compete o estudo do pro-blema.

Explicou que o Código Fio-restai, elaborado por um Gru-po de Trabalho presidido peloDesembargador Osni DuartePereira, durante o Governo Jâ-nio Quadros, teve posterior-mente aprovação do Conselhode Ministros e íoi enviado peloPoder Executivo à Câmara dosDeputados em 25 de Junho doano passado.

O projeto, revelou, de nume-ro 4 494 — 62, apesar dos ape-los do Conselho Florestal, nãochegou a ser colocado na or-dem do dia, não tendo sidoobjeto de estudo de qualquerde suas comissões.

JUNTO COM REFORMA

O Sr. Vitor Farah externoua sua opinião de que o CódigoFlorestal deve ser apreciadoJuntamente com ps projetos deReforma Agrária, em razão daestreita vlnculação que há en-tre as duas questões.

Afirmou que o descaso pelaquestão da preservação flores-tal tem sido completo, ocorren-do vez por outra algumas ex-ceções, entre as quais fêz ques-tão de citar reportagem sobreo assunto publicada pelo JOR-NAL DO BRASIL, domingopassado, que, acrescentou, ser-viu de base para pronunciamen-to do Sr. Vasconcelos Torres arespeito, no Senado.

O Presidente do ConselhoFlorestal Federal frisou que hána Câmara um grupo de depu-tados diretamente ligados e in-teressados no problema flores-tal, mas que apesar disso nãose dispõem a promover a apre-ciação do projeto do CódigoFlorestal.

DIA DA ARVORE

Em comemoração' ao Diá daArvore, que transcorre íioje, oMinistério da Agricultura pro-moverá, em Brasília!, a entrega,a diversas autoridades, de me-dalhas comemorativas da data.

Na Guanabara, o Ministériopromoverá a distribuição de li-vros aos alunos das escolas pri-marias, nos quais é abordada anecessidade vital para o Paísde serem conservadas as reser-vas florestais existentes.

DESMENTIDO

O Escritório do Paraná des-mentiu ontem a notícia de quehá novos focos de incêndio noEstado e informou. que o Go-vernador .Nei Braga, baseadoem levantamento do Departa-mento de Geografia, Terras eColonização, iniciará na próxi-ma terça-feira, juntamente coma Assembléia Legislativa, adistribuição das verbas de au-

xilio aos flagelados das 46 cl-dades atingidas pelo incêndio.

A Operação-Semente, inicia-da ontem sob a coordenação doSecretário da Agricultura e doDireto r-Superintendente daCafé do Paraná, dará aos' agri-cultores financiamento totalpara a aquisição de sementes,com prazos variáveis do plan-tio à colheita. Foram estlpu-ladas as seguintes normas deatendimento: para financia-mento integral, emissão de no-tas promissórias, sendo 20 porcento a: íavor da Café do Pa-raná, empresa de economia mis-ta, e 80 por cento a favor doGerca. Beneficiará proprietá-rios, arrendatários, parceiros emeeiros de propriedades até 20alqueires, desde que compro-vem a destruição de suas plan-tações pelo íogo e pelas geadas.

AGRADECIMENTO ,*

A Indústria de Papel Klabinagradeceu ao Ministério da Ma-rinha a ajuda prestada peloCentro de Adestramento Almi-rante Marques de Leão duran-te os incêndios verificados nasregiões de Tibagi, Monte Ale-gre e Ventania.

A Federação das AssociaçõesPortuguesas informou ontemque está intensificando a cam-panha de ajuda aos flageladosdo Paraná, solicitando maioração de todas as entidades aela filiadas.

DOAÇÃO

Os estivadores do Porto daGuanabara autorizaram, ontem,a Diretoria do seu Sindicato »íazer a doação de CrS 300 milàs vitimas dos incêndios doParaná.

Na. assembléia ontem reali-zada,,os estivadores se compro-meteram também a íazer gra-.tuitamente o embarque e de-sembarque de mercadorias ouprodutos destinados às popula-ções flageladas.

APROVADO

Brasilia (Sucursal) — Foiaprovada ontem a redação íinaldo projeto de lél que concedeajuda de CrS 3 bilhões ao Es-tado do Paraná, com emendaque permite ao Governo para-naense utilizar o auxilio, decomum acordo com ,a União,para obras de infra-estrutura.-

Apoiando o projeto, íalou oSr. Melo Braga (PTB-PA), quedeclarou esperar que o GovernoNei Braga aplique corretamentea ajuda que está afluindo aoParaná até do exterior. Hão aempregando com objetivos poli-ticos.¦AJUDA CANADENSE

Ottawa (UPI-JB) — O Mi-nistro da Justiça, Sr. LionelChevrier, anunciou ontem que oCanadá enviará cinco mil dó-lares ao Brasil, a título de ajudaàs populações atingidas pelosincêndios no Estado do Paraná.A verba foi aprovada em reu-nião de Gabinete.

Dr. Augusto MarquesImpotência, doenças sexuais

crônicas, pre-nupcial. Diária-mente 8 às 1D.30 horas. Tel.:

22-7481. Rua Riachuelo, 386.(P

JULIETA MULLER DE ALMEIDA(FALECIMENTO)

Rubens Muller de Almeida, senhora e filhos;Rhades- Ouriouès Muller de Almeida, senhora—e..

filhos, participam o falecimento de sua proge-nitora, sogra e avô, Viúva JULIETA MULLERDE ALMEIDA, e convidam para o seu sepulta-

mento, que se realizará, hoje, dia 20, às 10 horas, saindoo féretro da Capela Principal do Cemitério de São JoãoBatista, para a mesma- necrópole. (P

ikanor de OliveiratFALECIMENTO)

Ana de Oliveira, seus filhos, noras e genroscomunicam o seu falecimento, e convidamparentes e amigos para o sepultamento, árealizar-se às 16 horas de hoje, sexta-feira,

dia 20, saindo o féretro da Capela D do Cemitériode São Francisco Xavier para a mesma necrópole.

(12.

SPf-jsa

jornal d» êniaita

FLÔÈMNO

(Missa de 7.° dia)A Rede FerroviáriaFederal convida, di-retores e servidoresda Empresa para

assistirem à missa de 7.°dia que, em intenção daalma do Eng.0 IíüGOFLORIANO MOTTA, ex-Diretor Assistente Admi-r-.:strativo da E. F. Leo-poldina, será celebradapor solicitação de direto-res e servidores da E. F.Leopoldina, sexta - feira,20, às 10h30m, na Cate-d ral Metropolitana (Rua1.° de Março). (P

SALOMOM MAIR MOSSÉA família enlutada comunica o seu

falecimento e convida para o seu sepulta-mento, hoje, sexta-feira, dia 20 de setem-bro, no Cemitério Comunal Israelita, noCaiu, à' treze horas. O féretro sairá do ce-mitério.

Solicita-se não enviar flores.

IZÂURA NASCIMENTO DE SOUZAAdolpho José de Souza, sr.a e filhos; Durval dá>

Silva Guimarães, sr.a e filho; Jorge Henrique e sr.n;Octávio Marques Baptista de Leão e sr.a agradecemo conforto recebido por ocasião do passamento desua bondosa mãe, sogra e avó IZAURA e convidamos demais parentes e amigos para assistirem àprece, dia 21 do corrente, às 16 horas, no CENTROESPÍRITA DISCÍPULOS DE SAMUEL, na Rua dos

| Artistas n.° 151 (ALDEIA CAMPISTA).

Jornal do Brasil, 6.*--feira, 20-0-63, l.° Cad. — 13

ÍS

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Tumultos e brigas duranteassembléia dos estudantesda Faculdade de Filosofia

A assembléia-geral dos alunos da Faculdade Nacionalde Filosofia íol interrompida, ontem, ãs 20h30m, comtumultos e brigas, na ocasião em que o Grupo de Resistèn-cia Democrática se retirava para não votar na proposta quepedia um voto de desconfiança ao Diretor,- Professor Ere-mildo Viana, em íace da posição por. ele assumida durantea greve. . .

O tumulto, que se generalizou no corredor que ante-cede a Secretaria da Faculdade Nacional de Filosofia, íoidissolvido por membros do Diretório Acadêmico e, logodepois, a proposta íoi aprovada por 278 votos contra 23 e8 abstenções.

RESPOSTA DE BRASÍLIA

A assembléia da FNFI comegou'As lUh30m « foram «xisldas car-telra.. da Faculdade paia que níoentrassem elementos estranhos.Isso paia evitar tumultos, porqueos unimos estavam exaltados des-de _, greve. Q Presidente do Dlre-tórlo Acadêmico, estudante Sér-gio Campos, asradecéu a todos os

-alunos- ciue garantiram' o- âxtt-o -da greve. Impedindo que ímado-res entrassem na Faculdade. Fri-sou, que "conseguimos uma vitó-ria* com o fechamento da Facul-dade, que representou a legaliza-ç_.o da greve".

Sóbre «ua Ida a Brasília, Junta-mente.com o Professor Eremlldo;Viana, disse que ò processo de re-Jeicio da lista tripllce foi entre-gue «o Reitor na terça-feira pas-sada, o que serviu para "desmen-tlr que nos tivéssemos apoderadodo documento, como íol divulgadopelo Grupo de Resistência De-mocrâtica". A poslçSO do Mlnls-tio da EducaçSo, continuou o es-tudante Sérgio Campos, é exata-

-mente partir da rejeição da lista• encaminhar a posição tomadapela CongregaçSo, substituindo ohome do Professor Nilton Cam-pos pelo do Jorge Klngston, paraapreclaçSo do consultor jurídicodo MEC.

DO NOSSO LADO

Frisou o Presidente do Direto-rio Acadêmico que "o MinistroPaulo de Tarso tomará uma po-.tono Identificada com o movi-mento estudantil, pois que soll-citou que transmitisse k assem-bléia-geral um pedido de créditode confiança, encerrando o movi-mento grevista, aguardando assoluções que éle tomará.

Em seguida, foi lido tim tele-grama que. a CPOS enviou ao Mi-nistro da EducaçSo e ao Presiden-te da República, em solidariedadeao movimento relvlndlcatórlo daFNFi. .......

Durante a assembléia, os orado-res fizeram várias denúncias, qua-ae gerando tumulto entre os gru-pos do GRD e o da Unidade, queapoia o Diretório Acadêmico! Oestudante Jorge Facit, líder doGrupo de Resistência Democrátl-.ca, que também foi a Brasíliaconversar com o Ministro da Edu-cação, criticou a cp_nui.lc_.cSo doPresidente do DA e disse que oMinistro insinuou que submete-ria o nome do atual diretor a umaelelçSo na Faculdade, para con-flrmi-lo ou nSo.: Ao fazer" a** per-guntaào plenário, ouviram-se vá-rias vaias,

* TUMULTOO Diretório Acadêmico anun-

.ciou entio que o Ministro Pau-lo de Tarso havia enviado um vq-

to de apoio aos alunos da Facul-dade Nacional de Filosofia, atra-vês do Dlrotório Acadêmico, peloestudante Elias Mansur, que se•encontra 'em Brasília.

As 20 li 30 m, quando íoramapresentadas quatro propostas,manifestando um voto de dcscon-fiança ao diretor, professor Ere-mlldo Luis Viana, pela posiçãoque tomou durante a greve, umtios líderes do Grupo de Reslstên-cia Democrática anunciou que to-doa sairiam, porque a proposta eraindiscutível. Afirmaram tambémque reinava um clima de lnsegu-rança no plenário, quando éntSoos alunos começaram a gritar"fora, íora'\ começando o tu-multo.

Os membros do Diretório Açu-démlco pedirnm a todos pnra quene mantivessem em seus lugares.A proposta íoi aprovada, assimcomo as propostas de apoio aoMinistro Paulo de Tarso pela po-slçáo que vem assumindo peranteos movimentos estudantis, e derepúdio ao atentado que sofreu aUNE, ontem de madrugada, e ou-tra também de repúdio "a ml-noria antidemocrática" que ten-tou furar a greve.

O Gabinete do Ministro da Edil-caçfto distribuiu, ontem, a seguin-te nota á Imprensa: "Ao tomarconhecimento da decisão dos alu-nos da Faculdade Nacional deFilosofia de voltar áa aulas, o Ga-blnete do Ministro da Educaçãocomunica k . opinião pública quea. situação nos meios universitá-rios é de absoluta tranqüilidade,inexistindo nesta hora qualquermovimento grevista estudantil. De-senvolveu o Ministério, no caso daFaculdade Nacional de .Filosofia, aação mediadora que lhe cumpria eaguarda a comunicação oficial *daúltima dccisSo da Congregaçãodaquela Faculdade para encaml-nhar» a solução legal cabível."

Também o Diretório Acadêmicoda Escola Naolonal de CiênciasEstatísticas distribuiu nota oficialpela qual hipotecou solidariedadek greve na Faculdade Nacional cie¦Fllosoíla. *

GREVE NA BAHL\

Salvador (Correspondente) — Os-universitários desta Capital entra-ram em greve, ontem, em íaceda decisão da Universidade doEstado, da Bahia e do DiretórioCentral, com o apoio da Fac,ul-dade de Economia, contra a Fun-dação Visconde de Cairu, pelfcposse do edifieio, em defesa doPatrimônio' da União!

O apoio da Faculdade de Direitoao movimento é para dar uma•demonstração-de repulsa ao Es-.tatuto dos Advogados, aprovadopelo Congresso e considerado le-slvo aos futuros bacharéis-, o apoioda Faculdade de Agronomia reíe-re-se a, luta pela fcderalização. '

A' CongregaçSo dos Professorestle Filosofia apoiou tx greve.

Estudantes fluminensesescolhem dirigentes pelesistema corporativista

Niterói (Sucursal) —¦ Inaugurando o sistema eleitoralcorporativista depois de 18 anos de predomínio do voto debancadas, em Congressos, os cinco mil universitários flu-minenses iniciarão, hoje, o processo de escolha dos 12 no-vos dirigentes da União Fluminense dos Estudantes, a se-rem empossados na sessão solene de encerramento doCongresso da classe, a se' iniciar dia 29, '

Sem se definirem ideologicamente, disputam a presi-dência da entidade'estudantil os acadêmicos Carlos Artur-Paulon (Direito), padre Wilson Wermelinger (Direito) eJosé Augusto Pereira das Neves (Filosofia), todos matri-culados em Niterói e empenhados em campanha de defesade programas administrativos, sem ataques à atual direto-ria presidida pelo Sr. Marcos Clemente César Pilho.

Direito terão o mesmo valorque os das 19 alunas da Es-cola de Enfermagem, isto foi oque esclareceu o Presidente doTribunal 'Estudantil, Sr. Darci

. Improta.

PREFERÊNCIAS

O íato curioso na sucessãoda UFE foi o apoio dos estu-dantes tidos como comunistasao padre Wilson Wermelinger,que é Capitão-Capelão da Po-Jícia Militar fluminense. Os"católicos de esquerda" dividi-ram, porém, o seu .apoio aoscandidatos Carlos Paulon eJosé 'Augusto Pereira Neves,enquanto associados da JUCdefendem o último candidato.

A nova diretoria será cons-titqída por 12 diretores, quecontarão com um órgão con-sultivo, integrado pelos 16 pre-sidentes de Diretórios ' Aca-dèmicos. As funções • legislatl-vás e fiscais da-UFE estarãoentregues aos Congressosanuais.

Embora todos os unlversitã-rios fluminenses tenham o dl-reito de votar nos candidatos,apenas 16 votos serão compu-tados; Isto porque, vigorando osistema de ''colégios eleito-rais", será computado apenasum voto por vencedor em cadaFaculdade. Assim os votos dosi 500 alunos da Faculdade de

Coronelagridegestante' .O Diretor do Reembolsávelda Policia Militar. CoronelDjalma de Andrade Jacó, agre-diu. ontem, a pontapés, umamulher cm adiantado estado degravidez, que foi socorrida porum chociue da Radiopatrulha.A acressão ocorreu defronte aoprédio n.° 114 da Rua Evaristoda Veiga.

O Comissário Osvaldo, deplantão no 3.° Distrito Policial,uuviu o oficial e a mulher a?re-dlda, mas recusou-se a prestardeclarações à imprensa, ale-pando que "se tratava de quês-tão militar". A autoridade po-licial manteve em sigilo o no-me da mulher.

Comerciante que anuncialagostas baratas naFrança vai para cadeia

Pari.i (de Luís Edgar de Andrade, correspondente doJB) — O proprietário das Mercearias Leclerc, Sr. MichelLeclerc, passou ontem algumas horas no Comissariado dePolicia, por causa deste anúncio: "No reino de HenriqueIV, todos os franceses comiam galinha aos.domingos. Noreino de Charles De Gaulle, todos os franceses comerãolagostas."

Michel Leclerc foi preso sob a acusação de falta derespeito para com o Presidente da República, porque dis-tribuia, na porta de sua mercearia, um boletim, que alémde falar em De Gaulle, intitulava-se Lagosta e Bomba H,dois assuntos perfeitamente explosivos na França de hoje.

Falso médico enganou dezmeses no hospital e sófoi descoberto por denúncia

Roberto Peçanha, falso mqcllcQ, especialista em cirur-gia abdominal foi preso, ontem, por policiais da Delegaciade São João de Meriti, após clinicar dez meses no hospitaldaquele município, graças à denúncia de sua companhei-ra, Nllza de Sousa, como represália pelo fato de o doutortê-la abandonado.

O falso médico, que não passou do segundo ano cien-tífico, iniciou sua carreira quando encontrou, na rua, oregistro profissional de um médico de verdade, adulteran-do o nome e conseguindo, logo a seguir, emprego no Hos-pitai Municipal de Meriti.

EXPLICAÇÃO

O assunto è grave: por cau-sa da lagosta, Chanes DeGaulle está brigado há mesescom o Brasil. Por causa daBomba H, os paises banhadospelo Oceano Pacífico dizem co-bras e lagartos de De Gaulle.

O detido Michel Leclerc é ir-,mão de Edouard Leclerc, umcomerciante de secos e molha-dos da Bretanha, que, em 1960,tornou-se" célebre,**instalandouma rede de mercearias quevendem ao preço de custo osgêneros de primeira necessida-de. A fórmula de Leclerc con-

siste na eliminação dos inter-mediários.

Mas. a explicação de MichelLeclerc para o boletim é a se-guinte:

— Nosso boletim não diz quesomos contra a Bomba H.Lembramos apenas qüe o bomRei Henrique IV: concebeu umgrande plano para a França:que todos os franceses pudes-sem comer galinha aos domin-gos. Nosso plano é dar lagos-la barata aos franceses: So^mos contra a especulação, eachamos que não se pode cons-truir a Bomba H e permitir aespeculação.

HABILIDADE

Ao tomarem conhecimentoda prisão do colega, os própriosmédicos do Hospital mostra-ram-se surpresos porque Rorberto Peçanha, embora muitocalado, ali havia realizado, comêxito) cesarianas e operações deapendiclte, conseguindo mesmoque muitos pacientes, ao com-parecer ao hospital, fizessemquestão de ser atendidos peloDoutor Roberto.

Diante de seu sucesso na no-"vã prolissão. o vigarista mon-

tou um consultório na Rua dosRubis, em Rocha Miranda, on-de atendia a grande número depacientes cobrando apenas Cr$

100 a consulta- Sua falsa qua-lidade só pôde ser descobertaquando brigou com a compa-nheira e retirou os móveis dacasa. o que a levou a denun-ciá-lo à Polícia.TUDO FALSO

Em poder do Doutor — "du-vido que me descobrissem senão fosse ela" —- a Policia ar-recadou, também, documentosde identidade falsos que davamao vigarista a condição de íls-cal do IAPC, comentarista es-portivo da Emissora Continen-tal e Tenente do Exército, far-da que costumava usar, As vê-zes, em substituição ao unifor-me branco.

Primeiro trabalho dosalunos da ESDI vai serapresentado no dia .27

O primeiro trabalho realizado em conjunto pelos 30alunos da Escola Superior de Desenho Industrial, recen-temente'criada pelo Governo da Guanabara, deverá serapresentado no dia 27. Trata-se de um cubo de cinco ele-mentos, preparado durante as aulas práticas.

O cubo de cinco elementos, extremamente simples, íoiescolhido para proporcionar aos alunos a oportunidade dcrealizar experiências estruturais com materiais diversos,da melhor maneira possivel. É o primeiro trabalho emcorijunto. ".'"'>. . .

anos, podendo os alunos, apartir do 2.» ano, escolher suaespecialização: desenho indus-trial propriamente dito. ou pro-gramação visual.

Dedicando-se ao desenho in-dustrial, o aluno se especiali-zará na criação estética e noplanejamento técnico e formaldè produtos industriais taiscomo objetos e máquinas deuso doméstico, meios de trans-porte, máquinas operacionaisetc, enquanto que a progra-mação visual refere-se à cria-ção e planejamentos gráficosdos meios de comunicação vi-suai como, por exemplo, dia-gramação de livros e periódi-cos, cartazes, exposições, em-b a 1 a g e n s, sinalização urba-na etc.

OFICINAS

O trabalho está sendo con-cluido pelos alunos nas trêsoficinas da ESDI, que servempara trabalhos de metal, gêssoe madeira e que são utilizadasalternadamente pelas seis tur-" mas da escola, supervisionadospelo Coordenador Responsáveldas Oficinas, professor KarlHeing Berguller.

A principal finalidade dessasoficinas é dar aos alunos co-nhecimento ílas diversas técni-cas operacionais, além 4e for-necer-lhes meios para executarprojetos elaborados nas aulasteóricas e práticas.

A ESDl dará cursos de de-senho industrial de quatro

D. Nilzaconfirmadepoimento

A mulher do CapitiFô-Tenen-te Carlos DAlmada Costard,Sr." Nilza Costard, que matouhá meses a amante do marido,Marli Morais, reafirmou ontemna 1.* Vara Criminal que foilevada aò crime pelo desespê-ro, após ter sido espancada pe-lo oficial, que a obrigou a mo-rar com Marli na sua própriaresidência.

Declarou D. Nilza que, nodia do crime, depois da surraque levou do marido, por terdiscutido com Marli, perdeucompletamente a noção do quefazia, não conseguindo lem-brar-se onde apanhou a armanem quantos tiros desfechouna vitima.SUMARIO

A instrução criminal vaiprosseguir na próxima semana,com a realização do sumáriode culpa, quando serão ouvidasns testemunhas de acusação.

No final do interrogatório, oadvogado de D. Nilza Costardmanifestou-se satisfeito com oandamento do processo, adian-tando que tem muitas esperai.-ças.de absolver sua cliente.

Reabertas pela Justiçade Niterói merceariasfechadas por exploração

. Niterói (Sucursal) — A 3,a Câmara Criminal do Tri-bunal de Justiça do Estado do Rio concedeu habeas-corpus,ontem, à Mercearia Niterói e ao Café Capital, que haviamsido autuados e fechados pelo Juiz Décio Itabaiana deOliveira, por aumento, de preços. Das 14 casas comerciaisfechadas pelo Juiz, seis já obtiveram habeas-corpus e vol-taram a funcionar.

A Delegacia de Economia Popular e o 1.° e 2.° DP deNiterói, que estão realizando campanha conjunta contraa sonegação de gêneros e majoração de preços, encontramdificuldades para lavrar os flagrantes, quando se tratade autuação por venda de produtos deteriorados, porque oGoverno do Estado do Rio não tem Laboratório Bromato-lógico. Os exames, para a constatação do estado da mer-cadoria apreendida, estão sendo feitos, por favor, no La-boratório Miguelote Viana, da Secretaria de Saúde do Es-tado da Guanabara. •

CPI ouve i#i

espancadoresamanhã

A Comissão Parlamentar tleInquérito que investiga* as se-vicias praticadas na Tnyerná-da de .Olaria* tomará, amanhã.a partir das 10. horas, os de-poimentos dos' detectives HélioPolvorelli, José Vicente Assun-çáo e Rosauro Fraga "dá Silva.

Os três foram'apontados pè-lo advogado Clodomir dos San-tos Morais, pôr Célia Lima epelo motorista José • Franciscocomo os seus mais cruéis tor-furadores. Os demais policiaisreconhecidos pelas vitimas, co-mo espancadores, são: AladinoPereira, Orlando Chagas, An-tônlo Coutinho Guimarães,José Nunes Curvelo e José dosSantos Fernandes.

MAIS. AUTUAÇÕES - *'-¦"-.,&

O Delegado Luís Aceti. do. 2."DP- autuou, ontem,, por majo-ração de preços, ás PadariasFerramenta e 22 de Novembro,o MercadSihp-. de.,Jui*ujuba, aCasa Hamburgo e/a MerceariaLucius. Os flagrantes' foramremetidos, ontem mesmo, aoJuiz Décio Itabaiana. Na De-legacia de Economia Popular,por sonegação de manteiga, íolenquadrado o Bar e MerceariaChie.

Um dos advogados da Asi-ocia-ção Cçmercial de Niterói. Sr.Gutemberg Lopes! vai respon-der, na lf- Vara Criminal, acrime de injúria. Foi denun-ciado, ontem, pelo DelegadoAlédio Américo des Sanlcõ, aquem chamou, '

publicamente,no Tribunal de Justiça, de "umdesonesto, que quer levar di-nheiro dos comerciantes, atra-vés de intimidações"..

O Juiz Décio Itabaiana lní-ciará, segunda-feira, o sumáriode culpa do advogado, que teráde provar, na Justiça, as acusa-ções feitas ao Delegado.PROSSEGUE

A campanha dos órgãos poli-ciais prosseguirá hoje, estando

prevista a prisão de um fabri-cante de manteiga .com sebo,que teria montado a sua fábri-ca num dos municípios limí-trofes a São Gonçalo. A poli-cia está mantendo em sigilo oendereço da íábrica, para queela náo seja. fechada espon-tâneamente.

Para fiscalizar as bombas degasolina, que não são aferidas,a Delegacia de Economia Po-pular está esperando a insta-lação, em. Niterói, dentro de 15dias, de uma Delegacia Regio-nal do Instituto Nacional dePesos e Medidas.

Juiz negahabeas apolicial

Niterói (Sucursal) — A S."Câmara Criminal do Tribunalde Justiça negou, ontem, ohabeas-corpus impetrado peloadvogado do ' investigador Sl-zlno Porto, preso sob a acusa-ção de haver lesado várias pes-soas, das quais recebia, indevi-riamente, Cr$,40 mil a CrS 50mil, sob a promessa de alugar-lhes imóveis dos quais se diziaproprietário.

Nas bancasCOMENTÁRIO

Artigos assinados por grandes nomesUm elevado padrão de leitura

C. Pinto lamenta que nãose dediquem todos à lutapela normalidade do País

A fim de responder a acusações feitas em artigo assi-nado pelo Deputado Pedro Aleixo, o Ministro CarvalhoPinto fez divulgar ontem uma nota na qual lamenta aincompreensão geral diante do momento nacional, em quehá necessidade de "sobrepor-se às aspirações políticas éaos impulsos da paixão os superiores devei.es para com aNação", na luta pela restauração da normalidade da vidaeconômica e social do povo brasileiro.

A atitude de critica poderia ser mais cômoda, mas nâotraduz "um ato construtivo e à altura do momento, quereclama total desambição e sacrifício consciente dé todoe qualquer interesse político e pessoal" — diz o Sr. Car-valho Pinto, "com a independência e a tranqüilidade deconsciência de quem nada deseja para si, nem alimentaambições políticas de qualquer espécie".MOMENTO

É êste, na íntegra,, o texto danota:"Ao assumir o posto de Mi-nistro neste instante parti-cularmente sério da vida na-cional — e foi exatamente essasituação que me impôs o deverde aceitar a ingrata investidu-ra — já antevia atitudes comoessa, de incompreensão e injus-liça. conforme declarei em meudiscurso dc posse, e expressa-mente.

Lamento apenas que ho-mens de responsabilidade noPais não sintam a delicado-za do momento e nem sem-pre compreendam a necessida-de conseqüente de sobrepormosãs aspirações políticas e aosim-pulsos da paixão os superioresdeveres para com a Nação. Hásituações em que náo cabe, ameu ver. a omissão ou a como-da posição de simples critica,ainda que sincera: há situaçõesem que, a meu ver, quem dese-

je a sobrevivência das institui-ções democráticas e a paz so-ciai há de sopitar suas legiti-mas tendências ou aspiraçõespessoais, para, com dignidade epatriotismo, levar a sua quotade sacrifício ao esforço comum— a que não deve faltar ne-nhum brasileiro —, de combateàs dificuldades que já encon-tramõs e de restauração da nor-malidade da vida econômica esocial do povo brasileiro.

Outras atitudes poderiam sermais cômodas, mas não tradu-ziriam, por certo, um ato cons-trutivo e á altura do momentoparticular que vivemos, e que,mais do que nunca, reclama to-lal desambição e sacrifício detodo e qualquer interesse poli-tico e pessoal. É o que penso,Sinceramente, com a lndepen-dência e a tranqüilidade deconsciência de quem nada de-seja para si, nem alimenta am-bicões políticas de qualquer cs-pécie." ,*,

SEMANA DE 5 DIASPARA COMERCIÁMOS

MAIS UMA VITÓRIADO IDEAL POPULAR

Considerando que os comerciários têm os mesmos deveres dasoutras classes que já conquistaram o direito à semana de 5 dias,PONTO FRIO, na vanguarda da evolução social, pede ao Povo queutilize suas lojas para compra, dentro do seguinte horário:

LOJA NO CENTRO — Rua Uruguaiana, 134 a 140SÁBADOS — Fechada .2.a a 6.a-feira — funcionamento normal

LOJAS DE:MADUREIRA — Rua Carolina Machado, 418CAMPO GRANDE — Rua Cel. Agostinho, 101SÁBADOS — Funcionam até 13 horas2.ü-feira— Funcionam a partir das 13 horas3.a a 6.a-feira — Funcionamento normal

O PONTO FRIO está convicto de que, tomando esta iniciativa,continua coerente com a posição que sempre maíiteve: Participaçãolotai no processo de evolução da realidade brasileira.

PONTO FRIO

MBÉMRAY CHARLES TAIÉ ARTISTA EXCLUSIVO

DAEXCELSIOR «lí

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ORQUESTRA E CORAL

CANAL 2

14 — l.o Cad,, Jornal cio Brasil, «."-feira, 20-0-63

Arthur Araújo é o novo treinador do "Stud59 SeabraJóqueis contratados paraamanhã e domingono Hipódromo da Gávea

Amanhãf." lUTtEO — Aj 13 h SO ni —

1 400.. metros — Cr? 300 000,00 —(Grama).

KR1—1 Happy Kid M. Andrade 58

. . .2 Ourotnn, J.. Baíflra ..-4 í>(>,2—3 Debo. M. Silva St

.4 Tulchnn. A.. Rumos-.. ÍG3—5 Quinrui, A. Barroso .. 5B

6 Teverly, P. Lima 564—7 Hepatn-i, J. Marchant 56

8 Hino, P. Esteves 56

2." ' PARI-O — As Mll 20 m —

1 300 metros — Cr? 200 000,00.KS

1—1 Kochann, J. Marchant * 56t

' 2 Ncgélla, J. Bníllca .. * 52

2—3 Alunaii. C. Morpado .. • 5i>4 Gana. (-1 J. Tinoco .. 3 52

3—5 Aníora, M. Silva * 546 Pitanga, A. Santos .. 2 54

4—7 Lons Llne. O. Bastos . 1 528 Bomárdonltn, S. Silva * 54

(*)c». Guèrlllà.

3." PAREO — As 14 ll 50 lil —.1 400 metros — CrS 230 000,00.

KS1—1 Chave. A. Santos .... 5 57

2 Lenoca, N, • 532—3 Caledônia, M. Silva .. 3 57

4 Hella. L. Carvalho ¦ ¦,-¦'.' 1 533—5 Arocena, L. Carlos ..... •¦ 53

6 Sprlngllght, I. Amaral 2 574—7 Toca, J. Machado ... 4 57

8 Hcdilnha, D. P. Silva

2—3 Al Hlncona, J. Portilho4 Pedra Preta,. O. Bastos

3—5 Belga, S. M. Cruz ....6 Nova Delll, r. Esteves

4—7 Cadla, A. M. CaminhaGUnda, B. Santos ....Flor do Campo, J.Veiga

53sa53585833

2.» P.tRF.O — As llli30m1 600 metros — CrJ 300 000 00.

1—1 Across, D. Moreira .. 562—2 Don Juan, M. Silva .. 56

3 Tamborim, D. P. Silva 563—4 Van Gogh, J. Mar-

chant 565 Apls, J. Machado 56

4—6 Ramadan, J. Tinoco . 567 Destaque, F. Esteves . 56

3.» PARKO — As lõh.OOm —1500 metros — Cr? 250 000,00.

57573757

57'57

5757

' 57

57

4." PAREO — As 15 11 20 m1 500 metros — Cr? 1S0 000,00.

1—1 Zombetelro. F. Esteves2 Tenace, J. Marchant .

2—3 Jcroblar, L. Carvalho .4 Saxofone. M. Silva ...-> Nllopolls, N. '3—6

Patír. A. Olivares ...X.-Mnyaka. J. BafficaOculto, A. Ramns ...

4—fl Londoner, B. Santos .10 Pé dc Grilo. T. Tinnfo11 Marquinhò, J. A. Silva

Kü5 531 534 33

54511

56

5." PAREO — As 15 ll 50 —1 000 metros — Cr$ 180 000,00 —(Variante).

54525854

l: 5.S56

'4 54535456

1—1. Envoy. J. Baffica 2 Ben Hur, L. Carlos ..

2—3 Giradoux, I. Sousa ..4 Jabalin. J- Quintanilha

-3—5 Dcscrtito. A. .Ramos ..6 Nr.rdal, M. Niclevisclc7» Condor. A. Ricardo ..

4—3 Zanzo? A. G. Silva ...9 ÀvlO-io, J. Veiga

- 10 Euluccl, B. Alves ...

6.» PAREO — As 16 ll 20 m —I Sufi mc,tros — CrJ 300 000,00 —'(Prova Especial)

... KK54541:4536054'545453

Kg

1—1 Conta, A. Barroso ...2 Papillon. M. Andrade

2—3 Miss Leocádla, Mi SilvaMazívá, F. Esteves ...

3—5 Harmônica, J. Ma-. . chado- .....;

6 Votánla, A. Ramos ..4—7 Estréia do Beduino, J.

Portilho Rivabela. J. Tinoco .Rlqulnha, J. Ramos .

4." PAREO — As 15h 30m1 300 metros — CrJ 180 000,00

1—1 Pelcsa. A. Ricardo ,. 3Paro. E. Praga ¦ •Jucá Pato, M. An-

drade 8-2—4 Juvltfl, M. Silva •

Aldy Mlrlan, A. G.,'. Silva 2

Satélite. J. Machado 93—7 El Tip, J. A. Silva .. 4

Hara. cema. N. Lima . 5 52Prosaico, A. Ramos . 6 54

" HafaíS. C. Dias • 'íl

4-10 Crystal Park, I. Ama-ral • 5S

11 Patricluha', J. Por-tllho 7 34

12 Chesterílcld. A. "

M.Caminha 1

" TiçSo. Nilo correrá .. *

..." PAREO — As lGtt — 1metros — Cr? 250 000.00.

Kg

5136

5454

1—1 Cowboy. A. Ricardo .2 Introíto, J. Ramos ..

2—3 Niluill, A... Santos ...4 EaJ-Mahal, A. Barroso

3—5. Neran, J. Machado ..Rlcmur. J. Veiga .....Marglen, B. Alves ...

4—8 Imtíròs, J. Baíflca ..9. Homel. D. P. Silva ..

10 Vovô Maciel, O. Bastos

K?.• 57

375757375757575757

O treinador ArturAraújo é o novo respoii-sável pela seção do StudSeabra no Hipódromo daGávea. A reportagem doJORNAL DO BRASILapurou que o profissio-nal eslá aguardando çin-eo potros de Cidade Jar-dim, e passará a treinartodos os parelheiros quechegarem de São Paulo.Altamir Vieira, que res-pondia pelo treinamentoda cavalhada até ontem,continuará responsa ve 1pelos animais que estãono turfe. carioca, até sc-gunda ordem.

P. ValentederrotouCorumim

Depois de uma luta sensa-cipnal em toda reta final, o ca-valo Praça Valente ganhou oquarto páreo de ontem à noi-te, em homenagem ao III Con-gresso Brasileiro das Assem-blcias Legislativas. Praça Va-lente marcou para o.s 1 500metros, o tempo de 95"2|5.

COMO FOI

A saída foi rápida,, com Pra-ça Valente vtomando de golpea primeira colocação, seguidode perto por Carducci que ten-tava de todos os- modos seaproximar do ponteiro. Nomeioda variante, Praça Valente sc-guia firme na vanguarda, en-quanto Corumin melhorava

paulatinamente e vinha darcombate a Carducci, e domi-nava quase sem luta o pilotadode' J.- Fagundes. Na reta final,ó conduzido de A. Barroso se-

guiu resistindo, junto a-cerca,aos ataques de Corumin, paranos últimos 50 metros livrarmeio corpo 'que lhe deu a- vitó-ria final. Praça Valente,

'com

esta, completa a sua terceiravitória, em' pistas cariocas. Aseguir os resultados de ontem.à noite, no Hipódromo daGávea:

NA BASE DO GALOPE

1___1 cê-Cê, F. Pereira F. B2 Bluebell. I. Sousa ... 1

2—3 Beira Alta, M. Silva .. 2. 4 Qualopa, A. Ricardo .. 7

3—5 Bacela, F. Esteves ... *6 Gala. P. Lima 0

4—7 yalcíka, d. Netto ... 5çme Praça, J. Machado 3Gralha, N.. 4

7." PAREO — As 16 h 55 m5 300 metros — CrÇ 1S0 000,00(Bctllng).

56

1—1 Grasseta,Sharmin,

2—3 Fair Key,- Falamotn,

A.- Ricardo-A. Ramos .A. BarrosoI. Sousa .

PcRgy. L. Carvalho ...9—6 Su_,u..l, M. Andrade ..

Sitiaria, .1. Barros ..Niguita, I. Amaral ...

4—8 Nikinha. J. Tinoco ...Bomarcunda. J. Mach.

" Que Fazer?, Pi Esteves

ri525634õfi505050505452

5 56

í.» 'PAREO1 SOI) metros(Beltlng).

Às 17 h 30 111Cr? 220 000,00

6.» PARKO — As lfill 351111 500 metros — CrS 400 000,00Betting — Prêmio Alfredo Santos.

KS1—1.Comanchera, J. G.

. Silva 10 59Kllpar. D. P. Silva .. " 36

Clicé. J. Nesrello 3 562—4 Causa, A. Santos 4 55

Corda, J. Sousa Intruja, J. Silva

3_7 mv Reine, F. Pcrei-ra F.°

" Lady Champagne D.Moreira »

Arleslana, M. Silva . 9Qualopa, A. Ricardo . 2

4-10 Moyara. T. Sousa .... *11 Hullahaloo. J. Mar-

chant 612 Florana, J. Tinoco .. "13 Gralha, J. Portilho .. 1

7." PARF.O — as l*h lOm —1200 metros — CrS 250 000,00 —IScllinj — Variante'— Areia.

Y.%

.10 57

1." páreo — 1 300 metros.

1.» Bliss (J. Portilho).2." Poesia (M. Andrade).3.° Ira ÍL.- Carvalho).

Vencedora — (1) 20.00 —

Dupla — (13) 54,00 — Plares— (1) 12,00 — (5) 20,00 — (.8)13,00 — Tempo — 83" — Trei-nador Manuel de Sousa — Pro-

prietário Antônio Carlos Amo-rim.

1—1 Bedel, A. Ricardo ... 6"Bogard-, A."-ÇaV-tôs .. "

'' 2 Garparino. N. *2—3 S. Yard, C. A. Sousa 2

Gangstcr, J. Portilho,. 4Navaronc. O. Ricardo *

3—6 Mar Verde. M. Andrade •Boa Vida, J. M. Santos 1

8 Doze, N: C. *4—9 Rapto. J. Marchant .. 5

10 Bràmane. D. P. Silva 3'11 Montcjota, A. Ramos •

9." PÀKEO — As 18 h 05 m1 «fl, metros- — CrS 180.000,00(Ywianlc) — (Betting).

1—1 Alone. A. M. CaminhaSlilít. A. G. Silva ...

2-7-3 Nibor, F. Esteves- ....' ' 4 Meu Amigo, I. Sousa ..5 Mou Chefe, S. Silva ...

3—6 O. K.. M. Silva Va-T-En, C. Sousa' ..Nüópolis, J. Machado

4—9 Oníuné, J. VeiRa ....10 Até Lá. E. Faria 11 Barra Seca, A. Ramos

Kg....64

Kí53565356

1—1 Byng. J. Ramos " Pierrot Sonhador, L.

Carvalho :'•;Carcler, J. Portilho .Oldan, A. M, Caminha

2—4 Aratleum, C. R. Car-valho

Mlraciueta. F. EstevesJ.I., A. Ricardo Dampier, nfto correrá .

3—3 Carducci. J. Marchant9 Cecéu, Mi Silva

10 Sacripant, A. Santos .11 Good Prince, A. Ránió.3

4-12 Caro Nome, F. Con-celçüo

13 Pampllho, I. Sousa ...14 Pataloü, I. Nogueira

¦ 13 Beautlíul Boy, A. G.Silva "

S." PAREO — As Hti t5m1 200 metros — Crí 250 000,00.Betting — Variante — Areia.

5757"5757575757

5757

Kür57

3656

Domingo1." PAREO — As 1411 00 — 1200

metros — Cr* 220 000,00.ks?

í- -1 Clo_. M. Silva .......2 Biile Dove, M. Andrade

1—1 Sky, A. Ricardo 6Tinta Pura, C. R.

Carvalho ' 2Lenoca, J. Portilho .. .

2—4 SÍgnorlna; J. Machado 10 57" Society Girl, J. Mar-

chant 3 575 Beloca, M. Andrade . 3 53

3—6 Chelpa, A. Santos ... '9 57" Cortes, F. Pereira T." 1 577 Seylla. C. A. Sousa ..11 57

4—3 Caramba. M. Silva .. 5 579 Belle Imase, D. P.

Silva 4 5710 Miss Leocádla, n/ cor-

rerá 7 53

5737

A égua Que Fazer?é a mais cotada entre asestreantes da Gávea

A égua Que Fazer? estréia no sétimo páreo dareunião de amanhã no Hipódromo da Gávea, comalgumas possibilidades, porque trouxe regular cam-panha de Cidade Jardim, onde atuava regular-mente.

A castanha tem vários exercícios na distância,sendo.o último de 1 400 metros em 95" 2 5. A tur-ma que vai enfrentar não é tão forte como pareceà primeira vista, e Que Fazer? deverá produzir umaatuação de realce, nas mãos do aprendiz F. Esteves.

VOLANIA

pareô 1 300 metros.

ACROSS

Across c um filho de Biri-kil e Acrópole. criado no Ha-

ras Guanabara rie proprieda-de do Stud Modelo e treinado

por Válter Aliano. O seu res-

ponsável acredita que o. potropossa vencer Ioro na primeiraapresentação, baseado no exer-.cicio de 1 ROO metros em lOf.",s.íindo e arrcmalando, no mes-mo' ritmo. Sem ser .barbada,pela sua própria condição <*.-debutante, Across vai á raiasob a direção do íreio Dario

Moreira.

Vólâhiã. anotada no 3." pá-reo de dominço, tem toda ca-racteristica. de animal da ara-ma. Suas melhores atuaçõesíoram neste tipo de rala emSáo Paulo. Alazã. filha de Pa-

'

rati e Tordilita, foi criada no

Haras Morro Grande e defen-

dera na rala os interesses do

Stud El Rosai. Não foi vista

em exercícios fortes nas ma-

Unais, mas resula com as ad-

versaria! que terá de. enfrentar.

fe ¦¦- • /iífyf,' ¦'¦yyyyy^yyyy^y-.y-y&yPista leve

L itiz Reis

Z." páreo — 1 300 metros. ¦

1.» Montelepre (D. P- Silva).2.° Black-Tie (M. Silva).3.° T r i a n g u 1 u m (M. An-

drade).

Vencedor — fl) 29.00 — Du-

pia — (12) 36,00 — Placês —

(IV 14,00 — (3) 13,00 — 16)22,00 — Tempo — 80"15 —

Treinador R. Morgado — Pro-

prietário Slud Vacances.


l." Vispa (M. Andrade).2." Quelucia (J. Portilho).3.0'Arnica (A. Santos).

Vencedora — (10) 16,0.0 —

Dupla — (24) 36,00 — Placês— (10) 10,00 — (5) 11.00 — (1)11,00 — Tempo — 64"4:ó —

Treinador I. Pinheiro — Pro-

prietário Stud Pablito.Náo correu Bijuja.

i.° páreo — 1 500 metros.

1." Praça Valente (A. Bar-roso.

2."'Coruniin (M. Silva).Vencedor — (5> 29,00 — Du-

pia — (23) 27,00 — Placês —(5). 14,00 — (3) 12,00 — Tem-

po — 95"2 5 — Treinador M.Mendes — Proprietário StudNossa Senhora Aparecida,

Náo correu Torneio.

õ." párco — 1 200 metro .

i." B. B. C. (J. Pedro).2." Zoroca (A. Ricardo).3." Que Guapa! (M. An-'

drade).

Vencedora — (7) 40,00 —Dupla — (13) 18,00 — Placês— (7) 12,00 — (1) 11.00—.(10)13,00 — Tempo — 76" — Trei-nador E. Freitas — Proprietá-rio Haras São José e Expe-dictos.

Não correu Garapa. ¦


l.° Pcry (A. Ramos).2." Anavion (J. Portilho).

' 3.° Galluzo (A. Santos).Vencedor — (9) 223,00 —

Dupla — (13) 69,00 — Placês —

(9) 48.00 — (2) 25,00 — (11)24,00 — Tempo — 76"4 5 —

Treinador S. L. Amore —

Proprietário Mário Povoa.Não correram Rio Tigre e

Abastado.

riogaj-iló fof- insc.rfio' tle ptirdlin tíom fíeijcl:'ii tem 'galopado

tôrUm ua mttthuamltn pnra abrir ò fôlego. Adttltnn Santos çlioí'.'-.¦ ¦' .:. ..veilo ao prado paru trabalhar o parelheiro

José Machado conduziuQue Praça, no melhor

Pedrosa não acreditana derrota de Byng, e

exercício da madrugada pensa em formar a 11José Machado conduziu Que Praça no melhor- ,:> José. Luís-.. Pedrosa declarou à reportagem do

exercício da madrugada de ontem na Gávea, quan.- JQ.RNAL DOBRASIL .-que o cavalo Byng vai largardo a égua registrou 700 metros em: 42" -2/5, com - e acabaiv.no' quinto pareô de domingo. Levara uma

1. — Hullahaloo, que conti-nua invicta nos boxes dc Hen-rique de Sousa, vai agora a umaaventura ingrata. Correrá noclássico, ou melhor, no PrêmioAlfredo Santos, depois do ama-nhã. E não deve ser eliminadacompletamente, porque, comperipécias a favor, talvez seapresente no final, como o me-lhor azar do páreo.

Sobre Hullabaloo, seu Hen-rique fala com aquele mesmojeito de quinze anos atrás.Sempre gostou da égua:

De muita raça é êsso. pe-daço que está aí!

Boa de cocho, baiano?'Nem se fala! É uma casal

E só tira a boca do cocho quan-do já comeu e lambeu tudo...

Houve modificação de trei-namento?

Não sei. Mas a tática, queusei foi aquela de parar .so.pracomer. .

','

2. — A terminologia, do baia-tio è toda própria. Ninguémmelhor do que èle para conver-sar de carreira. Viajado tomopoucos, andou por esse Brasil

¦ todo preparando desafios decancha reta. íie e seu — ticie— cunhado, o Antenor de Frei-tas.

O cavalo está para o Henri-que. como a música para'. omaestro. Um. não passa sem ooutro, ou a outra. De sorte-quté bonito áuví-lò recordar pas-sagens de sua vida no turfe:

Sempre me dei bem tratan-do dessas eguinhas. Tive Sala-ga. Argentina, Chcnillc.... ¦'-..

Mas, a Hullabaloo pod»chegar iá, onde as outras che-garam?

Ê mais dificil, mas não .í;rc-passível. Pelo menos na grama,está cada vez melhor.

3. — Henrique de Sousa temseus amigos certos. De quan-do em quando, um deles' s«aborrece. Porque o baiano nã»gosta de dar informações d»véspera. Diz, mas só na ho-ra. E justifica:'

Uma questão de compro»misso. Muito, treinador perd«nm cavalo, ou mais, porque fa-la demais. E o proprietário, pormais que não jogue, quer ter •prazer de sigilo.

Há pouco tempo, um desse»grandes amigos do Henriqu»ficou aborrecido. E o baiano,que é um

' sentimental, and»triste. Poi. por sinal, por cau-sa da Hullabaloo, após a se-

gunda vitória. ,Veja só, se existe uma pes-

.soa que cu adoro, neste., mundoé o doutor. Lá erri cas-f, já *

pessoa da íamília. Um (amigode verdade, desses, que á gen-te não pode nunca mais esque-cix-y-y

4 — Seu Henrique não seimportaria se perdesse , outraamizade, que não prezasse tan-to,.quanto a do doutor: 4

Nós nos entendemof tão'bem. Se Deus quiser, vat pas-' sar. Brevemente estaremSs jun-tos, com o nosso bate-papo «jantando o nosso cabrito>à ila-liana, às quintas-feiras,-;

E deu uns tapinhas no-pçsco-ço da Hullabaloo, enquanto abonita égua ficava âe orelhaiem pé, na pose do animal ii-nindo- ou seja, — procurandopassarinho em cima da árvore.

muita facilidade. A filha de Radar vem de terceiro-para Comanchera e Galmita, e vai depender-muitodo train da carreira. Gosta de correr na ponta, e .pode surpreender as adversárias, com a sua conhe--cida velocidade. ¦

As melhores partidas para a reunião de ama-nhã na Gávea, foíam 'as de Ahman, Rapto, MeuAmigo, Happy:Kid, Bacela e Falamota. Ahman, prin-cipalmente, mandou para os cronômetros o tempode 44" 3 5 nos 700 metros, a puro galope de saúde,sempre pela cêréa externa.

boa ajuda de Pierrot Sonhador, que trabalhou 1 200metros em. 77.", e conxum train favorável pode for-inar a dobradinha da casa.-

.'-_- Das boas carreiras que: tenho esta semanaexplicou. — acredito que Byng seja realmente a

melhor. O meu pupilo anda tinindo, e tem 78" paraos- 1200 metros, correndo bastante. Nunca foi exi-gido,' e.vai para frente, procurando, decidir a car-reira logo no. início.

1." Aresto (A. Santos).2." Arguapo (F. Pereira P.°).3.» Marco Túlio <J. Mar-

chant).Vencedor — (3) 62,00 — Du-

pias (23) 45.00 — (24)' 23,00 —Placês — (3) 20,00 — (6) 18.00

(10) 28,00 — Tempo — 81.Treinador Maurilio de Al-

meida. Náo foram apresenta-dos Apito e Zangão. Proprietá-rio Zélia Gonzaga Peixoto deCastro. Neste páreo empataram'Arguapo e Marco Túlio pelasegunda colocação.

Movimento geral de apostas:Cl'5 85 674 830,00.

HAPPY KID ¦.

Happy Kid' (M. Andrade). desceu a rtít.a em

'37"3/ã, con- .tido pelo seu ginete.' Debo' (M. .Silva) os 7Ò0 em 45" "/5. comsobras' ao lado de uni compa-nheiro, Tulcham (A. Ramos),finalizou os 360 em 22"2'5,muito /apurado. Hepatan (J. •;

Marchant). os .800 em 53"3/5,com grande facilidade e pelocentro da raia. Hino (P. Es-têves) melhorou alguma. coi-sa com a partida de 38"2 5

para.es 600, , mas parece queainda é muito cedo.

AHMAN-

Kochana (J. MarchEmU deuum galope dc saúde de 48" pa-ra os ,700 metros. Ahman (C.Morgado i melhorou para 44"3/5, de. galopinho e sempre pe-la cerca externa. Foi uma dasmelhores partidas da madru-

gada de ontem. Garra (Lad.ios 600 em 37"2,'5, muito sape-cada. Pitanga (A. Santos) deuum carreirão de 40", para igualdistância. Aníora (M. Silva)finalizou os 600 em 39", comalgumas reservas.

CHAVE

Chave (A. Santos) assinalou

para os 700 a marca de 43"3/5,muito à vontade. Caledônia(M. Silva) desceu a reta em37"2/5, ã moda da casa. Hella(Lad.) os 700 em 45", com so-bras e Aracena (L. Carlos)deu um galope de 54"2/5 paraos 800 metros. Hcdrinha (D.P. Silva) chegou com muitafacilidade ao lado de Aviano

i J. Veiga) que a aguardava nareta final, registrando para os700 o tempo de 44", levando amelhor, Hedrinha.

XACA MAYAKA

Saxofone (C. Moreadol nãoconseguiu dominar a Ourobri-ga (N. Lima) em 45" para os700. Xaca Mayaka ij. Bafíi-

.ca) a rela em 33"2,5, com ai-

guma facilidade. Todavia, não :inspira confiança por suas co-nhecidas baldas: Pé de Grilo(J. Tinocp) chesou- muito so-licitado, em 4S"2/5

'para ps 700

n.etros. .."'

condor ¦: ¦" •'.;•'

Girandoux (L Sousa) òs 600'em 39". à vontade.'.Condor (A.Ricardo) melhorou a niayca, echegou muito apurado em 37"3 5, para igual distância. Avi-mo (J. Veiga» servindo de-sparring: para Hedrinha (D. P.Silva), registrou 600 em' 38",érçua vinha sobrando po ladodéste. Eulucel (B. Alvesi igua-lou a marca e chega em': me-,lhores condições.; ¦

QUE. PRAÇA . . .' i .-' Cê-Cè (F. Pereira' F.) à retaem 37", com sobras. Bluebell(I. Spusai com alguma facili-dade ao lado de uma compa-nheira trouxe para os 700. amarca de 44"3'5. Qualopa (A.Ricardo) a reta cm 38"2,-5, sò-mente íoi solicitada nos me-tros finais. Bacela (F. Este-,ves) como no trabalho, assimo fêz nesta partida de 700 em45", sempre

'de galope largo.

Gala (P. Lima) saindo de maislonge assinalou 38" para os600. com sobras. Valeska (D..Neto) os 700 em 47", à vonta-de e Que Graça (J. Machado)registrou a melhor partida dehoje, trazendo para os cronó-metros a marca de 42"2 5 pa-ra o.s 700, e com grande facili-dade.

FALAMOTA

Grasseta íA. Ricardo) os 700em 45". agradando um pouco.Falamota (I. Sousa1 finalizoua rela em 38". de galope lar-go. Pesgy iLad.i finalizou os

.330 cm 23", não ttgradai.do.Niquita il. Amarali registroupara os 700 a marca de 46",com algumas reservas. QueFazer? (J, Machado) a retaem 38"2.5. muito contida.

i

¦DOBRADINHA -'..Além

da .vitória quase certado cavalo Byng. o' jovem pro-

:. íissionsl' nã"o" esconde á fé queleva na dupla com o. seu com-

panheiro Pierrot Sonhador, que .-minca esteve: tão bém comoagora. Ò pilotado de Luís Car-valho tem uma- passada muitoboa na .'distância, euna gramasempre correu o dobro. ParaPedrosa, a dupla-onze está per-,feitamente dentro

'-.dós' seus

cálculos,¦BACELA '

fe^'-':"'Pedrosa tem somente a égua

Bacela na tarde cie amanhã, e.conta ganhar, apesar da pre-sença' de Beira Alta e Cé-Cè

que considera como as .maiores rivais da sua.pcnsio-nista.' — Bacela anda muito bem. e

tem condição para ganhar por-1 que recula

' para melhor com

¦ a turma. Tem 98" para os -i 1 500 metros, em exerdeio' queagradou em cheio.. Aprontou

Binóculo— o treinador Paulo Mor-

gado informou à reportagem'

que a égua '

Qualopa só seráapresentada, no 6."- páreo deamanhã, na Gávea, desertan-do da prova de domingo.

— O treinador RubensC arr apito aniversário, hoje,Muitas festas estão programa-das para festejar mais um anode vida. do jovem profissional.

— Francisco Irigoyen vol-tou a Sâo Paulo, e já tem com-

promissos para conduzir Ita-maraty, BcloLe e.Ubacté.

— As montaria prováveisdo Prêmio Primavera , pro-gramado para domingo em1 609 metros, no Hipódromo deCidade Jardim, são os seguiu-tes: Itamaraty, F. irigoyen;LíÜput, .!. M. Amorim: Kqitq,D. Garcia; Lcapard. A. Ar-tin: Impacto] .1. O, Silva F." eDakar, P. Vaz.

800 em 52". só para manter aíorma. A éguau .anda tinindo,e deve chegar" brigando pelavitória.

DOMINGO

Mais adiante:Causa é uma boa corrida

na 6." prova cie domingo, mastem que respeitar a presençada veloz e dura Comanchera,que anda realmente em boafase.

A minha pupila tem 100"

para os 1 500 metros,. sem serexigida, e correspondeu no fi-nai. quando o jóquei a alertouum pouco. Vou ver se é possi-vel correr segundo, logo atrásdá; ligeira Comanchera, ten-do uma oportunidade na reta.Causa deve atropelar íorte.

No apronto, Causa passou os800 metros em 51", com boaação, e. sempre correu, muitomais na grama.

DIFÍCILQuanto a Cortês, eu acho

uma corrida muito dificil enáo espero melhor resultado

que uni placè. Signorina, Skye

' Caramba sáo os principais

nomes e devem decidir a car-reira entre si. A minha vaitentai' chegar o mais pertopossível. A semana deve serboa realmente por intermédiode Byng, Causa e Baeeia, prin-cipalmente o cavalo, que con-sidero uma corrida das maiscertas.

Adáltonesperaganhar 2

O jóquei Adálton Santas es-tã animado com as monta-rias que obteve para as'; pró-ximas reuniões, e destacou, pa-ra a reportagem do JORNALDO BRASIL, as de Causa, e Bo-gardo como as melhores,.'

Bogardo atravessa bomestado de treinamento, .e íor-

.ma, Juntamente com ^Bedel,uma parelha de respeitos Cau-sa, no Prêmio Alfredo Santos,tendo num train de corriçla ia-vorável. pode chegar entre asprimeiras no placar. V

PITANGA

—' Pitanga anda bem, -expli-

cou o profissional —, mas sócom muita sorte poderá. - der-rotar Ahman, a íôrça real dacarreira. No apronto de hoje(ontem) não íoi empenhada,limitando-se a um galope de600 metros em 40", muito suave.

Chave deverá decidir comCaledônia e Aracema a.' vitó-ria no 3° pário, continuou. —

Gostei muito dp apronto daminha pilotada, que registrou700 metros em 43" 3/5, firme.

Adálton assinou compromissopara conduzir mais Bogardo,Nihtiil, Causa e Sacripant. Das

quatro, o jóquei destacou Bo-

gardo, que vai de parelha comBedel, e Causa. O cavalo Nihuildependerá muito de confirmaros exercícios, e Sacripant é omais difícil. Um placè é viá-vel. Comanchera é a principaladversária no Alfredo Santos.

Jockey Club BrasileiroDomingo, 13 de outubro: Grande Prêmio

Linneo de Paula Machado.

2.° SWEEPSTAKE DE 1963CEM MILHÕES DE CRUZEIROS(PRÊMIO ISENTO DE TRIBUTOS) SÒ-

mente 30 mil bilhetes, que já se encontramii venda. (^

Jornal do Brasil, 6.*-'íelra, 20-9-63, l.° Cad. —, lfj

FLEITAS BUSCA NO FUTEBOL DOS JOVENS AALEGRIA DE SUA PRIMEIRA BOLA DE MEIA

Na grande area

O BRINQUEDO PROIBIDO•i Ameaçado por uma hérnia,

o menino Manuel Agustín seviu aos cinco anos privado da

.. convivência de seu melhor brin-quedo — a bola de meia. Ami-go de uma disciplina rígida, ovelho Deputado Marcelino Piei-tas, - do Congresso paraguaio,

" náo lhe dava á menor opor-tunidade de fugir à prescrição

. médica e chutar o seu queridobrinquedo, como seu irmão Al-berto, que cresceu envolvidopela alegria espontânea das" peladas de rua.

Quando Manuel Agustin ti-nha apenas 12 anos, o velho

• Marcelino Fleitas morreu, mas¦sua educação ficou aos cuida-dos de sua mãe, D. Elena So-lich, austera diretora da Es-cola San Roque, que mantevea proibição. Só aos 17 anos,quando a ameaça dc hérnia jáestava superada, Manuel Agus-tin de Fleitas Solich pôde, pelaprimeira vez, entregar-se decorpo e alma à pelada do velhoterreno dos fundos da escola,dando ainda passos incertos nomundo que anos mais tarde setornaria a razão de sua vida— o futebol.

Manuel Agustin e Albertomoravam com sua mãe no ve-

..lho casarão ao lado da Esco---la São Roque, onde D. ElcnuSolich trabalhava. A partirdos 17 anos, Manuel Agustín

,' participava sempre que podia* dá pelada no fundo do quin-tal, com os garotos da vizi-•nhança, enquanto seu irmão

. jã era goleiro do time infan-.-:to-juvenil do Nacional. Assim,.. depois de 12 anos sem tocar

, na pequenina bola de meia, Ma-nuel Agustin pôde fazer do quéera o seu brinquedo de crian-ça a melhor diversão do campi-nho da rua Cerro Cora, esqui-' na de Constituición.

UM ANO DE.- SUCESSOS

,,,.. .Futebol, que durante tantotenipo havia sido um brinque-

do proibido para 'o meninoManuel Agustin, transformou-se repentinamente em umacoisa séria na sua vida, quan-do, em um domingo, seu irmãoAlberto pediu que êle levassesuas chuteiras ao campo do' Libertad, onde havia um jogode inf anto-juvenis.

— Alberto não podia levaras chuteiras dele porque tinhade ir à missa antes de seguirpara o campo — contou Fiei-tas Solich — e me pediu queas entregasse lá, pois eu iamais cedo à igreja. Fui à mis-sa e voltei em casa, onde aindao encontrei dormindo. Açor-dei-o às pressas e éle saiu cor-rendo para a igreja, pedindo-me que/) esperasse no canipo.Quando em cheguei lá, carre-gando as chuteiras de Alber-to, eles olharam o meu tama-nho e, impressionados com aminha altura, perguntaram seeu não jogava bola. Eu disseque batia bola no quintal e meconvidaram para experimentar.

Era o comôço do ano de 1918,quando Manuel Agustin,FleitasSolich fêz seu primeiro treinono campo do Libertad, comocentro-médio do infanto-juve-nil. A posição íoi escolhida.pelo*seu tamanho e hão pelo seufutebol, mas, em dezembro domesmo ano, o menino ManuelAgustin estreava no time titui-lar, com 17 anos de idade.

Assim, em apenas um.ano,Manuel Agustín tinha opbrtu-nidade de se dedicar ao fute-boi, de que esteve afastado por* toda a sua infância £ que tan-'..,to o fascinara. Sua dedicação'foi tal e os resultados tão sur-preendentes, que em março do'ano seguinte Manuel Agustín

¦era o centro-médio da- seleçãonacional do Paraguai-"que en-frentou os argentinos.

O FIM DOS ESTUDOS

A carreira de Fleitas Solichíoi rápida. No primeiro jogo,*atuou pelo infanto-juvenil. No

O futebol, razão-de «cr, paixão, e dediòação deFleitas Solich, técnico do Fluminense hoje, custoua chegar à sua vida e só aos 17 anos êle pôde pelaprimeira vez entregar-se; aos prazeres de uma peladacom seus companheiros de bairro: até .então, viviana saudade de sua primeira bola de meia,, que íoiobrigado a abandonar aos cinco anos, mas da qualguarda até hoje uma lembrança doce.

Essa paixão, Solich reviye agora, a cada dia,

procurando .sempre no futebol dos jovens — ò que-lhe deu. fama de. técnico renovador — a mesmaalegria qüe sentia então. E a tal ponto se dedicaao futebol que pode ser considerado uin de seusmais fiéis servidores: quieto, esforçado, discreto, jádeu títulos internacionais ao Paraguai, seu país, eno Brasil deu mn tricampeonarq ao* Flamengo e

. guarda uma secreta esperança de terminar o pri-meiro turno como líder do Campeonato Carioca,depois de amanhã; ,','..

segundo já foi para o juvenil,para fazar, no meio do cam-peonato, uma partida pelos as-pirantes e depois chegar, a ti-tular em menos de um ano;

Õ futebol passou a absoi--ver Fleitas Solich, que, aos 18anos, já no Nacional, foi nò-meado secretário do clube, pú-de perdia horas batendo' ataspara manter ern ordem tudoque lhe permitia a diversão deentrar em campo para jogar.

Precisando trabalhar p a r aajudar sua mãe, pois o velhoDeputado Marcelino tieitas,seu pai, havia morrido, FleitasSolich ainda se dedicava aofutebol, aos estudos e ao car-gp de dirigente do clube...'— Como não podia fazer asquatro coisas juntas I— contouFleitas Solich — resolvi deixar *de estudar e me: dedicai' ao íu-tebol.

Nesta época, Fleitas Solichfaltava às aulas para assistir

,fts reuniões de diretoria do Na-cional e acabou tendo que dei-xar a escola, apesar dos pro-testos de sua mãe.

Entregando-se inteiramenteao futebol, Fleitas Solich che-gòu rapidamente ã seleção pa-raguaia e, adquirindo proje-ção internacional, íoi contra-tado pelo Boca Juniors, da Ar-gentina, em 1927. Neste perlo-do, Fleitas Solich quebrou aperna, num choque com o cen-troavante do San Lorenzo, Ma-glio, jogando pelo Campeona-to Argentino- Segundo FleitasSolich, foi um lance casual,em que o argentino chutou-lhea perna, enquanto êle acerta-ya a bola, numa disputa maisríspida.

A. NOVA. CARREIRA

Fleitas Solich jogou na Ar-gentina até 1931, voltando ao

l

Paraguai em 1932, como sem-pre para o Nacional. No anoseguinte, retornou à, Argenti-na e foi bater bola no ClubTalleres, em Remédios de Es-calada. O presidente desse pe-queno clube, Sr. Lainatl, ob-servando ps treinos do time,notou que Fleitas Solich sem-pre comandava seus compa-nheiros e ordenava as joga-das. ¦¦

,y Convidou-ò então para trei-nar o time, com o que FleitasSolich encerrou sua carreirade jogador e iniciou a de téc-

•nico."— Dirigir um time não íoi

novidade para mim, pois des-. de meus tempos de. Nacional

e de Boca Juniors eu coman-dava meus companheiros, por-que naquela época, pràticamen-te, hão existia técnico,' fican-do a equipe por conta do oa-pltãp. Dedicado inteiramenteao futebol, ipassei a ler textosde educação fisica e tudo quese referia ao esporte, fato que*muito me auxiliou, quando co-mocei minha carreira de téc-nico — continuou o atual trei-

. nador do Fluminense.Desde seu tempo dé jogador

dp Nacional, Fleitas Solich te-ve amigos que o ensinaramcertos segredos da profissão'de . técnico, e do esporte.

Quando ainda trabalhava noBanco' da República, em As-sunção, Fleitas Solich contoucom o carinho e a amizadede seu chefe, Sr. Stoll, que in-clusive tinha um completo gi-násio em casa, onde lhe ensi-nou os segredos da ginásticae dos aparelhos.

Na parte de educação íísi-ca, o amigo suiço e chefe noBanco da República foi ogrande influenciador da* car-reira de Fleitas Solich- no íu-tebol, mas'na parte.: técnica,moral e psicológica do.futebol,o auxílio e a formação parti-ram do técnico da seleção ;pa-raguaia de 1920, o Sr. Tibeau,um francês radicado no Para-guai.

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A VIDA COMOEXPERIÊNCIA

Coni Tibeau e Stoll, FleitasSolich aprendeu a teoria da ar- .te de dirigir um time de íute-boi, enquanto em campo,' es-calando o time do Nacional ecomandando seus companhei-ros, íoi aos poucos conheceiidoos pequenos segredos que ía-zlam a prática diferir do queexistia teoricamente.

Foi jogando que aprendi aconhecer os jogadores. Foi aminha própria vida que me deuexperiência bastante para có-nhecer os homens, prever suasreações e me precaver contraelas. Estou escalando times há18 anos e tenho a certeza deque ainda não aprendi a ser in-íalível, pois todos os.meus co-nhecimentos são, invariável-mente, eivados de erros —acrescentou o técnico.

Segundo Fleitas Solich, o Sr.Tibeau, um bom e vegetarianofrancês, muito o ajudou no co-nhecimento das reações psico-lógicas dos jogadores e no pre-paro físico indicado para o es-porte, mas não era pròpriamen-te um técnico de futebol, naacepção moderna da palavra.

Tibeau pensava que tudono futebol dependia do prepa-ro físico — comentou em tomde restrição Fleitas Solich.

Per isso tudo, Fleitas Solichacha que, quando começou a di-rigir o Talleres já tinha algu-ma experiência como técnico,tanto na .prática como na teo-ria. Pouco depois de 1933, oClube Talleres e o Lanus seuniram, ficando Fleitas Solichcomo técnico. No ano seguin-te. os dois clubes voltaram a Eeseparar, mas Fleitas Sc-lichcontinuou no seu primeiro time,o Talleres,- transferindo-se cm1936 para o Lanus*.

O CAMINHO DO TÉCNICO

Dois anos depois, Fleitas So-lich, que havia sido por tantotempo titular do centro da 11-nha média da seleção para-guaia, passou a dirigi-la, para,no ano seguinte, em 1939, dis-putar com ela, o Sul-America-no de Lima. Neste periodo, até1944, Fleitas Solich dirigiu ostimes paraguaios do Nacional,River Plate, Olímpia e Libertad.

Em 1944, depois de ter sidocampeão paraguaio em 1933,com o modesto quadro do Li-bertad, Fleitas Solich íoi paraa Argentina, dirigir o Newell'sOld Boys, em Rosário. Em 1946,Fleitas Solich treihou o Lanus,nò ano seguinte o Huracán,voltando em 48 para Assunção,onde íoi dirigir o Libertad.

Estando no Paraguai, Fiei-tas Solich dirigiu a seleção deseu país em 1949, sagrando-sevice-campeão s u 1-americano,no Rio, ao disputar a final noEstádio de São Januário.

Fleitas Solich continuou noParaguai até 1953, quando con-quistou o Sul-Americano de Li-ma, vencendo o Brasil, paralogo depois transferir-se parao Rio, onde treinou o Flamen-go. Foi logo tricampeão e de-pois deixou o Brasil indo paraa Espanha dirigir o Real Madri.

De lá, voltou para o Flamen-go, de onde saiu no ai>o pas-sado, para dirigir o Corintians.Ficou lá pouco tempo, mas sa-grou-se vice-campeão paulistae voltou ao Rio este ano paraorientar o Fluminense.

Na sua carreira de jogador etécnico, Fleitas Solich enfren-tou três vezes a seleção brasi-leira, defendendo as cores deseu país, o Paraguai: em 1922,jogando como centro-médio, noestádio do Fluminense, o Pa-raguai perdeu; em 1949, já co-mo técnico, perdeu a íinal noestádio do Vasco; em 1953, con-seguiu sua primeira vitóriacontra os brasileiros, derrotan-do-os em Lima e sagrando-secampeão sul-americano.

A ALEGRIA DO FUTEBOL

De sua carreira, de suas lei-turas sobre esporte, Fleitas so-lich guarda hoje, na casa quemantém na Argentina, umapequena biblioteca, onde sedes-taça o que éle considera oponto fundamental de sua teo-ria sobre preparo íísico do jo-gador de futebol, um livro déginástica, resultado da expe-riência dè uma geração de di-namarqueses chamados Muller.

Para o velho técnico, a vidalhe ensinou uma coisa sôbr»o futebol:

A improvisação é o queo futebol tem de melhor. Oque agrada ao público e tor-na o futebol alegre, permitin-do a movimentação espontâ-nea dos recursos individuais.

No Fluminense, Fleitas So-lich disse que se sente comoem seu "próprio lar", pois étratado por todos como se vi-vesse lá há anos.

O Fluminense — disseainda Fleitas Solich — é umtime novo, como eu gosto.Mesclado de jogadores novos,bem entrosados com alguns demaior experiência, o que re-sulta em melhores condiçõesmorais e físicas para a equipe.

Apesar da situação do Flu-minense no campeonato e docontato que tem com os jo-gadores. o que lhe dá conhe-cimento de suas limitações, otécnico Fleitas Solich não vêfacilidades no caminho parao titulo êstr ano, dizendo que:

— Muitas vezes quis sercampeão, mas nem sempre oconsegui.

Armando Nogueira

Tenho recebido, nos últimos dias, algumas car-tas desaíoradas de torcedores do Flamengo alri-buindo-me responsabilidade na transferência deGérson para o Botaíogo. Objetivamente, porém,nenhum deles consegue me enquadrar na história.Ficam todos a xingar o Flamengo, o Botaíogo e, de

passagem, me desancam, alguns ém termos civiliza-dos, outros, na ignorância. O mais abusado me

agride só porque vivo a elogiar ú futebol de Gérson,

como se eu cometesse algum pecado em exaltar e

talento de um dos maiores craques da atual ge-ração.

Afinal de contas, que querem os energúmenos

se me escrevem? Por que não escrevem ao Flávio

Costa? Eu não sou técnico do Flamengo, não sou

presidente do Flamengo, tampouco sou diretor do

Botafogo, não tenho parentesco com Gérson c nem

moro em Niterói — por que, então, há de ser sobre

mim que vai desaguar o ressentimento desses chatos?

O VASCO E O BRASIL

Escreve-me um torcedor do Vasco da Gama, isst

já num tom mais cordial, perguntanâo-me por ijue

não dispenso atenção aos assuntos de seu clube.

De fato, os temas do Vasco raramente encoti-

tram acolhida nesta coluna. Mas pode o autor da

carta observar que.o fenômeno abrange a imprensa

esportiva de modo geral: o cotidiano do Vasco da

Gama está aos poucos desaparecendo ãas páginasesportivas. E a explicação que me ocorre é que o

Vasco da Gama vive de tal maneira mergulhado em

crises que está deixando de ser assunto da crônica

esportiva, para acabar sendo notícia da crônica

politica.

E, ASSIM, NÓS VAMOS VIVENDO DE AMOR

Levaram Garrincha a um novo traumatologis-

ta, o Dr. Sardinha. Receita do médico: um mês de

repouso nas praias de Guarapari. Só assim, expli-

cou o traumatologista, poderá melhorar o joelho deGarrincha.

Garrincha achou excelente a idéia do doutor.Mas o Botafogo, ao que parece, não gostou, como se

pode ver pela reação de um diretor, ontem à tarde:O doutor Sardinha que tenha paciência, mas

nós não vamos pagar um mès de lua-de-mel parao Garrincha...

A VIDA POR UM GOL' Dias da Rocha e Cinco dé Julho são duas ruas

áe tráfego crescente em Copacabana. Pois, apesardo perigo que jâ representam, numa e noutra se rea-

lizam, diariamente, na parte da tarde, ardentes pe-ladas de garotos de nove t dez anos ãe idade. An-

teontem, na Dias da Rocha, um goleiro ia senão

atropelado; por felicidade, a inòca do volante con-

seguiu frear a tempo; o goleirinho morreria abraça-

do com a bola.Será que os pais daqueles meninos estão aten-

tos ao perigo que é jogar futebol no meio áa rua,

driblando os curros, driblando a morte?

DE PRIMEIRA

A presidência da Adeg vai entregar, oficial

e solenemente, os títulos definitivos aos proprietá-rios de cadeiras perpétuas. Com isso, o Maracanã

regulariza uma situação que se. arrastava há 13

anos. O título número um será entregue pelo Qo-vernador Carlos Lacerda ao Marechal Eurico Dutra.

Uma retificação: o Sr. Rivadávia Correia

Meyer não ficou contra a compra de Gérson, .comoescrevi, anteontem. Embora confiando no futuro de

Arlindo, o velho Riva, desde o primeiro momento,

aprovou a contratação de Gérson.O Presidente do Cruzeiro, de Belo Horizonte,

que veio ao Rio buscar o jogadorHilton, reserva de

Escurinho, disse que, se o Fluminense quiser vender

Proçópio, o Cruzeiro paga, na ficha, Cr$ 15 milhões."Minas, agora, e mais ainda depois do novo estádio,

em vez de vender, vai começar a comprar jogado-res", declarou o Presidente Felício Brandi.

Goríritians enfrentaproblema e Santos jásabe que três voltam

São Paulo (Sucursal) — O zagueiro Eduardocontundiu-se no joelho durante o treino de ontem, noParque São Jorge, e passou a ser um problema difícildo Corintians para a partida de domingo com o San-tos, cuja equipe não contará com Mauro, mas játem asseguradas as voltas de Coutinho, Mengálvio eDalmo, que não jogaram contra a Prudentina.

Além de Eduardo, o Corintians tem outra dúvida,esta de ordem técnica, pois o zagueiro Cláudio íoicontratado anteontem ao Internacional, de PortoAlegre, e o treinador José Castelli, Rato, ainda nãodecidiu se sua estréia ocorrerá domingo ou em outraoportunidade.TRÊS QUE VOLTAM -

Depois de deixar a vice-lide-rança que dividia; com o SãoPaulo, ao empatar por 2 a 2com a Prudentina, o Santosvolta a modificar a sua equipe,escalando Coutinho, Mengálvio_ Dalmo. Dos três, Coutinho eDalmo enfrentaram o BocaJuniors, em Buenos Aires, en-quanto Mengálvio reaparece nomeio-campo, onde Rossi vinhasubstituindo Zito,

Mauro, porém, continuará de/ora, permanecendo Haroldocomo zagueiro de área, ao ladodc Calvet. Quanto a Almir, queuofreu uma distensão muscularna partida de quarta-feira, fl-cará inativo por um períodorelativamente longo, poisomé-dico acha que a contusão íolséria.

Os dirigentes do Santos jáConseguiram prioridade nacompra do zagueiro centralModesto, da Prudentina, cujaatuação no jogo de anteontemíoi o bastante para que o ata-que santista parasse' no segun-do tempo. Não houve, porém,nenhuma conversa em torno decifras.

Sobre os jogos com o Milan,decidindo o titulo mundial, osdirigentes do Santas informa-ram que a tabela do returnodo Campeonato Paulista, a serhomologada amanhã, dá aoseu clube folgas nos períodosde 9 a 24 de outubro * de 6 »21 de novembro, facilitando as-sim a sua. ida a Milão para ».partida de IS de outubro e.também, o descanso para a se-gunda, a 13 de novembro. ,

BolaiogoFia venceupor 46 a 39 e título Xfica para melhor cie 3

O Flamengo venceu o Botafogo por 46 a 39, on-tem à noite, na quadra da Gávea, provocando, assim,uma série melhor de três para decidir o título cario-ci* de basquetebol feminino, que o Botafogo conse-guirá pela quarta vez consecutiva se fôr campeão.

O jogo foi todo tumultuado, de principio a fim,principalmente por causa dos técnicos Kanela eCharles Borer e das torcidas, enquanto as jogadoras,embora nervosas, tiveram sempre, comportamentoperfeito. No primeiro* tempo, o Botafogo.foi superiore ficou à frente com 20 a 16, mas no final o domíniofoi do Flamengo até que sua equipe chegasse à van-tagem final de sete pontos. A renda foi de ...CrS 66 300,00.

A MAIOR ATX ANCA

BOTAFOGO PRIMEIRO

Os dois times começaram oJogo assim:

Botafogo — Eugênia, Neucl,Luci, Marli e Renate. Flamen-go — Angelina, Norminha, Ati-la, Didi e Ivanira.

O Botafogo começou melhor,com seu adversário ainda de-sorganizado na quadra, e le-vava boa vantagem porque suapivô Renate, que substituíaMarta e era a mais alta daquadra, acertava muitas bolas,chegando ao final do tempocòm um total de 11 pontos.Embora o Flamengo çquillbras-se a partida mais ou menos nametade deste período, sua me-lhor 'arremessadora, Angelina!a cestinha do campeonato, ia-lhava nas finalizações.

FLAMENGO DEPOIS

No segundo tempo deu-se oInverso e desde o começo oFlamengo íoi mais time. Massó aos 12 minutos as rubro-negras conseguiram sua pri-meira vantagem, em 28 a 27,para não mais perdei* a írente.A saida definitiva de Neuclacabou por desarmar inteira-mente o Botafogo, já entãomeio perdido na quadra. O al-vinegro não tinha mais quem

lutasse no meio da quadra comNorminha, que com Angelina eDidi formou o trio das melho-res jogadoras do Flamengo. OBotafogo então,. que teve emRenate e Luci seus melhoreselementos, jogava .mal, íálhan-do sobretudo na marcação.

Aos quatro minutos üs técni-cos Kanela e Charles Bqrer de-sentenderam-se, dando início aum tumulto, interrompendo ojogo por seis minutos. O juizexpúlsou-os da quadra, enquan-to a Policia prendia pessoas qu»atiram nos torcedores maçosvazios de cigarros contendoareia. No reinicio, o Flamengocontinuou seu domínio, semqueo Botafogo se encontrasse naquadra, com Marli e Eugênialutando na defesa e no ataque,mas sem o apoio de Luci, Helée Dinimar.

Os juizes Paulo dos Anjos eManuel Tavares atuaram regu-lamente.

MARCADORAS

Jogaram • e marcaram: peloFlamengo —. Angelina (18 •,Norminha (7), Atila t'3), Didiili),' Zezé (2), Ivanira (3) eRegina (2). Pelo Botafogo:.Eu-gènia (5), Neuci (5), Renate(161, Luci (3), Marli (10), Di-nimar e Helé.

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Óton vol La Flu vendeu Hilton aoCruzeiro por 6 milhõesdepois de recusar 15

ao timedo Botafogoo,™" aÉSKiâ ;¦: - DeP°is à% ter recusado a proposta de CrS 15 mi-ruim, ótnn voltará a ter uma lhoes °_ll-e P Cruzeiro lhe fizera na véspera — íden-oportunidade no time Ao Bota- tica à que a Portuguesa de Desportos fêz há umfogo, pois a escalação de Gar- mês —, o Fluminense acabou vendendo ontem o ex-rincha íoi desaconselhada pelo trema-esquerda Hilton ao clube mineiro por CrS 6Escuta' quèi_àaque o jogado? milhões; aparentemente porque não ficou satisfeitoatue'dómipgo, ficando.o àssuh- com as declarações em que o jogador criticou diri-to para ser resolvido durante gentes do clube.treino de hoje, sendo mais pro- Os titulares do Fluminense fizeram ontem o

*._T!.o?Sedaa5utae flUe meS" apronto para o jogo de domingo contra o Flamengo,Garrincha está convencido com um treino em dois tempos de 40 minutos con-

dt que um repouso na Praia tra aspirantes e reservas, ao fim do qual Fleitas So-de Guarapari resolverá o pro- lich confirmou que pretende manter a equipe queblema de seu joelho e por isso flprvntnn n TCnnonpedirá hoje ao.Botafogo que *-!**;llotc,U ° «angu.deixe seguir domingo para HiLTON SEM CAFÉ

3.'*

Renal/', que na joio alcança a hola. foi a cestinha no primeiro tempo rom Jl pontos, mas pcrileii.sevom iodo o liirie do Botafogo no segundo

Vasco treinou de noite ^amelpodèe Oto só tem problemas escalarcom Célio e Maurinho H Chaves

Num treino de 90 minutos, ontem de noite, emSão Januário, o técnico Oto Glória observou os jo-gadores do :Vasco e, praticamente, definiu a esca-lação da equipe que enfrentará o Bangu, sábado,no Maracanã, havendo ainda alguma dúvida quan-to à presença de Célio, que treinou apenas 20 mi-nutos, e quanto a Maurinho, que foi substituídopor Sabará no segundo tempo.

A pedido do técnico Oto Glória, o Vasco pro-curou ontem entrar em entendimentos com o Pai-rieiras, tentando conseguir os empréstimos do mé-dio Rubens Sales e do atacante Alencar, mas teveque adiar para hoje a conversa, porque os diretoresdo clube paulista ¦ não foram encontrados.

: esolveu escalá-lo contra o Ban-pu, obrigando-o a ficar cm SãoJanuário e seguir com os ou-tros jogadores para a concen-tração.

Esta resoluçáo do técnicocriou um problema para o jo-gador. que,, como não ia-seconcentrar, levara sua mulhera São Januário e precisavair com ela até em casa, antesde iniciar a concentração.

O ponteiro Joãozinho, quese contundiu no joelho', notreino de ontem de noite,. foidispensado da concentração eda partida com o Bangú,

OTO

O técnico Oto Glória . gos-tou do treino de ontem denoite, dizendo que a movimen-tação o agradou, mas que fal-taram gols, o que precisa sercorrigido. Os titulares, inicia-ram o treino ãs 20h45m. en-frenfcando os reservas, comquem empataram por 0 a 0.Nos 45 minutos' finais, os ti-tulares empataram com os as-pirantes, por* lai. marcandoMaranhão e Durvalino.

Enquanto os titulares, trei-•naram com o time que joga-rá. mas com Humberto nogol em' lugar de Ita. os aspi-rantes usaram os seguintes jo-gadores: Marcelo, Canário.Marcos, Fontana e Balbino(Juraci): Ocimár e Milton;Joãozinho, Décio, Durvalino eRonaldo.

Depois do treino de ontem,os jogadores seguiram' para ohotel, onde fizeram um lan-che, iniciando a concentraçãopara enfrentar o Bangu, ama-nhã.

O ponteiro Paulinho, quê e.?.-.tá jogando na Argentina e foido .Flamengo, levou ontem aoVasco um zagueiro lateral es-querdo do River Plate, CarlosFernandes, que treinou entreos aspirantes.

Duque escalaValdemar emuda ataque

O técnico Duque Já decidiuque Valdemar voltará ao meiocampo do Olaria no jogo com oAmérica e pretende, ainda, fa-zer uma ou duas modificaçõesno ataque, setor da equipe quenão está correspondendo e pas-savá por várias experiências notreino de conjunto de hoje.

No último treino de conjun-to, Válter e Jaburu treinaramo tempo todo pela direita, en-quanto Luís Carlos Cunha, ótone Noca se revezaram pela cs-querda, sem que o técnico de-cidisse quem jogará contra oAmérica, o que deverá fazerhoje.

O jogador Pacoti, recém-che-cado de Portugal, vai hoje aoOlaria e hoje mesmo assinacontrato com o clube.

c::lioA ¦

O atacante Célio. que deveriatreinar apenas 10 minutos, porprescrição médica, ficou emi:ampo cerca de 20 minutos,aproveitando-se do novo siste-ma do técnico Oto Grória. que,com uma melhor colocação emcampo, lhe permite dar piquesmenores, ao contrário das cor-ridas longas que o esgotavamem pouco tempo.

O atacante, no entanto, trei-nou cappngando bastante e achaque é difícil a sua. presençacontra o Bangu, enquanto o Dr.Marcozzi. médico do clube, achabem possível recuperá-lo a tem-po de ser escalado. Caso Célio*não tenha realmente condiçãode jogo no sábado, o técnicoOto Glória pretende escalar Airtamiro na ponta-de-lança. poiseste jogador substituiu o titularontem, treinando com desem-baraço.

MAURINHO •

A escalação tíe Maurinho. quetreinou apenas um tempo en-tre os titulares, depende do téc-nico Oto Glória, que ainda nãodecidiu quem lançará. O joga-dor parece sentir um pouco ojoelho e Sabará deverá ser opreferido para jogar sábado,principalmente por estar emmelhores • condições físicas.

Paulinho, que deveria jogarcontra o Bangu, estando mes-mo relacionado entre os que seconcentrariam, sentiu doresmusculares, provocadas pelosexercícios que fez no individuale não treinou ontem, devendoser substituído por Joel, comoo foi no treino.

BARBOSINHA

Barbosinha, que não estavana lista dos que deveriam seconcentrar, treinou tão bem on-tem, que o técnico Oto Glória

Julgamentode Aírtoné hoje

O Jogador Aírton, do Fia-mengo. que foi indiciado poragressão no jogo contra, o SãoCristóvão; será julgado hoje ànoite pelo TJD, podendo sersuspenso e, portanto, íicar au-sente da partida de domingocontra o Fluminense.

Os jogadores Procópio e No-gueiva, do Canto do Rio. serãojulgados também por agressão,os técnicos Tim e Solich, porterem dado instruções aos ti-mes na hora cio jogo. Quaren-tinha do Botafogo poi* destes-peito ao árbitro e Enlr do SãoCristóvão, por atitude inconve-niente. O Canto do Rio íoi in-dieiado pelo Auditor do TJD,para ser julgado hoje. por nãodar garantias ao árbitro e seusauxiliares. no jogo cie dom.ujs icontra a Portuguesa, quando oárbitro Cláudio Magalhães foiagredido.

Os Jogadores do América fo-ram à sauna ontem, no GrajaúTênis Clube, e voltam a treinarem cenjunto esta manhã, 'no*campo do Bor.-ticcsso, onde Da-niel Phito definirá a equipe pa-ra a partida cem o Olaria, con-firmando ou não a escalação de' Hiltcn Chayes no meio-campoe submetendo Zèzinho a umteste no ataque titular.

A linha de zagueiros será amesma que enfrentou o Bota-fogo, enquanto Carlos Pedrotrocará o meio-campo pelaponta-direita e Zèzinho. seaprovado, entrará numa posi-çao que o técnico ainda não es-colheu. O ponta-esquerda Abel,contundido, será examinado an-tes do treino, devendo entrar nolugar de Welis, se o médicoaprová-lo no exame.TÉCNICO INDECISO

Pompéia, Luís. Wilson San-tos, Leònidas e Nelson — go-leiro e zagueiros que enfren-taram o Botafogo — formamq único setor da equipe quenão sofrerá alteração para ojogo de domingo. O meio-campo, peça * ainda não cl.-fluída por Daniel Pinto, sub-mete-se a' nova cxneriência.agora com Hilton Chaves eSilvio jogando juntos pela pri-meira vez.

O ataque depende das con-dições físicas de dois joftáddres— Zèzinho e Abel. O primeirotanto poderá entrar na ponta-direita,, no lugar de Carlos Pe-dro, como na meia, em subs-tituição a Carlinhos. O último,porém, só cederá o. posto aWelis, se não estiver recupe-rado.

O treino desta, manhã, ao.contrário do de anteontem, se-rá com os ..logadore. calçandochuteiras. Da outra vez. quan-do altatmfis * dessas fórmulasforam tentadas por DanielPuito. todos usaram sapatos detênis.

Amorim, Itamar e Fci-nfuidoCônsul — todos sob tra tam en-to — estão quase recuperados'dp respectivas contusões, àsvésperas de voltar aos treinos.Amorim, que foi onerado dosmeniscos, está em Porto Ale-gre, tratando-se ria casa deseus pais, mas retornará aoRio ha próxima semana, parareiniciar os exercícios com bola.

Itamaiv; com unv-estiramento"muscular, vai ser examinadoesta manhã, pelo Dr. KildoNejar, e poderá* treinar, desdeque não sinta.mais nada. Fer-nando Cônsul, porém, con-tinua fazendo aplicações de ul-tra-som. ná Cruz Vermelha, evoltará aos treinos na próximasemana.MILTAO SAI

Depois de sete nnos no clu-be, o goleiro Miltão obteve on-tem passe livre do América edecidiu transferir-se para oVasco, do qual recebeu umaproposta na base do Cr$ 100mil mensais.

. Gilbert, jogador do América,atualmente emprestado á Por-tuguêsa. esteve no campo doBonsucesso. conversando comDaniel Pinto e os dirigentes doclube. Soube, na ocasião, que oAmérica, tão logo termine oCampeonato Carioca, vai pedi-lo de volta à Portuguesa.¦ O goleiro Ari, que já foi doBonsucesso, disse que lamentoumuito o que Valdir e Hélio íi-zeram com o clube, incen-diando os colchões da concen-tração e jogandò-os depoisdentro da piscina. Ari disse quese Welis estivesse lá,, êlcs hãofariam isso, porque Welis sóandava veestido de preto, co-mo o Zorro, e metia medo atodo mundo. • .

. — Se o Znrro aparecesse lá,os bravos ficariam mansosnum instante — contou Ari.

A( Santos treinou semdor e M. Tito fugiu dobanho por sentir frio

O zagueiro Nilton Santos tomou parte, durante2fi minutos, no treino de conjunto que o Bangu fêzontem à noite em Moça Bonita e disse não estar sen-tindo dor alguma no maxilar fraturado na partidacontra o Fluminense, mas o Dr. Célio Brandão disseque só confirmará sua escalação amanhã pela ma-nhã, embora acredite que o jogador tenha condiçõespara tomar parte na partida da noite, contra oVasco.

Quando o treino terminou, estava fazendo bas- -, ,,. .tante frio no campo de Moça Bonita,-do que logo se. ÍVLCYCeQCS (ICaproveitou o zagueiro Mário Titõ.'para não tomar ,'.."banho, dizendo que iria fazê-lo na concentração da T*p]A r> R/írnirn.Vila Hípica, que tem água quente — promessa em JA LIL C IrlCiUi Oque seus companreiros-não acreditaram muito.

Espirito Santo, antecipandouma decisão que seria tomadano meio da semana; mas quedeverá mesmo ser dada hoje,principalmente porque Daniloacha melhor não Incluí-lo notime enquanto não ficar bom.

O Botafogo Informou que demaneira alguma cederá Gérsonpor empréstimo, justificandoessa medida com a explicaçãodc que Inverteu uma grandeouantia no jogador e só poruma grande quantia — "queclube nenhum pagaria por trêsmeses de empréstimo" — é que,c. cederia. Até a Taça Brasil,Gérson fará um tratamentonas amfgdalas e treinará nor-malmente, para quando entrarno time não sentir diferença.

O clube fêz ontem um avisoaos empresários: não mais osreceberá, aconselhando-os aprocurar outros clubes paraoferecer jogadores. Na manhãde ontem Danilo fêz um treinocom os jogadores oferecidos enão aproveitou nenhum deles.Dos que estão treinando, ape-nas Paulo Vechio, Uga — quedistendeu um músculo — e Éd-son, filho do antigo jogadorFeitiço, têm posibilidades deaproveitamento. Conv a com-pra de Gérson, o Botafogo en-cerrou praticamente a aqui-sição de reforços. Ainda -as-sim, o. Sr. Renato Estelita fa-lou ontem pelo telefone com oSr. Wadl Helu, Presidente doCorintians, de São Paulo. Pro-pôs a troca, por empréstimo, deArlindo por Nei. O Sr. Wadiexplíceu que não só precisadsquele jogador, embora o ti-me lino tenha muitas possibi-iidãdes no atual campeonato,mas êle é úm Ídolo em SãoPaulo e por isso prefere nãoíazer a troca.

O time fez entem üm ligeirobate-bola .e treinará enl con-junto hoje. Garrincha deveráparticipar do treino, bem comoGérson. Danilo decidirá se põeo ponta-direita contra o SãoCristóvão, o que é pouco pro-vável, ou se escala óton naponía-esn.ur..* "a.

Além do.diretor Carmine Füí-letll, que já estava, no Rio,apareceu ontem também uoFluminense o Sr. Felicio Bran-dl, Presidente do Cruzeiro, pa-ra acertar com os dirigentesrio Fluminense as bases paroa venda de Hilton. De todosos interessados, Hilton era omais nervoso, pois não chegousequer a tomar o café da ma-nhã, preocupando-se apenas emfazer a mala, sem esconder seuInteresse em ser vendido parao Cruzeiro.

O centro-avante Dirceu, queo Cruzeiro ofereceu como par-te do pagamento de Hilton, trei-nou entre os reservas, mas nãoteve sua contratação aprova-da pelo técnico Fleitas Soliche voltou ontem mesmo paraBelo Horizonte. Solich disse queDirceu é bom jogador, mas queestá completamente íora deíorma. motivo pelo qual suacontratação nâo interessa no.momento. Entretanto. Solichdisse a Dirceu para voltar noiim do ano, para um novo pc-ríodo de experiência.

— O Fluminense já contra-tou o centro-avante-João Már-cio — contou Solich — e denada lhe adiantaria ficar comDirceu fora de forma.

Afinal, já na parte da tarde,Hilton foi vendido * ao Cru-zeiro e embarcou imediatamen-te para Belo Horizonte, paraser registrado para o returnodo campeonato mineiro. Hiltondeverá ganhar CrS 150 mil•mensais, . entre luvas e orde-riados,.por um ano. e estrearána partida de amanhã, contrao Democrata. O Fluminenseofereceu ainda ao Cruzeiro oponta-direita Correia, que éamador. Correia, que há doismeses vem dizendo ter umaproposta do- Sampdóri*. da Itá-Ha, ficou de responder hoje,pois diz

''.quê. antes quer con-

sultar o clube italiano.

CONVERSA DE MINEIROS

Os titulares venceram os as-pirantes no primeiro tempo dbtreino por 2 a 0 — gols de Joa-quinzinho — e depois empata-ram com os reservas por p a 0.Os titulares treinaram comEdson, Carlos Alberto, Procó-pio, Darl e Altair; Oldair eÍris; Calazans, Manuel, Joa-quinzinho e Escurinho. Os. as-pirantes contaram com Castt-lho, Lauricio, Zé Luis, Riva eNono; Luis Henrique e Tito;Edinho, Nélio, Evaldo e Gil-son. No segundo tempo do trei-no, contra os reservas, Cala-znns foi substituído por Válter,que está em experiência, e Ubi-racl entrou no lugar de Escuri-nho. Válter é o extrema-direi-ta do time da Remington Randque está disputando a Taça daGuanabara e íoi levado ao Flu-minense pelo diretor de bas-quetebol Roberto. Carlos 'AÍ-berto saiu quase no final dotreino, porque torceu o pé numchoque com o ponta-esquerdareserva Luis Roberto, mas seuestado não preocupa o Depar-tamento Médico.

Depois do treino ficaramconversando Procópio, Dirceu,Hilton e Escurinho, todos mi-neiros. Dirceu — que os outrosJogadores revelaram ter o ape-lido de Pantera — ficou muitoImpressionado com a elegânciade Escurinho e principalmen-te com sua dentadura, que lheprovocou a maior admiração.

— Com essa dentadura éleaté aprendeu a íalar. Imagi-nem que quando êle moravacm Nova Lima sempre afirma-va que. "gostava muito do cal-naval" — contou Dirceu.

Hoje de manhã haverá indi-vidual e treino tático para osjogadores do Fluminense, quese concentrarão depois do al-moço.

TIM SÓ QUERIA .MOVIMENTO

O treino de conjunto durou65 minutos corridos e foi dispu-tado entre titulares e aspiran-tes, com a vitória destes por1 a 0. gol de Luís Carlos. Ostitulares, entretanto, treinarambem e só não venceram porterem perdido muitos gols,principalmente Parada c Pau-lo Borges. Antes do treino, otécnico Tim recomendou aostitulares que não se empenhas-sem muito nas disputas de bo-"la, pois o que êle pretendia eraapenas dar movimentação á.»equipe, para acostumá-la à luzdos refletores, e não queria quea.gum jogador sa contundisse.

Os titulares treinaram comUbirajara, filcio, Mário Tito,Zózimo e Nilton Santos (João-zinho); Ocimar e Roberto Pin-to; Paulo Borges, Bianchini,Parada e Mateus. Os aspiran-tes contaram com Dari, Fidé-lis. Claudionor, Betinho c João-z^nho (Jair*; Romeu e PauloCésar; Correia, Luís Carlos,Ricardo e Beto. Tim resolveuescalar Romeu, Paulo César,Luis Carlos, Beto e Correia 'rara a partida, de aspirantescontra o Vasco, porque achaque precisa mnntérlos cm for-ma pnra o caso de ter necessi-dade deles em algum jogo notime titular.

O Dr. Célio Brandão achousatisfatório o. estado de Nilton•Santos depois do treino de on-tem, mas vai examiná-lo no-vãmente hoje e amanhã demanhã, para saber qual a rea-çáo física do jogador. Em prin-

! ctpioífooíéni,p.Dr,_..Célio JBrau- _.dão * acha que Nilton Santospoderá jogar'contra o Vasco.

Nilton Santos, que disse es-tar-se sentindo muito bem, pe-diu ao Sr. Eusébio de Andra-de, Presidente do Bangti, queo levasse até em casa, depoisdo treino, pois passou a sema-ná internado na Clínica do Dr.Ivon Cortes e não queria irpara n concentração — quecomeçou ontem mesmo — semvisitar a família

Nilton Santos disse que nãorecebeu a visita que Calazanslhe prometera e não sabe seêle teve ou não má intençãono lance em que lhe fraturouo maxilar. Nilton Santos disseporém que não gosta de dis-cutir estas coisas e que. quan-cio sente que um jogador estásendo desleal, prefere retribuirna mesma moeda.

— Por isso mesmo é que dourazão a meu xará Nilton San-tos. do Botafogo, no caso daagressão a Jairo, que é um dosjogadores mais desleais quaconheço — contou o jogadorbangüense.

O goleiro Nelson, recomen-dacio ao técnico Tim por Gar-rincha. chegou a Bangu commais de uma hora de atraso enão pôde treinar. Nelson con-tou que vinha de carona comGarrincha, quando èste. logodepois de sair da Ilha do Go-vernador. lembrou-se cie que ti-nha que passar na Rádio Mauá

e o deixou a pé, no meio daestrada, á procura de uma con-dução.

Mestre Cinco — o sambistaDilmar Macieira — Presidenteda Escola de Samba Unidos dePadre Miguel disse que suaescola comparecerá ao jogo deamanhã, com muito mais inte-grantes do que quando da par-tida-contra o Fluminense "paramostrar que não desanimamos' com a derrota ".

Por causa do frio que. faziacm Bangu, o técnico Tim man-dou a equipe titular dar duasvoltas correndo pela pista,.de-pois do treino, como .aqueci-me.nto, enquanto o preparadorfisico Ialdo dirigia um exerci-cio especial para Ubirajara,para acostumá-lo cam o oírs-çamento provocado pelos reíle-tores. Mesmo com o aqueci-mento, os jogadores continua-ram a se queixar do irio, prin-cipalmente o paulista Parada,que disse que nem em sua terrao clima mudava tão de repeti-te. Além de Mário Tito. tam-bem Moacir Bueno, técnico dosaspirantes, se recusou a. tomarbanho depois do treino, ale-gando frio.

O PRIMEIRO DO ANO

já liberadosBrasília (Sucursal) — Pele e

Mauro poderão retirar, em bre-ve, sem qualquer imposto outaxa, os carros Mercedes quereceberam de presente, na Ale-manha, segundo mensagem doPresidente João Goulart, on-tem aprovada pela Comissãotie Justiça da Câmara Federal.

O carro de Pele íoi presenteda fábrica Auto-Hennekg, de

.Munchen, durante a excursSo.da seleção brasileira à Europa.O de Mauro, na mesma ocasião,íoi feito por um grupo de tor-cedores aleriiães.

¦ Na mensagem, que íoi rela-,fada pelo Deputado Rogê Fer-reira. o Presidente João Goú-lart dizia estar "certo de que osparlamentares, considerando osserviços prestados , ao esportenacional por Pele, apreciariama proposta imbuídos dos mes-mos propósitos que lhe inspi-raram formulá-la". Sôbre opresente a Mauro, disse sér'prova inequívoca de que ocomportamento disciplinar etécnico dos nossos atletas em-polgou "'a todos os povos".

Fia poupou a equipeno treino individuala que Jordan faltou

Os jogadores do Flamengo fizeram ontem dc;' tarde, na Gávea, um treino individual de 30 mi-

nutos, onde houve mais exercícios de ginástica pa-rada, para poupar alguns jogadores que não estãono ponto ideal de sua forma física, e do qual ficoude fora Osvaldo, que continua em tratamento. dojoelho direito. Jordan, que terça-feira saiu da Gá-vea aborrecido, ontem não foi ao treino.

Hoje haverá o apronto final para o jogo de do-mingo contra o Fluminense, com início marcadopara as 15 horas, e logo após começará a concentra-ção no Hotel Corcovado, nas Faineiras.

.TREINO

Murilo saiu no meio do treinoIndividual, por ter sentido umádor no pé direito, sendo ime-diatamente. examinado pelo Dr.Pinkwas. O médico do Flamen-go. por uma medida deprecaução, aconselhou Murilo aíazer- apenas os exercícios maisleves. Também treinaram leve-mente Ananias c Dida. Termi-nado o treino, Nelson e Joubertficaram no campo treinando re-batidas de bola com a cabeça.Uma vez era Nelson quem ca-beceava com Joubert à ' suaírente, invertendo-sc depois ospapéis. Marcial também ficouaté muito tempo no gol, agar-

rando as bolas chutadas porPaulo Choco. A conselho dotécnico flávio Costa, Paulinhochutava sempre pelo lado es-querdo do campo.

¦ Os jogadores do Guarani, dnCampinas, que estão em expe-riència no Flamengo, Vicente eAmérico, serão observados maisuma vez no treino de conjuntode hoje. Vicente, que é ponta-dc-lánça, e Américo, lateral es-querdo, participaram do indi-vidual dc ontem.

Tanto Vicente como Américoacham que hoje se poderãoapresentar melhor do que íize-ram no treino de quarta-feira,pois estão descansados e maisambientados.

''':¦¦ 'sUi'*'m ' ''' A'A A' ."¦/ ¦ '<¦>.'¦¦ .*_"¦¦ *•* ' *¦¦ ¦¦" '".•"'¦¦¦.-; y y^'':'%,. :*í i v È&* ^**v' ' '¦«_.¦¦ *" -A<m ¦ ¦'¦'¦•¦«^-V ¦•'¦''* ¦*'-, .Ay." ' ry^yy<AiA.m-- ..-mti j ,;V * ¦¦"'' ¦¦ * r ***** .-„.<. «4 »--&,.. .'..'.;.¦ ¦" f^ >'V.;.

'•>¦**,.-'. ... / v ;.*..".... ¦¦. m

O Bangu treinou, (iii_c.il, pela primeira vez n noite nesto cnmii ronoto r F.lrincoletivo .bem movimentado

>imre .«mo Ricardo, in bons J"F- ilarcs de um

'I;.

o homem e a fábula-."'.' :....'

¦'

Adeus, amígdalasJosé Carlos Oliveira

Como dizia, tenho passado a vida a defcn-

der a integridade das minhas amígdalas.contra a

cobiça dos otorrinolaringologistas. Porém agora

outro poder mais alio se alevanta. que se chama

Paris. Devo partir cm noveinhro e já sei que vou

enfrentar um inverno rigoroso; com amígdalas,

acabo capotando antes de conquistar Jcamie Mo-

reau.

Então telefonei ao nunca assaz mencionado

Oto Lara Resende, ou Oto Rino Laringo Resende,

apelido com o qual desejo significar que éle se

acha indissoliivclmente entrelaçado a essa maldita

rouquidão e dor de .cabeça que trago pelos dias

afora. Anunciei-lhe estar pronto para o sacrifí-

cio. Oto, por sua vez, telefonou para nosso amigo

comum Jorge Campeio, o qual entrou em contato

coin a alia direção do Hospital dos Servidores. Rc-

sultado: dentro de alguns dias, estarei entrando ria

faca.

Não vou dizer que não tenho medo .'* Aprendi

na infância a odiar a dor física. E, além disso, te-

nho grande simpatia pelas minhas amígdalas, queafinal dc contas não me abandonaram mui mo-

mento sequer desde que me entendo por gente.Elas me propiciaram algumas gripes memoráveis

e de modo geral influenciam todo o meu organis-

mo, além de salpicar um toque de surdina nas pa-lavras que pronuncio mais catitas. Fecharei os

olhos quando estiverem sendo assassinadas e mui-

tn tempo há de passar antes que me acostume a

essa ausência dolorida. E já sei que em Paris ex-

perimentarei algum remorso. Irei andando ao

.longo do Sena, com o sangue esquentado pelo vi-

nho, jjensando na beleza que é um antigo menino

de Jucutuquara estar caminhando pela mais ilus-

ire cidade do Ocidente. E a saudade do Brasil se

expressará nestas palavras: "Ah! Se as minhas

amígdalas estivessem aqui..." ¦

Enfim, a decisão está tomada. Deus me per-doe. j-.Mct.-ii*<?*_%&: ';*'<f»

CaderíoJORNAL DO BRASIL —Rio de Janeiro — 6.a-£eira, 20 de setembro de 1963

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dragão

corpo de mulherMadama Nhu, a Pantera do

Vietname, o Mulher-Dragão, aEterna Primavera, é, sobretudo, aMulher Oriental por excelência.Não como nós as imaginamos, dó-ceis e submissas, criadas só para psprazeres do amor e para ater derseu esposo e senhor, mas come elaso são na verdade, senhoras de ummatriarcado silencioso e milenar.

No Vietname, onde as mulhe-res possuem atualmente a maiorparte da riqueza e do poder politi-co do país, nada mais natural doque uma mulher manobrando oschefes de Estado. E, para isto, ne-nhuma mais apropriada do que Ma-dama Nhu.

Criada numa grande família,"Tran-Len-xuan — este seu nomede solteira — transcorreu a ado-lescência à sombra de uma mãeinteligentíssima e muito brilhan-te, que lhe forneceu desde cedoum magnífico exemplo. Recorren-do ao único sistema feminino doVietname para conseguir a inde-pendência, Tran-Len-xuan resolveucasar e escolheu para isto o incáu-to Ngo-Dinh-Nhu, seu professor deLatim e Literatura.

A nova família da agora Ma-dama Nhu apresentou-ss comocampo ideal para o desenvolvimen-to de sua descomedida ambição.Todos homens, tedos solteiros, to-

dos facilmente manobráveis. Ngo-Dinh-Thuc, Arcebispo de Hué, Ca,Luyen e Diem dedicados à políticae à diplomacia enquanto o suaveNgo-Dinh-Nhu, se preocupava ape-nas com problemas do espírito.Coube-a ela reuni-los. Sua mão de-licada tinha a firmeza do aço, seusorriso melífluo florescia sobre fra-ses definitivas e o país obedecia aocomando de seu leque de marfim.

Madama Nhu proibiu a prós-tituição, o concubinato, o aborto,as lutas entre animais; conseguiuda Assembléia Nacional uma lei na

qual se condenam o adultério e oconcubinato, e o divórcio, que an-tes era conseguido apenas por von-tade do marido, necessita hoje dadispensa especial do Presidente.Isto no campo social. No campopolítico é difícil dizer ao certo atéonde chegou sua influência, masse sabe que especialmente por suacausa os budistas se queimam vi-vos nas ruas e os pagodes são ro-deados por fôrçnsjofmadas-.—

Mas, diante do mundo indig-nado que reprova sua crueldade ea chama de Pantera c/e Saigon,Tra-Léri-xuqn (que significa Éter-ra Primavera), a ho;e MadamaNhu, abre o leque de marfim c,num doce sorriso, declara-se en-cantada com os suicídios dos bu-distas nas fogueiras.

2 — Cad. B, Jornal do Brasil, «."-feira. 20-0-63

Pano ramaPeter

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Sr. Carlos Peri:leilão em favor de Margarida

ZUNZUNZUM

Bárbara Heliodora nosmanda boas notícias deLondres, onde foi seatualizar com o cartazteatral inglês.Domingo passado Ceei-lia e José Carlos VeigaSoares receberam paraum gostoso almoço noTctjá, o mais florido sitiode Areai. Entre os pre-sentes os casais Fer-nando Chacel, CarlosRossman e Kalma Mur-iinho.Entre uma e outra en-comenda, de azulejos,Tony Portes sobe paraOuro Preto a fim decuidar da -decoração dacasa que comprou deDomitila do Amaral.A Air France ofereceuum coquetel à impren-sa, homenageando Jac-ques Estérel, Bibelot eos marionetistas de suatroupe. Entre outros,encontramos saborean-do um divino vol-au-vent, Nina Chaves, Ma-ria Cláudia, Maria Au-gusta e Ligia Bastos, daSocila.

Quem está no Rio é Li-llanne Dubois da Pa-nair do Brasil em Pa-ris. Segunda-feira elaassistia Ray Charles, noCopacabana Palace.Zacharias do RegoMonteiro cada vez estámais entusiasmado coma sua coleção de pratosbrazonaãos brasileiros.Quem souber da exis-tência de algum raro,é só sc comunicar comêle.A casa de um industrialalemão de nome Shoe-maker está provocandouma pequena guerra.entre os habitantes deSainte-Maxime e Saint-Tropez. François Patri-ce comprou a dita ca-sa e ali instalou umasegunda boate tipoSaint-Hilaire. A partirda inauguração, todosos. notívagos- de Saint'Trop rumaram para lá.E neste princípio de se-tembro, a cidade de BBficou quase vazia à noi-te. Na nova boate apa-receram Annabel e Ber-nard Buffet, o PríncipeBertil da Suécia, Anne-te Stroyberg e até mes-mo Brigitte Bardot comseu namorado brasilei-ro, Bob.A Interflora, poderosaassociação de floristasque conta vinte e setemil especialistas e per-mite que alguém envieflores a alguém, nomesmo dia, mesmo quea outra esteja do outrolado do mundo, vai pu-blicar um calendárioespecificando exata-mente quais as flores avenda em cada país,durante os meses doano.Aguardem a festa do IAniversário de Passa-rela.Amanhã, às 21 horas noTeatro de Arena, um

• show co7?i artistas daTV c rádio, promovidopelo Diretório Acadêmi-co da Faculdade Na-cional ãe Ciências Eco-nòmicas, em beneficiodos flagelados do Pa-raná.

Reservas florestais

Podemos contar nos dedos os hotnens públi-cos que se incomodam e lêm noção do problema

que representa o destnalamento que veni trans-

formando o Brasil num grande deserto. A der-

rttbada das malas, seguida dè queima, é prática

que erradamente cultivamos, há séculos. Entre

os políticos que discursaram, e, em campanha, de-

fenderani as nossas florestas, lembro-me apenas

do Governador e do Vicè-Governador da Guana-

bara. Mais jovem, mas igualmente interessado, o

Deputado José Dutra, que lem um plano práticoe inteligente para defender as reservas florestaisda Guanabara, O Serviço Florestal — a rigor —

não existe. Faz o que pode, mas, pode pouquís-sinto. Quase nada.-

Há tempos, toda a Imprensa carioca levan-

lou-se etn defesa das reservas florestais que pro-tegem seus mananciais. Milhares de árvores vira-

ram, milhares de meir ris cúbicos de madeira paralenha ou carvão, que deram alegria a um agrupa-

menlo de homens do campo que manifestam o

desejo de ter terra.mas que, na realidade, estão

sempre se deslocando, em atividade predatória.Um dos poucos guardas florestais de Tinguá, queresolveu cumprir seu dever, foi morto com maisde quarenta tiros.

Reconhecida a inoperância do Serviço Fio-restai, achando-se em perigo o fornecimento deágua à Guanabara, acreditamos que a soluçãoseja transferir a defesa de certas áreas florestadaspara a competência do Exército, único organis-mo que tem meio para coibir, o abuso.

Marcando mais umavitória do cinema na-cional, o filme VidasSecas, extraído daobra de Graciliano Ra-mos voltou ao cartaz,agora, no cinema Kel-ly, na Rua SenadorVergueiro. Com o su-cesso que vem obten-do na nova fase de exi-bicão, Lívio Bruni es-tá pensando em trans-formar aquela casa deespetáculos em cine-

ma de arte'.No triste espetáculohavido na porta daFaculdade Nacional deFilosofia, a única ce-na pitoresca e da qualnão se colheu nenhumflagrante fotográficofoi a dò Reitor, Sr.Eremildo Viana, comuma estatueta de RuiBarbosa em punho,tentando agredir osalunos grevistas.Na segunda-feira, noTeatro Municipal, as-sistíndo à apresenta-ção de Ray Charles oscasais Manuel MeloMachado (Mirtes combonito modelo de JoséRonaldo e linda estolade vison preto), Adal-to Magalhães Castro(Edite, delamé),Depu-tado Milton Cabral,(Miriam, de musselinaturquesa), José Fer-nandes, Nick Sterea(Gilsa, de preto), Ro-berto Marinho, JoãoMiranda Jordão, Pau-lo Freire e as Sras.Vanda Silva (da socie-dade baiana), SôniaTeixeira (modelo daCasa Canadá) e Apa-recida Pizzolante.A Sra. Glória Freire,uma das maiores cn-tusistas da música deRay Charles, assistiua todas as apresenta-ções do Genius, levan-do sempre um grava-dor, no qual registroutodas as músicas. Eraela quem comandava

os aplausos.No próximo dia 27, àscinco e meia da tar-de, no Outeiro da Gio-ria será realizada a ce-rimônia do casamentoreligioso de Marta, fi-lha da viúva GasparCorreia, e Luis Antô-nio, filho do casal LuisBittencourt.

Esterel: espetáculo demúsica e de moda

Sob o patrocínio da Air France,realizou-se na tarde de quarta-feira,no Golden Room do CopacabanaPalace, um chá em benefício dasobras sociais do Estado da Guana-bara, sob iniciativa das Sras. CarlosLacerda e Otávio Guinle e mais 85patronnesses, entre as quais as Sras.Artur Bernardes Filho, General Nél-son de Melo, Enaldo Cravo Peixoto,Raimundo de Brito, Roberto Mari-nho, Embaixador Vasco Leitão daQunha, Marcelo Garcia, José Luís deMagalhães Lins, Antônio MayrinkVeiga, Álvaro Catão, Carlos Eduardode Sousa Campos etc.

Todos os 450 lugares ceavamlotados, tendo sido apurada a rendade CrS 500 mil. Jacques Esterelapresentou um desfile de suas últi-mas criações para o verão, tendo des-filado seu manequim oficial Bibelot,além de outros moctelos da Socila.O maior sucesso do desfile de modas,no entanto, foi o modelo Robert(que fora da passarela é Roberval""ichpl n"c. te'ndò-se p.nresentado

por seis vezes, foi o mais aplaudidoprovocando até suspiros em algumasdamas. Outro fato inédito foram oschapéus que adornavam os mode-los^ usados por Bibelot, produto ge-nuinamente brasileiro e baiano. Porocasião da distribuição de prêmios(foram distribuídos 12 foullarãs deEstérel) houve uma mesa premiadatrês vezes, assim como duas jorna-listas do JORNAL DO BRASIL, queestava cobrindo o espetáculo. Maso maior shoio foi o dos marionetis-tas Tournaire e Gouge, cujos-bone-quinhos estiveram — segundo am-bos — em sua melhor atração.Quando Jacques Esterel cantou Êllehouve um silêncio de êxtase na pia-teia e a opinião nas mesas era deque ele sabe ser tão bom costureiroquanto cantor. Compõe músicas etoca violão. Seu shoio justifica real-mente o nome: artisan en robes etchansons. Só constou uma reclama-cão nas mesas: pouco doce e muito

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De peixeRuth Maria

Precisamos saber escolhei* opeixe que compramos. O peixe fres-co deve ter a carne rija, os olhos bri-lhantes e as escamas lustrosas. Asguelras devem ser de um tom ver-melho vivo.

É preciso cuidado, pois o peixetem uma carne que se deteriora comfacilidade e causa com freqüênciagraves intoxicações.

COZIDO

O peixe é fervido em um líquidoperfumado, o que, em termo de co-zinha, se chama court-bouillon, quese prepara fazendo o seguinte:— 3 litros de água, tomates,salsas, louro, um dente de alho,uma cebola, alguns grãos de pimen-ta-do-reino, 1/2 copo de vinagre esal. Se preferir, pode usar metadevinho, metade água.

Ferve-se em fogo brando duran-te meia hora.

Depois calcule uns 10 a 15 mi-nutos para cozinhar o peixe de umquilo. Abaixe bem a chama para queferva de um modo quase impercep-tivel.

Basta seguir fielmente esta re-ceita para conseguir a perfeição nopreparo de um delicioso prato depeixe cozido.

Gilda CImtaignier

Sete horas em ponto, Hora de coq. Ou cocktaü.coquetel ou ainda coquitel, segundo um amigo nosso.Você deve estar linda e cintilante. Vestida impecável-mente dos pés à cabeça. Há uma série de regras que de-vem ser observadas, quando o ' assunto é coquetel.Veja bem:

v vestido ou tailleur estilo fino, com ou sem decote,mas em tecido nobre.sandália Chanel, em perlé, cetim ou xantunguede seda, se o coç fôr formal. Do contrário, você po-dera usar sapato de cromo ou pelica.bolsa também Chanel, captonnée com correnti-nha' dourada ou carteira pequena, mais para oformato quadrado, o que há de mais novo no gê-nero em Paris.luva de meio cano, branca, gelo, areia ou preta,de acordo com a roupa que vai usar. Nada de luvacom colorido espalhafatoso, que não é fino.há quem use chapéu num coq. Não é errado, ab-

__, solutamente. Mas fica bem mais bonito um pen-teado moderno, gonflé, nos cabelos semicurtos.Ou ainda um coque com cachos em forma de pé-talas.

« jóias não em exagero. Ê permitido um broche debrilhantes, uma pulseira de turmalina, grandemoda, ou brincos repolhudos em turquesa, se afesta não fôr de todo formal. Nada de barretesexplodindo brilhantes, nem brincos quilométricos.

Nos desenhos, para a sua orientação, dois modê-ios especiais para coquetel, que foram apresentadosnas últimas coleções que vimos em Paris:

Dior — tailleur em renda chantilly preta, comsaia justa e casaquinho com abas arredondadasque não se encontram. A blusa é bem no estilodiorissimo, em musselina branca com frufrus nodecote baixo e nos punhos.Nina Ricci — fourreau drapeado assimètricamen-te em crepe de seda azul petróleo. As mangastêm cavas e são très-quartos. Um nó de duas pon-tas com um broche, arremata a cintura. Decotearredondado, quase no pescoço.

Desenhos de Diana

Jornal do Brasil, 6.n-fPira, 2Ò-9-63, Cad. B — 3

DE HOMEMPARA HOMEM

Carlos

Leonam

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Notícia de transcendental importância: não é ouísque, mas a cerveja, a mais antiga indústria de be-bidas da Escócia. Não se pense, porém, que solto_talafirmativa sem uma base histórica definitiva. Não.Ei-la: no ano do Senhor dê 540, Glasgow tornou-seum grande centro religioso, quando o santo patronoda cidade, São Mungo, construiu um galpão no altode uma colina, perto de um riacho, o Molendinar, nomesmo lugar onde está, hoje, a Catedral (sinta, lei-tor, a precisão dos detalhes).

Que fazer do galpão (devem ter pensado os mon-ges da irmandade) ? O nome do autor da idéia ven-cedora perdeu-se no tempo. O fato, porém, é que airmandade resolveu montar (com grande sucesso,aliás) uma fábrica de cerveja. A princípio, usavam aágua do rio Molendinar, mas quando aumentou onúmero de pessoas a se utilizar daquela água (ostextos não são claros quanto ao verdadeiro significadoda expressão daquela água), mudaram a fonte deabastecimento, passando para um poço não muitodistante do rio (rio rio e não Rio Rio, como pode pa-recer à primeira vista).

A notícia me faz recordar os doutos conselhosdo jornalista Luís Lobo a respeito de como se bebercerveja. Já pontificava o Lobo, lá na mesa do Alemãoda Rua do Lavradio:

1. Quem bebe cerveja "estüpidamente gelada"é um estúpido. Gelada ém excesso a cerveja perde

mais de três quartas partes das suas qualidades desabor. A temperatura ideal está por volta dos oitograus centígrados.

2. As garrafas de cerveja devem ser guardadasem lugar fresco, de preferência escuro, sempre longedá ação direta do sol. Aliás, as garrafas de cascoescuro devem ser preferidas às de casco verde.

3. O ideal é que seu estoque de cerveja não váirar na geladeira. A cerveja gelada num dia deve: consumida nesse mesmo dia. Bons bebedores dão-ao luxo de só gelar sua cerveja na hora de bebê-la,io se faz com os grandes vinhos .•4. Não sirva sem fazer espuma. Ela tem uma

unção (protetora de sabor) quando se está beben-do calmamente. E sempre se deve beber calmamen-te, porque a cerveja é ótima para os rins, mas nãodeve sobrecarregá-lo. Por isso, também, sempre queestiver bebendo e sentir necessidade, não faça ceri-mônia e vá lá dentro.

5. Não lave copos ou canecas de cerveja comágua e sabão. Use água com sal. E não enxugue com' pano. Deixe-os escorrer para secar.

6. Não beba virando o copo. E não beba atéenxergar o fundo do copo, que isso, psicologicamente,é desaconselhável.

7. Cerveja não engorda, se não fôr tomada àsrefeições.

O fradinho ao alto é-o frei Tuck, do bando deRobin Hood, quando bebia cerveja e brindava os seuscolegas de Glasgow. E não se esqueça: de agora emdiante, quando alguém convidá-lo para.beber umescocês, não se espante se vier cerveja. Saúde.

PASSANDO DE UM ESCOCÊS para outro, infor-mam de Moscou, que, provavelmente pela primeiravez desde a Revolução, houve abundância ãe idsquenos armazéns locais. Uma firma escocesa conseguiuentrar no mercado soviético, depois de anos e anosrecebendo secos niet. Os russos, segundo fontes co-merciais geralmente bem informadas, compraramcerca de 3 mil garrafas, que já foram conveniente-mente consumidas, "em apenas alguns dias de ven-das tumultuosas, ao preço de 6,50 rublos a garrafa".A piadinha reacionária a respeito ãa notícia fica porconta do leitor.

DO ESCURINHO, MESMO — Jean-Noel Grinda,tenista emérito e playboy n.° 1 da França, não vaimais contribuir para a caixa dos donos-da-noite.Jean-Noel abriu a sua própria boate, onde pretendeutilizar toda a sua longa experiência de noctâmbuloe lançar uma nova bossa na matéria.

A boate fica no Hotel Westminster (pertencenteao papai Grinda, pois Jean-Noel, como todo playboyque se preza, é filhinho áo papai) e se chama SmashClub.

A bossa: não há luz no ambiente (òba!). Ou,melhor, o único lugar iluminado é a pista, para evi-tar que os cavalheiros pisem nos pós das damas evice-versa. Os freqüentadores recebem, à entrada,uma pequena lanterna, para poderem achar o seucantinho. Não pensem, porém, os proprietários locaisque o Jean-Noel vai aproveitar o escuro para usar atécnica do "colou, não colou". Não, o Jean-Noel tema pretensão de ser honesto e deu para os seus gar-cons uma caneta com tinta íosíorecente..

Explica Jean-Noel (com perfeito conhecimentode causa) que "a escuridão se destina a facilitar umclima íntimo, indispensável aos idílios que começam".Para a inauguração, foram convidados vários especia-listas na matéria — ,Gunther Sachs, Rubirosa, Vitor-Emanuel de Savoia e Claude Terrail — que julgarãoas vantagens e os inconvenientes da bossa do Jean-Noel.

MAIS INTERNACIONAIS — (1) diubby Che-cker pretende morar em Paris, lugar que — na suaopinião — lhe dará inspiração para compor músicasdc fundo poético. Fica, assim, provaâo que letratwist não tem, mesmo, a mínima poesia. (2) O Olim-pia, de Paris, promete atrações inéditas e sensacio-nais para a próxima temporada de inverno: girls derebolado soviético e cantores poloneses detwist e rock and roll. A cultura progressista encon-tra, assim, novos rumos e novos campos para a di-fusão da sua arte revolucionária. (3) A boate dpholly-golly do momento, em Paris, chama-se Las Ve-gas. A musa uligulesca é Nancy Holloway, namoraáaáo secretário áe JoJinny Halliday, papa ão twist enoivo (pasmem) ãe Silvie Vartain, musa, por suavez, áos rapazes românticos âe França. (4) Noviâa-de íancaâa em Nova Iorque: baralho áe cartas coma família Kennedy. O rosto presiáencial representao ás âe copas; D. Jacqueline é as quatro âamas; osâemais membros áa familia aparecem nas cartas âemenor valor. (5) Quinhentos cavalos âo Exércitofrancês (ãe um total âe 2 mil) foram âesmobilizaâospor motivo de economia. Um ótimo exemplo.

O CARTOON que reproduzo é de Sennep e gozao chamado fio vermelho — o telex direto entre aCasa Branca e o Kremlin. Diz o soldado para o Pre-sidente Kennedy: — "É da Senhora Kruschev, quemanda para a Senhora Kennedy a receita de saladarussa, pedindo, em troca, informações sobre o me-lhor modo de se preparai- frango congelado."

PORTO DAS CAIXAS — De repente, os distri-buiáores resolveram tirar âa prateleira o filme Portodas Caixas, de Paulo César Sarraceni. Sem qualquerpreparação âe lançamento, informaram aos muiespantados proâutores que o filme estará nos cine-mas na próxima segunâa-feira. Porto das Caixas foiescrito por Lúcio Carâoso e é baseaâo no crime ãeAraci Abelha. Conta a história ãe uma mulher quepretenãe matar o mariâo, fazendo um estudo psico-lógico de séu^cqmportamento e o dos seus amantes,ao mesmo tempo em que analisa o meio social emque os personagens

"Vivem. Segunáo o crítico Mosk,ãe Variety, Irmã Alvarez ãá à personagem ãa mu-lher iL?na sensualiáaâe espontânea e uma inocênciainfantil. E a gente quejião sabia que a Irmã fossecapaz âisso?

POUCAS E BOAS — (1) A brasileira Bea Feit-ler, diretora de arte do Harper's Bazaar — um doscargos mais importantes da imprensa norte-america-na cuíca no mundo — recebeu um convite para di-rigir, em Paris, toda a parte de arte da publicidadedf Helena Rubinstein, com um salário fabuloso. Beadisse que não. (2) Confirmada a notícia: o empre-sário de Ray Charles pretende mesmo processar ojornal paulista que noticiou a história da compradf olhos. (3) Ainda está em tempo de se ver VidasSecas, no cinema Kelly, ali na Rua Senador Ver-gueiro.

CARGA LEVE — A informação é ão USIS (aAgência Nacional lá áêles): um novo aparelho cha-viaáo Hip Pack acaba âe ser lançaâo nos EstaãosUniâos e permite ao homem transportar material pe-saáo em regiões áe acesso âifícil. A engenhoca áes-carrega o peso sobre os quaâris, ao invés âe fazê-losobre os ombros, o que proporciona maior mobiliãa-âe e menor esforço físico. A foto: um homem, usanâoo Hip Pack, leva' às costas um motor âe popa âe 27quilos, sem saber o que fazer com os braços, agoralivres.

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Brasil Nonnato Masson pra seu governo

O primeiro repórterHouve dois Sousa Valente uo

início da reportagem de rua na im-prensa carioca. Isidro Torres SousaValente c Francisco Agnelo de Sou-sa Valente. Ambos foram repórteresdo JORNAL DO BRASIL. O Isidroera tio dc Francisco, que morreu naexplosão dc Jacuccanga.

Foi Isidro Torres Sousa Valenteo primeiro repórter, na- acepção dotermo, da imprensa carioca e brasi-leira. Seu- prestigio, sua capacidadede trabalho, podem ser avaliados peloordenado que ganhava quando dafundação do JORNAL DO BRA-SIL. em 1891: mil oiloceulos e ses-senta réis. Vale lembrar que Beuja-mini Costailat. quando escreveu^ uadécada dc 20, para p JORNAL DOBRASIL, o folhetim Mistérios doRio, ganhava quatrocentos mil réispor mes, o que era apregoado entãocomo o maior ordenado de um j/wua-lista.

Isidro Torres Sousa Valente(que a folo mostra) era carioca dòEstácio e começou a fase): reporta-gem de rua na Gazeta de Notícias.quando esse jornal a iniciou na -im-

prensa carioca. Foi, portanto, o pn-meiro jornalista brasileiro a ir bus-car a informação lia própria, fonte ea escrever a noticia cm estilo claro,direto, objetivo. E o que é mais im-portante: a não' assinar a matériacom pseudônimo, como era dc praxe.Nem com pseudônimo nem com opróprio nome. A noticia passou,assim, a ser noticia mesmo.

Rapazinho ainda, Isidro TorresSousa Valente começou a trabalhar,como continuo, na Gazela dc Notícias.De continuo, quando o jornal decidiu,inovar seus métodos de informação,para concorrer com o jornal do Co-mércio (onde, tempos depois, brilha-ria Ernesto Sena como repórter,

disputando os furos com Sousa Va-lente), chegou, a repórter.

Episódios da sua vida, que fica-ram, aos retalhos, em, jornais de di-fcrentes épocas, revelam ter sido êleo responsável, durante alguns anos,pela cobertura dos setores militares(onde tinha boa penetração, por serfillio dc um Coronel, herói da Guerrado Paraguai) e ministeriais.

Esse prestigio o levou a anieci-par, no dia 14 de novembro de 1S89,¦num cartas afixado à porta do edifi-cio da Gazeta de Notícias, a revolu-ção do dia seguinte, que derrubaria aMonarquia e instituiria o regime re-publicano dc Governo no Pais.

Ficou famoso por tal e sendo co-¦nhecido, alé a morte, a 26 de outubrodc 1940, no Asilo São Luís para aVelhice, como ''o repórter da Procla-mação da República".

No JORNAL DO BRASIL,Sousa Valente organizava a páginaNos Pródomos dá Folia, quando, poridéia sua, foi instituído o Dia dosRanchos (que devia ser a segunda-feira de carnaval, quando eles desfi-lariam à frente do edifício do JOR-NAL DO BRASIL na Avenida),mas esse falo ainda hoje é atribuídoao cronista carnavalesco Vagalume,que era, à época, quem movimentavaos ranchos, chamados de pequenas so-ciedades.

Em fevereiro de 1926. o ranchoGalho do Abacate dedicou-lhe estesversos:

Viva, viva, viva.

Viva para sempre,

Viva o Sousa Valente

Do JORNAL DO BRASIL

Cad. B, Jornal do Bra.sil, 6,»-felra, 20-9-83

MÚSICA Renzo Massararii

Os novos discosCICLO BRASILEIRO. com

Anna Stella Schle — DiscoCBS — Monaural 60085. —A ilustra pianista brasileira,que com a Tagllaferro e aNovais está. defendendo tãodignamente as cores nacio-nais no mundo, gravou magis-tialmente um grupo de obrasde Heitor Vlla-Lôbos (Impres-x&e* Seresteiras, Festa no Ser-tío; Plantio do Caboclo, l),in-ça do Índio Branco), a IX»Valsa de Esquina de Francis-co Mignone, Jogos Pueris deFrutuoso Viana, os Ponteio*4 • 39 de Camargo Guarnieri,

Paullsana n.° 7 de CláudioSantoro. O disco apresenta ummostruário de compositoresbrasileiros de três gerações,

cada obra evidencia suaspróprias característicos, niodeixando por Isso de reagiu-par-se numa mesma diretriznacional. Com ou sem retornosfolclóricos, ora agressivas eatuais (e o mais atual parececontinuar sendo Vlla-Lôbos),ora docemente tradicionais eat* arcaicas, estas obras pa-recém ter sido escolhidas, pe-la excelente intérprete, paradizer lá íora — e tambémaqui dentro... — que afinaltemos uma nossa escola brasi-leira, felizmente bem demar-cada nos seus traços princi-pais, e em continuo lógico de-senvolvimento. A CBS, gra-vendo tío bem, íêz um gran-de serviço à nossa música.

MUSICA ESPANHOLA DARENASCENÇA — Decca —Companhia Brasileira de Dis-cos, SLP 7540. Presente Mora-les, • ausentes Guerrero e VI-tória, este lindíssimo disco —que deve ser recomendado atodos os amantes da música —reúne um grupo de obras es-panholas do século XVII, Isto*, do período Áureo em que

Ibéria competia vitoriosa-mente com as naçfies musi-calmente mais dotadas daEuropa. Deviam seguir longos

séculos de silêncio, até o ad-vento de Manuel de Falia;mas desse período de magni-fico esplendor (nos cantosprofanos de espirito popula-íesco assim oomo na grandepolifonia sacra) flcnram mo-numentos Imortais. No lindis-simo dlsoo em apreço, encon-trarels o patético drama in-terior de Morales procurandoa Deus, e os vlllanclcos anó-nlmos, cheios de uma lngê-nua fé popular: encontrarei!também alguns exemplos deuma nobllltaçAo artística docanto popular, na qual osespanhóis dos séculos XV eXVI íoram mestres inigualA-velB.CONCERTO N.o 3 DE BACH-MANINOV — Mercury — Com-panhla Brasileira de Discos —SLP 6506, com Byron Janise Antal Dorati. Mais uma gra-vaçío pertencente a um gê-nero que deve ter sua únicajustificativa nos inúmerospianistas velhos e Jovens, sur-dos ao que a música de todosos tempos e países lhes ofere-cerla de mais substancial evAlldo do que as coloridase vácuas exibições de Rach-mantnov.

FAMOSOS DUETOS OPE-RÍSTICOS —. RCA Victor LM2628, coni alguns dos máxi-mos cantores do século: des-de Caruso, Farrar, McCormack,Bori, Plnza, Rethberg até AMilanova, Bjoerllng. Merrill,Albanese, Berger e Peercc, emBohênie, Aida, Fausto, DonGiovanni, Manon Lcscaut, Ri-KOletto e, naturalmente, Pa-Eliacci e Buttcrfly. Um LPdocumentário, este também,pois permite comparações enos dA o prazer de ouvir can-tores desaparecidos; um LPdocumentário, demonstrandoque afinal to Intérpretes lírl-cos de hoje nfio .sfio iníerio-res aos do passado, que nos-sas saudades nos fazem crerinigualáveis.

ARTESHarry Lau.s

COMENTÁRIOSouza Brasil

G:revés no ensinoDentro dessa desordem

organizada que estamosvivendo, quando o prln-cipio de autoridade é tãofreqüentes vezes atingidode maneira lamentável,não causa surpresa quetambém existam grevesno ensino. Em se tratan-do destas, porém, deveriao Poder Público ser ain-da mais rigoroso em suaprevenção. Vale mais pre-venir — diz velho prover-bio — que remediar. Essamanifestação de bomsenso, entretanto, comotantas outras, parece es-tar completamente es'-quecida na atualidade.Que desejam os estudan-tes da Faculdade Nacionalde Filosofia? Substituir oatual diretor. E, paraisso, pressionam a Con-gregação, visando a delaobter que inclua, na listatríplice destinada a pre-encher o cargo, outrosnomes que não aqueles láinscritos pelos catedráti-cos. Em sã consciêncianão se pode aplaudir essaatitude. Nada se argúicontra o Professor Ere-mildo Luis Viana, Diretorda Faculdade Nacional deFilosofia. Compreende-se,que, face a denúnciasprecisas, catalogando fa-tos delituosos ou desídiafuncional, coubesse aocorpo discente uma ati-tude de repulsa a quem,incurso neles, fosse im-posto na função. Mas nãose trata disso. Nada depositivo, de concreto, deerrado, se articula contrao atual Diretor. Deseja-se,apenas, não seja êle re-conduzido ao pôsto. Isso,por si só, não basta nemjustifica uma greve. OGoverno da Repúblicaque é, nessa emergência,a maior vítima e, parado-xalmente, o maior res-

ponsável pela quebra con-tinuada da hierarquia eda disciplina, não maispode tolerar a deteriora-ção sistemática de timaconjuntura que, se conti-nuar, levará ao caos.

Para uns, quanto pior,melhor... Também osalunos do Colégio PedroII, Internato, estão emgreve. Essa parece-nosmuito mais grave queaquela deflagrada pelosuniversitários. A lei prevênm número mínimo deaulas. O fato de haverqualquer Interrupção noano escolar não autoriza,por si só, seja aquelenúmero mínimo náo al-cançado. Mesmo sacrifi-cando-se as férias, a leideve ser cumprida. Alémdisso, o Pedro II é um co-légio gratuito, que nãosolicita alunos e os rece-be, normalmente, paraatende às inúmeras soli-citações dos que lhes ba-tem às portas, em númeroavultado, superior àqueleque lhe seria lícito aten-der. Quando os alunospretendem matricula, su-jeitam-se a tudo, con-cordam com todas as exi-gências. Uma vez matri-culados, esquecem seusdeveres, para cuidar, ape-nas, dos seus direitos. Nãotemos procuração do Dí-jetor do Colégio Pedro II

Professor Hélio Fontespara defendê-lo. Nem

acreditamos necessite élede qualquer defesa, poisde nada, positivo e con-creto, é acusado. Tanto naFaculdade de Filosofiacomo no Internato doColégio Padrão urge umaatitude enérgica do PoderPúblico que, sem menos-prezar as aspirações le-gítimas do corpo discen-te, restaure o principioda autoridade.

BienalA montagem das salas da

VII Bienal de São Pauloprossegue em ritmo acele-rado. Cerca de quarenta sa-las, entre as grandes salasdas representações nacio-nais dos países aderentes, eas salas especiais tambémdesses países, envolvidas nomovimento que se processano Pavilhão Armando daArruda Pereira, nestes quin-ze dias antes da inaugura-ção da Bienal, concretizamà possibilidade de que nãoserá adiada a abertura dogrande certame internacio-nal de artes.

A sala especial de EmilNolde, da Alemanha, já es-tá montada. Ultimam-se asmontagens das salas espe-ciais de Posada (México),L'oeil de boeuf, Atlan(França) e Arte Popular daGrécia. A Sala Geral doBrasil está completada eigualmente algumas das sa-las especiais, como as deWladyslaw, Artur Luiz Piza,Wega Nery, Manabu Mabe.

No segundo pavimento ul-tima-se a montagem das sa-las da Grã-Bretanha, Ale-manha, França, Uruguai,Chile, Argentina, México,EUA (gravuras), JapãoTcheco-Eslováquia, Polônia,Haiti, Espanha, Grécia, Bél-gica, Peru, Colômbia, Coréiado Sul.

No .terceiro pavimento,montam-se as salas do Ca-nada, da Finlândia, da No-ruega, de Trinidad? Senegal,Tobago, Taiti, Antilhas Ho-landesas, Dinamarca, Súé-cia, Romênia, Hungria, RAUe Irã.

As salas de arquiteturade Artes Plásticas do Tea-tro, de Concursos de Escolasde Arquitetura, de Arte Grá-fica e do Livro, asssim co-mo a de Jóias, serão ultima-das nos próximos dias.

AUSTRÁLIA

Com quatso trabalhos desua própria escolha, setedos significativos líderes dapintura contemporânea aus-traliana representa rãoaquele pais na próxima Bie-nal de São Paulo. São 'eles,Albert Tucker, LawrenceDaws, Jjeonard Hessing, IanFairweather, Roberto Di-ckerson, Leonard French eJohn Perceval. Tucker ga-nhou projeção como surrea-lista e na liderança, em1940, do grupo expressionis-ta de Melbourne. Daw êpintor e geólogo, um místi-co formado em Roma, eujapintura inspira-se nos de-sertos. uma constante napintura moderna austrália-na, situando-se estética-mente como um' expressio-nista abstrato s i m b ó 1 i co.Perceval preocupa-se com avida e as coisas de beiracais e com as matas luxu-rlantes. Dickerson, autodi-data, é o único figurativo.French é um pintor de Bel-bourne que evita totalmenteo exótico australiano. O tra-balho de Hessing è típicodos artistas de Sidnei, umacidade subtropical que gos-ta de ser moderna, elegan-te, preferindo a beleza àsprofundidades solenes. IanFairweather é um dos lide-res pela incorporação de to-dos os pintores de Sidnei àpintura não figurativa.

PERU

Um dos aspectos impor-tantes da VII Bienal será aexposição de numerosas pe-ças da arte pré-colombiana.

A preciosa coleção de ob-jetos, fragmentos históri-cos de peças etc, devida-mente classificada, será ex-posta como uma das contri-buições mais interessantesda arte americana, na VIIBienal, que assim amplia ocampo dos conhecimentosartísticos, aberto com agrande exposição de artebarroca do Paraguai, reali-zada na VI Bienal.

FILMES QUE ESTÃO PASSANDOMEU PASSADO ME CONDENA

Produção Inglesa. — Direçáode Basil Dearden. — Com DirkBogarde. — Rnulc — Proib.: 18anos — Hor.: 14h — 16h — 18h —SOh e 22h. — Rex. Riviera. Mira-mar, Carioca • Santa Alice.

JUSTIÇA EM PECADO — Pro-diu,'ão alemS. — Direçáo de Jur-gen Goslar. — Com Elke Sommer.

UCB — Proib.: IB anos — Ho-rário: 13h 30m — 3h ISm — 17h

18h 30m e 20h 15m. — Vitória.

NUA PARA DOIS — Produçãomexicana em cores. — Dlreçfio daRoberto Rodrigues. ' — Com Ma-ria Félix, Pedro Armèndarlz —Pelmex — Proib.: 18 anos — Ho-rário: 14h — 16h — 18h — 20h e2211. — Odeon, Copacabana, Ma-dri, Politeama e Coliseu.

O DON SILENCIOSO — Pro-dução soviética em cores. — Dl-reção de Serguel Guerasstnov. —Com Plóter Glebov — Tabajara

Proib.: 18 anos — Hor.: 14h 30m1711 50m e 9h. — Veneza.

MULHERES A ITALIANA — Pio-rtuçfio Italiana. — Direçáo de Sil-vio Amndlo. — Com Ugo Tognaz-zl — Art — Livre — Hor.: 14h —16h — 18h — 20h e 22h. — Art-Palácio, Copacabana, Art-Tijuca,Art-Méler, Pathé e MauA.

ROSA DA ESPERANÇA — (Rea-prefiehtaçfto) — Produção ameri-cana. — DirecSo de Willlam Wy-ler. — Com Greer Garson, Wal-ter Pidgeon — Condor — Proib.:10 anos — Hor.: Variado. — Plaza,Olinda; M?«c f\ r•¦•'••--¦' ¦'-'¦-. p.'.:-Palar-

NlVi D :us. '£-. - .1. . - i : -presentaçáo) — Produção ameri-cana — Com Randolph Scott —

Proib.: 14 anos — Hor.: 14h — 16h18h — 2011 e 22h — Brunl-Ipa-

nema, Eskye-Tljiica, Alfa, Bruni-Botafogo e S. Pedro.

PROFANAÇÃO — Produçfio tdireção de Jules Dassin. ..ComMelina Mercóurl e Anthony Per-kins. — United — Proib;: até 13anos. — 13h 20m — 15h 30m —17h 40m — 19h 5Cm c 22h. —São Luís.

CLEOPATRA — Produção ame-ricana cm córes. — Dlreçfio deJoseph Manktewlcz. — Com Eli-zabeth Taylor e Richard Burton.

Hor.: I5h — 20h — Fox — Pa-láclo.

GENTE MUITO IMPORTANTE —Produção americana cm córes. —Direção de Anthony Asqultli. —Com Elizabeth Taylor e RichardBurton. — Metro — Proib. até 10ano.=. Hor.: 13h 30m — 15h 40m

17h 50m — 201i lOm. — NoMetro Copacabana, Passeio c Ti-Juca e Astcca.

BARRACAS — Produção Itália-na. — Direção de Richard Fieis-cher. — Com Anthony CJuinn. SU-vnna Mangano. — Columbia. •—Proib.: !0 anos. — Hor.: 14h —ÍOh 30m — 19h — 21h 30m. —Leblon, América. M. Castelo, Leo-polcllna c Central.

LOLA — Produção francesa. —Direção cie Jacques Demy. ComAnouk Atméc, Marc Michel. —Francp-Bras. — Proib.: is anos.

Hor.: 14h — 16h — I8h — 20he 22h. — Paissandu.

PARANÓICO — Produção Ingle;sn — Direção de Freddie Franc!'.Com Jeanette Scott. Oliver Rerd.

United — Proib.: 13 anos. —Hor.: 14h — lãh 40m — 17h 20m

19h — 20h 40m e 22h 40m. —Rian. Melo, Icaraí c Alameda.

CIDADE NUA (Reapreíentação)Produção americana. Com Bar-

ry Fttzgerald. — Proib.: até 14nnos. — Hor.: 14h — loh 40m —17!l 20m — lflh — 2011 40m _22h 20m. — Alvorada.

FORTE APACHE (Reapresenta-çáo) — Produção americana emcóres. — Direçáo cie John Ford.Com John Wayne e Shirley Tem-pie. — Proib.: 10 anos. — Hora-rio: 14h — 16h — 18h e 20h. —Brunt-Flamengo, Caruso, Brita-nia e Impera tor.

O LEÃO — Produção americanaem córes. — Direção de Jack Car-difi; Com William Holden. TrevorHoward e Capuclne. — Fox — Li-vre. — Hor.: 14h — 16h — 18h —20h e 22h. — Roxy..

NA MINHA TERRA É ASSIM(Reapresentaçáo) — Produção me-xlcana. Com Cántlnílas. — Livre,

Brunl-Copacabana, Bruni-S.Pena, S. Jo.=é, Rosário, Engenhode Dentro.

VIDAS SECAS — Produção na-clonal. — Direçáo de Nelson Pe-reira dos Santos. Com Maria Ri-beiro. — Herbert Richers. — Prol-bido:: 10 anos — Hor.' 14h — I6h

18h — 20h ? 22h. -- Kelly.

MUNDO SEXY — Produção Ita-liana. — Direção de Mino Loy. —Espetáculos noturnos de váriospaiíes. — Proib.: 18 anos. — Ho-rário: I41i — ]6h — 18h — 20he 22h. — ópera.

LITERATURAAssis Brasil.

Sublime concessãoHá muito alguns editores brasileiros se preparampara lançar livros de bolso, salientando que o dito em

pequeno formato e em grande tiragem pode ser ven-dido barato. De um modo geral os editores brasilei-ros justificam a crise do livro porque não conseguemfinanciamento, pois é evidente que o Banco do Bra-sil não pode considerar uma indústria que pára defazer sabonete nos três primeiros meses do ano...porque há as férias e ninguém toma banho. Pois bem,agora eles conseguiram um financiador. Seu nomeestá saindo em epígrafe (como um bom exemplo paraos não financiadores) em todos os livros da Bibliote-ca Universal Popular. Com o impulso do financia-mento os livros estão saindo aos montes, e é naturalque ninguém tenha tempo de fazer a revisão dos vo-lumes. Por que e para que revisão, se os livros são tãobaratos? (O de menor preço custa CrS 200).

Comparemos dois lançamentos: Metamorfose, deKafka; e Noite na Tavema, de Alvares de Azevedo.É natural que o editor, que agora encontrou finan-ciador, procure lançar livros, ou que não paguem di-reitos autorais, ou cujos direitos já foram pagos hádez anos. O fato é que a tradução (e também a re-visão, mais a introdução) do livro de Kafka só podeé prejudicar o leitor que agora pode ler mais barato.O livro de Álvares de Azevedo, que a despeito das ãe-fesas de caráter histórico é de péssima qualidade, re-cebeu uma introdução (deve também ter sido feitaa toque de caixa) de Mário da Silva Brito que- nãoexplica nada e só faz é confundir. Aqui estão para oleitor duas frases lapiâares da introdução: "Mais pe-sadelo do que sonho, Noite na Taverna, além do seuformal (sic), que faz de Álvares de Azevedo o primei-ro cultor, entre nós, da prosa artística, elaborada,possui um secreto encantamento, um inexplicávelfascínio / O menino poeta de São Paulo, misto deAriel e Calibã, como já o chamaram, fêz um livra(aqui havia um erro de revisão) de incubos, de des-vários, quase um filme expressionista alemão, comoque para se aperfeiçoar (sic) aos seus fantasmas",etc. O leitor lê a introdução e fica de queixo caído,depois lê o livro... e nunca mais entrará numa li-vraria.

Aí está. Para contornar uma suposta crise do li-vro no Pais não se faz apenas necessário um gordofinanciamento, mas é preciso, antes de mais nada,amor pelo livro, dedicação, critério, honestidade. De-vemos salientar que nesta coleção estão aparecendotodos os velhos textos de autores brasileiros e portu-gueses que não pagam direitos autorais, e que é pre-ferivel ler uma edição antiga, correta, bem cuidada,a ler aqueles livros enlatados. Tanto o financiador,que admite seu nome no frontispício dos livros,quanto os editores são culpados por essa orgia démau papel impresso.

TEATRO -Yan Michàlski

A Menina e o Vento no Tablado (II)Por paradoxal que possa

parecer a afirmação, de to-dos os diretores brasileirostalvez seja Maria ClaraMachado. quem tem de-monstrado, nas suas ence-nações infantis, as tendên-cias mais autênticas parao chamado espetáculo to-tal. Em A Menina e o Ven-to, esta tendência é levadaa um ponto nunca atingi-do anteriormente. Os mo-destos recursos técnicos dopalco do Tablado são ex-piorados ao máximo, comum rendimento surpreen-dente, no sentido de criaruma verdadeira magia tea-trai, e aos meios de ex-pressão puramente drama-ticos foram acrescentadosinúmeros elementos aces-sórios: projeções, ballet,mímica, música (esta últi-ma, desta vez, menos usa-da do que de hábito). To-dos esses ingredientes se.fundem num conjunto co-lorido, harmonioso, dinà-mico e intensamente poé-tico.

Maria Clara encontrou,em Marie-Louise Nery, umacolaboradorá de primeirís-sima ordem, que criou umcenário exc epcionalmentebonito e atuante e que ofe-rece, ao mesmo tempo,muita margem às inven-ções e aos truques da di-retora. Também as roupasatingem plenamente o ob-jetivo visado, merecendomenção especial a impres-sionante figura do Vento.Como de hábito, as carac-terizações de Fred Amaralcontribuem decisivamentepara definir o pitoresco dostipos imaginados pela au-tora.

A riquíssima imaginaçãode Maria Clara está pre-sente em . cada momentodo espetáculo, valorizandosobremaneira o texto comefeitos de mise-en-scène,com reações freqüentemen-te surpreendentes dos per-sonagens, com achados có-

micos que vão até o maispuro nonsense e que fun-ciona admiràvelmente. Umexemplo: quando o Comis-sário resolte "tomar medi-das urgentíssimas" paraencontrar a menina rapta-da, a fala, na leitura dotexto, não tem nenhumagraça; mas quando o Co-missario, ao mesmo tempo,puxa do bolso uma fita mé-trica e se põe a "tomar me-didas" a torto e a direito,a platéia inteira cai nagargalhada. A riqueza in-ventiva do espetáculo é tãoesmagadora, se comparadacom o texto escrito, quechegamos à conclusão queesse texto só serviu a Ma-ria Clara como uma espé-cie de roteiro, e que A Me-nina e o Vento foi real-mente escrita no palco, enao simplesmente trans-posta do papel para opalco.

Um dos maiores acertosda direção consiste no fa-to de ter conseguido anu-lar virtualmente as desi-gualdades do elenco. O ní-vel geral da interpretação,dentro do estilo particulardos espetáculos infantisde Maria Clara, é ampla-mente satisfatório, e se osmelhores atores conse-guem, brilhar, sem que-brar a homogeneidade doconjunto, os mais fracosnunca chegam a ser cho-cantes e salvam-se, semexceção, como tipos, comofiguras. É, por exemplo, ocaso do Vento — Henri-que Muj ica — que possuium fisico tão excepcional-mente adequado ao papelque quase não nos inco-modamos com o fato deser o seu texto dito de ummodo deficiente. Entre osmelhores, não podemosdeixar de citar: Hélio AriSilveira, que acrescentamais um tipo divertidíssi-mo à sua já grande cole-ção de composições extre-mamente felizes; a me-

nina Lúcia Marina Acio11, viva, graciosa, dona deuma expressão facial cheiade recursos e de um sen-so de humor surpreenden-te numa atriz tao jovem;e Neusa Navarro, uma en-graçadissima Tia Aurélia,convincente nos menoresdetalhes. Jacqueline Lau-rence, com um exato tem-po de comédia, Olnei Bar-rocas, apresentando híti-dos progressos, Moema deBrito e Paulo Nolasco, tra-zem também contribuiçõespessoais valiosas para oespetáculo, na medida emque seus papéis lhes Qfe-recém margem para isso.Os outros com altos e bai-xos, mas todos enquadra-dos num tom gerar cor-reto.

Maria Clara Machadodefiniu no programa oteatro infantil que estáprocurando fazer como"poesia em movimento noespaço". Parece-nos queesta expressão correspon-de perfeitamente ao aíualcartaz do Tablado elflue,vice-versa, seria difícilimaginar, para esta 'deíi-nição, uma ilustração Miaisexpressiva do que A "Me-nina e o Vento. £•'

Duas novidades noiTa-blado; a primeira, yji}gomelancólico: o pequenoprograma tradicional, icuj oformato e apresentação s«transformaram, em -dozeanos de existência, numsímbolo da personalidadesui generis do grupo,/.ce-deu lugar a um programacomercial, igual ao Xà&scompanhias profissionais,com fotografias dos jgjtô-res, anúncios etc. A outranovidade é bem malBjpm-portante: Maria Ciaraanuncia a nova íaséÉfdoTablado, que passará a sededicar exclusivamente aoteatro para a criança epara a juventude.

CINEMACláudio Mello e Souza

Meu Passado me CondenaDe acordo com as novas

leis inglesas, o passado dês-se filme já náo é mais tãocondenável asaim. Uma gran-dê parte da importância dra-mática da história — chan-tagem, ou medo de chanta-gem, e homossexualismo —fica, pois, reduzida a umacuriosidade histórica sobraos costumes e leis de umaInglaterra que se atualiza.Até bem pouco tempo, épo-ca em que foi realizado MeuPassado me Condena — nooriginal, The Victim — ohomossexualismo era trata-do, na Inglaterra, como umcaso de polícia, e não comouma deformação psicológicaou fisiológica ou uma inade-

quação existencial. Dentro dês-se panorama é que surge,se desenvolve e se fortificao drama do personagem cen-trai do Meu Passado me Con-dena, envolvido em relaçõeshomossexuais antes e duran-te o seu casamento com umamulher.

A fuga a esse passado e econflito psicológico que seinstala nele, agravado pelotemor à chantagem, é o te-ma central do filme, desen-volvido com habilidade e ele-gância, e até mesmo comuma certa dimensão drama-tica. A verdade é que, hojeem dia, o drama simplesmen-te não existiria por íôrça delei, mas, mesmo ultrapassa-

do, a situação mantém-se vá-lida. __ com interesse que seassiste a Meu Passado meCondena, pois não é sempreque o cinema tem a sensibi-lidade necessária ao trata-mento de semelhante assunto.

O diretor sabe dosar, commão hábil, as componentes depsicologia e mistério que in-tegram a vida do persona-gem, e, assim, o filme ganhajumjtpm policial que interes-pa ,£,.platéia. A melhor cre-dencial de Meu Passado meCondena é o silêncio respei-tosos e, repito, interessadocom que o público acompanhaas aventuras e desventurasamorosas, morais e sociais dotipo interpretado por Dick

Bogarde. Se não chega a seruma obra poderosa, ou umestudo sutil e profundíssimodo problema do homossexua-lismo, Meu Passado me Con-dena mantém-se numa linhade equilibrio de tratamentorealmente elogiável. Tudo écontido, com firmeza e serie-dade, dentro de limites que,impostos à outra sensibilida-de menos preparada, seriamaltamente perigosos. Preqüen-temente, o filme chega a si-tuações e a climas que po-deriam explodir num amora-lismo caótico ou numa gros-seria inexplicável, dramática-mente.

Mas nada disso acontece,• se podemos registrar, de

¦ ^í

(Nemtantoassim)

parte da direção, um tom ex-cessivamente compreensivo,um certo ar de quem passa,a mão pela cabeça do meni-no travesso, não poderemosnegar-lhe a inteligência e aj;émesmo a astúcia com queessa compreensão (ou seriamelhor dizer tolerânoia ouconivência) é expresa emtermos de drama c de ci-nema.

Meu Passado me Condenaconfirma as previsões otimis-;tas que fizemos, e sem seconstituir num grande filme,não deixa de Yser visto cominteresse.

RELIGIÃOMartins Alonso

¦r.

Repúdio à visitaO» meios católicos não podem

dissimular a sua desagradável edolorosa Impressão com a pre-sença do ditador da Iugoslávia.Mas, não chegam ao excesso deaconselhar manifestações hostisao hóspede indesejado. Tais ati-tudes, além de não se concilia-rem coni as regras da boa edu-cação, iriam suscitar represáliascontra os católicos que naquelepais sustentam uma lu^a aspe-ra para preservarem, a sua fé.Assim também pensou o PapaJoão XXIII, quando recebeu emRoma a visita do genro do di-tador soviético. O abnegado Pon-tifice preocupava-se menos como visitante do que com os mi-lhões de católicos confinadosalém da cortlna-de-ferro.

NSo havia uma transigêncianem qualquer pensamento decoexistência do- catolicismo ecomunismo, t&o evidente é aantinomia entre um e outro.Era, sim, um propósito de ate-nuar, por meio de caridosa to-lerãncia, os efeitos de uma ino-cultável perseguição religiosa iimpaises dominados pelo comu-nismo.

Mas, não se pense que acredl-tamos no que nestes dias sedisr, e escreve sobre a situaçãoda Igreja na Iugoslávia, quan-do se afirma até a. existênciade um modus vivendi entre aIgreja e o Estado e procura-sedistorcer fatos' históricos nãoesquecidos com relação às bar-baridades que ali se cometeram

contra o clero r. os fiéis ca-tóllcos.

Uma dessas distorções é a qu*insinuava que o Cardeal Ste-pinac apoiava o fascismo naCroácia e dera mão forte a umsistema de conversões forçadas,executadas por sacerdotes queIntegravam grupos Irregulares.Não obstante, asseguram os quepreteDdem justificar as violên-cias, o Cardeal nfto sofreu tan-to quanto sofreram outros pre-lados nas mãos dos comunistase quando morreu encontrava-senuma aldeia com liberdade pararezar a missa e administrar acomunhão.

Ora. os que assim afirm-mconfessam que ainda se regis-traram, com relação ás perse-

Stuições religiosas, maiores cruel-dades do que as infligidas aopurpurado. E consideram umfavor inestimável permitiremque o Chefe da Igreja na Iugos-lávla. depois de seis anos deprisão com trabalhos forçados,fosse desterrjido para uma pe-quena vila e pudesse celebraré distribuir a Eucaristia, até odia de sucumbir como conse-qüência das humilhações e dosmaus tratos nasi prisões comque o martirlzaram.

Entretanto, quem procurou ln-formar-se do quo ocorre na pá-tria do Marechal Tito com per-tinência à Igreja ficará saben-do que a. pregação evangélica évigiada pela policia, não se edi-ficam templos nem se restauram

ea antigos, náo hâ Instituiçõesreligiosas nem assistência espi-ritual aos presos e enfermos doshospitais. Contudo, os católico ináo transigem com a sua íis,nem aceitam o apregoado mo-dus vivendi que os deveria aco-modar às imposições dos adver-sários da Igreja.

NSo adianta, portanto, Imprcvisar um ambiente de simpati ¦:•.em torno do visitante. Os fato' 'ainda nSo se distanciaram r,i-tempo. No coração do povo &.-tólico não germinou o ódio. Maxficou a indignação Justa, o í;.reito de recusar homenagens ¦.quem não se comoveu diante doiLsofrimentos impostos aos o,'blutaram _ morreram pela f*.'.

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PROGRAMAS DE HOJE NA Tf"'

PEÇASEM CARTAZ

BÚLSO — 27-:!122 — ilesNão Usam Black-Tie — 211U5.Vesp. quinta e domingo, 16hi5,

COPACABANA — 57-1818 ra-mal Teatro — líoeing- Boeing

21h;!0 — Vesp. quinta e do-mingo, 16h.

DULCINA — 32-5817 — Itolf-ta Paulista — 21h — Vesp.quinta c domingo, 16h.

GINÁSTICO — 42-4521 —Vamos Contar Mentiras — 21h

Vesp. quinta e domingo,I6I1.

JARDEL — 27-8712 — A Tiade Carlito — 21H30 — Vesp.quinta e domingo, 16h20.

MAISON DE PRASCS —,í2-:i456 — Les Mouches — Sódias 12, 13, 13 e 20, as 21he dias 14, 15 e 21, Ss 16h.

MESBLA — 42-4880 — Trêsem I.tia dc Mel — 21h — Vesp.quinta e domínio. I6h.

PRAÇA — 37-7002 — Um lio-mingo em Nova Iorque — 2ihl5

Vesp, dom inco, 18h.RIO — 45-9051 — A Escada

21h — Vesp. quinta I6I1 edomingo, 18h.

RIVAL — 22-2721 — Senho-ra Presidenta — 21I110 — Vesp.domingo, 161H0.

SANTA ROSA — 47-8641 —o Bem-Amado — 211130 —Vesp. quinta e domingo, 161H5.

TNC — 22-0387 — O Circulorto Giz Caucasiano — 21h —Vesp. domingo. 16h.

r„„„l 23,10 — EU, O JÚRI — Jornalis-uanai tlco23,50 — ENCERRAMENTO.

18.00 — Programação Infantil comdesenhos animados. ,, _¦"'•

18,30 — Cine shniv Kibon com Cailill 9Lancelros de Bengala.

19.00 — Fúria. 17,25 — LET'S LEÀRN ENGLISH19.30 — Tele Novela Goigate — Aulas de inglês p: TV.20.00 — Os Reis do Riso 18.00 —.NÓS OS BROTOS — Mu-20,30 — Paladino do Oeste sical - social.21,00 — Esta é a. sua noite 18.45 — A VOZ DE SAO JUDAS21,30 — Dr. Klldare TADEU.22,30 — Jornal Excelslor 19.05 — ATUALIDADES.23,00 — Nathálla Timberg e você 19,35 — TELESPORTE PROPAC —23 05 — Cinema em casa. Esportivo.

20.00 — EXPEDIÇÕES FAMOSASC-nvil (. — Filme.Vj",lrtl 20.35 — FACIT NOS ESPORTES.

16.00 - ALIMENTAÇÃO E SAÚ- 21,50 - REPÓRTER ' CONTINEN-DE T \r

1£ - fRTE^CU^A ^ ~ Zt^ M °ÜROS -

17,00 - 3UPERBAZAR _ Progra- 22.25 _ PAULO' ROBERTO CON-ma feminino rpi uvrA ht^t^pt i??'-o

~ v^v-rDE

GARÔTAS 22.30 - MESAS REDONDAS DE17,o0 - VOLANTES AUDAZES GILSON AMADOFilme18.10 - DESENHOS ANIMADOS °°'05 ~. ENCERRAMENTO.13.45 — DENIS, O TRAVESSO —

ri>™ Canal 1319 15 — AVENTURAS DE RIN-

TIN-TIN. 1635 _ DESENHOS ANIMADOS.19.55 — DIÁRIO DE UM REPOR- 16.50 — TV ESCOLA

TER 17,45 — IVANHOÍ — Filme de20.00 — REPÓRTER ESSO aventuras.20.20 - RUA DO RI RI RI 18'25 ~

?°CK JONES ~ Av<tntl'-

Humorlsmo. lp00 _ A MOLHRR E 0 TEMPO20.50 — ATUALIDADES. _ Feminino.21,10 — MOTO MUSICAL. 19.10 — AVENTURA SUBMARINA21.45 — NA CORDA BAMBA — Filme.

Filme noiiclal I<M5 ~ SHOWZINHO KELLOG'SFi.me pmlclal. JMJ _ TELS.J0RNAIj22.20 _ A GRANDE JORNADA .,„ ?0 _ K-B0N gKOW _ ^^Reportagem filmada. sonhos animados.22.45 — ÍDOLOS DE TODOS 03 20.43 — NOITES CARIOCAS —

TEMPOS. Humorístico.

21,40 ¦ NANCY E O ESQUEMA —Humorístico.

22,00 — ENCONTRO NO BARRA. COUNTRY CLUB.

22.10 — FRENTE A FRENTE.

Co-

PtwkT—^"^rl

22,50 — CAUSA E EFEITOmentárlos.

23.00'— HOMENS E NEGÓCIOS.23.50 — M. E. C. J00,05 — REPORTAGEM DUCA1. • }00.20 — ENCERRAMENTO; ''¦ -"*

ai-

DIARIAMENTENA RÁDIO

JORNALDO BRASIL

O NOTICIOSO COMPLETO.;

0 JORNALDO BRASILINFORMA JO

ONDAS MÉDIAS a40 KO.Dias- úteis; àí 7h S5m - t'21i 30m- lah nüm - 21h 5funDomingos: ár- I2h 3tlm — 18h 5(lm.

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Jornal do Brasil, Õ.Melra, 20-0-03, Cad. B

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ZE CANDANGO por Zé Geraldo c (..mini

CÀÚG .A/C?Ò Gí? .WPE _EA/^ .Ç/TO OÇÜPÇ&-SUPERCHES.. . PÒPTO .l._GP_

. OS JOP W/114; PüBL/C/lM 6 . . . t?EÔ¦ /VI .WCHETfc'«...

^2 "SUPfc" .-ÇUPfT. CO.T. /IT.PO PKtO

J3 COLOP.POVÒ F.BULOÍOHEPOl,Ff? COM I' lm QUE Oi. DIRIGENTES PÜ INTE .N/1CIO .AL /TO DESPEDISSEM WDOC OS OUTROS TOG/1 - (

¦ PO .ES PO TIME,WÉM OS Rf«E .WS PO I/1_"Ji VP| TIME PE .SPI ./IN TI o F.SC/IP . . AM P/l PIS -

.. rg^fÉSíSir^^a.MHI PEWG . EM M .SS/1". I

^SK MEMBRO WIKKK MM ¦¦JW ---'— /

/?» h. 4fcr - />F-^ m

I M .S /lTí EU ESTOU SEWPO DECPEPIPO ?0 SU- IPE .-tlUPEí? A/>)"O E«TE/UPE PE FUTEBOL .V/11 PPECI-

i-a-z

IH_ I |U^J| /-QUALQUER OUTRO^B»JWk / JOC, .DOR .O /WEO»^. 2__mjk í LADO SO S£/?V/Pl. P/IR . ME

W*S ^^W ivL ITR/1P.LH .R. EU PREC/SO É

1-23

ÇEPTA — Cooperativa (Continua)

s^ltomortal

dò amorii ,,. ..

I atéW*torinha

se, tft'0 do Sacise ;c^OLA

..ti

^?!*S.v»I rrPa?-a provar o seu amor pela jovem Vivienne Por-

ter, ãe 16 anos, o operário David Paul, ãe 19, saltou¦ da Ponte de Southwark Bridge, sobre o Tâmisa, emLondres. Tuâo por causa ãe uma discussão, ao fim ãaqual á namorada desacreditada, lhe pedira uma pro-va âe amor.. Um policial, que fazia a patrulha..no.rio, recolheulogo em seguiãa o jovem que se apoiara .num tronco ãe madeira, que flutuava sobre as águas.-"E depois de lhe dizer, severamente, qué.o Tâmisa %$}_*,por ãemais perigoso para conciliar àrrufos, o entrar*gou aos braços ansiosos áa namorada. '¦- -• ',¦»•*

rStal'fWalmir Ayala

A ri.'á''~%e assustou: —tTí. Q,,.Ç:é qu» estamos?.

__ís não responde-, . A-1 tia tentou voar e

io vidro. Estavam'tfèsos. Dentro dadt:" cristal não havia

, ,1ó" ¦ um céu roxo,") puro e agradável.• ular-de terra onde seiver. Nada de mon-' nem lago.

Poti falou baixinho:7- Acho que caimos

numa cilada.A lua tremeu:' — Bemque(eu hão _ue-

ria vir. Vocês são culpa-dos.

Saci acalmou:Esperem, algo deve

acontecer. Vamos' voarmais.

Voaram inutilmente. Deum lado para

"outro sem--pre a parede de vidro ro-

, xa. Nada de caminho, ná-,da de saída. Até que oSaci falou no ouvido dalua e de Poti:

Fiquem calmos, nãose assustem. Tem • al-' guém nos espiando do ou-tro lado.

Os três olharam paracima. E sabem o que vi-ram? .

A enorme caratonha deuma bruxa roxa, de olhosfuzilantes, com, um sorri-so mau nos lábios, olhandoem silêncio os três prisio-neiros. Segurava a bolade cristal roxa entre os de-

des que eram como tron-cos nodosos e longos, comunhas de aço em formade gancho.Estamos perdidos,murmurou a lua.

Calma, disse Saci.Chegue bem perto do lu-gar onde ela está espian-do; eu vou falar com ela.

A lua subiu • e paroucomo um helicóptero, bemperto do nariz da bruxaque se deliciava espiandoaqueles seres misteriosos.Saci bateu com seu ca-chimbo nó vidro: •'-

Ei! (toe, toe) quere-mos sair daqui.

A bruxa déu uma garga-lhada e disse:

Eles falam, eles ia-lam. Que bom! — depoisficou séria e continuou:

Vocês não vão sairdaí, eu vivo muito sozinha.Não tem ninguém nestepaís roxo. Ninguém.

Mas dizem que Deú.imora aqui, disse a Iunnum sopro.

A seguir: O Convite.

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CRS 500.0 00. 00 1!''""•'•"' 3^1iüjlilÍj|->^>JM.W I Só opero n" Rio de Janeiro I

RAMOS

Só eu sei

(Tito Madi)

Leiras das músicasque serão transmitidaspela Rádio JORNAL—-DO BRASIL, hoje,entre as 15h 5m e15h30m.

Your golden sun ifs gonna shinn[for ma

Cante com a

RADIO JB

Só eu seiDa tristeza ImensaQue por toda vidaTua vida -embalou.

Só eu seiDo mais puro sonhoDo sonho mais lindoQue a vida te negouEu sei quase de tudoE sei qúe a esperançaNio morre tSo.cedo assim

"Só e .'sei, 'qüé JS. è bem" tempoDe' te dar a esperançaQue.,vive em mim.

I .left iiiy. heart

in San Francisco

(D. Cross — G. Corj)

I leít my lieart ln San FranciscoHigh on a hill it calls to meTo be wher» little cable carsClimb halí way to the starsThe mornlng íog may chill the

tairI don't care, my love wals on

l .hereIn San FranciscoAbove the blue and windy seaWhen I come home to you, San

I Francisco

Crediário do amor

(Théo)

Eu tenho um lugarzlnho[reservado

Especialmente pra você, meu[bem

Pregado, garantido, seguradoPra você e para mais ninguémÊ todo atapetado de ternuraDesde, o teto até o-chao,.Aproveite ainda hojePois é preço de ocaslftoNSo precisa dar entrada nem

[saldaBasta uns vinte mll beijinhos

[mensaisOferta igual a estait uma vez na vida e nunca maisJà tenho um ombrozlnho

' lestofadoPra você desabafarE tonho uma JanelaBem de frente para o meu olharEu tenho garantia contra crime,Contra roubo e contra maldiçãoE tenho um telefone instaladoPara dentro do meu coraçftoEu acho que agora disse . tudoE você Jã percebeuMas se ainda tá por íora,Meu benzlnho, o lugarzlnho sou

leu.

Cali me

irresponsible(Cahn — Van Ileuscn)

Do filme: Papa's Dclicatc Condltion

Cali me irresponsibleCali me unrellable

, Throw in undependable tooDo my foollsh álibis bore you?Well, l'm not too cleverI Just adore youCali me unpredlctableTeli me...I'm . impracticalRainbowsTm inCllned to pursueCali me IrresponsibleYes, I'm unrellableBut lt's undeniably trueI'm lrresponslbly. mad for you.

Amanhecendo

(Mcnescal — Luís FernandoFreire)

Nas águas dósse rio lindo pnra o[mar

liemos navegando .Sempre sem pararE vendo tantas nuvens brancas

[no azulEsquece a madrugada triste que

[ passouO dia está nascendoVem olhar o solAs aves vêm voando

Ver o nosso amorRopara a poesiaA vida é alegriaNáo chora nunca maisVem vamos amar em pazQue o dia traz 'Mil córes diferentesNesse amanhecerEncantos que sfto vistosSó por quem amouDescanse o seu olhar no meuE veja o céu.

Love is a simple

thhig

(Carrol — Siegel)

Love is a simple thingLove ls a silver rlngShlnny as a rlbbon boatSoft as a qulet snowLove ls a mursery rimeOld as the tic of timeLove ls so many thingsBrlght as an angel'a wlngsOontle as the norning lightLong as a winter night

' Love makcs an old heart slngsAnd lt íills every empty spaceLove is a warmlng placeLove ls a simple thingLove ls a simple thingLove is a magic ringMuch more fun thnn mistlctoeGay as a puppet showLove ls the thunder and rainSwlft ls a soarlng pláce

Love ls a summcr moonGay as a big balloon

Wild as a stormy seaYoung as a callow-pcelLove ls a touch of sprlngAnd lt glves you a sudden graceLove ls a warmlng placo '

Love is a simple thingIfs as sweet as a flrst. embraceLove is a Bpecial faceLove is a simple thing.

Quandoo menino

crescer „ J;. _l.,.„yi,(Paulinho Nogueira)

O que será do menino quando[crescer

•O quo será do menino quando[crescer

Hoje éle é pequenoBasta um pouco do carinhoE uma bola pra brincarLá-lá-rá-lá-lã-ráLá-lft-rá-lá-lá-rá ' •Mas quando êle compreenderQuo só quem tem dinheiroÊ que podo viverNfio vai chorar, nfioNAo vai chorar

(Bis)Vai sair gritando pela ru»Quo alguma coisa tem que mudarQue o sol nasceu piá todo mundoAssim náo pode mais continuarLá-lá-lá-rá-lá-lá-rá

ijESH,^^- '"" r*L?áí^V^"t '»»«*v

.astelos históricos viramotéis de turismo

Castelos medievais e palácios da Renascença, questavam transformados em ruínas com o empobreci-mento dos seus proprietários tradicionais e pelos efei-tos devastadores das duas grandes guerras do SéculoXX, estão-se transformando nos hotéis mais procura-dos pelos turistas que visitam a Europa nesta tem-porada.

Os hóspedes dormem em quartos com mais demeio milênio de existência em móveis usados por nõ-bres reis, e autoridades eclesiásticas. Na Inglaterra, emalguns velhos castelos, explorados como hotéis porseus próprios proprietários nobres, as refeições sãoservidas em baixelas de ouro, por criados vestidos comos trajes da época de fausto dos duques e barões.

do jeito que o mundo vai

RU* EUCUOES FARI* .« AFONES: 302296 F, 30-8719

Expediente 9,00 às 18,00 hs.

Robô paratrabalharcm mar fundo

Um verdadeiro homem mecânico foi construídonos Estados Unidos para executar trabalhos nasgrandes profundidades submarinas.

Essa máquina possui quatro braços, três pernase duas câmaras de televisão que funcionam comodois olhos. O homem mecânico pode trabalhar numaprofundidade de 450 metros. Foi construído paradescobrir jazidas petrolíferas.

Uma rua

chamada

Sofia

A aldeia de Pietroso, na Córsega Central, deu auma de suas ruas o nome de Sofia Loren, em home-nagem à famosa atriz italiana.

A Rua Sofia Loren foi inaugurada com uma cc-rimônia, a que compareceram as mais destacadaspersonalidades do lugar.

EUA fazemmais máquinasde escrever

O primeiro lugar entre _-•os países que fabricammáquinas de escrevercabe atualmente aos Es- .^tados Unidos, seguido,,.pela Alemanha Federal e

' *

pela Itália.

No que se refere, po- -.¦'¦-rém, â exportação, o pri- <"-;meiro lugar cabe à Ale-,,"manha.

Luigi éprofessor :°?aos 12 anos „v_

O menino Luigi Solaro, _ .de 12 anos de idade, obte- i>ve o diploma de Profici-

¦ encyum english, entregue _:pela Universidade de

Cambridge, após a con- .;clusão do curso para ha- \bilitação ao ensino da lin-...gua inglesa.

C o m esse diploma, '

Gigi, como é conhecido,-'",pode subir na cátedra de ..'qualquer escola ginasial;,",do mundo e dar aulas deinglês.;

M U T I LADO

pequenoh

pr

rincAa inianci

vive

Hélio Pólvora

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Fotos de Brás Bezerra

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Rei il!--

A A ..'... .-AXjmi)'':.;¦': I- i -y»- •

Era 1958, na Suécia, Brasil 5, França ,2, Ifyléiniciava mu longo e feliz reinado. "Êsle neizro j*iosdesmoraliza!", queixou-se um francês cansado, de.ye-ceber o drible fulminante com que o Rei pedia pas-sagem para o séquito. Em 1958, no Rio, Morro dnBorel, onde os malandros trocam tiros à noite, o/rçie-nino Carlos Augusto observava a vida, olhava Pçlé

• ¦ .

* -

.- - *

-¦ ^ ".-'!''¦¦:

nas gravuras de. revistas e jortiais. -y. ,M0 menino tinha seus dois anos e pouc.o;, ainda

não decidira, ser também um grande quando crês-cesse. Queria era brincar. Via Pele, nas Revistas,cercado de louras crianças escandinavas. "P.ai, eutambém quero brincar cqm êle." Um magoado jo.r-nalista francês escrevera que as mães do Br,asilvsp-nhavam com o privilégio de ter filhos parecidos comPele. 0 pai de. Carlos Augusto, quitandeiro do Bo-rei, olhava o filho, achava-o o seu tanto parceiro comó Rei — e dèsliunbrava-se.

¦ÁÁr. ':'M)*i- ,i.

, Dia foi, dia Areio, Pèlé desdobrava o mant,o, aco-lhia novos vassalos; o menino do Borel crescia, fir>• * •'mava-se nas pernas, pensava numa bola de verdade,

que íôsse redonda e pulasse, comia amendoim c ad-mirava, cheio de temor, o assaltante Tião AÇçflonhfí.Devia ser, um homem terrível, um preto gigantescocom a força dè todos os pretos do Morro, a abrir.;çq-minho entre fileiras de policiais com a sua fuzilariacerteira.

Seis anos dc idade, um menino igual aos ouli-qs,bom de bola, ótimo para dar recados, entregar cer-veja e refrigerantes, só que um pouco introspectiyp,,dado a cismar olhando a Cidade embaixo. .Pare.ciaum Judas Fawley a contemplar rie. longe , as tô,r-res góticas de Christminster. Um dia, soube;, qué ,ns

.tioportunidades também sobem o Morro; raramen-te, mas sobem. Alguém convidou-o para íazçv.o pa-pel de um dos filhos de Tião Medonho no filme Así:itillò tio Trem. Pagador. Carlos Augusto, qu.p. sem-

pre vira, iá ser visto. Sua primeira reação foi çonrtar dos outros: alvo de admiração embasbacada, pelaprimeira vez no centro do seu círculo de. giz,, çiyj-,*ou-se do espeláculo, isolou-se a fim de ver-se, na

platéia, vendo-se na tela. Uma sensação boa.Assim começou, no Borel, o reinado de seu pç-

queno príncipe. Carlos Augusto abria os braço^ paraacolher o mundo: "sê bem-vinda, 6 Vidal'' Semdúvida o membro mais falado da precária c.o.mühl*;^dade equilibrada à beira de abismos. A figura dêTião Medonho esmoreceu, reduziu-se a um^prêtp

grande que correra um risco terrível — e saíj-a pçr- .dendo. Nas filmagens, a fala mansa e a cara fecha-da do ator Eliézer Gomes, intérprete do personagemfaçanhudo, insinuavam crueldades insuspeitadas:fora do sei, um preto grande e brincalhão, amigo dòmeninos, assim como Pele.

.TO "i •

Carlos Augusto gostou do par de sapatos, .do tfno novo que,o fazia andar empertigado, daêscôde dentes — uma ninharia na qual os adultos dèbriam certas utilidades. Valia a pena repetir a dtser apontado no Morro, pelas mães, como* espel^.,exemplo para outros meninos. Carlos Augusto foium pretinho em Bôcrr de Ouro, de Nelson Pereirados Santos, depois recolheu-se aos penates. Parecia,atirado à cerca do cinema nacional, uni Dom O'"xote "de damas tan bien servido". Até que a fí;bria do vasto manto do Rei cobriu-o. ....._..

' ¦' .,-!-

Foi o sorriso que o ajudou — um alvo sorrisode pasta dentifrícia, escova e gargarejos. Uifi sorrj,-.,so alvo de teclado aberto em escura madeira lus-,,

¦ - ., * i;. -1 -. '

trosa. Assim descobriram, os que iam fazer o filmeO Rei Pele. que o menino Carlos Augusto, quandosorria, era o. Rei dos 6 aos 9 anos, muito parecido,quase uma cópia fiel. Encontravam-se assim o príicipe e o pobre — e o príncipe, na sua infinita mag-nanimidade, permitia uma passageira troca de identidade para reencontrar a infância.

Carlos Augusto, que conquistou um lugar vcomunidade dos grandes e realizou-se como meninao encarnar o menino Pele. vai ver-se hoje, na te]de ehutéiras, como o Rei da bola que. afiava o ri ri-ble. oí V-liuies e a malícia para quando a maturidadechegasse. Êle, Carlos Augusto, príncipe do Borel,

que também afia seus instrumentos (está aprendeu-do a ler) para a aventura de viver, para ser talveznm grande como Pele, Rei em todos os idiomas.

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3.° CADERNOAPARTAM ENTOS,PRÉDIOS E TERRENOStJORNAL

PARTE INSEPARÁVEL DO JORNAL

3.° CADERNO

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rburtüe ae , caxias, uumtn-ilca—que—a_ílnlca cota decapital que possuía na sociedade foi por êle cedida aoSr. Abilio da Silva Santos, Já sócio-cotísta da mesmafirma, — conforme instrumento assinado em 8 cie

i abril dêste ano, devidamente averbado no Cartório do' Registro de Comércio. Assim, nenhuma responsabili-

dade tem pelos negócios da referida firma.Duque de Caxias, 29 de Julho de 1963

CELESTINO PINTO DE MOURA

| Aí íirffia J. PEREIRA| & SERENO LTDA.

Estabelecida nesta Cidade, na Ave|nida Ministro Edgard Romero, 239Galeria B, declara para os devidos finsque o seu cartão de inscrição no DRMn.° 252 841, encontra-se extraviado.

Rio de Janeiro, 19 de setembro 1963

J. Pereira & Sereno Ltda.

Cooperativa Mista de Consumo eConstrução dos Ferroviários da

E. F. C. do BrasilEDITAL

ASSEMBLÉIA-GERAL EXTRAORDINÁRIA(1.*, 2.*, 3." Convocações)

Na conformidade do disposto nos artigos ns. 31,39, 43, 44 e 46 dos Estatutos, convoco os senhores As-.sóciádós para se reunirem na sede social, situada naEstação D. Pedro II — Subsolo — Estado da Guana-bara, em Assembléia-Geral Extraordinária, no dia 25do corrente mês de setembro, ãs 17 horas, em 1.» con-vocação, ou ãs 17 horas e 30 minutos em 2.» convo-cação, oú ainda às 18 horas, em 3.« convocação.

Rio de Janeiro — GB — 12 de setembro de 1963.a.) AMANY FERREIRA MAYRINK

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Rio de Janeiro, 19 de setembro de 1963.SANBRA

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Chama-se a atenção a quem interessar que no Diário OficialEstado do Rio de Janeiro, Seção I — Fis. 10_ — do dia 9 desetembro de 1963 — Foi publicado a Concorrência Publica n.1/63 referente à Alienação de Veículos, a .se realizar no dia 23 no Bôzo de seu.dircifos.de setembro, às 14 horas, na Delegacia Regional, sito na Ruada Conceição n.° 99. 12.° andar, Niterói.

O material a ser alienado encontra-se depositado na RuaCoronel Serrado h.° 470, em São Gonçalo, onde poderá ser èxarni-nado pelos interessados, diariamente, das 12 às 16 horas, excetoaos sábados.

Condomínio do edifício AlaskaAssembléià-Geral Extraordinária

í-ão convidados os Srs. Condôminosdo Edifício Alaska, sito à Av. N. S. Copaca-bana n.° 1241 e Av. Atlântica ri.0 3 806,para se reunirem em Assembléia-Geral Ex-traordinária, a realizar-se no próximo dia25 de setembro, 4.Meira, às 20,30 h, eml.a.convocação e às 21h em segunda con-vocação, qualquer que seja o número decondôminos presentes, para deliberar o se-guinte: a) Substituição do esgoto, confor-me intimação da Prefeitura; b) aumentoda cota de" gás;'c) aprovação do novo re-gulamento e d) assuntos gerais.

Rio de Janeiro^ 19 de setembro de 1963(as.) R. Rachmann

& Inspetora

Declaração à PraçaDROGARIA IMPERIAL LTDA., estabe-

lecida na Travessa Municipal, 27 — Nilo-polis — Est. do Rio, pede o comparecimen-to. de todos os credores, para serem pagosoportunamente, pois a referida firma estásendo vendida aos SvL CIRNE CARVALHOALVIM e CELSO MOREIRA ALVIM.

as.) Cirne Carvalho Alvim

Caixa de Previdência do Sindicatodos Despachantes Aduaneiros do

Rio de JaneiroTELEFONE 23-ORSO — CAIXA POSTAL 38

END. TELEG. ADUANEIROS

Assembléia Geral ExtraordináriaEDITAL DE CONVOCAÇÃO

Nos termos do Artigo 1> em consonância com oArt. 10, letra f do Art. 2.° do Regulamento vigente,e conseqüentemente, de acordo com o disposto noArtigo 44, 8 1." dos Estatutos do Sindicato em vigor,CONVOCO os senhores associados, em pleno gúzo deseus direitos, para se reunirem em Assembléia-GeralExtraordinária na serie do Sindicato, na Rua May-rlnk Veiga, 4. 2." pavimento, no dia 24 do correntemés, às ie' horas, em primeira convocação ou às 17horas, em segunda convocação, para os seguintesíiris:

ts) discussão da Ata da Assembléia anterior, rça-lizada em 27 de junho de 1963; (Ata esta já do co-nhecimentd da Classe).

bl apreciar o Regulamento da Carteira de Em-

préstimos e Financiamentos.Rio rie Janeiro, 18 de setembro de 1963

ABÍLIO CORRÊA(Presidente;

IMPORTANTE:Chamo a atenção dos Srs. Associados para o para-

grafo único do Art.'10, que é o seguinte: (verbis).—Parágrafo Único — As decisões da Assembleia-Geralsobre a matéria tratada neste artigo, deverão ser

tomadas por maioria rie votos dos associados em pie-— A- C.

1." LOTEN.° dc ordem

183192196215

2." LOTEN.° de ordem

242309249

AmbulânciaAmbulânciaAmbulânciaAmbulância

AmbulânciaAmbulânciaAmbulância

DiscriminaçãoChevrolet 1950Chevrolet 1952Chevrolet 1954Chevrolet 1954

DiscriminaçãoFord F-250 1956Ford F-250 1956Ford F-250 1956

LOTEN.° de ordem

373379

DiscriminaçãoJeep Willys 1953Jeep Willys 1958

A COMISSÃO DE ALIENAÇÃOAssinat.; Ornar Gomes Bucno

Orlando MartinsJose Faulo Soares

EDITALEdifício Plaza Copacabana

(1.* e 2.* Convocação)Ficam convidados os senhores condôminos a com-

parecerem a reunião de Assembléia-Geral Extraordi-

nária, a realizar-se no dia 26 do mes corrente as 20 30

horas em sua sede, na Avenida Princesa Isabel, 2bi,

sendo a seguinte a Ordem do Dia: „.„...„,I a) prestação de contas e aprovação das mesmas,

até 31 dc dezembro de 1962:í b) eleição do Sindico e do Conselho Fiscal, para

o biênio 1963-1965;i c) o one ocorrer.I Não havendo número lesai para a l.« convocação,

130 minutos após a hora, rcalizar-sc-á a reunião em

!2.1 convocação, com qualquer número. '

Rio de Janeiro, 19 de setembro de 1963.

VICTORINO DE ALMEIDA JÚNIOR.S í ri d i co-

Transporte Presmic Sociedade AnônimaAssembléia-Geral Extraordinária

Pela presente, íicam os Senhores Acionistas, con-

vooadòs para se reunirem em Assembléia -Geral .ax-tra ordinária no dia 25 do corrente, as 14,00. iü.uu e

16.00 horas cm l.\ 2.» e 3.* convocação, respectiva-

mente, cm sua sede social, sito na Rua H n. io

Miguel Couto. Nova Iguaçu, a fim de deliberarem so-

bre os seguintes assuntos:l.i _ Apreciação de Contas:2." — Aprovação de Projetos;3.° — Assuntos Gerais.

MigU"l Couto, em 16 dn setembro rie 1SM.TRANSPORTE PRESMIC S. A.

a.i ilegível

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