O direito subjetivo de propriedade em face da coexistência humana
Propriedade Industrial: Visão de Negócio (Patente)
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CENTRO UNIVERSITÁRIO ÍTALO BRASILEIROPrograma de Pós-Graduação
Gestão Estratégia Econômica, Financeira eContábil
Heidi de Oliveira Lima
PROPRIEDADE INDUSTRIAL:Visão de Negócio
Monografia apresentada ao CentroUniversitário Ítalo Brasileiro, comoparte dos requisitos para obtenção doGrau de Especialista em GestãoEstratégica Econômica, Financeira eContábil.
Orientadora: Profª Emília Satoshi Miyamaru Seo
SÃO PAULO2007
FOLHA DE APROVAÇÃO
Heidi de Oliveira Lima
PROPRIEDADE INDUSTRIAL:Visão de Negócio
Monografia depositada no Centro Universitário Ítalo Brasileiro,
Campus da Pós-Graduação no dia 29/10/2007.
_______________________________________
In Memoriam do meu pai e minha irmã peloamor, carinho, sabedoria e vigor que tem meinspirado a ser melhor que posso ser.
AGRADECIMENTOS
Inicialmente, expresso minha gratidão ao Professor Norberto
Giuntini, por ter escrito uma carta de recomendação acadêmica,
cujo foi o primeiro passo para o meu ingresso no Mestrado.
Agradeço a minha orientadora, professora Emília Satoshi Miyamaru
Seo, também pelo tempo dedicado a escrever a carta de
recomendação acadêmica, especialmente pela atenção, cordialidade
e profissionalismo com que contribuiu para a realização deste
trabalho.
A professora Renata Ferreira, pelas preciosas horas de convívio e
aprendizagem, meu respeito e grande admiração.
A professora Angela Menezes, pelas críticas e sugestões
construtivas. Como também aos demais professores e funcionários
da Uniítalo, pelo empenho, dedicação e presteza prestados durante
o curso de Gestão Estratégica Econômica, Financeira e Contábil.
Ao Centro Universitário Ítalo Brasileiro, pela acolhida, pelo
aperfeiçoamento do aprendizado e crescimento profissional.
Aos funcionários Instituto Nacional de Propriedade Industrial –
INPI e profissionais de outras instituições, pelas informações
disponibilizadas, que contribuiu para a elaboração deste
trabalho.
A minha família, pelo apoio, compreensão, afeto, carinho e alento
nos momentos difíceis, bem como os colegas e amigos que
incentivaram o prosseguimento dos estudos de gestão financeira.
Especialmente, ao João Bosco e Joelma por ter aberto a porta para
meu primeiro emprego.
A Poyry Tecnologia Ltda que sou extremamente grata por ter
enxergado em mim um futuro promissor, durante a fase final deste
trabalho.
E finalmente, a ser supremo e seus representantes, pela força e
coragem, além de ter me conduzido à realização e conclusão deste
trabalho.
Inventar é imaginar o que ninguém
pensou; é acreditar no que ninguém
jurou; é arriscar o que ninguém
ousou; é realizar o que ninguém
tentou. Inventar é transcender. (Santos
Dumont)
LIMA, Heidi de O. (2007). Âmbito estratégico de proteção legal e
direito econômico sobre a licença de registro da propriedade
industrial. Monografia de Pós- Graduação em Gestão Econômica, Financeira e
Contábil. São Paulo: CENTRO UNIVERSITÁRIO ÍTALO BRASILEIRO.
RESUMO
Neste presente trabalho são fornecidas as instruções para
adquirir e proteger o conteúdo da patente (de invenção ou modelo
de utilidade) nacional e internacional, por um determinado
período, conforme a legislação em vigor. Isto inclui o ato
titular defender e executar os direitos da patente contra
concorrentes que utilizam a invenção patenteada sem permissão ou
quem deposita patentes com conteúdo similar, visando à expansão
tecnológica ou biotecnologia da matéria técnica descrita no
pedido de patente, e respectiva proteção legal em território
nacional e internacional. Portanto, este artigo demonstra os
pontos de interesse público no ramo do direito de propriedade
industrial (patente), abrangendo o Direito Autoral e
principalmente, Empresarial em termos de exploração comercial de
patentes de invenção. Invenções estas na área da agricultura,
pecuária e industrial, como alimentos, bebidas e medicamentos no
Ministério da Saúde, ou ainda, obras intelectuais (literatura,
música, escultura, desenhos, fotografia, videofonogramas,
projetos arquitetônicos ou de engenharia). Assim, o termo
“patente” será tratado como beneficio de desenvolvimento
tecnológico em áreas de conhecimento como engenharia, biologia,
química, arquitetura, informática, literatura, contabilidade,
economia, direito, entre outras. Em outras palavras, será
demonstrado como um empresário pode acumular capital com
exploração da patente, principalmente em relação à licença como
meio de obtenção de royalties ou outro de tipo de recebimento,
por permitir utilizar exploração da patente. Para rematar, este
artigo prescreve qual a pessoa e a entidade envolvidas para
patentear, como também, as que beneficiaram com a exploração da
patente.
Palavras chave: royalties, carta-patente, invento, nulidade, direito.
LIMA, Heidi de O. (2007). Strategic Scope of legal protection and
economic right on the license registration of industrial
property. Monograph of After Graduation in Economic, Financial and Countable
Management. Sam Paul: BRAZILIAN UNIVERSITY CENTER ÍTALO.
ABSTRACT
In this work are given instructions to acquire and
protect the content of the patent (of invention or utility model)
national and international, for a limited time, according to the
laws in force. This includes the act holder defend and enforce
the rights of the patent against competitors that use the
patented invention without permission or who has patents with
similar content aimed at the expansion of technology or
biotechnology field technique described in the patent
application, and its legal protection in territory national and
international. Therefore, this article shows the points of public
interest in the branch of the right to property (patent),
covering the Copyright and mainly, in terms of Corporate
exploitation of patents of invention. These inventions in the
area of agriculture, livestock and industrial, such as food,
beverages and medicines at the Ministry of Health, or,
intellectual works (literature, music, sculpture, drawings,
photography, videofonogramas, designs, architectural or
engineering). Thus, the term "patent" will be treated as benefit
technological development in areas of expertise such as
engineering, biology, chemistry, architecture, computer science,
literature, accounting, economics, law, among others. In other
words, will be shown as a businessman can amass capital to
exploit the patent, mainly regarding license as a means of
obtaining royalties or other type of receipt, to allow use
exploitation of the patent. To finish this article which
prescribes the person and entity involved to patent, as well as
those that benefited from the exploitation of the patent.
Index-terms: royalties, patent, invention, law, strategy.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇAO 101.1 Justificativa 151.2 Problemáticas da Pesquisa 151.3 Objetivo 16
Geral 16Específico 16
1.4 Hipóteses 171.5 Metodologia 18
2. DESENVOLVIMENTO 192.1 Evolução Histórica 192.2 Conceito 222.3 Processo 23Nulidade 25Custos Básicos 29Anuidade 30
2.4 Procedimentos 322.5 Aquisição 342.6 Direito do Titular 38Restrições de Direito 46
2.7 Classificação 482.8 Legislação 50
3. DISCUSSÂO 52
4. CONLUSÃO 59
5. REFERÊNCIA 60
1. INTRODUÇÃOSegundo Bezerra (apud: LIMA e TAPAJÓS, 2003, p61) relata que:
O novo cenário internacional tornou a competitividadeelemento inquestionável de sobrevivência das empresas. Amudança de comportamento mundial vem exigindo a adoção deações que auxiliem no acompanhamento da evolução aceleradapor que vêm passando os países. Neste contexto, aPropriedade Industrial representa instrumento estratégicocompetitivo, atuando de forma decisiva junto à comunidadeindustrial e científica.
Desta Maneira, a Propriedade Industrial pode constituir-se
num mecanismo básico para impulsionar o crescimento e o
desenvolvimento das Empresas. Porque o registro de Patente é
como um instrumento estratégico de ousadia e inovação,
complementar ao esforço empresarial, que proporciona
desenvolvimento de novas tecnologias desenvolvidas em processos
e projetos, como de produtos inovadores obtidos em projetos
específicos e/ou transformações / melhorias radicais
implementadas em processos, sistemas, equipamentos ou
instrumentos existentes.
Logo, faz-se necessário compreender que os bens imateriais
e, por conseguinte, os direitos da propriedade industrial que os
protegem, assumirão cada vez mais um grau de importância
estratégica e vital para a sobrevivência das indústrias no plano
nacional e internacional, como propulsor do desenvolvimento dos
processos econômicos, sobretudo com o fenômeno da globalização,
que vem acentuar o fenômeno da concorrência industrial, pois,
com a abertura das economias nacionais, novos mercados de
consumo se abrem para a atuação desses conglomerados
empresariais.
Com isso, indispensável expressar-se de forma clara,
precisa e objetiva, com termos da linguagem formal, que não é
uma tarefa fácil, sobre o invento ou a criação industrial para
formalizar o seu respectivo registro. Sendo assim, os
inventores, principalmente os especialistas em área técnica,
sofrem um verdadeiro martírio no desenvolvimento o pedido de
proteção a Patente e conseqüentemente perdem inúmeras
oportunidades de negócios, que podem ser aproveitadas com a
correta proteção para o uso da sua invenção ou criação. Por
tanto, conforme expresso em Lei de Invenção Tecnológica (Lei
10973/04):IX - inventor independente: pessoa física, não ocupante decargo efetivo, cargo militar ou emprego público, que sejainventor, obtentor ou autor de criação (SILVA1, 2004, p1).
Para se elaborar um pedido de patente é preciso atender as
seguintes etapas (NOVA MARCA CONSULTORES ASSOCIADOS LTDA, 1985,
p. 15):
1. Definir o objeto ou processo (para invenção) para que a
matéria do pedido tenha suficiência descritiva, ou seja, possa ser reproduzida por um técnico no assunto;
2. Ser o mais abrangente possível, até o limite revelado pelo estado técnico;
3. Evitar contradições totais ou parciais com características relativas a termos técnicos.
Por tanto, o relatório descritivo ou pedido de patentes
deverá, conforme a Lei 9279/97, à Lei de Propriedade Industrial
(LPI), ou da Lei de Patentes:Art. 24º. O relatório deverá descrever clara esuficientemente o objeto, de modo a possibilitar suarealização por técnico no assunto e indicar, quando for ocaso, a melhor forma de execução.Parágrafo único - No caso de material biológico essencial àrealização prática do objeto do pedido, que não possa serdescrito na forma deste artigo e que não estiver acessívelao público, o relatório será suplementado por depósito domaterial em instituição autorizada pelo INPI ou indicada emacordo internacional (CARDOSO1, 1996, p7).
Para sua preparação, basendo-se no “Formulário de RespostaTécnica Padrão” do SERVIÇO BRASILEIRO DE RESPOSTA TÉCNICA(STEFANELO, 2006, p. 1-2), podemos observar os seguintes itens:1. Apresentar detalhes técnicos, com dados atualizados, para
evitar a obtenção de uma patente obsoleta;2. Descrever de forma clara, para o examinado técnico
compreenda perfeitamente a matéria do pedido;3. Não da margem aos concorrentes para reivindicar outro pedido
para alternativas de uma mesma invenção (incluindo essas alternativas no seu próprio pedido, afinal as reivindicaçõessão à extensão da proteção de uma patente, conforme o Artigoabaixo);
Art. 41º A extensão da proteção conferida pela patente serádeterminada pelo teor das reivindicações, interpretado combase no relatório descritivo e nos desenhos (CARDOSO1,1996, p10).
Todos estes aspectos devem ser realizados para as patentes
sejam validadas, e publicadas pelo Instituto Nacional de
Propriedade Industrial (INPI) Para, assim, o titular da invenção
poder produzir, utilizar ou vender o produto ou processo
patenteado, para maior enteendimento classificaremos-o assim:
Empregador – é toda empresa, individual ou coletiva,
que assume risco da atividade econômica (no caso o
estudo ou a produção da invenção), admite, remunera os
empregados e dirige-lhes as atividades, como expressa a
LPI:Art. 88º. A invenção e o modelo de utilidade pertencemexclusivamente ao empregador quando decorrerem de contratode trabalho cuja execução ocorra no Brasil e que tenha porobjeto a pesquisa ou a atividade inventiva, ou resulte estada natureza dos serviços para os quais foi o empregadocontratado.Parágrafo 1º. Salvo expressa disposição contratual emcontrário, a retribuição pelo trabalho a que se refere esteartigo limita-se ao salário ajustado.Parágrafo 2º. Salvo prova em contrário, consideram-sedesenvolvidos na vigência do contrato a invenção ou omodelo de utilidade, cuja patente seja requerida peloempregado ate 1 (um) ano após a extinção do vínculoempregatício (CARDOSO1, 1996, p21)
Empregado – O empregador, titular da patente, poderá
conceder ao empregado, autor de invento ou
aperfeiçoamento, participação nos ganhos econômicos
resultantes da exploração da patente, mediante
negociação com o interessado ou conforme disposto em
norma da empresa, esta participação não se incorpora ao
salário (Art. 89º, da LPI); mesmo se aplica ao
trabalhador autônomo ou o estagiário e a empresa
contratante e entre empresas contratantes e contratadas
(Art. 92º, da LPI). Por tanto, são juridicamente,
aquele que tem sujeição e obrigação às leis
trabalhistas, assim como o estagiário, o bolsista e
similar, tanto para o âmbito privado como público que
realizam uma invenção de serviços. .
Administração Pública Direta, Indireta e Fundacional -
A premiação é assegurada na mesma forma (arts. 89 e 93,
da LPI), com prestação ao INPI as informações
solicitadas com objetivo de subsidiar o arbitramento da
remuneração. (art 73. Parágrafo 5, da LPI). Como,
também, o Art. 3º, do Decreto nº 2.553:Art. 3º Ao servidor da Administração Pública direta,indireta e fundacional, que desenvolver invenção,aperfeiçoamento ou modelo de utilidade e desenhoindustrial, será assegurada, a título de incentivo, durantetoda a vigência da patente ou do registro, premiação deparcela do valor das vantagens auferidas pelo órgão ouentidade com a exploração da patente ou do registro. § 1º Os órgãos e as entidades da Administração Públicadireta, indireta e fundacional promoverão a alteração deseus estatutos ou regimentos internos para inserir normasque definam a forma e as condições de pagamento dapremiação de que trata este artigo, a qual vigorará apóspublicação no Diário Oficial da União, ficando convalidadosos acordos firmados anteriormente. § 2º A premiação a que se refere o "caput" deste artigo nãopoderá exceder a um terço do valor das vantagens auferidaspelo órgão ou entidade com a exploração da patente ou doregistro (CARDOSO2, 1998, p1).
No caso de patentes de alunos ou pesquisadores ligados a
universidades, por lei (Art. 88º, da LPI), não podem patentear
suas descobertas em seu nome. Quem detém a propriedade é sempre
o empregador, no caso, a universidade, e ou caso dos alunos, o
pedido deve estar vinculado a algum professor, técnico ou
funcionário contratado da universidade. O aluno ou pesquisador
tem direito de receber uma parcela do royalties, que são despesas
operacionais para efeito de tributação (Imposto de renda).
Segundo a Lei 4.506/64, são:Art. 22. Serão classificados como "royalties" osrendimentos de qualquer espécie decorrentes do uso,fruição, exploração de direitos, tais como:
1. Direito de colhêr ou extrair recursos vegetais, inclusive florestais;
2. Direito de pesquisar e extrair recursos minerais;3. Uso ou exploração de invenções, processos e fórmulas de
fabricação e de marcas de indústria e comércio;4. Exploração de direitos autorais, salvo quando percebidos
pelo autor ou criador do bem ou obra.Parágrafo único. Os juros de mora e quaisquer outrascompensações pelo atraso no pagamento dos "royalties"acompanharão a classificação destes (BRANCO, 1964, p1).
Tal Artigo prescrito em lei tenta sistematizar as noções do
que seria: aluguéis, juros e royalties, ou o montante destinado
a remunerar o uso, fruição ou posse de bem ou direito alheio, e
que permanece como tal, já que os pagamentos destinados à
aquisição dos mesmos bens ou direitos não são dedutíveis.
Previsto na alínea c, parágrafo único, art 71, da Lei 4.506/64:Art. 71º. Parágrafo Único: c) as importâncias pagas aterceiros para adquirir os direitos de uso de um bem oudireito e os pagamentos para extensão ou modificação docontrato, que constituirão aplicação de capital amortizáveldurante o prazo do contrato; (BRANCO, 1964, p1).
Em suma, a Propriedade Industrial abrange os direitos sobre
toda a atividade inventiva e da criatividade humana, em seus
aspectos científicos, tecnológicos, artísticos e literários.
Além disso, o seu detector garante, por força da lei, o direito
à exploração exclusiva de venda, aluguel ou cessão
temporariamente; tem suporte para ações jurídicas (carta-
patente); possibilidade de atender as necessidades do mercado
(estratégica de marketing); sem mencionar, na agregação de valor
em seu produto. Em outras palavras, no ponto de vista legal, o
Novo Código Cívil considera:Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar edispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quemquer que injustamente a possua ou detenha (CARDOSO3, 2002,p71).
1. Justificativa
Por meio deste trabalho, ajudar na melhor compreensão dos
requisitos e orientação para o registro da patente, também
fornecer os investidores infra-estrutura, indicar quais as leis
que regem este setor, e dados de obtenção de receita na
exploração do título de patente que proporciona benefícios
econômicos futuros para seus investidores, abrangendo seu
desenvolvimento, proteção ao investimento e aos direitos
autorais, obtenção de royalties ou outro tipo de recebimento,
como na negociação de sua licença de modo parcial (franchising) ou
em sua totalidade. Muitos benefícios, como contribuição para
inovação e assente em estratégicas de marketing diferenciadoras;
para o aparecimento de novos ramos de Mercado; além de assumir
como mecanismo regulador da concorrência e garantir a proteção
do consumidor; e finalmente, associado ao desenvolvimento
cientifico e tecnológico e ao crescimento sustentado e
sustentável da economia.
2. Problemática da PesquisaPara que uma invenção ou criação industrializável se torne
um investimento rentável é necessário em primeiro lugar, que
elas estejam devidamente protegidas. Então quais os diferentes
mercados para o investimento? Quais são os custos necessários de
patenteamento? Quais os mecanismos possíveis de impor e
controlar o uso de patente? Há necessidade de aprovação ou
certificação governamental?
3. Objetivo1. Geral
O trabalho visa propiciar melhor compreensão e análise do
investimento exploratório e/ou desenvolvimento da patente, bem
como subsídios para o registro de patente, e entendimento dos
direitos nacionais e internacionais do autor e/ou titular da
patente, apresentando meios de exploração e visando demonstrar
as vantagens e as desvantagens do setor.
2. EspecificoPara este trabalho será adotado o seguinte objetivo
especificos:
Conscientizar o empresário da importância da
propriedade industrial para ele tire o maior proveito
de seu negócio. Por tabela, que resulte no aumento
considerável no numero de registro de patente.
Apresentar os riscos eminentes que eventualmente podem
prevalecer sobre aspecto econômico no impelir do
desenvolvimento, colocando em discussão da quebra de
patente.
Demonstrar a lógica econômica do mecanismo de proteção
em que os lucros obtidos pela licença de proteção de um
produto patenteado garantem ao detentor da patente o
reinvesti mento em pesquisa e desenvolvimento de novos
produtos.
Descrever, com base na legislação, o que devem ser
patenteável, o que são possíveis de ser protegidos, e
quais os meios disponíveis de obtenção do lucro
proporcionado pela licença de proteção à patente.
4. HipótesesPara este trabalho será adotada a seguinte hipótese:
Se o reflexo de uma política industrial sem incentivo
suficiente à pesquisa e com um sistema de registro de
propriedade industrial arcaico, então reflete no
ranking dos paises que registram marcas e patentes.
O empresário que conhece a importância da Propriedade
Industrial fica mais atento ao que acontece no mercado,
observando, em especial, os produtos inovadores, o que
pode melhorar e sua competitividade. Então o titulo de
propriedade sobre patentes, atribui ao impedimento dos
concorrentes ao uso indevido da patente, como também,
gera valor e negócios adicionais aos empresários.
Um sistema eficaz de gestão de Propriedade Industrial é
considerado estratégico para o crescimento sócio-
economi8co do País, uma vez que protege o conhecimento
gerado pelos inventores e estimula a invenção
tecnológica, reduzindo, assim, a dependência em relação
á tecnologia desenvolvida por outros países.
5. MetodologiaO enfoque adotado neste estudo será a pesquisa exploratória
- situar-se em um problema sobre o qual o pesquisador não tem informações ou
conhecimento suficiente para elaborar hipóteses pertinentes ou para traçar
estratégicas mais sofisticadas que permitam atingir objetivos precisos (MIGUELES,
2004, 135p), abrangendo os procedimentos de registro de patente,
os direitos autorais/titulares, e a visão exploratória da
propriedade industrial, bem como questões relacionadas a
CONTABILIZAÇÃO. Sendo utilizado nele o método de pesquisa
literária, fundamentada numa análise teórica, com observação
prática e leitura de documentação, até então disponível no meio
acadêmico e nas instituições governamentais, com objetivo de
obter um verdadeiro juízo sobre custos e benefícios da relação
de investimento, tanto no seu desenvolvimento quanto na sua
exploração, com isso determinar e identificar os tipos de
patentes, os principais meios de negociação e prescrever as
regras do Mercado, que são as mais relevantes características da
realidade problemática exposta, com base na legislação nacional
e internacional. Na consulta da bibliografia disponível sobre o
tema de estudo proposto, como trabalhos, artigos e normas legais
voltados para este tema, cujo o alvo de investigação será
processo exploratório da patente.
2. DESENVOLVIMENTO1. Evolução HistóricaNa história da humanidade, , é difícil determinar com
exatidão quando a palavra invenção ingressou-se no vocabulário,
para definir “concepção resultante do exercício da capacidade de criação do
homem, que represente uma solução para um problema técnico específico dentro de
um determinado campo tecnológico e que possa ser fabricado ou utilizado
industrialmente (ROCHA, 2002, p7). Meados do século XV, os soberanos
concediam, aos individuos, a exclusividade para exercer um
demarcado comercio, vender um produto ou usar um processo de
fabricação. Esse benefícios eram concedidos como formula engajar
a introdição de inavações em certas regiôes ou por outras
explicações palsiveis, “como privilegiar suditos” (ABRANTES, 2005, p6).
Neste sistema, as corporações sofriam uma agressiva
insegurança mediante a exclusividade de seus segredos comerciais
e necessitavam de uma amparo legal para preservar tais segredos.
Visto que, o monopolio “medievais constituíam um entrave para o crescimento
do comércio entre diferentes regiões. A expansão comercial força o aparecimento das
primeiras legislações modernas de patentes, para as invenções dotadas de novidade e
operáveis (funcionais)” (ABRANTES, 2005, p6-7). Levou os soberanos de
Veneza conseder aos artistas da ilha veneziana o primeiro
registro de patente, que protegia os segredos dos critais,
conforme expresso pelo INPI - Instituto Nacional de Propriedade
Industrial com parceria MDIC - Ministério do Desenvolvimento,
Industria e Comércio Exterior (2007, p9):O vidro, em si, não era novidade. Ele era conhecido 4.000anos antes da Era Cristã e a própria Bíblia continhareferencia a vidros e espelhos. Mas o jeito de tratar omaterial, de moldá-lo em forma inimagináveis a partir dofogo e de produzir peças em escala, tudo isso tinhaendereço certo: a Ilha de Murano.
Em consequência foi progugada a primeira lei que estabelece
os principios basicos como novidade, aplicação industrial,
licença de exploração, sanção a terceiro por infração de
patente, exclusividade, e salvaguarda dos interesses economicos
do Estado, denominada “Lei veneziana”, ou “Lei de Veneza”,
assinada em:19 de março de 1474 - Estatuto que assegura direitosexclusivos aos inventores de novas e engenhosas máquinas(Prazo de 10 anos)
– Preâmbulo: “Temos entre nós homens de grandegeniosidade, aptos a inventar e descobrir máquinasengenhosas ... Assim, se for estabelecido que as suasinvenções serão protegidas de modo que outros que asvejam não possam construí-las e retirar a honra doinventor, mais homens aplicarão seus gênios edescobrirão e construirão mecanismos de grandeutilidade e benefício para nossa República”. (JABUR;2006, p6)
A partir dessas origens, a prática de concessão de patentes
foi se disseminando pela Europa continental, até o século
seguinte, onde o cientista Galileu Galilei, precursor da ciência
moderna solicitou ao Município de Veneziana, em 1954, o direito
exclusivo da patente sobre uma “máquina para elevar água, uma bomba
movimentada por cavalos, patenteada no ano seguinte. Em 1597 inventou uma régua
de cálculo (sector), o "compasso geométrico-militar", um instrumento matemático com
várias escalas” (OLIVEIRA F., 2005, p1).
Cerca de duzentos anos depois, em 1623, na Inglaterra, foi
promulgada o Estado de Monopólio, que aproveitando a revolução
industrial como propulsora para da base do moderno Sistema de
Patente, “ao declarar nulos todos os monopólios de compra, venda, fabricação,
etc... com a expressa exceção das patentes de invenção. Os privilégios mantidos em
vigor referiam-se ao primeiro e verdadeiro inventor. O Estatuto dos Monopólios é a
base da lei de patentes britânica e o antecessor direto da lei dos Estados Unidos”.
(ABRANTES, 2005, p6).
Em seguida, a prática de concessão de patentes e direitos
autorais foi disseminando para todos os países do mundo. As
patentes e os direitos autorais figuram como direitos na
constituição norte-americana de 1787, na qual o artigo 1º, seção
8, expressava sobre o interesse do Governo Americano de promover
ciência e técnicas, no seguinte texto:Clause 8: To promote the Progress of Science and usefulArts, by securing for limited Times to Authors andInventors the exclusive Right to their respective Writingsand Discoveries; (WASHINGTON, 2004, p1).
Na França em 1791, após a Revolução de 1789, que resultou naabolição de antigas normas e liberação do comércio e dasindústrias, assim, estabelecendo bases estatutárias de patente deinvenção que consagram as teses iluministas de direitos naturaisdo inventor, ao invés das concessões medievais guiadas pelosinteresses da autoridade pública na introdução de certas técnicas
até então inexistentes em certas regiões.
No Brasil, o sistema de patentes surgiu em 28 de abril de
1809, quando o Príncipe Regente D. João VI assinou o Alvará que
tinha por objetivos fomentar a agricultura, adianta a navegação,
e incentivar o comércio, fornecendo um privilégio temporário,
desde que apresentasse o plano de seu invento à real Junta do
Comércio. Encontramos o texto apresentado:VI. Sendo muito conveniente que os inventores eintrodutores de alguma nova máquina e invenção nas artesgozem do privilégio exclusivo, além do direito que possamter ao favor pecuniário, que sou servido estabelecer embenefício da indústria e das artes, ordeno que todas aspessoas que estiverem neste caso apresentem o plano de seunovo invento à Real Junta do Comércio; e que esta,reconhecendo-lhe a verdade e fundamento dele, lhes concedao privilégio exclusivo por quatorze anos, ficando obrigadasa fabricá-lo depois, para que, no fim desse prazo, toda aNação goze do fruto dessa invenção. Ordeno, outrossim, quese faça uma exata revisão dos que se acham atualmenteconcedidos, fazendo-se público na forma acima determinada erevogando-se todas as que por falsa alegação ou sem bemfundadas razões obtiveram semelhantes concessões. (VAREJÃO,1809, p1).
Entretanto, a primeira lei de patente e datada em 28 de
agosto de 1830, por Dom Pedro I, que vigorou por 50 anos,
concedia privilégios apenas para os inventores nacionais. Coube
ao príncipe regente com a lei 3.129, 14 de outubro de 1882, a
concessão de patentes do Império, complementada pelo Decreto nº
8.820 de 30 de dezembro do mesmo ano, cujo artigo primeiro da
lei de 1882 expõe:Art. 2º - Os inventores privilegiados em outras naçõespoderão obter a confirmação de seus direitos no Império,contanto que preencham as formalidades e condições destaLei e observem as mais disposições em vigor aplicáveis aocaso.
A confirmação dará os mesmos direitos que a patenteconcedida no Império.§ 1º A prioridade do direito de propriedade do inventorque, tendo requerido patente em nação estrangeira, fazerigual pedido ao Governo Imperial dentro de sete meses, nãoserá invalidada por fatos, que ocorram durante esseperíodo, como sejam outro igual pedido, a publicação dainvenção e o seu uso ou emprego. (FLEURY, 1882, p1).
A lei de Dom Pedro II foi elaborada ao mesmo tempo em que
os países mais desenvolvidos discutiam sobre as patentes na CUP
(Convenção da União de Paris). Assim, reforçando em principio o
processo da ciência e dos intelectuais, pois garantia suporte
financeiro para as entidades ou cientista continuar pesquisando,
baseando na legislação entre os países membros da Convenção.
Tais, leis foram sendo alteradas conforme o ponto de vista do
produtor e do consumidor, introduzindo mecanismo de equilíbrio
conforme os interesses da nação.
2. ConceitoPatentes são títulos de propriedade temporária sobre uma
invenção, modelo de utilidade ou desenho industrial, expedido
por uma repartição pública (INPI) - o Estado que reconhece os
direitos de propriedade e uso exclusivo para uma invenção dos
investidores ou autores a outros civis ou empresas que obtém
esse direito sobre criação, para desenvolver tecnologia e
melhorar o setor industrial do País. Conforme, expresso na
Constituição da Republica Federal do Brasil:Art. 5º. XXIX - a lei assegurará aos autores de inventosindustriais privilégio temporário para sua utilização, bemcomo proteção às criações industriais, à propriedade dasmarcas, aos nomes de empresas e a outros signosdistintivos, tendo em vista o interesse social e odesenvolvimento tecnológico e econômico do País; (GUIMARÃES
1988, p5).
Em contrapartida, o autor se obriga a revelar
detalhadamente todo o conteúdo técnico da matéria protegida pela
patente ou pelo registro. Significando aplicação de capital para
pesquisas e desenvolvimentos para elaboração da sua invenção,
com a prevenção de tornar-la rentável.
Durante o prazo de vigência da patente ou registro, o
titular tem o direito de excluir terceiros, sem sua prévia
autorização, de atos relativos à matéria protegida, tais como
fabricação, comercialização, importação, uso, venda, etc. Este
prazo varia de 15 anos, quando se tratar de patente de modelo de
utilidade, até 20 anos, quando seja uma patente de invenção, e
10 anos para desenho Industrial, contando-se da data de
depósito, ou apresentação do pedido de patente à repartição
governamental. Conforme expresso LPI:Art. 40º A patente de invenção vigorará pelo prazo de 20(vinte) anos e a de modelo de utilidade pelo prazo15(quinze) anos contados da data de depósito (CARDOSO1,1996, p10)
Art. 108 - O registro vigorará pelo prazo de 10 (dez) anoscontados da data do depósito, prorrogável por 3 (três)períodos sucessivos de 5 (cinco) anos cada. (CARDOSO1,1996, p34).
A patente pode ser divididas em vários tipos, de acordo com
suas caracterísitcas, abrangência de proteção, e prazo de
validade. No Brasil o existe apenas, conforme apurado na Lei de
Propriedade Industrial (LPI):
● Privilégio de Invenção (PI) : Refere-se a avanços do conhecimento técnicos absolutamente novos e originais. Enquadra–se as composições químicas, processos industriais, misturas alimentícias, equipamentos, entre outros.
Art. 8º - É patenteável a invenção que atenda aosrequisitos de novidade, atividade inventiva e aplicaçãoindustrial. (CARDOSO1, 1996, p7).
● Modelo de Utilidade (UM) : Refere-se a melhorias na forma ou disposição funcional do produto ou processo pré-existentes. São aperfeiçoamentos em móveis, utensílios, ferramentas, encaixes, nervuras, perfis, reforços, etc.
Art. 9º - É patenteável como modelo de utilidade o objetode uso prático, ou parte deste, suscetível de aplicaçãoindustrial, que presente nova forma ou disposição,envolvendo ato inventivo, que resulte em melhoria funcionalno seu uso ou em sua fabricação. (CARDOSO1, 1996, p7).
● Desenho Industrial (DI) : Tem por finalidade proteger o design, podendo englobar em um único registro até 19 variações, o que o torna adequado para proteger, por exemplo, uma linha de produtos que siga uma mesma identidadevisual com as mesmas linhas ou padrões ornamentais.
Art. 95 - Considera-se desenho industrial a forma plásticaornamental de um objeto ou o conjunto ornamental de linhase cores que possa ser aplicado a um produto, proporcionandoresultado visual novo e original na sua configuraçãoexterna e que possa servir de tipo de fabricaçãoindustrial. (CARDOSO1, 1996, p31).
Sendo, divulgado pelo Ministério da Ciência e Tecnológia as
patentes concedidas no Brasil, em referência a data do registro
ou sucedita licençamento da patente, expresso no gráfico 1
(2006, p1):
Grafico1:Brasil:Concessão de
patentesdeinvenção, demodelodeutilidade e deregistros dedesenhoindustrial peloInstitutoNacionaldePropriedadeIndustrial(INPI),1990-2006
Fonte(s): Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).Elaboração: Coordenação-Geral de Indicadores - ASCAV/SEXEC - Ministério da Ciência e
Tecnologia.Nota(s): 1) Até 1996 os Modelos Industriais (MI) estão somados aos Desenhos Industriais
(DI)..
3. Processo de Patente
São várias etapas preliminares para efetuar o depósito de
uma patente no INPI e suas transmutação no Órgão:
● Busca Prévia : não é obrigatória, mas é recomendável, para saber se existem pedidos ou patentes em nome de terceiros. Asolicitação deve ser requerida pelo Formulário 1.02 (Petiçãoou Requerimento, relacionado com pedido, patente ou certificado de adição), no Banco de Patentes Centro do Documentação e Informação Tecnológica (CEDIN);
● Depósito e Conteúdo do Pedido : de patente e dos desenhos industriais são solicitados, através do Formulário 1.01 (Depósito de Pedido de Patente ou de Certificado de Adição),ou do Formulário 1.06 (Depósito de Pedido de Registro de Desenho Industrial - Formulário modelo)
● Sigilo do Pedido Depositado : será mantido até a sua publicação na RPI (revista, semanal, da Propriedade Industrial) efetuada depois de dezoito meses, contados da data de exame (que não é realizado antes de sessenta dias contados da publicação do pedido) ou da prioridade mais antiga, podendo ser antecipada a requerimento do depositante.
● Exame do Pedido : dever ser solicitado, protocolado dentro dos primeiros trinta e seis meses do depósito do pedido, pelo depositante ou outro interessado, que pagará uma taxa que aumenta de valor quando o pedido tem mais de dez reivindicações, ou quando se trata de patente de invenção, ou mesmo será arquivado. Assim, indicado pela LPI:
Art. 35 - Por ocasião do exame técnico, será elaborado orelatório de busca e parecer relativo a:I - patenteabilidade do pedido;II - adaptação do pedido à natureza reivindicada;III - reformulação do pedido ou divisão; ouIV - exigências técnicas. (CARDOSO1, 1996, p15)
● Carta-Patente : o documento formal do ativo permanente imobilizado, ou seja, o certificado que o Estado (INPI, no caso do Brasil) cede ao inventor, após a provação do pedido de patente, sendo expedida após o pagamento da retribuição. Devendo constatar, segundo a LPI:
Art. 39 - Da carta-patente deverão constar o número, o
título e a natureza respectivos, o nome do inventor,observado o disposto no Parágrafo 4o.do art. 6º, aqualificação e o domicílio do titular, o prazo de vigência,o relatório descritivo, as reivindicações e os desenhos,bem como os dados relativos à prioridade. (CARDOSO1, 1996,p16)
● Recurso/Nulidade : Os Recursos são indeferimentos do pedido que fosse negado pela Diretória de Patentes do INPI (DIRPA),que são recorríveis no prazo de 60 dias, segundo Artº 212, da Lei das Patentes (que não são passíveis de recurso).
Art. 212º. Salvo expressa disposição em contrário, dasdecisões de que trata esta Lei cabe recurso, que seráinterposto no prazo de 60 (sessenta) dias. (CARDOSO1, 1996,p48).
1. NulidadeA patente concedida contrariando os dispositivos legais da
Lei de Propriedade Industrial é nula. A nulidade poderá ser
instaurada administrativamente (Artº 50) dentro de no máximo
seis meses contados da data de concessão da patente que se
deseja anular. A patente também poderá ser anulada através de
ação judicial própria, durante toda a vigência da dita patente,
pelo INPI ou por qualquer pessoa com legítimo interesse.Art.50º. A nulidade da patente será declaradaadministrativamente quando:I - não tiver sido atendido qualquer dos requisitos legais;II - o relatório e as reivindicações não atenderem aodisposto nos Arts. 24º e 25º respectivamente;III - o objeto da patente se estenda além do conteúdo dopedido originalmente depositado; ouIV - no seu processamento tiver sido omitida qualquer dasformalidades essenciais, indispensáveis à concessão.(CARDOSO1, 1996, p13)
De acordo com artigo mencionado acima, uma patente poderia
unicamente ser anulada administrativamente, por ter sido
concedida sem o atender os requisitos legais. Considera-se
também que o objeto da patente deva atender, sob pena da patente
ser anulada:Art. 10º. Não se considera invenção nem modelo deutilidade:I - descobertas, teorias científicas e métodos matemáticos;II - concepções puramente abstratas;III - esquemas, planos, princípios ou métodos comerciais,contábeis, financeiros, educativos, publicitários, desorteio e de fiscalização;IV - as obras literárias, arquitetônicas, artísticas ecientíficas ou qualquer criação estética;V - programas de computador em si;VI - apresentação de informações;VII - regras de jogo;VIII - técnicas e métodos operatórios, bem como métodosterapêuticos ou de diagnóstico, para aplicação no corpohumano ou animal; e.IX - o todo ou parte de seres vivos naturais e materiaisbiológicos encontrados na natureza, ou ainda que delaisolados, inclusive o genoma ou germoplasma de qualquer servivo natural e os processos biológicos naturais. (CARDOSO1,1996, p3)
Art. 18º. Não são patenteáveis:I - o que for contrário à moral, aos bons costumes e àsegurança, à ordem e à saúde públicas;II - as substâncias, matérias, misturas, elementos ouprodutos de qualquer espécie, bem como a modificação desuas propriedades físico-químicas e os respectivosprocessos de obtenção ou modificação, quando resultantes detransformação do núcleo atômico; e.III - o todo ou parte dos seres vivos, exceto osmicroorganismos transgênicos que atendam aos trêsrequisitos de patenteabilidade - novidade, atividadeinventiva e aplicação industrial - previstos no art. 8º. eque não sejam mera descoberta.Parágrafo único - Para os fins desta lei, microorganismostransgênicos são organismos, exceto o todo ou parte deplantas ou de animais, que expressem, mediante intervençãohumana direta em sua composição genética, umacaracterística normalmente não alcançável pela espécie emcondições naturais. (CARDOSO1, 1996, p5-6)
Entende-se por requisitos legais aqueles relacionados ao
valor intelectual do invento e que envolvem os aspectos:Art. 13º. A invenção é dotada de atividade inventiva sempreque, para um técnico no assunto, não decorra de maneiraevidente ou óbvia do estado da técnica.Art. 14º. O modelo de utilidade é dotado de ato inventivosempre que, para um técnico no assunto, não decorra demaneira comum ou vulgar do estado da técnica.Art. 15º. A invenção e o modelo de utilidade sãoconsiderados suscetíveis de aplicação industrial quandopossam ser utilizados ou produzidos em qualquer tipo deindústria. (CARDOSO1, 1996, p4)
Uma patente que tenha sido concedida indevidamente, sem as
condições de patenteabilidade estabelecidas no capítulo II da
LPI, ou seja, em desacordo com os Arts. 8º a 12º, poderia ser
anulada. Um exemplo seria o de uma patente de invenção concedida
sem novidade. Neste caso, estaria em desacordo com o Art. 8º,
que exige o requisito de novidade para a concessão de uma
patente desta natureza. Sendo que novidade é considerada na Lei
9.279 (LPI):Art 11°. Parágrafo 2º - Para fins de aferição da novidade,o conteúdo completo de pedido depositado no Brasil, e aindanão publicado, será considerado estado da técnica a partir.da data de depósito, ou da prioridade reivindicada, desdeque venha a ser publicado, mesmo que subseqüentemente.(CARDOSO1, 1996, p8).
Outro exemplo seria o de uma patente concedida para uma
criação não considerada como invenção. Seria o caso de uma
descoberta, de um método matemático, de uma técnica operatória
ou qualquer criação cuja patenteabilidade fosse vetada pelo Art
10º, já citado anteriormente. Tal patente infringindo o referido
artigo poderia ser anulada.
Um outro fundamento seria o não atendimento ao disposto no
inciso II do artigo 50, também já mencionado anteriormente,
suficiência descritiva e base para as reivindicações,
respectivamente. Ou seja, a nulidade poderá ser declarada por
insuficiência descritiva ou pelo fato das reivindicações serem
incompatíveis com o relatório descritivo.
Considera-se insuficiência descritiva quando um técnico no
assunto não for capaz de reproduzir o objeto patenteado. Um
exemplo seria uma patente relativa a um aparelho, onde o titular
não define o dispositivo em si e somente as eventuais vantagens
do mesmo, não definindo suas características nem a interconexão
entre elas, impossibilitando a realização industrial do objeto.
Já o inciso III, Art. 50º, que prevê a nulidade quando uma
patente for concedida incluindo matéria que não estava contida
quando do depósito do pedido.
Por exemplo, o depositante apresenta um pedido de patente
formalmente correto, porém incompleto no seu conteúdo. O pedido
é aceito pelo INPI, recebe número e aguarda exame técnico.
Espontaneamente, um ano depois o depositante apresenta
alterações de relatório incluindo matéria que virá alterar ou
aumentar o conteúdo técnico anterior. Na eventualidade de ser
concedida erradamente esta patente à mesma será nula, conforme a
Lei LPI:Art. 32º. Para melhor esclarecer ou definir o pedido depatente, o depositante poderá efetuar alterações até orequerimento do exame, desde que estas se limitem à matériainicialmente revelada no pedido. (CARDOSO1,, 1996, p8)
Outra causa seria o estabelecido no inciso IV, Art. 50º,
que seria a omissão de uma formalidade essencial, indispensável
à concessão da patente.
Um exemplo dessa omissão seria o caso de um pedido de
patente o qual tenha sofrido exame técnico mesmo que não tenha
sido conhecida a petição de requerimento de exame do pedido.
Supondo que a Carta-Patente tenha sido concedida seria válida,
nesse caso, a instauração de um processo de nulidade para uma
patente mal concedida.
Por exemplo, erros na notificação de despachos na RPI, como
a publicação dos nomes do titular ou depositante errado. Outro
caso seria quando a publicação não corresponde ao ato praticado,
como na hipótese de do exame técnico ter decidido por exigência
e a publicação efetuada ter sido a de indeferimento. Também cabe
o exemplo de um pedido arquivado por não apresentação de pedido
de exame ou de cumprimento de exigência ou por extravio das
respectivas petições.
O INPI, conhecendo tais petições, notificará o titular,
através de publicação na RPI, para que o mesmo apresente
manifestação no prazo de 60 (sessenta) dias, no parecer da Lei
de Propriedade Industrial:Art. 52°. O titular será intimado para se manifestar noprazo de 60 (sessenta) dias. (CARDOSO1, 1996, p13)
O titular deverá requerer ao INPI cópia dos documentos que
instruíram o pedido de nulidade, através do Formulário 1.05
(Pedido de Fotocópias (DIRPA)).
Decorrido o prazo para manifestação, o INPI emitirá parecer
intimando (através de publicação na RPI) o titular da patente e
o requerente da nulidade para manifestação, no prazo comum de 60
(sessenta) dias contados da publicação na RPI. A cópia do
parecer técnico emitido deverá ser requerida também através do
mesmo Formulário. Decorrido o prazo para as manifestações, o
processo de nulidade será decidido pelo presidente do INPI, e a
decisão publicada na RPI, encerrando-se a estância
administrativa do processo.
DOCUMENTOS QUE INSTRUEM O REQUERIMENTO DE NULIDADEOs fundamentos de argumentação que justifica a nulidade
deverão ser devidamente expostos e comprovados. Por exemplo, em
se tratando de falta de novidade, os documentos que comprovam
que a invenção pertence ao estado da técnica (Artigo citado
abaixo), devem ser revestidos de certeza quanto à existência e a
data, serem suficientes (de forma que um técnico no assunto seja
capaz de compreender e reproduzir) e revestidos de publicidade
(suscetível de ter sido conhecido do público).Art. 11º. §1º. O estado da técnica é constituído por tudoaquilo tornado acessível ao público antes da data dedepósito do pedido de patente, por descrição escrita ouoral, por uso ou qualquer outro meio, no Brasil ou noexterior, ressalvado o disposto nos arts. 12° 16° e 17°.(CARDOSO1, 1996, p3)
Desenhos internos que não sejam acompanhados de elementos
que comprovem terem sido os mesmos acessíveis ao público
(catálogos, relatórios, contratos com terceiros), não serão
considerados, uma vez que a veiculação de tais desenhos poderia
ter sido direcionada à um setor específico e determinado da
empresa cujos responsáveis são vinculados à confidencialidade.
Por exemplo: Uma invenção relativa a um processo de
obtenção de um produto comercializado um ano e meio antes da
data do depósito. Se, pelo produto em si, não for possível
identificar o seu processo de obtenção, a invenção (processo)
não se tornará acessível ao público através da comercialização
do produto.
Um outro exemplo seria uma invenção que se refere a um
mecanismo de regulagem interno de pé de cadeira giratória. Houve
publicação de um documento de propaganda mostrando a forma
externa da cadeira e descrevendo suas vantagens omitindo,
contudo, as características técnico-construtivas do dito
mecanismo interno de regulagem. O documento, então, carece de
suficiência descritiva para provar que a patente pertence ao
estado da técnica.
No caso de uma invenção referente a um modelo de utilidade
de uma cadeira reclinável, onde é alegada a comercialização do
produto um ano e meio antes do depósito do pedido de patente, e
a mera visualização da mesma é suficiente para entender o
modelo. É apresentada como prova de falta de novidade nota
fiscal de venda de uma cadeira sem que haja correlação entre a
cadeira comercializada e o produto patenteado. Esta documentação
é insuficiente para comprovar a falta de novidade. Por sua vez é
apresentado catálogo de produtos mostrando de forma detalhada a
cadeira, de modo que se possa relacioná-la à patente concedida.
Estando o catálogo devidamente datado, o mesmo poderá comprovar
a falta de novidade.
2. Custo BásicoPara manter a patente, o titular deve pagar a taxa de
depósito é de R$ 140,00 estipulado pelo INPI, mas pode diminuir
para R$ 55,00 para pessoas físicas, instituições de ensino e
pesquisa e microempresas. O pedido de exame de invenção com até
10 (dez) reivindicações é de R$ 400,00 (R$ 160.00). Já o pedido
de exame de modelo de utilidade custa R$ 280,00 (R$ 110,20).
Não havendo obstáculos processuais como exigências ou
subsídios ao exame deverão ser pagos R$ 95,00 (R$ 40,00) pela
expedição da Carta-Patente, (invenção ou modelo de utilidade). O
depositante do pedido e o titular estarão sujeitos ao pagamento
de retribuição anual, denominada anuidades:Art. 84º. O depositante do pedido e o titular da patenteestão sujeitos ao pagamento de retribuição anual, a partirdo início do terceiro ano da data do depósito.§1º. O pagamento antecipado da retribuição anual seráregulado pelo INPI. (CARDOSO1, 1996, p20)§2º. O pagamento deverá ser efetuado dentro dos primeiros 3(três) meses de cada período anual, podendo, ainda, serfeito, independente de notificação, dentro dos 6 (seis)meses subseqüentes, mediante pagamento de retribuiçãoadicional. (CARDOSO1, 1996, p20)
Art. 85°. O disposto no artigo anterior aplica-se aospedidos internacionais depositados em virtude de tratado emvigor no Brasil, devendo o pagamento das retribuiçõesanuais vencidas antes da data da entrada no processamentonacional ser efetuado no prazo de 3 (três) meses dessadata.Art. 86º. A falta de pagamento da retribuição anual, nostermos dos arts. 84 e 85 acarretará o arquivamento dopedido ou a extinção da patente.
Art. 87º. O pedido de patente e a patente poderão serrestaurados, se o depositante ou o titular assim orequerer, dentro de 3 (três) meses, contados da notificaçãodo arquivamento do pedido ou da extinção da patente,mediante pagamento de retribuição específica. (CARDOSO1,1996, p21)
3. Anuidades da PatenteUma retribuição anual a que está sujeito o pedido de
patente/certificação de adição, com objetivo de assegurar o
andamento do pedido/certificado quando ainda não concedido, ou
manutenção dos direitos conferidos após a concessão do mesmo, de
acordo com Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas (SBRT, 2007,
7p).
O primeiro pagamento da anuidade deverá ser efetuado a
partir do 24º (vigésimo quarto) mês da data de depósito
(2ºaniversário do depósito do pedido e inicio do seu 3º ano),
sendo por este motivo denominado pagamento 3(três) anos
anuidade. Já as demais, serão pagas sempre na data de
aniversário do depósito pedido/patente, podendo ser feito,
independente de notificação, dentro dos 6(seis) meses
subseqüentes, mediante pagamento de retribuição adicional, ou
seja, o prazo de anuidade é de 9 (nove) meses, contados a partir
da data de aniversário, sendo que o valor nominal nos 3 (três)
primeiros messes e com um valor adicional nos 6 (seis) meses
subseqüentes.
Em relação ao depósito internacional do pedido e os prazos
para pagamento de anuidade devem ser contados a partir do mesmo
e não na data de entrada do processamento nacional, sendo
efetuado do mesmo modo mencionado anteriormente. Observando o
Ato Normativo 128/97.
Se o pagamento da anuidade de um pedido não tiver sido
efetuado no prazo previsto, o pedido de patente/certificado de
adição será arquivado, e será publicada chamada para restauração
da patente/certificado de adição poderá ser extinta
definitivamente caso não seja requerida à restauração (concedida
no prazo de três meses, a contar da data de notificação,
publicada na RPI, do arquivamento/chamada para restauração).
A sua comprovação de pagamento é efetuada através de cópia
da guia de pagamento, contendo o número do pedido de patente e o
período anual a que se refere (se for utilizado o Formulário
1.02 (Petição ou Requerimento, relacionado com pedido, patente
ou certificado de adição) nenhuma outra taxa de apresentação
será necessária), podendo ser postada nos Correios, não sendo
sujeita a retribuição.
4. ProcedimentosUm pedido de patente Europeu pode ser depositado:
● No Escritório Patente Europeu em Munique ou numa das suas filiais no The Hague, ou.
● Se a lei de um País Contratante permitir, no INPI ou em outra autoridade competente daquele estado.Já no Brasil, deve ser depositado, nas Delegacias e
Representações Regionais dos Estados, ou pode-ser na DIRPA, assim
definido pelo Ato Normativo n°127:4.2 O pedido de patente poderá ser entregue nas recepçõesdo INPI, ou através de envio postal, com aviso derecebimento endereçado à Diretoria de Patentes - DIRPA/SAAPAT (Praça Mauá, 7), com indicação do código DVP.4.2.1 Presumir-se-á que os pedidos depositados por viapostal terão sido recebidos na data da postagem ou no diaútil imediatamente posterior, caso a postagem se dê em
sábado, domingo ou feriado e na hora do encerramento dasatividades da recepção da sede do INPI, no Rio de Janeiro.(PUPPIN, 1997, p2).
4.4 Efetuado o depósito por via postal, caso tenham sidoenviadas vias suplementares, para retorno ao depositante,deverá ele enviar também envelope adicional, endereçado eselado, para retorno das vias suplementares pelo correio,sem responsabilidade por parte do INPI quanto a extravios.Na falta de tal envelope endereçado e selado, ficarão taisvias suplementares à disposição do depositante, no INPI, noRio de Janeiro. (PUPPIN, 1997, p3).
Sendo que o pedido de patente, nacional e internacional
deve ter:Art. 19º. I – requerimento;II - relatório descritivo;III - reivindicações;IV - desenhos se for o caso;V - resumo; e.VI - comprovante do pagamento da retribuição relativa aodepósito. (CARDOSO1, 1996, p6)
Cabendo as autoridades competentes, de depósito do pedido
de patente, as condições quanto à forma e conteúdo dos
documentos que integram os pedidos de patente e desenho
industrial. Cujo, este ultimo é considerado como:... a forma plástica ornamental de um objeto ou o conjuntoornamental de linhas e cores que possa ser aplicado a umproduto, proporcionando resultado visual novo e original nasua configuração externa e que possa servir de tipo defabricação industrial. (AGENCIA PARANAENSE DE PROPRIEDADEINDUSTRIAL1, 2007, p1).
RELATÓRIO DESCRITIVOA peça principal do registro da patente, devendo obter, assimdeterminado pelo INPI:● Titulo : deve ser claro e preciso. Em caso o material
inventivo alitere várias categorias, o titulo deve
iniciar/parcialmente corresponder à única categoria, contendo a expressão “caracterizada por’;
● Descrição da matéria (motivo da patente) : do objeto do pedido, indicando o setor técnico ao qual pertence;
● Descrição do estado da técnica : a utilidade da matéria descrita para facilita à compreensão da invenção e, sempre que for possível, devem ser citados os documentos (patente/outra fonte bibliográfica) que possam aumentar o conteúdo informativo.
● Descrição dos pontos deficientes do estado técnico : os pontos fracos da técnica;
● Definir os objetos da invenção : como a solução proposta corrige os pontos fracos da técnica, destacando as vantagensda solução, ou seja, destacando nitidamente o requisito de novidade e feito técnico alcançado pela invenção (atividade inventiva);
● Relacionar as figuras nos desenhos : especificar as representações gráficas (desenhos, tabelas, figuras, diagramas, fluxogramas, fotografias, entre outros), e as características peculiares das mesmas (ampliação, condições,e natureza do material);
● Descrição detalhada da invenção : as características da invenção de modo que haja uma compreensão do examinador, de tal modo que o mesmo possa reproduzi-la, fazendo remissão aos sinais de referencia constantes dos desenhos.
RESUMOO escopo da Invenção apresenta as idéias consisas da
patente, um sumário informativo-referêncial que descreve,
reivindica e desenha o produto inventado ou comenta a nova
manéria de utilidade do invento. Devendo conter, de preferência,
50 a 200 palavras, em 20 linhas de texto.... deve ser a sintesé dos pontos relevantes do texto, emlinguagem clara, concisa e direta. Deve ressaltar oobjetivo, o resultado e as conclusões do trabalho, assimcomo o método e a técnica empregada em sua elaboração...(OLIVEIRA, 2002, 184p)
Sendo que as reivindicações têm como objetivo estabelecer e
delimitar os direitos do titular da patente, visando a mais
ampla e eficaz proteção. Mas, para o titular obter tal proteção,
o mesmo deve fundamentar-se devidamente no relatório descritivo,
podem, até mesmo agregar várias categorias, desde que ligadas
por um mesmo conceito inventivo, sendo organizadas de maneira
mais prática possível.
5. AquisiçãoQualquer pessoa física/jurídica pode adquirir um pedido de
patente/desenho industrial, desde que tenha legitimidade para
obtê-la.Art. 6º, §1º. Salvo prova em contrário, presume-se orequerente legitimado a obter a patente. (CARDOSO1, 1996,p2)
A LPI em seus artigos 88º a 93º regula os principais
aspectos envolvidos quando a invenção/criação tiver ocorrido na
vigência de contrato de trabalho/prestação de serviços.Art. 92º. O disposto nos artigos anteriores aplica-se, noque couber, às relações entre o trabalhador autônomo ou oestagiário e a empresa contratante e entre empresascontratantes e contratadas. (CARDOSO1, 1996, p22)
Para adquirir uma patente o interessado deve depositar um
pedido de patente respeitando um procedimento de patentes
baseado num sistema de patente nacional, regional ou
internacional. Os sistemas de patentes mais importantes são:
CONVENÇÃO EUROPÉIA DE PATENTES (EPC)Foi “assinada em 5 de outubro de 1973” (AGÊNGIA PARANAENSE DE
PROPRIEDADE INDUSTRIAL2, 2007, p2), em Munique, sendo marco
inicial para a implantação da patente unificada na Europa. “Em
1997, o Escritório de Patentes da Europa (EPO) celebrou os seus 20 (vinte) anos de
atividades. A criação da Organização Européia de Patentes, em 1977, e a abertura do
EPO, em janeiro de 1978, deram início a um período de cooperação exemplar na área
de patentes na Europa” (AGÊNGIA PARANAENSE DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL2, 2007, p2).
A instituição de um sistema regulador europeu - efetuada em
parceria entre o EPO e os escritórios nacionais de patentes dos
países-membros da Organização. Atualmente, a Organização
Européia de Patentes reúne 19 países-membros - todos os 15
componentes da Europa Unificada, além da Ilha de Chipre, dos
principados de Liechtenstein e de Mônaco, e da Suíça. Em um
futuro próximo, outras nações também devem aderir ao EPO. Já é
possível, no entanto, estender a um número considerável de
países da Europa Central e Oriental, que ainda não pertencem à
Organização, a proteção atualmente conferida aos depósitos de
marcas e patentes européias.
● Estados Contratantes : que não obtém automaticamente proteçãoda EPC, sendo necessário designar os países os quais eles procuram proteção quando do depósito.
● Estados de Extensão : que fizeram um acordo de extensão com aEPO, fornecendo aos depositantes de Pedidod Europeus uma formaeficiente de obter proteção.
TRATADO DE COOPERAÇÃO DE PATENTE (PCT)Em Matéria de Patentes – foi estabelecido em 19 de junho de
1970, em Washington, com a finalidade de desenvolver o sistema de patentes e de
transferência de tecnologia (FURLAN e ROBERTO, 2005, p143), prevendo
meios de cooperação entre paises industriais e os paises em
desenvolvimento.
O PCT tem como objetivo simplificar, tornando mais eficaz e
econômico, tanto para o usuário como para o Governo (encarregado
na administração do sistema de patentes), o procedimento de
solicitação para proteção patentária em vários países.
No que se refere ao pedido internacional, o tratado prevê:O depósito do pedido internacional deve ser efetuado em umdos países membros do PCT e tal depósito terá efeitosimultâneo nos demais países membros nomeado (designados oueleitos) pelo depositante quando por ocasião do depósito. OPedido Internacional, junto com o relatório internacionalda busca, é publicado após o prazo de dezoito mesescontados a partir da data de depósito do primeiro pedido.A Busca Internacional prevista é obrigatória e poderá serrealizada por uma das Autoridades Internacionais de Buscajunto ao Tratado. O resultado da Busca Internacional éencaminhado ao depositante e demais países designados pelomesmo no ato do depósito. (INSTITUTO NACIONAL DEPROPRIEDADE INDUSTRIAL, 2007, p1)
O Tratado não interfere com as legislações dos paises
membros, havendo inclusive, autonomia no que se refere á
aceitação e utilização da Busca e/ou do Exame Internacionais. É
importante ressaltar que o pedido internacional não elimina a
necessidade de regular o pedido em cada um dos países nomeados
pelo depositante (Fase Nacional do pedido Internacional), dentro
do prazo de vinte meses (quando não houver exame internacional)
ou trinta meses (no caso de exame internacional).
O exame preliminar internacional é realizado na Repartição
Nacional ou organização Intergovernamental credenciada pela
Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), criada em
1997, com sede em Genebra, Suíça. Além disso, as partes
envolvidas devem preencher algumas exigências para o
credenciamento da “Administração Encarregada da Buscas
Internacionais”, que envolve seis partes seguintes, sendo que
cinco são obrigatórias:
● O depositante : pessoa física ou jurídica que procura proteção para o invento, em um ou mais países;
● Repartição receptora : Órgão Oficial de Propriedade Industrial do país onde reside o depositante ou do qual é cidadão;
● A Administração Encarregada da Busca Internacional : Administração de Busca competente para a Repartição Receptora;
● Os Estados Designados : países onde o depositante deseja obter a proteção;
● O Escritório Internacional (OMPI – Genebra) : encarregado da administração central e da documentação entre as partes;
● A Administração Encarregada do Exame Internacional : Administração de Exame competente para a Repartição Receptora.Tais sistemas de patentes protegem o inventor ou titular,
numa determinada zona geográfica a fim de lhe dar o direito
exclusivo de valorização econômica, garantindo a lealdade da
concorrência, pela atribuição dos direitos privativos, sobre
diversos processos técnicos de produção e desenvolvimento da
riqueza. Por tanto, como conclui o Decreto-Lei nº36/ 2003:É conhecida a importância do sistema da propriedadeindustrial para o processo de desenvolvimento econômico,nomeadamente quando associado ao desenvolvimento científicoe tecnológico e ao crescimento sustentado e sustentável daeconomia, inspirando e protegendo os resultados dasatividades criativas e inventivas.Constituindo um dos fatores competitivos mais relevantes deuma economia orientada pelo conhecimento, dirigida àinovação e assente em estratégias de marketingdiferenciadoras, a Propriedade Industrial assume-se,igualmente, como mecanismo regulador da concorrência e
garante da proteção do consumidor. (BARROSO, 2003, p26).
CONVENÇÃO DA UNIÃO DE PARIS (CUP)A Convenção foi realizada em 1883, ela é administrada pela
OMPI. Iniciou com a adesão de 11 países, (hoje com mais de 90),
um deles é o Brasil, como expresso no decreto n. 9233 - de 28 de
junho de 1884:Promulga a convenção, assignada em Pariz a 20 de Março de1883, pela qual o Brazil e outros Estados se constituem emUnião para a protecção da propriedade industrial. (PEDROII, 2007, p4 e 5).
Apesar de conter dispositivos obrigatórios, o texto
original da Convenção estabelece o direito de prioridade unionista. Segundo a
Convenção, o primeiro pedido de patente depositado em um dos países da União
poderá servir de base para depósitos subseqüentes relacionados à mesma matéria,
efetuados pelo mesmo depositante ou por seus sucessores legais. O prazo para exercer
a prioridade unionista é de 12 (doze) meses contados da data da referida prioridade,
tanto para invenção quanto para modelo de utilidade. (THENCH ROSSI E WATANABE
ADVOGADOS, 2002, 125p). Não determinava mecanismos eficaz de
proteção aos países membros que norteia a titularidade do
processo de inovação, permitindo o inventor obter mecanismos que
dificultam a pirataria, bem como a indevida cópia do objeto
inventivo.
Necessitando, assim, para reforçar os dirreitos do inventor
e de restringir a liberdade dos países membros na formulação de
sus legilações, de várias alreração como em 1900 (Bruxelas),
1911 (Washington), 1925 (Haia), 1934 (Londres), 1958 (Lisboa), e
1967 (Estocolmo), para hamonizar os procedimentos. Sendo
destacado na convenção de Estocolmo a criação da Organização
Mundial da Propriedade Industrial - OMPI (WIPO) em substituição
ao Secretariado da Convenção, assim determinado pelo Decreto
nº9/75, Artº 2 Definições:Para os fins da presente Convenção, entende-se por:i) «Organização», a Organização Mundial da PropriedadeIntelectual (OMPI);ii) «Secretaria Internacional», a Secretaria Internacionalda Propriedade Intelectual;iii) «Convenção de Paris», a Convenção para a Protecção daPropriedade Industrial, assinada em 20 de Março de 1883,incluindo todas as suas revisões;iv) «Convenção de Berna», a Convenção para a Protecção dasObrasLiterárias e Artísticas, assinada em 9 de Setembro de 1886,incluindo todas as suas revisões;v) «União de Paris», a União Internacional criada pelaConvenção deParis;vi) «União de Berna», a União Internacional criada pelaConvenção de Berna; (GOMES, 1974, p4)vii) «Uniões», a União de Paris, as Uniões particulares eos Acordos particulares estabelecidos em relação com estaUnião, a União de Berna, assim como qualquer outro acordointernacional destinado a promover a protecção dapropriedade intelectual cuja administração seja asseguradapela Organização, nos termos do artigo 4.º, iii)». (GOMES,1974, p4)
A partir de 1974, a OMPI tornou-se uma agencia
especializada da Organização das Nações Unidas – ONU,
encarregada das convenções internacionais relativas a Marcas,
Direitos de autor, manisfestações intelectuais e principalmente,
cuidar dos dos direitos relativos à patentes de invenção. Art 5º
, Paragrafo 2:i) Ser membro da Organização das Nações Unidas, de uma dasinstituições especializadas ligadas à Organização dasNações Unidas ou da Agência Internacional de Energia
Atómica, ser parte do Estatuto do Tribunal Internacional deJustiça; ouii) Ser convidado pela Assembleia Geral a tornar-se parteda presenteConvenção. (GOMES, 1974, p5)
Entre os Tratados Internacionais, o Brasil não aderiu ao Acordo de
Madrid, PLT e Tratado de Budapeste, Nice, Viena e Locarno, assim divulgado
pelo (DIRPA) Diretória de Patentes do INPI (ABRANTES, 2005, 12p).
6. Direitos dos TitularesDireitos conferidos as titulares está expresso no Artigo:
Art. 42º A patente confere ao seu titular o direito deimpedir terceiro, sem o seu consentimento, de produzir,usar, colocar à venda, vender ou importar com estespropósitos:I - produto objeto de patente;II - processo ou produto obtido diretamente por processopatenteado.§1º. Ao titular da patente é assegurado ainda o direito deimpedir que terceiros contribuam para que outros pratiquemos atos referidos neste artigo.§2º. Ocorrerá violação de direito da patente de processo, aque se refere o inciso II, quando o possuidor ouproprietário não comprovar, mediante determinação judicialespecífica, que o seu produto foi obtido por processo defabricação diverso daquele protegido pela patente.(CARDOSO1, 1996, p10-11)
A propriedade do privilégio, mencionada no artigo acima,
pode ser transferida em virtude de sucessão legítima ou
testamentária ou por ato “intervivos" visando à negociação e
venda do mesmo, total ou em parte. Ou seja, a transferência da
licença de propriedade pode ser realizada tanto em relação ao
privilégio concedido bem como em relação ao pedido de privilégio
depositado, mediante requerimento com formulário 1.04 (Pedido de
Anotação de Transferência ou Alteração de Nome ou Sede),
devidamente instruído com os documentos comprobatórios pelo
INPI, e com anexo do contrato avaliado pelo Banco Central
(Bacen) referênte a inverção de capital, remessas de divisas, e suas respectivas
condições (RIBEIRO, 2001, p21) e o Fisco sob aspecto da viabilidade ou não
dedutibidade fiscal (RIBEIRO, 2001, p21). Tal ato de transferência
será publicado na RPI (produzindo efeito a terceiros após a
publicação, segundo o Art 62º, da LPI).Art. 62°. O contrato de licença deverá ser averbado no INPIpara que produza efeitos em relação a terceiros.Parágrafo 1º. A averbação produzirá efeitos em relação aterceiros a partir da data de sua publicação.Parágrafo 2º. Para efeito de validade de prova de uso, ocontrato de licença não precisará estar averbado no INPI.(CARDOSO1, 1996, p14-15)
● Sucessão legítima ou testamentária: deve alterar contrato (ou estatuto) ou documentos extraídos dos autos do inventário, bem como o original da carta patente, no caso deprivilégio concedido (constatando as condições de remuneração e de exploração), ou a indicação precisa do pedido, no caso do pedido de privilégio em andamento, com seu número, natureza e título completo. Com parâmetro legal no Novo Código Civil:
Art. 6º A existência da pessoa natural termina com a morte;presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que alei autoriza a abertura de sucessão definitiva. (CARDOSO3,2002, p7).
● Ato "intervivos": deve apresentar o documento original de transferência ou sua certidão ou a cópia autenticada do mesmo, do qual constarão, no mínimo, as qualificações completas do cedente e do cessionário, bem como das testemunhas; a indicação precisa do pedido ou da patente, com seu número, natureza e título completo e o valor atribuído à transferência. A aquisição de privilégio está sujeita a averbação ser requerida nos termos e para os
efeitos das normas baixadas sobre contratos de transferênciade tecnologia e correlatos.
● Alteração de nome/sede do titular: deve ser apresentado o original da carta patente, quando se tratar de privilégio concedido.Dispõem os Arts. 58 a 68 da LPI sobre as cessões e
anotações cabíveis aos direitos patenteários. Afinal:Art5º. XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo deutilização, publicação ou reprodução de suas obras,transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;(GUIMARÃES, 1988, p5).
Tal comercialização pode ser iniciada antes da concessão da
patente, caso não seja concedida não poderá o mesmo gozar do
monopólio da exclusividade da exploração do invento. Entretanto,
antes de iniciar a comercialização, o depositante deve
certificar-se de não estar infringindo patente de terceiros.
Lembrando-se que:Art. 483. A compra e venda pode ter por objeto coisa atualou futura. Neste caso, ficará sem efeito o contrato se estanão vier a existir, salvo se a intenção das partes era deconcluir contrato aleatório. (CARDOSO3, 2002, p31).
Concedida a licença e explorada a patente pelo detentor da
mesma, terá o titular da patente direito de receber "royalties",
que é a remuneração paga pelo detentor da licença pelo direito
da exploração. Esta remuneração é geralmente uma porcentagem dos
preços de venda do produto e varia de acordo com o campo da
tecnologia e o escopo da patente. Na maioria dos casos, uma
porcentagem ao redor de 5% é considerada boa, enquanto que em
indústrias de alta produção e grande competição, como a
indústria automobilística, a porcentagem é menor, e em
indústrias de baixa produção e alto custo, como na indústria de
aviões e em certas áreas químicas ou na indústria farmacêutica,
a porcentagem é mais elevada e chega a 7-8% ou ainda mais.
De acordo com a Lei vigente são previstas: a licença
voluntária, que permite que o titular da patente ou o
depositante do pedido licencie terceiros a fabricar e
comercializar o produto ou processo (Arts. 61 a 63 da LPI).
E a licença compulsória (não exclusiva), instituída para
evitar abusos do exercício do direito de exploração exclusiva da
patente (Arts. 68 a 74 da LPI), requerida após 3 (três) anos da
concessão da patente, visando evitar monopólio ou do direito
exclusivo da patente por parte do titular, em caso de:
1. Insuficiência de exploração:Art. 62º. §1º. Ensejam, igualmente, licença compulsória:I - a não exploração do objeto da patente no territóriobrasileiro por falta de fabricação ou fabricação incompletado produto, ou, ainda, a falta de uso integral do processopatenteado, ressalvados os casos de inviabilidadeeconômica, quando será admitida a importação; ou.II - a comercialização que não satisfizer às necessidadesdo mercado. (CARDOSO1, 1996, p16)
2. Exercício abusivo:Art. 62º. §2º. A licença só poderá ser requerida por pessoacom legítimo interesse e que tenha capacidade técnica eeconômica para realizar a exploração eficiente do objeto dapatente, que deverá destinar-se, predominantemente, aomercado interno, extinguindo-se nesse caso aexcepcionalidade prevista no inciso I do parágrafoanterior. (CARDOSO1, 1996, p16)
3. Abuso de poder econômico:
Art. 62º. §3º. No caso de a licença compulsória serconcedida em razão de abuso de poder econômico, aolicenciado, que propõe fabricação local, será garantido umprazo, limitado ao estabelecido no art. 74°, para procederà importação do objeto da licença, desde que tenha sidocolocado no mercado diretamente pelo titular ou com o seuconsentimento. (CARDOSO1, 1996, p16)
4. Dependência de patentes, onde a exploração depende obrigatoriamente da utilização do objeto de patente anterior:
Art. 70°. A licença compulsória será ainda concedidaquando, cumulativamente, se verificarem as seguinteshipóteses:I - ficar caracterizada situação de dependência de umapatente em relação à outra;II - o objeto de a patente dependente constituirsubstancial progresso técnico em relação à patenteanterior; eIII - o titular não realizar acordo com o titular dapatente dependente para exploração da patente anterior.§1º. Para os fins deste artigo considera-se patentedependente aquela cuja exploração depende obrigatoriamenteda utilização do objeto de patente anterior. (CARDOSO1,1996, p16-17)§2º. Para efeito deste artigo, uma patente de processopoderá ser considerada dependente de patente do produtorespectivo, bem como uma patente de produto poderá serdependente da patente do processo.§3º. O titular da patente licenciada na forma deste artigoterá direito a licença compulsória cruzada da patentedependente. (CARDOSO1, 1996, p16-17)
5. Interesse público ou emergência nacional, que é concedido pelo Decreto n.º 3.201/99, de ofício, de licença compulsória:
Art. 71º. Nos casos de emergência nacional ou interessepúblico, declarados em ato do Poder Executivo Federal,desde que o titular da patente ou seu licenciado não atendaa essa necessidade, poderá ser concedida, de ofício,licença compulsória, temporária e não exclusiva, para aexploração da patente, sem prejuízo dos direitos dorespectivo titular.Parágrafo único - O ato de concessão da licençaestabelecerá seu prazo de vigência e a possibilidade de
prorrogação. (CARDOSO1, 1996, p17)
A licença compulsória não poderá ser concedida se, à data
da solicitação da licença, o titular:Art. 69°. I - justificar o desuso por razões legítimas;II - comprovar a realização de sérios e efetivospreparativos para a exploração; ou.III - justificar a falta de fabricação ou comercializaçãopor obstáculo de ordem legal. (CARDOSO1, 1996, p16)
Há também o mecanismo da oferta de licença (Arts. 64 a 67
da LPI), na qual o titular da patente poderá solicitar ao INPI
que coloque sua patente em oferta, visando estimular a
incorporação de invenções e inovações ao processo produtivo.
Trata-se de uma divulgação de patentes concedidas, requerida no
INPI/DIRPA através do formulário 1.02 (Petição ou Requerimento),
acompanhado da guia de recolhimento e das condições desejadas
pelos respectivos titulares, herdeiros ou sucessores,
cessionários devidamente qualificados junto ao INPI ou
respectivos representantes legais, resultantes de pedidos
depositados no Brasil, no intuito de promover a industrialização
e comercialização de seus objetos.
Pelo instituto da oferta, o titular oferece sua patente
para licença de exploração. O pedido será examinado e, se
considerável cabível, a oferta será notificada na RPI. Caso a
oferta não seja considerada viável, o INPI notificará o titular
a respeito. Se as razões do indeferimento puderem ser sanadas
(ex: regularizar as anuidades) a oferta será deferida e
publicada na RPI, uma vez por semestre. O eventual contrato de
licença de exploração entre o titular e o licenciado deverá ser
averbado no INPI.
A patente não licenciada poderá ser objeto de oferta (não
exclusiva, conforme o item 8.4, Ato Normativo nº127, mencionado
abaixo) com o benefício da redução de 50% (cinqüenta por cento)
nas anuidades (devem estar em dia) das patentes, conforme:Art. 66º A patente em oferta terá sua anuidade reduzida àmetade no período compreendido entre o oferecimento e aconcessão da primeira licença, a qualquer título.(CARDOSO1, 1996, p15)
8.4 A patente não licenciada poderá ser objeto de ofertacom o benefício da redução das anuidades prevista no art.66 da LPI, nas seguintes condições:8.4.1 O titular solicitará ao INPI que promova a ofertapara fins de exploração, indicando todas as condiçõescontratuais inerentes, por ex. royalties, prazos, condiçõesde pagamento, escala, disponibilidade de know-how,assistência técnica.8.4.2 O INPI, após verificação da situação da patente e dascláusulas e condições impostas, promoverá a publicação daoferta, providenciando a redução das anuidades vincendas.8.4.3 Não estando à patente em condições de oferta, comopor ex., sob licença voluntária exclusiva, sob argüição devalidade ou gravada com ônus, o INPI notificará o titular arespeito. (PUPPIN, 1997, p5).
A RPI publicará a decisão acerca da desistência da oferta,
acarretando o término do benefício estabelecido no Art.66º,
mencionando anteriormente, o valor das anuidades não será mais
reduzido à metade.
Conforme o item 8.9, do Ato Normativo nº127, uma das partes
interessadas deve requerer arbitramento da revisão (quando for o
caso) da remuneração, acompanhado da devida justificativa,
fundamentada cada uma solicitações.8.9 Não ocorrendo acordo entre o titular e o licenciadoquanto à remuneração cabível, poderá qualquer das partesrequerer ao INPI o seu arbitramento. (PUPPIN, 1997, p5).
Segundo, o artigo abaixo, o titular pode desistir da
oferta, mas somente antes da manifestação expressa da aceitação
dos termos oferecidos pelo titular ou por terceiros
interessados.Art. 64º. §4º. O titular poderá, a qualquer momento, antesda expressa aceitação de seus termos pelo interessado,desistir da oferta, não se aplicando o disposto no art.66º. (CARDOSO1, 1996, p15)
Se for do interesse do titular um contrato de licença
voluntária de caráter exclusivo averbado no INPI, é necessário
que o titular desista da oferta de licença, através da petição
(Formulário 1.02 - vide instruções de preenchimento no verso)
acompanhada das razões que o motivaram, conforme:Art. 64º. §2º. Nenhum contrato de licença voluntária decaráter exclusivo será averbado no INPI sem que o titulartenha desistido da oferta. (CARDOSO1, 1996, p15)
Tais medidas de salvaguarda, assim como a caducidade (caída
do objeto de domínio público da patente, para qualquer
interessado explorar a mesma sem pagamento de retribuição ou
mesmo importar o produto livremente), visando a exploração
efetiva do invento no país, pelo titular ou terceiros,
legalmente licenciados, de forma que o privilégio concedido
traga benefícios à sociedade e não seja simplesmente utilizado
como medida abusiva do poder, interrompendo ou dificultando o
desenvolvimento econômico e industrial do país.
Nos países onde não existe a possibilidade de caducar a
patente por falta de uso efetivo, a licença compulsória pode ser
uma arma nas mãos do interessado em explorar a patente, quando o
titular se recusa a lhe conceder a licença voluntária. No
Brasil, sendo possível requerer a caducidade da patente por
falta de uso efetivo dentro de dois anos contados da concessão
da primeira licença compulsória ou cinco anos contados da
concessão da Carta-Patente para sua exploração, é de se entender
que sejam raríssimos os pedidos de licença compulsória frente às
vantagens oferecidas pela caducidade.
Enfatizando o titular de uma patente, como o dono de um
imóvel, pode fazer contrato aproximado ao de locação, ou uma
promessa formal de não processar a pessoa autorizada por
violação de privilégio de exploração, dando a licença sem
royalties, no mesmo raciocínio de locação presentes no Novo
Código Civil:Art. 565º. Na locação de coisas, uma das partes se obriga aceder à outra, por tempo determinado ou não, o uso e gozode coisa não fungível, mediante certa retribuição.(CARDOSO3, 2002, p35).
Outros titulares vão além e, estabelece uma relação de
benefícios que se aproxima da sociedade, comprometendo-se
transferir conhecimentos técnicos, mas não a produção do
invento. Como a franchising (franquia empresarial), ou melhor
Lei 8.955/94:Art. 2º - Franquia empresarial é o sistema pelo qual umfranqueador cede ao franqueado o direito de uso de marca ou
patente, associado ao direito de distribuição exclusiva ousemi-exclusiva de produtos ou serviços e, eventualmente,também ao direito de uso de tecnologia de implantação eadministração de negócio ou sistema operacionaldesenvolvidos ou detidos pelo franqueador, medianteremuneração direta ou indireta, sem que, no entanto, fiquecaracterizado vínculo empregatício. (FRANCO, 1994, p1).
Alén destas vantagens comerciais o Governo, por força da
lei, incentiva o desenvolvimento, absorção e transferência de
patente, mediante a linhas de financiamento, concessões fiscais,
agências de fornecimento como o BNDS, FINEP e outros, bem como
bolsas para o desenvolvimento de recursos humanos.
Criados pela Lei nº 11.196/05 e regulamentados pelo Decreto
nº 5.602/05, com objetivo de estimular os investimentos
empresariais em ciência e tecnologia. Compreendem:
● Dedução a 0% da alíquota do imposto de renda retido na fontenas remessas efetuadas para o exterior destinadas ao registro e manutenção de marcas, patentes e cultivares;
● Redução de 50% do imposto sobre produtos industrializados, incluindo máquinas, equipamentos, aparelhos, instrumentos e seus acessórios destinados a atividades de P&D;
● Depreciação acelerada para efeito da apuração do imposto de renda, admitindo-se a aplicação da taxa usual de depreciaçãode equipamentos e instrumentos destinados a atividades de pesquisa e desenvolvimento multiplicadas por 2 (dois);
● Amortização acelerada, para efeitos do imposto de renda, mediante a dedução, como custo ou despesa operacional, dos dispêndios relativos à aquisição de bens intangíveis, tais como licenças e direitos sobre tecnologias;
● Crédito do imposto de renda retido na fonte incidente sobre os valores pagos ao exterior a título de royalties, de assistência técnica e de serviços previstos em contratos de transferência de tecnologia averbados pelo INPI, da seguinteforma: 20% de 01/01/206 até 31/12/2008; e, 10% de 01/01/2009até 31/12/2019;
Outro bernéficio é a redução do Imposto sobre Produtos
Industriais (IPI) de 5% do faturamento, em atividades de
pesquisa e desenvolvimento em tecnologia da informação, de
acordo com a Lei 10.176/01 (CARDOSO6, 2001, 3p).
Para se habilitar a usufruir esses incentivos, as empresas
interessadas devem apresentar e executar Programas de
Desenvolvimento Tecnológico Industrial ou agropecuário
Tecnologia (PDTI/PDTA), com divulgação anual ao Ministério da
Ciência e Tecnologia – MCT. Taís informações podem ser apuradas
com auxilio de um Sistema de Garantia de Qualidade, denstro das
normas ISO 9000.
Respectivamente, para fazer jus deste benéficios fiscais, o
empresário investirar parte do recurso financeiro destinado a
P&D, será depositado no Fundo Nacional de desnvolvimento
Cientifico e Tecnológico – FNDCT. E a outra parcela, em convenio
com institutos ou centros de pesquisa ou entidades de ensino.
Taís benfecífios fiscais e as exigências proporcionais de
investimento em pesquisa e desenvolvimento serão cessados, ao
decorrer do tempo, até 2019. quando se estingue, por força da
nova Lei de Informática - Lei 11.077/04, Art°4:
IV - redução de 80% (oitenta por cento) do imposto devido,de 1o de janeiro de 2004 até 31 de dezembro de 2014;V - redução de 75% (setenta e cinco por cento) do impostodevido, de 1o de janeiro até 31 de dezembro de 2015;VI - redução de 70% (setenta por cento) do imposto devido,de 1o de janeiro de 2016 até 31 de dezembro de 2019, quandoserá extinto. (SILVA2, 2004, 1p)
Além do mais, as empresas de informática com bens e
serviços com tecnologia desenvolvida ou fabricados no País terão
preferências nas aquisições realizadas por órgãos e entidades da
Administração Pública Federal, em condições equivalentes de
prazo de entrega, suporte de serviços, qualidade, padronização,
compatibilidade e especificação de desempenho e preço. (CENTRO
DE ESTUDOS DAS SOCIEDADES DE ADVOGADOS, 2006, 182p).
1. Restrições do DireitoCom intuito de evitar abusos que possam advir do exercício
do direito conferido pela patente, a LPI impõe certas restrições
a este direito ou registro de desenho industrial. Tais
restrições de direitos aos titulares constituem matéria
disciplinar, que especifica os atos que podem ser realizados ou
praticados por terceiros, sem autorização titular, assim:
● Atos privados sem finalidade comercial:Art. 43º, I - aos atos praticados por terceiros nãoautorizados, em caráter privado e sem finalidade comercial,desde que não acarretem prejuízo ao interesse econômico dotitular da patente; (CARDOSO1, 1996, p11)
● Atos com finalidade experimental:Art. 43º, II - aos atos praticados por terceiros nãoautorizados, com finalidade experimental, relacionados aestudos ou pesquisas científicas ou tecnológicas;(CARDOSO1, 1996, p11)
● Preparação de medicamento para casos individuais:Art. 43º, III - à preparação de medicamento de acordo comprescrição médica para casos individuais, executada porprofissional habilitado, bem como ao medicamento assimpreparado; (CARDOSO1, 1996, p11)
● Nos casos de exaustão nacional:Art. 43º, IV - a produto fabricado de acordo com patente deprocesso ou de produto que tiver sido colocado no mercadointerno diretamente pelo titular da patente ou com seu
consentimento; (CARDOSO1, 1996, p11)
● Quando fonte inicial de material biológico:Art. 43º, V - a terceiros que, no caso de patentesrelacionadas com matéria viva, utilizem, sem finalidadeeconômica, o produto patenteado como fonte inicial devariação ou propagação para obter outros produtos; e.(CARDOSO1, 1996, p11)
● Em casos de exaustão de material biológico:Art. 43º, VI - a terceiros que, no caso de patentesrelacionadas com matéria viva, utilizem, ponham emcirculação ou comercializem um produto patenteado que hajasido introduzido licitamente no comércio pelo detentor dapatente ou por detentor de licença, desde que o produtopatenteado não seja utilizado para multiplicação oupropagação comercial da matéria viva em causa. (CARDOSO1,1996, p11)
● Nos casos de usuário anterior:Art. 45º. À pessoa de boa fé que, antes da data de depósitoou de prioridade de pedido de patente, explorava seu objetono País, será assegurado o direito de continuar aexploração, sem ônus, na forma e condição anteriores.§1º. O direito conferido na forma deste artigo só poderáser cedido juntamente com o negócio ou empresa, ou partedesta que tenha direta relação com a exploração do objetoda patente, por alienação ou arrendamento.§2º. O direito de que trata este artigo não será asseguradoa pessoa que tenha tido conhecimento do objeto da patenteatravés de divulgação na forma do art. 12º, desde que opedido tenha sido depositado no prazo de 1 (um) ano,contado da divulgação. (CARDOSO1, 1996, p 12)
Também os Arts 68º a 70º (licença compulsória) e Arts. 80º
a 83º (caducidade) da LPI. Já a restrição aos direitos
conferidos pelo registro de desenho industrial é matéria
disciplinada pelo:Art. 110º. À pessoa que, de boa fé, antes da data dodepósito ou da prioridade do pedido de registro exploravaseu objeto no País, será assegurado o direito de continuara exploração, sem ônus, na forma e condição anteriores.
(CARDOSO1, 1996, p26)
7. Classificação da PatenteA classificação das patentes surgiu da necessidade de
tratar de uma grande quantidade de documentos de patentes, por
dois enfoques distintos. Um deles são de acordo com os ramos da
industria, da “técnica” ou da atividade humana em relação às
características relevantes das invenções, designado de
"orientação industrial", "orientação técnica", "orientação
segundo o pedido de privilégio". Este enfoque foi introduzido
para tornar o depósito mais fácil e para garantir um acesso
rápido aos documentos.
Pelo outro enfoque, as invenções são classificadas de
acordo com as funções para as quais são caracteristicamente
pertinentes. Esse enfoque é comumente chamado de "orientação
segundo a função". Isto é pesquisa do estado da ate, pesquisa de
contrafação, pesquisa de novidade ou pesquisa de
validade/patenteabilidade. A classificação de patentes dos
Estados Unidos da América e do Reino Unido segue esse enfoque.
Os dois enfoques dificilmente podem ser aplicados na sua pureza
teórica.
As seguintes indicações são usadas na presente edição da
Classificação, conforme expresso pela Organização Mundial da
Propriedade Industrial (1999, p13):(a) O texto em itálico indica que, com relação à sextaedição é:
(i) novo, ou(ii) foi alterado (quanto ao texto ou à posiçãohierárquica) de modo que o escopo (ver os parágrafos43 a 48) de um ou mais grupos foi afetado, ou
(iii) foi cancelado (ver o item (c) abaixo).Nos casos (i) ou (ii) acima, o verbete em itálico éseguido por um algarismo arábico entre colchetes (ver(b) abaixo).
(b) Um algarismo arábico entre colchetes (por exemplo, [4]ou [7]), no final de um verbete, indica a edição daClassificação onde o verbete estava, em relação à ediçãoprecedente, ou
(i) é novo, ou(ii) foi alterado (quanto ao texto ou à posiçãohierárquica) de modo que o escopo de um ou mais gruposfoi afetado.Um ou o mesmo verbete pode ser seguido por dois oumais algarismos arábicos entre colchetes (por exemplo[4, 7] ou [2, 4, 6]), significa que em cada ediçãoreferida por estes algarismos, o verbete, com relaçãoà edição precedente, sofreu uma das alteraçõesmencionadas nos itens (i) ou (ii) acima.Um verbete que existia desde a primeira edição daClassificação e que foi alterado apenas na sétimaedição (quanto ao texto ou posição hierárquica), demodo que o escopo de um ou mais grupos foi afetado, éseguido por [1, 7].Uma nota que seja nova, em relação às ediçõesanteriores é seguida por um algarismo arábico entrecolchetes, indicando a edição na qual foiacrescentada.
Uma nota que tenha sido significativamente alterada nasétima edição, em relação à sexta edição, de modo quea classificação da matéria é afetada por estaalteração e é complementada com um algarismoarábico 7 entre colchetes, no final da nota.
(c) Os símbolos dos grupos que foram cancelados, isto é,grupos existentes na sexta edição da Classificação,(d) mas que não existem na sétima edição, são impressos comuma indicação, em itálico, para onde a referida matéria foitransferida ou é abrangida na sétima edição.Exemplos: 50/02 (abrangido por 43/06, 43/10)
57/32 (transferido para 57/05)13/10 (transferido para 19/015, abrangido por 17/14)
Os símbolos dos grupos que foram cancelados na sexta ediçãoou em edições anteriores, não aparecem na sétima edição.
Os grupos cancelados não são seguidos do algarismo arábico
seis entre colchetes e com relação às notas, somente aquelas
totalmente novas, são seguidas dessa indicação no final, quer
sejam numeradas ou não.
Com respeito a classificação contábil, a patente se
enquadra como bens intangíveis - uma criação estética, um investimento em
imagem, ou uma solução técnica que consiste, em todos os casos, numa oportunidade
de haver receita pela exploração de uma atividade empresarial (BARBOSA e
BARBOSA, 2005, p3).
Por tanto, os gatos realizado devido os direitos sobre
licenças para exploração, de patentes, direitos sobre licenças
para uso de marcas relacionadas a novos produtos e processos e
contratos de fornecimento de tecnologia industrial. Que podem
ser amortizado, durante o preríodo de proteção exclusiva,
encerrando quando a qual caem no domínio publico. Assim, os
gastos com a patente pode ser registrada contábilmente, neste
caso, assim:
• Debito: Patentes de Invenção (AtivoPermanente/Imobilizado – Marcas e Patentes);• Credito: Disponibilidades (Ativo Circulante); ouContas a Pagar (Passivo Circulante), conforme o caso.(SILVA, 2007, 2p)
O registro da amortização é efetuada desta forma:
• Debito: Amortização de Patentes de Invenção(Resultado);• Credito: Amortização de Patentes de Invenção (AtivoPermanente – Imobilizado – Redutora de Patentes deInvenção, em Marcas e Patentes). (SILVA, 2007, 2p)
Já os gastos com a pesquisa, são classificados como Ativo
Permanente Diferido, no sentido de registrar a formação de
receita futura até sua alienação ou sua adequação para
utilização da empresa (quando seu valor monetário será
transferido para Imobilizado).
8. LegislaçãoA lei de patentes regula as obrigações e os direitos com
relação à propriedade industrial. Podendo-se dizer que sua
função é garantir ao inventor de um produto, de um processo de
produção, ou de um modelo de utilidade, o direito de obter a
patente que lhe assegure a propriedade de sua invenção por um
determinado período. Assim expresso no Código de Propriedade
Industrial (CPI):Art. 1º. A propriedade industrial desempenha a função degarantir a lealdade da concorrência, pela atribuição dedireitos privativos sobre os diversos processos técnicos deprodução e desenvolvimento da riqueza. (BARROSO, 2003,p40).
Durante esse período, quem quiser fabricar, com fins
comerciais, um produto patenteado, deverá obter uma licença do
autor e pagar-lhe royalties. Tal período tem durabilidade
(validade da patente) está expressa no CPI:Art.99º. A duração da patente é de 20 anos contados da datado respectivo pedido. (BARROSO, 2003, p91).
Para registro do software, o que dispõe sobre a proteção da
propriedade intelectual de programa de computador e sua
comercialização no Brasil, está na Lei 9.606/98 - Lei de
Programas de Computador (Software):Art. 4º Salvo estipulação em contrário, pertencerãoexclusivamente ao empregador, contratante de serviços ou
órgão público, os direitos relativos ao programa decomputador, desenvolvido e elaborado durante a vigência decontrato ou de vínculo estatutário, expressamente destinadoà pesquisa e desenvolvimento, ou em que a atividade doempregado, contratado de serviço ou servidor seja prevista,ou ainda, que decorra da própria natureza dos encargosconcernentes a esses vínculos.§ 1º Ressalvado ajuste em contrário, a compensação dotrabalho ou serviço prestado limitar-se-á à remuneração ouao salário convencionado.§ 2º Pertencerão, com exclusividade, ao empregado,contratado de serviço ou servidor os direitos concernentesa programa de computador gerado sem relação com o contratode trabalho, prestação de serviços ou vínculo estatutário,e sem a utilização de recursos, informações tecnológicas,segredos industriais e de negócios, materiais, instalaçõesou equipamentos do empregador, da empresa ou entidade com aqual o empregador mantenha contrato de prestação deserviços ou assemelhados, do contratante de serviços ouórgão público.§ 3º O tratamento previsto neste artigo será aplicado noscasos em que o programa de computador for desenvolvido porbolsistas, estagiários e assemelhados. (CARDOSO3, 1998,p1).
Decreto nº 2556, de 20 de abril de 1998 - Regulamenta o
registro previsto:Art. 3º. Os programas de computador poderão, a critério dotitular, ser registrados em órgão ou entidade a serdesignado por ato do Poder Executivo, por iniciativa doMinistério responsável pela política de ciência etecnologia. (Regulamento)§ 1º O pedido de registro estabelecido neste artigo deveráconter, pelo menos, as seguintes informações:I - os dados referentes ao autor do programa de computadore ao titular, se distinto do autor, sejam pessoas físicasou jurídicas;II - a identificação e descrição funcional do programa decomputador; eIII - os trechos do programa e outros dados que seconsiderar suficientes para identificá-lo e caracterizarsua originalidade, ressalvando-se os direitos de terceirose a responsabilidade do Governo.§ 2º As informações referidas no inciso III do parágrafoanterior são de caráter sigiloso, não podendo ser
reveladas, salvo por ordem judicial ou a requerimento dopróprio titular. (CARDOSO3, 1998, p1).
Há também as leis de Direito Autorais que protegem objeto
concreto, a expressão que se utilizou à idéia do autor. Por
tanto, métodos matemáticos, por exemplo, não são protegidos por
este Direito, conforme regulado na Lei 9.610/98:Art. 8º Não são objeto de proteção como direitos autoraisde que trata esta Lei:I – as idéias, procedimentos normativos, sistemas, métodos,projetos ou conceitos matemáticos como tais;II – os esquemas, planos ou regras para realizar atosmentais, jogos ou negócios;III – os formulários em branco para serem preenchidos porqualquer tipo de informação, científica ou não, e suasinstruções;IV – os textos de tratados ou convenções, leis, decretos,regulamentos, decisões judiciais e demais atos oficiais;V – as informações de uso comum tais como calendários,agendas, cadastros ou legendas;VI – os nomes e títulos isolados;VII – o aproveitamento industrial ou comercial das idéiascontidas nas obras. (CARDOSO5, 1998, p3)
Lembrando que os Direitos Autorais são das pessoas físicas
autoras de algum objeto. Empresas apenas podem ser titulares de
exploração econômica, mesmo que banquem todos os custos para sua
produção. Pois, para efeitos legais os Direitos Autorais são
bens móveis, como as patentes (funcionalidade) e os registro
software (linguagem: código fonte, ou suas respectivas
soluções), conforme consideração do Código Civil:Art. 83º. Consideram-se móveis para os efeitos legais:I - as energias que tenham valor econômico;II - os direitos reais sobre objetos móveis e as açõescorrespondentes; (CARDOSO3, 2002, p11).III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e
respectivas ações. (CARDOSO3, 2002, p11).3. DISCUSSÃO
Todos sabem que os tempos vividos são tempos de grandes
mudanças. Mudanças na estrutura internacional de passos
ligeiros, começando a desenhar rumo à economia sustentável, com
a produção tecnológica cada vez mais crescente, combinadas a
novas formas de consumo, de acordo com a preferência do
consumidor que a considera útil e valiosa, proporcionando assim
um crescimento à concorrência, como expressa Ribeiro (2001,
10p):A inovação tecnológica é uma atividade complexa e pode serentendida como o processo capaz de tomar uma invençãorentável para a empresa. Este processo se inicia com aconcepção de uma nova idéia, passa pela solução de umproblema e vai até a real utilização de um novo item devalor econômico ou social.
Com a evolução tecnológica passa a exigir, desde o
Renascimento, a criação de uma nova categoria de direitos de
propriedade, considerados neste trabalho apenas como meio
comercial passível de patenteabilidade. A patente neste âmbito
desempenha o papel de estratégia ofensiva ou defensiva, com
objetivo de proteger a liderança e manter a posição de
monopólio, para ofensiva. Já a defensiva, refere-se como uma
espécie de balcão de negocio para obter uma parcela do Mercado,
manter-se no Mercado, ou enfraquecer o poder de barganha dos
concorrentes.
No entanto, a Empresa antes de decidir a investir na
patente, deverá consultar vários especialistas, tais como:
pesquisador, contador, advogado, dirigentes comerciais, entre
outros que poderão oferecer informações relevantes. Deduzindo do
Modelo de Paralelo de Inovação apresentado pelo Ribeiro (2001,
11p), na Figura 1, que estas informações são consideradas em
princípio o processo inicial de investimento para patentear, que
através de segmentos de combinação, da criação e da integração
de todos os diferentes setores externos e internos da empresa.
Figura 1:
Decidindo sobre a patente é necessário dirimir quando será
o pedido de proteção a patente, lembrando o tempo de processo do
registro e de duração, que podem trazer conseqüências serias em
relação às vantagens fiscais ou de concorrência. Decorrente
destas vantagens, com auxilio da ferramenta “plano de negócio” o
empresário poderá alavancar a empresa, sempre se preocupando com
a melhor maneira de recursos obtida através da patente.b) Plano de Negócios - o plano de negócios é um instrumentode auxílio à tomada de decisão e de ordenamento lógico donegócio com o novo produto ou processo. O plano de negóciosterá como principal finalidade a capacitação do empresáriono sentido de orientar todo o planejamento e organização daempresa de forma a torná-la mais competitiva e apta a lidar
com variáveis externas à empresa, principalmente aquelasligadas a tecnologias. Numa seqüência, a empresa tendoverificado a viabilidade do produto com o mercado e tendoresolvido os problemas de adequação do produto aos meios deprodução existentes, estaria apta a buscar no mercadofinanceiro recursos para viabilizar a produção em escala.Um bom plano de negócio, com fortes argumentações e com umaexpectativa de bom retorno financeiro é atraente para osmais diversos investidores. O plano de negócio deve sercapaz de auxiliar o empresário na busca de novos recursospara a alavancagem da empresa procurando, no entanto,preservar a preocupação com o melhor tipo de recurso, sejaele de empréstimo, de capital de risco ou fontes mistas comrecursos reembolsáveis e não reembolsáveis. (RIBEIRO, 2001,13 – 14p)
Também é necessário resolver o que descrever na patente,
afinal é o documento inicial de proteção, com conformidade a
legislação, além de sempre haver um conteúdo que não convém
revelar por razões estratégicas, sem desviar-se o custo de
oportunidade:O custo de oportunidade é um termo usado na economia paraindicar o custo de algo em termos de uma oportunidade renunciada, ouseja, o custo, até mesmo social, causado pela renúncia doente econômico, bem como os benefícios que poderiam serobtidos a partir desta oportunidade renunciada ou, ainda, amais alta renda gerada em alguma aplicação alternativa.(NANAN, 2007, 1p)
O fato de redigir o pedido da patente de modo não revelar
facilmente a invenção dificultando o uso indevido por parte de
terceiros, considerada no direito do inventor como contrafação
da patente, sem uma descrição exaustiva que possa comprometer o
entendimento dos examinadores do INPI, no caso do Brasil.
A saída encontrada pelos empresários na contrafação da
patente é cobrar indenização com argumento legal, por infringir
o uso exclusivo da sua patente, servindo-se desta sem a devida
autorização do titular, a este estará gerando um dano comercial,
pelas previsíveis e presumíveis consequências que se admite
advir deste ato ilícito, fundamentada com o Código de Defesa do
Consumidor:Art. 4º. VI - coibição e repressão eficientes de todos osabusos praticados no mercado de consumo, inclusive aconcorrência desleal e utilização indevida de inventos ecriações industriais das marcas e nomes comerciais e signosdistintivos, que possam causar prejuízos aos consumidores;(COLLOR, 1990, p2)
Outra questão e onde a Empresa pretende registrar a
patente, devendo o empresário considerar a legislação imposta,
viabilidade econômica e o tamanho do mercado pelo País. Mas não
só, depende quanto o sistema de patente do país em questão é
eficiente para fazer valer a proteção legal, também é importante
considerar os custos de patenteamento em escala internacional,
tais como preparar os pedido de patente, submetê-los os órgãos
nacionais, renová-los e acompanhá-los.
Segundo os levantamentos feitos pelo Barbieri e Álvares
(2005; p62):Destas considerações pode-se concluir que é inviável quererobter uma proteção em todos os mercados, alguns por serempequenos demais que não compensam os custos depatenteamento e outros por não proverem uma proteçãojurídica adequada à invenção.
Além disso, conforme o Ministério da Ciência e Tecnologia
(MCT) é relevante para se avaliar a intensidade inovativa do país e seu grau de
autonomia na produção de inovações, por um lado, e o interesse que o mercado
nacional desperta em indivíduos ou instituições estrangeiras que produzem inovações,
por outro (2006; 1p). Este grau de autonomia é determinado pelo
número de pedidos de deposito no país, dos residentes ou dos
estrangeiros (não-residentes). No caso do Brasil, encontramos no
Gráfico 2, divulgado pelo MCT (2006; 1p):
Gráfico 2: Brasil: Pedidos de patentesdepositados no Instituto Nacional dePropriedade Industrial (INPI), segundotipos, 1990-2006
Fonte(s): Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).Elaboração: Coordenação-Geral de Indicadores - ASCAV/SEXEC -
Ministério da Ciência e Tecnologia.
Os depositados junto ao United States Patent and Trademark
Office (USPTO), entre 1977 e 2000, uma agência do Departamento de
Comércio norte-americano, cuja principal função é conceder patentes para a proteção
de invenções e registrar marcas naquele país (MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E
TECNOLOGIA, 2006, 1p). Constata-se no gráfico 2 abaixo, segundo
o país de origem do deposito:
Gráfico3:Concessões depatentesdeinvençãojunto aoescritório norte-americanodepatentes(USPTO),segundopaíses deorigemselecionados,1980-2004
Fonte(s): U.S. Patent and Trademark Office (USPTO).Elaboração: Coordenação-Geral de Indicadores - ASCAV/SEXEC - Ministério da Ciência e Tecnologia.
(2006, 1p)Atualizada
em:01/03/2006
Fonte(s) daTabela 1:
U.S. Patent and Trademark Office (USPTO).
Elaboração: Coordenação-Geral de Indicadores - ASCAV/SEXEC -Ministério da Ciência e Tecnologia.
Atualizada em: 01/03/2006
Os residentes no Brasil que depositaram pedido no escritório americano de 1975 á 2004, segundo a tabela 1 apresentada pelo MCT(2006; 1p):
Ano Número depatentes
Ano Número depatentes
1975 64 1990 88
1976 51 1991 124
1977 51 1992 112
1978 72 1993 105
1979 72 1994 156
1980 53 1995 115
1981 66 1996 145
1982 70 1997 134
1983 57 1998 165
1984 62 1999 186
1985 78 2000 240
1986 68 2001 247
1987 62 2002 288
1988 71 2003 333
1989 111 2004 203
Sendo nas seguintes atividades mais freqüentes de
depósitos, segundo também MCT (Gráfico 4):
Gráfico 4:Brasil:Distribuiçãopercentualdosdispêndiosdasempresasindustriais empesquisa edesenvolvimento(P&D),segundoatividades, 2005
Fonte(s): Pesquisa Industrial de Inovação Tecnológica (Pintec) do Instituto Brasileiro de Geografiae Estatística (IBGE) - 2005.
Elaboração: Coordenação-Geral de Indicadores - ASCAV/SEXEC - Ministério da Ciência e Tecnologia.Atualizada em: 23/08/2007
Conforme o Ministério é investido pelo Governo Brasileiro,
desde 2000 á 2006, em ciência e tecnologia do país (gráfico 5):
Gráfico 5:Fonte(s):
Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi). Extração especial realizada pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).
Elaboração: Coordenação-Geral de Indicadores - Ministério da Ciência e Tecnologia.Nota(s): Valores monetários atualizados pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna
(IGP-DI) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), médias anuaisForam utilizados os valores de empenhos liquidados; não estão computadas as despesascom juros e amortização de dívidas (interna e externa), cumprimento de sentençasjudiciais e despesas previdenciárias com inativos e pensionistas; estão computados osrecursos do tesouro e de outras fontes dos orçamentos fiscais e de seguridade social;Inclui estimativas dos dispêndios das instituições federais com cursos de pós-graduação reconhecidos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de NivelSuperior - Capes, do Ministério da Educação - MEC.1) dados preliminares.
Atualizadaem:
02/07/2007
Em comparação com outros países o Brasil, em relação ao
Produto Interno Bruto do país (PIB), e deposito de patentes de
invenção no país, em 2004 (gráfico 6).
Gráfico 6:Fonte(s):
paradepósitos depatentes:OrganizaçãoMundialdePropriedade
Intelectual(OMPI),excetonocasobrasileirocujosdadossãotambémdoInstitutoNacionaldePropriedadeIntelectual(INPI);paraoprodutointernobruto(PIB) emparidadedepoder decompra(PPC):Worlddevelopmentindicators,2003andWorldBankatla
s ;onCD-ROM.WorldBank.
Elaboração: Coordenação-Geral deIndicadores-ASCAV/SEXEC-MinistériodaCiênciaeTecnologia.
Nota(s): 1.r
2.r
3.r
4.a
Atualizada em: 18/07/2006
Somado a todas estas questões de estratégica, o preço
envolvido é outra pergunta a ser considerada pelos empresários.
Pois afinal, o preço é instrumento que permite o domínio de
mercado, e por ele regulado. A sua fixação dependerá dos
objetivos da empresa, volume de produção, tipos de clientes, os
custos de registro, entre outros fatores condicionados ao
negócio.
Uma das soluções realizadas por alguns empresários, no caso
de escassez de recursos para produção da patente e a parceria entre
elas (empresa licenciada para licenciadora) para efeito das licenças
futuras entre elas e entre elas e outras empresas interessadas no licenciamento da
primeira patente (Barbieri e Álvares, 2005, p62).
Frente a estes quadros bem adversos, presentes no ambiente
empresarial, a busca de investir na patente como instrumento de
apoio à estratégia de diferenciação, requer incentivos
constantes P&D e capacidade de se proteger das imitações
(pirataria). A patente protegida confere vantagem competitiva
que proporciona novos modos de superar os seus concorrentes,
referentes à diferença entre o custo e a diferenciação ocorrente
sob ponto de vista dos consumidores com comparação as demais
empresas existentes no mercado, e/ou grau de se preparar diante
dos obstáculos surge inevitavelmente na trajetória de qualquer
empresa.
4. CONCLUSÃOO Sistema de patentes e segredos industriais contribui com
a mercantilização da ciência e tecnologia, em forma de pesquisas
lucrativas em áreas, por exemplo, da engenharia genética. Com
livre fluxo de idéias, estimulando a produção de novos produtos
ou novos meios de utilidade para um determinado objeto ou
invenção, como também, a expansão tecnológica para outros
continentes, oportunidade de estratégia competitiva e
financeira. Garantindo, por um período de tempo, o direito
exclusivo sobre a idéia do autor em transformá-la em lucro
financeiro sem o perigo de outros copiarem.
Mas, como em qualquer outro negocio, antes de investir na
patente deve-se elaborar um plano de negócio para desenvolver o
futuro por longo prazo, para identificar os pontos-chaves do
investimento (prioridades do negócio, objetivo da Empresa, custo
e risco da exploração da patente, entre outros pontos
relevantes). Baseando-se em métodos técnicos de extração de
conhecimento, averiguação da tendência do mercado, busca de
anterioridades, identificação das providências para o devido
registro e produção, analisa a política de proteção do país,
averiguar os indicadores econômicos, entre outros aspectos
relevantes para sua tomada de decisão.
Desta maneira o empresário/investidor procura identificar
os maiores benefícios econômicos e sociais, do processo de
exploração da propriedade industrial, com olhar para o futuro da
ciência, da tecnologia, da economia, do meio ambiente, e da
sociedade, em termos globais, como fonte estratégica para
obtenção e manutenção do Mercado em que atua. Principalmente, em
relação a capacidade do país em proteger o titular da patente
contra terceiros.
Sintetizando, o investimento no titulo de patente, apesar
de todo incentivo financeiro e fiscal, como também todo auxilio
fornecido pelos órgãos nacionais do país, abrangendo a proteção
do autor/investidor no ramo do direito civil, que cuida do
direito intelectual, abarcando o direito autoral, comercial, e
informático. Com efeito, de assegurar ao titular exclusividade
de exploração do texto descritivo, em outras palavras, como um
livro de receita, a lei protege o texto do livro de ser copiado
por terceiros, mas não as receitas, que podem ser feitas.
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