PODCAST de Audio, um Novo Media
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INSTITUTO POLITÉCNICO DE LISBOA
ESCOLA SUPERIOR DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
Mestrado em Audiovisual e Multimédia
Comunicação, Tecnologia e Novos Media
PODCAST de Audio, um Novo Media
Pedro Soares Filipe Mestrado AM - Ano I - nº5451
Docente: Jorge Souto
Data de entrega: 11 de Janeiro de 2013
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PODCAST de Audio, um Novo Media Pedro Soares Filipe [[email protected]]
Escola Superior de Comunicação Social
Resumo: Que critérios de análise se podem aplicar ao Podcast de Audio de forma a
comprovar que se trata de um novo media? A questão, por vezes de resposta
complexa, é aqui colocada e analisada, sempre cingida ao seu âmbito restrito. Os
resultados deste estudo, feito através da investigação e apresentação de exemplos
e artigos já previamente revistos e validados, apontam de forma vincada para a
conclusão de que o Podcast de Audio é, de facto, um novo media.
Palavras-chave: Podcast, Novo Media, RSS, Rádio, Audio na Internet.
Audio PODCAST, a New Media
Abstract: What analysis criteria should be applied to Audio Podcast in order to
prove that it constitutes a new media? The question, often of complex response, is
analyzed and placed here, always girded in it's limited scope. The results of this
study, through research and presentation of examples and articles previously
reviewed and validated, point to the conclusion that the Audio Podcast is, indeed, a
new media.
Keywords: Podcast, New Media, RSS, Radio, Internet Audio.
Introdução
A necessidade de comunicar de uma forma cada vez mais abrangente e
eficaz e o desejo de garantir algum tipo de retorno para aqueles que o fazem tem
lançado o ser humano nos mais variados esforços teóricos e científicos.
O campo da computação parece ser aquele que reúne a quase totalidade da atenção
por parte dos actores e criadores dos novos media e é através da
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instrumentalização crescente desse campo que nos surgem cada vez mais
propostas. Este artigo debruça-se sobre um dos desenvolvimentos mais recentes
de comunicação audiovisual e multimédia – o Podcast.
Com apenas nove anos de existência a palavra tem na sua origem a junção
de dois termos distintos, iPod (o popular leitor da Apple) e Broadcast (1)
(Difusão/Transmissão/Emissão). É atribuída ao jornalista do 'The Guardian', Ben
Hammersly, que no seu artigo Audible Revolution, de 12 Fevereiro de 2004,
descreve algumas das iniciativas pioneiras neste meio.
Mas a realidade aponta para factos bastante anteriores ao lançamento do
produto da Apple e é importante referi-los antes de continuar esta análise. Nos
anos 80 e 90 já existem recursos que permitem a distribuição de conteúdos audio
em formatos bastante semelhantes aquilo que vulgarmente chamamos um
programa de rádio. Não existindo ainda a WWW, a tecnologia mais utilizada era o
Multicasting, o Mbone(2). Uma forma de transmitir para múltiplos IP's a partir de
uma única fonte. Esta tecnologia foi maioritariamente utilizada por investigadores
para divulgar as suas descobertas ou cobrir eventos como conferências, palestras e
cerimónias académicas.
Em Setembro de 2000, o fabricante i2Go, cria o primeiro serviço de
subscrição automática de conteúdos(3) para o seu leitor de media que acabara de
lançar no mesmo ano. O serviço, que segundo o artigo(4) de análise de Richard
Menta na mp3newswire.net parece ter agradado a outros colaboradores dessa
publicação, esteve activo durante cerca de um ano. Mas a i2Go não resiste à crise(5),
que nessa altura era transversal a todas as empresas ligadas à Internet, e vê-se
obrigada a abrir falência.
Tendo em conta estes factos é crucial fazer a distinção entre o aparecimento
do leitor da Apple e o media propriamente dito. Ou seja, a capacidade de difundir
conteúdos desta forma independentemente da ligação etimológica que deu origem
ao termo que o nomeia.
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De salientar ainda outro novo meio que veio complementar o Podcast e que
permitiu a subscrição de serviços e posterior download automático para qualquer
aparelho capaz de ler conteúdos. Refiro-me ao RSS (Rich Site Summary e mais
tarde Really Simple Syndication) que através da linguagem XML permite a
determinado conteúdo de um site ser subscrito por um utilizador e a partir daí ser
descarregado automaticamente a cada actualização. A complementaridade entre o
Podcast e o RSS é um dos exemplos da natureza modular e da remediação, já
descrita por vários autores como característica nestes novos media. Mas sobre
estes e outros aspectos falarei mais adiante em destaque.
O que é o Podcast de Audio?
Em termos práticos o
conteúdo difundido num Podcast
de Audio é um simples ficheiro
digital. Normalmente em formato
comprimido (.mp3, .ogg, .wma,
etc..) o que inicialmente
constituiu uma enorme vantagem
devido às restrições com a largura
de banda para transmissão de
dados. Esse ficheiro é composto
por uma camada de meta-dados,
que contém o título do programa, o autor, a duração, a data de emissão original,
entre outras informações possíveis e o ficheiro de audio propriamente dito, uma
conversão do som analógico original (uma narração de voz, por exemplo)
digitalizado através de impulsos (PCM) que correspondem a padrões de dígitos
binários com valores entre 0 e 1.
Depois de ter feito a gravação do conteúdo programático para dentro do seu
computador o autor do Podcast faz o envio do ficheiro em formato final para o
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servidor que aloja o seu blog ou website e este passa a ficar disponível para que
outras pessoas o possam descarregar e ouvir. A simplicidade de todo o processo,
em especial com a aderência ao RSS por parte de quase todos os serviços de
alojamento de blog's e do apoio entusiástico por parte da empresa Apple (que
aderiu em 2005 a esta norma), diz muito acerca do sucesso e popularidade do
Podcast de Audio.
Anteriormente a este novo
media, uma comunicação com estas
características, em especial num
formato semelhante à Rádio, exigia
da parte do autor conhecimentos
técnicos relativamente avançados
e, no caso português, que este se
submetesse a um exame teórico
com o intuito de obter uma licença
para operar numa das 3 categorias
de rádio amador disponíveis.
Acrescendo a isto, é comum ser o próprio Rádio Amador a construir o seu
emissor o que implica obviamente um conhecimento bastante apreciável ao nível
da electrónica. E em termos económicos esta nem seria a pior opção. O preço de
um sistema capaz de realizar uma emissão pode variar entre um milhar de Euros
para um posto modesto até às dezenas de milhar de Euros para sistemas de maior
sofisticação.
A generalização acima feita não é inocente. O Podcast e a Rádio (enquanto
formato de emissão) estão de certa forma ligados, tal como os Audioblog's, que
podem ser considerados como a origem do Podcast. Afirmar que um destes meios
é uma extensão do outro, ou como referia Marshall McLuhan que o conteúdo de um
meio é sempre outro meio, não é, como tentarei provar adiante, uma afirmação
rebuscada.
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O que é um novo media?
Talvez seja então essencial definir uma matriz de análise para o que podem
ser considerados novos media para assim podermos deduzir se é possível incluir
entre eles o Podcast de Audio.
O autor Lev Manovich, por exemplo, define cinco princípios que considera
característicos dos novos media e que podem ser facilmente extrapolados para o
caso específico do Podcast de Audio.
O primeiro princípio, a Representação Numérica, baseia-se no facto de
todos os objectos de novos media (note-se a referência do autor a um termo
enraizado no campo da programação e computação) serem constituídos por código
digital, ou seja, por representações numéricas. "All new media objects, wether they
are created from scratch on computers or converted from analog media sources,
are composed of digital code; they are numerical representations." (Manovich, L.,
2001:49). Aqui podemos já estabelecer o primeiro paralelo com o nosso novo media.
O conteúdo do Podcast de Audio é fruto de um processo de transdução do sinal
sonoro, no seu formato original enquanto pressão acústica, para código digital. Ou
seja, ao processo de captação a nível acústico segue-se um processo de transdução
eléctrica através do microfone e em seguida a uma conversão desse sinal eléctrico
em sinal digital. Esse sinal digital corresponde ao código de natureza binária que
foi anteriormente descrito. Este código binário é passível de ser descrito
matematicamente e como tal representado numericamente.
O segundo princípio, a Modularidade, é derivado do facto dos elementos
que constituem uma emissão em Podcast poderem ser acedidos, editados,
substituídos ou manipulados individualmente, embora façam parte de um todo
(ex: uma montagem sonora no programa de edição Pro Tools). Uma sessão de
Podcast pode assim ser composta por dezenas, centenas ou milhares de
fragmentos de audio, narrações, temas musicais ou efeitos sonoros justapostos
que, embora armazenados independentemente, são editados em conjunto numa
linha temporal e mais tarde transformados num único ficheiro. "These elements
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are assembled into large-scale objects but they continue to mantain their separate
identity." (Manovich, L., 2001:51).
Este aspecto é também reforçado pela opinião de outros autores neste
campo: “Again, we call the representation of one medium in another “remediation”,
and we will argue that remediation is a defining characteristic of the new digital
media.” (Bolter, J.D., Grusin, R., 1999:339).
No terceiro princípio temos uma relação directa com os anteriores. A
Automação é possível graças à natureza numérica e à modularidade deste novo
media. Devido a estas características é possível automatizar processos e libertar
assim o criador de conteúdos para as tarefas de ordem mais criativa. Seja em
questões como a acesso a determinado meio, a edição, o uso de presets para
aplicação de processos de sinal, a tarefa de upload do ficheiro, a renderização
(refere-se à obtenção do resultado final num processamento) ou outra qualquer
ordem ao nível da computação, a automação está sempre presente cada vez que o
utilizador de um computador "... modifies or creates from scratch a media object
using templates or simple algorithms." (Manovich, L., 2001:53).
Em quarto lugar Manovich fala-nos do princípio da Variabilidade nos novos
media. Os projectos de Podcast Audio têm uma natureza variável. Tal como os
outros novos media não se tratam de elementos fixos e podem existir em infinitas
versões. Por exemplo, imaginemos que criamos um programa para difusão via
Podcast mas por negligência não dispomos dos direitos de uso para determinado
fragmento de audio. Caso sejamos confrontados pelo autor do mesmo fragmento é
extremamente fácil substituir esse ficheiro por outro de nossa autoria e assim
manter o Podcast activo mas numa versão já corrigida. Esta variabilidade que
Manovich descreve é consequência dos processos computacionais. "In designing all
functions and data structures, a computer programmer tries to always use
variables rather than constants." (Manovich, L., 2001:53). Este princípio deu aliás origem
a uma das mais bem sucedidas práticas da actualidade no campo musical, a
remistura, ou remix.
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Por último temos o quinto princípio, o Transcoding. Na prática estamos em
presença de um novo meio que surge a partir da conversão de um meio, já
existente, para um novo formato. Por exemplo, da Rádio para o Podcast de Audio
ou, se estendermos o âmbito disciplinar do mesmo, do Canal de Televisão para
canal pessoal de Youtube.
Manovich fala-nos deste princípio ao descrever que “In new media lingo, “to
transcode” something is to translate it into another format. The computerization of
culture gradually accomplishes similar transcoding in relation to all cultural
categories and concepts.” (Manovich, L., 2001:64). Segundo este autor esta faceta dos
novos media ganha relevância pelo facto de, na generalidade, se poder considerar
que todos eles são formados por duas «camadas» distintas – A camada cultural e a
camada computacional. Essa ocorrência deriva de todos esses meios serem
gerados, processados, arquivados e acedidos através de um computador.
A evolução do Podcast
Tal como foi referido anteriormente o Podcast, reconhecível no formato de
subscrição que actualmente vigora, é proveniente de várias experiências com
maior ou menor sucesso. O aspecto que parece ser incontornável em toda a sua
evolução está ligado aos blog's e aos seus autores. É conhecido o papel de
impulsionadores como Adam Curry (ex-apresentador da MTV) e Dave Winer
(responsável por várias versões da especificação RSS). Ambos eram blogger's que
procuravam novas formas de criar conteúdos. Curry que sonhava um dia ouvir(6) o
seu blog de texto e Winer que distribuía(7) entrevistas do radialista e ex-jornalista
do New York Times, Christopher Lydon(8) através do recurso à nova extensão
<enclosure>, criada por si na versão RSS v.0.92.
Qual a ligação entre estes homens? O entusiasmo. Como pode ficar patente
nas declarações de Lydon: "It's an approach to a different kind of radio. My feeling
is that traditional media in America is stuck. Let's think of a new kind of media.".
Este entusiasmo, que nessa altura é partilhado um pouco por toda a parte, reveste-
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se de esperança nos possíveis papéis a desempenhar por este novo media: "This
discovery, like Lydon's revelation of finding an audience that talks back to him, and
like Audible discovering a market for radio programmes that you can carry around
and listen to whenever you like, is the final part of the birth of audioblogging.
We're going from the ease of putting words online, to the new ease of putting radio
there too." (Hammersley, B., 2004:01), ou alguns anos mais tarde: “The beauty of
podcasting is that your computer can automatically download selected audio
files, which is why the technology is often compared to TiVo’s ability to locate,
record, and digitally store selected television programs.” (Gilbert, 2006:41)
Também os meios de comunicação tradicionais, e em particular as estações
de Rádio portuguesas, aderiram na generalidade a esta prática: "muchos
programadores de radio de todo el mundo se han sentido atraídos por esta nueva
modalidad de consumo radiofónico y se han visto obligados a definir en lo sucesivo
sus estrategias ante Internet.” (Damas, 2006:86).
Antena3(10), Rádio Comercial(11), TSF(12), Rádio Renascença(13) ou MegaHits(14),
são apenas algumas, entre muitas outras, que disponibilizam as suas emissões
através de Podcast de Audio.
Mas nem só do formato mais equiparado à programação de Rádio parece
viver o Podcast. O futuro, a julgar pelas dezenas de artigos académicos(9) que foram
escritos nos últimos anos acerca deste meio, pode chegar-nos através do Podcast
enquanto ferramenta de ensino. A facilidade a nível técnico que existe para
professores e alunos realizarem sessões desta natureza e a disseminação mais
generalizada de acesso à internet de banda larga podem ser algumas pistas para
esta tendência. Afigura-se assim como possível solução para chegar a alunos sem
possibilidades de deslocação ou mesmo como novo modelo de negócio para
algumas empresas que dão formação(15) nas mais variadas áreas do ensino à
distância.
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Conclusão
Para terminar gostaria de complementar algumas das conclusões
apresentadas com dados recentes que apontam para números expressivos na
utilização de Podcast's. Estes dados não pretendem servir de demonstração quanto
à pertinência da afirmação
que se coloca no título do
artigo. O facto de ser um
media bastante popular
não representa ordem de
razão suficiente para o
considerarmos como um
novo media. No entanto os
dados apresentados não
deixam de constituir
testemunho interessante
para aferir a enorme aceitação e massificação do mesmo.
Segundo os números da PEW Research Center, em 2010 existiam cerca de 89.455
Podcast's activos. Isto, note-se, apenas em território dos Estados Unidos. O
potencial comunitário deste media é imenso e a interactividade que existe entre
autores e ouvintes é a grande mais valia para ambos.
Já em meados de 2005 as palavras de dois entusiastas reflectiam bem o
impacto que esta democratização estava a trazer: "The whole world is listening.
Access to such huge potential audience was a privilege once reserved only for large
corporations and governments, but podcasting has changed everything. The
individual has been empowered and given an equal voice – this means you."
(Geoghegan, M., Klass, D., 2005:02)
Para lá da euforia inicial, que ficou bem patente nos vários exemplos
citados, e perante os dados e os exemplos apresentados parece difícil de contestar
que o Podcast de Audio representa na actualidade uma forma de comunicação à
distância bastante solicitada. Juntando a este aspecto o facto de conter em si todas
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as principais características, já anteriormente descritas por vários autores como
sendo indícios desse estatuto, é possível afirmar com segurança que o Podcast de
Audio se trata efectivamente de um novo media.
Notas: (1)
Tradução a partir de http://pt.bab.la/dicionario/ingles-portugues/broadcast (consulta a 8 de Janeiro de 2013) (2)
http://www.nytimes.com/1995/02/08/business/business-technology-peering-out-a-real-time-window.html (consulta a 4 de Janeiro de 2013)
(3) http://web.archive.org/web/20001203235700/www.myaudio2go.com/asp/help_programs.asp (consulta a 4 de Janeiro de 2013) (4) http://www.mp3newswire.net/stories/2000/ego.html (consulta a 4 de Janeiro de 2013) (5)
http://www.bizjournals.com/atlanta/stories/2001/09/10/newscolumn1.html (consulta a 4 de Janeiro de 2013) (6) http://radio-weblogs.com/0001014/2002/10/21.html#a2427 (Adam Curry sobre o seu primeiro Webcast) (consulta a 5 de Janeiro de 2013) (7) http://blog.grumet.net/2005/04/26/a-slice-of-podcasting-history (Sobre Adam Curry e Dave Winer) (consulta a 8 de Janeiro de 2013) (8) http://blogs.law.harvard.edu/lydondev/about-christopher-lydon/ (consulta a 8 de Janeiro de 2013) (9)
Selecção de alguns artigos académicos encontrados sob o âmbito do Podcast na educação (fonte: EBSCO – IPL. Bases de Dados: Communication & Mass Media Complete + Bases de dados subscritas via b-on. Opções: Academic Search Complete e Library, Information Science & Technology Abstracts)
12
Using podcasts to replace lecture: Effects on student achievement, O’Bannon, Blanche W.; Lubke, Jennifer K.; Beard, Jeffrey L.; Britt, Virginia G. Computers & Education. Nov2011
Using Podcasting to Facilitate Student Learning: A Constructivist Perspective, Ng'ambi, Dick; Lombe, Annette. Journal of Educational Technology & Society. Oct2012
Use of audio podcast in K-12 and higher education: a review of research topics and methodologies, Hew, Khe. Jun2009
Making the Decision to Provide Enhanced Podcasts to Post-Secondary Science Students, Holbrook, Jane; Dupont, Christine. Journal of Science Education & Technology. Jun2011
Utilising podcasts for learning and teaching: a review and ways forward for e-Learning cultures, Kidd, Warren. Management in Education (Sage Publications, Ltd.). Apr2012
Integrating Podcast Technology Effectively into Student Learning: A Reflexive Examination, Hill, Jennifer; Nelson, Amanda; France, Derek; Woodland, Wendy. Journal of Geography in Higher Education. Aug2012
Podcasts in Education: Let Their Voices Be Heard, Sprague, Debra; Pixley, Cynthia. Computers in the Schools. 2008
iTunes University and the classroom: Can podcasts replace Professors?, McKinney, Dani; Dyck, Jennifer L.; Luber, Elise S. Computers & Education. Apr2009
Trend Alert: A History Teacher's Guide to Using Podcasts in the Classroom, Swan, Kathleen Owings; Hofer, Mark. Social Education. Mar2009
(10)
http://www.rtp.pt/play/podcasts/antena3 (consulta a 8 de Janeiro de 2013)
(11)
http://www.radiocomercial.iol.pt/podcast/index.html (consulta a 8 de Janeiro de 2013) (12)
http://www.tsf.pt/podcast/ (consulta a 8 de Janeiro de 2013) (13) http://rr.sapo.pt/podcast.aspx (consulta a 8 de Janeiro de 2013) (14) http://megahits.sapo.pt/podcastweb10.aspx (consulta a 8 de Janeiro de 2013) (15) http://www.pointblankonline.net/free-content/podcasts.php (consulta a 8 de Janeiro de 2013)
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13
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