Observações sobre a interlocução entre Comunicação Social e Web Science delimitada pelo Meio...

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http://www.tecccog.net/revista Brazilian Journal of Technology, Communication, and Cognitive Science Edição nº 1, Ano I - Setembro 2013 c c c * Formada em Comunicação Social (Publicidade e Propaganda), doutoranda em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo. E-mail: [email protected] Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/2738837845534090 Estruturação tecnológica. Objeto real. Objeto-modelo. Processo comunicacional. Teoria do Meio. Centrado em questões epistemológicas, teóricas e metodológi- cas da Comunicação Social, o artigo parte de duas premis- sas interdependentes: a reflexão acerca da estruturação metodológica é primordial e inseparável do desenvolvimento científico e o equilíbrio entre evidências empíricas e teoria co- labora para a manutenção do Objeto de pesquisa. Colocando em relevo a relação entre objeto empírico e Objeto de estudo, propõe que os Meios de Comunicação são afetados pelos desenvolvimentos tecnológicos que constituem sua dimen- são técnica/tecnológica. Nesse sentido, em especial o Meio Social Digital Conectado, porque este é estruturado pela web, cabendo assim discutir as condições de interlocução entre Co- municação Social e Web Science. Sobre isso, entende-se que a produtividade do diálogo entre os dois domínios depende da constante observação epistemológica e da consideração das limitações próprias do viés científico. Amanda Luiza S. Pereira * Centered on epistemological, methodological and theoreti- cal questions of Social Communication, this paper starts from two interdependent premises: the reflection about the methodological structuration is essential and inseparable part of scientific development, and the balance between empirical evidence and theory contributes to the maintenance of Re- search object. By placing into relief the relationship between empirical object and Study object, proposes that the Media are affected by technological developments that constitute the technical/technological dimension. In this sense, particularly the Connected Digital Social Medium because it is structured by the web, so fitting to discuss the conditions for dialogue between Media and Web Science. About this means that the productivity of dialogue between the two domains depends on the constant epistemological observation and consideration of the limitations of the scientific bias. Technological structuration. Real object. Object model. Communication process. Medium Theory. Observações sobre a interlocução entre Comunicação Social e Web Science delimitada pelo Meio Social Digital Conectado artigo Resumo Palavras-chave Abstract Keywords

Transcript of Observações sobre a interlocução entre Comunicação Social e Web Science delimitada pelo Meio...

http://www.tecccog.net/revista

Brazilian Journal of Technology, Communication, and Cognitive Science

Edição nº 1, Ano I - Setembro 2013ccc

* Formada em Comunicação Social (Publicidade e Propaganda), doutoranda em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo. E-mail: [email protected] Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/2738837845534090

Estruturação tecnológica. Objeto real. Objeto-modelo.

Processo comunicacional. Teoria do Meio.

Centrado em questões epistemológicas, teóricas e metodológi-

cas da Comunicação Social, o artigo parte de duas premis-

sas interdependentes: a reflexão acerca da estruturação

metodológica é primordial e inseparável do desenvolvimento

científico e o equilíbrio entre evidências empíricas e teoria co-

labora para a manutenção do Objeto de pesquisa. Colocando

em relevo a relação entre objeto empírico e Objeto de estudo,

propõe que os Meios de Comunicação são afetados pelos

desenvolvimentos tecnológicos que constituem sua dimen-

são técnica/tecnológica. Nesse sentido, em especial o Meio

Social Digital Conectado, porque este é estruturado pela web,

cabendo assim discutir as condições de interlocução entre Co-

municação Social e Web Science. Sobre isso, entende-se que a

produtividade do diálogo entre os dois domínios depende da

constante observação epistemológica e da consideração das

limitações próprias do viés científico.

Amanda Luiza S. Pereira *

Centered on epistemological, methodological and theoreti-

cal questions of Social Communication, this paper starts

from two interdependent premises: the reflection about the

methodological structuration is essential and inseparable part

of scientific development, and the balance between empirical

evidence and theory contributes to the maintenance of Re-

search object. By placing into relief the relationship between

empirical object and Study object, proposes that the Media

are affected by technological developments that constitute the

technical/technological dimension. In this sense, particularly

the Connected Digital Social Medium because it is structured

by the web, so fitting to discuss the conditions for dialogue

between Media and Web Science. About this means that the

productivity of dialogue between the two domains depends on

the constant epistemological observation and consideration of

the limitations of the scientific bias.

Technological structuration. Real object. Object model.

Communication process. Medium Theory.

Observações sobre a interlocução entre Comunicação Social e Web Science delimitada pelo Meio Social Digital Conectado

artigo

Resumo

Palavras-chave

Abstract

Keywords

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Brazilian Journal of Technology, Communication, and Cogntive Science - Edição nº 1, Ano I - Setembro 2013ccc

Reflexões estruturantes sobre o domínio da Comunicação SocialDentre as inúmeras questões que podem ser levantadas no debate acerca da pesquisa em

Comunicação, para os fins deste artigo enfatiza-se (1) a premissa básica deste texto de que a re-

flexão acerca do metodológico1 é a estrutura básica da investigação e (2) a premissa secundária

de que o equilíbrio entre as evidências empíricas e a teorização é fundamental à manutenção

do Objeto de investigação.

Parte-se também do princípio de que há em curso uma revolução nas Ciências (BUNGE,

2008) que também influencia o domínio da Comunicação na busca pela transição da aborda-

gem do tipo caixa negra para caixa translúcida e, por conseguinte, para o debate (ou constru-

ção) de modelos teóricos e metodológicos legítimos, por fundamentos de cunho científico, da

Comunicação Social.

Concordando com Martino (2007), entende-se que o estabelecimento da Comunicação

não é inviabilizado pelas relações disciplinares de seu objeto com outros domínios. Nessa pers-

pectiva, isso se dá basicamente porque compreender que os fenômenos comunicacionais tan-

genciam fenômenos econômicos, políticos, tecnológicos, sociais e culturais, dentre outros, não

significa negar especificidade ao Objeto ou a problemáticas da Comunicação, dado que estes

são elementos inerentes ao fazer científico.

O entendimento de que o estabelecimento do Objeto é reducionismo é equivocado por-

que admitir que o ‘mundo real’ não é domesticado por qualquer disciplina não é o mesmo que

entender os domínios científicos, por consequência, como inócuos.

É necessário insistir que a investigação científica é um tipo específico de conhecimento

cuja confusão com conhecimentos de outra ordem não colabora para o seu desenvolvimento

(SAGAN, 1996) e, no afastamento de tal embaraço, demanda-se também a distinção didática

entre fenômeno e Objeto de pesquisa e o entendimento de que, ainda que a disciplina2 e o mé-

todo sejam limitadores do fazer científico, eles são os responsáveis por sua viabilização.

Como considerações dos argumentos sobre a importância dos objetos-modelo Bunge

(2008) propõe uma série de perguntas e respostas, dentre as quais é pertinente às exposições

aqui realizadas o seguinte raciocínio:

P: Aceitando que os modelos são inevitáveis, por que pretender que representam a

realidade? Sendo idealizações, não constituem recuos da realidade? R: Objetos-modelo

e modelos teóricos versam supostamente sobre objetos reais. Cabe ao experimento

comprovar semelhante suposição da realidade [...] (BUNGE, 2008, p. 40).

Portanto, a distinção entre fenômeno e teorização não pode ser realizada sem a identifi-

cação das relações entre ambos. No caso da Comunicação Social, as diferenças entre as teorias

1 De modo amplo e, portanto, em sua relação com as ques-tões epistemológicas e teóricas, bem como metódicas e técnicas.

2 A noção de dis-ciplina é endógena ao contexto das Ciências, isto é, diz respeito à necessida-de de se eleger um Objeto de pesquisa para que se carac-terize a atividade científica.

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são em alguma medida oriundas das diversas percepções sobre a historicidade dos fenômenos

comunicacionais (MARTINO, 2004). No âmbito deste artigo considera-se como ponto inicial

o estabelecimento dos Meios de Comunicação de Massa em função da construção do domí-

nio mesmo da Comunicação (FRANÇA, 2007; MATTELART, MATTELART, 2005; RÜDIGER,

1998; SANTAELLA, 2001)3.

Por outro lado, não se furta ao posicionamento de que o Objeto aqui entendido como

próprio ao domínio da Comunicação Social implica na inclusão de tecnicidade/tecnologia ao

processo comunicacional, especificamente na inserção dos Meios de Comunicação4 em função

da sua importância para a construção teórica e não da frequência e amplitude do fenômeno,

refutando a noção de campo e interdisciplinaridade, dentre outros fatores principalmente por-

que:

[...] As práticas sociais não podem ser equiparadas às teorias, pelo menos no sentido

em que elas não podem receber tratamento semelhante: elas não se encontram

sistematizadas, nem tampouco podem ser apresentadas como proposições de ordem

explicativas como as teorias. Em suma, as práticas sociais não são da ordem do

discurso e até sua simples descrição já implica uma certa concepção teórica (explícita

ou subjacente), mesmo quando se trata das reflexões que os profissionais fazem

sobre seu trabalho. Então, não nos parece sustentável a ideia de que as “práticas

sociais” possam intervir diretamente no nível da teoria, ou que estas “reflexões dos

profissionais” tenham o mesmo objetivo da produção teórica dos pesquisadores, ou

ainda que possam ter peso semelhante a dos teóricos no que diz respeito à formação do

saber comunicacional (MARTINO, 2004, p. 6).

Mantendo tal posicionamento, tem-se que os processos comunicacionais são influencia-

dos, porque também estruturados, pelos meios de comunicação e seus produtos. Considerando

que os meios de comunicação possuem uma dimensão tecnológica, se faz necessário também

ponderar que os avanços tecnológicos responderão por parte desta estrutura.

Por sua vez, as tecnologias são combinações de aparatos e processos anteriores em uma

acumulação contínua que as estruturam, sendo compreendidas como: (1) meio para alcance

de propósitos humanos, (2) conjunto de práticas e componentes e (3) coleção de dispositivos e

práticas advindas da engenharia disponíveis em dada cultura (ARTHUR, 2009).

Não é produtivo voltar-se aqui ao escrutínio das questões já observadas em inúmeros

levantamentos quantitativos e qualitativos que sustentam a manifesta centralização da web

como aparato tecnológico contemporâneo ou a influência desta sobre os processos comunica-

cionais. Interessa antes averiguar questões de cunho metodológico a partir da inclusão da web

como fator que afeta as Problemáticas e o Objeto da Comunicação.

3 Esse é apenas um argumento dentre os muitos que podem ser colocados para se determinar o contexto teórico que abrange este artigo, não se pretendendo esgotar qualquer tipo de debate sobre os aspectos episte-mológicos e teóricos envolvidos.

4 Trata-se de for-çar a manutenção da abordagem do fenômeno comu-nicacional em uma perspectiva de Co-municação e não de outro domínio, ainda que este mantenha relações evidentes com o outro campo.

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Sobre a interpretação da realidade comunicacionalSabe-se que os diversos domínios científicos lidam não com o objeto real, mas com o Ob-

jeto de estudo e, por isso, preocupam-se regularmente com os conceitos.

Admitindo a necessidade do equilíbrio entre evidência empírica e reflexão teórica, tem-

se que na esfera científica, dada a limitação que lhe é própria, o esforço final sempre será o da

abstração: na relação com o exame do objeto empírico é da alçada científica dar sentido aos

índices com os quais se aproxima da realidade e de ir além destes, versar sobre o que é inob-

servável, mas passível de ser inferido (BUNGE, 2008).

Assim, mais do que sistematizar o fenômeno, trata-se de interpretar a realidade a partir

do viés disciplinar. No universo da Comunicação Social, a principal dificuldade está em dife-

renciar a abordagem do fenômeno comunicacional por uma determinada disciplina (Exemplo:

Antropologia) da abordagem da Comunicação Social que se refere ao Objeto de investigação

do domínio.

Como argumentado anteriormente, admite-se aqui o estabelecimento dos Meios de Co-

municação de Massa como propulsionador dos fenômenos que influenciam o início de um

pensamento comunicacional, ainda que reconhecidamente principiados por pesquisadores de

outros domínios, dentre os quais se destaca Lasswell, no artigo The structure and function of

communication in society, de 1948.

Sobre o modelo lasswelliano, Martino (2000, p. 104) adverte que mesmo “[...] as críticas

que lhe foram dirigidas tiveram um curioso resultado, pois, sem poder superá-lo, elas não ti-

veram outra consequência salvo uma progressiva sobriedade no julgamento de seu alcance e,

portanto, não puderam senão aperfeiçoar este paradigma”.

O modelo de Lasswell é objeto-modelo caixa negra que, portanto, sugere uma mudança

de estado a partir de determinado processo comunicacional iniciado por um emissor5. A partir

daí se observa ênfase nos aspectos dos efeitos, sejam eles limitados ou ilimitados.

No entendimento aqui apresentado, o relevo nos efeitos deriva da orientação do modelo,

que por sua natureza privilegia a supressão da dinâmica do mecanismo entre emissor e recep-

tor6, de modo que os significados científicos produzidos apoiam-se nas consequências obser-

váveis.

Não se trata aqui de diminuir o modelo e as pesquisas dele derivadas já que modelos

deste tipo são próprios das Ciências, mas de compreender que há limitações inclusive meto-

dológicas e metódicas7, sobre as quais cabe ao domínio da Comunicação Social buscar supera-

ções, tanto quanto coube e cabe aos outros domínios buscar superar suas restrições enquanto

Ciência Normal (KUHN, 2006).

Pode-se sugerir, entretanto, que a Comunicação Social está em estágio pré-paradigmáti-

co e carente de pesquisa eficaz, dado que:

5 Não cabe aqui de-talhar as convergên-cias e divergências entre modelo las-swelliano e outros, visto que demanda-ria a centralidade de debates que não estão no escopo des-te texto.

6 Sem sugerir que se trate do próprio Meio de Comunica-ção, ainda que nesse raciocínio, o debate sobre tal elemento seja ainda insufi-ciente.

7 Por exemplo, a amplitude de abor-dagem implicada pelo tipo do modelo tende a redução da capacidade de teste de hipóteses em função da larga possibilidade de va-riáveis e parâmetros em relação aos quais os efeitos podem ser indiferentes.

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A pesquisa eficaz raramente começa antes que uma comunidade científica pense ter

adquirido respostas seguras para perguntas como: quais são as entidades fundamentais

que compõem o universo? Como interagem essas entidades umas com as outras e com

os sentidos? Que questões podem ser legitimamente feitas a respeito de tais entidades

e que técnicas podem ser empregadas na busca de soluções? (KUHN, 2006, p. 23).

Na perspectiva aqui adotada, frente à importância da proposta de Kuhn em relação ao

desenvolvimento científico propulsionado pelos paradigmas, se faz necessário considerar que

a amplitude conceitual de paradigma em Kuhn (2006) não justifica tal entendimento.

O próprio Kuhn (2006) indica que um paradigma não responde, permanente e comple-

tamente, pelo fenômeno ao qual se dedica e pelos Problemas de pesquisa que do fenômeno se

originam, visto que complementar essa abordagem é a tarefa daquilo que ele chama de Ciência

Normal.

Nesse sentido, a constatação de um período pré-paradigmático pode convergir com a

falta do monopólio de um determinado Programa de investigação (LAKATOS, 1989). De tal

forma, o que poderia ser compreendido como pré-paradigmático é aqui percebido como a dis-

puta entre Programas de investigação que é, mesmo em Kuhn (2006), necessariamente parte

das Ciências.

Destaca-se aqui a Teoria do Meio como importante Programa de investigação que inclu-

ído no desenvolvimento da Comunicação Social, pois ainda que com que limitações, no caso

dos Meios tomados como Objeto:

Tal posicionamento epistemológico evita e resolve satisfatoriamente os inconvenientes

de uma identificação dos processos comunicacionais com todo e qualquer processo

social ou cultural, conforme são analisados com base na mediação tecnológica. O foco

nos meios de comunicação nos permite ressignificar a abordagem interdisciplinar

presente nesses autores, de modo a diferenciá-la de uma visão holística. As desmesuras

da interdisciplinaridade são contornadas à medida que os meios de comunicação

passam a ser tomados como eixo de análise. É isso que evita a dispersão temática e que,

em última instância, caracteriza os estudos de comunicação como saber autônomo

(MARTINO, 2008, p. 126).

Meyrowitz (2001), responsável pela denominação Teoria do Meio, identifica no domínio

da Comunicação Social a exclusão de debates conceituais sobre noções que são entendidas

como evidentes, dentre as quais a de Meio demandaria maior atenção, tendo três formas bási-

cas de compreendê-lo:

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A noção de que os mídia são condutores que transmitem mensagens aponta para

a necessidade da alfabetização no conteúdo dos mídia. A ideia de que os mídia são

diferentes linguagens sugere a necessidade de alfabetização numa gramática midiática,

isto é, entender o significado das variáveis de produção dentro de cada meio. A

concepção dos mídia como ambientes sugere a necessidade de se perceber a influência

das características relativamente fixas de cada meio (alfabetização midiática), tanto

nas comunicações individuais como nos processos sociais em geral (MEYROWITZ,

2001, p. 88).

Com o conteúdo em relevo há a supressão do meio, visto que se tende a centralizar as

intencionalidades das mensagens, especificamente suas características e variáveis. E ainda,

“[...] na verdade, a maioria dos seus elementos envolve comportamentos, temas e tópicos que

passam facilmente de meio para meio e entre interações mediadas e não mediadas” (MEYRO-

WITZ, 2001, p. 90).

Já no caso do acento na linguagem/gramática, o vetor de maior importância:

[...] envolve a compreensão e o reconhecimento do largo espectro de variáveis de

produção existentes em cada veículo. Assim como envolve o reconhecimento das

maneiras através das quais as variáveis são tipicamente utilizadas para tentar moldar a

percepção e a resposta às comunicações mediadas. Uma alfabetização mais avançada da

gramática envolve o conhecimento de um largo espectro de variáveis em cada veículo,

sendo assim capaz de manipular de forma eficiente tais variáveis nas produções de cada

veículo, compreendendo as forças culturais e institucionais que tendem a encorajar

alguns usos gramaticais em vez de outros, e reconhecendo que as respostas às variáveis

de produção podem variar individualmente e culturalmente (MEYROWITZ, 2001, p.

91).

As diferenças nas ênfases coincidem com os elementos do processo comunicacional des-

tacado por Lasswell em maior ou menor proximidade com o conceito de Meio de Comunica-

ção, exceto pela terceira opção que, própria da Teoria do Meio, “[...] afirma que cada medium

é um tipo de ambiente que possui características relativamente fixas que influenciam a comu-

nicação numa maneira particular – apesar da escolha dos elementos de conteúdo e apesar da

manipulação das variáveis de produção” (MEYRORITZ, 2001, p. 95).

Buscando identificar aspectos relativamente fixos dos meios, bem como diferenciá-los

entre si e, especialmente, frente às comunicações face a face, as distinções entre análises de

nível macro e micro (MEYROWITZ, 2001) denotam a busca pelo esclarecimento das dinâmi-

cas que envolvem o Meio de Comunicação e, portanto, pela transição para o objeto-modelo

translúcido8.

Este deslocamento é também evidente nas proposições centrais da Teoria do Meio como,

8 Dão também aber-tura para o debate sobre circulação que é uma preocupação de métricas de práti-cas profissionais da comunicação (como, por exemplo, em pu-blicidade), sobre as quais se entende que a reflexão teórica reforça (reforçaria) ainda mais tal tran-sição.

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por exemplo, na noção de que “o meio é a mensagem”: além de não equivaler à mensagem/

conteúdo, o meio é central porque suas implicações e/ou sua própria existência são inobser-

váveis:

[...] “o meio é a mensagem”, porque é o meio que configura e controla a proporção

e a forma das ações e associações humanas. O conteúdo ou usos desses meios são

tão diversos quão ineficazes na estruturação da forma das associações humanas. Na

verdade não deixa de ser bastante típico que o “conteúdo” de qualquer meio nos cegue

para a natureza desse mesmo meio [...] (MCLUHAN, 2005. p. 23).

O modo demasiadamente diverso de compreender o meio é uma das críticas produtivas

dirigidas especialmente à Innis e McLuhan. Entretanto, há de se considerar a condição de di-

álogo com a proposta de Pross9 (apud MENEZES, 2007) sobre uma tipologia dos processos

de mediação (meios primários, secundários e terciários) e sobre a relação triádica entre ob-

jetos concretos e meios, mediada por uma consciência interpretante, cujo resultado é o signo

(PROSS, 1980).

Para além dos meios terciários o Meio Social Digital ConectadoNa tipologia dos meios, com a inclusão de aparatos artificiais os meios secundários e ter-

ciários ampliam a capacidade do corpo, base dos meios primários, em relação ao tempo e ao

espaço. Isso porque os primários demandam a presença dos corpos emissores e receptores em

uma mesma condição espacial e temporal.

Já no caso dos meios secundários os indivíduos emissor e receptor precisam de um apa-

rato tecnológico como, por exemplo, o que envolve a escrita, por motivos diferentes: quem

emite necessita da tecnologia para produzir e enviar ou manter a mensagem, enquanto o indi-

víduo receptor para recebê-la, sendo que os corpos não ocupam o mesmo tempo e/ou espaço.

Nos terciários, caso da televisão, se faz necessário o uso de um conjunto de aparatos que

não são compartilhados para emissão e para recepção, também em função do papel assumido

no processo comunicacional. Dessa forma, nos meios secundários e terciários, para que as con-

dições de participação dos indivíduos sejam razoavelmente equivalentes é necessário, minima-

mente, incluir um suporte externo ao meio como, por exemplo, o telefone.

O que aqui é denominado Meio Social Digital Conectado está para além dos meios terciá-

rios porque os suportes para emissão e recepção são basicamente os mesmos, uma vez que está

alicerçado por uma mesma estrutura tecnológica geral constituída pela web e pelas máquinas

computacionais.

No Meio Social Digital Conectado, além da possibilidade de participação ser multidire-

9 A tipologia exposta em PROSS, Harry. Medienforschung. Darmstadt: Carl Habel, 1971 é aqui compreendida por meio dos esclareci-mentos em Menezes (2007).

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cional, os corpos não precisam ocupar um mesmo espaço e, finalmente, tanto a sequencialida-

de quanto a simultaneidade são suportadas pela estrutura tecnológica do meio.

O entendimento aqui proposto converge em alguma medida com a noção indicada por

Lima Junior (2009), quando trata da produção e distribuição da informação por jornalistas,

afirmando que:

[...] A estratégia consiste em realizar um recorte tecnológico – utilizando o ferramental

fornecido pela Ciência da Computação e muitos outros sistemas que já funcionam nas

redes sociais – e formatar plataformas midiáticas com a meta de elaborar, compartilhar

e distribuir informações, transformando-a em um bem social. Essa plataforma

denomina-se mídia social conectada.

Portanto, apesar de utilizar o escopo tecnológico das redes sociais, o formato da mídia

social conectada é configurado por meio de combinações entre ferramentas disponíveis

nas redes sociais, mas formatadas para atingir objetivos editoriais pré-definidos.

Assim, a plataforma deve ser planejada para ser entendida pelo usuário, como um

ambiente de colaboração informativa de relevância social, sendo percebida como um

espaço diferente dos propósitos encontrados em outros ambientes de relacionamento

virtual. Portanto, a mídia social conectada é um formato de comunicação mediada por

computador (CMC) que permite a criação, compartilhamento, comentário, avaliação,

classificação, recomendação e disseminação de conteúdos digitais de relevância social

de forma descentralizada, colaborativa e autônoma tecnologicamente [...] (LIMA

JUNIOR, 2009, p. 97).

Isso significa que se trata de um ambiente com características estruturais particulares,

tanto tecnológicas10 quanto simbólicas, cuja identificação orientada pela Teoria do Meio e

complementada pela proposta de Pross fundamenta o entendimento de que Meio de Comu-

nicação é um elemento artificial que, alicerçado por suportes técnicos/tecnológicos, possui a

capacidade de se apropriar de elementos simbólicos e reorganizar a relação triádica.

Particularmente o Meio Social Digital Conectado abrange, em sua dimensão tecnológica,

um arranjo entre web e máquinas computacionais, mas não se restringe a tecnologia porque,

como outros Meios, inclui necessariamente a viabilização do processo comunicacional e a in-

serção da Consciência Interpretativa.

A capacidade de apropriação tecnológica e simbólica que este Meio específico possui está

intimamente vinculada à sua estruturação pela web, o que a torna parte da preocupação da in-

vestigação em Comunicação Social.

Tal como os processos comunicacionais, a web enquanto objeto empírico desperta o in-

teresse de diversas áreas por sua estrutura, mas também pelos fenômenos que sustenta. Com

isso, surgiu em novembro de 2006 uma iniciativa de pesquisa centrada principalmente no

10 No caso deste texto, implica re-fletir sobre as redes de computadores especificamente a web, sobre as quais as relações com conceitos de outros domínios não é o debate central deste texto, ainda que se tenha consciência das mesmas.

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MIT (Massachusetts Institute of Technology) para a construção de uma disciplina denomina-

da Web Science.

A disciplina tem como proposta preencher a demanda por modelos analíticos que unifi-

quem preocupações diferentes sobre a Web (em geral, relacionadas com interação entre pes-

soas) e abordagem de grandes quantidades de dados (BERNERS-LEE et al., 2006a). Detalha-

damente, trata-se de:

[...] modelar a estrutura da Web, articular os princípios arquitetônicos que têm

contribuído para o seu crescimento fenomenal e descobrir como as interações humanas

online são orientadas por e podem modificar as convenções sociais. Vai elucidar os

princípios que podem garantir que a rede continue crescendo de forma produtiva e

resolver questões complexas, como a proteção da privacidade individual e direitos

de propriedade intelectual. Para alcançar essas metas, a Web Science contará com

matemática, física, ciência da computação, psicologia, ecologia, sociologia, direito,

ciência política, economia e mais (SHADBOLT; BERNERS-LEE, 2008, p. 32, tradução

nossa)11.

Dada sua abrangência, os responsáveis pela iniciativa insistem em diversos de seus tex-

tos na abordagem multidisciplinar do fenômeno. Tem-se uma proposta diferenciada porque

não se trata apenas de descrever o fenômeno e acompanhar suas rápidas modificações e impli-

cações, mas de interferir na Web e nos desenvolvimentos a ela relacionados com a perspectiva

científica.

Não é novidade que o surgimento e o desenvolvimento da web resultaram da intersecção

de diversas áreas, estando especialmente articulada por um variado eixo que vai desde inicia-

tivas da academia até militares. Além disso, a face tecnológica é a mais relevante e perene por-

que tangencia todos os fenômenos relacionados à estrutura da web e à sua evolução.

Assim, parece plausível que o esforço para abarcar tão largo objeto empírico seja realiza-

do com a colaboração de uma série de domínios e seus respectivos conceitos, dentre os quais se

destacam além das citadas Matemática, Física, Ciência da Computação, Psicologia, Sociologia,

Ecologia, Direito, Ciência Política e Economia, também Biologia, Inteligência Artificial e a pró-

pria Comunicação Social, especialmente em relação aos Meios de Comunicação.

É interessante notar que a construção da disciplina Web Science tem sido realizada atra-

vés de amplo debate no ambiente científico, buscando-se estabelecer suas bases de maneira su-

ficiente e, por conseguinte, já inicialmente recorrendo-se diretamente a discussões de caráter

filosófico geral12 , ontológico, epistemológico, teórico e metodológico.

11 [...] model the Web’s structure, articulate the archi-tectural principles that have fueled its phenomenal growth, and discover how online human inte-ractions are driven by and can change social conventions. It will elucidate the principles that can ensure that the network continues to grow productively and settle complex issues such as pri-vacy protection and intellectual-property rights. To achieve these ends, Web science will draw on mathematics, physics, computer science, psychology, ecology, sociology, law, political science, economics, and more (SHADBOLT; BERNERS-LEE, 2008, p. 32).

12 E específico, com a identificação da Filosofia da Infor-mação como assunto pertinente, como indicado nas infor-mações disponíveis no primeiro site da iniciativa em http://oldsite.webscience.org/2010/wssc.html#B_3_99_Other_in_Web_Science_Theory_and_Epistemology. O endereço do site mais recente é http://webscience.org/.

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Ampliações metódicas a partir da Web Science e a contribuição da Comunicação SocialNo entendimento de Lima Junior (2013), a Web Science (e também a Ciência Cogniti-

va)13 deve colaborar para a ampliação de ferramentais para a investigação em Comunicação

Social com o objetivo de abordar sistemas complexos e/ou novos fenômenos propulsionados

pelas tecnologias de informação e comunicação.

Admitindo que se trata de disciplina em formação, os pesquisadores Shadbolt e Berners-

Lee (2008) explicam que a plasticidade do fenômeno é um fator de dinâmica da disciplina,

demandando abordagens multidisciplinares, especialmente considerando que a web tem sua

conexões modificadas pela própria atividade da rede. Portanto, enquanto disciplina:

‘Web Science’ é uma frase deliberadamente ambígua. A física é uma disciplina analítica

que visa encontrar as leis que geram ou explicam os fenômenos observados, a ciência

da computação é predominantemente (embora não exclusivamente) sintética, em que

os formalismo e algoritmos são criados a fim de apoiar um comportamento particular

desejado. A Web Science tem que ser uma combinação desses dois paradigmas, a Web

precisa ser estudada e compreendida e precisa ser projetada. Em micro escala, a Web é

uma infraestrutura de linguagens artificiais e protocolos, é um pedaço de engenharia.

Mas a filosofia de ligação que governa a Web e a sua utilização na comunicação, resulta

em propriedades emergentes em macro escala (algumas das quais são desejáveis e,

portanto, a serem embutidas, outras indesejáveis e, se possível, projetadas para

fora). E é claro, o uso da Web em comunicação é parte de um sistema mais amplo de

interação humana governada por convenções e leis [...] (BERNERS-LEE et al., 2006b,

p. 3, tradução nossa)14.

Na maior parte dos textos o fenômeno comunicacional é recortado por uma perspectiva

que tende ao Informacional, provavelmente em decorrência da perenidade da dimensão tec-

nológica da web. No âmbito do raciocínio acerca do domínio da Comunicação Social proposto

neste texto, tal recorte é insuficiente porque deixa escapar o Objeto de estudo para privilegiar

o objeto empírico, desequilibrando a relação científica necessária para a investigação entre

evidências empíricas e abstração.

Por outro lado, os deslocamentos fenomenais pertinentes aos processos comunicacio-

nais propulsionados pela web levam para a pesquisa em Comunicação uma série de questões

metodológicas e metódicas, no que diz respeito principalmente aos problemas metódicos e

técnicos oriundos da identificação, captação e interpretação dos dados disponíveis na web que

possam constituir evidências empíricas.

No caso específico do Meio Social Digital Conectado as alterações impulsionadas pela

web estão em relevo não só pela constituição do objeto real, mas pela construção conceitual

orientada pelo domínio da Comunicação Social que foi neste texto indicada.

13 O debate sobre a Ciência Cognitiva implica em detalha-mento já iniciado por Lima Junior (2013) e que no âm-bito metodológico aqui proposto não pode ser realizado sem prejudicar a de-limitação proposta.

14 ‘Web Science’ is a deliberately ambiguous phrase. Physical science is an analytic discipli-ne that aims to find laws that generate or explain observed phenomena; com-puter science is pre-dominantly (though not exclusively) synthetic, in that formalisms and al-gorithms are created in order to support particular desired behaviour. Web science has to be a merging of these two paradigms; the Web needs to be studied and understood, and it needs to be engi-neered. At the micro scale, the Web is an infrastructure of artificial languages and protocols; it is a piece of engineering. But the linking phi-losophy that governs the Web, and its use in communication, result in emergent properties at the macro scale (some of which are desira-ble, and therefore to be engineered in, others undesirable, and if possible to be engineered out). And of course the Web’s use in com-munication is part of a wider system of human interaction governed by conven-tions and laws […] (BERNERS-LEE et al., 2006b, p. 3).

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Não é dispensável reiterar que até em função do arcabouço teórico utilizado, não se pre-

tende encerrar qualquer debate epistemológico, teórico, metodológico e metódico da Comu-

nicação Social, nem mesmo se restrito às convergências e divergências com a Web Science.

Até porque, independente das interlocuções que sejam utilizadas em função da demanda dos

fenômenos comunicacionais, há impossibilidade de abarcá-los como um todo e é justamente

por isso que a ênfase da discussão está no Objeto de estudo e não no objeto real, ainda que con-

sidere a inequívoca relação entre ambos.

Frente às informações disponíveis até o presente momento no que tange a Web Science

e considerando o debate empreendido até aqui, há uma mútua possibilidade de colaboração

entre os domínios e, no caso da Comunicação Social, há condições de que a centralidade de seu

Objeto não seja suprimida com o exercício da observação epistemológica que vem sendo, pelo

próprio domínio, observada detalhadamente.

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Brazilian Journal of Technology, Communication, and Cogntive Science - Edição nº 1, Ano I - Setembro 2013

Expediente

Brazilian Journal of Technology, Communication, and Cognitive Scienceccc

Brazilian Journal of Technology, Communication, and Cognitive Science é produzida pelo Grupo de Pesquisa Tecno-logia, Comunicação e Ciência Cognitiva credenciado pelo Programa de Pós-graduação da Universidade MetodistaSão Paulo, v.1, n.1, ago.2013

A revista do TECCCOG é uma publicação científica semestral em formato eletrônico do Grupo de Pesquisa Tecno-logia, Comunicação e Ciência Cognitiva credenciado pelo Programa de Pós-graduação da Universidade Metodista. Lançada em setembrode 2013] tem como principal produzir métodos e conhementos sob uma perspectiva inter e transdisciplinar, a complexidade das relações entre Tecnologia, Comunicação e Ciência Cognitiva, e os seus impac-tos cognitivos na sociedade.

EditorWalter Teixeira Lima Junior

Comissão EditorialWalter Teixeira Lima Junior (Universidade Metodista de São Paulo) * Lúcia Santaella (Pontíficia Universidade Católica de São Paulo) * João Eduardo Kogler (Universidade de São Paulo) * Ronaldo Prati (Universidade Federal do ABC) * Ricardo Gudwin ( Universidade Estadual de Campinas) * João Ranhel (Universidade Federal de Pernambuco) * Eugenio de Menezes (Faculdade Cásper Líbero) * Reinaldo Silva (Universidade de São Paulo) * Marcio Lobo (Uni-versidade de São Paulo) * Vinicius Romanini (Universidade de São Paulo)

Conselho EditorialWalter Teixeira Lima Junior (Universidade Metodista de São Paulo) * Lúcia Santaella (Pontíficia Universidade Católica de São Paulo) * João Eduardo Kogler (Universidade de São Paulo) * Ronaldo Prati (Universidade Federal do ABC) * Ricardo Gudwin ( Universidade Estadual de Campinas) * João Ranhel (Universidade Federal de Pernambuco) * Eugenio de Menezes (Faculdade Cásper Líbero) * Reinaldo Silva (Universidade de São Paulo) * Marcio Lobo (Uni-versidade de São Paulo) * Vinicius Romanini (Universidade de São Paulo)

Assistente EditorialWalter Teixeira Lima Junior

Projeto Gráfico e LogotipoDanilo Braga * Walter Teixeira Lima Junior * Leandro Tavares Gonçalves

Revisão de textosMichele Loprete Vieira

Editoração eletrônicaEduardo Uliana

CorrespondênciaAlameda Campinas, 1003, sala 6.Jardim Paulista, São Paulo, São Paulo, BrasilCEP 01404-001

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