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O espelho diário de Rosângela Rennó e a memória através da vídeo arte
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ELAINE CRISTINA AZEVEDO DA TRINDADE
O ESPELHO DIÁRIO DE ROSÂNGELA RENNÓ E A MEMÓRIA SOCIALATRAVÉS DA VÍDEO ARTE
Artigo apresentado comotrabalho final dadisciplina “Passagensentre cinema e artecontemporânea: em direçãoa um cinema deexposição”, lecionadapelos professoresdoutores André Parente ePhilipe Dubois, na linhade pesquisa: tecnologiasda comunicação eestéticas, naUniversidade Federal doRio de Janeiro (UFRJ).
Universidade Federal do Rio de JaneiroPrograma de Pós-graduação em Comunicação
Rio de Janeiro, 2013
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
O ESPELHO DIÁRIO DE ROSÂNGELA
RENNÓ E A MEMÓRIA SOCIAL
ATRAVÉS DA VÍDEO ARTE
Elaine Cristina Azevedo da Trindade¹
RESUMO
A história dos vencedores ou a história oficial tende
a ocultar memórias daqueles que estão à margem. São
histórias comuns, de pessoas simples, daqueles que foram
vencidos, mas que são de grande relevância social e acabam
por serem esquecidas, deixadas de lado como se nunca
1
tivessem existido. São estas histórias que servem de
matéria-prima para o trabalho da escultora, fotógrafa e
artista multimídia Rosângela Rennó. Em várias de suas
obras, Rennó procura desenterrar memórias subterrâneas,
afim de trazer à tona reflexões sociais acerca dos temas
apresentados em suas exposições. Em Espelho Diário, a
artista reúne matérias jornalísticas e auxiliada pela
escritora Alícia Duarte Penna, que escreve os monólogos,
conta a história de 133 “Rosângelas”. O vídeo, que tem como
atriz a própria artista, foi exibido em galerias e museus
no Brasil e no mundo buscando questionar o valor humano no
relato jornalístico.
Palavras – Chave: Cinema, Arte contemporânea, Memória,
Rosângela Rennó
MEMÓRIA E AMNÉSIA NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
Tendo sua etimologia no latim Memor, ou seja, “aquele
que se lembra”, a palavra memória é comumente utilizada
para definir aspectos da biologia humana tais como a
capacidade cerebral de recordar fatos, gravar textos ou até
mesmo um dispositivo que nos auxilia a recordar o caminho
2
¹ Mestranda em Comunicação e Cultura, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Linha de pesquisa: Tecnologias da Comunicação e Estética.
de casa. No entanto, para os gregos, a memória ou Mnemis
estava para muito além deste conceito. A memória estaria
ligada a
preservação da lembrança, das artes e da história coletiva.
Havia em Mnemis um halo de divindade capaz de reconectar
passado e futuro. A este deu-se o nome Mnemosyne, a mãe das
musas, a deusa protetora das artes e da história, que com
Zeus teve nove filhas: Calíope (poesia épica), Clio
(história), Érato (poesia romântica), Euterpe (música),
Melpômene (tragédia), Polímnia (hinos), Terpsícore (dança),
Tália (comédia) e Urânia (astronomia). Mnemosyne era a
responsável por preservar os seres humanos do esquecimento
não deixando que estes passassem pelas águas do rio Lete,
que cruzava a morada dos mortos, do qual as almas prestes a
reencarnar bebiam de sua água afim de esquecer-se das
experiências e existência anteriores.
Se para os gregos a mnemis estava para a preservação
da lembrança, atualmente, pensadores sociais vêm estudando
a memória para além de suas capacidades biológicas. Os
estudos remetem a um movimento de preservação da
lembrança/história (individual e coletiva). Em “Matéria e
Memória” (1990), o filósofo Henri Bergson destaca conceitos
importantes acerca da memória. Para o teórico, as
percepções estariam impregnadas de lembrança e os sentidos
seriam construídos levando-se em conta as experiências
passadas. Logo, a memória seria um importante agente na
construção de subjetividade, que DELEUZE (1992) explica
como sendo um processo de constituição polifônico, que
3
aconteceria em rede e não de modo particular. A formação
subjetiva seria dada através de um atravessamento de
discursos e experiências coletivas. Assim, o sujeito seria
um conjunto de afetações (nome, cultura, história) com uma
visão e percepção afetadas por vários discursos e
experiências individuais e coletivas.
Partindo deste princípio, o sociólogo francês Maurice
Halbwachs (2006) discute a memória como uma construção
coletiva atravessada tanto pelo presente quanto pelo
passado. Para HALBWACHS (2006) mesmo a chamada memória
pessoal, seria permeada de construções sociais coletivas. “ ... nossas lembranças permanecemcoletivas, e elas nos são lembradas pelosoutros, mesmo que se trate deacontecimentos nos quais nós estivermosenvolvidos, e com objetos que só nósvimos. È porque em realidade, nuncaestamos sós” HALBWACHS (2006, p.26).
O sociólogo francês denomina a memória individual como
sendo uma “ intuição sensível” reafirmando que todo a
memória seria construída a partir dos grupos de
pertencimento ao qual o indivíduo tenha acesso. As questões
ocorridas no interior desses grupos determinariam a força
de lembranças que estariam em sintonia com a memória
coletiva. “... qualquer recordação de uma série de
lembranças que se refere ao mundo exterior é explicada
pelas leis da percepção coletiva” HALBWACHS (2006, p.62).
Mas se de fato a lembrança individual é atravessada pela
memória coletiva se faz importante analisar de que forma a
sociedade constrói esta memória, quais discursos aparecem
4
como relevantes e quais são postos em silêncio? De que
modo se dá a seletividade da memória social? Como se define
quais fatos são importantes a determinados grupos sociais?
Se podemos tratar de uma memória social, da mesma forma
podemos falar em amnésia social?
Em “Sobre o Conceito de História”, disponível em “
Obras Escolhidas I: Magia e Técnica, Arte e Política”
(1994) , o filósofo alemão Walter Benjamin fornece pistas
sobre como se dá a construção da memória coletiva. Para o
autor, a história oficial seria sempre a dos vencedores,
enquanto as memórias simples, corriqueiras, de pessoas
comuns ou a história dos perdedores seriam postas à margem,
gerando uma amnésia coletiva sobre tais fatos. Benjamin
critica o historicismo progressista que trata de uma
continuidade do passado ao presente, um processo gradativo
entre as épocas que propõe uma linearidade inevitável, o
que no entanto pode ser alterado já que a história é tão
somente um ponto de vista e a memória social seria, a bem
da verdade, aquela mais conveniente ao sistema dominante.
Benjamin trata o historicismo como uma ferramenta
ideológica de adestramento do pensamento e da cultura.
“Articular historicamente o passado nãosignifica conhecê-lo ‘como ele de fatofoi’. Significa apropriar-se de umareminiscência, tal como ela relampeja nomomento de perigo. Cabe ao materialismohistórico fixar uma imagem do passado comoela se apresenta, no momento de perigo, aosujeito histórico, sem que ele tenhaconsciência disso” BENJAMIN (1994 , p.224)
5
Diante de tais afirmações podemos considerar que
memória e amnésia são terrenos de disputa social ou como
reitera POLLAK (1989) a seletividade histórica é um
processo de negociação realizada afim de conciliar memórias
coletivas e individuais, histórias oficiais e subterrâneas.“Aplicadas à memória coletiva, essaabordagem irá se interessar portanto pelosprocessos e atores que intervêm notrabalho de constituição e formalizaçãodas memórias. Ao privilegiar a análise dosexcluídos, dos marginalizados e dasminorias, a história oral ressaltou aimportância de memórias subterrâneas que ,como parte integrante das culturasminoritárias e dominadas, se opõem àmemória oficial” POLLAK (1989, p. 02)
As memórias coletivas subterrâneas, àquelas que estão
na fronteira do dizível e do indizível, a memória comum,
dos excluídos, daqueles que não tem um lugar de fala, são
matérias primas com as quais trabalha a artista multimídia
Rosângela Rennó. Nascida em 1962, na cidade de Belo
Horizonte, Rosângela se formou em arquitetura pela
Universidade Federal de Minas Gerais e em artes plásticas
pela Escola Guignard. É doutora em artes pela Escola de
Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Desde
1989 a artista expõe seus trabalhos cuja centralidade está
na memória do quotidiano. Exemplo disto é a série Imemorial
(1994), na qual através de uma instalação realizada a
partir de fotografias, a artista discute a história
marginalizada da construção de Brasília. Em uma visita ao
armazém do Arquivo Público do Distrito Federal, Rennó
encontrou malas com mais de 15 mil arquivos relativos a
funcionários que trabalharam na construção da nova capital6
brasileira através da Companhia de Construção do Governo, a
Novacap. Vários destes funcionários haviam morrido no
processo de construção da cidade e em seus arquivos havia
apenas a classificação: “ dispensado por motivo de morte”.
Este material, composto por 50 retratos, em formato 3X4,
ampliados e escuros de adultos e crianças que trabalharam
no local, conta uma história de massacre que não faz parte
da memória oficial da construção de Brasília. [Anexo 01]
O NÃO CINEMA. O VÍDEO COMO EXPRESSÃO DE PENSAMENTO
A amnésia social orquestrada para acobertar realidades
dolorosas também pode se dar pelo excesso de informações.
Teóricos da comunicação apontam que esta difusão de
notícias sobre assuntos cotidianos poderia gerar amnésia
ou, no mínimo, uma naturalização dos fatos. Diante disto,
Rosângela Rennó constrói a vídeo-instalação “Espelho
Diário” através da qual procura resgatar algumas destas
histórias não com um olhar jornalístico, mas a partir da
humanização do relato pessoal tão bem descrito através dos
diários, uma forma de escrita que em si faz referência a
algo de foro mais intimista. Na vídeo-instalação, a artista
se utiliza do cinema de exposição tendo na forma vídeo uma
possibilidade de gerar novas experiências, discussões e
pensamentos em torno de questões sobre a memória social.
O cinema é uma invenção moderna que surgiu na virada
do século XX com a capacidade de reproduzir a imagem em
movimento. Sabe-se que uma série de acontecimentos
históricos e sociais levaram os irmãos Lumiére ao grande
7
feito do cinematógrafo, que foi apresentado ao mundo em
dezembro de 1895, no Salão Gran Café de Paris. Esta
primeira exibição da imagem em movimento ( L'Arrivée d'un
Train à La Ciotat) causou grande espanto por conta do
realismo do vídeo. Neste primeiro momento foi apresentada
ao mundo duas das dimensões que compõem o cinema de
atração: a sala escura e a projeção de imagens em
movimento. Nos anos que se seguiram a primeira exibição o
cinema continuou a ter um caráter experimental, sem uma
temporalidade definida, sem um filme, apenas imagens em
movimento. O cinema como representação da vida recebeu uma
narrativa temática, uma temporalidade definida e tornou-se
um modo de espetáculo. A forma cinema, foi apropriada e
transformada em um modo hegemônico de fazer e exibir
cinema, um modelo estético determinado tanto social quanto
economicamente que também pode ser definido como cinema de
atração. Esta forma cinema se distingue da forma vídeo ou
do cinema de exposição por seu caráter industrial que o faz
dispor sempre de dimensões como: a tela, a projeção e um
filme que conta uma história em aproximadamente duas horas,
enquanto o vídeo é experimental como o cinema o foi em seu
surgimento.
Para DUBOIS (2004) o vídeo precisa ser pensado não
somente como imagem, mas como um próprio modo de pensar.
“ O que eu me digo um pouco hoje em dia éque para pensarmos o vídeo, talvez devamosparar de vê-lo como uma imagem e deremetê-lo à classe das (outras) imagens.Talvez não devamos vê-lo, mas concebê-lo,recebê-lo ou percebê-lo. Ou seja,
8
considerá-lo como um pensamento, um modode pensar. Um estado, não um objeto. Ovídeo como estado-imagem, como forma quepensa (e que pensa não tanto o mundoquanto as imagens do mundo e osdispositivos que as acompanha).” DUBOIS(2004, p. 100)
O vídeo pode ser considerado uma instância entre o
cinema e as artes plásticas, já que não respeita as
diretrizes comerciais impostas ao cinema de atração. O
vídeo não requer necessariamente uma projeção, ele pode ser
tanto projetado quanto exibido em uma tela ou múltiplas
telas. Não precisa ter uma linearidade, nem temporalidade
definida ou continuidade. Não está restrito a sala escura e
desta forma ganha novos espaços de exibição como as
galerias, museus ou mesmo ao ar livre. Se no cinema
tradicional os espectadores são dispostos sentados em
cadeiras confortáveis, no vídeo, um campo gerador de
experiências, os espectadores são colocados nas mais
variadas posições sendo até mesmo participantes. Por conta
de tais características tão diferenciadas do cinema
convencional, o vídeo tende a uma aproximação com a obra de
arte e tornam-se cada vez mais comuns as instalações
videográficas.
Gerar experiências e permitir a interação entre o
espectador e a obra são fatores de fundamental importância
nas vídeo-instalações. Esta relação procura levar a uma
reflexão proposta pelo artista. O vídeo deve ser então
pensado como um dispositivo capaz de agenciar os sujeitos,
uma “máquina” de fazer ver e fazer falar, podendo ser
considerado um ator em si, pois o vídeo enquanto9
dispositivo e não como imagem representativa é elemento de
fazer pensar, sendo utilizado para gerar críticas a certos
comportamentos sociais. Tal objetivo é também o de Rennó.
O vídeo faz com que o sujeito seja imerso em uma
experiência de imagens através de características
experimentais. A narrativa pode ser multitemporal,
multispacial e hipertextual. A imagem é híbrida e o vídeo
pode misturar cinema, fotografia, infográfico, animação,
entre outros elementos. Não há linearidade ou continuidade
definidas.
Com o surgimento das novas tecnologias digitais. A
construção do vídeo é facilitada e não se depende mais de
grandes produções. A imagem não tem mais uma materialidade
como aquela gravada em super 8 ou em rolos de 35 mm, ela é
composta por bits e pode ser captada até mesmo por
aparelhos celular e disponibilizadas em high definition
(HD). A edição é simples e o custo do processo é
significativamente barato permitindo que um maior número de
pessoas realizem mais produções e possam gerar novas
experiências com a imagem em movimento.
ESPELHO DIÁRIO: A MEMÓRIA SOCIAL ATRAVÉS DA VÍDEO ARTE
“Espelho Diário” é uma vídeo-instalação composta por
duas telas dispostas em um ângulo de 120º formando uma
espécie de livro-espelho através do qual são apresentados
133 monólogos [Anexo 02]. Todos, encenados pela própria
artista havendo apenas uma mudança de roupa, cenário e
performance. O público assiste ao vídeo sentado
10
confortavelmente em cadeiras colocadas lado a lado formando
uma meia lua em frente a tela. O vídeo tem duração total de
duas horas. A data da matéria em que o relato jornalístico
foi publicado consta em amarelo na parte de cima da imagem.
Para formar a base de dados que dá origem à obra,
Rosângela Rennó recolheu notícias em jornais brasileiros no
período de oito anos (1992-2000). O critério de seleção
estabelecido pela artista era de que a personagem tivesse o
nome Rosângela, de modo que todos os relatos fossem
vivências das mais diversas “Rosângelas”, fazendo com que a
artista pudesse dar voz à memória de 133 mulheres de mesmo
nome que o dela, o que estabelece certo grau de
proximidade.
“Eu sempre tive dificuldade em aceitar meunome. Entre 1992 e 93, li a notícia dosequestro e posterior liberação de umamulher da alta sociedade do Rio deJaneiro, com as palavras ‘Rosângela foiliberada enquanto rezava’. Eu adorei, eraa primeira vez que uma mulher de classealta com este nome vinha a ser notícia naimprensa”. BIASS-FABIANI apud LAGANDRɲ (2006,P.3)
A escolha do nome da exposição faz menção ao diário
sensacionalista britânico Daily Mirror. Para compor o
trabalho, a artista convidou a escritora Alícia Duarte
Penna para redigir os 133 monólogos inspirados nas notícias
recolhidas ao longo do tempo. Dentre as matérias estão o
caso de uma mulher da alta sociedade que havia sido
sequestrada, de uma socialite cansada de tantos
11
compromissos, de mulheres mortas em diferentes situações,
entre outros casos.
A primeira apresentação de “Espelho Diário” ocorreu em
2001, na cidade de São Paulo e desde então a vídeo-
instalação passou por várias galerias do Brasil e do mundo
ganhando versões em inglês e francês. Em 2008, a artista
lançou o livro de mesmo nome da mostra, uma espécie de
making-off através do qual relata passo - a -passo a
construção da exposição.
Em todos os monólogos a artista é filmada em um mesmo
plano (plano médio) de forma a não dar destaque a nenhuma
história ou personagem. O tom de voz de Rennó também não se
altera e todos os relatos são recitados com neutralidade. A
narrativa se dá a partir do ponto de vista do personagem e
há o uso constante da primeira pessoa do singular ao
contrário das matérias jornalísticas de cunho imparcial.
Afinal, o mais importante não é onde, como ou de que forma
se deu o fato, mas o suposto sentimento envolvido na cena.
As histórias são contadas em tom de conversa, de maneira
intimista procurando levar a uma reflexão sobre a vida e a
morte.
O questionamento de Rennó sobre um comportamento
social intolerável, que neste caso seria a amnésia social
sobre a vida e as memórias destas personagens, como se o
sentimento humano das mulheres envolvidas nas matérias
jornalísticas não tivesse a menor importância ante a
sociedade, tem seu lugar na vídeo arte. Ao adotar o cinema
12
² Citação apresentada por Biass-Fabiani, Sophie em Rosângela Rennó :mémoires réfléchies” extraída da entrevista com Cedric Lagandré publicada narevista Mouvement, nº 36-37, set-dez 2005
de exposição como gerador de reflexão sobre aspectos
cotidianos, a artista reafirma o compromisso de resgate da
memória subterrânea, aquela que seria fatalmente esquecida,
mas que precisa gerar reflexão com a expectativa de mudança
de certos comportamentos já arraigados na sociedade.
13
[Anexo 02]
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BENJAMIN, Walter. Obras Escolhidas I: Magia e Técnica: ensaios sobre
literatura e história da cultura. Tradução de Sergio Paulo Rouanet.
São Paulo: Brasiliense, 1994.
BERGSON, Henri. Matéria e Memória: Ensaio sobre a relação do corpo com o
espírito. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
BIASS-FABIANI, Sophie.Rosângela Rennó: Mémoires Réfléchies.
Revista Turbulences vídeo, número 50. Clermont-Ferrand.
França, 2006.
DELEUZE, Gilles. Conversações. Rio de Janeiro: Editora 34,
1992
15
______________. ¿ Que és un dispositivo? In: Michel Foucault,
Filósofo. Barcelona: Gedisa, 1990.
DUBOIS, Philippe. Cinema, Vídeo, Godard.. São Paulo: Editora
Cosac Naify, 2004.
HALBWACHS , Maurice. A Memória Coletiva. São Paulo:
Centauro,2006.
MACIEL, Katia. Um, nenhum e cem mil. Disponível em:<
http://www.pos.eco.ufrj.br/
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PARENTE , André. Cinema em Trânsito: Do Dispositivo do Cinema ao Cinema
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(Org.) Estéticas do Digital: Cinema e Tecnologia. Rio de Janeiro:
Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2007.
POLLAK, Michael. Memória, Esquecimento, Silêncio. Estudos Históricos-
Memória. Rio de Janeiro, v.2, n.3, 1989. Disponível em:<
http://www.uel.br/cch/cdph/arqtxt/
Memoria_esquecimento_silencio.pdf>. Acesso em : 25 de Junho
de 2013.
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