O CONHECIMENTO DO LEIGO EM ACIDENTE DE TRÂNSITO ENVOLVENDO MOTOCICLISTA

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ ESCOLA DE SAÚDE E BIOCIÊNCIAS CURSO DE ENFERMAGEM ALAN RODRIGUES BETELLI GABRIEL ALMEIDA ALVES O CONHECIMENTO DO LEIGO EM UM ACIDENTE DE TRÂNSITO ENVOLVENDO MOTOCICLISTA CURITIBA 2012

Transcript of O CONHECIMENTO DO LEIGO EM ACIDENTE DE TRÂNSITO ENVOLVENDO MOTOCICLISTA

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ

ESCOLA DE SAÚDE E BIOCIÊNCIAS

CURSO DE ENFERMAGEM

ALAN RODRIGUES BETELLI

GABRIEL ALMEIDA ALVES

O CONHECIMENTO DO LEIGO EM UM ACIDENTE DE TRÂNSITO ENVOLVENDO

MOTOCICLISTA

CURITIBA

2012

ALAN RODRIGUES BETELLI

GABRIEL ALMEIDA ALVES

O CONHECIMENTO DO LEIGO EM UM ACIDENTE DE TRÂNSITO ENVOLVENDO

MOTOCICLISTA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

ao curso de Enfermagem da Pontifícia

Universidade Católica do Paraná, como requisito

parcial para a obtenção do título de Enfermeiro.

Orientadora Profª.: Mestre Maria do Carmo

Lisboa

CURITIBA

2012

RESUMO

Este trabalho teve como abordagem metodológica a pesquisa quantitativa descritiva

exploratória, foram entrevistados 500 estudantes universitários da Pontifícia

Universidade Católica do Paraná, campus Curitiba. O objetivo deste estudo foi

identificar o conhecimento do leigo em situação de emergência num acidente de

trânsito envolvendo motociclista. Em nossa amostragem, os leigos que não possuem

CNH (Carteira Nacional de Habilitação), 11,7% desconhecem os números de

telefone dos serviços de emergência, e dos que possuem a habilitação, 9,8%

equivocaram-se acerca dos números de emergência. Sabemos que o quanto antes

a solicitação do serviço especializado for feita, com mais rapidez o vitimado terá

atendimento especializado. Porém, antes da solicitação deste serviço, é necessário

que um importante passo seja cumprido: A sinalização do local do acidente, na

maioria das vezes, é esquecida por quem se depara com uma situação de acidente

de trânsito. Percebemos que a população entrevistada, mediante situações

hipotéticas apresentadas simulando acidentes de trânsito envolvendo motociclistas,

apontou diversas abordagens equivocadas, tais como: retirar o capacete do

motociclista, fornecer água, fazer torniquete, retirar o acidentado do local do

acidente. A abordagem de primeiros socorros para o leigo é um conteúdo que

precisa ser mais bem explorado e difundido principalmente nos meios de

comunicação, nos Centros de Formação de Condutores (CFC) bem como inserção

do tema no ensino médio e superior, visando a minimização de erros no atendimento

inicial as vitimas de acidente de motocicleta.

Palavras-chave: Primeiros. Socorros. Acidente. Trânsito. Motociclista. Leigo.

RESUMEN

Este estudio fue el enfoque metodológico cuantitativo para el estudio exploratorio

descriptivo, se entrevistó a 500 estudiantes universitarios de la Pontificia Universidad

Católica de Paraná, Curitiba campus. El objetivo de este estudio fue identificar el

conocimiento de los laicos en una situación de emergencia en un accidente de

tráfico que implica motociclista. En nuestra muestra, los laicos que no tienen CNH

(licencia de conducir), el 11,7% no sabe los números de teléfono de los servicios de

emergencia, y los que poseen la calificación, un 9,8% más equivocado acerca de los

números de emergencia . Sabemos que tan pronto como se hace la petición de

especializada, más rápida es la víctima tendrá cuidado especializado. Pero antes de

solicitar este servicio, es necesario que un paso importante se ha completado: La

señalización del lugar del accidente, en la mayoría de los casos, es olvidado por

aquellos que se enfrentan a una situación de un accidente de tráfico. Nos dimos

cuenta de que la población entrevistada, las situaciones hipotéticas presentadas

mediante la simulación de accidentes de tránsito que involucran a motociclistas,

señaló enfoques varios errores, como quitar el casco del motorista, suministro de

agua, se torniquete, retirar a la víctima del lugar del accidente. El primer enfoque

ayuda para el laico es el contenido que debe estudiarse más a fondo y difundido

principalmente en los medios de comunicación, en los Centros de Formación de

Controladores (CFC), así como la inclusión del tema en la educación primaria,

secundaria y superior, con el fin de minimizar errores en la atención inicial de las

víctimas de los accidentes de motocicleta.

Palabras clave: Primero. Socorro. Accidente. Tránsito. Motociclistta. Lego.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Gráfico 1 – Conhecimento dos entrevistados quem possuem/não possuem CNH,

acerca dos números de telefone para atendimento emergencial, Curitiba, 2012. ....... 5

Gráfico 2 – Conhecimento sobre o que fazer ao se deparar com uma vítima de

acidente de moto segundo os sujeitos com CNH, Curitiba, 2012. ............................... 6

Gráfico 3 – Conhecimento sobre o que fazer ao se deparar com uma vítima de

acidente de moto segundo os sujeitos Sem CNH, Curitiba, 2012. .............................. 7

Gráfico 4 – O que fazer ao se deparar com um acidente em que o motociclista tem a

perna amputada e sente muita sede, Segundo os sujeitos Com CNH, Curitiba, 2012.

.................................................................................................................................... 8

Gráfico 5 – Equipamentos de uso obrigatório para o motociclista, segundo os

sujeitos que Possuem CNH, Curitiba, 2012. ............................................................... 9

Gráfico 6 – Conhecimento dos participantes da pesquisa Com CNH sobre o que

fazer ao se deparar com uma vítima que está de capacete e não respira. Curitiba,

2012. ......................................................................................................................... 10

Gráfico 7 – Conhecimento dos participantes da pesquisa Sem CNH sobre o que

fazer ao se deparar com uma vítima que está de capacete e não Respira. Curitiba,

2012. ......................................................................................................................... 11

Gráfico 8 – A Sequência do atendimento inicial ao acidentado segundo os

participantes da pesquisa, Curitiba, 2012. ................................................................ 12

Gráfico 9 – Após estabelecer a segurança do local e chamar o socorro, qual

iniciativa tomar? ........................................................................................................ 14

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABRACICLO – Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores,

Motonetas, Bicicletas e Similares.

ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

BPTRAN – Batalhão de Polícia de Trânsito.

CFC – Centro de Formação de Condutores.

CNH – Carteira Nacional de Habilitação.

CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito.

DENATRAN – Departamento Nacional de Trânsito.

DETRAN/PR – Departamento de Trânsito do Paraná.

INMETRO – Instituto Nacional de Metodologia, Normalização, e Qualidade Industrial.

OMS – Organização Mundial da Saúde.

ONU – Organização das Nações Unidas.

PUCPR – Pontifícia Universidade Católica do Paraná.

SAMU – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência.

SIATE – Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência.

Sumário

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 1

2 METODOLOGIA ...................................................................................................... 4

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................................. 5

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 16

5 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 18

APÊNDICE ................................................................................................................ 21

ANEXO ..................................................................................................................... 24

1

1 INTRODUÇÃO

Mundialmente falando, o trânsito se tornou um motivo de preocupação para

as autoridades relacionadas à saúde e os demais órgãos que tratam do assunto.

Em março de 2010, foi proclamada oficialmente pela Organização das Nações

Unidas (ONU), que o período de 2011 a 2020 será a década Mundial de Ação pela

Segurança no Trânsito, cujo objetivo é estimular esforços em todo o mundo para

conter e reverter às tendências de fatalidades e ferimentos graves ocorridos nos

acidentes de trânsito no planeta. (ONU, 2011)

Segundo o Portal de Notícias do UOL, a Organização Mundial de Saúde

(OMS), a violência no trânsito já se caracteriza como um problema de saúde pública

com proporções epidêmicas, sendo então um dos fatores mais preocupantes para

esta entidade, pois os relatórios afirmam que em pelo menos 178 países a

morbimortalidade no trânsito estão acima do razoável. (UOL AMAIVOS 2012)

No Brasil, o Ministério da Saúde expõe índices registrados em cerca de 18,7

fatalidades por grupo de 100 mil habitantes. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2011)

A violência no trânsito deixa visível um número alarmante de mortes nas

estatísticas. Segundo o Ministério da Saúde, com dados fornecidos pelo Denatran

(Departamento Nacional de Transito), no ano de 2008 ocorreram 38.273 mortes por

conta dos acidentes de trânsito. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2011)

Mesmo sem a procura de informações a respeito do assunto, notamos no dia

a dia a grande quantidade de veículos circulantes, entre eles a presença de muitos

motociclistas. As motocicletas são um meio de transporte econômico e hoje em dia

apresentam maior facilidade de serem adquiridas, somada a rapidez e a facilidade

de locomoção, sendo também para muitos sua fonte de renda.

De acordo com Botelho, (2011, p. 4):

A venda de motos no Brasil registrou um aumento de 25,3% nos seis primeiros meses de 2007. Os dados são da Abraciclo (Associação Brasileira do Comércio de Motocicletas). A razão apontada para o sucesso nas vendas é a facilidade do crédito. Mas o crescimento nas vendas veio acompanhado do aumento do número de acidentes.

2

É fato que o transporte realizado por meio das motocicletas minimiza as

questões econômicas, facilita a locomoção principalmente relacionada à rapidez nos

grandes engarrafamentos, igualmente proporciona maior vulnerabilidade em relação

a acidentes. De acordo com os dados estatísticos em 2008 foram registrados

428.970 acidentes, sendo que 200.449 envolveram motocicletas, das 38.273

fatalidades registradas, 8.898 eram condutores da motocicleta ou passageiros

destas. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2011)

Estes mesmos dados apontam para um aumento considerável e progressivo

no número de acidentes envolvendo motocicletas. O DETRAN/PR contabiliza mais

40 mil acidentes envolvendo motociclistas no Paraná do início de 2006 até outubro

do ano passado. (DETRAN/PR, 2010)

Segundo a reportagem do portal de notícias da Globo, o G1, postada em

26/07/2011, de janeiro a março de 2010, o Batalhão de Policiamento de Trânsito de

Curitiba (Bptran) registrou 622 acidentes com motos. Os motociclistas sabem que

caso haja uma colisão eles estão mais expostos a riscos. A estatística do ano de

2010 era de quatro acidentes envolvendo motociclistas por dia, em 2011, este

número saltou para seis acidentes por dia. Segundo a polícia, a maior parte dos

acidentes acontece em cruzamentos sinalizados e envolve jovens com motocicletas

de pequeno porte. (PORTAL G1, 2011)

Segundo WHO (2004), citado por Silva e Andrade et al (2008) e também a

OMS (2004), vários fatores de riscos são relevantes relacionados a acidentes, como

os sócio econômicos, os riscos de envolvimento em acidentes como defeito nas

pistas e excesso de velocidade, os que influenciam na gravidade do acidente como

equipamentos de proteção inadequados ou a não utilização e os riscos que

influenciam a gravidade do trauma na fase pós acidente, a exemplo disso o retardo

no atendimento das vítimas e a falta de atendimento médico/hospitalar adequado.

Sendo assim, surge a seguinte dúvida: Qual o conhecimento do leigo diante

de um acidente de trânsito envolvendo motociclista? Algumas variáveis importantes

de serem discutidas para dar conta deste questionamento, entendemos que seriam:

a falta de atenção, pressa, estresse, entre outros fatores, são responsáveis pelos

acidentes de trânsito cada vez mais frequente com este tipo de veículo, e por isso se

torna importante um atendimento inicial correto e de qualidade.

O atendimento primário de qualidade prestado por um leigo pode fazer a

diferença num futuro prognóstico do acidentado, e por consequência, trazer

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qualidade ao serviço prestado para o paciente. Um atendimento inicial incorreto ou o

não atendimento pode trazer consequências ruins e prejudicar a evolução do cliente.

Considerando o alarmante número de acidentes de trânsito envolvendo

motociclistas, a crescente frota de motos, e as estatísticas globais, tomamos por

iniciativa realizar este trabalho para traçar o conhecimento do leigo durante uma

ocorrência em que envolve motociclistas.

Assim, temos como objetivo geral deste trabalho identificar o conhecimento

do leigo em situação de emergência num acidente de trânsito envolvendo

motociclista. E como objetivo específico, traçar o perfil do leigo com CNH (Carteira

Nacional de Habilitação), e sem CNH.

4

2 METODOLOGIA

Este estudo teve como abordagem metodológica a pesquisa quantitativa

exploratória, de acordo com Ponte et. al. (2007), pode-se definir a pesquisa

quantitativa como aquela voltada para a mensuração de segmentos do mercado e

das informações qualitativas preexistentes ou levantadas pela pesquisa qualitativa.

A pesquisa quantitativa procura quantificar os dados e aplicar alguma forma de

análise estatística.

A população deste estudo foi constituída de 500 estudantes universitários da

Pontifícia Universidade Católica do Paraná, situada na Cidade de Curitiba, do turno

noturno dos blocos de exatas e de humanas. Foi realizada a pesquisa de forma

aleatória em salas de aula.

Como critério de inclusão, consideramos como leigo aquele que não possui

curso específico de primeiros socorros, que não estuda/estudou algum curso na

área da saúde; que tenha, ou não CNH (Carteira Nacional de Habilitação). Como

critério de exclusão, consideramos aqueles que possuam algum curso específico de

primeiros socorros ou estuda/estudou em algum curso na área da saúde. Como

critério de exclusão, consideramos aqueles que possuam curso específico de

primeiros socorros, que estuda/estudou algum curso na área da saúde.

A coleta de dados foi realizada no período de Agosto a Setembro de 2012 no

período noturno dos blocos de exatas e humanas da PUCPR, utilizando um

instrumento de pesquisa questionário (APÊNDICE A), contendo 10 perguntas

fechadas.

A organização dos dados foi realizada a partir da alimentação em um banco

de dados (EPIINFO). A análise destes dados foi feita por meio da exportação das

informações para a Microsoft Excel, os mesmos serviram para a construção de

gráficos, análise e discussão à luz da literatura.

5

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Gráfico 1 – Conhecimento dos entrevistados quem possuem/não possuem CNH, acerca dos números de telefone para atendimento emergencial, Curitiba, 2012.

Fonte: ALVES, Gabriel; BETELLI, Alan. 2012.

O gráfico 1 demonstra o conhecimento dos sujeitos participantes da pesquisa

(n=500) em relação aos números de telefones do serviço de emergência pré-

hospitalares - 192 SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e 193 SIATE

(Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência). Sendo que dos

sujeitos que possuem CNH, 234 (46,8%) apontaram a resposta correta (192) e 78

(15,6%) apontaram o (193) como resposta correta. Dos sujeitos que não possuem

CNH, 109 (21,8%) apontaram a resposta correta (192) e 27 (5,4%) apontaram o

(193) como resposta.

É importante destacar que dos sujeitos da pesquisa (n=500), 346 (69,2%) que

possuem CNH, 312 (90,2%) conhecem os telefones, e 34 (9,8%) desconhecem os

telefones de serviço pré-hospitalar e dos do total de entrevistados, 154 (30,8%)

pessoas que não possuem CNH, 136 (88,3%) acertaram os números de emergência

e 18 (11,7%) desconhecem os telefones.

A omissão de socorro é crime, segundo o Código Penal Brasileiro, art. 135:

“Deixar de prestar socorro à vítima de acidente ou pessoa em perigo iminente,

podendo fazê-lo é crime”. A pena pode variar de 1 a 6 meses de prisão, ou multa,

podendo ser aumentada pela metade se a omissão resultar em lesão corporal grave

6

e até triplicada se resultar em morte. Também é crime no Código de Trânsito

Brasileiro, previsto no artigo 304. Mesmo que um indivíduo seja apenas testemunha,

se tiver condições de prestar auxílio e não o fizer, estará cometendo o crime de

omissão de socorro. Por isso, conhecer os telefones de serviços de emergência é de

fundamental importância para prestar auxílio a uma vítima de acidente de trânsito,

incluindo a motociclistas. [DIÁRIO OFICIAL, (1940; 1997)]

Gráfico 2 – Conhecimento sobre o que fazer ao se deparar com uma vítima de acidente de moto segundo os sujeitos com CNH, Curitiba, 2012.

Fonte: ALVES, Gabriel; BETELLI, Alan. 2012.

7

Gráfico 3 – Conhecimento sobre o que fazer ao se deparar com uma vítima de acidente de moto segundo os sujeitos Sem CNH, Curitiba, 2012.

Fonte: ALVES, Gabriel; BETELLI, Alan. 2012.

O gráfico 2 nos mostra o conhecimento dos sujeitos participantes da pesquisa

que possuem CNH (n=346) sobre a questão número 4 (Um motociclista bate em um

poste e é arremessado no meio da rua. Você está próximo e nota que o mesmo não

se move, e permanece de barriga para baixo. Qual a iniciativa que você considera

mais importante?). Dos 346 entrevistados que possuem CNH, 143 (41,3%)

responderam corretamente a pergunta (Sinaliza o local do acidente). É importante

destacar que 203 (58,7%), responderam incorretamente a questão e estes

representam mais da metade dos participantes da pesquisa que possuem CNH, e

levaram em consideração, que chamar o socorro o mais importante. Se observado

do ponto de vista legal, estas se isentam da lei de omissão de socorro. Porém, a

vítima permanece em risco visto que o local não está corretamente sinalizado, e

outro acidente pode ocorrer, causando mais vítimas, inclusive a pessoa que solicitou

o socorro.

Quanto ao gráfico 3, demonstra o conhecimento dos sujeitos participantes da

pesquisa que não possuem CNH (n=154) acerca da questão número 4. Dos 154

(30,8%) entrevistados não possuem CNH, 50 (37,5%) responderam corretamente a

pergunta (Sinaliza o local do acidente). Porém, 104 entrevistados (63,5%)

responderam incorretamente a questão.

Os leigos que não possuem CNH seguiram praticamente a mesma

representação estatística dos que possuem CNH, sendo a diferença de

8

aproximadamente 5% a mais nas respostas erradas por parte dos não possuidores

de carteira de habilitação. Com esta comparação, observamos que a aula de

primeiros socorros ministrada em CFCs tem pouca ou nenhuma aplicação na

prática, sendo praticamente irrelevante como conteúdo programático em cursos de

formação de condutores, devido a carga horária reduzida de apenas 6 horas e aulas

que deveriam ser ministradas por profissionais de saúde capacitados para este fim.

Gráfico 4 – O que fazer ao se deparar com um acidente em que o motociclista tem a perna amputada e sente muita sede, Segundo os sujeitos Com CNH, Curitiba, 2012.

Fonte: ALVES, Gabriel; BETELLI, Alan. 2012.

O gráfico 4 demonstra o conhecimento dos sujeitos participantes da pesquisa

(n=500) os que possuem CNH 346 (69,2%), sobre a questão número 5 (Em um

cruzamento movimentado acontece um acidente em que o carro colide na lateral de

um motociclista. Ocorre uma amputação de perna e sangra muito, o mesmo sente

muita sede. Diante da situação, qual seria a primeira iniciativa que você julga correta

para o momento?), sendo a alternativa considerada correta é a letra “E” (Chama o

SIATE/SAMU).

Dos 346 (69,2%) entrevistados que possuem CNH, 210 (60%) responderam

corretamente a pergunta e 136 entrevistados (40%) responderam incorretamente a

questão. Nestas situações, após sinalizar o local do acidente, o quanto antes o

socorro for chamado, melhor para o acidentado. É importante destacar que dos 136

(40%) que responderam de forma equivocada, 109 (30%) destas respostas, foram

9

com relação à alternativa “B” (Faz o torniquete). Segundo a ANVISA (Agência

Nacional de Vigilância Sanitária), o torniquete é usado em situações extremas, em

que já foram esgotados todos os recursos para o estancamento da hemorragia. O

torniquete pode causar mais danos à extremidade da ferida, portanto, deve ser a

última opção a ser utilizada. (AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA,

2003)

Gráfico 5 – Equipamentos de uso obrigatório para o motociclista, segundo os sujeitos que Possuem CNH, Curitiba, 2012.

Fonte: ALVES, Gabriel; BETELLI, Alan. 2012.

O gráfico 5 mostra o conhecimento dos sujeitos participantes da pesquisa que

possuem CNH (n=346), acerca da questão número 6 (Quais equipamentos de uso

obrigatório que o motociclista deve usar?), sendo a alternativa considerada correta a

letra “D” (Somente o capacete com faixas laterais e na traseira). Dos 346

entrevistados que possuem CNH, 189 (54,6%) responderam corretamente a

pergunta. Porém, 157 entrevistados (45,4%) responderam incorretamente a questão.

Em 1º de julho de 2008 entrou em vigor a resolução 203 elaborada pelo

Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) que regulariza o uso de capacetes para

motociclistas. Com ela, torna-se obrigatório o capacete conter o selo do INMETRO

10

(Instituto Nacional de Metrologia, Normalização, e Qualidade Industrial) e elementos

refletivos nas laterais e na traseira do capacete, ocupando no mínimo 18cm². Se

caso o capacete estiver fora dos padrões exigidos pela nova resolução, a multa será

de R$ 127,69, 5 pontos na CNH e retenção do veículo até a regularização.

É ensinado em CFCs (Centro de Formação de Condutores) para aqueles que

querem se habilitar na categoria “A” (Veículos automotores e elétricos, de 2 ou 3

rodas, com ou sem carro lateral), o uso obrigatório do capacete e como o mesmo

deve estar adequado conforme a lei. Em nossa pesquisa, não separamos qual

categoria da CNH que o indivíduo entrevistado se enquadra. (DEPARTAMENTO

NACIONAL DE TRÂNSITO, 2006)

O capacete é de fundamental importância para a proteção do motociclista.

Qualquer adição de equipamentos tais como macacão, cotoveleira e joelheira, só

traz benefícios ao condutor. Quatro das cinco alternativas propostas na questão 6,

tinham como equipamento obrigatório, o capacete. Somente a alternativa “C”,

desconsiderava o capacete como obrigatório. Notamos que apenas 4 entrevistados

(0,8%) assinalaram esta alternativa. É muito positivo um resultado como este, em

que praticamente todos os entrevistados que possuem CNH (99,2%) reconheçam a

importância/obrigatoriedade do uso do capacete.

Gráfico 6 – Conhecimento dos participantes da pesquisa Com CNH sobre o que fazer ao se deparar com uma vítima que está de capacete e não respira. Curitiba, 2012.

Fonte: ALVES, Gabriel; BETELLI, Alan. 2012.

11

Gráfico 7 – Conhecimento dos participantes da pesquisa Sem CNH sobre o que fazer ao se deparar com uma vítima que está de capacete e não Respira. Curitiba, 2012.

Fonte: ALVES, Gabriel; BETELLI, Alan. 2012.

No gráfico 6 apontamos o conhecimento dos sujeitos participantes da

pesquisa que possuem CNH (n=346), sobre a questão número 7 (Um motociclista

colide de frente com um carro e é arremessado por cima do veículo e cai de barriga

para cima alguns metros depois. A vítima está de capacete, porém não respira. Após

averiguar e sinalizar o local de acidente, qual a iniciativa que você julga correta para

o momento?), sendo considerada correta a alternativa de letra “D” (Chama o

SIATE/SAMU e impede que a vítima movimente o pescoço). Dos 346 entrevistados

que possuem CNH, 216 (62,4%) responderam corretamente a pergunta, (Chama o

SIATE/SAMU e impede que a vítima movimente o pescoço). Porém, 130

entrevistados (37,6%) responderam incorretamente a questão.

Diante desta situação hipotética, em que o indivíduo não está respirando e

ainda está de capacete, é de suma importância a solicitação de serviço

especializado o quanto antes, pois, a retirada de capacete exige conhecimento da

técnica correta (pois pode haver lesão cervical), e recursos materiais, como o colar

cervical. Segundo Pinheiro et. al. (2011, p.1):

A lesão traumática da medula espinhal cervical é um problema altamente preocupante no atendimento ao paciente traumatizado em todo o mundo,

12

devido ao alto risco de óbito, e de sequelas graves que acarretam sérias limitações permanentes tanto físicas quanto sociais e profissionais permanentes.

Quanto ao indivíduo não estar respirando após o acidente, é imprescindível

que o leigo que está prestando o atendimento inicial, chame a vítima, tentando

acordá-la e consequentemente voltando a respirar. Caso contrário, é necessário

possuir recursos materiais, como o kit de intubação, além do prestador do

atendimento conhecer as técnicas e for habilitado para isto, o que não se enquadra

no perfil do leigo.

O gráfico 7 aponta para o conhecimento dos sujeitos participantes da

pesquisa que não possuem CNH (n=154), sobre a questão número 7. Dos 154

entrevistados que não possuem CNH, 75 (48,7%) responderam corretamente a

pergunta. Porém, 79 entrevistados (51,3%) responderam incorretamente a questão.

Os dados acima demonstram que leigos sem CNH erraram mais do que os

que possuem CNH, neste caso concluímos que o curso de primeiros socorros

ministrados em autoescolas é parcialmente eficaz, pois os dados dos que possuem

e dos que não possuem CNH não estão distantes.

Gráfico 8 – A Sequência do atendimento inicial ao acidentado segundo os participantes da pesquisa, Curitiba, 2012.

Fonte: ALVES, Gabriel; BETELLI, Alan. 2012.

13

O gráfico 8 aponta a relação entre o conhecimento dos sujeitos participantes

da pesquisa (n=500) 100%, com a questão número 10 (Uma boa sequência no

atendimento ou auxílio inicial em caso de acidente é:), em que a alternativa correta é

a letra “A”. Destes, 316 (63,2%) responderam corretamente a questão e 184 (36,8%)

assinalaram incorretamente.

Em um acidente de transito envolvendo motociclista, saber técnicas de

primeiros socorros pode acarretar um impacto muito positivo num futuro prognóstico

do acidentado. Porém, num acidente de trânsito de qualquer natureza, antes das

técnicas de primeiros socorros, existe uma seqüência inicial de ações estabelecidas

no manual de primeiros socorros da ANVISA: Manter a calma, garantir a segurança

inicial, e chamar o socorro, são passos importantes para quem está socorrendo e

para quem está sendo socorrido. É óbvio que em algumas situações, como por

exemplo, quando a vítima não respira, a inserção das técnicas de primeiros socorros

- logo após avaliar os riscos do local e garantir a segurança inicial - é necessária.

(ANVISA, 2003)

Por natureza, o brasileiro é muito solidário, o ato de ajudar o próximo faz parte

da cultura do nosso país. Isso deve ser aproveitado quando se trata de primeiros

socorros. Saber o que fazer e o que não fazer no momento de um acidente de

trânsito envolvendo motociclista, ou de qualquer natureza, faz uma grande diferença

para quem está sendo socorrido.

14

Gráfico 9 – Após estabelecer a segurança do local e chamar o socorro, qual iniciativa tomar?

Fonte: ALVES, Gabriel; BETELLI, Alan. 2012.

O gráfico acima discute o conhecimento dos sujeitos participantes da

pesquisa (n=500) sobre a questão número 8 (Um motociclista que fazia entregas

desvia de uma criança que brincava na rua e cai, seu capacete rola para o outro

lado da rua. O acidentado fica de barriga para cima e consciente. Após averiguar a

segurança do local e chamar o socorro, qual é a iniciativa que você julga correta

para o momento?) sendo considerada a alternativa correta a letra “B”. Dos 500

participantes do estudo, 255 (51%) responderam corretamente a pergunta e 245

entrevistados (49%) responderam incorretamente a questão.

Para Pinheiro et. al. (2011, p. 2):

O mecanismo de trauma nas lesões da coluna cervical mais comumente relatado é representado pelos acidentes envolvendo veículos automotores, com 44% dos casos, seguindo-se a violência/agressão (24%), as quedas (22%), as atividades esportivas (8%), e outras causas (2%).

É importante destacar que 51% dos sujeitos entrevistados têm a clareza que

após garantir a segurança do local e acionar o socorro é importante não movimentar

15

o pescoço, pois se houver trauma em qualquer parte da coluna vertebral, fatalmente a

vítima terá complicações, pois, segundo Neto e Dedivitis (2011, p. 1):

O pescoço é uma região vulnerável a traumatismos devido à grande quantidade de estruturas vitais e importantes em um espaço tão confinado e pequeno. Sendo assim, pequenas agressões podem causar lesões importantes e.com alta morbimortalidade.

16

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo deste presente estudo foi identificar o conhecimento do leigo em

situação de emergência num acidente de trânsito envolvendo motociclista e traçar o

perfil do leigo com e sem CNH. Observa-se que ao comparar os perfis dos leigos

com e sem CNH, não há grande diferença entre eles, como nota-se nos gráficos 6 e

7, nos quais os participantes foram questionados sobre o que fazer quando se

depara com uma vítima de acidente de moto em que o acidentado está de capacete

e não respira, 62,4% (216) dos participantes que possuem CNH, responderam

corretamente a questão (Chama o SIATE/SAMU e impede que a vítima movimente o

pescoço) e 48,7% (75) dos leigos sem CNH responderam incorreta a questão.

Com relação ao conhecimento sobre a sequência no atendimento à vítima de

acidente de trânsito envolvendo motociclista e qual iniciativa a ser tomada nestas

situações, o conhecimento sobre primeiros socorros são informações úteis para

qualquer indivíduo e pode fazer toda a diferença em uma ocorrência emergencial,

possibilitando assegurar à vida a vítima que aguarda por serviço especializado. Os

telefones do SIATE (193) e do SAMU (192) devem ser amplamente divulgados, seja

pela mídia, ou por qualquer outro veículo, pois vimos em nossa pesquisa que um

porcentual (10,4%) dos participantes desconhece os números dos telefones de

emergência. Deve-se prezar também pelo uso consciente desses números, para

isso, a divulgação da mídia é muito importante, a fim de evitar telefonemas

enganados.

A inserção do tema Primeiros Socorros no plano de ensino dos ensinos médio

e superior deve ser levado em consideração. Se desde cedo, ensinarmos nossos

adolescentes e adultos sobre situações de emergência, futuramente grande parcela

da população leiga, terá conhecimentos básicos sobre o que fazer e sobre o que não

fazer em toda e qualquer situação de emergência.

Redirecionar o estilo da abordagem do assunto Primeiros Socorros nos CFCs,

deve ser levado em consideração. Este tema precisa ser mais bem elaborado, com

uma linguagem acessível aos leigos, e aulas ministradas por pessoas capacitadas

para isto, que dominem o assunto, e que possuam conhecimento sobre métodos

pedagógicos. Outra forma de melhorar o atendimento prestado às vítimas de

acidente de trânsito seria a reciclagem dos condutores a cada renovação de CNH,

17

utilizando dos mesmos métodos pedagógicos, somado a atualização de protocolos.

Como esta é a década mundial da ação pela segurança no trânsito, é preciso

estimular a educação no trânsito, para conter e reverter às tendências à morte ou

sequelas vitais. Os primeiros passos para a diminuição de acidentes causadores de

mortes e sequelas é o respeito ao próximo: respeito ao pedestre, aos ciclistas e

motociclistas, à sinalização, às leis, ao meio ambiente, e principalmente o respeito à

vida. (ONU, 2011)

Acredita-se que várias são as iniciativas que podem ser realizadas buscando

assegurar a segurança no trânsito, por meio de campanhas, jogos, palestras, e com

a colaboração da mídia, escolas e empresas, a fim de se alcançar o objetivo

proposto pela ONU para esta década “Estimular esforços em todo o mundo para

conter e reverter às tendências de fatalidades e ferimentos graves ocorridos nos

acidentes de trânsito no planeta”. Basta uma conscientização do papel social que

cada meio citado tem, além do interesse e atuação do governo em proporcionar

mudanças em prol da população. (ONU, 2011)

18

5 REFERÊNCIAS

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Manual de Primeiros Socorros. Brasil, 2003. Disponível em: www.anvisa.gov.br/reblas/manual_primeiros-_socorros.pdf Acessado em: 07/09/2012 às 8:10.

BOTELHO, Flávio. Comércio de motocicletas aumenta em todo o país. Disponível em: http://www.portalcbncampinas.com.br/noticias_interna.php?id=16187# Acessado em: 12/10/2011 às 23:50

BRASIL. Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940, art. 135, Omissão de Socorro, Diário Oficial. Brasília. Disponível em: http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/anotada/2342071/art-135-do-codigo-penal-decreto-lei-2848-40 Acessado em: 27/10/2012 às 14:40

BRASIL. Lei nº 9.503 de 23 de Setembro de 1997, art. 304. Diário Oficial, Omissão de Socorro, Brasília. Disponível em: http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/anotada/2317155/art-304-do-codigo-de-transito-brasileiro-lei-9503-97 Acessado em: 28/10/2012 às 19:50

NETO, José Cruvinel; DEDIVITIS, Rogério Aparecido. Prognostic factors of penetrating neck trauma. São Paulo. Brazilian Journal of Otorhinolaryngology, 2011.

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PONTE, Vera Maria Rodrigues; OLIVEIRA, Marcelle Colares; MOURA, Heber José; BARBOSA, João Víctor. Análise das Metodologias e Técnicas de Pesquisas Adotadas nos Estudos Brasileiros Sobre Balanced Scorecard: Um Estudo dos Artigos Publicados no Período de 1999 a 2006. UNIFOR, Fortaleza, 2007.

SILVA, Daniela Wosiack; ANDRADE, Selma maffei; SOARES, Darli Antonio et al. Condições de Trabalho e Riscos no Trânsito Urbano na Ótica de Trabalhadores Motociclistas. Phisys Revista de Saúde coletiva, Rio de Janeiro, 18 [2]: 339-360, 2008.

19

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DEPARTAMENTO NACIONAL DE TRÂNSITO. Resolução 203/2006. Brasília. Disponível em: http://www.denatran.gov.br/download/Resolucoes/Resolucao203_06.pdf Acessado em: 10/11/2012 às 12:55

Detran orienta sobre novas regras para uso do capacete. Disponível em: http://www.detran.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=156 Acessado em: 23/09/2011 às 15:30

G1 – PORTAL DE NOTÍCIAS. Em três meses, foram registrados 595 acidentes com motos em Curitiba. Disponível em: http://g1.globo.com/parana/noticia/2011/07/em-tres-meses-foram-registrados-595-acidentes-com-motos-em-curitiba.html Acessado em: 21/10/ 2011 às 15:40

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Brasil Lança Pacto Pela Redução de Acidentes de Trânsito. Brasília, 2011. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/noticias/default.cfm?pg=dspDetalheNoticid&id_area=124&CO_NOTICIA=12603 Acessado em: 28/10/2012 às 19:30

MINISTÉRIO DA SAÚDE. NOTA TÉCNICA CGDANT/DASIS/SVS/2010. Brasilia, 2010. Disponível em:

http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/nota_tecnica_19_11_2010.pdf Acessado em: 28/10/2012 às 17:15.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Sistema de Planejamento do SUS. Brasilia, 2010. Disponível em:http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/sistema_planejamento_sus_v5.pdf Acessado em: 21/10/2012 às 16:20.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Década de Ação Pelo Trânsito Seguro. Brasil. Disponível em: http://www.onu.org.br/decada-de-acao-pelo-transito-seguro-2011-2020-e-lancada-oficialmente-hoje-11-em-todo-o-mundo/ Acessado em: 10/11/2012 às 12:45

PORTAL UOL AMAIVOS. OMS: acidentes de trânsito se tornaram grave problema de saúde pública. São Paulo. Disponível em: http://amaivos.uol.com.br/amaivos09/noticia/noticia.asp?cod_noticia=4815&cod_canal=38 Acessado em: 10/11/2012 às 12:50

20

SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA DO PARANÁ. SIATE. Disponível em: http://www.seguranca.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=22 Acessado em: 21/09/2012 às 9:30

SILVA, Marta. Entrevista: Marta Silva- Coordenadora de Vigilância e Prevenção de Violências e Acidentes do Ministério da Saúde. Disponível em: http://www.abcr.org.br/Conteudo/Noticia/801/marta+silva++coordenadora+de+vigilancia+e+prevencao+de+violencias+e+acidentes+do+ministerio+da+saude.aspx Acessado em: 13/10/2011 às 00:05

WHO, 2004. Disponível em: http://www.who.int/violence

_injury_prevention/publications/road_traffic/world_report/en/index.html. Acesso em: 21/10/ 2011 às 14:30

21

APÊNDICE

22

APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO

23

24

ANEXO

25

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Eu,___________________________________________________________,

nacionalidade ________________, idade _______, estado civil _____________,

profissão_____________________, endereço ______________________________

__________________________________________, RG_____________________,

estou sendo convidado a participar de um estudo denominado O CONHECIMENTO

DO LEIGO EM UM ACIDENTE DE TRÂNSITO ENVOLVENDO MOTOCICLISTA,

cujo objetivo é: Identificar o conhecimento do leigo em situação de emergência num

acidente de trânsito envolvendo motociclista. Diante do alarmante número de

acidentes de trânsito envolvendo motociclistas, a crescente frota de motos, e as

estatísticas globais, justificamos a realização deste trabalho para traçar o

conhecimento do leigo durante uma ocorrência em que envolve motociclistas.

A minha participação no referido estudo será no sentido de responder

questões de múltipla escolha com questões fechadas sobre o tema acima. Fui

alertado que, da pesquisa a se realizar, posso esperar alguns benefícios, tais como:

aprendizado em primeiros socorros, em como atender uma vítima de acidente de

trânsito envolvendo motociclista, através de orientações que ocorrerão após o

preenchimento da ficha de investigação, onde a mesma será utilizada como objeto

da discussão.

Recebi, por outro lado, os esclarecimentos necessários sobre os possíveis

desconfortos e riscos decorrentes do estudo, levando-se em conta que é uma

pesquisa, e os resultados positivos ou negativos somente serão obtidos após a sua

realização. Assim, desconforto com relação às perguntas que relatam sangue,

ossos, entre outras partes do corpo expostas.

Estou ciente de que minha privacidade será respeitada, ou seja, meu nome

ou qualquer outro dado ou elemento que possa, de qualquer forma, me identificar,

será mantido em sigilo.

________________________ ________________________

Entrevistado Pesquisador

26

Também fui informado de que posso me recusar a participar do estudo, ou

retirar meu consentimento a qualquer momento, sem precisar justificar, e de, por

desejar sair da pesquisa.

Os pesquisadores envolvidos com o referido projeto são: Pesquisador

responsável professora Maria do Carmo Lisboa (9847-7379), Alan Rodrigues Betelli,

(8495-0819), Gabriel Almeida Alves (9820-7022), e com eles poderei manter contato

pelos telefones junto aos nomes.

É assegurada a assistência durante toda pesquisa, bem como me é garantido

o livre acesso a todas as informações e esclarecimentos adicionais sobre o estudo e

suas conseqüências, enfim, tudo o que eu queira saber antes, durante e depois da

minha participação.

Enfim, tendo sido orientado quanto ao teor de todo o aqui mencionado e

compreendido a natureza e o objetivo do já referido estudo, manifesto meu livre

consentimento em participar, estando totalmente ciente de que não há nenhum valor

econômico, a receber ou a pagar, por minha participação.

Em caso de reclamação ou qualquer tipo de denúncia sobre este estudo devo

ligar para o CEP PUCPR (41) 3271-2292 ou mandar um email para [email protected]

Curitiba, de de 20 .

Entrevistado: Nome:

___________________________

Assinatura

Pesquisador: Nome:

___________________________

Assinatura