NÃO FOI NADA FÁCIL: A TARDIA COLONIZAÇÃO PORTUGUESA E A RESISTÊNCIA DOS ÍNDIOS GOYTACAZES NA...

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1 NÃO FOI NADA FÁCIL: A TARDIA COLONIZAÇÃO PORTUGUESA E A RESISTÊNCIA DOS ÍNDIOS GOYTACAZES NA CAPITANIA DE SÃO TOMÉ Aristides Leo Pardo Resumo: As presentes páginas têm por objetivo analisar o porquê da Capitania de São Tomé ter sido uma das últimas a ser conquistada e colonizada de fato pelo homem branco. Nas referidas terras, a resistência indígena apresentou características diferenciadas e os portugueses que aqui aportaram, se depararam com os índios Goytacazes, uma tribo guerreira, acostumadas com embates violentos e com quem travaram inúmeras batalhas ao longo de quase um século, onde fizeram até donatários desistirem de suas posses e abandoná-las, porém a ganância do homem branco levou esta tribo a total extinção. Palavra Chave: Índios Goytacazes. Capitania de São Tomé. Resistência Indígena

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NÃO FOI NADA FÁCIL: A TARDIA COLONIZAÇÃO PORTUGUESA E A

RESISTÊNCIA DOS ÍNDIOS GOYTACAZES NA CAPITANIA DE SÃO TOMÉ

Aristides Leo Pardo

Resumo: As presentes páginas têm por objetivo analisar o porquê da Capitania de São Tomé ter sido uma das últimas a ser conquistada e colonizada de fato pelo homem branco. Nas referidas terras, a resistência indígena apresentou características diferenciadas e os portugueses que aqui aportaram, se depararam com os índios Goytacazes, uma tribo guerreira, acostumadas com embates violentos e com quem travaram inúmeras batalhas ao longo de quase um século, onde fizeram até donatários desistirem de suas posses e abandoná-las, porém a ganância do homem branco levou esta tribo a total extinção.

Palavra Chave: Índios Goytacazes. Capitania de São Tomé. Resistência Indígena

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INTRODUÇÃO

A imagem que nós temos dos primeiros habitantes do Brasil,

oriunda de livros escolares e pinturas diretamente ligadas ao colonizador

português de que o homem branco aqui chegou, dominou o povo indígena,

catequizando sob a égide do cristianismo e introduzindo os nativos na

cultura européia, rapidamente aceita pelos silvícolas, que não

demonstraram nenhuma resistência, é totalmente absurda, equivocada e

infundada, já que apesar dos pesares, eles não se deixaram dominar

facilmente pelo homem branco.

Algumas tribos habitantes do território brasileiro antes mesmo da

chegada dos invasores europeus, já guerreavam entre si. Uma delas, a dos

Goytacazes, será destacada neste trabalho, por suas peculiaridades e por

serem responsáveis diretos da não colonização do solo campista nos

primeiros momentos da expansão colonialista brasileira. Os índios foram

humilhados, massacrados e exterminados em seu próprio quinhão, no qual

eles foram os senhores absolutos por vários séculos, anteriores da chegada

do europeu.

Outro pensamento difundido sem base, que acabou sendo aceito

por muitos como verdade, é de que os índios formavam uma única nação

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homogênea, os Tupi-Guaranis, mas não, havia muitos povos diferentes que

viviam cada qual em seu território e em determinados locais, eles nem

chagavam a se encontrarem, e em outros, mantinham troca de víveres e em

muitos casos, travavam batalhas, já que muitos deles eram tribos

tradicionalmente de guerreiros, como os Goytacás.

Por que a Capitania de São Tomé foi uma das últimas a cair

realmente na mão colonizadora do português, tendo inclusive dois

donatários aberto mão dessas terras? A história oficial esconde a luta dos

indígenas na tentativa de resistir ao domínio do homem branco em todo o

território que abrangia a capitania, que ia das margens do Rio Itabapoana

até o entorno da Lagoa Feia, na divisa do Norte Fluminense, com a Região

dos Lagos.

OS GOYTACAZES

Os Índios Goytacás, descrito por alguns autores como Goytacazes,

Goitacaz, Goitacá e ainda, como Uaitacás (Hemming e Moura, 2007, p. 35)

foram povos guerreiros, que habitaram toda a Planície que engloba o sul do

atual Espírito Santo, Norte Fluminense e Região dos Lagos, territórios

banhados pelos Rios Paraíba do Sul e Itabapoana, além de seus inúmeros

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afluentes e de muitas lagoas, o que representou a base de sua alimentação e

a facilidade com que estes se tornaram exímios nadadores.

A tradução de seu nome é motivo de divergência entre vários

autores, mas as denominações mais usuais são “Índios Nadadores” e

“corredores da Mata”, esta menos provável, já que a região habitada por

eles era (e ainda é) formada predominantemente por planícies e planaltos,

com vegetação rasteira e arbustos, que formavam seu habitat natural junto

aos rios e praias.

No clássico romance O Guarani, de José de Alencar, (1986, p. 125)

o personagem central da trama, é indagado sobre sua nação de origem e

responde ser um Goitacá, e completa dizendo seu nome “Peri”, filho de

Ararê, primeiro “Cacique” de sua tribo.

Fisicamente eram bem diferentes de outras tribos litorâneas, pois,

segundo Lamego (1945, p. 71), os Goytacazes possuíam a pele um pouco

mais clara, estatura alta e mais robustez no corpo, que era bem forte, o que

levou a serem chamados de “tigres humanos” e devido a essa força,

conseguiam se atracar com peixes maiores, como filhotes de tubarão, com

os braços em sua busca pela alimentação. Outra peculiaridade desta tribo

são os longos cabelos compridos, mas que eram raspados no alto da cabeça;

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Adornavam o corpo e utensílios com penas de aves e usavam pigmentos

coloridos extraídos do Jenipapo.

Seguindo a impressão de viajantes, que anotavam informações em

seus diários, Silva (1984, p. 10) nos diz que:

O Inglês Southey, citado por Augusto de Carvalho, diz que o Goitacáz é mais claro, alto e robusto que outros índios do litoral, falando diversas línguas. Talvez seja do “tronco dos Aymorés”. Já o lusitano Simão de Vasconcelos Goitacaz é “gente agigantada, membruda e forçosa”. O inglês Knivet fala da seguinte forma: “Seu porte é sujo e asqueroso, seu olhar feroz e sua fisionomia bruta fazem dele o povo mais odioso do universo”. O francês Saint-Hilare doz dos Goytacazes: “Reuniam a um talhe gigantesco uma força extraordinária, e sabiam manejar o arco com destreza. Outro Historiador (Gabriel Soares), diz que “na feição do corpo” se parecem com o Tupinambá. E, “este gentio tem a cor mais clara que os que dissemos atrás, Tupiniquins, Tamoios e Papanases.

Guerreavam com tribos vizinhas, seus principais rivais eram os

Guarulhos, tribo menos numerosa, que habitavam a mesma região, assim

como, os Tamoios, Aimorés, Guaranis, Puris, Coroados, entre outras tribos

que viviam em áreas próximas e encontros eram sempre findados em

violentos combates.

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Citados em diversas literaturas como canibais, fato também

negado por muitos historiadores, já que o ambiente que o cercava era rico

em alimentação, pois além da terra, tinham a sua disposição rios, lagos e o

oceano, fator que minimiza a teoria antropofágica dada aos Goytacaz, que

existiu da mesma forma que em outras tribos, como forma de “incorporar” a

força do inimigo morto em batalhas.

A ingestão da carne humana tinha mais conotação moral e

religiosa do que fins alimentícios e era comum, após a “degustação”,

empilhar ossos de seus inimigos na frente de sua maloca e uma família

adquiria prestígio devido ao tamanho de sua pilha. (HEMMING e MOURA,

2007, p. 153).

Os Goytacazes resistiram e mantiveram seu território

praticamente intacto da nociva presença devastadora do colonizador, por

pouco mais de um século, tendo feito inclusive dois donatários abdicarem

de suas sesmarias por não terem conseguido combatê-los.

Aos poucos e a partir da presença dos sete capitães é que foram

perdendo seu espaço, pois armas de fogo e roupas contaminadas com

“doenças do homem branco”, desconhecidas entre a tribo, foram usadas

contra os Goytacazes, que foram sendo combatidos aos poucos.

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O último grupo organizado que se teve notícia, fugiu da praia do

Farol no início do Século XVIII e foram alcançados na localidade que se

chamaria São Gonçalo, hoje Distrito de Goytacazes, em “homenagem” à

valente tribo que ali findara cansados, doentes e sem nenhuma resistência,

foram mortos impiedosamente e riscados para sempre do mapa.

Hoje, os Goytacás são considerados extintos e poucos resquícios de

sua vida restaram para a contemporaneidade, ficando principalmente

impressões de historiadores e relatos de alguns escritores.

PERO DE GÓES E A CAPITANIA DE SÃO TOMÉ

A Capitania de São Tomé foi uma das quinze em que o Brasil

Colônia foi dividido para melhor administração feita pela Coroa Portuguesa,

que entregou cada Capitania a um donatário, que era o responsável por seu

desenvolvimento, exploração e obediência à Corte. Esta capitania, que

depois passaria a ser chamada de Parahyba do Sul, foi doada a Pero de Góes

da Silveira, um donatário relativamente sem muitas posses, que

desembarcou no Brasil em 1531 na comitiva de Martim Afonso de Souza e

com este foi para a capitania de São Vicente, onde administrou plantações

de cana de açúcar, construções de engenhos e criação de gado, antes de

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receber suas próprias terras, através de Carta Doação, assinada pelo Rei

Dom João III, em 28 de agosto de 1534.

Em Carvalho (1988, p.56), notamos que em 1538 é fundado, o

primeiro povoado, denominado Vila da Rainha, nas margens do Rio

Itabapoana, para servir de entreposto aos passantes daquele território e ali

faz as primeiras plantações de cana de açúcar e introduz, de forma pioneira,

o gado na região, construindo um pequeno engenho movido por uma roda

d’água. Sobre esta empreitada, Schwartz (1998, p. 31) nos diz que:

A expedição de Martim Afonso de Sousa, enviada ao país em 1532 para livrar a costa dos navios franceses e também com fins colonizadores, trouxe mudas de cana. (...) Na Paraíba do Sul, o donatário Pero de Goes, que já havia construído engenhos em São Vicente, ergueu duas pequenas moendas de tração animal e, por fim, instalou um engenho movido a água, utilizando-se de capital português.

Desde as primeiras tentativas de fixar residências na região, Pero e

sua comitiva sofreu ataques por parte dos índios. Vale lembrar aqui, que o

donatário não vivia no lugar e continuava com sua vida de fazendeiro em

São Vicente, como homem de confiança do então governador do Brasil,

Martim Afonso de Souza.

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Schwartz (1998, p. 36) salienta que os primeiros engenhos

brasileiros foram pequenos, a maioria era do tipo trapiche, movidos por

bois ou cavalos e apenas alguns usavam força hidráulica, em geral os

construídos pelos próprios donatários, Pois os custos envolvidos na feitura

da grande roda d’água e do sistema de calhas, que conduzia a água até o

local apropriado, eram bem elevados para a maioria dos colonos e conclui

dizendo que a capacidade de produção de açúcar na capitania de Paraíba do

Sul, em 1540 era de apenas mil arrobas anuais cada um, ou seja, menos de

quinze toneladas. Lara (1988, p. 127), nos informa que em 1547, o engenho

dava conta de produzir “Um par de mil arrobas de açúcar nosso” e confirma

que as primeiras mudas de cana e cabeças de gado, chegam através de São

Vicente.

Algum sucesso as engenhocas de São Tomé conseguiram, pois

Schwartz (1998) fala acerca da contratação por parte dos donatários das

capitanias, de mestre no fabrico do açúcar por altos valores, já que esse

produto era o mais valorizado, sendo inclusive, o principal motivo da

colonização e escravidão no Brasil. O autor, sobre esse assunto comenta

que:

Os donatários e senhores de engenho às vezes não poupavam esforços para conseguir tais especialistas.

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Pero de Goes, donatário da Paraíba do Sul, mandou buscar técnicos no fabrico do açúcar e artesãos em outras capitanias. Um homem foi levado àquela capitania para construir um engenho com um salário de um cruzado (400 réis) por dia. Também foram contratados feitores e um mestre de açúcar, este último com um contrato para receber 60 mil réis por ano, durante três anos. Pero de Goes estava tão interessado em conservar esse homem a seu serviço que lhe pagou já no primeiro ano, mesmo não estando o engenho em funcionamento; procurou, além disso, encontrar um meio de obrigá-lo legalmente a cumprir o contrato. (SCHWARTZ, 1998, p. 37)

Por inúmeras vezes, os membros da comitiva de Pero precisaram

deixar a pequena vila, após ataques dos índios, que chegaram a matar 30

homens nos dois grandes ataques que cometeram no local, assim, os que

conseguiram fugir do primeiro ataque foram buscar abrigo nas fazendas do

donatário, em São Vicente, a fim de conseguir mais homens para mais uma

vez seguir com a vida nas novas terras. Após o segundo ataque, não se

conseguia mais homens para habitar o lugar que era o lar dos Goytacazes e

assim, Pero abandona o Brasil em 1570 e volta para Portugal, onde

enfrentou diversos problemas com dívidas contraídas na aventura de ser o

senhor da Capitania de São Tomé, que na verdade já era de outros senhores,

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os índios Goytacazes, que bravamente resistiram ao domínio do

colonizador.

As terras ficaram abandonadas por alguns anos até que em 1626,

Gil de Góes, filho de Pero, resolve se aventurar na mesma empreitada em

que seu pai se envolvera, anos atrás, e consegue autorização Régia, já que

além das terras estarem devolutas, era descendente direto do donatário. E

assim, Gil parte para o Novo Mundo com um pequeno grupo, na esperança

de que sua tentativa de desenvolver a capitania fosse mais bem sucedida do

que a tentativa de seu pai.

Ao chegar, Gil encontra nas margens do Itabapoana, plantações de

cana que se alastraram ao longo dos anos e inúmeras cabeças de gado, fruto

do trabalho inicial de Pero e desenvolvido em terras abandonadas. Gil

montou novamente um pequeno vilarejo, com a mesma denominação de

Vila da Rainha, mas um pouco distante da original e ali começa a sua

tentativa de colonizar a região.

Também sendo atacado constantemente pelos Goytacazes, Gil

renuncia de vez a terra e deixa o Brasil com parte de seus homens, já que

alguns se aventurariam por outras bandas e assim, a posse da Capitania de

São Tomé retorna ao governo português, que depois a incorpora à Capitania

do Rio de Janeiro.

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Nas terras de São Tomé, se desenvolveria uma das principais

cidades brasileiras até a década de 1930, denominada Campos dos

Goytacazes, em alusão à nação indígena que um dia dominara o lugar, que

cresceu movida a cana de açúcar e ao trabalho escravo e se originou anos

após a renúncia de Gil, quando essas terras, foram entregues para sete

capitães acostumados com batalhas, que ganharam o quinhão, como

presente por serviços prestados para a Coroa e partiram para a posse, que

por muito tempo foi sendo passada aos seus descendentes, que então

conseguiram dizimar os habitantes nativos, como aponta Silva (2004, p. 13)

Caldo de cana envenenado nos cochos foi arma muito usada contra os Goytacazes. Mas o que provocou as maiores devastações foi o uso de roupas infectadas de varíola, o que devastou tribos inteiras. Os europeus apanhavam as roupas usadas pelos doentes e as colocavam nas trilhas dos Goytacazes, os índios procuraram os brancos, em busca de remédios.

A crescente prosperidade da vila despertou a ganância de alguns

homens, liderados pelo Visconde de Asseca, que graças a prestígios junto à

corte, conseguiu para si e para seus herdeiros, a posse do lugar, habitado

pelos descendentes dos sete capitães, os campistas, fato que gerou

Inúmeras batalhas que durariam quase duzentos anos, recheada de

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crueldade e carnificina, como nos mostra Lamego (1945, p. 239) e a partir

daí não parou mais, o desenvolvimento da futura cidade que se ergueria no

solo que fora território quase intransponível dos valentes Goytacazes.

CONCLUSÃO

O índio Goytacá, praticamente desconhecido do povo brasileiro na

contemporaneidade, não se rendeu ao homem branco e resistiu até não

agüentar mais e sucumbiu dizimado pela ganância dos conquistadores.

Mas para apoderar-se de suas planícies, muitos homens deixaram

seu sangue e foi preciso mais de cem anos para que as terras que faziam

parte da Capitania de São Tomé fossem de fato possessão portuguesa, já

que por resistência dos Goytacazes, até mesmo dois donatários abriram

mão do seu direito de posse da referida capitania, fato inédito em nossa

história colonial.

Se os Goytacazes tinham noção da devastação que os

colonizadores fariam em seu habitat natural ou se eles simplesmente não

queriam companhia, nunca saberemos, mas o importante é deixar

registrado que apesar dos pesares, os índios locais não foram tão amistosos

quanto os de algumas regiões brasileiras, que desde os primeiros passos do

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português na Terra Brasilis se aproximaram do homem branco e tiveram a

doce ilusão de que se beneficiaria com sua “visita”.

Os motivos para que São Tomé fosse um dos bastiões de

resistência indígena nas capitanias brasileiras são: era única onde um

donatário desistiu das terras por não conseguir combater os índios (na

verdade foram dois, Pero e depois, Gil), aliados com o fator de que nas áreas

da referida capitania, existia uma nação indígena com características

peculiares, que uniam o conhecimento completo da região em que

habitavam, com os costumes guerreiros e ainda dispunha de uma grande

força física e o exímio manuseio de facões, lanças, arcos e flechas, que os

motivaram em não se deixarem dominar pelo invasor e resistir enquanto

pudessem, por mais de um século, até as terras ficarem na guarda dos sete

capitães, que dispunham de material bélico e humano superior aos homens

que tentaram as primeiras colonizações.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

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CARVALHO, Augusto de. Apontamentos para a História da Capitania de São Tomé. Campos dos Goytacazes: Leith Carneiro, 1988.

HEMMING, Jhon; MOURA, Carlos Eugênio Marcondes de. Ouro Vermelho: A Conquista do Índio Brasileiro. São Paulo: Edusp, 2007. 816 p.

LAMEGO, Alberto Ribeiro. O Homem e o Brejo. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Lidador.1974

SILVA, Osório Peixoto e. Os Momentos Decisivos da História dos Campos dos Goytacazes. Rio de Janeiro: Serviço de Comunicação Social da PETROBRÁS. 1984.

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SCHWARTZ, Stuart. Segredos Internos: Engenhos e Escravos na Sociedade Colonial. São Paulo: Cia. Das Letras. 1998

LARA, Silvia Hunold. Campos da Violência: Escravos e Senhores na Capitania do Rio de Janeiro, 1750 -1808. São Paulo: Paz e Terra. 1988