Modularidade da madeira na Arquitetura

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Modulação em madeira Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação FAAC Arquitetura III Prof. Dr. Samir H. T. Gomes Camila Alessandra Chiari Isadora Gomes Grosso Jéssica Esteves Silva Kelly Medeiros Bannwart Laura Carolina Santos Nara Borges Garutti

Transcript of Modularidade da madeira na Arquitetura

Modulação em madeira

Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP

Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação –FAAC

Arquitetura III – Prof. Dr. Samir H. T. Gomes

Camila Alessandra Chiari

Isadora Gomes Grosso

Jéssica Esteves Silva

Kelly Medeiros Bannwart

Laura Carolina Santos

Nara Borges Garutti

Modulação

Para conseguir a maior sustentabilidade possível numa edificação, muitas indústrias utilizam a coordenação modular para poder ter uma ordenação perfeita do espaço e evitando deste modo, os desperdícios. O emprego deste método possui grandes vantagens, como a nível econômico que reduz os custos em diversas etapas do processo construtivo. O emprego da coordenação modular em relação a sustentabilidade consegue uma excelente utilização nos materiais construtivos, e assim, um desenvolvimento do consumo de energia, de matéria-prima, de produção e de custos.

A madeira na construção civil

Utilizada nas fundações, na estrutura, material auxiliar nos acabamentos, etc. Depois do aço é o material mais utilizado como material de construção. A madeira pode ser tratada, cortada ou deixar ao seu estado natural para a sua utilização em diversas etapas construtivas.

A madeira tem características próprias e naturais que podem alterar-se com a tecnologia moderna ou por ação do homem.

A madeira na construção civil

Vantagens:

Durabilidade Resistência Isolante térmico

acústico e elétrico Econômico Renovável Armazém de carbono Fácil de trabalhar

Desvantagens:

Vulnerabilidade Combustibilidade Variabilidade Higroscopicidade

Local: Jardim Vitória Régia, São Paulo SP Ano do Projeto: 1987 Ano da Construção: 1987-90 Arquitetos: Marcos Acayaba e Mauro Halluli Engenheiro e Cliente: Hélio Olga de Souza Jr. Área do terreno: 900m² Área construída: 220m²

Residência Hélio Olga

Projetos

O cliente, engenheiro civil, projetista e fabricante de estruturas de madeira, comprou um lote de 900 m2 com 100 % de declividade para o fundo, na intenção de ali, ao construir sua casa, realizar uma experiência em industrialização da estrutura e das vedações, elaborar e testar um protótipo para casas a serem implantadas em pirambeiras. Para isso, propôs para o projeto um programa bem comum: sala, cozinha, serviço, três quartos, quarto de hóspedes, sala para crianças, abrigo para dois carros e piscina, num total de 200 m2 de área útil.

Desenvolvimento do Módulo

Resultando em unidade modular estrutural de

3,30 x 3,30 m

•O programa foi organizado em duas partes, distintas construtivamente: um patamar de entrada com garagem e piscina, junto ao alinhamento, de concreto armado, apoiado diretamente no terreno; e uma torre de madeira, perpendicular às curvas de nível, apoiada em seis tubulões.

•A partir dos tubulões, 3 treliças principais (bi-articuladas) com módulos quadrados de 3,30 m desenvolvem-se simétricas através de balanços que se sucedem a cada andar.

Materiais e Estrutura Estrutura: Madeira - Angelim Cobertura: Chapas trapezoidais de alumínio Laje: Concreto, no piso da garagem Escada: Madeira e tirantes de aço Divisórias e peitoris: Madeira e tirantes de aço Caixilhos: Madeira Acabamentos: Pintura acrílica nos painéis Pisos: Assoalho de madeira

O aço galvanizado constitui os contraventamentos por vergalhões e os tarugos, que são rosqueados à estrutura de madeira. A partir de um módulo estrutural pré-fabricado de madeira de 3,30m x 3,30m, com vigas, pilares e cabos de aço, formam-se treliças.

•A área social e o serviço, que deveriam estar junto à rua, foram organizados num "L" voltado para a vista a nordeste, com a casa protegendo a piscina do vento sul.

O desenho da casa resultou do equacionamento conjunto de programa e estrutura: são, no perfil, 5 módulos superiores para sala e serviço, com 100 m2, 3 módulos abaixo para dormitórios, com 60 m2, e, finalmente, os módulos restantes com 20 m2 cada, para dormitório de hóspedes e sala das crianças, sempre incluindo a área da escada.

•A estrutura é simétrica e equilibrada, sua geometria considera seu próprio sistema de montagem, sem escoramentos. •O módulo estrutural, 3,30 x 3,30 m, permitiu que, com 2,50 m de pé-direito em toda a casa, sobrassem, para cada piso e na cobertura, 65 cm livres da estrutura para a passagem das instalações (visitáveis) e de ventilação cruzada. Daí, por convecção, o ar fresco pode ser encaminhado aos ambientes através de aberturas no piso, com a correspondente exaustão do ar quente pelo teto.

Perfil do Usuário

Local convidativo para usuários que prezem: •Rusticidade da madeira; •Estilo conciso japonês de interiores; •Contato com a natureza/refúgio da cidade; •Aconchego; •Ambientes claros.

Fincube House

Ficha técnica:

Tipo: casa ecológica moderna de madeira Certificado de desempenho energético: projeto de edifício de baixo consumo Número de peças: 1 sala, 1 cozinha, 1 quarto, 1 casa de banho Dimensão exterior: 7,245 x 7,245 metros dentro dos painéis de vidro Volume: 127,3 m3 Superfície total: 49,7 m2 Altura total: 5m Estrutura de suporte: Madeira – Lariço 34 Interior: Madeira – Lariço e pinho Vidros: Vidro triplo – valor 0,70 W/ m2K Teto: plano, cobertura na varanda ou sistema fotovoltaico para a produção de energia Tempo de construção: 70 dias Ano: 2008

Projetos

Arquiteto

Werner Aisslinger

É arquiteto e designer de móveis

Estudou na

Universidade de Artes (Hochschule der Künste), em Berlim

Fundou o

"Aisslinger estúdio“

Recebeu vários

prêmios, incluindo: Prémio Design Plus

Devido à instalação de um sistema fotovoltaico no telhado, a FINCUBE torna-se uma unidade independente.

A casa oferece 47 m² de espaço vivo, e também pode ser facilmente desmontada e reconstruída em um local diferente.

Também foi conceituada como uma visão para o futuro já que se estrutura para promover a hospitalidade – uma espécie de aldeia temporária.

Características Arquitetônicas

Em relação ao solo: Requer vedação mínima - apenas 2 metros – onde o mesmo é facilmente renaturado após a FINCUBE ser movida para outro local. Portanto, pode ser colocada no meio das mais belas paisagens sem alterá-las permanentemente.

Uma segunda camada de fachada proporciona privacidade para os habitantes e funde a estrutura feita pelo homem com o ambiente natural.

As características transformam a unidade em uma resposta para as necessidades futuras do turismo flexível e inteligente.

É uma casa inteligente, todas as funções vitais da casa são controlados por um touchpainel central.

Fachada cega

Aspectos Arquitetônicos

Dimensão exterior: 7,245 x 7,245 metros dentro dos painéis de vidro 8,91 x 8,91 metros com varanda.

Ambientes: 1 sala, 1 cozinha, 1 quarto, 1 casa de banho.

Materiais: a estrutura de suporte é feito de lariço local e o interior é uma combinação de lariço e pedra-pinho. Vidros: Vidro triplo.

Em relação a implantação: a FINCUBE está instalado em quatro colunas cuja altura é ajustado para as condições topográficas. A elevação da trama sublinha a forma cúbica da construção. O acesso é disponibilizado através de uma escadaria.

O espaço de 3 metros de altura está organizado em uma estrutura helicoidal: a área de entrada combina com uma cozinha aberta, com um espaço generoso que abriga sofá adjacente em torno de um canto. Ao lado, entra-se no quarto e mais abaixo está o banheiro espaçoso.

Descrição dos ambientes

Planta

Banheiro

Touchpainel

Quarto

Sala de estar/cozinha

- Local convidativo para usuários que prezem: Um refúgio da natureza; Consumação mínima de energia,

prezando uma atitude sustentável; Praticidade.

Perfil dos usuários:

O espaço de madeira com um vidros triplos de 360 graus é mobiliado com uma segunda camada de fachada madeirada, produzindo sombra e dando ao edifício uma forma única com formato de cogumelo-global.

Análise de forma:

No momento, existem três modelos de FINCUBES: o pronto para se montar, sem mobiliário interior, o modelo padrão e o modelo premium. Os dois últimos modelos baseiam-se na mesma disposição da sala. Os mobiliários de interior podem ser ajustados às necessidades individuais dos viventes.

Modularidade, transportabilidade e os princípios do desenvolvimento sustentável. Privacidade. Pretende misturar estrutura artificial para favorecer ao ambiente natural, bem-

estar. Visão materializada de uma pequena unidade de habitação com um ciclo de vida

longo e consumação mínima. Pode ser uma unidade totalmente independente energeticamente graças a

possibilidade de um sistema fotovoltaico. Visão de vida temporária-natural. O FINCUBE é uma visão materializada de uma unidade de alojamento pequeno.

Conceitos de partido:

O design é mínimo, orientado para o tipo dos materiais, e em estreito contato com natureza.

As bordas horizontais dão privacidade ao FINCUBE e a construção incorpora a

floresta, a pradaria e as montanhas dispostos em torno ou qualquer que seja a paisagem do local em que for instalado.

A combinação de design de longa duração e a opção de alterar a sua localização

depois de um tempo faz a FINCUBE uma casa flexível ou até mesmo um refúgio.

Programa arquitetônico

dos espaços:

Referências bibliográficas:

http://www.aisslinger.de/index.php%3Foption%3Dcom_project%26view%3Ddetail%26pid%3D3%26Itemid%3D1 http://ifitshipitshere.blogspot.com.br/2010/05/fincube-by-studio-aisslinger-modular.html http://www.marcosacayaba.arq.br/lista.projeto.chain?id=18 http://arquitetura-legal.blogspot.com.br/2013/11/residencia-helio-olga.html CASEIRO, Angélique. O Sistema Construtivo Modular em Madeira como Contributo à Arquitetura Sustentável. Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Arquitetura, Covilhã, Junho de 2013.