Modelo Documentos - Américo de Campos
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SECRETARIA DE ESTADO DE SANEAMENTO E RECURSOS HÍDRICOS
SSRH-CSAN
REV. DATA MODIFICAÇÃO VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO
0 18/05/2018 Emissão Inicial
Elaboração de Planos Municipais Específicos dos Serviços de Saneamento Básico para o Lote 4 – Municípios das Unidades de Gerenciamento de
Recursos Hídricos – UGRHIs 15 e 18
PRODUTO 4 (P4) – PLANO MUNICIPAL ESPECÍFICO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICÍPIO: AMÉRICO DE CAMPOS
UGRHI 15 ÁGUA/ESGOTO/RESÍDUOS SÓLIDOS
ELABORADO: APROVADO:
M.A.C.N. Maria Bernardete Sousa Sender ART Nº 28027230171872190 CREA Nº 0601694180
VERIFICADO: COORDENADOR GERAL:
J.G.S.B. Danny Dalberson de Oliveira ART Nº 28027230171872190 CREA Nº 0600495622
Nº (CLIENTE):
DATA: 18/05/2018 FOLHA:
Nº ENGECORPS: 1340-SSR-34-SA-RT-0004
REVISÃO: R0 1 DE 277
-2-
Planos Municipais Específicos dos Serviços de Saneamento Básico - UGRHIs 15 e 18
Produto 4 (P4) – Plano Municipal Específico dos Serviços de Saneamento Básico – Município: Américo de Campos
1340-SSR-02-SA-RT-0004
ENGECORPS
SECRETARIA DE ESTADO DE SANEAMENTO E 1
RECURSOS HÍDRICOS DE SÃO PAULO 2
SSRH/CSAN 3
4
5
Elaboração de Planos Municipais Específicos dos Serviços de 6
Saneamento Básico para o Lote 4 – Municípios das Unidades de 7
Gerenciamento de Recursos Hídricos – UGRHIs 15 e 18 8
9
PRODUTO 4 (P4) – PLANO MUNICIPAL 10
ESPECÍFICO DOS SERVIÇOS DE 11
SANEAMENTO BÁSICO 12
MUNICÍPIO: AMÉRICO DE CAMPOS 13
14
UGRHI 15 15
ÁGUA/ESGOTO/RESÍDUOS SÓLIDOS 16
LOTE 4 17
18
19
20
21
22
23
CONSÓRCIO ENGECORPSMAUBERTEC 24
1340-SSR-02-SA-RT-0004-R0 25
Maio/2018 26
27
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Planos Municipais Específicos dos Serviços de Saneamento Básico - UGRHIs 15 e 18
Produto 4 (P4) – Plano Municipal Específico dos Serviços de Saneamento Básico – Município: Américo de Campos
1340-SSR-02-SA-RT-0004
ENGECORPS
SUMÁRIO 28
PÁG. 29
APRESENTAÇÃO .......................................................................................................................... 7 30
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 9 31
2. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO DE AMÉRICO DE CAMPOS .................... 9 32
2.1 ASPECTOS FÍSICOS TERRITORIAIS ........................................................................................ 9 33 2.2 ASPECTOS SOCIAIS E ECONÔMICOS ................................................................................... 20 34 2.3 ASPECTOS AMBIENTAIS ..................................................................................................... 26 35
3. DESCRIÇÃO DOS SISTEMAS RELATIVOS AOS SERVIÇOS OBJETO DOS PLANOS 36
ESPECÍFICOS DE SANEAMENTO DO MUNICÍPIO ....................................................... 27 37
3.1 DESCRIÇÃO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ....................................................... 27 38 3.2 DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO .................................................. 39 39 3.3 DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ............ 52 40
4. ESTUDO POPULACIONAL E DE DEMANDAS E CONTRIBUIÇÕES ............................ 64 41
4.1 ESTUDO POPULACIONAL .................................................................................................... 64 42 4.2 ESTUDO DE DEMANDAS E CONTRIBUIÇÕES ......................................................................... 70 43
5. IDENTIFICAÇÃO DOS INDICADORES UTILIZADOS PARA ANÁLISE E AVALIAÇÃO 44
DOS SERVIÇOS ATUAIS DE SANEAMENTO BÁSICO ................................................. 85 45
5.1 INDICADORES SELECIONADOS PARA OS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E 46 ESGOTAMENTO SANITÁRIO................................................................................................. 85 47
5.2 INDICADORES SELECIONADOS PARA OS SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE 48 RESÍDUOS SÓLIDOS ........................................................................................................... 92 49
6. DIAGNÓSTICO DOS SISTEMAS DE SANEAMENTO BÁSICO OBJETO DOS PLANOS 50
ESPECÍFICOS DO MUNICÍPIO ....................................................................................... 95 51
6.1 DIAGNÓSTICO DOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTOS SANITÁRIOS ........... 95 52 6.2 SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ...................................... 104 53
7. OBJETIVOS E METAS ................................................................................................. 114 54
7.1 ABORDAGEM GERAL SOBRE OS OBJETIVOS E METAS PARA OS SISTEMAS DE SANEAMENTO DO 55 MUNICÍPIO ...................................................................................................................... 114 56
7.2 CONDICIONANTES E DIRETRIZES GERAIS ADVINDAS DE DIAGNÓSTICOS LOCAIS E 57 REGIONAIS ...................................................................................................................... 114 58
7.3 OBJETIVOS E METAS ....................................................................................................... 116 59
8. FORMULAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DE PROPOSTAS ALTERNATIVAS ÁREA 60
URBANA – PROGNÓSTICOS ...................................................................................... 119 61
8.1 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ............................................................................ 119 62 8.2 SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS ................................................................................ 125 63 8.3 SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS .................................... 129 64
9. METODOLOGIA PARA ESTIMATIVA DOS INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS E 65
AVALIAÇÃO DAS DESPESAS DE EXPLORAÇÃO ..................................................... 144 66
9.1 SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTOS SANITÁRIOS ..................................... 144 67
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Planos Municipais Específicos dos Serviços de Saneamento Básico - UGRHIs 15 e 18
Produto 4 (P4) – Plano Municipal Específico dos Serviços de Saneamento Básico – Município: Américo de Campos
1340-SSR-02-SA-RT-0004
ENGECORPS
9.2 SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ...................................... 147 68
10. RELAÇÃO DAS INTERVENÇÕES PRINCIPAIS, ESTIMATIVA DE CUSTOS E 69
CRONOGRAMAS DA SEQUÊNCIA DE IMPLANTAÇÃO ............................................ 155 70
10.1 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ............................................................................ 155 71 10.2 SISTEMA DE ESGOTOS SANITÁRIOS .................................................................................. 161 72 10.3 SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ...................................... 167 73
11. ESTUDOS DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA DAS SOLUÇÕES 74
ADOTADAS .................................................................................................................. 172 75
11.1 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ............................................................................ 172 76 11.2 SISTEMA DE ESGOTOS SANITÁRIOS .................................................................................. 177 77 11.3 SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ...................................... 181 78
12. RESUMO DOS ESTUDOS DE SUSTENTABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA ... 187 79
12.1 METODOLOGIAS PARA O CÁLCULO DOS CUSTOS DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE 80 SANEAMENTO BÁSICO DO MUNICÍPIO ............................................................................... 189 81
12.2 CONCLUSÕES ................................................................................................................. 193 82
13. PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES ......................................................................... 194 83
13.1 PROGRAMAS GERAIS APLICADOS ÀS ÁREAS DE SANEAMENTO ........................................... 194 84
14. FORMULAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DE PROPOSTAS ALTERNATIVAS ÁREA RURAL - 85
PROGNÓSTICOS ......................................................................................................... 200 86
15. PROGRAMAS DE FINANCIAMENTOS E FONTES DE CAPTAÇÃO DE 87
RECURSOS .................................................................................................................. 205 88
15.1 CONDICIONANTES GERAIS ............................................................................................... 205 89 15.2 FORMAS DE OBTENÇÃO DE RECURSOS ............................................................................. 206 90 15.3 FONTES DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS .............................................................................. 207 91 15.4 LISTAGEM DE VARIADOS PROGRAMAS E AS FONTES DE FINANCIAMENTO PARA O 92
SANEAMENTO.................................................................................................................. 208 93 15.5 DESCRIÇÃO RESUMIDA DE ALGUNS PROGRAMAS DE FINANCIAMENTOS DE GRANDE INTERESSE 94
PARA IMPLEMENTAÇÃO DO PMESSB ................................................................................ 211 95 15.6 INSTITUIÇÕES COM FINANCIAMENTOS ONEROSOS ............................................................. 226 96
16. FORMULAÇÃO DE MECANISMOS E PROCEDIMENTOS PARA A AVALIAÇÃO 97
SISTEMÁTICA DA EFICÁCIA DAS AÇÕES PROGRAMADAS ................................... 229 98
16.1 INDICADORES DE DESEMPENHO ....................................................................................... 234 99
17. PREVISÃO DE EVENTOS DE CONTINGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS ......................... 248 100
17.1 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO ................................. 248 101 17.2 SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS .................................... 251 102
18. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................. 256 103
104
ANEXO I – BASES E FUNDAMENTOS LEGAIS DOS PLANOS MUNICIPAIS DE SANEAMENTO 105
106
107
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Planos Municipais Específicos dos Serviços de Saneamento Básico - UGRHIs 15 e 18
Produto 4 (P4) – Plano Municipal Específico dos Serviços de Saneamento Básico – Município: Américo de Campos
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ENGECORPS
SIGLAS 108
AAB – Adutora de Água Bruta 109
AAT – Adutora de Água Tratada 110
ANA – Agência Nacional de Águas 111
APA - Área de Proteção Ambiental 112
APP – Área de Preservação Permanente 113
ARSESP – Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo 114
CBH – Comitê de Bacia Hidrográfica 115
CBH-MOGI – Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Mogi Guaçu 116
CEPAGRI – Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura 117
CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo 118
CF – Constituição Federal 119
CONSÓRCIO – CONSÓRCIO ENGECORPSMAUBERTEC | PLANOS UGRHI 15 120
CRH – Conselho Estadual de Recursos Hídricos 121
CRHi - Coordenadoria de Recursos Hídricos 122
CSAN – Coordenadoria de Saneamento da SSRH 123
DAE – Departamento de Água e Esgotos 124
DAEE – Departamento de Águas e Energia Elétrica 125
DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes 126
EEAB – Estação Elevatória de Água Bruta 127
EEAT – Estação Elevatória de Água Tratada 128
EEE – Estação Elevatória de Esgoto 129
ETE – Estação de Tratamento de Esgotos 130
FEHIDRO – Fundo Estadual de Recursos Hídricos 131
GEL – Grupo Executivo Local 132
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 133
IG – Instituto Geológico 134
INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais 135
IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas 136
MCidades – Ministério das Cidades 137
MME – Ministério de Minas e Energia 138
PERH – Plano Estadual de Recursos Hídricos 139
PLANASA – Plano Nacional de Saneamento Básico 140
PMESSB – Planos Municipais Específicos dos Serviços de Saneamento Básico 141
PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos 142
RAP – Reservatório Apoiado 143
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Planos Municipais Específicos dos Serviços de Saneamento Básico - UGRHIs 15 e 18
Produto 4 (P4) – Plano Municipal Específico dos Serviços de Saneamento Básico – Município: Américo de Campos
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ENGECORPS
REL – Reservatório Elevado 144
SABESP – Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo 145
SAAE – Serviço Autônomo de Água e Esgotos 146
SEADE – Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados 147
SIG – Sistema de Informações Georreferenciadas 148
SIGRH – Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos 149
SMA – Secretaria do Meio Ambiente 150
SNIS – Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento 151
SSRH – Secretaria de Estado de Saneamento e Recursos Hídricos – SP 152
STF – Supremo Tribunal Federal 153
TR – Termo de Referência 154
UGRHI – Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos 155
156
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Planos Municipais Específicos dos Serviços de Saneamento Básico - UGRHIs 15 e 18
Produto 4 (P4) – Plano Municipal Específico dos Serviços de Saneamento Básico – Município: Américo de Campos
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ENGECORPS
APRESENTAÇÃO 157
O presente documento refere-se ao Produto P4, relatório final do Plano Municipal 158
Específico dos Serviços de Abastecimento de Água Potável, Esgotamento Sanitário e de 159
Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos - do município de Américo de Campos, 160
integrante da Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos Turvo/Grande – UGRHI 161
15, conforme contrato CSAN 004/SSRH/2017, firmado em 04/04/2017 entre a Secretaria 162
de Estado de Saneamento e Recursos Hídricos (SSRH) do Governo do Estado de São 163
Paulo e o Consórcio ENGECORPSMAUBERTEC | Planos UGRHI 15 e 18. 164
Para a elaboração do plano municipal, foram considerados a lei federal º 11.445 de 5 de 165
janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico, o termo 166
de referencia (TdR) da concorrência CSAN 004/SSRH/2017 – Lote 4 para contratação 167
dos serviços objetos desse contrato, a proposta técnica do Consórcio 168
ENGECORPSMAUBERTEC, as diretrizes emanadas de reuniões prévias entre os 169
técnicos da SSRH/CSAN e do CONSÓRCIO e as premissas e procedimentos 170
apresentados na Reunião de Partida realizada no município de São José do Rio Preto, 171
realizado no dia 19 de Abril de 2017. 172
O Plano Detalhado de Trabalho, proposto pelo CONSÓRCIO para a elaboração do 173
PMESSB, que para o município de Américo de Campos engloba os serviços de 174
Abastecimento de Água Potável, Esgotamento Sanitário e Limpeza Urbana e Manejo dos 175
Resíduos Sólidos, representa um modelo de integração entre os produtos de serviços 176
estabelecidos no edital de concorrência, com inter-relação lógica e temporal, conforme 177
apresentado a seguir: 178
PRODUTO 1 – PLANO DE TRABALHO DETALHADO; 179
PRODUTO 2 – DIAGNÓSTICO E ESTUDO DE DEMANDAS; 180
PRODUTO 3 – OBJETIVOS E METAS; 181
PRODUTO 4 – PROPOSTA DE PLANO MUNICIPAL ESPECÍFICO DOS SERVIÇOS 182
DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL, ESGOTAMENTO SANITÁRIO E 183
LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS 184
O processo de elaboração do PMESSB terá como referência as diretrizes sugeridas pelo 185
Ministério das Cidades, através do Guia para Elaboração de Planos Municipais de 186
Saneamento (MCidades, 2011), quais sejam: 187
Integração de diferentes componentes da área de Saneamento Ambiental e outras que 188
se fizerem pertinentes; 189
Promoção do protagonismo social a partir da criação de canais de acesso à 190
informação e à participação que possibilite a conscientização e a autogestão da 191
população; 192
Promoção da saúde pública; 193
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Produto 4 (P4) – Plano Municipal Específico dos Serviços de Saneamento Básico – Município: Américo de Campos
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ENGECORPS
Promoção da educação sanitária e ambiental que vise à construção da consciência 194
individual e coletiva e de uma relação mais harmônica entre o homem e o ambiente; 195
Orientação pela bacia hidrográfica; 196
Sustentabilidade; 197
Proteção Ambiental; 198
Inovação Tecnológica. 199
200
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Produto 4 (P4) – Plano Municipal Específico dos Serviços de Saneamento Básico – Município: Américo de Campos
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1. INTRODUÇÃO 201
O Produto 4 é resultante da consecução das atividades desenvolvidas nos Produtos 2 202
(Diagnóstico e Estudo de Demandas) e Produto 3 (Objetivos e Metas), configurando-se 203
como o relatório final do Plano Municipal Específico dos Serviços de Saneamento Básico 204
(PMESSB). Nesse produto, estão sintetizadas todas as informações e dados obtidos 205
durante o transcorrer dos trabalhos, apresentando-se os planos específicos para cada um 206
dos componentes contemplados pelo município. 207
A elaboração do PMESSB obedeceu aos preceitos da lei federal nº 11.445/07, baseando-208
se, principalmente, nas diretrizes do Ministério das Cidades, através da Secretaria 209
Nacional de Saneamento Ambiental, especificamente no documento “Definição da Política 210
de Elaboração de Planos Municipais e Regionais de Saneamento Básico”. As definições 211
da Política e do Plano Específico de Saneamento Básico estão contidas, respectivamente, 212
nos Capítulos II e IV da supracitada lei, que estabelece a finalidade, o conteúdo e a 213
responsabilidade institucional do titular por sua elaboração. 214
2. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO DE AMÉRICO DE 215
CAMPOS 216
A seguir estão relacionados os aspectos geográficos, político-administrativos e 217
fisiográficos que caracterizam o território que compreende ao município de Américo de 218
Campos. 219
2.1 ASPECTOS FÍSICOS TERRITORIAIS 220
2.1.1 Aspectos Gerais 221
O município de Américo de Campos localiza-se no setor noroeste do Estado de São 222
Paulo, estendendo-se por 253 km², com altitude média de 480 metros acima do nível do 223
mar e sua sede situa-se nas coordenadas 20°17'54'' de latitude sul e 49°43'57'' de 224
longitude oeste. 225
Américo de Campos está inserida na Região Administrativa de São José do Rio Preto e 226
Região de Governo de Votuporanga, fazendo divisa com os municípios de Ponte Gestal 227
ao norte, Palestina e Cosmorama a e Álvares Florence a Oeste e Sul. 228
Distante 535 km da capital paulista, o acesso ao município, a partir da capital, pode ser 229
feito através das Rodovias dos Bandeirantes (SP-348) ou Anhanguera (SP-330), até o 230
município de Campinas, seguindo pela Rodovia Anhanguera (SP-330) até Limeira, a partir 231
de onde se deve seguir pela rodovia Washington Luís (SP-310) até o município de 232
Mirassol por onde se segue pela rodovia Euclides da Cunha (SP-320) até a Rodovia 233
Miguel Jabur Elias que leva ao município de Américo de Campos, conforme Figura 2.1. 234
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Planos Municipais Específicos dos Serviços de Saneamento Básico - UGRHIs 15 e 18
Produto 4 (P4) – Plano Municipal Específico dos Serviços de Saneamento Básico – Município: Américo de Campos
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Figura 2.1 – Mapa de localização Área de Estudo na UGRHI 15236
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Em 27 de Dezembro de 1926, foi criado o distrito de Américo de Campos subordinado ao 237
município de Tanabi através da Lei Estadual n° 2.180, sendo elevado à condição de 238
município em 24 de dezembro de 1948 através da Lei Estadual N° 233. Ressalta-se que 239
em 28 de Fevereiro de 1964 o município foi desmembrado em Américo de Campos e 240
Pontes Gestal. 241
2.1.2 Geologia 242
O município de Américo de Campos está inserido no contexto geológico da Província 243
Paraná, situado na porção nordeste da Bacia Bauru. Esta bacia formou-se no início do 244
Neocretáceo após a ruptura do continente gondwânico, depositada sobre rochas 245
vulcânicas da Formação Serra Geral (Fernandes, 1998). A Bacia Bauru é caracterizada 246
como uma sequência sedimentar predominantemente arenosa, com espessura da ordem 247
de 300 metros, composta por três unidades maiores: Grupo São Bento, Grupo Bauru e 248
Grupo Caiuá. 249
Segundo o Mapa Geológico do Estado de São Paulo na escala 1:750.000 publicado pela 250
CPRM (2006), a área abrangente do município apresenta predominantemente arenitos 251
eólicos da Formação Vale do Rio do Peixe (Grupo Bauru). No setor ao norte do município 252
ocorrem os afloramentos da Serra Geral, além de depósitos aluvionares recentes no setor 253
nordeste associados à planície de importantes cursos d’água da região. 254
A Formação Vale do Rio do Peixe é constituída por rochas sedimentares de ambiente 255
continental desértico, composta por arenito muito fino a fino, bem selecionado, com 256
camadas tabulares de siltito maciço e lentes de arenito conglomerático com intraclastos 257
argilosos ou carbonáticos. 258
Na região do município de Américo de Campos a Formação Serra Geral é constituída por 259
rochas vulcânicas basálticas de afinidade predominantemente toleíticas, dispostas em 260
sucessivos derrames tabulares, com extensão lateral de até centenas de quilômetros e 261
dezenas de metros de espessura. Entre derrames comumente ocorrem brechas 262
vulcânicas e sedimentos interpostos em camadas constituídos de areia fina, silte e argila, 263
frequentemente com cimento quartzoso. 264
2.1.3 Geomorfologia 265
O município de Américo de Campos situa-se no contexto geomorfológico do Planalto 266
Ocidental Paulista, em zona de áreas indivisas. Segundo o mapa geomorfológico do IPT 267
(1981), o Planalto Ocidental ocupa praticamente toda a metade oeste do Estado de São 268
Paulo, com altitude entre 300 e 1000 metros. Essa unidade é representada por formas de 269
relevo de degradação em planaltos dissecados, com relevo colinoso, morros suavizados e 270
morrotes residuais localizados. 271
A área abrangente do município se encontra nas cabeceiras dos Ribeirões Guariroba, 272
Botelho e Piedade que drenam na direção do rio Turvo. A amplitude topográfica do 273
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Planos Municipais Específicos dos Serviços de Saneamento Básico - UGRHIs 15 e 18
Produto 4 (P4) – Plano Municipal Específico dos Serviços de Saneamento Básico – Município: Américo de Campos
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ENGECORPS
município é de aproximadamente 110 m, com cotas variando entre aproximadamente 440 274
m e 550 m. 275
Localmente, o relevo é formado por colinas médias, que ocupa todo o setor oeste do 276
município, com predomínio de declividades baixas (inferiores a 15%) e amplitudes de até 277
100 m, onde prevalecem interflúvios com área de até 4 km², topos aplainados, vertentes 278
com perfis convexos e retilíneos e drenagem de média a baixa densidade, padrão sub-279
retangular, vales abertos a fechados e planícies aluviais interiores restritas, ao passo que 280
no setor leste se situam as colinas amplas, cujo interflúvio tem área superior a 4 km², 281
topos extensos e aplainados, vertentes com perfis retilíneos a convexos, drenagem de 282
baixa densidade, padrão sub-dendríticos, vales abertos e planície aluviais interiores 283
restritas. (IPT, 1981). 284
2.1.4 Pedologia 285
A diversidade de relevo e geologia do município de Américo de Campos dá origem a uma 286
variedade limitada de solos. 287
Neste sentido a base litológica constituída basicamente por arenitos e o relevo pouco 288
movimentado formou Argissolos Vermelho-Amarelos que estão distribuídos na maior 289
parte do município e Latossolos vermelho localizados na porção nordeste do município de 290
acordo com o Mapa Pedológico do Estado de São Paulo (OLIVEIRA, J.B et al, 1999), 291
realizado pela Embrapa-Solos/IAC na escala 1:500.000. 292
Os Argissolos Vermelho-Amarelos são constituídos por argila de atividade baixa e 293
horizonte B textural (Bt) imediatamente abaixo de qualquer tipo de horizonte superficial, 294
exceto o horizonte hístico (IBGE, 2004). Desenvolvem-se em relevo suave a suave-295
ondulado com declividades entre 5% e 10% (OLIVEIRA, J.B et al, 1999). 296
Já os Latossolos Vermelhos são constituídos por material mineral, com horizonte B 297
latossólico imediatamente abaixo de qualquer um dos tipos de horizonte diagnóstico 298
superficial, exceto horizonte H hístico. Apresentam um avançado estágio de 299
intemperização, são muito evoluídos, e virtualmente destituídos de minerais primários ou 300
secundários, menos resistentes ao intemperismo (IBGE, 2004). Desenvolvem-se em 301
relevo suave a pouco ondulado, com declividades variando entre 0% e 10% e 302
predominância de 0% a 5%. Ocorrem em área com densidade de drenagem baixa 303
(OLIVEIRA, J.B et al, 1999). 304
2.1.5 Clima 305
Segundo a classificação de Köppen, o clima de Américo de Campos se enquadra no tipo 306
Aw, isto é clima tropical com estação seca no inverno e verões quentes e chuvosos, com 307
a temperatura média igual 23,8°C, oscilando entre os 12,7°C em junho, o mês mais frio e 308
32,3°C nos meses mais quentes, entre outubro e março. A precipitação média anual é de 309
1.274 mm. 310
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Pluviosidade 311
Segundo o Departamento de Água e Energia Elétrica - DAEE, o município de Américo de 312
Campos possui uma estação pluviométrica com os prefixos B6-033 (Fazenda Santa 313
Maria) conforme consulta no banco de dados por meio do endereço eletrônico 314
(http://www.sigrh.sp.gov.br/). As informações das referidas estações encontram-se no 315
Quadro 2.1. 316
QUADRO 2.1 – DADO DA ESTAÇÃO PLUVIOMÉTRICA DO MUNICÍPIO DE AMÉRICO DE 317 CAMPOS 318
Município Prefixo Altitude (m) Latitude Longitude Bacia
Américo de Campos B6-033 450 20° 18' 00'' 49° 46' 00''
Fonte: Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE, acesso em Agosto de 2017. 319
A análise das precipitações foi elaborada com base nos dados do posto pluviométrico B6-320
033 com série histórica entre 1959 e 2016. 321
O Gráfico 2.1 possibilita uma análise temporal das características das chuvas, 322
apresentando a distribuição das mesmas ao longo do ano, bem como os períodos de 323
maior e menor ocorrência. Verifica-se uma variação sazonal da precipitação média 324
mensal com duas estações representativas, uma predominantemente seca e outra 325
predominantemente chuvosa. O período mais chuvoso ocorre de dezembro a março, 326
quando os índices de precipitação média mensal são superiores a 200 mm, enquanto que 327
o mais seco corresponde aos meses de abril ‘ destaque para julho e agosto, que 328
apresentam médias menores que 30 mm. Ressalta-se que os meses de dezembro e 329
janeiro apresentam os maiores índices de precipitação, atingindo uma média de 210,7 330
mm e 271,3 mm, respectivamente. 331
332
Gráfico 2.1 - Precipitação Média Mensal no Período de 1959 a 2016, Estação B6-033 333 Fonte: Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE, acesso em Agosto de 2017 334
194,0
162,6
118,9
84,9 85,7
66,5
50,5 41,0
88,7
132,9 133,1
162,9
0
50
100
150
200
250
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Pre
cip
itaç
ão M
édia
(m
m)
Mês
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2.1.6 Recursos Hídricos 335
O município de Américo de Campos se encontra no contexto hidrológico de duas sub-336
bacias hidrográficas a sub-bacia do Rio Preto e sub-bacia Baixo Turvo/Tomazão, ambas 337
pertencentes à Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHI) 15 – 338
Turvo/Grande. 339
A maior parte do município está inserida na sub-bacia do Rio Preto, os principais cursos 340
d’água desta sub-bacia em Américo de Campos são os Ribeirões da Piedade e Águas 341
Paradas, os Córregos do Limão, do Coqueiral e do Veado e o próprio Rio Preto. O 342
Ribeirão da Piedade possui direção preferencial sudoeste-nordeste e marca da divisa 343
com o município de Cosmorama. 344
Na porção noroeste do município encontram-se os cursos d’agua da sub-bacia Baixo 345
Turvo/Tomazão com direção preferencial de sudoeste-nordeste, com destaque para o 346
Ribeirão Guariroba, o qual delimita fronteira com o município de Álvares Florence. 347
O Plano de Bacia da UGRHI 15 (IPT 2009) apresentou a disponibilidade hídrica superficial 348
das sub-bacias como resultado do estudo de regionalização hidrológica elaborado pelo 349
DAEE em 1998. Para a sub-bacia SB7 – Rio Preto, com área de drenagem de 2.867 km², 350
a vazão mínima de 7 dias consecutivos com período de retorno de 10 anos (Q7,10) é de 351
4,3 m³/s. 352
O município de Américo de Campos possui população total de 5.706 habitantes segundo 353
o último censo IBGE (2010), dos quais 84% são residentes de áreas urbanas. 354
Segundo pesquisa de dados dos Recursos Hídricos do Estado de São Paulo do DAEE 355
(acessado em Agosto de 2017), no município de Américo de Campos existem 27 outorgas 356
para uso da água. Desse total, 3 são referentes a barramentos, 1 para canalização, 4 357
captações subterrâneas, 9 captações superficiais, 1 para desassoreamento, 1 para 358
lançamento em solo, 4 para lançamento superficial e 4 para travessia aérea. 359
Em relação à finalidade dos usos, para a vazão total de captação outorgada dentro do 360
município (437,88 m³/h – 47% subterrâneos e 53% superficiais), a maioria corresponde a 361
irrigação (53% – 230,38 m³/h), seguido pelo Abastecimento Público (46% – 200 m³/h) e o 362
restante dividido dentre outros usos. 363
As captações de águas subterrâneas no município exploram águas principalmente das 364
formações de Serra Geral (33%) Bauru (33%) e no Freático (33%). 365
Já as outorgas de captação superficial se dão de forma dispersa no território do 366
município. Concentram-se principalmente no Ribeirão Águas Paradas (33%) e no Córrego 367
Argemiro (22%). 368
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Em 2015, segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS - 369
acessado em agosto de 2017), o município apresentou consumo médio per capita de 370
água de 225 L/hab./dia e índice de atendimento total de água de 83,91%. O serviço de 371
água possui uma rede de 31,2 km de extensão com 2.490 ligações ativas. 372
O serviço de esgoto também possui um índice total de atendimento de 83,74%. Ademais, 373
99,02% do esgoto é coletado e 100% do esgoto coletado é tratado. A extensão da rede 374
de esgoto é de 30,4 km com 2.440 ligações ativas. 375
Ainda segundo o PBH Turvo-Grande (2009), o município de Américo de Campos possui 376
potencial de produção de Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO5,20) de 252 kg/dia e 377
carga remanescente de 25 kg/dia, tendo como principal corpo receptor o Ribeirão Barreiro 378
A Ilustração 2.2 mostra os principais cursos d’água presentes no município de Jaci. 379
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380 Ilustração 2.1 - Principais Cursos d’Água Presentes nos Limites dos Municípios381
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2.1.7 Vegetação 382
Os remanescentes da vegetação original foram compilados no Sistema de Informações 383
Florestais da Estado de São Paulo – SIFESP, do Instituto Florestal da SMA/SP, reunidos 384
no Inventário Florestal do Estado de São Paulo, em 2009. 385
De acordo com este o mapeamento, o município de Américo de Campos em áreas 386
ocupadas originalmente por Cerrado. Dos 25.300 ha originalmente ocupados por este 387
bioma, restam apenas 2.056,9 ha preenchidos por algum tipo de vegetação, o que totaliza 388
8% do município, localizados de maneira esparsa pelo município, com localização 389
preferencial nas proximidade dos rios, seja na nascente ou nas áreas de várzeas. 390
Dividem-se em matas ciliares, com 431,8 ha (ou 1,6% do município) e matas de um modo 391
geral, com 1.625,1 ha (6,4% do município). 392
Quando comparados aos 17,5% correspondentes à cobertura vegetal original 393
contabilizada para o Estado de São Paulo, decorrente da somatória de mais de 300 mil 394
fragmentos, pode-se afirmar que a vegetação original remanescente do município de 395
Américo de Campos é bastante reduzida. 396
2.1.8 Uso e Ocupação do Solo 397
O uso e ocupação da terra são o reflexo de atividades econômicas, como a industrial e 398
comercial entre outras, que são responsáveis por alterações na qualidade da água, do ar, 399
do solo e de outros recursos naturais, que interferem diretamente na qualidade de vida da 400
população. 401
O mapeamento realizado pela Secretaria do Meio Ambiente (2011) aponta para a 402
existência de uma paisagem fortemente antropizada, na qual 78% do município está 403
coberto por campos e pastagens, além de 13,4% ocupadas por atividades agrícolas, 404
principalmente por culturas semi-perenes. Segundo consta na pesquisa de Produção 405
Agrícola Municipal de 2015, publicada pelo IBGE (2016), os principais produtos 406
agropecuários são a cana-de-açúcar, o milho e a laranja, além de um efetivo de pouco 407
mais de 17.000 cabeças de bois, entre outros animais. 408
O mapa de uso do solo também destaca 0,4% do território está coberto por área urbana, 409
centralizadas ao redor da sede municipal. O restante da cobertura está ocupada por 410
vegetação natural e corpos d’água, conforme apresentado no Quadro 2.2. 411
412
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QUADRO 2.2 – DADOS DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DO MUNICÍPIO DE AMÉRICO DE 413 CAMPOS E SEUS USOS, SP 414
Classe Área (ha) %
Área urbana 112,5 0,4%
Corpos D'água 11,4 0,04%
Cultura Perene 114,9 0,4%
Cultura Semiperene 3.331,5 13,0%
Mata 1.625,1 6,4%
Mata Ciliar 431,8 1,7%
Pastagens 19.934,0 78,06%
415
Na análise do uso do solo uma das principais categorias a ser analisada é a divisão do 416
território em zonas urbanas e zonas rurais. 417
Segundo a relação dos setores censitários do Censo Demográfico de 2010, realizado pelo 418
IBGE, o município tem uma área urbana, concentrada ao redor da sede municipal, 419
conforme indicado na Figura 2.2. 420
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421 Figura 2.2 – Áreas urbanas e rurais do município de Américo de Campos 422
423
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2.2 ASPECTOS SOCIAIS E ECONÔMICOS 424
2.2.1 Dinâmica Populacional 425
Este item visa analisar o comportamento populacional, tendo como base os seguintes 426
indicadores demográficos1: 427
Porte e densidade populacional; 428
Taxa geométrica de crescimento anual da população; e, 429
Grau de urbanização do município. 430
Em termos populacionais, Américo de Campos pode ser considerado um município de 431
pequeno porte. Com uma população de 5.733 habitantes, representa 3,26% do total 432
populacional da Região de Governo (RG) de Votuporanga, com 175.973 habitantes. Sua 433
extensão territorial de 252,88 km² impõe uma densidade demográfica de 22,67 hab./km², 434
inferior às densidades da RG de 37,65 hab./km² e do Estado, de 175,95 hab/km². 435
Na dinâmica da evolução populacional, Américo de Campos apresenta uma taxa 436
geométrica de crescimento anual de 0,07% ao ano (2010-2017), inferior às médias da RG 437
de 0,57% a.a. e do Estado, de 0,83% a.a.. 438
Com uma taxa de urbanização de 86,66%, o município de Américo de Campos apresenta 439
índice próximo ao da RG, de 91,28% e inferior ao Estado, de 96,37%. 440
As densidades de ocupação do território, por setores censitários, registradas pelo Censo 441
de 2010 acham-se representadas na Figura 2.3. 442
1 Conforme os dados disponíveis nos sites do instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE e da Fundação Sistema Estadual de
Análise de Dados – SEADE. Ressalta-se que os valores estimados pelo SEADE são da mesma ordem de grandeza dos valores publicados pelo IBGE, a partir do Censo Demográfico realizado em 2010.
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443 Figura 2.3 – Densidade demográfica do município de Américo de Campos, por setor censitário 444
445
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O Quadro 2.3 apresenta os principais aspectos demográficos. 446
QUADRO 2.3 – PRINCIPAIS ASPECTOS DEMOGRÁFICOS DO MUNICÍPIO, REGIÃO DE 447 GOVERNO E ESTADO – 2017 448
Unidade territorial População total (hab.)
2017
População urbana
Taxa de urbanização
(%) 2017 Área (km²)
Densidade (hab./km²)
Taxa geométrica
de crescimento
2010-2017 (% a.a.)
Américo de Campos 5.733 4.968 86,66 252,88 22,67 0,07
RG de Votuporanga 175.973 160.628 91,28 4.673,74 37,65 0,57
Estado de São Paulo 43.674.533 42.090.776 96,37 248.222,36 175,95 0,83
Fonte: Fundação SEADE 449
2.2.2 Características Econômicas 450
Visando conhecer os segmentos econômicos mais representativos do município, em 451
termos de sua estrutura produtiva, e o peso dessa produção no total do Estado, foi 452
realizada uma breve análise comparativa entre as unidades territoriais, privilegiando a 453
participação dos setores econômicos no que tange ao Valor Adicionado Setorial (VA) na 454
totalidade do Produto Interno Bruto (PIB), sua participação no Estado, e o PIB per capita. 455
O município de Américo de Campos foi classificado com perfil de serviços2, uma vez que 456
o setor apresenta maior participação no PIB do município, seguido do agropecuário e, por 457
fim, do industrial, conforme pode ser observado no Quadro 2.4. 458
O valor do PIB per capita em Américo de Campos (2014) é de R$ 15.032,33 por hab/ano, 459
abaixo do valor da RG que é de R$ 25.996,99, e também do PIB per capita estadual, de 460
R$ 43.544,61. 461
A representatividade de Américo de Campos no PIB do Estado é de 0,005%, o que 462
demonstra baixa expressividade, considerando que a RG de Votuporanga participa com 463
0,24%. 464
QUADRO 2.4 – PARTICIPAÇÃO DO VALOR ADICIONADO SETORIAL NO PIB TOTAL* E O 465 PIB PER CAPITA – 2014 466
Unidade territorial
Participação do Valor Adicionado (%) PIB (a preço corrente)
Serviços Agropecuária Indústria PIB (milhões de
reais)
PIB per capita (reais)
Participação no Estado
(%)
Américo de Campos 63,60 32,21 4,19 86.075,10 15.032,33 0,005
RG de Votuporanga 67,87 10,19 21,94 4.503.353,95 25.996,99 0,24
Estado de São Paulo 76,23 1,76 22,01 1.858.196.055,52 43.544,61 100,00
Fonte: Fundação SEADE. *Série revisada conforme procedimentos metodológicos adotados pelo IBGE, a partir de 2007. Dados de 467 2014 sujeitos a revisão. 468
469
2 A tipologia do PIB dos municípios paulistas considera o peso relativo da atividade econômica dentro do município e no Estado e, por
meio de análise fatorial, identifica sete agrupamentos de municípios com comportamento similar. Os agrupamentos são os seguintes: perfil agropecuário com relevância no Estado; perfil industrial; perfil agropecuário; perfil multissetorial; perfil de serviços da administração pública; perfil industrial com relevância no Estado e perfil de serviços. SEADE, 2010.
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Emprego e Renda 470
Neste item são relacionados os valores referentes ao mercado de trabalho e ao poder de 471
compra da população de Américo de Campos. 472
Segundo estatísticas do Cadastro Central de Empresas de 2014, em Américo de Campos 473
há um total de 235 unidades locais, considerando que 198 são empresas atuantes, com 474
um total de 771 pessoas ocupadas, sendo, destas, 562 assalariadas. O salário médio 475
mensal no município é de 2 salários mínimos. 476
Ao comparar a participação dos vínculos empregatícios dos setores econômicos, ao total 477
de vínculos, em Américo de Campos observa-se que a maior representatividade fica por 478
conta da do setor de serviços com 64,91%, seguida pelo setor do comércio com 18,29%, 479
e do agropecuário com 9,56%, com menor representatividade ficam os setores da 480
indústria e da construção civil, com 6,59% e 0,66%, respectivamente. Na RG, a maior 481
representatividade também é do setor de serviços, seguido da indústria, do comércio, da 482
agropecuária e construção civil. O Quadro 2.5 apresenta a participação dos vínculos 483
empregatícios nos setores econômicos. 484
QUADRO 2.5 – PARTICIPAÇÃO DOS VÍNCULOS EMPREGATÍCIOS POR SETOR (%) – 2015 485
Unidade territorial Agropecuário Comércio Construção
Civil Indústria Serviços
Américo de Campos 9,56 18,29 0,66 6,59 64,91
RG de Votuporanga 7,14 19,22 7,01 29,77 36,85
Estado de São Paulo 2,40 19,78 4,96 18,36 54,50
Fonte: Fundação SEADE. 486
Ao comparar o rendimento médio de cada setor nas unidades territoriais, observa-se que 487
o setor de serviços detém o maior valor no município e na RG, no Estado o maior valor 488
fica com o setor da indústria. 489
Quanto ao rendimento médio total, Américo de Campos detém o menor valor dentre as 490
unidades, como mostra o Quadro 2.6. 491
QUADRO 2.6 – RENDIMENTO MÉDIO NOS VÍNCULOS EMPREGATÍCIOS POR SETOR E 492 TOTAIS (EM REAIS CORRENTES) – 2015 493
Unidade territorial Agropecuário Comércio Construção
Civil Indústria Serviços
Rendimento Total
Américo de Campos 1.375,25 1.354,10 1.550,00 1.397,53 1.693,24 1.580,61
RG de Votuporanga 2.175,58 1.697,26 1.912,01 2.031,18 2.285,09 2.066,15
Estado de São Paulo 1.785,00 2.237,39 2.499,15 3.468,54 3.164,58 2.970,72
Fonte: Fundação SEADE. 494
Finanças Públicas Municipais 495
A análise das finanças públicas está fortemente vinculada à base econômica dos 496
municípios, ou seja, o patamar da receita orçamentária e de seus dois componentes 497
básicos, a receita corrente e a receita tributária, bem como o Imposto Sobre Serviço – ISS 498
são funções diretas do porte econômico e populacional dos municípios. 499
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Para tanto, convencionou-se analisar a participação da receita tributária e o ISS na receita 500
total do município, em comparação ao que ocorre na RG. 501
De início, nota-se que a participação da receita tributária é a fonte de renda mais 502
relevante em Américo de Campos, assim como na RG. Ao comparar os percentuais de 503
participação, em Américo de Campos a receita tributária representa 6,27% da receita 504
corrente, enquanto na RG, 10,84% da receita. 505
Situação semelhante ocorre com a participação do ISS nas receitas correntes nas duas 506
unidades territoriais, sendo que, no município a contribuição é de 1,91% e na RG, de 507
4,08%. 508
Os valores das receitas para o Estado não estão disponíveis. O Quadro 2.7 apresenta os 509
valores das receitas no Município e na RG. 510
QUADRO 2.7 – PARTICIPAÇÕES DA RECEITA TRIBUTÁRIA E DO ISS NA RECEITA 511 CORRENTE (EM REAIS) – 2012 512
Unidade territorial Receitas
Correntes (total)
Total da Receita
Tributária
Participação da Receita
Tributária na Receita Total
(%)
Arrecadação de ISS
Participação do ISS na
Receita Total (%)
Américo de Campos 20.214.412 1.266.840 6,27% 385.254 1,91%
RG de Votuporanga 552.259.661 59.874.576 10,84% 22.540.671 4,08%
Fonte: Fundação SEADE. 513
2.2.3 Infraestrutura Urbana e Social 514
A seguir são relacionadas as estruturas disponíveis à circulação e dinâmica das 515
atividades sociais e produtivas, além da indicação do atendimento às necessidades 516
básicas da população pelo setor público em Américo de Campos. 517
Sistema Viário 518
O sistema viário de Américo de Campos é composto principalmente por Estradas 519
Municipais e pela Rodovia Miguel Jabur-Elias (SP-479). 520
Energia 521
Segundo a Fundação SEADE, o município de Américo de Campos registrou em 2014 um 522
total de 2.883 consumidores de energia elétrica, que fizeram uso de 9.132 MWh. 523
Em 2015 foi registrado um total de 2.907 consumidores, o que representa aumento em 524
cerca de 2,3% em relação ao ano anteriormente analisado. Mesmo com o aumento no 525
número de consumidores, houve redução no consumo de energia, que em 2015 foi de 526
8.936 MWh, representando 1,89% de economia. 527
528
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Saúde 529
Em Américo de Campos, segundo dados do IBGE (2009), há 1 estabelecimento de 530
saúde, sendo público municipal e que atende ao SUS. Não há leitos disponíveis no 531
município, portanto não existe o serviço de internação. 532
Ensino 533
Segundo informações do IBGE (2015), há no município 1 estabelecimentos de ensino pré-534
escolar, sendo este público municipal, recebeu 134 matrículas e dispõe de 8 profissionais 535
docentes. 536
O ensino fundamental é oferecido em 3 estabelecimentos, 2 são públicos municipais e 1 é 537
público estadual. As escolas municipais foram responsáveis por 526 matrículas e 538
possuem 42 professores, a escola estadual foi responsável por 125 matrículas e possui 539
12 professores. 540
Há duas escolas com ensino médio existentes em Américo de Campos, uma municipal e 541
outra estadual. Na escola do município foram efetuadas 27 matrículas e são 16 docentes, 542
enquanto na escola do estado foram 246 matrículas e 15 docentes. 543
A taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais de idade permite traçar o perfil 544
municipal em relação à educação. Assim, Américo de Campos, com uma taxa de 7,79%, 545
possui taxa de analfabetismo maior que a da RG e que a taxa do Estado. Os valores das 546
taxas das três unidades territoriais estão apresentados no Quadro 2.8. 547
QUADRO 2.8 – TAXA DE ANALFABETISMO* – 2010 548
Unidade territorial 2000 2010
Américo de Campos 12,70 7,79
RG de Votuporanga 10,75 6,96
Estado de São Paulo 6,64 4,33
Fonte: Fundação SEADE. 549 *Consideram-se como analfabetas as pessoas maiores de 15 anos que declararam não serem capazes de ler e escrever um bilhete 550 simples ou que apenas assinam o próprio nome, incluindo as que aprenderam a ler e escrever, mas esqueceram. 551
Segundo o índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB3, indicador de 552
qualidade educacional do ensino público, que combina rendimento médio (aprovação) e o 553
tempo médio necessário para a conclusão de cada série, em Américo de Campos o índice 554
obtido foi de 5.6 para os anos iniciais e 5,0 para os anos finais. 555
556
3 O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB, é um indicador de qualidade que combina informações de desempenho
em exames padronizados (Prova Brasil ou Saeb) – obtido pelos estudantes ao final das etapas de ensino (os anos iniciais são representados pelos 1º ao 5º ano e os anos finais, do 6º ao 9º anos) – com informações sobre rendimento escolar (aprovação), pensado para permitir a combinação entre rendimento escolar e o tempo médio necessário para a conclusão de cada série. Como exemplo, um IDEB 2,0 para uma escola A é igual à média 5,0 de rendimento pelo tempo médio de 2 anos de conclusão da série pelos alunos. Já um IDEB 5,0 é alcançado quando o mesmo rendimento obtido é relacionado a 1 ano de tempo médio para a conclusão da mesma série na escola B. Assim, é possível monitorar programas e políticas educacionais e detectar onde deve haver melhoria. Fonte: MEC – INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.
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2.2.4 Qualidade de Vida e Desenvolvimento Social 557
O perfil geral do grau de desenvolvimento social de um município pode ser avaliado com 558
base nos indicadores relativos à qualidade de vida, representados também pelo Índice 559
Paulista de Responsabilidade Social – IPRS. Esse índice sintetiza a situação de cada 560
município, no que diz respeito à riqueza, escolaridade, longevidade. Desde a edição de 561
2008 foram incluídos dados sobre meio ambiente, conforme apresentado no item 562
seguinte. 563
Esse índice é um instrumento de políticas públicas desenvolvido pela Assembleia 564
Legislativa do Estado de São Paulo, numa parceria entre o seu Instituto do Legislativo 565
Paulista (ILP) e a Fundação SEADE. Reconhecido pela ONU e outras unidades da 566
federação, permite a avaliação simultânea de algumas condições básicas de vida da 567
população. 568
O IPRS, como indicador de desenvolvimento social e econômico, foi atribuído aos 645 569
municípios do Estado de São Paulo, classificando-os em 5 grupos. O Quadro 2.9 570
apresenta o IPRS do município. 571
QUADRO 2.9 – ÍNDICE PAULISTA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL – IPRS – POSIÇÃO NO 572 ESTADO EM 2010 E 2012 573
IPRS 2010 2012 Comportamento das variáveis
Riqueza 511ª 542ª Américo de Campos somou um ponto no indicador agregado de riqueza, encontra-se abaixo da média estadual e perdeu posições nesse ranking no período.
Longevidade 228ª 241ª Américo de Campos acrescentou um ponto nesse escore no período, e está acima da média estadual. A despeito desse desempenho, o município perdeu posições no ranking dessa dimensão.
Escolaridade 51ª 94ª Américo de Campos registrou estabilidade no indicador agregado de escolaridade e está acima do escore estadual. Sua posição relativa no conjunto dos municípios piorou nesta dimensão.
Fonte: Fundação SEADE. 574
2.3 ASPECTOS AMBIENTAIS 575
Este item reúne elementos que permitem avaliar preliminarmente as condições do meio 576
ambiente do município no que diz respeito ao cumprimento de normas, legislação e 577
instrumentos que visem ao bem-estar da população e ao equilíbrio entre processos 578
naturais e os socioeconômicos. 579
No que diz respeito ao indicador Meio Ambiente, as características de Américo de 580
Campos estão apresentadas no Quadro 2.10. 581
582
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QUADRO 2.10 – INDICADORES AMBIENTAIS 583
Tema Conceitos Existência
Organização do município para questões ambientais
Unidade de Conservação Ambiental Municipal -
Legislação Ambiental (Lei de Zoneamento Especial de Interesse Ambiental ou Lei Específica para Proteção ou Controle Ambiental)
Não
Unidade Administrativa Direta (Secretaria, diretoria, coordenadoria, departamento, setor, divisão, etc.)
Não
Fonte: Fundação SEADE. 584 585
3. DESCRIÇÃO DOS SISTEMAS RELATIVOS AOS SERVIÇOS 586
OBJETO DOS PLANOS ESPECÍFICOS DE SANEAMENTO DO 587
MUNICÍPIO 588
3.1 DESCRIÇÃO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 589
3.1.1 Sistema de Abastecimento de Água Existente 590
3.1.1.1 Características Gerais 591
As características gerais do sistema de Américo de Campos, conforme dados coletados 592
na prefeitura através do GEL (Grupo Executivo Local) em maio de 2017 ou constantes do 593
diagnóstico de abastecimento de água (SNIS), encontram-se apresentados a seguir: 594
Índice de Atendimento Urbano de Água............................................. 100% (GEL 2017); 595
Índice de Hidrometração ................................................................ 99,59% (SNIS 2015); 596
Extensão da Rede de Água ........................................................... 31,1 km (GEL 2017); 597
Volume Anual Produzido Total¹ .................................................. 829.742 m³ (GEL 2017); 598
Volume Anual Faturado Total¹ ................................................... 444.408 m³ (GEL 2017); 599
Índice de Perdas na Distribuição .................................................... 46,44 % (GEL 2017); 600
Quantidade de Ligações Ativas de Água ............................................ 2.552 (GEL 2017); 601
Vazão de Captação ......................................................................... 31,1 L/s (GEL 2017); 602
Volume Total de Reservação .........................................................356,8 m³ (GEL 2017). 603
¹ - índices baseados no ano de 2015 604
O Sistema de Abastecimento de Água do Município de Américo de Campos é operado 605
pelo D.A.E.A.C – Departamento de Água/Esgoto de Américo de Campos localizado na 606
própria Prefeitura e é atendido integralmente por manancial subterrâneo através de 7 607
(sete) poços tubulares profundos, sendo 6 (seis) distribuídos estrategicamente pela área 608
urbana e 1 (um) no bairro isolado Cabeceira das Águas Paradas. Os mananciais 609
subterrâneos utilizados são os Aquíferos Bauru e Serra Geral. 610
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Há ainda no município um (01) poço desativado. Ele foi perfurado, no entanto nunca 611
utilizado. Foi constatado que um dos poços próximo a ele era suficiente para abastecer a 612
região. 613
Apenas 1 (um) dos poços não possui hidrômetro (Poço 02) e dos outros 6 (seis), um deles 614
se encontra quebrado (Poço 06). Todos os poços possuem outorga válida até 2018. 615
Além das unidades de captação, o sistema de abastecimento possui 6 (seis) reservatórios 616
na sede do município, sendo 5 (quatro) metálicos, 1 (um) de concreto na sede do 617
município. Um dos reservatórios metálicos é localizado no bairro Cabeceira das Águas 618
Paradas. 619
O reservatório central de concreto foi construído em 1969 e necessita de manutenção, 620
visto que está em processo de degradação, apresentando partes da estrutura aparentes 621
(armaduras). 622
A rede de distribuição de água está distribuída por setor e atende a 100% da população 623
urbana. As redes da área urbana formam 5 (cinco) setores e do bairro Cabeceira das 624
Águas Paradas é formada por uma única rede. 625
Há um cadastro realizado no município em 2008 o qual mostra as áreas de influência para 626
cada poço, bem como suas informações e detalhamentos. As informações contidas nesse 627
cadastro são expostas nos itens a seguir. 628
Ressalta-se que, conforme informação obtida pelo GEL, na área rural do município não 629
existe cobertura de abastecimento de água municipal, sendo que os domicílios dispersos 630
são abastecidos através de soluções individuais, destacando-se a utilização de poços 631
rasos. 632
Na Ilustração 3.1 encontra-se o esquema com os sistemas de abastecimento de água de 633
Américo de Campos. Já na Ilustração 3.2 estão apresentadas as localizações das 634
unidades existentes nesses sistemas. 635
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636 Ilustração 3.1 - Sistema de Abastecimento de Água 637
638
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Ilustração 3.2 - Desenho do Sistema de Abastecimento de Água 640
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3.1.1.2 Captações Subterrâneas 641
O Sistema de Abastecimento de Água (SAA) de Américo de Campos é composto por 6 642
sistemas de captação subterrânea, contendo 7 poços e 6 reservatórios. O abastecimento 643
contempla 100% da população urbana, incluindo o bairro afastado de Cabeceira das 644
Águas Paradas. 645
A captação é feita através de bombeamento de poços profundos, que se encontram 646
operando sem problemas. A água captada é encaminhada por adutoras de água bruta por 647
recalque até a reservação e depois distribuída na rede. 648
A sede municipal é abastecida por seis poços, enquanto o bairro Cabeceira das Águas 649
Paradas é abastecido por um único poço. Cada reservatório representa um setor. Apenas 650
o reservatório central é abastecido por dois poços (Poços 01 e 04). As informações mais 651
pertinentes sobre os poços são apresentadas no Quadro 3.1. Vale ressaltar que todos os 652
poços possuem outorgas e as informações são baseadas nelas (Outorga requerida em 653
2008). 654
QUADRO 3.1 – CAPTAÇÕES SUBTERRÂNEAS EM OPERAÇÃO 655
Setor Nome Endereço Coordenadas
UTM Vazão (m³/h)
Funcionamento (hr/dia)
1
Poço 01 Av. Paulo Della Coleta com a Rua Vitória Marangão Carrilho – São João Batista
7.754,794 N
632,933 E 79,20 20
Poço 04 Av. Ver. Antônio Uzan – Conjunto Habitacional José Geraldi
7.754,837 N
631,678 E 31,50 14
2 Poço 02 R. Maetro Benedito José da Rocha – Jardim Tangará
7.754,495 N
632,502 E 34,43 14
3 Poço 03 Rodovia Miguel Jabur Elias – Distrito Industrial I 7.753,896 N
632,237 E 7,14 3
4 Poço 05 Av. da Saudade – Cabeceira das Águas Paradas
7.754,258 N
624,875 E 5,11 5
5 Poço 06 Av. Joaquim Fernandes Vilar – Conjunto Habitacional Osvaldo Dionisio Ribeiro
7.755,189 N
633,543 E 23,29 3
6 Poço 07 Prolongamento da Rua Ermindo David – Jardim Américo
7.753,979 N
631,669 E 18,86 3
As informações técnicas dos poços são apresentadas no Quadro 3.2. 656
657
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QUADRO 3.2 – INFORMAÇÕES TÉCNICAS DAS CAPTAÇÕES EM OPERAÇÃO 658
Setor Nome Profundidade do
Poço (m) Bomba
Profundidade da Bomba (m)
Hidrômetro
Marca Operação
1
Poço 01 250 Leão – 60 HP – Acionamento Elétrico e Automático
82 Woltmann de 100 mm
Normal
Poço 04 250 Leão – 25 HP - Acionamento Elétrico e Automático
120 Woltmann de 100 mm
Normal
2 Poço 02 250 Leão – 20 HP - Acionamento Elétrico e Automático
90 - -
3 Poço 03 80 Leão – 5 HP - Acionamento Elétrico e Automático
68 Woltmann de 50 mm
Normal
4 Poço 05 80 Leão – 25 HP - Acionamento Elétrico e Automático
73 Woltmann de 50 mm
Normal
5 Poço 06 220 Não Informado 72 Woltmann de 100 mm
Quebrado
6 Poço 07 157 Leão – 50 HP - Acionamento Elétrico e Automático
44 Woltmann de 50 mm
Normal
Em relação ao monitoramento do volume produzido, apesar de todos os poços possuírem 659
hidrômetros, não é realizado. Ou seja, não havendo a leitura correta desses hidrômetros, 660
não se tem o volume correto de água produzido no município. 661
As Fotos 3.1 a 3.7 ilustram os poços de captação que compõem o SAA de Américo de 662
Campos: 663
Foto 3.1 – Poço 01 – Setor 1 Foto 3.2 – Poço 04 – Setor 1
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Foto 3.3 – Poço 02 – Setor 2 Foto 3.4 – Poço 03 – Setor 3
Foto 3.5 – Poço 05 – Setor 4 Foto 3.6 – Poço 06 – Setor 5
Foto 3.7 – Poço 07 – Setor 6
664
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A Foto 3.8 mostra o poço que foi aberto, mas nunca utilizado. 665
Foto 3.8 – Poço inativo
3.1.1.3 Tratamento de Água e Análises de Qualidade 666
A qualidade da água subterrânea captada permite que o tratamento de água se limite à 667
desinfecção e à fluoretação. O tratamento é realizado de duas maneiras: ou por soluções 668
líquidas ou por pastilhas. Nos poços P-02, P-04 e P-07 o tratamento é feito através de 669
bombas dosadoras com soluções de Hipoclorito de Sódio e Ácido Fluossilícico. Já nos 670
poços P-03 e P-06 a dosagem é realizada através de pastilhas. 671
O Poço 01 não apresenta tratamento na saída do poço. Sua captação é misturada à do 672
Poço 04 ao se encontrarem no reservatório central. Para obtenção do padrão de 673
potabilidade, de acordo com a Portaria nº 2.914 do Ministério da Saúde, são realizadas 674
super dosagens na captação do Poço 04 de forma que a solução final atenda todas as 675
especificações necessárias. 676
O Poço 05 (Setor 4) do bairro isolado Cabeceira das águas Paradas não apresenta 677
qualquer tipo de tratamento. Fica aconselhada a introdução de algum método de 678
tratamento para que a água para consumo obtenha os parâmetros necessários de 679
potabilidade. 680
As Fotos 3.9 a 3.13 ilustram os sistemas de tratamento para cada setor. 681
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Foto 3.9 – Bombas dosadoras de cloro e flúor –
Setor 1 (Poço 04) Foto 3.10 – Bombas dosadoras de cloro e flúor –
Setor 2 (Poço 02)
Foto 3.11 – Tratamento com pastilhas – Setor 3 Foto 3.12 – Tratamento com pastilhas – Setor 5
Foto 3.13 – Bombas dosadoras de cloro e flúor – Setor 6 (Poço 07)
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Em relação à qualidade da água tratada, a Prefeitura realiza diariamente (de segunda a 682
sexta-feira) as análises de cor, turbidez, cloro, flúor e pH, realiza semanalmente análises 683
de Coliformes Totais e E.Coli e quinzenalmente análises de Coliformes heterotróficos. As 684
amostras são colhidas em determinadas ruas ou avenidas na região de cada setor. As 685
análises semestrais exigidas pelo Ministério são realizadas por laboratório terceirizado. 686
As últimas análises disponibilizadas, de janeiro de 2017, indicaram que a média mensal 687
de cloro, turbidez, coliformes, temperatura e cor estão adequadas e que não houve 688
nenhuma amostra fora do padrão neste período. Para o parâmetro flúor, apenas o setor 1 689
(central) mostrou uma média abaixo da mínima exigida, os demais setores estão todos 690
dentro do padrão estabelecido. 691
De acordo com as análises relativas aos parâmetros microbiológicos, físico-químicas, 692
organolépticas e substâncias inorgânicas e orgânicas que representam risco à saúde, 693
relativas ao início do ano de 2017 (janeiro e fevereiro), nenhuma amostra apresentou 694
resultado fora dos padrões de potabilidades estabelecidos na Portaria nº 2.914 do 695
Ministério da Saúde. 696
As Fotos 3.14 e 3.15 mostram o laboratório utilizado pela Prefeitura. 697
Foto 3.14 – Laboratório de análises Foto 3.15 – Laboratório de análises
698
3.1.1.4 Reservação 699
O Sistema de Abastecimento de Água de Américo de Campos conta com 6 (seis) 700
reservatórios. No geral, cada setor apresenta um reservatório, e apenas o reservatório 701
central é abastecido por 2 (dois) poços. O Quadro 3.3 mostra as características dos 702
reservatórios. 703
704
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QUADRO 3.3 – CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DOS RESERVATÓRIOS EM OPERAÇÃO 705
Denominação Setor Contribuição Local Tipo Material Forma Volume
(m³)
Reservatório 01 - Central
1 Poço 01 e Poço 04
Praça Leonildo Violin. Elevado Concreto Cilíndrico 150
Reservatório 02 – Tangará
2 Poço 02 Praça Mário Fernandes Sobrinho
Elevado Metálico Taça 54
Reservatório 03 – Dist. Industrial
3 Poço 03 Rod. Miguel Jabur Elias – Dist. Industrial
Apoiado Metálico Taça 10
Reservatório 04 – Cabeceiras
4 Poço 05 Av. da Saudade – Cabeceira das Águas Paradas
Apoiado Metálico Taça 10
Reservatório 05 – Banespinha
5 Poço 06 Av. Joaquim Fernandes Vilar
Apoiado Metálico Cilíndrico 55,8
Reservatório 06 – Jardim América
6 Poço 07 R. Ermindo David Apoiado Concreto Cilíndrico 77
Total 356,8
706
Em geral, todos os reservatórios estão em boas condições de uso, com exceção do 707
Reservatório 01 – Central, que já apresenta algumas falhas em sua estrutura (construído 708
em 1969). O reservatório 03 do Distrito Industrial está operando com metade de sua 709
capacidade. 710
As Fotos 3.16 a 3.21 mostram os reservatório em questão. 711
Foto 3.16 – Reservatório Central Foto 3.17 – Reservatório Tangará
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Foto 3.18 – Reservatório – Distrito Industrial Foto 3.19 – Reservatório Cabeceiras
Foto 3.20 – Reservatório Banespinha Foto 3.21 – Reservatório Jardim América
3.1.1.5 Rede de Distribuição 712
O Município de Américo de Campos conta com um cadastro dos poços realizado em 713
2008, no entanto, não apresenta qualquer informação com relação à rede de distribuição. 714
Os últimos dados disponíveis estimam que a extensão seja de 31,1 km. No entanto, visto 715
a implantação de novos loteamentos, possivelmente esta extensão é inferior a real. 716
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De acordo com a Prefeitura, em torno de 95% da rede é constituída de PVC com algumas 717
ruas ainda constituídas de Cimento Amianto (essa troca foi realizada em torno de 10 anos 718
atrás). Os diâmetros da rede variam entre 50 mm a 150 mm. 719
O número de economias é de 2552 divididas da seguinte forma: 720
QUADRO 3.4 – DISTRIBUIÇÃO DAS LIGAÇÕES DE ÁGUA POR CATEGORIAS 721
Categorias
Residencial Comercial Industrial Pública Rural Total
2332 158 18 33 11 2552
Alguns prédios públicos não possuem hidrometração. De forma geral, a rede de 722
distribuição está em bom estado de conservação. 723
3.2 DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 724
3.2.1 Sistema de Esgotamento Sanitário Existente 725
3.2.1.1 Características Gerais 726
As características gerais do sistema de esgotamento sanitário de Américo de Campos, 727
conforme dados coletados na prefeitura através do GEL (Grupo Executivo Local) em maio 728
de 2017 ou constantes nas últimas coletas do SNIS, encontram-se apresentados a seguir: 729
Índice de Atendimento Urbano de Esgoto ............................................ 99% (GEL 2017); 730
Índice de Tratamento do Esgoto Produzido¹ .................................... 99,3 % (GEL 2017); 731
Quantidade de Ligações Ativas de Esgoto............................ 2.530 ligações (GEL 2017); 732
Volume Anual Coletado Total¹ ................................................ 355.526,4 m³ (GEL 2017); 733
Volume Anual Tratado Total .................................................... 353.203,2 m³ (GEL 2017); 734
Extensão de Rede de Esgoto ........................................................ 30,35 km (GEL 2017); 735
Vazão Média de Esgoto Tratado ETE² ............................................ 11,2 L/s (GEL 2017). 736
¹ - Índices referentes ao ano de 2015 737 ² - Valor atualizado em agosto de 2016 738
Atualmente, o Sistema de Esgotamento Sanitário de Américo de Campos conta com uma 739
Estação de Tratamento de Esgoto em operação, com capacidade nominal de 16,9 L/s, 740
mas tratando em média 11,2 L/s. Também compõem o sistema de esgotamento três 741
estações elevatórias de esgoto, rede coletora, emissários de esgoto bruto e emissário 742
final de esgoto tratado. 743
O sistema de afastamento de esgoto já existia desde meados dos anos de 1970, com a 744
rede coletora despejando o esgoto diretamente no Ribeirão Águas Paradas. A Estação de 745
Tratamento de Esgoto foi construída em 2006 para poder tratar o esgoto produzido e 746
despejar esse efluente em condições adequadas ao ambiente. 747
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Como a rede era constituída de barro vibrado, foi realizado um estudo em 2012 financiado 748
pela FUNASA e pelo PAC 2 do governo, para a troca dessas tubulações. Em torno de 749
80% dessa rede foi alterada por PVC, sobrando apenas 20% de cerâmica. 750
Apesar dessa nova rede, o sistema de esgotamento do município apresenta diversos 751
problemas que serão abordados no decorrer desse item. 752
A Ilustração 3.3 apresenta as principais unidades identificadas do sistema de 753
esgotamento sanitário existente. 754
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755 Ilustração 3.3 - Desenho de Esgotamento Sanitário 756
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3.2.1.2 Sistema de Esgotamento 757
O sistema de esgotamento existente é constituído por rede coletora, três (03) estações 758
elevatórias de esgoto bruto, emissário de esgoto bruto e emissário final de esgoto tratado, 759
além de poços de visita e caixas de passagem. 760
O bairro isolado Cabeceira das Águas Paradas tem seu tratamento através de fossas 761
individuais. Não há tratamento específico para essas fossas, de forma que o esgoto 762
armazenado é despejado em terras de cultivo ou locais irregulares. 763
O sistema pode ser dividido da seguinte maneira: 764
Rede Coletora: 765
Houve a troca de grande parte da rede coletora, em torno de 80%, que era constituída de 766
manilha de barro vibrado e passou a ser de PVC. 767
O estudo realizado em 2012 (Afastamento de Esgoto Doméstico) dividiu o município em 768
setores, de forma que cada setor envia sua contribuição para determinada elevatória ou 769
diretamente no interceptor. 770
Estações Elevatórias de Esgoto Bruto 771
O sistema é constituído por três (03) elevatórias de esgoto, sendo uma delas o destino de 772
todo o esgoto produzido. Esta última elevatória envia todo o produto coletado para a 773
Estação de Tratamento. 774
Estação Elevatória de Esgoto – Bairro Jardim dos Ipês (2012) 775
Em seu projeto, estima-se que a elevatória receberá efluentes de 178 ligações, com uma 776
vazão calculada de 3,34 L/s. Até o momento da visita técnica, poucas moradias haviam 777
sido concluídas, de forma que a limpeza do cesto é realizada apenas uma vez por mês. 778
Seu sistema é composto por uma bomba de sucção submersível (modelo AS 0641 779
S30/2D com vazão de 14 m³/h e altura manométrica de 22,98 m.c.a. - sistema 1+1) e um 780
tanque pulmão. Não apresenta tratamento preliminar. 781
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Foto 3.22 – Vista geral da Elevatória Foto 3.23 – Poço de Sucção
Estação Elevatória de Esgoto – Bairro Jorge Ferracini (1995) 782
Na visita técnica foram encontrados apenas os desenhos com perfis e cortes da estação 783
elevatória. O GEL não soube informar características da bomba submersível 784
(sistema 1+1). O cesto utilizado para retenção de materiais mais grosseiros estava 785
quebrado. Não apresenta tratamento preliminar. 786
Foto 3.24 – Poço de Sucção
Estação Elevatória de Esgoto – Banespinha (2002) 787
Responsável por recalcar todo o esgotamento captado para a Estação de Tratamento de 788
Esgoto. Foi calculada uma vazão média de 8,34 L/s com perspectiva de crescimento. O 789
Conjunto Motor-Bomba é o modelo EP-3, catálogo IMBIL, com vazão de 70 m³/h não 790
submersível. Para o recalque foi estabelecido PVC Defofo com diâmetro de 150 mm. 791
Apresenta sistema preliminar de tratamento com gradeamento e caixa de areia e Poço 792
Pulmão. 793
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Foto 3.25 – Tratamento Preliminar Foto 3.26 – Medidor de Vazão
Foto 3.27 – Poço de Sucção Foto 3.28 – Vista Geral da Elevatória
Interceptores 794
O município possui 3 interceptores descritos a seguir. 795
Interceptor da margem direita do Córrego do Matadouro tem seu início na Rua Lucino 796
Batista de Carvalho com a Avenida Vereador Antônio Uzan no conjunto habitacional José 797
Giraldi e caminha até próximo ao Ribeirão Águas Paradas. É constituído de manilha de 798
barro vidrado, diâmetro de 150 mm e possui comprimento aproximado de 857 metros. 799
Interceptor da margem direita ao Ribeirão Águas Claras que inicia com o recebimento do 800
interceptor descrito acima, percorre toda a região norte da sede do município até chegar 801
às proximidades do Córrego do Leopoldo, daí percorre no sentido sul, pela margem 802
esquerda deste último córrego, por aproximadamente 150 metros, onde encontra com o 803
interceptor da margem direta do Córrego do Leopoldo. Possui comprimento total de 1.020 804
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metros, sendo os primeiros 725 metros com diâmetro de 150 mm e o restante com 805
200 mm, ambos em manilha de barro vidrado. 806
Interceptor da margem esquerda do Córrego do Leopoldo inicia-se na Rua Maestro 807
Benedito José da Rocha, esquina com a Rua Waldemar Ferreira Peixoto, Bairro Tropical 808
e segue em direção norte pela margem do córrego até encontrar o interceptor descrito 809
acima. Deste ponto em diante forma-se o emissário. É constituído em manilha de barro 810
vidrado e extensão aproximada de 895 metros. 811
Emissários e Linha de Recalque 812
O emissário tem início com a chegada dos interceptores citados acima e atravessa sobre 813
o Córrego do Leopoldo com tubulação de ferro fundido e diâmetro de 200 mm. O encontro 814
desses interceptores ocorre em uma caixa de areia construída pela prefeitura para 815
primeira deposição de sedimentos. Em seguida, o emissário caminha até a Estação 816
Elevatória de Esgoto localizada no Conjunto Habitacional Oswaldo Dionísio Ribeiro 817
(Banespinha), onde todo o efluente é recalcado até a Estação de Tratamento de Esgoto. 818
O esgoto coletado nesse conjunto habitacional é direcionado ao último poço de visita do 819
emissário, antes de chegar à Estação Elevatória. 820
A linha de recalque é feita de PVC DeFOFO com diâmetro de 150 mm com direção à 821
Estação de Tratamento de Esgoto pela estrada rural que interliga a sede à Rodovia 822
Miguel Jabur Elias (SP-479). O efluente chega até uma caixa de recepção e depois é 823
encaminhado para a lagoa através de um pequeno trecho por gravidade. 824
Esse sistema de esgotamento apresenta diversos problemas que são descritos a seguir. 825
Rede Coletora 826
O principal problema relacionado à rede coletora são as ligações clandestinas de águas 827
pluviais. O sistema de esgotamento está totalmente defasado e essas ligações o 828
prejudicam. 829
Estações Elevatórias de Esgoto Bruto 830
A Estação Elevatória de Esgoto – Bairro Jardim dos Ipês foi construída no ano de 2012 e 831
até o momento recebe a contribuição de poucas ligações, não apresentando qualquer 832
situação desfavorável. 833
A Estação Elevatória de Esgoto – Bairro Jorge Ferracini já possui mais de 20 anos de 834
existência e apesar disso não possui muitos problemas. Foi detectado que o cesto de 835
limpeza do poço de sucção estava quebrado a algum tempo, não havendo então a 836
remoção de material mais grosseiro. O painel de energia, por conta do tempo, necessita 837
de uma manutenção. 838
Já a Estação Elevatória de Esgoto – Banespinha, responsável por recalcar todo o esgoto 839
para a estação de tratamento, apresenta diversas situações críticas. Basicamente, todos 840
os problemas são ocasionados pela grande concentração de efluente que a estação tem 841
que bombear. 842
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Os problemas já começam no sistema de tratamento preliminar que não está suportando 843
tamanha demanda. Parte do esgoto está passando para a caixa de areia sem passar pelo 844
gradeamento grosseiro. Resultado dessa situação, o rotor da bomba de recalque fica 845
constantemente sujo, sendo necessária sua parada para limpeza, provocando enchimento 846
do poço pulmão e sobrecarregando o sistema. As fotos 3.29 e 3.30 mostram esses 847
detalhes. 848
A limpeza do gradeamento é realizada duas vezes ao dia. 849
Foto 3.29 – Esgoto passando por fora do
gradeamento grosseiro Foto 3.30 – Sujeira retirada do rotor da bomba
Como a bomba fica constantemente afetada por essas impurezas passa a operar com 850
menor vazão, sobrecarregando o sistema e enchendo o poço pulmão. Dessa forma, uma 851
parte do esgoto sem tratamento está sendo lançada diretamente no córrego através do 852
exaustor do poço pulmão, que está completamente afogado, como pode ser visto na 853
Foto 3.31. 854
Foto 3.31 – Poço pulmão totalmente sobrecarregado
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Ou seja, boa parte do esgotamento não está sendo tratado, como caracterizam os dados 855
da Prefeitura. 856
Interceptores, Emissários e Linha de Recalque 857
Os interceptores e o emissário estão gerando grandes problemas para o sistema de 858
esgotamento. Eles são antigos e de manilha de barro vidrado, com sua vida útil já 859
ultrapassada. Além disso, a demanda do município cresceu e o alto índice de águas 860
pluviais na rede favorece o rompimento dessas tubulações. 861
Um estudo de afastamento de esgoto doméstico foi realizado em 2012 exatamente para a 862
substituição dessas tubulações antigas. O estudo propõe a troca por novos interceptores 863
e emissários de PVC Ocre com novos diâmetros, capazes de suportar essa nova 864
demanda municipal. São dispostas as vantagens e os benefícios desse novo projeto, bem 865
como o valor total do empreendimento. 866
A situação atual do sistema é de tubulações com diâmetros mínimos (150 mm) que não 867
suportam o escoamento do município. Como exemplos dessa situação crítica, serão 868
apresentadas as imagens de um poço de visita que está afogado e constantemente há 869
transbordamento e da caixa de areia que recebe a contribuição dos interceptores. O poço 870
de visita está localizado em uma área aberta, mais próxima ao Córrego Águas Paradas, e 871
a caixa na confluência dos interceptores que margeiam os córregos. As fotos são 872
apresentadas a seguir. 873
Foto 3.32 – Poço de visita afogado Foto 3.33 – Área de transbordamento do PV
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Foto 3.34 – Caixa de areia na confluência dos intercptores
Foto 3.35 – Caixa de areia totalmente assoreada Foto 3.36 – Esgoto extravasado da caixa de areia
874
As possíveis soluções ou melhorias, tendo em vista o caráter de planejamento, serão 875
apresentadas no item 6 deste Plano. 876
3.2.2 Tratamento de Esgotos 877
Os esgotos coletados na sede do município são destinados à Estação de Tratamento de 878
Esgoto, que opera com vazão média de 11,2 L/s. 879
O projeto da ETE foi realizado em 2003 com perspectiva para o ano de 2022. O sistema é 880
composto por uma lagoa anaeróbia, uma lagoa facultativa e uma lagoa de maturação. O 881
projeto previa a instalação de sistema de tratamento preliminar, mas este não foi 882
realizado, sendo feito depois junto à estação elevatória. As principais características das 883
lagoas são dispostas a seguir. 884
Para o fim do plano (2022) foram previstas a vazão de 15,9 L/s e a carga orgânica de 885
289,8 Kg DBO/dia. 886
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Lagoa Anaeróbia (41,5 x 41,5) 887
Profundidade total ............................................................................................. : 4,5 m 888
Talude ............................................................................................................ : 1V : 2H 889
Volume ......................................................................................................... : 4.053 m³ 890
Área do fundo ................................................................................................. : 552 m² 891
Tempo de detenção (2022) ............................................................................: 5,2 dias 892
Lagoa Facultativa (57,6 x 161,6) 893
Profundidade total ............................................................................................. : 2,3 m 894
Talude ............................................................................................................ : 1V : 2H 895
Volume ....................................................................................................... : 14.604 m³ 896
Área do fundo .............................................................................................. : 7.376 m² 897
Tempo de detenção (2022) ......................................................................... : 18,9 dias 898
Lagoa de Maturação (55 x 157) 899
Profundidade total ............................................................................................. : 1,5 m 900
Talude ............................................................................................................ : 1V : 2H 901
Volume ......................................................................................................... : 7.803 m³ 902
Área do fundo .............................................................................................. : 7.399 m² 903
Tempo de detenção (2022) .............................................................................: 10 dias 904
A ETE fica em torno de 15,3 km distante do Córrego Águas Paradas. As fotos a seguir 905
demonstram a situação atual das lagoas de tratamento. 906
Lagoa Anaeróbia 907
Foto 3.37 – Vista frontal da lagoa anaeróbia Foto 3.38 – Vista geral da lagoa anaeróbia
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Lagoa Facultativa 908
Foto 3.39 – Vista frontal da lagoa facultativa Foto 3.40 – Vista geral da lagoa facultativa
Lagoa de Maturação 909
Foto 3.41 – Vista frontal da lagoa de maturação Foto 3.42 – Vista geral da lagoa de maturação
910
A seguir, serão relatados os pontos falhos da Estação de Tratamento de Esgoto. 911
A lagoa anaeróbia apresenta grande quantidade de sobrenadante e mau odor. Nunca 912
houve remoção do lodo (aconselhável a cada 10 anos). Como visto nas fotos 6.31 e 913
6.32 ela se encontra em seu limite, sendo necessária urgente manutenção. 914
A lagoa facultativa apresenta um início acúmulo de material flutuante causado pela 915
situação agravante da lagoa anaeróbia. As fotos desse princípio são relatadas a 916
seguir. 917
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Foto 3.43 – Início de acúmulo de sobrenadante Foto 3.44 – sobrenadante da lagoa facultativa
918
Muitas caixas de passagem estavam quebradas e com vegetação encobrindo-as. As 919
margens das lagoas também apresentavam vegetação com nível acima do normal. 920
Para a implantação da lagoa foi estabelecido um Termo de Compromisso de 921
Recuperação Ambiental que exigia a plantação de um número determinado de 922
espécies arbóreas, no entanto, esse TCRA ainda não foi cumprido. 923
Percebe-se que a ETE está operando em seu limite, visto o modo em que se 924
encontram elementos de seu tratamento. Limite este comprovado pela análise 925
realizada em abril de 2016 pelo laboratório LaborLab de Votuporanga. O resultado 926
mostra uma eficiência de 80,3%, valor praticamente idêntico ao limítrofe de 80% 927
exigido pela Secretaria. A foto 6.37 mostra a saída do efluente tratado. 928
Foto 3.45 – Saída do efluente tratado
929
A tubulação que despeja este efluente tratado no Córrego Águas Paradas está quebrada. 930
931
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3.3 DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS 932
SÓLIDOS 933
3.3.1 Visão Geral dos Serviços de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos 934
Sólidos – Considerações Iniciais 935
De acordo com a PNRS (Lei nº 12.305/2010 regulamentada pelo Decreto nº 7.404/2010) 936
os resíduos sólidos são classificados em onze tipos: de estabelecimentos comerciais e 937
prestadores de serviços; sólidos urbanos, compreendendo os domiciliares e de limpeza 938
urbana; de serviços de transporte; de serviços públicos de saneamento básico; da 939
construção civil; industriais; de serviços de saúde; agrossilvopastoris; e de mineração. Na 940
Figura 3.1 está apresentado fluxograma com a classificação e a responsabilidade pelo 941
gerenciamento de cada tipo de resíduo sólido gerado. 942
943 Figura 3.1 - Fluxograma com classificação e responsabilidade pelo gerenciamento de cada tipo dos 944
resíduos sólidos, segundo a lei 12.305/2010. 945 Fonte: BORGES, 2014 946
De acordo com o fluxograma, é de responsabilidade do município, representado pelo 947
titular de prestação de serviços, os resíduos da limpeza urbana, domiciliares e de serviços 948
públicos de saneamento básico. No Caso de Américo de Campos, além dos resíduos 949
mencionados, o município também é responsável pelos resíduos de construção civil e 950
resíduos recicláveis. 951
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Na sequência encontra-se apresentado o diagnóstico da situação atual, contendo as 952
quantidades geradas, as formas de coleta e de transporte e as diferentes destinações 953
praticadas para cada tipo de resíduo sob responsabilidade da Prefeitura de Américo de 954
Campos. 955
Por fim, cabe comentar que Américo de Campos faz parte do Consórcio Intermunicipal de 956
Desenvolvimento Ambiental Sustentável (CIDAS) juntamente com os municípios de 957
Cosmorama, Pontes Gestal, Paulo de Faria, Cardoso, Álvares Florence, Parisi, 958
Pedranópolis, Meridiano, Valentim Gentil, Votuporanga, Nipoã, Américo de Campos. O 959
CIDAS encontra-se sediado em Cosmorama, tem como objetivo a gestão integrada dos 960
municípios participantes para as questões ao desenvolvimento e execução de ações e 961
projetos ambientais com foco na gestão municipal sustentável. 962
3.3.2 Diagnóstico dos Resíduos Sólidos Urbanos 963
O manejo dos resíduos sólidos urbanos (constituídos pelos resíduos de limpeza urbana e 964
resíduos domiciliares) é realizado pela própria Prefeitura. 965
Os resíduos de limpeza urbana são originários de atividades relacionadas à limpeza do 966
espaço coletivo urbano, tais como: varrição, limpeza de logradouros e vias públicas, 967
capina e roçagem de terrenos públicos, poda de árvores. Por sua vez, os resíduos 968
domiciliares são originários de atividades domésticas em residências urbanas, que são 969
segregados em resíduos úmidos e secos (BRASIL, 2010). 970
No caso dos resíduos domiciliares úmidos, comumente denominados por Resíduos 971
Domiciliares Orgânicos - RDO, a coleta regular abrange toda a área urbana, sendo 972
realizada nos seguintes dias da semana: segunda-feira, quarta-feira e sexta-feira. A 973
Prefeitura conta com um caminhão compactador com capacidade de 5 toneladas e três 974
funcionários, sendo um motorista e dois coletores. 975
Após serem coletados, os resíduos domiciliares orgânicos são transportados até o aterro 976
controlado municipal, onde são dispostos em valas para posterior aterramento. Não há 977
operações de transbordo entre a coleta e a disposição dos resíduos. 978
De acordo com os dados levantados pela Prefeitura, são coletados os seguintes valores 979
por tipo de resíduos (aproximadamente): 980
Resíduos Domiciliares: 3,5 ton/dia – que representa em torno de 0,60 kg/hab.dia 981
Resíduos Recicláveis: 200 kg/dia 982
Resíduos de Serviço de Saúde: 4,5 kg/dia 983
Resíduos da Construção Civil: Não há pesagem 984
Com relação à quilometragem percorrida pelo caminhão nos dias de coleta, a Prefeitura 985
estima que sejam aproximadamente 100 km por dia nos dias de coleta de resíduos 986
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domésticos (segunda, quarta e sexta-feira) e em média 30 km por dia para resíduos da 987
construção civil e recicláveis. 988
Não há informações precisas para esses levantamentos, bem como não são calculados 989
gastos com combustível e manutenção dos equipamentos. 990
O aterro controlado municipal localiza-se na Rodovia Miguel Elias Jabur, Km 30 e possui 991
área de 24.200 m² (nem toda a área é disponível para a criação de valas). Atualmente, 992
sua vida útil se apresenta em estágio final, próximo de seu esgotamento, de forma que há 993
apenas 1 vala a ser preenchida para total saturação do mesmo. Para solução deste 994
empecilho, a Prefeitura espera que o Consórcio CIDAS implante um novo aterro para uso 995
de seus integrantes (Está em negociação uma área, com possibilidade de ser no 996
município de Álvares Florence, para implantação do futuro aterro sanitário, onde serão 997
dispostos os resíduos domiciliares dos 13 municípios pertencentes). 998
É oportuno comentar que município não apresenta composição gravimétrica e volumétrica 999
dos resíduos domiciliares. Dessa forma, não é possível identificar a porcentagem de cada 1000
tipo de resíduos que está sendo enterrado. 1001
As Fotos 3.38 a 3.41 ilustram o local de disposição final dos resíduos domiciliares 1002
orgânicos, bem como o caminhão utilizado na coleta. 1003
Foto 3.46 – Vista da última vala em utilização Foto 3.47 – Vala para depósito dos resíduos
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Foto 3.48 – Visão da entrada do aterro Foto 3.49 – Caminhão compactador utilizado
No caso dos resíduos domiciliares secos, comumente denominados recicláveis, a coleta 1004
seletiva é realizada de porta a porta, abrangendo toda a área urbana sendo realizada 1005
apenas na terça-feira. Há também campanhas nas escolas do município, que através do 1006
sorteio de prêmios, incentivam a arrecadação de reciclagem. 1007
A usina de triagem é coordenada por um único responsável (Anderson Antônio de Souza), 1008
de maneira informal, ou seja, sem vínculo empregatício com a Prefeitura. Esta, por sinal, 1009
disponibiliza toda a estrutura necessária que consta com: 1 caminhão (1 motorista e 2 1010
coletores), o espaço físico para armazenamento e separação dos resíduos, além de toda 1011
infraestrutura como luz, água, EPIs, uma balança e uma prensa. 1012
Após serem coletados, os resíduos recicláveis são transportados até o centro de triagem, 1013
onde são separados e vendidos. No Quadro 3.5 está apresentada a quantidade de cada 1014
material reciclável vendido desde a abertura do centro, ou seja, desde 2015 até o mês de 1015
março deste ano. 1016
QUADRO 3.5 – QUANTIDADE DE MATERIAIS RECICLÁVEIS VENDIDOS DE 2015 A 2017 1017
Material reciclável Quantidade (kg)
Plástico Colorido (sacolas) 1.107
Plástico Transparente 2.764
PET 2.746
PEAD 1.183
PP/PVC 854
Alumínio 302
Revistas/Cadernos/Livros 219,5
Papelão 35.596
Total 44.771,5
Fonte: Prefeitura, 2017 1018
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O montante arrecadado com toda essa venda foi de R$ 17.795,00 (dezessete mil 1019
setecentos e noventa e cinco reais). Todo ele foi destinado ao responsável (Anderson) e 1020
seus parceiros que o ajudam no local. 1021
Apesar de todo esse incentivo, foi constatado grande quantidade de materiais recicláveis 1022
no centro de triagem. Provavelmente há opção de armazenar grande quantidade para 1023
depois realiza a perfeita separação. 1024
É oportuno comentar que o barracão de triagem também é utilizado como um Posto de 1025
Entrega Voluntária (PEV), pois além da coleta porta a porta, recebe os resíduos 1026
recicláveis trazidos pelos munícipes de modo voluntário e gratuito. 1027
Para melhorar e aperfeiçoar o serviço, a Prefeitura tem a intenção de criar uma 1028
associação de catadores, de forma a beneficiar famílias carentes e incentivar o cuidado 1029
ao Meio Ambiente. 1030
As Fotos 3.42 a 3.58 ilustram os procedimentos de coleta e segregação dos resíduos 1031
recicláveis. 1032
Foto 3.50 – Visão da entrada do centro de triagem Foto 3.51 – Prensa do centro
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Foto 3.52 – Material depositado no centro Foto 3.53 – Material reciclável prensado
Foto 3.54 – Material depositado no centro Foto 3.55 – Material de maior porte depositado
Foto 3.56 – RCC separado no centro Foto 3.57 – Placa em frente ao centro
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Em relação aos resíduos de limpeza urbana, a Prefeitura utiliza o mesmo caminhão da 1033
reciclagem para realizar a coleta diariamente. Os resíduos são armazenados no antigo 1034
aterro sanitário do município. 1035
Na semana anterior a visita técnica, houve um incêndio nessa área. Não se sabe quem o 1036
causou e o motivo. O local estava com muita fumaça. O desastre pode ser observado nas 1037
fotos 3.58 e 3.59. 1038
Foto 3.58 – Entrada do antigo aterro – deposito de
podas e capina Foto 3.59 – Resíduos de poda e capina após
incêndio
Não há controle da quantidade de resíduos gerados. O município espera por um picador 1039
de galhos prometido pelo secretário estadual do Meio Ambiente (referente ao Consórcio 1040
CIDAS). 1041
3.3.3 Diagnóstico dos Resíduos dos Serviços Públicos de Saneamento Básico 1042
Os resíduos e serviços públicos de saneamento básico referem àqueles gerados nas 1043
atividades de drenagem pluvial, abastecimento de água e esgotamento sanitário. 1044
Os resíduos removidos no tratamento preliminar da estação elevatória de esgoto bruto do 1045
Banespinha são encaminhados ao aterro controlado municipal. Não há controle da 1046
geração deste tipo de resíduos por parte da Prefeitura. 1047
Os resíduos removidos nas atividades de drenagem pluviais, como limpeza de boca de 1048
lobos e galerias, também são encaminhados para aterro controlado municipal. A 1049
Prefeitura não soube estimar a quantidade desses resíduos, tendo em vista que ocorre 1050
esporadicamente, sem frequência determinada e controle pelo setor de limpeza urbana. 1051
1052
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3.3.4 Diagnóstico dos Resíduos de Construção Civil - RCC 1053
De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, os RCC são aqueles gerados 1054
nas construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, incluídos 1055
os resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis. 1056
No caso de Américo de Campos, a Prefeitura é responsável tanto pela coleta quanto pela 1057
destinação final desse tipo de resíduo. Para tanto, conta com um caminhão poliguindaste 1058
e caçambas de 3,5 m³. 1059
A Prefeitura coleta e dispõe esses resíduos em uma área conjunta ao aterro. Essa área 1060
funciona como uma alternativa, visto que a Prefeitura está no aguardo por um triturador 1061
de RCC prometido pelo Consórcio CIDAS. Os resíduos são dispostos acima das valas já 1062
utilizadas, na região final do aterro. Além do triturador, a Prefeitura espera por novas 1063
caçambas para aumentar a área de contribuição. 1064
A coleta funciona da seguinte maneira. São disponibilizadas caçambas em alguns pontos 1065
estratégicos para que a população maneje os resíduos e quando essas caçambas estão 1066
completas, a Prefeitura as recolhe com o caminhão poliguindaste e deposita no aterro. 1067
A dificuldade da Prefeitura está em ter o controle dos resíduos que a população deposita 1068
nas caçambas, de forma que muitos resíduos orgânicos também são despejados nessa 1069
área direcionada ao RCC. 1070
Não há informações quanto ao volume/quantidade de resíduos coletados e à 1071
quilometragem percorrida pelos caminhões diariamente. 1072
As Fotos 3.60 e 3.61 ilustram o armazenamento de resíduos de construção civil. 1073
Foto 3.60 – Armazenamento dos resíduos de construção civil na área do aterro controlado
Foto 3.61 – Armazenamento dos resíduos de construção civil na área do aterro controlado
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Conforme pode ser visualizado nas Fotos 3.52 e 3.53, há presença de outros tipos de 1074
resíduos misturados aos RCC, tais como: resíduos volumosos, galhos, domiciliares, 1075
dentre outros. 1076
3.3.5 Diagnóstico dos Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) 1077
Os RSS são aqueles gerados nos serviços de saúde (exemplo: hospitais, clínicas, 1078
consultórios, farmácias, laboratórios de análises clínicas, etc.), conforme definido em 1079
regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do SISNAMA e do SNVS 1080
(BRASIL, 2010). 1081
Os serviços de coleta, transporte, tratamento e disposição final resíduos de serviço de 1082
saúde (RSS) são terceirizados e, atualmente, são realizados pela empresa Constroeste 1083
Construtora e Participações Ltda. mediante Contrato nº 73/2014, que abrange os RSS 1084
dos grupos “A”, “B” e “E, bem como animais mortos de pequeno e médio porte dos grupos 1085
“A2 e A4”, segundo resoluções CONAMA Nº358/05 e ANVISA RCD 306/04. 1086
Os RSS são coletados uma vez por semana em 02 locais: UBS – Dr. Doélio Bérgamo e 1087
CEMEI – Joaquim Ferreira Pires. De acordo com o levantamento de 2016 foram coletados 1088
em média 130Kg/ mês de resíduos. 1089
Os tipos de tratamento dos RSS coletados pela Constroete são: autolavagem para grupos 1090
“A e E” e incineração para grupo “B”. 1091
3.3.6 Diagnóstico dos resíduos especiais incluídos no sistema de logística 1092
reversa no município 1093
Os resíduos especiais são aqueles que possuem características tóxicas, radioativas e 1094
contaminantes e, devido a isso merecem cuidados especiais em seu manuseio, 1095
acondicionamento, estocagem, transporte e disposição final. 1096
Os resíduos especiais devem passar pelo processo de logística reversa, isto é, por um 1097
conjunto de ações que têm por objetivo viabilizar sua coleta e restituição ao setor 1098
empresarial, para que este faça o reaproveitamento em seu ciclo ou em outros ciclos 1099
produtivos, ou confira outra destinação ambientalmente adequada a esses resíduos. 1100
De acordo com a Lei 12.305 de 2010, são obrigados a estruturar e implementar sistemas 1101
de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma 1102
independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os 1103
fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes” dos seguintes produtos: 1104
embalagens e rejeitos de agrotóxicos; pilhas e baterias; pneus; óleos lubrificantes seus 1105
resíduos e embalagens; lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz 1106
mista; produtos eletroeletrônicos e seus componentes. 1107
Na sequência apresenta-se o diagnóstico atual dos resíduos especiais incluídos no 1108
sistema de logística reversa no município de Américo de Campos. 1109
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Embalagens de Agrotóxicos 1110
O município não possui controle da logística reversa das embalagens de agrotóxico do 1111
município, fica a cargo dos produtores rurais. 1112
Pilhas e baterias 1113
O município não realiza a coleta específica desse tipo de resíduo. 1114
Pneus 1115
A destinação final adequada dos pneus inservíveis é uma ação implantada desde o ano 1116
2014, por meio do Termo de Parceria, firmado entre os membros do CIDAS – Consórcio 1117
Intermunicipal de Desenvolvimento Ambiental Sustentável (Alvares Florence, Américo de 1118
Campos, Cardoso, Cosmorama, Meridiano, Parisi, Paulo de Faria, Pedranópolis, Pontes 1119
Gestal, Valentim Gentil e Votuporanga), para utilização de Ecopontos de Pneus, 1120
localizados no município de Votuporanga e Cosmorama, visando à destinação adequada 1121
de pneus inservíveis para a empresa Anip/Reciclanip. 1122
Os estabelecimentos comerciais do município, compreendidos por borracharias, 1123
bicicletarias, prestadores de serviços e demais segmentos que manuseiam pneus 1124
inservíveis, são obrigados a possuir locais seguros para o recolhimento dos referidos 1125
produtos, atendendo as normas técnicas e legislação em vigor no país. No município há 1126
02 (duas) borracharias automotivas, sendo 01 (uma) com revenda e 03 (três) 1127
bicicletarias/oficina de motos. 1128
O Município de Américo de Campos, mediante parceria, executa o recolhimento e a 1129
destinação final ambientalmente adequada dos pneus e seus rejeitos. Temporariamente, 1130
os pneus ficam em um barracão de propriedade da prefeitura, esperando alcançar um 1131
volume que compense o encaminhamento pela transportadora prestadora de serviços da 1132
Reciclanip. 1133
As fotos 3.62 e 3.63 mostram um carregamento realizado em 02 de maio de 2017. 1134
Foto 3.62 – Carregamento dos pneus inservíveis Foto 3.63 – Galpão dos pneus inservíveis
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Foram coletados desde a implantação do depósito municipal de Américo de Campos em 1135
2012, aproximadamente 162 mil quilos de pneus. 1136
Óleos Lubrificantes, seus Resíduos e Embalagens 1137
O município não realiza a coleta específica desse tipo de resíduo. 1138
Lâmpadas Fluorescentes, de Vapor de Sódio e Mercúrio e de Luz Mista e Produtos 1139
Eletroeletrônicos e Componentes 1140
O município realiza armazenamento das lâmpadas fluorescentes e produtos 1141
eletroeletrônicos no barracão de triagem, entretanto, ainda não possui destinação 1142
adequada desses resíduos. 1143
A Ilustração 3.4 apresenta a localização dos pontos de interesse do sistema de resíduos 1144
sólidos do município. 1145
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Ilustração 3.4 - Pontos de interesse do sistema de resíduos sólidos do município 1146
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4. ESTUDO POPULACIONAL E DE DEMANDAS E CONTRIBUIÇÕES 1147
Apresentam-se a seguir, dados resumidos relativos às populações atendidas e as 1148
respectivas demandas e contribuições dos serviços contemplados ao longo do período de 1149
planeamento (2019 – 2038). 1150
4.1 ESTUDO POPULACIONAL 1151
Este capítulo apresenta os estudos populacionais realizados para o Município de Américo 1152
de Campos com vistas a subsidiar o Plano Específico de Saneamento do Município. 1153
Inicialmente são sistematizados e analisados os dados censitários que caracterizam a 1154
evolução recente da população residente no município. 1155
Em seguida, são apresentadas as projeções da população do município realizadas para o 1156
horizonte de projeto, o ano 2038. Os estudos incorporam também a desagregação da 1157
população projetada segundo a sua situação de domicílio urbana e rural. O município 1158
possui apenas o Distrito Sede. 1159
Finalmente, são apresentadas as estimativas de crescimento do número de domicílios no 1160
horizonte de projeto, que constitui o parâmetro de referência principal para os planos de 1161
expansão dos serviços de saneamento. 1162
Série histórica dos dados censitários 1163
A série histórica dos dados censitários que registram a evolução da população do 1164
município de Américo de Campos acha-se registrada no Quadro 4.1. Os valores foram 1165
desagregados segundo a situação do domicílio, em população urbana e rural. A série 1166
histórica considerada abrange os censos de 1980, 1991, 2000 e 2010. 1167
QUADRO 4.1 – EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO DO MUNICÍPIO DE AMÉRICO DE CAMPOS 1168 SEGUNDO CONDIÇÃO DE MORADIA – 1980 A 2010 1169
Ano População (hab.) Grau de
Urban. (%)
TGCA (% a.a.)
Urbana Rural Total Urbana Rural Total
1980 3357 3517 6874 48,84 - - -
1991 3658 1932 5590 65,44 0,86 -5,81 -2,05
2000 4388 1206 5594 78,44 1,84 -4,60 0,01
2010 4788 918 5706 83,91 0,88 -2,69 0,20
1170
Da análise do Quadro 4.1 é possível observar que o município de Américo de Campos 1171
pertence aos municípios de porte populacional pequeno, com menos de 10 mil habitantes, 1172
e possui dinâmica de crescimento positiva na área urbana e negativa acentuada para a 1173
área rural. A última taxa de crescimento registrada é de 0,20% a.a., valor abaixo taxa 1174
média registrada no Estado de São Paulo como um todo, que é de 0,83%a.a.. 1175
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Em decorrência desse processo de evasão mais acentuada da população do campo, a 1176
taxa de urbanização do Município de Américo de Campos vem aumentando, tendo 1177
passado de, 48,84% em 1980, quando o município era majoritariamente rural, para 1178
83,91% em 2010, se aproximando da taxa do Estado de São Paulo, que é de 96%. 1179
O crescimento do número de domicílios no município de Américo de Campos é positivo se 1180
considerada a área urbana, e negativo para a área rural, correspondendo às taxas de 1181
crescimento populacional vistas acima. Em decrescimento está também o número médio 1182
de pessoas por domicílio. No último período intercensitário, a média no município de 1183
Américo de Campos passou de 3,14 pessoas por domicílio para 2,89 conforme indicado 1184
no Quadro 4.2. 1185
QUADRO 4.2 – EVOLUÇÃO DO NÚMERO MÉDIO DE PESSOAS POR DOMICÍLIO – 1186 2000 A 2010 1187
Município
Domicílios particulares permanentes Número médio de pessoas por domicílio
2000 2010 2000 2010
Total
Urbano
Rural
Total
Urbano
Rural
Total
Urbano
Rural
Total
Urbano
Rural
Américo de Campos
1782
1424 358 1976
1672 304 3,14 3,08 3,37 2,89 2,86 3,02
1188
Projeções populacionais e de domicílios 1189
As projeções populacionais e de domicílios adotadas no presente Plano Específico de 1190
Saneamento do Município de Américo de Campos foram baseadas no projeto “Projeção 1191
da População e dos Domicílios para os Municípios do Estado de São Paulo”, 1192
desenvolvido pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados – Seade, para a 1193
Superintendência de Planejamento Integrado da Companhia de Saneamento Básico do 1194
Estado de São Paulo – Sabesp, que teve como objetivo a elaboração de projeções de 1195
população e domicílios para todos os municípios do Estado de São Paulo e distritos da 1196
capital, entre os anos de 2010 e 2050. 1197
Estas projeções consideraram três cenários alternativos de crescimento populacional de 1198
acordo com o comportamento possível das variáveis demográficas no futuro: Cenário 1199
Recomendado, Limite Inferior e Limite Superior. Analisando tais cenários em confronto 1200
com as projeções realizadas pelo IBGE, optou-se pela adoção da projeção relativa ao 1201
Cenário Limite Superior. 1202
As projeções da Seade e sua extensão até 2038 – horizonte deste plano, para o 1203
município de Américo de Campos, acham-se reproduzidas no Quadro 4.3 e nos Gráficos 1204
4.1 e 4.2, permitindo visualizar a aderência dessas projeções à tendência histórica. 1205
1206
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QUADRO 4.3 – PROJEÇÕES DA POPULAÇÃO TOTAL DO MUNICÍPIO DE AMÉRICO DE 1207 CAMPOS – 2000 A 2038 1208
Município
População (hab.)
Residente Projetada
2000 2010 2020 2038
Américo de Campos 4388 4788 5929 5878
1209 Gráfico 4.1 - Evolução da População do Município de Américo de Campos – 2010 a 2038 1210
1211 Gráfico 4.2 - Taxa Geométrica de Crescimento Anual da População de Américo de Campos – 2010 a 1212
2038 1213 1214
A taxa de crescimento do município de Américo de Campos decresceu regularmente 1215
desde o ano de 2010, enquanto a taxa rural mostra sinais de crescimento saindo do valor 1216
negativo. As projeções da SEADE para o município consideram uma evolução inferior ao 1217
crescimento linear, de modo que ao final do período de projeto, os patamares encontram-1218
se próximos ao mero crescimento vegetativo. 1219
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A desagregação da população projetada segundo a situação do domicílio foi realizada 1220
pela SEADE mediante a aplicação de função logística aos dados referentes à proporção 1221
de população rural sobre a população total registrada nos últimos censos. A população 1222
rural resultou da aplicação da série assim projetada aos valores da população total e a 1223
população urbana, da diferença entre população total e população rural. A SEADE 1224
apresenta essa desagregação somente para o cenário Recomendado. Neste plano que 1225
adota o cenário Limite Superior foram consideradas as mesmas taxas de urbanização 1226
projetadas pela SEADE para o cenário Recomendado, uma vez que a metodologia 1227
utilizada assim o permite. 1228
Os resultados dos cálculos estão apresentados no Quadro 4.4. 1229
QUADRO 4.4 – ESTIMATIVA DA POPULAÇÃO URBANA E RURAL DO MUNICÍPIO DE 1230 AMÉRICO DE CAMPOS (2010 A 2038) 1231
Ano População Total População Urbana População Rural % Urbanização
2010 5705 4787 918 83,91
2011 5729 4833 896 84,36
2012 5755 4879 876 84,78
2013 5778 4922 856 85,18
2014 5803 4965 838 85,56
2015 5828 5008 820 85,93
2016 5848 5045 803 86,27
2017 5868 5082 786 86,61
2018 5889 5119 770 86,93
2019 5909 5154 755 87,23
2020 5929 5189 740 87,51
2021 5939 5213 726 87,78
2022 5950 5239 711 88,05
2023 5961 5264 697 88,30
2024 5972 5287 685 88,53
2025 5982 5309 673 88,74
2026 5982 5322 660 88,96
2027 5982 5334 648 89,17
2028 5982 5346 636 89,36
2029 5982 5357 625 89,55
2030 5982 5367 615 89,72
2031 5973 5368 605 89,88
2032 5963 5369 594 90,03
2033 5954 5369 585 90,18
2034 5944 5369 575 90,32
2035 5936 5370 566 90,46
2036 5916 5358 558 90,57
2037 5897 5349 548 90,70
2038 5878 5337 541 90,79
1232
A projeção dos domicílios totais foi elaborada pela SEADE com base na hipótese de que 1233
a relação entre domicílios ocupados e domicílios totais se manterá constante ao longo do 1234
período de projeto e igual àquela registrada em 2010. 1235
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A SEADE apresenta a projeção dos domicílios desagregada segundo a situação do 1236
domicílio somente para o cenário Recomendado. Neste Plano que adota o cenário Limite 1237
Superior, foram consideradas as mesmas proporções de domicílios urbanos e rurais 1238
projetadas pela SEADE para o cenário Recomendado, uma vez que a metodologia 1239
utilizada assim o permite. 1240
Os resultados obtidos acham-se registrados no Quadro 4.5. 1241
QUADRO 4.5 – DO NÚMERO DE DOMICÍLIOS URBANOS E RURAIS DO MUNICÍPIO DE 1242 AMÉRICO DE CAMPOS (2010 A 2038) 1243
Ano Domicílios
Particulares Ocupados
Domicílios Particulares Ocupados Urbanos
Domicílios Particulares Ocupados
Rurais
Domicílios Particulares
Totais
Domicílios Particulares
Totais Urbanos
Domicílios Particulares
Totais Rurais
2010 1976 1672 304 2393 2025 368
2011 2002 1703 299 2424 1915 509
2012 2028 1733 295 2456 1953 503
2013 2054 1763 291 2487 1992 495
2014 2081 1794 287 2520 2031 489
2015 2108 1825 283 2552 2071 481
2016 2132 1852 280 2582 2107 475
2017 2157 1881 276 2613 2144 469
2018 2181 1909 272 2641 2178 463
2019 2207 1937 270 2673 2216 457
2020 2233 1966 267 2704 2252 452
2021 2253 1989 264 2729 2283 446
2022 2274 2014 260 2754 2313 441
2023 2295 2038 257 2780 2345 435
2024 2316 2061 255 2805 2375 430
2025 2338 2086 252 2832 2406 426
2026 2352 2104 248 2849 2429 420
2027 2367 2122 245 2867 2453 414
2028 2383 2141 242 2886 2476 410
2029 2398 2158 240 2904 2500 404
2030 2415 2177 238 2925 2525 400
2031 2423 2188 235 2934 2539 395
2032 2431 2199 232 2944 2554 390
2033 2439 2210 229 2954 2569 385
2034 2446 2219 227 2962 2581 381
2035 2454 2230 224 2972 2596 376
2036 2455 2233 222 2973 2602 371
2037 2457 2238 219 2975 2609 366
2038 2459 2242 217 2978 2615 363
1244
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ENGECORPS
Projeções Populacionais e de Domicílios relativos à Área de Projeto 1245
Definições da Área de Projeto 1246
A área de interesse do Plano Específico de Saneamento é o território do município de 1247
Américo de Campos como um todo e, mais especificamente, as suas áreas urbanas. 1248
Demais loteamentos não incluídos no perímetro urbano do município, como condomínios 1249
dispersos de chácaras, caso existam, não fazem parte do escopo do presente contrato, 1250
devendo ter sistemas de saneamento próprios. Assim sendo, a área de projeto do 1251
presente Plano Específico de Saneamento corresponde apenas à zona urbana do Distrito 1252
Sede. 1253
Projeção da População da Área de Projeto 1254
A projeção da população da área de projeto foi estipulada considerando que nela estará 1255
concentrada toda a população urbana projetada para o município de Américo de Campos. 1256
Os resultados dessa projeção populacional da área de projeto são apresentados no 1257
Quadro 4.6. 1258
QUADRO 4.6 – PROJEÇÃO POPULACIONAL ADOTADA E O NÚMERO DE DOMICÍLIOS DA 1259 ÁREA DE PROJETO – 2010 A 2038 1260
Ano População Urbana Domicílios na área de
projeto Número de pessoas por
domicílio na área de projeto
2010 4787 2025 2,36
2011 4833 1915 2,52
2012 4879 1953 2,50
2013 4922 1992 2,47
2014 4965 2031 2,44
2015 5008 2071 2,42
2016 5045 2107 2,39
2017 5082 2144 2,37
2018 5119 2178 2,35
2019 5154 2216 2,33
2020 5189 2252 2,30
2021 5213 2283 2,28
2022 5239 2313 2,26
2023 5264 2345 2,24
2024 5287 2375 2,23
2025 5309 2406 2,21
2026 5322 2429 2,19
2027 5334 2453 2,17
2028 5346 2476 2,16
2029 5357 2500 2,14
2030 5367 2525 2,13
2031 5368 2539 2,11
2032 5369 2554 2,10
2033 5369 2569 2,09
2034 5369 2581 2,08
2035 5370 2596 2,07
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ENGECORPS
Ano População Urbana Domicílios na área de
projeto Número de pessoas por
domicílio na área de projeto
2036 5358 2602 2,06
2037 5349 2609 2,05
2038 5337 2615 2,04
1261
4.2 ESTUDO DE DEMANDAS E CONTRIBUIÇÕES 1262
4.2.1 Sistema de Abastecimento de Água 1263
4.2.1.1 Áreas do Município Sujeitas ao Abastecimento Público 1264
No caso específico de Américo de Campos, o estudo de demandas considerou as 1265
populações já atualmente abastecidas pelo sistema público, composta pela área urbana 1266
da Sede e o bairro afastado Cabeceira das Águas Paradas. 1267
4.2.1.2 Critérios e Parâmetros de Projeto 1268
Os critérios e parâmetros estabelecidos para o presente estudo referente ao município 1269
são aqueles usualmente empregados em projetos de saneamento básico, adequados às 1270
particularidades da área de projeto. Na definição dos mesmos, foram consideradas as 1271
Normas da ABNT, os dados coletados junto a Prefeitura e, também, as informações 1272
disponíveis em sites e na bibliografia especializada. 1273
Etapas de Planejamento 1274
O período de projeto abrangerá de 2019 a 2038 (20 anos). A esquematização de 1275
desenvolvimento dos planos e de implantação de obras é a seguinte, em concordância 1276
com as orientações da SSRH: 1277
2017 e 2018 – elaboração dos planos municipais; 1278
2019 até o final de 2020 – obras emergenciais (ações imediatas); 1279
2019 até o final de 2022 – obras de curto prazo (4 anos); 1280
2019 até o final de 2026 – obras de médio prazo (8 anos); 1281
A partir de 2027 até o final do plano (ano 2038) – obras de longo prazo. 1282
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ENGECORPS
Cota Per Capita de Água 1283
Conforme definição do SNIS, em seu quadro de indicadores, o consumo médio per capita 1284
(IN022) pode ser obtido através do volume de água consumido (excluindo-se o volume de 1285
água tratada exportado, caso ele exista), dividido pela população atendida com 1286
abastecimento de água. Esse consumo médio por habitante, por definição, inclui, 1287
também, o consumo comercial, público e industrial (pequenas indústrias, excluindo-se o 1288
consumo de processo). 1289
Com base nos dados obtidos para o ano de 2015 indicados no item 3 deste Plano, o 1290
consumo total anual foi de 444.408 m³ de água. Analisando os dados do item 4.1 descrito 1291
anteriormente, temos uma população urbana no ano de 2015 de 5.008 habitantes. Dessa 1292
maneira, conclui-se que o consumo médio foi de 243,1 L/hab/dia. Vale lembrar que os 1293
prédios públicos e as praças não possuem hidrômetros. 1294
Como o município apresenta um índice de perdas acima da média proposta e por motivos 1295
de economia, será considerada uma cota de 200 L/hab/dia para o futuro período de 1296
planejamento (anos de 2019 a 2038). 1297
Coeficientes de Majoração de Vazão 1298
Os coeficientes de majoração de vazão correspondem ao coeficiente do dia de maior 1299
consumo - K1 e ao coeficiente da hora de maior consumo - K2. 1300
Os coeficientes são definidos, de acordo com a NBR-12211 (Estudo de Concepção de 1301
Sistemas Públicos de Abastecimento de Água), como: 1302
K1 - relação entre o maior consumo diário, verificado no período de um ano, e o 1303
consumo médio diário, nesse mesmo período; 1304
K2 - relação entre a vazão máxima horária e a vazão média do dia de maior 1305
consumo. 1306
Admitiram-se, como válidos, dados conservadores (K1=1,20 e K2=1,50), já que são 1307
valores comumente empregados em projetos de sistemas de abastecimento de água. 1308
Metas de Atendimento 1309
De acordo com a Prefeitura, o Sistema de Abastecimento de Água de Américo de 1310
Campos atende atualmente toda a população urbana e, portanto, apresenta índice de 1311
atendimento de 100%. Esse contingente correspondia, em 2015, a 5.008 habitantes, de 1312
acordo com a projeção populacional apresentada anteriormente. 1313
O indicador AG026 é referido às populações urbanas efetivamente atendidas (ligações 1314
ativas), podendo haver um contingente adicional de populações nessas localidades ainda 1315
não atendidas pela rede pública. Na área rural, onde predominam pequenos núcleos e 1316
domicílios dispersos, utilizam-se poços rasos. 1317
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ENGECORPS
Para a nova concepção dos sistemas, foi considerado que o atendimento ao Distrito Sede 1318
(áreas urbanas) será integral durante todo o período de planejamento, mantendo-se, 1319
portanto, o atendimento atual que corresponde a 100% da população dessa localidade 1320
(AG026 e IN023). 1321
Metas para Redução de Perdas 1322
Essa avaliação deve ser efetuada partindo-se de índices já verificados, considerando a 1323
área total atualmente atendida. 1324
Apesar do município ainda não possuir um programa de redução de perdas em 1325
andamento, o PMSB-2017 (Consórcio ENGECORPS/MAUBERTEC) propõe metas para a 1326
redução do índice de perdas municipal, visando à manutenção de um quadro de 1327
demandas coerente com os propósitos que devem nortear os municípios integrantes de 1328
todas as UGRHIs do Estado de São Paulo na situação da necessidade de economia de 1329
água. 1330
A redução dos índices de perdas na distribuição proposta nesse PMSB-2017 considera as 1331
dificuldades inerentes à implementação de um programa, os custos envolvidos e a natural 1332
demora em obtenção de resultados, que em geral envolvem as seguintes ações: 1333
Construção de novas redes, em função da necessidade de expansão, além da 1334
substituição de redes de distribuição, tendo em vista os diâmetros reduzidos, a 1335
idade e os materiais empregados (fibrocimento e outros); 1336
Instalação de novos hidrômetros e substituição de hidrômetros existentes, em 1337
função de defeitos e incapacidade de registro de vazões corretas; 1338
Instalação de válvulas de manobras para configuração dos setores de 1339
abastecimento propostos; 1340
Várias medidas relacionadas com a otimização dos sistemas, para combate e 1341
controle das perdas reais (vazamentos diversos) e das perdas aparentes (cadastro 1342
de consumidores, submedição, ligações clandestinas, gestão comercial, etc.), com 1343
base em um Programa de Redução de Perdas. 1344
Conforme mencionado, a perda física no SAA de Américo de Campos era de 46,44% em 1345
2015. Trata-se de um índice elevado e as metas deste Plano serão elaboradas de forma a 1346
atingir um índice de 25% ao final do horizonte de planejamento (2038), de forma 1347
gradativa, como demonstrado a seguir. 1348
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QUADRO 4.7 – PROPOSIÇÃO PARA A DIMINUIÇÃO DOS ÍNDICES DE PERDAS NA 1349 DISTRIBUIÇÃO – DISTRITO AMÉRICO DE CAMPOS – PMSB – 2017 1350
Ano Índice de Perda
(%) Ano
Índice de Perda
(%)
2015 46,44 2025 38,94
2018 46,44 2030 33,58
2019 45,37 2035 28,22
2020 44,30 2038 25,00
1351
4.2.1.3 Estimativa das Demandas 1352
Com base na evolução populacional e nos critérios e parâmetros de projeto, encontra-se 1353
apresentada, no Quadro 4.8, as demandas para o sistema de abastecimento de água do 1354
município, para o Distrito Sede, que equivale à totalização das demandas para todo o 1355
Município de Américo de Campos – áreas urbanas.4 1356
1357
4 NOTA – Com relação às populações da área rural, não há sentido o cálculo das demandas totais para essas populações, porque as
soluções poderão ser localizadas. O atendimento deverá abranger, eventualmente, pequenos núcleos, para os quais poderão ser propostas soluções integradas, caso conveniente; no entanto, deverão prevalecer as populações disseminadas, para as quais se adotarão soluções individuais. Estudos mais aprofundados com relação a esse tema deverão ser apresentados no produto P3(Objetivos e Metas).
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QUADRO 4.8 – ESTIMATIVA DOS CONSUMOS E VAZÕES DISTRIBUÍDAS DE ÁGUA-AMÉRICO DE CAMPOS-DISTRITO SEDE 1358
Ano
Popul.
Urbana
(hab)
% de
atendi-
mento
Popul.
Urb.Abast.
(hab)
Cota
(l/hab.dia)
Consumo Parcial Vazão
Industr.
(l/s)
Consumo Total IP
(%)
Vazão de
Perdas
(l/s)
Vazão Distribuída Vreserv
necess.
(m³)
Doméstico(l/s) Doméstico+Industrial(l/s) Doméstica+Industrial(l/s)
Qmédia Qmáx.dia Qmáx.hora Qmédia Qmáx.dia Qmáx.hora Qmédia Qmáx.dia Qmáx.hora
2.015 5008 100 5.008 200,0 11,6 13,9 20,9 0,0 11,6 13,9 20,9 46,44 10,1 21,6 24,0 30,9 690
2.016 5045 100 5.045 200,0 11,7 14,0 21,0 0,0 11,7 14,0 21,0 46,44 10,1 21,8 24,1 31,1 695
2.017 5082 100 5.082 200,0 11,8 14,1 21,2 0,0 11,8 14,1 21,2 46,44 10,2 22,0 24,3 31,4 700
2.018 5119 100 5.119 200,0 11,9 14,2 21,3 0,0 11,9 14,2 21,3 46,44 10,3 22,1 24,5 31,6 705
2.019 5154 100 5.154 200,0 11,9 14,3 21,5 0,0 11,9 14,3 21,5 45,37 9,9 21,8 24,2 31,4 698
2.020 5189 100 5.189 200,0 12,0 14,4 21,6 0,0 12,0 14,4 21,6 44,30 9,6 21,6 24,0 31,2 690
2.021 5213 100 5.213 200,0 12,1 14,5 21,7 0,0 12,1 14,5 21,7 43,22 9,2 21,3 23,7 30,9 682
2.022 5239 100 5.239 200,0 12,1 14,6 21,8 0,0 12,1 14,6 21,8 42,15 8,8 21,0 23,4 30,7 674
2.023 5264 100 5.264 200,0 12,2 14,6 21,9 0,0 12,2 14,6 21,9 41,08 8,5 20,7 23,1 30,4 666
2.024 5287 100 5.287 200,0 12,2 14,7 22,0 0,0 12,2 14,7 22,0 40,01 8,2 20,4 22,8 30,2 658
2.025 5309 100 5.309 200,0 12,3 14,7 22,1 0,0 12,3 14,7 22,1 38,94 7,8 20,1 22,6 30,0 650
2.026 5322 100 5.322 200,0 12,3 14,8 22,2 0,0 12,3 14,8 22,2 37,86 7,5 19,8 22,3 29,7 642
2.027 5334 100 5.334 200,0 12,3 14,8 22,2 0,0 12,3 14,8 22,2 36,79 7,2 19,5 22,0 29,4 634
2.028 5346 100 5.346 200,0 12,4 14,8 22,3 0,0 12,4 14,8 22,3 35,72 6,9 19,3 21,7 29,2 626
2.029 5357 100 5.357 200,0 12,4 14,9 22,3 0,0 12,4 14,9 22,3 34,65 6,6 19,0 21,5 28,9 618
2.030 5367 100 5.367 200,0 12,4 14,9 22,4 0,0 12,4 14,9 22,4 33,58 6,3 18,7 21,2 28,6 610
2.031 5368 100 5.368 200,0 12,4 14,9 22,4 0,0 12,4 14,9 22,4 32,50 6,0 18,4 20,9 28,4 602
2.032 5369 100 5.369 200,0 12,4 14,9 22,4 0,0 12,4 14,9 22,4 31,43 5,7 18,1 20,6 28,1 594
2.033 5369 100 5.369 200,0 12,4 14,9 22,4 0,0 12,4 14,9 22,4 30,36 5,4 17,8 20,3 27,8 586
2.034 5369 100 5.369 200,0 12,4 14,9 22,4 0,0 12,4 14,9 22,4 29,29 5,1 17,6 20,1 27,5 578
2.035 5370 100 5.370 200,0 12,4 14,9 22,4 0,0 12,4 14,9 22,4 28,22 4,9 17,3 19,8 27,3 570
2.036 5358 100 5.358 200,0 12,4 14,9 22,3 0,0 12,4 14,9 22,3 27,14 4,6 17,0 19,5 26,9 562
2.037 5349 100 5.349 200,0 12,4 14,9 22,3 0,0 12,4 14,9 22,3 26,07 4,4 16,7 19,2 26,7 554
2.038 5337 100 5.337 200,0 12,4 14,8 22,2 0,0 12,4 14,8 22,2 25,00 4,1 16,5 18,9 26,4 546
1359
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4.2.1.4 Estimativa da Redução de Perdas por Ligação 1361
A partir dos dados apresentados anteriormente em relação às estimativas de demandas, 1362
foram também estimadas as reduções nas perdas por ligação a partir dos seguintes 1363
critérios: 1364
foi utilizado o indicador do Ministério das Cidades – SNIS- IN051, que define as perdas 1365
por ligação da seguinte forma: 1366
IN051= Volume Produzido-Volume Consumido-Volume de Serviço
Quantidade de ligações ativas de água
o volume produzido foi obtido das planilhas de demandas (equivalente às vazões 1367
distribuídas ano a ano) e o volume consumido das mesmas planilhas (consumo total 1368
ano a ano); 1369
o número de ligações ativas foi informado pela Prefeitura correspondente ao ano de 1370
2017 – 2.552 unidades, e a evolução dessas ligações foi efetuada considerando a taxa 1371
de crescimento das populações urbanas abastecidas, de acordo com o apresentado 1372
no item 4.1. 1373
Com esses dados, estimaram-se as perdas por ligações ano a ano para o município de 1374
Américo de Campos como um todo. Os valores obtidos encontram-se apresentados no 1375
Quadro 4.9. 1376
Pode-se observar que, no caso de implementação de um Programa de Redução de 1377
Perdas, deverá propiciar economia no volume de água a ser produzido e, 1378
consequentemente nos custos de operação do sistema. 1379
1380
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ENGECORPS
QUADRO 4.9 – ESTIMATIVA DAS PERDAS POR LIGAÇÃO-AMÉRICO DE CAMPOS-TOTAL 1381
Ano
Popul.
Urb.Abast.
(hab)
Vazão Consumida
Qmédia
(L/s)
Vazão Distribuída
Qmédia
(L/s)
Vazão de Perda
Qmédia
(L/s)
nº de
ligações ativas
(área urbana)
Perda por
Ligação
(L/ligação.dia)
Valor
Equivalente
(%)
2017 5082 11,8 22,0 10,2 2.552 345 46,4
2018 5119 11,9 22,1 10,3 2.571 345 46,4
2019 5154 11,9 21,8 9,9 2.588 331 45,4
2020 5189 12,0 21,6 9,6 2.605 317 44,3
2021 5213 12,1 21,3 9,2 2.618 303 43,2
2022 5239 12,1 21,0 8,8 2.631 290 42,2
2023 5264 12,2 20,7 8,5 2.643 278 41,1
2024 5287 12,2 20,4 8,2 2.655 266 40,0
2025 5309 12,3 20,1 7,8 2.666 254 38,9
2026 5322 12,3 19,8 7,5 2.672 243 37,9
2027 5334 12,3 19,5 7,2 2.678 232 36,8
2028 5346 12,4 19,3 6,9 2.684 221 35,7
2029 5357 12,4 19,0 6,6 2.690 211 34,6
2030 5367 12,4 18,7 6,3 2.695 201 33,6
2031 5368 12,4 18,4 6,0 2.696 192 32,5
2032 5369 12,4 18,1 5,7 2.696 183 31,4
2033 5369 12,4 17,8 5,4 2.696 174 30,4
2034 5369 12,4 17,6 5,1 2.696 165 29,3
2035 5370 12,4 17,3 4,9 2.696 157 28,2
2036 5358 12,4 17,0 4,6 2.691 148 27,1
2037 5349 12,4 16,7 4,4 2.686 140 26,1
2038 5337 12,4 16,5 4,1 2.680 133 25,0
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ENGECORPS
4.2.2 Sistema de Esgotos Sanitários 1382
4.2.2.1 Áreas do Município Sujeitas ao Esgotamento/Tratamento dos Esgotos 1383
No caso específico de Américo de Campos, o estudo da configuração de esgotamento 1384
considerou as populações já atualmente atendidas pelo sistema público, composta pela 1385
sede urbana e bairro isolado Cabeceira das Águas Paradas. 1386
4.2.2.2 Critérios e Parâmetros de Projeto 1387
Os critérios e parâmetros, estabelecidos para o presente estudo referentes ao Distrito 1388
Sede são aqueles usualmente empregados em projetos de saneamento básico, 1389
adequados às particularidades da área de projeto. Na definição dos mesmos, foram 1390
consideradas as Normas da ABNT, os dados coletados junto a Prefeitura e, também, as 1391
informações disponíveis em sites e na bibliografia especializada. 1392
Etapas de Planejamento 1393
O período de projeto abrangerá de 2019 a 2038 (20 anos). A esquematização de 1394
desenvolvimento dos planos e de implantação de obras é a seguinte, em concordância 1395
com as orientações da SSRH: 1396
2017 e 2018 – elaboração dos planos municipais; 1397
2019 até o final de 2020 – obras emergenciais (ações imediatas); 1398
2019 até o final de 2022 – obras de curto prazo (4 anos); 1399
2019 até o final de 2026 – obras de médio prazo (8 anos); 1400
A partir de 2027 até o final do plano (ano 2038) – obras de longo prazo. 1401
Estimativa da Contribuição Per Capita de Esgotos 1402
A contribuição per capita de esgotos foi adotada como 0,80 da cota per capita de água, 1403
isto é, um coeficiente de retorno de 80%. Portanto, considerando a cota per capita de 1404
água de 200 L/hab.dia, a contribuição per capita de esgotos será de 160 L/hab.dia. 1405
Coeficientes de Majoração de Vazão 1406
Os coeficientes de majoração de vazão correspondem ao coeficiente do dia de maior 1407
consumo - K1 e ao coeficiente da hora de maior consumo - K2. 1408
Os coeficientes são definidos, de acordo com a NBR-12211 (Estudo de Concepção de 1409
Sistemas Públicos de Abastecimento de Água), como: 1410
K1 - relação entre o maior consumo diário, verificado no período de um ano, e o 1411
consumo médio diário, nesse mesmo período; 1412
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K2 - relação entre a vazão máxima horária e a vazão média do dia de maior 1413
consumo. 1414
Admitiram-se, como válidos, dados conservadores (K1=1,20 e K2=1,50), já que são 1415
valores comumente empregados em projetos de sistemas de esgotos sanitários. 1416
Metas de Atendimento (Esgotamento) 1417
De acordo com os últimos dados disponíveis, o índice de atendimento urbano, através da 1418
rede pública é de 97% (apenas o bairro isolado não possui sistema de esgotamento). 1419
Conforme apresentado anteriormente, a Prefeitura diz que as ligações de esgoto 1420
correspondam a 99% das ligações de água (apenas algumas ligações a menos). Diante 1421
do exposto, o presente estudo buscará elevar o índice de atendimento atual para 100%. 1422
O indicador ES026 é referido às populações urbanas efetivamente atendidas (ligações 1423
ativas), podendo haver um contingente adicional de populações nessas localidades ainda 1424
não atendidas pela rede pública. Nas demais localidades da área rural, onde predominam 1425
pequenos núcleos e domicílios dispersos, utilizam-se fossas sépticas, sumidouros e 1426
fossas negras. 1427
Para a nova concepção dos sistemas, foi considerado que o atendimento das áreas 1428
urbanas será integral durante todo o período de planejamento, buscando a 1429
universalização, ou seja, elevar o atendimento atual para 100% da população urbana de 1430
Américo de Campos (ES026 e IN024). 1431
Metas de Tratamento 1432
O índice de tratamento de esgotos indicado no SNIS 2015 apontava um valor de 100% 1433
(IN016), valor correspondente ao tratamento dos esgotos coletados no perímetro urbano do 1434
Distrito Sede. No entanto, em visita ao município, constatou-se que grande parte do 1435
esgoto não estava sendo tratado e era lançado diretamente no córrego, fato esse 1436
decorrente do sobrecarregamento do sistema. 1437
Para a nova concepção dos sistemas, foi considerado que o atendimento das áreas 1438
urbanas deverá se manter em 100%, que representa o atendimento integral na área 1439
urbana ao final do período de planejamento (2038). 1440
Fica relatado que o sistema deverá ser reestruturado para que o tratamento possa ser 1441
realmente universal dentro de toda a área urbana do município. 1442
Coeficiente de Infiltração na Rede 1443
Para o coeficiente de infiltração foi adotado o valor de 0,20 L/s.km, valor tradicionalmente 1444
utilizado em projetos de rede coletora de esgotos. 1445
1446
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Estimativa da Evolução de Implantação de Rede de Esgotos 1447
Considerou-se, para efeito de estimativa da evolução de implantação de rede de esgotos, 1448
que toda a área considerada (Distrito Sede) possui rede coletora na maior parte das 1449
mesmas, havendo, no entanto, novas implantações com o crescimento vegetativo das 1450
populações. 1451
Para isso, a projeção das redes foi estimada considerando a extensão da rede de esgoto 1452
no atual cenário, 30.352,71 metros (dados do GEL 2017), por ligação (SNIS – IN021). De 1453
acordo com os últimos dados do SNIS, o município de Américo de Campos apresentou 1454
valores de IN021 de 12,17 m/lig e 12,23m/lig, nos anos de 2014 e 2015, respectivamente. 1455
Diante do exposto, a projeção das redes foi obtida considerando a média dos índices 1456
apresentados, o que daria um valor de 12,3 m/lig. 1457
O índice IN021 é baseado nas ligações totais de esgoto e, para o presente estudo, 1458
considerou-se que as mesmas evoluíram de acordo com a taxa de crescimento 1459
populacional, conforme apresentado no item 4.1. 1460
Estimativa das Cargas Orgânicas 1461
As cargas orgânicas foram adotadas como 54g DBO5/habdia, valor tradicionalmente 1462
utilizado em projetos de saneamento. 1463
4.2.2.3 Estimativa das Contribuições de Esgotos 1464
Com base na evolução populacional urbana e nos critérios e parâmetros de projeto, 1465
encontra-se apresentada, no Quadro 4.10, as contribuições para o sistema de esgotos 1466
sanitários, em termos de vazões e cargas orgânicas. 1467
1468
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QUADRO 4.10 – ESTIMATIVA DAS VAZÕES E CARGAS DE ESGOTO-ÁMERICO DE CAMPOS-DISTRITO SEDE 1469
Ano
Popul.
Urbana
(hab.)
% de
esgota-
mento
Popul.
Urb.Esgot.
(hab.)
Contr.
(l/hab.dia)
Contribuição Parcial
Indl(l/s)
Extensão
de
rede (km)
Infiltr(l/s)
Contribuição Total Carga
per capita
(KgDBO/dia)
Carga diária
total
(KgDBO/dia)
Doméstico(l/s) Doméstico+Industrial+Infiltração(l/s)
Qmédia Qmáx.dia Qmáx.hora Qmédia Qmáx.dia Qmáx.hora
2015 5008 97,0 4.858 160,00 9,0 10,8 16,2 0,0 30,35 6,1 15,1 16,9 22,3 0,054 262
2016 5045 97,0 4.894 160,00 9,1 10,9 16,3 0,0 30,35 6,1 15,1 16,9 22,4 0,054 264
2017 5082 97,0 4.930 160,00 9,1 11,0 16,4 0,0 30,35 6,1 15,2 17,0 22,5 0,054 266
2018 5119 98,0 5.017 160,00 9,3 11,1 16,7 0,0 30,40 6,1 15,4 17,2 22,8 0,054 271
2019 5154 99,0 5.103 160,00 9,4 11,3 17,0 0,0 30,45 6,1 15,5 17,4 23,1 0,054 276
2020 5189 100 5.189 160,00 9,6 11,5 17,3 0,0 30,50 6,1 15,7 17,6 23,4 0,054 280
2021 5213 100 5.213 160,00 9,7 11,6 17,4 0,0 30,54 6,1 15,8 17,7 23,5 0,054 282
2022 5239 100 5.239 160,00 9,7 11,6 17,5 0,0 30,59 6,1 15,8 17,8 23,6 0,054 283
2023 5264 100 5.264 160,00 9,7 11,7 17,5 0,0 30,64 6,1 15,9 17,8 23,7 0,054 284
2024 5287 100 5.287 160,00 9,8 11,7 17,6 0,0 30,69 6,1 15,9 17,9 23,8 0,054 286
2025 5309 100 5.309 160,00 9,8 11,8 17,7 0,0 30,74 6,1 16,0 17,9 23,8 0,054 287
2026 5322 100 5.322 160,00 9,9 11,8 17,7 0,0 30,79 6,2 16,0 18,0 23,9 0,054 287
2027 5334 100 5.334 160,00 9,9 11,9 17,8 0,0 30,84 6,2 16,0 18,0 23,9 0,054 288
2028 5346 100 5.346 160,00 9,9 11,9 17,8 0,0 30,88 6,2 16,1 18,1 24,0 0,054 289
2029 5357 100 5.357 160,00 9,9 11,9 17,9 0,0 30,93 6,2 16,1 18,1 24,0 0,054 289
2030 5367 100 5.367 160,00 9,9 11,9 17,9 0,0 30,98 6,2 16,1 18,1 24,1 0,054 290
2031 5368 100 5.368 160,00 9,9 11,9 17,9 0,0 31,03 6,2 16,1 18,1 24,1 0,054 290
2032 5369 100 5.369 160,00 9,9 11,9 17,9 0,0 31,08 6,2 16,2 18,1 24,1 0,054 290
2033 5369 100 5.369 160,00 9,9 11,9 17,9 0,0 31,13 6,2 16,2 18,2 24,1 0,054 290
2034 5369 100 5.369 160,00 9,9 11,9 17,9 0,0 31,18 6,2 16,2 18,2 24,1 0,054 290
2035 5370 100 5.370 160,00 9,9 11,9 17,9 0,0 31,22 6,2 16,2 18,2 24,1 0,054 290
2036 5358 100 5.358 160,00 9,9 11,9 17,9 0,0 31,27 6,3 16,2 18,2 24,1 0,054 289
2037 5349 100 5.349 160,00 9,9 11,9 17,8 0,0 31,32 6,3 16,2 18,2 24,1 0,054 289
2038 5337 100 5.337 160,00 9,9 11,9 17,8 0,0 31,37 6,3 16,2 18,1 24,1 0,054 288
1470 1471
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4.2.3 Sistema de Resíduos Sólidos 1472
4.2.3.1 Critérios e Parâmetros Adotados 1473
De acordo com a Prefeitura, o município de Américo de Campos gera em torno de 3,5 1474
toneladas de resíduos sólidos domiciliares por dia de coleta. Considerando uma 1475
população total5 de 5.868 habitantes, determinou-se o valor de 0,60 kg/hab/dia de média 1476
diária de geração per capita dos resíduos sólidos urbanos. Comparado ao Plano Estadual 1477
de Resíduos Sólidos, este valor encontra-se bem próximo ao esperado para municípios 1478
abaixo de 25.000 habitantes. Portanto, a média obtida foi adotada para a projeção de 1479
geração dos resíduos urbanos para o horizonte de projeto. 1480
Como parâmetro para a estimativa de quantidade dos diferentes resíduos produzidos, 1481
será utilizado a composição gravimétrica dos resíduos sólidos gerados na UGRHI 5 – PCJ 1482
divulgado no Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo, que possui um 1483
índice de 73,28% de material orgânico, 18,8% de materiais recicláveis e 7,92% de 1484
rejeitos, uma vez que a composição gravimétrica dos resíduos domiciliares de Américo de 1485
Campos é desconhecida. 1486
Para a projeção da geração de resíduos de construção civil (RCC) foi utilizada o valor per 1487
capita de 0,51 t/hab./ano, divulgado no Plano de Resíduos Sólidos do Estado de São 1488
Paulo. 1489
Para a projeção da geração de resíduos de serviços de saúde (RSS) foi utilizada o valor 1490
per capita de 4,38 kg/hab./ano, divulgado no Plano de Resíduos Sólidos do Estado de 1491
São Paulo para a região administrativa de São José do Rio Preto. 1492
4.2.3.2 Projeção da Geração de Resíduos Brutos 1493
O Quadro 4.11 apresenta a projeção da geração dos resíduos brutos do município. 1494
1495
5 A população total atendida representa 100 % da população atendida pelo sistema de limpeza urbana.
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QUADRO 4.11 – PROJEÇÃO DA GERAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (RSU), DE 1496 CONSTRUÇÃO CIVIL (RCC) E RESÍDUOS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) 1497
Ano de Planejamento
Ano Calendário
População Total (hab)
RSU
Total RCC (t/ano)
Total RSS
(t/ano)
Resíduos Secos (t/ano)
Resíduos Úmidos (t/ano)
Rejeitos (t/ano)
Total RSU (t/ano)
2 2.018 5.889 242 945 102 1.290 3.003 25,8
3 2.019 5.909 243 948 102 1.294 3.014 25,9
4 2.020 5.929 244 952 103 1.298 3.024 26,0
5 2.021 5.939 245 953 103 1.301 3.029 26,0
6 2.022 5.950 245 955 103 1.303 3.035 26,1
7 2.023 5.961 245 957 103 1.305 3.040 26,1
8 2.024 5.972 246 958 104 1.308 3.046 26,2
9 2.025 5.982 246 960 104 1.310 3.051 26,2
10 2.026 5.982 246 960 104 1.310 3.051 26,2
11 2.027 5.982 246 960 104 1.310 3.051 26,2
12 2.028 5.982 246 960 104 1.310 3.051 26,2
13 2.029 5.982 246 960 104 1.310 3.051 26,2
14 2.030 5.982 246 960 104 1.310 3.051 26,2
15 2.031 5.973 246 959 104 1.308 3.046 26,2
16 2.032 5.963 246 957 103 1.306 3.041 26,1
17 2.033 5.954 245 956 103 1.304 3.037 26,1
18 2.034 5.944 245 954 103 1.302 3.031 26,0
19 2.035 5.936 244 953 103 1.300 3.027 26,0
20 2.036 5.916 244 949 103 1.296 3.017 25,9
21 2.037 5.897 243 946 102 1.291 3.007 25,8
22 2.038 5.878 242 943 102 1.287 2.998 25,8
Elaboração: Consórcio ENGECORPS/Maubertec, 2017. 1498
4.2.3.3 Reaproveitamento de Resíduos 1499
O reaproveitamento dos resíduos sólidos passou a ser compromisso obrigatório das 1500
municipalidades após a Lei Federal nº 12.305 de 2 de agosto de 2010, que instituiu a 1501
Política Nacional dos Resíduos Sólidos. 1502
Desta forma, focou-se este aspecto nos resíduos sólidos domiciliares e nos resíduos da 1503
construção civil e demolição já que, pelos riscos à saúde pública, em função de sua 1504
patogenicidade, os resíduos de serviços de saúde não são recicláveis. 1505
De acordo com o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (Ministério do Meio Ambiente, 1506
2012), objetiva-se no Plano de Metas atingir uma taxa de reaproveitamento de 70% para 1507
os resíduos secos e úmidos (recicláveis e orgânicos), e 100% para os resíduos da 1508
construção civil e demolição. No entanto, considerando as condições atuais do sistema no 1509
município de Américo de Campos, definiu-se que as metas de reaproveitamento no 1510
período de abrangência serão: 1511
Taxa de até 50% de reaproveitamento dos Resíduos de Construção Civil (RCC), 1512
optou-se por adotar taxa menor à estabelecida no Plano Nacional de Resíduos, pois o 1513
município ainda não conta com Ecopontos para deposição de pequenos geradores de 1514
RCC e usina de reciclagem de entulhos, além do mais a quantidade per capita de 1515
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geração desses resíduos é inferior aos dados divulgado no Panorama dos Resíduos 1516
Sólidos do Estado de São Paulo (0,51 t/hab.ano); 1517
Taxa de até 50% de reaproveitamento dos resíduos úmidos provenientes dos RSU, 1518
também adotou-se menor taxa, tendo em vista a dificuldade atual de controle dos 1519
resíduos de potencial aproveitamento, como os resíduos de poda e capina e os 1520
orgânicos que são passíveis de compostagem ou outro tratamento que ainda não está 1521
sendo aproveitado; 1522
Por fim, adotou-se taxa de até 50% de reaproveitamento dos resíduos secos 1523
provenientes dos RSU, uma vez que já é prática comum a coleta seletiva e já existe 1524
grande conscientização da população para separação dos materiais recicláveis. 1525
Diante disto, e considerando o horizonte de planejamento de 20 anos para este PMSB, 1526
apresenta-se no Quadro 4.12 as progressões adotadas para a implementação do 1527
reaproveitamento dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) e dos Resíduos de Construção 1528
Civil e Demolição (RCC) no município de Américo de Campos, com índices nulos no Ano 1529
0 (2018), e considerando o Ano 1 (2019) como o ano de implementação do plano. Como o 1530
município já apresenta um centro de triagem para os resíduos recicláveis (RSU), este 1531
será iniciado com 10% no ano de 2018. 1532
QUADRO 4.12 – PROGRESSÕES PARA A IMPLEMENTAÇÃO DO REAPROVEITAMENTO 1533 DOS RSU E RCC 1534
Faixa de Ano de Planejamento
Faixas de Reaproveitamento (%)
Resíduos Sólidos Urbanos (RSU)
Resíduos da Construção Civil e Demolição (RCC)
Resíduos Secos Sólidos Urbanos (RSU)
Anos 1 ao 4 0% a 5,0% 0% a 5,0% 10% a 20%
Anos 5 ao 9 5,0% a 20,0% 5,0% a 20,0% 20% a 30%
Anos 10 ao 14 20,0% a 35,0% 20,0% a 35,0% 30% a 40%
Anos 15 ao 19 35,0% a 50,0% 35,0% a 50,0% 40% a 50%
Ano 20 em diante 50% 50% 50%
Elaboração: Consórcio ENGECORPS/Maubertec, 2017. 1535
Assim, seguem os Quadros 4.13 e 4.14 que apresentam, respectivamente, as projeções 1536
dos quantitativos de reaproveitamento dos resíduos sólidos urbanos e dos resíduos da 1537
construção civil e demolição do município. 1538
QUADRO 4.13 – PROJEÇÃO DO REAPROVEITAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS 1539 URBANOS (RSU) 1540
Ano de Planejamento
Ano Calendário
População Total (hab)
Reaproveitamento RSU Índice de Reaproveitamento (%) Resíduos
Secos (t/ano)
Resíduos Úmidos (t/ano)
Total RSU (t/ano) Secos Úmidos
0 2018 5889 24,2 0,0 24,2 10% 0%
1 2019 5909 29,2 28,4 57,6 12% 3%
2 2020 5929 34,2 57,1 91,3 14% 6%
3 2021 5939 39,1 85,8 124,9 16% 9%
4 2022 5950 44,1 143,2 187,3 18% 15%
5 2023 5961 49,1 191,3 240,4 20% 20%
6 2024 5972 54,1 210,8 264,9 22% 22%
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Ano de Planejamento
Ano Calendário
População Total (hab)
Reaproveitamento RSU Índice de Reaproveitamento (%) Resíduos
Secos (t/ano)
Resíduos Úmidos (t/ano)
Total RSU (t/ano) Secos Úmidos
7 2025 5982 59,1 230,4 289,5 24% 24%
8 2026 5982 64,0 249,6 313,6 26% 26%
9 2027 5982 69,0 268,8 337,8 28% 28%
10 2028 5982 73,9 288,0 361,9 30% 30%
11 2029 5982 78,8 307,2 386,0 32% 32%
12 2030 5982 83,7 326,4 410,1 34% 34%
13 2031 5973 88,5 345,1 433,6 36% 36%
14 2032 5963 93,3 363,6 456,9 38% 38%
15 2033 5954 98,1 382,2 480,3 40% 40%
16 2034 5944 102,8 400,6 503,4 42% 42%
17 2035 5936 107,5 419,2 526,7 44% 44%
18 2036 5916 112,0 436,7 548,8 46% 46%
19 2037 5897 116,5 454,3 570,8 48% 48%
20 2038 5878 121,0 471,7 592,7 50% 50%
Elaboração: Consórcio ENGECORPS/Maubertec, 2017. 1541
QUADRO 4.14 – PROJEÇÃO DO REAPROVEITAMENTO DOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO 1542 CIVIL E DEMOLIÇÃO (RCC) 1543
Ano de Planejamento
Ano Calendário
População Total (hab)
Reaproveitamento RCC (t/ano)
Índice de Reaproveitamento (%)
0 2018 5889 0 0%
1 2019 5909 90 3%
2 2020 5929 181 6%
3 2021 5939 273 9%
4 2022 5950 455 15%
5 2023 5961 608 20%
6 2024 5972 670 22%
7 2025 5982 732 24%
8 2026 5982 793 26%
9 2027 5982 854 28%
10 2028 5982 915 30%
11 2029 5982 976 32%
12 2030 5982 1.037 34%
13 2031 5973 1.097 36%
14 2032 5963 1.156 38%
15 2033 5954 1.215 40%
16 2034 5944 1.273 42%
17 2035 5936 1.332 44%
18 2036 5916 1.388 46%
19 2037 5897 1.444 48%
20 2038 5878 1.499 50%
Elaboração: Consórcio ENGECORPS/Maubertec, 2017. 1544
4.2.3.4 Projeção da Geração de Resíduos Não Reaproveitáveis 1545
O Quadro 4.15 apresenta a projeção da geração dos resíduos não reaproveitáveis 1546
(rejeitos) do município. 1547
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QUADRO 4.15 – PROJEÇÃO DA GERAÇÃO DOS RESÍDUOS NÃO REAPROVEITÁVEIS DOS 1548 RSU E RCC 1549
Ano de Planejamento
Ano Calendário População Total
(hab) Rejeitos RSU (t/ano) Rejeitos RCC (t/ano)
0 2018 5889 1265,4 3.003
1 2019 5909 1236,4 2.923
2 2020 5929 1207,2 2.842
3 2021 5939 1175,7 2.756
4 2022 5950 1115,7 2.579
5 2023 5961 1065,0 2.432
6 2024 5972 1042,9 2.376
7 2025 5982 1020,5 2.319
8 2026 5982 996,4 2.258
9 2027 5982 972,3 2.197
10 2028 5982 948,2 2.136
11 2029 5982 924,0 2.075
12 2030 5982 899,9 2.014
13 2031 5973 874,5 1.950
14 2032 5963 849,0 1.886
15 2033 5954 823,7 1.822
16 2034 5944 798,3 1.758
17 2035 5936 773,3 1.695
18 2036 5916 746,8 1.629
19 2037 5897 720,6 1.564
20 2038 5878 694,6 1.499
Elaboração: Consórcio ENGECORPS/Maubertec, 2017. 1550
5. IDENTIFICAÇÃO DOS INDICADORES UTILIZADOS PARA 1551
ANÁLISE E AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS ATUAIS DE 1552
SANEAMENTO BÁSICO 1553
Neste item são abordados os indicadores para cada um dos sistemas de saneamento 1554
objeto dos Planos Específicos a serem elaborados para o município em pauta. 1555
5.1 INDICADORES SELECIONADOS PARA OS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE 1556
ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 1557
Para análise e avaliação dos serviços atuais de abastecimento de água e de esgotamento 1558
sanitário do município, constantes do capítulo 6 adiante, foram adotados alguns 1559
indicadores conforme relação do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – 1560
SNIS - do Ministério das Cidades e do Sistema de Informações de Saneamento – SISAN, 1561
organizado pela Coordenadoria de Saneamento da Secretaria de Saneamento e 1562
Recursos Hídricos do Estado de São Paulo. Os indicadores relacionados a seguir foram 1563
considerados de maior interesse nessa fase inicial dos trabalhos, e de acordo com a 1564
disponibilidade de informações coletadas no município. 1565
1566
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Na fase de elaboração propriamente dita dos Planos Municipais Específicos de 1567
Saneamento Básico, considerando as necessidades de regulação e monitoramento do 1568
plano, será apresentada uma listagem mais extensa de indicadores, envolvendo todas as 1569
áreas necessárias, quais sejam áreas operacional, econômico-financeira e administrativa. 1570
5.1.1 Indicadores Operacionais - Água 1571
IN023 – Índice de Atendimento Urbano de Água - % 1572
População urbana atendida com abastecimento de água 1573
População urbana total 1574
IN009 – Índice de Hidrometração - % 1575
Quantidade de Ligações Ativas de Água Micromedidas 1576
Quantidade de Ligações Ativas de Água 1577
IN049 – Índice de Perdas na Distribuição - % 6 1578
Volume de Água (Produzido + Tratado Importado–de Serviço)–Volume de Água Consumido 1579
Volume de Água (Produzido + Tratado Importado–de Serviço) 1580
IN051 Índice de perdas por ligação 1581
Relaciona o volume de água produzido (AG006), o volume consumido (AG010), o volume 1582
tratado importado (AG018) e volume de serviço (AG024) com a quantidade de ligações 1583
ativas de água (AG002). Para AG002 utiliza-se a média aritmética dos valores do ano de 1584
referência e do ano anterior ao mesmo. 1585
Fórmula de cálculo: 𝐴𝐺006+𝐴𝐺018−𝐴𝐺010−𝐴𝐺024
𝐴𝐺002×
1.000.000
365 1586
IN055 – Índice de Atendimento Total de Água - % 1587
População Total Atendida com Abastecimento de Água 1588
População Total do Município Atendido com Abastecimento de Água 1589
Consumo per capita urbano l/habdia - SISAN 1590
Trata-se do volume de água consumido efetivamente, ou seja, leva em conta o volume de 1591
água consumido (AG010) mais as perdas não físicas (PNF), em relação à população 1592
urbana total do município em questão (POP_URB). 1593
Fórmula de cálculo: 𝐴𝐺010+𝑃𝐹𝑁
𝑃𝑂𝑃𝑈𝑅𝐵 ×
1.000.000
365 1594
*PNF = 33% das perdas totais 1595
1596
6 Notas: 1 – Por definição, o volume de água consumido não deve ser confundido com o volume de água faturado; o volume consumido
compreende o volume micromedido, o volume de consumo estimado para as ligações desprovidas de hidrômetro ou com o hidrômetro parado e o volume de água tratada exportado; 2 – O volume de água micromedido compreende o volume anual medido pelos hidrômetros instalados nos ramais prediais.
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5.1.2 Indicadores Econômico-Financeiros e Administrativos - Água 1597
IN005 – Tarifa Média de Água – R$/m³ 1598
Trata-se da receita operacional direta oriunda do abastecimento de água (FN002) em 1599
relação aos volumes de água faturado (AG011), agua bruta exportada (AG017) e água 1600
tratada exportada (AG019). 1601
Fórmula de cálculo: 𝐹𝑁002
𝐴𝐺011−𝐴𝐺017−𝐴𝐺019×
1
1000 1602
FN002 – Receita Operacional Direta de Água – R$/ano 1603
Valor faturado anual decorrente da prestação do serviço de abastecimento de água, 1604
resultante exclusivamente da aplicação de tarifas e/ou taxas, excluídos os valores 1605
decorrentes da venda de água exportada no atacado (bruta ou tratada). 1606
FN023 – Investimento Realizado em Abastecimento de Água – R$/ano 1607
Valor do investimento realizado no ano de referência, diretamente ou por meio de 1608
contratos celebrados pelo próprio prestador de serviços, em equipamentos e instalações 1609
incorporados ao(s) sistema(s) de abastecimento de água, contabilizado em Obras em 1610
Andamento, no Ativo Imobilizado ou no Ativo Intangível. 1611
FN020 – Despesa com Água Importada (bruta ou tratada) – R$/ano 1612
Valor anual das despesas realizadas com a importação de água - bruta ou tratada - no 1613
atacado. 1614
5.1.3 Indicadores Operacionais - Esgoto 1615
IN015 – Índice de Coleta de Esgotos - % 1616
Volume de Esgoto Coletado (ES-005-SNIS) ou Volume de Esgoto Produzido (AEPC-5-SISAN) 1617
(Volume de Água Consumido - Volume de Água Tratado Exportado) 1618
1619
Índice de Tratamento de Esgotos - % - SISAN 1620
Trata-se do volume de esgoto tratado (ES006) em relação ao volume de esgoto produzido 1621
(AEPC5), sendo que o volume produzido é calculado como sendo 80% do volume de água 1622
consumido. 1623
Fórmula de cálculo: 𝐸𝑆006
𝐴𝐸𝑃𝐶5× 100 1624
Em alguns casos, o volume tratado pode ser maior que o produzido, pois o esgoto produzido é 1625
calculado pela água consumida, não levando em conta captações próprias (poços) e águas 1626
pluviais que por ventura vão para a estação de tratamento. Nestes casos, o indicador será 100%. 1627
1628
1629
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IN024 – Índice de Atendimento Urbano de Esgoto - % 1630
População Urbana Atendida com Esgotamento Sanitário 1631
População Urbana do Município Atendido com Abastecimento de Água 1632
1633
IN056 – Índice de Atendimento Total de Esgoto - % 1634
População Total Atendida com Esgotamento Sanitário 1635
População Total do Município Atendido com Abastecimento de Água 1636
5.1.4 Indicadores Econômico-Financeiros e Administrativos - Esgoto 1637
IN006 – Tarifa Média de Esgoto – R$/m³ 1638
Trata-se da receita operacional direta oriunda do esgotamento sanitário (FN003) em relação aos 1639
volumes de esgoto faturado (ES007) e volume de esgoto bruto importado (ES013). 1640
Fórmula de cálculo: 𝐹𝑁003
𝐸𝑆007−𝐸𝑆013×
1
100 1641
FN003 – Receita Operacional de Esgoto – R$/m³ 1642
Valor faturado anual decorrente da prestação do serviço de esgotamento sanitário, 1643
resultante exclusivamente da aplicação de tarifas e/ou taxas, excluídos os valores 1644
decorrentes da importação de esgotos. 1645
FN024 – Investimento Realizado em Esgotamento Sanitário – R$/m³ 1646
Valor do investimento realizado no ano de referência, diretamente ou por meio de 1647
contratos celebrados pelo próprio prestador de serviços, em equipamentos e instalações 1648
incorporados ao(s) sistema(s) de esgotamento sanitário, contabilizado em Obras em 1649
Andamento, no Ativo Imobilizado ou no Ativo Intangível. 1650
5.1.5 Resumo dos Indicadores Selecionados 1651
Para a análise e avaliação dos serviços atuais dos sistemas de água e esgotos do 1652
município, além dos indicadores apresentados acima, foram selecionados outros 1653
considerados de interesse para o diagnóstico da situação dos serviços de água e esgoto 1654
do município, conforme relação indicada no Quadro 5.1, com os resultados para o ano de 1655
2015. 1656
QUADRO 5.1 – INDICADORES SELECIONADOS DE ÁGUA E ESGOTO 1657
Descrição Valor Unidade Fonte/ano
Abastecimento de Água
Índice de Atendimento Urbano de Água (IN023) 100 % PREFEITURA 2017
Índice de Hidrometração (IN009) 99,6 % SNIS 2015
Extensão da Rede de Água (AG005) 31,1 km PREFEITURA 2017
Volume Anual Produzido Total (AG006) 829.742 m³ PREFEITURA 2017
Volume Anual Micromedido Total (AG008) 373.000 m³ SNIS 2015
Volume Anual Consumido (AG010) 409.000 m³ SNIS 2015
Volume Anual Faturado Total (AG011) 444.408 m³ SNIS 2015
Índice de Perdas na Distribuição (IN049) 46,4 % PREFEITURA 2017
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Descrição Valor Unidade Fonte/ano
Índice de Perdas por Ligação (IN051) 345 l/dia/lig PREFEITURA 2017
Quantidade de Ligações Ativas de Água (AG002) 2.552 ligações PREFEITURA 2017
Quantidade de Economias Ativas de Água (AG003) 2.490 Economias SNIS 2015
Vazão de Captação 31,1 l/s PREFEITURA 2017
Volume Total de Reservação 357 m³ PREFEITURA 2017
População total atendida com abastecimento de água (AG001) 4.986 Habitantes SNIS 2015
Consumo de água per capita urbano (SISAN) 200 l/habdia CONSÓRCIO 2017
Receita operacional direta de água (FN002) 224.080,03 R$/ano SNIS 2015
Investimento realizado em abastecimento de água (FN023) - R$/ano SNIS 2015
Tarifa média de água (IN005) 0,60 R$/m³ SNIS 2015
Despesa com água importada (bruta ou tratada) (FN020) 0,00 R$/ano SNIS 2015
Esgotamento Sanitário
Índice de Atendimento Urbano de Esgoto (IN047) 99 % PREFEITURA 2017
Índice de Tratamento do Esgoto (SISAN) 99 % PREFEITURA 2017
Índice de Coleta de Esgoto (IN015) 99 % PREFEITURA 2017
Quantidade de Ligações Ativas de Esgoto (ES002) 2.530 ligações PREFEITURA 2017
Volume Anual de Esgoto Produzido (AEPC5) 327.200 m³ CONSÓRCIO 2017
Quantidade de economias ativas de esgoto (ES003) 2.440 Economias SNIS 2015
População atendida esgotamento sanitário (ES001) 4.976 Habitantes SNIS 2015
Índice de atendimento total de esgoto referido aos municípios atendidos com água (IN056)
83,7 % SNIS 2015
Receita operacional direta de esgoto (FN003) 113.436,80 R$/ano SNIS 2015
Investimento realizado em esgotamento sanitário (FN024) - R$/ano SNIS 2015
Tarifa média de esgoto (IN006) 0,28 R$/m³ SNIS 2015
Volume Anual Tratado (ES006) 353.203 m³ PREFEITURA 2017
Volume Anual Faturado Total (ES007) 405.000 m³ SNIS 2015
Extensão de Rede de Esgoto (ES004) 30,35 km PREFEITURA 2017
Vazão média de esgoto tratado ETE 11,2 l/s PREFEITURA 2017
Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário
Receita operacional direta total (FN001) 337.516,83 R$/ano SNIS 2015
Receita operacional indireta (FN004) 0,00 R$/ano SNIS 2015
Receita operacional total (direta+indireta) (FN005) 337.516,83 R$/ano SNIS 2015
Arrecadação total (FN006) 406.139,72 R$/ano SNIS 2015
Despesas com pessoal próprio (FN010) 138.714,45 R$/ano SNIS 2015
Despesa com produtos químicos (FN011) 8.448,00 R$/ano SNIS 2015
Despesas com energia elétrica (FN013) 156.706,61 R$/ano SNIS 2015
Despesas com serviços de terceiros (FN014) 65.396,85 R$/ano SNIS 2015
Despesas de exploração (FN015) 369.265,91 R$/ano SNIS 2015
Despesas com juros e encargos do serviço da dívida (FN016) 0,00 R$/ano SNIS 2015
Despesas totais com os serviços (água e esgoto) (FN017) 369.265,91 R$/ano SNIS 2015
Despesas com depreciação, amortização do ativo diferido e provisão para devedores duvidosos (FN019)
- R$/ano SNIS 2015
Despesas fiscais ou tributárias computadas na DEX (FN021) 0,00 R$/ano SNIS 2015
Despesas fiscais ou tributárias não computadas na DEX (FN022) 0,00 R$/ano SNIS 2015
Outras despesas de exploração (FN027) 0,00 R$/ano SNIS 2015
Outras despesas com serviços (FN028) - R$/ano SNIS 2015
Despesas com amortizações do serviço da dívida ativa (FN034) 0,00 R$/ano SNIS 2015
Despesa com juros e encargos do serviço da dívida exceto variações monetárias e cambiais (FN035)
0,00 R$/ano SNIS 2015
Participação da despesa com pessoal próprio nas despesas de exploração (IN035)
37,6 % SNIS 2015
Participação da despesa com energia elétrica nas despesas de 42,4 % SNIS 2015
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Descrição Valor Unidade Fonte/ano
exploração (IN037)
Participação da despesa com produtos químicos nas despesas de exploração (IN038)
2,29 % SNIS 2015
Investimento com recursos próprios (água e esgoto) (FN030) - R$/ano SNIS 2015
Investimento com recursos onerosos realizados pelo prestador de serviços (FN031)
- R$/ano SNIS 2015
Investimento com recursos não onerosos (água e esgoto) (FN032) - R$/ano SNIS 2015
Investimentos totais (FN033) - R$/ano SNIS 2015
1658
O Quadro 5.2 apresenta um resumo dos indicadores selecionados, sendo no total 60 1659
para a análise e avaliação dos serviços atuais dos sistemas de água e esgoto do 1660
município. 1661
QUADRO 5.2 – RESUMO DOS INDICADORES 1662
Sistemas Tipos de Indicadores Nº de Indicadores
Água Operacionais 16
Esgoto Operacionais 12
Água Econômico-Financeiros e Administrativos 4
Esgoto Econômico-Financeiros e Administrativos 3
Água + Esgoto Econômico-Financeiros e Administrativos 25
1663
5.1.6 Análise dos Indicadores de Abastecimento de Água 1664
A análise dos indicadores supracitados permite concluir que se trata de um sistema que 1665
apresenta alguns dos valores adequados, conforme apresentado a seguir: 1666
o índice de hidrometração (IN009) aumentou ao longo do período, atingindo seu 1667
máximo de 99,59% em 2015. Este valor é considerado elevado, indicando que quase 1668
todas as ligações já possuem hidrômetros. De acordo com informações da Prefeitura, 1669
referentes ao ano de 2017, apenas os prédios públicos e praças não apresentam 1670
hidrometração. Além disso, não se pode garantir uma medição adequada nos volumes 1671
consumidos, uma vez que esse indicador não está referido a certas condições não 1672
conformes, quais sejam, hidrômetros parados ou com incapacidade de medição do 1673
consumo da forma mais precisa possível; 1674
a extensão de rede por ligação (IN020) diminuiu seu valor de 2013 para 2014, 1675
aumentado para 12,30 m/ligação em 2015, que é considerado elevado quando 1676
comparado à média do Estado de São Paulo, equivalente a 9,87 m/ligação, conforme 1677
os dados do SNIS de 2015. Esse valor indica atendimento, em média, a construções 1678
com largura maior dos lotes ou distâncias maiores entre as áreas de atendimento, 1679
implicando maiores custos para implantação de redes; 1680
o consumo de água per capita aumentou ao longo do período, atingindo seu máximo 1681
de 224,96 L/hab.dia em 2015. Esse valor é elevado se comparado à média do Estado 1682
de São Paulo, equivalente a 160,00 L/hab.dia, conforme o dados do SNIS de 2015. 1683
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Desta forma, torna-se necessária a redução desse índice, a fim de mantê-lo em 1684
patamares coerentes com a população local; 1685
o índice de atendimento urbano de água (IN023) é elevado, apresentando o valor 1686
máximo de 100% ao longo de todo o período, ou seja, abrangendo a totalidade da 1687
população urbana local; 1688
o índice de faturamento de água (IN028) aumentou ao longo do tempo, atingindo seu 1689
máximo de 78,86% em 2015. Ainda assim, este valor se apresentou abaixo dos 100%, 1690
o que indica que o Sistema de Água não é economicamente sustentável, fato que 1691
deverá ser observado para a elaboração das metas previstas para o setor. Deve-se 1692
salientar que o índice de faturamento é sempre superior ao volume consumido 1693
(micromedido ou não), uma vez que são cobrados consumos mínimos não 1694
necessariamente atingidos pelos usuários; 1695
Os índices de perdas na distribuição e por ligação (IN049 e IN051) diminuíram ao longo 1696
do período, apresentando seus menores valores de 13,53% e 72,76 L/ligação.dia, 1697
respectivamente, em 2015. Estes valores são considerados baixos quando 1698
comparados às respectivas médias do Estado de São Paulo (33,48% e 1699
287,65 L/ligação.dia), conforme os dados do SNIS de 2015. Porém, o fato de não estar 1700
havendo macromedição em 2 dos 7 poços, que fazem o abastecimento do município, 1701
impossibilita a correta quantificação dos volumes produzidos, tornando estes índices 1702
inconsistentes. Outro fato a se considerar, é o dado de 46,44% de índice de perdas na 1703
distribuição, obtido junto ao GEL da prefeitura do município em maio de 2017, que é 1704
significativamente maior que o dado de 13,53%, de acordo com os dados do SNIS de 1705
2015. Desta forma, torna-se necessária a redução destes índices através da 1706
implantação de um Programa de Redução de Perdas; 1707
o índice de atendimento total de água (IN055) permaneceu constante ao longo do 1708
período, apresentando o valor de 83,91%. Este valor indica que ainda não foi atingida 1709
a universalização dos serviços de abastecimento de água no município. Em visita ao 1710
município, os técnicos da Prefeitura informaram que toda a população urbana é 1711
atendida pelo sistema de abastecimento de água, além da população residente no 1712
bairro isolado Cabeceira das Águas Paradas. 1713
Pode-se chegar à conclusão de que o sistema de água apresenta parâmetros 1714
inadequados para alguns dos indicadores analisados, sendo necessária a realização de 1715
melhorias para adequação do sistema. 1716
5.1.7 Análise dos Indicadores de Esgotamento Sanitário 1717
A análise dos indicadores supracitados permite concluir que se trata de um sistema que 1718
apresenta a maioria dos valores adequados, segundo apresentado a seguir: 1719
O índice de coleta de esgotos (IN015), isto é, o volume de esgotos coletado em função 1720
do volume de água consumido, apresenta valor elevado apesar de der diminuído ao 1721
longo do tempo até atingir seu mínimo de 99,02% em 2015, valor acima da média 1722
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estadual, que é de 80%, significando que não há necessidade de se efetuarem ainda 1723
muitas ligações de esgoto, onde já existem ligações de água (provavelmente pela 1724
ausência de rede de esgotos) ou pela ausência de ligações de esgoto em locais já 1725
atendidos simultaneamente pelas redes de água e esgotos; 1726
O índice de tratamento de esgotos segundo o SNIS, é o máximo de 100,00% para 1727
todo o período. Utilizando os dados fornecidos pela Prefeitura, de coleta de esgoto e 1728
volume de água consumido, o valor desse índice é de 99,35%, ou seja, praticamente 1729
máximo também. Percebe-se, no entanto, na atual realidade do município, é que o 1730
consumo de água vem crescendo, e o sistema de tratamento de esgoto não está 1731
suportando total demanda, de forma que este índice tem tendência a se reduzir. 1732
A extensão de rede por ligação (IN021) diminuiu de 2013 para 2014 e aumentou de 1733
2014 para 2015, atingindo o valor de 12,23 m/ligação. Este valor é considerado 1734
elevado e indica atendimento, em média, a construções com largura maior dos lotes 1735
ou distâncias maiores entre as áreas de atendimento, implicando maiores custos para 1736
implantação de redes; 1737
Os índices de atendimento urbano e total de esgotos foram elevados (IN024 = 99,80% e 1738
IN056=83,74%) em 2015, apesar de terem diminuído ao longo do período. No entanto, 1739
os mesmos indicam que ainda não há universalização deste serviço, meta que deverá 1740
ser atingida ao final do período de planejamento do presente estudo. 1741
Pode-se chegar à conclusão de que o sistema de esgotos apresenta parâmetros 1742
adequados para grande parte dos indicadores analisados, devendo sempre buscar a 1743
universalização do atendimento. 1744
5.2 INDICADORES SELECIONADOS PARA OS SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA E 1745
MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 1746
Com o objetivo de atingir a universalização dos serviços públicos de limpeza urbana e do 1747
manejo de resíduos sólidos, apresentam-se na sequência alguns indicadores de 1748
desempenho operacional e ambiental para avaliação da evolução dos serviços prestados 1749
num horizonte de 20 anos. 1750
5.2.1 Indicadores Selecionados 1751
Os indicadores foram selecionados de maneira a possibilitar o diagnóstico do sistema em 1752
função da geração de resíduos atual e futura, do nível de atendimento da população e da 1753
qualificação da disposição final. 1754
Os indicadores de resíduos sólidos utilizados do ISAm – Indicador de Salubridade 1755
Ambiental são: 1756
Icr - Indicador de Coleta Regular, 1757
Iqr - Indicador de Tratamento e Disposição Final de RSD, e 1758
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Isr - Indicador de Saturação do Tratamento e Disposição Final de RSD. 1759
Os demais indicadores, quando considerados, foram elaborados pelos técnicos do 1760
CONSÓRCIO. Sua conceituação e a metodologia para a estimativa de seus valores 1761
encontram-se apresentadas na sequência. 1762
Icr – Indicador de Coleta Regular 1763
Este indicador quantifica os domicílios atendidos por coleta de resíduos sólidos 1764
domiciliares, sendo calculado com base no seguinte critério: 1765
Icr = (Duc / Dut) x 100 1766
sendo: 1767
Icr = Indicador de coleta regular; 1768
Duc = Total dos domicílios urbanos atendidos por coleta de lixo; 1769
Dut = Total dos domicílios urbanos. 1770
Iqr – Indicador de Tratamento e Disposição Final de RSD 1771
Este indicador, denominado de IQR - Índice de Qualidade de Aterro de Resíduos, é 1772
normalmente utilizado pela CETESB para avaliar as condições dos sistemas de 1773
disposição de resíduos sólidos domiciliares. O índice IQR é apurado com base em 1774
informações coletadas nas inspeções de cada unidade de disposição final, e processadas 1775
a partir da aplicação de questionário padronizado. Em função de seus respectivos IQRs, 1776
as instalações são enquadradas como inadequadas ou adequadas, conforme o Quadro 1777
5.3. 1778
QUADRO 5.3 – ÍNDICE DE QUALIDADE DE ATERRO DE RESÍDUOS 1779
IQR Enquadramento IQR
0,0 a 7,0 Condições Inadequadas (I) 0
7,1 a 10,0 Condições Adequadas (A) 100
Fonte: CETESB. 1780
Importa, no caso, a pontuação do local de destinação final utilizado pelo município. 1781
Observe-se que a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, através da Lei Federal nº 1782
12.305, de 02 de agosto de 2010, passou a exigir que apenas os rejeitos não 1783
reaproveitáveis dos resíduos sólidos urbanos sejam destinados a aterros sanitários. 1784
Isr – Indicador de Saturação do Tratamento e Disposição Final de RSD 1785
Este indicador demonstra a capacidade restante dos locais de disposição e a necessidade 1786
de implantação de novas unidades de disposição de resíduos. 1787
O Quadro 5.4 apresenta os valores do indicador. São utilizados como dados o tempo de 1788
saturação da unidade e a faixa populacional do município, sendo que: 1789
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n = tempo em que o sistema ficará saturado (anos); 1790
O nmín e o nmáx são valores fixados. 1791
O indicador é calculado com base no seguinte critério: 1792
Isr = 100 x (n – nmín) / (nmáx – nmím) 1793
QUADRO 5.4 – INDICADOR DE SATURAÇÃO FINAL DO TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO 1794 FINAL DOS “RSD” 1795
Faixa da População nmín ISR nmáx ISR
Até 20.000 hab.
≤ 0 0
n ≥ 1
100 20.001 a 50.000 hab. n ≥ 2
De 50.001 a 200.000 hab. n ≥ 3
Maior que 200.000 hab. n ≥ 5
1796
O Quadro 5.5, apresenta os resultados consolidados dos indicadores acima descritos 1797
para o município de Américo de Campos. 1798
QUADRO 5.5 – INDICADORES SELECIONADOS PARA O SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E 1799 MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 1800
Descrição Valor Unidade Fonte, Ano
Coleta na área urbana 100 % GEL, 2017
Coleta na área rural 30 % GEL, 2017
Geração de resíduos sólidos urbanos 3,5 t/dia GEL, 2017
Geração de resíduos de construção civil - t/dia CONSÓRCIO, 2017
Geração de resíduos de saúde 4,5 kg/dia GEL, 2017
Geração per capita de resíduos sólidos urbanos 0,6 K/dia/hab CONSÓRCIO, 2017
Coleta seletiva Sim7
GEL, 2017
Cooperativas de catadores Não
GEL, 2017
Existência de central de triagem Sim
GEL, 2017
Existência de programas e ações de educação ambiental relacionados a resíduos sólidos
Não
GEL, 2017
Existência de programa de reciclagem Não
GEL, 2017
Existência de pontos de coleta de resíduos especiais no sistema de logística reversa (eletrônicos, pilhas, lâmpadas, etc.)
Não
GEL, 2017
Soluções consorciadas Não
GEL, 2017
Icr 100
CONSÓRCIO, 2017
Iqr 7,9
CETESB, 2015
1801
1802
7 Não existe no município um programa social de coleta seletiva. A coleta desse tipo de material é realizada de maneira informal, como
será avisto adiante no Capítulo 6.
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6. DIAGNÓSTICO DOS SISTEMAS DE SANEAMENTO BÁSICO 1803
OBJETO DOS PLANOS ESPECÍFICOS DO MUNICÍPIO 1804
O Diagnóstico apresentado a seguir refere-se aos sistemas relativos aos serviços objeto 1805
dos Planos Específicos de Saneamento do município. 1806
6.1 DIAGNÓSTICO DOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTOS 1807
SANITÁRIOS 1808
6.1.1 Diagnóstico Operacional dos Sistemas de Abastecimento de Água 1809
6.1.1.1 Mananciais de Suprimento 1810
O Sistema de Abastecimento de Água de Américo de Campos é abastecido integralmente 1811
por manancial subterrâneo, por meio de sete (07) poços profundos, que atendem todo o 1812
município. Os mananciais subterrâneos utilizados são os Aquíferos Bauru e Serra Geral. 1813
Manancial Subterrâneo 1814
Para avaliação da disponibilidade hídrica subterrânea, foi utilizada a metodologia 1815
desenvolvida no estudo: “Atlas do Abastecimento Urbano de Água” da ANA – Agência 1816
Nacional de Águas, que leva em consideração a Reserva Ativa do aquífero disponível na 1817
área do município. 1818
Disponibilidade Hídrica Subterrânea com Base na Reserva Ativa (RA) 1819
As disponibilidades hídricas subterrâneas compreendem o volume máximo que pode ser 1820
extraído dos aquíferos sem causar risco de exaustão ou provocar danos ambientais 1821
irreversíveis e, na concepção atual, devem abranger parte das reservas ativas e parte das 1822
reservas permanentes dos aquíferos. 1823
Em estudos hidrogeológicos realizados no Brasil, a ANA (2004, 2005) assumiu que a 1824
disponibilidade hídrica subterrânea corresponde a 20% das reservas renováveis, 1825
desconsiderando a contribuição das reservas permanentes. 1826
O método de cálculo das disponibilidades hídricas subterrâneas relativas às reservas 1827
ativas de aquíferos livres, considera a reserva ativa (Ra) como o volume de água 1828
resultante da diferença entre a vazão de escoamento de base (Qb) e a vazão mínima 1829
requerida para manutenção dos rios (Q7,10), conforme apresentado por (Liazi et al, 2007) 1830
(Figura 6.1). 1831
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1832
Figura 6.1 - Representação Esquemática da Hidrógrafa de Escoamento Básico, com Separação das 1833 Vazões Mínimas (Q7,10) e Reservas Ativas (Qb-Q7,10) 1834
1835
Uma vez que as vazões mínimas de fluxo de base foram preservadas, o passo seguinte é 1836
convencionar, em termos percentuais, o quanto da Ra poderá ser disponibilizado para 1837
uso, sem prejudicar o aquífero. Para efeito de cálculo, no Estado de São Paulo, adotou-se 1838
como vazão explotável, o percentual de 50% da Ra, de acordo com a equação a seguir: 1839
𝑉𝐸 = (0,5 ∗ 𝑅𝑎) (1) 1840
Onde: 1841
VE = Vazão Explotável 1842
Ra = Reserva Ativa (l/s) 1843
Os consumos de água subterrânea na área do município foram calculados através da 1844
seguinte expressão: 1845
QC = QDU + Usos Out (2) 1846
Sendo: 1847
Qc: Consumo de Água Subterrânea; 1848
QDU: Vazões correspondentes às demandas urbanas de água relativas às demais 1849
captações subterrâneas para abastecimento público de água situadas na sede 1850
municipal; 1851
Usos Outorgados = das retiradas de água subterrânea situadas na sede do 1852
município, excluindo os usos para abastecimento público de água. 1853
Com isso, a disponibilidade hídrica subterrânea, aqui denominada de VEE (Vazão 1854
Explotável Efetiva) para o município de Américo de Campos foi calculada através da 1855
seguinte equação: 1856
Vazões
(m³/
s)
Tempo (d)
Q7,10
Escoamento básico
Qb = Q0e^(-at)
Qb - Q7,10
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𝑉𝐸𝐸 = {(𝑉𝐸 − 𝑄𝑐)} (3) 1857
Com base na equação (3), obteve-se a vazão explotável efetiva, correspondente ao saldo 1858
disponível de água subterrânea na área do município. O Quadro 6.1 apresenta os valores 1859
obtidos. 1860
QUADRO 6.1 – VAZÃO EXPLOTÁVEL EFETIVA DE ÁGUA SUBTERRÂNEA 1861
Município Ra (l/s) VE (l/s) Qc (l/s) VEE (l/s)
Américo de Campos 218,10 109,05 28,05 81,00
Fonte: Atlas de Abastecimento Urbano de Água (ANA, 2009) 1862
A vazão explotável efetiva para o município de Américo de Campos atende à demanda 1863
atual e futura (ano de 2038) referente à sede do município. 1864
6.1.1.2 Sistema Produtor 1865
Distrito de Américo de Campos (Sede) e Bairro Cabeceira das Águas Paradas 1866
O Sistema Produtor já foi descrito com maiores detalhes no Capitulo 6. A capacidade 1867
atual do mesmo, considerando a sede municipal e o bairro de Cabeceira das Águas 1868
Paradas, é a seguinte: 1869
Vazão de captação nos poços e total de produção – 31,1 L/s. 1870
Essa capacidade de produção refere-se às vazões dos 7 poços em operação no sistema. 1871
Em função desses fatores, nesse PMSB do Município de Américo de Campos 1872
recomenda-se a adoção de medidas que visem reduzir o índice de perdas de água no 1873
município, com objetivo de evitar ampliações desnecessárias ao sistema. 1874
Assim sendo, é de se esperar que o sistema produtor como um todo (captação, adutoras 1875
de águas, etc.) possa ser integralmente aproveitado, com ampliações, reformas e 1876
adequações para melhoria operacional do sistema e para o atendimento a futura 1877
demanda. 1878
6.1.1.3 Sistema de Reservação 1879
Distrito de Américo de Campos (Sede) e Bairro Cabeceira das Águas Paradas 1880
A capacidade atual total do Sistema de Reservação da sede, constituído de 5 1881
reservatórios, é de 346,8 m³, enquanto a reservação do bairro isolado é feita por um 1882
reservatório de 10 m³. Desta forma, a capacidade total de reservação do município é de 1883
356,8 m³. 1884
O volume de reservação necessário para o município como um todo, conforme indicado 1885
no Quadro 6.8, variam entre 851 m³ nos primeiros anos e 436 m³ ao fim do horizonte de 1886
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projeto. Portanto, a capacidade atual de reservação não é suficiente para atender todo o 1887
planejamento. 1888
Na visita técnica, apesar dessa grande diferença no volume de reservação necessário, 1889
não foram constatados problemas com relação a esse ponto. O alto valor para o ano de 1890
2018, ou seja, para o período atual de projeto é muito em função da grande perda que o 1891
município apresenta. Com o passar dos anos e implantação de um sistema de controle de 1892
perdas e a diminuição do consumo per capita, percebe-se a diminuição do volume 1893
necessário de reservação e possibilidade de pequenas alterações para suprir a futura 1894
demanda prevista. 1895
Deve-se ressaltar que os volumes de reservação necessários são calculados com um 1896
terço da demanda máxima diária e, apesar da população apresentar um crescimento até 1897
2035, com a imposição da diminuição do consumo per capita e redução das perdas nos 1898
sistemas, os volumes de reservação seguem a tendência de decrescimento. 8 1899
6.1.1.4 Rede de Distribuição 1900
Distrito de Américo de Campos (Sede) 1901
De acordo com os dados obtidos junto ao D.A.E.A.C, a rede de distribuição de água 1902
apresenta, uma extensão aproximada de 31,1 km, com predominância de tubulações em 1903
PVC, existindo ainda tubulações de amianto, presentes em apenas algumas ruas (Rua 1904
São João até Rua Tiburso de Souza). Os diâmetros da rede variam entre 50 mm a 1905
150 mm. O município não conta com cadastro atualizado das redes, de forma que não se 1906
conhece sua extensão precisa. De forma geral, a rede de distribuição está em bom estado 1907
de conservação. 1908
Na rede de distribuição há pontos de controle e qualidade da água, respeitando a Portaria 1909
n°2.914 de Dezembro de 2011, do Ministério da Saúde. Em geral, os resultados são 1910
satisfatórios, apenas com uma pequena não conformidade quanto ao parâmetro flúor no 1911
reservatório central, de acordo com última análise no ano de 2017. 1912
O Índice de Perdas na Distribuição foi de 46,44%, conforme mencionado anteriormente. 1913
Desta forma, é de suma importância para o município a implementação de um Programa 1914
de Redução de Perdas, com intervenções que visam abranger uma possível setorização 1915
da rede, substituição de trechos de redes, troca de hidrômetro e ramais, etc., e a 1916
implementação de uma gestão comercial eficaz, permitindo a melhor eficiência no sistema 1917
de micromedição. 1918
6.1.1.5 Sistema de Tratamento 1919
8 Nota – Na impossibilidade de se obterem as curvas de consumo, conforme as prescrições contidas nas normas ABNT NBR 12.217/94
e NBR 12.218/94, que estabelecem os critérios de volume a ser reservado, adotou-se, como regra prática usual, 33% da demanda do dia de maior consumo.
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O sistema de tratamento é feito por desinfecção simples com cloro e flúor. O método 1920
líquido com bombas dosadoras, no geral, é mais indicado e apresenta melhores índices 1921
de tratamento. Como alguns poços apresentam o tratamento por pastilhas, fica indicada a 1922
alteração pelo método das dosagens líquidas. 1923
Não há sistema de tratamento para o bairro isolado Cabeceira das Águas Paradas, sendo 1924
extremamente aconselhável que seja imposto o quanto antes. 1925
6.1.1.6 Principais Problemas e Estado de Conservação das Unidades dos Sistemas de 1926
Abastecimento de Água 1927
Os principais problemas verificados no Sistema de Abastecimento de Água de Américo de 1928
Campos encontram-se resumidos a seguir. Deve-se ressaltar que novos dados deverão 1929
ser obtidos para a complementação das informações sobre os sistemas. 1930
SISTEMA PRODUTOR 1931
As outorgas de todos os poços possuem validade até o ano de 2018. Dessa 1932
forma, é de extrema importância que seja realizada uma nova medição de vazão 1933
para todos eles; 1934
O hidrômetro do Poço 06 – Banespinha está quebrado. É aconselhável sua troca 1935
para que a macromedição desse poço seja feita corretamente; 1936
Necessidade de maior gerenciamento da macromedição com visitas e leituras 1937
periódicas; 1938
O atual sistema produtor é suficiente para todo o período de planejamento, não 1939
sendo necessárias ampliações. Os poços foram reestruturados no ano de 2008, 1940
apresentando ainda boas condições. Com o passar dos anos e a deterioração 1941
natural, serão previstas reformas e modernização para maior aproveitamento e 1942
manutenção da qualidade. 1943
SISTEMA DE RESERVAÇÃO 1944
Volume de reservação total: é insuficiente para todo o período de planejamento. 1945
Em nenhum momento o volume de reservação atual é capaz de suprir a demanda, 1946
muito em função do alto consumo per capita e do alto índice de perdas. Com o 1947
ajuste dessas duas necessidades, o volume necessário será mais próximo do 1948
presente, de forma que melhorias e aprimoramentos dos reservatórios sejam 1949
suficientes para suprir a futura demanda. Caso haja necessidade, fica apropriada 1950
a implantação de um novo reservatório de 100 m³; 1951
O reservatório central: de maior capacidade, foi construído em 1969 e nunca 1952
passou por qualquer tipo de inspeção. Na visita técnica foram observadas partes 1953
da estrutura a mostra (armaduras dos pilares de sustentação). Portanto, é 1954
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aconselhável que ocorra uma vistoria para fiscalizar o reservatório e evitar que 1955
sérios problemas venham a ocorrer. 1956
Os demais reservatórios: apresentam-se em bom estado de conservação. Fica 1957
sugerido que os reservatórios metálicos sejam inspecionados durante os anos 1958
para se evitar a ocorrência de ferrugens e deterioramento. 1959
Reservação setorial: o sistema já é dividido em setores, e não há reclamações 1960
quanto a déficits. Caso haja um novo estudo que modele uma nova perspectiva, 1961
fica proposto o rearranjo do sistema de distribuição, visando a implementação de 1962
um Programa de Redução de Perdas; 1963
SISTEMA DE TRATAMENTO 1964
Como dito anteriormente, fica aconselhado a substituição dos tratamentos 1965
realizados com pastilha por tratamento com bombas dosadoras. A eficiência do 1966
tratamento utilizando soluções líquidas (ácido fluossilícico e hipoclorito de sódio) é 1967
maior. 1968
Introdução de tratamento de água para o Poço 05 do bairro isolado Cabeceira das 1969
Águas Paradas. 1970
Os poços 01 e 04 abastecem o reservatório central. Como o tratamento é 1971
realizado apenas no Poço 04, é aconselhável que seja colocado um sistema no 1972
Poço 01 para que haja maior controle com relação aos parâmetros exigidos pela 1973
lei. Vale lembrar que apenas a captação do reservatório central apresentou 1974
parâmetros de flúor fora dos limites exigidos. 1975
SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO 1976
A rede do sistema de água no Município de Américo de Campos foi trocada nos 1977
últimos 10 anos por PVC e assim apresenta ótimo estado de conservação. 1978
Apenas 5% dela ainda se encontram no material amianto. Portanto, sugere-se que 1979
ocorra a troca desse restante por PVC. 1980
É de extrema importância que seja implantado um Programa de Redução de 1981
Perdas e assim ocorra a implantação de uma gestão comercial eficaz do sistema 1982
de micromedição/faturamento, inclusive com instalação de hidrômetros nos 1983
prédios públicos e afins; 1984
Por fim, é de extrema importância alertar que há necessidade de uma maior equipe 1985
operacional. Os encanadores que realizam a manutenção, quando necessária, são os 1986
mesmos que atuam no sistema de esgotamento, ou seja, em situações com diversos 1987
problemas diários, existe apenas um par de pessoas capacitadas para executarem o 1988
serviço imposto. 1989
6.1.2 Diagnóstico Operacional dos Sistemas de Esgotos Sanitários 1990
6.1.2.1 Sistemas de Coleta e Encaminhamento 1991
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O Sistema de coleta e encaminhamento da sede é composto de rede coletora (cerca de 1992
30,35 km), três estações elevatórias de esgoto com linha de recalque, interceptores, 1993
emissário e uma ETE. O índice de coleta de esgotos é próximo a 100% na área urbana, 1994
uma vez que somente o bairro isolado Cabeceira das Águas Paradas não conta com rede 1995
coletora. Todo esgoto coletado é encaminhado a ETE, onde se realiza o tratamento. 1996
Em relação à coleta, não há um cadastro da rede coletora de esgoto. Estima-se que sua 1997
extensão total seja um pouco superior a 30 km. Nos últimos anos, cerca de 80% da rede 1998
coletora foi trocada de manilha de barro vidrado por PVC Ocre. Os diâmetros variam entre 1999
150 mm e 200 mm. Assim, toda a região que houve a troca apresenta bom estado de 2000
conservação. 2001
Dois grandes problemas foram relatados nesse sistema. O primeiro deles refere-se aos 2002
interceptores, que margeiam os três córregos do município. Como citado no capítulo 6 2003
deste Plano, os interceptores, de manilha de barro vidrado e diâmetros com pequenas 2004
seções (150 mm), ainda não foram trocados, apesar do projeto realizado em 2012. O 2005
outro problema relatado são as ligações clandestinas de águas pluviais na rede de 2006
esgoto. 2007
Na visita técnica, observou-se que o sistema encontra-se completamente sobrecarregado. 2008
A caixa de passagem que interliga dois interceptores à estação de tratamento de esgoto 2009
do Banespinha está completamente assoreada e apresenta vazamento pelo chamado 2010
respiro, lançando parte do esgoto bruto diretamente no solo. Um dos poços de visita, 2011
localizado na região próxima ao córrego das Águas Paradas apresentava-se afogado, de 2012
maneira que, todo o dia que ocorre precipitação, há transbordamento do PV. Por fim, a 2013
pior situação encontra-se na estação elevatória do Banespinha e será apresentada a 2014
seguir. 2015
A Estação Elevatória de Esgoto – Jardim dos Ipês foi construída recentemente e 2016
atualmente atende apenas algumas residências desse novo loteamento, não 2017
apresentando qualquer problema. 2018
A E.E.E – Jorge Ferracini, apesar de mais antiga, não apresenta problemas técnicos. O 2019
principal defeito encontrado foi o cesto de tratamento grosseiro quebrado. 2020
Ambas as estações coletam o esgoto e recalcam até um ponto alto da rede, onde seguem 2021
por interceptores até a última estação elevatória. 2022
Por fim, a E.E.E – Banespinha, responsável por recalcar todo o esgoto produzido no 2023
município para a Estação de Tratamento, apresenta diversas situações críticas. 2024
Primeiramente, o tratamento preliminar, composto por apenas um gradeamento grosseiro 2025
e caixa de areia, encontra-se totalmente ineficaz, de maneira que grande quantidade do 2026
esgoto esta passando diretamente para a caixa de areia sem o gradeamento. 2027
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Esta falta de pré-tratamento acarreta em diversos problemas na sequência da elevatória. 2028
Como grande parte do esgoto segue caminho sem qualquer tipo de remoção de sólidos, o 2029
rotor da bomba de recalque para, devido à alta concentração de sedimentos. Toda vez 2030
que a bomba necessita de manutenção, ela é desligada, surgindo então a situação mais 2031
crítica do sistema. 2032
Toda vez que a bomba de recalque deixa de funcionar, o esgoto captado é direcionado a 2033
um tanque pulmão, que tem como objetivo armazenar esse esgoto que não pode ser 2034
recalcado, até que a manutenção da bomba seja feita. Como o rotor está sendo afetado 2035
mais de uma vez ao dia, esse tanque pulmão está totalmente sobrecarregado lançando o 2036
esgoto bruto diretamente no Córrego das Águas Paradas através de seu “respiro”. 2037
Portanto, essa sequência de desastres na estação elevatória mostra que nem todo esgoto 2038
produzido está sendo realmente tratado, como pressuposto. 2039
Vale ressaltar sobre a equipe operacional do tratamento de esgoto. Existe apenas um par 2040
de encarregados, os mesmos que atuam no sistema de tratamento de água, ou seja, com 2041
o sistema sobrecarregado, a equipe não está tendo tempo suficiente para atuar em 2042
ambos os cenários, evidenciando a necessidade de novos membros. 2043
6.1.2.2 Sistemas de Tratamento 2044
O município de Américo de Campos conta com uma estação de tratamento de esgotos, 2045
composta por um sistema de lagoas (1 anaeróbia + 1 facultativa + 1 maturação), 2046
operando com vazão média de 11,2 L/s. A E.E.E – Banespinha recalca todo o esgoto 2047
produzido até uma caixa de recepção, próxima à ETE, que envia o afluente por gravidade 2048
até a primeira lagoa, a anaeróbia. O único tratamento preliminar é realizado antes do 2049
recalque na E.E.E – Banespinha. 2050
As características principais dessa ETE já foram apresentadas no Capítulo 6 (Coleta de 2051
Dados e Informações). O efluente tratado é conduzido por um emissário em PVC até o 2052
Córrego das Águas Paradas. Este emissário encontrava-se quebrado no dia da visita 2053
técnica. O município possui outorga para o lançamento de 37,20 m³/h de efluente tratado. 2054
A lagoa anaeróbia apresentava forte odor, estava assoreada, além de alta concentração 2055
de material sobrenadante. 2056
Na lagoa facultativa era perceptível o início da formação de material sobrenadante 2057
também. Problema causado pela situação da lagoa anaeróbia. 2058
A lagoa de maturação não apresenta problemas técnicos. 2059
Foram observadas muitas caixas de passagem quebradas entre as lagoas, além da 2060
vegetação na margem das lagoas estar levemente acima do normal. 2061
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A ETE foi inaugurada em agosto de 2006 e nunca houve retirada de lodo. Vale ressaltar 2062
também que para a projeção da estação, foi disposto um TCRA ao município que impõe a 2063
plantação uma quantia de espécies arbóreas, este termo ainda não foi realizado. 2064
O projeto da ETE foi dimensionado para o horizonte de 2022, ou seja, algumas reformas e 2065
ampliações deverão ser realizadas, mais evidenciada pela situação atual do sistema de 2066
esgotamento. 2067
Em vista de ampliações de sistema tratamento depender de detalhamentos constantes de 2068
projetos executivos a serem elaborados e/ou existentes, restringe-se uma avaliação mais 2069
precisa das intervenções propostas. 2070
6.1.2.3 Principais Problemas e Estado de Conservação das Unidades dos Sistemas de 2071
Esgotos Sanitários 2072
Os principais problemas verificados no Sistema de Esgotos Sanitários de Américo de 2073
Campos encontram-se resumidos a seguir. Deve-se ressaltar que novos dados deverão 2074
ser obtidos para a complementação das informações sobre os sistemas. 2075
Sistema de Coleta e Encaminhamento 2076
Interceptores 2077
Os interceptores do município, como previsto em projeto realizado no ano de 2012, 2078
devem ser substituídos por novos com material mais adequado e novos diâmetros. O 2079
atual sistema apresenta-se completamente sobrecarregado de forma que os novos 2080
interceptores deverão apresentar maior seção para suportarem a presente e futura 2081
demanda. 2082
A caixa de areia na confluência dos interceptores encontra-se assoreada e próxima ao 2083
seu limite. É necessária urgente manutenção para remoção desses sedimentos, visto que 2084
parte do esgoto é lançada diretamente no solo pelo respiro da caixa. 2085
Estações Elevatórias de Esgoto Bruto 2086
As estações elevatórias Jardim dos Ipês e Jorge Ferracini não apresentam problemas 2087
técnicos. Em compensação, a elevatória do Banespinha apresenta diversas situações 2088
críticas. Elas serão descritas a seguir. 2089
O tratamento preliminar composto por gradeamento e caixa de areia deve ser 2090
reestruturado, pois não atende a atual demanda de esgotamento. O canal deverá ser 2091
recalculado para que não ocorra o mesmo problema atual. 2092
O atual conjunto motobomba do sistema também não suporta a atual demanda, sendo 2093
propícia a troca por um novo conjunto com maior potência e vazão de recalque. 2094
O tanque ou poço pulmão apresenta-se afogado e, em função das duas situações críticas 2095
citadas acima, acaba lançando o esgoto bruto diretamente no ribeirão Águas Paradas. 2096
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Essas situações críticas são todas crescentes, ou seja, uma alavanca a piora da outra. Da 2097
mesma forma, caso haja solução do primeiro problema, é possível que o sistema caminhe 2098
para melhores condições. Portanto, é de extrema importância que o projeto de 2099
afastamento de esgoto doméstico de 2012 seja realizado com prioridade. 2100
Sistema de Tratamento 2101
Lagoa Anaeróbia 2102
A lagoa anaeróbia encontra-se em situação crítica. Mau odor, assoreamento e grande 2103
quantidade de sobrenadantes determinam essa calamidade. É necessária com urgência a 2104
remoção do lodo e limpeza da lagoa. Todos esses detalhes estão provocando a 2105
diminuição da eficiência do tratamento, que já se encontra nos limites estabelecidos 2106
Decretos Estaduais. 2107
Lagoa Facultativa 2108
Em função da situação vista na lagoa anaeróbia, a lagoa facultativa também vem 2109
mostrando material flutuante, que não deveria ocorrer. Sua limpeza também é essencial. 2110
2111
6.2 SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 2112
O diagnóstico da situação dos resíduos sólidos do município e o estudo de demandas são 2113
a base para a proposição de cenários, definição de diretrizes e metas, e para o 2114
detalhamento de programas, projetos e ações, que serão apresentados em fases 2115
posteriores do trabalho. 2116
Nesta fase, serão relacionados e classificados todos os resíduos diagnosticados no 2117
município, as condições de geração e as formas de coleta, transporte e destinação final 2118
adotadas, a fim de detalharmos a situação em que o município se encontra atualmente. 2119
6.2.1 Classificação, geração, coleta, transporte e destinação final 2120
As informações quanto à classificação dos resíduos a seguir descritas, foram extraídas do 2121
Plano de Gestão de Resíduos Sólidos: Manual de Orientação – Ministério do Meio 2122
Ambiente (MMA). 2123
6.2.1.1 Classificação 2124
Resíduos Sólidos Domiciliares (RSD) 2125
Corresponde aos resíduos originários de atividades domésticas em residências urbanas; 2126
é composta por resíduos secos e resíduos úmidos. 2127
Os resíduos secos são constituídos principalmente por embalagens fabricadas a partir de 2128
plásticos, papéis, vidros e metais diversos, além das embalagens do tipo “longa vida”. 2129
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Já os resíduos úmidos são constituídos principalmente por restos oriundos do preparo de 2130
alimentos. Contém partes de alimentos in natura, como folhas, cascas e sementes, restos 2131
de alimentos industrializados, entre outros. 2132
Os estudos que embasaram o Plano Nacional de Resíduos Sólidos apontaram uma 2133
composição média nacional de 31,9% de resíduos secos e 51,4% de resíduos úmidos do 2134
total dos resíduos sólidos urbanos coletados. Os 16,7% restantes, são rejeitos. 2135
De forma mais localizada, de acordo com estudos divulgados no Panorama dos Resíduos 2136
Sólidos do Estado de São Paulo, a composição gravimétrica dos resíduos gerados na 2137
UGRHI 5 – PCJ apontou um índice de 73,28% de material orgânico, 18,8% de materiais 2138
recicláveis e 7,92% de rejeitos. Conforme apresentado, foram estes os estudos utilizados 2139
para a projeção dos resíduos sólidos no município de Américo de Campos. 2140
Resíduos da Limpeza Pública (RLP) 2141
As atividades de limpeza pública, definidas na Lei Federal de Saneamento Básico, dizem 2142
respeito a: varrição, capina, podas e atividades correlatas; limpeza de escadarias, 2143
monumentos, sanitários, abrigos e outros; raspagem e remoção de terra e areia em 2144
logradouros públicos; desobstrução e limpeza de bueiros, bocas de lobo e correlatos; e 2145
limpeza de feiras públicas e eventos de acesso aberto ao público (BRASIL, 2007a). 2146
Resíduos da Construção Civil e Demolição (RCC) 2147
Nestes resíduos predominam materiais trituráveis como restos de alvenarias, 2148
argamassas, concretos e asfalto, além do solo, todos resignados como RCC classe A 2149
(reutilizáveis ou recicláveis). Correspondem a 80% da composição típica desse material. 2150
Comparecem ainda materiais facilmente recicláveis como embalagens em geral, tubos, 2151
fiação, metais, madeira e o gesso. Este conjunto é designado de classe B (recicláveis 2152
para outras destinações) e corresponde a quase 20% do total sendo que a metade é 2153
debitado às madeiras, bastante utilizadas nas construções. 2154
Resíduos dos Serviços de Saúde (RSS) 2155
Para melhor controle e gerenciamento, estes resíduos são divididos em grupos, da 2156
seguinte forma: Grupo A (potencialmente infectante: produtos biológicos, bolsas 2157
transfusionais, peças anatômicas, filtros de ar, gases etc.); Grupo B (químicos); Grupo C 2158
(rejeitos radioativos); Grupo D (resíduos comuns) e Grupo E (perfuro cortantes). A 2159
observação de estabelecimentos de serviços de saúde tem demonstrado que os resíduos 2160
dos Grupos A, B, C e E são no conjunto, 25% do volume total. Os do Grupo D (resíduos 2161
comuns e passíveis de reciclagem, como as embalagens) respondem por 75% do volume 2162
(MMA, 2011). 2163
2164
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6.2.1.2 Geração 2165
De acordo com informações do município, são coletados aproximadamente 3,5 ton/dia de 2166
resíduos domiciliares, sem que haja separação dos materiais recicláveis; 200 kg/dia de 2167
material reciclável; 4,5 kg/dia de resíduos de serviços de saúde. Não há informações 2168
sobre os resíduos de construção e demolição civil. 2169
6.2.1.3 Coleta e Transporte 2170
A coleta dos RSD do município é realizada pelo próprio município, diariamente de 2171
segunda, quarta e sexta-feira. Todos os resíduos coletados são encaminhados para o 2172
aterro sanitário do município. 2173
Os resíduos de poda e capina, bem como de limpeza pública, principalmente aquele 2174
originário do serviço de varrição, são coletados pela Prefeitura e encaminhados ao antigo 2175
aterro do município, disposto somente para este fim. 2176
Os RCC são coletados pelo município e dispostos em área anexa ao aterro sanitário. O 2177
município aguarda por um triturador de resíduos para dar fim adequado ao RCC coletado. 2178
Os RSS são coletados em dois pontos: UBS – Dr. Doélio Bérgamo e CEMEI – Joaquim 2179
Ferreira Pires no município pela empresa Constroeste e destinados para seu adequado 2180
fim no município de Votuporanga. 2181
6.2.1.4 Destinação Final 2182
O Quadro 6.2 apresenta o resumo da destinação final dos resíduos municipais 2183
diagnosticados: 2184
QUADRO 6.2 – DESTINAÇÃO FINAL 2185
DESTINAÇÃO FINAL
RSD RLP RCC RSS
Aterro Sanitário Antigo Aterro Sanitário Área anexa ao Aterro Sanitário Unidade privada -
Constroeste
2186
6.2.2 Análise Operacional dos Serviços de Limpeza Pública e Manejo dos 2187
Resíduos Sólidos com base no Sistema de Indicadores 2188
Para a verificação da prestação atual dos serviços de limpeza pública e manejo dos 2189
resíduos sólidos, adotaram-se alguns indicadores, já apresentados no Capítulo 6, que se 2190
encontram analisados a seguir. A partir desta análise, foi realizado o diagnóstico do 2191
sistema. 2192
ICR – Indicador de Coleta Regular 2193
Este indicador quantifica os domicílios atendidos por coleta de resíduos sólidos 2194
domiciliares, sendo calculado com base no seguinte critério: 2195
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ICR = (Duc / Dut) x 100 2196
sendo: 2197
ICR = Indicador de coleta regular; 2198
Duc = Total dos domicílios urbanos atendidos por coleta de lixo; 2199
Dut = Total dos domicílios urbanos. 2200
Segundo informações coletadas na prefeitura, o município de Américo de Campos possui 2201
100% dos domicílios urbanos atendido pela coleta de lixo, portanto, seu ICR = 100. 2202
IQR – Indicador de Tratamento e Disposição Final de RSD 2203
De acordo com a avaliação da CETESB, no ano de 2016, o aterro sanitário onde 2204
atualmente os resíduos são dispostos, localizado no próprio município, obteve IQR = 7,9, 2205
sendo avaliado como Adequado. (Inventário de Resíduos Sólidos Domiciliares – 2016 – 2206
CETESB). 2207
ISR – Indicador de Saturação do Tratamento e Disposição Final de RSD 2208
A vida útil prevista do aterro sanitário, local de disposição atual dos RSD de Américo de 2209
Campos, é de 5 ou 6 meses, sendo atribuído ao município um ISR igual a 0. 2210
Neste caso, o município possui duas opções como alternativas, sendo que a primeira está 2211
em processo. Trata-se de um novo aterro construído pelo Consórcio CIDAS para todos os 2212
integrantes. A princípio, esse novo aterro seria construído no munícipio de Álvares 2213
Florence, que faz fronteira com Américo de Campos. Caso essa opção não tenha tempo 2214
hábil para ocorrer, a segunda alternativa seria a disposição do resíduo no município 2215
vizinho de Gestal. 2216
Ainda assim, na proposição de cenários, apresentado em fase posterior do trabalho, o 2217
município terá o detalhamento de programas, projetos e ações, de forma a buscar 2218
alternativas para disposição final dos RSD. 2219
Demais serviços analisados 2220
De acordo com a PNRS, todos os serviços de limpeza pública e de manejo de resíduos 2221
sólidos preveem a universalização do atendimento às comunidades locais, 2222
independentemente das dificuldades impostas pelas condições em que se encontram. É 2223
necessária também a conscientização por parte dos munícipes para que não haja 2224
descarte dos resíduos clandestinamente, como em terrenos baldios e margens de 2225
córregos, onerando os custos de coleta e transporte para o município. 2226
A coleta seletiva é realizada uma vez por semana e o serviço de separação é feito por um 2227
autônomo sem vínculo empregatício com a Prefeitura. Desta maneira, uma porção 2228
considerável de resíduos recicláveis é destinada ao aterro do município, contrariando a 2229
exigência da PNRS, em que deverão ser dispostos em aterro sanitário somente os 2230
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resíduos não reaproveitáveis. Portanto, a estruturação de um serviço de coleta seletiva 2231
passa a ser uma obrigação do município, que deverá planejar e implantar sistemas 2232
realmente amplos e eficientes. 2233
Os resíduos da construção civil (RCC), coletados pela Prefeitura em caçambas dispostas 2234
em locais estratégicos no perímetro do município, são deslocados para a região do aterro 2235
sanitário, onde são armazenados. Há nessa concentração de resíduos diversos tipos, 2236
devido ao processo como são coletados, ou seja, a população dispõe diversos itens nas 2237
caçambas que não deveriam ser colocados. O município aguarda por um triturador para 2238
propor um destino final adequado a esse resíduo (triturador prometido pelo Consórcio 2239
CIDAS). Caso não o obtenham, é importante que o município implante uma unidade de 2240
recebimento de RCC para a parcela destes resíduos que não são reaproveitados, seja 2241
através de uma unidade municipal ou consorciada. Por fim, é importante se tenha 2242
conscientização por parte dos munícipes para que não haja descarte destes resíduos 2243
clandestinamente, como em terrenos baldios e margens de córregos, onerando os custos 2244
de coleta e transporte para o município 2245
Os resíduos dos serviços de saúde (RSS) já têm um modelo de coleta, transporte e 2246
destinação final diferenciado pelo seu nível de periculosidade. Atualmente tal modelo 2247
atende de maneira adequada, em termos quantitativos, o município. É necessário que o 2248
município também acompanhe qualitativamente o modelo praticado. 2249
Cabe ressaltar, que o município deve se utilizar dos indicadores sugeridos, ou se utilizar 2250
ainda de outros, para que todos os serviços prestados sejam sempre executados de 2251
maneira adequada, respeitando as legislações vigentes. 2252
6.2.3 Demais Itens Abrangidos pela Lei 12.305/10 da Política Nacional de 2253
Resíduos Sólidos 2254
6.2.3.1 Resíduos Especiais 2255
Sistema de Logística Reversa no município 2256
Embalagens de Agrotóxicos 2257
O município não possui controle da logística reversa das embalagens de agrotóxico 2258
do município, ficando por conta dos produtores a devolução deste material no local 2259
onde foram adquiridos. É importante que o município passe a fazer a fiscalização 2260
dessa devolução de embalagens a fim de evitar que produtos contaminantes tenham 2261
destinação inadequada. 2262
Pilhas e baterias 2263
O município não realiza a coleta de pilhas e baterias. Recomenda-se que seja 2264
implantando um programa de coleta desses materiais, para que não sejam dispostos 2265
de maneira inadequada. 2266
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Pneus 2267
A destinação final adequada dos pneus inservíveis é uma ação implantada desde o 2268
ano 2014, por meio do Termo de Parceria, firmado entre os membros do CIDAS – 2269
Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Ambiental Sustentável, para utilização 2270
de Ecopontos de Pneus, localizados no município de Votuporanga e Cosmorama, 2271
visando à destinação adequada de pneus inservíveis para a empresa Anip/Reciclanip. 2272
A Reciclanip efetua o transporte dos pneus inservíveis para destinações 2273
homologadas pelo IBAMA (Reciclanip, 2012). 2274
Por essas considerações, pode-se concluir que a destinação final de pneus no 2275
município está adequada. 2276
Óleos Lubrificantes, seus Resíduos e Embalagens 2277
O município não possui um programa de coleta de óleo de cozinha. Recomenda-se 2278
que seja implantado esse programa e que haja fiscalização, para que esse tipo de 2279
óleo tenha seu destino final adequado. Sobre a fiscalização do descarte de óleos e 2280
lubrificantes de oficinas, é importante que o município passe a fazer a fiscalização 2281
dessa devolução de embalagens e descarte adequado de óleos lubrificantes a fim de 2282
evitar que produtos contaminantes tenham destinação irregular. 2283
Lâmpadas Fluorescentes, de Vapor de Sódio e Mercúrio e de Luz Mista 2284
O município não realiza a coleta de lâmpadas. Recomenda-se que seja implantando 2285
um programa de coleta desses materiais, para que não sejam dispostos de maneira 2286
inadequada. Na usina de triagem, foram encontradas algumas lâmpadas separadas, 2287
ou seja, o município pode se apoiar nessa ideia e depois de coletada, prover um final 2288
adequado a este tipo de resíduo. 2289
Produtos Eletroeletrônicos e Componentes 2290
O município não realiza a coleta destes resíduos. Recomenda-se que seja 2291
implantando um programa de coleta desses materiais, para que não sejam dispostos 2292
de maneira inadequada. 2293
6.2.3.2 Planos de Gerenciamento Específicos 2294
O município não possui nenhum plano de gerenciamento relativo a resíduos. Recomenda-2295
se que sejam elaborados planos específicos para cada categoria representada a seguir: 2296
Resíduos de serviços públicos de saneamento básico; 2297
Resíduos industriais; 2298
Resíduos de serviços de saúde; 2299
Resíduos de transporte; 2300
Resíduos de mineração; 2301
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Resíduos de estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que gerem 2302
resíduos perigosos, que possuam características de inflamabilidade, corrosividade, 2303
reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e 2304
mutagenicidade, e resíduos que, mesmo não classificados como perigosos, não sejam 2305
equiparados aos resíduos sólidos domiciliares pelo poder público; 2306
Resíduos de empresas de construção civil; 2307
Resíduos de atividades agrossilvopastoris, caso exigido pelo órgão competente do 2308
Sisnama (Sistema Nacional do Meio Ambiente), do SNVS (Sistema Nacional de 2309
Vigilância Sanitária) ou do Suasa (Sistema Unificado de Atenção à Sanidade 2310
Agropecuária). 2311
6.2.3.3 Soluções Consorciadas 2312
A lei dos Consórcios Públicos nº 11.107/2005, regulamentada pelo Decreto nº 6.017/2007, 2313
tem por finalidade a união entre municípios para constituir associação pública ou pessoa 2314
jurídica de direito privado, por meio do ordenamento jurídico, visando solucionar 2315
problemas de ordem comum entre os entes. 2316
Os consórcios são constituídos pela assinatura de um Protocolo de Intenções pelo Poder 2317
Executivo e sancionado pelo Poder Legislativo por meio de uma lei que autorize a 2318
constituição do consórcio e união entre os entes federados, implicando na delegação de 2319
competências e na definição de obrigações. 2320
O consorciamento se torna um instrumento de gestão compartilhada de grande 2321
importância e relevância, visto que além de organizar os municípios numa única 2322
personalidade jurídica, define competências e responsabilidades, ou seja, todos os 2323
envolvidos são responsáveis pela execução de qualidade dos serviços prestados. Ponto 2324
essencial quanto a personalidade jurídica refere-se sobre a sua definição, sendo pessoas 2325
jurídicas distintas de seus constituintes, podendo assumir obrigações e praticar atos em 2326
seu nome e sob sua responsabilidade. 2327
A Figura 6.2 demonstra o processo de consorciamento intermunicipal, desde sua 2328
formação até a inscrição junto aos órgãos competentes e a captação de recurso. 2329
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2330 Figura 6.2 – Processo de consorciamento intermunicipal 2331
Fonte: Secretaria de Desenvolvimento Regional, Política Urbana e Gestão Metropolitana - SEDRU, 2012. 2332
A principal intenção na formação de consórcios, como dito anteriormente, é a resolução 2333
de problemas comuns para diversos municípios que, individualmente, ficam 2334
impossibilitados devido a sua capacidade técnica, operacional, financeira e de gestão. 2335
Cabe destacar que a captação de recursos e projetos são priorizadas para aqueles 2336
municípios consorciados. 2337
O funcionamento de um consórcio concerne na inclusão de dois contratos a serem 2338
firmados, tais quais: 2339
Contrato de rateio: constitui o mecanismo utilizado para entrega de recursos pelos 2340
entes consorciados. 2341
Contrato de programa: obrigações entre um ente e os demais ou com o consórcio. 2342
Define a regulamentação mais detalhada das ações ou planos especiais. 2343
Ressalta-se que tais contratos são as únicas vias admissíveis para a transferência de 2344
recursos pelos consorciados, sendo que seu prazo de vigência não poder ser superior ao 2345
das dotações orçamentárias, exceto em casos específicos. 2346
O Governo Federal tem priorizado a aplicação de recursos por meio de consórcios 2347
públicos, visando fortalecer a gestão dos municípios para planejar, regular, fiscalizar e 2348
prestar os serviços de acordo com tecnologias adequadas a cada realidade, com um 2349
quadro permanente de técnicos capacitados, potencializando os investimentos realizados 2350
e profissionalizando a gestão. 2351
Em relação aos resíduos sólidos, a preferência por soluções consorciadas tem como 2352
objetivo superar a fragilidade, racionalizar e ampliar a escala no tratamento dos resíduos 2353
e ter um órgão preparado tecnicamente para gerir os serviços, podendo inclusive, operar 2354
unidades de processamento, garantindo sua sustentabilidade. 2355
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No Plano de Resíduos do Estado de São Paulo, como alternativa a solução para gestão 2356
compartilhada de RSU, utiliza-se a proposta do Projeto de Apoio à Gestão Municipal de 2357
Resíduos Sólidos (GIREM), elaborado nos anos de 2012 a 2014 e que possuem como 2358
objetivo “apoiar e fomentar soluções regionalizadas, bem como a integração e 2359
cooperação entre os municípios na gestão de resíduos sólidos”. 2360
Os resultados das atividades realizadas em cada oficina regional do Girem foram 2361
observados e considerados na formulação das propostas de regionalização, uma vez que 2362
refletem o posicionamento coletivo dos municípios em relação às dificuldades 2363
encontradas na gestão de resíduos sólidos, assim como as potencialidades para a busca 2364
de soluções compartilhadas prioritárias. 2365
O uso da população como critério de regionalização encontra-se diretamente associado à 2366
questão da geração de resíduos. Conforme apresentado no Panorama dos Resíduos 2367
Sólidos, no estado de São Paulo 571 municípios possuem população igual ou menor a 2368
100 mil habitantes. Dessa forma, os levantamentos populacionais e as consequentes 2369
estimativas de geração são condicionantes importantes para a formulação de propostas 2370
de arranjos territoriais, uma vez que possibilitam ganho de escala e otimização do rateio 2371
de custos de instalações físicas e serviços a serem implantados. Nesse sentido, definiu-2372
se o valor de 350 toneladas/dia como escala de partida para a viabilização de 2373
empreendimentos. 2374
A escolha da logística e malha viária como critérios se deu em função do objetivo de 2375
viabilizar o compartilhamento de unidades de tratamento, destinação e disposição final 2376
ambientalmente adequadas, dados os custos envolvidos na logística. O transporte é um 2377
elemento essencial dentro do composto logístico, pois, além de ser responsável pelo 2378
deslocamento ou movimentação física, representa a maior parte dos custos. Na área de 2379
resíduos sólidos não é diferente, pois a quilometragem percorrida pelos veículos e as 2380
condições das estradas impactam na questão do tempo despendido e no custo para a 2381
realização de determinado percurso. 2382
Assim, as discussões basearam-se nas 22 microrregiões e nas três aglomerações 2383
urbanas propostas no estudo da Emplasa (2011), ainda não legalmente instituídas. 2384
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2385 Figura 6.3 – Unidades Regionais do Estado de São Paulo 2386
2387
Ainda segundo o estudo, a proposta preliminar de regionalização referente ao município 2388
de Américo de Campos é a unidade 22 – MR de Votuporanga, cujos municípios estão 2389
contidos na Figura 6.4: 2390
2391 Figura 6.4 – Unidade Regional relativa ao Município de Américo de Campos 2392
2393
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7. OBJETIVOS E METAS 2394
7.1 ABORDAGEM GERAL SOBRE OS OBJETIVOS E METAS PARA OS SISTEMAS 2395
DE SANEAMENTO DO MUNICÍPIO 2396
Neste capítulo serão definidos os objetivos e as metas para o Município de Américo de 2397
Campos, contando com dados e informações que já foram sistematizados, 2398
essencialmente quanto ao que se pretende alcançar em cada horizonte de projeto, com 2399
relação ao nível de cobertura dos serviços de saneamento básico e sua futura 2400
universalização. 2401
Sob essa intenção, os objetivos e metas serão mais bem detalhados em nível do território 2402
do município, orientando o desenvolvimento do programa de investimentos proposto, que 2403
constituirá a base do plano municipal. 2404
7.2 CONDICIONANTES E DIRETRIZES GERAIS ADVINDAS DE DIAGNÓSTICOS 2405
LOCAIS E REGIONAIS 2406
Contando com todos os subsídios levantados – locais e regionais –, pode-se, então, 2407
chegar a conclusões e a diretrizes gerais relacionadas aos Planos Municipais Específicos 2408
dos Serviços de Saneamento Básico, que devem ser concebidos tanto sob a perspectiva 2409
local, quanto sob uma ótica regional. 2410
Sob o conceito de Planos Integrados, entende-se que devem ser consideradas: 2411
de um lado, as articulações e mútuas repercussões entre os segmentos internos ao 2412
setor saneamento, que envolvem o abastecimento de água, a coleta e o tratamento de 2413
esgotos, a coleta e a disposição adequada de resíduos sólidos e, também, os 2414
sistemas de micro e macrodrenagem; 2415
de outro, as ações conjuntas e processos de negociação para alocação das 2416
disponibilidades hídricas, com vistas a evitar conflitos com outros diferentes setores 2417
usuários das águas – no caso da UGRHI 15, com destaques para o setor agropecuário 2418
e de cultivos irrigados, a geração de hidroeletricidade, a produção industrial e a 2419
explotação de minérios. 2420
Assim, sob tais subsídios e conceitos, em relação aos sistemas de abastecimento de 2421
água dos municípios da UGRHI 15, pode-se concluir que: 2422
há um quadro regional preocupante, em decorrência da baixa disponibilidade de água 2423
superficial de boa qualidade, adequada à captação para abastecimento público, sendo 2424
a grande maioria dos municípios abastecidas por poços profundos; 2425
por consequência, ocorre elevada dependência de inúmeros municípios quanto: 2426
A qualidade da água subterrânea; 2427
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à proteção dos diversos mananciais locais (córregos, rios afluentes e mananciais 2428
subterrâneos); 2429
sob as perspectivas do desenvolvimento regional, em decorrência da continuidade 2430
do processo de expansão, as disputas e conflitos pelas disponibilidades hídricas 2431
entre os diferentes setores usuários das águas tendem a implicar maiores 2432
dificuldades quanto ao abastecimento público. 2433
No que tange aos sistemas de coleta e tratamento de esgotos, as conclusões são as 2434
seguintes: 2435
mesmo com diversos municípios da UGRHI 20 estando acima dos padrões nacionais 2436
de coleta e tratamento de esgotos, há espaço e demandas para avanços importantes, 2437
que terão rebatimentos positivos em termos da oferta de água para abastecimento, 2438
notadamente em termos da qualidade dos recursos hídricos, tanto superficiais quanto 2439
subterrâneos; 2440
as prioridades desses avanços poderão ser estabelecidas de acordo com as 2441
associações de seus resultados em termos de melhoria de qualidade da água e 2442
proteção a mananciais de sistemas de abastecimento público. 2443
Em relação aos sistemas de resíduos sólidos, não obstante os elevados percentuais de 2444
coleta, por vezes universalizados na maioria das cidades, pode-se concluir que os 2445
principais desafios referem-se: 2446
à disposição final adequada, com a implantação de aterros sanitários, com vistas a 2447
impedir a contaminação de aquíferos que sirvam como mananciais para 2448
abastecimento e, também, para reduzir os impactos negativos que são causados 2449
sobre as águas superficiais da região – rios, córregos e reservatórios; 2450
à identificação de locais adequados, inclusive para empreendimentos coletivos de 2451
aterros sanitários e/ou unidades de valorização energética que atendam a conjuntos 2452
de municípios, considerando a perspectiva regional e o rebatimento de tais 2453
empreendimentos sobre o meio ambiente e sobre os recursos hídricos. 2454
Sob tais conclusões, os PMESSBs devem considerar as seguintes diretrizes gerais: 2455
a universalização dos sistemas de abastecimento de água, não somente para atender 2456
às questões de saúde pública e direitos de cidadania, como também para que os 2457
mananciais presentes e potenciais sejam prontamente aproveitados para fins de 2458
abastecimento de água, consolidando o sistema de saneamento, prevendo projeções 2459
de demandas futuras e antecipando-se a possíveis disputas com outros setores 2460
usuários das águas; 2461
sob tal diretriz, apenas casos isolados de pequenas comunidades da área rural serão 2462
admitidos com metas ainda parciais, para chegar à futura universalização dos serviços 2463
de abastecimento de água; 2464
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mais do que isso, também cabe uma diretriz voltada ao aumento da eficiência na 2465
distribuição de água potável, o que significa redução do índice de perdas reais e 2466
aparentes, com melhor aproveitamento dos mananciais utilizados; 2467
a máxima ampliação viável dos índices de coleta de esgotos sanitários, associados a 2468
sistemas de tratamento, notadamente nos casos onde possam ser identificados 2469
rebatimentos positivos sobre a qualidade de corpos hídricos nos trechos de jusante; 2470
a implantação de todos os aterros sanitários demandados para a disposição adequada 2471
de resíduos sólidos – coletivos ou para casos isolados –, a serem construídos em 2472
locais identificados sob aspectos de facilidade logística e operacional, assim como de 2473
pontos que gerem menores repercussões negativas sobre o meio ambiente e os 2474
recursos hídricos (ou seja, verificando acessibilidade, custos de transporte, tipo do 2475
solo, relevo e proximidade com corpos hídricos); 2476
a identificação de frentes para avanços relacionados a indicadores traçados para: 2477
serviço de coleta regular; saturação do tratamento e disposição final dos resíduos 2478
sólidos domiciliares; serviço de varrição das vias urbanas; destinação final dos 2479
resíduos sólidos industriais e manejo e destinação de resíduos sólidos de serviços de 2480
saúde; 2481
a previsão de tecnologias apropriadas à realidade local e regional para os sistemas de 2482
saneamento; 2483
sob tal diretriz, dar prioridade às tecnologias ambientalmente adequadas, que 2484
incentivam a redução das emissões de gases de efeito estufa. 2485
7.3 OBJETIVOS E METAS 2486
Em consonância com as diretrizes gerais, os Planos Municipais Específicos dos Serviços 2487
de Saneamento Básico devem adotar os seguintes objetivos e metas, tal como já 2488
disposto, essencialmente, quanto ao que se pretende alcançar em cada horizonte de 2489
projeto, em relação ao nível de cobertura e/ou aos padrões de atendimento dos serviços 2490
de saneamento básico e sua futura universalização, conforme apresentado nos itens a 2491
seguir, particularmente para cada sistema/serviço de saneamento, dentro da área de 2492
projeto, conforme Figura 7.1. 2493
De acordo com o planejamento efetuado para elaboração deste Plano Municipal 2494
Específico dos Serviços de Saneamento Básico (PMESSB), foi concebida a seguinte 2495
estruturação sequencial para implantação das medidas necessárias: 2496
obras emergenciais – de 2019 até o final de 2020 (imediatas); 2497
obras de curto prazo – de 2019 até o final do ano 2022 (4 anos); 2498
obras de médio prazo – de 2019 até o final do ano 2026 (8 anos); 2499
obras de longo prazo – A partir de 2019 até o final de plano (ano 2038). 2500
2501
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2502
Figura 7.1 – Área urbana e rural do município de Américo de Campos 2503
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7.3.1 Sistemas de Abastecimento de Água e Esgotos Sanitários 2504
No Quadro 7.1 encontram-se resumidos os objetivos e metas, considerando, em 2505
essência, metas progressivas de atendimento para consecução da universalização dos 2506
serviços, abordando a população urbana. O período considerado está relacionado com 2507
um horizonte de planejamento de 20 anos, especificamente nesse caso, entre 2019 e 2508
2038. 2509
QUADRO 7.1 – OBJETIVOS E METAS RELACIONADAS AO NÍVEL DE COBERTURA, 2510 REDUÇÃO DAS PERDAS E ÍNDICES DE TRATAMENTO – MUNICÍPIO DE AMÉRICO DE 2511
CAMPOS – ÁREA URBANA9 2512
Serviços de Saneamento
ÁREA URBANA ATENDIDA PELO SISTEMA PÚBLICO
Objetivos Situação Atual
(2017) Metas Prazo
Água
Manter o índice de atendimento de água
Cobertura 100%
Cobertura 100%
Longo Prazo até 2038
Reduzir as perdas de água Índice de Perdas
47% Índice de Perdas
25% Longo Prazo até 2038
Esgotos
Manter o índice de coleta de esgotos
Cobertura 99%
Cobertura 100%
Longo Prazo até 2038
Aumentar o índice de tratamento de esgotos
Índice de Tratamento
99%
Índice de Tratamento
100% Longo Prazo até 2038
2513
Já para as áreas rurais do município, atualmente não atendidas pelo sistema público, 2514
apresentam-se no Quadro 7.2 os objetivos e metas. 2515
QUADRO 7.2 – OBJETIVOS E METAS RELACIONADAS AO NÍVEL DE COBERTURA E SUA 2516 FUTURA UNIVERSALIZAÇÃO – MUNICÍPIO DE PAULICEIA – ÁREA RURAL 2517
Serviços de Saneamento
ÁREA RURAL
Objetivos Situação Atual
(2017) Metas Prazo
Água Universalizar o
atendimento com água Cobertura ND Cobertura 100% Longo Prazo até 2038
Esgotos Universalizar a coleta e tratamento dos esgotos
Cobertura ND Cobertura 100% Longo Prazo até 2038
2518
7.3.2 Sistema de Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos 2519
No Quadro 7.3 encontram-se resumidos os objetivos e as metas para a universalização 2520
do atendimento dos serviços de coleta e limpeza urbana e a disposição adequada dos 2521
resíduos sólidos domiciliares, da construção civil e de serviços de saúde, para o horizonte 2522
de projeto de 20 anos, ou seja, de 2019 a 2038. 2523
2524
9 1 – O índice de cobertura de água refere-se ao indicador IN023 (índice de atendimento urbano de água) do SNIS (Mcidades), que
abrange a população urbana atendida em relação à população urbana total; 2 – O índice de perdas refere-se às perdas reais e aparentes na distribuição, associado ao indicador IN049 do SNIS; 3 – O índice de cobertura de coleta de esgotos refere-se ao indicador IN024 (Índice de atendimento urbano de esgotos) do SNIS, que abrange a população urbana atendida em relação à população urbana total; 4 – O índice de tratamento de esgotos refere-se ao indicador IN016 (Índice de tratamento de esgotos) do SNIS, que abrange o volume de esgotos tratados em relação ao volume de esgotos coletados na área urbana.
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QUADRO 7.3 – OBJETIVOS E METAS DO SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS 2525 RESÍDUOS SÓLIDOS 2526
Objetivos Situação Atual
(2017) Metas Prazo
Aumentar o índice de coleta de resíduos sólidos domiciliares
Cobertura
100%
Cobertura 100%
2019 a 2038
Manter o índice de coleta dos resíduos da construção civil Cobertura
100%
Cobertura
100% 2019 a 2038
Manter o índice de coleta de resíduos de serviços de saúde
Cobertura
100%
Cobertura 100%
2019 a 2038
Ampliar índice de reciclagem dos resíduos domiciliares coletados
ND 50% 2019 a 2038
Ampliar índice de reaproveitamento dos resíduos da construção civil coletados
ND 50% 2019 a 2038
Aumentar a nota da avaliação do IQR10
79 100 2019 a 2038
Disposição adequada dos resíduos da construção civil Inadequado Adequar Curto Prazo até
2023
Tratamento e disposição adequada dos resíduos de serviços de saúde
Adequado Manter
adequado 2019 a 2038
Universalização dos serviços de limpeza e varrição ND 100% 2020
2527
2528
8. FORMULAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DE PROPOSTAS 2529
ALTERNATIVAS ÁREA URBANA – PROGNÓSTICOS 2530
8.1 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 2531
8.1.1 Etapas e Demandas do Sistema 2532
Com base na evolução populacional da área urbana do município, foram projetadas as 2533
demandas futuras e as eventuais intervenções necessárias ao sistema. Os resultados 2534
obtidos estão resumidos no Quadro 8.1. 2535
É importante destacar que as projeções indicam que, até o final do plano, há uma 2536
expectativa de redução nas vazões médias distribuídas devido à gradativa redução dos 2537
índices de perdas na distribuição. Este fato evidencia a importância da elaboração e 2538
implantação de um Plano de Controle de Perdas que, além de possibilitar o 2539
aproveitamento integral do atual sistema produtor, não aumenta a pressão na demanda 2540
hídrica do manancial subterrâneo. 2541
2542
10
O IQR – Índice de Qualidade de Aterro de Resíduos – Nova Proposta – é um indicador da CETESB que avalia diversos aspectos do aterro como: estruturas de apoio, aspectos operacionais, estruturas de proteção ambiental, características da área entre outros. Essa avaliação permite que seja atribuída uma nota à unidade, classificando-a como adequada ou inadequada.
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QUADRO 8.1 – RESUMO DAS VAZÕES A SEREM DISTRIBUÍDAS - ANOS DE REFERÊNCIA 2543 DE OBRAS11 2544
Ano Referência Demanda Média
(L/s) Demanda Máx. Diária
(L/s) Demanda Máx. Horária
(L/s)
2017 Situação Atual 22,0 24,3 31,4
2019 Obras Emergenciais 21,8 24,2 31,4
2022 Obras de Curto Prazo 21,0 23,4 30,7
2026 Obras de Médio Prazo 19,8 22,3 29,7
2038 Obras de Longo Prazo 16,5 18,9 26,4
Decréscimos em relação a 2017 - % 25% 22% 16%
2545
É importante destacar que o período em que o sistema será mais solicitado será no ano 2546
de 2019, em que a vazão máxima projetada é de 24,2 L/s e o volume de reservação 2547
necessário é de 698 m³. 2548
8.1.2 Sistema Produtor 2549
Em função da previsão de demandas, expressas em termos de demandas máximas 2550
diárias, pode-se estabelecer um balanço verificativo da necessidade de ampliação ou não 2551
das unidades constituintes desse sistema, comparando com a capacidade nominal de 2552
produção de cada unidade. 2553
Esse balanço está sendo efetuado para o sistema produtor de Américo de Campos, que é 2554
composto por sete poços profundos. As capacidades nominais de cada sistema 2555
encontram-se demonstradas a seguir: 2556
QUADRO 8.2 – CAPACIDADE DE PRODUÇÃO DIÁRIA DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO 2557 DE ÁGUA 2558
Exploração (m³/hora)
Tempo de Operação
(h/dia)
Exploração Diária
(m³/dia)
Exploração Diária
(L/s)
Poço 01 79,20 20 1584 18,33
Poço 02 34,43 14 482,02 5,58
Poço 03 7,14 3 21,42 0,25
Poço 04 31,50 14 441 5,10
Poço 05 5,11 5 25,55 0,30
Poço 06 23,29 3 69,87 0,81
Poço 07 18,86 3 56,58 0,65
Total 2680,44 31,02
Como indicado no Quadro 8.2 anterior, a maior demanda máxima diária, considerando o 2559
sistema como um todo, deverá ocorrer por volta do ano 2019, quando o valor da mesma 2560
estará em torno de 24,2 L/s, devido à redução progressiva dos índices de perdas na 2561
distribuição. 2562
11
O ano de 2019 refere-se ao início de plano e ao início de eventuais obras emergenciais; as obras emergenciais deverão estar concluídas até 2020; - A partir de 2019, os anos em referência estão relacionados com as datas limites de implantação de eventuais obras no sistema de água, de acordo com as tipologias de curto, médio e longo prazo;
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Observa-se que a capacidade atual do sistema, para um período de 24 horas, é de 55 L/s 2563
e que o mesmo tem operado com uma vazão média de 31 L/s. Desta forma, é possível 2564
verificar que a configuração atual do sistema produtor tem capacidade para atender à 2565
demanda futura do município. No entanto, deve-se ressaltar que tal quadro só será 2566
verificado caso o programa de redução de perdas seja efetivamente implantado e que o 2567
índice de perdas diminuam até pelo menos 25% em 2038. 2568
Como na cidade de Américo de Campos o sistema produtor é feito apenas através de 2569
poços, o sistema de tratamento ocorre em linha, na saída dos reservatórios para a rede e 2570
é feito através da adição de cloro e flúor. Esse tratamento é satisfatório, devendo ser 2571
mantido. Caso haja variação na qualidade da água do poço, as dosagens dos produtos de 2572
desinfecção devem ser ajustadas, garantindo os padrões de potabilidade do Ministério da 2573
Saúde (Portaria nº 2.914 de 2011). No caso dos Poços P01 e P05, deve-se implementar 2574
unidades de tratamento. 2575
Deve-se atentar para o fato de que as intervenções no sistema produtor podem não estar 2576
somente relacionadas com o rearranjo operacional, mas, também, com eventuais 2577
reformas e adequações necessárias nas unidades, automações, eliminação de 2578
vazamentos, regularização de outorgas de captação de todos os poços do município, 2579
proteção do manancial, evitando contaminações (neste caso, trata-se de manancial 2580
subterrâneo), etc. 2581
Em termos de produção (com os dados disponibilizados), o sistema produtor de água 2582
encontra-se capacitado ao atendimento durante todo o horizonte de planejamento. Ainda 2583
de acordo com o diagnóstico do sistema, os poços estão em bom estado de conservação. 2584
8.1.3 Sistemas de Reservação 2585
Conforme verificado, a área urbana possui um sistema de reservação insuficiente para 2586
suprir a demanda durante todo o período de planejamento. Atualmente, o sistema conta 2587
com 6 reservatórios, totalizando um volume de 357 m³, sendo que os volumes de 2588
reservação necessários estimados para a área variam entre de 700 m³ (ano de 2017) a 2589
546 m³ (ano de 2038). Como solução, deve-se instalar mais unidades de reservação com 2590
capacidade total de 550 m³. 2591
Em relação ao estado de conservação das unidades do sistema, o reservatório central, de 2592
maior capacidade, foi construído em 1969 e nunca passou por qualquer tipo de inspeção. 2593
Na visita técnica foram observadas partes da estrutura a mostra (armaduras dos pilares 2594
de sustentação). Portanto, é aconselhável que ocorra uma vistoria para fiscalizar o 2595
reservatório e evitar que sérios problemas venham a ocorrer. 2596
Os demais reservatórios apresentam-se em bom estado de conservação. Fica sugerido 2597
que os reservatórios metálicos sejam inspecionados durante os anos para se evitar a 2598
ocorrência de ferrugens e deterioramento. 2599
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8.1.4 Sistemas de Distribuição 2600
A rede de distribuição de água de toda a área urbana apresenta, atualmente, uma 2601
extensão de cerca de 31 km. No entanto, ressalta-se que o município não apresenta um 2602
cadastro técnico atualizado das estruturas presentes no sistema de distribuição, bem 2603
como, diâmetro da tubulação e material constituído. 2604
O Índice de Perdas na Distribuição, segundo o departamento, apresenta valor em torno 2605
de 46%, que pode ser considerado elevado. Portanto, visando à redução desse índice e 2606
para que se evitem ampliações desnecessárias no Sistema Produtor, recomenda-se a 2607
implantação de um Programa de Redução de Perdas, com intervenções que abranjam a 2608
nova setorização da rede, troca de hidrômetros e ramais, etc., e a implementação de uma 2609
gestão comercial eficaz, que permita melhor eficiência no sistema de micromedição. 2610
8.1.5 Principais Intervenções em Sistemas de Abastecimento de Água 2611
De um modo geral, os procedimentos básicos podem ser sintetizados, conforme 2612
apresentado a seguir, aplicáveis indistintamente a todos os municípios, com algumas 2613
diversificações em alguns procedimentos, em função do porte do município, da vigência 2614
de certa ação, e das características gerais do sistema de abastecimento de água: 2615
AÇÕES GERAIS 2616
Elaboração de um Plano Diretor de Controle e Redução de Perdas e do Projeto 2617
Executivo do Sistema de Distribuição, com as ampliações necessárias, com 2618
enfoque na implantação da setorização e equacionamento da macro e 2619
micromedição; 2620
Elaboração e disponibilização de um cadastro técnico do sistema de 2621
abastecimento de água, em meio digital, com atualização contínua; 2622
Implantação de um sistema informatizado para controle operacional. 2623
REDUÇÃO DAS PERDAS REAIS 2624
Redução da pressão nas canalizações, com instalação de válvulas redutoras de 2625
pressão com controladores automatizados eficientes; 2626
Pesquisa de vazamentos na rede, com utilização de equipamentos de detecção 2627
de vazamentos tais como geofones mecânicos, geofones eletrônicos, 2628
correlacionador de ruídos, haste de escuta, etc.; 2629
Minimização das perdas inerentes à distribuição, nas operações de manutenção, 2630
quando é necessária a despressurização da rede e, em muitas situações, a 2631
drenagem total da mesma, através da instalação de registros de manobras em 2632
pontos estratégicos, visando a permitir o isolamento total de no máximo 3 km de 2633
rede; 2634
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Monitoramento dos reservatórios, com implantação de automatização do 2635
liga/desliga dos conjuntos elevatórios que recalcam para os mesmos, além de 2636
dispositivos que permitam a sinalização de alarme de níveis máximo e mínimo; 2637
Troca de trechos de rede e substituição de ramais com vazamentos; 2638
REDUÇÃO DE PERDAS APARENTES 2639
Planejamento e troca de hidrômetros, estabelecendo-se as faixas de idade e o 2640
cronograma de troca, com intervenção também em hidrômetros parados, 2641
embaçados, inclinados, quebrados e fraudados; 2642
Seleção das ligações que apresentam consumo médio acima do consumo mínimo 2643
taxado e das ligações de grandes consumidores, para monitoramento sistemático; 2644
Substituição, em uma fase inicial, dos hidrômetros das ligações com consumo 2645
médio mensal entre o valor mínimo (10 m³) e o consumo médio mensal do 2646
município (por ligação); 2647
Atualização do cadastro dos consumidores, para minimização das perdas 2648
financeiras provocadas por ligações clandestinas e fraudes, alteração do imóvel 2649
de residencial para comercial ou industrial e controle das ligações inativas; 2650
Estudos e instalação de macromedidores setoriais, para avaliação do consumo 2651
macromedido para confronto com o consumo micromedido, resultando um 2652
planejamento mais adequado de intervenções em setores com índices de perdas 2653
maiores. 2654
REDUÇÃO DE PERDAS RESULTANTES DE DESPERDÍCIOS 2655
Esta linha de ação visa articular a iniciativa privada, o poder público e a sociedade civil, 2656
nas suas diversas formas de organização, a aderir ao Programa e promover uma 2657
alteração no comportamento quanto à utilização da água. 2658
Esta linha de ação pode ser subdividida em 3 (três) projetos: 2659
Estabelecimento de uma política tarifária adequada; 2660
Incentivos à adoção de equipamentos de baixo consumo, através de crédito 2661
subsidiado, descontos, distribuição gratuita de kits de conservação e assistência 2662
técnica; e 2663
Campanhas de informação, mobilização e educação da sociedade através de um 2664
Programa de Uso Racional da Água. 2665
Além dessas atividades supracitadas, são necessárias melhorias no gerenciamento, com 2666
incremento da capacidade de acompanhamento e controle, atrelado a um treinamento 2667
eficiente de operadores e técnicos responsáveis pela operação e manutenção dos 2668
sistemas. 2669
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8.1.6 Resumo das Intervenções no Sistema de Abastecimento de Água 2670
Conforme dados apresentados anteriormente, podem-se resumir as intervenções 2671
necessárias no Sistema de Abastecimento de Água de Américo de Campos, ressalvando-2672
se que se trata de intervenções mais abrangentes, identificadas com base nos dados 2673
fornecidos e coletados junto à Prefeitura e demais entidades envolvidas. Evidentemente, 2674
todas as intervenções possíveis e mais específicas somente serão conhecidas quando da 2675
elaboração de projetos executivos específicos, que possam melhor retratar todas as 2676
intervenções necessárias. 2677
As eventuais intervenções nos sistemas produtores e de reservação são mais fáceis de 2678
serem equacionadas, porque permitem a identificação das capacidades nominais desses 2679
sistemas e a proposição de eventuais ampliações. 2680
No entanto, em relação ao sistema de distribuição, as intervenções são mais difíceis de 2681
serem avaliadas, porque elas dependem de estudos de distribuição populacional, do 2682
conhecimento das vazões distribuídas, do conhecimento das capacidades das unidades 2683
existentes, identificadas em cadastros nem sempre disponíveis, e de outros fatores 2684
relacionados com a setorização piezométrica, também às vezes inexistentes na maioria 2685
dos sistemas de abastecimento de água. 2686
Então, considerando a não existência, no caso de Américo de Campos, de projetos do 2687
sistema de distribuição, foram efetuadas as seguintes hipóteses para ampliação desse 2688
sistema: 2689
Considerou-se que será implementado um Programa de Redução de Perdas, 2690
associado a um projeto executivo do sistema de distribuição, onde se prevê um estudo 2691
e possível rearranjo da setorização da rede, além de eventuais ampliações 2692
necessárias em unidades do sistema; 2693
A ampliação gradativa da rede de distribuição (principal e secundária) foi também 2694
prevista, em função do crescimento vegetativo das populações, uma vez que a área 2695
urbana já se encontra integralmente atendida. 2696
Dentro do estudo de setorização deverá ser avaliado o problema da queda de pressão na 2697
distribuição durante o horário de pico, a fim de determinar com precisão o volume e 2698
localização dos eventuais reservatórios elevados, ou demais alternativas, para resolução 2699
do problema. 2700
Como essas hipóteses implicam intervenções no sistema em determinados prazos, 2701
admitiu-se um custo associado às mesmas, conforme melhor pormenorizado no Capítulo 2702
5 adiante (Metodologia para Estimativa dos Investimentos Necessários e Avaliação das 2703
Despesas de Exploração). O Quadro 8.3 apresenta a relação das intervenções principais 2704
a serem realizadas no sistema de abastecimento de água, abrangendo todas as áreas 2705
atendidas pelo sistema público. 2706
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QUADRO 8.3 – RELAÇÃO DAS INTERVENÇÕES PRINCIPAIS NO SISTEMA DE 2707 ABASTECIMENTO DE ÁGUA12 2708
Locais Sistema Unidade Prazo Obras Principais Planejadas
AM
ÉR
ICO
DE
CA
MP
OS
DISTRIBUIÇÃO REDE DE
DISTRIBUIÇÃO
Médio Prazo - entre 2019 a
2026
OSE: Substituição das tubulações antigas, cerca de 9,3 km de rede (cerca de 30% da extensão total da rede), por tubulações de PVC.
Curto Prazo - entre 2019 a
2022
MNE: Implantação de um Programa de Redução de Perdas, que implique, de um modo geral, a setorização da rede, substituição de hidrômetros, pesquisa de vazamentos, implantação de VRPs, melhorias na gestão comercial, etc.
Longo Prazo - entre 2027 a
2038
OSE: Implantação de aproximadamente 700 m de redes de distribuição (linhas principais e secundárias) e 57 novas ligações, de acordo com o crescimento vegetativo das populações.
PRODUTOR, RESERVAÇÃO
E DISTRIBUIÇÃO
POÇOS, RESERVATÓRIOS
E REDE DE DISTRIBUIÇÃO
Curto Prazo - entre 2019 a
2022 MNE: Cadastro Técnico das estruturas
RESERVAÇÃO RESERVATÓRIOS Curto Prazo - entre 2019 a
2022
OSE: Construção de reservatórios, totalizando uma capacidade 550 m³ a mais da capacidade atual.
TRATAMENTO DE ÁGUA
TRATAMENTO DE ÁGUA
Curto Prazo - entre 2019 a
2022
OSE: Construção de unidades de tratamento de água nos poços P01 e P05.
2709
8.2 SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS 2710
8.2.1 Etapas e Contribuições dos Sistemas 2711
No caso deste sistema, as soluções de ampliação foram definidas com base na evolução 2712
populacional e estrutura principal do sistema existente. 2713
De acordo com informações disponibilizadas pela prefeitura, a estação de tratamento de 2714
esgoto do município teria capacidade aproximada de 11 L/s (vazão máxima diária), 2715
fazendo com que a estação não tenha capacidade para atender a vazão máxima diária ao 2716
12
Os prazos de implantação supralistados são consequência da avaliação técnica efetuada nesse Plano Municipal Específico em elaboração pelo consórcio ENGECORPS/Maubertec; a fixação de datas está em consonância com as recomendações do Edital da SSRH, onde se estabelecem datas para obras emergenciais (2anos), de curto prazo(4 anos), de médio prazo(8 anos) e de longo prazo(de 8 anos até o final do plano), em função da necessidade de previsão de investimentos no sistema, balanço de receitas e despesas e consequente estudo de sustentabilidade econômico-financeira; - As intervenções supracitadas possuem a tipologia de obras localizadas e estruturais, e não estruturais; - OSL: Obras e Serviços Localizados; OSE: Obras e Serviços Estruturais; MNE: Medidas Não Estruturais.
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final de plano da sede municipal, estimada em 18 L/s. O sistema de tratamento é do tipo 2717
australiano, composto por uma lagoa anaeróbia seguida de uma lagoa facultativa. 2718
De forma geral, as principais intervenções planejadas dizem respeito, basicamente, à 2719
implantação de redes coletoras e ligações, associada à universalização do serviço e 2720
crescimento vegetativo. 2721
No caso do presente estudo e de acordo com o novo estudo populacional efetuado para 2722
um horizonte de projeto até o ano 2038, as contribuições estimadas para todo o período 2723
de planejamento e as contribuições referidas especificamente às datas adotadas para 2724
implantação/ampliação das obras do sistema são apresentadas no Quadro 8.4. 2725
QUADRO 8.4 – RESUMO DAS CONTRIBUIÇÕES DE ESGOTOS PARA A ÁREA URBANA DE 2726 PROJETO - SEDE - ANOS DE REFERÊNCIA DE OBRAS13 2727
Ano Referência
Contribuição Média
(l/s)
Contribuição Máx. Diária
(l/s)
Contribuição Máx. Horária
(l/s)
Carga Média Diária
(KgDBO5/dia)
2017 Situação Atual 15,2 17,0 22,5 266
2019 Obras Emergenciais 15,8 17,7 23,4 278
2022 Obras de Curto Prazo 16,0 17,9 23,7 283
2026 Obras de Médio Prazo 16,1 18,1 24,0 287
2038 Obras de Longo Prazo 16,2 18,1 24,1 288
Acréscimos em relação a 2017 - % 6% 7% 7% 8%
2728
8.2.2 Sistemas de Coleta e Encaminhamento 2729
O sistema de esgotamento e encaminhamento do município de Américo de Campos não 2730
atende integralmente a área urbana do município de modo que há proposta para 2731
implantação de novas redes em curto prazo. A necessidade de novas redes, além de 2732
acompanhar o crescimento vegetativo do município, irá atingir a universalização do 2733
serviço, de modo que se estima a implantação de 1 km de rede de coleta até o final do 2734
horizonte de planejamento. 2735
Além da cobertura, é importante considerar a capacidade das estruturas nas unidades 2736
existentes. Para isso, a realização do cadastro do sistema de coleta torna-se fundamental 2737
a fim de analisar com melhor precisão a capacidade da rede de coleta ao longo do 2738
horizonte de planejamento. Embora não sejam conhecidas as novas vazões a serem 2739
veiculadas por unidade, acredita-se que o atual sistema de coleta não seja capaz de 2740
suportar as vazões máximas horárias projetadas entre o início e o final de plano. 2741
Os custos associados na elaboração deste cadastro serão incluídos nos custos de 2742
implantação da rede, uma vez que estão interligados. 2743
13
O ano de 2015 refere-se ao início de plano e ao início de eventuais obras emergenciais; as obras emergenciais deverão estar concluídas até 2016; - A partir de 2015, os anos indicados referem-se às datas limites de implantação de eventuais obras no sistema de esgotos, de acordo com as tipologias de curto, médio e longo prazo; - A maior contribuição máxima horária está prevista para o ano 2034; essa contribuição deverá estar em torno de 78,7 L/s, conforme indicado no Quadro 3.6 anterior.
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Evidentemente, para todas as tubulações em que se verificarem problemas de 2744
entupimentos e extravasamentos, devem-se avaliar as causas e soluções possíveis, 2745
desde as limpezas até a substituição dos trechos com problemas. 2746
Propôs-se a substituição de 30% da rede atual. Além disso, neste item são indicadas 2747
como intervenções, as obras relacionadas com a implantação de rede coletoras e novas 2748
ligações, decorrentes do crescimento vegetativo e universalização do serviço. 2749
8.2.3 Sistemas de Elevação e Recalque de Esgotos Sanitários 2750
Existem três (03) estações elevatórias de esgoto, sendo uma delas o destino de todo o 2751
esgoto produzido. Esta última elevatória envia todo o produto coletado para a Estação de 2752
Tratamento. 2753
A falta de informações das vazões de operação das bombas impossibilita a análise das 2754
velocidades de operação das estações elevatórias. Desta forma, reforça-se a 2755
necessidade do cadastro técnico do sistema de esgotamento, incluindo as estações 2756
elevatórias, com objetivo de verificar se as vazões e bombeamento e o diâmetro das 2757
linhas de recalque necessitam de intervenções, segundo as recomendações contidas em 2758
bibliografia especializada e na norma brasileira. 2759
Os principais limites de velocidade estabelecidos para tubulações estão representados a 2760
seguir: 2761
QUADRO 8.5 – LIMITES DE VELOCIDADES ESTABELECIDOS PARA TUBULAÇÕES 2762 SEGUNDO FONTES DIFERENCIADAS14 (m/s) 2763
Diâmetro
(mm)
CRITÉRIOS
1 2
75 0,50 0,71
100 0,60 0,75
150 0,80 0,83
200 0,90 0,90
250 1,10 0,98
300 1,20 1,05
400 1,40 1,20
500 1,60 1,35
2764
8.2.4 Sistemas de Tratamento 2765
A área urbana da Sede conta com uma estação de tratamento de esgotos, com 2766
capacidade nominal de 11 L/s (vazão máxima diária) e composta de lagoas (1 anaeróbia 2767
+ 1 facultativa + 1 maturação) e não possui tratamento preliminar. 2768
14
Critério 1 - para pré-dimensionamento- Manual de Hidráulica - Azevedo Netto e G.A.Alvarez - 8ª edição - 998; - Critério 2 - com utilização da equação empírica - vmáx.=0,60+1,50D, onde v(m/s) e D(m) - Hidráulica Básica - R.M.Porto - São Carlos - EESC/USP-1998.
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Conforme já verificado, e tendo em vista que o valor máximo da contribuição média diária 2769
estimada foi de 16,2 L/s, no final do plano, a ETE não tem capacidade suficiente para 2770
atender a demanda. 2771
Dessa forma será considerada a implantação de uma nova ETE e a desativação da ETE 2772
antiga, pois como a lagoa anaeróbia e a facultativa estão em estado de conservação 2773
precário, para a realização da adequação o gasto seria semelhante. 2774
Em relação ao tratamento do lodo, com gerenciamento e operação correta das lagoas, o 2775
material deve permanecer nas unidades por um período de cerca de 10 anos, a partir do 2776
qual se torna estável sem necessidade de implantação de tratamento específico. 2777
Ressalta-se ainda a necessidade de treinamento de operadores e técnicos responsáveis 2778
pela operação e manutenção dos sistemas, principalmente, o de tratamento, a fim de que 2779
o mesmo opere em perfeitas condições, minimizando eventuais problemas que acarretem 2780
má operação do sistema, com perda de eficiência no tratamento. 2781
Outro fator a ser observado refere-se à emissão de gases de efeito estufa no sistema de 2782
tratamento de esgotos, tendo em vista a Lei nº 13.798/2009, na qual o Estado de São 2783
Paulo, em 2020, deve apresentar uma redução das emissões totais em 20%, em relação 2784
aos números identificados em 2005. Em geral, em sistemas de tratamento de esgotos, o 2785
principal método para eliminar esses gases gerados é através de queimadores de gases, 2786
por exemplo, o tipo “FLARE”, nos quais há a neutralização dos efluentes gasosos a partir 2787
da queima dos mesmos. Esse método é bastante utilizado em reatores anaeróbios 2788
(UASB), em função da facilidade de captação e condução dos efluentes até a unidade de 2789
queima. 2790
Recentemente, a SABESP implantou um método inovador de neutralização dos gases 2791
gerados no tratamento de esgotos, ainda em fase de teste, em uma ETE em São Miguel 2792
Paulista. O método em teste é composto de uma mistura vegetal, restos de casca de 2793
coco, colocada dentro de um contêiner e molhada, gerando bactérias que funcionam 2794
como filtros biológicos. Dessa forma, os efluentes gasosos são sugados por dutos para 2795
dentro do contêiner, onde é filtrado, saindo limpo para o ambiente. Novamente, este 2796
método é mais facilmente aplicado em sistemas de tratamento com unidades fechadas, 2797
nos quais a captação e condução dos gases são facilitadas. 2798
No caso de Américo de Campos e demais municípios de pequeno e médio porte, cujo 2799
tratamento é por lagoas, devem ser realizados estudos detalhados e específicos a fim de 2800
avaliar a viabilidade de aplicação de métodos de captação e tratamento dos gases, uma 2801
vez que o volume de efluentes gasosos gerados é significativamente menor, o que pode 2802
descaracterizar a necessidade de implantação de tratamento de gases de efeitos estufa. 2803
2804
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8.2.5 Resumo das Intervenções Principais nos Sistemas de Esgotos Sanitários 2805
Com base nos dados apresentados anteriormente, podem-se resumir as intervenções 2806
necessárias no Sistema de Esgotos Sanitários de Américo de Campos, conforme 2807
apresentado no Quadro 8.6 ressalvando-se que se trata de intervenções principais, 2808
identificadas com base nos dados fornecidos e coletados junto à Prefeitura Municipal e 2809
demais entidades envolvidas. Evidentemente, todas as intervenções possíveis somente 2810
serão conhecidas quando da elaboração de projetos executivos específicos, que possam 2811
melhor retratar todas as intervenções necessárias no sistema. 2812
QUADRO 8.6 – RELAÇÃO DAS INTERVENÇÕES PRINCIPAIS NOS SISTEMAS DE ESGOTOS 2813 SANITÁRIOS15 2814
Locais Sistema Unidade Prazo Obras Principais Planejadas
AM
ÉR
ICO
DE
CA
MP
OS
EN
CA
MIN
HA
ME
NT
O
REDE COLETORA
Longo Prazo - entre 2027 a
2038
OSE: Implantação de aproximadamente 1 km de novas redes e 77 ligações para universalização do serviço e atendimento ao crescimento vegetativo das populações.
REDE COLETORA
Curto Prazo - entre 2019 a
2022
OSE: Substituição de cerca de 30% da rede coletora existente
REDE COLETORA E EMISSÁRIOS
Emergencial - entre 2019 e
2020
MNE: Cadastro Técnico das estruturas do sistema de distribuição
LINHA DE RECALQUE
Emergencial – entre 2019 e
2020
OSE: Substituição da linha de recalque de diâmetro de 2.000 mm por uma nova de diâmetro de 150 e 200 mm.
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTO
Emergencial – entre 2019 e
2020
OSE: Implantação de 3 Geradores de Emergência nas EEEs.
TRATAMENTO ESTAÇÃO DE TRATAMENTO
Médio Prazo - entre 2019 a
2026
OSL: Implantação de uma nova ETE, do tipo lagoa, sistema australiano, com capacidade mínima de 24 L/s.
MNE: Cadastro Técnico das estruturas do sistema de tratamento
2815
8.3 SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS 2816
A Política Nacional dos Resíduos Sólidos, instituída pela Lei Federal 12.305 de 02/08/10, 2817
prevê, entre outros, que apenas os rejeitos devem ser dispostos em aterros e, sendo 2818
assim, o reaproveitamento dos resíduos passou a ser compromisso obrigatório das 2819
municipalidades. 2820
Esse aspecto foi focado apenas para os resíduos domiciliares e da construção civil e 2821
demolição, tendo em vista que, pelos riscos à saúde devido às patogenicidades, os 2822
resíduos de serviços de saúde não são reaproveitáveis. 2823
15
Os prazos de implantação supralistados são consequência da avaliação técnica efetuada nesse Plano Municipal Específico em elaboração pelo consórcio ENGECORPS/Maubertec; a fixação de datas está em consonância com as recomendações do Edital da SSRH, onde se estabelecem datas para obras emergenciais (2anos), de curto prazo(4 anos), de médio prazo(8 anos) e de longo prazo(de 8 anos até o final do plano), em função da necessidade de previsão de investimentos no sistema, balanço de receitas e despesas e consequente estudo de sustentabilidade econômico-financeira; - As intervenções supracitadas possuem a tipologia de obras localizadas e estruturais, e não estruturais; - OSL: Obras e Serviços Localizados; OSE: Obras e Serviços Estruturais; MNE: Medidas Não Estruturais.
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Uma vez que a PNRS discorre sobre todos os resíduos gerados no município, para a 2824
elaboração deste Produto, a formulação de alternativas e as soluções apresentadas nos 2825
itens subsequentes referem-se tanto aos resíduos gerados na área urbana quanto na 2826
área rural. 2827
Neste relatório estão apresentadas propostas para equacionamento da disposição final 2828
dos resíduos sólidos gerados no município tendo como referência soluções que sejam de 2829
domínio municipal propiciando, dessa forma, a estimativa dos custos dessas intervenções 2830
sem o ganho de escala que pode ser obtido através de soluções regionais empregando o 2831
recurso do consórcio de municípios. 2832
8.3.1 Limpeza Pública 2833
No âmbito dos serviços de limpeza pública recomenda-se que o município realize as 2834
seguintes atividades: 2835
Varrição manual – requer adequação da frequência do serviço em função das 2836
necessidades do local e a instalação de cestos em locais estratégicos para 2837
minimização dos resíduos, além da redução de riscos aos funcionários por meio de 2838
varrição mecanizada noturna em vias expressas e o atendimento de baixa frequência 2839
através de mutirões; 2840
Manutenção de vias e logradouros – através de fiscalizações para programação do 2841
serviço, manutenção de áreas verdes, prestação do serviço por meio de mutirões e 2842
mobilização de triturador para facilitar o transporte e o reaproveitamento dos resíduos 2843
de poda; 2844
O detalhamento dos custos e a logística desses serviços demandam a elaboração de 2845
estudos mais detalhados como, por exemplo, o Plano de Gerenciamento Integrado de 2846
Resíduos Sólidos - PGIRS. 2847
8.3.2 Resíduos Sólidos Domiciliares (RSD) 2848
Seguindo os preceitos da PNRS, há três destinos possíveis para os resíduos sólidos 2849
domiciliares: 2850
Central de Triagem e, posteriormente, reciclagem para os resíduos secos passíveis de 2851
reciclagem; 2852
Usina de Compostagem para os resíduos úmidos, compostos de matéria orgânica; e. 2853
Aterro Sanitário para os rejeitos. 2854
O reaproveitamento dos resíduos será implantado de maneira progressiva, conforme 2855
apresentado a seguir: 2856
Ano 1 ao 4: faixa de 3 a 15%, com média anual de 4% de reaproveitamento; 2857
Ano 5 ao 9: faixa de 15 a 30%, com média anual de 3% de reaproveitamento; 2858
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Ano 10 ao 14: faixa de 30 a 40%, com média anual de 2% de reaproveitamento; 2859
Ano 15 ao 19: faixa de 40 a 50%, com média anual de 2% de reaproveitamento; e 2860
Ano 20 em diante: 50% de reaproveitamento. 2861
Lembrando que dentre essa quantidade de resíduos reaproveitados, 50% corresponde 2862
tanto ao lixo seco (reciclável) quanto para o lixo úmido (destinados à compostagem) e que 2863
os 50% restantes seriam referentes aos rejeitos. Ressalta-se que para o atendimento das 2864
metas de reaproveitamento propostas pelo Plano o município deverá ampliar e consolidar 2865
um Programa de Coleta Seletiva no município. 2866
8.3.2.1 Central de Triagem 2867
Não existe no município um programa social de coleta seletiva. Considerando a central de 2868
triagem existente seja insuficiente para atender à demanda, será proposta ao município a 2869
implantação de uma unidade. Assim, a projeção dos recicláveis ao longo do horizonte de 2870
projeto está apresentada no Quadro 8.7. 2871
QUADRO 8.7 – PROJEÇÃO DE GERAÇÃO DE RECICLÁVEIS 2872
Ano População (hab.) Projeção de Recicláveis
de RSD (t/ano)
Projeção de Recicláveis
de RSD (t/dia)
2019 5.909 29 0,08
2020 5.929 34 0,09
2021 5.939 39 0,11
2022 5.950 44 0,12
2023 5.961 49 0,13
2024 5.972 54 0,15
2025 5.982 59 0,16
2026 5.982 64 0,18
2027 5.982 69 0,19
2028 5.982 74 0,20
2029 5.982 79 0,22
2030 5.982 84 0,23
2031 5.973 89 0,24
2032 5.963 93 0,26
2033 5.954 98 0,27
2034 5.944 103 0,28
2035 5.936 108 0,29
2036 5.916 112 0,31
2037 5.897 117 0,32
2038 5.878 121 0,33
TOTAL 1.518
2873
Portanto, a central de triagem proposta deverá comportar no mínimo o recebimento diário 2874
de 0,3 toneladas de material reciclável. 2875
2876
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Área requerida 2877
Para o cálculo da área necessária para implantação da central de triagem, foi elaborada 2878
uma curva com dados de área e capacidade de unidades de diferentes dimensões. Essa 2879
curva está apresentada no Gráfico 8.1. 2880
2881
Figura 8.1 – Variação da área do terreno da CT em função da capacidade 2882 2883
8.3.2.2 Usina de Compostagem 2884
O município não possui usina de compostagem. Desse modo, para o reaproveitamento da 2885
parte úmida dos resíduos, será necessária a implantação de uma usina no município. 2886
Conforme citado no item anterior, a parcela úmida corresponde a 50% do total dos 2887
resíduos reaproveitáveis. O Quadro 8.8 apresenta a projeção dos materiais 2888
compostáveis. 2889
2890
y = 1,8031x2,4842
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
0 1 2 3
Cap
acid
ade
Máx
ima
(10
00
t/an
o)
Área (1000m²)
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QUADRO 8.8 – PROJEÇÃO DE GERAÇÃO DE COMPOSTÁVEIS 2891
Ano População (hab.) Projeção de Compostáveis
de RSD (t/ano)
Projeção de Compostáveis
de RSD (t/dia)
2.019 5.909 28 0,08
2.020 5.929 57 0,16
2.021 5.939 86 0,24
2.022 5.950 143 0,39
2.023 5.961 191 0,52
2.024 5.972 211 0,58
2.025 5.982 230 0,63
2.026 5.982 250 0,68
2.027 5.982 269 0,74
2.028 5.982 288 0,79
2.029 5.982 307 0,84
2.030 5.982 326 0,89
2.031 5.973 345 0,95
2.032 5.963 364 1,00
2.033 5.954 382 1,05
2.034 5.944 401 1,10
2.035 5.936 419 1,15
2.036 5.916 437 1,20
2.037 5.897 454 1,24
2.038 5.878 472 1,29
TOTAL 5.661
2892
Assim, a usina de compostagem deverá ter capacidade para receber no mínimo 1,3 2893
toneladas diárias de matéria orgânica. 2894
Área requerida 2895
Para o cálculo da área necessária para implantação da usina de compostagem, foi 2896
elaborada uma curva com dados de área e capacidade de unidades de diferentes 2897
dimensões. Essa curva está apresentada no Gráfico 8.1. 2898
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2899
Gráfico 8.1 – Variação da área do terreno da UC em função da capacidade 2900
2901
8.3.2.3 Aterro Sanitário 2902
Conforme já apresentado, o município de Américo de Campos dispõe seus resíduos 2903
domiciliares em aterro em valas localizado no próprio município, com avaliação do IQR de 2904
sendo classificado como aterro adequado. 2905
Uma vez que o aterro tem vida útil é somente até o ano de 2019, segundo a prefeitura, o 2906
município tem a necessidade de buscar uma nova unidade de disposição dos resíduos 2907
domiciliares. O Quadro 8.9 apresenta a evolução da geração de rejeitos, durante o 2908
horizonte de projeto. 2909
QUADRO 8.9 – PROJEÇÃO DE GERAÇÃO DE REJEITOS DE RSD 2910
Ano População (hab.) Projeção de Rejeitos de RSD
(t/ano)
Projeção de Rejeitos de RSD
(t/dia)
2.019 5.909 1.265 3,47
2.020 5.929 1.236 3,39
2.021 5.939 1.207 3,31
2.022 5.950 1.176 3,22
2.023 5.961 1.116 3,06
2.024 5.972 1.065 2,92
2.025 5.982 1.043 2,86
2.026 5.982 1.021 2,80
2.027 5.982 996 2,73
2.028 5.982 972 2,66
y = 0,4334x1,989
0
5
10
15
20
25
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Cap
acid
ade
Máx
ima
(10
00
t/an
o)
Área (1000m²)
Área de Terreno para UC x Capacidade Máxima
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Ano População (hab.) Projeção de Rejeitos de RSD
(t/ano)
Projeção de Rejeitos de RSD
(t/dia)
2.029 5.982 948 2,60
2.030 5.982 924 2,53
2.031 5.973 900 2,47
2.032 5.963 874 2,40
2.033 5.954 849 2,33
2.034 5.944 824 2,26
2.035 5.936 798 2,19
2.036 5.916 773 2,12
2.037 5.897 747 2,05
2.038 5.878 721 1,97
TOTAL 18.885
2911
Cabe salientar que essa quantidade é uma estimativa e depende do atendimento às 2912
metas de reaproveitamento estabelecidas anteriormente. Ressalta-se, também, que o 2913
município poderá escolher por outra forma de destinação final dos resíduos domiciliares, 2914
tais como a formação de um consórcio, ou transportar os seus resíduos domiciliares até 2915
um aterro particular. 2916
Para efeito deste Plano o aterro sanitário deverá ter capacidade mínima para receber 2917
17.649 toneladas de rejeitos, gerados durante todo o período entre 2020 e 2038. 2918
Lei Estadual 13.798/2009 2919
Nos aterros sanitários ocorre a decomposição anaeróbia da matéria orgânica presente 2920
nos resíduos, com a consequente produção do biogás. De maneira geral, o biogás é 2921
composto em maior fração pelos gases metano e dióxido de carbono (gases causadores 2922
de efeito estufa), bem como por traços de outros gases, tais como hidrogênio, gás 2923
sulfídrico, oxigênio, amoníaco e nitrogênio. A composição de cada um dos gases, 2924
entretanto, pode variar de acordo com o material orgânico utilizado e o tipo de tratamento 2925
anaeróbio. 2926
O biogás produzido nos aterros sanitários contribui de maneira significativa para o 2927
aumento da concentração de metano na atmosfera. Segundo a CETESB, 50% a 70% do 2928
volume do biogás produzido é composto por esse gás. Diante desse cenário, o Estado de 2929
São Paulo enfatiza por meio da Lei nº 13.798/2009, a necessidade de se tomar ações no 2930
sentido de mitigar as emissões de metano decorrentes do gerenciamento de resíduos. Ao 2931
instituir a Política Estadual de Mudanças Climáticas (PEMC), a lei define como meta 2932
apresentar, em 2020, uma redução das emissões totais de gases de efeito estufa em 20% 2933
em relação aos totais observados em 2005. 2934
Dessa forma, algumas técnicas podem ser adotadas com o objetivo de mitigar as 2935
emissões de metano geradas por aterros sanitários. As principais alternativas utilizadas 2936
atualmente em escala comercial são: captura dos gases com queima em flares e captura 2937
dos gases para geração de energia. No primeiro caso, os gases gerados no aterro são 2938
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captados em tubulações e queimados na saída dos drenos, transformando-se em dióxido 2939
de carbono, o qual possui potencial de geração de efeito estufa significativamente menor. 2940
No segundo caso, os gases captados são encaminhados para uma usina de geração, 2941
onde alimentam motogeradores para a produção de eletricidade. Embora a opção de 2942
captura de gases para geração de energia seja mais vantajosa ambientalmente do que a 2943
simples queima em flares, em termos econômicos essa técnica não é considerada uma 2944
iniciativa muito interessante. 2945
Outra opção que tem sido testada em escala laboratorial é o tratamento do biogás através 2946
de um sistema de biofiltros, o qual é composto por bactérias capazes de oxidar e 2947
consumir o gás metano, produzindo dióxido de carbono e água. Essa técnica tem como 2948
objetivo criar condições de desenvolvimento das bactérias consumidoras de metano na 2949
parte superior do sistema de cobertura do aterro, o que propicia a minimização das 2950
emissões de gases devido ao escape sem controle pelo sistema de cobertura. Essa 2951
opção, apesar de ainda não ser utilizada em escala comercial, apresenta a vantagem de 2952
permitir a geração de créditos de carbono, tendo em vista que reduz as emissões de 2953
gases de efeito estufa. 2954
Área requerida 2955
Para o cálculo da área necessária para disposição dos resíduos sólidos urbanos, foi 2956
elaborada uma curva com dados de área e faixas populacionais. Essa curva está 2957
apresentada no Gráfico 8.2. Na área necessária para um ATS foram consideradas as 2958
instalações de apoio, a configuração do maciço para o aterro e a ETE de tratamentos dos 2959
resíduos lixiviados o aterro. 2960
2961 Gráfico 8.2 – Variação da área do terreno do ATS em função da população 2962
2963
y = 0,0429x + 3,5714
0
2
4
6
8
10
12
0 20 40 60 80 100 120 140 160
Áre
a (h
a)
Pop Atendida (1000 hab)
Área de Terreno para ATS x População Atendida
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8.3.3 Resíduos da Construção Civil e Demolição (RCC) 2964
Para os resíduos da construção civil e demolição, há dois destinos possíveis: 2965
Central de Britagem, e 2966
Aterro de Resíduos de Construção Civil. 2967
Assim como nos resíduos domiciliares, o reaproveitamento dos resíduos da construção 2968
civil e demolição ocorrerão gradualmente, conforme a progressão: 2969
Ano 1 ao 4: faixa de 0 a 15%; 2970
Ano 5 ao 9: faixa de 20 a 28%; 2971
Ano 10 ao 14: faixa de 30 a 38%; 2972
Ano 15 ao 19: faixa de 40 a 48%; e 2973
Ano 20 em diante: 50% de reaproveitamento. 2974
8.3.3.1 Central de Britagem 2975
O município de Américo de Campos não faz o reaproveitamento dos resíduos da 2976
construção civil, sendo os mesmos dispostos irregularmente em uma área localizada na 2977
área urbana do município. 2978
Porém, não há informações sobre uma central de britagem e, sendo assim, deverá ser 2979
implantada no município uma unidade. 2980
O Quadro 8.10 apresenta a projeção dos resíduos reaproveitáveis da construção civil. 2981
QUADRO 8.10 – PROJEÇÃO DE GERAÇÃO DE REAPROVEITÁVEIS 2982
Ano População (hab.) Projeção de Reaproveitáveis de
RCC (t/ano) Projeção de Reaproveitáveis
de RCC (t/dia)
2.019 5.909 90 0,2
2.020 5.929 181 0,5
2.021 5.939 273 0,7
2.022 5.950 455 1,2
2.023 5.961 608 1,7
2.024 5.972 670 1,8
2.025 5.982 732 2,0
2.026 5.982 793 2,2
2.027 5.982 854 2,3
2.028 5.982 915 2,5
2.029 5.982 976 2,7
2.030 5.982 1.037 2,8
2.031 5.973 1.097 3,0
2.032 5.963 1.156 3,2
2.033 5.954 1.215 3,3
2.034 5.944 1.273 3,5
2.035 5.936 1.332 3,6
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Ano População (hab.) Projeção de Reaproveitáveis de
RCC (t/ano) Projeção de Reaproveitáveis
de RCC (t/dia)
2.036 5.916 1.388 3,8
2.037 5.897 1.444 4,0
2.038 5.878 1.499 4,1
TOTAL 17.989 Toneladas
2983
Assim, a central de britagem deverá ter capacidade para receber no mínimo 4,1 toneladas 2984
diárias de resíduos da construção civil. 2985
Área requerida 2986
A área necessária para implantação da central de britagem foi calculada pela curva 2987
elaborada a partir de dados de capacidade e área de implantação de centrais de britagem 2988
de diferentes portes. A área mínima considerada é de 868 m². O Gráfico 8.3 ilustra essa 2989
curva. 2990
2991
Gráfico 8.3 – Variação da área do terreno da CB em função da capacidade 2992
8.3.3.2 Aterro de Resíduos de Construção Civil 2993
O município não possui um aterro de Resíduos de Construção Civil e, dessa forma, será 2994
considerada a implantação de um aterro, devidamente licenciado, e com capacidade para 2995
receber os rejeitos gerados durante todo horizonte de projeto. 2996
A projeção da geração dos rejeitos de resíduos da construção civil e demolição estão 2997
apresentadas no Quadro 8.11. 2998
2999
y = 7E-05x1,9043
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
0 50 100 150 200 250
Áre
a (1
.00
0m
²)
Capacidade Máxima (1.000 t/ano)
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QUADRO 8.11 – PROJEÇÃO DE GERAÇÃO DE REJEITOS DE RCC 3000
Ano População (hab.) Projeção de Rejeitos de RCC
(t/ano)
Projeção de Rejeitos
de RCC (t/dia)
2.019 5.909 2.923 8,0
2.020 5.929 2.842 7,8
2.021 5.939 2.756 7,6
2.022 5.950 2.579 7,1
2.023 5.961 2.432 6,7
2.024 5.972 2.376 6,5
2.025 5.982 2.319 6,4
2.026 5.982 2.258 6,2
2.027 5.982 2.197 6,0
2.028 5.982 2.136 5,9
2.029 5.982 2.075 5,7
2.030 5.982 2.014 5,5
2.031 5.973 1.950 5,3
2.032 5.963 1.886 5,2
2.033 5.954 1.822 5,0
2.034 5.944 1.758 4,8
2.035 5.936 1.695 4,6
2.036 5.916 1.629 4,5
2.037 5.897 1.564 4,3
2.038 5.878 1.499 4,1
TOTAL 42.708 Toneladas
3001
O aterro de Resíduos de Construção Civil de Américo de Campos deverá ter a 3002
capacidade mínima de receber 42.708 toneladas de resíduos da construção civil e 3003
demolição, que corresponde ao total gerado durante todo o horizonte de projeto. 3004
No entanto, essa quantidade é apenas estimativa, dependendo do atendimento às metas 3005
de reaproveitamento estabelecidas anteriormente. 3006
Área requerida 3007
As instalações de apoio e a configuração do maciço para o aterro de Resíduos de 3008
Construção Civil são similares aos aterros sanitários, portanto, admitiu-se uma área 3009
mínima para implantação do aterro de Resíduos de Construção Civil de 4 ha, similar ao 3010
aterro sanitário. 3011
Porém, como os aterros de Resíduos de Construção Civil não necessitam de área para 3012
tratamento de gases e chorume, admitiu-se que a área necessária para implantação do 3013
aterro de Resíduos de Construção Civil para população de 150.000 habitantes é de 88% 3014
da área necessária para implantação do aterro sanitário. O Gráfico 3.5 apresenta a curva 3015
resultante. 3016
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3017 Gráfico 8.4 – Variação da área do terreno do ARCC em função da população 3018
3019
8.3.3.3 Critérios de escolha da área para localização do aterro dos Resíduos de 3020
Construção Civil gerados 3021
Recomenda-se o atendimento aos seguintes critérios de localização de aterro de 3022
Resíduos de Construção Civil, estabelecidos na NBR 15113/2004 da ABNT: 3023
8.3.3.3.1 Condições de Implantação 3024
O impacto ambiental a ser causado pela instalação do aterro deve ser o mínimo 3025
possível; 3026
A aceitação da instalação pela população deve ser a máxima possível; 3027
O empreendimento deve estar de acordo com a legislação de uso e ocupação do solo 3028
e com a legislação ambiental. 3029
8.3.3.3.2 Critérios para localização e implantação 3030
Para a avaliação da adequabilidade de um local a essas condições, os seguintes 3031
aspectos devem ser observados: 3032
Geologia e tipos de solos existentes; 3033
Hidrologia; 3034
Passivo ambiental; 3035
Vegetação; 3036
Vias de acesso; 3037
y = 0,0343x + 3,6571
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
0 20 40 60 80 100 120 140 160
Áre
a (1
.00
0m
²)
População (1.000 hab)
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Área e volume disponíveis e vida útil; 3038
Distância de núcleos populacionais. 3039
O aterro que receba Resíduos de Construção Civil deve possuir: 3040
Acessos internos e externos protegidos, executados e mantidos de maneira a permitir 3041
sua utilização sob quaisquer condições climáticas; 3042
cercamento no perímetro da área em operação, construído de forma a impedir o 3043
acesso de pessoas estranhas e animais; 3044
Portão para controle de acesso ao local; 3045
Sinalização na(s) entrada(s) e na(s) cerca(s) que identifique(m) o empreendimento; 3046
Anteparo para proteção quanto aos aspectos relativos à vizinhança, ventos 3047
dominantes e estética, como, por exemplo, cerca viva arbustiva ou arbórea no 3048
perímetro da instalação; 3049
Faixa de proteção interna ao perímetro, com largura justificada em projeto; 3050
Iluminação e energia que permitam uma ação de emergência, a qualquer tempo, e o 3051
uso imediato dos diversos equipamentos (bombas, compressores etc.); 3052
Sistema de comunicação para utilização em ações de emergência; 3053
Sistema de monitoramento das águas subterrâneas, no aquífero mais próximo à 3054
superfície, podendo esse sistema ser dispensado, a critério do órgão ambiental 3055
competente, em função da condição hidrogeológica local. Aterros de pequeno porte, 3056
com área inferior a 10.000 m² e volume de disposição inferior a 10.000 m³, podem ser 3057
dispensados do monitoramento. 3058
O aterro não deve comprometer a qualidade das águas subterrâneas, as quais, na 3059
área de influência do aterro, devem atender aos padrões de potabilidade. 3060
Devem ser previstas medidas para a proteção das águas superficiais respeitando-se 3061
as faixas de proteção de corpos de água e prevendo-se a implantação de sistemas de 3062
drenagem compatíveis com a macrodrenagem local e capazes de suportar chuva com 3063
períodos de recorrência de cinco anos, que impeçam o acesso, no aterro, de águas 3064
precipitadas no entorno, além do carreamento de material sólido para fora da área do 3065
aterro. 3066
8.3.4 Resíduos dos Serviços de Saúde (RSS) 3067
Os serviços de coleta, transporte, tratamento e disposição final resíduos de serviço de 3068
saúde (RSS) são terceirizados e, atualmente, são realizados pela empresa Constroeste 3069
Construtora e Participações Ltda. mediante Contrato nº 73/2014, que abrange os RSS 3070
dos grupos “A”, “B” e “E, bem como animais mortos de pequeno e médio porte dos grupos 3071
“A2 e A4”, segundo resoluções CONAMA Nº358/05 e ANVISA RCD 306/04. 3072
O Quadro 8.12 apresenta a projeção da geração de resíduos de serviços de saúde. 3073
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QUADRO 8.12 – PROJEÇÃO DE GERAÇÃO DE RESÍDUOS DE RSS 3074
Ano População (hab.) Projeção de Resíduos de RSS
(t/ano)
Projeção de Resíduos de
RSS (t/dia)
2.019 5.909 25,89 0,071
2.020 5.929 25,97 0,071
2.021 5.939 26,02 0,071
2.022 5.950 26,07 0,071
2.023 5.961 26,12 0,072
2.024 5.972 26,16 0,072
2.025 5.982 26,21 0,072
2.026 5.982 26,21 0,072
2.027 5.982 26,21 0,072
2.028 5.982 26,21 0,072
2.029 5.982 26,21 0,072
2.030 5.982 26,21 0,072
2.031 5.973 26,17 0,072
2.032 5.963 26,12 0,072
2.033 5.954 26,08 0,071
2.034 5.944 26,04 0,071
2.035 5.936 26,01 0,071
2.036 5.916 25,92 0,071
2.037 5.897 25,83 0,071
2.038 5.878 25,75 0,071
TOTAL 521 Toneladas
3075
Assim, a unidade de tratamento de Américo de Campos deverá tratar 71 quilogramas 3076
diários de resíduos. 3077
Uma possível unidade municipal não foi considerada, uma vez que os custos de 3078
implantação, operação e manutenção seriam muito altos para tratar pouca quantidade de 3079
resíduo. Além disso, em média, no Brasil a capacidade mínima de uma unidade de 3080
tratamento é de 3 t/dia e a máxima de 6 t/dia16, bastante superior às necessidades diárias 3081
de Américo de Campos. 3082
8.3.5 Outros resíduos 3083
Embora não faça parte do escopo deste Plano de Saneamento, apresenta-se a seguir 3084
uma abordagem geral dos resíduos especiais e industriais. Para maiores detalhes quanto 3085
à geração, destinação e gestão deste tipo de resíduos será necessária a elaboração de 3086
um Plano de Gestão Integrado de Resíduos Sólidos. 3087
8.3.5.1 Domésticos 3088
Além dos chamados resíduos sólidos domiciliares, os resíduos gerados nos domicílios e 3089
grandes geradores contêm materiais especiais, cujo reaproveitamento está vinculado a 3090
processos mais complexos e onerosos. 3091
16
Fonte: Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico de Sorocaba
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Segundo preconiza a PNRS, a gestão desse tipo de resíduos ocorre através da chamada 3092
logística reversa, que significa providenciar meios de retorno desses materiais para os 3093
próprios geradores, sejam fabricantes, distribuidores ou simplesmente vendedores. 3094
A logística reversa prevista na PNRS pode ser implementada através de Acordos 3095
Setoriais, que prevê responsabilidade compartilhada entre o poder público e fabricantes, 3096
importados, distribuidores ou comerciantes, pelo ciclo de vida do produto. 3097
Com relação às pilhas e baterias, a Resolução CONAMA nº 257/99 estabelece os limites 3098
do que pode ser descartado como lixo comum e o que deve ser recolhido separadamente 3099
e conduzido para aterros industriais de resíduos perigosos. 3100
As lâmpadas fluorescentes, por emitirem vapores de mercúrio que podem contaminar o 3101
solo e as águas subterrâneas e serem facilmente absorvidos pelos organismos vivos por 3102
meio da cadeia alimentar, também necessitam de tratamento em unidades específicas. 3103
8.3.5.2 Industriais 3104
A PNRS define, em seu artigo 13, resíduos industriais como aqueles gerados nos 3105
processos produtivos e instalações industriais. Entre os resíduos industriais, inclui-se 3106
também grande quantidade de material perigoso, que necessita de tratamento especial 3107
devido ao seu alto potencial de impacto ambiental à saúde. 3108
Já o CONAMA define, na Resolução nº 313/02, como todo resíduo que resulte de 3109
atividades industriais e que se encontre nos estados sólido, semissólido, gasoso – quando 3110
contido, e líquido – cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede 3111
pública de esgoto ou em corpos d´água, ou que exijam para isso, soluções técnicas ou 3112
economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível. Ficam incluídos nesta 3113
definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água e aqueles gerados em 3114
equipamentos e instalações de controle de poluição. 3115
No Brasil, o gerador é responsável pelo resíduo gerado, e esta responsabilidade está 3116
descrita no artigo 10 da PNRS. Preferencialmente, os resíduos industriais devem ser 3117
tratados e depositados no local onde foram gerados, bem como devem ter destinação 3118
adequada, de acordo com as normas legais e técnicas vigentes. 3119
8.3.6 Resumo das Intervenções no Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de 3120
Resíduos Sólidos 3121
O Quadro 8.13 apresenta sucintamente as principais intervenções propostas para o 3122
sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos do município. 3123
3124
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QUADRO 8.13 – RELAÇÃO DAS INTERVENÇÕES PRINCIPAIS NO SISTEMA DE LIMPEZA 3125 URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 3126
Sistemas Unidades Prazo de
Implantação Tipo de Intervenção/Obras Principais
Planejadas
Área Requerida
(m²)
REAPROVEI-TAMENTO
CENTRAL DE TRIAGEM (RSD)
Curto Prazo (2019-2022)
OSL: Implantação da Central de Triagem com capacidade mínima de 0,3 t/dia. 506
Longo Prazo (2027 2038)
OSL: Manutenção do local e dos equipamentos.
USINA DE COMPOSTAGEM
(RSD)
Curto Prazo (2019-2022)
OSL: Implantação de uma Usina de Compostagem, com capacidade mínima de receber 1,3 t/dia. 1.043
Longo Prazo (2027 2038)
OSL: Manutenção do local e dos equipamentos.
CENTRAL DE BRITAGEM (RCC)
Curto Prazo (2019-2022)
OSL: Implantação de uma Central de Britagem, com capacidade mínima de britar 4,1 t/dia. 1.313
Longo Prazo (2027 2038)
OSL: Manutenção do local e dos equipamentos.
DISPOSIÇÃO
ATERRO DE REJEITOS (RSD)
Curto Prazo (2019-2022)
OSL: Implantação de um aterro sanitário, com capacidade mínima de 18.885 toneladas. 38.236
Longo Prazo (2027 2038)
OSL: Operação e Manutenção do local e dos equipamentos.
ATERRO DE REJEITOS (RCC)
Curto Prazo (2019-2022)
OSL: Implantação de um Aterro de Inertes, com capacidade mínima de 42.708 toneladas. 33.647
Longo Prazo (2027 2038)
OSL: Manutenção do local e dos equipamentos.
COLETA, TRANSPORTE, DISPOSIÇÃO, TRATAMENTO
(RSS)
- Longo Prazo (2027 2038)
OSL: Manutenção dos serviços de coleta, tratamento e disposição final dos RSS
3127
9. METODOLOGIA PARA ESTIMATIVA DOS INVESTIMENTOS 3128
NECESSÁRIOS E AVALIAÇÃO DAS DESPESAS DE 3129
EXPLORAÇÃO 3130
9.1 SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTOS SANITÁRIOS 3131
9.1.1 Metodologia para Estimativa de Custos – Investimentos 3132
9.1.1.1 Estudo de Custo de Empreendimentos - SABESP 3133
A estimativa de custos para empreendimentos relativos aos serviços de água e esgotos 3134
nas áreas urbanas foi efetuada, preferencialmente, com base em documento fornecido 3135
pela SABESP para avaliação de custos de estudos e empreendimentos, elaborado pelo 3136
Departamento de Valoração para Empreendimentos - TEV, de maio/2017. Neste 3137
documento, encontram-se apresentados os custos para as seguintes unidades dos 3138
sistemas de água e esgotos, com base na análise de 1.000 contratos encerrados, 3139
abrangendo obras na RMSP, Litoral e Interior do Estado de São Paulo: 3140
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Sistemas de Abastecimento de Água – rede de distribuição, ligações domiciliares, 3141
adutoras, reservatórios, poço tubular profundo, estação elevatória e estação de 3142
tratamento de água; 3143
Sistema de Esgotos Sanitários – rede coletora, ligações domiciliares, coletores 3144
troncos, interceptores, estação elevatória e lagoas de tratamento. 3145
O sistema utilizou como base o Banco de Preços de Obras e Serviços de Engenharia da 3146
SABESP, obedecendo aos critérios técnicos adotados no Manual de Especificações 3147
Técnicas, Regulamentação de Preços e Critérios de Medição. No caso de obras lineares, 3148
as planilhas foram elaboradas de acordo com o tipo de material, diâmetro e escoramento 3149
utilizado. Os preços referem-se a obras com médio grau de complexidade. Nos itens 3150
referentes ao fornecimento de materiais, utilizou-se o Banco de Preços de Insumos da 3151
SABESP, aplicando-se uma taxa de BDI de 20%. 3152
Considerando a data base dos preços de maio de 2017, os preços apresentados no 3153
documento da SABESP foram majorados em cerca 2,76%, considerando o período de 3154
maio/2017 a outubro/2017, através da aplicação do INCC – Índice Nacional do Custo da 3155
Construção, durante o período junho/2017 a julho/2017 (1,23%), acrescido de uma taxa 3156
inflacionária mensal de 0,5%, durante o período de ago/2017 a out/2017 (como previsão, 3157
pela ainda indisponibilidade do índice nessa fase de elaboração do PMESSB). 3158
9.1.1.2 Utilização de Curvas de Custo – ANA –Agência Nacional de Águas 3159
Também foram utilizadas, complementarmente, curvas paramétricas para a estimativa de 3160
custo das obras, curvas essas propostas no estudo Atlas do Abastecimento de Água 3161
elaborado pela Agência Nacional de Águas - ANA. Como em todas as estimativas de 3162
custo estabelecidas em nível de macroplanejamento, existe uma faixa de variação 3163
associada às curvas paramétricas que só poderá ser determinada nas fases posteriores 3164
dos estudos de concepção e dos projetos de engenharia. 3165
Essas curvas de custo, produzidas com base em pesquisas juntos aos fornecedores de 3166
equipamentos e através da “Tabela de Custos Unitários de Serviços – Habitação, 3167
Saneamento e Infraestrutura” do SINAPI e da revista Guia da Construção – Custos, 3168
Suprimentos e Soluções Técnicas da Editora PINI. Foram Incluídas nas mesmas os 3169
impostos e BDI das empresas. 3170
Foram desconsiderados na composição dos preços os custos com elaboração dos 3171
projetos, terrenos, desapropriações, gerenciamento de obras, outorgas e os custos legais. 3172
A data base dos estudos foi o mês de julho de 2008, referente ao índice Brasil de custo de 3173
obras da tabela SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da 3174
Construção Civil). Os valores obtidos através das curvas paramétricas foram reajustados 3175
desde julho de 2008 a outubro de 2017. 3176
3177
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9.1.2 Metodologia para Estimativa dos Investimentos no Programa de Redução 3178
de Perdas 3179
A implementação de um Programa de Redução de Perdas implica uma série de 3180
procedimentos e ações necessárias ao longo de todo o período de planejamento, de 3181
forma contínua e eficaz, de tal modo que as perdas totais do sistema possam ser 3182
reduzidas de um determinado patamar para outro mais adequado. No caso específico de 3183
Américo de Campos, esses valores se situam atualmente na faixa de 46% (perdas 3184
físicas). A proposição é a de que as perdas reduzidas para alcançar, pelo menos, 25% no 3185
ano 2038. 3186
Fica muito difícil a estimativa de investimentos para esse programa, sem que se tenha um 3187
Plano Diretor de Redução de Perdas ou um Projeto de Readequação da Rede de 3188
Distribuição, onde esteja configurada nova setorização e estabelecida a proposição de 3189
todas as intervenções necessárias. 3190
Por isso, para que se pudesse compor um orçamento estimativo para as intervenções 3191
necessárias nos sistema de água e esgotos do município em nível de PMESSB, valeu-se 3192
de um programa desenvolvido para Indaiatuba, município integrante da UGRHI 5 (PCJ), 3193
onde se demonstraram passo a passo as ações necessárias e os respectivos custos 3194
realizados. O resultado final, expresso em custo por metro de rede total existente no 3195
município, indicou um valor em torno de R$ 16,00/m, com data base em dez/2012. Para 3196
Américo de Campos, em função das incertezas em relação às reais intervenções 3197
necessárias, adotou-se um custo de R$ 27,00/m, já com data base de outubro/2017. 3198
Evidentemente, esse valor é apenas estimado e baseado em dados reais praticados para 3199
um determinado município. No entanto, os custos podem ser diferenciados, em função de 3200
características próprias e específicas do sistema em estudo. Por ocasião da revisão 3201
desse PMESSB, programada para cada 4 anos, segundo a Lei nº 11.445/07, esses 3202
custos devem ser revistos e ajustados, partindo-se do princípio de que já foram realizados 3203
estudos relativos ao planejamento das várias ações necessárias para a implementação do 3204
programa, lastreado nas condições locais. 3205
Deve-se ressaltar que os custos para implementação de um Programa de Redução de 3206
Perdas foram incorporados aos custos de implantação da rede principal, secundária e das 3207
novas ligações, com distribuição ano a ano durante todo o período de planejamento. Isto 3208
porque as ações resultantes desse programa implicam intervenções basicamente 3209
relacionadas com o sistema de distribuição. 3210
9.1.3 Metodologia para Estimativa das Despesas de Exploração (DEX) 3211
Para avaliação de custos operacionais, foram utilizados dados fornecidos pela Prefeitura 3212
Municipal para os sistemas de água e esgotos do município em estudo. As despesas de 3213
exploração englobam itens relacionados ao pessoal, aos produtos químicos, à energia 3214
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elétrica, aos serviços de terceiros, à água importada, ao esgoto exportado, às despesas 3215
fiscais ou tributárias computadas na DEX, além de outras despesas de exploração. 17. 3216
9.2 SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 3217
9.2.1 Metodologia para Estimativa de Custos – Investimento 3218
Os custos para o sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos foram obtidos 3219
através de curvas paramétricas elaboradas a partir de informações de unidades já 3220
existentes. Essas curvas estão explicitadas nos subitens a seguir. 3221
9.2.1.1 Central de Triagem (RSD) 3222
Custos de implantação 3223
Os custos de implantação da central de triagem (CT) basearam-se no estudo 3224
desenvolvido pela ABRELPE no ano de 2015 o qual apresentou três CAPEX para 3225
diferentes faixas populacionais, conforme ilustrado pelo Quadro 9.1. Esse valor foi 3226
corrigido pelo INCC até a data de Outubro/2017. 3227
QUADRO 9.1 – CUSTO DE IMPLANTAÇÃO DE USINA DE TRIAGEM (CAPEX) – 3228 R$/TONELADA 3229
Faixa populacional CAPEX (R$/Tonelada)
de 30 mil a 100 mil 78,7
de 100 mil a 2,5 milhões 39,6
acima de 2,5 milhões 28,2
3230
Ressalta-se que foram utilizados os valores da primeira faixa populacional, mesmo o 3231
município sendo de menor porte. O investimento total para implantação da central de 3232
triagem foi calculado multiplicando-se o investimento unitário pela produção anual de 3233
produtos recicláveis. 3234
O investimento total da central de triagem foi decomposto admitindo-se a seguinte 3235
composição: 72% para obras civis e 28% de equipamentos, sendo 22% para 3236
equipamentos fixos – balança e esteira, e 6% para móveis – carrinhos e empilhadeira. Foi 3237
considerada a vida útil dos equipamentos fixos igual ao horizonte de projeto e dos móveis, 3238
igual a 10 anos. 3239
3240
17
As despesas fiscais ou tributárias computadas na DEX abrangem o PIS/PASEP, COFINS, IPVA, IPTU, ISS, contribuições sindicais e taxas de serviços públicos; – para estudo de sustentabilidade econômico-financeira dos serviços de água e esgotos, normalmente se utilizam as despesas de exploração em confronto com as receitas operacionais totais dos mesmos; – as despesas totais dos serviços por m³ faturado incluem, adicionalmente à DEX, despesas com juros e encargos da dívida, despesas com depreciação, amortização do ativo diferido e provisão para devedores diversos, despesas fiscais ou tributárias não computadas na DEX (como imposto de renda e contribuição social sobre o lucro) e outras despesas com os serviços.
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ENGECORPS
Custos de operação e manutenção 3241
Os custos de operação da central de triagem (CT), da mesma forma, basearam-se no 3242
estudo desenvolvido pela ABRELPE no ano de 2015 o qual apresentou três OPEX para 3243
diferentes faixas populacionais, conforme ilustrado pelo Quadro 9.2. Esse valor foi 3244
corrigido pelo INCC até a data de Outubro/2017. 3245
QUADRO 9.2 – CUSTO DE OPERAÇÃO (OPEX) DE USINA DE TRIAGEM – R$/TONELADA 3246
Faixa populacional OPEX (R$/Tonelada)
de 30 mil a 100 mil 874,6
de 100 mil a 2,5 milhões 656,8
acima de 2,5 milhões 461,1
Ressalta-se que foram utilizados os valores da primeira faixa populacional, mesmo o 3247
município sendo de menor porte da mesma. O custo operacional de cada ano foi 3248
calculado multiplicando-se o custo operacional unitário obtido pela produção de resíduos 3249
recicláveis ano a ano. 3250
9.2.1.2 Usina de Compostagem (RSD) 3251
Custos de implantação 3252
Os custos de implantação da usina de compostagem (UC) basearam-se pelo estudo 3253
desenvolvido pela ABRELPE no ano de 2015 o qual apresentou três CAPEX para 3254
diferentes faixas populacionais, conforme ilustrado pelo Quadro 9.3. Esse valor foi 3255
corrigido pelo INCC até a data de Outubro/2017. 3256
QUADRO 9.3 – CUSTO DE IMPLANTAÇÃO DA USINA DE COMPOSTAGEM (CAPEX) – 3257 R$/TONELADA 3258
Faixa populacional CAPEX (R$/Tonelada)
de 30 mil a 250 mil 3,3
de 250 mil a 1 milhão 6,1
acima de 1 milhão 3,4
3259
Ressalta-se que foram utilizados os valores da primeira faixa populacional, mesmo o 3260
município sendo de menor porte da mesma. 3261
O investimento total para implantação da usina de compostagem foi calculado 3262
multiplicando-se o investimento unitário pela produção anual de matéria orgânica. 3263
O investimento total da usina de compostagem foi decomposto admitindo-se a seguinte 3264
composição: 89% para obras civis e 11% para equipamentos, sendo 4% para 3265
equipamentos fixos – balança e esteira, e 7% para móveis – carrinhos e empilhadeira. Foi 3266
considerada a vida útil dos equipamentos fixos igual ao horizonte de projeto e dos móveis, 3267
igual a 10 anos. 3268
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Custos de operação e manutenção 3269
Os custos de operação da usina de compostagem (UC), da mesma forma, basearam-se 3270
no estudo desenvolvido pela ABRELPE no ano de 2015 o qual apresentou três OPEX 3271
para diferentes faixas populacionais, conforme ilustrado pelo Quadro 9.4. Esse valor foi 3272
corrigido pelo INCC até a data de Outubro/2017. 3273
QUADRO 9.4 – CUSTO DE OPERAÇÃO DA USINA DE COMPOSTAGEM (OPEX) – 3274 R$/TONELADA 3275
Faixa populacional OPEX (R$/Tonelada)
de 30 mil a 250 mil 99,0
de 250 mil a 1 milhão 77,0
acima de 1 milhão 49,5
3276
O custo operacional de cada ano foi calculado multiplicando-se o custo operacional 3277
unitário obtido pela produção de matéria orgânica reaproveitável ano a ano. Ressalta-se 3278
que foram utilizados os valores da primeira faixa populacional, mesmo o município sendo 3279
de menor porte da mesma. 3280
9.2.1.3 Aterro Sanitário (RSD) 3281
Custos de implantação 3282
Tendo em vista que a partir do ano de 2019 a vida útil do aterro municipal estará esgotada 3283
previu-se a implantação de um novo aterro municipal com capacidade mínima para 3284
atender a contribuição de todo horizonte do Plano. 3285
Sendo assim, o custo de implantação de um novo aterro sanitário (ATS) baseou-se pelo 3286
estudo desenvolvido pela ABRELPE no ano de 2015 o qual apresentou três CAPEX para 3287
três diferentes portes de aterros (considerando a quantidade de resíduos processado, em 3288
toneladas, por dia), conforme ilustrado pelo Quadro 9.5 e Gráfico 9.1. Esse valor foi 3289
corrigido pelo INCC até a data de Outubro/2017. 3290
QUADRO 9.5 – CUSTO DE IMPLANTAÇÃO DE ATERRO SANITÁRIO (CAPEX) – 3291 R$/TONELADA PROCESSADA POR DIA 3292
Tonelada/dia CAPEX (R$/Tonelada)
100 7.677.712,09
800 33.071.046,37
2.000 70.765.181,93
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3293
Gráfico 9.1 – Variação do custo de implantação do ATS em função da quantidade de resíduos 3294 processados por dia 3295
3296
Sendo assim, considerou-se a equação gerada pela curva apresentada acima para a 3297
valorização do custo do aterro sanitário do município de Américo de Campos. Ressalta-se 3298
que o presente estudo considerou apenas a opção de um aterro municipal; no entanto, o 3299
município poderá adotar outra solução para os resíduos gerados, tais como um consórcio 3300
intermunicipal ou encaminhar os seus resíduos até um aterro sanitário particular. 3301
Custos de operação e manutenção 3302
Os custos de operação da usina do aterro sanitário (ATS), da mesma forma, basearam-se 3303
no estudo desenvolvido pela ABRELPE no ano de 2015 o qual apresentou três OPEX 3304
para diferentes faixas populacionais, conforme ilustrado pelo Quadro 9.6 e Gráfico 9.2. 3305
Esse valor foi corrigido pelo INCC até a data de Outubro/2017. 3306
QUADRO 9.6 – CUSTO DE OPERAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO (OPEX) – R$/TONELADA 3307 PROCESSADA POR DIA 3308
Tonelada/dia OPEX (R$/Tonelada)
100 50.039.736,71
800 227.246.287,66
2.000 507.894.740,71
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3309
Gráfico 9.2 – Variação do custo de implantação do ATS em função da quantidade de resíduos 3310 processados por dia 3311
9.2.1.4 Central de Britagem (RCC) 3312
Custos de implantação 3313
Os custos de implantação da central de britagem (CB) foram estimados com base numa 3314
curva elaborada a partir de dados de unidade projetadas e existentes. Essa curva é 3315
apresentada no Gráfico 9.3. 3316
3317
Gráfico 9.3 – Variação do custo de implantação da CB em função da capacidade 3318
3319
O investimento total é calculado multiplicando o investimento unitário pela produção anual 3320
de Resíduos de Construção Civil. O investimento total da CB é decomposto admitindo-se 3321
y = 0,0011x2 - 0,4291x + 47,176
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
0 50 100 150 200 250
Inve
stim
en
to U
nit
ário
(R$
/t)
Capacidade (1.000 t/ano)
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a seguinte composição: 84,5% para obras civis, sendo 16% inicial e 68,5% por etapas; 3322
4,5% para equipamentos, sendo 0,5% fixo e 4% móvel; e 11% para veículos. 3323
Custos de operação e manutenção 3324
Assim como os custos de implantação, os custos operacionais unitários foram calculados 3325
a partir da curva elaborada com base em custos simulados para unidades de diferentes 3326
portes. O Gráfico 9.4 apresenta essa curva. 3327
3328 Gráfico 9.4 – Variação do custo operacional da CB em função da capacidade 3329
3330
O custo operacional anual foi calculado multiplicando o custo operacional unitário pela 3331
produção de resíduos sólidos Resíduos de Construção Civil reaproveitáveis em cada ano. 3332
9.2.1.5 Aterro de Resíduos de Construção Civil (RCC) 3333
Custos de implantação 3334
Os custos de implantação de aterro de Resíduos de Construção Civil (ARCC) foram 3335
estimados com base na dedução dos itens não pertinentes com relação aos custos 3336
referentes a aterros sanitários, considerando: 3337
1) A densidade do resíduo de construção civil aterrado é de 1,5 t/m³, diferente da média 3338
de 0,8 t/m³ referente ao resíduo sólido domiciliar disposto no maciço; e 3339
2) O aterro de Resíduos de Construção Civil não necessita de impermeabilização de 3340
bases, sistema de drenagem interno, estação de tratamento de efluentes, poços de 3341
monitoramento e outros tantos cuidados ambientais devido principalmente à presença 3342
do chorume e do biogás gerados nos aterros sanitários. 3343
y = 1E-04x2 - 0,0379x + 4,1733
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
0 50 100 150 200 250
Cu
sto
Op
era
cio
nal
(R$
/t)
Capacidade (1.000 t/ano)
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Desta forma, admitiu-se que o custo unitário de implantação de um aterro de Resíduos de 3344
Construção Civil é de 20% do custo unitário de implantação de um aterro sanitário de 3345
mesma dimensão. A curva de custos de implantação é apresentada no Gráfico 9.5. 3346
3347 Gráfico 9.5 – Variação do custo da implantação do ARCC em função da capacidade 3348
3349
O investimento total foi calculado multiplicando o investimento unitário pela produção de 3350
Resíduos de Construção Civil não reaproveitáveis em 20 anos. O investimento total do 3351
ARCC é decomposto admitindo a seguinte composição: 84,5% para obras civis, sendo 3352
16% inicial e 68,5% por etapas; 4,5% para equipamentos, sendo 0,5% fixo e 4% móvel; e 3353
11% para veículos. 3354
As obras foram divididas em “inicial” e “por etapas”, considerando que os custos de 3355
implantação foram divididos por fases durante o prazo total do plano. Os equipamentos 3356
foram divididos em fixos e móveis, considerando a vida útil dos equipamentos móveis de 3357
10 anos. 3358
Custos de operação e manutenção 3359
Os custos operacionais foram estimados para o período de 20 anos, equivalente ao 3360
horizonte de projeto e, portanto, a vida útil do aterro de Resíduos de Construção Civil. 3361
Os custos operacionais unitários do aterro de Resíduos de Construção Civil foram 3362
estimados com base nos custos unitários operacionais de aterro sanitário. Por não 3363
necessitarem dos mesmos procedimentos exigidos na operação do aterro sanitário, 3364
considerou-se que os custos operacionais equivalem a 10% do custo operacional do 3365
aterro sanitário. A curva da variação deste custo em função do recebimento diário é 3366
apresentada no Gráfico 9.6. 3367
y = 37,137x-0,401
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
0 5.000 10.000 15.000 20.000
Inve
stim
en
to U
nit
ário
(R$
/t)
Capacidade (1.000 t)
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3368 Gráfico 9.6 – Variação do custo operacional do ARCC em função da capacidade 3369
3370
O custo operacional foi calculado multiplicando o custo operacional unitário obtido no 3371
gráfico pela produção de Resíduos de Construção Civil não reaproveitáveis de cada ano. 3372
9.2.1.6 Unidade de Tratamento (RSS) 3373
Uma vez que será mantida a solução atual, encaminhando os resíduos para a unidade de 3374
tratamento particular, não será implantado no município unidade de tratamento de 3375
resíduos de serviços de saúde. 3376
No entanto, haverá custo para esse componente, uma vez que a empresa contratada será 3377
responsável pelo transporte do resíduo do município para a unidade, o tratamento e a 3378
disposição final. 3379
Com base em dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) de diversos 3380
tipos de unidades de tratamento de resíduos de serviços de saúde, estimou-se o custo em 3381
R$ 2.600,00/t de resíduos. 3382
9.2.1.7 Custos não incluídos 3383
Para a estimativa de custos, não foram considerados os custos de transporte em 3384
deslocamentos dentro do município, tendo em vista que não é possível mensurar a 3385
quilometragem percorrida, pois varia de acordo com a distância entre os setores de coleta 3386
e o local onde será implantada a unidade (ainda indefinido), nos casos em que há 3387
unidades a serem implantadas. 3388
Também não foram considerados os custos de terreno, já que esse valor pode variar de 3389
acordo com o tipo de uso e ocupação do solo. 3390
y = 8E-07x2 - 0,0025x + 2,6371
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
0 500 1.000 1.500 2.000 2.500
Cu
sto
Op
era
cio
nal
(R$
/t)
Capacidade (t/dia)
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Para maior detalhamento dos custos de transporte e dos terrenos como a seleção da área 3391
apropriada pra implantação, seria necessária a elaboração de um Plano de 3392
Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos. 3393
3394
10. RELAÇÃO DAS INTERVENÇÕES PRINCIPAIS, ESTIMATIVA DE 3395
CUSTOS E CRONOGRAMAS DA SEQUÊNCIA DE IMPLANTAÇÃO 3396
10.1 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 3397
10.1.1 Resumo das Intervenções Principais e Estimativa de Custos 3398
O resumo das obras necessárias para o Sistema de Abastecimento de Água de Américo 3399
de Campos encontra-se apresentado no Quadro 10.1. A estimativa de custos também é 3400
indicada, em termos globais e anuais, considerando-se todo o período de planejamento, 3401
de acordo com a metodologia apresentada no capítulo anterior. O montante dos 3402
investimentos previstos é da ordem de R$ 3,6 milhões, com valores estimados na data 3403
base de outubro de 2017. 3404
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QUADRO 10.1 – RELAÇÃO DAS INTERVENÇÕES PRINCIPAIS E ESTIMATIVA DE CUSTOS PARA O SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE 3405 ÁGUA 3406
Locais Sistema Unidade Prazo Obras Principais Planejadas Custos Estimados (R$) Investimentos Anuais
Estimados (R$)
AM
ÉR
ICO
DE
CA
MP
OS
DISTRIBUIÇÃO REDE DE
DISTRIBUIÇÃO
Médio Prazo - entre 2019
a 2026
OSE: Substituição das tubulações antigas, cerca de 9,3 km de rede (cerca de 30% da extensão total da rede), por tubulações de PVC.
1.710.000,00
2019 – 213.750,00 2020 – 213.750,00 2021 – 213.750,00 2022 – 213.750,00 2023 – 213.750,00 2024 – 213.750,00 2026 – 213.750,00 2027 – 213.750,00
Curto Prazo - entre 2019
a 2022
MNE: Implantação de um Programa de Redução de Perdas, que implique, de um modo geral, a setorização da rede, substituição de hidrômetros, pesquisa de vazamentos, implantação de VRPs, melhorias na gestão comercial, etc. 1.010.000,00
2019 a 2038 50.500,00/ano
Longo Prazo - entre 2019
a 2038
OSE: Implantação de aproximadamente 700 m de redes de distribuição (linhas principais e secundárias) e 57 novas ligações, de acordo com o crescimento vegetativo das populações.
PRODUTOR, RESERVAÇÃO
E DISTRIBUIÇÃO
POÇOS, RESERVATÓRIOS
E REDE DE DISTRIBUIÇÃO
Curto Prazo - entre 2019
a 2022 MNE: Cadastro Técnico das estruturas 40.000,00
2019 – 20.000,00 2020 – 20.000,00
RESERVAÇÃO RESERVATÓRIOS Curto Prazo - entre 2019
a 2022
OSE: Construção de reservatórios, totalizando uma capacidade 550 m³ a mais da capacidade atual.
570.000,00
2019 – 142.500,00 2020 – 142.500,00 2021 – 142.500,00 2022 – 142.500,00
TRATAMENTO DE ÁGUA
TRATAMENTO DE ÁGUA
Curto Prazo - entre 2019
a 2022
OSE: Construção de unidades de tratamento de água nos poços P01 e P05
240.000,00
2019 – 60.000,00 2020 – 60.000,00 2021 – 60.000,00 2022 – 60.000,00
INVESTIMENTOS TOTAIS 3.330.000,00 -
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ENGECORPS
10.1.2 Cronograma da Sequência de Implantação das Intervenções Principais 3407
De acordo com o planejamento efetuado para elaboração desse Plano Municipal de 3408
Saneamento Básico (PMSB), foi concebida a seguinte estruturação sequencial para 3409
implantação das obras necessárias no Sistema de Abastecimento de Água de Américo de 3410
Campos: 3411
Obras emergenciais – de 2019 até o final de 2020 (imediatas); 3412
Obras de curto prazo – de 2019 até o final do ano 2022(4 anos); 3413
Obras de médio prazo – de 2019 até o final do ano 2026 (8 anos); 3414
Obras de longo prazo – A partir de 2027 até o final de plano (ano 2038)18. 3415
Em função dessa estruturação, apresenta-se na Figura 10.1, um cronograma elucidativo, 3416
com a sequência de implantação das obras necessárias no sistema: 3417
18
Excepcionalmente, foi considerada como intervenção de longo prazo (2019 a 2038) a ampliação gradativa da rede de distribuição, em função do crescimento vegetativo das populações; idem em relação à implementação de um Programa de Redução de Perdas.
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ENGECORPS
3418 Figura 10.1 - Cronograma de Implantação das Intervenções Propostas no Sistema de Água3419
20
19
20
20
20
21
20
22
20
23
20
24
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25
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20
30
20
31
20
32
20
33
20
34
20
35
20
36
20
37
20
38
1.710.000,00 ## ## ## ## ## ## ## ##
860.000,00 ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ##
150.000,00 ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ##
PRODUTOR,
RESERVAÇÃO E
DISTRIBUIÇÃO
POÇOS,
RESERVATÓRIOS
E REDE DE
DISTRIBUIÇÃO
40.000,00 ## ##
RESERVAÇÃO RESERVATÓRIOS 570.000,00 ## ## ## ##
TRATAMENTO
DE ÁGUA
TRATAMENTO DE
ÁGUA240.000,00 ## ## ## ##
3.570.000,00
AM
ÉR
ICO
DE
CA
MP
OS
Médio Prazo Longo Prazo
1.907.000,00INVESTIMENTOS (R$)
Emergencial/
Curto Prazo
REDE DE
DISTRIBUIÇÃODISTRIBUIÇÃO
Locais Sistema Unidade Intervenção Investimento (R$)
• OSE: Substituição das tubulações antigas, cerca de 9,3 km de rede (cerca de 30% da
extensão total da rede), por tubulações de PVC.
• MNE: Implantação de um Programa de Redução de Perdas, que implique, de um
modo geral, a setorização da rede, substituição de hidrômetros, pesquisa de
vazamentos, implantação de VRPs, melhorias na gestão comercial, etc.
• OSE: Implantação de aproximadamente 700 m de redes de distribuição (linhas
principais e secundárias) e 57 novas ligações, de acordo com o crescimento
vegetativo das populações.
• OSE: Construção de reservatórios, totalizando uma capacidade 550 m3 a mais da
capacidade atual.
1.057.000,00 606.000,00
• OSE: Construção de unidades de tratamento de água nos poços P01 e P05
• MNE: Cadastro Técnico das estruturas
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ENGECORPS
10.1.3 Principais Benefícios das Soluções Propostas 3420
Tendo em vista as propostas de soluções apresentadas nos itens anteriores e cujas obras 3421
estão mais bem ilustradas na Ilustração 10.1, tem-se como principais benefícios para o 3422
sistema de abastecimento de água: 3423
A universalização dos serviços, atendendo toda a população urbana do município; 3424
A redução do índice de perdas de água no processo, com a proposição de medidas 3425
correlatas, especialmente visando às adequações no sistema de distribuição; 3426
Maior garantia de fornecimento de água com qualidade estabelecida pela legislação 3427
vigente, desde a saída da unidade de tratamento até as residências; 3428
Aumento da eficiência do sistema, com operação completa e eficaz, atrelada a 3429
substituição de unidades e implantação de outras em locais estratégicos; 3430
Melhoria no sistema de gerenciamento municipal, em função do maior 3431
acompanhamento dos processos. 3432
3433
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Ilustração 10.1 3434 3435
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10.2 SISTEMA DE ESGOTOS SANITÁRIOS 3436
10.2.1 Resumo das Intervenções Principais e Estimativa de Custos 3437
O resumo das obras necessárias para o Sistema de Esgotos Sanitários de Américo de 3438
Campos encontra-se apresentado no Quadro 10.2. A estimativa de custos também é 3439
indicada em termos globais e anuais, considerando-se todo o período de planejamento, 3440
de acordo com a metodologia apresentada no capítulo anterior. O montante dos 3441
investimentos previstos é da ordem de R$ 6,6 milhões, com valores estimados na data 3442
base de outubro de 2017. 3443
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QUADRO 10.2 – RELAÇÃO DAS INTERVENÇÕES PRINCIPAIS E ESTIMATIVA DE CUSTOS PARA O SISTEMA DE ESGOTOS SANITÁRIOS 3444
Locais Sistema Unidade Prazo Obras Principais Planejadas Custos Estimados (R$) Investimentos Anuais Estimados
(R$)
AM
ÉR
ICO
DE
CA
MP
OS
EN
CA
MIN
HA
ME
NT
O
REDE COLETORA
Longo Prazo - entre 2019
a 2038
OSE: Implantação de aproximadamente 1 km de novas redes e 77 ligações para universalização do serviço e atendimento ao crescimento vegetativo das populações.
R$ 460.000,00 2019 a 2038
23.000,00/ano
REDE COLETORA
Curto Prazo - entre 2019 a
2022
OSE: Substituição de cerca de 30% da rede coletora existente
R$ 3.720.000,00
2019 – 930.000,00 2020 – 930.000,00 2021 – 930.000,00 2022 – 930.000,00
REDE COLETORA E EMISSÁRIOS
Emergencial - entre 2019 e
2020
MNE: Cadastro Técnico das estruturas do sistema de distribuição
R$ 110.000,00 2019 – 55.000,00 2020 – 55.000,00
LINHA DE RECALQUE
Emergencial – entre 2019
e 2020
OSE: Substituição da linha de recalque de diâmetro de 2.000 mm por uma nova de diâmetro de 150 e 200 mm.
R$ 750.000,00 2019 – 375.000,00 2020 – 375.000,00
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTO
Emergencial – entre 2019
e 2020
OSE: Implantação de 3 Geradores de Emergência nas EEEs.
R$ 240.000,00 2019 – 120.000,00 2020 – 120.000,00
TRATAMENTO ESTAÇÃO DE TRATAMENTO
Médio Prazo - entre 2019
a 2026
OSL: Implantação de uma nova ETE, do tipo lagoa, sistema australiano, com capacidade mínima de 24 L/s.
MNE: Cadastro Técnico das estruturas do sistema de tratamento
R$ 1.280.000,00
2019 – 160.000,00 2020 – 160.000,00 2021 – 160.000,00 2022 – 160.000,00 2023 – 160.000,00 2024 – 160.000,00 2026 – 160.000,00 2027 – 160.000,00
INVESTIMENTOS TOTAIS 6.560.000,00 -
3445
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10.2.2 Cronograma da Sequência de Implantação das Intervenções Principais 3446
De acordo com o planejamento efetuado para elaboração desse Plano Municipal 3447
Específico dos Serviços de Saneamento Básico (PMSB), foi concebida a seguinte 3448
estruturação sequencial para implantação das obras necessárias no Sistema de Esgotos 3449
Sanitários de Américo de Campos: 3450
Obras emergenciais – de 2019 até o final de 2020 (imediatas); 3451
Obras de curto prazo – de 2019 até o final do ano 2022 (4 anos); 3452
Obras de médio prazo – de 2019 até o final do ano 2026 (8 anos); 3453
Obras de longo prazo – A partir de 2027 até o final de plano (ano 2038) 19. 3454
Em função dessa estruturação, apresenta-se na Figura 10.2, um cronograma elucidativo, 3455
com a sequência de implantação das obras necessárias no sistema: 3456
19
Excepcionalmente, foi considerada como intervenção de longo prazo (2027 a 2038) a ampliação gradativa da rede coletora, em função do crescimento vegetativo das populações.
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3457 Figura 10.2 - Cronograma de Implantação das Intervenções Propostas no Sistema de Esgotos Sanitários 3458
3459
20
19
20
20
20
21
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20
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30
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34
20
35
20
36
20
37
20
38
REDE
COLETORA
• OSE: Implantação de aproximadamente 1
km de novas redes e 77 ligações para
universalização do serviço e atendimento ao
crescimento vegetativo das populações.
R$ 460.000,00 ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ##
REDE
COLETORA
• OSE: Substituição de cerca de 30% da rede
coletora existenteR$ 3.720.000,00 ## ## ## ##
REDE
COLETORA E
EMISSÁRIOS
• MNE: Cadastro Técnico das estruturas do
sistema de distribuiçãoR$ 110.000,00 ## ##
LINHA DE
RECALQUE
• OSE: Substituição da linha de recalque
de diâmetro de 2.000 mm por uma nova de
diâmetro de 150 e 200 mm.
R$ 750.000,00 ## ##
ESTAÇÃO
ELEVATÓRIA DE
ESGOTO
• OSE: Implantação de 3 Geradores de
Emergência nas EEEs.R$ 240.000,00 ## ##
TRATAMENTOESTAÇÃO DE
TRATAMENTO
• OSL: Implantação de uma nova ETE, do tipo
lagoa, sistema australiano, com capacidade
mínima de 24 L/s.
• MNE: Cadastro Técnico das estruturas do
sistema de tratamento
R$ 1.280.000,00 ## ## ## ## ## ## ## ##
6.560.000,00INVESTIMENTOS DISTRITO SEDE 5.552.000,00 732.000,00 276.000,00
AM
ÉR
ICO
DE
CA
MP
OS
EN
CA
MIN
HA
ME
NT
OLocais Sistema
Emergencial/
Curto PrazoLongo Prazo
Unidade Intervenção Investimento (R$)
Médio Prazo
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10.2.3 Principais Benefícios das Soluções Propostas 3460
Tendo em vista as propostas de soluções apresentadas nos itens anteriores e cujas obras 3461
estão mais bem ilustradas na Ilustração 10.2, tem-se como principais benefícios para o 3462
sistema de esgotos sanitários: 3463
A universalização dos serviços, atendendo toda a população urbana do município; 3464
Aumento da eficiência do sistema, com operação completa e eficaz, atrelada a 3465
substituição de unidades e implantação de outras em locais estratégicos; 3466
Melhoria no sistema de gerenciamento municipal, em função da nova configuração 3467
dos serviços; 3468
A redução e/ou eliminação de lançamento in natura de esgotos sanitários em corpos 3469
hídricos; 3470
Aumento da qualidade dos corpos hídricos, especialmente os situados nos limites 3471
territoriais do município de Américo de Campos; 3472
Pode-se também citar, a diminuição de casos de contaminação por doenças de 3473
veiculação hídrica, em função da melhoria na qualidade da água dos rios/córregos 3474
presentes no município. 3475
3476
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Ilustração 10.2 3477 3478
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10.3 SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 3479
10.3.1 Resumo das Intervenções Principais 3480
O resumo das obras necessárias para o Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de 3481
Resíduos Sólidos está apresentado no Quadro 10.3. A estimativa de custos também é 3482
indicada em termos globais anuais, considerando-se todo o horizonte de planejamento, de 3483
acordo com a metodologia apresentada no capítulo anterior. O montante dos 3484
investimentos previstos é da ordem de R$ 34,6 milhões, com valores estimados na data 3485
base de outubro de 2017. 3486
QUADRO 10.3 – RELAÇÃO DAS INTERVENÇÕES PRINCIPAIS NO SISTEMA DE LIMPEZA 3487 URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 3488
Unidades Tipo de
Intervenção/Prazo de Implantação
Obras Principais Planejadas
Custos Estimados
(R$)
Investimentos Anuais Estimados (R$)
CENTRAL DE TRIAGEM
(RSD)
Curto Prazo (2019-2022)
OSL: Implantação da Central de Triagem com capacidade mínima de 0,3 t/dia.
560.000,00
2019 – 140.000,00 2020 – 140.000,00 2021 – 140.000,00 2022 – 140.000,00
Longo Prazo (2019 a 2038)
OSL: Manutenção do local e dos equipamentos.
6.280.000,00 2019 a 2038
314.000,00/ano
USINA DE COMPOSTAG
EM (RSD)
Curto Prazo (2019-2022)
OSL: Implantação de uma Usina de Compostagem, com capacidade mínima de receber 1,3 t/dia.
20.000,00
2019 – 5.000,00 2020 – 5.000,00 2021 – 5.000,00 2022 – 5.000,00
Longo Prazo (2019 a 2038)
OSL: Manutenção do local e dos equipamentos.
560.000,00 2019 a 2038
28.000,00/ano
CENTRAL DE BRITAGEM
(RCC)
Curto Prazo (2019-2022)
OSL: Implantação de uma Central de Britagem, com capacidade mínima de britar 4,1 t/dia.
430.000,00
2019 – 107.500,00 2020 – 107.500,00 2021 – 107.500,00
2022 – 107.500,00
Longo Prazo (2019 a 2038)
OSL: Manutenção do local e dos equipamentos.
160.000,00 2019 a 2038 8.000,00/ano
ATERRO DE REJEITOS
(RSD)
Curto Prazo (2019-2022)
OSL: Implantação de um aterro sanitário, com capacidade mínima de 18.885 toneladas.
4.090.000,00
2019 – 1.022.500,00 2020 – 1.022.500,00 2021 – 1.022.500,00 2022 – 1.022.500,00
Longo Prazo (2019 a 2038)
OSL: Operação e Manutenção do local e dos equipamentos.
20.680.000,00 2019 a 2038
1.034.000,00/ano
ATERRO DE REJEITOS
(RCC)
Curto Prazo (2019-2022)
OSL: Implantação de um Aterro de Inertes, com capacidade mínima de 42.708 toneladas.
350.000,00
2019 – 87.500,00 2020 – 87.500,00 2021 – 87.500,00 2022 – 87.500,00
Longo Prazo (2019 a 2038)
OSL: Manutenção do local e dos equipamentos.
110.000,00 2019 a 2038 5.500,00/ano
COLETA, TRANSPORTE, DISPOSIÇÃO, TRATAMENTO
(RSS)
Longo Prazo (2019 a 2038)
OSL: Manutenção dos serviços de coleta, tratamento e disposição final dos RSS
1.360.000,00 2019 a 2038
68.000,00/ano
INVESTIMENTOS TOTAIS 34.600.000,00 -
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As intervenções propostas acima visam à universalização dos serviços de limpeza urbana 3490
e manejo de resíduos sólidos. Para o melhor funcionamento do sistema, além das obras 3491
previstas, há necessidade de medidas complementares como a elaboração de projetos de 3492
setorização da coleta, com dias e horários definidos para cada região e o tipo de resíduos 3493
a ser coletado; programa de educação e conscientização da população para a reciclagem 3494
e o reaproveitamento; implantação de coleta seletiva e cooperativa de reciclagem; 3495
cadastro atualizado dos funcionários da cooperativa de reciclagem; implantação do aterro 3496
de Resíduos de Construção Civil; melhorias na infraestrutura de limpeza urbana através 3497
do cadastro de funcionários e distribuição de uniformes e EPIs para os mesmos; 3498
elaboração de estudos de viabilidade das atividades que reduzam a emissão de gases do 3499
efeito estufa e monitoramento desses efluentes; e a elaboração de um Plano de Gestão 3500
Integrado de Resíduos Sólidos. 3501
10.3.2 Cronograma da Sequência de Implantação das Intervenções Principais 3502
Assim como para o sistema de abastecimento de água e para o sistema de esgotos 3503
sanitários, a estruturação sequencial para implantação das obras do sistema de resíduos 3504
sólidos é: 3505
obras emergenciais – de 2019 até o final de 2020 (imediatas); 3506
obras de curto prazo – de 2019 até o final do ano 2022 (4 anos); 3507
obras de médio prazo – de 2019 até o final do ano 2026 (8 anos); 3508
obras de longo prazo – de 2027 até o final de plano (ano 2038)20. 3509
Em função dessa estruturação, apresenta-se na Figura 6.3 um cronograma elucidativo, 3510
com a sequência de implantação das obras necessárias no sistema de limpeza urbana e 3511
manejo de resíduos sólidos. 3512
20
Para a manutenção e operação do sistema foi adotado o prazo de 2019 a 2038.
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3513 Figura 10.3 – Cronograma de Implantação das Intervenções Propostas no Sistema de Limpeza Urbana e Resíduos Sólidos 3514
SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO DO CONJUNTO DE PROPOSTAS
DATA BASE - OUTUBRO 2017
Unidade Intervenção Investimento (R$)
20
19
20
20
20
21
20
22
20
23
20
24
20
25
20
26
20
27
20
28
20
29
20
30
20
31
20
32
20
33
20
34
20
35
20
36
20
37
20
38
· OSL: Implantação da Central de
Triagem com capacidade mínima de
0,3 t/dia.
R$ 560.000,00
Manutenção do local e dos
equipamentosR$ 6.280.000,00
· OSL: Implantação de uma Usina
de Compostagem, com capacidade
mínima de receber 1,3 t/dia.
R$ 20.000,00
Manutenção do local e dos
equipamentosR$ 560.000,00
· OSL: Implantação de uma Central
de Britagem, com capacidade mínima
de britar 4,1 t/dia.
R$ 430.000,00
Manutenção do local e dos
equipamentosR$ 160.000,00
· OSL: Implantação de um aterro
sanitário, com capacidade mínima de
22.570 toneladas.
R$ 4.090.000,00
Manutenção do local e dos
equipamentosR$ 20.680.000,00
· OSL: Implantação de um Aterro de
Inertes, com capacidade mínima de
42.708 toneladas.
R$ 350.000,00
Manutenção do local e dos
equipamentosR$ 110.000,00
COLETA,
DISPOSIÇÃO DE
TRATAMENTO (RSS)
Manutenção do local e dos
equipamentosR$ 1.360.000,00
34.600.000,00 5.450.000,00 7.436.666,67 21.713.333,33
Emergencial/
Curto PrazoMédio Prazo Longo Prazo
CENTRAL DE
TRIAGEM (RSD)
USINA DE
COMPOSTAGEM
(RSD)
ATERRO DE
REJEITOS (RCC)
INVESTIMENTOS TOTAIS
CENTRAL DE
BRITAGEM (RCC)
ATERRO DE
REJEITOS (RSD)
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10.3.3 Principais Benefícios das Soluções Propostas 3515
Os benefícios gerados pelas obras e soluções apresentadas para o sistema de limpeza 3516
urbana e manejo de resíduos sólidos estão listadas a seguir: 3517
Universalização do sistema; 3518
Aumento do reaproveitamento dos resíduos e, consequentemente, a diminuição da 3519
geração de rejeitos e aumento da vida útil dos aterros (sanitário e inerte); 3520
Eliminação da disposição irregular, da contaminação do solo e da veiculação de 3521
doenças; 3522
Redução de pontos de inundação causados pelo carreamento dos resíduos dispostos 3523
irregularmente; 3524
Eliminação do risco de contaminação com os resíduos provenientes de serviços de 3525
saúde. 3526
3527
-171-
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Ilustração 10.3 3528
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11. ESTUDOS DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA DAS 3529
SOLUÇÕES ADOTADAS 3530
11.1 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 3531
11.1.1 Investimentos Necessários no Sistema de Água 3532
O resumo de investimentos durante o período de planejamento encontra-se apresentado 3533
no Quadro 11.1. Deve-se ressaltar que, para efeito de estudos de sustentabilidade 3534
econômico-financeira do sistema, os investimentos foram divididos ano a ano, a partir de 3535
2019, de modo equânime, abrangendo os tipos de intervenção utilizados nos Planos de 3536
Saneamento elaborados para a SSRH. Evidentemente, o enquadramento das obras 3537
segundo a tipologia emergencial, de curto, médio e longo prazo dependerá das 3538
prioridades a serem estabelecidas pela Prefeitura Municipal. 3539
11.1.2 Despesas de Exploração do Sistema de Água 3540
As despesas de exploração foram adotadas com o valor de R$ 0,47/m³ faturado, na data 3541
base de dezembro/2015, conforme já indicado no item 9.1.3 anterior, englobando os dois 3542
sistemas (água faturada + esgoto coletado faturado). Com a correção para outubro/2017, 3543
considerando a inflação acumulada (IPCA Geral), esse valor eleva-se a R$ 0,51/m³. 3544
3545
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QUADRO 11.1 – RESUMO DOS INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS NO S.A.A. - HORIZONTE DE PLANEJAMENTO21 3546
Ano
Investimento no Sistema (R$) Investimento em Reservatório (R$)
Investimento em Rede Secundária e Ligações (R$)
Investimento em Tratamento de Água (R$) INVESTIMENTO
TOTAL (R$) Tipo de Intervenção Tipo de Intervenção Tipo de Intervenção Tipo de Intervenção
Emergencial Curto Prazo Médio Prazo Curto Prazo Longo Prazo Curto Prazo
2019 20.000,00 42.083,33 213.750,00 142.500,00 42.083,33 60.000,00 520.416,67
2020 20.000,00 42.083,33 213.750,00 142.500,00 42.083,33 60.000,00 520.416,67
2021 42.083,33 213.750,00 142.500,00 42.083,33 60.000,00 500.416,67
2022 42.083,33 213.750,00 142.500,00 42.083,33 60.000,00 500.416,67
2023 213.750,00 42.083,33 255.833,33
2024 213.750,00 42.083,33 255.833,33
2025 213.750,00 42.083,33 255.833,33
2026 213.750,00 42.083,33 255.833,33
2027 a 2038
505.000,00 505.000,00
TOTAIS 40.000,00 168.333,33 1.710.000,00 570.000,00 841.666,67 240.000,00 3.570.000,00
3547
21
Valores arredondados
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11.1.3 Despesas Totais do Sistema de Água 3548
No Quadro 11.2 encontra-se apresentado o resumo ao longo do horizonte de 3549
planejamento dos investimentos necessários e das despesas de exploração. A 3550
composição dos investimentos e despesas de exploração (DEX) está avaliada no item 3551
subsequente, onde são efetuados os estudos de sustentabilidade econômico-financeira 3552
do sistema. 3553
QUADRO 11.2 – RESUMO DOS INVESTIMENTOS E DESPESAS DE EXPLORAÇÃO (DEX) DO 3554 S.A.A. – HORIZONTE DE PLANEJAMENTO 3555
Ano
Pop.Urb.
Atend-água (hab.)
Qmédia Consu.
(L/s)
Vol.Anual Água
Faturado (m³)
DEX
(R$/m³ fat)
DEX
(R$)
Investimento
(R$)
Despesa Total
(R$)
2019 5.154 13,1 411.785 0,51 211.132,09 520.416,67 731.548,76
2020 5.189 13,1 414.512 0,51 212.530,26 520.416,67 732.946,92
2021 5.213 13,2 416.482 0,51 213.539,92 500.416,67 713.956,59
2022 5.239 13,3 418.532 0,51 214.591,33 500.416,67 715.008,00
2023 5.264 13,3 420.501 0,51 215.600,69 255.833,33 471.434,02
2024 5.287 13,4 422.387 0,51 216.567,68 255.833,33 472.401,02
2025 5.309 13,4 424.109 0,51 217.450,74 255.833,33 473.284,08
2026 5.322 13,5 425.158 0,51 217.988,52 255.833,33 473.821,85
2027 5.334 13,5 426.124 0,51 218.483,64 42.083,33 260.566,97
2028 5.346 13,5 427.074 0,51 218.970,63 42.083,33 261.053,96
2029 5.357 13,6 427.956 0,51 219.422,83 42.083,33 261.506,17
2030 5.367 13,6 428.753 0,51 219.831,75 42.083,33 261.915,09
2031 5.368 13,6 428.875 0,51 219.894,34 42.083,33 261.977,67
2032 5.369 13,6 428.900 0,51 219.907,04 42.083,33 261.990,37
2033 5.369 13,6 428.937 0,51 219.926,22 42.083,33 262.009,56
2034 5.369 13,6 428.894 0,51 219.904,00 42.083,33 261.987,34
2035 5.370 13,6 428.995 0,51 219.955,55 42.083,33 262.038,89
2036 5.358 13,6 428.058 0,51 219.475,58 42.083,33 261.558,91
2037 5.349 13,5 427.305 0,51 219.089,41 42.083,33 261.172,74
2038 5.337 13,5 426.363 0,51 218.606,18 42.083,33 260.689,52
Totais 4.352.868,42 3.570.000,00 7.922.868,42
3556
3557
11.1.4 Estudos de Sustentabilidade Econômico-Financeira do Sistema de Água 3558
O Quadro 11.3 adiante apresenta a formação do resultado operacional relativo ao 3559
sistema de abastecimento de água. O volume de receitas foi calculado com base na 3560
receita média, que já incorpora os domicílios com tarifa social. A tarifa média de água 3561
indicada no SNIS 2015 foi de R$ 0,60/m³ faturado. Com a atualização desse valor para 3562
outubro de 2017, pela inflação acumulada do IPCA-IBGE entre dez/2015 a out/2017 de 3563
9,09%, permite a obtenção de um valor médio de R$ 0,65/m³ faturado. 3564
Esta taxa foi aplicada sobre o volume total da água oferecida à população, constituindo-se 3565
na receita operacional bruta. As estas receitas foram acrescentadas as demais. Segundo 3566
dados levantados em sistemas de abastecimento de água, quando da elaboração dos 3567
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PMESSBs dos municípios integrantes da UGRHI 15, as receitas com ligações adicionais 3568
e ampliações de sistema cobertas por usuários correspondem a cerca de 5,0% da receita 3569
operacional. Este é o valor adotado no horizonte do projeto. 3570
Das receitas operacionais devem-se excluir os usuários não pagadores, aqui identificados 3571
como devedores duvidosos. O percentual identificado nos estudos supracitados também 3572
está em torno de 5,0%. Estes são os percentuais aplicados no período do projeto. 3573
Também foram abatidos da receita os impostos com COFINS, PIS, IR e CSLL. Estes 3574
valores totalizam 7,30% da receita operacional bruta, em concordância com o valor pago 3575
atualmente por sistemas autônomos e pela concessionária de alguns sistemas, como a 3576
SABESP. 3577
Os custos considerados foram os de investimentos e DEX. Note-se que a DEX, conforme 3578
calculada pelo SNIS, inclui impostos. Esses impostos estão deduzidos do valor da DEX 3579
considerados no Quadro 11.3, pois também estão deduzidos da receita operacional 3580
bruta. 3581
O resultado final indica que o sistema de abastecimento de água é deficitário para todo o 3582
período de planejamento, com déficits mais significativos nos oito primeiros anos, ocasião 3583
em que devem ser efetuadas as obras emergenciais/curto prazo e médio prazo, incluindo 3584
implementação de unidades de tratamento de água nos poços que ainda não possuem, 3585
com valores em torno de R$ 400 mil. A partir de 2026 o déficit diminui, com valores 3586
próximos a R$ 4.000,00 até 2038. O total do período corresponde a um déficit negativo de 3587
R$ 2,8 milhões. 3588
Além do valor bruto, foi calculado o Valor Presente Líquido (VPL) do componente. O 3589
objetivo de tal procedimento é tornar o projeto comparável a outros de igual porte. A 3590
utilização de uma taxa de desconto pretende uniformizar, num único indicador, projetos de 3591
diferentes períodos de maturação e operação. Assim, é possível indicar não apenas se o 3592
projeto oferece uma atratividade mínima, mas também seu valor atual em relação a outras 3593
atividades concorrentes, orientando decisões de investimento. 3594
Foram utilizadas duas taxas de desconto. A taxa de 10% ao ano foi utilizada durante a 3595
maior parte das décadas passadas, sendo um padrão de referência para múltiplos órgãos 3596
governamentais e privados. Porém, com os elevados índices de inflação observados no 3597
final do século passado, esta taxa acabou substituída pela de 12%. 3598
Na atualidade, com os baixos níveis de taxas de juros praticados por órgãos 3599
governamentais, observa-se um retorno a padrões de comparação com descontos mais 3600
baixos, inclusive abaixo dos tradicionais 10%. Como uma taxa que reflita a percepção de 3601
juros de longo prazo não está consolidada optou-se por adotar as duas para fins de 3602
análise. 3603
Segundo esta ótica, os VPLs dos componentes descontados a 10% e 12% são negativos 3604
e assumem valores em torno de R$ 1,8 milhões e R$ 1,6 milhões, respectivamente.3605
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QUADRO 11.3 – RECEITAS E RESULTADO OPERACIONAL DO S.A.A. 3606
Ano Vol. Faturado
(m³)
Receitas Tarifárias Totais (R$) Custos (R$) Result.Operac.
(R$) Operacional Demais Receitas Dev Duvidosos Tributos Líquida INVEST DEX
2019 411.785 269.530,33 13.476,52 (13.476,52) (21.643,29) 247.887,04 520.416,67 211.132,09 (483.661,71)
2020 414.512 271.315,22 13.565,76 (13.565,76) (21.786,61) 249.528,61 520.416,67 212.530,26 (483.418,31)
2021 416.482 272.604,16 13.630,21 (13.630,21) (21.890,11) 250.714,04 500.416,67 213.539,92 (463.242,55)
2022 418.532 273.946,38 13.697,32 (13.697,32) (21.997,89) 251.948,48 500.416,67 214.591,33 (463.059,51)
2023 420.501 275.234,92 13.761,75 (13.761,75) (22.101,36) 253.133,56 255.833,33 215.600,69 (218.300,46)
2024 422.387 276.469,38 13.823,47 (13.823,47) (22.200,49) 254.268,89 255.833,33 216.567,68 (218.132,13)
2025 424.109 277.596,69 13.879,83 (13.879,83) (22.291,01) 255.305,68 255.833,33 217.450,74 (217.978,40)
2026 425.158 278.283,22 13.914,16 (13.914,16) (22.346,14) 255.937,07 255.833,33 217.988,52 (217.884,78)
2027 426.124 278.915,29 13.945,76 (13.945,76) (22.396,90) 256.518,39 42.083,33 218.483,64 (4.048,59)
2028 427.074 279.536,97 13.976,85 (13.976,85) (22.446,82) 257.090,15 42.083,33 218.970,63 (3.963,81)
2029 427.956 280.114,25 14.005,71 (14.005,71) (22.493,17) 257.621,08 42.083,33 219.422,83 (3.885,09)
2030 428.753 280.636,28 14.031,81 (14.031,81) (22.535,09) 258.101,19 42.083,33 219.831,75 (3.813,90)
2031 428.875 280.716,18 14.035,81 (14.035,81) (22.541,51) 258.174,67 42.083,33 219.894,34 (3.803,00)
2032 428.900 280.732,39 14.036,62 (14.036,62) (22.542,81) 258.189,58 42.083,33 219.907,04 (3.800,79)
2033 428.937 280.756,88 14.037,84 (14.037,84) (22.544,78) 258.212,10 42.083,33 219.926,22 (3.797,45)
2034 428.894 280.728,51 14.036,43 (14.036,43) (22.542,50) 258.186,01 42.083,33 219.904,00 (3.801,32)
2035 428.995 280.794,32 14.039,72 (14.039,72) (22.547,78) 258.246,54 42.083,33 219.955,55 (3.792,35)
2036 428.058 280.181,59 14.009,08 (14.009,08) (22.498,58) 257.683,00 42.083,33 219.475,58 (3.875,90)
2037 427.305 279.688,61 13.984,43 (13.984,43) (22.459,00) 257.229,61 42.083,33 219.089,41 (3.943,13)
2038 426.363 279.071,72 13.953,59 (13.953,59) (22.409,46) 256.662,27 42.083,33 218.606,18 (4.027,25)
Total 8.489.700 5.556.853,30 277.842,66 (277.842,66) (446.215,32) 5.110.637,98 3.570.000,00 4.352.868,42 (2.812.230,44)
VPL 10% 3.591.482 2.350.770,50 117.538,53 (117.538,53) (188.766,87) 2.162.003,63 2.308.626,62 1.841.436,89 (1.988.059,88)
VPL 12% 3.147.280 2.060.022,32 103.001,12 (103.001,12) (165.419,79) 1.894.602,53 2.152.858,13 1.613.684,15 (1.871.939,76)
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Como conclusão, pode-se afirmar que o sistema de abastecimento de água não 3607
apresenta, de forma isolada, situação econômica e financeira sustentável, em função do 3608
panorama de investimentos necessários e das tarifas médias atualmente cobradas, já que 3609
as despesas de exploração são maiores que o valor tarifário médio praticado no 3610
município. 3611
11.2 SISTEMA DE ESGOTOS SANITÁRIOS 3612
11.2.1 Investimentos Necessários no Sistema de Esgotos 3613
O resumo de investimentos durante o período de planejamento encontra-se apresentado 3614
no Quadro 11.4. Deve-se ressaltar que, para efeito de estudos de sustentabilidade 3615
econômico-financeira do sistema, os investimentos foram divididos ano a ano, a partir de 3616
2019, de modo equânime, abrangendo os tipos de intervenção utilizados nos Planos de 3617
Saneamento elaborados para a SSRH. Evidentemente, o enquadramento das obras 3618
segundo a tipologia emergencial, de curto, médio e longo prazo dependerá das 3619
prioridades a serem estabelecidas pela Prefeitura Municipal. 3620
QUADRO 11.4 – RESUMO DOS INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS NO S.E.S. - HORIZONTE 3621 DE PLANEJAMENTO 3622
Ano
INVESTIMENTO NO SISTEMA (R$) INVESTIMENTO EM
REDE E LIGAÇÕES (R$) INVESTIMENTO TOTAL (R$) Tipo de Intervenção Tipo de Intervenção
Emergencial Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo
2019 550.000,00 930.000,00 160.000,00 23.000,00 1.663.000,00
2020 550.000,00 930.000,00 160.000,00 23.000,00 1.663.000,00
2021 930.000,00 160.000,00 23.000,00 1.113.000,00
2022 930.000,00 160.000,00 23.000,00 1.113.000,00
2023 160.000,00 23.000,00 183.000,00
2024 160.000,00 23.000,00 183.000,00
2025 160.000,00 23.000,00 183.000,00
2026 160.000,00 23.000,00 183.000,00
2027 a 2038 276.000,00 276.000,00
TOTAIS 1.100.000,00 3.720.000,00 1.280.000,00 460.000,00 6.560.000,00
3623
11.2.2 Despesas de Exploração do Sistema de Esgotos 3624
Igualmente como apresentado para o sistema de água, as despesas de exploração foram 3625
adotadas com o valor de R$ 0,47/m³ faturado, na data base de dezembro/2015, conforme 3626
já indicado no item 9.1.3 anterior, englobando os dois sistemas (água faturada+esgoto 3627
coletado faturado). Com a correção para outubro/2017, considerando a inflação 3628
acumulada (IPCA Geral), esse valor eleva-se a R$ 0,51/m³. 3629
11.2.3 Despesas Totais do Sistema de Esgotos 3630
No Quadro 11.5, encontra-se apresentado o resumo, ao longo do horizonte de 3631
planejamento, dos investimentos necessários e das despesas de exploração. A 3632
composição dos investimentos e despesas de exploração (DEX) está avaliada no item 3633
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subsequente, onde são efetuados os estudos de sustentabilidade econômico-financeira 3634
do sistema. 3635
QUADRO 11.5 – RESUMO DOS INVESTIMENTOS E DESPESAS DE EXPLORAÇÃO (DEX) DO 3636 S.E.S. – HORIZONTE DE PLANEJAMENTO 3637
Ano
Pop.Urb.
Atend-esgoto
(hab.)
Vol.Anual Água
Faturado
(m³)
Vol.Anual Esgoto
Faturado
(m³)
DEX
(R$/m³fat)
DEX
(R$)
Investimento
(R$)
Despesa Total
(R$)
2019 5.154 411.785 447.113 0,51 229.245,30 1.663.000,00 1.892.245,30
2020 5.189 414.512 450.074 0,51 230.763,42 1.663.000,00 1.893.763,42
2021 5.213 416.482 452.212 0,51 231.859,70 1.113.000,00 1.344.859,70
2022 5.239 418.532 454.439 0,51 233.001,31 1.113.000,00 1.346.001,31
2023 5.264 420.501 456.576 0,51 234.097,26 183.000,00 417.097,26
2024 5.287 422.387 458.624 0,51 235.147,22 183.000,00 418.147,22
2025 5.309 424.109 460.494 0,51 236.106,03 183.000,00 419.106,03
2026 5.322 425.158 461.633 0,51 236.689,95 183.000,00 419.689,95
2027 5.334 426.124 462.681 0,51 237.227,55 23.000,00 260.227,55
2028 5.346 427.074 463.713 0,51 237.756,31 23.000,00 260.756,31
2029 5.357 427.956 464.670 0,51 238.247,31 23.000,00 261.247,31
2030 5.367 428.753 465.536 0,51 238.691,31 23.000,00 261.691,31
2031 5.368 428.875 465.669 0,51 238.759,27 23.000,00 261.759,27
2032 5.369 428.900 465.696 0,51 238.773,06 23.000,00 261.773,06
2033 5.369 428.937 465.736 0,51 238.793,89 23.000,00 261.793,89
2034 5.369 428.894 465.689 0,51 238.769,76 23.000,00 261.769,76
2035 5.370 428.995 465.798 0,51 238.825,74 23.000,00 261.825,74
2036 5.358 428.058 464.782 0,51 238.304,58 23.000,00 261.304,58
2037 5.349 427.305 463.964 0,51 237.885,28 23.000,00 260.885,28
2038 5.337 426.363 462.941 0,51 237.360,60 23.000,00 260.360,60
Total 9.218.039 4.726.304,85 6.560.000,00 11.286.304,85
3638
11.2.4 Estudos de Sustentabilidade Econômico-Financeira do Sistema de 3639
Esgotos 3640
O Quadro 11.6 adiante apresenta a formação do resultado operacional relativo ao 3641
sistema de esgotos sanitários. O volume de receitas foi calculado com base na receita 3642
média, que já incorpora os domicílios com tarifa social. A tarifa média de esgotos indicada 3643
no SNIS 2015 foi de R$ 0,28/m³ faturado. Com a correção para outubro/2017, 3644
considerando a inflação acumulada (IPCA-IBGE), esse valor eleva-se a R$ 0,31/m³. 3645
Esta taxa foi aplicada sobre o volume total da água oferecida à população, constituindo-se 3646
na receita operacional bruta. A esta receita foram acrescentadas as demais. Segundo 3647
dados levantados em sistemas de esgotos sanitários, quando da elaboração dos PMSBs 3648
dos municípios integrantes da UGRHI 15, as receitas com ligações adicionais e 3649
ampliações de sistema cobertas por usuários correspondem a cerca de 5,0% da receita 3650
operacional. Este é o valor adotado no horizonte do projeto. 3651
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Das receitas operacionais devem-se excluir os usuários não pagadores, aqui identificados 3652
como devedores duvidosos. O percentual identificado nos estudos supracitados é de 3653
5,0%. Estes são os percentuais aplicados no período do projeto. Também foram abatidos 3654
da receita os impostos com COFINS, PIS, IR e CSLL. Estes valores totalizam 7,30% da 3655
receita operacional bruta, em concordância com o valor pago atualmente por sistemas 3656
autônomos e pela concessionária de alguns sistemas, como a SABESP. 3657
Os custos considerados foram os de investimentos e DEX. Note-se que a DEX, conforme 3658
calculada pelo SNIS, inclui impostos. Esses impostos estão deduzidos do valor da DEX 3659
considerados no Quadro 11.5, pois também estão deduzidos da receita operacional 3660
bruta. 3661
O resultado final indica que o sistema de esgotos sanitários é sempre deficitário, durante 3662
todo o período de planejamento. Esses déficits são maiores e se concentram no período 3663
das obras de curto prazo, assumindo valores entre R$ 480 mil. A partir de 2026, há uma 3664
redução nos déficits, que passam a assumir valores próximos a R$ 4 mil. O déficit total 3665
acumulado atinge R$2,8 milhões em 2038. 3666
Além do valor bruto, foi calculado o Valor Presente Líquido (VPL) do componente. O 3667
objetivo de tal procedimento é tornar o projeto comparável a outros de igual porte. A 3668
utilização de uma taxa de desconto pretende uniformizar, num único indicador, projetos de 3669
diferentes períodos de maturação e operação. Assim, é possível indicar não apenas se o 3670
projeto oferece uma atratividade mínima, mas também seu valor atual em relação a outras 3671
atividades concorrentes, orientando decisões de investimento. 3672
Foram utilizadas duas taxas de desconto. A taxa de 10% ao ano foi utilizada durante a 3673
maior parte das décadas passadas, sendo um padrão de referência para múltiplos órgãos 3674
governamentais e privados. Porém, com os elevados índices de inflação observados no 3675
final do século passado, esta taxa acabou substituída pela de 12%. 3676
Na atualidade, com os baixos níveis de taxas de juros praticados por órgãos 3677
governamentais, observa-se um retorno a padrões de comparação com descontos mais 3678
baixos, inclusive abaixo dos tradicionais 10%. Como uma taxa que reflita a percepção de 3679
juros de longo prazo não está consolidada optou-se por adotar as duas para fins de 3680
análise. 3681
Segundo esta ótica, os VPLs dos componentes descontados a 10% e 12% são negativos 3682
e assumem valores em torno de R$ 2 milhões e R$ 1,9 milhão, respectivamente. 3683
Como conclusão, pode-se afirmar que o sistema de esgotos sanitários não apresenta 3684
situação econômica e financeira sustentável. 3685
3686
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QUADRO 11.6 – RECEITAS E RESULTADO OPERACIONAL DO S.E.S. 3687
Ano Vol. Faturado
(m³)
Receitas Tarifárias Totais (R$) Custos (R$) Result.Operac.
(R$) Operacional Demais Receitas Dev Duvidosos Tributos Líquida INVEST DEX
2019 411.785 269.530,33 13.476,52 (13.476,52) (21.643,29) 247.887,04 520.416,67 211.132,09 (483.661,71)
2020 414.512 271.315,22 13.565,76 (13.565,76) (21.786,61) 249.528,61 520.416,67 212.530,26 (483.418,31)
2021 416.482 272.604,16 13.630,21 (13.630,21) (21.890,11) 250.714,04 500.416,67 213.539,92 (463.242,55)
2022 418.532 273.946,38 13.697,32 (13.697,32) (21.997,89) 251.948,48 500.416,67 214.591,33 (463.059,51)
2023 420.501 275.234,92 13.761,75 (13.761,75) (22.101,36) 253.133,56 255.833,33 215.600,69 (218.300,46)
2024 422.387 276.469,38 13.823,47 (13.823,47) (22.200,49) 254.268,89 255.833,33 216.567,68 (218.132,13)
2025 424.109 277.596,69 13.879,83 (13.879,83) (22.291,01) 255.305,68 255.833,33 217.450,74 (217.978,40)
2026 425.158 278.283,22 13.914,16 (13.914,16) (22.346,14) 255.937,07 255.833,33 217.988,52 (217.884,78)
2027 426.124 278.915,29 13.945,76 (13.945,76) (22.396,90) 256.518,39 42.083,33 218.483,64 (4.048,59)
2028 427.074 279.536,97 13.976,85 (13.976,85) (22.446,82) 257.090,15 42.083,33 218.970,63 (3.963,81)
2029 427.956 280.114,25 14.005,71 (14.005,71) (22.493,17) 257.621,08 42.083,33 219.422,83 (3.885,09)
2030 428.753 280.636,28 14.031,81 (14.031,81) (22.535,09) 258.101,19 42.083,33 219.831,75 (3.813,90)
2031 428.875 280.716,18 14.035,81 (14.035,81) (22.541,51) 258.174,67 42.083,33 219.894,34 (3.803,00)
2032 428.900 280.732,39 14.036,62 (14.036,62) (22.542,81) 258.189,58 42.083,33 219.907,04 (3.800,79)
2033 428.937 280.756,88 14.037,84 (14.037,84) (22.544,78) 258.212,10 42.083,33 219.926,22 (3.797,45)
2034 428.894 280.728,51 14.036,43 (14.036,43) (22.542,50) 258.186,01 42.083,33 219.904,00 (3.801,32)
2035 428.995 280.794,32 14.039,72 (14.039,72) (22.547,78) 258.246,54 42.083,33 219.955,55 (3.792,35)
2036 428.058 280.181,59 14.009,08 (14.009,08) (22.498,58) 257.683,00 42.083,33 219.475,58 (3.875,90)
2037 427.305 279.688,61 13.984,43 (13.984,43) (22.459,00) 257.229,61 42.083,33 219.089,41 (3.943,13)
2038 426.363 279.071,72 13.953,59 (13.953,59) (22.409,46) 256.662,27 42.083,33 218.606,18 (4.027,25)
Total 8.489.700 5.556.853,30 277.842,66 (277.842,66) (446.215,32) 5.110.637,98 3.570.000,00 4.352.868,42 (2.812.230,44)
VPL 10% 3.591.482 2.350.770,50 117.538,53 (117.538,53) (188.766,87) 2.162.003,63 2.308.626,62 1.841.436,89 (1.988.059,88)
VPL 12% 3.147.280 2.060.022,32 103.001,12 (103.001,12) (165.419,79) 1.894.602,53 2.152.858,13 1.613.684,15 (1.871.939,76)
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11.3 SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 3688
11.3.1 Investimentos Necessários no Sistema de Resíduos Sólidos 3689
O resumo dos investimentos necessários ao logo de todo horizonte de projeto estão 3690
apresentados no Quadro 11.7. Deve-se ressaltar que, para efeito de estudos de 3691
sustentabilidade econômico-financeira do sistema, os investimentos foram divididos ano a 3692
ano, a partir de 2019, de modo equânime, abrangendo os tipos de intervenção utilizados 3693
nos Planos Específicos de Saneamento elaborados para a SSRH. Evidentemente que, 3694
assim como para os componentes água e esgoto, o enquadramento das obras de 3695
resíduos sólidos segundo a tipologia emergencial, de curto, médio e longo prazo 3696
dependerá das prioridades a serem estabelecidas pela Prefeitura do Município de 3697
Américo de Campos. 3698
QUADRO 11.7 – RESUMO DOS INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS NO SISTEMA DE 3699 RESÍDUOS SÓLIDOS – HORIZONTE DE PLANEJAMENTO 3700
Ano Tipologia
de Intervenção
Investimento na Implantação Investimento Previsto pra Disposição de RSD (R$)
Investimento Previsto pra Disposição de RCC (R$)
Investimento Previsto
para Tratamento de RSS (R$)
Total (R$) Usina de
Triagem e Compostagem -
RSD
Usina de Britagem -
RCC
2019 Emergencial
145.000,00 107.500,00 1.022.500,00 87.500,00 67.307,00 1.429.807,00
2020 145.000,00 107.500,00 1.022.500,00 87.500,00 67.535,00 1.430.035,00
2021 Curto Prazo
145.000,00 107.500,00 1.022.500,00 87.500,00 67.649,00 1.430.149,00
2022 145.000,00 107.500,00 1.022.500,00 87.500,00 67.774,00 1.430.274,00
2023
Médio Prazo
- - - - 67.899,00 67.899,00
2024 - - - - 68.025,00 68.025,00
2025 - - - - 68.139,00 68.139,00
2026 - - - - 68.139,00 68.139,00
2027 a
2038
Longo Prazo
- - - - 813.166,00 813.166,00
TOTAIS 580.000,00 430.000,00 4.090.000,00 350.000,00 1.360.000,00 6.810.000,00
3701
11.3.2 Despesas de Operação do Sistema de Resíduos Sólidos 3702
As despesas de operação foram calculadas segundo as curvas apresentadas no item 5.2 3703
anterior. Esses custos foram aplicados em todas as unidades a serem implantadas ou 3704
ampliadas, sem considerar o custo de transporte, conforme também já informado 3705
anteriormente. 3706
11.3.3 Despesas Totais do Sistema de Resíduos Sólidos 3707
No Quadro 11.8 apresenta-se o resumo dos investimentos necessários e das despesas 3708
de operação, ao longo de todo horizonte de projeto. 3709
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QUADRO 11.8 – RESUMO DOS INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS NO SISTEMA DE RESÍDUOS SÓLIDOS – HORIZONTE DE 3710 PLANEJAMENTO 3711
Ano Tipologia de Intervenção
Investimento na Implantação Investimento Previsto para Disposição de
RSD (R$)
Investimento Previsto para Disposição de
RCC (R$)
Investimento Previsto para
Tratamento de RSS (R$)
Investimento Previsto para operação e
manutenção (R$)
Total (R$) Usina de Triagem e Compostagem -
RSD
Usina de Britagem - RCC
2019 Emergencial
145.000,00 107.500,00 1.022.500,00 87.500,00 67.307,00 1.389.500,00 2.819.307,00
2020 145.000,00 107.500,00 1.022.500,00 87.500,00 67.535,00 1.389.500,00 2.819.535,00
2021 Curto Prazo
145.000,00 107.500,00 1.022.500,00 87.500,00 67.649,00 1.389.500,00 2.819.649,00
2022 145.000,00 107.500,00 1.022.500,00 87.500,00 67.774,00 1.389.500,00 2.819.774,00
2023
Médio Prazo
- - - - 67.899,00 1.389.500,00 1.457.399,00
2024 - - - - 68.025,00 1.389.500,00 1.457.525,00
2025 - - - - 68.139,00 1.389.500,00 1.457.639,00
2026 - - - - 68.139,00 1.389.500,00 1.457.639,00
2027 a 2038 Longo Prazo - - - - 813.166,00 16.674.000,00 17.487.166,00
TOTAIS 580.000,00 430.000,00 4.090.000,00 350.000,00 1.360.000,00 27.790.000,00 34.600.000,00
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11.3.4 Estudos de Sustentabilidade Econômico-Financeira do Sistema de 3712
Resíduos Sólidos 3713
Além das despesas apresentadas no subitem anterior, o sistema de resíduos sólidos 3714
também possui a capacidade de gerar receitas, através da comercialização da parcela 3715
reaproveitável dos resíduos gerados. 3716
O valor dessas receitas, no entanto, é altamente questionável. Em primeiro lugar, deve 3717
ser considerado como as mesmas serão apropriáveis: pelo município, por cooperativas de 3718
catadores, por empresas concessionárias, etc. Em segundo lugar, o valor atual de um 3719
mercado ainda incipiente não é um bom indicador das receitas futuras. Com a criação de 3720
volume consideráveis de resíduos recicláveis, é difícil prever a direção destes fluxos. 3721
Assim, as análises presentes devem ser entendidas apenas como um alerta sobre as 3722
possibilidades de aproveitamento econômico desta variável, com mercados que se 3723
formarão durante a vigência do Plano. 3724
Além do valor bruto, foi calculado o Valor Presente Líquido (VPL) do componente. O 3725
objetivo de tal procedimento é tornar o projeto comparável a outros de igual porte. A 3726
utilização de uma taxa de desconto pretende uniformizar, num único indicador, projetos de 3727
diferentes períodos de maturação e operação. Assim, é possível indicar não apenas se o 3728
projeto oferece uma atratividade mínima, mas também seu valor atual em relação a outras 3729
atividades concorrentes, orientando decisões de investimento. 3730
Foram utilizadas duas taxas de desconto. A taxa de 10% ao ano foi utilizada durante a 3731
maior parte das décadas passadas, sendo um padrão de referência para múltiplos órgãos 3732
governamentais e privados. Porém, com os elevados índices de inflação observados no 3733
final do século passado, esta taxa acabou substituída pela de 12%. 3734
Na atualidade, com os baixos níveis de taxas de juros praticados por órgãos 3735
governamentais, observa-se um retorno a padrões de comparação com descontos mais 3736
baixos, inclusive abaixo dos tradicionais 10%. Como uma taxa que reflita a percepção de 3737
juros de longo prazo não está consolidada optou-se por adotar as duas para fins de 3738
análise. 3739
11.3.4.1 Receitas por tipo de Unidade 3740
Embora a nova Política Nacional de Resíduos enfatize a diretriz de inclusão social dos 3741
catadores na gestão dos resíduos sólidos, o que praticamente induz ao repasse das 3742
receitas para os mesmos, as municipalidades precisam conhecer pelo menos sua ordem 3743
de grandeza. 3744
Assim, dependendo da forma de organização proposta, podem optar pelo repasse total ou 3745
mesmo parcial para as cooperativas mantendo, neste segundo caso, uma reserva 3746
monetária para a manutenção e reposição de recursos naturais. 3747
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Receitas de Central de Triagem 3748
As receitas unitárias resultantes da venda de materiais recicláveis gerados pelas 3749
atividades da central de triagem foram obtidas junto à CEMPRE (Compromisso 3750
Empresarial com Reciclagem) e à indústria Gerdau. O Quadro 11.9 apresenta os valores. 3751
QUADRO 11.9 – PREÇOS UNITÁRIOS DOS MATERIAIS RECICLÁVEIS 3752
Material Preço (R$/t) Condição
Papel Branco 600,00 Prensado
Outros Papéis/ Papelão 580,00 Prensado
Plástico Filme 800,00
Plástico Rígido 600,00 Limpo
Embalagem PET 1.400,00 Prensado
Embalagem Longa Vida 250,00 Prensado
Sucata de Aço 280,00 Limpo
Alumínio 3.500,00 Limpo e prensado
Vidro Incolor 150,00 Limpo
Vidro Colorido 150,00 Limpo
3753
Para a aplicação destes preços unitários, utilizam-se médias para adaptar esta relação à 3754
composição dos materiais encontrados no lixo urbano. 3755
Receitas de Usina de Compostagem 3756
A receita unitária resultante da venda de composto orgânico gerado pelas atividades da 3757
usina de compostagem foi obtida junto à entidade CEMPRE e está apresentada no 3758
Quadro 11.10. 3759
QUADRO 11.10 – PREÇOS UNITÁRIOS DO COMPOSTO ORGÂNICO 3760
Material Preço (R$/t) Condição
Composto Orgânico 150,00 Peneirado, sem impurezas e ensacado
3761
Receitas de Central de Britagem 3762
Embora os entulhos selecionados devidamente britados também apresentem valor 3763
comercial, já que podem ser aplicados como material de construção para peças não 3764
estruturais, prevê-se que sua maior utilização será mesmo nas obras de manutenção e 3765
recuperação de estradas vicinais. 3766
Portanto, como tais materiais apresentam restrição de aplicação na construção civil que 3767
precisaria ser fiscalizada resultando em custos adicionais para a municipalidade, 3768
considerou-se que não serão vendidos para terceiros e que, portanto, não acrescerão 3769
receitas aos cofres públicos. 3770
Assim, aplicando as receitas possíveis apresentadas aos resíduos gerados, obteve-se o 3771
valor da composição das receitas, apresentadas no Quadro 11.11. 3772
3773
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QUADRO 11.11 – RECEITAS DOS RESÍDUOS ORIUNDOS DA CENTRAL DE TRIAGEM E 3774 COMPOSTAGEM (R$) 3775
Ano Compostável Papel/
Papelão Plástico
Mole Plástico Rígido
PET Longa Vida
Metal Ferroso
Metal Não
ferroso Vidro Total
2019 1.656,58 992,14 625,92 993,19 220,71 65,69 103,00 367,85 29,78 5.054,85
2020 3.324,37 1.161,41 732,72 1.162,64 258,36 76,89 120,57 430,61 34,86 7.302,43
2021 4.994,96 1.329,57 838,80 1.330,97 295,77 88,03 138,03 492,95 39,91 9.548,99
2022 8.340,36 1.498,53 945,40 1.500,12 333,36 99,21 155,57 555,60 44,98 13.473,13
2023 11.141,03 1.668,11 1.052,39 1.669,88 371,08 110,44 173,17 618,47 50,07 16.854,66
2024 12.277,75 1.838,31 1.159,76 1.840,26 408,95 121,71 190,84 681,58 55,18 18.574,33
2025 13.416,34 2.008,79 1.267,31 2.010,92 446,87 133,00 208,54 744,78 60,29 20.296,84
2026 14.534,37 2.176,19 1.372,92 2.178,49 484,11 144,08 225,92 806,85 65,32 21.988,24
2027 15.652,40 2.343,59 1.478,53 2.346,07 521,35 155,16 243,30 868,91 70,34 23.679,65
2028 16.770,42 2.510,99 1.584,14 2.513,64 558,59 166,25 260,67 930,98 75,37 25.371,05
2029 17.888,45 2.678,38 1.689,75 2.681,22 595,83 177,33 278,05 993,04 80,39 27.062,45
2030 19.006,48 2.845,78 1.795,36 2.848,80 633,07 188,41 295,43 1.055,11 85,41 28.753,86
2031 20.094,23 3.008,65 1.898,11 3.011,84 669,30 199,20 312,34 1.115,49 90,30 30.399,45
2032 21.175,07 3.170,48 2.000,21 3.173,84 705,30 209,91 329,14 1.175,50 95,16 32.034,59
2033 22.255,90 3.332,31 2.102,30 3.335,84 741,30 220,62 345,94 1.235,50 100,02 33.669,73
2034 23.329,45 3.493,05 2.203,71 3.496,75 777,06 231,27 362,63 1.295,09 104,84 35.293,84
2035 24.407,48 3.654,46 2.305,54 3.658,33 812,96 241,95 379,38 1.354,94 109,69 36.924,73
2036 25.430,94 3.807,70 2.402,22 3.811,73 847,05 252,10 395,29 1.411,75 114,28 38.473,06
2037 26.451,40 3.960,49 2.498,61 3.964,68 881,04 262,21 411,15 1.468,40 118,87 40.016,87
2038 27.464,77 4.112,22 2.594,34 4.116,57 914,79 272,26 426,90 1.524,66 123,42 41.549,94
Total 329.612,74 51.591,13 32.548,08 51.645,78 11.476,84 3.415,73 5.355,86 19.128,07 1.548,46 506.322,68
VPL 10%
106.257,77 17.742,21 11.193,30 17.761,01 3.946,89 1.174,67 1.841,88 6.578,15 532,52 167.028,40
VPL 12%
88.120,85 14.960,27 9.438,21 14.976,12 3.328,03 990,48 1.553,08 5.546,71 449,02 139.362,78
3776
As receitas possíveis com a venda de recicláveis seriam em torno de R$ 250 mil. No 3777
entanto, dadas as limitações institucionais e, principalmente, a inexistência de uma cultura 3778
de reciclagem, adotar essa hipótese é difícil na prática. 3779
Apenas para efeito de simulação considerou-se simplificadamente que seja viável 3780
arrecadar 50% da receita tida, como possível, apresentada no quadro acima. Esse 3781
montante possível de arrecadação com rejeitos chega a cobrir cerca de 4,6% dos custos 3782
totais do componente, considerando apenas as implantações de novas unidades. 3783
O Quadro 11.12 apresenta o resumo dos investimentos e receitas previstos para os 3784
serviços relativos a resíduos sólidos. 3785
Essas possíveis receitas não excluem, no entanto, a necessidade de criação de outros 3786
mecanismos de arrecadação que possam garantir a sustentabilidade econômico-3787
financeira do sistema de resíduos sólidos de forma isolada. Entre outros mecanismos de 3788
arrecadação, pode-se citar a criação de uma taxa de lixo por domicílio, taxa essa indicada 3789
como uma possibilidade de receita, conforme predisposições constantes na Lei Nacional 3790
de Saneamento (nº 11.445/07). 3791
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QUADRO 11.12 – CUSTOS, INVESTIMENTOS E RECEITAS POSSÍVEIS (R$) – RESÍDUOS SÓLIDOS 3792
ANO
Despesas de Implantação do Sistema de Resíduos Sólidos
Operação e Manutenção
Despesas totais
Receitas possíveis
Total despesas
RSD RCC RSD RCC RSS Venda dos Recicláveis
Taxa de Limpeza Pública
2019 1.167.500 195.000 1.376.000 13.500 67.307 2.819.307 2.527 68.638 -2.753.196
2020 1.167.500 195.000 1.376.000 13.500 67.535 2.819.535 3.651 70.011 -2.753.175
2021 1.167.500 195.000 1.376.000 13.500 67.649 2.819.649 4.774 71.411 -2.753.012
2022 1.167.500 195.000 1.376.000 13.500 67.774 2.819.774 6.737 72.839 -2.753.671
2023 0 0 1.376.000 13.500 67.899 1.457.399 8.427 74.296 -1.391.530
2024 0 0 1.376.000 13.500 68.025 1.457.525 9.287 75.782 -1.391.030
2025 0 0 1.376.000 13.500 68.139 1.457.639 10.148 77.298 -1.390.490
2026 0 0 1.376.000 13.500 68.139 1.457.639 10.994 78.844 -1.389.790
2027 0 0 1.376.000 13.500 68.139 1.457.639 11.840 80.420 -1.389.058
2028 0 0 1.376.000 13.500 68.139 1.457.639 12.686 82.029 -1.388.296
2029 0 0 1.376.000 13.500 68.139 1.457.639 13.531 83.669 -1.387.501
2030 0 0 1.376.000 13.500 68.139 1.457.639 14.377 85.343 -1.386.673
2031 0 0 1.376.000 13.500 68.036 1.457.536 15.200 87.050 -1.385.686
2032 0 0 1.376.000 13.500 67.922 1.457.422 16.017 88.791 -1.384.649
2033 0 0 1.376.000 13.500 67.820 1.457.320 16.835 90.566 -1.383.588
2034 0 0 1.376.000 13.500 67.706 1.457.206 17.647 92.378 -1.382.475
2035 0 0 1.376.000 13.500 67.615 1.457.115 18.462 94.225 -1.381.352
2036 0 0 1.376.000 13.500 67.387 1.456.887 19.237 96.110 -1.380.014
2037 0 0 1.376.000 13.500 67.170 1.456.670 20.008 98.032 -1.378.646
2038 0 0 1.376.000 13.500 66.954 1.456.454 20.775 99.993 -1.377.236
TOTAL 4.670.000,00 780.000,00 27.520.000,00 270.000,00 1.360.000,00 34.600.000,00 253.161,34 1.667.723,44 -33.181.070,90
VPL 10% R$ 3.700.817,91 R$ 618.123,76 R$ 11.714.663,68 R$ 114.933,11 R$ 577.188,28 R$ 16.725.726,74 R$ 83.514,20 R$ 668.468,62 -R$ 16.140.772,32
VPL 12% R$ 3.546.105,36 R$ 592.283,12 R$ 10.277.954,43 R$ 100.837,49 R$ 506.355,00 R$ 15.023.535,40 R$ 69.681,39 R$ 580.647,92 -R$ 14.512.568,87
3793
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12. RESUMO DOS ESTUDOS DE SUSTENTABILIDADE 3794
ECONÔMICO-FINANCEIRA 3795
De acordo com os estudos efetuados para os quatro componentes dos serviços de 3796
saneamento do município, podem-se resumir alguns dados e conclusões, como 3797
apresentado no Quadro 12.1. 3798
QUADRO 12.1 – RESUMO DOS ESTUDOS DE SUSTENTABILIDADE ECONÔMICO-3799 FINANCEIRA SEGUNDO O PMSB-PERÍODO 2019-2038 3800
Componentes Investimentos
(R$)
Despesas de Exploração
(R$)
Despesas Totais
(R$)
Receitas Totais (R$)
Conclusões
Água 3.570.000,00 4.352.868,42 7.922.868,42 5.110.637,98
A princípio, o sistema não é viável. Somente com readequação tarifária ou com a obtenção de repasses a fundo perdido, o sistema tornar-se-á viável isoladamente.
Esgoto 6.560.000,00 4.726.304,85 11.286.304,85 2.589.572,60
A princípio, o sistema não é viável. Somente com readequação tarifária ou com a obtenção de repasses a fundo perdido, o sistema tornar-se-á viável isoladamente.
Resíduos Sólios
5.450.000,00 29.150.000,00 34.600.000,00 1.920.884,78
A princípio, o sistema não é viável. É necessária a criação de uma taxa pela prestação dos serviços e recursos a fundo perdido.
TOTAIS 12.010.000,00 38.229.173,27 53.809.173,27 9.621.095,36 -
Nota DEX- valores brutos 3801
Conforme pode ser verificado no Quadro 12.1, atualmente as receitas totais dos sistemas 3802
de esgoto e resíduos sólidos, derivadas das tarifas médias praticadas e da taxa de 3803
limpeza, respectivamente, são muito inferiores às despesas de exploração dos sistemas. 3804
Essa realidade torna o sistema inviável, uma vez que por todo o horizonte de 3805
planejamento o mesmo será deficitário, dificultando a obtenção de recursos financeiros 3806
para a realização dos investimentos, uma vez que está comprovado que o município, a 3807
partir das receitas totais, não terá como arcar com o financiamento. 3808
A análise da sustentabilidade econômico-financeira de cada componente de forma isolada 3809
está de acordo com o artigo 29 da Lei 11.445/2007, que estabelece que os serviços 3810
públicos de saneamento básico tenham essa sustentabilidade assegurada, sempre que 3811
possível, mediante a cobrança dos serviços da seguinte forma: 3812
abastecimento de água e esgotamento sanitário – preferencialmente na forma de 3813
tarifas e outros preços públicos, que poderão ser estabelecidos para cada um dos 3814
serviços ou para ambos conjuntamente; 3815
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limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos urbanos – na forma de taxas ou tarifas e 3816
outros preços públicos, em conformidade com o regime de prestação de serviço ou de 3817
suas atividades; 3818
No caso específico de Américo de Campos, as incidências porcentuais dos serviços são 3819
as seguintes, conforme apresentado no Quadro 12.2. 3820
QUADRO 12.2 – INCIDÊNCIAS PORCENTUAIS DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO 3821 SEGUNDO O PMESSB-PERÍODO 2019-2038 3822
Componentes Investimentos (%) Despesas de Exploração
(%)
Despesas Totais
(%) Conclusões
Água 30% 11% 15%
Os investimentos em água são inferiores à aqueles de esgoto; as despesas de exploração são praticamente iguais.
Esgoto 55% 12% 21%
Verifica-se maior volume de investimento para o sistema uma vez que será necessária a construção de uma nova ETE e ampliação do sistema visando à universalização e acompanhamento do crescimento populacional.
Resíduos Sólidos 45% 76% 64% As despesas de exploração são maiores que os demais sistemas.
TOTAIS 100% 100% 100%
3823
Como conclusão, pode-se afirmar, com base nos dados desse PMESSB de Américo de 3824
Campos, que as despesas totais em resíduos representam cerca de 64% dos serviços de 3825
saneamento. A representatividade para os serviços de água e esgoto juntos atinge 36% 3826
do valor total previsto para exploração dos sistemas. 3827
Os dados resultantes, com relação aos custos unitários dos serviços, em termos de 3828
investimentos e despesas de exploração, estão indicados no Quadro 12.3. 3829
QUADRO 12.3 – RESUMO DE CUSTOS UNITÁRIOS DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO 3830 SEGUNDO O PMESSB-PERÍODO 2019-2038 3831
Componentes
Custos Unitários Atuais
(R$ /unidade)
Custos Unitários Estimados
(R$ /unidade)
Despesas Totais
(R$/domicílio/mês)
Água 0,65/m³ faturado 1,10/m³ faturado 19,80
Esgoto 0,31/m³ faturado 1,33/m³ faturado 19,15
Resíduos Sólidos - 23,46hab/mês 70,38
TOTAIS - - 109,33
3832
3833
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12.1 METODOLOGIAS PARA O CÁLCULO DOS CUSTOS DA PRESTAÇÃO DOS 3834
SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO DO MUNICÍPIO 3835
Nesse item serão abordadas metodologias para a realização do cálculo dos custos e de 3836
maneiras de tarifação que poderão ser utilizadas pelo município para a prestação dos 3837
serviços de saneamento básico no município. Ressalta-se que para os sistemas de 3838
abastecimento de água e esgotamento sanitário não serão abordadas metodologias já 3839
que os sistemas já possuem sistemas tarifários bem definidos pelos prestadores de 3840
serviços. 3841
12.1.1 Metodologias Para O Cálculo Dos Custos Da Prestação Dos Serviços De 3842
Limpeza Urbana E Manejo De Resíduos Sólidos 3843
Em função da complexidade dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo de 3844
resíduos sólidos e a consequente necessidade de destacamento de significativa parcela 3845
de recursos públicos para o setor, a PNRS estabelece que, para que esses serviços 3846
tenham garantida a sua sustentabilidade, devem ser criados mecanismos que assegurem 3847
a recuperação dos custos dos serviços prestados. 3848
Da mesma forma, a lei nº 11.445/2007 que estabelece as diretrizes nacionais para o 3849
saneamento básico incluiu dentre os princípios fundamentais a serem observados na 3850
prestação dos serviços a eficiência e a sustentabilidade econômica. Outros artigos da 3851
mesma lei reforçam a importância desse princípio, impondo, por exemplo, sua 3852
observância nos contratos de prestação do serviço. É neste sentido que os serviços 3853
públicos de saneamento básico terão a sustentabilidade econômico-financeira 3854
assegurada, sempre que possível, mediante remuneração pela sua prestação ou 3855
disponibilização. 3856
Conforme apresentado no PMESSB, o município de Américo de Campos cobra uma taxa 3857
no boleto do IPTU dos domicílios situados em área urbana, sendo que o valor arrecadado 3858
anualmente não cobre os valores gastos pelo município com os serviços de limpeza 3859
urbana e manejo de resíduos sólidos. 3860
Desta forma, se faz necessária a instituição de uma taxa de coleta e remoção do lixo 3861
urbano. Neste contexto, há alguns desafios a serem vencidos e que devem ser 3862
considerados nas metodologias propostas para o cálculo da taxa, como: 3863
Ampliar a autossuficiência econômica do setor conforme determina a Lei n.º 3864
11.445/07, isto é, diminuir o déficit operacional; 3865
Observar o princípio do poluidor-pagador, que busca atribuir o ônus das despesas 3866
proporcionalmente à capacidade do agente de gerar resíduos; 3867
Observar o princípio da isonomia (CF, art. 150, II); 3868
Observar o princípio da capacidade contributiva (CF, art. 145, § 1º). 3869
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De acordo com a Constituição Federal, a lei, em princípio, não deve dar tratamento 3870
desigual a contribuintes que se encontrem em situação equivalente (CF, art. 150, II). O 3871
tributo progressivo, com alíquotas crescentes por faixas de renda, por exemplo, não fere o 3872
princípio da isonomia. A igualdade aparece aqui de forma bastante elaborada na 3873
proporcionalidade da incidência em função da utilidade marginal da riqueza. Em outras 3874
palavras, quanto maior a disponibilidade econômica, maior será a parcela desta com 3875
utilizações distantes das essenciais e próximas do consumo supérfluo, logo maior a 3876
produção de resíduos sólidos e consequentemente de custo aos serviços de coleta e 3877
remoção de lixo, contemplando, aqui, inclusive o inciso IV, § 1º do art. 29 da lei n.º 3878
11.445/2007, que dispõe que a instituição da taxa de coleta e remoção do lixo deve, 3879
dentre outros objetivos, inibir o consumo supérfluo e o desperdício de recursos. 3880
Faz parte da isonomia também tratar os desiguais de modo desigual, devendo, assim, o 3881
tributo ser cobrado de acordo com as possibilidades econômicas de cada um (CF, art. 3882
145, § 1º). Não existe unanimidade quanto ao entendimento acerca da capacidade 3883
contributiva ou capacidade econômica do contribuinte. 3884
É importante ressaltar que, de acordo com o Supremo Tribunal Federal – STF, as taxas 3885
cobradas em razão exclusivamente dos serviços públicos de coleta, remoção e 3886
tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis são constitucionais, 3887
ao passo que é inconstitucional a cobrança de valores tidos como taxa em razão de 3888
serviços de conservação e limpeza de logradouros e bens públicos. 3889
12.1.1.1 Metodologias de Cálculo da Taxa de Coleta de Lixo 3890
A seguir são apresentadas algumas metodologias que poderão ser adotadas pelo 3891
município para cálculo da taxa desses serviços, que seguem as diretrizes estabelecidas 3892
pela lei nº 11.445/2007, que estabelece que os serviços de limpeza urbana e manejo de 3893
resíduos sólidos urbanos deverão apresentar sustentabilidade econômico-financeira 3894
assegurada, sempre que possível, mediante remuneração pela cobrança dos serviços por 3895
meio de taxas ou tarifas e outros preços públicos, em conformidade com o regime de 3896
prestação do serviço ou de suas atividades. 3897
12.1.1.2 Rateio dos custos pelo número de economias 3898
A metodologia de cálculo de custos por número de economia foi elaborada pelo IBAM 3899
(2001) em parceria com o Governo Federal. Essa metodologia define o cálculo utilizando 3900
o valor unitário da Taxa de Coleta de Lixo (TCL), obtido pela divisão do custo total anual 3901
ou mensal da coleta de lixo domiciliar pelo número de domicílios existentes no município. 3902
TCL = Custo total anual ou mensal de coleta de lixo domiciliar 3903
Número de domicílios existentes no município 3904
3905
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Este método apresenta como vantagem sua simplicidade. No entanto, não considera a 3906
capacidade de pagamento do contribuinte e não atribui o pagamento ao real gerador de 3907
resíduos sólidos. 3908
Desta maneira, o IBAM (2001) recomenda que sejam analisados outros fatores, como o 3909
fator social, que é função do poder aquisitivo médio dos moradores de determinadas 3910
regiões e que torna a cobrança mais socialmente justa. Também é recomendado avaliar o 3911
fator operacional, que considera como as peculiaridades de cada imóvel por conta de sua 3912
tipologia (comercial, residencial, etc.) ou localização (densidade demográfica, topografia, 3913
pavimentação, etc.) afeta o esforço, em pessoal ou equipamento, empregado no sistema. 3914
12.1.1.3 Cálculo baseado na tipologia do gerador 3915
Na aplicação desta metodologia é necessário realizar um cadastro dos geradores 3916
comerciais e industriais, que deve ser atualizado anualmente. Este cadastro deve 3917
apresentar informações como quantidades geradas, caracterização dos resíduos, dentre 3918
outras informações que possam ser relevantes. 3919
O gerador cadastrado será classificado como pequeno, médio ou grande gerador, 3920
conforme apresentado a seguir. 3921
Pequeno Gerador 3922
São considerados pequenos geradores os domicílios, estabelecimentos comerciais, 3923
prestadores de serviço e indústrias que geram quantidades de resíduos inferiores a 3924
100 l/dia. 3925
Para esta tipologia de gerador, o cálculo da taxa deve ser realizado de acordo com a 3926
seguinte fórmula: 3927
TCLPG = Custos com a coleta convencional (R$)_____________ 3928
Número de usuários (residências, comércios e serviços) 3929
Para os pequenos geradores, a prefeitura se responsabilizará pela retirada de resíduos 3930
domiciliares; materiais de varredura domiciliar; resíduos originários de restaurantes, 3931
bares, hotéis, quartéis, mercados, matadouros, abatedouros, cemitérios, recinto de 3932
exposições, edifícios públicos em geral e, até 100 l, os de estabelecimentos comerciais e 3933
industriais; restos de limpeza e de poda de jardim, desde que caibam em recipientes de 3934
100 l; restos de móveis, de colchões, de utensílios, de mudanças e outros similares, em 3935
pedaços, que fiquem contidos em recipiente de até 100 l; animais mortos, de pequeno 3936
porte. 3937
Médio gerador 3938
Enquadram-se na categoria de médio gerador os estabelecimentos comerciais e 3939
industriais que geram entre 100 e 200l/dia de resíduos sólidos. Para esta tipologia de 3940
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gerador, a taxa é calculada com base em alíquotas fixas incidentes sobre o valor locativo 3941
anual dos imóveis, na porcentagem de 1,5%. Destaca-se que o valor locativo anual dos 3942
prédios representa 10% do valor venal. 3943
Valor locativo (R$) = 10% x Valor venal (R$) 3944
3945
TCLMG (R$) = 1,5 x Valor locativo (R$) 3946
Grande gerador 3947
Considera-se grande gerador os estabelecimentos comerciais e industriais que geram 3948
mais de 200l/dia de resíduos sólidos. 3949
Para esta tipologia de gerador, a taxa é calculada com base em alíquotas fixas incidentes 3950
sobre o valor locativo anual dos imóveis, na porcentagem de 3%. Destaca-se que o valor 3951
locativo anual dos prédios representa 10% do valor venal. 3952
Valor locativo (R$) = 10% x Valor venal (R$) 3953
3954
TCLGG (R$) = 3% x Valor locativo (R$) 3955
Os médios e grandes geradores que tiverem interesse que a prefeitura colete seus 3956
resíduos, deverão proceder à comunicação formal e se cadastrar junto à administração 3957
pública do município. Nestes casos, a Prefeitura poderá realizar a retirada dos seguintes 3958
materiais, mediante pagamento: 3959
Animais mortos de grande porte; 3960
Móveis, colchões, utensílios, sobras de mudanças e outros similares, cujos 3961
volumes excedam o limite de 100 l/dia; 3962
Restos de limpeza e de poda que excedam o volume de 100 l; 3963
Resíduos industriais ou comerciais, não perigosos, de volume superior a 100 l; 3964
Entulho, terra e sobras de materiais de construção de volume superior a 50 l. 3965
3966
12.1.1.4 Cálculo baseado no consumo de água 3967
Estudos indicam que a geração de resíduos sólidos está associada a fatores como renda, 3968
idade e nível educacional. No entanto, pesquisas mostram que há uma correlação entre 3969
consumo de água por economias e geração de resíduos. 3970
D’ella (2000 apud Onofre, 2011) propõe uma metodologia que inclui o volume de água 3971
consumido por economia ao cálculo da taxa de coleta de lixo, conforme equação a seguir: 3972
TCL (R$) = (Consumo de água da economia (m³)) x custo dos serviços (R$) 3973
(Consumo de água total no município (m³)) 3974
3975
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12.1.1.5 Formas de Cobrança da Taxa de Coleta de Lixo 3976
A escolha pela melhor forma de cobrança pelos serviços de limpeza urbana deverá ser 3977
realizada de acordo com as especificidades do município, devendo ser instituída por 3978
legislação municipal. 3979
12.2 CONCLUSÕES 3980
Como conclusões finais do estudo, tem-se: 3981
Os investimentos no sistema de resíduos sólidos representa cerca de 45% dos 3982
serviços de saneamento, sendo que os de água, esgoto e drenagem representam 3983
juntos, cerca de 78% do total previsto para exploração dos sistemas. Esses valores 3984
elevados refletem à construção de uma nova ETE e implementação de redes coletoras 3985
de esgoto, visando alcançar a universalização do serviço e à construção de um novo 3986
aterro com vida útil para os 20 anos de horizonte de planejamento e que caso o 3987
município, em conjunto com outros municípios, optarem pela solução consorciada 3988
esse valor deverá ser menor; 3989
Os custos de água/esgoto conforme praticados atualmente são insuficientes para 3990
suprir as despesas com os serviços, devendo ser aumentados para patamares 3991
próximos dos estimados neste estudo, nos quais a tarifa de água assume valor em 3992
torno de 1,10/m³ faturado e a de esgoto 1,33/m³ faturado. Isso é evidente quando as 3993
despesas de exploração dos sistemas são superiores as tarifas mínimas. Ressalta-se 3994
que também pode ser prevista uma relação entre os dois sistemas, com tarifas que 3995
permitam um auxiliar o outro, conforme necessidade, de modo a tornar ambos os 3996
sistemas sustentáveis; 3997
Caso o município optar por um novo modelo tarifário para os sistemas de 3998
abastecimento de água e esgotamento sanitário, ressalta-se que, deverá ser realizado 3999
um estudo mais abrangente para a efetivação da nova tarifa e o município também 4000
pode optar pela mudança gradativa do valor da tarifa, aconselha-se em 5 anos, 4001
devendo apenas considerar que o valor poderá ser superior ao informado. 4002
Os custos de resíduos sólidos estão num montante elevado pela adoção de solução 4003
individual; esse valor deve diminuir caso se adote um consórcio com outros municípios 4004
com disposição em unidades regionais. Ressalta-se também que à manutenção da 4005
taxa aplicada irá resultar em um sistema deficitário, sendo assim, necessária uma 4006
revisão da tarifa aplicada; 4007
Outra alternativa que pode tornar os sistemas viáveis (água, esgoto, resíduos e 4008
drenagem) é a obtenção de recursos a fundo perdido para viabilização das 4009
proposições. 4010
4011
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Ainda que seja recomendável a revisão de custos das despesas de exploração dos 4012
sistemas de água e esgotos para melhor adequação à nova realidade, os valores 4013
resultantes certamente deverão ser compatíveis com a capacidade de pagamento da 4014
população local. 4015
13. PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES 4016
Alguns programas deverão ser instituídos para que as metas estabelecidas no Plano 4017
Municipal Específico dos Serviços de Saneamento Básico possam ser cumpridas. Esses 4018
programas compreendem medidas estruturais, isto é, com intervenções diretas nos 4019
sistemas, e, medidas estruturantes, que possibilitam a adoção de procedimentos e 4020
intervenções de modo indireto, constituindo-se um acessório importante na 4021
complementação das medidas estruturais. 4022
São apresentados, a seguir, alguns programas, descritos de modo sucinto, que podem 4023
ser (ou já estão sendo) aplicados a qualquer município integrante da UGRHI 15. Tendo 4024
em vista a premente necessidade da redução de perdas nos sistemas de distribuição dos 4025
municípios integrantes dessa UGRHI, considerou-se o Programa de Redução de Perdas 4026
como o mais importante dentre os programas abordados. 4027
13.1 PROGRAMAS GERAIS APLICADOS ÀS ÁREAS DE SANEAMENTO 4028
13.1.1 Programa de Redução de Perdas 4029
A implementação de um Programa de Redução de Perdas pressupõe, como ponto de 4030
partida, a elaboração de um projeto executivo do sistema de distribuição, já que a maioria 4031
dos municípios não dispõe ainda desse importante produto. Como resultado, nesse 4032
projeto deverão constar: a setorização da rede, em que fiquem estabelecidos os setores 4033
de abastecimento, os setores de manobra, os setores de rodízio e, se possível, os 4034
distritos pitométricos. Além disso, paralelamente, é conveniente, efetuar o cadastro das 4035
instalações existentes. 4036
Com esse projeto, além das intervenções fundamentais no sistema de distribuição, que 4037
abranjam eventuais reformas e/ou ampliações em estações elevatórias, adutoras de água 4038
tratada, podem-se estabelecer ações paralelas relativas ao Programa de Redução de 4039
Perdas, considerando a meta a ser atingida, com intervenções complementares no âmbito 4040
do programa. A meta a ser atingida, no caso do município de Américo de Campos, 4041
pressupõe reduzir o índice de perdas até 25% até o ano de 2038. 4042
Em relação às perdas reais (físicas), as medidas fundamentais visam ao controle de 4043
pressões, à pesquisa de vazamentos, à redução no tempo de reparo dos mesmos e ao 4044
gerenciamento da rede. Quanto às perdas aparentes (não físicas), as intervenções se 4045
suportam na otimização da gestão comercial, pois elas ocorrem em função de erros na 4046
macro e na micromedição, nas fraudes, nas ligações clandestinas, no desperdício pelos 4047
consumidores sem hidrômetros, nas falhas de cadastro, etc. 4048
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De um modo geral, considerando-se a situação de todos os municípios da UGRHI 15, os 4049
procedimentos básicos podem ser sintetizados, conforme apresentado a seguir, aplicáveis 4050
indistintamente a todos os municípios, com algumas diversificações em alguns 4051
procedimentos, em função do porte do município e das características gerais do sistema 4052
de abastecimento de água: 4053
AÇÕES GERAIS 4054
elaboração de um Plano Diretor de Controle e Redução de Perdas e do Projeto 4055
Executivo do Sistema de Distribuição, com as ampliações necessárias, com 4056
enfoque na implantação da setorização e equacionamento da macro e 4057
micromedição; 4058
elaboração e disponibilização de um cadastro técnico do sistema de 4059
abastecimento de água, em meio digital, com atualização contínua; 4060
implantação de um sistema informatizado para controle operacional. 4061
REDUÇÃO DAS PERDAS REAIS 4062
redução da pressão nas canalizações, com instalação de válvulas redutoras de 4063
pressão com controladores inteligentes; 4064
pesquisa de vazamentos na rede, com utilização de equipamentos de detecção de 4065
vazamentos tais como geofones mecânicos, geofones eletrônicos, correlacionador 4066
de ruídos, haste de escuta, etc.; 4067
minimização das perdas inerentes à distribuição, nas operações de manutenção, 4068
quando é necessária a despressurização da rede e, em muitas situações, a 4069
drenagem total da mesma, através da instalação de registros de manobras em 4070
pontos estratégicos, visando a permitir o isolamento total de no máximo 3 km de 4071
rede; 4072
monitoramento dos reservatórios, com implantação de automatização do 4073
liga/desliga dos conjuntos elevatórios que recalcam para os mesmos, além de 4074
dispositivos que permitam a sinalização de alarme de níveis máximo e mínimo; 4075
troca de trechos de rede e substituição de ramais com vazamentos; 4076
eventual instalação de inversores de frequência em estações elevatórias ou 4077
boosters, para redução de pressões no período noturno. 4078
REDUÇÃO DE PERDAS APARENTES 4079
planejamento e troca de hidrômetros, estabelecendo-se as faixas de idade e o 4080
cronograma de troca, com intervenção também em hidrômetros parados, 4081
embaçados, inclinados, quebrados e fraudados; 4082
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seleção das ligações que apresentam consumo médio acima do consumo mínimo 4083
taxado e das ligações de grandes consumidores, para monitoramento sistemático; 4084
substituição, em uma fase inicial, dos hidrômetros das ligações com consumo 4085
médio mensal entre o valor mínimo (10 m³) e o consumo médio mensal do 4086
município (por ligação); 4087
atualização do cadastro dos consumidores, para minimização das perdas 4088
financeiras provocadas por ligações clandestinas e fraudes, alteração do imóvel 4089
de residencial para comercial ou industrial e controle das ligações inativas; 4090
estudos e instalação de macromedidores setoriais, para avaliação do consumo 4091
macromedido para confronto com o consumo micromedido, resultando um 4092
planejamento mais adequado de intervenções em setores com índices de perdas 4093
maiores. 4094
Redução de Perdas Resultantes de Desperdícios 4095
Esta linha de ação visa articular a iniciativa privada, o poder público e a sociedade civil, 4096
nas suas diversas formas de organização, a aderir ao Programa e promover uma 4097
alteração no comportamento quanto à utilização da água. 4098
Esta linha de ação pode ser subdividida em 3 (três) projetos: 4099
Estabelecimento de uma política tarifária adequada; 4100
Incentivos à adoção de equipamentos de baixo consumo, através de crédito 4101
subsidiado, descontos, distribuição gratuita de kits de conservação e assistência 4102
técnica; e 4103
Campanhas de informação, mobilização e educação da sociedade através de um 4104
Programa de Uso Racional da Água. 4105
Além dessas atividades supracitadas, são necessárias melhorias no gerenciamento, com 4106
incremento da capacidade de acompanhamento e controle, atrelado a um treinamento 4107
eficiente de operadores e técnicos responsáveis pela operação e manutenção dos 4108
sistemas. 4109
13.1.2 Programa de utilização Racional da Água e Energia 4110
A utilização racional da água e da energia elétrica constitui-se em um dos complementos 4111
essenciais ao Programa de Redução de Perdas, tendo em vista a política de conservação 4112
da água e da energia estabelecida em projetos efetuados para esse fim. No âmbito da 4113
utilização racional da água, os municípios devem elaborar programas que resultem em 4114
economia de demandas, com planejamento de intervenções voltadas diretamente para os 4115
locais de consumo, como é o caso de escolas, hospitais, universidades, áreas comerciais 4116
e industriais e domicílios propriamente ditos. 4117
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A elaboração desse programa para qualquer município da UGRHI 15 pode se basear no 4118
Programa Pura – Programa de Uso Racional da Água, elaborado em 1996 pela Cia de 4119
Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP. Esse programa adotou uma 4120
política de incentivo ao uso racional da água, com ações tecnológicas e mudanças 4121
culturais. Em abril de 2009, a SABESP lançou a cartilha “O Uso Racional da Água”, que, 4122
além de trazer diversas informações, relata os casos de sucesso adotados por empresas 4123
e instituições que reduziram o consumo de água em suas unidades. Essa cartilha está 4124
disponível para consulta no site www.sabesp.com.br. 4125
Com relação à utilização de energia elétrica em sistemas de saneamento básico, o 4126
PROCEL – Programa de Conservação de Energia Elétrica, criado pela ELETROBRAS em 4127
1985, estabeleceu, em 1997, uma meta de redução de 15% no desperdício de energia 4128
elétrica. Para isso, esquematizou ações relativas à modulação de carga, controle de 4129
vazões de recalque, dimensionamento adequado de equipamentos eletromecânicos e 4130
automação operacional de sistemas com gerenciamento e supervisão “on-line”. 4131
As intervenções necessárias em sistemas de abastecimento de água estavam, originaria 4132
e prioritariamente, relacionadas com a otimização do funcionamento dos conjuntos 4133
motobombas dos sistemas de recalque, onde o consumo de energia atinge até 95% do 4134
custo total, aumentando os custos de exploração. 4135
Em 2003, a ELETROBRAS/PROCEL instituiu o PROCEL SANEAR – Programa de 4136
Eficiência Energética em Saneamento Ambiental, que atua de forma conjunta com o 4137
Programa Nacional de Combate ao Desperdício de Água – PNCDA e o Programa de 4138
Modernização do Setor de Saneamento – PMSS, ambos coordenados pela Secretaria 4139
Nacional de Saneamento Ambiental – SNSA, vinculada ao Ministério das Cidades. Entre 4140
os principais objetivos do programa, estão a promoção de ações que visem ao uso 4141
eficiente da energia elétrica e água em sistemas de saneamento ambiental, incluindo os 4142
consumidores; o incentivo ao uso eficiente dos recursos hídricos, como estratégia de 4143
prevenção de escassez de água destinada à geração hidrelétrica; e a contribuição para a 4144
universalização dos serviços de saneamento ambiental, com menores custos para a 4145
sociedade e benefícios adicionais nas áreas de saúde e meio ambiente. 4146
Outras várias medidas podem ser tomadas, como a identificação das áreas com consumo 4147
elevado de energia elétrica e consequente adoção de procedimentos técnicos e 4148
operacionais mais adequados. Além disso, a redução dos custos com energia elétrica 4149
pode ser obtida, também, com o conhecimento detalhado do sistema tarifário, adotando- 4150
se a melhor forma de fornecimento de energia, em função das várias opções existentes 4151
(tarifas convencional, horo-sazonal, azul e verde). 4152
4153
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13.1.3 Programa de Reúso da Água 4154
Outro programa de importância que pode ser adotado no município é o Programa de 4155
Reúso da Água, com o objetivo de economizar água e até otimizar a disposição em 4156
cursos d’água. A água de reúso pode ser produzida pelas estações de tratamento de 4157
esgotos, podendo ser utilizada com inúmeras finalidades, quais sejam, na limpeza de ruas 4158
e praças, na limpeza de galerias de águas pluviais, na desobstrução de redes de esgotos, 4159
no combate a incêndios, no assentamento de poeiras em obras de execução de aterros e 4160
em terraplenagem, em irrigação para determinadas culturas, etc. 4161
Isso significa que existirá a possibilidade de reaproveitamento de efluentes finais que 4162
apresentam redução de cerca de 80% da carga orgânica em relação ao esgoto bruto, com 4163
utilizações onde não se necessita da água potabilizada, conforme relacionado 4164
anteriormente. Evidentemente, as utilizações dependem de inúmeras circunstâncias que 4165
envolvem custos, condições operacionais, características qualiquantitativas da água de 4166
reúso e demais condições específicas, dependendo dos locais de utilização. 4167
A adoção de um programa para reutilização da água pode ser iniciada estabelecendo-se 4168
contato com o Centro Internacional de Referência em Reúso da Água – CIRRA, que é 4169
uma entidade sem fins lucrativos, vinculada ao Departamento de Engenharia Hidráulica e 4170
Sanitária da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Com o objetivo de 4171
promover e disponibilizar recursos técnicos e humanos para estimular práticas 4172
conservacionistas, essa entidade tem como funções básicas desenvolver pesquisas e 4173
tecnologias adequadas, proporcionar treinamento e divulgar informações visando à 4174
promoção, à institucionalização e à regulamentação da prática do reúso no Brasil. A 4175
assessoria técnica é direcionada ao setor público e ao setor privado, com promoção de 4176
cursos e treinamento. 4177
A estrutura do CIRRA permite a realização de convênios com instituições públicas e 4178
privadas, para desenvolvimento de temas pertinentes ao reúso de água, sob diversos 4179
aspectos relacionados à gestão ambiental, desde o uso otimizado dos recursos hídricos a 4180
tecnologias de tratamento e minimização da geração de efluentes. 4181
13.1.4 Programa Município Verde Azul 4182
Dentre os programas de interesse de que o Município de Américo de Campos participa, 4183
pode-se citar o Projeto Município Verde Azul da Secretaria do Meio Ambiente (SMA). O 4184
programa, lançado em 2007 pelo governo de São Paulo, tem por objetivo ganhar 4185
eficiência na gestão ambiental através da descentralização e valorização da base da 4186
sociedade. Além disso, visa a estimular e capacitar as prefeituras a implementarem e 4187
desenvolverem uma Agenda Ambiental Estratégica. Ao final de cada ciclo anual é 4188
avaliada a eficácia dos municípios na condução das ações propostas na Agenda. A partir 4189
dessa avaliação, são disponibilizados à SMA, ao Governo do Estado, às Prefeituras e à 4190
população o Indicador de Avaliação Ambiental – IAA. 4191
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Trata-se de um programa que propõe 10 diretivas ambientais, que abordam questões 4192
ambientais prioritárias a serem implementadas. Assim, pode-se estabelecer uma parceria 4193
com a SMA que orienta, segundo critérios específicos a serem avaliados ano a ano, quais 4194
as ações necessárias para que o município seja certificado como “Município Verde Azul”. 4195
A Secretaria do Meio Ambiente, por sua vez, oferece capacitação técnica às equipes 4196
locais e lança anualmente o Ranking Ambiental dos Municípios Paulistas. 4197
As dez diretivas são as seguintes: Esgoto Tratado, Resíduos Sólidos, Biodiversidade, 4198
Arborização Urbana, Educação Ambiental, Cidade Sustentável, Gestão das Águas, 4199
Qualidade do Ar, Estrutura Ambiental e Conselho Ambiental, onde os municípios 4200
concentram esforços na construção de uma agência ambiental efetiva. 4201
A participação do município neste programa é pré-requisito para liberação de recursos do 4202
Fundo Estadual de Controle de Poluição-FECOP, controlado pela Secretaria de Estado do 4203
Meio Ambiente. 4204
De acordo com a classificação da SMA, a situação do município de Américo de Campos 4205
em relação aos municípios paulistas participantes é a seguinte: 4206
ano 2015 – nota 46,7 – classificação – 268º lugar. 4207
ano 2016 – nota 10,5 – classificação – 408º lugar. 4208
13.1.5 Programa de Educação Ambiental 4209
Outros programas relacionados com a conscientização da população em temas inerentes 4210
aos quatro sistemas de saneamento podem ser elaborados pela operadora, com ampla 4211
divulgação através de palestras, folhetos ilustrativos, mídia local e em instituições de 4212
ensino. 4213
13.1.6 Programa Relacionados com a Gestão do Sistema de Resíduos Sólidos 4214
13.1.6.1 Orientação para separação na origem dos lixos seco e úmido 4215
A coleta seletiva e a reciclagem de resíduos são soluções desejáveis, por permitirem a 4216
redução do volume de lixo para disposição final. O fundamento da coleta seletiva é a 4217
separação, pela população, dos materiais recicláveis (papéis, vidros, plásticos e metais, 4218
os chamados de lixos seco) do restante do lixo (compostos orgânicos, chamados de lixo 4219
úmido). 4220
A implantação da coleta seletiva pode começar com uma experiência-piloto, que vai 4221
sendo ampliada aos poucos. O primeiro passo é a realização de uma campanha 4222
informativa junto à população, convencendo-a da importância da reciclagem e orientando- 4223
a para que separe o lixo em recipientes para cada tipo de material. 4224
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É aconselhável distribuir à população, ao menos inicialmente, recipientes adequados à 4225
separação e ao armazenamento dos resíduos recicláveis nas residências (normalmente 4226
sacos de papel ou plástico). 4227
13.1.6.2 Promoção de reforço de fiscalização e estímulo para denúncia anônima de 4228
descartes irregulares 4229
Para denúncias sobre descarte irregular de lixo ou entulho, a Prefeitura pode instituir um 4230
programa de ligue-denúncias. Assim a própria população poderá denunciar 4231
irregularidades que ocorrem na sua região. 4232
Porém, o mais importante é prevenir os descartes irregulares. Uma sugestão é a de que a 4233
Prefeitura mantenha, durante todo o ano, uma Operação Cata-Tranqueira, que recolhe 4234
todo o tipo de material inservível, exceto lixo doméstico e resíduo da construção civil. 4235
Pode-se desenvolver uma programação para cada bairro da cidade. A intenção é 4236
exatamente evitar que este material seja descartado irregularmente em terrenos ou 4237
córregos, colaborando para enchentes. 4238
13.1.6.3 Orientação para separação dos entulhos na origem para melhorar a eficiência 4239
do reaproveitamento 4240
Os resíduos da construção civil são compostos principalmente por materiais de 4241
demolições, restos de obras, solos de escavações diversas. O entulho é geralmente um 4242
material inerte, passível de reaproveitamento, porém geralmente contém uma vasta gama 4243
de materiais que podem lhe conferir toxicidade, com destaque para os restos de tintas e 4244
de solventes, peças de amianto e metais diversos, cujos componentes podem ser 4245
remobilizados caso o material não seja disposto adequadamente. 4246
Para tanto, é importante a implantação por parte da Prefeitura, de um programa de 4247
gerenciamento dos resíduos da construção civil, contribuindo para a redução dos 4248
impactos causados por estes resíduos ao meio ambiente, e principalmente, informando a 4249
população sobre os benefícios da reciclagem também no setor da construção civil. 4250
As metas a serem cumpridas e as ações necessárias serão decorrentes da formatação e 4251
implementação dos programas supracitados. 4252
14. FORMULAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DE PROPOSTAS 4253
ALTERNATIVAS ÁREA RURAL - PROGNÓSTICOS 4254
Na área rural de Américo de Campos, predominam domicílios dispersos e alguns 4255
pequenos núcleos, cuja solução atual de abastecimento de água se resume, 4256
individualmente, na perfuração de poços freáticos e, no caso dos esgotos sanitários, na 4257
construção de fossas sépticas ou negras. 4258
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Questões acerca da possibilidade de atendimento à área rural foram aventadas, mas 4259
chegou-se à conclusão de que é inviável a integração dos domicílios e núcleos dispersos 4260
aos sistemas da área urbana, pelas distâncias, custos, dificuldades técnicas, operacionais 4261
e institucionais envolvidas. Conforme estudo populacional apresentado no item 4.1 4262
anterior, a população rural, indicada no Censo Demográfico de 2010 era de 918 4263
habitantes. A projeção da população rural até 2038 resultou em uma população de 4264
575 hab., o que representa uma queda de aproximadamente 37%. 4265
Os estudos populacionais desenvolvidos para toda a UGRHI 15 demonstraram que o grau 4266
de urbanização dos municípios tende a aumentar, isto é, o crescimento populacional 4267
tende a se concentrar nas áreas urbanas, o que implicará a necessidade de capacitação 4268
dos sistemas para atendimento a 100% da população urbana com água e esgoto tratado. 4269
Nos itens subsequentes, são apresentadas algumas sugestões para atendimento à área 4270
rural, com base em programas existentes ou experiências levadas a termo para algumas 4271
comunidades em outros estados. Sabendo-se que no PMESSB somente se fornecem 4272
orientações ou caminhos que podem ser seguidos, deve-se ressaltar que o município é 4273
soberano nas decisões a serem tomadas na tentativa de se universalizar o atendimento, 4274
adotando o programa ou caminho julgado mais conveniente, como resultado das 4275
limitações econômico-financeiras e institucionais. 4276
14.1.1 Programa de Microbacias 4277
Uma das possibilidades de solução para os domicílios dispersos ou pequenos núcleos 4278
disseminados na área rural seria o município elaborar um Plano de Desenvolvimento 4279
Rural Sustentável, com assistência da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do 4280
Governo do Estado de São Paulo, através da CATI - Coordenadoria de Assistência 4281
Técnica Integral Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas. Os objetivos prioritários 4282
estariam relacionados com o desenvolvimento rural sustentável, aliando a produção 4283
agrícola e a conservação do meio ambiente com o aumento de renda e melhor qualidade 4284
de vida das famílias rurais. 4285
O enfoque principal são as microbacias hidrográficas, com incentivos à implantação de 4286
sistemas de saneamento em comunidades isoladas, onde se elaboram planejamentos 4287
ambientais das propriedades. Especificamente em relação aos sistemas de água, os 4288
programas e a ações desenvolvidas com subvenção econômica são baseados na 4289
construção de poços e abastecedouros comunitários. Toda essa tecnologia está 4290
disponível na CATI (www.cati.sp.gov.br) e as linhas do programa podem ser obtidas junto 4291
à Secretaria de Agricultura e Abastecimento. 4292
Evidentemente, a implementação de um Plano de Desenvolvimento Rural Sustentável 4293
estará sujeita às condições específicas de cada município, porque envolve diversos 4294
aspectos de natureza político-administrativa, institucional, operacional e econômico-4295
financeira. No entanto, dentro das possibilidades para se atingir a universalização dos 4296
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serviços de saneamento básico, em que haja maior controle sanitário sobre a água 4297
utilizada pelas populações rurais e a carga poluidora difusa lançada nos cursos d’água, 4298
acredita-se que esse Programa de Microbacias Hidrográficas possa ser, no momento, o 4299
instrumento mais adequado para implantação de sistemas isolados para comunidades 4300
não atendidas pelo sistema público. 4301
14.1.2 Outros Programas e Experiências Aplicáveis à Área Rural 4302
Para atendimento a essas áreas não contempladas pelo sistema público, existem 4303
algumas experiências em andamento, que objetivam a implementação de programas para 4304
o saneamento de comunidades isoladas, o que pode ser de utilidade à prefeitura do 4305
município, no sentido da universalização do atendimento com água e esgotos. Essas 4306
experiências encontram-se em desenvolvimento na CAGECE (Ceará), CAERN (Rio 4307
Grande do Norte), COPASA (Minas Gerais) e SABESP (São Paulo). 4308
Em destaque está o Sistema Integrado de Saneamento Rural (Sisar), que começou a ser 4309
implantado no Ceará em 1996. Segundo levantamento realizado em abril de 2017, são 4310
1.419 localidades atendidas e aproximadamente 552 mil pessoas beneficiadas com 4311
sistemas de abastecimento de água gerenciados pelos próprios moradores. O Sisar faz 4312
gestão compartilhada das 1.419 comunidades e visa garantir, a longo prazo, o 4313
desenvolvimento e manutenção dos sistemas implantados pela Companhia de forma 4314
autossustentável. Cada um desses sistemas constitui uma Organização da Sociedade 4315
Civil (OSC) sem fins lucrativos, formada pelas associações comunitárias representando 4316
as populações atendidas, com a participação e orientação da Cagece, que sensibiliza e 4317
capacita as comunidades, além de orientar a manutenção nos sistemas de tratamento e 4318
distribuição de água, porém, são os próprios moradores que operam o sistema. 4319
Atualmente, na Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) existe uma gerência 4320
responsável por todas as ações de saneamento na zona rural do estado, e foi através 4321
desta que o modelo de gestão foi replicado para todo o estado e também estados como 4322
Bahia, Piauí e Sergipe. 4323
Outra experiência a ser destacada é o Programa de Saneamento Rural Sustentável do 4324
município de Campinas em parceria com a EMBRAPA. A primeira parte do programa teve 4325
inicio no ano de 2017 e espera-se que seja executado em quatro anos com um orçamento 4326
de 1,4 milhões de reais. Destaca-se que o programa foi instituído através do Plano 4327
Municipal Específico dos Serviços de Saneamento Básico do município. 4328
No âmbito do Estado de São Paulo, vale citar o Programa Água é Vida, instituído pelo 4329
Decreto Estadual nº 57.479 de 1º de novembro de 2011, nova experiência em início de 4330
implementação, dirigido às comunidades de pequeno porte, predominantemente 4331
ocupadas por população de baixa renda. 4332
Nesse caso, é possível a utilização de recursos financeiros estaduais não reembolsáveis, 4333
destinados a obras e serviços de infraestrutura, instalações operacionais e equipamentos, 4334
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que objetivam a melhoria das condições de saneamento básico. Segundo o artigo 3º do 4335
decreto em referência, a participação no programa depende do prévio atendimento às 4336
condições específicas do programa, estabelecidas por resolução da SSRH-Secretaria de 4337
Saneamento e Recursos Hídricos, que definirá os requisitos necessários à transferência 4338
aos municípios de recursos financeiros estaduais não reembolsáveis. 4339
De especial interesse, são os dados e as informações do seminário realizado na 4340
UNICAMP-Universidade de Campinas, entre 20 e 21 de junho de 2013, denominado 4341
“Soluções Inovadoras de Tratamento e Reúso de Esgotos em Comunidades Isoladas – 4342
Aspectos Técnicos e Institucionais”, que, dentre os vários aspectos relacionados com a 4343
necessidade de universalização do atendimento, apresentou vários temas de interesse, 4344
podendo-se citar, entre outros: 4345
Ações da Agência Nacional de Águas na Indução e Apoio ao Reúso da Água – ANA; 4346
Aproveitamento de Águas Residuárias Tratadas em Irrigação e Piscicultura – 4347
Universidade Federal do Ceará; 4348
Entraves Legais e Ações Institucionais para o Saneamento de Comunidades Isoladas 4349
– PCJ – Piracicaba; 4350
Aspectos Técnicos e Institucionais – ABES – SP; 4351
Experiência da CETESB no Licenciamento Ambiental de Sistemas de Tratamento de 4352
Esgotos Sanitários de Comunidades Isoladas – CETESB – SP; 4353
Emprego de Tanques Sépticos – PROSAB/SANEPAR; 4354
Aplicação de Wetlands Construídos como Sistemas Descentralizados no Tratamento 4355
de Esgotos – ABES - SP; 4356
Linhas de Financiamento e Incentivos para Implantação de Pequenos Sistemas de 4357
Saneamento – FUNASA; 4358
Necessidades de Ajustes das Políticas de Saneamento para Pequenos Sistemas – 4359
SABESP – SP; 4360
Parasitoses de Veiculação Hídrica – UNICAMP – SP; 4361
Projeto Piloto para Implantação de Tecnologias Alternativas em Saneamento na 4362
Comunidade de Rodamonte – Ilhabela – SP – CBH – Litoral Norte – SP; 4363
Informações decorrentes do Programa de Microbacias - CATI – Secretaria de 4364
Agricultura e Abastecimento – SP; 4365
Solução Inovadora para Uso (Reúso) de Esgoto – Universidade Federal do Rio 4366
Grande do Norte; 4367
Tratamento de Esgotos em Pequenas Comunidades – A Experiência da UFMG – 4368
Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG. 4369
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Todo esse material, de grande importância para o município, pode ser obtido junto à 4370
ABES – Associação Brasileira de Engenharia Sanitária – Seção SP. 4371
Deve-se salientar que, em função desse seminário realizado na UNICAMP, a Câmara 4372
Técnica de Saneamento e Saúde da ABES elaborou uma proposta para instituição da 4373
Política Estadual de Inclusão das Comunidades Isoladas no planejamento das ações de 4374
saneamento em todo o Estado de São Paulo. Em 12/dezembro/2013, foi publicado, no 4375
Diário Oficial do Poder Legislativo, o Projeto de Lei nº 947, que instituiu a política de 4376
inclusão dessas comunidades isoladas no planejamento de saneamento básico, visando- 4377
se à universalização de atendimento para os quatro componentes dessa disciplina. 4378
De acordo com o documento apresentado no supracitado seminário, as comunidades 4379
isoladas deverão ser contempladas nas ações de saneamento, no âmbito do 4380
planejamento municipal, regional e estadual e as instituições deverão utilizar ferramentas 4381
de educação, mediação e conciliação socioambientais, de forma a garantir a participação 4382
efetiva dessas comunidades em todo esse processo. 4383
14.1.3 O Programa Nacional de Saneamento Rural 4384
Dentro dos programas estabelecidos pelo recém-aprovado PLANSAB-Plano Nacional de 4385
Saneamento Básico (dez/2013), consta o Programa 2, voltado ao saneamento rural. 4386
O programa visa a atender, por ações de saneamento básico, a população rural e as 4387
comunidades tradicionais, como as indígenas e quilombolas e as reservas extrativistas. 4388
Os objetivos do programa são o de financiar em áreas rurais e comunidades tradicionais 4389
medidas estruturais de abastecimento de água potável, de esgotamento sanitário, de 4390
provimento de banheiros e unidades hidrossanitárias domiciliares e de educação 4391
ambiental para o saneamento, além de, em função de necessidades ditadas pelo 4392
saneamento integrado, ações de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e de 4393
manejo de águas pluviais. Também, nas linhas das ações gerais, os objetivos englobam 4394
medidas estruturantes, quais sejam, suporte político e gerencial para sustentabilidade da 4395
prestação dos serviços, incluindo ações de educação e mobilização social, cooperação 4396
técnica aos municípios no apoio à gestão e inclusive na elaboração de projetos. 4397
A coordenação do programa está atribuída ao Ministério da Saúde (FUNASA), que deverá 4398
compartilhar a sua execução com outros órgãos federais. Os beneficiários do programa 4399
serão as administrações municipais, os consórcios e os prestadores de serviços, incluindo 4400
instâncias de gestão para o saneamento rural, como cooperativas e associações 4401
comunitárias. O programa será operado principalmente com recursos não onerosos, não 4402
se descartando o aporte de recursos onerosos, tendo em vista a necessidade de 4403
investimentos em universalização para os próximos 20 anos. 4404
4405
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A FUNASA é o órgão do governo federal responsável pela implementação das ações de 4406
saneamento nas áreas rurais de todos os municípios brasileiros. No capítulo 4407
subsequente, constam vários programas de financiamento, incluindo a área rural e as 4408
comunidades isoladas, no âmbito estadual (SSRH) e no âmbito federal (FUNASA). 4409
4410
15. PROGRAMAS DE FINANCIAMENTOS E FONTES DE CAPTAÇÃO 4411
DE RECURSOS 4412
15.1 CONDICIONANTES GERAIS 4413
Nos itens em sequência, apresentam-se várias informações relativas à captação de 4414
recursos para execução das obras de saneamento básico. São informações gerais, 4415
podendo ser utilizadas por qualquer município, desde que aplicáveis ao mesmo. A 4416
seleção dos programas de financiamentos mais adequados dependerá das condições 4417
particulares de cada município, atreladas aos objetivos de curto, médio e longo prazo, aos 4418
montantes de investimentos necessários, aos ambientes legais de financiamento e outras 4419
condições institucionais específicas. 4420
Em termos econômicos, sob o regime de eficiência, os custos de exploração e 4421
administração dos serviços devem ser suportados pelos preços públicos, taxas ou 4422
impostos, de forma a possibilitar a cobertura das despesas operacionais administrativas, 4423
fiscais e financeiras, incluindo o custo do serviço da dívida de empréstimos contraídos. O 4424
modelo de financiamento a ser praticado envolve a avaliação da capacidade de 4425
pagamento dos usuários e da capacidade do tomador do recurso, associado à viabilidade 4426
técnica e econômico-financeira do projeto e às metas de universalização dos serviços de 4427
saneamento. As regras de financiamento também devem ser respeitadas, considerando-4428
se a legislação fiscal e, mais recentemente, a Lei das Diretrizes Nacionais para o 4429
Saneamento Básico (Lei nº 11.445/2007). 4430
Para que se possam obter os financiamentos ou repasses para aplicação em saneamento 4431
básico, as ações e os programas pertinentes deverão ser enquadrados em categorias que 4432
se insiram no planejamento geral do município e deverão estar associadas às Leis 4433
Orçamentárias Anuais, às Leis de Diretrizes Orçamentárias e aos Planos Plurianuais do 4434
Município. Em princípio, as principais categorias, que serão objeto de propostas, são: 4435
Desenvolvimento Institucional; Planejamento e Gestão; Desenvolvimento de Tecnologias 4436
e Capacitação em Recursos Hídricos; Conservação de Solo e Água e de Ecossistemas; 4437
Conservação da Quantidade e da Qualidade dos Recursos Hídricos; Gestão, 4438
Recuperação e Manutenção de Mananciais; Obras e Serviços de Infraestrutura Hídrica de 4439
Interesse Local; Obras e Serviços de Infraestrutura de Esgotamento Sanitário. 4440
A partir do estabelecimento das categorias, conforme supracitado, os programas de 4441
financiamentos, a serem elaborados pelo próprio município, deverão contemplar a 4442
definição do modelo de financiamento e a identificação das fontes e usos de recursos 4443
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financeiros para a sua execução. Para tanto, poderão ser levantados, para efeito de 4444
apresentação do modelo de financiamento e com detalhamento nos horizontes de 4445
planejamento, os seguintes aspectos: as fontes externas, nacionais e internacionais, 4446
abrangendo recursos onerosos e repasses a fundo perdido (não onerosos); as fontes no 4447
âmbito do município; as fontes internas, resultantes das receitas da prestação de serviços 4448
e as fontes alternativas de recursos, tal como a participação do setor privado na 4449
implementação das ações de saneamento no município. 4450
15.2 FORMAS DE OBTENÇÃO DE RECURSOS 4451
As principais fontes de financiamento disponíveis para o setor de saneamento básico do 4452
Brasil, desde a criação do Plano Nacional de Saneamento Básico (1971), são as 4453
seguintes: 4454
Recursos onerosos, oriundos dos fundos financiadores (Fundo de Garantia do Tempo 4455
de Serviço-FGTS e Fundo de Amparo do Trabalhador-FAT); são captados através de 4456
operações de crédito e são gravados por juros reais; 4457
Recursos não onerosos, derivados da Lei Orçamentária Anual (Loa), também 4458
conhecida como OGU (Orçamento Geral da União) e, também, de orçamentos de 4459
estados e municípios; são obtidos via transferência fiscal entre entes federados, 4460
não havendo incidência de juros reais; 4461
Recursos provenientes de empréstimos internacionais, contraídos junto às agências 4462
multilaterais de crédito, tais como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e 4463
Banco Mundial (BIRD); 4464
Recursos captados no mercado de capitais, por meio do lançamento de ações ou 4465
emissão de debêntures, onde o conceito de investimento de risco apresenta-se como 4466
principal fator decisório na inversão de capitais no saneamento básico; 4467
Recursos próprios dos prestadores de serviços, resultantes de superávits de 4468
arrecadação; 4469
Recursos provenientes da cobrança pelo uso dos recursos hídricos (Fundos Estaduais 4470
de Recursos Hídricos). 4471
Os recursos onerosos preveem retorno financeiro e constituem-se em empréstimos de 4472
longo prazo, operados, principalmente, pela Caixa Econômica Federal, com recursos do 4473
FGTS, e pelo BNDES, com recursos próprios e do FAT. Os recursos não onerosos não 4474
preveem retorno financeiro, uma vez que os beneficiários de tais recursos não necessitam 4475
ressarcir os cofres públicos. 4476
Nos itens seguintes, apresentam-se os principais programas de financiamentos existentes 4477
e as respectivas fontes de financiamento, conforme a disponibilidade de informações 4478
constantes dos órgãos envolvidos. 4479
4480
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Planos Municipais Específicos dos Serviços de Saneamento Básico - UGRHIs 15 e 18
Produto 4 (P4) – Plano Municipal Específico dos Serviços de Saneamento Básico – Município: Américo de Campos
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ENGECORPS
15.3 FONTES DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS 4481
De forma resumida, apresentam-se as principais fontes de captação de recursos, através 4482
de programas instituídos e através de linhas de financiamento, na esfera federal e 4483
estadual: 4484
No âmbito Federal: 4485
ANA – Agência Nacional de Águas – PRODES/Programa de Gestão de Recursos 4486
Hídricos, etc.; 4487
BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (ver linhas de 4488
financiamento no item 15.5 adiante); 4489
CEF – Caixa Econômica Federal – Abastecimento de Água/Esgotamento 4490
Sanitário/Brasil Joga Limpo/Serviços Urbanos de Água e Esgoto, etc.; 4491
Ministério das Cidades – Saneamento para Todos, etc.; 4492
Ministério da Saúde (FUNASA); 4493
Ministério do Meio Ambiente (conforme indicação constante do Quadro 15.1 4494
adiante); 4495
Ministério da Ciência e Tecnologia (conforme indicação constante do Quadro 15.1 4496
adiante). 4497
No âmbito Estadual: 4498
SSRH - Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos, vários programas, 4499
incluindo aqueles derivados dos programas do FEHIDRO; 4500
Secretaria do Meio Ambiente (vários programas); 4501
Secretaria de Agricultura e Abastecimento (por exemplo, Programa de 4502
Microbacias). 4503
O Plano Plurianual (2016 – 2019), instituído pela Lei nº 16.082 de 28 de dezembro de 4504
2015, consolida as prioridades e estratégias do Governo do Estado de São Paulo, para os 4505
setores de saneamento e recursos hídricos, através dos diversos Programas aplicáveis ao 4506
saneamento básico do Estado, podendo ser citados, entre outros: 4507
Programa 3906 – Saneamento Ambiental em Mananciais de Interesse Regional; 4508
Programa 3907 – Infraestrutura Hídrica, Combate às Enchentes e Saneamento; 4509
Programa 3932 – Planejamento, Formulação e Implementação da Política do 4510
Saneamento do Estado; 4511
Programa 3933 – Universalização do Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário 4512
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Planos Municipais Específicos dos Serviços de Saneamento Básico - UGRHIs 15 e 18
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ENGECORPS
Programa 3934 – Planejamento, Formulação e Implementação da Política de 4513
Recursos Hídricos. 4514
15.4 LISTAGEM DE VARIADOS PROGRAMAS E AS FONTES DE FINANCIAMENTO 4515
PARA O SANEAMENTO 4516
No Quadro 15.1 a seguir, apresenta-se uma listagem com os programas, as fontes de 4517
financiamento, os beneficiários, a origem dos recursos e os itens financiáveis para o 4518
saneamento. Os programas denominados REFORSUS e VIGISUS do Ministério da 4519
Saúde foram suprimidos da listagem, porque estão relacionados diretamente com ações 4520
envolvendo a vigilância em termos de saúde e controle de doenças, apesar da 4521
intercorrência com as ações de saneamento básico. 4522
Cumpre salientar que o município, na implementação das ações necessárias para se 4523
atingir a universalização do saneamento, deverá selecionar o (s) programa (s) de 4524
financiamentos que melhor se adeque (m) às suas necessidades, função, evidentemente, 4525
de uma série de procedimentos a serem cumpridos, conforme exigências das instituições 4526
envolvidas. 4527
QUADRO 15.1 – RESUMO DAS FONTES DE FINANCIAMENTO DO SANEAMENTO 4528
Instituição Programa
Finalidade Beneficiário
Origem dos Recursos
Itens Financiáveis
SSRH
FEHIDRO - Fundo Estadual de Recursos Hídricos
Vários Programas voltados para a melhoria da qualidade dos recursos hídricos.
Prefeituras Municipais. -
abrangem municípios de todos os portes,
com serviços de água e esgoto operados ou
não pela SABESP.
Ver nota 1 Projeto / Obras e
Serviços.
GESP / SSRH
SANEBASE - Convênio de Saneamento Básico
Programa para atender aos municípios do Estado que não são operados pela SABESP.
Prefeituras Municipais.- serviços de água e esgoto não
prestados pela SABESP.
Orçamento do Governo do
Estado de São Paulo
(fundo perdido).
Obras de implantação, ampliação e melhorias
dos sistemas de abastecimento de água e
de esgoto.
SSRH / DAEE
ÁGUA LIMPA – Programa Água Limpa
Programa para atender com a execução de projetos e obras de afastamento e tratamento de esgoto sanitário municípios com até 50 mil habitantes e que prestam diretamente os serviços públicos de saneamento básico.
Prefeituras Municipais.com até 50 mil habitantes e
que prestam diretamente os
serviços públicos de saneamento básico (não operados pela
SABESP).
Orçamento do Governo do
Estado de São Paulo e
Organizações financeiras nacionais e
internacionais.
Projetos executivos e obras de implantação de estações de tratamento de esgotos, estações elevatórias de esgoto, emissários, linhas de
recalque, rede coletora, interceptores,
impermeabilização de lagoas, dentre outras
relacionadas.
SSRH
ÁGUA É VIDA – Programa Água é Vida
Programa voltado as localidades de pequeno porte, predominantemente ocupadas por população de baixa renda, visando
Prefeituras Municipais. -
comunidades rurais de baixa renda.
Orçamento do Governo do
Estado de São Paulo
(fundo perdido).
Obras e serviços de infraestrutura, instalações
operacionais e equipamentos,
relacionados ao sistema de abastecimento de água e esgotamento
sanitário.
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Planos Municipais Específicos dos Serviços de Saneamento Básico - UGRHIs 15 e 18
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Instituição Programa
Finalidade Beneficiário
Origem dos Recursos
Itens Financiáveis
a implementação de obras e serviços de infraestrutura, instalações operacionais e equipamentos.
SSRH
PRÓ-CONEXÃO – Programa Pró-Conexão (Se liga na Rede)
Programa para atender famílias de baixa renda ou grupos domésticos, através do financiamento da execução de ramais intradomiciliares.
Famílias de baixa renda ou grupos domésticos. – localizadas em
municípios operados pela SABESP.
Orçamento do Governo do
Estado de São Paulo
Obras de implantação de ramais intradomiciliares, com vista à efetivação à rede pública coletora de
esgoto.
CAIXA ECONÔMICA
FEDERAL (CEF)
Pró Comunidade – Programa de Melhoramentos Comunitários: Viabilizar Obras de Saneamento através de parceria entre a comunidade, Prefeitura Municipal e CEF.
Prefeituras Municipais.
FGTS - Fundo de Garantia por Tempo de Serviço.
Obras de abastecimento de água, esgotamento
sanitário, destinação de resíduos sólidos,
melhoramento em vias públicas, drenagem,
distribuição de energia elétrica e construção e melhorias em áreas de
lazer e esporte.
MPOG – SEDU
PRÓ-SANEAMENTO
Ações de saneamento para melhoria das condições de saúde e da qualidade de vida da população, aumento da eficiência dos agentes de serviço, drenagem urbana, para famílias com renda média mensal de até 12 salários mínimos.
Prefeituras, Governos Estaduais e do Distrito Federal, Concessionárias
Estaduais e Municipais de Saneamento e
Órgãos Autônomos Municipais.
FGTS - Fundo de Garantia por Tempo de Serviço.
Destina-se ao aumento da cobertura e/ou
tratamento e destinação final adequados dos efluentes, através da
implantação, ampliação, otimização e/ou
reabilitação de Sistemas existentes e expansão de
redes e/ou ligações prediais.
MPOG – SEDU
PROSANEAR
Ações integradas de saneamento em aglomerados urbanos ocupados por população de baixa renda (até 3 salários mínimos) com precariedade e/ou inexistência de condições sanitárias e ambientais.
Prefeituras Municipais, Governos
Estaduais e do Distrito Federal, Concessionárias
Estaduais e Municipais de Saneamento e
Órgãos Autônomos Municipais.
Financiamento parcial com
contrapartida e retorno do
empréstimo / FGTS.
Obras integradas de saneamento:
abastecimento de água, esgoto sanitário,
microdrenagem/instala-ções hidráulico sanitárias e contenção de encostas
com ações de participação comunitária (mobilização, educação
sanitária).
MPOG – SEDU
PASS - Programa de Ação Social em Saneamento
Projetos integrados de saneamento nos bolsões de pobreza. Programa em cidades turísticas.
Prefeituras Municipais, Governos
estaduais e Distrito Federal.
Fundo perdido com contrapartida
/ orçamento da união.
Contempla ações de abastecimento em água, esgotamento sanitário,
disposição final de resíduos sólidos.
Instalações hidráulico-sanitárias
intradomiciliares.
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Produto 4 (P4) – Plano Municipal Específico dos Serviços de Saneamento Básico – Município: Américo de Campos
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Instituição Programa
Finalidade Beneficiário
Origem dos Recursos
Itens Financiáveis
MPOG – SEDU
PROGEST - Programa de Apoio à Gestão do Sistema de Coleta e Disposição Final de Resíduos Sólidos.
Prefeituras Municipais, Governos Estaduais e Distrito
Federal.
Fundo perdido / Orçamento da
União.
Encontros técnicos, publicações, estudos,
sistemas piloto em gestão e redução de resíduos
sólidos; análise econômica de tecnologias
e sua aplicabilidade.
MPOG – SEDU
PRO-INFRA
Programa de Investimentos Públicos em Poluição Ambiental e Redução de Risco e de Insalubridade em Áreas Habitadas por População de Baixa Renda.
Áreas urbanas localizadas em todo o
território nacional.
Orçamento Geral da União (OGU) -
Emendas Parlamentares, Contrapartidas dos Estados, Municípios e
Distrito Federal.
Melhorias na infraestrutura urbana em
áreas degradadas, insalubres ou em situação
de risco.
MINISTÉRIO DA SAÚDE -
FUNASA
FUNASA - Fundação Nacional de Saúde
Obras e serviços em saneamento.
Prefeituras Municipais e Serviços
Municipais de Limpeza Pública.
Fundo perdido / Ministério da
Saúde
Sistemas de resíduos sólidos, serviços de
drenagem para o controle de malária, melhorias
sanitárias domiciliares, sistemas de
abastecimento de água, sistemas de esgotamento
sanitário, estudos e pesquisa.
MINISTÉRIO DO MEIO
AMBIENTE
PROGRAMA DO CENTRO NACIONAL DE REFERÊNCIA EM GESTÃO AMBIENTAL URBANA
Coletar e Organizar informações, Promover o Intercâmbio de Tecnologias, Processos e Experiências de Gestão Relacionada com o Meio Ambiente Urbano.
Serviço público aberto a toda a população, aos formadores de opinião, aos
profissionais que lidam com a
administração municipal, aos técnicos, aos
prefeitos e às demais autoridades municipais.
Convênio do Ministério do Meio Ambiente com a
Universidade Livre do Meio
Ambiente.
_
MINISTÉRIO DO MEIO
AMBIENTE
PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO E REVITALIZAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS
Ações, Programas e Projetos no Âmbito dos Resíduos Sólidos.
Municípios e Associações
participantes do Programa de
Revitalização dos Recursos nos quais
seja identificada prioridade de ação na
área de resíduos sólidos.
Convênios firmados com órgãos dos
Governo Federal, Estadual e Municipal, Organismo Nacionais e
Internacionais e Orçamento Geral da União (OGU).
_
MINISTÉRIO DO MEIO
AMBIENTE – IBAMA
REBRAMAR - Rede Brasileira de Manejo Ambiental de Resíduos Sólidos.
Estados e Municípios em todo o território
nacional.
Ministério do Meio Ambiente.
Programas entre os agentes que geram
resíduos, aqueles que o controlam e a comunidade.
MINISTÉRIO DO MEIO
AMBIENTE
LIXO E CIDADANIA
A retirada de crianças e adolescentes dos lixões, onde trabalham diretamente na catação
Municípios em todo o território nacional.
Fundo perdido. Melhoria da qualidade de
vida.
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Instituição Programa
Finalidade Beneficiário
Origem dos Recursos
Itens Financiáveis
ou acompanham seus familiares nesta atividade.
MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA
PROSAB - Programa de Pesquisa em Saneamento Básico.
Visa promover e apoiar o desenvolvimento de pesquisas na área de saneamento ambiental.
Comunidade acadêmica e
científica de todo o território nacional.
FINEP, CNPQ, Caixa Econômica Federal, CAPES e Ministério da
Ciência e Tecnologia.
Pesquisas relacionadas a: águas de abastecimento,
águas residuárias, resíduos sólidos
(aproveitamento de lodo).
Notas 4529 1 - Atualmente, a origem dos recursos é a compensação financeira pelo aproveitamento hidroenergético no território do estado; 4530 2 – MPOG – Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão – SEDU – Secretaria de Desenvolvimento Urbano. 4531
4532
15.5 DESCRIÇÃO RESUMIDA DE ALGUNS PROGRAMAS DE FINANCIAMENTOS DE 4533
GRANDE INTERESSE PARA IMPLEMENTAÇÃO DO PMESSB 4534
A seguir, encontram-se descritos, de forma resumida, alguns programas de grande 4535
interesse para implementação do PMESSB, em nível federal e estadual. 4536
No âmbito Federal: 4537
PROGRAMA SANEAMENTO PARA TODOS 4538
Entre os programas instituídos pelo governo federal, o Programa Saneamento para Todos 4539
constitui-se no principal programa destinado ao setor de saneamento básico, pois 4540
contempla todos os prestadores de serviços de saneamento, públicos e privados. 4541
Visa a financiar empreendimentos com recursos oriundos do FGTS (onerosos) e da 4542
contrapartida do solicitante. Deverá ser habilitado pelo Ministério das Cidades e é 4543
gerenciado pela Caixa Econômica Federal. Possui as seguintes modalidades: 4544
Abastecimento de Água – destina-se à promoção de ações que visem ao aumento 4545
da cobertura ou da capacidade de produção do sistema de abastecimento de 4546
água; 4547
Esgotamento Sanitário – destina-se à promoção de ações para aumento da 4548
cobertura dos sistemas de esgotamento sanitário ou da capacidade de tratamento 4549
e destinação final adequada dos efluentes; 4550
Saneamento Integrado – destina-se à promoção de ações integradas em áreas 4551
ocupadas por população de baixa renda. Abrange o abastecimento de água, 4552
esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos e de águas pluviais, além de 4553
ações relativas ao trabalho socioambiental nas áreas de educação ambiental, 4554
além da promoção da participação comunitária e, quando for o caso, ao trabalho 4555
social destinado à inclusão social de catadores e aproveitamento econômico do 4556
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material reciclável, visando à sustentabilidade socioeconômica e ambiental dos 4557
empreendimentos. 4558
Desenvolvimento Institucional – destina-se à promoção de ações articuladas, 4559
viando ao aumento de eficiência dos prestadores de serviços públicos. Nos casos 4560
de abastecimento de água e esgotamento sanitário, visa à promoção de melhorias 4561
operacionais, incluindo a reabilitação e recuperação de instalações e redes 4562
existentes, redução de custos e de perdas; no caso da limpeza urbana e manejo 4563
de resíduos sólidos, visa à promoção de melhorias operacionais, incluindo a 4564
reabilitação e recuperação de instalações existentes. 4565
Manejo de Resíduos Sólidos e de Águas Pluviais – no caso dos resíduos sólidos, 4566
destina-se à promoção de ações com vistas ao aumento da cobertura dos 4567
serviços (coleta, transporte, tratamento e disposição dos resíduos domiciliares e 4568
provenientes dos serviços de saúde, varrição, capina, poda, etc.); no caso das 4569
águas pluviais, promoção de ações de prevenção e controle de enchentes, 4570
inundações e de seus danos nas áreas urbanas. 4571
Outras modalidades incluem o manejo dos resíduos da construção e demolição, a 4572
preservação e recuperação de mananciais e o financiamento de estudos e projetos, 4573
inclusive os planos municipais e regionais de saneamento básico. 4574
As condições gerais de concessão do financiamento são as seguintes: 4575
em operações com o setor público a contrapartida mínima de 5% do valor do 4576
investimento, com exceção na modalidade abastecimento de água, que é de 10%; 4577
com o setor privado é de 20%; 4578
os juros são de 6%, exceto para a modalidade Saneamento Integrado, que é de 4579
5%; 4580
a remuneração da CEF é de 2% sobre o saldo devedor e a taxa de risco de 4581
crédito limitada a 1%, conforme a análise cadastral do solicitante. 4582
PROGRAMA AVANÇAR CIDADES - SANEAMENTO 4583
O Programa Avançar Cidades - Saneamento tem o objetivo de promover a melhoria do 4584
saneamento básico do país por meio do financiamento de ações nas modalidades de 4585
abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos, manejo de 4586
águas pluviais, redução e controle de perdas, estudos e projetos, e planos de 4587
saneamento. 4588
O Programa está sendo implementado por meio da abertura de processo de seleção 4589
pública de empreendimentos com vistas à contratação de operações de crédito para 4590
financiar ações de saneamento básico ao setor público. Os proponentes que tiverem suas 4591
propostas selecionadas deverão firmar contrato de financiamento (empréstimo) junto ao 4592
agente financeiro escolhido. 4593
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No processo seletivo em curso não há disponibilidade para solicitação de recursos do 4594
Orçamento Geral da União (recurso a fundo perdido). Estão sendo disponibilizados 4595
recursos onerosos, nos quais incidirão encargos financeiros aplicados pelos agentes 4596
financeiros (taxa de juros, taxa de risco de crédito, entre outros). Os valores destinados ao 4597
programa são de R$ 2,0 bilhões e serão financiados com recursos do FGTS e demais 4598
fones onerosas, tais como, FAT/BNDES. 4599
O Programa se divide em três faixas populacionais, abaixo de 50 mil habitantes, entre 50 4600
mil e 250 mil habitantes e acima de 250 mil habitantes, sendo que para implantação de 4601
projeto o valor mínimo da proposta é de 2,5 milhões, 5 milhões e 10 milhões, para as 4602
faixas, respectivamente. Para a modalidade de estudos e projetos o mínimo é de R$ 350 4603
mil e para elaboração de planos de saneamento é de R$ 200 mil. Cada município pode 4604
formular uma proposta por modalidade e o Governo Estadual ou prestadores de serviços 4605
regionais podem encaminhar quantas propostas forem necessárias, observando o limite 4606
por municipalidade e modalidade. 4607
As modalidades são: 4608
Abastecimento de Água 4609
Esgotamento Sanitário; 4610
Manejo de Águas Pluviais 4611
Resíduos Sólidos Urbanos; 4612
Redução e controle de Perdas; 4613
Estudos e Projetos, e; 4614
Plano de Saneamento. 4615
PROGRAMA INTERÁGUAS 4616
O Programa de Desenvolvimento do Setor Água – INTERÁGUAS nasceu da necessidade 4617
de se buscar uma melhor articulação e coordenação de ações no setor água, melhorando 4618
sua capacidade institucional e de planejamento integrado e criando um ambiente 4619
integrador no qual seja possível dar continuidade à programas setoriais exitosos, tais 4620
como: o Programa de Modernização do Setor Saneamento – PMSS e o Programa 4621
Nacional de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos – PROÁGUA, bem como 4622
fortalecendo iniciativas de articulação intersetorial que visam a aumentar a eficiência no 4623
uso da água e na prestação de serviços associados. 4624
Nesse contexto, são apontadas constatações que retratam o cenário da questão hídrica 4625
no Brasil e que fundamentam o desenho proposto para o Programa, são elas: 4626
a água é essencial ao desenvolvimento socioeconômico e vários setores dependem 4627
dos recursos hídricos diretamente, ou os impactam, sendo necessário e oportuno 4628
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avançar tanto nos contextos específicos de cada um desses setores como na 4629
articulação e coordenação intersetorial; 4630
embora se tenha observado, em anos recentes, notável avanço na institucionalização 4631
de instrumentos legais e operacionais, a gestão de recursos hídricos e os serviços 4632
associados à água no Brasil ainda se caracterizam por disparidades e conflitos, seja 4633
entre os níveis federal e estadual, seja entre setores que competem pelo mesmo 4634
recurso, seja entre regiões e Unidades da Federação, o que compromete a eficiência e 4635
a eficácia do setor água e da ação governamental em todo esse campo; 4636
impõe-se fortalecer as instituições incumbidas da formulação e da implementação das 4637
políticas de gestão do setor água, incluindo todas aquelas responsáveis pelas políticas 4638
setoriais que se utilizam da água, de maneira a obter a sustentabilidade da gestão; 4639
é necessário que a regulação, a fiscalização, o planejamento e o controle social sejam 4640
implantados e que as metas traçadas a partir dessa prática tornem-se metas dos 4641
prestadores de serviço e dos órgãos responsáveis, de forma a se garantir a 4642
sustentabilidade dos investimentos; 4643
amplos investimentos têm sido realizados pelo governo no setor água; não obstante, 4644
muitas obras têm sido projetadas e implantadas sem planejamento adequado da 4645
utilização múltipla e integrada dos recursos hídricos, decorrendo, desse fato, conflitos 4646
potenciais ou já estabelecidos entre diferentes setores usuários, resultando em 4647
indesejável subaproveitamento desses recursos. 4648
Devido à amplitude da problemática a ser enfrentada, o INTERÁGUAS terá abrangência 4649
nacional, com concentração em áreas e temas prioritários onde a água condiciona de 4650
forma mais forte o desenvolvimento social e econômico sustentáveis, com especial 4651
atenção às regiões mais carentes, de modo a contribuir para a redução das 4652
desigualdades regionais. Assim, espera-se uma maior atuação voltada para a região 4653
Nordeste e áreas menos desenvolvidas das regiões Norte e Centro-Oeste, onde a ação 4654
governamental é relativamente mais necessária. Nesse sentido, o Programa buscará, 4655
prioritariamente, ter uma atuação mais concentrada e integrada nas Bacias Hidrográficas 4656
dos rios São Francisco e Araguaia-Tocantins. 4657
Objetivo 4658
O Programa tem por objetivo contribuir para o fortalecimento da capacidade de 4659
planejamento e gestão no setor água, especialmente nas regiões menos desenvolvidas 4660
do País, visando a (i) aumentar a eficiência no uso da água e na prestação de serviços; 4661
(ii) aumentar a oferta sustentável de água em quantidade e qualidade adequadas aos 4662
usos múltiplos; e (iii) melhorar a aplicação de recursos públicos no setor água reduzindo 4663
deseconomias causadas por deficiências na articulação e coordenação intersetoriais. 4664
4665
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Instituições Envolvidas 4666
O Programa, a ser financiado pelo Banco Mundial, envolverá diretamente três ministérios, 4667
com atribuições na formulação e execução de políticas setoriais: 4668
Ministério do Meio Ambiente, por meio da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente 4669
Urbano - SRHU e da Agência Nacional de Águas - ANA; 4670
Ministério das Cidades, por meio da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental - 4671
SNSA; e 4672
Ministério da Integração Nacional, por meio da Secretaria de Infraestrutura Hídrica - 4673
SIH, da Secretaria Nacional de Defesa Civil - SEDEC e da Secretaria Nacional de 4674
Irrigação - SENIR. 4675
Em função das ações a serem apoiadas pelo Programa, poderão ser envolvidos em casos 4676
específicos o Ministério das Minas e Energia; o Ministério dos Transportes; o Ministério da 4677
Agricultura, Pecuária e Abastecimento; o Ministério do Desenvolvimento Agrário; e o 4678
Ministério da Saúde / FUNASA. Tal envolvimento poderá ocorrer nos casos em que as 4679
ações considerem, por exemplo, o planejamento da produção hidrelétrica, das hidrovias, 4680
da agricultura e do abastecimento de água de populações rurais dispersas. 4681
Estrutura 4682
O INTERÁGUAS será eminentemente um programa de assistência técnica, com foco 4683
voltado ao planejamento e à gestão do setor água, ao fortalecimento institucional, à 4684
elaboração de estudos e projetos, não prevendo investimentos em infraestrutura. 4685
Para cumprimento de seus objetivos, o Programa está estruturado em três Componentes 4686
setoriais: (i) Gestão de Recursos Hídricos; (ii) Água, Irrigação e Defesa Civil; e (iii) 4687
Abastecimento de Água e Saneamento , um Componente de Coordenação Intersetorial e 4688
Planejamento Integrado e um Componente de Gerenciamento, Monitoramento e 4689
Avaliação. 4690
As ações do Componente Gestão de Recursos Hídricos serão implementadas pela 4691
Agência Nacional de Águas e pela Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano 4692
do Ministério do Meio Ambiente, tendo como objetivo geral a consolidação do Sistema 4693
Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos e o apoio à União, aos Estados e aos 4694
diversos organismos gestores de recursos hídricos para criação, aperfeiçoamento, 4695
modernização e qualificação dos instrumentos de gestão. 4696
As ações do Componente Água, Irrigação e Defesa Civil serão implementadas pela 4697
Secretaria de Infraestrutura Hídrica, pela Secretaria Nacional de Defesa Civil e pela 4698
Secretaria Nacional de Irrigação do Ministério da Integração Nacional, tendo como 4699
objetivo geral o fortalecimento institucional e de planejamento estratégico e operacional 4700
nas áreas de infraestrutura hídrica, irrigação e defesa civil. 4701
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As ações do Componente Abastecimento de Água e Saneamento serão implementadas 4702
pela Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, dando 4703
continuidade às ações do Programa de Modernização do Setor Saneamento, com o 4704
objetivo geral de apoiar a Secretaria em sua missão de implementar a Política Federal de 4705
Saneamento Básico, promovendo o desenvolvimento do setor em busca da melhoria da 4706
qualidade e do alcance da universalização dos serviços públicos de saneamento básico. 4707
O Componente de Coordenação Intersetorial e Planejamento Integrado envolverá mais de 4708
um setor ou interveniente no “Setor Água”. Tem como objetivo apoiar o desenvolvimento 4709
de novas metodologias; buscar formas de integrar as diferentes visões setoriais; 4710
implementar instrumentos de planejamento que conciliem as atuações de instituições com 4711
competências setoriais específicas, com a finalidade de obter ganhos no processo de 4712
planejamento, implantação e operação de estruturas de utilização de recursos hídricos. 4713
Estas ações poderão ser desenvolvidas sob a responsabilidade de diferentes executores, 4714
dependendo do grau de envolvimento ou interesse específico de cada um. 4715
O Componente de Gerenciamento, Monitoramento e Avaliação, a ser coordenado pela 4716
Secretaria Técnica do Programa, sob orientação do Comitê Gestor, tem como objetivo 4717
gerenciar, monitorar e avaliar as ações do Programa, de modo a assegurar o 4718
cumprimento das metas, dos cronogramas e dos objetivos geral e específicos. 4719
Orçamento e Prazo 4720
O valor total do Programa será de US$ 143,11 milhões, a serem investidos no prazo de 4721
cinco anos. 4722
Resultados Esperados 4723
Em relação ao Componente 1 – Gestão de Recursos Hídricos, espera-se que seja dado 4724
prosseguimento à implementação dos instrumentos de gestão de recursos hídricos e ao 4725
fortalecimento do Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hídricos, eliminando 4726
as disparidades existentes entre o Governo Federal e os estados, e mesmo entre 4727
estados, uniformizando procedimentos e instituindo critérios para permanente evolução 4728
institucional, concorrendo assim para ampliar a eficiência governamental na 4729
implementação das diretrizes da política de recursos hídricos. 4730
No que se refere ao Componente 2 – Água, Irrigação e Defesa Civil, o Programa 4731
contribuirá para consolidar o planejamento e a programação dos investimentos públicos 4732
em infraestrutura hídrica, irrigação e defesa civil, de forma a tornar mais eficiente e eficaz 4733
a ação de Governo Federal nessas áreas. Além disso, esse Componente buscará 4734
fortalecer institucionalmente os órgãos responsáveis pela operação e manutenção de 4735
infraestruturas hídricas e os órgãos responsáveis pela defesa de eventos climáticos 4736
extremos, propor modelos de gestão dos sistemas públicos de irrigação e criar um 4737
sistema de informações para gerenciamento de riscos ligados a eventos climáticos 4738
extremos. 4739
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Em relação ao Componente 3 – Abastecimento de Água e Saneamento, os principais 4740
resultados estão relacionados a: (i) evolução positiva da gestão dos serviços de 4741
saneamento básico; (ii) melhoria dos indicadores de desempenho dos serviços de 4742
saneamento básico; (iii) melhoria da qualidade dos serviços de saneamento básico e 4743
consequente avanço positivo nos indicadores de saúde da população; (iv) aumento da 4744
eficiência e eficácia dos serviços de saneamento, condição indispensável para a 4745
universalização com qualidade e de forma sustentável; (v) redução dos custos com 4746
operação, manutenção e investimentos nos serviços; (vi) maior acessibilidade aos bens e 4747
serviços públicos na área de saneamento básico; (vii) melhoria na qualificação dos 4748
agentes públicos e privados com atuação no setor; (viii) melhoria na formação e 4749
capacitação de profissionais do setor; (ix) qualificação da educação sanitária e ambiental, 4750
bem como da mobilização e participação social em saneamento; e (x) melhoria na 4751
integração e articulação dos programas, ações e políticas para saneamento básico. 4752
No que tange ao Componente 4 – Coordenação Intersetorial e Planejamento Integrado o 4753
principal resultado esperado é criar um ambiente de articulação intersetorial permanente, 4754
onde os problemas relativos ao setor água sejam tratados de maneira integrada, 4755
contribuindo para a racionalização dos gastos públicos no setor em busca da eficiência no 4756
uso da água e na prestação de serviços associados. 4757
Em síntese, os resultados esperados do Programa são amplos e variados, assim como 4758
são também os beneficiários de suas ações. Diretamente, o Programa beneficiará os 4759
Estados, os Municípios e as instituições federais setoriais relacionadas ao “Setor Água”, 4760
apoiando a consolidação de suas estruturas legal e institucional, com repercussões na 4761
qualidade do planejamento e da gestão do setor. 4762
PRODES 4763
O PRODES (Programa Despoluição de Bacias Hidrográficas), criado pela Agência 4764
Nacional de Águas (ANA) em 2001, visa a incentivar a implantação ou ampliação de 4765
estações de tratamento para reduzir os níveis de poluição em bacias hidrográficas, a 4766
partir de prioridades estabelecidas pela ANA. Esse programa, também conhecido como 4767
“Programa de Compra de Esgoto Tratado”, incentiva financeiramente os resultados 4768
obtidos em termos do cumprimento de metas estabelecidas pela redução da carga 4769
poluidora, desde que sejam satisfeitas as condições previstas em contrato. 4770
Os empreendimentos elegíveis que podem participar do PRODES são: estações de 4771
tratamento de esgotos ainda não iniciadas, estações em fase de construção com, no 4772
máximo, 70% do orçamento executado e estações com ampliações e melhorias que 4773
signifiquem aumento da capacidade de tratamento e/ou eficiência. 4774
4775
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PROGRAMA DE GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS (AGÊNCIA NACIONAL DE 4776
ÁGUAS – ANA) 4777
Esse programa integra projetos e atividades que objetivam a recuperação e preservação 4778
da qualidade e quantidade de recursos hídricos das bacias hidrográficas. O programa, 4779
que tem gestão da ANA – Agência Nacional de Águas, é operado com recursos do 4780
Orçamento Geral da União (não oneroso-repasse do OGU). Deve ser verificada a 4781
adequabilidade da contrapartida oferecida aos porcentuais definidos pela ANA em 4782
conformidade com as Leis das Diretrizes Orçamentárias (LDO). 4783
As modalidades abrangidas por esse programa são as seguintes: 4784
Despoluição de Corpos D’Água 4785
Sistema de transporte e disposição final adequada de esgotos sanitários; 4786
Desassoreamento e controle da erosão; 4787
Contenção de encostas; 4788
Recomposição da vegetação ciliar. 4789
Recuperação e Preservação de Nascentes, Mananciais e Cursos D’Água em Áreas 4790
Urbanas 4791
Desassoreamento e controle de erosão; 4792
Contenção de encostas; 4793
Remanejamento/reassentamento da população; 4794
Uso e ocupação do solo para preservação de mananciais; 4795
Implantação de parques para controle de erosão e preservação de mananciais; 4796
Recomposição da rede de drenagem; 4797
Recomposição de vegetação ciliar; 4798
Aquisição de equipamentos e outros bens. 4799
Prevenção dos Impactos das Secas e Enchentes 4800
Desassoreamento e controle de enchentes; 4801
Drenagem urbana; 4802
Urbanização para controle de cheias, erosões e deslizamentos; 4803
Recomposição de vegetação ciliar; 4804
Obras para preservação ou minimização dos efeitos da seca; 4805
Sistemas simplificados de abastecimento de água; 4806
Barragens subterrâneas. 4807
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PROGRAMAS DA FUNASA (FUNDAÇÃO NACIONAL DA SAÚDE) 4808
A FUNASA é um órgão do Ministério da Saúde que detém a mais antiga e contínua 4809
experiência em ações de saneamento no País. Na busca da redução dos riscos à saúde, 4810
financia a universalização dos sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário 4811
e gestão de resíduos sólidos urbanos. Além disso, promove melhorias sanitárias 4812
domiciliares, a cooperação técnica, estudos e pesquisas e ações de saneamento rural, 4813
contribuindo para a erradicação da extrema pobreza. 4814
Cabe à FUNASA a responsabilidade de alocar recursos não onerosos para sistemas de 4815
abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos e melhorias 4816
sanitárias domiciliares prioritariamente para municípios com população inferior a 4817
50.000 habitantes e em comunidades quilombolas, assentamentos e áreas rurais. 4818
As ações e programas em Engenharia de Saúde Pública constantes dos financiamentos 4819
da FUNASA são os seguintes: 4820
Saneamento para a Promoção da Saúde; 4821
Sistema de Abastecimento de Água; 4822
Cooperação Técnica; 4823
Sistema de Esgotamento Sanitário; 4824
Estudos e Pesquisas; 4825
Melhorias Sanitárias Domiciliares; 4826
Melhorias habitacionais para o Controle de Doenças de Chagas; 4827
Resíduos Sólidos; 4828
Saneamento Rural; 4829
Projetos Laboratoriais. 4830
No âmbito Estadual: 4831
PROGRAMA REÁGUA 4832
O Programa REÁGUA (Programa Estadual de Apoio à Recuperação das Águas) está 4833
sendo implementado no âmbito da SSRH-SP e tem como objetivo o apoio a ações de 4834
saneamento básico para ampliação da disponibilidade hídrica onde há maior escassez 4835
hídrica. As ações selecionadas referem-se ao controle e redução de perdas, uso racional 4836
de água em escolas, reúso de efluentes tratados e coleta, transporte e tratamento de 4837
esgotos. As áreas de atuação são as UGRHIs Piracicaba/Capivari/Jundiaí, 4838
Sapucaí/Grande, Mogi Guaçu e Tietê/Sorocaba. 4839
4840
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A contratação de ações a serem empreendidas no âmbito do Programa REÁGUA estará 4841
condicionada a um processo de seleção pública coordenado pela Secretaria de 4842
Saneamento e Recursos Hídricos - SSRH. O Edital contendo o regulamento que 4843
estabelece as condições para apresentação de projetos pelos prestadores de serviço de 4844
saneamento, elegíveis para financiamento pelo REÁGUA, orienta os proponentes quanto 4845
aos procedimentos e critérios estabelecidos para esse processo de habilitação, 4846
hierarquização e seleção. Esses critérios são claros, objetivos e vinculados a resultados 4847
que: (i) permitam elevar a disponibilidade ou a qualidade de recursos hídricos; e, (ii) 4848
contribuam para a melhoria da qualidade de vida dos beneficiários diretos. 4849
O Programa funciona com estímulo financeiro não reembolsável, para autarquias ou 4850
empresas públicas, mediante a verificação de resultados. 4851
PROGRAMAS DO FEHIDRO 4852
Para conhecimento de todas as ações e programas financiáveis pelo FEHIDRO, deve-se 4853
consultar o Manual de Procedimentos Operacionais para Investimento, editado pelo 4854
COFEHIDRO – Conselho de Orientação do Fundo Estadual dos Recursos Hídricos – 4855
dezembro/2010. 4856
Os beneficiários dos recursos disponibilizados pelo FEHIDRO são as pessoas jurídicas de 4857
direito público da administração direta e indireta do Estado ou municípios, 4858
concessionárias de serviços públicos nos campos de saneamento, meio ambiente e de 4859
aproveitamento múltiplo de recursos hídricos; consórcios intermunicipais, associações de 4860
usuários de recursos hídricos, universidades, instituições de ensino superior, etc. 4861
Os recursos do FEHIDRO destinam-se a financiamentos (reembolsáveis ou a fundo 4862
perdido), de projetos, serviços e obras que se enquadrem no Plano Estadual de Recursos 4863
Hídricos. A contrapartida mínima é variável conforme a população do município. Os 4864
encargos, no caso de recursos onerosos (reembolsáveis), são de 2,5% a.a. para pessoas 4865
jurídicas de direito público, da administração direta ou indireta do Estado e dos Municípios 4866
e consórcios intermunicipais, e de 6,0% a.a. para concessionárias de serviços públicos. 4867
As linhas temáticas para financiamento são as seguintes: 4868
Planejamento e Gerenciamento de Recursos Hídricos; 4869
Proteção, Conservação e Recuperação dos Recursos Hídricos Superficiais e 4870
Subterrâneos; 4871
Prevenção contra Eventos Extremos. 4872
Na linha temática de Proteção, Conservação e Recuperação dos Recursos Hídricos 4873
Superficiais e Subterrâneos, encontram-se indicados os seguintes empreendimentos 4874
financiáveis, entre outros: 4875
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estudos, projetos e obras para todos os componentes sistemas de abastecimento 4876
de água, incluindo as comunidades isoladas; 4877
idem para todos os componentes de sistemas de esgotos sanitários; 4878
elaboração do plano e projeto do controle de perdas e diagnóstico da situação; 4879
implantação do sistema de controle de perdas; aquisição e instalação de 4880
hidrômetros residenciais e macromedidores; instalação do sistema redutor de 4881
pressão; serviços e obras de setorização; reabilitação de redes de água; pesquisa 4882
de vazamentos, pitometria e eliminação de vazamentos; 4883
tratamento e disposição de lodo de ETA e ETE; 4884
estudos, projetos e instalações de adequação de coleta e disposição final de 4885
resíduos sólidos, que comprovadamente comprometam a qualidade dos recursos 4886
hídricos; 4887
coleta, transporte e tratamento de efluentes dos sistemas de disposição final dos 4888
resíduos sólidos urbanos (chorume). 4889
PROGRAMA ÁGUA É VIDA 4890
O Programa para Saneamento em Pequenas Comunidades Isoladas, denominado "Água 4891
É Vida"22, foi criado em 2011, através do decreto nº 57.479 de 1-11-2011, e tem como 4892
objetivo a implantação de obras e serviços de infraestrutura, instalações operacionais e 4893
equipamentos visando a universalização do acesso aos serviços públicos de saneamento, 4894
ou seja, abastecimento de água e de esgotamento sanitário para atender moradores de 4895
áreas rurais e bairros afastados (localidades de pequeno porte predominantemente 4896
ocupadas por população de baixa renda), por meio de recursos não reembolsáveis. 4897
O projeto é coordenado pela Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos e executado 4898
pela Sabesp, em parceria com as prefeituras. 4899
As redes para fornecimento de água potável às famílias serão colocadas pela Sabesp, 4900
com verba da companhia. As casas receberão também uma Unidade Sanitária Individual 4901
– um biodigestor, mecanismo que funciona como uma “miniestação” de tratamento de 4902
esgoto. Esse equipamento é instalado pelas prefeituras, com recursos do Governo do 4903
Estado. A manutenção é realizada pela Sabesp. 4904
A seguir serão apresentados os resultados já obtidos com a implementação do Programa: 4905
4906
22
O programa sofreu significativas alterações durante sua implantação em face da orientação da Consultoria Jurídica: - Inicialmente seriam beneficiados os municípios atendidos pela Sabesp; - Estimativa inicial da Sabesp do numero de domicílios a serem atendidos; - Valor da USI (Sabesp = R$ 1.500,00); - Licitação pelo município. Assim, definiu-se que: - A Nota Técnica contemplou que a USI poderá ser confeccionada em diversos materiais (tijolo, concreto pré-moldado, poliuretano, etc.), - A Sabesp realizou composição de média do preço- teto, obtendo R$ 4.100,00 por unidade instalada. Tal composição esta sendo atualizada pela Sabesp: - O CSD – Cadastro Sanitário Domiciliar será efetuado pelo município. - A SSRH/CSAN efetuara Visita Técnica às comunidades de forma a constatar a viabilidade técnica e a renda familiar. - O mercado não estava preparando para a demanda, que agora investe em tecnologia e produção.
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Período de 2011 4907
Foram assinados 20 convênios, atendendo 20 municípios, totalizando um valor de R$ 5,4 4908
milhões e visando beneficiar 41 comunidades, com 3.602 ligações, para uma população 4909
de 13.089 habitantes. 4910
Período de 2012 4911
Foram assinados 34 convênios, atendendo 34 municípios, totalizando um valor de R$ 4912
16,1 milhões e visando beneficiar 167 comunidades, com 10.727 ligações, para uma 4913
população de 37.235 habitantes. 4914
Período de 2013 4915
Foram assinados 12 convênios, atendendo 12 municípios, e um convênio com a Itesp 4916
para construção de poços para 31 assentamentos, totalizando um valor de R$ 11,5 4917
milhões e visando beneficiar 63 comunidades, com 1.513 ligações e 32 poços, para uma 4918
população de 16.071 habitantes, distribuídas em 4.679 famílias. 4919
Resumindo, o montante de convênios assinados e os respectivos valores são: 4920
Convênios novos assinados: 11; correspondente a R$ 6.286.800,00; 4921
Convênios aditados: 26; correspondente a R$ 6.754.200,00; 4922
Total – Primeira Etapa: 37 convênios, valor de R$ 13.041.000,00. 4923
Desse total de convênios, foram ou estão em processo licitatórios 7, correspondendo a 4924
um valor de R$ 3.177.500,00. 4925
Convênios a serem aditados: 12; correspondente a R$ 4.665.800,00; 4926
Convênios aguardando recursos: 24; correspondente a R$ 5.232.000,00; 4927
Total – Segunda Etapa: 36 convênios, valor de R$ 9.897.800,00. 4928
Dos convênios da segunda etapa 3 foram cancelados. 4929
Os investimentos previstos para o período de 2014 a 2017 correspondem a R$ 10 4930
milhões/ano, visando atender uma demanda de 2.500 domicílios/ano. 4931
Meta para 2020 – 400 mil domicílios atendidos. 4932
PROGRAMA PRÓ CONEXÃO (SE LIGA NA REDE) 4933
Programa de incentivo financeiro à população de baixa renda do Estado de São Paulo 4934
destinado a custear, a fundo perdido, a execução pela Sabesp de ramais intradomiciliares 4935
e conexões à rede pública coletora de esgoto, colaborando para a universalização dos 4936
serviços de saneamento com critérios pré-definidos na Lei nº 14.687, de 02 de janeiro de 4937
2012 e Decreto nº 58.280 de 08 de agosto de 2012. 4938
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As áreas beneficiadas devem atender, cumulativamente, os seguintes requisitos: 4939
I. sejam classificadas nos Grupos 5 e 6 do Índice Paulista de Vulnerabilidade Social 4940
(IPVS), publicado pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados - SEADE, 4941
correspondentes, respectivamente, a vulnerabilidade alta e muito alta; 4942
II. disponham de redes públicas de coleta de esgotos, com encaminhamento para 4943
estações de tratamento. 4944
Os resultados obtidos com o Programa e os investimentos previstos são: 4945
Período de 2013: Foram realizadas 30.130 ligações intradomiciliares. 4946
Investimentos previstos para o período de 2014 a 2017: Esta sendo estimado o valor 4947
de R$ 30 milhões anuais, com base no Decreto nº 58.208/12 de 12/07/2012 como a 4948
demanda estimada para as metas físicas do programa em 04 anos, num total 4949
aproximado de 25 mil atendimentos. 4950
De acordo com as metas do programa, ao longo de oito anos serão ligados à rede 192 mil 4951
imóveis: 76,8 mil na Região Metropolitana de São Paulo; 30 mil na Baixada Santista; 5,6 4952
mil na Região Metropolitana de Campinas; e 79,3 mil nos demais municípios atendidos 4953
pela Sabesp. 4954
A iniciativa beneficia diretamente 800 mil pessoas e indiretamente cerca de 40 milhões 4955
de paulistas com a despoluição de córregos, rios, represas e mares. O investimento total 4956
previsto é de R$ 349,5 milhões. 4957
O Pró-Conexão (Se Liga na Rede) tem a participação direta da comunidade. Em cada 4958
bairro, as casas beneficiadas são visitadas por uma Agente Se Liga - uma moradora 4959
contratada pela Sabesp para apresentar a iniciativa e explicar os benefícios da ligação de 4960
esgoto. Com a assinatura do Termo de Adesão, o imóvel é fotografado, a obra é 4961
agendada e executada. Ao final, a casa é entregue para a família em condições iguais ou 4962
melhores. 4963
PROGRAMA ÁGUA LIMPA 4964
A maioria dos municípios do Estado de São Paulo conta com rede coletora de esgoto em 4965
quase toda sua área urbana. Muitos, no entanto, ainda não possuem sistema de 4966
tratamento de esgoto doméstico, o que representa grave agressão ao meio ambiente e 4967
aos mananciais. Além de comprometer a qualidade da água dos rios, o despejo de esgoto 4968
bruto traz um sério risco de disseminação de doenças. 4969
Para enfrentar o problema, o Governo do Estado de São Paulo criou, desde 2005, o 4970
Programa Água Limpa, instituído pelo Decreto nº 52.697, de 7-2-2008 e alterado pelo 4971
Decreto nº 57.962, 10-4-2012. Trata-se de uma ação conjunta entre a Secretaria Estadual 4972
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de Saneamento e Recursos Hídricos e o DAEE (Departamento de Águas e Energia 4973
Elétrica), executado em parceria com as prefeituras. 4974
O programa visa implantar sistemas de afastamento e tratamento de esgotos, em 4975
municípios com até 50 mil habitantes que prestam diretamente os serviços públicos de 4976
saneamento básico e que despejam seus efluentes "in natura" nos córregos e rios locais. 4977
O Programa abrange a execução de estações de tratamento de esgoto, estações 4978
elevatórias de esgoto, extensão de emissários, linhas de recalque, rede coletora, 4979
interceptores, impermeabilização de lagoas, dentre outras. 4980
O Governo do Estado disponibiliza os recursos financeiros para a construção das 4981
unidades necessárias, contrata a execução das obras ou presta, através das várias 4982
unidades do DAEE, a orientação e o acompanhamento técnico necessários. Cabe ao 4983
município convenente ceder as áreas onde serão executadas as obras, desenvolver os 4984
projetos básicos, providenciar as licenças ambientais e as servidões administrativas 4985
necessárias. As principais fontes de recursos do Programa provêm do Tesouro do Estado 4986
de São Paulo e de financiamentos com instituições financeiras nacionais e internacionais. 4987
O benefício do Programa não se restringe ao município onde o projeto é implantado, mas 4988
abrange a bacia hidrográfica em que está localizado, com impacto direto na redução da 4989
mortalidade infantil e da disseminação de doenças, além de proporcionar melhoria na 4990
qualidade dos recursos hídricos, com a consequente redução dos custos do tratamento 4991
da água destinada ao abastecimento público. 4992
O sistema de tratamento adotado pelo Programa Água Limpa é composto por três lagoas 4993
de estabilização: anaeróbia, facultativa e maturação, obtendo uma redução de até 95% de 4994
sua carga poluidora, medida em DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio). 4995
Trata-se de um processo natural que não exige equipamentos sofisticados nem adição de 4996
produtos químicos, sendo, portanto, de fácil operação e manutenção. Essas 4997
características tornam o processo ideal para comunidades de pequeno e médio porte que 4998
disponham de terrenos de baixo custo, pois a ETE ocupa áreas relativamente grandes. 4999
A partir de 2013, por disposições regulamentares e orçamentárias específicas, os 5000
convênios passaram a ser instrumentalizados pela Secretaria de Saneamento e Recursos 5001
Hídricos, através da Coordenadoria de Saneamento, oportunidade em que foram 5002
assinados 34 Convênios, com 33 municípios, envolvendo um montante de recursos no 5003
valor aproximado de R$ 280,4 milhões, cujos processos para a contratação das obras 5004
estão sendo providenciados pelo DAEE. 5005
Essas obras quando concluídas beneficiarão uma população de aproximadamente, 5006
558.552 mil habitantes, trazendo benefícios irrefutáveis ao meio ambiente com a retirada 5007
de mais de 1.018 toneladas de carga orgânica dos rios e córregos paulistas, garantindo 5008
maior disponibilidade e qualidade das águas, revitalizando treze Bacias Hidrográficas e 5009
melhorando as condições de vida e saúde pública da população atendida. 5010
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Para o período de 2014 a 2017, a SSRH estima com base na demanda de novas 56 5011
solicitações em 60 localidades, até a data atual, o valor de R$ 120 milhões por ano até 5012
2017, de forma a realizar 18 obras por ano, numa valor estimado de R$ 6,6 milhões por 5013
cada obra. 5014
PROGRAMA SANEBASE – Apoio aos Municípios para Ampliação e melhorias de 5015
Sistemas de Águas e Esgoto 5016
Este programa, instituído pelo Decreto nº 41.929, de 8-7-1997 e alterado pelo Decreto nº 5017
52.336, de 7-11-2007, tem por objetivo geral transferir recursos financeiros do Tesouro do 5018
Estado, a fundo perdido, para a execução de obras e/ou serviços de saneamento básico, 5019
mediante convênios firmados entre o Governo do Estado de São Paulo, através da 5020
Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos tendo a SABESP, na qualidade de Órgão 5021
Técnico do Programa, através da Superintendência de Gestão e Desenvolvimento 5022
Operacional de Sistemas Regionais e os municípios paulistas cujos sistemas de água e 5023
esgoto, são operados diretamente pela Prefeitura Municipal ou por intermédio de 5024
autarquias municipais (serviços autônomos). 5025
Visa à ampliação dos níveis de atendimento dos municípios para a implantação, reforma 5026
adequação e expansão dos sistemas de abastecimento de água e esgotos sanitários, 5027
com vistas à universalização desses serviços. 5028
A seguir apresenta-se um panorama do programa, com indicação de metas alcançadas, 5029
demandas requeridas e investimentos previstos. 5030
Meta Alcançada (período de 2011 a 2013) 5031
No período foram celebrados 29 convênios, com investimento aproximado de R$ 11 5032
milhões, beneficiando uma população de 271 mil habitantes, contribuindo, dessa forma, 5033
para a universalização dos serviços de saneamento básico no Estado de São Paulo. 5034
Demandas para priorização em 2014 5035
As priorizações para 2014totalizam 28 solicitações, em um valor aproximado de R$ 11,2 5036
milhões. Os atendimentos em 2014 serão priorizados de acordo com a viabilidade técnica 5037
para execução de obras de águas e esgoto e a disponibilidade de recursos financeiros 5038
previstos no orçamento de 2014. 5039
Demandas no período 2011 a 2013 5040
As demandas cadastradas totalizam 176 solicitações visando à liberação de recursos 5041
financeiros para execução de obras de águas e esgoto em municípios que operam seus 5042
sistemas, no valor aproximado de R$ 76,8 milhões. 5043
Investimentos período 2014 a 2017 5044
Com base na demanda de aproximadamente 30 municípios até a data atual, além dos 5045
que já foram atendidos e estão em fase de assinatura em 2014, utilizando-se o valor total 5046
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da LDO correspondente a R$ 4,7 milhões, a SSRH estimou o valor de R$ 10 milhões 5047
anuais para que seja possível atender às demandas já existentes, assim como às novas 5048
solicitações. 5049
15.6 INSTITUIÇÕES COM FINANCIAMENTOS ONEROSOS 5050
Outas alternativas possíveis, dentre as instituições com financiamentos onerosos, podem 5051
ser citadas as seguintes: 5052
BNDES/FINEM 5053
O BNDES poderá financiar os projetos de saneamento, incluindo: 5054
abastecimento de água; 5055
esgotamento sanitário; 5056
efluentes e resíduos industriais; 5057
resíduos sólidos; 5058
gestão de recursos hídricos (tecnologias e processos, bacias hidrográficas); 5059
recuperação de áreas ambientalmente degradadas; 5060
desenvolvimento institucional; 5061
despoluição de bacias, em regiões onde já estejam constituídos Comitês; 5062
macrodrenagem. 5063
Os principais clientes do Banco nesses empreendimentos são os Estados, Municípios e 5064
entes da Administração Pública Indireta de todas as esferas federativas, inclusive 5065
consórcios públicos. A linha de financiamento Saneamento Ambiental e Recursos 5066
Hídricos baseia-se nas diretrizes do produto BNDES FINEM, com algumas condições 5067
específicas, descritas no Quadro 15.2: 5068
QUADRO 15.2 - TAXA DE JUROS 5069
Apoio Direto:
(operação feita diretamente com o BNDES) Custo Financeiro + Remuneração Básica do BNDES + Taxa de Risco de Crédito
Apoio Indireto:
(operação feita por meio de instituição financeira credenciada)
Custo Financeiro + Remuneração Básica do BNDES + Taxa de Intermediação Financeira + Remuneração da Instituição Financeira Credenciada
5070
Custo Financeiro: TJLP. Atualmente em 6% ao ano. 5071
Remuneração Básica do BNDES: 0,9% a.a.. 5072
Taxa de Risco de Crédito: até 4,18% a.a., conforme o risco de crédito do cliente, 5073
sendo 1,0% a.a. para a administração pública direta dos Estados e Municípios. 5074
Taxa de Intermediação Financeira: 0,5% a.a. somente para médias e grandes 5075
empresas; Municípios estão isentos da taxa. 5076
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Remuneração: Remuneração da Instituição Financeira Credenciada será negociada 5077
entre a instituição financeira credenciada e o cliente. 5078
Participação: A participação máxima do BNDES no financiamento não deverá 5079
ultrapassar a 80% dos itens financiáveis, no entanto, esse limite pode ser aumentado 5080
para empreendimentos localizados nos municípios beneficiados pela Política de 5081
Dinamização Regional (PDR). 5082
Prazo: O prazo total de financiamento será determinado em função da capacidade de 5083
pagamento do empreendimento, da empresa e do grupo econômico. 5084
Garantias: Para apoio direto serão aquelas definidas na análise da operação; para 5085
apoio indireto serão negociadas entre a instituição financeira credenciada e o cliente. 5086
Para a solicitação de empréstimo junto ao BNDES, faz-se necessária a apresentação de 5087
um modelo de avaliação econômica do empreendimento. O proponente, na apresentação 5088
dos estudos e projetos e no encaminhamento das solicitações de financiamento 5089
referentes à implantação e ampliação de sistemas, deve apresentar a Avaliação 5090
Econômica do correspondente empreendimento. Esta deverá incluir os critérios e rotinas 5091
para obtenção dos resultados econômicos, tais como cálculo da tarifa média, despesas 5092
com energia, pessoal, etc. As informações devem constar em um capítulo do relatório da 5093
avaliação socioeconômica, onde serão apresentadas as informações de: nome (estado, 5094
cidade, título do projeto); descrição do projeto; custo a preços constantes (investimento 5095
inicial, complementares em ampliações e em reformas e reabilitações); valores de 5096
despesas de explorações incrementais; receitas operacionais e indiretas; volume 5097
consumido incremental e população servida incremental. 5098
Na análise, serão selecionados os seguintes índices econômicos: população anual 5099
servida equivalente, investimento, custo, custo incremental médio de longo prazo - CIM e 5100
tarifa média atual. Também deverá ser realizada uma caracterização do município, com 5101
breve histórico, dados geográficos e demográficos, dados relativos à distribuição espacial 5102
da população (atual e tendências), uso e ocupação do solo, sistema de transporte e 5103
trânsito, sistema de saneamento básico e dados econômico-financeiros do município. 5104
Quanto ao projeto, deverão ser definidos seus objetivos e metas a serem atingidas. 5105
Deverá ser explicitada a fundamentação e justificativas para a realização do projeto, 5106
principais ganhos a serem obtidos com sua realização do número de pessoas a serem 5107
beneficiadas. 5108
Banco Mundial 5109
A busca de financiamentos e convênios via Banco Mundial deve ser uma alternativa 5110
interessante para a viabilização das ações. A entidade é a maior fonte mundial de 5111
assistência para o desenvolvimento, sendo que disponibiliza cerca de US$30 bilhões 5112
anuais em empréstimos para os seus países clientes. O Banco Mundial levanta dinheiro 5113
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para os seus programas de desenvolvimento recorrendo aos mercados internacionais de 5114
capital e junto aos governos dos países ricos. 5115
A postulação de um projeto junto ao Banco Mundial deve ocorrer através da SEAIN 5116
(Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento). Os órgãos 5117
públicos postulantes elaboram carta consulta à Comissão de Financiamentos Externos 5118
(COFIEX/SEAIN), que publica sua resolução no Diário Oficial da União. É feita então uma 5119
consulta ao Banco Mundial e o detalhamento do projeto é desenvolvido conjuntamente. A 5120
Procuradoria Geral da Fazenda Federal e a Secretaria do Tesouro Nacional então 5121
analisam o financiamento sob diversos critérios, como limites de endividamento, e 5122
concedem ou não a autorização para contraí-lo. No caso de estados e municípios, é 5123
necessária a concessão de aval da União. Após essa fase, é enviada uma solicitação ao 5124
Senado Federal, e é feito o credenciamento da operação junto ao Banco Central - FIRCE 5125
- Departamento de Capitais Estrangeiros. 5126
O Acordo Final é elaborado em negociação com o Banco Mundial, e é enviada carta de 5127
exposição de motivos ao Presidente da República sobre o financiamento. Após a 5128
aprovação pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal (CAE), o projeto é 5129
publicado e são determinadas as suas condições de efetividade. Finalmente, o 5130
financiamento é assinado entre representantes do mutuário e do Banco Mundial. 5131
O BANCO tem exigido que tais projetos sigam rigorosamente critérios ambientais e que 5132
contemplem a Educação Ambiental do público beneficiário dos projetos financiados. 5133
BID - PROCIDADES 5134
O PROCIDADES é um mecanismo de crédito destinado a promover a melhoria da 5135
qualidade de vida da população nos municípios brasileiros de pequeno e médio porte. A 5136
iniciativa é executada por meio de operações individuais financiadas pelo Banco 5137
Interamericano do Desenvolvimento (BID). 5138
O PROCIDADES financia ações de investimentos municipais em infraestrutura básica e 5139
social incluindo: desenvolvimento urbano integrado, transporte, sistema viário, 5140
saneamento, desenvolvimento social, gestão ambiental, fortalecimento institucional, entre 5141
outras. Para serem elegíveis, os projetos devem fazer parte de um plano de 5142
desenvolvimento municipal que leva em conta as prioridades gerais e concentra-se em 5143
setores com maior impacto econômico e social, com enfoque principal em populações de 5144
baixa renda. O PROCIDADES concentra o apoio do BID no plano municipal e simplifica 5145
os procedimentos de preparação e aprovação de projetos mediante a descentralização 5146
das operações. Uma equipe com especialistas, consultores e assistentes atua na 5147
representação do Banco no Brasil (CSC/CBR) para manter um estreito relacionamento 5148
com os municípios. 5149
5150
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O programa financia investimentos em desenvolvimento urbano integrado com uma 5151
abordagem multissetorial, concentrada e coordenada geograficamente, incluindo as 5152
seguintes modalidades: melhoria de bairros, recuperação urbana e renovação e 5153
consolidação urbana. 5154
16. FORMULAÇÃO DE MECANISMOS E PROCEDIMENTOS PARA A 5155
AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DA EFICÁCIA DAS AÇÕES 5156
PROGRAMADAS 5157
O presente capítulo tem como foco principal a apresentação dos mecanismos e 5158
procedimentos para avaliações sistemáticas sobre a eficácia das ações programadas 5159
pelos Planos Municipais específicos dos Serviços de Saneamento Básico (PMESSB). 5160
Para tanto, a referência será uma metodologia definida como Marco Lógico, aplicada por 5161
organismos externos de fomento, como o Banco Mundial (BIRD) e o Banco 5162
Interamericano de Desenvolvimento (BID), que associam os objetivos, metas e 5163
respectivos indicadores e os cronogramas de implementação com as correspondentes 5164
entidades responsáveis pela implementação e pela avaliação de programas e projetos. 5165
Portanto, os procedimentos que serão propostos estarão vinculados não somente às 5166
entidades responsáveis pela implementação, como também àquelas que deverão analisar 5167
indicadores de resultados, em termos de eficiência e eficácia. Quanto ao detalhamento 5168
final, a aplicação efetiva da metodologia somente será possível durante a implementação 5169
de cada PMESSB, com suas ações e intervenções previstas e organizadas em 5170
componentes que serão empreendidos por determinadas entidades. 5171
Com tais definições, será então possível elaborar o mencionado Marco Lógico, que deve 5172
apresentar uma Matriz que sintetize a conexão entre o objetivo geral e os específicos, 5173
associados a indicadores e produtos, intermediários e finais, que devem ser alcançados 5174
ao longo do Plano, em cada período de sua implementação. 5175
Estes indicadores de produtos devem ser dispostos a partir da escala de macro- 5176
resultados, descendo ao detalhe de cada componente, programas e projetos de ações 5177
específicas, de modo a facilitar o monitoramento e a avaliação periódica da execução e 5178
de resultados previstos pelos PMESSBs. Portanto, ao fim e ao cabo, o Marco Lógico 5179
deverá gerar uma relação entre os indicadores de resultados, seus percentuais de 5180
atendimento em cada período dos Planos e, ainda, a menção dos órgãos responsáveis 5181
pela mensuração periódica desses dados, tal como consta na Matriz do Marco Lógico, 5182
que segue. 5183
QUADRO 16.1 – MATRIZ DO MARCO LÓGICO DOS PMESSB 5184
Objetivos Específicos e Respectivos
Componentes dos PMESSBs
Programas Subprogramas = Frentes de
Trabalho, com Principais Ações e Intervenções Propostas
Prazos Estimados, Produtos Parciais e
Finais
Entidades Responsáveis pela Execução e pelo
Monitoramento Continuado
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Em termos dos encargos e funções, é importante perceber que os atores intervenientes 5185
no processo de implementação dos PMESSB apresentam diferentes atribuições, segundo 5186
as componentes, o cronograma geral e os resultados – locais e regionais – que traduzem 5187
a performance global dos planos integrados, no âmbito de cada município. 5188
Como referência metodológica, o Quadro 16.2, relativos aos serviços de água e esgotos, 5189
apresentam uma listagem inicial dos componentes principais envolvidos na administração 5190
dos sistemas (intervenção, operação e regulação), bem como dos atores envolvidos, dos 5191
objetivos principais e uma recomendação preliminar a respeito dos itens de 5192
acompanhamento e os indicadores para monitoramento. 5193
Deve-se ressaltar que os itens de acompanhamento (IA) estão referidos aos 5194
procedimentos de execução e aprovação dos projetos e implantação das obras, bem 5195
como aos procedimentos operacionais e de manutenção, que podem indicar a 5196
necessidade de medidas corretivas e de otimização, tanto em termos de prestação 5197
adequada dos serviços, quanto em termos da sustentabilidade econômico-financeira do 5198
empreendimento. Os indicadores de monitoramento espelharão a consecução das metas 5199
estabelecidas no PMESSB em termos de cobertura e qualidade (indicadores primários), 5200
bem como em relação às avaliações esporádicas em relação a alguns resultados de 5201
interesse (indicadores complementares). 5202
QUADRO 16.2 – LISTAGEM DAS COMPONENTES PRINCIPAIS, ATORES, ATIVIDADES E 5203 ITENS DE ACOMPANHAMENTO PARA MONITORAMENTO DOS SERVIÇOS DE ÁGUA E 5204
ESGOTOS 5205
Componentes Principais-
Intervenção/Operação Atores Previstos Atividades Principais Itens de Acompanhamento (IA)
Construção e/ou ampliação da
infraestrutura dos sistemas de água e
esgotos
Empresas contratadas
Operadores de sistemas
Órgãos de meio ambiente
Entidades das Prefeituras Municipais
a elaboração dos projetos executivos
a aprovação dos projetos em órgãos competentes
a elaboração dos relatórios para licenciamento ambiental
a obtenção da licença prévia, de instalação e operação.
a construção da infraestrutura dos sistemas, conforme cronograma de obras.
a implantação das obras previstas no cronograma, para cada etapa da construção/ampliação, como extensão da rede de distribuição e de coleta, ETAs, ETEs e outras
a instalação de equipamentos
a implantação dos equipamentos em unidades dos sistemas, para cada etapa da construção/ampliação
Operação e Manutenção dos
serviços de água e esgotos
SAAEs Concessionária estadual
Operadores privados
a prestação adequada e contínua dos serviços
a fiscalização e acompanhamento das manutenções efetuadas em equipamentos principais dos
sistemas, evitando-se descontinuidades de operação.
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Componentes Principais-
Intervenção/Operação Atores Previstos Atividades Principais Itens de Acompanhamento (IA)
a viabilização do empreendimento em relação aos serviços prestados
a viabilização econômico- financeira do empreendimento, tendo como resultado tarifas médias adequadas e despesas de operação por m³ faturado
(água+esgoto) compatíveis com a sustentabilidade dos sistemas.
o pronto restabelecimento dos serviços de O&M
o pronto restabelecimento no caso de interrupções no tratamento e fornecimento de água e interrupções na coleta e tratamento de esgotos
Monitoramento e ações para
regulação dos serviços prestados
ARSESP
Agências reguladoras locais
Secretaria de Saúde
a verificação e o acompanhamento da prestação adequada dos serviços
a verificação e o acompanhamento das tarifas de água e esgotos, em níveis justificados
a verificação e o acompanhamento dos avanços na eficiência dos sistemas de água e esgotos
monitoramento contínuo dos seguintes indicadores primários:
– cobertura do serviço de água;
– qualidade da água distribuída;
– controle de perdas de água;
– cobertura de coleta de esgotos;
– cobertura do tratamento de esgotos;
– qualidade do esgoto tratado.
monitoramento ocasional dos seguintes indicadores complementares :
– interrupções no tratamento e no fornecimento de água;
– interrupções do tratamento de esgotos;
– índice de perdas de faturamento de água;
– despesas de exploração dos serviços por m³ faturado (água+esgoto);
– índice de hidrometração;
– extensão de rede de água por ligação;
– extensão de rede de esgotos por ligação;
– grau de endividamento da empresa.
5206
A respeito dos quadros, cabe destacar que: 5207
os itens de acompanhamento relativos à elaboração de projetos e obras dizem 5208
respeito essencialmente à execução dos PMESSB, portanto, com objetivos e metas 5209
limitados ao cronograma de execução, até a entrada em operação de unidades dos 5210
sistemas de água e esgotos; englobam, também, intervenções posteriores, de acordo 5211
com o planejamento de implantações ao longo de operação dos sistemas; 5212
5213
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os itens de acompanhamento relativos à operação e manutenção do sistemas e os 5214
procedimentos de regulação dos serviços prestados baseados nos indicadores 5215
principais e complementares devem ser conjuntamente monitorados entre os 5216
operadores de sistemas de água e esgotos e as respectivas agências reguladoras, 5217
com participação obrigatória de entidades ligadas às PMs, que devem elevar seus 5218
níveis de acompanhamento e intervenção, para que objetivos e metas de seus 5219
interesses sejam atendidos; 5220
os objetivos, metas e indicadores concernentes à abordagem regional, portanto, com 5221
foco no Plano Regional Integrado de Saneamento Básico, devem ser encarados como 5222
uma das vertentes de ação do Plano da Bacia Hidrográfica da UGRHI 15, dentre 5223
outras que correspondem aos demais setores usuários das água; 5224
estes indicadores da escala regional devem estar articulados com o perfil das 5225
atividades e dinâmicas socioeconômicas da UGRHI 15, sendo que, em sua maioria, 5226
serão apenas recomendados, uma vez que extrapolam a abrangência dos estudos 5227
setoriais em tela. 5228
Na sequência, também como referência inicial, apresentam-se o Quadros 16.3, relativos 5229
aos serviços de coleta e disposição final de resíduos sólidos, das componentes principais 5230
envolvidas na administração dos sistemas (intervenção, operação e regulação), bem 5231
como dos atores envolvidos, dos objetivos principais e uma recomendação preliminar a 5232
respeito dos itens de acompanhamento e os indicadores para monitoramento. 5233
QUADRO 16.3 – LISTAGEM DAS COMPONENTES PRINCIPAIS, ATORES, ATIVIDADES E 5234 ITENS DE ACOMPANHAMENTO PARA MONITORAMENTO DO SERVIÇO DE LIMPEZA 5235
URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS 5236
Componentes Principais- Intervenção
Atores Previstos Atividades Principais Itens de Acompanhamento (IA)
Avanços em procedimentos e equipamentos para coleta e transporte e na implantação e/ou ampliação dos aterros sanitários para disposição final de resíduos sólidos
Empresas contratadas Operadores de sistemas Órgãos de meio ambiente Entidades das PMs.
projetos de execução aprovação dos projetos pelas PMs
e pela SSRH
licenciamento ambiental
licença prévia e de instalação
ampliação e/ou construção de nova infraestrutura de aterros sanitários, de inertes e de central de
tratamento de resíduos de saúde
implantação das unidades/centrais previstas, para cada etapa, atendendo ao cronograma do Plano
aquisição e instalação de equipamentos
a aquisição de caminhões, tratores e equipamentos necessários para cada uma das unidades/centrais previstas
Monitoramento e ações para regulação dos serviços prestados
Departamentos de Secretarias Municipais Operadores dos sistemas de limpeza locais Operadores das
prestação adequada dos serviços
viabilidade na prestação dos serviços
O&M regular
indicador do serviço de varrição das vias e calçadas
indicador do serviço de coleta regular
indicador da destinação final dos resíduos sólidos
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Componentes Principais- Intervenção
Atores Previstos Atividades Principais Itens de Acompanhamento (IA)
unidades de disposição final Eventuais agências reguladoras
planejamento e avanços na eficiência e eficácia dos serviços de coleta e disposição final de resíduos sólidos
indicador de saturação do tratamento e disposição final de resíduos sólidos
indicadores dos serviços de coleta seletiva
indicadores do reaproveitamento dos resíduos sólidos domésticos
indicadores do manejo e destinação dos resíduos sólidos de serviços de saúde
indicador de reaproveitamento dos resíduos sólidos inertes
Indicador da destinação final dos resíduos sólidos inertes
5237
No que concerne a dados e informações relativas ao conjunto dos segmentos do setor de 5238
saneamento – água, esgotos e resíduos sólidos – bem como, a outras variáveis 5239
indicadas, que dizem respeito aos recursos hídricos e ao meio ambiente, um dos mais 5240
significativos avanços a serem considerados será a implementação de um Sistema de 5241
Informação Georreferenciada (SIG). 5242
Por certo, o SIG a ser instalado para a UGRHI 15 apresentará importantes rebatimentos 5243
sobre os procedimentos para avaliações sistemáticas sobre a eficácia das ações 5244
programadas pelos Planos Municipais Integrados de Saneamento Básico. 5245
Sob tal objetivo, cabe lembrar que o próprio Governo do Estado já detém sistemas de 5246
informações sobre meio ambiente, recursos hídricos e saneamento, que se articulam com 5247
sistemas de cunho nacional e estadual, tendo como boas referências: 5248
o Sistema Nacional de Informações de Saneamento (SNIS), sob a responsabilidade do 5249
Ministério das Cidades; 5250
o Sistema de Informações de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SISAN), 5251
sob responsabilidade da Secretária de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado de 5252
São Paulo; 5253
o Sistema Nacional de Informações de Recursos Hídricos (SNIRH), operado pela 5254
Agência Nacional de Águas (ANA). 5255
Por conseguinte, a demanda será para o desenvolvimento de escalas regionais dos 5256
sistemas de informação que foram desenvolvidos pelo Governo do Estado de São Paulo, 5257
de modo que haja mútua cooperação e convergência entre dados gerais e específicos a 5258
cada UGRHI, organizados para os diferentes setores de saneamento, dos recursos 5259
hídricos e ao meio ambiente. 5260
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Por fim, para a aplicação dos mecanismos e procedimentos propostos com vistas às 5261
avaliações sistemáticas sobre a eficácia das ações dos Planos Municipais Integrados de 5262
Saneamento Básico, devem-se buscar as mútuas articulações interinstitucionais e 5263
coerências entre objetivos, metas e indicadores, tal como consta, em síntese, na Figura 5264
16.1. 5265
5266
Figura 16.1 – Articulações entre Instituições, Objetivos e Metas e Respectivos Indicadores 5267
5268
16.1 INDICADORES DE DESEMPENHO 5269
16.1.1 Indicadores Selecionados para os Serviços de Abastecimento de Água e 5270
Serviços de Esgotamento Sanitário 5271
O Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB), no estabelecimento de suas metas 5272
de curto, médio e longo prazo, seleciona uma série de indicadores para realização do 5273
monitoramento progressivo das metas. 5274
Tais indicadores visam à análise, num âmbito nacional e de modo geral, do cenário de 5275
cobertura e eficiência dos serviços de saneamento, bem como presença de ações de 5276
planejamento, como Planos de Saneamento Básico Municipal e instâncias de fiscalização 5277
e controle dos órgãos de saneamento que atendem a cada município. 5278
5279
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Por se tratar de um planejamento de abrangência nacional, vários destes indicadores não 5280
se prestam à análise da realidade municipal individual dos serviços de saneamento 5281
básico, bem como ao monitoramento de metas. Desta forma, foram analisados os 5282
indicadores do PLANSAB a fim de se selecionar os indicadores mais relevantes e 5283
aplicáveis à situação municipal. 5284
Conceitualmente, as principais variáveis presentes nestes indicadores são: cobertura 5285
(número de domicílios atendidos pelos serviços de saneamento em determinada área), 5286
intermitência dos serviços, índice de perdas (no caso da distribuição de água) e índice de 5287
tratamento (no caso da coleta de esgoto). 5288
Precisamente por se tratar da realidade municipal, o monitoramento é realizado numa 5289
escala mais aprofundada, envolvendo uma quantidade maior de informações. Desta 5290
forma, faz-se necessária a adoção de outros indicadores além dos acima mencionados, 5291
como os referentes a informações de faturamento, qualidade da água distribuída e do 5292
esgoto tratado, extensão de rede, etc. 5293
Para os serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, foi analisado um 5294
conjunto conforme descrito a seguir: 5295
Indicadores Primários 5296
Esses indicadores, considerados extremamente importantes para controle dos sistemas, 5297
foram selecionados no presente estudo como instrumentos obrigatórios para o 5298
monitoramento dos serviços de água e esgoto e foram hierarquizados dessa maneira 5299
porque demonstram, com maior clareza, a eficácia dos serviços prestados à população, 5300
tanto em relação à cobertura do fornecimento de água e à cobertura da coleta/tratamento 5301
dos esgotos, como em relação à otimização da distribuição (redução de perdas), à 5302
qualidade da água distribuída (conforme padrões sanitários adequados) e à qualidade do 5303
esgoto tratado (em atendimento à legislação vigente para lançamento em cursos d’água). 5304
Esses indicadores normalmente constam de Contratos de Programa (no caso dos 5305
serviços prestados pelas companhias estaduais), mas também podem ser aplicados aos 5306
serviços autônomos de responsabilidade das prefeituras ou mesmo de outras 5307
concessionárias, além dos portais do SNIS, vinculado ao Ministério das Cidades e do 5308
SISAN, vinculado a SSRH-SP. Encontram-se relacionados a seguir: 5309
cobertura do serviço de água; 5310
qualidade da água distribuída; 5311
controle de perdas de água de distribuição; 5312
cobertura do serviço de coleta dos esgotos domésticos; 5313
cobertura do serviço de tratamento de esgotos; 5314
qualidade do esgoto tratado. 5315
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Indicadores Complementares 5316
Esses indicadores são considerados de utilização facultativa, mas, como recomendação, 5317
podem ser adotados pelos operadores dos sistemas para um controle mais abrangente 5318
dos serviços, uma vez que englobam os segmentos operacional, financeiro, comercial, 5319
etc. Além disso, tais informações são solicitadas por órgãos governamentais. 5320
São indicadores de natureza informativa e comparativa, sem que estejam ligados 5321
diretamente às eficiências de cobertura e qualidade da água e do esgoto tratado, mas que 5322
podem demonstrar aos operadores resultados eficazes e/ou ineficazes quando analisados 5323
à luz dos padrões considerados adequados ou mesmo quando comparados com outros 5324
sistemas em operação. Podem influenciar ou direcionar novas ações e procedimentos 5325
corretivos, visando, gradativamente, à otimização dos resultados obtidos. 5326
Nessa categoria de indicadores complementares (utilização facultativa), foram 5327
selecionados os seguintes indicadores: 5328
interrupções de tratamento de água; 5329
interrupções do tratamento de esgotos; 5330
índice de perdas de faturamento de água; 5331
despesas de exploração por m³ faturado (água+esgoto); 5332
índice de hidrometração; 5333
extensão de rede de água por ligação; 5334
extensão de rede de esgotos por ligação; 5335
grau de endividamento. 5336
No Quadro 16.4, encontram-se apresentados os indicadores selecionados, com 5337
explicitação das unidades, definições e variáveis envolvidas. A nomenclatura adotada 5338
para os indicadores, bem como as variáveis utilizadas nos cálculos onde aplicável, é a 5339
mesma do SNIS, vinculado ao Ministério das Cidades e ao SISAN, vinculado a SSRH-SP. 5340
5341
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QUADRO 16.4 – INDICADORES DE REGULAÇÃO 5342
Nº Nome do indicador
Unidade Definição Periodicidade Variáveis
1-INDICADORES PRIMÁRIOS
1.1 Cobertura do
Serviço de Água %
(Quantidade de economias residenciais
ativas ligadas nos sistemas de
abastecimento de água + quantidade de
economias residenciais com disponibilidade de
abastecimento de água) * 100 / domicílios totais, projeção IBGE, excluídos os locais em que o operador está
impedido de prestar o serviço, ou áreas de
obrigação de implantar infraestrutura de
terceiros. Anual
Quantidade de Economias Residenciais Ativas de Água
Quantidade de Economias Residenciais com Disponibilidade de Água;
Quantidade de Domicílios Totais
Quantidade de Domicílios em locais em que o operador está impedido de prestar serviços
Quantidade de Domicílios em áreas de obrigação de terceiros implantar infraestrutura
Quantidade de economias residenciais
ativas de água e quantidade de
economias residenciais com disponibilidade de
água * 100 / quantidade de
domicílios urbanos * (100 - percentual de
domicílios urbanos fora da área de atendimento
de água + percentual de domicílios rurais dentro da área de
atendimento de água).
Quantidade de Domicílios urbanos;
Percentual de domicílios urbanos fora da área de atendimento de água; e
Percentual de domicílios rurais dentro da área de atendimento de água.
1.2 Qualidade da
Água Distribuída %
Fórmula que considera os resultados das
análises de coliformes totais, cloro, turbidez, pH, flúor, cor, THM,
ferro e alumínio.
Mensal
Valor do IDQAd (Índice de Desempenho da Qualidade da Água Distribuída)
1.3 Controle de
Perdas L * ligação/ Dia
[Volume de água (produzido + tratado importado (volume
entregue) - de serviço) anual - volume de água consumo - volume de
água exportado]/ quantidade de ligações
ativas de água
Mensal
Volume de Água Produzido (anual móvel);
Volume de Água Tratada Importado (anual móvel);
Volume de Água de Serviço (anual móvel);
Volume de Água consumido (anual móvel)l
Volume de Água tratada Exportado (anual móvel);
Quantidade de Ligações Ativas de Água (média anual móvel).
1.4
Cobertura do Serviço de
Esgotos Sanitários
%
(Quantidade de economias residenciais
ativas ligadas ao sistema de coleta de
esgotos + Quantidade de economias
residenciais com
Anual
Quantidade de Economias Residenciais Ativas de Esgoto
Quantidade de economias residenciais com disponibilidade de esgoto;
Quantidade de domicílios
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Nº Nome do indicador
Unidade Definição Periodicidade Variáveis
disponibilidade de sistema de coleta de esgotos inativas ou sem ligação) * 100 /
domicílios totais, excluídos os locais em que o operador está impedido de prestar
serviços, ou áreas de obrigação de implantar
infraestrutura de terceiros
totais;
Domicílios em locais em que o operador está impedido de prestar serviços
Domicílios em áreas de obrigação de terceiros implantar infraestrutura
Quantidade de economias residenciais
ativas de esgoto e quantidade de
economias residenciais com disponibilidade de
esgoto * 100 / quantidade de
domicílios urbanos * (100 - percentual de
domicílios urbanos fora da área de atendimento de esgoto + percentual
de domicílios rurais dentro da área de
atendimento de esgoto)
Anual
Quantidade de domicílios urbanos;
Percentual de domicílios urbanos fora da área de atendimento de esgoto; e
Percentual de domicílios rurais dentro da área de atendimento de esgoto.
1.5 Tratamento de
Esgotos %
Quantidade de economias residenciais
ativas ligadas ao sistema de coleta de esgotos afluentes às
estações de tratamento de esgotos * 100 /
quantidade de economias ligadas ao sistema de coleta de
esgotos
Anual
Quantidade de economias residenciais ativas ligadas ao sistema de coleta de esgotos afluentes às estações de tratamento de esgotos;
Quantidade de Economias Residenciais Ativas de Esgoto
1.6 Qualidade do
Esgoto Tratado %
Fórmula que considera os resultados das
análises dos principais parâmetros indicados –
CONAMA 430
Mensal
Valor do IDQEt (Índice de Desempenho da Qualidade do Esgoto Tratado) (fórmula a ser definida)
2-INDICADORES COMPLEMENTARES-OPERACIONAIS
2.1 Programa de Investimentos
(Água) %
Investimentos realizados no sistema de abastecimento de
água * 100 / investimentos previstos
no contrato de programa para o
sistema de abastecimento de água
Anual
Investimentos realizados no sistema de abastecimento de água; e
Investimentos previstos no contrato de programa para o sistema de abastecimento de água.
2.2 Programa de Investimentos
(Esgoto) %
Investimentos realizados no sistema
de esgotamento sanitário * 100 /
investimentos previstos no contrato de
Anual
Investimentos realizados no sistema de esgotamento sanitário; e
Investimentos previstos no contrato de programa para o sistema de
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Nº Nome do indicador
Unidade Definição Periodicidade Variáveis
programa para o sistema de
esgotamento sanitário
esgotamento sanitário.
2.3 Interrupções de
Tratamento (Água)
%
(duração das paralisações) * 100/(24 x duração do período
de referência)
Mensal Duração das interrupções
2.4
Interrupções de Tratamento
(Esgoto)
%
(duração das paralisações) * 100/(24 x duração do período
de referência)
Mensal Duração das interrupções
2.5 Interrupções de Fornecimento
%
Somatório para o período de referência
(Quantidade de economias ativas
atingidas por paralisações x duração
das paralisações) * 100/ (Quantidade de economias ativas de
água x 24 x duração do período de referência)
Mensal
Quantidade de economias ativas atingidas por interrupções
Duração das interrupções
2.6
Densidade de Obstruções na Rede Coletora
de Esgotos
Nº de desobstruções /
km de rede coletora
Desobstruções de rede coletora realizadas /
extensão da rede coletora
Mensal
Desobstruções de rede coletora realizadas no mês; e
Extensão da Rede de Esgoto
2.7
Índice de Utilização da
Infraestrutura de Produção de
Água
% Vazão produzida * 100 / capacidade nominal
da ETA Anual
Volume de Água Produzido
Capacidade nominal da ETA.
2.8
Índice de Utilização da
Infraestrutura de Tratamento de
Esgotos
%
Vazão de esgoto tratado * 100 /
capacidade nominal da ETE
Anual
Volume de Esgoto Tratado
Capacidade Nominal da ETE.
2.9
Índice de Perda de Faturamento
(água)
%
Volume de Águas não
Faturadas / Volume Disponibilizado à
Distribuição
anual
Volume de Águas não Faturadas
Volume Disponibilizado à Distribuição (Vol. Produz.+ Vol.TratadoImport - Vol.Água de Serviço-Vol.Tratado Export.)
3-INDICADORES COMPLEMENTARES-FINANCEIROS
3.1
Despesa com Energia Elétrica por m³(Cons. +
Colet.)
R$/m³
Despesa com Energia Elétrica / Volume de Água Consumido+
Volume Coletado de Esgoto
Despesa com Energia Elétrica
Volume de Água Produzido
Volume de Esgoto Coletado
3.2
Despesa Exploração por
m³(Cons.+ Colet.)
R$ / m³
Despesas de Exploração / Volume
de Água Consumido + Volume de Esgoto
Coletado
anual
Despesas de Exploração
Volume de Água Consumido
Volume de Esgoto Coletado
3.3
Despesa Exploração por m³ (faturado)
(água + esgoto)
R$ / m³
Despesas de Exploração / Volume de Água Faturado + Volume de Esgoto
Faturado
anual
Despesas de Exploração
Volume de Água Faturado
Volume de Esgoto Faturado
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Nº Nome do indicador
Unidade Definição Periodicidade Variáveis
3.4 Tarifa Média
Praticada R$/m³
Receita Operacional Direta de Água +
Receita Operacional Direta de Esgoto+
Receita Operacional Direta de Água
Exportada/ Volume de Água Faturado +
Volume de Esgoto Faturado
anual
Receita Operacional Direta de Água
Receita Operacional Direta de Esgoto
Receita Operacional Direta de Água Exportada
Volume de Água Faturado
Volume de Esgoto Faturado
3.5 Eficiência de Arrecadação
% Arrecadação Total / Receita Operacional
Total mensal
Arrecadação Total
Receita Operacional Total
4-INDICADORES COMPLEMENTARES-COMERCIAIS / OUTROS/BALANÇO
4.1 Reclamações por Economia
Reclamações /economia
Quantidade Total de Reclamações de Água + Quantidade Total de
Reclamações de Esgoto / Quantidade de
Economias Ativas de Água+ Quantidade de Economias Ativas de
Esgoto
mensal
Quantidade Total de Reclamações de Água
Quantidade Total de Reclamações de Água
Quantidade de Economias Ativas de Água
Quantidade de Economias Ativas de Água
4.2 Índice de
Apuração de Consumo
%
Quantidade de Leituras com Código de
Impedimento de Leitura / Quantidade Total de
Leituras Efetuadas
mensal
Quantidade de Leituras com Código de Impedimento de Leitura
Quantidade Total de Leituras Efetuadas
4.3 Índice de
Hidrometração %
Quantidade de Ligações Ativas de
Água Micromedidas/ mensal
Quantidade de Ligações Ativas de Água Micromedidas
Quantidade de Ligações Ativas de
Água
Quantidade de Ligações Ativas de Água
4.4 Ligação por Empregado
Ligações / empregado equivalente
Quantidade de Ligações Ativas de
Água+ Quantidade de Ligações Ativas de
Esgoto/ [Quantidade Total de Empregados Próprios ] + [Despesa
com Serviços de Terceiros x Quantidade Total de Empregados Próprios ]/ Despesa com Pessoal Próprio
anual
Quantidade de Ligações Ativas de Água
Quantidade de Ligações Ativas de Esgoto
Quantidade Total de Empregados Próprios
Despesa com Serviços de Terceiros
Quantidade Total de Empregados Próprios
Despesa com Pessoal Próprio
4.5 Extensão de
Rede de Água por ligação
m/ligação Extensão de Rede de Água/Quantidade de
Ligações Totais anual
Extensão de Rede de Água
Quantidade de Ligações Totais de Água
4.6 Extensão de
Rede de Esgoto por ligação
m/ligação Extensão de Rede de Esgoto/Quantidade de
Ligações Totais anual
Extensão de Rede de Esgoto
Quantidade de Ligações Totais de Esgoto
4.7 Grau de
Endividamento %
Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo
+ Resultado de Exercícios
Futuros/Ativo Total
anual
Passivo Circulante
Exigível a Longo Prazo
Resultado de Exercícios Futuros
Ativo Total
Elaboração Consórcio ENGECORPS/Maubertec, 2018. 5343
5344
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16.1.2 Indicadores Selecionados para os Serviços de Limpeza Urbana e Manejo e 5345
Resíduos Sólidos 5346
Embora os indicadores (de serviço de coleta regular, de destinação final dos RSD e de 5347
saturação do tratamento e disposição final de RSD) utilizados na composição do ISAm – 5348
Indicador de Salubridade Ambiental sejam bastante úteis, não podem ser considerados 5349
suficientes perante tamanha diversidade de aspectos e de tipos de resíduos que 5350
envolvem os serviços de limpeza pública e de manejo de resíduos sólidos. 5351
Assim, considerou-se oportuno apresentar indicadores complementares que, juntamente 5352
com os anteriores, podem expressar com maior propriedade as condições do município 5353
em relação a este tema. 5354
Além disso, propõe-se que, ao invés de se usar uma média aritmética para o cálculo do 5355
Irs – Indicador de Resíduos Sólidos, seja promovida uma média ponderada dos 5356
indicadores através de pesos atribuídos de acordo com a sua importância para a 5357
comunidade, para a saúde pública e para o meio ambiente. 5358
Para a ponderação, sugere-se que sejam levados em conta os seguintes pesos relativos 5359
a cada um dos indicadores que, através de sua somatória, totalizam p = 10,0: 5360
Icr - Indicador do Serviço de Coleta Regular: ..................................................... p = 1,5 5361
Iqr - Indicador da Destinação Final dos RSD: ..................................................... p = 2,0 5362
Isr - Indicador de Saturação do Tratamento e Disposição Final de RSD ............ p = 1,0 5363
Ivm - Indicador do Serviço de Varrição das Vias: ................................................. p = 1,0 5364
Ics - Indicador do Serviço de Coleta Seletiva: ..................................................... p = 1,0 5365
Irr - Indicador do Reaproveitamento dos RSD:................................................... p = 1,0 5366
Irc - Indicador do Reaproveitamento dos RCC: .................................................. p = 0,5 5367
Idc - Indicador da Destinação Final dos RCC: ..................................................... p = 0,5 5368
Ids - Indicador do Manejo e Destinação dos RSS: .............................................. p = 1,5 5369
5370
Irs= (1,5*Icr+2,0*Iqr+1,0*Isr+1,0*Ivm+1,0*Ics+1,0*Irr+0,5*Irc+0,5*Idc+1,5*Ids)/10 5371
Caso, para este plano, ainda não se tenham as informações necessárias para gerar 5372
algum dos indicadores, seu peso deve ser deduzido do total para efeito do cálculo do Irs. 5373
A conceituação dos indicadores e a metodologia para a estimativa de seus valores 5374
encontram-se apresentadas na sequência. 5375
5376
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Icr – Indicador de Coleta Regular 5377
Este indicador utilizado na composição do ISAm, quantifica os domicílios atendidos por 5378
coleta de resíduos sólidos domiciliares, sendo calculado com base no seguinte critério: 5379
%Dcr = (Duc/Dut) x 100 5380
Onde: 5381
%Dcr - porcentagem de domicílios atendidos 5382
Duc - total dos domicílios urbanos atendidos por coleta de lixo 5383
Dut - total dos domicílios urbanos 5384 5385
Critério de cálculo final: 5386
5387 Onde: 5388
%Dcr min ≤ 0 5389
%Dcrmax ≥ 90 (Valor para faixa de população de 20.001 a 100.000 habitantes) 5390
5391
Iqr – Indicador de Tratamento e Disposição Final de RSD 5392
A classificação dos locais de destinação final e tratamento de RSD é definido pela FEAM, 5393
conforme descrito a seguir: 5394
Lixão – forma de disposição final inadequada dos RSU, que são lançados a céu aberto 5395
sem nenhum critério técnico, não adotando as medidas necessárias para proteger a 5396
saúde pública e o meio ambiente. Ressalta-se que, municípios que não recobrem os 5397
RSU com a frequência mínima exigida pela DN COPAM 118/2008, conforme 5398
apresentado no Quadro 16.5, são classificados como lixões. 5399
A atividade de catação de materiais recicláveis e a queima ou vestígio de queima de RSU 5400
também são pontos decisivos na classificação da disposição final do município como 5401
lixão. 5402
QUADRO 16.5 – FREQUÊNCIA MÍNIMA DE RECOBRIMENTO DOS RSU EXIGIDA PELA 5403 DN 118/2008 5404
População Urbana do Município Frequência de Recobrimento
Inferior a 5.000 habitantes no mínimo uma vez por semana
entre 5.000 e 10.000 habitantes no mínimo duas vezes por semana
entre 10.000 e 30.000 habitantes no mínimo três vezes por semana
acima de 30.000 habitantes recobrimento diário
Fonte: DN COPAM 118/2008. Elaboração Consórcio ENGECORPS/Maubertec, 2018. 5405
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5406
Aterro Controlado – forma considerada paliativa de disposição final dos RSU, até que 5407
seja implementado um sistema adequado de tratamento e/ou disposição final de RSU. 5408
Um aterro controlado causa menor impacto ambiental que um lixão, mas apresenta 5409
qualidade bastante inferior a de um aterro sanitário. Nesse tipo de disposição há o 5410
emprego de critérios de engenharia conforme NBR 8849:1985 e os RSU são recobertos 5411
com a frequência mínima exigida pela DN COPAM 118/2008, apresentada no Quadro 8.7 5412
anterior. 5413
Nos aterros controlados são adotadas apenas medidas mínimas necessárias para 5414
diminuir o impacto sobre a saúde pública e o meio ambiente, tais como: 5415
recobrimento de resíduos atendendo à frequência mínima apresentada no Quadro 5416
8.7; 5417
implantação de sistema de drenagem pluvial; 5418
estar em área isolada, possuir portão na entrada, de forma a dificultar o acesso de 5419
pessoas e animais, além de possuir placa de identificação e placa de proibição de 5420
entrada e permanência de pessoas estranhas; 5421
estar situado a uma distância mínima de 300 metros de cursos d’água ou qualquer 5422
coleção hídrica, podendo ser admitidas distâncias entre 200 e 300 metros, desde 5423
que não exista outra alternativa locacional e que seja declarada a viabilidade da 5424
área por responsável técnico, conforme prevê a DN 118/2008; 5425
estar situado a uma distância mínima de 500 metros de núcleos populacionais; 5426
estar localizado em área não sujeita a eventos de inundação; 5427
estar localizado em área com solo de baixa permeabilidade e com declividade 5428
média inferior a 30%; 5429
não poderá estar localizado em áreas erodidas, em especial voçorocas, em áreas 5430
cársticas ou em Áreas de Preservação Permanente – APP. 5431
Em um aterro controlado, no entanto, não há adoção de elementos de proteção 5432
ambiental, tais como impermeabilização de base e laterais, coleta e tratamento dos gases 5433
e lixiviado gerados. Essas medidas são aceitas para municípios com menos de vinte mil 5434
habitantes e até 2 de agosto de 2014, como preconizado pela Lei 12.305/2010. 5435
Aterro Sanitário – forma de disposição final dos RSU considerada adequada. O Aterro 5436
Sanitário é uma forma de “disposição final de resíduos sólidos urbanos no solo, sem 5437
causar danos à saúde pública e à sua segurança, minimizando os impactos 5438
ambientais. Este método utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos 5439
sólidos na menor área possível e reduzi-los ao menor volume permissível, cobrindo-os 5440
com uma camada de terra na conclusão de cada trabalho, ou intervalos menores, se 5441
necessário” (NBR 8419:1992). 5442
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ENGECORPS
Este método de disposição final dos resíduos deve contar com todos os elementos de 5443
proteção ambiental: 5444
sistema de impermeabilização de base e laterais; 5445
sistema de cobertura; 5446
sistema de coleta e drenagem de líquidos percolados; 5447
sistema de coleta e tratamentos dos gases; 5448
sistema de drenagem superficial; 5449
sistema de tratamento de líquidos percolados; 5450
sistema de monitoramento. 5451
Usina de Triagem e Compostagem (UTC) – forma de tratamento dos RSU considerada 5452
adequada. As UTCs são equipamentos com a finalidade de separar materiais 5453
potencialmente recicláveis, a matéria orgânica e os rejeitos. 5454
Os materiais recicláveis, depois de separados, são prensados, enfardados e 5455
armazenados para posterior comercialização; a matéria orgânica é tratada em processo 5456
de compostagem NBR 13591:1996 e os rejeitos dispostos em valas, não 5457
impermeabilizadas, escavadas em áreas contíguas à UTC ou em aterros sanitários. 5458
O processo de compostagem é um método de tratamento que envolve a conversão 5459
biológica da matéria orgânica e tem como produto final o composto orgânico, um material 5460
rico em húmus e nutrientes minerais que pode ser utilizado em paisagismos, na 5461
recuperação de áreas degradadas, entre outros. 5462
Em função do enquadramento dado pela FEAM, será atribuído um respectivo valor de 5463
indicador, conforme o Quadro 16.6: 5464
QUADRO 16.6 – ENQUADRAMENTO DAS INSTALAÇÕES 5465
Iqr Enquadramento
0,0 Lixão
6,0 Aterro Controlado
10,0 Aterro Sanitário
10,0 UTC
Elaboração Consórcio ENGECORPS/Maubertec, 2018. 5466
Porém, sugere-se acrescentar aos critérios deste indicador que, caso o município troque 5467
de unidade e/ou procedimento ao longo do ano, o seu Iqr final será a média dos Iqrs das 5468
unidades utilizadas, ponderada pelo número de meses em que ocorreu a efetiva 5469
destinação em cada uma delas. 5470
5471
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Isr – Indicador de Saturação do Tratamento e Disposição Final de RSD 5472
Este indicador, o último componente do ISAm, demonstra a capacidade restante dos 5473
locais de disposição e a necessidade de implantação de novas unidades de disposição de 5474
resíduos, sendo calculado com base nos seguintes critérios: 5475
5476 onde: 5477
n = tempo em que o sistema ficará saturado (anos) 5478
O nmín e o nmáx são fixados conforme Quadro 16.7. 5479
5480
QUADRO 16.7 – FIXAÇÃO DO NMÍN E O NMÁX 5481
Faixa da População nmín Isr nmáx Isr
Até 20.000 hab.
≤ 0 0
n ≥ 1
100 20.001 a 50.000 hab. n ≥ 2
De 50.001 a 200.000 hab n ≥ 3
Maior que 200.000 hab n ≥ 5
Elaboração Consórcio ENGECORPS/Maubertec, 2018. 5482
Ivm - Indicador do Serviço de Varrição das Vias 5483
Este indicador quantifica as vias urbanas atendidas pelo serviço de varrição, tanto manual 5484
quanto mecanizada, sendo calculado com base no seguinte critério: 5485
Ivm= 100 x (%vm atual - %vmmín)/ (%vmmáx - %vmmín) 5486
onde: 5487
Ivm é o indicador da varrição de vias 5488
%vmmín é o % da km de varrição mínimo = 10% das vias urbanas pavimentadas 5489
%vmmáx é o % de km de varrição máximo = 100% das vias urbanas pavimentadas 5490
%vm atual é o % de km de varrição praticado em relação ao total das vias urbanas 5491
pavimentadas 5492
Ics - Indicador do Serviço de Coleta Seletiva 5493
Este indicador quantifica os domicílios atendidos por coleta seletiva de resíduos sólidos 5494
recicláveis, também denominada lixo seco, sendo calculado com base no seguinte 5495
critério: 5496
5497
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Ics= 100 x (%cs atual - %csmín)/ (%csmáx - %csmín) 5498
onde: 5499
Ics é o indicador de coleta regular 5500
%csmín é o % dos domicílios coletados mínimo = 0% dos domicílios municipais 5501
%csmáx é o % dos domicílios coletados máximo = 100% dos domicílios municipais 5502
%cs atual é o % dos domicílios municipais coletados em relação ao total dos 5503
domicílios municipais 5504
Irr - Indicador do Reaproveitamento dos RSD 5505
Este indicador traduz o grau de reaproveitamento dos materiais reaproveitáveis presentes 5506
na composição dos resíduos sólidos domiciliares e deve sua importância à 5507
obrigatoriedade ditada pela nova legislação federal referente à Política Nacional dos 5508
Resíduos Sólidos, sendo calculado com base no seguinte critério: 5509
Irr = 100 x (%rr atual - %rrmín)/ (%rrmáx - %rrmín) 5510
onde: 5511
Irr é o indicador de reaproveitamento de resíduos sólidos 5512
%rrmín é o % dos resíduos reaproveitados mínimo = 0% do total de resíduos 5513
sólidos gerados no município 5514
%rrmáx é o % dos resíduos reaproveitados máximo = 70% do total de resíduos 5515
sólidos gerados no município 5516
%rr atual é o % dos resíduos reaproveitados em relação ao total dos resíduos 5517
sólidos gerados no município 5518
Irc - Indicador do Reaproveitamento dos RCC 5519
Este indicador traduz o grau de reaproveitamento dos materiais reaproveitáveis presentes 5520
na composição dos resíduos sólidos da construção civil e, embora também esteja 5521
vinculado de certa forma à obrigatoriedade ditada pela nova legislação federal referente à 5522
Política Nacional dos Resíduos Sólidos, não tem a mesma importância do 5523
reaproveitamento dos RSD, sendo calculado com base no seguinte critério: 5524
Irc= 100 x (%ri atual - %rimín)/ (%rimáx - %rimín) 5525
onde: 5526
Irc é o indicador de reaproveitamento de resíduos sólidos da construção civil 5527
%rimín é o % dos resíduos reaproveitados mínimo = 0% do total de resíduos 5528
sólidos da construção civil gerados no município 5529
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%rimáx é o % dos resíduos reaproveitados máximo = 100% do total de resíduos 5530
sólidos da construção civil gerados no município 5531
%ri atual é o % dos resíduos da construção civil reaproveitados em relação ao total 5532
dos resíduos sólidos da construção civil gerados no município 5533
Idc - Indicador da Destinação Final dos RCC 5534
Este indicador é responsável pela avaliação das condições dos sistemas de disposição de 5535
resíduos sólidos da construção civil que, embora ofereça menores riscos do que os 5536
relativos à destinação dos RSD, se não bem operados podem gerar o assoreamento de 5537
drenagens e acabarem sendo, em muitos casos, responsáveis por inundações 5538
localizadas, sendo calculado com base no seguinte critério: 5539
Idc= 10 x IQC 5540
onde: 5541
Idc é o indicador de disposição final de resíduos sólidos da construção civil. 5542
IQC é o índice de qualidade de destinação de resíduos da construção civil, 5543
atribuído à forma/unidade de destinação final utilizada pelo município para dispor 5544
seus resíduos sólidos da construção civil e estimado de acordo com os seguintes 5545
critérios: 5546
5547
QUADRO 16.8 – VALORES ASSOCIADOS AO IQC – ÍNDICE DE QUALIDADE DE 5548 DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL 5549
Operação da Unidade Condições IQC
Sem triagem prévia / sem configuração topográfica /sem drenagem superficial inadequadas 0,00
Com triagem prévia / sem configuração topográfica / sem drenagem superficial inadequadas 2,00
Com triagem prévia / com configuração topográfica / sem drenagem superficial Controladas 4,00
Com triagem prévia / com configuração topográfica / com drenagem superficial Controladas 6,00
Com triagem prévia / sem britagem / com reaproveitamento Adequadas 8,00
Com triagem prévia / com britagem / com reaproveitamento Adequadas 10,00
Elaboração Consórcio ENGECORPS/Maubertec, 2018. 5550
Caso o município troque de unidade e/ou procedimento ao longo do ano, o seu IQC final 5551
será a média dos IQCs das unidades e/ou procedimentos utilizados, ponderada pelo 5552
número de meses em que ocorreu a efetiva destinação em cada um deles. 5553
Ids - Indicador do Manejo e Destinação dos RSS 5554
Este indicador traduz as condições do manejo dos resíduos dos serviços de saúde, desde 5555
sua forma de estocagem para conviver com baixas frequências de coleta até o transporte, 5556
tratamento e disposição final dos rejeitos, sendo calculado com base no seguinte critério: 5557
Ids = 10 x IQS 5558
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onde: 5559
Ids é o indicador de manejo de resíduos de serviços de saúde 5560
IQS é o índice de qualidade de manejo de resíduos de serviços de saúde, estimado 5561
de acordo com os seguintes critérios: 5562
QUADRO 16.9 – VALORES ASSOCIADOS AO IQS – ÍNDICE DE QUALIDADE DE MANEJO DE 5563 RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE 5564
Operação da Unidade Condições IQS
Com baixa frequência e sem estocagem refrigerada /sem transporte adequado /sem tratamento licenciado / sem disposição final adequada dos rejeitos tratados
Inadequadas 0,00
Com baixa frequência e com estocagem refrigerada /sem transporte adequado /sem tratamento licenciado / sem disposição final adequada dos rejeitos tratados
Inadequadas 2,00
Com frequência adequada /sem transporte adequado /sem tratamento licenciado / sem disposição final adequada dos rejeitos tratados
Controladas 4,00
Com frequência adequada /com transporte adequado /sem tratamento licenciado / sem disposição final adequada dos rejeitos tratados
Controladas 6,00
Com frequência adequada /com transporte adequado /com tratamento licenciado / sem disposição final adequada dos rejeitos tratados
Adequadas 8,00
Com frequência adequada /com transporte adequado /com tratamento licenciado / com disposição final adequada dos rejeitos tratados
Adequadas 10,00
Elaboração Consórcio ENGECORPS/Maubertec, 2018. 5565
5566
Caso o município troque de procedimento/unidade ao longo do ano, o seu IQS final será a 5567
média dos IQSs dos procedimentos/unidades utilizados, ponderada pelo número de 5568
meses em que ocorreu o efetivo manejo em cada um deles. 5569
5570
17. PREVISÃO DE EVENTOS DE CONTINGÊNCIAS E 5571
EMERGÊNCIAS 5572
17.1 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 5573
As intervenções descritas anteriormente são essenciais para propiciar a operação 5574
permanente dos sistemas de água e esgotos do município. De caráter preventivo, em sua 5575
maioria, buscam conferir grau adequado de segurança aos processos e instalações 5576
operacionais evitando descontinuidades. 5577
Como em qualquer atividade, no entanto, sempre existe a possibilidade de ocorrência de 5578
situações imprevistas. As obras e os serviços de engenharia em geral, e os de 5579
saneamento em particular, são planejados respeitando-se determinados níveis de 5580
segurança resultados de experiências anteriores e expressos na legislação ou em normas 5581
técnicas. 5582
Quanto maior o potencial de causar danos aos seres humanos e ao meio ambiente 5583
maiores são os níveis de segurança estipulados. Casos limites são, por exemplo, os de 5584
usinas atômicas, grandes usinas hidrelétricas, entre outros. 5585
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O estabelecimento de níveis de segurança e, consequentemente, de riscos aceitáveis é 5586
essencial para a viabilidade econômica dos serviços, pois, quanto maiores os níveis de 5587
segurança, maiores são os custos de implantação e operação. 5588
A adoção sistemática de altíssimos níveis de segurança para todo e qualquer tipo de obra 5589
ou serviço acarretaria um enorme esforço da sociedade para a implantação e operação 5590
da infraestrutura necessária à sua sobrevivência e conforto, atrasando seus benefícios. E 5591
o atraso desses benefícios, por outro lado, também significa prejuízos à sociedade. Trata-5592
se, portanto, de encontrar um ponto de equilíbrio entre níveis de segurança e custos 5593
aceitáveis. 5594
No caso dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, encontram-5595
se identificados, nos Quadros 17.1 e 17.2, os principais tipos de ocorrências, as possíveis 5596
origens e as ações a serem desencadeadas. Para novos tipos de ocorrências que 5597
porventura venham a surgir, os operadores deverão promover a elaboração de novos 5598
planos de atuação. 5599
QUADRO 17.1 – AÇÕES DE CONTINGÊNCIA E EMERGÊNCIA PARA O S.A.A 5600
Ocorrência Origem Plano de Contingências
1. Falta d´água generalizada
Inundação das captações de água com danificação de equipamentos eletromecânicos / estruturas
Comunicação à população/ instituições / autoridades/ Defesa Civil
Reparo das instalações danificadas
Deslizamento de encostas / movimentação do solo / solapamento de apoios de estruturas com arrebentamento da adução de água bruta ou tratada
Comunicação às autoridades / Defesa Civil
Evacuação das áreas atingidas, apoio aos atingidos e reparo das instalações danificadas
Interrupção prolongada no fornecimento de energia elétrica nas instalações de produção de água
Comunicação ao órgão responsável pelo fornecimento de energia
Controle da água disponível em reservatórios
Vazamento de cloro nas instalações de tratamento de água
Implementação do Plano de Atendimento de Emergência
23 – Cloro
Situação de seca, vazões críticas de mananciais
Deslocamento de frota grande de caminhões tanque
Controle da água disponível em reservatórios
Implementação de rodízio de abastecimento
Ações de vandalismo Comunicação à Polícia
Reparo das instalações danificadas
2. Falta d´água parcial ou localizada
Deficiências de água nos mananciais em períodos de estiagem
Deslocamento de frota grande de caminhões tanque
Controle da água disponível em reservatórios
Implementação de rodízio de abastecimento
Interrupção temporária no fornecimento de energia elétrica nas instalações de produção de água
Comunicação ao órgão responsável pelo fornecimento de energia
Controle da água disponível em reservatórios
Interrupção no fornecimento de energia elétrica em setores de distribuição
Comunicação ao órgão responsável pelo fornecimento de energia
Danificação de equipamentos de estações elevatórias de água tratada
Reparo das instalações danificadas
Danificação de estruturas de Controle da água disponível em reservatórios
23
Este plano seria para uso em caso de um vazamento acidental de cloro, hidróxido de potássio, hidróxido de sódio, hipoclorito de sódio, cloreto de hidrogênio ou em atendimento a uma violação à segurança para minimizar o impacto.
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Ocorrência Origem Plano de Contingências
reservatórios e elevatórias de água tratada
Abertura das válvulas de manobras entre setores de abastecimento
Reparo das instalações danificadas
Rompimento de redes e linhas adutoras de água tratada
Comunicação às autoridades / Defesa Civil
Evacuação das áreas atingidas, apoio aos atingidos e reparo das instalações danificadas
Ações de vandalismo Comunicação à Polícia
Reparo das instalações danificadas
Elaboração Consórcio ENGECORPS/Maubertec, 2018. 5601
QUADRO 17.2 – AÇÕES DE CONTINGÊNCIA E EMERGÊNCIA PARA O S.E.S. 5602 Ocorrência Origem Plano de Contingências
1. Paralisação da estação de
tratamento de esgotos
Interrupção no fornecimento de energia elétrica nas instalações de tratamento
Comunicação à concessionária de energia elétrica
Ligar os geradores ou aluguel de geradores de energia para atender a contribuição durante a interrupção do fornecimento de energia elétrica nas unidades
Instalação do tanque de acumulação e amortecimento do esgoto extravasado, com o objetivo de evitar a poluição do solo e água
Danificação de equipamentos eletromecânicos / estruturas
Utilização dos equipamentos reserva
Comunicação aos órgãos de controle ambiental dos problemas com os equipamentos
Reparo das instalações danificadas
Ações de vandalismo Comunicação à Polícia
Reparo das instalações danificadas
2.Extravasamentos de esgotos em
estações elevatórias
Interrupção no fornecimento de energia elétrica nas instalações de bombeamento
Comunicação à concessionária de energia elétrica
Ligar os geradores ou aluguel de geradores de energia para atender a contribuição durante a interrupção do fornecimento de energia elétrica nas unidades
Instalação do tanque de acumulação e amortecimento do esgoto extravasado, com o objetivo de evitar a poluição do solo e água
Danificação de equipamentos eletromecânicos / estruturas
Utilização dos equipamentos reserva
Reparo das instalações danificadas
Ações de vandalismo Comunicação à Polícia
Reparo das instalações danificadas
3. Rompimento de linhas de
recalque, coletores tronco, interceptores e
emissários
Desmoronamentos de taludes / paredes de canais
Comunicação à população/ instituições / autoridades/ Defesa Civil
Sinalização e isolamento da área como meio de evitar acidentes
Reparo das áreas de unidades danificadas
Erosões de fundos de vale
Comunicação à população/ instituições / autoridades/ Defesa Civil
Comunicação aos órgãos de controle ambiental sobre o rompimento em alguma parte do sistema de coleta de esgoto
Sinalização e isolamento da área como meio de evitar acidentes
Reparo das áreas de unidades danificadas
Rompimento de travessias
Comunicação às autoridades de trânsito/ Prefeitura Municipal/ órgãos de controle ambiental sobre o rompimento da travessia
Sinalização e isolamento da área como meio de evitar acidentes
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Ocorrência Origem Plano de Contingências
Reparo das áreas de unidades danificadas
4. Ocorrência de retorno de
esgotos em imóveis
Lançamento indevido de águas pluviais em redes coletoras de esgoto
Comunicação à vigilância sanitária
Ampliação da fiscalização e monitoramento de interferências entre a rede de drenagem pluvial e a rede de esgotamento, juntamente com aplicação de multas
Obstruções em coletores de esgoto
Isolamento do trecho danificado do restante da rede, com o objetivo de manter o atendimento das áreas não afetadas pelo rompimento
Execução dos trabalhos de limpeza da rede obstruída
Elaboração Consórcio ENGECORPS/Maubertec, 2018. 5603
5604
17.2 SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS 5605
17.2.1 Objetivo 5606
O principal objetivo de um plano de contingência voltado para os serviços de limpeza 5607
pública e gestão dos resíduos sólidos urbanos é assegurar a continuidade dos 5608
procedimentos originais, de modo a não expor a comunidade a impactos relacionados ao 5609
meio ambiente e, principalmente, à saúde pública. 5610
Normalmente, a descontinuidade dos procedimentos se origina a partir de eventos que 5611
podem ser evitados através de negociações prévias, como greves de pequena duração e 5612
paralisações por tempo indeterminado das prestadoras de serviços ou dos próprios 5613
trabalhadores. 5614
Porém, tal descontinuidade também pode ser gerada a partir de outros tipos de ocorrência 5615
de maior gravidade e, portanto, de maior dificuldade de solução, como explosões, 5616
incêndios, desmoronamentos, tempestades, inundações e outros. 5617
Assim, para que um plano de contingência seja realmente aplicável é necessário, 5618
primeiramente, identificarem-se os agentes envolvidos sem o que não é possível 5619
definirem-se as responsabilidades pelas ações a serem promovidas. 5620
Além dos agentes, também é recomendável que o plano de contingência seja focado para 5621
os procedimentos cuja paralisação pode causar os maiores impactos, relegando os 5622
demais para serem atendidos após o controle total sobre os primeiros. 5623
17.2.2 Agentes Envolvidos 5624
Tendo em vista, a estrutura operacional proposta para o equacionamento dos serviços de 5625
limpeza pública e gestão dos resíduos sólidos urbanos no município, podem-se definir 5626
como principais agentes envolvidos: 5627
5628
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Prefeitura Municipal 5629
As municipalidades se constituem agentes envolvidos no Plano de Contingência quando 5630
seus próprios funcionários públicos são os responsáveis diretos pela execução dos 5631
procedimentos. Evidentemente que, no caso das Prefeituras Municipais, o agente nem 5632
sempre é a própria municipalidade e sim secretarias, departamentos ou até mesmo 5633
empresas autônomas que respondem pelos serviços de limpeza pública e/ou pela gestão 5634
dos resíduos sólidos. 5635
Consórcio Intermunicipal 5636
Os consórcios intermunicipais, resultantes de um contrato formal assinado por um grupo 5637
de municípios interessados em usufruir de uma mesma unidade operacional, também são 5638
entendidos como agentes, desde que tenham funcionários diretamente envolvidos na 5639
execução dos procedimentos. 5640
Prestadora de Serviços em Regime Normal 5641
As empresas prestadoras de serviços são consideradas agentes envolvidos quando, 5642
mediante contrato decorrente de licitação pública, seus funcionários assumem a 5643
responsabilidade pela execução dos procedimentos. 5644
Concessionária de Serviços 5645
As empresas executantes dos procedimentos, mediante contrato formal de concessão ou 5646
de Participação público-privada – PPP são igualmente consideradas agentes uma vez 5647
que seus funcionários estão diretamente envolvidos na execução dos procedimentos. 5648
Prestadora de Serviços em Regime de Emergência 5649
As empresas prestadoras de serviços também podem ser consideradas agentes 5650
envolvidos quando, justificada legalmente a necessidade, seus funcionários são 5651
mobilizados através de contrato de emergência sem tempo para a realização de licitação 5652
pública, geralmente por prazos de curta duração. 5653
Órgãos Públicos 5654
Alguns órgãos públicos também são considerados agentes, e os mesmos passam a se 5655
constituir agentes quando, em função do tipo de ocorrência, são mobilizados para 5656
controlar ou atenuar eventuais impactos decorrentes das ocorrências, como é o caso da 5657
FEAM, do DEPRN, da Polícia Ambiental, das Concessionárias de Saneamento Básico e 5658
de Energia e Luz e outros. 5659
5660
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Entidades Públicas 5661
Algumas entidades públicas também passam a se constituir agentes do plano a partir do 5662
momento em que, como reforço adicional aos recursos já mobilizados, são acionadas 5663
para minimizar os impactos decorrentes das ocorrências, como é o caso da Defesa Civil, 5664
dos Bombeiros e outros. 5665
Portanto, o presente Plano de Contingência deve ser devidamente adaptado às estruturas 5666
funcionais com que operam os municípios. 5667
17.2.3 Planos de Contingência 5668
Considerando os diversos níveis dos agentes envolvidos e as suas respectivas 5669
competências e dando prioridade aos procedimentos cuja paralisação pode causar os 5670
maiores impactos à saúde pública e ao meio ambiente, apresentam-se no Quadro 17.3 a 5671
seguir, os planos de contingência para cada tipo de serviço: 5672
QUADRO 17.3 – PLANOS DE CONTINGÊNCIA PARA CADA TIPO DE SERVIÇO 5673
Ocorrência Origem Plano de Contingências
1. Paralisação da Varrição Manual
Greves de pequena duração
Identificação dos pontos mais críticos e o escalonamento de funcionários municipais, que possam efetuar o serviço através de mutirões.
Contratação de empresa especializada prestadora de serviço em regime emergencial
Paralisações por tempo indeterminado das prestadoras de serviços ou dos próprios trabalhadores.
Identificação dos pontos mais críticos e o escalonamento de funcionários municipais, que possam efetuar o serviço através de mutirões.
Contratação de empresa especializada prestadora de serviço em regime emergencial
2. Paralisação da Manutenção de Vias
e Logradouros
Greves de pequena duração
Acionamento da empresa contratada para execução dos serviços
Contratação de empresa especializada prestadora de serviço em regime emergencial para o desentupimento dos dispositivos de drenagem
Paralisações por tempo indeterminado das prestadoras de serviços ou dos próprios trabalhadores.
Acionamento da empresa contratada para execução dos serviços
Contratação de empresa especializada prestadora de serviço em regime emergencial para o desentupimento dos dispositivos de drenagem
3. Paralisação da Manutenção de Áreas
Verdes
Paralisações por tempo indeterminado das prestadoras de serviços ou dos próprios trabalhadores.
Acionamento da Prefeitura e da empresa contratada pelos serviços
Contratação de empresa especializada em caráter de emergência
Tombamento de árvores
Mobilização de equipe de plantão e equipamentos
Acionamento de concessionária de energia elétrica, telefonia e de trafégo
Acionamento do corpo de bombeiros mais próximo e da defesa civil
4. Paralisação na Limpeza Pós Feiras
Livres
Greves de pequena duração ou paralisações por tempo indeterminado das prestadoras de serviços ou dos próprios trabalhadores.
Identificação dos pontos mais críticos e o escalonamento de funcionários municipais, que possam efetuar o serviço através de mutirões.
Contratação de empresa especializada prestadora de serviço em regime emergencial
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Ocorrência Origem Plano de Contingências
5. Paralisação na Coleta Domiciliar de
RSD
Greves de pequena duração ou paralisações por tempo indeterminado das prestadoras de serviços ou dos próprios trabalhadores.
Contratação de empresa especializada prestadora de serviço em regime emergencial
Empresas e veículos previamente cadastrados seriam acionados para assumir emergencialmente a coleta nos roteiros programados, dando continuidade ao serviço
Contratação de empresa especializada prestadora de serviço em regime emergencial
Decretação de “estado de calamidade pública”, em casos críticos, tendo em vista as ameaças à saúde pública
6. Paralisação na Disposição Final de Rejeitos dos RSD
A paralisação do serviço de operação de um aterro sanitário pode ocorrer por diversos fatores, desde greves de pequena duração ou paralisações por tempo indeterminado até ocorrências que requerem maiores cuidados e até mesmo por demora na obtenção das licenças necessárias para a sobre elevação e/ou a ampliação do maciço.
Considerando a ocorrência de greves de pequena duração, é possível deslocar equipes de outros setores da própria municipalidade ou, no caso de consórcios, das municipalidades consorciadas.
Para o caso de a paralisação persistir por tempo indeterminado, é recomendável trocar a solução doméstica pela contratação de empresa prestadora de serviço em regime emergencial, pois ela poderá também dar conta dos serviços mais especializados de manutenção e monitoramento ambiental.
Enquanto isto não acontece, os resíduos poderão ser enviados para disposição final em outra unidade similar existente na região. Esta mesma providência poderá ser usada no caso de demora na obtenção do licenciamento ambiental para sobre elevação e/ou ampliação do maciço existente.
Devido às características específicas dos resíduos recebidos pelos aterros sanitários, os motivos de paralisação podem exceder a simples greves, tomando dimensões mais preocupantes, como rupturas no maciço, explosões provocadas pelo biogás, vazamentos de chorume e outros.
A ruptura dos taludes e bermas englobam medidas de reparos para recomposição da configuração topográfica, recolocação dos dispositivos de drenagem superficial e reposição da cobertura de solo e gramíneas, de modo a assegurar a perfeita estabilidade do maciço, após a devida comunicação da não conformidade à FEAM.
Explosões decorrentes do biogás são eventos mais raros, que também podem ser evitados por um sistema de drenagem bem planejado e um monitoramento direcionado para detectar com antecipação a formação de eventuais bolsões no interior do maciço.
Com relação à explosão ou mesmo incêndio, o Plano de Contingência prevê a evacuação imediata da área e a adoção dos procedimentos de segurança, simultaneamente ao acionamento da FEAM e dos Bombeiros.
Os vazamentos de chorume também não são comuns, já que o aterro sanitário é dotado de uma base impermeável, que evita o contato direto dos efluentes com o solo e as águas subterrâneas. Portanto, eles têm mais chance de extravasar nos tanques e/ou lagoas, seja por problemas operacionais, sejam por excesso de chuvas de grandes proporções.
A primeira medida do Plano de Contingência diz respeito à contenção do vazamento e/ou transbordamento, para estancar a origem do problema e, em seguida, a transferência do chorume estocado para uma ETE mais próxima através de caminhão limpa fossa.
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Ocorrência Origem Plano de Contingências
7. Paralisação na Coleta, Transporte,
Pré-Beneficiamento e Disposição Final dos
RCD
Estão compreendidos pelo serviço de coleta de resíduos sólidos da construção civil a retirada dos materiais descartados irregularmente e o recolhimento e translado dos entulhos entregues pelos munícipes. Portanto, a paralisação do serviço de coleta deste tipo de resíduo engloba ambos os recolhimentos.
Acionamento da Prefeitura e da empresa contratada pelos serviços
Caso a ocorrência resulte na contaminação do solo e/ou das águas subterrâneas, o passivo ambiental será equacionado através das orientações da FEAM.
Contratação de empresa especializada prestadora de serviço em regime emergencial
Para agilizar esta providência, é recomendável que a municipalidade ou consórcio intermunicipal mantenha um cadastro de empresas com este perfil para acionamento imediato e, neste caso, o contrato de emergência deverá perdurar apenas enquanto o impasse não estiver resolvido, cessando à medida que a situação retome a normalidade.
No que se refere aos serviços de triagem e pré-beneficiamento de entulhos reaproveitáveis e de operação de aterro de inertes, as interrupções costumam estar associadas a greves de pequena duração ou paralisações por tempo indeterminado dos funcionários envolvidos na prestação desses serviços.
Acionamento da Prefeitura e da empresa contratada pelos serviços
Contratação de empresa especializada em caráter de emergência
No caso dos aterros de resíduos da construção civil, a paralisação do serviço também pode ocorrer devido à demora na obtenção das licenças necessárias para a sobre elevação e/ou a ampliação do maciço já que, pelas características desse tipo de resíduos, não existem ocorrências com efluentes líquidos e gasosos.
Do ponto de vista técnico, a única ocorrência que pode exigir uma maior atenção do Plano de Contingência é uma eventual ruptura dos taludes e bermas, resultante da deficiência de projeto e/ou de execução da configuração do aterro, mesmo tendo a massa uma consistência altamente homogênea, ou no recobrimento com gramíneas.
8. Paralisação na Coleta, Transporte e Tratamento dos RSS
Paralisação das coletas seletiva e de resíduos de serviços de saúde
Celebração de contrato emergencial com empresa especializada na coleta de resíduos conforme sua classificação
Elaboração Consórcio ENGECORPS/Maubertec, 2018. 5674
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1982. 335 p. v. 1. 5681
AZEVEDO NETTO, J.; ALVAREZ, G. Manual de hidráulica. 7. ed. São Paulo: Edgard Blucher, 5682
1982. 724 p. v. 2. 5683
BRASIL. Decreto nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010. Regulamenta a Lei nº 12.305, de 2 de 5684
agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, cria o Comitê 5685
interministerial da Política nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a 5686
Implantação dos Sistemas de Logística Reversa, e dá outras providências. Diário Oficial 5687
[da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 23 dez. 2010. Disponível em: 5688
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/Decreto/D7404.htm. Acesso em: 5689
jun. 2017. 5690
BRASIL. Lei nº 11.079, de 30 de dezembro de 2004. Institui normas gerais para licitação e 5691
contratação de parceria público-privada no âmbito da administração pública. Diário 5692
Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 31 dez. 2004. Disponível em: 5693
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/l11079.htm>. Acesso em: 5694
jun. 2017. 5695
BRASIL. Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005. Dispõe sobre normas gerais de contratação de 5696
consórcios públicos e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa 5697
do Brasil, Brasília, DF, 07 abr. 2005. Disponível em: 5698
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/Lei/L11107.htm>. Acesso em: 5699
jun. 2017. 5700
BRASIL. Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007. Estabelece diretrizes nacionais para o 5701
saneamento básico. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 11 5702
jan. 2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-5703
2010/2007/lei/l11445.htm>. Acesso em: jun. 2017. 5704
BRASIL. Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; 5705
altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Diário Oficial 5706
[da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 3 ago. 2010. Disponível em: 5707
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm>. Acesso em: 5708
jun. 2017. 5709
BRASIL. Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995. Dispõe sobre o regime de concessão e 5710
permissão da prestação de serviços públicos previstos no art. 175 da Constituição 5711
Federal, e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, 5712
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RBE, Caderno de Recursos Hídricos. Volume 12, n. 2, p. 19 – 94. 1994. 5716
CAMPANHA, N.A. & TUCCI, C.E.M. – Estimativa de Áreas Impermeáveis em Zonas Urbanas. 5717
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CBH-TG. COMITÊ DA BACIA HIDROGRÁFICA TURVO/GRANDE. Plano de Bacia da Unidade de 5725
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atendimento à Deliberação CRH 62. São José do Rio Preto: CBH-TG, 2009a. 5727
CENTRO DE PESQUISAS METEOROLÓGICAS E CLIMÁTICAS APLICADAS A AGRICULTURA. 5728
Clima dos Municípios Paulistas. Disponível em: <http://www.cpa.unicamp.br/outras-5729
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SÃO PAULO. Decreto Estadual nº 52.895 de 11 de abril de 2008. Autoriza a Secretaria de 5814
Saneamento e Energia a representar o Estado de São Paulo na celebração de convênios 5815
com Municípios paulistas, ou consórcio de Municípios, visando à elaboração de planos de 5816
saneamento básico e sua consolidação no Plano Estadual de Saneamento Básico. Diário 5817
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Disponível em: < https://www.al.sp.gov.br/norma/?id=76786>. Acesso em: jun. 2017. 5819
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Serviços Públicos de Energia – CSPE em Agência Reguladora de Saneamento e Energia 5821
do Estado de São Paulo – ARSESP, dispõe sobre os serviços públicos de saneamento 5822
básico e de gás canalizado no Estado, e dá outras providências. Diário Oficial [do] 5823
Estado de São Paulo, São Paulo, Palácio dos Bandeirantes, 8 dez. 2007. Disponível em: 5824
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SISTEMA DE INFORMAÇÕES FLORESTAIS DO ESTADO DE SÃO PAULO. Inventário 5827
Florestal do Estado de São Paulo. São Paulo, 2009. Disponível em: 5828
<http://www.iflorestal.sp.gov.br/sifesp/>. Acesso em: jun. 2017. 5829
SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES SOBRE SANEAMENTO. Diagnósticos: Água e 5830
Esgotos. Disponível em: 5831
<http://www.snis.gov.br/PaginaCarrega.php?EWRErterterTERTer=6.> Acesso em: jun. 5832
2017. 5833
TUCCI, Carlos. E. M. Gerenciamento da Drenagem Urbana. Revista Brasileira de Recursos 5834
Hídricos. Volume 7, nº.1, Jan/Mar 2002, 5-27. 5835
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ANEXO I – BASES E FUNDAMENTOS LEGAIS DOS 5836
PLANOS MUNICIPAIS DE SANEAMENTO 5837
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ÍNDICE 5839
PÁG. 5840
1. COMENTÁRIOS INICIAIS ................................................................................................. 3 5841
1.1 ABRANGÊNCIA DOS SERVIÇOS ............................................................................................. 5 5842
1.1.1 Abastecimento de água potável ......................................................................................... 5 5843
1.1.2 Esgotamento sanitário ....................................................................................................... 7 5844
1.1.3 Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas .............................................................. 8 5845
1.2 TITULARIDADE DOS SERVIÇOS .............................................................................................. 8 5846
1.2.1 Essencialidade .................................................................................................................. 8 5847
1.3 TITULARIDADE DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO NA UGRHI 15 .............................................. 9 5848
1.3.1 Atribuições do Titular ....................................................................................................... 10 5849
1.4 PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS: MODELOS INSTITUCIONAIS ...................................................... 11 5850 1.5 PRESTAÇÃO DIRETA PELA PREFEITURA MUNICIPAL ............................................................. 13 5851 1.6 PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS POR AUTARQUIAS ...................................................................... 13 5852
1.6.1 Prestação por Empresas Públicas ou Sociedades de Economia Mista Municipais .......... 14 5853
1.6.2 Prestação mediante Contrato .......................................................................................... 14 5854
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1. COMENTÁRIOS INICIAIS 5856
A Lei nº 11.445/2007, regulamentada pelo Decreto nº 7.217/2010, é a norma brasileira 5857
que dispõe sobre as Diretrizes Nacionais para o Saneamento Básico, tendo revogado a 5858
norma anterior – Lei nº 6.528/1978. 5859
Editada após anos de tramitação no Congresso Nacional, essa política pública inovou no 5860
cenário nacional, estabelecendo um novo sistema de gestão dos serviços, conforme 5861
segue: 5862
Em primeiro lugar, foram incorporados à categoria de saneamento básico os 5863 serviços de limpeza urbana e drenagem urbana. Anteriormente à edição da lei, 5864 havia um consenso de que apenas o abastecimento de água e o esgotamento 5865 sanitário compunham esse universo. Além disso, os serviços estão descritos na 5866 norma, de modo que não haja dúvida quanto à abrangência da lei sobre eles, em 5867 todas as suas etapas. 5868
Em segundo lugar, a lei estabeleceu funções específicas relativas aos serviços: 5869 planejamento, prestação (em suas diversas formas), regulação e fiscalização. A 5870 cada função corresponde um regime jurídico próprio, que não se confunde com os 5871 demais, o que permite uma gestão mais objetiva e eficaz dos serviços pelo titular 5872 e/ou seus delegados. 5873
Em terceiro lugar, foi introduzida a contratualização dos serviços, modelo 5874 institucional que prevê o estabelecimento de metas a serem atingidas e os 5875 respectivos indicadores para verificação do alcance dessas metas. Tais condições 5876 são válidas para os serviços objeto de contrato, seja de programa, com empresas 5877 estaduais, que no caso do Estado de São Paulo, consiste na Companhia de 5878 Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP), ou de concessão, com 5879 empresas privadas. Na contratualização, incide o equilíbrio econômico-financeiro, 5880 relacionado com a sustentabilidade dos serviços. 5881
Em quarto lugar, os serviços prestados pelas municipalidades, por departamentos 5882 ou ainda entidades municipais criadas por lei com essa finalidade não são regidos 5883 por contratos. Todavia, os Planos Municipais de Saneamento Básico (PMSB) 5884 vinculam o seu conteúdo e metas à atuação e cumprimento pelo prestador, 5885 cabendo ao ente regulador essa fiscalização e responsabilidade. 5886
Em quinto lugar, a edição da lei abriu, sob o aspecto institucional, novos caminhos 5887 para a prestação dos serviços de saneamento básico, uma vez que estabelece a 5888 existência do Plano Municipal de Saneamento Básico como condição para a 5889 validade de contratos de delegação de serviços, seja de programa, seja de 5890 concessão, assim como para a obtenção de recursos e financiamentos por parte da 5891 União. 5892
Em sexto lugar, a lei de dispõe sobre o controle social da prestação. 5893
5894
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Tendo em vista a importância dos Planos Municipais de Saneamento Básico como 5895
instrumentos norteadores das ações a serem implementadas em cada Município, e 5896
considerando os princípios da universalização, segurança, qualidade e regularidade, 5897
eficiência e sustentabilidade econômica, o Estado de São Paulo instituiu o Programa 5898
Estadual de Apoio Técnico à Elaboração dos Planos Municipais de Saneamento Básico 5899
(PMSB). 5900
Esse programa foi concebido com o objetivo de atender às exigências do contexto legal e 5901
institucional do setor e garantir aos municípios paulistas melhores condições técnicas 5902
para a elaboração de planos de saneamento consistentes, articulados com as disposições 5903
relativas aos recursos hídricos e ao desenvolvimento urbano. 5904
O Decreto Estadual nº 52.895/2008 autorizou a então Secretaria de Saneamento e 5905
Energia, hoje Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos, a representar o Estado de 5906
São Paulo na celebração de convênios com Municípios paulistas, ou com consórcios de 5907
Municípios, visando à elaboração de Planos Municipais de Saneamento Básico e sua 5908
consolidação no Plano Estadual de Saneamento Básico24. 5909
Neste contexto, até 2015 foram concluídos e entregues 177 PMSB, referentes aos 5910
municípios das UGRHI 01 (Serra Mantiqueira), 02 (Paraíba do Sul), 03 (Litoral Norte), 07 5911
(Baixada Santista), 09 (Mogi-Guaçu), 10 (Sorocaba/Médio Tietê), 11 (Ribeira de Iguape e 5912
Litoral Sul) e 14 (Alto Paranapanema). Além disso, foram consolidados 08 Planos 5913
Regionais Integrados de Saneamento Básico para essas regiões. 5914
Com a edição do Decreto nº 61.825/2016, que dá nova redação a dispositivos do Decreto 5915
nº 52.895/200825, foi autorizada a celebração de convênios com Municípios paulistas 5916
tendo como objeto a elaboração de planos municipais específicos que poderão abranger 5917
um ou mais dos serviços que, em conjunto, compõem o saneamento básico, nos termos 5918
do artigo 3º, inciso I, da Lei federal nº 11.445/200726, de acordo com a necessidade de 5919
cada municipalidade. 5920
Com a edição da Lei nº 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos 5921
Sólidos, e considerando a forte interação entre essa norma e a Lei de Saneamento, serão 5922
verificados alguns conceitos aplicáveis aos municípios, no que se refere aos planos de 5923
resíduos sólidos e de saneamento básico. 5924
Serão abordados, ainda, os seguintes temas fundamentais: a titularidade, a regulação e 5925
fiscalização e a prestação dos serviços. Em relação à titularidade, será verificado no que 5926
consiste essa atividade e as formas legalmente previstas para o seu exercício. A 5927
regulação e a fiscalização serão abordadas quanto aos modelos institucionais disponíveis 5928
no direito brasileiro. Quanto à prestação dos serviços, caberá estudar as diversas formas 5929
24
Decreto nº 52.895/2008, art. 1º, caput. 25
Decreto nº 61.825/2016, art. 1º, caput. 26
Decreto nº 52.895/2008, art. 1º, I.
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previstas na legislação, incluindo a prestação regionalizada, modalidade prevista na Lei 5930
nº 11.445/2007 que se caracteriza pelas seguintes situações: 5931
1. Um único prestador do serviço para vários Municípios, contíguos ou não; 5932
2. Uniformidade de fiscalização e regulação dos serviços, inclusive de sua 5933 remuneração; 5934
3. Compatibilidade de planejamento27
. 5935
5936
1.1 ABRANGÊNCIA DOS SERVIÇOS 5937
A Lei nº 11.445/2007 define, como serviços de saneamento básico, as infraestruturas e 5938
instalações operacionais de quatro categorias: 5939
1. Abastecimento de água potável; 5940
2. Esgotamento sanitário; 5941
3. Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos; 5942
4. Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas. 5943
Neste item são abordados os serviços objeto dos Planos Municipais de Saneamento 5944
Básico a serem elaborados para os municípios em pauta, de acordo com o escopo 5945
definido. 5946
1.1.1 Abastecimento de água potável 5947
O abastecimento de água potável é constituído pelas atividades, infraestruturas e 5948
instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a captação em 5949
um corpo hídrico superficial ou subterrâneo, até as ligações prediais e respectivos 5950
instrumentos de medição28, passando pelo tratamento, a reservação e a adução até os 5951
pontos de ligação. Trata-se de um forte indicador do desenvolvimento de um país, 5952
principalmente pela sua estreita relação com a saúde pública e o meio ambiente. 5953
Para o abastecimento público, visando prioritariamente ao consumo humano, são 5954
necessários mananciais protegidos e uma qualidade da água compatível com os padrões 5955
de potabilidade legalmente fixados, a fim de se evitar a ocorrência de diversas doenças, 5956
como diarreia, cólera etc. 5957
É dever do Poder Público garantir o abastecimento de água potável à população, obtida 5958
dos rios, reservatórios ou aquíferos. A água derivada dos mananciais para o 5959
abastecimento público deve possuir condições tais que, mediante tratamento, em vários 5960
27
Lei nº 11.445/2007, art. 14.
28 Lei nº 11.445/2007, art. 3º, I, a.
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níveis, de acordo com a necessidade, possa ser fornecida à população nos padrões 5961
legais de potabilidade, sem qualquer risco de contaminação. 5962
Os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da 5963
água para consumo humano, e seu padrão de potabilidade, são competência da União, 5964
vigorando a Portaria do Ministério da Saúde nº 2.914/2011, que aprovou a Norma de 5965
Qualidade da Água para Consumo Humano. 5966
O Decreto nº 5.440/2005 estabelece definições e procedimentos sobre o controle de 5967
qualidade da água de sistemas de abastecimento, institui mecanismos e instrumentos 5968
para a divulgação de informação ao consumidor sobre a qualidade da água para consumo 5969
humano. 5970
Essa norma fixa, em seu Anexo – Regulamento Técnico sobre Mecanismos e 5971
Instrumentos para Divulgação de Informação ao Consumidor sobre a Qualidade da Água 5972
para Consumo Humano -, as seguintes definições: 5973
1. Água potável: água para consumo humano cujos parâmetros microbiológicos, 5974 físicos, químicos e radioativos atendam ao padrão de potabilidade, e que não 5975 ofereça riscos à saúde29; 5976
2. Sistema de abastecimento de água para consumo humano: instalação 5977 composta por conjunto de obras civis, materiais e equipamentos, destinada à 5978 produção e à distribuição canalizada de água potável para populações, sob a 5979 responsabilidade do poder público, mesmo que administrada em regime de 5980 concessão ou permissão30; 5981
3. Solução alternativa de abastecimento de água para consumo humano: toda 5982 modalidade de abastecimento coletivo de água distinta do sistema de 5983 abastecimento de água, incluindo, entre outras, fonte, poço comunitário, 5984 distribuição por veículo transportador, instalações condominiais horizontais e 5985
verticais31
; 5986
4. Controle da qualidade da água para consumo humano: conjunto de atividades 5987 exercidas de forma contínua pelo (s) responsável (is) pela operação de 5988 sistema, ou solução alternativa de abastecimento de água, destinadas a 5989 verificar se a água fornecida à população é potável, assegurando a 5990 manutenção desta condição32; 5991
5. Vigilância da qualidade da água para consumo humano – conjunto de ações 5992 adotadas continuamente pela autoridade de saúde pública, para verificar se a 5993 água consumida pela população atende a esta norma e para avaliar os riscos 5994 que os sistemas e as soluções alternativas de abastecimento de água 5995 representam para a saúde humana33. 5996
5997
29
Decreto nº 5.440/2005, ANEXO, art. 4º, I. 30
Decreto nº 5.440/2005, ANEXO, art. 4º, II. 31
Decreto nº 5.440/2005, ANEXO, art. 4º, III. 32
Decreto nº 5.440/2005, ANEXO, art. 4º, IV. 33
Decreto nº 5.440/2005, ANEXO, art. 4º, V.
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1.1.2 Esgotamento sanitário 5998
O esgotamento sanitário constitui-se das atividades, infraestruturas e instalações 5999
operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final adequada dos esgotos, 6000
desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio ambiente34. 6001
Os esgotos urbanos lançados in natura, principalmente em rios, têm sido fonte de 6002
preocupação dos governos e da atuação do Ministério Público, pela poluição da água ou, 6003
no mínimo, pela alteração de sua qualidade, principalmente no que toca ao abastecimento 6004
das populações a jusante. Certamente, o índice de poluição que o lançamento de esgotos 6005
provoca no corpo receptor depende de outras condições, como a vazão do rio, a 6006
declividade, a qualidade do corpo hídrico, a natureza dos dejetos etc. Mas estará sempre 6007
degradando, em maior ou menor grau, a qualidade das águas, o que repercute 6008
diretamente na quantidade de água disponível ao abastecimento público, sem falar nos 6009
riscos à saúde da população pelo contato cm águas contaminadas. 6010
As condições, parâmetros, padrões e diretrizes para gestão do lançamento de efluentes 6011
em corpos de águas receptores são de competência da União, vigorando a Resolução 6012
CONAMA nº 430/2011, que estabelece as características que o efluente deve apresentar 6013
para minimizar efeitos negativos ao manancial. 6014
A Resolução CONAMA nº 430/2011 estabelece também condições e padrões específicos 6015
para efluentes de sistemas de tratamento de esgotos sanitários, devendo ser observado o 6016
seguinte: 6017
1. pH entre 5 e 9; 6018
2. temperatura: inferior a 40°C, sendo que a variação de temperatura do corpo 6019 receptor não deverá exceder a 3°C no limite da zona de mistura; 6020
3. materiais sedimentáveis: até 1 mL/L em teste de 1 hora em cone Inmhoff. 6021 Para o lançamento em lagos e lagoas, cuja velocidade de circulação seja 6022 praticamente nula, os materiais sedimentáveis deverão estar virtualmente 6023 ausentes; 6024
4. Demanda Bioquímica de Oxigênio-DBO 5 dias, 20°C: máximo de 120 mg/L, 6025 sendo que este limite somente poderá ser ultrapassado no caso de efluente 6026 de sistema de tratamento com eficiência de remoção mínima de 60% de 6027 DBO, ou mediante estudo de autodepuração do corpo hídrico que comprove 6028 atendimento às metas do enquadramento do corpo receptor; 6029
5. substâncias solúveis em hexano (óleos e graxas) até 100 mg/L; e 6030
6. ausência de materiais flutuantes. 6031
6032
34
Lei nº 11.445/2007, art. 3º, I, b.
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O serviço de esgotamento sanitário, como também o de abastecimento de água potável, 6033
possuem um sistema de cobrança direta do usuário, por meio de tarifas e preços públicos, 6034
dada a complexidade e o custo de sua prestação, além da necessidade de contínua 6035
observância das normas e padrões de potabilidade. A Lei de Saneamento determina, 6036
nesse sentido, que os serviços terão a sustentabilidade econômico-financeira assegurada, 6037
sempre que possível, mediante remuneração pela cobrança dos serviços de 6038
abastecimento de água e esgotamento sanitário, preferencialmente na forma de tarifas e 6039
outros preços públicos, que poderão ser estabelecidos para cada um dos serviços ou para 6040
ambos conjuntamente35. 6041
1.1.3 Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas 6042
A drenagem e o manejo das águas pluviais urbanas consistem no conjunto de 6043
atividades, infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas 6044
pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, 6045
tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas36. Possui 6046
uma forte relação com os demais serviços de saneamento básico, pois os danos 6047
causados por enchentes tornam-se mais ou menos graves, proporcionalmente à eficiência 6048
dos outros serviços de saneamento. Águas poluídas por esgoto ou por lixo, na ocorrência 6049
de enchentes, aumentam os riscos de doenças graves, piorando as condições 6050
ambientais, de saúde e a qualidade de vida das pessoas. 6051
Nos termos da lei do saneamento, os serviços de manejo de águas pluviais urbanas 6052
deverão ter a sustentabilidade econômico-financeira assegurada, sempre que possível, 6053
mediante remuneração pela cobrança dos serviços na forma de tributos, inclusive taxas, 6054
em conformidade com o regime de prestação do serviço ou de suas atividades37. 6055
1.2 TITULARIDADE DOS SERVIÇOS 6056
1.2.1 Essencialidade 6057
Os serviços de saneamento básico são de estratégica importância para a sustentabilidade 6058
ambiental das cidades, assim como para a proteção da saúde pública e melhoria da 6059
qualidade de vida dos cidadãos. 6060
Teoricamente, o que distingue e caracteriza o serviço público das demais atividades 6061
econômicas é o fato de ser essencial para a comunidade. A sua falta, ou sua prestação 6062
insuficiente (quantitativa) ou inadequada (qualitativa), podem causar danos a pessoas e a 6063
bens. Por essa razão, a prestação do serviço público é de titularidade do Poder Público, 6064
responsável pelo bem-estar social, e deve ser realizada de acordo com normas e sob o 6065
controle do Estado, para satisfazer às necessidades da coletividade e/ou a conveniência 6066
do Estado. 6067
35
Lei nº 11.445/2007, art. 29, I. 36
Lei nº 11.445/2007, art. 3º, I, b. 37
Lei nº 11.445/2007, art. 29, II.
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Cabe salientar que a ação de saneamento executada por meio de soluções individuais 6068
não se caracteriza como serviço público quando o usuário não depender de terceiros para 6069
operar os serviços, da mesma forma que as ações e serviços de saneamento básico de 6070
responsabilidade privada, incluindo o manejo de resíduos de responsabilidade do 6071
gerador38. 6072
1.3 TITULARIDADE DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO NA UGRHI 15 6073
Todo serviço público, por ser essencial, se encontra sob a responsabilidade de um ente 6074
de direito público: União, Estado Distrito Federal ou Município. Essa repartição de 6075
competências para cada serviço é estabelecida pela Constituição Federal. Assim, por 6076
exemplo, os serviços públicos de energia elétrica são de titularidade da União, conforme 6077
estabelece o art. 21, XII, b. Os serviços públicos relativos ao gás canalizado competem 6078
aos Estados, em face do art. 25, II. Já os serviços públicos de titularidade dos Municípios 6079
não estão descritos na Constituição, que apenas determina, para esses entes federados, 6080
a prestação de serviços públicos de interesse local, diretamente ou sob o regime de 6081
concessão ou permissão39. 6082
Por muito tempo, a titularidade do serviço público de saneamento básico foi objeto de 6083
discordância entre diversos setores. Basicamente, o conflito se colocava entre os 6084
Municípios, por intermédio dos Departamentos e Serviços Autônomos de Água e Esgotos, 6085
autarquias e companhias municipais de saneamento, e os Estados, no que se refere às 6086
companhias estaduais de saneamento básico. 6087
As teses variavam entre dois extremos: (1) titularidade municipal, independentemente da 6088
localização do município, inclusive em regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e 6089
microrregiões, e de haver ou não ligação do sistema com outro Município; (2) titularidade 6090
do Estado, para todo e qualquer serviço de saneamento básico, cujos equipamentos não 6091
estejam inteiramente contidos nos limites geográficos de um único Município. 6092
Essa discussão, hoje superada por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) decorria 6093
de uma interpretação da Constituição Federal, que indica expressamente quais serviços 6094
estão sob a titularidade da União e dos Estados, limitando-se, todavia, a dispor que a 6095
organização e a prestação dos serviços públicos de interesse local cabe aos Municípios, 6096
diretamente ou sob o regime da concessão ou permissão.40 6097
Paralelamente, a Constituição transferiu aos Estados a competência para instituir regiões 6098
metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, agrupando Municípios limítrofes, 6099
para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de 6100
38
Lei nº 11.455/2007, art. 5º. 39
CF/88, art. 30, V. 40
CF/88, art. 30, V.
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interesse comum,41 tema que nunca foi regulamentado em legislação ordinária 6101
sobretudo no que se refere ao saneamento básico. 6102
No campo jurisdicional, a questão foi objeto de apreciação pelo STF, que julgou 6103
parcialmente procedente a ADI 1.842-RJ, que questionava normas do Estado do Rio de 6104
Janeiro acerca da criação da região metropolitana do Rio de Janeiro e da microrregião 6105
dos Lagos e que também disciplinavam a administração de serviços públicos. Além da 6106
ADI 1.842, outras três Ações Diretas de Inconstitucionalidade – 1826, 1843 e 1906 6107
também foram analisadas em conjunto. 6108
A partir da análise dos julgados do STF, observa-se que seu conteúdo revela a 6109
complexidade do tema e a dificuldade de equacionamento da matéria. Hoje, não há 6110
dúvida quanto à titularidade dos municípios que se localizam fora de regiões 6111
metropolitanas, microrregiões ou aglomerados urbanos. No que se refere às regiões 6112
metropolitanas, a titularidade também pertence ao Município. Todavia, cabendo ao Estado 6113
exercer um papel de articulador técnico e político, organizando os serviços públicos a 6114
serem prestados pelo conjunto de municípios que compõem esse espaço. Essa 6115
articulação, todavia, não significa que as competências municipais sejam transferidas 6116
para o Estado, nas regiões metropolitanas. 6117
O ponto fundamental a ser destacado, no que diz respeito a essa questão, refere-se à 6118
responsabilidade pela qualidade dos serviços, que devem corresponder às metas fixadas 6119
tanto na regulação como no planejamento, este último a cargo de seu titular – o 6120
Município. E essa responsabilidade é compartilhada pelos entes políticos. Uma vez 6121
instituída a Região Metropolitana, faz parte das funções dos poderes públicos – Estado e 6122
Municípios –, em sua totalidade, trabalhar em conjunto no que tange à implementação 6123
dos serviços, para atingir os níveis de qualidade estabelecidos. Articulação institucional e 6124
governança são temas que não podem ser deixados de lado nessa hipótese. 6125
No caso da bacia hidrográfica UGRHI 15, os municípios são os titulares de todos os 6126
serviços de saneamento básico e responsáveis pelos planos municipais de saneamento, 6127
além de todas as outras ações relativas à sua correta prestação, com os seguintes 6128
objetivos: cidade limpa, livre de enchentes, com esgotos coletados e tratados e água 6129
fornecida a todos, nos padrões legais de potabilidade. 6130
1.3.1 Atribuições do Titular 6131
De acordo com o art. 9º da Lei nº 11.445/2007, o titular dos serviços – Município -, no 6132
exercício da titularidade, formulará a respectiva política pública municipal de 6133
saneamento básico. Essas atribuições referem-se ao planejamento dos serviços, sua 6134
regulação, a prestação propriamente dita e a fiscalização. Cada uma dessas atividades é 6135
distinta das outras, com características próprias. Mas todas se inter-relacionam e são 6136
41
CF/88, art. 25, § 3º.
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obrigatórias para o município, já que a Lei nº 11.445/2007 determina expressamente as 6137
ações correlatas ao exercício da titularidade, conforme segue42: 6138
I - Elaborar os planos de saneamento básico, nos termos da Lei; 6139
II - Prestar diretamente ou autorizar a delegação dos serviços e definir o ente 6140 responsável pela sua regulação e fiscalização, bem como os procedimentos 6141 de sua atuação; 6142
III - Adotar parâmetros para a garantia do atendimento essencial à saúde pública, 6143 inclusive quanto ao volume mínimo per capita de água para abastecimento 6144 público, observadas as normas nacionais relativas à potabilidade da água; 6145
IV - Fixar os direitos e os deveres dos usuários; 6146
V - Estabelecer mecanismos de controle social, nos termos do inciso IV do caput 6147 do art. 3º da Lei nº 11.445/2007; 6148
VI - Estabelecer sistema de informações sobre os serviços, articulado com o 6149 Sistema Nacional de Informações em Saneamento; 6150
VII - Intervir e retomar a operação dos serviços delegados, por indicação da 6151 entidade reguladora, nos casos e condições previstos em lei e nos 6152 documentos contratuais. 6153
Cabe ressaltar que o Município, sendo o titular dos serviços, pode e deve exercer todas 6154
as atividades relativas a essa titularidade – organização (planejamento), regulação, 6155
fiscalização e prestação dos serviços - ou delegá-las a terceiros, por meio de 6156
instrumentos jurídicos próprios, de acordo com o que a lei determina. Exceto no que se 6157
refere ao planejamento, que é indelegável. 6158
1.4 PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS: MODELOS INSTITUCIONAIS 6159
No quadro jurídico-institucional vigente, os serviços de saneamento são prestados 6160
segundo os modelos a seguir descritos. Em geral, a prestação de tais serviços é feita por 6161
pessoas distintas, muitas vezes em arranjos institucionais diferentes, dentro das 6162
possibilidades oferecidas pela legislação em vigor. Dessa forma, para tornar mais claro o 6163
texto, optou-se por tratar dos modelos institucionais e, em cada um, abordar cada tipo de 6164
serviço, quando aplicável. 6165
O titular – Município - pode prestar diretamente os serviços de saneamento ou autorizar a 6166
delegação dos mesmos, definindo o ente responsável pela sua regulação e fiscalização, 6167
bem como os procedimentos de sua atuação43. Releva notar que a delegação de serviço 6168
de saneamento básico não dispensa o cumprimento pelo prestador do respectivo plano 6169
de saneamento básico em vigor à época da delegação44. Desse modo, havendo qualquer 6170
42
Lei nº 11.445/2007, no art. 9º. 43
Lei nº 11.445/2007, art. 9º, II. 44
Lei nº 11.445/2007, art. 19, § 6º .
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ato ou contrato de delegação, cabe ao prestador cumprir o plano de saneamento em vigor 6171
na época da edição desse ato ou mesmo contrato. 6172
O exercício da titularidade consiste em uma obrigação. Por mais óbvias que sejam as 6173
atividades necessárias para que se garanta o atendimento da população, essas 6174
atividades devem estar descritas em uma norma ou em um contrato. Sem a fixação das 6175
atividades a serem realizadas, não há como exigir do prestador o seu cumprimento de 6176
modo objetivo. 6177
Essa é uma crítica que se faz aos casos em que os serviços são prestados diretamente 6178
pela municipalidade, por intermédio dos Departamentos de Água e Esgoto e das 6179
autarquias municipais, especialmente criadas por lei para a prestação desses serviços, e 6180
que serão objeto de análise neste texto. 6181
A questão que se coloca é que o titular dos serviços - Município - não estabeleceu as 6182
regras a serem cumpridas, nem mesmo nas leis de criação dos SAAE. Além disso, 6183
tratando-se de órgãos e entidades da administração municipal, existe uma coincidência 6184
entre o responsável pela prestação dos serviços e o responsável pelo controle e 6185
fiscalização. Cabe ponderar que raramente se encontra uma regulação municipal 6186
estabelecida para os serviços nessas categorias. 6187
Na legislação aplicável à criação e implantação desse modelo – DAE e SAAE -, não se 6188
cogitava estabelecer a regulação nem fixar normas para a equação econômico-financeira 6189
dos serviços baseada na cobrança de tarifa e preços públicos, e muito menos, a 6190
universalização do acesso era tratada como uma meta a ser atingida obrigatoriamente. 6191
O que a Lei nº 11.445/2007 estabeleceu de inovador, nesse campo, consiste na fixação 6192
de competência da entidade reguladora e fiscalizadora dos serviços para a verificação do 6193
cumprimento dos planos de saneamento por parte dos prestadores de serviços, na 6194
forma das disposições legais, regulamentares e contratuais. 45 Como a lei não distingue 6195
nenhum prestador nesse dispositivo, compreende-se que todos os prestadores, 6196
independentemente do modelo institucional adotado, encontram-se sob a fiscalização da 6197
entidade reguladora, no que se refere ao cumprimento do PMSB. 6198
Nessa linha, cabe salientar que, nos termos do Decreto nº 2.217/2010, o disposto no 6199
plano de saneamento básico é vinculante para o Poder Público que o elaborou e para os 6200
delegatários dos serviços públicos de saneamento básico. 46 Nos casos em que não há 6201
contrato celebrado, o titular dos serviços é o responsável pela implementação do PMSB. 6202
A prestação regionalizada de serviços públicos de saneamento básico poderá ser 6203
realizada por órgão, autarquia, fundação de direito público, consórcio público, empresa 6204
pública ou sociedade de economia mista estadual, do Distrito Federal, ou municipal, na 6205
45
Lei nº 11.445/2007, art. 20, parágrafo único. 46
Decreto nº 2.217/2010, art. 25, § 5º.
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forma da legislação ou empresa a que se tenham concedido os serviços47. Os 6206
prestadores que atuem em mais de um Município ou que prestem serviços públicos de 6207
saneamento básico diferentes em um mesmo Município manterão sistema contábil que 6208
permita registrar e demonstrar, separadamente, os custos e as receitas de cada serviço 6209
em cada um dos Municípios atendidos e, se for o caso, no Distrito Federal48. 6210
1.5 PRESTAÇÃO DIRETA PELA PREFEITURA MUNICIPAL 6211
Os serviços são prestados por um órgão da Prefeitura Municipal, sem personalidade 6212
jurídica e sem qualquer tipo de contrato, já que, nessa modalidade, as figuras de titular e 6213
de prestador dos serviços se confundem em um único ente – o Município. A Lei nº 6214
11.445/2007 dispensa expressamente a celebração de contrato para a prestação de 6215
serviços por entidade que integre a administração do titular49, ressalvando-se os 6216
comentários efetuados acerca da vinculação do titular dos serviços ao Plano Municipal de 6217
Saneamento Básico. 6218
Os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário são prestados, em 6219
vários Municípios, por Departamentos de Água e Esgoto, órgãos da Administração Direta 6220
Municipal. A remuneração ao Município, pelos serviços prestados, é efetuada por meio da 6221
cobrança de taxa ou tarifa. Em geral, tais serviços restringem-se ao abastecimento de 6222
água, à coleta e ao afastamento dos esgotos. Não há um registro histórico importante de 6223
tratamento de esgoto nesse modelo, situação que, nos últimos anos, vem sendo alterada 6224
graças à atuação do Ministério Público, fundamentado na Lei nº 7.347/1985, que dispõe 6225
sobre a Ação Civil Pública. Tampouco as tarifas e preços públicos são cobrados com 6226
base em uma equação econômico-financeira estabelecida. 6227
Os serviços relativos à drenagem e ao manejo das águas pluviais urbanas são em 6228
geral prestados de forma direta por secretarias municipais. 6229
Os serviços de limpeza urbana são prestados, nesse caso, pelo órgão municipal, sem a 6230
existência de qualquer contrato. 6231
A prestação direta pelo titular não exclui a possibilidade de contratação de empresas para 6232
a prestação de serviços na modalidade da terceirização, como é o caso, em muitos 6233
municípios, da limpeza urbana. Todavia, esse modelo não descaracteriza a prestação 6234
pelo titular, que permanece como o responsável por essa atividade. 6235
1.6 PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS POR AUTARQUIAS 6236
A autarquia é uma entidade da administração pública municipal, criada por lei para prestar 6237
serviços de competência da Administração Direta, recebendo, portanto, a respectiva 6238
delegação. Os Serviços Autônomos de Água e Esgoto (SAAE) são autarquias municipais 6239
47
Lei nº 11.445/2007, art. 16. 48
Lei nº 11.445/2007, art. 18. 49
Lei nº 11.445/2007, art. 10.
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com personalidade jurídica própria, autonomia administrativa e financeira, criadas por lei 6240
municipal com a finalidade de prestar os serviços de água e esgoto. 6241
Embora instituídas para uma finalidade específica, suas atividades e a respectiva 6242
remuneração não se encontram vinculadas a uma equação econômico-financeira, pois 6243
não há contrato regendo essa relação. Tampouco se costuma verificar, nas respectivas 6244
leis de criação, regras sobre sustentabilidade financeira ou regulação dos serviços. 6245
1.6.1 Prestação por Empresas Públicas ou Sociedades de Economia Mista 6246
Municipais 6247
Outra forma de prestação de serviços pelo Município é a delegação a empresas públicas 6248
ou sociedades de economia mista, criadas por lei municipal. Nesses casos, a lei é o 6249
instrumento de delegação dos serviços e ainda que haja, como nas autarquias, distinção 6250
entre o titular e o prestador dos serviços, tampouco existe contrato regendo essa relação. 6251
1.6.2 Prestação mediante Contrato 6252
De acordo com a Lei nº 11.445/2007, a prestação de serviços de saneamento básico, 6253
para ser prestada por uma entidade que não integre a administração do titular, quer dizer, 6254
que não seja um DAE (administração direta) ou um SAAE (administração indireta), 6255
depende da celebração de contrato, sendo vedada a sua disciplina mediante convênios, 6256
termos de parceria ou outros instrumentos de natureza precária.50 6257
Não estão incluídos nessa hipótese os serviços cuja prestação o Poder Público, nos 6258
termos de lei, autorizar para usuários organizados em cooperativas ou associações, 6259
desde que limitados a determinado condomínio, e localidade de pequeno porte, 6260
predominantemente ocupada por população de baixa renda, onde outras formas de 6261
prestação apresentem custos de operação e manutenção incompatíveis com a 6262
capacidade de pagamento dos usuários e os convênios e outros atos de delegação 6263
celebrados até 6-4-200551. 6264
1.6.2.1 Condições de validade dos contratos 6265
Para que os contratos de prestação de serviços públicos de saneamento básico sejam 6266
válidos, e possam produzir efeitos jurídicos, isto é, o prestador executar os serviços e a 6267
Administração pagar de acordo com o que foi contratado, a lei impõe algumas condições, 6268
relativas aos instrumentos de planejamento, viabilidade e regulação, além do controle 6269
social. 6270
Em primeiro lugar, é necessário que tenha sido elaborado o Plano Municipal de 6271
Saneamento Básico, nos termos do art. 19 da Lei nº 11.445/2007. E de acordo com o 6272
plano elaborado, deve ser feito um estudo comprovando a viabilidade técnica e 6273
50
Lei nº 11.455/2007, art. 10, caput. 51
Lei nº 11.455/2007, art. 10, § 1º.
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econômico-financeira da prestação universal e integral dos serviços, de forma a se 6274
conhecer o seu custo e os investimentos necessários, ressaltando que deve se buscar a 6275
universalidade da prestação52. 6276
A partir do plano e do estudo de viabilidade técnica e econômico-financeira, é preciso 6277
estabelecer as normas de regulação dos serviços, devendo tais normas prever os 6278
meios para o cumprimento das diretrizes da Lei de Saneamento, e designar uma 6279
entidade de regulação e de fiscalização53. 6280
Em continuidade, cabe realizar audiências e consultas públicas sobre o edital de licitação, 6281
no caso de concessão, e sobre a minuta do contrato. Trata-se de uma forma de tornar 6282
públicas as decisões do poder municipal, o qual se submete, dessa forma, ao controle 6283
social54. 6284
Além disso, os planos de investimentos e os projetos relativos ao contrato deverão ser 6285
compatíveis com o respectivo plano de saneamento básico55, o que corresponde ao 6286
estabelecimento da equação econômico-financeira relativa aos serviços. 6287
1.6.2.2 Contrato de prestação de serviços 6288
Além da exigência, em regra, da licitação, a Lei nº 8.666/1993 estabelece normas 6289
específicas para que se façam o controle e a fiscalização dos contratos, estabelecendo 6290
uma série de medidas a serem tomadas pela Administração ao longo de sua execução. 6291
Tais medidas referem-se ao acompanhamento, à fiscalização, aos aditamentos, às 6292
notificações, à aplicação de penalidades, à eventual rescisão unilateral e ao recebimento 6293
do objeto contratado. 6294
O acompanhamento e a fiscalização da execução dos contratos constituem poder-dever 6295
da Administração, em decorrência do princípio da indisponibilidade do interesse público. 6296
Se em uma contratação estão envolvidos recursos orçamentários, é dever da 6297
Administração contratante atuar de forma efetiva para que os mesmos sejam aplicados da 6298
melhor maneira possível. 6299
Quando a Administração Pública celebra um contrato, fica obrigada à observância das 6300
regras impostas pela lei, para fiscalizar e controlar a execução do ajuste. Cabe ao gestor 6301
de contratos fiscalizar e acompanhar a correta execução do contrato. A necessidade de 6302
haver um gestor de contratos é definida expressamente na Lei nº 8.666/1993, em seu art. 6303
67. Segundo esse dispositivo, a execução do contrato deverá ser acompanhada e 6304
fiscalizada por um representante da Administração especialmente designado, permitida a 6305
contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa 6306
atribuição. 6307
52
Lei nº 11.445/2007, art. 11, II. 53
Lei nº 11.445/2007, art. 11, III. 54
Lei nº 11.445/2007, art. 11, IV. 55
Lei nº 11.445/2007, art. 11, §2º.
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Esse modelo é utilizado, sobretudo, para a Limpeza Urbana. O modelo é o de contrato 6308
de prestação de serviços de limpeza – coleta, transporte e disposição dos resíduos -, 6309
poda de árvores, varrição, entre outros itens. 6310
No caso da Drenagem Urbana, as obras, quando não realizadas pelos funcionários 6311
municipais, ficam a cargo de empresas contratadas de acordo com a Lei nº 8.666/1993. 6312
No caso do abastecimento de água e esgotamento sanitário, a complexidade da 6313
prestação envolve outros fatores, como o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos e 6314
a política tarifária, entre outros, que remetem à contratação por meio de modelos 6315
institucionais específicos. 6316
1.6.2.3 Contrato de concessão 6317
Concessão de serviço público é o contrato administrativo pelo qual a Administração 6318
Pública delega a um particular a execução de um serviço público em seu próprio nome, 6319
por sua conta e risco. A remuneração dos serviços é assegurada pelo recebimento da 6320
tarifa paga pelo usuário, observada a equação econômico-financeira do contrato. 6321
O art. 175 da Constituição Federal estatui que “incumbe ao Poder Público, na forma da 6322
lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre mediante licitação, a 6323
prestação de serviços públicos”. De acordo com o seu parágrafo único, a lei disporá 6324
sobre: 1) o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviço público, o 6325
caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de 6326
caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão; 2) os direitos dos 6327
usuários; 3) política tarifária, e 4) obrigação de manter o serviço adequado. As Leis nos
6328
8.987/1995, e 9.074/1995, regulamentam as concessões de serviços públicos. A Lei nº 6329
11.079/2004 institui normas gerais para licitação e contratação de parceria público-privada 6330
(PPP) no âmbito da administração pública. 6331
Para os contratos de concessão, assim como para os contratos de programa, a Lei nº 6332
11.445/2007 estabelece informações adicionais que devem constar das normas de 6333
regulação, conforme segue: 1) autorização para a contratação, indicando prazos e a área 6334
a ser atendida; 2) inclusão, no contrato, das metas progressivas e graduais de expansão 6335
dos serviços, de qualidade, de eficiência e de uso racional da água, da energia e de 6336
outros recursos naturais, em conformidade com os serviços a serem prestados; 3) as 6337
prioridades de ação, compatíveis com as metas estabelecidas; 4) as condições de 6338
sustentabilidade e equilíbrio econômico-financeiro da prestação dos serviços, em regime 6339
de eficiência, incluindo: a) o sistema de cobrança e a composição de taxas e tarifas; b) a 6340
sistemática de reajustes e de revisões de taxas e tarifas; c) a política de subsídios; 5) 6341
mecanismos de controle social nas atividades de planejamento, regulação e fiscalização 6342
dos serviços, e 6) as hipóteses de intervenção e de retomada dos serviços56. 6343
56
Lei nº 11.445/2007, art. 11, § 2º.
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1.6.2.4 Contrato de programa 6344
As Empresas Estaduais de Saneamento Básico – CESB –, criadas no âmbito do 6345
PLANASA – Plano Nacional de Saneamento, foram instituídas sob a forma de sociedades 6346
de economia mista, cujo acionista controlador é o governo do respectivo Estado. É o caso 6347
da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP), cuja criação 6348
foi autorizada pela Lei nº 119/197357, tendo por objetivo o planejamento, execução e 6349
operação dos serviços públicos de saneamento básico em todo o Estado de São Paulo, 6350
respeitada a autonomia dos municípios. 6351
A SABESP é concessionária de serviços públicos de saneamento. Para tanto, atua como 6352
concessionária, sendo que parte desses contratos remonta à década de setenta, pelo 6353
prazo de trinta anos, o que significa que alguns já estão renegociados e outros em fase de 6354
nova negociação por meio dos chamados contratos de programa celebrados com os 6355
Municípios. 6356
57
Alterada pela Lei nº 12.292/2006.