Modelo Documentos - Américo de Campos

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SECRETARIA DE ESTADO DE SANEAMENTO E RECURSOS HÍDRICOS SSRH-CSAN REV. DATA MODIFICAÇÃO VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO 0 18/05/2018 Emissão Inicial Elaboração de Planos Municipais Específicos dos Serviços de Saneamento Básico para o Lote 4 – Municípios das Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos – UGRHIs 15 e 18 PRODUTO 4 (P4) – PLANO MUNICIPAL ESPECÍFICO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICÍPIO: AMÉRICO DE CAMPOS UGRHI 15 ÁGUA/ESGOTO/RESÍDUOS SÓLIDOS ELABORADO: APROVADO: M.A.C.N. Maria Bernardete Sousa Sender ART Nº 28027230171872190 CREA Nº 0601694180 VERIFICADO: COORDENADOR GERAL: J.G.S.B. Danny Dalberson de Oliveira ART Nº 28027230171872190 CREA Nº 0600495622 (CLIENTE): DATA: 18/05/2018 FOLHA: Nº ENGECORPS: 1340-SSR-34-SA-RT-0004 REVISÃO: R0 1 DE 277

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SECRETARIA DE ESTADO DE SANEAMENTO E RECURSOS HÍDRICOS

SSRH-CSAN

REV. DATA MODIFICAÇÃO VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO

0 18/05/2018 Emissão Inicial

Elaboração de Planos Municipais Específicos dos Serviços de Saneamento Básico para o Lote 4 – Municípios das Unidades de Gerenciamento de

Recursos Hídricos – UGRHIs 15 e 18

PRODUTO 4 (P4) – PLANO MUNICIPAL ESPECÍFICO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICÍPIO: AMÉRICO DE CAMPOS

UGRHI 15 ÁGUA/ESGOTO/RESÍDUOS SÓLIDOS

ELABORADO: APROVADO:

M.A.C.N. Maria Bernardete Sousa Sender ART Nº 28027230171872190 CREA Nº 0601694180

VERIFICADO: COORDENADOR GERAL:

J.G.S.B. Danny Dalberson de Oliveira ART Nº 28027230171872190 CREA Nº 0600495622

Nº (CLIENTE):

DATA: 18/05/2018 FOLHA:

Nº ENGECORPS: 1340-SSR-34-SA-RT-0004

REVISÃO: R0 1 DE 277

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Planos Municipais Específicos dos Serviços de Saneamento Básico - UGRHIs 15 e 18

Produto 4 (P4) – Plano Municipal Específico dos Serviços de Saneamento Básico – Município: Américo de Campos

1340-SSR-02-SA-RT-0004

ENGECORPS

SECRETARIA DE ESTADO DE SANEAMENTO E 1

RECURSOS HÍDRICOS DE SÃO PAULO 2

SSRH/CSAN 3

4

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Elaboração de Planos Municipais Específicos dos Serviços de 6

Saneamento Básico para o Lote 4 – Municípios das Unidades de 7

Gerenciamento de Recursos Hídricos – UGRHIs 15 e 18 8

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PRODUTO 4 (P4) – PLANO MUNICIPAL 10

ESPECÍFICO DOS SERVIÇOS DE 11

SANEAMENTO BÁSICO 12

MUNICÍPIO: AMÉRICO DE CAMPOS 13

14

UGRHI 15 15

ÁGUA/ESGOTO/RESÍDUOS SÓLIDOS 16

LOTE 4 17

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CONSÓRCIO ENGECORPSMAUBERTEC 24

1340-SSR-02-SA-RT-0004-R0 25

Maio/2018 26

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Planos Municipais Específicos dos Serviços de Saneamento Básico - UGRHIs 15 e 18

Produto 4 (P4) – Plano Municipal Específico dos Serviços de Saneamento Básico – Município: Américo de Campos

1340-SSR-02-SA-RT-0004

ENGECORPS

SUMÁRIO 28

PÁG. 29

APRESENTAÇÃO .......................................................................................................................... 7 30

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 9 31

2. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO DE AMÉRICO DE CAMPOS .................... 9 32

2.1 ASPECTOS FÍSICOS TERRITORIAIS ........................................................................................ 9 33 2.2 ASPECTOS SOCIAIS E ECONÔMICOS ................................................................................... 20 34 2.3 ASPECTOS AMBIENTAIS ..................................................................................................... 26 35

3. DESCRIÇÃO DOS SISTEMAS RELATIVOS AOS SERVIÇOS OBJETO DOS PLANOS 36

ESPECÍFICOS DE SANEAMENTO DO MUNICÍPIO ....................................................... 27 37

3.1 DESCRIÇÃO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ....................................................... 27 38 3.2 DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO .................................................. 39 39 3.3 DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ............ 52 40

4. ESTUDO POPULACIONAL E DE DEMANDAS E CONTRIBUIÇÕES ............................ 64 41

4.1 ESTUDO POPULACIONAL .................................................................................................... 64 42 4.2 ESTUDO DE DEMANDAS E CONTRIBUIÇÕES ......................................................................... 70 43

5. IDENTIFICAÇÃO DOS INDICADORES UTILIZADOS PARA ANÁLISE E AVALIAÇÃO 44

DOS SERVIÇOS ATUAIS DE SANEAMENTO BÁSICO ................................................. 85 45

5.1 INDICADORES SELECIONADOS PARA OS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E 46 ESGOTAMENTO SANITÁRIO................................................................................................. 85 47

5.2 INDICADORES SELECIONADOS PARA OS SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE 48 RESÍDUOS SÓLIDOS ........................................................................................................... 92 49

6. DIAGNÓSTICO DOS SISTEMAS DE SANEAMENTO BÁSICO OBJETO DOS PLANOS 50

ESPECÍFICOS DO MUNICÍPIO ....................................................................................... 95 51

6.1 DIAGNÓSTICO DOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTOS SANITÁRIOS ........... 95 52 6.2 SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ...................................... 104 53

7. OBJETIVOS E METAS ................................................................................................. 114 54

7.1 ABORDAGEM GERAL SOBRE OS OBJETIVOS E METAS PARA OS SISTEMAS DE SANEAMENTO DO 55 MUNICÍPIO ...................................................................................................................... 114 56

7.2 CONDICIONANTES E DIRETRIZES GERAIS ADVINDAS DE DIAGNÓSTICOS LOCAIS E 57 REGIONAIS ...................................................................................................................... 114 58

7.3 OBJETIVOS E METAS ....................................................................................................... 116 59

8. FORMULAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DE PROPOSTAS ALTERNATIVAS ÁREA 60

URBANA – PROGNÓSTICOS ...................................................................................... 119 61

8.1 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ............................................................................ 119 62 8.2 SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS ................................................................................ 125 63 8.3 SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS .................................... 129 64

9. METODOLOGIA PARA ESTIMATIVA DOS INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS E 65

AVALIAÇÃO DAS DESPESAS DE EXPLORAÇÃO ..................................................... 144 66

9.1 SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTOS SANITÁRIOS ..................................... 144 67

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Planos Municipais Específicos dos Serviços de Saneamento Básico - UGRHIs 15 e 18

Produto 4 (P4) – Plano Municipal Específico dos Serviços de Saneamento Básico – Município: Américo de Campos

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ENGECORPS

9.2 SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ...................................... 147 68

10. RELAÇÃO DAS INTERVENÇÕES PRINCIPAIS, ESTIMATIVA DE CUSTOS E 69

CRONOGRAMAS DA SEQUÊNCIA DE IMPLANTAÇÃO ............................................ 155 70

10.1 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ............................................................................ 155 71 10.2 SISTEMA DE ESGOTOS SANITÁRIOS .................................................................................. 161 72 10.3 SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ...................................... 167 73

11. ESTUDOS DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA DAS SOLUÇÕES 74

ADOTADAS .................................................................................................................. 172 75

11.1 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ............................................................................ 172 76 11.2 SISTEMA DE ESGOTOS SANITÁRIOS .................................................................................. 177 77 11.3 SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ...................................... 181 78

12. RESUMO DOS ESTUDOS DE SUSTENTABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA ... 187 79

12.1 METODOLOGIAS PARA O CÁLCULO DOS CUSTOS DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE 80 SANEAMENTO BÁSICO DO MUNICÍPIO ............................................................................... 189 81

12.2 CONCLUSÕES ................................................................................................................. 193 82

13. PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES ......................................................................... 194 83

13.1 PROGRAMAS GERAIS APLICADOS ÀS ÁREAS DE SANEAMENTO ........................................... 194 84

14. FORMULAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DE PROPOSTAS ALTERNATIVAS ÁREA RURAL - 85

PROGNÓSTICOS ......................................................................................................... 200 86

15. PROGRAMAS DE FINANCIAMENTOS E FONTES DE CAPTAÇÃO DE 87

RECURSOS .................................................................................................................. 205 88

15.1 CONDICIONANTES GERAIS ............................................................................................... 205 89 15.2 FORMAS DE OBTENÇÃO DE RECURSOS ............................................................................. 206 90 15.3 FONTES DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS .............................................................................. 207 91 15.4 LISTAGEM DE VARIADOS PROGRAMAS E AS FONTES DE FINANCIAMENTO PARA O 92

SANEAMENTO.................................................................................................................. 208 93 15.5 DESCRIÇÃO RESUMIDA DE ALGUNS PROGRAMAS DE FINANCIAMENTOS DE GRANDE INTERESSE 94

PARA IMPLEMENTAÇÃO DO PMESSB ................................................................................ 211 95 15.6 INSTITUIÇÕES COM FINANCIAMENTOS ONEROSOS ............................................................. 226 96

16. FORMULAÇÃO DE MECANISMOS E PROCEDIMENTOS PARA A AVALIAÇÃO 97

SISTEMÁTICA DA EFICÁCIA DAS AÇÕES PROGRAMADAS ................................... 229 98

16.1 INDICADORES DE DESEMPENHO ....................................................................................... 234 99

17. PREVISÃO DE EVENTOS DE CONTINGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS ......................... 248 100

17.1 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO ................................. 248 101 17.2 SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS .................................... 251 102

18. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................. 256 103

104

ANEXO I – BASES E FUNDAMENTOS LEGAIS DOS PLANOS MUNICIPAIS DE SANEAMENTO 105

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Planos Municipais Específicos dos Serviços de Saneamento Básico - UGRHIs 15 e 18

Produto 4 (P4) – Plano Municipal Específico dos Serviços de Saneamento Básico – Município: Américo de Campos

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ENGECORPS

SIGLAS 108

AAB – Adutora de Água Bruta 109

AAT – Adutora de Água Tratada 110

ANA – Agência Nacional de Águas 111

APA - Área de Proteção Ambiental 112

APP – Área de Preservação Permanente 113

ARSESP – Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo 114

CBH – Comitê de Bacia Hidrográfica 115

CBH-MOGI – Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Mogi Guaçu 116

CEPAGRI – Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura 117

CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo 118

CF – Constituição Federal 119

CONSÓRCIO – CONSÓRCIO ENGECORPSMAUBERTEC | PLANOS UGRHI 15 120

CRH – Conselho Estadual de Recursos Hídricos 121

CRHi - Coordenadoria de Recursos Hídricos 122

CSAN – Coordenadoria de Saneamento da SSRH 123

DAE – Departamento de Água e Esgotos 124

DAEE – Departamento de Águas e Energia Elétrica 125

DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes 126

EEAB – Estação Elevatória de Água Bruta 127

EEAT – Estação Elevatória de Água Tratada 128

EEE – Estação Elevatória de Esgoto 129

ETE – Estação de Tratamento de Esgotos 130

FEHIDRO – Fundo Estadual de Recursos Hídricos 131

GEL – Grupo Executivo Local 132

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 133

IG – Instituto Geológico 134

INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais 135

IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas 136

MCidades – Ministério das Cidades 137

MME – Ministério de Minas e Energia 138

PERH – Plano Estadual de Recursos Hídricos 139

PLANASA – Plano Nacional de Saneamento Básico 140

PMESSB – Planos Municipais Específicos dos Serviços de Saneamento Básico 141

PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos 142

RAP – Reservatório Apoiado 143

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Produto 4 (P4) – Plano Municipal Específico dos Serviços de Saneamento Básico – Município: Américo de Campos

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ENGECORPS

REL – Reservatório Elevado 144

SABESP – Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo 145

SAAE – Serviço Autônomo de Água e Esgotos 146

SEADE – Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados 147

SIG – Sistema de Informações Georreferenciadas 148

SIGRH – Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos 149

SMA – Secretaria do Meio Ambiente 150

SNIS – Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento 151

SSRH – Secretaria de Estado de Saneamento e Recursos Hídricos – SP 152

STF – Supremo Tribunal Federal 153

TR – Termo de Referência 154

UGRHI – Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos 155

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Produto 4 (P4) – Plano Municipal Específico dos Serviços de Saneamento Básico – Município: Américo de Campos

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ENGECORPS

APRESENTAÇÃO 157

O presente documento refere-se ao Produto P4, relatório final do Plano Municipal 158

Específico dos Serviços de Abastecimento de Água Potável, Esgotamento Sanitário e de 159

Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos - do município de Américo de Campos, 160

integrante da Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos Turvo/Grande – UGRHI 161

15, conforme contrato CSAN 004/SSRH/2017, firmado em 04/04/2017 entre a Secretaria 162

de Estado de Saneamento e Recursos Hídricos (SSRH) do Governo do Estado de São 163

Paulo e o Consórcio ENGECORPSMAUBERTEC | Planos UGRHI 15 e 18. 164

Para a elaboração do plano municipal, foram considerados a lei federal º 11.445 de 5 de 165

janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico, o termo 166

de referencia (TdR) da concorrência CSAN 004/SSRH/2017 – Lote 4 para contratação 167

dos serviços objetos desse contrato, a proposta técnica do Consórcio 168

ENGECORPSMAUBERTEC, as diretrizes emanadas de reuniões prévias entre os 169

técnicos da SSRH/CSAN e do CONSÓRCIO e as premissas e procedimentos 170

apresentados na Reunião de Partida realizada no município de São José do Rio Preto, 171

realizado no dia 19 de Abril de 2017. 172

O Plano Detalhado de Trabalho, proposto pelo CONSÓRCIO para a elaboração do 173

PMESSB, que para o município de Américo de Campos engloba os serviços de 174

Abastecimento de Água Potável, Esgotamento Sanitário e Limpeza Urbana e Manejo dos 175

Resíduos Sólidos, representa um modelo de integração entre os produtos de serviços 176

estabelecidos no edital de concorrência, com inter-relação lógica e temporal, conforme 177

apresentado a seguir: 178

PRODUTO 1 – PLANO DE TRABALHO DETALHADO; 179

PRODUTO 2 – DIAGNÓSTICO E ESTUDO DE DEMANDAS; 180

PRODUTO 3 – OBJETIVOS E METAS; 181

PRODUTO 4 – PROPOSTA DE PLANO MUNICIPAL ESPECÍFICO DOS SERVIÇOS 182

DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL, ESGOTAMENTO SANITÁRIO E 183

LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS 184

O processo de elaboração do PMESSB terá como referência as diretrizes sugeridas pelo 185

Ministério das Cidades, através do Guia para Elaboração de Planos Municipais de 186

Saneamento (MCidades, 2011), quais sejam: 187

Integração de diferentes componentes da área de Saneamento Ambiental e outras que 188

se fizerem pertinentes; 189

Promoção do protagonismo social a partir da criação de canais de acesso à 190

informação e à participação que possibilite a conscientização e a autogestão da 191

população; 192

Promoção da saúde pública; 193

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ENGECORPS

Promoção da educação sanitária e ambiental que vise à construção da consciência 194

individual e coletiva e de uma relação mais harmônica entre o homem e o ambiente; 195

Orientação pela bacia hidrográfica; 196

Sustentabilidade; 197

Proteção Ambiental; 198

Inovação Tecnológica. 199

200

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ENGECORPS

1. INTRODUÇÃO 201

O Produto 4 é resultante da consecução das atividades desenvolvidas nos Produtos 2 202

(Diagnóstico e Estudo de Demandas) e Produto 3 (Objetivos e Metas), configurando-se 203

como o relatório final do Plano Municipal Específico dos Serviços de Saneamento Básico 204

(PMESSB). Nesse produto, estão sintetizadas todas as informações e dados obtidos 205

durante o transcorrer dos trabalhos, apresentando-se os planos específicos para cada um 206

dos componentes contemplados pelo município. 207

A elaboração do PMESSB obedeceu aos preceitos da lei federal nº 11.445/07, baseando-208

se, principalmente, nas diretrizes do Ministério das Cidades, através da Secretaria 209

Nacional de Saneamento Ambiental, especificamente no documento “Definição da Política 210

de Elaboração de Planos Municipais e Regionais de Saneamento Básico”. As definições 211

da Política e do Plano Específico de Saneamento Básico estão contidas, respectivamente, 212

nos Capítulos II e IV da supracitada lei, que estabelece a finalidade, o conteúdo e a 213

responsabilidade institucional do titular por sua elaboração. 214

2. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO DE AMÉRICO DE 215

CAMPOS 216

A seguir estão relacionados os aspectos geográficos, político-administrativos e 217

fisiográficos que caracterizam o território que compreende ao município de Américo de 218

Campos. 219

2.1 ASPECTOS FÍSICOS TERRITORIAIS 220

2.1.1 Aspectos Gerais 221

O município de Américo de Campos localiza-se no setor noroeste do Estado de São 222

Paulo, estendendo-se por 253 km², com altitude média de 480 metros acima do nível do 223

mar e sua sede situa-se nas coordenadas 20°17'54'' de latitude sul e 49°43'57'' de 224

longitude oeste. 225

Américo de Campos está inserida na Região Administrativa de São José do Rio Preto e 226

Região de Governo de Votuporanga, fazendo divisa com os municípios de Ponte Gestal 227

ao norte, Palestina e Cosmorama a e Álvares Florence a Oeste e Sul. 228

Distante 535 km da capital paulista, o acesso ao município, a partir da capital, pode ser 229

feito através das Rodovias dos Bandeirantes (SP-348) ou Anhanguera (SP-330), até o 230

município de Campinas, seguindo pela Rodovia Anhanguera (SP-330) até Limeira, a partir 231

de onde se deve seguir pela rodovia Washington Luís (SP-310) até o município de 232

Mirassol por onde se segue pela rodovia Euclides da Cunha (SP-320) até a Rodovia 233

Miguel Jabur Elias que leva ao município de Américo de Campos, conforme Figura 2.1. 234

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Figura 2.1 – Mapa de localização Área de Estudo na UGRHI 15236

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Em 27 de Dezembro de 1926, foi criado o distrito de Américo de Campos subordinado ao 237

município de Tanabi através da Lei Estadual n° 2.180, sendo elevado à condição de 238

município em 24 de dezembro de 1948 através da Lei Estadual N° 233. Ressalta-se que 239

em 28 de Fevereiro de 1964 o município foi desmembrado em Américo de Campos e 240

Pontes Gestal. 241

2.1.2 Geologia 242

O município de Américo de Campos está inserido no contexto geológico da Província 243

Paraná, situado na porção nordeste da Bacia Bauru. Esta bacia formou-se no início do 244

Neocretáceo após a ruptura do continente gondwânico, depositada sobre rochas 245

vulcânicas da Formação Serra Geral (Fernandes, 1998). A Bacia Bauru é caracterizada 246

como uma sequência sedimentar predominantemente arenosa, com espessura da ordem 247

de 300 metros, composta por três unidades maiores: Grupo São Bento, Grupo Bauru e 248

Grupo Caiuá. 249

Segundo o Mapa Geológico do Estado de São Paulo na escala 1:750.000 publicado pela 250

CPRM (2006), a área abrangente do município apresenta predominantemente arenitos 251

eólicos da Formação Vale do Rio do Peixe (Grupo Bauru). No setor ao norte do município 252

ocorrem os afloramentos da Serra Geral, além de depósitos aluvionares recentes no setor 253

nordeste associados à planície de importantes cursos d’água da região. 254

A Formação Vale do Rio do Peixe é constituída por rochas sedimentares de ambiente 255

continental desértico, composta por arenito muito fino a fino, bem selecionado, com 256

camadas tabulares de siltito maciço e lentes de arenito conglomerático com intraclastos 257

argilosos ou carbonáticos. 258

Na região do município de Américo de Campos a Formação Serra Geral é constituída por 259

rochas vulcânicas basálticas de afinidade predominantemente toleíticas, dispostas em 260

sucessivos derrames tabulares, com extensão lateral de até centenas de quilômetros e 261

dezenas de metros de espessura. Entre derrames comumente ocorrem brechas 262

vulcânicas e sedimentos interpostos em camadas constituídos de areia fina, silte e argila, 263

frequentemente com cimento quartzoso. 264

2.1.3 Geomorfologia 265

O município de Américo de Campos situa-se no contexto geomorfológico do Planalto 266

Ocidental Paulista, em zona de áreas indivisas. Segundo o mapa geomorfológico do IPT 267

(1981), o Planalto Ocidental ocupa praticamente toda a metade oeste do Estado de São 268

Paulo, com altitude entre 300 e 1000 metros. Essa unidade é representada por formas de 269

relevo de degradação em planaltos dissecados, com relevo colinoso, morros suavizados e 270

morrotes residuais localizados. 271

A área abrangente do município se encontra nas cabeceiras dos Ribeirões Guariroba, 272

Botelho e Piedade que drenam na direção do rio Turvo. A amplitude topográfica do 273

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município é de aproximadamente 110 m, com cotas variando entre aproximadamente 440 274

m e 550 m. 275

Localmente, o relevo é formado por colinas médias, que ocupa todo o setor oeste do 276

município, com predomínio de declividades baixas (inferiores a 15%) e amplitudes de até 277

100 m, onde prevalecem interflúvios com área de até 4 km², topos aplainados, vertentes 278

com perfis convexos e retilíneos e drenagem de média a baixa densidade, padrão sub-279

retangular, vales abertos a fechados e planícies aluviais interiores restritas, ao passo que 280

no setor leste se situam as colinas amplas, cujo interflúvio tem área superior a 4 km², 281

topos extensos e aplainados, vertentes com perfis retilíneos a convexos, drenagem de 282

baixa densidade, padrão sub-dendríticos, vales abertos e planície aluviais interiores 283

restritas. (IPT, 1981). 284

2.1.4 Pedologia 285

A diversidade de relevo e geologia do município de Américo de Campos dá origem a uma 286

variedade limitada de solos. 287

Neste sentido a base litológica constituída basicamente por arenitos e o relevo pouco 288

movimentado formou Argissolos Vermelho-Amarelos que estão distribuídos na maior 289

parte do município e Latossolos vermelho localizados na porção nordeste do município de 290

acordo com o Mapa Pedológico do Estado de São Paulo (OLIVEIRA, J.B et al, 1999), 291

realizado pela Embrapa-Solos/IAC na escala 1:500.000. 292

Os Argissolos Vermelho-Amarelos são constituídos por argila de atividade baixa e 293

horizonte B textural (Bt) imediatamente abaixo de qualquer tipo de horizonte superficial, 294

exceto o horizonte hístico (IBGE, 2004). Desenvolvem-se em relevo suave a suave-295

ondulado com declividades entre 5% e 10% (OLIVEIRA, J.B et al, 1999). 296

Já os Latossolos Vermelhos são constituídos por material mineral, com horizonte B 297

latossólico imediatamente abaixo de qualquer um dos tipos de horizonte diagnóstico 298

superficial, exceto horizonte H hístico. Apresentam um avançado estágio de 299

intemperização, são muito evoluídos, e virtualmente destituídos de minerais primários ou 300

secundários, menos resistentes ao intemperismo (IBGE, 2004). Desenvolvem-se em 301

relevo suave a pouco ondulado, com declividades variando entre 0% e 10% e 302

predominância de 0% a 5%. Ocorrem em área com densidade de drenagem baixa 303

(OLIVEIRA, J.B et al, 1999). 304

2.1.5 Clima 305

Segundo a classificação de Köppen, o clima de Américo de Campos se enquadra no tipo 306

Aw, isto é clima tropical com estação seca no inverno e verões quentes e chuvosos, com 307

a temperatura média igual 23,8°C, oscilando entre os 12,7°C em junho, o mês mais frio e 308

32,3°C nos meses mais quentes, entre outubro e março. A precipitação média anual é de 309

1.274 mm. 310

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Pluviosidade 311

Segundo o Departamento de Água e Energia Elétrica - DAEE, o município de Américo de 312

Campos possui uma estação pluviométrica com os prefixos B6-033 (Fazenda Santa 313

Maria) conforme consulta no banco de dados por meio do endereço eletrônico 314

(http://www.sigrh.sp.gov.br/). As informações das referidas estações encontram-se no 315

Quadro 2.1. 316

QUADRO 2.1 – DADO DA ESTAÇÃO PLUVIOMÉTRICA DO MUNICÍPIO DE AMÉRICO DE 317 CAMPOS 318

Município Prefixo Altitude (m) Latitude Longitude Bacia

Américo de Campos B6-033 450 20° 18' 00'' 49° 46' 00''

Fonte: Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE, acesso em Agosto de 2017. 319

A análise das precipitações foi elaborada com base nos dados do posto pluviométrico B6-320

033 com série histórica entre 1959 e 2016. 321

O Gráfico 2.1 possibilita uma análise temporal das características das chuvas, 322

apresentando a distribuição das mesmas ao longo do ano, bem como os períodos de 323

maior e menor ocorrência. Verifica-se uma variação sazonal da precipitação média 324

mensal com duas estações representativas, uma predominantemente seca e outra 325

predominantemente chuvosa. O período mais chuvoso ocorre de dezembro a março, 326

quando os índices de precipitação média mensal são superiores a 200 mm, enquanto que 327

o mais seco corresponde aos meses de abril ‘ destaque para julho e agosto, que 328

apresentam médias menores que 30 mm. Ressalta-se que os meses de dezembro e 329

janeiro apresentam os maiores índices de precipitação, atingindo uma média de 210,7 330

mm e 271,3 mm, respectivamente. 331

332

Gráfico 2.1 - Precipitação Média Mensal no Período de 1959 a 2016, Estação B6-033 333 Fonte: Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE, acesso em Agosto de 2017 334

194,0

162,6

118,9

84,9 85,7

66,5

50,5 41,0

88,7

132,9 133,1

162,9

0

50

100

150

200

250

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Pre

cip

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ão M

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(m

m)

Mês

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2.1.6 Recursos Hídricos 335

O município de Américo de Campos se encontra no contexto hidrológico de duas sub-336

bacias hidrográficas a sub-bacia do Rio Preto e sub-bacia Baixo Turvo/Tomazão, ambas 337

pertencentes à Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHI) 15 – 338

Turvo/Grande. 339

A maior parte do município está inserida na sub-bacia do Rio Preto, os principais cursos 340

d’água desta sub-bacia em Américo de Campos são os Ribeirões da Piedade e Águas 341

Paradas, os Córregos do Limão, do Coqueiral e do Veado e o próprio Rio Preto. O 342

Ribeirão da Piedade possui direção preferencial sudoeste-nordeste e marca da divisa 343

com o município de Cosmorama. 344

Na porção noroeste do município encontram-se os cursos d’agua da sub-bacia Baixo 345

Turvo/Tomazão com direção preferencial de sudoeste-nordeste, com destaque para o 346

Ribeirão Guariroba, o qual delimita fronteira com o município de Álvares Florence. 347

O Plano de Bacia da UGRHI 15 (IPT 2009) apresentou a disponibilidade hídrica superficial 348

das sub-bacias como resultado do estudo de regionalização hidrológica elaborado pelo 349

DAEE em 1998. Para a sub-bacia SB7 – Rio Preto, com área de drenagem de 2.867 km², 350

a vazão mínima de 7 dias consecutivos com período de retorno de 10 anos (Q7,10) é de 351

4,3 m³/s. 352

O município de Américo de Campos possui população total de 5.706 habitantes segundo 353

o último censo IBGE (2010), dos quais 84% são residentes de áreas urbanas. 354

Segundo pesquisa de dados dos Recursos Hídricos do Estado de São Paulo do DAEE 355

(acessado em Agosto de 2017), no município de Américo de Campos existem 27 outorgas 356

para uso da água. Desse total, 3 são referentes a barramentos, 1 para canalização, 4 357

captações subterrâneas, 9 captações superficiais, 1 para desassoreamento, 1 para 358

lançamento em solo, 4 para lançamento superficial e 4 para travessia aérea. 359

Em relação à finalidade dos usos, para a vazão total de captação outorgada dentro do 360

município (437,88 m³/h – 47% subterrâneos e 53% superficiais), a maioria corresponde a 361

irrigação (53% – 230,38 m³/h), seguido pelo Abastecimento Público (46% – 200 m³/h) e o 362

restante dividido dentre outros usos. 363

As captações de águas subterrâneas no município exploram águas principalmente das 364

formações de Serra Geral (33%) Bauru (33%) e no Freático (33%). 365

Já as outorgas de captação superficial se dão de forma dispersa no território do 366

município. Concentram-se principalmente no Ribeirão Águas Paradas (33%) e no Córrego 367

Argemiro (22%). 368

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Em 2015, segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS - 369

acessado em agosto de 2017), o município apresentou consumo médio per capita de 370

água de 225 L/hab./dia e índice de atendimento total de água de 83,91%. O serviço de 371

água possui uma rede de 31,2 km de extensão com 2.490 ligações ativas. 372

O serviço de esgoto também possui um índice total de atendimento de 83,74%. Ademais, 373

99,02% do esgoto é coletado e 100% do esgoto coletado é tratado. A extensão da rede 374

de esgoto é de 30,4 km com 2.440 ligações ativas. 375

Ainda segundo o PBH Turvo-Grande (2009), o município de Américo de Campos possui 376

potencial de produção de Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO5,20) de 252 kg/dia e 377

carga remanescente de 25 kg/dia, tendo como principal corpo receptor o Ribeirão Barreiro 378

A Ilustração 2.2 mostra os principais cursos d’água presentes no município de Jaci. 379

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380 Ilustração 2.1 - Principais Cursos d’Água Presentes nos Limites dos Municípios381

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2.1.7 Vegetação 382

Os remanescentes da vegetação original foram compilados no Sistema de Informações 383

Florestais da Estado de São Paulo – SIFESP, do Instituto Florestal da SMA/SP, reunidos 384

no Inventário Florestal do Estado de São Paulo, em 2009. 385

De acordo com este o mapeamento, o município de Américo de Campos em áreas 386

ocupadas originalmente por Cerrado. Dos 25.300 ha originalmente ocupados por este 387

bioma, restam apenas 2.056,9 ha preenchidos por algum tipo de vegetação, o que totaliza 388

8% do município, localizados de maneira esparsa pelo município, com localização 389

preferencial nas proximidade dos rios, seja na nascente ou nas áreas de várzeas. 390

Dividem-se em matas ciliares, com 431,8 ha (ou 1,6% do município) e matas de um modo 391

geral, com 1.625,1 ha (6,4% do município). 392

Quando comparados aos 17,5% correspondentes à cobertura vegetal original 393

contabilizada para o Estado de São Paulo, decorrente da somatória de mais de 300 mil 394

fragmentos, pode-se afirmar que a vegetação original remanescente do município de 395

Américo de Campos é bastante reduzida. 396

2.1.8 Uso e Ocupação do Solo 397

O uso e ocupação da terra são o reflexo de atividades econômicas, como a industrial e 398

comercial entre outras, que são responsáveis por alterações na qualidade da água, do ar, 399

do solo e de outros recursos naturais, que interferem diretamente na qualidade de vida da 400

população. 401

O mapeamento realizado pela Secretaria do Meio Ambiente (2011) aponta para a 402

existência de uma paisagem fortemente antropizada, na qual 78% do município está 403

coberto por campos e pastagens, além de 13,4% ocupadas por atividades agrícolas, 404

principalmente por culturas semi-perenes. Segundo consta na pesquisa de Produção 405

Agrícola Municipal de 2015, publicada pelo IBGE (2016), os principais produtos 406

agropecuários são a cana-de-açúcar, o milho e a laranja, além de um efetivo de pouco 407

mais de 17.000 cabeças de bois, entre outros animais. 408

O mapa de uso do solo também destaca 0,4% do território está coberto por área urbana, 409

centralizadas ao redor da sede municipal. O restante da cobertura está ocupada por 410

vegetação natural e corpos d’água, conforme apresentado no Quadro 2.2. 411

412

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QUADRO 2.2 – DADOS DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DO MUNICÍPIO DE AMÉRICO DE 413 CAMPOS E SEUS USOS, SP 414

Classe Área (ha) %

Área urbana 112,5 0,4%

Corpos D'água 11,4 0,04%

Cultura Perene 114,9 0,4%

Cultura Semiperene 3.331,5 13,0%

Mata 1.625,1 6,4%

Mata Ciliar 431,8 1,7%

Pastagens 19.934,0 78,06%

415

Na análise do uso do solo uma das principais categorias a ser analisada é a divisão do 416

território em zonas urbanas e zonas rurais. 417

Segundo a relação dos setores censitários do Censo Demográfico de 2010, realizado pelo 418

IBGE, o município tem uma área urbana, concentrada ao redor da sede municipal, 419

conforme indicado na Figura 2.2. 420

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421 Figura 2.2 – Áreas urbanas e rurais do município de Américo de Campos 422

423

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2.2 ASPECTOS SOCIAIS E ECONÔMICOS 424

2.2.1 Dinâmica Populacional 425

Este item visa analisar o comportamento populacional, tendo como base os seguintes 426

indicadores demográficos1: 427

Porte e densidade populacional; 428

Taxa geométrica de crescimento anual da população; e, 429

Grau de urbanização do município. 430

Em termos populacionais, Américo de Campos pode ser considerado um município de 431

pequeno porte. Com uma população de 5.733 habitantes, representa 3,26% do total 432

populacional da Região de Governo (RG) de Votuporanga, com 175.973 habitantes. Sua 433

extensão territorial de 252,88 km² impõe uma densidade demográfica de 22,67 hab./km², 434

inferior às densidades da RG de 37,65 hab./km² e do Estado, de 175,95 hab/km². 435

Na dinâmica da evolução populacional, Américo de Campos apresenta uma taxa 436

geométrica de crescimento anual de 0,07% ao ano (2010-2017), inferior às médias da RG 437

de 0,57% a.a. e do Estado, de 0,83% a.a.. 438

Com uma taxa de urbanização de 86,66%, o município de Américo de Campos apresenta 439

índice próximo ao da RG, de 91,28% e inferior ao Estado, de 96,37%. 440

As densidades de ocupação do território, por setores censitários, registradas pelo Censo 441

de 2010 acham-se representadas na Figura 2.3. 442

1 Conforme os dados disponíveis nos sites do instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE e da Fundação Sistema Estadual de

Análise de Dados – SEADE. Ressalta-se que os valores estimados pelo SEADE são da mesma ordem de grandeza dos valores publicados pelo IBGE, a partir do Censo Demográfico realizado em 2010.

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443 Figura 2.3 – Densidade demográfica do município de Américo de Campos, por setor censitário 444

445

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O Quadro 2.3 apresenta os principais aspectos demográficos. 446

QUADRO 2.3 – PRINCIPAIS ASPECTOS DEMOGRÁFICOS DO MUNICÍPIO, REGIÃO DE 447 GOVERNO E ESTADO – 2017 448

Unidade territorial População total (hab.)

2017

População urbana

Taxa de urbanização

(%) 2017 Área (km²)

Densidade (hab./km²)

Taxa geométrica

de crescimento

2010-2017 (% a.a.)

Américo de Campos 5.733 4.968 86,66 252,88 22,67 0,07

RG de Votuporanga 175.973 160.628 91,28 4.673,74 37,65 0,57

Estado de São Paulo 43.674.533 42.090.776 96,37 248.222,36 175,95 0,83

Fonte: Fundação SEADE 449

2.2.2 Características Econômicas 450

Visando conhecer os segmentos econômicos mais representativos do município, em 451

termos de sua estrutura produtiva, e o peso dessa produção no total do Estado, foi 452

realizada uma breve análise comparativa entre as unidades territoriais, privilegiando a 453

participação dos setores econômicos no que tange ao Valor Adicionado Setorial (VA) na 454

totalidade do Produto Interno Bruto (PIB), sua participação no Estado, e o PIB per capita. 455

O município de Américo de Campos foi classificado com perfil de serviços2, uma vez que 456

o setor apresenta maior participação no PIB do município, seguido do agropecuário e, por 457

fim, do industrial, conforme pode ser observado no Quadro 2.4. 458

O valor do PIB per capita em Américo de Campos (2014) é de R$ 15.032,33 por hab/ano, 459

abaixo do valor da RG que é de R$ 25.996,99, e também do PIB per capita estadual, de 460

R$ 43.544,61. 461

A representatividade de Américo de Campos no PIB do Estado é de 0,005%, o que 462

demonstra baixa expressividade, considerando que a RG de Votuporanga participa com 463

0,24%. 464

QUADRO 2.4 – PARTICIPAÇÃO DO VALOR ADICIONADO SETORIAL NO PIB TOTAL* E O 465 PIB PER CAPITA – 2014 466

Unidade territorial

Participação do Valor Adicionado (%) PIB (a preço corrente)

Serviços Agropecuária Indústria PIB (milhões de

reais)

PIB per capita (reais)

Participação no Estado

(%)

Américo de Campos 63,60 32,21 4,19 86.075,10 15.032,33 0,005

RG de Votuporanga 67,87 10,19 21,94 4.503.353,95 25.996,99 0,24

Estado de São Paulo 76,23 1,76 22,01 1.858.196.055,52 43.544,61 100,00

Fonte: Fundação SEADE. *Série revisada conforme procedimentos metodológicos adotados pelo IBGE, a partir de 2007. Dados de 467 2014 sujeitos a revisão. 468

469

2 A tipologia do PIB dos municípios paulistas considera o peso relativo da atividade econômica dentro do município e no Estado e, por

meio de análise fatorial, identifica sete agrupamentos de municípios com comportamento similar. Os agrupamentos são os seguintes: perfil agropecuário com relevância no Estado; perfil industrial; perfil agropecuário; perfil multissetorial; perfil de serviços da administração pública; perfil industrial com relevância no Estado e perfil de serviços. SEADE, 2010.

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Emprego e Renda 470

Neste item são relacionados os valores referentes ao mercado de trabalho e ao poder de 471

compra da população de Américo de Campos. 472

Segundo estatísticas do Cadastro Central de Empresas de 2014, em Américo de Campos 473

há um total de 235 unidades locais, considerando que 198 são empresas atuantes, com 474

um total de 771 pessoas ocupadas, sendo, destas, 562 assalariadas. O salário médio 475

mensal no município é de 2 salários mínimos. 476

Ao comparar a participação dos vínculos empregatícios dos setores econômicos, ao total 477

de vínculos, em Américo de Campos observa-se que a maior representatividade fica por 478

conta da do setor de serviços com 64,91%, seguida pelo setor do comércio com 18,29%, 479

e do agropecuário com 9,56%, com menor representatividade ficam os setores da 480

indústria e da construção civil, com 6,59% e 0,66%, respectivamente. Na RG, a maior 481

representatividade também é do setor de serviços, seguido da indústria, do comércio, da 482

agropecuária e construção civil. O Quadro 2.5 apresenta a participação dos vínculos 483

empregatícios nos setores econômicos. 484

QUADRO 2.5 – PARTICIPAÇÃO DOS VÍNCULOS EMPREGATÍCIOS POR SETOR (%) – 2015 485

Unidade territorial Agropecuário Comércio Construção

Civil Indústria Serviços

Américo de Campos 9,56 18,29 0,66 6,59 64,91

RG de Votuporanga 7,14 19,22 7,01 29,77 36,85

Estado de São Paulo 2,40 19,78 4,96 18,36 54,50

Fonte: Fundação SEADE. 486

Ao comparar o rendimento médio de cada setor nas unidades territoriais, observa-se que 487

o setor de serviços detém o maior valor no município e na RG, no Estado o maior valor 488

fica com o setor da indústria. 489

Quanto ao rendimento médio total, Américo de Campos detém o menor valor dentre as 490

unidades, como mostra o Quadro 2.6. 491

QUADRO 2.6 – RENDIMENTO MÉDIO NOS VÍNCULOS EMPREGATÍCIOS POR SETOR E 492 TOTAIS (EM REAIS CORRENTES) – 2015 493

Unidade territorial Agropecuário Comércio Construção

Civil Indústria Serviços

Rendimento Total

Américo de Campos 1.375,25 1.354,10 1.550,00 1.397,53 1.693,24 1.580,61

RG de Votuporanga 2.175,58 1.697,26 1.912,01 2.031,18 2.285,09 2.066,15

Estado de São Paulo 1.785,00 2.237,39 2.499,15 3.468,54 3.164,58 2.970,72

Fonte: Fundação SEADE. 494

Finanças Públicas Municipais 495

A análise das finanças públicas está fortemente vinculada à base econômica dos 496

municípios, ou seja, o patamar da receita orçamentária e de seus dois componentes 497

básicos, a receita corrente e a receita tributária, bem como o Imposto Sobre Serviço – ISS 498

são funções diretas do porte econômico e populacional dos municípios. 499

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Para tanto, convencionou-se analisar a participação da receita tributária e o ISS na receita 500

total do município, em comparação ao que ocorre na RG. 501

De início, nota-se que a participação da receita tributária é a fonte de renda mais 502

relevante em Américo de Campos, assim como na RG. Ao comparar os percentuais de 503

participação, em Américo de Campos a receita tributária representa 6,27% da receita 504

corrente, enquanto na RG, 10,84% da receita. 505

Situação semelhante ocorre com a participação do ISS nas receitas correntes nas duas 506

unidades territoriais, sendo que, no município a contribuição é de 1,91% e na RG, de 507

4,08%. 508

Os valores das receitas para o Estado não estão disponíveis. O Quadro 2.7 apresenta os 509

valores das receitas no Município e na RG. 510

QUADRO 2.7 – PARTICIPAÇÕES DA RECEITA TRIBUTÁRIA E DO ISS NA RECEITA 511 CORRENTE (EM REAIS) – 2012 512

Unidade territorial Receitas

Correntes (total)

Total da Receita

Tributária

Participação da Receita

Tributária na Receita Total

(%)

Arrecadação de ISS

Participação do ISS na

Receita Total (%)

Américo de Campos 20.214.412 1.266.840 6,27% 385.254 1,91%

RG de Votuporanga 552.259.661 59.874.576 10,84% 22.540.671 4,08%

Fonte: Fundação SEADE. 513

2.2.3 Infraestrutura Urbana e Social 514

A seguir são relacionadas as estruturas disponíveis à circulação e dinâmica das 515

atividades sociais e produtivas, além da indicação do atendimento às necessidades 516

básicas da população pelo setor público em Américo de Campos. 517

Sistema Viário 518

O sistema viário de Américo de Campos é composto principalmente por Estradas 519

Municipais e pela Rodovia Miguel Jabur-Elias (SP-479). 520

Energia 521

Segundo a Fundação SEADE, o município de Américo de Campos registrou em 2014 um 522

total de 2.883 consumidores de energia elétrica, que fizeram uso de 9.132 MWh. 523

Em 2015 foi registrado um total de 2.907 consumidores, o que representa aumento em 524

cerca de 2,3% em relação ao ano anteriormente analisado. Mesmo com o aumento no 525

número de consumidores, houve redução no consumo de energia, que em 2015 foi de 526

8.936 MWh, representando 1,89% de economia. 527

528

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Saúde 529

Em Américo de Campos, segundo dados do IBGE (2009), há 1 estabelecimento de 530

saúde, sendo público municipal e que atende ao SUS. Não há leitos disponíveis no 531

município, portanto não existe o serviço de internação. 532

Ensino 533

Segundo informações do IBGE (2015), há no município 1 estabelecimentos de ensino pré-534

escolar, sendo este público municipal, recebeu 134 matrículas e dispõe de 8 profissionais 535

docentes. 536

O ensino fundamental é oferecido em 3 estabelecimentos, 2 são públicos municipais e 1 é 537

público estadual. As escolas municipais foram responsáveis por 526 matrículas e 538

possuem 42 professores, a escola estadual foi responsável por 125 matrículas e possui 539

12 professores. 540

Há duas escolas com ensino médio existentes em Américo de Campos, uma municipal e 541

outra estadual. Na escola do município foram efetuadas 27 matrículas e são 16 docentes, 542

enquanto na escola do estado foram 246 matrículas e 15 docentes. 543

A taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais de idade permite traçar o perfil 544

municipal em relação à educação. Assim, Américo de Campos, com uma taxa de 7,79%, 545

possui taxa de analfabetismo maior que a da RG e que a taxa do Estado. Os valores das 546

taxas das três unidades territoriais estão apresentados no Quadro 2.8. 547

QUADRO 2.8 – TAXA DE ANALFABETISMO* – 2010 548

Unidade territorial 2000 2010

Américo de Campos 12,70 7,79

RG de Votuporanga 10,75 6,96

Estado de São Paulo 6,64 4,33

Fonte: Fundação SEADE. 549 *Consideram-se como analfabetas as pessoas maiores de 15 anos que declararam não serem capazes de ler e escrever um bilhete 550 simples ou que apenas assinam o próprio nome, incluindo as que aprenderam a ler e escrever, mas esqueceram. 551

Segundo o índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB3, indicador de 552

qualidade educacional do ensino público, que combina rendimento médio (aprovação) e o 553

tempo médio necessário para a conclusão de cada série, em Américo de Campos o índice 554

obtido foi de 5.6 para os anos iniciais e 5,0 para os anos finais. 555

556

3 O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB, é um indicador de qualidade que combina informações de desempenho

em exames padronizados (Prova Brasil ou Saeb) – obtido pelos estudantes ao final das etapas de ensino (os anos iniciais são representados pelos 1º ao 5º ano e os anos finais, do 6º ao 9º anos) – com informações sobre rendimento escolar (aprovação), pensado para permitir a combinação entre rendimento escolar e o tempo médio necessário para a conclusão de cada série. Como exemplo, um IDEB 2,0 para uma escola A é igual à média 5,0 de rendimento pelo tempo médio de 2 anos de conclusão da série pelos alunos. Já um IDEB 5,0 é alcançado quando o mesmo rendimento obtido é relacionado a 1 ano de tempo médio para a conclusão da mesma série na escola B. Assim, é possível monitorar programas e políticas educacionais e detectar onde deve haver melhoria. Fonte: MEC – INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.

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2.2.4 Qualidade de Vida e Desenvolvimento Social 557

O perfil geral do grau de desenvolvimento social de um município pode ser avaliado com 558

base nos indicadores relativos à qualidade de vida, representados também pelo Índice 559

Paulista de Responsabilidade Social – IPRS. Esse índice sintetiza a situação de cada 560

município, no que diz respeito à riqueza, escolaridade, longevidade. Desde a edição de 561

2008 foram incluídos dados sobre meio ambiente, conforme apresentado no item 562

seguinte. 563

Esse índice é um instrumento de políticas públicas desenvolvido pela Assembleia 564

Legislativa do Estado de São Paulo, numa parceria entre o seu Instituto do Legislativo 565

Paulista (ILP) e a Fundação SEADE. Reconhecido pela ONU e outras unidades da 566

federação, permite a avaliação simultânea de algumas condições básicas de vida da 567

população. 568

O IPRS, como indicador de desenvolvimento social e econômico, foi atribuído aos 645 569

municípios do Estado de São Paulo, classificando-os em 5 grupos. O Quadro 2.9 570

apresenta o IPRS do município. 571

QUADRO 2.9 – ÍNDICE PAULISTA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL – IPRS – POSIÇÃO NO 572 ESTADO EM 2010 E 2012 573

IPRS 2010 2012 Comportamento das variáveis

Riqueza 511ª 542ª Américo de Campos somou um ponto no indicador agregado de riqueza, encontra-se abaixo da média estadual e perdeu posições nesse ranking no período.

Longevidade 228ª 241ª Américo de Campos acrescentou um ponto nesse escore no período, e está acima da média estadual. A despeito desse desempenho, o município perdeu posições no ranking dessa dimensão.

Escolaridade 51ª 94ª Américo de Campos registrou estabilidade no indicador agregado de escolaridade e está acima do escore estadual. Sua posição relativa no conjunto dos municípios piorou nesta dimensão.

Fonte: Fundação SEADE. 574

2.3 ASPECTOS AMBIENTAIS 575

Este item reúne elementos que permitem avaliar preliminarmente as condições do meio 576

ambiente do município no que diz respeito ao cumprimento de normas, legislação e 577

instrumentos que visem ao bem-estar da população e ao equilíbrio entre processos 578

naturais e os socioeconômicos. 579

No que diz respeito ao indicador Meio Ambiente, as características de Américo de 580

Campos estão apresentadas no Quadro 2.10. 581

582

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QUADRO 2.10 – INDICADORES AMBIENTAIS 583

Tema Conceitos Existência

Organização do município para questões ambientais

Unidade de Conservação Ambiental Municipal -

Legislação Ambiental (Lei de Zoneamento Especial de Interesse Ambiental ou Lei Específica para Proteção ou Controle Ambiental)

Não

Unidade Administrativa Direta (Secretaria, diretoria, coordenadoria, departamento, setor, divisão, etc.)

Não

Fonte: Fundação SEADE. 584 585

3. DESCRIÇÃO DOS SISTEMAS RELATIVOS AOS SERVIÇOS 586

OBJETO DOS PLANOS ESPECÍFICOS DE SANEAMENTO DO 587

MUNICÍPIO 588

3.1 DESCRIÇÃO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 589

3.1.1 Sistema de Abastecimento de Água Existente 590

3.1.1.1 Características Gerais 591

As características gerais do sistema de Américo de Campos, conforme dados coletados 592

na prefeitura através do GEL (Grupo Executivo Local) em maio de 2017 ou constantes do 593

diagnóstico de abastecimento de água (SNIS), encontram-se apresentados a seguir: 594

Índice de Atendimento Urbano de Água............................................. 100% (GEL 2017); 595

Índice de Hidrometração ................................................................ 99,59% (SNIS 2015); 596

Extensão da Rede de Água ........................................................... 31,1 km (GEL 2017); 597

Volume Anual Produzido Total¹ .................................................. 829.742 m³ (GEL 2017); 598

Volume Anual Faturado Total¹ ................................................... 444.408 m³ (GEL 2017); 599

Índice de Perdas na Distribuição .................................................... 46,44 % (GEL 2017); 600

Quantidade de Ligações Ativas de Água ............................................ 2.552 (GEL 2017); 601

Vazão de Captação ......................................................................... 31,1 L/s (GEL 2017); 602

Volume Total de Reservação .........................................................356,8 m³ (GEL 2017). 603

¹ - índices baseados no ano de 2015 604

O Sistema de Abastecimento de Água do Município de Américo de Campos é operado 605

pelo D.A.E.A.C – Departamento de Água/Esgoto de Américo de Campos localizado na 606

própria Prefeitura e é atendido integralmente por manancial subterrâneo através de 7 607

(sete) poços tubulares profundos, sendo 6 (seis) distribuídos estrategicamente pela área 608

urbana e 1 (um) no bairro isolado Cabeceira das Águas Paradas. Os mananciais 609

subterrâneos utilizados são os Aquíferos Bauru e Serra Geral. 610

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Há ainda no município um (01) poço desativado. Ele foi perfurado, no entanto nunca 611

utilizado. Foi constatado que um dos poços próximo a ele era suficiente para abastecer a 612

região. 613

Apenas 1 (um) dos poços não possui hidrômetro (Poço 02) e dos outros 6 (seis), um deles 614

se encontra quebrado (Poço 06). Todos os poços possuem outorga válida até 2018. 615

Além das unidades de captação, o sistema de abastecimento possui 6 (seis) reservatórios 616

na sede do município, sendo 5 (quatro) metálicos, 1 (um) de concreto na sede do 617

município. Um dos reservatórios metálicos é localizado no bairro Cabeceira das Águas 618

Paradas. 619

O reservatório central de concreto foi construído em 1969 e necessita de manutenção, 620

visto que está em processo de degradação, apresentando partes da estrutura aparentes 621

(armaduras). 622

A rede de distribuição de água está distribuída por setor e atende a 100% da população 623

urbana. As redes da área urbana formam 5 (cinco) setores e do bairro Cabeceira das 624

Águas Paradas é formada por uma única rede. 625

Há um cadastro realizado no município em 2008 o qual mostra as áreas de influência para 626

cada poço, bem como suas informações e detalhamentos. As informações contidas nesse 627

cadastro são expostas nos itens a seguir. 628

Ressalta-se que, conforme informação obtida pelo GEL, na área rural do município não 629

existe cobertura de abastecimento de água municipal, sendo que os domicílios dispersos 630

são abastecidos através de soluções individuais, destacando-se a utilização de poços 631

rasos. 632

Na Ilustração 3.1 encontra-se o esquema com os sistemas de abastecimento de água de 633

Américo de Campos. Já na Ilustração 3.2 estão apresentadas as localizações das 634

unidades existentes nesses sistemas. 635

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636 Ilustração 3.1 - Sistema de Abastecimento de Água 637

638

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Ilustração 3.2 - Desenho do Sistema de Abastecimento de Água 640

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3.1.1.2 Captações Subterrâneas 641

O Sistema de Abastecimento de Água (SAA) de Américo de Campos é composto por 6 642

sistemas de captação subterrânea, contendo 7 poços e 6 reservatórios. O abastecimento 643

contempla 100% da população urbana, incluindo o bairro afastado de Cabeceira das 644

Águas Paradas. 645

A captação é feita através de bombeamento de poços profundos, que se encontram 646

operando sem problemas. A água captada é encaminhada por adutoras de água bruta por 647

recalque até a reservação e depois distribuída na rede. 648

A sede municipal é abastecida por seis poços, enquanto o bairro Cabeceira das Águas 649

Paradas é abastecido por um único poço. Cada reservatório representa um setor. Apenas 650

o reservatório central é abastecido por dois poços (Poços 01 e 04). As informações mais 651

pertinentes sobre os poços são apresentadas no Quadro 3.1. Vale ressaltar que todos os 652

poços possuem outorgas e as informações são baseadas nelas (Outorga requerida em 653

2008). 654

QUADRO 3.1 – CAPTAÇÕES SUBTERRÂNEAS EM OPERAÇÃO 655

Setor Nome Endereço Coordenadas

UTM Vazão (m³/h)

Funcionamento (hr/dia)

1

Poço 01 Av. Paulo Della Coleta com a Rua Vitória Marangão Carrilho – São João Batista

7.754,794 N

632,933 E 79,20 20

Poço 04 Av. Ver. Antônio Uzan – Conjunto Habitacional José Geraldi

7.754,837 N

631,678 E 31,50 14

2 Poço 02 R. Maetro Benedito José da Rocha – Jardim Tangará

7.754,495 N

632,502 E 34,43 14

3 Poço 03 Rodovia Miguel Jabur Elias – Distrito Industrial I 7.753,896 N

632,237 E 7,14 3

4 Poço 05 Av. da Saudade – Cabeceira das Águas Paradas

7.754,258 N

624,875 E 5,11 5

5 Poço 06 Av. Joaquim Fernandes Vilar – Conjunto Habitacional Osvaldo Dionisio Ribeiro

7.755,189 N

633,543 E 23,29 3

6 Poço 07 Prolongamento da Rua Ermindo David – Jardim Américo

7.753,979 N

631,669 E 18,86 3

As informações técnicas dos poços são apresentadas no Quadro 3.2. 656

657

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QUADRO 3.2 – INFORMAÇÕES TÉCNICAS DAS CAPTAÇÕES EM OPERAÇÃO 658

Setor Nome Profundidade do

Poço (m) Bomba

Profundidade da Bomba (m)

Hidrômetro

Marca Operação

1

Poço 01 250 Leão – 60 HP – Acionamento Elétrico e Automático

82 Woltmann de 100 mm

Normal

Poço 04 250 Leão – 25 HP - Acionamento Elétrico e Automático

120 Woltmann de 100 mm

Normal

2 Poço 02 250 Leão – 20 HP - Acionamento Elétrico e Automático

90 - -

3 Poço 03 80 Leão – 5 HP - Acionamento Elétrico e Automático

68 Woltmann de 50 mm

Normal

4 Poço 05 80 Leão – 25 HP - Acionamento Elétrico e Automático

73 Woltmann de 50 mm

Normal

5 Poço 06 220 Não Informado 72 Woltmann de 100 mm

Quebrado

6 Poço 07 157 Leão – 50 HP - Acionamento Elétrico e Automático

44 Woltmann de 50 mm

Normal

Em relação ao monitoramento do volume produzido, apesar de todos os poços possuírem 659

hidrômetros, não é realizado. Ou seja, não havendo a leitura correta desses hidrômetros, 660

não se tem o volume correto de água produzido no município. 661

As Fotos 3.1 a 3.7 ilustram os poços de captação que compõem o SAA de Américo de 662

Campos: 663

Foto 3.1 – Poço 01 – Setor 1 Foto 3.2 – Poço 04 – Setor 1

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Foto 3.3 – Poço 02 – Setor 2 Foto 3.4 – Poço 03 – Setor 3

Foto 3.5 – Poço 05 – Setor 4 Foto 3.6 – Poço 06 – Setor 5

Foto 3.7 – Poço 07 – Setor 6

664

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A Foto 3.8 mostra o poço que foi aberto, mas nunca utilizado. 665

Foto 3.8 – Poço inativo

3.1.1.3 Tratamento de Água e Análises de Qualidade 666

A qualidade da água subterrânea captada permite que o tratamento de água se limite à 667

desinfecção e à fluoretação. O tratamento é realizado de duas maneiras: ou por soluções 668

líquidas ou por pastilhas. Nos poços P-02, P-04 e P-07 o tratamento é feito através de 669

bombas dosadoras com soluções de Hipoclorito de Sódio e Ácido Fluossilícico. Já nos 670

poços P-03 e P-06 a dosagem é realizada através de pastilhas. 671

O Poço 01 não apresenta tratamento na saída do poço. Sua captação é misturada à do 672

Poço 04 ao se encontrarem no reservatório central. Para obtenção do padrão de 673

potabilidade, de acordo com a Portaria nº 2.914 do Ministério da Saúde, são realizadas 674

super dosagens na captação do Poço 04 de forma que a solução final atenda todas as 675

especificações necessárias. 676

O Poço 05 (Setor 4) do bairro isolado Cabeceira das águas Paradas não apresenta 677

qualquer tipo de tratamento. Fica aconselhada a introdução de algum método de 678

tratamento para que a água para consumo obtenha os parâmetros necessários de 679

potabilidade. 680

As Fotos 3.9 a 3.13 ilustram os sistemas de tratamento para cada setor. 681

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Foto 3.9 – Bombas dosadoras de cloro e flúor –

Setor 1 (Poço 04) Foto 3.10 – Bombas dosadoras de cloro e flúor –

Setor 2 (Poço 02)

Foto 3.11 – Tratamento com pastilhas – Setor 3 Foto 3.12 – Tratamento com pastilhas – Setor 5

Foto 3.13 – Bombas dosadoras de cloro e flúor – Setor 6 (Poço 07)

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Em relação à qualidade da água tratada, a Prefeitura realiza diariamente (de segunda a 682

sexta-feira) as análises de cor, turbidez, cloro, flúor e pH, realiza semanalmente análises 683

de Coliformes Totais e E.Coli e quinzenalmente análises de Coliformes heterotróficos. As 684

amostras são colhidas em determinadas ruas ou avenidas na região de cada setor. As 685

análises semestrais exigidas pelo Ministério são realizadas por laboratório terceirizado. 686

As últimas análises disponibilizadas, de janeiro de 2017, indicaram que a média mensal 687

de cloro, turbidez, coliformes, temperatura e cor estão adequadas e que não houve 688

nenhuma amostra fora do padrão neste período. Para o parâmetro flúor, apenas o setor 1 689

(central) mostrou uma média abaixo da mínima exigida, os demais setores estão todos 690

dentro do padrão estabelecido. 691

De acordo com as análises relativas aos parâmetros microbiológicos, físico-químicas, 692

organolépticas e substâncias inorgânicas e orgânicas que representam risco à saúde, 693

relativas ao início do ano de 2017 (janeiro e fevereiro), nenhuma amostra apresentou 694

resultado fora dos padrões de potabilidades estabelecidos na Portaria nº 2.914 do 695

Ministério da Saúde. 696

As Fotos 3.14 e 3.15 mostram o laboratório utilizado pela Prefeitura. 697

Foto 3.14 – Laboratório de análises Foto 3.15 – Laboratório de análises

698

3.1.1.4 Reservação 699

O Sistema de Abastecimento de Água de Américo de Campos conta com 6 (seis) 700

reservatórios. No geral, cada setor apresenta um reservatório, e apenas o reservatório 701

central é abastecido por 2 (dois) poços. O Quadro 3.3 mostra as características dos 702

reservatórios. 703

704

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QUADRO 3.3 – CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DOS RESERVATÓRIOS EM OPERAÇÃO 705

Denominação Setor Contribuição Local Tipo Material Forma Volume

(m³)

Reservatório 01 - Central

1 Poço 01 e Poço 04

Praça Leonildo Violin. Elevado Concreto Cilíndrico 150

Reservatório 02 – Tangará

2 Poço 02 Praça Mário Fernandes Sobrinho

Elevado Metálico Taça 54

Reservatório 03 – Dist. Industrial

3 Poço 03 Rod. Miguel Jabur Elias – Dist. Industrial

Apoiado Metálico Taça 10

Reservatório 04 – Cabeceiras

4 Poço 05 Av. da Saudade – Cabeceira das Águas Paradas

Apoiado Metálico Taça 10

Reservatório 05 – Banespinha

5 Poço 06 Av. Joaquim Fernandes Vilar

Apoiado Metálico Cilíndrico 55,8

Reservatório 06 – Jardim América

6 Poço 07 R. Ermindo David Apoiado Concreto Cilíndrico 77

Total 356,8

706

Em geral, todos os reservatórios estão em boas condições de uso, com exceção do 707

Reservatório 01 – Central, que já apresenta algumas falhas em sua estrutura (construído 708

em 1969). O reservatório 03 do Distrito Industrial está operando com metade de sua 709

capacidade. 710

As Fotos 3.16 a 3.21 mostram os reservatório em questão. 711

Foto 3.16 – Reservatório Central Foto 3.17 – Reservatório Tangará

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Foto 3.18 – Reservatório – Distrito Industrial Foto 3.19 – Reservatório Cabeceiras

Foto 3.20 – Reservatório Banespinha Foto 3.21 – Reservatório Jardim América

3.1.1.5 Rede de Distribuição 712

O Município de Américo de Campos conta com um cadastro dos poços realizado em 713

2008, no entanto, não apresenta qualquer informação com relação à rede de distribuição. 714

Os últimos dados disponíveis estimam que a extensão seja de 31,1 km. No entanto, visto 715

a implantação de novos loteamentos, possivelmente esta extensão é inferior a real. 716

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De acordo com a Prefeitura, em torno de 95% da rede é constituída de PVC com algumas 717

ruas ainda constituídas de Cimento Amianto (essa troca foi realizada em torno de 10 anos 718

atrás). Os diâmetros da rede variam entre 50 mm a 150 mm. 719

O número de economias é de 2552 divididas da seguinte forma: 720

QUADRO 3.4 – DISTRIBUIÇÃO DAS LIGAÇÕES DE ÁGUA POR CATEGORIAS 721

Categorias

Residencial Comercial Industrial Pública Rural Total

2332 158 18 33 11 2552

Alguns prédios públicos não possuem hidrometração. De forma geral, a rede de 722

distribuição está em bom estado de conservação. 723

3.2 DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 724

3.2.1 Sistema de Esgotamento Sanitário Existente 725

3.2.1.1 Características Gerais 726

As características gerais do sistema de esgotamento sanitário de Américo de Campos, 727

conforme dados coletados na prefeitura através do GEL (Grupo Executivo Local) em maio 728

de 2017 ou constantes nas últimas coletas do SNIS, encontram-se apresentados a seguir: 729

Índice de Atendimento Urbano de Esgoto ............................................ 99% (GEL 2017); 730

Índice de Tratamento do Esgoto Produzido¹ .................................... 99,3 % (GEL 2017); 731

Quantidade de Ligações Ativas de Esgoto............................ 2.530 ligações (GEL 2017); 732

Volume Anual Coletado Total¹ ................................................ 355.526,4 m³ (GEL 2017); 733

Volume Anual Tratado Total .................................................... 353.203,2 m³ (GEL 2017); 734

Extensão de Rede de Esgoto ........................................................ 30,35 km (GEL 2017); 735

Vazão Média de Esgoto Tratado ETE² ............................................ 11,2 L/s (GEL 2017). 736

¹ - Índices referentes ao ano de 2015 737 ² - Valor atualizado em agosto de 2016 738

Atualmente, o Sistema de Esgotamento Sanitário de Américo de Campos conta com uma 739

Estação de Tratamento de Esgoto em operação, com capacidade nominal de 16,9 L/s, 740

mas tratando em média 11,2 L/s. Também compõem o sistema de esgotamento três 741

estações elevatórias de esgoto, rede coletora, emissários de esgoto bruto e emissário 742

final de esgoto tratado. 743

O sistema de afastamento de esgoto já existia desde meados dos anos de 1970, com a 744

rede coletora despejando o esgoto diretamente no Ribeirão Águas Paradas. A Estação de 745

Tratamento de Esgoto foi construída em 2006 para poder tratar o esgoto produzido e 746

despejar esse efluente em condições adequadas ao ambiente. 747

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Como a rede era constituída de barro vibrado, foi realizado um estudo em 2012 financiado 748

pela FUNASA e pelo PAC 2 do governo, para a troca dessas tubulações. Em torno de 749

80% dessa rede foi alterada por PVC, sobrando apenas 20% de cerâmica. 750

Apesar dessa nova rede, o sistema de esgotamento do município apresenta diversos 751

problemas que serão abordados no decorrer desse item. 752

A Ilustração 3.3 apresenta as principais unidades identificadas do sistema de 753

esgotamento sanitário existente. 754

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755 Ilustração 3.3 - Desenho de Esgotamento Sanitário 756

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3.2.1.2 Sistema de Esgotamento 757

O sistema de esgotamento existente é constituído por rede coletora, três (03) estações 758

elevatórias de esgoto bruto, emissário de esgoto bruto e emissário final de esgoto tratado, 759

além de poços de visita e caixas de passagem. 760

O bairro isolado Cabeceira das Águas Paradas tem seu tratamento através de fossas 761

individuais. Não há tratamento específico para essas fossas, de forma que o esgoto 762

armazenado é despejado em terras de cultivo ou locais irregulares. 763

O sistema pode ser dividido da seguinte maneira: 764

Rede Coletora: 765

Houve a troca de grande parte da rede coletora, em torno de 80%, que era constituída de 766

manilha de barro vibrado e passou a ser de PVC. 767

O estudo realizado em 2012 (Afastamento de Esgoto Doméstico) dividiu o município em 768

setores, de forma que cada setor envia sua contribuição para determinada elevatória ou 769

diretamente no interceptor. 770

Estações Elevatórias de Esgoto Bruto 771

O sistema é constituído por três (03) elevatórias de esgoto, sendo uma delas o destino de 772

todo o esgoto produzido. Esta última elevatória envia todo o produto coletado para a 773

Estação de Tratamento. 774

Estação Elevatória de Esgoto – Bairro Jardim dos Ipês (2012) 775

Em seu projeto, estima-se que a elevatória receberá efluentes de 178 ligações, com uma 776

vazão calculada de 3,34 L/s. Até o momento da visita técnica, poucas moradias haviam 777

sido concluídas, de forma que a limpeza do cesto é realizada apenas uma vez por mês. 778

Seu sistema é composto por uma bomba de sucção submersível (modelo AS 0641 779

S30/2D com vazão de 14 m³/h e altura manométrica de 22,98 m.c.a. - sistema 1+1) e um 780

tanque pulmão. Não apresenta tratamento preliminar. 781

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Foto 3.22 – Vista geral da Elevatória Foto 3.23 – Poço de Sucção

Estação Elevatória de Esgoto – Bairro Jorge Ferracini (1995) 782

Na visita técnica foram encontrados apenas os desenhos com perfis e cortes da estação 783

elevatória. O GEL não soube informar características da bomba submersível 784

(sistema 1+1). O cesto utilizado para retenção de materiais mais grosseiros estava 785

quebrado. Não apresenta tratamento preliminar. 786

Foto 3.24 – Poço de Sucção

Estação Elevatória de Esgoto – Banespinha (2002) 787

Responsável por recalcar todo o esgotamento captado para a Estação de Tratamento de 788

Esgoto. Foi calculada uma vazão média de 8,34 L/s com perspectiva de crescimento. O 789

Conjunto Motor-Bomba é o modelo EP-3, catálogo IMBIL, com vazão de 70 m³/h não 790

submersível. Para o recalque foi estabelecido PVC Defofo com diâmetro de 150 mm. 791

Apresenta sistema preliminar de tratamento com gradeamento e caixa de areia e Poço 792

Pulmão. 793

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Foto 3.25 – Tratamento Preliminar Foto 3.26 – Medidor de Vazão

Foto 3.27 – Poço de Sucção Foto 3.28 – Vista Geral da Elevatória

Interceptores 794

O município possui 3 interceptores descritos a seguir. 795

Interceptor da margem direita do Córrego do Matadouro tem seu início na Rua Lucino 796

Batista de Carvalho com a Avenida Vereador Antônio Uzan no conjunto habitacional José 797

Giraldi e caminha até próximo ao Ribeirão Águas Paradas. É constituído de manilha de 798

barro vidrado, diâmetro de 150 mm e possui comprimento aproximado de 857 metros. 799

Interceptor da margem direita ao Ribeirão Águas Claras que inicia com o recebimento do 800

interceptor descrito acima, percorre toda a região norte da sede do município até chegar 801

às proximidades do Córrego do Leopoldo, daí percorre no sentido sul, pela margem 802

esquerda deste último córrego, por aproximadamente 150 metros, onde encontra com o 803

interceptor da margem direta do Córrego do Leopoldo. Possui comprimento total de 1.020 804

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metros, sendo os primeiros 725 metros com diâmetro de 150 mm e o restante com 805

200 mm, ambos em manilha de barro vidrado. 806

Interceptor da margem esquerda do Córrego do Leopoldo inicia-se na Rua Maestro 807

Benedito José da Rocha, esquina com a Rua Waldemar Ferreira Peixoto, Bairro Tropical 808

e segue em direção norte pela margem do córrego até encontrar o interceptor descrito 809

acima. Deste ponto em diante forma-se o emissário. É constituído em manilha de barro 810

vidrado e extensão aproximada de 895 metros. 811

Emissários e Linha de Recalque 812

O emissário tem início com a chegada dos interceptores citados acima e atravessa sobre 813

o Córrego do Leopoldo com tubulação de ferro fundido e diâmetro de 200 mm. O encontro 814

desses interceptores ocorre em uma caixa de areia construída pela prefeitura para 815

primeira deposição de sedimentos. Em seguida, o emissário caminha até a Estação 816

Elevatória de Esgoto localizada no Conjunto Habitacional Oswaldo Dionísio Ribeiro 817

(Banespinha), onde todo o efluente é recalcado até a Estação de Tratamento de Esgoto. 818

O esgoto coletado nesse conjunto habitacional é direcionado ao último poço de visita do 819

emissário, antes de chegar à Estação Elevatória. 820

A linha de recalque é feita de PVC DeFOFO com diâmetro de 150 mm com direção à 821

Estação de Tratamento de Esgoto pela estrada rural que interliga a sede à Rodovia 822

Miguel Jabur Elias (SP-479). O efluente chega até uma caixa de recepção e depois é 823

encaminhado para a lagoa através de um pequeno trecho por gravidade. 824

Esse sistema de esgotamento apresenta diversos problemas que são descritos a seguir. 825

Rede Coletora 826

O principal problema relacionado à rede coletora são as ligações clandestinas de águas 827

pluviais. O sistema de esgotamento está totalmente defasado e essas ligações o 828

prejudicam. 829

Estações Elevatórias de Esgoto Bruto 830

A Estação Elevatória de Esgoto – Bairro Jardim dos Ipês foi construída no ano de 2012 e 831

até o momento recebe a contribuição de poucas ligações, não apresentando qualquer 832

situação desfavorável. 833

A Estação Elevatória de Esgoto – Bairro Jorge Ferracini já possui mais de 20 anos de 834

existência e apesar disso não possui muitos problemas. Foi detectado que o cesto de 835

limpeza do poço de sucção estava quebrado a algum tempo, não havendo então a 836

remoção de material mais grosseiro. O painel de energia, por conta do tempo, necessita 837

de uma manutenção. 838

Já a Estação Elevatória de Esgoto – Banespinha, responsável por recalcar todo o esgoto 839

para a estação de tratamento, apresenta diversas situações críticas. Basicamente, todos 840

os problemas são ocasionados pela grande concentração de efluente que a estação tem 841

que bombear. 842

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Os problemas já começam no sistema de tratamento preliminar que não está suportando 843

tamanha demanda. Parte do esgoto está passando para a caixa de areia sem passar pelo 844

gradeamento grosseiro. Resultado dessa situação, o rotor da bomba de recalque fica 845

constantemente sujo, sendo necessária sua parada para limpeza, provocando enchimento 846

do poço pulmão e sobrecarregando o sistema. As fotos 3.29 e 3.30 mostram esses 847

detalhes. 848

A limpeza do gradeamento é realizada duas vezes ao dia. 849

Foto 3.29 – Esgoto passando por fora do

gradeamento grosseiro Foto 3.30 – Sujeira retirada do rotor da bomba

Como a bomba fica constantemente afetada por essas impurezas passa a operar com 850

menor vazão, sobrecarregando o sistema e enchendo o poço pulmão. Dessa forma, uma 851

parte do esgoto sem tratamento está sendo lançada diretamente no córrego através do 852

exaustor do poço pulmão, que está completamente afogado, como pode ser visto na 853

Foto 3.31. 854

Foto 3.31 – Poço pulmão totalmente sobrecarregado

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Ou seja, boa parte do esgotamento não está sendo tratado, como caracterizam os dados 855

da Prefeitura. 856

Interceptores, Emissários e Linha de Recalque 857

Os interceptores e o emissário estão gerando grandes problemas para o sistema de 858

esgotamento. Eles são antigos e de manilha de barro vidrado, com sua vida útil já 859

ultrapassada. Além disso, a demanda do município cresceu e o alto índice de águas 860

pluviais na rede favorece o rompimento dessas tubulações. 861

Um estudo de afastamento de esgoto doméstico foi realizado em 2012 exatamente para a 862

substituição dessas tubulações antigas. O estudo propõe a troca por novos interceptores 863

e emissários de PVC Ocre com novos diâmetros, capazes de suportar essa nova 864

demanda municipal. São dispostas as vantagens e os benefícios desse novo projeto, bem 865

como o valor total do empreendimento. 866

A situação atual do sistema é de tubulações com diâmetros mínimos (150 mm) que não 867

suportam o escoamento do município. Como exemplos dessa situação crítica, serão 868

apresentadas as imagens de um poço de visita que está afogado e constantemente há 869

transbordamento e da caixa de areia que recebe a contribuição dos interceptores. O poço 870

de visita está localizado em uma área aberta, mais próxima ao Córrego Águas Paradas, e 871

a caixa na confluência dos interceptores que margeiam os córregos. As fotos são 872

apresentadas a seguir. 873

Foto 3.32 – Poço de visita afogado Foto 3.33 – Área de transbordamento do PV

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Foto 3.34 – Caixa de areia na confluência dos intercptores

Foto 3.35 – Caixa de areia totalmente assoreada Foto 3.36 – Esgoto extravasado da caixa de areia

874

As possíveis soluções ou melhorias, tendo em vista o caráter de planejamento, serão 875

apresentadas no item 6 deste Plano. 876

3.2.2 Tratamento de Esgotos 877

Os esgotos coletados na sede do município são destinados à Estação de Tratamento de 878

Esgoto, que opera com vazão média de 11,2 L/s. 879

O projeto da ETE foi realizado em 2003 com perspectiva para o ano de 2022. O sistema é 880

composto por uma lagoa anaeróbia, uma lagoa facultativa e uma lagoa de maturação. O 881

projeto previa a instalação de sistema de tratamento preliminar, mas este não foi 882

realizado, sendo feito depois junto à estação elevatória. As principais características das 883

lagoas são dispostas a seguir. 884

Para o fim do plano (2022) foram previstas a vazão de 15,9 L/s e a carga orgânica de 885

289,8 Kg DBO/dia. 886

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Lagoa Anaeróbia (41,5 x 41,5) 887

Profundidade total ............................................................................................. : 4,5 m 888

Talude ............................................................................................................ : 1V : 2H 889

Volume ......................................................................................................... : 4.053 m³ 890

Área do fundo ................................................................................................. : 552 m² 891

Tempo de detenção (2022) ............................................................................: 5,2 dias 892

Lagoa Facultativa (57,6 x 161,6) 893

Profundidade total ............................................................................................. : 2,3 m 894

Talude ............................................................................................................ : 1V : 2H 895

Volume ....................................................................................................... : 14.604 m³ 896

Área do fundo .............................................................................................. : 7.376 m² 897

Tempo de detenção (2022) ......................................................................... : 18,9 dias 898

Lagoa de Maturação (55 x 157) 899

Profundidade total ............................................................................................. : 1,5 m 900

Talude ............................................................................................................ : 1V : 2H 901

Volume ......................................................................................................... : 7.803 m³ 902

Área do fundo .............................................................................................. : 7.399 m² 903

Tempo de detenção (2022) .............................................................................: 10 dias 904

A ETE fica em torno de 15,3 km distante do Córrego Águas Paradas. As fotos a seguir 905

demonstram a situação atual das lagoas de tratamento. 906

Lagoa Anaeróbia 907

Foto 3.37 – Vista frontal da lagoa anaeróbia Foto 3.38 – Vista geral da lagoa anaeróbia

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Lagoa Facultativa 908

Foto 3.39 – Vista frontal da lagoa facultativa Foto 3.40 – Vista geral da lagoa facultativa

Lagoa de Maturação 909

Foto 3.41 – Vista frontal da lagoa de maturação Foto 3.42 – Vista geral da lagoa de maturação

910

A seguir, serão relatados os pontos falhos da Estação de Tratamento de Esgoto. 911

A lagoa anaeróbia apresenta grande quantidade de sobrenadante e mau odor. Nunca 912

houve remoção do lodo (aconselhável a cada 10 anos). Como visto nas fotos 6.31 e 913

6.32 ela se encontra em seu limite, sendo necessária urgente manutenção. 914

A lagoa facultativa apresenta um início acúmulo de material flutuante causado pela 915

situação agravante da lagoa anaeróbia. As fotos desse princípio são relatadas a 916

seguir. 917

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Foto 3.43 – Início de acúmulo de sobrenadante Foto 3.44 – sobrenadante da lagoa facultativa

918

Muitas caixas de passagem estavam quebradas e com vegetação encobrindo-as. As 919

margens das lagoas também apresentavam vegetação com nível acima do normal. 920

Para a implantação da lagoa foi estabelecido um Termo de Compromisso de 921

Recuperação Ambiental que exigia a plantação de um número determinado de 922

espécies arbóreas, no entanto, esse TCRA ainda não foi cumprido. 923

Percebe-se que a ETE está operando em seu limite, visto o modo em que se 924

encontram elementos de seu tratamento. Limite este comprovado pela análise 925

realizada em abril de 2016 pelo laboratório LaborLab de Votuporanga. O resultado 926

mostra uma eficiência de 80,3%, valor praticamente idêntico ao limítrofe de 80% 927

exigido pela Secretaria. A foto 6.37 mostra a saída do efluente tratado. 928

Foto 3.45 – Saída do efluente tratado

929

A tubulação que despeja este efluente tratado no Córrego Águas Paradas está quebrada. 930

931

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3.3 DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS 932

SÓLIDOS 933

3.3.1 Visão Geral dos Serviços de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos 934

Sólidos – Considerações Iniciais 935

De acordo com a PNRS (Lei nº 12.305/2010 regulamentada pelo Decreto nº 7.404/2010) 936

os resíduos sólidos são classificados em onze tipos: de estabelecimentos comerciais e 937

prestadores de serviços; sólidos urbanos, compreendendo os domiciliares e de limpeza 938

urbana; de serviços de transporte; de serviços públicos de saneamento básico; da 939

construção civil; industriais; de serviços de saúde; agrossilvopastoris; e de mineração. Na 940

Figura 3.1 está apresentado fluxograma com a classificação e a responsabilidade pelo 941

gerenciamento de cada tipo de resíduo sólido gerado. 942

943 Figura 3.1 - Fluxograma com classificação e responsabilidade pelo gerenciamento de cada tipo dos 944

resíduos sólidos, segundo a lei 12.305/2010. 945 Fonte: BORGES, 2014 946

De acordo com o fluxograma, é de responsabilidade do município, representado pelo 947

titular de prestação de serviços, os resíduos da limpeza urbana, domiciliares e de serviços 948

públicos de saneamento básico. No Caso de Américo de Campos, além dos resíduos 949

mencionados, o município também é responsável pelos resíduos de construção civil e 950

resíduos recicláveis. 951

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Na sequência encontra-se apresentado o diagnóstico da situação atual, contendo as 952

quantidades geradas, as formas de coleta e de transporte e as diferentes destinações 953

praticadas para cada tipo de resíduo sob responsabilidade da Prefeitura de Américo de 954

Campos. 955

Por fim, cabe comentar que Américo de Campos faz parte do Consórcio Intermunicipal de 956

Desenvolvimento Ambiental Sustentável (CIDAS) juntamente com os municípios de 957

Cosmorama, Pontes Gestal, Paulo de Faria, Cardoso, Álvares Florence, Parisi, 958

Pedranópolis, Meridiano, Valentim Gentil, Votuporanga, Nipoã, Américo de Campos. O 959

CIDAS encontra-se sediado em Cosmorama, tem como objetivo a gestão integrada dos 960

municípios participantes para as questões ao desenvolvimento e execução de ações e 961

projetos ambientais com foco na gestão municipal sustentável. 962

3.3.2 Diagnóstico dos Resíduos Sólidos Urbanos 963

O manejo dos resíduos sólidos urbanos (constituídos pelos resíduos de limpeza urbana e 964

resíduos domiciliares) é realizado pela própria Prefeitura. 965

Os resíduos de limpeza urbana são originários de atividades relacionadas à limpeza do 966

espaço coletivo urbano, tais como: varrição, limpeza de logradouros e vias públicas, 967

capina e roçagem de terrenos públicos, poda de árvores. Por sua vez, os resíduos 968

domiciliares são originários de atividades domésticas em residências urbanas, que são 969

segregados em resíduos úmidos e secos (BRASIL, 2010). 970

No caso dos resíduos domiciliares úmidos, comumente denominados por Resíduos 971

Domiciliares Orgânicos - RDO, a coleta regular abrange toda a área urbana, sendo 972

realizada nos seguintes dias da semana: segunda-feira, quarta-feira e sexta-feira. A 973

Prefeitura conta com um caminhão compactador com capacidade de 5 toneladas e três 974

funcionários, sendo um motorista e dois coletores. 975

Após serem coletados, os resíduos domiciliares orgânicos são transportados até o aterro 976

controlado municipal, onde são dispostos em valas para posterior aterramento. Não há 977

operações de transbordo entre a coleta e a disposição dos resíduos. 978

De acordo com os dados levantados pela Prefeitura, são coletados os seguintes valores 979

por tipo de resíduos (aproximadamente): 980

Resíduos Domiciliares: 3,5 ton/dia – que representa em torno de 0,60 kg/hab.dia 981

Resíduos Recicláveis: 200 kg/dia 982

Resíduos de Serviço de Saúde: 4,5 kg/dia 983

Resíduos da Construção Civil: Não há pesagem 984

Com relação à quilometragem percorrida pelo caminhão nos dias de coleta, a Prefeitura 985

estima que sejam aproximadamente 100 km por dia nos dias de coleta de resíduos 986

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domésticos (segunda, quarta e sexta-feira) e em média 30 km por dia para resíduos da 987

construção civil e recicláveis. 988

Não há informações precisas para esses levantamentos, bem como não são calculados 989

gastos com combustível e manutenção dos equipamentos. 990

O aterro controlado municipal localiza-se na Rodovia Miguel Elias Jabur, Km 30 e possui 991

área de 24.200 m² (nem toda a área é disponível para a criação de valas). Atualmente, 992

sua vida útil se apresenta em estágio final, próximo de seu esgotamento, de forma que há 993

apenas 1 vala a ser preenchida para total saturação do mesmo. Para solução deste 994

empecilho, a Prefeitura espera que o Consórcio CIDAS implante um novo aterro para uso 995

de seus integrantes (Está em negociação uma área, com possibilidade de ser no 996

município de Álvares Florence, para implantação do futuro aterro sanitário, onde serão 997

dispostos os resíduos domiciliares dos 13 municípios pertencentes). 998

É oportuno comentar que município não apresenta composição gravimétrica e volumétrica 999

dos resíduos domiciliares. Dessa forma, não é possível identificar a porcentagem de cada 1000

tipo de resíduos que está sendo enterrado. 1001

As Fotos 3.38 a 3.41 ilustram o local de disposição final dos resíduos domiciliares 1002

orgânicos, bem como o caminhão utilizado na coleta. 1003

Foto 3.46 – Vista da última vala em utilização Foto 3.47 – Vala para depósito dos resíduos

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Foto 3.48 – Visão da entrada do aterro Foto 3.49 – Caminhão compactador utilizado

No caso dos resíduos domiciliares secos, comumente denominados recicláveis, a coleta 1004

seletiva é realizada de porta a porta, abrangendo toda a área urbana sendo realizada 1005

apenas na terça-feira. Há também campanhas nas escolas do município, que através do 1006

sorteio de prêmios, incentivam a arrecadação de reciclagem. 1007

A usina de triagem é coordenada por um único responsável (Anderson Antônio de Souza), 1008

de maneira informal, ou seja, sem vínculo empregatício com a Prefeitura. Esta, por sinal, 1009

disponibiliza toda a estrutura necessária que consta com: 1 caminhão (1 motorista e 2 1010

coletores), o espaço físico para armazenamento e separação dos resíduos, além de toda 1011

infraestrutura como luz, água, EPIs, uma balança e uma prensa. 1012

Após serem coletados, os resíduos recicláveis são transportados até o centro de triagem, 1013

onde são separados e vendidos. No Quadro 3.5 está apresentada a quantidade de cada 1014

material reciclável vendido desde a abertura do centro, ou seja, desde 2015 até o mês de 1015

março deste ano. 1016

QUADRO 3.5 – QUANTIDADE DE MATERIAIS RECICLÁVEIS VENDIDOS DE 2015 A 2017 1017

Material reciclável Quantidade (kg)

Plástico Colorido (sacolas) 1.107

Plástico Transparente 2.764

PET 2.746

PEAD 1.183

PP/PVC 854

Alumínio 302

Revistas/Cadernos/Livros 219,5

Papelão 35.596

Total 44.771,5

Fonte: Prefeitura, 2017 1018

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O montante arrecadado com toda essa venda foi de R$ 17.795,00 (dezessete mil 1019

setecentos e noventa e cinco reais). Todo ele foi destinado ao responsável (Anderson) e 1020

seus parceiros que o ajudam no local. 1021

Apesar de todo esse incentivo, foi constatado grande quantidade de materiais recicláveis 1022

no centro de triagem. Provavelmente há opção de armazenar grande quantidade para 1023

depois realiza a perfeita separação. 1024

É oportuno comentar que o barracão de triagem também é utilizado como um Posto de 1025

Entrega Voluntária (PEV), pois além da coleta porta a porta, recebe os resíduos 1026

recicláveis trazidos pelos munícipes de modo voluntário e gratuito. 1027

Para melhorar e aperfeiçoar o serviço, a Prefeitura tem a intenção de criar uma 1028

associação de catadores, de forma a beneficiar famílias carentes e incentivar o cuidado 1029

ao Meio Ambiente. 1030

As Fotos 3.42 a 3.58 ilustram os procedimentos de coleta e segregação dos resíduos 1031

recicláveis. 1032

Foto 3.50 – Visão da entrada do centro de triagem Foto 3.51 – Prensa do centro

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Foto 3.52 – Material depositado no centro Foto 3.53 – Material reciclável prensado

Foto 3.54 – Material depositado no centro Foto 3.55 – Material de maior porte depositado

Foto 3.56 – RCC separado no centro Foto 3.57 – Placa em frente ao centro

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Em relação aos resíduos de limpeza urbana, a Prefeitura utiliza o mesmo caminhão da 1033

reciclagem para realizar a coleta diariamente. Os resíduos são armazenados no antigo 1034

aterro sanitário do município. 1035

Na semana anterior a visita técnica, houve um incêndio nessa área. Não se sabe quem o 1036

causou e o motivo. O local estava com muita fumaça. O desastre pode ser observado nas 1037

fotos 3.58 e 3.59. 1038

Foto 3.58 – Entrada do antigo aterro – deposito de

podas e capina Foto 3.59 – Resíduos de poda e capina após

incêndio

Não há controle da quantidade de resíduos gerados. O município espera por um picador 1039

de galhos prometido pelo secretário estadual do Meio Ambiente (referente ao Consórcio 1040

CIDAS). 1041

3.3.3 Diagnóstico dos Resíduos dos Serviços Públicos de Saneamento Básico 1042

Os resíduos e serviços públicos de saneamento básico referem àqueles gerados nas 1043

atividades de drenagem pluvial, abastecimento de água e esgotamento sanitário. 1044

Os resíduos removidos no tratamento preliminar da estação elevatória de esgoto bruto do 1045

Banespinha são encaminhados ao aterro controlado municipal. Não há controle da 1046

geração deste tipo de resíduos por parte da Prefeitura. 1047

Os resíduos removidos nas atividades de drenagem pluviais, como limpeza de boca de 1048

lobos e galerias, também são encaminhados para aterro controlado municipal. A 1049

Prefeitura não soube estimar a quantidade desses resíduos, tendo em vista que ocorre 1050

esporadicamente, sem frequência determinada e controle pelo setor de limpeza urbana. 1051

1052

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3.3.4 Diagnóstico dos Resíduos de Construção Civil - RCC 1053

De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, os RCC são aqueles gerados 1054

nas construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, incluídos 1055

os resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis. 1056

No caso de Américo de Campos, a Prefeitura é responsável tanto pela coleta quanto pela 1057

destinação final desse tipo de resíduo. Para tanto, conta com um caminhão poliguindaste 1058

e caçambas de 3,5 m³. 1059

A Prefeitura coleta e dispõe esses resíduos em uma área conjunta ao aterro. Essa área 1060

funciona como uma alternativa, visto que a Prefeitura está no aguardo por um triturador 1061

de RCC prometido pelo Consórcio CIDAS. Os resíduos são dispostos acima das valas já 1062

utilizadas, na região final do aterro. Além do triturador, a Prefeitura espera por novas 1063

caçambas para aumentar a área de contribuição. 1064

A coleta funciona da seguinte maneira. São disponibilizadas caçambas em alguns pontos 1065

estratégicos para que a população maneje os resíduos e quando essas caçambas estão 1066

completas, a Prefeitura as recolhe com o caminhão poliguindaste e deposita no aterro. 1067

A dificuldade da Prefeitura está em ter o controle dos resíduos que a população deposita 1068

nas caçambas, de forma que muitos resíduos orgânicos também são despejados nessa 1069

área direcionada ao RCC. 1070

Não há informações quanto ao volume/quantidade de resíduos coletados e à 1071

quilometragem percorrida pelos caminhões diariamente. 1072

As Fotos 3.60 e 3.61 ilustram o armazenamento de resíduos de construção civil. 1073

Foto 3.60 – Armazenamento dos resíduos de construção civil na área do aterro controlado

Foto 3.61 – Armazenamento dos resíduos de construção civil na área do aterro controlado

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Conforme pode ser visualizado nas Fotos 3.52 e 3.53, há presença de outros tipos de 1074

resíduos misturados aos RCC, tais como: resíduos volumosos, galhos, domiciliares, 1075

dentre outros. 1076

3.3.5 Diagnóstico dos Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) 1077

Os RSS são aqueles gerados nos serviços de saúde (exemplo: hospitais, clínicas, 1078

consultórios, farmácias, laboratórios de análises clínicas, etc.), conforme definido em 1079

regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do SISNAMA e do SNVS 1080

(BRASIL, 2010). 1081

Os serviços de coleta, transporte, tratamento e disposição final resíduos de serviço de 1082

saúde (RSS) são terceirizados e, atualmente, são realizados pela empresa Constroeste 1083

Construtora e Participações Ltda. mediante Contrato nº 73/2014, que abrange os RSS 1084

dos grupos “A”, “B” e “E, bem como animais mortos de pequeno e médio porte dos grupos 1085

“A2 e A4”, segundo resoluções CONAMA Nº358/05 e ANVISA RCD 306/04. 1086

Os RSS são coletados uma vez por semana em 02 locais: UBS – Dr. Doélio Bérgamo e 1087

CEMEI – Joaquim Ferreira Pires. De acordo com o levantamento de 2016 foram coletados 1088

em média 130Kg/ mês de resíduos. 1089

Os tipos de tratamento dos RSS coletados pela Constroete são: autolavagem para grupos 1090

“A e E” e incineração para grupo “B”. 1091

3.3.6 Diagnóstico dos resíduos especiais incluídos no sistema de logística 1092

reversa no município 1093

Os resíduos especiais são aqueles que possuem características tóxicas, radioativas e 1094

contaminantes e, devido a isso merecem cuidados especiais em seu manuseio, 1095

acondicionamento, estocagem, transporte e disposição final. 1096

Os resíduos especiais devem passar pelo processo de logística reversa, isto é, por um 1097

conjunto de ações que têm por objetivo viabilizar sua coleta e restituição ao setor 1098

empresarial, para que este faça o reaproveitamento em seu ciclo ou em outros ciclos 1099

produtivos, ou confira outra destinação ambientalmente adequada a esses resíduos. 1100

De acordo com a Lei 12.305 de 2010, são obrigados a estruturar e implementar sistemas 1101

de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma 1102

independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os 1103

fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes” dos seguintes produtos: 1104

embalagens e rejeitos de agrotóxicos; pilhas e baterias; pneus; óleos lubrificantes seus 1105

resíduos e embalagens; lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz 1106

mista; produtos eletroeletrônicos e seus componentes. 1107

Na sequência apresenta-se o diagnóstico atual dos resíduos especiais incluídos no 1108

sistema de logística reversa no município de Américo de Campos. 1109

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Embalagens de Agrotóxicos 1110

O município não possui controle da logística reversa das embalagens de agrotóxico do 1111

município, fica a cargo dos produtores rurais. 1112

Pilhas e baterias 1113

O município não realiza a coleta específica desse tipo de resíduo. 1114

Pneus 1115

A destinação final adequada dos pneus inservíveis é uma ação implantada desde o ano 1116

2014, por meio do Termo de Parceria, firmado entre os membros do CIDAS – Consórcio 1117

Intermunicipal de Desenvolvimento Ambiental Sustentável (Alvares Florence, Américo de 1118

Campos, Cardoso, Cosmorama, Meridiano, Parisi, Paulo de Faria, Pedranópolis, Pontes 1119

Gestal, Valentim Gentil e Votuporanga), para utilização de Ecopontos de Pneus, 1120

localizados no município de Votuporanga e Cosmorama, visando à destinação adequada 1121

de pneus inservíveis para a empresa Anip/Reciclanip. 1122

Os estabelecimentos comerciais do município, compreendidos por borracharias, 1123

bicicletarias, prestadores de serviços e demais segmentos que manuseiam pneus 1124

inservíveis, são obrigados a possuir locais seguros para o recolhimento dos referidos 1125

produtos, atendendo as normas técnicas e legislação em vigor no país. No município há 1126

02 (duas) borracharias automotivas, sendo 01 (uma) com revenda e 03 (três) 1127

bicicletarias/oficina de motos. 1128

O Município de Américo de Campos, mediante parceria, executa o recolhimento e a 1129

destinação final ambientalmente adequada dos pneus e seus rejeitos. Temporariamente, 1130

os pneus ficam em um barracão de propriedade da prefeitura, esperando alcançar um 1131

volume que compense o encaminhamento pela transportadora prestadora de serviços da 1132

Reciclanip. 1133

As fotos 3.62 e 3.63 mostram um carregamento realizado em 02 de maio de 2017. 1134

Foto 3.62 – Carregamento dos pneus inservíveis Foto 3.63 – Galpão dos pneus inservíveis

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Foram coletados desde a implantação do depósito municipal de Américo de Campos em 1135

2012, aproximadamente 162 mil quilos de pneus. 1136

Óleos Lubrificantes, seus Resíduos e Embalagens 1137

O município não realiza a coleta específica desse tipo de resíduo. 1138

Lâmpadas Fluorescentes, de Vapor de Sódio e Mercúrio e de Luz Mista e Produtos 1139

Eletroeletrônicos e Componentes 1140

O município realiza armazenamento das lâmpadas fluorescentes e produtos 1141

eletroeletrônicos no barracão de triagem, entretanto, ainda não possui destinação 1142

adequada desses resíduos. 1143

A Ilustração 3.4 apresenta a localização dos pontos de interesse do sistema de resíduos 1144

sólidos do município. 1145

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Ilustração 3.4 - Pontos de interesse do sistema de resíduos sólidos do município 1146

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4. ESTUDO POPULACIONAL E DE DEMANDAS E CONTRIBUIÇÕES 1147

Apresentam-se a seguir, dados resumidos relativos às populações atendidas e as 1148

respectivas demandas e contribuições dos serviços contemplados ao longo do período de 1149

planeamento (2019 – 2038). 1150

4.1 ESTUDO POPULACIONAL 1151

Este capítulo apresenta os estudos populacionais realizados para o Município de Américo 1152

de Campos com vistas a subsidiar o Plano Específico de Saneamento do Município. 1153

Inicialmente são sistematizados e analisados os dados censitários que caracterizam a 1154

evolução recente da população residente no município. 1155

Em seguida, são apresentadas as projeções da população do município realizadas para o 1156

horizonte de projeto, o ano 2038. Os estudos incorporam também a desagregação da 1157

população projetada segundo a sua situação de domicílio urbana e rural. O município 1158

possui apenas o Distrito Sede. 1159

Finalmente, são apresentadas as estimativas de crescimento do número de domicílios no 1160

horizonte de projeto, que constitui o parâmetro de referência principal para os planos de 1161

expansão dos serviços de saneamento. 1162

Série histórica dos dados censitários 1163

A série histórica dos dados censitários que registram a evolução da população do 1164

município de Américo de Campos acha-se registrada no Quadro 4.1. Os valores foram 1165

desagregados segundo a situação do domicílio, em população urbana e rural. A série 1166

histórica considerada abrange os censos de 1980, 1991, 2000 e 2010. 1167

QUADRO 4.1 – EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO DO MUNICÍPIO DE AMÉRICO DE CAMPOS 1168 SEGUNDO CONDIÇÃO DE MORADIA – 1980 A 2010 1169

Ano População (hab.) Grau de

Urban. (%)

TGCA (% a.a.)

Urbana Rural Total Urbana Rural Total

1980 3357 3517 6874 48,84 - - -

1991 3658 1932 5590 65,44 0,86 -5,81 -2,05

2000 4388 1206 5594 78,44 1,84 -4,60 0,01

2010 4788 918 5706 83,91 0,88 -2,69 0,20

1170

Da análise do Quadro 4.1 é possível observar que o município de Américo de Campos 1171

pertence aos municípios de porte populacional pequeno, com menos de 10 mil habitantes, 1172

e possui dinâmica de crescimento positiva na área urbana e negativa acentuada para a 1173

área rural. A última taxa de crescimento registrada é de 0,20% a.a., valor abaixo taxa 1174

média registrada no Estado de São Paulo como um todo, que é de 0,83%a.a.. 1175

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Em decorrência desse processo de evasão mais acentuada da população do campo, a 1176

taxa de urbanização do Município de Américo de Campos vem aumentando, tendo 1177

passado de, 48,84% em 1980, quando o município era majoritariamente rural, para 1178

83,91% em 2010, se aproximando da taxa do Estado de São Paulo, que é de 96%. 1179

O crescimento do número de domicílios no município de Américo de Campos é positivo se 1180

considerada a área urbana, e negativo para a área rural, correspondendo às taxas de 1181

crescimento populacional vistas acima. Em decrescimento está também o número médio 1182

de pessoas por domicílio. No último período intercensitário, a média no município de 1183

Américo de Campos passou de 3,14 pessoas por domicílio para 2,89 conforme indicado 1184

no Quadro 4.2. 1185

QUADRO 4.2 – EVOLUÇÃO DO NÚMERO MÉDIO DE PESSOAS POR DOMICÍLIO – 1186 2000 A 2010 1187

Município

Domicílios particulares permanentes Número médio de pessoas por domicílio

2000 2010 2000 2010

Total

Urbano

Rural

Total

Urbano

Rural

Total

Urbano

Rural

Total

Urbano

Rural

Américo de Campos

1782

1424 358 1976

1672 304 3,14 3,08 3,37 2,89 2,86 3,02

1188

Projeções populacionais e de domicílios 1189

As projeções populacionais e de domicílios adotadas no presente Plano Específico de 1190

Saneamento do Município de Américo de Campos foram baseadas no projeto “Projeção 1191

da População e dos Domicílios para os Municípios do Estado de São Paulo”, 1192

desenvolvido pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados – Seade, para a 1193

Superintendência de Planejamento Integrado da Companhia de Saneamento Básico do 1194

Estado de São Paulo – Sabesp, que teve como objetivo a elaboração de projeções de 1195

população e domicílios para todos os municípios do Estado de São Paulo e distritos da 1196

capital, entre os anos de 2010 e 2050. 1197

Estas projeções consideraram três cenários alternativos de crescimento populacional de 1198

acordo com o comportamento possível das variáveis demográficas no futuro: Cenário 1199

Recomendado, Limite Inferior e Limite Superior. Analisando tais cenários em confronto 1200

com as projeções realizadas pelo IBGE, optou-se pela adoção da projeção relativa ao 1201

Cenário Limite Superior. 1202

As projeções da Seade e sua extensão até 2038 – horizonte deste plano, para o 1203

município de Américo de Campos, acham-se reproduzidas no Quadro 4.3 e nos Gráficos 1204

4.1 e 4.2, permitindo visualizar a aderência dessas projeções à tendência histórica. 1205

1206

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QUADRO 4.3 – PROJEÇÕES DA POPULAÇÃO TOTAL DO MUNICÍPIO DE AMÉRICO DE 1207 CAMPOS – 2000 A 2038 1208

Município

População (hab.)

Residente Projetada

2000 2010 2020 2038

Américo de Campos 4388 4788 5929 5878

1209 Gráfico 4.1 - Evolução da População do Município de Américo de Campos – 2010 a 2038 1210

1211 Gráfico 4.2 - Taxa Geométrica de Crescimento Anual da População de Américo de Campos – 2010 a 1212

2038 1213 1214

A taxa de crescimento do município de Américo de Campos decresceu regularmente 1215

desde o ano de 2010, enquanto a taxa rural mostra sinais de crescimento saindo do valor 1216

negativo. As projeções da SEADE para o município consideram uma evolução inferior ao 1217

crescimento linear, de modo que ao final do período de projeto, os patamares encontram-1218

se próximos ao mero crescimento vegetativo. 1219

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A desagregação da população projetada segundo a situação do domicílio foi realizada 1220

pela SEADE mediante a aplicação de função logística aos dados referentes à proporção 1221

de população rural sobre a população total registrada nos últimos censos. A população 1222

rural resultou da aplicação da série assim projetada aos valores da população total e a 1223

população urbana, da diferença entre população total e população rural. A SEADE 1224

apresenta essa desagregação somente para o cenário Recomendado. Neste plano que 1225

adota o cenário Limite Superior foram consideradas as mesmas taxas de urbanização 1226

projetadas pela SEADE para o cenário Recomendado, uma vez que a metodologia 1227

utilizada assim o permite. 1228

Os resultados dos cálculos estão apresentados no Quadro 4.4. 1229

QUADRO 4.4 – ESTIMATIVA DA POPULAÇÃO URBANA E RURAL DO MUNICÍPIO DE 1230 AMÉRICO DE CAMPOS (2010 A 2038) 1231

Ano População Total População Urbana População Rural % Urbanização

2010 5705 4787 918 83,91

2011 5729 4833 896 84,36

2012 5755 4879 876 84,78

2013 5778 4922 856 85,18

2014 5803 4965 838 85,56

2015 5828 5008 820 85,93

2016 5848 5045 803 86,27

2017 5868 5082 786 86,61

2018 5889 5119 770 86,93

2019 5909 5154 755 87,23

2020 5929 5189 740 87,51

2021 5939 5213 726 87,78

2022 5950 5239 711 88,05

2023 5961 5264 697 88,30

2024 5972 5287 685 88,53

2025 5982 5309 673 88,74

2026 5982 5322 660 88,96

2027 5982 5334 648 89,17

2028 5982 5346 636 89,36

2029 5982 5357 625 89,55

2030 5982 5367 615 89,72

2031 5973 5368 605 89,88

2032 5963 5369 594 90,03

2033 5954 5369 585 90,18

2034 5944 5369 575 90,32

2035 5936 5370 566 90,46

2036 5916 5358 558 90,57

2037 5897 5349 548 90,70

2038 5878 5337 541 90,79

1232

A projeção dos domicílios totais foi elaborada pela SEADE com base na hipótese de que 1233

a relação entre domicílios ocupados e domicílios totais se manterá constante ao longo do 1234

período de projeto e igual àquela registrada em 2010. 1235

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Produto 4 (P4) – Plano Municipal Específico dos Serviços de Saneamento Básico – Município: Américo de Campos

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ENGECORPS

A SEADE apresenta a projeção dos domicílios desagregada segundo a situação do 1236

domicílio somente para o cenário Recomendado. Neste Plano que adota o cenário Limite 1237

Superior, foram consideradas as mesmas proporções de domicílios urbanos e rurais 1238

projetadas pela SEADE para o cenário Recomendado, uma vez que a metodologia 1239

utilizada assim o permite. 1240

Os resultados obtidos acham-se registrados no Quadro 4.5. 1241

QUADRO 4.5 – DO NÚMERO DE DOMICÍLIOS URBANOS E RURAIS DO MUNICÍPIO DE 1242 AMÉRICO DE CAMPOS (2010 A 2038) 1243

Ano Domicílios

Particulares Ocupados

Domicílios Particulares Ocupados Urbanos

Domicílios Particulares Ocupados

Rurais

Domicílios Particulares

Totais

Domicílios Particulares

Totais Urbanos

Domicílios Particulares

Totais Rurais

2010 1976 1672 304 2393 2025 368

2011 2002 1703 299 2424 1915 509

2012 2028 1733 295 2456 1953 503

2013 2054 1763 291 2487 1992 495

2014 2081 1794 287 2520 2031 489

2015 2108 1825 283 2552 2071 481

2016 2132 1852 280 2582 2107 475

2017 2157 1881 276 2613 2144 469

2018 2181 1909 272 2641 2178 463

2019 2207 1937 270 2673 2216 457

2020 2233 1966 267 2704 2252 452

2021 2253 1989 264 2729 2283 446

2022 2274 2014 260 2754 2313 441

2023 2295 2038 257 2780 2345 435

2024 2316 2061 255 2805 2375 430

2025 2338 2086 252 2832 2406 426

2026 2352 2104 248 2849 2429 420

2027 2367 2122 245 2867 2453 414

2028 2383 2141 242 2886 2476 410

2029 2398 2158 240 2904 2500 404

2030 2415 2177 238 2925 2525 400

2031 2423 2188 235 2934 2539 395

2032 2431 2199 232 2944 2554 390

2033 2439 2210 229 2954 2569 385

2034 2446 2219 227 2962 2581 381

2035 2454 2230 224 2972 2596 376

2036 2455 2233 222 2973 2602 371

2037 2457 2238 219 2975 2609 366

2038 2459 2242 217 2978 2615 363

1244

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ENGECORPS

Projeções Populacionais e de Domicílios relativos à Área de Projeto 1245

Definições da Área de Projeto 1246

A área de interesse do Plano Específico de Saneamento é o território do município de 1247

Américo de Campos como um todo e, mais especificamente, as suas áreas urbanas. 1248

Demais loteamentos não incluídos no perímetro urbano do município, como condomínios 1249

dispersos de chácaras, caso existam, não fazem parte do escopo do presente contrato, 1250

devendo ter sistemas de saneamento próprios. Assim sendo, a área de projeto do 1251

presente Plano Específico de Saneamento corresponde apenas à zona urbana do Distrito 1252

Sede. 1253

Projeção da População da Área de Projeto 1254

A projeção da população da área de projeto foi estipulada considerando que nela estará 1255

concentrada toda a população urbana projetada para o município de Américo de Campos. 1256

Os resultados dessa projeção populacional da área de projeto são apresentados no 1257

Quadro 4.6. 1258

QUADRO 4.6 – PROJEÇÃO POPULACIONAL ADOTADA E O NÚMERO DE DOMICÍLIOS DA 1259 ÁREA DE PROJETO – 2010 A 2038 1260

Ano População Urbana Domicílios na área de

projeto Número de pessoas por

domicílio na área de projeto

2010 4787 2025 2,36

2011 4833 1915 2,52

2012 4879 1953 2,50

2013 4922 1992 2,47

2014 4965 2031 2,44

2015 5008 2071 2,42

2016 5045 2107 2,39

2017 5082 2144 2,37

2018 5119 2178 2,35

2019 5154 2216 2,33

2020 5189 2252 2,30

2021 5213 2283 2,28

2022 5239 2313 2,26

2023 5264 2345 2,24

2024 5287 2375 2,23

2025 5309 2406 2,21

2026 5322 2429 2,19

2027 5334 2453 2,17

2028 5346 2476 2,16

2029 5357 2500 2,14

2030 5367 2525 2,13

2031 5368 2539 2,11

2032 5369 2554 2,10

2033 5369 2569 2,09

2034 5369 2581 2,08

2035 5370 2596 2,07

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ENGECORPS

Ano População Urbana Domicílios na área de

projeto Número de pessoas por

domicílio na área de projeto

2036 5358 2602 2,06

2037 5349 2609 2,05

2038 5337 2615 2,04

1261

4.2 ESTUDO DE DEMANDAS E CONTRIBUIÇÕES 1262

4.2.1 Sistema de Abastecimento de Água 1263

4.2.1.1 Áreas do Município Sujeitas ao Abastecimento Público 1264

No caso específico de Américo de Campos, o estudo de demandas considerou as 1265

populações já atualmente abastecidas pelo sistema público, composta pela área urbana 1266

da Sede e o bairro afastado Cabeceira das Águas Paradas. 1267

4.2.1.2 Critérios e Parâmetros de Projeto 1268

Os critérios e parâmetros estabelecidos para o presente estudo referente ao município 1269

são aqueles usualmente empregados em projetos de saneamento básico, adequados às 1270

particularidades da área de projeto. Na definição dos mesmos, foram consideradas as 1271

Normas da ABNT, os dados coletados junto a Prefeitura e, também, as informações 1272

disponíveis em sites e na bibliografia especializada. 1273

Etapas de Planejamento 1274

O período de projeto abrangerá de 2019 a 2038 (20 anos). A esquematização de 1275

desenvolvimento dos planos e de implantação de obras é a seguinte, em concordância 1276

com as orientações da SSRH: 1277

2017 e 2018 – elaboração dos planos municipais; 1278

2019 até o final de 2020 – obras emergenciais (ações imediatas); 1279

2019 até o final de 2022 – obras de curto prazo (4 anos); 1280

2019 até o final de 2026 – obras de médio prazo (8 anos); 1281

A partir de 2027 até o final do plano (ano 2038) – obras de longo prazo. 1282

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ENGECORPS

Cota Per Capita de Água 1283

Conforme definição do SNIS, em seu quadro de indicadores, o consumo médio per capita 1284

(IN022) pode ser obtido através do volume de água consumido (excluindo-se o volume de 1285

água tratada exportado, caso ele exista), dividido pela população atendida com 1286

abastecimento de água. Esse consumo médio por habitante, por definição, inclui, 1287

também, o consumo comercial, público e industrial (pequenas indústrias, excluindo-se o 1288

consumo de processo). 1289

Com base nos dados obtidos para o ano de 2015 indicados no item 3 deste Plano, o 1290

consumo total anual foi de 444.408 m³ de água. Analisando os dados do item 4.1 descrito 1291

anteriormente, temos uma população urbana no ano de 2015 de 5.008 habitantes. Dessa 1292

maneira, conclui-se que o consumo médio foi de 243,1 L/hab/dia. Vale lembrar que os 1293

prédios públicos e as praças não possuem hidrômetros. 1294

Como o município apresenta um índice de perdas acima da média proposta e por motivos 1295

de economia, será considerada uma cota de 200 L/hab/dia para o futuro período de 1296

planejamento (anos de 2019 a 2038). 1297

Coeficientes de Majoração de Vazão 1298

Os coeficientes de majoração de vazão correspondem ao coeficiente do dia de maior 1299

consumo - K1 e ao coeficiente da hora de maior consumo - K2. 1300

Os coeficientes são definidos, de acordo com a NBR-12211 (Estudo de Concepção de 1301

Sistemas Públicos de Abastecimento de Água), como: 1302

K1 - relação entre o maior consumo diário, verificado no período de um ano, e o 1303

consumo médio diário, nesse mesmo período; 1304

K2 - relação entre a vazão máxima horária e a vazão média do dia de maior 1305

consumo. 1306

Admitiram-se, como válidos, dados conservadores (K1=1,20 e K2=1,50), já que são 1307

valores comumente empregados em projetos de sistemas de abastecimento de água. 1308

Metas de Atendimento 1309

De acordo com a Prefeitura, o Sistema de Abastecimento de Água de Américo de 1310

Campos atende atualmente toda a população urbana e, portanto, apresenta índice de 1311

atendimento de 100%. Esse contingente correspondia, em 2015, a 5.008 habitantes, de 1312

acordo com a projeção populacional apresentada anteriormente. 1313

O indicador AG026 é referido às populações urbanas efetivamente atendidas (ligações 1314

ativas), podendo haver um contingente adicional de populações nessas localidades ainda 1315

não atendidas pela rede pública. Na área rural, onde predominam pequenos núcleos e 1316

domicílios dispersos, utilizam-se poços rasos. 1317

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ENGECORPS

Para a nova concepção dos sistemas, foi considerado que o atendimento ao Distrito Sede 1318

(áreas urbanas) será integral durante todo o período de planejamento, mantendo-se, 1319

portanto, o atendimento atual que corresponde a 100% da população dessa localidade 1320

(AG026 e IN023). 1321

Metas para Redução de Perdas 1322

Essa avaliação deve ser efetuada partindo-se de índices já verificados, considerando a 1323

área total atualmente atendida. 1324

Apesar do município ainda não possuir um programa de redução de perdas em 1325

andamento, o PMSB-2017 (Consórcio ENGECORPS/MAUBERTEC) propõe metas para a 1326

redução do índice de perdas municipal, visando à manutenção de um quadro de 1327

demandas coerente com os propósitos que devem nortear os municípios integrantes de 1328

todas as UGRHIs do Estado de São Paulo na situação da necessidade de economia de 1329

água. 1330

A redução dos índices de perdas na distribuição proposta nesse PMSB-2017 considera as 1331

dificuldades inerentes à implementação de um programa, os custos envolvidos e a natural 1332

demora em obtenção de resultados, que em geral envolvem as seguintes ações: 1333

Construção de novas redes, em função da necessidade de expansão, além da 1334

substituição de redes de distribuição, tendo em vista os diâmetros reduzidos, a 1335

idade e os materiais empregados (fibrocimento e outros); 1336

Instalação de novos hidrômetros e substituição de hidrômetros existentes, em 1337

função de defeitos e incapacidade de registro de vazões corretas; 1338

Instalação de válvulas de manobras para configuração dos setores de 1339

abastecimento propostos; 1340

Várias medidas relacionadas com a otimização dos sistemas, para combate e 1341

controle das perdas reais (vazamentos diversos) e das perdas aparentes (cadastro 1342

de consumidores, submedição, ligações clandestinas, gestão comercial, etc.), com 1343

base em um Programa de Redução de Perdas. 1344

Conforme mencionado, a perda física no SAA de Américo de Campos era de 46,44% em 1345

2015. Trata-se de um índice elevado e as metas deste Plano serão elaboradas de forma a 1346

atingir um índice de 25% ao final do horizonte de planejamento (2038), de forma 1347

gradativa, como demonstrado a seguir. 1348

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ENGECORPS

QUADRO 4.7 – PROPOSIÇÃO PARA A DIMINUIÇÃO DOS ÍNDICES DE PERDAS NA 1349 DISTRIBUIÇÃO – DISTRITO AMÉRICO DE CAMPOS – PMSB – 2017 1350

Ano Índice de Perda

(%) Ano

Índice de Perda

(%)

2015 46,44 2025 38,94

2018 46,44 2030 33,58

2019 45,37 2035 28,22

2020 44,30 2038 25,00

1351

4.2.1.3 Estimativa das Demandas 1352

Com base na evolução populacional e nos critérios e parâmetros de projeto, encontra-se 1353

apresentada, no Quadro 4.8, as demandas para o sistema de abastecimento de água do 1354

município, para o Distrito Sede, que equivale à totalização das demandas para todo o 1355

Município de Américo de Campos – áreas urbanas.4 1356

1357

4 NOTA – Com relação às populações da área rural, não há sentido o cálculo das demandas totais para essas populações, porque as

soluções poderão ser localizadas. O atendimento deverá abranger, eventualmente, pequenos núcleos, para os quais poderão ser propostas soluções integradas, caso conveniente; no entanto, deverão prevalecer as populações disseminadas, para as quais se adotarão soluções individuais. Estudos mais aprofundados com relação a esse tema deverão ser apresentados no produto P3(Objetivos e Metas).

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ENGECORPS

QUADRO 4.8 – ESTIMATIVA DOS CONSUMOS E VAZÕES DISTRIBUÍDAS DE ÁGUA-AMÉRICO DE CAMPOS-DISTRITO SEDE 1358

Ano

Popul.

Urbana

(hab)

% de

atendi-

mento

Popul.

Urb.Abast.

(hab)

Cota

(l/hab.dia)

Consumo Parcial Vazão

Industr.

(l/s)

Consumo Total IP

(%)

Vazão de

Perdas

(l/s)

Vazão Distribuída Vreserv

necess.

(m³)

Doméstico(l/s) Doméstico+Industrial(l/s) Doméstica+Industrial(l/s)

Qmédia Qmáx.dia Qmáx.hora Qmédia Qmáx.dia Qmáx.hora Qmédia Qmáx.dia Qmáx.hora

2.015 5008 100 5.008 200,0 11,6 13,9 20,9 0,0 11,6 13,9 20,9 46,44 10,1 21,6 24,0 30,9 690

2.016 5045 100 5.045 200,0 11,7 14,0 21,0 0,0 11,7 14,0 21,0 46,44 10,1 21,8 24,1 31,1 695

2.017 5082 100 5.082 200,0 11,8 14,1 21,2 0,0 11,8 14,1 21,2 46,44 10,2 22,0 24,3 31,4 700

2.018 5119 100 5.119 200,0 11,9 14,2 21,3 0,0 11,9 14,2 21,3 46,44 10,3 22,1 24,5 31,6 705

2.019 5154 100 5.154 200,0 11,9 14,3 21,5 0,0 11,9 14,3 21,5 45,37 9,9 21,8 24,2 31,4 698

2.020 5189 100 5.189 200,0 12,0 14,4 21,6 0,0 12,0 14,4 21,6 44,30 9,6 21,6 24,0 31,2 690

2.021 5213 100 5.213 200,0 12,1 14,5 21,7 0,0 12,1 14,5 21,7 43,22 9,2 21,3 23,7 30,9 682

2.022 5239 100 5.239 200,0 12,1 14,6 21,8 0,0 12,1 14,6 21,8 42,15 8,8 21,0 23,4 30,7 674

2.023 5264 100 5.264 200,0 12,2 14,6 21,9 0,0 12,2 14,6 21,9 41,08 8,5 20,7 23,1 30,4 666

2.024 5287 100 5.287 200,0 12,2 14,7 22,0 0,0 12,2 14,7 22,0 40,01 8,2 20,4 22,8 30,2 658

2.025 5309 100 5.309 200,0 12,3 14,7 22,1 0,0 12,3 14,7 22,1 38,94 7,8 20,1 22,6 30,0 650

2.026 5322 100 5.322 200,0 12,3 14,8 22,2 0,0 12,3 14,8 22,2 37,86 7,5 19,8 22,3 29,7 642

2.027 5334 100 5.334 200,0 12,3 14,8 22,2 0,0 12,3 14,8 22,2 36,79 7,2 19,5 22,0 29,4 634

2.028 5346 100 5.346 200,0 12,4 14,8 22,3 0,0 12,4 14,8 22,3 35,72 6,9 19,3 21,7 29,2 626

2.029 5357 100 5.357 200,0 12,4 14,9 22,3 0,0 12,4 14,9 22,3 34,65 6,6 19,0 21,5 28,9 618

2.030 5367 100 5.367 200,0 12,4 14,9 22,4 0,0 12,4 14,9 22,4 33,58 6,3 18,7 21,2 28,6 610

2.031 5368 100 5.368 200,0 12,4 14,9 22,4 0,0 12,4 14,9 22,4 32,50 6,0 18,4 20,9 28,4 602

2.032 5369 100 5.369 200,0 12,4 14,9 22,4 0,0 12,4 14,9 22,4 31,43 5,7 18,1 20,6 28,1 594

2.033 5369 100 5.369 200,0 12,4 14,9 22,4 0,0 12,4 14,9 22,4 30,36 5,4 17,8 20,3 27,8 586

2.034 5369 100 5.369 200,0 12,4 14,9 22,4 0,0 12,4 14,9 22,4 29,29 5,1 17,6 20,1 27,5 578

2.035 5370 100 5.370 200,0 12,4 14,9 22,4 0,0 12,4 14,9 22,4 28,22 4,9 17,3 19,8 27,3 570

2.036 5358 100 5.358 200,0 12,4 14,9 22,3 0,0 12,4 14,9 22,3 27,14 4,6 17,0 19,5 26,9 562

2.037 5349 100 5.349 200,0 12,4 14,9 22,3 0,0 12,4 14,9 22,3 26,07 4,4 16,7 19,2 26,7 554

2.038 5337 100 5.337 200,0 12,4 14,8 22,2 0,0 12,4 14,8 22,2 25,00 4,1 16,5 18,9 26,4 546

1359

1360

-75-

Planos Municipais Específicos dos Serviços de Saneamento Básico - UGRHIs 15 e 18

Produto 4 (P4) – Plano Municipal Específico dos Serviços de Saneamento Básico – Município: Américo de Campos

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ENGECORPS

4.2.1.4 Estimativa da Redução de Perdas por Ligação 1361

A partir dos dados apresentados anteriormente em relação às estimativas de demandas, 1362

foram também estimadas as reduções nas perdas por ligação a partir dos seguintes 1363

critérios: 1364

foi utilizado o indicador do Ministério das Cidades – SNIS- IN051, que define as perdas 1365

por ligação da seguinte forma: 1366

IN051= Volume Produzido-Volume Consumido-Volume de Serviço

Quantidade de ligações ativas de água

o volume produzido foi obtido das planilhas de demandas (equivalente às vazões 1367

distribuídas ano a ano) e o volume consumido das mesmas planilhas (consumo total 1368

ano a ano); 1369

o número de ligações ativas foi informado pela Prefeitura correspondente ao ano de 1370

2017 – 2.552 unidades, e a evolução dessas ligações foi efetuada considerando a taxa 1371

de crescimento das populações urbanas abastecidas, de acordo com o apresentado 1372

no item 4.1. 1373

Com esses dados, estimaram-se as perdas por ligações ano a ano para o município de 1374

Américo de Campos como um todo. Os valores obtidos encontram-se apresentados no 1375

Quadro 4.9. 1376

Pode-se observar que, no caso de implementação de um Programa de Redução de 1377

Perdas, deverá propiciar economia no volume de água a ser produzido e, 1378

consequentemente nos custos de operação do sistema. 1379

1380

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ENGECORPS

QUADRO 4.9 – ESTIMATIVA DAS PERDAS POR LIGAÇÃO-AMÉRICO DE CAMPOS-TOTAL 1381

Ano

Popul.

Urb.Abast.

(hab)

Vazão Consumida

Qmédia

(L/s)

Vazão Distribuída

Qmédia

(L/s)

Vazão de Perda

Qmédia

(L/s)

nº de

ligações ativas

(área urbana)

Perda por

Ligação

(L/ligação.dia)

Valor

Equivalente

(%)

2017 5082 11,8 22,0 10,2 2.552 345 46,4

2018 5119 11,9 22,1 10,3 2.571 345 46,4

2019 5154 11,9 21,8 9,9 2.588 331 45,4

2020 5189 12,0 21,6 9,6 2.605 317 44,3

2021 5213 12,1 21,3 9,2 2.618 303 43,2

2022 5239 12,1 21,0 8,8 2.631 290 42,2

2023 5264 12,2 20,7 8,5 2.643 278 41,1

2024 5287 12,2 20,4 8,2 2.655 266 40,0

2025 5309 12,3 20,1 7,8 2.666 254 38,9

2026 5322 12,3 19,8 7,5 2.672 243 37,9

2027 5334 12,3 19,5 7,2 2.678 232 36,8

2028 5346 12,4 19,3 6,9 2.684 221 35,7

2029 5357 12,4 19,0 6,6 2.690 211 34,6

2030 5367 12,4 18,7 6,3 2.695 201 33,6

2031 5368 12,4 18,4 6,0 2.696 192 32,5

2032 5369 12,4 18,1 5,7 2.696 183 31,4

2033 5369 12,4 17,8 5,4 2.696 174 30,4

2034 5369 12,4 17,6 5,1 2.696 165 29,3

2035 5370 12,4 17,3 4,9 2.696 157 28,2

2036 5358 12,4 17,0 4,6 2.691 148 27,1

2037 5349 12,4 16,7 4,4 2.686 140 26,1

2038 5337 12,4 16,5 4,1 2.680 133 25,0

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ENGECORPS

4.2.2 Sistema de Esgotos Sanitários 1382

4.2.2.1 Áreas do Município Sujeitas ao Esgotamento/Tratamento dos Esgotos 1383

No caso específico de Américo de Campos, o estudo da configuração de esgotamento 1384

considerou as populações já atualmente atendidas pelo sistema público, composta pela 1385

sede urbana e bairro isolado Cabeceira das Águas Paradas. 1386

4.2.2.2 Critérios e Parâmetros de Projeto 1387

Os critérios e parâmetros, estabelecidos para o presente estudo referentes ao Distrito 1388

Sede são aqueles usualmente empregados em projetos de saneamento básico, 1389

adequados às particularidades da área de projeto. Na definição dos mesmos, foram 1390

consideradas as Normas da ABNT, os dados coletados junto a Prefeitura e, também, as 1391

informações disponíveis em sites e na bibliografia especializada. 1392

Etapas de Planejamento 1393

O período de projeto abrangerá de 2019 a 2038 (20 anos). A esquematização de 1394

desenvolvimento dos planos e de implantação de obras é a seguinte, em concordância 1395

com as orientações da SSRH: 1396

2017 e 2018 – elaboração dos planos municipais; 1397

2019 até o final de 2020 – obras emergenciais (ações imediatas); 1398

2019 até o final de 2022 – obras de curto prazo (4 anos); 1399

2019 até o final de 2026 – obras de médio prazo (8 anos); 1400

A partir de 2027 até o final do plano (ano 2038) – obras de longo prazo. 1401

Estimativa da Contribuição Per Capita de Esgotos 1402

A contribuição per capita de esgotos foi adotada como 0,80 da cota per capita de água, 1403

isto é, um coeficiente de retorno de 80%. Portanto, considerando a cota per capita de 1404

água de 200 L/hab.dia, a contribuição per capita de esgotos será de 160 L/hab.dia. 1405

Coeficientes de Majoração de Vazão 1406

Os coeficientes de majoração de vazão correspondem ao coeficiente do dia de maior 1407

consumo - K1 e ao coeficiente da hora de maior consumo - K2. 1408

Os coeficientes são definidos, de acordo com a NBR-12211 (Estudo de Concepção de 1409

Sistemas Públicos de Abastecimento de Água), como: 1410

K1 - relação entre o maior consumo diário, verificado no período de um ano, e o 1411

consumo médio diário, nesse mesmo período; 1412

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ENGECORPS

K2 - relação entre a vazão máxima horária e a vazão média do dia de maior 1413

consumo. 1414

Admitiram-se, como válidos, dados conservadores (K1=1,20 e K2=1,50), já que são 1415

valores comumente empregados em projetos de sistemas de esgotos sanitários. 1416

Metas de Atendimento (Esgotamento) 1417

De acordo com os últimos dados disponíveis, o índice de atendimento urbano, através da 1418

rede pública é de 97% (apenas o bairro isolado não possui sistema de esgotamento). 1419

Conforme apresentado anteriormente, a Prefeitura diz que as ligações de esgoto 1420

correspondam a 99% das ligações de água (apenas algumas ligações a menos). Diante 1421

do exposto, o presente estudo buscará elevar o índice de atendimento atual para 100%. 1422

O indicador ES026 é referido às populações urbanas efetivamente atendidas (ligações 1423

ativas), podendo haver um contingente adicional de populações nessas localidades ainda 1424

não atendidas pela rede pública. Nas demais localidades da área rural, onde predominam 1425

pequenos núcleos e domicílios dispersos, utilizam-se fossas sépticas, sumidouros e 1426

fossas negras. 1427

Para a nova concepção dos sistemas, foi considerado que o atendimento das áreas 1428

urbanas será integral durante todo o período de planejamento, buscando a 1429

universalização, ou seja, elevar o atendimento atual para 100% da população urbana de 1430

Américo de Campos (ES026 e IN024). 1431

Metas de Tratamento 1432

O índice de tratamento de esgotos indicado no SNIS 2015 apontava um valor de 100% 1433

(IN016), valor correspondente ao tratamento dos esgotos coletados no perímetro urbano do 1434

Distrito Sede. No entanto, em visita ao município, constatou-se que grande parte do 1435

esgoto não estava sendo tratado e era lançado diretamente no córrego, fato esse 1436

decorrente do sobrecarregamento do sistema. 1437

Para a nova concepção dos sistemas, foi considerado que o atendimento das áreas 1438

urbanas deverá se manter em 100%, que representa o atendimento integral na área 1439

urbana ao final do período de planejamento (2038). 1440

Fica relatado que o sistema deverá ser reestruturado para que o tratamento possa ser 1441

realmente universal dentro de toda a área urbana do município. 1442

Coeficiente de Infiltração na Rede 1443

Para o coeficiente de infiltração foi adotado o valor de 0,20 L/s.km, valor tradicionalmente 1444

utilizado em projetos de rede coletora de esgotos. 1445

1446

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ENGECORPS

Estimativa da Evolução de Implantação de Rede de Esgotos 1447

Considerou-se, para efeito de estimativa da evolução de implantação de rede de esgotos, 1448

que toda a área considerada (Distrito Sede) possui rede coletora na maior parte das 1449

mesmas, havendo, no entanto, novas implantações com o crescimento vegetativo das 1450

populações. 1451

Para isso, a projeção das redes foi estimada considerando a extensão da rede de esgoto 1452

no atual cenário, 30.352,71 metros (dados do GEL 2017), por ligação (SNIS – IN021). De 1453

acordo com os últimos dados do SNIS, o município de Américo de Campos apresentou 1454

valores de IN021 de 12,17 m/lig e 12,23m/lig, nos anos de 2014 e 2015, respectivamente. 1455

Diante do exposto, a projeção das redes foi obtida considerando a média dos índices 1456

apresentados, o que daria um valor de 12,3 m/lig. 1457

O índice IN021 é baseado nas ligações totais de esgoto e, para o presente estudo, 1458

considerou-se que as mesmas evoluíram de acordo com a taxa de crescimento 1459

populacional, conforme apresentado no item 4.1. 1460

Estimativa das Cargas Orgânicas 1461

As cargas orgânicas foram adotadas como 54g DBO5/habdia, valor tradicionalmente 1462

utilizado em projetos de saneamento. 1463

4.2.2.3 Estimativa das Contribuições de Esgotos 1464

Com base na evolução populacional urbana e nos critérios e parâmetros de projeto, 1465

encontra-se apresentada, no Quadro 4.10, as contribuições para o sistema de esgotos 1466

sanitários, em termos de vazões e cargas orgânicas. 1467

1468

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ENGECORPS

QUADRO 4.10 – ESTIMATIVA DAS VAZÕES E CARGAS DE ESGOTO-ÁMERICO DE CAMPOS-DISTRITO SEDE 1469

Ano

Popul.

Urbana

(hab.)

% de

esgota-

mento

Popul.

Urb.Esgot.

(hab.)

Contr.

(l/hab.dia)

Contribuição Parcial

Indl(l/s)

Extensão

de

rede (km)

Infiltr(l/s)

Contribuição Total Carga

per capita

(KgDBO/dia)

Carga diária

total

(KgDBO/dia)

Doméstico(l/s) Doméstico+Industrial+Infiltração(l/s)

Qmédia Qmáx.dia Qmáx.hora Qmédia Qmáx.dia Qmáx.hora

2015 5008 97,0 4.858 160,00 9,0 10,8 16,2 0,0 30,35 6,1 15,1 16,9 22,3 0,054 262

2016 5045 97,0 4.894 160,00 9,1 10,9 16,3 0,0 30,35 6,1 15,1 16,9 22,4 0,054 264

2017 5082 97,0 4.930 160,00 9,1 11,0 16,4 0,0 30,35 6,1 15,2 17,0 22,5 0,054 266

2018 5119 98,0 5.017 160,00 9,3 11,1 16,7 0,0 30,40 6,1 15,4 17,2 22,8 0,054 271

2019 5154 99,0 5.103 160,00 9,4 11,3 17,0 0,0 30,45 6,1 15,5 17,4 23,1 0,054 276

2020 5189 100 5.189 160,00 9,6 11,5 17,3 0,0 30,50 6,1 15,7 17,6 23,4 0,054 280

2021 5213 100 5.213 160,00 9,7 11,6 17,4 0,0 30,54 6,1 15,8 17,7 23,5 0,054 282

2022 5239 100 5.239 160,00 9,7 11,6 17,5 0,0 30,59 6,1 15,8 17,8 23,6 0,054 283

2023 5264 100 5.264 160,00 9,7 11,7 17,5 0,0 30,64 6,1 15,9 17,8 23,7 0,054 284

2024 5287 100 5.287 160,00 9,8 11,7 17,6 0,0 30,69 6,1 15,9 17,9 23,8 0,054 286

2025 5309 100 5.309 160,00 9,8 11,8 17,7 0,0 30,74 6,1 16,0 17,9 23,8 0,054 287

2026 5322 100 5.322 160,00 9,9 11,8 17,7 0,0 30,79 6,2 16,0 18,0 23,9 0,054 287

2027 5334 100 5.334 160,00 9,9 11,9 17,8 0,0 30,84 6,2 16,0 18,0 23,9 0,054 288

2028 5346 100 5.346 160,00 9,9 11,9 17,8 0,0 30,88 6,2 16,1 18,1 24,0 0,054 289

2029 5357 100 5.357 160,00 9,9 11,9 17,9 0,0 30,93 6,2 16,1 18,1 24,0 0,054 289

2030 5367 100 5.367 160,00 9,9 11,9 17,9 0,0 30,98 6,2 16,1 18,1 24,1 0,054 290

2031 5368 100 5.368 160,00 9,9 11,9 17,9 0,0 31,03 6,2 16,1 18,1 24,1 0,054 290

2032 5369 100 5.369 160,00 9,9 11,9 17,9 0,0 31,08 6,2 16,2 18,1 24,1 0,054 290

2033 5369 100 5.369 160,00 9,9 11,9 17,9 0,0 31,13 6,2 16,2 18,2 24,1 0,054 290

2034 5369 100 5.369 160,00 9,9 11,9 17,9 0,0 31,18 6,2 16,2 18,2 24,1 0,054 290

2035 5370 100 5.370 160,00 9,9 11,9 17,9 0,0 31,22 6,2 16,2 18,2 24,1 0,054 290

2036 5358 100 5.358 160,00 9,9 11,9 17,9 0,0 31,27 6,3 16,2 18,2 24,1 0,054 289

2037 5349 100 5.349 160,00 9,9 11,9 17,8 0,0 31,32 6,3 16,2 18,2 24,1 0,054 289

2038 5337 100 5.337 160,00 9,9 11,9 17,8 0,0 31,37 6,3 16,2 18,1 24,1 0,054 288

1470 1471

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ENGECORPS

4.2.3 Sistema de Resíduos Sólidos 1472

4.2.3.1 Critérios e Parâmetros Adotados 1473

De acordo com a Prefeitura, o município de Américo de Campos gera em torno de 3,5 1474

toneladas de resíduos sólidos domiciliares por dia de coleta. Considerando uma 1475

população total5 de 5.868 habitantes, determinou-se o valor de 0,60 kg/hab/dia de média 1476

diária de geração per capita dos resíduos sólidos urbanos. Comparado ao Plano Estadual 1477

de Resíduos Sólidos, este valor encontra-se bem próximo ao esperado para municípios 1478

abaixo de 25.000 habitantes. Portanto, a média obtida foi adotada para a projeção de 1479

geração dos resíduos urbanos para o horizonte de projeto. 1480

Como parâmetro para a estimativa de quantidade dos diferentes resíduos produzidos, 1481

será utilizado a composição gravimétrica dos resíduos sólidos gerados na UGRHI 5 – PCJ 1482

divulgado no Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo, que possui um 1483

índice de 73,28% de material orgânico, 18,8% de materiais recicláveis e 7,92% de 1484

rejeitos, uma vez que a composição gravimétrica dos resíduos domiciliares de Américo de 1485

Campos é desconhecida. 1486

Para a projeção da geração de resíduos de construção civil (RCC) foi utilizada o valor per 1487

capita de 0,51 t/hab./ano, divulgado no Plano de Resíduos Sólidos do Estado de São 1488

Paulo. 1489

Para a projeção da geração de resíduos de serviços de saúde (RSS) foi utilizada o valor 1490

per capita de 4,38 kg/hab./ano, divulgado no Plano de Resíduos Sólidos do Estado de 1491

São Paulo para a região administrativa de São José do Rio Preto. 1492

4.2.3.2 Projeção da Geração de Resíduos Brutos 1493

O Quadro 4.11 apresenta a projeção da geração dos resíduos brutos do município. 1494

1495

5 A população total atendida representa 100 % da população atendida pelo sistema de limpeza urbana.

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ENGECORPS

QUADRO 4.11 – PROJEÇÃO DA GERAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (RSU), DE 1496 CONSTRUÇÃO CIVIL (RCC) E RESÍDUOS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) 1497

Ano de Planejamento

Ano Calendário

População Total (hab)

RSU

Total RCC (t/ano)

Total RSS

(t/ano)

Resíduos Secos (t/ano)

Resíduos Úmidos (t/ano)

Rejeitos (t/ano)

Total RSU (t/ano)

2 2.018 5.889 242 945 102 1.290 3.003 25,8

3 2.019 5.909 243 948 102 1.294 3.014 25,9

4 2.020 5.929 244 952 103 1.298 3.024 26,0

5 2.021 5.939 245 953 103 1.301 3.029 26,0

6 2.022 5.950 245 955 103 1.303 3.035 26,1

7 2.023 5.961 245 957 103 1.305 3.040 26,1

8 2.024 5.972 246 958 104 1.308 3.046 26,2

9 2.025 5.982 246 960 104 1.310 3.051 26,2

10 2.026 5.982 246 960 104 1.310 3.051 26,2

11 2.027 5.982 246 960 104 1.310 3.051 26,2

12 2.028 5.982 246 960 104 1.310 3.051 26,2

13 2.029 5.982 246 960 104 1.310 3.051 26,2

14 2.030 5.982 246 960 104 1.310 3.051 26,2

15 2.031 5.973 246 959 104 1.308 3.046 26,2

16 2.032 5.963 246 957 103 1.306 3.041 26,1

17 2.033 5.954 245 956 103 1.304 3.037 26,1

18 2.034 5.944 245 954 103 1.302 3.031 26,0

19 2.035 5.936 244 953 103 1.300 3.027 26,0

20 2.036 5.916 244 949 103 1.296 3.017 25,9

21 2.037 5.897 243 946 102 1.291 3.007 25,8

22 2.038 5.878 242 943 102 1.287 2.998 25,8

Elaboração: Consórcio ENGECORPS/Maubertec, 2017. 1498

4.2.3.3 Reaproveitamento de Resíduos 1499

O reaproveitamento dos resíduos sólidos passou a ser compromisso obrigatório das 1500

municipalidades após a Lei Federal nº 12.305 de 2 de agosto de 2010, que instituiu a 1501

Política Nacional dos Resíduos Sólidos. 1502

Desta forma, focou-se este aspecto nos resíduos sólidos domiciliares e nos resíduos da 1503

construção civil e demolição já que, pelos riscos à saúde pública, em função de sua 1504

patogenicidade, os resíduos de serviços de saúde não são recicláveis. 1505

De acordo com o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (Ministério do Meio Ambiente, 1506

2012), objetiva-se no Plano de Metas atingir uma taxa de reaproveitamento de 70% para 1507

os resíduos secos e úmidos (recicláveis e orgânicos), e 100% para os resíduos da 1508

construção civil e demolição. No entanto, considerando as condições atuais do sistema no 1509

município de Américo de Campos, definiu-se que as metas de reaproveitamento no 1510

período de abrangência serão: 1511

Taxa de até 50% de reaproveitamento dos Resíduos de Construção Civil (RCC), 1512

optou-se por adotar taxa menor à estabelecida no Plano Nacional de Resíduos, pois o 1513

município ainda não conta com Ecopontos para deposição de pequenos geradores de 1514

RCC e usina de reciclagem de entulhos, além do mais a quantidade per capita de 1515

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Planos Municipais Específicos dos Serviços de Saneamento Básico - UGRHIs 15 e 18

Produto 4 (P4) – Plano Municipal Específico dos Serviços de Saneamento Básico – Município: Américo de Campos

1340-SSR-02-SA-RT-0004

ENGECORPS

geração desses resíduos é inferior aos dados divulgado no Panorama dos Resíduos 1516

Sólidos do Estado de São Paulo (0,51 t/hab.ano); 1517

Taxa de até 50% de reaproveitamento dos resíduos úmidos provenientes dos RSU, 1518

também adotou-se menor taxa, tendo em vista a dificuldade atual de controle dos 1519

resíduos de potencial aproveitamento, como os resíduos de poda e capina e os 1520

orgânicos que são passíveis de compostagem ou outro tratamento que ainda não está 1521

sendo aproveitado; 1522

Por fim, adotou-se taxa de até 50% de reaproveitamento dos resíduos secos 1523

provenientes dos RSU, uma vez que já é prática comum a coleta seletiva e já existe 1524

grande conscientização da população para separação dos materiais recicláveis. 1525

Diante disto, e considerando o horizonte de planejamento de 20 anos para este PMSB, 1526

apresenta-se no Quadro 4.12 as progressões adotadas para a implementação do 1527

reaproveitamento dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) e dos Resíduos de Construção 1528

Civil e Demolição (RCC) no município de Américo de Campos, com índices nulos no Ano 1529

0 (2018), e considerando o Ano 1 (2019) como o ano de implementação do plano. Como o 1530

município já apresenta um centro de triagem para os resíduos recicláveis (RSU), este 1531

será iniciado com 10% no ano de 2018. 1532

QUADRO 4.12 – PROGRESSÕES PARA A IMPLEMENTAÇÃO DO REAPROVEITAMENTO 1533 DOS RSU E RCC 1534

Faixa de Ano de Planejamento

Faixas de Reaproveitamento (%)

Resíduos Sólidos Urbanos (RSU)

Resíduos da Construção Civil e Demolição (RCC)

Resíduos Secos Sólidos Urbanos (RSU)

Anos 1 ao 4 0% a 5,0% 0% a 5,0% 10% a 20%

Anos 5 ao 9 5,0% a 20,0% 5,0% a 20,0% 20% a 30%

Anos 10 ao 14 20,0% a 35,0% 20,0% a 35,0% 30% a 40%

Anos 15 ao 19 35,0% a 50,0% 35,0% a 50,0% 40% a 50%

Ano 20 em diante 50% 50% 50%

Elaboração: Consórcio ENGECORPS/Maubertec, 2017. 1535

Assim, seguem os Quadros 4.13 e 4.14 que apresentam, respectivamente, as projeções 1536

dos quantitativos de reaproveitamento dos resíduos sólidos urbanos e dos resíduos da 1537

construção civil e demolição do município. 1538

QUADRO 4.13 – PROJEÇÃO DO REAPROVEITAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS 1539 URBANOS (RSU) 1540

Ano de Planejamento

Ano Calendário

População Total (hab)

Reaproveitamento RSU Índice de Reaproveitamento (%) Resíduos

Secos (t/ano)

Resíduos Úmidos (t/ano)

Total RSU (t/ano) Secos Úmidos

0 2018 5889 24,2 0,0 24,2 10% 0%

1 2019 5909 29,2 28,4 57,6 12% 3%

2 2020 5929 34,2 57,1 91,3 14% 6%

3 2021 5939 39,1 85,8 124,9 16% 9%

4 2022 5950 44,1 143,2 187,3 18% 15%

5 2023 5961 49,1 191,3 240,4 20% 20%

6 2024 5972 54,1 210,8 264,9 22% 22%

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Planos Municipais Específicos dos Serviços de Saneamento Básico - UGRHIs 15 e 18

Produto 4 (P4) – Plano Municipal Específico dos Serviços de Saneamento Básico – Município: Américo de Campos

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ENGECORPS

Ano de Planejamento

Ano Calendário

População Total (hab)

Reaproveitamento RSU Índice de Reaproveitamento (%) Resíduos

Secos (t/ano)

Resíduos Úmidos (t/ano)

Total RSU (t/ano) Secos Úmidos

7 2025 5982 59,1 230,4 289,5 24% 24%

8 2026 5982 64,0 249,6 313,6 26% 26%

9 2027 5982 69,0 268,8 337,8 28% 28%

10 2028 5982 73,9 288,0 361,9 30% 30%

11 2029 5982 78,8 307,2 386,0 32% 32%

12 2030 5982 83,7 326,4 410,1 34% 34%

13 2031 5973 88,5 345,1 433,6 36% 36%

14 2032 5963 93,3 363,6 456,9 38% 38%

15 2033 5954 98,1 382,2 480,3 40% 40%

16 2034 5944 102,8 400,6 503,4 42% 42%

17 2035 5936 107,5 419,2 526,7 44% 44%

18 2036 5916 112,0 436,7 548,8 46% 46%

19 2037 5897 116,5 454,3 570,8 48% 48%

20 2038 5878 121,0 471,7 592,7 50% 50%

Elaboração: Consórcio ENGECORPS/Maubertec, 2017. 1541

QUADRO 4.14 – PROJEÇÃO DO REAPROVEITAMENTO DOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO 1542 CIVIL E DEMOLIÇÃO (RCC) 1543

Ano de Planejamento

Ano Calendário

População Total (hab)

Reaproveitamento RCC (t/ano)

Índice de Reaproveitamento (%)

0 2018 5889 0 0%

1 2019 5909 90 3%

2 2020 5929 181 6%

3 2021 5939 273 9%

4 2022 5950 455 15%

5 2023 5961 608 20%

6 2024 5972 670 22%

7 2025 5982 732 24%

8 2026 5982 793 26%

9 2027 5982 854 28%

10 2028 5982 915 30%

11 2029 5982 976 32%

12 2030 5982 1.037 34%

13 2031 5973 1.097 36%

14 2032 5963 1.156 38%

15 2033 5954 1.215 40%

16 2034 5944 1.273 42%

17 2035 5936 1.332 44%

18 2036 5916 1.388 46%

19 2037 5897 1.444 48%

20 2038 5878 1.499 50%

Elaboração: Consórcio ENGECORPS/Maubertec, 2017. 1544

4.2.3.4 Projeção da Geração de Resíduos Não Reaproveitáveis 1545

O Quadro 4.15 apresenta a projeção da geração dos resíduos não reaproveitáveis 1546

(rejeitos) do município. 1547

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Planos Municipais Específicos dos Serviços de Saneamento Básico - UGRHIs 15 e 18

Produto 4 (P4) – Plano Municipal Específico dos Serviços de Saneamento Básico – Município: Américo de Campos

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ENGECORPS

QUADRO 4.15 – PROJEÇÃO DA GERAÇÃO DOS RESÍDUOS NÃO REAPROVEITÁVEIS DOS 1548 RSU E RCC 1549

Ano de Planejamento

Ano Calendário População Total

(hab) Rejeitos RSU (t/ano) Rejeitos RCC (t/ano)

0 2018 5889 1265,4 3.003

1 2019 5909 1236,4 2.923

2 2020 5929 1207,2 2.842

3 2021 5939 1175,7 2.756

4 2022 5950 1115,7 2.579

5 2023 5961 1065,0 2.432

6 2024 5972 1042,9 2.376

7 2025 5982 1020,5 2.319

8 2026 5982 996,4 2.258

9 2027 5982 972,3 2.197

10 2028 5982 948,2 2.136

11 2029 5982 924,0 2.075

12 2030 5982 899,9 2.014

13 2031 5973 874,5 1.950

14 2032 5963 849,0 1.886

15 2033 5954 823,7 1.822

16 2034 5944 798,3 1.758

17 2035 5936 773,3 1.695

18 2036 5916 746,8 1.629

19 2037 5897 720,6 1.564

20 2038 5878 694,6 1.499

Elaboração: Consórcio ENGECORPS/Maubertec, 2017. 1550

5. IDENTIFICAÇÃO DOS INDICADORES UTILIZADOS PARA 1551

ANÁLISE E AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS ATUAIS DE 1552

SANEAMENTO BÁSICO 1553

Neste item são abordados os indicadores para cada um dos sistemas de saneamento 1554

objeto dos Planos Específicos a serem elaborados para o município em pauta. 1555

5.1 INDICADORES SELECIONADOS PARA OS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE 1556

ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 1557

Para análise e avaliação dos serviços atuais de abastecimento de água e de esgotamento 1558

sanitário do município, constantes do capítulo 6 adiante, foram adotados alguns 1559

indicadores conforme relação do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – 1560

SNIS - do Ministério das Cidades e do Sistema de Informações de Saneamento – SISAN, 1561

organizado pela Coordenadoria de Saneamento da Secretaria de Saneamento e 1562

Recursos Hídricos do Estado de São Paulo. Os indicadores relacionados a seguir foram 1563

considerados de maior interesse nessa fase inicial dos trabalhos, e de acordo com a 1564

disponibilidade de informações coletadas no município. 1565

1566

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Planos Municipais Específicos dos Serviços de Saneamento Básico - UGRHIs 15 e 18

Produto 4 (P4) – Plano Municipal Específico dos Serviços de Saneamento Básico – Município: Américo de Campos

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ENGECORPS

Na fase de elaboração propriamente dita dos Planos Municipais Específicos de 1567

Saneamento Básico, considerando as necessidades de regulação e monitoramento do 1568

plano, será apresentada uma listagem mais extensa de indicadores, envolvendo todas as 1569

áreas necessárias, quais sejam áreas operacional, econômico-financeira e administrativa. 1570

5.1.1 Indicadores Operacionais - Água 1571

IN023 – Índice de Atendimento Urbano de Água - % 1572

População urbana atendida com abastecimento de água 1573

População urbana total 1574

IN009 – Índice de Hidrometração - % 1575

Quantidade de Ligações Ativas de Água Micromedidas 1576

Quantidade de Ligações Ativas de Água 1577

IN049 – Índice de Perdas na Distribuição - % 6 1578

Volume de Água (Produzido + Tratado Importado–de Serviço)–Volume de Água Consumido 1579

Volume de Água (Produzido + Tratado Importado–de Serviço) 1580

IN051 Índice de perdas por ligação 1581

Relaciona o volume de água produzido (AG006), o volume consumido (AG010), o volume 1582

tratado importado (AG018) e volume de serviço (AG024) com a quantidade de ligações 1583

ativas de água (AG002). Para AG002 utiliza-se a média aritmética dos valores do ano de 1584

referência e do ano anterior ao mesmo. 1585

Fórmula de cálculo: 𝐴𝐺006+𝐴𝐺018−𝐴𝐺010−𝐴𝐺024

𝐴𝐺002×

1.000.000

365 1586

IN055 – Índice de Atendimento Total de Água - % 1587

População Total Atendida com Abastecimento de Água 1588

População Total do Município Atendido com Abastecimento de Água 1589

Consumo per capita urbano l/habdia - SISAN 1590

Trata-se do volume de água consumido efetivamente, ou seja, leva em conta o volume de 1591

água consumido (AG010) mais as perdas não físicas (PNF), em relação à população 1592

urbana total do município em questão (POP_URB). 1593

Fórmula de cálculo: 𝐴𝐺010+𝑃𝐹𝑁

𝑃𝑂𝑃𝑈𝑅𝐵 ×

1.000.000

365 1594

*PNF = 33% das perdas totais 1595

1596

6 Notas: 1 – Por definição, o volume de água consumido não deve ser confundido com o volume de água faturado; o volume consumido

compreende o volume micromedido, o volume de consumo estimado para as ligações desprovidas de hidrômetro ou com o hidrômetro parado e o volume de água tratada exportado; 2 – O volume de água micromedido compreende o volume anual medido pelos hidrômetros instalados nos ramais prediais.

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Planos Municipais Específicos dos Serviços de Saneamento Básico - UGRHIs 15 e 18

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ENGECORPS

5.1.2 Indicadores Econômico-Financeiros e Administrativos - Água 1597

IN005 – Tarifa Média de Água – R$/m³ 1598

Trata-se da receita operacional direta oriunda do abastecimento de água (FN002) em 1599

relação aos volumes de água faturado (AG011), agua bruta exportada (AG017) e água 1600

tratada exportada (AG019). 1601

Fórmula de cálculo: 𝐹𝑁002

𝐴𝐺011−𝐴𝐺017−𝐴𝐺019×

1

1000 1602

FN002 – Receita Operacional Direta de Água – R$/ano 1603

Valor faturado anual decorrente da prestação do serviço de abastecimento de água, 1604

resultante exclusivamente da aplicação de tarifas e/ou taxas, excluídos os valores 1605

decorrentes da venda de água exportada no atacado (bruta ou tratada). 1606

FN023 – Investimento Realizado em Abastecimento de Água – R$/ano 1607

Valor do investimento realizado no ano de referência, diretamente ou por meio de 1608

contratos celebrados pelo próprio prestador de serviços, em equipamentos e instalações 1609

incorporados ao(s) sistema(s) de abastecimento de água, contabilizado em Obras em 1610

Andamento, no Ativo Imobilizado ou no Ativo Intangível. 1611

FN020 – Despesa com Água Importada (bruta ou tratada) – R$/ano 1612

Valor anual das despesas realizadas com a importação de água - bruta ou tratada - no 1613

atacado. 1614

5.1.3 Indicadores Operacionais - Esgoto 1615

IN015 – Índice de Coleta de Esgotos - % 1616

Volume de Esgoto Coletado (ES-005-SNIS) ou Volume de Esgoto Produzido (AEPC-5-SISAN) 1617

(Volume de Água Consumido - Volume de Água Tratado Exportado) 1618

1619

Índice de Tratamento de Esgotos - % - SISAN 1620

Trata-se do volume de esgoto tratado (ES006) em relação ao volume de esgoto produzido 1621

(AEPC5), sendo que o volume produzido é calculado como sendo 80% do volume de água 1622

consumido. 1623

Fórmula de cálculo: 𝐸𝑆006

𝐴𝐸𝑃𝐶5× 100 1624

Em alguns casos, o volume tratado pode ser maior que o produzido, pois o esgoto produzido é 1625

calculado pela água consumida, não levando em conta captações próprias (poços) e águas 1626

pluviais que por ventura vão para a estação de tratamento. Nestes casos, o indicador será 100%. 1627

1628

1629

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Produto 4 (P4) – Plano Municipal Específico dos Serviços de Saneamento Básico – Município: Américo de Campos

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ENGECORPS

IN024 – Índice de Atendimento Urbano de Esgoto - % 1630

População Urbana Atendida com Esgotamento Sanitário 1631

População Urbana do Município Atendido com Abastecimento de Água 1632

1633

IN056 – Índice de Atendimento Total de Esgoto - % 1634

População Total Atendida com Esgotamento Sanitário 1635

População Total do Município Atendido com Abastecimento de Água 1636

5.1.4 Indicadores Econômico-Financeiros e Administrativos - Esgoto 1637

IN006 – Tarifa Média de Esgoto – R$/m³ 1638

Trata-se da receita operacional direta oriunda do esgotamento sanitário (FN003) em relação aos 1639

volumes de esgoto faturado (ES007) e volume de esgoto bruto importado (ES013). 1640

Fórmula de cálculo: 𝐹𝑁003

𝐸𝑆007−𝐸𝑆013×

1

100 1641

FN003 – Receita Operacional de Esgoto – R$/m³ 1642

Valor faturado anual decorrente da prestação do serviço de esgotamento sanitário, 1643

resultante exclusivamente da aplicação de tarifas e/ou taxas, excluídos os valores 1644

decorrentes da importação de esgotos. 1645

FN024 – Investimento Realizado em Esgotamento Sanitário – R$/m³ 1646

Valor do investimento realizado no ano de referência, diretamente ou por meio de 1647

contratos celebrados pelo próprio prestador de serviços, em equipamentos e instalações 1648

incorporados ao(s) sistema(s) de esgotamento sanitário, contabilizado em Obras em 1649

Andamento, no Ativo Imobilizado ou no Ativo Intangível. 1650

5.1.5 Resumo dos Indicadores Selecionados 1651

Para a análise e avaliação dos serviços atuais dos sistemas de água e esgotos do 1652

município, além dos indicadores apresentados acima, foram selecionados outros 1653

considerados de interesse para o diagnóstico da situação dos serviços de água e esgoto 1654

do município, conforme relação indicada no Quadro 5.1, com os resultados para o ano de 1655

2015. 1656

QUADRO 5.1 – INDICADORES SELECIONADOS DE ÁGUA E ESGOTO 1657

Descrição Valor Unidade Fonte/ano

Abastecimento de Água

Índice de Atendimento Urbano de Água (IN023) 100 % PREFEITURA 2017

Índice de Hidrometração (IN009) 99,6 % SNIS 2015

Extensão da Rede de Água (AG005) 31,1 km PREFEITURA 2017

Volume Anual Produzido Total (AG006) 829.742 m³ PREFEITURA 2017

Volume Anual Micromedido Total (AG008) 373.000 m³ SNIS 2015

Volume Anual Consumido (AG010) 409.000 m³ SNIS 2015

Volume Anual Faturado Total (AG011) 444.408 m³ SNIS 2015

Índice de Perdas na Distribuição (IN049) 46,4 % PREFEITURA 2017

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Planos Municipais Específicos dos Serviços de Saneamento Básico - UGRHIs 15 e 18

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ENGECORPS

Descrição Valor Unidade Fonte/ano

Índice de Perdas por Ligação (IN051) 345 l/dia/lig PREFEITURA 2017

Quantidade de Ligações Ativas de Água (AG002) 2.552 ligações PREFEITURA 2017

Quantidade de Economias Ativas de Água (AG003) 2.490 Economias SNIS 2015

Vazão de Captação 31,1 l/s PREFEITURA 2017

Volume Total de Reservação 357 m³ PREFEITURA 2017

População total atendida com abastecimento de água (AG001) 4.986 Habitantes SNIS 2015

Consumo de água per capita urbano (SISAN) 200 l/habdia CONSÓRCIO 2017

Receita operacional direta de água (FN002) 224.080,03 R$/ano SNIS 2015

Investimento realizado em abastecimento de água (FN023) - R$/ano SNIS 2015

Tarifa média de água (IN005) 0,60 R$/m³ SNIS 2015

Despesa com água importada (bruta ou tratada) (FN020) 0,00 R$/ano SNIS 2015

Esgotamento Sanitário

Índice de Atendimento Urbano de Esgoto (IN047) 99 % PREFEITURA 2017

Índice de Tratamento do Esgoto (SISAN) 99 % PREFEITURA 2017

Índice de Coleta de Esgoto (IN015) 99 % PREFEITURA 2017

Quantidade de Ligações Ativas de Esgoto (ES002) 2.530 ligações PREFEITURA 2017

Volume Anual de Esgoto Produzido (AEPC5) 327.200 m³ CONSÓRCIO 2017

Quantidade de economias ativas de esgoto (ES003) 2.440 Economias SNIS 2015

População atendida esgotamento sanitário (ES001) 4.976 Habitantes SNIS 2015

Índice de atendimento total de esgoto referido aos municípios atendidos com água (IN056)

83,7 % SNIS 2015

Receita operacional direta de esgoto (FN003) 113.436,80 R$/ano SNIS 2015

Investimento realizado em esgotamento sanitário (FN024) - R$/ano SNIS 2015

Tarifa média de esgoto (IN006) 0,28 R$/m³ SNIS 2015

Volume Anual Tratado (ES006) 353.203 m³ PREFEITURA 2017

Volume Anual Faturado Total (ES007) 405.000 m³ SNIS 2015

Extensão de Rede de Esgoto (ES004) 30,35 km PREFEITURA 2017

Vazão média de esgoto tratado ETE 11,2 l/s PREFEITURA 2017

Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário

Receita operacional direta total (FN001) 337.516,83 R$/ano SNIS 2015

Receita operacional indireta (FN004) 0,00 R$/ano SNIS 2015

Receita operacional total (direta+indireta) (FN005) 337.516,83 R$/ano SNIS 2015

Arrecadação total (FN006) 406.139,72 R$/ano SNIS 2015

Despesas com pessoal próprio (FN010) 138.714,45 R$/ano SNIS 2015

Despesa com produtos químicos (FN011) 8.448,00 R$/ano SNIS 2015

Despesas com energia elétrica (FN013) 156.706,61 R$/ano SNIS 2015

Despesas com serviços de terceiros (FN014) 65.396,85 R$/ano SNIS 2015

Despesas de exploração (FN015) 369.265,91 R$/ano SNIS 2015

Despesas com juros e encargos do serviço da dívida (FN016) 0,00 R$/ano SNIS 2015

Despesas totais com os serviços (água e esgoto) (FN017) 369.265,91 R$/ano SNIS 2015

Despesas com depreciação, amortização do ativo diferido e provisão para devedores duvidosos (FN019)

- R$/ano SNIS 2015

Despesas fiscais ou tributárias computadas na DEX (FN021) 0,00 R$/ano SNIS 2015

Despesas fiscais ou tributárias não computadas na DEX (FN022) 0,00 R$/ano SNIS 2015

Outras despesas de exploração (FN027) 0,00 R$/ano SNIS 2015

Outras despesas com serviços (FN028) - R$/ano SNIS 2015

Despesas com amortizações do serviço da dívida ativa (FN034) 0,00 R$/ano SNIS 2015

Despesa com juros e encargos do serviço da dívida exceto variações monetárias e cambiais (FN035)

0,00 R$/ano SNIS 2015

Participação da despesa com pessoal próprio nas despesas de exploração (IN035)

37,6 % SNIS 2015

Participação da despesa com energia elétrica nas despesas de 42,4 % SNIS 2015

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Descrição Valor Unidade Fonte/ano

exploração (IN037)

Participação da despesa com produtos químicos nas despesas de exploração (IN038)

2,29 % SNIS 2015

Investimento com recursos próprios (água e esgoto) (FN030) - R$/ano SNIS 2015

Investimento com recursos onerosos realizados pelo prestador de serviços (FN031)

- R$/ano SNIS 2015

Investimento com recursos não onerosos (água e esgoto) (FN032) - R$/ano SNIS 2015

Investimentos totais (FN033) - R$/ano SNIS 2015

1658

O Quadro 5.2 apresenta um resumo dos indicadores selecionados, sendo no total 60 1659

para a análise e avaliação dos serviços atuais dos sistemas de água e esgoto do 1660

município. 1661

QUADRO 5.2 – RESUMO DOS INDICADORES 1662

Sistemas Tipos de Indicadores Nº de Indicadores

Água Operacionais 16

Esgoto Operacionais 12

Água Econômico-Financeiros e Administrativos 4

Esgoto Econômico-Financeiros e Administrativos 3

Água + Esgoto Econômico-Financeiros e Administrativos 25

1663

5.1.6 Análise dos Indicadores de Abastecimento de Água 1664

A análise dos indicadores supracitados permite concluir que se trata de um sistema que 1665

apresenta alguns dos valores adequados, conforme apresentado a seguir: 1666

o índice de hidrometração (IN009) aumentou ao longo do período, atingindo seu 1667

máximo de 99,59% em 2015. Este valor é considerado elevado, indicando que quase 1668

todas as ligações já possuem hidrômetros. De acordo com informações da Prefeitura, 1669

referentes ao ano de 2017, apenas os prédios públicos e praças não apresentam 1670

hidrometração. Além disso, não se pode garantir uma medição adequada nos volumes 1671

consumidos, uma vez que esse indicador não está referido a certas condições não 1672

conformes, quais sejam, hidrômetros parados ou com incapacidade de medição do 1673

consumo da forma mais precisa possível; 1674

a extensão de rede por ligação (IN020) diminuiu seu valor de 2013 para 2014, 1675

aumentado para 12,30 m/ligação em 2015, que é considerado elevado quando 1676

comparado à média do Estado de São Paulo, equivalente a 9,87 m/ligação, conforme 1677

os dados do SNIS de 2015. Esse valor indica atendimento, em média, a construções 1678

com largura maior dos lotes ou distâncias maiores entre as áreas de atendimento, 1679

implicando maiores custos para implantação de redes; 1680

o consumo de água per capita aumentou ao longo do período, atingindo seu máximo 1681

de 224,96 L/hab.dia em 2015. Esse valor é elevado se comparado à média do Estado 1682

de São Paulo, equivalente a 160,00 L/hab.dia, conforme o dados do SNIS de 2015. 1683

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Desta forma, torna-se necessária a redução desse índice, a fim de mantê-lo em 1684

patamares coerentes com a população local; 1685

o índice de atendimento urbano de água (IN023) é elevado, apresentando o valor 1686

máximo de 100% ao longo de todo o período, ou seja, abrangendo a totalidade da 1687

população urbana local; 1688

o índice de faturamento de água (IN028) aumentou ao longo do tempo, atingindo seu 1689

máximo de 78,86% em 2015. Ainda assim, este valor se apresentou abaixo dos 100%, 1690

o que indica que o Sistema de Água não é economicamente sustentável, fato que 1691

deverá ser observado para a elaboração das metas previstas para o setor. Deve-se 1692

salientar que o índice de faturamento é sempre superior ao volume consumido 1693

(micromedido ou não), uma vez que são cobrados consumos mínimos não 1694

necessariamente atingidos pelos usuários; 1695

Os índices de perdas na distribuição e por ligação (IN049 e IN051) diminuíram ao longo 1696

do período, apresentando seus menores valores de 13,53% e 72,76 L/ligação.dia, 1697

respectivamente, em 2015. Estes valores são considerados baixos quando 1698

comparados às respectivas médias do Estado de São Paulo (33,48% e 1699

287,65 L/ligação.dia), conforme os dados do SNIS de 2015. Porém, o fato de não estar 1700

havendo macromedição em 2 dos 7 poços, que fazem o abastecimento do município, 1701

impossibilita a correta quantificação dos volumes produzidos, tornando estes índices 1702

inconsistentes. Outro fato a se considerar, é o dado de 46,44% de índice de perdas na 1703

distribuição, obtido junto ao GEL da prefeitura do município em maio de 2017, que é 1704

significativamente maior que o dado de 13,53%, de acordo com os dados do SNIS de 1705

2015. Desta forma, torna-se necessária a redução destes índices através da 1706

implantação de um Programa de Redução de Perdas; 1707

o índice de atendimento total de água (IN055) permaneceu constante ao longo do 1708

período, apresentando o valor de 83,91%. Este valor indica que ainda não foi atingida 1709

a universalização dos serviços de abastecimento de água no município. Em visita ao 1710

município, os técnicos da Prefeitura informaram que toda a população urbana é 1711

atendida pelo sistema de abastecimento de água, além da população residente no 1712

bairro isolado Cabeceira das Águas Paradas. 1713

Pode-se chegar à conclusão de que o sistema de água apresenta parâmetros 1714

inadequados para alguns dos indicadores analisados, sendo necessária a realização de 1715

melhorias para adequação do sistema. 1716

5.1.7 Análise dos Indicadores de Esgotamento Sanitário 1717

A análise dos indicadores supracitados permite concluir que se trata de um sistema que 1718

apresenta a maioria dos valores adequados, segundo apresentado a seguir: 1719

O índice de coleta de esgotos (IN015), isto é, o volume de esgotos coletado em função 1720

do volume de água consumido, apresenta valor elevado apesar de der diminuído ao 1721

longo do tempo até atingir seu mínimo de 99,02% em 2015, valor acima da média 1722

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estadual, que é de 80%, significando que não há necessidade de se efetuarem ainda 1723

muitas ligações de esgoto, onde já existem ligações de água (provavelmente pela 1724

ausência de rede de esgotos) ou pela ausência de ligações de esgoto em locais já 1725

atendidos simultaneamente pelas redes de água e esgotos; 1726

O índice de tratamento de esgotos segundo o SNIS, é o máximo de 100,00% para 1727

todo o período. Utilizando os dados fornecidos pela Prefeitura, de coleta de esgoto e 1728

volume de água consumido, o valor desse índice é de 99,35%, ou seja, praticamente 1729

máximo também. Percebe-se, no entanto, na atual realidade do município, é que o 1730

consumo de água vem crescendo, e o sistema de tratamento de esgoto não está 1731

suportando total demanda, de forma que este índice tem tendência a se reduzir. 1732

A extensão de rede por ligação (IN021) diminuiu de 2013 para 2014 e aumentou de 1733

2014 para 2015, atingindo o valor de 12,23 m/ligação. Este valor é considerado 1734

elevado e indica atendimento, em média, a construções com largura maior dos lotes 1735

ou distâncias maiores entre as áreas de atendimento, implicando maiores custos para 1736

implantação de redes; 1737

Os índices de atendimento urbano e total de esgotos foram elevados (IN024 = 99,80% e 1738

IN056=83,74%) em 2015, apesar de terem diminuído ao longo do período. No entanto, 1739

os mesmos indicam que ainda não há universalização deste serviço, meta que deverá 1740

ser atingida ao final do período de planejamento do presente estudo. 1741

Pode-se chegar à conclusão de que o sistema de esgotos apresenta parâmetros 1742

adequados para grande parte dos indicadores analisados, devendo sempre buscar a 1743

universalização do atendimento. 1744

5.2 INDICADORES SELECIONADOS PARA OS SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA E 1745

MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 1746

Com o objetivo de atingir a universalização dos serviços públicos de limpeza urbana e do 1747

manejo de resíduos sólidos, apresentam-se na sequência alguns indicadores de 1748

desempenho operacional e ambiental para avaliação da evolução dos serviços prestados 1749

num horizonte de 20 anos. 1750

5.2.1 Indicadores Selecionados 1751

Os indicadores foram selecionados de maneira a possibilitar o diagnóstico do sistema em 1752

função da geração de resíduos atual e futura, do nível de atendimento da população e da 1753

qualificação da disposição final. 1754

Os indicadores de resíduos sólidos utilizados do ISAm – Indicador de Salubridade 1755

Ambiental são: 1756

Icr - Indicador de Coleta Regular, 1757

Iqr - Indicador de Tratamento e Disposição Final de RSD, e 1758

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Isr - Indicador de Saturação do Tratamento e Disposição Final de RSD. 1759

Os demais indicadores, quando considerados, foram elaborados pelos técnicos do 1760

CONSÓRCIO. Sua conceituação e a metodologia para a estimativa de seus valores 1761

encontram-se apresentadas na sequência. 1762

Icr – Indicador de Coleta Regular 1763

Este indicador quantifica os domicílios atendidos por coleta de resíduos sólidos 1764

domiciliares, sendo calculado com base no seguinte critério: 1765

Icr = (Duc / Dut) x 100 1766

sendo: 1767

Icr = Indicador de coleta regular; 1768

Duc = Total dos domicílios urbanos atendidos por coleta de lixo; 1769

Dut = Total dos domicílios urbanos. 1770

Iqr – Indicador de Tratamento e Disposição Final de RSD 1771

Este indicador, denominado de IQR - Índice de Qualidade de Aterro de Resíduos, é 1772

normalmente utilizado pela CETESB para avaliar as condições dos sistemas de 1773

disposição de resíduos sólidos domiciliares. O índice IQR é apurado com base em 1774

informações coletadas nas inspeções de cada unidade de disposição final, e processadas 1775

a partir da aplicação de questionário padronizado. Em função de seus respectivos IQRs, 1776

as instalações são enquadradas como inadequadas ou adequadas, conforme o Quadro 1777

5.3. 1778

QUADRO 5.3 – ÍNDICE DE QUALIDADE DE ATERRO DE RESÍDUOS 1779

IQR Enquadramento IQR

0,0 a 7,0 Condições Inadequadas (I) 0

7,1 a 10,0 Condições Adequadas (A) 100

Fonte: CETESB. 1780

Importa, no caso, a pontuação do local de destinação final utilizado pelo município. 1781

Observe-se que a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, através da Lei Federal nº 1782

12.305, de 02 de agosto de 2010, passou a exigir que apenas os rejeitos não 1783

reaproveitáveis dos resíduos sólidos urbanos sejam destinados a aterros sanitários. 1784

Isr – Indicador de Saturação do Tratamento e Disposição Final de RSD 1785

Este indicador demonstra a capacidade restante dos locais de disposição e a necessidade 1786

de implantação de novas unidades de disposição de resíduos. 1787

O Quadro 5.4 apresenta os valores do indicador. São utilizados como dados o tempo de 1788

saturação da unidade e a faixa populacional do município, sendo que: 1789

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n = tempo em que o sistema ficará saturado (anos); 1790

O nmín e o nmáx são valores fixados. 1791

O indicador é calculado com base no seguinte critério: 1792

Isr = 100 x (n – nmín) / (nmáx – nmím) 1793

QUADRO 5.4 – INDICADOR DE SATURAÇÃO FINAL DO TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO 1794 FINAL DOS “RSD” 1795

Faixa da População nmín ISR nmáx ISR

Até 20.000 hab.

≤ 0 0

n ≥ 1

100 20.001 a 50.000 hab. n ≥ 2

De 50.001 a 200.000 hab. n ≥ 3

Maior que 200.000 hab. n ≥ 5

1796

O Quadro 5.5, apresenta os resultados consolidados dos indicadores acima descritos 1797

para o município de Américo de Campos. 1798

QUADRO 5.5 – INDICADORES SELECIONADOS PARA O SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E 1799 MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 1800

Descrição Valor Unidade Fonte, Ano

Coleta na área urbana 100 % GEL, 2017

Coleta na área rural 30 % GEL, 2017

Geração de resíduos sólidos urbanos 3,5 t/dia GEL, 2017

Geração de resíduos de construção civil - t/dia CONSÓRCIO, 2017

Geração de resíduos de saúde 4,5 kg/dia GEL, 2017

Geração per capita de resíduos sólidos urbanos 0,6 K/dia/hab CONSÓRCIO, 2017

Coleta seletiva Sim7

GEL, 2017

Cooperativas de catadores Não

GEL, 2017

Existência de central de triagem Sim

GEL, 2017

Existência de programas e ações de educação ambiental relacionados a resíduos sólidos

Não

GEL, 2017

Existência de programa de reciclagem Não

GEL, 2017

Existência de pontos de coleta de resíduos especiais no sistema de logística reversa (eletrônicos, pilhas, lâmpadas, etc.)

Não

GEL, 2017

Soluções consorciadas Não

GEL, 2017

Icr 100

CONSÓRCIO, 2017

Iqr 7,9

CETESB, 2015

1801

1802

7 Não existe no município um programa social de coleta seletiva. A coleta desse tipo de material é realizada de maneira informal, como

será avisto adiante no Capítulo 6.

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6. DIAGNÓSTICO DOS SISTEMAS DE SANEAMENTO BÁSICO 1803

OBJETO DOS PLANOS ESPECÍFICOS DO MUNICÍPIO 1804

O Diagnóstico apresentado a seguir refere-se aos sistemas relativos aos serviços objeto 1805

dos Planos Específicos de Saneamento do município. 1806

6.1 DIAGNÓSTICO DOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTOS 1807

SANITÁRIOS 1808

6.1.1 Diagnóstico Operacional dos Sistemas de Abastecimento de Água 1809

6.1.1.1 Mananciais de Suprimento 1810

O Sistema de Abastecimento de Água de Américo de Campos é abastecido integralmente 1811

por manancial subterrâneo, por meio de sete (07) poços profundos, que atendem todo o 1812

município. Os mananciais subterrâneos utilizados são os Aquíferos Bauru e Serra Geral. 1813

Manancial Subterrâneo 1814

Para avaliação da disponibilidade hídrica subterrânea, foi utilizada a metodologia 1815

desenvolvida no estudo: “Atlas do Abastecimento Urbano de Água” da ANA – Agência 1816

Nacional de Águas, que leva em consideração a Reserva Ativa do aquífero disponível na 1817

área do município. 1818

Disponibilidade Hídrica Subterrânea com Base na Reserva Ativa (RA) 1819

As disponibilidades hídricas subterrâneas compreendem o volume máximo que pode ser 1820

extraído dos aquíferos sem causar risco de exaustão ou provocar danos ambientais 1821

irreversíveis e, na concepção atual, devem abranger parte das reservas ativas e parte das 1822

reservas permanentes dos aquíferos. 1823

Em estudos hidrogeológicos realizados no Brasil, a ANA (2004, 2005) assumiu que a 1824

disponibilidade hídrica subterrânea corresponde a 20% das reservas renováveis, 1825

desconsiderando a contribuição das reservas permanentes. 1826

O método de cálculo das disponibilidades hídricas subterrâneas relativas às reservas 1827

ativas de aquíferos livres, considera a reserva ativa (Ra) como o volume de água 1828

resultante da diferença entre a vazão de escoamento de base (Qb) e a vazão mínima 1829

requerida para manutenção dos rios (Q7,10), conforme apresentado por (Liazi et al, 2007) 1830

(Figura 6.1). 1831

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1832

Figura 6.1 - Representação Esquemática da Hidrógrafa de Escoamento Básico, com Separação das 1833 Vazões Mínimas (Q7,10) e Reservas Ativas (Qb-Q7,10) 1834

1835

Uma vez que as vazões mínimas de fluxo de base foram preservadas, o passo seguinte é 1836

convencionar, em termos percentuais, o quanto da Ra poderá ser disponibilizado para 1837

uso, sem prejudicar o aquífero. Para efeito de cálculo, no Estado de São Paulo, adotou-se 1838

como vazão explotável, o percentual de 50% da Ra, de acordo com a equação a seguir: 1839

𝑉𝐸 = (0,5 ∗ 𝑅𝑎) (1) 1840

Onde: 1841

VE = Vazão Explotável 1842

Ra = Reserva Ativa (l/s) 1843

Os consumos de água subterrânea na área do município foram calculados através da 1844

seguinte expressão: 1845

QC = QDU + Usos Out (2) 1846

Sendo: 1847

Qc: Consumo de Água Subterrânea; 1848

QDU: Vazões correspondentes às demandas urbanas de água relativas às demais 1849

captações subterrâneas para abastecimento público de água situadas na sede 1850

municipal; 1851

Usos Outorgados = das retiradas de água subterrânea situadas na sede do 1852

município, excluindo os usos para abastecimento público de água. 1853

Com isso, a disponibilidade hídrica subterrânea, aqui denominada de VEE (Vazão 1854

Explotável Efetiva) para o município de Américo de Campos foi calculada através da 1855

seguinte equação: 1856

Vazões

(m³/

s)

Tempo (d)

Q7,10

Escoamento básico

Qb = Q0e^(-at)

Qb - Q7,10

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𝑉𝐸𝐸 = {(𝑉𝐸 − 𝑄𝑐)} (3) 1857

Com base na equação (3), obteve-se a vazão explotável efetiva, correspondente ao saldo 1858

disponível de água subterrânea na área do município. O Quadro 6.1 apresenta os valores 1859

obtidos. 1860

QUADRO 6.1 – VAZÃO EXPLOTÁVEL EFETIVA DE ÁGUA SUBTERRÂNEA 1861

Município Ra (l/s) VE (l/s) Qc (l/s) VEE (l/s)

Américo de Campos 218,10 109,05 28,05 81,00

Fonte: Atlas de Abastecimento Urbano de Água (ANA, 2009) 1862

A vazão explotável efetiva para o município de Américo de Campos atende à demanda 1863

atual e futura (ano de 2038) referente à sede do município. 1864

6.1.1.2 Sistema Produtor 1865

Distrito de Américo de Campos (Sede) e Bairro Cabeceira das Águas Paradas 1866

O Sistema Produtor já foi descrito com maiores detalhes no Capitulo 6. A capacidade 1867

atual do mesmo, considerando a sede municipal e o bairro de Cabeceira das Águas 1868

Paradas, é a seguinte: 1869

Vazão de captação nos poços e total de produção – 31,1 L/s. 1870

Essa capacidade de produção refere-se às vazões dos 7 poços em operação no sistema. 1871

Em função desses fatores, nesse PMSB do Município de Américo de Campos 1872

recomenda-se a adoção de medidas que visem reduzir o índice de perdas de água no 1873

município, com objetivo de evitar ampliações desnecessárias ao sistema. 1874

Assim sendo, é de se esperar que o sistema produtor como um todo (captação, adutoras 1875

de águas, etc.) possa ser integralmente aproveitado, com ampliações, reformas e 1876

adequações para melhoria operacional do sistema e para o atendimento a futura 1877

demanda. 1878

6.1.1.3 Sistema de Reservação 1879

Distrito de Américo de Campos (Sede) e Bairro Cabeceira das Águas Paradas 1880

A capacidade atual total do Sistema de Reservação da sede, constituído de 5 1881

reservatórios, é de 346,8 m³, enquanto a reservação do bairro isolado é feita por um 1882

reservatório de 10 m³. Desta forma, a capacidade total de reservação do município é de 1883

356,8 m³. 1884

O volume de reservação necessário para o município como um todo, conforme indicado 1885

no Quadro 6.8, variam entre 851 m³ nos primeiros anos e 436 m³ ao fim do horizonte de 1886

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projeto. Portanto, a capacidade atual de reservação não é suficiente para atender todo o 1887

planejamento. 1888

Na visita técnica, apesar dessa grande diferença no volume de reservação necessário, 1889

não foram constatados problemas com relação a esse ponto. O alto valor para o ano de 1890

2018, ou seja, para o período atual de projeto é muito em função da grande perda que o 1891

município apresenta. Com o passar dos anos e implantação de um sistema de controle de 1892

perdas e a diminuição do consumo per capita, percebe-se a diminuição do volume 1893

necessário de reservação e possibilidade de pequenas alterações para suprir a futura 1894

demanda prevista. 1895

Deve-se ressaltar que os volumes de reservação necessários são calculados com um 1896

terço da demanda máxima diária e, apesar da população apresentar um crescimento até 1897

2035, com a imposição da diminuição do consumo per capita e redução das perdas nos 1898

sistemas, os volumes de reservação seguem a tendência de decrescimento. 8 1899

6.1.1.4 Rede de Distribuição 1900

Distrito de Américo de Campos (Sede) 1901

De acordo com os dados obtidos junto ao D.A.E.A.C, a rede de distribuição de água 1902

apresenta, uma extensão aproximada de 31,1 km, com predominância de tubulações em 1903

PVC, existindo ainda tubulações de amianto, presentes em apenas algumas ruas (Rua 1904

São João até Rua Tiburso de Souza). Os diâmetros da rede variam entre 50 mm a 1905

150 mm. O município não conta com cadastro atualizado das redes, de forma que não se 1906

conhece sua extensão precisa. De forma geral, a rede de distribuição está em bom estado 1907

de conservação. 1908

Na rede de distribuição há pontos de controle e qualidade da água, respeitando a Portaria 1909

n°2.914 de Dezembro de 2011, do Ministério da Saúde. Em geral, os resultados são 1910

satisfatórios, apenas com uma pequena não conformidade quanto ao parâmetro flúor no 1911

reservatório central, de acordo com última análise no ano de 2017. 1912

O Índice de Perdas na Distribuição foi de 46,44%, conforme mencionado anteriormente. 1913

Desta forma, é de suma importância para o município a implementação de um Programa 1914

de Redução de Perdas, com intervenções que visam abranger uma possível setorização 1915

da rede, substituição de trechos de redes, troca de hidrômetro e ramais, etc., e a 1916

implementação de uma gestão comercial eficaz, permitindo a melhor eficiência no sistema 1917

de micromedição. 1918

6.1.1.5 Sistema de Tratamento 1919

8 Nota – Na impossibilidade de se obterem as curvas de consumo, conforme as prescrições contidas nas normas ABNT NBR 12.217/94

e NBR 12.218/94, que estabelecem os critérios de volume a ser reservado, adotou-se, como regra prática usual, 33% da demanda do dia de maior consumo.

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O sistema de tratamento é feito por desinfecção simples com cloro e flúor. O método 1920

líquido com bombas dosadoras, no geral, é mais indicado e apresenta melhores índices 1921

de tratamento. Como alguns poços apresentam o tratamento por pastilhas, fica indicada a 1922

alteração pelo método das dosagens líquidas. 1923

Não há sistema de tratamento para o bairro isolado Cabeceira das Águas Paradas, sendo 1924

extremamente aconselhável que seja imposto o quanto antes. 1925

6.1.1.6 Principais Problemas e Estado de Conservação das Unidades dos Sistemas de 1926

Abastecimento de Água 1927

Os principais problemas verificados no Sistema de Abastecimento de Água de Américo de 1928

Campos encontram-se resumidos a seguir. Deve-se ressaltar que novos dados deverão 1929

ser obtidos para a complementação das informações sobre os sistemas. 1930

SISTEMA PRODUTOR 1931

As outorgas de todos os poços possuem validade até o ano de 2018. Dessa 1932

forma, é de extrema importância que seja realizada uma nova medição de vazão 1933

para todos eles; 1934

O hidrômetro do Poço 06 – Banespinha está quebrado. É aconselhável sua troca 1935

para que a macromedição desse poço seja feita corretamente; 1936

Necessidade de maior gerenciamento da macromedição com visitas e leituras 1937

periódicas; 1938

O atual sistema produtor é suficiente para todo o período de planejamento, não 1939

sendo necessárias ampliações. Os poços foram reestruturados no ano de 2008, 1940

apresentando ainda boas condições. Com o passar dos anos e a deterioração 1941

natural, serão previstas reformas e modernização para maior aproveitamento e 1942

manutenção da qualidade. 1943

SISTEMA DE RESERVAÇÃO 1944

Volume de reservação total: é insuficiente para todo o período de planejamento. 1945

Em nenhum momento o volume de reservação atual é capaz de suprir a demanda, 1946

muito em função do alto consumo per capita e do alto índice de perdas. Com o 1947

ajuste dessas duas necessidades, o volume necessário será mais próximo do 1948

presente, de forma que melhorias e aprimoramentos dos reservatórios sejam 1949

suficientes para suprir a futura demanda. Caso haja necessidade, fica apropriada 1950

a implantação de um novo reservatório de 100 m³; 1951

O reservatório central: de maior capacidade, foi construído em 1969 e nunca 1952

passou por qualquer tipo de inspeção. Na visita técnica foram observadas partes 1953

da estrutura a mostra (armaduras dos pilares de sustentação). Portanto, é 1954

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aconselhável que ocorra uma vistoria para fiscalizar o reservatório e evitar que 1955

sérios problemas venham a ocorrer. 1956

Os demais reservatórios: apresentam-se em bom estado de conservação. Fica 1957

sugerido que os reservatórios metálicos sejam inspecionados durante os anos 1958

para se evitar a ocorrência de ferrugens e deterioramento. 1959

Reservação setorial: o sistema já é dividido em setores, e não há reclamações 1960

quanto a déficits. Caso haja um novo estudo que modele uma nova perspectiva, 1961

fica proposto o rearranjo do sistema de distribuição, visando a implementação de 1962

um Programa de Redução de Perdas; 1963

SISTEMA DE TRATAMENTO 1964

Como dito anteriormente, fica aconselhado a substituição dos tratamentos 1965

realizados com pastilha por tratamento com bombas dosadoras. A eficiência do 1966

tratamento utilizando soluções líquidas (ácido fluossilícico e hipoclorito de sódio) é 1967

maior. 1968

Introdução de tratamento de água para o Poço 05 do bairro isolado Cabeceira das 1969

Águas Paradas. 1970

Os poços 01 e 04 abastecem o reservatório central. Como o tratamento é 1971

realizado apenas no Poço 04, é aconselhável que seja colocado um sistema no 1972

Poço 01 para que haja maior controle com relação aos parâmetros exigidos pela 1973

lei. Vale lembrar que apenas a captação do reservatório central apresentou 1974

parâmetros de flúor fora dos limites exigidos. 1975

SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO 1976

A rede do sistema de água no Município de Américo de Campos foi trocada nos 1977

últimos 10 anos por PVC e assim apresenta ótimo estado de conservação. 1978

Apenas 5% dela ainda se encontram no material amianto. Portanto, sugere-se que 1979

ocorra a troca desse restante por PVC. 1980

É de extrema importância que seja implantado um Programa de Redução de 1981

Perdas e assim ocorra a implantação de uma gestão comercial eficaz do sistema 1982

de micromedição/faturamento, inclusive com instalação de hidrômetros nos 1983

prédios públicos e afins; 1984

Por fim, é de extrema importância alertar que há necessidade de uma maior equipe 1985

operacional. Os encanadores que realizam a manutenção, quando necessária, são os 1986

mesmos que atuam no sistema de esgotamento, ou seja, em situações com diversos 1987

problemas diários, existe apenas um par de pessoas capacitadas para executarem o 1988

serviço imposto. 1989

6.1.2 Diagnóstico Operacional dos Sistemas de Esgotos Sanitários 1990

6.1.2.1 Sistemas de Coleta e Encaminhamento 1991

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O Sistema de coleta e encaminhamento da sede é composto de rede coletora (cerca de 1992

30,35 km), três estações elevatórias de esgoto com linha de recalque, interceptores, 1993

emissário e uma ETE. O índice de coleta de esgotos é próximo a 100% na área urbana, 1994

uma vez que somente o bairro isolado Cabeceira das Águas Paradas não conta com rede 1995

coletora. Todo esgoto coletado é encaminhado a ETE, onde se realiza o tratamento. 1996

Em relação à coleta, não há um cadastro da rede coletora de esgoto. Estima-se que sua 1997

extensão total seja um pouco superior a 30 km. Nos últimos anos, cerca de 80% da rede 1998

coletora foi trocada de manilha de barro vidrado por PVC Ocre. Os diâmetros variam entre 1999

150 mm e 200 mm. Assim, toda a região que houve a troca apresenta bom estado de 2000

conservação. 2001

Dois grandes problemas foram relatados nesse sistema. O primeiro deles refere-se aos 2002

interceptores, que margeiam os três córregos do município. Como citado no capítulo 6 2003

deste Plano, os interceptores, de manilha de barro vidrado e diâmetros com pequenas 2004

seções (150 mm), ainda não foram trocados, apesar do projeto realizado em 2012. O 2005

outro problema relatado são as ligações clandestinas de águas pluviais na rede de 2006

esgoto. 2007

Na visita técnica, observou-se que o sistema encontra-se completamente sobrecarregado. 2008

A caixa de passagem que interliga dois interceptores à estação de tratamento de esgoto 2009

do Banespinha está completamente assoreada e apresenta vazamento pelo chamado 2010

respiro, lançando parte do esgoto bruto diretamente no solo. Um dos poços de visita, 2011

localizado na região próxima ao córrego das Águas Paradas apresentava-se afogado, de 2012

maneira que, todo o dia que ocorre precipitação, há transbordamento do PV. Por fim, a 2013

pior situação encontra-se na estação elevatória do Banespinha e será apresentada a 2014

seguir. 2015

A Estação Elevatória de Esgoto – Jardim dos Ipês foi construída recentemente e 2016

atualmente atende apenas algumas residências desse novo loteamento, não 2017

apresentando qualquer problema. 2018

A E.E.E – Jorge Ferracini, apesar de mais antiga, não apresenta problemas técnicos. O 2019

principal defeito encontrado foi o cesto de tratamento grosseiro quebrado. 2020

Ambas as estações coletam o esgoto e recalcam até um ponto alto da rede, onde seguem 2021

por interceptores até a última estação elevatória. 2022

Por fim, a E.E.E – Banespinha, responsável por recalcar todo o esgoto produzido no 2023

município para a Estação de Tratamento, apresenta diversas situações críticas. 2024

Primeiramente, o tratamento preliminar, composto por apenas um gradeamento grosseiro 2025

e caixa de areia, encontra-se totalmente ineficaz, de maneira que grande quantidade do 2026

esgoto esta passando diretamente para a caixa de areia sem o gradeamento. 2027

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Esta falta de pré-tratamento acarreta em diversos problemas na sequência da elevatória. 2028

Como grande parte do esgoto segue caminho sem qualquer tipo de remoção de sólidos, o 2029

rotor da bomba de recalque para, devido à alta concentração de sedimentos. Toda vez 2030

que a bomba necessita de manutenção, ela é desligada, surgindo então a situação mais 2031

crítica do sistema. 2032

Toda vez que a bomba de recalque deixa de funcionar, o esgoto captado é direcionado a 2033

um tanque pulmão, que tem como objetivo armazenar esse esgoto que não pode ser 2034

recalcado, até que a manutenção da bomba seja feita. Como o rotor está sendo afetado 2035

mais de uma vez ao dia, esse tanque pulmão está totalmente sobrecarregado lançando o 2036

esgoto bruto diretamente no Córrego das Águas Paradas através de seu “respiro”. 2037

Portanto, essa sequência de desastres na estação elevatória mostra que nem todo esgoto 2038

produzido está sendo realmente tratado, como pressuposto. 2039

Vale ressaltar sobre a equipe operacional do tratamento de esgoto. Existe apenas um par 2040

de encarregados, os mesmos que atuam no sistema de tratamento de água, ou seja, com 2041

o sistema sobrecarregado, a equipe não está tendo tempo suficiente para atuar em 2042

ambos os cenários, evidenciando a necessidade de novos membros. 2043

6.1.2.2 Sistemas de Tratamento 2044

O município de Américo de Campos conta com uma estação de tratamento de esgotos, 2045

composta por um sistema de lagoas (1 anaeróbia + 1 facultativa + 1 maturação), 2046

operando com vazão média de 11,2 L/s. A E.E.E – Banespinha recalca todo o esgoto 2047

produzido até uma caixa de recepção, próxima à ETE, que envia o afluente por gravidade 2048

até a primeira lagoa, a anaeróbia. O único tratamento preliminar é realizado antes do 2049

recalque na E.E.E – Banespinha. 2050

As características principais dessa ETE já foram apresentadas no Capítulo 6 (Coleta de 2051

Dados e Informações). O efluente tratado é conduzido por um emissário em PVC até o 2052

Córrego das Águas Paradas. Este emissário encontrava-se quebrado no dia da visita 2053

técnica. O município possui outorga para o lançamento de 37,20 m³/h de efluente tratado. 2054

A lagoa anaeróbia apresentava forte odor, estava assoreada, além de alta concentração 2055

de material sobrenadante. 2056

Na lagoa facultativa era perceptível o início da formação de material sobrenadante 2057

também. Problema causado pela situação da lagoa anaeróbia. 2058

A lagoa de maturação não apresenta problemas técnicos. 2059

Foram observadas muitas caixas de passagem quebradas entre as lagoas, além da 2060

vegetação na margem das lagoas estar levemente acima do normal. 2061

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A ETE foi inaugurada em agosto de 2006 e nunca houve retirada de lodo. Vale ressaltar 2062

também que para a projeção da estação, foi disposto um TCRA ao município que impõe a 2063

plantação uma quantia de espécies arbóreas, este termo ainda não foi realizado. 2064

O projeto da ETE foi dimensionado para o horizonte de 2022, ou seja, algumas reformas e 2065

ampliações deverão ser realizadas, mais evidenciada pela situação atual do sistema de 2066

esgotamento. 2067

Em vista de ampliações de sistema tratamento depender de detalhamentos constantes de 2068

projetos executivos a serem elaborados e/ou existentes, restringe-se uma avaliação mais 2069

precisa das intervenções propostas. 2070

6.1.2.3 Principais Problemas e Estado de Conservação das Unidades dos Sistemas de 2071

Esgotos Sanitários 2072

Os principais problemas verificados no Sistema de Esgotos Sanitários de Américo de 2073

Campos encontram-se resumidos a seguir. Deve-se ressaltar que novos dados deverão 2074

ser obtidos para a complementação das informações sobre os sistemas. 2075

Sistema de Coleta e Encaminhamento 2076

Interceptores 2077

Os interceptores do município, como previsto em projeto realizado no ano de 2012, 2078

devem ser substituídos por novos com material mais adequado e novos diâmetros. O 2079

atual sistema apresenta-se completamente sobrecarregado de forma que os novos 2080

interceptores deverão apresentar maior seção para suportarem a presente e futura 2081

demanda. 2082

A caixa de areia na confluência dos interceptores encontra-se assoreada e próxima ao 2083

seu limite. É necessária urgente manutenção para remoção desses sedimentos, visto que 2084

parte do esgoto é lançada diretamente no solo pelo respiro da caixa. 2085

Estações Elevatórias de Esgoto Bruto 2086

As estações elevatórias Jardim dos Ipês e Jorge Ferracini não apresentam problemas 2087

técnicos. Em compensação, a elevatória do Banespinha apresenta diversas situações 2088

críticas. Elas serão descritas a seguir. 2089

O tratamento preliminar composto por gradeamento e caixa de areia deve ser 2090

reestruturado, pois não atende a atual demanda de esgotamento. O canal deverá ser 2091

recalculado para que não ocorra o mesmo problema atual. 2092

O atual conjunto motobomba do sistema também não suporta a atual demanda, sendo 2093

propícia a troca por um novo conjunto com maior potência e vazão de recalque. 2094

O tanque ou poço pulmão apresenta-se afogado e, em função das duas situações críticas 2095

citadas acima, acaba lançando o esgoto bruto diretamente no ribeirão Águas Paradas. 2096

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Essas situações críticas são todas crescentes, ou seja, uma alavanca a piora da outra. Da 2097

mesma forma, caso haja solução do primeiro problema, é possível que o sistema caminhe 2098

para melhores condições. Portanto, é de extrema importância que o projeto de 2099

afastamento de esgoto doméstico de 2012 seja realizado com prioridade. 2100

Sistema de Tratamento 2101

Lagoa Anaeróbia 2102

A lagoa anaeróbia encontra-se em situação crítica. Mau odor, assoreamento e grande 2103

quantidade de sobrenadantes determinam essa calamidade. É necessária com urgência a 2104

remoção do lodo e limpeza da lagoa. Todos esses detalhes estão provocando a 2105

diminuição da eficiência do tratamento, que já se encontra nos limites estabelecidos 2106

Decretos Estaduais. 2107

Lagoa Facultativa 2108

Em função da situação vista na lagoa anaeróbia, a lagoa facultativa também vem 2109

mostrando material flutuante, que não deveria ocorrer. Sua limpeza também é essencial. 2110

2111

6.2 SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 2112

O diagnóstico da situação dos resíduos sólidos do município e o estudo de demandas são 2113

a base para a proposição de cenários, definição de diretrizes e metas, e para o 2114

detalhamento de programas, projetos e ações, que serão apresentados em fases 2115

posteriores do trabalho. 2116

Nesta fase, serão relacionados e classificados todos os resíduos diagnosticados no 2117

município, as condições de geração e as formas de coleta, transporte e destinação final 2118

adotadas, a fim de detalharmos a situação em que o município se encontra atualmente. 2119

6.2.1 Classificação, geração, coleta, transporte e destinação final 2120

As informações quanto à classificação dos resíduos a seguir descritas, foram extraídas do 2121

Plano de Gestão de Resíduos Sólidos: Manual de Orientação – Ministério do Meio 2122

Ambiente (MMA). 2123

6.2.1.1 Classificação 2124

Resíduos Sólidos Domiciliares (RSD) 2125

Corresponde aos resíduos originários de atividades domésticas em residências urbanas; 2126

é composta por resíduos secos e resíduos úmidos. 2127

Os resíduos secos são constituídos principalmente por embalagens fabricadas a partir de 2128

plásticos, papéis, vidros e metais diversos, além das embalagens do tipo “longa vida”. 2129

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Já os resíduos úmidos são constituídos principalmente por restos oriundos do preparo de 2130

alimentos. Contém partes de alimentos in natura, como folhas, cascas e sementes, restos 2131

de alimentos industrializados, entre outros. 2132

Os estudos que embasaram o Plano Nacional de Resíduos Sólidos apontaram uma 2133

composição média nacional de 31,9% de resíduos secos e 51,4% de resíduos úmidos do 2134

total dos resíduos sólidos urbanos coletados. Os 16,7% restantes, são rejeitos. 2135

De forma mais localizada, de acordo com estudos divulgados no Panorama dos Resíduos 2136

Sólidos do Estado de São Paulo, a composição gravimétrica dos resíduos gerados na 2137

UGRHI 5 – PCJ apontou um índice de 73,28% de material orgânico, 18,8% de materiais 2138

recicláveis e 7,92% de rejeitos. Conforme apresentado, foram estes os estudos utilizados 2139

para a projeção dos resíduos sólidos no município de Américo de Campos. 2140

Resíduos da Limpeza Pública (RLP) 2141

As atividades de limpeza pública, definidas na Lei Federal de Saneamento Básico, dizem 2142

respeito a: varrição, capina, podas e atividades correlatas; limpeza de escadarias, 2143

monumentos, sanitários, abrigos e outros; raspagem e remoção de terra e areia em 2144

logradouros públicos; desobstrução e limpeza de bueiros, bocas de lobo e correlatos; e 2145

limpeza de feiras públicas e eventos de acesso aberto ao público (BRASIL, 2007a). 2146

Resíduos da Construção Civil e Demolição (RCC) 2147

Nestes resíduos predominam materiais trituráveis como restos de alvenarias, 2148

argamassas, concretos e asfalto, além do solo, todos resignados como RCC classe A 2149

(reutilizáveis ou recicláveis). Correspondem a 80% da composição típica desse material. 2150

Comparecem ainda materiais facilmente recicláveis como embalagens em geral, tubos, 2151

fiação, metais, madeira e o gesso. Este conjunto é designado de classe B (recicláveis 2152

para outras destinações) e corresponde a quase 20% do total sendo que a metade é 2153

debitado às madeiras, bastante utilizadas nas construções. 2154

Resíduos dos Serviços de Saúde (RSS) 2155

Para melhor controle e gerenciamento, estes resíduos são divididos em grupos, da 2156

seguinte forma: Grupo A (potencialmente infectante: produtos biológicos, bolsas 2157

transfusionais, peças anatômicas, filtros de ar, gases etc.); Grupo B (químicos); Grupo C 2158

(rejeitos radioativos); Grupo D (resíduos comuns) e Grupo E (perfuro cortantes). A 2159

observação de estabelecimentos de serviços de saúde tem demonstrado que os resíduos 2160

dos Grupos A, B, C e E são no conjunto, 25% do volume total. Os do Grupo D (resíduos 2161

comuns e passíveis de reciclagem, como as embalagens) respondem por 75% do volume 2162

(MMA, 2011). 2163

2164

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6.2.1.2 Geração 2165

De acordo com informações do município, são coletados aproximadamente 3,5 ton/dia de 2166

resíduos domiciliares, sem que haja separação dos materiais recicláveis; 200 kg/dia de 2167

material reciclável; 4,5 kg/dia de resíduos de serviços de saúde. Não há informações 2168

sobre os resíduos de construção e demolição civil. 2169

6.2.1.3 Coleta e Transporte 2170

A coleta dos RSD do município é realizada pelo próprio município, diariamente de 2171

segunda, quarta e sexta-feira. Todos os resíduos coletados são encaminhados para o 2172

aterro sanitário do município. 2173

Os resíduos de poda e capina, bem como de limpeza pública, principalmente aquele 2174

originário do serviço de varrição, são coletados pela Prefeitura e encaminhados ao antigo 2175

aterro do município, disposto somente para este fim. 2176

Os RCC são coletados pelo município e dispostos em área anexa ao aterro sanitário. O 2177

município aguarda por um triturador de resíduos para dar fim adequado ao RCC coletado. 2178

Os RSS são coletados em dois pontos: UBS – Dr. Doélio Bérgamo e CEMEI – Joaquim 2179

Ferreira Pires no município pela empresa Constroeste e destinados para seu adequado 2180

fim no município de Votuporanga. 2181

6.2.1.4 Destinação Final 2182

O Quadro 6.2 apresenta o resumo da destinação final dos resíduos municipais 2183

diagnosticados: 2184

QUADRO 6.2 – DESTINAÇÃO FINAL 2185

DESTINAÇÃO FINAL

RSD RLP RCC RSS

Aterro Sanitário Antigo Aterro Sanitário Área anexa ao Aterro Sanitário Unidade privada -

Constroeste

2186

6.2.2 Análise Operacional dos Serviços de Limpeza Pública e Manejo dos 2187

Resíduos Sólidos com base no Sistema de Indicadores 2188

Para a verificação da prestação atual dos serviços de limpeza pública e manejo dos 2189

resíduos sólidos, adotaram-se alguns indicadores, já apresentados no Capítulo 6, que se 2190

encontram analisados a seguir. A partir desta análise, foi realizado o diagnóstico do 2191

sistema. 2192

ICR – Indicador de Coleta Regular 2193

Este indicador quantifica os domicílios atendidos por coleta de resíduos sólidos 2194

domiciliares, sendo calculado com base no seguinte critério: 2195

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ICR = (Duc / Dut) x 100 2196

sendo: 2197

ICR = Indicador de coleta regular; 2198

Duc = Total dos domicílios urbanos atendidos por coleta de lixo; 2199

Dut = Total dos domicílios urbanos. 2200

Segundo informações coletadas na prefeitura, o município de Américo de Campos possui 2201

100% dos domicílios urbanos atendido pela coleta de lixo, portanto, seu ICR = 100. 2202

IQR – Indicador de Tratamento e Disposição Final de RSD 2203

De acordo com a avaliação da CETESB, no ano de 2016, o aterro sanitário onde 2204

atualmente os resíduos são dispostos, localizado no próprio município, obteve IQR = 7,9, 2205

sendo avaliado como Adequado. (Inventário de Resíduos Sólidos Domiciliares – 2016 – 2206

CETESB). 2207

ISR – Indicador de Saturação do Tratamento e Disposição Final de RSD 2208

A vida útil prevista do aterro sanitário, local de disposição atual dos RSD de Américo de 2209

Campos, é de 5 ou 6 meses, sendo atribuído ao município um ISR igual a 0. 2210

Neste caso, o município possui duas opções como alternativas, sendo que a primeira está 2211

em processo. Trata-se de um novo aterro construído pelo Consórcio CIDAS para todos os 2212

integrantes. A princípio, esse novo aterro seria construído no munícipio de Álvares 2213

Florence, que faz fronteira com Américo de Campos. Caso essa opção não tenha tempo 2214

hábil para ocorrer, a segunda alternativa seria a disposição do resíduo no município 2215

vizinho de Gestal. 2216

Ainda assim, na proposição de cenários, apresentado em fase posterior do trabalho, o 2217

município terá o detalhamento de programas, projetos e ações, de forma a buscar 2218

alternativas para disposição final dos RSD. 2219

Demais serviços analisados 2220

De acordo com a PNRS, todos os serviços de limpeza pública e de manejo de resíduos 2221

sólidos preveem a universalização do atendimento às comunidades locais, 2222

independentemente das dificuldades impostas pelas condições em que se encontram. É 2223

necessária também a conscientização por parte dos munícipes para que não haja 2224

descarte dos resíduos clandestinamente, como em terrenos baldios e margens de 2225

córregos, onerando os custos de coleta e transporte para o município. 2226

A coleta seletiva é realizada uma vez por semana e o serviço de separação é feito por um 2227

autônomo sem vínculo empregatício com a Prefeitura. Desta maneira, uma porção 2228

considerável de resíduos recicláveis é destinada ao aterro do município, contrariando a 2229

exigência da PNRS, em que deverão ser dispostos em aterro sanitário somente os 2230

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resíduos não reaproveitáveis. Portanto, a estruturação de um serviço de coleta seletiva 2231

passa a ser uma obrigação do município, que deverá planejar e implantar sistemas 2232

realmente amplos e eficientes. 2233

Os resíduos da construção civil (RCC), coletados pela Prefeitura em caçambas dispostas 2234

em locais estratégicos no perímetro do município, são deslocados para a região do aterro 2235

sanitário, onde são armazenados. Há nessa concentração de resíduos diversos tipos, 2236

devido ao processo como são coletados, ou seja, a população dispõe diversos itens nas 2237

caçambas que não deveriam ser colocados. O município aguarda por um triturador para 2238

propor um destino final adequado a esse resíduo (triturador prometido pelo Consórcio 2239

CIDAS). Caso não o obtenham, é importante que o município implante uma unidade de 2240

recebimento de RCC para a parcela destes resíduos que não são reaproveitados, seja 2241

através de uma unidade municipal ou consorciada. Por fim, é importante se tenha 2242

conscientização por parte dos munícipes para que não haja descarte destes resíduos 2243

clandestinamente, como em terrenos baldios e margens de córregos, onerando os custos 2244

de coleta e transporte para o município 2245

Os resíduos dos serviços de saúde (RSS) já têm um modelo de coleta, transporte e 2246

destinação final diferenciado pelo seu nível de periculosidade. Atualmente tal modelo 2247

atende de maneira adequada, em termos quantitativos, o município. É necessário que o 2248

município também acompanhe qualitativamente o modelo praticado. 2249

Cabe ressaltar, que o município deve se utilizar dos indicadores sugeridos, ou se utilizar 2250

ainda de outros, para que todos os serviços prestados sejam sempre executados de 2251

maneira adequada, respeitando as legislações vigentes. 2252

6.2.3 Demais Itens Abrangidos pela Lei 12.305/10 da Política Nacional de 2253

Resíduos Sólidos 2254

6.2.3.1 Resíduos Especiais 2255

Sistema de Logística Reversa no município 2256

Embalagens de Agrotóxicos 2257

O município não possui controle da logística reversa das embalagens de agrotóxico 2258

do município, ficando por conta dos produtores a devolução deste material no local 2259

onde foram adquiridos. É importante que o município passe a fazer a fiscalização 2260

dessa devolução de embalagens a fim de evitar que produtos contaminantes tenham 2261

destinação inadequada. 2262

Pilhas e baterias 2263

O município não realiza a coleta de pilhas e baterias. Recomenda-se que seja 2264

implantando um programa de coleta desses materiais, para que não sejam dispostos 2265

de maneira inadequada. 2266

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Pneus 2267

A destinação final adequada dos pneus inservíveis é uma ação implantada desde o 2268

ano 2014, por meio do Termo de Parceria, firmado entre os membros do CIDAS – 2269

Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Ambiental Sustentável, para utilização 2270

de Ecopontos de Pneus, localizados no município de Votuporanga e Cosmorama, 2271

visando à destinação adequada de pneus inservíveis para a empresa Anip/Reciclanip. 2272

A Reciclanip efetua o transporte dos pneus inservíveis para destinações 2273

homologadas pelo IBAMA (Reciclanip, 2012). 2274

Por essas considerações, pode-se concluir que a destinação final de pneus no 2275

município está adequada. 2276

Óleos Lubrificantes, seus Resíduos e Embalagens 2277

O município não possui um programa de coleta de óleo de cozinha. Recomenda-se 2278

que seja implantado esse programa e que haja fiscalização, para que esse tipo de 2279

óleo tenha seu destino final adequado. Sobre a fiscalização do descarte de óleos e 2280

lubrificantes de oficinas, é importante que o município passe a fazer a fiscalização 2281

dessa devolução de embalagens e descarte adequado de óleos lubrificantes a fim de 2282

evitar que produtos contaminantes tenham destinação irregular. 2283

Lâmpadas Fluorescentes, de Vapor de Sódio e Mercúrio e de Luz Mista 2284

O município não realiza a coleta de lâmpadas. Recomenda-se que seja implantando 2285

um programa de coleta desses materiais, para que não sejam dispostos de maneira 2286

inadequada. Na usina de triagem, foram encontradas algumas lâmpadas separadas, 2287

ou seja, o município pode se apoiar nessa ideia e depois de coletada, prover um final 2288

adequado a este tipo de resíduo. 2289

Produtos Eletroeletrônicos e Componentes 2290

O município não realiza a coleta destes resíduos. Recomenda-se que seja 2291

implantando um programa de coleta desses materiais, para que não sejam dispostos 2292

de maneira inadequada. 2293

6.2.3.2 Planos de Gerenciamento Específicos 2294

O município não possui nenhum plano de gerenciamento relativo a resíduos. Recomenda-2295

se que sejam elaborados planos específicos para cada categoria representada a seguir: 2296

Resíduos de serviços públicos de saneamento básico; 2297

Resíduos industriais; 2298

Resíduos de serviços de saúde; 2299

Resíduos de transporte; 2300

Resíduos de mineração; 2301

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Resíduos de estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que gerem 2302

resíduos perigosos, que possuam características de inflamabilidade, corrosividade, 2303

reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e 2304

mutagenicidade, e resíduos que, mesmo não classificados como perigosos, não sejam 2305

equiparados aos resíduos sólidos domiciliares pelo poder público; 2306

Resíduos de empresas de construção civil; 2307

Resíduos de atividades agrossilvopastoris, caso exigido pelo órgão competente do 2308

Sisnama (Sistema Nacional do Meio Ambiente), do SNVS (Sistema Nacional de 2309

Vigilância Sanitária) ou do Suasa (Sistema Unificado de Atenção à Sanidade 2310

Agropecuária). 2311

6.2.3.3 Soluções Consorciadas 2312

A lei dos Consórcios Públicos nº 11.107/2005, regulamentada pelo Decreto nº 6.017/2007, 2313

tem por finalidade a união entre municípios para constituir associação pública ou pessoa 2314

jurídica de direito privado, por meio do ordenamento jurídico, visando solucionar 2315

problemas de ordem comum entre os entes. 2316

Os consórcios são constituídos pela assinatura de um Protocolo de Intenções pelo Poder 2317

Executivo e sancionado pelo Poder Legislativo por meio de uma lei que autorize a 2318

constituição do consórcio e união entre os entes federados, implicando na delegação de 2319

competências e na definição de obrigações. 2320

O consorciamento se torna um instrumento de gestão compartilhada de grande 2321

importância e relevância, visto que além de organizar os municípios numa única 2322

personalidade jurídica, define competências e responsabilidades, ou seja, todos os 2323

envolvidos são responsáveis pela execução de qualidade dos serviços prestados. Ponto 2324

essencial quanto a personalidade jurídica refere-se sobre a sua definição, sendo pessoas 2325

jurídicas distintas de seus constituintes, podendo assumir obrigações e praticar atos em 2326

seu nome e sob sua responsabilidade. 2327

A Figura 6.2 demonstra o processo de consorciamento intermunicipal, desde sua 2328

formação até a inscrição junto aos órgãos competentes e a captação de recurso. 2329

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2330 Figura 6.2 – Processo de consorciamento intermunicipal 2331

Fonte: Secretaria de Desenvolvimento Regional, Política Urbana e Gestão Metropolitana - SEDRU, 2012. 2332

A principal intenção na formação de consórcios, como dito anteriormente, é a resolução 2333

de problemas comuns para diversos municípios que, individualmente, ficam 2334

impossibilitados devido a sua capacidade técnica, operacional, financeira e de gestão. 2335

Cabe destacar que a captação de recursos e projetos são priorizadas para aqueles 2336

municípios consorciados. 2337

O funcionamento de um consórcio concerne na inclusão de dois contratos a serem 2338

firmados, tais quais: 2339

Contrato de rateio: constitui o mecanismo utilizado para entrega de recursos pelos 2340

entes consorciados. 2341

Contrato de programa: obrigações entre um ente e os demais ou com o consórcio. 2342

Define a regulamentação mais detalhada das ações ou planos especiais. 2343

Ressalta-se que tais contratos são as únicas vias admissíveis para a transferência de 2344

recursos pelos consorciados, sendo que seu prazo de vigência não poder ser superior ao 2345

das dotações orçamentárias, exceto em casos específicos. 2346

O Governo Federal tem priorizado a aplicação de recursos por meio de consórcios 2347

públicos, visando fortalecer a gestão dos municípios para planejar, regular, fiscalizar e 2348

prestar os serviços de acordo com tecnologias adequadas a cada realidade, com um 2349

quadro permanente de técnicos capacitados, potencializando os investimentos realizados 2350

e profissionalizando a gestão. 2351

Em relação aos resíduos sólidos, a preferência por soluções consorciadas tem como 2352

objetivo superar a fragilidade, racionalizar e ampliar a escala no tratamento dos resíduos 2353

e ter um órgão preparado tecnicamente para gerir os serviços, podendo inclusive, operar 2354

unidades de processamento, garantindo sua sustentabilidade. 2355

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No Plano de Resíduos do Estado de São Paulo, como alternativa a solução para gestão 2356

compartilhada de RSU, utiliza-se a proposta do Projeto de Apoio à Gestão Municipal de 2357

Resíduos Sólidos (GIREM), elaborado nos anos de 2012 a 2014 e que possuem como 2358

objetivo “apoiar e fomentar soluções regionalizadas, bem como a integração e 2359

cooperação entre os municípios na gestão de resíduos sólidos”. 2360

Os resultados das atividades realizadas em cada oficina regional do Girem foram 2361

observados e considerados na formulação das propostas de regionalização, uma vez que 2362

refletem o posicionamento coletivo dos municípios em relação às dificuldades 2363

encontradas na gestão de resíduos sólidos, assim como as potencialidades para a busca 2364

de soluções compartilhadas prioritárias. 2365

O uso da população como critério de regionalização encontra-se diretamente associado à 2366

questão da geração de resíduos. Conforme apresentado no Panorama dos Resíduos 2367

Sólidos, no estado de São Paulo 571 municípios possuem população igual ou menor a 2368

100 mil habitantes. Dessa forma, os levantamentos populacionais e as consequentes 2369

estimativas de geração são condicionantes importantes para a formulação de propostas 2370

de arranjos territoriais, uma vez que possibilitam ganho de escala e otimização do rateio 2371

de custos de instalações físicas e serviços a serem implantados. Nesse sentido, definiu-2372

se o valor de 350 toneladas/dia como escala de partida para a viabilização de 2373

empreendimentos. 2374

A escolha da logística e malha viária como critérios se deu em função do objetivo de 2375

viabilizar o compartilhamento de unidades de tratamento, destinação e disposição final 2376

ambientalmente adequadas, dados os custos envolvidos na logística. O transporte é um 2377

elemento essencial dentro do composto logístico, pois, além de ser responsável pelo 2378

deslocamento ou movimentação física, representa a maior parte dos custos. Na área de 2379

resíduos sólidos não é diferente, pois a quilometragem percorrida pelos veículos e as 2380

condições das estradas impactam na questão do tempo despendido e no custo para a 2381

realização de determinado percurso. 2382

Assim, as discussões basearam-se nas 22 microrregiões e nas três aglomerações 2383

urbanas propostas no estudo da Emplasa (2011), ainda não legalmente instituídas. 2384

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2385 Figura 6.3 – Unidades Regionais do Estado de São Paulo 2386

2387

Ainda segundo o estudo, a proposta preliminar de regionalização referente ao município 2388

de Américo de Campos é a unidade 22 – MR de Votuporanga, cujos municípios estão 2389

contidos na Figura 6.4: 2390

2391 Figura 6.4 – Unidade Regional relativa ao Município de Américo de Campos 2392

2393

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7. OBJETIVOS E METAS 2394

7.1 ABORDAGEM GERAL SOBRE OS OBJETIVOS E METAS PARA OS SISTEMAS 2395

DE SANEAMENTO DO MUNICÍPIO 2396

Neste capítulo serão definidos os objetivos e as metas para o Município de Américo de 2397

Campos, contando com dados e informações que já foram sistematizados, 2398

essencialmente quanto ao que se pretende alcançar em cada horizonte de projeto, com 2399

relação ao nível de cobertura dos serviços de saneamento básico e sua futura 2400

universalização. 2401

Sob essa intenção, os objetivos e metas serão mais bem detalhados em nível do território 2402

do município, orientando o desenvolvimento do programa de investimentos proposto, que 2403

constituirá a base do plano municipal. 2404

7.2 CONDICIONANTES E DIRETRIZES GERAIS ADVINDAS DE DIAGNÓSTICOS 2405

LOCAIS E REGIONAIS 2406

Contando com todos os subsídios levantados – locais e regionais –, pode-se, então, 2407

chegar a conclusões e a diretrizes gerais relacionadas aos Planos Municipais Específicos 2408

dos Serviços de Saneamento Básico, que devem ser concebidos tanto sob a perspectiva 2409

local, quanto sob uma ótica regional. 2410

Sob o conceito de Planos Integrados, entende-se que devem ser consideradas: 2411

de um lado, as articulações e mútuas repercussões entre os segmentos internos ao 2412

setor saneamento, que envolvem o abastecimento de água, a coleta e o tratamento de 2413

esgotos, a coleta e a disposição adequada de resíduos sólidos e, também, os 2414

sistemas de micro e macrodrenagem; 2415

de outro, as ações conjuntas e processos de negociação para alocação das 2416

disponibilidades hídricas, com vistas a evitar conflitos com outros diferentes setores 2417

usuários das águas – no caso da UGRHI 15, com destaques para o setor agropecuário 2418

e de cultivos irrigados, a geração de hidroeletricidade, a produção industrial e a 2419

explotação de minérios. 2420

Assim, sob tais subsídios e conceitos, em relação aos sistemas de abastecimento de 2421

água dos municípios da UGRHI 15, pode-se concluir que: 2422

há um quadro regional preocupante, em decorrência da baixa disponibilidade de água 2423

superficial de boa qualidade, adequada à captação para abastecimento público, sendo 2424

a grande maioria dos municípios abastecidas por poços profundos; 2425

por consequência, ocorre elevada dependência de inúmeros municípios quanto: 2426

A qualidade da água subterrânea; 2427

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à proteção dos diversos mananciais locais (córregos, rios afluentes e mananciais 2428

subterrâneos); 2429

sob as perspectivas do desenvolvimento regional, em decorrência da continuidade 2430

do processo de expansão, as disputas e conflitos pelas disponibilidades hídricas 2431

entre os diferentes setores usuários das águas tendem a implicar maiores 2432

dificuldades quanto ao abastecimento público. 2433

No que tange aos sistemas de coleta e tratamento de esgotos, as conclusões são as 2434

seguintes: 2435

mesmo com diversos municípios da UGRHI 20 estando acima dos padrões nacionais 2436

de coleta e tratamento de esgotos, há espaço e demandas para avanços importantes, 2437

que terão rebatimentos positivos em termos da oferta de água para abastecimento, 2438

notadamente em termos da qualidade dos recursos hídricos, tanto superficiais quanto 2439

subterrâneos; 2440

as prioridades desses avanços poderão ser estabelecidas de acordo com as 2441

associações de seus resultados em termos de melhoria de qualidade da água e 2442

proteção a mananciais de sistemas de abastecimento público. 2443

Em relação aos sistemas de resíduos sólidos, não obstante os elevados percentuais de 2444

coleta, por vezes universalizados na maioria das cidades, pode-se concluir que os 2445

principais desafios referem-se: 2446

à disposição final adequada, com a implantação de aterros sanitários, com vistas a 2447

impedir a contaminação de aquíferos que sirvam como mananciais para 2448

abastecimento e, também, para reduzir os impactos negativos que são causados 2449

sobre as águas superficiais da região – rios, córregos e reservatórios; 2450

à identificação de locais adequados, inclusive para empreendimentos coletivos de 2451

aterros sanitários e/ou unidades de valorização energética que atendam a conjuntos 2452

de municípios, considerando a perspectiva regional e o rebatimento de tais 2453

empreendimentos sobre o meio ambiente e sobre os recursos hídricos. 2454

Sob tais conclusões, os PMESSBs devem considerar as seguintes diretrizes gerais: 2455

a universalização dos sistemas de abastecimento de água, não somente para atender 2456

às questões de saúde pública e direitos de cidadania, como também para que os 2457

mananciais presentes e potenciais sejam prontamente aproveitados para fins de 2458

abastecimento de água, consolidando o sistema de saneamento, prevendo projeções 2459

de demandas futuras e antecipando-se a possíveis disputas com outros setores 2460

usuários das águas; 2461

sob tal diretriz, apenas casos isolados de pequenas comunidades da área rural serão 2462

admitidos com metas ainda parciais, para chegar à futura universalização dos serviços 2463

de abastecimento de água; 2464

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mais do que isso, também cabe uma diretriz voltada ao aumento da eficiência na 2465

distribuição de água potável, o que significa redução do índice de perdas reais e 2466

aparentes, com melhor aproveitamento dos mananciais utilizados; 2467

a máxima ampliação viável dos índices de coleta de esgotos sanitários, associados a 2468

sistemas de tratamento, notadamente nos casos onde possam ser identificados 2469

rebatimentos positivos sobre a qualidade de corpos hídricos nos trechos de jusante; 2470

a implantação de todos os aterros sanitários demandados para a disposição adequada 2471

de resíduos sólidos – coletivos ou para casos isolados –, a serem construídos em 2472

locais identificados sob aspectos de facilidade logística e operacional, assim como de 2473

pontos que gerem menores repercussões negativas sobre o meio ambiente e os 2474

recursos hídricos (ou seja, verificando acessibilidade, custos de transporte, tipo do 2475

solo, relevo e proximidade com corpos hídricos); 2476

a identificação de frentes para avanços relacionados a indicadores traçados para: 2477

serviço de coleta regular; saturação do tratamento e disposição final dos resíduos 2478

sólidos domiciliares; serviço de varrição das vias urbanas; destinação final dos 2479

resíduos sólidos industriais e manejo e destinação de resíduos sólidos de serviços de 2480

saúde; 2481

a previsão de tecnologias apropriadas à realidade local e regional para os sistemas de 2482

saneamento; 2483

sob tal diretriz, dar prioridade às tecnologias ambientalmente adequadas, que 2484

incentivam a redução das emissões de gases de efeito estufa. 2485

7.3 OBJETIVOS E METAS 2486

Em consonância com as diretrizes gerais, os Planos Municipais Específicos dos Serviços 2487

de Saneamento Básico devem adotar os seguintes objetivos e metas, tal como já 2488

disposto, essencialmente, quanto ao que se pretende alcançar em cada horizonte de 2489

projeto, em relação ao nível de cobertura e/ou aos padrões de atendimento dos serviços 2490

de saneamento básico e sua futura universalização, conforme apresentado nos itens a 2491

seguir, particularmente para cada sistema/serviço de saneamento, dentro da área de 2492

projeto, conforme Figura 7.1. 2493

De acordo com o planejamento efetuado para elaboração deste Plano Municipal 2494

Específico dos Serviços de Saneamento Básico (PMESSB), foi concebida a seguinte 2495

estruturação sequencial para implantação das medidas necessárias: 2496

obras emergenciais – de 2019 até o final de 2020 (imediatas); 2497

obras de curto prazo – de 2019 até o final do ano 2022 (4 anos); 2498

obras de médio prazo – de 2019 até o final do ano 2026 (8 anos); 2499

obras de longo prazo – A partir de 2019 até o final de plano (ano 2038). 2500

2501

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2502

Figura 7.1 – Área urbana e rural do município de Américo de Campos 2503

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7.3.1 Sistemas de Abastecimento de Água e Esgotos Sanitários 2504

No Quadro 7.1 encontram-se resumidos os objetivos e metas, considerando, em 2505

essência, metas progressivas de atendimento para consecução da universalização dos 2506

serviços, abordando a população urbana. O período considerado está relacionado com 2507

um horizonte de planejamento de 20 anos, especificamente nesse caso, entre 2019 e 2508

2038. 2509

QUADRO 7.1 – OBJETIVOS E METAS RELACIONADAS AO NÍVEL DE COBERTURA, 2510 REDUÇÃO DAS PERDAS E ÍNDICES DE TRATAMENTO – MUNICÍPIO DE AMÉRICO DE 2511

CAMPOS – ÁREA URBANA9 2512

Serviços de Saneamento

ÁREA URBANA ATENDIDA PELO SISTEMA PÚBLICO

Objetivos Situação Atual

(2017) Metas Prazo

Água

Manter o índice de atendimento de água

Cobertura 100%

Cobertura 100%

Longo Prazo até 2038

Reduzir as perdas de água Índice de Perdas

47% Índice de Perdas

25% Longo Prazo até 2038

Esgotos

Manter o índice de coleta de esgotos

Cobertura 99%

Cobertura 100%

Longo Prazo até 2038

Aumentar o índice de tratamento de esgotos

Índice de Tratamento

99%

Índice de Tratamento

100% Longo Prazo até 2038

2513

Já para as áreas rurais do município, atualmente não atendidas pelo sistema público, 2514

apresentam-se no Quadro 7.2 os objetivos e metas. 2515

QUADRO 7.2 – OBJETIVOS E METAS RELACIONADAS AO NÍVEL DE COBERTURA E SUA 2516 FUTURA UNIVERSALIZAÇÃO – MUNICÍPIO DE PAULICEIA – ÁREA RURAL 2517

Serviços de Saneamento

ÁREA RURAL

Objetivos Situação Atual

(2017) Metas Prazo

Água Universalizar o

atendimento com água Cobertura ND Cobertura 100% Longo Prazo até 2038

Esgotos Universalizar a coleta e tratamento dos esgotos

Cobertura ND Cobertura 100% Longo Prazo até 2038

2518

7.3.2 Sistema de Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos 2519

No Quadro 7.3 encontram-se resumidos os objetivos e as metas para a universalização 2520

do atendimento dos serviços de coleta e limpeza urbana e a disposição adequada dos 2521

resíduos sólidos domiciliares, da construção civil e de serviços de saúde, para o horizonte 2522

de projeto de 20 anos, ou seja, de 2019 a 2038. 2523

2524

9 1 – O índice de cobertura de água refere-se ao indicador IN023 (índice de atendimento urbano de água) do SNIS (Mcidades), que

abrange a população urbana atendida em relação à população urbana total; 2 – O índice de perdas refere-se às perdas reais e aparentes na distribuição, associado ao indicador IN049 do SNIS; 3 – O índice de cobertura de coleta de esgotos refere-se ao indicador IN024 (Índice de atendimento urbano de esgotos) do SNIS, que abrange a população urbana atendida em relação à população urbana total; 4 – O índice de tratamento de esgotos refere-se ao indicador IN016 (Índice de tratamento de esgotos) do SNIS, que abrange o volume de esgotos tratados em relação ao volume de esgotos coletados na área urbana.

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QUADRO 7.3 – OBJETIVOS E METAS DO SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS 2525 RESÍDUOS SÓLIDOS 2526

Objetivos Situação Atual

(2017) Metas Prazo

Aumentar o índice de coleta de resíduos sólidos domiciliares

Cobertura

100%

Cobertura 100%

2019 a 2038

Manter o índice de coleta dos resíduos da construção civil Cobertura

100%

Cobertura

100% 2019 a 2038

Manter o índice de coleta de resíduos de serviços de saúde

Cobertura

100%

Cobertura 100%

2019 a 2038

Ampliar índice de reciclagem dos resíduos domiciliares coletados

ND 50% 2019 a 2038

Ampliar índice de reaproveitamento dos resíduos da construção civil coletados

ND 50% 2019 a 2038

Aumentar a nota da avaliação do IQR10

79 100 2019 a 2038

Disposição adequada dos resíduos da construção civil Inadequado Adequar Curto Prazo até

2023

Tratamento e disposição adequada dos resíduos de serviços de saúde

Adequado Manter

adequado 2019 a 2038

Universalização dos serviços de limpeza e varrição ND 100% 2020

2527

2528

8. FORMULAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DE PROPOSTAS 2529

ALTERNATIVAS ÁREA URBANA – PROGNÓSTICOS 2530

8.1 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 2531

8.1.1 Etapas e Demandas do Sistema 2532

Com base na evolução populacional da área urbana do município, foram projetadas as 2533

demandas futuras e as eventuais intervenções necessárias ao sistema. Os resultados 2534

obtidos estão resumidos no Quadro 8.1. 2535

É importante destacar que as projeções indicam que, até o final do plano, há uma 2536

expectativa de redução nas vazões médias distribuídas devido à gradativa redução dos 2537

índices de perdas na distribuição. Este fato evidencia a importância da elaboração e 2538

implantação de um Plano de Controle de Perdas que, além de possibilitar o 2539

aproveitamento integral do atual sistema produtor, não aumenta a pressão na demanda 2540

hídrica do manancial subterrâneo. 2541

2542

10

O IQR – Índice de Qualidade de Aterro de Resíduos – Nova Proposta – é um indicador da CETESB que avalia diversos aspectos do aterro como: estruturas de apoio, aspectos operacionais, estruturas de proteção ambiental, características da área entre outros. Essa avaliação permite que seja atribuída uma nota à unidade, classificando-a como adequada ou inadequada.

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QUADRO 8.1 – RESUMO DAS VAZÕES A SEREM DISTRIBUÍDAS - ANOS DE REFERÊNCIA 2543 DE OBRAS11 2544

Ano Referência Demanda Média

(L/s) Demanda Máx. Diária

(L/s) Demanda Máx. Horária

(L/s)

2017 Situação Atual 22,0 24,3 31,4

2019 Obras Emergenciais 21,8 24,2 31,4

2022 Obras de Curto Prazo 21,0 23,4 30,7

2026 Obras de Médio Prazo 19,8 22,3 29,7

2038 Obras de Longo Prazo 16,5 18,9 26,4

Decréscimos em relação a 2017 - % 25% 22% 16%

2545

É importante destacar que o período em que o sistema será mais solicitado será no ano 2546

de 2019, em que a vazão máxima projetada é de 24,2 L/s e o volume de reservação 2547

necessário é de 698 m³. 2548

8.1.2 Sistema Produtor 2549

Em função da previsão de demandas, expressas em termos de demandas máximas 2550

diárias, pode-se estabelecer um balanço verificativo da necessidade de ampliação ou não 2551

das unidades constituintes desse sistema, comparando com a capacidade nominal de 2552

produção de cada unidade. 2553

Esse balanço está sendo efetuado para o sistema produtor de Américo de Campos, que é 2554

composto por sete poços profundos. As capacidades nominais de cada sistema 2555

encontram-se demonstradas a seguir: 2556

QUADRO 8.2 – CAPACIDADE DE PRODUÇÃO DIÁRIA DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO 2557 DE ÁGUA 2558

Exploração (m³/hora)

Tempo de Operação

(h/dia)

Exploração Diária

(m³/dia)

Exploração Diária

(L/s)

Poço 01 79,20 20 1584 18,33

Poço 02 34,43 14 482,02 5,58

Poço 03 7,14 3 21,42 0,25

Poço 04 31,50 14 441 5,10

Poço 05 5,11 5 25,55 0,30

Poço 06 23,29 3 69,87 0,81

Poço 07 18,86 3 56,58 0,65

Total 2680,44 31,02

Como indicado no Quadro 8.2 anterior, a maior demanda máxima diária, considerando o 2559

sistema como um todo, deverá ocorrer por volta do ano 2019, quando o valor da mesma 2560

estará em torno de 24,2 L/s, devido à redução progressiva dos índices de perdas na 2561

distribuição. 2562

11

O ano de 2019 refere-se ao início de plano e ao início de eventuais obras emergenciais; as obras emergenciais deverão estar concluídas até 2020; - A partir de 2019, os anos em referência estão relacionados com as datas limites de implantação de eventuais obras no sistema de água, de acordo com as tipologias de curto, médio e longo prazo;

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Observa-se que a capacidade atual do sistema, para um período de 24 horas, é de 55 L/s 2563

e que o mesmo tem operado com uma vazão média de 31 L/s. Desta forma, é possível 2564

verificar que a configuração atual do sistema produtor tem capacidade para atender à 2565

demanda futura do município. No entanto, deve-se ressaltar que tal quadro só será 2566

verificado caso o programa de redução de perdas seja efetivamente implantado e que o 2567

índice de perdas diminuam até pelo menos 25% em 2038. 2568

Como na cidade de Américo de Campos o sistema produtor é feito apenas através de 2569

poços, o sistema de tratamento ocorre em linha, na saída dos reservatórios para a rede e 2570

é feito através da adição de cloro e flúor. Esse tratamento é satisfatório, devendo ser 2571

mantido. Caso haja variação na qualidade da água do poço, as dosagens dos produtos de 2572

desinfecção devem ser ajustadas, garantindo os padrões de potabilidade do Ministério da 2573

Saúde (Portaria nº 2.914 de 2011). No caso dos Poços P01 e P05, deve-se implementar 2574

unidades de tratamento. 2575

Deve-se atentar para o fato de que as intervenções no sistema produtor podem não estar 2576

somente relacionadas com o rearranjo operacional, mas, também, com eventuais 2577

reformas e adequações necessárias nas unidades, automações, eliminação de 2578

vazamentos, regularização de outorgas de captação de todos os poços do município, 2579

proteção do manancial, evitando contaminações (neste caso, trata-se de manancial 2580

subterrâneo), etc. 2581

Em termos de produção (com os dados disponibilizados), o sistema produtor de água 2582

encontra-se capacitado ao atendimento durante todo o horizonte de planejamento. Ainda 2583

de acordo com o diagnóstico do sistema, os poços estão em bom estado de conservação. 2584

8.1.3 Sistemas de Reservação 2585

Conforme verificado, a área urbana possui um sistema de reservação insuficiente para 2586

suprir a demanda durante todo o período de planejamento. Atualmente, o sistema conta 2587

com 6 reservatórios, totalizando um volume de 357 m³, sendo que os volumes de 2588

reservação necessários estimados para a área variam entre de 700 m³ (ano de 2017) a 2589

546 m³ (ano de 2038). Como solução, deve-se instalar mais unidades de reservação com 2590

capacidade total de 550 m³. 2591

Em relação ao estado de conservação das unidades do sistema, o reservatório central, de 2592

maior capacidade, foi construído em 1969 e nunca passou por qualquer tipo de inspeção. 2593

Na visita técnica foram observadas partes da estrutura a mostra (armaduras dos pilares 2594

de sustentação). Portanto, é aconselhável que ocorra uma vistoria para fiscalizar o 2595

reservatório e evitar que sérios problemas venham a ocorrer. 2596

Os demais reservatórios apresentam-se em bom estado de conservação. Fica sugerido 2597

que os reservatórios metálicos sejam inspecionados durante os anos para se evitar a 2598

ocorrência de ferrugens e deterioramento. 2599

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8.1.4 Sistemas de Distribuição 2600

A rede de distribuição de água de toda a área urbana apresenta, atualmente, uma 2601

extensão de cerca de 31 km. No entanto, ressalta-se que o município não apresenta um 2602

cadastro técnico atualizado das estruturas presentes no sistema de distribuição, bem 2603

como, diâmetro da tubulação e material constituído. 2604

O Índice de Perdas na Distribuição, segundo o departamento, apresenta valor em torno 2605

de 46%, que pode ser considerado elevado. Portanto, visando à redução desse índice e 2606

para que se evitem ampliações desnecessárias no Sistema Produtor, recomenda-se a 2607

implantação de um Programa de Redução de Perdas, com intervenções que abranjam a 2608

nova setorização da rede, troca de hidrômetros e ramais, etc., e a implementação de uma 2609

gestão comercial eficaz, que permita melhor eficiência no sistema de micromedição. 2610

8.1.5 Principais Intervenções em Sistemas de Abastecimento de Água 2611

De um modo geral, os procedimentos básicos podem ser sintetizados, conforme 2612

apresentado a seguir, aplicáveis indistintamente a todos os municípios, com algumas 2613

diversificações em alguns procedimentos, em função do porte do município, da vigência 2614

de certa ação, e das características gerais do sistema de abastecimento de água: 2615

AÇÕES GERAIS 2616

Elaboração de um Plano Diretor de Controle e Redução de Perdas e do Projeto 2617

Executivo do Sistema de Distribuição, com as ampliações necessárias, com 2618

enfoque na implantação da setorização e equacionamento da macro e 2619

micromedição; 2620

Elaboração e disponibilização de um cadastro técnico do sistema de 2621

abastecimento de água, em meio digital, com atualização contínua; 2622

Implantação de um sistema informatizado para controle operacional. 2623

REDUÇÃO DAS PERDAS REAIS 2624

Redução da pressão nas canalizações, com instalação de válvulas redutoras de 2625

pressão com controladores automatizados eficientes; 2626

Pesquisa de vazamentos na rede, com utilização de equipamentos de detecção 2627

de vazamentos tais como geofones mecânicos, geofones eletrônicos, 2628

correlacionador de ruídos, haste de escuta, etc.; 2629

Minimização das perdas inerentes à distribuição, nas operações de manutenção, 2630

quando é necessária a despressurização da rede e, em muitas situações, a 2631

drenagem total da mesma, através da instalação de registros de manobras em 2632

pontos estratégicos, visando a permitir o isolamento total de no máximo 3 km de 2633

rede; 2634

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Monitoramento dos reservatórios, com implantação de automatização do 2635

liga/desliga dos conjuntos elevatórios que recalcam para os mesmos, além de 2636

dispositivos que permitam a sinalização de alarme de níveis máximo e mínimo; 2637

Troca de trechos de rede e substituição de ramais com vazamentos; 2638

REDUÇÃO DE PERDAS APARENTES 2639

Planejamento e troca de hidrômetros, estabelecendo-se as faixas de idade e o 2640

cronograma de troca, com intervenção também em hidrômetros parados, 2641

embaçados, inclinados, quebrados e fraudados; 2642

Seleção das ligações que apresentam consumo médio acima do consumo mínimo 2643

taxado e das ligações de grandes consumidores, para monitoramento sistemático; 2644

Substituição, em uma fase inicial, dos hidrômetros das ligações com consumo 2645

médio mensal entre o valor mínimo (10 m³) e o consumo médio mensal do 2646

município (por ligação); 2647

Atualização do cadastro dos consumidores, para minimização das perdas 2648

financeiras provocadas por ligações clandestinas e fraudes, alteração do imóvel 2649

de residencial para comercial ou industrial e controle das ligações inativas; 2650

Estudos e instalação de macromedidores setoriais, para avaliação do consumo 2651

macromedido para confronto com o consumo micromedido, resultando um 2652

planejamento mais adequado de intervenções em setores com índices de perdas 2653

maiores. 2654

REDUÇÃO DE PERDAS RESULTANTES DE DESPERDÍCIOS 2655

Esta linha de ação visa articular a iniciativa privada, o poder público e a sociedade civil, 2656

nas suas diversas formas de organização, a aderir ao Programa e promover uma 2657

alteração no comportamento quanto à utilização da água. 2658

Esta linha de ação pode ser subdividida em 3 (três) projetos: 2659

Estabelecimento de uma política tarifária adequada; 2660

Incentivos à adoção de equipamentos de baixo consumo, através de crédito 2661

subsidiado, descontos, distribuição gratuita de kits de conservação e assistência 2662

técnica; e 2663

Campanhas de informação, mobilização e educação da sociedade através de um 2664

Programa de Uso Racional da Água. 2665

Além dessas atividades supracitadas, são necessárias melhorias no gerenciamento, com 2666

incremento da capacidade de acompanhamento e controle, atrelado a um treinamento 2667

eficiente de operadores e técnicos responsáveis pela operação e manutenção dos 2668

sistemas. 2669

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8.1.6 Resumo das Intervenções no Sistema de Abastecimento de Água 2670

Conforme dados apresentados anteriormente, podem-se resumir as intervenções 2671

necessárias no Sistema de Abastecimento de Água de Américo de Campos, ressalvando-2672

se que se trata de intervenções mais abrangentes, identificadas com base nos dados 2673

fornecidos e coletados junto à Prefeitura e demais entidades envolvidas. Evidentemente, 2674

todas as intervenções possíveis e mais específicas somente serão conhecidas quando da 2675

elaboração de projetos executivos específicos, que possam melhor retratar todas as 2676

intervenções necessárias. 2677

As eventuais intervenções nos sistemas produtores e de reservação são mais fáceis de 2678

serem equacionadas, porque permitem a identificação das capacidades nominais desses 2679

sistemas e a proposição de eventuais ampliações. 2680

No entanto, em relação ao sistema de distribuição, as intervenções são mais difíceis de 2681

serem avaliadas, porque elas dependem de estudos de distribuição populacional, do 2682

conhecimento das vazões distribuídas, do conhecimento das capacidades das unidades 2683

existentes, identificadas em cadastros nem sempre disponíveis, e de outros fatores 2684

relacionados com a setorização piezométrica, também às vezes inexistentes na maioria 2685

dos sistemas de abastecimento de água. 2686

Então, considerando a não existência, no caso de Américo de Campos, de projetos do 2687

sistema de distribuição, foram efetuadas as seguintes hipóteses para ampliação desse 2688

sistema: 2689

Considerou-se que será implementado um Programa de Redução de Perdas, 2690

associado a um projeto executivo do sistema de distribuição, onde se prevê um estudo 2691

e possível rearranjo da setorização da rede, além de eventuais ampliações 2692

necessárias em unidades do sistema; 2693

A ampliação gradativa da rede de distribuição (principal e secundária) foi também 2694

prevista, em função do crescimento vegetativo das populações, uma vez que a área 2695

urbana já se encontra integralmente atendida. 2696

Dentro do estudo de setorização deverá ser avaliado o problema da queda de pressão na 2697

distribuição durante o horário de pico, a fim de determinar com precisão o volume e 2698

localização dos eventuais reservatórios elevados, ou demais alternativas, para resolução 2699

do problema. 2700

Como essas hipóteses implicam intervenções no sistema em determinados prazos, 2701

admitiu-se um custo associado às mesmas, conforme melhor pormenorizado no Capítulo 2702

5 adiante (Metodologia para Estimativa dos Investimentos Necessários e Avaliação das 2703

Despesas de Exploração). O Quadro 8.3 apresenta a relação das intervenções principais 2704

a serem realizadas no sistema de abastecimento de água, abrangendo todas as áreas 2705

atendidas pelo sistema público. 2706

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QUADRO 8.3 – RELAÇÃO DAS INTERVENÇÕES PRINCIPAIS NO SISTEMA DE 2707 ABASTECIMENTO DE ÁGUA12 2708

Locais Sistema Unidade Prazo Obras Principais Planejadas

AM

ÉR

ICO

DE

CA

MP

OS

DISTRIBUIÇÃO REDE DE

DISTRIBUIÇÃO

Médio Prazo - entre 2019 a

2026

OSE: Substituição das tubulações antigas, cerca de 9,3 km de rede (cerca de 30% da extensão total da rede), por tubulações de PVC.

Curto Prazo - entre 2019 a

2022

MNE: Implantação de um Programa de Redução de Perdas, que implique, de um modo geral, a setorização da rede, substituição de hidrômetros, pesquisa de vazamentos, implantação de VRPs, melhorias na gestão comercial, etc.

Longo Prazo - entre 2027 a

2038

OSE: Implantação de aproximadamente 700 m de redes de distribuição (linhas principais e secundárias) e 57 novas ligações, de acordo com o crescimento vegetativo das populações.

PRODUTOR, RESERVAÇÃO

E DISTRIBUIÇÃO

POÇOS, RESERVATÓRIOS

E REDE DE DISTRIBUIÇÃO

Curto Prazo - entre 2019 a

2022 MNE: Cadastro Técnico das estruturas

RESERVAÇÃO RESERVATÓRIOS Curto Prazo - entre 2019 a

2022

OSE: Construção de reservatórios, totalizando uma capacidade 550 m³ a mais da capacidade atual.

TRATAMENTO DE ÁGUA

TRATAMENTO DE ÁGUA

Curto Prazo - entre 2019 a

2022

OSE: Construção de unidades de tratamento de água nos poços P01 e P05.

2709

8.2 SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS 2710

8.2.1 Etapas e Contribuições dos Sistemas 2711

No caso deste sistema, as soluções de ampliação foram definidas com base na evolução 2712

populacional e estrutura principal do sistema existente. 2713

De acordo com informações disponibilizadas pela prefeitura, a estação de tratamento de 2714

esgoto do município teria capacidade aproximada de 11 L/s (vazão máxima diária), 2715

fazendo com que a estação não tenha capacidade para atender a vazão máxima diária ao 2716

12

Os prazos de implantação supralistados são consequência da avaliação técnica efetuada nesse Plano Municipal Específico em elaboração pelo consórcio ENGECORPS/Maubertec; a fixação de datas está em consonância com as recomendações do Edital da SSRH, onde se estabelecem datas para obras emergenciais (2anos), de curto prazo(4 anos), de médio prazo(8 anos) e de longo prazo(de 8 anos até o final do plano), em função da necessidade de previsão de investimentos no sistema, balanço de receitas e despesas e consequente estudo de sustentabilidade econômico-financeira; - As intervenções supracitadas possuem a tipologia de obras localizadas e estruturais, e não estruturais; - OSL: Obras e Serviços Localizados; OSE: Obras e Serviços Estruturais; MNE: Medidas Não Estruturais.

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final de plano da sede municipal, estimada em 18 L/s. O sistema de tratamento é do tipo 2717

australiano, composto por uma lagoa anaeróbia seguida de uma lagoa facultativa. 2718

De forma geral, as principais intervenções planejadas dizem respeito, basicamente, à 2719

implantação de redes coletoras e ligações, associada à universalização do serviço e 2720

crescimento vegetativo. 2721

No caso do presente estudo e de acordo com o novo estudo populacional efetuado para 2722

um horizonte de projeto até o ano 2038, as contribuições estimadas para todo o período 2723

de planejamento e as contribuições referidas especificamente às datas adotadas para 2724

implantação/ampliação das obras do sistema são apresentadas no Quadro 8.4. 2725

QUADRO 8.4 – RESUMO DAS CONTRIBUIÇÕES DE ESGOTOS PARA A ÁREA URBANA DE 2726 PROJETO - SEDE - ANOS DE REFERÊNCIA DE OBRAS13 2727

Ano Referência

Contribuição Média

(l/s)

Contribuição Máx. Diária

(l/s)

Contribuição Máx. Horária

(l/s)

Carga Média Diária

(KgDBO5/dia)

2017 Situação Atual 15,2 17,0 22,5 266

2019 Obras Emergenciais 15,8 17,7 23,4 278

2022 Obras de Curto Prazo 16,0 17,9 23,7 283

2026 Obras de Médio Prazo 16,1 18,1 24,0 287

2038 Obras de Longo Prazo 16,2 18,1 24,1 288

Acréscimos em relação a 2017 - % 6% 7% 7% 8%

2728

8.2.2 Sistemas de Coleta e Encaminhamento 2729

O sistema de esgotamento e encaminhamento do município de Américo de Campos não 2730

atende integralmente a área urbana do município de modo que há proposta para 2731

implantação de novas redes em curto prazo. A necessidade de novas redes, além de 2732

acompanhar o crescimento vegetativo do município, irá atingir a universalização do 2733

serviço, de modo que se estima a implantação de 1 km de rede de coleta até o final do 2734

horizonte de planejamento. 2735

Além da cobertura, é importante considerar a capacidade das estruturas nas unidades 2736

existentes. Para isso, a realização do cadastro do sistema de coleta torna-se fundamental 2737

a fim de analisar com melhor precisão a capacidade da rede de coleta ao longo do 2738

horizonte de planejamento. Embora não sejam conhecidas as novas vazões a serem 2739

veiculadas por unidade, acredita-se que o atual sistema de coleta não seja capaz de 2740

suportar as vazões máximas horárias projetadas entre o início e o final de plano. 2741

Os custos associados na elaboração deste cadastro serão incluídos nos custos de 2742

implantação da rede, uma vez que estão interligados. 2743

13

O ano de 2015 refere-se ao início de plano e ao início de eventuais obras emergenciais; as obras emergenciais deverão estar concluídas até 2016; - A partir de 2015, os anos indicados referem-se às datas limites de implantação de eventuais obras no sistema de esgotos, de acordo com as tipologias de curto, médio e longo prazo; - A maior contribuição máxima horária está prevista para o ano 2034; essa contribuição deverá estar em torno de 78,7 L/s, conforme indicado no Quadro 3.6 anterior.

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Evidentemente, para todas as tubulações em que se verificarem problemas de 2744

entupimentos e extravasamentos, devem-se avaliar as causas e soluções possíveis, 2745

desde as limpezas até a substituição dos trechos com problemas. 2746

Propôs-se a substituição de 30% da rede atual. Além disso, neste item são indicadas 2747

como intervenções, as obras relacionadas com a implantação de rede coletoras e novas 2748

ligações, decorrentes do crescimento vegetativo e universalização do serviço. 2749

8.2.3 Sistemas de Elevação e Recalque de Esgotos Sanitários 2750

Existem três (03) estações elevatórias de esgoto, sendo uma delas o destino de todo o 2751

esgoto produzido. Esta última elevatória envia todo o produto coletado para a Estação de 2752

Tratamento. 2753

A falta de informações das vazões de operação das bombas impossibilita a análise das 2754

velocidades de operação das estações elevatórias. Desta forma, reforça-se a 2755

necessidade do cadastro técnico do sistema de esgotamento, incluindo as estações 2756

elevatórias, com objetivo de verificar se as vazões e bombeamento e o diâmetro das 2757

linhas de recalque necessitam de intervenções, segundo as recomendações contidas em 2758

bibliografia especializada e na norma brasileira. 2759

Os principais limites de velocidade estabelecidos para tubulações estão representados a 2760

seguir: 2761

QUADRO 8.5 – LIMITES DE VELOCIDADES ESTABELECIDOS PARA TUBULAÇÕES 2762 SEGUNDO FONTES DIFERENCIADAS14 (m/s) 2763

Diâmetro

(mm)

CRITÉRIOS

1 2

75 0,50 0,71

100 0,60 0,75

150 0,80 0,83

200 0,90 0,90

250 1,10 0,98

300 1,20 1,05

400 1,40 1,20

500 1,60 1,35

2764

8.2.4 Sistemas de Tratamento 2765

A área urbana da Sede conta com uma estação de tratamento de esgotos, com 2766

capacidade nominal de 11 L/s (vazão máxima diária) e composta de lagoas (1 anaeróbia 2767

+ 1 facultativa + 1 maturação) e não possui tratamento preliminar. 2768

14

Critério 1 - para pré-dimensionamento- Manual de Hidráulica - Azevedo Netto e G.A.Alvarez - 8ª edição - 998; - Critério 2 - com utilização da equação empírica - vmáx.=0,60+1,50D, onde v(m/s) e D(m) - Hidráulica Básica - R.M.Porto - São Carlos - EESC/USP-1998.

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Conforme já verificado, e tendo em vista que o valor máximo da contribuição média diária 2769

estimada foi de 16,2 L/s, no final do plano, a ETE não tem capacidade suficiente para 2770

atender a demanda. 2771

Dessa forma será considerada a implantação de uma nova ETE e a desativação da ETE 2772

antiga, pois como a lagoa anaeróbia e a facultativa estão em estado de conservação 2773

precário, para a realização da adequação o gasto seria semelhante. 2774

Em relação ao tratamento do lodo, com gerenciamento e operação correta das lagoas, o 2775

material deve permanecer nas unidades por um período de cerca de 10 anos, a partir do 2776

qual se torna estável sem necessidade de implantação de tratamento específico. 2777

Ressalta-se ainda a necessidade de treinamento de operadores e técnicos responsáveis 2778

pela operação e manutenção dos sistemas, principalmente, o de tratamento, a fim de que 2779

o mesmo opere em perfeitas condições, minimizando eventuais problemas que acarretem 2780

má operação do sistema, com perda de eficiência no tratamento. 2781

Outro fator a ser observado refere-se à emissão de gases de efeito estufa no sistema de 2782

tratamento de esgotos, tendo em vista a Lei nº 13.798/2009, na qual o Estado de São 2783

Paulo, em 2020, deve apresentar uma redução das emissões totais em 20%, em relação 2784

aos números identificados em 2005. Em geral, em sistemas de tratamento de esgotos, o 2785

principal método para eliminar esses gases gerados é através de queimadores de gases, 2786

por exemplo, o tipo “FLARE”, nos quais há a neutralização dos efluentes gasosos a partir 2787

da queima dos mesmos. Esse método é bastante utilizado em reatores anaeróbios 2788

(UASB), em função da facilidade de captação e condução dos efluentes até a unidade de 2789

queima. 2790

Recentemente, a SABESP implantou um método inovador de neutralização dos gases 2791

gerados no tratamento de esgotos, ainda em fase de teste, em uma ETE em São Miguel 2792

Paulista. O método em teste é composto de uma mistura vegetal, restos de casca de 2793

coco, colocada dentro de um contêiner e molhada, gerando bactérias que funcionam 2794

como filtros biológicos. Dessa forma, os efluentes gasosos são sugados por dutos para 2795

dentro do contêiner, onde é filtrado, saindo limpo para o ambiente. Novamente, este 2796

método é mais facilmente aplicado em sistemas de tratamento com unidades fechadas, 2797

nos quais a captação e condução dos gases são facilitadas. 2798

No caso de Américo de Campos e demais municípios de pequeno e médio porte, cujo 2799

tratamento é por lagoas, devem ser realizados estudos detalhados e específicos a fim de 2800

avaliar a viabilidade de aplicação de métodos de captação e tratamento dos gases, uma 2801

vez que o volume de efluentes gasosos gerados é significativamente menor, o que pode 2802

descaracterizar a necessidade de implantação de tratamento de gases de efeitos estufa. 2803

2804

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8.2.5 Resumo das Intervenções Principais nos Sistemas de Esgotos Sanitários 2805

Com base nos dados apresentados anteriormente, podem-se resumir as intervenções 2806

necessárias no Sistema de Esgotos Sanitários de Américo de Campos, conforme 2807

apresentado no Quadro 8.6 ressalvando-se que se trata de intervenções principais, 2808

identificadas com base nos dados fornecidos e coletados junto à Prefeitura Municipal e 2809

demais entidades envolvidas. Evidentemente, todas as intervenções possíveis somente 2810

serão conhecidas quando da elaboração de projetos executivos específicos, que possam 2811

melhor retratar todas as intervenções necessárias no sistema. 2812

QUADRO 8.6 – RELAÇÃO DAS INTERVENÇÕES PRINCIPAIS NOS SISTEMAS DE ESGOTOS 2813 SANITÁRIOS15 2814

Locais Sistema Unidade Prazo Obras Principais Planejadas

AM

ÉR

ICO

DE

CA

MP

OS

EN

CA

MIN

HA

ME

NT

O

REDE COLETORA

Longo Prazo - entre 2027 a

2038

OSE: Implantação de aproximadamente 1 km de novas redes e 77 ligações para universalização do serviço e atendimento ao crescimento vegetativo das populações.

REDE COLETORA

Curto Prazo - entre 2019 a

2022

OSE: Substituição de cerca de 30% da rede coletora existente

REDE COLETORA E EMISSÁRIOS

Emergencial - entre 2019 e

2020

MNE: Cadastro Técnico das estruturas do sistema de distribuição

LINHA DE RECALQUE

Emergencial – entre 2019 e

2020

OSE: Substituição da linha de recalque de diâmetro de 2.000 mm por uma nova de diâmetro de 150 e 200 mm.

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTO

Emergencial – entre 2019 e

2020

OSE: Implantação de 3 Geradores de Emergência nas EEEs.

TRATAMENTO ESTAÇÃO DE TRATAMENTO

Médio Prazo - entre 2019 a

2026

OSL: Implantação de uma nova ETE, do tipo lagoa, sistema australiano, com capacidade mínima de 24 L/s.

MNE: Cadastro Técnico das estruturas do sistema de tratamento

2815

8.3 SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS 2816

A Política Nacional dos Resíduos Sólidos, instituída pela Lei Federal 12.305 de 02/08/10, 2817

prevê, entre outros, que apenas os rejeitos devem ser dispostos em aterros e, sendo 2818

assim, o reaproveitamento dos resíduos passou a ser compromisso obrigatório das 2819

municipalidades. 2820

Esse aspecto foi focado apenas para os resíduos domiciliares e da construção civil e 2821

demolição, tendo em vista que, pelos riscos à saúde devido às patogenicidades, os 2822

resíduos de serviços de saúde não são reaproveitáveis. 2823

15

Os prazos de implantação supralistados são consequência da avaliação técnica efetuada nesse Plano Municipal Específico em elaboração pelo consórcio ENGECORPS/Maubertec; a fixação de datas está em consonância com as recomendações do Edital da SSRH, onde se estabelecem datas para obras emergenciais (2anos), de curto prazo(4 anos), de médio prazo(8 anos) e de longo prazo(de 8 anos até o final do plano), em função da necessidade de previsão de investimentos no sistema, balanço de receitas e despesas e consequente estudo de sustentabilidade econômico-financeira; - As intervenções supracitadas possuem a tipologia de obras localizadas e estruturais, e não estruturais; - OSL: Obras e Serviços Localizados; OSE: Obras e Serviços Estruturais; MNE: Medidas Não Estruturais.

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Uma vez que a PNRS discorre sobre todos os resíduos gerados no município, para a 2824

elaboração deste Produto, a formulação de alternativas e as soluções apresentadas nos 2825

itens subsequentes referem-se tanto aos resíduos gerados na área urbana quanto na 2826

área rural. 2827

Neste relatório estão apresentadas propostas para equacionamento da disposição final 2828

dos resíduos sólidos gerados no município tendo como referência soluções que sejam de 2829

domínio municipal propiciando, dessa forma, a estimativa dos custos dessas intervenções 2830

sem o ganho de escala que pode ser obtido através de soluções regionais empregando o 2831

recurso do consórcio de municípios. 2832

8.3.1 Limpeza Pública 2833

No âmbito dos serviços de limpeza pública recomenda-se que o município realize as 2834

seguintes atividades: 2835

Varrição manual – requer adequação da frequência do serviço em função das 2836

necessidades do local e a instalação de cestos em locais estratégicos para 2837

minimização dos resíduos, além da redução de riscos aos funcionários por meio de 2838

varrição mecanizada noturna em vias expressas e o atendimento de baixa frequência 2839

através de mutirões; 2840

Manutenção de vias e logradouros – através de fiscalizações para programação do 2841

serviço, manutenção de áreas verdes, prestação do serviço por meio de mutirões e 2842

mobilização de triturador para facilitar o transporte e o reaproveitamento dos resíduos 2843

de poda; 2844

O detalhamento dos custos e a logística desses serviços demandam a elaboração de 2845

estudos mais detalhados como, por exemplo, o Plano de Gerenciamento Integrado de 2846

Resíduos Sólidos - PGIRS. 2847

8.3.2 Resíduos Sólidos Domiciliares (RSD) 2848

Seguindo os preceitos da PNRS, há três destinos possíveis para os resíduos sólidos 2849

domiciliares: 2850

Central de Triagem e, posteriormente, reciclagem para os resíduos secos passíveis de 2851

reciclagem; 2852

Usina de Compostagem para os resíduos úmidos, compostos de matéria orgânica; e. 2853

Aterro Sanitário para os rejeitos. 2854

O reaproveitamento dos resíduos será implantado de maneira progressiva, conforme 2855

apresentado a seguir: 2856

Ano 1 ao 4: faixa de 3 a 15%, com média anual de 4% de reaproveitamento; 2857

Ano 5 ao 9: faixa de 15 a 30%, com média anual de 3% de reaproveitamento; 2858

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Ano 10 ao 14: faixa de 30 a 40%, com média anual de 2% de reaproveitamento; 2859

Ano 15 ao 19: faixa de 40 a 50%, com média anual de 2% de reaproveitamento; e 2860

Ano 20 em diante: 50% de reaproveitamento. 2861

Lembrando que dentre essa quantidade de resíduos reaproveitados, 50% corresponde 2862

tanto ao lixo seco (reciclável) quanto para o lixo úmido (destinados à compostagem) e que 2863

os 50% restantes seriam referentes aos rejeitos. Ressalta-se que para o atendimento das 2864

metas de reaproveitamento propostas pelo Plano o município deverá ampliar e consolidar 2865

um Programa de Coleta Seletiva no município. 2866

8.3.2.1 Central de Triagem 2867

Não existe no município um programa social de coleta seletiva. Considerando a central de 2868

triagem existente seja insuficiente para atender à demanda, será proposta ao município a 2869

implantação de uma unidade. Assim, a projeção dos recicláveis ao longo do horizonte de 2870

projeto está apresentada no Quadro 8.7. 2871

QUADRO 8.7 – PROJEÇÃO DE GERAÇÃO DE RECICLÁVEIS 2872

Ano População (hab.) Projeção de Recicláveis

de RSD (t/ano)

Projeção de Recicláveis

de RSD (t/dia)

2019 5.909 29 0,08

2020 5.929 34 0,09

2021 5.939 39 0,11

2022 5.950 44 0,12

2023 5.961 49 0,13

2024 5.972 54 0,15

2025 5.982 59 0,16

2026 5.982 64 0,18

2027 5.982 69 0,19

2028 5.982 74 0,20

2029 5.982 79 0,22

2030 5.982 84 0,23

2031 5.973 89 0,24

2032 5.963 93 0,26

2033 5.954 98 0,27

2034 5.944 103 0,28

2035 5.936 108 0,29

2036 5.916 112 0,31

2037 5.897 117 0,32

2038 5.878 121 0,33

TOTAL 1.518

2873

Portanto, a central de triagem proposta deverá comportar no mínimo o recebimento diário 2874

de 0,3 toneladas de material reciclável. 2875

2876

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Área requerida 2877

Para o cálculo da área necessária para implantação da central de triagem, foi elaborada 2878

uma curva com dados de área e capacidade de unidades de diferentes dimensões. Essa 2879

curva está apresentada no Gráfico 8.1. 2880

2881

Figura 8.1 – Variação da área do terreno da CT em função da capacidade 2882 2883

8.3.2.2 Usina de Compostagem 2884

O município não possui usina de compostagem. Desse modo, para o reaproveitamento da 2885

parte úmida dos resíduos, será necessária a implantação de uma usina no município. 2886

Conforme citado no item anterior, a parcela úmida corresponde a 50% do total dos 2887

resíduos reaproveitáveis. O Quadro 8.8 apresenta a projeção dos materiais 2888

compostáveis. 2889

2890

y = 1,8031x2,4842

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

0 1 2 3

Cap

acid

ade

Máx

ima

(10

00

t/an

o)

Área (1000m²)

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QUADRO 8.8 – PROJEÇÃO DE GERAÇÃO DE COMPOSTÁVEIS 2891

Ano População (hab.) Projeção de Compostáveis

de RSD (t/ano)

Projeção de Compostáveis

de RSD (t/dia)

2.019 5.909 28 0,08

2.020 5.929 57 0,16

2.021 5.939 86 0,24

2.022 5.950 143 0,39

2.023 5.961 191 0,52

2.024 5.972 211 0,58

2.025 5.982 230 0,63

2.026 5.982 250 0,68

2.027 5.982 269 0,74

2.028 5.982 288 0,79

2.029 5.982 307 0,84

2.030 5.982 326 0,89

2.031 5.973 345 0,95

2.032 5.963 364 1,00

2.033 5.954 382 1,05

2.034 5.944 401 1,10

2.035 5.936 419 1,15

2.036 5.916 437 1,20

2.037 5.897 454 1,24

2.038 5.878 472 1,29

TOTAL 5.661

2892

Assim, a usina de compostagem deverá ter capacidade para receber no mínimo 1,3 2893

toneladas diárias de matéria orgânica. 2894

Área requerida 2895

Para o cálculo da área necessária para implantação da usina de compostagem, foi 2896

elaborada uma curva com dados de área e capacidade de unidades de diferentes 2897

dimensões. Essa curva está apresentada no Gráfico 8.1. 2898

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ENGECORPS

2899

Gráfico 8.1 – Variação da área do terreno da UC em função da capacidade 2900

2901

8.3.2.3 Aterro Sanitário 2902

Conforme já apresentado, o município de Américo de Campos dispõe seus resíduos 2903

domiciliares em aterro em valas localizado no próprio município, com avaliação do IQR de 2904

sendo classificado como aterro adequado. 2905

Uma vez que o aterro tem vida útil é somente até o ano de 2019, segundo a prefeitura, o 2906

município tem a necessidade de buscar uma nova unidade de disposição dos resíduos 2907

domiciliares. O Quadro 8.9 apresenta a evolução da geração de rejeitos, durante o 2908

horizonte de projeto. 2909

QUADRO 8.9 – PROJEÇÃO DE GERAÇÃO DE REJEITOS DE RSD 2910

Ano População (hab.) Projeção de Rejeitos de RSD

(t/ano)

Projeção de Rejeitos de RSD

(t/dia)

2.019 5.909 1.265 3,47

2.020 5.929 1.236 3,39

2.021 5.939 1.207 3,31

2.022 5.950 1.176 3,22

2.023 5.961 1.116 3,06

2.024 5.972 1.065 2,92

2.025 5.982 1.043 2,86

2.026 5.982 1.021 2,80

2.027 5.982 996 2,73

2.028 5.982 972 2,66

y = 0,4334x1,989

0

5

10

15

20

25

0 1 2 3 4 5 6 7 8

Cap

acid

ade

Máx

ima

(10

00

t/an

o)

Área (1000m²)

Área de Terreno para UC x Capacidade Máxima

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ENGECORPS

Ano População (hab.) Projeção de Rejeitos de RSD

(t/ano)

Projeção de Rejeitos de RSD

(t/dia)

2.029 5.982 948 2,60

2.030 5.982 924 2,53

2.031 5.973 900 2,47

2.032 5.963 874 2,40

2.033 5.954 849 2,33

2.034 5.944 824 2,26

2.035 5.936 798 2,19

2.036 5.916 773 2,12

2.037 5.897 747 2,05

2.038 5.878 721 1,97

TOTAL 18.885

2911

Cabe salientar que essa quantidade é uma estimativa e depende do atendimento às 2912

metas de reaproveitamento estabelecidas anteriormente. Ressalta-se, também, que o 2913

município poderá escolher por outra forma de destinação final dos resíduos domiciliares, 2914

tais como a formação de um consórcio, ou transportar os seus resíduos domiciliares até 2915

um aterro particular. 2916

Para efeito deste Plano o aterro sanitário deverá ter capacidade mínima para receber 2917

17.649 toneladas de rejeitos, gerados durante todo o período entre 2020 e 2038. 2918

Lei Estadual 13.798/2009 2919

Nos aterros sanitários ocorre a decomposição anaeróbia da matéria orgânica presente 2920

nos resíduos, com a consequente produção do biogás. De maneira geral, o biogás é 2921

composto em maior fração pelos gases metano e dióxido de carbono (gases causadores 2922

de efeito estufa), bem como por traços de outros gases, tais como hidrogênio, gás 2923

sulfídrico, oxigênio, amoníaco e nitrogênio. A composição de cada um dos gases, 2924

entretanto, pode variar de acordo com o material orgânico utilizado e o tipo de tratamento 2925

anaeróbio. 2926

O biogás produzido nos aterros sanitários contribui de maneira significativa para o 2927

aumento da concentração de metano na atmosfera. Segundo a CETESB, 50% a 70% do 2928

volume do biogás produzido é composto por esse gás. Diante desse cenário, o Estado de 2929

São Paulo enfatiza por meio da Lei nº 13.798/2009, a necessidade de se tomar ações no 2930

sentido de mitigar as emissões de metano decorrentes do gerenciamento de resíduos. Ao 2931

instituir a Política Estadual de Mudanças Climáticas (PEMC), a lei define como meta 2932

apresentar, em 2020, uma redução das emissões totais de gases de efeito estufa em 20% 2933

em relação aos totais observados em 2005. 2934

Dessa forma, algumas técnicas podem ser adotadas com o objetivo de mitigar as 2935

emissões de metano geradas por aterros sanitários. As principais alternativas utilizadas 2936

atualmente em escala comercial são: captura dos gases com queima em flares e captura 2937

dos gases para geração de energia. No primeiro caso, os gases gerados no aterro são 2938

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captados em tubulações e queimados na saída dos drenos, transformando-se em dióxido 2939

de carbono, o qual possui potencial de geração de efeito estufa significativamente menor. 2940

No segundo caso, os gases captados são encaminhados para uma usina de geração, 2941

onde alimentam motogeradores para a produção de eletricidade. Embora a opção de 2942

captura de gases para geração de energia seja mais vantajosa ambientalmente do que a 2943

simples queima em flares, em termos econômicos essa técnica não é considerada uma 2944

iniciativa muito interessante. 2945

Outra opção que tem sido testada em escala laboratorial é o tratamento do biogás através 2946

de um sistema de biofiltros, o qual é composto por bactérias capazes de oxidar e 2947

consumir o gás metano, produzindo dióxido de carbono e água. Essa técnica tem como 2948

objetivo criar condições de desenvolvimento das bactérias consumidoras de metano na 2949

parte superior do sistema de cobertura do aterro, o que propicia a minimização das 2950

emissões de gases devido ao escape sem controle pelo sistema de cobertura. Essa 2951

opção, apesar de ainda não ser utilizada em escala comercial, apresenta a vantagem de 2952

permitir a geração de créditos de carbono, tendo em vista que reduz as emissões de 2953

gases de efeito estufa. 2954

Área requerida 2955

Para o cálculo da área necessária para disposição dos resíduos sólidos urbanos, foi 2956

elaborada uma curva com dados de área e faixas populacionais. Essa curva está 2957

apresentada no Gráfico 8.2. Na área necessária para um ATS foram consideradas as 2958

instalações de apoio, a configuração do maciço para o aterro e a ETE de tratamentos dos 2959

resíduos lixiviados o aterro. 2960

2961 Gráfico 8.2 – Variação da área do terreno do ATS em função da população 2962

2963

y = 0,0429x + 3,5714

0

2

4

6

8

10

12

0 20 40 60 80 100 120 140 160

Áre

a (h

a)

Pop Atendida (1000 hab)

Área de Terreno para ATS x População Atendida

-137-

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8.3.3 Resíduos da Construção Civil e Demolição (RCC) 2964

Para os resíduos da construção civil e demolição, há dois destinos possíveis: 2965

Central de Britagem, e 2966

Aterro de Resíduos de Construção Civil. 2967

Assim como nos resíduos domiciliares, o reaproveitamento dos resíduos da construção 2968

civil e demolição ocorrerão gradualmente, conforme a progressão: 2969

Ano 1 ao 4: faixa de 0 a 15%; 2970

Ano 5 ao 9: faixa de 20 a 28%; 2971

Ano 10 ao 14: faixa de 30 a 38%; 2972

Ano 15 ao 19: faixa de 40 a 48%; e 2973

Ano 20 em diante: 50% de reaproveitamento. 2974

8.3.3.1 Central de Britagem 2975

O município de Américo de Campos não faz o reaproveitamento dos resíduos da 2976

construção civil, sendo os mesmos dispostos irregularmente em uma área localizada na 2977

área urbana do município. 2978

Porém, não há informações sobre uma central de britagem e, sendo assim, deverá ser 2979

implantada no município uma unidade. 2980

O Quadro 8.10 apresenta a projeção dos resíduos reaproveitáveis da construção civil. 2981

QUADRO 8.10 – PROJEÇÃO DE GERAÇÃO DE REAPROVEITÁVEIS 2982

Ano População (hab.) Projeção de Reaproveitáveis de

RCC (t/ano) Projeção de Reaproveitáveis

de RCC (t/dia)

2.019 5.909 90 0,2

2.020 5.929 181 0,5

2.021 5.939 273 0,7

2.022 5.950 455 1,2

2.023 5.961 608 1,7

2.024 5.972 670 1,8

2.025 5.982 732 2,0

2.026 5.982 793 2,2

2.027 5.982 854 2,3

2.028 5.982 915 2,5

2.029 5.982 976 2,7

2.030 5.982 1.037 2,8

2.031 5.973 1.097 3,0

2.032 5.963 1.156 3,2

2.033 5.954 1.215 3,3

2.034 5.944 1.273 3,5

2.035 5.936 1.332 3,6

-138-

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ENGECORPS

Ano População (hab.) Projeção de Reaproveitáveis de

RCC (t/ano) Projeção de Reaproveitáveis

de RCC (t/dia)

2.036 5.916 1.388 3,8

2.037 5.897 1.444 4,0

2.038 5.878 1.499 4,1

TOTAL 17.989 Toneladas

2983

Assim, a central de britagem deverá ter capacidade para receber no mínimo 4,1 toneladas 2984

diárias de resíduos da construção civil. 2985

Área requerida 2986

A área necessária para implantação da central de britagem foi calculada pela curva 2987

elaborada a partir de dados de capacidade e área de implantação de centrais de britagem 2988

de diferentes portes. A área mínima considerada é de 868 m². O Gráfico 8.3 ilustra essa 2989

curva. 2990

2991

Gráfico 8.3 – Variação da área do terreno da CB em função da capacidade 2992

8.3.3.2 Aterro de Resíduos de Construção Civil 2993

O município não possui um aterro de Resíduos de Construção Civil e, dessa forma, será 2994

considerada a implantação de um aterro, devidamente licenciado, e com capacidade para 2995

receber os rejeitos gerados durante todo horizonte de projeto. 2996

A projeção da geração dos rejeitos de resíduos da construção civil e demolição estão 2997

apresentadas no Quadro 8.11. 2998

2999

y = 7E-05x1,9043

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

0 50 100 150 200 250

Áre

a (1

.00

0m

²)

Capacidade Máxima (1.000 t/ano)

-139-

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QUADRO 8.11 – PROJEÇÃO DE GERAÇÃO DE REJEITOS DE RCC 3000

Ano População (hab.) Projeção de Rejeitos de RCC

(t/ano)

Projeção de Rejeitos

de RCC (t/dia)

2.019 5.909 2.923 8,0

2.020 5.929 2.842 7,8

2.021 5.939 2.756 7,6

2.022 5.950 2.579 7,1

2.023 5.961 2.432 6,7

2.024 5.972 2.376 6,5

2.025 5.982 2.319 6,4

2.026 5.982 2.258 6,2

2.027 5.982 2.197 6,0

2.028 5.982 2.136 5,9

2.029 5.982 2.075 5,7

2.030 5.982 2.014 5,5

2.031 5.973 1.950 5,3

2.032 5.963 1.886 5,2

2.033 5.954 1.822 5,0

2.034 5.944 1.758 4,8

2.035 5.936 1.695 4,6

2.036 5.916 1.629 4,5

2.037 5.897 1.564 4,3

2.038 5.878 1.499 4,1

TOTAL 42.708 Toneladas

3001

O aterro de Resíduos de Construção Civil de Américo de Campos deverá ter a 3002

capacidade mínima de receber 42.708 toneladas de resíduos da construção civil e 3003

demolição, que corresponde ao total gerado durante todo o horizonte de projeto. 3004

No entanto, essa quantidade é apenas estimativa, dependendo do atendimento às metas 3005

de reaproveitamento estabelecidas anteriormente. 3006

Área requerida 3007

As instalações de apoio e a configuração do maciço para o aterro de Resíduos de 3008

Construção Civil são similares aos aterros sanitários, portanto, admitiu-se uma área 3009

mínima para implantação do aterro de Resíduos de Construção Civil de 4 ha, similar ao 3010

aterro sanitário. 3011

Porém, como os aterros de Resíduos de Construção Civil não necessitam de área para 3012

tratamento de gases e chorume, admitiu-se que a área necessária para implantação do 3013

aterro de Resíduos de Construção Civil para população de 150.000 habitantes é de 88% 3014

da área necessária para implantação do aterro sanitário. O Gráfico 3.5 apresenta a curva 3015

resultante. 3016

-140-

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ENGECORPS

3017 Gráfico 8.4 – Variação da área do terreno do ARCC em função da população 3018

3019

8.3.3.3 Critérios de escolha da área para localização do aterro dos Resíduos de 3020

Construção Civil gerados 3021

Recomenda-se o atendimento aos seguintes critérios de localização de aterro de 3022

Resíduos de Construção Civil, estabelecidos na NBR 15113/2004 da ABNT: 3023

8.3.3.3.1 Condições de Implantação 3024

O impacto ambiental a ser causado pela instalação do aterro deve ser o mínimo 3025

possível; 3026

A aceitação da instalação pela população deve ser a máxima possível; 3027

O empreendimento deve estar de acordo com a legislação de uso e ocupação do solo 3028

e com a legislação ambiental. 3029

8.3.3.3.2 Critérios para localização e implantação 3030

Para a avaliação da adequabilidade de um local a essas condições, os seguintes 3031

aspectos devem ser observados: 3032

Geologia e tipos de solos existentes; 3033

Hidrologia; 3034

Passivo ambiental; 3035

Vegetação; 3036

Vias de acesso; 3037

y = 0,0343x + 3,6571

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

0 20 40 60 80 100 120 140 160

Áre

a (1

.00

0m

²)

População (1.000 hab)

-141-

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Área e volume disponíveis e vida útil; 3038

Distância de núcleos populacionais. 3039

O aterro que receba Resíduos de Construção Civil deve possuir: 3040

Acessos internos e externos protegidos, executados e mantidos de maneira a permitir 3041

sua utilização sob quaisquer condições climáticas; 3042

cercamento no perímetro da área em operação, construído de forma a impedir o 3043

acesso de pessoas estranhas e animais; 3044

Portão para controle de acesso ao local; 3045

Sinalização na(s) entrada(s) e na(s) cerca(s) que identifique(m) o empreendimento; 3046

Anteparo para proteção quanto aos aspectos relativos à vizinhança, ventos 3047

dominantes e estética, como, por exemplo, cerca viva arbustiva ou arbórea no 3048

perímetro da instalação; 3049

Faixa de proteção interna ao perímetro, com largura justificada em projeto; 3050

Iluminação e energia que permitam uma ação de emergência, a qualquer tempo, e o 3051

uso imediato dos diversos equipamentos (bombas, compressores etc.); 3052

Sistema de comunicação para utilização em ações de emergência; 3053

Sistema de monitoramento das águas subterrâneas, no aquífero mais próximo à 3054

superfície, podendo esse sistema ser dispensado, a critério do órgão ambiental 3055

competente, em função da condição hidrogeológica local. Aterros de pequeno porte, 3056

com área inferior a 10.000 m² e volume de disposição inferior a 10.000 m³, podem ser 3057

dispensados do monitoramento. 3058

O aterro não deve comprometer a qualidade das águas subterrâneas, as quais, na 3059

área de influência do aterro, devem atender aos padrões de potabilidade. 3060

Devem ser previstas medidas para a proteção das águas superficiais respeitando-se 3061

as faixas de proteção de corpos de água e prevendo-se a implantação de sistemas de 3062

drenagem compatíveis com a macrodrenagem local e capazes de suportar chuva com 3063

períodos de recorrência de cinco anos, que impeçam o acesso, no aterro, de águas 3064

precipitadas no entorno, além do carreamento de material sólido para fora da área do 3065

aterro. 3066

8.3.4 Resíduos dos Serviços de Saúde (RSS) 3067

Os serviços de coleta, transporte, tratamento e disposição final resíduos de serviço de 3068

saúde (RSS) são terceirizados e, atualmente, são realizados pela empresa Constroeste 3069

Construtora e Participações Ltda. mediante Contrato nº 73/2014, que abrange os RSS 3070

dos grupos “A”, “B” e “E, bem como animais mortos de pequeno e médio porte dos grupos 3071

“A2 e A4”, segundo resoluções CONAMA Nº358/05 e ANVISA RCD 306/04. 3072

O Quadro 8.12 apresenta a projeção da geração de resíduos de serviços de saúde. 3073

-142-

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ENGECORPS

QUADRO 8.12 – PROJEÇÃO DE GERAÇÃO DE RESÍDUOS DE RSS 3074

Ano População (hab.) Projeção de Resíduos de RSS

(t/ano)

Projeção de Resíduos de

RSS (t/dia)

2.019 5.909 25,89 0,071

2.020 5.929 25,97 0,071

2.021 5.939 26,02 0,071

2.022 5.950 26,07 0,071

2.023 5.961 26,12 0,072

2.024 5.972 26,16 0,072

2.025 5.982 26,21 0,072

2.026 5.982 26,21 0,072

2.027 5.982 26,21 0,072

2.028 5.982 26,21 0,072

2.029 5.982 26,21 0,072

2.030 5.982 26,21 0,072

2.031 5.973 26,17 0,072

2.032 5.963 26,12 0,072

2.033 5.954 26,08 0,071

2.034 5.944 26,04 0,071

2.035 5.936 26,01 0,071

2.036 5.916 25,92 0,071

2.037 5.897 25,83 0,071

2.038 5.878 25,75 0,071

TOTAL 521 Toneladas

3075

Assim, a unidade de tratamento de Américo de Campos deverá tratar 71 quilogramas 3076

diários de resíduos. 3077

Uma possível unidade municipal não foi considerada, uma vez que os custos de 3078

implantação, operação e manutenção seriam muito altos para tratar pouca quantidade de 3079

resíduo. Além disso, em média, no Brasil a capacidade mínima de uma unidade de 3080

tratamento é de 3 t/dia e a máxima de 6 t/dia16, bastante superior às necessidades diárias 3081

de Américo de Campos. 3082

8.3.5 Outros resíduos 3083

Embora não faça parte do escopo deste Plano de Saneamento, apresenta-se a seguir 3084

uma abordagem geral dos resíduos especiais e industriais. Para maiores detalhes quanto 3085

à geração, destinação e gestão deste tipo de resíduos será necessária a elaboração de 3086

um Plano de Gestão Integrado de Resíduos Sólidos. 3087

8.3.5.1 Domésticos 3088

Além dos chamados resíduos sólidos domiciliares, os resíduos gerados nos domicílios e 3089

grandes geradores contêm materiais especiais, cujo reaproveitamento está vinculado a 3090

processos mais complexos e onerosos. 3091

16

Fonte: Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico de Sorocaba

-143-

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ENGECORPS

Segundo preconiza a PNRS, a gestão desse tipo de resíduos ocorre através da chamada 3092

logística reversa, que significa providenciar meios de retorno desses materiais para os 3093

próprios geradores, sejam fabricantes, distribuidores ou simplesmente vendedores. 3094

A logística reversa prevista na PNRS pode ser implementada através de Acordos 3095

Setoriais, que prevê responsabilidade compartilhada entre o poder público e fabricantes, 3096

importados, distribuidores ou comerciantes, pelo ciclo de vida do produto. 3097

Com relação às pilhas e baterias, a Resolução CONAMA nº 257/99 estabelece os limites 3098

do que pode ser descartado como lixo comum e o que deve ser recolhido separadamente 3099

e conduzido para aterros industriais de resíduos perigosos. 3100

As lâmpadas fluorescentes, por emitirem vapores de mercúrio que podem contaminar o 3101

solo e as águas subterrâneas e serem facilmente absorvidos pelos organismos vivos por 3102

meio da cadeia alimentar, também necessitam de tratamento em unidades específicas. 3103

8.3.5.2 Industriais 3104

A PNRS define, em seu artigo 13, resíduos industriais como aqueles gerados nos 3105

processos produtivos e instalações industriais. Entre os resíduos industriais, inclui-se 3106

também grande quantidade de material perigoso, que necessita de tratamento especial 3107

devido ao seu alto potencial de impacto ambiental à saúde. 3108

Já o CONAMA define, na Resolução nº 313/02, como todo resíduo que resulte de 3109

atividades industriais e que se encontre nos estados sólido, semissólido, gasoso – quando 3110

contido, e líquido – cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede 3111

pública de esgoto ou em corpos d´água, ou que exijam para isso, soluções técnicas ou 3112

economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível. Ficam incluídos nesta 3113

definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água e aqueles gerados em 3114

equipamentos e instalações de controle de poluição. 3115

No Brasil, o gerador é responsável pelo resíduo gerado, e esta responsabilidade está 3116

descrita no artigo 10 da PNRS. Preferencialmente, os resíduos industriais devem ser 3117

tratados e depositados no local onde foram gerados, bem como devem ter destinação 3118

adequada, de acordo com as normas legais e técnicas vigentes. 3119

8.3.6 Resumo das Intervenções no Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de 3120

Resíduos Sólidos 3121

O Quadro 8.13 apresenta sucintamente as principais intervenções propostas para o 3122

sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos do município. 3123

3124

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ENGECORPS

QUADRO 8.13 – RELAÇÃO DAS INTERVENÇÕES PRINCIPAIS NO SISTEMA DE LIMPEZA 3125 URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 3126

Sistemas Unidades Prazo de

Implantação Tipo de Intervenção/Obras Principais

Planejadas

Área Requerida

(m²)

REAPROVEI-TAMENTO

CENTRAL DE TRIAGEM (RSD)

Curto Prazo (2019-2022)

OSL: Implantação da Central de Triagem com capacidade mínima de 0,3 t/dia. 506

Longo Prazo (2027 2038)

OSL: Manutenção do local e dos equipamentos.

USINA DE COMPOSTAGEM

(RSD)

Curto Prazo (2019-2022)

OSL: Implantação de uma Usina de Compostagem, com capacidade mínima de receber 1,3 t/dia. 1.043

Longo Prazo (2027 2038)

OSL: Manutenção do local e dos equipamentos.

CENTRAL DE BRITAGEM (RCC)

Curto Prazo (2019-2022)

OSL: Implantação de uma Central de Britagem, com capacidade mínima de britar 4,1 t/dia. 1.313

Longo Prazo (2027 2038)

OSL: Manutenção do local e dos equipamentos.

DISPOSIÇÃO

ATERRO DE REJEITOS (RSD)

Curto Prazo (2019-2022)

OSL: Implantação de um aterro sanitário, com capacidade mínima de 18.885 toneladas. 38.236

Longo Prazo (2027 2038)

OSL: Operação e Manutenção do local e dos equipamentos.

ATERRO DE REJEITOS (RCC)

Curto Prazo (2019-2022)

OSL: Implantação de um Aterro de Inertes, com capacidade mínima de 42.708 toneladas. 33.647

Longo Prazo (2027 2038)

OSL: Manutenção do local e dos equipamentos.

COLETA, TRANSPORTE, DISPOSIÇÃO, TRATAMENTO

(RSS)

- Longo Prazo (2027 2038)

OSL: Manutenção dos serviços de coleta, tratamento e disposição final dos RSS

3127

9. METODOLOGIA PARA ESTIMATIVA DOS INVESTIMENTOS 3128

NECESSÁRIOS E AVALIAÇÃO DAS DESPESAS DE 3129

EXPLORAÇÃO 3130

9.1 SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTOS SANITÁRIOS 3131

9.1.1 Metodologia para Estimativa de Custos – Investimentos 3132

9.1.1.1 Estudo de Custo de Empreendimentos - SABESP 3133

A estimativa de custos para empreendimentos relativos aos serviços de água e esgotos 3134

nas áreas urbanas foi efetuada, preferencialmente, com base em documento fornecido 3135

pela SABESP para avaliação de custos de estudos e empreendimentos, elaborado pelo 3136

Departamento de Valoração para Empreendimentos - TEV, de maio/2017. Neste 3137

documento, encontram-se apresentados os custos para as seguintes unidades dos 3138

sistemas de água e esgotos, com base na análise de 1.000 contratos encerrados, 3139

abrangendo obras na RMSP, Litoral e Interior do Estado de São Paulo: 3140

-145-

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ENGECORPS

Sistemas de Abastecimento de Água – rede de distribuição, ligações domiciliares, 3141

adutoras, reservatórios, poço tubular profundo, estação elevatória e estação de 3142

tratamento de água; 3143

Sistema de Esgotos Sanitários – rede coletora, ligações domiciliares, coletores 3144

troncos, interceptores, estação elevatória e lagoas de tratamento. 3145

O sistema utilizou como base o Banco de Preços de Obras e Serviços de Engenharia da 3146

SABESP, obedecendo aos critérios técnicos adotados no Manual de Especificações 3147

Técnicas, Regulamentação de Preços e Critérios de Medição. No caso de obras lineares, 3148

as planilhas foram elaboradas de acordo com o tipo de material, diâmetro e escoramento 3149

utilizado. Os preços referem-se a obras com médio grau de complexidade. Nos itens 3150

referentes ao fornecimento de materiais, utilizou-se o Banco de Preços de Insumos da 3151

SABESP, aplicando-se uma taxa de BDI de 20%. 3152

Considerando a data base dos preços de maio de 2017, os preços apresentados no 3153

documento da SABESP foram majorados em cerca 2,76%, considerando o período de 3154

maio/2017 a outubro/2017, através da aplicação do INCC – Índice Nacional do Custo da 3155

Construção, durante o período junho/2017 a julho/2017 (1,23%), acrescido de uma taxa 3156

inflacionária mensal de 0,5%, durante o período de ago/2017 a out/2017 (como previsão, 3157

pela ainda indisponibilidade do índice nessa fase de elaboração do PMESSB). 3158

9.1.1.2 Utilização de Curvas de Custo – ANA –Agência Nacional de Águas 3159

Também foram utilizadas, complementarmente, curvas paramétricas para a estimativa de 3160

custo das obras, curvas essas propostas no estudo Atlas do Abastecimento de Água 3161

elaborado pela Agência Nacional de Águas - ANA. Como em todas as estimativas de 3162

custo estabelecidas em nível de macroplanejamento, existe uma faixa de variação 3163

associada às curvas paramétricas que só poderá ser determinada nas fases posteriores 3164

dos estudos de concepção e dos projetos de engenharia. 3165

Essas curvas de custo, produzidas com base em pesquisas juntos aos fornecedores de 3166

equipamentos e através da “Tabela de Custos Unitários de Serviços – Habitação, 3167

Saneamento e Infraestrutura” do SINAPI e da revista Guia da Construção – Custos, 3168

Suprimentos e Soluções Técnicas da Editora PINI. Foram Incluídas nas mesmas os 3169

impostos e BDI das empresas. 3170

Foram desconsiderados na composição dos preços os custos com elaboração dos 3171

projetos, terrenos, desapropriações, gerenciamento de obras, outorgas e os custos legais. 3172

A data base dos estudos foi o mês de julho de 2008, referente ao índice Brasil de custo de 3173

obras da tabela SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da 3174

Construção Civil). Os valores obtidos através das curvas paramétricas foram reajustados 3175

desde julho de 2008 a outubro de 2017. 3176

3177

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ENGECORPS

9.1.2 Metodologia para Estimativa dos Investimentos no Programa de Redução 3178

de Perdas 3179

A implementação de um Programa de Redução de Perdas implica uma série de 3180

procedimentos e ações necessárias ao longo de todo o período de planejamento, de 3181

forma contínua e eficaz, de tal modo que as perdas totais do sistema possam ser 3182

reduzidas de um determinado patamar para outro mais adequado. No caso específico de 3183

Américo de Campos, esses valores se situam atualmente na faixa de 46% (perdas 3184

físicas). A proposição é a de que as perdas reduzidas para alcançar, pelo menos, 25% no 3185

ano 2038. 3186

Fica muito difícil a estimativa de investimentos para esse programa, sem que se tenha um 3187

Plano Diretor de Redução de Perdas ou um Projeto de Readequação da Rede de 3188

Distribuição, onde esteja configurada nova setorização e estabelecida a proposição de 3189

todas as intervenções necessárias. 3190

Por isso, para que se pudesse compor um orçamento estimativo para as intervenções 3191

necessárias nos sistema de água e esgotos do município em nível de PMESSB, valeu-se 3192

de um programa desenvolvido para Indaiatuba, município integrante da UGRHI 5 (PCJ), 3193

onde se demonstraram passo a passo as ações necessárias e os respectivos custos 3194

realizados. O resultado final, expresso em custo por metro de rede total existente no 3195

município, indicou um valor em torno de R$ 16,00/m, com data base em dez/2012. Para 3196

Américo de Campos, em função das incertezas em relação às reais intervenções 3197

necessárias, adotou-se um custo de R$ 27,00/m, já com data base de outubro/2017. 3198

Evidentemente, esse valor é apenas estimado e baseado em dados reais praticados para 3199

um determinado município. No entanto, os custos podem ser diferenciados, em função de 3200

características próprias e específicas do sistema em estudo. Por ocasião da revisão 3201

desse PMESSB, programada para cada 4 anos, segundo a Lei nº 11.445/07, esses 3202

custos devem ser revistos e ajustados, partindo-se do princípio de que já foram realizados 3203

estudos relativos ao planejamento das várias ações necessárias para a implementação do 3204

programa, lastreado nas condições locais. 3205

Deve-se ressaltar que os custos para implementação de um Programa de Redução de 3206

Perdas foram incorporados aos custos de implantação da rede principal, secundária e das 3207

novas ligações, com distribuição ano a ano durante todo o período de planejamento. Isto 3208

porque as ações resultantes desse programa implicam intervenções basicamente 3209

relacionadas com o sistema de distribuição. 3210

9.1.3 Metodologia para Estimativa das Despesas de Exploração (DEX) 3211

Para avaliação de custos operacionais, foram utilizados dados fornecidos pela Prefeitura 3212

Municipal para os sistemas de água e esgotos do município em estudo. As despesas de 3213

exploração englobam itens relacionados ao pessoal, aos produtos químicos, à energia 3214

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elétrica, aos serviços de terceiros, à água importada, ao esgoto exportado, às despesas 3215

fiscais ou tributárias computadas na DEX, além de outras despesas de exploração. 17. 3216

9.2 SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 3217

9.2.1 Metodologia para Estimativa de Custos – Investimento 3218

Os custos para o sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos foram obtidos 3219

através de curvas paramétricas elaboradas a partir de informações de unidades já 3220

existentes. Essas curvas estão explicitadas nos subitens a seguir. 3221

9.2.1.1 Central de Triagem (RSD) 3222

Custos de implantação 3223

Os custos de implantação da central de triagem (CT) basearam-se no estudo 3224

desenvolvido pela ABRELPE no ano de 2015 o qual apresentou três CAPEX para 3225

diferentes faixas populacionais, conforme ilustrado pelo Quadro 9.1. Esse valor foi 3226

corrigido pelo INCC até a data de Outubro/2017. 3227

QUADRO 9.1 – CUSTO DE IMPLANTAÇÃO DE USINA DE TRIAGEM (CAPEX) – 3228 R$/TONELADA 3229

Faixa populacional CAPEX (R$/Tonelada)

de 30 mil a 100 mil 78,7

de 100 mil a 2,5 milhões 39,6

acima de 2,5 milhões 28,2

3230

Ressalta-se que foram utilizados os valores da primeira faixa populacional, mesmo o 3231

município sendo de menor porte. O investimento total para implantação da central de 3232

triagem foi calculado multiplicando-se o investimento unitário pela produção anual de 3233

produtos recicláveis. 3234

O investimento total da central de triagem foi decomposto admitindo-se a seguinte 3235

composição: 72% para obras civis e 28% de equipamentos, sendo 22% para 3236

equipamentos fixos – balança e esteira, e 6% para móveis – carrinhos e empilhadeira. Foi 3237

considerada a vida útil dos equipamentos fixos igual ao horizonte de projeto e dos móveis, 3238

igual a 10 anos. 3239

3240

17

As despesas fiscais ou tributárias computadas na DEX abrangem o PIS/PASEP, COFINS, IPVA, IPTU, ISS, contribuições sindicais e taxas de serviços públicos; – para estudo de sustentabilidade econômico-financeira dos serviços de água e esgotos, normalmente se utilizam as despesas de exploração em confronto com as receitas operacionais totais dos mesmos; – as despesas totais dos serviços por m³ faturado incluem, adicionalmente à DEX, despesas com juros e encargos da dívida, despesas com depreciação, amortização do ativo diferido e provisão para devedores diversos, despesas fiscais ou tributárias não computadas na DEX (como imposto de renda e contribuição social sobre o lucro) e outras despesas com os serviços.

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ENGECORPS

Custos de operação e manutenção 3241

Os custos de operação da central de triagem (CT), da mesma forma, basearam-se no 3242

estudo desenvolvido pela ABRELPE no ano de 2015 o qual apresentou três OPEX para 3243

diferentes faixas populacionais, conforme ilustrado pelo Quadro 9.2. Esse valor foi 3244

corrigido pelo INCC até a data de Outubro/2017. 3245

QUADRO 9.2 – CUSTO DE OPERAÇÃO (OPEX) DE USINA DE TRIAGEM – R$/TONELADA 3246

Faixa populacional OPEX (R$/Tonelada)

de 30 mil a 100 mil 874,6

de 100 mil a 2,5 milhões 656,8

acima de 2,5 milhões 461,1

Ressalta-se que foram utilizados os valores da primeira faixa populacional, mesmo o 3247

município sendo de menor porte da mesma. O custo operacional de cada ano foi 3248

calculado multiplicando-se o custo operacional unitário obtido pela produção de resíduos 3249

recicláveis ano a ano. 3250

9.2.1.2 Usina de Compostagem (RSD) 3251

Custos de implantação 3252

Os custos de implantação da usina de compostagem (UC) basearam-se pelo estudo 3253

desenvolvido pela ABRELPE no ano de 2015 o qual apresentou três CAPEX para 3254

diferentes faixas populacionais, conforme ilustrado pelo Quadro 9.3. Esse valor foi 3255

corrigido pelo INCC até a data de Outubro/2017. 3256

QUADRO 9.3 – CUSTO DE IMPLANTAÇÃO DA USINA DE COMPOSTAGEM (CAPEX) – 3257 R$/TONELADA 3258

Faixa populacional CAPEX (R$/Tonelada)

de 30 mil a 250 mil 3,3

de 250 mil a 1 milhão 6,1

acima de 1 milhão 3,4

3259

Ressalta-se que foram utilizados os valores da primeira faixa populacional, mesmo o 3260

município sendo de menor porte da mesma. 3261

O investimento total para implantação da usina de compostagem foi calculado 3262

multiplicando-se o investimento unitário pela produção anual de matéria orgânica. 3263

O investimento total da usina de compostagem foi decomposto admitindo-se a seguinte 3264

composição: 89% para obras civis e 11% para equipamentos, sendo 4% para 3265

equipamentos fixos – balança e esteira, e 7% para móveis – carrinhos e empilhadeira. Foi 3266

considerada a vida útil dos equipamentos fixos igual ao horizonte de projeto e dos móveis, 3267

igual a 10 anos. 3268

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Custos de operação e manutenção 3269

Os custos de operação da usina de compostagem (UC), da mesma forma, basearam-se 3270

no estudo desenvolvido pela ABRELPE no ano de 2015 o qual apresentou três OPEX 3271

para diferentes faixas populacionais, conforme ilustrado pelo Quadro 9.4. Esse valor foi 3272

corrigido pelo INCC até a data de Outubro/2017. 3273

QUADRO 9.4 – CUSTO DE OPERAÇÃO DA USINA DE COMPOSTAGEM (OPEX) – 3274 R$/TONELADA 3275

Faixa populacional OPEX (R$/Tonelada)

de 30 mil a 250 mil 99,0

de 250 mil a 1 milhão 77,0

acima de 1 milhão 49,5

3276

O custo operacional de cada ano foi calculado multiplicando-se o custo operacional 3277

unitário obtido pela produção de matéria orgânica reaproveitável ano a ano. Ressalta-se 3278

que foram utilizados os valores da primeira faixa populacional, mesmo o município sendo 3279

de menor porte da mesma. 3280

9.2.1.3 Aterro Sanitário (RSD) 3281

Custos de implantação 3282

Tendo em vista que a partir do ano de 2019 a vida útil do aterro municipal estará esgotada 3283

previu-se a implantação de um novo aterro municipal com capacidade mínima para 3284

atender a contribuição de todo horizonte do Plano. 3285

Sendo assim, o custo de implantação de um novo aterro sanitário (ATS) baseou-se pelo 3286

estudo desenvolvido pela ABRELPE no ano de 2015 o qual apresentou três CAPEX para 3287

três diferentes portes de aterros (considerando a quantidade de resíduos processado, em 3288

toneladas, por dia), conforme ilustrado pelo Quadro 9.5 e Gráfico 9.1. Esse valor foi 3289

corrigido pelo INCC até a data de Outubro/2017. 3290

QUADRO 9.5 – CUSTO DE IMPLANTAÇÃO DE ATERRO SANITÁRIO (CAPEX) – 3291 R$/TONELADA PROCESSADA POR DIA 3292

Tonelada/dia CAPEX (R$/Tonelada)

100 7.677.712,09

800 33.071.046,37

2.000 70.765.181,93

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3293

Gráfico 9.1 – Variação do custo de implantação do ATS em função da quantidade de resíduos 3294 processados por dia 3295

3296

Sendo assim, considerou-se a equação gerada pela curva apresentada acima para a 3297

valorização do custo do aterro sanitário do município de Américo de Campos. Ressalta-se 3298

que o presente estudo considerou apenas a opção de um aterro municipal; no entanto, o 3299

município poderá adotar outra solução para os resíduos gerados, tais como um consórcio 3300

intermunicipal ou encaminhar os seus resíduos até um aterro sanitário particular. 3301

Custos de operação e manutenção 3302

Os custos de operação da usina do aterro sanitário (ATS), da mesma forma, basearam-se 3303

no estudo desenvolvido pela ABRELPE no ano de 2015 o qual apresentou três OPEX 3304

para diferentes faixas populacionais, conforme ilustrado pelo Quadro 9.6 e Gráfico 9.2. 3305

Esse valor foi corrigido pelo INCC até a data de Outubro/2017. 3306

QUADRO 9.6 – CUSTO DE OPERAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO (OPEX) – R$/TONELADA 3307 PROCESSADA POR DIA 3308

Tonelada/dia OPEX (R$/Tonelada)

100 50.039.736,71

800 227.246.287,66

2.000 507.894.740,71

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3309

Gráfico 9.2 – Variação do custo de implantação do ATS em função da quantidade de resíduos 3310 processados por dia 3311

9.2.1.4 Central de Britagem (RCC) 3312

Custos de implantação 3313

Os custos de implantação da central de britagem (CB) foram estimados com base numa 3314

curva elaborada a partir de dados de unidade projetadas e existentes. Essa curva é 3315

apresentada no Gráfico 9.3. 3316

3317

Gráfico 9.3 – Variação do custo de implantação da CB em função da capacidade 3318

3319

O investimento total é calculado multiplicando o investimento unitário pela produção anual 3320

de Resíduos de Construção Civil. O investimento total da CB é decomposto admitindo-se 3321

y = 0,0011x2 - 0,4291x + 47,176

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

40,00

0 50 100 150 200 250

Inve

stim

en

to U

nit

ário

(R$

/t)

Capacidade (1.000 t/ano)

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a seguinte composição: 84,5% para obras civis, sendo 16% inicial e 68,5% por etapas; 3322

4,5% para equipamentos, sendo 0,5% fixo e 4% móvel; e 11% para veículos. 3323

Custos de operação e manutenção 3324

Assim como os custos de implantação, os custos operacionais unitários foram calculados 3325

a partir da curva elaborada com base em custos simulados para unidades de diferentes 3326

portes. O Gráfico 9.4 apresenta essa curva. 3327

3328 Gráfico 9.4 – Variação do custo operacional da CB em função da capacidade 3329

3330

O custo operacional anual foi calculado multiplicando o custo operacional unitário pela 3331

produção de resíduos sólidos Resíduos de Construção Civil reaproveitáveis em cada ano. 3332

9.2.1.5 Aterro de Resíduos de Construção Civil (RCC) 3333

Custos de implantação 3334

Os custos de implantação de aterro de Resíduos de Construção Civil (ARCC) foram 3335

estimados com base na dedução dos itens não pertinentes com relação aos custos 3336

referentes a aterros sanitários, considerando: 3337

1) A densidade do resíduo de construção civil aterrado é de 1,5 t/m³, diferente da média 3338

de 0,8 t/m³ referente ao resíduo sólido domiciliar disposto no maciço; e 3339

2) O aterro de Resíduos de Construção Civil não necessita de impermeabilização de 3340

bases, sistema de drenagem interno, estação de tratamento de efluentes, poços de 3341

monitoramento e outros tantos cuidados ambientais devido principalmente à presença 3342

do chorume e do biogás gerados nos aterros sanitários. 3343

y = 1E-04x2 - 0,0379x + 4,1733

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

0 50 100 150 200 250

Cu

sto

Op

era

cio

nal

(R$

/t)

Capacidade (1.000 t/ano)

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Desta forma, admitiu-se que o custo unitário de implantação de um aterro de Resíduos de 3344

Construção Civil é de 20% do custo unitário de implantação de um aterro sanitário de 3345

mesma dimensão. A curva de custos de implantação é apresentada no Gráfico 9.5. 3346

3347 Gráfico 9.5 – Variação do custo da implantação do ARCC em função da capacidade 3348

3349

O investimento total foi calculado multiplicando o investimento unitário pela produção de 3350

Resíduos de Construção Civil não reaproveitáveis em 20 anos. O investimento total do 3351

ARCC é decomposto admitindo a seguinte composição: 84,5% para obras civis, sendo 3352

16% inicial e 68,5% por etapas; 4,5% para equipamentos, sendo 0,5% fixo e 4% móvel; e 3353

11% para veículos. 3354

As obras foram divididas em “inicial” e “por etapas”, considerando que os custos de 3355

implantação foram divididos por fases durante o prazo total do plano. Os equipamentos 3356

foram divididos em fixos e móveis, considerando a vida útil dos equipamentos móveis de 3357

10 anos. 3358

Custos de operação e manutenção 3359

Os custos operacionais foram estimados para o período de 20 anos, equivalente ao 3360

horizonte de projeto e, portanto, a vida útil do aterro de Resíduos de Construção Civil. 3361

Os custos operacionais unitários do aterro de Resíduos de Construção Civil foram 3362

estimados com base nos custos unitários operacionais de aterro sanitário. Por não 3363

necessitarem dos mesmos procedimentos exigidos na operação do aterro sanitário, 3364

considerou-se que os custos operacionais equivalem a 10% do custo operacional do 3365

aterro sanitário. A curva da variação deste custo em função do recebimento diário é 3366

apresentada no Gráfico 9.6. 3367

y = 37,137x-0,401

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

0 5.000 10.000 15.000 20.000

Inve

stim

en

to U

nit

ário

(R$

/t)

Capacidade (1.000 t)

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3368 Gráfico 9.6 – Variação do custo operacional do ARCC em função da capacidade 3369

3370

O custo operacional foi calculado multiplicando o custo operacional unitário obtido no 3371

gráfico pela produção de Resíduos de Construção Civil não reaproveitáveis de cada ano. 3372

9.2.1.6 Unidade de Tratamento (RSS) 3373

Uma vez que será mantida a solução atual, encaminhando os resíduos para a unidade de 3374

tratamento particular, não será implantado no município unidade de tratamento de 3375

resíduos de serviços de saúde. 3376

No entanto, haverá custo para esse componente, uma vez que a empresa contratada será 3377

responsável pelo transporte do resíduo do município para a unidade, o tratamento e a 3378

disposição final. 3379

Com base em dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) de diversos 3380

tipos de unidades de tratamento de resíduos de serviços de saúde, estimou-se o custo em 3381

R$ 2.600,00/t de resíduos. 3382

9.2.1.7 Custos não incluídos 3383

Para a estimativa de custos, não foram considerados os custos de transporte em 3384

deslocamentos dentro do município, tendo em vista que não é possível mensurar a 3385

quilometragem percorrida, pois varia de acordo com a distância entre os setores de coleta 3386

e o local onde será implantada a unidade (ainda indefinido), nos casos em que há 3387

unidades a serem implantadas. 3388

Também não foram considerados os custos de terreno, já que esse valor pode variar de 3389

acordo com o tipo de uso e ocupação do solo. 3390

y = 8E-07x2 - 0,0025x + 2,6371

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

0 500 1.000 1.500 2.000 2.500

Cu

sto

Op

era

cio

nal

(R$

/t)

Capacidade (t/dia)

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Para maior detalhamento dos custos de transporte e dos terrenos como a seleção da área 3391

apropriada pra implantação, seria necessária a elaboração de um Plano de 3392

Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos. 3393

3394

10. RELAÇÃO DAS INTERVENÇÕES PRINCIPAIS, ESTIMATIVA DE 3395

CUSTOS E CRONOGRAMAS DA SEQUÊNCIA DE IMPLANTAÇÃO 3396

10.1 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 3397

10.1.1 Resumo das Intervenções Principais e Estimativa de Custos 3398

O resumo das obras necessárias para o Sistema de Abastecimento de Água de Américo 3399

de Campos encontra-se apresentado no Quadro 10.1. A estimativa de custos também é 3400

indicada, em termos globais e anuais, considerando-se todo o período de planejamento, 3401

de acordo com a metodologia apresentada no capítulo anterior. O montante dos 3402

investimentos previstos é da ordem de R$ 3,6 milhões, com valores estimados na data 3403

base de outubro de 2017. 3404

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QUADRO 10.1 – RELAÇÃO DAS INTERVENÇÕES PRINCIPAIS E ESTIMATIVA DE CUSTOS PARA O SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE 3405 ÁGUA 3406

Locais Sistema Unidade Prazo Obras Principais Planejadas Custos Estimados (R$) Investimentos Anuais

Estimados (R$)

AM

ÉR

ICO

DE

CA

MP

OS

DISTRIBUIÇÃO REDE DE

DISTRIBUIÇÃO

Médio Prazo - entre 2019

a 2026

OSE: Substituição das tubulações antigas, cerca de 9,3 km de rede (cerca de 30% da extensão total da rede), por tubulações de PVC.

1.710.000,00

2019 – 213.750,00 2020 – 213.750,00 2021 – 213.750,00 2022 – 213.750,00 2023 – 213.750,00 2024 – 213.750,00 2026 – 213.750,00 2027 – 213.750,00

Curto Prazo - entre 2019

a 2022

MNE: Implantação de um Programa de Redução de Perdas, que implique, de um modo geral, a setorização da rede, substituição de hidrômetros, pesquisa de vazamentos, implantação de VRPs, melhorias na gestão comercial, etc. 1.010.000,00

2019 a 2038 50.500,00/ano

Longo Prazo - entre 2019

a 2038

OSE: Implantação de aproximadamente 700 m de redes de distribuição (linhas principais e secundárias) e 57 novas ligações, de acordo com o crescimento vegetativo das populações.

PRODUTOR, RESERVAÇÃO

E DISTRIBUIÇÃO

POÇOS, RESERVATÓRIOS

E REDE DE DISTRIBUIÇÃO

Curto Prazo - entre 2019

a 2022 MNE: Cadastro Técnico das estruturas 40.000,00

2019 – 20.000,00 2020 – 20.000,00

RESERVAÇÃO RESERVATÓRIOS Curto Prazo - entre 2019

a 2022

OSE: Construção de reservatórios, totalizando uma capacidade 550 m³ a mais da capacidade atual.

570.000,00

2019 – 142.500,00 2020 – 142.500,00 2021 – 142.500,00 2022 – 142.500,00

TRATAMENTO DE ÁGUA

TRATAMENTO DE ÁGUA

Curto Prazo - entre 2019

a 2022

OSE: Construção de unidades de tratamento de água nos poços P01 e P05

240.000,00

2019 – 60.000,00 2020 – 60.000,00 2021 – 60.000,00 2022 – 60.000,00

INVESTIMENTOS TOTAIS 3.330.000,00 -

-157-

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ENGECORPS

10.1.2 Cronograma da Sequência de Implantação das Intervenções Principais 3407

De acordo com o planejamento efetuado para elaboração desse Plano Municipal de 3408

Saneamento Básico (PMSB), foi concebida a seguinte estruturação sequencial para 3409

implantação das obras necessárias no Sistema de Abastecimento de Água de Américo de 3410

Campos: 3411

Obras emergenciais – de 2019 até o final de 2020 (imediatas); 3412

Obras de curto prazo – de 2019 até o final do ano 2022(4 anos); 3413

Obras de médio prazo – de 2019 até o final do ano 2026 (8 anos); 3414

Obras de longo prazo – A partir de 2027 até o final de plano (ano 2038)18. 3415

Em função dessa estruturação, apresenta-se na Figura 10.1, um cronograma elucidativo, 3416

com a sequência de implantação das obras necessárias no sistema: 3417

18

Excepcionalmente, foi considerada como intervenção de longo prazo (2019 a 2038) a ampliação gradativa da rede de distribuição, em função do crescimento vegetativo das populações; idem em relação à implementação de um Programa de Redução de Perdas.

-158-

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Produto 4 (P4) – Plano Municipal Específico dos Serviços de Saneamento Básico – Município: Américo de Campos

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ENGECORPS

3418 Figura 10.1 - Cronograma de Implantação das Intervenções Propostas no Sistema de Água3419

20

19

20

20

20

21

20

22

20

23

20

24

20

25

20

26

20

27

20

28

20

29

20

30

20

31

20

32

20

33

20

34

20

35

20

36

20

37

20

38

1.710.000,00 ## ## ## ## ## ## ## ##

860.000,00 ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ##

150.000,00 ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ##

PRODUTOR,

RESERVAÇÃO E

DISTRIBUIÇÃO

POÇOS,

RESERVATÓRIOS

E REDE DE

DISTRIBUIÇÃO

40.000,00 ## ##

RESERVAÇÃO RESERVATÓRIOS 570.000,00 ## ## ## ##

TRATAMENTO

DE ÁGUA

TRATAMENTO DE

ÁGUA240.000,00 ## ## ## ##

3.570.000,00

AM

ÉR

ICO

DE

CA

MP

OS

Médio Prazo Longo Prazo

1.907.000,00INVESTIMENTOS (R$)

Emergencial/

Curto Prazo

REDE DE

DISTRIBUIÇÃODISTRIBUIÇÃO

Locais Sistema Unidade Intervenção Investimento (R$)

• OSE: Substituição das tubulações antigas, cerca de 9,3 km de rede (cerca de 30% da

extensão total da rede), por tubulações de PVC.

• MNE: Implantação de um Programa de Redução de Perdas, que implique, de um

modo geral, a setorização da rede, substituição de hidrômetros, pesquisa de

vazamentos, implantação de VRPs, melhorias na gestão comercial, etc.

• OSE: Implantação de aproximadamente 700 m de redes de distribuição (linhas

principais e secundárias) e 57 novas ligações, de acordo com o crescimento

vegetativo das populações.

• OSE: Construção de reservatórios, totalizando uma capacidade 550 m3 a mais da

capacidade atual.

1.057.000,00 606.000,00

• OSE: Construção de unidades de tratamento de água nos poços P01 e P05

• MNE: Cadastro Técnico das estruturas

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ENGECORPS

10.1.3 Principais Benefícios das Soluções Propostas 3420

Tendo em vista as propostas de soluções apresentadas nos itens anteriores e cujas obras 3421

estão mais bem ilustradas na Ilustração 10.1, tem-se como principais benefícios para o 3422

sistema de abastecimento de água: 3423

A universalização dos serviços, atendendo toda a população urbana do município; 3424

A redução do índice de perdas de água no processo, com a proposição de medidas 3425

correlatas, especialmente visando às adequações no sistema de distribuição; 3426

Maior garantia de fornecimento de água com qualidade estabelecida pela legislação 3427

vigente, desde a saída da unidade de tratamento até as residências; 3428

Aumento da eficiência do sistema, com operação completa e eficaz, atrelada a 3429

substituição de unidades e implantação de outras em locais estratégicos; 3430

Melhoria no sistema de gerenciamento municipal, em função do maior 3431

acompanhamento dos processos. 3432

3433

-160-

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ENGECORPS

Ilustração 10.1 3434 3435

-161-

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ENGECORPS

10.2 SISTEMA DE ESGOTOS SANITÁRIOS 3436

10.2.1 Resumo das Intervenções Principais e Estimativa de Custos 3437

O resumo das obras necessárias para o Sistema de Esgotos Sanitários de Américo de 3438

Campos encontra-se apresentado no Quadro 10.2. A estimativa de custos também é 3439

indicada em termos globais e anuais, considerando-se todo o período de planejamento, 3440

de acordo com a metodologia apresentada no capítulo anterior. O montante dos 3441

investimentos previstos é da ordem de R$ 6,6 milhões, com valores estimados na data 3442

base de outubro de 2017. 3443

-162-

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ENGECORPS

QUADRO 10.2 – RELAÇÃO DAS INTERVENÇÕES PRINCIPAIS E ESTIMATIVA DE CUSTOS PARA O SISTEMA DE ESGOTOS SANITÁRIOS 3444

Locais Sistema Unidade Prazo Obras Principais Planejadas Custos Estimados (R$) Investimentos Anuais Estimados

(R$)

AM

ÉR

ICO

DE

CA

MP

OS

EN

CA

MIN

HA

ME

NT

O

REDE COLETORA

Longo Prazo - entre 2019

a 2038

OSE: Implantação de aproximadamente 1 km de novas redes e 77 ligações para universalização do serviço e atendimento ao crescimento vegetativo das populações.

R$ 460.000,00 2019 a 2038

23.000,00/ano

REDE COLETORA

Curto Prazo - entre 2019 a

2022

OSE: Substituição de cerca de 30% da rede coletora existente

R$ 3.720.000,00

2019 – 930.000,00 2020 – 930.000,00 2021 – 930.000,00 2022 – 930.000,00

REDE COLETORA E EMISSÁRIOS

Emergencial - entre 2019 e

2020

MNE: Cadastro Técnico das estruturas do sistema de distribuição

R$ 110.000,00 2019 – 55.000,00 2020 – 55.000,00

LINHA DE RECALQUE

Emergencial – entre 2019

e 2020

OSE: Substituição da linha de recalque de diâmetro de 2.000 mm por uma nova de diâmetro de 150 e 200 mm.

R$ 750.000,00 2019 – 375.000,00 2020 – 375.000,00

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTO

Emergencial – entre 2019

e 2020

OSE: Implantação de 3 Geradores de Emergência nas EEEs.

R$ 240.000,00 2019 – 120.000,00 2020 – 120.000,00

TRATAMENTO ESTAÇÃO DE TRATAMENTO

Médio Prazo - entre 2019

a 2026

OSL: Implantação de uma nova ETE, do tipo lagoa, sistema australiano, com capacidade mínima de 24 L/s.

MNE: Cadastro Técnico das estruturas do sistema de tratamento

R$ 1.280.000,00

2019 – 160.000,00 2020 – 160.000,00 2021 – 160.000,00 2022 – 160.000,00 2023 – 160.000,00 2024 – 160.000,00 2026 – 160.000,00 2027 – 160.000,00

INVESTIMENTOS TOTAIS 6.560.000,00 -

3445

-163-

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ENGECORPS

10.2.2 Cronograma da Sequência de Implantação das Intervenções Principais 3446

De acordo com o planejamento efetuado para elaboração desse Plano Municipal 3447

Específico dos Serviços de Saneamento Básico (PMSB), foi concebida a seguinte 3448

estruturação sequencial para implantação das obras necessárias no Sistema de Esgotos 3449

Sanitários de Américo de Campos: 3450

Obras emergenciais – de 2019 até o final de 2020 (imediatas); 3451

Obras de curto prazo – de 2019 até o final do ano 2022 (4 anos); 3452

Obras de médio prazo – de 2019 até o final do ano 2026 (8 anos); 3453

Obras de longo prazo – A partir de 2027 até o final de plano (ano 2038) 19. 3454

Em função dessa estruturação, apresenta-se na Figura 10.2, um cronograma elucidativo, 3455

com a sequência de implantação das obras necessárias no sistema: 3456

19

Excepcionalmente, foi considerada como intervenção de longo prazo (2027 a 2038) a ampliação gradativa da rede coletora, em função do crescimento vegetativo das populações.

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ENGECORPS

3457 Figura 10.2 - Cronograma de Implantação das Intervenções Propostas no Sistema de Esgotos Sanitários 3458

3459

20

19

20

20

20

21

20

22

20

23

20

24

20

25

20

26

20

27

20

28

20

29

20

30

20

31

20

32

20

33

20

34

20

35

20

36

20

37

20

38

REDE

COLETORA

• OSE: Implantação de aproximadamente 1

km de novas redes e 77 ligações para

universalização do serviço e atendimento ao

crescimento vegetativo das populações.

R$ 460.000,00 ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ## ##

REDE

COLETORA

• OSE: Substituição de cerca de 30% da rede

coletora existenteR$ 3.720.000,00 ## ## ## ##

REDE

COLETORA E

EMISSÁRIOS

• MNE: Cadastro Técnico das estruturas do

sistema de distribuiçãoR$ 110.000,00 ## ##

LINHA DE

RECALQUE

• OSE: Substituição da linha de recalque

de diâmetro de 2.000 mm por uma nova de

diâmetro de 150 e 200 mm.

R$ 750.000,00 ## ##

ESTAÇÃO

ELEVATÓRIA DE

ESGOTO

• OSE: Implantação de 3 Geradores de

Emergência nas EEEs.R$ 240.000,00 ## ##

TRATAMENTOESTAÇÃO DE

TRATAMENTO

• OSL: Implantação de uma nova ETE, do tipo

lagoa, sistema australiano, com capacidade

mínima de 24 L/s.

• MNE: Cadastro Técnico das estruturas do

sistema de tratamento

R$ 1.280.000,00 ## ## ## ## ## ## ## ##

6.560.000,00INVESTIMENTOS DISTRITO SEDE 5.552.000,00 732.000,00 276.000,00

AM

ÉR

ICO

DE

CA

MP

OS

EN

CA

MIN

HA

ME

NT

OLocais Sistema

Emergencial/

Curto PrazoLongo Prazo

Unidade Intervenção Investimento (R$)

Médio Prazo

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ENGECORPS

10.2.3 Principais Benefícios das Soluções Propostas 3460

Tendo em vista as propostas de soluções apresentadas nos itens anteriores e cujas obras 3461

estão mais bem ilustradas na Ilustração 10.2, tem-se como principais benefícios para o 3462

sistema de esgotos sanitários: 3463

A universalização dos serviços, atendendo toda a população urbana do município; 3464

Aumento da eficiência do sistema, com operação completa e eficaz, atrelada a 3465

substituição de unidades e implantação de outras em locais estratégicos; 3466

Melhoria no sistema de gerenciamento municipal, em função da nova configuração 3467

dos serviços; 3468

A redução e/ou eliminação de lançamento in natura de esgotos sanitários em corpos 3469

hídricos; 3470

Aumento da qualidade dos corpos hídricos, especialmente os situados nos limites 3471

territoriais do município de Américo de Campos; 3472

Pode-se também citar, a diminuição de casos de contaminação por doenças de 3473

veiculação hídrica, em função da melhoria na qualidade da água dos rios/córregos 3474

presentes no município. 3475

3476

-166-

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ENGECORPS

Ilustração 10.2 3477 3478

-167-

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ENGECORPS

10.3 SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 3479

10.3.1 Resumo das Intervenções Principais 3480

O resumo das obras necessárias para o Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de 3481

Resíduos Sólidos está apresentado no Quadro 10.3. A estimativa de custos também é 3482

indicada em termos globais anuais, considerando-se todo o horizonte de planejamento, de 3483

acordo com a metodologia apresentada no capítulo anterior. O montante dos 3484

investimentos previstos é da ordem de R$ 34,6 milhões, com valores estimados na data 3485

base de outubro de 2017. 3486

QUADRO 10.3 – RELAÇÃO DAS INTERVENÇÕES PRINCIPAIS NO SISTEMA DE LIMPEZA 3487 URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 3488

Unidades Tipo de

Intervenção/Prazo de Implantação

Obras Principais Planejadas

Custos Estimados

(R$)

Investimentos Anuais Estimados (R$)

CENTRAL DE TRIAGEM

(RSD)

Curto Prazo (2019-2022)

OSL: Implantação da Central de Triagem com capacidade mínima de 0,3 t/dia.

560.000,00

2019 – 140.000,00 2020 – 140.000,00 2021 – 140.000,00 2022 – 140.000,00

Longo Prazo (2019 a 2038)

OSL: Manutenção do local e dos equipamentos.

6.280.000,00 2019 a 2038

314.000,00/ano

USINA DE COMPOSTAG

EM (RSD)

Curto Prazo (2019-2022)

OSL: Implantação de uma Usina de Compostagem, com capacidade mínima de receber 1,3 t/dia.

20.000,00

2019 – 5.000,00 2020 – 5.000,00 2021 – 5.000,00 2022 – 5.000,00

Longo Prazo (2019 a 2038)

OSL: Manutenção do local e dos equipamentos.

560.000,00 2019 a 2038

28.000,00/ano

CENTRAL DE BRITAGEM

(RCC)

Curto Prazo (2019-2022)

OSL: Implantação de uma Central de Britagem, com capacidade mínima de britar 4,1 t/dia.

430.000,00

2019 – 107.500,00 2020 – 107.500,00 2021 – 107.500,00

2022 – 107.500,00

Longo Prazo (2019 a 2038)

OSL: Manutenção do local e dos equipamentos.

160.000,00 2019 a 2038 8.000,00/ano

ATERRO DE REJEITOS

(RSD)

Curto Prazo (2019-2022)

OSL: Implantação de um aterro sanitário, com capacidade mínima de 18.885 toneladas.

4.090.000,00

2019 – 1.022.500,00 2020 – 1.022.500,00 2021 – 1.022.500,00 2022 – 1.022.500,00

Longo Prazo (2019 a 2038)

OSL: Operação e Manutenção do local e dos equipamentos.

20.680.000,00 2019 a 2038

1.034.000,00/ano

ATERRO DE REJEITOS

(RCC)

Curto Prazo (2019-2022)

OSL: Implantação de um Aterro de Inertes, com capacidade mínima de 42.708 toneladas.

350.000,00

2019 – 87.500,00 2020 – 87.500,00 2021 – 87.500,00 2022 – 87.500,00

Longo Prazo (2019 a 2038)

OSL: Manutenção do local e dos equipamentos.

110.000,00 2019 a 2038 5.500,00/ano

COLETA, TRANSPORTE, DISPOSIÇÃO, TRATAMENTO

(RSS)

Longo Prazo (2019 a 2038)

OSL: Manutenção dos serviços de coleta, tratamento e disposição final dos RSS

1.360.000,00 2019 a 2038

68.000,00/ano

INVESTIMENTOS TOTAIS 34.600.000,00 -

3489

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ENGECORPS

As intervenções propostas acima visam à universalização dos serviços de limpeza urbana 3490

e manejo de resíduos sólidos. Para o melhor funcionamento do sistema, além das obras 3491

previstas, há necessidade de medidas complementares como a elaboração de projetos de 3492

setorização da coleta, com dias e horários definidos para cada região e o tipo de resíduos 3493

a ser coletado; programa de educação e conscientização da população para a reciclagem 3494

e o reaproveitamento; implantação de coleta seletiva e cooperativa de reciclagem; 3495

cadastro atualizado dos funcionários da cooperativa de reciclagem; implantação do aterro 3496

de Resíduos de Construção Civil; melhorias na infraestrutura de limpeza urbana através 3497

do cadastro de funcionários e distribuição de uniformes e EPIs para os mesmos; 3498

elaboração de estudos de viabilidade das atividades que reduzam a emissão de gases do 3499

efeito estufa e monitoramento desses efluentes; e a elaboração de um Plano de Gestão 3500

Integrado de Resíduos Sólidos. 3501

10.3.2 Cronograma da Sequência de Implantação das Intervenções Principais 3502

Assim como para o sistema de abastecimento de água e para o sistema de esgotos 3503

sanitários, a estruturação sequencial para implantação das obras do sistema de resíduos 3504

sólidos é: 3505

obras emergenciais – de 2019 até o final de 2020 (imediatas); 3506

obras de curto prazo – de 2019 até o final do ano 2022 (4 anos); 3507

obras de médio prazo – de 2019 até o final do ano 2026 (8 anos); 3508

obras de longo prazo – de 2027 até o final de plano (ano 2038)20. 3509

Em função dessa estruturação, apresenta-se na Figura 6.3 um cronograma elucidativo, 3510

com a sequência de implantação das obras necessárias no sistema de limpeza urbana e 3511

manejo de resíduos sólidos. 3512

20

Para a manutenção e operação do sistema foi adotado o prazo de 2019 a 2038.

-169-

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ENGECORPS

3513 Figura 10.3 – Cronograma de Implantação das Intervenções Propostas no Sistema de Limpeza Urbana e Resíduos Sólidos 3514

SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO DO CONJUNTO DE PROPOSTAS

DATA BASE - OUTUBRO 2017

Unidade Intervenção Investimento (R$)

20

19

20

20

20

21

20

22

20

23

20

24

20

25

20

26

20

27

20

28

20

29

20

30

20

31

20

32

20

33

20

34

20

35

20

36

20

37

20

38

·     OSL: Implantação da Central de

Triagem com capacidade mínima de

0,3 t/dia.

R$ 560.000,00

Manutenção do local e dos

equipamentosR$ 6.280.000,00

·     OSL: Implantação de uma Usina

de Compostagem, com capacidade

mínima de receber 1,3 t/dia.

R$ 20.000,00

Manutenção do local e dos

equipamentosR$ 560.000,00

·     OSL: Implantação de uma Central

de Britagem, com capacidade mínima

de britar 4,1 t/dia.

R$ 430.000,00

Manutenção do local e dos

equipamentosR$ 160.000,00

·     OSL: Implantação de um aterro

sanitário, com capacidade mínima de

22.570 toneladas.

R$ 4.090.000,00

Manutenção do local e dos

equipamentosR$ 20.680.000,00

·     OSL: Implantação de um Aterro de

Inertes, com capacidade mínima de

42.708 toneladas.

R$ 350.000,00

Manutenção do local e dos

equipamentosR$ 110.000,00

COLETA,

DISPOSIÇÃO DE

TRATAMENTO (RSS)

Manutenção do local e dos

equipamentosR$ 1.360.000,00

34.600.000,00 5.450.000,00 7.436.666,67 21.713.333,33

Emergencial/

Curto PrazoMédio Prazo Longo Prazo

CENTRAL DE

TRIAGEM (RSD)

USINA DE

COMPOSTAGEM

(RSD)

ATERRO DE

REJEITOS (RCC)

INVESTIMENTOS TOTAIS

CENTRAL DE

BRITAGEM (RCC)

ATERRO DE

REJEITOS (RSD)

-170-

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ENGECORPS

10.3.3 Principais Benefícios das Soluções Propostas 3515

Os benefícios gerados pelas obras e soluções apresentadas para o sistema de limpeza 3516

urbana e manejo de resíduos sólidos estão listadas a seguir: 3517

Universalização do sistema; 3518

Aumento do reaproveitamento dos resíduos e, consequentemente, a diminuição da 3519

geração de rejeitos e aumento da vida útil dos aterros (sanitário e inerte); 3520

Eliminação da disposição irregular, da contaminação do solo e da veiculação de 3521

doenças; 3522

Redução de pontos de inundação causados pelo carreamento dos resíduos dispostos 3523

irregularmente; 3524

Eliminação do risco de contaminação com os resíduos provenientes de serviços de 3525

saúde. 3526

3527

-171-

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ENGECORPS

Ilustração 10.3 3528

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ENGECORPS

11. ESTUDOS DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA DAS 3529

SOLUÇÕES ADOTADAS 3530

11.1 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 3531

11.1.1 Investimentos Necessários no Sistema de Água 3532

O resumo de investimentos durante o período de planejamento encontra-se apresentado 3533

no Quadro 11.1. Deve-se ressaltar que, para efeito de estudos de sustentabilidade 3534

econômico-financeira do sistema, os investimentos foram divididos ano a ano, a partir de 3535

2019, de modo equânime, abrangendo os tipos de intervenção utilizados nos Planos de 3536

Saneamento elaborados para a SSRH. Evidentemente, o enquadramento das obras 3537

segundo a tipologia emergencial, de curto, médio e longo prazo dependerá das 3538

prioridades a serem estabelecidas pela Prefeitura Municipal. 3539

11.1.2 Despesas de Exploração do Sistema de Água 3540

As despesas de exploração foram adotadas com o valor de R$ 0,47/m³ faturado, na data 3541

base de dezembro/2015, conforme já indicado no item 9.1.3 anterior, englobando os dois 3542

sistemas (água faturada + esgoto coletado faturado). Com a correção para outubro/2017, 3543

considerando a inflação acumulada (IPCA Geral), esse valor eleva-se a R$ 0,51/m³. 3544

3545

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ENGECORPS

QUADRO 11.1 – RESUMO DOS INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS NO S.A.A. - HORIZONTE DE PLANEJAMENTO21 3546

Ano

Investimento no Sistema (R$) Investimento em Reservatório (R$)

Investimento em Rede Secundária e Ligações (R$)

Investimento em Tratamento de Água (R$) INVESTIMENTO

TOTAL (R$) Tipo de Intervenção Tipo de Intervenção Tipo de Intervenção Tipo de Intervenção

Emergencial Curto Prazo Médio Prazo Curto Prazo Longo Prazo Curto Prazo

2019 20.000,00 42.083,33 213.750,00 142.500,00 42.083,33 60.000,00 520.416,67

2020 20.000,00 42.083,33 213.750,00 142.500,00 42.083,33 60.000,00 520.416,67

2021 42.083,33 213.750,00 142.500,00 42.083,33 60.000,00 500.416,67

2022 42.083,33 213.750,00 142.500,00 42.083,33 60.000,00 500.416,67

2023 213.750,00 42.083,33 255.833,33

2024 213.750,00 42.083,33 255.833,33

2025 213.750,00 42.083,33 255.833,33

2026 213.750,00 42.083,33 255.833,33

2027 a 2038

505.000,00 505.000,00

TOTAIS 40.000,00 168.333,33 1.710.000,00 570.000,00 841.666,67 240.000,00 3.570.000,00

3547

21

Valores arredondados

-174-

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ENGECORPS

11.1.3 Despesas Totais do Sistema de Água 3548

No Quadro 11.2 encontra-se apresentado o resumo ao longo do horizonte de 3549

planejamento dos investimentos necessários e das despesas de exploração. A 3550

composição dos investimentos e despesas de exploração (DEX) está avaliada no item 3551

subsequente, onde são efetuados os estudos de sustentabilidade econômico-financeira 3552

do sistema. 3553

QUADRO 11.2 – RESUMO DOS INVESTIMENTOS E DESPESAS DE EXPLORAÇÃO (DEX) DO 3554 S.A.A. – HORIZONTE DE PLANEJAMENTO 3555

Ano

Pop.Urb.

Atend-água (hab.)

Qmédia Consu.

(L/s)

Vol.Anual Água

Faturado (m³)

DEX

(R$/m³ fat)

DEX

(R$)

Investimento

(R$)

Despesa Total

(R$)

2019 5.154 13,1 411.785 0,51 211.132,09 520.416,67 731.548,76

2020 5.189 13,1 414.512 0,51 212.530,26 520.416,67 732.946,92

2021 5.213 13,2 416.482 0,51 213.539,92 500.416,67 713.956,59

2022 5.239 13,3 418.532 0,51 214.591,33 500.416,67 715.008,00

2023 5.264 13,3 420.501 0,51 215.600,69 255.833,33 471.434,02

2024 5.287 13,4 422.387 0,51 216.567,68 255.833,33 472.401,02

2025 5.309 13,4 424.109 0,51 217.450,74 255.833,33 473.284,08

2026 5.322 13,5 425.158 0,51 217.988,52 255.833,33 473.821,85

2027 5.334 13,5 426.124 0,51 218.483,64 42.083,33 260.566,97

2028 5.346 13,5 427.074 0,51 218.970,63 42.083,33 261.053,96

2029 5.357 13,6 427.956 0,51 219.422,83 42.083,33 261.506,17

2030 5.367 13,6 428.753 0,51 219.831,75 42.083,33 261.915,09

2031 5.368 13,6 428.875 0,51 219.894,34 42.083,33 261.977,67

2032 5.369 13,6 428.900 0,51 219.907,04 42.083,33 261.990,37

2033 5.369 13,6 428.937 0,51 219.926,22 42.083,33 262.009,56

2034 5.369 13,6 428.894 0,51 219.904,00 42.083,33 261.987,34

2035 5.370 13,6 428.995 0,51 219.955,55 42.083,33 262.038,89

2036 5.358 13,6 428.058 0,51 219.475,58 42.083,33 261.558,91

2037 5.349 13,5 427.305 0,51 219.089,41 42.083,33 261.172,74

2038 5.337 13,5 426.363 0,51 218.606,18 42.083,33 260.689,52

Totais 4.352.868,42 3.570.000,00 7.922.868,42

3556

3557

11.1.4 Estudos de Sustentabilidade Econômico-Financeira do Sistema de Água 3558

O Quadro 11.3 adiante apresenta a formação do resultado operacional relativo ao 3559

sistema de abastecimento de água. O volume de receitas foi calculado com base na 3560

receita média, que já incorpora os domicílios com tarifa social. A tarifa média de água 3561

indicada no SNIS 2015 foi de R$ 0,60/m³ faturado. Com a atualização desse valor para 3562

outubro de 2017, pela inflação acumulada do IPCA-IBGE entre dez/2015 a out/2017 de 3563

9,09%, permite a obtenção de um valor médio de R$ 0,65/m³ faturado. 3564

Esta taxa foi aplicada sobre o volume total da água oferecida à população, constituindo-se 3565

na receita operacional bruta. As estas receitas foram acrescentadas as demais. Segundo 3566

dados levantados em sistemas de abastecimento de água, quando da elaboração dos 3567

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ENGECORPS

PMESSBs dos municípios integrantes da UGRHI 15, as receitas com ligações adicionais 3568

e ampliações de sistema cobertas por usuários correspondem a cerca de 5,0% da receita 3569

operacional. Este é o valor adotado no horizonte do projeto. 3570

Das receitas operacionais devem-se excluir os usuários não pagadores, aqui identificados 3571

como devedores duvidosos. O percentual identificado nos estudos supracitados também 3572

está em torno de 5,0%. Estes são os percentuais aplicados no período do projeto. 3573

Também foram abatidos da receita os impostos com COFINS, PIS, IR e CSLL. Estes 3574

valores totalizam 7,30% da receita operacional bruta, em concordância com o valor pago 3575

atualmente por sistemas autônomos e pela concessionária de alguns sistemas, como a 3576

SABESP. 3577

Os custos considerados foram os de investimentos e DEX. Note-se que a DEX, conforme 3578

calculada pelo SNIS, inclui impostos. Esses impostos estão deduzidos do valor da DEX 3579

considerados no Quadro 11.3, pois também estão deduzidos da receita operacional 3580

bruta. 3581

O resultado final indica que o sistema de abastecimento de água é deficitário para todo o 3582

período de planejamento, com déficits mais significativos nos oito primeiros anos, ocasião 3583

em que devem ser efetuadas as obras emergenciais/curto prazo e médio prazo, incluindo 3584

implementação de unidades de tratamento de água nos poços que ainda não possuem, 3585

com valores em torno de R$ 400 mil. A partir de 2026 o déficit diminui, com valores 3586

próximos a R$ 4.000,00 até 2038. O total do período corresponde a um déficit negativo de 3587

R$ 2,8 milhões. 3588

Além do valor bruto, foi calculado o Valor Presente Líquido (VPL) do componente. O 3589

objetivo de tal procedimento é tornar o projeto comparável a outros de igual porte. A 3590

utilização de uma taxa de desconto pretende uniformizar, num único indicador, projetos de 3591

diferentes períodos de maturação e operação. Assim, é possível indicar não apenas se o 3592

projeto oferece uma atratividade mínima, mas também seu valor atual em relação a outras 3593

atividades concorrentes, orientando decisões de investimento. 3594

Foram utilizadas duas taxas de desconto. A taxa de 10% ao ano foi utilizada durante a 3595

maior parte das décadas passadas, sendo um padrão de referência para múltiplos órgãos 3596

governamentais e privados. Porém, com os elevados índices de inflação observados no 3597

final do século passado, esta taxa acabou substituída pela de 12%. 3598

Na atualidade, com os baixos níveis de taxas de juros praticados por órgãos 3599

governamentais, observa-se um retorno a padrões de comparação com descontos mais 3600

baixos, inclusive abaixo dos tradicionais 10%. Como uma taxa que reflita a percepção de 3601

juros de longo prazo não está consolidada optou-se por adotar as duas para fins de 3602

análise. 3603

Segundo esta ótica, os VPLs dos componentes descontados a 10% e 12% são negativos 3604

e assumem valores em torno de R$ 1,8 milhões e R$ 1,6 milhões, respectivamente.3605

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ENGECORPS

QUADRO 11.3 – RECEITAS E RESULTADO OPERACIONAL DO S.A.A. 3606

Ano Vol. Faturado

(m³)

Receitas Tarifárias Totais (R$) Custos (R$) Result.Operac.

(R$) Operacional Demais Receitas Dev Duvidosos Tributos Líquida INVEST DEX

2019 411.785 269.530,33 13.476,52 (13.476,52) (21.643,29) 247.887,04 520.416,67 211.132,09 (483.661,71)

2020 414.512 271.315,22 13.565,76 (13.565,76) (21.786,61) 249.528,61 520.416,67 212.530,26 (483.418,31)

2021 416.482 272.604,16 13.630,21 (13.630,21) (21.890,11) 250.714,04 500.416,67 213.539,92 (463.242,55)

2022 418.532 273.946,38 13.697,32 (13.697,32) (21.997,89) 251.948,48 500.416,67 214.591,33 (463.059,51)

2023 420.501 275.234,92 13.761,75 (13.761,75) (22.101,36) 253.133,56 255.833,33 215.600,69 (218.300,46)

2024 422.387 276.469,38 13.823,47 (13.823,47) (22.200,49) 254.268,89 255.833,33 216.567,68 (218.132,13)

2025 424.109 277.596,69 13.879,83 (13.879,83) (22.291,01) 255.305,68 255.833,33 217.450,74 (217.978,40)

2026 425.158 278.283,22 13.914,16 (13.914,16) (22.346,14) 255.937,07 255.833,33 217.988,52 (217.884,78)

2027 426.124 278.915,29 13.945,76 (13.945,76) (22.396,90) 256.518,39 42.083,33 218.483,64 (4.048,59)

2028 427.074 279.536,97 13.976,85 (13.976,85) (22.446,82) 257.090,15 42.083,33 218.970,63 (3.963,81)

2029 427.956 280.114,25 14.005,71 (14.005,71) (22.493,17) 257.621,08 42.083,33 219.422,83 (3.885,09)

2030 428.753 280.636,28 14.031,81 (14.031,81) (22.535,09) 258.101,19 42.083,33 219.831,75 (3.813,90)

2031 428.875 280.716,18 14.035,81 (14.035,81) (22.541,51) 258.174,67 42.083,33 219.894,34 (3.803,00)

2032 428.900 280.732,39 14.036,62 (14.036,62) (22.542,81) 258.189,58 42.083,33 219.907,04 (3.800,79)

2033 428.937 280.756,88 14.037,84 (14.037,84) (22.544,78) 258.212,10 42.083,33 219.926,22 (3.797,45)

2034 428.894 280.728,51 14.036,43 (14.036,43) (22.542,50) 258.186,01 42.083,33 219.904,00 (3.801,32)

2035 428.995 280.794,32 14.039,72 (14.039,72) (22.547,78) 258.246,54 42.083,33 219.955,55 (3.792,35)

2036 428.058 280.181,59 14.009,08 (14.009,08) (22.498,58) 257.683,00 42.083,33 219.475,58 (3.875,90)

2037 427.305 279.688,61 13.984,43 (13.984,43) (22.459,00) 257.229,61 42.083,33 219.089,41 (3.943,13)

2038 426.363 279.071,72 13.953,59 (13.953,59) (22.409,46) 256.662,27 42.083,33 218.606,18 (4.027,25)

Total 8.489.700 5.556.853,30 277.842,66 (277.842,66) (446.215,32) 5.110.637,98 3.570.000,00 4.352.868,42 (2.812.230,44)

VPL 10% 3.591.482 2.350.770,50 117.538,53 (117.538,53) (188.766,87) 2.162.003,63 2.308.626,62 1.841.436,89 (1.988.059,88)

VPL 12% 3.147.280 2.060.022,32 103.001,12 (103.001,12) (165.419,79) 1.894.602,53 2.152.858,13 1.613.684,15 (1.871.939,76)

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ENGECORPS

Como conclusão, pode-se afirmar que o sistema de abastecimento de água não 3607

apresenta, de forma isolada, situação econômica e financeira sustentável, em função do 3608

panorama de investimentos necessários e das tarifas médias atualmente cobradas, já que 3609

as despesas de exploração são maiores que o valor tarifário médio praticado no 3610

município. 3611

11.2 SISTEMA DE ESGOTOS SANITÁRIOS 3612

11.2.1 Investimentos Necessários no Sistema de Esgotos 3613

O resumo de investimentos durante o período de planejamento encontra-se apresentado 3614

no Quadro 11.4. Deve-se ressaltar que, para efeito de estudos de sustentabilidade 3615

econômico-financeira do sistema, os investimentos foram divididos ano a ano, a partir de 3616

2019, de modo equânime, abrangendo os tipos de intervenção utilizados nos Planos de 3617

Saneamento elaborados para a SSRH. Evidentemente, o enquadramento das obras 3618

segundo a tipologia emergencial, de curto, médio e longo prazo dependerá das 3619

prioridades a serem estabelecidas pela Prefeitura Municipal. 3620

QUADRO 11.4 – RESUMO DOS INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS NO S.E.S. - HORIZONTE 3621 DE PLANEJAMENTO 3622

Ano

INVESTIMENTO NO SISTEMA (R$) INVESTIMENTO EM

REDE E LIGAÇÕES (R$) INVESTIMENTO TOTAL (R$) Tipo de Intervenção Tipo de Intervenção

Emergencial Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo

2019 550.000,00 930.000,00 160.000,00 23.000,00 1.663.000,00

2020 550.000,00 930.000,00 160.000,00 23.000,00 1.663.000,00

2021 930.000,00 160.000,00 23.000,00 1.113.000,00

2022 930.000,00 160.000,00 23.000,00 1.113.000,00

2023 160.000,00 23.000,00 183.000,00

2024 160.000,00 23.000,00 183.000,00

2025 160.000,00 23.000,00 183.000,00

2026 160.000,00 23.000,00 183.000,00

2027 a 2038 276.000,00 276.000,00

TOTAIS 1.100.000,00 3.720.000,00 1.280.000,00 460.000,00 6.560.000,00

3623

11.2.2 Despesas de Exploração do Sistema de Esgotos 3624

Igualmente como apresentado para o sistema de água, as despesas de exploração foram 3625

adotadas com o valor de R$ 0,47/m³ faturado, na data base de dezembro/2015, conforme 3626

já indicado no item 9.1.3 anterior, englobando os dois sistemas (água faturada+esgoto 3627

coletado faturado). Com a correção para outubro/2017, considerando a inflação 3628

acumulada (IPCA Geral), esse valor eleva-se a R$ 0,51/m³. 3629

11.2.3 Despesas Totais do Sistema de Esgotos 3630

No Quadro 11.5, encontra-se apresentado o resumo, ao longo do horizonte de 3631

planejamento, dos investimentos necessários e das despesas de exploração. A 3632

composição dos investimentos e despesas de exploração (DEX) está avaliada no item 3633

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Planos Municipais Específicos dos Serviços de Saneamento Básico - UGRHIs 15 e 18

Produto 4 (P4) – Plano Municipal Específico dos Serviços de Saneamento Básico – Município: Américo de Campos

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ENGECORPS

subsequente, onde são efetuados os estudos de sustentabilidade econômico-financeira 3634

do sistema. 3635

QUADRO 11.5 – RESUMO DOS INVESTIMENTOS E DESPESAS DE EXPLORAÇÃO (DEX) DO 3636 S.E.S. – HORIZONTE DE PLANEJAMENTO 3637

Ano

Pop.Urb.

Atend-esgoto

(hab.)

Vol.Anual Água

Faturado

(m³)

Vol.Anual Esgoto

Faturado

(m³)

DEX

(R$/m³fat)

DEX

(R$)

Investimento

(R$)

Despesa Total

(R$)

2019 5.154 411.785 447.113 0,51 229.245,30 1.663.000,00 1.892.245,30

2020 5.189 414.512 450.074 0,51 230.763,42 1.663.000,00 1.893.763,42

2021 5.213 416.482 452.212 0,51 231.859,70 1.113.000,00 1.344.859,70

2022 5.239 418.532 454.439 0,51 233.001,31 1.113.000,00 1.346.001,31

2023 5.264 420.501 456.576 0,51 234.097,26 183.000,00 417.097,26

2024 5.287 422.387 458.624 0,51 235.147,22 183.000,00 418.147,22

2025 5.309 424.109 460.494 0,51 236.106,03 183.000,00 419.106,03

2026 5.322 425.158 461.633 0,51 236.689,95 183.000,00 419.689,95

2027 5.334 426.124 462.681 0,51 237.227,55 23.000,00 260.227,55

2028 5.346 427.074 463.713 0,51 237.756,31 23.000,00 260.756,31

2029 5.357 427.956 464.670 0,51 238.247,31 23.000,00 261.247,31

2030 5.367 428.753 465.536 0,51 238.691,31 23.000,00 261.691,31

2031 5.368 428.875 465.669 0,51 238.759,27 23.000,00 261.759,27

2032 5.369 428.900 465.696 0,51 238.773,06 23.000,00 261.773,06

2033 5.369 428.937 465.736 0,51 238.793,89 23.000,00 261.793,89

2034 5.369 428.894 465.689 0,51 238.769,76 23.000,00 261.769,76

2035 5.370 428.995 465.798 0,51 238.825,74 23.000,00 261.825,74

2036 5.358 428.058 464.782 0,51 238.304,58 23.000,00 261.304,58

2037 5.349 427.305 463.964 0,51 237.885,28 23.000,00 260.885,28

2038 5.337 426.363 462.941 0,51 237.360,60 23.000,00 260.360,60

Total 9.218.039 4.726.304,85 6.560.000,00 11.286.304,85

3638

11.2.4 Estudos de Sustentabilidade Econômico-Financeira do Sistema de 3639

Esgotos 3640

O Quadro 11.6 adiante apresenta a formação do resultado operacional relativo ao 3641

sistema de esgotos sanitários. O volume de receitas foi calculado com base na receita 3642

média, que já incorpora os domicílios com tarifa social. A tarifa média de esgotos indicada 3643

no SNIS 2015 foi de R$ 0,28/m³ faturado. Com a correção para outubro/2017, 3644

considerando a inflação acumulada (IPCA-IBGE), esse valor eleva-se a R$ 0,31/m³. 3645

Esta taxa foi aplicada sobre o volume total da água oferecida à população, constituindo-se 3646

na receita operacional bruta. A esta receita foram acrescentadas as demais. Segundo 3647

dados levantados em sistemas de esgotos sanitários, quando da elaboração dos PMSBs 3648

dos municípios integrantes da UGRHI 15, as receitas com ligações adicionais e 3649

ampliações de sistema cobertas por usuários correspondem a cerca de 5,0% da receita 3650

operacional. Este é o valor adotado no horizonte do projeto. 3651

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ENGECORPS

Das receitas operacionais devem-se excluir os usuários não pagadores, aqui identificados 3652

como devedores duvidosos. O percentual identificado nos estudos supracitados é de 3653

5,0%. Estes são os percentuais aplicados no período do projeto. Também foram abatidos 3654

da receita os impostos com COFINS, PIS, IR e CSLL. Estes valores totalizam 7,30% da 3655

receita operacional bruta, em concordância com o valor pago atualmente por sistemas 3656

autônomos e pela concessionária de alguns sistemas, como a SABESP. 3657

Os custos considerados foram os de investimentos e DEX. Note-se que a DEX, conforme 3658

calculada pelo SNIS, inclui impostos. Esses impostos estão deduzidos do valor da DEX 3659

considerados no Quadro 11.5, pois também estão deduzidos da receita operacional 3660

bruta. 3661

O resultado final indica que o sistema de esgotos sanitários é sempre deficitário, durante 3662

todo o período de planejamento. Esses déficits são maiores e se concentram no período 3663

das obras de curto prazo, assumindo valores entre R$ 480 mil. A partir de 2026, há uma 3664

redução nos déficits, que passam a assumir valores próximos a R$ 4 mil. O déficit total 3665

acumulado atinge R$2,8 milhões em 2038. 3666

Além do valor bruto, foi calculado o Valor Presente Líquido (VPL) do componente. O 3667

objetivo de tal procedimento é tornar o projeto comparável a outros de igual porte. A 3668

utilização de uma taxa de desconto pretende uniformizar, num único indicador, projetos de 3669

diferentes períodos de maturação e operação. Assim, é possível indicar não apenas se o 3670

projeto oferece uma atratividade mínima, mas também seu valor atual em relação a outras 3671

atividades concorrentes, orientando decisões de investimento. 3672

Foram utilizadas duas taxas de desconto. A taxa de 10% ao ano foi utilizada durante a 3673

maior parte das décadas passadas, sendo um padrão de referência para múltiplos órgãos 3674

governamentais e privados. Porém, com os elevados índices de inflação observados no 3675

final do século passado, esta taxa acabou substituída pela de 12%. 3676

Na atualidade, com os baixos níveis de taxas de juros praticados por órgãos 3677

governamentais, observa-se um retorno a padrões de comparação com descontos mais 3678

baixos, inclusive abaixo dos tradicionais 10%. Como uma taxa que reflita a percepção de 3679

juros de longo prazo não está consolidada optou-se por adotar as duas para fins de 3680

análise. 3681

Segundo esta ótica, os VPLs dos componentes descontados a 10% e 12% são negativos 3682

e assumem valores em torno de R$ 2 milhões e R$ 1,9 milhão, respectivamente. 3683

Como conclusão, pode-se afirmar que o sistema de esgotos sanitários não apresenta 3684

situação econômica e financeira sustentável. 3685

3686

-180-

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ENGECORPS

QUADRO 11.6 – RECEITAS E RESULTADO OPERACIONAL DO S.E.S. 3687

Ano Vol. Faturado

(m³)

Receitas Tarifárias Totais (R$) Custos (R$) Result.Operac.

(R$) Operacional Demais Receitas Dev Duvidosos Tributos Líquida INVEST DEX

2019 411.785 269.530,33 13.476,52 (13.476,52) (21.643,29) 247.887,04 520.416,67 211.132,09 (483.661,71)

2020 414.512 271.315,22 13.565,76 (13.565,76) (21.786,61) 249.528,61 520.416,67 212.530,26 (483.418,31)

2021 416.482 272.604,16 13.630,21 (13.630,21) (21.890,11) 250.714,04 500.416,67 213.539,92 (463.242,55)

2022 418.532 273.946,38 13.697,32 (13.697,32) (21.997,89) 251.948,48 500.416,67 214.591,33 (463.059,51)

2023 420.501 275.234,92 13.761,75 (13.761,75) (22.101,36) 253.133,56 255.833,33 215.600,69 (218.300,46)

2024 422.387 276.469,38 13.823,47 (13.823,47) (22.200,49) 254.268,89 255.833,33 216.567,68 (218.132,13)

2025 424.109 277.596,69 13.879,83 (13.879,83) (22.291,01) 255.305,68 255.833,33 217.450,74 (217.978,40)

2026 425.158 278.283,22 13.914,16 (13.914,16) (22.346,14) 255.937,07 255.833,33 217.988,52 (217.884,78)

2027 426.124 278.915,29 13.945,76 (13.945,76) (22.396,90) 256.518,39 42.083,33 218.483,64 (4.048,59)

2028 427.074 279.536,97 13.976,85 (13.976,85) (22.446,82) 257.090,15 42.083,33 218.970,63 (3.963,81)

2029 427.956 280.114,25 14.005,71 (14.005,71) (22.493,17) 257.621,08 42.083,33 219.422,83 (3.885,09)

2030 428.753 280.636,28 14.031,81 (14.031,81) (22.535,09) 258.101,19 42.083,33 219.831,75 (3.813,90)

2031 428.875 280.716,18 14.035,81 (14.035,81) (22.541,51) 258.174,67 42.083,33 219.894,34 (3.803,00)

2032 428.900 280.732,39 14.036,62 (14.036,62) (22.542,81) 258.189,58 42.083,33 219.907,04 (3.800,79)

2033 428.937 280.756,88 14.037,84 (14.037,84) (22.544,78) 258.212,10 42.083,33 219.926,22 (3.797,45)

2034 428.894 280.728,51 14.036,43 (14.036,43) (22.542,50) 258.186,01 42.083,33 219.904,00 (3.801,32)

2035 428.995 280.794,32 14.039,72 (14.039,72) (22.547,78) 258.246,54 42.083,33 219.955,55 (3.792,35)

2036 428.058 280.181,59 14.009,08 (14.009,08) (22.498,58) 257.683,00 42.083,33 219.475,58 (3.875,90)

2037 427.305 279.688,61 13.984,43 (13.984,43) (22.459,00) 257.229,61 42.083,33 219.089,41 (3.943,13)

2038 426.363 279.071,72 13.953,59 (13.953,59) (22.409,46) 256.662,27 42.083,33 218.606,18 (4.027,25)

Total 8.489.700 5.556.853,30 277.842,66 (277.842,66) (446.215,32) 5.110.637,98 3.570.000,00 4.352.868,42 (2.812.230,44)

VPL 10% 3.591.482 2.350.770,50 117.538,53 (117.538,53) (188.766,87) 2.162.003,63 2.308.626,62 1.841.436,89 (1.988.059,88)

VPL 12% 3.147.280 2.060.022,32 103.001,12 (103.001,12) (165.419,79) 1.894.602,53 2.152.858,13 1.613.684,15 (1.871.939,76)

-181-

Planos Municipais Específicos dos Serviços de Saneamento Básico - UGRHIs 15 e 18

Produto 4 (P4) – Plano Municipal Específico dos Serviços de Saneamento Básico – Município: Américo de Campos

1340-SSR-02-SA-RT-0004

ENGECORPS

11.3 SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 3688

11.3.1 Investimentos Necessários no Sistema de Resíduos Sólidos 3689

O resumo dos investimentos necessários ao logo de todo horizonte de projeto estão 3690

apresentados no Quadro 11.7. Deve-se ressaltar que, para efeito de estudos de 3691

sustentabilidade econômico-financeira do sistema, os investimentos foram divididos ano a 3692

ano, a partir de 2019, de modo equânime, abrangendo os tipos de intervenção utilizados 3693

nos Planos Específicos de Saneamento elaborados para a SSRH. Evidentemente que, 3694

assim como para os componentes água e esgoto, o enquadramento das obras de 3695

resíduos sólidos segundo a tipologia emergencial, de curto, médio e longo prazo 3696

dependerá das prioridades a serem estabelecidas pela Prefeitura do Município de 3697

Américo de Campos. 3698

QUADRO 11.7 – RESUMO DOS INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS NO SISTEMA DE 3699 RESÍDUOS SÓLIDOS – HORIZONTE DE PLANEJAMENTO 3700

Ano Tipologia

de Intervenção

Investimento na Implantação Investimento Previsto pra Disposição de RSD (R$)

Investimento Previsto pra Disposição de RCC (R$)

Investimento Previsto

para Tratamento de RSS (R$)

Total (R$) Usina de

Triagem e Compostagem -

RSD

Usina de Britagem -

RCC

2019 Emergencial

145.000,00 107.500,00 1.022.500,00 87.500,00 67.307,00 1.429.807,00

2020 145.000,00 107.500,00 1.022.500,00 87.500,00 67.535,00 1.430.035,00

2021 Curto Prazo

145.000,00 107.500,00 1.022.500,00 87.500,00 67.649,00 1.430.149,00

2022 145.000,00 107.500,00 1.022.500,00 87.500,00 67.774,00 1.430.274,00

2023

Médio Prazo

- - - - 67.899,00 67.899,00

2024 - - - - 68.025,00 68.025,00

2025 - - - - 68.139,00 68.139,00

2026 - - - - 68.139,00 68.139,00

2027 a

2038

Longo Prazo

- - - - 813.166,00 813.166,00

TOTAIS 580.000,00 430.000,00 4.090.000,00 350.000,00 1.360.000,00 6.810.000,00

3701

11.3.2 Despesas de Operação do Sistema de Resíduos Sólidos 3702

As despesas de operação foram calculadas segundo as curvas apresentadas no item 5.2 3703

anterior. Esses custos foram aplicados em todas as unidades a serem implantadas ou 3704

ampliadas, sem considerar o custo de transporte, conforme também já informado 3705

anteriormente. 3706

11.3.3 Despesas Totais do Sistema de Resíduos Sólidos 3707

No Quadro 11.8 apresenta-se o resumo dos investimentos necessários e das despesas 3708

de operação, ao longo de todo horizonte de projeto. 3709

-182-

Planos Municipais Específicos dos Serviços de Saneamento Básico - UGRHIs 15 e 18

Produto 4 (P4) – Plano Municipal Específico dos Serviços de Saneamento Básico – Município: Américo de Campos

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ENGECORPS

QUADRO 11.8 – RESUMO DOS INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS NO SISTEMA DE RESÍDUOS SÓLIDOS – HORIZONTE DE 3710 PLANEJAMENTO 3711

Ano Tipologia de Intervenção

Investimento na Implantação Investimento Previsto para Disposição de

RSD (R$)

Investimento Previsto para Disposição de

RCC (R$)

Investimento Previsto para

Tratamento de RSS (R$)

Investimento Previsto para operação e

manutenção (R$)

Total (R$) Usina de Triagem e Compostagem -

RSD

Usina de Britagem - RCC

2019 Emergencial

145.000,00 107.500,00 1.022.500,00 87.500,00 67.307,00 1.389.500,00 2.819.307,00

2020 145.000,00 107.500,00 1.022.500,00 87.500,00 67.535,00 1.389.500,00 2.819.535,00

2021 Curto Prazo

145.000,00 107.500,00 1.022.500,00 87.500,00 67.649,00 1.389.500,00 2.819.649,00

2022 145.000,00 107.500,00 1.022.500,00 87.500,00 67.774,00 1.389.500,00 2.819.774,00

2023

Médio Prazo

- - - - 67.899,00 1.389.500,00 1.457.399,00

2024 - - - - 68.025,00 1.389.500,00 1.457.525,00

2025 - - - - 68.139,00 1.389.500,00 1.457.639,00

2026 - - - - 68.139,00 1.389.500,00 1.457.639,00

2027 a 2038 Longo Prazo - - - - 813.166,00 16.674.000,00 17.487.166,00

TOTAIS 580.000,00 430.000,00 4.090.000,00 350.000,00 1.360.000,00 27.790.000,00 34.600.000,00

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ENGECORPS

11.3.4 Estudos de Sustentabilidade Econômico-Financeira do Sistema de 3712

Resíduos Sólidos 3713

Além das despesas apresentadas no subitem anterior, o sistema de resíduos sólidos 3714

também possui a capacidade de gerar receitas, através da comercialização da parcela 3715

reaproveitável dos resíduos gerados. 3716

O valor dessas receitas, no entanto, é altamente questionável. Em primeiro lugar, deve 3717

ser considerado como as mesmas serão apropriáveis: pelo município, por cooperativas de 3718

catadores, por empresas concessionárias, etc. Em segundo lugar, o valor atual de um 3719

mercado ainda incipiente não é um bom indicador das receitas futuras. Com a criação de 3720

volume consideráveis de resíduos recicláveis, é difícil prever a direção destes fluxos. 3721

Assim, as análises presentes devem ser entendidas apenas como um alerta sobre as 3722

possibilidades de aproveitamento econômico desta variável, com mercados que se 3723

formarão durante a vigência do Plano. 3724

Além do valor bruto, foi calculado o Valor Presente Líquido (VPL) do componente. O 3725

objetivo de tal procedimento é tornar o projeto comparável a outros de igual porte. A 3726

utilização de uma taxa de desconto pretende uniformizar, num único indicador, projetos de 3727

diferentes períodos de maturação e operação. Assim, é possível indicar não apenas se o 3728

projeto oferece uma atratividade mínima, mas também seu valor atual em relação a outras 3729

atividades concorrentes, orientando decisões de investimento. 3730

Foram utilizadas duas taxas de desconto. A taxa de 10% ao ano foi utilizada durante a 3731

maior parte das décadas passadas, sendo um padrão de referência para múltiplos órgãos 3732

governamentais e privados. Porém, com os elevados índices de inflação observados no 3733

final do século passado, esta taxa acabou substituída pela de 12%. 3734

Na atualidade, com os baixos níveis de taxas de juros praticados por órgãos 3735

governamentais, observa-se um retorno a padrões de comparação com descontos mais 3736

baixos, inclusive abaixo dos tradicionais 10%. Como uma taxa que reflita a percepção de 3737

juros de longo prazo não está consolidada optou-se por adotar as duas para fins de 3738

análise. 3739

11.3.4.1 Receitas por tipo de Unidade 3740

Embora a nova Política Nacional de Resíduos enfatize a diretriz de inclusão social dos 3741

catadores na gestão dos resíduos sólidos, o que praticamente induz ao repasse das 3742

receitas para os mesmos, as municipalidades precisam conhecer pelo menos sua ordem 3743

de grandeza. 3744

Assim, dependendo da forma de organização proposta, podem optar pelo repasse total ou 3745

mesmo parcial para as cooperativas mantendo, neste segundo caso, uma reserva 3746

monetária para a manutenção e reposição de recursos naturais. 3747

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ENGECORPS

Receitas de Central de Triagem 3748

As receitas unitárias resultantes da venda de materiais recicláveis gerados pelas 3749

atividades da central de triagem foram obtidas junto à CEMPRE (Compromisso 3750

Empresarial com Reciclagem) e à indústria Gerdau. O Quadro 11.9 apresenta os valores. 3751

QUADRO 11.9 – PREÇOS UNITÁRIOS DOS MATERIAIS RECICLÁVEIS 3752

Material Preço (R$/t) Condição

Papel Branco 600,00 Prensado

Outros Papéis/ Papelão 580,00 Prensado

Plástico Filme 800,00

Plástico Rígido 600,00 Limpo

Embalagem PET 1.400,00 Prensado

Embalagem Longa Vida 250,00 Prensado

Sucata de Aço 280,00 Limpo

Alumínio 3.500,00 Limpo e prensado

Vidro Incolor 150,00 Limpo

Vidro Colorido 150,00 Limpo

3753

Para a aplicação destes preços unitários, utilizam-se médias para adaptar esta relação à 3754

composição dos materiais encontrados no lixo urbano. 3755

Receitas de Usina de Compostagem 3756

A receita unitária resultante da venda de composto orgânico gerado pelas atividades da 3757

usina de compostagem foi obtida junto à entidade CEMPRE e está apresentada no 3758

Quadro 11.10. 3759

QUADRO 11.10 – PREÇOS UNITÁRIOS DO COMPOSTO ORGÂNICO 3760

Material Preço (R$/t) Condição

Composto Orgânico 150,00 Peneirado, sem impurezas e ensacado

3761

Receitas de Central de Britagem 3762

Embora os entulhos selecionados devidamente britados também apresentem valor 3763

comercial, já que podem ser aplicados como material de construção para peças não 3764

estruturais, prevê-se que sua maior utilização será mesmo nas obras de manutenção e 3765

recuperação de estradas vicinais. 3766

Portanto, como tais materiais apresentam restrição de aplicação na construção civil que 3767

precisaria ser fiscalizada resultando em custos adicionais para a municipalidade, 3768

considerou-se que não serão vendidos para terceiros e que, portanto, não acrescerão 3769

receitas aos cofres públicos. 3770

Assim, aplicando as receitas possíveis apresentadas aos resíduos gerados, obteve-se o 3771

valor da composição das receitas, apresentadas no Quadro 11.11. 3772

3773

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QUADRO 11.11 – RECEITAS DOS RESÍDUOS ORIUNDOS DA CENTRAL DE TRIAGEM E 3774 COMPOSTAGEM (R$) 3775

Ano Compostável Papel/

Papelão Plástico

Mole Plástico Rígido

PET Longa Vida

Metal Ferroso

Metal Não

ferroso Vidro Total

2019 1.656,58 992,14 625,92 993,19 220,71 65,69 103,00 367,85 29,78 5.054,85

2020 3.324,37 1.161,41 732,72 1.162,64 258,36 76,89 120,57 430,61 34,86 7.302,43

2021 4.994,96 1.329,57 838,80 1.330,97 295,77 88,03 138,03 492,95 39,91 9.548,99

2022 8.340,36 1.498,53 945,40 1.500,12 333,36 99,21 155,57 555,60 44,98 13.473,13

2023 11.141,03 1.668,11 1.052,39 1.669,88 371,08 110,44 173,17 618,47 50,07 16.854,66

2024 12.277,75 1.838,31 1.159,76 1.840,26 408,95 121,71 190,84 681,58 55,18 18.574,33

2025 13.416,34 2.008,79 1.267,31 2.010,92 446,87 133,00 208,54 744,78 60,29 20.296,84

2026 14.534,37 2.176,19 1.372,92 2.178,49 484,11 144,08 225,92 806,85 65,32 21.988,24

2027 15.652,40 2.343,59 1.478,53 2.346,07 521,35 155,16 243,30 868,91 70,34 23.679,65

2028 16.770,42 2.510,99 1.584,14 2.513,64 558,59 166,25 260,67 930,98 75,37 25.371,05

2029 17.888,45 2.678,38 1.689,75 2.681,22 595,83 177,33 278,05 993,04 80,39 27.062,45

2030 19.006,48 2.845,78 1.795,36 2.848,80 633,07 188,41 295,43 1.055,11 85,41 28.753,86

2031 20.094,23 3.008,65 1.898,11 3.011,84 669,30 199,20 312,34 1.115,49 90,30 30.399,45

2032 21.175,07 3.170,48 2.000,21 3.173,84 705,30 209,91 329,14 1.175,50 95,16 32.034,59

2033 22.255,90 3.332,31 2.102,30 3.335,84 741,30 220,62 345,94 1.235,50 100,02 33.669,73

2034 23.329,45 3.493,05 2.203,71 3.496,75 777,06 231,27 362,63 1.295,09 104,84 35.293,84

2035 24.407,48 3.654,46 2.305,54 3.658,33 812,96 241,95 379,38 1.354,94 109,69 36.924,73

2036 25.430,94 3.807,70 2.402,22 3.811,73 847,05 252,10 395,29 1.411,75 114,28 38.473,06

2037 26.451,40 3.960,49 2.498,61 3.964,68 881,04 262,21 411,15 1.468,40 118,87 40.016,87

2038 27.464,77 4.112,22 2.594,34 4.116,57 914,79 272,26 426,90 1.524,66 123,42 41.549,94

Total 329.612,74 51.591,13 32.548,08 51.645,78 11.476,84 3.415,73 5.355,86 19.128,07 1.548,46 506.322,68

VPL 10%

106.257,77 17.742,21 11.193,30 17.761,01 3.946,89 1.174,67 1.841,88 6.578,15 532,52 167.028,40

VPL 12%

88.120,85 14.960,27 9.438,21 14.976,12 3.328,03 990,48 1.553,08 5.546,71 449,02 139.362,78

3776

As receitas possíveis com a venda de recicláveis seriam em torno de R$ 250 mil. No 3777

entanto, dadas as limitações institucionais e, principalmente, a inexistência de uma cultura 3778

de reciclagem, adotar essa hipótese é difícil na prática. 3779

Apenas para efeito de simulação considerou-se simplificadamente que seja viável 3780

arrecadar 50% da receita tida, como possível, apresentada no quadro acima. Esse 3781

montante possível de arrecadação com rejeitos chega a cobrir cerca de 4,6% dos custos 3782

totais do componente, considerando apenas as implantações de novas unidades. 3783

O Quadro 11.12 apresenta o resumo dos investimentos e receitas previstos para os 3784

serviços relativos a resíduos sólidos. 3785

Essas possíveis receitas não excluem, no entanto, a necessidade de criação de outros 3786

mecanismos de arrecadação que possam garantir a sustentabilidade econômico-3787

financeira do sistema de resíduos sólidos de forma isolada. Entre outros mecanismos de 3788

arrecadação, pode-se citar a criação de uma taxa de lixo por domicílio, taxa essa indicada 3789

como uma possibilidade de receita, conforme predisposições constantes na Lei Nacional 3790

de Saneamento (nº 11.445/07). 3791

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ENGECORPS

QUADRO 11.12 – CUSTOS, INVESTIMENTOS E RECEITAS POSSÍVEIS (R$) – RESÍDUOS SÓLIDOS 3792

ANO

Despesas de Implantação do Sistema de Resíduos Sólidos

Operação e Manutenção

Despesas totais

Receitas possíveis

Total despesas

RSD RCC RSD RCC RSS Venda dos Recicláveis

Taxa de Limpeza Pública

2019 1.167.500 195.000 1.376.000 13.500 67.307 2.819.307 2.527 68.638 -2.753.196

2020 1.167.500 195.000 1.376.000 13.500 67.535 2.819.535 3.651 70.011 -2.753.175

2021 1.167.500 195.000 1.376.000 13.500 67.649 2.819.649 4.774 71.411 -2.753.012

2022 1.167.500 195.000 1.376.000 13.500 67.774 2.819.774 6.737 72.839 -2.753.671

2023 0 0 1.376.000 13.500 67.899 1.457.399 8.427 74.296 -1.391.530

2024 0 0 1.376.000 13.500 68.025 1.457.525 9.287 75.782 -1.391.030

2025 0 0 1.376.000 13.500 68.139 1.457.639 10.148 77.298 -1.390.490

2026 0 0 1.376.000 13.500 68.139 1.457.639 10.994 78.844 -1.389.790

2027 0 0 1.376.000 13.500 68.139 1.457.639 11.840 80.420 -1.389.058

2028 0 0 1.376.000 13.500 68.139 1.457.639 12.686 82.029 -1.388.296

2029 0 0 1.376.000 13.500 68.139 1.457.639 13.531 83.669 -1.387.501

2030 0 0 1.376.000 13.500 68.139 1.457.639 14.377 85.343 -1.386.673

2031 0 0 1.376.000 13.500 68.036 1.457.536 15.200 87.050 -1.385.686

2032 0 0 1.376.000 13.500 67.922 1.457.422 16.017 88.791 -1.384.649

2033 0 0 1.376.000 13.500 67.820 1.457.320 16.835 90.566 -1.383.588

2034 0 0 1.376.000 13.500 67.706 1.457.206 17.647 92.378 -1.382.475

2035 0 0 1.376.000 13.500 67.615 1.457.115 18.462 94.225 -1.381.352

2036 0 0 1.376.000 13.500 67.387 1.456.887 19.237 96.110 -1.380.014

2037 0 0 1.376.000 13.500 67.170 1.456.670 20.008 98.032 -1.378.646

2038 0 0 1.376.000 13.500 66.954 1.456.454 20.775 99.993 -1.377.236

TOTAL 4.670.000,00 780.000,00 27.520.000,00 270.000,00 1.360.000,00 34.600.000,00 253.161,34 1.667.723,44 -33.181.070,90

VPL 10% R$ 3.700.817,91 R$ 618.123,76 R$ 11.714.663,68 R$ 114.933,11 R$ 577.188,28 R$ 16.725.726,74 R$ 83.514,20 R$ 668.468,62 -R$ 16.140.772,32

VPL 12% R$ 3.546.105,36 R$ 592.283,12 R$ 10.277.954,43 R$ 100.837,49 R$ 506.355,00 R$ 15.023.535,40 R$ 69.681,39 R$ 580.647,92 -R$ 14.512.568,87

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12. RESUMO DOS ESTUDOS DE SUSTENTABILIDADE 3794

ECONÔMICO-FINANCEIRA 3795

De acordo com os estudos efetuados para os quatro componentes dos serviços de 3796

saneamento do município, podem-se resumir alguns dados e conclusões, como 3797

apresentado no Quadro 12.1. 3798

QUADRO 12.1 – RESUMO DOS ESTUDOS DE SUSTENTABILIDADE ECONÔMICO-3799 FINANCEIRA SEGUNDO O PMSB-PERÍODO 2019-2038 3800

Componentes Investimentos

(R$)

Despesas de Exploração

(R$)

Despesas Totais

(R$)

Receitas Totais (R$)

Conclusões

Água 3.570.000,00 4.352.868,42 7.922.868,42 5.110.637,98

A princípio, o sistema não é viável. Somente com readequação tarifária ou com a obtenção de repasses a fundo perdido, o sistema tornar-se-á viável isoladamente.

Esgoto 6.560.000,00 4.726.304,85 11.286.304,85 2.589.572,60

A princípio, o sistema não é viável. Somente com readequação tarifária ou com a obtenção de repasses a fundo perdido, o sistema tornar-se-á viável isoladamente.

Resíduos Sólios

5.450.000,00 29.150.000,00 34.600.000,00 1.920.884,78

A princípio, o sistema não é viável. É necessária a criação de uma taxa pela prestação dos serviços e recursos a fundo perdido.

TOTAIS 12.010.000,00 38.229.173,27 53.809.173,27 9.621.095,36 -

Nota DEX- valores brutos 3801

Conforme pode ser verificado no Quadro 12.1, atualmente as receitas totais dos sistemas 3802

de esgoto e resíduos sólidos, derivadas das tarifas médias praticadas e da taxa de 3803

limpeza, respectivamente, são muito inferiores às despesas de exploração dos sistemas. 3804

Essa realidade torna o sistema inviável, uma vez que por todo o horizonte de 3805

planejamento o mesmo será deficitário, dificultando a obtenção de recursos financeiros 3806

para a realização dos investimentos, uma vez que está comprovado que o município, a 3807

partir das receitas totais, não terá como arcar com o financiamento. 3808

A análise da sustentabilidade econômico-financeira de cada componente de forma isolada 3809

está de acordo com o artigo 29 da Lei 11.445/2007, que estabelece que os serviços 3810

públicos de saneamento básico tenham essa sustentabilidade assegurada, sempre que 3811

possível, mediante a cobrança dos serviços da seguinte forma: 3812

abastecimento de água e esgotamento sanitário – preferencialmente na forma de 3813

tarifas e outros preços públicos, que poderão ser estabelecidos para cada um dos 3814

serviços ou para ambos conjuntamente; 3815

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limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos urbanos – na forma de taxas ou tarifas e 3816

outros preços públicos, em conformidade com o regime de prestação de serviço ou de 3817

suas atividades; 3818

No caso específico de Américo de Campos, as incidências porcentuais dos serviços são 3819

as seguintes, conforme apresentado no Quadro 12.2. 3820

QUADRO 12.2 – INCIDÊNCIAS PORCENTUAIS DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO 3821 SEGUNDO O PMESSB-PERÍODO 2019-2038 3822

Componentes Investimentos (%) Despesas de Exploração

(%)

Despesas Totais

(%) Conclusões

Água 30% 11% 15%

Os investimentos em água são inferiores à aqueles de esgoto; as despesas de exploração são praticamente iguais.

Esgoto 55% 12% 21%

Verifica-se maior volume de investimento para o sistema uma vez que será necessária a construção de uma nova ETE e ampliação do sistema visando à universalização e acompanhamento do crescimento populacional.

Resíduos Sólidos 45% 76% 64% As despesas de exploração são maiores que os demais sistemas.

TOTAIS 100% 100% 100%

3823

Como conclusão, pode-se afirmar, com base nos dados desse PMESSB de Américo de 3824

Campos, que as despesas totais em resíduos representam cerca de 64% dos serviços de 3825

saneamento. A representatividade para os serviços de água e esgoto juntos atinge 36% 3826

do valor total previsto para exploração dos sistemas. 3827

Os dados resultantes, com relação aos custos unitários dos serviços, em termos de 3828

investimentos e despesas de exploração, estão indicados no Quadro 12.3. 3829

QUADRO 12.3 – RESUMO DE CUSTOS UNITÁRIOS DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO 3830 SEGUNDO O PMESSB-PERÍODO 2019-2038 3831

Componentes

Custos Unitários Atuais

(R$ /unidade)

Custos Unitários Estimados

(R$ /unidade)

Despesas Totais

(R$/domicílio/mês)

Água 0,65/m³ faturado 1,10/m³ faturado 19,80

Esgoto 0,31/m³ faturado 1,33/m³ faturado 19,15

Resíduos Sólidos - 23,46hab/mês 70,38

TOTAIS - - 109,33

3832

3833

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12.1 METODOLOGIAS PARA O CÁLCULO DOS CUSTOS DA PRESTAÇÃO DOS 3834

SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO DO MUNICÍPIO 3835

Nesse item serão abordadas metodologias para a realização do cálculo dos custos e de 3836

maneiras de tarifação que poderão ser utilizadas pelo município para a prestação dos 3837

serviços de saneamento básico no município. Ressalta-se que para os sistemas de 3838

abastecimento de água e esgotamento sanitário não serão abordadas metodologias já 3839

que os sistemas já possuem sistemas tarifários bem definidos pelos prestadores de 3840

serviços. 3841

12.1.1 Metodologias Para O Cálculo Dos Custos Da Prestação Dos Serviços De 3842

Limpeza Urbana E Manejo De Resíduos Sólidos 3843

Em função da complexidade dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo de 3844

resíduos sólidos e a consequente necessidade de destacamento de significativa parcela 3845

de recursos públicos para o setor, a PNRS estabelece que, para que esses serviços 3846

tenham garantida a sua sustentabilidade, devem ser criados mecanismos que assegurem 3847

a recuperação dos custos dos serviços prestados. 3848

Da mesma forma, a lei nº 11.445/2007 que estabelece as diretrizes nacionais para o 3849

saneamento básico incluiu dentre os princípios fundamentais a serem observados na 3850

prestação dos serviços a eficiência e a sustentabilidade econômica. Outros artigos da 3851

mesma lei reforçam a importância desse princípio, impondo, por exemplo, sua 3852

observância nos contratos de prestação do serviço. É neste sentido que os serviços 3853

públicos de saneamento básico terão a sustentabilidade econômico-financeira 3854

assegurada, sempre que possível, mediante remuneração pela sua prestação ou 3855

disponibilização. 3856

Conforme apresentado no PMESSB, o município de Américo de Campos cobra uma taxa 3857

no boleto do IPTU dos domicílios situados em área urbana, sendo que o valor arrecadado 3858

anualmente não cobre os valores gastos pelo município com os serviços de limpeza 3859

urbana e manejo de resíduos sólidos. 3860

Desta forma, se faz necessária a instituição de uma taxa de coleta e remoção do lixo 3861

urbano. Neste contexto, há alguns desafios a serem vencidos e que devem ser 3862

considerados nas metodologias propostas para o cálculo da taxa, como: 3863

Ampliar a autossuficiência econômica do setor conforme determina a Lei n.º 3864

11.445/07, isto é, diminuir o déficit operacional; 3865

Observar o princípio do poluidor-pagador, que busca atribuir o ônus das despesas 3866

proporcionalmente à capacidade do agente de gerar resíduos; 3867

Observar o princípio da isonomia (CF, art. 150, II); 3868

Observar o princípio da capacidade contributiva (CF, art. 145, § 1º). 3869

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De acordo com a Constituição Federal, a lei, em princípio, não deve dar tratamento 3870

desigual a contribuintes que se encontrem em situação equivalente (CF, art. 150, II). O 3871

tributo progressivo, com alíquotas crescentes por faixas de renda, por exemplo, não fere o 3872

princípio da isonomia. A igualdade aparece aqui de forma bastante elaborada na 3873

proporcionalidade da incidência em função da utilidade marginal da riqueza. Em outras 3874

palavras, quanto maior a disponibilidade econômica, maior será a parcela desta com 3875

utilizações distantes das essenciais e próximas do consumo supérfluo, logo maior a 3876

produção de resíduos sólidos e consequentemente de custo aos serviços de coleta e 3877

remoção de lixo, contemplando, aqui, inclusive o inciso IV, § 1º do art. 29 da lei n.º 3878

11.445/2007, que dispõe que a instituição da taxa de coleta e remoção do lixo deve, 3879

dentre outros objetivos, inibir o consumo supérfluo e o desperdício de recursos. 3880

Faz parte da isonomia também tratar os desiguais de modo desigual, devendo, assim, o 3881

tributo ser cobrado de acordo com as possibilidades econômicas de cada um (CF, art. 3882

145, § 1º). Não existe unanimidade quanto ao entendimento acerca da capacidade 3883

contributiva ou capacidade econômica do contribuinte. 3884

É importante ressaltar que, de acordo com o Supremo Tribunal Federal – STF, as taxas 3885

cobradas em razão exclusivamente dos serviços públicos de coleta, remoção e 3886

tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis são constitucionais, 3887

ao passo que é inconstitucional a cobrança de valores tidos como taxa em razão de 3888

serviços de conservação e limpeza de logradouros e bens públicos. 3889

12.1.1.1 Metodologias de Cálculo da Taxa de Coleta de Lixo 3890

A seguir são apresentadas algumas metodologias que poderão ser adotadas pelo 3891

município para cálculo da taxa desses serviços, que seguem as diretrizes estabelecidas 3892

pela lei nº 11.445/2007, que estabelece que os serviços de limpeza urbana e manejo de 3893

resíduos sólidos urbanos deverão apresentar sustentabilidade econômico-financeira 3894

assegurada, sempre que possível, mediante remuneração pela cobrança dos serviços por 3895

meio de taxas ou tarifas e outros preços públicos, em conformidade com o regime de 3896

prestação do serviço ou de suas atividades. 3897

12.1.1.2 Rateio dos custos pelo número de economias 3898

A metodologia de cálculo de custos por número de economia foi elaborada pelo IBAM 3899

(2001) em parceria com o Governo Federal. Essa metodologia define o cálculo utilizando 3900

o valor unitário da Taxa de Coleta de Lixo (TCL), obtido pela divisão do custo total anual 3901

ou mensal da coleta de lixo domiciliar pelo número de domicílios existentes no município. 3902

TCL = Custo total anual ou mensal de coleta de lixo domiciliar 3903

Número de domicílios existentes no município 3904

3905

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Este método apresenta como vantagem sua simplicidade. No entanto, não considera a 3906

capacidade de pagamento do contribuinte e não atribui o pagamento ao real gerador de 3907

resíduos sólidos. 3908

Desta maneira, o IBAM (2001) recomenda que sejam analisados outros fatores, como o 3909

fator social, que é função do poder aquisitivo médio dos moradores de determinadas 3910

regiões e que torna a cobrança mais socialmente justa. Também é recomendado avaliar o 3911

fator operacional, que considera como as peculiaridades de cada imóvel por conta de sua 3912

tipologia (comercial, residencial, etc.) ou localização (densidade demográfica, topografia, 3913

pavimentação, etc.) afeta o esforço, em pessoal ou equipamento, empregado no sistema. 3914

12.1.1.3 Cálculo baseado na tipologia do gerador 3915

Na aplicação desta metodologia é necessário realizar um cadastro dos geradores 3916

comerciais e industriais, que deve ser atualizado anualmente. Este cadastro deve 3917

apresentar informações como quantidades geradas, caracterização dos resíduos, dentre 3918

outras informações que possam ser relevantes. 3919

O gerador cadastrado será classificado como pequeno, médio ou grande gerador, 3920

conforme apresentado a seguir. 3921

Pequeno Gerador 3922

São considerados pequenos geradores os domicílios, estabelecimentos comerciais, 3923

prestadores de serviço e indústrias que geram quantidades de resíduos inferiores a 3924

100 l/dia. 3925

Para esta tipologia de gerador, o cálculo da taxa deve ser realizado de acordo com a 3926

seguinte fórmula: 3927

TCLPG = Custos com a coleta convencional (R$)_____________ 3928

Número de usuários (residências, comércios e serviços) 3929

Para os pequenos geradores, a prefeitura se responsabilizará pela retirada de resíduos 3930

domiciliares; materiais de varredura domiciliar; resíduos originários de restaurantes, 3931

bares, hotéis, quartéis, mercados, matadouros, abatedouros, cemitérios, recinto de 3932

exposições, edifícios públicos em geral e, até 100 l, os de estabelecimentos comerciais e 3933

industriais; restos de limpeza e de poda de jardim, desde que caibam em recipientes de 3934

100 l; restos de móveis, de colchões, de utensílios, de mudanças e outros similares, em 3935

pedaços, que fiquem contidos em recipiente de até 100 l; animais mortos, de pequeno 3936

porte. 3937

Médio gerador 3938

Enquadram-se na categoria de médio gerador os estabelecimentos comerciais e 3939

industriais que geram entre 100 e 200l/dia de resíduos sólidos. Para esta tipologia de 3940

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gerador, a taxa é calculada com base em alíquotas fixas incidentes sobre o valor locativo 3941

anual dos imóveis, na porcentagem de 1,5%. Destaca-se que o valor locativo anual dos 3942

prédios representa 10% do valor venal. 3943

Valor locativo (R$) = 10% x Valor venal (R$) 3944

3945

TCLMG (R$) = 1,5 x Valor locativo (R$) 3946

Grande gerador 3947

Considera-se grande gerador os estabelecimentos comerciais e industriais que geram 3948

mais de 200l/dia de resíduos sólidos. 3949

Para esta tipologia de gerador, a taxa é calculada com base em alíquotas fixas incidentes 3950

sobre o valor locativo anual dos imóveis, na porcentagem de 3%. Destaca-se que o valor 3951

locativo anual dos prédios representa 10% do valor venal. 3952

Valor locativo (R$) = 10% x Valor venal (R$) 3953

3954

TCLGG (R$) = 3% x Valor locativo (R$) 3955

Os médios e grandes geradores que tiverem interesse que a prefeitura colete seus 3956

resíduos, deverão proceder à comunicação formal e se cadastrar junto à administração 3957

pública do município. Nestes casos, a Prefeitura poderá realizar a retirada dos seguintes 3958

materiais, mediante pagamento: 3959

Animais mortos de grande porte; 3960

Móveis, colchões, utensílios, sobras de mudanças e outros similares, cujos 3961

volumes excedam o limite de 100 l/dia; 3962

Restos de limpeza e de poda que excedam o volume de 100 l; 3963

Resíduos industriais ou comerciais, não perigosos, de volume superior a 100 l; 3964

Entulho, terra e sobras de materiais de construção de volume superior a 50 l. 3965

3966

12.1.1.4 Cálculo baseado no consumo de água 3967

Estudos indicam que a geração de resíduos sólidos está associada a fatores como renda, 3968

idade e nível educacional. No entanto, pesquisas mostram que há uma correlação entre 3969

consumo de água por economias e geração de resíduos. 3970

D’ella (2000 apud Onofre, 2011) propõe uma metodologia que inclui o volume de água 3971

consumido por economia ao cálculo da taxa de coleta de lixo, conforme equação a seguir: 3972

TCL (R$) = (Consumo de água da economia (m³)) x custo dos serviços (R$) 3973

(Consumo de água total no município (m³)) 3974

3975

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12.1.1.5 Formas de Cobrança da Taxa de Coleta de Lixo 3976

A escolha pela melhor forma de cobrança pelos serviços de limpeza urbana deverá ser 3977

realizada de acordo com as especificidades do município, devendo ser instituída por 3978

legislação municipal. 3979

12.2 CONCLUSÕES 3980

Como conclusões finais do estudo, tem-se: 3981

Os investimentos no sistema de resíduos sólidos representa cerca de 45% dos 3982

serviços de saneamento, sendo que os de água, esgoto e drenagem representam 3983

juntos, cerca de 78% do total previsto para exploração dos sistemas. Esses valores 3984

elevados refletem à construção de uma nova ETE e implementação de redes coletoras 3985

de esgoto, visando alcançar a universalização do serviço e à construção de um novo 3986

aterro com vida útil para os 20 anos de horizonte de planejamento e que caso o 3987

município, em conjunto com outros municípios, optarem pela solução consorciada 3988

esse valor deverá ser menor; 3989

Os custos de água/esgoto conforme praticados atualmente são insuficientes para 3990

suprir as despesas com os serviços, devendo ser aumentados para patamares 3991

próximos dos estimados neste estudo, nos quais a tarifa de água assume valor em 3992

torno de 1,10/m³ faturado e a de esgoto 1,33/m³ faturado. Isso é evidente quando as 3993

despesas de exploração dos sistemas são superiores as tarifas mínimas. Ressalta-se 3994

que também pode ser prevista uma relação entre os dois sistemas, com tarifas que 3995

permitam um auxiliar o outro, conforme necessidade, de modo a tornar ambos os 3996

sistemas sustentáveis; 3997

Caso o município optar por um novo modelo tarifário para os sistemas de 3998

abastecimento de água e esgotamento sanitário, ressalta-se que, deverá ser realizado 3999

um estudo mais abrangente para a efetivação da nova tarifa e o município também 4000

pode optar pela mudança gradativa do valor da tarifa, aconselha-se em 5 anos, 4001

devendo apenas considerar que o valor poderá ser superior ao informado. 4002

Os custos de resíduos sólidos estão num montante elevado pela adoção de solução 4003

individual; esse valor deve diminuir caso se adote um consórcio com outros municípios 4004

com disposição em unidades regionais. Ressalta-se também que à manutenção da 4005

taxa aplicada irá resultar em um sistema deficitário, sendo assim, necessária uma 4006

revisão da tarifa aplicada; 4007

Outra alternativa que pode tornar os sistemas viáveis (água, esgoto, resíduos e 4008

drenagem) é a obtenção de recursos a fundo perdido para viabilização das 4009

proposições. 4010

4011

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Ainda que seja recomendável a revisão de custos das despesas de exploração dos 4012

sistemas de água e esgotos para melhor adequação à nova realidade, os valores 4013

resultantes certamente deverão ser compatíveis com a capacidade de pagamento da 4014

população local. 4015

13. PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES 4016

Alguns programas deverão ser instituídos para que as metas estabelecidas no Plano 4017

Municipal Específico dos Serviços de Saneamento Básico possam ser cumpridas. Esses 4018

programas compreendem medidas estruturais, isto é, com intervenções diretas nos 4019

sistemas, e, medidas estruturantes, que possibilitam a adoção de procedimentos e 4020

intervenções de modo indireto, constituindo-se um acessório importante na 4021

complementação das medidas estruturais. 4022

São apresentados, a seguir, alguns programas, descritos de modo sucinto, que podem 4023

ser (ou já estão sendo) aplicados a qualquer município integrante da UGRHI 15. Tendo 4024

em vista a premente necessidade da redução de perdas nos sistemas de distribuição dos 4025

municípios integrantes dessa UGRHI, considerou-se o Programa de Redução de Perdas 4026

como o mais importante dentre os programas abordados. 4027

13.1 PROGRAMAS GERAIS APLICADOS ÀS ÁREAS DE SANEAMENTO 4028

13.1.1 Programa de Redução de Perdas 4029

A implementação de um Programa de Redução de Perdas pressupõe, como ponto de 4030

partida, a elaboração de um projeto executivo do sistema de distribuição, já que a maioria 4031

dos municípios não dispõe ainda desse importante produto. Como resultado, nesse 4032

projeto deverão constar: a setorização da rede, em que fiquem estabelecidos os setores 4033

de abastecimento, os setores de manobra, os setores de rodízio e, se possível, os 4034

distritos pitométricos. Além disso, paralelamente, é conveniente, efetuar o cadastro das 4035

instalações existentes. 4036

Com esse projeto, além das intervenções fundamentais no sistema de distribuição, que 4037

abranjam eventuais reformas e/ou ampliações em estações elevatórias, adutoras de água 4038

tratada, podem-se estabelecer ações paralelas relativas ao Programa de Redução de 4039

Perdas, considerando a meta a ser atingida, com intervenções complementares no âmbito 4040

do programa. A meta a ser atingida, no caso do município de Américo de Campos, 4041

pressupõe reduzir o índice de perdas até 25% até o ano de 2038. 4042

Em relação às perdas reais (físicas), as medidas fundamentais visam ao controle de 4043

pressões, à pesquisa de vazamentos, à redução no tempo de reparo dos mesmos e ao 4044

gerenciamento da rede. Quanto às perdas aparentes (não físicas), as intervenções se 4045

suportam na otimização da gestão comercial, pois elas ocorrem em função de erros na 4046

macro e na micromedição, nas fraudes, nas ligações clandestinas, no desperdício pelos 4047

consumidores sem hidrômetros, nas falhas de cadastro, etc. 4048

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De um modo geral, considerando-se a situação de todos os municípios da UGRHI 15, os 4049

procedimentos básicos podem ser sintetizados, conforme apresentado a seguir, aplicáveis 4050

indistintamente a todos os municípios, com algumas diversificações em alguns 4051

procedimentos, em função do porte do município e das características gerais do sistema 4052

de abastecimento de água: 4053

AÇÕES GERAIS 4054

elaboração de um Plano Diretor de Controle e Redução de Perdas e do Projeto 4055

Executivo do Sistema de Distribuição, com as ampliações necessárias, com 4056

enfoque na implantação da setorização e equacionamento da macro e 4057

micromedição; 4058

elaboração e disponibilização de um cadastro técnico do sistema de 4059

abastecimento de água, em meio digital, com atualização contínua; 4060

implantação de um sistema informatizado para controle operacional. 4061

REDUÇÃO DAS PERDAS REAIS 4062

redução da pressão nas canalizações, com instalação de válvulas redutoras de 4063

pressão com controladores inteligentes; 4064

pesquisa de vazamentos na rede, com utilização de equipamentos de detecção de 4065

vazamentos tais como geofones mecânicos, geofones eletrônicos, correlacionador 4066

de ruídos, haste de escuta, etc.; 4067

minimização das perdas inerentes à distribuição, nas operações de manutenção, 4068

quando é necessária a despressurização da rede e, em muitas situações, a 4069

drenagem total da mesma, através da instalação de registros de manobras em 4070

pontos estratégicos, visando a permitir o isolamento total de no máximo 3 km de 4071

rede; 4072

monitoramento dos reservatórios, com implantação de automatização do 4073

liga/desliga dos conjuntos elevatórios que recalcam para os mesmos, além de 4074

dispositivos que permitam a sinalização de alarme de níveis máximo e mínimo; 4075

troca de trechos de rede e substituição de ramais com vazamentos; 4076

eventual instalação de inversores de frequência em estações elevatórias ou 4077

boosters, para redução de pressões no período noturno. 4078

REDUÇÃO DE PERDAS APARENTES 4079

planejamento e troca de hidrômetros, estabelecendo-se as faixas de idade e o 4080

cronograma de troca, com intervenção também em hidrômetros parados, 4081

embaçados, inclinados, quebrados e fraudados; 4082

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seleção das ligações que apresentam consumo médio acima do consumo mínimo 4083

taxado e das ligações de grandes consumidores, para monitoramento sistemático; 4084

substituição, em uma fase inicial, dos hidrômetros das ligações com consumo 4085

médio mensal entre o valor mínimo (10 m³) e o consumo médio mensal do 4086

município (por ligação); 4087

atualização do cadastro dos consumidores, para minimização das perdas 4088

financeiras provocadas por ligações clandestinas e fraudes, alteração do imóvel 4089

de residencial para comercial ou industrial e controle das ligações inativas; 4090

estudos e instalação de macromedidores setoriais, para avaliação do consumo 4091

macromedido para confronto com o consumo micromedido, resultando um 4092

planejamento mais adequado de intervenções em setores com índices de perdas 4093

maiores. 4094

Redução de Perdas Resultantes de Desperdícios 4095

Esta linha de ação visa articular a iniciativa privada, o poder público e a sociedade civil, 4096

nas suas diversas formas de organização, a aderir ao Programa e promover uma 4097

alteração no comportamento quanto à utilização da água. 4098

Esta linha de ação pode ser subdividida em 3 (três) projetos: 4099

Estabelecimento de uma política tarifária adequada; 4100

Incentivos à adoção de equipamentos de baixo consumo, através de crédito 4101

subsidiado, descontos, distribuição gratuita de kits de conservação e assistência 4102

técnica; e 4103

Campanhas de informação, mobilização e educação da sociedade através de um 4104

Programa de Uso Racional da Água. 4105

Além dessas atividades supracitadas, são necessárias melhorias no gerenciamento, com 4106

incremento da capacidade de acompanhamento e controle, atrelado a um treinamento 4107

eficiente de operadores e técnicos responsáveis pela operação e manutenção dos 4108

sistemas. 4109

13.1.2 Programa de utilização Racional da Água e Energia 4110

A utilização racional da água e da energia elétrica constitui-se em um dos complementos 4111

essenciais ao Programa de Redução de Perdas, tendo em vista a política de conservação 4112

da água e da energia estabelecida em projetos efetuados para esse fim. No âmbito da 4113

utilização racional da água, os municípios devem elaborar programas que resultem em 4114

economia de demandas, com planejamento de intervenções voltadas diretamente para os 4115

locais de consumo, como é o caso de escolas, hospitais, universidades, áreas comerciais 4116

e industriais e domicílios propriamente ditos. 4117

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A elaboração desse programa para qualquer município da UGRHI 15 pode se basear no 4118

Programa Pura – Programa de Uso Racional da Água, elaborado em 1996 pela Cia de 4119

Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP. Esse programa adotou uma 4120

política de incentivo ao uso racional da água, com ações tecnológicas e mudanças 4121

culturais. Em abril de 2009, a SABESP lançou a cartilha “O Uso Racional da Água”, que, 4122

além de trazer diversas informações, relata os casos de sucesso adotados por empresas 4123

e instituições que reduziram o consumo de água em suas unidades. Essa cartilha está 4124

disponível para consulta no site www.sabesp.com.br. 4125

Com relação à utilização de energia elétrica em sistemas de saneamento básico, o 4126

PROCEL – Programa de Conservação de Energia Elétrica, criado pela ELETROBRAS em 4127

1985, estabeleceu, em 1997, uma meta de redução de 15% no desperdício de energia 4128

elétrica. Para isso, esquematizou ações relativas à modulação de carga, controle de 4129

vazões de recalque, dimensionamento adequado de equipamentos eletromecânicos e 4130

automação operacional de sistemas com gerenciamento e supervisão “on-line”. 4131

As intervenções necessárias em sistemas de abastecimento de água estavam, originaria 4132

e prioritariamente, relacionadas com a otimização do funcionamento dos conjuntos 4133

motobombas dos sistemas de recalque, onde o consumo de energia atinge até 95% do 4134

custo total, aumentando os custos de exploração. 4135

Em 2003, a ELETROBRAS/PROCEL instituiu o PROCEL SANEAR – Programa de 4136

Eficiência Energética em Saneamento Ambiental, que atua de forma conjunta com o 4137

Programa Nacional de Combate ao Desperdício de Água – PNCDA e o Programa de 4138

Modernização do Setor de Saneamento – PMSS, ambos coordenados pela Secretaria 4139

Nacional de Saneamento Ambiental – SNSA, vinculada ao Ministério das Cidades. Entre 4140

os principais objetivos do programa, estão a promoção de ações que visem ao uso 4141

eficiente da energia elétrica e água em sistemas de saneamento ambiental, incluindo os 4142

consumidores; o incentivo ao uso eficiente dos recursos hídricos, como estratégia de 4143

prevenção de escassez de água destinada à geração hidrelétrica; e a contribuição para a 4144

universalização dos serviços de saneamento ambiental, com menores custos para a 4145

sociedade e benefícios adicionais nas áreas de saúde e meio ambiente. 4146

Outras várias medidas podem ser tomadas, como a identificação das áreas com consumo 4147

elevado de energia elétrica e consequente adoção de procedimentos técnicos e 4148

operacionais mais adequados. Além disso, a redução dos custos com energia elétrica 4149

pode ser obtida, também, com o conhecimento detalhado do sistema tarifário, adotando- 4150

se a melhor forma de fornecimento de energia, em função das várias opções existentes 4151

(tarifas convencional, horo-sazonal, azul e verde). 4152

4153

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13.1.3 Programa de Reúso da Água 4154

Outro programa de importância que pode ser adotado no município é o Programa de 4155

Reúso da Água, com o objetivo de economizar água e até otimizar a disposição em 4156

cursos d’água. A água de reúso pode ser produzida pelas estações de tratamento de 4157

esgotos, podendo ser utilizada com inúmeras finalidades, quais sejam, na limpeza de ruas 4158

e praças, na limpeza de galerias de águas pluviais, na desobstrução de redes de esgotos, 4159

no combate a incêndios, no assentamento de poeiras em obras de execução de aterros e 4160

em terraplenagem, em irrigação para determinadas culturas, etc. 4161

Isso significa que existirá a possibilidade de reaproveitamento de efluentes finais que 4162

apresentam redução de cerca de 80% da carga orgânica em relação ao esgoto bruto, com 4163

utilizações onde não se necessita da água potabilizada, conforme relacionado 4164

anteriormente. Evidentemente, as utilizações dependem de inúmeras circunstâncias que 4165

envolvem custos, condições operacionais, características qualiquantitativas da água de 4166

reúso e demais condições específicas, dependendo dos locais de utilização. 4167

A adoção de um programa para reutilização da água pode ser iniciada estabelecendo-se 4168

contato com o Centro Internacional de Referência em Reúso da Água – CIRRA, que é 4169

uma entidade sem fins lucrativos, vinculada ao Departamento de Engenharia Hidráulica e 4170

Sanitária da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Com o objetivo de 4171

promover e disponibilizar recursos técnicos e humanos para estimular práticas 4172

conservacionistas, essa entidade tem como funções básicas desenvolver pesquisas e 4173

tecnologias adequadas, proporcionar treinamento e divulgar informações visando à 4174

promoção, à institucionalização e à regulamentação da prática do reúso no Brasil. A 4175

assessoria técnica é direcionada ao setor público e ao setor privado, com promoção de 4176

cursos e treinamento. 4177

A estrutura do CIRRA permite a realização de convênios com instituições públicas e 4178

privadas, para desenvolvimento de temas pertinentes ao reúso de água, sob diversos 4179

aspectos relacionados à gestão ambiental, desde o uso otimizado dos recursos hídricos a 4180

tecnologias de tratamento e minimização da geração de efluentes. 4181

13.1.4 Programa Município Verde Azul 4182

Dentre os programas de interesse de que o Município de Américo de Campos participa, 4183

pode-se citar o Projeto Município Verde Azul da Secretaria do Meio Ambiente (SMA). O 4184

programa, lançado em 2007 pelo governo de São Paulo, tem por objetivo ganhar 4185

eficiência na gestão ambiental através da descentralização e valorização da base da 4186

sociedade. Além disso, visa a estimular e capacitar as prefeituras a implementarem e 4187

desenvolverem uma Agenda Ambiental Estratégica. Ao final de cada ciclo anual é 4188

avaliada a eficácia dos municípios na condução das ações propostas na Agenda. A partir 4189

dessa avaliação, são disponibilizados à SMA, ao Governo do Estado, às Prefeituras e à 4190

população o Indicador de Avaliação Ambiental – IAA. 4191

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Trata-se de um programa que propõe 10 diretivas ambientais, que abordam questões 4192

ambientais prioritárias a serem implementadas. Assim, pode-se estabelecer uma parceria 4193

com a SMA que orienta, segundo critérios específicos a serem avaliados ano a ano, quais 4194

as ações necessárias para que o município seja certificado como “Município Verde Azul”. 4195

A Secretaria do Meio Ambiente, por sua vez, oferece capacitação técnica às equipes 4196

locais e lança anualmente o Ranking Ambiental dos Municípios Paulistas. 4197

As dez diretivas são as seguintes: Esgoto Tratado, Resíduos Sólidos, Biodiversidade, 4198

Arborização Urbana, Educação Ambiental, Cidade Sustentável, Gestão das Águas, 4199

Qualidade do Ar, Estrutura Ambiental e Conselho Ambiental, onde os municípios 4200

concentram esforços na construção de uma agência ambiental efetiva. 4201

A participação do município neste programa é pré-requisito para liberação de recursos do 4202

Fundo Estadual de Controle de Poluição-FECOP, controlado pela Secretaria de Estado do 4203

Meio Ambiente. 4204

De acordo com a classificação da SMA, a situação do município de Américo de Campos 4205

em relação aos municípios paulistas participantes é a seguinte: 4206

ano 2015 – nota 46,7 – classificação – 268º lugar. 4207

ano 2016 – nota 10,5 – classificação – 408º lugar. 4208

13.1.5 Programa de Educação Ambiental 4209

Outros programas relacionados com a conscientização da população em temas inerentes 4210

aos quatro sistemas de saneamento podem ser elaborados pela operadora, com ampla 4211

divulgação através de palestras, folhetos ilustrativos, mídia local e em instituições de 4212

ensino. 4213

13.1.6 Programa Relacionados com a Gestão do Sistema de Resíduos Sólidos 4214

13.1.6.1 Orientação para separação na origem dos lixos seco e úmido 4215

A coleta seletiva e a reciclagem de resíduos são soluções desejáveis, por permitirem a 4216

redução do volume de lixo para disposição final. O fundamento da coleta seletiva é a 4217

separação, pela população, dos materiais recicláveis (papéis, vidros, plásticos e metais, 4218

os chamados de lixos seco) do restante do lixo (compostos orgânicos, chamados de lixo 4219

úmido). 4220

A implantação da coleta seletiva pode começar com uma experiência-piloto, que vai 4221

sendo ampliada aos poucos. O primeiro passo é a realização de uma campanha 4222

informativa junto à população, convencendo-a da importância da reciclagem e orientando- 4223

a para que separe o lixo em recipientes para cada tipo de material. 4224

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É aconselhável distribuir à população, ao menos inicialmente, recipientes adequados à 4225

separação e ao armazenamento dos resíduos recicláveis nas residências (normalmente 4226

sacos de papel ou plástico). 4227

13.1.6.2 Promoção de reforço de fiscalização e estímulo para denúncia anônima de 4228

descartes irregulares 4229

Para denúncias sobre descarte irregular de lixo ou entulho, a Prefeitura pode instituir um 4230

programa de ligue-denúncias. Assim a própria população poderá denunciar 4231

irregularidades que ocorrem na sua região. 4232

Porém, o mais importante é prevenir os descartes irregulares. Uma sugestão é a de que a 4233

Prefeitura mantenha, durante todo o ano, uma Operação Cata-Tranqueira, que recolhe 4234

todo o tipo de material inservível, exceto lixo doméstico e resíduo da construção civil. 4235

Pode-se desenvolver uma programação para cada bairro da cidade. A intenção é 4236

exatamente evitar que este material seja descartado irregularmente em terrenos ou 4237

córregos, colaborando para enchentes. 4238

13.1.6.3 Orientação para separação dos entulhos na origem para melhorar a eficiência 4239

do reaproveitamento 4240

Os resíduos da construção civil são compostos principalmente por materiais de 4241

demolições, restos de obras, solos de escavações diversas. O entulho é geralmente um 4242

material inerte, passível de reaproveitamento, porém geralmente contém uma vasta gama 4243

de materiais que podem lhe conferir toxicidade, com destaque para os restos de tintas e 4244

de solventes, peças de amianto e metais diversos, cujos componentes podem ser 4245

remobilizados caso o material não seja disposto adequadamente. 4246

Para tanto, é importante a implantação por parte da Prefeitura, de um programa de 4247

gerenciamento dos resíduos da construção civil, contribuindo para a redução dos 4248

impactos causados por estes resíduos ao meio ambiente, e principalmente, informando a 4249

população sobre os benefícios da reciclagem também no setor da construção civil. 4250

As metas a serem cumpridas e as ações necessárias serão decorrentes da formatação e 4251

implementação dos programas supracitados. 4252

14. FORMULAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DE PROPOSTAS 4253

ALTERNATIVAS ÁREA RURAL - PROGNÓSTICOS 4254

Na área rural de Américo de Campos, predominam domicílios dispersos e alguns 4255

pequenos núcleos, cuja solução atual de abastecimento de água se resume, 4256

individualmente, na perfuração de poços freáticos e, no caso dos esgotos sanitários, na 4257

construção de fossas sépticas ou negras. 4258

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Questões acerca da possibilidade de atendimento à área rural foram aventadas, mas 4259

chegou-se à conclusão de que é inviável a integração dos domicílios e núcleos dispersos 4260

aos sistemas da área urbana, pelas distâncias, custos, dificuldades técnicas, operacionais 4261

e institucionais envolvidas. Conforme estudo populacional apresentado no item 4.1 4262

anterior, a população rural, indicada no Censo Demográfico de 2010 era de 918 4263

habitantes. A projeção da população rural até 2038 resultou em uma população de 4264

575 hab., o que representa uma queda de aproximadamente 37%. 4265

Os estudos populacionais desenvolvidos para toda a UGRHI 15 demonstraram que o grau 4266

de urbanização dos municípios tende a aumentar, isto é, o crescimento populacional 4267

tende a se concentrar nas áreas urbanas, o que implicará a necessidade de capacitação 4268

dos sistemas para atendimento a 100% da população urbana com água e esgoto tratado. 4269

Nos itens subsequentes, são apresentadas algumas sugestões para atendimento à área 4270

rural, com base em programas existentes ou experiências levadas a termo para algumas 4271

comunidades em outros estados. Sabendo-se que no PMESSB somente se fornecem 4272

orientações ou caminhos que podem ser seguidos, deve-se ressaltar que o município é 4273

soberano nas decisões a serem tomadas na tentativa de se universalizar o atendimento, 4274

adotando o programa ou caminho julgado mais conveniente, como resultado das 4275

limitações econômico-financeiras e institucionais. 4276

14.1.1 Programa de Microbacias 4277

Uma das possibilidades de solução para os domicílios dispersos ou pequenos núcleos 4278

disseminados na área rural seria o município elaborar um Plano de Desenvolvimento 4279

Rural Sustentável, com assistência da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do 4280

Governo do Estado de São Paulo, através da CATI - Coordenadoria de Assistência 4281

Técnica Integral Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas. Os objetivos prioritários 4282

estariam relacionados com o desenvolvimento rural sustentável, aliando a produção 4283

agrícola e a conservação do meio ambiente com o aumento de renda e melhor qualidade 4284

de vida das famílias rurais. 4285

O enfoque principal são as microbacias hidrográficas, com incentivos à implantação de 4286

sistemas de saneamento em comunidades isoladas, onde se elaboram planejamentos 4287

ambientais das propriedades. Especificamente em relação aos sistemas de água, os 4288

programas e a ações desenvolvidas com subvenção econômica são baseados na 4289

construção de poços e abastecedouros comunitários. Toda essa tecnologia está 4290

disponível na CATI (www.cati.sp.gov.br) e as linhas do programa podem ser obtidas junto 4291

à Secretaria de Agricultura e Abastecimento. 4292

Evidentemente, a implementação de um Plano de Desenvolvimento Rural Sustentável 4293

estará sujeita às condições específicas de cada município, porque envolve diversos 4294

aspectos de natureza político-administrativa, institucional, operacional e econômico-4295

financeira. No entanto, dentro das possibilidades para se atingir a universalização dos 4296

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serviços de saneamento básico, em que haja maior controle sanitário sobre a água 4297

utilizada pelas populações rurais e a carga poluidora difusa lançada nos cursos d’água, 4298

acredita-se que esse Programa de Microbacias Hidrográficas possa ser, no momento, o 4299

instrumento mais adequado para implantação de sistemas isolados para comunidades 4300

não atendidas pelo sistema público. 4301

14.1.2 Outros Programas e Experiências Aplicáveis à Área Rural 4302

Para atendimento a essas áreas não contempladas pelo sistema público, existem 4303

algumas experiências em andamento, que objetivam a implementação de programas para 4304

o saneamento de comunidades isoladas, o que pode ser de utilidade à prefeitura do 4305

município, no sentido da universalização do atendimento com água e esgotos. Essas 4306

experiências encontram-se em desenvolvimento na CAGECE (Ceará), CAERN (Rio 4307

Grande do Norte), COPASA (Minas Gerais) e SABESP (São Paulo). 4308

Em destaque está o Sistema Integrado de Saneamento Rural (Sisar), que começou a ser 4309

implantado no Ceará em 1996. Segundo levantamento realizado em abril de 2017, são 4310

1.419 localidades atendidas e aproximadamente 552 mil pessoas beneficiadas com 4311

sistemas de abastecimento de água gerenciados pelos próprios moradores. O Sisar faz 4312

gestão compartilhada das 1.419 comunidades e visa garantir, a longo prazo, o 4313

desenvolvimento e manutenção dos sistemas implantados pela Companhia de forma 4314

autossustentável. Cada um desses sistemas constitui uma Organização da Sociedade 4315

Civil (OSC) sem fins lucrativos, formada pelas associações comunitárias representando 4316

as populações atendidas, com a participação e orientação da Cagece, que sensibiliza e 4317

capacita as comunidades, além de orientar a manutenção nos sistemas de tratamento e 4318

distribuição de água, porém, são os próprios moradores que operam o sistema. 4319

Atualmente, na Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) existe uma gerência 4320

responsável por todas as ações de saneamento na zona rural do estado, e foi através 4321

desta que o modelo de gestão foi replicado para todo o estado e também estados como 4322

Bahia, Piauí e Sergipe. 4323

Outra experiência a ser destacada é o Programa de Saneamento Rural Sustentável do 4324

município de Campinas em parceria com a EMBRAPA. A primeira parte do programa teve 4325

inicio no ano de 2017 e espera-se que seja executado em quatro anos com um orçamento 4326

de 1,4 milhões de reais. Destaca-se que o programa foi instituído através do Plano 4327

Municipal Específico dos Serviços de Saneamento Básico do município. 4328

No âmbito do Estado de São Paulo, vale citar o Programa Água é Vida, instituído pelo 4329

Decreto Estadual nº 57.479 de 1º de novembro de 2011, nova experiência em início de 4330

implementação, dirigido às comunidades de pequeno porte, predominantemente 4331

ocupadas por população de baixa renda. 4332

Nesse caso, é possível a utilização de recursos financeiros estaduais não reembolsáveis, 4333

destinados a obras e serviços de infraestrutura, instalações operacionais e equipamentos, 4334

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que objetivam a melhoria das condições de saneamento básico. Segundo o artigo 3º do 4335

decreto em referência, a participação no programa depende do prévio atendimento às 4336

condições específicas do programa, estabelecidas por resolução da SSRH-Secretaria de 4337

Saneamento e Recursos Hídricos, que definirá os requisitos necessários à transferência 4338

aos municípios de recursos financeiros estaduais não reembolsáveis. 4339

De especial interesse, são os dados e as informações do seminário realizado na 4340

UNICAMP-Universidade de Campinas, entre 20 e 21 de junho de 2013, denominado 4341

“Soluções Inovadoras de Tratamento e Reúso de Esgotos em Comunidades Isoladas – 4342

Aspectos Técnicos e Institucionais”, que, dentre os vários aspectos relacionados com a 4343

necessidade de universalização do atendimento, apresentou vários temas de interesse, 4344

podendo-se citar, entre outros: 4345

Ações da Agência Nacional de Águas na Indução e Apoio ao Reúso da Água – ANA; 4346

Aproveitamento de Águas Residuárias Tratadas em Irrigação e Piscicultura – 4347

Universidade Federal do Ceará; 4348

Entraves Legais e Ações Institucionais para o Saneamento de Comunidades Isoladas 4349

– PCJ – Piracicaba; 4350

Aspectos Técnicos e Institucionais – ABES – SP; 4351

Experiência da CETESB no Licenciamento Ambiental de Sistemas de Tratamento de 4352

Esgotos Sanitários de Comunidades Isoladas – CETESB – SP; 4353

Emprego de Tanques Sépticos – PROSAB/SANEPAR; 4354

Aplicação de Wetlands Construídos como Sistemas Descentralizados no Tratamento 4355

de Esgotos – ABES - SP; 4356

Linhas de Financiamento e Incentivos para Implantação de Pequenos Sistemas de 4357

Saneamento – FUNASA; 4358

Necessidades de Ajustes das Políticas de Saneamento para Pequenos Sistemas – 4359

SABESP – SP; 4360

Parasitoses de Veiculação Hídrica – UNICAMP – SP; 4361

Projeto Piloto para Implantação de Tecnologias Alternativas em Saneamento na 4362

Comunidade de Rodamonte – Ilhabela – SP – CBH – Litoral Norte – SP; 4363

Informações decorrentes do Programa de Microbacias - CATI – Secretaria de 4364

Agricultura e Abastecimento – SP; 4365

Solução Inovadora para Uso (Reúso) de Esgoto – Universidade Federal do Rio 4366

Grande do Norte; 4367

Tratamento de Esgotos em Pequenas Comunidades – A Experiência da UFMG – 4368

Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG. 4369

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Todo esse material, de grande importância para o município, pode ser obtido junto à 4370

ABES – Associação Brasileira de Engenharia Sanitária – Seção SP. 4371

Deve-se salientar que, em função desse seminário realizado na UNICAMP, a Câmara 4372

Técnica de Saneamento e Saúde da ABES elaborou uma proposta para instituição da 4373

Política Estadual de Inclusão das Comunidades Isoladas no planejamento das ações de 4374

saneamento em todo o Estado de São Paulo. Em 12/dezembro/2013, foi publicado, no 4375

Diário Oficial do Poder Legislativo, o Projeto de Lei nº 947, que instituiu a política de 4376

inclusão dessas comunidades isoladas no planejamento de saneamento básico, visando- 4377

se à universalização de atendimento para os quatro componentes dessa disciplina. 4378

De acordo com o documento apresentado no supracitado seminário, as comunidades 4379

isoladas deverão ser contempladas nas ações de saneamento, no âmbito do 4380

planejamento municipal, regional e estadual e as instituições deverão utilizar ferramentas 4381

de educação, mediação e conciliação socioambientais, de forma a garantir a participação 4382

efetiva dessas comunidades em todo esse processo. 4383

14.1.3 O Programa Nacional de Saneamento Rural 4384

Dentro dos programas estabelecidos pelo recém-aprovado PLANSAB-Plano Nacional de 4385

Saneamento Básico (dez/2013), consta o Programa 2, voltado ao saneamento rural. 4386

O programa visa a atender, por ações de saneamento básico, a população rural e as 4387

comunidades tradicionais, como as indígenas e quilombolas e as reservas extrativistas. 4388

Os objetivos do programa são o de financiar em áreas rurais e comunidades tradicionais 4389

medidas estruturais de abastecimento de água potável, de esgotamento sanitário, de 4390

provimento de banheiros e unidades hidrossanitárias domiciliares e de educação 4391

ambiental para o saneamento, além de, em função de necessidades ditadas pelo 4392

saneamento integrado, ações de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e de 4393

manejo de águas pluviais. Também, nas linhas das ações gerais, os objetivos englobam 4394

medidas estruturantes, quais sejam, suporte político e gerencial para sustentabilidade da 4395

prestação dos serviços, incluindo ações de educação e mobilização social, cooperação 4396

técnica aos municípios no apoio à gestão e inclusive na elaboração de projetos. 4397

A coordenação do programa está atribuída ao Ministério da Saúde (FUNASA), que deverá 4398

compartilhar a sua execução com outros órgãos federais. Os beneficiários do programa 4399

serão as administrações municipais, os consórcios e os prestadores de serviços, incluindo 4400

instâncias de gestão para o saneamento rural, como cooperativas e associações 4401

comunitárias. O programa será operado principalmente com recursos não onerosos, não 4402

se descartando o aporte de recursos onerosos, tendo em vista a necessidade de 4403

investimentos em universalização para os próximos 20 anos. 4404

4405

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A FUNASA é o órgão do governo federal responsável pela implementação das ações de 4406

saneamento nas áreas rurais de todos os municípios brasileiros. No capítulo 4407

subsequente, constam vários programas de financiamento, incluindo a área rural e as 4408

comunidades isoladas, no âmbito estadual (SSRH) e no âmbito federal (FUNASA). 4409

4410

15. PROGRAMAS DE FINANCIAMENTOS E FONTES DE CAPTAÇÃO 4411

DE RECURSOS 4412

15.1 CONDICIONANTES GERAIS 4413

Nos itens em sequência, apresentam-se várias informações relativas à captação de 4414

recursos para execução das obras de saneamento básico. São informações gerais, 4415

podendo ser utilizadas por qualquer município, desde que aplicáveis ao mesmo. A 4416

seleção dos programas de financiamentos mais adequados dependerá das condições 4417

particulares de cada município, atreladas aos objetivos de curto, médio e longo prazo, aos 4418

montantes de investimentos necessários, aos ambientes legais de financiamento e outras 4419

condições institucionais específicas. 4420

Em termos econômicos, sob o regime de eficiência, os custos de exploração e 4421

administração dos serviços devem ser suportados pelos preços públicos, taxas ou 4422

impostos, de forma a possibilitar a cobertura das despesas operacionais administrativas, 4423

fiscais e financeiras, incluindo o custo do serviço da dívida de empréstimos contraídos. O 4424

modelo de financiamento a ser praticado envolve a avaliação da capacidade de 4425

pagamento dos usuários e da capacidade do tomador do recurso, associado à viabilidade 4426

técnica e econômico-financeira do projeto e às metas de universalização dos serviços de 4427

saneamento. As regras de financiamento também devem ser respeitadas, considerando-4428

se a legislação fiscal e, mais recentemente, a Lei das Diretrizes Nacionais para o 4429

Saneamento Básico (Lei nº 11.445/2007). 4430

Para que se possam obter os financiamentos ou repasses para aplicação em saneamento 4431

básico, as ações e os programas pertinentes deverão ser enquadrados em categorias que 4432

se insiram no planejamento geral do município e deverão estar associadas às Leis 4433

Orçamentárias Anuais, às Leis de Diretrizes Orçamentárias e aos Planos Plurianuais do 4434

Município. Em princípio, as principais categorias, que serão objeto de propostas, são: 4435

Desenvolvimento Institucional; Planejamento e Gestão; Desenvolvimento de Tecnologias 4436

e Capacitação em Recursos Hídricos; Conservação de Solo e Água e de Ecossistemas; 4437

Conservação da Quantidade e da Qualidade dos Recursos Hídricos; Gestão, 4438

Recuperação e Manutenção de Mananciais; Obras e Serviços de Infraestrutura Hídrica de 4439

Interesse Local; Obras e Serviços de Infraestrutura de Esgotamento Sanitário. 4440

A partir do estabelecimento das categorias, conforme supracitado, os programas de 4441

financiamentos, a serem elaborados pelo próprio município, deverão contemplar a 4442

definição do modelo de financiamento e a identificação das fontes e usos de recursos 4443

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financeiros para a sua execução. Para tanto, poderão ser levantados, para efeito de 4444

apresentação do modelo de financiamento e com detalhamento nos horizontes de 4445

planejamento, os seguintes aspectos: as fontes externas, nacionais e internacionais, 4446

abrangendo recursos onerosos e repasses a fundo perdido (não onerosos); as fontes no 4447

âmbito do município; as fontes internas, resultantes das receitas da prestação de serviços 4448

e as fontes alternativas de recursos, tal como a participação do setor privado na 4449

implementação das ações de saneamento no município. 4450

15.2 FORMAS DE OBTENÇÃO DE RECURSOS 4451

As principais fontes de financiamento disponíveis para o setor de saneamento básico do 4452

Brasil, desde a criação do Plano Nacional de Saneamento Básico (1971), são as 4453

seguintes: 4454

Recursos onerosos, oriundos dos fundos financiadores (Fundo de Garantia do Tempo 4455

de Serviço-FGTS e Fundo de Amparo do Trabalhador-FAT); são captados através de 4456

operações de crédito e são gravados por juros reais; 4457

Recursos não onerosos, derivados da Lei Orçamentária Anual (Loa), também 4458

conhecida como OGU (Orçamento Geral da União) e, também, de orçamentos de 4459

estados e municípios; são obtidos via transferência fiscal entre entes federados, 4460

não havendo incidência de juros reais; 4461

Recursos provenientes de empréstimos internacionais, contraídos junto às agências 4462

multilaterais de crédito, tais como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e 4463

Banco Mundial (BIRD); 4464

Recursos captados no mercado de capitais, por meio do lançamento de ações ou 4465

emissão de debêntures, onde o conceito de investimento de risco apresenta-se como 4466

principal fator decisório na inversão de capitais no saneamento básico; 4467

Recursos próprios dos prestadores de serviços, resultantes de superávits de 4468

arrecadação; 4469

Recursos provenientes da cobrança pelo uso dos recursos hídricos (Fundos Estaduais 4470

de Recursos Hídricos). 4471

Os recursos onerosos preveem retorno financeiro e constituem-se em empréstimos de 4472

longo prazo, operados, principalmente, pela Caixa Econômica Federal, com recursos do 4473

FGTS, e pelo BNDES, com recursos próprios e do FAT. Os recursos não onerosos não 4474

preveem retorno financeiro, uma vez que os beneficiários de tais recursos não necessitam 4475

ressarcir os cofres públicos. 4476

Nos itens seguintes, apresentam-se os principais programas de financiamentos existentes 4477

e as respectivas fontes de financiamento, conforme a disponibilidade de informações 4478

constantes dos órgãos envolvidos. 4479

4480

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15.3 FONTES DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS 4481

De forma resumida, apresentam-se as principais fontes de captação de recursos, através 4482

de programas instituídos e através de linhas de financiamento, na esfera federal e 4483

estadual: 4484

No âmbito Federal: 4485

ANA – Agência Nacional de Águas – PRODES/Programa de Gestão de Recursos 4486

Hídricos, etc.; 4487

BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (ver linhas de 4488

financiamento no item 15.5 adiante); 4489

CEF – Caixa Econômica Federal – Abastecimento de Água/Esgotamento 4490

Sanitário/Brasil Joga Limpo/Serviços Urbanos de Água e Esgoto, etc.; 4491

Ministério das Cidades – Saneamento para Todos, etc.; 4492

Ministério da Saúde (FUNASA); 4493

Ministério do Meio Ambiente (conforme indicação constante do Quadro 15.1 4494

adiante); 4495

Ministério da Ciência e Tecnologia (conforme indicação constante do Quadro 15.1 4496

adiante). 4497

No âmbito Estadual: 4498

SSRH - Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos, vários programas, 4499

incluindo aqueles derivados dos programas do FEHIDRO; 4500

Secretaria do Meio Ambiente (vários programas); 4501

Secretaria de Agricultura e Abastecimento (por exemplo, Programa de 4502

Microbacias). 4503

O Plano Plurianual (2016 – 2019), instituído pela Lei nº 16.082 de 28 de dezembro de 4504

2015, consolida as prioridades e estratégias do Governo do Estado de São Paulo, para os 4505

setores de saneamento e recursos hídricos, através dos diversos Programas aplicáveis ao 4506

saneamento básico do Estado, podendo ser citados, entre outros: 4507

Programa 3906 – Saneamento Ambiental em Mananciais de Interesse Regional; 4508

Programa 3907 – Infraestrutura Hídrica, Combate às Enchentes e Saneamento; 4509

Programa 3932 – Planejamento, Formulação e Implementação da Política do 4510

Saneamento do Estado; 4511

Programa 3933 – Universalização do Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário 4512

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Programa 3934 – Planejamento, Formulação e Implementação da Política de 4513

Recursos Hídricos. 4514

15.4 LISTAGEM DE VARIADOS PROGRAMAS E AS FONTES DE FINANCIAMENTO 4515

PARA O SANEAMENTO 4516

No Quadro 15.1 a seguir, apresenta-se uma listagem com os programas, as fontes de 4517

financiamento, os beneficiários, a origem dos recursos e os itens financiáveis para o 4518

saneamento. Os programas denominados REFORSUS e VIGISUS do Ministério da 4519

Saúde foram suprimidos da listagem, porque estão relacionados diretamente com ações 4520

envolvendo a vigilância em termos de saúde e controle de doenças, apesar da 4521

intercorrência com as ações de saneamento básico. 4522

Cumpre salientar que o município, na implementação das ações necessárias para se 4523

atingir a universalização do saneamento, deverá selecionar o (s) programa (s) de 4524

financiamentos que melhor se adeque (m) às suas necessidades, função, evidentemente, 4525

de uma série de procedimentos a serem cumpridos, conforme exigências das instituições 4526

envolvidas. 4527

QUADRO 15.1 – RESUMO DAS FONTES DE FINANCIAMENTO DO SANEAMENTO 4528

Instituição Programa

Finalidade Beneficiário

Origem dos Recursos

Itens Financiáveis

SSRH

FEHIDRO - Fundo Estadual de Recursos Hídricos

Vários Programas voltados para a melhoria da qualidade dos recursos hídricos.

Prefeituras Municipais. -

abrangem municípios de todos os portes,

com serviços de água e esgoto operados ou

não pela SABESP.

Ver nota 1 Projeto / Obras e

Serviços.

GESP / SSRH

SANEBASE - Convênio de Saneamento Básico

Programa para atender aos municípios do Estado que não são operados pela SABESP.

Prefeituras Municipais.- serviços de água e esgoto não

prestados pela SABESP.

Orçamento do Governo do

Estado de São Paulo

(fundo perdido).

Obras de implantação, ampliação e melhorias

dos sistemas de abastecimento de água e

de esgoto.

SSRH / DAEE

ÁGUA LIMPA – Programa Água Limpa

Programa para atender com a execução de projetos e obras de afastamento e tratamento de esgoto sanitário municípios com até 50 mil habitantes e que prestam diretamente os serviços públicos de saneamento básico.

Prefeituras Municipais.com até 50 mil habitantes e

que prestam diretamente os

serviços públicos de saneamento básico (não operados pela

SABESP).

Orçamento do Governo do

Estado de São Paulo e

Organizações financeiras nacionais e

internacionais.

Projetos executivos e obras de implantação de estações de tratamento de esgotos, estações elevatórias de esgoto, emissários, linhas de

recalque, rede coletora, interceptores,

impermeabilização de lagoas, dentre outras

relacionadas.

SSRH

ÁGUA É VIDA – Programa Água é Vida

Programa voltado as localidades de pequeno porte, predominantemente ocupadas por população de baixa renda, visando

Prefeituras Municipais. -

comunidades rurais de baixa renda.

Orçamento do Governo do

Estado de São Paulo

(fundo perdido).

Obras e serviços de infraestrutura, instalações

operacionais e equipamentos,

relacionados ao sistema de abastecimento de água e esgotamento

sanitário.

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Instituição Programa

Finalidade Beneficiário

Origem dos Recursos

Itens Financiáveis

a implementação de obras e serviços de infraestrutura, instalações operacionais e equipamentos.

SSRH

PRÓ-CONEXÃO – Programa Pró-Conexão (Se liga na Rede)

Programa para atender famílias de baixa renda ou grupos domésticos, através do financiamento da execução de ramais intradomiciliares.

Famílias de baixa renda ou grupos domésticos. – localizadas em

municípios operados pela SABESP.

Orçamento do Governo do

Estado de São Paulo

Obras de implantação de ramais intradomiciliares, com vista à efetivação à rede pública coletora de

esgoto.

CAIXA ECONÔMICA

FEDERAL (CEF)

Pró Comunidade – Programa de Melhoramentos Comunitários: Viabilizar Obras de Saneamento através de parceria entre a comunidade, Prefeitura Municipal e CEF.

Prefeituras Municipais.

FGTS - Fundo de Garantia por Tempo de Serviço.

Obras de abastecimento de água, esgotamento

sanitário, destinação de resíduos sólidos,

melhoramento em vias públicas, drenagem,

distribuição de energia elétrica e construção e melhorias em áreas de

lazer e esporte.

MPOG – SEDU

PRÓ-SANEAMENTO

Ações de saneamento para melhoria das condições de saúde e da qualidade de vida da população, aumento da eficiência dos agentes de serviço, drenagem urbana, para famílias com renda média mensal de até 12 salários mínimos.

Prefeituras, Governos Estaduais e do Distrito Federal, Concessionárias

Estaduais e Municipais de Saneamento e

Órgãos Autônomos Municipais.

FGTS - Fundo de Garantia por Tempo de Serviço.

Destina-se ao aumento da cobertura e/ou

tratamento e destinação final adequados dos efluentes, através da

implantação, ampliação, otimização e/ou

reabilitação de Sistemas existentes e expansão de

redes e/ou ligações prediais.

MPOG – SEDU

PROSANEAR

Ações integradas de saneamento em aglomerados urbanos ocupados por população de baixa renda (até 3 salários mínimos) com precariedade e/ou inexistência de condições sanitárias e ambientais.

Prefeituras Municipais, Governos

Estaduais e do Distrito Federal, Concessionárias

Estaduais e Municipais de Saneamento e

Órgãos Autônomos Municipais.

Financiamento parcial com

contrapartida e retorno do

empréstimo / FGTS.

Obras integradas de saneamento:

abastecimento de água, esgoto sanitário,

microdrenagem/instala-ções hidráulico sanitárias e contenção de encostas

com ações de participação comunitária (mobilização, educação

sanitária).

MPOG – SEDU

PASS - Programa de Ação Social em Saneamento

Projetos integrados de saneamento nos bolsões de pobreza. Programa em cidades turísticas.

Prefeituras Municipais, Governos

estaduais e Distrito Federal.

Fundo perdido com contrapartida

/ orçamento da união.

Contempla ações de abastecimento em água, esgotamento sanitário,

disposição final de resíduos sólidos.

Instalações hidráulico-sanitárias

intradomiciliares.

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ENGECORPS

Instituição Programa

Finalidade Beneficiário

Origem dos Recursos

Itens Financiáveis

MPOG – SEDU

PROGEST - Programa de Apoio à Gestão do Sistema de Coleta e Disposição Final de Resíduos Sólidos.

Prefeituras Municipais, Governos Estaduais e Distrito

Federal.

Fundo perdido / Orçamento da

União.

Encontros técnicos, publicações, estudos,

sistemas piloto em gestão e redução de resíduos

sólidos; análise econômica de tecnologias

e sua aplicabilidade.

MPOG – SEDU

PRO-INFRA

Programa de Investimentos Públicos em Poluição Ambiental e Redução de Risco e de Insalubridade em Áreas Habitadas por População de Baixa Renda.

Áreas urbanas localizadas em todo o

território nacional.

Orçamento Geral da União (OGU) -

Emendas Parlamentares, Contrapartidas dos Estados, Municípios e

Distrito Federal.

Melhorias na infraestrutura urbana em

áreas degradadas, insalubres ou em situação

de risco.

MINISTÉRIO DA SAÚDE -

FUNASA

FUNASA - Fundação Nacional de Saúde

Obras e serviços em saneamento.

Prefeituras Municipais e Serviços

Municipais de Limpeza Pública.

Fundo perdido / Ministério da

Saúde

Sistemas de resíduos sólidos, serviços de

drenagem para o controle de malária, melhorias

sanitárias domiciliares, sistemas de

abastecimento de água, sistemas de esgotamento

sanitário, estudos e pesquisa.

MINISTÉRIO DO MEIO

AMBIENTE

PROGRAMA DO CENTRO NACIONAL DE REFERÊNCIA EM GESTÃO AMBIENTAL URBANA

Coletar e Organizar informações, Promover o Intercâmbio de Tecnologias, Processos e Experiências de Gestão Relacionada com o Meio Ambiente Urbano.

Serviço público aberto a toda a população, aos formadores de opinião, aos

profissionais que lidam com a

administração municipal, aos técnicos, aos

prefeitos e às demais autoridades municipais.

Convênio do Ministério do Meio Ambiente com a

Universidade Livre do Meio

Ambiente.

_

MINISTÉRIO DO MEIO

AMBIENTE

PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO E REVITALIZAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS

Ações, Programas e Projetos no Âmbito dos Resíduos Sólidos.

Municípios e Associações

participantes do Programa de

Revitalização dos Recursos nos quais

seja identificada prioridade de ação na

área de resíduos sólidos.

Convênios firmados com órgãos dos

Governo Federal, Estadual e Municipal, Organismo Nacionais e

Internacionais e Orçamento Geral da União (OGU).

_

MINISTÉRIO DO MEIO

AMBIENTE – IBAMA

REBRAMAR - Rede Brasileira de Manejo Ambiental de Resíduos Sólidos.

Estados e Municípios em todo o território

nacional.

Ministério do Meio Ambiente.

Programas entre os agentes que geram

resíduos, aqueles que o controlam e a comunidade.

MINISTÉRIO DO MEIO

AMBIENTE

LIXO E CIDADANIA

A retirada de crianças e adolescentes dos lixões, onde trabalham diretamente na catação

Municípios em todo o território nacional.

Fundo perdido. Melhoria da qualidade de

vida.

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ENGECORPS

Instituição Programa

Finalidade Beneficiário

Origem dos Recursos

Itens Financiáveis

ou acompanham seus familiares nesta atividade.

MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA

PROSAB - Programa de Pesquisa em Saneamento Básico.

Visa promover e apoiar o desenvolvimento de pesquisas na área de saneamento ambiental.

Comunidade acadêmica e

científica de todo o território nacional.

FINEP, CNPQ, Caixa Econômica Federal, CAPES e Ministério da

Ciência e Tecnologia.

Pesquisas relacionadas a: águas de abastecimento,

águas residuárias, resíduos sólidos

(aproveitamento de lodo).

Notas 4529 1 - Atualmente, a origem dos recursos é a compensação financeira pelo aproveitamento hidroenergético no território do estado; 4530 2 – MPOG – Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão – SEDU – Secretaria de Desenvolvimento Urbano. 4531

4532

15.5 DESCRIÇÃO RESUMIDA DE ALGUNS PROGRAMAS DE FINANCIAMENTOS DE 4533

GRANDE INTERESSE PARA IMPLEMENTAÇÃO DO PMESSB 4534

A seguir, encontram-se descritos, de forma resumida, alguns programas de grande 4535

interesse para implementação do PMESSB, em nível federal e estadual. 4536

No âmbito Federal: 4537

PROGRAMA SANEAMENTO PARA TODOS 4538

Entre os programas instituídos pelo governo federal, o Programa Saneamento para Todos 4539

constitui-se no principal programa destinado ao setor de saneamento básico, pois 4540

contempla todos os prestadores de serviços de saneamento, públicos e privados. 4541

Visa a financiar empreendimentos com recursos oriundos do FGTS (onerosos) e da 4542

contrapartida do solicitante. Deverá ser habilitado pelo Ministério das Cidades e é 4543

gerenciado pela Caixa Econômica Federal. Possui as seguintes modalidades: 4544

Abastecimento de Água – destina-se à promoção de ações que visem ao aumento 4545

da cobertura ou da capacidade de produção do sistema de abastecimento de 4546

água; 4547

Esgotamento Sanitário – destina-se à promoção de ações para aumento da 4548

cobertura dos sistemas de esgotamento sanitário ou da capacidade de tratamento 4549

e destinação final adequada dos efluentes; 4550

Saneamento Integrado – destina-se à promoção de ações integradas em áreas 4551

ocupadas por população de baixa renda. Abrange o abastecimento de água, 4552

esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos e de águas pluviais, além de 4553

ações relativas ao trabalho socioambiental nas áreas de educação ambiental, 4554

além da promoção da participação comunitária e, quando for o caso, ao trabalho 4555

social destinado à inclusão social de catadores e aproveitamento econômico do 4556

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material reciclável, visando à sustentabilidade socioeconômica e ambiental dos 4557

empreendimentos. 4558

Desenvolvimento Institucional – destina-se à promoção de ações articuladas, 4559

viando ao aumento de eficiência dos prestadores de serviços públicos. Nos casos 4560

de abastecimento de água e esgotamento sanitário, visa à promoção de melhorias 4561

operacionais, incluindo a reabilitação e recuperação de instalações e redes 4562

existentes, redução de custos e de perdas; no caso da limpeza urbana e manejo 4563

de resíduos sólidos, visa à promoção de melhorias operacionais, incluindo a 4564

reabilitação e recuperação de instalações existentes. 4565

Manejo de Resíduos Sólidos e de Águas Pluviais – no caso dos resíduos sólidos, 4566

destina-se à promoção de ações com vistas ao aumento da cobertura dos 4567

serviços (coleta, transporte, tratamento e disposição dos resíduos domiciliares e 4568

provenientes dos serviços de saúde, varrição, capina, poda, etc.); no caso das 4569

águas pluviais, promoção de ações de prevenção e controle de enchentes, 4570

inundações e de seus danos nas áreas urbanas. 4571

Outras modalidades incluem o manejo dos resíduos da construção e demolição, a 4572

preservação e recuperação de mananciais e o financiamento de estudos e projetos, 4573

inclusive os planos municipais e regionais de saneamento básico. 4574

As condições gerais de concessão do financiamento são as seguintes: 4575

em operações com o setor público a contrapartida mínima de 5% do valor do 4576

investimento, com exceção na modalidade abastecimento de água, que é de 10%; 4577

com o setor privado é de 20%; 4578

os juros são de 6%, exceto para a modalidade Saneamento Integrado, que é de 4579

5%; 4580

a remuneração da CEF é de 2% sobre o saldo devedor e a taxa de risco de 4581

crédito limitada a 1%, conforme a análise cadastral do solicitante. 4582

PROGRAMA AVANÇAR CIDADES - SANEAMENTO 4583

O Programa Avançar Cidades - Saneamento tem o objetivo de promover a melhoria do 4584

saneamento básico do país por meio do financiamento de ações nas modalidades de 4585

abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos, manejo de 4586

águas pluviais, redução e controle de perdas, estudos e projetos, e planos de 4587

saneamento. 4588

O Programa está sendo implementado por meio da abertura de processo de seleção 4589

pública de empreendimentos com vistas à contratação de operações de crédito para 4590

financiar ações de saneamento básico ao setor público. Os proponentes que tiverem suas 4591

propostas selecionadas deverão firmar contrato de financiamento (empréstimo) junto ao 4592

agente financeiro escolhido. 4593

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No processo seletivo em curso não há disponibilidade para solicitação de recursos do 4594

Orçamento Geral da União (recurso a fundo perdido). Estão sendo disponibilizados 4595

recursos onerosos, nos quais incidirão encargos financeiros aplicados pelos agentes 4596

financeiros (taxa de juros, taxa de risco de crédito, entre outros). Os valores destinados ao 4597

programa são de R$ 2,0 bilhões e serão financiados com recursos do FGTS e demais 4598

fones onerosas, tais como, FAT/BNDES. 4599

O Programa se divide em três faixas populacionais, abaixo de 50 mil habitantes, entre 50 4600

mil e 250 mil habitantes e acima de 250 mil habitantes, sendo que para implantação de 4601

projeto o valor mínimo da proposta é de 2,5 milhões, 5 milhões e 10 milhões, para as 4602

faixas, respectivamente. Para a modalidade de estudos e projetos o mínimo é de R$ 350 4603

mil e para elaboração de planos de saneamento é de R$ 200 mil. Cada município pode 4604

formular uma proposta por modalidade e o Governo Estadual ou prestadores de serviços 4605

regionais podem encaminhar quantas propostas forem necessárias, observando o limite 4606

por municipalidade e modalidade. 4607

As modalidades são: 4608

Abastecimento de Água 4609

Esgotamento Sanitário; 4610

Manejo de Águas Pluviais 4611

Resíduos Sólidos Urbanos; 4612

Redução e controle de Perdas; 4613

Estudos e Projetos, e; 4614

Plano de Saneamento. 4615

PROGRAMA INTERÁGUAS 4616

O Programa de Desenvolvimento do Setor Água – INTERÁGUAS nasceu da necessidade 4617

de se buscar uma melhor articulação e coordenação de ações no setor água, melhorando 4618

sua capacidade institucional e de planejamento integrado e criando um ambiente 4619

integrador no qual seja possível dar continuidade à programas setoriais exitosos, tais 4620

como: o Programa de Modernização do Setor Saneamento – PMSS e o Programa 4621

Nacional de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos – PROÁGUA, bem como 4622

fortalecendo iniciativas de articulação intersetorial que visam a aumentar a eficiência no 4623

uso da água e na prestação de serviços associados. 4624

Nesse contexto, são apontadas constatações que retratam o cenário da questão hídrica 4625

no Brasil e que fundamentam o desenho proposto para o Programa, são elas: 4626

a água é essencial ao desenvolvimento socioeconômico e vários setores dependem 4627

dos recursos hídricos diretamente, ou os impactam, sendo necessário e oportuno 4628

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ENGECORPS

avançar tanto nos contextos específicos de cada um desses setores como na 4629

articulação e coordenação intersetorial; 4630

embora se tenha observado, em anos recentes, notável avanço na institucionalização 4631

de instrumentos legais e operacionais, a gestão de recursos hídricos e os serviços 4632

associados à água no Brasil ainda se caracterizam por disparidades e conflitos, seja 4633

entre os níveis federal e estadual, seja entre setores que competem pelo mesmo 4634

recurso, seja entre regiões e Unidades da Federação, o que compromete a eficiência e 4635

a eficácia do setor água e da ação governamental em todo esse campo; 4636

impõe-se fortalecer as instituições incumbidas da formulação e da implementação das 4637

políticas de gestão do setor água, incluindo todas aquelas responsáveis pelas políticas 4638

setoriais que se utilizam da água, de maneira a obter a sustentabilidade da gestão; 4639

é necessário que a regulação, a fiscalização, o planejamento e o controle social sejam 4640

implantados e que as metas traçadas a partir dessa prática tornem-se metas dos 4641

prestadores de serviço e dos órgãos responsáveis, de forma a se garantir a 4642

sustentabilidade dos investimentos; 4643

amplos investimentos têm sido realizados pelo governo no setor água; não obstante, 4644

muitas obras têm sido projetadas e implantadas sem planejamento adequado da 4645

utilização múltipla e integrada dos recursos hídricos, decorrendo, desse fato, conflitos 4646

potenciais ou já estabelecidos entre diferentes setores usuários, resultando em 4647

indesejável subaproveitamento desses recursos. 4648

Devido à amplitude da problemática a ser enfrentada, o INTERÁGUAS terá abrangência 4649

nacional, com concentração em áreas e temas prioritários onde a água condiciona de 4650

forma mais forte o desenvolvimento social e econômico sustentáveis, com especial 4651

atenção às regiões mais carentes, de modo a contribuir para a redução das 4652

desigualdades regionais. Assim, espera-se uma maior atuação voltada para a região 4653

Nordeste e áreas menos desenvolvidas das regiões Norte e Centro-Oeste, onde a ação 4654

governamental é relativamente mais necessária. Nesse sentido, o Programa buscará, 4655

prioritariamente, ter uma atuação mais concentrada e integrada nas Bacias Hidrográficas 4656

dos rios São Francisco e Araguaia-Tocantins. 4657

Objetivo 4658

O Programa tem por objetivo contribuir para o fortalecimento da capacidade de 4659

planejamento e gestão no setor água, especialmente nas regiões menos desenvolvidas 4660

do País, visando a (i) aumentar a eficiência no uso da água e na prestação de serviços; 4661

(ii) aumentar a oferta sustentável de água em quantidade e qualidade adequadas aos 4662

usos múltiplos; e (iii) melhorar a aplicação de recursos públicos no setor água reduzindo 4663

deseconomias causadas por deficiências na articulação e coordenação intersetoriais. 4664

4665

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Produto 4 (P4) – Plano Municipal Específico dos Serviços de Saneamento Básico – Município: Américo de Campos

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ENGECORPS

Instituições Envolvidas 4666

O Programa, a ser financiado pelo Banco Mundial, envolverá diretamente três ministérios, 4667

com atribuições na formulação e execução de políticas setoriais: 4668

Ministério do Meio Ambiente, por meio da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente 4669

Urbano - SRHU e da Agência Nacional de Águas - ANA; 4670

Ministério das Cidades, por meio da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental - 4671

SNSA; e 4672

Ministério da Integração Nacional, por meio da Secretaria de Infraestrutura Hídrica - 4673

SIH, da Secretaria Nacional de Defesa Civil - SEDEC e da Secretaria Nacional de 4674

Irrigação - SENIR. 4675

Em função das ações a serem apoiadas pelo Programa, poderão ser envolvidos em casos 4676

específicos o Ministério das Minas e Energia; o Ministério dos Transportes; o Ministério da 4677

Agricultura, Pecuária e Abastecimento; o Ministério do Desenvolvimento Agrário; e o 4678

Ministério da Saúde / FUNASA. Tal envolvimento poderá ocorrer nos casos em que as 4679

ações considerem, por exemplo, o planejamento da produção hidrelétrica, das hidrovias, 4680

da agricultura e do abastecimento de água de populações rurais dispersas. 4681

Estrutura 4682

O INTERÁGUAS será eminentemente um programa de assistência técnica, com foco 4683

voltado ao planejamento e à gestão do setor água, ao fortalecimento institucional, à 4684

elaboração de estudos e projetos, não prevendo investimentos em infraestrutura. 4685

Para cumprimento de seus objetivos, o Programa está estruturado em três Componentes 4686

setoriais: (i) Gestão de Recursos Hídricos; (ii) Água, Irrigação e Defesa Civil; e (iii) 4687

Abastecimento de Água e Saneamento , um Componente de Coordenação Intersetorial e 4688

Planejamento Integrado e um Componente de Gerenciamento, Monitoramento e 4689

Avaliação. 4690

As ações do Componente Gestão de Recursos Hídricos serão implementadas pela 4691

Agência Nacional de Águas e pela Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano 4692

do Ministério do Meio Ambiente, tendo como objetivo geral a consolidação do Sistema 4693

Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos e o apoio à União, aos Estados e aos 4694

diversos organismos gestores de recursos hídricos para criação, aperfeiçoamento, 4695

modernização e qualificação dos instrumentos de gestão. 4696

As ações do Componente Água, Irrigação e Defesa Civil serão implementadas pela 4697

Secretaria de Infraestrutura Hídrica, pela Secretaria Nacional de Defesa Civil e pela 4698

Secretaria Nacional de Irrigação do Ministério da Integração Nacional, tendo como 4699

objetivo geral o fortalecimento institucional e de planejamento estratégico e operacional 4700

nas áreas de infraestrutura hídrica, irrigação e defesa civil. 4701

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Produto 4 (P4) – Plano Municipal Específico dos Serviços de Saneamento Básico – Município: Américo de Campos

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ENGECORPS

As ações do Componente Abastecimento de Água e Saneamento serão implementadas 4702

pela Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, dando 4703

continuidade às ações do Programa de Modernização do Setor Saneamento, com o 4704

objetivo geral de apoiar a Secretaria em sua missão de implementar a Política Federal de 4705

Saneamento Básico, promovendo o desenvolvimento do setor em busca da melhoria da 4706

qualidade e do alcance da universalização dos serviços públicos de saneamento básico. 4707

O Componente de Coordenação Intersetorial e Planejamento Integrado envolverá mais de 4708

um setor ou interveniente no “Setor Água”. Tem como objetivo apoiar o desenvolvimento 4709

de novas metodologias; buscar formas de integrar as diferentes visões setoriais; 4710

implementar instrumentos de planejamento que conciliem as atuações de instituições com 4711

competências setoriais específicas, com a finalidade de obter ganhos no processo de 4712

planejamento, implantação e operação de estruturas de utilização de recursos hídricos. 4713

Estas ações poderão ser desenvolvidas sob a responsabilidade de diferentes executores, 4714

dependendo do grau de envolvimento ou interesse específico de cada um. 4715

O Componente de Gerenciamento, Monitoramento e Avaliação, a ser coordenado pela 4716

Secretaria Técnica do Programa, sob orientação do Comitê Gestor, tem como objetivo 4717

gerenciar, monitorar e avaliar as ações do Programa, de modo a assegurar o 4718

cumprimento das metas, dos cronogramas e dos objetivos geral e específicos. 4719

Orçamento e Prazo 4720

O valor total do Programa será de US$ 143,11 milhões, a serem investidos no prazo de 4721

cinco anos. 4722

Resultados Esperados 4723

Em relação ao Componente 1 – Gestão de Recursos Hídricos, espera-se que seja dado 4724

prosseguimento à implementação dos instrumentos de gestão de recursos hídricos e ao 4725

fortalecimento do Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hídricos, eliminando 4726

as disparidades existentes entre o Governo Federal e os estados, e mesmo entre 4727

estados, uniformizando procedimentos e instituindo critérios para permanente evolução 4728

institucional, concorrendo assim para ampliar a eficiência governamental na 4729

implementação das diretrizes da política de recursos hídricos. 4730

No que se refere ao Componente 2 – Água, Irrigação e Defesa Civil, o Programa 4731

contribuirá para consolidar o planejamento e a programação dos investimentos públicos 4732

em infraestrutura hídrica, irrigação e defesa civil, de forma a tornar mais eficiente e eficaz 4733

a ação de Governo Federal nessas áreas. Além disso, esse Componente buscará 4734

fortalecer institucionalmente os órgãos responsáveis pela operação e manutenção de 4735

infraestruturas hídricas e os órgãos responsáveis pela defesa de eventos climáticos 4736

extremos, propor modelos de gestão dos sistemas públicos de irrigação e criar um 4737

sistema de informações para gerenciamento de riscos ligados a eventos climáticos 4738

extremos. 4739

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ENGECORPS

Em relação ao Componente 3 – Abastecimento de Água e Saneamento, os principais 4740

resultados estão relacionados a: (i) evolução positiva da gestão dos serviços de 4741

saneamento básico; (ii) melhoria dos indicadores de desempenho dos serviços de 4742

saneamento básico; (iii) melhoria da qualidade dos serviços de saneamento básico e 4743

consequente avanço positivo nos indicadores de saúde da população; (iv) aumento da 4744

eficiência e eficácia dos serviços de saneamento, condição indispensável para a 4745

universalização com qualidade e de forma sustentável; (v) redução dos custos com 4746

operação, manutenção e investimentos nos serviços; (vi) maior acessibilidade aos bens e 4747

serviços públicos na área de saneamento básico; (vii) melhoria na qualificação dos 4748

agentes públicos e privados com atuação no setor; (viii) melhoria na formação e 4749

capacitação de profissionais do setor; (ix) qualificação da educação sanitária e ambiental, 4750

bem como da mobilização e participação social em saneamento; e (x) melhoria na 4751

integração e articulação dos programas, ações e políticas para saneamento básico. 4752

No que tange ao Componente 4 – Coordenação Intersetorial e Planejamento Integrado o 4753

principal resultado esperado é criar um ambiente de articulação intersetorial permanente, 4754

onde os problemas relativos ao setor água sejam tratados de maneira integrada, 4755

contribuindo para a racionalização dos gastos públicos no setor em busca da eficiência no 4756

uso da água e na prestação de serviços associados. 4757

Em síntese, os resultados esperados do Programa são amplos e variados, assim como 4758

são também os beneficiários de suas ações. Diretamente, o Programa beneficiará os 4759

Estados, os Municípios e as instituições federais setoriais relacionadas ao “Setor Água”, 4760

apoiando a consolidação de suas estruturas legal e institucional, com repercussões na 4761

qualidade do planejamento e da gestão do setor. 4762

PRODES 4763

O PRODES (Programa Despoluição de Bacias Hidrográficas), criado pela Agência 4764

Nacional de Águas (ANA) em 2001, visa a incentivar a implantação ou ampliação de 4765

estações de tratamento para reduzir os níveis de poluição em bacias hidrográficas, a 4766

partir de prioridades estabelecidas pela ANA. Esse programa, também conhecido como 4767

“Programa de Compra de Esgoto Tratado”, incentiva financeiramente os resultados 4768

obtidos em termos do cumprimento de metas estabelecidas pela redução da carga 4769

poluidora, desde que sejam satisfeitas as condições previstas em contrato. 4770

Os empreendimentos elegíveis que podem participar do PRODES são: estações de 4771

tratamento de esgotos ainda não iniciadas, estações em fase de construção com, no 4772

máximo, 70% do orçamento executado e estações com ampliações e melhorias que 4773

signifiquem aumento da capacidade de tratamento e/ou eficiência. 4774

4775

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ENGECORPS

PROGRAMA DE GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS (AGÊNCIA NACIONAL DE 4776

ÁGUAS – ANA) 4777

Esse programa integra projetos e atividades que objetivam a recuperação e preservação 4778

da qualidade e quantidade de recursos hídricos das bacias hidrográficas. O programa, 4779

que tem gestão da ANA – Agência Nacional de Águas, é operado com recursos do 4780

Orçamento Geral da União (não oneroso-repasse do OGU). Deve ser verificada a 4781

adequabilidade da contrapartida oferecida aos porcentuais definidos pela ANA em 4782

conformidade com as Leis das Diretrizes Orçamentárias (LDO). 4783

As modalidades abrangidas por esse programa são as seguintes: 4784

Despoluição de Corpos D’Água 4785

Sistema de transporte e disposição final adequada de esgotos sanitários; 4786

Desassoreamento e controle da erosão; 4787

Contenção de encostas; 4788

Recomposição da vegetação ciliar. 4789

Recuperação e Preservação de Nascentes, Mananciais e Cursos D’Água em Áreas 4790

Urbanas 4791

Desassoreamento e controle de erosão; 4792

Contenção de encostas; 4793

Remanejamento/reassentamento da população; 4794

Uso e ocupação do solo para preservação de mananciais; 4795

Implantação de parques para controle de erosão e preservação de mananciais; 4796

Recomposição da rede de drenagem; 4797

Recomposição de vegetação ciliar; 4798

Aquisição de equipamentos e outros bens. 4799

Prevenção dos Impactos das Secas e Enchentes 4800

Desassoreamento e controle de enchentes; 4801

Drenagem urbana; 4802

Urbanização para controle de cheias, erosões e deslizamentos; 4803

Recomposição de vegetação ciliar; 4804

Obras para preservação ou minimização dos efeitos da seca; 4805

Sistemas simplificados de abastecimento de água; 4806

Barragens subterrâneas. 4807

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ENGECORPS

PROGRAMAS DA FUNASA (FUNDAÇÃO NACIONAL DA SAÚDE) 4808

A FUNASA é um órgão do Ministério da Saúde que detém a mais antiga e contínua 4809

experiência em ações de saneamento no País. Na busca da redução dos riscos à saúde, 4810

financia a universalização dos sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário 4811

e gestão de resíduos sólidos urbanos. Além disso, promove melhorias sanitárias 4812

domiciliares, a cooperação técnica, estudos e pesquisas e ações de saneamento rural, 4813

contribuindo para a erradicação da extrema pobreza. 4814

Cabe à FUNASA a responsabilidade de alocar recursos não onerosos para sistemas de 4815

abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos e melhorias 4816

sanitárias domiciliares prioritariamente para municípios com população inferior a 4817

50.000 habitantes e em comunidades quilombolas, assentamentos e áreas rurais. 4818

As ações e programas em Engenharia de Saúde Pública constantes dos financiamentos 4819

da FUNASA são os seguintes: 4820

Saneamento para a Promoção da Saúde; 4821

Sistema de Abastecimento de Água; 4822

Cooperação Técnica; 4823

Sistema de Esgotamento Sanitário; 4824

Estudos e Pesquisas; 4825

Melhorias Sanitárias Domiciliares; 4826

Melhorias habitacionais para o Controle de Doenças de Chagas; 4827

Resíduos Sólidos; 4828

Saneamento Rural; 4829

Projetos Laboratoriais. 4830

No âmbito Estadual: 4831

PROGRAMA REÁGUA 4832

O Programa REÁGUA (Programa Estadual de Apoio à Recuperação das Águas) está 4833

sendo implementado no âmbito da SSRH-SP e tem como objetivo o apoio a ações de 4834

saneamento básico para ampliação da disponibilidade hídrica onde há maior escassez 4835

hídrica. As ações selecionadas referem-se ao controle e redução de perdas, uso racional 4836

de água em escolas, reúso de efluentes tratados e coleta, transporte e tratamento de 4837

esgotos. As áreas de atuação são as UGRHIs Piracicaba/Capivari/Jundiaí, 4838

Sapucaí/Grande, Mogi Guaçu e Tietê/Sorocaba. 4839

4840

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ENGECORPS

A contratação de ações a serem empreendidas no âmbito do Programa REÁGUA estará 4841

condicionada a um processo de seleção pública coordenado pela Secretaria de 4842

Saneamento e Recursos Hídricos - SSRH. O Edital contendo o regulamento que 4843

estabelece as condições para apresentação de projetos pelos prestadores de serviço de 4844

saneamento, elegíveis para financiamento pelo REÁGUA, orienta os proponentes quanto 4845

aos procedimentos e critérios estabelecidos para esse processo de habilitação, 4846

hierarquização e seleção. Esses critérios são claros, objetivos e vinculados a resultados 4847

que: (i) permitam elevar a disponibilidade ou a qualidade de recursos hídricos; e, (ii) 4848

contribuam para a melhoria da qualidade de vida dos beneficiários diretos. 4849

O Programa funciona com estímulo financeiro não reembolsável, para autarquias ou 4850

empresas públicas, mediante a verificação de resultados. 4851

PROGRAMAS DO FEHIDRO 4852

Para conhecimento de todas as ações e programas financiáveis pelo FEHIDRO, deve-se 4853

consultar o Manual de Procedimentos Operacionais para Investimento, editado pelo 4854

COFEHIDRO – Conselho de Orientação do Fundo Estadual dos Recursos Hídricos – 4855

dezembro/2010. 4856

Os beneficiários dos recursos disponibilizados pelo FEHIDRO são as pessoas jurídicas de 4857

direito público da administração direta e indireta do Estado ou municípios, 4858

concessionárias de serviços públicos nos campos de saneamento, meio ambiente e de 4859

aproveitamento múltiplo de recursos hídricos; consórcios intermunicipais, associações de 4860

usuários de recursos hídricos, universidades, instituições de ensino superior, etc. 4861

Os recursos do FEHIDRO destinam-se a financiamentos (reembolsáveis ou a fundo 4862

perdido), de projetos, serviços e obras que se enquadrem no Plano Estadual de Recursos 4863

Hídricos. A contrapartida mínima é variável conforme a população do município. Os 4864

encargos, no caso de recursos onerosos (reembolsáveis), são de 2,5% a.a. para pessoas 4865

jurídicas de direito público, da administração direta ou indireta do Estado e dos Municípios 4866

e consórcios intermunicipais, e de 6,0% a.a. para concessionárias de serviços públicos. 4867

As linhas temáticas para financiamento são as seguintes: 4868

Planejamento e Gerenciamento de Recursos Hídricos; 4869

Proteção, Conservação e Recuperação dos Recursos Hídricos Superficiais e 4870

Subterrâneos; 4871

Prevenção contra Eventos Extremos. 4872

Na linha temática de Proteção, Conservação e Recuperação dos Recursos Hídricos 4873

Superficiais e Subterrâneos, encontram-se indicados os seguintes empreendimentos 4874

financiáveis, entre outros: 4875

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ENGECORPS

estudos, projetos e obras para todos os componentes sistemas de abastecimento 4876

de água, incluindo as comunidades isoladas; 4877

idem para todos os componentes de sistemas de esgotos sanitários; 4878

elaboração do plano e projeto do controle de perdas e diagnóstico da situação; 4879

implantação do sistema de controle de perdas; aquisição e instalação de 4880

hidrômetros residenciais e macromedidores; instalação do sistema redutor de 4881

pressão; serviços e obras de setorização; reabilitação de redes de água; pesquisa 4882

de vazamentos, pitometria e eliminação de vazamentos; 4883

tratamento e disposição de lodo de ETA e ETE; 4884

estudos, projetos e instalações de adequação de coleta e disposição final de 4885

resíduos sólidos, que comprovadamente comprometam a qualidade dos recursos 4886

hídricos; 4887

coleta, transporte e tratamento de efluentes dos sistemas de disposição final dos 4888

resíduos sólidos urbanos (chorume). 4889

PROGRAMA ÁGUA É VIDA 4890

O Programa para Saneamento em Pequenas Comunidades Isoladas, denominado "Água 4891

É Vida"22, foi criado em 2011, através do decreto nº 57.479 de 1-11-2011, e tem como 4892

objetivo a implantação de obras e serviços de infraestrutura, instalações operacionais e 4893

equipamentos visando a universalização do acesso aos serviços públicos de saneamento, 4894

ou seja, abastecimento de água e de esgotamento sanitário para atender moradores de 4895

áreas rurais e bairros afastados (localidades de pequeno porte predominantemente 4896

ocupadas por população de baixa renda), por meio de recursos não reembolsáveis. 4897

O projeto é coordenado pela Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos e executado 4898

pela Sabesp, em parceria com as prefeituras. 4899

As redes para fornecimento de água potável às famílias serão colocadas pela Sabesp, 4900

com verba da companhia. As casas receberão também uma Unidade Sanitária Individual 4901

– um biodigestor, mecanismo que funciona como uma “miniestação” de tratamento de 4902

esgoto. Esse equipamento é instalado pelas prefeituras, com recursos do Governo do 4903

Estado. A manutenção é realizada pela Sabesp. 4904

A seguir serão apresentados os resultados já obtidos com a implementação do Programa: 4905

4906

22

O programa sofreu significativas alterações durante sua implantação em face da orientação da Consultoria Jurídica: - Inicialmente seriam beneficiados os municípios atendidos pela Sabesp; - Estimativa inicial da Sabesp do numero de domicílios a serem atendidos; - Valor da USI (Sabesp = R$ 1.500,00); - Licitação pelo município. Assim, definiu-se que: - A Nota Técnica contemplou que a USI poderá ser confeccionada em diversos materiais (tijolo, concreto pré-moldado, poliuretano, etc.), - A Sabesp realizou composição de média do preço- teto, obtendo R$ 4.100,00 por unidade instalada. Tal composição esta sendo atualizada pela Sabesp: - O CSD – Cadastro Sanitário Domiciliar será efetuado pelo município. - A SSRH/CSAN efetuara Visita Técnica às comunidades de forma a constatar a viabilidade técnica e a renda familiar. - O mercado não estava preparando para a demanda, que agora investe em tecnologia e produção.

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ENGECORPS

Período de 2011 4907

Foram assinados 20 convênios, atendendo 20 municípios, totalizando um valor de R$ 5,4 4908

milhões e visando beneficiar 41 comunidades, com 3.602 ligações, para uma população 4909

de 13.089 habitantes. 4910

Período de 2012 4911

Foram assinados 34 convênios, atendendo 34 municípios, totalizando um valor de R$ 4912

16,1 milhões e visando beneficiar 167 comunidades, com 10.727 ligações, para uma 4913

população de 37.235 habitantes. 4914

Período de 2013 4915

Foram assinados 12 convênios, atendendo 12 municípios, e um convênio com a Itesp 4916

para construção de poços para 31 assentamentos, totalizando um valor de R$ 11,5 4917

milhões e visando beneficiar 63 comunidades, com 1.513 ligações e 32 poços, para uma 4918

população de 16.071 habitantes, distribuídas em 4.679 famílias. 4919

Resumindo, o montante de convênios assinados e os respectivos valores são: 4920

Convênios novos assinados: 11; correspondente a R$ 6.286.800,00; 4921

Convênios aditados: 26; correspondente a R$ 6.754.200,00; 4922

Total – Primeira Etapa: 37 convênios, valor de R$ 13.041.000,00. 4923

Desse total de convênios, foram ou estão em processo licitatórios 7, correspondendo a 4924

um valor de R$ 3.177.500,00. 4925

Convênios a serem aditados: 12; correspondente a R$ 4.665.800,00; 4926

Convênios aguardando recursos: 24; correspondente a R$ 5.232.000,00; 4927

Total – Segunda Etapa: 36 convênios, valor de R$ 9.897.800,00. 4928

Dos convênios da segunda etapa 3 foram cancelados. 4929

Os investimentos previstos para o período de 2014 a 2017 correspondem a R$ 10 4930

milhões/ano, visando atender uma demanda de 2.500 domicílios/ano. 4931

Meta para 2020 – 400 mil domicílios atendidos. 4932

PROGRAMA PRÓ CONEXÃO (SE LIGA NA REDE) 4933

Programa de incentivo financeiro à população de baixa renda do Estado de São Paulo 4934

destinado a custear, a fundo perdido, a execução pela Sabesp de ramais intradomiciliares 4935

e conexões à rede pública coletora de esgoto, colaborando para a universalização dos 4936

serviços de saneamento com critérios pré-definidos na Lei nº 14.687, de 02 de janeiro de 4937

2012 e Decreto nº 58.280 de 08 de agosto de 2012. 4938

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ENGECORPS

As áreas beneficiadas devem atender, cumulativamente, os seguintes requisitos: 4939

I. sejam classificadas nos Grupos 5 e 6 do Índice Paulista de Vulnerabilidade Social 4940

(IPVS), publicado pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados - SEADE, 4941

correspondentes, respectivamente, a vulnerabilidade alta e muito alta; 4942

II. disponham de redes públicas de coleta de esgotos, com encaminhamento para 4943

estações de tratamento. 4944

Os resultados obtidos com o Programa e os investimentos previstos são: 4945

Período de 2013: Foram realizadas 30.130 ligações intradomiciliares. 4946

Investimentos previstos para o período de 2014 a 2017: Esta sendo estimado o valor 4947

de R$ 30 milhões anuais, com base no Decreto nº 58.208/12 de 12/07/2012 como a 4948

demanda estimada para as metas físicas do programa em 04 anos, num total 4949

aproximado de 25 mil atendimentos. 4950

De acordo com as metas do programa, ao longo de oito anos serão ligados à rede 192 mil 4951

imóveis: 76,8 mil na Região Metropolitana de São Paulo; 30 mil na Baixada Santista; 5,6 4952

mil na Região Metropolitana de Campinas; e 79,3 mil nos demais municípios atendidos 4953

pela Sabesp. 4954

A iniciativa beneficia diretamente 800 mil pessoas e indiretamente cerca de 40 milhões 4955

de paulistas com a despoluição de córregos, rios, represas e mares. O investimento total 4956

previsto é de R$ 349,5 milhões. 4957

O Pró-Conexão (Se Liga na Rede) tem a participação direta da comunidade. Em cada 4958

bairro, as casas beneficiadas são visitadas por uma Agente Se Liga - uma moradora 4959

contratada pela Sabesp para apresentar a iniciativa e explicar os benefícios da ligação de 4960

esgoto. Com a assinatura do Termo de Adesão, o imóvel é fotografado, a obra é 4961

agendada e executada. Ao final, a casa é entregue para a família em condições iguais ou 4962

melhores. 4963

PROGRAMA ÁGUA LIMPA 4964

A maioria dos municípios do Estado de São Paulo conta com rede coletora de esgoto em 4965

quase toda sua área urbana. Muitos, no entanto, ainda não possuem sistema de 4966

tratamento de esgoto doméstico, o que representa grave agressão ao meio ambiente e 4967

aos mananciais. Além de comprometer a qualidade da água dos rios, o despejo de esgoto 4968

bruto traz um sério risco de disseminação de doenças. 4969

Para enfrentar o problema, o Governo do Estado de São Paulo criou, desde 2005, o 4970

Programa Água Limpa, instituído pelo Decreto nº 52.697, de 7-2-2008 e alterado pelo 4971

Decreto nº 57.962, 10-4-2012. Trata-se de uma ação conjunta entre a Secretaria Estadual 4972

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Produto 4 (P4) – Plano Municipal Específico dos Serviços de Saneamento Básico – Município: Américo de Campos

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ENGECORPS

de Saneamento e Recursos Hídricos e o DAEE (Departamento de Águas e Energia 4973

Elétrica), executado em parceria com as prefeituras. 4974

O programa visa implantar sistemas de afastamento e tratamento de esgotos, em 4975

municípios com até 50 mil habitantes que prestam diretamente os serviços públicos de 4976

saneamento básico e que despejam seus efluentes "in natura" nos córregos e rios locais. 4977

O Programa abrange a execução de estações de tratamento de esgoto, estações 4978

elevatórias de esgoto, extensão de emissários, linhas de recalque, rede coletora, 4979

interceptores, impermeabilização de lagoas, dentre outras. 4980

O Governo do Estado disponibiliza os recursos financeiros para a construção das 4981

unidades necessárias, contrata a execução das obras ou presta, através das várias 4982

unidades do DAEE, a orientação e o acompanhamento técnico necessários. Cabe ao 4983

município convenente ceder as áreas onde serão executadas as obras, desenvolver os 4984

projetos básicos, providenciar as licenças ambientais e as servidões administrativas 4985

necessárias. As principais fontes de recursos do Programa provêm do Tesouro do Estado 4986

de São Paulo e de financiamentos com instituições financeiras nacionais e internacionais. 4987

O benefício do Programa não se restringe ao município onde o projeto é implantado, mas 4988

abrange a bacia hidrográfica em que está localizado, com impacto direto na redução da 4989

mortalidade infantil e da disseminação de doenças, além de proporcionar melhoria na 4990

qualidade dos recursos hídricos, com a consequente redução dos custos do tratamento 4991

da água destinada ao abastecimento público. 4992

O sistema de tratamento adotado pelo Programa Água Limpa é composto por três lagoas 4993

de estabilização: anaeróbia, facultativa e maturação, obtendo uma redução de até 95% de 4994

sua carga poluidora, medida em DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio). 4995

Trata-se de um processo natural que não exige equipamentos sofisticados nem adição de 4996

produtos químicos, sendo, portanto, de fácil operação e manutenção. Essas 4997

características tornam o processo ideal para comunidades de pequeno e médio porte que 4998

disponham de terrenos de baixo custo, pois a ETE ocupa áreas relativamente grandes. 4999

A partir de 2013, por disposições regulamentares e orçamentárias específicas, os 5000

convênios passaram a ser instrumentalizados pela Secretaria de Saneamento e Recursos 5001

Hídricos, através da Coordenadoria de Saneamento, oportunidade em que foram 5002

assinados 34 Convênios, com 33 municípios, envolvendo um montante de recursos no 5003

valor aproximado de R$ 280,4 milhões, cujos processos para a contratação das obras 5004

estão sendo providenciados pelo DAEE. 5005

Essas obras quando concluídas beneficiarão uma população de aproximadamente, 5006

558.552 mil habitantes, trazendo benefícios irrefutáveis ao meio ambiente com a retirada 5007

de mais de 1.018 toneladas de carga orgânica dos rios e córregos paulistas, garantindo 5008

maior disponibilidade e qualidade das águas, revitalizando treze Bacias Hidrográficas e 5009

melhorando as condições de vida e saúde pública da população atendida. 5010

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ENGECORPS

Para o período de 2014 a 2017, a SSRH estima com base na demanda de novas 56 5011

solicitações em 60 localidades, até a data atual, o valor de R$ 120 milhões por ano até 5012

2017, de forma a realizar 18 obras por ano, numa valor estimado de R$ 6,6 milhões por 5013

cada obra. 5014

PROGRAMA SANEBASE – Apoio aos Municípios para Ampliação e melhorias de 5015

Sistemas de Águas e Esgoto 5016

Este programa, instituído pelo Decreto nº 41.929, de 8-7-1997 e alterado pelo Decreto nº 5017

52.336, de 7-11-2007, tem por objetivo geral transferir recursos financeiros do Tesouro do 5018

Estado, a fundo perdido, para a execução de obras e/ou serviços de saneamento básico, 5019

mediante convênios firmados entre o Governo do Estado de São Paulo, através da 5020

Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos tendo a SABESP, na qualidade de Órgão 5021

Técnico do Programa, através da Superintendência de Gestão e Desenvolvimento 5022

Operacional de Sistemas Regionais e os municípios paulistas cujos sistemas de água e 5023

esgoto, são operados diretamente pela Prefeitura Municipal ou por intermédio de 5024

autarquias municipais (serviços autônomos). 5025

Visa à ampliação dos níveis de atendimento dos municípios para a implantação, reforma 5026

adequação e expansão dos sistemas de abastecimento de água e esgotos sanitários, 5027

com vistas à universalização desses serviços. 5028

A seguir apresenta-se um panorama do programa, com indicação de metas alcançadas, 5029

demandas requeridas e investimentos previstos. 5030

Meta Alcançada (período de 2011 a 2013) 5031

No período foram celebrados 29 convênios, com investimento aproximado de R$ 11 5032

milhões, beneficiando uma população de 271 mil habitantes, contribuindo, dessa forma, 5033

para a universalização dos serviços de saneamento básico no Estado de São Paulo. 5034

Demandas para priorização em 2014 5035

As priorizações para 2014totalizam 28 solicitações, em um valor aproximado de R$ 11,2 5036

milhões. Os atendimentos em 2014 serão priorizados de acordo com a viabilidade técnica 5037

para execução de obras de águas e esgoto e a disponibilidade de recursos financeiros 5038

previstos no orçamento de 2014. 5039

Demandas no período 2011 a 2013 5040

As demandas cadastradas totalizam 176 solicitações visando à liberação de recursos 5041

financeiros para execução de obras de águas e esgoto em municípios que operam seus 5042

sistemas, no valor aproximado de R$ 76,8 milhões. 5043

Investimentos período 2014 a 2017 5044

Com base na demanda de aproximadamente 30 municípios até a data atual, além dos 5045

que já foram atendidos e estão em fase de assinatura em 2014, utilizando-se o valor total 5046

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da LDO correspondente a R$ 4,7 milhões, a SSRH estimou o valor de R$ 10 milhões 5047

anuais para que seja possível atender às demandas já existentes, assim como às novas 5048

solicitações. 5049

15.6 INSTITUIÇÕES COM FINANCIAMENTOS ONEROSOS 5050

Outas alternativas possíveis, dentre as instituições com financiamentos onerosos, podem 5051

ser citadas as seguintes: 5052

BNDES/FINEM 5053

O BNDES poderá financiar os projetos de saneamento, incluindo: 5054

abastecimento de água; 5055

esgotamento sanitário; 5056

efluentes e resíduos industriais; 5057

resíduos sólidos; 5058

gestão de recursos hídricos (tecnologias e processos, bacias hidrográficas); 5059

recuperação de áreas ambientalmente degradadas; 5060

desenvolvimento institucional; 5061

despoluição de bacias, em regiões onde já estejam constituídos Comitês; 5062

macrodrenagem. 5063

Os principais clientes do Banco nesses empreendimentos são os Estados, Municípios e 5064

entes da Administração Pública Indireta de todas as esferas federativas, inclusive 5065

consórcios públicos. A linha de financiamento Saneamento Ambiental e Recursos 5066

Hídricos baseia-se nas diretrizes do produto BNDES FINEM, com algumas condições 5067

específicas, descritas no Quadro 15.2: 5068

QUADRO 15.2 - TAXA DE JUROS 5069

Apoio Direto:

(operação feita diretamente com o BNDES) Custo Financeiro + Remuneração Básica do BNDES + Taxa de Risco de Crédito

Apoio Indireto:

(operação feita por meio de instituição financeira credenciada)

Custo Financeiro + Remuneração Básica do BNDES + Taxa de Intermediação Financeira + Remuneração da Instituição Financeira Credenciada

5070

Custo Financeiro: TJLP. Atualmente em 6% ao ano. 5071

Remuneração Básica do BNDES: 0,9% a.a.. 5072

Taxa de Risco de Crédito: até 4,18% a.a., conforme o risco de crédito do cliente, 5073

sendo 1,0% a.a. para a administração pública direta dos Estados e Municípios. 5074

Taxa de Intermediação Financeira: 0,5% a.a. somente para médias e grandes 5075

empresas; Municípios estão isentos da taxa. 5076

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Remuneração: Remuneração da Instituição Financeira Credenciada será negociada 5077

entre a instituição financeira credenciada e o cliente. 5078

Participação: A participação máxima do BNDES no financiamento não deverá 5079

ultrapassar a 80% dos itens financiáveis, no entanto, esse limite pode ser aumentado 5080

para empreendimentos localizados nos municípios beneficiados pela Política de 5081

Dinamização Regional (PDR). 5082

Prazo: O prazo total de financiamento será determinado em função da capacidade de 5083

pagamento do empreendimento, da empresa e do grupo econômico. 5084

Garantias: Para apoio direto serão aquelas definidas na análise da operação; para 5085

apoio indireto serão negociadas entre a instituição financeira credenciada e o cliente. 5086

Para a solicitação de empréstimo junto ao BNDES, faz-se necessária a apresentação de 5087

um modelo de avaliação econômica do empreendimento. O proponente, na apresentação 5088

dos estudos e projetos e no encaminhamento das solicitações de financiamento 5089

referentes à implantação e ampliação de sistemas, deve apresentar a Avaliação 5090

Econômica do correspondente empreendimento. Esta deverá incluir os critérios e rotinas 5091

para obtenção dos resultados econômicos, tais como cálculo da tarifa média, despesas 5092

com energia, pessoal, etc. As informações devem constar em um capítulo do relatório da 5093

avaliação socioeconômica, onde serão apresentadas as informações de: nome (estado, 5094

cidade, título do projeto); descrição do projeto; custo a preços constantes (investimento 5095

inicial, complementares em ampliações e em reformas e reabilitações); valores de 5096

despesas de explorações incrementais; receitas operacionais e indiretas; volume 5097

consumido incremental e população servida incremental. 5098

Na análise, serão selecionados os seguintes índices econômicos: população anual 5099

servida equivalente, investimento, custo, custo incremental médio de longo prazo - CIM e 5100

tarifa média atual. Também deverá ser realizada uma caracterização do município, com 5101

breve histórico, dados geográficos e demográficos, dados relativos à distribuição espacial 5102

da população (atual e tendências), uso e ocupação do solo, sistema de transporte e 5103

trânsito, sistema de saneamento básico e dados econômico-financeiros do município. 5104

Quanto ao projeto, deverão ser definidos seus objetivos e metas a serem atingidas. 5105

Deverá ser explicitada a fundamentação e justificativas para a realização do projeto, 5106

principais ganhos a serem obtidos com sua realização do número de pessoas a serem 5107

beneficiadas. 5108

Banco Mundial 5109

A busca de financiamentos e convênios via Banco Mundial deve ser uma alternativa 5110

interessante para a viabilização das ações. A entidade é a maior fonte mundial de 5111

assistência para o desenvolvimento, sendo que disponibiliza cerca de US$30 bilhões 5112

anuais em empréstimos para os seus países clientes. O Banco Mundial levanta dinheiro 5113

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para os seus programas de desenvolvimento recorrendo aos mercados internacionais de 5114

capital e junto aos governos dos países ricos. 5115

A postulação de um projeto junto ao Banco Mundial deve ocorrer através da SEAIN 5116

(Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento). Os órgãos 5117

públicos postulantes elaboram carta consulta à Comissão de Financiamentos Externos 5118

(COFIEX/SEAIN), que publica sua resolução no Diário Oficial da União. É feita então uma 5119

consulta ao Banco Mundial e o detalhamento do projeto é desenvolvido conjuntamente. A 5120

Procuradoria Geral da Fazenda Federal e a Secretaria do Tesouro Nacional então 5121

analisam o financiamento sob diversos critérios, como limites de endividamento, e 5122

concedem ou não a autorização para contraí-lo. No caso de estados e municípios, é 5123

necessária a concessão de aval da União. Após essa fase, é enviada uma solicitação ao 5124

Senado Federal, e é feito o credenciamento da operação junto ao Banco Central - FIRCE 5125

- Departamento de Capitais Estrangeiros. 5126

O Acordo Final é elaborado em negociação com o Banco Mundial, e é enviada carta de 5127

exposição de motivos ao Presidente da República sobre o financiamento. Após a 5128

aprovação pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal (CAE), o projeto é 5129

publicado e são determinadas as suas condições de efetividade. Finalmente, o 5130

financiamento é assinado entre representantes do mutuário e do Banco Mundial. 5131

O BANCO tem exigido que tais projetos sigam rigorosamente critérios ambientais e que 5132

contemplem a Educação Ambiental do público beneficiário dos projetos financiados. 5133

BID - PROCIDADES 5134

O PROCIDADES é um mecanismo de crédito destinado a promover a melhoria da 5135

qualidade de vida da população nos municípios brasileiros de pequeno e médio porte. A 5136

iniciativa é executada por meio de operações individuais financiadas pelo Banco 5137

Interamericano do Desenvolvimento (BID). 5138

O PROCIDADES financia ações de investimentos municipais em infraestrutura básica e 5139

social incluindo: desenvolvimento urbano integrado, transporte, sistema viário, 5140

saneamento, desenvolvimento social, gestão ambiental, fortalecimento institucional, entre 5141

outras. Para serem elegíveis, os projetos devem fazer parte de um plano de 5142

desenvolvimento municipal que leva em conta as prioridades gerais e concentra-se em 5143

setores com maior impacto econômico e social, com enfoque principal em populações de 5144

baixa renda. O PROCIDADES concentra o apoio do BID no plano municipal e simplifica 5145

os procedimentos de preparação e aprovação de projetos mediante a descentralização 5146

das operações. Uma equipe com especialistas, consultores e assistentes atua na 5147

representação do Banco no Brasil (CSC/CBR) para manter um estreito relacionamento 5148

com os municípios. 5149

5150

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O programa financia investimentos em desenvolvimento urbano integrado com uma 5151

abordagem multissetorial, concentrada e coordenada geograficamente, incluindo as 5152

seguintes modalidades: melhoria de bairros, recuperação urbana e renovação e 5153

consolidação urbana. 5154

16. FORMULAÇÃO DE MECANISMOS E PROCEDIMENTOS PARA A 5155

AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DA EFICÁCIA DAS AÇÕES 5156

PROGRAMADAS 5157

O presente capítulo tem como foco principal a apresentação dos mecanismos e 5158

procedimentos para avaliações sistemáticas sobre a eficácia das ações programadas 5159

pelos Planos Municipais específicos dos Serviços de Saneamento Básico (PMESSB). 5160

Para tanto, a referência será uma metodologia definida como Marco Lógico, aplicada por 5161

organismos externos de fomento, como o Banco Mundial (BIRD) e o Banco 5162

Interamericano de Desenvolvimento (BID), que associam os objetivos, metas e 5163

respectivos indicadores e os cronogramas de implementação com as correspondentes 5164

entidades responsáveis pela implementação e pela avaliação de programas e projetos. 5165

Portanto, os procedimentos que serão propostos estarão vinculados não somente às 5166

entidades responsáveis pela implementação, como também àquelas que deverão analisar 5167

indicadores de resultados, em termos de eficiência e eficácia. Quanto ao detalhamento 5168

final, a aplicação efetiva da metodologia somente será possível durante a implementação 5169

de cada PMESSB, com suas ações e intervenções previstas e organizadas em 5170

componentes que serão empreendidos por determinadas entidades. 5171

Com tais definições, será então possível elaborar o mencionado Marco Lógico, que deve 5172

apresentar uma Matriz que sintetize a conexão entre o objetivo geral e os específicos, 5173

associados a indicadores e produtos, intermediários e finais, que devem ser alcançados 5174

ao longo do Plano, em cada período de sua implementação. 5175

Estes indicadores de produtos devem ser dispostos a partir da escala de macro- 5176

resultados, descendo ao detalhe de cada componente, programas e projetos de ações 5177

específicas, de modo a facilitar o monitoramento e a avaliação periódica da execução e 5178

de resultados previstos pelos PMESSBs. Portanto, ao fim e ao cabo, o Marco Lógico 5179

deverá gerar uma relação entre os indicadores de resultados, seus percentuais de 5180

atendimento em cada período dos Planos e, ainda, a menção dos órgãos responsáveis 5181

pela mensuração periódica desses dados, tal como consta na Matriz do Marco Lógico, 5182

que segue. 5183

QUADRO 16.1 – MATRIZ DO MARCO LÓGICO DOS PMESSB 5184

Objetivos Específicos e Respectivos

Componentes dos PMESSBs

Programas Subprogramas = Frentes de

Trabalho, com Principais Ações e Intervenções Propostas

Prazos Estimados, Produtos Parciais e

Finais

Entidades Responsáveis pela Execução e pelo

Monitoramento Continuado

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Em termos dos encargos e funções, é importante perceber que os atores intervenientes 5185

no processo de implementação dos PMESSB apresentam diferentes atribuições, segundo 5186

as componentes, o cronograma geral e os resultados – locais e regionais – que traduzem 5187

a performance global dos planos integrados, no âmbito de cada município. 5188

Como referência metodológica, o Quadro 16.2, relativos aos serviços de água e esgotos, 5189

apresentam uma listagem inicial dos componentes principais envolvidos na administração 5190

dos sistemas (intervenção, operação e regulação), bem como dos atores envolvidos, dos 5191

objetivos principais e uma recomendação preliminar a respeito dos itens de 5192

acompanhamento e os indicadores para monitoramento. 5193

Deve-se ressaltar que os itens de acompanhamento (IA) estão referidos aos 5194

procedimentos de execução e aprovação dos projetos e implantação das obras, bem 5195

como aos procedimentos operacionais e de manutenção, que podem indicar a 5196

necessidade de medidas corretivas e de otimização, tanto em termos de prestação 5197

adequada dos serviços, quanto em termos da sustentabilidade econômico-financeira do 5198

empreendimento. Os indicadores de monitoramento espelharão a consecução das metas 5199

estabelecidas no PMESSB em termos de cobertura e qualidade (indicadores primários), 5200

bem como em relação às avaliações esporádicas em relação a alguns resultados de 5201

interesse (indicadores complementares). 5202

QUADRO 16.2 – LISTAGEM DAS COMPONENTES PRINCIPAIS, ATORES, ATIVIDADES E 5203 ITENS DE ACOMPANHAMENTO PARA MONITORAMENTO DOS SERVIÇOS DE ÁGUA E 5204

ESGOTOS 5205

Componentes Principais-

Intervenção/Operação Atores Previstos Atividades Principais Itens de Acompanhamento (IA)

Construção e/ou ampliação da

infraestrutura dos sistemas de água e

esgotos

Empresas contratadas

Operadores de sistemas

Órgãos de meio ambiente

Entidades das Prefeituras Municipais

a elaboração dos projetos executivos

a aprovação dos projetos em órgãos competentes

a elaboração dos relatórios para licenciamento ambiental

a obtenção da licença prévia, de instalação e operação.

a construção da infraestrutura dos sistemas, conforme cronograma de obras.

a implantação das obras previstas no cronograma, para cada etapa da construção/ampliação, como extensão da rede de distribuição e de coleta, ETAs, ETEs e outras

a instalação de equipamentos

a implantação dos equipamentos em unidades dos sistemas, para cada etapa da construção/ampliação

Operação e Manutenção dos

serviços de água e esgotos

SAAEs Concessionária estadual

Operadores privados

a prestação adequada e contínua dos serviços

a fiscalização e acompanhamento das manutenções efetuadas em equipamentos principais dos

sistemas, evitando-se descontinuidades de operação.

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Componentes Principais-

Intervenção/Operação Atores Previstos Atividades Principais Itens de Acompanhamento (IA)

a viabilização do empreendimento em relação aos serviços prestados

a viabilização econômico- financeira do empreendimento, tendo como resultado tarifas médias adequadas e despesas de operação por m³ faturado

(água+esgoto) compatíveis com a sustentabilidade dos sistemas.

o pronto restabelecimento dos serviços de O&M

o pronto restabelecimento no caso de interrupções no tratamento e fornecimento de água e interrupções na coleta e tratamento de esgotos

Monitoramento e ações para

regulação dos serviços prestados

ARSESP

Agências reguladoras locais

Secretaria de Saúde

a verificação e o acompanhamento da prestação adequada dos serviços

a verificação e o acompanhamento das tarifas de água e esgotos, em níveis justificados

a verificação e o acompanhamento dos avanços na eficiência dos sistemas de água e esgotos

monitoramento contínuo dos seguintes indicadores primários:

– cobertura do serviço de água;

– qualidade da água distribuída;

– controle de perdas de água;

– cobertura de coleta de esgotos;

– cobertura do tratamento de esgotos;

– qualidade do esgoto tratado.

monitoramento ocasional dos seguintes indicadores complementares :

– interrupções no tratamento e no fornecimento de água;

– interrupções do tratamento de esgotos;

– índice de perdas de faturamento de água;

– despesas de exploração dos serviços por m³ faturado (água+esgoto);

– índice de hidrometração;

– extensão de rede de água por ligação;

– extensão de rede de esgotos por ligação;

– grau de endividamento da empresa.

5206

A respeito dos quadros, cabe destacar que: 5207

os itens de acompanhamento relativos à elaboração de projetos e obras dizem 5208

respeito essencialmente à execução dos PMESSB, portanto, com objetivos e metas 5209

limitados ao cronograma de execução, até a entrada em operação de unidades dos 5210

sistemas de água e esgotos; englobam, também, intervenções posteriores, de acordo 5211

com o planejamento de implantações ao longo de operação dos sistemas; 5212

5213

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os itens de acompanhamento relativos à operação e manutenção do sistemas e os 5214

procedimentos de regulação dos serviços prestados baseados nos indicadores 5215

principais e complementares devem ser conjuntamente monitorados entre os 5216

operadores de sistemas de água e esgotos e as respectivas agências reguladoras, 5217

com participação obrigatória de entidades ligadas às PMs, que devem elevar seus 5218

níveis de acompanhamento e intervenção, para que objetivos e metas de seus 5219

interesses sejam atendidos; 5220

os objetivos, metas e indicadores concernentes à abordagem regional, portanto, com 5221

foco no Plano Regional Integrado de Saneamento Básico, devem ser encarados como 5222

uma das vertentes de ação do Plano da Bacia Hidrográfica da UGRHI 15, dentre 5223

outras que correspondem aos demais setores usuários das água; 5224

estes indicadores da escala regional devem estar articulados com o perfil das 5225

atividades e dinâmicas socioeconômicas da UGRHI 15, sendo que, em sua maioria, 5226

serão apenas recomendados, uma vez que extrapolam a abrangência dos estudos 5227

setoriais em tela. 5228

Na sequência, também como referência inicial, apresentam-se o Quadros 16.3, relativos 5229

aos serviços de coleta e disposição final de resíduos sólidos, das componentes principais 5230

envolvidas na administração dos sistemas (intervenção, operação e regulação), bem 5231

como dos atores envolvidos, dos objetivos principais e uma recomendação preliminar a 5232

respeito dos itens de acompanhamento e os indicadores para monitoramento. 5233

QUADRO 16.3 – LISTAGEM DAS COMPONENTES PRINCIPAIS, ATORES, ATIVIDADES E 5234 ITENS DE ACOMPANHAMENTO PARA MONITORAMENTO DO SERVIÇO DE LIMPEZA 5235

URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS 5236

Componentes Principais- Intervenção

Atores Previstos Atividades Principais Itens de Acompanhamento (IA)

Avanços em procedimentos e equipamentos para coleta e transporte e na implantação e/ou ampliação dos aterros sanitários para disposição final de resíduos sólidos

Empresas contratadas Operadores de sistemas Órgãos de meio ambiente Entidades das PMs.

projetos de execução aprovação dos projetos pelas PMs

e pela SSRH

licenciamento ambiental

licença prévia e de instalação

ampliação e/ou construção de nova infraestrutura de aterros sanitários, de inertes e de central de

tratamento de resíduos de saúde

implantação das unidades/centrais previstas, para cada etapa, atendendo ao cronograma do Plano

aquisição e instalação de equipamentos

a aquisição de caminhões, tratores e equipamentos necessários para cada uma das unidades/centrais previstas

Monitoramento e ações para regulação dos serviços prestados

Departamentos de Secretarias Municipais Operadores dos sistemas de limpeza locais Operadores das

prestação adequada dos serviços

viabilidade na prestação dos serviços

O&M regular

indicador do serviço de varrição das vias e calçadas

indicador do serviço de coleta regular

indicador da destinação final dos resíduos sólidos

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ENGECORPS

Componentes Principais- Intervenção

Atores Previstos Atividades Principais Itens de Acompanhamento (IA)

unidades de disposição final Eventuais agências reguladoras

planejamento e avanços na eficiência e eficácia dos serviços de coleta e disposição final de resíduos sólidos

indicador de saturação do tratamento e disposição final de resíduos sólidos

indicadores dos serviços de coleta seletiva

indicadores do reaproveitamento dos resíduos sólidos domésticos

indicadores do manejo e destinação dos resíduos sólidos de serviços de saúde

indicador de reaproveitamento dos resíduos sólidos inertes

Indicador da destinação final dos resíduos sólidos inertes

5237

No que concerne a dados e informações relativas ao conjunto dos segmentos do setor de 5238

saneamento – água, esgotos e resíduos sólidos – bem como, a outras variáveis 5239

indicadas, que dizem respeito aos recursos hídricos e ao meio ambiente, um dos mais 5240

significativos avanços a serem considerados será a implementação de um Sistema de 5241

Informação Georreferenciada (SIG). 5242

Por certo, o SIG a ser instalado para a UGRHI 15 apresentará importantes rebatimentos 5243

sobre os procedimentos para avaliações sistemáticas sobre a eficácia das ações 5244

programadas pelos Planos Municipais Integrados de Saneamento Básico. 5245

Sob tal objetivo, cabe lembrar que o próprio Governo do Estado já detém sistemas de 5246

informações sobre meio ambiente, recursos hídricos e saneamento, que se articulam com 5247

sistemas de cunho nacional e estadual, tendo como boas referências: 5248

o Sistema Nacional de Informações de Saneamento (SNIS), sob a responsabilidade do 5249

Ministério das Cidades; 5250

o Sistema de Informações de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SISAN), 5251

sob responsabilidade da Secretária de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado de 5252

São Paulo; 5253

o Sistema Nacional de Informações de Recursos Hídricos (SNIRH), operado pela 5254

Agência Nacional de Águas (ANA). 5255

Por conseguinte, a demanda será para o desenvolvimento de escalas regionais dos 5256

sistemas de informação que foram desenvolvidos pelo Governo do Estado de São Paulo, 5257

de modo que haja mútua cooperação e convergência entre dados gerais e específicos a 5258

cada UGRHI, organizados para os diferentes setores de saneamento, dos recursos 5259

hídricos e ao meio ambiente. 5260

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Por fim, para a aplicação dos mecanismos e procedimentos propostos com vistas às 5261

avaliações sistemáticas sobre a eficácia das ações dos Planos Municipais Integrados de 5262

Saneamento Básico, devem-se buscar as mútuas articulações interinstitucionais e 5263

coerências entre objetivos, metas e indicadores, tal como consta, em síntese, na Figura 5264

16.1. 5265

5266

Figura 16.1 – Articulações entre Instituições, Objetivos e Metas e Respectivos Indicadores 5267

5268

16.1 INDICADORES DE DESEMPENHO 5269

16.1.1 Indicadores Selecionados para os Serviços de Abastecimento de Água e 5270

Serviços de Esgotamento Sanitário 5271

O Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB), no estabelecimento de suas metas 5272

de curto, médio e longo prazo, seleciona uma série de indicadores para realização do 5273

monitoramento progressivo das metas. 5274

Tais indicadores visam à análise, num âmbito nacional e de modo geral, do cenário de 5275

cobertura e eficiência dos serviços de saneamento, bem como presença de ações de 5276

planejamento, como Planos de Saneamento Básico Municipal e instâncias de fiscalização 5277

e controle dos órgãos de saneamento que atendem a cada município. 5278

5279

-235-

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ENGECORPS

Por se tratar de um planejamento de abrangência nacional, vários destes indicadores não 5280

se prestam à análise da realidade municipal individual dos serviços de saneamento 5281

básico, bem como ao monitoramento de metas. Desta forma, foram analisados os 5282

indicadores do PLANSAB a fim de se selecionar os indicadores mais relevantes e 5283

aplicáveis à situação municipal. 5284

Conceitualmente, as principais variáveis presentes nestes indicadores são: cobertura 5285

(número de domicílios atendidos pelos serviços de saneamento em determinada área), 5286

intermitência dos serviços, índice de perdas (no caso da distribuição de água) e índice de 5287

tratamento (no caso da coleta de esgoto). 5288

Precisamente por se tratar da realidade municipal, o monitoramento é realizado numa 5289

escala mais aprofundada, envolvendo uma quantidade maior de informações. Desta 5290

forma, faz-se necessária a adoção de outros indicadores além dos acima mencionados, 5291

como os referentes a informações de faturamento, qualidade da água distribuída e do 5292

esgoto tratado, extensão de rede, etc. 5293

Para os serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, foi analisado um 5294

conjunto conforme descrito a seguir: 5295

Indicadores Primários 5296

Esses indicadores, considerados extremamente importantes para controle dos sistemas, 5297

foram selecionados no presente estudo como instrumentos obrigatórios para o 5298

monitoramento dos serviços de água e esgoto e foram hierarquizados dessa maneira 5299

porque demonstram, com maior clareza, a eficácia dos serviços prestados à população, 5300

tanto em relação à cobertura do fornecimento de água e à cobertura da coleta/tratamento 5301

dos esgotos, como em relação à otimização da distribuição (redução de perdas), à 5302

qualidade da água distribuída (conforme padrões sanitários adequados) e à qualidade do 5303

esgoto tratado (em atendimento à legislação vigente para lançamento em cursos d’água). 5304

Esses indicadores normalmente constam de Contratos de Programa (no caso dos 5305

serviços prestados pelas companhias estaduais), mas também podem ser aplicados aos 5306

serviços autônomos de responsabilidade das prefeituras ou mesmo de outras 5307

concessionárias, além dos portais do SNIS, vinculado ao Ministério das Cidades e do 5308

SISAN, vinculado a SSRH-SP. Encontram-se relacionados a seguir: 5309

cobertura do serviço de água; 5310

qualidade da água distribuída; 5311

controle de perdas de água de distribuição; 5312

cobertura do serviço de coleta dos esgotos domésticos; 5313

cobertura do serviço de tratamento de esgotos; 5314

qualidade do esgoto tratado. 5315

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ENGECORPS

Indicadores Complementares 5316

Esses indicadores são considerados de utilização facultativa, mas, como recomendação, 5317

podem ser adotados pelos operadores dos sistemas para um controle mais abrangente 5318

dos serviços, uma vez que englobam os segmentos operacional, financeiro, comercial, 5319

etc. Além disso, tais informações são solicitadas por órgãos governamentais. 5320

São indicadores de natureza informativa e comparativa, sem que estejam ligados 5321

diretamente às eficiências de cobertura e qualidade da água e do esgoto tratado, mas que 5322

podem demonstrar aos operadores resultados eficazes e/ou ineficazes quando analisados 5323

à luz dos padrões considerados adequados ou mesmo quando comparados com outros 5324

sistemas em operação. Podem influenciar ou direcionar novas ações e procedimentos 5325

corretivos, visando, gradativamente, à otimização dos resultados obtidos. 5326

Nessa categoria de indicadores complementares (utilização facultativa), foram 5327

selecionados os seguintes indicadores: 5328

interrupções de tratamento de água; 5329

interrupções do tratamento de esgotos; 5330

índice de perdas de faturamento de água; 5331

despesas de exploração por m³ faturado (água+esgoto); 5332

índice de hidrometração; 5333

extensão de rede de água por ligação; 5334

extensão de rede de esgotos por ligação; 5335

grau de endividamento. 5336

No Quadro 16.4, encontram-se apresentados os indicadores selecionados, com 5337

explicitação das unidades, definições e variáveis envolvidas. A nomenclatura adotada 5338

para os indicadores, bem como as variáveis utilizadas nos cálculos onde aplicável, é a 5339

mesma do SNIS, vinculado ao Ministério das Cidades e ao SISAN, vinculado a SSRH-SP. 5340

5341

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ENGECORPS

QUADRO 16.4 – INDICADORES DE REGULAÇÃO 5342

Nº Nome do indicador

Unidade Definição Periodicidade Variáveis

1-INDICADORES PRIMÁRIOS

1.1 Cobertura do

Serviço de Água %

(Quantidade de economias residenciais

ativas ligadas nos sistemas de

abastecimento de água + quantidade de

economias residenciais com disponibilidade de

abastecimento de água) * 100 / domicílios totais, projeção IBGE, excluídos os locais em que o operador está

impedido de prestar o serviço, ou áreas de

obrigação de implantar infraestrutura de

terceiros. Anual

Quantidade de Economias Residenciais Ativas de Água

Quantidade de Economias Residenciais com Disponibilidade de Água;

Quantidade de Domicílios Totais

Quantidade de Domicílios em locais em que o operador está impedido de prestar serviços

Quantidade de Domicílios em áreas de obrigação de terceiros implantar infraestrutura

Quantidade de economias residenciais

ativas de água e quantidade de

economias residenciais com disponibilidade de

água * 100 / quantidade de

domicílios urbanos * (100 - percentual de

domicílios urbanos fora da área de atendimento

de água + percentual de domicílios rurais dentro da área de

atendimento de água).

Quantidade de Domicílios urbanos;

Percentual de domicílios urbanos fora da área de atendimento de água; e

Percentual de domicílios rurais dentro da área de atendimento de água.

1.2 Qualidade da

Água Distribuída %

Fórmula que considera os resultados das

análises de coliformes totais, cloro, turbidez, pH, flúor, cor, THM,

ferro e alumínio.

Mensal

Valor do IDQAd (Índice de Desempenho da Qualidade da Água Distribuída)

1.3 Controle de

Perdas L * ligação/ Dia

[Volume de água (produzido + tratado importado (volume

entregue) - de serviço) anual - volume de água consumo - volume de

água exportado]/ quantidade de ligações

ativas de água

Mensal

Volume de Água Produzido (anual móvel);

Volume de Água Tratada Importado (anual móvel);

Volume de Água de Serviço (anual móvel);

Volume de Água consumido (anual móvel)l

Volume de Água tratada Exportado (anual móvel);

Quantidade de Ligações Ativas de Água (média anual móvel).

1.4

Cobertura do Serviço de

Esgotos Sanitários

%

(Quantidade de economias residenciais

ativas ligadas ao sistema de coleta de

esgotos + Quantidade de economias

residenciais com

Anual

Quantidade de Economias Residenciais Ativas de Esgoto

Quantidade de economias residenciais com disponibilidade de esgoto;

Quantidade de domicílios

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ENGECORPS

Nº Nome do indicador

Unidade Definição Periodicidade Variáveis

disponibilidade de sistema de coleta de esgotos inativas ou sem ligação) * 100 /

domicílios totais, excluídos os locais em que o operador está impedido de prestar

serviços, ou áreas de obrigação de implantar

infraestrutura de terceiros

totais;

Domicílios em locais em que o operador está impedido de prestar serviços

Domicílios em áreas de obrigação de terceiros implantar infraestrutura

Quantidade de economias residenciais

ativas de esgoto e quantidade de

economias residenciais com disponibilidade de

esgoto * 100 / quantidade de

domicílios urbanos * (100 - percentual de

domicílios urbanos fora da área de atendimento de esgoto + percentual

de domicílios rurais dentro da área de

atendimento de esgoto)

Anual

Quantidade de domicílios urbanos;

Percentual de domicílios urbanos fora da área de atendimento de esgoto; e

Percentual de domicílios rurais dentro da área de atendimento de esgoto.

1.5 Tratamento de

Esgotos %

Quantidade de economias residenciais

ativas ligadas ao sistema de coleta de esgotos afluentes às

estações de tratamento de esgotos * 100 /

quantidade de economias ligadas ao sistema de coleta de

esgotos

Anual

Quantidade de economias residenciais ativas ligadas ao sistema de coleta de esgotos afluentes às estações de tratamento de esgotos;

Quantidade de Economias Residenciais Ativas de Esgoto

1.6 Qualidade do

Esgoto Tratado %

Fórmula que considera os resultados das

análises dos principais parâmetros indicados –

CONAMA 430

Mensal

Valor do IDQEt (Índice de Desempenho da Qualidade do Esgoto Tratado) (fórmula a ser definida)

2-INDICADORES COMPLEMENTARES-OPERACIONAIS

2.1 Programa de Investimentos

(Água) %

Investimentos realizados no sistema de abastecimento de

água * 100 / investimentos previstos

no contrato de programa para o

sistema de abastecimento de água

Anual

Investimentos realizados no sistema de abastecimento de água; e

Investimentos previstos no contrato de programa para o sistema de abastecimento de água.

2.2 Programa de Investimentos

(Esgoto) %

Investimentos realizados no sistema

de esgotamento sanitário * 100 /

investimentos previstos no contrato de

Anual

Investimentos realizados no sistema de esgotamento sanitário; e

Investimentos previstos no contrato de programa para o sistema de

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ENGECORPS

Nº Nome do indicador

Unidade Definição Periodicidade Variáveis

programa para o sistema de

esgotamento sanitário

esgotamento sanitário.

2.3 Interrupções de

Tratamento (Água)

%

(duração das paralisações) * 100/(24 x duração do período

de referência)

Mensal Duração das interrupções

2.4

Interrupções de Tratamento

(Esgoto)

%

(duração das paralisações) * 100/(24 x duração do período

de referência)

Mensal Duração das interrupções

2.5 Interrupções de Fornecimento

%

Somatório para o período de referência

(Quantidade de economias ativas

atingidas por paralisações x duração

das paralisações) * 100/ (Quantidade de economias ativas de

água x 24 x duração do período de referência)

Mensal

Quantidade de economias ativas atingidas por interrupções

Duração das interrupções

2.6

Densidade de Obstruções na Rede Coletora

de Esgotos

Nº de desobstruções /

km de rede coletora

Desobstruções de rede coletora realizadas /

extensão da rede coletora

Mensal

Desobstruções de rede coletora realizadas no mês; e

Extensão da Rede de Esgoto

2.7

Índice de Utilização da

Infraestrutura de Produção de

Água

% Vazão produzida * 100 / capacidade nominal

da ETA Anual

Volume de Água Produzido

Capacidade nominal da ETA.

2.8

Índice de Utilização da

Infraestrutura de Tratamento de

Esgotos

%

Vazão de esgoto tratado * 100 /

capacidade nominal da ETE

Anual

Volume de Esgoto Tratado

Capacidade Nominal da ETE.

2.9

Índice de Perda de Faturamento

(água)

%

Volume de Águas não

Faturadas / Volume Disponibilizado à

Distribuição

anual

Volume de Águas não Faturadas

Volume Disponibilizado à Distribuição (Vol. Produz.+ Vol.TratadoImport - Vol.Água de Serviço-Vol.Tratado Export.)

3-INDICADORES COMPLEMENTARES-FINANCEIROS

3.1

Despesa com Energia Elétrica por m³(Cons. +

Colet.)

R$/m³

Despesa com Energia Elétrica / Volume de Água Consumido+

Volume Coletado de Esgoto

Despesa com Energia Elétrica

Volume de Água Produzido

Volume de Esgoto Coletado

3.2

Despesa Exploração por

m³(Cons.+ Colet.)

R$ / m³

Despesas de Exploração / Volume

de Água Consumido + Volume de Esgoto

Coletado

anual

Despesas de Exploração

Volume de Água Consumido

Volume de Esgoto Coletado

3.3

Despesa Exploração por m³ (faturado)

(água + esgoto)

R$ / m³

Despesas de Exploração / Volume de Água Faturado + Volume de Esgoto

Faturado

anual

Despesas de Exploração

Volume de Água Faturado

Volume de Esgoto Faturado

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ENGECORPS

Nº Nome do indicador

Unidade Definição Periodicidade Variáveis

3.4 Tarifa Média

Praticada R$/m³

Receita Operacional Direta de Água +

Receita Operacional Direta de Esgoto+

Receita Operacional Direta de Água

Exportada/ Volume de Água Faturado +

Volume de Esgoto Faturado

anual

Receita Operacional Direta de Água

Receita Operacional Direta de Esgoto

Receita Operacional Direta de Água Exportada

Volume de Água Faturado

Volume de Esgoto Faturado

3.5 Eficiência de Arrecadação

% Arrecadação Total / Receita Operacional

Total mensal

Arrecadação Total

Receita Operacional Total

4-INDICADORES COMPLEMENTARES-COMERCIAIS / OUTROS/BALANÇO

4.1 Reclamações por Economia

Reclamações /economia

Quantidade Total de Reclamações de Água + Quantidade Total de

Reclamações de Esgoto / Quantidade de

Economias Ativas de Água+ Quantidade de Economias Ativas de

Esgoto

mensal

Quantidade Total de Reclamações de Água

Quantidade Total de Reclamações de Água

Quantidade de Economias Ativas de Água

Quantidade de Economias Ativas de Água

4.2 Índice de

Apuração de Consumo

%

Quantidade de Leituras com Código de

Impedimento de Leitura / Quantidade Total de

Leituras Efetuadas

mensal

Quantidade de Leituras com Código de Impedimento de Leitura

Quantidade Total de Leituras Efetuadas

4.3 Índice de

Hidrometração %

Quantidade de Ligações Ativas de

Água Micromedidas/ mensal

Quantidade de Ligações Ativas de Água Micromedidas

Quantidade de Ligações Ativas de

Água

Quantidade de Ligações Ativas de Água

4.4 Ligação por Empregado

Ligações / empregado equivalente

Quantidade de Ligações Ativas de

Água+ Quantidade de Ligações Ativas de

Esgoto/ [Quantidade Total de Empregados Próprios ] + [Despesa

com Serviços de Terceiros x Quantidade Total de Empregados Próprios ]/ Despesa com Pessoal Próprio

anual

Quantidade de Ligações Ativas de Água

Quantidade de Ligações Ativas de Esgoto

Quantidade Total de Empregados Próprios

Despesa com Serviços de Terceiros

Quantidade Total de Empregados Próprios

Despesa com Pessoal Próprio

4.5 Extensão de

Rede de Água por ligação

m/ligação Extensão de Rede de Água/Quantidade de

Ligações Totais anual

Extensão de Rede de Água

Quantidade de Ligações Totais de Água

4.6 Extensão de

Rede de Esgoto por ligação

m/ligação Extensão de Rede de Esgoto/Quantidade de

Ligações Totais anual

Extensão de Rede de Esgoto

Quantidade de Ligações Totais de Esgoto

4.7 Grau de

Endividamento %

Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo

+ Resultado de Exercícios

Futuros/Ativo Total

anual

Passivo Circulante

Exigível a Longo Prazo

Resultado de Exercícios Futuros

Ativo Total

Elaboração Consórcio ENGECORPS/Maubertec, 2018. 5343

5344

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16.1.2 Indicadores Selecionados para os Serviços de Limpeza Urbana e Manejo e 5345

Resíduos Sólidos 5346

Embora os indicadores (de serviço de coleta regular, de destinação final dos RSD e de 5347

saturação do tratamento e disposição final de RSD) utilizados na composição do ISAm – 5348

Indicador de Salubridade Ambiental sejam bastante úteis, não podem ser considerados 5349

suficientes perante tamanha diversidade de aspectos e de tipos de resíduos que 5350

envolvem os serviços de limpeza pública e de manejo de resíduos sólidos. 5351

Assim, considerou-se oportuno apresentar indicadores complementares que, juntamente 5352

com os anteriores, podem expressar com maior propriedade as condições do município 5353

em relação a este tema. 5354

Além disso, propõe-se que, ao invés de se usar uma média aritmética para o cálculo do 5355

Irs – Indicador de Resíduos Sólidos, seja promovida uma média ponderada dos 5356

indicadores através de pesos atribuídos de acordo com a sua importância para a 5357

comunidade, para a saúde pública e para o meio ambiente. 5358

Para a ponderação, sugere-se que sejam levados em conta os seguintes pesos relativos 5359

a cada um dos indicadores que, através de sua somatória, totalizam p = 10,0: 5360

Icr - Indicador do Serviço de Coleta Regular: ..................................................... p = 1,5 5361

Iqr - Indicador da Destinação Final dos RSD: ..................................................... p = 2,0 5362

Isr - Indicador de Saturação do Tratamento e Disposição Final de RSD ............ p = 1,0 5363

Ivm - Indicador do Serviço de Varrição das Vias: ................................................. p = 1,0 5364

Ics - Indicador do Serviço de Coleta Seletiva: ..................................................... p = 1,0 5365

Irr - Indicador do Reaproveitamento dos RSD:................................................... p = 1,0 5366

Irc - Indicador do Reaproveitamento dos RCC: .................................................. p = 0,5 5367

Idc - Indicador da Destinação Final dos RCC: ..................................................... p = 0,5 5368

Ids - Indicador do Manejo e Destinação dos RSS: .............................................. p = 1,5 5369

5370

Irs= (1,5*Icr+2,0*Iqr+1,0*Isr+1,0*Ivm+1,0*Ics+1,0*Irr+0,5*Irc+0,5*Idc+1,5*Ids)/10 5371

Caso, para este plano, ainda não se tenham as informações necessárias para gerar 5372

algum dos indicadores, seu peso deve ser deduzido do total para efeito do cálculo do Irs. 5373

A conceituação dos indicadores e a metodologia para a estimativa de seus valores 5374

encontram-se apresentadas na sequência. 5375

5376

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Icr – Indicador de Coleta Regular 5377

Este indicador utilizado na composição do ISAm, quantifica os domicílios atendidos por 5378

coleta de resíduos sólidos domiciliares, sendo calculado com base no seguinte critério: 5379

%Dcr = (Duc/Dut) x 100 5380

Onde: 5381

%Dcr - porcentagem de domicílios atendidos 5382

Duc - total dos domicílios urbanos atendidos por coleta de lixo 5383

Dut - total dos domicílios urbanos 5384 5385

Critério de cálculo final: 5386

5387 Onde: 5388

%Dcr min ≤ 0 5389

%Dcrmax ≥ 90 (Valor para faixa de população de 20.001 a 100.000 habitantes) 5390

5391

Iqr – Indicador de Tratamento e Disposição Final de RSD 5392

A classificação dos locais de destinação final e tratamento de RSD é definido pela FEAM, 5393

conforme descrito a seguir: 5394

Lixão – forma de disposição final inadequada dos RSU, que são lançados a céu aberto 5395

sem nenhum critério técnico, não adotando as medidas necessárias para proteger a 5396

saúde pública e o meio ambiente. Ressalta-se que, municípios que não recobrem os 5397

RSU com a frequência mínima exigida pela DN COPAM 118/2008, conforme 5398

apresentado no Quadro 16.5, são classificados como lixões. 5399

A atividade de catação de materiais recicláveis e a queima ou vestígio de queima de RSU 5400

também são pontos decisivos na classificação da disposição final do município como 5401

lixão. 5402

QUADRO 16.5 – FREQUÊNCIA MÍNIMA DE RECOBRIMENTO DOS RSU EXIGIDA PELA 5403 DN 118/2008 5404

População Urbana do Município Frequência de Recobrimento

Inferior a 5.000 habitantes no mínimo uma vez por semana

entre 5.000 e 10.000 habitantes no mínimo duas vezes por semana

entre 10.000 e 30.000 habitantes no mínimo três vezes por semana

acima de 30.000 habitantes recobrimento diário

Fonte: DN COPAM 118/2008. Elaboração Consórcio ENGECORPS/Maubertec, 2018. 5405

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5406

Aterro Controlado – forma considerada paliativa de disposição final dos RSU, até que 5407

seja implementado um sistema adequado de tratamento e/ou disposição final de RSU. 5408

Um aterro controlado causa menor impacto ambiental que um lixão, mas apresenta 5409

qualidade bastante inferior a de um aterro sanitário. Nesse tipo de disposição há o 5410

emprego de critérios de engenharia conforme NBR 8849:1985 e os RSU são recobertos 5411

com a frequência mínima exigida pela DN COPAM 118/2008, apresentada no Quadro 8.7 5412

anterior. 5413

Nos aterros controlados são adotadas apenas medidas mínimas necessárias para 5414

diminuir o impacto sobre a saúde pública e o meio ambiente, tais como: 5415

recobrimento de resíduos atendendo à frequência mínima apresentada no Quadro 5416

8.7; 5417

implantação de sistema de drenagem pluvial; 5418

estar em área isolada, possuir portão na entrada, de forma a dificultar o acesso de 5419

pessoas e animais, além de possuir placa de identificação e placa de proibição de 5420

entrada e permanência de pessoas estranhas; 5421

estar situado a uma distância mínima de 300 metros de cursos d’água ou qualquer 5422

coleção hídrica, podendo ser admitidas distâncias entre 200 e 300 metros, desde 5423

que não exista outra alternativa locacional e que seja declarada a viabilidade da 5424

área por responsável técnico, conforme prevê a DN 118/2008; 5425

estar situado a uma distância mínima de 500 metros de núcleos populacionais; 5426

estar localizado em área não sujeita a eventos de inundação; 5427

estar localizado em área com solo de baixa permeabilidade e com declividade 5428

média inferior a 30%; 5429

não poderá estar localizado em áreas erodidas, em especial voçorocas, em áreas 5430

cársticas ou em Áreas de Preservação Permanente – APP. 5431

Em um aterro controlado, no entanto, não há adoção de elementos de proteção 5432

ambiental, tais como impermeabilização de base e laterais, coleta e tratamento dos gases 5433

e lixiviado gerados. Essas medidas são aceitas para municípios com menos de vinte mil 5434

habitantes e até 2 de agosto de 2014, como preconizado pela Lei 12.305/2010. 5435

Aterro Sanitário – forma de disposição final dos RSU considerada adequada. O Aterro 5436

Sanitário é uma forma de “disposição final de resíduos sólidos urbanos no solo, sem 5437

causar danos à saúde pública e à sua segurança, minimizando os impactos 5438

ambientais. Este método utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos 5439

sólidos na menor área possível e reduzi-los ao menor volume permissível, cobrindo-os 5440

com uma camada de terra na conclusão de cada trabalho, ou intervalos menores, se 5441

necessário” (NBR 8419:1992). 5442

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ENGECORPS

Este método de disposição final dos resíduos deve contar com todos os elementos de 5443

proteção ambiental: 5444

sistema de impermeabilização de base e laterais; 5445

sistema de cobertura; 5446

sistema de coleta e drenagem de líquidos percolados; 5447

sistema de coleta e tratamentos dos gases; 5448

sistema de drenagem superficial; 5449

sistema de tratamento de líquidos percolados; 5450

sistema de monitoramento. 5451

Usina de Triagem e Compostagem (UTC) – forma de tratamento dos RSU considerada 5452

adequada. As UTCs são equipamentos com a finalidade de separar materiais 5453

potencialmente recicláveis, a matéria orgânica e os rejeitos. 5454

Os materiais recicláveis, depois de separados, são prensados, enfardados e 5455

armazenados para posterior comercialização; a matéria orgânica é tratada em processo 5456

de compostagem NBR 13591:1996 e os rejeitos dispostos em valas, não 5457

impermeabilizadas, escavadas em áreas contíguas à UTC ou em aterros sanitários. 5458

O processo de compostagem é um método de tratamento que envolve a conversão 5459

biológica da matéria orgânica e tem como produto final o composto orgânico, um material 5460

rico em húmus e nutrientes minerais que pode ser utilizado em paisagismos, na 5461

recuperação de áreas degradadas, entre outros. 5462

Em função do enquadramento dado pela FEAM, será atribuído um respectivo valor de 5463

indicador, conforme o Quadro 16.6: 5464

QUADRO 16.6 – ENQUADRAMENTO DAS INSTALAÇÕES 5465

Iqr Enquadramento

0,0 Lixão

6,0 Aterro Controlado

10,0 Aterro Sanitário

10,0 UTC

Elaboração Consórcio ENGECORPS/Maubertec, 2018. 5466

Porém, sugere-se acrescentar aos critérios deste indicador que, caso o município troque 5467

de unidade e/ou procedimento ao longo do ano, o seu Iqr final será a média dos Iqrs das 5468

unidades utilizadas, ponderada pelo número de meses em que ocorreu a efetiva 5469

destinação em cada uma delas. 5470

5471

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ENGECORPS

Isr – Indicador de Saturação do Tratamento e Disposição Final de RSD 5472

Este indicador, o último componente do ISAm, demonstra a capacidade restante dos 5473

locais de disposição e a necessidade de implantação de novas unidades de disposição de 5474

resíduos, sendo calculado com base nos seguintes critérios: 5475

5476 onde: 5477

n = tempo em que o sistema ficará saturado (anos) 5478

O nmín e o nmáx são fixados conforme Quadro 16.7. 5479

5480

QUADRO 16.7 – FIXAÇÃO DO NMÍN E O NMÁX 5481

Faixa da População nmín Isr nmáx Isr

Até 20.000 hab.

≤ 0 0

n ≥ 1

100 20.001 a 50.000 hab. n ≥ 2

De 50.001 a 200.000 hab n ≥ 3

Maior que 200.000 hab n ≥ 5

Elaboração Consórcio ENGECORPS/Maubertec, 2018. 5482

Ivm - Indicador do Serviço de Varrição das Vias 5483

Este indicador quantifica as vias urbanas atendidas pelo serviço de varrição, tanto manual 5484

quanto mecanizada, sendo calculado com base no seguinte critério: 5485

Ivm= 100 x (%vm atual - %vmmín)/ (%vmmáx - %vmmín) 5486

onde: 5487

Ivm é o indicador da varrição de vias 5488

%vmmín é o % da km de varrição mínimo = 10% das vias urbanas pavimentadas 5489

%vmmáx é o % de km de varrição máximo = 100% das vias urbanas pavimentadas 5490

%vm atual é o % de km de varrição praticado em relação ao total das vias urbanas 5491

pavimentadas 5492

Ics - Indicador do Serviço de Coleta Seletiva 5493

Este indicador quantifica os domicílios atendidos por coleta seletiva de resíduos sólidos 5494

recicláveis, também denominada lixo seco, sendo calculado com base no seguinte 5495

critério: 5496

5497

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ENGECORPS

Ics= 100 x (%cs atual - %csmín)/ (%csmáx - %csmín) 5498

onde: 5499

Ics é o indicador de coleta regular 5500

%csmín é o % dos domicílios coletados mínimo = 0% dos domicílios municipais 5501

%csmáx é o % dos domicílios coletados máximo = 100% dos domicílios municipais 5502

%cs atual é o % dos domicílios municipais coletados em relação ao total dos 5503

domicílios municipais 5504

Irr - Indicador do Reaproveitamento dos RSD 5505

Este indicador traduz o grau de reaproveitamento dos materiais reaproveitáveis presentes 5506

na composição dos resíduos sólidos domiciliares e deve sua importância à 5507

obrigatoriedade ditada pela nova legislação federal referente à Política Nacional dos 5508

Resíduos Sólidos, sendo calculado com base no seguinte critério: 5509

Irr = 100 x (%rr atual - %rrmín)/ (%rrmáx - %rrmín) 5510

onde: 5511

Irr é o indicador de reaproveitamento de resíduos sólidos 5512

%rrmín é o % dos resíduos reaproveitados mínimo = 0% do total de resíduos 5513

sólidos gerados no município 5514

%rrmáx é o % dos resíduos reaproveitados máximo = 70% do total de resíduos 5515

sólidos gerados no município 5516

%rr atual é o % dos resíduos reaproveitados em relação ao total dos resíduos 5517

sólidos gerados no município 5518

Irc - Indicador do Reaproveitamento dos RCC 5519

Este indicador traduz o grau de reaproveitamento dos materiais reaproveitáveis presentes 5520

na composição dos resíduos sólidos da construção civil e, embora também esteja 5521

vinculado de certa forma à obrigatoriedade ditada pela nova legislação federal referente à 5522

Política Nacional dos Resíduos Sólidos, não tem a mesma importância do 5523

reaproveitamento dos RSD, sendo calculado com base no seguinte critério: 5524

Irc= 100 x (%ri atual - %rimín)/ (%rimáx - %rimín) 5525

onde: 5526

Irc é o indicador de reaproveitamento de resíduos sólidos da construção civil 5527

%rimín é o % dos resíduos reaproveitados mínimo = 0% do total de resíduos 5528

sólidos da construção civil gerados no município 5529

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ENGECORPS

%rimáx é o % dos resíduos reaproveitados máximo = 100% do total de resíduos 5530

sólidos da construção civil gerados no município 5531

%ri atual é o % dos resíduos da construção civil reaproveitados em relação ao total 5532

dos resíduos sólidos da construção civil gerados no município 5533

Idc - Indicador da Destinação Final dos RCC 5534

Este indicador é responsável pela avaliação das condições dos sistemas de disposição de 5535

resíduos sólidos da construção civil que, embora ofereça menores riscos do que os 5536

relativos à destinação dos RSD, se não bem operados podem gerar o assoreamento de 5537

drenagens e acabarem sendo, em muitos casos, responsáveis por inundações 5538

localizadas, sendo calculado com base no seguinte critério: 5539

Idc= 10 x IQC 5540

onde: 5541

Idc é o indicador de disposição final de resíduos sólidos da construção civil. 5542

IQC é o índice de qualidade de destinação de resíduos da construção civil, 5543

atribuído à forma/unidade de destinação final utilizada pelo município para dispor 5544

seus resíduos sólidos da construção civil e estimado de acordo com os seguintes 5545

critérios: 5546

5547

QUADRO 16.8 – VALORES ASSOCIADOS AO IQC – ÍNDICE DE QUALIDADE DE 5548 DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL 5549

Operação da Unidade Condições IQC

Sem triagem prévia / sem configuração topográfica /sem drenagem superficial inadequadas 0,00

Com triagem prévia / sem configuração topográfica / sem drenagem superficial inadequadas 2,00

Com triagem prévia / com configuração topográfica / sem drenagem superficial Controladas 4,00

Com triagem prévia / com configuração topográfica / com drenagem superficial Controladas 6,00

Com triagem prévia / sem britagem / com reaproveitamento Adequadas 8,00

Com triagem prévia / com britagem / com reaproveitamento Adequadas 10,00

Elaboração Consórcio ENGECORPS/Maubertec, 2018. 5550

Caso o município troque de unidade e/ou procedimento ao longo do ano, o seu IQC final 5551

será a média dos IQCs das unidades e/ou procedimentos utilizados, ponderada pelo 5552

número de meses em que ocorreu a efetiva destinação em cada um deles. 5553

Ids - Indicador do Manejo e Destinação dos RSS 5554

Este indicador traduz as condições do manejo dos resíduos dos serviços de saúde, desde 5555

sua forma de estocagem para conviver com baixas frequências de coleta até o transporte, 5556

tratamento e disposição final dos rejeitos, sendo calculado com base no seguinte critério: 5557

Ids = 10 x IQS 5558

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ENGECORPS

onde: 5559

Ids é o indicador de manejo de resíduos de serviços de saúde 5560

IQS é o índice de qualidade de manejo de resíduos de serviços de saúde, estimado 5561

de acordo com os seguintes critérios: 5562

QUADRO 16.9 – VALORES ASSOCIADOS AO IQS – ÍNDICE DE QUALIDADE DE MANEJO DE 5563 RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE 5564

Operação da Unidade Condições IQS

Com baixa frequência e sem estocagem refrigerada /sem transporte adequado /sem tratamento licenciado / sem disposição final adequada dos rejeitos tratados

Inadequadas 0,00

Com baixa frequência e com estocagem refrigerada /sem transporte adequado /sem tratamento licenciado / sem disposição final adequada dos rejeitos tratados

Inadequadas 2,00

Com frequência adequada /sem transporte adequado /sem tratamento licenciado / sem disposição final adequada dos rejeitos tratados

Controladas 4,00

Com frequência adequada /com transporte adequado /sem tratamento licenciado / sem disposição final adequada dos rejeitos tratados

Controladas 6,00

Com frequência adequada /com transporte adequado /com tratamento licenciado / sem disposição final adequada dos rejeitos tratados

Adequadas 8,00

Com frequência adequada /com transporte adequado /com tratamento licenciado / com disposição final adequada dos rejeitos tratados

Adequadas 10,00

Elaboração Consórcio ENGECORPS/Maubertec, 2018. 5565

5566

Caso o município troque de procedimento/unidade ao longo do ano, o seu IQS final será a 5567

média dos IQSs dos procedimentos/unidades utilizados, ponderada pelo número de 5568

meses em que ocorreu o efetivo manejo em cada um deles. 5569

5570

17. PREVISÃO DE EVENTOS DE CONTINGÊNCIAS E 5571

EMERGÊNCIAS 5572

17.1 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 5573

As intervenções descritas anteriormente são essenciais para propiciar a operação 5574

permanente dos sistemas de água e esgotos do município. De caráter preventivo, em sua 5575

maioria, buscam conferir grau adequado de segurança aos processos e instalações 5576

operacionais evitando descontinuidades. 5577

Como em qualquer atividade, no entanto, sempre existe a possibilidade de ocorrência de 5578

situações imprevistas. As obras e os serviços de engenharia em geral, e os de 5579

saneamento em particular, são planejados respeitando-se determinados níveis de 5580

segurança resultados de experiências anteriores e expressos na legislação ou em normas 5581

técnicas. 5582

Quanto maior o potencial de causar danos aos seres humanos e ao meio ambiente 5583

maiores são os níveis de segurança estipulados. Casos limites são, por exemplo, os de 5584

usinas atômicas, grandes usinas hidrelétricas, entre outros. 5585

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ENGECORPS

O estabelecimento de níveis de segurança e, consequentemente, de riscos aceitáveis é 5586

essencial para a viabilidade econômica dos serviços, pois, quanto maiores os níveis de 5587

segurança, maiores são os custos de implantação e operação. 5588

A adoção sistemática de altíssimos níveis de segurança para todo e qualquer tipo de obra 5589

ou serviço acarretaria um enorme esforço da sociedade para a implantação e operação 5590

da infraestrutura necessária à sua sobrevivência e conforto, atrasando seus benefícios. E 5591

o atraso desses benefícios, por outro lado, também significa prejuízos à sociedade. Trata-5592

se, portanto, de encontrar um ponto de equilíbrio entre níveis de segurança e custos 5593

aceitáveis. 5594

No caso dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, encontram-5595

se identificados, nos Quadros 17.1 e 17.2, os principais tipos de ocorrências, as possíveis 5596

origens e as ações a serem desencadeadas. Para novos tipos de ocorrências que 5597

porventura venham a surgir, os operadores deverão promover a elaboração de novos 5598

planos de atuação. 5599

QUADRO 17.1 – AÇÕES DE CONTINGÊNCIA E EMERGÊNCIA PARA O S.A.A 5600

Ocorrência Origem Plano de Contingências

1. Falta d´água generalizada

Inundação das captações de água com danificação de equipamentos eletromecânicos / estruturas

Comunicação à população/ instituições / autoridades/ Defesa Civil

Reparo das instalações danificadas

Deslizamento de encostas / movimentação do solo / solapamento de apoios de estruturas com arrebentamento da adução de água bruta ou tratada

Comunicação às autoridades / Defesa Civil

Evacuação das áreas atingidas, apoio aos atingidos e reparo das instalações danificadas

Interrupção prolongada no fornecimento de energia elétrica nas instalações de produção de água

Comunicação ao órgão responsável pelo fornecimento de energia

Controle da água disponível em reservatórios

Vazamento de cloro nas instalações de tratamento de água

Implementação do Plano de Atendimento de Emergência

23 – Cloro

Situação de seca, vazões críticas de mananciais

Deslocamento de frota grande de caminhões tanque

Controle da água disponível em reservatórios

Implementação de rodízio de abastecimento

Ações de vandalismo Comunicação à Polícia

Reparo das instalações danificadas

2. Falta d´água parcial ou localizada

Deficiências de água nos mananciais em períodos de estiagem

Deslocamento de frota grande de caminhões tanque

Controle da água disponível em reservatórios

Implementação de rodízio de abastecimento

Interrupção temporária no fornecimento de energia elétrica nas instalações de produção de água

Comunicação ao órgão responsável pelo fornecimento de energia

Controle da água disponível em reservatórios

Interrupção no fornecimento de energia elétrica em setores de distribuição

Comunicação ao órgão responsável pelo fornecimento de energia

Danificação de equipamentos de estações elevatórias de água tratada

Reparo das instalações danificadas

Danificação de estruturas de Controle da água disponível em reservatórios

23

Este plano seria para uso em caso de um vazamento acidental de cloro, hidróxido de potássio, hidróxido de sódio, hipoclorito de sódio, cloreto de hidrogênio ou em atendimento a uma violação à segurança para minimizar o impacto.

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ENGECORPS

Ocorrência Origem Plano de Contingências

reservatórios e elevatórias de água tratada

Abertura das válvulas de manobras entre setores de abastecimento

Reparo das instalações danificadas

Rompimento de redes e linhas adutoras de água tratada

Comunicação às autoridades / Defesa Civil

Evacuação das áreas atingidas, apoio aos atingidos e reparo das instalações danificadas

Ações de vandalismo Comunicação à Polícia

Reparo das instalações danificadas

Elaboração Consórcio ENGECORPS/Maubertec, 2018. 5601

QUADRO 17.2 – AÇÕES DE CONTINGÊNCIA E EMERGÊNCIA PARA O S.E.S. 5602 Ocorrência Origem Plano de Contingências

1. Paralisação da estação de

tratamento de esgotos

Interrupção no fornecimento de energia elétrica nas instalações de tratamento

Comunicação à concessionária de energia elétrica

Ligar os geradores ou aluguel de geradores de energia para atender a contribuição durante a interrupção do fornecimento de energia elétrica nas unidades

Instalação do tanque de acumulação e amortecimento do esgoto extravasado, com o objetivo de evitar a poluição do solo e água

Danificação de equipamentos eletromecânicos / estruturas

Utilização dos equipamentos reserva

Comunicação aos órgãos de controle ambiental dos problemas com os equipamentos

Reparo das instalações danificadas

Ações de vandalismo Comunicação à Polícia

Reparo das instalações danificadas

2.Extravasamentos de esgotos em

estações elevatórias

Interrupção no fornecimento de energia elétrica nas instalações de bombeamento

Comunicação à concessionária de energia elétrica

Ligar os geradores ou aluguel de geradores de energia para atender a contribuição durante a interrupção do fornecimento de energia elétrica nas unidades

Instalação do tanque de acumulação e amortecimento do esgoto extravasado, com o objetivo de evitar a poluição do solo e água

Danificação de equipamentos eletromecânicos / estruturas

Utilização dos equipamentos reserva

Reparo das instalações danificadas

Ações de vandalismo Comunicação à Polícia

Reparo das instalações danificadas

3. Rompimento de linhas de

recalque, coletores tronco, interceptores e

emissários

Desmoronamentos de taludes / paredes de canais

Comunicação à população/ instituições / autoridades/ Defesa Civil

Sinalização e isolamento da área como meio de evitar acidentes

Reparo das áreas de unidades danificadas

Erosões de fundos de vale

Comunicação à população/ instituições / autoridades/ Defesa Civil

Comunicação aos órgãos de controle ambiental sobre o rompimento em alguma parte do sistema de coleta de esgoto

Sinalização e isolamento da área como meio de evitar acidentes

Reparo das áreas de unidades danificadas

Rompimento de travessias

Comunicação às autoridades de trânsito/ Prefeitura Municipal/ órgãos de controle ambiental sobre o rompimento da travessia

Sinalização e isolamento da área como meio de evitar acidentes

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ENGECORPS

Ocorrência Origem Plano de Contingências

Reparo das áreas de unidades danificadas

4. Ocorrência de retorno de

esgotos em imóveis

Lançamento indevido de águas pluviais em redes coletoras de esgoto

Comunicação à vigilância sanitária

Ampliação da fiscalização e monitoramento de interferências entre a rede de drenagem pluvial e a rede de esgotamento, juntamente com aplicação de multas

Obstruções em coletores de esgoto

Isolamento do trecho danificado do restante da rede, com o objetivo de manter o atendimento das áreas não afetadas pelo rompimento

Execução dos trabalhos de limpeza da rede obstruída

Elaboração Consórcio ENGECORPS/Maubertec, 2018. 5603

5604

17.2 SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS 5605

17.2.1 Objetivo 5606

O principal objetivo de um plano de contingência voltado para os serviços de limpeza 5607

pública e gestão dos resíduos sólidos urbanos é assegurar a continuidade dos 5608

procedimentos originais, de modo a não expor a comunidade a impactos relacionados ao 5609

meio ambiente e, principalmente, à saúde pública. 5610

Normalmente, a descontinuidade dos procedimentos se origina a partir de eventos que 5611

podem ser evitados através de negociações prévias, como greves de pequena duração e 5612

paralisações por tempo indeterminado das prestadoras de serviços ou dos próprios 5613

trabalhadores. 5614

Porém, tal descontinuidade também pode ser gerada a partir de outros tipos de ocorrência 5615

de maior gravidade e, portanto, de maior dificuldade de solução, como explosões, 5616

incêndios, desmoronamentos, tempestades, inundações e outros. 5617

Assim, para que um plano de contingência seja realmente aplicável é necessário, 5618

primeiramente, identificarem-se os agentes envolvidos sem o que não é possível 5619

definirem-se as responsabilidades pelas ações a serem promovidas. 5620

Além dos agentes, também é recomendável que o plano de contingência seja focado para 5621

os procedimentos cuja paralisação pode causar os maiores impactos, relegando os 5622

demais para serem atendidos após o controle total sobre os primeiros. 5623

17.2.2 Agentes Envolvidos 5624

Tendo em vista, a estrutura operacional proposta para o equacionamento dos serviços de 5625

limpeza pública e gestão dos resíduos sólidos urbanos no município, podem-se definir 5626

como principais agentes envolvidos: 5627

5628

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ENGECORPS

Prefeitura Municipal 5629

As municipalidades se constituem agentes envolvidos no Plano de Contingência quando 5630

seus próprios funcionários públicos são os responsáveis diretos pela execução dos 5631

procedimentos. Evidentemente que, no caso das Prefeituras Municipais, o agente nem 5632

sempre é a própria municipalidade e sim secretarias, departamentos ou até mesmo 5633

empresas autônomas que respondem pelos serviços de limpeza pública e/ou pela gestão 5634

dos resíduos sólidos. 5635

Consórcio Intermunicipal 5636

Os consórcios intermunicipais, resultantes de um contrato formal assinado por um grupo 5637

de municípios interessados em usufruir de uma mesma unidade operacional, também são 5638

entendidos como agentes, desde que tenham funcionários diretamente envolvidos na 5639

execução dos procedimentos. 5640

Prestadora de Serviços em Regime Normal 5641

As empresas prestadoras de serviços são consideradas agentes envolvidos quando, 5642

mediante contrato decorrente de licitação pública, seus funcionários assumem a 5643

responsabilidade pela execução dos procedimentos. 5644

Concessionária de Serviços 5645

As empresas executantes dos procedimentos, mediante contrato formal de concessão ou 5646

de Participação público-privada – PPP são igualmente consideradas agentes uma vez 5647

que seus funcionários estão diretamente envolvidos na execução dos procedimentos. 5648

Prestadora de Serviços em Regime de Emergência 5649

As empresas prestadoras de serviços também podem ser consideradas agentes 5650

envolvidos quando, justificada legalmente a necessidade, seus funcionários são 5651

mobilizados através de contrato de emergência sem tempo para a realização de licitação 5652

pública, geralmente por prazos de curta duração. 5653

Órgãos Públicos 5654

Alguns órgãos públicos também são considerados agentes, e os mesmos passam a se 5655

constituir agentes quando, em função do tipo de ocorrência, são mobilizados para 5656

controlar ou atenuar eventuais impactos decorrentes das ocorrências, como é o caso da 5657

FEAM, do DEPRN, da Polícia Ambiental, das Concessionárias de Saneamento Básico e 5658

de Energia e Luz e outros. 5659

5660

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ENGECORPS

Entidades Públicas 5661

Algumas entidades públicas também passam a se constituir agentes do plano a partir do 5662

momento em que, como reforço adicional aos recursos já mobilizados, são acionadas 5663

para minimizar os impactos decorrentes das ocorrências, como é o caso da Defesa Civil, 5664

dos Bombeiros e outros. 5665

Portanto, o presente Plano de Contingência deve ser devidamente adaptado às estruturas 5666

funcionais com que operam os municípios. 5667

17.2.3 Planos de Contingência 5668

Considerando os diversos níveis dos agentes envolvidos e as suas respectivas 5669

competências e dando prioridade aos procedimentos cuja paralisação pode causar os 5670

maiores impactos à saúde pública e ao meio ambiente, apresentam-se no Quadro 17.3 a 5671

seguir, os planos de contingência para cada tipo de serviço: 5672

QUADRO 17.3 – PLANOS DE CONTINGÊNCIA PARA CADA TIPO DE SERVIÇO 5673

Ocorrência Origem Plano de Contingências

1. Paralisação da Varrição Manual

Greves de pequena duração

Identificação dos pontos mais críticos e o escalonamento de funcionários municipais, que possam efetuar o serviço através de mutirões.

Contratação de empresa especializada prestadora de serviço em regime emergencial

Paralisações por tempo indeterminado das prestadoras de serviços ou dos próprios trabalhadores.

Identificação dos pontos mais críticos e o escalonamento de funcionários municipais, que possam efetuar o serviço através de mutirões.

Contratação de empresa especializada prestadora de serviço em regime emergencial

2. Paralisação da Manutenção de Vias

e Logradouros

Greves de pequena duração

Acionamento da empresa contratada para execução dos serviços

Contratação de empresa especializada prestadora de serviço em regime emergencial para o desentupimento dos dispositivos de drenagem

Paralisações por tempo indeterminado das prestadoras de serviços ou dos próprios trabalhadores.

Acionamento da empresa contratada para execução dos serviços

Contratação de empresa especializada prestadora de serviço em regime emergencial para o desentupimento dos dispositivos de drenagem

3. Paralisação da Manutenção de Áreas

Verdes

Paralisações por tempo indeterminado das prestadoras de serviços ou dos próprios trabalhadores.

Acionamento da Prefeitura e da empresa contratada pelos serviços

Contratação de empresa especializada em caráter de emergência

Tombamento de árvores

Mobilização de equipe de plantão e equipamentos

Acionamento de concessionária de energia elétrica, telefonia e de trafégo

Acionamento do corpo de bombeiros mais próximo e da defesa civil

4. Paralisação na Limpeza Pós Feiras

Livres

Greves de pequena duração ou paralisações por tempo indeterminado das prestadoras de serviços ou dos próprios trabalhadores.

Identificação dos pontos mais críticos e o escalonamento de funcionários municipais, que possam efetuar o serviço através de mutirões.

Contratação de empresa especializada prestadora de serviço em regime emergencial

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Ocorrência Origem Plano de Contingências

5. Paralisação na Coleta Domiciliar de

RSD

Greves de pequena duração ou paralisações por tempo indeterminado das prestadoras de serviços ou dos próprios trabalhadores.

Contratação de empresa especializada prestadora de serviço em regime emergencial

Empresas e veículos previamente cadastrados seriam acionados para assumir emergencialmente a coleta nos roteiros programados, dando continuidade ao serviço

Contratação de empresa especializada prestadora de serviço em regime emergencial

Decretação de “estado de calamidade pública”, em casos críticos, tendo em vista as ameaças à saúde pública

6. Paralisação na Disposição Final de Rejeitos dos RSD

A paralisação do serviço de operação de um aterro sanitário pode ocorrer por diversos fatores, desde greves de pequena duração ou paralisações por tempo indeterminado até ocorrências que requerem maiores cuidados e até mesmo por demora na obtenção das licenças necessárias para a sobre elevação e/ou a ampliação do maciço.

Considerando a ocorrência de greves de pequena duração, é possível deslocar equipes de outros setores da própria municipalidade ou, no caso de consórcios, das municipalidades consorciadas.

Para o caso de a paralisação persistir por tempo indeterminado, é recomendável trocar a solução doméstica pela contratação de empresa prestadora de serviço em regime emergencial, pois ela poderá também dar conta dos serviços mais especializados de manutenção e monitoramento ambiental.

Enquanto isto não acontece, os resíduos poderão ser enviados para disposição final em outra unidade similar existente na região. Esta mesma providência poderá ser usada no caso de demora na obtenção do licenciamento ambiental para sobre elevação e/ou ampliação do maciço existente.

Devido às características específicas dos resíduos recebidos pelos aterros sanitários, os motivos de paralisação podem exceder a simples greves, tomando dimensões mais preocupantes, como rupturas no maciço, explosões provocadas pelo biogás, vazamentos de chorume e outros.

A ruptura dos taludes e bermas englobam medidas de reparos para recomposição da configuração topográfica, recolocação dos dispositivos de drenagem superficial e reposição da cobertura de solo e gramíneas, de modo a assegurar a perfeita estabilidade do maciço, após a devida comunicação da não conformidade à FEAM.

Explosões decorrentes do biogás são eventos mais raros, que também podem ser evitados por um sistema de drenagem bem planejado e um monitoramento direcionado para detectar com antecipação a formação de eventuais bolsões no interior do maciço.

Com relação à explosão ou mesmo incêndio, o Plano de Contingência prevê a evacuação imediata da área e a adoção dos procedimentos de segurança, simultaneamente ao acionamento da FEAM e dos Bombeiros.

Os vazamentos de chorume também não são comuns, já que o aterro sanitário é dotado de uma base impermeável, que evita o contato direto dos efluentes com o solo e as águas subterrâneas. Portanto, eles têm mais chance de extravasar nos tanques e/ou lagoas, seja por problemas operacionais, sejam por excesso de chuvas de grandes proporções.

A primeira medida do Plano de Contingência diz respeito à contenção do vazamento e/ou transbordamento, para estancar a origem do problema e, em seguida, a transferência do chorume estocado para uma ETE mais próxima através de caminhão limpa fossa.

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Ocorrência Origem Plano de Contingências

7. Paralisação na Coleta, Transporte,

Pré-Beneficiamento e Disposição Final dos

RCD

Estão compreendidos pelo serviço de coleta de resíduos sólidos da construção civil a retirada dos materiais descartados irregularmente e o recolhimento e translado dos entulhos entregues pelos munícipes. Portanto, a paralisação do serviço de coleta deste tipo de resíduo engloba ambos os recolhimentos.

Acionamento da Prefeitura e da empresa contratada pelos serviços

Caso a ocorrência resulte na contaminação do solo e/ou das águas subterrâneas, o passivo ambiental será equacionado através das orientações da FEAM.

Contratação de empresa especializada prestadora de serviço em regime emergencial

Para agilizar esta providência, é recomendável que a municipalidade ou consórcio intermunicipal mantenha um cadastro de empresas com este perfil para acionamento imediato e, neste caso, o contrato de emergência deverá perdurar apenas enquanto o impasse não estiver resolvido, cessando à medida que a situação retome a normalidade.

No que se refere aos serviços de triagem e pré-beneficiamento de entulhos reaproveitáveis e de operação de aterro de inertes, as interrupções costumam estar associadas a greves de pequena duração ou paralisações por tempo indeterminado dos funcionários envolvidos na prestação desses serviços.

Acionamento da Prefeitura e da empresa contratada pelos serviços

Contratação de empresa especializada em caráter de emergência

No caso dos aterros de resíduos da construção civil, a paralisação do serviço também pode ocorrer devido à demora na obtenção das licenças necessárias para a sobre elevação e/ou a ampliação do maciço já que, pelas características desse tipo de resíduos, não existem ocorrências com efluentes líquidos e gasosos.

Do ponto de vista técnico, a única ocorrência que pode exigir uma maior atenção do Plano de Contingência é uma eventual ruptura dos taludes e bermas, resultante da deficiência de projeto e/ou de execução da configuração do aterro, mesmo tendo a massa uma consistência altamente homogênea, ou no recobrimento com gramíneas.

8. Paralisação na Coleta, Transporte e Tratamento dos RSS

Paralisação das coletas seletiva e de resíduos de serviços de saúde

Celebração de contrato emergencial com empresa especializada na coleta de resíduos conforme sua classificação

Elaboração Consórcio ENGECORPS/Maubertec, 2018. 5674

5675

5676

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ENGECORPS

18. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 5677

ALMEIDA, F.F.M. de. Fundamentos Geológicos do Relevo Paulista. Bol. Inst. Geogr. E Geol. 5678

n.41, São Paulo, 1964. 5679

AZEVEDO NETTO, J.; ALVAREZ, G. Manual de hidráulica. 7. ed. São Paulo: Edgard Blucher, 5680

1982. 335 p. v. 1. 5681

AZEVEDO NETTO, J.; ALVAREZ, G. Manual de hidráulica. 7. ed. São Paulo: Edgard Blucher, 5682

1982. 724 p. v. 2. 5683

BRASIL. Decreto nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010. Regulamenta a Lei nº 12.305, de 2 de 5684

agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, cria o Comitê 5685

interministerial da Política nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a 5686

Implantação dos Sistemas de Logística Reversa, e dá outras providências. Diário Oficial 5687

[da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 23 dez. 2010. Disponível em: 5688

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/Decreto/D7404.htm. Acesso em: 5689

jun. 2017. 5690

BRASIL. Lei nº 11.079, de 30 de dezembro de 2004. Institui normas gerais para licitação e 5691

contratação de parceria público-privada no âmbito da administração pública. Diário 5692

Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 31 dez. 2004. Disponível em: 5693

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/l11079.htm>. Acesso em: 5694

jun. 2017. 5695

BRASIL. Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005. Dispõe sobre normas gerais de contratação de 5696

consórcios públicos e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa 5697

do Brasil, Brasília, DF, 07 abr. 2005. Disponível em: 5698

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/Lei/L11107.htm>. Acesso em: 5699

jun. 2017. 5700

BRASIL. Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007. Estabelece diretrizes nacionais para o 5701

saneamento básico. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 11 5702

jan. 2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-5703

2010/2007/lei/l11445.htm>. Acesso em: jun. 2017. 5704

BRASIL. Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; 5705

altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Diário Oficial 5706

[da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 3 ago. 2010. Disponível em: 5707

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm>. Acesso em: 5708

jun. 2017. 5709

BRASIL. Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995. Dispõe sobre o regime de concessão e 5710

permissão da prestação de serviços públicos previstos no art. 175 da Constituição 5711

Federal, e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, 5712

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CAMPANA, N.; TUCCI, C.E.M. Estimativa de Área Impermeável de Macrobacias Urbanas. 5715

RBE, Caderno de Recursos Hídricos. Volume 12, n. 2, p. 19 – 94. 1994. 5716

CAMPANHA, N.A. & TUCCI, C.E.M. – Estimativa de Áreas Impermeáveis em Zonas Urbanas. 5717

ABRH, 1992. 5718

CANÇADO, V., NASCIMENTO, N. O., CABRAL, J. R. Estudo da Cobrança pela Drenagem 5719

Urbana de Águas Pluviais por meio da Simulação de uma Taxa de Drenagem. RBRH 5720

– Revista Brasileira de Recursos Hídricos, Porto Alegre: ABRH, vol. 11, nº 2, p135-147, 5721

abr/jun 2006. 5722

CARNEIRO, C.D.R. et al. Mapa Geomorfológico do Estado de São Paulo. Instituto de 5723

Pesquisas Tecnológicas (IPT), 1981. 5724

CBH-TG. COMITÊ DA BACIA HIDROGRÁFICA TURVO/GRANDE. Plano de Bacia da Unidade de 5725

Gerenciamento de Recursos Hídricos da Bacia do Turvo/Grande (UGRHI 15) – Em 5726

atendimento à Deliberação CRH 62. São José do Rio Preto: CBH-TG, 2009a. 5727

CENTRO DE PESQUISAS METEOROLÓGICAS E CLIMÁTICAS APLICADAS A AGRICULTURA. 5728

Clima dos Municípios Paulistas. Disponível em: <http://www.cpa.unicamp.br/outras-5729

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COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO – CETESB. Mapa de destinação dos 5731

resíduos urbanos. Disponível em 5732

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COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO (CETESB). Inventário Estadual de 5735

Resíduos Sólidos Urbanos. São Paulo, CETESB, 2015. Disponível em: 5736

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COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO (CETESB). Relatório de Qualidade 5738

das Águas Superficiais do Estado de São Paulo 2015. São Paulo, CETESB, 2016. 5739

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COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO (CETESB). Relatório de Qualidade 5741

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CPRM – Serviço Geológico do Brasil. Mapa Geológico do Estado de São Paulo - escala 5744

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DEPARTAMENTO DE ÁGUAS E ENERGIA ELÉTRICA – DAEE. Guia prático para Projetos de 5749

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Paulo: SSRH/CRHi, 2013. 5807

SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos. Coordenadoria de 5808

Recursos Hídricos. Situação dos Recursos Hídricos do Estado de São Paulo – Ano 5809

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Produto 4 (P4) – Plano Municipal Específico dos Serviços de Saneamento Básico – Município: Américo de Campos

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ENGECORPS

SÃO PAULO. Decreto Estadual nº 52.895 de 11 de abril de 2008. Autoriza a Secretaria de 5814

Saneamento e Energia a representar o Estado de São Paulo na celebração de convênios 5815

com Municípios paulistas, ou consórcio de Municípios, visando à elaboração de planos de 5816

saneamento básico e sua consolidação no Plano Estadual de Saneamento Básico. Diário 5817

Oficial [do] Estado de São Paulo, São Paulo, Palácio dos Bandeirantes, 8 dez. 2007. 5818

Disponível em: < https://www.al.sp.gov.br/norma/?id=76786>. Acesso em: jun. 2017. 5819

SÃO PAULO. Lei Complementar nº 1.025, de 7 de dezembro de 2007. Transforma a Comissão de 5820

Serviços Públicos de Energia – CSPE em Agência Reguladora de Saneamento e Energia 5821

do Estado de São Paulo – ARSESP, dispõe sobre os serviços públicos de saneamento 5822

básico e de gás canalizado no Estado, e dá outras providências. Diário Oficial [do] 5823

Estado de São Paulo, São Paulo, Palácio dos Bandeirantes, 8 dez. 2007. Disponível em: 5824

<http://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei%20complementar/2007/lei%20complem5825

entar%20n.1.025,%20de%2007.12.2007.pdf>. Acesso em: jun. 2017. 5826

SISTEMA DE INFORMAÇÕES FLORESTAIS DO ESTADO DE SÃO PAULO. Inventário 5827

Florestal do Estado de São Paulo. São Paulo, 2009. Disponível em: 5828

<http://www.iflorestal.sp.gov.br/sifesp/>. Acesso em: jun. 2017. 5829

SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES SOBRE SANEAMENTO. Diagnósticos: Água e 5830

Esgotos. Disponível em: 5831

<http://www.snis.gov.br/PaginaCarrega.php?EWRErterterTERTer=6.> Acesso em: jun. 5832

2017. 5833

TUCCI, Carlos. E. M. Gerenciamento da Drenagem Urbana. Revista Brasileira de Recursos 5834

Hídricos. Volume 7, nº.1, Jan/Mar 2002, 5-27. 5835

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Planos Municipais Específicos dos Serviços de Saneamento Básico - UGRHIs 15 e 18

Produto 4 (P4) – Plano Municipal Específico dos Serviços de Saneamento Básico – Município: Américo de Campos – Anexo I

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ANEXO I – BASES E FUNDAMENTOS LEGAIS DOS 5836

PLANOS MUNICIPAIS DE SANEAMENTO 5837

5838

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Planos Municipais Específicos dos Serviços de Saneamento Básico - UGRHIs 15 e 18

Produto 4 (P4) – Plano Municipal Específico dos Serviços de Saneamento Básico – Município: Américo de Campos – Anexo I

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ENGECORPS

ÍNDICE 5839

PÁG. 5840

1. COMENTÁRIOS INICIAIS ................................................................................................. 3 5841

1.1 ABRANGÊNCIA DOS SERVIÇOS ............................................................................................. 5 5842

1.1.1 Abastecimento de água potável ......................................................................................... 5 5843

1.1.2 Esgotamento sanitário ....................................................................................................... 7 5844

1.1.3 Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas .............................................................. 8 5845

1.2 TITULARIDADE DOS SERVIÇOS .............................................................................................. 8 5846

1.2.1 Essencialidade .................................................................................................................. 8 5847

1.3 TITULARIDADE DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO NA UGRHI 15 .............................................. 9 5848

1.3.1 Atribuições do Titular ....................................................................................................... 10 5849

1.4 PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS: MODELOS INSTITUCIONAIS ...................................................... 11 5850 1.5 PRESTAÇÃO DIRETA PELA PREFEITURA MUNICIPAL ............................................................. 13 5851 1.6 PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS POR AUTARQUIAS ...................................................................... 13 5852

1.6.1 Prestação por Empresas Públicas ou Sociedades de Economia Mista Municipais .......... 14 5853

1.6.2 Prestação mediante Contrato .......................................................................................... 14 5854

5855

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ENGECORPS

1. COMENTÁRIOS INICIAIS 5856

A Lei nº 11.445/2007, regulamentada pelo Decreto nº 7.217/2010, é a norma brasileira 5857

que dispõe sobre as Diretrizes Nacionais para o Saneamento Básico, tendo revogado a 5858

norma anterior – Lei nº 6.528/1978. 5859

Editada após anos de tramitação no Congresso Nacional, essa política pública inovou no 5860

cenário nacional, estabelecendo um novo sistema de gestão dos serviços, conforme 5861

segue: 5862

Em primeiro lugar, foram incorporados à categoria de saneamento básico os 5863 serviços de limpeza urbana e drenagem urbana. Anteriormente à edição da lei, 5864 havia um consenso de que apenas o abastecimento de água e o esgotamento 5865 sanitário compunham esse universo. Além disso, os serviços estão descritos na 5866 norma, de modo que não haja dúvida quanto à abrangência da lei sobre eles, em 5867 todas as suas etapas. 5868

Em segundo lugar, a lei estabeleceu funções específicas relativas aos serviços: 5869 planejamento, prestação (em suas diversas formas), regulação e fiscalização. A 5870 cada função corresponde um regime jurídico próprio, que não se confunde com os 5871 demais, o que permite uma gestão mais objetiva e eficaz dos serviços pelo titular 5872 e/ou seus delegados. 5873

Em terceiro lugar, foi introduzida a contratualização dos serviços, modelo 5874 institucional que prevê o estabelecimento de metas a serem atingidas e os 5875 respectivos indicadores para verificação do alcance dessas metas. Tais condições 5876 são válidas para os serviços objeto de contrato, seja de programa, com empresas 5877 estaduais, que no caso do Estado de São Paulo, consiste na Companhia de 5878 Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP), ou de concessão, com 5879 empresas privadas. Na contratualização, incide o equilíbrio econômico-financeiro, 5880 relacionado com a sustentabilidade dos serviços. 5881

Em quarto lugar, os serviços prestados pelas municipalidades, por departamentos 5882 ou ainda entidades municipais criadas por lei com essa finalidade não são regidos 5883 por contratos. Todavia, os Planos Municipais de Saneamento Básico (PMSB) 5884 vinculam o seu conteúdo e metas à atuação e cumprimento pelo prestador, 5885 cabendo ao ente regulador essa fiscalização e responsabilidade. 5886

Em quinto lugar, a edição da lei abriu, sob o aspecto institucional, novos caminhos 5887 para a prestação dos serviços de saneamento básico, uma vez que estabelece a 5888 existência do Plano Municipal de Saneamento Básico como condição para a 5889 validade de contratos de delegação de serviços, seja de programa, seja de 5890 concessão, assim como para a obtenção de recursos e financiamentos por parte da 5891 União. 5892

Em sexto lugar, a lei de dispõe sobre o controle social da prestação. 5893

5894

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ENGECORPS

Tendo em vista a importância dos Planos Municipais de Saneamento Básico como 5895

instrumentos norteadores das ações a serem implementadas em cada Município, e 5896

considerando os princípios da universalização, segurança, qualidade e regularidade, 5897

eficiência e sustentabilidade econômica, o Estado de São Paulo instituiu o Programa 5898

Estadual de Apoio Técnico à Elaboração dos Planos Municipais de Saneamento Básico 5899

(PMSB). 5900

Esse programa foi concebido com o objetivo de atender às exigências do contexto legal e 5901

institucional do setor e garantir aos municípios paulistas melhores condições técnicas 5902

para a elaboração de planos de saneamento consistentes, articulados com as disposições 5903

relativas aos recursos hídricos e ao desenvolvimento urbano. 5904

O Decreto Estadual nº 52.895/2008 autorizou a então Secretaria de Saneamento e 5905

Energia, hoje Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos, a representar o Estado de 5906

São Paulo na celebração de convênios com Municípios paulistas, ou com consórcios de 5907

Municípios, visando à elaboração de Planos Municipais de Saneamento Básico e sua 5908

consolidação no Plano Estadual de Saneamento Básico24. 5909

Neste contexto, até 2015 foram concluídos e entregues 177 PMSB, referentes aos 5910

municípios das UGRHI 01 (Serra Mantiqueira), 02 (Paraíba do Sul), 03 (Litoral Norte), 07 5911

(Baixada Santista), 09 (Mogi-Guaçu), 10 (Sorocaba/Médio Tietê), 11 (Ribeira de Iguape e 5912

Litoral Sul) e 14 (Alto Paranapanema). Além disso, foram consolidados 08 Planos 5913

Regionais Integrados de Saneamento Básico para essas regiões. 5914

Com a edição do Decreto nº 61.825/2016, que dá nova redação a dispositivos do Decreto 5915

nº 52.895/200825, foi autorizada a celebração de convênios com Municípios paulistas 5916

tendo como objeto a elaboração de planos municipais específicos que poderão abranger 5917

um ou mais dos serviços que, em conjunto, compõem o saneamento básico, nos termos 5918

do artigo 3º, inciso I, da Lei federal nº 11.445/200726, de acordo com a necessidade de 5919

cada municipalidade. 5920

Com a edição da Lei nº 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos 5921

Sólidos, e considerando a forte interação entre essa norma e a Lei de Saneamento, serão 5922

verificados alguns conceitos aplicáveis aos municípios, no que se refere aos planos de 5923

resíduos sólidos e de saneamento básico. 5924

Serão abordados, ainda, os seguintes temas fundamentais: a titularidade, a regulação e 5925

fiscalização e a prestação dos serviços. Em relação à titularidade, será verificado no que 5926

consiste essa atividade e as formas legalmente previstas para o seu exercício. A 5927

regulação e a fiscalização serão abordadas quanto aos modelos institucionais disponíveis 5928

no direito brasileiro. Quanto à prestação dos serviços, caberá estudar as diversas formas 5929

24

Decreto nº 52.895/2008, art. 1º, caput. 25

Decreto nº 61.825/2016, art. 1º, caput. 26

Decreto nº 52.895/2008, art. 1º, I.

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previstas na legislação, incluindo a prestação regionalizada, modalidade prevista na Lei 5930

nº 11.445/2007 que se caracteriza pelas seguintes situações: 5931

1. Um único prestador do serviço para vários Municípios, contíguos ou não; 5932

2. Uniformidade de fiscalização e regulação dos serviços, inclusive de sua 5933 remuneração; 5934

3. Compatibilidade de planejamento27

. 5935

5936

1.1 ABRANGÊNCIA DOS SERVIÇOS 5937

A Lei nº 11.445/2007 define, como serviços de saneamento básico, as infraestruturas e 5938

instalações operacionais de quatro categorias: 5939

1. Abastecimento de água potável; 5940

2. Esgotamento sanitário; 5941

3. Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos; 5942

4. Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas. 5943

Neste item são abordados os serviços objeto dos Planos Municipais de Saneamento 5944

Básico a serem elaborados para os municípios em pauta, de acordo com o escopo 5945

definido. 5946

1.1.1 Abastecimento de água potável 5947

O abastecimento de água potável é constituído pelas atividades, infraestruturas e 5948

instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a captação em 5949

um corpo hídrico superficial ou subterrâneo, até as ligações prediais e respectivos 5950

instrumentos de medição28, passando pelo tratamento, a reservação e a adução até os 5951

pontos de ligação. Trata-se de um forte indicador do desenvolvimento de um país, 5952

principalmente pela sua estreita relação com a saúde pública e o meio ambiente. 5953

Para o abastecimento público, visando prioritariamente ao consumo humano, são 5954

necessários mananciais protegidos e uma qualidade da água compatível com os padrões 5955

de potabilidade legalmente fixados, a fim de se evitar a ocorrência de diversas doenças, 5956

como diarreia, cólera etc. 5957

É dever do Poder Público garantir o abastecimento de água potável à população, obtida 5958

dos rios, reservatórios ou aquíferos. A água derivada dos mananciais para o 5959

abastecimento público deve possuir condições tais que, mediante tratamento, em vários 5960

27

Lei nº 11.445/2007, art. 14.

28 Lei nº 11.445/2007, art. 3º, I, a.

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níveis, de acordo com a necessidade, possa ser fornecida à população nos padrões 5961

legais de potabilidade, sem qualquer risco de contaminação. 5962

Os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da 5963

água para consumo humano, e seu padrão de potabilidade, são competência da União, 5964

vigorando a Portaria do Ministério da Saúde nº 2.914/2011, que aprovou a Norma de 5965

Qualidade da Água para Consumo Humano. 5966

O Decreto nº 5.440/2005 estabelece definições e procedimentos sobre o controle de 5967

qualidade da água de sistemas de abastecimento, institui mecanismos e instrumentos 5968

para a divulgação de informação ao consumidor sobre a qualidade da água para consumo 5969

humano. 5970

Essa norma fixa, em seu Anexo – Regulamento Técnico sobre Mecanismos e 5971

Instrumentos para Divulgação de Informação ao Consumidor sobre a Qualidade da Água 5972

para Consumo Humano -, as seguintes definições: 5973

1. Água potável: água para consumo humano cujos parâmetros microbiológicos, 5974 físicos, químicos e radioativos atendam ao padrão de potabilidade, e que não 5975 ofereça riscos à saúde29; 5976

2. Sistema de abastecimento de água para consumo humano: instalação 5977 composta por conjunto de obras civis, materiais e equipamentos, destinada à 5978 produção e à distribuição canalizada de água potável para populações, sob a 5979 responsabilidade do poder público, mesmo que administrada em regime de 5980 concessão ou permissão30; 5981

3. Solução alternativa de abastecimento de água para consumo humano: toda 5982 modalidade de abastecimento coletivo de água distinta do sistema de 5983 abastecimento de água, incluindo, entre outras, fonte, poço comunitário, 5984 distribuição por veículo transportador, instalações condominiais horizontais e 5985

verticais31

; 5986

4. Controle da qualidade da água para consumo humano: conjunto de atividades 5987 exercidas de forma contínua pelo (s) responsável (is) pela operação de 5988 sistema, ou solução alternativa de abastecimento de água, destinadas a 5989 verificar se a água fornecida à população é potável, assegurando a 5990 manutenção desta condição32; 5991

5. Vigilância da qualidade da água para consumo humano – conjunto de ações 5992 adotadas continuamente pela autoridade de saúde pública, para verificar se a 5993 água consumida pela população atende a esta norma e para avaliar os riscos 5994 que os sistemas e as soluções alternativas de abastecimento de água 5995 representam para a saúde humana33. 5996

5997

29

Decreto nº 5.440/2005, ANEXO, art. 4º, I. 30

Decreto nº 5.440/2005, ANEXO, art. 4º, II. 31

Decreto nº 5.440/2005, ANEXO, art. 4º, III. 32

Decreto nº 5.440/2005, ANEXO, art. 4º, IV. 33

Decreto nº 5.440/2005, ANEXO, art. 4º, V.

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1.1.2 Esgotamento sanitário 5998

O esgotamento sanitário constitui-se das atividades, infraestruturas e instalações 5999

operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final adequada dos esgotos, 6000

desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio ambiente34. 6001

Os esgotos urbanos lançados in natura, principalmente em rios, têm sido fonte de 6002

preocupação dos governos e da atuação do Ministério Público, pela poluição da água ou, 6003

no mínimo, pela alteração de sua qualidade, principalmente no que toca ao abastecimento 6004

das populações a jusante. Certamente, o índice de poluição que o lançamento de esgotos 6005

provoca no corpo receptor depende de outras condições, como a vazão do rio, a 6006

declividade, a qualidade do corpo hídrico, a natureza dos dejetos etc. Mas estará sempre 6007

degradando, em maior ou menor grau, a qualidade das águas, o que repercute 6008

diretamente na quantidade de água disponível ao abastecimento público, sem falar nos 6009

riscos à saúde da população pelo contato cm águas contaminadas. 6010

As condições, parâmetros, padrões e diretrizes para gestão do lançamento de efluentes 6011

em corpos de águas receptores são de competência da União, vigorando a Resolução 6012

CONAMA nº 430/2011, que estabelece as características que o efluente deve apresentar 6013

para minimizar efeitos negativos ao manancial. 6014

A Resolução CONAMA nº 430/2011 estabelece também condições e padrões específicos 6015

para efluentes de sistemas de tratamento de esgotos sanitários, devendo ser observado o 6016

seguinte: 6017

1. pH entre 5 e 9; 6018

2. temperatura: inferior a 40°C, sendo que a variação de temperatura do corpo 6019 receptor não deverá exceder a 3°C no limite da zona de mistura; 6020

3. materiais sedimentáveis: até 1 mL/L em teste de 1 hora em cone Inmhoff. 6021 Para o lançamento em lagos e lagoas, cuja velocidade de circulação seja 6022 praticamente nula, os materiais sedimentáveis deverão estar virtualmente 6023 ausentes; 6024

4. Demanda Bioquímica de Oxigênio-DBO 5 dias, 20°C: máximo de 120 mg/L, 6025 sendo que este limite somente poderá ser ultrapassado no caso de efluente 6026 de sistema de tratamento com eficiência de remoção mínima de 60% de 6027 DBO, ou mediante estudo de autodepuração do corpo hídrico que comprove 6028 atendimento às metas do enquadramento do corpo receptor; 6029

5. substâncias solúveis em hexano (óleos e graxas) até 100 mg/L; e 6030

6. ausência de materiais flutuantes. 6031

6032

34

Lei nº 11.445/2007, art. 3º, I, b.

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O serviço de esgotamento sanitário, como também o de abastecimento de água potável, 6033

possuem um sistema de cobrança direta do usuário, por meio de tarifas e preços públicos, 6034

dada a complexidade e o custo de sua prestação, além da necessidade de contínua 6035

observância das normas e padrões de potabilidade. A Lei de Saneamento determina, 6036

nesse sentido, que os serviços terão a sustentabilidade econômico-financeira assegurada, 6037

sempre que possível, mediante remuneração pela cobrança dos serviços de 6038

abastecimento de água e esgotamento sanitário, preferencialmente na forma de tarifas e 6039

outros preços públicos, que poderão ser estabelecidos para cada um dos serviços ou para 6040

ambos conjuntamente35. 6041

1.1.3 Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas 6042

A drenagem e o manejo das águas pluviais urbanas consistem no conjunto de 6043

atividades, infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas 6044

pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, 6045

tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas36. Possui 6046

uma forte relação com os demais serviços de saneamento básico, pois os danos 6047

causados por enchentes tornam-se mais ou menos graves, proporcionalmente à eficiência 6048

dos outros serviços de saneamento. Águas poluídas por esgoto ou por lixo, na ocorrência 6049

de enchentes, aumentam os riscos de doenças graves, piorando as condições 6050

ambientais, de saúde e a qualidade de vida das pessoas. 6051

Nos termos da lei do saneamento, os serviços de manejo de águas pluviais urbanas 6052

deverão ter a sustentabilidade econômico-financeira assegurada, sempre que possível, 6053

mediante remuneração pela cobrança dos serviços na forma de tributos, inclusive taxas, 6054

em conformidade com o regime de prestação do serviço ou de suas atividades37. 6055

1.2 TITULARIDADE DOS SERVIÇOS 6056

1.2.1 Essencialidade 6057

Os serviços de saneamento básico são de estratégica importância para a sustentabilidade 6058

ambiental das cidades, assim como para a proteção da saúde pública e melhoria da 6059

qualidade de vida dos cidadãos. 6060

Teoricamente, o que distingue e caracteriza o serviço público das demais atividades 6061

econômicas é o fato de ser essencial para a comunidade. A sua falta, ou sua prestação 6062

insuficiente (quantitativa) ou inadequada (qualitativa), podem causar danos a pessoas e a 6063

bens. Por essa razão, a prestação do serviço público é de titularidade do Poder Público, 6064

responsável pelo bem-estar social, e deve ser realizada de acordo com normas e sob o 6065

controle do Estado, para satisfazer às necessidades da coletividade e/ou a conveniência 6066

do Estado. 6067

35

Lei nº 11.445/2007, art. 29, I. 36

Lei nº 11.445/2007, art. 3º, I, b. 37

Lei nº 11.445/2007, art. 29, II.

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Cabe salientar que a ação de saneamento executada por meio de soluções individuais 6068

não se caracteriza como serviço público quando o usuário não depender de terceiros para 6069

operar os serviços, da mesma forma que as ações e serviços de saneamento básico de 6070

responsabilidade privada, incluindo o manejo de resíduos de responsabilidade do 6071

gerador38. 6072

1.3 TITULARIDADE DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO NA UGRHI 15 6073

Todo serviço público, por ser essencial, se encontra sob a responsabilidade de um ente 6074

de direito público: União, Estado Distrito Federal ou Município. Essa repartição de 6075

competências para cada serviço é estabelecida pela Constituição Federal. Assim, por 6076

exemplo, os serviços públicos de energia elétrica são de titularidade da União, conforme 6077

estabelece o art. 21, XII, b. Os serviços públicos relativos ao gás canalizado competem 6078

aos Estados, em face do art. 25, II. Já os serviços públicos de titularidade dos Municípios 6079

não estão descritos na Constituição, que apenas determina, para esses entes federados, 6080

a prestação de serviços públicos de interesse local, diretamente ou sob o regime de 6081

concessão ou permissão39. 6082

Por muito tempo, a titularidade do serviço público de saneamento básico foi objeto de 6083

discordância entre diversos setores. Basicamente, o conflito se colocava entre os 6084

Municípios, por intermédio dos Departamentos e Serviços Autônomos de Água e Esgotos, 6085

autarquias e companhias municipais de saneamento, e os Estados, no que se refere às 6086

companhias estaduais de saneamento básico. 6087

As teses variavam entre dois extremos: (1) titularidade municipal, independentemente da 6088

localização do município, inclusive em regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e 6089

microrregiões, e de haver ou não ligação do sistema com outro Município; (2) titularidade 6090

do Estado, para todo e qualquer serviço de saneamento básico, cujos equipamentos não 6091

estejam inteiramente contidos nos limites geográficos de um único Município. 6092

Essa discussão, hoje superada por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) decorria 6093

de uma interpretação da Constituição Federal, que indica expressamente quais serviços 6094

estão sob a titularidade da União e dos Estados, limitando-se, todavia, a dispor que a 6095

organização e a prestação dos serviços públicos de interesse local cabe aos Municípios, 6096

diretamente ou sob o regime da concessão ou permissão.40 6097

Paralelamente, a Constituição transferiu aos Estados a competência para instituir regiões 6098

metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, agrupando Municípios limítrofes, 6099

para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de 6100

38

Lei nº 11.455/2007, art. 5º. 39

CF/88, art. 30, V. 40

CF/88, art. 30, V.

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interesse comum,41 tema que nunca foi regulamentado em legislação ordinária 6101

sobretudo no que se refere ao saneamento básico. 6102

No campo jurisdicional, a questão foi objeto de apreciação pelo STF, que julgou 6103

parcialmente procedente a ADI 1.842-RJ, que questionava normas do Estado do Rio de 6104

Janeiro acerca da criação da região metropolitana do Rio de Janeiro e da microrregião 6105

dos Lagos e que também disciplinavam a administração de serviços públicos. Além da 6106

ADI 1.842, outras três Ações Diretas de Inconstitucionalidade – 1826, 1843 e 1906 6107

também foram analisadas em conjunto. 6108

A partir da análise dos julgados do STF, observa-se que seu conteúdo revela a 6109

complexidade do tema e a dificuldade de equacionamento da matéria. Hoje, não há 6110

dúvida quanto à titularidade dos municípios que se localizam fora de regiões 6111

metropolitanas, microrregiões ou aglomerados urbanos. No que se refere às regiões 6112

metropolitanas, a titularidade também pertence ao Município. Todavia, cabendo ao Estado 6113

exercer um papel de articulador técnico e político, organizando os serviços públicos a 6114

serem prestados pelo conjunto de municípios que compõem esse espaço. Essa 6115

articulação, todavia, não significa que as competências municipais sejam transferidas 6116

para o Estado, nas regiões metropolitanas. 6117

O ponto fundamental a ser destacado, no que diz respeito a essa questão, refere-se à 6118

responsabilidade pela qualidade dos serviços, que devem corresponder às metas fixadas 6119

tanto na regulação como no planejamento, este último a cargo de seu titular – o 6120

Município. E essa responsabilidade é compartilhada pelos entes políticos. Uma vez 6121

instituída a Região Metropolitana, faz parte das funções dos poderes públicos – Estado e 6122

Municípios –, em sua totalidade, trabalhar em conjunto no que tange à implementação 6123

dos serviços, para atingir os níveis de qualidade estabelecidos. Articulação institucional e 6124

governança são temas que não podem ser deixados de lado nessa hipótese. 6125

No caso da bacia hidrográfica UGRHI 15, os municípios são os titulares de todos os 6126

serviços de saneamento básico e responsáveis pelos planos municipais de saneamento, 6127

além de todas as outras ações relativas à sua correta prestação, com os seguintes 6128

objetivos: cidade limpa, livre de enchentes, com esgotos coletados e tratados e água 6129

fornecida a todos, nos padrões legais de potabilidade. 6130

1.3.1 Atribuições do Titular 6131

De acordo com o art. 9º da Lei nº 11.445/2007, o titular dos serviços – Município -, no 6132

exercício da titularidade, formulará a respectiva política pública municipal de 6133

saneamento básico. Essas atribuições referem-se ao planejamento dos serviços, sua 6134

regulação, a prestação propriamente dita e a fiscalização. Cada uma dessas atividades é 6135

distinta das outras, com características próprias. Mas todas se inter-relacionam e são 6136

41

CF/88, art. 25, § 3º.

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obrigatórias para o município, já que a Lei nº 11.445/2007 determina expressamente as 6137

ações correlatas ao exercício da titularidade, conforme segue42: 6138

I - Elaborar os planos de saneamento básico, nos termos da Lei; 6139

II - Prestar diretamente ou autorizar a delegação dos serviços e definir o ente 6140 responsável pela sua regulação e fiscalização, bem como os procedimentos 6141 de sua atuação; 6142

III - Adotar parâmetros para a garantia do atendimento essencial à saúde pública, 6143 inclusive quanto ao volume mínimo per capita de água para abastecimento 6144 público, observadas as normas nacionais relativas à potabilidade da água; 6145

IV - Fixar os direitos e os deveres dos usuários; 6146

V - Estabelecer mecanismos de controle social, nos termos do inciso IV do caput 6147 do art. 3º da Lei nº 11.445/2007; 6148

VI - Estabelecer sistema de informações sobre os serviços, articulado com o 6149 Sistema Nacional de Informações em Saneamento; 6150

VII - Intervir e retomar a operação dos serviços delegados, por indicação da 6151 entidade reguladora, nos casos e condições previstos em lei e nos 6152 documentos contratuais. 6153

Cabe ressaltar que o Município, sendo o titular dos serviços, pode e deve exercer todas 6154

as atividades relativas a essa titularidade – organização (planejamento), regulação, 6155

fiscalização e prestação dos serviços - ou delegá-las a terceiros, por meio de 6156

instrumentos jurídicos próprios, de acordo com o que a lei determina. Exceto no que se 6157

refere ao planejamento, que é indelegável. 6158

1.4 PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS: MODELOS INSTITUCIONAIS 6159

No quadro jurídico-institucional vigente, os serviços de saneamento são prestados 6160

segundo os modelos a seguir descritos. Em geral, a prestação de tais serviços é feita por 6161

pessoas distintas, muitas vezes em arranjos institucionais diferentes, dentro das 6162

possibilidades oferecidas pela legislação em vigor. Dessa forma, para tornar mais claro o 6163

texto, optou-se por tratar dos modelos institucionais e, em cada um, abordar cada tipo de 6164

serviço, quando aplicável. 6165

O titular – Município - pode prestar diretamente os serviços de saneamento ou autorizar a 6166

delegação dos mesmos, definindo o ente responsável pela sua regulação e fiscalização, 6167

bem como os procedimentos de sua atuação43. Releva notar que a delegação de serviço 6168

de saneamento básico não dispensa o cumprimento pelo prestador do respectivo plano 6169

de saneamento básico em vigor à época da delegação44. Desse modo, havendo qualquer 6170

42

Lei nº 11.445/2007, no art. 9º. 43

Lei nº 11.445/2007, art. 9º, II. 44

Lei nº 11.445/2007, art. 19, § 6º .

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ato ou contrato de delegação, cabe ao prestador cumprir o plano de saneamento em vigor 6171

na época da edição desse ato ou mesmo contrato. 6172

O exercício da titularidade consiste em uma obrigação. Por mais óbvias que sejam as 6173

atividades necessárias para que se garanta o atendimento da população, essas 6174

atividades devem estar descritas em uma norma ou em um contrato. Sem a fixação das 6175

atividades a serem realizadas, não há como exigir do prestador o seu cumprimento de 6176

modo objetivo. 6177

Essa é uma crítica que se faz aos casos em que os serviços são prestados diretamente 6178

pela municipalidade, por intermédio dos Departamentos de Água e Esgoto e das 6179

autarquias municipais, especialmente criadas por lei para a prestação desses serviços, e 6180

que serão objeto de análise neste texto. 6181

A questão que se coloca é que o titular dos serviços - Município - não estabeleceu as 6182

regras a serem cumpridas, nem mesmo nas leis de criação dos SAAE. Além disso, 6183

tratando-se de órgãos e entidades da administração municipal, existe uma coincidência 6184

entre o responsável pela prestação dos serviços e o responsável pelo controle e 6185

fiscalização. Cabe ponderar que raramente se encontra uma regulação municipal 6186

estabelecida para os serviços nessas categorias. 6187

Na legislação aplicável à criação e implantação desse modelo – DAE e SAAE -, não se 6188

cogitava estabelecer a regulação nem fixar normas para a equação econômico-financeira 6189

dos serviços baseada na cobrança de tarifa e preços públicos, e muito menos, a 6190

universalização do acesso era tratada como uma meta a ser atingida obrigatoriamente. 6191

O que a Lei nº 11.445/2007 estabeleceu de inovador, nesse campo, consiste na fixação 6192

de competência da entidade reguladora e fiscalizadora dos serviços para a verificação do 6193

cumprimento dos planos de saneamento por parte dos prestadores de serviços, na 6194

forma das disposições legais, regulamentares e contratuais. 45 Como a lei não distingue 6195

nenhum prestador nesse dispositivo, compreende-se que todos os prestadores, 6196

independentemente do modelo institucional adotado, encontram-se sob a fiscalização da 6197

entidade reguladora, no que se refere ao cumprimento do PMSB. 6198

Nessa linha, cabe salientar que, nos termos do Decreto nº 2.217/2010, o disposto no 6199

plano de saneamento básico é vinculante para o Poder Público que o elaborou e para os 6200

delegatários dos serviços públicos de saneamento básico. 46 Nos casos em que não há 6201

contrato celebrado, o titular dos serviços é o responsável pela implementação do PMSB. 6202

A prestação regionalizada de serviços públicos de saneamento básico poderá ser 6203

realizada por órgão, autarquia, fundação de direito público, consórcio público, empresa 6204

pública ou sociedade de economia mista estadual, do Distrito Federal, ou municipal, na 6205

45

Lei nº 11.445/2007, art. 20, parágrafo único. 46

Decreto nº 2.217/2010, art. 25, § 5º.

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forma da legislação ou empresa a que se tenham concedido os serviços47. Os 6206

prestadores que atuem em mais de um Município ou que prestem serviços públicos de 6207

saneamento básico diferentes em um mesmo Município manterão sistema contábil que 6208

permita registrar e demonstrar, separadamente, os custos e as receitas de cada serviço 6209

em cada um dos Municípios atendidos e, se for o caso, no Distrito Federal48. 6210

1.5 PRESTAÇÃO DIRETA PELA PREFEITURA MUNICIPAL 6211

Os serviços são prestados por um órgão da Prefeitura Municipal, sem personalidade 6212

jurídica e sem qualquer tipo de contrato, já que, nessa modalidade, as figuras de titular e 6213

de prestador dos serviços se confundem em um único ente – o Município. A Lei nº 6214

11.445/2007 dispensa expressamente a celebração de contrato para a prestação de 6215

serviços por entidade que integre a administração do titular49, ressalvando-se os 6216

comentários efetuados acerca da vinculação do titular dos serviços ao Plano Municipal de 6217

Saneamento Básico. 6218

Os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário são prestados, em 6219

vários Municípios, por Departamentos de Água e Esgoto, órgãos da Administração Direta 6220

Municipal. A remuneração ao Município, pelos serviços prestados, é efetuada por meio da 6221

cobrança de taxa ou tarifa. Em geral, tais serviços restringem-se ao abastecimento de 6222

água, à coleta e ao afastamento dos esgotos. Não há um registro histórico importante de 6223

tratamento de esgoto nesse modelo, situação que, nos últimos anos, vem sendo alterada 6224

graças à atuação do Ministério Público, fundamentado na Lei nº 7.347/1985, que dispõe 6225

sobre a Ação Civil Pública. Tampouco as tarifas e preços públicos são cobrados com 6226

base em uma equação econômico-financeira estabelecida. 6227

Os serviços relativos à drenagem e ao manejo das águas pluviais urbanas são em 6228

geral prestados de forma direta por secretarias municipais. 6229

Os serviços de limpeza urbana são prestados, nesse caso, pelo órgão municipal, sem a 6230

existência de qualquer contrato. 6231

A prestação direta pelo titular não exclui a possibilidade de contratação de empresas para 6232

a prestação de serviços na modalidade da terceirização, como é o caso, em muitos 6233

municípios, da limpeza urbana. Todavia, esse modelo não descaracteriza a prestação 6234

pelo titular, que permanece como o responsável por essa atividade. 6235

1.6 PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS POR AUTARQUIAS 6236

A autarquia é uma entidade da administração pública municipal, criada por lei para prestar 6237

serviços de competência da Administração Direta, recebendo, portanto, a respectiva 6238

delegação. Os Serviços Autônomos de Água e Esgoto (SAAE) são autarquias municipais 6239

47

Lei nº 11.445/2007, art. 16. 48

Lei nº 11.445/2007, art. 18. 49

Lei nº 11.445/2007, art. 10.

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com personalidade jurídica própria, autonomia administrativa e financeira, criadas por lei 6240

municipal com a finalidade de prestar os serviços de água e esgoto. 6241

Embora instituídas para uma finalidade específica, suas atividades e a respectiva 6242

remuneração não se encontram vinculadas a uma equação econômico-financeira, pois 6243

não há contrato regendo essa relação. Tampouco se costuma verificar, nas respectivas 6244

leis de criação, regras sobre sustentabilidade financeira ou regulação dos serviços. 6245

1.6.1 Prestação por Empresas Públicas ou Sociedades de Economia Mista 6246

Municipais 6247

Outra forma de prestação de serviços pelo Município é a delegação a empresas públicas 6248

ou sociedades de economia mista, criadas por lei municipal. Nesses casos, a lei é o 6249

instrumento de delegação dos serviços e ainda que haja, como nas autarquias, distinção 6250

entre o titular e o prestador dos serviços, tampouco existe contrato regendo essa relação. 6251

1.6.2 Prestação mediante Contrato 6252

De acordo com a Lei nº 11.445/2007, a prestação de serviços de saneamento básico, 6253

para ser prestada por uma entidade que não integre a administração do titular, quer dizer, 6254

que não seja um DAE (administração direta) ou um SAAE (administração indireta), 6255

depende da celebração de contrato, sendo vedada a sua disciplina mediante convênios, 6256

termos de parceria ou outros instrumentos de natureza precária.50 6257

Não estão incluídos nessa hipótese os serviços cuja prestação o Poder Público, nos 6258

termos de lei, autorizar para usuários organizados em cooperativas ou associações, 6259

desde que limitados a determinado condomínio, e localidade de pequeno porte, 6260

predominantemente ocupada por população de baixa renda, onde outras formas de 6261

prestação apresentem custos de operação e manutenção incompatíveis com a 6262

capacidade de pagamento dos usuários e os convênios e outros atos de delegação 6263

celebrados até 6-4-200551. 6264

1.6.2.1 Condições de validade dos contratos 6265

Para que os contratos de prestação de serviços públicos de saneamento básico sejam 6266

válidos, e possam produzir efeitos jurídicos, isto é, o prestador executar os serviços e a 6267

Administração pagar de acordo com o que foi contratado, a lei impõe algumas condições, 6268

relativas aos instrumentos de planejamento, viabilidade e regulação, além do controle 6269

social. 6270

Em primeiro lugar, é necessário que tenha sido elaborado o Plano Municipal de 6271

Saneamento Básico, nos termos do art. 19 da Lei nº 11.445/2007. E de acordo com o 6272

plano elaborado, deve ser feito um estudo comprovando a viabilidade técnica e 6273

50

Lei nº 11.455/2007, art. 10, caput. 51

Lei nº 11.455/2007, art. 10, § 1º.

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econômico-financeira da prestação universal e integral dos serviços, de forma a se 6274

conhecer o seu custo e os investimentos necessários, ressaltando que deve se buscar a 6275

universalidade da prestação52. 6276

A partir do plano e do estudo de viabilidade técnica e econômico-financeira, é preciso 6277

estabelecer as normas de regulação dos serviços, devendo tais normas prever os 6278

meios para o cumprimento das diretrizes da Lei de Saneamento, e designar uma 6279

entidade de regulação e de fiscalização53. 6280

Em continuidade, cabe realizar audiências e consultas públicas sobre o edital de licitação, 6281

no caso de concessão, e sobre a minuta do contrato. Trata-se de uma forma de tornar 6282

públicas as decisões do poder municipal, o qual se submete, dessa forma, ao controle 6283

social54. 6284

Além disso, os planos de investimentos e os projetos relativos ao contrato deverão ser 6285

compatíveis com o respectivo plano de saneamento básico55, o que corresponde ao 6286

estabelecimento da equação econômico-financeira relativa aos serviços. 6287

1.6.2.2 Contrato de prestação de serviços 6288

Além da exigência, em regra, da licitação, a Lei nº 8.666/1993 estabelece normas 6289

específicas para que se façam o controle e a fiscalização dos contratos, estabelecendo 6290

uma série de medidas a serem tomadas pela Administração ao longo de sua execução. 6291

Tais medidas referem-se ao acompanhamento, à fiscalização, aos aditamentos, às 6292

notificações, à aplicação de penalidades, à eventual rescisão unilateral e ao recebimento 6293

do objeto contratado. 6294

O acompanhamento e a fiscalização da execução dos contratos constituem poder-dever 6295

da Administração, em decorrência do princípio da indisponibilidade do interesse público. 6296

Se em uma contratação estão envolvidos recursos orçamentários, é dever da 6297

Administração contratante atuar de forma efetiva para que os mesmos sejam aplicados da 6298

melhor maneira possível. 6299

Quando a Administração Pública celebra um contrato, fica obrigada à observância das 6300

regras impostas pela lei, para fiscalizar e controlar a execução do ajuste. Cabe ao gestor 6301

de contratos fiscalizar e acompanhar a correta execução do contrato. A necessidade de 6302

haver um gestor de contratos é definida expressamente na Lei nº 8.666/1993, em seu art. 6303

67. Segundo esse dispositivo, a execução do contrato deverá ser acompanhada e 6304

fiscalizada por um representante da Administração especialmente designado, permitida a 6305

contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa 6306

atribuição. 6307

52

Lei nº 11.445/2007, art. 11, II. 53

Lei nº 11.445/2007, art. 11, III. 54

Lei nº 11.445/2007, art. 11, IV. 55

Lei nº 11.445/2007, art. 11, §2º.

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Esse modelo é utilizado, sobretudo, para a Limpeza Urbana. O modelo é o de contrato 6308

de prestação de serviços de limpeza – coleta, transporte e disposição dos resíduos -, 6309

poda de árvores, varrição, entre outros itens. 6310

No caso da Drenagem Urbana, as obras, quando não realizadas pelos funcionários 6311

municipais, ficam a cargo de empresas contratadas de acordo com a Lei nº 8.666/1993. 6312

No caso do abastecimento de água e esgotamento sanitário, a complexidade da 6313

prestação envolve outros fatores, como o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos e 6314

a política tarifária, entre outros, que remetem à contratação por meio de modelos 6315

institucionais específicos. 6316

1.6.2.3 Contrato de concessão 6317

Concessão de serviço público é o contrato administrativo pelo qual a Administração 6318

Pública delega a um particular a execução de um serviço público em seu próprio nome, 6319

por sua conta e risco. A remuneração dos serviços é assegurada pelo recebimento da 6320

tarifa paga pelo usuário, observada a equação econômico-financeira do contrato. 6321

O art. 175 da Constituição Federal estatui que “incumbe ao Poder Público, na forma da 6322

lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre mediante licitação, a 6323

prestação de serviços públicos”. De acordo com o seu parágrafo único, a lei disporá 6324

sobre: 1) o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviço público, o 6325

caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de 6326

caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão; 2) os direitos dos 6327

usuários; 3) política tarifária, e 4) obrigação de manter o serviço adequado. As Leis nos

6328

8.987/1995, e 9.074/1995, regulamentam as concessões de serviços públicos. A Lei nº 6329

11.079/2004 institui normas gerais para licitação e contratação de parceria público-privada 6330

(PPP) no âmbito da administração pública. 6331

Para os contratos de concessão, assim como para os contratos de programa, a Lei nº 6332

11.445/2007 estabelece informações adicionais que devem constar das normas de 6333

regulação, conforme segue: 1) autorização para a contratação, indicando prazos e a área 6334

a ser atendida; 2) inclusão, no contrato, das metas progressivas e graduais de expansão 6335

dos serviços, de qualidade, de eficiência e de uso racional da água, da energia e de 6336

outros recursos naturais, em conformidade com os serviços a serem prestados; 3) as 6337

prioridades de ação, compatíveis com as metas estabelecidas; 4) as condições de 6338

sustentabilidade e equilíbrio econômico-financeiro da prestação dos serviços, em regime 6339

de eficiência, incluindo: a) o sistema de cobrança e a composição de taxas e tarifas; b) a 6340

sistemática de reajustes e de revisões de taxas e tarifas; c) a política de subsídios; 5) 6341

mecanismos de controle social nas atividades de planejamento, regulação e fiscalização 6342

dos serviços, e 6) as hipóteses de intervenção e de retomada dos serviços56. 6343

56

Lei nº 11.445/2007, art. 11, § 2º.

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1.6.2.4 Contrato de programa 6344

As Empresas Estaduais de Saneamento Básico – CESB –, criadas no âmbito do 6345

PLANASA – Plano Nacional de Saneamento, foram instituídas sob a forma de sociedades 6346

de economia mista, cujo acionista controlador é o governo do respectivo Estado. É o caso 6347

da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP), cuja criação 6348

foi autorizada pela Lei nº 119/197357, tendo por objetivo o planejamento, execução e 6349

operação dos serviços públicos de saneamento básico em todo o Estado de São Paulo, 6350

respeitada a autonomia dos municípios. 6351

A SABESP é concessionária de serviços públicos de saneamento. Para tanto, atua como 6352

concessionária, sendo que parte desses contratos remonta à década de setenta, pelo 6353

prazo de trinta anos, o que significa que alguns já estão renegociados e outros em fase de 6354

nova negociação por meio dos chamados contratos de programa celebrados com os 6355

Municípios. 6356

57

Alterada pela Lei nº 12.292/2006.