Legislação reuso apresentacao
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REUSO DA ÁGUA: Aspectos da Legislação Brasileira e
Internacional
Disciplina: Reuso das Águas Prof. Eduardo
Alessandra Malta Mattos Branco
Guaratinguetá 2013
UNESP – Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”
Programa de Pós Graduação em Engenharia Civil e Ambiental
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
• A água é um bem que tem se tornado cada vez mais escasso, seja pelo crescimento da população, pela dinâmica das grandes cidades ou por qualquer outro fator condicionante.
• O seu reuso é uma das possibilidades de compromisso para reversão do quadro de escassez, sendo uma das maneiras de unir comprometimento social e ambiental.
• As águas residuárias possuem características
extremamente variáveis, dependendo da situação socioeconômica da população e do seu estado de saúde, pois é uma complexa mistura de substâncias, muitos dos quais de origem fecal e alguns patogênicos.
Águas Residuárias
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
• No Brasil, ainda não há normalização específica para os sistemas de reúso da água. O que se tem praticado é a adoção dos padrões internacionais ou mesmo a adoção de orientações técnicas produzidas por instituições privadas CREA-PR, FIESP, FUNASA, FIRJAN, entre outras.
• O reúso de água já é obrigatório nos estados de São
Paulo, Espírito Santo e nos municípios de Porto Alegre, Curitiba e está em desenvolvimento em outros municípios.
Legislação
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
• Em todo o mundo, o reúso de água tem sido praticado com base nas determinações da OMS e da EPA.
• Mesmo entre estas organizações há diferenças
quanto às orientações a serem seguidas. • No caso de países onde as infecções parasitárias são
comuns, as orientações recomendadas pela OMS para o reúso de água são menos restritivas, quando comparadas com os da EPA, sendo dirigidas principalmente, para a remoção de helmintos.
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433 de 1997
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
• Conhecida como a “Lei das Águas”
• Instituiu o Conselho Nacional de Recursos Hídricos – o conselho cria políticas para a gestão integrada dos recursos hídricos em conformidade com a lei, promovendo os usos múltiplos, a conservação, o uso racional e a diminuição da poluição das águas, visando a importância da outorga.
• Dispõe sobre o uso primário da água, entretanto o conceito de reúso não e abordado de forma explícita.
Lei 9.433 de 1997
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
Resolução Conama nº 357 de 2005
• Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento.
• Estabelece as condições padrões de lançamento de efluentes trata de classificar as águas em quatro classes e estipula parâmetros de qualidade de acordo com estas classes.
• Não contemplou o reúso.
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
CETESB P4.002
• Efluentes e lodos fluidos de indústrias cítricas – critérios e procedimentos para aplicação no solo agrícola.
• Esta norma tem o objetivo de estabelecer os critérios e procedimentos para armazenamento, transporte e aplicação, em solo agrícola, de efluentes líquidos e lodos fluidos gerados pela atividade de processamento de frutas cítricas no Estado de São Paulo, de forma a minimizar o risco de poluição do solo e das águas superficiais e subterrâneas.
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
CETESB P4.230
• Aplicação de lodos de sistemas de tratamento biológico em áreas agrícolas - Critérios para projeto e operação – Manual técnico.
• Esta norma estabelece os procedimentos, critérios e requisitos para a elaboração de projetos, implantação e operação de sistemas de aplicação de lodos de sistemas de tratamento biológico de despejos líquidos sanitários ou industriais, em áreas agrícolas, visando atendimento de exigências ambientais.
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
CETESB P4.233
• Lodos de Curtumes - Critérios para o uso em áreas agrícolas e procedimentos para apresentação de Projetos - Manual técnico.
• Esta norma estabelece os procedimentos para a apresentação de projetos bem como os critérios e requisitos para a utilização de lodos de curtume em áreas agrícolas, visando o atendimento de exigências ambientais.
• Norma trata do aproveitamento de coberturas em áreas urbanas para fins não potáveis e apresenta os requisitos para o aproveitamento da água de chuva de coberturas em áreas urbanas para fins não potáveis.
• Sua aplicação procede para usos não potáveis em que a água de chuva pode ser utilizada após tratamento adequado. Quanto à concepção do projeto do sistema de coleta da água de chuva, este deve atender as normas técnicas, ABNT – NBR 5.626 e NBR 10.844.
ABNT NBR 15.527 de 2007
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
• Norma que trata de Tanques sépticos – Unidades de tratamento complementar e disposição final de efluentes líquidos – Projeto, construção e operação. Não é específica para reúso de água e considera o aproveitamento de efluentes tratados como um opção de destinação final.
• Trata especificamente do reúso local da água resultante do tratamento de esgoto tipicamente doméstico.
• Define classes de água de reúso, de acordo com parâmetros de qualidade.
ABNT NBR 13.969 de 1997
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
ABNT NBR 13.969 de 1997
Classes Parâmetros Comentários
Classe 1 Lavagem de carros e
outros usos que requerem
o contato direto do
usuário com a água, com
possível aspiração de
aerossóis pelo operador,
incluindo chafarizes
turbidez < 5 UNT CF < 200 NMP 100 mL-1
SST < 200 mg L-1 pH entre 6,0 e 8,0 cloro residual entre
0,5 mg L-1 e 1,5 mg L-1
Tratamento aeróbio (filtro
aeróbio submerso ou LAB)
filtração convencional (areia e
carvão ativado) e cloração. Pode-se substituir a filtração
convencional por membrana
filtrante
Classe 2 lavagens de pisos,
calçadas e irrigação dos jardins, manutenção
dos lagos e canais para fins paisagísticos, exceto
chafarizes
turbidez < 5 UNT CF < 500 NMP 100 mL-1 cloro residual superior a
0,5 mg L-1
Nesse nível é satisfatório um
tratamento biológico aeróbio
(filtro aeróbio submerso ou
LAB) seguido de filtração de
areia e desinfeção. Pode-se também substituir a
filtração por membranas
filtrantes
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
Fonte: NBR 13.969 1997
ABNT NBR 13.969 de 1997
Classes Parâmetros Comentários
Classe 3 reúso nas descargas dos
vasos sanitários
turbidez < 10 UNT CF < 500 NMP 100
mL-1
Normalmente, as águas de enxágue
das máquinas de lavar roupas
satisfazem a este padrão, sendo
necessário apenas uma cloração. Para casos gerais, um tratamento
aeróbio seguido de filtração e
desinfeção satisfaz a este padrão
Classe 4 reuso nos pomares,
cereais, forragens,
pastagens para gados e
outros cultivos através de
escoamento superficial
ou por sistema de
irrigação pontual.
CF < 5000 NMP
100 mL-1 OD > 2,0 mg L-1
As aplicações devem ser
interrompidas pelo menos 10 dias
antes da colheita
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
Fonte: NBR 13.969 1997
• Devem ser considerados os usos como lavagens de pisos, calçadas, irrigação de jardins e pomares, manutenção das água nos canais e lagos dos jardins, nas descargas dos banheiros, etc.
• Não deve ser permitido o uso, mesmo desinfetado, para irrigação das hortaliças e frutas de ramas rastejantes (por exemplo, melão e melancia).
• Admite-se seu reuso para plantações de milho, arroz, trigo, café e outras árvores frutíferas, via escoamento no solo, tomando-se o cuidado de interromper a irrigação pelo menos 10 dias antes da colheita.
ABNT NBR 13.969 de 1997
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
• O Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH) estabelece os critérios gerais para a prática de reúso direto não potável de água.
• É a única resolução que trata da utilização do reúso da água.
• Determina o reúso não potável de água abrangendo as seguintes modalidades: reúso para fins urbanos, agrícolas e florestais, ambientais, industriais e aquicultura. Outro ponto importante é o monitoramento da prática.
Resolução nº 54, de 28 de 2005
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
• Estabelece critérios para a prática de reúso direto não potável de água na modalidade agrícola e florestal, deixando para os órgãos competentes as diretrizes, critérios e parâmetros específicos para as modalidades de reúso definidas nessa resolução.
• Art. 3º O reúso direto não potável de água, para efeito desta Resolução, abrange as seguintes modalidades:
Resolução nº 54, de 28 de 2005
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
• I - reúso para fins urbanos: utilização de água de reúso para fins de irrigação paisagística, lavagem de logradouros públicos e veículos, desobstrução de tubulações, construção civil, edificações, combate a incêndio, dentro da área urbana;
• II - reúso para fins agrícolas e florestais: aplicação de água de reúso para produção agrícola e cultivo de florestas plantadas;
• III - reúso para fins ambientais: utilização de água de reúso para implantação de projetos de recuperação do meio ambiente;
• IV - reúso para fins industriais: utilização de água de reúso em processos, atividades e operações industriais; e
• V - reúso na aqüicultura: utilização de água de reúso para a criação de animais ou cultivo de vegetais aquáticos.
Resolução nº 54, de 28 de 2005
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
§ 1ºAs modalidades de reúso não são mutuamente excludentes,
podendo mais de uma delas ser empregada simultaneamente em uma mesma área. § 2º As diretrizes, critérios e parâmetros específicos para as
modalidades de reúso definidas nos incisos deste artigo serão estabelecidos pelos órgãos competentes.
Resolução nº 54, de 28 de 2005
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
• FIESP – Possui publicações como o Manual de "Conservação e reúso de água em edificações", Conservação e Reúso de Água. Manual de Orientações para o Setor Industrial e Manual de Conservação e Reúso de Água na Agroindústria Sucroenergética em parceria com a ANA.
• CREA/PR – Uso/Reúso da Água. • FUNDESPA e CIRRA/USP – (Comitês de Bacia do
PCJ) Conceitos de conservação de água, reúso e coleta, tratamento e uso de águas pluviais.
Resolução nº 54, de 28 de 2005
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
São Paulo - Decreto nº 48.138 de 2003
• Institui medidas de redução de consumo e racionalização do uso de água no âmbito do Estado de São Paulo.
• Artigo 1° (Os órgãos públicos deverão implantar, promover
e articular ações objetivando a redução e a utilização racional e eficiente da água).
• [...]§ 1º - Da utilização da água nas áreas externas da
edificação: ruas, calçadas, praças, pisos frios e áreas de lazer; [..]
• [...] b) permitida lavagem somente com água de reúso ou
outras fontes (águas de chuva, poços cuja água seja certificada de não contaminação por metais pesados ou agentes bacteriológicos, minas e outros).
São Paulo - Decreto nº 48.138 de 2003
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
São Paulo - Decreto Municipal nº 44.138 de 2003, regulamenta a lei municipal nº
13.309
• Regulamenta a utilização, pela Prefeitura do Município de São Paulo, de água de reúso, não potável, a que se refere a Lei nº 13.309, de 31 de janeiro de 2002.
• Art. 1º. A lavagem de ruas, praças e passeios públicos,
próprios municipais e outros logradouros, bem como a irrigação de jardins, praças, campos esportivos e outros equipamentos serão realizadas com água de reúso, não potável, proveniente de Estações de Tratamento de Esgoto, desde que demonstradas, por meio de estudos pertinentes, a viabilidade técnica e a vantagem econômica de sua utilização.
São Paulo - Decreto Municipal nº 44.138 de 2003
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
São Paulo - Lei Municipal nº 14.018 de 2005
• Institui o Programa Municipal de Conservação e Uso Racional da Água em Edificações e dá outras providências,
• Estabelece um prazo de 10 anos para a adequação dos imóveis às exigências da lei, trata da captação, armazenamento e aproveitamento de águas pluviais e captação, armazenamento e aproveitamento de águas servidas.
São Paulo - Lei Municipal nº 14.018 de 2005
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
São Paulo - Lei municipal nº 12.526 de 2007
• Estabelece normas para a contenção de enchentes e destinação de águas pluviais.
• [...] Dispõe sobre o reúso de água não potável e dá outras providências.
• Art. 1º - O Município de São Paulo utilizará água de reúso, não potável, proveniente das Estações de Tratamento de Esgoto, para a lavagem de ruas, praças públicas, passeios públicos, próprios municipais e outros logradouros, bem como para a irrigação de jardins, praças, campos esportivos e outros equipamentos, considerando o custo benefício dessas operações.
São Paulo - Lei municipal nº 12.526 de 2007
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
Curitiba – Lei municipal nº 10.785 de 2003
• Programa de Conservação e Uso Racional da Água nas Edificações - PURAE. O programa prevê a adoção de medidas que visam induzir a conservação da água através do uso racional, e de fontes alternativas de abastecimento de água nas novas edificações.
• [...] Art. 7º. A água das chuvas será captada na cobertura das edificações e encaminhada a uma cisterna ou tanque , para ser utilizada em atividades que não requeiram o uso de água tratada, proveniente da Rede Pública de Abastecimento, tais como:
São Paulo - Lei municipal nº 12.526 de 2007
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
• a) rega de jardins e hortas, • b) lavagem de roupa; • c) lavagem de veículos; • d) lavagem de vidros, calçadas e pisos. • Art. 8.º As águas servidas serão direcionadas,
através de encanamento próprio, a reservatório destinas a abastecer as descargas dos vasos sanitários e, apenas após a utilização, será descarregada na rede pública de esgotos. [...]
São Paulo - Lei municipal nº 12.526 de 2007
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
Maringá – Lei municipal nº 6345 de 2003
• Institui o programa de reaproveitamento de águas de Maringá
• Art. 1.º Fica instituído o Programa de
Reaproveitamento de Águas de Maringá, com a finalidade de diminuir a demanda de água no Município e aumentar a capacidade de atendimento da população.
Maringá – Lei municipal nº 6345 de 2003
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
• Dispõe sobre o reuso de água não potável e dá outras providências.
• [...] Art. 1.º O Município de Maringá utilizará água
de reúso, não potável, proveniente das estações de tratamento de esgoto, para a lavagem de ruas, praças públicas, passeios públicos, próprios municipais e outros logradouros, bem como para a irrigação de jardins, praças, campos esportivos e outros equipamentos, considerando o custo/benefício dessas operações.
Maringá – Lei municipal nº 6345 de 2003
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
Rio de Janeiro/RJ – Decreto nº 23.940 de 2004
• Dispõe sobre a obrigatoriedade de imóveis com mais de 500 m² de possuírem reservatórios para o recolhimento das águas de chuva com o objetivo de retardar temporariamente o escoamento para a rede de drenagem, além de servir de estímulo para a prática do reúso.
Rio de Janeiro/RJ – Decreto nº 23.940 de 2004
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
Espírito Santo – Lei nº 9.439 de 2010
• Dispõe sobre a obrigatoriedade dos postos de combustíveis, lava-jatos, transportadoras, empresas de ônibus e locadoras de veículos instalarem equipamentos de tratamento e reutilização da água usada na lavagem de veículos.
• Art. 1º Os postos de combustíveis, lava-jatos, transportadoras, empresas de ônibus e locadoras de veículos, que mantêm pontos de lavagem, higienização e desengraxamento ou congêneres ficam obrigados a instalar o sistema de tratamento e reutilização de água.
Espírito Santo – Lei nº 9.439 de 2010
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
Diretrizes para Reúso da Água 2012 USEPA Agência de Proteção Ambiental dos
Estados Unidos
• Edição revisada e atualizada da versão de 2004. A USEPA considera algumas abordagens em relação às técnicas de planejamento de reúso da agua.
• Estas diretrizes orientam na identificação e caracterização de ofertas e demandas potenciais para água de reúso, tratamento adequado para o uso pretendido, armazenamento, sistemas de distribuição e alternativas de abastecimento, identificação dos impactos potenciais ao meio ambiente, operação e manutenção de sistemas de uso de água, monitoramento e notificações para condições de emergência.
USEPA - Diretrizes para Reúso da Água 2012
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
USEPA - Diretrizes para Reúso da Água 2012
Categorias de reuso Descrição
Reúso urbano
Irrestrito Utilização e de água recuperada para aplicações não potáveis em ambientes urbanos, o acesso ao público não é restrito
Restrito
Utilização de água recuperada para aplicações não potáveis em ambientes urbanos, onde o acesso ao público é controlado ou restrito, por barreiras físicas ou institucionais, como cercas, placas de aviso ou acesso por tempo de restrição
Reúso agrícola
Culturas alimentares O uso de água recuperada para irrigar culturas cuja intenção é para o de consumo humano
Culturas de Alimentos industrializados e não
alimentares
O uso de água recuperada para irrigar culturas que serão industrializadas ou processadas antes do consumo humano ou não.
Fonte: USEPA 2012
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
USEPA - Diretrizes para Reúso da Água 2012
Represamento
Irrestrito O uso de água recuperada em represamentos as quais são utilizados para contato corporal e atividades de recreação
Restrito O uso de água recuperada em represamentos nos quais o contato corporal é restrito
Reúso ambiental
O uso de água recuperada para criar, manter, sustentar e repor corpos d’água incluindo alagados (wetlands), habitats aquáticos ou aumentar a vazão de rios
Reúso industrial O uso de água recuperada em aplicações e processos industriais, produção de energia e extração de combustíveis fósseis
Fonte: USEPA 2012
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
USEPA - Diretrizes para Reúso da Água 2012
Reúso potável
IPR (indirect potable
reuse)
Aumento de uma fonte de água potável (superficial ou subterrânea) com água recuperada, seguido por qualquer reserva ambiental, que precede o tratamento normal para água potável
DPR (direct potable reuse)
A introdução de água recuperada (com ou sem retenção de um sistema de armazenamento projetado) diretamente em uma estação de tratamento de água seja instalado no mesmo local ou remoto, a partir de um avançado sistema de tratamento de águas residuais
Fonte: USEPA 2012
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
• A USEPA determina que o monitoramento depende de cada estado, bem como o tipo de reúso.
• Independentemente do uso de água recuperada, o objetivo do tratamento mais crítico é a inativação de patógenos.
• A água de reúso não deve representar um risco razoável devido a agentes infecciosos, se não houver o contato humano, o que pode ocorrer por contato ou ingestão de corpo inteiro.
USEPA - Diretrizes para Reúso da Água 2012
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
USEPA - Diretrizes para Reúso da Água 2012
Tecnologias de tratamento disponíveis para a utilização de água de reuso em diversos níveis de
aplicação
Fonte Adaptado de USEPA, 2012
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
USEPA - Diretrizes para Reúso da Água 2012
Fonte Adaptado de USEPA, 2012
Categoria de reúso
Tipo de Tratamento
Qualidade água reciclada
Monitoramento Distâncias
Uso Urbano
Irrestrito Secundário Filtração Desinfecção
pH 6,0 – 9,0 DBO ≤ 10 mg L-1 Turbidez ≤ 2 NTU Coliforme não detectável 100 ml L-1 1 mg L-1 Cl2 residual
pH-semanalmente DBO-semanalmente Turbidez-contínuo Coliforme fecal-diariamente Cl2 residual-contínuo
Mínimo de 150 metros das fontes de suprimento de água potável não seladas
Restrito Secundário Desinfecção
DBO ≤ 30 mg L-1 TSS* ≤ 30 mg L-1 Coliforme fecal ≤ 200 100 ml-1 1 mg L-1 Cl2 residual
pH-semanalmente TSS – diariamente Coliformes fecais - diariamente Cl2 residual - contínuo
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
USEPA - Diretrizes para Reúso da Água 2012
Fonte Adaptado de USEPA, 2012
Categoria de reúso
Tipo de Tratamento
Qualidade água reciclada
Monitoramento Distâncias
Reutilização ambiental
Reutilização ambiental
Variável Secundário e desinfecção
Variável, mas não deve exceder: DBO ≤30 mg L-1 TSS ≤ 30 mg L-1 Coliforme fecal ≤ 200 100 ml-1 1 mg L-1 Cl2 residual
DBO-semanalmente TSS-diariamente Coliformes fecais - diariamente Cl2 residual-contínuo
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
USEPA - Diretrizes para Reúso da Água 2012
Fonte Adaptado de USEPA, 2012
Categoria de reúso
Tipo de Tratamento
Qualidade água reciclada
Monitoramento Distâncias
Reúso Industrial
Arrefecimento Secundário
pH = 6.0-9.0 DBO ≤30 mg L-1 TSS ≤ 30 mg L-1 Coliforme fecal ≤ 200 100 ml-1 1 mg L-1 Cl2 residual
pH – semanalmente DBO-semanalmente TSS-diariamente Coliformes fecais - diariamente Cl2 residual-contínuo
90 m de área acessíveis ao público
Torres de refrigeração
Secundário Desinfecção Coagulação e filtração podem ser necessárias
Variável, dependendo da taxa de recirculação pH = 6.0-9.0 DBO ≤30 mg L-1 TSS ≤ 30 mg L-1 Coliforme fecal ≤ 200 100 ml-1 1 mg L-1 Cl2 residual
90 m de área acessíveis ao público. Pode ser reduzida com altos níveis de desinfecção
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
USEPA - Diretrizes para Reúso da Água 2012
Fonte Adaptado de USEPA, 2012
Categoria de reúso
Tipo de Tratamento
Qualidade água reciclada
Monitoramento Distâncias
Águas Subterrâneas
Recarga de aquífero Reuso não potável
Depende da aplicação: Primário para espalhar Secundário para injeção
Local específico e depende do uso
Depende do tratamento e uso
Local específico
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
OMS (WHO) – Organização Mundial da Saúde (World Health Organization)
Diretrizes para o reúso da água 2006
• As diretrizes da OMS foram formalizadas com base em um consenso científico e melhor evidência disponível, os alvos foram baseados na saúde, boas práticas e uma abordagem de múltiplas barreiras, para ser adaptado aos fatores sociais, econômicos e ambientais locais, considerando diferentes grupos expostos: consumidores, agricultores e comunidades vizinhas.
OMS - Diretrizes para Reúso da Água 2006
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
• Historicamente, os padrões de reutilização da água são baseados em reúso para irrigação agrícola. Os países que adotaram as recomendações da OMS como base para os seus padrões de reutilização usam ambos, os coliformes fecais (CF) e os ovos de helmintos como indicadores de patógenos, respectivamente, em 1000 FC 100 mL-1 e 1 ovo de helminto L-1 para irrigação irrestrita.
OMS - Diretrizes para Reúso da Água 2006
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
• A OMS recomenda lagoas de estabilização ou uma tecnologia equivalente para tratar as águas residuais. As diretrizes baseiam-se na conclusão de que os principais riscos para a saúde associados à reutilização nos países em desenvolvimento estão associadas com verminoses e, portanto, um alto grau de remoção de helmintos é necessário para o uso seguro de águas residuais na agricultura e aquicultura.
OMS - Diretrizes para Reúso da Água 2006
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
OMS - Diretrizes para Reúso da Água 2006
Classificação dos Efluentes Usos
Efluentes de altíssima qualidade
Adequado para irrigação irrestrita não sendo necessário uso barreiras
Elfuentes de alta qualidade 2 barreiras são necessárias para irrigação
Efluentes de tanques de oxidação
2 a 3 barreiras necessárias para irrigação
Efluentes de média qualidade
3 barreiras necessárias para irrigação
Efluentes de baixa qualidade Apenas para culturas específicas (sem barreiras) para irrigação
Fonte: Adaptado de WHO, 2006.
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
Tasmania EPA - Environmental Guidelines for the Use of Recycled Water in Tasmania
• Nestas diretrizes, as águas residuais de qualquer efluente doméstico e industrial que tenham sido tratados a um padrão adequado papara que possa ser reutilizada com segurança sob o regime de gestão propostos.
• Não é abordada reutilização potável ou contato corporal com água de reúso nas diretrizes da Tasmânia por causa do alto nível e custo do tratamento necessário para produzir a qualidade da água recuperada necessária.
OMS - Diretrizes para Reúso da Água 2006
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
• As orientações estabelecem regras para o tratamento, mecanismos de controle e monitoramento de reutilização de águas residuais e não se aplicam ao reúso de um sistema de fossa séptica.
• Não é permitida a irrigação com águas residuais tratadas em terras com menos de 6 milhas (10 quilômetros) da montante de uma entrada de abastecimento de água das cidades.
OMS - Diretrizes para Reúso da Água 2006
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional
• Classe A água reciclada: Não há restrições sobre o acesso público (menos de 10 UFC 100 ml-1).
• Classe B água recuperada: Restrições limitadas inferior a 100 UFC ml-1 ou de 100 a menos de 1000 ufc 100ml-1) dependendo do tipo de aplicação.
• Classe C Água Tratada: Acesso restrito (menos de 10.000 UFC 100ml-1).
OMS - Diretrizes para Reúso da Água 2006
REUSO DA ÁGUA: Aspectos da legislação nacional e internacional