Humanização na assistência (Caderno de Exercícios)

94

Transcript of Humanização na assistência (Caderno de Exercícios)

2

Caderno de AtividadesEnfermagem

Disciplina Humanização na Assistência

Coordenação do CursoBertha Lúcia Costa Borges

AutorLucas Pereira de Melo

3

© 2012 Anhanguera PublicaçõesProibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. Diagramado no Brasil 2012

Como citar esse documento:

MELO, Lucas Pereira de, Humanização na Assistência. Valinhos, p. 1-92, 2012.

Disponível em: <www.anhanguera.com/>. Acesso em: 1 fev. 2012.

ChancelerAna Maria Costa de Sousa

ReitorGuilherme Marback Neto

Vice-ReitorLeocádia Agláe Petry Leme

Pró-ReitoresPró-Reitor Administrativo: Antonio Fonseca de Carvalho

Pró-Reitor de Extensão, Cultura e Desporto: Eduardo de Oliveira Elias

Pró-Reitor de Graduação: Leocádia Agláe Petry Leme

Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação: Eduardo de Oliveira Elias

Diretor-Geral de EADJosé Manuel Moran

Diretora de Desenvolvimento de EAD Thais Costa de Sousa

Anhanguera PublicaçõesDiretor Luiz Renato Ribeiro Ferreira

Núcleo de Produção de Conteúdo e Inovações TecnológicasDiretora Carina Maria Terra Alves

Gerente de Produção Rodolfo Pinelli

Coordenadora de Processos Acadêmicos Juliana Alves

Coordenadora de Ambiente VirtualLusana Veríssimo

Coordenador de Operação Marcio Olivério

4

Legenda de Ícones

Glossárioza b

d

l

m

khg f

pc

ji

or iln

stu

v

x w

x yi

qe

Dúvidas

Leitura Obrigatória

Agora é a sua vez

Vídeos

Links Importantes

Voltar

Dicas

Ver Resposta

Finalizando

Referências

5

Desde sua fundação, em 1994, os fundamentos da “Anhanguera Educacional” têm sido o principal motivo do seu crescimento.

Buscando permanentemente a inovação e o aprimoramento acadêmico em todas as ações e programas, ela é uma Instituição de Educação Superior comprometida com a qualidade do ensino, pesquisa de iniciação científica e extensão, que oferecemos.

Ela procura adequar suas iniciativas às necessidades do mercado de trabalho e às exigências do mundo em constante transformação.

Esse compromisso com a qualidade é evidenciado pelos intensos e constantes investimentos no corpo docente e de funcionários, na infraestrutura, nas bibliotecas, nos laboratórios, nas metodologias e nos Programas Institucionais, tais como:

· Programa de Iniciação Científica (PIC), que concede bolsas de estudo aos alunos para o desenvolvimento de pesquisa supervisionada pelos nossos professores.

· Programa Institucional de Capacitação Docente (PICD), que concede bolsas de estudos para docentes cursarem especialização, mestrado e doutorado.

· Programa do Livro-Texto (PLT), que propicia aos alunos a aquisição de livros a preços acessíveis, dos melhores autores nacionais e internacionais, indicados pelos professores.

· Serviço de Assistência ao Estudante (SAE), que oferece orientação pessoal, psicopedagógica e financeira aos alunos.

· Programas de Extensão Comunitária, que desenvolve ações de responsabilidade social, permitindo aos alunos o pleno exercício da cidadania, beneficiando a comunidade no acesso aos bens educacionais e culturais.

A fim de manter esse compromisso com a mais perfeita qualidade, a custos acessíveis, a Anhanguera privilegia o preparo dos alunos para que concretizem seus Projetos de Vida e obtenham sucesso no mercado de trabalho. Adotamos inovadores e modernos sistemas de gestão nas suas instituições. As unidades localizadas em diversos Estados do país preservam a missão e difundem os valores da Anhanguera.

Atuando também na Educação a Distância, orgulha-se de oferecer ensino superior de qualidade em todo o território nacional, por meio do trabalho desenvolvido pelo Centro de Educação a Distância da Universidade Anhanguera - Uniderp, nos diversos polos de apoio presencial espalhados por todo o Brasil. Sua metodologia permite a integração dos professores, tutores e coordenadores habilitados na área pedagógica com a mesma finalidade: aliar os melhores recursos tecnológicos e educacionais, devidamente revisados, atualizados e com conteúdo cada vez mais amplo para o desenvolvimento pessoal e profissional de nossos alunos.

A todos bons estudos!

Prof. Antonio Carbonari NettoPresidente do Conselho de Administração — Anhanguera Educacional

Nossa Missão, Nossos Valores

6

Sobre o Caderno de AtividadesCaro (a) aluno (a),

O curso de Educação a Distância acaba de ganhar mais uma inovação: o caderno de atividades digitalizado. Isso significa que você passa a ter acesso a um material interativo, com diversos links de sites, vídeos e textos que enriquecerão ainda mais a sua formação. Se preferir, você também poderá imprimi-lo.

Este caderno foi preparado por professores do seu Curso de Graduação, com o objetivo de auxiliá-lo na aprendizagem. Para isto, ele aprofunda os principais tópicos abordados no Livro-texto, orientando seus estudos e propondo atividades que vão ajudá-lo a compreender melhor os conteúdos das aulas. Todos estes recursos contribuem para que você possa planejar com antecedência seu tempo e dedicação, o que inclusive facilitará sua interação com o professor EAD e com o professor tutor a distância.

Assim, desejamos que este material possa ajudar ainda mais no seu desenvolvimento pessoal e profissional.

Um ótimo semestre letivo para você!

José Manuel Moran

Diretor-Geral de EADUniversidade Anhanguera – Uniderp

Thais Sousa

Diretora de Desenvolvimento de EAD Universidade Anhanguera – Uniderp

Caro Aluno,

7

Este roteiro tem como objetivo orientar seu percurso por meio dos materiais disponibilizados no Ambiente Virtual de Aprendizagem. Assim, para que você faça um bom estudo, siga atentamente os passos seguintes:

1. Leia o material didático referente a cada aula.

2. Assista às aulas na sua unidade e depois disponível no Ambiente Virtual de Aprendizagem para você.

3. Responda às perguntas referentes ao item “Habilidades” deste roteiro.

4. Participe dos Encontros Presenciais e tire suas dúvidas com o tutor local.

5. Após concluir o conteúdo dessa aula, acesse a sua ATPS e verifique a etapa que deverá ser realizada.

Cuidado: o foco da enfermagem

Caro Aluno,Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro “Cuidar: expressão

humanizada da enfermagem”, da autora Vera Regina Waldow, Editora Vozes, PLT

214.

Roteiro de Estudo Profº. Lucas Pereira de Melo Humanização na Assistência

Tema 1

ícones:

8

AULA 1

Assista às aulas nos polos presenciais e também disponíveis no Ambiente Virtual de

Aprendizagem para você.

Cuidado: o foco da enfermagem

É comum ouvir na televisão, em jornais, em revistas e mesmo nas conversas do dia a dia que a

sociedade atual vive uma crise de valores. Da mesma forma tem-se procurado “culpados” para essa

crise: a família desestruturada, a escola, o Estado, a violência e etc. Há autores que caracterizam

essa situação como uma crise de fragmentação, constituindo uma “fantasia da separatividade”

(Weil, 1991; 1993 apud Waldow, 2010). Nesse contexto, o objeto de separação foi o próprio homem.

Trata-se, portanto, de uma tríplice separação: de si mesmo (sua subjetividade, história, valores),

do outro (a sociedade, as relações sociais, as instituições sociais), do cosmos (da natureza, das

dimensões sobrenaturais).

Leitura Obrigatória

Conteúdos e HabilidadesConteúdo

Nessa aula você estudará:

• De que forma o cuidado constitui o domínio central, a essência da enfermagem.

• O motivo pelo qual o movimento de humanização na saúde que tem recebido contribuições da enfermagem.

• A Teoria do Cuidado Cultural de Madeleine Leininger publicada em 1991.

• A Teoria do Cuidado Transpessoal de Jean Watson.

Habilidades

Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:

• Como relacionar o paradigma holístico com a necessidade de humanização do cuidado em saúde?

• Pode-se afirmar que o cuidado humano é genuíno e peculiar à saúde e à enfermagem?

• Quais os principais conceitos e pressupostos das Teorias de Madeleine Leininger e de Jean Watson?

9

Como consequência dessa fragmentação do Homem, tem-se a “neurose do paraíso perdido”

(Waldow, 2010, p. 12), ou seja, a busca de prazer, felicidade e alegria no exterior, no consumismo,

nas relações virtuais, nos vícios diversos. Em meio a esse cenário de crise, surge ainda na segunda

metade do século XX, um movimento contrário: o paradigma holístico. Tal paradigma tem por objetivo

reunir as partes fragmentadas ao todo e o todo às partes. Para Queiroz (2006), no paradigma

holístico, a divisão cartesiana entre corpo e mente seria superada por uma perspectiva integradora,

no qual o estado psicológico e o meio sociocultural do indivíduo seriam considerados fundamentais

tanto na eclosão de uma doença como no desenvolvimento da cura. Desse modo, reconhece-se

a emoção positiva como um sinal importante para se estabelecer a saúde e, vice-versa, o estado

negativo para estimular alguma doença. A cura não seria, portanto, entendida como algo proveniente

exclusivamente de ações provindas do exterior. Fatores externos poderiam catalisar o processo,

contribuir para tal, mas não poderiam curar sem a participação de fatores presentes nos próprios

indivíduos, que precisariam ser por ele reconhecidos, mobilizados e promovidos. O movimento de

humanização da saúde insere-se, em alguma medida, nesse paradigma.

As condições histórico-sociais discutidas acima se refletem nos cuidados em saúde. Observa-se

que os cuidados em saúde têm se tornado cada vez mais tecnicistas, gerando desgastes nas

relações entre usuários-trabalhadores-serviços de saúde que se expressam em: reclamações da

população, descasos, indiferença aos problemas, grosserias, maus-tratos. Portanto, fica configurada

a necessidade de resgate da dimensão humana do cuidado bem como de sua definição.

Para Waldow (2010) o cuidado é um fenômeno existencial, relacional e contextual:

• Existencial porque é o que humaniza o Homem.

• Relacional porque se dá necessariamente em relação ao outro, na co-existência com outros seres

humanos.

• Contextual por estar diretamente ligado aos contextos sociais, culturais, históricos, políticos e

econômicos de cada sociedade. Os momentos de produção de cuidado se dão sempre nessas

condições e, por isso, tende a refleti-las.

Todo campo de saberes e de práticas, como a enfermagem, tem a necessidade de definir

os fenômenos que serão objeto de seus estudos e de suas práticas sociais. Nesse sentido, a

enfermagem tem assumido o cuidado como sua razão existencial. Desde 1952 tem havido um

esforço intelectual das enfermeiras (principalmente norte-americanas) em desenvolver um corpo

de teorias científicas para a Enfermagem. Essas teorias diferem quanto aos seus focos primários,

10

podendo ser agrupadas em: 1) Centradas no cliente; 2) Centradas no relacionamento entre o cliente

e o ambiente; 3) Centradas nas interações enfermeiro-cliente; e 4) Centradas na terapêutica de

enfermagem. Somente nos anos 70 surgem teorias que incorporam outras dimensões qualitativas

para caracterizar o papel social da profissão. É nessa época que surgem as teorias de enfermagem

centradas no cuidado (GARCIA, NÓBREGA, 2010).

Dentre as teorias de enfermagem centradas no cuidado, destacam-se as Teorias da Diversidade

e Universalidade do Cuidado Cultural, de Madeleine Leininger (LEININGER, 1991) e a Teoria do

Cuidado Transpessoal, de Jean Watson (WATSON, 1985). Leininger e Watson são enfermeiras

norte-americanas e seus estudos têm influenciado enfermeiros de todo o mundo, inclusive no Brasil.

A teoria de Madeleine Leininger propõe a utilização de teorias e métodos antropológicos para o

estudo dos fenômenos da enfermagem: o cuidado. Influenciada pelo contexto histórico dos anos 50,

nos Estados Unidos, sua obra traz as marcas do Relativismo Cultural americano. Leininger dedica-

se (hoje com quase 90 anos de idade) ao estudo das diferenças (diversidades) e das similaridades

(universalidades) dos padrões de cuidado em diversas culturas do mundo.

O conceito central da Teoria de Leininger é o cuidado cultural que é fenômeno expresso de forma

abstrata ou manifesta, para assistir, apoiar, guiar, facilitar e promover a saúde e estilos de vida

de alguém com necessidades evidentes ou previsíveis ou em face à morte (LEININGER, 1997).

Ou seja, o cuidado cultural são as formas como cada pessoa desenvolve o cuidado de si e/ou de

outros e está presente em todos os indivíduos, por exemplo: maneira de preparar os alimentos,

hábitos de higiene, estilo de se vestir, formas de se relacionar no trabalho, na família, com amigos,

afetivamente etc. Dessa forma, toda a prática do enfermeiro deve se dirigir à produção de um

cuidado culturalmente congruente, ou seja, adequado às necessidades e à diversidade cultural de

cada indivíduo, família ou grupo.

A teoria de Jean Watson defende a interrelação entre ciência, arte, humanismo, espiritualidade

e as dimensões mente-corpo-espírito. Para Watson, o cuidado se produz, necessariamente, de

forma interpessoal e leva em consideração o ambiente no qual ele se desenvolve. Um ponto forte

de sua teoria é o caritas process ou fatores de cuidado: 1) Formação de um sistema de valores

humanístico-altruísticos; 2) Instilação de fé e esperança; 3) Cultivo da sensibilidade para o nosso

eu e o dos outros; 4) Desenvolvimento de um relacionamento de ajuda-confiança; 5) Promoção

e aceitação da expressão de sentimentos positivos e negativos; utilização de um processo de

cuidar criativo de resolução de problemas; 6) Promoção de ensino-aprendizagem transpessoal;

11

7) Desenvolvimento de meio ambiente de apoio, proteção e/ou ajuda mental,

física, social e espiritual; 8) Assistência de necessidades humanas; 9) Admissão

de forças existenciais, fenomenológicas e espirituais (WATSON, 1985).

Tanto Leininger quanto Watson reconhecem que o cuidado é a essência da enfermagem e as

ações do enfermeiro devem ser centradas no cuidado, pois pode haver cuidado sem cura, mas

nunca há cura sem cuidado. A enfermagem seria a profissionalização da capacidade humana de

cuidar. E, segundo Waldow (2010), envolve compaixão, competência, confiança, consciência e

comprometimento.

Portanto, o ato de cuidar se expressa como relação com o outro dentro do mundo. O cuidador se

envolve, sente com o outro e deixa-o ser por si mesmo; há um comprometimento, uma atitude de

receptividade para o outro, de preocupação, isto é, o cuidador está presente (WALDOW, 2010).

12

No programa “Fantástico” da TV Globo, foi ao ar em 18 de setembro de 2011 uma matéria in-titulada “crise na enfermagem”. Trata-se de uma reportagem especial feita pelo repórter José Ro-berto Burnier e sua equipe sobre o aumento do número de denúncias de erros técnicos pratica-dos, principalmente, por auxiliares de enferma-gem e também por enfermeiros. Como fatores que contribuem para essa “crise” apontam-se a baixa qualidade dos cursos de formação (técnico e superior), as condições precárias de trabalho e de ensino e o número reduzido de profissio-nais nos serviços. Essas circunstâncias colabo-ram para a tecnificação das práticas de enferma-gem o que leva ao esvaziamento da dimensão humana e relacional do cuidado e a erros que talvez em outras condições não acontecessem. Essa “crise da enfermagem” pode ser considera-da como um reflexo da crise social (“fantasia da separatividade” e “neurose do paraíso perdido”) mais ampla? Justifique sua resposta.

Em 1987, foi fundada a Associação Internacio-nal para o Cuidado Humano (International Asso-ciation for Human Caring). Assinale a alternativa que indica o objetivo principal dessa associação:a) Servir de centro de estudos para enfermagem

norte-americana.b) Organizar anualmente conferências sobre o

cuidado na área de saúde.

Agora é a sua vez Questão 01

Questão 02

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Instruções

Você está convidado, agora, a refletir, pesquisar,

selecionar, discutir, criar e posicionar-se sobre os

conhecimentos trabalhados nesta aula. Cada uma

das questões responde a objetivos específicos de

aprendizagem, conforme listado no início da ativi-

dade. Para atingi-los, será fundamental uma leitura

atenciosa de cada questão e das orientações sobre

como resolver as mesmas:

Ponto de Partida

Em grupo ou à critério do tutor presencial.

Cada integrante deverá se recordar da última vez

que esteve num serviço de saúde (hospital, clínica,

consultório particular, posto de saúde) para rece-

ber cuidados ou para acompanhar algum familiar

ou amigo. Tendo como ponto de partida as infor-

mações trabalhadas nessa unidade temática, reflita

sobre as seguintes questões: no atendimento rea-

lizado pelo profissional de saúde houve cuidado?

Justifique sua resposta.

Agora é com você! Responda às questões a seguir

para conferir o que aprendeu!

13

c) Servir de foro de estudos entre enfermeiras, a fim de desenvolver o conhecimento do cuidar e do cuidado dentro do campo da enfermagem.

d) Desenvolver estudos sobre cuidado em enfer-magem como forma de distinguir enfermagem e medicina.

e) Apoiar financeiramente o desenvolvimento de estudos sobre cuidado e enfermagem na Améri-ca.

Madeleine Leininger no início de seus estudos nos anos 50 e 60 fez críticas contundentes à enferma-gem da época. Enumere duas dessas críticas fei-tas por Leininger.

Individualmente sem consulta.Leininger desenvolveu um modelo próprio de in-vestigação, baseado no método naturalístico de pesquisa. Assinale a alternativa que apresenta o nome deste método.a) Etnografia.b) Etnometodologia.c) Etnologia.d) Etnomedicina.e) Etnoenfermagem.

Leininger distingue dois tipos de cuidado em sua teoria: o cuidado genérico ou popular e o cuida-do profissional. Defina cada um desses cuidados diferenciando-os.

Enumere quatro pressupostos básicos da Teoria do Cuidado Transpessoal de Jean Watson.

Jean Watson em sua teoria criou o que se chama de caritas process (fatores de cuidado). Marque a alternativa que NÃO corresponde a um desses fatores listados por Watson.a) Formação de um sistema de valores humanís-

tico-altruísticos.b) O cuidado apresenta diferenças e similarida-

des de acordo com cada cultura.c) Admissão de forças existenciais, fenomenoló-

gicas e espirituais.d) Desenvolvimento de meio ambiente de apoio,

proteção e/ou ajuda mental, física, social e es-piritual.

e) Cultivo da sensibilidade para o nosso eu e o dos outros.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 03

Questão 04

Questão 05

Questão 06

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.Verifique seu desempenho nesta

questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 07

14

“O cuidado consiste de esforços transpessoais de ser humano para ser humano no sentido de prote-ger, promover e preservar a humanidade, ajudan-do pessoas a encontrarem significado na doença, sofrimento e dor, bem como na existência”. A que teoria de enfermagem esse conceito de cuidado pertence? Assinale a alternativa correta.a) Teoria do Cuidado Transpessoal de Jean Wat-

son.b) Teoria do Cuidado Cultural de Madeleine Leinin-

ger.c) Teoria do Autocuidado de Dorothea Orem.d) Teoria das Necessidades Humanas de Wanda

de Aguiar Horta.e) Teoria Holística de Myra Levine.

Há cinco modos de ser com o paciente durante a relação de produção de cuidado: modo biocídio; modo bioestático; modo biopassivo; modo bioati-vo; e modo biogênico. Qual desses modos tem a potência de produzir experiências no paciente que podem tornar-se uma “cicatriz” que, embora pos-sa ser esquecida, permanece latente na memória? Assinale a alternativa correta.

a) Modo biopassivo.b) Modo bioestático.c) Modo biogênico.d) Modo biocídio.e) Modo bioativo.

“É através do ato de cuidar que o ser se humani-za” (WALDOW, 2010, p. 37). Como você entende essa afirmativa? Explique.

Questão 08

Questão 10

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 09

15

LINKS IMPORTANTESQuer saber mais sobre o assunto? Então:

Leia o artigo A contemporaneidade da Teoria do Cuidado Cultural de Madeleine Leininger: uma perspectiva geo-histórica, de Lucas Pereira de MELO, no site do Sistema Anhanguera de

Revistas Eletrônicas. Disponível em: <http://www.sare.unianhanguera.edu.br/index.php/rensc/

article/view/2699/1099>. Acesso em: 24 set. 2011. Nesse artigo o autor discute o contexto em que

Leininger inicia seus estudos culminando com a publicação da teoria e sua aplicabilidade nos dias

atuais.

Leia o artigo Processo clinical caritas: novos rumos para o cuidado de enfermagem transpessoal, de Jania Jacson dos Santos MATIAS, Ivete Palmira Sanson ZAGONEL e Maria

Ribeiro LACERDA, no site Scielo. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_

arttext&pid=S0103-21002006000300013&lng=en&nrm=iso&tlng=pt>. Acesso em: 24 set. 2011.

Nesse artigo as autoras realizam uma reflexão sobre o cuidado humano à luz da teoria de Jean

Watson.

Assista à reportagem Cursos de má qualidade ameaçam vida de pacientes, de José Roberto

Burnier exibido no programa Fantástico da Rede Globo em 18 de setembro de 2011, no site do

Fantástico. Disponível em: <http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,MUL1673311-15605,00.

html>. Acesso em: 24 set. 2011. Na matéria o repórter discute as consequências das más condições

de formação educacional e de trabalho das equipes de enfermagem e seus reflexos.

Assista ao vídeo Teoria de Jean Watson, no site Youtube. Disponível em: <http://www.youtube.

com/watch?v=HFpJzpMasPw>. Acesso em: 24 set. 2011. Trata-se de um vídeo que articula os

principais conceitos e pressupostos de Watson com imagens de cenas de cuidado.

Acesso o site Madeleine-Leininger.com. Disponível em: <http://www.madeleine-leininger.com/en/

index.shtml>. Acesso em: 24 set. 2011. Esse é o site pessoal da Dra. Leininger. Nele você encontrará

fotografias, biografia, obras e outras atividades da teorista.

VÍDEOS IMPORTANTES

16

FINALIZANDO

Nessa aula, você viu que o cuidado é essencial para a humanização do Homem e é a razão

existencial da Enfermagem. Viu também, que a crise civilizatória da humanidade tem influências

marcantes no desenvolvimento do cuidado humano e profissional. Um movimento contrário a essa

desumanização das relações humanas é o paradigma holístico. A enfermagem é a ciência e a

arte do cuidado, por isso seu interesse crescente no estudo desse fenômeno. Tais estudos têm

estimulados o desenvolvimento de teorias de enfermagem centradas no cuidado, como a Teoria do

Cuidado Cultural de Leininger e a Teoria do Cuidado Transpessoal de Watson.

Paradigma: para Thomas Kuhn (1998), um paradigma é um conjunto de conquistas da ciência que

representa um modelo próprio de formulação de hipóteses e de resolução aceitável de problemas

em uma perspectiva universalmente aceita. O paradigma limita assim um conjunto de problemas e

resoluções para cada investigação e análise teórica e prática. O paradigma acaba por ser o próprio

campo de trabalho do cientista, o conjunto de regras pelo qual se rege na sua atividade. Assim,

limita e define para cada cientista individual os problemas suscetíveis de serem analisados e a

natureza de respostas aceitáveis no mesmo contexto. Sendo assim, abre um campo de expectativas

de soluções anteriores ao trabalho do cientista, pelo que este se limita a confirmar as mesmas,

possuindo a priori certos pormenores que virá a concluir.

Teoria de Enfermagem: termo dado ao corpo de conhecimentos que é usado para definir e explicar

uma variedade de fenômenos relacionados à profissão de enfermagem.

Madeleine M. Leininger: enfermeira norte-americana nascida em 13 de julho de 1925 em Sutton,

Nebraska, EUA. É a primeira enfermeira do mundo a doutorar-se em Antropologia, em 1965.

Leininger é a fundadora do subcampo Enfermagem Transcultural. Publicou em 1991, depois de mais

de 40 anos de estudos, sua Teoria da Diversidade e Universalidade do Cuidado Cultural. Leininger

também é a criadora do primeiro método de pesquisa qualitativa genuinamente da enfermagem, a

GLOSSÁRIOza b

d

l

m

khg f

pc

ji

or iln

stu

v

x w

x yi

qe

17

etnoenfermagem. Além disso, é a fundadora da Transcultural Nursing Society

(Sociedade de Enfermagem Transcultural). Leininger teve importante influência

na enfermagem brasileira. Esteve no Brasil na década de 1990 a convite de pesquisadores da

Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo e da Universidade Federal de Santa Catarina,

dando início a uma tradição nas pesquisas de enfermagem brasileira.

Jean Watson: Nasceu no oeste da Virgínia nos anos 1940. Obteve seu Doutorado em 1973. É

autora de inúmeros livros, o mais conhecido é The philosophy and science od caring (A filosofia

e a ciência do cuidado). Tornou-se conhecida mundialmente por sua Teoria do Cuidado Humano

ou do Cuidado Transpessoal. Em 2008 ela criou o Watson Caring Science Institute para divulgar e

desenvolver suas ideias.

Cuidado: na perspectiva que é desenvolvida no Livro-Texto, cuidado é entendido como um

fenômeno, abstrato ou manifesto, produzido em relações entre seres humanos situados em

contextos determinados. O cuidado é tido como essencialmente existencial contextual e relacional

e tem a potência de atender a necessidades humanas.

Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!

18

Conteúdo

Nessa aula você estudará:

• O cuidado como um fenômeno humano e por isso sempre esteve presente ao longo da história das sociedades, desenvolvendo-se e evoluindo junto aos homens.

• Supostas origens que contribuíram para o surgimento do cuidado, destacando as contribuições de povos como os gregos e romanos e de civilizações orientais.

• A importância do percurso histórico em relação ao cuidado.

HabilidadesAo final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:

• Pode-se afirmar que o cuidado como um fenômeno humano sempre esteve presente ao longo da História?

• O que os os acontecimentos históricos (guerras, acidentes, avanços, crises etc.) impactaram (desgastes e fortalecimentos) nas práticas de cuidado humano?

• De que maneira pode-se situar a produção e reprodução das práticas de cuidado em contextos socio-históricos determinados?

AULA 2

Assista as aulas nos polos presenciais e também disponíveis no Ambiente Virtual de

Aprendizagem para você.

O cuidado ao longo da história

Conteúdos e Habilidades

Tema 2

ícones:

19

Leitura Obrigatória

O cuidado ao longo da história

O cuidado é, para alguns autores, uma das práticas sociais mais antigas na história da humanidade. Se partirmos do pressuposto de que o cuidado é um fenômeno existencial (ver Aula 1) e que, por isso, é ele que humaniza o ser. Dessa forma, as primeiras preocupações em alimentar-se, proteger-se do frio, ter um abrigo para dormir, ajudar no parto, cuidar do filho são expressões de cuidado. Portanto, é impossível datar ou pontuar na linha do tempo o momento em que surge o cuidado. O cuidado, por ser essencialmente humano, existe desde a origem do próprio homem.

Nas sociedades pré-históricas e na Antiguidade a noção de cuidado estava pautada em uma perspectiva ecológica e mágico-religiosa, a qual ligava o homem a si mesmo, aos outros e ao cosmos. Havia concepções ecológicas, espiritualistas e relacionais que tradicionalmente serviram para inteligir os fenômenos relacionados ao bem-estar e ao infortúnio. Essas concepções continuam a existir até hoje, no entanto, convivem com a hegemonia da concepção biomédica de saúde e doença.

Nesse contexto, muitas civilizações deram importantes contribuições ao desenvolvimento das práticas de cuidado. Embora não seja o objetivo dessa aula apresentar as contribuições de cada civilização ao desenvolvimento do cuidado e da medicina, é importante destacar o papel de povos como os mesopotâmicos, sumérios, assírios, egípcios, gregos, romanos nesse processo.

O foco dessa unidade temática é demonstrar como os acontecimentos históricos tiveram o potencial de desgastar ou fortalecer os vínculos e relações humanas e, consequentemente, as formas de cuidado de si e do outro. Parte-se do entendimento do cuidado como um ato ético e moral. Nessa perspectiva, pode-se observar que as relações históricas entre os homens têm favorecido o desgaste dessas práticas. Um exemplo disso são as guerras e outros conflitos bélicos, como a Primeira e Segunda Guerra Mundial, os conflitos no Oriente Médio, a Guerra Fria, as guerras do tráfico (como no Brasil e Colômbia).

Direcionando nossos olhares à história de nossas civilizações, observa-se as violências e os crimes praticados pelo imperialismo dos países europeus e dos Estados Unidos. A dizimação dos povos nativos na América Latina e na África, principalmente, durante os tempos de colonização. Formas de ser com o outro no mundo permeado pelo desrespeito e pela negação da humanidade do outro. Como discutido na aula 1, vive-se uma crise social em larga escala. O homem que a antiguidade estava ligado a si, ao outro e ao cosmos, hoje vivencia a separação drástica dessas dimensões. Por viver

20

fragmentado, cindido em si mesmo, lança-se na corrida pela dominação do homem, pela vantagem econômica, desenvolve-se o individualismo, recorta-se o homem de seu entorno social. É nesse contexto de produção de não-cuidados que movimentos contrários têm emergidos. No caso da saúde, temos a Política Nacional de Humanização; no caso da educação, temos as novas metodologias de aprendizagem; nas artes, tem-se a valorização da criatividade cotidiana, dos materiais reutilizáveis e do resgate da arte da periferia.

Para Waldow (2010, p. 61), “o cuidado ‘humano’ é uma atitude ética em que seres humanos percebem e reconhecem os direitos uns dos outros”. No entanto, o que se tem observado nos últimos anos é o enfraquecimento dessa atitude ética, num mundo dominado pelo individualismo e pela busca de prazeres e satisfações no consumo. Um exemplo dessa relação entre o cuidado e as condições político-econômicas e históricas da sociedade é a noção de felicidade. Bauman (2009) discute a noção de felicidade acentada na ideia de consumismo.

Créditos: Representação gráfica produzida pelo autor baseada em BAUMAN, 2009.Figura 2.1 – O ciclo da felicidade-consumo e seus potenciais de desgaste.

Baseando-se no pensamento de Bauman (2009), pode-se falar em um ciclo da felicidade-consumo. A noção de felicidade produzida e reproduzida pelo capitalismo é fortemente fundada na ideia de consumo. Dessa maneira, a felicidade é sempre algo para o futuro, sempre adiável ou inatingível:

Tabela 2.1. Relação entre o momento de vida e a projeção da felicidade-consumo

Momento de Vida Projeção da FelicidadeVocê está no ensino médio “Serei feliz quando estiver na faculdade!”

Você está na faculdade “Serei feliz quando estiver trabalhando!”Você está trabalhando “Serei feliz quando comprar um carro novo!”

Você compra um carro novo “Serei feliz quando comprar um apartamento!”

Diante de seus desejos e buscas pela felicidade haverá sempre inúmeras possibilidades de consumo para satisfazê-la ofertadas pelo capitalismo. Diante dessa gama de possibilidade de consumo, o que geralmente cabe ao indivíduo é lançar-se num ritmo de trabalho acelerado para obtenção dos recursos necessários ao consumo (o dinheiro). O excesso de trabalho (no caso de profissionais de enfermagem há pessoas que trabalham em três serviços, tendo de ficar 36 horas seguidas de plantão) reduz o tempo livre para o lazer e o afinamento das relações sociais com a família, amigos, companheiros (as): o trabalhador passa a viver do e para o trabalho!Nesse momento, quando está quase chegando ao topo da pirâmide para alcançar seu tão sonhado objetivo – a felicidade – a conquista que, em tese, lhe deixaria feliz é insuficiente, pois uma nova

21

necessidade já se produziu (Tabela 2.1). É nessa fase que o ciclo se reinicia.

A repetição desse ciclo tem o potencial de esvaziamento do significado da existência (algo vital para o ser humano, segundo a Teoria de Jean Watson – ver aula 1) e, como consequência, há o adoecimento do sujeito. Portanto, as práticas de cuidado de si e do outro estão diretamente relacionadas aos contextos históricos, econômicos, políticos e sociais no quais essas práticas são produzidas e reproduzidas. Nesse sentido, a prática profissional do enfermeiro se dá, sempre, em um panorama historicamente determinado. Compreender esse “pano de fundo” da prática profissional é importante para a humanização do cuidado, uma vez que o enfermeiro passa a refletir e reconhecer os condicionantes sociais dos comportamentos e das necessidades dos usuários dos serviços de saúde.

22

De modo informal, o cuidar se inicia, ou se ex-pressa, predominantemente de duas formas: como um modo de sobrevivência e como uma ex-pressão de interesse e carinho. Caracterize cada um desses modos informais de cuidado.

Na Pré-história o homem foi durante muito tempo nômade devido à necessidade de buscar lugares onde houvesse maior abundância de alimentos. No entanto, no período Neolítico há uma revolu-ção na forma de vida desses homens o que fa-voreceu o sedentarismo (deixaram de ser nôma-des) e, consequentemente, o aprimoramento das práticas de cuidado. A que se deve essa revolu-ção no Neolítico? Assinale a alternativa correta.

a) O surgimento do exército.b) O surgimento da agricultura.c) O surgimento do casamento.d) O surgimento do primeiro hospital.e) O surgimento do trabalho de caça.

Agora é a sua vez Questão 01

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Instruções

Você está convidado, agora, a refletir, pesquisar,

selecionar, discutir, criar e posicionar-se sobre os

conhecimentos trabalhados nesta aula. Leia aten-

tamente o capítulo 2, pp. 38-62 do Livro-Texto e a

sessão “Leitura obrigatória”. Cada uma das ques-

tões responde a objetivos específicos de aprendiza-

gem, conforme listado no início da atividade. Para

atingi-los, será fundamental uma leitura atenciosa

de cada questão e das orientações sobre como re-

solver as mesmas.

Ponto de Partida

Vocês costumam assistir a novelas e a filmes de

“época” ou históricos? Tentem lembrar alguma no-

vela ou filmes que tenham assistido. Agora des-

crevam uma cena de cuidado (no domicílio ou em

serviços de saúde) mostrada no filme ou novela.

Tendo em vista o que está sendo discutido nessa

atividade e no capítulo do PLT, faça uma contextu-

alização histórica da época que o filme ou novela

está retratando (o que estava acontecendo naque-

la época?). Por fim, proponham uma relação entre

a cena de cuidado que o grupo descreveu e o con-

texto histórico da época.

Agora é com você! Responda às questões a

seguir para conferir o que aprendeu!

Questão 02

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

23

Historicamente as mulheres sempre estiveram li-gadas às práticas de cuidado. Quais das alterna-tivas abaixo oferecem a explicação correta para o porquê dessa afirmativa nos tempos antigos? As-sinale com um X.

a) As mulheres sempre foram as “enfermeiras” naturais de seus homens e filhos.

b) As mulheres sempre realizavam os partos de sua comunidade.

c) As mulheres possuem o instinto para o cuida-do, diferentemente dos homens.

d) As mulheres se aproximaram do cuidado de-vido à sua conexão com o solo, as plantas, os frutos, as raízes e sementes.

e) As mulheres eram as xamãs das tribos.

Pesquise sobre as principais realizações e as con-sequências para o cuidado das civilizações anti-gas. Escolha três civilizações entre Egito, Mesopo-tâmia, Suméria, Assíria, Grécia e Roma.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

As grandes metrópoles imprimiram um novo es-tilo de vida aos seus habitantes. As pressões do mundo moderno tornaram as pessoas cada vez mais ocupadas de maneira que alguns proble-mas (sociais e de saúde) passaram a fazer parte do cotidiano. Assinale a alternativa que não se constitui um desses problemas cotidianos.

a) Aumento das oportunidades de lazer.b) Individualismo.c) Utilitarismo e competitividade.d) Ansiedade.e) Depressão e estresse.

É sabido que as práticas de cura, historicamente, estiveram atreladas a rituais diversos. Ao longo dos tempos com o desenvolvimento da medici-na moderna, tem-se a impressão de que esses rituais desapareceram, diminuíram ou perderam suas funções e importância. Identifique em sua comunidade, família ou grupo religioso algum ri-tual de cura e descreva-o.

Questão 03

Questão 04

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 05

Questão 06

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

24

d) No Brasil, por volta de 1830, surgiu a no-ção de socialismo/socialista.

e) A presença dos escravos africanos, índios, portugueses, holandeses e outros povos europeus configuraram um mosaico cultu-ral que exerce influências nas práticas de cuidado e de cura do povo brasileiro atu-almente.

Segundo Waldow (2010), as condições sociais e de vida do brasileiro, em alguma medida, con-tribuem para impedir que alguns elementos do cuidado cheguem à maioria da população. Qual das alternativas abaixo não pode ser considera-da um elemento do cuidado? Assinale-a.

a) Honestidade.b) Amor.c) Riquezas materiais.d) Respeito.e) Solidariedade.

A História não é feita apenas por narrativas do tempo passado, dos feitos heróicos ou dos gran-des acontecimentos. Sendo assim, a História também inclui a história do tempo presente, dos indivíduos anônimos, dos acontecimentos parti-cular da vida de cada ser humano. Com certeza

Questão 09

Leia com atenção os trechos a seguir:

“O bem-estar, via de regra, passou a significar ter, possuir coisas, adquirir bens e, por vezes, não im-porta a que custo” (WALDOW, 2010, p. 55, grifos da autora).“A medida do ter nunca basta” (Ditado popular, gri-fos nosso).“O ser humano parece estar em constante conflito entre ter e ser e o ter associado ao poder no senti-do de domínio, força e controle” (WALDOW, 2010, p. 61, grifos da autora).

Explique essas afirmativas utilizando o ciclo da felicidade-consumo e seus potenciais de desgaste (Figura 2.1) apresentado na sessão “Leitura obri-gatória”.

Qual das alternativas abaixo se refere à configura-ção histórica do cuidado no Brasil? Assinale-a.

a) Os brasileiros foram notórios na arte da mu-mificação.

b) A cultura brasileira apresenta três ensinamen-tos filosóficos básicos que influenciam a me-dicina e as práticas de cuidado: o Confucio-nismo, o Taoísmo e o Budismo.

c) A cultura dos índios brasileiros se destacou pelas suas extraordinárias construções ce-rimoniais (comparáveis às do Egito) como templos, pirâmides e tumbas.

Questão 07

Questão 08

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 10

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

25

você já escutou alguém falar sobre o seu nasci-mento. Caso ainda não saiba como você nasceu, esta será uma ótima oportunidade para conversar com seus familiares a esse respeito. Narre a his-tória do seu nascimento de forma resumida ou em formato de uma redação. A história do seu nasci-mento faz parte da história dos nascimentos em nossa sociedade.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

26

FINALIZANDO

GLOSSÁRIO

Quer saber mais sobre o assunto? Então:

Acesso o site: “Florence Nightingale Museum”. Disponível em: <http://www.florence-nightingale.co.uk>. Acesso em: 25 set. 2011. Esse é o site oficial do Museu Florence Nightingale, situado em Londres, Inglaterra. Nele você poderá observar as contribuições de Nightingale à história mundial dos cuidados.

Acesso o site: “Museu Nacional de Enfermagem Anna Nery”. Disponível em: <http://www.munean.com>. Acesso em: 25 set. 2011. Esse é o site que apresenta as principais obras e marcos da história da enfermagem brasileira.

Assista ao vídeo: “Como cresceu a ideia de cuidado?”, de Peter BURKE, no site da CPFL Cultura. Disponível em: <http://www.cpflcultura.com.br/site/2010/09/28/como-cresceu-a-ideia-de-cuidado-%E2%80%93-peter-burke-2>. Acesso em: 25 set. 2011. Trata-se de uma palestra do módulo “O cuidado como relacionamento pessoal” do Café Filosófico, realizada em 24 de setembro de 2010, em Campinas-SP.

Nessa aula, você viu que o cuidado, entendido como um fenômeno essencialmente humano tem seu desenvolvimento atrelado ao curso da história da humanidade. Dessa forma, o cuidado está, sempre, diretamente relacionado ao contexto histórico no qual ele é produzido. Um bom exemplo disso é a ob-servação de cenas de novelas e filmes que tratam de épocas passadas, como você viu na sessão “Pon-to de partida”. Portanto, a prática do cuidado pelo enfermeiro deve levar em consideração as condições

VÍDEOS IMPORTANTES

LINKS IMPORTANTES

27

História: nessa aula você conheceu uma perspectiva historiográfica diferente daquela estudada na es-cola. Você conheceu um movimento, desencadeado pela Escola Francesa dos Annales, que se afasta dos mitos fundadores e direciona o olhar para novas perspectivas, voltando-se à uma história preo-cupada com “os anônimos”, seus comportamentos, modos de viver, sentir e pensar. Nesse processo, destacam-se também as contribuições da Escola de Chicago e de seus estudos em Sociologia Urbana, e o desenvolvimento de equipamentos tecnológicos úteis para registrar as narrativas em áudio. É a História “vista de baixo”. Marc Bloch define a História como a “Ciência dos homens, no tempo” (BLOCH, 2002), uma vez que estude os homens, sua produção e suas relações sociais, políticas, econômicas e culturais em um determinado espaço de tempo.

História dos Cuidados: disciplina (bastante desenvolvida na Espanha – Universidade de Alicante, principalmente) que tem por objetivo oferecer conhecimentos históricos aos profissionais dos cuidados para que estes possam firma-se como um coletivo com memória histórica. A disciplina estuda, principal-mente, a história dos cuidados profissionais.

Homem: sujeito histórico, social e culturalmente situado, inserido em uma teia de relações sociais, políticas, econômicas, educacionais e simbólicas, caracterizada pelas interações com outros sujeitos e instituições, sendo essas interações mediadas pela linguagem e geradoras do agir no mundo (MELO et al., 2011).

Marc Bloch: nascido em Lyon (França) em 1886 foi morto pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial em 1944. É um notório por ser um dos fundadores. Sua obra insere-se no movimento da Histó-ria Nova. Esse movimento é o responsável pela modificação no conceito de história, como visto acima.

Escola dos Annales: a chamada Escola dos Annales é um movimento que se constitui em torno do periódico acadêmico francês tendo se destacado por incorporar métodos. Os fundadores do periódico (1929) e do movimento foram os historiadores Marc Bloch e Lucien Febvre, então docentes na, França.

GLOSSÁRIOza b

d

l

m

khg f

pc

ji

or iln

stu

v

x w

x yi

qe

históricas, sociais, políticas, econômicas e culturais de nosso tempo. Assim fica posta a importância das Ciências Humanas e Sociais para processo de trabalho em saúde e enfermagem, já que o cuida-do não se dá unicamente na dimensão biológica ou psicológica, mas extrapolam essas dimensões ao abarcar o social, o humano, o político, o histórico.

28

Conteúdos e Habilidades

Rapidamente foram associados à abordagem inovadora os “Annales”, que combinava a, a História e as abordagens de muitos colaboradores que eram conhecidos em, para produzir uma análise que rejeita-va a ênfase predominante em, e, característica de muitos historiadores dos séculos e, liderados pelos sorbonnistas - designação dada por Febvre. Essa Escola é a fundadora da História Nova.

Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!

Conteúdo Nessa aula você estudará:

• Que a relação entre enfermagem e cuidado é tão remota quanto o próprio desenvolvimento histó-rico do cuidado.

• A influência das ideias de Florence Nightingale na enfermagem brasileira.• Como a enfermagem vem enfrentando problemas relacionados a legitimidade, enquanto ciência

da saúde.

HabilidadesAo final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:

• Qual é a relação existente entre a enfermagem como profissão, prática social e o cuidado?• Quais são as interpretações e trajetórias do cuidado na enfermagem brasileira?• Quais são as questões de gênero existentes nas relações de trabalho da enfermagem?• Como ocorre a relação entre o cuidado e identidade da enfermagem?

Enfermagem e o cuidado

Tema 3 Leitura Obrigatória

ícones:

29

AULA 3

Assista as aulas nos polos presenciais e também disponíveis no Ambiente Virtual de

Aprendizagem para você.

Enfermagem e o cuidado

A relação entre a enfermagem e o cuidado tem sido apontada como tão antiga quanto o próprio cuidado na humanidade. Ao longo da história da enfermagem têm sido evidenciadas as contribuições de diversas civilização como egípsia, babilônica, palestina, indiana, grega e romana, dentre outras. Igualmente destacam-se o altruísmo e a compaixão pregados pelo Cristianismo e sua influência no provimento de cuidados aos pobres, velhos e doentes. Em todos esses momentos históricos o papel da mulher como cuidadora foi essencial. No Brasil, embora haja um incipiente número de estudos históricos sobre a enfermagem, há importantes delineamentos de como se deu o desenvolvimento da prática do cuidado e a profissionalização da enfermagem, já no século XX.

Nesse sentido, o que tem caracterizado a enfermagem brasileira é a sua dimensão prática, fortemente ancorada na realização de técnicas de enfermagem. O ensino de enfermagem, principalmente nos cursos de nível técnico e auxiliar, mas também na universidade, é bastante direcionado à aprendizagem dessas técnicas, de princípios administrativos e de clínica patológica (WALDOW, 2010).

Além disso, a influência norte-americana na enfermagem brasileira é notória. Em decorrência desse fato, a maior parte dos livros de enfermagem utilizados no Brasil são traduções de livros de autores americanos, embora, mais recentemente, haja um incremento do número de publicações de autores brasileiros. Nesse processo de tradução de livros para o português tem-se colocado um problema interpretativo que afeta o entendimento do que é o cuidado. Waldow (2010) afirma que o termo to assist tem sido traduzido para o português como “assistir”. No entanto, afirma Waldow (2010, p. 68-9), “em inglês o termo predominantemente significa ajudar e é nesse sentido que enfermeiras norte-americanas e teoristas o utilizam”. É essa tradução que faz com que, no Brasil, seja usado como sinônimos os termos “cuidado de enfermagem” e “assistência de enfermagem”, por exemplo. Diante disso, coloca-se uma distinção entre os termos cuidar, em inglês (to assist), e cuidar, em português (assistir) (Quadro 3.1).

Leitura Obrigatória

30

Quadro 3.1 – Diferenças entre to assist e assistir, segundo Waldow (2010).

Cuidar (to assist) Cuidar (assistir)Em inglês, significa preocupação, conside-ração, interesse, afeição, importar-se, prote-

ger, gostar.

Em português, significa atenção, cautela, zelo, responsabilidade, preocupação.

Esse “problema” de tradução quando incorporado à cultura dos cuidados de enfermagem no Brasil, associado ao processo de trabalho em saúde capturado pela lógica capitalista (com ênfase na produtividade e fragmentação das atividades dos profissionais) e à hegemonia da ideologia da cura, tem produzido o afastamento gradativo da(o) enfermeira(o) do cuidado direto aos usuários dos serviços de saúde. As lacunas originadas por tal afastamento são preenchidas pelas atividades burocráticas desenvolvidas pela(o) enfermeira(o), como forma de autovalorização em relação aos demais profissionais, principalmente os médicos.

Com a desvalorização do cuidado (no sentido de to assist), os cuidados diretos aos doentes tem sido delegados aos técnicos e auxiliares de enfermagem. Há uma representação entre os profissionais de enfermagem de nível superior que desvaloriza a realização de cuidados básicos como higienização corporal, por exemplo. Alguns desses profissionais têm a concepção de que seus estudos universitários devem colocá-los em situações de cuidado mais complexos, com manipulação de equipamentos da biotecnologia – uma forma velada de aproximação e competição com a medicina. Quando não é isso, desenvolvem a ideia de que são “chefes” e os “chefes” não põem a “mão na massa”.

Essas questões tornam evidente a divisão social do trabalho dentro da enfermagem (nível médio-técnico e nível superior). Na tentativa de firmarem-se como profissionais mais intelectualizados, dominadores de um saber científico e de diferenciar-se das outras categorias (técnicos e auxiliares de enfermagem), as(os) enfermeiras(os) têm-se distanciado da essência do cuidado e, portanto, deixam de aprofundar seus conhecimentos e práticas relacionadas a esse que, em tese, é o objeto de estudo e trabalho da enfermagem.

Esse panorama recebe o “incentivo” dos currículos dos cursos de graduação em enfermagem. Esses currículos ainda são centrados no ensino de técnicas que, em geral, dependem de prescrição médica para serem desenvolvidas e que tem como objetivo principal o tratamento de doenças. Na prática, isso se reflete na “crise de identidade profissional” do enfermeiro. Essa “crise” é evidenciada na dificuldade de o enfermeiro saber qual o foco de sua prática (sua expertise). A ideia de que o cuidado é a essência da enfermagem entra em contradição, já que todos os profissionais de saúde também cuidam do usuário/paciente/cliente. Há uma necessidade premente de se conhecer no que o cuidado de enfermagem se distingue do cuidado do médico, do cuidado do nutricionista, do cuidado do fisioterapeuta, do cuidado

31

do psicólogo etc.

Essa “crise de identidade profissional” do enfermeiro brasileiro se reverbera na falta de legitimidade que o trabalho do enfermeiro padece, tanto na equipe de saúde quanto para a sociedade. Esses são aspectos que colaboram para a invisibilidade (ou falta de reconhecimento) do trabalho da enfermagem.A esse quadro preocupante, soma-se as questões de gênero no trabalho da enfermagem, dada a condição de prática feminina que lhe caracteriza. Historicamente as práticas de cuidado tem sido, prioritariamente, desenvolvidas por mulheres. Em consequência disso, muitos mitos têm sido desenvolvidos para explicar o porquê de as mulheres serem as principais responsáveis pelo cuidado em diversas culturas. A construção desses mitos são influenciados por alguns aspectos, afirma Waldow (2010): 1) característica feminina de fecundidade e da capacidade de gerar e amamentar; 2) a influência religiosa da época em que o cuidado era realizado por religiosas, viúvas e virgens – mulheres “consagradas”; 3) a associação da cuidadora com a prostituta e demais esteriótipos marginalizados, devido ao período que sucedeu a Reforma Protestante – época em que as “mulheres consagradas” foram expulsas dos hospitais; 4) a identificação das práticas de cuidar com a mulher-enfermeira, auxiliar de médico, que ocorreu principalmente no século XX até os anos 1960.

Toda essa conjuntura tem impacto considerável na condição de trabalho do profissional de enfermagem e na sua invisibilidade dentro do trabalho em saúde. Trata-se de um trabalho invisível tal como o é o trabalho doméstico realizado, na sua maioria, por mulheres. Além disso, para muitas pessoas (inclusive muitos estudantes e profissionais de enfermagem) a enfermagem se associa a um “dom” (em vez de vocação), uma missão, uma atividade “inata”, “natural”, que envolve “generosidade”, “abdicação”, “obediência”, “caridade”. Todas essas associações remetem à história da enfermagem e suas fortes relações com o Cristianismo. O perigo dessas assertivas demonstram-se na baixa remuneração da força de trabalho da enfermagem, na desvalorização do seu saber e do seu fazer e na “baixa auto-estima profissional”.

Deve-se ter em mente que, embora o cuidado seja relacional e uma forma de ser-com-o-outro-no-mundo (WALDOW, 2010), a enfermagem é a profissionalização da capacidade humana de cuidar. Dessa forma, o “dom” é algo dispensável! O desenvolvimento do perfil profissional do enfermeiro pode ser socializado por qualquer ser humano com a escolaridade e capacidades intelectuais necessárias. A vocação ou aptidão para essa área ajuda nesse desenvolvimento, mas não lhe é indispensável.Portanto, há uma necessidade de envolvimento dos enfermeiros e estudantes de enfermagem com pesquisas que conduzam ao esclarecimento e ao equacionamento desses “problemas”. Apenas dessa forma poderemos fortalecer o corpo de conhecimentos (teóricos e práticos) da enfermagem brasileira e lidar com a “crise de identidade profissional” que permeia a carreira profissional, as questões de gênero e a busca por definição da expertise no campo da saúde.

32

A invisibilidade da enfermagem é considerada como uma das causas da desvalorização do tra-balho da profissão. Enumere os fatores que estão relacionados com esse processo.

Na década de 1980, surgiram alguns trabalhos sobre a história da enfermagem no Brasil. Mar-que com o X a alternativa que não contempla os principais assuntos abordados nesses estudos.

a) Práticas de saúde.b) Surgimento da medicina e da enfermagem.c) A interrelação entre enfermagem e medici-

na.d) As práticas de cuidado na pré-história bra-

sileira.e) Sistema de ensino, formações categoriais e

características da profissão.

Liste duas diferenças entre os termos assistir e cuidar na realidade da enfermagem brasileira.

As questões de gênero na enfermagem tem in-fluenciado fortemente as relações de trabalho dentro da categoria e da equipe de saúde. As-sinale a alternativa que apresenta as principais tendências discutidas nos estudos sobre gênero na enfermagem brasileira.

a) Relações de poder, jogos de forças, artima-

Agora é a sua vez

Questão 01

Questão 02

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Instruções

Você está convidado, agora, a refletir, pesquisar,

selecionar, discurtir, criar e posicionar-se sobre os

conhecimentos trabalhados nesta aula. Cada uma

das questões responde a objetivos específicos de

aprendizagem, conforme listado no início da ativi-

dade. Para atingi-los, será fundamental uma leitura

atenciosa de cada questão e das orientações sobre

como resolver as mesmas:

Ponto de Partida

Na condição de estudante de enfermagem você

tem sentido ou vivido situações que já lhe colocam

em contato com a “crise de identidade profissio-

nal” do enfermeiro? Debata essas situações e sen-

timentos com os colegas do grupo.

Agora é com você! Responda às questões a seguir

para conferir o que aprendeu!

Questão 03

Questão 04

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

33

e) Fase dos princípios científicos; fase do processo de enfermagem; fase das técni-cas de enfermagem.

Caracteriza cada uma das fases descritas por Maria Cecília Puntel de Almeida (1986) para ca-racterizar a prática profissional de enfermagem no Brasil em conexão com o cuidado.

No novo milênio há uma tendência para o res-gate do cuidado humano, segundo Waldow (2010). A autora enumera alguns elementos que dão a tônica desse resgate. Assinale a al-ternativa que lista esses elementos.

a) Naturalidade, Complexidade, Diversida-de, Universalidade.

b) Pluralismo, Diversidade, Interdisciplinari-dade, Transdisciplinaridade.

c) Transdisciplinaridade, Complexidade, In-tencionalidade, Naturalidade.

d) Universalidade, Diversidade, Interdiscipli-naridade, Transdisciplinaridade.

e) Interdisciplinaridade, Polidisciplinaridade, Pluralismo, Naturalidade.

nhas e simbolismos entre o masculino e o femi-nino no ambiente de trabalho em saúde.

b) Relações de saber, lutas salariais e os jogos de forças entre as enfermeiras e as técnicas de enfermagem.

c) Relações de saber, lutas salariais e os jogos de forças entre as enfermeiras e os técnicos de enfermagem e médicos.

d) Relações de poder e saber, lutas pelos direitos reprodutivos e sexuais das enfermeiras e dis-puta política com as médicas.

e) Relações de poder, relações de saber, direitos reprodutivos e sexuais e simbolismos entre o masculino e o feminino no ambiente de traba-lho em saúde.

Maria Cecília Puntel de Almeida (1986) caracteriza a prática profissional de enfermagem no Brasil em três fases de desenvolvimento em conexão com o cuidado. Em qual alternativa essas fases estão, res-pectivamente, listadas? Assinale-a com um X.

a) Fase das técnicas de enfermagem; fase dos princípios filosóficos; fase dos princípios cientí-ficos.

b) Fase das teorias de enfermagem; fase das téc-nicas de enfermagem; fase do processo de en-fermagem.

c) Fase das técnicas de enfermagem; fase dos princípios científicos; fase das teorias de enfer-magem.

d) Fase dos princípios filosóficos; fase das teorias de enfermagem; fase do processo de enferma-gem.

Questão 05

Questão 06

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 07

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

34

De uma forma geral e mesmo contraditória, qual o objeto ou foco central da enfermagem? Assinale-o.

a) Cura.b) Espiritualidade.c) Gênero.d) Processo saúde-doença.e) Cuidado.

Waldow (2010) afirma que, ao contrário do que mui-tas pessoas pensam, o resgate do cuidado não é uma rejeição aos aspectos técnicos, tampouco ao aspecto científico. Qual a ênfase que a autora defen-de no resgate do cuidado?

Por que Waldow (2010) critica a utilização de termos como prescrição, intervenção e problema no proces-so de enfermagem?

Questão 08

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 10

Questão 09

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

FINALIZANDO

35

LINKS IMPORTANTESQuer saber mais sobre o assunto? Então:

Acesse o site Grupo de Pesquisa Gênero, Saúde e Enfermagem. Disponível em: <http://dgp.cnpq.br/buscagrupo/detalheGrupo.jsp?grupo=0067404JCCOQJA&censo=2010>. Acesso em: 2 out. 2011. Esse é o site de um dos Grupos de Pesquisa da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo.

Leia o artigo Maria Cecília Puntel de Almeida: a trajetória de uma protagonista da enfermagem brasileira, de Silvana Maria MISHIMA e colaboradoras, publicado na Revista Texto e Contexto Enfermagem em 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-07072009000400020&script=sci_arttext>. Acesso em: 02 out. 2011. O artigo relata a trajetória de vida de uma das enfermeiras mais influentes no contexto brasileiro. Maria Cecília morreu em 2008, vítima de câncer. Era professora da Universidade de São Paulo.

Nessa aula, você viu que apesar de a relação entre enfermagem e cuidado ser muito antiga, há problemas históricos que precisam ser melhor esclarecidos nessa relação. Dessa forma, pode-se considerar a própria necessidade de aprofundamento epistemológico sobre a natureza do cuidado de enfermagem e como esse cuidado se distingue dos cuidados prestados por outros profissionais de saúde. Em outras palavras, há premência em definir e estruturar o núcleo da enfermagem dentro do campo da saúde. Outro aspecto discutido é a relação entre gênero e enfermagem e as repercussões disso na valorização e visibilidade do trabalho da enfermagem. Por fim, e como consequência dos demais, pontua-se a “crise de identidade profissional”.

Hegemonia: preponderância, supremacia, superioridade.

Ideologia: (Filos.) pensamento teórico que pretende desenvolver-se sobre seus próprios princípios

FINALIZANDO

GLOSSÁRIOza b

d

l

m

khg f

pc

ji

or iln

stu

v

x w

x yi

qe

36

abstratos, mas que, na realidade, é a expressão de fatos, principalmente sociais e econômicos, que não são levados em conta ou não são expressamente reconhecidos como determinantes daquele pensamento. (pol.) Sistema de ideias dogmaticamente organizado como um instrumento de luta política. Conjunto de ideias próprias de um grupo, de uma época e que traduzem uma situação histórica: ideologia burguesa.

Assertividade: qualidade do que é assertivo. Assertivo: que contém asserto; afirmativo, assertório.

Assistir: auxiliar, ajudar; socorrer; favorecer: assiste aos pobres com humildade exemplar. Acompanhar (enfermo, moribundo, parturiente, etc.) para prestar-lhe conforto moral ou material.

Cuidar: ter cuidado; tratar: cuida da saúde. Fazer preparativos; tratar: cuidar do paciente no pré-operatório. Cuidar-se. Prevenir-se. Acautelar-se. Aplicar a atenção, o pensamento, a imaginação; atentar, pensar, refletir: cuidou muito no assunto antes da decisão.

Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!

Ética, estética e arte no cuidado

Conteúdos e Habilidades

Conteúdo

Nessa aula você estudará:

• Porque a afirmativa “a enfermagem é a arte e a ciência do cuidar” tem ligações profundas com a questão ética e estética na prática profissional do enfermeiro.

• A obra de arte da enfermagem é o cuidado e seu criador (artista) é o enfermeiro.

• Os elementos que manifestam a arte na enfermagem.

Habilidades

Tema 4

ícones:

37

Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:

• Como identificar as dimensões estéticas e artísticas do cuidado em enfermagem?

• Qual a importância da arte no trabalho da enfermagem?

• De que maneira as relações entre a ética da enfermagem e as dimensões estéticas e artísticas do cuidado podem ser apontadas?

AULA 4

Assista as aulas nos polos presenciais e também disponíveis no Ambiente Virtual de

Aprendizagem para você.

Ética, estética e arte no cuidado

É comum a afirmação de que a Enfermagem é uma ciência e uma arte. O componente científico desse campo do saber é mais facilmente compreendido e perceptível. Mas, afinal, o que é a arte na(da) Enfermagem?

A arte é uma forma de conhecimento e através dela as civilizações se comunicavam, expressavam sentimentos e registravam seus comportamentos, hábitos, rituais e, nestes, o cuidado (WALDOW, 2008). Sendo assim, a arte relaciona-se com o sentir, vivenciar, experienciar, é um fazer belo e manual.A arte captura, expressa e recria a humanidade e a vida em todas as suas várias e diversas formas. A arte evoca a espiritualidade, a inspiração, a imaginação, a criatividade e a dedicação; ela é o espírito da vida; ela permite a emancipação; permitindo viajar parados; muda nossas percepções, nossos pontos de vista (WALDOW, 2008).

A primeira afirmação neste sentido é de Florence Nigntingale, para quem a Enfermagem é uma arte; e, sendo uma arte, requer uma devoção exclusiva e um árduo preparo da mesma forma que o trabalho de um pintor ou escultor; por que o que é trabalhar com uma tela morta ou o frio mármore comparado com o corpo vivo – o templo do espírito de Deus? Ela é uma das Belas Artes. Eu quase diria, a mais bela das Artes (NIGHTINGALE, 1969).

A arte na Enfermagem compreende a capacidade de receber as expressões de sentimentos de outros seres humanos e experienciá-los como algo próprio. A arte inclui, além dos sentidos, movimento, tato,

Leitura Obrigatória

38

som, cor, forma, natureza, e assim por diante (WALDOW, 2008).Se os profissionais de enfermagem pararem para observar o cotidiano, talvez, se dêem conta da habilidade que desenvolvem por meio do tato (localizar vasos sanguíneos para pulsão, por exemplo), o zelo com a forma (como em um curativo), o movimento e a natureza das atividades (a destreza no transporte de pacientes, a organização de um leito, a fixação de uma sonda nasogástrica ou de um tubo orotraqueal). A mudança que se observa, por exemplo, após um banho no leito a um usuário acamado: ele muda de aparência, o ambiente toma outra cor e cheiro, a beleza é amplificada... você estaria diante de uma obra de arte?

Para Waldow (2008), o artista (cuidador) ao criar (cuidar) se envolve com sua obra, só cria se existir algum tipo de interesse, de necessidade que motive, que o impulsione a criar; ele se responsabiliza e busca que sua obra ganhe vida, cresça, se sobressaia, se supere. Assim é o cuidado; o cuidado é a obra de arte da enfermagem.

No entanto, cabe também uma reflexão do que é o cuidado. Seria a realização mecânica de procedimentos? A correta utilização de equipamentos e materiais? O cuidado, para Waldow (2006), é visto como um fenômeno existencial, relacional e contextual.

Existencial porque faz parte do ser; na verdade, é o que confere a condição de humanidade deste ser; o que diferencia o ser como um ser “humano”, dotado de racionalidade, cognição, intuição e espiritualidade (baseado nisso, poderíamos afirmar que alguém não se cuida? O que há é uma falta de cuidado ou o não cumprimento de prescrições que, às vezes, não condizem com o estilo e a realidade de vida do indivíduo?). Relacional porque ocorre, e só ocorre, em relação ao outro, na co-existência com outros seres, na convivialidade. E contextual por assumir variações, intensidades, diferenças nas suas maneiras e expressões de cuidar conforme o meio, o contexto em que se apresenta a cada momento.Nesse sentido, o cuidado ultrapassa a dimensão prática, o fazer, para transitar além desse campo. O cuidado permea, circula, envolve, é sentido, vivido, e existe nesse espaço entre o eu e o outro, mas sem perder a identidade. É como se entre o cuidador e o ser cuidado, surgisse um “terceiro elemento”, que não é um nem outro, mas sim uma “mistura” de ambos. Esse “terceiro elemento” é simbólico, fugídeo, não se repete, é sempre novo, pontual, contextual, pois só existe – quando existe – no momento único de cada encontro promotor de cuidado.

Portanto, o cuidado liberta, torna independente, é cordial, sutil, flexível, não cabe em normas nem padrões. O cuidado é essencialmente humano e humaniza. Por isso, está presente nas relações sociais como um todo e, caso específico da Enfermagem, é o ingrediente fundamental ao profissional da saúde. Para Leininger e McFarland (2006), pode haver cuidado sem cura, mas não haverá cura sem cuidado.Quando se da trata experiência do cuidado como uma obra de arte, da qual se é co-autores, a dimensão estética se manisfesta. Tal dimensão diz respeito aos sentimentos, as emoções, aos prazeres sentidos no

39

momento em que se contempla a obra de arte. Afinal, quem nunca se emocionou diante de um usuário que chegou à enfermaria gravemente enfermo e, dia após dia, viu sua melhora? Quem nunca sentiu a feliz emoção/satisfação/prazer de colaborar na reanimação cardiopulmonar de alguém que há minutos estava esvaindo-se com a morte?

O conhecimento estético se materializa pelas ações durante o momento de cuidado – habilidades manuais – e pela interação mantida com o paciente. A estreita relação entre criatividade, sensibilidade, intuição, imaginação, valores, é o que permite falar-se em dimensão estética do cuidar (WALDOW, 2006).

40

Explique a frase a seguir de autoria de Waldow (2010, pp. 129): “pode ser observado que o pro-cesso de cuidar é um processo que dificilmente ocorre de forma isolada, ou seja, é quase sem-pre acompanhado de ações expressivas e instru-mentais”.

Qual das alternativas abaixo define a dimensão estética do cuidar, segundo Waldow (2010)? As-sinale.

a) A dimensão estética do cuidar é um proces-so de explorar o mundo.

b) A dimensão estética do cuidar refere-se aos sentidos e valores que fundamentam a ação num contexto interrelacional, de modo que haja a coerência e harmonia entre o sentir, o pensar e o fazer.

c) A dimensão estética do cuidar é uma forma de conhecimento técnico e especializado sobre a prática de enfermagem.

d) A dimensão estética do cuidar é o conhe-cimento pessoal, a plena compreensão do self, o momento e o contexto.

e) A dimensão estética do cuidar é a filosofia e o humanismo da enfermagem, como afir-mou Jean Watson.

Agora é a sua vez Questão 01

Questão 02

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Instruções

Você está convidado, agora, a refletir, pesquisar,

selecionar, discurtir, criar e posicionar-se sobre

os conhecimentos trabalhados nesta aula. Leia

atentamente o capítulo 6, pp. 128 a 141 do Livro-

-Texto e a sessão “Leitura obrigatória”. Cada uma

das questões responde a objetivos específicos de

aprendizagem, conforme listado no início da ativi-

dade. Para atingi-los, será fundamental uma leitura

atenciosa de cada questão e das orientações sobre

como resolver as mesmas:

Ponto de Partida

Vocês conhecem o pintor Van Gogh? Sabiam que

a história de vida dele e suas obras tiveram fortes

influências pelos sintomas psicóticos que o ator-

mentavam? Para dar o ponto de partida dessas ati-

vidades que tal começar buscando conhecer a vida

e a obra de Van Gogh? Pesquisem sobre a biografia

de Van Gogh e algumas das suas principais obras.

Por fim, organizem uma síntese do que vocês en-

contraram, pontuando o que mais lhes chamaram

a atenção.

Agora é com você! Responda às questões a seguir

para conferir o que aprendeu!

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

41

A presença no cuidado é considerada como um dos componentes da ética em enfermagem. As-sinale a alternativa que oferece uma explicação correta para essa presença no cuidado.

a) A presença no cuidado se manifesta no de-senvolvimento do pensamento crítico, do poder sobre o paciente e da liderança na equipe.

b) A presença, no cuidado terapêutico, é sem-pre parcial já que o profissional de enferma-gem em sua moral e ética profissional não pode se envolver com o paciente.

c) A presença no cuidado contribui para afirmar a pessoa, ou seja, pacientes percebem a di-ferença, valorizando o cuidado e as pessoas cuidadoras.

d) A presença é sempre muito valorizada na prática de enfermagem, por isso os enfer-meiros costumam se envolver nas situações de sofrimento.

e) A presença, nem sempre, afirma a humani-dade do paciente e do cuidador já que ape-nas um deles está sendo confortado.

Assinale a alternativa que apresenta os dois fato-res que têm influência determinante na “erosão do cuidado”.

a) O desenvolvimento tecnológico e a especia-lização nas profissões de saúde.

Segundo uma pesquisa citada por Waldow (2010, pp. 136), o cuidado como uma prática ética é a essência da enfermagem. Qual das alternativas abaixo NÃO corresponde às conclusões teóricas dessa pesquisa? Assinale.

a) A prática da enfermagem é essencialmente moral em sua natureza.

b) O cuidado não é possível quando não existe respeito.

c) A enfermagem não é possível quando inexis-te cuidado.

d) O respeito e o cuidado pelas pessoas consti-tuem a ética essencial da enfermagem.

e) O cuidado como uma ética de enfermagem não pode ser evidenciado pelo cuidado a clientes, familiares, self, colegas e à profis-são.

“A arte é uma forma de expressão cultural, de co-municação e, dessa maneira, expressa sentimen-tos” (WALDOW, 2010, pp. 130). Baseando-se na pesquisa realizada sobre Van Gogh, realizada na sessão Ponto de Partida, explique esse conceito dando como exemplo a história de vida e a obra do pintor neerlandês.

Questão 03

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 04

Questão 05

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 06

42

a) Compromisso.b) Responsabilidade.c) Obrigação.d) Bioética.e) Esperança.

Em que consiste a arte na enfermagem? Expli-que.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

b) O desenvolvimento tecnológico e a má remu-neração dos enfermeiros.

c) A especialização nas profissões de saúde e a má remuneração dos enfermeiros.

d) A especialização na enfermagem e o desen-volvimento tecnológico.

e) A desumanização dos profissionais e o de-senvolvimento tecnológico.

Pesquise no Google Imagens o quadro de Vincent Van Gogh: “Corredor do Hospital Saint-Paul”, pin-tado em Saint-Remy em outubro de 1889. Dispo-nível em: http://www.google.com.br/imghp?hl=pt--BR&tab=wi. Acesso em: 02 out. 2011. Depois de terem localizado a imagem e lido a seu respeito, respondam: em quais circunstâncias de sua vida Van Gogh pintou esse quadro?

Leonardo Boff é citado por Waldow (2010, pp. 141) devido à metáfora que autor propõe para a com-preensão da ética e da moral. Descreva essa me-táfora e explique-a.

Qual das alternativas abaixo NÃO contempla os princípios ou valores que compõem a ética do cui-dado? Assinale-o.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 07

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 08

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 09

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 10

FINALIZANDO

43

Quer saber mais sobre o assunto? Então:

Acesse o site LISA – Laboratório de Imagem e Som em Antropologia, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Disponível em: <http://www.lisa.usp.br/index.shtml>. Acesso em: 02 out. 2011. Neste site você poderá asssistir a vários vídeos e documentários etnográficos sobre temas variados.

Acesse o site Museu de Arte de São Paulo (MASP). Disponível em: <http://masp.art.br/masp2010/>. Acesso em: 02 out. 2011. Esse é o site oficial do MASP, um dos principais museus brasileiros. Nele você poderá ver várias obras de arte e se informar sobre como visitá-lo.

Assista ao vídeo Enfermagem, a arte de cuidar, no site Youtube. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=jrpfzxLZz54>. Acesso em: 02 out. 2011. Trata-se de um vídeo em homenagem aos profissionais de enfermagem.

Nessa aula, você viu que a concepção de arte na enfermagem reitera a noção do cuidado como um fenômeno existencial, relacional e contextual. Dessa forma, a arte da enfermagem se reflete no processo interativo com vista à produção do cuidado. A arte na Enfermagem compreende a capacidade de receber as expressões de sentimentos de outros seres humanos e experienciá-los como próprio. A arte inclui, além dos sentidos, movimento, tato, som, cor, forma, natureza, e assim por diante. Já a estreita relação entre criatividade, sensibilidade, intuição, imaginação, valores, é o que permite falar-se em dimensão estética do cuidar. Essas compreensões são vitais para a produção de cuidado ético e humanístico.

LINKS IMPORTANTES

VÍDEOS IMPORTANTES

FINALIZANDO

44

GLOSSÁRIOEstética: pensamento filosófico que estuda a arte e o belo. Derivada do Grego aísteses (percepção), a palavra estética remete à compreensão proveniente da apreensão sensível, a intuição da beleza.Artista: 1. Pessoa que se dedica às belas-artes, e/ou que delas faz profissão. 2. Pessoa que revela sentimento artístico. 3. Pessoa que revela engenho ou talento no desempenho de suas tarefas.

Ética: estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, ou seja, relativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto.

Moral: conjunto de regras de conduta consideradas como válidas, quer de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupo ou pessoa determinanda.

Simbólico: referente a, ou que tem caráter de símbolo. Alegórico, metafórico.

Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!

A Política Nacional de Humanização

Conteúdos e HabilidadesConteúdo

Nessa aula você estudará:

• Que um dos principais objetivos da Política Nacional de Humanização (PNH) é construir uma imagem do Sistema Único de Saúde (SUS) que dá certo.

• As definições da PNH, onde entende-se por humanização a valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde: usuários, trabalhadores e gestores.

• Porque o SUS pode ser considerado empreendimento coletivo.

za b

d

l

m

khg f

pc

ji

or iln

stu

v

x w

x yi

qe

Tema 5

Leitura Obrigatória

ícones:

45

Habilidades

Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:

• Como analisar criticamente a construção histórica do movimento de humanização da saúde, no SUS?

• Qual foi o marco teórico-político da Política Nacional de Humanização?

• Quais são os princípios, métodos, diretrizes e dispositivos que estruturam a Política Nacional de Humanização?

AULA 5

Assista as aulas nos polos presenciais e também disponíveis no Ambiente Virtual de

Aprendizagem para você.

Leitura Obrigatória A Política Nacional de Humanização

Aborda os conteúdos situados nas páginas, 13 a 47 do Livro BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. HumanizaSUS: documento para gestores e trabalhadores do SUS. 4ª Ed Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/humanizasus_documento_gestores_trabalhadores_sus.pdf>. Acesso em: 02 out. 2011. Brasilia: Ministério da Saúde, 2008.

Nele, você observará que o desenvolvimento tecnocientífico do século XX produziu, ao longo dos anos, um desencantamento do mundo. Mas no que consiste esse desencantamento do mundo?

Todos os seres humanos sempre tiveram a necessidade de explicar o mundo em que viviam e/ou vivem. Para dar conta dessas explicações diversos saberes foram produzidos, em sua maioria de natureza mágico-religiosa. Nesse contexto, havia uma ligação vital entre ser humano, meio ambiente e cosmos. A ciência moderna produziu uma cisão nessa ligação – embora não seja uma cisão total – por meio de seu avanço desenfreado e do desejo paralelo de tudo saber, tudo conhecer, tudo explicar.

No campo da saúde, esse desencantamento se manifesta por meio do desenvolvimento histórico de uma “Ciência da Doença” cujo objeto reificado é a doença, como o próprio nome sugere. Nessa “ciência”, a doença foi tomada como uma entidade externa ao indivíduo, que por sua vez foi invadido por

46

microrganismos provocadores de fortes infecções e desordens bioquímicas (MELO; CABRAL; SANTOS JÚNIOR, 2009).

Nesse contexto, verdadeiros exércitos profissionais de especialistas se formaram no decorrer dos anos. O profissional generalista deu lugar, gradativamente, ao especialista – um engenheiro de órgãos. No rumo dos acontecimentos, o saber médico (não é o saber “do” médico, mas da área da saúde como um todo) especializou-se cada vez mais, seu “olhar clínico” passou a ser cada vez mais instrumentalizado pelos poderosos recursos da biotecnologia. As intervenções no corpo (que nessa conjuntura é biológico, principalmente) tornaram-se justificáveis e a humanidade assistiu à emergência das práticas médicas modernas, pautadas em um paradigma mecanicista, de inspiração positivista que oferece uma visão unidimensional da realidade social e, por conseguinte, dos indivíduos que a engendram (MELO; CABRAL; SANTOS JÚNIOR, 2009).

Esse contexto de práticas mecanicistas, focadas na doença e não no indivíduo que adoece, passou a influenciar o cuidado em saúde, tornando-o mecanizado, com déficits relacionais importantes. É esse cenário de crise da dimensão relacional do cuidado que reclama a emergência do que se convencionou chamar de humanização da saúde.

No Brasil, o Ministério da Saúde lançou no ano de 2000 a Política Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH) com o objetivo de reverter esse quadro. Deslandes (2004) identificou três eixos discursivos na PNHAH sobre humanização: 1. Humanização como oposição à violência; 2. Humanização como capacidade de oferecer atendimento de qualidade, articulando os avanços tecnológicos ao bom relacionamento; 3. Humanização como melhoria das condições de trabalho do cuidador.

Em 2003 a PNHAH deu lugar à Política Nacional de Humanização (PNH). Nesse documento, a humanização é entendida como a valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde: usuários, trabalhadores e gestores (BRASIL, 2008). O lema geral da PNH é mostrar que há um SUS que dá certo, contrapondo-se aos “boicotes” econômicos, políticos e ideológicos produzidos por diversos setores da sociedade e dos grupos empresariais (indústria de equipamentos e insumos, planos de saúde, hospitais e clínicas privadas etc.).

Diante dos avanços e desafios que ainda persistem nos serviços de saúde do SUS, a PNH surge como uma política transversal na rede de serviços, ou seja, ela atravessa, está presente, permeia todas as políticas, ações, instâncias gestoras e programas de saúde. Sendo assim, por humanização do SUS entende-se (BRASIL, 2008):

• Valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde: usuários,

47

trabalhadores e gestores.• Fomento da autonomia e do protagonismo desses sujeitos e dos coletivos.• Aumento do grau de co-responsabilidade na produção de saúde e de sujeitos.• Estabelecimento de vínculos solidários e de participação coletiva no processo de gestão.• Mapeamento e interação com as demandas sociais, coletivas e subjetivas de saúde.• Defesa do SUS que reconhece a diversidade do povo brasileiro e a todos oferece a mesma atenção

à saúde, sem distinção de idade, raça/cor, origem, gênero e orientação sexual.• Mudança nos modelos de atenção e gestão em sua indissociabilidade, tendo como foco as

necessidades dos cidadãos, a produção de saúde e o próprio processo de trabalho em saúde, valorizando os trabalhadores e as relações sociais no trabalho.

• Proposta de um trabalho coletivo para que o SUS seja mais acolhedor, mais ágil, e mais resolutivo;• Compromisso com a qualificação da ambiência, melhorando as condições de trabalho e de

atendimento.• Compromisso com a articulação dos processos de formação com os serviços e práticas de saúde.• Lutar por um SUS mais humano, construído com a participação de todos e comprometido com a

qualidade dos seus serviços e com a saúde integral para todos e qualquer um.

Os princípios da PNH são (BRASIL, 2008): 1. Transversalidade (aumento da comunicação intra e intergrupos, trocas de saberes); 2. Indissociabilidade entre atenção e gestão (os modos de cuidar estão totalmente ligados aos modos de gerir, por isso para mudar os modos de cuidar há necessidade de mudar os processos de gestão); e 3. Protagonismo, co-responsabilidade e autonomia dos sujeitos e dos coletivos (é fulcral a participação dos sujeitos envolvidos e das dimensões política, econômica, institucional e cultural).

Para tanto, faz-se necessário um método, ou seja, um caminho que nos leve a tais objetivos. O método da PNH é chamado de “tríplice inclusão” (BRASIL, 2008):

• Inclusão dos diferentes sujeitos (gestores, trabalhadores e usuários).• Inclusão dos analisadores sociais (fatores que fortalecem ou fragilizam os modelos de atenção e

de gestão).• Inclusão do coletivo (participação dos indivíduos, do movimento social, dos conselhos de saúde,

ou seja, formar redes e grupos de trabalhos).

As diretrizes da PNH expressam o seu método e incluem: clínica ampliada; co-gestão; acolhimento; valorização do trabalho e do trabalhador; defesa dos direitos do usuário; fomento das grupalidades, coletivos e redes; construção da memória do SUS que dá certo (BRASIL, 2008).Para efetivamente implantar essas propostas, a PNH também possui seus dispositivos – arranjos de

48

processos de trabalho. Esses dispositivos têm a função de pôr para funcionar nas práticas de saúde as mudanças nos modelos de atenção e de gestão (BRASIL, 2008). São eles:

• Grupo de Trabalho de Humanização (GTH) e Câmara Técnica de Humanização (CTH).• Colegiado Gestor.• Contrato de Gestão.• Sistemas de escuta qualificada para usuários e trabalhadores da saúde: gerência de “porta aberta”;

ouvidorias; grupos focais e pesquisas de satisfação etc.• Visita Aberta e Direito à Acompanhante.• Programa de Formação em Saúde do Trabalhador (PFST) e Comunidade Ampliada de Pesquisa

(CAP).• Equipe Transdisciplinar de Referência e de Apoio Matricial.• Projetos Cogeridos de Ambiência.• colhimento com Classificação de Riscos.• Projeto Terapêutico Singular e Projeto de Saúde Coletiva.• Projeto Memória do SUS que dá certo.

49

Agora é a sua vezInstruções

Você está convidado, agora, a refletir, pesquisar,

selecionar, discutir, criar e posicionar-se sobre os

conhecimentos trabalhados nesta aula. Cada uma

das questões responde a objetivos específicos de

aprendizagem, conforme listado no início da ativi-

dade. Para atingi-los, será fundamental uma leitura

atenciosa de cada questão e das orientações sobre

como resolver as mesmas:

Ponto de Partida

Em grupo ou à critério do tutor presencial

A mídia e a sociedade em geral têm discutido vá-

rios pontos em relação ao SUS.Enumere três crí-

ticas ou elogios que você costuma ouvir na sua

comunidade ou família sobre o SUS. Em seguida,

debata com os colegas em grupo partindo da se-

guinte indagação: os aspectos que foram elenca-

dos constroem uma memória do SUS que dá certo?

Justifique sua resposta.

Agora é com você! Responda às questões a seguir

para conferir o que aprendeu!

O SUS é um sistema de saúde jovem, tem pouco mais de 20 anos, nesse período ele tem atingido alguns de seus objetivos. Dessa forma, os avan-ços e conquistas do SUS são notórios, embora isso não ganhe destaque na mídia. Assinale a al-ternativa que não é um avanço ou conquista do sistema.

a) A rede de atenção pública de saúde está presente em todo o território nacional, em todos os estados e municípios.

b) O SUS construiu novos arranjos e instru-mentos de gestão, que ampliaram a capaci-dade de gestão e de co-responsabilização, servindo inclusive de referência para a or-ganização de outras políticas públicas no Brasil.

c) O SUS vem fortalecendo o processo de descentralização, ampliando a presença, a autonomia e a responsabilização sanitária de municípios na organização das redes de atenção à saúde.

d) O SUS embora tenha alguns avanços, não presta atendimento gratuito para indivíduos que requerem medicamentos de autocusto, por exemplo.

e) O SUS vem reorganizando a rede de aten-ção à saúde, produzindo impacto na quali-dade de vida do brasileiro.

Questão 01

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

50

A PNH é uma política transversal na rede por quê? Assinale a alternativa correta.

a) Traduz os princípios do SUS em modos de operar dos diferentes equipamentos e sujei-tos da rede de saúde.

b) Constrói trocas solidárias e comprometidas apenas com a tarefa de produzir saúde.

c) Contagia, por atitudes e ações humanizado-ras, a rede privada, incluindo gestores, traba-lhadores da saúde e usuários.

d) Orienta apenas as práticas de gestão do SUS.

e) Oferece um eixo articulador das práticas de saúde, destacando o aspecto objetivo nelas presentes.

Assinale a alternativa que corresponde a uma das diretrizes da PNH.

a) Analisadores sociais.b) Grupo de Trabalho em Humanização (GTH).c) Projeto Memória do SUS que dá certo.d) Protagonismo dos sujeitos.e) Fomento das grupalidades, coletivos e re-

des.

O que significa, na PNH, a valorização da dimen-são subjetiva e coletiva em todas as práticas de atenção e gestão no SUS? Explique.

Enumere os resultados esperados com a imple-mentação da PNH no SUS.

Leia atentamente alguns trechos de uma repor-tagem publicada no informativo da Rede de Pes-quisa em Atenção Primária à Saúde, em 24 de janeiro de 2011.

O Brasil que só inglês viu

Claunara Schilling Mendonça – Diretora do De-partamento de Atenção Básica do MS

Tiago Santos de Souza - Jornalista SAS/MS

Pela primeira vez o Brasil é citado como exemplo num relatório da Organização Mundial de Saú-de (OMS) no qual destaca a importância da re-orientação do modelo de atenção em saúde, ou seja, a implantação da Atenção Primária à Saúde (APS). Qual país os EUA querem copiar para sair da crise na saúde? O Brasil. Nosso país vive uma revolução silenciosa, abafada principalmente por quem lucra com doença: planos de “saúde”, in-dústria de equipamentos e de medicamentos,

Questão 05

Questão 02

Questão 03

Questão 04

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 06

51

Questão 09

Questão 07

grupos de interesse mais organizados na arena política e com muito dinheiro, poder e influência. O British Medical Journal, do dia 29 de novembro de 2010, publicou duas longas reportagens sobre a saúde brasileira, com elogios que fariam qualquer ministro da saúde do mundo convocar coletiva para comentar o caso. Aqui, apesar das tentativas do Ministro Temporão, não se publicou uma linha. Jornais, televisões e rádios não podem falar so-bre um assunto que atrapalha seus anunciantes e essa luta, que envolve milhares de brasileiros, continua gritando no vácuo.

Qual diretriz da PNH é atingida prejudicialmente com o silenciamento de notícias que elogiam e to-mam o SUS como exemplo?

a) Clínica Ampliada.b) Cogestão.c) Construção da memória do SUS que dá cer-

to.d) Acolhimento.e) Fomento das grupalidades, coletivos e re-

des.

Caracterize o “método de tríplice inclusão” da PNH.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Liste as características do princípio de protagonis-mo, co-responsabilidade e autonomia dos sujeitos e dos coletivos da PNH.

Os Conselhos Nacional, Estaduais e Locais de Saúde são importantes instâncias de participação e controle social no SUS. A PNH dá algumas orien-tações gerais para a implementação da política. Qual das orientações abaixo se refere diretamente aos referidos Conselhos de Saúde? Assinale-a.

a) Valorização da ambiência, com organização de espaços de trabalho saudáveis e acolhe-dores.

b) Fortalecimento do controle social, com cará-ter participativo, em todas as instâncias ges-toras do SUS.

c) Valorização da dimensão subjetiva e coletiva em todas as práticas de atenção e gestão no SUS.

d) Compromisso com a democratização das re-lações de trabalho e valorização dos traba-lhadores.

e) Fortalecimento do trabalho em equipe multi-profissional.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 08

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

52

A implementação da PNH pressupõe vários eixos de ação que objetivam institucionalização, difusão dessa estratégia e, principalmente, a apropriação de seus resultados pela sociedade. Cite quais são os eixos de ação estratégica da PNH.

Questão 10

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

FINALIZANDO

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

53

LINKS IMPORTANTESQuer saber mais sobre o assunto? Então:

Acesse o site Viva Humanização. Disponível em: <http://www.vivahumanizacao.org.br/quem_somos.php>. Acesso em: 08 out. 2011. Trata-se do site do Programa Humanização em Saúde, uma iniciativa da Associação Viva e Deixe Viver e do Canal Conexão Médica.

Acesse o site Portal da Saúde - HumanizaSUS. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/saude/cidadao/area.cfm?id_area=1342>. Acesso em: 08 out. 2011. Esse é o site oficial da PNH na página do Ministério da Saúde.

Leia o artigo O processo saúde-doença: uma reflexão à luz da antropologia da saúde, de Lucas Pereira de MELO, Elizabeth Regina de Melo CABRAL e José Ademário dos SANTOS JÚNIOR, publicado no volume 3, número 4 da Revista de Enfermagem UFPE Online, em 2009. Disponível em: <http://www.ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/revista/article/view/138/138>. Acesso em: 08 out. 2011. Nesse texto é feita uma crítica às práticas médicas modernas.

Nessa aula, você viu que o movimento de humanização da saúde surge como forma de reverter os processos de trabalho mecanicistas e tecnicistas, focalizados na doença e que consumiam os trabalhadores da saúde em vida e em ato. Além disso, esses processos de trabalho fragmentam os usuários dos serviços de saúde de sua historicidade, contextos socioculturais, econômicos, políticos e sociofamiliares. Como estratégia política de reorientação desse cenário a PNH surge em 2003 com o objetivo de resgatar a valorização dos sujeitos envolvidos nos processos de produção de saúde: trabalhadores, usuários e gestores. De uma forma geral, a PNH visa reorganizar os processos de trabalho no SUS para um atendimento de qualidade e condições satisfatórias de trabalho.

FINALIZANDO

54

Autonomia: trabalhar com o conceito de autonomia implica reconhecer que os modos como sujeitos e coletividades elegem determinadas opções de viver e criam possibilidades para satisfazer suas necessidades e interesses envolvem forças políticas, econômicas, afetivas, culturais e sociais existentes num território. E, simultaneamente, obriga afirmar que cada sujeito na relação com o mundo não é (e não deve ser) passivo, ou seja, todos nós reorganizamos constantemente os recursos, saberes e ferramentas disponíveis, transformando a nós mesmos, a nossas relações e ao território em que vivemos (CAMPOS et al., 2004). A autonomia refere-se, pois, a nossa capacidade em lidar com nossas redes de relações e dependências no mundo (ONOCKO CAMPOS; CAMPOS, 2006).

Protagonista: o principal “ator” ou “competidor”. No teatro e cinema diz respeito ao personagem de uma peça teatral, de um filme, de um romance, etc. Pessoa que desempenha ou ocupa o primeiro lugar num acontecimento. No caso da saúde significa, grosso modo, tornar os sujeitos (usuários, trabalhadores e gestores) ativos nos processos de produção de cuidado e de gestão.

Vínculo: “Criar vínculo implica ter relações tão próximas e tão claras, que nos sensibilizamos com todo o sofrimento daquele outro, sentindo-se responsável pela vida e morte do paciente, possibilitando uma intervenção nem burocrática e nem impessoal” (MERHY, 1994:138).

Clínica Ampliada: considera-se que todo profissional de saúde que atende ou cuide de pessoas realiza clínica, havendo, portanto, várias modalidades de clínica: a do enfermeiro, a do psicólogo, a do médico etc. Clínica ampliada é a redefinição (ampliada) do “objeto, do objetivo e dos meios de trabalho da assistência individual, familiar ou a grupos”. A clínica ampliada tem como “objeto de trabalho” a assistência à saúde de uma pessoa, ou um grupo, ou uma família, ou um coletivo institucional, com doença ou risco de adoecer. O objetivo da clínica ampliada é superar a clínica tradicional que toma como objeto somente a doença. Essas mudanças têm impacto na forma de diagnosticar e tratar também, ampliando os enfoques para além do biológico e do recurso medicamentoso (CAMPOS, 2003).

Ambiência: meio material ou moral onde se vive; meio ambiente. O espaço, arquitetonicamente organizado e animado, que constitui um meio físico e, ao mesmo tempo, meio estético, ou psicológico, especialmente preparado para o exercício de atividades humanas; ambiente.

Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!

GLOSSÁRIOza b

d

l

m

khg f

pc

ji

or iln

stu

v

x w

x yi

qe

Conteúdos e Habilidades

55

Conteúdo

Nessa aula você estudará:

• Porque a formação profissional em saúde é um dos grandes desafios para a implementação e efetividade da PNH.

• Características da formação do enfermeiro.• Quais os desafios da PNH relacionados a educação centrada no cuidado.

Habilidades

Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:

• Como definir a importância da formação profissional para a efetiva implementação da Política Nacional de Humanização?

• De maneira crítica expresse se à forma como estão estruturados os currículos dos cursos de formação em saúde, principalmente da enfermagem atendem aos anseios da PNH?

• Quais são as estratégias de mudança curricular para uma educação centrada no cuidado?

Humanização e Formação Profissional em Saúde

Conteúdos e Habilidades

Tema 6

AULA 6

Assista as aulas nos polos presenciais e também disponíveis no Ambiente Virtual de

Aprendizagem para você.

ícones:

56

Leitura Obrigatória

HumanizaçãoeFormaçãoProfissionalemSaúde

Aborda os conteúdos situados no capítulo 8, pp. 162 a 178 do Livro-Texto. Nele, você verá que a formação profissional em saúde é um dos grandes desafios para a implementação e efetividade da Política Nacional de Humanização (PNH). A política sozinha não pode transformar a realidade de trabalho e de produção de saúde. A tarefa é essencialmente dos coletivos (usuários, profissionais e gestores) que estão envolvidos no funcionamento dos serviços de saúde. No entanto, a necessidade de envolvimento dos coletivos tem se deparado com as dificuldades colocadas pelas próprias inserções desses sujeitos nos processos de trabalho, por suas histórias profissionais nos serviços que tanto lhes fortalecem quanto entristessem e desanimam. Diante disso, hoje se tem investido na formação profissional em saúde como um dos importantes espaços para construção de subjetividades comprometidas com a saúde e a defesa da vida, em aspectos mais amplos: além da dimensão biológica.Parte-se do pressuposto de que embora a PNH esteja fundamentada em uma perspectiva humanista que resgata os sujeitos envolvidos nos processos de trabalho em saúde (usuários, trabalhadores e gestores), o profissional ainda tem uma formação reducionista, tecnicista e pautada no modelo biomédico. O modelo biomédico é a base epistemológica de todas as ciências da saúde. Caracteriza-se por um saber fundado em disciplinas biológicas e na mecânica clássica (mecanicismo) que isola os componentes do corpo e reintegra-os em mecanismos dados pela soma das partes. Dessa forma, a racionalidade médica (entenda-se que não é “da” medicina, mas da área médica ou da saúde) é pautada na anatomia e fisiologia humanas, nos sistemas de diagnósticos e de terapêuticas e em doutrinas.A educação profissional em saúde, inserida nesse modelo, calca-se num caráter generalizante, busca leis gerais e universais, ou seja, tem dificuldade de particularizar as questões concernentes ao processo de adoecimento, já que seus entendimentos se explicam por meio de estatísticas e probabilidades do que seria “normal”. Seu caráter mecanicista, subordinado à princípios de causalidade, fragmenta o corpo humano em partes e dá lugar à especialização cada vez mais minuciosa. É o que se poderia chamar de engenharia de órgãos. Dessa forma, o indivíduo adoecido perde sua integralidade, e passa a ser tratado como “pedaços”: estômago, coração, veias, mão direita, olho esquerdo e etc. O corpo, em síntese, torna-se uma máquina; os profissionais de saúde, mecânicos; e os serviços de saúde, principalmente o hospital, uma oficina.Há fortes críticas à maneira como são construídos os componentes curriculares, as metodologias de ensino e os enfoques dos cursos de graduação em saúde. Por isso, há a necessidade de reestruturação curricular nos cursos de saúde e isso não significa romper com o modelo biomédico, mas associar a ele o paradigma humanístico, sem o qual é impossível pensar em cuidado humano na área de saúde.

57

Algumas instituições de ensino têm realizado suas reformas curriculares para atender às necessidades dos tempos contemporâneos. Um tempo marcado pela confluência de experiências, de diferenças, de problemas cada vez mais complexos, pela globalização das economias e pela produção de uma indústria cultural que nos serializa, ou seja, produz indivíduos em série investindo contra a nossa diversidade. Dessa maneira, as barreiras disciplinares e seus saberes fragmentados, isolados, já não servem para inteligir os problemas polidisciplinares que se colocam na sociedade hodierna. Dos profissionais de saúde é cobrada a capacidade de articulação de diferentes contextos e fatores que agem para a produção da saúde e da doença de um indivíduo, uma família ou um coletivo social.Para isso, é importante a utilização de metodologias de ensino que focalizem na problematização da realidade, que sejam participativas, que ensinem mais a fazer perguntas, a questionar do que a dar respostas prontas, previamente construídas. Metodologias e estratégias de ensino que proponham a integração disciplinar, que diluam as fronteiras entre as áreas de humanas, exatas e biológicas. Nesse processo, não se pode deixar de apontar a necessidade de capacitação dos docentes, já que estes também foram formados no mesmo sistema reducionista que estamos criticando. Além disso, é comum que em suas práticas docentes, esses profissionais tendam a reproduzir a “didática” na qual foram formados.Para o equacionamento desses dilemas, tem-se sugerido currículos nos quais as áreas de atuação estejam integradas, com maior articulação entre o saber teórico e o saber prático, além, é claro, do incentivo à construção de vínculos entre as universidades e os serviços de saúde. Nesse processo, destaca-se a importância da existência de espaços grupais para compartilhar experiências e sentimentos decorrentes da profissionalização. O desafio de oferecer uma educação centrada no cuidado, humanista e integrada é fundamental para a consolidação dos princípios, diretrizes e objetivos da PNH.

58

Um currículo de enfermagem centrado no cuida-do humano deveria estar sob qual paradigma? Assinale-o.

a) Paradigma Quântico.b) Paradigma Biomédico.c) Paradigma Naturalístico.d) Paradigma Histórico.e) Paradigma Humanístico.

Cite o que se precisa considerar quando se pen-sa numa educação para o cuidado.

Instruções

Você está convidado, agora, a refletir, pesquisar,

selecionar, discutir, criar e posicionar-se sobre os

conhecimentos trabalhados nesta aula. Leia aten-

tamente o capítulo 6, pp. 128 a 141 do Livro-

-Texto e a sessão “Leitura obrigatória”. Cada uma

das questões responde a objetivos específicos de

aprendizagem, conforme listado no início da ati-

vidade. Para atingi-los, será fundamental uma lei-

tura atenciosa de cada questão e das orientações

sobre como resolver as mesmas:

Ponto de Partida

Enumere três disciplinas que você mais gostou

dentre aquelas já estudadas na faculdade. Em se-

guida, responda às seguintes questões:

a) Há alguma coisa em comum entre elas (te-

mas, enfoques, métodos)?

b) Em sua opinião, elas estão centradas no cui-

dado?

Agora é com você! Responda às questões a se-

guir para conferir o que aprendeu!

As escolas de enfermagem têm sido convocadas a uma reformulação de seus projetos pedagógi-cos. Qual documento do Ministério da Educação desencadeou esse movimento? Assinale-o.

a) Lei de Diretrizes e Bases da Educação Na-

Questão 01

Questão 02

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 03

Agora é a sua vezcional.

b) Lei do Exercício Profissional da Enferma-gem.

c) Diretrizes Curriculares dos Cursos de Gra-duação em Saúde.

d) Diretrizes Curriculares Nacionais.e) Pacto pela Saúde.

59

Vários aspectos são apontados como mandatá-rios para que se processe a revolução curricular na enfermagem. Enumere esses aspectos.

A chamada revolução curricular na área de edu-cação em enfermagem nos Estados Unidos ocor-reu no final dos anos 1980. Quais fatores prin-cipais parecem ter influenciado e motivado esse movimento de mudança? Assinale-o.

a) As mudanças no contexto dos sistemas de saúde; a dimensão profissional; e a dimen-são curricular.

b) As mudanças no contexto dos sistemas de saúde; a dimensão educacional; e a dimen-são curricular.

c) A dimensão curricular; a dimensão paradig-mática; e a dimensão profissional.

d) A dimensão profissional; as mudanças no contexto dos sistemas de saúde; e a dimen-são paradigmática.

e) A dimensão paradigmática; a dimensão pro-fissional; e a dimensão curricular.

Sobre a importância do pensamento crítico na educação centrada no cuidado, assinale a alter-nativa incorreta.

a) O desenvolvimento do pensamento crítico é uma atividade sine qua non em um currícu-lo direcionado para o cuidado.

b) A reflexão é um processo em que a cuida-dora ou cuidador examina a situação com o propósito de extrair elementos que possam contribuir para o aprimoramento da prática.

c)A ação reflexiva ou pensamento crítico pro-picia uma atuação mais independente e as-sertiva.

d) A atividade de pensamento crítico é apenas um instrumento de ajuda para o processo de enfermagem.

e) O pensamento crítico é um dos aspectos essenciais no desenvolvimento dos docen-tes de enfermagem, que devem estar capa-citados a favorecê-lo nos estudantes.

O que significa uma aprendizagem baseada em uma “teoria vivida”? Explique.

Questão 04

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 05

Questão 06

Questão 07

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

60

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 10

FINALIZANDO

Descreva e caracterize os Quatro Pilares para a educação do novo século.

Como se caracterizam, em geral, os modelos de ensino em enfermagem? Assinale-o.

a) Têm enfoque humanístico com ênfase nas re-lações entre seres humanos.

b) Têm enfoque comportamental com ênfase em objetivos, conteúdos e métodos.

c) Têm enfoque histórico-cultural com ênfase na transformação da realidade social.

d) Têm enfoque tradicional com ênfase na produ-ção de cuidado humano.

e) Têm enfoque interdisciplinar com ênfase na ar-ticulação dos diversos saberes.

A educação permanente em saúde tem sido um dos pontos sobre o qual a PNH tem voltado seus olhares. Você considera que esse tipo de treina-mento em serviço também deve ser focado no cuidado? Justifique sua resposta.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 08

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 09

61

LINKS IMPORTANTESQuer saber mais sobre o assunto? Então:

Acesse o site Fundação Victor Civita. Disponível em: <http://www.fvc.org.br/>. Acesso em: 09 out. 2011. Neste site você conhecerá uma das mais importantes Fundações que trabalham com a formação de professores no Brasil e os projetos que vem desenvolvendo.

Acesse o site do Grupo de Pesquisa em Educação em Enfermagem e Saúde. Disponível em: <http://www.ccs.ufsc.br/enfermagem/educacao/>. Acesso em: 9 out. 2011. Nesse site você poderá conhecer um dos principais grupos de pesquisa sobre educação em enfermagem e ficar por dentro dos projetos de pesquisa e atividades desenvolvidas pelo grupo.

Nessa aula, você viu que os processos de reformulação curricular na enfermagem tem sido estimulado em todo o mundo como forma de reverter à ênfase tecnicista, biomédica e mecanicista das práticas de cuidado. Trata-se, portanto, da necessidade de uma educação centrada no cuidado humano já que a formação profissional em saúde é essencial para a humanização do cuidado.

FINALIZANDO

GLOSSÁRIOza b

d

l

m

khg f

pc

ji

or iln

stu

v

x w

x yi

qe

Racionalidade médica: o conceito de racionalidade médica foi proposto, no Brasil, pela Profa. Dra. Madel Therezinha Luz (UERJ) e deve ser entendido como um conceito operacional ao estilo de um tipo ideal weberiano, que estabelece que toda racionalidade médica supõe um sistema complexo, simbólico e empiricamente estruturado em seis dimensões fundamentais: uma cosmologia, uma doutrina médica, uma morfologia, uma fisiologia ou dinâmica vital humana, um sistema de diagnóstico e um sistema de intervenções terapêuticas. O conceito de “Racionalidade Médica” tem se demonstrado extremamente útil para a compreensão e a aceitação da existência de múltiplos sistemas complexos de atendimento à saúde no mundo. Entre estes se destacam: a Medicina Ocidental Contemporânea ou Biomedicina ou Medicina Alopática; a Medicina Tradicional Chinesa; a Ayuerveda; a Medicina Tradicional Árabe; a

62

Medicina Tibetana; a Medicina das várias nações indígenas da América do Sul e do Norte; a Homeopatia da Índia e da Inglaterra etc.

Currículo escolar: conjunto de dados relativos à aprendizagem escolar, organizados para orientar as atividades educativas, as formas de executá-las e suas finalidades. Geralmente, exprime e busca concretizar as intenções dos sistemas educacionais e o plano cultural que eles personalizam como modelo ideal de escola defendido pela sociedade. A concepção de currículo inclui desde os aspectos básicos que envolvem os fundamentos filosóficos e sociopolíticos da educação até os marcos teóricos e referenciais técnicos e tecnológicos que a concretizam na sala de aula.

Sine qua non: do latim, significa “sem a qual não”. Trata-se de uma expressão que indica uma cláusula ou condição sem a qual não se fará certa coisa.

Pensamento crítico: pode ser definido como pensamento reflexivo e racional que tem como foco decidir em que acreditar ou não. Esta definição enfatiza a tomada de decisão, a escolha de uma alternativa adequada para uma dada situação e a autonomia do sujeito diante da necessidade de eleger uma opção intermediada pelo contexto (TACLA, 2002).

Diretrizes Curriculares: constituem o documento legal norteador da organização curricular de um dado curso. As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino de Graduação em Enfermagem definem os princípios, fundamentos, condições e procedimentos da formação de enfermeiros, estabelecidas pela Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação, para aplicação em âmbito nacional na organização, desenvolvimento e avaliação dos projetos pedagógicos dos Cursos de Graduação em Enfermagem das Instituições do Sistema de Ensino Superior. Essas Diretrizes foram instituídas pela Resolução CNE/CES nº 03, de 07 de novembro de 2001.

Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!

Conteúdos e Habilidades

63

Conteúdo

Nessa aula você estudará: • O contexto da humanização das práticas de saúde, as práticas integrativas e complementares

(PIC).• Porque as (PICs) são importantes nos serviços oficiais de saúde.• A relevância das (PICs) no processo de humanização.

Habilidades

Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões: • Qual as práticas integrativas e complementares?• Como se define o papel das práticas integrativas e complementares no SUS?• Quais as práticas integrativas e complementares que compõem a Política Nacional?

Práticas Integrativas e Complementares no SUS

Conteúdos e Habilidades

AULA 7

Assista às aulas nos pólos presenciais e também disponíveis no Ambiente Virtual de

Aprendizagem.

Tema 7

ícones:

64

PráticasIntegrativaseComplementaresnoSUS

Aborda os conteúdos situados no capítulo 2, pp. 11 a 60 do Livro BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Básica. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS: atitude de ampliação do acesso. Brasília: Ministério da Saúde, 2008. Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/pnpic.pdf>. Acesso em: 02 out. 2011. Nele, você observará que as PICs contemplam sistemas médicos complexos e recuros terapêuticos, os quais são denominados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de medicina tradicional e complementar/alternativa. Tais sistemas e recursos envolvem abordagens que buscam estimular os mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde por meio de tecnologias eficazes e seguras, com ênfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade. Outros pontos compartilhados pelas diversas abordagens abrangidas por esse campo são a visão ampliada do processo saúde-doença e a promoção global do cuidado humano, especialmente do autocuidado (BRASIL, 2008).

Dessa maneira, pode-se observar que a noção de cuidado empregada nessas práticas são congruentes com o que foi discutido em aulas anteriores anteriores, a noção de cuidado como um fenômeno existencial, relacional e contextual (WALDOW, 2010).

Práticas integrativas e complementares em saúde constituem denominação recente do Ministério da Saúde para a Medicina complementar/alternativa, em suas ricas aplicações no Brasil. Esse campo de saberes e cuidados desenha um quadro extremamente múltiplo e sincrético, articulando um número crescente de métodos diagnóstico-terapêuticos, tecnologias leves, filosofias orientais e práticas religiosas em estratégias sensíveis de vivência corporal e de autoconhecimento. Esse amplo acervo de cuidados terapêuticos abriga ainda recursos como terapias nutricionais, disciplinas corporais, diversas modalidades de massoterapia, práticas xamânicas e estilos de vida associados ao naturalismo e à ecologia (ANDRADE, COSTA, 2010).

No contexto da humanização das práticas de saúde, as PICs têm despontado como uma possibilidade de ampliação do enfoque do cuidado ao incluir dimensões que vão além do biológico e do psicológico. Historicamente, as práticas de saúde alopáticas realizadas nos serviços oficiais desenvolveram-se à custa da marginalização das práticas que eram dissidentes do modelo biomédico e seus fundamentos cartesianos e positivistas. Nesse campo, o saber biomédico desencanta o mundo com suas explicações e com a penetração cada vez mais profunda no corpo humano. No entanto, nos últimos anos, tem-se visto “surgir” formas de adoecimento, de sofrimento físico e emocional, de dores que fogem à lógica classificatória da racionalidade médica moderna e de seu paradigma biomédico.

Leitura Obrigatória

65

É nesse contexto que as PICs têm ganhado espaços nos serviços oficiais de saúde, como uma ferramenta potente na ampliação do enfoque biomédico ao incluir dimensões, saberes e práticas que vão além do biológico e do psicológico. Além de resgatar outras racionalidades para a explicação e entendimento do processo saúde-doença, as PICs valorizam a dimensão simbólica desse processo. A dimensão simbólica vai além do que está colocado aos nossos olhos, ou seja, diz respeito aos significados, às crenças, aos valores, às formas de explicar, interpretar e sentir a saúde e a doença em um determinado contexto sociocultural. Tal valorização é fundamental para o reconhecimento da historicidade e da concretude do sujeito que experiencia o adoecimento. Dessa modo, considera-se as PICs uma importante estratégia para a humanização dos processos de trabalho em saúde, isto porque oferece aos sujeitos envolvidos outras maneiras de explicar, diagnosticar e tratar os problemas de saúde, além da medicina alopática.Seguindo o movimento internacional, o Ministério da Saúde brasileiro implantou em 2006 a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) (BRASIL, 2008). Os objetivos da PNPIC são:

• Incorporar e implementar a PNPIC no SUS, na perspectiva da prevenção de agravos e da promoção e recuperação da saúde, com ênfase na atenção básica, voltada para o cuidado continuado, humanizado e integral em saúde.

• Contribuir ao aumento da resolubilidade do Sistema e ampliação do acesso à PNPIC, garantindo qualidade, eficácia, eficiência e segurança no uso.

• Promover a racionalização das ações de saúde, estimulando alternativas inovadoras e socialmente contributivas ao desenvolvimento sustentável de comunidades.

• Estimular as ações referentes ao controle/participação social, promovendo o envolvimento responsável e continuado dos usuários, gestores e trabalhadores nas diferentes instâncias de efetivação das políticas de saúde.

A PNPIC identifica e ampara as seguintes modalidades terapêuticas: Medicina Tradicional Chinesa-Acupuntura; Homeopatia; Plantas medicinais e Fitoterapia; Termalismo Social-Crenoterapia; e Medicina Antroposófica (BRASIL, 2008).

66

Instruções

Você está convidado, agora, a refletir, pesquisar,

selecionar, discurtir, criar e posicionar-se sobre os

conhecimentos trabalhados nesta aula. Cada uma

das questões responde a objetivos específicos de

aprendizagem, conforme listado no início da ativi-

dade. Para atingi-los, será fundamental uma leitura

atenciosa de cada questão e das orientações sobre

como resolver as mesmas.

Ponto de Partida

É provável que você conheça alguns chás, banhos,

rezas, xaropes caseiros feitos por sua mãe, avó ou

outros membros da sua família. Em grupo, tente

organizar uma lista de plantas medicinais que você

conhece e suas propriedades terapêuticas.

Agora é com você! Responda às questões a seguir para conferir o que aprendeu!

Para implementação da PNPIC no SUS são es-tabelecidas algumas responsabilidades institucio-nais nas três esferas de governo (federal, estadual e municipal). São responsabilidades do gestor mu-nicipal, exceto uma. Assinale-a.

a) Elaborar normas técnicas para inserção da PNPIC na rede municipal de saúde.

b) Realizar assistência farmacêutica com plan-tas medicinais, fitoterápicos e homeopáticos,

bem como a vigilância sanitária no tocante a esta Política e suas ações decorrentes na sua jurisdição.

c) Estabelecer mecanismos para a qualifica-ção dos profissionais do sistema local de saúde.

d) Apresentar e aprovar proposta de inclusão da PNPIC no Conselho Municipal de Saú-de.

e) Acompanhar e coordenar a assistência far-macêutica com plantas medicinais, fitoterá-picos e medicamentos homeopáticos.

Defina acupuntura no contexto da Medicina Tra-dicional Chinesa.

O Ministério da Saúde desenvolveu um Diagnós-tico Situacional das Práticas Integrativas e Com-plementares nos sistemas de saúde de estados e municípios em todo o Brasil para identificação das modalidades terapêuticas em uso no país, com fins de construção da PNPIC. Em que ano isso ocorreu e por qual órgão federal foi realiza-do?

a) Em 2004, realizado pela Fundação Oswal-do Cruz.

Questão 02

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 01

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 03

Agora é a sua vez

67

b) Em 2006, realizado pela Escola Nacional de Saúde Pública.

c) Em 2004, realizado pelo Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde.

d) Em 2006, realizado pelo Departamento de Atenção Primária à Saúde da FIOCRUZ.

e) Em 2006, realizado pelo Fundação Nacional de Saúde.

Na construção da PNPIC alguns eventos e docu-mentos merecem destaque, exceto um. Assinale--o.

a) 1ª Conferência Nacional de Vigilância Sani-tária (2001).

b) Decreto Presidencial de 17 de fevereiro de 2005 que cria o Grupo de Trabalhao para elaboração da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 04

c) Relatório fial da 12ª Conferência Nacional de Saúde delibera para a efetiva inclusão da Medicina Natural e Práticas Complementa-res no SUS (2003).

d) Fundação da Associação Médica Homeopáti-ca Brasileira, em 1979.

e) Inclusão das consultas médicas em Homeo-patia e Acupuntura na tabela de procedimen-tos do SAI/SUS, em 1999.

A implementação da Homeopatia no SUS repre-senta uma importante estratégia para a constru-ção de um modelo de atenção centrado na saú-de. Liste os quatro fatores que justificam essa afirmativa.

As experiências com médicina antroposófica no SUS têm oferecido contribuições aos campos da educação popular, arte, cultura e desenvolvimen-to social. O documento da PNPIC cita dois es-tados brasileiros e suas experiências de saúde pública. São eles:

a) Pernambuco e São Paulo.b) Minas Gerais e São Paulo.c) Rio de Janeiro e Santa Catarina.d) Bahia e Minas Gerais.e) São Paulo e Espírito Santo.

Defina termalismo e crenoterapia.

Questão 05

Questão 07

Questão 06

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

68

A Medicina Tradicional Chinesa inclui várias práticas terapêuticas além da acupuntura. Enu-mere-as

Liste os documentos elaborados, a partir da déca-da de 1980 no Brasil, que enfatizam a introdução de plantas medicinais e fitoterápicos na atenção básica nos sistema público.

Sobre as modalidades terapêuticas amparadas e institucionalizadas pela PNPIC, assinale a alter-nativa correta.

a) A Crenoterapia foi trazida para o Brasil pelos portugueses que trouxeram os seus hábitos de usar águas minerais para tratamento de saúde.

b) A Medicina Termal, no Brasil, sempre esteve associada ao conceito de Turismo de Saúde e de Termalismo Social.

c) A Medicina Antroposófica apresenta-se como uma abordagem de base vitalista, cujo modelo de atenção está centrado no médi-co.

d) Embora o Brasil possua a maior diversida-de vegetal do mundo a fitoterapia e uso de plantas medicinais estão vinculados ao co-nhecimento científico e tecnológico.

e) A Homeopatia é reconhecida como especia-lidade por vários conselhos profissionais no Brasil, inclusive pelo Conselho Federal de Psicologia Homeopática.

Questão 10

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

FINALIZANDO

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 08

Questão 09

69

Quer saber mais sobre o assunto? Então:

Acesse o site Laboratório de Práticas Alternativas, Complementares e Integrativas em Saúde, da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) Disponível em: <http://www.fcm.unicamp.br/laboratorios/lapacis/>. Acesso em: 16 out. 2011. Nesse site você poderá conhecer algumas pesquisas e estudos produzidos sobre PICs no Brasil e no mundo.

Leia o artigo Medicina Complementar no SUS: práticas integrativas sob a luz da antropologia médica, de João Tadeu de ANDRADE e Luduina Farias Almeida da COSTA, publicado no volume 19, número 3 da Revista Saúde e Sociedade, em 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v19n3/03.pdf>. Acesso em 16 out. 2011. O texto examina a contribuição das medicinas complementares ao SUS desde uma perspectiva antropológica.

Acesse o site Práticas Integrativas e Complementares em Saúde. Disponível em: <http://dab.saude.gov.br/1o_seminario_internacional_pnpic_em_saude.php>. Acesso em: 16 out. 2011. Trata-se do site oficial do Ministério da Saúde sobre as PICs.

Assista ao filme O nome do cuidado, de Leo LAMA, Paulo FRANCO e Paulo ROSENBAUM, lançado em 2009. O filme fala da relação entre médico e paciente e levanta questões sobre a ética no ato de cuidar, a escuta nas relações e o interesse que um ser humano tem pelo outro.

Nessa aula, você viu que as práticas integrativas e complementares (PIC) tem despontado como uma possibilidade de ampliação do enfoque do cuidado ao incluir dimensões que vão além do biológico e do psicológico. É nesse contexto que as PICs têm ganhado espaços nos serviços oficiais de saúde, como uma ferramenta potente na ampliação do enfoque biomédico. Dessa forma, a PNPIC criada em 2006 pelo Ministério da Saúde, é vista como um importante avanço no SUS. A PNPIC resgata outras racionalidades para a explicação e entendimento do processo saúde-doença, tais como a Medicina

LINKS IMPORTANTES

VÍDEOS IMPORTANTES

FINALIZANDO

70

Tradicional Chinesa-Acupuntura, a Homeopatia, as Plantas medicinais e a Fitoterapia, o Termalismo Social-Crenoterapia e a Medicina Antroposófica. Portanto, considera-se as PICs uma importante estratégia para a humanização dos processos de trabalho em saúde, isso porque oferece aos sujeitos envolvidos outras maneiras de explicar, diagnosticar e tratar os problemas de saúde, além da medicina alopática.

Pontos de acupuntura: também conhecidos como “zonas neurorreativas de acupuntura” são regiões específicas do corpo humano e de animais, de localização bem definida por meio de referenciais anatômicos oriundos da Medicina Tradicional Chinesa (BRASIL, 2008).

Lei dos Semelhantes: princípio enunciado por Hipócrates no século IV a.C. – uma substância capaz de causar efeitos em um organismo, pode também curar efeitos semelhantes a estes num organismo doente (BRASIL, 2008).

Princípio Vitalista: estudo da força vital, o que regula o organismo de forma dinâmica e harmônica – campo de ação da homeopatia (BRASIL, 2008).

Fitoterapia: terapêutica caracterizada pela utilização de plantas medicinais em suas diferentes formas farmacêuticas, sem a utilização de substâncias ativas isoladas, ainda que de origem vegetal (BRASIL, 2008).

Lian Gong: Ginástica Terapêutica Chinesa que se caracteriza por um conjunto de três séries de 18 exercícios terapêuticos e preventivos que alia os conhecimentos da medicina ocidental às bases da Medicina Tradicional Chinesa (BRASIL, 2008).

Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!

GLOSSÁRIOza b

d

l

m

khg f

pc

ji

or iln

stu

v

x w

x yi

qe

Conteúdos e Habilidades

71

Conteúdos e HabilidadesConteúdo

Nessa aula você estudará:

• Porque a administração ou gerenciamento de enfermagem, é uma das principais funções do enfermeiro.

• Quais são as atribuições do enfermeiro na unidade de saúde.• A questão da liderança na enfermagem a partir de novos paradigmas.

Habilidades

Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:

• Como analisar as potencialidades e as limitações da centralidade da função administrativa no trabalho do enfermeiro?

• Qual a importância da administração de enfermagem centrada no cuidado?• De que maneira as relações entre administração, cuidado, liderança e humanização do cuidado

se estabelecem?

AULA 8

Assista as aulas nos polos presenciais e também disponíveis no Ambiente Virtual de

Aprendizagem para você.

Administração Centrada no Cuidado

Tema 8

ícones:

72

Administração Centrada no Cuidado.

Aborda os conteúdos situados no capítulo 7, pp. 142 a 160 do Livro LIMA, E.A. Arte e cultura na produção de saúde: ativação da sensibilidade, promoção de encontros e invenção de mundos. Brasília: 2. Seminário Nacional de Humanização, 2009. Disponível em: http://www.redehumanizasus.net/sites/default/files/Mesa%2021%20-%201%20A%20arte%20e%20a%20cultura%20na%20produ%C3%A7%C3%A3o%20de%20sa%C3%BAde.pdf. Acesso em: 2 out. 2011.

Nele você observará que a enfermagem brasileira possui um aspecto diferencial, se comparada com a enfermagem de outros países, no que diz respeito ao afastamento gradativo dos enfermeiros em relação ao paciente. Ou seja, cada vez mais, no Brasil, o enfermeiro tem-se tornado um burocrata responsável pela organização e planejamento das tarefas da equipe de enfermagem, enquanto essas tarefas são realizadas pelos auxiliares e técnicos de enfermagem. Esse fenômeno tem sido muito criticado e é um dos responsáveis pelo aumento do “abismo” que separa o trabalho intelectual (enfermeiros) do trabalho manual (auxiliares e técnicos de enfermagem) na enfermagem, com importantes impactos na desvalorização do cuidado em detrimento do enfoque curativo (WALDOW, 2010).

A função administrativa ou gerencial do enfermeiro demanda boa parte de seu tempo no trabalho. O enfermeiro é responsável pela organização do processo de trabalho na unidade, principalmente dos auxiliares e técnicos de enfermagem, pela previsão e provisão de recursos materiais, pelos cuidados diretos aos pacientes gravemente adoecidos, pela realização de escalas de serviços mensais e diárias, dentre outros aspectos.

No entanto, para alguns enfermeiros, a função administrativa produz, geralmente, o afastamento das atividades ligadas diretamente ao paciente. Nesse sentido, as opiniões se dividem, já que para alguns enfermeiros as atividades administrativas são vistas como status e conferidoras de poder nas relações de trabalho; para outros, a burocratização do trabalho do enfermeiro os afastam do contato direto com o paciente; e, por fim, há aqueles que a aproximação do enfermeiro das ações administrativas, unicamente, evidencia seu despreparo para as ações diretas de cuidado, sendo assim, a função gerencial torna-se um refúgio (WALDOW, 2010).

Nos últimos anos, tem-se discutido sobre a prática administrativa da enfermagem ser centrada no cuidado. Porém, é importante diferenciar entre a atividade administrativa do cuidado e a administração

Leitura Obrigatória

73

centrada no cuidado. A atividade administrativa do cuidado volta-se à organização do processo de trabalho, ou do cuidado: realizar escalas de serviços, gerenciar recursos materiais, estabelecer horários para as atividades etc. A administração centrada no cuidado não é organizadora do processo de trabalho, apenas, mas, leva em consideração o cuidado como um conceito, núcleo, centro das atividades desenvolvidas na unidade. O cuidado que vai além dos procedimentos de enfermagem.

A administração centrada no cuidado reconhece a essencialidade do cuidado como um norteador para a organização e funcionamento dos processos de trabalho. Nesse sentido, centra-se no cuidado do paciente, mas, igualmente, no cuidado do próprio profissional (cuidado de si) e no cuidado que se estabelece entre os profissionais membros da equipe de saúde.

Para Waldow (2010, p. 149), “administradoras, coordenadoras, enfim todas as posições de liderança têm como responsabilidade favorecer um ambiente de cuidado”. A administração centrada no cuidado requer o exercício da articulação de interesses entre todos os membros da equipe, com fins à valorização do cuidado.A administração centrada no cuidado deve ser uma administração com participação de todos, democrática, em que o poder seja compartilhado, ou melhor, no qual responsabilidades sejam assumidas em conjunto, mas não sob a perspectiva de codependência (WALDOW, 2010). Nesse sentido, as reivindicações dos profissionais são respeitadas como uma forma de buscar a melhoria do trabalho realizado.

“Sintetizando, uma administração centrada no cuidado é aquela em que, diferentemente de administração do cuidado, há uma valorização do processo de cuidar no seu aspecto interacional não só entre equipe, paciente e familiares, mas também entre a equipe e com os demais membros da instituição. No caso, a enfermeira, líder do grupo, constitui o elemento integrador das potencialidades dos membros. É uma administração participativa, que permite co-igualdade; todos colaboram e contribuem nas discussões, escolhas e decisões. A líder mantém sua autoridade, mas está sempre atenta às necessidades da equipe, nutre as relações de cuidado e favorece um ambiente de cuidado, onde todos têm oportunidade de crescer, de se atualizar e de se realizar. A equipe, em consequência, obtém satisfação, confiança, gosto de trabalhar, bem como favorece o crescimento das colegas, cuidando delas e de sua líder” (WALDOW, 2010, p. 152-3).

A questão da liderança na enfermagem tem papel importante na administração centrada no cuidado. Na atualiadade, os novos paradigmas, as inovações vêm privilegiando, principalmente, as relações pessoais. Nesse contexto, o líder é alguém que possui “autoridade e liderança, é uma pessoa honesta e confiável, bom modelo, cuidadoso, comprometido, bom ouvinte, mantém as pessoas responsáveis, trata-as com respeito, incentiva-as e apresenta uma atitude positiva e entusiástica e gosta das pessoas” (HUNTER, 2004 apud WALDOW, 2010, p. 155). A proposta de humanização dessas relações é um dos eixos da PNH e deve ser considerada pelos serviços de saúde.

74

Instruções

Você está convidado, agora, a refletir, pesquisar,

selecionar, discurtir, criar e posicionar-se sobre os

conhecimentos trabalhados nesta aula. Cada uma

das questões responde a objetivos específicos de

aprendizagem, conforme listado no início da ativi-

dade. Para atingi-los, será fundamental uma leitura

atenciosa de cada questão e das orientações sobre

como resolver as mesmas.

Ponto de Partida

Você tem algum líder nacional ou internacional que

admira? Identifique, em grupo, um líder admirado

por todos os membros do grupo ou pela maioria

dos participantes e listem suas principais carac-

terísticas. Em seguida, compare as características

descritas com as habilidades do líder transforma-

dor, segundo Waldow (2010, p. 156).

Agora é com você! Responda às questões a

seguir para conferir o que aprendeu!

A administração centrada no cuidado favorece um ambiente de cuidado. Enumere os quatro aspec-tos que devem ser considerados quando se fala em meio ambiente.

Questão 01

Assinale a alternativa que não é considerada uma das reivindicações citadas como algumas das atividades a serem incluídas na administra-ção centrada no cuidado.

a) Bônus.b) Programas especiais nos fins de semana e

feriados.c) Pagamento de viagens para os funcionários

no período de férias.d) Programa de promoções e gratificações sa-

lariais.e) Estímulo para aprimoramento.

Liste as propriedades em comum do poder e do cuidado.

Assinale a alternativa que traz a sequência cor-reta de palavras para completar as lacunas na frase abaixo.

“A enfermeira/cuidadora atua [na administração e liderança centradas no cuidado] como ____, _____, ou seja, como ____.” (WALDOW, 2010, p. 160).

Questão 02

Questão 03

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 04

Agora é a sua vez

75

a) V-F-V-V-V.b) V-F-V-V-F.c) F-F-V-F-V.d) F-V-F-F-F.e) V-V-F-V-F.

Quais os princípios para a prática de uma admi-nistração compartilhada?

Os enfermeiros, em geral, são educados para ad-ministrar unidades de enfermagem em serviços de saúde, e as escolas fornecem princípios ad-ministrativos para o desempenho de tal função. Liste essas práticas, ao longo do tempo.

Amor agapé e liderança são considerados sinô-nimos. Nesse modelo de liderança são estimu-lados alguns comportamentos. Assinale a alter-nativa que não representa um desses tipos de comportamentos.

a) Comprimisso.b) Respeito.

a) Mobilizadora – facilitadora – recurso.b) Facilitadora – humanizadora – mobilizadora.c) Recurso – modelo – humanizadora.d) Motivadora – facilitadora – recurso.e) Humanizadora – recurso – modelo.

Assinale V para as alternativas corretas e F para as alternativas incorretas.

( ) Administração compartilhada é a teoria e a prática administrativa que requerem um processo colaborativo de equilíbrio de poder, que favorecem a reciprocidade por meio da comunicação e das relações interpessoais.

( ) A administração compartilhada prevê a lideran-ça autoritária.

( ) A meta principal da administração comparti-lhada é transcender a frustração e a dependência experienciadas pela burocracia por meio da cria-ção de um meio ambiente no qual as enfermeiras sintam-se renovadas e satisfeitas na profissão.

( ) Muitas administradoras assumem o papel de controle, exercendo um poder isolado e autoritário.

( ) O cuidar autêntico, em administração, é aquele em que as ideias são compartilhadas, as suges-tões são rejeitadas e as decisões são tomadas em conjunto.Agora marque com um X a alternativa com a sequ-ência correta:

Questão 06

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 05

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 07

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 08

76

A autora do Livro-Texto, Vera Regina Waldow, su-gere um modelo de liderança transformativa, ins-pirada no autor Matthew Fox. Nesse modelo há quatro vias ou caminho cruzados para chegar à liderança transformativa. Assinale a alternativa na qual consta as quatro vias, respectivamente.

a) Via positiva; via negativa; via criativa; via transformativa.

b) Via positiva; via criativa; via transformativa; via negativa.

c) Via transformativa; via criativa; via negativa; via positiva.

d) Via criativa; via positiva; via transformativa; via negativa.

e) Via negativa; via positiva; via criativa; via transformativa.

Questão 10

c) Humildade.d) Desamor.e) Honestidade.

O modelo de ação política para o desenvolvimen-to de poder deve incluir alguns elementos. Enu-mere-os.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 09

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

FINALIZANDO

77

LINKS IMPORTANTES

Quer saber mais sobre o assunto? Então:

Acesse o site do Blog Administração. Disponível em: <http://unipe.br/blog/administracao/?cat=41>. Acesso em: 30 out. 2011. Nesse site você poderá ler alguns artigos sobre liderança na contemporaneidade e outros.

Leia o artigo Cuidar e humanizar: relações e significados, de Vera Regina WALDOW e Rosália Figueiró BORGES, publicado no volume 24, número 3 da Revista Acta Paulista de Enfermagem, em 2011. As autoras destacam alguns significados e relações entre o cuidar e o humanizar e algumas das noções veículadas sobre as mesmas.

Assista ao vídeo Introdução à Administração em Enfermagem 5. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=JivXGQOPv2s>. Acesso em 30 out. 2011. O vídeo aborda de maneira irreverente as principais teorias administrativas usadas na enfermagem.

VÍDEOS IMPORTANTES

FINALIZANDO

Nessa aula, você viu que a função administrativa ou gerencial do enfermeiro pode produzir seu afastamento das atividades ligadas diretamente ao paciente. Outro aspecto discutido foi a importância da administração centrada no cuidado, como sendo aquela que reconhece o cuidado como um processo e não apenas como uma atividade a ser organizada. Nessa perspectiva o enfermeiro administrador preocupa-se não só com os cuidados dos pacientes, mas com o seu próprio cuidado e com o cuidado dos demais profissionais que trabalham com ele. Por fim, foi debatida a questão da liderança na enfermagem a partir de novos paradigmas e de inovações, privilegiando, principalmente, as relações pessoais e a proposta de humanização dessas relações

78

Liderança: processo de desenvolver ideias e uma visão, viver de acordo com valores que dêem suporte a tais ideias e visão, influenciando terceiros a incorporarem-nas em seus próprios comportamentos, bem como tomar decisões difíceis sobre pessoas e demais recursos.Desamor: falta de amor (carência), desprezo, desdém, desculto.

Compartilhar: ter ou tomar parte em; participar de; partilhar, compartir.

Reivindicar: intentar demanda para reaver (propriedade que está na posse de outrem). Reaver, readquirir, recuperar. Tentar recuperar. Tomar sobre si ou para si; assumir, avocar. Reclamar, exigir, requerer.

Unidade de Enfermagem: nome dado ao setor hospitalar, geralmente, responsável pela internação de pacientes para tratamentos clínicos, cirúrgicos ou ambulatoriais. São também conhecidas como enfermarias, setor, ala, etc.

Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!

GLOSSÁRIOza b

d

l

m

khg f

pc

ji

or iln

stu

v

x w

x yi

qe

79

ALMEIDA, M.C.P. O saber da enfermagem e sua dimensão prática. São Paulo: Cortez, 1986.

BAUMAN, Z. A arte da vida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2009.

BLOCH, M. Apologia da história ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2002.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. HumanizaSUS: documento para gestores e trabalhadores do SUS. 4ª ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2008.

CAMPOS, G. W. S.; BARROS, R. B; CASTRO, A. M. Avaliação de política nacional de promoção da saúde. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 9, nº 3, set. 2004.

CAMPOS, G.W.S. Projeto Paideia de Saúde da Família, Campinas, 2001. In: CAMPOS, G.W.S. Saúde Paideia. 2ª ed. São Paulo: HUCITEC, 2003. pp. 153-66.

DESLANDES, S.F . Análise do discurso oficial sobre a humanização da assistência hospitalar. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 9, nº 1, pp. 7-14, 2004.

GARCIA, T.R.; NÓBREGA, M.M.L. Teorias de Enfermagem. In: GARCIA, T.R.; EGRY, E.Y. (orgs.). Integralidade da atenção no SUS e sistematização da assistência de enfermagem. Porto Alegre: Artmed, 2010. pp. 41-63.

KUHN, T.S. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 1998.

LEININGER, M.M. (ed.). Culture care diversity and universality: a theory of nursing. New York: National League for Nursing, 1991.

LEININGER, M.M.; McFARLAND, M.R. (editors). Culture care diversity and universality: a worldwide nursing theory. 2 ed. Sudbury: Jones and Bartlett Publishers, 2006.

MELO, L.P. et al. A experiência de estudantes de enfermagem em um grupo de educação em saúde: uma abordagem dialógica. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, Fortaleza, v. 24, n. 2, pp.

REFERÊNCIAS

80

180-8, abr./jun., 2011.

MELO, L.P.; CABRAL, E.R.M.; SANTOS JÚNIOR, J.A. The health-disease process: a reflection based on medical anthropology. Revista de Enfermagem UFPE Online, Recife, v. 03, nº 04, pp. 426-32, 2009.

MERHY, E.E. Em busca da qualidade dos serviços de saúde: os serviços de porta aberta para a saúde e o modelo tecnoassistencial em defesa da vida (ou como aproveitar os ruídos do cotidiano dos serviços de saúde e colegiadamente reorganizar o processo de trabalho na busca da qualidade das ações de saúde). In: CECÍLIO L.C.O. (org.). Inventando a mudança na saúde. São Paulo: HUCITEC; 1994.

NIGHTINGALE, F. Notes on nursing: what it is and it is not. New York: Dover, 1969.

ONOCKO, C.; CAMPOS, G. W. S. Co-construção da autonomia: o sujeito em questão. In: CAMPOS, G. W. S. et al. Tratado de Saúde Coletiva. São Paulo: HUCITEC; Ed. Fiocruz, 2006. pp. 660-88.

QUEIROZ, M.S. O sentido do conceito de medicina alternativa e movimento vitalista: uma perspectiva teórica introdutória. In: NASCIMENTO, M.C. (org.). As duas faces da montanha: estudos sobre medicina chinesa e acupuntura. São Paulo: HUCITEC, 2006. pp. 17-39.

TACLA, M.T.G.M. Desenvolvendo o pensamento crítico no ensino de enfermagem. Goiânia: AB Editora, 2002.

WALDOW, V.R. Bases e princípios do conhecimento e da arte da enfermagem. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008. (Série Enfermagem).

WALDOW, V.R. Cuidar: expressão humanizadora da enfermagem. 4 ed. Petrópolis: Vozes, 2010. WATSON, J. The philosophy and science of caring. Boston: Little Brown, 1985.

WEIL, P. Nova lógica, novo amor. In: BRANDÃO, D.M.S.; CREMA, R. (orgs.). O novo paradigma holístico: ciência, filosofia, arte e mística. São Paulo: Summus, 1991. pp. 50-5.

81

Ponto de partida

Resposta: resposta pessoal do grupo. A resposta dos alunos deverá ser fundamentada no conceito de cuidado como um fenômeno relacional, contextual e existencial.

Questão 1Resposta: a “crise da enfermagem” mostrada na reportagem deve ser percebida como um reflexo da crise da sociedade mais ampla. Nesse sentido, o aluno deverá articular os problemas sociais, econô-micos, políticos que vivemos na atualidade. Por exemplo, a mercantilização da educação tem esti-mulado uma expansão do ensino de enfermagem que, nem sempre, está organizado com qualidade e estrutura suficiente para a boa formação dos profissionais. As condições de trabalho nos serviços de saúde são extenuantes para os profissionais levando-os ao tecnicismo das suas práticas. Como a remuneração também é insuficiente, para sobreviver é necessário trabalhar em mais de um emprego com jornadas de trabalho extensas. Enfim, estimular os alunos a refletirem criticamente sobre a situa-ção e que a desumanização do cuidado na saúde e na enfermagem não é algo que surge no profissio-nal ou no trabalho em saúde, mas sim trata-se do reflexo de uma desumanização das relações sociais como um todo.

Questão 2Resposta: C

Questão 3Resposta: O aluno deverá citar uma dessas críticas: i) a enfermagem da época tinha uma ênfase na doença e nos modelos médicos positivistas; ii) ênfase na técnica e nos tratamentos e o culto à eficiên-cia.; iii) a enfermagem da época usava o conhecimento médico com o termo cuidado de enfermagem como forma de legitimação da profissão; iv) as teorias de enfermagem pareciam irrelevantes, impra-ticáveis e obsoletas e com foco no positivismo; v) as pesquisas em enfermagem eram desenvolvidas essencialmente por meio de métodos quantitativos.

Questão 4Resposta: E

GABARITOTema 1

Questões

82

Questão 5Resposta: cuidado genérico: é todo tipo de cuidado que se encontra em todas as culturas no mundo e compreende formas naturais, folclóricas ou caseiras de cuidar. Cuidado profissional são as formas a que as pessoas são expostas nos sistemas de cuidado à saúde e atendidas por profissionais de enfermagem e outros.

Questão 6Resposta: escolher quatro dos seguintes pressupostos: i) cuidar pode ser efetivamente demonstrado e praticado somente de forma interpessoal; ii) o cuidado consiste em fatores que resultam da satisfa-ção de certas necessidades humanas; iii) cuidar inclui aceitar a pessoa não somente como ela é, mas como ela virá a ser; iv) o meio ambiente de cuidado proporciona o desenvolvimento do potencial da pessoa, ao mesmo tempo que lhe permite escolher a melhor ação para si em um tempo dado; v) o cuidado refere-se mais à saúde do que à cura, e a prática de cuidar é o foco central da enfermagem.

Questão 7Resposta: B

Questão 8Resposta: A

Questão 9Resposta: D

Questão 10Resposta: a explicação deve enfatizar o caráter existencial do cuidado. Para Waldow (2010, p. 9), o cuidado é existencial “porque faz parte do ser; na verdade, é o que confere a condição de humanidade deste ser, o que diferencia o ser como um ser ‘humano’, dotado de racionalidade, cognição, intuição e espiritualidade, portanto, de sensibilidade e de sentimentos”.

Ponto de partida

Resposta: resposta pessoal do grupo. A resposta dos alunos deverá conter uma contextualização histórica da época que eles estiverem trabalhando. Deve-se estimular pesquisas em livros de história geral e/ou do Brasil.

Tema 2

83

Questão 1Resposta: O modo de sobrevivência faz-se notar em todas as espécies e sexos. Homens e mulhe-res, bem como plantas e animais, desenvolvem formas de sobrevivência que, dada a capacidade de raciocínio do ser humano, aprimoram-se e sofisticam-se com o tempo. Já a expressão de interesse e carinho ocorre entre os humanos, predominantemente, considerando sua capacidade de usar a lin-guagem, entre outras formas, para se comunicar com os outros.

Questão 2Resposta: B

Questão 3Resposta: D

Questão 4Resposta: Resposta pessoal. O aluno deverá apresentar uma pesquisa sobre o tema. Para isso po-derá utilizar as aulas e materiais da disciplina de Exercício Profissional da Enfermagem que trabalha com a história da enfermagem e da saúde.

Questão 5Resposta: A

Questão 6Resposta: Resposta pessoal.

Questão 7Resposta: Resposta pessoal. Na análise o aluno deverá considerar a presença da “ter” em todas as afirmativas, fazendo uma relação com o esquema gráfico apresentado na sessão “Por dentro do tema”.

Questão 8Resposta: E

Questão 9Resposta: C

Questões

84

Questão 10Resposta: Resposta pessoal.

Ponto de partida

Resposta: resposta pessoal do grupo. A resposta dos alunos deverá ser fundamentada na discussão realizada sobre a “crise de identidade profissional” na sessão “Por dentro do tema” e no Livro-Texto.

Questão 1Resposta: a falta de assertividade, confiança, conhecimento, desunião e falta de envolvimento.

Questão 2Resposta: D

Questão 3Resposta: resposta pessoal. O aluno deverá usar como base o Quadro 3.1 apresentado e discutido na sessão “Por dentro do tema”.

Questão 4Resposta: A

Questão 5Resposta: C

Questão 6Resposta: Fase I – Técnicas de Enfermagem: são organizadas e sistematizadas as primeiras expres-sões do saber da enfermagem constituídas pelas “técnicas de enfermagem” comumente conhecidas como “cuidados de enfermagem”; Fase II – Princípios Científicos: caracteriza-se pela introdução de “princípios científicos” como guias das ações de enfermagem. Essa fase é marcada pela aproximação com os aspectos biológicos e com o saber médico; Fase III – Teorias de Enfermagem: a enfermagem busca o status de ciência e, com isso, sua identidade. Destaca-se o desenvolvimento de teorias de enfermagem e do processo de enfermagem.

Tema 3

Questões

85

Questão 7Resposta: B

Questão 8Resposta: E

Questão 9Resposta: o que se pretende enfatizar é a característica de processo interativo e de fluição da energia criativa, emocional e intuitiva que compõe o lado artístico, além do aspecto moral que contém.

Questão 10Resposta: Para a autora ao adotar nomenclaturas de fora (estrangeiras ou de outras disciplinas), a enfermagem desvaloriza a sua própria identidade – o cuidar. A utilização dos termos listados no enun-ciado da questão é um exemplo já que são classificações das práticas, através dos “diagnósticos” e das várias terminologias e práticas adotadas, em geral oriundas da medicina.

Ponto de partida

Resposta: apresentar uma síntese sobre a biografia de Van Gogh e algumas de suas principais obras. Consultar biobliografia sugerida.

Questão 1Resposta: o processo de cuidar é acompanhado de ações expressivas e instrumentais porque trata-se de um processo interativo entre o enfermeiro e cliente/paciente/ser cuidado. Dessa forma, assim como o enfermeiro auxilia o outro por meio de seus conhecimentos e habilidades, o ser cuidado contribui no processo de atualização do cuidador, no seu aprimoramente, ou seja, no seu vir a ser, como profissio-nal e como pessoa.

Questão 2Resposta: B

Questão 3Resposta: E

Tema 4

Questões

86

Questão 4Resposta: Resposta pessoal. O aluno deverá utilizar as informações pesquisadas no Ponto de Parti-da.

Questão 5Resposta: c

Questão 6Resposta: A

Questão 7Resposta: Resposta pessoal.

Questão 8Resposta: Para o autor, a ética (ethos) é a morada humana (a casa), e a forma de organizá-la, cons-truí-la e imprimir seu estilo é a moral. O aluno deverá oferecer uma síntese de sua interpretação e entendimento sobre essa afirmativa.

Questão 9Resposta: D

Questão 10Resposta: A arte, na enfermagem, inclui a disponibilidade em receber o outro ser, em compreender sua experiência e em expressar isso, permitindo que o outro também expresse seus sentimentos. Ela é vivenciada e cocriada no momento do cuidar.

Ponto de partida

Resposta: a listagem dos aspectos é resposta pessoal do grupo. No entanto, quando fizerem o debate deverão se nortear pela discussão existente nas páginas 13 a 16 da Política Nacional de Humaniza-ção (BRASIL, 2008). A intenção não é chegar a uma resposta correta ou incorreta, mas fazê-los deba-ter, indagar, refletir, questionar sobre os argumentos produzidos socialmente contra o SUS.

Tema 5

87

Questão 1Resposta: D

Questão 2Resposta: A

Questão 3Resposta: E

Questão 4Resposta: significa o fortalecimento do compromisso com os direitos de cidadania, destacando-se as necessidades específicas de gênero, étnico-racial, orientação/expressão sexual e de segmentos es-pecíficos (população negra, do campo, extrativista, povos indígenas, quilombolas, ciganos, ribeirinhos, assentados, população em situação de rua, etc.).

Questão 5Resposta: 1) Serão reduzidas as filas e o tempo de espera, com ampliação de acesso, e atendimento acolhedor e resolutivo, baseado em critérios de risco; 2) Todo usuário do SUS saberá quem são os profissionais que cuidam de sua saúde e a rede de serviços que se responsabilizará por sua referên-cia territorial e atenção integral; 3) as unidades de saúde garatirão os direitos dos usuários, orientan-do-se pelas conquistas já asseguradas em lei e ampliando os mecanismos de participação ativa, e de sua rede sociofamiliar, nas propostas de plano terapêutico, acompanhamento e cuidados em geral; 4) as unidades de saúde garantirão gestão participativa aos seus trabalhadores e usuários, com investi-mento na educação permanente em saúde dos trabalhadores, na adequação de ambiência e espaços saudáveis e acolhedores de trabalho, propiciando maior integração de trabalhadores e usuários em diferentes momentos (diferentes rodas e encontros); 5) serão implementadas atividades de valoriza-ção e cuidado aos trabalhadores da saúde.

Questão 6Resposta: C

Questão 7Resposta: O método da PNH é caracterizado pela inclusão dos diferentes sujeitos (gestores, trabalha-dores e usuários); dos analisadores sociais (fatores que fortalecem ou fragilizam os modelos de aten-ção e de gestão); e do coletivo (participação dos indivíduos, do movimento social, dos conselhos de saúde, ou seja, formar redes e grupos de trabalhos).

Questões

88

Questão 8Resposta: 1) trabalhar implica na produção de si e na produção do mundo, das diferentes realidades sociais, ou seja, econômicas, políticas, institucionais e culturais; e 2) as mudanças na gestão e na atenção ganham maior efetividade quando produzidas pela afirmação da autonomia dos sujeitos en-volvidos, que contratam entre si responsabilidades compartilhadas nos processos de gerir e de cuidar.

Questão 9Resposta: B.

Questão 10Resposta: 1) eixo das instituições do SUS; 2) eixo da gestão do trabalho; 3) eixo do financiamento; 4) eixo da atenção; 5) eixo da educação permanente em saúde; 6) eixo da informação/comunicação; 7) eixo da gestão da PNH.

Ponto de partida

Resposta: resposta pessoal dos alunos.

Questão 1Resposta: C

Questão 2Resposta: E

Questão 3Resposta: deve-se considerar a necessidade de: conhecer o cuidado; considerar o cuidado com um processo interativo; transmitir e demonstrar comportamentos de cuidado; promover o autoconheci-mento e o conhecimento do outro ser; e estabelecer a corporificação do cuidado humano como uma norma ética na prática de enfermagem.

Questão 4Resposta: D

Tema 6

Questões

89

Questão 5Resposta: a aprendizagem baseada numa teoria vivida significa uma aprendizagem contextual, base-ada na realidade, pois a teoria informa a prática e essa, por sua vez, informa a teoria.

Questão 6Resposta: A visão humanista e a ênfase no cuidado humano como uma perspectiva unificadora con-sistem na principal mudança. A predominância do enfoque técnico e biomédico são criticados, mas dificilmente são abandonados. As novas diretrizes curriculares reconhecem a sua necessidades, mas não como vinha sendo priorizado.

Questão 7Resposta: A

Questão 8Resposta: 1) aprender a conhecer (ou a aprender), que significa despertar para o prazer de conhecer, compreender, descobrir, construir e reconstruir o conhecimento; 2) aprender a fazer, significando o desenvolvimento das competências e habilidades no uso da tecnologia e sua aplicabilidade na vida moderna atentando para as relações interpessoais; 3) aprender a conviver, que significa a busca da integralidade pessoal atentando para as características individuais e o relacionamento com os outros; 4) aprender a ser que significa a descoberta de si mesmo como indivíduo e integrante da sociedade, respeitando valores culturais.

Questão 9Resposta: B

Questão 10Resposta: resposta pessoal do aluno. No entanto, ele deve discutir nessa resposta os aspectos gerais relacionados à crítica ao enfoque comportamental e tecnicista que baseia a formação em saúde.

Ponto de partida

Em grupo.É provável que você conheça alguns chás, banhos, rezas, xaropes caseiros feitos por sua mãe, avó ou outros membros da sua família. Em grupo, tente organizar uma lista de plantas medicinais que você conhece e suas propriedades terapêuticas.Resposta: resposta pessoal.

Tema 7

90

Questão 1Resposta: E

Questão 2Resposta: A acupuntura compreende um conjunto de procedimentos que permitem o estímulo preciso de locais anatômicos definidos por meio da inserção de agulhas filiformes metálicas para promoção, manutenção e recuperação da saúde, bem como para prevenção de agravos e doenças.

Questão 3Resposta: C

Questão 4Resposta: D

Questão 5Resposta: 1) recoloca o sujeito no centro do paradigma da atenção, compreendendo-o nas dimensões física, psicológica, social e cultural; 2) fortalece a relação médico-paciente como um dos elementos fundamentais da terapêutica, promovendo a humanização na atenção, estimulando o autocuidado e a autonomia do indivíduo; 3) atua em diversas situações clínicas do adoecimento, reduzindo a demanda por intervenções hospitalares e emergenciais, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos usuários; 4) contribui para o uso racional de medicamentos, podendo reduzir a fármaco-dependência.

Questão 6Resposta: B

Questão 7Resposta: Termalismo compreende as diferentes maneiras de utilização da água mineral e sua apli-cação em tratamentos de saúde. Crenoterapia consiste na indicação e uso de águas minerais com finalidade terapêutica atuando de maneira complementar aos demais tratamentos de saúde.

Questão 8Resposta: Resolução Ciplan nº 8/88; Relatório da 10ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1996; Portaria nº 3916/98 que aprova a Política Nacional de Medicamentos; Relatório do Seminário Nacional de Plantas Medicinais, Fitoterápicos e Assistência Farmacêutica, realizado em 2003; Rela-tório da 12ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em 2003; Resolução nº 338/04 do Conselho

Questões

91

Nacional de Saúde que aprova a Política Nacional de Assistência Farmacêutica; Decreto Presidencial de 17/02/05 que cria o Grupo de Trabalho para elaboração da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos.

Questão 9Resposta: A

Questão 10Resposta: Práticas corporais (lian gong, chi gong, tui-na, tai-chi-chuan); práticas mentais (meditação); orientação alimentar; e o uso de plantas medicinais (Fitoterapia Tradicional Chinesa).

Ponto de partida

Em grupo.Você tem algum líder nacional ou internacional que admira? Identifique, em grupo, um líder admirado por todos os membros do grupo ou pela maioria dos participantes e listem suas principais caracterís-ticas. Em seguida, compare as características descritas com as habilidades do líder transformador, segundo Waldow (2010, p. 156).

Resposta: Os alunos deverão observar se o líder escolhido apresenta essas características: habilida-de de ouvir, aprender, possibilitar, experimentar, compartilhar.

Questão 1Resposta: O meio ambiente físico, o administrativo, o social e o tecnológico.

Questão 2Resposta: C

Questão 3Resposta: É processo, é desenvolvimento; favorece o crescimento, promove a transformação e provo-ca mudança no ambiente; é relacional, situacional, contextual; favorece a autoconsciência, é comparti-lhado e envolve responsabilidade social; necessita de ação política para efetuar mudanças (positivas).

Tema 8

Questões

92

Questão 4Resposta: A

Questão 5Resposta: B

Questão 6Resposta: Descentralização, representação democrática, compartilhamento de poder, estimulação do poder, coleguismo e união coletiva e base de confiança.

Questão 7Resposta: Chefiar unidades, elaborar planos diários de atividades, prever material e pessoal, fazer escala de plantões, revisar medicação de controle, supervisionar as atividades, visitar os pacientes, entre outras.

Questão 8Resposta: D

Questão 9Resposta: Despertar a consciência para a realidade sociopolítica no mundo da enfermagem; desen-volver habilidades políticas necessárias para negociar e mudar a atual política de cuidados; favorecer o desenvolvimento de uma autoestima forte e positiva.

Questão 10Resposta: E

93

94