História Mundial

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A civilização Ocidental Moderna Mercantilismo, Absolutismo, racionalismo Em 1517 tem inicio na Alemanha o movimento protestante que pôs um fim à Renascença. Além ser produto de movimentos como o nacionalismo, o individualismo, o capitalismo, ou seja, o inicio da Idade Moderna. A Revolução comercial dinamizando a economia antes estática nas instituições medievais. Desenvolve-se governos absolutos acabando com a descentralização da era medieval e finalmente o inicio do racionalismo. PS: O renascimento fez parte de um resquício de memória do antigo império Romano, obviamente mitificado. Na realidade o que era resgatado era a memória de um centralismo, de um poder central forte, de circulação comercial e trocas culturais que foram os legados do antigo império. Tudo isso era contrastante com a realidade feudal da época. Tanto a Reforma, quanto a renascença estavam pautadas no individualismo. Ambas tinham causas econômicas comuns no desenvolvimento do capitalismo e no aparecimento de uma sociedade burguesa. Revolução Protestante – 1517 levou a maior parte da Europa setentrional Romper com a Igreja Católica Romana. Reforma Católica – 1560 Efetuou alterações profundas. Os renascentistas buscavam como referencia o passado Greco Romano, já os reformistas queriam resgatar São Paulo e Santo Agostinho. A Reforma acabou ganhando muitos adeptos por ter se associado a ideias como o nacionalismo. Já entre os renscentistas, ou humanistas, como refere-se o autor, estavam mais ligados ao individuo ou ao internacionalismo. 1. A Revolução Protestante Os primeiros adeptos da Revolução nela se engajaram para protestar contra os abusos da instituição católica. Os protestantes, liderados por Lutero acreditavam no retorno ao cristianismo primitivo e nas teses de Santo Agostinho, (o homem é vil por natureza, o seu destino está predestinado por Deus etc.). Doutrina esta que ia de encontro a de S. Thomás de Aquino (redenção, eucaristia, penitencia, remissão dos pecados etc.) Como movimento político a Reforma resultou principalmente de duas causas: a formação de uma consciência nacional no norte da Europa; e segundo, o aparecimento de governos despóticos. Em

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A civilização Ocidental Moderna

Mercantilismo, Absolutismo, racionalismo

Em 1517 tem inicio na Alemanha o movimento protestante que pôs um fim à Renascença. Além ser produto de movimentos como o nacionalismo, o individualismo, o capitalismo, ou seja, o inicioda Idade Moderna. A Revolução comercial dinamizando a economia antes estática nas instituições medievais. Desenvolve-se governos absolutos acabando com a descentralização da era medieval e finalmente o inicio do racionalismo.

PS: O renascimento fez parte de um resquício de memória do antigo império Romano, obviamente mitificado. Na realidade o queera resgatado era a memória de um centralismo, de um poder central forte, de circulação comercial e trocas culturais que foram os legados do antigo império. Tudo isso era contrastante com a realidade feudal da época.

Tanto a Reforma, quanto a renascença estavam pautadas no individualismo. Ambas tinham causas econômicas comuns no desenvolvimento do capitalismo e no aparecimento de uma sociedade burguesa.

Revolução Protestante – 1517 levou a maior parte da Europa setentrional Romper com a Igreja Católica Romana.

Reforma Católica – 1560 Efetuou alterações profundas.

Os renascentistas buscavam como referencia o passado Greco Romano, já os reformistas queriam resgatar São Paulo e Santo Agostinho. A Reforma acabou ganhando muitos adeptos por ter se associado a ideias como o nacionalismo. Já entre os renscentistas, ou humanistas, como refere-se o autor, estavam mais ligados ao individuo ou ao internacionalismo.

1. A Revolução Protestante

Os primeiros adeptos da Revolução nela se engajaram para protestar contra os abusos da instituição católica. Os protestantes, liderados por Lutero acreditavam no retorno ao cristianismo primitivo e nas teses de Santo Agostinho, (o homem é vil por natureza, o seu destino está predestinado por Deus etc.). Doutrina esta que ia de encontro a de S. Thomás de Aquino(redenção, eucaristia, penitencia, remissão dos pecados etc.)

Como movimento político a Reforma resultou principalmente de duas causas: a formação de uma consciência nacional no norte da Europa; e segundo, o aparecimento de governos despóticos. Em

alguns lugares as ordens e a própria figura do papa começaram a parecer estrangeiras. Como na Alemanha, França e principalmente na Inglaterra. Que já não mandava mais recursos para Roma das decisões judiciais ou aceitava ingerência do Papa. A França em 1438 criou uma Lei que abolia praticamente toda a autoridade do Papa no país.

A formação dessa consciência de autonomia nacional marchou ao lado do aparecimento de déspotas. Portanto é difícil visualizar se o sentimento foi espontâneo das populações ou foi estimulado por príncipes ambiciosos (não se pode imaginar um Despota delegando jurisdição fora do seu reino para Roma). Pois, além detomar o poder da Igreja para si existia o fator econômico: os bens e rendimentos que iriam para Roma, agora ficariam com o déspota.

Outro fator econômico que desencadeia a Revolta é a teórica Católica do lucro como algo imoral, e com uma nascente burguesiaávida por rendimentos não poderia expandir seus negócios. (apesar dessa regra não ser respeitada nem mesmo pela igreja). Junte-se a tudo isso o desenvolvimento do sistema bancário.

O Sentimento de exploração pela Igreja católica aumentava cada vez mais, principalmente na Alemanha, onde não existia um centralismo, ou um déspota para impedi-las. Em 1517 Lutero afixa95 artigos de praticas condenáveis exercidas pela Igreja, como as indulgencias. Em 1520 seus ensinamentos foram condenados pelopapa Leão X.

Outras revoltas ajudaram a fortalecer a reforma, como a dos pequenos cavaleiros e a revolta de trabalhadores das cidades, que reclamavam da alta do custo de vida e principlamente com o fim do vinculo feudal o trabalhador ficava desprotegido.

2. A Revolução Protestante na Inglaterra

A reforma inglesa ao contrario da Alemã teve inicio não do povo,mas do governo, porém, isso não significa que a população não endossasse sua decisão, caso contrário não teria imposto uma nova ordem religiosa.

A Inglaterra, em primeiro lugar, sentia-se afrontada caso tivesse que se submeter a Roma. Portanto, existia já fator de um

orgulho. Somando-se a isso, as pregações de Lutero começam a chegar na Inglaterra.

Henrique VIII Virou chefe da Igreja, aboliu uma serie de impostos a serem pagos a Igreja e proclama a religião anglicana como independente. O Sucessor de Henrique Eduardo, assumiu o trono muito jovem e seus regentes eram protestantes mais radicais. Por sua Vez quando a Rainha Maria Assume o trono (filha de Catarina, a primeira esposa rejeitada por Henrique) retomam-se alguns vínculos católicos que serão desfeitos pela sua sucessora a Rainha Elisabeth, filha de Ana Bolena. Elisabethconsegue conciliar as duas religiões fazendo com a que a Anglicana fosse suficientemente vaga para ser aceita por católicos e vice versa. Porém na Escócia surgiu um movimento mais radical e foi fundada a Igreja presbiteriana de base calvinista.

3. A Reforma Católica

Na realidade desde o século XV existiam alguns movimentos para iniciar uma mudança na igreja, para que ela se voltasse a seu papel fundamental. Esse movimento resultou na fundação de variasordens religiosas com valores de autopiedade e serviço social. Porém, a reforma só realmente iniciou com a ameaça do protestantismo. A contra reforma realmente iniciou com o pontificado de Paulo III, Paulo IV, Pio V e Xisto V. Eles iniciaram a sanar as contas da igreja, convocar padres mais austeros para os altos cargos, porém também foram responsáveis pela inquisição.

Em 1545 o Papa Paulo III convoca o concilio de Trento : Reafirmou os dogmas católicos, Declarou que as obras boas são tão necessárias quanto a fé. Manteve os sacramentos como meio para alcançar a graça e legislou para eliminar os abusos realizados pela igreja.

A Revolução comercial e a Nova sociedade

Como causas para a revolução comercial podemos citar:

1) A conquista do monopólio comercial do mediterrâneo pelas cidades italianas;

2) O desenvolvimento de um lucrativo comércio entre as cidades italianas e a liga Hanseática, no norte da Europa;

3) A introdução de moedas de circulação geral 4) A acumulação de capitais e excedentes, frutos das

especulações comerciais, marítimas ou de mineração; 5) O estimulo dado pelos monarcas para a procura de riquezas

e materiais bélicos; 6) A procura por produtos do extremo oriente.

Por todas essas razões era incompatível manter a mentalidade medieval ligada a igreja que condenava o comercio lucrativo.

As viagens de descobrimento aumentaram a amplitude da revolução comercial. Pois os reinos de Portugal e Espanha ambicionavam tomar parte do comercio com o oriente sem ter o intreposto italiano.

As descobertas e colonizações tiveram resultados incalculáveis. Para começar expandiram o comércio, que se limitava ao mediterrâneo. O monopólio italiano tinha sido quebrado, e todos os mares eram navegados. O comercio aumentou, assim como, os artigos consumidos se diversificaram e aumentaram. O aumento dosmetais preciosos foi, com certeza, o mais importante resultado do descobrimento. Pois agora era possível armazenar de forma conveniente a riqueza e a acumulação de capitais para o investimento constitui uma característica essencial do capitalismo. O ideal de comércio medieval ligado a simples trocade coisas equivalentes perde a razão de ser e por consequência foi substituído pela ideia de lucro. Porém os metais dessa épocasofriam muitas especulações e flutuações de valor, a cada nova descoberta ou escassez de uma mina.

A característica mais importante da revolução comercial foi o capitalismo, que pode ser definido segundo Burns: “um sistema deprodução, distribuição e troca em que a riqueza acumulada é empregada pelos seus possuidores individuais com fins lucrativos. Os traços distintivos do sistema são o empreendimento privado, a concorrência e o negócio com fito no lucro.”

Esse sistema é baseado no pagamento de salários baseados na capacidade de competir dos trabalhadores uns com os outros para conseguir melhores empregos.

Cabe ressaltar que o capitalismo não atingiu sua plena maturidade até o século XIX as suas principais características se desenvolvem nessa época.

A revolução comercial revolucionou o comércio, o sistema bancário e também os métodos de produção. Surgiram também as companhias (que se comportavam de forma similar as sociedades anônimas de hoje). Algumas eram privilegiadas, possuíam cartas de privilégio do governo concedendo-lhes o monopólio do comércioem certos lugares e até mesmo autoridade sobre seus habitantes, como o caso da Cia. Inglesa das Índias Orientais, a Cia. De Londres que fundou a colônia da Virginia.

O Mercantilismo na teoria e na prática (1600/1700)

Segundo Burns, o mercantilismo, em um sentido mais amplo, pode ser definido como um sistema de intervenção governamental para promover a prosperidade nacional e a aumentar o poder do estado.Expandindo assim o volume da industria e do comércio, mas tambémo poderio do Rei para construir armadas, exércitos etc. Isso, pode ser considerado um reflexo do absolutismo em contraste com a economia fraca e descentralizado do feudalismo. Para tanto, os reis tinham apoio entusiasmado da classe dos novos magnatas dos negócios, pois o estado lhe traria vantagens evidentes.

O metalismo era grande parte do mercantilismo, pois tudo girava na acumulação de metais preciosos, nessa doutrina era dito que quanto mais metais, mais prospera e rica era a nação. Porém, os países sem colônias que não tinham meios de conseguir metais deveriam se dedicar ao comércio com o resto do mundo. Pois, se ovolume de exportações fosse maior que o de importações a entradade metais seria maior, portanto, era preciso manter uma balança comercial favorável. Para isso o país deveria manter altos impostos de importação, premiações para as exportações e amplo fomento a indústria para vender ao estrangeiro.

É importante ressaltar que um dos objetivos do mercantilismo erafazer que a nação se bastasse em si mesma, ou seja, sem depender

de outras para não importar. Para que isso aconteça era preciso um governo forte e absoluto sobre a vida do cidadão.

Entre os apoiadores e pensadores do absolutismo e mercantilismo temos: Jean Bodin (1530-96) e Thomas Hobbes (1588-1679). Edward Chamberlayne defendia uma política de auxilio do governo aos pobres e construção de obras públicas como meio de estimular os negócios.

A política mercantilista foi amplamente implementada pela Inglaterra durante o reinado de Elisabeth, pela casa dos Stuartse por Oliver Cromwell.

A importância de exportar, e portanto produzir, era tão grande que na Inglaterra, Elisabeth decretou leis para que todos os cidadãos saudavés fossem obrigados a trabalhar. As leis de navegação, durante o governo de Cromwell, 1651, que visava anular o predomínio holandês determinando que todos os produtos Ingleses fossem transportados por navios ingleses. Uma nova leiem 1660 ditava que nenhum navio vindo das colônias com produtos tropicais poderia ir direto ao mercado europeu, deveria primeiropassar pelo controle inglês e pagar as tarifas alfandegárias. Tudo isso para o enriquecimento da metrópole, nunca da colônia.

Talvez, o estado que mais tenha implantado o mercantilismo seja a França de Luis XIV (1643-1715), pois o estado Frances era o protótipo do absolutismo. O rei tinha como chefe de ministério Jean-Baptiste Colbert que pôs em pratica as medidas mercantilistas, era tinha a firme convicção que a França deveriaadquirir a maior quantidade possível de metais preciosos. Para esse objetivo tomou varias medidas, entre elas o estimulo ao imperialismo comprando as ilhas Martinica, Guadalupe, favoreceu o estabelecimento de colônias em São Domingos, no Canadá e na Lousiana. Ainda fundou entrepostos na Índia e na África.

OS: Burns faz uma breve comparação do Mercantilismo com o Fascismo. O mercantilismo é a expressão econômica lógica do Absolutismo e durante o fascismo também era desejável acorrentaro sistema econômico ao carro da grandeza nacional. Um grande controle da produção e da distribuição da riqueza poderiam conseguir um grande poderio militar. Só devemos lembrar que apesar de sonhar com a autossuficiência nenhum dos regimes

acreditava numa economia completamente fechada, pois sem a trocacomercial não conseguiriam dar vazão aos seus produtos.

Resultados da Revolução comercial.

Entre eles podemos citar: a ascensão da burguesia ao poder econômico, o inicio da europeização do mundo e o restabelecimento da escravidão.

1. Ascenção da Burguesia: No final do XVII a burguesia já eraparte economicamente dominante na Europa, eram banquiros, comerciantes, proprietários de navios, acionistas e empresários da indústria. O seu papel cresceu devido ao acumulo de riqueza e á tendência de alinhamento com os reis contra os antigos senhores feudais. Mas seu poder por enquanto era puramente econômico.

2. Europeização do Mundo: Foi a transplantação de hábitos e culturas dos europeus para os outros continentes.

3. A escravidão: Um dos piores resultados da Revolução comercial. A escravidão havia desaparecido da Europa por volta do ano 1000. Para conseguir mão de obra especializada para as plantações e mineração foi encontrada a solução no século XVI pela importação de africanos.

A Revolução Comercial abriu caminho para a Revolução industrial:

Criou classes de capitalistas que queriam investir constantemente seus lucros excedentes.

A proteção que era dada a indústria incipiente, pois no mercantilismo era importante a indústria local para exportar.

Muitas matérias primas que chegavam à Europa precisavam ser manufaturadas, assim surgiram novas indústrias.

Aperfeiçoamento técnico como a roda de fiar, o tear de fazer meia etc.

Progressos Revolucionários na Agricultura

Esses progressos podem ser considerados parte da revolução comercial. A alta de preços e o aumento da população urbana fizeram da agricultura um bom negocio. Na Inglaterra a industria

da lã levou muitos proprietários a trocarem a agricultura pela lã.

Outro fator que fez com que a agricultura rendesse mais,foi a peste negra, que dizimou muitos e a evasão para as cidades, ou seja, quem começou a plantar agora ganhava mais.

Outro fator que contribuiu foi as cruzadas e a guerra dos Cem Anos, pois aos poucos acabaram com as relações de senhoriagem e as pessoas podiam cultivar as terras para si próprios.

Na Inglaterra os cercamentos contribuíram para o revolução na agricultura, pois aboliam as terras comunais . (era de interessedo senhor feudal transformar as plantações em terra de pastoreiopor causa da lã.)

Nessa época foi introduzido o arado de metal, a plantação de trevo para aliviar o solo e forragem, a semeadeira para grãos, porém a significativa mecanização só viria no século XIX.

A Nova Sociedade

A população havia aumentado consideravelmente. Pode-se calcular que cerca de 1/3 entre 1500-1600. Muitos fatores contribuíram para isso, por exemplo, alguns países do norte aboliram o celibato, outros estimularam o casamento e a produção de filhos (+ mão de obra +exportação). O aumento dos meios de subsistênciadevido à revolução comercial. Produtos como a batata, o milho, ocacau foram introduzidos e outros que se popularizaram como o arroz e o açúcar.

O comércio e a industria foram capazes de alimentar mais pessoasque na sociedade agrária e fechada medieval. Desde a renascença,apesar do reconhecimento dos títulos de nobreza, já se reconhecia aquele que engressava na classe nobre e não nascia dela. Quase qualquer um poderia se tornar um nobre na Itália. Também pode-se perceber a ascensão de profissões liberais. Porém, há controvérsias sobre ás classes inferiores, pois algunshistoriadores afirmam que não houve significativas mudanças. Maspodemos destacar que todas essas revoluções foram contra a repressão do individuo e é praticamente impossível imaginar que não houve nenhuma melhora nas classes mais pobres.

As pessoas estavam contra os moldes cristãos vigentes até então da modéstia e humildade. Queriam ser indivíduos e vangloria-se de seus feitos e acumular fortunas.

CAP XIX – A Época do Absolutismo.

Dentre as outras causas, citadas a cima, o aparecimento do absolutismo se deve muito a revolução comercial, pois a fundaçãodas colônias, a política mercantilista trouxeram riqueza e abundancia para os reis que podiam equipar exércitos e ampliar seu poder político. Os banqueiros, mercadores e manufatureiros do século XV ainda não estavam em condições de caminhar sozinhos. O comércio ultramarinho precisava de segurança, assimcomo a indústria nascente.

Desenvolvimento e decadência do governo absoluto na Inglaterra.

Henrique VII (Tudor) ascendeu ao trono em 1485 ao fim das guerras das rosas (que levou duas facções rivais à exaustão). A dinastia, Henrique VIII (1509-1547) e Elisabeth (1558-1603), segundo o autor, manteram as aparências de um governo popular, pois submetiam as medidas implementadas ao parlamento para a suaaprovação.

Em 1603, com a morte de Elisabeth, o trono fica vago. O parente mais próximo é Jaime VI da Escócia, que se torna soberano dos dois países como Jaime I (Stuart). Jaime tentou se tornar Rei absoluto, como fazia o rei Francês. Dissolveu as duas câmaras, interferiu na liberdade do comércio, e aproximou-se da Espanha (casamento entre seu filho com a filha do rei espanhol).

O número de protestantes calvinistas na Inglaterra era significativo e o desejo da seita de “purificar” igreja Anglicana da Inglaterra dos traços católicos crescia. O Rei Jaime os considera traidores e ameaça expulsá-los do país. Todosesses conflitos de interesse enfraqueciam cada vez mais o Rei. Jaime morreu em 1625, deixando seu filho Carlos I no Trono. Com as mesmas ideias absolutistas que seu pai os conflitos não tardaram a aparecer.

Carlos envolve-se numa guerra contra a França e precisa mais recursos. Isto não é aprovado pelo parlamento. Ele tenta por

outros meios. Indignados em 1628 os lideres do parlamento queremque ele assine um documento que só dava direito ao rei aumentar os impostos se fosse aprovado pelo parlamento, proibia as prisões arbitrárias e a aplicação da lei marcial em tempos de paz. Mesmo após a assinatura do Rei, Carlos continuou com tentativas absolutistas e de aproximação com a Igreja católica (anglicana alta). A oposição crescia cada vez mais.

O resultado foi uma rebelião dos seus súditos. O Abismo entre o rei o povo e o parlamente era cada vez maior. A guerra civil foide 1642 a 1649. Do lado do rei estavam os nobres, latifundiários, católicos e anglicanos fiéis. Do lado do parlamento estavam os pequenos proprietários, os comerciantes e os manufatureiros que em sua maior parte eram puritanos. Era a briga entre os Cavaleiros (Rei) e os Roundheads (puritanos).

Dentro dos Parlamentaristas houve um racha. De um lado os mais moderados que queriam restaurar Carlos com poderes limitados e instaurar uma religião presbiteriana e de outro os puritanos radicais chefiados por Oliver Cromwell.

A monarquia estava terminada. Os presbiterianos foram explusos do parlamento. A Inglaterra se tornou uma república oligárquica.

Com o passar do tempo o regime virou uma “ditadura virtual” de Cromwell que possuía amplos poderes e com cargo hereditário.

Os problemas iniciaram na Irlanda e Escócia que não reconheciam Cromwell, na Escócio o filho de Carlos é proclamado Rei e a Irlanda estava aderindo a causa. Na Irlanda ocorre um Massacre comandado por Cromwell. Assim também ocorreu na Escócia. E o filho de Carlos vai para o Exílio.

Apesar dos conflitos ele se manteve no poder por nove anos pois:

1) Tinha um exercito forte;2) Lei de Navegação deu vantagens aos burgueses; 3) Suas vitórias contra os espanhóis e Holandeses.

Depois de sua morte, seu filho conseguiu apenas ficar 1 ano no poder. Muitos eram contra os puritanos independentes. Os monarquitas queriam o Retorno do Rei, os republicanos não queriam a ditadura disfarçada de Cromwell

Em 1660 o parlamento convida Carlos para voltar a Inglaterra e assumir o trono. Seu retorno foi saudado com o fim da austeridade moral e prometia não ser um déspota absolutista. Esse período foi chamado de A Restauração que compreendeu os reinados de Carlos II (1660-1685) e de seu irmão Jaime II (1685-1688).

Carlos II era favorável aos católicos e costumava desafiar o parlamento. Jaime II continuou a política do irmão, mas era católico declarado dando preferência a católicos no seu governo,porém a esperança estava em suas filhas que seriam protestantes.Porém ele teve um filho com a segunda mulher que era católica. Temendo os rumos que tomaria a Inglaterra foi necessário uma revolução para depor o rei: A revolução Gloriosa 1688-1689.

Politicos da classe média e alta convidaram o Príncipe Guilhermede Orange e a sua esposa, a filha mais velha de Jaime II, a ocuparem o trono da Inglaterra. Guilherme invade a Inglaterra e Toma Londres. Assim o Parlamento voltou a ter poderes e decretoualgumas leis para proteger o estado e o cidadão das intromissõesda Coroa: Toleration act e a Bill of Rights. Foi o triunfo finaldo parlamento sobre o Rei.

A Monarquia Absoluta na França

O despotismo na França tem raízes no fim do feudalismo e na guerra dos 100 anos, quando os reis contratavam mercenários paraimpor aos senhores feudais a autoridade do rei, o pagamento de impostos não mais para o senhor e sim para o reino, e obtendo o monopólio da justiça. Ou seja, a centralização do poder nas mãosdo rei.

Depois da longa guerra com a Espanha, sobe ao Trono o Rei Henrique de Navarra, ou Henrique IV, que era calvinista, como percebeu que não seria aceito acabou se convertendo ao catolicismo. Em 1598 promulgou o édito de Nantes, que garantia aliberdade aos protestantes. Além disso organizou as finanças, centralizou o poder, fez tratados com a Inglaterra e Espanha. A sucessão foi de Luis XIII, que era menor, e portanto a direção do reino ficou por conta do cardeal Richelieu. O Cardeal era a favor do poder absoluto para o Rei e queria ver a França como

reino mais poderoso da Europa. De todas as suas ações para conseguir esses fins as mais importantes, foi a colacação de intendentes nas administrações locais para centralizar o poder ereprimiu nobre e huguenotes descontentes.

O Absolutismo estava encaminhado e foi exercido pelos 3 bourbonsantes da revolução.

- Luis XIV, o rei sol, l’etat c’est moi! Ele pouco contrubuiu para ajudar a França e reduziu os nobres a meros parasitas da corte. Em 1685 revogou o edito de Nantes e com isso os seus súditos mais letrados e bem sucedidos partiram a França. O próximo Rei Luis XV era indolente, assim como seu neto Luis XVI.Porém foram coniventes com seus ministros que encarceram sem julgamento seus inimigos, dissolviam as cortes e levavam o país a bancarrota com guerras dispendiosas.

O Absolutismo na Europa Central e Oriental

Na Prússia o poder absoluto também foi exercido, Frederico Guilherme membro da família Hohenzollern exerceu a soberania na Prússia, Brandeburgo e Cleves, com um governo centralizado. Seu sucessor Frederico I também governou, era mais militar e seu exercito virou uma máquina de guerra. Já em 1740 assume Frederico o grande que tomava conta pessoalmente dos assuntos deestado, promoveu a prosperidade da Indústria e da agricultura. Tolerava todas as seitas religiosas. Porém em política externa, anexou a Solésia, conspirou com Catarina da Russia para desmembrar a Polônio etc.

As guerras dos déspotas

O Século XVII foi marcado pelas guerras entre os grandes déspotas, principalmente os Habsburgos contra os Bourbons. Os Habsburgos tinham o domínio da Austria, Boêmia e Hungria e era por título o imperados do sagrado império Romano. Ainda pela mesma dinastia era governada o Espanha, Milão e o Reino das duasSicilias. Ou seja, a França era o impecilio para a união dos Habsburgo.

Dentre outros motivos, a guerra dos 30 anos foi a primeira fase do conflito entre as duas dinastias. A luta começou por pretensões religiosas. Quando os Habsburgos influenciados pela

reforma católica queriam ampliar seu poder. Era o incio da brigacom os príncipes alemães. Em 1603 os Franceses redolvem ajudar, porém financiando armas aos protestantes inimigos dos Habsburgo.Sob a influencia de Richelieu a França e seus aliados vencem a guerra. (há controvérsias! Os governos estavam exaustos e ninguém foi vencedor). Após a guerra foi assinado o tratado de Vestfália, em 1648.

O Tratado:

1) Deu a Alsácia e Lorena, os bispados de Metz, Toul e Verdunpara a França;

2) A Suécia recebeu os territórios da Alemanha; 3) Independencia da Holanda e Suiça;4) Todos os Principes Alemaes foram reconhecidos soberanos.

Como a maior parte da guerra foi travada em solo Alemão, a Alemanha viu-se devastada economicamente e populacionalmente. A Alemanha só viria a se recompor em pelo menos um século.

Em 1661 Luis XIV quis rever as fronteiras delimitadas por Vestfália. Primeiro entrou em guerra contra a Bélgica para reconquista-la, porém acabou envolvendo a Austria, a Espanha e aHolanda contra a França. Surgiu então uma liga contra a França, liderada por Leopoldo, da Áustria. Uma nova guerra se inicia da Liga de Augsburg (1688-1697) nova fase de lutas dos Habsburgo contra os Bourbon. Porém desta vez, a Liga contava com a Ajuda da Inglaterra que era governada por Guilherme de Orange da Holanda. Luis se vê obrigado a pedir a paz.

Em 1700 o rei Carlos II da Espanha Morre, sem herdeiros. Ele é avó de Luis XIV. Luis vê a oportunidade de governas a Espanha! AÁustria se opôs e forma uma aliança com a Holanda, Inglaterra e Brandeburgo = está formada a guerra de Sucessão Espanhola.

Após uma exaustão mutua a guerra acaba em equilíbrio. E em 1713 é assinada a Paz de Utrecht. O neto de Luis XVI assume o trono, mas jamais poderá unir os dois reinos, a França cedeu os territórios na América para Inglaterra (nova Escócia e Terra nova), os Habsburgo Austriacos anexam a Bélgica, Nápoles e Milão.

Em 1756-63 temos a guerra dos sete anos, que não deixa de ser umlongo prolongamento da guerra citada acima, pois acentua a rivalidade entre França e Inglaterra, principalmente pelo comércio marítimo e expansão colonial. Tomou proporções mundiais: de um lado França, Espanha, Áustria e a Rússia contra a Inglaterra e a Prússia.

Frederico o Grande, da Prússia consegue aumentar seus territórios sob as custas da Áustria virando uma potência. A Inglaterra triunfou nas colônias, pois a França perdeu tudo, comexceção de duas ilhas, as Antilhas e a Guiana. A França estava quebrada, exausta, com o comércio arruinado, ou seja, o terreno estava preparado para a Revolução. Já a Inglaterra como vencedora e portanto com acesso a matéria prima estava iniciandoa sua Revolução industrial.

Capitulo 20 : A Revolução Intelectual dos séculos XVII e XVIII

A Revolução intelectual tem uma tríplice paternidade: René Descartes, Sir. Isaac Newton e Jhon Locke.

Descartes seria o pai de um novo racionalismo, do pensamento mecanicista do universo

O Iluminismo

1680 aproximadamente – Concepções:

1) A razão é o único guia infalível da sabedoria 2) O universo é governado por leis inflexíveis que o homem

não pode desprezar. (a natureza não comporta milagres) 3) A melhor sociedade é a mais simples, é preferível o “nobre

selvagem” ao homen civilizado. A religião, o governo, as instituições financeiras deveriam ser reduzidas ao racionalismo e a liberadade natural.

4) Não existe pecado original

Jhon Locke rejeitou o cartesianismo e racionalismo de Descartes,afirma que todo o conhecimento humano deriva da percepção sensorial. Ele defendeu a tolerância religiosa, a teoria política liberal.

Porém o iluminismo atingiu seu potencial na frança, no século XVIII com Voltaire que ficará conhecido como grande defensor dasliberdades individuais.

Vê-se o nascimento de uma maior simpatia pelas causas humanitárias, como a escravidão, o tráfico, os acusados com penas capitais por meros crimes, as massas, os camponeses e o desprezo à aristocracia, nobreza e reis.

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A Revolução Francesa

Na Inglaterra o sistema de governo adotado muito se difenriava do resto do mundo, principalmente da França, onde os últimos 3 Bourbons fizeram do absolutismo sua marca mais original. Portanto, a Revolução Francesa seria o clímax de um século de oposição que tomara corpo pouco a pouco, oposição ao absolutismoe à supremacia de uma aristocracia decadente.

Além do depotismo, outra causa citada é a desorganização, ineficiência e suborno nas instituições do Estado. As rendas e propriedades do Estados eram confundidas com as do rei e não existiam leis uniformes para a arrecadação de impostos ou mesmo leis.

As guerras do século XVIII podem ser consideradas causas imediatas para a revolução, iniciando pela guerra dos 7 anos em que Luis XVI lutou contra a Inglaterra ao lado da Austria e da Russia, mas saiu perdendo quase todas as suas possessões coloniais. Porém o maior agravante foi a luta de independência americana que atolou o país em dívidas e virtualmente quebrou o país.

Ao lado econômico, o autor lembra que a revolução foi deflagradapela classe média burguesa, e que as classes mais baixas apenas participaram após a eclosão. Claro que o apoio das massas era importante para causa, por isso os burgueses incorporaram algumas de suas reivindicações, que logo seriam esquecidas. A economia e a geração de riqueza da França (que alias era muito próspera a essa época) estava nas mãos dos comerciantes, industriais, ou seja, a burguesia, que apesar do poderio

econômico era excluída de participação política dos rumos do país. A revolução foi uma forma da burguesia tomar posse do poder que já era exercido economicamente. Pois o desejo maior dos homens de negocio era se livrar do mercantilismo, das amarras do estado em cima do comércio.

Os três estados Franceses:

1) Clero: estava dividido em alto clero, ou seja, 1% da população, que desfrutava de favores da corte e riqueza e possuíam 20% da riqueza do país, e o baixo clero, padres eparoquianos que se identificavam mais com os homens comuns.

2) Nobreza: Também composta de 2 partes. A primeira a nobrezade espada, eram os nobres que haviam nascidos nobres e portanto não desenpenhavam nenhum trabalho, apenas parasitavam a corte. O segundo eram os nobres de toga, aqueles que algum antepassado havia comprado um cargo jurídico, na maioria eram mais intelectuais e alguns até participaram da revolução, como Lafayete e Mostesquieu.

3) Povo: artesãos comerciantes, enfim todo o resto .

Os impostos normalmente recaiam sobre o 3º estado, pois a igrejaera isenta e a nobresa muitas vezes também. A pressão de sustentar o estado e não ter voz política era cada vez mais pesada.

As causas intelectuais da Revolução foram em essência um fruto do Iluminismo. Do liberalismo de Locke e Montesquieu, e das ideias democráticas de Rosseau, ainda que fundamentalmente opostas tinham elementos em comum. Ambas se baseavam na premissaque o estado era um mal necessário e que o governo precisava serem uma base contratual. Ambas defendiam até certo ponto os direitos naturais do individuo.

Rosseau: início do romantismo e democracia; o estado natural é oparaíso o estado é apenas para preservar os direitos coletivos. Pensamento oposto ao de Locke, Rosseau era contra a propriedade privada. A segunda etapa da revolução e a democracia Jacksonianasão claras influencias de suas ideias.

A Derrubada do velho regime

A dívida pública em 1786 chegava a 600 milhões de dólares e só crescia. Para arrecadar mais impostos o rei convocou a Assembleia dos notáveis para que nobres e o clero contribuísses,porém eles se recusaram a perder seus privilégios de isenção de impostos. A solução foi chamar os Estados gerais para encontrar uma solução para a crise. Os Estados, no entanto, estavam muito modificados desde sua ultima convocação: o terceiro estado crescera, com a burguesia e seu peso seria maior. Por isso, foi composta uma assembleia em que teriam números iguais de representantes e cada um teria direito a um voto, mas mesmo assim, existiam nobres descontentes assim como o baixo clero.

Para dar fim ao impasse, e por ser maioria, o terceiro estado seautoproclama assembleia nacional e inicia reuniões. Porém o rei tenta intervir. A Assembleia jurou não se desfazer até que uma constituição fosse redigida. Queriam acabar com o governo arbitrário de Luis XVI. O rei concorda e pede aos nobres e o clero que se juntem ao terceiro estado na Assembleia Nacional.

A Primeira fase 1789 a 1791: Controle da Assembleia Nacional, sem grandes reformas para a população, que se tornava impaciente, principalmente no campo e começou a saquear e matar nobres. Dos resultados dessa fase temos o fim do feudalismo remanescente. E o medo das massas fez a Assembleia conceder algumas concessões. Como o fim da servidão, do dízimo etc. Essasreformas foram chamadas de “jornadas de agosto”. O segundo grande resultado foi a Declaração dos direitos do homem e do cidadão. A Assembleia confisca as terras da igreja como garantiapara emissão de papel moeda. Também foi aprovada a constituição civil do clero, onde os padres e bispos seriam eleitos pelo povoe seriam submetidos a autoridade do estado.

A Assembleia tinha o poder legislativo, e conforme as teorias deMontesquieu os 3 poderes foram separados. O voto era censitário,quem pagava imposto e podia pagar 3 dias de salário estava apto a votar. O rei e seus ministros não podem participar da Assembleia. O veto ainda era um instrumento de uso do rei, porémesse poderia ser derrubado pelo legislativo após 3 sessões. Portanto, o povo não participava das decisões.

A segunda fase se inicia quando a Assembleia suspende o rei por conspirar com estrangeiros para um contra revolução( A Austria e

Prussia marcham para Paris). A França vira uma república (Convenção Nacional). Essa fase é marcada pelos excessos, pois oproletariado estava frustrado com os rumos da revolução que prometera igualdade a todos mas só cumpriu para alguns.

A Convenção dividiu-se em duas: Girondinos (republicanos, mas não democratas) e Jacobinos,mais extremistas, seguidores de Rosseau. Acusavam os Girondinos de querer uma republica aristocrática. A Fase do terror foi marcada por perseguições a quaisquer pessoa ligada ao regime dos Bourbon ou aos Girondinos.Porém, se deram algumas conquistas: abolição da escravatura nas colônias e da prisão por divida, a adoção do sistema decimal de pesos e medidas. Os bens dos inimigos das revolução foram confiscados em beneficio do governo e das classes inferiores. Tentou-se abolir o cristianismo e no seu lugar colocar o culta da razão, inclusive com um novo calendário, porém em 1794 foi decidido que a religião era assunto particular de cada um.

Após a queda de Robspierre, no termidor os moderados voltam a assumir a revolução, e esta entre na sua terceira fasa, que coloca a burguesia de volta ao comando. A nova lei orgânica, constituição do ano III, concedia sufrágio a todos os homens adultos que soubessem ler e escrever, esses votariam em eleitores que por sua vez escolheriam os membros do corpo legislativo. (o corpo era composto de homens que tivessem no mínimo cem dias de trabalho para pagar). Camara baixa e conselhodos anciãos. Para não haver retorno a democracia foi criada um junta composta de 5 homens indicados pela camara e o conselho – o diretório. Essa época foi marcada pela corrupção, ganância ecinismo enquanto a fome rondava Paris.

Em 1799 encerra-se a Revolução com o golpe do 18 Brumário de Napoleão Bonaparte. A França estaa em guerra desde 1789. O diretório envolveu a França em uma luta contra todas as potencias, e as conquistas anteriores foram sendo perdidas. A corrupção e as perdas agravaram a opinião pública, até mesmo os burgueses viram suas fortunas diminuindo pela inflação galopantedo papel moeda. Nessas condições deploráveis foi relativamente fácil a ascensão de Bonaparte.

PS: A guerra da Vendéia foi uma reação dos camponeses mais conservadores ligados aos nobres. Um dos motivos além do conservadorismo era por ser contra o alistamento obrigatório.

CH 22 – A época do romantismo e da reação

O significado de Napoleão

Após o golpe o que sucedeu-se foi uma autocracia mal disfarçada.O consula era composto por 3 pessoas os quais deveriam nomear um senado que por sua vez nomearia o legislativo e o tribunato de uma lista de candidatos votados por sufrágio universal. O primeiro Consul, Bonaparte, poderia propor leis, nomear a administração, controlar o exercito e conduzir as relações internacionais. Esses novo governo e uma nova constituição fazemparte do Ano IV.

Para acabar com a oposição Bonaparte perseguiu seus inimigos, fez plebicitos para “validar” suas decisões de se tornar cônsul vitalício e depois imperador.

Como resultado de sua administração temos: redistribuição de terras, expurgo da desonestidade e do desperdício na administração pública, reformou o sistema tributário, fundou o Banco Francês. Drenou pântanos, alargou portos, construiu pontes, canais, estradas. Concluiu a reforma educacional e judiaciaria que havia começado com a revolução.

Em 1810 lança o código napoleônico: Restaurou a união entre Igreja e Estado Impos sencura rigorosa a imprensa.

Nas guerras, Herdou a segunda coligação contra a França, composta de Russia, Inglaterra e Austria. Conseguiu negociar coma Rússia, venceu a Austria e assinou a paz de Amiens com a Inglaterra em 1802. Essa paz não durou muito, pois a Influencia de Napoleão era cada vez maior e preocupava a Inglaterra (acordos com a Espanha, influencia nos países baixis, Itália etc). O temor Inglês era que Napoleão reconquistasse suas colônias perdidas na guerra dos 7 anos para a Inglaterra e por isso deveria ser barrado. Em 1805 se formara a Terceira coligação contra a França. Inglaterra, Áustria, Rússia e Suécia.

Napoleão tomou Viena e Austerlitz, ganhou dos exercidos de Frederico Guilherme na Prussia e conquistou maior parte da

Alemanha. Em 1807 é assinado a paz com a Russia, a paz de Tilsit, na Prússia. A Rússia passa de inimiga para aliada na ajuda para bloquear a Inglaterra.

Reduziu a Prússia a estado vassalo, a Alemanha na confederação do Reno e se autonomeou protetor. Criou um novo reino Italiano ecolocou parentes e amigos nos tronos vagos da Europa.

Em 1806 decreta o bloqueio continental que tornou-se mais prejudicial para a França que para a Inglaterra. Para agravar a situação houveram sublevações dos espanhóis contra José Napoleãoe a quebra do bloqueio pela Rússia e Portugal. Bonaparte tenta invadir a Rússia sem sucesso. A derrota foi a inspiração de Áustria e Prússia para se libertarem do julgo de Napoleão. 1813travou-se a Batalha das Nações que redundou na derrota de Napoleão.

1814 É assinado o tratado de Fontainrbleau, na qual Napoleão desiste de todas as suas pretensões na França. Os Bourbons retornam, porém como uma monarquia constitucional.

Os Cem Dias: Napoleão retorna nos braços do Povo e os aliados formam a ultima coligação. Na Batalha de Waterloo Napoleão é derrotado.

O legado de Napoleão mais importante foi a preservação de algunsideais da revolução, como distribuição de terras, a abolição da servidão (não da escravidão,que foi restabelecida nas colônias efoi uma das causas da independência do Haiti) e foi a causa indireta da difusão dos ideais revolucionários nos outros países. (serviço militar obrigatório)

Congresso de Viena e o concerto Europeu.

Muitas da potências gostariam de restabelecer o Ancién Regime de1789 e voltar ao mesmo status quo. Porém retornar a esse patamarseria impossível. Algumas medidas adotadas pela revolução não foram revogadas, pois o povo não aceitaria. E ficou claro para Luis XVIII que ele deveria governar de acordo com a carta de 1814.

O único retrocesso foi em relação as fronteiras que voltaram a ser as pré estabelecidas antes da revolução, as mesmas do rei Luis XVI.

Os representantes presentes no congresso foram: o Czar da Rússia, o Imperador da Áustria e os reis da Prússia, da Dinamarca, da Baviera e de Wurttemberg. A Inglaterra enviou o Lord Castlereagh e o Duque de Wellington. Da França Talleyrand.

Porém os papéis dominantes foram desempenhados por Alexandre I da Rússia e por Metternich, o príncipe Austríaco. Metternich foiconhecido por sua obsessão às alterações políticas e sociais e otemos da Rússia.

Talleurand por medo das severas punições que poderiam recair sobre a França, insiste no principio da legitimidade e é ajudadopor Metternich que não vê uma França fraca com bons olhos, pois poderia dar muito poderio à Rússia. Por esse princípios todas ascasas dinásticas foram restauradas na Europa e a França foi condenada a pagar uma indenização.

O Papa restaurou suas possessões na Itália, a Suiça torna-se um estado neutro, a Polônia é novamente dividida entre a Áustria, Rússia e Prússia.

Porém, mais forte que o principio da legitimidade surgiu o principio das compensações. Por exemplo, a Inglaterra ficou com as colônias da Holanda (África do sul, futuro conflito dos Bohers), a Holando e a Bélgica agora fazem parte dos países Baixos. A Áustria anexa Veneza e boa parte do Norte da Itália. ARússia fica com a Finlandia etc. Todos esses acordos foram feitos à revelia dos povos envolvidos que em breve iriam rebelar-se.

Inicialmente para manter o status quo, foi criada a Quádrupla Aliança da Inglaterra, Áustria, Prússia e Rússia para manter o acordo. EM 1818 a França foi admitida. O Acordo (sistema de Metternich) era para garantir que fosse abafado qualquer tentativa de depor as dinastias legitimas da Europa e preservar as fronteiras nacionais.

EM 1815, proposta pelo Czar Alexandre I, foi criada a Santa Aliança que no fundo era uma declaração cristã e não foi muito Levada a serio.

O concerto reprimiu revoltas nas Duas Sicílias, em Nápoles e na Espanha com muita brutalidade. Os liberais foram caçados.

Quanto mais forte era a repressão, mais revoltas eclodiam. Na França o retrocesso era evidente, a censura estava de volta, as garantias individuais também. A educação estava de volta nas mãos da Igreja.

Na Confederação Alemã a repressão nas Universidades foi tão intensa que abafou o movimento liberal até 1848. Na Rússia o Czar antes liberal na juventude cada vez se tornava mais reacionário e após a sua morte deu-se um golpe liberal para colocar o Grão duque Constantino, porém não durou muito e Nicolau I voltou a assumir o trono.

O sistema começa a perder força quando a Inglaterra resolve sairda Quintupla Aliança. Pois, estava interessada mais no comércio do que na intervenção de outros povos, visto que a revolução industrial demandava mais mercados, principalmente as antigas colônias (não seria nada lucrativo se elas voltassem a ter metrópoles).

Os Russos, agora com Nicolau, também retomariam seu impulso expansionista, pois o imperio Otomano estava ruindo e os Balcãs seriam a recompensa. Em 1821 os Gregos (de religião ortodoxa) serebelaram contra o julgo dos turcos (muçulmanos). A Rússia declarou apoio ao russos cristãos e declarou guerra na Turquia. Antes de chegar à Turquia o Sultão assina o Tratato de Andrinopla reconhecendo a independência da Grécia, concedia autonomia servia e um protetorado Russo onde hoje seria a Romênia.

Além disso, na França em 1830 inicia uma serie de revoltas na Europa. A primeira a eclodir é contra Carlos X, que queria governar a revelia do parlamento. O povo levantou barricadas nasruas contra o Rei. Carlos Abdica e foge para a Inglaterra. Os lideres da burguesia escolhem para sucede-lo Felipe da casa de Orleans e Bourbon. Luis Felipe foi um constitucionalista e reinstitui a bandeira tricolor da revolução.

Outra revolta acontece na Bélgica, que de acordo com Viena pertencia à Holanda. A Bélgica se tornava independente. Algumas outras revoltas eclodiram na Itália e Alemanha, mas foram abafadas.

O Romantismo nas Artes e na Ciência

A essência do romantismo esta ligada na glorificação dos instintos, das emoções em oposição ao culto ao intelecto.Havia uma profunda veneração à natureza .

Rosseau, Thomas Gray, Oliver Goldsmith, Robert Burns e FriedrichSchiller foram os autores do inicio do romantismo. O seu florescimento deu-se no século XIX.

Na Literatura Inglesa temos dois fortes representantes: Willian Wordsworth e Samuel Taylor Coleridge. O primeiro é famoso pela adoração mítica da natureza. Temos ainda Lord Byron, George Gordon etc.

Outra característica que pode ser ressaltada é a veneração ou nostalgia do passado, como por exemplo Walter Scott que logrou escrever sobre a escócia medieval.

Na França e na Inglaterra, o romantismo oscilou entre o anti-racionalismo místico, por um lado, e a valorosa defesa da liberdade individual e da reforma social, pelo outro.

Revolução Industrial

A Revolução Industrial compreendeu:

1) A mecanização da industria e da Agricultura;2) A aplicação da força motriz à industria3) O desenvolvimento do sistema fabril; 4) Aceleramento dos transportes e comunicações; 5) Um acréscimo do controle capitalista sobre quase todos os

ramos de atividade econômica.

O Complexo das causas

Os primórdios da revolução industrial podem ser datados do século XVII. O pendulo, a maquina de fiar o aprimoramento da metalurgia abriram caminho para as novas invenções. Em 1500 a máquina de organizar a seda, por exemplo, que foi inventada na Itália precisava de vários trabalhadores e um grande galpão, ou seja a maquina não surgiu de uma hora para outra.

A Revolução é causa direta da Revolução comercial, pois esse movimento incitara um surto de uma classe capitalista que procurava por investimentos. Havia, portanto, uma

disponibilidade crescente de capitais. Assim como crescia rapidamente a demanda por mais produtos (fruto também do aumentoda população que em razão dos descobrimentos também desenvolveu mais a gricultura e se alimentava melhor).

As novas invensões vieram da necessidade de atender mercados cada vez maiores. Como é o caso da máquina a vapor, ou o tear mecânico.

A Inglaterra apesar de poucos recursos naturais, ou ainda escassos iniciou a revolução pelos seguintes fatores: foi o paísque mais lucrou com a revolução comercial. O governo era mais eficiente, não tinha fastos frívolos como o da França e possuía uma arrecadação de impostos muito eficiente. Portanto o lucro dos comerciantes era bem maior. O sistema financeiro e bancário já era bastante avançado, por exemplo, em 1698 as operações sobre valores eram legais na Bolsa de Fundos públicos de Londrese possuía um dos melhores sistemas bancários do Mundo.

O Banco da Inglaterra operava como um banco privado, porém arrecadava para o governo e dava estabilidade financeira.

No campo político, apesar de ser longe de democrática, a Inglaterra era uma das nações mais liberais da época desde a revolução gloriosa de 1688-89. Uma outra causa citada pode ser adistribuição da riqueza que era mais uniforme na Inglaterra, porisso era possível fabricar produtos baratos e em massa ao invés de poucas mercadorias e de luxo.

Não só a industria sofreu transormações, o transporte, as comunicações, e a agricultura também foram beneficiadas com melhoramentos e novas invenções. O mundo gozou de uma prosperidade sem precedentes, que durou até a grande crise de 1873.

A segunda revolução industrial.

Essa nova fase se inicia com grandes descobertas: a invenção do processo Bessemer na siderurgia, em 1856, o aperfeiçoamento do dínamo e a invenção do motor de combustão interna em 1876. As diferenças entre as duas fases são:

1) A substituição do ferro pelo aço como material industrial básico;

2) A substituição do vapor pela eletricidade e pelos produtosdo petróleo como principais fontes de força motriz.

3) O desenvolvimento da máquina automática e do alto grau de especialização do trabalho;

4) O uso de liga de metais leves e dos produtos da química industrial;

5) Mudanças radicais nos transportes e comunicações; 6) Desenvolvimento de novas formas organização capitalista; 7) A extensão da industrialização à Europa Central e Oriental

e mesmo ao Extremo Oriente.

A modernização do maquinário foi tão intensa chegando a dispensar muito da mão de obra antes exigida para a produção de massa. Um desses expoentes foi a Henry Ford, que se inspirou nas esteiras circulares dos enfardadores de carne emChicago para aperfeiçoar e criar sua linha de produção.

As grandes descobertas, porém, emanaram mais do campo da Química e da Física do que do cérebro dos inventores natos.

Durante a segunda Revolução Industrial, especialmente após 1890, o capitalismo industrial foi em grande parte sobrepujado pelo capitalismo financeiro, um dos desenvolvimentos mais decisivos da época moderna.

As características do capitalismo financeiro:

1) O domínio da indústria pelos bancos de investimento e pelas companhias de seguros;

2) A formação de imensas acumulações de capitais; 3) Separação entre propriedade e direção; 4) O aparecimento dos holdings ou companhias detentoras.

A acumulação de capital fez surgir os trustes, os cartéis e as fusões a fim de acabar com a concorrência.

Os trustes são a combinação de todos ou quase todos os produtores para controlar o preço ou a produção. Os cartéis são associações livres de companhias independentes com o propósito de restringir a concorrência na venda de seus produtos.

A Inglaterra iniciou a revolução e foi seguida pela Bélgica, França e EUA. No segundo período da revolução a Alemanha, com

forte intervenção do estado e disciplina, superou a Inglaterra na Revolução. Outros países também embarcaram na produção com ajuda do Estado, como é o caso da Itália e do Japão.

A sociedade na era industrial

Uma das implicações observadas entre a batalha de Waterloo e a primeira guerra mundial é o expressivo crescimento das populações, apesar das migrações, peestes e fome. A razão disso, como antes mencionado, também foi a Revolução comercial que proporcionou mais alimentos variados e abundantes. A medicina também avançou com a instalação de hospitais infantis, maternidades, vacinas contra varíola, escorbuto e cólera. Uma terceira causa pode ser o nacionalismo e patriotismo. “Povos dotados de uma sólida convicção da sua própria superioridade e confiantes na vitória costumam proliferar com mais rapidez.” E por fim podemos citar a propria Revolução industrial mecanizando a agricultura e aumentando o plantio, o sistema fabril multiplicou as possibilidades de ganhar a vida fora das fazendas.

Um grande resultado da revolução foi a criação de duas novas classes: a busguesia industrial e o proletariado. Em alguns casos ela empurrou a raistocracia territorial ou fundiu-se com ela. A burguesia por fim se divide em alta burguesia, composta de banqueiros e grandes magnatas do comércio e da indústria; e da pequena burguesia, constituída de pequenos industrialistas, profissionais liberais. A Alta burguesia começa a controlar o sistema financeiro (especulação etc.) para essa classe qualquer intervenção do estado é execrável. Já a pequena burguesia queria a estabilidade e segurança.

O proletariado cresceu e se fortificou de tal maneira que em alguns países chegou a desafiar a supremacia burguesa.

6. As Novas doutrinas sociais e econômicas

As teorias econômicas dos discípulos de Smith: Thomas Malthus, David Ricardo, James Mill e Nassau Senior.

1) Individualismo econômico – cada individuo sabe o que é melhor para si e para os seus bens.

2) Laisses-faire – O governo deve intervir apenas em questõesde segurança. Protegendo a ordem e a sociedade.

3) Obediência à lei natural – Lei da oferta e da procura, leidos lucros decrescentes, a lei da renda etc.

4) Liberdade de contrato – os indivíduos devem negociar os contratos mais vantajosos para si, sem interferência de leis ou de sindicatos.

5) Livre concorrência e livre câmbio – A concorrência serve para regular preços e eliminar concorrentes ineptos. Cada país deve abolir leis protetoras para forçar os países a produzirem as mercadorias que mais estão capacitados para produzir.

Thomas Malthus – “Ensaios sobre a população” : Devido à voracidade do apetite sexual as populações tendem a crescer mais depressa que os meio de subsistência e o único meio de frear o crescimento são os limites naturais como as doenças, guerras, fome etc. Ou seja, a dor e a pobreza são inevitáveis. É um ciclo vicioso, mesmo que o homem receba ajuda para melhorar de vida, logo irá aumentar sua prole que em breve empobrecerá novamente.

David Ricardo – Lei dos salários – os salários são apenas para subsidir e perpetuar a espécie do trabalhador. Pois, mesmo com um aumento de salário não teria resultado diferente, pois aumentando o ordenado haveria um crescimento populacional e concorrência na mão de obra fazendo com que o mesmo caísse novamente. (critica: as famílias que tem mais condições acabam por limitar sua prole e não aumenta-la)

Jhon Stuat Mill – apesar de liberal Mill criticou algumas de suas premissas mais recorrentes da época, por exemple, as leis naturais. Para Mill a distribuição da riqueza pode ser regulada pela sociedade em proveito da maioria de seus membros. Não se opunha à legislação para regulamentar jornadas de trabalho ou a intervenção do estado para redistribuir a riqueza. Defendia sociedades cooperativas paraque cada trabalhador se apropriasse dos frutos do seu trabalho. (Era contra a intervenção demasiado do Estado)

Friedrich List – Pregava teorias opostas ao liberalismo (passou 7 anos na América) Não concordava que a riqueza de uma nação vinha de suas riquezas naturais e sim de sua capacidade de produção . É dever do estado promover as artes e a ciência. Acreditava que as manufaturas são essenciais para o desenvolvimento de um país e o estado deveria protegera industria nascente, assim como planejar o seu crescimento.

Robert Owen – Classificado como um socialista utópico era o mais sensato entre todos. Era co-proprietario de um cotonifício onde construiui casas e escolas gratuitas para seus funcionários. Com a forte depressão das guerras napoleônicas ele chegou a seguinte conclusão: O sistema de lucro era a causa de todas as perturbações. É o lucro, afirmava ele, que coloca o operário na impossibilidade de comprar as coisas que produz. Daí resultam a superprodução, as crises periódicas e o desemprego. Como solução, Owen propunha a organização cooperativa onde a recompensa fosse a remuneração de acordo com as horas reais de trabalho. Algumasdessas comunidades foram de fato instaladas, porém fracassaram.

Karl Marx – “socialismo científico” A grande obra “O Capital” foi um grande compilado de ideias de David Ricardo, Louis Blanc, Hegel etc. Porém Marx além de combinar essas ideias deu novos significados a elas:

1) A interpretação econômica da história – o ambiente econômico que move os movimentos políticos, sociais e intelectuais da história.

2) O materialismo dialético – Cada sistema econômico opera até o seu máximo de eficiência e após a sua decadência aparece um sistema oposto que substituirá o antigo. Esse processo dinâmico da história até que chegue a um comunismo perfeito.

3) A luta de classes – Desde sempre existe luta de classes. 4) A doutrina da mais valia – Toda riqueza é criada pelo

trabalhador. O capital nada cria, ele é criado pelo trabalho. Porém o trabalhador não recebe tudo o que cria, mas recebe apenas para subsistência. Essa diferença entre o que é produzido e quanto realmente fica com o

trabalhador Marx chamou de mais valia, que vai para as mãos do capitalista. (Juros, rendas e lucros). Já que o capitalista não cria ele se apropria do fruto do trabalho do proletário.

5) Teoria da evolução socialista – ditadura do proletariado, a remuneração de acordo com o trabalho realizado, a posse e administração, pelo estado, de todos os meio de produção, distribuição e troca.

O socialismo é uma mera evolução histórica que culminaria no comunismo. A luta de classes acaba, ninguém viveria de propriedade e sim de trabalho, o estado desapareceria por completo.

PS: o proletariado mundial é uma irmandade, a teoria é hostilao nacionalismo e ao patriotismo.

PS2: Os Marxistas ao longo do tempo se dividiram em revisionistas (querem rever a obra de Marx e adapta-la ao tempo) e aos ortodoxos que não admitem tocar na obra e hoje são chamados de comunistas.

Entre os anarquistas que combinaram o ódio ao estado com uma filosofia coletivista temos: Mikhail Bakunin, Piotr Kropotkine Leon Tolstoi.

Bakunin advogava o anarquismo terrorista (Subversão do estadoe do capitalismo pela violência)

Tolstoi pelo contrário pregava a não violência e o pacifismo:Quando um governo é derrubado pela violência e a autoridade passa para outras mãos, essa nova autoridade não será de modoalgum menos opressiva que a anterior.

O sindicalismo foi outro expoente da revolução industrial: prega a abolição do capitalismo, do estado e que a sociedade se reorganize em associações de produtores. Abraçam algumas ideias do socialismo como a propriedade coletiva dos meios deprodução. Os sindicatos tomariam lugar do estado.

O socialismo cristão também teve alguns representantes importantes (tanto protestantes quanto católicos). Apesar de não serem radicais contra o capitalismo falam sobre reforma sociais e justiça social. A encíclica Rerum Novarum do Papa

Leão XIII é uma feição moderna das ideias de São Thomas de Aquino. A doutrina reconhecia a propriedade privada, condenava as ideias marxistas, mas também repreendia o lucro ilimitado e a exploração dos trabalhadores. Recomendava uma legislação fabril, a formação de sindicatos, a limitação das horas de trabalho e o aumento das pequenas propriedades rurais.

A encíclica deu força aos pardidos sociais cristãos que contavam até com a ajuda de marxistas moderados para a implementação de legislação mais social.

CH 24

A Ascendência da democracia e do nacionalismo

A democracia tem seus primórdios nas obras de Rosseau : a soberania da maioria.

A maquinaria do estado incluiria portanto: o sufrágio universal , eleições frequentes etc.

O progresso da democracia entre 1830 e 1914 foi acompanhado pelo desenvolvimento do nacionalismo e de seus derivados.

O nacionalismo é baseado na consiencia de uma nacionalidade, um povo que se considera uma nação pelos hábitos, cultura, língua, raça, ou ainda por um passado em comum ou aspirações de futuro em comum.

As vezes o nacionalismo vem em forma de luta pela liberdade (ex. da França), ou por uma popolação com passado comum (Alemanha)

O nacionalismo, nesta época, foi convertido em verdadeiro culto a nacionalidade, sobrepujando o cristianismo.

1800-1848: O inicio do nacionalismo é ligado a um sentimento cultural, linguístico e principalmente para libertar-se da opressão estrangeira.

1848 – Converteu-se a um movimento ativo. O povo é unido por laços hereditários. Começou a surgir teorias de superioridaderacial etc.

Evolução da Democracia na Grã-Bretanha

A extensão do sufrágio, o desenvolvimento do sistema de governo de gabinete e a ascensão gradual da Camara dos Comunsà supremacia.

Antes de 1832 o voto era privilegio de poucos e os representantes indicados por magnatas ou grupos de grandes proprietários etc. O poder era, portanto, um monopólio da aristocracia agrária.

A partir de 1830, com as revoltas de julho na França, inicia um movimento dos Whigs pela reforma eleitoral. O conde de Wellington que era ministro negava qualquer tentativa de reforma. E somente após grande pressão (para acabar com o Duque, neguemos-lhe o nosso Ouro) ele renunciou.

1832 a reforma convertera-se em lei. Poderiam votar: a maioria dos homens de classe média, os pequenos proprietários. O “reform act” estabeleceu a supremacia da classe média, os Whig começavam a ser chamados de liberais. E os Tories seriam chamados de conservadores.

1834 – Poor Law – O governo só daria assistência para os velhos e doentes. Os pobres fisicamente capazes eram obrigados a trabalhar nas work houses a que eram recolhidos. (teoria de que o individuo é culpado pela sua pobreza).

1846 – abolição da Corn Law – lei protecionista sobre os cereais produzidos na Inglaterra.

Porém essas novas leis não concediam beneficio imediato ao trabalhador e percebendo que não haveriam novas alterações ostrabalhadores urbanos iniciaram uma luta por mais representatividade e pela completa democratização do governo.Na esteira dessas alegações, em 1838, muitos alistam-se no movimento Cartista (Pela carta do povo!)

1) Sufragio Universal masculino; 2) igualdade de direitos eleitorais; 3) o voto secreto; 4) legislaturas anuais; 5)abolição do censo eleitoral; 6) remuneração das funções parlamentares.

Apesar do fracasso do movimento as petições seriam atendidas com o tempo. 1858 foi abolido o censo eleitoral para os candidatos da camara dos comuns. Em 1866 o movimento democrático ganha força e em 1867 mais um reform act, passadopor Disraeli: garantia o voto a todos os homens moradores dascidades que tivessem residência própria e todos que pagassem aluguel não inferior a 10 libras anuais. Em 1884 foi a vez dos liberais fazerem a reforma: voto era estendido para a totalidade dos trabalhadores agrícolas.

Porém somente em 1918 a democratização seria completa.

O governo de gabinete é um órgão soberano do governo. É uma comissão do parlamento, responsável perante a câmara dos comuns, que exerce a autoridade legislativa e executiva em nome do rei. Esse gabinete funciona até hoje não por lei, maspelo costume.

Democracia e Nacionalismo na França

A França fez sua tentativa democrática no segundo período da revolução, porém foi fracassada.

O governo de Luis Felipe foi mais liberal que o de Carlos X , mas ainda longe de ser um governo de massas. Pois, o rei ignorava as massas e guiava-se pela burguesia.

Quando houve um apelo das massas para que se estendesse a votação o ministro disse : “fiquem ricos”

A revolta de 1848 teve muitas causas dentre elas podemos citar: o apelo por mais democracia, a revolta contra a corrupção descarada dos ricos no governo, a disseminação do socialismo no seio do proletariado industrial (Oficinas criadas por Louis Blanc para gerar emprego). Não podemos esquecer o caráter nacionalista. As barricadas foram erguidas contra o rei que precisou abdicar do trono. Em abril foi a votação para a Assembleia Constituinte, que para a decepção dos socialistas foivencida por reacionários e a classe média. Por isso tentaram se insurgir (não deu certo). A classe média, portanto, pode redigirsem problemas a nova constituinte da segunda República (copiado da Americana). Sufragio universal masculino, declaração de

direitos, separação dos poderes e foi marcada a primeira eleiçãopresidencial.

O presidente eleito: Luis Napoleão

Ele tentava agradar burgueses e a massa, fez as pazes com a Igreja católica e devouveu-lhes a educação das crianças. Enviou uma expedição à Itália para restaurar o poder temporal do papa.

Quando a Assembleia tentou restringir novamente os votos, Napoleão exigiu que retornasse o sufrágio universal e não foi atendido, portanto, dissolveu a assembleia, proclamou-se ditadore fez um plebicito para redigir nova constituição e após um ano com nova votação tornou-se Imperador.

Como imperador executou obras urbanas e deu discursos pseudo socialistas, ao mesmo tempo que tomou todas as medidas para não incomodar os radicais.

Anexou a Argélia e estabeleceu protetorado na Indochina. Em 1854sob o pretexto de proteger monges católicos da Turquia foi a guerra da Criméia com a Rússia. Obteve apoio da Inglaterra conseguiu sair vitorioso.

Em 1858 lançou-se em uma aventura na Itália, prometeu ajuda aos nacionalistas Italianos contra os Austríacos, porém, retirou-se quando descobriu as pretensões de unificar a Italia e acabar como poder papal (foi acusado pelos liberais de deixar os italianosa mercê dos austríacos).

1862 Napoleão interveio no México, ofereceu a coroa a um Austriaco, porém os franceses foram expulsos pelos americanos e o rei Maximiliano fora fuzilado.

1870 a Espanha ofereceu o trono a Leopoldo Hohenzollern, primo do rei da Prússia. Napoleão insatisfeito com tal situação avisa ao rei da Prússia que considerava esse ato casus belli. Leopoldodeclina do convite, mas Napoleão quer ter certeza que isso não mais acontecerá e pede ao Kaiser Guilherme I o compromisso de jamais um membro da sua família assumiria o trono Espanhol. O Astuto Bismark convence o rei a recusar e entrar em guerra contra a França, que em apenas 2 semanas se vê derrotada e com seu imperador capturado. Foi o fim do segundo Império.

Uma nova Assembleia Constituinte foi votada e os monarquistas eram maioria (não porque o povo preferisse a monarquia, mas porque eles ofereciam a paz, diferentemente dos republicanos quequeriam continuar lutando) Dentre os monarquistas tínhamos: os orleanistas X legalistas. Não houve acordo. Os orleanistas se juntam aos republicanos: Nasce a terceira República.

A constituição era uma das mais democráticas do mundo. Havia um parlamento com uma câmara baixa que era eleita por sufrágio universal e um presidente eleito pelo parlamento e um sistema degabinete copiado da Inglaterra. Apesar disso, era um governo muito instável e com muitas ameaças monarquistas e da igreja (era um governo Anti-clerical). Aos poucos a Terceira República foi se separando cada vez mais da Igreja, até que em 1905 foi aprovada a lei de separação entre a Igreja e o Estado.

Democracia e Nacionalismo Na Europa Central

Após o levante de fevereiro na França a revolução chegou a Áustria. As manifestações pediam a renuncia de Metternich e medidas liberais. O Imperador, portanto, prometeu uma constituição liberal (excluindo a Hungria e a Itália). Na constituição estava o compromisso com o parlamento, a abolição do sistema feudal. Os húngaros também tentaram fazer um levante liberal em 1849. Porém nenhuma das revoltas teve sucesso duradouro.

EM 1867 é firmado um compromisso entre Austríacos e Húngaros , onde o Imperador da Áustria também seria o rei da Hungria, as partes se tornaram autônomas, com parlamentos próprios e ministérios.

Desde 1815 já havia esforços revolucionários na Confederação Alemã para a unificação, seja por motivos econômicos (liberalismo) ou motivos de nacionalismo (raça, língua etc.) Em 1848 promessas foram feitas pelos príncipes alemães (constituição liberal). Organizou-se um Assembleia para debater a nova constituição, mas uma série de impasses não foram resolvidos: republicanos X Monarquistas, Áustria estaria incluída ou não, e quem governaria no caso de um rei. Esta última foi solucionada com um convite feito a Frederico

Guilherme da Prússia que recusou o convite, com medo de se indispor com a Áustria.

A unificação só aconteceria pelas mãos de Bismark. Que em 1862 tornara-se presidente do conselho de ministros do rei da Prússia. Para Bismark a unificação só seria possível com a liderança da Prússia e para isso era preciso enfraquecer a Áustria.

Alguns territórios da confederação alemã estavam situados na Dinamarca. O rei dinamarquês tenta anexa0los, eis que Bismark vêsua oportunidade, chama a Áustria para ajudar a recuperar os territórios, mas já esperava que ao fim da guerra a Áustria e a Prússia não abririam mão dos territórios pelos quais brigavam e desta disputa os prussianos sairiam vencedores com a ajuda de uma aliança com a Itália (prometeu o retorno de Veneza) . Bismark sai vencedor e os estados do norte da Alemanha juntan-seem uma confederação do Reno. O rei Guilherme seria o presidente hereditário e que haveria uma câmara alta representando os governos de cada estado confederado e uma camara baixa eleita por sufrágio universal masculino.

Quando Napoleão, durante a crise da sucessão espanhola, proibiu que a linhagem do rei prussiano jamais assumisse a Espanha, Bismark viu uma oportunidade de provocar os Franceses e assim fazer com que o sentimento nacionalista dos estados do sul finalmente se unisse ao norte. Nesta guerra Napoleão foi capturado em Sedam e no mês de setembro foi assinado o tratado de Frankfurt. Neste tratado a França sede a Álsácia e Lorena e concorda em indenisar a Alemanha em um bilhão de dólares.

Na Confederação, durante o desenrolar da guerra, tratados foram negociados para que a Alemanha se unificasse sob os cuidados da dinastia dos Hohenzollern. Uma cerimônia foi realizada no palácio de Versalhes em 1871 para a coroação de Guilherme I comoKaiser da Alemanha e Bismark príncipe e chanceler.

Outra intervenção feita por Bismark foi em relação a Igreja católica. O Movimento anticlerical (Kulturkampf) foi intenso para diminuir a influencia da igreja e aumentar o nacionalismo. Em 1872 e 1875 uma serie de decretos diminuía e muito a influencia da igreja. O Reichtag expulsou os jesuítas do país,

os seminários foram colocados no controle do estado. Os cargos eclesiásticos só podiam ser exercidos por alemães e aprovados emum exame nacional. Porém a reação também veio. O partido católico, ou do centro, se tornou o partido mais forte do país, pois havia implantado medidas econômicas muito inteligentes, e nas eleições de 1874 conseguiu ¼ do Reichtag. Afora isso, o socialismo e os social democratas estavam em amplo crescimento. Por todos esses motivos Bismark diminuiu a perseguição aos católicos. Aos poucos as leis foram sendo revogadas e os católicos voltaram a ter o mesmo status de antes.

A Itália também conheceu o fervor revolucionário de 1848. Os governantes iniciaram algumas reformas democráticas. Porém os Italianos estavam mais interessados no nacionalismo que na democracia. O Risorgimento, ou seja, o renascimento do espírito Italiano como na antiguidade e na renascença. Os nacionalistas se dividiram entre republicanos (Giuseppe Mazzini), os que queriam estados federados sob a coordenação papal e os nacionalistas moderados que queriam a unificação com uma monarquia constitucional como os moldes da Sardenha. Este últimogrupo era comandado pelo Conde Camilo di Cavour.

O inicio da unificação deu-se com a luta para expulsar os austríacos de Veneza e da Lombardia e os territórios governados pelos Habsburgos. Para conseguir apoio internacional, Cavour convence a Sardenha de ajudar a Inglaterra e França contra a Rússia na Luta pela Criméia.

Ele ainda encontrou-se com Napoleão secretamente para pedir ajuda para expulsar os austríacos e em troca daria Saboya e Niceà França. Porém no meio da guerra Napoleão inesperadamente retira seu apoio, pois o governo de cavour era anticlerical e Napoleão não queria indispor-se com seus aliados católicos. Mas,a saída da França e o embate contra a Áustria fez surgir o espírito nacionalista mais forte e os reinos da toscana, Módena,Parma e os estados papais se uniram a Sardenha. Agora só restavaincorporar o reino das duas Sicílias que era governado por um Bourbon. Neste momento surge Giusêppe GAribalde e um regimento dos camisas vermelhas para lutarem contra a opressão dos bourbons. Após o sucesso na Sicília, marchou para Nápoles e apóspouco tempo todo o reino de Francisco II estava nas mãos de

Garibaldi (queria a república, mas foi convencido a entregar o reino para a Sardenha). Agora a peninsula estava sob o controle de Vítor Emanuel II( 17/03/1861). Agora só restava Roma, que nãocaíra porque tinha apoio de Napoleão (só retira as tropas, pois estava na guerra contra a Prússia).

Em 1871 o parlamento italiano promulgou a lei das garantias pontifícias. Porém o Papa Pio IX rejeitou, pois queria um tratado internacional. O Vaticano ficou “encerrado” até 1929 coma assinatura do tratado de Latrão.

Democracia e nacionalismo na Europa Oriental

Apesar de não ter se modificado muito o governo Russo dos últimos 100 anos em 1850, algumas melhoras foram implementadas.

1) 1855-1881 Reinado de Alexandre II : reformas para libertaros camponeses do julgo dos nobres, em 1861 finalmente aboliu a servidão; criou um sistema judiciário aos moldes dos ocidentais ; concedeu que cada província elegesse uma assembleia provincial; subsídios para a criação de escolasetc. Porém após 1865 Alexandre II sucumbiu a reação e tratou de acabar com a maioria dos seus bons feitos. Entreas causas podemos citar alguns atentados à sua vida e revolta dos poloneses em 1863. Recebeu conselhos de que isso eram reações diretas de suas medidas liberais e por isso ele precisava acabar com elas. Porém, o fim da smedidas incitou ainda mais revoltas e quando o Czar resolveu voltar atrás era tarde de mais ele foi morto por uma bomba terrorista.

2) 1881 – 1894 Alexandre III – achava que a Rússia nada tinhade comum com o Ocidente. O racionalismo, individualismo sótrariam anarquia e crime. Por isso Alexandre III instalou um regime cruel e vingativo.

3) Nicolau II – Seguiu a política do pai, porém mais fraco. Desde o período anterior tem inicio um esforço de “russificação” disseminando a língua Russa, a cultura etc.fazendo dos judeus, poloneses e finlandeses nacionalidadesperigosas. Foi tirada a cultura, a liberdade desses povos,assim como massacres realizados contra judeus.

Todos esses motivos foram precedentes da revolução de 1905, epodemos acrescentar o inicio da industrialização Russa que a partir de 1890 se inicia e tem como consequência o aumento das cidades e uma nova camada de operários e a multiplicação de partidos radicais:

Os Niliístas que acreditavam que nada de bom vinha da fé, só o racionalismo e a ciência são eficientes. Os coletivistas como Tolstoi e Bakunin. Os social democratas e os social revolucionários (toda terra para todo o povo). A cisão entre os dois últimos deu origem aos marxistas ortodoxos (bolcheviques) e os socialistas evolutivos (mencheviques).

O estopim do movimento revolucionário foi a guerra sino-russa. As derrotas na Manchuria por um governo despótico fizeram com que até as classes médias se associassem a algum movimento de mudança. Foram feitas greves e protestos.

Ficou claro para o czar que a situação era insustentável e ele publica o manifesto de outubro que dava liberdades individuais, prometia eleições para uma Duma (legislativo).Porém ao longo de dois anos o Czar tratou de alterar e anular todas as promessas. Em 1907 decretou que a Duma fosse eleita indiretamente por voto censitário.

O exercito que tinha voltado do Japão foi utilizado para reprimir qualquer esforço revolucionário e para assegurar seuregime Nicolau pediu dinheiro à França.

Parte da Duma convenceu-se que não era seguro adotar uma política conservadora tão intransigente, e novamente algumas reformas foram feitas entre 1906-1911: 1) a transferência de terras da coroa para os camponeses; 2) o camponês agora poderia estabelecer-se como independente se quisesse; 3) o cancelamento das prestações de compra de terras pelos camponeses; 4)foi permitido a criação de sindicatos, redução das horas de trabalho, seguro contra doenças e acidentes.

Em 1914 parecia que a Rússia finalmente estava a caminho do capitalismo e da prosperidade.

Os Bálcãs

Antes de 1829 a península balcânica estava sob o domínio dos Turcos.

Com o desmembramento do Império Turco, muitas potências da época interferiram como a Rússia e a Áustria. Em 1829 a guerra russo-turca resultou no reconhecimento da independência da Grécia, concessão de autonomia à Servia e àsprovíncias da Valáquia e da Morávia, sob proteção Russa. Porém após a guerra da Criméia a Rússia teve que renunciar aos domínios dessas duas últimas (que unidas formaram a Romênia) .

A partir de 1875 teve inicio algumas insurreições na Bósnia, Hezergovina e na Bulgária, todas reprimidas pelo sultão.

Em nome dos cristãos ortodoxos a Rússia decide intervir. De 1877-78 é travada a segunda guerra Russo-Turca. O exercito doczar sai vitorioso.

Pelo tratado de San Stefano o sultão deveria ceder todo o seuterritório europeu e ficar somente com Constantinopla e arredores. Mas as grandes potências intervieram, a preocupação da Áustria e da Inglaterra era ter a Rússia tão perto comandando um pedaço tão grande do oriente próximo. Portanto no congresso de Berlim foi feito novo tratado. Ficouacertado que: A Rússia ficaria com a Bessarábia, a Tessália iria para Grécia, a Bosnia e Hezergovina foram colocadas sob controle da Áustria. (Sete anos mais tarde a Bulgaria se tornaria independente).

Neste mesmo ano na própria Turquia inicia um movimento nacionalista clamando pelo rejuvenescimento da Turquia, com democracia, patriotismo. Em 1908, os chamados “jovens turcos”forçaram o sultão a assinar uma constituição. Em 1909 depuseram o sultão Abdul Hamid II e colocaram no trono o Irmão Maomé V (não foi boa ideia). Porém os poderem ficaram com o Grão Vizir e os ministros.

Ainda em 1908 a Austria anexa a Bosnia e a Hezergovina e a Itália em guerra contra Turquia anexa Trípoli.

Movimentos em prol da reforma social

Os movimentos sociais iniciarem pela democracia econômica, ouseja, o homem não é apenas livre para exercer o que quer, masprecisa de condições de trabalho. Junto a esse movimento, outro que enfraqueceu também o modelo Laisser faire foi o inicio do pretecionismo burguês na Europa para tentar barrar a influencia Inglesa. O protecionismo era feito desde subsídios até nacionalização de estradas, linhas telegráficasetc. Boa parte das legislações da época eram baseadas no nacionalismo, militarismo e paternalismo. Os governos queriama lealdade de todas as classes.

A Alemanha foi uma das primeiras e por em vigor legislações sociais. Até porque a Alemanha nunca fora afetada fortemente com as teorias do laisser faire como a França e Inglaterra. Amotivação era que o individuo trabalhasse pelo estado e que esse foisse autossuficiente e principalmente diminuísse a influencia das teorias socialistas.

A Áustria adotou algumas medidas sociais em 1885. A França e a Itália também viriam a aderir o movimento. A França alem dediminiur a jornada e regulamenta-la, ainda obrigava empresas a indenizar em caso de acidentes, e em 1910 iniciou um sistema de pensões para a velhice para empregados das industrias, os domésticos e agricultores.

Uma das últimas a adotar tais medidas foi a Inglaterra por sua tradição do individualismo liberal. Somente em 1905 adotou medidas sociais.

O Novo Imperialismo

O imperialismo colonialista estava em decadência, criticado pelos seus valores mercantilistas e pelo auto custo para manter as colônias. Porém ele não desapareceu apenas se transformou.

A partir de 1870 temos o inicio de um novo imperialismo, com mais vigor. Agora os alvos eram a África e a Ásia. O antigo imperialismo da revolução comercial procurava acumular ouro nos cofres públicos, enquanto o novo procurava novos mercadospara os cidadãos ricos das metrópoles serem beneficiados. Buscavam com avidez ferro, cobre, petróleo, manganês e trigo.E por último o estimulo a emigração, as colônias tinham o

papel de absorver as populações excedentes das metrópoles. Tudo isso foi impulsionado em grande medida pela segunda Revolução industrial, que precisava de mais mercados e tinha mais concorrência, os Ingleses não estavam mais sós. Com a concorrência os mercados também ficaram mais protecionistas, como o caso dos EUA, por isso era preciso encontrar novos mercados.

O primeiro passo na África foi dado por Leopoldo II da Bélgica a se apossar de um vasto território no Rio Congo (como possessão pessoal). A França seguindo o exemplo estabeleceu um protetorado no Egito em 1882, apossou-se do Sudão, da Rodésia, de Uganda e da África oriental Inglesa a título de colônia. Em 1902 a Inglaterra toma o estado dos Bohers (Estado livre de Orange) para formar a África do Sul. Em 1857 os Franceses anexaram a Argélia, mas a partir de 1881começam a tomar mais territórios: Tunísia, Saara no Congo Francês, Guiné, Senegal e Daomé.

Em 1905 os territórios estavam divididos entre Ingleses, Franceses e Belgas. Os Italianos e Alemães demoraram a entrarna partilha pois tinham problemas internos de unificação. A Alemanha ficou com a África oriental: Camarões e a Togolandia. A Itália tomou a Somália, porem não tiveram sucesso na Abissínia.

No Oriente, a china fora subjulgada depois da guerra do ópio e a Índia convertida em possessão inglesa. Pouco tempo depoisos franceses fizeram um protetorado na Indochina.

A guerra sino japonesa de 1894-95 fez a China perder mais territórios e as pretensões na península coreana. Com o enfraquecimento chinês todas as potências queriam um pedaço.

O imperialismo na China só foi detido em razão de 3 acontecimentos:

1) A proclamação da política de “portas abertas” (criou no imaginário chinês que os EUA talvez se ressentissem dessasações)

2) 1900 a sociedade dos punhos unidos, os Boxers, tentaram umlevante contra os estrangeiros no país.

3) A causa mais importante foi a própria rivalidade entre as potencias estrangeiras na china, pois não chegavam a nenhum acordo e desconfiavam mutuamente. Os Ingleses e Japoneses fizeram uma aliança contra os Russos e Alemães. Em 1905 quando a Russia tenta anexar a Manchuria perde a guerra para o Japão e é enfraquecida.

A política de poder e a Paz Armada

O período que vai de 1830 a 1914 distinguiu-se por um progresso considerável no desenvolvimento do direito e das organizações internacionais.

1899 e 1907– Conferências de Haia (princípios novos do direito internacional).

1909 – declaração de Londres – direitos e deveres dos neutros emcaso de guerra naval.

1874 – criação da União postal internacional.

1875 – União telegráfica internacional

1899 – em Haia a criação de um Tribunal Internacional de Arbitragem (Corte permanente de Haia)

Porém o clima de paz começou a ficar inviável, pois a ordem internacional não era a mesma, a Inglaterra queia manter o status quo de país industrial que importava manufaturas, mas já tinha muitos concorrentes. Principalmente a Alemanha, onde corriam paralelamente o nacionalismo e o militarismo. O tribunalnão tinha jurisdição compulsória, os acordos para regular os armamentos foram um fracasso e a corrida armamentista só aumentou.

A Balança de poder na Europa iniciou seu desequilíbrio com a unificação da Alemanha, que de vários micro-estados se transformou em uma só nação. Em 1900 já passava a França em industrias e população. Em 1898 o Kaiser estimulou o fortalecimento de sua armada para proteger seu comércio em expansão e aumentar seu prestígio mundial.

Em 1870, após a unificação, a Itália estava quase alcançando a França. Já a Áustria estava em pleno declínio em consequência dos movimentos nacionalistas internos.

A Alemanha após 1890 começou a concentrar esforços para uma expansão para o Leste (Drang anch Osten) planejaram uma estrada de ferro Berlim-Bagdá para facilitar o controle economico com o Império Otomano.

A Áustria desejava expandir-se para os Bálcãs em busca de uma saída para o mar. Com o passar do tempo foi formada uma aliança entre Alemanha e Áustria: “Era uma aliança com um cadáver, mas os alemães apegaram-se a ela com desespero à medida que se exacerbavam as tensões internacionais”.

Os Franceses estavam preocupados em frear a Alemanha e reaver osterritórios da Alsácia e Lorena (foi descoberto uma maneira de transformar os metais pobre do ferro em aço). Outra ambição francesa era a conquista do Marrocos, por recursos minerais e soldados.

A Rússia queria uma saída para o Mar, e para isso teria de controlar os estreitos de Bósforo e Dardanelos. Com isso tomariaConstantinopla e a Turquia estaria derrotada e a Rússia herdariaos Bálcãs. Almejava ainda o acesso ao golfo Pérsico e ao oceanoíndico. Tentou durante anos converter a Pérsia em um protetoradoseu, assim como tentou controlar a Manchúria. Aspirava ainda, através do Pan-eslavismo o papel de protetora e guia dos povos eslavos.

A Grã Bretanha desconfiava de todos e seus objetivos eram:

1) Manter as linhas vitais de comunicação do império; 2) Conservar as vias marítimas livres para sua importação e

exportação;3) Manter o equilíbrio no continente europeu , a fim de que

nenhuma delas se tornasse forte o bastante para confronta-la.

Qualquer nação que tentasse impedir um desses objetivos a Inglaterra tentava recoloca-la no seu devido lugar com pressões diplomáticas, formando alianças ou finalmente indo para a guerra.

A Itália queria tomar posse de Trípole no norte da África e retomar os territórios que estavam com a Áustria (irredentismo italiano) o Tirol e Trieste.

O Japão, pouco antes de 1900, começou a mostrar mais força. Aboliu o feudalismo, adotou uma constituição nos moldes da Alemã. Incentivou o industrialismo, a ciência, a educação universal – importadas do ociendete. O Japão nos primeiros anos de 1900 derrotou a China e tomou Formosa e a península coreana, e em 1905 surpreendeu derrotando a Rússia na Manchúria.

Com tantas expansões e disputas territoriais o militarismo aumentou entre as grandes potencias, o adestramento militar virou universal (exceto na Grã Bretanha). Existia a crença que asegurança nacional dependia exclusivamente da preparação militare naval.

A Ascenção dos EUA

“Apendice da Europa” – Era um lugar para coletar riquezas e voltar ao velho mundo para viver confortavelmente. Porém já no século XVIII os americanos começaram a pensar no seu país como uma nação individualizada.

Desde 1600 os americanos já tinham confiança em si mesmo sem depender da metropele, que praticava na sua colônia uma políticade “negligencia salutar”. Dentre as causas da sua independência podemos citar: a oposição ao modelo mercantilista que proibia o comercio com outros que não navios ingleses, assim como também impediam a exportação. As leis não eram cumpridas à risca. Em 1764 porém, para melhor regular o comércio foi imposta a Lei do Açucar. Criava sobre taxas para produtos que vinham da França, Espanha etc. A lei ainda estabelecia regras mais rigorosas quanto a aduana. Os colonos americanos não estavam acostumados com esse tipo de regra. Ainda mais em relação ao açúcar que vinha das colônias da Ámerica latina e o Rum.

A situação se deteriora mais quando a Inglaterra, em decorrênciada guerra dos 7 anos, decidiu unilateralmente aumentar impostos para arrecadas mais. Um exemplo foi a lei do Selo de 1765. Os Americanos decidiram boicotar produtos ou então desrespeitar a lei. Outra causa foi um proclamação de 1763 que impedia que as

terras a Oeste fossem colonizadas , e com isso as pretensões da ida para o Oeste estavam cortadas.

A influencia do filósofos do século XII também foi uma grande causa que levou a independência: Locke, Sydneu, John Milton etc.E por isso exigiam os direitos individuais e principalmente terem o direito de serem representados no parlamento por um habitante da América. Porém, para os ingleses valia a representação de classes e não geográfica.

Os incidentes que precipitaram a revolução começaram em Boston, como o conhecido Tea Party. A Batalhas de Lexxongton e Concord assinalaram o começo da revolução. No inicio ainda não era pela independência e sim contra a tirania e por mais representatividade. EM menos de um ano o sentimento de independência crescia até ser proclamada em 1776. Era quase inevitável que as reformas políticas fossem acompanhadas de esforços no sentido de uma reforma social: a primogenitura, os dízimos, os censos pagos eram atacados, pois eram o fundamento da aristocracia. Outros estados separam-se da Igreja.

Vários estados confiscaram as terras da coroa e propriedades de ricos lealistas. As leis foram se radicalizando. Todo poder emanava dos estados e o governo central nada poderia fazer. Issoacabava por gerar incovenientes, como arrecadar rendas ou manterum exército.

Foi convoca em 1787 uma nova convenção na Filadélfia para redigir uma nova constituição. Que distribuía os três poderes, dava mais peso a União e que a constituição era a lei máxima dopaís. Todos os presentes na convenção, a maioria era conservadora e contra a democracia direta, que consideravam o “governo do populacho”. O objetivo era criar um república que garantisse a estabilidade e a propriedade privada. Em 1790 alémde prosperar os EUa tinham conquistado o dobro do seu territórioe população.

O País crescia e aumentava a sua infraestrutura com abertura de canais e construção de ferrovias.

Thomas Jeferson tinha um ideal de democracia e liberdade, mas com o passar dos anos e o crescimento dos EUA, principalmente para o Oeste (lugares mais inóspitos) onde o que importava e o

trabalho e não o fato de ser bem nascido iniciou a crescer o ideal de democracia de Andrew Jackson com igualdade para todos. Defendiam o sufrágio universal masculino, a eletividade e rotatividade de cargos públicos e eram a favor de um executivo forte.

Burns considera que a guerra de independência não pode ser chamada de Revolução, pois não mudou o status quo dos habitantesda colônia. A aristocracia continuou a mesma apenas independenteda Inglaterra. A verdadeira revolução se deu durante a guerra secessão. A aristocracia americana era de plantadores sulistas de sua maioria do partido democrático, eles tinham o domínio da maioria na política (mais presidentes, mais representantes). O status quo se inverte com o crescimento do “self made Men” aqueles fazendeiros do Oeste, industrialistas do Leste etc. Apósa guerra os sulistas estavam enfraquecidos e a especulação de terras por capitalistas e investidores do norte cresceu.

Uma das causas da guerra foi a escravidão. Os novos estados do Oeste e aqueles conquistados dos Mexicanos estavam na disputa entre aqueles que não queriam a escravidão nesses estados e os que a aprovavam. O norte queria que as terras fossem para novos emigrantes que queriam terras para cultiva-las, enquanto os estados do Sul queriam expandir as plantation. Porém os estados no norte cresciam em população e influencia (assim como cadeirasno congresso). Mas a razão econômica era que o Sul dependia de exportações e para isso não podia tolerar tarifas protecionistas, já o norte em plena industrialização queria proteger a indústria nascente. O Norte queria um estado forte para realizar melhoras e ordenar o crescimento e portanto não tolerariam a secessão. A grande esperança do Sul para equilibrarnovamente o poder entre as regiões era colocar o escravismo nos novos estados.

A eleição em 1860 de Lincon foi para os Sulistas praticamente uma declaração de guerra. Quando saiu o resultado das eleições oestado da Carolina do Sul separou-se da união e assim por dianteos estados sulistas foram fazendo o mesmo. Em 1861 formaram os estados Confederados. Porém os estados do norte tinham mais vantagens: população, capital, estrutura econômica mais diversificada, uma armada. A vantagem do Sul é que estava

lutando em seu próprio território. Porém o Sul não conseguiu resistir. Lincon proclamou a emancipação dos escravos 13º emenda. A 14º emenda proibia “tirar a vida, a liberdade, a propriedade a qualquer pessoa, sem o devido processo judicial.” Essa emenda estendeu-se as pessoas jurídicas o que foi um grandeestimulo para as companhias crescerem sem nenhuma regulamentação. Isso estimulou o livre comércio e a glorificaçãoda riqueza como virtude e a pobreza como inércia, a concorrênciaferoz pois ela eliminaria os mais fracos.

Os EUA e o Mundo

O sonho do isolacionismo teve inicio com o começo da imigração, quem chegava na América queria livrar-se da opressão sofrida na Europa. A Europa era corrupta, sempre envolvida em guerras dinásticas e lutas de poder. Segundo Jefferson: “paz, comércio esincera amizade com todas as nações – mas alianças comprometedoras com nenhuma.”

Em 1823 como consequência desta política temos a Doutrina Monroe. Que temia a quíntupla aliança tentasse uma nova restauração, principalmente nas antigas colônias na América. Quaisquer intromissão no continente seria uma ameaça à sua paz esegurança, e que os EUA se abteriam de tomar parte em qualquer conflito europeu. Porém a doutrina foi utilizada também para cumprir o “destino manifesto” dos EUA, ou seja, o desejo expansionista de todo o continente. O mais importante dos usos da doutrina foi a intervenção no Panamá. Assim como foi feito com outras nações, pois agora que os Europeus não podiam mais intervir, os EUA seriam a “polícia” do continente – corolário Roosevelt. “Speak softly and carry a big stick”.

Apesar do aparente isolamento, temos interferências Américas na China (Diplomacia de portas abertas), na Guerra sino-Russo (Os EUA negociaram para a assinatura do tratado), no Marrocos (a disputa entre França e Alemanha)

CH 26 –Progresso Intelectual e Artístico durante a época da democracia e do Nacionalismo

De 1830 a 1914 temos o apogeu do progresso Científico. Como por exemplo A Origem das Espécies de 1859 escrita por Charles

Darwin. Outro representante dessa geração é Louis Pasteur, que acabou com o mito da geração espontânea.

O Realismo na literatura

O realismo era uma reação ao sentimentalismo e a extravagância do romantismo. Se pautava pelo interesse dos problemas psicológicos e sociais. A maioria era determinista, outros eram guiados pelo conceito da evolução. O realismo como movimento teve início na França: Honoré de Balzac (1799-1850), Gustave Flaubert (1821/80) escreveu sobre o contraste entre os sonhos humanos e cruel realidade – Madame Bovary; Na Inglaterra temos escritores como Charles Dickens.

Na arte, até 1860, com certeza, temos a predominância do romantismo. Alguns pintores, como Rosseti queriam voltar à simplicidade, ao naturalismo, remetiam-se a idade média e à renascença. O desenvolvimento do realismo na pintura do século XIX pode ser associado a Gustave Coubert que tinha uma profundaconsciência do significado social da arte.

O primeiro movimento original da pintura foi o impressionismo, no século XIX. O impressionista está interessado em pintar exatamente aquilo que vê e de interpretar cientificamente a natureza. Por isso não reproduzem fielmente, reproduzem as impressões. Foram influenciados pela ciência: a luz é composta de cores primárias e por isso estavam mais inclinados a utiliza-las, por exemplo para compor o verde pintavam o amarelo e azul para que o próprio olho as misturasse. Edouard Manet, Claude Monet, Auguste Renoir são alguns expoentes dessa arte.

Nos últimos anos do século XIX, surgia uma sociedade cada vez mais inquieta e desorientada, que deu inicio ao movimento da arte moderna. Dentre os pós impressionistas podemos citar: Cézanne, Gauguin, Van Gogh.

CH 27 A primeira guerra mundial

Causas subjacentes

1) Causa econômica: rivalidade industrial entre Alemanha e Inglaterra. Em 1914 a Alemanha já produzia mais ferro e aço que a Inglaterra e a França Juntas. Não só com manufaturados, mas também com transportes a Alemanha já

rivalizava com a Inglaterra. A França além de não ter as reservas da Lorena tinha que importar ferro da Alemanha que feria seu orgulho tanto quanto.Outra causa econômica foi as pretensões Russas sobre o Imério Otomano em decadência, pois a Alemanha e a Áustria também desejavam os mesmos territórios pois os viam como um paraíso de privilégios comerciais. A Áustria estava muito preocupada com o interesse da Rússia que desejava estender sua influencia para todos os povos eslavos. A França também estava em iminente conflito com a Alemanha sobre a posse do Marrocos.

2) A Ferrovia Berlim-Bagdá. Os Alemães convidaram capitalistas da Inglaterra e França para o Empreendimento.Os ingleses estavam desconfiados das pretensões alemãs tãoperto de sua colônia indiana, além do mais a Inglaterra também tinha interesses na Pérsia e Macedônia. A França dividia preocupações com a Rússia sob a influência alemã sobre a Turquia.

3) Entre as causas políticas podemos destacar o nacionalismo.Esse movimento, embora nascido com a revolução francesa, esboçou traços mais radicais em alguns países, como os movimentos da Grande Sérvia, o pans eslavismo na Rússia, omovimento revanchista na França, o pan-germanismo. A Grande sérvia fazia parte de um plano para integrar povos habitantes na Bósnia e Hezergovina, que faziam parte do Império Turco, Croatas e Eslovenos que estavam na Áustria Hungria. Quando a Áustria anexou em 1908 a Bósnia-Hezergovina o plano da grande sérvia virou-se contra os Habsburgos. E o clímax dessa disputa foi o atentado contrao príncipe austríaco Franz Ferdinand. O movimento dos sérvios pode ser conectado ao movimento pan-eslavista, pois existia a teoria de que todos fariam parte de uma grande família e que sérvios, búlgaros e montenegrinos nassuas lutas contra a Áustria e a Turquia podiam esperar ajuda da Rússia. Já o Movimento pan-germanico incluía os povos na Dinamarca, Holanda, Luxemburgo, Suíça, Austria, Polônia e Varsóvia.

4) Sistema de Alianças múltiplas: Dificilmente a guerra teriatomado tal proporção se não fosse esse sistema. Pois quando a Rússia interveio em favor da Sérvia , a Alemanha

se viu obrigada a defender sua aliada Áustria. Logo a França que estava ligada à Rússia e a Inglaterra foram todas arrastadas juntas. O inicio do sistema de alianças estava ligado à tentativa do Chanceler Bismark demanter o equilíbrio e assim evitar alianças anti hegemônicas contra a Alemanha. O maior receio de Bismark era quanto ao sentimento revanchista da França, por isso tratou de isola-la fazendo alinaças com seus amigos. A primeira tentativa foi a liga dos 3 imperadores, porém a Rússia acusava a Alemanha e a Austria-Hungria de furtar osdespojos da guerra contra o Imperio Turco. A nova aliança foi com a Áustria-Hungria que mais tarde se juntaria a Itália em 1882. Um dos motivos da adesão italiana foi a anexação da Tunísia pela França além do medo de um eventual auxilio francês ai papa. O sistema Bismarckiano acaba com a sua saída do governo quando o Kaiser Guilherme II ascende ao trono e o despede em 1890. O novo Kaiser tinha ideias menos apaziguadoras. OConde Caprivi, que assumira o lugar de Chanceler, tinha por ideal uma amizade coma Inglaterra. Afora que o Pan-eslavismo na Rússia viria contaminar a sua amizade com a Áustria. A Alemanha escolhe o lado da Áustria. A aproximação da França com o Rússia não fora apenas no âmbito político, economicamente estavam ligadas por enpreendimentos capitalistas e investimentos na Bolsa, logo os capitalistas franceses estavam preocupados com os acontecimentos russos.

5) O abandono do isolacionismo da Grã Bretanha. A Grã Bretanha estava se preocupando com o avanço alemão; a partilha da áfrica do norte entre GB e FR não poderia ter a intromissão da Alemanha;

A tríplice entente

O primeiro passo foi a aproximação da Rússia com a França em1890. Em 1894 assinaram um acordo secreto de irem um em auxilio do outro caso a Alemanha atacasse, oui a Áustria ou aItália com auxilio da Alemanha. A França e a Inglaterra após disputas na África assinaram em 1904 a entende cordiale, ondea França dava apoio a Inglaterra com suas pretenções no Egitoe a Inglaterra dava carta Branca para os avanços frnaceses no

Marrocos. A aliança entre Inglaterra e Russia foi ocasionada por causa das zonas de influencia asiática. Todas essas ententes eram informais. A Itália entre no acordo após acertas com a França (Itália fica com Trípole e a França com o Marrocos) a Itália seria neutra em caso de conflito com a Alemanha.

A primeira ameaça a entente foi quando a Inglaterra e a França não apoiaram a Rússia na anexação da Bósnia Hezergovina. Na realidade as duas alianças (tríplice entente e a Aliança) eram frágeis e instáveis.

Antes da guerra houve 5 grandes crises internacionais: 3 suscitadas pela questão marroquina e duas relacionadas pela disputa na Europa oriental. Essas crises só pioraram o sentimento de rancor, revanchismo e expuseram as verdadeiras alianças.

A primeira crise a ser deflagrada no Marrocos ocorreu entre França e Alemanha. No início do Século XX o Marrocos era independente e governado por um Sultão. Segundo a convenção de Madri de 1880 todas as nações teriam os mesmos privilégiosde negociação com o estado. Porém a França queria mais, queria o monopólio de comercio e ao mesmo tempo uma fronteirasegura com a Argélia. A França e Inglaterra fizeram um acordopúblico em que concordavam em proteger um Marrocos livre e independente. Porém o verdadeiro acordo era desmenbrar o morrocos entre FR e ESP e deixar a ING livre para agir no Egito. A Alemanha prevendo que seria passada para trás desembarcou no Marrocos e decidiu lutar por sua “liberdade”. O conflito teve fim no congresso de Algeciras onde a França obteve legitimidade para negociar no Marrocos, que mantinha sua aparente independência. Mais duas crises seriam desencadeadas antes da guerra. A última foi quando a Inglaterra se posicionou ao lado da França. A questão só resolveu-se quando a França deu um pedaço do congo francês à Alemanha.

Nos Bálcãs a crise tem inicio na anexação da Bósnia e Hezergovina pela Áustria, que de acordo com o congresso de Berlim deveria apenas administra-la, mas a posse efetiva continuava sendo do Império Turco. A Sérvia também cobiçava

esses territórios e pede ajuda a Rússia, que vinha de uma derrota para o Japão, e não se dispôs a ajudar. A inimizade entre Servia e Áustria só crescia, assim como o nacionalismo dos jovens Turcos. As atrocidades feitas pelo sultão otomano contra os povos eslavos levantavam a raiva de macedônios, sérvios, búlgaros etc. Em 1912 com apoio da Rússia foi criadaa liga Balcanica para a conquista da macedônia. Pouco tempo depois o Impérios estava em pedaços e os despojos seriam disputados. Em um acordo secreto a Albânia seria entregue a Sérvia, porém na conferencia de paz, a Áustria foi contra e conseguiu apoio da FR e ING. Desde então as agitações anti austríacas na Sérvia e na Bósnia tomavam mais corpo.

O estopim da guerra também foi uma questão balcânica: O assassinato do Principe Francisco Ferdinando. Ele seria o próximo imperador e tinha ideias de cria uma monarquia triplaÁustria – Hungria e Eslava. Os Sérvios tinham medo dessa influência pudesse conformar os croatas e eslovenos com o domínio dos Habsburgos.

Quando foi confirmada o envolvimento de Sérvios no ataque os Austríacos fizeram diversas exigência para a Sérvia, que acolheu quase todas. A Áustria ainda não satisfeita mobilizousuas tropas, assim como a Sérvia. Ao mesmo tempo a Rússia nãotoleraria um ataque à Sérvia e iniciou a mobilização de seus exércitos.

Neste momento o sistema de alianças já tinha sido acionado. ARússia já contava com o apoio da França. E a Alemanha pôs-se ao lado da Áustria. Porém até o último momento a Alemanha alimentava a esperança que a Rússia não interveria. Quando a Rússia se pronunciou a Alemanha tentou frear a Áustria, mas aessa altura já era impossível. De todas as potências a única que não havia se pronunciado era a Inglaterra. A Inglaterra prometeu à França que caso a esquadra Alemã fizesse algum movimento hostil no canal da Mancha ou contra os Navios Franceses na Costa ou no Mar do Norte ela iria ao seu auxílio.

Porém a entrada da Inglaterra na guerra foi devido para garantir a neutralidade da Bélgica (assinado em 1839). Para Inglaterra era se suma importância evitar que os países

baixos caíssem sob julgo de outras potências. Eles deveriam permanecer independentes ou neutros.

Outros países aos poucos foram levados à guerra: o Japão em parte porque era aliado da Inglaterra e em parte porque queria as possessões Alemãs no Extremo oriente; a Turquia negociou uma aliança com a Alemanha; a Itália declarou-se neutra até 1915, quando foi seduzida por promessas de territórios.

“A ambição econômica e a preocupação com a segurança ou com agrandeza nacional levaram muitos estados europeus a adotar linhas de ação que colocaram o continente à beira da guerra. A guerra não era o objetivo, mas foi o resultado inevitável quando se tornou impossível conciliar as ambições nacionais antagônicas”

A Primeira Guerra Mundial foi o produto do chauvinismo, de ambições de prestígio nacional, da competição capitalista pornovos mercados e campos de investimento, dos ódios seculares entre nações e dos temores suscitados pelas crises e pelas corridas armamentistas.

A Primeira Guerra foi marcada pelas trincheiras, pelos gases venenosos, o lança chamas, ou seja era um novo jeito de fazerguerra. Agora nem a população civil estava imune a selvageria.

OS EUA na guerra: Uma das causas a ser considerada é o fato da maioria da colonização America ser inglesa e portanto sofrer grande influencia nos americanos, outra causa é o fator econômico, pois, os EUA vendiam muitos armamentos para a ING, RU e FR, a maioria eram comprar feitas à crédito ou por meio de empréstimos lançados nos EUA. Por isso uma vitória da entente seria interessante para os americanos. O presidente Wilson, também foi causa essencial para a entrada americana na guerra, ele acreditava que os EUA poderiam reestruturar o mundo após a guerra, com uma nova ordem socialbaseada em uma liga de nações. Para tanto acreditava em uma paz sem vitórias, sem humilhações ou penalidades surgindo assim um novo regime de conciliação entre as nações . O presidente não acreditava que nenhum lado tinha razão

absoluta, mas estava cada vez mais preocupado com as atitudesalemãs de militarismo, autocracia e desrespeito ao direito internacional. OS EUA não queriam uma supremacia Alemã na Europa.

A causa imediata, porém foi o bloqueio decretado por Berlim, que bombardearia qualquer submarino ou navios neutros que atracassem em portos Britânicos. O Presidente Wilson replicoudizendo que as nações que os bombardeassem seriam responsáveis. Em 2 de abril de 1917 a guerra é declarada.

Em 1917 o Czar Russo é destronado, após sucessivas perdas na Guerra. A Revolução Russa tira definitivamente a Rússia da guerra em 1918. A Itália manteve a Áustria afastada por bastante tempo, porém seu exercito já estava cansado e fraco quando foi atacado.

Muitas tentativas de negociar a paz surgiram: por parte do papa Bento XV, uma paz sem indenizaçõpes, anexações e que no futuro as disputas fossem pela arbitragem; pelos socialistas,holandeses, russos tentaram organizar uma conferencia, mas a FR e ING impediram que quaisquer cidadãos de seus países participassem. A mais famosa dessas propostas foram os 14 pontos de Wilson:

1) Fim da diplomacia secreta 2) Liberdade dos mares 3) Eliminação das barreiras econômicas entre as nações;4) Limitação de armamentos 5) Ajuste imparcial das pretensões coloniais 6) Evacuação da Rússia 7) Restauração da independência Bélgica 8) Alsácia e Lorena de volta à França. 9) Reajustamento das Fronteiras italianas 10) Desenvolvimento autônomo dos povos da Áustria Hungria11) Restauração da Romênia, da Sérvia, do Montenegro com

acesso ao mar para a Sérvia12) Desenvolvimento autônomo dos povos da Turquia;

abrindo os estritos 13) Polônia independente com acesso ao mar 14) Liga das Nações

Aos poucos a Alemanha se via isolada, e a revolta dos soldados e da população era cada vez mais forte, até o Kaiserrenunciar e fugir para a Holanda. Friedreich Ebert, um socialista, assume e inicia as negociações de paz.

A Paz dos vencedores

A paz não foi negociada, os Alemães e Austriacos só foram chamados à mesa para assinar a sua capitulação. E o acordo aofinal das contas foi esboçado pelos EUA, FR e Inglaterra. O tratado de Versalhes de 1919 foi um embate entre Wilson, o idealista porém inflexível; David Lloyd George, político, matreiro; Clemenceau, velho e cético queria tirar o máximo deproveito para França nessa situação.

As nações, e os vencidos esperavam um tratado com base nos 14pontos, porém só Wilson os levava a sério. No fim das contas apenas 3 foram cumpridos: restauração da Bélgica; restituiçãoda Alsácia Lorena para França, e a Liga das Nações.

A Europa foi repartida pelos vencedores, muito porque foram revelados os acordos secretos da Rússia pela revolução Bolchevique.

Em consequência do tratado de Versalhes a Alemanha era despojada de 1/6 das suas terras aráveis, 2/5 do seu carvão, 2/3 de seu ferro e 7/10 do seu zinco. A Prússia Oriental ficava separada do seu território. O país era obrigado a entregar sua frota à Inglaterra, à França e a à Belgica. Foi desarmada, entregou submarinose navios. Foi reduzida as suas forças armadas, o alistamento seria voluntário e não poderia manter tropas na Renânia. E mais a cláusula da culpa.

À Áustria foi imposto o tratado de St. Germain: Reconhecia a independência da Hungria, da Tchecoslováquia, da Iugoslávia eda Polônia. Era obrigada a entregar à Itália o Trieste, o Tirol Meridional e a península da Ístria. A Áustria era reduzida a um estado pequeno, sem acesso ao mar e não poderiaunir-se Á Alemanha.

À Hungria foi imposto o tratado de Trianon, que violou cruelmente a autodeterminação dos povos: a Eslováquia fora

cedia à Tchecoslováquia, a Transilvânia à Romênia e a Croáciaà Iugoslávia.

À Turquia foi imposto o tratado de Sèvres: A Armênia seria reorganizada em uma república cristã; que a maior parte da Turquia europeia fosse entregue à Grécia; que a palestina e aMesopotâmia se convertessem em mandatos Britânicos; a Síria seria um mandato Francês e a Anatólia Meridional para a Itália. O Sultão concordou com o Tratado, mas o movimento nacionalista liderado por Mustafá Kemal impediram tal execução. As forças revolucionárias tomaram a Armênia, a Anatólia e reconquistaram boa parte da Turquia entregue aos Gregos. Depuseram o sultão e proclamaram a república. Em 1923foi feito um novo acordo em Lausanne com praticamente todo o território conquistado pelos revolucionários.

A Liga já nasceu praticamente inútil quando o presidente Wilson fez tantas concessões para agradar as potências, inclusive não chamando a Rússia ou Alemanha para a Liga.

Os maiores feitos da liga foram:em 1920 uma disputa entre Finlândia e Suécia sobre as ilhas Aland. Em 1925 impediu um ataque grego à Bulgária, com ameaças de boicote econômico; em1923 evitou que o Peru e Colômbia entrassem em guerra pela província de Letícia. Porém, as grandes questões e principalmente envolvendo as potências era inoperante. Em 1920 a Polônia anexou Vilna da Lituânia. A Itália não admitiua sua intervenção em um conflito com os gregos e pediu arbitramento para a Inglaterra e França. O Japão tomou a Manchúria em 1931, a Itália tomou a Etiópia em 1935.

Porém o trabalho social da liga não pode ser desdenhada, ajudou países pobre no combate de doenças, reprimiu o tráficode ópio, realizou plebicitos, ajudou refugiados e iniciou a codificação do direito internacional.

CH 28 Ditadura e democracia entre duas guerras

1. A Revolução Fascista na Itália

A Itália, mesmo lutando ao lado da entente, não estavba satisfeita com o resultado, na realidade nada saíra como pretendido, não conseguiram territórios que almejavam na

Turquia, que ficaram com a França, nem na Abissínia. Os governantes eram acusados de corruptos, cínicos e decadentes.O sentimento da geração mais jovem era de derrotismo e humilhação. Neste cenário o nacionalismo tomou matizes mais radicais : “O Estado é a manifestação suprema de Deus na Terra”. O grupo queria restaurar a Itália à sua gloria do passado: “Nada ao indivíduo, tudo pela Itália”. As ideologiasradicais se colocavam contra o liberalismo, o individualismo,a democracia.

A grande impulso para a tomada fascista da Itália, foi o resultado da primeira guerra. A Itália era um país pobre e mobilizou soldados e dinheiro para conter os Austriacos e segundo sua visão não recebeu recompensas suficientes para tal esforço.

Mesmo ficando com os territórios prometidos por tratados secretos na Austria, a Itália queria participar dos despojos da guerra, queria territórios na África etc. Porém não foi lhe dada a chance de participar na nova partilha.

Pode-se perceber também que as causas financeiras foram de grande importância, como a inflação, a queda dos salários devido a alta oferta de mão de obra (soldados que retornavam)etc.

A Itália, em 1918-1921, passou por um grande movimento de ordem bolchevique. O partido socialista conseguiu parte da câmara dos deputados, operários de apropriavam de fábricas, eaté na zona rural o perigo se espalhou. Por meados de 1921 o perigo havia passado e esse foi mais um dos motivos para as classes altas e médias apoiarem o fascismo.

O Governo italiano via-se numa situação de paralisia extrema,com os dois partidos principais brigando pelo poder, e ao mesmo tempo sem consenso em construir um gabinete. Quando isso acontecia o gabinete não durava tempo suficiente para que algo fosse realizado. Somando-se a isso existia um crescente sentimento de que o parlamentarismo era um ideia importada e que o governo de um homem só seria maios eficaz.

Mussolini foi uma figura contraditória, dizia-se socialista, acusava o imperialismo entre outras coisas que acabaram em

contradição ao seu discurso. Foi jornalista, alistou-se para lutar na primeira guerra e quando voltou da guerra trabalhou pela revolução fascista.

Em 1922, iniciou o movimento revolucionário que revindicava 5gabinetes para o partido, abolição do senado e novas eleições. Em 28 de outubro aconteceu a “marcha sobre Roma”. Cerca de 50 mil milicianos fascistas ocuparam a capital. O primeiro ministro renunciou e Victor Emanuel III convidou Mussolini para organizar um gabinete.

Em 1925 Mussolini cassou todos os advogados anti fascistas, aboliu todos os outrso partidos e o sistema de gabinete, ou seja, não existia mais nada entre ele e o Rei.

O sistema fascista era baseado no corporativismo. Não existiam mais cidadãos, ou o individualismo, tudo era para o estado. Não deveria existir lutas de classes, o estado deveria intervir em eventuais desacordos. O Estado coorporativo não acredita no laisser faire, pois o Estado comanda a economia. Porém, a propriedade privada e os capitalistas eram considerados como classe produtiva.

Dentre as outras características do fascismo podemos destacar:

O totalitarismo: Nada é maior que o estado, nada está acima do estado, e os seus súditos devem ter um objetivo comum para o bem do estado. Só deve existir um partido, uma educação, uma imprensa: a fascista.

Nacionalismo: A nação tem alma e vida própria. Não existemduas nações com interesses iguais. Uma nação só se torna forte pela autossuficiência, por um exército poderoso e pela alta taxa de natalidade.

Idealismo: Essa filosofia era contra o determinismo geográfico, não é porque um estado não tem recursos naturais que não possa se tornar uma potência.

Romantismo: Era a oposição do racionalismo, o fascismo eraemoção, fé mística, culto ao herói e não só intelecto.

Autoritarismo: A Elite mais forte tem o direito de governar, e os súditos tem deveres e não direitos. Não é

necessário que se tenha liberdade e sim ordem, trabalho e prosperidade.

Militarismo: A luta regenera o homem, recupera os ociosos.A nação que não se expande morre.

Apesar de algumas conquistas positivas como a queda do analfabetismo e obras de infraestrutura, a vida do trabalhador não havia mudado tanto. Pois o aumento da renda foi compensado pela alta dos preços (desencadeado pela tentativa de autossuficiência). Além de duas empreitadas de Mussolini no terreno militar como a intervenção na guerra civil espanhola e a tentativa de conquistar a Etiópia.

O Triunfo Nazista na Alemanha

O Tratado de Versalhes foi uma dura imposição à Alemanha derrotada, portanto, nenhum regime imposto por ela seria duradouro o suficiente, e foi o que ocorreu com a República de Weimar. Uma coalizão de centristas, socialistas e democratas que compôs uma constituição com direitos ao cidadão, ao indivíduo e ao trabalhador, com sufrágio universal e garantias contra a dura sociedade industrial.

As causas da ascensão do Nazismo são muitas, dentre elas podemos destacar o sentimento de derrota e de humilhação no pós guerra. O povo Alemão não compreendia a derrota de um exercíto tão poderoso e preparado, de uma economia pujante e mais eficiente que a Inglesa, não fazia sentido. Muitas teorias surgiram, inclusive conspirações que judeus e socialistas teriam entregado a nação aos inimigos.

A grande inflação de 1923 foi uma das causas econômicas. O exercito Francês invadiu o Vale do Ruhr e os mineiros locais fizeram greve. Para apoia-los o governo emitiu mais moeda a fim de sustenta-los. Porém em uma economia já inflacionada foi a sentença de morte. No fim daquele ano o Marco já não tinha valor e quem vivia de rendas ou alugueis estava na pobreza. Porém, quem especulava ou aproveitou para comprar imóveis, fábricas e terras a preços muito baixos ganhou muitas vantagens. E a crença de que todos esses eram judeus foi se espalhando.

Junte-se a isso, um estado que já tinha tradição militar e com medo do bolchevismo, que crescia em números alarmantes para os capitalistas. Mas o golpe final foi a grande depressão. “ A perda da liberdade política e intelectual representava um pequeno sacrifício a fazer em troca da vantagem inapreciável da segurança econômica”

Em 1933 o parlamento Alemão sucumbira a paralisia, nenhum partido admitia que outro controlasse o gabinete. Até que um grupo de reacionários propõem o nome de Hitler como chanceler, na esperança de manipula-lo. O poder e influência de Hitler só cresceram e após o incêndio do Parlamento, que ele afirmava veementemente ser de origem socialista, ficou mais evidente seu poder. Nas ultimas eleições parlamentares opartido nazista une-se ao nacionalista e com a maioria é dadopoderes ilimitados a Hitler e é o fim do parlamento.

O estado Nazista era fortemente centralizado (abolindo a federação), a censura foi imposta com força, os judeus punidos. Os socialistas reclamavam do conservadorismo do programa de Hitler, mas não por muito tempo, pois os acusadores forem mortas em 1934 no famoso expurgo sangrento.

A grande diferença entre o Nazismo e o Fascismo italiano era o racismo. O regime Alemão acreditava na superioridade da raça ariana. Assim como o fascismo também eram idealistas, e tinham o camponês como o representante ideal da raça ariana pura. Glorificavam a vida simples (uma fuga da dura realidadeindustrial e do sentimento de inferioridade imposta no pós guerra.)

Em 1934 após a Morte do general Von Hindenburg, que ainda tinha o posto de presidente, é que Hitler acumula os dois títulos e por meio de um plebiscito declara-se Fuher.

O Regime Comunista na Rússia

As causas da revolução são muitas, mas todas ligadas a um governo corrupto e ineficiente, que além de tudo levou a guerra uma nação que nem fuzis tinha para se defender.

A primeira fase da Revolução deu-se em 1917 com a abdicação do Czar. Os rumos da guerra, a inflação alta e incontrolável

a escassez de alimentos, carvão foram somadas a rancores da revolta mal sucedida de 1905. Na queda do Czar foi formado uma Duma: Lvov, o primeiro ministro; Paulo Milykov, ministro do exterior e Alexandre Kerenski, ministro da justiça e únicosocial revolucionário, já que os outros dois eram burgueses liberais.

A ideia dos liberais era uma monarquia constitucional como a Inglesa. Porém seu grande erro foi forçar a Rússia a permanecer na guerra para honrar os seus compromissos internacionais na esperança de conseguir o que os tratados secretos prometial. Mas essa atitude expansionista não interessava ao povo russo, já massacrado pela guerra e faminto.

Kerenski assume a Duma e tenta retirar seu país da Guerra nem êxito. Portanto continua na guerra e tenta instalar uma ditadura: a queda de Kerenski selaria o destino da Rússia.

Em novembro de 1917 inicia-se a segunda fase da revolução comos bolcheviques no comando. EM 1903 o partido social democrático se fragmenta entre bolcheviques, marxistas, e mencheviques, revisionistas. Neste dia os bolcheviques tomama capital sem quase esforço: Paz, Terra e pão.

No poder decretaram a ditadura do proletariado e nacionalizaram as terras dando direito de uso aos camponeses.O movimento seguinte foi transferir o controle das fábricas para os operários ou para o Estado (as de importância estratégica). Os bancos foram nacionalizados e a Duma deixou de existir.

Mas o assunto mais importante era a guerra. Tentaram negociara paz sem compensações e anexações mas foram barrados. Só restava uma alternativa: assinar um armistício com a Alemanhã. Em 1918 foi a ssinada a paz de Brest-Litovski. A paz veio com muitas concessões. A Rússia evacuaria dos territórios da Estônia e Finlândia reconheceria a independência da Ucrânia e permitia que as potências centraisdefinissem o paradeiro da Polônia, Letônia e Lituânia.

A paz não veio internamente, a Rússia explodia em uma guerra civil, comandada principalmente por aqueles que perderam suas

propriedades e foram alijados do poder. As potências da entente trataram de enviar tropas para ajuda-los. EM 1920 a guerra acabara e os bolcheviques saíram vitoriosos, com um regime ainda mais autoritário.

Logo em 1921 foi lançada a NEP – Nova Política Econômica – que autorizava o comercio e a manufatura particular, assim como a comercialização de produtos pelos camponeses. Reintroduziu o pagamento de salários. Essa política durou até1928.

Em 1924 Lênin morre e a disputa dentro do partido recai sobreTrotski e Stalin. O plano de Trotski era espalhar a revolução, pois o seu êxito só seria possível quando o capitalismo fosse eliminado. Já Stalin preferia abrir mão de espalhar a revolução a fim de concentrar as forças para transformar a Rússia, era mais nacionalista. Ao fim da disputa Trotski foi expulso do partido e por fim banido da Rússia.

Com Stalin do poder se inaugura uma nova fase bolchevista. A desigualdade salarial aumentou, assim como o militarismo e o nacionalismo. O regime começa a interessar-se pelo jogo internacional de poder. Os objetivos da Rússia eram a autossuficiência e a militarização e por isso necessitavam decontatos internacionais. Com o crescimento do nazismo iniciaram uma política de aproximação com a França, para fazer frente a Alemanha. Porém quando Stalin desconfiou que Churchil estava deixando que Hitler se expandisse para leste tratou de firmar um acordo de não agressão com ele.

Houve 3 constituições:

1) Constituição de 1918 da República Socialista Soviética Federativa Russa que estabelecia um governo bolchevista que abrangia a Grande Rússia e a Sibéria Ocidental. Possuía uma hierarqua: na Base os sovietes de operários e camponeses, no ápice um Conselho de Comissários do povo.

2) Constituição de 1923 da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Que abrangiam a Ucrânia, o Azerbaijão, Armêniae a Geórgia. Agora no alto de toda estrutura havia um Congresso Pan soviético, um comitê executivo Central

eleito pelo congresso, e um conselho de comissários da União eleitos pelo Comitê central.

3) Constituição de 1938 – aprovada pelo povo em votação aboleo voto indireto, a partir daquele momento a Rússia teria ovoto universal e secreto a partir dos 16 anos. O povo poderia votar não só para os sovietes locais mas também para o parlamento. Agora a URSS contava com 11 repúblicas.Ainda nessa constituição temos a declaração de direitos docidadão. (Porém a liberdade de imprensa e palavra ainda não era real).

Em 1939 praticamente todo o comércio emanufatura privados tinam sido abolidos, assim como as fazendas, tudo era controlado pelo estado ou cooperativas. A religião era tolerada, mas não podia realizar obras beneficentes ou de ordem educacional. No regime russo eram prezados a vocaçãocoletiva sobre a individual, o nacionalismo o patriotismo,o respeito a propriedade pública e a devoção ao trabalho.

As democracias entre duas guerras Essencialmente três das grandes potências permaneceram democráticas: França, Inglaterra e os EUA. Dos países menores podemos citar a Holanda, a Bélgica, a Finlândia, algumas repúblicas latino americanas. Grande parte do mundo havia se tornado ditaduras. A Itália era fascista, aAlemanha Nazista, a Hungria foi dominada por uma oligarquia de latifundiários, a Polônia, a Turquia, a China e o Japão eram essencialmente ditaduras militares. As democracias tinham acesso e eram países fartos de recursos naturais e territoriais. Enquanto as ditaduras não conseguiam nem acesso nem escoar sua produção, por barreiras tarifarias e restrições impostas. A solução foi a permuta. Como no caso da Alemanha (comercio com o Brasil). Porém nem os democráticos não estavam estáveis devido a guerra, nem os ditatoriais não conseguiam trocas satisfatórias. O período entre guerras foi marcado pela euforia e depois depressão. O Comércio da Inglaterra estava arruinado, o país estava endividado com os EUA, não conseguia cobrar assuas dívidas com seus aliados, e seus mercados hoje já

eram mais independentes das suas manufaturas. Com tudo isso começou a ficar evidente que o planejamento e a intervenção do estado poderiam ser uma saída.

Os primeiros anos do entre guerras os EUA eram o país maispoderosos e credor de cerca de 11 bilhões dos países europeus. Tudo era prosperidade. Porém, não duraria muito.Os preços estavam artificialmente altos por causa da guerra, e muitos fazendeiros endividaram-se na esperança que os preços não iriam baixar. Na mesma onda abriram-se mais fabricas e minas de carvão que o necessário, na ilusão de um mercado inexistente. A desigualdade na distribuição também era imensa. Os lucros milionários cresceram muito mais que a renda das massas. Conforme os produtos iam subiando ao longo do tempo os salários não acompanhavam. Outra grande ilusão foi o capital que fora ganhado na guerra e investido na ampliação da industria nacional que não teria para onde escoar a produção pois seus mercados estavam quebrados. Em 1929, a especulação do mercado era forte e as vendas deações começaram a crescer. Uma segunda causa foi que os capitalistas não estavam dispostos a baixar os preços ou aumentar salários para escoar a produção. A situação só teria um alento com o New Deal de Roosvelt. As primeiras medidas foram de fechamento por dez dias de todos os bancos e o cancelamento da exportação de ouro e prata. Pouco depois seria abandonado o padrão ouro. Roosvelt inchou o mercado com a emissão de moedas para tentar fazer os preços subirem. Foram impostas restrições ao uso de crédito bancário a fins de especulação. O mercado financeiro foi regulado com mais rigidez. Através da lei de reconstrução industrial foi financiado uma série de projetos de infraestrutura, de educação e principalmente construção civil afim de gerar empregos e absorver a massa de desempregados.

O Fracasso da Paz Wilsoniana Os quatorze pontos foram ignorados e as imposições severascontra os perdedores só pioraram a situação e ressurgir sentimentos de vingança, nacionalismo, chauvinismo etc.

Outro grande erro foi declarar a Rússia e a Alemanha como nações fora da lei e portanto uma aproximação entre ambas foi inevitável, como o tratado de Rapallo de 1922 que estabelecia relações diplomáticas e comerciais e ainda c ancelava dívidas e revindicações anteriores à guerra.

Os tratados de 1919-20 já nasceram praticamente com letra morta. A divisão da Europa, pelo conceito de autodeterminação dos povos, só acirrou mais antigas desavenças, competições comerciais e armamentistas. Agora todos queriam a autossuficiência e a competição se tornavacada vez mais acirrada. As principais potências vencedoras da guerra, FR e ING, também não se entendiam. O único ponto em comum era barraro expansionismo bolchevique. A França só tinha olhos para a Alemanha e o medo que essa se levantasse numa saga de vingança, portanto, a única solução era impor a execução rígida dos tratados assinados. Para garantir esse objetivo, a França ativou seus sistema de alianças, com países menores, incentivando-os a manterem grandes exércitos, vigiarem a Alemanha e pegarem empréstimos da França. (Bélgica, Polônia, Iugoslávia, Tchecoslováquia, Romênia). Já a Inglaterra, a segurança não era a maior preocupação. Seu grande objetivo era restaurar seu comércio e para issoera interessante restaurar o equilíbrio e voltar a relaçãocom todos os seus ex-parceiros comerciais, como a Alemanha. Por isso passou a abonar algumas dívidas, reduzir reparações etc. A disparidades entre a política das duas nações ficou maisevidente em 1923, quando a França decidiu invadir o Ruhr como compensação para o atraso do pagamento da dívida e a Inglaterra não dá apoio. Esse foi o fim da Entente. Os EUA também não colaboraram com o equilíbrio europeu, pois retornaram ao seu isolacionismo e nem mesmo ratificaram os tratados ou se que fizeram parte da liga das nações. (Para os Americanos a Europa não tinha jeito, continuavam com seus antigos hábitos expansionistas, de diplomacia secreta etc.)

Tentativas de Salvar a Paz Na década de 1920 foram assinados os acordos de Locarno: AAlemanha e França comprometiam-se em respeitar as fronteiras no Reno. A partir desse acordo (1925) seguiram uma série de acordos entre Alemanha, França, Bélgica, Tchecoslováquia, Itália, Polônia e Grã Bretanha para o respeito de fronteiras e a não tentativa de revisar os tratados pelo uso da força ou armas, e ainda a resolução pacífica de todas as disputas. Esse foi o “espírito de locarno”. Porém não ficou acertado nada sobre as fronteiras orientais ou as antigas disputas. Outro acordo para manter a paz foi o Pacto de Paris Briand-Kellogg. Um movimento americano pró paz. A ideia era fazer com que a guerra fosse posta fora da lei como crime ou pecado. A França e os EUA renunciavam à guerra, assim como mais 15 nações reunidas em paris para celebrar o pacto.

O Fracasso do desarmamento

A clausula do desarmamento ficou por conta da Liga das Nações. Mas o primeiro passo foi dado pelos EUA. Pois era de seu interesse desarmar principalmente o Japão, ou entãoreforçar sua armada naval. Para isso convocou uma conferencia em 1921 em Washington onde compareceram: França, Inglaterra, Bélgica, Holanda, Itália, China, Japãoe Portugal. Nesta conferencia estabeleceu-se uma quantidade máxima de navios de guerra e dentro de 10 anosnão poderia ser construído nenhum navio de guerra. Outra clausula nesse tratado era que todas as 9 nações respeitariam a integridade da China. Outra tratado desta época foi o Tratado das 4 potências: EUA, Japão, Grã Bretanha e França. Todas se comprometiam em respeitar suaspossessões insulares no pacífico.

Outros acordos foram tentado, mas todos com resultados medíocres, como o de 1927, ou de Londres em 1930. Mas a mais trágica das conferencias foi Genebra 1932, nenhum acordo foi alcançado e uma a uma as nações foram desistindo, já em 1934 a Alemanha sobre a bandeira nazista

não pretendia mais se desarmar muito pelo contrário. O orçamento militar da Alemanha ultrapassava e muito aquele estipulado por Versalhes e na França já se falava em guerra preventiva.

O Fracasso da recuperação econômica

A grande depressão foi sem dúvida uma das causas importantes do fracasso da paz. A deflação, a dívida de guerra, o desequilíbrio orçamentário, o desemprego eram cada vez maiores. Os mercados perdidos ou destruídos na guerra nunca mais foram recuperados. O mais o grave era onacionalismo econômico: tarifas elevadas, cotas de importação, controles de cambio e acordos de permuta deixaram o comercio internacional quase paralisado. Bancosquebravam, países acabaram com o padrão ouro. O Japão e a Itália trataram de conquistar mercados pela espada, um na Manchúria e outro na África. A crise era tanta que em 1932foram fechados os acordos de Lausanne que aboliam praticamente as reparações de guerra. Em 1933 foi convocada a Conferencia econômica Mundial pararesolver 3 dos principais problemas: As dívidas intergovernamentais, as tarifas e a estabilidade das moedas nacionais. A conferencia se desfez sem alcançar nenhuma solução concreta.

Na Senda de Munique

O Cenário internacional durante a ´decada de 1930 desenhava-se com duas tendências, os países insatisfeitos,que agiriam com mais agressividade; e os insatisfeitos, aqueles que muitas vezes tentaram uma política de apaziguamento, muito ineficaz e às vezes subserviente. Um dos exemplos dessa política foi a invasão do Japão no território Chinês da Manchúria, sob o pretexto de um incidente envolvendo uma estrada de ferro japonesa. Mesmo apelando para a liga das nações, nada foi feito, apenas relatórios longos com visitas demoradas. Ao fim das investigações da liga, o Japão já havia tomado posse do território Chinês.

As potências vencedoras da 1º guerra estavam em depressão econômica, principalmente a Inglaterra, que entrava em umarecessão no anos de 1931. Portanto retaliar qualquer país naquele momento não seria prudente. Para Os EUA, repreender o Japão seria colocar em risco o delicado equilíbrio ocidental com a China e a Rússia. Em 1935 a Itália invadiu a Etiópia, que pediu auxílio a Liga. Foram declaradas sanções contra a Itália. A França ea Inglaterra em um delicado período de crise não queriam ter a Itália como inimiga ou cessar o comércio, principalmente o de petróleo. Por isso as sanções foram muito leves, praticamente garantiram a vitória Italiana. EM 1936 Mussoline declara o Império Italiano. Em 1936 foi a vez de Hitler. Convocou o alistamento obrigatório o aumento da Marinha e militarizou a Renânia, indo contra os acordos de Locarno e o próprio tratado de Versalhes. A França nada podia fazer a não ser protestar, pois internamente se instalava a total instabilidade com greves e luta de classes. A queda da Renania, foi o aviso para que as nações enterrassem de vez a noção de segurança coletiva e pensassem apenas em si. A Bélgica se desfez dos acordos deLocarno para voltar a sua posição de neutralidade, assim como a Suiça. O Canadá persuadia a Inglaterra a não envolver-se nos conflitos. Uma a uma as nações tentavam sedesvencilhar dos antigos pactos para não entrar na guerra que parecia cada vez mais inevitável.

PS: Em 1935 Mussoline tinha entrado em acordo com a Françae a Inglaterra( Frente de Stresa) para assegurar o cumprimento dos acordos de locarno e a não anexação da Áustria pela Alemanha. Porém com a eclosão da Guerra civilespanhola rompeu-se a frente, pois o Conde tinha interesses na Espanha fascista. A ideia de um regime fascista que isolaria a França de suas posessões na África, e ficasse aos pés da Inglaterra agradava muito a Hitler também. A partir de então os dois ditadores formaram uma aliança que mais tarde seria conhecida como oeixo Roma-Berlim. Foi assinado entre eles mais o Japão o pacto Anti-Komintern.

A guerra civil durou 3 anos. De um lado os insurretos de Franco apoiados pela Itália e Alemanha e por outro lado osrepublicanos que recebiam treinamento e alguma ajuda dos Russos. A França e a Inglaterra envolvidas em suas políticas de apaziguamento declararam que não interviriam.Franco venceu e foi reconhecido. Em 1938 Hitler, mais uma vez contrariando o tratado de Versalhes anexa a Áustria, quase sem esforço ou resistência austríaca. Agora faltava resolver a situação da minoria Alemã que habitava na Tchecoslováquia, mais precisamente na região dos Sudetos. A crise poderia facilmente ser o desfecho da guerra. Pois a Tchecoslováquia tinha acordos com a Inglaterra, França e Rússia. Na tentativa de evitar isso, o primeiro Ministro Inglês, Chamberlain, o Francês, Daladier e Mussolini forama Munique negociar com Hitler. A conferência mostrou-se inútil, primeiro Hitler anexou ops SUdetos, depois em 1939separou a Tchequia da Eslováqua, a Boemia e a Morávia, anexando-se à Alemanha. Nesta época a Alemanha permitiu que a Hungria anexasse a Croácia. A Rússia sentia-se mutuamente excluída dos acordos e temerosa da expansão de Hitler. A desconfiança que o Ocidente estava colocando o foco da guerra para leste na intenção de, não apenas, livrar suas peles, como também, atingir à Rússia. Essa foiuma das razões para a assinatura do Pacto Germano-Soviético de 1939, que deixaria Hitler livre para atacar aPolônia.

A Segunda Guerra Mundial Algumas causas são comuns a primeira e a segunda guerra: onacionalismo, a anarquia, e as lutas em torno do equilíbrio de poder. Porém o cenário Pós guerra de 1919 era bem diferente. A Alemanha e a Rússia haviam sido diminuídas para uma potências de segunda ordem, os EUA se transformaram em credores mundiais, a França e a Inglaterra embora vencedoras estavam em crise econômica. Acrise era em torno das nações favorecidas (grandes territórios, colônias, comércio) como a Grã Breteanha, França, Rússia, EUA e as desfavorecidas (pequeno

território, mas população grande, sem posses ultramarinhas) como Japão, Alemanha e Itália. Além do cenário citado a cima, podemos perceber que a própria Revolução Industrial foi de grande relevância paraa eclosão da segunda guerra. Mudou o meio de produção e arelação dos trabalhadores, criando novas classes trabalhadoras, novas companhias, trustes, holdings etc. Tudo isso gerou mão de obra mal paga, desemprego e principalmente superprodução. Para afastar esses temores oestado foi acionado e cada vez era mais intervencionista emuitas vezes nacionalista exacerbado. “Na medida em que reduziam o comércio Internacional (busca pela autossuficiência) e intensificavam o antagonismo entre as nações, contribuíam para tornar a guerra inevitável.”

A Depressão foi uma das grandes causas econômicas da Segunda Guerra. Com ela veio o protecionismo, barreiras tarifárias, abandono do padrão-ouro, restrição de importações, acordos bilaterais, que por ora pareceram úteis, mas só estancaram e estrangularam mais a economia mundial. Um dos reflexos imediatos foi o desemprego. E muitas vezes a indústria armamentista foi um meio de evita-lo, mas trouxe desconfianças. Como por exemplo, a Alemanha. Em 1935 investiu na indústria pesa e praticamente acabou com o desemprego. Provavelmente, sem a depressão jamais teria surgido os regimes totalitários, pois com ela a população concluiu que o capitalismo, o socialismo e a democracia haviam falhado e portanto precisariam de qualquer regime que prometesse a prosperidade de volta. Burns ensina que alguns teóricos colocam todas as causas citadas a cima como circunstanciais, que na realidade todaa guerra é pela lógica de poder, pois existe uma anarquia no sistema mundial. Todos os estados almejam o poder (estado de natureza de Locke) e portanto existe o conflito.

O início das hostilidades O início foi marcado pela realização da Inglaterra e as outras potências de que Hitler não iria anexar só

territórios onde houvesse maioria Alemã, seu plano de extensão era muito maior. Quando Hitler desmembrou a Tchecoslováquia e ameaçou a Polônia pode-se sentir suas reais pretensões e que a política de apaziguamento não eramais uma saída viável. A França e Inglaterra concluíram umpacto dizendo que ajudaram qualquer nação que se sentisse ameaçada pelo regime nazista. O pacto de não agressão com a Rússia era a segurança de Hitler para poder atacar a polônia, pois a Rússia não iriaauxiliar nem a Inglaterra nem a França naquele país. Além disso, haviam assinado uma cláusula secreta sobre a divisão da polônia. Hitler tinha certeza que invadiria a Polônia e nada aconteceria, que o pacto francês-Inglês não passava de mais uma falácia, que a política de apaziguamento seria posta em pratica mais uma vez, pois agora ele tinha a Rússia neutra. Porém, a Inglaterra após alguns avisos pararecuar declarou guerra e algumas horas depois a França Também.

O Ataque alemão começou realmente em 1940, com a invasão da Dinamarca e da Noruega (para proteger as reservas minerais que iam de trem até a Alemanha e guardar a costa). Em maio de 1940 Hitler já havia dominado a Holandae a Bélgica (que tentou resistir com a Ajuda dos Ingleses). Não tardou, julho, para que a França caísse em mãos Alemães. A França negocia com Hitler, perde armamentos, libera prisioneiros e abdica de possessões na África para a Itália. EM agosto do mesmo ano a Alemanha inicia o ataque aéreo contra a Inglaterra. Porém a Inglaterra através de uma lei de emergência confisca todasas industrias para converte-las em um esforço de guerra, assim como a RAF francesa não estava totalmente derrotada a Inglaterra se reerguia novamente após os ataques. A Itália por sua vez foi uma sucessão de derrotas, tanto na África quanto na Grécia, precisando ser Socorrida pela Alemanha. A Alemanha tomou a Bulgaria, Iugoslávia e derrotou os Aliados na Grécia. Na terceira fase da guerra Hitler tenta a expansão para a Rússia. Uma das razões era tentar se apossar do petróleo,

do trigo e dos minerais, pois sabia que a guerra se prolongaria. Além disso, o acordo secreto assinado com Stalin já não era mais satisfatório. A URSS queria mais territórios além da Estônia, Letônia e Bessarábia. No ataque contra os Russos juntaram-se a Finlândia, Itália, Bulgária, Romênia e Eslováquia. Chegaram a fazer um cerco a Leningrado e chegaram as proximidades de Moscou, que não caiu, pelo contrário impuseram a primeira derrota aos nazistas.

A guerra torna-se global. Enquanto Hitler mantinha ocupada a Europa, no Ocidente o Japão brigava com a China. As duas guerras só passam a seruma só em 1941, quando o Japão bombardeia Pearl Harbor. O Japão declara guerra contra os EUA e a Inglaterra. A partir daí muitas declarações de guerra se sucederam. Ao lado dos EUA muitos países latinos se uniram: Cuba, Panamá, Honduras, Guatemala, Haiti, Costa Rica, Nicarágua,México e Brasil. Sendo que esses dois últimos enviaram tropas para lutar. A situação entre os EUA e o Japão começou a ficar crítica muito antes do ataque ao porto Americano. O Japão contestava a influência Americana no Pacífico e os EUA apoiavam a China. OS EUA tinham feito várias políticas próaliados, mesmo antes de declarar oficialmente guerra, comoa lei do Lend and Lease de auxilio a países contra o Eixo.Por meio dessa lei ajudaram a China e a exportação que esta fazia para o Japão de Petróleo cessou assim como as negociações diplomáticas. O início do ataque japonês fora tão eficiente que em pouco tempo tinham conquistado as Índias Holandesas, Java, Birmânia, Bornéu, Nova Guiné, Celebes. E nessas ilhas se apossaram da borracha, petróleoe outras matérias primas essesnciais para a continuidade da guerra. Em pouco mais de três meses os Japoneses haviam conquistado quase 4 milhões de quilômetros quadrados.Em 1941 Hitler alcança Moscou acreditando que a Rússia nãoseria mais um problema durante a guerra. E os próximos planos era de isola-la de seus recursos naturais, como alimentos (Ucrânia), jazidas de petróleo e as saídas para

o mar Cáspio. Porém, a derrota em Stalingrado foi o fim das pretensões Alemãs em território Russo. Ao fim de 1942, com a ofensiva Inglesa à leste e a Americana à oeste da África foram expulsos os Italianos e alemães que ali se localizavam. Foi o início da queda de Mussolini. Em 1943 a Itália saía da guerra e passaria ao lado aliado. O segundo fronte foi aberto em 1944 com o desembarque pelocanal da mancha de tropas aliadas na Normandia. No Sul Ingleses e Alemães ainda lutavam na Itália, mas contra os Alemães que ali se estabeleceram na queda de Mussolini, e logo os expulsariam. No leste a Rússia iria empurrar os Alemães de volta para Berlim. Enquanto isso os aliados desceram pela Normandia lutando contra frontes alemães atéconseguirem conquistar o vale do Ruhr e privando a Alemanha do seu mais valioso centro industrial. Era o fim da guerra na Europa. No Extremo oriente, contudo, a batalha prosseguiu por mais3 meses. Os norte americanos lutaram na frente do pacífico, primeiramente, conquistando os pontos exterioresdo Japão e retomando as Filipinas. Em 1945 foram tomados dois postos externos importantes: Iwo Jima e Okinawa. A base naval do Japão estava praticamente esfacelada. Uma declaração conjunta dos EUA, Inglaterra e China pediam a rendição total dos Japonese, porém, esta não foi atendida.Em 06 de agosto foi detonada a primeira bomba atômica em Hiroshima. A Rússia, nesse momento, tenta reaver sua influência perdida, desde a guerra contra o Japão de 1905,no extremo oriente. Somente após a queda da segunda bomba sobre Nagasaki fez com que o Japão finalmente capitulasse. A seu único pedidoera que fosse preservada a autoridade do Imperador Japonês.Os aliados concordaram desde que esse fosse submetido ao comandante supremo dos exércitos de ocupação.

Objetivos de Guerra e Planos de paz. As primeiras ideias sobre a paz foram assinadas em 1941 por Roosevelt e Churchil: 1) A Inglaterra e os EUA não visam o engrandecimento

territorial ou de qualquer outra espécie.

2) Não se devem fazer modificações territoriais a não ser de acordo com a vontade livremente expressa dos povos interessados.

3) Deve-se respeitar o direito de todos os povos a escolhera forma de governo sob o qual desejam viver.

4) Todos os Estados, grandes ou pequenos, devem ter acesso a condições iguais ao comércio e às matérias primas do mundo.

5) É necessário favorecer a colaboração entre as nações a fim de garantir a todas elas a melhora dos padrões de trabalho, o progresso econômico e a segurança social.

6) A Futura paz deverá proporcionar a todas às nações os meios de viver em segurança dentro de suas fronteiras e garantir a todos os homens uma existência isente de medoe de necessidade.

7) A paz deve permitir a todos os homens cruzar os mares sem impedimentos.

8) Enquanto não se estabelecer um sistema permanente de segurança geral, todas as nações que ameaçarem ou puderem ameaçar com a agressão deverão ser desarmadas.

Ps: Na época da assinatura da Carta do Atlântico, os EUA ainda não haviam se declarado beligerante.

A Carta foi publicada em 1942 com a assinatura de 26 Nações Unidas.

Conferências durante a guerra

1943 Cairo: Presidente Roosvelt, Primeiro Ministro Churchill e o general Chiang Kai-Shek. Ficou acertado que deveria ser retomado todos os territórios que o Japão se “apossou” indevidamente desde 1914, inclusive as ilhas do pacífico. A Coreia, entretanto, deveria, em seu devido tempo, tornar-se uma nação independente.

1943 Teerã: Presidente Roosvelt, Primeiro Ministro Churchill e Stalin. Nessa conferência foi selado o compromisso de ajuda mútua para livrar o mundo do “flageloda guerra” e conduzir às nações à paz.

1945 Ialta (Criméia): Roosvelt, Churchill e Stalin. Essa conferência obteve resultados mais práticos. Foi discutido

os termos de rendição da Alemanha e estratégias para a derrota do Eixo. Foi abordado ainda questões do pós guerra: a fronteira da Polônia com a Rússia, sobre o futuro modelo político a ser instalado naquele país; assimcomo a organização da Iugoslávia etc.

1945 Postam (Alemanha): Truman, Churchill e Stalin.

1) A Prússia oriental ficaria sob a administração da Rússiaao Norte, e da Polônia ao Sul até que se chegasse a um acordo final.

2) O poder militar alemão seria destruído; 3) O poder industrial sofreria uma redução drástica. A

indústria e a agricultura seriam reorganizadas. Sendo aquela voltada para fins pacíficos.

4) As reparações a serem pagas pela Alemanha seriam atravésde produtos industriais, patrimônio de guerra e navios mercantes;

5) O país seria dividido em 4 zonas ocupadas pelos EUA, Inglaterra, Rússia e França.

Porém muitas questões ficaram ainda abertas: o que seria feito com as colônias Italianas, a cidade de Trieste, o Vale do Ruhr, Dardanelos e Bosfóro etc.

O Mundo Criado pela Vitória

O pós guerra teve um tom pessimista que não se confirmou, principalmente nos EUA, pois a indústria que era bélica tornou-se também de a bens de consumo duráveis e sua expansão foi maciça. O capitalismo foi questionado não só pelo mundo socialista que se expandia, mas por países comoa França e a Inglaterra, que adotavam uma processo de coletivização, ou seja, a socialização, principalmente, dos serviços para a população e a estatização de setores estratégicos para os países.

As Novas relações de poder Ao fim da segunda guerra as relações de poder se modificaram, novas nações emergiram e antigas perderam espaço. A Alemanha, a Itália e o Japão foram tão arrasadosdurante a guerra que era quase impensável que algum dia ressurgiriam no jogo de poder.

O poder estava localizado nos 5 grandes: EUA, Rússia, Inglaterra, China e França. Porém, as grandes potências, como poder bélico e capital eram os EUA e a Rússia. O vácuo de poder deixado pela Alemanha e o Japão foram visíveis, o equilíbrio da Europa no oeste e o equilíbrio no oriente eram frágeis e por isso impulsionaram avanços comunistas da Rússia e avanços Americanos. Muitas questões ao fim da guerra foram deixadas em aberto,como a controle das bombas nucleares, a unificação Alemã etc. Em 1951 foi assinado, em São Francisco, um tratado com o Japão fazendo-o entregar todos os territórios adquiridos desde 1854, deixando a sua esfera de influência ser dividida entre Russos e Americanos. Ainda foi assinado um tratado com os EUA sobre a ocupação militar na ilha. Os americanos se retirariam assim que o Japão pudesse novamente se defender com suas próprias forças. A Rússia não ficou satisfeita, pois gostaria de ter visto o Japão punido e fraco para que o comunismo pudesse ser um opção viável. A Rússia pretendia muitos ganhos com o fim da guerra, por exemplo, o acesso ao mar através dos estreitos de bósforo e Dardanelos, uma zona de influencia clara até Berlim passando por Viena para garantir que os aliados “capitalistas” não interviriam e por tanto era preciso consolidar um bloco soviético forte.

OS EUA como potência Mundial No ano de 1939 os EUA já possuíam mais renda que o resto da população mundial, mais poder bélico que a Inglaterra. Ao fim da Guerra tinham praticamente colonizado o Japão, fiscalizavam os mares e controlavam a economia mundial. Não só a sua posição havia mudado desde o começo da guerracomo o seu pensamento,os isolacionistas agora eram minoriae era preciso ajudar a reconstruiu o mundo em ruínas do pós guerra, pois disso dependia também a sobrevivência americana.

A Doutrina Truman proposta pelo presidente era justamente auxiliar os países que necessitavam, principalmente,

aqueles que sofriam pressões comunistas como a Grécia e a Turquia. Outro plano anunciado foi o Marshall, uma ajuda financeira para os países europeus que necessitassem. Ambos os planos, porém, tinham um objetivo em comum, conter a expansão da Rússia Soviética.

A Rússia como grande potênciaA União Soviética ao fim da guerra, apesar das suas baixas, contava com uma população de aproximadamente 200 milhões de pessoas, possuía um grande exército e força aérea e ainda contava com grandes reservas de minério. (20% das jazidas de hulha mundiais e 50% dos depósitos de ferro, além das recém descobertas jazidas de petróleo). Porém as perdas de fábricas, estradas, ferrovias e cidadesatingiu profundamente a economia Russa. A URSS adotou uma política externa agressiva e desconfiadapara com as potências capitalistas, pois visava reparaçõese não podia demonstrar a sua população suas fraquezas eraminternas e sim culpa do capitalismo. As divergências mais sérias iniciaram com o final da guerra e a divisão das esferas de influência. Segundo o acordo de Ialta a Romênia, a Iugoslávia, a Bulgária e a Polônia estariam na orbita de ação dos Russos, porém, não seria tá simples, pois o ocidente desejava ali governos “amigos”. Assim também ocorreu na Estônia, Letônia e Lituânia, onde a Rússia havia absorvido esses territórios em 1940 e os EUA não reconheciam essa aquisição.

Em 1946 a Rússia foi acusada pelo Irã de ajudar os rebeldes separatistas do Azerbajã, e levou o caso para o conselho de segurança da ONU. A Rússia retirou suas tropasdo local e assim que o fez os EUA lançaram a doutrina Truman e entraram em terrar iranianas. Em 1947 a Hungria tinha um governo intimamente ligado com a URSS, e nesse mesmo anos os “potentados” comunistas realizaram uma reunião criando o Cominform. Eram elas: Romênia, Bulgária, Iugoslávia, Polônia, Tchecoslováquia, Hungria, França e Itália. O objetivo era fazer oposição aoplano Marshall e ao imperialismo americano. Em 1948 a Tchecoslováquia foi tomada pelo comunismo.

Mas a crise mais séria deflagrada até o momento, foi a decisão das potências em unir as zonas alemãs em poder da França, UK, e EUA em uma só aliando-as a um bloco europeu ocidental composto pela UK, França, Bélgica, Luxemburgo e Holanda. A Rússia porém percebendo a importância da Alemanha e de seus recursos no vale do Ruhr tenta expelir as potências ocidentais. Mas para os EUA era imprescindível tornar a Alemanha ocidental um símbolo de prosperidade perante o mundo soviético.

Outra frente de combate foi na península coreana, em 1950,os comunistas instalados na Coréia do Norte atravessaram oparalelo 38º em direção ao sul capitalista. A ONU condenoua agressão armada e o CSUN autorizou os EUA a criarem um comando único para as forças das Nações Unidas na Coréia. A batalha dividiu-se em duas partes, primeiro as tropas daONU foram levadas até o sul da península, quando se reorganizaram e conseguirem um contra ataque forte chegando a dominar Pyongyang. O General MacArthur dava a vitória como certa e rápida. Porém, um novo exército enviado pela China Comunista desembarcava na península para ajudar os coreanos do Norte. As negocições de paz só tiveram início após a morte de Stalin, quando assume Malenkov , com seu discurso mais conciliador, pois ele percebia que a Rússia poderia ser facilmente dragada para a guerra contra os EUA. Assim, em 1953 foi assinado um armistício na ONU.

Nacionalismo versus Internacionalismo

O Nacionalismo do pós guerra tem origens diferentes: dos povos subjulgados pelo nazismo como a França, a Iugoslávia, a Holanda, o Polônia e a Grécia; e dos povos colonizados como na Índia e na Indonésia. Porém o nacionalismo, principalmente nos lugares onde ele foi mais forte antes da guerra, deu lugar a emergência do internacionalismo, ou seja, era preciso criar um sistema que tomasse o lugar da liga das nações e que garantisse a

segurança internacional. A Onu desempenhou um papel importante no pós guerra, durante a primeira onda de descolonização. Porém crescia a animosidade entre os países capitalistas e a URSS. Os países ocidentais acreditavam que só a ONU não seria suficiente para manter a paz e conter o avanço soviético. Era preciso uma aliançapolítica e militar. Em 1949, foi fundada a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), assinado por: Canadá, Dinamarca, Portugal, Islândia, Grâ Bretanha, França, Itália, Holanda, Noruega, Bélgica e EUA. Mais tarde Gréciae Turquia também assinaram o tratado, assim como a Alemanha Ocidental. O Tratado era uma garantia que se qualquer estado dentro do acordo fosse atacado haveria umaresposta por parte da OTAN. Em 1953 o Tratado tornou-se uma organização permanente comsede e secretariado em Paris. O comando militar conjunto criado em 1950 foi aumentado e a Alemanha ocidental convidada a contribuir com 12 divisões. Não só de iniciativas bélicas viveu o internacionalismo dopós guerra, em 1950, Robert Schuman, ministro Francês das Relações exteriores, propôs a criação de uma autoridade supranacional para submeter todas as industrias de carvão e aço da Europa Ocidental, assim todos teriam acesso aos mercados e matérias primas, e o vale do Ruhr não seria mais alvo de disputas imperialistas. Em 1952 foi assinado pela Alemanha, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Itália e França a Comunidade Européia do Carvão e do aço!