HISTÓRIA DA ARTE- Comentarios

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HISTÓRIA DA ARTE Prof. Paulo Hernesto Scortegagna UNIJUÍ UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL DCEEng Departamento de Ciências Exatas e Engenharias Design Neo Impressionismo Divisionismo/Pontilhismo Cristiane M. | Jessica C. | Larissa B. | Laryssa M. | Sabrina G.

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HISTÓRIA DA ARTE Prof. Paulo Hernesto Scortegagna

UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL DCEEng – Departamento de Ciências Exatas e Engenharias Design

Neo Impressionismo Divisionismo/Pontilhismo

Cristiane M. | Jessica C. | Larissa B. | Laryssa M. | Sabrina G.

‘O design é sempre uma forma de planejar uma saída’, podendo se observar a responsabilidade social que os designers carregam, já que são eles que projetam soluções que a sociedade seguirá em sua vida diária. Azevedo (1998)

Design

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Jessica Cavalini - Eu posso começar a apresentação

História da Arte

A História da Arte está relacionada à cultura dos mais diversos povos já existentes, desde a Pré-história o homem criou elementos para o seu dia-a-dia, a fim de superar suas necessidades e vencer os desafios. A história atravessa os tempos, criando e contando o passado e recriando o presente. Cada objeto artístico apresenta uma finalidade. A arte nos rodeia, compondo a história de uma sociedade. Ela representa sentimentos, beleza, valores de um período, procedimentos e técnicas e, por fim e mais importante, uma forma do homem se comunicar e refletir as questões sociais e culturais da sua sociedade e época.

Pôr do Sol – Paul Signac (1889)

Linha do Tempo História da Arte

Neo Impressionismo – O termo designa um movimento, liderado pelos pintores Georges Seurat e Paul Signac, e os demais pintores que adotaram seus princípios. Desejavam encontrar uma base científica às descobertas instintivas dos predecessores, mediante a análise da cor e da divisão sistemática do tom. Caracterizava-se pela técnica do Divisionismo e Pontilhismo. (TREVISAN – 2002, pág. 180)

Começou na FRANÇA em 1880, final do século XIX.

La tour Eiffel – Georges Seurat (1889)

Neo Impressionismo Divisionismo / Pontilhismo

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Jessica Cavalini

A industrialização e o desenvolvimento científico, principalmente no campo da ótica, influenciou os pintores franceses. Eles opuseram-se a visão mais romântica e espontânea do Impressionismo, buscando fundamento científico ao processo visual e operacional da pintura. Exerceram influência sobre Van Gohg e Gauguin, além de abrirem caminho para a pesquisa ótica nas artes e para a Op Art e Arte Cinética.

O circo, “Le cirque” – Georges Seurat (1891)

Busca de Fundamento Científico

- Considerada como ‘arte matemática’, pois as proporções de luz e cor eram matematicamente calculadas para provar que as misturas óticas poderiam ser tão luminosas quanto a mistura aditiva da luz.

- Era presente o estudo sistemático dos tons aplicados na tela ponto a ponto, através de pesquisas sobre a percepção, fazendo que através de pontos a imagem fosse captada de maneira total.

- As cores eram divididas em seus componentes fundamentais. As cores brilhantes e contrastantes eram justapostas por pontos resultando na percepção da forma sem o uso de linhas para contornar, respeitando a simetria, o ritmo e o contraste.

Características do Pontilhismo

- As inúmeras pinceladas regulares de cores puras que cobrem a tela são recompostas pelo olhar do observador, quando vista a certa distância a unidade do todo é recuperada;

- A sensação de vibração e luminosidade decorre da “mistura ótica” obtida pelos pequenos pontos de cor de tamanho uniforme que nunca se fundem, mas que reagem uns aos outros em função do olhar à distância;

- Temática é a vida urbana, o lazer e paisagens marítimas.

Georges Seurat inovou o Impressionismo instaurando uma técnica rigorosa. Ao invés de mesclar na paleta as tintas cuja resultante fornecerá a tonalidade da superfície, ele aplicava sobre a tela toques que representavam apenas a cor local, essa cor ele compunha diretamente na tela, com auxílio da:

• Porção de luz colorida que se reflete sobre a superfície;

• Fraca porção de luz colorida que penetra para além da superfície e que é refletida após ter sido modificada por uma absorção parcial;

• Aos reflexos projetados pelos corpos vizinhos;

• Cores ambientes complementares e sua pesquisa científica;

• Os toques são feitos não por largos golpes de pincel, mas pela aplicação de minúsculas manchas coloridas, pontos.

(Lichtenstein, 2006 -Pág 123)

Técnica de Pontilhismo

Além dos nomes Georges Seurat e Paul Signac, no Brasil os artistas Eliseu Visconti e Belmiro de Almeida.

Artistas principais

A rosa 1909

Autor Eliseu Visconti

Retrato de Francisco Pereira Passos 1908 ou 1909 - óleo sobre tela

Autor Belmiro de Almeida

• Nasceu em Paris (02/12/1891) e estudou na Escola de Belas Artes.

• Sua característica era a Ordem e a Disciplina.

• Dedicou-se a técnica do impressionismo, assim estudou a teoria da cor e da óptica.

• Fundador da escola francesa do Neo Impressionismo e criador da técnica do “pontilhismo”, que consistia em utilizar as cores puras, especificamente as primárias (ciano, magenta e amarelo), através do elevadíssimo número de pontos.

BUENO 2008, Pág 27.

Georges Seurat (1859 – 1891)

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Jessica Cavalini

• Devido a recusa de seus quadros pelo tradicional Salão de Paris, fundou a Sociedade dos Artistas Independentes, que organizava exposições de artes voltada para novas tendências estéticas. Primeira exposição foi em 1884 e contribuiu na disseminação de ideias do Neo Impressionismo.

• Teve uma vida curta, porém marcante, suas telas são admiradas no mundo todo. Morreu com 31 anos de idade em Paris, por causa incerta.

• Seu último trabalho foi o Circo.

Livro Arte Moderna – Giulio Carlo Argano

A leitura de imagem permite ao observador, através de uma análise visual e perceptiva, criar uma série de informações e significados sobre a obra.

Busca-se investigar os meios utilizados pelo artista para

produzi-la, além disso, usar informações sobre a vida do artista, seu contexto social e realidade para compreensão da mensagem que a obra quer passar.

Leitura de Imagem

Tarde de Domingo na Grande Ilha de Jatte (1884 – 1886) – Georges Seurat

Obra: Tarde de Domingo na Grande Ilha de Jatte Artista: Georges Seurat Ano: 1884 - 1886 Técnica: Óleo sobre tela Tamanho: 205,7 x 305,8 cm Depósito: Pertence ao acervo do Art Institut of Chicago Técnica: Mistura ótica de pequenos pontos e tracejados de cores puras, obtendo cores límpidas e brilhantes, técnica chamada de Pontilhismo, base do movimento Neo Impressionista. O artista acreditava que as cores eram vistas como pontos de puro pigmento, sendo assim, inúmeros pontos sobrepostos uns ao lado dos outros, a certa distância, criaria uma imagem composta. Seurat possuía um incrível processo criativo, ele esboçava seus trabalhos em papel, painel e tela antes de iniciar a obra.

Leitura de Elementos

A obra retrata uma área de lazer da cidade de Paris do século XIX, a ilha de Grande Jatte, sendo uma das várias ilhotas pelo Sena, na zona noroeste de Paris. Era local de encontro para marinheiros, babás, prostitutas e soldados, além da burguesia. Na época de Seurat, La Grande Jatte era bastante frequentada por pessoas de diferentes classes sociais, que vinham de Paris em barcos a vapor passar as tardes de domingo. Era também conhecida por ser um local de prostituição. O tema de retratar a vida cotidiana era comum nos trabalhos Neo Impressionistas. A obra contém ao total 48 figuras humanas, de formas estilizadas e em diferentes ações. Muitas estão vestidas de forma elegante, como se diz, com roupa de domingo. Estão com posturas rígidas e estáticas, remetem ao padrão burguês da época. Há também 8 barcos, 3 cachorros e 1 macaco, além das árvores e do rio.

Leitura Temática

DÜCHTING, Hajo. Seurat. Taschen, 2000. | The Intellectual Devotional, de David Kidder e Noah Oppenehim.

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Jessica Cavalini

- Uma das figuras mais chamativas da obra seria a senhora a direita com o seu par. Ela carrega duas coleiras, no qual possui um macaco preso e aparentemente o cachorro aos seus pés. Era comum burgueses possuírem macacos como animais de estimação, porém não levavam para passeios públicos. Aí fica o mistério: Essa jovem burguesa realmente saiu para passear com o seu macaco? Seria o macaco um ícone associado a prostituição?

Personagens – Casal a direita

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Jessica Cavalini

- A ilha era um lugar no qual o sexo se vendia abertamente nas margens do rio, porém legalmente era proibido, portanto algumas mulheres disfarçavam sua atividade, como é o caso da mulher pescando. Ela está com um vestido longo laranja e um chapéu de palha, uma mão está pousada no quadril enquanto a outra segura a modesta vara de pescar. Estaria está mulher realmente pescando?

Personagens – Mulher pescando

- Ao lado de sua mãe sofisticada se encontra uma filha bem-comportada, ambas caminham em direção ao espectador. A menina é a única personagem que olha diretamente para o observador, além disso, não está coberta pela técnica ‘pontilhista’. O branco do vestido da menina parece resplandecer no centro da tela. Seria a menina um símbolo para a esperança a uma sociedade que se tornou rígida a ponto de ser estereotipada?

Personagens – A menina de branco

Não são retratadas de modo realista. Enquanto a sombra no primeiro plano sugere um sol baixo, o restante do gramado parece ser iluminado por um sol do meio dia. Além disso, objetos pequenos projetam sombras longas e vice-versa. O ‘trombonista’, por exemplo, projeta uma sombra muito pequena, se fosse comparar com a idosa ao lado, ambas estariam desproporcionais. Diz-se que o terreno da ilha é elevado ao ponto de não ser possível representar todos os visitantes em uma obra, por isso o artista representou essa declividade nas sombras irregulares e diagonais.

Sombras

t

O grupo de três pessoas a esquerda demonstra certo contraste em relação a postura dos personagens. Enquanto um está vestido casualmente, esparramado no gramado e fumando; outro se encontra rígido com postura ereta e elegantemente vestido. A perspectiva também não é perfeita. Por exemplo, o homem de chapéu alto, caso estivesse em pé, teria metade do tamanho de seus companheiros.

Perspectiva

t Outros apontamentos

Um punhado de casais está sentado conversando, uma menininha dança, um cachorrinho salta, há dois soldados, uma jovem reuniu um boque de flores, um casal segura seu bebe nos braços, uma menina ruiva com vestido azul sentada na grama. Não há garrafas e nem sinal de piquenique na grama bem cuidada. Não há restaurantes ou qualquer instalação de venda. Todos estão passeando gentilmente ou estão relaxados na sombra. Ninguém esta tomando banho no rio ou tirou as roupas. Quase todos estão protegidos do sol por um chapéu, uma sombrinha, ou ambos. É uma cena com magnetismo, porém sem complicações. A sensação é que os personagens foram recortados em cartolinas e posicionados na cena. Seurat evitou qualquer sobreposição.

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Jessica Cavalini

‘No quadro de Seurat “Tarde de domingo na ilha de Grande Jatte (Um dintacnche aprés-midie à lille de la Grande Jatte) o pintor transpõe a imagem de uma tarde de domingo de um local popular, numa ilha do rio Sena, com pinceladas reduzidas a pontos (no todo dá ao observador uma visão geral da cena), no entanto ao olharmos a uma certa distância, nem percebemos que são pequenos pontos uniformes.

BUENO 2008, Pág 27.

‘Sunday Afternoon on the Island of La Grande Jatte by Georges Seurat

is one of the best-known works of postimpressionism. The painting, executed in Seurat’s famous pointilist or divisionist technique, captures a tranquil scene of people walking, sitting, fishing and sailing along the banks of the Seine Rover near Paris.’

The Intellectual Devotional, de David Kidder e Noah Oppenehim, pág. 276.

Comentários sobre a obra

“Embora Seurat descreva como uma cena moderna arquetípica da vida urbana no final do século XIX, a harmonia da composição, as formas geométricas simples, repetitivas e os blocos de sombra remetem ao Renascimento. As figuras semelhantes a estátuas remontam a uma época ainda mais remota da história da arte, à Antiguidade clássica e aos frisos egípcios, em que cenas míticas eram entalhadas em pedra e montadas em torno de um prédio ou sala. Por outro lado, há algo de muito atual nessa imagem assim estilizada. Os pontos prenunciam nossa era digital “pixelada”; a harmonia geométrica evoca o design de produtos modernos. Há alguma coisa de Jonathan Ive na arte de Georges Seurat...na minha opinião, foi o maior artista de todo o movimento moderno, o homem que Picasso chamou de ‘ o pai de todos nós’. “

Will Gompertz, no livro Isso é Arte? (título original> What are you looking at?)'

Comentários sobre a obra

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Jessica Cavalini

Seurat descreve a obra como um registro monumental da vida contemporânea, digno de comparação com tais obras-primas antigas e veneráveis como o Friso do Partenon. Em 1924, Frederick Clay Bartlett comprou La Grande Jatte para o Instituto de Arte de Chicago.

Cena do filme: Curtindo a vida adoidado. Filmada no Instituto de Arte de Chicago, no qual se encontra a obra de Seurat.

AZEVEDO, Wilton. O que é Design. Ed. Brasiliense. 1998

BUENO, Luciana Estevan Barone. Linguagem das artes visuais. Editora IBPEX, Curitiba, 2008.

DÜCHTING, Hajo. Seurat. Taschen, 2000.

FORTUNA, Marlene. A obra de arte além de sua aparência. São Paulo: Annablume, 2002. 1ª ed.

GOMPERTZ. Will. Isto é arte? (What are you looking at? 150 years of modern art in the Blink of na eye). 2013.

KIDDER, David. OPPENHEIM, Noah. The Intelectual Devotional. EUA, 2006.

LICHTENSTEIN, Jacqueline. A pintura – Vol. 9: O desenho e a cor. São Paulo: Ed. 34. 2006

TREVISAN, Armindo. Como apreciar a arte: do saber ao sabor: uma síntese possível. Porto Alegre: AGE, 2002. 3ª Ed.

Livro Arte Moderna – Giulio Carlo Argan

http://abstracaocoletiva.com.br/2013/01/26/georges-seurat-biografia/

http://estoriasdahistoria12.blogspot.com.br/2012/12/georges-seurat-02121859-29031891.html

http://www.pintoresfamosos.com.br/?pg=seurat

Documentário: BBC. The Private Life Of A Masterpiece. Sunday Afternoon On The Island Of La Grande Jatte

http://arteehistoriaepci.blogspot.com.br/2011/10/m8-impressionismo-neo-impressionismo.html

http://pt.slideshare.net/ladonordeste/impressionismo-neoimpressionismo-e-psimpressionismo

http://adrianavivarte.blogspot.com.br/2011/06/arte-neo-impressionista.html

http://estoriasdahistoria12.blogspot.com.br/2013/07/analise-da-obra-uma-tarde-de-domingo-na.html

Referências