FORMATO DOS LIVROS

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BIBLIOLOGIA

BREVES NOCOES

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FORMATO DOS LIVROS ETC.

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BIBLIOTHEÇA DE EVORA

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EVORA MINERVA EBORENSE

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COMPRA

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FORMATOS. DATAS

Pour tous et pour moi.

Sc.HEt.CHEK.

Divergências ha, e muito grandes, em matéria de determinar formatos de livros nos trabalhos de catalogação.

Muitas são as inexactidões, muitos os erros. Ho¬ mens aliás sabedores, como Innocencio Francisco da Silva e Brito Aranha, apontam obras com erra¬ dos formatos. Lá por fora não correm melhor as cousas.

Brunet dá algumas indicações seguras. No intuito de prestar algum serviço aos menos

sabedores e práticos, e de chamar as attenções dos entendidos exporemos o nosso humilde modo de sentir no assumpto.

«Format, diz Larousse, é a dintension d’wi volu¬ me en haateur et en largueur, detenninée par lanom-

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bre cl dimension de feuillets que renferme chaque feuille d'impression.»

*Le format est la resultante du nombre de feuil¬ lets contenus dans chaque feuille imprimée et pliée, quelle que soit d’ailleurs sa dimension. II tire son nom du nombre de feuillets ou de la moitc du nombre de pages que renferme la feuille.» (')

Isso é, sem duvida. D^aqui vem, naturalmente, o poderem ser esses

formatos maiores ou menores. Como a base é o numero de folhas que possa

dar uma de impressão dobrada, consoante a gran- desa e imposição das chapas paginarias, os forma¬ tos variam como a necessidade ou com o capricho do impressor, que imaginou o numero de paginas que poderia caber em tal ou tal folha de papel com esta ou aquella dimensão.

Se a folha de papel fosse do mesmo tamanho em toda a parte simplificado era o caso tratado.

Da grandesa da folha nasce por tanto, o forma¬ to, não menos que da grandesa da pagina.

Os mais conhecidos formatos são:

In plano ou atlantico. In folio ou foi. In quarto ou 4.". In octavo, ou 8.°. In decimo sexto, ou 16.0. In tregessimo segundo, ou 32.°. .

1 ou 2 paginas 4 » 8 »

:6 »

32 »

64 »

Dobrada naturalmente ao meio a folha de pa¬ pel in plano, passa logo a ser /0//0, a ter quatro

Brunet — Connaissances nécessaires a un bibliophile, pag. 14.

paginas, que, conforme a grandesa absoluta que tiver, serão maiores ou menores, sem que o for¬ mato mude de naturesa.

Redobrada a folha in folio passa logo a nos dar oito paginas, a ser quarto, e assim por diante nas suceessivas e naturaes dobras que tiver, donde o ser claro que quanto rnais paginas contiver uma folha de impressão tanto maior será, numericamen¬ te, o formato como menor a pagina.

A folha de impressão dobrada para brochura ou encadernação tem o nome de caderno, do latim qua- ternio.

E’, pois, o numero de folhas e, portanto, de pa¬ ginas que tiver o caderno o unico e seguro' meio de se determinar um formato.

No exemplo dado da folha dobrada natural¬ mente, podemos chegar a obter paginas pequenís¬ simas, pouce, crescendo o numero em proporção: 64, i^8, 256, 512 e assim successivamente.

Não é, pois, em assumpto de tão clara compre- hensão que se pode eriar: erra-se 'noutros forma¬ tos, nascidos ou da necessidade, ou do capricho, ou do gosto, já do compositor, já do auctor.

Vulgares são nas impressões do século XVI os formatos 6.tí ou 12 paginas, io.° ou 20 paginas.

-—O jl.u'0 cuiiIíiiilIl -iu com ofntiu, uhihk miiirn^: , MUiiMii. .n quarto uom 0 mthwo. i.ito wtni inl) 1 ilnnli» mu» u nsaim munem di uihjj : um

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aq pagina*, 0 7iS’.'-fni 36 paginas: m-

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Assim como o corte vertical da fo- . lha dobrada para o formato Lfcj/fosl apresenta esta figura * / J A as dobras da folha que tiver 12 pa¬ ginas (6.°) darão esta gztjp f\/ as do io.u « « A A/ as do /2.0 « « ÁAA as do 18.0 « « AAAA/-

Fechadas aquellas dobras (no exemplo abertas por claresa de demonstração) como na folha#*0,

//Sfe dobradas ao meio naturalmente de^is. duplicam immcdiatamente o numero de paginas, dando-nos cada caderno 12, 20, 24. 32 paginas.

Claro é que todos estes formatos podem ser de maiores ou menores paginas, pois que a grandesa da folha de impressão as determina. D’aqui vem o dizer-se folio máximo (improprio em absoluto), 4.0 grande, 4? pequeno, 8.° grande, 8.° pequeno, etc.

Aconselha Brunet um processo para determinar formatos, que tora excellente se toda a folha de papel tivesse riscas e marcas de agua, qual é o re¬ parar-se ã luz em que parte da pagina impressa de um livro fica a marca: se no meio,/o formato é folio; se junto á dobra fundamental/^.0; se no alto da pagino/8.° etc.

Mas quan(K> o papel nãó tem essas marcas de agua? como ha tantissimo? quando é velino ?

Não vemos, pois, mais seguro meio para deter¬ minar o formato de um livro se não o do' numero de paginas que contiver a folha de impressão, do¬ brada em caderno para-ser-cosida-em livro-, -f/g

As assignaturas dos cadernos auxiliam o pro-

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cesso, bem como as cyphras, quer estas sejam ro¬ manas quer arabigas, e aquellas i, 2, 3, 4. . . ou a, b, c, d. . . tanto mais quanto é certo que tanto ’num caso como 'noutro as folhas immediatas á primeira de um caderno accusam sempre (salvo

1/4, etc., ou: a/i, a/2, a/3, a/4, e ás vezes i/5, 1/6 d a/5, a/6. 7 ' 7 7

/O reclamo é attendivel tambim por indicar no fim de um caderno, ou folha de impressão a pri¬ meira palavra da pagina immediata do novo ca¬ derno. Actualmente não é usado.

Possa este pouco servir a alguém, menos pra¬ tico, e ainda aos versados e mestres que, melhor¬ mente, esclareçam matéria tão controvertida; por¬ que o tem sido, e ainda o é.

... .

Por intima relação de assumptos cabe aqui ob¬ servar alguma cousa sobre as datas de impressões dos livros, muitas vezes de não prompta leitura, quando de não difficilima.

Ha grandes extravagancias nos livros dos sécu¬ los XVI, XVII e XVIII.

Quer em algarismos, quer por extenso appare- ccm as datas nos livros; no rosto, nos romanos ou arabigos, no colofon, por extenso.

Este colofon nem sempre se acha no fim do li¬ vro, do indice d’elle; mas antes, ao terminar o as¬ sumpto.

Nos algarismos arabigos poucas vezes ha extra¬ vagancias, caprichos.

Conhecidos são os romanos communs, andam ■Jias taboadas. ......

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O algarismo menor anteposto ao maior cerceia- lhe o valor que tiver, posposto, accresccnta-lho.

Alguns exemplos *

10-. 5oo CIO. 1000 II CIO.('). 2000 CIO CIO. 2000 y.... 5ooo 100. 5ooo VM. Gooo CCIOO. 10000 XM. iooof)j OMC. 10000 IMI. íoooo XX ».;.. 20000 LX.,..•. 60000

- v

Ha mais singular e enigmático do que exposto:

M° CCCC0 1 xxx. 1480

(.Epistola magistri Joannes uiterbensis incipit. Ex Genua — die xxxi.martij in sabbato sancto Com- pletum... Biblioth. de Evora.)

M . CCCC. íííí. XX. z . XÍííí.(*). 1488

(«Les heures a lusage de Rome furet acheuees le . xix . iour de Auril. Lan — par Philippe pigor- chet. Libraire de luniversite de paris.» Biblioth. de Evora.)

(*) E. Desormes. Notions de Typographie. Paris, 1888, pag. 32o. (2) Brunet no tomo 5.° do Dictionnaire não menciona

esta edição, acabada em 19 de abril: traz outra do mes¬ mo anno, que 1G 1494, como parece mais prompto e na- tural. Ri vara, ao catalogar este exemplar leu 1488^f"

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M. CCCC .XCV. VIIIc. 15o3

(Bulia : Universis rhristi fiddibus, de Alexander... Bibliotheca de Evora.)

M. B. 7. i5o7

(Petri Lombardi: Quatuor sententiarum volumi- 71 a. .. No colofon:

•Venitiis p Lazarum Soardum : q obtinuit a do¬ mino veneto q. nullus possit imprimere nec im¬ primi facere in coruz domino sb pena vt patet in suis priuilegijs. Die 23. Martij M. B. 7. finis. Bi¬ bliotheca de Evora.)

M dx. .. 1510 .

(Barelete (Gabrielis) Registni sermonu . . . Bi- blioth. de Evora.)

M. 5201. 1521

(In quartum librum sententiarum. . . (de S. Tho- maz de Aquinio) Lugduni, por Jacob. Giunta. Bi- blioth. de Evora.)

M.V.C.XXIX. 1529 . (Sermones dominicalis et festiuales per totu aitni

cirCulum, Biblioth. de Evora).

cio-ioxxcvm. 1588

(Cato christianus. .. Parisiis. Apud Arnoldum Sittart, sub santo coloniense, monte Diui Hilarij. Biblioth. de Evora). —

IO

CIO 000 XXIII.J. 1823

(Prologo de Francisco Freire de Mello ao codi- go criminal, X pag. Biblioth. de EVora).

Na 2.* edição dos connaissances tiécessaires á un c.Bibliophile, 1878, aponta Brunet as seguintes:

mcccc iiij xx viu. 1488 m iiiic iiii xx viij. 1488 m lcxv.(*)......'.1495 mcd xcv.i. 1495 mcd xc vi.1. 1490 m iiij d. 1490 M iij D OU MIII D. 1497 mcccc xc viij. 1498 MCCCC 1IC.. 1498 mcd xc ix. 1499 mcccc id.. . .. 1499 m 10 VIII. 1508 m’o xx. 1520 MD XL I1X. 1548 c’o ’o liiii. 1554 c’o a xc vi.. 1580 M CDC II. 1002 CIO 10 CX. 1010 cio 10 cxx vi. 1020

* As datas por extenso oíferecem por vezes em¬

baraços ainda aos mais lidos, por exemplo: Um livro da Biblioth. de Evora do século XVI

tem no colofon esta data: Parisiis, sesquimilesimo decimo sexto. (2) /S/à' Referencias ao Nascimento de Christo, por di¬

versos modos, são vulgares, bem como a concor¬ dâncias chronologicas:

Anno á virginis nuntio

(2) V.' Du Cai

00 Q H • x x x v// //3<r>

íé''*-**

Anno á partu virginis (') Anno salutis christiana (*) Recensui graeci, anno cio o cu (3) K mais e

muitas allusóes á Annunciação, Concepção e Nas¬ cimento de Christo. Podia dár-se larga lista d’el- las.

Estes breves reparos, feitos em estudo especial para uso proprio, são impressos por utilidade dos menos versados no assumpto; se lograrem servir a alguém serão seguidos de outros congeneres, que não pouco ha que dizer em tal matéria.

(') Cataldo ciculo, Impressum vlyxbone milésimo quingen¬ tésimo. Biblioth. de Évora.

(^Missale scdm ritu % comuetudinem alme bracharensis ecclesiae... etc. Bibliotli. de Evora.

(3) In canticvm canticorvm Salomonis commentarivs.. . de Martin del liio. Bibliotli. de Evora.