Flamengo ganha Taça de Ouro pela primeira vez

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JORNAL DO BRASILRio de Janeiro — Segunda-feira, 2 de junho de 1980 Ano XC - N° 55 Preço: Cr$ 15,00

TEMPORIO — Claro o parcialmentenublado, Nevoeiros esparsosao amanhecer, Temperatura«tável. Ventos Norte fracos.Máxima de 33.B em Jacaré-paguá e mínima de 19.5 noAlto da Boa Vista.

O Solvomat Informa quio mar «lá colmo, comòguai correndo de Leitepara Sul. A lemperaturada água * de 22° dentroéa bafa • fora da barro,* Temperou ras reíerenlei as

últimas 2d noras(Mapai na página 16)

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RS, SC, PR, SP, ES, MS, MT,GO, DF, BA, SE, AL, PE, PB,RNDiasúleis CrS 20,00Domingos Cr$ 25,00

Outros Estadose Territórios:Diasúleis CrS 25,00Domingos Cr$ 30,00

510 ACHADOS EPERDIDOS

CARLOS ALBERTO MOURA PEREIRA OA SILVA - Comunica

. queextrav.ouaCarteiraeoTitulcde Sócio Proprietário do lateClube do Rio de Janeiro.

DECLARO P/ OS DEVIDOS FINS— Que foi extraviada a CarteiraSocial do late Clube. Pertencenfe o Richard Sebastian Richards.

DECLARAMOS para todo. oi efei-tos legais que extraviou a Ia viada NF 49819 emitido por Petro-fiex Ind. Com S/A e destinado afirma Ind. Artef. Borracho RuziS'A sito o Av. Industrial n° 2274St- André (SP) Transportes Mou-rão S/A.

EXTRAVIARAM-SE - As carteirassociais dos familiares de JorgeEduardo de Affonseca Alves deSouza, proprietário do título nc1834 do late Club do Rio deJaneiro.

FORAM ROUBADOS OS SEGUIN-TES DOCUMENTOS: - CarteiraIdentidade, IFP 1549425, cart.ident. MM 187928, CPF0115897/ 91, cartão créditoCREDICARD e cartão crédito Dl-NER'S em nome de Ronaldo Bar-celos de Pinho.

GRATIFICA-SE — Quem encon-trar: foi perdido no trajeto .Memde Sõ, 134 Lavradio 126 e Vis-conde Rio Branco, TalonárioConfecções Helana Lido série Cl000 a 150, série Al 201 a 350.Te!. Snr. Mathias. 242-1837.

MARIA DO SOCORRO FONTELE-NE VIANA — Comunica pi osdevidos fins o extravio do Diplo-ma de Farmacêutico expedidoem seu nome pela Faculdade deFarmácia e Odontologia de SáoLuiz, Estado do Maranhão.

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Carter rejeitasolução européiano Oriente Médio

O Presidente Jimmy Carterreiterou sua oposição a qualqueriniciativa da Europa Ocidentalde tentar solucionar o problemado Oriente Médio e advertiu queos Estados Unidos vetarão naONU uma eventual proposta eu-ropéia de modificar a Resolução242 das Nações Unidas.

Em Israel, o Primeiro-MinistroMenahem Begin evitou uma criseno Gabinete ao acumular o cargode Ministro da Defesa, até encon-trar um sucessor de Ezer Weiz-man que seja aceito por todos osPartidos governistas. O Premiertentara designar o Ministro doExterior Yitzhak Shamir, mas en-frentou a oposição do PartidoNacional Religioso e do Movi-mento Democrático. (Página 13)

Flamengo ganha Taça deOuro pela primeira vez

O Flamengo é o campeão brasilei-ro de futebol da temporada. Venceu oAtlético Mineiro por 3 a 2, ontem, noMaracanã, num jogo de muitas emo-ções, só decidido quando faltavamoito minutos para o final. A renda —de CrS 19 milhões 726 mil 210, com 154mil 355 pagantes — constitui novorecorde brasileiro.

O Flamengo esteve sempre nafrente do marcador. Nunes fez o pri-meiro gol, Reinaldo empatou. Zicomarcou o segundo, e Reinaldo, mes-mo já deslocado para a ponta, porcausa de problemas musculares, vol-tou a empatar. Numa jogada pessoal,porém, Nunes venceu o goleiro JoãoLeite pela terceira vez, no gol que deuo título inédito para o Flamengo.

Enquanto dirigentes, técnico e jo-

gadores do Atlético atribuíam a der-rota à atuaçáo do juiz José de AssisAragão, que expulsou Reinaldo, porretardar o jogo, e Chicáo e Palhinha,já nos descontos, -por reclamações, atorcida invadia o campo para carre-gar em triunfo os jogadores, o técnicoCláudio Coutinho e o presidente Már-cio Braga.

O título foi comemorado em todaa cidade até a madrugada, com maisintensidade na Gávea, onde os tor-cedores consumiram 40 mil litrosde chope. No Torneio Internacionalde Toulon, a Seleção de Novos doBrasil empatou de 1 a 1 com a Tcheco-Eslováquia e precisa vencer a Holan-da, amanhã, para se classificar. EmLisboa, o Sporting se sagrou campeãoportuguês. (Caderno de Esportes)

Papa pede uniãoda Igreja contraateização do mundo

Perante 400 mil franceses tiritan-do sob a chuva, vento e frio (esperava-se o comparecimento de 1 milhão), noAeroporto de Le Bourget, em Paris, oPapa João Paulo II pediu a união detodos os sacerdotes para impedir aatual marcha do mundo contemporà-neo para a ateização dos homens. Masrejeitou os extremismos progressistase tradicionalistas dentro da Igreja.

João Paulo II condenou o totalita-rismo e o imperialismo por transfor-marem o homem num objeto e, depoisda missa de Le Bourget, num encontroa portas fechadas com os 128 bisposda França, lembrou, numa provávelreferência à sua próxima viagemao Brasil, que os padres só se de-vem aproximar dos meios operáriose rurais conservando o caráter evan-gélico e apostólico. (Páginas 8 e 9)

Folo de Luiz Carlos David

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A oito minutos do fim do jogo, Nunes, em jogada individual, faz o gol que daria ao Flamengo o Campeonato Nacional; o goleiro João Leite, batido, caiu

Alan Jones ganhana Espanha elidera Fórmula-1

O piloto australiano Alan Jones,da Williams, assumiu a liderança doCampeonato Mundial de Fórmula-1ao vencer o GP da Espanha, noautódromo de Jarama. Vários aci-dentes e paralisações por defeitosmecânicos fizeram com que apenasseis dos 22 pilotos concluíssem aprova, entre eles Emerson Fittipaldi,o 5o colocado.

Nelson Piquet foi obrigado aabandonar na 42a volta, quando li-derava a corrida, devido a proble-mas na caixa de câmbio de seu Bra-bham. A homologação dos pontosobtidos pelos pilotos que termina-ram o GP da Espanha ainda depen-de de decisão da Federação Inter-nacional, atualmente em litígiocom a Associação Mundial de Cons-trutores. (Caderno de Esportes)

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Acordo nuclear daArgentina é melhorque o do Brasil

A Argentina conseguiu, noacordo nuclear assinado em maiocom a Alemanha Federal, atravésda KWU, condições mais vantajo-sas do que o Brasil no acordo de1975, segundo se informou no Mi-nistério das Minas e Energia, queconsiderou que o Governo argenti-no se baseou na experiência brasi-leira.

O acordo Argentina-Alemanhacompreende o fornecimento dosequipamentos para a usina de Atu-cha-2, o possível fornecimento deoutras três usinas semelhantes ea criação de uma empresa dç enge-nharia, nos moldes da Nuclen, massem a existência do comitê técni-co formado por alemães que, nocaso da Nuclen, têm poder de vetosobre suas decisões. (Página 16)

Decisão de hojedo PCI poderáderrubar Cossiga

O Primeiro-Ministro italiano,Francesco Cossiga, cuja renúnciafoi pedida ontem pelos social-democratas, poderá abandonar ocargo se o Partido Comunista —segunda força no Parlamento —decidir hoje reunir as 318 assinatu-ras necessárias (um terço dos par-lamentares) para a reabertura docaso Donat Cattin, no qual Cossigafoi envolvido.

O jornal democrata-cristào IIPopolo acusou os comunistas deusar o caso com finalidades elei-torais. A acusação que pesa sobre oPremier é de ter avisado seu corre-ligionário do PDC Cario DonatCattin, de que seu filho, o terroristaMarco, estava na mira da polícia,para possibilitar a fuga. (Página 12)

PT não incluiConstituinteem seu programa

A convocação da AssembléiaConstituinte não faz parte do pro-grama do Partido dos Trabalhado-res, aprovado ontem em São Paulo.Seus integrantes acham que a tesenào sensibiliza a massa operária eque "é mais interessante que o Parti-do ocupe um espaço maior, chegueao Poder e então convoque umaConstituinte onde prevaleçam os in-teresses dos trabalhadores".

No Io Encontro Nacional do PT,foi eleita também a comissão execu-tiva nacional provisória, que estasemana escolherá o seu presidente.Da chapa de 11 nomes, além de LuísInácio da Silva, fazem parte, entreoutros, o Sr Apolônio de Carvalho,fundador do PCBR, e o ex-líder sin-dical José Ibrahim — imposição deLula "para que a imprensa nào noti-cie que o PT nasce cindido". (Pág. 2)

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2 — POLÍTICA E GOVERNO JORNAL DO BRASIL D segunda-feira, 2/6/80 D Io Caderno

Coisas da política %

Quem decide estáem cima do muro

Flamarion MossriBrasília — E possível que hoje, final-

mente, o Partido do Governo assuma ofi-cialmente o que vem assumindo oficiosa-mente de longa data: o patrocínio da pror-rogaçáo dos mandatos dos atuais prefeitose vereadores. No PDS não há pessimismo.Muitos dos seus setores, entretanto, conti-nuam alimentando dúvidas a respeito dafidelidade de alguns poucos governistas emseguir a diretriz partidária.

Seis ou oito deputados do PDS insistemem dizer que não podem votar a prorroga-ção de mandatos. No PP, no grupo brizolis-ta e até mesmo no PMDB há informações deque existem também dissidentes da linhaoposicionista. Alguns poderão ser conven-cidos a não comparecer ao plenário, paranão votar a favor da tese do Governo.Outros ainda resistem. Na Oposição aspressões de prefeitos e vereadores se devemintensificar a favor da prorrogação, e oDeputado Ulysses Guimarães sabe bemdisso.

Há também o fantasma da intervenção,apesar das filigranas jurídicas há dias le-vantadas mostrando sua impossibilidade.Outro dia, no Paraná, o presidente doPMDB, em linguagem extraparlamentar,disse aos seus correligionários que o Pala-cio do Planalto está pressionando o Con-gresso para escolher entre a prorrogação ea intervenção. "É dá ou desce. O PMDBnão dá e nem desce" — disse ele, sendomuito aplaudido. Talvez mais pela frase de

¦: gosto duvidoso do que pela defesa da tese.O líder Nelson Marchezan, experimen-

tado de outros sustos, náo se dá por satisfei-to com sua superioridade precária de doisvotos acima da maioria absoluta de 211.Mas sempre há possibilidade de aumento,pois há 10 ou 11 deputados ainda em cimado muro, se descerem, será no terreno doGoverno, e não do lado oposto. Os possíveisrebeldes poderão ser convencidos a vota-rem a favor e os líderes do PDS respirarãomais aliviados.

Os Governadores, os Ministros, os ami-gos do Palácio do Planalto não deixarão deusar o telefone e pedir votos favoráveis àprorrogação.

A defesa do pleito municipal é d bondei-ra mais à mão para o PMDB hastear napraça pública, na falta de outras. Ou naimpossibilidade de ficar insistindo nas pre-gações da Assembléia Constituinte, ou nafusão dos Partidos oposicionistas.

Decidido o assunto, outros temas terãoque ser encontrados. Enquanto isso, nassuas peregrinações pelos Estados, o Depu-tado Ulysses Guimarães continua insistiu-do na condenação do adiamento do pleitomunicipal e na prorrogação de mandatosdos atuais prefeitos e vereadores, "mesmopor um dia". Por isso, ele não aceitou discu-tir a proposta de se transferir as eleiçõesmunicipais para meados de 1981, ainda quecom a possibilidade de se fixar novamenteem quatro anos os mandatos municipais.

Para a Oposição, não é apenas a pror-rogação que deve ser combatida. A coinci-dência de mandatos prevista no pacote deabril para 1982 está tirando o sono dosdirigentes oposicionistas. Prorrogados ou ,renovados os mandatos agora, em 1982será o caos, com o eleitor obrigado a votarem candidatos a cargos municipais, esta-duais e federais, no Executivo e no Legisla-tivo — garantem os críticos da coincidênciados mandatos.

Mas é bom lembrar que este principiofoi inserido na Constituição em abril de1977 e até agora a Oposição não fez nada deobjetivo para retirá-lo dali. Começou a ata-cá-lo depois que sentiu que haveria mesmoa prorrogação de mandatos municipais.

As diretas

O lider do PP na Câmara, DeputadoThales Ramalho, não demonstra maiorpreocupação com a anunciada possibilida-de de o Governo recuar no estabelecimentode eleições diretas de governadores. Na suaopinião, a decisão do Govemo é irreversi-vel e, além disso, o Congresso náo apoiariaqualquer medida capaz de assegurar o piei-to indireto em 1982.

E ele vai mais além: não acredita tam-bém que possa ser adotada a sublegenda nopleito direto de governadores. Mesmo sa-bendo que o PDS reivindica esse sistema, olíder do PP acredita que a sublegenda vaiser usada apenas nas eleições de prefeitos esenadores.

Para Thales Ramalho, a preocupaçãoprioritária do Governo é a de garantir amaioria no colégio eleitoral que em 1984deve eleger o sucessor do Presidente Figuei-redo. Os Governos estaduais não preocu-pam tanto, até porque os nomes mais fortesdos Partidos oposicionistas podem ser elei-tos em 1982 que não provocarão nenhumacatásfrofe.

PT não inclui Constituinte em seu programaSào Paulo — A Assembléia

Nacional Constituinte náo flgu*ra no programa nem na plata-forma de ação politica do Parti-do dos Trabalhadores, docu*mentos aprovados ontem. Oslideres do PT explicaram que atese da Constituinte não foi in-cluida no programa e na plata-forma "porque foi a questãomais difícil, a que mais provo-cou controvérsias, náo' se che-gando a um consenso".

SENSIBILIDADE

Nos debates de plenário aConstituinte foi rejeitada por-que os militantes entendemque ela não sensibilizará as ba-ses. Acreditam até que a gran-de massa trabalhadora nào sa-be sequer o significado da pa-lavra.

Integrantes do PT considera-ram ainda que se o Partido derênfase a necessidade de convo-cação da Constituinte "há o ris-co de que uma grande campa-nha nesse sentido leve o regimeatual a convocá-la. Será umaConstituinte convocada pelaburguesia e na qual os traba-lhadores nào poderão fazer va-ler seus interesses".

Em seu programa definitivo,o PT se define como um "Parti-do de massas, amplo e aberto,baseado nos trabalhadores dacidade e do campo". Lembratambém a seus filiados que "aluta contra o regime deve apon-tar uma alternativa que golpeieo poder econômico e políticodominante, desmantelando amáquina repressiva e garantin-do as mais amplas liberdadespara os trabalhadores e opovo".

Enfatiza a necessidade de"uma alternativa de poder paraos trabalhadores e oprimidosque se apoie na mobilização domovimento popular e seja a ex-pressão de seu direito e vonta-de de decidir os destinos dopais. Um Governo que avancenos rumos de uma sociedadesem exploradores e expio-rados".

ALIANÇAS POLÍTICAS

O programa assinala que "ostrabalhadores cresceram emsua capacidade de organização,resistindo e combatendo a con-solidação do atual regime eagora, com o seu Partido, avan-çam para superar este regime".Conclama ainda os integrantesdo PT ao "combate a todos osinstrumentos jurídicos ou poli-ciais de repressão política, usa-dos contra os trabalhadores econtra o povo brasileiro em ge-ral. Por isso devemos lutar con-tra a atual Lei de SegurançaNacional e demais instrumen-tos de arbítrio do sistema depoder centrado no Executivo.Além disso, enquanto não fo-ram desativados os órgãos poli-ciais que violentam as organi-zações e movimentos popula-res, só haverá democracia nopapel".

— No âmbito parlamentar, oPT prevê uma politica de alian-ças sobre questões especificasque sirvam à causa dos traba-lhadores — diz o programa que,

. em outro trecho, acentua que o

PT "defende uma politica inter-nacional de solidariedade entreos povos oprimidos e de respei-to mútuo entre as nações". Soli-òariza-se ainda com todos "osmovimentos de libertação na-cional e emancipação social" ecom as maiorias discriminadase as minorias segregadas.

Na ação politica, de acordocom a plataforma ontem apro-vada, o PT defenderá sindica-tos livres e independentes doEstado, a Central Única dosTrabalhadores, o direito lrres*trito de greve e a total liberda-de de organização partidária.Lutará pela revogação da Leide. Segurança Nacional, anistiaampla, geral e irrestrita, apura-çào das torturas, perseguiçõespolíticas e todas as arbitrarie-dades policiais, com puniçãodos responsáveis e ainda pelaseleições diretas em todos os ní-veis, com direito de voto paraos analfabetos.

Combaterá também a atualpolitica salarial e insistirá nosalário mínimo unificado, nasnegociações diretas entre tra-balhadores e patrões e na esta-bilidade no emprego. Pediráuma politica habitacional queassegure moradia digna a todosos trabalhadores, ensino públi-co gratuito em todos os níveis,reconhecimento da posse defl-•nitiva sobre os terrenos ocupa-dos por moradores de favelas eloteamentos clandestinos, pos-se da terra a quem nela traba-lha e extensão das conquistastrabalhistas ao campo. O Parti-do apoiará os movimentos dedefesa dos direitos das mulhe-res, negros, índios e de todas asminorias oprimidas.

ESTATUTOS

Por não terem chegado a umconsenso em vários pontos emque divergiam, os militantes do,PT não aprovaram os estatutosdo Partido no encontro nacio-nal de dois dias, ontem encerra-do. Diante das divergências,eles decidiram formar uma co- ¦missão integrada pelos juristasDalmo de Abreu Dallari, Pliniode Arruda Sampaio, José Men-tor e o Deputado estadual Mar-co Aurélio Ribeiro, que ficouencarregada de redigir os esta-tutos nos próximos dias.

O principal motivo de dlver-gência foi a criação do conselhoconsultivo provisório do Parti-do, não se chegando a um con-senso se este deve ter funçãodeliberativa em conjunto com aexecutiva nacional, ou se seriaapenas consultivo. Outro pontode discórdia foi a localização dasede do Partido em Brasília ouem São Paulo. Náo houve açor-do também sobre se os parla-mentares filiados à agremiaçãodevem ou nào entregar seussubsídios ao PT, que por suavez os remuneraria.

Na votação do programa e daplataforma de ação politica,mais uma vez Lula e seu grupo,responsáveis pela elaboraçãodas propostas, derrotaram osgrupos que lhes faziam oposi-ção; estes apresentaram maisde 50 emendas ao programa e àplataforma do PT, mas obtive-ram aprovação para apenascinco.

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No segundo dia de convenção, Lula conseguiu aprovar a sua chapa única

Convenção aprova chapa únicaDepois de dois dias de intensas discussões,

reuniões e composições suscitadas principal-mente pela dissidência liderada no PT pelolíder sindical José Ibrahim, o presidente depôs-to do Sindicato dos Metalúrgicos de São Ber-nardo do Campo, Luís Inácio da Silva, o Lula,conseguiu submeter na noite de ontem à vota-çâo dos participantes do 10° Encontro Nacionaldo Partido uma chapa única para a ComissàoExecutiva Nacional Provisória da agremiação.

No momento da apresentação, a chapa, en-cabeçada por Lula e na quai figura tambémJosé Ibrahim, tinha sua aprovação praticamen-te assegurada, uma vez que precisaria obter51% dos votos, e nos dois dias do encontro Lulae seu grupo haviam obtido a aprovação dequase 90% dos participantes para derrotar aspropostas apresentadas pelos dissidentes.

Chapa— O PT é a única proposta de política séria

no pais. Se nós, os dirigentes sindicais depôs-tos, formos enquadrados na Lei de SegurançaNacional, isto só vai acontecer porque o Gene-ral Golbery do Couto e Silva tem muito medode uma coisa chamada PT. Esse nosso encontroserviu para mostrar a todos que PT não é umsonho — disse Lula ao apresentar ao plenáriosua chapa única.

Integram a chapa aprovada além de Lula eIbrahim, os Srs Jacó Bittar. presidente do Sin-dicato dos Petroleiros de Campinas e Paulínia;Olívio Dutra, presidente deposto do Sindicatodos Bancários de Porto Alegre; Manoel daConceição, líder camponês representando Per-nambuco; Vanderley Farias de Souza, membroda Comissào Pastoral da Terra da Paraíba;Deputados federais Antônio Carlos (PT-MS) eFreitas Diniz (PT-MA); Luiz Soares, presidentedeposto da UTE-Unlão dos Trabalhadores deMinas Gerais; Joaquim Arnaldo, da Ação Ope-rària Católica do Rio de Janeiro; e Apolônio deCarvalho, fundador do PCBR — Partido Cornu-nista Brasileiro Revolucionário.

A apresentação da chapa foi antecedida dedois dias de negociações para evitar que osdissidentes apresentassem outra chapa. Váriasvezes o nome de José Ibrahim foi colocado eretirado da chapa. Sua inclusão sempre levavalíderes do Partido a retirarem as assinaturas deapoio à chapa de Lula, mas o próprio ex-presidente deposto dos Metalúrgicos de SáoBernardo impôs a colocação de Ibrahim. Lulaexplicava que a inclusão de Ibrahim era impor-tante para que a imprensa náo noticiasse que oPT nascia cindido. Argumentando ainda que seo lider sindical de Osasco nào conseguissetrabalhar na Executiva nacional "ele cai porsi".

Líder de 68 comanda os radicaisO ex-líder sindical José Ibrahim, que

aliado a grupos da esquerda radical lideraa oposição a Lula no PT, tomou-se conhe-cido em abril de 1968 quando, na presiden-cia do Sindicato dos Metalúrgicos de Osas-co e com apenas 21 anos, liderou 25 miloperários na primeira grande greve ocorri-da no pais depois de 1964.

Hoje com 33 anos, casado com a chilenaTereza e pai de Eduardo, de 6 anos,Ibrahim foi o grande derrotado no confron-to que travou com Lula nos dois últimosdias, no primeiro encontro nacional do PT.Lula e seu grupo derrotaram praticamentetodas as sugestões e propostas apresenta-das por Ibrahim e os grupos radicais a queestaria aliado e que se integraram no PT—MEP (Movimento de Emancipação do Pro-letariado), AP (Ação Popular), Libelu (Li-berdade e Luta), Avalu (Avançar a Luta) eConvergência Socialista.

Funcionário da Cobrasma, onde come-çou a trabalhar aos 14 anos, Ibrahim foieleito para a presidência do Sindicato dosMetalúrgicos de Osasco em 1967, quandoas mais expressivas lideranças sindicaisdo país estavam presas, exiladas ou ha-viam sido afastadas pelo movimento mili-tar de 1964.

Um ano após sua eleiçáo, acionandopela primeira vez as comissões de fábrica,que depois seriam reativadas na mobiliza-çáo das últimas greves no ABC, deflagroua greve de Osasco, que no seu primeiro diaobteve a adesão de 16 mil operários, e, nosdias de maior adesão, chegou a paralisar25 mil dos 30 mil metalúrgicos que entáoconstituíam a categoria no município.

A reivindicação dos grevistas era au-mento de 35%, para compensação da per-da de poder aquisitivo causada pela politi-ca salarial do Governo, e reconhecimentodas comissões de fábrica, Ibrahim diz queesgotou entáo todas as possibilidades dediálogo e que o Ministro do Trabalho naépoca, Senador Jarbas Passarinho, negou-se a recebê-lo.

O sindicato foi tomado e a greve repri-mida por um combinado de tropas daspolicias civil e militar e do DOPS. Ibrahim,destituído do cargo, preso e torturado,sairia da cadeia 11 meses depois, para oexílio, ao ser trocado pelo Embaixadornorte-americano seqüestrado, CharlesBurke Elbrick.

Inicialmente viveu alguns meses no Mé-xico, depois três anos e meio em Cuba eum ano no Chile, onde se casou. Foi obri-gado a sair do pais após a queda doGoverno constitucional de Salvador Allen-de. Viveu então alguns meses no México,onde nasceu seu filho e em seguida foi paraa Bélgica, onde viveu 5 anos, até voltar doexílio no início deste ano. No exüio fez umcurso de inglês e trabalhou como metalúr-gico. Na Bélgica fundou um centro cultu-ral latino-americano, hoje reconhecido pe-Ia ONU, UNESCO e outros organismosinternacionais.

Sào Paulo/Foto d. Ariovaldo do. Santoi

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José Ibrahim

Há alguns anos, o ex-Prefeito de Osas-co, hoje Deputado Federal do PDS, SrFrancisco Rossi, inaugurou uma avenidacom o nome do pai de Ibrahim, Sr MamudIbrahim, antigo militante de base do movi-mento operário. A mãe de Ibrahim compa-receu e disse ao prefeito que queria queseu filho voltasse do exílio.

O prefeito fez gestões junto ao entãocomandante do II Exército, General Ed-nardo D'Ávila Mello. Sobre isso existematé hoje duas versões: oficiais do Exércitoasseguram que o General Ednardo aconse-lhou Ibrahim a procurar uma Embaixadado Brasil no exterior e dali iniciar 6uavolta. Ibrahim entretanto assegura que oGeneral se limitou a enviar uma carta aoPrefeito Rossi dizendo que o assunto "náoé da minha competência e sim da JustiçaMilitar".

Segundo militantes do PT, ao voltar aoBrasil, Ibrahim percebeu que o espaçopolítico que poderia ocupar no movimentosindical e político brasileiro fora ocupadopor Lula, que sempre rejeitou o apoio dosgrupos radicais.

Como o PT pretende ser um Partidoaberto. Lula não pode impedir a adesáodos grupos radicais, que se aliaram aIbrahim. Recepcionaram-no no momentoda sua volta e o levam a encampar suasposições nas reuniões do Partido, emboraem reuniões reservadas Ibrahim sempreassuma as mesmas posições de Lula.

Marcüionega acordocom PDS

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ESCOLADE PAIS

Brasilia - "Nunca pedi a "¦"colaboração de ninguém de '•"Congresso para apressar aemenda das eleições diretasAcho que esta matéria nàctem tanta pressa assim e po-dera ser aprovada em até' .1981. Pessoalmente, conslde* 'ro os processos direto e indl* 'reto democráticos, mas no ¦momento acredito que o res*tabeleclmento do pleito dire*to é irreversível e tem meuapoio".

Esta foi a declaração dopresidente da Câmara. Depu*tado Flávio Marcilio, ao serinformado de que parlamen-tares oposicionistas mos*tram-se irritados com suapossível concordância com a'proposta do comando doPDS, de apressar somente avotação do projeto de emen*da das prerrogativas do Le-gislativo. A proposta deemenda que restabelece opleito direto terá sua tramita-çáo iniciada a partir deagosto.

"DE FACA NA MAO"

Da mesma forma comentouo líder do PP, Deputado Tha-les Ramalho. Na sua opiniãoa Oposição "deve lutar de fa-'ca na máo" a favor da restau-ração dos poderes do Con- .gresso. Ele não entra agora-—no mérito da proposta, masobservou que está a primeiravez que o Parlamento toma ainiciativa de lutar pelos seuspróprios direitos, "usurpadosa partir de 64".

Acha o líder do PP que orestabelecimento das elei-ções diretas acontecerá "ine-vitavelmente", neste ano ouem 1981 e, portanto, a luta detodos deve sei pela restaura-çào do Poder Legislativo.

O presidente da Câmara,por sua vez, explicou que nãorecebeu sábado, em sua resi-dência oficial, a visita do Mi-nistro Ibrahim Abi-Ackel, co-mo foi noticiado.

"Como ninguém ignora, asresidências oficiais dos presi-dentes da Câmara, do Senado .e do Ministro da Justiça estáosituadas no mesmo local. So-mos todos vizinhos. Sábado,.ao chegar em casa, encontreicom o Ibrahim e conversa-mos apenas um pedaço. Nãohouve novidades, já que oGovemo nunca se colocoucontra a emenda das prerro-gativas" — assegurou o SrFlávio Marcilio.

E a reação da Oposição aoplano de apressar apenas aproposta de emenda dasprerrogativas?

Ainda não conheço essainiciativa oficialmente. Achoque amanhã (hoje) o proble-ma será discutido com os li-deres e dirigentes do PDS eos dirigentes do Congresso.

Mas o senhor concordariaem deixar de lado o projetodas eleições diretas?

Nunca pedi a ninguém acolaboração para apressar avotação da emenda do pleitodireto. Quem quiser que elaseja votada o mais rápidopossível que lute por isso, co-mo venho fazendo pela emen-da que restabelece prerroga-tivas do Legislativo.

E a sua reeleição à presi-dência da Câmara?

Náo estamos cogitandodisso. -.;

A Oposição, porém, prome-'te lutar para que as duas pro-postas de emenda—das prer-rogativas e das eleições dire-tas — possam ser votadas até.agosto. Dos 10 projetos deemenda constitucional retira-dos da pauta — e com issoaquelas duas propostas te-riam a tramitação antecipa-da—quatro sâo de autoria deparlamentares da Oposiçào.

"Nós náo pretendemos, por;enquanto, reapresentá-las",.disse o Deputado RobertoFreire (PMDB-PE) , que re-presentou os Partidos oposi-.cionistas no trabalho de de-sobstruir a pauta de emendasconstitucionais".

Assista o I ( onuresso Latino- Americano de Escola de Pais(Va 8 de junho de l98üíColégio Santa'Cruz-Rua Orobó. 383 -S. Paulo Rua Banira. KW- lei. 62-*M)8*SP.

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JORNAL DO BRASIL D segunda-feira, 2/6/80 D 1° Codemo POLÍTICA E GOVERNO — 3

Bancada do pds na Câmara Procurador pode Professor afirma que PDT só terásucesso se optar pelo socialismo

discutirá posição comumpara emenda da prorrogação

Brasilia — A bancada do PDS na Câmara discutequarta-feira a questão das eleições municipais previs-tas para 15 de novembro, oportunidade em que amaioria de seus atuais 213 integrantes adotará o com-portamento a ser seguido na votação do projeto deemenda constitucional, de autoria do Deputado Anísiode Souza (PDS-OO), que prorroga os mandatos deprefeitos e vereadores por dois anos.

Durante a reunião de hoje do Conselho Politico doGoverno, no Palácio do Planalto, quando se confirmaráa convocação da bancada do PDS, a proposta deadiamento do pleito municipal será o tema principaldos debates com o Presidente da República, embora oprojeto de emenda constitucional que restabelece asprerrogativas do Congresso esteja incluído na agendado presidente do PDS, Senador José Sarney, do Minis-tro da Justiça, Ibrahim Abi-Ackel e dos líderes noCongresso, Senador Jarbas Passarinho e deputadoNelson Marchezan.MARCHEZAN ACHA DIFÍCIL

Ontem, o Senador José Sar-ney declarou que o PDS, após oencontro de hoje no Palácio doPlanalto, poderá assumir ofi-cialmente a defesa do projetodo Sr Anísio de Souza, provo-cando antes uma decisáo dasua- bancada' na Câmara, poisno Senado os seus representan-tes já se manifestaram unani-memente a favor da prorroga-ção. dos mandatos municipais,"A estas alturas", frisou o presi-dente do PDS, "nào podemosficar sem uma definição a nívelde Partido e bancadas".

Por sua vez, o Deputado Nel-son Marchezan admitiu ontemque encontrará dificuldades pa-ra alcançar, sozinho com a ban-cada do PDS o quorum qualifi-cado de 211 deputados paraaprovar a prorrogação dosmandatos municipais. Contu-do, ele entende que a delibera-ção; a ser tomada pelo Congres-so à respeito do adiamento daseleições municipais deve con-tar com a participação dos ou-tros Partidos "É preciso que ai-guns oposicionistas parem deposar de mais democratas queos outros. Eu confio no entendi-mento e creio que haverá umasolução. O impasse não levará anada. Muito pelo contrário, sóinteressa aos radicais", acres-centou o líder do PDS na Câ-mara.

Sobre a proposta que recebeude "importantes segmentos daOposiçào", no sentido de que o

PDS promovesse a votação doprojeto de emenda constitucio-nal que restabelece as eleiçõesdiretas para Oovemador, antesda que prorroga os mandatosmunicipais, o Sr Nelson Mar-chezan disse que a transmitiráao Conselho Politoco nos ter-mos em que lhe foi apresenta-da. Ressaltou o lider do PDSnáo haver nenhuma negociaçãoconcreta a esse respeito com osPartidos de Oposição, mas,apenas "conversas e sondagensde pessoas responsáveis filia-das ao grupo oposicionista".

CONSENSO

Para o Senador José Sarney,não há dúvida de que a propôs-ta de emenda do Deputado Flá-vio Marcilio será examinada nareunião do Conselho Politico esobre o tema haverá uma defl-nição que poderá ser mesmo oacordo de lideranças, atravésdo qual o projeto da comissãosuprapartidária entrará priori-tariamente na ordem do dia dbCongresso. Quanto ao méritoda proposição, o presidente doPDS acentuou existir entre osparlamentares o concenso deque o ressentimento contra oPoder Legislativo, existente naConstituição, deve salr."Entre-tanto, como o próprio Deputa-do Flávio Marcilio tem explica-do, as idéias contidas no proje-to serão estudadas pela própriacomissão mista que lhe daráparecer, podendo fazer as alte-rações que a maioria achar quesão necessárias."

Vereadores e prefeitosprometem ir a Brasília

Vereadores e prefeitos de to-do o país virão a Brasília paramanter contatos com senado-res e deputados sobre a propôs-ta de emenda constitucionalque prorroga os mandatos mu-nicipais, e que começou a tra-mitar oficialmente no Congres-so Nacional na última sexta-feira:

A informação foi transmitidaontem pelo Deputado AlbéricoCordeiro (PDS-AL), membro dacomissão mista que dará pare-cer sobre a matéria, após enten-dimentos com lideranças muni-cipais de São Paulo, Alagoas ePernambuco, no último flm desemana,

MOBILIZAÇÃO"São as bases políticas do

país que começam a se mobili-zar, como o fazem, nos períodoseleitorais, para eleger o senado-res e deputados de suas prefe-réncias, e às quais recorremosquando precisamos de voto",disse q parlamentar alagoano.

Assinalou o Deputado Alberi-co Cordeiro, que enquanto ascúpulas partidárias buscam en-tender-se a nivel de Congressopara a votação da emenda, éjusto que os vereadores, os pre-feitos e os vice-prefeitos ve-

Prefeito doex-MDB trocaPTB peb PDS

Recife — O PDS pernambu-cano recebe hoje uma impor-tante adesão: o Prefeito de Ja-bõatáo — o maior depois daCapital, no grande Recife — SrGeraldo Melo, ex-PMDB e ex-PTB, que adere ao Partido go-vernista alegando que se identi-fica totalmente com o progra-ma do PDS.

O Governador Marco Maciel,será o grande vitorioso, pois vèafastada uma das principaisoposições municipais do seu ca-minho, além de já contar comum nome em-potencial parauma possível dobradinha — aolado do Prefeito de Recife, SrGustavo Krause — para umaeleição direta em 1982 para oGovemo do Estado.

nham a Brasilia manter conta-tos com seus líderes para umaampla troca de idéias sobre aprorrogação dos mandatos, vezque serão esses comandos mu-nicipais os políticos diretamen-te envolvidos no assunto". In-formou ainda que está sendoorganizado um movimento a ni-vel nacional para que a cadasemana, a partir da primeirareunião da comissão mista, gru-pos de vereadores se encontremno Congresso, "para conversarcom os senadores e os deputa-dos que eles, em quaisquer Par-tidos ou condições, ajudarameleger".- — Nesta quinta-feira, na cida-de alagoana de Arapiraca, cer-ca de 700 vereadores do Estadose reunirão com representantesde vereadores de outros Esta-dos, para estabelecer um rodí-zio de representação que irá aBrasilia para acompanhar atramitação da proposta deemenda do Deputado Anísio deSouza. Esse rodízio, que segun-do se aventou em reuniào dasemana passada, em Recife, se-ria de delegações de três ouquatro Estados por semana, atéo dia votaçáo do projeto emplenário, quando deverão estarno congresso vereadores e pre-feitos de todo o pais.

Simon acusaPMDB deimobilismo

Porto Alegre — Embora reco-nheça que o Executivo podegerar fatos políticos por açáoou mesmo por omissão, o presi-dente do PMDB gaúcho, Sena-dor Pedro Simon, acha que seuPartido caiu no imobilismo,atribuindo-o ao fato de que "apartir de 78 estamos dançandoa música executada pelo Go-vemo, ou seja, estamos indo areboque dos acontecimentos".

Para que o PMDB "dance asua própria partida", o dirigen-te oposicionista apregoa a ne-cessidade do PMDB elaborarcom urgência um programa deação imediata, atendendo "auma aspiração quase generali-zada das lideranças e bases par-tidárias".

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•Em dobro.MAIO

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requerer hoje apunição de Cunha

Brasilia—O Procurador-Geral da República, Sr FirminoPaz, decide hoje se pede a suspensão do mandato parlamen-tar do Deputado João Cunha até que o Supremo TribunalFederal resolva sobre a denúncia de que o politico Incorreuem dispositivo da Lei de Segurança Nacional, em açáo a serinstaurada esta semana.

Amanha, o presidente do STF, Ministro Antônio Neder,sorteia o Ministro-relator para a ação penal encaminhada

Silo Procurador, sexta-feira, contra o Deputado Getúlio

las, por ter este "ofendido a dignidade e a reputação doTribunal Superior Eleitoral e de seus eminentes Ministros",quando chamou aquela Casa de "latrina do Palácio doPlanalto."

Indaga o Sr Firmino Ferreira Paz "como podemos classi-ficar um parlamentar que chama de latrina exatamente aCorte que reconheceu o seu mandato?, Um dejeto?". Foi comesse pensamento que a unanimidade dos membros doTribunal Superior Eleitoral não aceitou como retratação aJustificativa cio Sr Getúlio Dias, de que ofendeu a Corte nummomento de explosão emocional.

O Procurador-Geral da República não pode pedir asuspensão do mandato do Sr Getúlio Dias pelo fato de esteter incorrido em dispositivos da Lei de Imprensa, o que náoocorre com o Sr João Cunha, cujo discurso ofensivo aoPresidente da República e às Forças Armadas constituiupara o Procurador crime previsto na Lei de SegurançaNacional.

O Sr Firmino Ferreira Paz está estudando a gravidade dodelito cometido pelo Sr Joào Cunha para pedir a suspensão °do seu mandato parlamentar ao STF. Quanto ao Sr GetúlioDias, logo após sortear um Ministro-relator para a açãopenal proposta, o presidente do STF oficiará à Presidênciada Câmara dos Deputados pedido de licença para darprosseguimento ao processo.

Belo Horizonte — "A náo ser que o Parti-do Democrático Trabalhista tome conota-ções claramente socialistas, dificilmente te-rá, no quadro atual, uma clientela politicaque dè respaldo a sua proposta. A únicasaída para o PDT no contexto político atualé definir-se como. uma legenda claramentesocialista. Só assim poderá congregar largafatia das classes médias e trabalhadorasbrasileiras, numa proposta não só de fazeroposição ao Governo, mas também de trans-formar a sociedade brasileira."

A afirmação é do cientista politico JarbasMedeiros, professor de ciências políticas daFaculdade de Filosofia e Ciências Humanasda Universidade Federal de Minas Gerais eautor de Ideologia Autoritária no Brasil1930-1945, editado em 1978 pela FundaçãoGetúlio Vargas. Segundo ele, só desse modoo novo Partido do ex-Govemador LeonelBrizola terá uma bandeira e um programaque ultrapassará os demais Partidos da opo-sição, embora sem ir tão longe quanto o PC.

Esvaziamento

O Sr Jarbas Medeiros prevê um esvazia-mento do sucedâneo do antigo PTB brizolis-ta se o Sr Leonel Brizola permanecer nessafaixa programática, indefinida, sem raízesna opinião pública brasileira. O cientistapolitico observou que o Partido dos Traba-lhadores é que é o real PTB por ter uma basesindical e popular.

Sobre o PTB da Sra Ivete Vargas, -oprofessor Jarbas Medeiros afirmou que,"com o Jânio, ele vai se definir claramentecomo um populismo de direita, com suas

características tradicionais de uma politicade direita para dentro e de esquerda parafora"Seria o ressurgimento, entre nôs, do nas-

serismo, que derivou de um impasse noEgito dos anos 50, "quando a burguesiamodernizante egípcia lutava simultânea-mente em duas frentes: pela afirmação eindependência nacional, e, de outro lado.

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Jarbas Medeiros

pela sua sobrevivência interna como classedominante. Ê o que deve acontecer ao PTB,conforme se deduz do decálogo apresentadohá poucos dias por Jânio"

"Parece-me que o PTB Iveteano", insitluo cientista político, "sobreviverá como umresquício, um quisto na vida politica, assu-mindo um caráter de populismo de direita,nos moldes do janlsmo dos anos 50, e agoracom sabor getulista. Tudo leva a crer que oPTB que emergiu vitorioso do Tribunal Su-perior Eleitoral (e náo das urnas eleitorais)se constituirá em uma linha auxiliar doGovemo, não obstante suas manifestaçõespopulescas de critica ao mesmo, tudo nosmoldes da direita civilista, o janismo."

O professor Jarbas Medeiros acha que aadesão dos briiolistas ao PMDB ou ao PT,em virtude da perda da sigla no TSE, seria ocaminho mais dificil, e logo explodiriamconflitos de lideranças em seu interior. "Anáo ser que se engaje em uma linha social—trabalhista, mais socialista que trabalhista,nâo consigo perceber, hoje, o futuro do gru-po brizolista."

Tudo indica que, "de um lado, o PMDBevolua no seu parlamentarismo de centroesquerda, mais centro que esquerda, inca-paz, por isso mesmo, de mobilizar as cama-aas populares, correndo o risco de esterili-zar-se e implodir. O PP é oposição liberal,burguesa, no fundo classe produtora. Deoutro lado, prevejo o fortalecimento do PT,que, a meu ver, se transformará no PTB real,verdadeiro. Será, simultanemente a concre-tização popular partidária dos sonhos doPMDB, do PTB iveteano e do grupo brito-lista. Em suma, o PT mobiliza, estrutura eempurra", concluiu.

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JORNAL DO BRASIL D segunda-feira, 2/6/80 D 1° Caderno

I INFORME ESPECIAL

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CE AS A/RJ tem participaçãoefetiva na economia do Estado

A empresa Centrais de Abasteci-mento do Rio de Janeiro S.A. —Ceasa/RJ. uma empresa de econo-mia mista integrante do SistemaNacional de Centrais de Abasteci-mento — Sinac, foi criada em 20de maio de 1970, com os pbjefivosbásicos de promover, desenvolver,regular, dinamizar e organizar'acomercialização de produtos horti-granjeiros a nível de atacado evarejo noíslado do Rio de Janeiro.

A sede da empresa, na AvenidaBrasil, 19 001, em Irajá, no Rio deJaneiro, ocupa uma área de 2milhões 146 mil 263 metros qua-drados dos quais 1 milhão 263 mil313 metros quadrados estãoocupados por edificações da admi-nistraçáo; pavilhões de comerciali-zação. galpões de caixotaria. ma-nutenção e beneficiamento. postomédico; balança; estação de trata-mento de água,- posto de segurança• os pátjos de estacionamento, jar-dins, gramados e ruas dé circu-lação.

A Ceasa/RJ dispõe, hoje, de uni-dades de comercialização das maismodernas, formando um sistemaatuante tanto a nível de produção

mercados do produtor — comode atacado — Ceasas — e varejo

hortomercados, que lhe possibi-litam acompanhar todqs as fasesdo processo de produção e comer-cialização, buscando a eficiênciaoperacional do sistema como umtodo.

A empresa tem 12 unidades emfuncionamento,v estendendo suaatuação por todo o Estado do Rio deJaneiro, com efetiva participaçãona economia estadual, comandan-do o abastecimento de produtoshortigranjeiros.

Todos esses equipamentos estãoem permanente contato com a uni-dode central — Unidade GrandeRio — e as demais unidades doSinac, estabelecendo um fluxo con-tínuo de i nformações como cotaçõesde mercado, situação das culturas,volumes comercializados, proce-dència dos produtos, ocorrênciasnas zonas produtoras e muitas ou-trás informações de importânciapara as atividades de produção ecomercialização.

A Unidade Grande Rio, que fun-ciona desde agosto de 1974, é ummercado atacadista que opera jun-

to à sede da empresa, atende aocomércio de produtos hortigranjei-ros destinados ao consumo da áreametropolitana da Cidade do Rio deJaneiro, chegando aos Municípiosde São João de Meriti, Nilópolis,Nova Iguaçu, Duque de Caxias,Magé, Itaguai e outros, em meno;escala.

Estão em funcionamento, ainda,integrando o sistema, a Unidadede São Gonçalo, Unidade de Cam-pós, Mercados dos Produtores daRegião Serrana, do Norte Flumi-,nense, do Médio Paraíba, horto-mercados de Humaitá, Leblon,Méier, Campinho e Irajá e o Centrode Abastecimento de Macaé.

Aos sábados, funciona o varejãoda Ceasa/RJ nas Unidades GrandeRio e São Gonçalo, com a finalida-

,de de atender às populações cir-cúnvizinhas oferecendo a oportuni-dade da compra de produtos horti-granjeiros a preços acessíveis. Suosprincipais características são agrande escala em que se realizamas vendas e a eliminação total doscustos de transporte, com reflexosdiretos nos preços dos produtos.

TERRA SANTA, SANTA TERRAMunicípio de grande

vocação agropecuária, RioClaro conta para o seu de-senvol vi mento com a atuan-te tarefa da CooperativaAgropecuária, que absorvetoda a produção da bacialeiteira formada por munici-pios vizinhos. A predomi-nância da pecuária de leitegarante o abastecimentonormal da população, ofe-recendo um produto da me-lhor qualidade e teor nutriti-vo incontestável.

Situado na Zona Sul doEstado, Rio Claro teve a suaatividade leiteira iniciadaem 1950 com o fim do ciclodo café. Mas os planos daCooperativa Agropecuária,segundo o seu presidente, oprodutor Rodolfo Tavares, éinstalar uma mini-destilariade álcool carburante comcapacidade para produzir10 mil litros por dia.

Projeto neste sentido jáestá sendo estudado com aparticipação, além da Coo-perativa Agropecuária, da

prefeitura local e da EMA-TER-RIO. "Nossa certeza deque teremos acolhida juntoao Instituto do Açúcar e doÁlcool é lastreada da identi-ficação perfeita com a filo-sofia do Proálcool", afirmaRodolfo Tavares.

Com uma precipitaçãopluviométrica de _.700mmanuais, as terras do munici-pio são férteis e acessíveis avárias atividades agrope-cuárias, contando com umclima extremamente favo-rável. Sio servidas por rodo-vias e ferrovias que possibi-litam o fácil escoamento daprodução.

O presidente da Coope-rativa Agropecuária de RioClaro, após destacar a im-portancia da ajuda das au-toridades locais, estaduais efederais, encerra com as se-guintes palavas:

"Venha

para Rio Claro. Terra Santa,Santa Terra! Produtores Uni-dos; Município forte - BrasilGrande". (P

INCRA ativa o cooperativismopara melhorar produção no RJ

O Instituto Nacionalde Colonização e Refor-ma Agrária está prepa-rando um amplo diag-nóstico sobre o coope-rativismo no Rio de Ja-neiro, a partir do qualdinamizará ainda maissuas atividades no sen-tido de estimular me-lhores desempenhos departe das cooperativasde produção e consumodo Estado.

A informação é doCoordenador Regionaldo DíCRA, Sr José Car-los Vieira Barbosa,acentuando que "ascooperativas tèm im-portante papel a de-sempenhar dentro dagrioridade

dada pelo.overno do Presidente

Figueiredo ao setoragropecuário".CONSOLIDAÇÃO DOCONHECIMENTO

Para chegar ao diag-nóstico sobre o coope-rativismo fluminense, oINCRA está consoli-dando todo o conheci-mento adquirido no se-tor nesses últimos noveanos—tempo de vigên-cia da Lei 5764, queatribuiu ao Instituto afiscalização e controledas cooperativas insta--ladas no país — exce-ção apenas para coope-rativas habitacionais, ede crédito mútuo, júris-dicionadas, respectiva-mente, ao BNH e aoBanco Central doBrasil.

Nesse sentido, contrao INCRA com as infor-mações fornecidas peladocumentação contábildas cooperativas flumi-nenses, que sâo obriga-tortamente enViadas aoórgão, além da expe-riéncia e observações

acumuladas pelos téc-nicos do Instituto nostrabalhos de campoque desenvolvem regu-larmente.

Destaca o Sr JoséCarlos Vieira Barbosa3ue,

de posse daqueleiagnóstico, poderá o

INCRA estabelecer cor-reções e novas linhas deatuação no Rio de Ja-neiro, sempre no senti-do de orientar as coope-rativas em direção aoaumento da produção eda produtividade.

— Isso, evidentemen-te, sem perder de vistao objetivo maior docooperativismo, que é ode valorizar o homem eintegrá-lo cada vezmais na sua comunida-de acrescenta o coorde-nador regional doINCRA.COOPERATIVISMONO RIO

Embora as primeirascooperativas fluminen-ses tenham nascido hãmais de 40 anos, o Riode Janeiro só agora co-meça a consolidar umamentalidade cooperati-vista.

Ao contrário do Suldo país, por exemplo,onde a força da imigra-Ção européia transplan-tou também uma cultu-ra cooperativa, o Rio deJaneiro historicamenteficou mais alheio àque-Ia tendência até por for-ça dos padrões de suaárea rural — onde atéhá poucos anos domi-navam a monocultura ea pecuária.

Foi no setor leiteiroque o cooperativismocomeçou a se afirmarno Estado, como dècor-rência natural da ne-cessidade de melhoriado abastecimento de

leite aos centros ur-banos.

Até então, as usinasde leite ficavam nasmãos dos intermedia-rios, cujas atividadescomprometiam os inte-resses de produtores econsumidores. Foramentão implantadas asprimeiras cooperativasde produçáo leiteira,através de trabalho•executado pela antigaComissão Executiva doLeite, do Ministério daAgricultura.

Já nos anos 50, o Riode Janeiro viu nasce-rem suas primeiras coo-perativas de pesca, se-guindo-se, anos maistarde, as de consumo —estas por iniciativa degrandes empresas pú-blicas, como a do Ban-co do Brasil.

Hoje, existem no Es-tado cerca de 130 co-operativas, entre pro-dução, eletrificação ru-ral, consumo, trabalhoe outras, englobandoum universo de milha-res de cooperados quecomeçam a se conscien-tizar da importância doprincípio básico do coo-perativismo — o de quea união faz a força.ESFORÇOCULTURAL

No momento, todo o-esforço desenvolvidopelo INCRA entre ascooperativas do Rio deJaneiro são direciona-dos para a consolida-ção de uma mentalida-de cooperativa, atravésda formação de qua-dros, assistência fiscal,orientação e assistén-cia técnicas.

Assim, o INCRA rea-liza cursos periódicospara a formação de con-selheiros fiscais, sobre

Doutrina e Legislaçãode cooperativas, orien-ta a formação de comi-tês de compras, ensinatécnicas de comerciali-zação (que incluemnormas áe padroniza-ção, classificação e em-balagens), estimula ar-mazenagem e frigorifi-cação e fornece a assis-tència técnica possível.Esse trabalho é reali-zado diretamente peloórgão em alguns casos.Em outros, de acordocom as diretrizes esta-belecidats pelo PlanoNacional de Assistén-cia Técnica, celebra ter-mos de ajuste com ascooperativas, oferecen-do suporte para a im-plantação de assistén-cia técnica. Nesse caso,as próprias cooperati-vas contratam seus as-sessores, sob a supervi-sáo do INCRA, que,gradualmente, vai re-duzindo seus encargosfinanceiros nessas con-tratações até que ascooperativas tenhamcondições de continuarexecutando o trabalhosozinhas.

Mesmo a fiscalizaçãode que o INCRA se en-carrega por lei é execu-tada com um sentidomais doutrinário, deorientação.FORMAÇÃO DAJUVENTUDE

Nesse trabalho deorientação e assistén-cia ao cooperativismofluminense, o Coorde-nador Regional do IN-CRA destaca uma ex-periência que considerafundamental para acriação de uma menta-lidade cooperativista: aformação da juventude.

Segundo o Sr JoséCarlos Vieira Barbosa,

é importante estabele-cer uma consciênciacooperativa desde a ju-ventude, razão porqueo INCRA vem desen-volvendo projeto juntoàs escolas da área ruralpara informar e esclare-cer alunos sobre o as-sunto.

Embora ainda es-tejamos numa primeira •fase desse trabalho — •diz — os resultados têmsido bastante positivos,conforme pudemosconstatar em cursos pa-ra professores já reali-zados em municípioscomo Itaborai, Itaguai,Macaé, Sáo Fidelis e«Paraíba do Sul. •¦;

Destaca, finalmente,a importância das cam-'panhas periódicas de'promoção cooperativa,já reahzadas em muni-cípios como Campos,,Sao João da Barra eMacaé, utilizando oscanais de comunicaçãode cada comunidade,como clubes de serviço,prefeituras, sindicatos'e associações locais. ,E todo um traba-lho integrado—conclui ¦o Sr José Carlos Vieira.Barbosa — que o IN*:CRA vem desenvolven-:do, não só em nível es-'tadual, como em todo òterritório brasileiro, sob-orientação de seu presi-;dente Paulo Yokota, nó.,sentido de estimular,cada vez mais a partici-pação das cooperativasno esforço do desenvol-vimento nacional. Eyaqui no Rio, sem dúvi-:da, esse esforço ganha-;rá novas proporções,dentro de pouco tempo,.quando pudermos con-,tar com os resultados:do diagnóstico do coo-!perativismo que já cc-:meçamos a elaborar."•"•

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Chegou a vez da Pecuária de CorteDepois de uma cerrada batalha

por melhores preços para o leite, já énora de nos preocuparmos com apecuária de corte.

E necessário que façamos um bre-ve retrospecto para poder analisá-lade uma forma clara e objetiva.

Em agosto de 1973 a arroba de boigordo valia Cr$ 120,00- Tivemos entãoa oportunidade de ver os pecuaristassatisfeitos, uma dedicação total nacriação e apuração das nossas raçasZebuínas, como o Guzerá, Tabapuã,Nelore, Hindu Brasil, Gir, etc. Conse-guimos formar, no decorrer de muitosanos, uma pecuária de primeira li-nha. Diga-se de passagem com o nos-so próprio esforço e que em nadadeixa dever a outros países.

Lamentavelmente o Governo Fe-deral, sob o pretexto de regular ospreços internos, passou a importarcarne indiscriminadamente e formarestoques reguladores. Como sempreocorre, as autoridades tabelaram acarne e o boi, até chegarem ao Acordode Cavalheiros.

Os próprios pecuaristas nunca fo-ram ouvidos, mas toda atenção era eé dada aos frigoríficos e supermer-cados.

O resultado é conhecido. Os pre-ços praticamente estagnaram a par-tir do início de 1974 e somente em 1978voltaram a reagir timidamente. Em1979 a arroba deu um salto para Cr$1.200,00. Hoje, em final de maio de

1980, o preço deveria estar acima deCr$ 2.000,00 levando em consideraçãoexclusivamente a evolução da taxainflacionária fornecida pela Funda-çáo Getúlio Vargas.

A conseqüência disto tudo trouxeconsigo a indiscriminada matança defêmeas e reprodutores, animais quenão poderiam ir para o abate. Deze-nas de criadores de raças Zebuínasdeixaram a criação por absoluta fal-ta de estímulo e em detrimento danossa pecuária.

Podemos deduzir que a políticapara o setor foi e continua sendoimediatista. Necessitamos aumentaro rebanho bovino nacional, estimularo setor, elevar o consumo de carnepor habitante e visar à exportação,incluindo a carne industrializada, co-mo também animais zebuínos esêmen.

Quando se fala em pecuária decorte e estímulos para o setor, é bomlembrar a parte fito-sanitária. Nesteparticular gostaria de citar a febreaftosa ainda longe de ser eliminada,um vez pela deficiência da própriavacina e pela falta adequada de con-trole a ser exercido pelas autoridadesfederais. A brucelose é outra doençalargamente disseminada no rebanho .brasileiro e não atacada, faltandoinclusive senso de responsabilidadepor parte de alguns envolvidos com aquestão.

Devemos melhorar e formar no-

Ulrich Reiskyvas pastagens. Usar sementes de gra-míneas selecionadas e introduzir le-guminosas em larga escala. Indispen-sável é a correção de solos para ob:tenção de resultados positivos. Tudoisso requer recursos financeiros quesomente o Governo poderá propor-cionar em larga escala.

Para finalizar, desejo lembrar aosSenhores Ministros de Estado, dapaéta da Agricultura e Planejamentoo seguinte:

Desejamos do Governo uma poli-tica definida para o setor, elaboradapor legítimos representantes da pe-cuárid de corte e em colaboração comtécnicos do Governo. Uma vez deli-neadas as necessidades, partiremospara execução desta política. Assimdesenvolveremos uma pecuária decorte consubstanciada no ganho porprodutividade e náo por especulação.Esta última, nociva ao setor, poisenriquece alguns e prejudica todauma atividade.

Ulrich Reisky é presidente da Comissãode Pecuária de Corte da Federação da

Agricultura do Estado do Rio de Janeiro;presidente do Sindicato Rural de

Cachoeiras de Macacu; membro daAssociação Brasileira dos Criadores de

Zebu e chefe de gabinete da presidênciada Federação da Agricultura do Estado

do Rio de Janeiro, além de produtorrural.

m s'<?'

JORNAL DO BRASIL D segunda-feira, 2/6/80 D Io Caderno, -5

|[ INFORME ESPECIAL

Si

O Cooperativismona Atividade

CanavieiraEvaldo Inojosa

As Cooperativas do setorcanavieira de plantadores eprodutores de açúcar, tem co-mo objetivo principal:

a) obtengâo de recursos pa-rft financiar a produçáo;b) melhorar o nivel de organi-zaçáo e oferecer assistênciatécnica;O no caso das cooperativasde produtores de açúcar, or-garüzar a oferta de produçãojunto ao mercado, de forma aqt^e o preço oficial estabeleci-do pelo Instituto do Açúcar edo' Álcool seja obtido,

As cooperativas de planta-dores tém hoje, praticamen-té,* a responsabilidade direta

.de repassar aos seus associa-dos recursos indispensáveisao custeio, ao plantio de canae aquisição de máquinas.

.pentro do sistema coopera-tlyo, essas se destacam pelograu de organização e eficiên-cia em que se encontramhoje.

As cooperativas de produ-tores de açúcar tém a respon-aabilidade -de assegurar aosassociados a obtenção dospreços estabelecidos peloIAA, nos seus Planos de Sa-frá, para o açúcar e para oálcool, contribuindo, dessaforma, para garantir uma ren-dá mínima indispensável aoatendimento das obrigaçõespara com os plantadores decana, salários, etc.

-De alguns anos para câ, ai-gumas dúvidas tèm sido le-vantadas a respeito da forma-ção de cooperativas consti-tuídas de pessoas jurídicas.Em razão de uma determina-çào legal, discussões foramlevantadas junto às autorida-des federais que, até o mo-mento, não solucionou o pro-blema. Conquanto em outrospaíses do mundo existamcooperativas de pessoas júri-dicas e na sociedade ruralbrasileira exista a tendência

das pessoas fisicas se organi-zarem em pessoas jurídicas,alguns técnicos em cooperati-vismo discutem o aspecto éti-co de pessoas jurídicas se reu-nirem numa cooperativa.

Do ponto de vista social, ascooperativas de usineirostêm-se revelado bastande im-portantes na consecução dapolitiva açucareira elaboradapelo Oovemo.

Não tendo o açúcar o preçomínimo como os outros pro-dutos agrícolas, e sim preçoteto, as variações de preçoprovocadas pelo mercado sótêm ocorrido para baixo, emalguns momentos, como nosidos de 64,65 e 66, provocan-do grandes tensões sociais,pela impossibilidade finan-ceira dos produtores de açu-car de arcarem com os ônusdo pagamento da cana e sala-rios, no momento em que oaçúcar foi vendido a 50% dospreços oficiais estabelecidospelo IAA

É conveniente salientar,ainda, sob esse aspecto, a ne-cessidade que tem a socieda-de rural de se organizar emgrandes empresas, como umaforma de obter uma paridadede renda indispensável ao seudesenvolvimento nas suas re-lações com os grandes com-plexos das sociedades urba-nas, em defesa até dessa últi-ma, pois só a garantia de umaremuneração ao produtoragrícola é que asseguraráproduções capazes de evitargrandes variações em seuspreços.

Além da garantia do equilí-brio da oferta em relação àdemanda e a segurança dospreços estabelecidos pelo Go-verno, as cooperativas deaçúcar provêm, ainda, os in-dustriais, de assistência téc-nica e, mais importante ain-da, têm feito investimentos

de pesquisas que só poderiamser feitas por uma grande or-ganização.

O exemplo disso é a Esta-çào Experimental daCoper-sucar em São Paulo, e a re-cente pesquisa do vinhoto fei-ta pela Coperflu, retirando domesmo, gás de metano utili-zado nas caldeiras das usinasou nos fogões das vilas opera-rias, ao mesmo tempo em queelimina a bio-degradaçáo dovinhoto.

Essas cooperativas aindaoferecem ao Governo a opor-

¦ tunidade de discussões técni-cas quanto ao programa deexpansão da produção, quan-to ao abastecimento interno eainda quanto às exportações.

Essa concentração da pro-duçáo através das cooperati-vas e através dos debates en-tre autoridades governamen-tais e técnicos das mesmas,tem facilitado de forma sensí-vel a consecução dos objeti-vos governamentais na for-mulação da politica açuca-reira.

Vale a pena, ainda, acres-centar que, através das orga-nizações de cooperativas deprodutores e industriais temsido possível evitar gravesproblemas econômicos no de-correr dos últimos anos,quando o Governo ao admi-nistrar o setor, e pela facilida-de gerencial tem sempre com-primido os preços de forma acomprometer uma adequadarentabilidade ao produtor decana-de-açúcar, ocasionandocrescentes endividamentos, oque é facilitado pela organi-zação económico-financeiradas cooperativas.

Antônio Evaldo Inojosa deAndrade — presidente daCooperativa Fluminense dosProdutores de Açúcar e Al-cool Ltda. — Campos — RJ

Produtor fluminense de cananão sabe que destino tomar

Oswaldo Barreto de Almeida

Qualquer que seja a for-ma de enfocar tal assunto,náo podemos omitir o en-Quadramento histórico daRegião Norte-Fluminenseque foi das primeiras doPais a desenvolver a ativi-dade canavieira, e que porsuas boas e especiais con-dições cresceu e chegouna década dos 30 a garan-tir ao Estado do Rio aOposição de 2o Estadoprodutor de açúcar doPaís.[ Na seqüência do tempo,

com o homem bem fixado,promoveu-se na regiãouma expressiva divisão deterra, caracterizada poruma estrutura fundiáriapredominantemente deminifúndios e distribuídocom 10.500 produtores decana, numa situação todaprópria em que: 5.000 des-ses produtores com áreasmédias cultivadas de 2,5ha produzem até 100 ton.de cana/ano; 2.651 dessesprodutores com áreas mé-dias cultivadas de 6,0 haproduzem de 100 a 250ton. de cana/ano; 1.500desses produtores comáreas médias cultivadasde 12,5 ha produzem de250 a 500 ton. de cana/ano,é os restantes 1.500 produ-tòres com produção acimade 500 ton/ano.

E como estão esses pro-dutores fluminenses hoje?.Nurna perspectiva das

mais nubladas, onde asfrustrações seguidas desafras por ações climáti-cas, com preços gravosospara seu produto, com in-segurança nas operaçõesde produção e comerciali-zação da cana — emborasé trate de atividade total-mente dirigida com meca-nismos reguladores fixa-dos em leis — com endivi-damentos crescentes, essacomunidade está lamen-tàvelmente descrente, re-gredindo na produção damatéria-prima. O quadroabaixo exemplifica o com-portamento do Estado doRio, em relação a outrosEstados produtores nosúltjmos anos, embora te-

nhamos em nosso Estadocapacidade industrial pa-ra "dobrar a produçáo".

oferecendo perspectiva'para a continuidade dosseus filhos. Imaginamos

SAFRA PE AL RJ MG73/74 18.014 11.011 10.017 5.27274/75 ,19.163 14.620 8.541 4.99075/76 16.743 11.820 9.011 4.29076/77 20.531 18.682 6.439 4.73877/78 22.029 18.904 9.812 7.25178/79 21.901 18.749 9.470 5.60679/80 19.486 16.873 8.434 7.814

Diante desse quadro va-le refletir.

Vamos deixar que o Es-tado do Rio canavieiraprossiga nessa regressão?

Vamos continuar dei-xando que os produtoresmais velhos continuem aempurrar seus filhos parafora da lavoura, para criarmais problemas sociais noGrande Rio?

Vamos estimular outrasatividades substitutivas edesprezar toda a tradiçãoe todo o investimento fei-'tó em empresas rurais,usinas e destilarias, justa-mente na hora do Proál-cool?

Vamos forçar esses pro-dutores a venderem suasterras aos industriais co-mo está ocorrendo em SãoPaulo, concentrando asterras nas usinas ou gran-des grupos, estranhos àárea e levar todo o contin-gente de produtores paraa cidade, para deposita-rem o ganho nas vendasde suas terras nas cader-netas de poupança? O quefazer?

No mínimo, precisamosdefinir uma conduta euma opção a seguir, comtodos os seus desdobra-mentos, até mesmo pelorespeito e consideraçãoque essa comunidade pro-dutora deve merecer.

Se for de fato convenien-te a permanência do ho-mem no campo, caberá aoGoverno, como controla-dor e regulador da ativida-de, restituir a confiança aesse homem descrente,

que isso poderá ser alcan-çado através da garantiade um mecanismo de pro-dução e comercializaçãoefetivo e respeitado, pre-ços adequados à realidaderegional e pagamentosnas épocas certas. Ao pro-dutor isolado e por seusórgãos de classe, uma vezrecebida essa garantia, ca-berá aperfeiçoar sua pro-duçáo, racionalizandosuas atividades, produzàn-do mais, pelo menos o su-ficiente ao seu bem-estar eàs necessidades do pais,para as quais puder con-tribuir.

Nesse mister é bom queseja registrado que nósprodutores estamos cons-cientes de que em nossopróprio Estado do Rio te-mos um mercado consu-midor de açúcar e de ál-cool capaz da justificar to-do e qualquer esforço deaperfeiçoamento e au-mento da produção. Nós,dirigentes de órgãos declasse dos produtores es-tamos empenhados nesseesforço e cientes de que oGoverno, por seus órgãosmais diretamente respon-sáveis, será sensível a essa•contingência ameaçadorae nos dará o apoio neces-sário à mudança dessa de-sagradável expectativa.

OSWALDO BARRETO DEALMEIDA — presidente daAssociação Fluminense dosPlantadores de Cana; presi-dente da Cooperativa Mista

dos Plantadores de Cana;presidente da Cooperativade Crédito dos Lavradores

de Cana-de-Açúcar do Esta-do do Rio.

SPAM S/Ã: Uma força genuinamentebrasileira na pecuária do leite

Tudo começou em 1917, na SãoPaulo fervilham» de progresso. Ali,um jovem de 27 anos de idade,Otto Rudolf Jordon, Incrustrou, pa-ra sempre, ho solo generoso dbBrasil, as sementes que iriam ger-minar um imenso complexo de in-dústrias. Os frutos cresceram emcampo fértil, regado dia a dia pelosuor do seu esforço e dos filhos,sempre sob a inspiração do traba-lho fecundo e realizador. Com opassar dos tempos, em etapas ár-duas e inesquecíveis, agigantou-seo universo de laticínios que a fami-lia Jordan criara no Brasil, cr eleagregando milhares de outras fa-mílias, que se integraram às raízesde afeto daquela empresa, já quenas usinas, fábricas e postos que seestenderam de São Paulo a muitosoutros Estados, trabalharam e tra-balham pois e -filhos, irmãos eirmãs, as gerações se sucedendolado a lado. Muitos ali começaramem funções humildes e hoje ocu-pam cargos do maior relevo.

Os desafios foram vencidos, pai-mo a palmo, com os descendentesde Otto Rudolf Jordan ampliandoum legado que souberam honrarplenamente. Assim, a 24 de selem- ¦bro de 1970, os irmãos WinnfriedJordan e Willy Otto Jordan, nosomatório dos esforços e êxitos demuitos anos, criavam a SPAM S/A,a Sociedade Produtora de Ali men-tos Manhuaçu, dimensionando-oem parâmetros de grandeza aindamaior. A grandeza que está pre-sente na fábrica que a famíliaSPAM fez surgir em Acari, transfor-mando quarenta mil metros qua-drados de terreno árido num cam-po majestoso de maquinas, labora-tórios, usina, escritórios, frigorífi-cos, tudo pulsando de trabalhoininterrupto, gente que vai e quevem, vinte e quatro horas tambémdos domingos • feriados, produzin-do alimentos, gerando o combustí-vel que crepita nas fornalhas doprogresso do país.

Coração jovem e robusto de umaempresa surgida há seis décadas, asede da SPAM, em Acari, comove atodos aqueles que nos seus diversoscampos de atividade contribuírampara torná-la uma realidade, dese-jando que um dia surgisse, comosurgiu, o Fábrica Otto Rudolf Jor-dan. Mas, a SPAM não é só aquelafábrica, que por si só é prova depujança de uma empresa que écem por cento brasileira, integral-mente nacional. Hoje, estende-sedo Rio a muitos partes do EspíritoSanto, a inúmeras regiões de Mi-nas e a tantos lugares da Bahia. Ejá iniciou a sua marcha paro oOeste, chegando à Goiás, na inte-riorização autêntica, porque aSPAM se foz presente no coraçãoverde da pátria, espraiandorse ca-da vez mais pelo Brasil a dentro. ASPAM, dessa maneira, passa a con-tar com meio centena de usinas, __postos, fábricas, tantos outros seto-res que a colocam no mesmo planodas maiores indústrias laticinistasdo mundol

Atuante nos pontos culminantesda produção leiteira, a SPAM in-dustrlaliza, no fonte, o melljor quechega à mesa do consumidor. Porisso é que o seu pessoal se orgulhada qualidade dos produtos Mimo,

MT- JS P^^l E1mm\\\\\\\W¥" mmmWmW^ ^í

A sede da SPAM S/A, em Acari, Rio de Janeiro

T Cinqüenta filiais, em grande parte do Brasil, participandointensamente da operação-alimentos, com a produção, in-clusive, de onze cooperativas leiteiras

do leite in natura à manteiga, oosqueijos, iogurte etc. E ficam todosfelizes quando, a uma só voz, lhosdizem que o Parme d'Oro não éapenas o móis famoso, mas tam-bém o melhor queijo parmesão doBrasil. A satisfação é completatombem com o sucesso da série daAlimba, do leite longo vido, doqueijo do reino, do Alimbinha etc. Ehó oindo móis: as linhas Vakita eCiam, todo o seqüência de produ-tos lácteos, alguns para lançomen-to dentro em breve,' porque a metaé uma só:.produzir cada vez mais,ocupar integralmente os espaços deconsumo e, com isso, estender aSPAM em usinas e fábricas quepontilharõo o Brasil de Norte a Sul,de Este a Oeste. E já está pautandopor essa tônico de ideal, concreti-zando sonhos e tornando realidadeprojetos que saíram do papel bhoje se materializam, por exemplo,na imponente usina deManhuaçu,onde se fazem o primoroso Parmed'Oro, toneladas de manteiga, ou-tro tanto de leite em pó, queijos devários tipos — enfim, toda umosubstancial parcela da produçãodaquela que jó é uma força indis-cutível da nossa pecuária leiteira.

Também a filial de Nova Iguaçuparticipa do volume de produtivi-dade da SPAM, fabricando a man-teiga, o requeijão, o doce-de-leite etantos mais, que suprem as áreasde vendas do Estodo do Rio e boa

.parte do país. Também ali a cons-tante é o trabalho intenso quesoma os dividendos efetivos doprogresso da SPAM.

Na região sul fluminense do Es-tado do Rio a tônica é a mesma,ainda mais quando se espera, parabreve, a ampliação da atual usina,dotando-a de condições modernís-simas e sofisticadas, paro nivelá-laentre as maiores fábricas do grupo.

Em Vitória, a passos lorgos, cami-nha-se para o ganho das preferên-cias do consumo local t adjacên-cias. Ali a SPAM está operandotambém com equipamento de pri-meira, adotando uma estratégia devendos que vem registrando indi-ces entusiasmontes. Em Novo Ve-nécia, em quantidades sempremaiores, são produzidos manteigae leite em pó. Ampliando instala-ções e estimulando a produção lei-teiro local, a SPAM espera alcançarnaquela região resultados aindamais amplos.

Em Paraíba do Sul, com equipa-mento moderníssimo e pessool quese situa entre os mais experientes,a empresa beneficia o leite tipo B,de aceitação cada vez maior pelopúblico — e que, agora, com novae atraente embalagem e divulga-ção intensa, certamente iró à con-quisto de área de consumo aindamais ampla.

E é na Bahia, com a Alimbo emprogresso vertiginoso, que a em-preso tem o leite longa vida e ofabrico também de iogurte, demanteiga de primeira qualidade,de queijos de diversos tipos, tantose excelentes produtos, que atingemà vastíssimo regiáo consumidorado Brasil acima, chegando lambemàs preferências de cariocas, dospaulistas, dos que, enfim, exigem oque é bom. E que a Alimba sabefazer muito Bem.

Na verdade, seria impossível ci-. tar, nesse espaço, toda a grandeza

e mecânica das filiais da SPAM,que somam, até hoje, cinqüenta,mas que serão muito mais, derilrode pouco tempo, seguindo a dire-triz expansionista dos seus dirigen-tes. Mesmo assim, vale enumerartodos esses pontos de referência daempresa, porque se solidificam notodo que é a SPAM, participando,com o entusiasmo e a dedicação do

seu pessoal, num sucesso coletivo.Relacionom-se, assim, uma a uma,as usinas, as fábricas e postos, queestão nestes lugares:

No Rio de Janeiro; Acori —Nova Iguaçu — Rio Bonito — Paroí-ba do Sul — Euclidelàndio — Fa-gundes — Macaé.

Em Minas Gerais,- Manhuaçu —Ghiador — Pequeri

~-i- Providência

Recreio — Palma — Rio Novo —Oliveira Fortes — Penho do Capim

Lagedão — Aimorés — SãoSebastião da Vala — Pocrane —Juiz de Fora.

No Espírito Santo; Nova Vené-cia — Vitória — Boixo Guandu —Itaguaçu — lúno — Ibiraçu —Vinhótico — Ecoporanga — PontoBelo — Montanha — Pinheiro —São Mateus — Cotaxé.

Na Bahia; Salvador — ItororóItarantim — Medeiros Neto —

Ibirapoã — Feira de Santana —Jocobina — Maiquinique, — Ibicuí.

No Distrito Federal; Brasília.

Em Goiás: Ceres — Uruanà —Hidrolina — Mara Rosa — NovoPlanalto.

Na mecânica de todas os horasdo funcionamento das usinos, pos-tos e fábricas do SPAM, há a pre-sença das cooperativas que canali-zam para aquela empresa o produ-to que exige, de tanta gente, traba-lho sem pousas, desde a ordenhaaté o transporte de muitos milharesde litros de leite, dia a dia. Cientesda importância da empresa, onze

'grandes cooperativas o ela se inte-gram, numa conjugação de esfor-ços que assegura tranqüilidade pa-ra os produtores e certeza de aten-dimento à faixa cado vez maior deconsumo. E de justiço citar-lhes osnomes:

• Cooperativa Agro-Pecuáriade Afonso Arinos Lida (Afonso Ari-nos, RJ) — Cooperativa Agro-

Pecuária de Cantagalo Ltda (Canto-galo, RJ) — Cooperativo Agro-Pecuária do Carmo Ltda (Carmo,RJ) — Cooperativa Agro-Pecuáriode Ipanema Ltda (Ipanema, MG) —Cooperativa Agro-Pecuária de Itao-cara Ltda (Itaocdro, RJ) — Coopera-tivo dos Produtores de Leite deMurioé Ltda (Muriaé, MG) — Coo-perotiva Agro-Pecuária Norte doEspirito Santo Ltda, Coopnorte (No-vo Venécia, ES) — Cooperativo:Agro-Pecuária de Sapucaia Ltda'(Sapucaia, RJ) — Cooperativa)Agro-Pecuária Regional de Rio Bcknito Ltda (Rio Bonito, RJ) — Coope-'rotiva Agro-Pecuário de Sanlo An-tônio de Pódua Ltda (Sto. Antôniode Pádua RJ) — e CooperativaAgro-Pecuária de Volta Grande deResp. Ltda (Volta Grande, MG).

Cabem, ao final desta pequena;amostra do que constitui a espinha-dorsal do SPAM, os números qu»atestam o entusiasmo dos seus diri-gentes e funcionários. Com umagrandeza afetiva que nem todo odinheiro do mundo poderia situar,,fruto da dedicação de seus funcio-nários e dirigentes, a SPAM tem umpatrimônio financeiro que se di la-ta, dia-a-dia, chegando a índices'altamente significativos. Soba egi-de do logotipo da SPAM, nos mui-tas moradas que a empresa temem tantos lugares desse pois dedimensões continentais, trabalhamcinco mil pessoas, entre aquelesque operam suas máquinas, fun-cionam nos escritórios, dirigem se-lores e comandam essa portentosooperação-alimento, de importânciavital no equilíbrio brasileiro.

E paro acionar todo esse mundoque extrapola os cálculos moi»grandiosos, porá produzir essa infi-nita quantidade de manteiga,queijos, cremes, leites in natura aesterilizado, do que aquela empre-sa precisa? A resposta é inconti-nente: a SPAM adquire, do produ-ção brasileira, quatrocentos mi-lhóes de litros de leite, anualmen-te! E teve, em 1979, um volume davendas que se poderio fixar emmuitas toneladas de manteiga,queijos e leite em pó, diverso»milhões de copos de iogurte, re-'queijão, doce-de-leite, cremes etc.Além, é claro, de importantíssimaparcela no abastecimento diário doleite in natura, tipos C e B (e agorao especial) e também o longa-vida,òs cidades densamente povoada»,como o Rio, Salvador, Região do»Lagos, Niterói, Friburgo, Petrópolis,Teresópolis, Rio Bonito e tanta»mais.

O que representaria, em cruzei-ros, esse impressionante volume dsvendos? O efetivo exato para asse-gurar o emprego de milhares d«pessoas e seus dependentes, a ex-pansáo da empresa e sua portiei-poção no desenvolvimento brasilei-ro, através a tributação de imposto*,que geram o bem-estar comuniIsso, e o muito do pouco que aquifoi situado, certamente colocam aSPAM S/A entre as empresas que,efetivamente, fixam o homem nocampo (no apoio constante à pe-cuária), fomentam a indústria •atendem às necessidades cada vezmóis prementes de consumo social.E é disso, em síntese, que o Brasilrealmente precisa.

O cooperativismo segundo aexperiência de Carlito Crespo

O Cooperativismo noBrasil tem sido mal

compreendido, não sópelos órgãos

governamentais, bemainda pelos cidadãos de

um modo geral, é oque acha o presidente

da CooperativaAgropecuária deItaperuna, CarlitoCrespo Martins,

adiantando que acooperativa, tanto de

consumo como de

produção, constitui-seem uma sociedade suigeneris, porque difereda sociedade mercantilde capital por ser umasociedade de pessoas,

É uma reunião depessoas com o mesmo

objetivo e interessepara colimar, dentro do

processo econômico,condições de se realizar,eliminando as distorções

do mercado. A suaimplantação dependeprimordialmente, da

educação econscientização das

pessoas, daíencontrarmos no Brasilregiões, com as do Sul,

em que elas seafirmaram. ,-

Já na RegiãoCentro-Sul, entretanto,

por questõessócio-econômicas,

poucas cooperativasconseguiram nível deafirmação. Na árearural, por exemplo,onde usualmente

encontramoscooperativas mistas, (de

consumo e produção)muito há que se fazer

para afirmá-las nosentido de atingir a

todas as suasfinalidades, não só

entre os cooperativados,mas, também, em

relação aos Governosfederal, estadual e

municipal.

A própria legislação

que rege o sistemacooperativista, carece dealgumas alterações. Cita

o problema tributário,como prova, já que os

fiscos, nãocompreendendo o alto

alcance de taissociedades, nãoatentam que as

operações por elaspraticados, no que dizrespeito às sociedadesde consumo, tributam

as suas operaçõesanulando deste modo, •

grande parte dosrecursos dessascooperativas, e,

sobretudo, onerando assuas operações, a pontode levar ao cooperado(consumidor), preço dos

produtos adquiridosmais caros do que osdo comércio comum.

Porque, na cooperativa,os consumidores se

reúnem para compraras suas utilidades maisbarato, se o fisco vier aconsiderar esse processo

como mais umaoperação a tributar, o

cooperado estaráprejudicado com o seuônus, perdendo-se aí afinalidade do sistema.

Considerada uma dasmais bem organizadas

do Estado, aCooperativa

Agropecuária deItaperuna tem como

presidente o produtorCarlito Crespo Martins,

Diretor Financeiro —Dalton Gomes da Silva,

Diretor Gerente —Moacyr Vieira Seródio eDiretor Secretário Eldison

Mignot Rangel;Conselho de

Administração éintegrado pelos SrsAlahyr Guimarães

Gouveia, José CarlosMendes Martins, José

Basílio Moreira deFreitas, Samuel de

Oliveira Tinoco e Ivo ,Ribeiro da Silva; o

Conselho Fiscal estáformado pelos Srs

Antônio Carlos de Sá,Rubens Rubin deFigueiredo e José

Rubens Pereira.

Se uma andorinha sónão faz verão, o

agropecuarista sozinhotambém nada podefazer. A união faz aforça. Este o lema da

CooperativaAgropecuária de

Itaperuna, fundada em26 de setembro de'

1941 com a finalidadede atender os

produtores de leite deItaperuna, Bom Jesus

do Itabapoana, Campos,Cambuci, Porciúncula,

Natividade, hojeabsorvendo toda aprodução daquela

js região.

Criada e constituídacom 25 associados

fundadores, todos deItaperuna, preocupadoscom o desenvolvimentoregional, hoje a CAPILreúne a maioria dosprodutores de leite

daqueles municípios.Para reduzir os custosdo transporte de leite

dos postos de recepção,a atual administração

adquiriu dois caminhõesespeciais equipados comtanque isotérmico, além

•de mais dois paratransporte de carga seca

destinada aosuprimento de

mercadorias aos postosde recepção e paradistribuição de leite

empacotado.

Prosseguindo nessa

política econômica deintegração, aCooperativa

Agropecuária deItaperuna dá a suacontribuição, ò nova

ordem de coisas que seimplantou no Brasildepois de 1964 e

acompanha, o ritmo deprogresso desse gigante

que ^esperta.

6 — JORNAL DO BRASIL D segunda-feira, 2/6/80 D Io Caderno.

Informe JBMenores

A presidente da Funabem, EcléaGuazzelli, recebe nos próximos dias rela-tário conclusivo da Comissão de Inquéri-to, integrada por representantes doINAMPS, INPS e IAPAS, encarregado deapurar se as operações realizadas no .hospital do centro piloto, em Quintino,tinham o objetivo de intimidar menores,ou eram realmente necessárias. O fato foidenunciado pelo Ministro Jair Soares naCPI do Senado, sobre violência nos cen-tros urbanos. ¦ ¦

O objetivo da presidente da Funabemé levar às últimas conseqüências as in-vestigaçóes de irregularidades ocorridasno âmbito da Fundação, epor ponto finalna metodologia repressiva de atendimen-to ao menor que, segundo suas própriasdeclarações, vinha sendo a tônica dasadministrações anteriores.

A denúncia da existência de celas-catacumbas no porão do Centro de Reco-nhecimento Provisório, fato descobertopor acaso durante obras de restauraçãodo prédio, custou à presidente da Funa-bem interpelação judicial movida porquatro membros da administração ante-rior. O termo de defesa, com 20 páginas,foi entregue, na semana passada, 'peloadvogado Virgílio Luiz Donicci, na 9'Vara Criminal, mas os querelantes amea-çam transformar a interpelação emqueixa-crime.Caso isso aconteça, a presidente daFunabem terá que fundamentar suasacusações. ¦ ¦

O que será boa oportunidade paradiscutir de público, toda a polüica domenor praticada no Brasil nos últimosanos.Catástrofe

A administração do Sr Israel Klabinsó será julgada com isenção dentro dealguns anos. No entanto, num aspecto,ela foi catastrófica: na indicação de no-mes de ruas.

Inicialmente ele deu o nome de Petro-nio Portella a 27 metros de rua em SantaCruz. Quem lutou pela abertura politica eabriu horizontes para que o pais chegassea viver sem o terror do AI-5 mereciahomenagem maior.

E horas antes de deixar a Prefeituracarioca incidiu em novo erro. Ao homena-gear um morador de Santa Teresa, Pas-coal Carlos Magno, deu o nome do Em-baixador à antiga Rua Mauá.

O futuro presidente do Banerj desço-nhece a história do Rio e do próprio pais.Deveria saber que Irineu Evangelista deSouza, o Barão de Mauá, foi um velhomorador dobairro e não deveria perder ahomenagem que recebeu de alguém queconhecia melhor a história do Rio.Experiência

Do Deputado Thales Ramalho, com asua longa experiência na politica brasi-leira:—Não estou mais preocupado com aseleições municipais de novembro. Já es-tou preocupado é com o segundo tempodo jogo que começa em 1981, que dará ostimes que formarão a Câmara e o Senadoa partir de 1982. É o time que formará ocolégio eleitoral que escolherá o sucessordo Presidente João Figueiredo.

.¦¦-¦-,¦¦O lider do PP na Câmara, como o

próprio Presidente da República, nãoacredita mais em eleição direta para omais alto cargo do Executivo.Colocação

Do Deputado Hélio Lobato (PP):— A verdade verdadeira é que todo odinheiro do Proálcool está num círculofechado de escritórios, consultorias, fabri-cantes de equipamentos, usineiros, pro-prietários de grandes áreas, consórcios demultinacionais e, nunca, na sua distribui-ção pelo Brasil como um todo.Seca

Cinco senadores manterão hoje umareunião reservada no Centro Tecnológicoda Aeronáutica para conhecimento detodos os estudos sobre a seca no Nordestenos próximos cinco anos.

A idéia deste encontro surgiu em reu-nião mantida na última quinta-feira pelosSenadores oposicionistas Mendes Canale(PP-MS), Alberto'Silva (PP-PI), e MauroBenevides (PMDB-CE), que estarão hojeno CTA com o Ministro da AeronáuticaDélio Jardim de Matos e dois outros

senadores: Almir Pinto (PDS-CE) e Evan-dro Carreira (PMDB-AM),Corpo Auxiliar

Durante todo o horário de expediente,na última sexta-feira, o Centro de Rela-çóes Públicas do Ministério da Marinhaem Brasília recebeu incontáveis telefone-mas de mulheres interessadas em ingres-sar no Corpo Auxiliar Feminino da Reser-va da Marinha, cujo projeto de lei foraenviado ao Congresso naquela tarde.

¦ ¦ ¦Curiosamente as mulheres brasileiras

estão muito interessadas em prestar Ser-viço Militar por motivos diferentes aoeconômico. Nenhum dos telefonemas re-cebidos indagou o valor do soldo queseria pago ao Corpo Feminino,Derrotas

O Deputado Epitácio Cafeteira(PMDB-MA) comparou a equipe do Oo-verno que conduz a politica financeiracomo a do Emerson Fittipaldi "que andana base da experiência, sem qualquerresultado".— Os Fittipaldi—disse o Deputado—já tentaram as Fórmulas 1,2,3 mas nadade chegar à final. A equipe do Oovemotambém, com derrota após derrota, perdepara a inflação e para a taxa cambial,com diferenças humilhantes.Matemática

O Deputado Cantidio Sampaio (PDS-SP) sugeriu ao Ministério da Indústria eComércio e ao Conselho Nacional de Pe-tróleo que fizessem uma "continha arit-mética" para se certificarem que a adap-tação simplificada dos motores a gasoli-na para álcool ainda é mais econômicapara os motoristas de São Paulo, mesmofazendo 7 quilômetros por litro do pro-duto.

A simplificação custa Cr$ 3 mil e amais complexa fica em tomo de Ci^ 30mil, ou dez vezes mais.

¦ ¦ ¦Sua matemática: um veiculo fazendo

20 quilômetros com dois litros de gasoli-na gasta exatamente Cr$ 60. A álcool,esse mesmo veiculo, se fizer 7 quilômetrospor litro, rodará o mesmo percurso, gas-tando precisamente Cr$ 56,65, com eco-nomia, portanto, de Cr$ 6,35, o que repre-senta Cr$ 0,31 por quilômetro.Composição

A Comissão de Ciência e Tecnologiada Câmara ficou com 13 membros nanova composição feita pelas liderançaspartidárias. A mais numerosa agora é aComissão de Relações Exteriores com 49deputados.

¦ ¦ ¦Pelo visto, o pais depende mais da

politica externa do que da Ciência e daTecnologia.Patológica

"Na medida em que se insurgem con-tra uma determinada ordem social, orevolucionário é, na sua origem, um serdivertido; porque nele ao lado do protes-to consciente e do projeto de uma novaordem persiste sempre algo do mundoque está sendo negado, algo da sociedadeque, em certa medida, o formou antesdele poder contestá-la. Esse fenômeno,obviamente, náo poderia deixar de ocor-rer, também, no meio dos comunistas 'brasileiros. A escassez das oportunidades-que eles tiveram para testar e corrigirsuas concepções no trabalho de massas(dadas as condições de clandestinidade eperseguição) aumentou-lhes a inseguran-ça e levou os mais atrasados a se encaste-larem numa postura abstratamente"doutrinária" pouco permeável à riquezae à diversidade do real, paralisada poruma desconfiança tendencialmente pato-lógica ante à pluralidade de caminhos doprocesso de fortalecimento da sociedadecivil, bem como antes os avanços dareflexão marxista sobre a "questão demo-crática".

¦ ¦ ¦Trecho de A Democracia e os Comu-

nistas no Brasil, de Leandro Konder, edi-tado pela Orael.

Como se vê, pela mostra, o livro con-tém idéias que, se apresentadas ao distin-to público vinte anos atrás, teria validoao autor acusações de vendido ao impe-rialismo ianque.

Atada hoje, isto é o menos que deledirão setores encastelados em posturaabstratamente doutrinária e pouco per-meável à riqueza e à diversidade do real.

Lance-livreO Ministro do Trabalho, Murilo Mace-

do, será o representante oficial do Oover-no brasileiro na solenidade do dia 22, emRoma, de beatificação do Padre An-chieta.

Depois de ter este ano um dos seusfilhos indicado para o Ministério da Jus-tiça, a cidade mineira de Manhumirimmarcou mais um ponto contra a suagrande rival Manhuaçu, onde o SrIbrahim Abi-Ackel se fez politicamente:no sábado, a Srta Mónica Tanus Paixão,conterrânea do Ministro da Justiça, foieleita Miss Minas Gerais. O júri foi presi-dido pela mulher do Governador minei-ro, Sra Latife Haddad Pereira.

O novo Hospital da Aeronáutica doGaleão, o mais moderno do pais, seráinaugurado no dia 18 de outubro.

A candidatura do Sr Luiz Viana Filhoao Senado, disputando sua reeleição em1982 pelo PDS da Bahia, está sendo ad-mitida desde já nos círculos políticosbaianos.

O Sr Ivan da Costa Marques fala hojeno Teatro Clara Nunes, às 21h, sobreInformática.

É pena que o Detran aplique os seusconhecimentos apenas nos dias de gran-des jogos. Ontem, o acesso ao Maracanãfoi um dos mais tranqüilos, ocorrendoengarrafamento apenas nas imediaçõesdo estádio. A experiência poderia seraplicada diariamente para eliminar osengarrafamentos nos pontos críticos dacidade.

Continua a crise no PDS de MatoGrosso do Sul. O Senador Pedro Pedros-sian não aprovou os novos secretários deGoverno e de Saúde e formou com seugrupo a dissidência na Assembléia Legis-lativa e no Estado.

O Deputado Nelson Marchezan, líderdo PDS na Câmara, fez uma verdadeira

maratona na noite de sábado para estarontem em Brasília a flm de assistir àtroca da Bandeira na Praça dos TrêsPoderes, em homenagem ao Rio Grandedo Sul. O deputado que estava em PortoAlegre fez diversas conexões, viajandotoda a noite de sábado.

O Deputado Airton Soares embarcaesta semana para Teerã. Como é umdefensor dos direitos humanos, seus cole-gas estão cobrando uma posição em defe-sa dos americanos presos há vários mesesno Irã.

O Iate Clube do Rio oferece esta sema-na um almoço ao Secretário EmílioIbrahim, em agradecimento pelas obrasque acabaram com o despejo de esgotoao longo do cais do clube.t A exemplo de outros parlamentaresque entraram e saíram dos vários Parti-dos em organização, agora foi a vez do SrMário Frota. Pediu ao PDT brizolistasuspender sua filiação, feita na sexta-feira. Já o Deputado paulista Maluly Netoinscreveu-se, finalmente, no PDS. Mas jáesclareceu que foi uma filiação "provi-sória".

O Minlstro-Chefe do EMFA, GeneralJosé Ferraz da Rocha, sobrevoará em umhelicóptero civil a fronteira entre a Re-pública Federal da Alemanha e a Repu-blica Democrática Alemá na visita quefará à RFA, a partir do próximo dia 8.0vôo foi incluído na programação do Mi-nistro pelas autoridades da AlemanhaOcidental. O General José Ferraz da Ro-cha, a convite do Ministro da Defesadaquele país, ficará 10 dias na Ale-manha.

O líder do PMDB, Deputado FreitasNobre, pretende exercer a 2a Vice-Presidência da Câmara, no periodo1981/1982, afastando-se da liderança doPartido.

Presidente da Tanzânia ãzque experiência brasileiraé a que serve a seu país

Luiz BarbosaEnviado -Mptcial

Dar-Es-Salaam—Com a sua autoridade de lider histori-co do movimento da independência africana, o PresidenteJulius Nyerere, da Tanzânia, incentivou ontem o ChancelerSaraiva Guerreiro a promover a aproximação do Brasil comseu pais, assegurando que a experiência brasileira de desen-volvimento é mais fácil "de compreender e de se aproveitar"do que a dos paises industrializados.

Quase ã beira da praia, na sua residência oficial deMsasani, a 15 quilômetros de Dar-Es-Salaam, o PresidenteNyerere transformou o que seria um diálogo apenas formalcom o Ministro das Relações Exteriores do Brasil numaanálise dos problemas políticos africanos, dando realce àquestão da Namíbia, cuja solução, a seu ver, viria liberar ospaises da região dos encargos pesados para a manutençãode segurança de suas fronteiras, dedicando maiores recursosao desenvolvimento das suas economias.

Linha de FrenteEle se referia aos chamados paises da "linha de frente"— Angola, Moçambique, Zâmbia e a própria Tanzânia —

todos eles incluídos no roteiro de visita do Chanceler, e cujoschefes de Estado, inclusive Nyerere, realizam uma reuniãode cúpula, hoje, em Lusada para debater o tema.

Magro e elegante, trajando uma camisa de Unho branco,ao mesmo tempo confortável e solene, o "professor", como échamado em todo o pkis, atravessou com passos rápidos avaranda do primeiro andar da sua residência para cumpri-mentar o Chanceler Guerreiro e membros da sua comitiva.

Ele festejou o diplomata incumbido da instalação daEmbaixada do Brasil na Tanzânia — a realização do quehavia sugerido ao Itamaraty em janeiro do ano passado,numa reuniào em Arucha, com os óculos que, normalmente,mantém num vistoso estojo de couro verde, no bolso dacamisa, leu atentamente o texto da mensagem em que oPresidente Joáo Figueiredo o convidou para visitar o Brasile fez avançar a conversa com o Chanceler Guerreiro alimites de franqueza que levaram o próprio Ministro brasi-leiro a considerá-la "desinibida e agradável".

Msasani, onde houve o encontro, é uma residência dearquitetura exageradamente simples, tratando-se da mora-da do Chefe de Estado, em alvenaria caiada, com vidraçasamplas, em meio a um parque de grandes gramados eformações de arbustos e fundos para as águas do Indico.Denunciando a importância do morador, porém, estão esta-cionadas sob um telheiro de zinco dois Mercedes brancoscom brazões da Tanzânia sobre placas amarelas e as bandei-ras nacionais hasteadas em pequenos mastros sobre ospará-lamas dianteiros.

SemelhançasEsse, no entanto, é todo o luxo que o professor Julius

Nyerere deixa transparecer, além de duas canetas de ouroespetadas no bolso da camisa esporte de Unho, junto aoestojo dos óculos. O rosto simpático, os cabelos grisalhos e asimpUcidade nos gestos do Presidente se compõem harmo-nicamente com a cidade de Dar es Salaam, de prédiossóbrios, pardos, sem vida, de cheiros fortes e marcantes.Monótona, na seqüência das casas de alvenaria pobre e tetode zinco ondulado que constituem a massa das residências;rica em alguns poucos trechos onde se situam as embaixa-

, das estrangeiras, porém em tudo semelhante ao Brasil, aoUtoral do Nordeste, à Bahia, Alagoas ou Recife, nos seuscoqueirais, areias e alagados.

A enseada onde se situa o principal hotel da cidade, oKilimanjaro, chegou a ser comparada por diplomatas brasi-leiros a uma mistura de Posto Seis, Paquetá e o cais doporto do Rio de Janeiro. Isso porque lá estão ancoradosnavios, predominam as amendoeiras e existe o colorido dasroupas de algumas mulheres em contraste com o negro dasvestes muçulmanas de outras tantas.

As grandes empresas multinacionais, a despeito dafilosofia socializante do pais, possuem os edifícios maismodernos de Dar-Es-Salaam: são representações das fábri-cas de automóveis, das máquinas de escrever ou de sobone-tes. As ruas da cidade têm nomes ora escritos em swahili, alíngua nativa de aprendizado fácü para brasUelros, dada aidentidade da pronúncia com o português, ora no mais puroestilo britânico: "Stanley st", "old way ave", em polacas emmuitos pontos semelhantes àquelas que identificam as ruasde Londres. Tudo isso, porém, muitas vezes dividindo enor-mes terrenos baldios, areais próximos às praias e conjuntoshabitacionais ainda nâo concluídos.

Vizinhanças explosivasNas suas conversas com o Chanceler Guerreiro, o Presi-

dente Nyerere mostrou toda a sua alegria em relação asolução da velha questão da Rodésia, hoje transformada noZibabwe de Govemo da maioria negra. Dar-Es-Salaam, porcoincidência, era ontem o centro de reunião dos Ministrosde Relações Exteriores dos países vizinhos, dentre elesJoaquim Chisano, de Moçambique, ex-guerrilheiro e um dosUderes da Frente de Libertação de Moçambique — Frelimo—que almoçava tranqüüamente, próximo aos assessores doMinistro Guerreiro, no Hotel Kilimanjkaro, preparando ostermos da ata final de uma reunião da Executiva da OUA, aorganização interafricana.

Hoje, no segundo dia de sua visita oficial, o MinistroSaraiva Guerreiro viaja a Zanzibar — a ilha que constitui aatual federação Tanzãnia/Zanzibar. Lá, ele visita um projetoindustrial, um palácio do Sultão de Zanzibar, a chamada"Casa das Maravilhas", almoça em companhia do Ministrodo Planejamento de Zanzibar e regressa a Dar-Es-Salaam(o"Porto da Paz", em árabe) às 15hs30m. À noite, no mesmoHotel Kilimanjaro, a delegação brasüeira oferece uma re-cepção as autoridades da Tanzânia.

RodoviaPor culpa da má qualidade do combustível, o navio que

transporta máquinas e equipamentos para a empresa brasi-leira ECISA, responsável pela construção de uma rodovia de260 quilômetros na Tanzânia, nâo poderá chegar ao porto deDar-Es-Salaam ainda a tempo de coincidir com a visita doChanceler Guerreiro ao pais. O navio só chegará no dia 8 ou9, quando Guerreiro já estiver em Zimbabwe, sua terceiraescala na Africa.

A rodovia, contratada pelo Govemo tanzaniano por 70milhões de dólares, ligará a segunda cidade, Morogoro, aDodoma, a futura capital do pais. Para trabalhar nessasobras, 45 brasUeiros estão em Dar-Es-Salaam, recrutadosjuntamente com 2 000 operários tanzanianos. Engenheirosrecebem entre 3 e 4 mil dólares mensais, conforme suasqualificações. A obra deverá estar concluída rigorosamentedentro de dois anos e é a maior do gênero no pais. Atravessa-rá o território da tribo Massai, no Norte da Tanzânia,criadores de gado, que tèm grande estatura, às vezes doismetros de altura.

Salvador/Foto d* Ollde Uma

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Antônio Carlos e Délio conversaram com Videla durante mais de l hora

Videla quer América unidapara ter maior influência

Salvador — O Presidente daArgentina, General Jorge Ra-fael Videla, afirmou ontem que"a América tem um papel fun-damental a cumprir nesse mun-do. E a América vale enquantoesteja unida. A união que foipossível estabelecer entre oBrasü e Argentina através davisita do Presidente Figueiredofoi um acontecimento concretodentro dessa situaçáo".

Sobre a reação dos EstadosUnidos contra a aproximaçãoda Argentina com países comu-nistas, o General Videla acon-selhou aos jornaUstas que o en-trevistavam na Base Aérea deSalvador a fazer esse tipo depergunta ão Presidente JimmyCarter. "Perguntem ao Presi-dente Carter o que ele pensa.Eu tenho a minha opinião, que,náo é a fie Carter" — declarou.

A ENTREVISTAQuais Estados o Sr visita-

rá no Brasil?A visita oficial ao Brasil

está apenas aceita neste mo-mento. As Chancelarias estáotrabalhando nos detalhes,quantos dias de duração e oslugares a serem visitados. Des-de logo, Brasilia é um lugar avisitar.

Algum ponto a definirquanto aos acordos assinadosentre o Brasil e Argentina?

Numa visita tão imediatacomo a que fez o PresidenteFigueiredo a Buenos Aires eque eu vou fazer ao Brasil, nãose pode deparar em nada denovo. Eu diria que é uma segun-da cena do mesmo ato. A visitaminha náo trata mais do queretribuir a atenção do Presiden-te Figueiredo a Buenos Aires eratificar tudo o que havia sidonegociado e firmado. Conse-qüentemente, reitero que náose deve esperar nada mais doque uma ratificação da visitaanterior.

Qual o objetivo da visita aChina?

Nossa viagem a Pequimresponde a uma finaUdade pu-ramente política. Nós acredita-mos que nesse mundo foi rasga-da a bipolaridade. O mundo ètáo interconectado, tão inteire-lacionado, que é necessáriomanter relações pragmáticascom todos os paises desse mun-do. Digo pragmático por que,nesse caso particular, nossocontato com a RepúbUca Popu-

lar da China busca isso: prag-matismo. Quer dizer, criar pos-sibUidades, através da presen-ça, e abrir para a Argentinanovos mercados. Insisto nissoporque na visita a China nãoestá em jogo problemas ideoló-gicos, que, como todos devemcompreender, marcam determi-nados interesses. À margemdesses problemas ideológicos,nós nos fazemos presentes noOriente, fundamentalmente,com vistas a abrir novos merca-dos para a Argentina. Nâo émuito distinta também estaviagem da que eu fiz em outu-bro do ano passado ao Japáo.

O Ministro Saraiva Guer-reiro, em audiência com Chan-celer Helmut Schimidt, quin-ta-feira, abordou a intensifica-ção das relações do Brasil coma Argentina. Helmut Schimidtdemonstrava curiosidade, qua-se preocupação com isso. Comoo Sr interpreta este fato?

Oreio que nesse mundo tãointerrelacionado como disse,tão conflituado, necessitado,porque precisa de aumentos,energia e paz, a América temum papel fundamental que temque cumprir nesse mundo. E aAmérica vale enquanto a Amé-rica esteja integrada e unida. Aunião, que foi possível estabele-cer entre o BrasU e a Argentinano caso através da visita doPresidente Figueiredo a Argen-tina, foi um acontecimento con-creto dentro dessa situaçáo. So-bretudo porque estabelecemosque essa visita e a que eu voufazer em reciprocidade não sig-nifica nenhum pacto, senão es-tabelecer uma relação bilateralque permita projetar-se ao res-to dos amigos latino-americanos. Quer dizer, umareal integração da região lati-no-americana. Esta integração,evidentemente, deve geraratenção em outras regiões domundo, que vêem uma Américaforte porque está integrada.

Como o Sr encara a reaçãocontrária de Carter sobre apro-ximação da Argentina compaises comunistas?

Eu diria que fizesse a per-gunta ao Presidente Carter.Pergunte ao Presidente Cartero que ele pensa. Eu tenho aminha opinião que não é a deCarter.

O motivo da viagem à Chi-na seria neutralizar a idéia deque a Argentina estaria aliadaa Moscou?

Nào. Em absoluto. Reitero,que minha viagem à China temobjetivo politico para criar umguarda-chuva político, debaixodo qual se possa manter depoistodos os tipos de relação, fun-damentalmente econômica, ço-mercial e tecnológica. Vocês sa-bem bem que a Argentina é umpais exportador de matéria-prima alimentícia. Fundamen-talmente dentro disso, grâos;'Ademanda Argentina tem deSen-volvido uma significativa téc-nologia em matéria agropecuá-ria. A China, por sua quantida-dé de populaçào. é um bt}mmercado importador de cerals,e por seu desenvolvimento rela-tivo é um grande importador detecnologia agropecuária.

Não a mais sofisticada, mas amediana, como a que lhe podeoferecer a Argentina. Esse é oexclusivo motivo dessa viagem,que nào tem nenhuma outraconotação de ordem ideológica,nem política, além disso. s ¦

Nesse aspecto, até que pon-to o Brasil poderia tirar vanti-gem das relações comerciaiscom a China? .,.',-

Creio que sim. Porque, seestamos integrados, os merca-dos que a Argentina possa con-seguir náo sào privativos nemexclusivos para a Argentina.Nessa irmandade que temostrabalhado com os brasileiros,pensamos que possa haver diasmuito convenientes de conquis-tas de mercados em comum. Osacordos sobre tráfego maríti-mo, permitem pensar funda-mentalmente com otimismoque ambos os paises, podeíhtrabalhar juntos na exportaçãode produtos não elaborados,matérias-primas.

—O que significa para o Bra-sil e Argentina a candidaturado General Roberto Viola?

Quero esclarecer que o Ge-neral Viola náo tem nenhumacandidatura. O General Viola éum excelente amigo meu: FoiComandante-em-Chefe doExército, cumpriu o seu ciclo,passou à reserva e é um nomedo nosso processo que está aserviço da naçáo em qualquercircunstância. Um homem queestá a serviço quando seja chá-mado. Na Argentina náo há su-cessor, que deve assumirem"março do ano que vem. Ele serádesignado pela Junta MUitar, oque logicamente nào significaum processo eleitoral. O Gene-ral Viola pode ser um candidatoa mais. ' -^

r -Em Salvador, a escala técnicaA comitiva do Presidente da Argenti-

na, General Jorge Rafael Videla, que estáviajando para a República Popular daChina, fez uma escala sábado à noite emSalvador com duração de quase umahora e meia. O General Videla e as 91pessoas que o acompanham foram recep-cionados por autoridades no Cassino deOficiais da Base Aérea das 22h40m até ameia-noite, enquanto o avião presiden-ciai era reabastecido.

O Ministro da Aeronáutica, BrigadeiroDéUo Jardim de Matos, representando oPresidente João Figueiredo, recebeu oGeneral Videla. No Cassino dos Oficiais, oPresidente argentino conversou demora-damente com diversas autoridades, entreelas o Governador do Estado, AntônioCarlos Magalhães e os comandantes mili-tares sediados nesta Capital, concedeuuma entrevista à imprensa durante cercade 10 minutos e se recusou a provar osquitutes da culinária baiana que lhe fo-ram oferecidos.

Mais escalasAlém da escala técnica no Brasil, a

comitiva presidencial argentina fará mais

duas escalas técnicas até chegar a China,sendo a primeira em Naírobi, onde estáprevista uma entrevista do General Vide-Ia com o Presidente do Quênia, e outraem Madras, na índia. Da Argentina aoBrasil o vôo teve duraçáo de quatro horase, de Salvador para Naírobi, o tempogasto foi de 11 horas.

Ao chegar a Hóng-Kong, o PresidenteVidela passará dois dias sem compromis-sos oficiais, principalmente para se acos-tumar com o ftiso horário com 11 horas dediferença. De Hong-Kong ele vai a Pe-quim e no dia 11 começa sua viagem devolta à Argentina, inaugurando uma U-nha das "Aerolineas Argentinas" UgandoPequim a Buenos Aires, numa rota quepassa pela Antártida.

Na conversa que manteve com autori-dades baianas no Cassino de Oficiais daBase Aérea de Salvador, o PresidenteVidela afirmou que na exposição do Bra-sU realizada em Buenos Aires quando davisita do Presidente Figueiredo, o standque mais lhe chamou a atenção foi o daBahia, tendo ficado estusiasmado com aculinária e com as manifestações artísti-cas, principalmente a música.

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Rio de(P

Mineiro acÈaque Governlerrou muitcg

Belo Horizonte — "Osjjà-.mens responsáveis pela políaca.econômica do país, que sáp-gs,mesmos nos últimos 16 ano»,deveriam ter um pouco maiMJehumildade, reconhecer que Ir-raram muito e convidar os Par-tidos de oposição para discutiros graves problemas econômi-cos nacionais", disse, ontem, opresidente do PP de Minas,Deputado HéUo Garcia, acres-centando que seu Partido esta-ria disposto a conversar com oGoverno sobre o assunto, casofosse convidado.

O parlamentar {pineiro en-•tende que a economia nacional'não pode continuar a ser trata- -da com 'pacotes, embrulhos eleis casuísticas", o que só temcontribuído para agravar a cri- ¦se e a inflação. "*¦'

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a. JORNAL DO BRASIL D segunda-feira, 2/6/80 D 1° Caderno CIDADE — 7 <•Folo d* (j«raldo Violo

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-4/unas da Academia Valéria Moura e do Grupo Oficina dançaram bales inspirados na natureza

| Missa pela natureza abrea Semana do Meio-Ambiente

, A Semana do Meio-Ambiente foi aber-ta, oficialmente, ontem, no Parque doflamengo, com ato litúrgico pela nature-za, apresentação de peça infantil, bale,banda escolares e da PM, além da distri-bulcáo de mudas de plantas. Dentro daprogramação da Semana, que, segundo aSecretária Municipal de Educação, Lucyvereza, visa chamar a atenção da popu-laçáo, através das crianças, para a des-truiçáo da natureza, houve festejos emoutros bairros.v A líder do grupo Crianças em Defesada Natureza, Manoela Pinho de Azevedo,bito anos, foi uma das participantes dosfestejos no Aterro. Em carta datada de 28de maio, o Presidente Figueiredo aplau-tíiu sua campanha pelo meio-ambiente,saUentando que o Governo "náo poderiater melhores aliados na luta contra osflépredadores da natureza" do que asctlanças, porque são.os adultos que po-.Juem o meio-ambiente.

A Semana

A solenidade de abertura da Semanado-Meio-Ambiente, que terminará dia 7,começou com o hasteamento das bandei-ras Nacional, Estadual e Municipal. Em«eguida houve um ato litúrgico pela pre-servaçáo do meio-ambiente, no qual fo-ram lembrados os vários tipos de polui-çâo. Os cânticos foram executados pelocoral da Escola Técnica do Arsenal daMarinha...Houve apresentação da peça infantilAiná no reino do Baobá, de bales inspira-dos na natureza pelos alunos da Acade-nua de Bale Valéria Moura e o GrupoOficina, e bandas escolares. A tarde, abanda da Polícia Militar executou músi-

ças clássicas e populares e a Secretaria

Estadual de Agricultura e Abastecimen-to distribuiu mudas de plantas.Estiveram presentes a Secretária Mu-nicipal de Educação, Lucy Vereza; o pre-sidente da FEEMA, Evandro Rodriguesde Britto; cerca de 1 mil 500 crianças; e ospresidentes da Federação das Associa-çóes de Defesa do Meio-Ambiente e daCampanha Popular de Defesa da Nature-za, Marcelo Ipanema e Ruth Christie,que levaram faixas convocando todos apreservarem o meio-ambiente.

Missa EcológicaDentro da programação da Semanado Meio-Ambiente, ontem, foram realiza-dos encontros comunitários em váriosbairros. Na Lagoa, houve gincana dente-de-leite e plantio de árvores na PraçaMilton Campos; na Penha, apresentação

do coral da Escola Emmanuel PereiraFilho, leitura de mensagem alusiva aomeio-ambiente, plantio de mudas e apre-sentação da banda da escola Leonor Coe-lho e, na Praça Io de Maio, em Bangu,apresentação de bandas e fanfarras, ati-vidades de lazer e teatrinho.Na Praça Xavier de Brito, na Tijuca,foi celebrada missa ecológica, num altarenfeitado com plantas, passarinhos e pei-xes; apresentada a peça infantil Famíliade Espantalho e desenvolvidas ativida-des de criatividade dirigidas às crianças,

que puderem utilizar fibras sintéticas,papéis e outros tipos de materiais.=eA FEEMA expôs, no Jardim do Méier,viatura equipada com conjuntos de pul-verizadores para combate a focos demosquitos; várias espécies de insetos earmadilhas para captura de pequenosinsetos. Distribuiu também folhetos comorientaçáo para combater os ratos. NaQuinta da Boa Vista, houve exibição da

banda do 4o BPM e apresentação decartazes e faixas alusivas ao meio--ambiente.

ProgramaçãoHoje, às 9h30m, alunos da rede escolar

pública da Zona Sul visitam o Parque deVila Isabel e a Reserva da Floresta doGrajaú com técnicos da FEEMA. EmNiterói, no Campo de Sâo Bento, haveráencontro com a comunidade, quando opresidente da FEEMA entregará o acer-vo das agências ecológicas a serem insta-ladas em 10 Institutos de Educação darede estadual.

Haverá entrega do Prêmio Meio-Ambiente de Reportagem; inauguração,às 16h30m, da exposição de selos, dese-nhos e cartazes no hall do Edifício Gara-gem Menezes Cortes, e abertura, às 17h,no Conselho Estadual de Cultura, doseminário O Meio-Ambiente Fluminensenos Anos 80. A partir das 9h, a Prefeiturado Rio começa a reflorestar a encosta daRua Macedo Sobrinho.

Na Região Administrativa de SãoCristóvão, desde ontem, todas as igrejasCatólicas e Protestantes estào incluindoem suas missas e cultos mensagens sobrea preservação do meio-ambiente e, nosestabelecimentos comerciais, hã carta-zes alusivos ao mesmo assunto. Na daTijuca, até o dia 4 serão conservadas asjardineiras, retirado o capim dos cantei-ros e feita a limpeza de calçadas e ruas.

Os alunos de escolas municipais daRegião Administrativa da Lagoa faráotrabalhos sobre o tema Preservar paraViver; e elegerão os vigilantes da nature-za que, ao longo do ano, farão campa-nhas de conscientização dos demais alu-nos. A partir de hoje, e até amanha, nasescolas de Santa Cruz, seráo realizadaspalestras sobre o meio-ambiente.

FEEMA controla 10 mil indústrias- Ao fazer um balanço sobre o problemado meio-ambiente no Estado do Rio deJaneiro, o presidente da FEEMA, Evan-dro Rodrigues de Britto, explicou estarem andamento o sistema de licenciamen-to de atividades poluldoras que vai per-mito a médio prazo — cinco a 10 anos —o controle das 10 mil indústrias existen-tes no Estado. Deste número, 28% estáocadastradas e 12% sob controle.

. .Apenas duas indústrias, a SiderúrgicaBarra Mansa e a Cynamid, ao longo dorio Paraíba, ainda não estáo integradasao programa. Quanto à poluição provo-cada pelo vinhoto, neste rio e no SáoJoão, afirmou que todas indústrias açu-careiras estáo sob controle. A SecretariaEstadual de Obras está tentando obterrecursos para recuperar a Baía de Gua-

nabara, e a Prefeitura para evitar a polui-çâo da lagoa Rodrigo de Freitas.

Denúncias e sugestões

Para discutir a situação do meio-ambiente, na Barra da Tyuca, a Associa-çâo Ecológica da Barra realiza, dias 20,21 e 22, no Colégio Fish, um ciclo dedebates. O presidente da entidade, PauloLinhares, denunciou a poluição da lagoade Marapendl, provocada pelo lança-mento de esgotos sem tratamento dosprédios da área. Como "as condições daágua estáo piorando a cada dia", eledefende a aplicação de medidas urgentespara solucionar o problema.

O documento flnal do Io semináriosobre O Meio-Ambiente e a Qualidade deVida na 17a Regiáo Administrativa —Bangu, realizado na última semana, coma participação de alunos das escolas es-taduais, municipais e particulares, a serencaminhado às autoridades, tem 53 pro-postas, entre as quais apelar para que oGoverno estadual crie definitivamente oParque da Pedra Branca.

Reivindica a criação do Parque doGericinó-Mendanha-Guandu e Madurei-ra; a proibição do uso de desfolhantes eherbicidas pela Comlurb e outros orga-nismos; e cobrança das diversas pedrei-ras, localizadas nos morros, de um per-centual em beneficio do Parque da PedraBranca.

, Mais 11 filmes do Io Concurso de Su-per-8 sobre o Rio de Janeiro e seu Meio-Ambiente seráo exibidos hoje, a partirdas 10h30m, no Planetário, na Gávea,-seguindo-se debates sob a coordenaçãodo diretor do Departamento de Parques,

Super-8 exibe mais 11 filmesMário Sofia, e do chefe da Divisão deEcologia da FEEMA, Alceo Magnamini.

Iniciado sexta-feira, o concurso classi-ficou 32 filmes, e os 10 restantes seràoapresentados amanhã, também no Pia-netário, à noite. A premiaçáo será nanoite de quarta-feira, a partir das 18h,

com Cr$ 50 mil para o primeiro colocado;Cr$ 30 mil para o segundo e CrS 20 milpara o terceiro. Os que receberem men-çáo honrosa teráo prêmios em viagemoferecidos por empresas de transporteaéreo.

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Torcida incentiva o novoPrefeito em jogo de vôleina praia do Arpoador

Sua manchete é imperfeita, a cortada fraca, econduz a bola, ao levantar, imperfeição comum emquem nào pratica bem o vôlei. Mas. apesar dos defeitos,Júlio — como é chamado pelo resto do time—não é dospiores da fraca turma que joga todos os domingos narede Amarelinho no Arpoador Ontem, pela primeiravez, ele teve uma torcida extra, nas vezes em queacertava. "Boa, Prefeito"

Ofegante, entre um e outro set, o Prefeito nomeadoJúlio Coutinho disse que todos os Secretários e Subse-cretários já estào escolhidos, mas os nomes só seràoconhecidos hoje às 17h, quando deixa o cargo deSecretário Estadual de Indústria e Comércio. "Alguémpermanece, Prefeito?". "É possível", foi a resposta seca,antes da caminhada habitual, com os amigos, pela orlada praia.

JúlioNat

Coutinho,King Cole,

¦v,™»mww-''-" -¦ ¦ ¦¦¦ a«*waí»ra

de óculos escuros e chapéu modelojogou vôlei ontem no Arpoador

IRRECONHECÍVEL

Mesmo na praia, Júlio Cou-tinho não perde sua habitualdiscrição. De chapéu tipo NatKing Cole e óculos escuros,ninguém, a não ser os amigosda rede. o reconheceu, quan-do chegou,' por volta de10h30m.

É o mais alto e o melhorporte atlético do grupo, ape-sar da idade 50 anos. No jogo,nào reclama quando alguémerra, nem se mostra muitoefusivo quando faz uma boajogada. Também náo parecese incomodar muito quandonào acerta.

Depois de jogar um set,conversou durante uns 15 mi-nutos com o amigo o cardio-logista Otávio Guarçoni, nabeira da praia, náo foi impor-tunado. Terminada a conver-sa, novamente de óculos es-curos, sentou-se numa cadei-ra de alumínio para assistiros amigos jogarem outra par-tida.

Entre eles estáo Elias Saio-máo, diretor da Codin, e omelhor jogador do grupo; osuboflcial da AeronáuticaCantídio Guimarães, conhe-cido por Brigadeiro; e o in-dústrial Luis Alberto Lima, oChapéu, que é também omais divertido da turma. Oadvogado Fellipe Prates, em

cujo apartamento a turma se'reúne hã mais de 10 anos,todas as sextas-feiras, para.Jantar, nào jogou ontem, ale-gando uma distensão.

Quando jogou pela segun-da vez, Júlio Coutinho tevetorcida organizada, que nâomanifestava nos seus erros,mas gritava muito para in-centivá-lo sempre que acerta-va. Isso em nada afetou a suahabitual tranqüilidade.

VEREADORES

Depois da praia, o Sr JúlioCoutinho disse que pretendeestabelecer um contato per-manente com os vereadoresdo Rio, e a sua primeira atia-vidade. já prevista, é uma vi-sita à Câmara, na tarde deterça-feira, logo após a suaposse, que será de manhã.

Hoje pela manhã ele vai-seavistar com o GovernadorChagas Freitas, para conver-sar sobre as principais linhasde sua administração, anun-ciadas na semana passada. Oatual Subsecretário de Indús-tria e Comércio, Sr FernandoBueno Guimarães, será seuchefe de gabinete. A posse donovo Prefeito será às 10 horasde terça-feira, no PalácioGuanabara. Às 11, no Palácioda Cidade, receberá o cargodo Sr Israel Klabin.

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8 __ pAPA JORNAL DO BRASIL D scgunda-felro, 2/6/80 D 1° Caderno

Papa pede a união da Igreja contra o avanço do ateísmo"Defendemos os direitos humanos"

Paris—O Papa João Paulo ndisse na missa do Aeroporto deLe Bourget que o mundo con-temporâneo caminha para aateização dos homens e, poristo, pediu a união de todos ossacerdotes, rejeitando, no en-tanto, os extremos: o progres-sismo e o tradicionalismo. Oa-rantiu que a Igreja não pode sedesinteressar pelos problemassociais, mas sem sucumbir aosdesafios da política.

O terceiro dia de João Pau-lo n na França foi marcadopela decepção: na missa de LeBourget, que deveria ser o pon-to alto da viagem, esperava-se 1milhão de fiéis, mas só aparece-ram de 300 mil a 400 mil, tiritan-do sob a chuva, vento e frio.

ENTRE AS NUVENS

Às 10hl5m, quando o helicóp-tero branco e azul da Presiden-cia da República pousou no Ae-roporto de Le Bourget, os fiéis,que estavam há multas horas,alguns desde a véspera, baten-do os pés por causa da lama edo frio, acreditaram num mila-gre: a chuva cessou de calr.o solsurgiu timidamente entre asnuvens.

A alegria durou pouco. Poucodepois os pingos de chuva reco-meçaram a cair, sem cessar du-rante as duas horas de duraçãoda cerimônia. Nada tendo sidoprevisto para proteger o altardas intempéries, assistiu-se aum estranho bale de guarda-chuvas que se abriam e se fe-chavam de acordo com os ca-prichos do céu: guarda-chuvabranco segurado com força (porcausa do vento forte) sobre oPapa João Paulo n, guarda-chuvas pretos para os 123 bis-pos franceses e os milhares depadres que concelebraram amissa.

A imensa cruz marrom e nuadominando o pódio vermelho eo altar coberto por um panocaramelo, sob um céu cinzento,sugeriam um quadro surrealis-ta belga. Náo se sabia a quemmais lamentar pelas condiçõesdifíceis: se o Papa, o clero fan-cès ou os fiéis. Olhando para avasta extensão do terreno, bati-do pelos ventos, juncado dehangares feios, torres de con-trole e aviões parqueados, per-gunta-se como o episcopadopôde aceitar a idéia de celebrarali a missa dominical.

HABITO LENDÁRIO

A decepção se relaciona dire-tamente com o número de pes-soas presentes: esperava-se 1milhão de fiéis. Tudo foi previs-to para acolher até 1 milhão 200mil. Se alguns locutores da Rá-dio Nacional falaram de 700 mila 800 mil cabeças, é tranqüila-mente provável que náo passa-vam da metade.

Autoridades policiais avança-ram meio milhão e seu hábitode subestimar o tamanho damassa é lendário (que o digamos partidos politicos, os sindi-cátos e os jornalistas, que sem-pre multiplicam por cinco ou 10as cifras). Mas desta vez não hádúvida: elas subestimaram otamanho da massa.

Hã provas. Nos locais de esta-cionamento, esperava-se, pelomenos, 15 mil carros. Não haviamais de 3 mil. Mas centenas eaté milhares de ônibus vindosdos subúrbios, de todas as cida-des da França, da Bélgica, daAlemanha, da Inglaterra e daHolanda alinhavam-se nos es-tacionamentos.

PERTO DO ALTAR

Muita gente veio de trem e demetrô. Ainda assim dava paraver que os 15 quilômetros debarreiras dispostas para sepa-rar os 60 hectares de terreno emquadrilátero não continhamuma multidão compacta. Cadaunidade estava prevista paraconter de 20 mil a 25 mil pes-soas. Náo tinham a metade. E oque é pior é que os organizado-res tiveram a estranha idéia deencher primeiramente os espa-ços mais afastados do pódio,deixando a proximidade do ai-tar quase deserta. Questão desegurança?

De qualquer maneira, muitosfiéis situados a 400 metros dedistância dos oficiantes saíramdecepcionados por nada ter vis-

Arlette ChabrolCsntipondtnt*

to, furiosos por ficarem enrege-lados algumas horas quandopodiam multo bem ter visto acerimônia pela televisão.

No entanto, o bom tempo te-ria mudado tudo. João Paulo npoderia ter caminhado entre amultidão com mais vagar, e,sobretudo, a atmosfera seriamais festiva. Ao contrário, como vento glaclal varrendoo cam-po de aviação, com a pérgulacoberta por um lençol de lama,e, para esquentar, nada além debebidas ...frias (a princípio, es-perava-se um domingo quente),os fiéis ficaram recurvados epouco expansivos.

POVO AFEGÃOPara alegrar um pouco esta

maré humana havia muitas co-res: as camisas vermelhas de 27mil escoteiros vindos para orga-nizar a multidão e ajudar osserviços médicos, os enormesbuquês de flores nas mãos damulheres e as numerosas ban-deiras amarelo-e-branco do Va-tlcano, azul-e-branco da Polo-nia, azul-branco-e-vermelho daFrança agitadas sobre ascabeças. E também esta emo-'cionante bandeirola dirigida aoSanto Padre: "Reze pela sobre-vivência do povo afegão."

Sorridente, cabelos soltos aovento, Joáo Paulo n falou lon-gamente no frio e na chuva.Náo cortou uma só frase de suahomília de 30 minutos. Maisuma vez evocou o perigo crês-cente da corrida armamentista:"Como é possível que o homemtenha descoberto em todo estegigantesco progresso uma fontede ameaça para si próprio? Co-mo se explica que no coraçãoda ciência e da técnica moder-nas tenha surgido a possibilida-de da gigantesca autodestrui-çâo do homem?"

DIREITOS DO HOMEMFalo também na questão dos

direitos do homem que, comose sabe, toca-o particularmen-te. "Como se tornou palpitantea questáo dos direitos funda-mentais do homem! O totalita-rismo e o imperialismo mos-tram uma face ameaçadora. Ohomem deixa de ser sujeito,cessa de contar como homem,para se tornar uma unidade eum objeto."

Mas esta mensagem dirigida,sobre a multidão francesa, parao mundo inteiro, teve, no entan-to. menos repercussão sobre osfiéis presentes a Le Bourget doque esta interrogação com queo Papa concluiu sua homília:"França, filha mais velha daIgreja, estás sendo fiel às pro-messas de teu batismo?" Sendoclaro que a resposta é negativa,Joào Paulo II acrescentou:"Perdoem-me por esta pergun-ta. Formulei-a por socilitude àIgreja de que sou o primeiropadre e o primeiro servidor..."

De qualquer forma, esta per-gunta, ontem, em Le Bourget,diante de um público espaceja-do — prova da falta da afeiçãodos franceses pela religião cato-lica — não podia ser feita mais apropósito.COM O RABINO

Depois de dar pessoalmente acomunhão a umas cinqüentapessoas (crianças, doentes fisi-cos e mentais, e poloneses)Joào Paulo n se dirigiu, de heli-cóptero, à Nunciatura, onde ai-moçou e repousou um pouco.As 15h30m era aguardado noSeminário de Issy les Mouli-neaux, onde se entrevistou como Grão Rabino da França, Ja-cob Kaplan e várias personali-dades da comunidade judaica,entre as quais o Barão Alain deRotschild.

Mas o momento importanteda tarde foi o reecontro com os128 bispos da França para umsessáo de trabalho a portas fe-chadas até o jantar, inclusive.O Papa fez aos bispos um dis-curso importante. Insisitiumuito sobre a necessidade decumprir totalmente as disposi-çóes do Concilio.

O local, mais uma vez, foibem escolhido para levantar oproblema, porque a França é opais onde nasceram e desenvol-veram os tradicionalistas. É apátria de Monsenhor Lefèbvre,Ê também a pátria dos padresoperários.

Pa.li/Feto UPI

im ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA OE ESTADO DAS FINANÇAS

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA

COPEL

USINA HIDRELÉTRICA FOZ 00 AREIACONCORRÊNCIA INTERNACIONAL

PARA FORNECIMENTO DE JJM GERADORDIESEL DE EMERGÊNCIA

A Companhia Paranaense de Energia — CO-PEL informa que está procedendo à concorrênciaentre as empresas interessadas no projeto, fabrica-çâo, fornecimento e supervisão de montagem deum Gerador Diesel de Emergência (Contrato A-19P)para a Usina Hidrelétrica Foz do Areia. A pré-qualificação será feita simultaneamente à análisedas propostas.

Os recursos para aquisição são oriundos definanciamento concedido à COPEL pelo Bancointeramericano de Desenvolvimento — BID.

Poderão concorrer à licitação as empresassediadas em países membros do BID.

As instruções de pré-qualificação e a documen-tação necessária para apresentação de propostapoderão ser retiradas pelas empresas interessadasno endereço abaixo a partir de 27/05/80.

Companhia Paranaense de Energia — COPELSuperintendência de Obras EspeciaisRua Voluntários da Pátria, 233 —'5o andarCuritiba — Paraná — Brasil

As propostas deverão ser entregues impreteri-velmente no dia 28/08/80, às 15:00h., no mesmoendereço já citado (P

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Em Le Bourget, na ventania, um seminarista protege o Papa dachuva

Na reunião com os bispos franceses, o Papacriticou as interpretações extremas e abusivas doConcilio Vaticano n—o progresslsmo e o integrls-mo. Antes de viajar à França, já se referira à crisede fé pós-conciliar, num breve discurso dirigidoaos franceses. Esperava-se, portanto, que retomas-se a questão. Ontem, falou com clareza. Disse queos progressistas querem impaclentemente adap-tar o próprio conteúdo da fé, a ética cristã, aliturgia, a organização eclesiástica, às mudançasde mentalidade, aos apelos do mundo. "Os itegris-tas (tradicionalistas) cometem tantos abusos quesomos os primeiros a reprovar e a corrigir. Eles setomam duros e se refugiam num determinadoperiodo da história da Igreja, num estágio determi-nado da formulação teológica ou de expressãolitúrgica, que assumem de maneira absoluta,"

O Papa lamentou as duas tendências que seopõem e provocam uma divisão lamentável naIgreja, provocando mal-estar e até escândalo. Nàodirigiu, no entanto, palavras muito duras a estasovelhas desgarradas, antes palavras de esperançae a mào estendida. "Esperamos que uns e outros,cheios de generosidade e de fe, aprendam humilde-mente, com seus pastores, a superar esta oposiçãoentre irmãos, para aceitar a interpretação autènti-ca do Concilio. "Frisou que todos os esforços sàoindispensáveis para lutar contra a ameaça deateização sistemática que é um dos grandes peri-gos do mundo atual.

Meios operários

Outro ponto importante de seu discurso, pelomenos sob a ótica brasileira, se relaciona com osesforços da Igreja para se aproximar dos meiosoperários e rurais. "Estes esforços devem conser-var plenamente um caráter evangélico, apostólicoe pastoral. "Náo é admissível sucumbir aos desa-fios da politica. Também não podemos mais acei-tar numerosas resoluções que pretendem ser ape-

nas Justas. Náo podemos nos deixar fechar emvisões de conjunto que, na realidade, são unilate-rais, "Mas concluiu: "A Igreja deve estar pronta adefender os direitos dos homens no trabalho emtodos os sistemas econômicos e políticos."

Ao cabo desta longa jornada consagrada aosproblemas específicos da Igreja, João Paulo n sedirigiu ao Pare des Princes, o grande estádioparisiense recentemente reconstruído, onde o es-peravam 50 mil Jovens. Karol Wojtyla gosta dacompanhia dos jovens. Na Cracóvia organizoumuitos passeios e reuniões com grupos de jovens.Ontem à noite, ele desenvolveu alguns dos temasque lhe sào caros. Falou da dificuldade dos Jovensde viver num mundo inquieto, onde reinam "aexcitaçào e a abundância de desejos". "Ê precisodominar o corpo, transfigurá-lo. Para isto, o espor-te ajuda bastante e é, sem dúvida, um sólidocontrapeso à sexualidade de que se faz uma verda-deira exploração."

No casamentoO Papa nào rejeitou totalmente a sexualidade,

mas pediu que o engajamento se dè no casamento.O discurso foi bastante aplaudido pelos jovens. Anoite já caíra quando João Paulo II deixou-os parase recolher alguns minutos no Sacre Coeur deMontmartre, a imensa basílica branca que dominao quarteirão mais pitoresco de Paris, antigo centrode reunião de artistas.

O Papa teve uma noite curta para dormir e, noentanto, a jornada que o espera. Ultimo dia de suaviagem ã França, será muito pesada: deve falar naUnesco de manhã e ir à tarde a Lisieux. pequenacidade de Normandie, perto de DeauviUe, onde seencontra um dos principais locais de peregrinaçãoda França, na basília de Santa Teresa do MeninoJesus.

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Sensato porque é üghts. Quer dizer, moderado nanicotina e no

alcatrão.Faz sentido um

cigarro assim. UUIUHI ¦

UU IWU ¦Mas o que vale mesmo é que Ipanemaüghts tem um

sabor marcante,brasileiro.

Afinal, sabor étudo num cigarro.

Bom, tem também a satisfação de fumar. Ipanema Lights é umcigarro gostoso,

eu diria até... brilhante.Assim é que tem

que ser um cigarro. UU IJHU ¦Sensato, o cigarro muito sensato. É exatamente isso o novoIpanema üghts.

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JORNAL DO BRASIL D segunda-feiro, 2/6/80 D Io Caderno NACIONAL — 9

D Avelar apela à união na visita do Papa ^JtrrJST"^Salvador—"Que as distâncias exlsten-

tes no nosso melo, que as incompatibillda-des políticas, que as paixões que devoramos homens e os tomam quase animaisirracionais, pelo amor de Deus, não che-

. guem a perturbar o ambiente e a criarcisóes, resistências e contestações em mo-mento tão singular da nossa História". Oapelo foi feito pelo Cardeal Dom AvelarBrandão Vilela, Arcebispo de Salvador ePrimaz do Brasil, a propósito da visita doPapa João Paulo n ao Brasil.

Dom Avelar pediu em sua Oração Do-minlcal que, durante a permanência doSumo Pontífice, "cada um procure cum-prir o seu dever, em sua esfera própria,com dignidade e elevação de propósitos,com espírito cívico e religioso ou, pelomenos, com demonstração de respeito àpessoa e à missão do Santo Padre".

Tensões abertas

Disse o Arcebispo Primaz do Brasil:'Nesses tempos de fortes tensões abertas,de questionamentos multlformes de ori-gem correta ou espúria, de coloridos ideo-lógicos extremados, quando muitos sen-tem a necessidade de posições radicais,

; invoco a Santíssima Trindade para que os' baianos e os brasileiros se mantenham e secomportem como seres reacionais e livres,diante do grande acontecimento que jáestamos a viver".

"Que não se tolde o horizonte, que nàose acirrem os ódios, que não se transfor-¦ mem sofismas em argumentos, que náo secultivem os condicionamentos perturba-dores da verdadeira liberdade que se com-pleta com a racionalidade e se sublimacom os subsídios da nossa fé cristã. Quenão se propague a mela verdade, que nãose lance o mau fermento na massa, quenão se pretenda tirar proveito partidárioda visita do Papa" — ressaltou.

Enfim, salienta o Cardeal Dom AvelarBrandão Vilela, "que sejamos um só cora-çào e uma só alma, apesar das diferenças emodos de ver e de julgar". O Cardealdestacou ainda que a missa a ser celebra-da pelo Papa Joáo Paulo n no CentroAdministrativo da Bahia, dia 7 de julho,terá uma conotação especial—a de come-morar os 480 anos da primeira missa noBrasil, ocorrida a 26 de abril de 1500.

Convite

Explicou Dom Avelar que esta conota-çào se justifica pelo fato de a Bahia ter sidoa primeira Capital do Brasil, e Salvador aprimeira Diocese, criada em 1551, e a pri-meira Arquidiocese, criada em 1676. "As-sim se coloca a Bahia diante do Brasil e doSanto Padre. Assim cresce sensivelmentea sua responsabilidade", assinalou o Car-deal. Um trecho de sua Oração Dominicalfoi dedicado a convidar para a passagemdo Papa na Bahia."Convoco a Bahia branca, a Bahia ne-gra, a Bahia mulata, a Bahia cabocla, comtodas as suas tonalidades e expressões. E oconvite se estende não somente aos católi-cos, qualquer que seja seu grau de vitalida-de espiritual, como também a todos os quese sentem vinculados direta e indireta-mente à Igreja, aos cristãos não católicos,a todos os homens de boa vontade de claracompreensão" — disse Dom Avelar."Gostaria de ver a Bahia, de tão ricastradições e de tantas energias produtivas,a Bahia hospitaleira de sempre, coesa eengrandecida, na recepção ao Santo Pa-dre, cidadão do mundo, e nas demais for-mas de presença amável, calorosa e disci-plinada, ao longo de sua permanência en-tre nós. A casa do Cardeal-Arcebispo, ondese hospedará João Paulo II, é como sefosse a casa grande da família baiana,

Sulsando em uníssono com o Brasil de

brte a Sul" — finalizou.

Cardeal volta de Roma sem novidadeO Cardeal Eugênio Sales voltou ao Rio, proce-

dente de Roma, mas não trouxe novidades sobre avisita do Papa Joào Paulo II ao Brasil. No encon-tro de "mais de hora e mela" que manteve com oSumo Pontífice, não foi comentada a interpreta-çáo dada pela imprensa brasileira a seu pronuncia-mento, na África, sobre a participação da Igreja nagreve do ABC paulista."O Papa virá ao Brasil como pastor, mas ele étambém Chefe de Estado, não podendo, portanto,haver discriminações", disse o Cardeal. Sobre aeventualidade de um aproveitamento político davisita do Papá, D Eugênio mostrou-se surpreso eaté indignado: "Esta pergunta eu náo sei res-ponder".

Comentários"É lamentável que, em vez de nos preocupar-

mos com a visita do Papa, estejamos levantandohipóteses. O Papa vem como pastor. O que meadmira é que ninguém se preocupou quando oPapa foi à Polônia e abraçou o Chefe de Estadocomunista. Não sei por que essa preocupação",disse D Eugênio.

O Arcebispo do Rio de Janeiro passou 14 diasem Roma, onde foi apresentar o relatório quinque-nal, obrigatório, de sua Diocese a João Paulo II.Disse que o Papa está falando bem o português,tendo poucas duvidas em relação ao significado decertas palavras. Quanto à programação da visitaao Brasil, informou que não há alterações quantoao já divulgado.

Terminando a entrevista na sala Vip do Aero-porto Internacional do Rio de Janeiro, D EugênioSales voltou a falar na questão política levantadapelos repórteres, dizendo que "a responsabilidade,no caso, é de quem se aproveitar politicamente davisita de Sua Santidade à nossa terra."

Poloneses gaúchos vão a CuritibaPorto Alegre — Devido à falta de tempo do

Papa Joáo Paulo II para encontrar-se com a colo-nia polonesa no Estado, durante sua visita àCapital gaúcha, os poloneses que moram no RioGrande do Sul estáo pensando em viajar paraCuritiba onde, segundo o Padre Leo Lisiewicz,haverá um encontro da colônia polonesa do Para-ná com o Papa.

Apesar de náo poderem manter um encontrocom João Paulo II, os poloneses do Estado conti-miam se mobilizando para fazer uma apresentaçãoao Papa, quando de sua chegada a Porto Alegre.Para isso dois grupos folclóricos estão ensaiandodanças e canções polonesas.

Reconhecendo que no Paraná a colônia polo-nesa é maior que no Rio Grande do Sul, ou seja,mais de 300 mil pessoas, o Padre Leo Lisiewick daigreja Nossa Senhora de Montes Claros, que está

organizando a recepção, disse que o Papa vem aoBrasil para "ver brasileiros", mas acrescentou quea intenção da colônia polonesa é mostrar ao Papaque no Rio Grande do Sul também tem poloneses,e dois grupos folclóricos ensaiam músicas e dançaspolonesas que serào apresentadas durante a entra-da do Papa na cidade.

O Padre Leo Lisiewicz ira'a Curitiba no dia 12de junho, onde entrará em contato com o reitordos poloneses no Paraná, e, então, definirá aparticipação da colônia polonesa do Rio Grandede Sul no encontro de Curitiba. Tendo ingressadono seminário de Cracóvia um ano antes do PadreWojtyla encerrar seus estudos, o Padre Leo Lisie-wlcz já esteve, por duas vezes, com João Paulo E eo considera "uma pessoa muito alegre e organiza-da, que sabe transmitir em poucas frases o queoutros levam 15 minutos para dizer."

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passa a ser, a partir dehoje, proibida em São Paulo

Sào Paulo — A partir de ontem não é mais permiti-da a doação de sangue remunerada em São Paulo,resultado de um acordo entre os Bancos de Sangue doshospitais e que conta com o apoio da Secretaria deSaúde Estadual, segundo confirmou ontem o médicoCelso Carlos de Campos Guerra, do Departamento deHematologia e Hemoterapia da Associação Paulista deMedicina, da Regional de São Paulo, da SociedadeBrasileira de Hematologia e Hemoterapia. A mesmacampanha será estendida a outros Estados brasileiros.A campanha contra o doador remunerado teveinicio em janeiro "pois entendemos que o doador deveser voluntário. O doador remunerado, na sua maioria, éum agente transmissor de doenças", disse o médicopaulista e que coordena a campanha. Ao mesmo tempoem que se iniciava em Sào Paulo, a campanha eraestendida, ainda em janeiro, ao Rio Grande do Sul.BRASIL

O Sr Celso Carlos de CamposGuerra explicou que em marçoentendemos que a campanhadeveria ser levada ao Brasil,pois havia surtido bons resulta-dos em Sáo Paulo e no RioGrande do Sul."Agora nessa fase decisivaque visa a erradicação de umavez por todas do doador remu-nerado, a campanha será lança-da com força no Rio Grande doSul e Paraná, e em outros Esta-dos, menos no Norte e Nordes-te, onde ela náo obteria resulta-do, jã que é necessário um tra-balho cultural mais profundo.""No Rio de Janeiro a campa-nha para ser lançada precisacontar com uma alteração noServiço de Previdência Social.Lá os hospitais da Previdência-Social, em sua maioria, utili-zam o sangue de outros bancos.Em São Paulo foi mais fácil,porque os hospitais tém seusbancos de sangue próprios,houve colaboração efetiva detoda a classe médica para aca-bar com o doador remunerado,que hoje representa 20% do to-tal e que esperamos acabar deuma vez para sempre. Isso slg-nifica também o flnal do comer-cio do sangue."

Se houver remuneração nadoação de sangue, isso resulta-rá em punição, em caso de de-núnica pública. A Secretaria daSaúde nos apoia. Há um com-

promlsso que deve ser cumpri-do na íntegra. A doação de san-gue era de 70 a 80% remunera-da, no Estado, antes de janeiro.Hoje é de apenas 20"". A cam-panha foi um sucesso. Temosque contar com a doação volun-tária, como diz o Programa Na-cional do Sangue. Essa foi a8rimeira

vez que um Programaacionai de Sangue defendeu a

doação voluntária", concluiu oSr. Celso Carlos.

Brasilia — O Ministro daSaúde, Waldir Arcoverde, cias-slficou de louvável a medida daAssociação Paulista de Mediei-na que impede através do seuDepartamento de Hematologiae Hemoterapia a remuneraçãode doadores voluntários de san-gue em Sáo Paulo. "Acho eficaza medida—declarou o Ministro—, mas não tive participaçãonenhuma na decisáo".

Informou que há muito tem-po conversou com o presidenteda citada associação, manifes-tando-se favorável à aplicaçãoda norma, mas nem sabia queela ia entrar em vigor a partirde ontem. Disse ainda que re-primir a mercantilização dosangue impedindo a remunera-çào de doadores voluntários é oprincipal intento do projetoPró-Sangue, que acaba de sercolocado em execução, inician-do-se por Pernambuco, DistritoFederal e Rio Grande do Sul,onde os trabalhos começam se-gunda-feira.

<Ê* BANCO DO BRASIL S.A.

CGC N° 00.000.000/0047—74

OBRIGAÇÕES REAJUSTÁVEISDO TESOURO NACIONAL

Consoante instruções do Banco Central doBrasil, lembramos que podem ser apresentadospara imediato resgate, os certificados representati-vos de Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacio-nal, vinculadas ao extinto Fundo de IndenizaçõesTrabalhistas, vencidos e não prescritos.

Rio de Janeiro (RJ), 2 de junho de 1980AGÊNCIA CENTRO DO RIO DE JANEIRO

(P

4-Lm BANCO CENTRAL DO BRASIL

EDITAL

DEPARTAMENTO DA DIVIDA PÚBLICA

Para fins previstos no art. 60 da Lei n? 4.069, de11.06.1962, torna-se público que devem ser apresenta-das, para imediato resgate, as Obrigações do Tesouro Na-cional - Tipo Reajustável e Letras do Tesouro Nacionalvencidas no mês de maio de 1980.

Rio de Janeiro, 02 de junho de 1980.

DEPARTAMENTO DA DÍVIDA PÚBLICA

José Pais RangelChefe

MINISTiRIO DA AERONÜUTICACOMANDO GERAL DO AR

III COMANDO AÉREOREGIONAL

EDITAL DE CONCORRÊNCIAN9 003/80 - III COMAR

O TERCEIRO COMANDO AÉREO REGIONAL, faz sa-ber que às 10:00 horas do dia 30 (trinta) de junho de 1980, emsua Sede, Praça Marechal Âncora, s/n?. na Cidade do Rio deJaneiro, Estado do Rio de Janeiro, serão recebidas as propostaspara a compra de uma área em Barbacena, Estado de Minas Ge-rais, cujo Edital abaixo se resume:OBJETO: Alienação do imóvel situado á Rua Presidente

Kennedy. n? 621, em Barbacena - Estado de Mi-nas Gerais, constando de um terreno com 11,80 mde frente, por 50,00 m de profundidade, e umaresidência numa área construída de 168,10 m2.

PREÇO BASE: CrS 2.315.965,00 (dois milhões trezentos e

quinze mil novecentos e sessenta e cinco cruzei-ros).

GARANTIA DAS PROPOSTAS: 3% do valor do preço base.HABILITAÇÃO: As firmas interessadas, ou pessoa física, pode-

rão inscrever-se no endereço acima até o dia 26(vinte e seis) de junho de 1980.

CÓPIA DO EDITAL E PLANTA: Na Seção de Licitações do IIICOMAR será fornecido aos interessados a Plantade Situação relativa a alienação da área, diária-mente, das 09:30 às 16:30 horas.Rio de Janeiro, 30 de maio de 1980

(a) OTÁVIO DE ALENCAR LEARTH1? Ten Int Aer

Chefe da Seção de Licitação'¦:©-'¦

mL Chefe da Seção de Licitação M

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JORNAL DO BRASILRio de Janeiro, 2 de junho de 1980

Vice-Presidenle Executivo: M. F. do Nascimento BritoEditor: Walter Fontoura

Diretora-Presidente: Condessa Pereira Carneiro Diretor: Bernard da Costa CamposDiretor: Lywal Salles

Objetivo AbandonadoO entrosamento que tentou buscar o

Deputado Nelson Marchezan entre os executores dapolítica oficial, em torno de sua mesa de jantar, nãoterá sobrevivido à sobremesa e ao clássico cafezi-nho, Com ele participaram do esforço estabiliza-dor, ao qual ao mesmo tempo se submeteram- opresidente do PDS, o líder do Senado e o Ministroda Justiça. Mais útil seria, entretanto, uma reuniãodos mesmos homens com o Presidente da Repúbli-ca, a quem pertence de fato e de direito o comando-geral da politica do Governo, não apenas no planodo Executivo mas igualmente na esfera parla-mentar.

No curso deste semestre, primeiro por sinasque eventualmente se insinuavam e depois acelera-damente, em quase todos os episódios mais impor-tantes, como que se perdeu a perspectiva do futuroinstitucional. Desde o começo do ano, por exemplo,que se encontrava em tramitação a Emenda Anísiode Souza — iniciativa isolada, pelo menos emaparência, para prorrogar os mandatos de prefei-tos e vereadores com a supressão das eleiçõesmunicipais previstas na Constituição e já com datamarcada pelo órgão judicial competente. Um casosimples, como tantos outros, que se complicou aoextremo dos conflitos de opiniões dentro do Partidogovernamental e divergências entre figuras doGoverno. Era simples afastar de vez essa questão,deixando-se o caminho aberto e livre para oequacionamento e solução de outros problemas.Em vez de enfrentá-la, com a autoridade que tem ecom a franqueza que deve ter, o Governo preferiudesgastar-se em jogo tático e quase pueril com oslíderes igualmente insinceros da Oposição. Convi-nha ou não convinha manter o pleito constitucio-nalmente previsto? Do ponto-de-vista do planogeral da ação do Governo, valeria a pena constituiros mandatos-tampão criados pelo pacote de abril?

No lugar do sim ou do não, que cabia e seimpunha, o Governo optou pelo artifício de decla-rar a questão entregue ao arbítrio do Congresso,como se aí fosse lícito ou possível assumir o Partidogovernista posição de espectador. Como em políticaaté a inconseqüência produz conseqüências, insta-lou-se na Câmara e no Senado o clima inevitável deconflito e incerteza, no qual se iriam dilacerar aspróprias lideranças oficiais.

Em meio à cerração provocada pelo debateexaustivo e desnecessário daquele tema, surgiu aquestão também polêmica das sublegendas. Nestecaso, havia até a palavra oficial do Governo,firmada pelo Presidente da República nas razõesdo veto a dispositivo da Lei dos Partidos. Assublegendas só seriam admissíveis no nível daeleição municipal, concebendo-se em outros níveiscomo verdadeiramente aberrantes do sistema mui-tipartidárío, segundo a mensagem presidencial aoCongresso. Sem embargo de uma diretriz claramen-te traçada, que retiraria naturalmente o assunto da

relação dos polêmicos, as divergências entre oslíderes se acentuaram a tal ponto que o SenadorJurema, relator de um projeto a respeito, teve quepedir prorrogação de prazo para elaborar seuparecer. Dividido o campo governista entre aopinião do Ministro da Justiça e a do presidente doPDS, adensou-se o clima de incertezas e contradi-ções.

Nesse clima passaram-se a discutir todos osoutros, conexos ou independentes, como se cadacabeça no caso pudesse ser um mundo, quandotodas elas deveriam estar contidas no universo dapolítica geral. Simplesmente não há políticageral mas, na melhor das hipóteses, uma políticaparticular e difusa para cada problema. Do entre-choque de idéias e preferências, decorreu a quaseparalisia das Casas do Congresso, nas quais ostemas gerais desovaram subtemas condicionadosaos interesses menores de correntes e grupos regio-nais. Fala-se oficialmente na possibilidade de sim-plificar a organização dos Partidos, complicada aoextremo pelas regras de emenda constitucionaltranformada por superstição em noli me tangere dasituação. Das complicações criadas por essa emen-da, resultaram outras tantas, que tolhem os passosdo Governo no caminho da eleição municipal c ostornam hesitantes, por último, em relação à escolhadireta dos governadores em 1982. Da emendaapresentada pelo Palácio do Planalto, restabele-cendo a eleição popular dos governantes estaduais,sabe-se que foi antecipada para remover um pedre-gulho lançado no caminho do Governo por umcorreligionário de segundo escalão. E agora, paraanular artifícios regimentais do Presidente da Câ-mara, que deseja apressar a reconquista de prerro-gativas parlamentares para tentar a reeleição, olíder governamental lança mão de artifício igual,coletando assinaturas para garantir a precedênciade outras emendas e evitar decisão mais rápidasobre a eleição de 82.

Dirigentes e líderes partidários, juntamentecom o Ministro da Justiça, passaram a exaurir-seno confronto de táticas e preferências pessoais emtorno de temas isolados, dando todos a impressãode que perderam de vista o objetivo maior aalcançar. O que se chamou inicialmente, há ano emeio apenas, processo da abertura parece algoremoto e envelhecido, de que ninguém mais cogita.Com o desaparecimento do Sr Petrónio Portella,que tinha a visão interna desse processo e umaconcepção coerente de seu desenvolvimento exter-no, a meta da restauração democrática distanciou-se. Responsável maior pelo esforço coordenadopara atingi-lo, urge que o Presidente da Repúblicaretome a liderança ostensiva dos homens cujo papelé ajudá-lo nessa missão. É preciso entrosá-los, sobuma palavra que lhes devolva a visão perdida doessencial: o futuro da democracia e não o destinoeleitoral próximo de cada uni.

Estratégia ComumA presença simultânea de Hua Guofeng em

Tóquio e do Ministro da Defesa da China — GengBiao — em Washington, bem como as declaraçõesfeitas por esses personagens e por seus interlocuto-res são indícios ponderáveis da formação de umaestratégia conjunta no Extremo Oriente contra osriscos de um expansionismo soviético que está naordem do dia.

O que se tenta no Extremo Oriente não deixade ter semelhança com o projeto que resultou nacriação da OTAN. A esse respeito, o projetoeuropeu está mais adiantado no sentido de que já seestruturou institucionalmente; mas, por uma des-sas ironias freqüentes da História, a vontadepolítica parece hoje mais forte nos confins da Ásiado que nas imediações do Muro de Berlim, emborao primeiro destes cenários reúna elementos muitomais heterogêneos.

Esquecendo por completo o muito que ossepara, China e Japão descobriram recentemente asua compleinentariedade econômica c assinaramum documento de intenções que alterou, por si só, arealidade asiática. Ê no desenvolvimento dessaaproximação que a China lembra ao Japão, comoos EUA já tinham feito, a necessidade de pensarnos seus meios próprios de defesa.

Os chineses, por sua vez, tentam obter recur-sos bélicos da outra potência do Pacífico — osEUA. Do lado norte-americano, não há pressaneste sentido, pois os chineses não são consideradosconfiáveis, c um passo em falso neste sentidopoderia precipitar num abismo o que resta dadétente e do próprio relacionamento EUA-URSS.

Mas, embora evitando falar em "aliança" emencionando em vez disso "relações" e "vínculos",o Ministro da Defesa da China e o Secretário deDefesa dos EUA referiram-se de maneira quaseidêntica à idéia de adoção de uma resposta estraté-gica comum em face do avanço da URSS noAfeganistão e das implicações globais da estratégiasoviética, agressivamente presente no Vietnam e noCamboja."Os EUA e a China continuam a compartilharda mesma análise estratégica", disse o SecretárioHarold Brown, e "estão determinados a fazer comque suas idéias em comum a respeito desse e deoutros elementos da situação global se convertamem respostas eficientes."

Outros tantos recados aos líderes do Kremlin,prenuncio de um cerco estratégico que sempre foi aneurose oculta da diplomacia russa desde o tempodos czares, mas que por enquanto parece existirmais como hipótese do que como realidade.

TópicosTiranos

Enquanto o tirano do Haiti — um dospaises mais pobres do mundo — dá-se aoluxo de gastar o equivalente a Crê 250milhões numa alegre festa de casamento,o ex-Xá do Irá dedica-se a uma curiosaespécie de exame de consciência, lamen-tando não ter sido mais implacável narepressão da oposiçào ao seu regime.

Labora o Xá no equivoco freqüentedos déspotas, que atribuem a sua quedainevitável a um capricho das circunstàn-cias — quando de fato essa queda é frutonatural do abismo que se cava entre umpovo e o seu governante.

Pahlavi, sabe-se agora, usou da vio-lência mais cruel para sustentar umacoroa vacilante. Os detalhes desta vio-lência, entretanto, só foram conhecidos aposteriori — o que prova que o povoiraniano condenou o seu algoz por infalí-vel instinto politico.

É de se perguntar se o Ira evoluiupassando das mãos da Sawak para ocontrole de fanáticos religiosos que tam-bém podem, com grande facilidade, en-caminhar o pais à ruína, sob o pretextode que o conduzem ao paraíso.

Que o Xá lamente, entretanto, não terusado ainda mais da força enquanto dis-punha dela é sinal da paranóia que achasempre o seu caminho ate a mente dosque detêm o poder absoluto.

Parte dessa paranóia—é penoso reco-nhecer — deve ser atribuída ao exerciciode uma politica mabil e imatura porparte do Departamento de Estado norte-americano se a idéia singular da diplo-macia norte-americana no Golfo Pérsicoera manter o Xá a qualquer custo, náo éde espantar que também os conselheiros

da Presidência dos EUA passassem apensar apenas em termos táticos e setornassem cegos para a relação politicaexistente entre o Xá e o seu próprio povo.

GenocídioTudo o que emerge do Camboja de

hoje -r- como o relato publicado naRevista do Domingo do JB sobre umaaventura marítima que terminou numcampo de extermínio — produz uma im-pressáo de horror que só encontra parale-lo na saga terrível do nazismo; mas oCamboja é de hoje, seus habitantes estàobem vivos, embora submetidos a todasas privações e à convivência diária com amorte; e, apesar de tudo, o auxilio inter-nacional esbarra em obstáculos incom-preensíveis, inadmissíveis. Como reco-nhecem os próprios norte-americanos, osEstados Unidos nào podem retirar suaparcela de responsabilidade pelos desas-tres ocorridos no Camboja durante aguerra de 1970-75, que provocaram a que-da de Norodom Sihanouk e a ascensãodo Khmer Vermelho. Em nome de prinei-pios ideológicos, entretanto, o Khmerinstalou um regime em que a morte era apunição imediata para o menor desvio narígida moral coletivista e em que a popu-laçào, manipulada como gado, passou amorrer de inanição. A invasão vietnami-ta aproveitou-se dessa desumanidade le-vada ao paroxismo para dominar o pais,com apoio soviético. Que a invasão nàotinha fins humanitários, entretanto, ficademonstrado pela indiferença dos atuaisdominadores quanto ao destino e ao flu-xo da ajuda internacional canalizada pa-ra o Camboja. O povo continua a morrerem massa; mas Vietnam e URSS — oslibertadores — conseguiram impor o seu

domínio, que é, ao que tudo indica, tudoa que visavam com sua campanha contraPoi Pot.

ConfrontoA agricultura continua a ser a frontei-

ra mais vulnerável da economia soviéti-ca. Além de exposta, como qualquer agri-cultura, à incerteza climática, os sonhosdo planejamento sáo contrariados poroutros fatores. No caso soviético, o regi-me nào conseguiu substituir o desempe-nho privado da agricultura por nenhumincentivo coletivista digno de confiança.A produção sempre ficou abaixo das pre-visões.

A safra de cereais da Unláo Soviéticaem 79 — foi agora revelado — registrouuma quebra da ordem de 40 milhões detoneladas. O relatório estatístico assina-Ia a insuficiência de recursos (em conse-qüència do programa de armamento) e abaixa produtividade como os principaisculpados. Omite porém a razão funda-mental, que é o regime coletivo de produ-çáo. Transformar o homem do campo emfuncionário público pode atender às exi-gèncias ideológicas, mas é comprovada-mente improdutivo do ponto-de-vistaeconômico.

O principal pais de economia socialis-ta, a URSS. produz cinco toneladasanuais de cereais por agricultor. A maioreconomia capitalista, a dos Estados Uni-dos. consegue 55: 11 vezes mais. Não hátermo de comparação. Por isso a UniàoSoviética é o maior comprador de cereaisnorte-americanos. Pudera, é um alto ne-gocio comprar. Uma tonelada de trigonorte-americano sai para os soviéticospela metade do custo pelo qual é produ-zido na União Soviética.

Ziraldo

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r CartasAções da Vale

Foi certamente o JB que abordou commais profundidade o affair das negocia-çóes ocorridas com as ações da Cia. Valedo Rio Doce a partir do nebuloso pregão-do dia 11 de março passado. Seguindo-seao editorial — Um Escândalo — publica-do no dia 14 de março, sucederam-se porum longo periodo uma série de artigos deautoria dos nossos mais eminentes juris-tas enfocando o tato sobre diversas face-tas, trazendo inclusive ao público leitoralgumas posições claramente antagôni-cas, o que vem demonstrar quanto discu-tível é o evento, no seu desenvolvimentoe nos seus aspectos conjunturais. Deba-teu-se na ocasião alguns temas que seassemelham as reformas processadas pe-lo New Deal, no início da década de 30,após a avaliação das causas e dos resul-tados da crise de 1929. Tais latos queacabaram por instituir o Secnrities Ex-change Act (1934) criando a SEC (insti-tuiçáo pela qual moldou-se a CVM) foramacompanhados por longos debates nosquais se discutia, desde os aspectos ge-rais que modulam os limites da Interven-çào do Estado na Economia, à necessida-de do Governo em supervisionar ativida-des econômicas, ou mesmo sua partici-paçào em determinados setores; sem le-var-se em conta a polêmica em tomo dematérias mais especificas no Mercado deCapitais, como a auto-regulaçào, as in-formações, e efetivamente o papel a serdesempenhado pelas entidades de con-trole.

A contenda verificada nos EstadosUnidos no início dos anos 30, e repetidaem várias outras ocasiões, até mesmo noBrasil após o boom de 1971, é certamenteo mesmo assunto em termos genéricos,do resultado da conhecida operação —caso Vale — quando abandonado o nivelde mexericos, do que "Quem ganhou?""Quem levou?", fica a questão máximados parâmetros a serem estabelecidos aocontrole das atividades econômicas peloEstado. No desenrolar específico da polê-mica em torno dos erros ou acertos su-cessivos por parte, seja do operador, daCorretora, da Bolsa, da CVM, do BancoCentral, do Ministro ou até mesmo doSistema, nenhum dos artigos publicadospelo JB foi tão importante e esclarecedorcomo — O Estado no Mercado de Capi-tais — do advogado Joào Laudo de Ca-margo, talvez este por ter sido o últimoda série, mas principalmente por terabordado o assunto de uma maneiraconciliatória e conclusiva.

Representante da nova geração, im-buído do verdadeiro espírito sobre o qualdevem reger-se os mecanismos de umMercado de Capitais no Brasil, Joáo Ca-margo consolida a questão. Muito impor-tante para todos nós, empresários, quelutamos pela sedimentação das nossasinstituições e que hoje verificamos oabandono crescente mas necessário e atempo do paternalismo do Governo àiniciativa privada, é saber que novosvalores surgem no país; jovens eminen-tes juristas, plenamente capacitados iràonos propiciar condições de existir umverdadeiro sistema econômico, onde pre-valecerào critérios de eficiência e serie-dade. A falência do empresário do subsí-dio ou do incentivo, da gestão amadoris-tica e oportunista só pode florescer quan-do nos sentirmos amparados pela legali-dade, eficácia e cientes do cumprimentodos princípios que regem nossa Socieda-de. Joáo Luiz Garcia de Souza — Rio deJaneiro.

Ações da ValeNáo será fácil à CVM enquadrar a

Corretora Ney Carvalho sem comprome-ter o Sr Ministro da Fazenda e o BancoCentral. Melhor seria se pudesse deixar ocaso morrer, pelo esquecimento. A im-prensa, contudo, está importuna e aguar-da o seu veredito para atacar. Segundo jáfoi anunciado, a Corretora e a Bolsa poromissão ou conivência, seriam enquadra-das em "Manipulação" e "Práticas nàoequitativas". Ora, tais "tipos" ilícitos fo-ram muito mais realizados pelas autori-dades públicas citadas do que pelos indi-ciados no inquérito administrativo queora se deslinda na CVM. Se nâo vejamos:

Diz a Instrução CVM n° 8, de 8'10/79(publicada no Diário Oficial): "II — Paraos efeitos desta instrução conceitua-secomo: ... b) Manipulação de preço nomercado de valores mobiliários a utiliza-çâo de qualquer processo ou artificiodestinado, direta ou indiretamente, a ele-

var, manter ou baixar a cotação de umvalor mobiliário, induzindo terceiros àsua compra ou venda;... dl Prática nâoequitativa no mercado de valores mobi-liários aquela de que resulte, direta ouindiretamente, efetiva ou potencialmen-te, um tratamento para qualquer daspartes, em negociações com valores mo-biliârios. que a coloque em uma indevidaposição de desequilíbrio ou desigualdadeem face dos demais participantes da ope-raçáo".

Verifica-se, quanto à Alínea "b", que aNey Carvalho náo usou de "qualquerprocesso ou artificio", que para preen-cher a figura ilítica teria que ser insidio-so, com conotação de trama ou fraude.Pelo contrário, vendeu às escancaras,sem subterfúgios as ações de cujas or-dens de venda era mandatária. Ofertoupelo preço autorizado pelo outorgante —o Banco Central. Como mesmo confessao Sr Ministro da Fazenda, o preço mini-mo autorizado foi de Crt 4,50. Para que seconfigurasse a reprovabilidade da "Mani-pulaçáo" seria necessário a existência dedano patrimonial, ou pelo menos tentati-va, aos participantes do "Mercado" e istonão aconteceu. Pelo contrário, todos lu-craram, pois compraram a CrS 4,50 o quevalia Crt 8,00. Se alguém perdeu foi oTesouro Nacional, o povo em última aná-Use, e quanto a isso quem responde sáoas autoridades que se dizem competen-tes para mandar vender. As vendas fo-ram malfeitas por ordens suas.

Quanto ao Item "d", entáo é maisflagrante ainda a irresponsabilidade dosindiciados e, em contrapartida, a respon-sabilidade das autoridades citadas, poisquem ficou em posição de desigualdade,para pior, foi, mais uma vez. o TesouroNacional. Nào é função especifica da Cor-retora zelar pelo Tesouro Nacional, en-quanto entidade pública, mas sim pelacondição de sua preposta na condição deintermediária da operaçáo e, nestas con-diçôes, muito bem cumpriu a sua missão:vendeu a quantidade proposta pelo pre-ço requerido.

A CVM tem de dizer alguma coisa... ecom brevidade, para dar ares de autenti-cidade e de convicção ao seu julgamento.A condenação da Ney Carvalho e daBolsa, no caso, será lamentável. Seráocondenados pela CVM que é Governo,por terem cumprido ordens do Govemo.A CVM está cumprindo ordens de suasuperior direçáo, que é o Ministério daFazenda — réu único e exclusivo em todoo caso. E. de Vasconcellos — Rio deJaneiro

Guerra atômicaA Rússia jamaishá de declararguerra aos Esta-dos Unidos, ou se-ja ao resto do mun-do, por sua própriainiciativa, porqueninguém é táo lou-co a ponto de que-rer, deliberada-mente, destruir afonte das opulen-

tas benesses que recebe do exterior, prin-cipalmente daquele pais. Pode-se suporque a guerra atômica sejam uma açáofulminante, relâmpago, como pensavaHitler com sua blitzkriege o Kaiser Gui-lherme II, em sua fúria para destruirParis. Pelo contrário. Seria guerra maisdemorada das três, penosa, dente pordente, olho por olho, como verdadeiroscanibais, ate o esgotamento total.

No começo deste século, na guerrarusso-japonesa, acabara-se de construir aestrada de ferro transiberiana. Um tremque levava material bélico para as tropasdestinava-se a Mukden e quando chegoulá a guerra tinha acabado. Levara mesesa lutar contra o vento gelado das estepes,táo forte, capaz de retardar a marcha dacomposição. Esse vento glacial faz comque a cidade de Verkoiansky seja o polocrioscópico do globo, isto é, o lugar maisfrio do mundo, cuja temperatura já che-gou a 70° abaixo de zero. £ ate mais friodo que o pólo.

Nem os sábios mais notáveis da Terraserào capazes de dar boas colheitas àRússia. Nào sáo desérticas as estepesmas nào cal neve e aquele frio glacialimpede a mais rudimentar agricultura.Muito diferente é o que se passa noWinnipeg, o principal mercado mundialdo trigo, onde a temperatura anual émulto baixa, mas cai muita neve queprotege o cereal, em sua germinação.

Como se poderá impedir os ventos allslossiberianos? Só se construírem outra mu-ralha da China de grande altura porque omuro da vergonha náo basta. Como po-dera uma naçáo pobre desse jeito empe-nhar-se, sponte sua, em uma guerra con-tra o país mais fértil do mundo? Contraum mundo nimiamente fértil? Raul Ra-bello de Mello — Rio de Janeiro.

Rua esquecidaEm nome dos moradores da Rua Ita-

puá, no bairro Vicente de Carvalho, dirijoapelo às autoridades no sentido de que amandem pavimentar. Afinal todas asruas adjacentes sào de paralelepípedos esomente a nossa é de barro, repleta depedras e buracos. Nos dias de sol é fontede poeira sufocante e nos de chuva ficaaltamente perigosa, pois, além de enla-meada, nào sào vistas as crateras queficam cobertas pelas águas. Ricardo Al-berto Ferreira de Souza — Rio de Ja-neiro.

Inativos do ExércitoProcedimento desumano vem tendo a

Diretoria do Pessoal Civil do Ministériodo Exército para com os servidores apo-sentados beneficiados com a vantagemde que trata o art. 184 da Lei n° 1.711. Amaioria desses velhos funcionários teráessa vantagem restabelecida, pois eladeixou de ser paga com a vigência doPlano de Classificação de Cargos, no meucaso, entretanto, por ser febiano, estouamparado pela Lei n° 6.701/79 e faço jus aesse melhoramento.

Desde o mès de novembro passado,quando recebemos instruções para re-querer o beneficio em questão, (...) náotivemos solução do requerimento quesolicitava revisão dos cálculos de proven-tos, com a incorporação dessa gratifica-çào. Estamos pedindo, humildemente, aintervenção do Sr Ministro do Exércitopara pôr fim nessa falta de atenção paracom esses sofridos servidores, hoje noostracismo da aposentadoria, mas que,pelo serviço prestado em longos anos aoMinistério do Exército, mereciam melhortratamento e um pouco mais de respeito.Ivo Teixeira Soares — Rio de Janeiro.

Retificação

¦xB

Lemos no JB de 25 do mès em transi-to, de que o senador Henrique de LaRocque (PDS-MA) vai para o Tribunal deContas da União, dizendo que o "Sr Hen-rique se prepara, agora, para deixar oSenado, para o qual se elegeu em 1978, noMaranhão". Queremos dizer que o ano desua nomeação, e nâo eleição, foi em 1974,sendo indiretamente nomeado, porque"correu no páreo sozinho", isto porque oex-MDB nào apresentou candidato naocasiào. Precisamos também de deixarde chamar de Ministro o ocupante daSecretaria» de Planejamento, já que éSecretário.

Outra, os cargos em si nâo são nomespróprios e devem ser escritos com letrasminúsculas, como Presidente da Repú-blica, Ministro de Estado, Senador. Go-vemador, Deputado e daí por diante.pois em caso contrário, nào só estaria-mos ferindo a lei gramatical, como teria-mos de escrever médico, dentista, advo-gado, etc. Onofre Nery Monge — Rio deJaneiro,

Erro corrigido

Vimos agradecer ao Sr Ivan RamosReys, que na carta Erro a corrigir (JB,28'5/80), alerta-nos sobre o erro de lingua-gem existente no fac-simile do novo mo-delo da Carteira Nacional de Habilita-çáo. Esclarecemos ao prezado leitor quejá tomamos as providências visando acorreçáo do erro havido e que estamossempre prontos a receber qualquer criti-ca construtiva. Geraldo Luiz Horta deAlvarenga — diretor-geral do Denatran- Brasília (DF).

As cortas seráo selecionadas para publkoeóono lodo ou om parto ontro as quo tiveremassinatura, nomo eomploto o logfvol • endere-{o quo permita confirmação prévia.

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OPINIÃO — 11

ÜM

Jornalista não tem tem-po de redigir diários. Afl-nal de contas o jomal é

publicado todos os dias. Devido àminha formação profissional em re-daçòes, talvez, sou propenso a es-carnecer as notas em que escritorescontam irrelevantes incidentes docotidiano. Por exemplo: "Hoje liuma página de Thibaudet.Percuciente! À noite fui jantar nachurrascaria. Encontrei o Francis-quinho, que náo via há muitotempo.,."

Quando me deparo com llteratu-ra desse tipo, vou adiante. A qual-quer um nào é dado ser Jules Re-nard, cujo Journal é uma delicia deler-se; ou Léautaud, o qual, aliás,náo teria desmerecido suareputação de escritor, se houvessereduzido a um terço os numerososvolumes do seu diário.

O trivial desse tipo servido-nospor certos plumitivos patrícios é,quase sempre, de tal sensaboria,que até irradia o tédio marasmódl-co das vidinhas respectivas. Não hápior forma de servilismo literário doque perpetrar um diário sem ter oque dizer.

Tal gênero de literatura só deveser praticado pelas testemunhasdas grandes épocas que tèm talentopara eternizá-las e, mesmo, paracriá-las; ou por quem é rico emcultura ou, ainda, sabe comover-nos com os sentimentos expressa-dos. As memórias do cardeal deRetz e de Saint-Simon e o diário demadame de Boigne estão no pri-meiro caso; nos demais penso emValery, Julien Green e André Gide.

Mas há um tipo despretensiosode anotações freqüentes que podeser adotado até pelos modestosprofissionais do jornalismo. O mo-delo parece-nos o bloc-notes deFrançois Mauriac que, além degrande escritor, foi redator do jor-nal parisiense Le Figaro. Mauriacnão perde tempo em anotações dogênero "encontrei-me com o Fran-cisquinho", Comenta os aconteci-mentos relevantes.

Não possuindo o talento e a cul-tura, não tendo nada, enfim, queme possa aproximar, ainda que lon-ginquamente, do criador de Therè-se Desqueyroux e de muitos outrosromances, poemas, ensaios e peçasde teatro, sou levado pelo jornalis-mo a redigir também um cadernode notas para utilizá-las em artigos.Os apontamentos não têm a menorpretensão literária. Vão para o pa-pel porque ainda não sei dizer o quepenso ao microfone dos gravadorestransistorizados. A velhice dificul-ta-me a adaptação à neo-técnica.

Dito isto, esperando que o leitornão tema que o flagele com umdiário, submeto-lhe desta vez ai-guns dos meus apontamentos Jor-nalisticos. O motivo para fazê-lo,em vez do artigo habitual, é confes-sável: os acontecimentos da atuali-dade são tantos e tão variados quenão posso a cada um dedicar longoscomentários. Ai vão algumas notasarrumadas sem preocupação cro-nológica.

¦ ¦ ¦Nota A: o Economist de 19 de

abril informa que o número de ja-neiro do Moscow New Time divul-ga nova interpretação da "doutrinaBrezhnev".O tzar soviético proclamaque a URSS tem o direitode usar a força náo apenaspara manter no poder osgovernos comunistas exis-tentes (Hungria, 1956.Tcheco-Eslováquia, 1968).Pode fazê-lo também para"ajudar os comunistas naconquista do poder em lu-gares situados fora dos li-mites estabilizados domundo comunista".

O embaixador soviéti-co na França acaba de vira público reiterar as pala-vras de seu patrão. Ao jus-tificar a agressão russa aoAfeganistão, o Sr StepanChervonenko declarou emParis: "um pais amigo temo pleno direito de escolheros seus aliados e, se fornecessário, o de ser ajuda-do a repelir a ameaça dacontra-revolução e da in-tervenção estrangeira" (Time, 5 demaio).

Tão cruas proclamacões do di-reito de ser imperialista haviamcessado com o fim da diplomaciadas canhoneiras, ocorrido há mui-tas dezenas de anos. Os politicos eas autoridades brasileiras não tugi-ram nem mugiram a respeito. Ocinismo do imperialismo soviéticoainda é pouco para comovê-los.

No entanto, estamos diante darepetição das teses diplomáticas deHitler e Ribbentrop. Onde houves-se um alemão "oprimido" os nazis-tas arrogavam-se o direito de liber-tá-lo. Ao revelar a decisão de ajudarpelas armas os comunistas de qual-quer pais na conquista do poder,Brezhnev estende a todos os conti-nentes o lebensraum — o espaçovital — do comunismo.

Na África ocorreu a primeiraaplicação da doutrina Brezhnev.Angola sofreu a ajuda dos conse-lheiros russos e dos mercenários deFidel Castro. A antiga Abissíniatambém, Idem, idem, quanto a Mo-çambique. A maior parte do territó-rio fronteiro ap nosso litoral atlânti-co presta-se agora à utilização pe-las forças estratégicas soviéticas.

Os opositores locais da ditaduramarxista africana são tidos poragentes do "imperalismo" america-no. Não tèm tempo de pleitear alegalização dos respectivos parti-dos. Os russos os encostam ao pare-dão. A visita dos defensores dè di-reitos humano:, a esses países éimpedida em nome da "autodeter-minaçào dos povos". Os apelos, ain-da que timora .os, em prol da "aber-tura" de tais regimes, sáo repelidoscomo "indébita intevenção estran-geira em assuntos de politica in-terna".

Caderno de notasOtávio Tirso de Andrade

O quadro do Oriente Médio temas tintas dos cenários de pré-guerra. O Golfo Pérsico, o Irá, aArábia Saudita estão ao alcanceimediato do Exército Vermelho. Apartir das bases afegãs os aviõesrussos consumirão 40 minutos paravoar sobre o estreito de Ormuz. Asmaiores jazidas petrolíferas conhe-cidas no mundo têm um semicírcu-lo em torno delas formado pelosexércitos de Moscou.

O Express do dia 10 de maioIndica-nos uma das causas do vio-lento surto expanslonlsta dos so-viétlcos. No ano de 1984, em quatroanos, portanto, a Uniáo Soviéticanão terá mais petróleo para abaste-cer-se e aos seus satélites. Os estra-tegistas soviéticos preparam-se pa-ra a enventualidade.

A ofensiva de paz desencadeadapor Brehznev, que recebeu a cola-boraçâo do Presidente Giscard, em-bora com as melhores Intenções,visa precisamente dar tempo aosrussos para reorganizarem suas for-ças com vistas a um novo ataque.

O professor Brezinski, colabora-dor de Carter, é de parecer que oTerceiro Mundo será o local ondetentará espraiar-se a próxima ondado expansionismo imperialista so-viético. O atual clima político daEuropa lembra muito os tempos doapós-Munique. Raymond Aron re-sumiu o recôndito sentimento doseuropeus de forma lapidar: "Os go-vemos, os partidos da Europa que-rem reservar a si mesmos o mono-pólio da détente e impor aos norte-americanos o encargo da dissua-sáo." (L. Express, 26 de abril)

Nota B: O Sr Miguel Arraes ado-ta uma postura de low-profile naatual cena politica nacional. Náoperde tempo nas conversas comfalsos líderes transitórios e oportu-nistas. O que importa ao ex-Governador de Pernambuco é con-quistar uma base territorial, firme,no Nordeste, o lado de cá do Atlân-tico mais próximo dos africanos.Quem sabe náo estará ali a áreapara a futura aplicação da doutrinaBrezhnev na América do Sul?

O velho partidão de Prestes eGiocondo vai sendo reduzido às di-mensões da mantilha vermelhadestinada apenas a agitar o touroda reação. A lâmina da espada quea capa esconde será o Sr MiguelArraes. O Sr Jânio Quadros, a cujacabeça todas as idéias estapafúr-dias acometem, anda a supor quepoderá tomar-se o cabo da arma.As suas manifestações blandiciosasendereçadas ao Presidente da Re-pública e as respeitosas referênciasque proferiu sobre o General Golbe-ry sáo a sua própria versão de dé-tente.

Arraes ao Norte e Jânio ao Sulpoderiam constituir grave risco pa-ra a segurança pública. Uso o verbono condicional porque tudo quantodiz respeito ao ex-Presidente Qua-dros tem irresistível conotação deridículo. (Ah! É verdade! Lembro-me que Mussolini e Hitler tambémtinham)

¦ ¦ ¦

Nota C: Solzhjenitzyn tem razão:"Náo há socorro na ilusão de que

A recente publicação do balançoda Cobec oferece-lhe boa oportuni-dade agora para "começar a metera mão na massa". Em verdade esta-mos náo apenas diante de um es-càndalo. O que se nos depara é umaconfissão de falência.

Vejamos alguns números. Acompanhia tem o capital subscritoe integralizado de 807 milhões e 606mil cruzeiros. Adiclonando-se aocapital as reservas e os "lucros acu-mulados" (que lucros, meu Deus?)chega-se ao total de 1 bilhão 420milhões e 447 mil cruzeiros. Até ai,"tudo bem", como está na modadizer-se. Prossigamos: a páginasdois do relatório publicado a 25 deabril, a Cobec confessa que as suassubsidiárias no exterior já perde-ram, jogaram fora, dissiparam 62milhões de dólares! Mais de 3 bi-lhões e 100 milhões de cruzeiros!(Pecavi, miserere mel, Deus!). Ocircunlóquio euíemlstico que o re-dator do relatório encontrou paraadmitir as perdas duas vezes supe-riores ao capital e reservas da com-panhia é uma autêntica delícia: "Asoperações no exterior—sussurra aCobec em tipo miudinho — gera-ram ao longo dos anos, resultadosnegativos da ordem de US$ 62 mi-lhões". Nunca o ato de gerar foi táomerecedor de um bom aborto quan-to em uma operação desse tipo!Mas não é só. Além de admitir quedeu com as ventas no chão, nosnegócios em que se meteu no exte-rior, declara-se a Cobec onerada emdívidas literalmente monstruosas.O total de "papagaios" que tem emvóo nas praças do exterior eleva-se,apenasmente (como diria a Co-bec.) à aterradora cifra de 150 mi-lhôes de dólares, em 31 de dezem-bro de 1979!

Eis em que deu a presunção dosestatocratas que se foram meter emseara alheia, "para melhorar a re-ceita cambial do país". Estão a de-ver em boas divisas estrangeirasalgo em tomo de 7 bilhões e 500milhões de cruzeiros e jã dilapida-ram 3 bilhões e 100 milhões denossa pobre moeda. Soma: 10 bi-lhões e 600 milhões de cruzeiros!

Note-se que a Cobec é uma com-panhia de armazenagem e interme-diaçáo. Nào produz um quilo defeijão nem fabrica um pé de meia. Aessa altura dos acontecimentostem-se que perguntar ao Presidenteda República: com a Petrobras deum lado, a Cobec no outro, e aNuclebrás a alugar salas desneces-sárias na base de um milhão e tantopor andar, e as demais empresas doGoverno a prosseguirem impávi-das, a- dilapidar os recursos produ-zidos pelos que ainda trabalham,que autoridade moral tem o Gover-no para impor a contenção de sala-rios aos operários, restringir créditopara a indústria, a lavoura e a pe-cuária, quando, ainda por cima,chafurda em Brasilia nas rastaque-ras mordomias peculiares aossheiks do petróleo? Ou quando sómanifesta sinal de vida para abas-tecer de ações boas e baratas daVale do Rio Doce (a Cr$ 5) os espe-culadores que, pouco após adquiri-las de súbito, já as podem revendercom mais de 100% de lucro?

Atentemos também para cir-

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certos países são imunes ao comu-nismo. Qualquer país que é livreagora pode amanhã ser prostrado ereduzido à completa submissão".Ou quando afirma: "O comunismoé mais forte e mais durável do que onazismo".

¦ ¦ ¦

Nota "D": O Govemo vê-se obri-gado a imprimir dinheiro por causados problemas financeiros da Pe-trobrás. Nâo apenas a alta, em cru-zeiros, do custo do petróleo pagoem dólares, contribuiu para a crisena Tesouraria da empresa. Há tam-bém as despesas de custeio, as defolha de pagamentos, dos progra-mas de diversificação e da prolifera-ção de subsidiárias, observa o JBem editorial (8 de maio): Náo é deadmirar que o Ministro Delfim Netotenha dificuldade em estancar ainflação. Os "capitalistas" com di-nheiro do Estado, isto é, do meu, doteu, do nosso dinheiro, sempre con-fundiram crescimento com desen-volvimento. O estatismo tomou-sepor isso obeso e entope com a suaenxúndia a circulação da economiamia do país. O Presidente da Repú-blica manifesta-se com freqüência,em favor da iniciativa particular.Mas as palavras do Presidente ovento leva e as companhias estataisficam Ainda ao tempo em que era"candidato" o Sr João Figueiredoanunciou a intenção de fechar algu-mas empresas públicas. Não teveforça para cumprir a promessa,pois, se tivesse, a teria cumprido. ÒPresidente da República nâo é ummentiroso, a sua palavra merececrédito.

cunstância, altamente expressiva,do relatório da Cobec náo haversuscitado um único e tlmorato co-mentário por parte dos desatentossenhores congressistas. O SenadorTancredo Neves, tâo lúcido antesda abertura,.fbi_acometidodenúco--se demagógica. O PP, partido denutridos banqueiros, entre os quaisse incluem, inclusive, grandes acio-nistas da Cobec, não tugiu nemmugiu. Ficou de rabo entre as per-nas, a abaná-lo com grande prudên-cia, a ver se tem meios de aboca-nhar alguma pelanca que escorre-gue do cepo do açougueiro!

Pobre país! O combate à infla-çào está reduzido ao espetáculo domacerado Sr Carlos Viacava cor-rendo atrás dos preços!

Tem mais, ainda: ao mesmotempo que náo suscitou criticas porparte da oposiçáo, o relatório daCobec mereceu elogios oficiais. Istomesmo, leitor, não suponha que en-louqueci, elogios. Leio no JB do dia18 de maio que, ao tomar conheci-mento dos números apavorantes, oacionista principal, o Banco doBrasil, "propôs um voto de louvor àdiretoria executiva"! Nunca tinhavisto, em meus 60 e alguns anos devida, um Banco perder tanto di-nheiro, sofrer a ameaça de perdermuito mais ainda e aplaudir a em-presa que lhe causou os prejuízos!

Os portadores das notas promis-sórias vencidas, quando se depara-rem, agora, com as ações executi-vas do Banco do Brasil, acho quetêm o direito de recorrer aos présti-mos profissionais dos advogados daAnistia Internacional. A nào serque optem, para defender-se, pelaalternativa de invocar os dispositi-vos da lei de proteção aos animais.

r Os testes olímpicos da KGB

HA pouco mais de três anos,

descrevi neste jomal uma es-pécle de encontro com Vladi-

mir Borisov. Encontrava-me do ladode fora do 8° Departamento do 3°Hospital Mental Civil de Lenlngrado.Borisov estava lá dentro: o rosto najanela, como dizia o título da matéria.Ele fora preso no dia de Natal.

Algum tempo depois da publicaçãodo artigo, Borisov foi solto. Hoje noentanto, ele está de novo atrás damesma janela.

Borisov é um entre dezenas dosmelhores e mais corajosos do movi-mento dissidente a ser preso no queconstitui a pior repressão desde que osdissidentes começaram a se organizarna União Soviética há 15 anos. Cente-nas tiveram suas casas revistadas. Mi-lhares foram Interrogados. Ninguémna URSS vem-se preparando tão ati-vãmente para os 22° Jogos Olímpicosquanto a KGB.

E Impossível dlsassociar as Olim-piadas do que está acontecendo. Elasafloram no fluxo de noticias clandesti-nas que chegam ao Ocidente, notada-mente na publicação Samizdat deatualidades posta em circulação pelaAnistia Internacional e em um boletimpublicado em Bruxelas por Oronid Lu-barsky.

Para dar um exemplo, a 29 de feve-reiro, o seguinte aviso apareceu naporta do escritório de vistos do Distri-to de Gagarin, em Moscou: "De 19 dejunho a 3 de setembro de 1980, aspessoas portadoras de convites do ex-terior estão proibidas de viver em Mos-cou e seus arredores, Minsk, Leningra-do, Kiev e Tallinn".

Os Jogos Olímpicos deverão ocor-rer nas cidades relacionadas, de 19 dejulho a 3 de agosto. Então', sáo essas asOlimpíadas sobre as quais lemos, asque estão acima da política.

E talvez sejam, mas o dominio daKGB dentro do mundo cotidiano derestrições às liberdades comuns, com

seu método de intimidação e assassi-nato, é um sistema político no mesmosentido em que se poderia dizer queCícero, Ulinols, em 1930, seria um sis-tema político se Al Capone proclamas-se que tinha tirado tudo aquilo de umgrande livro.

Repito a famosa pergunta feita porLênin em alguma parte. Que fazer?Há uma verdade desagradável difi-

cil de dizer a um corredor, cavaleiro ounadador que passou os últimos quatroanos treinando e sonhando com umamedalha de ouro em Moscou, mas averdade desagradável é que este bura-co foi cavado quando Moscou foi esco-lhida e cair nele agora náo tomarábom um terrível erro e, na verdade, eutambém teria preferido que esse con-selho náo viesse de alguém que perdeo fôlego chutando uma bola de plásti-co em seu jardim.

Os gritos se elevam, tenho-osescutado no rádio, nas seções de car-tas de leitores, ecoando através daspesquisas de opinião. Por que nós? Epor que eles?

Por que, em resumo, devem os atle-tas desistir se o intercâmbio cultural,científico e comercial continua? E porque particularmente a URSS se osdireitos humanos sáo negados nosmais variados graus em todo omundo?

Em primeiro lugar, as Olimpíadassão um caso único. Os altos e baixosde companhias de bale visitantes eseminários de Biologia e acordos co-merciais mal quebram a superfície emuma sociedade onde o controle sobreas informações aspira ao absoluto eonde a realidade pode ser reescrita. AsOlimpíadas sáo simplesmente grandesdemais para serem silenciadas. (O quepode ser reescrito, ignorado e mantidofora das câmaras é toda a mistificaçãode alivio de consciência de saudaçõesde punhos fechados e simbolismo dedesfraldar de bandeiras preparados

Tom Stoppardpelos apologistas das Olimpíadas deMoscou.)

Em segundo lugar, a União Soviéti-ca é também sui generis, o sistema desubsistência e manancial de respeita-bilidade filosófica para cada regime"socialista" violento que considerasua autoperpetuação tão essencial pa-ra o bem-estar de seu povo que náopode expô-lo ao risco de um partido deoposição ou mesmo um poema de opo-

Os jogos oferecem ao Ocidente umaoportunidade única, e o regime sovié-tico sabe disso. As orquestras sinfóni-cas que façam seus gestos, as confe-rèncias internacionais de psiquiatrasque apresentem suas resoluções. Istovai e vem. Mas agora trata-se dasOlimpíadas. Todo mundo conheceaqueles cinco anéis. Eles podem fazercom que qualquer diferença ideológicapareça meramente relativa.

Temos a oportunidade de fazer sa-ber ao império soviético que, ao con-trário das aparências, há algo que náoiremos partilhar com os salvadores daEuropa Oriental e do Afeganistão, pa-ra não mencionar a Grande Rússia;que a moralidade ainda existe nesteplaneta, isto para todos os intercâm-bios culturais e científicos.

E para todas as sutilezas de "esfe-ras de influência" e "assuntos inter-nos", existe ainda uma maneira decen-te e uma indecente de governar ospovos, que a diferença não é relativamas absoluta e que quando a URSS eseus clientes tiverem tido seus jogos eque as bandeiras tenham sido retira-das e as medalhas colocadas nas pra-teleiras e as prateleiras tenham viradopó, a diferença ainda existirá e teráimportância; temos esta oportunidadee, com a ajuda de Deus, Iremos de-sistir.

Tom Stoppard é dramaturgo bfMnico. Ett» artigo foipublicado om 6 d* abril polo Sunday Times, do Londrat.

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EBSOQUE EUACHO.

O diálogo continua e a Telerj faz questãode ouvir a sua voz.Dia 19 de junho, você vai poder dizer o quepensa, fazer sugestões, enfim, falar outra

vez diretamente com o Presidente daTelerj. E como teremos apenas 80 luga-res, é preciso que você garanta sua pre-sença através do telefone 233-1002.Compareça ao Encontro com o Presi-

dente. Venha dizer o quevocê acha e ouvir o que mm\ t_m ah ¦a Telerj tem a dizer. \J IwwHJDiálogo é isso: lá e cá. trabalhando como nunca

SR. PRESIDENTE l

o

12 - INTERNACIONAL JORNAL DO BRASIL D segundo-feiro, 2/6/80 ? 1" Coderno

General boliviano quer"segurança integral"La Paz — Em nova investida

na seara política, o Comanda»-té do Exército boliviano, Gene-ral Luís Garcia Meza, defendeua aplicação no país de um mo-delo político pelo qual as For-ças Armadas "conduziriam oprocesso de reconstrução na-

.cional". Segundo ele, tal mode-lo seria embasado por uma"doutrina de segurança nacio-nal integral".

O General Garcia Meza man-tém nas últimas semanas umapolêmica — envolvendo líderespolíticos e dirigentes sindicais

que, segundo observadores,pode ameaçar a realização deeleições presidenciais, marca-das para junho. Enquanto suasidéias são publicadas por jor-nais como El Diário, de orienta-ção direitista, ele prossegue efe-tuando visitas a guarnições ml-.litares importantes no interior.

. Defensor da adoção, na Bolí-via, de uma "democracia inédi-ta", o General explicou commais detalhes, na edição de on-

tem de El Diário, sua visão doprocesso politico. Para ele, asegurança nacional "integral"

constitui "um modelo altematl-vo frente à democracia burgue-sa e à chamada democracia po-pular"."Conceltualmente", prosse-guiu, "a segurança nacional in-tegral é o grau relativo de ga-rantia que um Estado pode pro-porcionar à nação sob sua juris-dição. Ê uma teoria cientifico-social própria para os paísesatrasados. As Forças Armadaspodem protagonizar uma re-construção nacional no contex-to de modificações substanciaisda estrutura".

Garcia Meza, no mesmo diaem que as Forças Armadas bo-livianas se declararam em regi-me de prontidão, disse, quarta-feira passada, que nas próxi-mas eleições não deveriam con-correr os lideres políticos daatualidade, para dar lugar a"novos valores", A observaçãofoi interpretada como virtualveto de parte do Exército àscandidaturas dos ex-Presidentes Hernán Siles Zua-zo (esquerda democrática) eVictor Paz Estenssoro (direitaliberal) ao pleito de junho.

ONU pede pela NamíbiaArgel — Uma reunião urgente

do Conselho de Segurança dasNações Unidas para decretar"sanções globais e obrigató-rias" contra a Africa do Sul, porsua negativa em evacuar a Na-mlbia, foi pedida ontem, em Ar-gel, pelo Conselho das Naçõesunidas sobre a Namíbia. Ape-lou à comunidade internado-nal para que intensifique seusesforços para "isolar total e efe-tivamente a Africa do Sul."

Condenou firmemente "asatividades dos interesses es-trangeiros na Namíbia que, co-laborando com o regime racistade Pretória, desenvolvem o me-canismo de exploração desteterritório e contribuem paraperpetuar a opressão de seu po-vo." Acusou as autoridades sul-africanas de quererem criar,com "um acordo interno, estru-turas administrativas controla-das por fantoches neo-colonialistas."

Turcos são mortos no IraqueAncara—O Gabinete da Tur-

quia fez ontem à noite umareunião de emergência motiva-da por uma incidente na fron-teira com o Iraque, no qualmorreram 12 turcos que ha-viam invadido território ira-quiano. O incidente ocorreupróximo "aldeia de Cukurca, aSudeste da Província de Hak-kari.

Ao término da reunião, o Ga-binete divulgou uma declara-ção advertindo que adotará to-das as medidas necessárias as-sim que a situação ficar melhoresclarecida; informou-se-que osturcos mortos poderiam estarenvolvidos em atividades decontrabando.

Onganía quer Governo civilCórdoba — Uma inesperada

defesa do retorno dos civis aoPoder foi feita pelo ex-Presidente da Argentina, Gene-ral Juan Carlos Onganía, du-rante conferência a empresa-rios de Córdoba. Onganía, mili-tar de idéias conservadoras eaté direitistas, declarou que "ainserção dos militares no pro-cesso de institucionalização do" país deve levar em conta que oPoder militar é o mais diferen-ciado de todos os poderes, cujanatureza surge do domínio deuma técnica que, se bem funda-da, é uma filosofia humanitária,mas tem como característicaprincipal a força".

Onganía liderou o golpe de 28de junho de 1966, que depôs oPresidente constitucional Artu-ro Illia. Durante sua gestão, elefoi acusado de pôr em práticaplanos corporativistas e de hos-tilidade aos Partidos políticos,até que, em junho de 1970, foiderrubado por seus próprioscompanheiros de farda.

Sua crítica tem como alvodireto a proposta de que asForças Armadas perpetuemsua participação de condutorado processo político mesmonum futuro democrático. Eledisse aos empresários de Cór-doba que "as sucessivas inter-venções do Poder militar nãodevem levar-nos ao erro de pen-sar que chegou a hora de modi-ficar suas relações com o Podercivil"."É necessário que a Íntegra-çâo do Poder militar aos de-mais poderes se faça respeitan-do tais características funda-mentais, o que significa que oPoder militar deve continuarsubordinado aos outros po-deres."

As declarações do GeneralOnganía foram feitas num mo-mento em que o líder da JuntaMilitar, Presidente Jorge Vide-Ia, inicia viagem à China. On-tem, Videla fez pernoite em Nai-róbi, Capital do Quênia, e hojechegará a Pequim.

México confirma massacreYajalon, México — o Gover-

no do Estado de Chiapas, noMéxico, confirmou ontem um"massacre cometido na madru-• gada de sábado por fazendeirosda região e que causou pelo: menos 46 mortes de campone-' ses ligados à União Nacionaldos Trabalhadores Agrícolas,de predomínio trotsquista.

A matança ocorreu na fazen-da Bolanchan, perto de Yaja-lon, em Chiapas, e foi organiza-da, segundo denúncias, por fa-zendeiros que tiveram suas ter-ras ocupadas pelos campone-

- ses. A situação ameaça piorar,••¦'¦ pois prevê-se a chegada de 5 mil/ trabalhadores agrícolas, com' vistas a realizar um ato maciço

para exigir a posse das terras. Aregião está fortemente patru-lhada por efetivos policiais emilitares.

O General conhecido pelo so-': brenome de Rlviello, coman-dante da 39a Região Militar, eum procurador de Justiça do

Estado, acompanhados pelodelegado do Ministério da Re-forma Agrária, encontram-sena fazenda Bolanchan, tentan-do mediar o conflito entre pro-prietarios e camponeses.

O dirigente nacional do Parti-do Socialista dos Trabalhado-res (PST), do qual eram afilia-dos alguns dos trabalhadoresassassinados, reuniu-se ontemcom o Governador de Chiapas,Rafael Talamantes, para ex-pressar repúdio pela matança eexigir investigações.

Moradores da região garanti-ram que centenas de trabalha-dores estão-se reunindo nasmontanhas de Chiapas, arma-dos de pistolas e machados,preparando a tomada da fazen-da Bolanchan para vingar os 46mortos. Membros do PST jáocuparam o povoado vizinho deChancoel, instalando barrica-das para impedir o ingresso deautoridades.

Povo foge de ilha rebeldeVila — Dezenas de embarca-

çòes iniciaram ontem a retiradade habitantes da ilha do Espiri-to Santo, que desde quarta-feira passada está sob o contro-le de separatistas, descontentescom a próxima emancipaçãopolitica do arquipélago de No-

.vas Hébridas, na Oceania. En-tre os resgatados, alguns foramferidos durante os choques comos homens liderados pelo fazen-deiro Jimmy Stevens.

O administrador colonial deNovas Hébridas, Walter Lini,disse estar confiante que o gol-pe dos separatistas não impedi-rá a independência do arquipé-lago, sob a dupla colonizaçãoda França e Grá-Bretanha. Em-bora convidados a intervir, es-ses dois paises náo deverão to-mar iniciativas contra os sepa-• ratistas, afirmava-se ontem.

Stevens, que temia perdersuas propriedades quando No-vas Hébridas se tornar indepen-dente, no próximo dia 30 dejunho, quando passará a se cha-mar Vanuaaka, deu o golpeapoiado por uma fundação nor-te-americana — Phoenix (Fê-nix) — que pretende estabele-cer na ilha do Espírito Santouma zona franca.

A 80 km a Oeste das ilhas Fiji,Espirito Santo chegou a ser amaior base norte-americana noPacífico em certa etapa da Se-gunda Guerra Mundial. Porta-vozes da Fundação Phoenix,John Hospers, da Universidadeda Califórnia do Sul, e MichaelOliver, de Nevada, descreveramEspirito Santo como "o lugarideal para uma sociedadelivre".

Imprensa adverte sul-africanosJohannesburg — Jornais sul-

africanos alertam o Governosobre o perigo da greve dosestudantes mulatos, negros ede origem indiana transformar-se num conflito racial pior doque a tragédia ocorrida em1976, na cidade-satélite deJohannesburg, Soweto. O Sun-day Times afirmou em editorialque o Governo está agindo de-sastraáamente ao prender emmassa os dirigentes estudantis."A náo ser que a atmosferaesfrie, existe uma grande possi-bilidade de que os jovens não-brancos recomecem a morrernas ruas, possivelmente em nú-mero maior do que os distur-bios de Soweto. Nào ha dúvi-das: estamos à beira da catas-trofe", sentenciou o SundayTimes.

A greve, iniciada há seis se-manas, é liderada por estudan-

tes mulatos, descontentes coma politica educacional baseadana segregação racial, e que per-mite ao Governo conceder boi-sas-de-estudo no valor aproxi-mado de Cr$ 50 mil aos bran-cos, aproximadamente CrS 15mil aos mulatos e indianos eCrS 5 mil aos negros.

Em Copenhague, o diário Po-litiken denunciou ontem quenavios dinamarqueses partici-param durante longos anos deuma rede de tráfico internacio-nal de armas para a Africa doSul, contrariando o boicote mi-litar imposto a este país, desde1977, pela ONU. Segundo infor-maçóes, um vendedor de armasda Alemanha Ocidental, PeterOscar Miüack — conhecido porabastecer o arsenal dos guerri-lheiros irlandeses do IRA — erao responsável por essa ope-raçáo.

Comunistas decidem hoje sortedo Primeiro-Ministro da Itália

Roma—A direção do PartidoComunista Italiano decidiráhoje se vai iniciar uma campa-nha no Parlamento para reuniras 318 assinaturas necessárias àreabertura do caso Donat Cat-tin, o que poderá culminar coma renúncia do Primeiro-Ministro Francesco Cossiga,acusado por um terrorista arre-pendido, que passou a infor-mante da policia, de ter ajuda-do Marco Dona Cattin, filho doex-vice-secretário da Democra-cia-Cristã, a livrar-se das perse-guições policiais.

Ontem, os meios políticos sesurpreenderam com a atitudedo Secretário-Geral do peque-no Partido Social Democrático,Pietro Longo, ao exigir pela pri-meira vez a renúncia do Primei-ro-Ministro. Na Comissão Par-lamentar de Inquérito, o únicosocial-democrático presentevotou com os democratas-cristãos pelo arquivamento docaso Donat Cattin.

CONSCIÊNCIA

O Secretário-Geral social-democrata explicou que o votodado por seu Partido na Comis-sâo fora "ditado pela conscièn-cia", por nâo considerar justa atentativa de incriminar Cossigapor motivos políticos, ou seja,por achar que está havendo ex-ploração eleitoral do caso. Oque impediu que, ontem, oPSDI se pronunciasse pela re-núncia de Cossiga.

Embora o PCI votasse na Co-missáo de Inquérito contra oarquivamento do caso, só hojeos comunistas resolverão sevão levá-lo até o final, o queimplicará, certamente, a quedade Cossiga, aliás primo distantedo Secretário-Geral do PartidoComunista Italiano, EnricoBerlinguer.

II Popolo, o tradicional diáriodemocrata-cristào, acusou on-tem os comunistas de "abando-narem toda a cautela", decidin-do-se a explorar a fundo a "me-mória do terrorista arrependi-do", escolhendo a verdade nãocom base em argumentaçõessérias, mas seguindo um crité-rio de interesses facciosos, paratrasladar o episódio da área po-litica e colocá-lo no terreno elei-toral".

L' Unitá, órgão do PCI, defen-de, por sua vez, a necessidadede "esclarecer totalmente os fa-tos desse caso grave e alarman-te, cujas dúvidas não foram dis-solvidas pela Comissão Parla-mentar de Inquérito e que sereferem ao comportamento deum Chefe de Governo".

Há que ressaltar a posiçãodura do Partido Comunistasempre manifestada em caso deterrorismo. Se os comunistasde Enrico Berlinguer, que háanos perseguem um compro-misso que lhes permita dividiro Poder com outros Partidosque aceitam as regras democra-ticas na Itália, e sempre viram aaspiração rejeitada pela Demo-cracia-Cristá, se decidiram areabrir o caso e antecipar aqueda de Cossiga, o farão combase em sua politica claramen-te contrária ao terrorismo.

"Le Monde" elegeClaude Julien

Paris — O jornalista ClaudeJulien, de 55 anos, foi eleito com62% dos votos dos membros daSociedade de Redatores do LeMonde — o mais importantejornal do mundo — para suce-der o atual diretor, JacquesFauvet, que deixará o cargo em1982. Atualmente editor domensário Le Monde Diplomati-que (circulação: 80 mil exem-plares), Julien foi editor inter-nacional do Le Monde, que temtiragem de 550 mil exemplares.

Fundado em 1944 por HerbertBeuve-Méry, que nomeou Fau-vet seu sucessor em 1969, LeMonde teve pela primeira vezeleição para o cargo de diretor,mas a votação de ontem foi osétimo escrutínio realizado des-de fevereiro. Em segundo lugarficou Alain Jacob, com 34,57%dos votos. Le Monde tem impor-táncia fundamental na vida po-litica francesa—costuma-se di-ser que o vespertino é lido portodos os que estáo no Governoe por todos os que pretendem láchegar.

"Quem trata de pensar e deescrever náo tem outro remédioa não ser revelar tudo quanto oPoder procura ocultar", afir-mou Julien num recente artigo,em que expõe sua maneira dever a função social dojornalis-ta. "As verdades do Poder, doEstado, dos Partidos, do di-nheiro. daqueles que orientame decidem, nào podem ser as dojornalista", ele destacou.

Conhecedor dos problemasda empresa que dirigirá a par-tir de 1982, Julien era acusadopor seus opositores dentro dojornal de autoritarismo, porém,aqueles que votaram nele oconsideram possuidor de umaforte personalidade", capaz defazer frente aos problemas deLe Monde, com relação o seuscompetidores parisienses.

Pelos estatutos da Sociedadede Redatores, co-proprietáriado jornal, o diretor tem de sereleito com mais de 60% dosvotos, o que vinha dificultandoa escolha. Comiderado inicial-mente como náo concorrente àseleições, Julien defendeu a mo-dernizaçáo do jornal e de suaspublicações periódicas, em suacampanha.

Depois de ter se especializadona Universidade de Notre Da-me em Indiana, Estados Uni-dos, foi chefe de redação darevista La Vie Catholique Ilus-trée, na França, em 1949, e ocu-pou o mesmo cargo num jornalda Argélia, em 1950. Entrou pa-ra Le Monde em 1951, cornoredator, e passou a sub-editorinternacional em 1959. sendopromovido á editor, em 1969.Em 1973, passou a editor de LeMonde Diplomatique. Ê autorde vários livros, entre eles. es-tudos sobre a Revolução Cuba-na, o Canadá e os Estados Uni-dos. Também fez traduções denegro spirituals.

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Ramalho Eanes Sá Carneiro

Golpe ameaça de novo Portugal

Lisboa — Portugal volta a viver a ex-pectativa de um golpe de Estado. Quem seencarregaria de interromper o curso demo-crático iniciado em 25 de abril de 74?, é apergunta sem resposta. A direita acusa a,esquerda de tentar repetir as ações de 74 e75 com o que chama de "assalto ao Poder",a esquerda condena a direita por "conspi-rar" contra a legalidade constitucional.

A bipolarização acentua a crise políticaportuguesa antes das eleições gerais deoutubro e das presidenciais de dezembro.As relações entre o Presidente Eanes e oPrimeiro-Ministro Sá Carneiro são criti-cas. O Conselho da Revolução bloqueia oGoverno, enquanto o Govemo nega-se aindicar um Ministro de estado para acom-panhar o Chefe do Estado à Noruega, cujavisita começa amanhã.

Comunicado

O Partido Social Democrata, o maiorcom assento no Parlamento e cabeça dacoligação de centro-direita no Poder, emi-tiu comunicado em que aponta o Presiden-te da República e o Conselho da Revolu-çâo como "responsáveis pela escalada de-sestabilizadora" e denuncia um "clima deinstabilidade sócio-trabalhista provocadopelo Partido Comunista Portijguès, tendoem vista uma hipotética derrubada do VIGoverno constitucional".

O PSD diz que existe um "gradualclima de insegurança que a Oposição, des-de o Presidente da República até o PartidoComunista Português, aposta como únicoprocesso de aniquilar a vontade majoritá-ria do povo que quer e ainda acredita nademocracia". Por sua vez, os reformadoresque ameaçavam desligar-se da AliançaDemocrática voltaram atrás e manifes-tam, em declaração, fidelidade ao acordocom o PSD para apoio ao Gabinete SáCarneiro.

Juarez BahiaCorrespondente

país para a greve geral de protesto contrao Governo e advertência à sua política de"constante agressões aos direitos dos ope-rários", segundo a liderança da CGT. Essemovimento coroa um período de cincomeses, desde a posse de Sá Carneiro, degreves reivindicatórias e políticas que adireita classifica de "ação desestabilizado-ra" e que a esquerda admite fazer parte deuma "ação de massas" para obrigar oGoverno a renunciar.

Diante desse clima, as Forças Armadasnão se pronunciam, não porque conside-ram a bipolarização conseqüência do jogodemocrático, mas sobretudo porque estãodivididas entre as candidaturas (provável)do General Eanes e (já lançada) do Gene-ral Soares Carneiro. Eanes, no momento,aglutina o Partido Socialista e as promes-sas de apoio dos sindicatos e do PartidoComunista Português. Soares Carneiro é ocandidato anti-Eanes. apresentado pelaAliança Democrática de centro-direita.

Greve geralA Confederação Geral dosJTrabalhado-

res (CGT) mobiliza os sindicatos èmTõdõ o"

Pesadelo

Seis anos depois da revolução de abril,a sociedade portuguesa se inquieta com ahipótese de golpe, seja de direita ou deesquerda. Ontem, na homília do Dia Dio-cesano, o Cardeal-Patriarca de Lisboa ape-lou ao bom senso e ao patriotismo doshomens públicos para superar a presentecrise. Os portugueses recordam o pesadelodos meses pós-revolucionários até novem-bro de 75, as quais grupos minoritáriostentaram se apoderar do Governo. Lem-bram também que posteriormente a direi-ta tentou o mesmo.

Em novembro de 75, Eanes e outrosoficiais deram um golpe que restituiu ocurso democrático da revolução de abril.Atualmente, o Partido Comunista portu-gués jura fidelidade à Constituição e acusaa direita de apelar para a Ilegalidade.

O Governo nâo é popular e teme chegaràs eleições gerais de outubro sem resulta-dos concretos em face do seu obstinado ecada vez mais frustrado propósito de mu--darPortugal.

Londres investiga brutalidade

Londres — Embora isento por um tribu-nal, após cinco semanas de investigações,de responsabilidade direta pela morte deBlair Peach, o professor que morreu apósser golpeado na cabeça durante manifesta-ções de rua em abril do ano passado, asatribulações do Grupo de Patrulha Espe-ciai (SPG) da Scoltland Yard nào termina-ram.

Micheal Meacher, membro trabalhistado Parlamento e ex-ministro de segundoescalão do Governo de Harold Wilson, estápressionando para que a Câmara dos Co-muns inicie um debate sobre suas ativi-dades.

Mártir da esquerda

O papel do SPG no controle de distur-bios se tornou controvertido como resulta-do de uma intensa campanha da esquerdarevolucionária para reduzir os poderes doschefes de polícia em geral e particularmen-te do Grupo de Patrulha Especial. A prin-cípio, a campanha se centrou nas mortesde homens sob custódia policial. Houvevárias delas, e quando um trabalhadorbèbedo chamado George Kelly morreu nu-ma prisão de Maschester devido a ferimen-tos causados pela polícia em seus esforçospara dominá-lo e prendê-lo, as alegaçõesde brutalidade policial ganharam força.

Foi contra este pano de fundo qúe oincidente envolvendo Blair Peach adqui-riu dimensões críticas, tendo a vitima setornado um mártir para os que se opóem àaçáo policial. Agora, corre o risco de setornar um tópico político.

Blair Peach era um-professor da ZonaRural de Nova Zelândia que veio trabalharem Londres. Fazendo da participação demanifestações de protesto uma espécie depassatempo de final de semana, ele seachava presente no dia 23 de abril de 1979quando os membros de uma manifestaçãoorganizada pela Frente Nacional Neona-zista nas ruas de Southwall foi atacada porintegrantes de um grupo contrário, a LigaAntinazista.

Southwall. um subúrbio de Londres,tem uma grande populaçào asiática. AFrente Nacional, que vem fazendo campa-nha para a repatriaçáo de imigrantes decor. selecionou-o para local da passeata,sabendo que isso seria altamente provoca-tivo. Os habitantes de Southwall foramfacilmente incitados pelos militantes daLiga Antinazista e se envolveram numgrande tumulto. Quando a policia perce-beu que a situação estava fugindo ao con-trole, pediu ajuda urgente pelo rádio aoSPG, procurando evitar perdas de vidasnum feio incidente racial.

Morte acidental

O SPG entrou em ação com a mesmarapidez e eficiência que o comando SASque invadiu a Embaixada iraniana ha ai-gumas semanas para libertar os reféns.Quando a calma voltou ãs mas. contavam-se algumas baixas entre a policia e osmanifestantes. Entre elas. Blair Peach.que morreu horas mais tarde num hospitaldevido a uma fratura craniana. A autópsiarevelou que o revestimento ósseo de seucrânio era excepcionalmente fino e que o

Carter renova críticas aAnderson mas Kennedy louvao candidato independente

Silio Boccaner'aCorrespondente

Los Angeles — Reflexo do crescimento de siiacandidatura à Presidência como independente, o Depu-tado John Anderson (ex-republicano) foi um dos prinei-pais assuntos de entrevistas concedidas ontem pelosdemocratas Jimmy Carter e Edward Kennedy em ca-deia nacional de televisão, sendo criticado pelo Presi-dente como "conservador" e elogiado pelo Senadorcomo "força considerável" para a eleição de novembro.

Carter vem sendo criticado repetidamente atravésdos meios de comunicação por se ter recusado a partici-par de um debate politico.com Anderson e tentoujustificar ontem sua posição, atacando o deputado porIllinois como apenas mais um republicano, que repre-sentaria, "em termos gerais a mesma filosofia" deReagan.RECONHECIMENTO

De fato, Anderson começousua carreira política no iníciodos anos 60 como conservador,mas em épocas recentes temapoiado causas mais liberais e énesta linha que ele se vem ten-tando firmar como candidato àPresidência. Indiretamente, oPresidente indicou que estáconsciente deste alinhamentode Anderson, pois admitiu quea candidatura do deputado ti-raria mais votos seus do que deReagan."Qualquer sucesso que An-derson tenha no periodo finalde eleições, será uma ajuda deReagan à minha custa" — disseJimmy Carter.

Mas na entrevista o Presiden-te procurou igualar o desempe-nho de Anderson na CâmaraFederal ao do líder da minoriarepublicana, John Rhodes. Aorganização conservadoraAmericanos pela Ação Consti-tucional i ACA) dà a Rhodes umgrau de aprovação de 10% pelamaneira como se conduziu poli-camente em 1978. Pelo mesmoperiodo. o grupo deu a Ander-son 44%.

Kennedey, por sua vez, de-monstrou mais reconhecimen-to à aceitação de Anderson porsetores liberais, sobretudo emáreas industriais do país."Pelo que verifiquei em setemeses de minha campanha, An-derson tem muito apoio", disseo Senador Kennedy, acrescen-tando que o candidato indepen-

Robert Dervel EvansCorrespondente

golpe por ele sofrido teria deixado apenasestonteado um homem comum,

Não obstante, a Liga Antinazista e seusvários grupos esquerdistas logo procura-ram fazer de Blair Peach um mártir. Gru-pos montaram manifestações à entrada doquartel-general da Scotland Yard, exibin-do cartazes que chamavam os policiais rieassassinos.

O primeiro inquérito para determinar acausa mortis de Peach não chegou a umadecisáo. Mais tarde, o juiz de um tribunalsuperior instruiu o legista local a realizaroutro com ajuda de um júri (um procedi-mento incomum). Após ouvir 80 testemu-nhas durante cinco semanas, o júri deu umveredicto unânime de morte acidental,isentando assim a policia de responsabili-dade direta pela morte de Peach.

O veredicto é importante por motivosque vão além do incidente fatal envolven-do o professor neozelandês. Não somente acampanha contra a polícia perdeu seuímpeto, como a Scotland Yard ficou emposição de responder às acusações de bru-talidade e às criticas da esquerda.

A conselho de seus advogados, oficiaisda Scotland Yard estão pensando em to-mar medidas legais individualmente con-tra os que os apontaram como responsa-veis pela morte de Blair Peach e de instru-mentos de tirania. Se o plano for levadoavante, o julgamento poderá demorarmais tempo do que as cinco semanas con-sumidas pelo inquérito do legista. Levaroficiais da policia a julgamento nâo é prá-tica incomum na Grá-Bretanha, onde elesestáo sujeitos aos mesmos procedimentoslegais que o cidadão comum.

Atenção inusitada

Como instituição completamente apolí-tica, a policia britânica terá de se defendersem ajuda do Governo. Pela primeira vezem muitos anos. as circunstâncias lhe sãofavoráveis. O veredito do legista sobre ocaso Peach foi um revés para as forçasantipoliciais. Além disso, a publicidade emtorno do incidente, do inquérito e da invés-tigaçáo realizada pela própria ScotlandYard. que segundo um jornal londrinoconsumiu 31 mil horas-homem de pesqui-sas. chamou a atençào do público para oSPG. que foi formado em 1965 como umgrupo especial de combate ao crime.

Pela primeira vez o público ouviu falardesse grupo. Composto de cerca de 200homens em uniforme, recrutados entre vá-rios setores da polícia comum, seus mem-bros servem durante quatro anos no SPGantes de retomarem às suas unidades deorigem. Nào usam armas, mas sâo equipa-dos com cassetetes no último momento, sea ocasiào prevê seu provável uso, alem deescudos e máscaras.

Saber da existência do SPG tranqüili-zou o publico e levantou o moral das forçaspoliciais regionais comuns, que se encarre-gam da perseguição de criminosos e docontrole de distúrbios. O SPG só é convo-cado em última instância. A extensa co-bertura do caso Blair Peach também revê-lou que o SPG colaborou estreitamentecom o comando SAS na ivasào da Embai-xada iraniana nesta Capital.

dente representa "uma forçapolítica significativa nestepaís".

Kennedy observou que odeputado era "um candidatomuito sério" e que, embora osucesso de uma candidatura in-dependente esbarre na tradiçãohistórica de vitórias limitadasaos dois grandes Partidos(Abraham Lincoln foi a últimaexceção, em 18651, "Andersonestá cuidando bem de sua can-didatura e será uma força con-siderável na próxima eleição".

O Senador concordou com- aobservação de Carter de queuma candidatura Anderson emnovembro seria mais prejudl-ciai ao Presidente do que aReagan. "Mais um motivo paraque eu seja escolhido o candi-dato democrata", comentou.

Carter notou que Andersonvem sendo apresentado ao paiscomo alternativa entre ele eReagan, resultando dai a acei-taçào popular do candidato in-dependente por cerca de 20 a25% do eleitorado, conformepesquisas de opinião. Mas se-gundo o Presidente, estes indi-ces são normais para esta faseda campanha, devendo baixarconsideravelmente com a apro-ximaçào da data de escolhafinal.

"E se subir para 35^?"Perguntaram-lhe.

"Teremos então de repen-sar a direção de nossa campa-nha" — admitiu o Presidente.

Rixa democrata versuscoesão republicana

Los Angeles (do Correspon-dente) — As vésperas das úl-timas eleições primáriasde 1980 — ase realizarem ama-nhã em nove Estados — os re-publicanos se unem mais emtomo de Ronald Reagan, en-quanto os democratas mal con-seguem desviar as pedradasque Edward Kennedy e JimmyCarter continuam a lançar umsobre o outro.

Em meio ú rixa democrata,Jerry Brown, Governador daCalifórnia, onde se realizará amaior das primárias de ama-nhã, recusa-se a apoiar de pú-blico qualquer dos concorreu-tes presidenciais de seu Parti-do, um mès após ter desistidode sua própria candidatura.Em nível nacional, a mais re-cente pesquisa de opinião, rea-

Jkadapela Organização Gal-lupehtre~15~ê~I8~deinaiOTTeve^lou que os eleitores democratasde todo o país preferem Cartera Kennedy, 7ia proporção 60 a30%, com 10% de indecisos. NaCalifórnia, outros levantamen-tos mostram o eleitorado esta-dual dividido igualmente entreCarter e Kennedy — 33% paracada um, com 27% de indecisos.

Já sem concorrentes para aindicação republicana comocandidato presidencial esteano, Reagan anunciou ontemque se reunirá nesta quinta-feira com o ex-PresidenteGerald Ford, que o derrotoucomo favorito do Partido em1976 e ainda hoje tem voz in-fluente entre os republicanosde vários matizes. O encontroocorrerá na casa de Ford, per-to de Palm Springs, Califórnia,e espera-se uma discussão dosmelhores caminhos para o Par-tido Republicano na disputaeleitoral deste ano.

Pelo lado democrata, entre-tanto, Carter e Kennedy conti-nuam a se atacar com intensi-dade que alguns analistas con-sideram além do habitualmen-te esperado em confrontos poli-ticos. Kennedy disse aqui nosábado, que o Partido não de-veria escolher como candidatopresidencial "uma cópia gene-tica de Reagan". chamando apolüica econômica de Carterde "o pior fracasso de lideran-ça pessoal em meio século."

Indagado em cadeia nacio-nal de televisão sobre sua brigacom Carter e se ela nào estavacausando uma amargura pre-judicial ao Partido. Kennedydeclarou que suas divergênciassào políticas — sobretudo eco-nómícas — e nào pessoais.

"Nunca questionei as motiva-çóes pessoais do Sr Carter, nempretendo fazê-lo", disse o Sena-dor. "Quero ficar longe das cri-ticas pessoais."

Outro palco da briga Carter-Kennedy tem sido o da propa-ganda politica paga na televi-sào e, neste setor, o ataque pes-soai nào tem sido poupado.Anúncios preparados pela

equipe de Carter questionandoindiretamente as qualificaçõespessoais do Senador ao afirma-rem que náo se pode separar afunção de Presidente da de paie marido ireferència clara àsdifladdades matrimoniais deKennedy) ou que náo se podeesquecer que um homem levapara a Casa Branca seu passa-do político, mas também o sencaráter isutil menção as sus-peitas do eleitorado sobre ocomportamento pessoal d«Kennedy).

Em entrevista recente, Ken-nedy listou três eventos qutanestesiaram a nação: "a guer-ra do Vietnam, o escândalo Wa-tergate e Jimmy Carter." Náoteria sido um exagero? — per-guntaram-lhe ontem.

Náo, insistiu o Senador, no--tandorque Carter vem tentandoconvencer os norte-americanosde que os problemas do paissào complexos demais paraque um só homem — Presidente— possa resolvê-los, mensagemque Kennedy se recitsa a acei-tar, classificando-a de "contra-ria à tradição democrata deFranklin Roosevelt, Harry Tru-man, John Kennedy e LyndonJohnson". Presidentes que indi-vidualmente teriam feito umadiferença, segundo o Senador.

Carter chegou a sugerir, nosábado, que ele e Kennedy sereunissem após o encerramen-to das primárias afim de pacifi-car o Partido Democrata. Con-sultado sobre esta oferta doPresidente, o Senador disseaqui em Los Angeles que tudonáo passava de "manobra poli-tica" da Casa Branca. O impor-tante era haver um debate poli-tico entre eles dois antes daconvenção democrata, progra-mada para agosto, ern NovaIorque. Carter se recusa a par-ticipar deste debate, insistindoque só pretende confrontar orepublicano que o enfrentaráem novembro, quase segura-mente Reagan.

O temor de muitos veteranosdo Partido é que as feridas cau-sadas pela briga Kennedy-Carter permaneçam abertasaté a convenção e mesmo aténovembro, durante a campa-nha final pela Casa Branca. OPresidente jà acumulou vitó-rias suficientes nas primáriaspara receber a indicaçào de-mocrata na convenção, mas oSenador insiste em que as re-gros do jogo podem e devem sermudadas até entáo. sobretudose ele vencer as primarias daCalifórnia e de Nova Jérsei.

Diante da insistência do en-trevistador ontem, em saber seele apoiaria uma candidaturaCarter em novembro, supondoque o Presidente seja o escolhi-do do Partido Democrata paradisputar a eleiçáo. Kennedy li-mitou-se a rir e voltou a repetir:' "Ainda tenho intenções de ser ocandidato democrata."

Presidente visitarálíder negro baleado

Washington — O PresidenteJimmy Carter anunciou que vi-sitará hoje em Fort Wayne. In-diana, o presidente da Liga Ur-bana Nacional, Vernon Jordan,baleado nas costas na madru-gada da última quinta-feiraquando saia de um carro numestacionamento de hotel. Car-ter afirmou acreditar que Jor-dan foi vitima de "uma tentati-va de assassinio Y

O Bureau Federal de Investi-gações «FBI) informou que orifle de calibre 30 tomado de ummotociclista náo é a arma utili-zada no atentado contra Jor-dan. Testes de balística com-provaram que a bala recupera-

da nâo foi disparada pelo riflede Jon Douglas, confiscado pe-Ia polícia horas depois do aten-tado.

O chefe das investigações,Wayne Davis, declarou que ospoliciais estão examinando pis-tas seguras, algumas das quaisforam fornecidas nas últimashoras por fontes anônimas.

Jordan foi ferido nas costaspor uma bala de alto impactocerca das 2h05m da madrugadade quinta-feira, segundos de-pois de descer de um carro diri-gido por Martha Coleman. 36anos. integrante da diretoria daseçào de Fort Wayne da LigaUrbana Nacional.

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JORNAL DO BRASIL ? segunda-feira, 2/6/80 D Io Caderno INTERNACIONAL-13

Carter condena iniciativa de paz da Europa no O, MédioWashington — O Presidente

jjimmy Carter reiterou sua opo-sição a qualquer Iniciativa daEuropa ocidental visando aama solução para a crise do' Oriente Médio e, advertiu queos Estados Unidos vetarão naONU uma eventual proposta daComunidade Econômica Euro-pela (CEE) para modificar a Re-solução 242 das Nações Unidassobre o Oriente Médio.

Trata-se de uma resposta deCarter às declarações do Minis-tro do Exterior da França,Jean-François Poncet, duranterecente reunião com o Secreta-

. rio de Estado norte-americano,Edmund Muskie. Poncet dissegue a Europa poderia iniciargestões de paz para o OrienteMédio devido ao atual impasseque cerca as negociações entre

, Estados Unidos, Egito e Israel.

OPOSIÇÃO ENÉRGICA

Em entrevista ao programaFace the Nation, pela rede de' televisão CBS, Carter ressaltouque seria um "erro" qualqueriniciativa dos aliados europeusdestinada a "superar ou substi-tuir o processo de Camp Da-' vid". Destacou que os EstadosUnidos estão empenhados emnegociações "que podem levara um resultado positivo".

Depois de frisar que os Esta--dos Unidos tèm o direito de- veto na ONU, "do qual podem

se servir em caso de necessida-de", o Presidente disse quequalquer tentativa de modifi-car ou fracionar a Resolução

242 do Conselho de Segurançadas Nações Unidas (adotada a22 de novembro de 1967, em¦ decorrência da Guerra dos Seis

. pias) "constituiria um grave er-ro, o qual nós nào deixaremosque seja cometido".

. Essa foi a segunda vez, em 24horas, que Carter expressou

sua enérgica oposição a umaeventual iniciativa de paz euro-péia. Em outra entrevista, para

, uma rede de televisão por cabo,o Presidente reafirmou que osEstados Unidos "não duvida-ráo" em usar o direito de vetona ONU para impedir "a pertur-bação ou a destruição do pro-cesso de paz de Camp David".

¦'¦' A Resolução 242 da ONÜ re-conhece o direito de todos ospaises do Oriente Médio vive-rem dentro de fronteiras segu-

ras e reconhecidas; preconizatambém a retirada das tropasisraelenses de todos os territó-rios árabes ocupados em 1967.

A Resolução não faz qualquerreferência direta aos palesti-nos; a única indicação a eles éimplícita, no item que "afirma anecessidade" de se encontrar"uma justa colocação do pro-blema dos refugiados". A Reso-lução 242, portanto, é um códi-go de normas gerais a ser obser-vado ou nào por árabes e israe-lense, que, aliás, náo a assina-ram. Representa apenas o con-senso possfvel entre as grandespotências sobre as linhas geraisaplicáveis à pacificação doOriente Médio,

EXIGÊNCIA EGÍPCIA

No Cairo, o Ministro do Exte-rior do Egito, Kamal HassanAli, advertiu que seu pais sóvoltará a negociar com Israel eEstados Unidos a respeito daprojetada autonomia dos pales-tinos da Cisjordánia e Gazaquando ficarem esclarecidas asquestões sobre a política de co-lonização israelense dos territó-rios árabes ocupados e o estatu-to final de Jerusalém.

A política de colonização e ainsistência de Israel sobre a in-divisibilldade de Jerusalém éque levaram a Interrupção nasnegociações tripartites. O Egi-to, da mesma forma que os de-mais países árabes, consideraque, em concordância com re-soluções da ONU, JerusalémOriental é parte integrante daCisjordánia.

A Al Fatah, braço armado daOrganização para a Libertaçãoda Palestina (OLP), divulgouontem em Damasco um comu-nicado exortando a criação deum "Estado democrático naPalestina". O documento foidistribuído ao término do quar-to congresso geral da Al Fatah,realizado na Capital da Siria, ereitera o desejo da organizaçãode "liquidar a entidade sionista(Israel) e libertar toda a Palesti-na" Afirma também que Al Fa-tah, tem que "consolidar aaliança estratégica com os pai-ses socialistas, guiados pelaUniáo Soviética, pois essaaliança é necessária para res-ponder ãs conspirações sionis-tas e norte-americanas contra acausa palestina".

Advertência agradouGabinete israelense

Mário Chimanovitch

Jerusalém — A advertênciaque o Presidente Jimmy Carteracaba de dirigir à Europa —para que náo interfira no pro-cesso norte-americano de pazno Oriente Médio — foi recebi-

. do com extrema satisfação peloGovemo de Israel. Reunido on-tem em sua sessão semanal, oGabinete liderado pelo Pre-mier Menahem Begin chegou aincluir em seu comunicado ofi-ciai a afirmação de que a inicia-tiva diplomática européia"ameaça prejudicar os acordosde Camp David".

A satisfação em Jerusalém ê,entretanto, momentânea, issoporque os meios oficiais israe-íenses estão na verdade persua-didos de que a advertência deCarter está necessariamente li-gada ao chamado momentoeleitoral norte-americano. Eque, em outras palavras issoimplica que Carter está dispôs-to a evitar cuidadosamente

. qualquer coisa que possa pro-vocar oposição do poderoso vo-to judeu às suas pretensões dese reeleger à Presidência dosEstados Unidos.

PLANO GISCARD

Para os israelenses, parececlaro que a postura rígida ado-tada por Carter face à interfe-rência de diplomacia européiana região perdurará até novem-bro, data das eleições presiden-

Correspondente

ciais norte-americanas. Após is-so — pensa-se em Jerusalém —é bem possível que Washingtonesteja disposto a contar com osbons ofícios europeus na execu-ção de uma formidável campa-nha de pressões internacionaissobre Israel.

A iniciativa diplomática eu-ropéia, já batizada como planoGiscard. pois tem no Presiden-te francês o seu principal men-tor e articulador, é temida porIsrael, porque objetiva funda-mentalmente introduzir umaemenda na Resolução 242 doConselho de Segurança daONU. Essa resolução, que oPresidente Carter acaba de rei-terar como sendo a base dapolítica norte-americana para oOriente Médio, trata a chama-da questão palestina como ummero problema de refugiados enão de um povo com direitos aexercer a sua autodetermina-ção nacional. Os europeus que-rem corrigir o erro, não por ai-truísmo propriamente, mas portemerem sobretudo que o im-passe que ora se verifica entreegípcios e israelenses, assim co-mo entre árabes, de uma ma-neira geral, e israelenses, tendea evoluir numa escalada capazde incrementar as tensões naárea. fomentando conseqüente-mente os perigos de conflito e,pior ainda, novos embargos pe-trolíferos por parte dos paísesprodutores do golfo.

Begin assume Ministérioda Defesa e evita crise

Jerusalém — O Primeiro-Ministro Menahem Begin evi-tou uma crise no Gabinete deIsrael ao acumular ontem oposto de Ministro da Defesa,até encontrar um sucessorpar Ezer Weizman aceitávelpor todos os Partidos que',; compõem a Likud, coalização

. governamental., Begin tentou indicar o Mi--nistro do Exterior, Yitzhak.Shamir, para o lugar de Weiz-man e o Ministro da Energia,Yitzhak Modai, para a chan-celaria. Mas o Partido Nacio-nal Religioso e o Movimento

.'Democrático opuseram-se te-nazmente à nomeação de Mo-dai para o Ministério do Exte-• rior, criando o impasse; caso1 os dois Partidos deixassem oGabinete, este corria o riscode se dissolver.

[ RivalidadesA soluçào de substituir pro-

visoriamente o Ministro de-missionário permitirá ao Pri-meiro-Ministro dissipar poralgum tempo a ameaça decrise.

A reunião de Gabinete de••- •_ ontem, contudo, transcorreu

em clima de divergências. OMinistro da Agricultura, Ge-neral Ariel Sharon, líder fal-cào que ainda aspira a dirigira Defesa, criticou enérgica-mente a política de Begin e,em especial, sua frustradatentativa de reorganizaçãoministerial.

Sharon disse que Begin es-tava ameaçando a segurançade Israel tentando nomearpara a Defesa um homemsem um passado militar ex-pressivo (Shamir foi guerri-lheiro na Palestina antes daindependência israelense, em1948; serviu mais tarde noserviço de informações de seupaís, mas jamais comandoutropas). Begin respondeu-lheafirmando que muitos paísestèm uma longa tradição decivis na chefia da Defesa, ecitou os exemplos dos Esta-dos Unidos e da Inglaterra.

Por sua vez, a Oposição tra-balhista denunciou o fato"nefasto" de que um Ministé-rio de vital importância parao país tenha se convertidonum "mero objeto de ambi-ções e rivalidades" para osgrupos que integram a maio-ria governista.

Bomba explode empresado Kuwait em Londres

. Londres — A ScotlandYard iniciou investigaçõespara descobrir os autores da

¦violenta explosão que des-truiu ontem parcialmente osescritórios da companhia pe-trolifera estatal do Kuwait,no centro de Londres. A bom-

¦ba. de 600 gramas, foi coloca-da na entrada do prédio, emNew Bond Street.

¦ Ocorrida de madrugada, a

explosão nào causou vitimas,mas prédios da vizinhança ti-veram vidraças quebradascom o impacto. Nos últimosmeses, Londres converteu-senum centro de terrorismoárabe, sendo os mais recentesos casos de oposicionistas li-bios assassinados e a frustra-da ocupação, por iranianosdo Cuzistào, da Embaixadado Irá. .

EUA não reduzirãoforças no continente

Washington — Em sua entrevista, o Presi-dente Carter declarou também que nào preten-de reduzir as forças norte-americanas acanto-nadas na Europa. "Nâo, isso não defendo. Te-mos cerca de 300 mil homens na área da Buro-pa, para respaldar a defesa de nossos aliados etambém para defender diretamente nosso pró-prio pais contra a agressão comunista do Pactode Varsóvia", declarou.

Sobre a questão dos reféns norte-americanos no Irà, Carter esclareceu que "ascircunstâncias, num certo sentido, mudaram".Depois do fracasso da tentativa de resgate,admitiu que teria sido preferível concentrar osesforços em pressões econômicas internacio-nais contra o Irá. Numa ligeria crítica à posiçãoadotada pelos paises aliados, comentou que,embora as sanções econômicas sejam adequa-das, teria preferido que a Europa houvessetomado medidas rfmuito mais serveras".

Orçamento

Carter fez questão de explicar, quando lheperguntaram se dentro de seus esforços paraequilibrar o orçamento federal poderia econo-mizar retirando algumas tropas da Europa ediminuindo a cota para a OTAN. que: "Assumi-mos um compromisso de 15 anos com os alia-dos da OTAN, visando um bom planejado au-mento das verbas de defesa".

Acrescentou que, "como os outros países",concordamos com um aumento de 3% ao ano,pelo menos, nos investimentos para a defesa.Nosso compromisso, de acordo com o orçamen-to equilibrado que submeti ao Congresso e como plano de cinco anos, é de ter um crescimentoreal da ordem de 4%, acima e além da taxa deinflação, em verbas para a defesa".

Giscard decidirá sequer bomba de nêutrons

Arlette ChabrolCorrespondi ntt

Paris — Daqui a três meses, o Presidente daRepública anunciará suas decisões sobre ofuturo dos programas estratégicos franceses, eparticularmente sobre a aprovação ou rejeiçãoda bomba de nêutrons. Fala-se cada vez maissobre a adoção pela França dessa nova arma,mais manejável que as bombas clássicasatuais.

Os giscardianos acabam de publicar umrelatório no qual se pronunciam a seu favor,enquanto os gaullistas se apressam a rejèitá-la.Seus partidários a consideram uma bombalimpa, o que seus adversários negam, afirman-do que ela torna viável um conflito nuclear.

Tudo começouno mês passado quando apa-receu nas livrarias o livro Échec à Ia Guerra(Cheque à Guerra), de autoria do físico norte-americano Samuel Cohen, um dos pais dabomba de nêutrons, escrita em colaboraçãocom um grupo de militares franceses. Elesfazem a apologia dessa arma perfeita, expli-cam suas mil e uma utilidades.

Em primeiro lugar, custa duas ou três vezesmais barato que a bomba atômica clássica, defissão. Ademais, é limpa: originária do princi-pio de fusáo nuclear, ela provoca poucos danosmateriais e atinge sobretudo os homens, aquem mata por radiação. Ela age, para usar as >palavras de Samuel Cohen, como um raio damorte. Enquanto uma bomba atômica clássicalibera 85% de sua energia sob a forma dedeslocamento de ar, calor e luz, e apenas 5% denêutrons, a bomba de nêutrons permite inver-ter a proporção: oito décimos da energia libe-rada se manifestam sob a forma de nêutrons.Eles deixam intactos cidades e bens materiais,eliminando toda a vida humana.

Outra vantagem é que a bomba pode ser táoprecisa a ponto de destruir apenas um alvo emparticular, sem atingir o que se encontra à suavolta. O que se julgava inimaginável depois daexplosão de Hiroxima e Nagasaki, porque ohorror despertado era insuportável, agora setorna viável. Ê razoável lançá-la num conflitonuclear, porque ela permite circunscrever olocal da batalha com precisão.

Todas essas discussões poderiam continuarsendo temas de reflexão para militares ociosose sonhadores, se os responsáveis pela defesa dopais não tivessem assumido a dianteira. OGeneral Mery, chefe do Estado-Maior do Exér-cito foi o primeiro, declarando à Comissão deDefesa da Assembléia Nacional que a adoçãoda bomba de nêutrons pela França náo entra-ria em contradição com sua doutrina estratégi-ca de dissuasão nuclear. Em suma, que elapoderia corresponder às necessidades milita-res francesas.

. Alguns dias mais tarde, o General Billótte,ex-Ministro e Deputado gaulista, também sepronunciou a respeito, atribuindo todas asqualidades a essa arma, "cujos efeitos seráofulminantes para o pessoal de unidades blinda-das" e "nulos sobre o pessoal em terra". Emoutras palavras, ela matará por radiação neu-trònica os invasores encerrados em carrosblindados, mas não.afetará a população civil.Com a condição, evidentemente, de que serefugie antes em abrigos antiatômícos.

Finalmente, o próprio Ministro da Defesa,Yvon Bourges, afirmou a 9 de maio: "Realiza-mos estudos, mas deixamos a decisão para sertomada pelo Chefe de Estado no conselho dedefesa."

A UDF, que agrupa os diversos movimentosgiscardianos, acaba de divulgar sua posiçáonum relatório intitulado Doutrina de Defesa:ela aprova a bomba inteiramente e reclamasua adoção pela França. Essa arma é "muitomais dissuasória que a nossa atual", explicou orelator, que precisou que, como "arma táticano campo de batalha, ela poderia conlrabalan-çar a enorme superioridade do adversário emarmamento clássico". O adversário no caso ébanstante claro: a União Soviética com seugrande número de tanques.

Quanto aos gaullistas, qüe por algum tempose deixaram seduzir pela bomba de nêutrons —além do General Billótte e Yvon Bourges, todosdois gaullistas, Michel Debré, ex-Primeiro-Ministro do General de Gaulle, não a repeliu, eJacques Cressard, deputado do RPR, declarouque "a bomba de radiação reforçada se impõe"— hoje se mostram mais reticentes. E já secomenta que no projeto de defesa que deverãodivulgar nos proxi7iios dias, eles rejeitarão suaadoção. Acham necessário que a França domi-ne sua tecnologia, mas pensam que a utilizaçãoda bomba poria em causa a política de dissua-sào nuclear seguida pelo país há 15 anos.

Realmente, é inegável que a utilização dabomba de nêutrons pressupõe a existência deuma batalha, já que se destina a impedir umavanço de veículos blindados. Ora. a teoriasobre a qual a França baseia toda a suapolítica de defesa consiste justamente em nàopermitir essa agressão pela dissuasão. Elaameaça o inimigo de utilização da sua force defrappe em represálias maciças contra os gran-des centros urbanos. E sabe-se que a bombaatômica clássica — a de Hiroxima foi a maispossante — provocaria tamanhas catástrofesque qualquer indivíduo com um pouco de bomsenso renunciaria a hipótese, de um conflito.

Por ora. a questão está nesse pé. mas adiscussão esta longe de ter terminado. Na ver-dade, mal começou.

URSS admite falta de apoio a KarmalMoscou — Pela primeira vez desde o Inicio da

intervenção, um destacado comentarista político daimprensa soviética admitiu que o regime de BabrakKarmal náo conta com o apoio das massas doAfeganistào."o que se justifica pelo atraso e ignorân-cia do povo, especialmente dos camponeses, queapoiam abertamente as forças contra-revolu-cíonárias" •

O comentário foi firmado por Aleksandr Bovin,um autorizado articulista, na publicação MoscowNews, editada na Capital soviética e destinadaunicamente à leitura dos correspondentes ociden-tais. O artigo critica, por outro lado. os" reyolucio-nãrios" (de Babrak Karmal), afirmando que "de-monstraram nào entender as razões profundas da

intervenção soviética em seu pais, favorecendo comsua atitude a expansão dos "contra-revolu-cionârios"

Bovin defende, no entanto, a tese de que aintervenção no Afeganistão foi feita com o propósitode evitar um "banho de sangue" em que as vitimasseriam os partidários de Karmal. Para comentaris-tas ocidentais, o artigo visaria a "incluir a França e aAlemanha Ocidental num esforço para mediar oconfronto, sem a participação dos Estados Unidos"A observação é da agência ANSA, segundo a qual"náo por acaso o artigo tem como antecedentes aentrevista dos Presidentes Brejnev e Giscard. e oencontro, em Bonn. entre o Chanceler alemáo Hei-mut Schmidt e o Vice-Premier soviético NikolaiTikhonov".

Mopo/Rofoel Woiiermon

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Porto no mar Cáspio, Baku poderá suprir o Irã no caso de bloqueio total

Baku pode ser a saída para o Irã

Baku, (República Soviética do Azerbaijão) — Astorres de perfuração de petróleo que avançarampouco a pouco sobre as águas estào agora a 30quilômetros de distância das prais do Azerbaijão, noMar Cáspio. Embora a região tenha aos poucosperdido o posto de maior fornecedor soviético e umdos mais importantes do mundo, este ano, se osplanos se cumprirem, o Governo espera voltar aaumentar a produção nos campos submarinos.

Baku é uma cidade agradável que mistura cultu-ras e raças no Sudoeste da URSS, com uma longalinha de mais de 1 mil 400 quilômetros de fronteirascom o Irã. No começo da crise entre este pais e osEstados Unidos, com a tomada de reféns em Teerã,os americanos redobraram a vigilância e a sensibiü-dade sobre o que pudesse partir de lá. Alguns jornaisdisseram que transmissões de rádio de Baku incita-vam os sentimentos anti-americanistas dos irania-nos, gerando protestos diplomáticos.

O tempo se passou e o que digam ou deixem dedizer as rádios da região já não fere mais a fundo assensibilidades, táo afastados ficaram o Kremlin e aCasa Branca. Mas o Azerbaijão, pelo seu posiciona-mento estratégico, continua a representar um pa-pel-chave na geopolítica de todo o Sudoeste Asiá-tico.

Assim, quando o Ministério de Relações Exterio-res promoveu na semana passada a visita de umgrupo de jornalistas estrangeiros a Baku, abrindo oscampos de petróleo da plataforma submarina e ointerior da república, todos se perguntaram qualseria a "mensagem" que a diplomacia soviética,uma das mais cautelosas e fechadas de todo omundo, desejaria transmitir.

Taira Tairova é uma mulher calma, serena, cujoscabelos castanho-escuros certamente escondemuma idade avançada, lá pelos seus 60 ou 70 anos,quem sabe. Com o título de Ministro de RelaçõesExteriores do Azerbaijão, que no Brasil eqüivaleriaao posto de Secretário de Estado em São Paulo ouno Rio para Assuntos Internacionais, ela respondeusem se perturbar a uma pergunta dos representan-tes da Associated Press e UPI sobre as relações como Irá.

Em linguagem simples, pode-se deduzir de suaspalavras que os soviéticos continuam de braçosabertos para o Irã. Baku eventualmente seria oporto do Mar Cáspio para onde os iranianos pode-riam apelar por suprimentos ou para onde poderiamdeslocar o comércio exterior, na hipótese de umembargo total do Golfo Pérsico, com o fechamentodo Estreito de Ormuz pelos americanos.

Se isto acontecesse, as alternativas estratégicasdos iranianos seriam escassas. Ao Oeste, o país

Noênio SpínolaCorrespondente

esbarra nas fronteiras com o Iraque e na ferozresistência dos curdos ao Govemo de Teerá. A linhaestreita de contato com o Paquistão, ao Leste, édespovoada e desprovida de estradas ou portos, e,de um forma ou de outra, esbarraria na presençaamericana no Golfo de Omâ. Acima do Paquistão, oIrã colide com o Afeganistão. Trancados de todos oslados, os iranianos teriam que recorrer à UniáoSoviética.

Os soviéticos procuram porém desfazer quais-quer impressões de que sào os agentes diretos desseprocesso ou que pretendam compulsoriamente colo-car mais uma república dentro do conglomeradosob seu estreito controle. A Baku foram corrcspon-dentes dos Estados Unidos, da Finlândia, Suécia,Canadá, Tcheco-Eslováquia, Iugoslávia, Japão eBrasil. Em lugar de levá-los para o Sul, onde fontesocidentais vèm afirmando que há grandes contin-gentes de tropas (negados pelos porta-vozes doGoverno em Baku) o programa oficial levou-os parao Norte e para os poços de petróleo da plataformasubmarina.

Sem muitas palavras, as mensagens foram setomando claras. Antes de percorrerem as pontesque avançam mar a dentro nos vários quilômetrosde interligação de torres e oleodutos, os correspon-dentes ouviram uma exposição de técnicos diantede um perfil típico da geologia da área, cujo objetivofoi demonstrar que as ondas estào descendo a"horizontes" de óleo cinco ou seis mil metros deprofundidade, com a produtividade aumentando. Aprodução de Baku vinha caindo e no Ocidenteespeculava-se até que ponto os soviéticos poderiam,sem contar com importações maciças de equipa-mentos e da tecnologia estrangeira, acelerar rápida-mente sua extração de petróleo para manter o postode maior produtor mundial, resolver seus própriosproblemas de crescimento e manter a unidade dobloco socialista europeu, onde é o maior fornecedor.

O Azerbaijão produz agora o equivalente a 3% dototal do óleo soviético. Segundo os dados oficiais,divulgados recentemente em Moscou, a URSS pro-duziu no ano passado 586 milhões de toneladas depetróleo (incluindo-se condensados de gás) e o Azer-baijão sozinho deveria responder por algo como 15 emeio milhões de toneladas. Em termos comparati-vos, isso eqüivale ao dobro do consumo de algunspequenos paises europeus industrializados. Mas oque importa, neste caso, é a tecnologia desenvolvi-da, pois em larga medida e exploração de petróleovem avançando mar a dentro, como nos casos daGrá-Bretanha e do Golfo do México, para nâo falarno Brasil.

França ocupa espaço vazio-Baku (do Correspondente)—Questionados no

Ministério de Relações Exteriores sobre se atroca da tecnologia americana pela francesa ti-nha dado bons resultados para a exploração depetróleo no mar Cáspio, oorta-vozes soviéticosderam uma resposta simples: "A teconologia e osequipamentos sào predominantemente nacio-nais. A cooperação francesa preencheu o espaçovazio."

O Azerbaijão está longe, hoje em dia, designificar apenas petróleo. Assim como a republi-ca oferece -uma variedade de microclimas, domontanhoso e alpino ao subtropical, perto doIrà. problemas culturais e de posicionamentogeopolítico fazem com que sua longa linha defronteiras adquira um significado estratégico pa-ra a Uniào Soviética.

Com 86 mil quilômetros quadrados (uma áreacomparável à do Estado de Santa Catarina), oAzerbaijão dobrou sua população, de 3 para 6milhões de habitantes em 40 anos.

Com a Armênia e a Geórgia, essa república fazparte de um conglomerado de raças e costumesdiferentes entre o mar Cáspio e o mar Negro,cujos interesses nunca foram inteiramente com-patibilizados.

Até hoje, muitos armemos acham-se espolia-dos de parte dos seus territórios, perdidos náoapenas para os turcos, mas ainda para o Azerbai-jào e a Geórgia durante os tempos de Stalin, elepróprio um georgiano. No entanto, a Armêniapendeu para o lado de Moscou'para escapar aosmassacres dos turcos, e não deixa de incluir issono balanço de suas perdas e ganhos.

Da mesma forma, a elite política de Baku,tanto no nível muçulmano quanto na cúpula doComitê local do Partido Comunista, dã umaextraordinária importância aos seus vínculoscom o Kremlin. O primeiro secretário do PC doAzerbaijão. G. A. Aliyev. participa do Politburodo PC ia cúpula do Partido, sediada em Moscou)e aparenta excelentes relações com o Presidente

Brejnev. um dado de multa importância nestepaís onde o jogo do Poder ocorre dentro daestrutura de Partido único.

No Azerbaijão, na Turcomènia, no Uzbesquls-tão e no Kazaquistão concentram-se os maisinteressantes fenômenos de integração nacionale de convívio das repúblicas soviéticas com po-pulaçóes persas, turcas ou simplesmente islã-micas.

Analistas europeus norte-americanos susten-tam que os problemas com os quais a URSS sedefrontará no futuro devido a essas díversldadesserão também internos, numa versão caucasianadas explosões populacionais das Antilhas e doGolfo do México que começam a engolfar osEstados Unidos.

Segundo estudo publicado recentemente pelarevista francesa de pesquisas constitucionais epoliticas (pouvoirs), os muçulmanos soviéticosdo Cáucaso, da Ásia Central e do Volga chegam a50 milhòes ou estào perto, como conseqüência deuma taxa de natalidade elevada. Se a taxacontinuar no mesmo ritmo, por volta do ano 2 milos muçulmanos soviéticos seriam 100 milhòes,superando os eslavos e se transformando noprincipal grupo étnico do pais.

Uma entrevista na mesquita central de Baku(onde existem duas funcionando) com AllashkurPahsaiev, o responsável pela administração dosinteresses muçulmanos no Azerbaijão, deixou aimpressão de que atualmente existe uma convi-vencia pacífica entre religiosos e o Governo. Essavitrine oficial, em que interlocutores privilegia-dos ou muftis (jurisconsultos) se entrevistamcom estrangeiros, leva alguns observadores oci-dentais a continuarem alimentando dúvidas so-bretudo devido aos precedentes. Durante a últi-ma guerra, Stalin acusou os muçulmanos decooperarem com os alemães e deportou milharesdeles para a Ásia Central. Os tãrtaros da Criméia(de 200 a 500 mil) só foram anistiados em 1956.

Hua diz que irrita"vizinho do Norte"Tóquio - Ao encerrar sua

visita de seis dias ao Japào, oPrimeiro-Ministro da China.Hua Guofeng, qualificou asatuais relações entre os doispaises de táo intimas quanto ados lábios e os dentes" e, numareferência â Uniào Soviética,disse: "È claro que certa gentenào flcou feliz com minha visi-ta. Nosso vizinho do norte náoflcou feliz com os resultados".

A Primeira-Ministra da índia,Indira Gandhi, ao receber emNova Deli um grupo de parla-mentares norte-americanos, pe-diu ontem a retirada de todasas tropas soviéticas do Afegã-nistáo, justificando que seupais se opóe. por questftes deprincípio, à presença de tropasestrangeiras em outros paises.Considerou, no entanto, quepressões e condenações nâo sâoos meios adequados para seconseguir isso.

IRA

O Presidente do Irà, BaniSadr, nomeou o Capitão Ba-hram Afeali-Khoshkbüari Co-mandante da Marinha, com or-dens de reorganizar as forçasnavais de forma a estarem "pie-namente aptas para comba-ter". Segundo a Rádio de Tee-rá, mais dois Guardas da Revo-luçáo morreram e outros oitoficaram feridos, num ataque deuns "oitenta iraquianos" con-tra a guarniçâo de Qasr-i-Shirin. na fronteira sudeste en-tre os dois paises. onde as for-ças iranianas estào em "máxi-ma alerta", há dois dias.

Moscou criticaineficiência

Moscou — Em termos energé-ticos, o Comitê Central doPCUS criticou, em primeira pá-gina do Pravda. a administra-çáo "ineficiente" que ora se ve-riflca na indústria petroquimi-ca e de refinação do petróleo,culpando diretamente o Minis-tro Viktor Stepanovitch Fyodo-rov "pelo estado insatisfatóriode disciplina executiva, falta decontrole e de fiscalização naindústria petroquímica .

A crítica do Comitê Centraldirige-se ao Mimstro chaman-do-o de "camarada Fyodorov"(está no cargo há 15 anos), masnão anuncia nenhuma demis-sáo. Exige, porém, menos buro-cracia por parte do Ministérioda Petroquímica, e admite ahipótese de convocar para es-clarecimentos qualquer funcio-nário, "à medida que o Partidofor estabelecendo diretrizes pa-ra o caso".

Lezg, o esquecidopovo do Cáucaso

U Monde

Moscou — No mosaico de po-vos da Uniào Soviética, há osesquecidos de quem nunca sefala e que nào tèm o direito dereivindicar sua identidade na-cional. Um deles sáo os Lezg,que vivem no Cáucaso e náochegam a meio milhão de pes-soas.

Espremidos entre o Dagues-táo e o Azerbaijão, eles náo tèmdireito, como outras nacionali-dades pouco numerosas, a umterritório ou regiáo autônomana qual possam desenvolversua cultura. Divididos entreduas repúblicas, eles correm orisco de serem assimilados pe-los russos ou os avars, no Da-guestâo. ao Norte, e os azeris,do Azerbaijão, ao Sul.

REPRIMINDOREIVINDICAÇÕES

Os que protestam contra esteestado de coisas se arriscam aserem denunciados por ativida-des nacionalistas, podendo serexilados, presos ou mesmo in-ternados em hospitais psiquiá-tricôs. O escritor Lezg IskanderKaziev quis chamar atençüopara o destino de seus compa-Motas. Nascido em 1924, eleera jornalista e membro doPartido Comunista, além de fí;liado ao Sindicato dos Escri-tores.

Escrevia romances popula-res ingênuos e recolhia ofolclo-re de seu povo, escrevendo sem-pre em sua língua materna,mas em 1969 foi banido do Da-guestâo e exilado na Ucrânia.Ele teve a audácia, em 1966, deprotestar contra um artigo doPravda, procedente do Dagues-táo. em que se apresentava co-mo uma revolução progressistao fato de no território dessarepública existirem 81 povos di-ferentes em 1915, 32 em 1935 e11 em 1959.

Os povos pequenos nào desa-parecem, mas se fundem dentrode nacionalidades mais nume-rosas. Iskander Kaziev tam-bém enviara várias vezes, comapoio de alguns amigos, umaproposta ao Soviete Supremoda URSS para que fosse criadoo território autônomo dos Lezg.

Por causa dessas atividadesnacionalistas e sob diversasacusações de Direito comum,vários de seus amigos forampresos. Ali Aliverdiev um juiz,foi preso em 1970 e condenadoa 15 anos num campo de traba-lho sob regime severo; OsmanOsmanov, capitào da milícia,foi enviado para pastar váriosanos num campo de trabalho:Igramoudine Emirzaiev, conse-lheiro jurídico, acabou conde-nado em 1976 por provocação;Nadir Abdoujamalov, fllólogo,foi detido depois de 1968 porespeculações; Mavloud Ahme-dov, assistente de Filologia, foiinternado várias vezes, depoisde 1968, em hospitais psiquiá-tricôs, e Kalmadine Mahmou-dov. médico, está preso há qua-tro anos numa instituição psi-quiàtrica.

O escritor Iskander Kazievfoi convocado, no começo deabril pela KGB. na pequenaaldeia em que vive agora,- Ou-goldar, no Donbass. As autori-dades exigiram que cessasse apropaganda ou então emigras-se. nào importando o país, des-de que não fosse socialista, n

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14 — JORNAL DO BRASIL D segundo-felro, 2/6/80 G Io Caderno

FalecimentosRio de Janeiro

Mauro Lima dos Santos, 78,infarto do miocárdio, em casa,em Ipanema. Carioca, viúvo deLigia Nogueira dos Santos, náotinha filhos, industrial aposen-tado, (será sepultado ás 9h noCemitério Sáo João Batista).

Paula Mendonça da Silva, 54,insuficiência renal aguda, noHospital de Ipanema. Carioca,prendas do lar, casada comLuís Vieira da Silva, nio tinhafilhos, morava em Copacabana,(será sepultada ás llh, no Ce-mitério São João Batista).

Flávio Pereira Martins, 68,engenheiro civil aposentado,em casa, de câncer. Carioca,viúvo tinha dois filhos. Sérgio eSuely, vários netos, morava emBotafogo, (será sepultado às 9h,no Cemitério Sâo Joáo Batista).

Jacinto Modesto de Souza,56, infarto, no Prontocór. Cario-ca, motorista profissional auto-nomo, casado com Patrícia Me-lo de Souza, tinha três filhos,Jorge, Jorgina e Jairo, moravana Tíjuca,-(será sepultado às 9hno Cemitério São FranciscoXavier).

Rogério Teixeira da Costa,70, insuficiência respiratória,no Hospital do Carmo, Carioca,industriado aposentado, soltei-ro, morava no Centro, (será se-pultado às 9h no Cemitério Jar-dim da Saudade).

Selma Medeiros Ribeiro, 59,broncopneumonla, no Hospitalda Penitência. Carioca, pren-das do lar, casada com Guilher-me Ribeiro, tinha uma filha,Julla Ribeiro Mattos, dois ne-tos, morava na Tijuca, (será se-pultada às IOh no CemitérioSão Francisco Xavier).

Ruth Mendes Costeira, 43, in-farto, na Casa de Saúde SantaMaria. Carioca, professora, ca;sada com Paulo César Costeira,tinha um filho, Walter, moravano Flamengo, (será sepultadaàs IOh no Cemitério São Fran-cisco Xavier).

Estados

Gladys SanfAnna da Veiga,56, de carcinoma, em sua resi-dência, em Porto Alegre. Natu-ral da capital gaúcha, era casa-da com o ginecologia e obstetraClodis Prates da Veiga. Tinhaquatro filhos José Clodis, LuísFernando, Antônio Carlos e Su-zana Maria, e três netos.

Carro bateem ônibus emulher morre

O Chevette placa RJ-RV-3182, dirigido por Túlio Cavalle-re Silva, e com os passageirosCalo de Melo Franco, SusanaSantos Ferreira, Isabel LadeiraCesariano, Jussara Lontra Car-doso e Minam Alencar Avelino,bateu ontem no ônibus da linha554, Barra da Ttjuca-Gávea,matando Susana Santos Fer-reira e ferindo os outros passa-geiros.

As moças que viajavam noautomóvel apanharam caronaem São Conrado. Susana San-tos, a que pedira condução poisprecisava chegar em casa cedo,acabou morrendo imprensadaentre as ferragens. A colisão sedeu na Avenida Niemeyer, naaltura do Hotel Nacional, quan-do Túlio tentou ultrapassar umcarro e bateu de frente com oônibus, dirigido por Altair dasDores Rosa.

Susana Santos Ferreira mor-reu no local, e Túlio, com gra-ves ferimentos, foi conduzido

Sara o Hospital Miguel Couto,

cando internado em estadograve. Os outros ocupantes doChevette sofreram ferimentosleves. A 15a Delegacia Policialregistrou o acidente.

Líder sindical rural eagente pastoral do Paráê assassinado com 2 tiros

Belém — Com dois tiros, um na cabeça e outro noestômago, foi encontrado morto, no Município de Ara-guaina, Goiás, o lavrador Raimundo Ferreira Lima,candidato da Oposição à presidência do Sindicato dosTrabalhadores Rurais de Conceição do Araguaia eagente pastoral de Itaipavas.

Acredita-se que o lavrador e líder sindical foi se-qüestrado e assassinado por questões de terra. Diasantes, seu nome figurou numa lista de seis pessoas —entre elas o padre Aristides—condenadas à morte. Sãoelas as que mais se destacam na luta em favor dosposseiros; da região contra a expulsão de suas terras.

PM que denunciou Tenentepor morte de estudante étransferido em represália

O soldado PM José de Freitas foi transferido do 15aBPM para o Municipio de Pedro do Rio — 6a Compa-nhia — em represália por ter denunciado o 2o TenentePM Francisco de Paulo da Costa como o comandante ¦do grupo que seqüestrou e matou o estudante José deSouza Paulino, 15 anos. A informação é de policiais da59a DP, de Duque de Caxias.

Acusado por parentes do estudante como um dosparticipantes do seqüestro, o soldado José Luís deFreitas apontou o Tenente Paula da Costa, o caboAntônio Batista de Feitas, um Subtenente conhecidopor Pica-Pau como os assassinos do rapaz.

DENÚNCIAS \

O assassinio de RaimundoFerreira Lima foi denunciadoem Belém pelos representantesde várias entidades que apoiama luta dos posseiros, como aComissào Pastoral da Terra,Sociedade Paraense de Defesados Direitos Humanos, Comitêde Anistia, Grupo de Apoio aoíndio, Uniào Nacional dos Estu-dantes e Comissào do Interiordo Partido dos Trabalhadores.Essas entidades expediram te-legramas denunciando o crimee pedindo providências ao Mi-nistro da Justiça e aos Gover-nadores de Goiás e Pará.

Raimundo Ferreira Lima ti-nha 42 anos e seis filhos. Eranatural de Marabá, Depois demorar dois anos em Mato Gros-so, fixou-se em Itaipavas, loca-lidade de Conceiçáo do Ara-guaia onde funcionava comoagente pastoral. Bastante esti-mado em toda a regiáo do Ara-guaia, ele se impôs como líderdos lavradores, sendo conside-

rado um autodidata: com ape-nas o curso primário, tinha umainvejável cultura, fruto de mui-ta leitura. Era candidato daoposiçào à presidência do Sin-dicato dos Trabalhadores Ru-rais de Conceição do Araguaiae sua eleição era tida comocerta.,

O crime, segundo as entida-des denunciantes, náo deixamargem a dúvidas quanto aosmotivos: o perigo que sua lide-rança representava para os gri-leiros que atuam na região, par-ticularmente a empresa Impar,com a qual os posseiros da áreaestão em conflito. Isto porqueno bolso do lavrador foram en-contrados, intactos, Cr$ 20 milque ele carregava. Seu corpo foiencontrado sexta-feira e levado,para Itaipavas, onde foi enter-rado.

Teme-se que a morte de Ral-mundo Ferreira Lima agrave oclima de tensão existente emConceição do Araguaia, ondehoje será realizado um ato ecu-mênico de desagravo.

Exército tem 80 casos demilitares demitidos e"ressuscitados" pela Anistia

Brasília—A pouco mais de 20 dias do encerramen-to do prazo para que os Ministros despachem os proces-sos de pedido de anistia, o Exército tem cerca de 80casos de militares demitidos por atos excepcionais—eportanto considerados mortos—agora "ressuscitados"pela Lei de Anistia e não requerentes dos benefícios dareferida legislação.

Essa é a situação, por exemplo, do Major JoaquimPires Cerveira, demitido a 16 de novembro de 1970 edado como morto de acordo com o Estatuto dos Milita-res. A Lei de Anistia teve poderes para "ressuscitá-lo",situação que sô mudará quando a Justiça civil julgá-lopresumidamente morto ou sua viúva apresentar oatestado de óbito. Para a família, o Major foi morto noDOI-CODI do Rio em 1973.

INOCENTE

Nas Investigações do delega-do Jony Siqueira e do PromotorEdson Pereira da Silva, da 4'Vara Criminal de Caxias, o sol-dado José Luis foi inocentadode qualquer participação no se-qüestro e morte de José Pauli-no, encontrado a 20 de maiomanietado e com 12 tiros depistola calibre 45 em JardimGramacho. .

O presidente da 2' subseçãoda OAB em Duque de Caxias,Valdir de Souza Medeiros, aotomar conhecimento de que osoldado José Luis foi transferi-do para Pedro do Rio por deter-minação do comandante do 15°BPM, Coronel Milton DomellasMoreno, disse que a medida for-talece suas acusações de que ocomando tem conhecimentodas atrocidades e violênciaspraticadas por militares do 15°BPM.RECONHECIMENTO

O delegado Jony Siqueira ln-formou que pretende pedir aprisáo preventiva, o mais brevepossível, de todos os militaresenvolvidos na morte do estu-dante, para proteger as teste-munhas, que temem represa-lias.

Está previsto para a tarde dehoje auto dé reconhecimento

OFICIALMENTE VIVOEmbora esta situação pareça

complexa, para o Exército ésimples, pois, do ponto-de-vistaadministrativo, é prevista noEstatuto dos Militares. Assim,o funcionário militar demitidoda Força é considerado mortoaté que seja reabilitado peloSuperior Tribunal Militar. En-quanto demitido, mesmo quede fato ele esteja vivo, sua mu-lher ou herdeiros legítimos re-ceberào a pensão, como se eleestivesse morto. Porém, depoisda aprovação da Lei de Anistia,todos voltaram a ser considera-dos oficialmente vivos, e, com oobjetivo de localizá-los, editaisde convocação vêm sendo pu-blicados regularmente no Diá-rio Oficial, solicitando suas pre-senças.

Dos 80 casos na Força Terres-tre, 76 são de militares e quatrode funcionários civis, todos ca-talogados como demitidos enâo requerentes dos benefíciosda lei. No total, os atos lnstitu-cionais e complementares assi-nados depois de 31 de março de1964 atingiram 670 civis e mili-tares no Exército, sendo que sô

Ninguém é eterno,decida-se hoje!

Jimlim Sdajkuidade*

R SãoJO3*.90 19° andar Rio Tols: 221" 7677/332" 0377

3EMHERIO PAHOUE

AVISOS RELIGIOSOS

NELY PEREIRA DEMELO

(FALECIMENTO)

tSua

familia profundamente consternada co-munica o seu falecimento ocorrido, onten, éconvida, parentes e amigos para o sepulta-mento hoje, dia 02, às 11 horas, saindo o

féretro da Capela Real Grandeza n° 2, para oCemitério São João Batista.

370,, aproximadamente, entra---ram com requerimentos solici-tando reversão à ativa.

Entre os 300 que não requere-.ram, 220 foram reformados outransferidos para a reserva erecebem pensões (ou seus her-deiros se o titular estiver mor-to). De qualquer forma, o Exér-cito sabe de seus destinos, oque não ocorre com os 80 demi-tidos, que oficialmente revive-nun. Denúncias verbais de queforam mortos ou estào desapa-

.reeidos náo tém, para o Exerci-to, validade judicial. Se elesnão apresentaram seus requeri-mentos, a família também nãopode fazê-lo, pois Isto só é possi-vel mediante a apresentação deatestado de óbito.

Esses 80 funcionários estãosendo convocados por edital ealguns já se apresentaram. Masuma grande parte está na mes-ma situação dó Major JoaquimPires Cerveira, ou seja, para afamilia ele está desaparecidoou morto, mas para a Força,oficialmente ele está vivo, e,teoricamente, deve se apresen-tar para regularizar sua si-tuaçào.

Chapa BenGurion évitoriosa

A chapa Ben Gurion, encabe-cada pelo jornalista Zevi Ghi-velder, venceu ao final da noite,com 60% dos votos, as eleiçõespara o conselho deliberativo daorganização sionista do Rio deJaneiro. O resultado expressa omesmo ponto-de-vista realiza-do em Israel, hâ dois meses, eque deu a vitória aos traba-lhistas.

Em homenagem ao Primeiro-Ministro que dirigiu o Estadode Israel, o estadista Ben Gu-rion, já falecido, a chapa vito-riosa foi aclamada às 22h, nasede Hebraica, na Rua das La-ranjeiras, pela colônia israelita,com 1 mil 554 votos. A chapaLikud recebeu 500 votos, os Re-ligiosos 183 e a chapa indepen-dente 109 votos,

tfeira.

ARYMA CAVALCANTI DACOSTA SANTOS

(MISSA DE 7o WA)

André, Laura, Gilberto, Rodrigo, Gisela, Cléa, Cláudia, Márcia e Arquimedes,filhos, genro, netos, cunhada e sobrinhos agradecem as manifestações depesar recebidas pelo falecimento de sua querida ARYMA e convidamparentes e amigos para a missa de 7o dia a realizar-se amanhã, dia 3, terça-às 11 horas, na Igreja N. Sa do Carmo à Rua 1o de Março.

BENEDITO FONSECA E SOUZA(YY - (BINE)

(MISSA DE 7o DIA)

t Sua família, agradece as manifestações de pesar-recebidas por ocasião de seu falecimento e convidaparentes e amigos para a missa de 7° dia a ser

celebrada dia 3. de junho, terça-feira, às 18:30 na IgrejaNossa Senhora de Copacabana, à Rua Hilário de Gouveia.

entre o Tenente Francisco dePaula com o negociante de ou-ro Humberto Manoel de Jesus eo sindico do prédio n° 58 daRua General Mitre, Centro deCaxias, Obeo Costa Ferreira,que acusam o militar de, comum grupo, ter invadido o prédiopara tentar extorquir Cr$ 100mil do comerciante.

Obeo Costa afirma que vaiapontar o Tenente conto inva-sor do edifício, pois já o reco-nheceu através de fotos em jor-nais. O comerciante disse que omilitar e outros homens invadi-ram sua residência com pistolacalibre 45.

OUTRA MORTE

O delegado-adjunto de Ca-xias, Álvaro Duílio, que presideo inquérito que apura a mortedo sapateiro Clodomiro Apare-cido de Oliveira, informou queoficiou ao Comandante MiltonDomellas solicitando a presen-ça dos soldados que estavamdesiginados, dia 21 de maior, nopoliciamento ostensivo do bair-ro Corte 8.

Nesse bairro, dia 21, o sapa-teiro foi preso por um patrulha-mento do 15° BPM. Ele foi en-contrado metralhado no bairrode Lagunas e Dourados. Já fo-ram ouvidas sete testemunhasque viram Clodomiro ser preso.

TempoO JORNAL DO BRASIL nâo publica nas segundas-feiras as imagens do tempocolhidas pelo satélite meteorológico SMS porque o Instituto de Pesquisas Espaciaisde São José dos Campos , não as transmite aos domingos

NO RIONo Sio — Claro a parclalmenl* nublo-do. Nevotlroí etporio» oo amanhecer.Temperatura ettavel. Ventot Norte fro-coi. Máxima de 33.4 em Jocarepaguáe mínima de 19.5 no Alto do Boa Vista.

O SOLNonerOco to

6h26mI7hl5m

AS CHUVASPMCIPÍTAÇAO (mm)

Ulllmoi24ho*ai 00acumulada este mé» 0.0normal mental 43.2acumulada este ono 290.1normal anual 1075.8

NOS ESTADOS•eo Vitto — Pte. nub.'o nub. c/ponc. esparsas. Temperaturaestável. Ventos: NE. fracos o mod. Manam — Pte. nub. anub. ainda suieito a panes, ocasionais Temperatura estável,ventos: N/NE fracos. Máx. 31,2; min. 22,1. Macapá — Pte.nub. a nub. c/panes. esparsas. Temperatura enável. ventos:N/NE. frocos a mod. Belém — Pte. nub. a nub. c/panes.Isolodos. Temperatura estável, ventot: E/NE fracos a mod.Máx. 31,8) min. 23,8. S, Lute — Pte. nub. a nub. c/panes.isolada» Temperatura estável. Ventos: E/NE fraco» a mod.Máx. 30,2; min, 24,9. Teretino — Claro a pte. nub.Temperatura ettável. ventos: E/SE fracos. Fortokno—Claro apte. nub. Temperatura estável. Ventos: É/SE frocos. a mod.Máx. 32,2; min. 24,4. Natal — Pte. nub. a nub. c/pones.Isolada». Temperatura, ettável. ventos: SE. fraco» a mod.Me Peeeoa — Pte. nuts. a nub. c/pana. isolados. Tempera-tura estável ventot. SE fraco» a mod. Máx. 27,5; min. 22,3.Bedfe — Pte. nub. a nub. c/pano. isoladas. Temperaturaestável, vento». SE fraco» a mod. Máx. 28,2,- min. 22.9.Maceió — Pie. nub. a nub. c/pana. Isolado». Temperaturaettável. ventot: SE fraco» a mod. Máx. 27; mín. 20,4. Aracaju— Pte. nub. a nub. c/pana. Isoladas. Temperatura estável,ventos: SE frocos a mod. Máx. 28,á; min. 23,1. Salvador —Pie. nub. a nub. suieito a panes. Isoladas. Temperaturaestável, vento»: E»le traço» a mod. Máx. 27,8; min. 23,2.Vitorio — Pie. nub. Temperatura ettável. ventos: E/N fracos.Máx. 2á,9; min. 21,4. Ria de Janeiro — Claro o pte. nub.nevoeiro» esporto» oo amanhecer. Temperatura, estávelventos. N/fraco» Máx. 33,8; min. 19,5. Belo Horta* Pte.nub. nevoa úmida p/manhá. Temperatura, «tável. ventos:Ette/Norte fraco», min. 15. Bfotllta Claro a pte. nub. Tempe-raturo ettável. vento»: NE fraco» a mod. Máx. 2á; min. 13,6.Soe Paulo — Clara a pie. nub. Temperatura ettável. ventotN/NW fraco» a mod. Máx. 26; min. 17,9. Cuntlbo—Inttávelc/chuva» esparso» e trovoodat Itoladat. Temperatura ettávelno inicio declinando apót. vento»:N/NW/S/SE fraco» Máx.24,8; min. 12,6. Hottonòpelli — Inttável c/chuvasesparwsetrovoodat isoladas. Temperatura em declínio ventos: S/SE.fco». Máx. 23,6; mín. 19,6. tato Alegro — Nub. c/chuvatesparsas melhorando no decorrer do período. Temperaturaem acentuado declínio, ventos: S/SE fco». Máx. 19,8; min.

O MARRlo/Niferól — Preomar _00h3lm/0,6m e05hl lm/1,2m — Bai-xamor — I2h44m/0.3m e17h56m/l.lmAngra doe Rei» — Preamar —OOhl 2m/0.6m e 03h44m/l ,2m — Boi-xamor — 12h31m/0.2m eI6h30m/I.lmCabo Frio — Preomar — 04h45m/1.1 me I!h51m/0.3m — Baixomor —I7h52m/I.lm

TemperaturaDenirodabaio 22Foro da barra 22Mar calmoÁguas correndo de leste paro Sul

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ANALISE DA CARTA SINÓTKA DO INSTITUTO NACIONALDE METEOROLOGIA Frente fria localizada ao Morta de SantaCatarina estendendo-se para o Atlântico. Anticiclone subtropical com Centro aproximado de 1023MB localitodoa 29°S t 35°W Provável ocorrência de geadas esponas no Sul oSudoeste do Rio Gronde do Sul • regiões oo fenômeno noipróximas 24 horot.14,1. Rio Branco — Pte nub. a nub. temp. estável, ventosvariáveis frocos.Porto Velho — Pte. nub. o nub. Temperaturaestável, ventot: variáveis frocos. min. 22. Goiânia — Clara apte. nub. Temperatura: estável, ventos: NE/ fracos a mod.Máx. 30.0; min. 16.1. Cuiabá — Claro o pte. nub. temp:estável, ventos: N/NW. fracos, máx. 24.0; min, 12.6 CampoGrande — Pt*, nub. o nub. sujeito a instab. no decorrer doperíodo. Temperatura estável ventot: N/NW fraco» a mod.Máx. 29: mín. 19. J

Novo equipamento para buscade avião localiza um outrodesaparecido há três meses

O novo aparelho adaptado nos helicópteros peloSalvaero para detectar pedaços de ferro e outros mate-riais — para ajudar na busca ao bimotor prefixo PT-KQK, com sete pessoas a bordo, que continua desapa-recido desde o dia 13 — deu resultado ontem, narestinga de Marambaia, quando um pequeno aviãoNavajo, sumido há três meses, foi encontrado.

O avião é de propriedade da Sul América de Segu-ros, tem prefixo TT—IND, mas nenhum corpo de passa-geiro ou tripulante foi encontrado no local, checadopela equipe do Salvaero. Nas buscas de ontem ao aviãodesaparecido há 19 dias, nada de positivo foi consegui-do. As investigações foram nas serras das AgulhasNegras e do Mar, parte da região de Parati e Angra dosReis.

Rubem I

DEU CERTO

O pequeno aparelho adapta-do (que funciona utilizandoraios infra-vermelho) nos heli-copteros chama-se Aga Thei-moguison e detectou nas ime-diaçóes de Marambaia o aviáoNavajo. O Salvaero não fome-ceu maiores detalhes.

Apesar das negativas dos ofi-ciais do Salvaero sobre uma

possível queda do bimotor PT-KQK no mar, essa hipótese nãofoi afastada ontem, já que vá-rias áreas já foram sobrevoadaspelo Serviço de Busca da Aero-náutica e até agora nada depositivo foi conseguido.

A serra do Frade, ein Angrados Reis, também foi sobrevoa-da, mas os helicópteros queparticiparam das buscas nadaencontraram. Novas equipesdeverão sair hoje pela manhã.

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A Polícia Militar fez demonstração de cães amestrados no Carrefour

Acidentes ^.omJRadam^mataram 55 técnicos

Sociedade Pestalozzi acusaprefeito de desapropriarfazenda em seu beneficio

Cinqüenta e cinco técnicos doProjeto Radam morreram emacidentes com aviões, helicóp-teros, barcos e veículos rodo-viários em 10 anos de aerole-vantamento e mapeamento dosrecursos naturais da Amazôniae de uma faixa do Nordeste(áreas do Maranhão, Ceará eBahia).

As estatísticas do Projeto Ra-dam são realizadas em Salva-dor, onde se encontra a sedeRadam—Brasil. No penúltimoacidente no Sul do Amazonas,morreram quatro técnicos edois empregados de uma em-presa de helicópteros de alu-guel, mas só foi computada amorte dos técnicos. Os funcio-nários de empresas contrata-dos não entram nas estatísticasde acidentes do Radam.

O Projeto Radam, como sedenominou incialmente para ostrabalhos de levantamento dosrecursos naturais da Amazônia,foi criado em outubro de 1970.O relatório numérico sobre asmortes indica que até 1977ocorreram 14 acidentes envol-vendo aviões e causando a mor-te de 20 técnicos. Com helicóp-teros se registram oito aciden-tes, com oito mortes.

Nos levantamentos fluviaisna região amazônica, 10 acideh-tes com barcos provocaram amorte de oito funcionários doProjeto, enquanto em rodovias,morreram duas pessoas numúnico desastre, No relatório fei-to na sede do Projeto, intitula-do "informações básicas", nãoconstam as circunstâncias e ascausas das mortes de 13 outrostécnicos, ocorridas entre 1970 e1977, num total de 51 pessoas.

Diz o relatório que, em 1978,ocorreram três acidentes combarcos e um rodoviário, semvitimas fatais. No ano passado,segundo informações de técni-cos do Projeto Radam, regis-trou-se mais um acidente comum helicóptero no Sul da Ama-zônia, morrendo quatro técni-cos; além do piloto e do mecâ-nico,

Após a publicação do 18° vo-lume do trabalho de levanta-mento dos recursos naturais daAmazônia, a morte dos técnicosdo Projeto mereceu referênciado Presidente Ernesto Geisel.Foi num discurso em que histo-riou o trabalho do Radam eencerrou simbolicamente, em1978, os trabalhos na Ama-zônia.

Belo Horizonte — O presidente da Sociedade Pes-talozà de Minas, João Franzem de Lima, disse ontemter sido informado de que o Prefeito de Ibirité, EulerCaetano de Lima, desapropriou 16 mil 830 metrosquadrados da fazenda do Rosário, instituição pioneirano país na educação e assistência ao menor excepcio-nal, para construir uma estrada que beneficiará umaindustria de plástico de que é proprietário.

Informou também que vai impetrar mandado desegurança contra a Prefeitura de Ibirité, na RegiãoMetropolitana de Belo Horizonte, caso o prefeito nãorevogue o decreto 639, de 21 de maio. O GovernadorFrancelino Pereira indicou seu assessor para assuntosda Grande Belo Horizonte, Padre Nobre, para interce-der junto ao Prefeito no sentido de rever o ato.

Salvaero descobredois entre seis

De seis pequenos aviões desa-parecidos — provavelmentenos Estados do Rio e de SãoPaulo — o Salvaero conseguiulocalizar dois. O aviáo Cessna,prefixo PP-HNO, foi encontra-do nove anos depois, nas matasda Serra do Matoso, em Ita-guaí. Nesse desastre morreu opiloto.

Outro avião encontrado peloSalvaero foi o bimotor prefixoPT-NGQ, desaparecido no dia19 de janeiro de 1977, na rotaCaarapó(MT) Monte Azul Pau-lista. As equipes do Serviço deSalvamento da Aeronáuticaacharam o pequeno avião 27dias após seu desaparecimento,no Porto de Primavera, no Sulde Mato Grosso.

O aviào que sumiu em 1969foi encontrado pelo Salvaero epor uma equipe de caçadoresdo Para-sar, que acharam osdestroços do Cessna PP-HNO,que decolou de Nova Iguaçudia 10 de julho, com destino aResende e não mais fez contatopelo rádio com qualquer aero-nave. * •

Uma ossada sem cabeça seencontrava sobre uma das asasdo aparelho, que era pilotadopor Armindo Teixeira Brocha-do, proprietário de uma cadeia

de lojas de artigos masculinosna Baixada Fluminense. Naépoca; do acidente, as buscasnáo tiveram êxito, devido àsdificuldades de .acesso ao local,pois a mata é densa na regiáoda Serra do Matoso. Armindotinha dois filhos, na época com13 e 14 anos e era casado comMaria Emilia Lemos.

Já o aviáo prefixo PT-NGQfoi encontrado 27 dias depois deseu desaparecimento. Nele via-javam três tripulantes —o pilo-to José Burgueira e os passagei-ros subtenente Aiubi Burgueirae Sr Antônio Leal. A causa doacidente, segundo o Salvaero,foi um forte temporal. O apare-lho foi encontrado a 30km deRosana, num pântano de difícilacesso da região do Vontal.

Os quatro aviões não encon-trados pelo Serviço de Buscada Aeronáutica sào os seguin-tes: prefixo PT-BQS, desapare-cido dia Io de julho de 1967,com dois tripulantes; PT-DDS,dia 19 de janeiro de 1975, comquatro pessoas a bordo; PT-CBH, dia 7 de novembro de1976, com um tripulante; PT-NDB, dia 17 de janeiro de 1978;com três pessoas. Todos essesdesapareceram em regiões doRio e,de Sáo Paulo.

INTERESSADOAo desapropriar os 16 mil 830

metros quadrados da fazendado Rosário, fundada e dirigidaaté seu falecimento por DonaHelena Antipoff, o Prefeito Eu-ler Caetano de Lima argumen-tou que a área será destinada àconstrução de uma estrada e domercado distribuidor de produ-tos hortigranjeiros, vinculado àCeasa.

O presidente da Ceasa, New-ton de Paiva Ferreira, assegu-rou que náo escolheu os terre-nos da fazenda do Rosário paraa montagem do galpão do mer-cado e solidarizou-se com a So-ciedade Pestalozzi, embora sejafavorável à decisáo do Prefeitode construir o mercado no mu-nícipio.

Segundo o presidente da So-ciedade Mantenedora da Fa-zenda do Rosário, Joáo Fran-' zem de Lima, o Prefeito dé Ibiri-té poderia escolher outro localpara a construção do galpão,preservando os terrenos da Ins-tituição, fundada há 40 anos.Disse ter sido informado de queo Prefeito agiu pdr interesse'particülarrpois, nos terrenos dafazenda, pretende construiruma estrada para escoar a pro-duçáo de uma fábrica de. mate-riais plásticos que possui nomunicipio.

As direções regionais da Fu-nabem, da Febem e da Legião

Brasileira de Assistência hlpo-tecaram ontem solidariedade àSociedade Pestalozzi. Em oficioenviado ao Prefeito de Ibirité, opresidente da Febem, Ezequielde Mello Campos, manifestasua estranheza pela desapro-priação, considerando a medi-da de "rara infelicidade, poiscontempla Interesses por maislegítimos que sejam, de todoirrelevantes em comparaçãocom os excelentes serviçosprestados pela fazenda, entida-de de renome internacional."

Segundo ele, as entidades pú-blicas responsáveis pelo proble-ma "não podem tentar escon-der essa grande chaga socialque é a situaçáo do menor po-bre, carente e, no caso, deficien-te." Apontou a importância dafazenda do Rosário, náo apenasna educaçáo e assistência aomenor carente, mas tambémcomo uma.verdadeira escola deformação de profissionais dopaís e do exterior encarregadosde cuidar do menor excep-cional.

O diretor-regional da LegiãoBrasileira de Assistência, Antô-nio Luís Villaça, afirmou que adesapropriação é umdesrespei-to à memória de Dona HelenaAntipoff, que em 1940 criou ainstituição, e ao trabalho que láé executado, reconhecido porentidades internacionais, comoa Unesco.

Concursopremia filabrasileiro

Com 228 concorrentes de Ml-nas, São Paulo, Espirito Santo,Paraná e Rio de Janeiro, reali-zou-se no Carrefour a primeiraexposição especializada da ra-ça fila brasileiro. Foram distri-buídos 22 prêmios gerais aosmelhores cães, além de um tro»féu ao melhor cáo visitante eoutro ao melhor amestrado,.

Promovido pela Associaçãodos Criadores de Fila Brasileirodo Estado do Rio, o concursodistribuiu certificados de apti-dão a campeonato (CAC) ao»cachorros considerados exce-,lentes. Este foi o primeiro coivcurso no país em que os concor-rentes, à exceção dos filhotes,foram pesados e medidos.

Marcado para começar àsIOh, o concurso atrasou umahora devido à pesagem e medi-çáo dos cães, feitas por doisveterinários. Como havia múi-tas crianças no local e algunscães mostravam-se irrequietose agressivos, o exame passou áser feito ao mesmo tempo qúèas outras provas. ¦ *

Os cães foram divididos emquatro pistas: uma para ma-chos filhotes, A e B e novissi-mos, A e B; outra para machosjúnior A e B, sênior e campeões;outra para ninhadas fêmeas, 11-lhotes A e B e novíssimos A e B;e outra para fêmeas, júnior A eV, sênior e campeãs.

Com Vágner Baccoci, Armah-do Reis, Renato Pinheiro eJoão Baptista Gomes como ár-bitros, os concorrentes fizeramdesfile de estrutura — movi-mentação do' cáo, análise dofenótipo do animal e avaliaçãodos juizes — e beleza e provasde adrestramento básico, cornoobediência, trabalho de tempe-ramento e como cáo de defesa.Houve demonstração de cãesamestrados da Polícia Militar.

Os vencedores da competiçãoforam: melhor fêmea, AluandaGoiandira, filha de Argus eConquista, de propriedade deJosé Augusto Ferreira Gomes;melhor macho, Alamo Negtodo Rio Bonito, filho do cahi*peáo internacional Bronco, depropriedade de Israel FaustirioFilho.

CAROLINA PAULINA SANTOSt

Eunice Constan, filhos, genros e netos, agradecem asmanifestações de pesar por ocasião do falecimento de;sua cunhada, tia e avó CAROLINA e convidam paren-

tes e amigos para missa que mandam celebrar, amanhã,terça-feira dia 3 às 11" horas, na Igreja Santa Cruz dos:Militares à Rua 1o de Marco. -^iw-v-we*

JORNAL DO BRASIL ? segunda-feira, 2/6/80 D l8 Caderno CIDADE — 15

Cidade, em dia de sol, vive em função do jogoQuem náo gosta de futebol, leve um dia particularmenteincômodo no Rio ontem. Buzinas, rádios a todo volume, fogos

de artifício e gritos de "Mengo" atrapalharam quem queriaacenas aproveitar um domingo de sol, Durante os 90 minutoscre Jogo, mais os 15 de intervalo, a cidade reagiu ao queacontecia no Maracaná. Vibrou com os gols do Flamengo,sofreu com os gols do Atlético, e irritou quem estava neutro.

"O movimento aqui caiu 60%. Todo domingo enche, masesse foi muito fraco." Reclamações como a do plpoqueiroAntônio Mário dos Reis, que faz ponto na porta do CircoOrlando Orfei, na Avenida Presidente Vagas, foram comuns. Ojogo diminuiu o movimento no circo e nos cinemas, deixoupastores pregando para praças vazias e esvaziou os bares numatarde de calor.

Pregando no desertoO pipoqueiro Antônio faz, todo domingo, uma féria de CrS 1

mil na porta do circo. Ontem, depois de duas matinês, ele náoescondia o desânimo. "Nâo encheu nenhuma das duas sessõese. até agora, só fiz CrS 300." Na opinião do guardador deautomóveis Egílson Fernandes Machado, 33 anos, que tambémtrabalha nas imediações do Orlando Orfei, náo chegou a haverproblema; "O importante é que o Flamengo vença. Hoje eu náoestou ganhando nada. Até agora fiz Cr$ 50. Fica tudo bem se oMengão vencer."

O Centro da cidade deserto não parecia preocupar umgrupo da Associação Missionária Evangélica Maranata ("A quevem de Jesus", identificava uma das irmãs). Ala dissidente daIgreja Prebisteriana, o grupo pregava o Evangelho para umaCinelândia vazia. Nem o barulho das guitarras amplificadas, asmúsicas e a retórica do pastor Moretti — chamado de "coorde-nador" pelas irmãs —, era capaz de prender a atenção dosfreqüentadores, que formavam rodas em tomo daqueles quetinham um bem de alto valor, ontem, no Rio: um rádio de pilha.

Emanuelle rejeitada"Olha só o movimento. Está fraco". O bilheteiro do cinema

Pathé, José Maria dos Santos, acha que o futebol traz gravesprejuízos para o cinema. No Pathé, por exemplo, está passandoum filme que tem garantido altas rendas para os exibidores:Emanuelle, a verdadeira. Ontem, o movimento era bem fraco.Só vai melhorar a partir da sessão das oito. Ai o pessoal volta aviver. Está todo mundo atento ao Maracaná". O Sr José Mariatem 67 anos, trabalha há três anos e meio no Pathé, e tem umorgulho: nunca ter ligado para futebol.

i "O jogo nâo atrapalha. O que está atrapalhando é o calor"-, garantia o proprietário da Bomboniére Pathé, Nero Montei-ro, 70 anos. "A verdade é que a Cinelândia está decadente" —argumentava. "A noite, ficam só os vagabundos, O público docipema nâo é o mesmo do futebol. Portanto, não atrapalha".

' Na Quinta da Boa Vista havia muita gente nos gramados.

Porém, o ambulante José Evaristo, que vende refrigerante há10 anos no mesmo ponto — próximo ao Jardim Zoológico —,nào estava satisfeito:"Estã todo mundo lá", dizia, apontandopara o Macaranã. Vascaíno confesso, ele estava torcendo para oAtlético. Afinai, o Flamengo atrapalhou seus negócios.

Foto de Oellim Vieira^¦¦u.v~:^^^'?*v&&mk'm..-

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Farofa e galinhaPara a família do vascaíno Miguel Caram, foi um bom

domingo de sol. Ela aproveitou para fazer um piquenique naQuinta da Boa Vista, e não estava nem um pouco preocupadacom o que acontecia no Maracaná. Afinal, o Vasco está desclas-sificado há multo tempo e Caram preferiu se entregar àsdelicias de um arroz de forno, com galinha, farofa e umacervejinha em lata bem gelada, conservada numa geladeira dei$opor. Ele resumiu o sentimento do grupo: — "Hoje, somostodos atleticanos. Se o Flamengo ganhar, ninguém vai aturaressa cidade".

J Mas nem todos os que estavam na Quinta torciam contra oFlamengo. Os gramados estavam cheios de crianças vestidasde vermelho-e-preto. O motorista profissional Geraldo Pinto deOliveira, 33 anos, saiu de Copacabana disposto a enfrentar umestádio do Maracanã lotado. Chegou na porta, viu o movimen-to, desanimou. Pegou o seu Dodge Dart recortado, placa RN7348. e foi descansar próximo à Quinta, enrolado numa bandei-ra do Flamengo, enquanto ouvia o jogo.

"Criança sofre'As pistas de patinação da Lagoa tiveram uma tarde vazia."Tem até lugar para estacionar" — constatara o Sr Amir

Nóbrega, pai de Carlos, de 11 anos, e Marcelo, de 15 anos. Oprimeiro, ilamenguista; o mais velho torcedor do Fluminense.Carlos, o filho mais moço de Sr Amir, não é um meninoqualquer. Ele ficou famoso da televisão, fazendo um garotodecepcionado com a falta de sensibilidade dos adultos: "Crian-ça sofre." — diz na TV Carlos Poyart, nome artístico do filho deSr Amir.

"Náo fomos ao Maracanã porque o torcedor de futebol andamuito mal-educado", explicou o pai de Carlinhos. E o meninotinha razões de sobra para crer que "criança sofre". "Gol doFlamengo, Carlinhos. Foi de Nunes", gritou Sr Amir para o filhoquando o time dos dois fèz 1 a 0. Carlinhos, atrapalhado cqm ospatins, pouco satisfeito por náo estar no Maracanã, descobriu,logo em seguida, que "criança sofre" não apenas no Planeta dosHomens, da TV Globo. O atacante Reinaldo empataria o jogo— 1 a 1 — para_s_eu desespero. Pior: o gol foi comemorado comestardalhaço por um mineiro, que gritou "Galo".

"Quem é essa cara? Ele torce mesmo pelo Atlético?", quissaber o garoto. "Não liga, nào, meu filho. O futebol é assimmesmo" — disse o Sr Amir, procurando consolar o filho,enquanto Marcelo não escondia uma ponta de satisfaçãotricolor no rosto.

O Sr Amir procurou desviar o assunto, diminuindo ovolume do rádio, e falando do filho artista: "È um meninonormal, vai bem na escola, tem boas notas. Gosta de patinar.Nós viemos aqui todo sábado e domingo". Enquanto isto,Carlinhos tentava equilibrar-se, com meias vermelha e preta,nó seu patins.

'Adfega do Bocage""Meu coraçáo está batendo forte." O coração do garçomItamar Moreira disparou várias vezes ontem. Uma delas quan-do Zico fez o segundo gol do Flamengo. Ele estava na porta da

Adega do Bocage, onde trabalha, com o ouvido colado noradinho de pilha. Com ele, outros três companheiros—Francis-ço Gomes, Valdir Ferreira e Norberto Pereira —. todos flamen-guistas. Nenhum tão apaixonado como Itamar, que, por cimada camisa branca e da gravata borboleta, vestia uma camisa doFlamengo.

"O movimento está fraco. Está todo mundo preocupadocom o jogo. Até eu, já que só vai ter trabalho depois das oito."Na portaria dos ftindos do Clube de Regatas do Flamengo, naGávea, o porteiro Carlos Magno, 37 anos de serviços na mesmaportaria, sofria com seu time. Mas ele já está acostumado asofrer através das reações dos locutores, porque raramente temcondições de ir ao Maracanã.

"Agora, o movimento está fraco. Pouca gente no clube.Depois do jogo, se o Flamengo vencer, isso aqui vai virar umaloucura. Já tem 21 mil litros de chope gelando ali perto docampo" — contou.

Cachorro rubro-negro.-• E a cidade reagia a cada acontecimento do Maracanã. EmCopacabana, os prédios estavam coloridos de preto e vermelho.Nas ruas e nos pontos de ônibus, muita gente com radinhos depilha colados aos ouvidos. Cada gol do Flamengo era acompa-nhado de foguetes, gritos e buzinas. Quando o Atlético marca-. va, parecia que a cidade ficava mais silenciosa.

Na Avenida Visconde de Piraja, em Ipanema, o movimentoera pequeno. E só aumentou quando quatro moças, num Pumavermelho conversível, placa US-2027, de São Paulo, passou.Uma delas, sentada na parte traseira do carro, vestida com ummaio vermelho, gritava "Mengo". E levantava um pequeno.caphono, enrolado numa bandeira do Flamengo. Em altavelocidade, o Puma era perseguido por um Chevette branco,com três homens. Eles não pareciam muito interessados noresultado do jogo.

Movimento naspraias foi regular

O movimento nas praias cariocas, ontem pela manhã,foi considerado regular pelo Salvamar, que registrou 18afogamentos, mas nenhuma morte: sete em Copacabananove em Ipanema e dois no Flamengo. Mesmo com atemperatura de 22 graus da água, poucos banhistas apro-veitaram o sol forte.O plantão rodoviário informou que o movimento nas

estradas foi normal durante è tarde, mas segundo ospoliciais rodoviários, à noite a tendência era a aumentar. Onúmero de veículos que chegaram ao Rio este fim desemana foi maior — principalmente vindos de Minas Oe-rais. o total só será fornecido hoje.

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Cansado da viagem de ônibus, com o meio-fio servindo de travesseiro, o atleticano espera o jogoFoto de Luiz Morier

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De manhã, o clima erade festa na Zona Sul

Na beira da praia, de manha, o clima era de carnaval, commuita alegria e sem incidentes. Os torcedores do Flamengo seconcentraram em Ipanema e os do Atlético em Copacabana.Cerca de 50 ônibus fretados por torcedores mineiros ficaramestacionados no Posto 6.

Em frente à Rua Siqueira Campos, um grupo que fazia umautêntico carnaval fechou a Avenida Atlântica, provocandoenorme engarrafamento. O motorista do Passat verde placaYT-2302 deu uma frelada mais brusca, que fez seu filho pequenodar uma cabeçada e machucar a boca. Exaltado, ele saltou docarro querendo brigar. Nisso, um Opala vinho quase atropelouum atleticano, acirrando ainda mais os ânimos. A esta alturachegou um camburão da 19° BPM, que separou a briga.

No calçadào, dois mineiros apostavam se aquela praia eraCopacabana ou Ipanema. Muitos nâo sabiam nadar, debatendoos braços para nâo afundar. No Posto 6, era mais fácil encontrarmineiros do que cariocas, que pagaram Cr$ 800 pelo transportenos ônibus fretados. Em caso de vitória do Atlético, os torcedo-res prometiam fazer um carnaval de uma semana em MinasGerais — "e segunda-feira vai ser feriado, na certa", exclamouum deles. Só da sede do Atlético saíram 150 ônibus fretados,fora outros de torcidas organizadas, carros particulares, alémdos que chegaram de aviào.

As praias de Ipanema e Leblon estavam bem mais tranqUi-las. Os pontos de agitação eram o Barril 1800 e o Caneco 70,com predomínio das bandeiras rubro-negras. Em torno de llh.uma caravana de carros particulares reteve o trânsito na VieiraSouto e Delfim Moreira, trafegando lentamente e sacudindo asbandeiras flamenguistas, ao som de buzinas e cometas. Haviaapenas sete ônibus estacionados próximos ao Castelinho, ai-guns inclusive que misturavam as duas torcidas — "e nâo deunenhuma briga", disse um deles.

Torcedores da ZonaNorte chegaram cedo

De trem, carro de passeio, ônibus e caminhões, os torcedo-res do Flamengo chegaram ao Estádio Mário Filho bem cedopara garantir os melhores lugares. A torcida do Atlético Minei-ro. que chegou ao Mário Filho durante à noite, aguardava, semprovocações, que os portões fossem abertos para ocuparem oslugares reservados pela PM, à direita da Tribuna de Honra.

No subúrbio carioca a alegria era grande, com torcedoresconfraternizando, bebendo cerveja e batidas, soltavam gritosde viva ao "Mengào". Nas estações ferroviárias, havia movi-mento intenso nas bilheterias; grupos uniformizados procura-vam chegar cedo ao local do jogo.De Olaria e Bonsucesso, caravanas de torcedores partiamde diversas ruas, formando um só bloco na Praça das Naçõespara, juntos, se encaminharem ao estádio.

Pegando fogoAo meio dia de ontem o Maracanã já estava pegando fogo.

Cerca de 1 mil homens do 6° BPM foram destacados para asegurança, sob o comando do Coronel Jorge Reis, além devárias unidades, como o Batalhão de Burocratas, os 3°, 6°, 9° e15° Batalhões, PBAE, RP Montada e Regimento de Choque.Um policial teve a perna direita ferida por um morteiro.

Muita gente pulava os portões antes que eles fossemabertos. Os atleticanos estavam revoltados, por que ninguémindicava por onde eles deviam entrar — "os soldados ficammandando a gente de um lado para outro. Isto está umapalhaçada, já tivemos que dar várias voltas pelo estádio,andando", reclamavam. Na hora em que foi aberto o portãoprincipal, as duas torcidas acabaram entrando juntas, commuito tumulto mas sem brigas.

A Charanga do Júlio, grupo de atleticanos, até as 14h aindaprocurava entradas. Mas seus componentes eram impedidos decomprá-las por torcedores do Flamengo, que com gritos eameaças nâo deixavam que eles se aproximassem das bilhete-rias.

No portão principal, em frente à estátua do jogador Bellini,a concentração de torcedores do Flamengo era maior e maiscompacta. Diversos torcedores, nào podendo entrar pelo por-tâo, pulavam o muro e entregavam Ingressos aos soldados PMlá dentrodo Estádio. A polícia, com diversas radiopatrulhas,apenas assistia ao tumulto — os policiais conversavam distrai-damente enquanto os torcedores brigavam entre si para pode-rem entrar no Maracaná. Todos os soldados com capacetespara' evitar pedradas.

Para a polícia, jogofoi bastante tranqüilo

A depredação de vários ônibus de torcedores mineiros,prisáo de cerca de 150 pessoas e queixas de mrtos diversosmarcaram o final do jogo Flamengo — Atlético Mineiro. Mas,segundo os policiais, em relaçào aos outros jogos "foi bastantetranqüilo".

Com cerca de 1 mil 500 homens da Polícia Militar e Civil, opoliciamento foi dividido em áreas. Antes, porém, foi realizadauma batida nas proximidades do Maracanã. Quem náo apre-sentou comprovante^de-trabalho foi detido e encaminhado aoxadrez do Estádio, com capacidade para 200 pessoas.

Depredações

^^^8JVo estádio, a esperança de vencer fácil no Rio Na porta do Circo, um dia de movinwnto fraco

GG

Os conflitos entre torcedores começaram antes do jogo,quando os policiais receberam as primeiras queixas de depre-dações. Alguns ônibus da Viaçào Normandi do Triângulotiveram os vidros quebrados por pedras atiradas pela torcida.

Com a presença dos policiais, os grupos se dispersavam,porém o mesmo acontecia em outra parte do estádio. Algunsdepredadores foram presos.

A batida, segundo os Majores Gaio e Aníbal, que chefiavamo policiamento, foi preventiva, evitando a entrada de delin-quentes. Para se deslocarem com mais rapidez, soldados do 2°Regimento de Cavalaria utilizaram cavalos. Eles também pro-teeJam os ônibus dos torcedores mineiros estacionados emredor do Maracanã.

A maior preocupação dos policiais era proteger os torcedo-res do Atlético Mineiro. Ao final do jogo, várias viaturaspoliciais, além dos soldados a cavalo, cercaram os ônibusmineiros e evitaram que os flamenguistas tivessem acesso aosmesmos.

O policiamento se estendeu em áreas de um quilômetro doMaracanã, como por exemplo a Praça Sete, em Vila Isabel,Praça da Bandeira e Praça Saens Pena. Os pontos próximos aoestádio de maior índice de asssaltos foram policiados poragentes civis. Alguns ficaram escondidos para dar flagrante nosassaltantes.

FeridosAlgumas pequenas brigas foram registradas fora do está-

dio, que provocaram ferimentos leves em torcedores. A políciaesteve presente e, em alguns casos, as pessoas foram presas.Os flamenguistas Roberto Garcia Filho e Antônio CarlosAlves foram atendidos no Hospital Souza Aguiar, com contu-soes e escoriações generalizadas, em conseqüência de umaqueda da arquibancada. Após rolarem pelas escadas, bateramnas grades de proteção do estádio. Com relação ao movimentodos outros hospitais, os médicos de plantão consideram "nor-mal, rotineiro".

Entre as diversas vitimas de furto, Pedro Luiz NogueiraViana, teve uma crise nervosa ao flnal do jogo, quando procu-rou sua carteira e náo a encontrou. "Fui roubado. E agora" —disse ele para um policial. Foi aconselhado a registrar a queixana 18a. DP, na Praça da Bandeira. Mas Pedro ponderou: "Nàotenho um tostáo seu guarda". O policial deu-lhe Cr$ 10.

Segundo o delegado Joel Machado, da 18a. DP, o númeroexato de roubos e furtos só poderá ser fornecido hoje, já que eleespera também que a Polícia Militar lhe dê dados.

Soldado da PM vendeingressos mais caro

Desde cedo a PM chegou ao Macaranã (6h) para proteger ostorcedores do Atlético Mineiro, que passaram a noite junto aoEstádio. Os mineiros que náoiaviam comprado ingresso comantecedência náo tiveram problemas: o soldado PM Azevedo,fardado e em serviço, vendia arquibancadas a CrS 300 (o preço éCrS 120) em uma fila bem organizada.

Torcedores do Flamengo hostilizaram os do Atlético ehavia os que queriam agredi-los como desforra por terem"apanhado" em Belo Horizonte. Mas a PM foi táo eficiente nasegurança quanto o soldado Azevedo na venda de ingressos econseguiu evitar agressões.

Por volta do meio dia, houve um começo de batalhapróximo ao Estádio, com troca de pedradas entre torcedoresdos dois clubes. A munição (pedfts) era retirada da obra de umviaduto em frente ao campo da UERJ*. Dez minutos depois,quatro choques da PM acabaram com a guerra.

Muitos mineiros não sabiam por onde entrar e ficaramdando voltas em tomo do Estádio até encontrar quem osinformase. A entrada a eles destinada pela PM era pelo portão16. acesso para o local da arquibancada que lhes fora reservado,ao lado da tribuna de honra, para evitar confronto com atorcida do Flamengo._' © O, ©

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16 - ECONOMIA

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Informe Econômico

O que vale no IOF0 presidente do Banco Central, Carlos Ge-

raldo Langoni, esclarece a dúvida levantadapelo Informe Econômico sobre que alíquota vigo-ra para a cobrança do IOF nas operações decrédito ao consumidor, como a compra de auto-móvel, por exemplo.

Segundo Langoni, estão valendo as alfquo-tas criadas pela Resolução 610 do Banco Centrale pelas circulam 523 e 525, pois o novo edefinitivo regulamento do IOF - "que não sechamará IOCCSOTVM, porque esta sigla nãoestá no regulamento, já que o imposto continua-rá sendo conhecido como IOF — só vigora apartir do próximo dia 16.

O dirigente do BC disse que ó prazo foi dadopara atender um pedido das financeiras, queconsideravam difícil uma rápida adaptação deseus programas de computador à nova forma decobrança do IOF no crédito direto, que agoraenglobará o principal e os encargos financeiros.

Assim, até o dia 16, os financiamentos commenos de 365 dias de prazo pagam 0,6% ao mêssobre o principal, e os de mais de um ano deprazo pagam um imposto de 6,9% sobre o prin-cipal.

Do dia 16 em diante, no entanto, a alíquotados financiamentos de qualquer prazo passa aser de 3,6%, cobrada antecipadamente sobre ovalor do principal e dos encargos.

O custo efetivo de nova alíquota, apesar desua incidência sobre os encargos, é inferior asduas sistemáticas vigentes até o dia 16. Portan-to, para os consumidores que vão recorrer aocrédito, o melhor conselho que se pode dar éesperar para trocar de carro, adquirir umatelevisão a cores, um fogão, uma geladeira, ouum aparelho de som para depois do dia 16 —porque estará fazendo economia.

O mesmo conselho pode ser dado a compra-dores de imóveis usados atavés da Caixa Econó-mica Federal. A partir do dia 16 só pagam os6,9% de IOF sobre o que exceder a 2 mil 250 UPCs(Cr$ 1 milhão 230 mil) no financiamento.

Náo é nada, não é nada, trata-se de umaeconomia de Cr$ 84 mil 870, que ajuda na mu-dança e decoração do imóvel.

Ouro a serio

É possível que as descobertas e compras deouro pela Docegeo — 442,6 quilos em maio —sirvam de pretexto para novas especulaçõescom ações da Vale do Rio Doce, de quem ésubsidiária, nas Bolsas de Valores.

Mas, aqueles que pensam que a descobertade ouro abre uma nova e importantíssima fontede divisas para o pagamento dos compromissosda dívida externa e das importações de petróleo,até que não estào delirando.

Os 442,6 quilos adquiridos pela Docegeoeqüivalem a pouco mais de 6 milhões de dólares.Descobertas diárias dessa quantidade represen-tariam ao final de um ano 2 bilhões 190 milhõesde dólares.

E não é de todo improvável que se descubra,por dia, uma quantidade próxima a esse valorem todo o país. Tanto isso é plausível que oGoverno cogita de criar, a Ourobrás, para cen-tratizar sob comando estatal o comércio do ourono pais — uma divisa estratégica, evitando ocontrabando.

As compras da Docegeo e suas descobertas,S07nadas às aquisições da Bolsa de Pedras Pre-ciosas, da Caixa Econômica Federal, tém colo-cado nas mãos do Governo divisas importantes,principalmente se o Banco Central puder nego-ciá-las livremente nos mercados internacionais.

¦ ¦

O ourogue o Brasil tem como reserva reava-liado pêlo Banco Central a partir de 31 deoutubro do ano passado pelas cotações do mer-cado internacional, ao invés do preço históricode aquisição, como anteriormente, náo pode sermovimentado livremente pelo BC.

A reavaliação, aliás, mostra que a perda dedivisas conversíveis experimentada pelo Brasildesde outubro foi muito maior do que estavadando a parecer o Banco Central.

Entre setembro — quando as reservas totaisdo país (ouro, direitos especiais de saque, posi-çáo no FMI e divisas conversíveis) eram de 9bilhões 327 milhões 300 mil dólares — e desem-bro, náo houve uma elevação de 361 milhões 400mil dólares nas reservas. As reservas caíramainda mais.

Isto porque a posição em ouro, que era de 68milhões de dólares (equivalente ao custo histori-co), foi reavaliada em 31 de dezembro em 722milhões 200 mil dólares, pelas cotações do mer-cado internacional. Nessa manobra contábil, opaís ganhou, no ouro, 654 milhões 200 mil dóla-res, sem contar outros ganhos na reavaliaçãodos DES e da posição no FMI.

Em divisas conversíveis, porém, houve per-da de 332 milhões de dólares. Assim, por talraciocínio e levando em conta que, em fevereiro,a posição do ouro foi reavaliada para 1 bilhão131 milhões 400 mil dólares, com aumentos tam-bém nos DES e na cota no FMI, a perda dereservas foi muito superior a 851 milhões 800 mildólares. Em divisas conversíveis, perdeu o Bra-sil nada menos que 1 bilháo 385 milhões 400 mildólares.

Daí, a conclusão de que a perda efetiva dereservas nos primeiros quatro meses superou emmuito a 3 bilhões de dólares, como foi apontadopelo Banco Central. Afinal, qposiçõ em ouro, emDES e no FMI, pouco pode ser movimentada,privilégio que cabe às divisas conversíveis, depo-suadas nos mercados financeiros internacionaise utilizadas para honrar compromissos cam-biais.

¦ ¦Assim, a importância do ouro para a solu-

çáo dos problemas do balanço de pagamentos —desde que o Banco Central possa negociá-lolivremente, sem os impedimentos de sua posiçãoatual—pode ser muito maior do que se supõe e oGoverno já pensa seriamente no assunto.

Guias de exportação

No més de maio, a Cacex expediu 30% amais de guias de exportação do que em igualmès de 1979. A informação é do diretor da Cacex,Benedito Fonseca Moreira, para quem o equili-brio da balança comercial poderá ser alcançadoaté setembro próximo Na estatistica de FonsecaMoreira em relação o maio. nao se inclui ernas exportações de caje

Yamani quer reduzirprodução e congelapreço de óleo 6 meses

Beirute e Kuwait — o Boletim An-Nahar Arab Reportand Memo informou que o Ministro do Petróleo saudita,Xeque Ahmed Zaki Yamani, está procurando convencer osintegrantes da OPEP a congelarem o preço do petróleodurante seis meses. Ele propõe uma elevação de quatrodólares do óleo leve saudita e uma redução da produçáodiária do país de 1 milhào de barris (passando de 9,5 milhõespara 8,5 milhões barris/dia),

No Kuwait informou-se que a Organização dos PaísesExportadores de Petróleo apelou aos produtores no sentidode restringirem a produção a um nível apenas suficientepara suprir as necessidades mundiais, A Agência Kuna, doKuwait, interpreta o apelo como uma resposta à estocagemde petróleo por parte dos Estados Unidos, numa politica quese baseia na retenção de reservas estratégicas de 1 bilháo debarris.

O Xeque Zaki Yamani, da Arábia Saudita, pais que temas maiores reservas de petróleo comprovadas do mundo,disse semana passada que a Arábia náo se propunha au-mentar seu preço atual, de 28 dólares o barril. Os sauditasultrapassaram o preço de 26 dólares por barril marcado pelaOPEP e a declaração de Yamani foi considerada "ação.tática" prévia à reunião da Argélia, dia 9 próximo.

O boletim libanês An-Nahar comenta também que Ya-mani advertiu a atual confusáo d* preços, com todos ospaíses estabelecendo preços independentes, porque a ofertanos mercados mundiais superou a procura em 1 milhão debarris por dia.

Europa mantém esperançade crescimento apesarda recessão americana

Maurice BommensathUMond*

Paris — Enquanto nos Estados Unidos a recessão seagrava, como mostra a queda de 1,9% da produçáo indus-trial em abril, a Europa se inquieta e se pergunta até queponto será atingida.

Os europeus esperam neutralizar a ameaça mantendoseu nível de investimento e de comércio exterior. Pois, se oconsumo cai nos EUA, na Europa a atividade econômicasegue sendo comandada pelas exportações e pela indústriade equipamentos.

País a paísNa Alemanha Ocidental, o Ministro da Economia Otto

von Lambsdorff, sublinhou recentemente que a economiacontinua aquecida, se bem que tenha proposto revisar paramenos sua estimativa de 2,5% a 3% para o crescimento doPNB este ano. Efetivamente, as encomendas á industria noIo trimestre aumentaram 5% em relação ao último trimestredo ano passado.

O diretor geral das Câmaras de Comércio e Indústria,Frantz Schoser, acredita que não haverá este ano umarecessão mundial como a de 1974/75 e que o recuo americanonão impedirá um certo nivel de expansão na Alemanha, naFrança, na Itália e também no Japào.

Na França, o último informe do Insee mostra que aatividade econômica devera se manter nos próximos. Se-gundo a CNPF. (órgão do patronato), não hà risco dedepressão como em 1974 e as empresas continuam investin- 'do. Os investimentos aumentaram fortemente no 2o semes-tre de 1979 (mais 8%) e a previsão para este ano é de mais4,5%.

O segundo dínamo do crescimento francês sào as expor-tações, que se elevaram sensivelmente nos últimos meses(mais 25% em valor). Mas é bom que se destaque que asimportações (sem contar o petróleo) cresceram ainda mais,mesmo as de bens de consumo e de bens de equipamento oque, paradoxalmente, penaliza os investimentos.

Na Italia, a atividade econômica permanece forte e ésustentada pelo consumo, favorecido pela escala móvel desalários. Assim, as vendas internas de automóveis foramainda boas no 1° trimestre', comparativamente à Alemanhae à França, mas o mesmo não aconteceu com as exporta-ções. A Fiat viu suas vendas nos Estados Unidos e naEuropa caíram mais de 20%, levando a empresa a dispensardurante uma semana 70% de seus operários,

A ameaça pesa, assim, sobre os investimentos, que secomportaram bem em 1979 (mais 6,5%). E isto confirma oestudo pessimista que acaba de publicar a CoOndustria(órgão do patronato), que vê o crescimento do PNB sereduzir de 5% em 1979 a 2,8% este ano, com as exportaçõessofrendo os efeitos da queda de 5,5% a 8% na demandamundial de produtos manufaturados.

Na Grã-Bretanha, ao inverso do que ocorre na Alemã-nha e na França, o nivel de consumo se apresenta relativa-mente bem (as vendas de automóveis no 1° trimestre desteano cresceram em relação a 1979), enquanto os investimen-tos caem. A última pesquisa conduzida pela CBI (o patrona-to) mostra as empresas em condições financeiras já difíceis.

As dificuldades para exportação se agravam, enquantoas importações se aceleram em vários setores (veículos, porexemplo), motivando pressões protecionistas crescentes. OGoverno britânico, contudo, aceita uma recessão grave naesperança de melhorar a situaçáo econômica do pais amédio prazo. O que apresenta o risco de inibir os investi-mentos, indispensáveis para a melhoria da produtividade deque necessita a economia britância.

Assinatura de títulosda Bodoquena hoje fechavenda de Cr$ 2,2 bilhões

São Paulo—A transferência da propriedade da FazendaBodoquena S.A. deverá efetivar-se hoje, com a assinatura detitulos e avais, sacramentando um negócio no valor de Cr$ 2bilhões 200 milhões, iniciado há dois anos.

A realização do maior negócio agropecuário do pais foiamarrada há dois meses, com um sinal de Cr$ 100 milhões.Sua confirmação amanhã custará aos compradores — gru-pos Pedro Ometto, Dedlnl, Votorantim e Atlântica Boavista— mais Cr$ 700 milhões. Os restantes Cr$ 1 bilhão e 400milhões serão pagos até 2 de dezembro de 81.

A Bodoquena começou a ser organizada no Município deMiranda — entre Campo Grande e Corumbá—na década de50, estando hote com 70 mil cabeças de nelore. Seus novosproprietários deverão investir mais Cr$ 3 bilhões 500 mi-lhões, nao só para aumentar o rebanho para 100 mil cabeças,mas principalmente para construir a maior usina de álcooldo país, com capacidade de 1 milhão 500 mil litros/dia. E náoficarão só ai: vão explorar calcário, instalando uma usina demoagem destinada a atender o consumo agrícola de MatoGrosso e São Paulo e uma fábrica de cimento de portemédio.

Nos seus 254 mil hectares, a Fazenda Bodoquena tem 60mil hectares de pastos formados, 402 açudes para gado eirrigação, 1 mil 600 quilômetros de cercas de aroeira e arameliso, 180 quilômetros de estradas pavimentadas, 14 camposde pouso e quatro estações da Estrada de Ferro Noroeste doBrasil. O projeto já emprega mais de 500 homens no manejodo gado e na administração e dispõe de casas para hospedar150 famílias.

JORNAl DO BRASIL D wgundo.felro, 2/6/BO 3 1° Caderno

DELEGACIA' DO MINISTÉRIO DA FAZENDANO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

CPLOC - COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÕESOE OBRAS E CONCURSOS

EDITAL DE TOMADA DE PREÇOSDMF-RJ/02/80/CPLOC

O presidente da Comissão Permanente de Licitações deObras e Consursos da DMF-RJ leva ao conhecimento das firmasinteressadas, que serão recebidas às 15:00 horas do próximo dia19 de junho, na sala 727 do Edifício Sede do Ministério daFazenda — Av. Presidente Antônio Carlos, n° 375, propostaspara execução dos serviços referentes à Tomada de PreçosDMF-RJ/ N° 02/80/CPLOC (obra n° 30/79 - REFORMA PAR-CIAL NO PRÉDIO DA AGÊNCIA DA RECEITA FEDERAL EMITAGUAI).

Aos interessados, seráo fornecidos, no horário de 14:00 às17:00 horas, no mesmo local, sala 727, munidos de carimbo dafirma, o Edital completo, especificações, desenhos e demaisinformações necessárias ao exato conhecimento das obras aserem realizadas e das exigências relativas ao presente Edital.

Mate é o 3o produto quemais rende no exterior

A erva-mate e o terceiro produto emvalorização na pauta de exportação, como preço médio por tonelada, em dólares,crescendo 108,2% em relaçào ao ano pas-sado, segundo a Cacex. A nivel de produ-tor, em cruzeiros, o aumento foi de 733%,de acordo com o presidente da Associa-çáo Brasileira das Indústrias de Erva-Mate, Luis Carlos Pereira de Leão.

Suplantada, apenas, pelas jóias, comvalorização de 193,5%, e extrato de car-ne, com alta de 108,9%, entre os 100principais produtos de exportação doBrasil, a erva-mate chegou a 1 mil 221dólares a tonelada, no flnal do primeirotrimestre deste ano. No ano passado fo-ram vendidos ao exterior 17 milhões dedólares, e em 1980 os exportadores deerva-mate esperam, no mínimo, 30 mi-lhões de dólares, colocados, principal-mente, no Uruguai e no Chile.

O Brasil é o segundo maior produtormundial de erva-mate, com 90 mil tonela-das anuais—a Argentina produz 150 mil— e figura na primeira posição entre osexportadores, pois o consumo per capitaé bem menor do que entre outros paísesdo Cone Sul-Americano; Mas a colheitavem declinando — a erva-mate é nativa,apanhada, principalmente, no Paraná,Rio Grande do Sul e Santa Catarina —com a erradicação para o plantio de soja."A Associação Brasileira das Indus*trias de Erva-Mate — Ablem, e todos ossetores da economia ervateira conside-ram necessário estimular o refloresta-mento, com incentivo fiscal, através daredução da área minima exigida para 50hectares (atualmente exige-se área mini-

ma de 200 hectares para o reflorestamen-to com erva-mate). Consideram necessá-rio, também, a obrigatoriedade de plan-tio de erva-mate em qualquer projeto3ue

se inicie na regiáo ecológica, ocupan-o, no mínimo, 10% da área" — afirma o

Sr Luis Carlos Pereira de Leáo.Ele explica que a região ecológica da

erva é o Centro-Sul e Sudoeste do Para-ná, Centro-Oeste de Santa Catarina, Nor-te do Rio Grande do Sul e Sul de MatoGrosso. "Ou se planta nessa regiáo, ouacaba a matéria-prima de nossas indús-trias, tornando a produçáo antleconômi-ca em 20 anos. Hoje colhe-se 90 miltoneladas; no inicio do século o Brasilexportava, somente para a Argentina,100 mil toneladas de erva-mate" — acres-centou. preocupado, o empresário.

Outra reivindicação é a fixação depreço minimo para a exportação. Além,naturalmente, de maior financiamentopara que a industria possa pagar o preçocobrado no interior pela matéria-prima— que subiu de Crt 8 o quilo, no inicio de1979, para Cr$ 50 na safra que se inicia:

"Com esses preços atuais a economiado mate deixou de ser pobre, modiflcan*do-se as dimensões do mercado e suasperspectivas. O produtor, no interior, ga-nhando mais passa a ter expressão finan-celra. O consumidor, nos grandes cen-tros, é o prejudicado com essa elevaçãode preços, mas assim mesmo o nosso éum produto barato. O quilo de café,subsidiado, já está a CrS 122. e o quilo demate sal a CrS 120. Entretanto, seu rendi-

mento é incomparavelmente maior" —afirma o Sr Luis Carlos Pereira de Leão.

Sua empresa, a Leáo Júnior SA, é amaior produtora de mate. e também amaior exportadora, juntamente com aMoinhos Unidos Brasil Mate, e a Indús-tria de Mate Maracanã, todas do Paraná.Existem dezenas de pequenas e médiasempresas no negócio, e as 12 maiores jáse associaram na Ablem. "Desconheço aexistência de empresas estrangeiras naprodução e industrialização da erva-mate. Na comercialização, entretanto,entrou a Fleischmann Royal, que está nochá, no fermento e no leite em pó".

E concluiu o empresário: "O setorervateiro passou por uma crise em 1979,com a escassez de matéria-prima. Ê pre-ciso que haja garantia de suprimento àindústria, para que possa abastecer omercado externo e cumprir as metas deexportação. O Chile, por exemplo, sóestá comprando o mate industrializadono Brasil, e se náo mantlvemnos o fome-cimento os consumidores tenderão aadotar sucedâneos. A exportação de ma-te industrializado é importante, pelo va- ilor agregado e por tudo o que isso stgnifi-ca, em termos de empregos no Brasil,inclusive na área de embalagem."

No mercado interno, o maior compra- .dor de erva-mate é o Exército, que conso-«•me cerca de 50 toneladas anuais. Osindustriais desejam, agora, que a meren-.da escolar passe a servir a bebida comorefresco, lembrando que se nào tem valor!protéico, tem valor vitaminlco e, muitoimportante, é "produto natural".

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Leão quer dobraras exportações

O presidente da Leão Júnior SIA, Sr Luis CarlosPereira de Leão, recebeu a empresa do irmão mais velho,que a herdou do pai, sucessor do seu avó, Agostinho ¦Ermelino de Leáo Júnior — o criador do Matte Leáo, em1901. Hoje com duas fábricas no Paraná, filiais no Rio eem Sáo Paulo, tem 600 empregados, vendeu Cr$ 380 .milhões no ano passado e exportou 3 milhões 500 mü.dólares, que espera dobrar.

Da caixinha de madeira com o leáo, ao pacotinhoaluminizado em que apresenta o seu mais novo produto,o MixMatte — mate solúvel, açúcar e essência natural delimão —, a Leáo Júnior SA entra na briga por fatias domercado de refrigerantes em cristais.

"A caixinha de madeira tornou-se antieconômica,muüo cara para o consumidor. Hoje oferecemos o nosso .'mate em caixas de papelão de 100 e 200 gramas, em .saquinhos individuais e na forma de folha tostada. Omate Leáo pode ser encontrado, ainda, em concentradoliquido, ou instantâneo, solúvel."

Ao falar de seu negócio, o Sr Luiz Carlos Pereira deLeão frisa três pontos: oconsumidor poderá comprar oMixMatte por Cr$ 15, em embalagem de 90 gramas, quedá para fazer um litro de refrigerante; o mate é bebidanatural, que pode ser tomada fria ou quente; ê a segundabebida nacional, depois do café, e o mais barata.

Lançado em Curitiba, experimentalmente, o MixMat-,'te foi aprovado pelos.consumidores, segundo o Sr Luis'Carlos Pereira de Leão, e agora começa a ser vendido noRio e em Sào Paulo, abrindo caminho entre os refrige-rantes artificiais, em embalagens alumintzadas parapreparo doméstico, e junto aos bares e restaurantes,onde predominam os sabores cola.

Argentina conseguiu condições maisvantajosas no acordo nuclear com KWU U-.3

Brasilia — Baseados na experiência doBrasil, o Govemo argentino obteve melho-res vantagens em recente acordo nuclearque firmou com a Alemanha Federal, atra-vés da própria KWU (Kraktwerk Union A.G.), principal executora, do lado alemáo,do acordo teuto-braslleiro. As informaçõesforam reveladas ontem por uma fonte doMinistério das Minas e Energia.

O acordo nuclear Argentina-Alemanha,assinado em Buenos Aires no dia 9 demaio, cobriu o fornecimento dos compo-nentes principais para a usina de Atucha-2, que deverá iniciar operação comercialem julho de 1987: a intenção de forneci-mento de outras três usinas de porte seme-lhante (em torno de 600 mil quilowatts); e acriação de uma empresa conjunta de enge-nharia, mais ou menos nos moldes daNuclen (Nuclebrás de Engenharia S/A), naqual a Nuclebrás detém 75% das ações e aKWU 25%.

No entanto, embora também no casoArgentina-Alemanha a empresa de enge-nharia — cujo nome é ENACE (EmpresaNacional Argentina de Centrais Eletronu-cleares)—a divisão acionária seja idênticaá Nuclen, nesse último acordo não existe

nada idêntico ao comitê consultor forma-do de alemães, detentor da última palavraem qualquer decisão relevante dentro dacompanhia. Em qualquer questão, reza ocontrato de acionistas da ENACE, a deci-são deve ser necessariamente unânime.

No que se refere à unanimidade nasdecisões, ela é aplicável também aos casosrelacionados com transferência de tecno-logia e know-how da KWU para a CNEA(Comissão Nacional de Energia Atômica),o que não acontece na Nuclen, onde essasdecisões são de, exclusividade do citadocomitê, onde os alemães têm poder irrecor-rível de veto.

A participação será reduzida gradativa-mente, ficando a CNEA detentora de 100%da ENACE ao flnal da construção da ter-celra unidade, após Atucha-2.

Os argentinos obtiveram ainda outrasvantagens na questáo da reserva de mer-cado para a KWU na aquisição das trêspróximas usinas. Pelo acordo Brasil-Alemanha, a Nuclebrás ou as concessioná-rias que eventualmente vierem a construiras próximas centrais nucleares, estáo obri-gadas a contratar com a KWU, sem con-corrência internacional, até a usina n° 4 do

acordo (além de Angra-2 e 3, as duasseguintes). Só nas últimas quatro, o Brasilestá liberado para abrir concorrência-ük—temacional, dando preferência à KWU emigualdade de condições.

No caso argentino, a CNEA está livrepara fazer licitação internacional a partirda primeira usina após Atucha-2, e com*prometeu-se apenas, em caso de outros,fornecedores apresentarem condiçõesmais vantajosas que a KWU, a permitir aesta que apresente uma outra propostaque seria uma média entre a propostamais alta, a mais baixa e a inicial daprópria KWU.

A fonte do Ministério das Minas e Ener-gia descartou a idéia de que os argentinosse mostraram mais competentes ao conse-guirem tais vantagens no acordo com osalemães. A explicação, para o funcionário,

. é de que as circunstâncias mudaram mui-to de 1975 para cá. "Com o malogro de,alguns contratos de fornecimento de cen-trais ao Irã, Espanha, e a própria Alemã-nha, e até mesmo o atraso do programanuclear brasileiro,, a KWU é hoje umaempresa desesperada para obter novoscontratos. A Argentina sobe usar isso",disse.

CIA. BOZANO, SIMONSEN — COMÉRCIO E INDUSTRIAC.G.C. — MF n° 42.113.662/0001-18

AVISO AOS ACIONISTASAcham-se à disposição dos Senhores Acionistas, na sede Social da Sociedade, na Av.

Rio Branco n° 138-sobreloja, nesta cidade, os documentos a que se refere o Art. 133 da Lein° 6.404 de 15 de dezembro de 1976.

Rio de Janeiro, 27 de maio de 1980Alberto Barreto de Melo

Diretor JurídicoJosé. Carlos de Araújo Sarmento Barata

Diretor(P

ServiçoSEXTA-FEIRA

CADERNO B

JORNAL DO BRASIL

Rio de Janeiro, 19 de maio de I980.(A.I PAULO BRAGA LOPES

Presidente da Comissão (P

GOVERNO JOÃO CASTELOUm grande Maranhão para todos

GOVERNO DO ESTADO DOMARANHÁO

SECRETARIA PE TRANSPORTESE OBRAS PUBLICAS (SETOP)

^ M CENTRAIS ELÉTRICAS OO MARANHÃO S.A.¦IÇ CEMAR

Tomada de PreçosA Centrais Elétricas do Maranhão S/A — CEMAR fará

realizar, no Auditório da Empresa. àRua da Estrela 472, de SãoLuiz (MA), a Tomada de Preços, abaixo descriminada:Número-TP DATA HORAS ESPECIFICAÇÃO

066/80 19/06 09 Medidores BifásicoseTrifásicos

O Edital completo poderá ser adquirido no NPL — NúcleoPermanente de Licitação e Alienação.

São Luiz, 02 de junho de 1980Engenheiro Alberto Silva

Departamento Suprimento(P

NORA LAGE S.A.SERVIÇOS TÉCNICOS, EMPREENDIMENTOS

E PARTICIPAÇÕESCGC (MF) n° 42.329.672/0001-95

ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA ;Sào convidados os Senhores acionistas a se reunirem em

Assembléia Geral Extraordinária, na sede da empresa, à AvenidaGraça Aranha n° 226-12° andar, nesta cidade, no dia 10 de junho ;próximo vindouro, às 11:00 horas, a fim de deliberarem sobre o,aumento do capital social para CrS 147.288.300,81, mediante oaproveitamento de reservas, em um total de CrS 37.340.695.98,, _e a elevação do valor nominal das ações de CrS 1,59 para Cr$ ,'2.13, com a conseqüente alteração da redação do artigo 5"- do'estatuto social.

Rio de Janeiro, 28 de maio de 1980. >ioCONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO n ¦

(As.)Antonio Carlos da Silva Muricy fiPresidente

(As.) Manoel Moreira (As.) José Uzèda biPaes de Oliveira i *

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JORNAL DO BRASIL D segunda-felro, 2/6/80 D Io Caderno ECONOMIA— 17

Austeridade levará Governo a adiar ajuste do óleo

A três meses das eleições, Maluf se afasta dadisputa e os 108 sindicatos passam a equilibrarseus votos entre De Nigris (E) e Luís Eulálio

De Nigris e Euláliodividem preferênciana luta pela FIESP

Sâo Paulo — A menos de 90dias das eleições da FIESP (Fe-deraçào das Indústrias do Esta-do), os candidatos à presiden-cia da entidade, Srs Luis Eulá-lio de Bueno Vidigal Filho eTeobaldo de Nigris, apresen-tam equilíbrio nas preferênciasdos 108 sindicatos eleitores,agora sem a influência do Go-vemador Paulo Maluf, que seafastou dessa disputa eleitoral.Seu apoio ao candidato da si-tuação, Sr De Nigris, chegou aprejudicá-lo, distanciando pro-váveis eleitores, que agora es-tão sendo recuperados.

É dificil dizer hoje quem ga-nhará a eleição, a mais renhidadesde que foi fundada a FIESP,na década de 30. Existem diri-gentes de sindicatos que aindaestão "em cima do muro",apoiando as duas chapas, e issoé confirmado pelos Srs De Ni-gris e Luis Eulálio Filho. Am-bos, entretanto, relutam em dizer seus nomes, com medo deque isso lhes possibilite a perdade votos. São 108 sindicatos vo-tantes, e o mais novo deles, o daIndústria Cinematográfica, pre-sidido pelo Sr Alfredo Palácios(o mesmo que fez a série nacio-nal Vigilante Rodoviário paraa televisão), apoia o Sr VidigalFilho.RETIRADA DE MALUF

Desde o inicio da campanhaoficial para a disputa da presi-dência da FIESP, ao final de1979, o Governador Paulo Ma-luf manifestou seu apoio à cha-pa encabeçada pelo Sr De Ni-gris. Entretanto, isso serviu pa-ra refluir o entusiasmo de ai-guns eleitores do atual presi-dente, que busca a reeleiçãopela quinta vez consecutiva. OSr Maluf, através do Secretáriode Indústria e Comércio, Osval-do Palma, chegou a fazer pro-postas ao Sr Vidigal Filho paradesistir de sua candidatura. Foioferecido a Vidigal Filho umcargo num conselho superiorda FIESP, que iria ser formado.

Integrantes da chapa do SrDe Nigris confirmaram esta sè-mana que a última tentativa doGovernador em interferir noprocesso eleitoral da FIESPnào agradou a industriais queapoiam o Sr De Nigris. O Go-vemador desejava fortalecer acandidatura de De Nigris, ten-do como Io vice-presidente o SrOsvaldo Palma, contando quea idade do atual presidente, 72anos, permitiria, a curto prazo,sua substituição. Com isso, Os-valdo Palma assumiria a presi-dência da entidade. Os empre-sários amigos de De Nigris dis-cordaram disso ' e formaramuma comissão executiva paradirigir sua campanha, que temà frente o Sr Luis Rodovil Ros-si, presidente do Sindicato daIndústria de Cortinados e Esto-fos de Sào Paulo. Fazem partedessa comissào também os SrsJosé Ermirio de Morais Filho(candidato a Io vice-presiden-te), Dilson Funaro (presidenteda Trol) e Manuel da CostaSantos (presidente da Microlitse diretor da Amo).

Há muitos comentários naFIESP de que a retirada do SrMaluf da disputa da FIESP, foidecorrência de um aviso queteria recebido de que, se conti-nuasse na mesma postura, mi-nistros da área federal entra-riam de rijo na campanha, sóque a favor do candidato daoposição, Luis Eulálio VidigalFilho. No mès de abril, o Minis-tro Golbery do Couto e Silvatransmitiu ao ex-candidato àpresidência da FIESP, e quedesistiu, Laerte Setúbal Filho,que "o Planalto se manteriaafastado do pleito da FIESP".

1 Na frenteHá 15 dias, em edital, a

FIESP convocou seus associa-dos para a eleição do próximodia 20 de agosto. O Sr VidigalFilho anunciou a sua chapa,que terá de sofrer uma altera-ção, com a morte do presidentedo Sindicato da Indústria dePanificação e do Conselho deAdministração da Nestlé, SrJean Pierre Brulhart. Esse sin-dicato, em plebiscito interno,decidiu apoiar o Sr Vidigal Fi-lho e seu vice-presidente man-teve a posição, ficando de indi-car nos próximos dias um novonome para compor a chapa.

Vidigal Filho disse que tem oapoio certo de 60 sindicatos eque no momento está pensandono futuro da entidade. Náo es-tou falando isso por falta demodéstia, mas acredito quevencerei ás eleições. Faz exata-mente dois anos que comecei acampanha. O resultado final dopleito poderá ser 60 a 48"

Para ele, existem alguns pou-cos sindicatos "em cima do mu-ro" mas estes deverão conflr-mar seu apoio.

Quatro sindicatos industriaisdos setores de fundição, adu-bos, laticínios, da indústria dasoja e milho do Estado, aindadeverão realizar plebiscito paraescolherem qual dos dois candi-datos à presidência da FIESPapoiarão. O Sindicato da In-dústria de Material Ferroviáriotem eleição programada para oinício desta semana, e é o únicosindicato em que o Secretárioda Indústria e Comércio, SrOsvaldo Palma, procura fazeroposição ao Sr Vidigal Filho,apoiando o candidato AntônioBurlamaqui Filho contraMarcos Xavier da Silveira.CONFIANÇA

De outro lado, Luis RodovilRossi mostra uma série defichas de delegados da FIESP,eleitores em potencial, dizendoque "tem certeza da vitória".Os dois candidatos estão comsuas equipes eleitorais prepara-das. A de Luis Eulálio VidigalFilho é coordenada pelo publi-citário Nei Figueiredo e realizasuas reuniões no bairro do Pa-caembu. A de Teobaldo de Ni-gris tem reuniões no prédio daCimento Itaú, na Alameda San-tos, 13° andar. As reuniões sesucedem e os contatos telefôni-cos são permanentes.

Os dois candidatos percorre-ram o interior do Estado bus-cando apoio de sindicatos dasindústrias de calçados, ceràmi-ca e vinho. Luís Eulálio realizou18 viagens de avião pelo inte-rior do Estado, o mesmo ocor-rendo com o Sr De Nigris. Essabusca de votos se assemelhamulto a uma campanha políti-ca partidária, tal o seu acirra-mento.

Na sexta-feira, o comitê deapoio do Sr Teobaldo de Nigrisconfirmou a existência de 50votos favoráveis ao atual presi-dente, que outros poderiamapoiá-lo, e que os contatos sesucediam.

Ante o acirramento da dispu-ta, pode-se pensar que existembrigas entre as duas partes. Is-so não ocorre, sendo fácil en-contrar os empresários dasduas chapas conversando noscorredores da FIESP ou em re-cepções. Na homenagem a CaioAlcântara Machado, no ClubeAtlético Paulistano, quando elerecebeu o título de Personalida-de Têxtil do Ano, pelo 25° ani-versário de efetivação da Fenit(Feira Nacional da IndústriaTêxtil), se encontravam lado alado Teobaldo De Nigris e LuísAmérico Medeiros, este, presi-dente do Sindicato da Indús-tria Têxtil e que apoia LuísEulálio Filho. Há três meses,ambos evitavam esse encontro.

Semana decisivaA inscrição das chapas ao

pleito de agosto deve ser feitaaté o próximo dia 9, o que signi-fica que uma decisão de forma-ção de chapa por parte do Sr DeNigris deve ser adotada estasemana. Sabe-se, apenas, quealguns dos vice-presidentes se-rão os Srs Dilson Funaro, Ma-nuel da Costa Santos, Luís Ro-dovil Rossi e José Ermirio deMorais Filho (primeiro vice-presidente).A chapa do Sr Luís Eulálio jáfoi divulgada e tem nas prinei-pais posições os Srs MárioAmato (primeiro vice-presidente), Salvador Firace,Luís Américo Medeiros, Cláu-dio Bardela e outros.

Uma coisa é certa: o que mo-vimenta hoje.os meios empre-sariais de São Paulo, é a dispu-ta da FIESP. Os comentáriosocorrem em todos os lugares,desde os clubes mais elegantesaté aos restaurantes de executi-vos. Vidigal Filho destaca que"com vitória ou não.creio que jáflz algo pela FIESP: divulguei-ano pais inteiro".

Presidentes de sindicatoscontinuam sendo conchavadospelas duas chapas. Alguns pre-feriram definir de imediato suaspreferências, através de plebis-cito nas entidades que presi-dem, mas mesmo assim conti-nuam sendo conservados. Issodeverá continuar até agosto.

É interessante notar tambémque na área da indústria auto-mobilística, cujo sindicatoapoia o Sr de Nigris, Luis Eulá-lio Filho tem apoio de duasfábricas para as eleições do cen-tro das indústrias do Estado aser realizada 20 dias após as daFIESP, os eleitores representa-rão oito mil indústrias do Es-tado.

O que se disputa ê o comandoda maior entidade empresarialdo país, que tem uma arrecada-çào anual de Cr$ 30 bilhões eque possui 120 supermercadosna sua rede do Serviço Socialda Indústria (Sesi) que arreca-dam mensalmente Cr$ 700 mi-lhòes. Uma entidade que nãoviu por que não construir umedifício de 16 andares, na Ave-nida Paulista, investindo maisde Cr$ 300 milhões.

Brasília — Os técnicos do Ministe-rio do Planejamento teráo, esta sema-na, de enfrentar a tarefa de contermais um pouco, com o espírito deausteridade e conteçào, a impacièn-cia dos dirigentes do Sindicato dasEmpresas Distribuidoras de Deriva-dos de Petróleo, que desejam um no-vo aumento nos preços dos óleos lu-brificantes. A disposição do Planeja-mento é adiar o reajuste, pejo menosaté quando for elevado o óleo básico.

Outras pressões que o Ministériodo Planejamento está recebendo par-te das empresas siderúrgicas, quequerem aumentar seus produtos, se-gundo informou ontem, em Ouro Pre-to, o presidente da Siderbrás, Henri-que Brandão Cavalcanti. Disse que odiálogo das empresas com o Planeja-mento tem por objetivo conseguir"um percentual realista para o retyus-te dos preços do aço, previsto paraagosto, que nào poderá ser menor doque 30% para que possam repassar oscustos da produçáo.

A posiçáo dos técnicos do Ministe-rio do Planejamento se fundamentana filosofia da contenção dos aumen-tos, na austeridade e controle de pre-ços a curto e médio prazos. Os distri-buidores de derivados de petróleo rei-vindicam um aumento de 56% dosóleos lubrificantes e dizem que, emmarço, o óleo básico — do qual éretirado o óleo lubrificante—teve umaumento de 59%.

Alegam também os dirigentes dosindicato que as empresas distribui-doras de derivados de petróleo estáotrabalhando no vermelho, porque oúltimo reajuste dos óleos lubrifican-tes, autorizado dia 19 de maio passa-do, à razão de 6,4%, foi concedidosobre o preço médio de mercado, talcomo incidiu a elevação de 25% dadacomo emergência pelo CIP em abrilpassado.

¦Oi Turgot, Luís XVI & ContençãoQuando em 1774 Luís XVI, Jovem ainda, ascen-

deu ao trono da França, buscou em Turgot (ArmeRobert Jaques Turgot, Baráo de 1'Aulne, 10 demaio de 1727-20 de março de 1781) a sabedoria ecompetência para equacionar e solucionar os pro-blemas da naçáo. E foi o honrado Turgot, homemligado a um grupo filosófico, colaborador da Ency-clopédie, flslocrata, discípulo de Goumay, contro-lador rigoroso das finanças, quem conseguiu equi-librar as finanças do Estado. Mas a um preçomuito alto — atraiu a ira dos privilegiados. Em1774, depois de Instituir a liberdade de comérciodo transporte dos cereais, viu seu trabalho Irabaixo diante de uma safra desastrosa, que preju-dicou o abastecimento e elevou muito o preço dopão, gerando distúrbios populares (a Guerra daFarinha), no primeiro semestre de 1775.

Apontado por Voltaire como a última esperan-ça da França, devotou-se ao trono desde o primei-ro instante. A carta que dirigiu ao Rei após aceitaro convite para conduzir as finanças da Françadelineia seu programa e alinha as apreensões quesentia de não chegar a bom termo. A Históriamostrou que seus temores eram bem fundados.Quanto mais rigidamente aplicava seus prinei-pios, maior surgia a oposição: o Rei via-se pressio-nado em sua própria casa, pela mulher, a pródigaMaria Antonieta; os banqueiros preferiam a antigaliberalidade; o povo sofria ainda mais com a auste-ridade, e mais ainda se inquietava.

Vinte e um meses durou Turgot no cargo:atacado pelos privilegiados, caiu em desgraça a 12de maio de 1776. A14 de Julho de 1779—três anos,dois meses e dois dias depois — quem caía era aBastilha.

A carta"Compiegne, 24 de agosto de 1774.

Senhor:Tendo acabado de chegar da audiência com

que me honrou Vossa Majestade, ainda tomado daansiedade produzida pela imensidão das obriga-çóes agora atribuídas a mim, agitado ainda portodos os sentimentos aflorados pela comovente

bondade com a qual o senhor me encorajou, eu meapresso em transmitir-lhe minha respeitosa grati-dão e a devoção de toda a minha vida.

Vossa Majestada tem tido a bondade de permi-tir-me registrar vosso próprio compromisso demanter-me na execuçáo dos planos de economiaque sempre sáo, e hoje mais do que nunca, umanecessidade indispensável.

Nesta oportunidade, Senhor, limito-me emlembrar-lhe estes três itens:

evitar inadimplência-,evitar aumento de impostos;evitar empréstimos.

Evitar a inadimplência, seja declarada, sejadisfarçada por artifícios ilegais.

Evitar aumento de impostos; e a razão paraisso está na própria condição de seu povo, e, maisainda, na do generoso coração de Vossa Majes-tade.

Evitar os empréstimos; porque qualquer em-préstimo sempre diminui a receita livre e exige, aofim de determinado período, ou a inadimplênciaou o aumento de impostos. Em tempos de paz éadmissível tomar empréstimos apenas para llqui-dar débitos anteriores, ou para amortizar outrosempréstimos contratados em termos menos van-tãjosos.

Para conseguir esses três objetivos, só há ummeio. É reduzir os' gastos aquém da receita, esuficientemente abaixo para assegurar, a cadaano, um saldo de vinte milhões para ser aplicadona amortização de débitos já existentes. Sem isso,o primeiro tiro levará o Estado à inadimplência, aoatraso de pagamentos.

Surgirá, entáo, a pergunta feita com incredulida-de: "Em que podemos economizar"?

E cada um falando pelo seu respectivo setor,sustentará que cada item de despesa é indispensá-vel. E terão ótimas razoes a apresentar; contudo,essas terão que render-se à absoluta necessidadede economizar...

Esses sáo os pontos que eu me permiti lembrar aVossa Majestade. Esteja certo de que, ao aceitar ocargo de controller geral, eu estou consciente daimportância da confiança com a qual o senhor mehonrou.

Eu senti que o senhor confia a mim a felicidadede seu povo e, se me é permitido dizer, a responsa-bilidade de promover Junto ao povo o amor á vossapessoa e à vossa autoridade.

Ao mesmo tempo, eu sinto todo o perigo ao qualme exponho. Eu antevejo que estarei sozinho naluta contra abusos de toda espécie, contra o poderdos que se beneficiam com esses abusos, contra amultidão de pessoas preconceltuosas que seopõem a qualquer reforma, e que são poderososInstrumentos nas mãos das partes interessadasem perpetuar a desordem. Eu terei que combaterate a bondade e a generosidade naturais de VossaMajestade e das pessoas que lhe são mais queri-das. Eu serei temido, odiado até, por quase toda acorte, por todos os que pedem favores. Eles atri-buiráo a mim todas as recusas; eles me descreve-ráo como um homem duro, porque eu terei aconse-lhado Vossa Majestade a nâo favorecer mesmoaqueles que o Senhor ama, às custas da subsistén-cia do seu povo.

E este povo, por quem eu me sacrificarei, é táofacilmente iludível que talvez eu venha a encon-trar sua inimizade em razão das próprias medidasque eu tome para defendê-lo contra extorsões. Euserei caluniado (e existirão, talvez, aparênciascontra mim), para perder a confiança de VossaMajestade.

Eu náo lamentarei a perda de um cargo que eununca solicitei. Estou pronto para renunciar a ele,assim que eu não tiver mais esperança de ser útil.

Vossa Majestade se lembrará que é baseado naconfiança de vossas promessas a mim que euassumi um fardo talvez superior ãs minhas forças,e é ao senhor pessoalmente, ao homem honrado,ao homem justo e bom, mais do que ao rei, que eume dedico.

Permito-me repetir aqui o que o senhor já tevea amabilldade de ouvir e aprovar. A comoventebondade com que o senhor aceitou apertar minhasmãos, como que selando a minha devoçáo, jamaisse apagará da minha memória."(Do livro Os Grandes Documentos da CivilizaçãoOcidental)

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BI Carlos Henrique Schneider, Diretor da Auxiliadora Predial 1

Auxiliadora Predial é amaior e mais experiente empresade administração de imóveis e decondomínios, do Brasil.

Vai completar 50 anosem 1981.

Cuida, hoje, de 2.064 edifíciose trata de aluguel de 10.011imóveis para seus clientes,entre o Rio e Porto Alegre."

Carlos Henrique Schneider,Diretor da empresa, prosseguecontando um dos maioresmotivos desse sucesso: "Quemaluga, anuncia. Quem alugaimóveis há quase 50 anostem essa mesma experiência

como anunciante.Esse tempo todo deu de sobra

para saber avaliar o bom veículo,conhecer o que traz um excelente

e mais rápido retorno.O Jornal do Brasil tem sido,

durante todo este tempo, esseveículo forte e capaz.

Sempre cobriu nosso mercadocom grande eficiência e

velocidade. A mesmavelocidade que nossos

clientes têm encontradonos seus negócios com a

Auxiliadora."

JORNAL DO BRASIL- * WL^^^mmmmm^

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Hoje começa uma novelaonde ninguém faz análise.

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Cecília ama Edmundo mas casa com Fernando.Malú ama Edmundo mas é prima de Cecília epor isso esconde sua paixão,Cecília fica cega, Edmundo volta da Europa,Surge o mistério das cartas anônimase o fantasma do paiol.

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As 18:00 hs ^

Tem tudo para emocionar, alegrar, entreter,assustar e surpreender a mais insensível das pessoas.Só não tem neurose. Nem filho que odeia a mãe, nem mãeque toma bolinhas, nem tio que foge com a sobrinha, nemcrimes, nem roubos, nem violência.Para variar, experimente emocionar-sesem ficar deprimida. Sua família merece.

BANDEIRANTESii.

«**rfvft.. a.,,.?-..* , mt. •'«/.. :-\ -^.cr* .-* .?••'¦.''* "» -y-.CI ¦ r~*. * * j * "'-«''V-V.*-t--"*. **' -'íf-N— '

JORNAL DO BRASIL 44 caderno

Rio de Janeiro ? Segunda-feira, 2 de junho de 1980

CÉSAR LATTESAGORA, A SIMULTANEIDADEABSOLUTA

José Nêumanne Pinto

SÃO

Paulo—Em seu gabi-nete, no Instituto de Físi-ca Gleb Wataghin, daUniversidade Estadualde Campinas (Unicamp),

o fisico brasileiro César Lattes estátranqüilo. Apesar de todo o rebuli-ço provocado por sua teoria de queEinstein está errado, ele está segu-ro de que suas experimentações sãoinquestionáveis e que, em seus pró-prios laboratórios, os físicos domundo inteiro apenas confirmarãosuas conclusões.

Recostado numa poltrona debambu, de que tem ciúme doentio,com a camisa toda aberta, fumandosem parar cigarros Clássicos, o curi-tibano César Mansueto Giulio Lat-tes, descendente de uma abastadafamília de judeus italianos, chegaaos 56 anos de idade com a fama deser o mais importante fisico brasi-leiro, por haver detectado, em 1947,a existência da partícula méson-pi,que — depois — ele mesmo viria aproduzir artificialmente nos labora-tórios da Universidade da Califór-nia, em Berkeley. E também por-que, em 1969, chefiou uma equipede físicos brasileiros e japoneses,descrevendo a existência do fenò-meno chamado "bola de fogo", ori-ginado do choque interno de parti-cuias com energia muito elevada.

Casado, pai de duas filhas, che-fiando o Departamento de RaiosCósmicos da Unicamp, trabalhadesde 1962 na desmontagem daTeoria da Relatividade de AlbertEinstein, retomando o tempo abso-luto de Galileu Galilei. E, para ex-plicar a tranqüilidade com que ob-serva as reações da comunidadeacadêmica brasileira às suas pes-quisas, comenta: "Em sua SummaTeológica, Santo Agostinho se per-gunta se Deus pode fazer que deixede acontecer uma coisa que aconte-ce, depois de ela haver acontecido.Da mesma forma, por saber quenem Deus pode fazer com que deixede acontecer o que já aconteceu,tenho certeza de que, em seus labo-ratórios no mundo inteiro, os físicosapenas confirmarão meus experi-mentos, uma vez que o que já acon-teceu não pode simplesmente dei-xar de acontecer."

— O máximo de interferência éum fenômeno objetivo que todos osobservadores vão confinnar. A cris-ta da onda é um fenômeno objetivoe também só pode ser confirmadopor qualquer observador. É natu-ral, contudo, que os físicos esperema confirmação de outros laborató-rios antes de darem sua opinião arespeito. Eles sabem que eu sou umprofissional sério e que não apre-sentaria minhas conclusões se nãoestivesse apoiado em evidências.Mas náo deixa de ser possível quemeu assistente e eu tenhamos feitouma macumba ou estivéssemoscompletamente bêbados quando fi-

zemos as medições da propagaçãoda luz amarela do mercúrio quandoela passa por um retículo de difira-ção. E, por isso, todos esperam aconfirmação dos laboratórios. Elesquerem confirmar que não fizemosa macumba nem estávamos beba-dos. Apenas isso—diz, com seu seuestilo de falar rápido como umametralhadora.

Para recuperar a teoria da exis-tència de um referencial privilegia-do no universo, capaz de provocar asimultaneidade absoluta, compro-metendo definitivamente a teoriada relatividade de Einstein, CésarLattes vem fazendo experimentosdesde 1962. No ano passado, quan-do tentava explicar a seu genrocomo acontecia a propagação daluz por um retículo de duração,César Lattes exclamou: "Ué, Eins-tein bobeou aí." E chegou à conclu-são de que o grande fisico judeu-alemão não tinha levado em suadevida conta a ótica, justamenteum dos mais sutis e intrincados dosramos da Física.

Em setembro do ano passado,em seu laboratório no Departamen-to de Raios Cósmicos, ele fez váriasmedições da propagação da luzamarela de mercúrio por um retícu-lo de difração e observou que a"posiçáo do máximo de interferên-cia" da luz tende a se deslocar,quando o aparelho medidor experi-mental é girado em 90 graus. Comtais medições, o ex-pesquisador dolaboratório H.H. Wills, em Bristol,Inglaterra (de 1944 a 1945), compro-mete definitivamente o conceito da...relatividade de que a velocidade daluz é uma constante e repõe a quês-tão da existência da simultaneida-de absoluta, ou seja, do tempoabsoluto, de Galileu Galilei.

CÉSAR

Lattes não fazconcessões. Não quer sa-ber se o repórter é umleigo em Física e falasem parar, recheando

suas observações com gestos e de-senhando ondas de luz no papelcom uma caneta hidrográfica ver-melha. Cercado de fotos do picoChacaltaya, na Bolívia, onde insta-lou seu laboratório em 1951 parafazer seus experimentos e descobriro fenômeno das "bolas de fogo",mistura as explicações de sua revo-lucionária teoria, que, segundo ele,"abala os alicerces náo apenas daFisica, mas também da Biologia ede, pelo menos, todas as CiênciasNaturais", com piadas pornográfi-cas e observações nostálgicas sobreo mais fiel de seus amigos nos últi-mos anos, o cachorro Arthur Gaú-cho, morto de câncer em outubrodo ano passado.

— Passei seis meses completa-mente deprimido, sem poder traba-lhar, desde que Gaúcho morreu.Sem ele, eu não teria chegado àsconclusões a que cheguei. E todaessa minha admiração recente por

Foto de Wilion Santo

César Lattes de sua poltrona de bambu na Unicamp: "Einstein bobeou1

Santo Agostinho vem do fato de ofilósofo católico tet defendido aexistência de alma nos bichos. Poisbem, como Gaúcho tinha alma, sen-ti muito a sua morte. E só voltei atrabalhar quando telefonei para mi-nha mãe, que é cega e está bastantevelhinha e travamos um diálogoassim: "figlio, comme va il lavoro?""Ora, mamma..." "Ah! Figlio, vabene, va bene". Tomei-me de briose voltei ao trabalho — contou. Feznovas medições e assombrou —com suas observações — a platéiareunida para ouvi-lo no dia 14 demaio no Centro Brasileiro de Pes-quisas Físicas, no Rio, com suanegação da Teoria da Relatividade.

Sobre a mesa, um exemplar de ARelatividade das Teorias, de E. B.Pellanda. Nas paredes o certificadodo importante Prêmio de CiênciasBernardo A. Houssay e um diplomade "Doutor Honoris Causa" da Uni-versidade de São Paulo, assinadopelo ex-Reitor Luís Antônio da Ga-ma e Silva, cuja assinatura foi tam-bém aposta no AI-5. Em sua poltro-na de bambu, César Lattes, o ho-mem que, com Occhialini e Powell,verificou, experimentalmente, aexistência dos mésons pesados oupi, que se desintegram num novotipo de méson o méson pi positivocom emissão de um neutrino, imita

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orelhas de um burro com a mãopara o fotógrafo, dizendo ser aquelaa "comunicação dos asnos", o mes-mo gesto "feito por meu pai nadelegacia quando foi roubado pelofamoso bandido da luz vermelha".

Depois de criticar a linguagemmeramente gestual, por não contersuficiente explicitude, Lattes reto-ma seu tema do momento paraexplicar a perplexidade da comuni-dade acadêmica em relação à suateoria da simultaneidade absoluta.Albert Einstein, tornado um ídolodos jovens rebeldes do mundo intei-ro, por causa de um pôster em que,irreverentemente, estira a língua,segundo ele, "entrou no folclore,virou consumo de massa, fiua teo-ria de que tudo é relativo entrounos costumes, na vida social, naFilosofia, caiu como uma luva paramuita gente. Então, mexer comEinstein é mexer com uma figuramuito popular".

O fundador do Centro de Pes-quisas Físicas, reconhecido inter-nacionalmente como uma autori-dade em raios cósmicos, diz-se des-cansado desde que falou com seumestre, o físico Gleb Wataghin, pe-lo telefone. "Falei a Wataghin que oprofessor siciliano Michele Lunetta,usando um prisma, tinha chegado aconclusões idênticas, cinco anosantes, depois de experimentos emRio Claro, mas teve seu trabalhorecusado, apesar de todas as suasevidências. Em sua homenagem,batizei o trabalho de efeito Lunet-ta, incluindo as medições feitas porminha equipe na rede de difração.O mestre reconheceu que isso —caso confirmado seja por outros la-boratórios — abalará os alicercesda Física e da Biologia, tal comosáo estudadas hoje, e abre perspec-tivas novas para todas as CiênciasNaturais. Agora preciso escrever-lhe uma carta contando tudo e deforma mais completa e üvre do queno trabalho que será publicado pe-Ia Academia Brasileira de Cién-

cias", diz, os óculos descansando natesta já devastada pela avançadacalvície.

A opinião de Wataghin é impor-tante para Lattes porque o profes-sor italiano, um dos pais da Físicabrasileira, foi seu mestre e dá onome ao Instituto de Física em queestá abrigado desde que entrou ematrito com quase todas as grandesinstituições universitárias brasilei-ras: "Mas não basta que se dê seunome a um Instituto de Física im-portante coma este. Um homemcomo Wataghin deve ser trazido devolta ao Brasil, merecer um títulode professor emérito de uma grandeuniversidade brasileira", diz.

WATAGHIN,

comoMarcelo Dami e opróprio Lattes, é con-siderado pelo fisicoparanaense "um

grande professor". Pois, na sua opi-nião, "no Brasil só há um fisico,Newton Bernardes. Há muitos qui-micos fazendo Física e alguns pro-fessores. Newton não é um profes-sor. Ele tem dificuldade em daraulas por sua mania de perfeição.Ele quer dar sempre a aula perfeita,quando toda aula deve ser imperfei-ta para que os alunos, que nãoentendem nada de Física, possamcaptar alguma coisa. Eu, pelo me-nos, prefiro falar a agrônomos doque a uma platéia de físicos. Já fizisso em Piracicaba e achei que fuimelhor compreendido pelos agro-nomos do que seria pelos físicos. NoBrasil, a boa Fisica foi feita mesmopor engenheiros como Costa Nunes,Costa Ribeiro, Magalhães Gomes,de Minas Gerais, e outros".

O próprio César Mansueto Giu-lio Lattes não é um engenheiro.Discípulo de Gleb Wataghin, for-mou-se pela Faculdade de Filoso-fia, Ciências e Letras da USP naturma de 1943. Da geração de Mar-ceio Dami de Souza Santos e gran-de amigo do fundador da Unicamp,professor Zeferino Vaz, não admite

que o construtor do Betatron daUSP e o presidente da Funcampcontinuem sem se cumprimentar."Os dois estiveram no casamentode minha filha mais velha e, quan-do um entrou pela porta da frente, ooutro saiu pelos fundos. E isso nãopode continuar assim. Essa inimi-zade está fazendo um grande mal ànação brasileira. Eles precisam dei-xar de lado questiúnculas pessoaise passarem a raciocinar como im-portantes membros da comunidadecientífica que são", diz.

Pára e observa: "Por favor, po-nha isso na sua reportagem combastante cuidado. Náo fira nenhumdos dois. Quando Zeferino Vaz fun-dou a Unicamp, trouxe para im-plantar seu Instituto de Física jus-tamente Marcelo Dami. Os doisacreditaram em mim numa épocaem que nenhuma instituição acadè-mica brasileira me queria, alegandoque eu seria um alienado mental. Eeu vivo disso. Minha família eu sus-tento com meu trabalho de cientis-ta. Portanto, Zeferino e Dami sáoamigos aos quais muito devo. Nàoquero feri-los no seu jornal".

De Zeferino Vaz, César Lattesrecebeu já um telefonema de incen-tivo. Ex-Reitor da Unicamp mani-festou-lhe seu entusiasmo sobre ateoria da simultaneidade absolutaque põe por terra a teoria da relati-vidade de Einstein e faz a Físicavoltar aos postulados de GalileuGalilei. Isso muito alegra Lattes,mas náo há mais tempo para con-versar a respeito.

O repórter é despachado: "ra-paz, você já me fez perder muitotempo e já ganhou seu dia. Eu pre^ciso escrever para Wataghin, fazeruns telefonemas internacionais eredigir o trabalho a ser publicadopela Academia Brasileira de Cièn-cia. Para as moças eu costumo pe-dir beijinhos, quando acabo de daruma entrevista. Para você, fica sen-do adeus, até logo, deixa-me traba-lhar, por favor".

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PÁGINA 2 D CADERNO B O JORNAL DO BRASIL O Rio de Janeiro, segunda-feira, 2 de junho de 1980

Ações PastoraisDiante dos acontecimentos que nos

afligem nestes últimos tempos em rela-çâo a Igreja e o Estado, queremos nosposicionar, náo para julgar os fatos, poisdistâncias e noticias tendenciosas náonos permitem uma enunclação livre. Con-tudo, determinados fatos como pronun-damentos atingindo a CNBB, a pessoa deD, Paulo Evaristo Arns, e a quase euforiade confirmar uma Igreja dividida, pede-nos acima de tudo unidade, solidariedadee esclarecimento,

Desde o Concilio Ecumênico Vaticanon, a criação das Conferências Episcopaisem cada pais tem por objetivos; — umaconsciência eclesial no próprio sentido dapalavra e da sua realidade; uma pastoralde conjunto episcopal; um sentir maisprofundo das realidades de cada povo, asinspirações do Espirito e ações pastoraisdefinidas,

Cada Conferência assume colegial-mente o peso de todas vicissitudes damissão de evangelizar e conduzir a Salva-ção em Jesus Cristo. As ConferênciasEpiscopais não são tertúlias, convesco-tes, amenidades, reuniões sociais de festi-va intenção burguesa. A ConferênciaEpiscopal é a Igreja que pensa, que sereúne, que compartilha angústias, ale-grias e caminhos para que a Igreja Católi-ca nunca se distancie de sua identidade:— Jesus Cristo!

Por isso as Conferências caminhamcada vez mais para possuírem peso con-sultivo e deliberativo. Qualquer atitudeisolada se desliga do próprio sentir e serIgreja.

Portanto, a CNBB é Igreja. Inclusive,com uma presidência eleita e Serviçosescolhidos por todos os membros eplsco-pais da Igreja Católica no Brasil. Contes-tar a força e a identidade do Ser Igreja daCNBB é estar fora desta Igreja. Como umbispo não possui mais o direito de seisolar, estaria, pois, traindo seu própriomúnus dentro do pensar eclesiológico ho-je e proveniente do Novo Testamento,também as atitudes pastorais de cadabispo devem ser vistas na ação e no seumeio pastoral, pois as Conferências Epis-copais se fazem presentes na ação respon-sável e livre de cada bispo.

Portanto, ações pastorais como a deD. Paulo Evaristo Arns e D. Hélder Cama-ra não são "desconhecidas" nem seto-riais. Pois elas se prendem às linhas daCNBB, Medellin, Puebla, Concilio Vatica-no n, Enciclicas e inspirações do DivinoEspirito Santo. Padres Joáo MachadoEvangelho, vigário de Rio das Ostras, eFrancisco Perez Blasco, vigário de Ma-caé, Diocese de Nova Friburgo.

Vulcões

Cartas

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Um vulcão a 10 minutosde Nova Iguaçu

A propósito da reportagem no Cader-no B de 22 de maio, "Maio, mès dosvulcões", há referência sobre apenas trêsocorrências de vulcanismo alcalino noEstado do Rio de Janeiro. Na realidade,existem cerca de 16 ocorrências de maci-ços alçalinos com suas rochas vulcânicasassociadas, sendo que, com relação aoMendanha, existem ali duas ocorrências.A última descoberta ocorreu em 1979, pordois professores' do Departamento deGeociências da UFRRJ.

Trata-se de um vulcão extremamentebem conservado, com uma cratera decerca de 1,5 km de diâmetro, com todosos depósitos característicos, semelhantesaos de Trindade e Fernando de Noronha,e expeliu também alguns km3 de cinzas eejetólitos diversos.

Em semelhança, não há o que tirarnem por aos processos agora observadosno Santa Helena, de Washington.

Este novo vulcão do Mendanha é umdos mais completos edifícios vulcânicosno Brasil, embora extinto, e tudo isso a110 minutos de Nova Iguaçu. VictorKlein, professor assistente do Departa-mento de Geociências da UFRRJ.

TrânsitoPositivamente estou convencida de

que, nesta cidade, os órgãos responsáveisnão tém o mínimo interesse em que oscidadãos cariocas poupem gasolina.

Somente um infeliz e incompetentepoderia expedir a ordem de fechar a en-trada ao Túnel Rebouças pela Av. Paulode Frontin. Há um ano somos obrigados adar uma volta por ruas estreitas e cons-tantemente engarrafadas, tais como Con-de de Bonfim, òu Pereira de Siqueira, S.Francisco Xavier, Heitor Beltrão, parachegar-se à eternamente esburacada eengarrafada Praça da Bandeira, alcan-çando finalmente o elevado, ocasionandoum verdadeiro esbanjamento de combus-tível e irritação desgastante, uma vez quese leva para os 5 km da Muda à Praça daBandeira cerca de 40 minutos na hora dorush matinal.

Por que se mantém a entrada de La-ranjeiras ao Rebouças aberta? Por que secriou uma nova entrada da Rua JardimBotânico ao Rebouças no sentido Sul-/Norte? Será para beneficiar a Zona Sul,dlscriminando-se a parte Norte com ofechamento? A medida adotada com osimples fechamento é altamente cômoda,antipática e desinteressada para com osproblemas de uma população já táo sofri-da. Para que existem tantos cargos deChefes, Engenheiros disto e daquilo, etc.etc? Que ponham suas cabeças a traba-lhar e encontrem soluções racionais eracionalizadoras, pois para isto são muitobem pagos com os impostos escorchantesque nos são arrancados.

Considere-se ainda, que desde o fecha-mento da entrada pela Paulo de Frontinos engarrafamentos do Elevado piorarammuito, pois os veiculos que estariam tra-fegando por baixo pela Av. Paulo deFrontin, destinados ao Rebouças, agorasão obrigados a trafegar pelo elevado,aumentando enormemente o peso e ovolume do tráfego sobre o mesmo, aoinvés de distribuí-lo. I Leonhardt, Rio.

DiálogoCom referência ao editorial do JB de

14 de maio, sob o titulo Mau Caminho, oautor finaliza enfatizando que, com a

derrubada do Presidente Sadat por umaliderança radical e as turbulências atuaisna Judéia e Cisjordânia, Israel estaria naeminência de ter de defender pela quintavez suas fronteiras, Tudo isso por "nàopensar um pouco menos em termos deforça e um pouco mais nas realidadespolíticas e estratégicas",

Ora, se o Presidente Sadat for derru-bado, quem vai sair perdendo é o povoegípcio, pois, além de grande estadista,ele conseguiu reaver, entre multas coisas,o Canal de Suez, os poços de petróleo, apenínsula do Sinai, bases militares e, oprincipal de tudo, a paz definitiva, O povoegípcio tem muito que se orgulhar do seulider, pois com a diplomacia ele atingiu apaz què seu povo tanto desejava,

Quanto à Cisjordânia e Gaza, o proble-ma é de Israel com a Jordânia, a qualdeixa correr à revelia as negociações so-bre uma suposta autonomia dos árabes láresidentes.

Creio que o Egito já teve o que queria eo restante das negociações cabe a Israel eseus outros vizinhos, os quais até o mo-mento não tiveram o bom senso de dialo-gar. Garanto que, enquanto nâo o fize-ram, a atual situação permanecerá éter-namente. David Kowarski — Rio de Ja-neiro.

EscherNa matéria O mundo absurdo (e lógi-

co) de Escher chega ao Rio, publicada nocaderno B no dia 21 de maio do corrente,o autor do referido texto traduziu o titulode uma das gravuras do pintor, Still Lifewith Mirror, por Ainda Vida com Espelho.É bom lembrar que a expressão Still Life,que literalmente traduzida seria melhorcolocada como Vida Parada, designa umgênero de pintura cujo correspondenteem português é a expressão NaturezaMorta, Desta forma, a tradução corretado quadro de Escher seria: Natureza Mor-ta com Espelho. Paulo Coelho — Rio deJaneiro.

Questões universitáriasQuem são os universitários de hoje?

Qual o seu nível sócic-econômico e cultu-ral? Como está o universitário participan-do do desenvolvimento brasileiro? Quaisas aspirações e desejos do universitáriobrasileiro? Como o universitário de hojese preparou para entrar numa Faculda-de? Por que existem os cursinhos deVestibular? Para quem serve? O que mo-tivou o universitário de hoje a escolhersua profissão? Como foi escolhida? Ê ver-dade que todos têm direito de estudarnuma Universidade? Será possível traba-lhar durante o dia e fazer um curso cons-ciente universitário durante a noite?Qual a percentagem de universitários dehoje, que compram ou compraram diplo-mas? Qual a percentagem de universitá-rios que só estudam antes das provas?Com que seriedade um universitário en-cara sua formação? Quantos professoresuniversitários ganham o suficiente parase dedicarem integralmente às Universi-dades? Qual a formação destes professo-res universitários? Quem são os professo-res universitários? Qual a experiência• prática destes professores universitários?Quem dirige uma Universidade? Quais osprogramas que existem numa Universi-dade além do acadêmico? Qual a integra-çáo existente entre a Universidade e acomunidade local? Como eles se inte-gram? Como o Conselho Federal de Edu-cação admite o funcionamento de umaUniversidade? Quais os critérios adota-dos em relaçáo ao mercado de trabalho?Como é medido o mercado de trabalho?Onde se fazem estas pesquisas? Quem asfaz? É justo e correto serem as Universi-dades federais grátis? O que impele auma formação superior em detrimento deuma formação técnica? Por que as mu-danças necessárias não são feitas? Comosaem profissionalmente os recém-formados de uma Universidade? Quantosrecém-formados estáo hoje sem empre-go? Por que a Universidade não se inte-rioriza? Por que não temos Universidadesna Selva Amazônica, na Caatinga. Nor-destina? Por que nossas Universidadesnão exploram nosso imenso potencial?Por que a sociedade, representada porempresários, industriais, etc; não ofereceestágios aos universitários? Quais os pro-blemas envolvidos? Com que seriedade ouniversitário encara o estágio? Qual áimportância na vida do profissional, deuma aprendizagem prática? É a remune-ração do estágio imprescindível? Qual apercentagem de universitários que acei-tam estágio náo remunerado? Por que asUniversidades não exploram áreas verdesabandonadas do Governo para produziralimentos para comunidade? Será o pro-blema da falta de verba a única dificulda-de? Por que náo fazemos com nossospróprios recursos? Por que não criamosnossa própria tecnologia? Como um diapoderemos criar se não temos experièn-cia e audácia de iniciar? Por que asUniversidades não vendem serviços paraa comunidade e vivem com seus própriosrecursos? São os currículos das Universi-dades desprovidos de senso prático? Porque somos paternalistas e protecionistasda inoperância? A quem interessa o pa-ternalismo? Será o salário mínimo dealgumas profissões (engenheiros, medi-cos, etc.) compatível com nossa realida-de? Não será este salário mínimo umentrave aos empregos, hoje, com a atualconjuntura universitária e econômica?Como mobilizar os responsáveis (educa-dores, pais, empresários, alunos, etc) paraa atual realidade? Como soará dentro decada um de nós, a nossa responsabilida-de? Quem se interessa em responder aestas perguntas? Alfredo Laufer, Rio.

TEATRO

Felicitações

Por intermédio do JORNAL DOBRASIL, envio ao excelente cronista Jo-sé Carlos Oliveira vivas felicitações peloartigo publicado no dia 23 de maio sob otitulo O Santo e a Águia, descrevendocom felicidade muito expressiva a analo-gia entre o santo e a Rocinha. FenelonBomílcar Cunha — Rio de Janeiro.

CorrespondênciaGostaria de corresponder-me com bra-

sileiros, em inglês, principalmente sobreassuntos ligados a música e dança. Tenho19 anos. George Arthur — Fistteries De-pártment, Box 52, Elmina, Gana, WestAftica.

As cartas serão selecionadas para publicação notodo ou em parte entre as que tiverem assinatura,nome completo e legível e endereço que permitaconfirmação prévia.

POR QUE DESATIVAR O QUEFUNCIONA BEM?

Yan Michalski

ESTOUROU

como uma bomba no meloteatral a Resolução N° 19/80, de 14 demaio, do Conselho Nacional de DireitoAutoral, através da qual o Govemocontretiza a sua intenção de estatizar oprocesso de cobrança dos direitos au-

torais, e investe o Escritório Central de Arrecada-çá e Distribuição, ECAD, no monopólio desseprocesso, afastando dele as sociedades arrecada-doras constituídas por livre iniciativa de seusassociados — no caso do teatro, a tradicionalSBAT, Segundo o parágrafo único do Artigo 30 daResolução, "as associações que, nesta data, arre-cadam e distribuem, diretamente, os direitos deautor e dos que lhe sáo conexos de seus associa-dos, poderão manter essas atividades até 31 dedezembro do corrente ano, cabendo ao ECADefetuá-las após essa data, na forma regulada peloCNDA"

• A arbitrariedade e inoportunldade da medidasáo estarrecedoras. Esta coluna, por ter em váriasoportunidades questionado certos aspectos da fi-losofla e dos mecanismos internos da SBAT, sen-te-se particularmente à vontade para endossar oconsenso praticamente unânime dos seus sócios,no sentido de que o seu processo de arrecadação edistribuição de direitos funciona com uma eflciên-cia que merecia servir de exemplo a todos osserviços públicos do pais. Ao longo das suas seisdécadas de existência, a SBAT desenvolveu umknow how insubstituível, e um esquema de conta-tos internacionais Intransferíveis. A complexidadedas operações Inerentes à sua atividade não podeser dominada por um organismo sem tradição noramo. Em suma, não dá para perceber qualquervantagem que possa decorrer, para os interessa-dos, da desativação da SBAT e da sua substitui-ção por um aparelho estatal. E o autoritarismo dadecisão, imposta compulsoriamente aos milharesde criadores intelectuais que utilizam os serviçosda SBAT, sem que eles tivessem sido jamaisconsultados a respeito, é decididamente incompa-

tível com qualquer espirito de abertura democra-tica.

O QUE FIZERAM COMO SUBSTITUTIVO?

Outro acontecimento recente que tampoucocondiz com as propaladas intenções de abertura éa aprovação, pela Câmara dos Deputados, doprojeto de lei do Deputado Álvaro Valle que modi-fica a atual legislação da Censura, sem o substitu-tivo do Deputado Marcelo Cerqueira que aperfel-coava o texto original, Sem dúvida, o projetoÁlvaro Valle constitui, notadamente para o teatro,um apreciável progresso em relação à legislaçãoatual, na medida em que elimina qualquer possibi-lidade de proibição ou corte, e firma o principio deuma censura exclusivamente classificatória porfaixas etárias. Entretanto, o substitutivo MarceloCerqueira, elaborado a partir de subsídios forneci-dos por uma Comissão que reunia 24 entidadesrepresentativas de diversos setores de criaçãocultural, tinha as vantagens de uma abrangênciamaior, e de uma maior coerência na eliminação decertas contradições que persistem na legislaçãoem vigor. A própria Comissão de Constituição eJustiça da Câmara reconheceu estas vantagens dosubstitutivo, ao aprová-lo por unanimidade. Mas,misteriosamente, o que foi votado pelo plenário foio projeto Álvaro Valle na sua forma original. Amaioria governista da Câmara perdeu, assim, umaboa oportunidade de manifestar sua adesão aoconceito de uma legislação feita de baixo paracima, ou seja, a partir das sugestões da própriacoletividade interessada.

EM UM ATO• A classe teatral compareceu em massa ao jan-tar convocado pela Associação Carioca de Empre-sários Teatrais com o objetivo de formalizar oconsenso da categoria em torno da luta pelacriação da Fundação Nacional de Artes Cênicas, orepúdio ao parecer da SEPLAN contrário a essacriação, e o apoio dos esforços desenvolvidos porOrlando Miranda no sentido de fazer prevalecer oslegítimos interesses das artes cênicas brasileirasnesse episódio. Um abaixo-assinado redigido na

ocasião jã contém centenas de assinaturas, entreas quais as de várias das figuras mais representa»-vas do nosso teatro,

Os Sobreviventes, em cartaz desde a semanapassada no Teatro Opinião, é a última produçáo aestrear naquele teatro sob a administração deJoáo das Neves. Em fins de julho, ao término datemporada da peça de Ricardo Meirelles, o teatropassará às mãos do novo dono, Adauri Dantas. OGrupo Opiniào, porém, pretende sobreviver e con-tinuar as suas atividades em outro local.A montagem de Liberdade, Liberdade queestrearia semana passada no Teatro Cacilda Bec-ker não conseguiu resolver a tempo os seus proble-mas com a Censura, e teve portanto de adiar suaestréia sine die, já que se esgotou o prazo de quedispunha para a utilização do teatro.

Uma das figuras exponenciais do teatro mun-dial, Peter Brook, passará alguns dias no Rio emfins de julho. Brook virá para o lançamento de seufilme Encounters With Remarkable Men, masdeverá fazer uma palestra na Cultura Inglesa e terum encontro, que poderá ser organizado pelo SNT,com os grupos de teatro náo empresarial.

Tadzio Forels, teatrólogo e pedagogo colombia-no, dará um curso de teatro no Núcleo de ArteSemente (Rua Garibaldi, 144, tel. 208-2744), comaulas às 2as„ 4as. e 6as„ das 20h30m às 22h30m, ecom duração de três meses, a partir de 2 de julho.O curso abrange uma visão das técnicas de Stanis-lavski, Brecht e Grotowski. O mesmo especialistainicia em junho, no mesmo local, um curso desti-nado a crianças, visando ao desenvolvimento daspotencialidades expressivas dos alunos.

Maria Helena Kropf, professora de ExpressãoVocal do Centro de Artes da Uni-Rio e da Escolade Teatro Martins Pena, dará no Centro de Estu-dos Carlos Saboya (Rua Prudente de Morais, 594.tel. 247-5166) um curso de Reeducação Vocal,particularmente indicado para artistas de teatro,cinema, rádio e televisão. O curso constará dequatro aulas, dias 16,19,23 e 26 de junho, das 20hàs 22h.

Um novo grupo oriundo do Tablado inicia estasemana suas atividades públicas no Teatro Leo-poldo Fróes de Niterói, lançando a peça QuemPariu Mateus Que o Embale..., de Thais Balloni,com direção da autora. ¦

ARTES PLÁSTICAS

UM MES DE MUITA EDIÇÃORoberto Pontual

IO

flnal de abril e maio inteiro fize-ram retomar uma tendência que jáse pusera entre as mais fortes e cons-

¦¦ tantes de 1979 na cena artística bra-sileira: a aceleração do ritmo edito-

rial no setor das artes visuais. Nesse período —além do gigantesco esforço concretizado em Pan-cetti, o Pintor Marinheiro, de José Roberto Tei-xeira Leite, vindo de um pouco antes — começa-ram a ter circulação nacionalmente mais amplalivros do porte e da importância de As ArtesPlásticas no Centro-Oeste, de Aline Figueiredo, eAlmeida Júnior — Vida e Obra, com materialcritico e ilustrativo de sua pintura. À lista, deve seracrescentada De-Como-Ser, uma autobiografia docatarinense Harry Laus, concentrada particular-mente na seqüência de sua atividade como criticode arte.

Dois outros títulos, de caráter bem diferente,engrossaram ainda um pouco mais o disponível naárea. Ambos podem ser rotulados como livros-álbuns. O primeiro foi Giberto Freyre, o Poeta,comemorativo dos 80 anos do escritor pernambu-cano, tendo como acompanhamento serigraflas deAldemir Martins, Jenner Augusto, Lula CardosoAyres, Reynaldo Fonseca e Wellington Virgolino,todos eles artistas nascidos no Nordeste. E osegundo foi O Cavalo Árabe no Brasil, com foto-grafias de Antônio Carlos Rodrigues e texto deJosé Hamilton Ribeiro. O lançamento deste últi-mo deu-se paralelamente à apresentação do foto-grafo na galeria Luz/Sombra, do Rio, com uma dasmostras de fotografia sem dúvida mais instigantesno semestre que está para encerrar-se. Ali, aocontrário dos trabalhos coloridos nas páginas dolivro, ele exibiu uma série em preto e branco, sobreo mesmo tema, com vasta comprovação de capa-cidade inventiva e técnica.

No âmbito das revistas especializadas, as coi-sas também andam em ritmo razoável. Já nãotemos Arte Hoje, cujo período de existência seencerrou bruscamente no inicio do ano, depois deatingir a quota nada desprezível de 30 númerosmensais. No lugar dela, porém com perspectivabem diversa — disposto a fazer foco na colocaçãoradical das linguagens artíticas— surgiu A Partedo Fogo, a meio caminho entre o jornal e a revista,e sem periodicidade definida. Enquanto isso, Pho-to Càmera chegou ao seu nono número, dandoconta da volumosa emergência da fotografia noBrasil, do ano passado para cá. Numa área próxi-ma, fica Cine & Vídeo, editada em São Paulo, eigualmente se preparando para fazer sair o seunúmero 10. Em termos de arquitetura, dispomosde dois veículos mais constantes; a pequena Chão,trimestral, agora no número 8; e a veterana Módu-lo, bimensal, cada vez mais tentando assumir umapostura interdisciplinar. No número 58, de abrilúltimo, ela reproduziu um debate sobre o artistanegro no Brasil, conduzido por Liane Muhlenberg,além de três breves textos diretamente relaciona-dos às artes plásticas: Ferreira Gullar falandosobre Hélio Oiticica, Mário Barata analisando otrabalho fotográfico do pintor Abelardo Zaluar eGilberto Cavalcanti referindo o Museu Stedelijk,de Amsterdã.

2

Já que o parágrafo anterior deu con-ta de revistas circulando hoje naórbita da criação visual, entre nós,

¦j-j vale estender a menção até o âmbitolatino-americano. Nele aparecem lo-

go dois titulos que náo haviam sido ainda referidosaqui. De Buenos Aires, vem a noticia de que a

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Dois dos grandes nomes daescultura contemporânea naVenezuela: Gego (com uma

composição em nylon e alumínioanodizado, no Parque Central,

Caracas) e Alejandro Otero (comRotor, em alumínio, na Galeria de

Arte Nacional, Caracas)

revista Artinf (Arte Informa), inicialmente publi-cada de. 1970 a 1973, voltará a sair a cada mès. apartir de julho deste ano. Ela recomeça pelo nume-ro 19, tendo apenas 24 páginas em branco-e-preto.Na sua direção ficam Odile Supervielle, GermaineDerbecq e Silvia Ambrosini, a última mais conhe-cida de nós, no Brasil. A segunda menção dizrespeito a Arquitetura e Ingenieria, de periodici-dade bimestral, editada em Caracas. É uma revis-ta que se aproxima do caráter da nossa Módulo,inclusive na disposição de abrigar também mate-rias envolvendo de imediato a pintura, q desenho,a gravura ou a escultura. No número de janeiro-fevereiro passado, por exemplo, há uma longaabordagem da obra de Washington Barcala, opintor uruguaio de quem se viu algumas obras namostra América Latina: Geometria Sensível(MAM do Rio, 1978).

A Venezuela, abas, é um pais exemplar para aAmérica Latina, em termos de pesquisa de conse-

quente editoração artística. Nos últimos 10 anos, abibliografia neste setor cresceu ali, em número dediversificação, como em nenhum outro país latino-americano, salvo o México. Agora mesmo, recebide Bélgica Rodriguez o pequeno volume, quaseum folheto, intitulado Breve História de Ia Escul-tura Contemporânea en Venezuela. Com menosde 80 páginas, em formato 21xl0,5cm, ele constituió nono volume de uma coleção que se vem editan-do há algum tempo pela Funarte (Fundación paraia Cultura y las Artes, de Caracas), e na qual jáapareceram titulos como La Arquitectura Colo-nail em Venezuela (Graziano Gasparini) e El Gra-bado em Venezuela (Juan Calzadilla), além depublicações idênticas no espirito, abordando amúsica, o rádio e o cinema venezuelanos.

Para concluir, refira-se o surgimento de umàvaliosa contribuição ao conhecimento de quemsáo e de como trabalham os historiadores da artena América Latina. Compilada por Elizabeth H.Boone, esta publicação recente do Research Cen-ter for the Arts, que funciona ligado à Universida-de do Texas, em San Antônio, traz informaçãoprofissional sobre nada menos que 217 historiado-res de arte que se especializaram em temas latino-americanos. Está dividida em três seções: umarelação alfabética dos especialistas; a indexaçãodeles por áreas de interesse; e um guia de escolassuperiores que oferecem cursos em tomo da artena América Latina. As informações reunidas paraformar o Directory of HisUrians of Latin Ameri-can Art vieram de questionários preenchidos porcada um dos nomes ali incluídos. Na verdade, âpublicação é apenas um ponto de partida paratrabalho de maior fôlego e muito mais completoque a mesma Elizabeth H. Boone começa atuai-mente a por em andamento.

CADERNO B ? JORNAL DO BRASIL ? Rio de Janeiro, Mgunda-feira, 2 de junho de 1980 o PÁGINA S

Jantar de homenagensO empresário Olivier Giscard cTEstaing, irmão

do Presidente da França, foi homenageado nasexta-feira com um movimentado e elegante jan-tar oferecido no amplo apartamento da Rui Bar-bosa por Vera e Jacques-Louis Hercier.

Os convidados somavam mais de 90, divididosem rodas de conversa e em tomo de um buffetelogiadíssimo.

Entre os presentes, estavam o Embaixador eSra José Manoel Fragoso, o Cònsul-Geral da Fran-ça e Sra Jean-Jacques Galabru, os Srs e SrasGuilherme da Silveira Filho, Álvaro Catão, ÁlvaroBezerra de Melo, Laudo Camargo, Fránzio Salles,Jorge Piano, Eduardo Guinle, Teófilo de AzeredoSantos (hosts no dia seguinte de um jantar, tam-bém em homenagem a Olivier Giscard d'Estaing),Agnaldo de Melo Junqueira, Pelo Belotti, Henri-que de Botton, Ridolfo Ridolfi, Paulo César Brito,Hermano Villemor do Amaral (estes, os anfitriõesdo passeio de barco que levou o homenageado aItaipu na manhã de sábado), as Sras MariazinhaGuinle, Josefina Jordan, Gilda Sarmanho, Teresade Souza Campos, Glorinha Sued, Beatriz Lucas,Selma Taylor, Maria Celina Lage, Olivia Leal, oPríncipe D João de Orleans e Bragança, os Srs Aride Castro, Rui Patrício e Érico Baugarten.

M Giscard d'Estaing embarcou para Paris on-tem à noite, pelo Concorde.

Zózimo Quem vem

¦ ¦ ¦

Sapatosbrancos

Quem passasse ontempela manhã pela rampade embarque doAeroporto Internacionaldo Rio, veria umpomposo Rolls-Royceestacionado em localproibido, sendodevidamente multadopelo guarda.

Seu proprietário, o SrAlfredo Saad, saíra decasa para engraxar ossapatos brancos nasapataria que funcionano interior do aeroporto.

Nudezna TV

A publicidade na televi-sào, que ensaiou tímida-mente insinuar um nu fe-minino há meses nas telasbrasileiras, anunciandouma etiqueta de roupa jo-vem, foi superada em ou-sadia por um comercialque está no ar desde asemana passada.

Precursor na televisáodos tempos da abertura, oator Graci7ido Júnior apa-rece au naturel, tambémvendendo uma etiqueta deroupas.

Justiça seja feita — ocomercial é ousado, masde extremo bom gosto.

De visita• Está no Brasil, em visi-ta particular, o vice-Prefeito de Tel-Aviv, SrDavid ShifEman, que reúneainda entre outras atribui-ções os cargos de Secreta-rio de Planejamento, De-senvolvimento e Trans-portes de sua cidade, maisa presidência da IsraelEletric Corporation.

• Na sexta-feira encon-trou-se com o Prefeito Is-rael Klabin, na última au-diência que este concedeuno cargo.

• Ontem viajou para Bra-sília para conhecer a obrado Oscar Niemeyer, dequem é grande admirador.

PARISESPECIALTÊNIS NO VATICANO

A presença em Paris do Papa JoãoPaulo II ofuscou durante três

dias o brilho do torneio de RoiandGarros, embora de alguma forma onoticiário tenha ligado o nome deSua Santidade à competição.

É que um dos principais tenistasde Roiand Garros, o polonês WojtekRibak, foi sondado para ser professorde tênis do Papa no Vaticano.

A notícia apareceu em todos osjornais, sendo bom lembrar que Fi-bak jogou recentemente em SáoPaulo, vencendo um torneio organi-zado pela Koch-Tavares.

AGENDA PARISIENSE

Ogrand-monde parisiense anda

alvoroçado com a intensa pro-gramação social prevista para estemês, que marca as despedidas dagrande saison mundana. Com os úl-timos dias de junho, que precedem atemporada de férias, váo para o fun-do do guarda-roupa todos os longos esmokings, para só voltarem a entrarem ação a partir de setembro.

Mas enquanto o verão não chega,o schedule social prevê já para opróximo dia 10 o que está sendoconsiderada a maior festa do mès —o grande baile que oferecem no Pala-cio de Versalhes Florence e Geraldvan der Kemp, não fosse o host preci-samente o presidente da FundaçãoVersalhes.

Motivos para a grande festa é quenão faltam: a restauração do quartodo Rei e da Galeria de Espelhosatingidos há cerca de dois anos poruma bomba colocada por terroristas,e a entrega a Florence van derKemp, americana de origem, da Le-gião de Honra.

Antes, porém, do dia 10, maisexatamente no dia cinco, será a vezda Princesa Grace de Mônaco movi-mentar a chamada alta-roda euro-péia. Ela inaugura uma nova exposi-

Mirja e Gurither Sachs em Àix-en-Provencé, durante ojulgamento de sua prima Ghristina von Opel — inocentada,

finalmente, da acusação do tráfico de drogas, pela qualcumpriu já quatro anos de prisão

çâo de seus mais recentes trabalhos—colagens que tem nas flores o temaprincipal.• O curioso é que a Princesa não seassina como tal, mas usa o nome desolteira apondo embaixo dos qua-dros as iniciais GPK (Grace PatríciaKelly). Ela mesmo explica por que:para não embaraçar o Príncipe, seumarido, na hipótese da imprensa pu-blicai- crticas demolidoras.

Como outro grande acontecimen-to artístico-social está previsto osouper que os Barões Guy de Roths-child oferecerão em seguida à estréiada ópera Boris Goudounov, monta-da e dirigida por Joseph Losey.

A maior colisão social do mêsocorrerá no dia 7: o Príncipe Alexan-dre Poniatowsky escolheu para ca-sar com Inga Rotthus justamente nodia do aniversário de casamento dosPríncipes de Lobkowicz.

A enumeração dos fatos sociaisimportantes que ocorrerão antes doverão inclui ainda o deslocamentodos socialites parisienses até a In-glaterra, para o baile que a RainhaElizabeth, a Rainha Máe, oferecerádia 18, no Castelo de Windsor e, last

but not least, a festa de aniversárioque será oferecida pelo brasileiroNelson Seabra.• Segundo informa um colunistasocial, Nelson celebrará sua entradana terceira idade, que vem a ser"uma maneira gentil de comunicarque está completando 60 anos". Deacordo com o convite enviado aosamigos pelo aniversariante, "suasimples presença será o meu maisprecioso e bonito presente de aniver-sário".

PAPA X "WOMEN'S LIB'

AS feministas realmente náo têm

jeito.• Encontraram uma maneira demontar uma ruidosa manifestaçãocontra a presença do Papa João Pau-lo n em Paris: um grupo de cerca de200 delas reuniu-se na véspera dachegada do Papa na praça em frenteà igreja de Saint-Germain des Prèspara protestar contra a forma tradi-cional com que a Igreja reage àsidéias defendidas pelos movimentosfemininos de liberação e emanei-paçào.

Nfto será surpresa se vier a se concretizar hoje umasérie de apresentações, no final do ano, no Brasil, deShirley MacLalne.

A atriz, hoje unia respeitada estrela de espetâcu-los musicais no» palcos norte-americanos e europeus,concordou finalmente em se apresentar aqui, maisprecisamente no palco no Hotel Nacional.

Além do Rio, Shirley MacLaine deverá se apresen-tar em Sào Paulo, Porto Alegre e Brasilia.

O Mais caroA Envemo, firma paulista especializada na fabri-

cação de réplicas de automóveis antigos, está partin-do para o lançamento de um modelo próprio, esporti-vo, com motor Opala.

Cada carro estará à venda por CrS 1 milhão.A fila de espera — ainda nào saiu de fábrica

nenhuma unidade — há 15 dias já reúne 12 compra-dores.

Filme esquecidoA participação do Brasil no Festival de Cannes —

o que ninguém sabe — destacou-se pela seleçáo dofilme Vietnam, Viagem no Tempo, do diretor EdgardTelles Ribeiro, para participar, ao lado de apenasoutros dois curtas-metragens, da Quinzena dos Reali-zadores.

O filme, inédito no Brasil, conta a experiência deum jovem brasileiro que emigrou do Amazonas paraos Estados Unidos e, por extrema falta de sorte.acabou sendo recrutado e enviado paia lutar naguerra.O Mime agradou a critica, a ponto de o antropólo-go e cineasta Jean Rouch encomendar ao diretor umacópia do filme para seu arquivo particular.

Noite e diaO bailarino Mikhail Baryshnikov, vítima há pouco

mais de um ano de uma contusão que o deixou forade forma durante alguns meses, já está recuperadocompletamente mas seu pé ainda requer exerciciodiários de caminhada.

Todos os dias que passou no Rio, Baryshnikov nãodispensou a ida à praia em frente do Hotel Nacional, aqual percorria repetida vezes até completar o exer-cicio.

Nessas caminhadas, a conselho de amigos cario-cas, o bailarino dispensou qualquer valor que pudes-se atrair assaltantes—deixando em seu apartamentoinclusive os documentos.

« • •Se de manhã Baryshnikov exercitava os pés, à

noite, após os espetáculos, exigia deles bem mais.Foi um fiel freqüentador do Hippopotamus, de

onde saia sempre depois das trés da manhã.Da última vez, aliás, saiu levando no bolso uma

carteirinha de sócio.

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SULA JAFF APRESENTA"UM DOS MAIORES PIANISTAS DO MUNDO"

JOHNVALUER

"Um grande intérprete de Chopin"

The Daily Telegraph (London)Única apresentação desse famoso pianista inglês, durante sua atual toumé* pelaAmêrica-letina.

CHOPINMazurka em Fá menor Op 58 n° 4 (versão original completa em primeira «udiçio roBrasil): Polonaise Militar Op. 40 n° 1; improviso em Fá sustenido; Fantasia; noturnoOp. 15 n° 1; Scherzo e Si bemol menor; balada em Lá bemol maior; 3 valsas;Berceuse, Polonaise Heróica Op 53.

APRESENTAÇÃO ÚNICA DIA 4 DE JUNHO, ÀS 21 HSSALA CECÍLIA MEIRELES

Ingressos à venda na bilheteria da sala. (Tel: 221-7379)

RODA-VIVAO Embaixador e Sra Roberto Campos embarcam

para Pequim dentro de 20 dias. De lá, seguem paraLondres, onde ele reassume o posto.

O pianista Jean-Louis Steuennan toca depois deamanha no Planetário de Gávea, na série Concertoscom as Estrelas, depois de se apresentar numatournée pela costa Oeste dos Estados Unidos comosolista da Orquestra de Baltimore.

Ivone e Harry Giglioli passam esta semana no Rio:ele submete-se a uma cirurgia na Casa de Saúde S.José.

O Embaixador e Sra Antônio Corrêa do Lago, queseguem na quarta-feira de férias para Nova Iorque,batizaram ontem no Rio seu primeiro neto, que vema ser bisneto de Osvaldo Aranha.

A associação de amigos de Teresópolis, recém-fundada, conseguiu no flnal da semana reconheci-mento de utilidade pública. É o primeiro passo legalpara uma grande batalha que enfrentará pela frente.

A colunista Pomona Politis deixou no fim desemana definitivamente o jornalismo. Vai-se dedi-car às funções de relações públicas de uma empresaprivada.Na noite do Concorde, Lúcia e José Pedroso, maiso Embaixador Hugo Gouthier e o Sr Paulo Maia.

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PÁGINA 4 D CAI.ERNO B O JORNAL DO BRASIL ° Rio de Janeiro, gegunda-íeira, 2 de junho de 1980

José Carlos Oliveira

FALSA VACA,LEITE AZEDO

O

leite é de soja. A vaca é mecânica.A vaca-mecànica transforma ca-da quilo de soja moída em oitolitros de leite. Cada litro de leite

custa Cr$ 5. A vaca não muge, nâo comecapim, não balança o rabo. O leite não sai doúbere da vaca. Essa vaca não tem úbere.Essa vaca é uma vaca-mecànica. Ela temparafusos, porcas, arrebites. Placas rhetâii-cas. Tubos, fios, vasilhames sacolejadores,um orifício lá em cima por onde entram osgraõs de soja e um funil lá em baixo por ondese despeja o leite de soja. Cada quilo de sojaproduz um litro de leite, mas náo é leite devaca. Nem de cabra. Sequer de búfalo.

O Presidente Figueiredo provou desseleite e disse:

Duvido que uma criança goste disso.Uma senhora presente à solenidade —

pois quando o Presidente bebe leite, todomundo bate palmas — uma senhora dessasque acreditam no milagre da transformaçãodas máquinas em vacas... Senhora crédula:está convencida de que basta chamar umamáquina de vaca que o milagre está feito. Amáquina vira mesmo vaca. Para esse tipo desenhora, qualquer coisa é o ópio do povo, elaentra em órbita por qualquer coisa. Se acasovocê disser: "Aquele navio que vai ali no maré um consumado professor de Filologia" — atal senhora, eu juro, passará a crer que todonavio é um eminente professor de Filologia.Há pessoas assim: acreditam em falsos mila-gres. Só não acreditam nos milagres verda-deiros. O milagre verdadeiro seria uma vacade verdade produzir leite verdadeiro. O falsomilagre é a vaca-mecànica produzindo leitede soja. O presidente disse:

Duvide-o-dó...A senhora vacum ficou decepcionada. O

Presidente bebeu e não gostou. Ela disse:Presidente, está faltando açúcar...

É assim o nosso Brasil. Há muitas crian-ças morrendo de fome e há muitas pessoascomendo filé mignon. Há muitos estrangei-ros importando o nosso filé mignon. Há tam-bém muito leite derramado em pocilgas, ali-mentando os porcos, porque leite custa caro,o Governo não permite aumentar o preço,entáo os produtores de leite preferem ali-mentar seus porcos com leite de vaca. Prefe-rem perder o produto a vendê-lo a preçocondizente com o poder aquisitivo do povo. Opoder aquisitivo do povo, o povão mesmo, ovelho povo nordestino, é este: nenhum. So-mos um país capitalista funcionando nomeio de um povo pré-capitalista.

Quem come vaca é rico. Quem bebe leitede vaca é milionário. E o povo, vai comer ebeber o quê? O povo não come: bebe. Dão-lhede beber o leite de soja, tirado da vaca-mecânica. Assim pretendem salvar da fomemilhões de crianças nordestinas — ea gentediz nordestinas apenas porque, teoricamen-te, no Sul, no Leste e no Oeste, a fome dascrianças é menos calamitosa que no Nordes-te. (No Norte, que agora é Nor-Nordeste, ascrianças comiam trajacá. O trajacá é umaespécie em extinção. Por conseguinte, nin-guém mais come trajacá. Mas os estatísticosainda ná estudaram o problema, de maneiraque o problema ainda não existe).

Presidente... Esta é a vaca-mecànica.Esta vaca produz leite de soja. Esse leite vaialimentar as criancinhas famintas do Nor-deste. Prove, Presidente!

O Presidente provou um copinho, deuuma cuspidela no cháo, fez careta e co-mentou:

Duvide-o-dó...Como disse, Presidente?Duvido que alguma criança goste des-

sa porcaria! Isso nào é leite coisa nenhuma!Isso é soja misturada com água! Ninguémme ilude!

—Ah, Presidente — disse aquela senhora,a tal que crê em falsos milagres. — Estáfaltando açúcar...

Ora, o Presidente não é bobo. Ele sabeque o açúcar, em si, já é um excelente alimen-to. Se as crianças do Nordeste pudessem seralimentadas com mariola, goiabada cascão,água com açúcar... Se isso fosse possível, nãohaveria necessidade de servir leite de soja aninguém. O caso é que o açúcar também nãoestá dando sopa, as crianças do Nordestenão comem açúcar. As crianças nordestinasnão têm cárie dental por dois motivos: pri-meiro, porque náo comem açúcar; segundo,porque não têm dentes. Elas morrem antesda segunda dentiçào. O açúcar entrou aquifazendo o papel da mentira carioca. Era sópara o Presidente não ficar zangado. Mas eleficou. Ninguém engana o Presidente. Ou me-lhor. você pode enganar o Presidente dizen-do que o leite de soja é gostoso. Mas, se vocêdeixa o Presidente provar o leite de soja, eleverificará em sua própria boca que aquilo éuma grande porcaria. O Presidente faz core-ta, enjoado: o Brasil é país todo desengonça-do, um país aflitivo, lugar dificil para alguémser Presidente nele. Por isso é que sempredigo: só serei Presidente do Brasil se não meforçarem a beber leite de soja.

Ah, sonho meu, impossível de se realizar!Como poderia eu, algum dia, ser Presidentedo Brasil, se odeio vacas-mecánicas?

Foto áa Condido Jet*

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Em detalhes, o hiperrealismo

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Foto do João Ricordo I

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Fofo do Pedro Lobo

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A radicalizaçãoem nível estético

Lm menino do Morro daConceição: nem fotojornalismonem abstração g

Maria Eduarda Alves de Souza

HOJE,

às 21 horas, na Galeria deArte do Centro Cultural Candi-do Mendes, Rua Joana Angéli-ca, 63, térreo, será iniciada coma exposição dos fotógrafos Can-dido José, Pedro Lobo e João

Ricardo Moreno a segunda etapa do Projeto1980. Esse Projeto, a cargo de Maria deLourdes Mendes de Almeida, responsávelpela Galeria, começou em março deste ano evisa integração das áreas de desenho, foto-grafia e gravura a nível de galeria.

— De modo geral — diz Maria de Lourdesas exposições organizadas pelas galeriasde arte acontecem sucessivamente umasapós as outras. Dessa maneira, o público nãotem idéia de conjunto, muito menos podecomparar técnicas. O que o Projeto 1980 estácombatendo é essa desassociação. Ele inte-gra desenho, fotografia e gravura, não sóporque foram as técnicas mais procuradasnos anos 70, principalmente pelos Jovens,como todas as três tèm pontos em comum: opapel, que lhes serve de suporte, e a possibi-lidade de, no caso da fotografia e da gravura,derivarem múltiplos, mais acessíveis em ter-mos de compra, a um maior número depessoas.

Cada área (complementada por conferèn-cias seguidas de debates) compõe-se de trêsmostras, com três artistas cada. Da primeiradesenho — participaram Plory Menezes,Marta Pires Ferreira e Nisete Sampaio (mar-ço), Amador Peres, Mauro Kleiman e DeniseWeller (março/abril) e Gianguido Bonfanti,Fernando Barata e Vera Roitman (abril-/maio). Da segunda — fotografia — que ini-cia-se hoje com Cândido José, Pedro Lobo eJoão Ricardo Moreno — participarão osamericanos Elaine 0'Neil, James Dow e Wil-liam Burke (junho/julho) e Osmar Vilar, GuyGonçalves de Hugo Denizart (julho). Da ter-ceira — gravura —- participarão finalmenteJosé Paixão, Manuel Messias e Susan L'En-gel (agosto), Heloísa Pires Ferreira, AlexGama e João Batista Pinheiro (agosto/se-tembro) e Luciano Pinheiro, Maria Tomasel-11 e Gil Vicente (setembro).

Até 16 de junho, Cândido José, PedroLobo e João Ricardo Moderno apresentarão42 fotografias, assim divididas: Cândido ePedro, 15 fotos cada, e João Ricardo, 12.

Primeiro lugar, categoria cor, no n Con-curso de Fotografias promovido pelo IateClube do Rio de Janeiro, 1975, Cândido

comparece com fotos coloridas hiperrealis-tas. O hiperrealismo. no qual vem trabalhan-do há cerca de quatro anos. é conseqüênciade sua preocupação com o detalhe.

Através desse detalhe, que é um recor-te de uma determinada realidade, projeto aidéia do todo que se origina dele mesmo, omacro derivado do micro. Pela apresentaçãode um extrato, procuro incentivar as pes-soas para que utilizando seu próprio poten-ciai criativo possam compor o resto da ima-gem. E utilizo a cor, porque, por intermédiodela, não só transmito uma sensação dealegria, pois gosto do que estou fazendo,como ela própria dá mais margem à imagi-nação.

Pedro Lobo estudou fotografia em Bos-ton, onde expôs individualmente há doisanos (galerias Galaxy e Piano Factory). As-sim como Cândido José, apresentará fotospreto e branco em detalhes, que no entantonâo sâo uma saturação do real, caracteristi-ca do hiperrealismo. Ao contrário, mostramparte de uma realidade, constatada por elena área do Morro da Conceição, adjacente àPraça Mauá.

O que me preocupa é que a minhalinguagem não pareça nem fotojornalismo,nem seja definida como abstração. Devoinclusive continuar trabalhando no Morroda Conceição, porque ainda não esgotei olocal como tema. Para captar a realidadeinterior das pessoas, o fotógrafo tem deprocurar entrar ao máximo nas suas vidas. Ameu ver, as realidades exterior e interiorestáo intimamente ligadas. Uma janela, ummuro, se vistos da rua, podem ter uma vidainterior, tanto para quem está por detrás deambos como para mim, que sou fotógrafo.Nesse sentido, acho que fotos em preto ebranco traduzem melhor o clima de nàodelimitação entre realidade exterior e reali-dade interior.

Em termos dessa nâo delimitação dasduas realidades, o Morro da Conceição lheinteressa por ser um lugar ao mesmo tempocentral e residencial.

Seus habitantes — diz Pedro Lobo —sáo operários especializados, pequenos co-merciantes, a maioria imigrantes portugue-ses. Pertencem à classe média baixa e devi-do ao espaço fisico no qual circulam — ruasestreitas, ladeiras, escadarias — puderampreservar, muito mais do que os moradoresda Zona Sul e de alguns subúrbios da ZonaNorte, uma autenticidade maior, a nivel deidentificação social.

João Ricardo Moreno é professor univer-sitário, critico de arte, participou de exposi-çóes coletivas (VI International Open En-counter on Video, MAC, Caracas, Venezuela,1977 e Saláo Nacional de Artes Plásticas,MEC/Funarte, 1978) e individuais (PetiteGalerie e Museu de Arte Moderna, Rio, 1978)e recebeu dois prêmios: Menção Especial no3o Salão de Verão, MAM, promoção do JOR-NAL DO BRASIL, 1971, e Io Prêmio, Saláoda PUC, mesmo ano.

Como teórico das artes plásticas —Informa — interessa-me a problemática so-ciai que faz parte de um sentido político,como um todo. Considero ainda que a van-guarda tem dois aspectos: formal, com umaradicalização a nivel estético — o que é ecomo se apresenta uma obra de arte, seja elauma pintura, um desenho ou uma fotografia— e o ideológico, caracterizado por umaradicalização calcada em determinada ideo-logia. Defendo a união entre os dois aspec-tos, já que qualquer um deles, se colocadosisoladamente, ficariam unilaterais e a obrade arte só é completa quando funde seusaspectos formal e ideológico.

Nas fotos de Joáo Ricardo Moreno, oaspecto formal está presente na maneiracomo tecnicamente apresenta os objetosque fotografia "para os quais emprego umagrande angular, que dramatiza, por exem-pio, a figura humana". E o ideológico naconstatação que faz sobre a miséria da vio-lència, da fome, da agressão, da falta deamor, "que é uma realidade bem brasileira".

Ele finaliza:Toda obra de arte inclui o aspecto

formal do ideológico e vice-versa. E comoobra, deve ser vista como um todo. Claro quese for analisada, terá de ser dissecada, paraque se possa constatar até que ponto oformal é ideológico e o contrário, já queambos aspectos — formal e ideológico — seinterpenetram. Estou consciente de que omeu público é um público burguês. Mas aarte que apresento a esse público tem umafunção socialista (que é o aspecto ideologi-co). Sou, enfim, um artista da miséria.

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CADERNO B O JORNAL DO BRASIL ° Rio de Janeiro, negunda-fara, 2 de junho de 1Q80 ? PÁGINA 5

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Paulo — Seráentregue oficial-mente hoje à SraDolores Fernan-des Gomes Nolli oprêmio de Crt 1

milhão, em Obrigações Rea-justáveis do Tesouro Nacio-nal (ORTNs), dissipando-seassim a dúvida que pairavasobre o pacote de casamentoque o Baú da Felicidade de-veria dar a Lourenco Noelli,filho da Sra Dolores, e suanoiva Solange.

Segundo a papelada apre-sentada pelo gerente nacio-nal de propaganda da empre-sa, Sr Renato, "está tudo den-tro da lei". Explicou ele queos noivos não precisavam fi-car necessariamente com opacote de casamento, queconsta enxovais (desde a rou-pa de baixo de cada um atévéu, grinalda e maios), mobí-lia, alianças, jogo de malas,um carro e até a apresenta-çào dos cantores do Progra-ma Sílvio Santos na festa docasamento. Em vez disso, ocasal poderia escolher entrereceber o equivalente a Crt 1milhào em eletrodomésticos,terrenos, uma casa, ORTNs,ou mesmo um caminhão Mer-cedes Benz.

E provavelmente seria estaa escolha de Lourenco e So-lange, se ele, caminhoneiro,náo tivesse acabado de darentrada em seu novo veículo,dias antes de saber que suamáe havia sido sorteada en-tre os prestamistas que Iriamconcorrer ao milhào.

Mas no flnal, em lugar defestas (uma churrascaria ofe-receu um almoço de 200 pes-soas junto com o pacote ma-trimonial) e enxovais, o casalpreferiu o dinheiro. Só que,segundo o gerente de propa-ganda, pelas rigorosas leisque regulam os carnes, é proi-bido pelo Govemo dar pré-mios em dinheiro. Qualquerquantia deve ser entregue emORTNs, que ficarão em eus-tódla pelo prazo de seis me-ses, rendendo juros e corre-çâo monetária.

A sorteada, Sr" Dolores, de-ve assinar hoje a papeladaque substitui legalmente ovale do Baú da Felicidade. Eo Sr Renato explica a exis-tóncia desse vale:"Nós só podemos compraras ORTNs depois que a esco-lha é feita pelos sorteados.Por isso, há sempre algumademora, mas nunca superiorao prazo de 30 dias que te-mos, de acordo com a lei. Pra-zo este que começa a correr apartir da ida ao ar do progra-ma em que o cliente seja con-templado. O Sr Renato estra-nha a insistência do repórterem confirmar a entrega dosprêmios e diz:

Todos os prêmios do Baúsáo rigorosamente entregues.Há uma permanente flseali-zaçâo do Governo e nào nosInteressa lesar ninguém.Quando o premiado não é lo-calizado para receber o prè-mio, o valor é entregue aoGoverno federal, por Isso náonos interessa deixar de locali-zar um ganhador, ou colocardificuldades para que ele re-ceba.

Ele mostra dezenas de lm-pressos com multas caras sor-ridentes de ganhadores de vá-rios Estados e desafia a repor-tagem a encontrar um delesque não tenha efetivamenterecebido seu prêmio.

É necessário rodar bastan-te até se chegar ao bairro deSáo Mateus, na Zona Lesteda Cidade, até encontrar arua Gonçalo de Oliveira, ex-Rua 5, onde mora LourencoAparecido Nolli, o feliz noivoque, representando sua máe,Sra Dolores, foi ao programade Sílvio Santos, e recebeuseu milhào. E é a máe queatende a porta, desculpando-se pela sujeira das mãos, poiscuidava de algumas plantasno jardim. Seu filho Lourenconáo está, "pegou o cami-nháo" e foi fazer.uma entregaem Belo Horizonte, mas suafutura nora, Solange Milhare-si trabalha na esquina, aju-dando a mãe num pequenoarmazém. É ela quem contaque o prêmio será divididoentre a sogra e os noivos, eque, com seu quinhão, elespretendem casar-se no fim doano e dar entrada numa casa.

Dona Dolores veio com omarido Durvalino, operáriotêxtil da Rhodia, da cidadede Urupès, no interior do Es-tado, e conta que compra ocarne do Baú há vários anos,depois de algumas experièn-cias com o extinto camè Lari-larai, que para ela era muitopior "porque não dava nadapara a gente em troca do di-nheiro".

É a primeira vez que a fami-lia ganha prêmios do Baú,sua mãe recebeu duas pane-las de pressão, "mas, que eulembre, ela nunca as colocouno fogo". Sua parte do prè-mio, ela náo pretende trans-formar em troféus, como suamãe. Vai dar uma casa aofilho mais novo, Laudecir,"para ele ter as mesmas chan-ces que o irmão".

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PÁGINA 6 D CADERNO B D JORNAL DO BRASIL O Rio «le Janeiro, segunda-feira, 2 de junho de 1980

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Estréiasda semana

Gaijin - Caminhos daLiberdadeA RosaEncontros e DesencontrosResgate Suicida

••*••UM ESTRANHO NO NINHO (One Flew Overtbe Cuckoo's Neit), de Mi los Forman. ComJack Nicholson, Louise Fletcher, William Red-field e Peter Brocco. Joio (Av. Copacabana,680 — 237-4714): 14h, 1635m, 19hl0m,2lh45m (16 anos). O filme pode ser vistocomo comédia dramática em torno e umestranho (um delinqüente com característicosde são) que transtorna a grotesca e tediosadisciplina de um hospital porá doentes men-tais. Reapresentação.

•••••APOCALIPSE (Apocalypse Now), de FrancisFord Copella. Com Marlon Brando, RobertDuvoll, Martin Sheen, Frederic Forrest, AlbertHall e Sam Bottoms. Ilha Auto-Cin» (Praia deSão Bento — Ilha do Governador — 3933211): 19h, 22h. Até amanhã (18 anos).Roteiro de John Milius e Coppela livrementeinspirado no romance Heart of Darkness, deJoseph Conrad. O capitáo Williard (Sheen),inadaptodo à vida civil e veterano de mis-soes especiais na guerra do Vietnam, recebeuma tarefa sigilosa e angustiante: embre-nhor-se na selva, até o Camboja, a fim dematar o coronel Kurtz (Brando), oficial exem-plar que teria oderido à barbário, liderandomassacres terríveis, dos quais seriam vfimasinclusive combatentes americanos. A viogemde Williard até encontrar Kurtz, que lidera osnativos como um deus qüe exige permanen-tes sacrifícios de sangue, mergulha o capitáono horror de uma guerra alimentoda dedrogas, corrupção e mentiras. O cineasta deO Poderoso Chefão jogou sua carreira emcinco anos de produção, ao custo de mais de30 milhões de dólares — quantia só duasvezes superado na história do cinema. Pro-duçáo americana filmada nas Filipinas. Pre-miado com o Oscar de Fotografia (VittorioStororo) e Som e ganhador da Palma de Ouroem Cannes, 79. Reapresentação

••••GAIJIN —CAMINHOS DA LIBERDADE (Brasi-leiro), de Tizuka Yamasaki. Com Kyoko Tsu-kamoto, Antônio Fagundes, Jiro Kawarasaki,Gianfrancesco Guarnieri, Alvoro Freire e Jo-té Dumont. Cinema-1 (Av. Prado Júnior, 281— 275-4546): 14h, lóh, IBh, 20h, 22h.Palácio-2 (Rua do Passeio, 38 — 240-6541):13h30m, 15h30m, 17h30m, 19h30m,21h30m (14 anos). Premiado no Festival deGramado como o melhor filme, melhor atorcoadjuvante (José Dumont), melhor roteiro,melhor cenografia (Yurika Yamasaki) e me-lhor trilha sonora (John Neschling). No Festi-vai de Cannes ganhou o prêmio especial daAssociação dos Críticos Internacionais. Cercade 800 imigrantes japoneses chegam aoBrasil em 1908, durante o período da expan-são cafeeira. Entre eles, Yamada e Kobayaskisào contratados para trabalhar na fazendaSanta Rosa, em São Paulo, onde enfrentam ahostilidade do capataz, que exige sempreum ritmo inalterável de trabalho. O trata-mento humano só é sentido através de outros

"imigrantes — italianos e nordestinos. Semalternativos, os japoneses sofrem as conse-qüèncias de uma vida quase animal: amaleita, o suicídio e a degradação determi-nam o desaparecimento dos mais fracos.

A CLASSE OPERÁRIA VAI PARA O PARAÍSO(La Classe Operaria Va in Paradiso), de ElioPetri. Com Gian Maria Volonté, MariangelaMelato, Gino Pernice, Luigi Diberti, DonatoCastellaneta e Salvo Randone. Caruso (Av.Copacabana, 1 326 — 227-3544): 14h, lóh,18h, 20h, 22h. Até quarta. (16 anos). Produ-çào italiana de 1972. No Brasil, o filmechegou o ser exibido, depois foi censurado eagora novamente liberado. Massa (GianMaria Volonté) trabalha numa fábrica e éconsiderado operário-padrão, chegando aser hostilizado pelos colegas. Mas, depois deum acidente onde perde um dedo da máo,sua atitude na fábrica muda radicalmenteao ver o gesto de solidariedade dos compa-nheiros. Aos poucos torna-se militante radi-cal acabando por ser demitido. Novamenteos companheiros mostram solidariedade, co-meçondo um movimento poro sua readmis-são, com umo série de passeatas e greves.Reapresentação.

••*•KRAMER x KRAMER (Kramer vs. Kramer), deRobert Benton. Com Dustin Hoffman, MerylStreep, Jone Alexander e Justin Henry. La-goa Drive-ln (Av. Borges Medeiros, 1 426 —274-7999): 20h, 22h30m. Cinema-3 (Rua doPasseio, 229): 14h, lóh, 18h, 20h, 22h. Atéquarta no Lagoa (14 anos). História dorelacionamento e divórcio de um casal e adisputa pela posse do filho em um tribunalde Novo Iorque. Premiado com os Oscar deMelhor Filme, Direção e Roteiro Adaptado(baseado no romance de Avery Corman)ambos os prêmios ganhos por Robert Benton,Ator (Dustin Hoffman), Atriz Coadjuvante(Meryl Streep).

••••BYE BYE BRASIL (brasileiro), de Corlos Die-gues. Com Betty Faria, José Wilker, FábioJúnior e Zaira Zambelli. Lido-2 (Praia doFlamengo, 72 — 245-8904): 14h, lóh, 18h,20h, 22h. Scala (Praia de Botafogo, 320 —246-7218): de 2o o 4o e 6a, às 16h, 18h, 20h,22h. 5o, sábado e domingo, a partir de 14h(18 anos). Um grupo de artistas ambulantes,a Caravana Rolidei, cruza de caminhão todoo.sertão nordestino em direção à florestaamazônica, saindo de Piranhas, em Alagoas,até Altamira daí se deslocando para Belém eem seguida para Brasília. Diegues, o realiza-dor de Xica da Silva e de Chuvas de Verão,segue a viagem ao mesmo tempo interessa-do em retratar o que se passa com os artistasambulantes (que encontram público cadavez menor nas cidades que contam comtelevisão) e o que se passa com as pessoasque eles encontram ao acaso no meio daviagem. Candidato à Palma de Ouro noFestival de Connes, 1980.

•••O AMOR EM FUGA (L'Amour en Fuite), deFrançois Truffaut. Com Jean-Pierre Léaud,Marie-France Pisier, Dorothée, Dany e Clau-de Jade. Lido-1 (Praia do Flamengo, 72 —245-8904): 14h, lóh, 18h, 20h, 22h. (14anos). Retorno do personagem Antoine, pre-sença quase constante na filmografia deTruffaut desde sua estréia em 1959 com OsIncompreendidos, tendo como protagonista omesmo ator, Jean-Pierre Léaud. Lembrançase flashes-backs de diversas épocas de Antoi-ne onde se |untam as inquietações e interro-gaçóes do cineasta numa clave autobiográfi-ca. Músico de George Delarue e fotografia deNestor Almendros. Produção francesa.

•••O SÓCIO DO SILÊNCIO (The Silent Partner),de Daryl Duke. Com Elliott Gould, Christo-pher Plummer, Susannah York, Mario Kassare Andrew Vajna. Roma-Bruni (Rua Viscondede Pirajá, 371 —287-9994): 15h, 17hl5m,19h30m, 21h45m (18 anos). Miles Cullen éum respeitado, mos tolo, solteirão com seus30 e poucos anos de idade, que trabalhacomo caixa-chefe num banco de Toronto. Elese interesso somente por peixe tropical e porsua atraente colega Julie, que tem por eleapenos um carinho especial, desde queiniciou um romance com o gerente do banco.Trilha sonora de Oscar Peterson. Produçãoamericana.

••*A GAIOLA DAS LOUCAS (La Cage auxFolies), de Edouord Molinaro. Com Ugo Tog-nazzi, Michael Serrault, Michael Galabru,Claire Maurier e Remy Laurent. Veneza (Av.Pasteur, 184, 295-8349): 14h, lóh, 18h,20h, 22h. Comodoro (Rua Haddock Lobo,145, 264-2025): de 2o, 4o e 6C, às 16h, 18h,20h, 22h. 5°, sábado e domingo, a partir das14h. Madureira-2 (Rua Dagmar da Fonseca,54 — 390-2338): 13h, 15h, 17h, 19h, 21 h(16 anos). Comédia baseada na peça deJean Poiret, sucesso de bilheteria em inúme-ros países (aqui interpretada por Jorge Dóriae Carvalhinho). O casamento entre uma

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jovem, considerada modelo de virtude, e ofilho do gerente de uma boate de travestis,Lo Cage aux Folies. Na festa, os anfitriõesprecisam representar o que nâo são: o geren-te e a estrela do show, homossexuais, vivemjuntos há 20 anos. Michel Serrault conquis-tou o Prêmio César, como "melhor ator".Realização francesa em co-produção franco-italiana.

•••OS SETE GATINHOS (brasileiro), de NevilleDAImeida. Com Antônio Fagundes, AnaMaria Magalhães, Lima Duarte, CristinaAche, Ary Fontoura, Regina Case, Sady Ca-bral, Sura Berditchevsky, Maurício do Valle,Thelma Reston, Cláudio Corrêa e Castro eSônia Dias. Jacarepaguâ Auto-Cine 2 (RuaCândido Benício, 2.973 — 392-6186): 20h,22h. A partir de quinta no Lagoa Drive-ln (18anos). Adaptação da peça de Nelson Rodri-gues (estreada em 58 no Rio). O processo dedesintegração de uma família do Grajaú:Seu Noronha, contínuo da Câmara dos De-putados; a mulher, solitária,- as filhas, emsua maioria vivendo longe do controle dospais — mas todos concordando com a purezade Silene, a caçula. A crenço na pureza e navirgindade de Silene é algo transcendentalpara o pai — um valor em torno do qual amenor dúvida lhe parece ignóbil e ameaçade tragédia.

••ZABRISKIE POINT (Zabriskie Poin»), de Mi-"chelangelo Antonioni. Com Mark Frechette,Daria Halprin e Rod Taylor. Coral (Praia deBotafogo, 316 — 246-7218): 15h, 17hl5m,19h30m, 21h45m. Tijuca-Palace (Rua Con-de de Bonfim, 214 — 228-4610): 14hl5m,16h30m, 18h45m, 21 h (18 anos). O primeirofilme realizado por Antonioni nos EUA,1969, estréia no Brasil com uma década deatraso, em conseqüência de proibição doCensura. Produção de Cario Ponti para aMetro. Entre os protagonistas, um realizadorde grandes empreendimentos imobiliários,sua secretária e um jovem radical que roubaum avião. A jovem encontra afinidadesimediatos com o rapaz e adere às suas idéiasde contestação social.

A INGLESA ROMÂNTICA (The Romantie En-'fllishwoman), de Joseph Losey. Com GlendaJackson, Michael Caine, Helmut Berger, Mi-chael Lonsdale, Béatrice Romand e Kate

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Alan Bates e Beüe Muller em A Rosa, de Mark Rydell: talcomo Janis Joplin. Rosa é uma cantora de rock que vive

atormentada por instintos auto destrutivos

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MM "%jM BL mJack Nicholson e Wil Sampson em Um Estranho no Ninho,

de Milos Forman: o filme, premiado com vários Oscar, voltaao cartaz no cinema Jóia

Nelligan. Studio-Tijuca (Rua DesembargadorIsidro, 10 — 268-6014): 14h30m, 16h40m,18h50m, 21 h (16 anos). Um escritor e suamulher vivem uma fase crítica de suasrelações, que se agrava quando recebemcomo hóspede um poeta com quem ela viveu(ou imagina ter vivido) umo cena de amorem Baden-Baden. Baseado no romance deThomas Wiseman. Reapresentação.

•*MOMENTO DE DECISÃO (The Turning Point),"de Herbert Ross. Com Anne Banaoft, ShirleyMacLaine, Mikhoil Baryshnikov, Leslie Brow-ne e Tom Skerritt. Ricamar (Av. Copacabana,360 — 237-9932): 14h, 16h30m, 19h,21h30m. (14 anos). História passada nosbastidores do bale, com duas protagonistasfemininas: uma fez carreira e começa asentir a aproximação do fase de declínio, aoutra, grande amigo, deixou o carreira paracasar e vê a filha dedicar-se ao bale comentusiasmo. Filme americano. Reapresen-tação.

*•ALÉM DO SILÊNCIO (Voices), de Robert Mar-kowitz. Com Michael Ontkean, Amy Irving,Alee Rocco, Barry Miller, Hebert Berghof eViveca Lindfors. Studio-Copacabana (RuaRaul Pompéia, 247-8900), Studio-Catete(Rua do Catete, 228 — 205-7194): 14h, 16h,18h, 20h, 22h (livre). Jovem cantor ambicio-so de um nighi-elub de Hoboken, NovaJersey, encontra uma garota surda-mudaque espera se tornar bailarina profissional.Eles animam o espírito de cada um deles eencorajam um ao outro a buscar, separada-mente, seus sonhos artísticos. Produção ame-ricana.

IRMÃO SOL, IRMÃ LUA (Brother Sun, SisterMoon), de Franco Zeffirelli. Com GrahamFaulkner, Judi Bowker, Alec Guiness, LeighLawson e Kenneth Cranham. Metro-Boavista(Rua do Passeio, 68 — 240-1291), Condor-Copacabana (Rua Figueiredo Magalhãoes,286 — 255-2610), Condor-Largo do Macha-do (Largo do Machado, 29 — 245-7374):14h, 16h30m, 19h, 21h30m. Baronesa (RuaCândido Benício, 1 747 — 390-5745):15h30m, 18h 1 Om, 20h. Art-Méier (Rua SilvaRabelo, 20 — 249-4544): 14h30m, 16h50m,19hl0m, 21h30m (14 anos). A história deSão Francisco de Assis vista por Zeffirelli.Reapresentação.

rentemente cínico e desiludido. Encontra-se,depois de muitos anos, com um amigo,Luciano, e relembram suas situações conju-gais. Luciano declara-se em "liberdade vi-giada" e Marcelo em "prisáo livre." No diaseguinte, Marcelo recebe Luciano em seuapartamento de cobertura, mantido apenaspara encontros amorosos.

A VOLTA DOS SELVAGENS CÃES DE GUER-RA (Escape to Athena), de George P. Cosma-tos. Com Roger Moore, Telly Savalas, ElliotGould, David Niven, Stefanie Powers, Clau-dia Cardinole e Richard Roundtree. Progra-ma complementor: A Serpente do Karaté.Rex (Rua Álvaro Alvim. 33 -J40-8285): de2o a 4o e 6o, às I2h, 16h25m, T8K50mr5-7-sábado e domingo, às 14hl0m, 18h35m.(14 anos). Campo de concentrarão numa ilhagrega, II Guerra Mundial: prisioneiros esco-Ihidos (entre os quais um arqueólogo) partici-pam de projeto dirigido pelo comandantealemáo e que, a rigor, ob|etiva roubar àGrécia tesouros da antigüidade para maiorglória do Reich e, principalmente, porá ofortuna pessoal do militar. Apesar do títuloem português, a aventura não tem qualquerrelação com Os Selvagens Cães de Guerra(The Wild Geese). Reapresentação.

A ROSA (The Rose), de Mark Rydell. ComBette Midler, Alan Bates, Frederick Forrest,Harry Dean Stanton e Barry Primus. Odeon(Praça Mahatma Gandhi, 2 — 220-3835):13h30m, lóh, 18h30m, 21 h. Rian (Av.Atlântica, 2.964— 236-6114), teblon-1 (Av.Ataulfo de Paiva, 391 — 239-5048), Carioca(Rua Conde de Bonfim, 338 — 228-8178):14h, 16h30m, 19h, 21h30m. Nos cinemasOdeon e Rian o som é em Dolby Stereo. (18anos). Cantora de rock, jovem e talentosa,vive atormentada por instintos auto-

.destrutivos, entre casos de amor e o triunfoprofissional. Suos decepções tornam-se ahistória de sua geração, durante a década de60 em plena crise da Guerra do Vietnam,quando as expectativas criadas pela aparen-te atmosfera de liberdade náo sào totalmen-te realizadas. Produção americana. BetteMidler ganhou o Globo de Ouro como MelhorAtriz.

ExtraLA COMMUNION SOLENNELLE - De RenéFéret. Com Philipoe Leotord e Mareei Dalio.Hoie, ás 21 h, no Cineclube da Maison deFrance. Av. Pressente Antônio Carlos, 58.

TRABALHOS OCASIONAIS DE UMA ESCRA-VA (GelegenheitsarbeH Einer Sklavin), deAlexander Kluge. Com Alexandra Kluge,Franz Bronski e Svlvia Gartmann. Hoie, às20h30, no Cineclube lAB-Niterói/DACA, RuaPasso da Pátria. 156 —São Domingos (Facul-dade de Arquiteta-a da UFF), Filme alemãode 1974, em p*eto e branco, com legendasem espanhol- Trata dos problemas da mu-lher no sociedade atual e seu processo de

' ccisnent^zaçáe-eounca.

HOMMAGE A GÉRARD PHILIPPE - Exibiçãoae Juliette ou La Clef des Songes de MareeiCome. Hoie, às 21 h. no Cineclube Studio-43da Aliança Francesa de Copacabana, RuaDuvivier, 43.

••O FUSCA ENAMORADO (Herbie Góes toMonte Cario), de Vincente McEveety. ComDean Jones, Don Knotts, Julie Sommars eJacques Marin. Méier (Av. Amaro Cavalcan-ti, 105 — 229-1222): 15h, 17h, 19h, 21h(Livre). Comédia americana (produção Dis-ney) da série iniciada com Se Meu FuscaFalasse, Herbie, o carro fantástico, participade uma corrido Paris-Montecarlo, durante oqual seu dono se envolve com ladrões dejóias. Reapresentação.

EMMANUELLE, A VERDADEIRA (Emmanuel-le), de Just Jaeckin. Com Sylvia Kristel, AlamCuny, Marika Green, Daniel Sarky e JeanneColletin. Palhé (Praça Floriano, 45 220-3135)- de 2a a 6o, às IOh, 12h, 14h, lóh,18h, 20h, 22h. Sábado e domingo, a partirdas 14h. Art-Copacabana (Av. Copacabana,759 — 235-4895). Art-Tijuca (Rua Conde deBonfim, 406 — 288-6898), Art-Madureira(Shopping Center de Madureira), Rio-Sul(Rua Marquês de São Vicente, 52 274-4532), Paratodos (Rua Arquias Cordeiro, 350— 281-3628) Stúdio-Paissandu (Rua Sena-dor Vergueiro, 35 265-4653): 14h, tóh,18h, 20h, 22h, Jacarepaguâ Auto-Cine 1(Rua Cândido Benício, 2973 — 392-6186):20h, 22h. Olaria, Palácio (Campo Grande):15h, 17h, 19h, 21 h. Aos sábados, sessões àmeia-noite, no Art-Copacabana. (18 anos).Produçáo francesa de 1974, proibida noBrasil e agora liberada com pequeno corte. Ofilme é baseado no livro de EmmanuelleArsan (escrito em 1957 e proibido na Fran-ça). Emmanuelle, 19 anos, é mulher dodiplomata francês em Bangkok, onde chegapara tomar posse do suntuoso polaceleondeirá morar. Assediada por membros da colo-nia francesa local, ela se transforma numapresa cobiçada tanto por homens como mu-lheres.

O CONVITE AO PRAZER (Brasileiro), de Wal-ter Hugo Khouri. Com Sandra Bréa, RobertoMaya, Helena Ramos, Serafim González,Kate Lyra, Aldine Muller e Rossana Ghessa.Vitória (Rua Senador Dantas, 45 — 220-1783), Madureira-1 (Rua Dagmar da Fonse-ca, 54 — 390-2338): 12h50m, 15h,I7hl0m, 19h20m, 21h30m. Rosário (RuaLeopoldina Rego, 52 — 230-1889): 15h,17hl0m, 19h20m, 21h30m (18 anos). Mor-ceio, membro da alta burguesia e herdeiroda empresa paterna, é um quarentâo apa-

ENCONTROS E DESENCONTROS (SfartingOver), de Alan J Pakula. Com Burt Reynolds,Jill Ciayburgh, Cand>ce Bergen, Charles Dur-ning, Francês Sternhagen e Aus'.n Pendle-ton. Roxi (Av. Copacabana, 945 — 236-6245). Ópera-1 (Praia de Botafogo, 340 —246-7705), América (Rua Conde de Bonfim,334 —248-4519): 15h, 17M0m, 19h20m,21h30m. Santa Alice (Rua Barão de BomRetiro, 1095 —201-1299); de2'-aA"eb- as17hl0m, 19n20m, 21h30m. 5Y sábado edomingo, a partir das 15h. (18 anos). Ascoisas nòo esiao bem r*o casamento de Phil eJessica. Ela quer o divorcio, pois quer serlivre para se expressar através de suascomposições musicais. Suponho que ela temum caso com alguém, Phil sai de casa eprocura seu irmão, em Boston, onde passa afreqüentar um círculo de homens divorcia-dos. Produçáo americana.

RESGATE SUICIDA (North Sea Hijack). deAndrew V. McLaglen. Com Roger Moore,James Mason, Anthony Perkins, MichaelParks, David Hedison e Jack Watson. Pala-eio-1 (Rua do Passeio, 38 — 240-6541),Tijuca (Rua Conde de Bonfim, 422 — 288-4999): 13h30m, 15h30m, 17h30m,19h30m, 21h30m. Copacabana (Av. Copa-cabana, 801 — 255-0953), Leblon-2 (Av.Ataulfo de Paivo, 391 — 239-6019), Ópera-2 (Praia de Botafogo, 340 — 246-7705):14h, lóh, 18h, 20h, 22h. Imperator (RuaDias da Cruz, 170 — 249-7982), Astor (RuaMinistro Edgar Romero, 236): 15h, 17h, 19h,21h. (14 anos). Em um lugar remoto daEscócia, perito em sabotagens submarinos échamado para uma missão especial: tomarde assalto um navio de abastecimento quenavega fazendo seu comércio entre platafor-mas de petróleo e o litoral. Produção ameri-cana.

A LENDA DO AMOR NA CHINA (King PeiBai), de Koji Wakamatsu. Com Juzo Itami,Tomoko Mayama, Fumiako Takashima eRuriko Asari. Bruni-Copacabana (Rua 8arataRibeiro, 502 — 255-2908): 14h, lóh, 18h,20h, 22h, (18 anos). Durante a dinastia Sung(anos 1101 a 11 26) na China, as aventuras eamores de um rico mercador e o destinofatídico de uma jovem esposa que, desper-tando para o sexo, percorre um caminho decorrupção. Baseado no clássico erótico daliteratura chinesa, O Lótus de Ouro, escritono século XVI e atribuído a Wang Chi-Cheng.Produçáo japonesa. Reapresentação.

VENDAVAL (Daitatsumaki), de Hiroshi Ino-gaki. Com Toshiro Mifune, Somigoro Ichika-wa e Makoto Sato. Bruni-Tijuca (Rua Condede Bonfim, 379 — 268-2325): 14h, lóh,18h, 20h, 22h. (16 anos). Filme típico dogênero jidaigeki (filme de época), descreven-do lutas entre clãs rivais no Japão feudal doséculo XII. O filme foi lançado comercial-mente no Rio com o título de Vendava!Sangrento. Produção japonesa. Reapresen-tação.

O GOLPE DA VIRGEM — Com Úrsulo An-dress e Aldo Giuffré. Programa complemen-tar: Duelo Mortal Entre Dois Tigres. Órly (RuaAlcindo Guanabara, 21): de T a 4o e 6a, àsIOh, 13hl5m, 16h30m, I9h45m. Quinta,sábado edomingo, a portirdas 13hl5m. (18onos). A distribuidora não forneceu maisdados sobre o filme. Reapresentação.

II MOSTRA DE AUDIOVISUAIS - Exibiçãoàe Gente da Ásia, cie J P Gumaráes, ONegócio é Botar Ovo e Deixar de Galinha-gem, de Anne Moura, Maria Amalia Silva,Laura Bedran, Gustavo e Silva Cavallari,Altiplano, de José Roberto Sansevenno e AGente das Areias do Ceará, de Luiz CláudioMarigo. Hoie, às 12h. 15b, 17h, noCinecIu-be da Galeria de Fotografia da Funarte. RuaAraú|0 Porto Alegre. 80.

Grande RioNITERÓIALAMEDA (718 üSóó) Semente do Diabo.com lalici Shire As I7h, 19hl0m 21h20m.(14 onos). Ate amanhã,

BRASIL Convite ao Prazer co<r\ RobertoMava. As I5h, I7h, I9h, 21 h, (18anos). Ateomonhá

CENTER (711-6909) A Rosa, mm BetteMidler As 1-lh I6h30m, 19h, 2lh30m. (18onos) Ate domingo.

CENTRAL (718 3807) Convite ao Prazer,com Roberto Mnya As 12h50m 15h,17hl0m, !9h20m, 21h30m (18 anos). Aténmonhn.

CINEMA-1 (711 1450) Gaijin —Caminho»da Liberdade, com Kyoko Tsukamco. Às14h, lóh, I8h, 20h, 22h (14 anss). Atédomingo,

ÉDEN (718-3346) - Trinity é Seus Compa-nheiros, com lerence H II. As 13h30m,15h30m. 17h30m, I9h30m, 21h30m. (Li-vre). A'e sabaào.

ICARAÍ (71 8-3346) — Emmanuelle, a Verda-deira, com Sylvia Knstel. As 14h, lóh, I8h,20h, 22h. (18 anos). Ate domingo.

NITERÓI (719-9322) — Emmanuelle, a Ver-dadeira, com Sylvia Kristel. As I3h30m,15h30m, 17h30m, 19h30m, 21h30m. (18onos). Até domingo.

DRIVE-IN ITAIPU — Kramer x Kramer, comDustin Hoffman. De 2o a 6o às 20h30m.Sábado e domingo, às 20h30m, 22h30m.(14 anos). Até domingo.

PETRÓPOLISDOM PEDRO (2659) Semente do Diabo.com falia Shire. As 14h 50m, 17h, 19hl0m,21h20m. (14 anos) Ate amanha.

PETRÓPOLIS (2296) Emmanuelle, a Ver-dadeira, Com Sylvia Kristel. As I5h, 17h,19h, 21 h. (18 anos). Alé domingo.

CASABLANCA O Campeão, com JonVoight. As 15h, 17hl0m, 19h30m, 2!h30m.(Livre). Até domingo.

TERESÓPOLISALVORADA (742-2131) A Herança dosDevassos, com Sandra Brea. As I5h, 21 h,(1 8 anos) A'e amanhã.

Curta-MetragemA LENDA DO OUATIPURU — De OtávioBezerra. Cinema: Bruni-Copacabana.

LINGUAGEM MUSICAL: ESPONTANEIDADE EORGANIZAÇÃO De Nelson Xavier. Cine-ma: Studio-Tijuca.

NOITES — De Raimundo Bandeira de Melo.Cinema: Bruni-Tijuca.

INFINITAS CONQUISTAS — De Enrica Ber-nardelli. Cinemas: Metro Boavista e CondorLargo da Machado.

BLACK SAMBA — De Fernando Pirró, LuizMendes e Ricardo Campos. Cinema: CondorCopacabana.

A LENDA DO REI SEBASTIÃO - De R.Machado Jr. Cinema: Baronesa.

LANNY — De Carlos Shintoni. Cinema:Roma-Bruni.

ART-NOUVEAU — De Fernando Coni Cam-pos e Sérgio Sans. Cinama: Ricamar.

A VINGANÇA DO ALÉM - De Miguel Onigo.Cinema: Jacarepaguâ Auto-Cine 2.

fr

>v

TeatroDIANTE DO INFINITO — Espetáculo de varie-dades apresentado pelo Grupo Manhas eManias. Com Carino Cooper, Chico Dioz,Dora Pelegrino, Márcio Trigo, Mário DiasCosta, Vicente Barcelos, José lovigne. TeatroExperimental Cacilda Becker, Rua do Catete,388 (265-9933), Todas as 2°-feiras, às 21h.Ingressos a Cr$ 70,00. Espetáculo contendomágicas, hipnose, levitaçáo, esquetes, ban-gue-bangue, cowboys, índios, músicas, acro-bacias, palhaçadas e participação especialdo Cavalaria do Exército norte-americano.

DELITO CARNAL — Texto de Eid Ribeiro. Dir,de Paulo Reis Com Rosane Goffman, Sebas-tiáo Lemos, Eduardo Lago, Poulo RenatoBraga, Charles Myara, Angela Rebello, Pau-lo Ccvolho. Aliança Francesa do Tijuca, RuaAndr.oe Neves, 315 (268-5798). 6o, sáb e2o, às 21 h e dom, às 20h30m. Ingressos de

6o a dom, a CrS 150, e CrS 100, estudantes e2o a CrS 80 e CrS 50 (mediante carteira doSindicato dos Artistas).

FIM DE COMÉDIA — Musical de MiguelOniga. Roteiro de Álvaro Augusto Ramos.Com Chico Sérgio, Doyse de Lourenco, Mi-guel Oniga, Chico Ló, Cláudio Matheus eFernando Torres. Teatro do CEU, Av. RuiBarbosa, 762. De 2° a 5°, às 20h. Ingressos aCrS 50.

A

revista musical Rio de Cabo a Rabo e acomedia Teresinha de Jesus, Que jáfoi André, ambas em cartaz no Teatro

Rival, estão promovendo a Campanha doFusca, que estará cada dio em um lugarvendendo ingressos a preços populares (Riode Cabo a Rabo, a CrS 100, e Teresinha deJesus, CrS 80). Itinerário: hoje, no Lgo. daPenha, e amanhã, na Pça Santos Dumont,Jóquei.

MusicaJEAN-PIERRE JUMEZ - Recital de violãoclássico. Salão Elysées, Hotel Meridien, Av.Atlântica, 1020. Hoje, às 20h. Entradafranca.

CONCERTOS FUNARTE 80 — Recital do pia-nista Arthur Moreira Lima apresentando ocontrabaixista Marco Delestre No programa,obras de Villo-Lobos, Ernesto Nazareth, Kous-sevitzky e Chopia Auditório do Jockey ClubeBrasileiro, Av. Antônio Corlos, 510/10°. Hoje,às 18h30m, Ingressos mediante convite quepode ser retirado no local ou na Funarte, RuaArauio Porto Alegre, 80.

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PROJETO MUSICA CONTEMPORÂNEA - Ioparte - recital da pianista Sônia ManaVieira interpretando peças de Glauco Velas-quez, Luciano Gollet e Misael Domingues.Segunda parte apresentação do QuartetoSimbólico, de Villa Lobos por Nonon Moro-

Hoje. recital do violonistafrancês Jean-Pierre Jumez,

no Hotel Meridienzowicz (flauta). Soma Maria Vieira (celesta),Wanda Euchbauer (harpa), Antônio Bruno(saxofone) e o coro feminino da Associaçãode Canto Coral Sala Funarte Rua Arau|0Porto Alegre. 80. Ho|e. as 21 h. Entradofranca.AMADEU SALLES E LUIZ GRACILIANO SAL-LES Recital de clarineta e piano Progra-

ma: obras de Schumann, Debussy, Brahms eOsvaldo Lacerda. IBAM, Lgo. do IBAM, 1,Humaitá, Amanhã, às 21 h. Entrada franca."

MUSICA NAS IGREJAS — Recital do violonis-ta Evandro Siqueira. Programa: GaliardaMelancólica e Allemande, de Dowland, 2Allemandes, de Johnson, Gavotta 1 e 2, deBach, Fantasia Op 7, de Sor e Prelúdios, deVilla-Lobos. Igreja de S. José, Centro. Quar-ta-feira, às 18h30m. Entrada franco.

JEAN LOUIS STEUERMAN — Recital do pia-nista Programa: Prelúdio, Coral e Fuga, deCésar Franck, Sonata n° 3, de Cláudio Sonto-ro, Estudos Sinfônicos, de Schumann TeatroRio-Planetário, Rua Pe. Leonel Franca, 240Quarta-feira, às 21 h. Ingressos o CrS 80 eCrS 50. estudontes.

JOHN VALLIER — Recital do pianista Noprograma, peças de Chopm Sola CecíliaMeireles, Lgo. da Lapa, 47 Quarta-feira, as21 h Ingressos o CrS 300 e CrS 200

ShowPROJETO SOCIALIZARTE — Apresentaçãoda cantora Marisa Gata Manso. Sei* daTijuca, Rua Barão de Mesquita, 539. Hoje eamanhã, às 21 h. Ingressos a CrS 50 e CrS20, sócios.CLUBE DO JAZZ—Apresentação da Rio JazzOrchestra, sob o regência de Marcos Spil-man. Av. Pasteur, 520. (286-3044, informa-ções) Todas as segundas-feiras, às 2)h30m.Ingressos o CrS 250,

NOITADA DE SAMBA — Apresentação de,Baiamnho, D Ivone Lara, Xangô da Man-gueira, Marinzo, coniunto Exporia Samba,Zeca do Cuíco e passistas. Convidados espe-ciais: Jackson do Pandeiro e o coniuntoBorborema Teatro Opinião, Rua SiqueiraCampos, 143 (235-2119). Todas às segun-das-feiros, as 21 h30m Ingressos a CrS 250,e CrS 150. estudantes.

(©) .©,

CADERNO B D JORNAL DO BRASIL D Rio de Janeiro, «opindn-feira, 2 de junho de 1980 O PÁGINA 7

TelevisãoManhã

7.23 S -Mobral.30 H — Telecurso 2o Grou.45 E —O Despertar da Fé — Reli-

gioso.H -TVE.

8.0015

30 m -

Telecurso 2" Grau. Reprise.Jesus, a Verdade Que liber-ta — Religioso.Globinho (reprise).Sitio do Pica-Pau-Amarelo.A Rainha das Abelhas. Re-prise.

45 tH — InglAs com Fisk.

. 9.00 mE

30 E

45 B

10.00 E30 E45 E

11.00 o15 E

[__

O451

-Missionário Fábio Antônioda Silva.

- TV Mulher. Apresentado porMarília Gabriela e Ney Gon-çalves Dias.

-Caminhos da Vida. Reli-gioso.

-Clube dos 700. Religioso.

- Nossa Terra, Nossa Gente.-Xénia. Feminino.-Programa Henrique Lauffer

— Variedades.

Cozinhando com Arte.Pullman Jr. Reprise.

-Panorama Pop. Com M,Limo.

-Jornal da Manhã. Noti-ciário.

-Rhoda. Seriado.-Jornal do Rio.

Tarde12:00

15Em

3045

A Pantera Cor-de-Rosa. De-senho.Globo Cor Especial. Zé Col-meia e Jana das Selvas.Guerra, Sombra e ÁguaFresca. Seriado.Aqui e Agora Variedades.Maguila, o Gorila. Desenho.Bandeirantes Esporte.

1.00

1530

E1EHE

35 m50 E

Globo Esporte.Primeira Edição.Ben, o Urso Amigo. Filme deaventura.Hoje. Noticiário.Programa Roberto Milost.Johnny Quest. Desenho.Programa Edna Savaget. Fe-minino.Vale a Pena Ver de Novo. D.Xepa.

2.00 O —Don Pixote. Desenho.30 E — Sessão da Tarde. Filme: Ro-

bin Hood, o Trapalhão daFloresta.

O — Ligeirinho e Seus Amigos.Desenho.

3.00 O

30 O

-O Pica-Pau. Desenho.-Matinê. Filme: Primavera do

Amor.-A Família Dó-Ré-Mi. De-

senho.

4.00 — Papa-Léguos. Desenho.15 UJ —Ginástica. Com a professora

Yara Vaz.30 —Desenhos.

— Beleza e Dureza. Desenho.45 —Telecurso 2o Grau.

1] — Globinho.

5.00 0 —Pullman Jr. Infantil.E —Curso de Desenho Meca-

nico.E — Sessão Aventura. O Homem

Aranha.10 —Smokey, o Guarda Legal.

Desenho.15 E — Era Uma Vez. Hoie: Os Três

Porquinhos Pobres.30 E —Sítio do Pica-Pau-Amarelo.

Episódio: A Rainha das Abe-lhas.

O —A Turma do Pica-Pau. De-senho.

40 E —Atenção. Noticiário.45 E — A Deusa Vencida. Estréia da

novela de Ivani Ribeiro. Di-reção de Sérgio Mattar. ComElaine Cristina, Roberto Piril-lo, Altair Lima e Ne uci Lima.

E —Turma do Lambe-Lambe. In-fantil. Com Daniel Azulay.

Noite6.00 0.

E

15 0145 1

50 EE

-Olimpíada da Música Po-pular.

-Marina. Novela de WilsonAguiar Filho, inspirada nolivro de Carlos Heitor Cony.Direção de Herval Rossano.Com Denise Dummont, Car-los Zara, Lauro Corona, Os-waldo Loureiro e outros.

-Popeye. Desenho.-Sitio do Pica-Pau-Amarelo.

Hoje: Não Era Uma Vez.-Atenção. Noticiário.-Kung Fu. Seriado.-Jornal das Sete. Noticiário

local.- Pé-de-Vento. Novela de Be-

nedito Ruy Barbosa. Dir. deArlindo Silva. Com NunoLeal Maia, Beth Mendes,Dionísio Azevedo, EstherGóes e outros.

50 E

15 E

40.45

Água Viva. Novela de Gil-berto Braga. Direção de Ro-berto Talma e Paulo Ubira-ton. Com Reginaldo Faria,Betty Faria e Raul Cortez.Jornal Bandeirantes.Telecurso 2o Grau.

Oío E

•Sessão das Nove. Filme: Aprogramar.

- O Planeta dos Homens. Hu-morístico.

9.00 E — Tudo É Música. Hoje: O Piá-gio Nosso de Cada Dia.

E —Segunda no Cinema. Filme:A História de Rodolfo Valen-tino.

E —Segunda Sem Lei. Filme:Sem Lei, Sem Alma.

10.00 E —1980. Jornalístico.10 B — Minuto Olímpico,.15 E — Semana Um. O Último Con-

versivel 1° parte.

11.00 E —EEO

Informe Financeiro.-Momento. Hoje: O índio

Hoje.-Atenção. Noticiário.

Barnaby Jones. Seriado.

—Operação Esporte Especial.Encontro com a Imprensa.Jornal da Globo. Noticiário.Amaral Neto, o Repórter. Do-eumentário.

Madrugada0.05 E —Cinema na Madrugada. Ho-

je: Horas Intermináveis.35 E -Coruja Colorida. Filme: Vido

e Assassinato do Peixe Rei.

Os filmes de hoje

DOIS

dos personagens doOeste norte-americanomais explorados porHollywood, Wyatt Earpe Doe Hollidaysão revi-

vidos em grande estilo por BurtLancaster e Kirk Douglas, respecti-vãmente, em Sem Lei, Sem Alma,um western de ação e momentostensos, bem dirigido por John Stur-ges, o realizador de A Fera de ForteBravo. Em pequenos papéis, Den-nis Hopper, que ganharia fama emSem Destino, e Lee Van Cleef, quesó a conheceria nas contrafaçõesitalianas. O prolífico Henry Hatha-way, que sempre teve trânsito fácilpor todos os gêneros, sabe manter osuspense de Horas Intermináveis,uma produção B, mas com temaatraente e elenco capaz. Atentempara Grace Kelly em sua estréiamorna nas telas. Filme para a TV,Vida e Assassinato do Peixe-Reinarra trajetória política de HueyLong, que chegou a Governador daLouisiana, mas é inferior, sob todosos aspectos, ao vigoroso A GrandeIlusão, de Robert Rossen, com a

7.00 E —Chega Mais. Novela de Car-los Eduardo Novaes e WalterNegrão. Dir. de Walter Cam-pos. Com Tony Ramos, SôniaBraga, Rosamaria Murtinho,Renata Sorrah, Osmar Pradoe outros.

E —Jornal Tupi. Noticiário.20 03 —João da Silva. Novela didá-

tica.40 E —Atenção. Noticiário.45 jn] —Mister Magoo. Desenho.

2 —O Todo-Poderoso. Novelacom Eduardo Tomaghi, Jor-ge Dória, Selma Egrei, KateHansen, Lilian Lemmertz,Renato Borghi e Marco Na-nini.

— Jornal Nacional. Telejornol.

8.00 E —A Conquista. Novela didá-tica.

E — A Viagem. Reprise da nove-Ia de Ivany Ribeiro.

O — Sessão Bangue-Bangue. Se-riado: La redo

mesma temática, que permitiu aBroderick Craioford se revelar umator de pulso. A tradução do titulooriginal é um primor: em termosic<lo.dgicos,idngfishépetxe-cmt)o,-mas em jargão político significachefáo, mandachuva. (HugoGomez)

ROBIN HOOD,O TRAPALHÃO DA FLORESTA

TV Globo — 14h30m

Produção brasileira de 1974, dirigi-da por J. B. Tanko. Elenco: RenatoAragão, Dedé Santana, Mário Car-doso, Monique Lafond, Jorge Cher-quês, Milton Villar, Olivia Pineschi.Colorido.

• Enquanto Robin Hood (Cardo-so) se recupera de ferimentos cau-sados em luta contra capangas deum ganancioso fazendeiro (Cher-quês), seus amigos procuram ai-guém para substituí-lo e o encon-tram na pessoa de Zé Grilo (Ara-gão), que assume o papel e confim-de os inimigos do justiceiro.

;. _iiif ' %ssy y'.

Kirk Douglas em Sem Lei, Sem Alma(canal 7, 21h)

NovelasResumo das novelas apresentadas pelas emissoras do Rio.

Marina — TV Globo, 18h Marcelo se apro-xima de Marina, conversa com ela e a leva,pela mào, para dar um mergulho no mar.Distantes, John Wayne e Luis observam.Gilda diz a Maria que não tem esperançasde conquistar Ivan. A outra se diz confor-mada por ele considerá-la uma amiga.José, penalizado, recrimina Donana queremexe nas roupas do filho que morreracriança. Marcelo leva Marina para casa eAnita previne que não quer que ele a façasofrer. Carlos Eduardo diz a Otávio queapena _ em investir em esporte. João negaservir bebidas a Mário, dizendo ter prome-tido isso a Donana. Em casa, Mário éagressivo com ela que não entende o moti-vo. Tensa, Sônia promete a Anita que irá àsua casa para conhecer Marina. Felíciaprossegue colhendo assinaturas dos mora-dores para reclamar do lixo. Adriana, aosaber que Marina fora aprovada e ficará nasua turma, diz a ela que faça suas própriasamizades. Anita se irrita com isto. Ivanconvence Pirulito a deixá-lo montar umdos cavalos para matar as saudades. Car-los Eduardo, o proprietário, chega mas nãose aborrece. Ao contrário, se interessa pelodesempenho de Ivan.Chega Mais — TV Globo, 19h — Gely éríspida com Léa, que garante só ter amiza-de por Tom. Guto é apresentado a Gomescomo proprietário da concorrente mas es-te se recusa a dizer como conseguira oprojeto do losango. Agda, pensando noproveito que poderá tirar se adotar Jacirae esta se casar com Paul, a aconselha atrabalhar menos e faz perguntas sobre suafamília. Gely discute com Tom por causade Léa e este decide falar com ela, irritan-do-a mais. Léa assegura que não demitiráGely. Zico aconselhado por Gely a contarsua verdadeira situaçáo econômica a Jaci-ra. Vilma sai com Guto. Gomes procuraLéa e conta que o filho roubou o projeto dasua firma. Léa garante que descobrirá co-mo. Lúcia e Amaro passeiam em Paquetá.Gely pede demissão a Léa que diz amarTom. Jacira diz a Paul que talvez não seinteressasse por ele, se não tivesse dinhei-ro. Léa diz a Tom que ainda o ama e queGely se demitira. Léa conversa com Guto ededuz que Roberto é o espião. Telefonapara Cristina mandando que o marido aprocure com urgência. Gely vai embora decasa.Água Viva — TV Globo, 20hl5m — Irenerecebe flores de Marciano. Vilma toma o

cartão e lè em voz alta. Janete recrimina aatitude da màe e segue a tia até o quarto,que ficou muito abalada. Valtinho chega àagência, procura Evaldo com os olhos (quenáo está) e deixa seu cartão com Nelson.Ao ler o nome do jornal, Nelson o associaao escândalo e pede a Bruno que traga orecorte. Irene compra roupas novas. Brunorepreende Suely que trabalha sem aten-çào. Nelson ganha o processo e preparauma festa na agência, convidando todos osseus amigos. No botequim, encontra Eval-do conversando com Valtinho mas fingeque nada compreendera, convidando o re-pórter para a festa. Galdino diz a Nelsonque levara um jornal naquele dia para acasa de Lourdes, cumprindo ordens deEvaldo. Todos váo à festa, inclusive Stella,Marcos e Valtinho. Depois do brinde, Nél-son apresenta Valtinho a Marcos.Pé-de-Vento — TV Bandeirantes, 18h50m— Jurema tenta e consegue convencerQuiteria que Boa Gente não pretende ficarcom Marcelo. Treze Pontos leva Marcelo aQuiteria. Ludimila conversa com TrezePontos, mas não tem coragem de dizer queestá esperando um filho seu. Marcelo querque Quiteria lhe diga porque vive brigan-do com Boa Gente. Jurema sugere a Quite-ria que faça as pazes com Boa Gente.Edmar diz a Moacir que conquiste Gine àforça. Edmar volta a treinar. André conti-nua mentindo em casa e procurando em-prego na rua. Gina vai dormir na sala e éencontrada de manhã pelos seus pais. An-dré é recusado em mais um emprego, ficafalando sozinho quando alguém passa elhe pergunta se ele é maluco.O Todo-Poderoso — TV Bandeirantes,19h45m — Emmanuel fica revoltado com oque Carmem lhe contou. Dàngelo diz aCristiano que vá para o exterior com Lin-da. Leo convence Matilde que Linda lhesserá entregue por Cristiano. Emmanuelvai encontrar-se com Linda e insiste paraque ela lhe conte a verdade. Marta pensan-do em envolver João com o demônio, pro-põe conseguir-lhe um emprego no hospi-tal. Linda nâo conta a verdade para Em-manuel dizendo que não está disposta arecomeçar nada. Emmanuel vai procurarpor Dàngelo. Cristiano expulsa Dàngelode sua casa. Cristiano comenta com Quei-róz o encontro que teve com Dàngelo,afirmando que sua salvação será Linda eque a entregará para Léo. Dàngelo chegaem casa e Emmanuel exige que ele lheconte a verdade.

PRIMAVERA DO AMORTV Bandeirantes — 15h

(April Love) — Produção norte-_ americana de 1957, dirigida por

Hèhfy Levin. Elenco: Pat Boone,Shirley Jones, Dolores Michael, Ar-thur 0'Connell, Matt Crowley,Jeannette Nolan. Colorido.**¦ Preso por roubar um automó-vel, rapaz de boa índole (Boone)ganha liberdade condicional e vaimorar na fazenda de um tio (0'Con-nell), criador de cavalos, ondeaprende a viver honestamente econhece o amor.

SEM LEI, SEM ALMATV Bandeirantes — 22h

(Gunfight at the O.K. Corral) -Produção norte-americana de 1957,dirigida por John Sturges. Elenco:Burt Lancaster, Kirk Douglas,Rhonda Fleming, Jo Van Fleet,John Ireland, Lyle Bettger, FrankFaylen. Colorido.¦k-k-k Decididos a restabelecer aordem em Tombstone, no Arizona,xerife Wyatt Earp (Lancaster) e opistoleiro Doe Holliday (Douglas),com quem faz amizade, travamsangrenta batalha para libertar acidade da quadrilha liderada pelosirmãos Clanton.

HORAS INTERMINÁVEISTV Bandeirantes — 0h05m

(14 Hours) — Produção norte-americana de 1951, dirigida porHenry Hathaway. Elenco: RichardBasehart, Paul Douglas, AgnesMoorehead, Barbara Bel Geddes,Debra Paget, Jeffrey Hunter, Ho-ward da Silva. Preto e branco.•k-k-k Homem (Basehart) emocio-nalmente perturbado sobe ao pei-toril da janela de um alto prédionova-iorquino e ameaça se suici-dar. Enquanto parentes, um medi-co e a policia tentam convencê-lo adesistir, o trânsito, lá em baixo, setorna um pandemônio, causandoproblemas inesperados para diver-sas pessoas, presas, impotentes,dentro de automóveis e táxis.

VIDA E ASSASSINATODO PEIXE-REI

TV Globo — 0h35m

(Life and Assassination of theKingfish) — Produção norte-americana de 1977, dirigida por Ro-bert Collins. Elenco: Edward Asner,Nicholas Pryor, Diane Kagan, GaryAllen, Fred Cook. Colorido

** Através de flashbacks é nar-rada a ascensão de um homem am-bicioso, Huey Long (Asner), quechega a Senador e Governador doEstado da Louisiana, e acaba as-sassinado por um desafeto politi-co. Feito para a TV.

Rádio Jornaldo Brasil

FMEstéreo

ZYD-46099,7MHz

A programação de música clássicapara hoje é a seguinte:

HOJE20h — Trasmissào Quadrafônica —

SQ — Sinfonia n° 93, em Ré Maior, deHaydn (Bemstein — 25:00); Concertoem Sol Menor, para Piano e Orquestra,OP. 33, de Dvorak (Sviatoslav RichtereCarlos Kleiber — 43:22); La Mer, deDebussy (Karajan — 25:26).

21h42m — Stereo, 2 Canais — Sona-ta em Si Menor, para Flauta e Cravo,BWV 1030, de Bach (Larrieu e Puyana

18:05); Concerto n° 3, em Sol Maior,para Violino e Orquestra, K-216, deMozart (Grumiaux — 22:00); Fantasiapar Piano, Coro e Orquestra, Op, 80, deBeethoven (Serkin e Bemstein —17:40); Concerto em Fá Maior, para 3Violinos e Cordas, de Telemann (Colle-gium Musicum de Paris — 17:25).

AMANHÃ20h — Till Eulenspiegel, de Richaid

Strauss (Ormandy — 16:16); Concerton° 5, em Lá Maior, para 2 Órgãos, doPadre Soler (Payne e Newman — 7:54);Suite para o Aniversário do PríncipeCharles, de líppett (Sinfônica de Lon-dres e Colin Davis —15:36); Sonata emLá Maior (a Kreutzer), para Violino ePiano, Op. 47, de Beethoven (Menuhin eKempff — 40:33), Pelleas et Melisande

Suite, Op. 46b, de Sibelius (Rozh-destvensky — 23:26); Sonatina, de Ra-vel (Martha Argerich—10:32); Sinfoniaem Mi Bemol, Op. 1. de Strawinsky(Orquestra Columbia e Strawinsky —41:50); Ave Verum Corpus, K-618, deMozart (Davis — 3:45); Fantasia em LáMenor, para Piano e Orquestra, deScriabin (Zhukov — 9:33).

Artes Plásticas4£^X

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Auto retrato com Adalgisa INery (1922), desenho de IsmaelNery faz parte do Acervo Artístico do Museu da Fazenda,

que pode ser visitado hoje, das llh às 17h

FOTOGRAFIAS — De Pedro Lobo, João Ricar-do Moderno e Cândido José. Galeria doCentro Cultural Cândido Mendes, Rua JoanaAngélica, 63. De 2a a 6o, das lOh às 12h edas 17h às 22h30m, sáb. e dom. das 16h às20h. Até dia 16. Inauguração hoje, às 21 h.

I MOSTRA DE MINITEXTEIS BRASILEIROS —Mostra de obras de Olly Reinheimer, AnnBarbosa, Arlindo Volpato, Fernando Manoel,Heloisa Crocco e outros. Sala Cecília Meire-le*, Lgo da Lapa, 47. De 2o a 5o, das 1 Oh às20h e 6° até às 17h. Até dia 30. Inauguraçãohoje, às 17h.

ARLINDO DAIBERT — Desenhos. GravuraBrasileira, Av. Atlântica, 4240/ssl 29. De 2oa 6o, das 1 Oh às 21 h. sáb. das 1 Oh às 13h.Inauguração hoje, às 21 h.

V MOSTRA DE JORNAIS E REVISTAS —Arquivo Geral da Cidade, Rua AmorosoLima, 15, Cidade Nova. De 2o a 6o, das lOhàs 17h. Até dia 15 de julho. Inauguraçãohoje.àsl8h30m.

LEDA — Pinturas e talhas. Biblioteca Regio-nal da Glória, Rua da Glória, 214/1°. De 2° a6a, das 8h às 18h. Até dia 13. Inauguraçãohoje, às lóh.

ACERVO — Obras de Guignard, Bonadei,Malfatti, Bandeira, Portinari, Djanira, Vis-conti e outros. Galeria de Arte Banerj, Av.Atlântica, 4066. De 2° a 6a, das lOh às 22h esáb. das lóh às 22h. Até dia 16.

VLADIMIR BOLGARSKY— Pinturas. GaleriaMichelangelo, Rua Tavares de Macedo, 128,Niterói. De 2° a ó°, das lOh às 21 h. Até dia16.

ACERVO — Esculturas de Bruno Giorgi epinturas de Ismael Nery, Mabe, NewtonRezende e outros. AMNiemeyer, Rua Mar-quês de S. Vicente, 52/205. De 2° a 6°, daslOh às 22h, sáb. das lOh às 19h.

ACERVO — Tapeçarias, esculturas, óleos egravuras de Gilda Azevedo, Pietrina Checac-ci, Vlavianos, Toyota, Mabe, Fukushima, Vol-pi e outros. Galeria Contorno, Rua Marquêsde S. Vicente, 52/261. De 2o a sáb, das lOhàs 19h, 5° até às 22h. Até dia 15.

ACERVO — Obras de Carlos Leão, AloysioZaluar, Newton Cavalcanti, Darei e outros.Galeria Cetar Ache, Rua Vise. de Piraja,282/loja I. De 2° a 6°, das 15h às 22h, sób,das lOh às 15h. Até sábado.

ANTÔNIO HENRIQUE AMARAL - Pinturas.Galeria Bonino, Rua Barata Ribeiro, 578. De2o a sáb., das 1 Oh às 12h e das 16h às 22h.Até dia 14.

COLETIVA DE MAIO - Obras de Deró, EricBerta Ines, Isabel de Jesus, Reginald Miran-da e Kleber Figueira. Novotel, Praia deGragoatá, Niterói. Diariamente das lOh às20h.

CHISNANDES — Pinturas. Galeria de ArteDelfin, Av. Copacabana, 647. De 2a a 6°, daslOh à 18h. Até quarta-feira.

TRAJES AFRO-BRASILEIROS - Muteu doFolclore, Rua do Catete, 179, entrada pelaRua Silveira Martins. De 3° a 6°, das 11 h òs18h. Até dia 31 de julho.

LEQUES — Mostra de 30 exemplares perten-centes à coleção de Dalmiro da Motta Buysde Barros. Muteu do Primeiro Reinado, Av.

Pedro II, 293, S. Cristóvão. De 3° a dom, das13h às 17h. Até dia 8.

JÚLIO CÉSAR MACHADO — Fotografia. Bi-blioteca do ICBA, Av. G raça Aranha, 416/9°.De 2° a 6°, das 9h às 20h. Até dia 17.

ARTE CONTEMPORÂNEA DA COMUNIDADEEUROPÉIA — Mostra de cerca de 200 obras,entre pinturas, esculturas, painéis, gravurase fotografias, de nove países. Muteu de ArteModerna, Av. Beira-Mar, s/ n°. De 3° a dom.,das 12h òs 19h. Até dia 20.

DECO — Pinturas. Restaurante Botequim,Rua Visconde de Caravelas, 184. Diariamen-te, a partir das 19h. Até quinta-feira.

GROVER CHAPMAN — Pinturas e desenho»da série Canudos. Museu Antônio Parreiras,Rua Tiradentes, 47, S. Domingos, Niterói. De3° a dom. das 13h às 17h. Até dia 15.

AS FORMAS NA ARTE DO POVO — Mostrade objetos de trançado, originários de váriosEstados. Museu de Artes e Tradições Popula-res, Rua Pres_Ldfinte_Pfi____.i_a._7flJngó,-Nite-rói. De 3a a dom, das 11 h às 17h. Até dia 22.

ISABEL PONS — Gravuras. Galeria Dezon,Av. Atlântica, 4 240/215. De 2o a sáb. daslOh às 21 h. Até dia 10.

PING-PING — Mostra de ambiente de Wal-tércio Caldas Jr. Galeria Saramenha, RuaMarquês de S Vicente, 52/165. De 2a a 6°,das 13h às 21 h, sáb. das 12h às 18h. Atésábado.

JORNAL SEM TEXTO —CARNAVAL — Mos-tra de 40 fotografias de 21 artistas. CâmaraMunicipal do Rio de Janeiro, Cinelândia. De2° a 6°, das 13h às 18h: Até sexta-feira.Promoção da Associação de Repórteres Foto-gráficos e Cinematográficos do Rio de Ja-neiro.

ESCRAVIDÃO NO RIO DE JANEIRO — Mostrode cópias de gravuras de Debret e Rugendas,fotografias e documentos, Arquivo Geral daCidade, Rua Amoroso Lima, 15, Cidade No-va. De 2° a 6o, das lOh às 16h30m. Até dia24.

O ESCRAVO: TRÊS SÉCULOS DE RENDA -Mostra de painéis fotográficos. Saguão doMinistério da Fazenda, Av. Antônio Carlos,375. De 2° a 6°, das 9h às 18h. Até dia 15.

ACERVO ARTÍSTICO DO MUSEU DA FAZEN-DA FEDERAL— Exposição comemorativa dos10 anos de criação do museu, com mostra depinturas e peças artísticas que pertenceram aex-ministros. Museu da Fazenda Federal, Av.Antônio Carlos, 375. De 2C a 6o, da llh às17h.

CARLOS COSTA — Desenhos. Sesc da Tiju-ca, Rua Barão de Mesquita, 539. De 3o a 6o,dasl2hàs21h, sáb. edom., das 12h às 17h.Até dia 10.

LUIZ GOULART — Pinturas. Corrente da PazUniversal, Rua Senador Dantas, 117, cober-tura 03. Diariamente, das lOh às 22h. Atésábado.

NEM TUDO QUE BRILHA É OURO — Cola-gens de Wilson Piran. Café des Arts, HotelMeridien, Av. Atlântica, 1020/ 4o. Diária-mente, das lOh às 20h. Até dia 16.

M. C. ESCHER — Gravuras. PUC, Rua Mar-quês de S. Vicente, 225. De 2o a 6o, das 8h às21 h. Até sexta-feira.

DançaBALE NACIONAL DO SENEGAL — Apresen-tação do bale folclórico composto por 43artistas. Programa: Féerie Afrkaine, concebi-do por Maurice Senghor, realizado por Ma-

madou M'Bayer e Abdu Momadou Diouf.Sala Cecília Meireles, Lgo. da Lapa, 47 Hojee amanhã, às 21 h. Ingressos a Cr$ 500, CrS f400 e CrS 300.

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PÁGINA 8 D CADERNO B O JORNAL DO BRASIL O Rio de Janeiro, tegutida-feira, 2 de junho de 1980

AVIAÇÃO VERÍSSIMO \

VARIG AMPLIA FROTADE JATOS PALETIZADOS

E DINAMIZA SERVIÇOWaldyr Figueiredo

A Varig tem, agora, novos vôos para remessa de cargapara qualquer cidade brasileira, graças à ampliação desua frota de jatos domésticos paletizados. Dentro dessaprogramação, que possibilitou uma flexibilidade maior dehorários, as encomendas ou cargas chegam ao destinonum máximo de 12 horas.

As novas localidades servidas pela companhia, vôos ehorários são estes: Norte — de segunda a sexta-feira, às20h partindo de Sâo Paulo, com destino a Brasilia, Beléme Manaus; às terças, quartas e sábados, às 21h 30m,saindo de Sáo Paulo para Brasilia e Manaus; aos domin-gos, às 20h. de Sào Paulo para Brasilia, Belém e Manaus;às segundas-feiras, às 5h 30m e às terças, quartas, sextas esábados.às 5h, saindo de Brasília com destino a Belém eManaus; às quartas, quintas e domingos, á lh partindo deBrasilia direto a Manaus; às segundas, quartas e sextas;às llh, às terças, quintas e sábados, às 14h e às quartas,quintas e domingos, às 2h 30m, vôos diretos saindo deManaus com destino a São Paulo.Norte/Nordeste: de Sào Paulo para o Rio de Janeiro,

Salvador, Recife, Fortaleza, Belém e Manaus todas assegundas, quartas e sextas-feiras, às 22h; de Manaus paraBelém, Fortaleza e São Paulo, às terças, quintas e sába-dos, às IOh lOm.

Nordeste: de Sáo Paulo para o Rio de Janeiro, Salva-dor e Recife, às terças, quintas e sábados, às 22h; quartas,sextas e domingos, às 7h 20m, vôos diretos de Recife aoRio de Janeiro.

Sul: Rio de Janeiro para São Paulo, todos os dias às16h com exceção dos sábados quando o vôo parte às17h 45m; de Sào Paulo para o Rio de Janeiro, às segundas,terças e quintas-feiras, às 14h; aos sábados, às 12h, deSão Paulo para Porto Alegre e, também, aos sábados às14h 50m, de Porto Alegre para o Rio de Janeiro.

Segundo informações da Varig, todas as localidadesque nào são servidas por vôos cargueiros, com dias ehorários próprios, contam com conexões imediatas comos vôos de passageiros.

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NOTICIASA Air France, o Cônsul-Geral da França e a Empresa

Brasileira de Correios e Telégrafos vão lançar no dia 6deste mès, às 11 horas, em cerimônia a ser realizada noConsulado-Geral da França, na Av. Presidente AntônioCarlos, 58-6° andar, no Rio, o selo comemorativo daprimeira travessia do Atlântico Sul por Mermoz, Dabry eGimié, feita no dia 12 de maio de 1930.

No dia 9 deste mês a VASP inaugura em Goiânia umnovo tipo de loja-modelo, objetivando um sistema inte-gral de prestação de serviços. Essa loja está sendomontada na Rua 6 esquina da Rua 3, bem próximo aocentro comercial da cidade e será chamada Casa daVASP. A direção da empresa escolheu Goiânia por serum dos seus mercados mais importantes, visto que, emjaneiro deste ano, a base VASP naquela cidade embarcoue desembarcou lü mil 455 passageiros; em fevereiro 8 mil980 e em março 1 mil 261, totalizando neste primeirotrimestre 29 mil 696 passageiros, representando umaumento de 31,2% em relação a igual periodo do anopassado, quando o movimento foi de 22 mil 474 passagei-ros. Em vendas de passagens em Goiânia, a VASP regis-trou CrS 71 milhões 200 mil com um aumento de 61% emrelaçáo a igual período em 1979, quando o total devendas chegou a CrS 44 milhões.

A British Caledonian foi a escolhida para levar aLondres o vencedor do Io Torneio Aberto Long John, paraprofessores de tênis. Esse certame é promovido pelaCinzano e Pirajá Sports, que custearão todas as despesasdo campeão nessa viagem.

A Lufthansa homenageou 19 agentes de viagens doRio de Janeiro, com a entrega do prêmio Senator — umaplaca de parede—em almoço realizado no dia 27 de maiono Terrasse Clube. Esse prêmio é entregue à agência deviagens que ultrapassa o total de USS 50 mil em vendasde passagens da companhia. Desta vez foram premiadasas agências ABC, ABT, ACR, Antur, Bel Air, Bradesco,Copaco, Hamburg-Sued, Imperial, Itaú, Karvan, Koglin,Kontik, Nacional, Riviera, Roxy, Siga, Victor Hummel eWagons-Lits.

O avião EMB-110 PI Bandeirante, de prefixo DQ-FDE,da Air Pacific, pilotado pelos comandantes Miguez, daEmbraer e Bill Gardner, da Air Pacific, estabeleceu umnovo recorde de distância ao percorrer 4 mil 197 quilôme-tros — equivalente a 2 mil 266 milhas marítimas —ligando Honolulu, no Havaí, ao aeroporto de Faleolo, naUha de Apia, no arquipélago das ilhas Samoa, em 12 horasde vôo ininterrupto, O avião estava equipado com doistanques extras de combustível com capacidade para 1 millitros de querosene de aviação cada um.

João Carlos Mascarenhas Roxo, diretor da BraniffInternational, no Brasil, completou 30 anos de serviço e,por isso, recebeu o distintivo de ouro e safira brancadurante um almoço no Clube Americano do Rio deJaneiro.

As empresas japonesas Ali Nippon Airways, Japan AirLines, Toa Domestic Airlines, Nippon Kinkori Airways eSouth West Air Lines estào adotando novas tarifas aéreaspara as suas linhas domésticas ligando as principaiscidades do Japào.

Um jato executivo Gulfstream American GIII, equi-pado com motor Rolls Royce, estabeleceu dois novosrecordes mundiais num vôo realizado no dia 26 de abrildeste ano. O avião percorreu, sem escalas, a rota Savan-nah Geórgia, nos Estados Unidos e Hanover, na Alemã-nha Ocidental, uma distância de 4 mil 600 milhas àvelocidade média recorde, de 511 mph. O avião foipilotado por Robert K. Smyth tendo como co-pilotoWilliam J. Hodde. Viajava no avião o Sr Allen E. Paul-son, presidente da Gulfstream American Corporation,que disse, ao chegar a Hanover: "Conseguimos nossoobjetivo de aumentar o alcance de vôo do avião em 30% eelevar a velocidade de cruzeiros, em comparação aoGulfstream II. Temos cerca de 60 encomendas do nossonovo modelo o que é uma prova da confiança dos clientesnessa versão do Gulfstream". O avião fez seu primeirovóo em 2 de dezembro do ano passado e deverá receberda Administração Federal de Aviação — FAA — o seucertificado de vòo em meados deste ano.

A Boeing Management Association passou um telex àVASP solicitando informações sobre o Boeing 247 produ-zido em 1933. Um desses aparelhos está sendo restauradopor um grupo de voluntários que pretende recuperar omodelo 247 da Fundação Histórica da Pacific Northwest.Os responsáveis pelo projeto estão coletando todas asinformações possíveis e sabem que, além da Colômbia,México, Venezuela e Argentina, também o Brasil com-prou alguns desses aviões. A Boeing está interessada emsaber em que linhas essas aeronaves operaram, quantas(¦"¦oras voaram e onde ainda podem ser encontradas peçasoriginais, precisando, também, de fotos internas e exter-nas do avião que seráo muito úteis para os trabalhos derestauração. Qualquer informação poderá ser encaminha-da para o Sr Alcides Suman pelo telefone SP 240-7011ramal 453 ou no próprio Edifício VASP, no 2o andar, emCongonhas Sào Paulo.

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MOSTRE -ME UM HOíWEIW .QUE NÃO PODE FICAR DÊ PE...

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NAO CULPO O SENHOR !POR QUE IRIA ATENDERA UMA CRI ANCA... PEQUE-NA... REJEITADA...INDEFE*SA...SEMDINHEIROPARA PAGARPELA CARONA! ^^iA-^M"*

TOM K. RYAN

O MAGO DE ID BRANT PARKER E JOHNNY HART

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PROBLEMA N" 389 11.' frango grande (7)M D 1. amputar (5) 12. metano (7) Consiste o LOGOGRI-

t *' *k 2. buraco (6) 13. migalha (9) FO em encontrar-se de-3. calor Intenso (7) 14. miséria (4) terminado vocábulo,4. chafariz (5) 15. na parte exterior (4) cujas consoantes jó es-

F'

5. elemento sonoro da lingua- 16. parcialidade (5) tao inscritas no quadro

,.. ***

i-T ,,, v acima. Ao lado, a di-gem (6) 17. renome (4) -relta; é dada uma rela-

6. enfarte (8) 18. saciado (5) çâo de 20 conceito»,7. espécie de clarinete (6) 19. sólido (5) devendo ser encontra-8. excitar (7) 20. vigor (5) do um sinônimo para9 faúlha (4) cada um, com o nume-

lü! feitio (5) Palavra-chave: 12 letras '°- ?e le,r°5 ,en,re ^* ' i»™ii»«i»>i. •* iwiiua renteses, e todos come-

G__ çados

pela letra inicialT* Jín da palavra-chave. AsA XH1 ~~"*—""^————————————————. letras de todos os sino-

^^^^m^mm^m^^mmmmmm^J nimos estão contidasno termo encoberto, e

Soluções do problemo n" 388: Palovro-chave: SENSACIONAUSMO respeitando-se ai le-Parciais: sacola; salmo; sécio; sámio,- social; sinal; somenos,- silêncio; sonòncia; (r05 repetidos,sacelo; sanco; salino; sísmico; salame; símio; soneca; solo; sólio; silo; sicoma.

CRUZADASHORIZONTAIS — 1 — brilhante grande,mas de qualidade inferior; indivíduo quearrebanha jogadores para as tavolagens; 9— espécie de papagaio do Brasil; 10 —combinação de uma substância corantecom um mordente e diversas outras subs-tôncias; resina vermelha extraída de váriasplantas; 11 — diz-se da flor desprovida deperianto, da inflorescência destituída debrácteas, etc.; 12 — qualquer prolonga-mento de telhado além do prumada daparede,- beirai; 13 — certo variedade derape; vasto formigueiro de saúvas consti-tuído por vários alongamentos chamadospanelas; 16 — (religião) um dos três aspec-tos da alma entre os antigos egípcios; 17 —

pequeno cesto cónico, de cipó, para corre-gar frutas; 18 — prefixo grego que encerraa idéia de movimento para dentro; 19 —

CARLOS DA SILVAregistro escrito de uma obrigação contraídapor alguém; 2) —elemento de composiçãoque exprime a idéia de remédio,- 22 —forma arcaica da terceira pessoa do singu-lar do presente do indicativo do verbo ir; 23— marcha de tropas em fuga regular oupara se afastarem do inimigo depois de umcombate desfavorável; 25 — diz-se deumo, ou variedade de gado bovino deorigem indiano,- 26 — quantidade de ra-diação corpuscular que produz, por gramode tecido irradiado, uma ionizaçóo equiva-lente ò que se obtém no ar com umroentgen de radiação gama,- 27 — indivi-duo de uma tribo indígena de Goiás,- 28 —cirando, joeira,- purifico; 30 — cambão aque se prendem duas ou mais juntas debois; 31 — mantra representativo da cons-tituição tríplice do cosmo.

VERTICAIS — 1 — álcool pentatômicocristalino, doce, que se obtém reduzindo aarabinose pelo amálgama de sódio; arabi-tol; 2 — tinta ou fécula do pau-brasil, que,misturada com cochonilha, tem aplicaçãona pintura; incrustaçáo resinoso, produzidaem certas árvores pelas picadas de uminseto; 3 — cachaça de mau gosto; 4 — umdos três aspectos da alma (entre os antigosegípcios); 5 — o meio de transmissão dosondas de rádio e televisão,- 6 — aquele quemanda com arrogância, ou que gosta demandar; opressor; 7 — carta-relalório dossuceísx» ocorridos durante um ano; 8 —curva plana cuja forma é o que assume umfio homogêneo, de espessura desprezível,perfeitamente flexível e inextensível,quando suspenso por seus dois extremos e

O

sob açáo única do próprio peso; 9 — armaconstante de uma haste comprido de ma-deira, terminando por um espigâo de ferro,-13 — suspensário em que se apoia o braçodoente (pl.); 14 — gênero de liliúceosornamentais originárias do América; 15 —extraviada; tresmalhada; 20 — espécie deestante em plano inclinado, onde se põepapel ou livro aberto para se ler cômoda-mente,- leitoril; 24 — semente parecida òdo coentro usada como tempero do caruru,do peixe e da galinha,- 25 — diferençasensível que apresentam as qualidadessensíveis das coisas; 27 — sufixo nominalque indica resultado dt ação enérgica; 29— piparote no alto da cabeça. Léxicos:Melhoramentos; Morais,- Aurélio e Casa-

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BTTT M I CMSOLUÇÕES DO NÚMERO ANTERIOR

HORIZONTAIS — petima; aba; enema,- trll; ratei; abam;irado; rosa,- dg,- invar; ripado; emo,- oa; talha,- manto; so;ora; pai; serpentina.VERTICAIS — peridromo; enargio; teta,- imediata; ma-landante,- arbórea,- bias,- almorodo,- tora; volt; hopt; mar;sin; te,- ai;

Correspondência • remessa de livros e revistas para:Rua das Palmeiras, 57 apto, 4 — Botafogo — CEP22.270.

HORÓSCOPO JEAN PERRIER

CARNEIRO —21/3 a 20/4Finanças—Trabalho — Você pode obter a aiuriade seus amigos los)eniieu trabalho Grande sortematerial e profissional Pode assinar documentose fazer contratos vantaiosos Se possui um comer-cio de lu»o, os lucros seráo certos Amor -- ComVènus e Júpiter pin quadratura se|a e<nemamen-te ptrdenle Pessoal — Pode fazer visitas, organi-zar unia reunião ou marcar um encontro. Soúdt

Nao abuse do álcool

TOURO — 21/4 a 20/5 ^~Finanças—Trabalho — Dio benéfico Faço solici-tac,óes, procure dinheiro, siga suas intuições nosetor profissional e você saberá fazer-se respeitar,evitando as discussões Amor — Fique atento (a),se|a afetuoso (a) e você terá um excelente dia. Sefor solteiro (a), é provável que encontrara umapessoa interessante Pessoal Tome a iniciativade escrever umo carta que o reconciliará com umamigo (a) Saúde — Você se sentirá cansado.

GÊMEOS —21/5 o 20/6Finanças—Trabalho—O dia seró benéfico. Podeassinar um contrato • pensar numa associação.Lucros facilitados. No plano profissional, vocêpoderá pedir um aumento. Amor — Dia verdadei-ramente calmo, nenhuma mudança no planesentimental. Faça uma escolha através de suacorrespondência amorosa. Alegria em família.Pessoal —O que lhe parece atualmente impossi-vel está para se realizar. Saúde—Não dramatizeas pequenas indisposições.

CÂNCER — 21/6 a 21/7Finanças—Trabalho —O dio seio pernicioso paravocê. Discussões no setor profissional: puro ciúme,Se|a diplomata em tudo e evite fazer especula-çòes. Amor Ouça seus próximos, os amigos (as)e seus colegas, pois você pode consliuir um amorsegu*o e agradável com Vênus no seu signo.Satisfações familiares. Pessoal -- Seja mais ruidadoso para evitar uma situação lamentável.Saúde - Cuide de seus intestinos.

LEÃO — 22/7 a 20/8Finanças—Trabalho Você terá intuição e pode-rá resolver um prolema importante Além disso,as suas iniciativas serão bem-sucedidas. Estudos 8viagens favorecidos. Amor — Urna certa obslina-ção de sua parte poderá desagradar muito apessoa amada, Não fique surpreso (a) se você seencontrar só. Discussão em família. Pessoal —Cuidado: em uma discussão suas opiniões pode-rão voltar se contro você. Saúde --- Indisposiçõesmisteriosas.

VIRGEM 21/8 a 22/9Finanças—Trabalho — Ho|e você obterá comfacilidade o que desejar, pois você sabe convencerlodo mundo. Finanças excelentes. Amor- Climabenéfico. Não fuja de uma discussão que vocêestá adiando. Plano amigável também benéfico,fome decisões importantes no plano familiar.Pessoal — Mostie-se em um de seus melhoresdias: atraente e cheio de cordialidade. Saúde —Nada deve ser temido ho|e.

BALANÇA — 23/9 a 23/10Finanças —Trabalho — Durante o dia aumenta-rá o círculo de suas relações, fcnfrenle umoatividade de longa duração, pois seus negóciosvão progredir. Prudência com as finanças. Amor

Sua mania de verificai ludo pessoalmente serámuito útil hoje. Pessoal--- Muilo cuidado. O climasentimental será pernicioso com Vênus em qua-dratura. Você deve ter calma e esperar diasmelhores para fazer projetos. Saúde — Seus

, nervos serão seu ponto fraco, cuidado.

ESCORPIÃO — 24/10 a 21/11Finanças —Trabalho — Hoje, haverá uma pro-posta de trabalho, mos os negócios serão duvido-sos. Evite as despesas excessivos. Sorte se você forartista. Amor — O dia lhe reserva uma agradávelsurpresa sentimental com Vênus em trígono. Ho|eé provável que você estabeleça laços duráveis.Plano familiar excelente. Pessoal ¦— Organize-see resolvo seus problemas á medida que foremsurgindo. Saúde — Vigie seus rins.

SAGITÁRIO — 22/11 a 20/12Finanças — Trabalho ¦— Suas possibilidadesfinanceiras são boas. Consideração no setor pro-fissional. Nào se deixe afastor de um pro|eloimportante. Estudos e solicitações excelentes.Amor — Cuidado.- ciúme, mal-entendidos e in-compatibilidade de humor. Parece que tudo acon-tecerá por suo culpa. Seja mais razoável. Pessoal

Relações com seus amigos (as) favorecidos.Saúde — Hoje, cuide de suo alimentação.

CAPRICÓRNIO —21/12 a 20/1Finanças —Trabalho — Grande dinamismo. Umempreendimento será bem-sucedido. Tudo que serelacionar com finanças será bem-influenciado evocê poderá fazer boas especulações, Amor —Acontecimento inesperado e, infelizmente, mole-fico. Evite fazer proietos para o seu futuro.^Cuida-do: complicações com a sua familia e seu> filhos.Pessoal — Seus numerosos compromissos o (o)deixarão nervoso (a). Procure acalmar-se. Saúde

Hoje, seus rins estarão ameaçados.

AQUÁRIO —21/1 a 18/02Finanças —Trabalho — O dia sera benéfico porotomar decisão importante. Nos negócios, saibaimpor-se eem tudoseia mais enérgico (o). Estudose contratos favorecidos. Amor — Hoie, nào fiquedesanimado (a). Reaja, pois a vida e bonita,sobretudo com Vènus, que será neutro e não o (a)influenciará desfavoravelmente. Plano familiarbenéfico. Pessoal — E imprescindível que vocêtenha uma perfeita organização de seu tempo.Saúde — Boa forma.

PEIXES — 19/2 a 20/ 3Finanças — Trabalho — Você pode usar a boavontade de seus amigos (as) em seu trabalho,negócios e no plano financeiro Aspectos favorá-veis para mudar de emprego. Amor — O domíniosentimental continua bem-influenciado com Vè-nus em tngono Faça proietos para o seu futuro enão áe deixe influenciar, siga o seu caminho.Pessoal Ho|e, você não deve hesitar emconvidar seus amigos (as) para se distrair. Saúde

Nada deve ser assinalado ho|e.

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CADERNO B D JORNAL DO BRASIL O Rio de Jnneiro, nepinda-frirn, 2 de junho de 1980 n PÁGINA 9

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O som nosso de cada diaEM CARTAZ

TáHk de Souza

AMANHÃ,

o violonistaparaense Sebastião Ta-pajós apresenta o nova-to pianista, compositor earranjador Roberto

Gnatalli, sobrinho do múltiplo Ra-damés. A dupla fica de 3 a 14 dejunho no Seis e Meia da Sala Punar-te, acompanhada por duas flautas,clarinete, sax, baixo e bateria. Ou-tra estréia de terça-feira ocorre noSete Horas do Carlos Gomes: TimMaia e sua banda também perma-necem durante duas semanas revi-sando os inúmeros sucessos do pa-pa do soul brasileiro.

Na quarta-feira, um congressode estréias capazes de arrastarmultidões:

— Joanna, a mais bem-sucedidaem vendas das cantoras/composi-toras lançadas em 79, mostra orepertório de seu LP-80, intitulado,como o show, Estrela Guia. Elefica de 4 a 8 de junho no Cine ShowMadureira, sob a direção do produ-tor da estrela, Arthur Laranjeiras.

Alceu Valença também exibe orepertório de seu recém-lançadoCoração Bobo, no Ipanema, emtemporada de 4 a 15, sempre às21h30_n_ Acompanham-no PauloRafael (viola e guitarra), Zé daFlauta (flauta, obviamente), Anto-nio Sanfanna (baixo), Claudinho(bateria), Severo (sanfona) e Hei-vius Vilela (piano).

No mesmo período, de 4 a 15,Fagner leva sua abarrotada pia-teia, cativa do Tereza Rachel, parao mais amplo João Caetano. Naparte instrumental, força comple-ta: Manasses (cordas), PetrucioMaia (teclados), Nonato Luiz (vio-lão), Fernando Gama (baixo elétri-co), Cândido (bateria), Chico Bate-ra (percussão), Oswaldinho (sanfo-na), Oberdã e José Nogueira (saxese flautas).

Quinta-feira no Clara Nunes,sem prazo de encerramento, o autorde Sonho de um Sonho, Martinhoda Vila, instala seu Sonhe Mais,com roteiro do poeta Ferreira Gui-lar e direção de Tereza Aragão.

Encerrando a primeira fase deuma longa e vitoriosa excursão pe-lo Brasil, a dupla Zé Ramalho eAmelinha sobe o Morro da Urca noferiado do dia 5 para um espetaculo único com a Pau de Arara'sBand de oito músicos e mais trêsconstas.

No próximo sábado prossegue,em Niterói, a série O Som do Mu-seu, iniciada esta semana com Ro-gério do Maranhão, a atração desábado próximo nos salões do Pala-cio do Ingá. Nas semanas seguintesestão escalados a "Banda de Lá",Carlinhos Queirós e Itamara e oGrupo Varanda.

Vai até o próximo domingo oespetáculo de César Costa Filho ePaulinho Soares, Como É que VocêChegou Até Aqui, no Casa Grande.

O samba peculiar e inovador(em sua mescla com o choro) dePaulinho da Viola será recapitula-

do no Especial da Globo que vai aoar no próximo dia 6, Sexta Super. Otitulo do programa, dirigido porDaniel Filho, com roteiro de LuisCarlos Maciel, Guto Graça Melo edo próprio focalizado é Paulo CésarBaptista de Faria, o nome comple-to do astro, batizado ainda nostempos do Zicartola pelo jornalistaSérgio Cabral.

Em projeto. De 10 a 22 de junho,o Casa Grande será ocupado pelogrupo A Cor do Som, para o lança-mento de seu terceiro LP, encabe-çado pela recém liberada MolequeSacana, de Rita Lee.

Uma grande homenagem à Rá-dio Nacional o tema próximo Aler-ta geral, comandado na Globo porAlcione. No elenco, algumas estre-las daquele histórico periodo daMPB. marlene, Emilinha, ÂngelaMaria, Cauby Peixoto è Ivon Curi.

Depois de atravessar o túnel,apresentando-se na momentosa ga-leria Alaska com seu Grito de Aler-ta (titulo da música que Gonzagui-nha fez especialmente para ele) orecém-inscrito no Partido de Bri-zola, Agnaldo Timóteo, vai a Ma-dureira, exibir-se no Cine Show de19 a 22 de junho. O preço único doingresso é Cr. 100 e o ex-torneiromecânico Agnaldo explica a ra-zão: "Não poderia cobrar mais caroporque meu grande público morana Zona Norte carioca e não temcondições econômicas de pagarpreços altos".

Está de volta ao ar na rádioMEC o programa Curto Circuito,que abre espaço para os artistasfora do mercado ou astros margi-nais. Às quintas-feiras, das 9h30màs 10 da noite, em gravações espe-ciais, produzidas e apresentadaspela jornalista Ângela de Almeida.

De festivais. O Concurso Con-juntos de Choro prorrogou para odia 30 de junho as inscrições paraconjunto amadores e profissionaisdedicados ao gênero e radicados noRio. Os concorrentes podem apre-sentar-se no Departamento Geralde Cultural, das 13h às 17h na Av.Marechal Câmara 350.0 vencedorreceberá os prêmios Pixinguinha(Cr$ 70 mil), Lüperce Miranda (Cr$40 mil) e Juarez Barroso (Cr$ 30mil).

Também o Festival 80 de Músi-ca Popular de Niterói está com ins-crições abertas até o final de julho.Poderá participar qualquer músico,residente ou não em Niterói, comno máximo de três trabalhos, apartir da inscrição na Fundação deAtividades culturais, à Rua Presi-dente Pedreira, 98, Ingá.

Show avulso de Jorge Ben napróxima sexta-feira no Planetárioda Gávea, promoção do CentroAcadêmico Eduardo Lustosa, daPUC, ao preço único de Cr$ 150.

Jackson do Pandeiro vai à pra-ça, ao Seis e Meia na Praça, semprecom entrada franca: dia 6 de junhona Cinelândia, dia 13 na Central doBrasil, dia 20 na Praça XV e dia 27novamente na Central. Acompa-nhado da sanfona de Abdias e dosrepentes de Azulão e Medeiros.

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Joanna: bem-sucedida Zé Ramalho e Amelinha: subindo o morro

CONTRAPONTOíí

UM

dia tu foste àLapa ver a ma-landragem / per-deste o tempo e aviagem / como

teu samba diz / eu fui a Portela veros meus sambistas / mas consultan-do a minha lista / também não fuifeliz / Lá falaram-me sobre um ter-reiro, onde eles passam o dia inteiro/ num lugar qualquer de OswaldoCruz / lá fica perto de Bento Ribeiro/ onde Paulo e seus companheiros /faziam samba que até hoje seduz /procurando na localidade / encon-trei Mano Alvaiade / nosso antigodiretor de harmonia / deu-me a suadica valiosa / é uma casa formosa /que reina paz, amor e alegria / daí vios sambistas de fato / Manacéa eLonato / e outros mais / juro quefiquei boquiaberto / nunca me sentitão perto / da Portela dos temposatrás."

Em resposta a Homenagem aoMalandro, em que Chico Buarquefoi à Lapa e perdeu a viagem, já que"a tal malandragem não existemais", o compositor Monarco com-pôs este Homenagem à VelhaGuarda da Portela, E resumo, quisdizer que procurando se acha e opróprio Chico, encantado com osamba, admitiu a necessidade deconhecer melhor esse reduto de ve-

lhos malandros, conforme o fuguri-no ingênuo e sábio dos primórdiosdo samba. Essa é uma das faixas deMonarco no Terreiro, segundo LPdo portelense, produção de HomeroFerreira para a gravadora Eldora-do, de Sáo Paulo. O disco é dedica-do ao falecido jornalista Juarez

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Monarco: perto da velhaPortela

EM ROTAÇÃO

COM

a voz de Cibele, inte-grante da primeira for-mação do grupo, substi-tuindo a de Dorinha Ta-pajós, adoentada, o

Quarteto em Cy termina esta sema-na seu novo LP, limitado a quatroassinaturas. Gonzaguinha, o com-positor mais gravado, com CirandaMenina (inédita), Começaria TudoOutra Vez e Recado; Milton Nasci-mento (Último Trem, inédita emais Ponta de Areia, Gira Girou eIdolatrada); Ivan Lins (Barco Fan-tasma, inédita e mais Antes queSeja Tarde, Começar de Novo eSaindo de Mim) e Caetano Veloso(Abandonado, inédita, Lua lua lua,Lua, Canto do Povo de um Lugar eUm Dia. O LP será lançado emjulho, no Ipanema, com produçáode Octavio Burnier.• Há três semanas no hit-paradeda Billboard (revista rival da CashBox), o compositor e intérpreteBob Seger conseguiu espetacularfaçanha: destronou no mercadoamericano o primeiro lugar dispa-rado do Pink Floyd, com seu duploThe Wall. Com isso, o inquieto Bob,de Detroit. Michigan, soma seu no-no disco de platina, cada qual cor-respondente a 1 milhão de cópiasvendidas. Esse prêmio lhe coube,acima de tudo, por sua fidelidadeao rock, mesmo em tempos febril-mente discotequeiros como os re-

centes. Agora ele pode lançar àpraça o potente Against the Wind— contra o vento — uma auto-homenagem merecida, com o refor-ço vocal de três integrantes de ou-tro campeonissimo grupo america-no, Eagles, na faixa mais tocada,Fire Lake.

"Quem já tem, terá/ quem nâotem, perdeu/ lá na Bíblia está/ todomundo leu". Assim começa a ver-sáo da inusitada dupla Augusto deCampos e Rogério Duarte parauma composição também inco-mum, o clássico God Bless TheChild, de Billie Holiday. Seu novotítulo é Mamãe Merece e é uma dasfaixas do novo disco de Zizi Possi,ao lado de E Você Nào Mudou (EduLobo e Joyce) e Meu Amigo, MeuHerói (Gilberto Gil).

Tempo Presente é o título provi-sório do LP de Edu Lobo, produçãode Sérgio Carvalho. A maioria dasfaixas é do próprio Edu, como Bala-da de Outono e Rio das Pedras(ambas instrumentais) e mais a mo-dinha Dono do Lugar, o frevo Som-brinha Baixa e o samba Rei Morto,rei Posto, em parceria com Joyce.

A mais nova cantriz (cantora eatriz) da praça, Tânia Alves, queestrela no momento Calabar, emSão Paulo, prepara sua estréia com"um disco ligado a problemas so-ciais". No repertório, o tema do

filme Cabaré Mineiro, de CarlosAlberto Prattes. Os arranjos dodisco sào da maestrina Célia Vaz.

Musicado por Sérgio Ricardo,com a participação vocal do MPB-4 e do Quarteto em Cy, o livroFücts, escrito e desenhado por Zi-raldo, transformou-se em disco. As13 faixas de Flicts, duas delas ins-trumentais, sáo, na maioria, movi-das a samba, com a competência dechorões e sambistas como Copinha(flauta), Nelsinho (trombone), Al-ceu e Valmar (cavaquinhos), Eli-seu, Marcai e Luna (ritmo). Dedica-do ao desguarnecido público infan-til, mas sem contra-indicações pa-ra adultos de todas as faixas etá-rias, Flicts será lançado na Livra-ria Malasartes, no Shopping Cen-ter da Gávea, no próximo dia 11.

Outro projeto na mesma área éuma série de compactos dirigida aopúblico infanto-juvenil, produzidapelo jornalista João Luís de Albu-querque. Daniel Azulay, Ana MariaMachado e Fernando Lopes de Al-meida escreveram histórias compersonagens brasileiros e ErasmoCarlos (Super-Homem), NelsonMotta (Pernalonga), Paulo Perdi-gão (Batman), Sérgio Augusto (Su-peramigos), Ruy Castro (Piu-Piu eFrajolai, Armando Pitigliani (Su-perboy) e o próprio João Luís (Mu-lher Maravilha) encarregaram-sedos personagens estrangeiros.

Quase dez anos depois do pri-meiro disco-solo, uma overdose de

auto-afirmação, o ex-beatle Paullança o Mc Cartney II, onde alémde cantar e compor traça todos osinstrumentos: guitarra, teclados,baixo e bateria. Antes dele está naslojas um compacto simples comtrês músicas: Corning Up (uma ver-sào só de Paul, outra com o Wings)e Lunch Box/ odd Sox, instru-mental.

Produzido por Martinho da Vila,invertendo o hábito, Rildo Hora, ocostumeiro produtor do sambista,estréia em LP onde é o arranjador eregente. Nas 11 faixas, algumas sãoconhecidas, como Meninos da Man-gueira. seu sucesso em parceriacom Sérgio Cabral, e há inéditascomo o samba nordestino ArraiaMiúda. No elenco de músicos, umaseleção de cobras: Hermeto Pas-choal, Joáo Donato, Radamés Gna-talli, Toninho Horta, Wilson dasNeves. Guerra Peixe e Luizão, entreoutros.

O novo LP de Baden Powell teráuma parceria em aberto ao públi-co. A faixa A Estrela e a Cruz,apresentada também em versãoinstrumental, espera uma letra aser escolhida entre as enviadas pa-ra a WEA Discos Ltda, Rua Itaipa-va 44. RJ. Além dela, as regrava-ções de Cai Dentro, Diálogo e AtéEu (parcerias com Paulo Pinheiro),Jongo, de João Pernambuco e Ingê-nuo, de Pixinguinha. Entre as no-vas. Mesa Redonda, Canção dasFlores e Queixa.

Barroso, devotado à causa do sam-ba e amigo de Monarco, e tambémao mestre Antônio Rufino dos Reis,sócio n° 1 da Portela e um de seusfundadores ainda em atividade.

A propósito, a "casa formosa" aque a letra se refere é o quintal dacasa de Doca, uma das pastorasque compõem a Velha Guarda, on-de o grupo ensaia aos domingos,sem a presença dos sambeiros. Amalandragem, afinal, hoje é assim:muitos curiosos, mas poucos esco-lhidos.

No festival de eventos, quase to-dos de algum fundo comercial, pre-visto para a estadia do Papa noBrasü, não poderia faltar a partemusical. A Comissão de Organiza-ção da Visita da Arquidiocese ofe-rece Cr$ 50 mil, pagos pela combali-da Prefeitura do Rio de Janeiro,para lograr musicar estes versos:"A benção, João de Deus! I nossopovo te abraça I tu vens em missãode paz I sê benvindo l e abençoaeste povo que ama! I a benção, Joãode Deus!" A música deverá ter umminuto de duração, como os jingles,para ser veiculada à exaustão nasemissoras de rádio e TV. E mais:"ser simples, para fácil aprendiza-gem pelo povo, e ter característicasde alegria e saudação, sem prejuízodo espírito religioso do evento".

Ao assumir a presidência da As-sociação Brasileira de Produtoresde Discos, o diretor executivo daSom Livre, João Araújo, colocoucomo prioridade o combate à pira-taria fonográfica. Ele se referia àsfabriquetas de fundo de quintal quecopiam em cassetes clandestinos ossucessos do momento e os vendemsem pagar direitos nem impostos.No entanto, João Araújo foi sur-preendido esta semana com um ca-so muito mais complexo. Uma gra-vadora de grande porte, a paulistaContinental, simplesmente distri-buiu às lojas uma trilha sonora in-temacional da novela Água Viva,da Globo, imitando a capa da origi-nal e distinguindo, em letras minús-cuias, tratar-se de covers. Obvia-mente poucos conhecem a palavra,que no mercado americano designauma recriação do original, quasesempre reproduzindo inclusive a or-questraçáo e, no caso da Continen-tal, imitando ainda as vozes dosintérpretes. Com essa atitude, diz oexecutivo da Som Livre, "a Conti-nental que, no passado, foi uma dasmais importantes e sérias gravado-ras brasileiras, aderiu ao mercadonegro". G repertório obedece à mes-ma ordem de faixas e as cores utili-zadas na capa do cover sào idênti-cas às da Som Livre. Por sua vez. aContinental alega que a capa é dife-rente — "onde há o selo Som Livre,no cover há o selo Continental" Eaempresa informa ainda que sua direção .e o controle acionário naomudaram. O caso está na Justiça.

EMTRANSITO

GAL

Tropical continuabatendo recordes, ago-ra em Sào Paulo. Umpúblico de 61 mil 533pessoas assistiu a 10

apresentações do show no interiore 64 mil 324 pessoas foram vê-lo noTUCA, na Capital. No dia 7, Galinicia nova tournée pelo interior, oque inclui Sào Vicente, Mogi Mi-rim, Bauru, Marilia, Araçatuba,Presidente Prudente, Londrina,Ourinhos, Sào José dos Campos,Ribeirão Preto e Uberlândia.

Também Caetano Veloso comseu "Cinema Transcendental" ul-trapassou marcas anteriores: em 18cidades do interior de Sáo Paulo emais Londrina, no Paraná, ele acu-mulou 90 mil espectadores. Nas trêsapresentações do Anhembi, 14 milpessoas compraram ingresso, quan-do, pela primeira vez, a Paulisturüberou cadeiras extras.

Substituição no vitorioso vocalBoca Livre. Sai Cláudio Nucci("numa boa, para fazer um traba-lho individual") e entra LourençoBaeta, já conchecido por um discoindividual, muito mal divulgadopela gravadora Continental. O no-vo Boca partiu para uma excursãorelâmpago de duas semanas a par-tir de Minas Gerais. Na terça feiraapresenta-se em Goiânia e, final-mente, Brasília (até 8 de junho). Devolta ao Rio engaja-se no ProjetoPixinguinha.

Para a WEA, exportar é o queimporta. Além do lançamento si-multáneo de "Terra Brasilis", deTom Jobim, no Brasil, EUA e Euro-pa, "Realce", de Gilberto Gil foipara a Alemanha e Venezuela; "Es-sa Mulher" (Elis Regina), tambémVenezuela; "Seu Tipo" (Ney Mato-grosso), Argentina; "Soltas Na Vi-da" (Frenéticas), Portugal e Fran-ça; "Hermeto ao Vivo em Mon-treux" (Hermeto Paschoal), Argen-tina e "Frutificar" (A Cor do Som),Japào e Argentina.

O projeto Pixinguinha estréiasua programação 80 na próximaquinta-feira, no Teatro Dulcina, noRio. Estarão no palco a manguei-rense Leci Brandão e a imperianamagestade de D Ivone Lara, com aparticipação de Gisa Nogueira. Es-te é o quarto ano do projeto quesoma 1 mil 466 espetáculos, até hojereunindo um público de 1 milhão 47mil 583 pessoas por todo o país.Nesta etapa, sempre fiel ao horáriode 18h30m, o projeto deixou de pro-gramar São Paulo, Salvador, BeloHorizonte e Maceió, onde os espeta-culos são apresentados desde o ini-cio da série. Dentro do espirito deinteriorização cultural, o Pixingui-nha substituiu algumas Capitaispor cidades de médio porte. Parasua segunda programação do ano,estão selecionados os seguinteselencos que correrão o Dulcina(Rio), Sesc (São João de Meriti); oGlauce Rocha (Campo Grande,MS); a Escola Técnica Federal deMato Grosso (Cuiabá), o TeatroAmazonas (Manaus) e o Teatro daPaz (Belém): Trio Elétrico, a Cor doSom e Walter Queiroz; Elba Rama-lho, Geraldo Azevedo e Vital Fa-rias; Zé Ramalho, Amelinha e Man-duka; Angela Maria, Miltinho e Zé-luis; Elizeth Cardoso, RadamésGnatalli e a Camerata Carioca, eEgberto Gismonti, Marlui Mirandae Pepê Castro Neves.

Na trilha dos sucessos recentesde Medo de Avião e Comentário arespeito de John, Belchior excur-siona pelo interior do Rio Grandedo Sul e participa do Circuito Co-merciário de Música Popular Bra-sileira, promovido pelo Sesc nointerior paulista.

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Edu Lobo; presente provisório

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OITO E OITENTAJosé Carlos Avellar

*M\ I UMA cena de La Città delle Donne^^ II (A Cidade das Mulheres) um grupo1^1 de rapazes entra num cinema. AI ^H tela está lá, na parede do fundo da¦**P - sala, como era de se esperar, Mas

na platéia, no lugar das poltronas, existe umaenorme cama, com grandes travesseiros e umaampla coberta. Apaga-se a luz. Satisfeitos, to-dos batem palmas, se deitam, se cobrem, arre-galam bem os olhos, e o espetáculo começa.

O mais recente filme de Federico Fellini seanuncia a todo instante como uma espécie desonho, como uma história impulsionada peloinconsciente. No começo, o personagem centraldorme na cabina de um trem que atravessa umtúnel para chegar à estação, No meio, o perso-nagem central se deita por duas ou três vezespara dormir. E no final, ao despertar na cabinado trem, sorri satisfeito e fecha os olhos parasonhar de novo, que outro túnel escuro seaproxima.

O espectador fica sem saber ao certo se oque se passa na t Ia é a projeção de um sonhodo herói do filme ou se é algo que o herói,digamos assim, vive de verdade. Tentar com-preender o que seria a coisa real e o que seria acoisa sonhada não importa, como explica opróprio realizador ao sugerir que a platéiamantenha os olhos bem abertos para sonhar,

"Meu filme é um sonho, e emprega a lingua-gem simbólica dos sonhos. Gostaria que aspessoas vissem este filme sem se deixar cegarpela tentação de compreender: não há nadapara compreender. Detesto esta doença con-temporànea, o desejo de uma ideologia, a ma-nia de uma falsa clareza. Hoje-mandamos tudoa uma espécie de tribunal da racionalidade, queanalisa, diagnostica e ordena um tratamentocontra o indecifrável. O inconsciente, nossazona obscura, alimentada de confusão, de ines-perados e de mudanças, é coisa aceita comdificuldade, amedronta. E, no entanto, é umcomponente extremamente precioso de nósmesmos. Por que suprimi-lo? Por que mutila-lo?"

No começo do filme, quando abre os olhosna cabina do trem, acordado por uma sacudide-Ia mais brusca do vagão sobre os trilhos, o heróide Fellini se encontra diante de uma mulher, eatraído por ela ("como um chapeuzinho verme-lho apanhado pelo lobo") salta na estaçáo se-guinte e vai até um hotel no meio da floresta,onde se realiza um congresso feminista.

Acusado de espião a serviço do poder ma-chista numa assembléia onde as mulheres pro-põem como solução a castração dos homens, oherói é salvo por um nobre caçador, Katzone(nome que traduzido dificilmente poderia serpublicado aqui) que, como caçador da históriade chapeuzinho vermelho, dispara seu fuzilcontra as feministas e abriga o herói em seucastelo. Ali, descansado, ele se deita paradormir.

A história de La Città delle Donne avançaassim como aquela longa cena de Oito e Meio(Otto e Mezzo, de 1964) onde Guido Anselmi, oprotagonista, sonha com uma casa feita só decozinha e de quarto de dormir e povoada portodas as mulheres de seu mundo. O espectador,de certo, tem esta imagem na memória, atémesmo porque tem tido a oportunidade dereavivar o que ficou gravado na cabeça com asperiódicas reapresentações do filme na tele-visão.

Guido chega em casa, sua mulher, Luiza,lava o cháo, outras mulheres estào no fogão. Eleé sempre o mesmo, o homem de meia idade de'olheiras profundas, óculos, chapéu na cabeça,jeito tímido e sorridente. Mas fala às vezescomo uma criança, às vezes como o adulto queé, à vezes como ele mesmo, às vezes como sefora um outro, enrolado num lençol, com chico-te na mão a dar ordens à tia, às primas, àamante, à professora, à prostituta, à enfermei-ra, à estrela do cinema, à máe, à irmà.

Quem se recorda desta cena está bem pertodo estilo de representação do mais recentefilme de Fellini, uma Uvre mistura de fragmen-tos da vida do herói, do tempo de criança àidade adulta, fragmentos representados com alógica solta de um sonho que retém do mundoreal uns poucos pedaços mais significativos doponto-de-vista da emoção do personagem. Eexagera, e caricatura estes pedaços.

Em Oito e Meio o diretor falava de simesmo, discutia um pouco dentro da históriado diretor de cinema Guido Ansélmi as ques-toes que ele mesmo, Federico Fellini, se coloca-va enquanto realizador de filmes (e de filmes deestilo mais ou menos semelhantes àquele queAnselmi pretendia realizar). Em La Città delleDonne, se nâo faz uma nova autobiografia Felli-ni fala pelo menos de um personagem queparece sentir o mundo como ele."É um homem que já não é mais jovem, eque só consegue encarar o feminismo com umolhar um tanto assustado e inquieto. É umhomem que nào pode conhecer as mulheresporque vive dentro delas, como o chapeuzinhovermelho vagando na floresta", diz o diretor arespeito de Snaporaz, o seu novo herói.

Dentro do cinema, onde o espectador seencontra como quem está prestes a sonhar deolhos abertos, como quem está "protegido co-mo um bebê ainda não nascido na barriga desua mãe", as pessoas devem, sugere o diretor,agir como o herói, que se abandona ao sonhosem tentar decifrar o que foi inventado peloinconsciente, tentado perceber o que se passacom ele através de um intencional mergulho nosonho".

No castelo de Katzone, o herói se deita paradormir, escuta um barulho qualquer debaixoda cama, e como criança se enfia por ali paraver o que se passa. Cai por um buraco no chãonuma montanha russa, e caindo sempre, voltaao passado, percorre diversas cenas de suaprópria história. O abraço da empregada deseios enormes. Os cuidados da irmà mais velhae das primas que o levavam a dormir quandocriança. A primeira ida ao cinema. O leitoenorme no lugar das poltronas. As mulheresenormes na tela.

* * *

NAS

primeiras cenas de AU ThatJazz o personagem central da his-tória conversa com uma mulherjovem e bonita, vestida de branco eenvolta por uma enevoada atmos-

fera de sonho — uma personagem em muitosemelhante àquela imagem de sonho criada porFellini em Oito e Meio através de ClaudiaCardinale. O que existe, então, não e só uma

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——"Eu estava hospitalizado, me recuperava de um ataque cardíaco, e

pensei em fazer um filme sobre a vida e a morte, o sentido da morte.Mas queria trabalhar num contexto onde me movimento melhor, namúsica, na dança, no humor, na sátira. Consultei a memória,conversei com amigos, enfermeiros, médicos e atores que trabalharamcomigo, e completei o roteiro ainda no hospital"

Bob Fosse a propósito de Ali That Jazz

"É a soma de tudo o que fiz até agora e também umahomenagem ao cinema visto como se fosse uma mulher, umainiciação sexual^a imagem snrdíadaT impalpável, coisa placentária.ligeiramente indecente, cheia de obscuridades, coisa líquida e porisso mesmo sem um contorno definido"

Federico Fellini, a propósito de La Città delle Donne

conversa. E uma confissão, é uma confidencia, éum monólogo interior. O personagem fala nou-tro tom, muda de gestos e de voz, assim comofaz o Guido Anselmi no filme de Fellini dianteda mulher que aparece sorridente e vestida debranco para lhe oferecer um copo dágua.

Entre esses dois filmes existem vários ou-tros pontos de contato. O personagem centraldo filme de Bob Fosse é um coreógrafo e diretorde cinema que sofreu um ataque cardíaco (oque aconteceu mesmo com o realizador, queescreveu esta história enquanto se encontravahospitalizado). O personagem, o coreógrafo ediretor de cinema Joe Gideon, foi criado demodo a lembrar mesmo em seus gestos e suaimagem exterior a figura do realizador. Fossedeu a Roy Scheider, o intérprete do filme, umbigode, um cavanhaque e uma gesticulaçãonervosa, do mesmo modo que Fellini, em Oito eMeio, deu a Mastroiani um chapéu, um par deóculos e uma gesticulação lenta e brincalhona."É verdade" — disse Bob Fosse a respeitode AU That Jazz—"o herói de meu filme ensaiauma comédia muito parecida com o Chicagoque eu mesmo dirigi, está montando um filmemuito parecido com Lenny, que eu tambémdirigi, e faz vários números de dança inspiradosem coreografias que fiz para Cabaré. É umamistura. Algumas coisas do filme sáo situaçõesque eu mesmo vivi, mas tratei de alterar umpouco o conjunto, porque náo pensava em fazeruma confissão ou uma autopsicanálise. Useium quadro familiar porque me pareceu umbom cenário para contar a história de umhomem que se destrói."

Muitas vezes se repete no filme de BobFosse a cena em que o personagem centralacorda. O despertar é descrito em planos rápi-dos, e a cada nova repetição as diversas ima-gens que simbolizam o acordar tornam-se ain-da mais rápidas. A máo que apanha a pílulaestimulante. O dedo que pressiona o botão dorádio. O bocado de água atirado na cara. A gotade colírio sobre os olhos. A boca na xícara docafé. O rosto inteiro do personagem no espelhodo banheiro, uma rápida batida de mão e afrase sussurrada no canto da boca meio ocupa-da por um cigarro: "o espetáculo vai começar".

E começa mesmo, porque a preocupaçãoprincipal do personagem (no caso presentetambém a preocupação principal do realizador)é discutir como, por que e para que levar osdançarinos a repetir certos gestos dentro doritmo da música: "uma certa dobra do joelho,um desvio dos quadris, uma certa posição dabacia, uma ondulação dos ombros, tudo istocom Um ritmo cortado, e com um pouco deenergia, eu espero". Discutir, e discutir na prá-tica. na dança. O que Fosse diz a respeito de seuestilo de dança serve também para definir oestilo de seu personagem, o estilo que seupersonagem questiona. Por isso, o que~está natela é quase sempre uma dança.

Na cena de abertura dançam os muitoscandidatos a um lugar num peça musical dirigi-da por Joe Gideon. Nas cenas seguintes novosensaios, e brincadeiras dançadas em casa (amulher e a filha de Joe, também dançarinas,fazem um número de presente de aniversário), emais as representações dançadas de pedaçosda vida de Joe, que no hospital, vitima de umataque cardíaco, imagina uma encenação musi-cal de sua vida e conversa com a mulher debranco, que aqui e ali lhe faz algumas per-guntas.

Assim como acontece em La Città delleDonne torna-se dificil separar em AU that Jazzo que seria a projeção dos sonhos ou das coisasimaginadas pelo personagem imobilizado nohospital e o que seriam as coisas realmentevividas por Joe Gideon. "Ele é um homem dadança, do teatro e do cinema (explica BobFosse) e seus sonhos, sua imaginação, é natu-ralmente um pedaço de filme, em número musi-cal. No hospital, ele pensa em termos de musi-cal, Joe se deixa levar pelo sonho, e dança suavida".

A história do filme avança então comoaquele pedaço já citado de Oito e Meio: a vidado personagem central é contada através deuma associação de pedaços montados com alógica solta de um sonho. A montagem não sepreocupa com uma ordem expositiva verbal ecronológica. Ao contrário, se deixa levar portodas as possíveis associações rítmicas. A sen-saçáo que o espectador recebe através destas

muitas danças (aquelas feitas pelos persona-gens dentro da imagem, e as feitas diretamentepela câmara e pela montagem) é a de um filmefeito como se tivesse tomado o Oito e Meio deFellini como exemplo, como o inaugurador deum novo gênero de filmes: o filme voltado paradentro de si mesmo.

A história de Gideon e a história de GuidoAnselmi não sáo assim tão parecidas. Igual,isto sim, é a atitude do realizador diante de seupersonagem, é a preocupação de examinar oimaginário, o cinema como a materializaçáo doimaginário do homem de hoje. O personagem...central de AU that Jazz é um coreógrafo umpouco para representar o realizador e um poucoporque, explica Fosse, "o público de hoje nãoaceitaria com facilidade a convenção dos musi-cais tradicionais, onde as pessoas começam adançar e cantar dentro de casa, em parques, narua por razões estritamente emocionais. Hojeuma coisa assim seria insuportavelmente inve-rossímil".

De um certo modo é um coreógrafo porquetem um pouco de personagem autobiográfico, eporque torna mais fácil a aceitação de númerosmusicais. Mas o que parece importar, de fato, éque Gideon é um coreógrafo porque o realiza-dor quer discutir através dele o seu própriomundo imaginado, sua fantasia — a dança, ocinema. A história contada no filme é quase sóum pretexto para que o realizador se abandonea seu modo, ao seu inconsciente. O que ele quermesmo é falar de coreografia é de cinema."Observo com atenção as diferenças entreuma coreografia feita para o cinema e outrafeita para um palco de teatro. No cinema nóspodemos determinar que o olhar do públicoficará sobre a máo, sobre o pé ou sobre o rostodo dançarino, e que nada mais será visto. Numpalco de teatro nós podemos nos aproximardeste processo pela luz e pela coreografia, mascada espectador faz sua própria seleção. Umfilme obriga o público a uma escolha que elenão teria necessariamente feito diante de umpalco. O filme que melhor teve consciênciadisto até hoje, para mim, é o Moulin Rouge doJohn Huston. É um dos melhores exemplos decomo se deve filmar uma dança. Nos filmes deFred Astaire e de Gene Kelly quando um

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Bob Fosse, coreógrafoe diretor de cinema, diretore roteirista de AU That Jazz

Roy Scheider, coreógrafoe diretor de cinema, personagemde AU Trat Jazz

personagem começa a dançar a câmara osmostra de corpo inteiro. Foi em Moulin Rougeque apareceu pela primeira vez, numa cena dedança, um plano de uma perna, de um rosto, oude um braço no meio de uma pirueta. Acho queisto se deu porque Huston jamais foi dançarinoe procurou um modo de reforçar a energiadramática natural da dança".

* * *

DOIS

outros filmes, entre os exibi-dos no recente Festival de Cannes,examinaram mais atentamente oterreno do imaginário, e examina-ram também a partir deste senti-

mento que Carlos Diegues resume numa frase(tirada de Joaquim Cardoso) do Lorde Ciganoem Bye Bye Brasil: "Sonhar só ofende aos quenào sonham." O primeiro foi Stalker, de AndreiTarkovsky (conhecido entre nós por Solaris eAndrei Kublevi. onde três homens fazem umaincursão ao imaginário, representado por umisolado mundo em que vivemos por cercas dearame farpado e tropas bem armadas. O segun-do foi Mon Oncle d'Amerique (Meu Tio d'Amé-rica) de Alain Resnais, história de três persona-gens que se cruzam mais ou menos ao acaso aolongo do filme que se cruza (também mais oumenos ao acaso) com um personagem que nàose encontra com os outros três, o biólogo HenriLaborit.

Deixemos de lado as situações vividas pe-los personagens de Resnais e observemos quesó aquilo que no filme representa mais direta-mente o realizador, ou seja o pedaço dele mes-mo que se encontra dentro do filme (aquilo queFellini e Fosse materializam nos heróis de seusfilmes). Observamos o estilo usado por Resnaispara montar os diversos pedaços de imagensque formam a história dos personagens. O quese discute entào, através da associação dosprotagonistas da história com os intérpretes docinema francês (Gabin, Jean Marais, DanielleDarrieux) que cada um deles preferia é a inter-ferència do imaginário ou do inconsciente nosgestos cotidianos."Não sou biólogo, nem filósofo, nem soció-logo, e tenho grande dificuldade de manipularconceitos", disse Resnais a respeito de seutrabalho com Laborit, "mas gosto especialmen-te da concepção de Henri sobre o inconsciente.Na concepção clássica, o inconsciente é o quese esconde, é o que está oculto, é o que sereprime. A concepçào de Laborit é mais ampla,para ele o inconsciente é todo o nosso compor-*tamento automático, sáo os nossos hábitos, oque estã na memória. Memória, aliás, é umapalavra que nào me satisfaz. Prefiro imaginário.A memória é só um aspecto das coisas. Todoanimal é dotado de memória, mas só o cérebrodo homem é capaz de criar combinações novas,de inventar. De inventar histórias para filmes,por exemplo."

PARA

o espectador brasileiro, aindaum pouco distante da conversaaberta por esses filmes (AU ThatJazz estréia em breve, La Città delleDonne antes do fim do ano, o Tar-

kovsky e o Resnais ainda não são certos)," ãpossibilidade de dar o salto ao imaginário pro-posto por estes filmes nâo é coisa muito compli-cada. Aqui mesmo, agora, corre já há algunsmeses um outro filme de um realizador que hápouco mais de 50 anos vem trabalhando exata-mente pára levar as pessoas a arregalar osolhos e se deixar levar pelo sonho. Basta umavisita a Esse Obscuro Objeto do Desejo de LuisBunuel. Poucos diretores de cinema consegui-ram brincar tào livremente com o imaginárioquanto Bunuel, e sua liberdade de criação nosestimula a pensar melhor sobre o cinema (ou aimaginação, ou o sonho, ou o inconsciente) e arealidade figurada no sonho.

Compreender, recomenda Fellini, nâo servepara nada. Mas, nem oito nem 80, não convémopor uma situação externa com outro extremo.Decifrar cada um dos símbolos inventados pelo ,,inconsciente nâo serve para muita coisa, por- -que eles possuem vida é assim mesmo, comosímbolos, como coisa cifrada, impossível de sereduzir a um só e direto significado. Mas, comolembra Resnais (socorrendo-se aqui e ali dasidéias de Laborit) conhecer o imaginário éconhecer o funcionamento do cérebro humano.E saber como o cérebro associa (faz montagens)novas idéias é estimular um imaginário (e umcinema) mais.rico.

JORNAL DO BRASILRIO DE JANEIRO, SEGUNDA-FEIRA,2 DE JUNHO DE 1980

ESPORTESFlamengo é o maior do Brasil

Evandro Ttlwlto

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2 O FUTEBOL JORNAl PO BRASIL Cl segunda-feira, 2/6/80 D 1o Caderno

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Zico reapareceu e como sempre contribuiu decisivamente para a vitória do Flamengo e para a conquista do título brasileiro: deu o passe para o primeiro gol, de Nunes, e marcou o segundo

Fia exibe garra e técnica para ganhar o títuloAté contundido

Reinaldo ameaçouJoão Leite — Ótima postura, excelentes defesas e

sensível serenidade. Uma atuação de primeira linha,que só faz reforçar a convicção de que breve estará naSeleção Brasileira.

Orlando — Teve um dia ingrato. Náo conseguiumostrar ao Maracanã por que foi convocado; saiumachucado, comprometendo sua situação na Sele-çáo, e ainda por cima deve estar com os rins estraga-dos depois dos dribles que levou de Júlio César.

Osmar — Falhou gravemente no primeiro gol doFlamengo, mas de resto andou bem, sobretudo se forlevado em consideração que Nunes, em dia de gala,forçou muito por seu setor.

Luisinho — Aparece pouco por jogar um futebolmuito sóbrio. Tem muito senso de colocação na área,antecipa-se bem e, o que é importante, sabe sairjogando.

Jorge Valença — Nào é um jogador brilhante, aocontrário, pode ser considerado de recursos razoa-veis. Joga, no entanto, sério e acaba dando conta dorecado. Teve sua tarefa facilitada na defesa porqueTitã andou pouco por ali.

Chicão — Boa partida, sobretudo do ponto-de-vista da tática, que parece lhe ter reservado a santamissão de impedir que Zico se aproximasse da área,sob pena mesmo de se ver obrigado a desencarná-lo.

Cerezo — Começou brilhante, tomando conta dojogo. mas aos poucos o esquema de meio-de-campodo Flamengo foi-lhe reduzindo os espaços e, comPalhinha adiantando-se no segundo tempo, ficou semcompanhia para realizar mais jogadas. Mas nào dei-xou de ser nome importante no jogo.

Palhinha — Outro que esteve entre os melhores,tanto trabalhando na busca da bola, no meio decampo, quanto manobrando individual e coletiva-mente no ataque. Foi um perigo constante para adefesa do Flamengo.

Pedrinho — Não cumpriu uma atuação que en-chesse os olhos da torcida, tendo-lhe negado mesmoaquele seu costumeiro ímpeto com que se insinuapelo campo adversário. Ontem foi dominado semindulgência por Júnior.

Reinaldo — Entrou em campo marcado, como secostuma dizer, pelos meniscos. Marcou o primeiro goldo Atlético depois de tirar três da jogada com um sótoque. Depois, marcado por uma distensão, achouum jeito de fazer o segundo gol de seu time. Final-mente, sucumbiu ao terceiro marcador: o cartãovermelho do juiz.

Éder — Excelente atuação. Em 'grande forma,mostrou por que foi convocado para a Seleçáo. Dri-blou, passou, tramou e chutou com grande categoria,tornando-se uma das melhores figuras da partida.

Silvestre — Devia voltar para Belo Horizonte deKombi.

Nunes decidiu na_luta e nos gols

Raul — A elegância de sempre, com saidas perfeitas,tanto no chão quanto pelo alto, foi uma segurança para oFlamengo. No primeiro gol do Atlético, a bola resvalouem Marinho. No segundo, Reinaldo concluiu a doismetros do gol, e ainda assim quase defende o chute.

Toninho — Voltou bem. Com Éder insinuante comoestava, não podia aventurar-se ao ataque com maiorfreqüência. Mas, sempre que pode, participou de açõesofensivas com bom aproveitamento.

Manguito — Ontem, nem simpático esteve.Marinho — De um modo geral, fez boa partida.

Brigou bem nas bolas baixas e ganhou praticamentetodos os lances aéreos. No segundo gol do Atlético,porém, revelou uma falta de "tempo de bola" incompati-vel a um zagueiro de área.

Júnior — Recuperou-se completamente da infelizatuação em Belo Horizonte. Anulou o ponteiro Pedrinhoe ainda teve excelente participação nas ações do meio-de-campo e mesmo nas manobras ofensivas. O segundogol, de Zico, foi fruto de persistência sua.

Andrade — Náo cumpriu uma atuação à altura dassuas possibilidades, embora não tenha poupado energiae esforço. Pareceu, porém, ter deixado a zaga centralpouco protegida e, além do mais, náo esteve preciso nospasses de distancia maior.

Carpegiani — Fez uma de suas piores partidas emtodo o Campeonato, sobretudo errando passes de curtadistância, o que nào é do seu feitio. Pareceu sem pernasno meio do segundo tempo e foi bem substituído porAdilio.

Adilio — Jogou pouco tempo, tendo entrado inteironum ambiente de sensível desgaste físico e psicológicofatores a seu favor. E pôde porem prática sua incontestá-vel habilidade, prendendo a bola quando o Flamengoprecisou assegurar o marcador.

Zico — Entrou em campo no sacrifício, pois passou asemana inteira sem treinar. Um passe magistral para oprimeiro gol de Nunes e a feitura do segundo, além de umpunhado de boas jogadas mostraram que Coutinho acer-tou em escalá-lo mesmo fora de suas condições ideais.

Titã — Outro que nâo produziu o que pode. Lutador,esforçado, combativo, determinado, é certo. Mas, de umamaneira geral, infeliz em suas melhores tentativas.

Nunes — O primeiro gol foi de oportunismo. Osegundo, e da vitória final, contudo, foi obra de goleador,a começar pelo corte seco em Silvestre, terminando pelapenetração e a conclusão a gol. Além disso, ofereceu lutaintegral durante os 90 minutos. Atuação determinanteda vitória do Flamengo.

Júlio César — Realmente, o lateral Orlando nãopoderia lançar-se ao apoio. Seria suicídio. O ponta-esquerda do Flamengo atormentou a estrutura defensivado Atlético do primeiro ao último minuto em que esteveem campo, com dribles desconcertantes e cruzamentosda melhor qualidade. Saiu com a torcida gritando seunome.

Carlos Alberto — Entrou no final, para garantir oplacar. Nào desmereceu o uniforme.

O placar de 3 a 2, apertado mascheio dos gols que encarnam os mo-mentos de fulgor maior do futebol,reflete com fidelidade o que foram avitória do Flamengo sobre o Atlético,ontem no Maracanã, e a própria con-secução do titulo de Campeão Nacio-nal: uma conquista que teve tanto deárdua quanto de brilhante.

Ao contrário do que muitos pensa-vam, a partida de ontem não pecoupela ausência de técnica, costumeiraem decisões tendo apresentado inúme-ros momentos de excelente padrão,tanto no plano coletivo quanto poriniciativas individuais; A rigor, a vitó-ria rubronegra definiu-se em lance deesplêndida tentativa solitária de Nu-nes, um dos principais nomes do jogo.

Tempo de Atlético

Não foram necessários muitos mi-nutos para que as equipes pussessem,a nu sua forma de trabalhar.

Cedo, observou-se o Atlético em um4-3-3 pelo meio, com os extremas Pe-drinho e Êder bem abertos e Reinaldopostado entre os dois centrais do Fia-mengo, prendendo-os até a altura dalinha divisória. Apesar do desenhoestrutural, porém, era possível perce-ber que, uma vez de posse da bola oAtlético, Êder recuava, recebia, atraiaToninho e lançava às suas costas pa-ra Reinaldo, com Palhinha entrandoem alta velocidade pelo meio. Esta ajogada preferida do time mineiro, quequase náo convocou à ação seu ponta-direita Pedrinho. Com ela, tambémcedo constatou-se, o Atlético conse-guia deixar, ora Reinaldo ora Palhi-nha em confronto direto com apenasúm dos centrais rubronegros, situaçãoque invariavelmente colocava o golei-ro Raul em estado de alerta.

O Flamengo, de seu tumo, apresen-tou uma surpresa. Zico, que ultima-mente definira seu comportamento emcampo de forma altamente eclética eflexível, ocupando todos os espaços,praticamente não participou do esfor-ço pelo mando do meio-de-campo, li-mitando-se quase que ãs ações ofensi-vas. Atitude perfeitamente explicávelpara quem passou toda a semana sobrigoroso tratamento, tendo entradoem campo ontem visivelmente sem asua plena forma física, orgânica eatlética.

A ausência de Zico no meio-de-campo provocou maior atenção aosetor por parte de Titã, ele cuja índolejá o impele naturalmente para ali.Com isso, o Flamengo ficou sem ata-que pela direita, limitando suas ações

ofensivas às manobras pela faixa cen-trai e, em especial, às tentativas atra-vés de Júlio César, ontem em tarde deinspiração.

O Flamengo teve o domínio da bolapor mais tempo, mas 6 Atlético soubeser bem mais perigoso. Nem mesmo osdois gols iniciais mudaram o pano-rama.

O primeiro, aos 7 mi7iutos, quandoAndrade roubou uma bola que Osmarconduzia campo do Flamengo a den-tro, entregando-a a Zico. Este, em mo-mento de grande descortino e altatécnica, tocou comprido, colocandoNunes em situação privilegiada à es-querda da entrada da área atleticana.A saida desesperada de João Leite,Nunes empurrou, friamente, no seucontrapé, para delírio de nove déci-mos do Maracanã.

Um minuto após, contudo. Êder re-pete a manobra armada por Procópio.Recebe um pouco recuado e lançaReinOldo às costas de Toninho. O ceri-tro-avante penetra, dribla três comum só toque, bate de pé esquerdo eRaul, que colocara-se bem para a defe-sa, é traído e vencido pela bola resva-lada no corpo do zagueiro Marinho.

Igualado o marcador, o panoramapersistia. O Flamengo com mais volu-me. O Atlético com mais possibilidadesde gol.

Aos 43 minutos, contudo, Titã resol-veu ir, pela primeira vez, à linha defundo do Atlético. Conseguiu uma fal-ta, que, cobrada por Toninho, ensejoua que Júnior saísse chutando, carim-bando adversários até que na segun-da recarga d bola sobrou para Zicoemendar forte e vencer João Leite.

O Atlético saía da primeira etapacom uma sutil vantagem tática.

O Flamengo, com uma concretavantagem no marcador.

Ora e vez do campeão

O Atlético,'que voltou para o segun-do tempo com Silvestre no.lugar deOrlando, contundido, determinou-seao segundo empate. Adiantou Palhi-nha, para encostar mais em Reinaldo,e por vezes deixou-se apanhar emperigoso 4-2-4. Mas forçou a defesa doflamengo.

Ainda assim, o tempo foi mostran-do uma defecção no time do Atlético. OMaracanã nào presenciava os habi-tuais lançamentos de Cerezo. O motorda equipe mineira não encontrava es-paços para as jogadas compridas comque costuma colocar seus companhei-ros em excelentes condições ofensivas.

E ai pòde-se ver o dedo do treina-dor Cláudio Coutinho, em providência

William Prado

da qual Reinaldo haveria de queixar-se mais tarde, no vestiário. Fazendo oFlamengo marcar o Atlético em seupróprio campo, Coutinho negava aCerezo o tempo e o espaço necessáriospara as jogadas compridas.

Esta opçào tática terá por certocolocado em destaque uma comenta-da fragilidade do miolo de zaga cen-trai do Flamengo, malgrado não devaser desconsiderado que. sem a devidaproteção de Andrade, Manguito e Ma-rinho eram constantemente expostosa um ingrato confronto pessoal comdois habilíssimos atacantes como osâo Palhinha e Reinaldo.

De qualquer forma, conforme tam-bém reconhecera Reinaldo no vestia-rio. o ataque é uma forma de defesa. Eo Flamengo, procurando o jogo nocampo do Atlético, foi aos poucoscriando maior número de oportunida-des. Colaborara também para a me-lhor presença do Flamengo o desloca-mento de Reinaldo para a ponta-direita, vitimado por uma distensãona parte posterior da coxa direita.

Aos 21 minutos, porém, Palhinharecebe pela esquerda, invade o campodo Flamengo, é brecado por Manguito,recupera-se e abre para Êder na es-querda. Este cruza, Marinho pula male Reinaldo emenda de primeira paranovamente empatar a partida e devol-ver a tranqüilidade ao Atlético, paradesespero do Flamengo.

Mas três minutos depois, José Assisde Aragão interpretou uma atitude deReinaldo, que mancava mas náo dei-xava o campo, como deliberada paraesfriar o jogo, e expulsou-o. Com 10homens, e, pior do que isso, sem Rei-naldo, o Atlético começava a perder acabeça, o jogo e o titulo.

E isso se cristalizou aos 37 minutos,mercê de jogada primorosa de Nunes,paradoxalmente em seguida a umabisonhice. Recebendo pela esquerdada área do Atlético, o centroavantecentrou de qualquer maneira, carim-bando Silvestre, mas ficando com abola na recarga. Parado diante deSilvestre, Nunes pareceu esperar achegada de Adüio, que desde os 22minutos substituíra Carpeggiani, masquando este se aproximou, ao invés depassar-lhe a bola, deu um corte secoem Silvestre, aproximou-se de JoáoLeite, trocou para o pé direüo e fuzilouo goleiro do Atlético. Era o terceirogol, o último deste Nacional, o da suaconquista.

Daí para o final, mais duas expul-soes, de Palhinha e do óbvio Chicáo, e,acima de tudo, o debruçar de todos osdeuses do futebol sobre o verde doMaracanã.

Este Maracanã que já está ficandopequeno para um Flamengo em dia decampeão.

JORNAL DO BRASIL D segundo-felro, 2/6/80 D le Caderno FUTEBOL O 3

Fia enfrenta campeão europeu sábadoO Flamengo, na condição

de campeão do Brasil, viaja. amanhã para Frankfurt, ondeJUfrentará o Eintracht, queconquistou recentemente aCopa UEFA. Esse amistoso'serã disputado no próximosãbado e faz parte dos feste-jos de aniversário da cidade.Há ainda um amistoso emOslo, marcado para a outra

; terça-feira.A euforia no vestiário do

Flamengo era muito grande ea maioria das pessoas que láse encontravam chorava deemoção, os Jogadores mal po-diam movimentar-se e trocarde roupa, tal o assédio dostorcedores. Pela vitória deontem, cada um deles recebe-rá um prêmio em torno de Cr$100 mil, podendo ainda ser

aumentado, dependendo doque a diretoria decidir.

Antes de o time entrar emcampo, quando os jogadoresse abraçaram para fazer acorrente, Adilio leu a mensa-gem escrita por Rondinelli,que estava internado numaclinica situada em frente aoportão 18 do Maracaná, recu-perando-se da operação nomaxilar. O bilhete dizia o se-guinte: "Companheiros. Es-tou passando bem. Boa sortepara todos. Vamos para cabe-ça. Rondinelli".

Esta mensagem sensibili-zou a todos e, segundo Jú-nior, fez com que o time en-trasse em campo decidido, li-vre de qualquer problemapsicológico causado pelo ner-vosismo.

em FrankfurtFoto dt Evandro Tilmlra

Uma equipe comoCoutinho sonhou

Sempre abraçado ao filho, que o acompanhou namaioria dos jogos, e muüo emocionado, o técnico Cláu-dio Coutinho considerou o título conquistado ontemcomo o mais dificil e importante de sua carreira. Elogioumuüo a atuação do Atlético, mas fez a apologia doFlamengo, não apenas quanto ao jogo de ontem, maspelo que o time fez ao longo do Campeonato.

Esta é a equipe dos meus sonhos. Seus jogadoressão disciplinados taticamente, cumprem exatamentetudo o que determinamos e, tecnicamente, são maravi-lhosos. Por isso, acho que o Flamengo mereceu o tüulo,pois, sem nenhum favor, é a melhor equip». do futebolbrasileiro.

Tenso até o fimO técnico confessou que ficou tenso até o apuo final

do juiz. No último lance, quando Pedrinho driblou Raul,quase marcando o terceiro gol, limüou-se a olhar para atorcida, afim de analisar sua reação:

—Estava com a visão encoberta e não pude ver o queaconteceria. Quando senti que a torcida do Atlético nãoexplodiu, respirei aliviado. Sem dúvida, foi um jogomuüo tenso, uma verdadeira decisáo. Daquelas de arre-piar. Estivemos sempre à frente do marcador, mas oAtlético não esmoreceu em nenhum momento e lutou oquanto pôde.

Coutinho só deixou o fosso quando o juiz terminou apartida. Manguüofoi o primeiro jogador a ser abraçadopor ele. Um abraço demorado, pois o zagueiro, quesempre mereceu a confiança do técnico, "provou maisuma vez que não se descuida da forma fisica".Entrou praticamente no fogo, às vésperas dadecisão. Mas sabia que poderia contar com você, quefaço questão de abraçá-lo, com o mesmo entusiasmo queabraçaria Rondinelli — disse a Manguüo.

Em seguida, Coutinho foi carregado pelos inúmerostorcedores que invadiram o campo e levado em direçãoà torcida, que a esta altura gritava seu nome em coro,repetidamente. Colocado no chão, passou a receberuma infinidade de abraços e por mais que Paulo César,seu filho, procurasse puxá-lo, não o livrava da torcida.

Na volta olímpica dos jogadores, quando as aten-ções de todos se desviaram para o time, Cláudio Couti-nho pôde se livrar da multidão e voltar para o vestiário,também invadido.

Com tranqüilidade

Logo ao chegar no vestiário, Coutinho recebeu dopresidente da CBF, Giulüe Coutinho, a miniatura daTaça de Ouro. Então teve que posar para muitas fotos.Depois, mais calmo, pôde falar melhor sobre a partida,explicando as mudanças que fez.Coloquei Adüio para aumentar o ímpeto da equi-pe. Depois, mandei entrar Carlos Alberto, especifica-mente para marcar Cerezo, que cresce muito no finaldas partidas e estava correndo uma barbaridade. Car-los Alberto é um jogador que também corre muüo,marca bem e é impetuoso nos lances de ataque. Acheiválida sua entrada e ele cumpriu exatamente a tarefa.

Quanto ao Atlético, Coutinho igualmente fez muüoselogios, destacando Reinaldo e Cerezo.

Reinaldo mostrou hoje por que insisti tanto emlevá-lo para o Mundial da Argentina. Ê um jogadorexcepcional e, mesmo com problema muscular, fez umgol. Lamento profundamente esses problemas constan-tes que ele sofre, porque é um craque e merecia melhorsorte. Cerezo também é outro grande jogador do futebolbrasileiro. Gostaria que estivesse tão bem na Argentinaquanto agora.

Ao deixar o vestiário, o técnico recebeu novas mani-festaçóes efusivas da torcida. Mostrava-se tão cansado,devido aos stress emocional, que disse não ter ânimopara comemorar o tüulo com os jogadores, na BoateHippopótamus.

Vou comemorar o tüulo, em casa com a Regina e oCascão. Chega de emoções.

Procópio acusajuiz e a CBF

Um dos mais exaltados novestiário do Atlético, após o jo-¦ go, era o técnico Procópio. Atodo momento culpava o triode arbitragem pela derrota,chegando a acusar e dizer queassinava em baixo que o juizJosé de Assis Aragão estavacomprado e sua escalação faziaparte de "um complô", armadopelo presidente da CBF, GiuliteCoutinho, o diretor de futebolMedrado Dias e o presidente daCobraf, Aulio Nazareno.

Se temos homens da quali-dade de um José RobertoWright, que apesar de ser doRio de Janeiro é de excelenteformação moral e um senhorárbitro de futebol; de um Emi-dio Marques de Mesquita, Ar-naldo César Coelho e DulcidioVanderlei Boschila, e eles sãopreteridos, a gente tem mesmoque desconfiar. Sobre o jogo,digo apenas que o Atlético esta-va bem e poderia ganhar, até ojuiz interferir.CRITICA A AULIO

j' Procópio. que ficava cada vez.mais inflamado à medida em

que ia aumentando a quantida-dé de repórteres ã sua volta,afirmou:

Isso ocorreu, porque o pre-sidente do Flamengo deitou erolou em cima da CBF: Criti-cando muito a entidade ha ai-gum tempo e fazendo até amea-ças. Procópio garantiu tambémque o "Sr Aulio Nazareno écorrupto".

Ele nem merece esse nome,qiue lembra Jesus, o Nazareno.Eu dizia que qualquer resulta-do dentro de campo seria dofutebol e normal, pois são duasgrandes equipes. Mas com essetrio de juizes não dava. Dessemodo o futebol brasileiro só vairegredir mesmo. Todo mundoviu que quando o Atlético em-patou, o Aragão começou a co-locar as garras de fora. Aqueleimpedimento antes da expia-sáo do Reinaldo foi uma covar-dia. Só ele não viu que o Toni-nho dava condições ao nossoataque.

O juiz até que era um dosmenos criticados pelo treinadordo atlético. Ele preferia acusaro presidente da Cobraf, ao esca-lar Romualdo Arppi Filho parao primeiro jogo, e José de AssisAragão, para o segundo. Lem-brou também o fato de CarlosSérgio Rosa Martins ter sidoIncluído no trio para a decisáo,depois de dirigir muitos jogosdo Flamengo no Maracanã.Realmente eu não tenhomuito o que falar sobre o jogo.Enquanto homens como estespermanecerem à frente do fute-boi brasileiro, continuaremosvendo o que ocorreu hoje aqui.O Flamengo tem futebol paraser campeáo e não precisa dis-to. Afirmou que o juiz estavacomprado e que o Aulio é umcorrupto. E assino em baixo.Quanto ao Atlético, o negócio élevantar a cabeça e começartudo de novo. Mesmo sabendoque correremos o risco de serroubados novamente.

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Coutinho viveu a festa sonhada, enquanto Procópio transformava seus sonhos em revolta contra a derrota e o juiz

Luisinho, problema para TelêA revolta em relação à arbitragem era geral

no vestiário do Atlético. Não só os jogadores, acomissão técnica e os dirigentes criticavam aatuação de José Assis Aragão, mas tambémdiversos repórteres mineiros. Um dos mais in-conformados era o normalmente calmo Reinai-do, que não entendia por que fora expulso decampo.

Reinaldo sofreu nova distensão na coxadireita e sentia bastante o local. Luisinho tam-bém apresenta problemas na coxa e poderá seraté afastado da Seleção Brasileira. O médicaNeilor Lasmar afirmou que só amanhã poderádiagnosticar a contusão de Luisinho. "Ele seapresentará à Seleção e fará exame médico." Amesma situação é vivida pelo lateral-direitoOrlando.

— Ele sofreu pisada no mesmo local queIncomodava e que quase o tirou do jogo. Masseu caso preocupa menos do que o de Luisinho.Acredito que sua recuperação será mais rápida—disse Neilor Lasmar, que também não poupa-va críticas a José de Assis Aragão.

Reinaldo garantiu que foi ofendido pelo juizno momento da expuMo. Ele não entendia omotivo pelo qual lhe fora aplicado o cartãovermelho. Para o atacante, o Flamengo dispu-tou boa partida e merecia ser campeão. Elogiouo sistema de marcação empregado pelo adver-sârio, que quase não permitiu que Cerezo lhelançasse bolas em contra-ataque. Mas observouque poderia ter sido mais acionado, pois nasdisputas diretas conseguia levar vantagem so-bre Manguito e Marinho.

Quando o presidente do Flamengo, mes-mo sendo um cara brincalhão, afirmou quemudaria de nome caso seu time não fossecampeão, eu vi que não teria mesmo jeito. Coma importância que o Flamengo tem para ofutebol brasileiro, com uma torcida daquela ejogando no Rio, não podia ser outro o resulta-do. Dá mesmo para desconfiar.

Perguntado se afirmaria que o juiz "estavacomprado", como insinuara Procópio, Reinai-do pensou um pouco e balançou a cabeçaafirmativamente.

O Atlético estava jogando um ftiteboltranqüilo, criando oportunidades e com muitaschances de vencer. Mas infelizmente o juiz náocorrespondeu. É lamentável ver a autoridade'máxima da partida desrespeitando um públicode 160 mil pessoas. Ele estava louco para colo-car um para fora. Queria mostrar para quem ohavia contratado que faria o serviço completo.

Também expulso de campo, o volante Chi-cão estranhava a quantidade de faltas técnicasmarcadas contra o Atlético num jogo só. Ecriticou Titã, a quem atingiu no lance queocasionou a sua expulsão, já nos descontos.

Acho que ganhar do jeito que estavaganhando a subestimar o adversário é umafalta de respeito muito grande, principalmenteporque o ad\ ersário era um grande time como odele. Ainda mais um cara novo como o Titã,que não precisa ficar fazendo molecagens. Elesestavam entregues depois do nosso segundo gol

e conseguiram o terceiro que nem esperavam.Não tinha nada que subestimar.

Cerezo foi um dos que menos criticaram aarbitragem. Preferiu dizer que o Atlético perde-ra o título por falhas próprias. Não quis dizerquais falhas lamentava, lembrando apenas que"aquele terceiro gol jamais poderia acontecernuma decisão". Ele lamentou muito o fato de oAtlético ter realizado excelente campanha, eque esta tenha ido "por água abaixo".

Outro que preferia abordar mais aspectostáticos era o ponta-direita Pedrinho, para quemo jogo foi igiial, com chances de lado a lado.Também achou que o juiz prejudicou o Atléti-co, mas ressalvou que não chegou a influir noresultado. Ele procurava explicar porque per-deu um gol no último minuto.

— O Manguito atrasou com pouca força eeu consegui dominar o lance e driblar o Raul.Mas a partida já estava no fim e eu haviacorrido bastante. Faltou mais rapidez, o quenáo teria acontecido se o jogo estivesse mais noinício. O Manguito acabou cortando, na cober-tura.

Com uma cota de Cr$ 5 milhões 200 mil, oAtlético voltou ontem mesmo para Belo Hori-zonte. Seus jogadores receberam folga de umasemana. No dia 15 disputarão um amistoso emBrasilia e em julho farão excursão à Europa. Opresidente Elias Kalil voltou a dizer que tenta-rá reforçar ainda mais o time e que um dos'nomes visados é mesmo o de Sócrates.

Ganhou o time da casaDeu Flamengo na cabeça e

foi merecido. O Flamengo foi omelhor time do campeonatoapresentando quase sempreum futebol de primeira água.O número de grandes jogado-res existente no Flamengo as-segura isto. Zico, mesmo bom-bardeadojez um gol e deu umde bandeja. Júnior jogou maluma única partida e tem direi-to. Mas foi sempre no seu clubeo autêntico titular da SeleçãoBrasileira. Andrade, jogadornovo desponta como um co-brão. Sente ainda os jogosmais importantes e isto é nor-mal, mas anda fazendo joga-das de defesa e ataque degrande categoria. Este JúlioCésar, que terminou contundi-do o final da Taça, desequili-bra. Tüa, Raul e Toninho, e afalta que faz o Rondinelli? To-dos estes representam o pode-rio de um grande time.

E olhem que o Flamengojogou contra um outro grandetime. O do Cerezo, que cadavez corre mais. O de Reinaldo,que quando deixam dominar,faz o gol dentro de um espaçomínimo. Fez dois e o segundocom uma perna só. Pelo opor-tunismo, pela categoria. UmPalhinha, jogador esperto ecatimbeiro que sabe tirar par-tido de tudo. Mas o Flamengotem um banco de reservas deprimeiríssima qualidade: Can-

tareli, Adüio (banco?), CarlosAlberto, Reinaldo jogam emqualquer time. Mas quando meperguntavam, antes destesdois jogos finais quem ganha-ria, sempre respondi: em BeloHorizonte ganha o Atlético,mas no Rio ganha o Flamengo.E isto merece um estudo sério.Por que tem de ser assim?

O Flamengo teve o domíniodo jogo. O negócio do empatefez comque insensivelmente oAtlético adotasse uma posiçãodefensiva. O domínio do Fia-mengo mesmo assim não eralá muito firme. No primeirotempo o jogo foi bem igual. Oscontra-ataques do Atléticoeram rápidos e tinham a mar-ca de Reinaldo e Palhinha.Craque é craque, e Zico e Rei-naldo, mesmo pela metade dacapacidade física ou até commenos, foram responsáveispor quatro dos cinco gols. Noprimeiro um passe de cinqüen-ta metros para Nunes, no se-gundo o voleio bonito. Reinai-ao sabe o que faz dentro daárea efez o primeiro assim. Osegundo também foi de grandevisão e noção de distância. Es-tava entre Raul, Manguito eMarinho, numa bola que vinhapelo alto. Dos quatro, sua posi-ção era a única certa e fez ogol capengando. Depois per-deu os nervos e foi expulso.

Claro que o Flamengo esta-va merecendo o jogo do Mara-cana. Mas Rondinelli faz muitafalta. Manguito ou Marinhopodem ser complementos parao zagueiro efetivo mas os doisjuntos deixam a coisa um pou-co vulnerável. Entretanto,apesar da atuação positivados grandes cobras, o nomeprincipal do jogo foi Nunes. Ajogada do terceiro gol do Fia-mengo foi genial na rapidez dasolução do lance. Driblou oGeraldo e todo o mundo levoua banda. Os que estavam den-tro do campo e os de fora. Seuprimeiro gol completando omagnífico passe do Zico tam-bém foi de calma e categoria. Aarbitragem, nas faltas correta.Os demais acontecimentos jánão parece que pertença a umárbitro de futebol. É coisa pa-ra as autoridades de fora docampo. Isto e a proteção aostorcedores visitantes. São osmelhores torcedores dos times,são os que acompanham tudoa custa de grandes sacrifíciose deveriam ser respeitados.Então sendo, isto sim, é insu-fiados por gente que faturabem o futebol-boçalidade. Játínhamos atingido mais matu-ridade e a verdade é que regre-dimos na questão da pressãoque sofrem os times e torcedo-res visitantes.

JOÃO SALDANHA

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4 O FUTEBOL JORNAl DO BRASIL I1 «egundo-feira 2'iVPO "7 ln i&rírlarno

Zica dedica seugol ao homem queo ajudou a jogar

Zico, que passou toda a sema-na ameaçado de náo disputar adecisáo, dedicou seu gol ao en-fermeiro Serginho. Este funcio-nário praticamente morou emsua residência a fim de que oatacante se submetesse a todotratamento prescrito pelo De-partamento Médico.

Quando desci a escadariado túnel, vi Serginho chorandoe fiquei ainda mais emociona-do. Por isso, faço questão dehomenageá-lo, dedicando-lhemeu gol. Se entrei em campopara esta decisáo, devo muito aSerginho. Sua dedicação foi lm-pressionante. Trabalhou até co- •mo meu motorista.

Em nenhum momento Zicotemeu a perda do título. Embo-ra tenha considerado o jogomuito difícil, disse que jamaisse desesperou, nem mesmoquando Reinaldo fez o segundogol.

Já aprendi muito com ofutebol. E sabia que teríamosforças para colocar uma vanta-gem quantas vezes fosse neces-sária. No segundo gol de Rei-naldo, apenas procurei gritarcom os companheiros e estimu-lá-los para partirmos para novareação e conquistar o titulo.

Nunca gritei tanto num jogoquanto nesta decisáo.

Ficamos duas vezes emvantagem, mas sabia que porqualquer descuido sofreríamosum gol. Talvez por isso, tenhagritado tanto. Mas, nosso timeteve sangue-frio e não desespe-rou. O Atlético possui umagrande equipe e nos forçou mui-to. Foi realmente uma bela eemocionante decisáo.

Sobre seu gol, Zico explicouque, no chute de Júnior, so tevetempo de virar para o arrematee que, se demorasse uma fraçãode segundo, não teria comoconcluir.A bola velo forte, mas, feliz-mente, consegui dominá-la. Aovirar e chutar, já havia doisjogadores em cima de mim. Foium bonito gol.Zico disse que em nenhummomento temeu distender amusculatura da coxa.Durante o jogo pensei nomeu problema muscular, masnão tive medo. Uma decisáo édiferente, joguei, dividi e memovimentei com todas as mi-nha forças. Se tivesse que arre-bentar o músculo nào tinha im-portància ficar dois meses para-do. Esse título teria que sernosso. Fizemos por merecer.

Festa da taçasem protocolos

Na entrega dos troféus con-quistados pelo Flamengo, reali-zada logo após o jogo, duasquebras de protocolo: quem re-cebeu a Taça oferecida pelaCaixa Econômica Federal nãofoi o capitão do time, PauloCésar Carpeggiani, e sim Zico.E quem ergueu o troféu daCBF, a Taça de Ouro, náo foi opresidente Márcio Braga. Opresidente do Flamengo foisubstituído por Antônio Augus-to Dunshee de Abranches, pre-sidente do Conselho Delibera-tivo.

Num ambiente jâ de euforiaincontrolável, Giulite Coutinhoentregou a Zico o rico troféu daCaixa. O atacante fez o tradi-cional gesto erguendo o troféu

% acima da sua cabeça e depois obeijou. Com a mão esquerda,Zico tentava erguer o segundotroféu, a Taça de Ouro, mascomo era muito pesado, foi aju-dado por Antônio Augusto que,àquela altura, jâ estava, assimcomo um número de torcedo-res, abraçado à taça.

Toda a premiação, na realida-de, foi invertida. Carpeggiani

por motivo de cansaço não pó-de representar o time. O presi-dente Márcio Braga recebeu deuma televisão mineira um tro-féu destinado ao atacante Nu-nes, escolhido o melhor do jogo,enquanto o técnico CláudioCoutinho, no vestiário, recebiadas máos de Giulite Coutinho aminiatura do troféu oferecidopela Caixa Econômica.

No final de tudo, uma recla-maçáo de Zico:— É o fim do mundo. Procura-mos a Taça para dar a voltaolímpica com ela e não pude-mos, porque ela é transitória,não fica com o clube que aconquistou. Assim não dá nemvontade de subir lá para re-cebè-la.

Alheio a tudo isso, GiuliteCoutinho na Tribuna de Honraesperava ao lado do Governa-dor Chagas Freitas, do Secreta-rio da Educaçáo, Arnaldo Nis-kier, e de Gil Macieira, da Cai-xa, a presença do capitão doFlamengo, já pensando nos de-talhes para o Jogo dos Cam-peões, que deve ser realizadoentre Flamengo e Intemacio-nal, em julho.

Vencer Atlético,rotina para Raul

Raul venceu ontem sua 10"decisão sobre o Atlético. Comona maioria delas, foi uma parti-da dificil, tão dificil que no últi-mo lance da partida, quandoPedrinho se antecipou a umabola atrasada por Manguito,pensou que o título estava per-dido.

—Náo tinha mais esperanças.Ao ser driblado, pensei que otitulo seria do Atlético. Mas,felizmente, nossa defesa se re-cuperou e estamos aqui come-morando, Foi um jogo dificíli-mo, mas na minha opinião adecisão mais dura foi em 1976,quando ainda era do Cruzeiro.Naquela ocasião a partida foidisputada com mais técnica eencontramos maiores dificul-dades.'

Quando o juiz terminou o jo-go. Raul estava muito nervosoe garante que todas as pessoasque se encontravam no campose mostravam ainda mais ten-sas que ele.

— Os 22 jogadores estavamuma pilha de nervos. Por issohouve muitas expulsões no fi-

nal e quase termina em briga.Os juizes atada estavam maisnervosos que nós.

Raul disse que passou todo ojogo mandando recados para otime, jã que lá de trás estavaem melhores condições paraobservar as falhas.Infelizmente, ninguém po-dia me escutar. Sabia que nãopoderíamos nos descuidar.Uma decisáo é uma partida ner-vosa e não se deve nem come-morar demasiadamente o gol.Abrimos o marcador e aindaestávamos comemorandoquando veio o empate. No se-gundo, eles deram a saída etodo o nosso time estava seabraçando na lateral e, por pou-co não empatam neste lance.

Mas o que deixava Raul maisinconformado era em razão dasmuitas pessoas que invadiramo campo no final, impedindo osjogadores de comemorarem otitulo devidamente.Nem pude dar a volta olím-pica. Tem tanta gente dentrodo campo que não cheguei nema ver a Taça. Fica para a pró-xima.

Nova fórmulaalegra Giulite

Sandro MoreyraO presidente da CBF, Giulite

Coutinho, também tinha razõespara estar satisfeito na tardede ontem. Ao chegar ao Mara-cana e ver toda aquela multi-dão superlotando o estádio,sentiu que sua primeira metana reformulação do futebolbrasileiro estava vitoriosa: oCampeonato Brasileiro forau)n indiscutível sucesso e aliestavam provando mais de 150mil torcedores, marcando umnovo recorde de renda noBrasil.— Isto nos ajuda, nos dá umamotivação maior para conti-nuar nesse trabalho, que sem-pre julgamos certo. O Campeo-nato deste ano superou nossoscálculos mais otimistas. Sabia-mos que seria bem melhor queos anteriores porque acredita-vamos nas alterações feitas,mas a verdade é que ele aindatinha um caráter experimentale serviria para tirarmos ensi-namentos.ELOGIO AOS TIMES

. Na Tribuna de Honra, ao la-do do Governador ChagasFreitas, que nào parecia enten-der muito o que estava se pas-sando em campo, Giulite Couti-nho acompanhou o jogo atentoa suas alternativas e ficou ate ofim para entregar, como presi-dente da CBF, a Copa Brasil aocapitão do Flamengo.— Foi uma partida digna dagrandiosidade do Campeonato¦e a vitória do Flamengo mepareceu inteiramente justa,principalmente pelo empenho

que mostrou depois do segundogol do Atlético, um grande ad-versário. Uma bela e emocio-nánte partida.

Apesar do êxito desse Cam-peonato. Giuliie Coutinho ad-mite que o do próxhno ano pos-sa ser alterado, principalmentequanto ao número de concor-rentes e ãs séries a serem for-madas.

— Claro que vamos aprovei-tar as lições que o Campeonatode SO nos ofereceu. A classifica-çáo dos concorrentes em divi-soes. digamos, primeira e se-gunda, pode acontecer. Comotambém a redução do númerode concorrentes. Mas tudo issosera amplamente estudado edebatido, até encontrarmos afórmula ideal. No momento, oque mais importa é vermos osucesso reconhecido, até pelosque, imparcialmente, nos criti-cam. Esses, hoje, estào vendoque em apenas quatro meses detrabalho, a nova CBF já fez ofutebol brasileiro sair do ma-rastno em que vinha caindo edar um salto notável de pro-gresso e afirmação. Nessa fór-mula adotada, agora nossapreocupação é dar uma novamotivação ao fidebol e a seustorcedores. Ela náo foi perfeita.

Por tudo isto, ao chegar aotérmino do Brasileiro, com umapartida emocionante como adesta tarde e com um novo re-corde de renda e um públicoque ha muito tempo náo enchiaassim o Maracanã, o presiden-te do CBF quer se congratularcom todos.

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Zico, Júnior, Anselmo e Manguito confraternizam com dirigentes e torcedores, no campo, extravasando todo o entusiasmo pe

Nunes só espera agoraque comprem seu passe

Oldemário TouguinhóHoje joguei como no meu tem-

po do Santa Cruz. A bola podia sermais do adversário que eu entravano peito e acabava ganhando ajogada. Alguma coisa me dizia queera o meu dia. Fiz dois gols, oFlamengo conquistou a Taça deOuro e agora, para tudo acabarbem, só falta comprarem meu passedefinitivamente.

Estas foram as primeiras pala-vras de Nunes ao entrar no vestia-rio, onde um grupo imenso de diri-gentes e torcedores o agarravamcom a mesma alegria que normal-mente fazem quando Zico conseguelevar o time a uma grande vitória.Ontem Nunes estava vivendo seudia de Zico.

No Nordeste era sempre as-sim. Acabava uma partida e noplacar havia sempre meus gols. Nu-ma decisão em 76 vencemos o Es-porte e o gol mais sensacional foi omeu. Nâo sei por que, mas quandoentro em campo e vejo uma torcidaempolgada, sou capaz de morrernuma jogada, mas luto até nàopoder mais.

Nunes nasceu em Sergipe, masfoi registrado na Bahia. Tem 24anos e está no Flamengo empresta-do. Seu passe pertence ao Monter-rey, do México. O Flamengo temque pagar por seu passe cerca deCr$ 18 milhões.

E pode avisar a todos — disseJoel Teppet, vice de finanças doFlamengo — que depois do maravi-lhoso gol que ele fez, nos garantiu-do o Campeonato Brasileiro, já po-de se considerar comprado. Só ogol valeu os Cr$ 18 milhões.

Também o diretor de futebolEduardo Motta é da mesma opi-niâo.

Nunes é o homem que faltavaao Flamengo. Com ele a garra ru-bro-negra está bem representada.

Para Márcio Braga, a alegriaque Nunes deu a torcida e a toda

cidade do Rio de Janeiro não hádinheiro que pague. Por isso, com-prar seu passe se tornou agorauma obrigação de sua adminis-tração.

Com muito custo. Nunes conse-gue trocar de roupa e chegar aochuveiro. Seu fisico é de atleta,todo musculoso.

Sempre fiz muitos exercícios esei que para um atacante enfrentaros zagueiros precisa ter, além defutebol, bastante disposição, poiscaso contrário mo ganha uma di-vidida. Como sei disso, há muüo~tempo que faço a minha ginástica ecarrego até alguns pesinhos parafortalecer ainda mais. O certo é quecheguei ao Maracanã com a certe-za da vitória. Andaram dizendoque a defesa do Atlético estava dis-posta a jogar duro e eu estavadoido para isso. No entanto, aque-les meninos estavam com muito me-do. Qualquer coisinha eles se apa-voravam.

Se eles quisessem apelar paraa violência, náo levariam nenhumavantagem, porque se qualquer ata-cante do meu time fosse chutado euiria responder na mesma hora. Foicom esse espírito que encarei apartida. Jogo decisivo é assim mes-mo. Náo se pode deixar o adversa-rio querer botar banca. A minhaconfiança era tanta que mesmoquando eles empataram tinha acerteza de que iríamos fazer um golem seguida. No campo a gente sen-te a coisa mais de perto. Via que adefesa deles estava nervosa e queisso iria facilitar as nossas jogadas— explicou Nunes.

Nunes fala do jogo como se esti-vesse fazendo a irradiação de umjogo. A cada momento se empolga esobre os dois gols diz que no primei-ro sentiu quando Zico ia fazer olançamento:

— Ê uma jogada que fazemossempre. Zico jogou na frente e oresto foi facü. No segundo, recebi opasse e invadi a área. Observei quenáo liavia ninguém para receber abola e parti para o gol. Joào Leitepensou que estava entrando ai-guém do Flamengo pelo seu ladoesquerdo e ficou em dúvida se fe-chava o ângulo direito ou se corriapara o outro lado. Por isso. dei umaqueda de corpo e assim que passeipelo zaqueiro chutei a gol. Tantoque a minha perna mais forte é a

^squerda e acabei chutando de di-reitsrNaohaviartemporde~esperar-porque João Leite poderia chegar atempo. Depois foi apenas come-morar.

Feliz com o resultado, Nunesnão se impóHou de ser rasgadomesmo depois de ter trocado deroupa para ir embora. O cabelosempre despenteado. Nunes nãousa pente. Enfia os dedos entre oscabelos e os solta para ficar bemencaracolados.

Sou um jovem. Gosto de usarroupas bem leves e a cabeça temque estar tranqüila para a genteresolver todos os problemas dentroe fora do campo. O importante éque justifiquei minha contratação.Agora espero continuar melhoran-do ainda mais, a fim de que maistarde possa até mesmo chegar àSeleçáo. Nâo sou um estilista, umhomem que queria fazer os lancesmais bonitos da partida. No entan-to, lá na frente sou mais eu. Podeser bela na corrida, cruzada oumesmo dividida que vou conferir.Se der certo, é gol. Por isso achoque também mereço ter o meu diade ídolo, pois isso com Zico já éuma rotina.

Abraçado, exaltado e festejadolá foi Nunes embora do Maracanã,em sua noite de ídolo e de campeão.

Foto do Delfim Vieira

Nunes vestiu com perfeição a garra rubro-neera

Márcio dedicaTaça a Helal

Homens grandes, de respon-sabilidade. chorando comocrianças. Assim foi a entrada deMárcio Braga no vestiário doFlamengo em sua primeira en-trevista, quando dedicou a con-quista do titulo a George Helal,vice-presidente administrativo.Emocionado, Márcio Braga ofe-receu a conquista da Taça deOuro a Helal, em sua opiniào ohomem que ao abrir mão davaidade de concorrer à presi-dência do clube como cândida-to da oposição, aderindo à si-tuação, proporcionou umaunião de forças.— Dedico este título a GeorgeHelal, o homem que sempreagiu e trabalhou pelo Flamen-go. esquecendo qualquer vaida-de, qualquer sentimento pes-soai e que tanto trabalhou ad-ministrativamente para que otime chegasse ao titulo medito

jia nossa história.Helal.ào ouvir as palavras de

Márcio Braga, caiu num choroimediatamente. Abraçou o pre-

sidente do Flamengo, deu-lheum beijo na orelha e ja contro-lando seus sentimentos agra-deceu:— E muita honra receber umahomenagem como essa e devodizer que se eu mereço ser elo-giado deste jeito Márcio Bragatambém merece por justiça re-ceber outros elogios. Ele foi omentor de todas as nossas con-quistas. ele foi, ao lado de Cláu-dio Coutinho, nosso grandelider.

Michel Assef e outros mem-bros da diretoria ou amigos queestavam ao lado de Márcio Bra-ga e George Helal observando acena também se emocionavam.Entre lágrimas e abraços, todosse cumprimentavam, cada umqueria saber um detalhe a maisdo jogo, a maioria queria ver deperto o troféu em tamanho mi-niatura oferecido pela CaixaEconômica. E todos achavamque cada um tinha uma parcelade trabalho na conquista dotitulo.

Horta viu golsde Nunes em sonho

Na agitação do vestiário doFlamengo, uma figura muitoconhecida do futebol brasilei-ro voltava a exercer, como fezdurante muito anos, o seu po-der de comunicação: Francis-co Horta, ex-presidente doFluminense. Em estado deeuforia, como se fosse um au-tèntico rubro-negro, era mui-to cumprimentado porqueantes da partida adivinhou oresultado e foi mais longe de-clarando numa emissora derádio que Zico e Nunes fariamtrês gols.Procurei o Nunes no ves-tiário, antes do jogo, e lhedisse que ele faria dois gols,am deles o da vitória. Sonheiisso. Juro por Deus. Faleicom Nunes e antes do jogodeclarei á Rádio Globo mi-nha previsão. Dois gols deNunes e um de Zico.SUPERSTIÇÃO

Cercado pela imprensa, tor-cedores e até dirigentes doFlamengo, Francisco Hortafalou durante muito tempo,mostrando surpreendentesanálises e engraçadas conclu-soes sobre o estado do futebolbrasileiro e do carioca em es-pecial. Para ele, foi funda-mental para a vitória do Fia-mengo o fato de o time teratacado no segundo tempopara o gol à esquerda dasTribunas:

O gol à esquerda é o goldas grandes decisões, dasgrandes conquistas. Foi ali,naquele gol, que o Fluminen-se venceu o América com umgol de Rivelino, numa faltaque País não pôde defender.Foi ali que Doval marcou ogol que nos deu bicampeona-to, no jogo com o Vasco. Tam-bém naquele gol, Rondinellideu aquela cabeçada diantedo Vasco, no primeiro títulodo Flamengo.Horta, com seucarisma e raciocínio rápidoprosseguiu:Mas o Flamengo ganhouo Campeonato Nacionalquando renovou o contratode Zico. A presença do super-craque é fundamental numtime. Se Zico estivesse emBelo Horizonte, o Flamengonão perderia. É um jogadorsensacional. Onde ele for jo-gar, vou atrás. Esse Reinaldo

também é um monstro. Ima-ginem se tivesse saúde.

Horta nào se limitou a as-sistir ao jogo. Torceu, sofreu,gritou, vibrou mas nunca per-,deu o otimismo quanto à vi-tória do Flamengo. A seu la-do, Michel Assef confirmou agrande fé que o ex-presidentedo Fluminense sempre tevena equipe dirigida por Cou-tinho:

O Flamengo deveria er-guer uma estátua para o Cou-tinho. Tira aquele do cavaloque tem lá na frente do clube,na pracinha e põe uma doCoutinho. Que técnico. Semele, sem Márcio Braga, o Fia-mengo vai perder muito, vo-cês váo ver. Quem entrou co-mo eu no vestiário, antes dojogo, viu os preparativos eassitiu ao Adilio lendo a men-sagem do Rondinelli como se !fosse o Sérgio Chapelain, fl-cou com vontade de entrarem campo. Eu quase entreijunto com o time, quando oBosco me segurou e per-guntou:Horta, o que você vaifazer lá dentro. Ai notei quenáo estava com a camisa doFlamengo. Fiquei arrepiadovendo a turma de máos dadase o Adilio lendo a mesnagemdo Rondinelli. Vi a alma e oespírito do zagueiro em todosos companheiros. Foi sensa-cional.

Horta só temeu pela vitória,do Flamengo, na bola atrasa-da por Manguito:

Naquele lance senti umcalafrio. Nâo sou rubro-negro-mas fiquei gelado. Afinal,Deus também é rubro-negro enada aconteceu. Do modo co-mo jogou o Flamengo, nem aHolanda de 74 ou a Argentina78 seriam adversários sufi-cientes para derrotá-lo. . -O-ex-presidente do Flana--nense estranhou que GiuliteCoutinho, presidente daCBF, não tivesse cumprimeh-tado Márcio Braga, quandodesceu ao vestiário. Sua ima'gem de Giulite foi esta: - .

Ê um homem que veio aoMaracanã de polainas. Deve-ria ter abraçado e cumpri-mentado o Márcio e acaba;riam os problemas entre oidois. Mas nào o fez.

JORNAL DO BRASIL D segunda-feira, 2/6/80 D 1° Caderno FUTEBOL O 5

Torcida ficou tensa mas fez carnaval no fimA torcida sofreu, conte-

ve o grito de vitória até oflm, mas valeu a pena: de-pois do gol de Nunes, aalegria foi incontrolável eo Maracanã inteiro — ex-ceto, logicamente, o pe-queno reduto do Atlético— explodiu numa come-moração incrível. Nospoucos últimos minutosde jogo, já pedindo olé ecantando "Está Chegandoa Hora", apesar do sustonuma bola mal retardadapor Manguito, o festivalvermelho e preto atingiu oauge.

Como conquistar títulostomou-se rotineiro no Pia-mengo e a festa da torcidavem sendo tão habitual,embora o ineditismo daconquista dê outra dimen-são às comemorações, osgrandes momentos do Ma-racánà foram vividos napreliminar. Começandopor Garrincha, driblandoum desajeitado lateral-esquerdo do time dos ar-tistas, mas que perdeu pa-ra a Seleção da AGAP, eterminando com a entra-da do beijoqueiro J. Mou-ra no gramado.ATÉ DESPACHO

Antes de J. Moura, umtorcedor do Flamengo ti-nha conseguido subir dofosso da geral para o cam-po, com um despacho nasmãos, para colocar numdos gols, à direita das Tri-burias. Foi retirado decampo pelos policiais, queo devolveram gentilmenteà geral, inclusive devol-vendo-lhe o despacho,com vela acesa e tudo. Atorcida do Flamengo logi-camente recebeu a atitu-de da polícia com o tradi-cional coro de palavrões,dirigidos às mães do PMs.

Logo depois, foi a vez deum torcedor atleticano,bem nutrido, que entrouem campo e foi imediata-mente seguro por poli-ciais. Abraçado aos doisPMs, ficou difícil retirá-lo,porque a todo instante elepedia mais um minuto pa-ra acenar à massa do Galoe receber aplausos, comose fosse um verdadeiroherói.

E eis que minutos maistarde surge J. Moura. Su-biu para o campo, bematrás do gol à esquerdadas Tribunas. Carregandoum pôster do atacante Zi-co, mandou beijinhos paraa torcida e se preparavapara dar a volta olímpica,quando notou que ao lon-ge um policial começava acorrida para persegui-lo.Já suficiente experimen-tado quanto à reação dapolicia nesses casos, eleentrou em campo.

Numa corrida sensacio-nal, o português interrom-peu a preliminar porqueatrás dele entraram poli-ciais, fotógrafos, radialis-tas, invadindo literalmen-te o gramado. Foi nesteexato momento que acon-teceu o lance mais engra-

çado da tarde: o Juiz Go-mes Sobrinho tentou cor-tar o seu caminho e J.Moura, num drible de cor-po magnífico, fez o árbitrocair grotescamente. A tor-cida chegou ao delírio.

Ao se livrar do juiz, J.Moura deu de cara com oPM que o perseguia. Novodrible de corpo, nova que-da, desta vez do policial, emais uma vez a torcidaexultou. Assim num am-biente de completa ba-gunça, a preliminar termi-nou. As duas torcidas seentusiasmaram e quandoo Flamengo entrou emcampo o foguetório tor-nou a ensolarada tarde emnublada imagem dos joga-dores no gramado.

Quando Nunes abriu acontagem, com a torcidarubro-negra até certo pon-to apática, não houve nemtempo para comemorar,porque o Atlético empa-tou em seguida e foi a vezde sua torcida comemo-rar. Ainda no primeirotempo, aos 25 minutos, atorcida reagiu com os er-ros de Carpeggiani e, qua-se em seguida, pediu Adi-lio. Até o fim, ela se mani-festou intervaladamente.

DESESPERO ERECOMPENSA

Mas no segundo tempocomeçou o desespero. Oresultado de 2 a 1 não erasatisfatório e Reinaldoempatou após ter sidochamado em coro de "bi-chado", calando a massa.A torcida do Atlético pas-sou a comemorar até Rei-naldo ser expulso. Aí, ostorcedores do Flamengoacordaram de vez. Com 10jogadores, o adversárionáo poderia oferecer mui-ta resistência e o grito de"Mengo, Mengo", foi crês-cendo.

Palmas, gritos em coro,hino do clube sendo can-tado e nasceu o gol deNunes, o que liberou porcompleto as emoções e co-memoraçoes. Até o fim dapartida, a história se repe-tiu: a torcida do Flamen-go cantava, pedindo olé eincentivando o time.

Fim de jogo, os torcedo-res do Atlético já tinhamabandonado o estádio emsua grande maioria. Era afesta do título. Trinta mi-nutos após o final da par-tida, o campo estava pia-ticamente vazio. Mas a fieltorcida ainda comemora-va e vibrava, revivendo oslances de maior emoção.

Uma emoção inédita.Uma alegria com que atorcida sonhava há tem-pos e teve concretizadaontem. Os torcedores nãopouparam aplausos aosjogadores, que tiveram osnomes gritados em corodurante longo tempo, in-clusive os reservas. Couti-nho, o comandante, tam-bém foi exaustivamentesaudado.

Me d» tuji Cario» Povld

Na Gávea, ochope rolouLogo que os portões da Qá-

vea foram abertos para as co-memoraçoes, uma verdadeiramultidáo, que já esperava des-de às 19 horas, invadiu o Fia-mengo para iniciar uma festaque se prolongou pela madru-gada. Poucas brigas, muita ani-mação e também muito chope.Duas bandas tocavam nos cam-pos de peladas e, quando agrande massa de torcedoresque estava na passeata chegou,a comemoração tomou propor-ções atada maiores.

Pela Zona Sul e algumas ruasdo Centro da Cidade, a festatambém era Indescritível. Osbares lotados, ruas engarrafa-das, destacando-se no Centro aRua do Riachuelo e Lapa. EmCopacabana, animação total,principalmente porque a Ban-da da Sá Ferreira comandavauma verdadeira massa de pes-soas que comemoravam embloco a vitória do Flamengo.

No Bar Pigalle, a facção RaçaRubro-Negra estava com a suabanda, entre bebidas e músicasalusivas ao Atlético, exibindogaletos espetados em compri-doa bambus, ridicularizando oapelido do time mineiro, oGalo.

Em Ipanema, um enorme cor-so ia do Barril 1800 até a Monte-negro, formando uma fila dequase quatro quarteirões, combelas mulheres em cima doscarros cantando e dançando.No Barril, um grande grupo era—liderado-pela-secretária do ad-ministrador regional de Copa-cabana, Hoanda, que esperavareunir todo o seu pessoal paraseguir para a Qávea.

O quadro na Prudente de Mo-rais também era idêntico, comblocos comemorando ininter-ruptamente nos bares. A esqui-na mais animada era a Pruden-te com a Montenegro, onde umjipe ficou atravessado no meioda pista, com uma banda to-cando. enquanto apenas umcarro podia passar de cada vez.

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Campo Neutro

A torcida comemorou o título como pôde, até mesmo fazendo equilibrismo no travessão do gol

0 grito de "galo" se calouDe modo geral, os mineiros são consi-

derados mais comportados que os paulis-tas, mas isto náo impediu que fossemintensamente hostilizados pela massarubro-negra antes e durante o jogo. De-pois, nào foi necessário. Verdadeiro deli-rio tomou conta do estádio, enquantocerca de 13 mil mineiros, distribuídos emônibus especiais e carros particulares, sedispersavam sem se Importar com aspiadas dos cariocas.

A rigor, os que chegaram no sábado, jáà noite tomavam conta dos bares à beira-mar, consumindo muito chope e gritando"Galo". Ontem de manhã, os mineirosaproveitaram o bom tempo e organiza-ram a caravana que seguiria mais tardepara o estádio entre mergulhos e multacerveja em Copacabana e Ipanema.

Feridos

A hora do jogo, viam-se muitos ca-sais fora e nas dependências externas

do Maracanã, já que era completa-mente impossível penetrar nas arqui-bancadas superlotadas. Mas a maiordecepção ficou por conta das torcidasorganizadas do Atlético que se distri-buíam do lado direito das tribunas doMaracanã: à medida que os torcedoresdo Flamengo chegavam, ocupavamespaços reclamados pelos mineiros.Quando se tornou inevitável o choquedireto, a já imensa torcida do Flamen-go iniciou a guerra de foguetes emcima dos mineiros, contribuindo ex-pressivamente para o grande númerode atendidos no Serviço Médico doMaracanã.

Até os 37 minutos finais, quando oFlamengo desempatou e os mineirosabandonaram o estádio, 280 pessoasforam medicadas nos dois serviços mé-dicos do Maracanã. Só dois tiveramque ser removidos para o pronto-socorro do Hospital Souza Aguiar, um

deles com ferimentos na cabeça e ou-tro ferido do olho direito, ambos atin-gidos por morteiros.

Até o momento do gol de desempa-te, a animada charanga atleticana náocessou de tocar sequer um minuto,mas, a partir daí, os músicos chegaramà concluáo de que seria temerário con-tinuar e saíram direto para o ônibusespecial da cidade de Pedro Leopoldo.

Apesar da derrota, a maioria de-monstrava estar satisfeita coma atua-çào da equipe, e lamentaram o queconsideraram "marcação ostensiva dojuiz", que, ainda segundo os mineiros,acabou irritando e prejudicando oAtlético.

O enorme número de soldados daPolicia Militar e o aparato civil detive-ram 120 pessoas no xadrez do Marca-ná, de onde só saíram meia hora após ofinal do jogo. A maioria foi detida pordelitos diversos.

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Flamengo foi campeão com cincogols numa final, o mesmo númeroda partida em que foi eliminadopelo Palmeiras, em fins do ano

passado. Mais maduro, mereceu a vitória,que teve que perseguir até o fim diante deum brilhante mas estropiado time do Atlé-tico Mineiro.

Os gols do Flamengo vieram em mo-mentos importantes, quase psicológica-mente decisivos, principalmente o segun-do, na virada do primeiro tempo. Ali o timedo Atlético Mineiro teve que refazer suatática, apenas para ser mortalmente feri-do quando Reinaldo, seu artilheiro, sofreudistensão e precisou ser deslocado para aponta direita.

Náo foi uma grande exibição do Fia-mengo, em termos técnicos, pois jogadoresimportantes, como Paulo César Carpeg-giani, Titã e Zico rendiam mal, o que davaespaços ao time do Atlético no meio docampo.

Foi então o Atlético que quase marcouna frente, com um chute perigoso de Palhi-nha, raspando a trave direita de Raul. Ogol do Flamengo, de Nunes, surgiu quandoo time mal começava a se armar: Zicoescapou da marcação de Chicão e lançoupara a penetração de Nunes em alta velo-cidade.

O gol de empate do Atlético não vi, nàopor desatenção minha, mas pelas condi-ções muüo difíceis de trabalho na Tribunade Imprensa, invadida, tomada por umgrande número de torcedores. Mas com oempate, o Atlético recompós-se, voltou aser melhor em campo e perdeu mesmo ummaior número de oportunidades,

O time mineiro era_ porém, um timenervoso, já àquela altura mais preocupa-do em gastar o tempo, em parar os lancescom faltas e em reclamar do juiz do que emjogar na bokt, o que poderia tranqüila-mente fazer pelas qualidades de seu elen-co. A um minuto do fim, umà reclamaçãode Éder foi punida com falta técnica, nalinha central, e dali originou-se o lanceque acabou no desempate, com Zico.

¦ ¦ ¦

SE

o Atlético foi melhor no primeirotempo e não merecia voltar para ovestiário com uma derrota, o Fia-mengo dominou o segundo, graças a

uma melhor preparação física, que lhepermitiu aos poucos ocupar com mais jo-gadores cada setor importante do campo.O miolo do gramado (onde até Paulo CésarCarpeggiani começava a jogar bem) passa-va a ser do Flamengo e seus laterais su-biam ao ataque.Com Reinaldo machucado na extrema

direita, sem que o Atlético Míneircrpudes--se fazer mais substituições, a partida erado Flamengo e foi só um lance descuidadode sua defesa que permitiu ao mesmoReinaldo, quase sem poder andar, o gol doempate.

Duas coisas foram então fundamen-tais para o destino da partida: a expulsãode Reinaldo, provocando o juiz sem amenor razão (recordemos que o Atlético jásofrerá o segundo gol por falta técnica deÉder), e a substituição de Carpeggiani porAdilio. Se com Carpeggiani o Flamengo jácomeçara a ganhar o meio-de-campo, comAdilio, mexendo-se muito mais, e com aausência de Reinaldo, o time tomou contado campo.

Então só havia Flamengo. Júnior po-dia apoiar à vontade, pela ausência de umadversário em seu setor, e ali, no ladoesquerdo de sua defesa, o Atlético Mineiroestava também enfraquecido pela substi-tuiçào de Orlando por Silvestre, um za-gueiro central improvisado como lateral.

Foi justa a vitória do Flamengo, embo-ra tecnicamente o time estivesse inferiorao que apresentou diversas outras vezesao longo do Campeonato Nacional. Masontem, com sua torcida em peso no está-dio e com as inesperadas facilidades quelhe foram concedidas pelo adversário, oFlamengo podia dar-se ao luxo de cometertodas as falhas que cometeu e ainda sairde campo com o título de campeão brasi-leiro.

¦ ¦ ¦

DE PRIMEIRA: Registrado o sucessodo atual Campeonato Brasileiro, peço àCBF que não se satisfaça com o êxito.Procurem mais. Procurem o Campeonatocom 26 times na Primeira Divisão, jogos deturno e returno llll Lamentável as cenas deselvageria no estádio, com torcedoresguerreando-se à base de foguetes lll O juizAragão foi confuso e nem deveria ter sidoescalado. Qual a tranqüilidade emocionalde um árbitro conhecido pelo apelido deAragalo por suas supostas simpatias aoAtlético Mineiro e que entra em campopara apitar uma final deste mesmo Atléti-co?lll As televisões chegaram a oferecerCr$ 4 milhões pela transmissão direta dapartida ontem, depois de terem sido esgo-tados os ingressos. Em vão. Não foi possi-vel ainda um acordo entre televisões eclubes de futebol, em bases essencialmenteempresariais.

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6 O FUTEBOL JORNAL DO BRASIL _? segundo-feira, 2/6.0 U 1? Caderno

Fia e Atlético chegaramà decisão com méritos

Fia, um feito inéditoO Flamengo chegou à

decisão do CampeonatoNacional — fato inédito

. em sua história — respal-dado por uma campanhaaltamente elogiâvel, sob oaspecto técnico, e que ocredenciou a lutar pelo ti-tulo com os méritos atri-buidos a um campeão. Em23 jogos disputados, ven-ceu 14, empatou seis, eperdeu dois, ao longo decinco etapas distintas emque assinalou 46 gols — 21dos quais através de Zico,artilheiro absoluto dacompetição — e sofreu 20.

Dentro das fases estabe-tecidas pela complexida-de do Regulamento, sónão liderou a inicial oupreliminar mesmo porquebastava ficar entre os setemelhores colocados numgrupamento de 10 concor-rentes, para se classificar.Então, terminou em se-gundo lugar, com 13 pon-tos ganhos, dois a menosque o Santos. Mas nas eta-pas seguintes, a partir dasemifinal, o rendimentoda equipe do Flamengo foimelhorando sempre, aoponto de ter ficado emvantagem num desempatecom o Atlético, antes dadecisão.

DERROTA INESPERADA

Na fase preliminar doCampeonato Nacional, oFlamengo integrou a Sé-rie C, em companhia dealguns clubes importan-tes, como o Internacional,Santos o Ponte Preta. Masa facilidade para obter aclassificação era de tal or-dem que, após as vitóriassobre o Santos e o Inter-nacional, nas duas pri-meiras rodadas, o time sedescuidou ao jogar com omodesto Botafogo da Pa-raíba. Em conseqüênciafoi surpreendido em plenoMaracanã e acabou so-frendo sua única derrota,até se classificar para en-frentar o Atlético (MG),decidindo o título.

Ao se habilitar para adisputa da fase semifinal,o Flamengo sentiu desdelogo a necessidade deaprimorar o desempenhoda equipe, pois caiu naSérie J, a mais diflcil de

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Em Curitiba, a ida à finaltodas, porque nela se tam-bém encontravam Palmei-ras, Santa Cruz e Bangu— este motivado pela pro-moção conquistada naTaça de Prata, a ponto devencer o Palmeiras noParque Antártica. Mas oFlamengo conseguiu su-perar o Bangu, em MoçaBonita, além de propor-cionar à sua torcida a sa-tisfação de golear (6 a 2) oPalmeiras, devolvendo os4 ai que o clube paulistalhe impôs o ano passado,ao eliminá-lo do Campeo-nato Nacional. Nem no re-turno, em São Paulo, oPalmeiras conseguiu ven-cer: teve que se contentarcom o empate.

Ao obter a classificaçãopara a fase final (Io tur-no), começou para o Fia-mengo a etapa mais difícildeste Nacional, pois iriadisputar apenas uma va-ga, em turno único, contradois adversários valoro-sos — Santos e Ponte Pre-ta. Mas após um dramáti-co empate em Campinas,diante da Ponte, a passa-gem ao segundo turno dafase final ficou assegura-da com novo triunfo sobreo Santos.

A comprovação de que oFlamengo estava em con-dições de disputar o títuloveio nas recentes partidascontra o Coritiba. O timedemonstrou maturidade

suficiente para ganhar oclube paranaense em seupróprio campo e, em se-guida, deu sensacional vi-rada no Maracanã, sain-do de um 2 a 0 adversopara a vitória de 4 a 3.

A derrota para o Atléti-co Mineiro, na primeirapartida decisiva, foi enca-rada como normal, dadasas circunstâncias em queocorreu. Ela em nada des-mereceu a expressivacampanha do Flamengo epouco diminui as suaschances de se tornar cam-peão brasileiro ontem.

Fase Preliminar (Série C)Flamengo 1 x 0 SaniosFlamengo 1 x 0 InternacionalFlamengo 1 x 2 Botafogo (PB)Flamengo 2x0 MixtoFlamengo 2 x 1 FerroviárioFlamengo 2x2 NáuticoFlamengo 5x0 ItabaianaFlamengo 0x0 São PauloFlamengo 2x2 Ponte Preto

Fase Semifinal (Série J)Flamengo 0x0 Santa CruzFlamengo 6x2 PalmeirasFlamengo 2 x 1 BanguFlamengo 2 x 1 Santa CruzFlamengo 2x2 PalmeirasFlamengo 3x0 Bangu

Fase Final — Io Turno (Série 0)Flamengo 3x0 DesportivaFlamengo 1 x I Ponte PretaFlamengo 2x0 Santos

Fase Final — 2° Turno (Série R)Flamengo 2x0 CoritibaFlamengo 4x3 Coritiba

DecisãoFlamengo 0 x 1 Atlético (MG) •Flamengo 3x2 Atlético (MG)

Atlético, força do conjunto

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A presença do Atlético mi-neiro em sua terceira decisáode um titulo nacional foi algoque ninguém pôde constes-tar, devido à excelente cam-panha do time mineiro emtodas as fases do certame.Sua performance comoum ti-me de conjunto, realçada pe-los seus bons jogadores, foicomprovada pelo fato de nãohaver um goleador destaca-do. Éder marcou 10 gols, con-tra nove de Reinaldo e oito dePalhinha e Pedrinho.

Nào foi uma equipe comtáticas complicadas. Baseouseu jogo na velocidade e nodinamismo de Toninho Cere-zo, ponto de partida das prin-cipais ações ofensivas e ver-dadeiro termômetro dentrode campo. Sua importânciafoi táo fundamental, quequando atuou mal, todo o ti-me se perdeu e esqueceu opadráo de jogo.

Desde o inicio do campeo-nato, o Atlético se configuroucomo um dos favoritos à con-quista do titulo. Na primeirafase, foi primeiro destacadodiante de equipes respeita-veis corno as do Fluminense,Palmeiras e Guararii de Cam-pinas, três ex-campeões na-cionais. Sua classificação foitão tranqüila nestafase que olevou a dois descuidos, comoempatar com o América-RN eperder para o Ceará.

Na segunda fase, ficou emcompanhia de Internacional,Bahia e Atlético-Go. Era fatoevidente que a liderança se-ria decidida contra o Inter-nacional. E ela parecia perdi-

. da, quando o clube gaúcho foia Minas e venceu por 2 a 1,depois de estar perdendo.Chegou-se a afirmar em Mi-nas que o Atlético tremia nosmomentos mais decisivos.Mas em Porto Alegre, os mi-neiros foram absolutos e ven-ceram de 3 a 1, com grandeexibição de Cerezo.

Atlético e Internacionalempataram em pontos e vitó-rias nesta fese, mas o segun-do ficou com a liderança, nosaldo de gols. No primeiroturno das finais, o Atléticoficou ao lado de São Paulo,Vasco e Fluminense. Logo naelaboração da tabela, os diri-gentes atleticanos começa-ram a se sentir prejudicados,

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Em Porto Alegre, cai o Inter

pois jogariam apenas umavez em casa, enquanto o Flu-minense, com pior campa-nha, jogaria duas.

Mas o presidente Elias Ka-lil resolveu não tomar medi-das drásticas, como a de seuantecessor, Valmir Pereira,que afastou o clube do cam-peonato. Garantiu que arma-ra uma equipe para ser cam-peã e que correria todos osriscos para conseguir seu ob-jetivo. E o Atlético provousua força, embora empatassedois jogos deOaOe vencesseapenas o Fluminense, de 2 a0, no Maracanã. Nesta parti-da, Éder repetiu o que fizeraantes contra o Atlético-GO emarcou um gol de córner.

O segundo turno o levounovamente ao encontro doInternacional, quando duaspartidas apontariam o fina-lista do campeonato. E naprimeira houve empate dela1, no Mineiráo. Como o Inter-nacional precisava apenasde um empate, poucos acredi-tavam que o Atlético o supe-rasse dentro do Beira Rio. Enào só o superou novamentecomo lhe impôs o categóricomarcador de 3 aO.

Este jogo foi mais que umaprova da maturidade do

plantei atleticano, pois seusjogadores eram dos poucos ater certeza da vitória. E aclassificação para a decisãocontra o Flamengo apenasveio premiar a equipe quevenceu 15 dos 22 jogos quedisputou, empatando quatroe perdendo trés; marcando46 gols e sofrendo 16.

CAMPANHA DO ATLÉTICO:Primeira

Atlético 3 xAtlético 2 xAtlético 2 xAtlético 4 xAtlético 2 xAltético 0 xAtlético 5 xAtlético 1 xAtlético 3 x

Fai»2 Fluminense0 Palmeiras

Flamengo - PIDesportiva

0 GuaraniAmérica - RNVitóriaCeará

1 Vi Ia Nova-GO

Segunda FaseAtlético 2x0 Atlético - GOAtlético 1 x 2 InternacionalAtlético I x 0 BahiaAtlético 3 x 1 InternacionalAtlético 3 x 1 Atlético - GOAtlético 5 x 1 Bahia

Primeiro turno ds fai* finalAtlético 0 x 0 São PauloAtlético 2x0 FluminenseAtlético 0x0 Vasco

Segundo turno da fase finalAtlético 1 x 1 InternacionalAtlético 3x0 Internacional

Decisão do tituloAtlético t x 0 FlamengoAtlético 2x3 Flamengo

De Rio-São Paulo aCampeonato Nacional

Quando o Palmeiras, na época ainda PalestraItália, conquistou nos meados de 1933—o futebolprofissional ainda começava a engatinhar — oprimeiro torneio entre clubes de Rio e Sáo Paulo,poucos notaram que naqueles Jogos interestaduaisestava nascendo uma competição que mais tardeviria a ser lucrativa, tanto técnica como financei-ramente: o Torneio Rio-São Paulo, em síntese aorigem do Campeonato Nacional.

Com o evidente crescimento do proflssionalis-mo no futebol e a rivalidade entre geriocas epaulistas aumentando, as partidas interestaduaisforam se tornando mais freqüentes, mas somenteem 1950, exatamente 17 anos depois de o Palestraconquistar o primeiro titulo, surgiu oficialmente oTorneio Rio-São Paulo, uma criação vitoriosa sobtodos os aspectos.

Mais tarde, em homenagem a Roberto GomesPedrosa, ex-atleta e dirigente da Federação Pau-lista, o Torneio ganhou seu nome. E em 1967 JoãoHavelange, entáo presidente da extinta CBD, ado-tando uma filosofia expansionlsta — também ba-seada na teoria de que futebol é fator de integra-çào nacional — criou a Taça de Prata, incluindoequipes de outros Estados, como Minas Gerais eRio Grande do Sul.

Com o sucesso da competição em 1987. commédia de público de 20 mil 465 espectadores porjogo, a CBD concluiu que de 15 clubes que disputa-vam a Taça de Prata — em 67 ainda confundidacom o Torneio Roberto Gomes Pedrosa — pode-riam passar para 21 no ano seguinte. A mudançateve como conseqüência a reduçáo no número deespectadores por jogo: 17 mil e 749.

De 1967 a 1970, participaram 17 clubes e surgiuentáo a idéia de criação do Campeonato Nacional,a partir de 1971, já com 20 clubes. Em 72 o númerosubiu para 26, em 1973 aumentou para 40, repetin-do-se em 1974 e, um ano depois, o Nacional já tinha42 participantes. Mas a expansão realmente come-çou a surpreender quando a CBD resolveu fazer acompetição com 54 clubes, em 1976. Em 77 ela teve62, passando para 74 em 1978, terminando com 94o ano passado, transformada no maior fracasso dofutebol brasileiro, com uma média de 9 mil 137espectadores por jogo.

Os times que mais ganharam títulos, contan-do-se de 1950, quando ainda era Torneio Rio-SãoPaulo, até 1979, já com novas denominações, fo-ram: Palmeiras, 6 vezes; Santos, 5; Coríntians, 4;Fluminense, Vasco, Botafogo e Internacional, 3;Portuguesa de Desportos, 2; e Flamengo, AtléticoMineiro, São Paulo e Guarani, todos apenas umavez. Em 1956, náo houve competição.

Eis a relação dos campeões:TORNEIO RIO-SÃO PAULO

1950 — Coríntians1951 — Palmeiras1952 — Portuguesa de Desportos1953 — Corintians1954 — Coríntians1955 — Portuguesa de Desportos1956 — não foi realizado

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o o1957 — Fluminense1958 — Vasco1959 — Santos1960 — Fluminense1961 — Piome^ao1962 — Bota <og'o1963 — San»os1964 — Santos e Bo'a'ogo1965 — Palmeiras1966 — Conntians Sar'os Vasco _ Be _'ogo

I

OS TIMES CAMPEÕES1971Atlético (MG) — Renato, Humbeto. G _oe _. Vantuir «Oldair; Vande'lei e Hu. be"o Ramos. Ro-. ao, Do'o. loia(Spencer) e T>âo.

1972Polmeirai--leõo,_ur.co, Ai< _do. luis Pereiro eZeca Dudu(Ze Carlos) e Aflemir ao Guia. Eau (Ronoiao). Madi/go,leivmha e Nei.

1973Palmeirat — leào; Eurico luis Pe _¦ _. Alfredo e ZecAo;Dudu e Ademir do Guia; Ronaldo, le'vmno. César e Nei

1974Vasco — Andrada, Fidelis, Miguel Moisés e Alfinetei AlclrjZonato e Ademir; Jorginho. Roberto e luis Carlos

1975Internacional — Manga; Valdir. Figueroa. Herminio e ChicoFraga; Falcão,Carpeggiani eCaçapava: Vaiaonuro Flavioelula

1976Internacional — Manga; Caud'0. Figueroa Marinho eVacana; Caçaoovo. Falcão e Ba'sta. Valdomiro Da'o elula

1977São Paulo — Valdir Perez. Getúlio, Tecóo, Beze-ra 9Antenor; Chicáo, Teodoro (Peres) e Dano Pe'eira Ze Seg.o,Mirandinha e Viana (Neca).

1978Guarani — Nençca,- Mauro. Gomes Edson e Miranda.Manguinho, Renato e Ze Carlos, Capi'õo, Cceca e Bozo

1979Internocional — Benitez,- Joào Carlos, Mouro (Beia'o),Galvão e Cláudio Mineiro, Batista, Jair e Falcão, Valdomiro(Chico Spina), Bira e Mano Sérgio.

TAÇA DE PRATA1967 — Palmeiras1968 — Santos1969 — Palmeiras1970 — Fluminense

CAMPEONATO NACIONAL

7_ Alcir, capitão de 74

1971 — Atlético Mmeiro1972 — Palmeiras1973 — Palmeiras1974 — Vosco1975 — Internactonol1976 — Internacional1977 — Sào Paulo1978 — Guarani1979 — Internacional1980 — Flamengo

Dois verdadeiros comandantesCoutinho, aeficiência

Antônio Maria FilhoMesmo perdendo a Copa do Mun-

do da Argentina, o que lhe valeu mui-tas criticas, sendo algumas delas con-tundentes, Cláudio Coutinho pôdemostrar todo o seu valor nestes doisúltimos anos, quando deu ao Flamen-go o tricampeonato estadual e colo-cou sua equipe na decisão do Cam-peonato Brasileiro, após excelentecampanha.

Hoje, um homem bem diferentedaquele que assumiu o comando dotime do Flamengo, agora cheio derugas e cabelos brancos, Coutinho éum técnico eficiente também na prá-tica. Quando foi chamado para dirigira Seleção Brasileira, em substituiçãoa Osvaldo Brandão, acusavam-no demero teórico. Entretanto, ao longodestes dois anos, provou ser um pro-flssional competente, pelo menos noexterior: o Cosmos chegou a oferecer-lhe um ordenado de Cr$ 1 milhão pormês.

Além disso, qual o clube que nãopensa em ter Cláudio Coutinho, umlider nato, de inteligência bem acimados demais treinadores e dotado deum poder de comunicação fora docomum? Propostas náo lhe faltaram,mas sua permanência no Flamengoestá garantida pelo menos até o finaldo ano, quando terminará o mandatode Márcio Braga. Muitos, na Gávea,afirmam que Coutinho irá para o ex-terior tão logo termine seu contrato.O técnico nâo confirma e nem des-mente:

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Coutinho

—Meu contrato termina no mesmodia do mandato de Márcio Braga.Tenho um compromisso com ele detentar tantos títulos quantos foremnecessários e náo romperei este com-promisso. Irei até o final.

Liderança

Antes mesmo de ser chamado paradirigir a Seleçáo Brasileira, CláudioCoutinho deu provas suficientes deseu poder de liderança e, quando veioo convite, mostrou que cumpriria sua

missão com êxito. Depois de um em-pate melancólico contra a Colômbia,(Brandão era o técnico), nas elimina-tórias da Copa do Mundo, Coutinholevou o Brasil a conseguir uma classl-ficaçáo brilhante e fez com que aSeleção mostrasse um futebol alta-mente competitivo. Na excursão pelaEuropa também conseguiu resulta-dos expressivos e se não fosse a derro-ta para a França, no Pare des Princes,o Brasil voltaria invicto. E não deixoude enfrentar fortes adversários, comofoi o caso da Alemanha, num jogodisputado em Hamburgo, em que Nu-nes fez o único gol da partida.

No Mundial, sua participação tam-bém foi elogiâvel. A Seleção Brasilei-ra não perdeu um jogo sequer e só nãochegou à final em razão do saldo degols. O time de Coutinho, sem muitosastros, perdeu o direito de enfrentar aHolanda na finalissima porque na Se-leção Peruana foi goleada pela daArgentina, num resultado até hojediscutido.

Agora, no Flamengo, tem mostra-do todo seu valor a cada semana,fazendo com que sua equipe apresen-te um futebol altamente solidário,simples e objetivo. Neste Campeona-to Nacional o Flamengo perdeu ape-nas duas partidas: a primeira, contrao Botafogo da Paraíba (um acidente),e nesta última quarta-feira, para oAtlético, quando o Flamengo nãocontou com Zico, Júlio César e Toni-nho — três titulares importantes. Ain-da assim, ofereceu muita resistência,e no momento em que sofreu o gol,apresentava-se melhor no jogo.

Quem acompanha o seu dia-a-diano Flamengo percebe logo o seu espí-rito de liderança sobre os jogadores.Suas decisões são acatadas com tran-qüilidade, sem discussões, e sua pala-vra é lei. Isso ficou evidenciado nojogo contra o Coritiba, no Maracanã,

quando o Flamengo se classificariapara a final mesmo perdendo por dife-rença de até dois gols. Nesta ocasião,aos 20 minutos. Zico deixou o camposentindo o músculo da coxa. Quandoa equipe estava ainda com 10 jogado-res, o time paranaense marcou seuprimeiro gol. Pouco depois veio o se-gundo, e Coutinho, sem se afobar, fezduas modificações, já que Júlio Césartambém saiu contundido, e em menosde 10 minutos o Flamengo vencia por3 a 2.

A filosofia :

O ftitebol do Flamengo é dos maissimples, mas muito objetivo. Diflcil-mente joga para o empate, mesmoquando entra em campo com estavantagem. Quem assiste aos jogos doFlamengo sabe perfeitamente queCoutinho arma seus times sempre pa-ra o ataque. Isto porque coloca emcampo sempre jogaciores com carac-teristicasofensivas. íi, talvez, o maiorinimigo do defensivismo.

Durante os jogos, dificilmente Cou-tinho modifica sua equipe para garan-tir um resultado. Em princípio acredi-ta que seu time e superior aos demaisadversários. Contra o Atlético, no Mi-neiráo, ao perder Júlio César, optoupela escalação de Carlos Henrique,um jogador que não atuava há muitotempo, mas que era especialista daposição. Adilio, que vinha jogando epoderia ser lançado na ponta-esquerda, foi deixado de lado. Afinal,Coutinho prefere atacar, e armar umtime para garantir um resultado fogeinteiramente à sua filosofia de jogo,um técnico de alto nível e que dificil-mente permanecerá muito tempo aserviço do futebol brasileiro. Todos ocobiçam, independentemente do re-sultado de ontem.

Procópio, asimplicidade

Cláudio CorrêaUm ex-jogador de recursos limita-

dos, que se dedicava com garra aostimes que defendia, virou treinadorpor acaso mas bem-sucedido.

Em poucas palavras, esta é a histó-ria de Procópio Cardoso Neto, aquelemesmo vigoroso quarto zagueiro queteve a perna quebrada por Pele econseguiu voltar cinco anos depois,para encerrar sua carreira com digni-dade.

O becão que partia com vontadeem cima do atacante, disposto a usaro corpo para ganhar o lance, caso atécnica não resolvesse e que inflama-va os companheiros em busca da vitó-ria, gritando, orientando e suandobastante a camisa é hoje, fora dasquatro linhas, um homem discreto.De poucas palavras, ele estuda cadadeclaração e trata os jogadores comose fosse mais um deles. Componentede dois times acadêmicos — Palmei-ras, em 1965, e Cruzeiro, a partir de1966 — se diz um treinador simples,que respeita as características dosjogadores.

Futebol bem jogado— Sou adepto do futebol simples,

bem jogado, sem improvisações. Oesquema de jogo náo me preocupamuito, desde que possa contar com osjogadores necessários para armar umbom time, como o atual do Atlético.Isso não quer dizer que nâo precise demais nada. Transmito. Evidentemen-te, alguma coisa mínima, mas respei>to a característica de cada jogador.

Procópio era um líder quando joga-va. E conserva essa característica forade campo. Seus jogadores o respei-tam, não só pelo seu passado, mas

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Procópio

também pelo diálogo que procuramanter sempre. Apesar de discreto,conversa com todos e atende comeducação.

— Liderança vem de berço. É coisanata. Através dela, você consegue ser.respeitado sem problemas. Mas é es-sencial que respeite também. O im-portante é manter a harmonia do gru-po, preservando sempre o diálogo, acamaradagem e a disciplina.

Procópio confessa que sempre ob-servava bem os técnicos com quemtrabalhou. Não destaca um nome es-pecífico mas garante que aprendeualguma coisa com cada um. Comoexemplo de relacionamento, elogia osfalecidos Niginho e Antoninho. O pri-meiro o lançou no Cruzeiro, em 1959,logo que saiu dos juvenis do Renas-cença (clube extinto que revelou tam-bém PÍazza)'o segundo, que mais tar-de trabalhou no Santos, o dirigiu noAtlético.

— Trabalhei com quase todos osgrandes técnicos do futebol brasileiro.Cito sempre a passagem que tive peloFluminense porque, pelo menos naépoca, a disciplina era excelente. Esteclube acabou sendo muito útil paramim. na minha fase de supervisor doCruzeiro.

Não desistiuLogo após ser revelado pelo Renas-

cença, Procópio foi para o Cruzeiro,em 1959, e ganhou o CampeonatoMmeiro daquele ano, bem como nosdois anos seguintes. Vendido ao SàoPaulo, ficou pouco tempo lá. Empres-tado ao Atlético, foi bicampeão em1963, e campeão brasileiro do mesmoano, pela Seleção Mineira, fazendodupla como seu compadre, WilliamCedido ao Fluminense, ainda em1963, foi vice-campeão, mas até hojeafirma que seu time merecia o cam-peonato. Só não obteve o título porobra e graça de seu ex-companheirode Atlético e Seleção Mineira, Mar-ciai. O goleiro do Flamengo foi o me-lhor em campo, garantiu o 0 a 0 quedeu o título a este clube e saiu comoherói do Maracaná, diante do maiorpúblico pagante da história do Está-dio em jogos regionais — mais de 177mil pagantes.

Em 1964. Procópio alcançou seutão almejado campeonato carioca. "OFluminense, começou perdendo a de-cisão para o Bangu, mas virou catego-ricamente para 4 a 1" Ele se transfe-riu para o Palmeiras, em 1965, quandojogou num dos grandes times forma-dos pelo clube paulista. Em 1966, veiopara o Atlético, onde ficou pouquíssi-mo, sendo trocado por Dilsinho com oCruzeiro. E levou vantagem, pois inte-grou a maior equipe do Cruzeiro emtodos os tempos, uma das melhoresdo futebol brasileiro A bola era joga-da de pé em pé, mas jogadores comseu estilo viril eram indispensáveispara as partidas mais ríspidas. Seucompanheiro era um antigo conheci-do e amigo: o compadre William. OCruzeiro conljaistou a Taça Brasil.

Em 1968, ainda no Cruzeiro, fratu-rou a perna num lance com Pele. noEstádio do Morumbi, o Cruzeiro per-deu o jogo por 2 a 0. A persistência deProcópio, a raça não esquecida e oorgulho ferido fizeram a recuperaçãoque muitos julgavam impossível (che-gou a ser dado como Inutilizado/

Só voltei cinco anos depois, nu-ma derrota de 3 a 1 para o Vasco, noMaracaná. Ainda disputei o Campeo-nato Nacional de 1974, pelo Cruzeiro,e me despedi numa vitória sobre omesmo Santos, no mesmo Morumbi,marcando o mesmo Pele. O Cruzeiroia decidir o título com o Vasco, masme contundi e fiquei sem contrato. Oclube nào quis renovar comigo.

Procópio só voltou em 1976, noVitória da Bahia, mas jogou apenastrés meses. Parou e foi transformadoem supervisor do Cruzeiro. Veio a sertécnico por acaso: Zé Duarte sofreuum acidente automobilístico e Procó-pio assumiu o comando. Recuperou otime e venceu o segundo turno de1978, mas Zé Duarte voltou.

No início do ano passado, o Atléti-co confiou nele e ele aceitou o desafio,assumiu às vésperas da fase finai doCampeonato do ano anterior e ven-ceu, utilizando com eficácia a armamais poderosa de que dispunha: oconhecimento detalhado de t_dos osjogadores do Cruzeiro

Procópio só teve sucessos no Atle-tico Conquistou o bicampeünato edecidiu com o Flamengo o Nacional.

Foram duas grandes equipesque mereciam mesmo disputar essetitulo.

A carreira de Procópio demonstraque é uma pessoa de estrela, além decompetente. Ele continua a exigirgarra do seu time mas já Pão podeentrar em campo para marcar o ata-cante adversário Precisa manter asobriedade no túnel «moura as vezesposs-i se crair. como na conquista dobicampeonato mineiro, quando des-maiou no túnel e mal pôde abraçar osjogadores, que saiam eufóricos docampo. Aos 40 anos. Procópio viveumais um dia de decisão em sua vida.

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JORNAL DO BRASIL ? segunda-feira, 2/6/80 D Io Caderno AMADOR/ESPORTE O 7

Brasil empataem Toulon

com tchecosToulon, Franca — O Brasil não foi além de um empate de 1

a 1 contra a Tcheco-Eslováquia, na partida de ontem peloGrupo A do Torneio de Toulon, para jogadores até 21 anos. Napreliminar, a Holanda derrotou com facilidade a China, por 4 a0.

Brasileiros e tchecos mantiveram a liderança do Gruponum jogo caracterizado pela rudeza da equipe européia emcontraste com a elegância dos sul-americanos, bem como pelasupremacia das retaguardas. Em conseqüência, houve poucaschances de gol durante todo o primeiro tempo, encerrado com omarcador de 0 a 0.

Coube a Pokluda colocar a Tcheco-Eslováquia em vanta-gem, com um chute cruzado, aos nove minutos do periodo final.A partir daí, os europeus procuraram conservar o marcador,atuando mais na defesa, enquanto o time brasileiro ia á frente,por vezes de forma atabalhoada, na tentativa de obter aigualdade. E esta só ocorreu a três minutos do encerramento dapartida, quando Mário aproveitou-se de uma indecisão deSilhavy.

A situaçáo dos países no Grupo A é a seguinte: Io lugar —Brasil e Tcheco-Eslováquia. 3 pontos ganhos; 3o — Holanda, 2;4o — China, zero ponto. O Brasil volta a jogar amanhã, contra aHolanda, enquanto a Tcheco-Eslováquia enfrenta a China. OTorneio prossegue hoje. com as partidas Uniào Soviética xRomênia e França x México, ambas pelo Grupo B.

Sporting ganhatítulo português

Juarez Bahiacotr.ipond.nl.

Lisboa - O Sporting tornou-se ontem o campeão portuguêsde futebol ao derrotar o Uniáo de Leiria por 3 aO. num jogomarcado pela duvida, pela emoção e pelo nervosismo. 0 Porto,que dependia de um empate do Sporting. perdeu de 2 aO, parao modesto Espinho, garantindo o vice-campeonato.

O carnaval da vitória do Sporting começou no Estádio deAlvalade e estendeu-se por todo o país. Em Lisboa, milhares detorcedores tomaram conta das principais ruas para festejar oacontecimento. No terceiro gol do Sporting, feito por Jordão,houve invasão de campo. Com dois gols ontem, Jordão è omaior artilheiro.

Esta é a 15a vez que o Sporting de Lisboa é campeão daprimeira divisão da Federação Portuguesa de Futebol. E háseis que estava afastado do título. Sem esperança de chegar emprimeiro lugar até o final do primeiro turno, o Sportingconsagrou-se como um campeão de humildade em face davontade e energia demonstradas pela equipe a partir domomento em que ganhou do Porto, por 1 a 0.

Vencendo o Porto , que era o grande favorito, no primeiroturno e vendo o Benfiea, o outro sério candidato, perder aschances de classificar-se, o Sporting conscientizou-se das suaspossibilidades e avançou se?/* esmorecimentos na conquista dotítulo. Sem grandes estrelas, sem recursos excepcionais, con-tando apenas com a determinação dos seus jogadores, oSporting termina o campeonato na frente dos seus principaisrivais e com uma vantagem indiscutível sobre o Porto.

SuperioridadeO União de Leiria náo era um sério adversário para o

Sporting. Trata-se de um dos quatro clubes que descem dedivisão. Mas, nos primeiros vinte e cinco minutos de jogo, oUnião de Leiria deu preocupações ao Sporting, atacava peri-gosamente e acima de tudo afetava com suas pontadas osnervos dos jogadores do campeão. Mas, o Sporting foi sempresuperior e até fazer o primeiro gol, por Manuel Fernandes, aos28 minutos, emocionado e nervoso já havia perdido alguns.

Dominando o Leiria, pouco a pouco o Sporting foi tomandopulso da partida, depois da abertura da contagem foi fácil aJordão, o maior marcador desta temporada e ganhador daBola de Prata,/azer mais dois gols e definir deforma insofismá-vel à vitória. O resultado de três a zero exprime totalmente avantagem do Sporting dentro do campo.

Com o Sporting campeão os outros três classificados (que4isputam torneios europeus) são o FC do Porto, o Benfiea e oBoavista, a homenagem das torcidas adversárias, uma tradi-aio cio futebol português, mas foi a do Benfiea a que maischamou a atenção. Desde o começo do encontro Bandeiras doBenfiea tremulavam no Estádio do Sporting em saudação aoprovável campeão.

Os vencedores

O Sporting jogou com Fidalgo (Vaz). José Eduardo. Bastos,Menezes e Barão; Fraguito, Eurico e Ademar; Manuel Ferna-des. Manoel e Jordão.

Tanto quanto o Sporting, que teve de conquistar duramenteo título, vencendo ou empatando com seus adversários massem se beneficiar de pontos de outros, o marcador Jordão só nojogo de ontem decidiu a Bola de Prata a seu favor. Ele seachava atrás de Nené (Benfiea), com um gol de diferença.Antes do jogo, Nené somava 30 gols e Jordão 29. Assitialandodois gols da vitória do seu time, Jordão arrebatou a Bola dePrata de Nené e classificou-se com um total de 31 gols.

Pele faz filme na HungriaBudapeste — Pele chegou ontem a esta Capital, para

participar do filme norte-americano "Escape to Vido-ry". a ser rodado na Hungria. O ex-jogador de futebol,considerado unanimemente "o inais famoso do mundo",aceitou a proposta do diretor cinematográfico JohnHuston para desempenhar um papel na película, cujaaçáo se desenrola durante a II Guerra Mundial.

A parte inicial será rodada dentro de 10 dias e acomplementação do filme está prevista para o més deagosto.

Corintians vencecom 3 de Sócrates

Sào Paulo — Autor de três gols — um de pênalti — e devárias outras boas jogadas. Sócrates foi o grande destaque doCorintians ontem, no Pacaembu. quando a equipe derrotou oComercial por 4 a 2 e se reabilitou diante de sua torcida, quecompareceu em pequeno número ao estádio. Toninho. Vànder eMiguel Amaral foram os outros goleadores e o juiz da partida foiEmidio Marques Mesquita. A renda somou CrS 990 mil 480. com12 mil 136 pagantes.

As equipes: Corintians — Solito. Zé Maria. Djalma. Amaral.e Luis Cláudio: Caçapava i Biro-Biro i, Basílio e Sócrates iVagui-nhoi; Piter. Toninho e Wilsinho. Comercial — Raul. Benazzi.Vágner. Amauri e Chico Assis: Pedro Ornar. Vànder e EudesiMauricio); Joáo Carlos. Miguel Amaral e Luis Paulo. Sócratesjogou somente 30 minutos no segundo tempo, quando pediupara ser substituído.

No outro jogo disputado na capital, o Palmeiras, depois demarcar um gol aos 3 minutos, com Pires, permitiu que oGuarani empatasse, aos 45 minutos do segundo tempo, com golde Nardela. Revoltada, a torcida vaiou o time e pediu acontratação de reforços. O juiz foi Dulcídio Vanderlei Boschiliae a renda somou CrS 695 mil 420 mil; com 7 mil 509 pagantes.

Os times jogaram assim: Palmeiras — Gilmar. Rosemiro,Beto Fuscão, Polozi e Pedrinho, Pires, Mococa (Soter) e CarlosAlberto (Carlos), Baroniho, César e Nei. Guarani — Birigui,Miranda (Ariovaldo). Gomes, Odair e Almeida, Edson. Nardela« Paulo César, Capitáo, Careca e Bozó (Frank).

Os demais jogos da rodada de ontem — todos iniciados às11 horas — apresentaram os seguintes resultados: Ponte Preta0x0 Santos, Sào Bento 2 x 1 Francana. Ferroviária 1 x 4Internacional. 15 de Jau 3 x 2 Juventus, Noroeste 1 x 3 SáoPaulo, 15 de Piracicaba 1 x 2 Marília, Taubate 3x2 America.Botafogo 1 x 2 Portuguesa de Desportos.

Ao vencer o Botafogo, em Ribeirão Preto, a Portueuesamanteve-se na liderança do Campeonato Paulista, somandoagora 12 pontos ganhos, contra 10 do Internacional de Limeira.o segundo colocado. A equipe do Canindé. orientada pelotécnico Mario Travaglini. esta invicta e tem condições deconquistar o primeiro tumo. inclusive porque seu melhorjogador. Enéias, autor de dois gols de ontem, voltou à suamelhor forma.

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Os iatistas usaram os balões logo na largada, embelezando ainda mais a regata dos solitários

Trevos são campeõesdo Torneio JB de pólo

A equipe dos Trevos sagrou-se on-tem, no campo do Itanhangá, campeãdo Torneio JORNAL DO BRASIL depólo, disputado desde sábado por qua-tro equipes com o minimo de 12 golsde handicap. No torneio aberto, entre-tanto, a vitória ficou com os Tigres quederam seis gols de vantagem aos Tre-vos e perderam no handicap por 8 a 7.Na preliminar, o Globo ficou com oterceiro lugar ao vencer, no torneio porhandicap, a equipe dos Leões por 8 a 6.

Num jogo muito disputado, em queos Tigres, no momento talvez a melhorequipe do pólo carioca, com 19 gols dehandicap, precisavam descontar osseis gols que ofereciam de vantagemaos Trevos, o placar no primeiro tem-po terminou 7 a 1 para os Trevos, comcada time marcando um gol. No se-gundo tempo os Tigres diminuírampara 7 a 2, placar que persistiu noterceiro tempo. Os Tigres marcarammais um gol no quarto tempo e no

quinto, o mais fraco dos Trevos, fize-ram mais três. No último tempo cadaequipe fez um gol, encerrando o placarem 8 a 7 para os Trevos no handicap e7 a 2 para os Tigres no aberto.

Os Trevos foram campeões comLuis Carlos Paiva Chaves, WilliamPretyman, Alejandro Silva (2) e SaulMadeira (1) enquanto os formaramcom Paulo César Tovar (2), DanielKlabin (1), Jorge Rangel (mais umavez o destaque, com dois gols) e Ar-mando Klabin (2).

O primeiro jogo da tarde, que deci-diu o terceiro lugar do Torneio promo-vido pelo JORNAL DO BRASIL, apre-sentou um equilíbrio maior, já que oGlobo recebia apenas um gol dé han-dicap. O Globo jogou com Sérgio (31,André (2), Mauro (2) e Serginho Figuei-redo, enquanto os Leões formaramcom Argemiro Baudson, Rafael Silva,Eduardo Secco (artilheiro do jogo,com quatro gols) e Hector Silva (3).

Connors tira esperançasda França disputar final

Paris — Para os franceses que, aprovei-tando o domingo, correram para Rolandcarros, enchendo todas as arquibancadas ecadeiras de todas as quadras do estádio, odia foi duplamerite sombrio: pela chuva e ofrio, que insistem em permanecer tumul-luando e dificultando o andamento da tabe-Ia, e pela derrota de seu jogador YannickNoah a última e grande esperança da França ter uma representante nas finais.Noah, até três anos atrás juvenil, desço-berto por Arthur Ashe, que pressentiu noatleta negro o grande talento que ele come-ça a demonstrar, entrou na quadra centralpara enfrentar Jimmy Connors da mesmaforma que a deixou, isto é, ovacionado.Perdeu o jogo, ê verdade, mas muüo menospelos méritos de Connors e muito mais porsua falta de sorte. Um drop-shot magistral-mente aplicado por Connors no final dosegundo set obrigou o francês a um esforçoenorme para alcançara bola e a queda foiinevitável. Noah caiu com suas grandespernas abertas. Quando tentou levantar-sequase náo o conseguiu. Tinha distendido omúsculo adutor. na coxa, o mesmo que tirouPele da Copa do Mundo de 62 no Chile. Noahainda insistiu em continuar, ele tinha oserviço e a vantagem contra, em 4 a 5, tnas omáximo que conseguiu foi permitir que oamericano fechasse o segundo set sem qual-quer problema.

O próximo lance foi jogado com o árbitro.Noah disse que não dava para continuar ejogou a toalha. Dessa forma se conta ahistoria de como Jimmy Comwrs, depois deganhar penando o primeiro set de 7/5, con-seguiu vencer em dois sets uma partida quepoderia ter ido perfeitamente a cinco. Em-bora àquela altura ela lhe fosse favorável,não estava nem um pouco definida, sobretu-do porque Noah começava a se soltar, su-bindo mais a rede, como é sua caracteristi-ca. e neutralizando as tentativas de passing-shot cio adversário.

A verdade e que Connors nào tem sido omesmo jogador de outros torneios e tempo-radas. Capaz de grandes jogadas em bolasdifíceis, mostra-se. porem, irregular em bo-las fáceis, cometendo, as vezes em série,erros primários, como nao fazem Borg ouVilas, para citar dois dos jogadores atéagora mais rcgularcs do torneio.

Mal ou bem, a culpa da distensáo deNoah não e sua e a vitoria o colocou como oprimeiro quarto-finalista a se classificar pa-ra a próxima etapa da competição.

Os classificados

Como ele, já estào classificados tambémpara as quartas-de-final. em jogos que aca-

baram tardissimo, devido à dificuldade eminiciá-los por causa da chuva, Wojtek Fibak,Vitas Gerulaitis e Hans Gildemeister.

Fibak, polonês, certamente ungido pelapresença de seu conterrâneo, o Papa Joáo.Paulo II, na cidade, náo deu maiores chan-ces ao australiano Paul McNamee, vence-dor de McEnroe e agora a ex-sensação dotorneio. Com um jogo muito seguro, sembrilho maior, mas extremamente regular,liftado o suficiente para incomodar o adver-sario, Fibak só concedeu um set, o terceiro,definido qliás no tie-break. Logo em segui-da, porém, ele, que já havia ganho os doisprimeiros sets por contagem igual — 6'4,despachou o australiano fazendo sem maiordificuldade 6!3.

Mais fácil ainda foi a classificação deGerulaitis, vencedor do jovem Faygan, ame-ricano como ele. em três sets — 6 3,7.5,6il —,o que lhe deu o direito de jogar a quarta-de-final contra precisamente Wojtek Fibak,prevendo-se pelo retrospecto dos dois tunabelíssima partida.

Os restantes quarto-finalistas serào co-nhecidos hoje, se evidentemente a chuvapermitir, aparecendo como o jogo maisatrativo o que oporá Brian Gottfried, vence-dor do tcheco Ivan Lcndl, o que pode serconsiderado uma meia-zebra, e o zangadoHarold Solomon, os dois americanos.

Francanaé campeãde basquete

Cucuta — Depois de conquis-tar o título do 15° CampeonatoSul-Americano de Clubes Cam-peões de Basquete e assegurarsua participação no Mundial,marcado para outubro, na lu-goslâvia, a Francana conseguiutambém a vaga para sediar oSul-Americano de 1981, na ci-dade de Franca, São Paulo.

A Francana foi declaradacampeã do Sul-Americano pelosaldo de cesta, já que terminouempatada em primeiro com oSírio, o Gimnasia Y Esgrima.da Argentina, e Guaiqueres. daVenezuela. Na ultima rodada,tanto o Sírio como a Francanaperderam e terminaram a parti-cipação no torneio, com duasderrotas e cinco vitórias (o Sírioperdeu de 84 a 78 para o Gimna-sia e Esgrima e a Francana de77 a 75 para o Loteria, da Co-lòmbiai.

O que ficou claro nesse Sul-Americano foi a superioridadedos argentinos sobre os brasi-leiros. Depois de vencer o Brasilno Pré-Olimpico de Porto Rico,por 118 a 98, os argentinos pra-ticamente voltaram a derrotara Seleçáo Brasileira por duasvezes: venceram a Francana,que tem Robertáo, Wagner,Adilson, Hélio Rubens e Fáus-to, e o Sírio, com Marquinhos,Mareei, Oscar, Marcelo Vido,Luis Gustavo e Saiani, jogado-res que defenderamo Brasil noPré-Olimpico.

ESTADUAL

Uma reunião hoje à noite naFederação, entre dirigentes doVasco, Jequiá, Fluminense cMackenzie, definirá o critério elocal das partidas do quadran-guiar decisivo da Taça Guana-bara. A primeira rodada serásexta-feira e hoje será discutidose o quadrangular vai ser deci-dido em um ou dois turnos, commando de quadra invertido.

Os ginásios do América, Tiju-ca e Municipal deverão ser es-colhidos, caso a opção seja ape-nas por um turno, em quadraneutra. Como vencedor do Gru-po A. o Vasco enfrenta o Mac-kenzie, segundo do B, enquantoo Fluminense, primeiro do B,enfrenta o Jequiá, segundo doA. Se o quadrangular for decidi-do com turno e returno, os qua-tro clubes jogarão entre si, commando de quadra invertido; ouseja. o Vasco vai a quadra doMackenzie e depois recebe suavisita em São Januário.

Borg e Vilas

Quanto a Bjorn Borg c Guillermo Vilas,que também disputam hoje o direito de ir àsquartas-de-final. o primeiro enfrentando ohúngaro Balaz Taroczy, o outro jogandocontra o espanhol Orantcs. devem, pelosprognósticos, conseguir a classificação semmuito trabalho.

Ao que tudo indica, váo-se enfrentar nassemifinais, salvo alguma grande surpresa,ganhando o direito de enfrentar — quemsabe? Jimmy Connors, se pretende chegariaprecisa melhorar bastante seu jogo daquipor diante.

Cannors enfrentará, provavelmente de-pois de amanha, o chileno Gildemeister,protagonista, ontem, juntamente com o me-xicano Raul Ramirez. de uma partida mor-na o tempo inteiro mas que apresentou umfinal empolgante, indo ao quinto set, depoisde uma igualdade em sets em 3 6.63,0 6.6 3,10 8 ipelo regulamento de Rolarid Garrosnáo ha tie-break no quinto e decisivo set;.Para Gildemeister, depois de várias alter-7iativas que levaram o jogo a terminar as7iove c meia da noite (ou do dia porqueainda estava claro).

Resultados de ontemSimples masculinas: Guilhermo Vilas (Argentina) 6 2.62.63 Buster Mottram(Inglaterra); Harold Solomon (EUA) 6/7, 6 4, 7 5. 6 4 Van Winitsky (EUA);Jimmy Connors (EUA) 7 5. 6 4. desistência Yannick Noah (França): BalaczTaroczy (Hungriai 6 2. 6 3. 64 Heinz Gunthardt iSuiça): Brian Gottfried(EUA) 2 6. 7 6. 1 6. 7 5. 6 3 Ivan Lendl (Tcheco-Eslováquia)

Simples femininas: Ivana Madruga (Argentinai 6 0. 6 7. 6 2 Virginia Wadeilnglaterra); Chris Evert Lloyd (EUA) 4 6.6 4.6 3 Bettina Bunge (EUA); HanaMandlikova (Tcheco-Eslováquiai 6 1. 6 1 Petra Delhees iSuiçai;

ZóziunoBarroso do Amaral

Boghossiané destaqueno hipismo

Ney Boghossian, voltando amontar Bonjour, venceu ontema categoria sênior da principalprova de saltos da SociedadeHípica Brasileira. Ele cumpriuo percurso com obstáculos al,40m. tabela A. ao cronômetro,sem faltas em 85s7. Em segun-do lugar nesta categoria ficouRita Bezerra de Mello, com EauSauvage — 4 pontos em 76s4 —seguida de Sérgio Céntola. comRigolctto — 4 em 87sl.

A categoria de jumor destamesma prova foi vencida porManoel Galliez Pinto, com Ar-lequimB — 3,5 pontos em 94s7— seguido de Claude Papanto-nakis, com Pitágoras — 11 em79s7.

A primeira prova da tarde, a1.20m. tabela A. um desempate,era para cavaleiros novos e ca-valos classe A. A primeira cate-goria foi vencida por RafaelCeppas Viana, com Maço — 0em 36s6 — Em segundo classifi-cou-se Ana Virginia Capanema,com Mococa — 0 em 36s6 —seguida de Mauro Mendonça,com Douradilho — 4 em 29s8 —e Roberto Manháes Barreto,com Woodstock — 4 em 30s6.Entre os cavalos classe A o me-lhor resultado foi o de HipólitoMunhoz, com Carimbo — 0 em34s8. Em segundo ficou Antó-nio Alegria Simões, com JusD'Orange — 0 em 3õs2 — segui-do de José Marcos de SouzaBatista, com Last Time — 4 em30s5 — e Elizabeth Assaf. comLittle Joe — 4 em 31s5

"Thor" chega emIo na regatados solitários

Numa competição muito bo-nita e que bateu o recorde bra-sileiro de inscrições de barcosde Oceano. Fernando PimentelDuarte, com seu Thor. foi o fitaazul da Regata dos VelejadoresSolitários, organizada por JoséRoberto Braile. da ABVO -Associação Brasileira de Velei-ros de Oceano — e patrocinadapela Valeria Pellicano. O vence-dor no tempo corrigido, porem,foi o Kalema. da classe VI, co-mandado por José Avelino

Tecnicamente muito boa. aRegata dos Velejadores Solita-rios. disputada pela primeiravez no Brasil, proporcionou umbelo visual para os muitos inte-ressados que lotaram os trêsbarcos do Iate Clube do Rio deJaneiro e mais de 10 de partieu-lares, para acompanha-la Fo-ram percorridos cerca de 16.5milhas no percurso compreen-dido entre a marina da Glórialargada — montagem porbombordo da ilha Rasa e che-gada novamente na marina.

Apesar de fracos, os ventos deNordeste — força dois — pro-porcionaram uma saída combalóes. ivento em pòpai, coisadificil para os iatistas solitários.Cinqüenta e nove barcos forampara a raia e o tempo bonito deontem à tarde ajudou a comple-tar o sucesso da promoção. Ogrande adversário dos partici-pantes foi sua inexperiêncianesse tipo de regata.

Os vencedores da Regata dosVelejadores Solitários, no tem-po corrigido, foram os se-guintes:

Classes I e II: 1 Thor — Fer-nando Pimentel Duarte; 2. MyHobby — Jorge Gomes; 3 Cari-gaceiro IV — Gilberto Barreto;4. Neptunus — Sérgio Mirskv.Classes III e IV: 1 Mo-Hai -Gustavo Pacheco; 2. Mika —Lorival Antunes Maciel; 3. Bar-eo — Mario Simóes; 4. AlesgutJacques Aubry; õ. Kakalé —

Alberto Guarischl; 8 RIM —José Álvaro de Carvalho.Classe V; 1 Sagittaii? — HenriBallot. 2 Malabarista — JorwPontual. 3 Osprèy XXII -Axel Schmidt. 4 Five Stars —Roberto Pellicano. 5. Fox-Trotte - Fernando Balleste; 6.Gignln — Maré Diniz.Classe VI: 1 Kalema - JoséAvelino: 2 *Vin — Pedro PenaBranca; 3. Taaroa — AugustoLefèbvre; 4. Xmnit — HomeroBarros: 5 Bt-rgantim — JoáoCarlos Santana; 6. Plmm —Marco Antônio Simóes.NA LAGOA

As regatas Marcilio Dia» eInterclubes foram disputadasontem, simultaneamente, naraia da Lagoa Rodrigo de Frei-tas. com ventos fracos — que nosábado adiaram a primeira —de Leste, força dois. Apenasbarcos de cinco classes partici-param das regatas promovidaspelo Clube Naval e pelo Cai-caras.

Os resultados de cada classeforam estes:Optimist: juvenil: 1. PeterTanscheidt; 2. Felipe Andrade;3. Eduardo Wagner, estreante:1. Leonardo Petersen. 2 Antô-nio Pantaleâo: 3. André Pel-lenz. feminino: 1. Leticia No-gueira; 2. Maria Cristina Men-des: 3. Mónica Gonçalves.Laser: sênior 1. Pedro BulhõesCarvalho da Fonseca (Chorão)2. Geraldo Antônio Cavalcanti;3. Antônio Francisco Sampaio,jumor 1. Edgar Souza; 2. LuisOliveira Neto. 3. José Koz. femi-nino: 1. Andreia Solfiatti.Hobic Cat-14 1 André Morais;

Carlos Eduardo Brito; 3. Pau-lo Osório de Brito.Pinguin: 1 Duilio Borgongino;2. Carlos Caruso: 3. Aírton SilvaJúnior Shipe: 1 Pedro PauloPetersen: 2. Aspirante Orixin;

Paulo Rabelo

COB define sebasquete e vôleivão à Olimpíada

Conselho Executivo do Comi-tè Olímpico Brasileiro decideesta tarde em reuniào presididapelo Major Silvio de MagalhãesPadilha inclui ou náo o basque-te masculino e o vôlei femininoentre as modalidades que váocompetirem Moscou. A tendén-cia dos 22 conselheiros aindanão é conhecida tornando-asessào uma das mais Importan-tes do COB nos Últimos anos.

Tanto o basquete como o vó-lei já tém convites das respecti-vas entidades internacionais ea ida aos Jogos Olímpicos de-pende apenas da decisáo do Co-mité. O presidente do COB, Sil-vio de Magalhães Padilha de-clarou várias vezes que náo seopõe à entrada dos dois espor-tes, mas só o Conselho Executi-vo tem poder para inclui-los.

DECISÃO DIFÍCIL

Embora os dirigentes do bas-quete e do vôlei tèm trabalhadoinsistentemente junto a suasentidades internacionais paraconvidar os dois esportes, o fato

é que a decisão do COB estatarde ê ainda uma incógnita. OConselho Executivo é formadoem sua maioria por presidentesde confederações que, provai-mente, vao ser mais sensíveisao apelo do basquete e do vôlei.

Silvio Padilha manifestou-sealgumas vezes favorável à in-clusâo desses dois esportes,mas ressalvou sempre que nàotinha poder de decisão num ca-so como este. e que cabia aoConselho a palavra final. Parti-cularmente. Padilha é favora-vel a inclusão do basquete por-que espera pelo menos umquarto lugar para a equipe.Quanto ao vôlei, adimite que acolaboração em Moscou náopassaria de um oitavo lugar.

Outro aspecto que pode in-fluir na decisão do ConselhoExecutivo refere-se à revisàopara outros esportes, como nocaso do tiro. da natação e daesgrima. Segundo Carlos Oso-no de Almeida, membro da As-sessoria Técnica, náo seria na-da demais acolher-se a preten-sao do basquete e do vôlei.

ROTEIROJB/DELFIN

m

A Gama Filho conquistou ontem o Campeonato Universitáriode Remo dos Jogos JORNAL DO BRASIL 'Delfim ao vencer asegunda e ultima etapa da competiçào. realizada no Estádio deRemo da Lagoa. Das cinco provas realizadas, a Gama Filhoganhou quatro e somou 104 pontos nas duas etapas.

Nas cinco provas de ontem, a Suam venceu o double. com osirmãos Paulo César e Sérgio Dwarokovski. a Gama Filho venceu oquatro-com, skiff. dois-com e oito. todas disputadas também naprimeira etapa. Ontem a Gama Filho somou 52 pontos, enquantoa Suam ficou em segundo, com 32, seguida da UERJ, com 24, ePUC, com 20.

A classificação geral foi; 1" Gama Filho, com 104; 2o Suam,com60: 3o UERJ. com 43:4o PUC, com 41; 5" UERJ, com 21; e 6° EscolaNaval, com 5.

ATLETISMOParis — Pela primeira vez na história do atletismo, um

saltador francês — Thierry Vigneron — conseguiu para o seu pais orecorde mundial do salto com vara. Competindo ontem, no subür-bio de Colombes, próximo a Capital, Vigneron. de 20 anos, obtevea marca de 5.75m. melhorando em três centímetros a anteriorestabelecida no dia 11 último pelo polonês Wladislaw Kozakie-wiez.

Na cronologia dos recordes mundiais da prova, os norte-americanos tèm a supremacia, começando com Marc Wright, queem 1912 saltou 4,02m. Daquele ano até 1970, os Estados Unidosforam absolutos. Em setembro de 70. o alemão oriental WolfgangNordwig tirou o recorde de John Pennel. que tinha 5.44, perdendoa marca por um centímetro. Nesses 10 anos. os norte-americanoscomandaram ainda em 72. com Robert Seagren. que conseguiu5.59m e em 76. com Ear! Bell e Dave Roberts. este Ultimo com5,70m quebrado ha apenas três semanas por Kozakiewicz.

No Maracanã, ganhando as dez provas. Ronaldo CristianoAlçara, da Gama Filho, superou ontem, durante a seletiva noEstádio Celio de Barros. o recorde sul-americano do decatlo, nacategoria juvenil iate 20 anos incompletos) com a soma de 6 mil670 pontos, contra o seu anterior de 6 mil 508.

SURFECauli, representando a Brasil Nuts, foi o vencedor do Arpoador

80 de Surfe, cuja flnalissima foi disputada ontem, no Arpoador,entre 12 concorrentes. Cauli assegurou, com a vitória, sua partici-paçáo no Waimea 5 mil, que será disputado em agosto, também noArpoador, pelo circuito internacional. Na disputa entre Bocão eDaniel Friedmann. na terceira bateria, a vitória ficou para Fried-mann. que também recebeu um convite para o Waimea, mas nãosuperou a grande revelação do campeonato.

VÔO LIVREA Associação Brasileira de Vóo Livre (ABVL) resolveu ontem

dar as passagens para Europa ou Estados Unidos a Paulo Falcão eMarcos Acher. embora o Torneio de Outubro nâo tenha termina-do. A etapa de ontem náo foi realizada porque os 35 finalistasperderam o crédito nos arbitras e resolveram náo fazer os dois vôosprevistos para a final.

Houve várias tentativas de contornar a competiçào em só doisvôos. já que. para anular as falhas de arbitragens, os organizadoresqueriam anular também as etapas anteriores, onde houve erros depontuação e cronometragem.

Segundo vários pilotos, a culpa foi da organização que colocouapenas um quando deveriam haver quatro. Ujh árbitro apenas erapouco para controlar o vóo de três ou quatro asas no mesmomomento, Para ontem estava previsto um vôo pela manhã (seriameliminados 21 pilotos» e umíegundo a tarde, com a participação deapenas 15 concorrentes.

8 O TURFE 0 JORNAL DO BRASIL D wflundo-felro, 2/6/80 ? \* Caderno '

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rotos do Jote Camilo da Silvo

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D«rA* Broun (pelo centro) resiste bravamente até o disco ao arremate de Baronius (por fora) para ganhar o seu segundo Derby. Em terceiro, por dentro, chega !\agami, próximo dos ganhadores

Dark Brown derrota Baronius em final dificílimoCom 300 metros de reta rigorosamente eletrizantes, Dark Brown

(Tumble Lark em Nogueira II, por Gay Garland I, criação e propricda-de do Haras Rosa do Sul. derrotou, por diferença mais do queminima. Baronius (Falkland em Pavane. por Chio), criação e proprie-dade dos Haras São José e Expedictus, tornando-se o derby-winnercarioca de 1980 ao levantar ontem, no Hipódromo da Gávea, os 2 mil400 metros do grandíssimo clássico Cruzeiro do Sul (Grupo II. Estaprova nobre foi a terceira de Grupo I vencida por este filho de TumbleLark. sendo as anteriores os grandíssimos clássicos Derby Paulista eSáo Paulo. O tempo do ganhador em pista de grama leve foi de 2m28s,marca modesta mas explicável pelo ritmo controlado da primeirametade do percurso imposto por Busiris, faixa de Baronius.

Dark Brown correu acomodado para surgir no meio da reta emprovidencial passagem pelo centro da pista e resistir ate do disco aoviolentíssimo esforço Qnal de Baronius que. mantido longe, foiobrigado a vir por fora de todos os concorrentes (iniciou sua atropela-da pela linha 20) perdendo por bico de focinho. Um duelo entre doispotros de excelente padráo que mexeu com as emoções de todos ospresentes. Em terceiro muito próximo dos vencedores, em exibiçãomulto boa. terminou Nagami (St. Ives em Naide, por Waldmeister).criação e propriedade do Haras Verde e Preto, completando omarcador Hersio Kidd (Captain Kidd II em Quérsia, por John Araby),criação e propriedade do Haras Malurica.

Resultados1" PAREO — 1300 metro» — Piita — Gt — Primio CrS 68.000,00

!• Antalyo.G.Meneses 56 1.50 II 90,402° Tiir.G.F-Almeida 56 .1,40 12 5.80.3° Duinho.A.Abreu 57 8.40 13 16,00A' SorçaArdenie.J.Queiroz 56 6,40 14 16,805o Aristoretta, J.M. Silvo 56 1.50 2? 4,406° MijsEncerramento, F. Pereiro 57 4,60 23 5,20T Vivlto,J.Pinlo 57 10,10 24 3,308° Homari.Ji.Gorcia 56 4,60 33 18,00V PretentiouB,J.Ri-o*do 56 5,70 34 7,40

Oil. — 2 corpos e 3 corpos — Tempo — 1' 17 '4 — vénc. — (2)1,60 — Dup —(23)2,20 — placé - (2) 1,20 8 (3) 1,70 —Mov do páreo Ot 854.630.00 ANFA1YA —f.T. 4 anos — SP — tuceomo e Norah — cfiaaor e Propr. — Haros Sâo José elupedictus — Treinado* -- F. Sarcva

2° PÁREO — 1000 melros— Pista — Al — Prêmio Crt 7(1.000,00

2.60 33 69,5039.60 34 24,2026 90 44 78.8035,6037.30

2.601.50

28,401.50

8° Depiction, A. Bolmo 569C Dlau.F. Pere.ro ' 56

10° Ugogo.G.F,Almeida 56IIo Match Point Again, W. Gonçalves 5612° Gerki,J.Escobor 5613° Duck/JiFagundes 5614o Busiris,F.S.Machado 5615= RockRidge. A Oliveira 5616° flrovio.E.Ferreira 56N/C, BIG CHIEF. 3/4 corpoDIF — mini mo e — Tempo — 2 28' — vtric —(5)2,60—Oup.— (+2) 1.70 — plâcé'-(5) 1,20 e (3) 1,10 —Mov. do páreo CrS 2 519 260.00 DARK BROWN —M.C. 3anos SP — Tumble Lark e Nogueira II — criado' e Proor ¦— Haras Rosa do Sul --

Treinador — A Cabrera.6° PAREO — 1500 metro» — Piito — Gl — Prêmio CrS 78.000,00.

Io Uci.G.F.AImeida 552o Hossgor.F. Esleves 563° Tuvienro.W. Gonçalves 554° Kalarnoun,J.Ricardo 565" Ixiquilo,J.Pinlo 556" Umarco.F. Pereira 56T Beautieu,G.Meneses 5583 Gregonano,J.M.Silva 559' Revuello,P.Vignolos 55

10" Khaled.J.F.Frogo 5611' Kimko.T.B.Pereiro 5412° Rocard,E.R.Ferreira 56I3'J Alinhado.A.Oliveira 55

DUPLA EXATA (08-05) 95,80 — DIF. — 1 corpo e mínimo — Tempo — 1 '30"4 vene.— (8) 2.30 — Dup. — (34) 7,70 — placé — (8) 2,00 e (5) 12.50 — Mov. do c*iteo OS2 271 310,00. UCI — M A. 3 anos — SP — Royal Orb.i e Jupcni — CriadorFazendas Mondesir — Propr, — 5'ud Sunset — Treinador — G. F. Santos.

- Al — Prêmio Crt 78.000,00

Noturna de hoje,páreo a páreo

Ilcoluca ...'.

I* PÁREO — Âl 20h00 — 1000 melrol — Tom Sowyer — ImOOf —(Areio)

2,30 11 8,5022 30 12 5,507.20 13 6.708,20 14 2.304,00 22 34504,00 23 12,805,00 24 3,905,30 33 26 60

22.70 34 7,7031,20 44 10,005,30

38,1028,30

1—1 Cotector SkiddyJR. Olivena 57 5° ( 6) Bools e Nelark '.000 NI Im02s °. Nah-d"

Sarra;oni.J.Ricardo 56 4° ( 6) Boots e Neiork 1000 NI lrr.02s c Nor.d2—2 GrandCanyon,J.M,Silvo.... 56 3° ( 6) Boots e Neiar« :000 NL Im02s E. P. Coulinho

3 Caracolero.E.Morinho 56 8° HO) Lamemo e Boots 1200 NL !m!5s (• P Lavo-3—4 Nelark,P.Queiroz 57 2° i 61 Boois e Grana Canyon 1000 ML )m02s R.iTrloodi4—5 Clark Ken!, Fiemos ........ 56 6o | 6) Boo's e Neior» 1000 NL lm02s O.'.' Fe.^n-aes

6 Savio,J.Escobar 56 5o ( 7) Dúmo e T-,\e 130U Ni Im2's3 A V. Neves

T PÁREO — òs 20h30 - 1300 melrm — Yord — lml8« •DUPLA EXATA

- (Areio)

T PÁREO — 1000 melrot — Piilo -I3 lotegâo,R. Freire 55

1" Full Girl. J.P.r.to 562" Sabiá Laran|eÍro,F. Esteves 563= Natif, A Soura 564C Bicc-.no J Ricardo.5° B>vert.da,ER ferreira .,6° KHoo, J Escobar7° Bédouine,G.Meneses..8: Alei,G.F Almeidao"- Danena.J.M Silva

565656565656

2.601,80

18,806 10

24 0021,30

8,1014,4014,00

80.007,50

17.608,307,40

11,001.40

11,205.60

10 80 11 38,802° Aran.M.C.Pono 55 4,70 12 5,803° Escalo, J.Queiro* 56 5,20 13 10,404o Cadenciado,T.B.Pereira 54 4 50 14 4,005° Garian,J.M.Silvo 55 2,60 22 8.206= Mo:cosmir,is,G. F. Almeida 56 6,50 23 7,50T- Bedouin,J.Ricardo 56 6,70 24 2 906° ZédoPilo.P.Vignolos 55 7,80 33 30,00

DIF. — 2 corpos e cabe-o — Tempo — 1*01" — vene. —(1)10,80 — Dup. (12) 5,80— plocé — (I) 4,50 e (3) 2,60 — Mov. do póreo OS 1.587,010,00, LATAGAO — M,C. 3 anos — SC — Corporo e Esquiadora — criador Horas Cidade de Blumenau —Propr. Stud Aro — Treinador — R. Tnpodi.

8" PÁREO — 1300 metro» — Pilla — NL — Prêmio CrS 95.000,00

I—1 Barrorlas,A. P. Souzo 512 DonManolo.R.Silvo 54" Fardeau,A.Souza 54

2- 3 MislerOiigo.J.M Silvo 53" Alexis.C, Morgado 54

3—4 Farahoun,P.Vignolos 575 Moresco.L Januário 53

4—6 Cinderelo,J.Pinlo 53Diurno, F. Esteves 54Kelso.J. Moita 10 57

Io ( 8) Du.rho e Prenletious4o ( 7) Quouly Ploce e Torilo6° { 8) Quadro Negro e Farohoun4° ( 8) Lanço Perfume e Vol-Au-Vent8° ( 9) F0rt!a;n e Heim (CJ)Io ( 7) Tambi e Rueck6' ( 7) Bouc e Fílmaaor4° ( 7) Freitas e Snow HawkIo ( 7) Trifle e Bandoir

12" (14) lago e Andrew (CJ)

1200 NL 'm!5s A Paim P1000 NU Im07s3 F Abreu1300 - NU Im20s4. f. Abreu1300 NL Im20s C. A. Morgodo1500 AL Im33sl. C. A Morgodo1400 AL )m27sl. A. Arauio1600 NP Im40s4 A. P, Lo.or1600 GL Im35s4 7. D G.edes'300 NL Im2!s3 S.

Moraes1300 Gl lm!7sl. A P. Sivo

3* PÁREO - •às- 21H0O —2000 meiro» —Grou —2m06tl.INICIO DO CONCURSO DE 7 PONTOS

-{Areia)

1 —I Borroc, W. Costa 1Aducan,J.Ricardo 2

2—3 Rampiar,G.F.Almeida 33--4 Jaddo.E. Ferreiro 44—5 Anglicano,G.Menests 5

4o ( 7) Anglicano e Turno9° (12) Fuscâo e Lora Simpatia3C ( 7) Anglicano • Tumo1° ( 9) Croix ou Sud e Viejo Tango1° { 7) Tufno e Rampsaf

2000!500200016002000

GLAUGlNLGL

2m04sl.Im.35s2,2m04sl,Im42s32m04sl

A A SilvaA. Poim F°J, L. Pea?oso

W. P LovorF. Saraiva

1,50 12 10,203,60 13 19,30520 14 3,508,10 23 11,903.90 24 2,405,20 33 87,50

N/ CM- NEIDIR e NICEANA — DUPIA-EXATA (06-04) CrS 5,00 — DIF, — poleio e 3corpos — Tempo — 1'02' 1 — vene, — (8) 2,60 — Duo, — (24) 1,40 — olacé — (8)1,20 e (4) 1,20 — Mov, ao páreo Cr $ 1 257.250.00 FULL GIRL — F.A, 3 anos — PR —Viziane e Fulgarito — criador — Rio Grande — Agro-Pastonl Ltda — Propr. eTreinador -¦ Zilmar D. Guedes.

3° PÁREO — 2000 meiro» - Piito — Gl — Prêmio CrJ 85.000,00.(PROVA ESPECIAL)

lc Elais, J.Ricordo '

582° B!-Cobalt,J Queiroz 503o Abola E. Ferreira 524" lança Perfume, J M. Silva 565C Oegai um.P V>groias 516C Beagie, A Oiiveira .' 58

Dif. — 2 corpos e cabeça —Temno-- 201 '— vene —(5) 1.50 —Dup. (24)2,40 —

plocé — (5) .1,10 e (2) i .40 -Mov. do pareô OS 1496 390.00 ELAIS —MA 4onos— RS — E!doe Tiji o — ciador — Haras Fronteira — Propr. —Stud Cinco de AgostoTreinado' -- j. A. L "-e,ro

4° PÁREO — 1000 melros — Pislo — Gl — Prêmio CrS 150 000,00.(GRANDE PRÊMIO ASSOC. DOS PROPR. E CRIADORES DE CAV. DE CORRIDAS R. i.)

1*" Rea Nora-c, J Rica*dc ' 56 3.50 11 24,702o PlüsUltro.E.R Ferreira 59 1,50 12 8,603: Quadratura AOlivena 57 3,50 13 7,804o Aniela, E. Ferreira 57 8,50 14 2,205o Tuyupms,J.M Silva 58 8,30 22. 35,506C lugareno,J.Pm-o 58 7,00 23 16,707= NÜ:nberOne,A Ramos 59 10,00 24 4,508C Tutankon.F Esteves 59 9,30 33 36,7000 lilAbner.J.Queiroz , 59 9,30 34 4,80

N CM ADELFO e BEAUJOLAISDIF. — Mm,mo e cabeça - - Temoo — 57-4 — vene. — (1) 3,50 — Duo. (14) 2,20 —piacé — 11) 1 30 e (6) 1,20 — Moi do páreo CrS 1 735 000,00 REAL NORDiC — M.A 3 anos ¦- RS --¦ Gy.ng to Ru-ie Royal Nordic — criador e Propr. — Haros SantoAna ao Rto Grande — Treinador — A Mora'es.

5° PÁREO - 2400 metro» — Piito — GL — Prêmio CrS 2.000.000,00.(GRANDE PRÊMIO CRUZEIRO DO SUD

1° Tourd'Argent,G.F.Almeida 552° Adelaide,W.Gonr,olvei 553o Sulista,A.Oliveira 554' Ciad,J.Ricordo 555o Mil Folhas, J. Pinto 556o Bibono.W.Costa 537a Terzlizzi,E.R.Ferreira 558° Essa, F. Pereira 559o Miss Magé, E.Morinho 55

10° Handcuff.A.Souza 55

59,8011.404.005.20

49,705,306,60

16.702,20

11.10DIF.— 1 corpoe 2corpos — Tempo — l'22"2 —vene (1)6,60 —Duo. (13)4 00 —plocé — (1) 3,20 o (4) 7,20 — Mov. do póreo CrS 1.521 620 00 TOUR DARGENT —F. T. 2 onos — PR — Riboson e Nebresso criaaor — Haras Palmital — Propr. — S'ud

¦ W. AÜano.

6,60 1115.00 122,20 134,00 142,50 224,00 236,60 248,30 33

29,50 3426,30 44

4» PÁREO —à» 21h30 — 1300 metro. — Yard — ImlB» 3/5 — (Areio)

1—1 Que BarbaridadeA. Oliveira 60" UNman.F. Lemos 54

2 Snowübra.R.Freire 552—3 Deep Ught, J.Pinlo 58"

CXilinda,J.Ricardo 533—4 Sandstorm, F.Eiteves 52

5 Suzanne Lenglen, J. M. Silva 584—6 Carving.W.Gonçaives 57

1° (12) loudona e Corvlng3° ( 7) Moeto e Compcsiçáo6° (10) Morna e Anielo3o (10) Moina e Anielale ( 9) Langoustine e Racionada1° ( 9) Urase e La Faby

10° (10) Momo a Anielo7o (10) Moina e Ameia

1300 NL Im20s2 A Mcra'ei1400 GL Im24i3 A Mora.es1000 GL 58» J ' -Vrào1000 GL 58s 2 D Gueaes1300 NL lm,20s2 Z D Gueaes1200 GL Imlls4 W. Aliono1000 Gl 58» £ P. Coutmno1000 Gl 58» J. A. Lime-ro

- NL — Prêmio CrS 58.000,00

Brilhante — Treinador

9» PÁREO — 1300 metro. — Pietals Pnncesa Eva, A, Oliveira23 Arupa,F. Arauio3o Tamarana,F. Pereiro4a Dedéia,H.Vasconcelos5o Miiardia.CValgas6' La Embaixadora, F. Silva7° Climo,M.Andrade8o Xabango,Jz.Garcio

Dif. — vários corpos e 1 corpo — Tempo—1'22"3 — ven;,5,10 —plocé-(1) 1.40 e (2) 2.20 —Mov do páreo CrS !EVA — F. C. 5 anos — RS — Jasmin e Midali II criador e Prop1Rio Grande — Treinado^ — M. Sales

10° PÁREO — 1100 metro. — Pitrlo — NL —• Prêmio CrS 98.000,00

I* PÁREO — d» 22h00 — 1000 metro. — Tom S«wy.r — ImOO. — (Areio)DUPLA EXATA

5752585656555658

1.708601,70

42,8010,4038,2020.6035.00

II1213142223

33-(1)1.70 Dup549 350,00. PRINCESA— Haras Santa Ana ao

5,101,507,405 10

30 0012,008,40

54,80

(D)

I —I Samoyano.E Ferreiro 53 7o ( 7) RaraOno e .Moirero 1400 AL l.-31sl W. P. Lavor2 Broilo,E.R. Ferreiro 56 3° ( 8) Gar.on e Ano Tongo H00 NL Im07s4. J, Coutinho

2—3 Capelo Sun, P. Queiroz 56 40 ( 9) Bilirrubino e Besse 1000 NL Im0ls3. A Ara,,o4 DinhaSóJ.M Silva 55 8o ( 9) Bilirrubino e Bessie 1000 Ni lm,0ls3 R. Nona

3—5 Big Fortune, G.Meneses 55 Io ( 7) Ano Tango e Satamah 1000 NP Ím03s3. F. SaraivaProiodeBeios.J. Esteves 55 7o (10) Carvmg e Bétrauo "00 Al ImOBs O. J.M. DosAnoTar.ga.J.Pimo 55 2° ( 8) Ganon e Braüo i'00 NI Im07s4, 2. D. G.eaes

4— 8 OnMorche,F.Esteves 56 1» (11) Bicano e Eievcge '000 Ni ImOôs J. A, Limeira9 BellaStrego.R.Silvo 56 6= ( 9) Bilirrubino e Bess-e 1000 Ni Im01s3 O. Serro

10 Palma de MajorcoJ,Ricardo 10 53 Io (10) Full Girí e Beoou-ne '000 Gl 56s4 R Mo-gaab

(PROVA ESPECIAL DE LEILÃO) 55

6" PÁREO — ò» 22h30 — 1000 metro» — Tom Sowyer — ImOO» — (Areio)

lc Do'*B-0.sr J Q„e.rBofo"^s.G Meneses

3r Nagami,J,Pinto4C HersioKid.LA Pereira...5- Bf.gnton,J R.camo .. . ,6C Shot Lance-. E R Fer-e;ra7* Blue Betting F Esteves

2,601,508,60

11.0029,1025,0031,90

II121314222324

8,501.704,307,308,407,407,80

Oi.nk.rofi j PinloEro'.R. FreireCaiáonaüzo, G.Alves.Hustier J.MendesMinimus.F PereçaBaby Ju,F.SilvaHíuto,G.Meneses •-¦-

8a Cononeu,F,Lemos.95 Chair-man.C.Xavie' .

10° Cross VVma.J RicardoRET. HOLSTER. I * ca-u no percurso)DUPLA EXATA 106-01) Cri 14,80 — DIF, — vários e var-cs coroos — Tei-¦ vene. — (6) i ,40 - Dup, — (13) 7,70 — piace — (6) 1.20 e (I) 3.20 — Mov. aopcyeoOS 1 380.490,00OUNKRAFT --M.C. 2onos-- SP —Sail Tf^ougi e Jingling Jane — criador — Ha'osGuay*;aru — Propr, — Haras Cor^-bo ae Go as ¦¦- ''e^aaor — Z D GueaesAPOSTAS Cri 18209 585,00 PORTÕES OS 25 070 00

5555555555555555

1 408,405.20

23,6019.0023.4013 4019,3039,30

4,80

II1213

22

3334

49,6013,907.70

15 6025.002.600.102,903 ;o

27,20

1 — 1 Muzino Dccha, J. L. Marini 572 Collme.J.Ricado 57

2—3 Frica.E.Santos 574 Phelita,I.Brosiliense 58

3—5 Princess Steel, W. Gonçalve» 546 Ruo Alegre, R. Silvo 54

4—7 Snosuka.F. Arau|0 58" Dodo.R Freire 568 Indicação, C. Morgaao 54

2° ( 8) Palmo Marer e Cal! Me3° ( 8) Paima Mo*er e Muzina Dacho6o ( 7) Tarpon e Repes4o ( 6) Snosuka e Prmc Steel2" ( 6) Snosuko e Doaa4a ( 8} Palma Mater e Vuirna Dacna8o ( 8) Pa!ma Mcer e iV,j;ina Dacna6° ( 8) Palma Matei e Muzino Docna6° ( 6) Gembo e Pnei.ra

1000 NP lr-,0ls3. S. P. Gomes1000 NP Im0ls3. R. Noh.a1000 Ml lm02sl. R. Marquei1000 GL 59s2. A R.co-ao1000 G. 59s2 E. Co.mho1000 NP Im0!s3. F. Aoreu1000 N» Im0ls3. J. M; Arogio1000 N° Im01l3. J M Aragáo1300 AL Im23s4. G. Uüoa

103 : 7° PÁREO — ài 23hOO — 1200 metro» — lotogon — 1 ml2» 2/5 —(Areio)

]",, .*í?íi\- '--£-"í- .": %y *^.v.-:* " ',L'"' . vii*.-:''. --'.JsBi'' ': '-^aSBfc "'* -'¦'¦¦ *¦"-*'- "^Êâf* ¦ '¦¦¦->-':- "íSÉs'" ,Y':-"vrY:Y '_^.

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Mot L

I —1 Cerrolopez.G Alves 53 2' ( 8) B S. aay e S^eer Sky 1000 Ni l-Oisi S Vo-a es'• I..J.M

Silva 55 1° (11) humbird e Relug.um 1000 NI Im0-S4 S. AAoroles2—2 Edênico G.F Aime.aa 54 5'i 8) 3 Skiddy e Cerro lopez 1000 NL imOisi. O.M.Fernonde»

E:s^e.F,Esteves ." 53 2= i 5) O. ckness e V-'o Royo.e 1200 AL imi5s3 A. o S' vo3—4 BigSkraay.J.Ricordo 57 Io ( 8'. Ce"o Looes e Sv.eet S^y 1000 NL ImOls'. R Nonia

SirPaliiola,F.Carlos..: 53 5o I 6i Ce"o A.ro e Cog-,ac 1300 NI lm2ls . Co-- n«o4-^6 Ki-Jalo.U.Meireles 55 3C( 6) Yasser e Cerro'lopez 1200 Ni ImUsl: í

'io.o

Luahini,A.Ramos... 54 5C I V veoo- e D-ei-oco UC0 "ü im.26s3 P '/ Piolo

T-ésaeOuios.G.Meneses 58 4= 6j T^.cto e P.-.e 1300 *.. '-2Cs - *o-ics

8o PÁREO — 23h30m — 1000 metro. — Tom Sowyer — ImOO» — (Areia)

I —! Ve AO-.e-o 56 5C (II Televjna e Beco 1000 Ãl '"03S2 w - c-c

2 Boiona.J.Ferreiro 55 5£ i 6i V- gora e D. -aaae '000 Gl mOOs" J. Coutinho

2-3 Billings.W.Costa ......... 56 8° ( 8) Mixórdia.YB..B. Brás 1300 NL m23sl N..P. Gomes P>

Inera.V.Oliveiro .......... 56 3= i 6) Ta'no e Tomara-o '300 NI m23s, A. A. SiWo

3—5 Intempestivo;J.Ricardo..... 56 3; i 6i Vu.go'o e Dvinoooe 1000 GL Im00s4 -R.ccracImotutoTc.Xavier 57 7; .- 6) T mora.s e Joer-.o '000 G. imOOs A.'»«"ao

Re-o i Brosiliense 56 55 ( Ei Fochopa e late*- 1300 Al ;m24S4 Pedra «

4-7 Ensuile.F.Esteves 56 4' ; 6! Ka eço e Aa s'e 1300 NL m23s4 C. A Mcrgooo

Divindade, A. Ferreira .... 56 25 ( 6) Volgola è Intempestiva 1000 Gl m00s4 R.' Duran»

Bxo W Gon;oives 10 57 4- ( 6) V. poro e D¦¦-oose IvOO Gl Imu0s4 O. .. Vlqs

9o PÁREO — 23h55m — 1000 metro» — Tom Sowyer — ImOO» — (Areio)

o t5',JVa lurguda. Busiris assume a ponta sob a escolta de

*f:^;,-;'.3>'*S. ^

YiYVíYY .".'<:;¦ '¦¦¦.-- .,;¦;;¦f/i .Wi" íiX -ií-i -r-; ¦¦ .*!

ancer, por dentro, e Nagami

\ — \ FritzHeinz J.Ricordo 57 5? ( 8) Rokish e C Mor '000 A° l~02s' J t 'eoraso

Grileiro.J.Molto 57 l%(!5) V Ve-.'o e C C.-o '200 AL l-r;6s! A ° S .oEsalando.F.Lemos 57 fj^l 1) Aconüum e Ajurg '.300 NP l-25s' C- l so

2_j DukeSheliton.R.Freire 57 Vf- ('5; M Vento e C. Ou/o '203 Al imjòsl S - uc'-esF s Hum D F Graça ... . 57 7o .' 7' C B-or-a e R ce 3o ' 300 A. im.24»; F. Ab'e-'amoc- PQue-oz ... 57 10C(M)G 3'ood e Panzito 1200 NI !*T,ifrs3 - D V.c-e ra

3 — 7 Artunto J.R Oliveira 57 9: .9, C e-.s e ~-.- :: 1300 NI lm.!6s3 -ü.F-e-eB Forty.J.M.Siivo . 57 5= 9, c e-.s e - .- :: 1300 NL ',m22s3 E C "e-e ro9 Bc-oira E R.Ferrera 57 ¦:= 8) Rokish e C» Mor 1000 N» lm03s: : ° Ce*-no

---,cá^iYl^w«^-JM*?5*^é***-5-í'í-'i0l5Ç *'¦ :" G. Blood e.Panzito '200 l~'6s3 R. Marques-^"^~10 W(Ó! A Ferreiro ..D 57 3' ( 8) Rokish e C Vor 1000 N*> lm03s' » MoraLes

II Cos-00 Mo- J Ufai -i '2 57 2- 3) R;- v -- - rio I0O0 N5 --03s- \° V°

vence emSão Paulo

Sào Paulo - Ilcoluca, por OlriConnell em Elainn. com L. Yanez,venceu ontem o Grande PrêmioJoão Ceeílio Ferraz, no quarto eprincipal pareô cio programa dis-putado em Cidade Jardim, eomdotacáo de CrS 360 mil. A potrancapertencente a Hassib Nastas per-correu a distancia de 1 mil 500metros em 1'36"1, na areia supe-rando a Gift. que fieou em segundocom J. Garcia, formando a dupla(26), Dorandla, com E. Le MenerFilho foi a terceira.RESULTADOS1° PAREO — 1 200 metro» — A.l. — Voriante

CrS 142 m.l!s F-cae 'a. L Saiáa'*-'aT l'm Be'io. I Quintana3: ;'**ieooo, J. G. S .aTempo -- \'\7 6: F na s* 2i".l e !j'£ Ver.cí-ao- 0.20 — Duaia (35) 0. ? «és (3)0,12 (5)0 '8 ™ P'cce'o*o e C-aco' *-a;áÍ'Ma.c

^e.--cao^. A. O:.veiro, Fü c;ác. Toiqufe em

Dan 3 - o Ve'ce2°Poroo —1.200metros—A L. —Voriontê —CrS 142 mil1= Bei-d-a, ;. R Og.n2- Jardina J, Cas'i''o3' GarC'*-nu. A. P-oe^aTempo; i'lò"ls. Fmc.S; 26" e Í3"J. Vo-^;ea'o'3,'2 — D.oio (27; 8.29 - - P.aces (2) 1.30 (7)

'

0 37 — Proorre'ár'0. St-jd JacjD:-argo. Treme- ¦acr ¦*/. P Ca^coi. F.i.a;ào. *.''0!cn em U;*to. iQ'.cc.O'. GoD'-ei U--ar o \'azaro'to.3° Poreo — 1.000 metros — G. L. — CrS 142millc Iflequino D i i cei

23 °'ir;e Caec. L C S .a3; De; Ta'. A SweiTempo: 58 93 frM 23 9 e 12"2. Vencedor:1,26 —Dupla (27) 0,13 —Plocès Í2|0.67;;0) ¦3.B5 — P'oor.eró''o. joào C"ui Bc/o Creifo.T-e-icricr* W. J. 0'.ve '?. Fiiioção* Areavrro IIer- B'Q nha. C'C3cr hcoí V.c jty.aA' Paieo — 1.500 metro»—A, l. —CrS 360 mil

Grande Prêmio Joóa Ceeílio Ferroí (gr II)Io l'tc'u:a. L vc"e-!25 Giíf. J, Garcia3: Do'a-a a, E. Le W-er.e: Filho4: Ucongo, V. Moioi¥ Acjo, c. 5Gr>Da:obz

"a*ia'ivo, E. Arr.ofím

7' Sa'-aa, S A. Scn*os8: Dayri-.-c-g':. J. V.scrcdoTempo: l'36*!ls. Finaíi: 27"5e !«i 3.*Ve-'.tíacf:0,23 — D.so 1,26) 0 2.1 — Pocés (2) 0.'.7 t6).0,<3 — Prccr.evv.c hcísu f.ai*ci Tre-^oao-il Osc-io F.:'a;óo: Ca Co-.reU em E.oino.C' aao- Haroí Uo s cc,5°P6reo —1.000 meiro»—Gl—CrS 110 mil'" !re;e, J. Go^;cIvesT Ei G-.c:c . i ce ,'.'ere' Filho3: Atcs , J S '.aTempo. V 4-, Finail 23 6e ií? Ve- :ení'.

1 Zi. Di.0 a (68) 6 85 ¦- Piaces- ('Cr) 0 67 -.9)

171 — Proc'.e*arc; Sva Guo tm'. Tre "cac-

M Da:cs'a = o;ão Kai<ai* a Zaoe Cr sao".Hq-oí Pccrra i.'c:36°Poreo — 1.000metro»—G.L.—CrS II0mil1° Xjum, I Qjir ,o**a

2C H-e^to K'aa, ; Sa aa-f.a3* Sas^^o, 5 ¦? Scu2oTempo 57"9s. Finais 23"7 o 52 1. Vei ceac-3,90 - D.pia (36) 3,51 — 0;a:ès (6) 1.05 (3)0,'Ç — Prco':t'z-c e C' cdof S*-d 3 -¦^¦'v-go.r'e -cão- N PceYa Fiação Ccegg o en0,'0™ian*ica7° Poreo —1.300 metro» —aprox, G.L. —CrJ110 milIo Vas'e' *L"g, R Pe-.och'o2° fig Cr-C';e. I, Q- r'c-o3C Bsa-c. L. Sc^aa'-roTempo

" 20". ;-:s 2<i"ó e ' 2"6 Ve^íeac'*

C 37 — Djpio (47; 0,53 - Piocès ,4) 0,2. 7)'3 — -^cp-e'a* o e C-aac- *-:aroi Fax>o

T,e -sec a Vcgc '-àci.= t^sc Eofíooafl en-¦£•

8° PAREO — I 300 metro» oprox. G.L —Cr$110 mil"Betting Duplo Exato"

Va'e a'. í sero'.r.io

3 Co '--o ao V,e 2. V. V»a'ciTempo:

'. '3 Ss * ra-% 23'7 e ;' 9 .'e-:eao*

0 39 — D^cia [45) 0.91 — P a-.es -4, 0,25 (5)0,32 — Proprietário e G cam ---r-os za>,r.aT-e-roao'- A. Mago.nãei. Fil cçào £c:ac*^ li

9» PÁREO — ) .300 metro» — Aprox. G.L Ct»110 mil"Betting Duplo Exata"

i f-caos . va-e;

Der.ce, :. Cavo -e -o

Cromn-.yon, F V.a aTempo:

' 20 6s Fras 23"9e 11"9. Vencedo»

0,42 — D-.po (34)0,42 —5'c!:è5-(4;0.!6i3)0.12 — 0-or:'.e'o-c S'^3 F. V S.Jjejnaciorr.C.A Dacosra. Filíoçõo; D-^e cf -ícg-w err Biccka-gv. O ode Agr. Pgs* Sào S-l.eiifft S.A10° PAREO — 1.300 metrot — Aprox. G.L —CrS 110 milBetting Duplo Exato"' .V,-o' . C Vendes

Doctyi. . S-.a% -o A-oao, l Ca.o ne:'o

Tempo: I 20 4s : -a s 25 "6

e 128. Vene«ja»0,49 —Dupla (78) 2.05 —Plocé» (10) 0,31 (e0 73 — £'zz' e'a'c S'-3 Pfcoo Tonado»; Jl5a'.'Oi Zi a;co íj-a. e1^1 GoneFof6vat Çtityoo*-. ia'os Fqk na.

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JORNAL DO BRASIL D segunda-feira, 2/6/80 D 1" Caderno AMADOR/LOTERIA O 9

Jones vence em Jarama eFISA diz que não valeuModrl/UW

Márcio édestaque nomõtocross

Márcio Campos, daEquipe Gérson Motor,foi o destaque da etapade ontem, segunda doCampeonato Estadualde Mõtocross dispu-tada na pista da praiade Boa viagem, em Ni-terói, por representan-tes do Rio, Sao Paulo eMinas Gerais — natu-vralmente só os cariocascontaram pontos. Elevenceu as duas provas,para motocicletas de125 e 250cc.

Cerca de 5 mil pes-soas assistiram à provaque teve dois inciden-tes. O piloto Marcus Vi-nícius sofreu uma que-da na corrida de 125cc efraturou a clavícula, fi-cando de fora da dispu-ta. Entre uma prova eoutra o paulista índiodesentendeu-se comum policial e foi preso;Os pilotos resolveramentão só iniciar a provaseguinte depois que es-te fosse solto. índio, en-tretanto, voltou para aprova mas caiu e não acompletou.

Os resultados de on-tem foram os seguintes:125cc: 1. Márcio Cam-pos (RJ) — Equipe Gér-son Motor; 2. MarceloScarano (SP) — Sta-roup; 3. Eduardo Beli-zário (MG) — Flamer's;4.: Geraldo Starling(MG) — Flamer's; 5. Vi-cenzo Jacomelli (SP) —avulso; 6. Tomás Sa-waia (SP) — avulso. ,250cc: 1. Márcio Cam-pos; 2. Geraldo Star-ling; 3. Eduardo Kruel(RJ) — avulso; 4. Faus-to Macieira (RJ) —Atlântica Boavista; 5.Ives Gervasoni (RJ)avulso; 6. Mário Calcia(RJ).

Márcio Campos lide-ra, com 30 pontos, asduas categonas—125 e250cc — seguido deLuís Felipe Laureano,com 22, e Mário Calcia,com 15, nas 125cc — ede Fausto Macieira eEduardo Kruel, com 12,nas 250. A próxima pro-va será no final destemês, provavelmente noautódromo de Jacaré-paguá.

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A precipitação de Laffite provocou sério acidente, que destruiu seu carro e o de Reutemann, então líder da prova

RESULTADO

Ih43ml4sIh44m03sIh44m55s

Í.Alan Jones (Williams)2. Jochen Mass (Arrows)3. Eliode Angelis (Lotus)4. Jean Pierre Jarier (Tyrrell) 79 voltas5. Emerson Fittipaldi

(Skol-Fittipaldi) .79 voltas6. Patrick Gai I lard (Ensign) 75 voltas

NÃO COMPLETARAM.

EddieCheevers (OselIa) parou na 67° voltaDidier Pironi (Ligier) parou na 65a voltaJohn Watson (McLaren) parou na 48° voltaNelson Piquet (Brabham) parou na 42° voltaGoeff Lees (Shadow) parou na 42a voltaCarlos Reutemann

(Williams) parou na 35a voltaJacques Laffite (Ligier) parou na 35° volta

RicardoZunino(Brabham) parou na 34° volta

EmilioVillota (Williams) parou na 33° volta

Ricardo Patresse (Arrows) ^parou na 30° volta

Mario Andretti (Lotus) parou na 29a volta

Jan Lammers (ATS) parou na 26a volta

Derek Daly (Tyrrell)Keke Rosberg

(Skol-Fittipaldi)Alain Prost (McLaren)David Kennedy (Shadow) parou na l°volta

parou na 12° volta

parou na 10° volta

parou na 5° volta

SITUAÇÃO DO MUNDIAL(extra-oficial)

1. Alan Jones (Austrália)2. Nelson Piquet (Brasil)3. René Arnoux (França)4. Didier Pironi (França)

pontos28222116

Alain Prost (França) 3John Watson (Irlanda) 3

17. Jody Scheckter (África do Sul) 218. PatrickGaillard (França) 1

MUNDIAL DE CONSTRUTORES(extra-oficial)

5. Carlos Reutemann (Argentina) 156. Jacques Laffite (França) 127. Jochen Mass (Alemanha) 118. EliodeAngelis(ltália) 109. Ricardo Patrese (Itália) 7

Emerson Fittipaldi (Brasil) 711. Jean Pierre Jarier (França) 512. Keke Rosberg (Finlândia) 413.GillesVilleneuve(Canadá) 3

Derek Daly (Irlanda) 3

1. Williams2. Ligier3. Brabham4. Renault5. Arrowsó. Skol-Fittipaldi7. Lotus8. Tyrrell9. McLaren

10. Ferrari11. Alfa Romeo

pontos392422211711108652

OBS: a próxima corrida será o GP daFrança, dia 29 de junho, em PaulRichard.

—&'

LOTERIA ESPORTIVA • TESTE 498

Sei. Brasil(50%)

Jogo 1

(30%)Sei. México

(207c)

No Rio. Estádio do Maracanã. Primeiro teste internacional danova Seleçáo Brasileira e estréia do técnico Telê Santana no seucomando. Logicamente que os brasileiros são os favoritos, mas por setratar de uma equipe reformulada, talvez nào renda o esperado nesteamistoso. Se tal ocorrer, a jovem Seleçáo Mexicana poderá tentar umempate.

Últimos resultados: do Brasil — Paraguai, 2 a 2; Seleçáo de Novos,7 a 1: e Seleção de Brasília, 4 a 0; do México — San Diego, 6 a 1;Honduras, 2 a 0; e Guatemala, 2 a 1. ¦

Santa Cruz/PE(55%)

Jogo 2

(25%)Ibis/PE

(20%)

Em Recife, Pernambuco. O Santa 6ruz, dono de um dos melhorestimes do Nordeste, aparece entre os maiores favoritos deste teste daLoteria. Principalmente porque atuará em seu estádio, diante dafraqu-ssima equipe do íbis, último colocado no Campeonato Pemam-bucano de 79.

Últimos resultados: do Santa Cruz — Bangu, 4 a 1: Palmeiras. 2 a2; e Central, 1 a 0; do íbis — Caruaru, 1 a 0; Ferroviário, 1 a 1; eCentral, 0 a 2.

Jogo 3Náutico/PE Comercial/PE(45%) (30%) (25%)

Em Recife. O Náutico, vice-campeáo estadual, possui um timerazoável e aparece também como favorito nesta partida contra oComercial, de Serra Talhada, estreante na divisão principal dofutebol pernambucano. Para os que gostam de se precaver, vale aproteção à coluna do meio.

Últimos resultados: do Náutico - Vasco, 0 a 1; Vitória (BA), 2 a 0;e Coríntians. 0 a 3; do Comercial — Santo Amaro, 2 a 1; Ferroviário, 4a 1; e Caruaru, 1 a 1.

Humaitá/BA(25%)

Jogo 4

(30%)Bahia/BA

(45%)

Em Vitória da Conquista, Bahia. Um jogo com as mesmascaracterísticas do de número 3: o Bahia, campeão estadual mesmoindo até o campo do adversário, possui condições muito maispositivas de alcançar o triunfo, principalmente porque o Humaitá éestreante na divisão principal. Também vale observar a coluna domeio.

Últimos resultados: do Humaitá—Seleção de Ipiau. 2 a 0: Galicla,0 a 0. e Atlético, 1 aO; do Bahia — ASA, 2 a 2; Leónico, 0 a 0, e ltabuna,OaO.

Fluminense/BA(30%)

Em Feira de Santana, Bahia. O favoritismo pertence ao Vitória,agora sob a direção do ex-lateral bicampeão do mundo, NiltonSantos. Entretanto, o local da partida representa fator importanteneste caso e o Fluminense poderá surpreender. Assim, qualquerresultado é admissível.

Últimos resultados: do Fluminense — Vitória. 1 a 2: Ipiranga. 0 a0: e Vitória 0 a 0; do Vitória — Vasco (RJ), 0 a 5; Botafogo (PBi. 2 a 1, eBotafogo (BA), 1 a 1.

Jogo 5VltóriaBA

(30%) (40%)

Racing/ARG(35%)

liÜónARG(30%-)

Jogo 6

'¦' Em Buenos Aires, Argentina. Os dois clubes realizam campanhas

semelhantes no Campeonato Argentino. Como atua em seu campo, oRacing parece melhor cotado, mas terá que superar a retrancautilizada pelo Unión. sempre que sai de Santa Fé. sua cidade.

Últimos resultados: do Racing - Platense. 1 a 0: Talleres. 1 a 1. eHuracan. 0 a 0: do Union - Ferro Carril. 2 a 1: Estudiantes. 1 a 0. eRosário, 0 a 2.

Colòn/ARG(30%)

Jogo 7

(35%)Independiente

(35%)

Em Santa Fé, Argentina. Outro jogo de prognóstico diflcil. OIndependiente nâo reedita o desempenho de temporadas anteriores,mas figura entre os cinco primeiros da tabela, dai merecer certapreferência como possível vencedor. Mas em Santa Fé, náo serásurpresa caso o Colón alcance um resultado positivo.

últimos resultados: do Colón—Velez Sarsffeld, 1 a 0; Ali Boys, 2 a0; e Newel's Old Boys, 3 a 1; do Independiente—Newel's Old Boys, 0 a5; River Plate, 1 a 1; e San Lorenzo, 1 a 1.

Rosário Central/ARG(25%)

Jogo 8

(30%)River Plate/ARG

(45%)

Em Rosário, Argentina. Mesmo indo ao campo do Rosário, oRiver Plate merece o favoritismo. Sua equipe é integrada, entreoutros, por Fillol, Pavoni, J. Lopez, Diaz e Herédla, orientados pelotécnico Angel Labruna. Quanto ao Rosário, realiza trajetória que náochega a satisfazer e, talvez, possa apenas tentar ô empate.

últimos resultados: do Rosário — Huracan, OaO; AU Boys, 0 a 1; eUnión, 2 a 0; do River—Independiente, 1 a 1; Argentino Juniors, 0 a 2;e Ferro Carril, 3 a 1.

Jogo 9Guará/DF Gama/DF(30%) (30%) (40%)

Em Guará, Brasilia. O Guará leva algum handicap por atuardiante de sua torcida, na cidade satélite do mesmo nome. Entretanto,as possibilidades maiores de vitória pertencem ao Gama, campeáo deBrasilia e treinado pelo experiente Martim Francisco, além depossuir o atacante Fantato, que se vem revelando como artilheirorespeitável.

Últimos resultados: do Guará — Operário (MT), 1 a 2; Gama, 1 a 0;e Ceilàndia, 1 a 1; do Gama — Uberlândia, 1 a 1; Comercial, 3 a 0; eBrasilia, 0 a 1.

América/RN(35%)

Jogo 10

(35%)AlecrimTtN

(30%)

Em Natal, Rio Grande do Norte. O América, campeão estadual,possui equipe bem superior, mas o retrospecto nâo o favorece muitonos jogos contra o Alecrim. Nos dois últimos, por exemplo, registra-ram-.se empates (3 a 3 e 0 a 0), dai o apostador deve se acautelar.

Últimos resultados: do América—Alecrim, 3 a 3: Auto Esporte, 2a 1; e Baraúnas, 3 a 0: do Alecrim—América, 3 a 3; Treze (PB), 1 a 0; eCampinense (PB), 0 a 2.

Gaúcbo/RS(45%)

Jogo 11

(30%)Bagé/RS

(25%)

Em Passo Fundo, Rio Grande do Sul. O Gaúcho, além de atuarem seu campo, é dono de melhor equipe, tanto que tem a classificação

Suase assegurada neste Torneio de Acesso ao Campeonato da Ia

iivisáo. O Bagé, com um time irregular, dificilmente obterá umresultado positivo e sua maior ambição deve ser a luta pelo empate.

Últimos resultados: do Gaúcho — Sào José. 1 a 0; internacional(Santa Maria), 1 a 1; e Pelotas, 2 a 2; do Bagé — Estrela, 2 a 1;Esportivo, 0 a 0; e Internacional (SM), 1 a 1.

Vila Nova/GO(33%)

Jogo 12

(34%)

\4>GoiãsGO

(33%)

Em Goiânia. Goiás. Um clássico, sem favorito, do futebol goiano.De um lado. o Vila Nova. tricampeào estadual, embora com umaequipe inferior à do ano passado: do outro, o Goiás, terceiro colocadoem |9 e que luta para recuperar o titulo. Jogo para triplo.

Últimos resultados: do Vila Nova — Goiânia. 2 a 0: Atlético. 0 a 0 eGoiás. 1 a 0; do Goiás — Anapolina. OaO: Atlético 2 a 2 e Vila Nova. 0 a

Benfica/PORT(33%)

Jogo 13

(34%)Porto/PORT

(33%)

Em Lisboa, Portugal. Outro jogo para triplo e que vai apontar ocampeáo da Taça de Portugal. Õ Benfica tentará decidir o titulo notempo normal, pois sua equipe está muito desgastada e talvez nâosuporte uma prorrogação. O Porto sabe que encontrará dificuldadesem Lisboa, embora o Estádio Nacional possa ser considerado camponeutro. Para a Loteria, vale apenas o resultado do tempo normal eeste é o único jogo do teste marcado para sábado.

Últimos resultados: do Benfica — Espinho, 4 a 3; Braga, 1 a 1 ePortimonense, 1 a 0; do Porto — Sporting, 1 a 1; Varzim, 0 a 0 eBoavista, 2 a 0.

_* CLUBE EMPATE CLUBE/~n m rnn*Hetico (MG)j™ Flamengo IRJ'1

Msporting IPORT)| atuiria IPORTI

HEspinho (PORTir Polo (PORT) ™

nMarítimo (PORT|H_er,lice IPORTI

nRicing (ARG)Hv.Sars(ield (ARGI _^¦BocaJunlon (ARG)^Junion (ARGI

BlArgenlinosJrsIARGI^JlndependienleíARGI _P. Santista (SPlHAliança (SPI _

___. Coará (CElHlca.a (CEI 4

10 Botafogo (PBI^Wampinensa (PB)

11 Ssrgipa (SE.^B.abama ISEi

12 Gaúcho (RSl[jEsponivo |RSB

13 ^Atlético (GoQvi^ova (GO ||

/

RESULTADOSDO TESTE 497

1.2.3.4.5.6.7.8.9.

10.11.12.13.

Atlético/ MG.Sporting/ Port.Espinho/ Port.

Marítimo/ Port.Racing/ Arg.

Boca Juniors/ Arg.Argentinos Jrs./ Arg.

P. Santista/ SPCeará/ CE

Botafogo/ PBSergipe/ SEGaúcho/ RS

Atlético/' GO

2x3 Flamengo/ RJ3x0 U. Leiria/ Port.2x0 Porto/ Port.1 x Benfica/ Port.1 x V. Sarsfield/ Arg.1x0 -Urrionf-Arg- —-

x Independiente/ Arg.x Aliança/ SPx Icasa/ CEx Campinense/ PB

0x0 Itabaiana/ SE0 x Esportivo/ RS2x1 Vila Nova/ GO

Madri - A Federação Internacional de AutomobilismoDesportivo (PISA), em nota ofi-dal. no final da corrida, conflr-mou que o GP da Espanha -vencido por Alan Jones - nãotem validade para o Campeo-nato Mundial de 1980, embora opresidente do Real AutomóvelClube da Espanha' (RACE),Marquês de Cubas, tenha ratlft-cado a validade.

A questão será julgada dia 10,em Paris, na reunião da Federa-çào Internacional de Automo-blltsmo (FIAi e. dependendo doresultado, os 9 pontos de Jonespoderão ser anulados e Piquetvoltar à liderança do Mundial.Fala-se até em suspensão doMundial deste ano. já que asequipes Ferrari, Renault e AlfaRomeo, que não participaramda corrida, jamais aceitarão avalidade do GP da Espanha.

INCERTEZA

O Marquês de Cubas, que re-duziu a autoridade da Federa-çáo Espanhola de Automobllís-mo e assumiu a organização doGP da Espanha, disse ontemque náo havia recebido qual-quer informação sobre a valida-de ou nâo da corrida. Comopresidente do RACE. ele vali-dou a corrida, embora tenhadito que aceita tratar a questãocom as entidades superiores de

automobilismo, ia que tambéme membro do Comitê Executivoda FIA

Toda a confusão que marcouo GP da Espanha começou ter-ça-felra. quando a FISA multou18 pilotos por nào terem parti-cipado das reuniões prévias so-bre segurança, antes dos QPsda Bélgica e Mônaco. A Asso-ciação dos Construtores de Fór-mula-1 (FOCAI nâo permitiuque os pilotos pagassem a mui-ta e houve a clsáo entre as duasentidades, que jã tinham umconvívio diflcil nas transaçõescomerciais das corridas.

O RACE, entáo, resolveu rea-toar a corrida de qualquer ma-neira e, como os pilotos náopagaram a multa, a FISA, ór-gáo da FIA. resolveu invalidara corrida e teve o apoio daFerrari, Alfa Romeo e Renault,cujos pilotos (Gilles Villeneuve,Jody Scheckter, Patrick De-pailler. Bruno Giacomelll, JeanPierre Jabouille e Renê Ar-nouxi nào participaram nemdos treinos

Como a incerteza prevaleceráaté dia 10. os 28 pontos de AlanJones, contra os 22 de Plquet,ainda nào estão garantidos. Sea prova for validada, Jones as-sume a liderança. Em caso con-trario. Piquet continua na fren-te. com 22 pontos, seguido porArnoux com 21, Jones com 19, ePironi com 16.

A corrida cheiade alternativas

O australiano Alan Jones(Williams) venceu o GP da Es-panha, após uma corrida cheiade alternativas, encerrada ape-nas com seis dos 22 carros quelargaram. A vitória permitiu aJones assumir a liderança ex-tra-oficial do Mundial de Pilo-tos, enquanto o brasileiro Nél-son Piquet (Brabham) — queabandonou na 42a volta, quan-do liderava a prova — ocupaagora a segunda posição, com22 pontos, seis a menos que olíder.

O GP da Espanha, sem a par-tlcipação das equipes Renault,Ferrari e Alfa Romeo, teve qua-tro lideres e desde o inicio foimuito disputado entre os cincoprimeiros colocados — Reute-mamm, Jones, Laffite, Pironi ePiquet. O argentino CarlosReutemann (Williams) fez exce-lente largada e começou a corri-da na frente do pole-position,Jacques Laffite, mas ambos fo-ram envolvidos num acidente eobrigados a deixar a prova, na35" volta.

PIQUET LÍDER

Após largar com muita preci-são, Reutemann, quarto colo-cado nos treinos, saiu na frente,sendo coberto por seu compa-nheiro da Williams, Alan Jones,e perseguido de perto por Jac-quês Laffite, Didier Pironi eNelson Plquet. A diferença en-tre Reutemann e Piquet eraapenas de um segundo e oscinco carros andaram juntosaté a sexta volta, quando Pi-quet ultrapassou Pironi, ocu-pando a quarta posiçáo.

Piquet acompanhou de pertoo ataque constante de «Laffiteem Reutemann e passou a liderda prova, aproveitando-se doacidente entre os dois. Piquetliderou a corrida por sete voltasmas foi obrigado a abandonar acorrida, com problemas de mo-tor em seu Brabham, deixandoPironi livre e a quase 10 segun-dos à frente de Jones, que haviaperdido duas posições nas vol-tas anteriores.

Pironi foi muito ameaçadopor Jones e, quando pareciaque perderia a liderança, au-mentou seu desenvolvimento echegou a 22 segundos de vanta-gem sobre Jones. A aceleraçãoacentuada de Pironi fez seu Li-gler sentir e. na 65a volta, a rodadianteira do lado direito soltoue Jones assumiu deflnitivamen-te a liderança da prova, atéreceber a bandeirada.

EMERSON EM QUINTO

Enquanto os líderes da provamantiveram um nível de cons-tante disputa pela ponta, nomeio do circuito aconteciamvários abandonos. EmersonFittipaldi, que largou em 19°lugar e caiu para 22°, foi subln-do de posiçáo. No meio da corri-da, estava em nono, apenascom 11 carros na pista.

Depois que Jones assumiu aliderança definitiva, houve ou-tros abandonos e. Emerson es-tava em sexto, quando o norte-americano Eddie Cheevers, quevinha fazendo excelente corri-da, teve problemas com seuOsella e deixou a pista. Emer-son passou à quinta posição ese manteve nela até o final.

Eddie Cheevers, que disputoupela primeira vez um GP nestatemporada, já que nos outrosnâo conseguiu se classificar,chegou a ameaçar várias vezeso segundo colocado, JochenMass. Náo foi feliz e parou na67a volta, quando estava emterceiro. Elio de Angelis (Lotus)colocou-se em terceiro, com de-sempenho superior ao de seucompanheiro de equipe, MarioAndretti, que abandonou na29a volta.

Como Emerson, Jarier tam-bém fez uma corrida de espera ese colocou em quarto lugar. Asurpresa, no entanto, foi a sextaposição de Patrick Gaillard,que correu com um velho WU-liams e chegou a causar algu-mas preocupações, pois, mes-mo com uma volta atrás, nãodeu passagem aos líderes, comodetermina o regulamento.

Laffite sai eleva Reutemann

A Irresponsabilidade do fran-cês Jacques Laffite causou oabandono do próprio Laffite edo argentino Carlos Reute-mann, que liderava a corrida.Desde do inicio, Laffite, que lar-gou na pole-position, perseguiuReutemann e ambos bateram edeixaram a prova, na 45a volta.

O acidente aconteceu quandoambos iam ultrapassar EmilioVillota, pela segunda vez. O ar-gentino já havia ultrapassadopor fora e Laffite, ao tentar cor-tar por dentro da curva, tocouna roda traseira do Williams deVillota e foi bater contra Reute-mann na saída da curva.

Embora responsável pelo aci-dente, Laffite mostrava-se re-voltado com Villota, ao ser en-trevistado nos boxes!

— Quem está com voltasatrás, é obrigado a dar passa-gem aos líderes e Emilio Villotanão fez isso. Eu vinha perse-guindo Reutemann e várias ve-zes tentei ultrapassá-lo. Numadelas, Villota surgiu à minhafrente, fechou meu lado esquer-do e a batida contra Reute-mann foi inevitável, pois meucarro perdeu uma roda traseirae náo tive como pará-lo.

Reutemann, vencedor do GPde Mônaco, também ficou mui-to irritado, pois havia feito uma

largada excelente e vinha semantendo na frente, com peri-cia e habilidade, apesar doconstante ataque de Laffite.Depois que Reutemann aban-donou, Piquet assumiu a lide-rança mas náo se manteve nelapor muito tempo, pois tambémfoi obrigado a abandonar a cor-rida.

Nelson Piquet largou emquinto e se manteve na posiçãoaté a 10a volta, quando conse-guiu ultrapassar Pironi e subiruma colocação. Já havia parti-do para o ataque a Laffite, maspreferiu aguardar a luta destecom o entáo líder da prova,Carlos Reutemann. Após o aci-dente, envolvendo Laffite eReutemann, Piquet assumiu aliderança e, depois de sete vol-tas como líder, abandonou.

O carro de Piquet sofreu umestouro do pinhão e coroa dacaixa de câmbio e ele nâo tevecomo prosseguir na corrida. Ca-so tivesse terminado em pri-meiro, Piquet teria conservadosozinho a liderança do Mundialde Pilotos. Agora, até a decisãoda Federação Internacional deAutomobilismo Desportivo, so-bre a validade ou não do GP daEspanha, Piquet é o segundo,com 22 pontos, seis a menosque Alan Jones, líder extra-oficial da competição.

Ingo se distancia noTorneio de Stock Cars

Ingo Hoffmann, da equipeGrand Prix, venceu a terceiraetapa do Torneio ChevroletStock Cars, realizada no Auto-dromo de Jacarepaguà, e se dis-tanciou ainda mais do segundocolocado, Alencar Júnior, naclassificação geral da competi-çáo: ele agora tem 62 pontos,contra 48 do piloto goiano.

Ingo venceu as duas baterias,deixando uma disputa muitogrande, entre Alencar JúniorUorlanSky) e Paulo Gomes(Coca ColaTDiasa), pela segun-da colocação. Paulo Gomes ga-nhou a luta, enquanto Alencarficou em terceiro, embora tenhafeito a volta mais rápida, com otempo de 2m21s07.

1. IngoHofímonnlGrandPrix) lhl3r,36l2. Pculo Gorr.ei (Coco Co'c-'Diaso) ¦

lh!3rrJ8_3- A!en;arJu-iiorfJcfiCr:) lr._3n.51s£. JccoCcnosPa.rcres(GPC) InU-nOSs5. Affonso GioPce (Voivoüre)

ImUr-O..b. VoltemirSpfnelli(Jobl) lh]4r-23s7. José P'cs_-_*c G o-ore (Vc voiire)

Inl4r-49sS. Pe ro'cc Zz~u*'i ¦5.:r35.fcr'es.

«SULTADO DA PROVA9. Lj': Alberto Porrete {Abc.^è)

" ¦i Mêtr07s

10. Jay~e F a^redo (Tronsbasil)Inl5m48»

CLASSIFICAÇÃOpontas

!. Ira-Hc^rronn 622 Alencar Júnior 483. PcjcGc-es 344. Zeg_Go.-f-e 235. •'ai'e'--'rSo . e':i 18o ArmancoBolb 13

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Os campeões do Brasil — cm pé: Toninho, Marinho, Raul, Manguito, Júnior e Carpegiani; abaixados: Titã, Andrade, PÍunes, Zico e Júlio César

Um domingo em que o Rio foi mais alegre

Campeõessó não de adidas!

Mais uma vez o Mengão chegou lá com amarca mundial das 3 listas.

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i\'a Gá.ea, a invasão da torcida e o carnaval até de madrugada

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