DE: ERENICE - Rede ProCursos

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O Profissional bem sucedido, em qualquer área de atuação, não é apenas pelo que sabe; mas, pela sua necessidade insaciável necessidade de buscar cada vez mais novos conhecimento no que faz.

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O Profissional bem sucedido, em qualquer área de atuação, não é apenas pelo que sabe; mas, pela sua necessidade insaciável necessidade de buscar cada vez mais novos conhecimento

no que faz.

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NOVE RAZÕES PARA VOCÊ ESCUTAR O PRÓXIMO

FALAR é um dom e através da palavra é possível descobrir a NOBREZA de uma pessoa. Prestar a devida atenção e escutar com SABEDORIA revela as virtudes daqueles que assim procedem. ESCUTAR é uma maneira de dizer eu compreendo. Poucos são aqueles que sabem ESCUTAR com lealdade.

1- Saber escutar consiste em falar menos e prestar mais atenção.

2- Escutar com sabedoria é compreender o outro com

suas virtudes e defeitos; seus defeitos, seus problemas, sonhos e esperanças.

3- Saber escutar é emprestar os ouvidos do coração, a

sensibilidade interior que todos possuem.

4- Escutar com sabedoria consiste em responder a um pedido de afeto, de ternura e de amizade de quem estiver triste e necessitado de calor humano e não o recebe de ninguém.

5- Saber escutar é ir construindo um novo horizonte onde

todas as pessoas aprendem a escutar-se e respeitar-se mutuamente.

6- Escutar com sabedoria é construir, pontes de

humanidade para quem sofre do isolamento, abandono e solidão.

7- Saber escutar “pacientemente” pode significar uma obra

de misericórdia, de caridade. Tornar as pessoas mais humanas aproximando-se assim a verdade.

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8- Escutar com sabedoria pode representar o primeiro

passo para começar ajudar a quem sofre.

9- Saber escutar é uma maneira humilde e simples de AMAR.

Todos os homens buscam a felicidade... Explorando

nossos sentimentos podemos intuitivamente advertir que, por constituição e por natureza somos convidados à alegria!

Segundo Pascal, “todos os impulsos do nosso ser, os esforços do nosso pensamento e, todos os nossos atos tendem espontaneamente para a felicidade necessária à nossa vida”.

O riso, como diz Padre, Fernando M. Alvarez de Miranda, no livro ‘VIVER A BONDADE’, “é uma prática higiênica e saudável, tanto física quanto moral, pois é algo tonificante e preventivo”.

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AGENDA DA FELICIDADE

SORRIA PORQUE O SORRISO...

São, o cartão de visita, as pessoas saudáveis, portanto, distribua-o gentilmente.

É a ponte que liga as duas dimensões, do eu ao tu, então o transmita bastante.

É a flor mais atraente do jardim de um coração bem cultivado, plante estas flores.

É um perfume gratificante, fruto do dever cumprido, esbanje-o, pois o mundo preciso dele...

É a melhor resposta para nossa consciência, e assim viveremos em PAZ conosco mesmo e com os outros...

É a bússola certa para os corações sem rumos, utilize-o...

É a fonte de energia, então o traga para dentro do seu cotidiano.

Enfim, SORRIR para nossa alegria e para a felicidade do outro...

Mais uma vez

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(Renato Russo – Flavio Venturini)

Mas é claro que o sol

Vai voltar amanhã,

Mais uma vez, eu sei.

Escuridão já vi pior,

De endoidecer gente sã.

Espera que o sol já vem...

Tem gente que está do mesmo lado

Que você mais deveria estar do lado de lá.

Tem gente que machuca os outros

Tem gente que não sabe amar.

Tem gente enganando a gente,

Veja nossa vida como está

Mas eu sei que um dia a gente aprende.

Se você quiser alguém em quem confiar,

Confie em si mesmo.

Quem acredita sempre alcança.

R E L A Ç Õ E S I N T E R P E S S O A I S

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NÍVEL DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS O QUE VEM A SER RELAÇÕES INTERPESSOAIS?

AS RELAÇÕES INTERPESSOAIS

O QUE ENVOLVE?

A ÉTICA

CONTRATO DE CONVIVÊNCIA

EIXO TEMÁTICO: NÍVEL DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS

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ÉTICA

Relações fundamentadas em princípios éticos. Gera energia na equipe.

COMPORTAMENTO CLARO

Ausência de política sem interesse. Conduz a relacionamentos autênticos.

HABILIDADES

INTERPESSOAIS Competência em relacionar-se bem. Eleva a eficácia do trabalho.

COOPERAÇÃO PLENA

Máxima cooperação com ausência de Competição predatória, otimizando a qualidade do relacionamento e a força do grupo.

RESPONSABILIDADE /

ENVOLVIMENTO Conscientização de cada um sobre a sua responsabilidade na qualidade dos relacionamentos.

VALORES DA INSTITUIÇÃO

Prática coerente com a(s) filosofia(s) da instituição. Aumento do sentimento de colaboração e compromisso.

O QUE VEM A SER RELAÇÕES INTERPESSOAIS?

As relações interpessoais são trocas, comunicações e contatos entre pessoas. Uns interagindo com os outros nas mais diferentes situações que fazem parte da existência humana.

O QUE ENVOLVE?

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PESSOAS

CIRCUNSTÂNCIAS PESSOAIS, CULTURAIS, SOCIAIS E

ECONÔMICAS.

TEMPO

ESPAÇO E MOVIMENTO

AS RELAÇÕES INTERPESSOAIS

Vamos começar com uma definição do termo Interpessoal. Significa entre (Inter) pessoas. As relações que ocorrem entre as pessoas. Agora ficou mais fácil não é? Ao se conhecer melhor, naturalmente, você conhecerá e terá maior facilidade em aceitar o outro com o qual você se relaciona a pessoa que está ao seu lado, que interage com você em seu dia-a-dia. Esta pessoa, tanto quanto você possui limitações que podem estar situadas em qualquer uma das dimensões que existem no universo, ou até em todas elas. É impossível uma vida sem relações, então ao adquirirmos maior autocompreensão, temos que procurar inserir maior qualidade no nível destas relações. ACEITAÇÃO. Esta é a palavrinha mágica. O processo de crescimento é individual e intransferível. Você pode até contribuir com o outro para o desenvolvimento deste processo, contudo, o desejo, à vontade de mudar é dele. Cada um é responsável por seu desenvolvimento pessoal. As relações interpessoais favorecem as interações nas diversas dimensões que formam o ser humano. Nelas tanto podem ser

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desencadeados processos harmônicos, quantos processos desarmônicos. Que conclusão podemos chegar depois disso? Lembra-se de que “... tudo principia na própria pessoa?” Então tudo começa em mim, em você. O respeito que teremos pelo outro, só será possível se houver o respeito em nós mesmos, o amor que sentimos pelo outro, vem do amor que brota em nosso interior. A raiva que sentimos do outro, vem da minha própria raiva – uma raiva que se cristalizou dentro de mim por alguma razão. A aceitação do outro virá da nossa própria capacidade de se aceitar. As relações interpessoais que forem construídas sobre estas bases terão mais possibilidades de frutificar, criando, assim, um compromisso com o crescimento. Estas descobertas, provavelmente, nos levarão a querer cultivar relações mais saudáveis e conseqüentemente, mais felizes.

ÉTICA

Ética é parte da filosofia social que estuda os valores morais e os princípios ideais da conduta humana, é também a ciência normativa que serve de base para a filosofia prática. A ética reúne os princípios de conjunto morais que devem ser observados no exercício das profissões. Ser um profissional ético é estar tranqüilo com a consciência pessoal. É agir de acordo com os valores morais de uma determinada sociedade. Essas regras morais são resultados da própria cultura de uma comunidade. Ética é uma questão de atitude e de escolha pessoal. As decisões éticas têm como base de um conjunto de valores fundamentais, estes nasceram no mundo antigo e continuam até hoje, como por exemplo:

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SER HONESTO EM QUALQUER SITUAÇÃO – a honestidade

é a primeira virtude na vida de uma pessoa e nos negócios. TER CORAGEM PARA ASSUMIR AS DECISÕES – mesmo

que isto lhe faça ir de encontro à opinião de muitos. SER TOLERANTE E FLEXÍVEL – é preciso ouvir as pessoas

ou avaliar a situações sem julgá-las antes. SER INTEGRO – agir de acordo com os seus princípios

mesmo nos momentos mais críticos. SER HUMILDE – só assim a gente consegue ouvir o que os

outros têm a dizer e reconhecer que o sucesso individual é resultado do trabalho da equipe.

C O N T R A T O DE C O N V I V Ê N C I A

Contrato de Convivência.

L E M B R E - SE: NÃO CUSTA NADA...

Respeitar mais uns aos

outros.

Ser mais compreensivo com os outros.

Ter ética profissional.

Ser menos bagunceiro.

Ser mais amigo.

Ser mais participativo.

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Ser paciente para com

todos.

Respeitar o limite das pessoas.

Ajudar nas horas de mais

dificuldades.

Ter mais diálogo com os colegas.

Ser companheiro.

Trabalhar com amor.

Ser mais gentil.

Ser mais tolerante.

Envolver-se nos problemas de modo que possa ajudar a solucioná-los.

Em situações constrangedoras não criticar e evitar conversas maledicentes.

Respeitar a individualidade

de cada pessoa.

Não tratar com indiferença.

Não criticar os outros.

Ter controle emocional.

Ter mais atenção.

Ter igualdade.

Ser mais cuidadoso.

Telefonar para saber como o

outro estar.

Sorrir mais para as pessoas.

Ter mais delicadeza.

Evitar conflitos entre

colegas.

Respeitar o espaço do outro.

Ser mais comunicativo.

Procurar aceitar o outro

como ele é.

Ouvir todos os lados

envolvidos em uma questão.

Organizar uma

confraternização por mês.

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Respeitar a opinião do próximo.

Respeitar o direito dos outros.

Dar um pouco mais de si

para que tudo venha a dar certo.

Aceitar as pessoas como

elas são e não como gostaria que elas fossem.

Estar aberto para uma

relação sadia sem bloqueios.

Procurar ficar menos irritado

com pequenas coisas.

Melhorar o relacionamento

entre colegas.

Ter cumplicidade uns com

os outros.

ANATOMIA DOS PÉS COMPOSIÇÃO ANATÔMICA

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OSSOS

DIVISÃO DOS PÉS

MÚSCULOS

LIGAMENTOS

TENDÕES NERVOS

ARCOS DOS PÉS

METATARSALGIA, DEDO EM GARRA E QUEDA DO ARCO

ANTERIOR METATARSIANO.

ANATOMIA DOS PÉS

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A palavra Anatomia é derivada do grego anatome (ana = através de; tome = corte). Dissecação deriva do latim (dis = separar; secare = cortar) e é equivalente etimologicamente a anatomia. Contudo, atualmente, Anatomia é a ciência, enquanto dissecar também é um dos métodos desta ciência.

Seu estudo tem uma longa e interessante história, desde os primórdios da civilização humana. Inicialmente limitada ao observável a olho nu e pela manipulação dos corpos, expandiu-se, ao longo do tempo, graças a aquisição de tecnologias inovadoras.

Atualmente, a Anatomia pode ser subdividida em três grandes grupos: Anatomia macroscópica, Anatomia microscópica e Anatomia do desenvolvimento.

A Anatomia Macroscópica é o estudo das estruturas observáveis a olho nu, utilizando ou não recursos tecnológicos os mais variáveis possíveis. Apresenta duas grandes divisões, a Anatomia Regional, na qual os dados anatômicos macroscópicos humanos são descritos segundo as grandes divisões naturais do corpo (membro inferior, membro superior, cabeça e pescoço, tórax, abdome e pelve) e a Anatomia Sistêmica, na qual a abordagem é feita segundo os vários sistemas ( conjunto de órgãos com mesma função básica ).

A Anatomia Microscópica é aquela relacionada com as estruturas corporais invisíveis a olho nu e requer o uso de instrumental para ampliação, como lupas, microscópios ópticos e eletrônicos. Este grupo é dividido em Citologia (estudo da célula) e Histologia (estudo dos tecidos e de como estes se organizam para a formação de órgãos).

A Anatomia do desenvolvimento estuda o desenvolvimento do indivíduo a partir do ovo fertilizado até a forma adulta. Ela engloba a Embriologia que é o estudo do desenvolvimento até o nascimento.

Entretanto, caminhar é umas das funções mais complexas do corpo humano. Envolve nada mais, nada menos que seiscentos e cinqüenta músculos do corpo e cerca de 80% dos 208 ossos que compõem o esqueleto humano. Mas é sobre o pé – uma estrutura perfeita que repousa a grande responsabilidade de fazer com que o caminhar seja harmônico, suave e prazeroso.

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O pé foi concebido pela natureza para apoiar e equilibrar o corpo sobre o solo, mantendo-o reto e, também, para ser a peça fundamental do processo de locomoção do homem. Sua forma e sua estrutura interna lhe permitem atuar como um suporte ou pedestal para o corpo, e ao mesmo tempo como um sistema de alavancas que impulsionam durante o ato de caminhar, correr, soltar, e um elemento amortecedor dos impactos que recebem do solo.

É talvez um dos mecanismos vitais do nosso corpo mais negligenciado, mas, ainda assim, capaz de cumprir sua tarefa mesmo sob as mais diversas condições e pressões, graças à sua estrutura perfeita.

COMPOSIÇÃO ANATÔMICA: Ossos, ligamentos, tendões, nervos, artérias, veias, substâncias gordurosas, epiderme , unhas,sangue e pêlos.

OSSOS: São 26 e variam de forma e de tamanho desde o osso maior o calcâneo, que mede 2 ½ polegadas, até o menor – o osso chamado de 2° cunha, que mede 3/4 de polegada.

DIVISÕES DO PÉ: Pode ser dividido em 3 partes conhecidas como:

a) O Tarso – consta de calcâneo, Astrágalo, Escafóide, as Três cunhas e o Cuboide, formando um total de sete ossos.

b) O Metatarso – formado por 5 ossos, 1, 2, 3, 4, 5, o nº 1 começa do lado de dentro do pé, ou seja, do dedo grande do pé.

c) As Falanges – ou ossos dos dedos do pé, são constituídos

por 14 ossos. Há 3 ossos em cada dedo, exceto o dedo grande que só tem 2.

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MÚSCULOS: São os responsáveis dos diversos movimentos do pé e da perna. Sua composição é feita de: tecidos, fibras, combinados com nervos, vasos sangüíneos, artérias...

LIGAMENTOS: São constituídos por ligaduras flexíveis, inextensíveis, de tecidos fibrosos, que unem os diferentes ossos e limitam os movimentos das juntas. Quando os ligamentos são forçados ou estirados e perdem sua disposição natural, causa o arco reto ou pé chato.

TENDÕES: É constituído de tiras fibrosas os quais são a continuação dos músculos. Sua função é submeter os músculos aos ossos que devem mover-se. O tendão de Aquiles está unido ao calcanhar e é o tendão maior e mais forte em todo o corpo. NERVOS: Os nervos constituem a “fiação” do sistema nervoso. Eles transportam mensagens chamadas impulsos nervosos do encéfalo e da medula espinhal para o restante do corpo e vice-versa. Os maiores, que se estendem da medula aos pés, chegam a até um metro de comprimento. Cada nervo é feito de feixes e fibras nervosas que se mantêm unidas por bainhas externas. No interior dos nervos há dois tipos de células: Neurônios sensoriais e Neurônios motores. Os nervos que vão da perna ao pé inervam os músculos que flexionam e estendem ao pé e os dedos. Além disso, eles captam mensagens dos receptores sensoriais localizados na pele do pé. Esses impulsos nervosos são então transmitidos à medula espinhal e ao cérebro, que formam o Sistema Nervoso Central. ARCOS DO PÉ: É a parte que oferece elasticidade ao pé. Favorecendo força e movimento ao caminhar e suportando o peso do corpo. SÃO 4 OS ARCOS DO PÉ:

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Arco Anterior Metatarsiano

Arco Transverso

M o s t r a n d o o a r c o l o n g i t u d i n a ldesde o Calcanhar até o quinto metatarsianona união com a falange do dedo pequeno.(O estudante notará que é muito pequena a elevação do arco exterior longitudinal).

Mostrando o arco interior longitudinal, começando no Calcanhar até a conjuntura

do primeiro metatarsiano e à primeira falange.

Arco Anterior Metatarsiano

Arco Transverso

a) Arco Interior Longitudinal: Este arco tem muita importância para o nosso pé. É composto de Calcâneo, Astrágalo, Escafóide, Primeiro Cunha e Metatarsiano. É sustentado por ligamentos e membranas.

b) Arco Exterior Longitudinal: Estende-se desde o calcanhar até a cabeça do dedo pequeno, é formado pelo Calcâneo, Cubóide, e Quinto Metatarsiano.

c) Arco Metatarsiano: Estende-se através do cubóide e o 1°, 2°, 3°, 4° e 5° osso metatarsiano.

d) Arco Transversal: Estende-se através do Cubóide e a 1° Cunha. É ele quem dá força e elasticidade ao pé e ao mesmo tempo proporciona um amplo espaço para evitar a pressão sobre os músculos, nervos, e artérias.

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1. METATARSALGIA OU QUEDA DO ARCO METATARSIANO:

Quando os ligamentos e músculos que suportam os ossos metatarsianos se esforçam e enfraquecem, ficando assim incapazes de abastecer e sustentar nosso corpo, algumas vezes um ou mais dos ossos deprimem-se e então o arco todo se destrói e desta maneira o pé alarga-se entre dois pontos. Costuma-se chamar um pé nesta condição de: pé dilatado para fora ou pé largo, sendo conhecido cientificamente de Metatarsalagia. 2. SINTOMAS:

O primeiro é fraqueza e cansaço na parte de cima do pé, abrangendo a área das cabeças de um dos metatarsianos. Logo após vem dor e a epiderme contrai-se e aparecem os calos, os dedos se oprimem e encolhem-se. Em muitos casos manifesta-se uma dor nervosa causando ao paciente um incomodo com mal-estar, obrigando-o a tirar os sapatos, esfregar e comprimir os dedos para aliviar a dor. 3. CAUSAS:

As mais comuns são: má distribuição do peso do corpo; esforço causado pelo uso de calçado curto e de ponta fina; salto alto ou meias de ponta curta (como é o caso dos atletas) ou dançando (quando o peso é sobre a planta do pé). 4. DIAGNÓSTICO:

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É reconhecido primeiramente pelos dedos contraídos; segundo, por calos dos pés. Deverá ter cuidado no diagnóstico, visto que, em alguns casos, não há calosidade.

P O D O L O G I A

O QUE É PODOLOGIA? HISTÓRIA DA PODOLOGIA

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INTRODUÇÃO SOBRE PODOLOGIA

FUNÇÃO DOS PÉS

CALOS (TILOMAS)

CLASSIFICAÇÃO DOS CALOS

TERMOS TÉCNICOS USADOS EM PODOLOGIA

PATOLOGIAS CONFUNDIDAS COM ONICOCRIPTOSE

ANATOMIA DA LÂMINA UNGUEAL

UNHAS: PATOLOGIAS MAIS FREQÜENTES

ONICOCRIPTOSE

PROCEDIMENTOS PODOLÓGICOS EM ESPICULAECTOMIA

TARTAMENTO PODOLÓGICO NA ONICOCRIPTOSE

MECANISMOS DA APARIÇÃO E O PORQUÊ DO

GRANULOMA GRAUS DE EVOLUÇÃO DA ONICOCRIPTOSE

TRASTORNOS PROVOCADOS PELA ONICOCRIPTOSE E

PRECAUÇÕES A SEREM TOMADAS BOLHAS

VERRUGA PLANTAR

MAL PERFURANTE PLANTAR

ÚLCERA

ESPORÃO PLANTAR DE CALCÂNEO

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FISSURAS

HIDROSE

O que é podologia?

A Podologia representa um conceito moderno e atualizado em terapia dos pés. Exercida há muito tempo em países como Argentina, Espanha, Uruguai e França. As únicas opções podoterapêuticas existentes antes do aparecimento e conhecimento das técnicas podológicas tinham resultados paliativos, inadequados e traumáticos, como a onicoectomia (extração da unha) e a onicoplastia ou cantotomia (cirurgia no canto da unha). Como conseqüência, ocorria o agravamento do quadro podoclínico, comprometendo ainda mais a lâmina ungueal (unha).

"As doenças ortopédicas refletem na maioria das vezes nos pés, necessitando da exata avaliação para o correto diagnóstico e encaminhamento. Tais patologias irão refletir em deformação dos pés, das unhas, formação de calos e calosidades. È da competência do podólogo fazer a correta avaliação e, se necessário, encaminhar o paciente para o profissional competente, como o ortopedista, o angiologista ou o dermatologista, dando início, também ao tratamento."

A Podologia dispõe de técnicas avançadas para o tratamento das podopatias (doenças dos pés, como os calos) e onicopatias (doenças das unhas). Entre elas, a ortoniquia, que promove a correção definitiva de unhas encravadas e/ou deformadas e de calosidades no canto da unha. "No tratamento de unhas encravadas, por exemplo, fazemos de tudo para salvar a lâmina ungueal; mesmo porque, somente uma pequena parte da unha está comprometida. Portanto

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não se justifica o trauma e o sofrimento de uma técnica radical como a onicoectomia (extração total da unha), que em 90% dos casos não resolve o problema já que a lâmina encrava-se novamente".

O termo Podologia origina-se do grego arcaico tempo por prefixo PODOS = Pés e sufixo LOGOS = tratado, estudo, conhecimento. Formando então Podologia nome da ciência que trata do estudo dos pés. Podólogo, termo usado obviamente com as mesmas origens que se designa a pessoa que aplica terapia aos pés, com estudo técnico-científico adequado em Podologia, aprofundado da anatomia, fisiologia e podopatias e conhecimento biomecânico dos pés. No decreto lei n° 41.904 de 29de julho de 1957, com esse regimento a profissão passou a ser regulamentada e considerada como ATIVIDADES AFINS DA MEDICINA. Em 1968, o então Serviço nacional Fiscalização de medicina e Farmácia órgão normativo e fiscalizador de nível federal de área da saúde baixou a portaria de n° 16 de 23 de setembro de 1968, regulamentando a profissão de pedicuro (podólogo). A podologia é um ramo auxiliar da medicina. Em São Paulo já existe o Ambulatório de Podologia do Hospital Brigadeiro, que trata de pés diabéticos. Atualmente, estamos estagiando e atendendo pacientes diabéticos em conjunto com médicos, realizando tratamento e orientações preventivas quanto aos cuidados com seus pés com o propósito de obter mais conhecimento e aprimoramento técnico-científico. A podologia, enquanto ciência, ainda é nova, por isso muitos tabus, mitos e desinformações são comuns. Deparamo-nos no dia-a-dia com pacientes que apresentam problemas graves em seus pés por descuidos ou por desconhecimento em relação com os cuidados que se deve ter com eles. São 3 profissões da área de saúde que são obrigados a ter o termo de responsabilidade, são os médicos, dentistas e podólogo. Nós podólogos assinamos o termo no qual nos responsabilizamos pelos serviços prestados no gabinete de podologia. O profissional de qualquer área mais bem sucedido, não são apenas pelo que sabem, mas por sua necessidade insaciável de buscar mais conhecimento.

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Objetivo da podologia

O tratamento, prevenção e controle das doenças dos pés, proporcionando maior conforto e qualidade de vida às pessoas que sofrem dos males dos pés.

Como atua um podólogo?

A abrangência da área de atuação do Podólogo relaciona-se com a Clinica Médica, Hospital, Gabinete de Podologia (particular), Salões de Beleza, Spa, e onde houver necessidade do atendimento podologico.

Competência do podólogo

Este curso possibilita que o aluno, ao concluí-lo, esteja apto a:

Reconhecer como paradigmas que respaldam o planejamento e a ação dos profissionais da área de Saúde: o ser humano integral, os condicionantes e determinantes do processo de saúde e doença, os princípios éticos, as normas do exercício profissional, a qualidade no atendimento, a preservação do meio ambiente e o compromisso social com a população e com a sociedade.

Desenvolver as ações educativas que visam à orientação do paciente/cliente/comunidade para a adoção de posturas anatômicas correta e ergonomicamente adequadas.

Prevenir a ocorrência de seqüelas e promover a manutenção das funções no cliente/paciente através de procedimentos que garantam e mantenham uma melhor qualidade de vida e exercício das suas atividades diárias e manobras de reflexologia podais adequadas a cada caso.

Identificar as necessidades de reabilitação do paciente/cliente; ler e interpretar registros; realizar anamnese exame físico;

Aplicar os procedimentos podológicos a clientes/pacientes que necessitem de reabilitação.

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Compreender o processo de trabalho, das formas de relação e organização do trabalho e das interfaces das ações dos profissionais dessa subárea com os demais membros da equipe de saúde.

Organizar e controlar cadastro de clientes, organização do arquivo, controle de estoque, manutenção de materiais e equipamentos, estabelecimento do preço de venda de serviços e controle financeiro.

Área de atuação do podólogo

O podólogo desenvolve o prognostico, tratamento e prevenção de patologias superficiais e deformidades dos pés, através da atualização de instrumentos perfuro-cortante, adequados e esterilizados, medicamentos de uso tópicos e orteses. O podólogo é também um profissional da área de saúde apto tanto para a elaboração do diagnóstico e aplicação do tratamento, como também pode indicar, caso necessário, um outro profissional, como médicos ortopedistas, dermatologistas e fisioterapeutas. É o que chamamos de ação multidisciplinar.

HISTÓRIA DA PODOLOGIA

A podologia no Brasil segue o seu caminho feito pelos homens. Um caminho sofrido e duro, para quem se dedica a ciência podológica. No começo a arte de tratar dos pés era ensinada de pai para filho, e muitas eram as famílias de calistas. Mais do que uma profissão era uma herança com o compromisso de transferir o conhecimento para os seus continuadores, fazendo com que o engatinhar da podologia brasileira se assemelhasse a uma seita cujos princípios e rituais fossem propriedades de mestres e iniciadores.

Traduzindo para nossa cultura nativa, os “calistas” eram como “pajés” com suas ervas milagrosas e instrumentos rudimentares. Pacientes antigos contam que existia um homem que se autodenominava “calista” – um andarilho prestando serviços de “curador” de calos,

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utilizando métodos próprios da Idade Média. Servia-se de pena de pavão afiadas para remover os calos, além disso, o andarilho-calista levava consigo um pote com os maiores calos que retiravam de seus pacientes. Evidentemente que isso acontecia nos velhos tempos em que não existiam escolas de podologia, diferentemente de hoje, em que algumas empresas assumiram este papel de ensinar, fazendo surgirem profissionais “calistas ou calistas-pedicuros ou quiropodistas”. Com elas, foram descobertas novas técnicas que deram grandes contribuições para o desenvolvimento da Podologia no Brasil.

INTRODUÇÃO SOBRE PODOLOGIA

Podologia é uma ciência auxiliar da medicina que tem sua atuação voltada para os pés, através do estudo aprofundado da anatomia, fisiologia, dermatologia, angiologia, ortopedia, farmacologia, etc., buscando corrigir as causas dos sofrimentos através de um tratamento dentro da visão ampla e multidisciplinar, para que os pés possam dar maior comodidade ao corpo.

O Podólogo deve atuar dentro da ética profissional, encaminhando o paciente para profissionais de outras áreas especializadas, pois a elas cabem tratá-lo – e não tomando para si toda a responsabilidade de agir conforme sua “médicina”. O saber é imprescindível para o Podólogo, porque aquele que despreza o conhecimento técnico-científico elimina a condição de um bom profissional, e assemelha-se aos raspadores de pés e de pedicuros. Assim como existem profissionais e Profissionais em qualquer área, existem podólogos e Podólogos. Para saber é preciso aprender. E não adianta participar de congressos, seminários e cursos para pendurar certificados em paredes, se não coloca em prática o que deriva desses eventos. Aquele que só ouve e vê apenas aprende. Aquele que ouve, vê, assimila, questiona e pratica, este, sim, internaliza o aprendizado e conseqüentemente sabe mais. A procura por um podólogo vai desde uma simples dor provocada por uma unha até problemas mais graves como micoses, diabetes, granuloma, etc. O paciente antes de qualquer coisa é um ser humano complexo de corpo e alma tentando

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se integrar em todas as áreas, buscando informações esclarecidas para ser tratado com segurança.

O podólogo deve compreender as limitações do paciente, para melhor transmitir segurança e confiança, quando do tratamento a ser indicado para o paciente. Sabemos que o primeiro encontro entre duas pessoas gera ansiedade, principalmente quando existe a possibilidade de dor. Sendo assim o relacionamento do podólogo com o paciente deve ser positiva. Muitas vezes o profissional pode descuidar e por a perder a qualidade do tratamento que se inicia nesse instante. O podólogo deve ser verdadeiro e não omitir a possibilidade de dor, porém deixar claro que estar ali para tratar da causa que está levando-o à dor, através de técnicas, equipamentos e medicamentos avançados.

Dar o melhor de si como profissional, e colocar-se no lugar do outro, é uma tarefa que o podólogo deve exercitar junto ao seu paciente, fazendo com que o paciente sinta-se à vontade, sinta-se a pessoa mais importante naquele momento. O podólogo deve ter conhecimento e psicologia para poder lidar com seus pacientes, visto que muitas vezes nos deparamos com doenças psicológicas que se faz repercutir nos pés. Às vezes o paciente procura o podólogo apenas para desabafar, se lamentar, contar sua vida do dia-a-dia, ou problemas familiares.

Lembrar-se que saber ouvir, também é uma característica de um bom profissional. E o mais importante de tudo isso é que devemos lembrar que: NÃO CUSTA NADA.

FUNÇÃO DOS PÉS

Suportar e conduzir comodamente nosso corpo e auxiliar no equilíbrio das mudanças de posições. É um grande receptor de energia magnética da terra. Os pés são estruturas sensíveis que ajudam a detectar alterações nos terrenos.

Obs: Para que os pés sejam normais têm que ter todos os ossos nos lugares corretos.

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CALOS (TILOMA)

O calo é geralmente formado por uma bolsa serosa superficial ou profunda que comprime os nervos, causando dor e infecção. Calos são formações de células epiteliais mortas, causadas por atrito ou fricção de um corpo estranho sobre a epiderme. A pele é o maior órgão do corpo humano e exerce diversas funções, dentre elas a de proteger o corpo contra as funções sensoriais (calor, frio, pressão, dor e tato).

Ela é formada por três camadas, a saber: epiderme, derme, hipoderme. A epiderme ao ser agredida, tem a reação de engrossamento, provocando morte do tecido e morte celular, fato que ocasionará o surgimento de calos e calosidades. Todas as matérias têm capacidade de reação relativa à temperatura a qual são expostas, ou seja, quando aquecidas, dilatam-se; quando esfriadas, contraem-se. É uma lei da física. Conseqüentemente provoca sensações desagradáveis que são captadas pelos terminais nervosos, levando-as ao cérebro em forma de dor.

CLASSIFICAÇÃO DOS CALOS:

CALOS MOLES:

Geralmente, o calo é causado pela posição irregular dos dedos calçados apertados ou curtos, atritismo, fragilidade dos arcos plantares.

Normalmente não é um calo profundo,corrigindo a causa o tecido tende a voltar ao normal.

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O aspecto do calo mole é arredondado e esbranquiçado ao redor de uma bolha Inicia-se como uma pequena bolha e há geralmente secreção de liquido seroso. O tratamento consiste em fazer assepsia, e em seguida cobrir o local. Deverá ser aplicado iodo (caso o paciente não seja alérgico).

CALOS DUROS:

Sua formação é proveniente de uma excitação de ramificação nervosa, causando fluxo sangüíneo, o qual dilata os vasos capilares, aumentando a taxa de suprimento da pele local. Assim, há um agrupamento de células epiteliais que se juntam acima e abaixo da epiderme, formando o calo, irradiando-se aí em forma de circulo. Todo esse processo vem de um mecanismo de defesa próprio, para proteção das estruturas internas de danos ou ferimentos. No tratamento dos calos duros, muitos desaparecem quando dos primeiros cuidados do podologo. Outros resistem a longos tratamentos, por vários anos. Por vezes, a razão da existência de um calo resistente está no uso de calçado inadequado, debilitando os arcos do pé, causando a dilatação dos vasos capilares da região.

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O tratamento consiste na remoção das capas por camadas. Se o calo tiver núcleo, deverá ser removido pelo bisturi denominado “nuclear”.

CALOS SUPURADOS: O podologo só poderá fazer o tratamento com indicação médica, tendo o cuidado de informar ao médico o tratamento realizado. Fazer assepsia com álcool iodado. Logo após exame minucioso, colocar no local inflamado ou supurado algodão molhado em solução podológica para poder remover as camadas epiteliais mortas do calo, com bisturi esterilizado. Após limpeza do local, deve ser aplicada tintura de iodo. Deve-se colocar um pedaço de gazes cobrindo o local. A cura deverá se processar dentro de três dias. O local que se encontra infectado deverá ficar aberto para que a cicatrização se faça normal, devido à oxigenação dos tecidos. Sempre que houver supuração e infecção, adquirida antes ou durante o tratamento com o calista-pedicuro, deve o paciente ser encaminhado ao seu médico. Deve o podologo lembrar-se de que suas funções são limitadas, uma vez que ele não pode prescrever antibióticos nem outros medicamentos de que o paciente venha a precisar, cabendo ao médico essa tarefa. Muitas vezes, um caso que parece ser simples à primeira vista pode complicar-se.

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CALOS INTERDIGITAIS

Bastantes doloridos formados pelo atrito das falanges, causados geralmente por calçados inadequados.

CALOS MILLAR

São calos duros e superficiais, localizados na região plantar, na base do calcanhar e na região dorsal do pé. Esses calos encontrados em pessoas de pele seca.

São geralmente causados por acidez atuante numa pele ressecada, ilhoses e cordões dos calçados.

Os calos Millar são de fácil tratamento. Deve-se aconselhar massagens com creme gorduroso, diariamente.

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CALOS VASCULARES

Sua formação é proveniente da excitação das ramificações nervosas, causando fluxos sangüíneos, o qual dilata os vasos capilares, aumentando a taxa de suprimentos da pele no local. Há, assim, um agrupamento de células epiteliais que se juntam acima e abaixo da epiderme, formando o que se conhece por calo, irradiando-se daí em forma de circulo, penetrando pela derme com o decorrer do tempo. Todo esse processo vem de um mecanismo de defesa próprio, para proteção das estruturas internas contra danos ou ferimentos.

Removidas as capas epiteliais mortas e sobrepostas encontraremos ramificações capilares dilatadas. Existe ardência, mesmo quando o pé está em repouso. Os calos vasculares sangram, quando desbastados, devido à presença e capilares. Durante o tratamento deve-se tomar cuidado com ferimentos ou cortes.

CALOS NEUROVASCULARES

São idênticos ao calo vascular. No entanto, há comprometimento das extremidades nervosas.

Em alguns casos, a localização desses calos dá-se nas bases do hálux e do dedo mínimo, com aspecto de tecido fibroso.

O tratamento para calos vasculares e neurovasculares é idêntico no desbastamento, após a aplicação de algodão embebido em solução podológica. Nos calos neurovasculares ou neurofibrosos, é necessário a aplicação de tintura de iodo, após o desbastamento.

Constantemente, formam-se calos neurovasculares sobre o 4º 5º dedo, especialmente em pessoas idosas.

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CALOS OLHO DE PEIXE

Conhecido também como cravo, podendo apresentar-se em diversos tamanhos, muito dolorido e profundo, surgindo em toda planta do pé. Pode ser causado por atrito ou presença de algum corpo estranho (espinho, vidro, etc.).

TRATAMENTO – algodão umedecido com solução podológica; em seguida fazer remoção com bisturi retirando a calosidade superficial, depois a retirada cuidadosa do núcleo que é parecido com “olho de peixe”. SALIÊNCIA OSSEA – Alteração Óssea tendo a pele no local sem a presença de células mortas, podendo ser dolorida causada por

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deformidades ortopédicas ou calçado bico fino (sendo confundida como calos).

CALOSIDADE (QUERATOSE)

Engrossamento da epiderme, geralmente na região plantar, devido ao calçado mal-adaptado ao pé e deformação das “falanges” (corresponde a ossos proximal, medial e distal, com exceção ao hálux que são apenas dois: distal e proximal) em razão de males congênitos ou adquiridos.

Às vezes a presença de calosidade na planta dos pés pode esconder problemas ortopédicos mais graves. Por isso é importante a avaliação do caso por um ortopedista.

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CARACTERÍSTICAS – Tem raízes idênticas ao calo duro, podem não apresentar núcleo, podendo formar uma ou mais placas. TRATAMENTO – É idêntica ao calo duro, sua remoção é feita com o bisturi.

TERMOS TÉCNICOS USADOS EM PODOLOGIA

ONICO: Unha ou lâmina ungueal ONICOCRIPTOSE: Inflamação da lâmina ungueal (unha)

ONICOTOMIA: Corte normal da extremidade distal da lâmina ungueal. ONICOECTOMIA: Excisão total da lâmina ungueal.

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ONICOPATIA: Qualquer doença da lâmina ungueal. ONICOATROFIA: Diminuição de crescimento da lâmina ungueal: tamanho, espessura e textura.

ONICOGRIFOSE: Lâmina ungueal grossa em forma de gancho ou de bico de papagaio.

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ONICAUSE: Hipertrofia da unha. ONICOELCOSE: Ulceração da lâmina ungueal. ONICOETEROPATIA: Presença de lâmina ugueal situadas anormalmente, nos aspectos laterais das falanges terminais. É mais comum no quinto pododáctilo.

ONICOFAGIA: Ato de roer as unhas. ONICOFAGO: Indivíduo dado a onicofagia: ONICÓLISE: Descolamento da lâmina ungueal do seu leito.

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ONICOMALACIA: Amolecimento anormal das lâminas ungueal. ONICOPTOSE: Desvio da lâmina ungueal em sentido inferior. ONICORREXE: Estriação longitudinal da lâmina ungueal, com ou sem formação de fissura.

ONICOSQUISE: Distrofia ungueal que consiste na eliminação da lâmina em duas ou mais camadas superpostas. ONICOFOSE: Queratose que se forma sob os sulco ungueal da lâmina ungueal. ONICOTILOMANIA: Percussão de uma lâmina ungueal, até que a mesma fique alterada permanente.

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ESPÍCULA: Pedaço da lâmina ungueal.

ESPICULAECTOMIA: Extração total da espícula de uma lâmina ungueal encravada. LEUCONÍQUIA: Presença de manchas brancas na lâmina ungueal. EPONÍQUIO: Camada córnea da prega (cutícula).

PATOLOGIAS CONFUNDIDAS COM ONICOCRIPTOSE

PARONIQUITE: Inflamação ao redor da unha atingindo as bordas. ONIQUITE: Inflamação generalizada atingindo as bordas, matriz e leito da unha. ONIQUIA: O mesmo que a anterior agravando com a presença de pus.

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ALERGIA: Inflamação da epiderme por medicamentos ou outros agentes químicos. TRATAMENTO – Fazer o tratamento normalmente e ao diagnosticar estes itens deverá encaminhar o paciente ao dermatologista.

ANATOMIA DA LÂMINA UNGUEAL

É uma produção cutânea de queratina, chamada oniquina (dura) é formada de proteína, enxofre, cistina, argina, água (7 a 16%), cálcio e ferro, sem elasticidade e com pouca flexibilidade. Do ponto de vista embriológico, não nasce da superfície, mas sim do interior da pele, inicialmente a epiderme que dará origem a unha. Tem a função de proteção, agressão e sensibilidade. PROTEÇÃO: sendo uma lâmina dura e flexível, proteger as extremidades dos artelhos. PREENSÃO: para pegar principalmente pequenos objetos. AGRESSÃO: cortar, lascar, mascar (defesa). SENSIBILIDADE: tem seu papel na sensibilidade táctil da popa digital. A unha normal é transparente, lisa, suave, permanecendo colada no leito e apresentando crescimento continuo adulto. O crescimento das lâminas ungueal é aproximadamente 1mm por mês, demora para crescer, ou seja, para ser completamente substituída, cerca de 6 meses, nas mãos, e cerca de 1 ano nos pés. Em geral, desenvolve-se com mais rapidez nos jovens que nos idosos. Fatores que interferem no crescimento da lâmina ungueal é a má circulação sangüínea, vitaminas, proteínas; e mecânicos. A unha é dividida em nove partes: 1° - LÂMINA UNGUEAL: é a própria unha, situada sobre o leito ungueal. Sua consistência varia de pessoa para pessoa. É dependente de fatores genéticos como externos. Uma lâmina de

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células queratizadas compacta e com espessura variável de 0,5 a 0,75mm. 2° - MATRIZ UNGUEAL: é o local onde se dá origem a unha. Chamada também de raiz da unha. A nutrição da matriz é feita por pequenos vasos superficiais da derme. 3° - LEITO UNGUEAL: é a porção do complexo imediato embaixo da lâmina. Formada pela derme e epiderme é fortemente aderido a lâmina e com grande quantidade de terminações nervosas nesta área.

4° - EPONÍQUIO: conhecido como cutícula. Liga a prega supra-ungueal à lâmina. Sua formação é de queratina e tem a função de proteger a matriz ungueal da entrada de produtos químicos, agentes biológicos e outros. A retirada da abertura para a entrada de infecção. 5° - LÚNULA: é a área de forma convexa, esbranquiçada, localizada junto ao eponíqueo, e indica a posição da matriz. 6° - HIPONÍQUEO: é formado pôr uma fina camada da epiderme e faz ligação entre o leito ungueal e a polpa digital. Tem grande quantidade de terminações nervosas, tornando assim uma região muito sensível. 7° - PREGA SUPRAUNGUEAL: localizada antes do Eponpiqueo, com tamanho variável. É uma dobra de pele epitelial sobre a matriz

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ungueal. É constantemente lesada com a retirada do eponíqueo (cutícula). 8° - PREGA PERIUNGUEAL: está localizada nas laterais da unha. 9° - SULCO UNGUEAL: está localizado ao longo de toda a lâmina, é uma estreita faixa de pele. Formada na junção da lâmina com a prega periungueal.

UNHAS: PATOLOGIAS MAIS FREQUENTES

As unhas modificam sua estrutura ao longo do período evolutivo. Sua função é de proteger a sensibilidade da ponta dos dedos. A lâmina está formada por uma queratina especial, produzida por células matrizes do leito ungueal. É importante um exame minucioso das unhas porque podemos chegar à conclusão da existência de doenças sistêmicas. A média de idade da população, que é cada vez maior, e o uso dos calçados, impostos pela moda, é o fator que desperta cada vez mais o interesse e a necessidade pelo exame das unhas.

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A onicomicose e a onicocriptose são os responsáveis pela maior parte dos casos observados em pessoas jovens e adultas. Nos pacientes de idade avançada, os fatores etiológicos mais freqüentes são as vasculopatias periféricas e a onicogrifose. Principalmente as unhas do hálux refletem os efeitos dos calçados inadequados, manifestando-se em formas convexas e infecções micóticas freqüentes. Os calçados de formato inadequado ou de tamanho impróprio são responsáveis, na maioria dos casos, das alterações encontradas nas unhas dos pés.

PATOLOGIA MAIS FREQUENTE

ONICOMICOSE: As unhas e as pregas periungueais podem ser igualmente prejudiciais por afecções micóticas. A lâmina ungueal é atacada principalmente por dematófitos e, eventualmente, por uma levedura, cândida albicans. A micose começa pela borda livre da unha e se propaga rapidamente pela placa ungueal. A área lesada volta opaca e acumula detritos córneos sobre a placa ungueal. Com a evolução, a lâmina ungueal é gravemente destruída. O agente causador é o fungo. ONICOGRIFOSE: O quadro apresenta unhasna forma de garra, se caracteriza pela lâmina ungueal totalmente alterada em relação aos padrões normais. Este tipo de unha apresenta uma cor escura, com a forma de curvas espessas, resistentes e no geral, com crescimento acelerado. Pode afetar todas as unhas, mas é mais comum no halux. As principais causas que predispõe a esta patologia são: má formação congênita, repetição dos traumas, e também de doenças sistêmicas. ONICOCRIPTOSE:

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Resultado da penetração da borda da unha, principalmente afeta o halux, no tecido circunscrito com reação inflamatória. É mais comum nas pessoas que possuem a lâmina ungueal com excessiva tendência convexa. O processo inflamatório desencadeado pela penetração da borda da unha do tecido macio é complicado freqüentemente por uma infecção bacteriana, forma como conseqüência um granuloma piogênico, são: corte inadequado, calçados apertados e o excesso de curvatura na lâmina. Depois de retirar a espícula, o quadro evolui rápido e favoravelmente. PSORÍASE UNGUEAL: É a causa importante das deformidades ungueais e pode se manifestar em regiões independentes. As alterações mais freqüentes são depressões na lâmina e eventualmente alterações na cor das unhas e hiperqueratose sub-ungueal. Para diferenciar a Psoríase ungueal das onicomicoses e ter um diagnostico correto devem ser realizados estudos micológicos.

VERRUGA PERIUNGUEAL: A localização da verruga nas pregas periungueais é pouco freqüente e, às vezes, é sub-ungueais. O diagnóstico não apresenta dificuldades pelo aspecto e pela presença, no geral, de verrugas em outras regiões. ONICORREXE – ONICÓLISE:

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São dois quadros bastante freqüentes e, muitas vezes, associados. A onicorrexe, ou unha frágil, se caracteriza pela fissura da unha com fragmentação na porção distal. A onicólise consiste na separação da lâmina ungueal que se inicia na borda livre e dificilmente sobrepassa a metade da distância entre esta e o eponíqueo. Pode, excepcionalmente, relacionar estas alterações com doenças sistêmicas e com regimes para emagrecimento. EXÓSTESE SUBUNGUEAL: É uma excrescência óssea, dolorosa, na extremidade da falange distal, particularmente no halux, mais freqüente nas pessoas de sexo feminino, produz levantamento e deformidades da unha. Deve ser confirmada, primeiramente, com o diagnostico de Raio X. O tratamento é cirúrgico.

ALTERAÇÕES POR TRAUMATISMO

Por traumatismo podem ser produzidas diversas alterações. A onicocriptose, já citada, pode ter como causa inicial um traumatismo. A onicogrifose,unheiro, e outras alterações ungueais podem ser também resultado de traumatismos. PARONÍQUEA (OU PARONIQUITE): UNHEIRO È uma inflamação crônica do leito ungueal posterior e compromete parte dos leitos ungueais laterais. Existem edemas e eritemas com

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dores mais intensas nas fases mais agudas. Produz a separação da lâmina na parte posterior, e pela compressão pode eliminar material purulento. O quadro é causado por bactérias ou por cândidas, ou por ambas, sendo uma doença quase exclusiva das mulheres. O traumatismo constante e a retirada do eponíquio facilita a instalação da infecção. A evolução crônica do processo produz alterações na lâmina ungueal, sendo interpretado pelo profissional como uma micose. Algumas doenças sistêmicas podem ter como conseqüência alterações nas lâminas ungueais. Alterações vasculares, arteriais e venosas, o fenômeno de Reynaud, doenças cardíacas, pulmonares, neoplasias, infecções, cirrose hepática, diarréia crônica, hipertireodismo, diabetes, gota, etc. O uso de diversas drogas de forma prolongada também pode produzir alterações ungueais.

ONICOCRIPTOSE

PROCEDIMENTOS PODOLÓGICOS EM ESPICULAECTOMIA Há algumas décadas que o pé é objeto de análise, investigação, diagnóstico e terapêutica de variadas patologias que o afetam, motivo que originou o aparecimento de uma nova ciência na área da saúde designada “Podologia”. O termo Podologia origina-se do grego arcaico: o prefixo de “PODOS” significa Pés e o sufixo “LOGOS”, tratado, estudo, conhecimento. Forma-se o então o termo “Podologia”, que é o nome da ciência que trata do estudo dos pés. Podólogo, termo obviamente com as mesmas origens, designa a pessoa que aplica terapia aos pés, com estudo técnico-científico adequado, aprofundado na anatomia, fisiologia, podopatias e conhecimento biomecânico dos pés. Através do decreto de lei 1957, a profissão passou a ser considerado como ATIVIDADES AFINS DA MEDICINA.

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Vamos descrever a técnica de procedimento podológico em ESPICULAECTOMIA. Deparo no dia-a-dia com pacientes que apresentam problemas graves em seus pés por descuido ou desconhecimento em relação aos cuidados que se deve ter com eles. O Podólogo através da técnica denominada Espiculaectomia (remoção da parte da unha que esta encravada), usando instrumentais adequados, é capaz de solucionar o problema facilmente. ONICOCRIPTOSE é o nome cientifico que se dá a unha encravada ou unha encarnada (ungüis incarnatus), resultante da penetração de uma espícula (pedaço de unha), no tecido circunjacente. Em geral, há infecção e formação de tecido de granulação exuberante. OBS: Não confundir com onicofose, que é a calosidade que se forma no sulco ungueal. As principais causas da onicocriptose são: Pressão, Mecanismo, Má-formação e Traumatismo. CAUSAS DE SUA ORIGEM É natural perguntar como e porque aparece a unha encravada. A causa corresponde a dois grandes fatores:

- Causa Mecânica. - Causa de Má Formação.

O uso de qualquer tipo de calçado apertado ou de bico fino (causa mecânica) é uma circunstância propiciadora à formação dessa patologia na unha. Exemplo: quando uma das bordas laterais da unha halux apresenta alguma distrofia (causa deformada), agride o tecido próximo, desencadeando a onicocriptose.

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Sempre é a unha que agride o tecido, e obviamente é o desencadeante. Mas, visto por outro ponto de vista, podemos dizer que o calçado inadequado predispõe a causa mal formativa. O uso de um calçado mais estreito pode também ser desencadeante. Seguindo este raciocínio, podemos dizer que o calçado, na maioria dos casos, é o fator que predispõe e desencadeia ao mesmo tempo. PRESSÃO: É exercida por: Meias (quando pequenas ou grosas, pressionam a pele das bordas ungueais). Calçados (quando justos, estreitos, ou de ponta fina não só exercem pressão sobre a pele como também sobre a placa ungueal). Convexidade exagerada da lâmina ungueal. TRAUMATISMO: É causado por: Tropeções; Queda de objetos sobre a unha; Corte incorreto da unha feitos com tesouras ou alicates, que causam lesões. PRESSÃO ou TRAUMATISMO na pele ou ambas ao mesmo tempo, provocam um maior afluxo sangüíneo para o local, o que propicia uma abertura da pele do sulco ungueal e conseqüente ruptura da mesma, facilitando assim a penetração de bactérias. Com a contaminação através das bactérias, surge inflamação e posterior infecção com secreção purulenta o que origina o crescimento de granulação exuberante (granuloma piogênico ou carne esponjosa) avermelhada e dolorosa, que é composta por pequenos vasos capilares que recobre o sulco ungueal, projetando-se sobre a lâmina ungueal. Essa granulação é muito sensível e quando tocada rompe e sangra facilmente. No traumatismo o quadro clínico apresenta-se com maior rapidez, pois existe, quase sempre, o rompimento da pele do sulco ungueal, seguido de inflamação ou infecção. Há varias formas de se resolver os problemas da unicocriptose dos pododáctilos. Na podologia usa-se remover a parte encravada (espicualectomia). Retira-se no Maximo 5 % da lâmina ungueal comprometida. Imersão dos pés em banhos emolientes e uso de antibióticos ou antiinflamatórios são inúteis. É necessário remover a espícula que esta causando a infecção e a dor.

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PROCEDIMENTO PODOLÓGICO É feito primeiramente uma inspeção cuidadosa do pé onde se procura identificar a causa da podopatia, e uma pesquisa detalhada sobre a saúde do paciente (tratamentos e medicamentos utilizados; antecedentes familiares – alergia a medicamentos, diabetes etc..) Digitopressão: compressão efetuada com os dedos, provocando isquemia localizada. É possível averiguar a microcirculação dos pés, para, posteriormente, tomar medidas terapêuticas. Essa intervenção não é um procedimento cirúrgico. A legislação Brasileira não permite ao podólogo fazer cirurgias ou prescrever medicamentos injetáveis ou de uso interno. TECNICA PODOLOGICA: A intervenção deve ser praticada com instrumentais rigorosamente afiados, esterilizados e descartáveis. A intervenção é feita sem anestésico injetável. O podólogo experiente possui técnica aperfeiçoada no manejo dos instrumentais cortantes, o que faz com que não se exija nenhum esforço para desbastamento, propiciando assim menos riscos de dor e ferimentos. Essa técnica faz com que a dor seja amenizada durante a intervenção, faz-se assepsia em todo o pé. Faço uso de emoliente líquido (soro fisiológico morno com emoliente). Em seguida, remoção da espícula (pedaço da unha) que está causando a dor ou infecção. Se houver sangramento (hemostasia) o uso de fibra de alginato de cálcio e sódio promove a hemóstase. CURATIVO: Aplicação de álcool iodado, rifocina ou metholate, em seguida pomada cicatrizante, mecha de algodão, gaze e esparadrapo. OBS: Produtos com componentes alcoólicos também não são indicados em lesões por serem citotóxicos, isto é, eles retardam o processo cicatricial por “matarem” células de proliferação dos tecidos. É comprovado que a utilização de produtos que mantém a umidade da lesão auxiliam na proliferação celular e conseqüentemente na

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reparação tecidual. Se Extrapolarmos para o fato de que 60% do organismo humano é composto por água, fica simples compreender a importância deste liquido para a proliferação celular. O paciente devera retornar para o segundo curativo após 48 horas, e assim sucessivamente, até o desaparecimento completo da infecção. Posteriormente à cicatrização, se necessário, prepara-se órtese para correção da lâmina ungueal (onicoórtese), para correção completa da mesma. Para pessoas de alto risco, (diabéticos ou portadores de problemas circulatório) solicita-se prévias avaliações e autorização médica por escrito. A Onicocriptose quando tratada a tempo e sob orientação de um podólogo especializado é facilmente reprimida. Procedendo desta maneira estará evitando riscos desnecessários, faltas no trabalho, angustia e dor. O podólogo atualizado e especializado em onicoórtese se serve de aparelhos metálicos com molas ou fibras de memória molecular, que são coladas sobre a lâmina ungueal em sentido contrário, corrigindo sua curvatura. Outra forma para resolver um problema de Onococriptose é através de técnicas de intervenções cirúrgicas feita na área médica, ou seja: técnicas baseadas na redução moderada da prega ungueal, quando a infecção surge de um lado da unha. Incisão dupla, de modo que extirpe em um só bloco a borda ungueal com infecção, a parte encravada da placa ungueal e parte da matriz (método do Dr. Du, 1994). Técnica de onicoectomia (extração total da lâmina em definitivo) geralmente quando apresenta um quadro gravíssimo (método do Dr. Jansey,1995).

TRATAMENTO PODOLÓGICO NA ONICOCRIPTOSE

A onicocriptose é uma dolorosa afecção que aparece freqüentemente na altura da ultima falange do primeiro dedo (halux). Denomina-se, vulgarmente como “unha encravada” e geralmente ao redor dela, se produz um tecido granulomátoso (granuloma).

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A onicocriptose fica definida quando as bordas laterais ou distais da lâmina ungueal, por ação traumática, comprime exageradamente a borda cutâneo-adjacente, produzindo uma solução de continuidade (separação de partes contínuas, ferida do tegumento). AÇÃO DO CALÇADO Podemos dizer que o calçado é o grande órtese podal. Foi criado para proteger e adaptar-se a formação e comportamento dinâmico do pé, mas a moda transformou-o em um objeto de tortura, fonte geradora de 90% das consultas podológicas nos consultórios. POR MORFOLOGIA OU DOENÇA DO UNGUEAL Quando as unhas apresentam uma curvatura maior que a normal são classificadas em: Involuta – telha – Funil – Gancho – Torquês – Caracol

Em geral, as unhas encurvadas pressionam contra o tecido dentro do sulco ungueal; e em outros casos, desencadeiam a fissura do tecido. Podem ser adquiridas, congênitas ou expressão de alguma doença. POR DACTILOPATIAS – MORFOLOGIA DO DEDO As más formações dos dedos por seu apoio inadequado. POR PODOPATIAS

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Desequilíbrio nos pontos de apoio plantar. Em pé plano vago, o movimento digitígrado do halux ao caminhar, predispõe a lesão no sulco unguear interno. POR POSTURAS DE DESCANÇO

Quando se dorme de barriga para cima, a pressão das cobertas sobre o externo distal dos dedos de pacientes que tem diabetes, junto a outros fatores, pode ser a causa de onicocriptose. Existem casos de lactentes (crianças em fase de amamentação) que, por dormirem de barriga para baixo, desencadeiam o processo de pressionar o halux contra o colchão. POR HIPERIDROSE A maceração da epiderme seja por excesso de transpiração ou por excesso de banhos freqüentes, permite com facilidade que a porção de unhas se encoste ao tecido macio. POR UNHAS MUITO CURTAS, SUB MERGIDAS. Quando a borda distal apresenta-se proeminente, a unha fica submergida, retardando, assim, seu crescimento normal, que somando ao impacto frontal do calçado causa a onicocriptose frontal. POR CORTE INCORRETO (LATERAL DAS UNHAS) Quando se deixa na borda lateral das unhas alguma porção aguda da mesma (espícula), o crescimento ou compressão gera problema. POR TRAUMATISMOS VIOLENTOS Quando existe um ou mais fatores latentes, estamos na presença de unhas predispostas. A ação de um pisão, tropeção ou caída de um objeto muito pesado, pode ser o gatilho desencadeante da onicopatia.

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MECANISMOS DA APARIÇÃO E O PORQUÊ DO GRANULOMA

Em atitude de defesa, o organismo reage para reparar esta ferida, produzindo um tecido. Só que no caso considerado por nós, a insistência do fator traumatizante faz com que o tecido de granulação, em lugar de evoluir, prolifere, desta forma a borda ungueal fica recoberta por este tecido glanulomatoso. A solução de continuidade primitiva provocada pela espícula não é cicatrizada, apesar de ter sido formado um abundante tecido de reação. Pelo contrário, ao resistir aos fatores de causa, transforma-se em uma úlcera dolorosa sem nenhuma possibilidade de cura, até a retirada da espícula. Indispensável dizer com que facilidades se reproduzem os processos infecciosos, e os riscos a que está submetido um paciente diabético.

GRAUS DE EVOLUÇÃO DA ONICOCRIPTOSE

Estágio de dor ou determinante caracteriza-se pela inflamação e

sensibilidade da zona. A eliminação do calçado estreito e a intervenção de uma pequena manobra podem ser suficientes para inibir o processo evolutivo da afecção. Primeiro Estágio – a Ferida: define a onicocriptose. Aparece uma pequena ferida sem ser purulento, aumentando a dor e a inflamação. Segundo Estágio – de Infecção: forma-se um incipiente tecido de cor vermelha brilhante com a epiderme intacta, e um princípio de pus. Terceiro Estágio – de Granulação: aparecerá uma proliferação carnuda exuberante chamada “granuloma piogênico” (tipo benigno); sua cor é um vermelho escuro, e muitas vezes, coberto por uma crosta. Por ser um tumor muito vascularizado, com o simples atrito do calçado pode sangrar. Se a atuação profissional não for procurada a situação pode prolongar-se até que algum fator desesperante leve a uma consult

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TRANSTORNOS PROVOCADOS PELA ONICOCRIPTOSE E PRECAUÇÕES A SEREM TOMADAS

TRANSTORNOS O paciente sente muita dor que, muitas vezes, só aparece ao caminhar, mas, em outras ocasiões a dor persiste mesmo em repouso. Ao caminhar devido à dor, a tendência é não apoiar o dedo dolorido, portanto, se tornam posturas viciosas ou transtornos de marcha visíveis. Quando a dor fica mais intensa e a região inflama ocasionando aumento de temperatura, surgem os fenômenos da infecção. PRECAUÇÕES IMPORTANTES: Proibir o uso de calçados estreitos;

Saber se o paciente é diabético;

Saber se usou a vacina antitetânica;

Atenção com todas as normas de biosegurança (todos os

pacientes são de alto risco até que demonstre o contrário).

Aplicação local de antibióticos ou curativos (o tipo de medicação dependerá do caso clínico, sob prescrição médica).

PELE: A pele é um órgão importante do corpo, dentre as suas diversas funções, está a de proteger o corpo dos organismos patogênicos. É sabido que os processos metabólicos das células produzem,

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permanentemente, calor que se distribui pela corrente sangüínea, e parte deste deve ser eliminado pelo órgão cutâneo para não variar a temperatura do corpo (aproximadamente 90% dele é eliminado pela pele). Se a temperatura exterior é baixa, são estimuladas as terminações nervosas termosensiveis da pele, que contraindo os capilares cutâneos, distribui a irrigação da pele. Assim a velocidade de perda de calor é diminuída. Em lugar quente ocorre situação contrária: os capilares dilatam-se, a pele toma uma cor rosada e gera mais perda de calor. Quando a perda de calor é muito alta, a função anterior antecipa-se para dissipar o excesso dele. As glândulas sudoríparas entram em ação segregando uma quantidade maior de suor e, ao evaporar da pele, diminui a temperatura do corpo. Para converter um litro de água em vapor, são necessárias 540 calorias. A pele pode sentir pressão, temperatura, dor e diferenciar objetos tocados, graças a variedade e quantidade de receptores sensoriais. Na pele também encontramos glândulas sebáceas que separam uma película de gordura que evita o ressecamento e fissura da mesma.

BOLHAS

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Os pés são considerados como sendo uma extensão do cérebro e do coração, atuando como agente receptor e executor das atividades sensitivas, onde se inicia o processo e devolução sangüínea, permitindo ao coração e pulmões um trabalho tranqüilo e sem esforço. Infelizmente as pessoas dão pouco valor à saúde dos pés. Elas não têm consciência de sua importância no seu dia-a-dia. Não lhe atribuem os cuidados necessários, por acreditarem que pacientes que apresentam problemas graves em seus pés, são por descuido ou desconhecimento em relação aos cuidados que se devem ter com eles. A maioria dos profissionais em podologia tem consciência e cuidado para com pacientes portadores de bolha no pé. Faz uso de todos meios de biosegurança disponíveis, tais como: desinfecção e esterilização dos materiais não descartáveis em estufas ou autoclave. O QUE É BOLHA? Acúmulo de fluído entre as camadas internas e externas da pele, devido a:

Excesso de Fricção.

Uso de Calçados Apertados.

Queimaduras Ocasionadas pelo Frio, Calor ou Muito Sol.

Doenças de Pele.

Alergias e Irritações Provocadas por Agentes Químicos. Existem vários motivos que, isolados ou combinados, proporcionam o aparecimento de bolhas. Os mais comuns são:

a) Suor que amolece a pele e deixa mais sensível ao atrito;

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b) Desajuste das meias, causando uma fricção irregular entre meia e pele;

c) Tomar banho quente antes de caminhar; d) Utilização de calçados inadequados e não impermeáveis;

costuras ou protuberâncias internas do calçado. Evite furar as bolhas, pois isto aumenta a possibilidade de infecção. Não mexa na bolha por 24hs para permitir que ela se cure por si só. Elas secarão e a pele se despenderá em uma ou duas semanas. Enquanto isso proteja a área colocando um anteparo com uma abertura no centro sobre a bolha. CUIDADO: Se a bolha se romper acidentalmente, não deve recortar a pele solta. Mantenha-a numa superfície limpa, lavando-a duas vezes ao dia com um sabão antibacteriano. Aplique uma pomada antibiótica e um curativo para ajudar a cicatrizar. Observação importante: Os pacientes diabéticos devem comunicar ao seu médico ou Podólogo, ou ainda, a equipe de saúde de diabetes. Não manipule por si, nem deixe que “pseudoprofissionais” manipulem as bolhas que por ventura apareçam nos seus pés. MEDIDAS PREVENTIVAS:

a) Verificar o perfeito ajuste das meias, que devem ser de preferência sem ou com o mínimo de costura possível;

b) Utilizar um calçado adequado para praticar esportes;

c) Cuidar da higiene diária dos pés (devem ser lavados imediatamente ao final da etapa).

d) Não tomar banho antes de começar a andar, principalmente

banhos longos e com água quente, pois a pele dos pés amolece e fica mais propensa a bolhas.

Logo que sentir uma região dolorida ou sensível, pare e verifique a causa. Corrija o problema da meia ou do calçado e cubra a região com anteparo especial. Procure um podólogo para não ter

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complicações. Consultar-se com um profissional multidisciplinar devidamente habilitado no exercício de suas atribuições.

VERRUGA PLANTAR

Tumores epidérmicos têm como agente causador um vírus chamado HPV – Papiloma Vírus Humano. Diferente do calo, a verruga plantar tem como raiz as células virais – que quando removidas desaparecem por completo. Cabe ao podólogo diagnosticar juntamente com o dermatologista, o tratamento que poderá ser feito, com indicação médica, através de medicamentos tópicos de venda livre e de uso profissional. São vírus contagiosos e sensíveis, a verruga mais comum é chamada vulgar, parece uma couve-flor (áspera e seca). A área central mais úmida e macia chama-se condiloma. Confundir Calo com Verruga plantar e vice-versa é muito mais comum na área médica, que na área podológica, principalmente os dermatologistas que, confundindo o tratamento, leva o paciente a um “mal perfurante plantar”. Aparecem geralmente em crianças por não terem o sistema imunológico totalmente desenvolvido.

A verruga plantar causa muita dor devido os seus vasos capilares trombosados que apresentam pontos negros e costumam sangrar muito. Em alguns casos as verrugas multiplicam-se por toda região, sempre recobertas por hiper queratose. O sinal que a revela e que é mais constante é a dor provocada pelas mais leves pressões.

MAL PERFURANTE PLANTAR

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Pode ter como causa: o diagnóstico errado de um calo tomado como uma verruga plantar; o ferimento de um núcleo de calo ou uma hiperqueratose no pé de um diabético; um trauma de repetição ocasionado por sapato inadequado; ou um prego de sapato ao ferir um paciente diabético neuropático dos membros inferiores. Isto porque com a diminuição da sensibilidade, fruto da morte dos neurônios periféricos, a pessoa passa a não ter a mesma sensibilidade de um individuo normal, não sentindo assim a agressão de um prego, de um sapato apertado e assim por diante. Tudo isto se alia ao fato de que um indivíduo neste estado já tem sua circulação sangüínea prejudicada, logo os anticorpos que combatem bactérias patogênicas e o sangue rico em oxigênio e substancias nutritivas para as células, sofrem dificuldades para chegar à região afetada, visto que o sangue venoso e o sistema de drenagem linfática encontram-se prejudicados e não conseguem retirar com agilidade os metabólicos e produtos de infecções celulares. Cabe ao Podólogo diagnosticar e conhecer a causa. O tratamento é multidisciplinar: médico, Podólogo, enfermeiro, fisioterapeuta etc.

ÚLCERA

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A úlcera caracteriza-se por uma lesão ou perda tecidual , ou seja, mais de 30 dias; Costuma apresentar um tecido hiperqueratósico ao seu redor e pode ter varias causas: Neuropatias; dificuldades de ordem circulatória; causas ortopédicas.

ESPORÃO DE CALCÂNEO

É uma patologia que se apresenta constantemente na clinica de podologia. Caracteriza-se por fortes dores na região calcânea, quase sempre sem a presença de hiperqueratose, pode ser facilmente confundida com a fasceite plantar.

O esporão de calcâneo é uma formação cartilaginosa, ou seja, espigão subcalcâneo. Pode ser removido cirurgicamente por um ortopedista, porém pode retornar. O melhor tratamento e o uso de calcanheira para absorção do impacto. A FASCEITE é uma inflamação muscular que também compromete a região do calcâneo estendendo-se às vezes até o antipé. O diagnóstico correto inclui radiografia da região afetada.

FISSURAS

São aberturas no tecido podendo atingir tanto epiderme como derme e até hipoderme trazendo mal estar ao paciente e muitas vezes dor e sangramento devido à maceração. São causadas muitas vezes pelo ressecamento da pele.

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CAUSA: Falta de hidratação ou problemas orgânicos do fígado ou da tireóide; e calçados de borracha. É muito freqüente em pacientes diabéticos. Se não responder bem o tratamento podológico deve encaminhar o paciente ao médico.

ONICOMICOSE

As micoses superficiais da pele (tinhas) são infecções provocadas por fungos que atingem a pele, unha, mucosa e o couro cabeludo. É uma enfermidade infecciosa, com possibilidade de transmissão relativamente alta. Os fungos, em alguns casos, convivem com o organismo humano durante anos sem provocar doenças. Esses fungos estão em toda parte podendo ser encontrados no solo e em animais. Até mesmo em nossa pele existem fungos convivendo “pacificamente” conosco sem causar doenças.

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Quando encontra condições favoráveis ao seu crescimento como calor, umidade, baixa da resistência no sistema imunológico ou uso de drogas por longo prazo (minociclina, tetracilina etc...), alteram o equilíbrio da pele, passando então a causar doenças. Por isso existem pessoas mais ou menos susceptíveis a ação dos fungos, o que explica o fato de que numa mesma família, alguns apresentarem micoses e outros não. Para haver o surgimento dos fungos, que são causadores da onicomicose (micose de unha), basta que exista um local úmido, escuro e quente. Os sapatos e os tênis são os locais ideais para o surgimento desses microorganismos. Cientificamente a micose de unha é chamada de onicomicose (onico em grego significa unha), que apresentam, aproximadamente 40% das consultas e lesões ungueais. Os pés são a base do corpo, com eles temos que ter o máximo de cuidado, pois é a parte do corpo mais atingida por fungos, tanto às unhas quanto nos tecidos ao redor da unha paroniquia = unheiro . UNHEIRO: O contorno ungueal fica inflamado, dolorido, inchado e avermelhado e como conseqüência, altera a formação da lâmina ungueal. Os pés são hoje considerados pelos pesquisadores, saúde humana, como sendo uma extensão do cérebro e do coração, atuando como agente receptor e executor das atividades sensitivas, onde se inicia o processo de devolução sangüínea, permitindo ao coração e pulmões um trabalho tranqüilo sem esforço. Após praticar esporte, por exemplo, a transpiração dos pés cria condições perfeitas para que os fungos se desenvolvam dentro do tênis, principalmente quando este acaba ficando úmido e fechado no armário após os exercícios diários ou finais de semanas, resultando mau cheiro (chulé) que, mesmo sendo inconveniente, geralmente não recebe muita atenção. Na verdade o suor decompõe bactérias presentes em nossa pele, no caso, em nossos pés, ocasionando essa decomposição e mau cheiro (bromidrose).

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Alguns tipos de micoses podem apresentar uma associação de fungos e bactérias, dando origem ao “pé de atleta”, também conhecido como “frieira”. Tem muita relação com o uso constante de sapatos fechados, sem meias ou com meias finas de helanca e, com o hábito de não enxugar os pés entre os pododáctilos. A ingestão de alimentos como cebola, alho, pimenta, etc. O alcoolismo pode causar bromidrose devido a eliminação de seus resíduos através do suor. A pessoa diabética, devido à baixa resistência imunológica também é mais susceptível a contrair micoses. O problema da micose pode ser atenuado com algumas medidas como o uso de meias de algodão, pois absorvem melhor a umidade dos pés, do que as de nylon. A meia evita o contato dos pés diretamente com o solado interno do calçado que fica contaminado pelos microorganismos. A exposição do calçado ao sol auxilia no combate da micose, pois a reação dos raios ultravioletas impede o desenvolvimento do bolor (fungos) e da umidade. Lavagem do tênis freqüente com água e sabão; Não cortar ou remover a cutícula, pois esta é proteção da unha; Evitar usar esmalte por tempo prolongado. Podólogo, Dermatologista e paciente, completam um triangulo terapêutico. PODÓLOGO: faz uso de instrumentais apropriados, removendo com lixas, brocas a maior quantidade de resíduos da lâmina ungueal contaminada pelos fungos que costuma ficar manchada, descolada e esfarelada; faz também a assepsia do local para aplicação do medicamento de uso tópico e orienta o paciente quanto ao procedimento do tratamento diário. DERMATOLOGISTA: faz o diagnóstico e se necessário poderá solicitar exame micológico para identificar o fungo transmissor da onicomicose. Determina o tratamento que poderá consistir em medicações sob a forma de uso tópico (esmalte, cremes e loções) ou sistêmico (via oral), dependendo da intensidade do quadro. PACIENTE: Deverá seguir o tratamento com persistência e seguir as orientações do dermatologista e do Podólogo. , A onicomicose é de difícil tratamento por ser de longa duração. A eliminação dos fatores que favorecem o aparecimento e instalação da doença e a persistência são fundamentais para se obter sucesso.

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O BICHO DO PÉ é uma das infecções cutâneas mais freqüentes no verão. É uma pulga feminina de nome cientifico, Tunga Penetras, que se aloja na pele para se alimentar do sangue e põe ovos. É uma infecção que é caracterizada por inchaços dolorosos localizados principalmente ao redor de onde o inseto penetrou, sob as unhas dos pés nas partes mais moles ou entre os dedos do pé. No entanto, pode-se pegar o bicho-do-pé em qualquer local do corpo. As larvas são de vida livre, sendo encontradas em habitações de chão de terra, em solos arenosos e praias, mas sempre em locais sombreados. O adulto (pulga) possui coloração marrom avermelhada e mede aproximadamente 1mm de comprimento, porém, uma fêmea grávida pode chegar a medir o tamanho de uma ervilha. É a fêmea adulta fertilizada que possui a capacidade de perfurar a pele do homem, porco e outros mamíferos com suas partes bucais. Alimentam-se de seu sangue e expelem seus ovos maduros pelo ovipósito, ficando estes na ponta de seu abdômen. Uma fêmea pode produzir de 150 a 200 ovos durante um período de 7 a 10 dias. Os sintomas começam com uma leve coceira local, que pode evoluir para úlceras dolorosas, que culminam com freqüência em infecções secundárias, inchaço local. O procedimento podológico para tratamento de bicho-do-pé é diagnosticar, em seguida fazer a assepsia em todo o pé com álcool 70% (assepsia cuidadosa de cicatrização) e removê-lo com um instrumento esterilizado. È importante saber se seus ovos foram totalmente removidos de dentro da pele, buscando não ferir a pele sadia que a circunda; finalizar com os curativos à base de anti-sépticos e bactericidas. Recomenda-se também que se vacine contra tétano.

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HIDROSE

ANIDROSE ou DESIDROSE. É causada pelo mau funcionamento das glândulas sudoríparas, provocando a ausência de suor. Pode ser causada também pela doença chamada diabete; podendo ser causada, ainda, por resíduo de algum corpo estranho. A pele apresenta-se ressecada com fissura e descamação.

O tratamento consiste em estimular as glândulas, massageando-as com creme apropriado aos pés. Devem ser lavados com escovinhas para manter os poros desobstruídos. BROMIDROSE (Chulé) - É o odor fétido de acido no qual resulta no mau funcionamento da glândula, são distúrbios do sistema nervo ou das glândulas sudoríparas; o suor é inodoro ao ser expelido pela glândula, entretanto, ao entrar em decomposição pela presença de fungos ou bactérias da pele, principalmente entre os dedos, apresenta o dor desagradável. TRATAMENTO: deve seguir os mais rigorosos padrões de higiene. HIPERIDROSE: É o mau funcionamento das glândulas sudoríparas, caracterizada por excesso de suor, deve-se ao mau funcionamento do sistema nervoso como é o caso de tensão ou excitação mental, emoção forte ou medo; sua aparência é esbranquiçada dificultando a remoção desta calosidade. É recomendado o uso de loção além de polvilho anti-séptico.

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LEMBRE-SE:

A CONDIÇÃO FUNDAMENTAL PARA O SUCESSO NA ÁREA DE PODOLOGIA, RESIDE NUM ÚNICO FATOR: GOSTAR DE

PODOLOGIA.

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EIXO TEMÁTICO:

P É S D I A B É T I C O S

P É S D I A B É T I C O S

DIABETES

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SINTOMAS DO DIABETES

TIPOS DE DIABETES

PÉS DIABÉTICOS

QUAIS SÃO OS FATORES DE RISCO PARA O DIABETES

MELLITUS? PORQUE O DIABÉTICO É MAIS PREDISPOSTO A

INFECÇÕES NOS PÉS? OBJETIVO DO PODOLÓGO NO PÉ DIABÉTICO

COMO DIAGNÓSTICAR O PÉ DIABÉTICO?

QUAIS SÃO OS PROBLEMAS MAIS COMUNS NOS PÉS?

EXAMES – ANAMNESE NO ATENDIMENTO PODOLÓGICO

AVALIAÇÃO

TÉCNICAS PODOLÓGICAS

DIABETES

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A palavra DIABETES MELLITUS origina-se do grego e do latim: DIABETES (líquidos que passa por direto por um sifão) e MILLITUS (mel). Esta expressão pode ser traduzida por “urinar muito doce”, popularmente conhecida apenas por DIABETES.

É uma disfunção causada pela falta de insulina ou pela diminuição na produção; ou ainda, pela incapacidade em exercer suas funções, provocando o aumento da glicemia (açúcar no sangue).

Para entender melhor o diabetes, é preciso conhecer a função do açúcar e da insulina em nosso organismo. Nós necessitamos de um “combustível”: é o açúcar que gera energia para o nosso organismo funcionar, mas isso só ocorre se houver insulina. Portanto, a função da insulina é garantir a entrada de glicose nas células para a produção de energia.

A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas, uma glândula que fica no abdômen entre o estômago e a coluna vertebral. Quando nos alimentos, ingerimos vitaminas, proteínas, sais minerais e glicose (açúcar) com a ajuda da insulina penetram nas células para produzir energia e assim garantir o funcionamento do organismo.

TIPOS DE DIABETES

TIPO I – também chamado de juvenil ou insulino dependente – quando o corpo pára completamente de produzir insulina. Estas formas de diabetes são mais freqüentes em crianças ou jovens, mas pode ocorrer em qualquer idade sendo mais comum aparecer entre os 7 e 15 anos. Necessitam tomar injeções de insulina diariamente. TIPO II – também chamado de não insulino dependente – quando o corpo ainda produz insulina, mas NÃO suficiente.

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Normalmente ocorre em pessoas acima de 40anos, com peso acima do normal, e com histórico de diabetes em família. Estando fortemente relacionado ao estilo de vida.Portanto incorporar uma nova atitude é fundamental para o bom controle da doença.Entretanto,esse pode ser o fator mais relevante,visto que essa mudança geralmente se dá na fase adulta,quando a pessoa já adquirio muitos hábitos e vícios prejudiciais á saúde.

OUTRAS FORMAS DE DIABETES MELLITUS:

DIABETE GESTACIONAL

Geralmente na gravidez,a placenta (órgão responsável pela nutrição do feto)produz alguma substância ( hormônio)em grande quantidade.Embora imprescidíveis para o desenvolvimento do bebê,a alta concentração de hormônios em volta da placenta dificulta a ação da insulina.Geralmente,após o nascimento da criança,os níveis de glicose(açúcar)e insulina tendem a voltar ao normal,deixando assim de ser diabética.

Fatores de risco para o diabete gestacional.

*Idade acima de 25 anos.

*Obesidade ou ganho excessivo de peso na gravidez atual.

*Baixa estatura.

*Crescimento fetal excessivo.hipertensão ou pré-eclâmpsia na gravidez atual.

*Histórico familiar de diadete em parentes de 1ºgrau.

PRÉ-DIABETE

Quando,ao realizar o exame de glicemia em jejum de 8hs,o resultado estiver igual ou maior que 100 até125mg,indica que a pessoa é pré-diabetica.Nesse caso,a mudança no estilo de vida é fundamental para

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manter o controle e evitar que o quadro evolua para o diabete tipo2.Nem sempre o pré-diabetico desenvolve a doença.O tratamento indicado é emagrecer se estiver acima do peso e praticar exercício físico.Portanto uma dieta com controle de ingestão de açúcar e a prática de exercícios podem ser suficiente nesse momento.Geralmente,são pessoas com mais de 45anos e que estão acima do peso ou possuem caso de diabete na família(hereditariedade).

DIABETE PANCREÁTICO

Causado por pancreatite crônica ou algum processo cirúrgico que tenha extraído parte do pâncreas,como conseqüência, prejudica a produção de insulina.

DIABETE MEDICAMENTOSO

Ocorre quando em decorrência ao uso de alguns medicamentos que provocam o aumento da concentração de acocar no sangue,durante um período prolongado.Geralmente,após o uso,os níveis de glicose voltam ao normal.Esses remédios tem ação no fígado induzindo-o a produzir muito açúcar.

SINTOMAS DO DIABETES

Muita sede. Vontade de urinar diversas vezes.

Perda de peso.

Fome exagerada.

Visão embaraçada.

Infecções ou machucados que demoram a cicatrizar.

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Cansaço inexplicável. Hiperglicemia.

Observação: diminuição da visão e ulceração na pele e unhas. São sintomas de que a doença já está adiantada.

Não será difícil descobrir a doença, já que, numa pessoa com todas as queixas descritas, o exame a ser feito é a dosagem de glicose no sangue (glicemia) e na urina (glicosúria).

Estima-se que existam no Brasil cercade 12milhões de indivíduos com diabete.Isso representa 7,6 da população,sendo que metade deste contingente desconhece o diagnóstico, uma vez que, a doença será identificada freqüentemente pelo aparecimento de algumas complicações provocadas pelo descontrole da glicemia ao longo do tempo,tais como:problemas oftalmologicos,cardiovasculares,renais,impotência sexual,neuropatia,úlcera nas pernas e pes e outros.

O diabetes mellitus afeta igualmente homens e mulheres, e o seu risco aumenta com a idade.

Os sintomas das complicações envolvem queixas visuais, cardíacas, circulatórias, digestivas, renais, urinários, neurológicas, dermatológicas e ortopédicas, entre outras.

SINTOMAS OFTALMOLOGICOS:

As alterações oftalmológicas podem levar á perda da visão,quando não diagnosticadas precocemente ou tratadas de forma inadequada.Entre as principais doenças nos olhos,o diabetico pode desencadear um quadro chamado de retinopatia diabética,que afeta a retina.A retina é uma membrana localizada na parte interna,atrás do olho,que atua como um filme numa câmera,essa membrana é formada por uma rede de vasos capilares.Como o diabete pode atacar os vasos que irrigam a retina,causando a falência ou o sangramento dessas veias,edemas ou até mesmo provocando o

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descolamento da retina,como conseqüência,pode prejudicar a visão ou levar a cegueira permanente.Se o paciente fizer um bom acompanhamento clínico do diabete,realizando os exames periódicos de fundo de olho e tomando todos os cuidados necessários,é possível previnir a doença ou tratá-la com mais eficácia,evitando a sua progressão.

SINTOMAS CARDÍACOS:

Pacientes diabéticos apresentam uma maior prevalência de hipertensão arterial, obesidade e alterações de gorduras. Por estes motivos e, principalmente se houver tabagismo associado, pode ocorrer doença cardíaca. A doença cardíaca pode envolver as coronárias, o músculo cardíaco e o sistema de condução dos estímulos elétricos do coração. Como o paciente apresenta em geral também algum grau de alteração dos nervos do coração, as alterações cardíacas podem não provocar nenhum sintoma, sendo descobertas apenas na presença de sintomas mais graves como o infarto do miocárdio, a insuficiência cardíaca e as arritmias.

SINTOMAS CIRCULATÓRIOS:

Os mesmos fatores que se associam a outras complicações tornam mais freqüentes as alterações circulatórias que se manifestam por arteriosclerose de diversos vasos sangüíneos. São freqüentes as complicações que obstruem vasos importantes como as carótidas, a aorta, as artérias ilíacas, e diversas outras de extremidades. Essas alterações são particularmente importantes nos membros inferiores (pernas e pés), levando a um conjunto de alterações que compõem o "pé diabético". O "pé diabético" envolve, além das alterações circulatórias, os nervos periféricos (neuropatia periférica), infecções fúngicas e bacterianas e úlceras de pressão. Estas alterações podem levar a amputação de membros inferiores, com grave comprometimento da qualidade de vida.

SINTOMAS DIGESTIVOS:

Pacientes diabéticos podem apresentar comprometimento da inervação do tubo digestivo, com diminuição de sua movimentação,

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principalmente em nível de estômago e intestino grosso. Estas alterações podem provocar sintomas de distensão abdominal e vômitos com resíduos alimentares e diarréia. A diarréia é caracteristicamente noturna, e ocorre sem dor abdominal significativa, freqüentemente associado com incapacidade para reter as fezes (incontinência fecal).

SINTOMAS RENAIS:

O envolvimento dos rins no paciente diabético evolui lentamente e sem provocar sintomas. Os sintomas quando ocorrem em geral já significam uma perda de função renal significativa. Esses sintomas são: inchume nos pés (edema de membros inferiores), aumento da pressão arterial, anemia e perda de proteínas pela urina (proteinúria),além dos rins também sofrerem de ataques de bactérias devido as infecções urinárias comuns nos diabéticos,relacionadas á maior quantidade de glicose na urina.

SINTOMAS URINÁRIOS:

Pacientes diabéticos podem apresentar dificuldade para esvaziamento da bexiga em decorrência da perda de sua inervação (bexiga neurogênica). Essa alteração pode provocar perda de função renal e funcionar como fator de manutenção de infecção urinária. No homem, essa alteração pode se associar com dificuldades de ereção e impotência sexual, além de piorar sintomas relacionados com aumento de volume da próstata.

SINTOMAS NEUROLÓGICOS:

O envolvimento de nervos no paciente diabético pode provocar neurites agudas (paralisias agudas) nos nervos da face, dos olhos e das extremidades. Podem ocorrer também neurites crônicas que afetam os nervos dos membros superiores e inferiores, causando perda progressiva da sensibilidade vibratória, dolorosa, ao calor e ao toque. Essas alterações são o principal fator para o surgimento de modificações na posição articular e de pele que surgem na planta dos pés, podendo levar a formação de úlceras ("mal perfurante plantar"). Os sinais mais característicos da presença de neuropatia são a perda de sensibilidade em bota e luva, o surgimento de deformidades como a perda do arco plantar e as "mãos em prece" e as queixas de

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formigamentos e alternância de resfriamento e calorões nos pés e pernas, principalmente à noite.

SINTOMAS DERMATOLÓGICOS:

Pacientes diabéticos apresentam uma sensibilidade maior para infecções fúngicas de pele (tinha corporis, intertrigo) e de unhas (onicomicose). Nas regiões afetadas por neuropatia, ocorrem formações de placas de pele engrossada denominadas hiperceratoses, que podem ser a manifestação inicial do mal perfurante plantar.

SINTOMAS ORTOPÉDICOS:

A perda de sensibilidade nas extremidades leva a uma série de deformidades como os pés planos, os dedos em garra, e a degeneração das articulações dos tornozelos ou joelhos ("Junta de Charcot"). INFECÇÕES: O diabete também provoca deficiência no sistema imunológico,favorecendo o desenvolvimento de inúmeras infecções,que podem perdurar por mais tempo do que em um individuo normal.Por esse motivo,é importante intensificar os cuidados com a higiene pessoal e estar atento a qualquer alteração que possa indicar a presença de infecção por fungos ou bactérias,como o aparecimento de corrimento vaginal ou peniano(candidíase),sapinho(candidíase oral),infecção de urina,pneumonia,terçol,infecção de pele,bucais e,até mesmo,meningite.Além disso,essa facilidade em adquirir infecções também estar associado a dificuldade do processo de cicatrização de ferida.Na verdade,o processo de cicatrização se torna lento,pois o diabético tem mais chance de contrair uma infecção nesse ferimento e,como seu sistema imunológico está frágil,podem desenvolver quadros mais graves de infecção.Alem disso,a alta concentração de

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açúcar no sangue exposto torna-oum ambiente propício para a proliferação de microorganismo. HIPERGLICEMIA Quando os níveis de glicose (açúcar)permanecem elevados,o individuo começa a sentir muita sede,ter a sensação de boca e a necessidade de urinar muito.Estes sintomas indicam que a glicemia ,em geral,está acima de 300mg/dl.geralmente acomete diabéticos tipo1,que tem como característica grande instabilidade nos níveis de glicemia.Esses sintomas podem acontecer no ínicio da doença ou podem ser desencadeado por fatores como estresse,infecções,alimentação inadequadra,medicação insuficiente ou sua falta,entre ouros. SITOMAS: Visão turva,dor de cabeça,sede,aumento de apetite,vômito,coma. HIPOGLICEMIA Nesse caso,há queda dos níveis de glicose no sangue.A concentração de glicose fica abaixo de 45mg/dl.Ocorre com mais freqüência em diabético tipo1,que fazem uso de insulina subcutânia. A hipoglicemia deve ser tratada imediatamente,por isso é importante que os familiares,amigos, colegas e demais pessoas que estejam em contato diário com o diabético saibam identificar os sintomas,isso pode acontecer no erro de dosagem de insulina pouca alimentação entre outros. A correção pode ser feita dando uma colher de açúcar branco ou alimento doce que contenha absorção rápida como refrigerante normal ou pão.Os sintomas tende a desaparecer raoidamente,em cerca de 5 a 10 minutos.As vezes,os sintomas pode se confundir com hiperglicemia e é fundamental fazer o teste.Na dúvida,deve corrigir como se fosse hipoglicemia.Na hiperglicemia há um tempo maior para ação. SINTOMAS:Tremores,palidez,fome,sonolência,irritabilidade,fraqueza,confusão mental,tontura,visão embaraçada,desmaio,coma,pode levar a morte.

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Em portadores de Diabetes Mellitus, ele é uma doença crônica que cursa com alteração do metabolismo da glicose sangüínea. Atinge adultos e crianças, sendo de nosso interesse as alterações que ocorrem nos membros inferiores. Habitualmente tais alterações são nos dois membros de maneira simétrica.

Tais pacientes são mais susceptíveis a infecções graves, pois:

Tem células e defesa deficiente;

Apresentam a microangiopatia diabética, que são tortuosidades e

depósito de “gorduras” nas paredes dos vasos sangüíneos que levam a uma circulação mais lenta o sangue;

Apresentam a neuropatia diabética. A diabetes evolui com lesão

Nos terminais nervosos (nervos); perdem, portanto, a sensação térmica (não percebem a temperatura) e dolorosa (não sentem dor);

Pele delicada – tem pele mais fina e delicada, portanto com maior

risco de ser lesada. Por estes motivos estes pacientes têm maior facilidade à formação de úlceras, possuem cicatrização mais lenta dos seus ferimentos, há um risco maior de infecção quando “quebra” a barreira protetora da pele, e têm maior chance de trauma, pois, como perdem a sensibilidade, batem seus pés e pernas com maior facilidade e nem percebem.

PÉS DIABÉTICOS

O portador de diabetes há alguns anos, é mais vulnerável a infecções nos pés. Esses três fatores – a neuropatia, a angiopatia e a infecção – constituem a tríade mais freqüente do pé diabético. O pé diabético

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pode ser causado, exclusivamente, por apenas um dos fatores mencionados, mas a neuropatia é a mais freqüente.

QUAIS SÃO OS FATORES DE RISCO PARA O DIABETES MELLITUS?

Idade superior aos 40 anos.

Histórico familiar.

Obesidade.

Presença de doenças vasculares arteriosclerótica antes dos 50

anos.

Mães de recém-nascidos com mais de 4 kg.

Uso de medicamentos diabeticogênicos, ou seja, que causam diabetes (corticóide, anticoncepcionais e diuréticos).

Hipertensão Arterial

PORQUE O DIABÉTICO É MAIS PREDIPOSTO A INFECCÕES NOS PÉS?

Devido à má oxigenação dos tecidos, decorrente da circulação sangüínea deficiente e da diminuição as defesas protetoras,.a microangiopatia e a neuropatia fazem com que o diabético esteja mais predisposto à infecção do que outras pessoas. A infecção no pé pode invadir facilmente os tecidos vizinhos atingindo também os ossos, levando a osteomielite e causando deformações ósseas. A gangrena pode ocorrer pela falta de circulação, devido à infecção ou devido à falta de desobstrução dos pequenos vasos

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digitais. Pode ocorrer também pela falta de circulação sangüínea em um grande vaso da coxa ou da perna, devido a sua obstrução.

A gangrena se manifesta, inicialmente por palidez e vermelhidão da pele afetada e tem um mau cheiro característico. As úlceras ocorrem abaixo da cabeça do metatarso ou nas áreas de maior pressão. Este aumento de pressão leva a formação dos calos e posterior ulceração.

COMO DIAGNÓSTICAR O PÉ DIABÉTICO?

Pelos sintomas da neuropatia, calosidades, alterações nas unhas; pela diminuição da circulação ou ausência dos pulsos arteriais distais (dos pés); esfriamento do pé (palidez ou arroxeamento do(s) dedo(s) ou do pé).

PÉ: Secura anormal;

Úlcera tróficas, infecções micótica;

Lesões queratósicas com ou sem hemorragia (plantar ou digital);

Diminuição ou ausência de pêlo. ONICOPATIAS:

Mudanças tróficas;

Onicomicose;

Falta de crescimento.

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QUAIS SÃO OS PROBLEMAS MAIS COMUNS NOS PÉS?

OS MAIS FREQÜENTES SÃO:

Bolhas e calos causados por sapatos apertados;

Verruga na planta do pé;

Rachaduras (fissuras);

Infecção por micoses interdigitais;

Unhas encravadas;

Pequenos ferimentos associados à unhas alteradas. Esses problemas encontrados nos pés de qualquer pessoa saudável não acarretam maiores danos, mas no diabético, podem levar a complicações serias. Os pequenos ferimentos se não tratados, podem evoluir para gangrena.

EXAMES – ANAMNESE NO ATENDIMENTO PODOLÓGICO

A cada consulta deverá ser feita a inspeção dos pés para ser avaliada a presença de unha encravada e/ou deformada, calosidades, fissuras, bolhas, úlceras e interdigitais, além de inspecionar os calcados, verificando a presença de pontos de atrito ou pressão plantar excessiva e desgaste irregular. Dados dos pacientes: se já fez tratamento, medicamentos utilizados, alergia, antecedentes familiares.

DIGITOPRESSÃO: compressão efetuada com os dedos, provocando isquemia (deficiência de chegada de sangue a um determinado segmento do corpo). a micro circulação dos pés.

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AVALIAÇÃO

Até 2” (seg.) normal / Pouco risco. De 3 a 5” regular / Médio risco. De 6 a 9” preocupantes / Grande risco. Acima de 10” grave / Não tocar.

CUIDADOS ESPECIAIS COM O PÉ DIABÉTICO

Portadores de diabete precisam cuidar especialmente dos pés.A neuropatia diabética e doenças dos vasos sanguíneos aumentam o risco de úlceras no pé.Os nervos dos pés são mais longos do corpo e são frequentemente afetados pela neuropattia por causa da perda de sensibilidade causada pela doença,feridas ou danos aos pés podem não ser notados e podem ulcerar.Segundo as estimativas médicas,3/4 de todas amputações foram causadas por neuropatia e má circulação e podem ser evitadas com cuidados nos pés.

REGRAS PARA EVITAR ULCERAÇÕES NOS PÉS:

*Examine ,pés e dedos frequetemente para notar qualquer corte,feridas,contusões,inchaços ou infecções,usando um espelho se nessesário.

*Lave os pés diariamente,com um sabão neutro.

*Seque os pés cuidadosamente,com uma toalha macia principalmente entre os dedos.

*Hidrate os pés (com exceção ente os dedos)com uma loção que contenha lanolina ou uréia antes de vestir meiase sapatos.

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*Use meias grossas e macias de preferência de cor branca e que não apertem os pés.

*Sapatos novos devem ser usados gradualmente,no princípio só durante uma hora e que permitam que os dedos se movam.

*Examinar os calçados antes de calça-lo para ter certeza de que não tem objetos ou protuberância dentro que possam prejudicar os mesmo.

*Nunca andar descalço,especialmente em praias,areias quentes ou pedras.

* Cortar as unhas com profissional habilitado para não ferir e nunca remover as cutículas.

*Evitar sentar de pernas cruzadas pois pode reduzir o fluxo de sangue aos pés.

*Os médicos devem conferir os pés do paciente em todas as consultas.

TRATAMENTO

O tratamento do paciente com DM envolve sempre pelos menos 4 aspectos importantes:

PLANO ALIMENTAR:

É o ponto fundamental do tratamento de qualquer tipo de paciente diabético. O objetivo geral é o de auxiliar o indivíduo a fazer mudanças em seus hábitos alimentares, permitindo um controle metabólico adequado. Além disso, o tratamento nutricional deve contribuir para a normalização da glicemia, diminuir os fatores de risco cardiovascular, fornecer as calorias suficientes para manutenção de um peso saudável, prevenir as complicações agudas e crônicas e

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promover a saúde geral do paciente. Para atender esses objetivos a dieta deveria ser equilibrada como qualquer dieta de uma pessoa saudável normal, sendo individualizada de acordo com as particularidades de cada paciente incluindo idade, sexo, situação funcional, atividade física, doenças associadas e situação sócioeconômico-cultural.

COMPOSIÇÃO DO PLANO ALIMENTAR

A composição da dieta deve incluir 50 a 60% de carboidratos, 30% de gorduras e 10 a 15% de proteínas. Os carboidratos devem ser preferencialmente complexos e ingeridos em 5 a 6 porções por dia. As gorduras devem incluir no máximo 10% de gorduras saturadas, o que significa que devem ser evitadas carnes gordas, embutidos, frituras, laticínios integrais, molhos e cremes ricos em gorduras e alimentos refogados ou temperados com excesso de óleo. As proteínas devem corresponder a 0,8 a 1,0 g/kg de peso ideal por dia, o que corresponde em geral a 2 porções de carne ao dia. Além disso, a alimentação deve ser rica em fibras, vitaminas e sais minerais, o que é obtido pelo consumo de 2 a 4 porções de frutas, 3 a 5 porções de hortaliças, e dando preferência a alimentos integrais. O uso habitual de bebidas alcoólicas não é recomendável, principalmente em pacientes obesos, com aumento de triglicerídeos e com mau controle metabólico. Em geral podem ser consumidos uma a duas vezes por semana, dois copos de vinho, uma lata de cerveja ou 40 ml de uísque, acompanhados de algum alimento, uma vez que o álcool pode induzir a queda de açúcar (hipoglicemia).

ATIVIDADE FÍSICA:

Todos os pacientes devem ser incentivados à pratica regular de atividade física, que pode ser uma caminhada de 30 a 40 minutos ou exercícios equivalentes. A orientação para o início de atividade física deve incluir uma avaliação médica adequada no sentido de avaliar a presença de neuropatias ou de alterações cardio-circulatórias que possam contra-indicar a atividade física ou provocar riscos adicionais ao paciente.

MEDICAMENTOS, HIPOGLICEMIANTES ORAIS:

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São medicamentos úteis para o controle de pacientes com DM tipo II, estando contraindicados nos pacientes com DM tipo I. Em pacientes obesos e hiperglicêmicos, em geral a medicação inicial pode ser a metformina, as sultoniluréias ou as tiazolidinedionas. A insulina é a medicação primordial para pacientes com DM tipo I, sendo também muito importante para os pacientes com DM tipo II que não responderam ao tratamento com hipoglicemiantes orais.

RASTREAMENTO:

O rastreamento, a detecção e o tratamento das complicações crônicas do DM deve ser sempre realizado conforme diversas recomendações. Essa abordagem está indicada após 5 anos do diagnóstico de DM tipo I, no momento do diagnóstico do DM tipo II, e a seguir anualmente. Esta investigação inclui o exame de fundo de olho com pupila dilatada, a microalbuminúria de 24 horas ou em amostra, a creatinina sérica e o teste de esforço. Uma adequada analise do perfil lipídico, a pesquisa da sensibilidade profunda dos pés deve ser realizada com mofilamento ou diapasão, e um exame completo dos pulsos periféricos dever ser realizada em cada consulta do paciente. Uma vez detectadas as complicações existem tratamentos específicos.

OBJETIVO DO PODÓLOGO NO PÉ DIABÉTICO

É reduzir as incidências dos problemas graves e dar ao paciente condições de conviver pacificamente com o diabetes.

TÉCNICAS PODOLÓGICAS

A intervenção deve ser praticada com instrumentais rigorosamente afiados, esterilizados e descartáveis.

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Fazer assepsia em todo o pé e o uso de emoliente líquido (soro fisiológico com emoliente). Usar como emolientes produtos que contenham na sua formulação agentes emolientes que protejam a pele, evitando o ressecamento e os perigos que ocorre com produtos químicos. Devemos proceder de forma que não exija esforço para o desbastamento, propiciando assim menos risco de ferimentos.

M A S S A G E M P O D A L

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INTRODUÇÃO

OS BENEFÍCIOS DA MASSAGEM

QUANDO A MASSAGEM É ACONSELHADA

TÉCNICAS BÁSICAS DE MASSAGEM

INTRODUÇÃO

Os pés são elementos essenciais para a movimentação do corpo. Eles sustentam o peso do corpo durante o andar e o correr, além de auxiliarem na manutenção do equilíbrio durante mudanças de posição.

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Cada pé tem 26 ossos, mais de 100 ligamentos e 33 músculos, alguns dos quais se inserem na perna. O calcanhar e o arco plantar têm a função de absorver os choques mecânicos, amortecendo o impacto que ocorre a cada passo.

O ato de caminhar mostra uma relação especial entre os pés e o resto do corpo.

Os pés são estruturas sensíveis que ajudam a detectar alterações no terreno, coletando informações para manutenção do equilíbrio sobre as mais variadas condições. Uma passada reflete uma mudança na postura física e contribui para o equilíbrio do corpo.

A massagem é uma experiência terapêutica e relaxante. Seus efeitos não são apenas físicos: A mente e o corpo também respondem ao toque humano. Durante a massagem, relaxamos a mente e o corpo, e a nossa energia aumenta. Com os músculos relaxados, respiramos melhor e conseqüentemente temos uma qualidade de vida melhor.

Durante séculos, os médicos e curandeiros do Oriente têm usado a massagem no pé como auxiliar na prevenção ao tratamento das doenças. No ocidente, essa massagem é chamada de reflexologia. Ela utiliza técnicas específicas que possibilitam revelar o nível energético do corpo, permitindo assim diversas constatações do seu estado geral.

Durante a massagem é bom ter um contato direto com os pés, usando ambas as mãos, para permitir que o massageado (o paciente) sinta-se livre para poder puxar o pé e poder movimentá-lo com liberdade. É preciso que o massagista observe a pressão com que aplica as técnicas, conforme a idade e constituição física do massageado. Usar pressão suave para trabalhar com crianças e idosos. Já uma pressão mais firme é exigida na maioria dos casos em outras pessoas. Para o massagista, ter o controle da pressão deve observar a expressão do rosto do massageado. Ao perceber qualquer desconforto, a pressão deve ser reduzida.

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A pressão deliberada nos pés consiste num meio de descobrir os níveis de tensão e equilibrá-los. A massagem nos pés mantém uma ligação entre ele, as mãos e os órgãos internos.

Através de técnicas específicas aplicadas nos pés a massagem gera relaxamento no corpo. O relaxamento é o primeiro passo para o retorno do organismo a um estado de equilíbrio, em que a circulação pode fluir desimpedida e suprir de nutrientes e oxigênio as células. Com a restauração do equilíbrio, os órgãos corporais, podem votar também um estado ou função normal.

Quanto à velocidade da massagem, ela também deve ser adaptada ao paciente, seguindo alguns princípios. Por exemplo: uma pessoa nervosa não se sentirá beneficiada com a alta velocidade. Ao contrário um paciente lento e desatento irá reagir melhor a uma forma mais enérgica de massagem.

Para a massagem surtir efeito é necessário que tanto o massagista quanto o massageado estejam numa posição confortável e num ambiente agradável.

Existem milhares de pontos reflexos na sola do pé. O objetivo

da massagem nos pés é aplicar pressão na maior quantidade possível de pontos. Esses movimentos devem ser pequenos.

Massagear todas as áreas de um pé, e só depois passar para

o outro, porque assim é possível tomar contato com a anatomia do pé sobre o qual se está trabalhando, como também não se perder nenhuma área a ser massageada. Para desenvolver bem as técnicas de massagem nos pés, precisa-se dominar um princípio básico e elementar que é como sustentar adequadamente o pé. Essa técnica consiste em segurar firmemente o pé com uma das mãos e com a outra trabalhar as áreas do pé.

OS BENEFÍCIOS DA MASSAGEM

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Ajuda a relaxar.

Melhora a circulação sanguínea.

Elimina toxinas.

Acalma dores musculares.

Ajuda a estimular o sistema de glândulas (o que faz com que os hormônios se estabilizem).

Ajuda a aliviar as dores nas articulações.

Ajuda a dormir melhor.

Ajuda a combater a depressão.

Redução do estresse.

Desenvolve maior consciência do corpo.

Traz tranqüilidades, produzindo um efeito relaxante ao atuar sobre

as terminações nervosas.

QUANDO A MASSAGEM NÃO É ACONSELHÁVEL

Quando há infecções.

Quando há problemas de pele, como edemas. Imediatamente após a uma cirurgia.

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TÉCNICAS BÁSICAS DE MASSAGEM

DESLIZAMENTO: Tocar de leve com pouco de óleo nas mãos,

segurar um dos pés e massageá-lo desde os dedos até a altura do tornozelo, trabalhando inclusive a planta, o dorso e as laterais do pé.

AMASSAMENTO: Com as mãos abertas atingir toda região do pé

fechando-a calmamente. PRESSÃO: Esta técnica exige pressão firme e penetrante com o

polegar em toda planta dos pés. Comprima o polegar, diminua a pressão e deslize o polegar até o ponto de tensão seguinte e repita até ter atuado sobre toda a planta do pé.

ROTAÇÃO: Com uma das mãos apóia o tornozelo, com a outra

faz movimentos circulares para o lado direito e esquerdos a fim de alongar os músculos, tendões e nervos. Os mesmos movimentos devem ser feitos nos artelhos alongando assim as articulações.

ESTIRAMENTO: Apoiando com uma das mãos a lateral interna do

pé, estirar todos os artelhos, em seguida apoiar o tornozelo com uma das mãos, e com a outra segurar os artelhos estirando os pés para cima e para baixo. Obs.: este movimento deve ser feito de leve.

PERCUSSÃO: aplicar golpes ligeiros para estimular toda

musculatura da planta do pé. Com o dorso das mãos, utilizando mão direita para pé esquerdo e mão esquerda para pé direito, fazendo movimentos leves e rápidos.

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MESSAGEM FINAL DE CONCLUSÃO DO CURSO

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A grande diferença entre as pessoas bem sucedidas e pessoas mal sucedidas não é o talento. É a PERSISTÊNCIA. Aprenda a ser positivo e o SUCESSO virá ao seu encontro. Uma mente positiva irradia confiança. Não importa o que você está fazendo, nem o que tem. Poderá fazer mais e ter o que quiser. Basta querer e ousar. A força para superar os seus obstáculos não vem de fora. Vem de dentro de você. Procure resolver os problemas antes que se tornem emergência. Cultive a humildade. A maioria das quedas se dá como conseqüência do nariz empinado. Não de se olhar para baixo. A força da qual precisa para ser feliz não parte das pessoas para chegar a você. Parte sempre de você, em direção aos outros. PERSISTA! No confronto entre a água e a rocha, a água ganha sempre. Não pela força. Mas pela PERSEVERÂNÇA.

INSTRUMENTAIS PARA PODÓLOGO

Lembre-se: “Cada momento da vida é uma oportunidade de aprendizado; cada experiência enriquece a nova vida. Cabe a nós fazer com que cada momento da nossa vida seja representado com a qualidade elevada da verdadeira inspiração. O trabalho que representa uma grande parcela da nossa experiência do dia-a-dia é uma oportunidade a mais para nos desenvolvermos e aperfeiçoarmos as qualidades universais que trazemos dentro de nós, e que tornam a vida rica e significativa”.

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Espátula para Podologia (com

canal (tipo goiva)). Espátula para Podologia (tipo

calçador)

Espátula para Podologia (tipo

micro nuclear) Espátula para Podologia (tipo

formão)

Espátula para Podologia (tipo

nuclear médio) Espátula para Podologia (tipo

formão estreito)

Espátula para Podologia (tipo

nuclear largo) Espátula para Podologia para

curativo

Espátula para Podologia (tipo

intergito golfinho) Espátula para Podologia (tipo

cureta)

Espátula para Podologia (tipo

bisturi intergito) Espátula para Podologia (tipo

cureta dupla)

Espátula para Podologia (tipo

calosidade) Espátula para Podologia (tipo

cureta dupla modificada)

Espátula para Podologia (tipo

calosidade estreito) Espátula para Podologia para

cutícula

Espátula para Podologia (tipo

calosidade largo) Espátula para Podologia (tipo

ponteiro)

Espátula para Podologia (tipo

raspador) Espátula para Podologia estreita

(tipo bisturi para calo dorsal)

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Espátula para Podologia (tipo raspador duplo)

Espátula para Podologia média (tipo bisturi para calo dorsal)

Espátula para Podologia (tipo

estilete) Espátula para Podologia larga (tipo

bisturi para calo dorsal)

Espátula para Podologia (tipo estilete duplo)

Espátula para Podologia (tipo palito metálico)

Espátula para Podologia (tipo palito aplicador de elastick)

Espátula para Podologia (tipo palito duplo)

Alicate para Podologia

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