Convenção Geral da UNESCO sobre Diversidade Cultural
Transcript of Convenção Geral da UNESCO sobre Diversidade Cultural
Convenção Sobre Proteção e Promoção da Diversidade de Expressões Culturais
• Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
(Unesco)
[email protected] BH Abril 2015
1. Cultura/Arte # Cultura/Identidade
• Diferenças conceituais entre teoria (ideias) e prática (instituições)
• Fim da 1ª GM=> otimismo => Liga das Nações• Estados-Nação unitários # pluralismo
• Pluralismo, diversidade, inter-culturalidade = internacional # intranacional
• Estado = Nação = unidade cultural e política• Fonte de conflitos: Oriente / Ocidente
• Solução: Educação e conhecimento = chave para paz
2. Cultura como identidade em si• 2ª GM: Fim do otimismo
• Independências + diversidade dentro das ‘Nações’
• Resistência à homogeinização cultural e tecnológica
• Luta contra imperialismo ideológico• Guerra Fria e manipulação das potências• Exemplos: Brasil/Alemanha/EUA/Rússia e
o comércio compensatório; Brasil + África
3. Solidificação do 2º período: cultura como poder político
• Desenvolvimento endógeno / CEPAL e o estruturalismo
• Suporte financeiro e administrativo para o desenvolvimento # ingerência
externa• Igualdade no cenário internacional• Clamor por definir agendas nacionais
para o desenvolvimento• Celso Furtado (1983)
• Friedrich List (1789 – 1846)
4. Associação entre cultura e democracia
• Samuel Huntington: The clash of civilizations? (1993)• Jonathan Fox (2005): profecia que se auto cumpre• Armand Mattelart (2006): diálogo das diversidades => UE / EUA => o cinema como resistência cultural• Bashy Quraishy (2003): migração e racismo na
Europa• Sônia Lucarelli (2006): UE: identidade europeia /
EUA: identidade por cidadania => diferentes visões dos mesmo valores: Kosovo, Iraque, 11 de
setembro• Globalização modifica ordens econômica,
tecnológica e concepções de mundo • 11 de setembro é síntese do período
O que é a Convenção?• Instrumento jurídico
internacional• Salvaguarda a Estados
Nacionais • Conglomerados e oligopólios
de mídia e entretenimento • Majors => competição e guerra como elementos de
narrativa• Cultura superior => marcas,
consumo, modos de vida, liderança ideológica
Criações do espírito rumo ao direito supranacional: histórico• 1960’s: pós-colonialismo e contestação
N/S• Etnocentrismo: modernizar = ocidentalizar• Não há etapas para o desenvolvimento• 1977: Comissão para o Estudo dos
Problemas de Comunicação => Não alinhados rechaçam propaganda vertical Norte/Sul
• 1980: Conferência Geral da Unesco => Relatório MacBride => cultura como direito
social
Armand Mattelart – Université Vincennes Saint-Denis Paris VIII, 2006.
Indústrias Culturais• Comunidades francófonas:
Bélgica, França, Canadá (desde meados dos anos 1970’s)
• Ind. Cultural (ratificada em 1980): imprensa, livros,
revistas, cinema, disco, rádio, televisão, publicidade
• Em prol do desenvolvimento cultural nacional
• Contra a concentração econômica e financeira da
‘indústria’
Cultura: definição antropológica
Economia + Cultura = reconhecimento da diversidade + políticas próprias
Desregulamentação liberal
• 1984 – 1985: EUA e Inglaterra retiram-se da Unesco
• Início da desregulamentação pública
• Visão ultraliberal e capitalismo mundial integrado
ou Globalização contra o interesse coletivo nacional
• Comunicação e cultura sujeitas às regras do mercado
O cinema e as relações de força• França e o princípio da
‘Exceção Cultural’• Serviço público:
preservação do pluralismo; missão cultural e
pedagógica; identidade e soberania nacionais
• EUA e o modelo comercial• Interesse público: cultura
sob regras do mercado; desregulamentação; ‘serviço público é
autoritarismo estatal’; ‘regulação é censura’
Cotas para o cinema ‘estrangeiro’
• França – o modelo• Cinema como arte
• Valorização do autor• Estado cultural• Ajuda à produção
• Organização sindical das funções do espetáculo
• Entre Guerras: Alemanha, Inglaterra e Canadá adotam cotas
• Fim da II GG: Plano Marshall e chantagem
• Anos 1980: Comunidade Europeia e o espaço audiovisual europeu
• 1993/1994: GATT/OMC• Formalização da exceção cultural na Comunidade Europeia e
no Canadá• Derrota dos EUA e dos
conglomerados europeus
Anos 2000: Da exceção à Diversidade Cultural
• França mobiliza países francófonos em prol da exceção cultural
• Canadá mobiliza 60 países com a Rede Internacional sobre a Política Cultural
(RIPC)• 2001: Québec e Ottawa financiam coalizão
internacional de organizações profissionais da cultura
• União Europeia adota o conceito de Diversidade Cultural
2005: A Convenção e suas limitações
• GATT: cultura é apenas mais um serviço• Cultura e valores europeus são ‘caixas-
pretas’, ‘objetos politicamente não-identificados’ (MATELLART, 2010, p. 16).
• EUA, Austrália e Japão contra protecionismo
• RESULTADO: conjunto de regras gerais sem poder normativo; fragilidade dos
mecanismos de resolução de litígios• Exceção cultural não vigora na OMC
[email protected]+ Diversidade / UNI BH
Abril 2015Visite o blog Canções & Relações Internacionaisno Facebook: https://www.facebook.com/TribosT?
ref=hl
Referências•BRANT, Leonardo. Diversidade ainda que tardia. 2013. disponível em: <http://brant.com.br/diversidade-ainda-que-tardia/>. Acesso em: 31 mar. 2015.
•FOX, Jonathan. Paradigm lost: Huntington’s unfullfilled clash of civilizations prediction into the 21st century. International Politics. 2005, nº 42, (428 – 457). Disponível em: <www.palgrave-journals.com/ip>. Acesso em: 31 mar. 2015.
•FURTADO, Celso. Não à recessão e ao desemprego. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.
•HUNTINGTON, Samuel P. The clash of civilizations. Foreign Affairs. 1993. Disponível em: <http://www.foreignaffairs.com/articles/48950/samuel-p-huntington/the-clash-of-civilizations>. Acesso em: 31 mar. 2015.
•LUCARELLI, Sônia. Values, identity and ideational shocks in the transatlantic rift. Journal of International Relations and Development. 2006, nº 9, (304 – 334). Disponível em: <http://www.palgrave-journals.com/jird/journal/v9/n3/abs/1800095a.html>. Acesso em: 31 mar. 2015.
Referências (cont.)•MATTELART, Armand. Mundialização, cultura e diversidade. Revista FAMECOS. Porto Alegre. 2006, nº 31, quadrimestral. Disponível em: <http://www.revistas.univerciencia.org/index.php/famecos/article/viewFile/1126/843>. Acesso em: 31 mar. 2015.
•OBSERVATÓRIO DA DIVERSIDADE CULTURAL. A Convenção da Unesco na atualidade. 2014. disponível em: <file:///C:/Users/Luiz/Desktop/Conven%C3%A7%C3%A3o%20da%20Unesco%20na%20atualidade%20%C2%BB%20Observat%C3%B3rio%20da%20Diversidade%20Cultural.html>. Acesso em: 31 mar. 2015.
•QURAISHY, Bashy. Migration, racism and citizenship in Europe. Society for International Development. 2003, nº 46:3, 71 – 74. SAGE Publications. Disponível em: < www.sagepublications.com>. Acesso em: 31 mar. 2015.
•UNESCO AND THE ISSUE OF CULTURAL DIVERSITY. Review and Strategy, 1946 - 2004. A study based on officiell documents. Paris: Division of Cultural Policies and Intercultural Dialogue, Culture Sector, UNESCO. 2000. Disponível em: < http://www.unesco.org/culture/culturaldiversity/docs_pre_2007/unesco_diversity_review_strategy_1946_2004_en.pdf >. Acesso em: 31 mar. 2015.
•UNESCO. Diversity of cultural expressions. 2015. disponível em: <https://en.unesco.org/creativity/>. Acesso em: 31 mar. 2015.