2o Caderno Esportes Diversidade - A União

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Foto: Ortilo Antonio R$ 2,00 R$ 200,00 Assinatura anual 125 ANOS - PATRIMÔNIO DA PARAÍBA Ano CXXV Número 045 A UNIÃO www.paraiba.pb.gov.br auniao.pb.gov.br facebook.com/uniaogovpb Twier > @uniaogovpb João Pessoa, Paraíba - DOMINGO, 25 de março de 2018 Reconstrução de mama é aliada contra o câncer Cirurgia plástica restauradora é direito assegurado por lei federal. Procedimento encoraja luta e fortalece autoestima. Página 6 Aumenta procura por adoção de animais em João Pessoa Cães e gatos aguardam novos donos no Centro de Zoonoses da capital. Trabalho de ONGs e grupos de proteção auxilia na divulgação. Página 17 Foto: Evandro Pereira Valeu a pena selar a burra Turmalina, por a manta sobre a sela e viajar, macio, ao galope de mão, varando estradas, atravessando as noites e madrugadas, no rumo da fazenda que se perdia atrás da Serra de Uruçú. Longe, muito longe! De lá de cima, estribado nas omoplatas do horizonte se via o mundo e sua grandeza: Aroeiras, Mirador, Juá, Pereiros, Jucazim, Pedro Velho, Trapiá, Itatuba, Pirauá, Umbuzeiro... Pequenos povoados despovoados onde o silêncio das horas mortas dispôs os apetrechos de sua eterna moradia. Página 11 Valeu a pena! Hildeberto Barbosa Filho Cresce a participação das mulheres na construção civil Mercado de trabalho antes dominado por homens vê ocupação feminina ser ampliada a uma taxa de 20% ao ano. Página 5 2 o Caderno Funesc celebra Dia Nacional do Circo em JP, CG e Cajazeiras Botafogo e Fluminense decidem quem será o campeão da Taça Rio Acirramento judicial aumenta expectativa por Bota-PB x Treze Espetáculos apresentados nas três cidades são prota- gonizados por palhaças. Proposta busca valorizar o trabalho da mulher nas artes cênicas. Página 9 Glorioso promete maior atenção com jo- gada aérea, que tem sido um problema para seu time. Tricolor é dono da melhor campanha da competição. Página 24 Após intensa disputa nos tribunais da Justiça Desportiva por vantagem, Belo e Galo se enfrentam hoje, no Almeidão, pela semifinal do Paraibano. Página 21 Esportes Foto: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Diversidade

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Foto: Ortilo Antonio

R$ 2,00

R$ 200,00

Assinatura anual

125 anos - PATRIMÔNIO DA PARAÍBA

Ano CXXV Número 045A UNIÃO

www.paraiba.pb.gov.br auniao.pb.gov.br facebook.com/uniaogovpb Twitter > @uniaogovpb

João Pessoa, Paraíba - DOMINGO, 25 de março de 2018

Reconstrução de mama é aliada contra o câncerCirurgia plástica restauradora é direito assegurado por lei federal. Procedimento encoraja luta e fortalece autoestima. Página 6

Aumenta procura por adoção de animais em João PessoaCães e gatos aguardam novos donos no Centro de Zoonoses da capital. Trabalho de ONGs e grupos de proteção auxilia na divulgação. Página 17

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Valeu a pena selar a burra Turmalina, por a manta sobre a sela e viajar, macio, ao galope de mão, varando estradas, atravessando as noites e madrugadas, no rumo da fazenda que se perdia atrás da Serra de Uruçú. Longe, muito longe! De lá de cima, estribado nas omoplatas do horizonte se via o mundo e sua grandeza: Aroeiras, Mirador, Juá, Pereiros, Jucazim, Pedro Velho, Trapiá, Itatuba, Pirauá, Umbuzeiro... Pequenos povoados despovoados onde o silêncio das horas mortas dispôs os apetrechos de sua eterna moradia. Página 11

Valeu a pena!

Hildeberto Barbosa Filho

Cresce a participação das mulheres na construção civilMercado de trabalho antes dominado por homens vê ocupação feminina ser ampliada a uma taxa de 20% ao ano. Página 5

2o CadernoFunesc celebra Dia Nacional do Circo em JP, CG e Cajazeiras

Botafogo e Fluminense decidem quem será o campeão da Taça Rio

Acirramento judicial aumenta expectativa por Bota-PB x Treze

Espetáculos apresentados nas três cidades são prota-gonizados por palhaças. Proposta busca valorizar o trabalho da mulher nas artes cênicas. Página 9

Glorioso promete maior atenção com jo-gada aérea, que tem sido um problema para seu time. Tricolor é dono da melhor campanha da competição. Página 24

Após intensa disputa nos tribunais da Justiça Desportiva por vantagem, Belo e Galo se enfrentam hoje, no Almeidão, pela semifinal do Paraibano. Página 21

Esportes

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Diversidade

Sob o céu de árvores da região ama-zônica não vive apenas um número des-conhecido de espécies animais e vegetais já catalogadas pelos cientistas ou ainda por serem descobertas pelos estudio-sos daquele ecossistema de importância capital para a sobrevivência da vida em nosso planeta.

A Floresta Amazônica, vista do alto, é poesia; é arte visual figurativa e abstrata, pela diversidade de suas formas e cores. É música para quem tem ouvidos para os cânticos de sua extraordinária fauna de asas, e o burburinho dolente de suas mui-tas águas (batendo nas pedras) e venta-nias (sacolejando as sebes).

Bem de perto, porém, a região ama-zônica é também um imenso problema socioambiental – talvez o maior deles -, para o Brasil. Os povos da floresta – nos-sos ancestrais – lutam bravamente para defender sua cultura e as reservas que lhe foram destinadas, a partir do grande loteamento da Conquista.

O desmatamento na Amazônia vem se agravando, nos últimos tempos, sendo denunciado em fóruns nacionais e inter-nacionais pelas lideranças comunitárias – indígenas ou não – e movimentos sociais engajados na luta contra a devastação da floresta e a expulsão dos legítimos donos daquela terra.

A degradação ambiental é provocada, entre outros fatores, pelo corte ilegal de árvores (para alimentar o comércio ilíci-to de madeiras) e as queimadas clandesti-

nas (cujo propósito é abrir novos espaços para o exercício intensivo da pecuária (principalmente o gado) e a agricultura (notadamente a soja).

Empresas da agropecuária e da ex-tração mineral vêm pressionando as po-pulações migrantes e as comunidades indígenas – inclusive com o uso de diver-sas formas de violência – com o objetivo de fazê-las desistirem de permanecer em suas terras, de maneira a expandir os seus negócios.

O resultado da crise socioambiental na Amazônica é o aumento do número de mortes violentas, surgimento de do-enças exógenas, contaminação dos rios e crescimento dos depósitos de lixo sem os devidos cuidados sanitários. O problema torna-se anda mais grave com a secular falta de saneamento.

A Floresta Amazônica é um patri-mônio do Brasil. Não é um problema ex-clusivo do Governo da Amazônia. Todos os brasileiros deveriam ter consciência da importância daquele bioma, esfor-çando-se, dentro de seus limites, para denunciar o descaso e exigir respostas firmes do Governo Federal. O ideal, po-rém, seria que cada brasileiro tivesse conhecimento dos problemas que com-prometem a qualidade de vida de seus semelhantes em todo o território nacio-nal, e não apenas daqueles que influem no seu bem-estar individual. A solida-riedade precisa entrar urgentemente na ordem do dia.

UNIÃO A João Pessoa, Paraíba - DOMINGO, 25 de março de 2018

CONTATO: [email protected] REDAÇÃO: 83.3218-6539/3218-6509

Poesia e problemas

UN InformeRicco Farias [email protected]

Na semana passada começou o outono e com ele me veio a lembrança de abril de 2013, quando partiu do nosso convívio a amada de Luiz Augus-to Crispim, que dela já se despedira cinco anos antes (pois não é que em 2018 completam-se dez anos da morte de Lulão, acreditam?). Naquele outuo-no de cinco anos atrás, escrevi a crôni-ca que agora rememoro:

Contrariando a sentença do portu-guês Alves Coelho Filho, os olhos ver-des de Adylia Espínola não eram “cru-éis como punhais”. Estavam mais para a definição do cubano Adolfo Utrera: “Serenos como un lago”. Quem foi vi-zinho da bela filha de Robson Espíno-la na Rua da Palmeira dos anos 1960 conhecia muito bem a distinção entre o verso de “Olhos Castanhos”, na gra-vação de Francisco José, e a primeira estrofe de “Aquelles Ojos Verdes”, na voz de Nat King Cole - havia também a versão de João de Barro (o Braguinha) para o Trio Irakitan: “Translúcidos se-renos, parecem dois amenos pedaços do luar.”. Sem contar o arranjo dan-çante de Ray Conniff, faixa obrigatória nos assustados do centro recreativo do Grupo Escolar Dom Adauto, o bole-ro de Nilo Menéndez (autor da música) era a cara de Adylia – e um hino para a turma da Palmeira.

Adylia não chegava propriamente a fazer parte do grupo. Mas era assim uma espécie de deusa da nossa rua. Jorge Faraj, letrista da canção imor-talizada por Nelson Gonçalves, diria que naqueles seus olhos, o sol ia “cla-ridade buscar”. E, na verdade, quando ela passava, abria-se “uma paisagem de festa”, jorrava “uma cascata de luz”. Os rapazes, porém, se retraíam diante da sua luminosa presença. E cada um se projetava na estrofe mu-sicada por Newton Teixeira: “Infeliz da minha mágoa/Meus olhos são po-ças d’água/Sonhando com seu olhar/

Ela é tão rica e eu tão pobre/Eu sou plebeu, ela é nobre/Não vale a pena sonhar”.

É que Adylia era uma menina rica – ao menos para os padrões da vizinhança que se reunia todas as noites

no terraço do coronel Ascendino Cle-mentino de Araújo ou na sala de visi-tas do doutor Arnaldo Tavares. Basta dizer que o pai tinha carro (uma Rural Willys, que a própria menina, aos quin-ze, dezesseis anos, vez ou outra dirigia às escondidas). Além disso, pelo seu porte esbelto, costumava figurar nas colunas sociais como um dos brotos mais fotografados da high society de João Pessoa. O cronista Agá lhe dedica-va frequentes textos-legendas na colu-na do Correio.

Devo dizer que, no âmbito da vizi-nhança, Adylia não se prevalecia, não fazia charme do seu prestígio social. Nós, os rapazes da rua (e até as moças, de certa forma), é que nos sentíamos inibidos perante a notoriedade da vizi-nha. Devido ao retraimento, associado a um certo ranço ideológico (todos no grupo eram de esquerda; ela não se li-gava em política), perdemos de contar com uma bela companhia. Mais que isso: perdemo-la, em madrugada cúm-plice de rapto cinematográfico, para um rapaz da Rua 13 de Maio que a raptou da Palmeira para protagonizar com ela o filme da sua vida. Tempos mais tarde, ele rodaria um tocante flash-back no fi-nal feliz da crônica “O Filme” (do livro “Caminhos de Mim”): “As nossas vidas eram rodadas em cinemascope. Estre-ladas por divas esperando por nós, po-bres rapazes sem um centavo no bolso. (...) Consumimos boa parte dos anos 60 fazendo planos para fugir com elas. Eu mesmo fiz a minha parte com a espera-da competência”. Confissão de Luiz Au-gusto Crispim, o raptor daqueles olhos verdes que brilham para sempre numa rua chamada saudade.

Aqueles olhos verdes

Artigo Martinho Moreira Franco [email protected]

O arranjo dançante de Ray Conniff era faixa

obrigatória nos assustados do centro recreativo

do Grupo Escolar Dom Adauto

Do vereador Tibério Limeira (PSB) rechaçando o apoio do seu partido a uma candidatura de Lucélio Cartaxo ao Governo do Estado, como sugeriu o lí-der governista na Câmara Municipal de João Pessoa, Milanez Neto (PTB): “Isso é um verdadeiro absurdo”, disparou. Como já disse João Azevêdo, “o PSB não abre mão da cabeça de chapa”, em hipótese alguma.

No que diz respeito ao depu-tado federal Veneziano Vital, Ana Cláudia confirmou o que já dissera o parlamentar: ele pretende concorrer à reeleição. Porém, de acordo com a secre-tária, não está descartada a hi-pótese de ele compor a chapa majoritária do PSB, na condi-ção de candidato ao Senado. Ela lembrou que o próprio governador fez o convite para o ainda emedebista.

Provocado a falar sobre uma eventual aliança do PV com o PSB, nas eleições de outubro, o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, não descartou essa possibilidade. Disse que o seu partido não ficará “a reboque de ninguém”, mas afirmou que estará “aberto ao diálogo”, desde que isso se dê do ponto de vista de uma “autonomia [partidá-ria]”. O PSB usa do mesmo discurso, no tocante a discutir alianças em bases republicanas.

Abertos Ao diálogo

VeneziAno

Crime Com explosiVo: lei mAis rigorosA

mAriA dA penhA no diA 31

mdb dA pArAíbA: representAtiVidAde em quedA

Tramita na AL-PB projeto de lei que prevê a inclusão do ensino da Lei Maria da Penha em disciplina da grade curri-cular nas escolas públicas e particulares da Paraíba, por propositura do deputado Na-bor Wanderley: “A educação tem papel fundamental para prevenir e combater à vio-lência, sendo um mecanismo eficiente e transformador da nossa sociedade”, explicou.

Esposa do deputado federal Veneziano Vital do Rêgo, a secretária executiva da Casa Civil do Governo do Estado, Ana Claudia, anunciou que deixará a pasta no próximo dia 31 – aliás, esta foi a data estabelecida pelo governador Ricardo Coutinho para os au-xiliares que pretendem dispu-tar cargo eletivo nas eleições de outubro. Ela deverá dispu-tar cadeira na AL-PB.

Com o crescimento de crimes envolvendo o uso de explosivos no país, o Congresso decidiu tornar mais severa a punição para os envolvidos. Terça-feira, o Senado votará projeto que aumenta as penas para furto ou roubo com uso de explosivos. No caso do furto, passará a ser punido com 4 a 10 anos de prisão – pela legislação atual é de 1 a 4 anos. Para o roubo com uso de explosivos, o agravante será de dois terços da pena.

“um Absurdo”

Um levantamento do desempenho nas urnas do MDB, apenas no que diz respeito à Assem-bleia Legislativa da Paraíba, comprova que o partido vem perdendo representatividade nas últimas eleições. Em 2002, elegeu 10 deputados estaduais e conseguiu mais uma cadeira em 2006, quando foram eleitos 11 membros da legenda. Quatro anos depois, em 2010, somavam oito os deputados estaduais que se elegeram pelos quadros emedebistas. Na atual legislatura, são quatro os representantes do partido – Raniery Paulino, Ricardo Marcelo, Jullys Roberto e Nabor Wanderley -, sendo que os dois últimos já anunciaram que irão migrar para outra legenda, possivelmente o PRB, cuja presidência deverá ficar nas mãos do deputado federal Hugo Motta, filho de Nabor (foto). E comprovando que o MDB está perdendo quadros com a rapidez de um meteoro em queda, toda a bancada federal está afivelando as malas para deixar a legenda – leia-se Veneziano Vital, Hugo Motta e André Amaral, que já se filiou ao Pros.

HumorDomingos Sá[email protected]

UNIÃO ASUPERINTENDÊNCIA DE IMPRENSA E EDITORAFundado em 2 de fevereiro de 1893 no governo de Álvaro Machado

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UNIÃO AJoão Pessoa, Paraíba - DOMINGO, 25 de março de 2018

Destas, 27 já estão em processo de adoção, sob a guarda de alguma família, e os outras 36 aguardam oportunidade

Juridicamente, o ato de adotar é assumir, como filho, o indivíduo que foi biologica-mente concebido e gerado por outra pessoa. Mas é, também, um laço de amor que motiva um processo de gestação fora do corpo de quem adota. Uma espera necessária para manter a segurança das crianças e ado-lescentes. Quando um preten-dente desperta interesse em adotar, deve procurar a Vara da Infância e Juventude da sua comarca, levando toda a docu-mentação necessária e prevista pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Podem adotar pessoas maiores de 18 anos, qual-quer que seja seu estado civil, desde que tenha 16 anos de diferença em relação ao ado-tado. Na Vara da Infância e Juventude, precisam ser apre-sentados RG, CPF, Certidão de Casamento ou Nascimento, comprovante de residência, certidão de antecedentes cri-minais, declaração médica de saúde física e mental, e com-provante de rendimentos.

Segundo dados estatísti-cos que constam no Cadastro Nacional de Adoção (CNA), fornecidos pelo Conselho Na-cional de Justiça (CNJ), existem 4.815 crianças disponíveis para adoção no país, sendo que 4.462 têm idade entre sete e 17 anos. Em contrapar-tida, dos 43.387 pretendentes cadastrados, pouco mais de 2.000 aceitam crianças com essa faixa de idade e, menos da metade deles, estão dispostos a adotar grupos de irmãos.

Na Paraíba, os números são de 63 crianças e adoles-centes cadastrados, sem impe-dimento legal para serem ado-tados, o número corresponde a 0,74% do total nacional. Entre eles, 27 já estão em pro-cesso de adoção, sob a guarda de alguma família, e os outros 36 estão aptos a serem adota-dos pelos 562 pretendentes cadastrados no Estado.

A psicóloga Ana Lúcia Ca-nanéa, da Comissão Estadual Judiciária de Adoção (CEJA), informou que os 36 adoles-centes e crianças disponíveis na Paraíba são maiores de 7 anos e/ou grupos de irmãos.

Em João Pessoa, há ape-nas dois adolescentes que esperam ser adotados, e uma lista de 222 pretendentes ca-dastrados. No entanto, o per-fil traçado pelas pessoas que estão na fila de espera por um filho, engloba crianças de até 11 anos. As informações são do Setor de Adoção da 1ª Vaga da Infância e Juventude da Co-marca da Capital. Segundo in-formou a pedagoga Ana Paula Melo, da equipe multidiscipli-nar da unidade, os pretensos pais adotivos têm a liberdade de mudar o perfil escolhido a qualquer momento.

Na PB existem 63 crianças e adolescentes para adoção

Em JP, o perfil traçado pelas pessoas que

estão na fila de espera por um filho engloba

crianças de até 11 anos

Processo de adoção se inicia com inscrição em cadastroNa página do Cadastro

Nacional de Adoção, o CNJ disponibilizou uma cartilha com especificações do passo a passo que deve ser seguido para con-quistar o filho tão aguardado. Pode ser consultada no site do CNJ (cnj.jus.br).

Após declarar interesse junto à Vara da Infância e Juventude, é necessária uma petição – pre-parada por um defensor público ou advogado particular – para dar início ao processo de inscri-ção. Quando aprovado, o nome do interessado será habilitado a constar nos cadastros local e na-cional de pretendentes à adoção.

O passo seguinte, é o Cur-so de Preparação Psicossocial e Jurídica para Adoção, que é requisito obrigatório, pre-visto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Na Comarca de João Pessoa, a 1a Vara da Infância e Juventude promoveu o primeiro curso de 2018 no dia 15 de março, na Escola Superior da Magistratu-ra (Esma), com a participação de 52 pretendentes. Após pa-lestras, oficinas, dinâmicas e momentos de tirar dúvidas, as famílias receberam certificados e declaração do cumprimento deste requisito, que serão in-cluídos nos autos onde trami-tam as respectivas habilitações.

Comprovada a participa-ção, os candidatos realizam avaliação psicossocial, entrevis-tas técnicas e visitas domicilia-res. É durante as entrevistas que os pretendentes traçam o perfil da criança ou adolescente que esperam adotar. Após, a Vara da Infância e Juventude infor-mará, logo que apareça, uma

criança compatível com o perfil traçado, e os pretensos pais poderão passar um período de convivência com ela. Se o rela-cionamento correr bem, a crian-ça é liberada e o pretendente ajuizará a ação de adoção. Ao entrar com o processo, receberá a guarda provisória, e a criança passa a morar com a família, que ainda receberá as visitas da equipe multidisciplinar.

Segundo o juiz coordena-dor da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça da Paraíba, Adhailton Lacet Porto, o ECA es-tabeleceu um prazo de 120 dias para a conclusão do processo.

“O mesmo prazo é previsto para a habilitação dos pretendentes e tem, também, 120 dias para que seja feita a destituição do poder familiar sobre o adotado”, acrescentou.

O passo final é a sentença de adoção proferida pelo juiz e de-terminação da lavratura do novo registro de Nascimento, já com o sobrenome da nova família. É nesse momento que nasce o filho tão esperado, de uma gestação judicial, e, como efeito, a criança passa a ter todos os direitos de um filho biológico.

“Notadamente, é um proce-dimento simples. Os candidatos

à adoção se habilitam, passam pelo curso preparatório e, ao final, será julgada a ação”, re-sumiu o juiz Adhailton Lacet. Por fim, o magistrado esclareceu que, a partir dos 18 anos completos, o filho adotado tem direito a saber a sua origem biológica. “Portanto, é necessário que os pais deixem sempre claro que a criança foi, na verdade, gerada no coração daquela família e que foi adotada. É um procedimento minucioso, mas os filhos têm o direito de saber”, argumentou.

CoNtatos n Os interessados em ado-tar, ou tirar outras dúvidas sobre o assunto, podem entrar em contato com as seguintes unidades: Co-missão Estadual Judiciária de Adoção (CEJA), telefone (83)3252-1607; Coorde-nadoria da Infância e Ju-ventude do TJPB, telefone (83)3216-1508; Juizado da Infância e Juventude de João Pessoa (falar com o Setor de Adoção), telefone (83) 3222-6156; ou procu-rar a Vara da Infância e Ju-ventude de sua Comarca.

Segundo o juiz, Adhailton Lacet Porto, o ECA estabeleceu um prazo de 120 dias para a conclusão do processo

Podem adotar maiores de 18 anos, qualquer que seja o estado civil, desde que tenha 16

anos de diferença em relação ao adotado

Foto: Divulgação/TJPB

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Foto: reprodução/Internet

UNIÃO A João Pessoa, Paraíba - DOMINGO, 25 de março de 2018

“Não resista ao amor. Adote” é o tema da nova campanha lançada pelo Tribunal de Justiça da ParaíbaO Tribunal de Justiça da

Paraíba iniciou a Campanha de Adoção “Não resista ao amor. Adote”. A proposta é sensibi-lizar as pessoas sobre a situa-ção de crianças e adolescentes que se encontram nas casas de acolhimento a espera de uma família, e de amor. É desper-tar a possibilidade de adotar, mesmo para aquela família que já tenha filhos biológicos. É mostrar, também, que muitos podem ser padrinhos, sejam financeiros, sociais ou afetivos.

Para o coordenador da Infância e Juventude do Tribu-nal de Justiça da Paraíba, juiz Adhailton Lacet, o tema mere-ce ampla visibilidade. “A cam-panha sobre adoção é de suma importância, porque visa sen-sibilizar e orientar à população sobre essa temática tão bonita, que é o instituto da adoção. Pa-rabéns ao Tribunal de Justiça e a todos os envolvidos nesta di-vulgação”, ressaltou.

Juridicamente, o ato de adotar é assumir, como filho, o indivíduo que foi biologica-mente concebido e gerado por outra pessoa. Mas é, também, um laço de amor que motiva

um processo de gestação fora do corpo de quem adota. Uma espera necessária para manter a segurança das crianças e ado-lescentes. Quando um preten-dente desperta interesse em adotar, deve procurar a Vara da Infância e Juventude da sua comarca.

Aqueles que desejarem ser padrinhos podem procurar o Núcleo de Apadrinhamento Infantojuvenil (Napsi), instala-do no Fórum da Infância e Ju-ventude da Capital, localizado na Avenida Rio Grande do Sul, nº 956, Bairro dos Estados, em João Pessoa.

Para tirar dúvidas sobre Adoção, o Tribunal de Justiça da Paraíba, por meio da Coor-denadoria da Infância e Juven-tude, elaborou a ‘Cartilha Pas-so a Passo’, que aborda o tema com todas as suas especifici-dades. Ela pode ser acessada na página principal do site do TJPB (www.tjpb.jus.br).

Padrinhos Existem três modalidades

de apadrinhamento: financei-ro, social e afetivo. O primeiro visa oferecer um suporte finan-

Campanha visa sensibilizar a sociedade para a adoção

Foto: Divulgação/TJPB

Para tirar dúvidas sobre adoção, o TJPB, por meio da Coordenadoria da Infância e Juventude, elaborou a ‘Cartilha Passo a Passo’, que aborda o tema

Experiência da adoção Joana Darc Santana da Silva é mãe

de duas filhas que adotou. Uma delas, tem oito anos e chegou à família recém--nascida. A outra, chegou aos 11 anos e, atualmente, tem 13. Ela conta que sempre desejou ser mãe, mas não podia conceber e gerar filhos. “Eu alimentava esse desejo, senti vontade de adotar, compartilhei com meu esposo e ele abraçou a ideia”, afirma.

A primeira adoção ocorreu antes da vigência da Lei nº12.010/09, que regula-menta o processo de adoção no Brasil, de modo que não seguiu os trâmites legais atuais, foi intermediada por um grupo de pessoas que promovia adoção informal. “Minha filha Raab foi doada pela genitora, que não tinha condições de cuidar.

Então, não seguimos o procedimento regulamentar da Lei, porque, na época, ainda não existia. No dia em que ela nas-ceu, eu peguei minha filha na maternidade. Mas, verdadeiramente engravidei. Dese-jei tanto a minha filha, que antes de ela chegar, senti enjoos e muita ansiedade”, relata Joana.

Mesmo tendo sido um procedimen-to informal, a adotante relatou que, em poucos dias, levou a criança até a 1a Vara da Infância e Juventude de João Pessoa, apresentando toda a situação, e lhe foi concedida a guarda provisória. Até que, dois anos depois, Raab pôde ter o sobre-nome da sua nova família.

Quando desejou adotar pela segunda vez, Joana decidiu que seria uma adoção tardia, ou seja, de uma adolescente. E, assim, Beatriz foi adotada aos 11 anos. “Ela tinha uma irmã, que foi adotada pelo meu irmão. Os processos caminharam ao mesmo tempo e as duas saíram da casa de acolhimento, juntas”, explicou.

“Tudo valeu a pena. Hoje, minhas filhas se dão muito bem, são doces e muito estu-diosas. Adotar foi a melhor coisa que já fiz na minha vida. E, de forma nenhuma, con-sidero que elas são filhas de outra pessoa, são minhas filhas. As duas sabem de toda a história, e que são adotadas. Mas, sabem, também, que eu as amo. Sempre passo o meu amor para elas com muita segurança, até em momentos de repreensão. E, esse é o segredo da adoção: o amor incondicio-nal”, declarou Joana Darc.

ceiro para a criança ou adoles-cente, doando ou arcando com os custos de roupas, materiais escolares, brinquedos, cursos, entre outros. Já o padrinho so-

cial poderá prestar um servi-ço para a criança, ou grupo de crianças e adolescentes. Um professor, por exemplo, poderá ofertar aulas; um médico pode

disponibilizar horário para rea-lizar atendimentos no local.

A terceira modalidade, afetiva, objetiva estabelecer um maior contato com a criança ou

adolescente, focando na con-vivência. Nessa modalidade, o padrinho ou madrinha poderá buscar a criança ou adolescente nos finais de semana.

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Sujeira nas feirasComerciantes que trabalham nos mercados públicos da capital reclamam das condições de higiene nesses locais. Falta de melhores condições prejudica limpeza das bancas e dos produtos. Página 8

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De predominância masculina, a construção civil já conta com engenheiras, empreteiras e outras profissionais

Mulheres que entende-ram que o lugar delas é onde elas querem, vem alterando as estatísticas em cargos de pre-dominância masculina, como a construção civil. Pesquisas evidenciam que a força de tra-balho feminina está aumen-tando, tanto nos escritórios de engenharia, como em can-teiros de obra do Brasil. Dados do Ministério do Trabalho e da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), entre 2002 e 2012, mostram que a partici-pação das mulheres na cons-trução civil cresceu 65%. Ain-da conforme o RAIS, a média desse crescimento no Brasil é de 20% ao ano. Na Paraíba, elas estão ocupando 13% dos canteiros de obra, conforme o Crea-PB.

O destaque vem causan-do tamanho impacto que tor-nou-se tema de livro: "Flores no canteiro", de Flávia Gomes. O livro conta a trajetória de duas mulheres - Cida Medei-ros e Luzia Teles - que ergue-ram uma obra equiparada a 10 prédios de 10 andares cada, em um período de oito meses. As engenheiras condu-ziram a construção do Motiva Oriental, localizado no bairro Altiplano. De acordo com a autora do livro, o propósito da obra é mostrar a representati-vidade feminina em setores de trabalho conhecidos pela pre-dominância masculina, como a construção civil. “O livro Flo-res nos Canteiros fala de enge-nharia de forma humanizada. Nesse perfil jornalístico con-tamos a história de superação de duas mulheres engenheiras que lutaram para chegar onde estão e hoje se destacaram na profissão que escolheram, mostrando que lugar de mu-lher é em todo canto, menos no lugar comum”, afirma Flá-via Gomes. O livro será lança-do em abril deste ano.

No Estado da Paraíba, a quantidade de engenheiras civis registradas no Conse-lho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-PB) é um total de 2.499 mulheres, isto é, 13% dos profissionais inscri-tos. No país, cerca de 15% do total de profissionais da enge-nharia são mulheres, segundo dados do Confea, colhidos em 2017.

Por trás desses números existem histórias de moças dispostas a quebrar paradig-mas que envolvem gênero e profissão. O jornal A União conta as experiências de mu-lheres que enfrentaram - e enfrentam até hoje - barreiras para atuar em um mercado majoritariamente masculino, mas que com determinação e, sobretudo, paixão por obras civis, se destacam na área, atualmente. Fernanda Xime-nes, Lúcia Vieira e Flávia Pe-reira são paraibanas que têm em comum essa paixão e de-terminação.

Fernanda Ximenes, 31 anos, hoje é sócia e diretora da Tecsol Construção, entre-tanto, anos atrás nem imagi-nava que faria da construção

civil sua carreira profissional. O que antes era apenas uma memória afetiva, atualmente é o maior orgulho da parai-bana. Na construtora, ela faz de tudo, tudo o que for preci-so para manter esse orgulho. "Minha função é a que for ne-cessária! Faxineira, pedreira, administradora, gerente de obra, motorista, empreiteira... A dona, como em qualquer pe-quena empresa, tem que fazer o que for necessário", expres-sa. Todavia, formalmente, Fer-nanda é empreiteira de obra, termo usado por não possuir graduação em engenharia.

A identificação com a construção civil surgiu na in-fância, por volta dos dois anos de idade, quando frequentava canteiros de obra em que seu pai, que era engenheiro elétri-co e dono de uma construtora, a levava para acompanhar as obras. "Eu passava o dia na obra com ele, achava muito di-vertido e lembro até hoje. Vi-nha com uma bolsinha branca e saía recolhendo pedaços de madeira, conduíte, pedras e quando chegava em casa brin-cava com minhas bonecas com os materiais da obra", conta Fernanda Ximenes. "Acho que por isso é tão natural a obra. Para mim, hoje, é como se eu estivesse em casa", conclui.

Aos cinco anos, seu pai faleceu e sua mãe decidiu não manter a empresa de cons-trução. Com isso, a paixão por construção ficou adormecida por um longo tempo. Fernan-da mudou-se para São Paulo, formou-se em Gastronomia e começou a trabalhar como chef de cozinha em um hotel. “Estava com minha vida toda planejada, tinha um emprego num hotel, dava aula de pa-nificação em uma faculdade e pretendia ir à França fazer mestrado em panificação", conta a empreiteira. Tudo mu-dou quando a jovem sofreu um assalto traumático e resol-veu regressar a João Pessoa.

Na volta à cidade natal, incentivada por seu marido, Fernanda iniciou uma refor-ma em um apartamento que herdou de seu pai. "Tivemos que, praticamente, pôr o apar-tamento abaixo e fazer um novo. Eu ainda não sabia nada de obra, mas a reforma do meu apartamento de 180m foi minha primeira obra". Apesar dos imprevistos, ela concluiu a reforma em seis meses. Vendo o sucesso da obra, os vizinhos começaram a buscar auxílio de Fernanda para reformarem também os seus apartamentos. "Come-cei a ajudar nas reformas dos apartamentos vizinhos sem cobrar nada e quando vi, já estava com uma equipe e fa-zendo outras reformas para amigos e familiares", versa Fernanda.

Deu tão certo que, jun-to com o esposo, Fernanda decidiu que começaria uma empresa de construção. “Foi muito difícil, mas deu certo. Hoje, estamos com seis anos de empresa e quatro prédios concluídos, indo para o quin-to", expõe. "Eu gostava da gastronomia, mas não tinha

Mariana LiraEspecial para A União

Mulheres deixam escritóriose ocupam canteiros de obras

Fotos: Ortilo Antonio

Fazer o que gosta é imensurávelPara Lúcia, a história também

tem seus altos e baixos, mas o pra-zer de estar fazendo o que gosta é imensurável. Além de construtora, ela também administra uma empresa especializada em mármore e gra-nito. Maria Lúcia Furtado Vieira, 40 anos, anteriormente, trabalhou em classificados de jornais paraibanos. Contudo, sempre teve o desejo de estar à frente do próprio negócio. Com ajuda de suas habilidades e experiências com vendas, decidiu começar um negócio de mármore e granito, que foi sua porta de entrada na construção civil.

Lúcia começou a adquirir conhe-cimento e ganhar credibilidade com os clientes, enquanto acompanhava o andamento das obras, almejando participar delas. "Meu sonho era en-trar na construção civil. Ficava conver-sando com a 'peãozada', admirando o trabalho do pessoal. Achava muito bonito o comecinho de uma obra até o final", relata a empresária.

O pontapé da carreira foi vender a casa e com o capital começou a construir pequenas casas em Sapé, como experiência. Depois, iniciou os trabalhos na capital, na construção de prédios e apartamentos, ramo no qual continua até hoje. "Não vou dizer que são mil maravilhas. Vários ami-gos começaram, mas não deu certo, pois realmente não é para todo mun-do. O rendimento é a longo prazo e são muitas burocracias". Para entrar no ramo, segundo Lúcia, é preciso ter pé no chão e uma grande habilidade com administração, pois o construtor precisa estar atento a muitos assuntos de uma só vez.

Diante do aumento de mulhe-res construtoras, Lúcia constata: "A mulher de hoje não está só na beira de fogão, cozinhando e cui-dando dos meninos.Somos donas de casa, mães, comerciantes, em-presárias... tudo ao mesmo tem-po", versa. Para a empresária, um dos pontos fortes para o destaque da figura feminina na construção civil é a capacidade de manter-se organizada, enquanto desempe-nha e administra várias funções.

Acerca das dificuldades, Lúcia co-

menta sobre a irreverência de determi-nados funcionários, que algumas vezes não levam a sério a palavra de ordem vinda de uma mulher. Outra questão é durante a escolha de fornecedores, pois alguns tentam tirar proveito de empresárias, oferecendo produtos a preços desproporcionais, contando com a falta de experiência da profissio-nal. "A pessoa tem que ter pulso firme e gostar muito da profissão", avisa Lúcia. "Gosto de sentir os cheiros de areia e do cimento!", garante.

Flávia Pereira de Alencar, 35 anos, é formada em Arquitetura pela Universidade Federal da Paraíba e cresceu rodeada de influências do universo da construção civil. "Decidi prestar vestibular para o curso de Arquitetura por influência da minha irmã, que estudava Engenharia Civil e do meu pai, construtor". Ela conta que na arquitetura é mais comum a presença de mulheres, ao menos nos cursos, embora o machismo ainda seja notado em determinados pontos. "Ainda existe uma grande barreira em relação aos salários, inferiores com-parados aos dos homens da mesma profissão", aponta a arquiteta.

"As mulheres têm ocupado um espaço que por muito tempo foi dos homens e que elas têm conseguido conquistar com muito mérito e res-peito", versa Flávia Pereira. E enfatiza que não faz sentido relacionar a capa-cidade de trabalho com o gênero. "Na universidade não existe diferenciação na capacitação de homens e mulhe-res. Todos saem com o mesmo nível".

MRVEmpresas de construção civil

reconhecem o destaque feminino no segmento e incentivam o crescimento do número de mulheres com a mão na massa. Na MRV Engenharia o cenário não é diferente. Atualmente, 22% do quadro de funcionários da empresa é composto por mulheres.

Um dos exemplos da construtora é a engenheira Cintia Abrantes. Há dez anos na companhia, vai coordenar um em-preendimento no Grand Reserva Paulista, primeira obra que ela ficará no comando e esse trata-se do maior complexo resi-dencial da história da MRV no país.

o brilho nos olhos que tenho quando falo de obra. Eu amo meu trabalho, simplesmente nasci para obra", afirma com orgulho, Fernanda Ximenes.

Via de regra, mulheres que se propõem a exercer fun-ções que outrora eram apenas para homens, sofrem precon-ceito. Não é diferente na cons-trução civil, segundo confirma Fernanda: "Não foi fácil, prin-cipalmente por ser mulher! A Paraíba é um Estado muito machista". Para superar os contratempos, a profissional entende que depende dela mesma e de sua capacidade. E como forma de protesto, des-via desse machismo também no mercado. "Me imponho o respeito e, com pessoas es-túpidas, evito contato, nem que deixe de comprar deter-minadas marcas, pois é como dizer não ao machismo", milita. "Sou muito querida e respeitada, sendo a única mulher no trabalho", acres-centa Fernanda.

"Tem que ser homem para conseguir comandar muitos homens juntos", iro-niza. "Sou mulher, trabalho em obra há 9 anos, uso batom rosa, calço botas e capacete e comando uma construtora que tem de oito a 30 funcioná-rios, dependendo do ciclo. Sou respeitada e admirada por to-dos com que trabalho", garan-te. "Não me troco por homem nenhum, embora saiba que se fosse um, tudo seria mais fá-cil", conclui.

"Mais mulheres deve-riam trabalhar na construção civil e isso melhoraria muito a qualidade dos imóveis, pois nós mulheres temos uma vi-são mais detalhista da obra e principalmente sobre os acabamentos. Somos mais cuidadosas, sem falar que li-dar com gente não é fácil, e em alguns casos temos que usar nosso lado maternal, até porque eles se sentem prote-gidos e o trabalho rende me-lhor", incentiva a empreiteira. "Mas não é qualquer mulher que consegue comandar uma obra, tem que ter fibra e gênio forte aliado com a doçura da feminilidade", adverte.

Fernanda Ximenes trabalhava como chef de cozinha em São Paulo, mas voltou à terra natal e se tornou sócia e diretora de uma empresa de construção

UNIÃO A João Pessoa, Paraíba - DOMINGO, 25 de março de 2018

Mulheres procuram o amor da família e a luta pela vida como motivações para se submeterem ao tratamento

Receber a notícia de que tem um tumor maligno não é nada fácil. E saber que o local afetado envolve os seios, sím-bolo social de feminilidade da mulher, torna o processo ainda mais difícil, apesar de necessário. Afinal, saber o diagnóstico, retirar a mama e sentir o cabelo ir embora aos poucos, provoca a sensa-ção que a identidade femini-na está sendo levada embora com a doença.

Depois de assimilar o im-pacto, a luta pela vida e o amor à família são as motivações encontradas pelas mulheres para se submeterem ao trata-mento oncológico. No entanto, a vaidade e a autoestima da mulher só serão restauradas aos poucos, à medida que a paciente for ganhando con-fiança no tratamento.

Considerado um tumor raro, aos 30 anos, Mariluce Chaves foi diagnosticada com câncer de mama com uma tipologia que atinge, geral-mente, mulheres idosas. Fo-cada no tratamento, a mulher de lenço roxo só pensava em seus quatro filhos, “Não es-tava preocupada em perder cabelo ou peito, queria ficar curada. A minha força vinha de Deus e para meus filhos. Optei por não fazer a recons-trução de mama porque não sentia vontade. Sentia-me bem assim”, afirmou.

Cada mulher reage à reconstrução mamária de uma forma diferente. No entanto, esse procedimen-to torna-se imprescindível para encorajar a mulher no tratamento, pois ajuda a recuperar sua autoestima, contribuindo para enxergar a doença em outra perspec-tiva “As mulheres sentem-se muito mais femininas tendo mama. No momento que é feita a reconstrução sua qualidade de vida melhora significamente. É notório que ficam mais motivadas em continuar o tratamen-to”, afirmou o mastologista Pablo Umpierre.

É fundamental realizar exames de rotina, a paciente Maria do Carmo é um exemplo que se a doença for descober-ta no estágio inicial, a chance de cura é alta, “Eu tive sorte porque não estava sentindo nada, descobriram o tumor no começo da doença. Retiraram a mama afetada, mas não pre-cisei fazer nem quimioterapia nem radioterapia. Reconstruí o seio assim que fiz a mas-tectomia. Tenho 58 anos, mas é como se tivesse nascido de novo”, enfatizou.

Toda mulher que for diagnosticada com câncer de mama tem o direito de fazer a cirurgia plástica reconstrutora após a mastectomia ou quan-do houver condições médicas favoráveis. Esse direito é asse-gurado pela lei 12.802/2013 sancionada pela presiden-te Dilma Rousseff. Em João Pessoa, esse procedimento é realizado pelo Hospital Napo-leão Laureano, São Vicente de Paulo e Hospital Universitário Lauro Wanderley.

Sara Gomes Especial para A União

Reconstrução mamária é umaaliada para enfrentar o câncer

No entanto, nem sempre é possível fazer a reconstrução de imediato. Cada tumor tem suas especificidades e região comprometida. De acordo com a mastologista Juliana Gade-lha a reconstrução é feita, na maioria das vezes, após o tra-tamento oncológico.“Cada caso é avaliado isoladamente. Em pacientes que estejam no es-tado inicial e não tenha doen-ças associadas como diabetes e pressão alta, a gente indica a reconstrução de imediato. Se o tumor estiver mais avan-çado, o ideal é fazer o trata-mento primeiro. Pensamos na reconstrução tardia só depois que a doença estiver estabili-zada “, pontuou.

Um dos motivos da re-

construção ser contraindica-do antes é que a radioterapia produz uma reação que pode estragar a reconstrução. A mama fica mais endurecida, pode formar queimaduras, pode haver extrusão da próte-se por conta da radioterapia.

Além disso, a mastecto-mia com reconstrução é um procedimento que aumenta consideravelmente o tempo cirúrgico. Apesar de o pós-operatório incomodar mais em relação à dor, os médi-cos relatam que as pacientes fazem a cirurgia consciente do processo de cicatrização, afinal, o incômodo torna-se secundário comparado a sa-tisfação proporcionada pelo resultado estético.

A luta contra o tempoUm fator que dificulta

o tratamento do câncer e de outras doenças não tão ur-gentes é a lentidão no encami-nhamento de pacientes, para sair de uma Unidade Básica de Saúde para o atendimento especializado. “Minha luta no SUS só começou em janeiro de 2013, sendo que no final do ano anterior já percebia algo diferente em minha mama, estava retraída, meio tronxa”, afirmou Mariluce Chaves.

A mulher de lenço roxo só teve a confirmação do câncer em julho, com a realização da biopsia. A espera foi tão gran-de que não ficou abalada com seu diagnóstico. “Eu já sabia o que tinha. Meu foco era não

perder mais tempo. No entan-to, apenas em agosto comecei o tratamento oncológico. A médica que me acompanhou foi fundamental para reverter a situação, porque estava há seis meses sem tratamento”, expressou ela.

Depois de contar sua his-tória, Mariluce alterou o tom da voz ao relatar que não esta-va no Hospital Napoleão Lau-reano fazendo exames de roti-na. A voz entristecida tem uma explicação: o câncer de mama voltou no pulmão através de uma discreta pneumonia. Com isso ela precisou recomeçar sua luta contra o câncer, mas dessa vez, sabe a quem pro-curar para obter assistência médica. Tanto é que considera

a equipe médica do Laureano uma segunda família.

Laqueadura tubária e métodos contraceptivos são procuradosQuando precisamos de aten-

dimento médico na rede pública de saúde nem sempre sabemos onde encontrar tais serviços. Entre os procedimentos mais comuns, a laqueadura tubária e acesso aos métodos contracepti-vos são os serviços mais procura-dos pelas mulheres.

Planejar a chegada dos filhos e prevenir gravidez indesejada é um dos principais objetivos do planejamento familiar, sendo que a maioria das mulheres apenas o procura quando desejam realizar a laqueadura tubária. Em João Pessoa, esse procedimento é ofertado na Maternidade Cândi-da Vargas, Maternidade Frei Da-mião e no Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW).

Mulheres jovens com baixa escolaridade e em situação de vul-nerabilidade social é o perfil das mães que tem o maior número de filhos no Brasil. De acordo com a ginecologista e obstetra Maria José Soares da Maternidade Frei Damião, o excesso de natalidade é ocasionado pela irresponsa-bilidade dessas mulheres com a maternidade “É um descaso social a quantidade de filhos que são gerados diariamente, sem o menor comprometimento com a formação da criança. Mulheres com quatro filhos não possuem renda fixa, confiam apenas nos 150 reais que o bolsa família garante”, desabafou.

Quando as pacientes de Maria José Soares justificam uma nova gestação com esquecimen-to ou ausência de determinado método contraceptivo em postos de saúde, a médica obstetra não alivia “Todos os postos de saúde o que mais tem é anticoncepcional. Construí um posto de saúde e escolinha em uma propriedade particular no Conde. Distribuo camisinha e anticoncepcional de bolo, ainda assim, há casos de gravidez indesejada”, explicou.

A jovem Mariana Araújo está em sua quarta gestação e só ago-ra vai conseguir fazer a laquea-dura tubária “Tive meu primeiro filho aos 15 anos, na terceira gestação manifestei vontade em fazer a cirurgia, no entanto, a lei não permitiu porque na época não tinha idade”, afirmou.

De acordo com a lei brasileira, a laqueadura tubária é permitida para mulheres que tenham pelo menos 25 anos, dois filhos vivos. ;Caso a mulher esteja gestante do terceiro filho e os dois partos anteriores tenham sido cesáreas, ela pode fazer a terceira cesárea seguida por laqueadura.

O Sistema Único de Saúde realiza palestras sobre os métodos contraceptivos para que a mulher decida qual prevenção é mais adequada, esclarecendo as van-tagens e desvantagens de cada um, orienta também que optar pela obstrução cirúrgica das trom-

pas uterinas é uma decisão que deve ser tomada com cautela e apoiada pelo companheiro, uma vez que esse método é irreversível.

De maneira geral, a equipe médica avalia cada caso isola-damente antes de realizar uma laqueadura. A situação social da mãe, o relacionamento com o parceiro, quantidade de filhos e saúde clínica da mãe após uma cesárea “A maioria des-sas mães são de comunidades carentes e nem sempre tem a preocupação de fazer um pré-natal adequado, fundamental para a saúde do bebê. Além disso, observamos que as mães não têm uma alimentação sau-dável, o que dificulta o processo de recuperação caso tenha parto cesárea”, pontuou a gine-cologista e obstetra Maria José.

Métodos contraceptivosEm qualquer posto de saúde

a mulher pode se consultar com a ginecologista para saber qual método contraceptivo é mais adequado para si. Além disso, são distribuídos preservativos (feminino e masculino) e anti-concepcionais sejam orais ou injetáveis, basta apresentar o cartão do Sus.

Entre os métodos contracep-tivos mais procurados, o Disposi-tivo Intra Uterino (Diu) de cobre ou progesterona acaba sendo uma alternativa para as mulhe-

res que são descuidadas com os métodos de prevenção.

Esse método é um dos mais eficientes, pois impede que os espermatozoides cheguem ao útero. Caso haja a concepção, o Diu é um corpo estranho que impede a formação do saco gestacional no útero. Há certa rejeição desse método porque é considerado abortivo.

Quem tiver interesse nesse procedimento pela rede públi-ca de saúde deve procurar a Maternidade Cândida Vargas e a Frei Damião para avaliar se esse método contraceptivo é indicado para seu organismo. A ginecologista do planejamento familiar solicita um exame ci-tológico atualizado, ultrassom transvarginal e o Beta Hcg. Caso seja compatível, a equipe médica agenda a inserção do Diu.

SERVIÇO n Maternidade Frei Damião: Av. Cruz das Armas, 1581 - Cruz das Armas, João Pessoa – PB - Telefone: (83) 3215-6066n Maternidade Cândida Var-gas: Av. Coremas, 865 - Ja-guaribe, João Pessoa – PB - Te-lefone: (83) 3015-1500n Hospital Universitário Lauro Wanderley: Rua Tab. Stanislau Eloy, 585 - Castelo Branco, João Pessoa – PB - Telefone: (83) 3216-7042

SERVIÇO n Hospital São Vicente de Paulo: Av. João Ma-chado, 1234 - Centro, João Pessoa - Telefo-ne: (83) 2107-9500n Hospital Napoleão Laureano: Av. Cap. José Pessoa, 1140 - Ja-guaribe, João Pessoa – PB - Telefone: (83) 3015- 6200n Hospital Universitário Lauro Wanderley: Rua Tab. Stanislau Eloy, 585 - Castelo Branco, João Pessoa – PB - Telefone: (83) 3216-7042

Mariluce Chaves, com câncer de mama, tipologia que atinge mais mulheres idosas

Fotos: Edson Matos

A ginecologista e obstetra Maria José Soares, da Maternidade Frei Damião, orienta paciente sobre procedimentos

UNIÃO AJoão Pessoa, Paraíba - DOMINGO, 25 de março de 2018

Programação de hoje divulgada pela Arquidiocese da Paraíba dá início às celebrações da Semana Santa

Hoje é Domingo de Ra-mos, festa móvel cristã cele-brada sempre no domingo antes da Páscoa, em come-moração à entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. Na verdade o Domingo de Ra-mos dá inicio às celebrações da Semana Santa, quando Je-sus chega a Jerusalém mon-tado em um jumentinho, simbolizando a humildade, e é aclamado pelo povo aba-nando seus ramos de olivei-ras e palmeiras, que o aplau-de como “aquele que vem em nome do Senhor”.

Os ramos sagrados que levamos para nossas casas, após a missa, lembram-nos de que estamos unidos a Cristo na mesma luta pela salvação do mundo, a luta árdua con-tra o pecado, um caminho em direção ao Calvário, mas que chegará à Ressurreição. Os ramos, que segundo a cren-ça popular, protegem contra raios, tempestades, incên-dio e afugentam o demônio, são guardados em casa até a Quarta-feira de Cinzas do ano seguinte, quando são queimados.

No Domingo de Ramos quatro missas são celebra-das. Em João Pessoa, de acor-do com a Arquidiocese da Paraíba, são três na Catedral Basílica de Nossa Senho-ra das Neves, no Centro de João Pessoa e uma na Cape-la do Colégio Pio X. A Missa do Domingo de Ramos traz a narrativa de São Lucas sobre a Paixão de Nosso Senhor Je-sus, sua angústia mortal no Horto das Oliveiras, o sangue vertido com o suor, o beijo

traiçoeiro de Judas, a prisão, os maus-tratos causados pelas mãos dos soldados na casa de Anás, Caifás.

E ainda o seu julgamen-to iníquo diante de Pilatos e Herodes, sua condenação, o povo a vociferar “crucifica-o, crucifica-o”; as bofetadas, as humilhações, o caminho per-corrido até o Calvário, a aju-da do Cirineu, o consolo das santas mulheres, o terrível madeiro da cruz, seu diálogo com o bom ladrão, sua mor-te e sepultura. A programa-ção da Semana Santa é en-cerrada com o Domingo de Páscoa, uma das datas mais importantes para os cris-tãos, dia onde as famílias se reúnem para degustar o pão e beber o vinho, que simbo-lizam o corpo e o sangue de Cristo, e também a entrega do tradicional ovo da Pás-coa que simboliza uma nova vida e a fertilidade.

Teresa Duarte [email protected]

Missas e confissões marcam o Domingo de Ramos na capital

ProgramaçãoDe acordo com a Arquidiocese da

Paraíba, a programação da Semana San-ta será realizada na Catedral Basílica de Nossa Senhora das Neves, no Centro de João Pessoa e na Capela do Colégio Pio X. Neste 25 de março (Domingo de Ramos): missa às 6h, 9h e 18h, na Catedral, e às 19h30 no Colégio Pio X, sendo a das 9h cele-brada pelo arcebispo da Paraíba, Dom Delson. Dias 26 e 27 de março (segunda e terça-feira), das 14h30 às 17h e das 18h30 às 21h, haverá mutirão de confissões na catedral.

Tríduo PascalNo dia 28 de março (quarta-feira) 17h: Missa Unção

dos Enfermos. Dia 29 (Quinta-feira Santa): Missa dos Santos Óleos (Missa Crismal) às 9h e Missa do Lava-Pés às 17h na catedral, ambas celebradas por Dom Delson. Em seguida: Adoração ao Santíssimo Sacramento. Às 21h: Procissão do Silêncio, saindo da catedral até a Igreja do Carmo. Dia 30 de março (Sexta-feira Santa), às 9h: Via Sacra na Catedral. 12h: Ofício da Agonia do Senhor. 15h: Celebração da Paixão e Morte do Senhor, seguida da Procissão do Senhor Morto.

Dia 31 de março (Sábado Santo), às 20h: Vigília Pascal, na Catedral com Dom Delson. Domingo da Res-surreição do Senhor: dia 10 de abril: Santa Missa às 6h, 9h e às 18h, na Catedral. E às 19h30 no Colégio Pio X.

A Catedral Basílica de Nossa Senhora das Ne-ves, no Centro de João Pessoa, é a igreja onde é realizada a programação oficial da Arquidiocese da Paraíba na Semana Santa e na Páscoa. Mais informações: Catedral Basílica de Nossa Senhora das Neves. Praça Dom Ulrico, s/n - Centro de João Pessoa (PB). Fone: (83) 3221-2503.

Saiba MaiS

n Os ramos lembram o batismoEsses ramos significam a vitória: “Hosana ao Filho de Davi: bendito seja o que vem em nome do Se-nhor, o Rei de Israel; hosa-na nas alturas”. Os ramos santos nos fazem lembrar que somos batizados, fi-lhos de Deus, membros de Cristo, participantes da Igreja, defensores da fé católica, especialmente nestes tempos difíceis em que esta é desvalorizada e espezinhada.

De acordo com a Igreja Católica, os

ramos sagrados que se leva para casas

após a missa lembra de que estão todos unidos a Cristo na mesma luta pela

salvação do mundo, e segundo a crença popular, protegem

contra raios, tempestades incêndios

e afugentam o demônio

n Tríduo PascalCom a realização da Missa dos Santos Óleos, (bênção dos Santos Óleos para os Sacramentos). O óleo de oliva misturado com perfume (bálsamo) é usado nas celebrações dos Sacramentos do Ba-tismo, do Crisma, da Unção dos Enfermos e da Ordenação. Sempre que houver celebração com óleo, deve estar à disposi-ção do ministro uma jarra com água, bacia, sabone-te e toalha para as mãos.

n Procissão do Senhor MortoA procissão se realiza com a condução da imagem do Senhor Morto, sendo se-guida em silêncio, ao som das matracas e com cânti-cos de dor e piedade, onde prepara-se um Calvário, com o Senhor crucificado, acompanhado de algumas figuras bíblicas.

n Domingo de Páscoa A Páscoa é uma das datas comemorativas mais im-portantes entre as culturas ocidentais. A origem desta comemoração remonta muitos séculos atrás. O termo “Páscoa” tem uma origem religiosa que vem do latim Pascae.

n Coelho da PáscoaSimboliza a fertilidade e a esperança de vida nova. A figura do coelho está sim-bolicamente relacionada à esta data comemorativa, pois este animal represen-ta a fertilidade.

n Ovos de PáscoaAssim como o coelho, o simbolismo dos ovos está relacionado com uma nova vida e com a fertilidade.

n CordeiroMoisés sacrificou um cor-deiro em homenagem e agradecimento a Deus pela libertação dos he-breus da escravidão no Egito. Também simboliza, do ponto de vista cristão, Jesus Cristo, que foi cruci-ficado para libertar os ho-mens de seus pecados.

n SinosSão eles que anunciam nas igrejas católicas, a ressur-reição de Cristo no Domin-go de Páscoa.

n Círio PascalÉ uma vela acessa com as letras gregas "alfa" e "ôme-ga" (início e fim). A luz da vela representa a ressurrei-ção de Cristo.

n Pão e vinhoSimbolizam o corpo e o sangue de Cristo. Jesus re-partiu o pão e o vinho com seus discípulos na Última Ceia (Santa Ceia).

UNIÃO A João Pessoa, Paraíba - DOMINGO, 25 de março de 2018

Focos das denúncias são os locais de comercialização de carnes vermelhas, de aves, pescados e hortifrutigranjeiros

Os comerciantes que trabalham nos mercados pú-blicos de João Pessoa estão reclamando das condições de higiene nesses locais. Se-gundo eles, a falta de interes-se para melhores condições dos mercados prejudica a hi-gienização das bancas e dos produtos que são comercia-lizados.

A feira livre é um dos mais importantes mecanis-mos de abastecimento de alimentos das famílias pes-soenses, portanto, conhecer e apoiar esta estrutura de comercialização é de funda-mental importância para a garantia da saúde e qualida-de de vida da população.

O principal foco são os locais onde comercializam carnes vermelhas e de aves, pescados, hortifrutigran-jeiros e onde se preparam e comercializam lanches e refeições. Problemas higiê-nico-sanitários nas barracas

das feiras, nos equipamentos e utensílios, nas práticas de manipulação e na qualidade dos produtos ofertados tam-bém são detectados.

As carrocinhas e lan-chonetes que preparam e comercializam alimentos prontos para o consumo também apresentam graves problemas relativos à higie-ne. Tais condições contra-riam a legislação sanitária em vigor, comprometem a qualidade do alimento, co-locam em risco a saúde do consumidor e evidenciam as demandas de informações por parte do feirante sobre manipulação dos alimentos.

Banheiros para os co-merciantes apresentam forte mau cheiro e falta de higie-nização que comprometem a saúde, além de grande pre-sença de animais. Os cães preferem permanecer no se-tor de carnes, pois encontram alimento com mais facilidade.

Fiscalizações da SedurbCom relação às fiscali-

Anézia Nunes Especial para A União

Comerciantes reclamam da falta de higiene em mercados

Nota zero para a higienização do Mercado Central em João

Pessoa. Não tem nada bom aqui, apenas lixo e muita falta de

organização. Não tem administração e em dia de chuva é

quase impossível andar aqui no mercado e consumir produtos

Sou consumidor do Mercado Central há anos e estou sempre

frequentando o mercado. A higienização teria que começar com um novo projeto. A proposta seria para que não fique essa imundície para nós consumidores e para os

comerciantes

Desejo a reforma do mercado. Estamos aqui há 12 anos. Nos

colocaram nesta área do mercado, mas não chega ninguém, não tem

administração, não sei nem quem é o responsável da vigilância

sanitária daqui, é uma falta de respeito

Lamento pela bagunça e falta de organização do local. Aqui é tudo bagunçado e ninguém faz nada por nós. Já faz mais de 10 anos que é

apenas promessa. Uma vez perdida é que a Emlur passa varrendo e em

época de chuva é complicada a situação que aqui fica

Venho sempre ao Mercado Central, porque tem de tudo e a toda

hora, mas a higiene não atrai os consumidores. Tenho preferido

comprar em mercadinhos, é até o mesmo preço, mas em mercadinho

tem saquinhos, climatização, não fica com moscas pousando

Sou consumidora nos mercados públicos em João Pessoa. Não só no Mercado Central, como também em outros mercados, e vejo que a higienização deixa

muito a desejar para os consumidores. Os banheiros aqui

são imundos.

Nice Alves vendedora

Francisco Xavier vigilante

Vanderlea Monteiro vendedora

Janildo da Silva vendedor

Célia Maria professora

Victor Hugo fotógrafo

Fotos: Marcos Russo

zações, a Secretaria Muni-cipal de Desenvolvimento e Controle (Sedurb) informa que tem feito visitas nos mer-cados públicos de João Pes-soa. Segundo explica Michel de Araújo, chefe de Áreas Públicas da Sedurb, no ano

passado ocorreram reca-dastramentos nos grandes mercados públicos, como o mercado de Jaguaribe, e ago-ra está havendo fiscalizações nos mercados do Bairro dos Estados e Oitizeiro.

“Fazemos as inspeções

de rotina e estamos em um grande mutirão de identifica-ção de boxes com pendências financeiras, boxes que estão sendo alugados ou vendidos. Sempre temos essas expedi-ções para verificar como está a situação dos boxes”.

Ele acrescenta que quan-do ocorre o recebimento de denúncias, a Sedurb averigua e faz a notificação da pessoa. “São duas notificações de chamamento para verificar. Na primeira notificação, se a pessoa não comparecer, ocor-re uma segunda notificação e, caso não compareça nas duas primeiras notificações, enca-minhamos para a interdição do boxe”, alerta.

Ele revela que há dois anos e meio que a Sedurb vem realizando um gran-de levantamento devido o alto índice de inadimplên-cia. “O índice é muito alto e vem sendo resolvido ao longo do tempo. Algumas pessoas alegavam que não tinham conhecimento da questão fiscal. Fiscalizamos as renovações dos contratos que acontece anualmente e quando ocorre essa renova-ção tem uma vistoria para a verificar se não houve mu-danças de atividades, au-mento ou mudança da área do boxe”, conclui Michel.

Os banheiros públicos não apresentam condições para uso, pois é visível a falta de limpeza e higienização

No Mercado Central, é comum encon-trar sujeira e falta de manutenção de bancas e estruturas que cercam o local

UNIÃO AJoão Pessoa, Paraíba - DOMINGO, 25 de março de 2018 9

2o Caderno

Apresentações dos espetáculos, promovidas pela Funesc, acontecem hoje em João Pessoa, Campina Grande e Cajazeiras

O Dia Nacional do Circo é celebra-do oficialmente no dia 27 de março, ou seja, na próxima terça-feira. Mas a data será comemorada pelo Governo do Estado - por meio da Fundação Espa-ço Cultural da Paraíba (Funesc) - logo hoje, de forma simultânea, em três ci-dades: João Pessoa, com o espetáculo intitulado Decripolou Totepou, criação e com performance de Odília Nunes (PE), no Teatro Paulo Pontes; já em Campina Grande, a peça As Rosarianas, da Cia. do Rosário; e, no Cine-Teatro São José, em Cajazeiras, a montagem AsPalhafatosas (Coletivo de Palhaçaria Feminina), ambas da Paraíba. Todas es-sas atrações começam a ser encenadas a partir das 17h e a entrada é gratuita para o público.

“A data está sendo comemorada antecipadamente porque, no domin-go, a população tem mais acesso para ir aos teatros do que num dia útil, durante a semana. A ideia de interio-rizar as apresentações tem o objetivo de ocupar esses três equipamentos, que são os teatros administrados pela Fundação Espaço Cultural, além de contribuir para a formação de plateia”, disse para o jornal A União Diocélio Barbosa, gerente operacional da área de Circo da Funesc.

Os três espetáculos têm um pon-to em comum, pois são encenados por atrizes. “São palhaças e o objetivo, com isso, é valorizar e incentivar o trabalho das mulheres nas artes cênicas, mos-trando assim que as mulheres são ca-pazes e estão conquistando cada vez mais seus espaços”, ressaltou Diocélio Barbosa, para quem a arte circense não vai se extinguir, apesar de já terem sido feitos prognósticos nesse sentido. “Essa arte circense, se antes passava apenas de geração a geração entre as famílias que se apresentavam nos cir-cos, hoje está acessível a quem gosta e os cursos oferecidos pela Fundação Es-paço Cultural é um bom exemplo dis-so”, prosseguiu ele.

No Teatro Paulo Pontes, localiza-

Guilherme Cabral [email protected]

Dia Nacional do Circo será celebrado em cidades da PB

LiteraturaMaria Valéria Rezende anuncia os novos livros “A face serena”, pela Editora Penalux, e “Conversa de Jardim”, em parceria com o escritor Roberto Menezes. Página 12

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SERVIÇO n Evento: Dia Nacional do Circo n Espetáculos: Decripolou Totepou (PE), As Rosarianas e AsPalhafatosas, ambos da Paraíba n Data: Hojen Hora: 17h n Locais: João Pessoa (Teatro Paulo Pontes), Campina Grande (Cine-Teatro São José) e Cajazeiras (Teatro ICA)n Entrada: Gratuita

do em João Pessoa, a atração de hoje é o espetáculo Decripolou Totepou, criação poética da atriz Odilia Nunes, responsável, também, pela adaptação e performance. O título abrevia a frase “de crianças, poetas e loucos todos te-mos um pouco”. Durante a encenação, a oralidade popular e a expressão cor-poral provocam e estimulam o imagi-nário da criatividade. No palco, uma única personagem, chamada Bandeira, é uma palhaça contadora de estórias que carrega na sua maleta todos os so-nhos e objetos que encantam a cena. Sr. Moraes (um mamulengo), malabares e truques de magia surgem para encan-tar a plateia e costurar a narrativa de poesias e parlendas. O figurino cons-truído com material descartado é rou-pa e cenário sonoro que a atriz veste para inventar espaços e musicalidade. A Classificação Indicativa é Livre.

Já em Campina Grande o público assistirás a peça As Rosarianas, da Cia. do Rosário, no Cine-Teatro São José. Na trama, três mulheres palhaças vão em busca de casamento. Para conseguir tal objetivo, tudo é válido na procura por um pretendente. E, durante a emprei-tada, o trio passa por situações atra-palhadas, engraçadas, mas permeadas com músicas e muita alegria.

E em Cajazeiras, no Teatro Íra-cles Pires (ICA), que foi reinaugurado há poucas semanas pelo Governo do Estado, a atração vai ser o espetácu-lo AsPalhafatosas, do Coletivo de Pa-lhaçaria Feminina. A peça surgiu da iniciativa e provocação da gerência de circo da Funesc para com as Palhaças Kika, Cavalera, Cacatua e Maria do So-corro. Trata-se de um experimento, que é uma varieté de palhaças onde cada uma mostra seus números inte-rativos e/ou introspectivos do seu re-pertório, intercalando suas variantes e peculiaridades da sua construção pessoal. A direção e o roteiro dessa montagem são coletivos e o elenco é assim integrado: Marinalva Rodrigues (Palhaça Kika), Nyka Barros (Palhaça Cavalera), Irla Medeiros (Palhaça Ca-catua) e Cris Leandro (Palhaça Maria do Socorro). A sonoplastia é de Sérgio Bastos.

Em sequência: As palhaças ‘Cavalera’ (destaque), ‘Maria do Socorro’, ‘Kika’, ‘Decripoleou Totepou’ e ‘Cacatua’

Cena do espetáculo ‘As Rosarianas’, da Cia. do Rosário, retrata a trama de três mulheres palhaças em busca de um casamento

Foto: Tercles Silva

Alegria é a melhor coisa que exis-te. Quem disse isso? Pat Roberto sabe. Aqui neste ponto muito que pronto, no mais oriental de uma América esque-cida e poucos entendem porque a tristeza tem sempre uma esperança de qualquer dia não ser mais triste. E en-tão, quem disse isso? Olha, agora é pra valer: nunca vi o Brésil tão violento!

De terno sem gravata, reparo em quem passa, já passado de tanto espe-rar, esperando, esperando, esperando - por quem? Tanta gente fica de mal, quando o melhor são as pazes – dez anos depois, cinco minutos atrás, até quando as pessoas se negam a fazer. Sim, o vocabulário é maior sacada que existe. E priu. Alô, vc está aí?

Precárias são as datas se tudo acontece para sempre, sempre e sem-pre, mas nada é para sempre. Podem preparar o que quiserem, façam as apostas, chamem os convidados, por-que nada nesse mundo durará o tempo em que à data exige. Tudo passa. Ultra-passa. Menos as palavras.

Há quem perceba e há quem só veja em preto e branco e não creia que o mar é azul da cor da vida ou a chuva é do caju, que toda e qualquer razão só tem razão se não houver só a impressão boba, o palhaço na esquina, a virgindade de raras garotas. Eu sei e você sabe.

Entretanto, não procede passar a mão na cabeça de quem você quer bem à distância se não houver o tudo se faz de conta, porque quem passa a mão não ultrapassa e quem repara, nem reparou se choveu, nem se deixou ficar em paz que tanto queria.

Já não indago quem és ou quem somos, se não nos conhecemos, talvez

Todo mundo já deve ter passado pela situação emba-raçosa de fingir interesse numa conversa, apenas para não parecer mal-educado. Uma interação meramente protocolar que é seguida por acenos de cabeça, interjeições de espanto, expressões faciais como careta e frisar de testa.

É praticamente certo que, nesses casos, os cínicos levem vantagem; suas performances teatrais costumam ser mais convin-centes do que a da grande maioria das pessoas. O que daria um ar de espontaneidade à cena. A vida cotidiana é marcada por esses episódios que não devem ser compreendidos como uma farsa.

Sociólogos chamam esse tipo de comportamento de “atua-ção superficial”. A escolha do termo é compreensível, porque falamos de um controle expressivo que visa fazer com que os outros nos vejam como desejamos ou que pareçamos atender às expectativas sociais. Assim, damos sinais falsos sobre o que realmente estamos pensando ou sentindo – dissimulando nossas emoções – como quando tentamos parecer felizes numa festa.

A ideia a seguir deve resumir melhor o que pretendo dizer: do mesmo modo que um ator que se prepara para interpretar determinada peça pode seguir uma téc-nica de atuação típica à escola de teatro inglesa, mais preocupada com pequenos detalhes expressivos da personagem, também pode adotar uma técnica de “atuação profunda” como a da escola americana ou o método Stanislavsky. Ambas fornecem ao ator as condições essenciais para desenvolver, em si mesmos, os pensamentos e emoções da personagem.

A “atuação profunda” eleva o grau de exigência do gerenciamento emocio-nal, pois não se limita a manipular apa-rências ao buscar interferir diretamente no que queremos sentir. Às vezes nossos sentimentos estão em desacordo com nossas crenças, valores morais e ideologias políticas. Como uma mãe que se sente culpada por não amar seu filho como a sociedade espera, e por isso tenta corrigir o proble-ma procurando alimentar o afeto; ou quando defensores do amor livre sentem ciúme de suas parceiras e agem para controlá-lo.

Cada vez mais o setor de serviços, na atual economia capita-lista, exige que seus empregados sejam capazes de oferecer emo-ções reais aos clientes, como forma de estabelecer uma relação mais duradoura e “sincera” com eles. É preciso que os trabalha-dores acreditem no que fazem e que seus repertórios emocionais estejam verdadeiramente alinhados às estratégias das empresas. O que ajuda a entender o surgimento de um importante mercado de “coaching de inteligência emocional”. Espera-se, por exem-plo, que um vendedor de planos de saúde tenha fé nos supostos benefícios que oferece aos clientes, que não seja algo “da boca pra fora” – uma mera “atuação superficial”.

Segundo a socióloga norte-americana Arlie Russel Hochs-child, pelo menos desde a década de 1960 as emoções passaram a fazer parte do mesmo pacote que é vendido a força de trabalho no mercado capitalista. O que seria possível graças a uma rees-truturação econômica que precipitou o surgimento de profissões marcadas pelo maior envolvimento emocional.

Esse, definitivamente, não foi um pré-requisito que os pro-letários do século XIX tinham que preencher; submetidos a um trabalho quantificável, pouco importava se se sentiam bem ou estavam identificados com o que faziam – desde que cumprissem as metas de produção.

As empresas, no entanto, passaram a explorar os sentimen-tos dos seus empregados com a ajuda de psicólogos, responsá-veis por criar técnicas de aprendizado emocional. São eles que ensinam os empregados a sorrir, controlar a raiva, reelaborar insatisfações, canalizar sentimentos para o melhor desempenho comercial e inculcar em seus corações o apego à organização; o que transformaria um “estilo afetivo” numa espécie de capital. Os sentimentos, desde então, se tornaram sinônimo de lucro e bom

desempenho produtivo. Entre os casos estudados por

Hochschild, o da Delta Airlines é um dos mais curiosos. Ela observou como o processo de contratação e prepara-ção das comissárias de bordo dessa empresa tinha como objetivo evitar a “atuação superficial” no atendimento aos passageiros. As mulheres mais bonitas e psicologicamente suscetíveis à manipulação eram o principal alvo na seleção de novos funcionários; após se-rem escolhidas, acabavam submetidas a treinamentos para despertar emoções “autênticas” e corporificar o “espírito

empresarial”. Podemos afirmar – como fez a socióloga israelense Eva Il-

louz – que a “competência afetiva” se tornou um capital e um cri-tério para o recrutamento e promoção de pessoal nas empresas. O fenômeno surpreendente é que “as formas afetivas do capital podem ser convertidas em formas monetárias”. Os capitalistas não compram apenas a força de trabalho de seus empregados, mas também as suas emoções.

A “inteligência afetiva” assumiu papel de destaque e sem volta no capitalismo contemporâneo. Não é por acaso que gran-des companhias como a L’Oréal medem o desempenho de seus funcionários com base na competência afetiva. De acordo com a empresa de cosméticos francesa, os empregados recrutados pelo novo critério possuem melhores índices produtivos e menor taxa de rotatividade que os contratados com base no critério antigo.

O capitalismo reduziu os afetos a “um simples valor de tro-ca”, atirando-os às “águas gélidas do cálculo egoísta”.

Crônica Kubitschek Pinheiro [email protected]

Estevam Dedalus Sociólogo

Radicalizando e depurando a proposta so-nora do Movimento Armorial, tema abordado em nosso artigo anterior, Ariano Suassuna então abraça o Quinteto Armorial, que viria a se tornar um dos mais substanciais grupos musicais brasi-leiros, na verdade o mais importante a criar, até hoje, uma música de câmara erudita brasileira de raízes populares. Formado em Recife, em 1970, e liderado por Antônio José Madureira, gravou qua-tro discos até o seu encerramento, em 1980. Sua proposta era criar um diálogo entre o cancioneiro folclórico medieval galaico-português e as práti-cas criativas e interpretativas nordestinas, liga-das à tradição oral e musical da região, buscando uma síntese entre a música erudita e as tradições populares.

O grupo era composto tanto por rabeca, pí-fano, viola caipira, violão, marimbau e zabumba quanto por violino, viola e flauta transversa. Inte-graram o projeto músicos talentosos como Egildo Vieira do Nascimento, Fernando Torres Barbosa e Edison Eulálio Cabral, além de Antônio Carlos Nó-brega, que se tornaria nacionalmente famoso nas décadas seguintes, dando continuidade às suas atividades em São Paulo, em carreira solo, desen-volvendo um rico trabalho ao mesclar dança e música tradicional nordestina, ainda com profun-das relações com a proposta armorial.

De 1974 a 1980, gravaram quatro LPs que são verdadeiras joias de nossa música popular e eru-dita. Era a estética da música pela música, massa sonora de poesia, buscando a identidade, o âmago de nosso povo, sem interesses comerciais envol-vidos. Foram desbravadores de um universo que sempre esteve latente em nossa cultura. No final dos anos 90, um trabalho relacionado ao do Quin-teto foi desenvolvido pelo Quarteto Romançal, cujo diretor artístico também era Antônio José Madureira.

Visceral, ímpar, inigualável. Todos os adjeti-vos são insuficientes para qualificar a sonorida-de do Quinteto Armorial. Em algumas faixas de apenas dois ou três minutos, viajamos pelos sons, melodias e ritmos do Nordeste: vamos do litoral do Maranhão ao interior da Bahia em um piscar de olhos, cruzando os sertões da Parahyba e de Pernambuco. Sentimos o pulsar de nosso povo naquilo que ele tem de mais honesto, puro, ge-nuíno. Do Romance ao Galope Nordestino (1974) e Aralume (1976) são obras-primas irretocáveis, complementadas pelos enciclopédicos Quinteto Armorial (1978) e Sete Flechas (1980).

As músicas estampam, além de composições belíssimas dos membros do grupo, pérolas de mes-tres como Guerra-Peixe, Capiba, Heitor Villa-Lobos, Raul Morais, Lourival Oliveira, Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira. Quando se ouve a beleza su-blime e poética da sonoridade do Quinteto Ar-morial, temos a exata noção do que é, através de um processo de exclusão, em termos artísticos e musicais, o que hoje muita gente chama de “lixo cultural”. Não citarei aqui nenhum nome de artis-ta, grupo ou gênero de nossa música popular. Não vale a pena. Iria conspurcar o presente artigo. O Quinteto Armorial foi o milagre da transforma-ção do popular em erudito, sem a perda de suas características mais autênticas. Um momento único em nossa música e em nossa cultura.

O “capitalismo afetivo”

Quinteto Armorial: um grito de liberdade

Um cálice de palavras

UNIÃO A João Pessoa, Paraíba - DOMINGO, 25 de março de 2018102o Caderno

na estrofe do poeta do Eu, com re-gulares tragédias e poucas luzes em todos os sentidos. Coisa de quem não se furta ao labirinto, nem sobre as leis, nem sobre nada, apenas reza an-tes de dormir, porque outros pagões virão.

Mas eis que uma vez e não façamos alvoroço dessa figura quieta e muda: o moço imitando o velho, só esperando o vendaval para abrir seu guarda-chuva e dançar imitando Fred Áster. Guarda-chuva ou guarda-sol?

Rezo. Eu rezo. Mas não zero a reza. Não o rosário, mas uma forma de oração que me ajude e a com-preender melhor a morte da verea-dora Marielle Franco. Talvez um Mantra, uma, duas, 3 vezes. Quem sabe um dia, sem piedade, serei capaz de se libertar das palavras, mas quem matou Marielle vai pagar e quem mandou matar também.

Nesse dia a palavra se transfor-me em silêncio e só assim descobri-remos que erramos todos os dias, tardes e noites, das vezes que jura-mos amor, quando não somos plenos,

extremos, até nas escavações, até o fim. Mas o fim é demais, meu bem.

Queria escrever uma carta de amor, uma carta também nos faz pensar no Arcano, que aponta para o que é justo para si mesmo, e também orienta a pensar sobre ser justo com os outros. Isso me lembra o que? Me lembra também da carta de amor que escrevi para meu pai, que sugeria não só a confiança cega e absoluta no divino, mas também os peri-

gos da vida e da própria loucura, do isolamento, do ressentimento, da necessidade de se estar seguindo os impulsos da alma mas ancorado na figura do pai, com os pés no chão, ou seja, há loucuras e loucuras para se fazer na vida e rebeldias e rebeldias para escolher. Mas a solução está no jogo das palavras.

Escolhas? Aliás, afasta de mim esse cálice! Onde estávamos?

Kapetadas1 - Eu escrevo Friedrich Wilhelm

Nietzsche sem precisar olhar no Google (só para vocês saberem com quem estão lidando).kkkkkkkkk

2 - Eu consigo me banhar duas vezes no mesmo rio só para vocês sa-berem com quem estão lidando.

3 - Dois dias de álbum e já comple-tei o Brasil

4 – Não dá pra contar nos dedos o número de vezes que fulanos foram trouxa.

5 – Som na caixa: “Um relógio velho me espera, parado,”, Sá & Guara-bira.

Artigo

Andrade MacedoEscritor

Thiago

Fotos: Divulgação

• Funesc [3211-6280] • Mag Shopping [3246-9200] • Shopping Tambiá [3214-4000] • Shopping Iguatemi [3337-6000] • Shopping Sul [3235-5585] Shopping Manaíra (Box) [3246-3188] • Sesc - Campina Grande [3337-1942] Sesc - João Pessoa [3208-3158] • Teatro Lima Penante [3221-5835 ] • Teatro Ednaldo do Egypto [3247-1449] • Teatro Severino Cabral [3341-6538] • Bar dos Artistas [3241-4148] Galeria Archidy Picado [3211-6224] • Casa do Cantador [3337-4646]

A Fanpage APC-Group, que está a cada dia agregando membros e opiniões sobre cinema e suas estrelas, continua na rede social sob a administração do acadêmico Carlos Meira Trigueiro, da Academia Paraibana de Cinema, ocupante da cadeira 48, cujo Patrono é o ex-exibidor Agripino Cavalcante, da cidade de Patos, Alto Sertão paraibano.

Incentivar a participação de seguidores da fanpage sobre várias “coisas do cinema” é o que tenta imprimir essa nova proposta. Acompanhe as opiniões, informes e imagens exclusivas sobre o cinema paraibano, brasileiro e do exterior, em nossa Fanpage APC-Group. Acesse e faça parte dessa ampla e dinâmica rede cinematográfica, no link a seguir:

https://www.facebook.com/groups/AcademiaParaibanadeCinema/

APC-Group: faça parte dele

Sempre defendi que Cinema é a arte que melhor concebe e interpreta a reali-dade humana. Que se veja Bergman como um exemplo clássico. Mesmo sabendo que o cinema paraibano possa ter admirável e respeitosa tradição documental; e que dela fiz parte por muito tempo, mas optei pela legítima representação dos fatos enquanto Arte – a ficção. Isso, no sentido formal e usual do entretenimento, por entender que Cinema é Arte! (in “Cinema e Televisão: Uma relação antropofágica”, meu objeto de tese na UnB, em 1995, publicado pela Editora A União/2002).

Ainda, quando a imagem móvel é exercida sob a forma documental – esta, para alguns, “cinema verdade” (sic) –, ela terá um viés “representativo” por se tratar da visão pessoal e construtiva, na grande maioria, do próprio documentarista sobre o fato filmado (ou gravado). Daí a riqueza e dimensão dessa imagem à distinta leitura e entendimento de quem a busca. Diria que, a arte cinematográfica é como se fosse uma espécie de “parábola bíblica”; são fórmulas construídas que jamais se fecham, se bas-tam em si mesmas. Estão sempre abertas às novas leituras, proposições, no caso em tela, da arguta capacidade interpretativa e enten-dimento daqueles mais avisados.

Sempre fui e continuo sendo por um cinema reflexivo. Mesmo porque a Arte, seja ela qual for, não é conclusiva em si mesma. Sempre existirá uma visão diferenciada a cada leitura, do mais simples ao mais

Cinema Alex Santos Cineasta e professor da UFPB

Ordenhar os úberes pejados de Neblina, quando o sol rasgava o hímen roxo do firmamento, e a na-tureza era fecundada pelo espanto de mais um dia. Neblina era holandesa, a vaca mais formosa, a mais famosa nos reinos do curral. Mas também havia ou-tras, lindas e mestiças: Malhada, Manga Rosa, Estreli-nha, Aventura, Madrepérola, Canafístula, de todos os tipos, de todas as cores.

O boi Labirinto, senhor absoluto daquela fauna seleta, mugia, encantado, pelos secretos sabores de sua glória, do seu êxtase e de sua solidão. Bichos ra-ros, bichos mágicos. Valeu a pena!

Limpar a gaiola de meu canário da terra, pendu-rá-la numa das linhas do alpendre, e ouvi-lo cantar, compassado e miudinho, espalhando seus trinados inimitáveis pelos descampados do terreiro. A ele as-sociavam-se os cantos de corrida e de açoite dos galos de campina soltos na caatinga e misturados aos sa-biás, aos azulões, aos craúnas e aos buliçosos coleiri-nhas de fácil cantoria. Pássaros de minha infância, de menino do mato, afeito aos sortilégios da mais primi-tiva natureza. Pássaros da minha vida!

Dar o banho de Soberano na beira do riacho, la-vando-lhe, com água salobra, o lombo volumoso e deslizante, para depois montá-lo em pelo, segurando-lhe pelas crinas, e disparar na velocidade do vento, sem medo dos precipícios nem dos abismos que se escondem pela misteriosa geografia dos campos, das serras, das furnas, das matas. Cavalo bom, que me deu um naco de poesia. Melhor do que ele, só o baixi-nho e baicheiro Baudelaire.

Pastorar os animais e colher o tempo. Valeu a pena!

Valeu a pena selar a burra Turmalina, por a man-ta sobre a sela e viajar, macio, ao galope de mão, va-rando estradas, atravessando as noites e madruga-das, no rumo da fazenda que se perdia atrás da Serra de Uruçú. Longe, muito longe! De lá de cima, estriba-do nas omoplatas do horizonte se via o mundo e sua grandeza: Aroeiras, Mirador, Juá, Pereiros, Jucazim, Pedro Velho, Trapiá, Itatuba, Pirauá, Umbuzeiro... Pe-quenos povoados despovoados onde o silêncio das horas mortas dispôs os apetrechos de sua eterna mo-radia.

Esperar, nos anos que passavam, o milagre da chuva e a alegria das águas a transformar o cinza duro da terra calcinada no verdume gordo dos ro-çados e no ouro gracioso das espigas de milho bone-cando. E a música da chuva acariciando as curvas do telhado, a goteira pingando suas suítes e sonatas de sonho e de saudade como que traduzindo as antigas partituras da festa da vida.

Eram assim, sem tirar nem por, os verões e os invernos de minha Comarca, a Comarca de minha infância, a Comarca das Pedras, a Comarca de minha vida.

Se tudo passou, não importa. Não importa mes-mo a dor das coisas que passaram, para lembrar o poeta. Prefiro acreditar na verdade inefável e jubilosa do fado português, na interpretação de Maria da Fé, encerrando minhas palavras, dizendo: Valeu a pena!

Valeu a pena!

LúdicaLetra

Hildeberto Barbosa Filho [email protected]

Serviço

UNIÃO AJoão Pessoa, Paraíba - DOMINGO, 25 de março de 2018 112o Caderno

O cinema é a arte dasmais distintas ilusões

intelectualizado espectador. A imagem, por mais direta e impactante que seja aos nos-sos olhos, mesmo assim, ela terá um sentido personalizado ao seu observador.

Decerto, vejamos um exemplo clássico: lendo-se Zé Lins do Rêgo e seus romances telúricos, cada um dos leitores mentalizará uma paisagem, uma cenografia diferente. Mesmo que isso esteja expressamente delineado no texto pelo autor, um de seus atributos, como no caso “Menino de Enge-nho”, com “Papa Rabo” e tudo, por exemplo. Nossa mente “fabrica” as cores e os ambien-tes; até mesmo os cheiros...

No cinema, certamente cada leitura às imagens é menos pessoalmente distin-ta, porque as temos expressas, diretas aos nossos olhos. Contudo, há de existir nuanças

e até melindres que, pela brevidade e ritmos dessas imagens em movimento, alguns “sen-tidos” do seu discurso narrativo nos escapem muitas vezes. Daí porque me causa espécie de maior zelo uma bem construída “imagem reflexiva”. E que possa reprisá-la sempre...

Nada como um cinema que nos faz pensar sobre o que vemos através de seu écran. Um cinema que, mesmo feito com os requintes tecnológicos atuais, sem a pirotec-nia exacerbada e doentia, respeite a nossa tradução e o nosso juízo de valor à obra assistida. Que nos dê tempo de refletir sobre os nossos “sonhos diferenciados”; encanta-mento esse tão bem arquitetado na magia da arte-do-filme, ao recurso audiovisual das nossas grandes ilusões. – Mais “coisas de cinema”, no blog: www.alexsantos.com.br .

Destaque

Anavitória se apresenta no Campus Festival, em JP

Uma das duplas mais queridas do país, o duo Anavitória, se apresenta pela primeira vez no maior encontro universi-tário do Norte/Nordeste, o Campus Festival, que acontece de 18 a 20 de maio, no Espaço Cultural. Além da dupla, Legião Urbana, Val Donato e a banda 3030 também se apresentam no segundo dia do evento, a partir das 17h.

Em poucas horas, os ingressos do primeiro lote foram esgotados. O segundo lote já está disponível com o mesmo preço, mas com taxa de serviço. São 500 unidades promocio-nais ao custo de R$ 50 pista (meia e social) e R$ 80 frontsta-ge (meia e social). A meia entrada social está disponível para quem não é estudante, sendo possível mediante a doação de 1kg de alimento não perecível no dia do evento.

Sobre AnavitóriaDuas amigas de escola de Araguaína, no Tocantins, que

passavam os dias juntas tocando violão, cantando e publican-do vídeos das performances no Youtube. Os duetos de Ana e Vitória apresentavam principalmente a produção autoral de Ana, mas também faziam versões novas para músicas dos ar-tistas que as duas mais gostavam. E foi nesse espírito que re-gravaram “Um Dia após o Outro”, canção do brasiliense Tiago Iorc lançada por ele no álbum “Zeski” (2013). Com produção de Tiago Iorc, portanto, o álbum “Anavitória” (Universal Mu-sic), imprime com clareza o alto potencial de comunicação de Ana e Vitória juntas – e a ideia de agravar os dois nomes em um, Anavitória, surgiu em uma conversa entre artistas e pro-dutores.

Em cartaz

EXTRAORDINÁRIO - (EUA 2017). Gênero: Drama. Duração: 114 min. Classificação indicativa: 12. Sinopse: Auggie Pullman é um garoto que nasceu com uma deformação facial, o que fez com que passasse por 27 cirurgias plásti-cas. Aos 10 anos, ele pela primeira vez frequentará uma escola regular. Tambiá2/2D: 18h40 (DUB).

MAZE RUNNER - A CURA MOR-TAL - (EUA 2018) Gênero: Ficção científica/aven-tura. Duração: 181 min. Classificação indicativa: 12 anos. Sinopse: Thomas embarca em uma missão para encontrar a cura para uma doença mortal e descobre que os planos da C.R.U.E.L podem trazer consequên-cias catastróficas para a humanidade. Tambiá3/2D: 20h20 (DUB). Manaíra1/2D: 19h30 e 22h25 (LEG).

O TOURO FERDINANDO - (EUA 2017) Gênero: Animação. Duração: 108 min. Classificação indicativa: livre. Sinopse: Ferdinan-do é um touro calmo, que não gosta de brigar com outros animais. Porém, ele é escolhido como o maior e mais rápido animal para participar das touradas de Madrid. Tambiá1/2D: 14h20 e 16h30. Manaíra3/2D: 13h30 e 15h55 (DUB).

A FORMA DA ÁGUA - (EUA - 2017) Gênero: romance. Duração: 126 min. Classificação indicativa: 16. Sinopse: Elisa é uma zeladora muda que trabalha em um laboratório onde um homem anfíbio está sendo mantido em cativeiro. Quando Elisa se apaixona com a cria-tura, ela elabora um plano para ajudá-lo a es-capar com a ajuda de seu vizinho. Tambiá1/2D: 21h (DUB). Manaíra1/2D: 14h e 16h50 (LEG).

CINQUENTA TONS DE LIBER-

DADE - (EUA - 2018). Gênero: erótico, drama, romance. Duração: 105 min. Classificação indicativa: 16. Sinopse: Superados os principais problemas, An-astasia (Dakota Johnson) e Christian (Jamie Dornan) agora têm amor, intimidade, dinheiro, sexo, rela-cionamento estável e um promissor futuro. A vida, no entanto, ainda reserva surpresas para os dois e fantasmas do passado. Tambiá3/2D: 14h20 e 18h20. Tambiá5/2D: 14h50, 16h50, 18h50 e 20h50 (DUB). Mangabeira4/2D: 14h, 16h30 e 19h45 e 21h15 (DUB). Manaíra4/2D: 13h45, 16h15, 18h45 e 21h10 (DUB). Manaíra7/2D: 14h45, 17h15, 19h45 e 22h15 (LEG).

PANTERA NEGRA - (EUA - 2018) Gênero: ação e ficção. Duração: 134min. Classifi-cação indicativa: 12. Sinopse: Após a morte do rei T’Chaka (John Kani), o príncipe T’Challa (Chadwick Boseman) retorna a Wakanda para a cerimônia de coroação. Ele e os colegas estão à procura de Ulysses Klaue (Andy Serkis), que roubou de Wakanda um punhado de vibranium, alguns anos atrás. Tam-biá2/2D: 18h20 e 20h55. Tambiá4/2D: 15h30, 18h e 20h40 (DUB). Mangabeira1/2D: 13h, 16h, 19h e 22h (DUB). Mangabeira5/2D: 12h15, 15h, 18h e 21h (DUB). Manaíra5/3D: 15h e 21h (DUB), 18h (LEG). Manaíra9/3D: 13h e 19h (DUB), 16h e 21h (LEG).

TRÊS ANÚNCIOS PARA UM CRIME - (EUA - 2018) Gênero: drama. Du-ração: 115min. Classificação indicativa: 16. Sinopse: Mildred Hayes (Frances McDormand) decide chamar atenção para o desaparecimento da filha, caso não solucionado alugando três outdoors em uma estrada raramente usada. A atitude repercute em toda cidade e suas consequências afetam várias pessoas, especial-mente a própria Mildred e o Delegado Willoughby (Woody Harrelson), responsável pela investigação.

Manaíra4/2D: 13h15, 16h45, 18h15 e 21h10 (LEG).

A GRANDE JOGADA - (EUA - 2018). Gênero: drama. Duração: 140min. Classificação indicativa: 14. Sinopse: De férias em LA, Molly Bloom conhece Dean Keith, produtor de cinema, que decide contratá-la como assistente. Logo Molly passa a coordenar jogos de cartas clandestinos, organizados por Dean, que conta com clientes muito ricos e famosos. Fasci-nada com o ambiente e a possibilidade de enri-quecer facilmente, Molly decide organizar jogos do tipo. Manaíra2/2D: 19h30 e 22h25 (LEG).

DUDA E OS GNOMOS - (EUA - 2017). Gênero: animação. Duração: 89 min. Classificação indicativa: livre. Sinopse: Uma adolescente se muda para uma nova casa em uma nova cidade e descobre que o local está sob ataque de criaturas subterrâneas. Após esta descoberta, ela acaba descobrindo que ela e os gnomos de sua casa são a única proteção que existe na cidade. Mangabeira3/2D: 13h30, 15h30 e 17h45 (DUB). Manaíra2/2D: 13h15, 15h15 e 17h (DUB).

A MALDIÇÃO DA CASA WIN-CHESTER - (EUA - 2018). Gênero: terror. Duração: 100 min. Classificação indicativa: 14. Sinopse: Herdeira de uma empresa de armas de fogo, Sarah Winchester (Helen Mirren) está convicta de que é assombrada pelas almas mortas através do rifle da família Winchester. Após as repentinas mortes do marido e do filho, ela decide construir uma mansão para afastar os espíritos e ao aval-iá-la o psiquiatra Eric Price (Jason Clarke) percebe que talvez sua obsessão não seja tão insana quanto parece. Mangabeira3/2D: 20h (DUB). Mangab-eira4/2D: 14h15, 17h, 19h30 e 22h15 (DUB).

Cena do filme Hugo Cabret (2012), de Martin Scorsese, diz bem do encantamento que é o cinema

Foto: Divulgação

UNIÃO A João Pessoa, Paraíba - DOMINGO, 25 de março de 2018122o Caderno

‘Conversa de Jardim’ foi produzido em parceria com Roberto Menezes

Vencedora de diversos prê-mios nacionais e internacionais, como o Jabuti e o Casa de las Ame-ricas, Maria Valéria Rezende pro-mete encantar novamente seus fiéis leitores. A autora santista radicada na Paraíba, onde, inclu-sive, recebeu título de cidadania no ano passado, lança duas obras em 2018, ainda sem datas defini-das. O livro de contos “A face sere-na”, pela Editora Penalux, de São Paulo, e “Conversa de Jardim”, em parceria com o escritor Roberto Menezes, pela Editora Moinhos, de Minas Gerais. Os dois títulos já podem sem adquiridos nos sites das duas editoras.

“A Face Serena” reúne contos que mostram a evolução e o ama-durecimento de protagonistas que experimentam o contato com o outro, crescendo e relacionan-do-se com seus modelos familia-res, enquanto no seu próprio de-sabrochar descobrem a violência dos sentimentos humanos, como a inveja e a ansiedade.

A ideia principal do livro é propor um refazer de percurso de vida, um relembrar reflexi-vo das primeiras experiências, como, por exemplo, o medo, a angústia, a cumplicidade com os avós, o calor dos primeiros mo-delos infantis e o descobrimento de um mundo cheio de possibili-dades, e seu desenrolar-se, nem sempre feliz, ao longo dos anos.

Linaldo [email protected]

Segundo os editores Wilson Gorj e Tonho França, os contos de Maria Valéria permitem ao leitor acompanhar as primeiras descobertas dos personagens e a potência de um sentimento puro e descontaminado de um tédio muitas vezes decorrente da vida adulta.

Já “Conversa de Jardim”, em parceria com Roberto Menezes, é um livro sem maiores com-promissos literários. Nasceu da ideia de transpor para um livro conversas que estavam sendo gravadas desde 2014. Nem eles sabem quantas vezes se encon-traram. Horas e horas de conver-sa fiada. A ideia de transcrever surgiu muito depois. Não é uma biografia. Não é uma entrevista, garante Maria Valéria Rezende, que acrescenta: “O que tem aqui é só o papo informal entre dois amigos, dois escritores, uma veia e um novinho. É uma troca, é uma conversa de gerações.”

Roberto Menezes garante que a obra não nasceu de manei-ra programada. Ele costuma visi-tar Valéria regularmente e teve um tempo, em 2014, que corria de onde mora, ao lado do MAG Shopping, até a casa de Valéria, do lado do Shopping Sul. “E pra descansar dessa corrida entre shoppings, batia na casa dela. Isso era quatro da tarde, mais ou menos. A gente conversava de tudo. Teve um dia que pedi pra gravar. Pronto. Horas e horas de conversa fiada”.

É um livro pra quem gosta de ler e principalmente para aquela pessoa que gosta de escrever. “A

gente divide nossa visão de mun-do. E isso rebate sem sombras de dúvidas na maneira como a gente escreve e sobre o que a gente quer escrever. Conversa de Jardim é um livro que eu queria ter lido quando eu tinha dezessete, dezoito anos e era mais perdido do que cego em ti-roteio” afirma Menezes.

O livro está estruturado em capí-tulos curtos temáticos. E, com certeza, deve registrar as transformações que passaram a literatura dos dois auto-res de 2014 para 2017. Afinal, neste período, Maria Valéria Rezende virou referência nacional e internacional em premiações literárias e Roberto Menezes se afirmou como uma grata revelação nacional da prosa de ficção do Brasil. São duas formas diferentes de se deleitar mais uma vez com a prosa de Maria Valéria Rezende, por duas editoras diferentes. É ficar aten-to para as datas de lançamentos das obras, lê-los e aguardar os novos prê-mios da autora.

Sobre Maria Valéria RezendeVivendo atualmente na Paraíba, Maria

Valéria Rezende é nascida em Santos (SP), em 1942. Escreve ficção, poesia e é também tradutora. É formada em Língua e Literatura Francesa, Pedagogia e mestre em Sociolo-gia. Entre as obras publicadas estão, “O voo da guará vermelha” (Objetiva, 2005), publicada em Portugal e na França, além de duas edições na Espanha (espanhol e catalão). Ganhou o prêmio Jabuti em 2009, na categoria infantil,

com “No risco do caracol” (Autêntica, 2008) e, em 2013, categoria juvenil, o romance “Ouro dentro da cabeça” (Autêntica 2012). Também ganhou o Jabuti de melhor romance e livro do ano de ficção com Quarenta dias (Alfaguara, 2014). Em 2017, seu romance “Outros Can-tos” ganhou o Prémio Casa de las Américas (Cuba), o Prêmio São Paulo e o prêmio Jabuti (3º Lugar). Participa do Movimento Mulherio das Letras.

Maria Valéria Rezende e Roberto Menezes exibem a obra feita a quatro mãos

Fotos: Reprodução Facebook

Maria Valéria Rezende anuncia mais dois livros

ma das maiores atrações do Vale de Colca, no estado peruano de Arequipa, é um local chamado Mirador Cruz del Cóndor, onde é possível observar o voo dessa ave,

considerada na mitologia inca como o “men-sageiro dos deuses”. O voo desse pássaro imponente impres-siona não só por sua envergadura, mas pelos rasantes que dá, passando perto dos turistas. Com as asas abertas, chega a 3,2 metros. O condor faz seus ninhos em cavernas situadas nas paredes das montanhas, onde a altura do despenhadeiro chega a 1,2 mil metros. Muito dessa ave está na exposição fotográfi-ca “El Condor de Los Andes”, do professor Juan Carlos Viñas Cortez, do Departamento de Psico-logia da UFPB.

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O condor andino é reconhecido como uma das maiores aves voadoras do mundo depois do albatroz. Adultos chegam a medir até 142 centímetros de altura e ter entre 270 e 330 centímetros de envergadura. Os machos pe-sam de 11 a 15 quilos e as fêmeas, de 8 a 11 quilos. A União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) con-

Mensageiro de bons e maus presságios

sideram o animal ameaçado de extinção, por perda de habitat natural e envenenamento. Na exposição de Juan Cortez é apreciado um conjunto de temáticas a respeito da vida dessa ave, como taxonomia, filogenia, expec-tativa de vida, poleiros, ninhos, alimentação, competição e hierarquia, reprodução, distri-buição e ameaça de extinção. O condor consegue voar a 7 mil metros de altura, usando as correntes de ar quente. Ela vive cerca de 50 anos e o casamento é para toda a vida, sendo que o casal tem apenas um filhote por ano. Em dezembro, os filhotes ainda estão nos ninhos e são dependentes

U dos pais para se alimentar. Por isso, durante essa época do ano, é raro conseguir assistir ao voo de um desses pássaros. Em geral, eles saem somente para se alimentar e para tra-zer a comida para o rebento, que fica com os pais até os 7 anos. Como precisam beber água diariamente, é nesses momentos que se pode ver um deles executando as manobras aéreas. Para se chegar ao mirante, é necessário seguir por uma es-trada de chão batido, onde de um lado está o precipício e do

outro a encosta da montanha. O visual é incrível, deixando à mostra os “terraços” onde existem áreas de plantio, exatamente como na época dos incas. Antes de chegar ao mirante ainda se passa por um túnel escavado na montanha com 500 metros de extensão. O mítico condor andino, a maior ave do planeta capaz de voar, luta para sobreviver nas altas montanhas sul-americanas, entre as torres de alta tensão e a perseguição humana, que os colocaram a caminho da extinção. Este animal, cuja forma de planar deixa

sem fôlego os que o conseguem ver, habita e se re-produz nos Andes, da Venezuela ao Cabo de Hornos, passando pelo Equador, Peru, Bolívia, Chile e Argen-tina, entre 400 e 4.500 metros de altitude. Segundo um dos escassos estudos sobre este animal, publicado pela Usaid em 2007, a população total estaria próxima de 6.200 animais,

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Na mitologia inca, o condor-dos-Andes é imortal. Segundo a lenda, quando começa a se sentir velho, que suas forças se esgotam, pousa no pico da mais alta montanha, dobra suas asas, recolhe suas per-nas e se deixa cair, até atingir o fundo dos rios. Esta morte é simbólica, já que através deste ato, o condor retorna ao ninho nas montanhas, onde renasce em um novo ciclo, uma nova vida. O condor também era o mensageiro de bons e maus presságios, e também responsável pelo nascer-do-sol, já que era ele que levava a estrela acima das montanhas todas as ma-nhãs, dando início ciclo da vida. A ave também simboliza a força e a inteligência, poder e saúde. Para alguns era associado com deu-ses solares, para outros era considerado o gover-nante do mundo superior. Era um animal respeita-do pelos povos andinos desde antes da colonização da América. Nos tempos modernos é símbolo nacio-nal da Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru.

UNIÃO AJoão Pessoa, Paraíba - DOMINGO, 25 de março de 2018

SUSPPlenário da Câmara dos Deputados pode votar na próxima terça-feira o Projeto de Lei 3.734/12 que cria o Sistema Único de Segurança Pública (Susp). Página 14

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Núcleo Socioambiental atuará como facilitador, relacionando os interessados em compartilhar o transporteO Tribunal Regional Elei-

toral da Paraíba (TRE-PB) através do Núcleo Socioam-biental, lança a Campanha "Carona Solidária ". O objetivo da campanha é incentivar a prática da carona entre todos os serventuários da Justiça Eleitoral da Paraíba, indepen-dente da categoria funcional.

Dividir o espaço no car-ro para ir trabalhar pode ter muitas vantagens. Mo-toristas economizam nas despesas com o veículo, passageiros garantem mais comodidade em seu desloca-mento e o trânsito da cidade se vê mais aliviado, reduzin-do o impacto dos poluentes no meio ambiente.

O Núcleo Socioambien-tal atuará como facilitador, relacionando os interes-sados em compartilhar o transporte particular, divul-gando uma relação compos-ta de informações básicas, a exemplo de nome, bairro e lotação, mantendo a relação constantemente atualizada.

A presidente do Núcleo Socioambiental, Maria Hila-

rina Aires Nunes, explicou o processo: "A campanha é vá-lida para todos que prestam serviço na Justiça Eleitoral paraibana, podendo ade-rir ou sair da campanha em qualquer momento, basta enviar mensagem ao Núcleo Socioambiental, no endereço [email protected], informan-do a decisão. A lista de pes-soas que aderiram a campa-nha está disponível no site do TRE-PB (tre-pb.gov.br).

A campanha preten-de proporcionar resultados bastante favoráveis trazendo economia para o servidor, menos emissão de poluentes ao meio ambiente e mais in-teração entre servidores.

TRE lança campanha “Carona Solidária” para os servidores

Dividir o espaço no carro para ir trabalhar

pode ter muitas vantagens

Foto: Reprodução

A campanha pretende proporcionar resultados bastante favoráveis trazendo economia para o servidor e menos emissão de poluentes ao meio ambiente

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UNIÃO A João Pessoa, Paraíba - DOMINGO, 25 de março de 2018

Enquanto alguns deputados defendem logo a aprovação do texto, a bancada do PT pede mais discussão sobre o tema

O plenário da Câmara dos Deputados pode votar na próxima terça-feira (27) o Projeto de Lei 3.734/12, que cria o Sistema Único de Segurança Pública (Susp). A proposta já está em regime de urgência, aprovado na se-mana passada.

Enquanto alguns de-putados elogiaram acelerar a tramitação e defendem a aprovação do texto, a banca-da do PT pede mais discus-são do tema.

Nas últimas semanas, a proposta tem sido intensa-mente negociada pelas lide-ranças partidárias.

De autoria do Execu-tivo, a proposta estabelece os princípios e as diretrizes dos órgãos de segurança e prevê a proteção aos direitos humanos e fundamentais; a promoção da cidadania e da dignidade do cidadão; a re-solução pacífica de conflitos; o uso proporcional da força; a eficiência na prevenção e repressão das infrações pe-nais; a eficiência nas ações de prevenção e redução de desastres; e a participação comunitária.

RegramentoPara o deputado Major

Olímpio (SD-SP), o Susp é uma necessidade para esta-belecer um regramento para os órgãos e a estrutura da segurança pública do Brasil. “O projeto é muito simples. É tão simples que o cidadão fala: por que vocês não fazem isso há mais tempo”, disse.

Major Olímpio afirmou que a realidade atual, com cada uma das Polícias Civil e Militar estaduais com forma de registro diferente e currí-culo de formação diferente, dificulta a ação integrada de combate ao crime. “Temos uma máquina burocrática que é feita para não funcionar.”

“O cidadão não se preo-cupa com burocracia, em quem faz o registro, mas sim em ser protegido”, disse Ma-jor Olímpio. “A essência do Susp é isso. Faz o mais sim-ples que dá mais certo. Para de tanto registro, de tanta autoridade”.

Da Agência Câmara

Câmara pode votar na terçaSistema Único de Segurança

O Grupo5 Construções, Incorporações e Imobiliária Ltda, CNPJ 10.830.308/0001-18 , I.E. 16.161.145-1 , com endereço na Av. Cônego Mathias Freire , 14, sala – 03, Torre João Pessoa/PB, CEP: 58040-130, em atenção ao r despacho do MM Juiz da 16 Vara Cível desta Capital no processo de n. 0806533-32.2018.8.15.2001, referente a ação de Consignação em Pagamento, vem através desta, CITAR TODOS OS HERDEIROS DO ESPÓLIO DE JOSÉ RODRIGUES, falecido em 16 de agosto de 2017 nesta Capital para que se habilitem no processo na qual serão realizados depósitos judiciais sucessivos até o montante de R$ 55.671,58 (cinquenta e cinco mil seiscentos e setenta e um reais e cinquenta e oito centavos), referente a devolução de origem do Instrumento de Promessa Particular de Compra e Venda da unidade 1105 do EDIFICIO ALTUS RESIDENCE, situado na Rua Professor Fernando Motta,312, Pedro Gondim,João Pessoa/PB, comprado pelo falecido em 12/06/2015 ao que retornou a titularidade desta Construtora promitente Vendedora, tendo sido firmado Distrato com os herdeiros a que se tem notícia e assim, firmada como forma de devolução de valores o que consta na cláusula 3 do acordo entabulado:

3- As partes acordam que a VENDEDORA restituirá aos SUCESSORES, através de depósito em conta judicial a ser levantada mediante Alvará judicial no montante de R$: 55.671, 58 (cinquenta e cinco mil reais seiscentos e setenta e um e cinquenta e oito reais), pago um sinal no valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais) e o restante em até 30 (trinta) parcelas fixas adimplidas mês a mês, cuja primeira parcela será paga no valor de R$ 1.203,72, e a última no R$ 1.417,60, conforme a paga na data de 15/08/2017.

Atenciosamente a AdministraçãoGRUPO5 CONST INCOR

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COMUNIDADO DE FALECIMENTO DE PESSOA NÃO IDENTIFICADA/CADÁVER NÃO RECLAMADO

O Instituto de Polícia Científica do estado da Paraíba comunica que se encontra nas dependências no Núcleo de Medicina e Odontologia Legal, NUMOL, da cidade de João Pessoa PB, um corpo NÃO RECLAMADO, identificado como sendo do nacional,LUCIANO GOMES DA SILVA, sexo: masculino, filho de: pais ignorados; sem endereço fixo; referente ao exame pericial nº 030101102017.26619, Nic, 2017-1585, sem mais informações, falecido em 14/10/2017. Informações adicionais estão disponíveis no NUMOL, sito à Rua AntonioTeotonio s/n. Bairro Cristo Redentor da cidade de João Pessoa PB.

João Pessoa PB, 02/03/2018.______________________________________________________________________________

SINDICATO DOS EMPREGADOS EM EMPRESAS DE SEGURANÇA VIGILÂNCIA DO ESTADO DA PARAIBA – SEESVEP/SINDVIG – PB CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLÉIA GERAL

EXTRAORDINÁRIAO Presidente da Entidade Supra, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo Estatuto

Social e Legislação Sindical vigente, vem através deste edital, convocar todos os trabalhadores das Empresas de Segurança e Vigilância do Estado da Paraíba, representadas pelo SEESVEP PB, abrangidos pelo sindicato profissional, para participarem das Assembleias Gerais Extraordinárias a serem realizadas, nas cidades, locais e horários, seguintes: João Pessoa –Dia 29 de Março de 2018,em 1º convocação as 19:00hs,com quorum estatutário, ou as 20:00hs, em 2º convocação, com qualquer numero de interessados presentes na sede do sindicato situada a rua Beaurepaire Rohan nº 460 centro João Pessoa, Cajazeiras – Dia 02 de Abril de 2018 as 19:00 horas, no auditório do campus da UFCG situada a rua Sergio Maciel no bairro das populares, Sousa – Dia 03 de Abril de 2018 as 20:00 no sindicato dos comerciários na rua Sinfrônio de Nazaré nº46 centro, Patos – Dia 04 de Março de 2018 ás 19:00 hs na associação dos sapateiros na rua José Genuíno nº 30 centro de Patos, , sendo que em todas as assembleias onde será apreciada as seguinte ordem do dia: 01) Aprovação das cláusulas econômicas da Cct 2018/2019. 02) Imposto sindical exercício 2018,João Pessoa 22 de Março de 2018. Williams dos Santos Silva Presidente.

Deputado afirma que proposta pode sofrer alterações Integrante de um grupo de

trabalho criado na Câmara para listar propostas prioritárias na área de segurança pública, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) afirmou que é importante ar-ticular a ação, mas há pontos para serem retirados e outros para serem incluídos.

“Entre as que faltam, por exemplo, a Guarda Nacional não está prevista no Sistema

Nacional de Segurança Pública. E isso tem de colocar. E tem de retirar o sistema de crianças e adolescentes na segurança pú-blica”, disse Teixeira. O deputado petista também criticou a falta de mecanismos de metas nacionais de diminuição de letalidade, ho-micídios e crimes em geral.

Segundo Teixeira, o texto a ser analisado pelo plenário incorpora a ideia da defesa

social, ao invés de falar direta-mente sobre segurança públi-ca. Para o deputado, o termo pode ser usado para justificar um regime de exceção, “porque tudo pode em nome da chama-da defesa social”.

Unificação de conteúdoEntre as principais linhas de

ação do sistema estão a unifi-cação dos conteúdos dos cursos

de formação e aperfeiçoamento dos policiais, a integração dos órgãos e instituições de segu-rança pública e a utilização de métodos e processos científicos em investigações, por exemplo.

O texto prevê a criação de uma unidade de registro de ocorrência policial e procedi-mentos de apuração e o uso de sistema integrado de informa-ções e dados eletrônicos.

A proposta da criação do Sistema Único de Segurança Pública será analisada nesta terça-feira no plenário da Câmara e, como o projeto está em caráter de urgência, pode ser aprovado pelos deputados

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Líderes indicam integrantes para ascomissões permanentes na segunda

As 25 comissões perma-nentes da Câmara dos Depu-tados serão instaladas nesta terça-feira (27), conforme reunião de líderes que de-finiu a preferência dos par-tidos para as presidências desses colegiados (veja tabe-la abaixo). As indicações dos integrantes de cada comis-são deverão ser feitas nesta segunda-feira (26).

A escolha das comissões permanentes é feita com base no resultado da última eleição para a Câmara e no princípio da proporcionalidade parti-dária. Ou seja, o tamanho de cada bloco partidário na Casa define quem escolhe primei-ro e quantas comissões cada

um terá. Pode haver permuta entre os partidos até a instala-ção dos colegiados.

Vice-líder do governo na Câmara, o deputado José Ro-cha (PR-BA) acredita que o ano será mais curto paras as comissões.

“Por ser um ano atípico, por ter eleições, as comis-sões deverão funcionar até a primeira quinzena de julho. Depois vêm as convenções e aí entra a campanha eleito-ral. A Comissão de Orçamento continua porque o orçamento vai ser votado depois das elei-ções”, explicou.

O líder da Minoria, deputa-do Weverton Rocha (PDT-MA), ressalta que as comissões per-manentes são muito impor-tantes para a oposição porque

permitem uma discussão mais aprofundada dos temas.

Os partidos ainda podem negociar a composição, as presidências e vice-presidên-cias das comissões até a sua instalação, que ocorre nesta terça-feira.

Às 10h, serão instaladas as comissões de Constituição e Justiça, no plenário 1; de Meio Ambiente, no plenário 2; de Relações Exteriores, no plenário 3; de Finanças e Tri-butação, no plenário 4; de De-senvolvimento Econômico, no plenário 5; de Agricultura, no plenário 6; de Seguridade So-cial e Família, no plenário 7; de Defesa do Consumidor, no ple-nário 8; de Fiscalização Finan-ceira e Controle, no plenário 9; de Educação, no plenário 10;

de Transportes, no plenário 11; de Trabalho, no plenário 12; de Ciência e Tecnologia, no plenário 13; de Minas e Ener-gia, no plenário 14; de Integra-ção Nacional, no plenário 15; de Desenvolvimento Urbano, no plenário 16.

Às 14h, serão instaladas as comissões de Legislação Participativa, no plenário 3; do Esporte, no plenário 4; de Turismo, no plenário 5; de Segurança Pública, no plená-rio 6; de Direitos Humanos, no plenário 9; de Cultura, no Plenário 10; de Defesa dos Direitos das Pessoas com De-ficiência, no plenário 13; de Defesa dos Direitos da Mulher, no plenário 15; e de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, no plenário 16.

Da Agência Câmara

UNIÃO AJoão Pessoa, Paraíba - DOMINGO, 25 de março de 2018

Relatório alerta que quantidade de plástico jogado no oceano pode triplicar se medidas não forem tomadas para fazer a limpeza

A quantidade de plásti-co no oceano pode triplicar em uma década a não ser que medidas sejam tomadas para conter o descarte de lixo, alerta um relatório fei-to para o governo britânico. Mas essa é apenas uma das questões atuais sobre mares do planeta, afirma o docu-mento, assim como a eleva-ção do nível das águas, seu aquecimento, outros tipos de poluição e as oportunidades econômicas desperdiçadas.

O Foresight Future of the Sea Report (“Relatório sobre previsões para o fu-turo do mar”, em tradução livre), cuja elaboração foi li-derada pelo consultor cien-tífico chefe do Reino Unido, Mark Walport, aponta haver também para oportunidades na exploração da chamada “economia do oceano”, um mercado que deve dobrar de tamanho, para US$ 3 trilhões (R$ 9,9 trilhões), até 2030.

O relatório diz que ainda é preciso saber muito mais sobre os mares. O autores afirmam que o mundo preci-sa de uma missão ao “planeta oceano”, ou seja, ter o mesmo ânimo de explorar esse ecos-sistema assim como ocorre com missões à Lua e a Marte.

Roger HarrabinDa BBC Brasil

Cientistas defendem envio de missão ao “planeta oceano”

Estamos vivendo em uma sociedade de-mocrática há mais de 30 anos. Não temos o direito de ser intolerantes só porque não gostamos de determinadas atitudes e pos-turas. O mais que podemos fazer é dizer que não concordamos porque não “bate” com os nossos valores. Mas há situações que tem que ser vistas ou compreendidas pelo espí-rito da lei. Nesse caso só nos resta respeitar, mesmo assim, ainda podemos criticar e até contestar o que entendemos ser inadequa-do, injusto, nos limites do que nos permite a convivência democrática.

Parto dessa abordagem quase conceitual para fazer um esforço de compreensão da postura da presidente do Supremo que diz não aceitar pressão que a faça por na pau-ta do conselho o “habeas corpus” em favor de Lula. Decisão que, segundo juristas de competência nacionalmente respeitada, é compatível e permitida pela Constituição do país. Enquanto isto, a rede globo no seu afã de manipulação da opinião pública alar-deava que a internet registrou mais de qua-tro mil compartilhamentos que aplaudiam as declarações da ministra Carmen Lucia de que não se submeteria a pressões. Mas, como sempre, a globo nada falou nem dis-se sobre pesquisa que registrou mais de 40 milhões de brasileiros que querem “habeas corpus” a favor do ex-presidente.

Pelo compromisso que tenho com a mi-nha consciência de cidadania, não abdico no direito de me dizer decepcionado com al-guém que numa democracia, toma uma ati-tude cuja efeito, afeta o interesse de milhões de pessoas, dando-se ao privilegio esdrúxu-lo de se colocar acima de tudo e de todos. Isto só porque uma sociedade em franca ebulição politica não se exime de estar a exigir que a representante maior do nosso sistema judiciário cumpra o que admite a Constituição. A ministra Cármen Lúcia pôs de lado o povo, a democracia e toda aparato jurídico em nome de uma atitude pessoal, a de não aceitar pressão. Parece que nada lhe preocupa tentar pelo menos explicar qual o tipo de delinquência praticado ao se pedir com insistência que se faça justiça. Pelo que entendo, não há nisso nada intolerável em qualquer democracia do mundo.

Comportamentos assim nos dão a impres-são de que as instituições jurídicas no Brasil estão se deixando inebriar pela verborragia messiânica do procurador Deltan Dallagnol que num esbanjamento de heroísmo fácil sentencia que para julgar não precisa de pro-vas, mas só de argumentos e convicção.

Não sei se é por minha formação profis-sional nas ciências exatas, onde só as provas tem substancia relevante, mas me estranha imaginar o quanto os cidadãos se tornam vulneráveis, convivendo num ambiente de-mocrático de “mil e uma” interações sociais do dia todo e de todos os dias, sejam jul-gados simplesmente pela convicção de um juiz, sem nenhuma prova.

Engº Agrônomo, Mestre em Economia, Profº aposentado da UFPB

A ministra Cármen Lúcia e a tolerância da democracia

de Oliveira Costa

[email protected]

José

Nove bilhões de pessoas buscarão por mais comida nos oceanos, mas se sabe muito pouco sobre o que há lá embaixo

Escrito por especialistas com o objetivo de ajudar na tomada de decisões de minis-tros em questões importan-tes no médio e longo prazo, o documento destaca a impor-tância de criar uma política única para os oceanos entre diferentes setores do gover-no britânico.

Um dos autores, Edward Hill, do Centro Oceanográfico do Reino Unido, disse à BBC News: “Os oceanos são críti-

cos para nossa economia no futuro. Nove bilhões de pes-soas buscarão por mais co-mida nos oceanos, mas ainda sabemos muito pouco sobre o que há lá embaixo”.

“Investimos muito di-nheiro e esforços em mis-sões para o espaço, mas não há nada vivo lá fora. O fundo do mar está repleto de vida. Precisamos de uma missão ao planeta oceano - esta é a última fronteira.”

Foto: SPL

Relatório diz que ainda é preciso saber muito

mais sobre os mares. Os autores afirmam que o mundo precisa de uma

missão ao “planeta oceano”

Receios e ameaças por causa dos plásticosUm dos autores, o cientista-

chefe do Departamento do Meio Ambiente do governo britânico, Ian Boyd, concorda: “O oceano está fora de nossas vistas, de nossas mentes”.

Ele disse à BBC News: “Há um processo contínuo de busca de novas coisas das quais pode-mos tirar proveito nos oceanos, e isso ocorre mais rápido do que os cientistas conseguem acompanhar. Minha suspeita é que a legislação também tenha dificuldade de acompanhar esse avanço, e, obviamente, isso gera riscos”.

Boyd aponta que fazendas eólicas em alto mar, a explo-ração de petróleo e empresas de mineração estão indo rumo

a áreas ainda não exploradas. “Cientistas precisam avan-

çar mais rápido do que as pes-soas do lado comercial ou, ao menos, no mesmo ritmo, para criar uma regulamentação para reger essas indústrias.”

O relatório destaca ainda outros receios, com a atual quantidade de plástico presente nos mares, que deve triplicar entre 2015 e 2025. Mas alerta que os oceanos estão sendo impactados por vários tipos de poluição, inclusive pesticidas e fertilizantes agrícolas, substân-cias tóxicas industriais e produ-tos farmacêuticos.

Os autores dizem que, se governos conseguirem identificar formas de proteger a biodiver-

sidade dos mares, há muitas ri-quezas a serem exploradas, como reservas de metais e até mesmo uma possível cura para o câncer.

Eles preveem que o maior aumento de atividade industrial nos oceanos virá de fazendas eólicas, seguido por aquacultu-ra e processamento de peixes. O relatório também projeta um crescimento da captura de pei-xes selvagens.

Isso é alarmante para Ra-chel Jones, especialista em vida marinha do Zoológico de Londres. Ela disse à BBC News: “Dado que 90% da indústria da pesca já atua no limite ou pró-ximo do limite sustentável, não sei como conseguirão expandir a captura de peixes”.

Estudo divulgado sobre as previsões para o futuro do mar aponta que haverá um aumento da captura em escala industrial de peixes

Foto: Getty Images

UNIÃO A João Pessoa, Paraíba - DOMINGO, 25 de março de 201816Mundo

Integrantes da seita forçavam pessoas a aderirem a rigorosa dieta macrobiótica e a se isolarem do mundo exterior

A polícia da Itália diz ter desmantelado uma “sei-ta psicótica”, que escravizava seus seguidores, forçando-os a aderir a uma rigorosa dieta macrobiótica e a se isolarem do mundo exterior. Cinco pessoas são investigadas por diversos crimes envolvendo a seita, como maus-tratos e evasão de impostos.

Entre os suspeitos, está o empresário e fundador do grupo, o magnata Mario Pia-nesi. Ele é acusado de mani-pular seguidores da dieta que criou. Pianesi teria dito a eles que a “Ma-Pi”, nome dado ao regime alimentar rigoroso que ele criou, proporcionaria curas milagrosas.

A investigação come-çou em 2013, depois de uma jovem deixar a seita e denunciar seu idealizador à polícia. Foi descoberto que, além de ter que pagar pela dieta e fazer doações, os membros eram coagidos a trabalhar longas horas sem receber praticamente ne-nhum pagamento.

Pianesi, um famoso em-presário do ramo da macro-biótica na Itália, é conhecido por fazer longos discursos defendendo a doutrina de sua dieta. A polícia diz que ele realizava lavagem cere-bral em seus seguidores. Uma mulher chegou a pesar ape-nas 35 kg como resultado da adesão ao seu regime rígido, segundo a imprensa local.

Investigadores disseram que líderes da seita manipu-laram pessoas com proble-mas de saúde mental, per-suadindo-as a se afastarem da medicina tradicional. As alegações da acusação são de que a seita era uma organiza-ção criminosa com o objetivo de conduzir pessoas à escra-vidão. O acusado não respon-deu publicamente.

O que é a dieta?Desenvolvida na década

de 1920 pelo filósofo japonês George Ohsawa, a dieta esta-belece a redução do consumo de produtos de origem animal e preconiza o consumo de ali-mentos orgânicos, cultivados localmente e sazonais. Ohsa-

Da BBC Brasil

Polícia da Itália desarticula seita psicótica que escravizava fiéis

O líder da seita, Mario Pianesi, dizia aos fiéis que a dieta“Ma-Pi”, nome dado ao regime alimentar rigoroso que ele criou, proporcionaria curas milagrosas

Foto: Getty Images

wa baseou-se em conceitos do budismo para formulá-la.

Alguns adeptos só co-mem grãos integrais, deriva-dos do feijão, além de frutas e vegetais frescos. Outros têm uma abordagem mais

relaxada e comem pequenas quantidades de carne, peixe e oleaginosas.

A dieta macrobiótica tam-bém inclui recomendações de estilo de vida, como apenas comer quando estiver com

fome e beber só quando tiver sede, além de evitar o preparo dos alimentos em fornos de microondas e fogões elétricos. Bebidas aromatizadas, com cafeína ou alcoólicas devem ser evitadas.

Partidários da dieta de-fendem que ela pode ajudar a tratar ou curar câncer. No entanto, a Cancer Research UK, ONG britânica dedicada ao combate da doença, afirma não haver evidências disso.

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Mortes de sapos e rãsPesquisadores da Unesp estão investigando como o desflorestamento pode afetar a ação de patógenos que causam doenças que têm devastado populações de sapos e rãs no mundo. Página 18

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João Pessoa conta atualmente com uma população estimada de 110 mil animais entre cães e gatos

A cidade de João Pessoa conta, atualmente, entre cães e gatos, com uma população estimada em cerca de 110 mil animais, conforme afir-mou Suely Ruth Silva, veteri-nária do Centro de Vigilância em Saúde Ambiental e Zoo-noses.

A boa notícia, segundo a especialista, é que “as pes-soas têm procurado adotar mais animais, ultimamente. Ela diz que a frequência de gente no Centro de Zoonoses é grande, com o intuito de adotar cães ou gatos”, escla-receu Suely Silva.

O motivo do aumento de adoção de animais, se-gundo revela a veterinária, se deve “a boa divulgação de campanhas de adoção que vem tendo ajuda de ONGs, de protetores e de grupos de proteção a cães e gatos na mídia e, especialmente em redes sociais”. A cada dia aparecem novas enti-dades atuando em defesa de animais. Seus dirigentes sempre procuram o Centro de Zoonoses com o intuito de empreender um trabalho conjunto de doação, castra-ção e vacinação”.

“Aqui, no Centro de Zoo-noses, todo dia, saem ani-mais e entram animais. Hoje, a sede da entidade acolhe 30 animais, entre cães e gatos, destinados a adoção”, infor-ma, ainda, Suely Silva.

Mas nem tudo é mara-vilha para o bem-estar dos cães e gatos, segundo aler-tou Fabíola Rezende, presi-dente da ONG Ajude Anjos de Rua. “Todo dia, a gen-te se depara com animais sendo maltratados. Pre-cisamos de leis rigorosas que protejam os animais, de forma geral”, disse.

Ela concorda com a ve-terinária do Centro de Zoo-

Carlos Cavalcanti [email protected]

Busca por adoção de animais domésticos cresce na capital

noses, que apontou aumento no número de adoções de animais. “É verdade. Temos verificado que há mais pes-soas procurando cães e gatos para adotar, porém, o aban-dono desses animais ainda é muito grande na cidade de João Pessoa. Quero reafirmar, aqui, que um ser humano que faz malvadeza contra um cão ou um gato, faz a mesma coi-sa contra as pessoas”, com-para Fábiola Rezende.

Fabíola Rezende cita o caso de Igaraci, cidade pa-raibana que recentemente ostentou para o mundo a matança de 50 cães. “Tal ato cruel praticado contra os animais, em Igaraci, foi, na verdade, um crime coletivo. Todo dia temos conhecimen-tos de casos de envenena-mento de gatos em mercados

públicos”, denunciou, ainda, a defensora de animais.

No que se refere a defe-sa e proteção, os animais têm tido bons ganhos nos últimos anos, pois, conforme infor-ma a dirigente da ONG Ajude Anjos de Rua, atualmente, atuam, em João Pessoa, três organizações não governa-mentais, 12 grupos e 20 pro-tetores independentes de proteção de animais.

CastraçãoO Centro de Vigilância

em Saúde Ambiental e Zoo-noses realiza o processo de castração de cães e gatos. O serviço está disponível para toda a população de João Pes-soa. No entanto, a pessoa que for a procura desse procedi-mento cirúrgico, deve ter um pouco de calma.

O processo ocorre da seguinte forma, conforme esclarece a veterinária Suely Silva. “A pessoa preenche um cadastro em um mês. Já no outro mês, ela traz o animal e nós, a equipe do centro, realiza a castração do cão ou do gato, seja macho ou fêmea. É preciso que o in-teressado apresente o RG, o comprovante do SUS e de re-sidência. Depois vem marcar a data da cirurgia. Também vacinamos animais, Ou seja, eles já saem castrados e va-cinados”, ressaltou.

Segundo revela Suely Sil-va, “geralmente, quem procu-ra o serviço de castração, são pessoas mais conscientes em proporcionar um bem-estar aos animais”.

Nos dias de hoje, se-gundo Suely, o centro não

recebe mais cães e gatos de forma espontânea dos seus donos. “Os que permanecem aqui é porque eles estavam em situação de risco e, as-sim, ficamos com eles por um certo período”, esclarece a veterinária.

Com relação a adoção de cães e gatos, a funcionária do Centro de Zoonoses esclarece aos interessados que eles te-rão de cumprir um procedi-mento, qual seja, se submeter a uma entrevista sobre pos-se irresponsável, vacinação, aplicação de vermífugos e oferecer um ambiente ideal, água e alimento saudável aos animais.

“Ao chegar no Centro de Zoonoses a fim de adotar um animal, a pessoa deve trazer a cédula de identidade e ser maior de idade. A intenção é

que as pessoas adotem o ani-mal e fiquem com ele”, justifi-cou Suely Silva.

Falta conscientização“Os maus-tratos pratica-

dos contra animais, mais es-pecialmente constra os cães e gatos, aumentam a cada dia na cidade de João Pessoa”. O desabafo partiu da coorde-nadora do projeto SOS Aban-dono João Pessoa, Mayara Raisa Pinheiro de Souza, es-tudante de Fiosioterapia. A entidade executa a tarefa de conscientizar e resgatar ani-mais em situação de risco.

Tais agressões a animais só ocorrem devido a falta de conscientização e de educa-ção demonstrada pelas po-pulações em relação à defesa de uma vida com dignidade para os animais, segundo justifica Mayara de Souza. “Falta conscientização do povo”, reforça ela.

Segundo a estudante, no Brasil, “as leis, destinadas a proteger os animais, são leis frouxas. Os governos de-viam criar leis mais rígidas com relação a proteção de animais. Esse povo demons-tra total falta de consciência quanto ao bem-estar de ani-mais”, ressalta.

“Animais merecem tra-tamento digno, ambiente limpo, água limpa, alimenta-ção adequada, vacina atuali-zada e carinho por parte dos seus donos. Enfim, devem ser tratados como seres hu-manos”, enfatiza a estudante.

Em sua avaliação, “um animal que corre risco de vida, doente, passa a ser um problema para o setor de saúde pública. Um ani-mal doente pode transmitir doenças às populações. Na verdade, os governos de-vem empreender campa-nhas para conscientizar e informar o povo acerca do bem-estar de animais”, rei-vindica Mayara de Souza.

Foto: Evandro Pereira

Guarda responsável, um direito dos animaisO direito de possuir um animal de estimação acarreta obrigações ao seu dono. Esses deveres do cidadão chama-se Guarda Reponsável, e os principais são os seguintes:

Vacine seu cão anualmenteEsta providência protege seu animal de diversas doenças que podem levar à morte

CASTRE SEU ANIMAL, MACHO OU FÊMEA:

Machos: 1. Evitar fugas.2. Evitar o contrangimento de cães “agarrando” em pernas ou braços de visitas.3. Evitar demarcação do território (xixi fora do lugar).4. Evitar agressividade motivada por excitação sexual constante.5. Evitar tumores testiculares.6. Controle populacional, evitando o aumento do número de animais de rua.7. Evitar a perpetuação de doenças geneticamente transmissíveis como epilepsia, displasia coxo-femural, catarata juvenil, etc.. (em animais que tiveram o diagnóstico dessas e outras doenças).

Fêmeas:As fêmeas castradas antes de 1 ano de idade, têm chance bastante reduzida de desenvolver câncer de mama na fase adulta, se comparado às fêmeas não castradas. A possibilidade de câncer de mama é praticamente zero quan-do a castração ocorre antes do primeiro cio. A retirada do útero anula a chance de problemas uterinos bastante comuns em cadelas após os 6 anos de idade, cujo tratamento é cirúrgico, com a remoção do orgão. Evita piometra (grave infecção uterina) em fêmeas adultas

Identifique seu animalEsta simples providência pode ser a solução no caso de seu cão, gato ou ave se perder. Coloque em uma plaquinha

metálica seu nome e telefone em uma coleira. Certamente a pessoa que encontrar um animal assim identificado irá imediatamente entrar em contato com você.

Tenha fotos de seu animal de estimaçãoSempre que possível tire fotos atualizadas de seu animal. Na eventualidade de precisar imprimir folhetos ou cartazes será mais fácil para a pessoa que o encontrar identificar seu animal.

Mantenha portões fechados e cercas bem cuidadasA grande maioria de casos de desparecimento de animais domésticos são causados por simples distração de seu do-nos ou das pessoas da casa ao manter portas e portões abertos. Buracos em cercas também devem ser consertados.

Mantenha seu cão ou gato com identificaçãoProcure sempre mantê-lo com alguma identificação. Ao sair mantenha-o na coleira. Cães e gatos, ao sair de seu ambiente, podem se sentir desorientados e assim escapar do controle de seu dono.

Cuidados nas viagensAtenção redobrada nas viagens de férias, tenha certeza que seu pet terá um lugar seguro e adequado para ficar. Animais desaparecidos em viagens são mais comum que se possa supor e sua recuperação muito mais difícil.

Algumas dicas importantes:• Considere a possibilidade de adestrar seu cão. Cães adestrados dificilmente se perdem.• Na ocasião certa, procure um veterinário para se aconselhar a respeito da castração de seu animal. • Cães, e especialmente os gatos, tornam-se mais “caseiros” ao serem castrados.• Guarde bem seu pet nas ocasiões comemorativas, como São João e festas de fim de ano, quando o barulho de fogos desorientam os animais, que podem correr sem destino. (Os caninos têm audição sensível por isso quando houver baru-lho de fogos de artifícios, leve-os para o quarto e coloque uma música clássica e suave, não deixe eles sozinhos)

(Fonte: Companheiro de 4 Patas)

Suely Ruth Silva é veterinária do Centro de Vigilância em Saúde

Ambiental e Zoonoses de João Pessoa

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Pesquisadores investigam relação entre o desflorestamento e a quitridiomicose, doença que tem devastado sapos e rãs

Pesquisadores da Uni-

versidade Estadual Paulista (Unesp) estão investigando como o desflorestamento pode afetar a ação de pató-genos que causam doenças como a quitridiomicose, que tem devastado populações de sapos e rãs no mundo nas últimas décadas.

Em artigo publicado na revista Proceedings of the Royal Society of London B – Biological Sciences os pes-quisadores analisaram como a interação entre o desma-tamento e o microbioma da pele pode afetar os anfíbios atingidos por fungos como o Batrachochytrium dendro-batidis, causador da quitri-diomicose.

“Existe a suspeita de que esse fungo possa ter mais di-ficuldade de se estabelecer e proliferar em um animal cuja biota cutânea encontra-se íntegra”, disse Célio Haddad, professor do Instituto de Bio-ciências da Unesp. A pesqui-sa integra o Projeto Temático “Diversity and conservation of Brazilian amphibians”, coordenado por Haddad e financiado pela FAPESP no âmbito do programa BIOTA.

O microbioma funciona como uma espécie de ecos-sistema que dificulta a ação de patógenos invasores. Para verificar qual seria a compo-sição do microbioma na pele dos anfíbios da Mata Atlânti-ca, habitando áreas de mata contínua ou mata degradada, os pesquisadores precisa-vam escolher uma espécie que não fosse exclusiva e que vivesse em ambas.

Precisaria também ser uma espécie com certo grau de tolerância ao fungo Ba-trachochytrium dendrobati-

dis, ou Bd. Ou seja, uma es-pécie cujo maior ou menor grau de tolerância individu-al pudesse ser associada à diversidade do microbioma cutâneo de cada indivíduo e avaliada de acordo com o local que habita.

A candidata eleita foi a pererequinha-do-brejo (Dendropsophus minutus), com moderada tolerância ao fungo e distribuição ampla na Mata Atlântica, tanto em ambientes de mata fechada como em áreas fragmenta-das ou abertas.

Em 2010, os pesquisa-dores estudaram 10 popula-ções de D. minutus em áreas da Mata Atlântica em São Luiz do Paraitinga (SP) e ou-tras 10 populações da Mata de Araucárias, na Serra Gaú-cha, em áreas degradadas e íntegras.

Foram amostrados cer-ca de 600 indivíduos. Entre esses, foram selecionados 187 indivíduos para estudo molecular. “Usamos luvas descartáveis para manusear cada animal, que foram lim-pos em campo com água des-tilada. Em seguida, usamos cotonetes para coletar mate-rial cutâneo de cada espéci-me, que foi armazenado em frascos estéreis”, disse outro autor do estudo, Guilherme Becker, pós-doutorando na Unesp na época e atualmen-te professor visitante do PPG de Ecologia da Unicamp.

Foi realizado o sequen-ciamento genético do mate-rial cutâneo coletado de cada indivíduo. “O processo gerou uma lista de bactérias pre-sentes em cada indivíduo e em qual abundância. O resul-tado foi uma base de dados enorme, uma vez que cada indivíduo tinha centenas de bactérias”, disse Becker.

Os pesquisadores em-

Desmatamento favorece ação de fungo que dizima anfíbios

pregaram técnicas estatísti-cas para estabelecer relações e inferir padrões na base de dados. “Pela abordagem mo-lecular, podemos verificar a carga de infecção do patógeno em relação à diversidade da biota cutânea de cada indiví-duo. A partir daquele banco de dados, conseguimos gerar outros índices de diversidade, como o número de espécies de bactérias, sua abundância relativa e sua diversidade filo-genética”, disse Becker.

Haddad conta que foi observado, em áreas abertas ou degradadas, que a compo-sição do microbioma cutâneo é menos diversificada em ter-

mos de espécies de bactérias e menos homogênea entre os indivíduos.

“Em contraposição, nas áreas de floresta íntegra a composição do microbioma mostrou-se mais homogênea entre os indivíduos e mais diversificada em termos de microrganismos”, disse.

Os autores do estudo constataram que nas pere-requinhas-do-brejo dos am-bientes de floresta natural a diversidade do microbioma era maior. “O desmatamento diminuiu a diversidade da mi-crobiota cutânea das perere-quinhas, mas é difícil afirmar categoricamente que este em-

pobrecimento da microbiota aumenta o risco de infecção pelo fungo”, disse Becker.

O pesquisador explica que, uma vez que um anfíbio é infectado pelo fungo Bd, a quantidade de bactérias au-menta muito em um primei-ro momento, talvez pelo com-prometimento do sistema imune causado pelo ataque de bactérias oportunistas.

“Os animais começam a ficar doentes, a pele fica mais grossa, o fungo cobre a pele. Uma vez que eles ficam muito doentes a carga de bactérias despenca. É um sinal ruim. Significa que o microbioma está em disbiose [ou em cri-

se]. Quando a quantidade de bactérias cai dramaticamen-te, o anfíbio geralmente mor-re”, disse Becker.

A ecologia da quitridio-micose é ainda mais com-plexa. O fungo Bd se espalha pelo meio ambiente por meio de esporos suspensos na água de lagoas e rios.

“É uma das piores epide-mias atuais. Nenhuma outra doença de vertebrados atua como o fungo Bd. Trata-se de um patógeno generalista que prolifera melhor nos ambien-tes naturais, o que não favo-rece em nada os anfíbios. Por isso a quitridiomicose é tão devastadora”, disse Becker.

Elejó Dalmo Oliveira

Shaperville nunca maisHá 58 anos, na província de Gauteng,

África do Sul, ocorria um dos maiores geno-cídios negros da história. O banho de sangue patrocinado pelo governo (ainda branco) de Pretoria ficou mundialmente conhecido como “Massacre de Shaperville”. Em decor-rência do fato, a data de 21 de março foi instituída pelas Nações Unidas como o Dia Internacional Contra a Discriminação Racial.

O massacre sul-africano foi um divisor de águas e deu início a muitas manifestações negras mundo afora. A partir dali, Nelson Mandela abandonaria a luta anti-apartheid pela estratégia gandhiana da não-violência e passaria a atuar mais firmemente contra o regime supremacista, amargando, em segui-da, décadas de prisão, se tornando uma das primeiras vítimas conhecidas de lawfare.

O genocídio contra a população negra tem sido uma constante desde as primeiras diásporas africanas. Nas Américas, o mas-sacre contra os afrodescendentes foi uma marca das colonizações europeias. Nos EUA registram-se, até hoje, reflexos dessa ideo-logia que diferencia a população não-negra dos afro-estadunidenses.

Irmãos e irmãsNo Brasil, o Dia Internacional Contra a

Discriminação Racial vem fortalecendo os laços do povo negro e realçando uma maior conscientização de nossa origem afroame-ríndia. A experiência da escravização entre nós brasileiros e deu aos afrobrasileiros um

sentimento maior de pertencimento etnor-racial e fez amadurecer nossa percepção de uma irmandade ancestral.

Em alguns locais essa irmandade ul-trapassou o campo do pertencimento, e se firmou como organização de resistência e de luta. Irmandades Negras como a de Nossa Senhora da Boa Morte, criada na cidade de Cachoeira, no Recôncavo Baiano, cujo motivo aparente era a comemoração de feriados católicos, surgiram, efetivamente, como uma estratégia encontrada para fortalecer as identidades e diversidades culturais e étnicas em tempos de escravidão, servindo como um espaço para resistir à opressão dos colonizadores, praticar a fé, estimular a solidariedade e manter práticas e costumes durante o escravismo colonial.

Na Paraíba, negros que saíram da região litorânea para o Sertão, criaram, em 18 de julho de 1895, a Irmandade do Rosário, na cidade de Pombal, tendo como protagonista Manoel Antônio de Maria Cachoeira, que teria caminhado de Pombal até Olinda (PE), fazendo o percurso de ida e volta sozinho, para obter permissão da Igreja Católica para fundar a entidade beneficente.

Violência no SUSJoão Pessoa sediou semana passada

o seminário ‘O SUS diante das violências: vivências, resistências e propostas’. O ob-jetivo foi discutir e entender as violências no SUS e apontar sugestões para enfrentar

problemas. O evento, que ocorreu no Espaço Cultural, foi uma promoção da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), e com o Grupo de Pesquisa de Educação Popular em Saúde, vinculado ao Programa de Pós-graduação em Educação, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), com a Comissão de Ciências Sociais e Huma-nas em Saúde, da Abrasco.

Uma das entidades da Sociedade Civil Organizada convidada a participar do evento foi a Associação Paraibana dos Portadores de Anemias Hereditárias (ASPPAH), da qual o colunista é colaborador. Essa entidade defende os direitos de pessoas portadoras de anemia falciforme, uma doença genética do sangue que atinge, sobremaneira, pessoas da população negra.

Zuma Nunes, coordenador da ONG, falou sobre Racismo na assistência em saúde, du-rante o painel “Vivências e resistências”, que abriu espaço para que usuários que vivem e enfrentam dimensões da violência em saúde pudessem realizar depoimentos.

Outros depoimentos trataram de ques-tões como “O estudante diante das violências nos cenários de práticas de sua formação nos diversos cursos de saúde”, “A violência nas relações de gênero na perspectiva de um movimento social”, “A violência contra os profissionais de saúde”, “A violência prati-cada pelos serviços de saúde”, “A luta por saúde no sistema prisional”.

Ainda MarielleNa segunda-feira, 19, este colunista

participou do televisivo Agora Master, que reuniu convidados para repercutir o brutal assassinato da vereadora cario-ca Marielle Franco (PSOL-RJ). Ainda vai demorar pra cair a nossa ficha sobre esse crime covarde. O meu sentimento, parti-cular, é de indignação e de impotência. É difícil admitir, mas estou muito irado com essa barbárie brasileira. Sinto-me enojado com os responsáveis que colocaram o meu país de volta numa posição vergonhosa e humilhante no cenário das nações. Não preciso dar nomes. São aqueles mesmos que mantiveram a escravidão por 300 anos aqui. Aqueles mesmos que grilaram terras, pilharam e fazem questão de nos manter no pior dos mundos subdesenvolvidos. Os mesmos caras que tiveram o carbono de suas composições alterado pela ganância e pela ignomínia. O Brasil dos tristes trópi-cos, a terra-de-ninguém.

De uma coisa tenho certeza: a diminui-ção deste tipo de violência só será possível com novas leis de restrição ao fabrico e distribuição de armas. É preciso responsa-bilizar também a indústria bélica por essa carnificina, com mais impostos e projetos de reparação para as vítimas das balas. Só para se ter dimensão dessa tragédia, em 2016 foram mais de 60 mil vidas ceifadas de ma-neira violenta no Brasil. Que tipo de guerra é essa que vivemos e não nos damos conta??

Peter Moon Agência FAPESP

Foto: Reprodução/Internet

Doença tem devastado populações de sapos e rãs em vários países

UNIÃO AJoão Pessoa, Paraíba - DOMINGO, 25 de março de 2018

Exame identifica anticorpos que permanecem no organismo muitos anos após a fase aguda e conferem imunidade

Um teste capaz de de-tectar em amostras de soro sanguíneo anticorpos con-tra o vírus zika com alta especificidade – e, portan-to, baixo risco de reação cruzada com microrganis-mos aparentados, como o causador da dengue – deve chegar ao mercado brasi-leiro ainda em 2018.

O método foi desenvol-vido no âmbito do Progra-ma Fapesp Pesquisa Inova-tiva em Pequenas Empresas (PIPE) pela empresa Inova-tech em colaboração com pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) e do Instituto Butantan.

“Está em fase final de desenvolvimento o teste sorológico para detecção de anticorpos do tipo IgG [imunoglobulina G] – aque-les que permanecem no organismo durante muitos anos após a infecção, con-ferindo imunidade vitalí-cia. Nossa expectativa é que seja liberado para venda no segundo semestre deste ano”, disse Danielle Bruna Leal de Oliveira, pesquisa-dora do Laboratório de Vi-rologia Clínica e Molecular do ICB-USP e coordenadora do projeto.

Desde que foi criada a Rede de Pesquisa sobre Zika Vírus em São Paulo (Rede Zika), em 2016, esse tipo de método diagnóstico tem sido apontado como uma das prioridades na área.

Tal ferramenta, segun-do os cientistas, é essen-cial para responder a vá-rias questões estratégicas a qualquer plano de ação contra a doença: qual é exatamente o tamanho da epidemia (discriminando casos de dengue e zika com mais precisão, tanto dos surtos atuais como passa-dos)? Qual é a porcentagem de gestantes no grupo de infectados (já imunes)? E, entre as mulheres, quantas correm risco de dar à luz a bebês com problemas neu-rológicos decorrentes da infecção congênita?

“A ideia é colocar esse teste no rol dos exames de pré-natal. Desse modo, as gestantes cujo resultado for negativo [nunca foram

Teste pode detectar infecção anterior pelo vírus da zika

O Facebook e as eleições

Moreira [email protected]

Iúri

Assunto da semana, o negócio da Cambridge Analytica - interferência em eleições -, é só a ponta do iceberg. Dados são a matéria-prima para as campanhas políticas e assim acontece há anos - e de várias maneiras. O Big Data só veio dar uma forcinha e melhorar os processos. O caso da Cambridge Analytica é apenas o mais novo e eficiente modelo de um estilo de consultoria política baseada em guerrilha virtual e fake news, que tem ganhado cada vez mais poder e rapidez, agora que as pessoas estão expondo livremente seus dados pessoais, rancores e paixões na internet. Engana-se, entretanto, quem acha que a prática é nova - ela só está mais rápida e certeira. Com o rebuliço do Facebook com a Cambridge Analytica, entretanto, o que fica claro é que já passou da hora de mudar a regulação das empresas que garimpam e negociam dados das redes sociais. Para a nossa segurança.

Copa em 4KEm parceria com o SporTV, a Samsung anunciou

a disponibilidade do app SporTV 4K na Rússia, que vai transmitir, ao vivo, os jogos da Copa 2018 em 4K. Além dos jogos ao vivo em ultra resolução, o app conta com conteúdos em VOD (vídeos on demand) – onde os consumidores podem ter acesso à reprise dos jogos, também em 4K. O app também permitirá acompanhar, em tempo real, notícias do que acontece dentro e fora do campo, estatísticas dos jogos, classificação e tabela de artilharia. Conteúdos e transmissões exclusivas também fazem parte do pacote: uma câmera 180º diretamente dos estádios dará uma visão completamente nova do jogo, enquanto alguns programas do SporTV na íntegra completam o divertimento.

Novo espaçoO Centro de Informática (CIn) da UFPE inaugurou

nesta sexta-feira (23) um ambiente de fomento ao empreendedorismo e novos negócios em tecnologia. Trata-se do SandPIT, espaço dededicado à Prototipação e Inovação Tecnológica. Concebido como um espaço para experimentação e formação empreendedora de projetos criados na UFPE, o SandPIT vai receber projetos que envolvam alunos do Centro e que tenham como escopo a tecnologia da informação.

CibercrimeA McAfee e a CSIS divulgaram um estudo

informando que o cibercrime gera anualmente um prejuízo de quase US$ 600 bilhões para as empresas no mundo todo, cerca de 0,8% do PIB mundial. Na América Latina, a estimativa é de que as perdas com o cibercrime custem entre US$ 15 e 30 bilhões. Esses números podem ser muito maiores, pois grande parte dos prejuízos causados por atacantes cibernéticos não são oficialmente registrados. Infelizmente, nos últimos anos, o cibercrime no Brasil cresceu muito e o país passou a ser considerado um dos novos centros de cibercrime mundial, juntamente com a Índia, Coréia do Norte e Vietnã.

EstratégiaO PCI Security Standards Council anunciou

nova política de preços em resposta ao feedback da indústria, passando a oferecer anuidade com 40% de desconto para empresas cuja matriz está baseada no Brasil e América Latina. A nova política, além de incentivar o número de participantes na região, oferece desconto para os cursos internacionais do PCI SSC, inclusive a certificação PCI Internal Security Assessor (ISA).

Foto: Divulgação

Karina Toledo Agência FAPESP

infectadas] passam a to-mar mais precauções, como evitar viajar para áreas de risco e usar repelente. Já as que estão imunes podem ficar tranquilas”, disse Oli-veira.

Segundo a pesquisado-ra, os exames para diagnós-tico atualmente disponíveis ou só funcionam na fase aguda da infecção – caso dos métodos moleculares (PCR em tempo real) e cro-matográficos que detectam partículas virais circulan-tes no organismo – ou de-tectam anticorpos contra o Zika com baixa especifici-dade.

“Os testes sorológicos hoje no mercado têm espe-cificidade entre 69% e 75%, ou seja, há pelo menos 25% de chance de o resultado ser falso positivo caso o pa-ciente já tenha sido infec-tado pelo vírus da dengue no passado. Já o nosso teste tem especificidade de 93% para o zika”, disse Oliveira.

Assim como seus pre-decessores, o teste da Ino-vatech é baseado em uma metodologia conhecida como ELISA (ensaio de imunoabsorção enzimática, na sigla em inglês). A plata-forma é composta por uma

placa com 96 pequenos po-ços nos quais fica aderida uma proteína viral capaz de ser reconhecida pelo siste-ma imune humano.

Os poços são preenchi-dos com soro sanguíneo de até 94 pacientes simultane-amente – outros dois são usados como controle. Nos casos em que houve conta-to prévio com o zika, os an-ticorpos IgG ficam aderidos à proteína viral – o que é posteriormente detectado por ensaios colorimétricos (as amostras positivas e negativas adquirem colora-ções diferentes).

“Uma das dificuldades associadas ao método é que a proteína viral comumen-te usada – a NS1 – é muito parecida em todos os fla-vivírus [família que inclui dengue, zika e febre ama-rela, entre outros]. Para re-solver o problema, nós usa-mos uma versão editada da proteína, ou seja, foi sele-cionado apenas o trecho da molécula que é mais espe-cífico para o zika”, explicou Oliveira. Essa versão “trun-cada” da NS1 (δNS1) foi de-senvolvida pela equipe do professor do ICB-USP Luis Carlos de Souza Ferreira.

Para reduzir ainda mais

o risco de reação cruzada com o vírus da dengue, os pesquisadores da Inovate-ch acrescentaram uma eta-pa adicional ao ensaio. An-tes de ser colocado na placa de ELISA em contato com a δNS1, o soro sanguíneo dos pacientes é exposto a pro-teínas do vírus da dengue com o objetivo de extrair das amostras todos os an-ticorpos existentes contra esse patógeno.

“A desvantagem é que isso faz o resultado demo-rar um pouco mais: cerca de três horas, contra duas horas e vinte minutos do ELISA convencional. Mas estamos trabalhando para baixar esse tempo. A meta é que seja ainda menor que o do método padrão, pois o objetivo é usar na triagem de pacientes em hospitais”, disse Oliveira.

Foto: Divulgação

Exame identifica anticorpos que permanecem no organismo muitos anos após a fase aguda e conferem imunidade

Teste sorológico rápido e de baixo custoSelecionado em uma cha-

mada de propostas lançada em 2016, no âmbito de um acordo entre a Fapesp e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o projeto coordenado por Olivei-ra prevê a criação de um teste sorológico rápido e de baixo custo capaz de detectar tanto o anticorpo IgG como o IgM (imunoglobulina M), que per-manece no organismo por até quatro meses após o término da infecção pelo zika, aproxi-madamente.

“Ao longo de 2017 focamos no IgG e, este ano, vamos nos dedicar a desenvolver metodo-logia para detecção do IgM”, contou a pesquisadora.

Os trabalhos contam com a colaboração do pesquisador do ICB-USP Edison Luiz Duri-gon, Luiz Carlos Ferreira e das pesquisadoras do Instituto Bu-tantan Roxane Piazza e Viviane Botosso.

Embora ainda seja necessá-rio reduzir o tempo de realiza-ção do exame já desenvolvido,

o quesito “baixo custo” já foi cumprido. Oliveira estima que o preço de custo do ensaio para detecção do IgG seja em torno de R$ 10 a R$ 12 por paciente.

A Inovatech também já con-seguiu cumprir outra importan-te etapa para conseguir colocar seu produto no mercado: obter o certificado de Boas Práticas de Fabricação (BPF) fornecido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os primeiros lotes para uso experimental já estão sendo produzidos.

Tal ferramenta, segundo os cientistas, é essencial para responder a várias questões estratégicas a qualquer plano de ação

contra a doença

UNIÃO A João Pessoa, Paraíba - DOMINGO, 25 de março de 2018 20Diversidade

Mulher, mãe, militante, pesquisadora, trabalhadora. Eis a definição de si própria dada por Bruna Grasiele da S. Nascimento, natural de Paulo Afonso (BA), e que vai completar 30 anos no dia 9 de abril. Formada em enfermagem, capacitou-se como avaliadora da Iniciativa Hospital Amigo da Criança e militou em prol da aprovação da lei das doulas em João Pessoa. Em 2016 concluiu o Curso de Doula e Educadora Perinatal em Brasília.

Como nasceu e em que consiste a Naturalmente Acolher, que está organizando a 4a Convenção Nacional de Doula em JP?O Naturalmente Acolher é um sonho que se tornou realidade. Um espaço pensado para estar fora do padrão de atenção à saúde. Um espaço de cuidado com conhecimento e afeto,

onde buscamos acolher pessoas, compartilhando saberes e tecendo significados em busca da atenção à saúde que acreditamos. Neste espaço, dialogamos sobre o sentido da humanização para a gestação, para o

parto e o pós-parto, abordando os diversos prismas. Dispensamos um carinho especial aos cuidados com o bebê e a amamentação, já que, ao longo de nossa breve caminhada, temos o entendimento que nossas relações com os filhos

sofreram grande interferência do capitalismo, que impacta negativamente desde a forma como parimos nossas crianças, até a maneira como alimentamos e deixamos de investir o afeto tão necessário por receio de manharmos os bebês.

A atuação da doula deve ser iniciada quanto tempo antes do parto?Algumas mulheres procuram o atendimento com uma doula mesmo antes de engravidar. Elas pensam sobre o planejamento da gestação e incluem nesse planejamento a atenção da doula. Todavia, entendemos que muitas de nós, não planejamos a gestação e ela acontece, ou até mesmo engravidamos e não desejamos esta gestação. O que tenho como prática habitual e vejo como algo mais próximo do ideal é que a mulher procure sua doula e esteja

acompanhada dela, logo que se sinta a necessidade, estando grávida ou não. A doula se insere não apenas no cuidado a mulheres que desejam estar grávidas (...), ela pode estar inserida nos cenários das mulheres que perderam seus bebês, na discussão de políticas públicas para atenção à saúde da mulher, da criança e da família, pautando discussões de garantia de direitos, gênero, violência obstétrica. Somos, em nossa essência, educadoras, mulheres que servem a outras mulheres.

Um parto normal não é sinônimo de parto humanizado... Certamente! Parto normal não é sinônimo de parto humanizado. A humanização real é assegurar direitos. E respeitar as escolhas da mulher e de sua rede de apoio, é dialogar, garantir que cumpra-se a lei do

acompanhante de livre escolha, as leis que dispõem sobre o direito a presença da doula em todo o ciclo gravídico puerperal da mulher. Humanizar partos e nascimentos está para além de salas confortáveis. Precisamos esperar o tempo do bebê, ele sabe quando nascer. (...) As intervenções obstétricas podem ser necessárias sim, desde que, tenham justificativas reais, embasadas em evidências científicas sólidas e atuais. Nada é estático. Nosso movimento pauta-se em resgatar o sentido real de parir e cuidar, saindo das linhas de produção das cesáreas desnecessárias e imergindo no campo da educação em saúde horizontal, acessível, popular, empática e sensível. Por séculos nascemos em meio a família, cercados por pessoas de nossa confiança. Porque isso deixou de acontecer?

Entrevista

Um dos círculos em que Bruna atua é o Movimento pela Humanização do Parto e Nascimento

Foto: Arquivo

Bruna Nascimentodoula

Elza Farias e Dalva Gonçalvez em almoço na capital

A arquiteta Camila Pinheiro em viagem à Itália

O duo Anavitória, uma das duplas mais que-ridas do país, vai se apresentar pela primeira vez no maior encontro universitário do Norte/Nordeste, o Campus Festival, que acontece de 18 a 20 de maio, no Espaço Cultural. Além da dupla, Legião Urbana, Val Donato e a banda 3030 também vão fazer shows no segundo dia do evento, a partir das 17h. O segundo lote já está disponível: são 500 unidades promocionais ao custo de R$ 50 pista (meia e social) e R$ 80 frontstage (meia e social). A meia entrada so-cial está disponível para quem não é estudante, sendo possível mediante a doação de 1kg de alimento não perecível no dia do evento.

De volta - A Volkswagen anunciou que vai lan-çar uma versão elétrica da saudosa Kombi, apo-sentada em 2013. O icônico micro-ônibus hippie vai voltar em 2022 com um design arrojado e futu-rista. Já vimos os primeiros materais de divulgação e realmente está lindíssima.

Dinheiro - A Netflix encontrou uma forma de economizar milhões de dólares e, ao mesmo tem-po, reforçar sua identidade visual. A empresa criou uma fonte própria: a Netflix Sans. Antes, a Netflix tinha de pagar volumosos royalties aos criadores dos tipos de letras que utilizava em suas peças promocionais.

Campus

CoNgreSSo

em Abril

bADerNAAndré Sales Braga, Carlos Alberto Braga, Caroline Agra, Caroline Ferreira Ligia, Celei-da Rodrigues da Silva, Hosana Pereira, Ivan de Castro Alencar, Ivonette Bandeira da Silva, Je-an-Pierre Scherrer, Jorge Úrsulo Ribeiro Coutinho, Josimar Viana, Jussa-ra Moreno, Katarinne Cabral Crispim, Maria Anunciada Cascudo Alves, Marisa C. Sam-paio, Paulo Monteiro, Rosimeire de Lima Costa e Talvane Sobreira.

PArAbéNS

Foto: Dandara Costa

Foto: Divulgação

O fotógrafo Philippe Zoggia, a presidente da Ame Down Fabiana Teixeira e a jornalista Andréia Barros

O publicitário Leandro Ramalho marcando presença em evento social

A diretoria da ABIH-PB vai lançar, na próxima terça-feira (27), no Hardman Praia Hotel, a 60ª edição do Cono-tel - Congresso Nacio-nal de Hotéis e Equipo-tel, que será realizado em Fortaleza entre os dias 16 e 18 de maio. No evento, será expli-cada a dinâmica e ini-ciados os preparativos para a participação da delegação paraibana que se fará presente no congresso, o maior promovido pelos diri-gentes do setor hote-leiro brasileiro.

No dias 6 e 7 de abril haverá “Quinteto Convida” com Jessier Quirino, às 21h, sala de concerto maes-tro José Siqueira, no Espaço Cultural. Os ingressos estão à ven-da nas lojas Furtacor (Shopping Sul, Mag e Tambiá) por R$ 35 (es-tudante) e R$ 70.

No domingo 8 de abril o pessoal do Complô Bazar vai realizar mais uma edi-ção do evento de moda itinerante. Onde? Na Miragem, localizada no espaço Tamarindeira Pro-cessos Criativos. A partir das 15h, as marcas parai-banas Baderna, Siamese Vintage, Mocinha Retrô, Opium e Gris vão estar expondo seus produtos ao som dos DJs Prajeau, Nopepsi e Humberto Vin-cent. Vai ser sucesso!

Foto: Reprodução

Foto: Dandara Costa

[email protected]

BERTHA LUTz MARKUS zUSAKmeioColuna do

por Dandara Costa

Às vezes as pessoas são bonitas. Não pela aparência física. Nem pelo que

dizem. Só pelo que são

É justamente a nova geração a responsável para levar avante a luta da

mulher pela igualdade

Ame DoWN

O dia 21 de março é sempre um momento especial para celebrar a vida, combater o pre-conceito e conscientizar a sociedade sobre a Síndrome de Down. Na última terça, um dia an-tes do Dia Internacional da Síndrome de Down, a associação sem fins lu-crativos Ame Down pro-moveu uma exposição com fotos do fotógrafo Philippe zoggia em ho-menagem aos integran-tes da associação.

UNIÃO AJoão Pessoa, Paraíba - DOMINGO, 25 de março de 2018 21

EsportesFinal da Taça RioBotafogo e Fluminense decidem neste domingo, a partir das 16h, o título da Taça Rio. Já no Morumbi, o São Paulo recebe o Corinthians pela semifinal paulista. Página 24

Foto

: You

tube

Depois de muita confusão na Justiça Desportiva, Botafogo-pb e Treze se enfrentam pelas semifinais do Paraibano

Um jogo que está sendo esperado com bastante an-siedade por torcedores de Botafogo e Treze vai aconte-cer no próximo domingo no Estádio Almeidão, em João Pessoa. As duas equipes en-tram em campo para a dis-puta da primeira partida das semifinais do Campeonato Paraibano. O jogo está mar-cado para as 19h com trans-missão ao vivo pelo Esporte Interativo.

Botafogo e Treze joga-ram quinta-feira pela Copa do Nordeste. O Belo perdeu por 1 a 0 para o Náutico na Arena Pernambuco, enquan-to que o Galo da Borborema empatou, no Estádio Amigão, em Campina Grande com o Santa Cruz em 0 a 0, resul-tado que eliminou Galo na disputa, a uma rodada do en-cerramento da fase de classi-ficação.

Uma carga de 15 mil in-gressos foi colocada a venda para o Clássico Tradição do futebol paraibano, dos quais 10% foram destinados aos torcedores do Treze que che-garão ao estádio escoltados pela Polícia Militar.

A Federação Paraibana de Futebol, a pedido do clube mandante conforme o regu-lamento, optou por um trio de fora do Estado. O árbitro principal será Caio Max Viei-ra, auxiliado por Lorival Cân-dido e Jean Márcio Santos, todos da CBF e pertencentes a Federação do Rio Grande do Norte. O quarto árbitro será o paraibano Antônio Umbelino. Este ano, as duas equipes já se enfrentaram em duas oportunidades na fase de classificação. O Belo empatou em casa por 1 a 1 e goleou o Galo por 4 a 2 no Amigão.

Briga nos bastidoresEste jogo estava pro-

gramado para acontecer no último domingo no Amigão por força de decisão judicial, mas a Federação, respalda-da no Estatuto do Torcedor, resolveu marcar para hoje e acabou convencendo o STJD que, em despacho na última segunda-feira, homologou a decisão da FPF.

A deleção do Treze che-gou ao Estádio Almeidão na-quele domingo, mas não teve acesso as dependências por-que um outro jogo seria rea-lizado pelo quadrangular do rebaixamento. E aconteceu Auto Esporte x Desportiva.

O Departamento Jurí-dico do Treze ainda tentou no STJD uma nova manobra para o jogo acontecer na se-gunda-feira, sem sucesso.

Mesmo assim, os dois clubes foram ao Tribunal de Justiça Desportiva na última quinta-feira para julgamen-to do mandado do Botafogo que pleiteava a vantagem na semifinal e o direito ao mando de campo na segunda partida. O TJD entendeu que o Belo não tinha esse direito e manteve a posição da FPF.

Cardoso Filho [email protected]

Enfim, o Clássico Tradição vaiacontecer hoje no Almeidão

Após garantir a perma-nência da equipe na Divisão de Elite do futebol paraiba-no, o Atlético de Cajazeiras recebe hoje, às 17h, no Es-tádio Perpetão, o Auto Es-porte, pela última rodada do “quadrangular da mor-te”. No último jogo entre as duas equipes houve empate (1 a 1). O time vem de uma goleada em cima da Des-portiva Guarabira (3 a 0), na última quarta-feira, no Está-dio Sílvio Porto. Ao longo da

competição o Trovão Azul é o líder isolado, com 10 pon-tos, com três vitórias, um empate e uma derrota.

O objetivo é se des-pedir da torcida com um resultado positivo. O trei-nador Ederson Araújo deve mandar a campo a mesma equipe da partida anterior, já que correspondeu a ex-pectativa da comissão téc-nica. Com remotas chances de se manter na disputa, o Auto Esporte não tem outra escolha a não ser vencer e torcer por uma derrota do Nacional de Patos diante

da Desportiva Guarabira, o que seria praticamente um milagre.

O Alvirrubro é o ter-ceiro colocado, com 5 pon-tos. Uma matemática difícil e complicada, onde o time tem tudo para ser o segun-do clube a ser rebaixado – o primeiro é a Desportiva - para a Segundona. O am-biente não é dos melhores e a tarefa do treinador Seve-rino Maia é difícil e compli-cada, mesmo reconhecendo que o adversário é forte em seus domínios. “Enquan-to existir esperança vamos

correr atrás. No futebol tudo pode acontecer”, ava-liou Maia.

NacionalO Nacional de Patos de-

pende de um empate para garantir a permanência no Estadual, no jogo contra a Desportiva Guarabira, hoje, às 17h, na última rodada do “quadrangular da mor-te”. No primeiro confron-to houve empate em 1 a 1. Após empatar contra o Auto Esporte (1 a 1), na última quarta-feira, no Almeidão, o time patoense ficou na

segunda colocação, com 8 pontos, enquanto o Clube do Povo é o terceiro, com 5, que jogará contra o Atlético de Cajazeiras, hoje, no Per-petão.

O treinador Marcos Nas-cimento pode fazer algumas alterações, já que terá os re-tornos de Manú e Lúcio Curió (atacantes) que cumpriram suspensões automáticas. A Desportiva Guarabira cum-prirá apenas a tabela no Ser-tão paraibano. A equipe será comandada por Rangel, au-xiliar de Luciano Silva, que deixou a equipe.

Auto joga em Cajazeiras sonhando com milagre

Serrano pode fazer história e disputar Copa do Brasil 2019

Campinense e Grêmio Serrano voltam a se encarar hoje, às 16h, no Estádio Amigão, em Campina Grande, no segundo compro-misso pelas semifinais do Paraibano. Com a antecipação da partida - estava programada para o dia 10 de abril - a situação desta vez é melhor para o Lobo da Serra que tem a van-tagem do empate para conquistar a vaga na final da disputa, contra Botafogo ou Treze e se garantir na Copa do Brasil de 2019. O Serrano levou a melhor no primeiro duelo (1 a 0).

A Raposa terá a obrigação de ganhar para ter direito a vaga. Ao surpreender o adversário no primeiro desafio, o Serrano vem a campo disposto a não dar espaço para o inimigo e buscar os contra ataques para balançar novamente as redes adversárias. De acordo com o treinador Betão, em time que ganha não se mexe e mantém o mesmo esquema tático que vem dando certo nos últimos jogos.

Ele sabe que terá pela frente um ad-versário que vem para pressionar o tempo todo em busca da vitória, mas acredita que os jogadores estão conscientes o que farão em campo. “Eles assimilaram nosso estilo de jogar e estão preparados para o desafio. Acredito no potencial do grupo para obter o direito de fazer à final. Vamos atrás do nosso

objetivo”, frisou. Um dos mais experientes do elenco, o volante Izaias reconhece a força e as qualidades do Campinense, mas ressalta que do outro lado, existem guerreiros prepa-rados para a batalha.

“Não é à toa que estamos decidindo a vaga com todos focados no jogo que será inédito para o Serrano. Sabemos que não será fácil, mas queremos avançar e decidir o título paraibano”, observou.

Com a obrigação de “ganhar ou ganhar” o Campinense muda os planos e promete um time ainda mais ofensivo que no primeiro jogo. Com a força máxima a disposição, o treinador Ruy Scarpino deseja outra postu-ra do time para reverter à vantagem e sair com a vaga para fazer a final do Estadual.

O comandante raposeiro espera um time diferente que aproveite as oportunidades de gols para “matar” o adversário ainda no primeiro tempo. “Só ganha quem faz gols, então temos a obrigação de aproveitar as chances que aparecer, já que teremos um concorrente perigoso que vai se fechar para tentar os contra ataques. Alerto aos atletas que não adianta jogar bem e não vencer o desafio”, frisou.

O meia Marcinho sabe da responsabili-dade e acredita na força da torcida para con-quistar um resultado positivo e a vaga para a final. “Convoco a torcida para incentivar o grupo e ajudar o Campinense a obter o ob-jetivo. Trata-se de outro jogo e que possamos dar esta alegria aos raposeiros”, disse.

Wellington Sérgio [email protected]

Wellington Sérgio [email protected]

Este ano, as duas equipes já se enfrentaram em duas oportunidades, na fase de classificação. No Almeidão, houve empate de 1 a 1; e no Amigão, o Botafogo aplicou uma goleada de 4 a 1

O técnico Ruy Scapino conversa com todo o elenco do Campinense e expõe o seu plano para vencer o Grêmio Serrano

Foto: Nalva Figueiredo

Foto: PBEsportes

UNIÃO A João Pessoa, Paraíba - DOMINGO, 25 de março de 2018

A dura batalha contra a homofobia de torcedores que revelam suas experiências durante os jogos de futebol pelo Brasil

Assim como o futebol ga-nha fãs todos os dias, gays, bis-sexuais, travestis e transexuais morrem em todo o mundo. Só no Brasil, 445 LGTBs fo-ram assassinados em crimes motivados por homofobia no ano de 2017, o que representa uma vítima a cada 19 horas, de acordo com levantamento rea-lizado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB). Reflexo da sociedade, a hostilidade também é comum nos estádios e o preconceito muitas vezes acaba ficando na cadeira de alguém que deixa de assistir aos jogos por medo.

Há duas semanas, o pal-meirense William de Lucca, de

32 anos, presente em vitória do Palmeiras por 2 a 0 sobre o São Paulo, no Allianz Parque, virou assunto nas redes sociais por ter manifestado incômodo com reações homofóbicas de alguns alviverdes no estádio. William é gay, sentiu-se ofendi-do com cânticos entoados con-tra são-paulinos e manifestou-se pelo Twitter.

No último fim de sema-na, uma mãe se manifestou na mesma rede social sobre atos da torcida Independente, or-ganizada do São Paulo, no Es-tádio Anacleto Campanella, em São Cateano do Sul: "Meu filho tem 14 anos. Ama o SPFC. Es-tamos no Anacleto, próximos à torcida e a Independente man-dou todos os moleques tirarem

os brincos pra não pareceram viados e que ali era “torcida organizada”. A molecada, com medo, tirou", desabafou.

“A homofobia reforça os piores sentimentos humanos e também o pior de nossa for-mação familiar, escolar e social como um todo”, destaca Maurí-cio Murad

Segundo a "Folha de S. Paulo", o Brasil é o sexto em ranking de países mais multa-dos pela Fifa por homofobia. Só durante as eliminatórias para a Copa do Mundo, a CBF foi punida cinco vezes e teve que pagar R$ 336 mil à Federação. Para promover a inclusão do público LGBT, torcedores cria-ram movimentos no Facebook, como GaloQUEER, Palmeiras

Livre, QUEERlorado, Bam-bi Tricolor, entre outras, mas falta apoio para levantarem a bandeira no estádio. Tamanha resistência de parte do público que frequenta partidas de fute-bol é entendida pelo sociólogo Maurício Murad como reflexo da formação cultural do país.

“A nossa formação cultural é muito patriarcal, conservado-ra e machista. O futebol é um fe-nômeno da paixão da multidão e a multidão apaixonada tende a exacerbar, acentuar tudo, para o bem e para o mal. Neste caso, é evidente que é para o mal, porque a homofobia reforça os piores sentimentos humanos e também o pior de nossa for-mação familiar, escolar e social como um todo” apontou.

Lance

LGBTs contam como driblam o preconceito nos estádios

Xingamentos disfarçados de "brincadeiras" são sinais da intolerânciaAdvogada e participante de movimen-

tos e organizações de luta pelos direitos de igualdade, Luisa Stern é a primeira mulher trans a assumir uma cadeira na Câmara de Vereadores de Porto Alegre. Suplente com aproximadamente 500 votos nas últimas eleições, ela trabalhou durante os dias 7, 8 e 9 de março na vaga de um colega de legenda que tirou licença. Além da carreira política, Luisa é uma das criadoras da QUEERlorado, um movimento no Facebook formado por torcedores do Internacional que lutam contra todos os tipos de preconceito, algo que tem presença constante em sua vida.

“Já senti medo de ir ao estádio por ser trans. Eu fiz a minha transição com uma certa idade, então eu estava acostumada a ir aos jogos com identidade masculina e quando comecei a ficar com a aparência andrógina, tive depressão e parei de frequentar estádios por quase sete anos. Quando voltei, com uma aparência feminina, deixei de ser incomoda-da” contou.

PalmeirenseO palmeirense William de Lucca fez

um apelo para não chamarem a torcida do São Paulo de "bambi" e sofreu uma série de agressões verbais e ameaças por parte dos próprios admiradores do Verdão. Para Luisa, tais reações mostram que o público LGBT está longe de ser aceito nos estádios.

“Creio que ainda temos um longo cami-nho pela frente na luta por mais espaço. O caso recente do William de Lucca, que recebeu ameaças após pedir que a torcida parasse de chamar os rivais de "bambi", mostra o quanto a gente ainda precisa avançar neste ponto. Acredito que é por isso que esses grupos LGBT e Queer ainda não criaram coragem de se organizar e ir para o estádio, porque a reação pode ser muito dura com ofensas e agressões. Quando estamos sozinhas, até passamos batidas no meio da torcida, mas se

um grupo levantar a bandeira, o risco de ser agredido é bem maior” comentou a militante.

Torcedor do Vasco, Sergio Manfredi, que é gay, explica que é necessário “não deixar a orientação sexual transparecer” e até agir como uma pessoa grosseira e rude para ter o respeito dos demais torcedores no estádio. Apesar de nunca ter sido agredid

o “por sorte”, Sergio presenciou atos homofóbicos contra pessoas na arquibancada.

“Já vi uma torcedora sendo completa-mente humilhada na arquibancada. Como sempre, nada foi feito, porque não é somente uma pessoa que agride. Começa com um e quando você vê, um setor inteiro está partici-pando de algo que, para eles, é brincadeira”.

Walter (Internacional)No dia 28 de junho de 2017, data em

que comemora-se o Orgulho LGBT+, clubes como Internacional, Grêmio, Bahia, Avaí, São José, além da Federação Mineira de Futebol (FMF) e o Mineirão homenagearam o público por meio de imagens postadas em suas pla-taformas digitais. No Rio de Janeiro, apenas o Flamengo se mostrou a favorável ao fim do preconceito e, seguindo os passos do clube, a Nação 12 foi a única organizada que exaltou a diversidade da torcida.

“Acreditamos que o amor pelo clube do coração se dê independente de cor, gênero, religião ou orientação sexual. Se a pessoa for apaixonada pelo “Mengão”, gostar de cantar o jogo todo, balançar a bandeira e respeite o próximo, ela tem exatamente o que procura-mos num integrante” revelou Diego, um dos líderes da torcida organizada.

Na Nação 12, ninguém, que seja do nosso conhecimento, defende que alguém sofra agressão por ser LGBT. Nesse caso, o integrante estaria totalmente passível de ex-pulsão”, disse o torcedor.

Após o ato, no empate em 1 a 1 com o Lu-verdense, pela Série B de 2017, integrantes da

Terror Bicolor fizeram represálias e agrediram membros grupo, o que resultou na denúncia do Paysandu, pelo STJD, por discriminação de gênero, sendo este o primeiro caso de denún-cia por preconceito de orientação sexual no fu-tebol brasileiro. O clube também foi indiciado no artigo 213 por não ter tomado providências para prevenir e reprimir desordem no estádio.

PaysanduAo Lance!, um torcedor assíduo do Pay-

sandu garantiu que mesmo com os casos de violência registrados após a manifestação de apoio, “a quantidade de mulheres e LGBTs na torcida aumentou significativamente por se sentirem mais seguros”. O clube ainda iniciou um projeto para banir cantos homofóbicos e, apesar de estar estagnado, membros do Pa-pão afirmam à torcida que darão sequência aos planos.

Na arquibancada, a forma de preconceito que mais chama a atenção está nas músicas com conotação homofóbica. Antes das ofen-sas aos torcedores, jogadores e árbitros são facilmente xingados, o que é considerado pela torcida parte da prática de torcer ou "brinca-deira", como explica o antropólogo Wagner Camargo.

“ Esse debate é longo. Mas penso que a normalidade instituída em piadas e brinca-deiras vem, antes de tudo, de uma ideia de senso comum que encara serem tais gritos ou expressões como “produto do torcer”, isto é, da banalidade desse sentimento de identificação com um clube, com um escudo ou com dado jogador. Isso não pode ser visto dessa forma. Qualquer piada ou brincadeira sobre a sexua-lidade de um jogador ou jogadora (um/uma atleta) não deixa de estar implicada numa rede de preconceitos, criados e instituídos histori-camente” afirma o pesquisado que estuda a sexualidade e gênero nos esportes.

Entre os entrevistados, a resposta para a solução do problema é unânime: investi-

mento dos grandes clubes em campanhas de conscientização para a torcida e maior inter-ferência da segurança nos estádios quando testemunhar ou for acionada para registrar a ocorrência. Wagner Camargo acredita que a medida é a porta de entrada, mas acrescenta que ídolos do futebol também podem desem-penhar papel importante nessa luta.

“A proposta seria interessante, inclusive se viesse atrelada a algum cumprimento obriga-tório que o sócio-torcedor tiver que apresentar em relação ao clube. Ou algum outro meca-nismo que possa solicitar, das Organizadas, por exemplo, uma responsabilidade perante atos LGBTfóbicos. Os jogadores de futebol também têm importância na campanha. Não é necessário que alguém como Cristiano Ro-naldo chegue e diga que é gay e que então que “todos devam gostar de gays”. Não se trata disso. Ou ainda que Neymar apareça fazendo discurso de inclusão de pessoas transgênero no esporte” explica Camargo.

O antropólogo acredita que as atitudes dos jogadores podem refletir no compor-tamento da torcida. Por conta disso, caso os clubes lancem propostas de conscienti-zação com o apoio de ídolos do esporte, é necessário que estes saibam se portar para não causarem ainda mais atrito entre os torcedores favoráveis à causa e os que são resistentes quanto a presença de LGBTs nos estádios.

“Seria produtivo se tais figuras célebres não reforçassem preconceitos em suas vidas pessoais junto aos torcedores, não se pronunciassem de modo equivocado ou errôneo (por exemplo, dizendo que “tudo bem gays no esporte, desde que não cheguem perto de mim”) e fossem em prol dos direitos humanos e da inclusão do dife-rente no futebol/nos esportes – o diferente passa pelo sexualmente dissonante, como também passa pelo corporalmente distinto (uma pessoa com deficiência, por exemplo).

Torcida Banda Alma Celeste, do Paysandu, foi a 1a dar apoio à causa LGBT

Walter é torcedor do Internacional e frequentador assíduo do Beira-Rio; Sergio é torcedor do Vasco e acredita que o clube pode adotar medidas contra o preconceito; já a vereadora Luísa Stern é outra defensora da causa

Foto: Cezar Magalhães/Agência Pará

Fotos: Reprodução/Instagram e Divulgação

Inicialmente pensei em dissertar juridi-camente acerca do imbróglio que paralisou o Campeonato Paraibano de 2018, mas dada a insistência anual em suspensões da competi-ção estadual, percebo aqui jaz um problema cultural e não jurídico.

Ainda em 2017, ao final do arbitral, tornou-se público o confuso modelo do Pa-raibano 2018, mas todos entenderam que o primeiro lugar do grupo se classificaria, com vantagem, diretamente à semifinal, aguar-dando a disputa entre o segundo e o terceiro para conhecer seu adversário.

Pois bem, era assim que toda a impren-sa, clubes e demais participes do futebol paraibano entendiam como “regras do jogo”. Entretanto, causou surpresa o questiona-

mento ao regulamento por parte de alguns clubes, notadamente Botafogo e Sousa, res-pectivamente segundo e terceiro do Grupo A.

Não se olvida que o modelo de cam-peonato acabou gerando uma disparidade enorme entre os grupos. A título de exemplo, o quarto lugar do Grupo A, Nacional de Pa-tos, apesar de ir ao quadrangular da morte, fez cinco pontos a mais que o primeiro lugar do Grupo B, Treze, o qual terá vantagem nos jogos finais, exceto contra o Campinense.

Apesar dessa incongruência, a escolha realizada no arbitral acatou o modo de dis-puta em quadro. Críticas à parte, o pacto foi celebrado a partir desse entendimento e as regras do jogo devem ser respeitadas. Ou-trora sequer precisava de papel e assinatu-

ra, o “fio do bigode” era lei entre as partes.Ao fim da primeira fase, Botafogo e Sousa,

trouxeram à tona o entendimento de que por terem feito mais pontos que CSP e Serrano, iriam, independentemente do resultado do cer-tame entre eles, à semifinal. Tal procedimento fosse verdadeiro, qual o sentido do jogo entre o segundo e terceiro lugar do Grupo B?

Insta pontuar também que o regulamento realmente falhou ao descrever as normas que regeriam o formato da competição. Contudo, a ata do arbitral é documento hábil, como um projeto de lei, para demonstrar a vontade do legislador, no caso, dos próprios clubes que acei-taram por unanimidade o modelo esdrúxulo.

Apesar da formação como advogado, acre-dito que a querela não é de ordem meramente

jurídica, mas da infeliz cultura da torpeza criada no futebol paraibano, na qual os clubes ao invés de disputarem de maneira franca e pautados em gestões profissionais que desaguem em uma competição acirrada e leal, acabam por querer obter vantagens a todo custo, ainda que, como dito, aproveitando-se da nítida falha do regulamento.

O fim da questão parece se avizinhar com a marcação do jogo da semifinal entre Treze e Botafogo para a data de hoje, ficando a van-tagem para o Galo, fruto da interpretação do regulamento conforme o arbitral e o modelo propagado na imprensa e não dos infortúnios de semântica do próprio regulamento. Aqui não é caso de hermenêutica jurídica, mas de boa-fé.

Paraibano de paralisações

Eduardo Araújo [email protected] real

UNIÃO AJoão Pessoa, Paraíba - DOMINGO, 25 de março de 2018 23Esportes

Antes de chegar à Russia, a equipe de Tite fará um período de treinamento entre os dias 28 de maio e 2 de junho

Na última segunda-fei-ra, a CBF divulgou a progra-mação completa da Seleção Brasileira antes da Copa do Mundo de 2018.

Ficou definido que, en-tre 28 de maio e 2 de junho, a equipe comandada por Tite passará por um período de treinos na Inglaterra, antes de jogar amistoso contra a Croácia, no dia 3 de junho.

O local que receberá Neymar e Cia. será o Hotspur Way, o portentoso centro de treinamento do Tottenham, localizado em Enfield, um su-búrbio a 16km do centro de Londres.

Inaugurado em 2012 ao custo de 70 milhões de libras

(R$ 322,8 milhões, na cota-ção atual), ele foi construído em uma área de 311,6 mil m² e é considerado um dos melhores CTs da Europa, es-tando no mesmo nível dos gigantes do continente.

A estrutura inclui 15 campos de treinamento, sen-do que quatro são para uso do time principal (seguindo as especificações do estádio White Hart Lane), enquanto os outros são divididos en-tre as categorias de base e a equipe feminina.

Ainda há um ginásio poliesportivo, um campo de grama sintética indoor para dias de chuva ou neve e mais um campo com gramado ar-tificial e iluminação se for necessário trabalhar na par-te da tarde ou noite.

Entre outros luxos, ain-da há espaços para aqueci-mento e alongamento, re-feitório, salas de recreação, um complexo de piscinas e hidroterapia para os jogado-res e salas de ginástica e fi-sioterapia com equipamen-tos ultra tecnológicos e de primeiro mundo.

No local, é possível en-contrar inclusive uma altitu-de room, sala onde podem ser simuladas condições de ar rarefeito até 3,8 mil me-tros de altura.

Todos os equipamentos de treino são obra da empre-sa inglesa Edwards Sports, que fabricou os utensílios sob medida para os Spurs após diversos estudos e aná-lises com os elencos adultos, de base e femininos

ESPN

ESPN

A Seleção no CT do Tottenham

Jogadores num hotel luxuoso e jogo contra Croácia sem local definido

Além de tudo o que já foi citado, o CT do Tottenham ainda possui um no-víssimo hotel de 45 quartos, equipado com tudo o que há de bom e melhor. A construção foi iniciada em 28 de janeiro de 2015 e finalizada nos últimos dias.

O local ainda está "cheirando a tin-ta" já que será inaugurado justamente pela Seleção Brasileira, antes mesmo dos jogadores dos Spurs usarem o complexo.

"Situado de maneira adjacente ao nosso centro de treinamento, o hotel foi projetado nos mínimos detalhes e

construído para entregar uma expe-riência da melhor qualidade no quesito hospedagem, além de possuir toda a infraestrutura de lazer e recuperação que os jogadores necessitam", exaltou o time da Premier League, em seu site oficial.

O hotel foi feito em meio à Fazenda Myddelton, propriedade do Tottenham desde 2007, e possui design moderno, mas que foi pensado para encaixar bem na paisagem da área rural - a estrutura original da fazenda, inclusive, foi pre-servada.

O Brasil treinará na casa do Totte-nham e jogará com a Croácia no dia 3

de junho, em uma cidade inglesa ainda a definir. Depois, a seleção volta para Hotspur Way e fica por lá até o dia 8 de junho, quando viaja a Viena para encarar a Áustria no dia 10.

Em seguida, os comandados de Tite partem para a Rússia para iniciar a Copa.

Uma curiosidade sobre o CT do Tottenham é que ele "roubou" a seleção inglesa do rival Arsenal.

Desde a inauguração de Hotspur Way, o English Team trabalha lá antes das partidas no Estádio de Wembley. Antes, o espaço usado era o de Colney, que pertence aos Gunners.

Em artigo sobre o centro de treina-

mento, o Telegraph elogiou o Tottenham pela "audácia" de ter investido bastante em um CT e apontou a construção do espaço como um dos fatores que vieram os Spurs deixarem seu grande rival para trás nas últimas temporadas.

"(A construção de Hotspur Way) Nos leva à conclusão de que, enquanto o Arsenal é hoje um dos times mais conser-vadores e presos ao passado da Premier League, o Tottenham é agora um dos mais audaciosos", analisou o diário.

"Os Spurs devem seguir crescendo para se igualarem ao rival, mas estão fazendo isso de maneira muito rápida", completou.

Hall de entrada do CT do Tottenham, na Inglaterra, onde a Seleção Brasileira ficará concentrada

A estrutura do CT do Tottenham inclui 15 campos de futebol. Foi inaugurada em 2012 na Inglaterra e custou mais

de R$ 322 milhões

Foto: Divulgação

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UNIÃO A João Pessoa, Paraíba - DOMINGO, 25 de março de 201824Esportes

As duas equipes vão apenas em busca de um troféu, porque na próxima semana começa a decisão do Carioca

De um lado, o Flumi-nense com a melhor campa-nha da Taça Rio e com um futebol vistoso com o bom retrospecto, inclusive, eli-minando o Flamengo nas semifinais no empate de quinta-feira passada de 1 a 1. Do outro, o Botafogo, um time de guerreiros que su-perou o trauma da fratura de João Paulo no domingo passado e conseguiu supe-rar o Vasco neste meio de semana com uma vitória heróica de 3 a 2.

Ingredientes que api-mentam a decisão deste do-mingo da Taça Rio a partir das 16h no Maracanã. Se houver empate no tempo normal no jogo de hoje, a decisão será nas penalida-des máximas como prevê o artigo 26 em seu parágrafo segundo.

Independente do ven-cedor da Taça Rio, Botafogo e Fluminense estão classifi-cados para as disputas das semifinais do Campeonato Carioca, ao lado de Flamen-go e Vasco, Essas disputas já começam no meio desta semana.

E os confrontos já estão definidos: O Flamengo, pri-meiro colocado geral com 25 pontos vai enfrentar o Vasco, quarto colocado e o Fluminense, segundo co-locado no geral pegará o Botafogo, terceiro colocado em datas a serem definidas nesta segunda-feira pela Federação Estadual do Rio de Janeiro.

A decisãoNo Botafogo, o técni-

co Valentim segue preocu-pado com a bola aérea. O clube já realizou 14 parti-das na temporada: 13 pelo Carioca e um pela Copa do Brasil. No torneio nacional, em que houve a traumática eliminação para a Apareci-dense, o Alvinegro sofreu os dois gols (2 a 1) da elimina-ção por cima. Conceição, na ocasião, foi muito criticado, principalmente por ter op-tado pelo esquema de três zagueiros pela primeira vez no ano ali. E houve vexame.

No jogo contra o Vasco, sofreu dois gols de cabeça, aumentando a preocupação do técnico.

Com a sombra do acla-mado Carli, Marcelo Bene-venuto e Igor Rabello são os titulares da zaga. Valentim os prepara para o restante da temporada e, por isso, não mexe na dupla para dar rodagem a mesma.

No Fluminense, o técni-co Abel acredita num jogo muito estudado neste do-mingo e aposta na boa fase de sua equipe que tem leva-do poucos gols na Taça Rio.

Com o empate diante do Flamengo na última quinta-feira, o Fluminense chegou a quatro clássicos em 2018 sem nenhuma derrota, são três empates (0 a 0 contra Bota-fogo e Vasco, e 1 a 1 contra o Flamengo) e uma vitória (4 a 0 sobre o Rubro-Negro no clás-sico válido pela Taça Rio).

Da Redação

Bota e Fluminense decidemhoje a Taça Rio no Maracanã

O São Paulo sonha em encerrar o jejum de títulos com a conquista do Paulistão. O clube não ganha o estadual desde 2005 e levantou só um troféu (Sul-Americana de 2012) nos últimos anos. E o sonho pode ir se mate-rializando a partir deste domingo às 16h no Mo-rumbi quando enfrenta o Corinthians pela semifi-nal do Campeonato Pau-lista e terá todo o está-dio a disposição de seus torcedores. O Ministério Público determina que

clássicos são disputa-dos com torcida única. E o jogo de volta será na quarta-feira, dia 28, às 21h45, na arena do rival, em Itaquera.

Depois de eliminar o São Caetano com virada de placar do primeiro para o segundo jogo, o zaguei-ro Arboleda vê o Tricolor mais confiante para as se-mifinais.

“Vamos nos preparar da melhor maneira possí-vel para a semifinal. Serão duelos muito difíceis, bons para a gente em nosso mo-mento confiante. Creio que podemos conquistar esse título para a torcida do São

Paulo. Vamos com humilda-de e foco para as semifinais” disse.

Lesionado durante a pré-temporada, Arboleda es-treou em 2018 com derrota no clássico contra o Santos, no dia 18 de fevereiro. No to-tal ele fez oito jogos e um gol. Sem Rodrigo Caio, convoca-do pela Seleção Brasileira, o equatoriano tem sido escala-do por Diego Aguirre ao lado de Bruno Alves.

“Gostei muito do estilo de Aguirre. Ele pede para que a gente jogue fácil e de forma simples, para jogarmos bem. E facilita pra mim, claro, ter um treinador que fala meu idioma, assim minha adap-

tação será ainda melhor do que já era. Estou feliz no São Paulo e vou seguir trabalhan-do forte para ajudar meus companheiros a sermos cam-peões do Paulista.

CarilleDesta vez, porém, o téc-

nico Fábio Carille espera um rival mais complicado em campo.

Sob comando de Diego Aguirre há apenas dois jo-gos, o próximo adversário do Corinthians eliminou o São Caetano nas quartas de final e mostrou uma postu-ra mais agressiva, de acordo com Carille.

“Assisti ao jogo na ter-

ça, já está com uma postura diferente, jogadores estão mais agressivos. Eu tenho certeza de que vai ser um grande jogo essa semifinal, repetindo o ano passado. Vão ser dois grandes jogos” afirmou o corintiano.

Questionado sobre as chances do Corinthians nas semifinais, Carille ressaltou o equilíbrio entre os quatro clubes grandes do Estado – Palmeiras e Santos disputa-rão a outra vaga na decisão do Paulista.

“50%. Clássico é dife-rente, é emocional, é concen-tração o tempo todo, temos que estar muito atentos” analisou o comandante.

São Paulo começa a decisão contra o Corinthians

No primeiro clássico do Carioca de 2018, o Tricolor jogou melhor, mas os rivais não conseguiram balançar as redes e o jogo terminou empatado sem gols. Empate leva final aos pênaltis

Corinthians e São Paulo fazem uma decisão de 180 minutos. Os primeiros 90 minutos serão disputados neste domingo no Estádio do Morumbi e o jogo de volta será no próximo dia 28

Foto: Divulgação

Foto: Daniel Augusto

Globoesporte

UNIÃO AJoão Pessoa, Paraíba - DOMINGO, 25 de março de 2018

ÁguaSó agora, nesta segunda década do século XXI, é que o “precioso líquido” chega ao noticiário da imprensa mundial e brasileira com a importância que sempre mereceu. Página 27

Do cajueiro com 45 metros de altura, considerado o maior do mundo na vertical, ao território dos índios cariris

Você gostaria de se encontrar numa região seca e, de repente enxer-gar matas verdes e água em abundância? E, que tal, se no meio do cami-nho, alguém vislumbras-se um cajueiro enorme, de 45m de altura, hoje considerado o maior do mundo na vertical? Tudo isso existe na Serra do Pico, em Taperoá, no Ca-riri paraibano, a 321Km de João Pessoa, onde as lendas em torno de um gorila gigante e das ins-crições rupestres são transmitidas oralmente de pai para filho, desde a época dos índios cariris, que habitaram a região até o final do século XVII.

Numa trilha de bro-mélias selvagens, que marcam a ação da chuva e do vento escavada na pedra, se destaca a for-

mação grosseira da cara de um gorila. Estamos subindo a serra de 924m, a segunda maior da Pa-raíba e descobrindo seus segredos, que começam a interessar ao turismo ecológico. Este acidente geográfico de beleza sin-gular, pertence ao com-plexo da Cordilheira da Borborema. É bonito. E impressiona a qualquer um, pelas histórias e len-das que nasceram em tor-no dele. Seu colorido inu-sitado se confunde com as cores do horizonte.

Em Taperoá, Serra do Pico esconde contrastes e lendas

Hilton Gouvê[email protected]

Caminhos dos bandeirantes da Casa dos Garcia D’ávilaPor cima desses lajedos li-

sos passaram as expedições dos bandeirantes da Casa dos Garcia D’ávilla, na Bahia, em busca de co-lonizar as sesmarias adquiridas na Paraíba, onde, anos depois, inicia-ria a criação de gado, através dos intrépidos Oliveira Ledo. Situado numa nesga de terra entre o Sítio Olho D’água e a Serra das Almas, a Pedra do Pico está a Noroeste do Centro de Taperoá. Entre abril e julho, a ocorrência de ipês ama-relos e variadas plantas xerófitas emprestam um colorido diferente à paisagem, principalmente nos dias de sol.

Um tipo de orquídea rara, a “Mão de Onça”, ocorre na Pedra do Pico e, ao que parece, é exclu-siva do lugar. Quando esta flor se desmancha, deixa a sensação da maciez do talco nas mãos. Outra curiosidade local é a Casa de Pedra. Foi construída pelo eremita Joazi-nho das Almas, no final do século XIX. Ele a ergueu em cima de uma laje de granito, abrindo sótãos e janelas. Em 1912 o cangaceiro Antonio Silvino escondeu-se lá. E

por ser uma área fiscalizada pela ANDE - Associação Nordestina para a Defesa do Ecossistema, ainda dispõe de 200 hectares de uma mata nativa.

A ANDE também proíbe a caça neste setor, a fim de proteger as jiboias, os xexéus e os gaviões tu-rona, além de jaguatiricas, onças e gatos selvagens vermelhos e azuis, que se escondem no socavão da serra, evitando os predadores. O fenômeno natural que proporciona uma regularidade de chuva razoá-vel na Serra do Pico, também im-pressiona. E, para despertar ainda mais a curiosidade de quem chega, no paredão de uma caverna exis-te o desenho de um peixe, com bolinhas em redor que sugerem muita água. O que seria aquela inscrição rupestre? Será que algum habitante primitivo queria avisar da existência de um lago a quase mil metros de altura, que hoje não existe mais? Talvez.

O que significa o étimo taperoá?A tradução do topônimo Tape-

roá, segundo o escritor e jornalista

José Leal, tem duas versões: a Primeira seria “dono da tapera”, a casa onde os índios moravam co-letivamente. A segunda apontaria o nome de uma andorinha comum na região, denominada de tapér. Este município do Cariri paraibano já se chamou Batalhão. Horácio de Almeida explica que isto se deve à concentração de tropas legalistas do Império, que se reuniram no local em 1824, para combater os rebeldes da Confederação do Equador.

Irineu Joffily diz que a origem do nome se liga a um episódio vivido pelo capitão-mor Oliveira Ledo estava com seu batalhão cer-cado por uma tropa de índios nas cercanias de uma lagoa, mas con-seguiu romper o cerco e dominar a situação, embora tenha perdido muitas vidas. Muitos personagens famosos da história regional e na-cional são filhos de Taperoá: Ariano Suassuna, Vital Farias, Canhotinho, Zito Borborema e Dorgival Terceiro Neto, entre eles. A zona rural do município já serviu de cenário para vários filmes.

A 321Km de João Pessoa, as lendas em torno de um

gorila gigante e das inscrições rupestres são transmitidas oralmente

de pai para filho

Montanha guarda semelhança a um gorila gigante, segundo reza a lenda popular do lugar

Entrada da cidade de Taperoá, terra de Canhotinho e Ariano Suassuna

Entre abril e julho, a ocorrência de ipês amarelos e variadas plantas xerófitas emprestam um colorido diferente à paisagem, principalmente nos dias de sol

Fotos: Divulgação

Foto

: Div

ulga

ção

A mulher comenta com o marido:– Querido, hoje o relógio caiu da parede da sala e por pouco não bateu na cabeça da mamãe…– Maldito relógio. Sempre atrasado…

Cinco bêbados estavam na estação de trem, se esco-rando um no outrocom aquela camaradagem clássica de bebum.Quando o trem apontou, todos ficaram muito agitados, se posicionando rapidamente na porta de cada vagão naquele tumulto para conseguir entrar.Pois bem, quatro dos cinco amigos bêbados con-seguiram entrar e um ficou de fora.Vendo aquela cena, o guarda do terminal resolveu perguntar.— E agora, todos os seus amigos foram e só você ficou?O bêbado respondeu:— Pois é seu guarda, o pior é que só eu ia viajar, eles vieram apenas me acompanhar.

Duas amigas loiras conversam e uma pergunta para a outra:- O que fica mais perto, a Lua ou Nova Iorque?- A Lua, é claro! - responde a outra loira.- Por quê? - pergunta a segunda loira.- Porque daqui conseguimos ver a Lua, mas não dá pra ver Nova Iorque.

A mãe pergunta ao Joãozinho:- Joãozinho, por que é que você já não passa tempo com o seu amigo Pedro?Joãozinho responde:- Mãe, você gostaria de passar tempo com alguém que fuma, bebe e fala palavrões o tempo todo???????- Claro que não, Joãozinho!- Pois é mãe, o Pedro também não gosta.

Relógio

Bêbados

Loiras

Joãozinho

Piadas

Áries

Câncer

Libra

Capricórnio

Touro

Leão

Escorpião

Aquário

Gêmeos

Virgem

Sagitário

Peixes

O momento é bom para finalizar um projeto que será colocado em prática daqui algumas semanas. O Sol começa um novo grande ciclo, deixa Peixes e começa sua caminhada anual através de seu signo marcando o início do novo ano astral, regido por Júpiter. Prepare-se para boas novidades e sinais de abertura e crescimento, especialmente financeiro.

Um contato comercial importante, realizado há algumas semanas, pode trazer novas oportunidades. O Sol começa um novo grande ciclo, deixa Peixes e começa sua caminhada anual através de Áries marcando o início do novo ano astral, regido por Júpiter, que promete trazer novas oportunidades nos relacionamentos, pessoais e profissionais. Um namoro pode começar, mas também uma sociedade ou parceria comercial.

O Sol começa um novo grande ciclo, deixa Peixes e começa sua caminhada anual através de Áries marcando o início do novo ano astral, regido por Júpiter, que promete movi-mentar sua rotina, tornando-a agradável e cheia de surpresas. O período, que atravessa o ano, promete novos trabalhos profissionais e boa saúde!

Uma viagem ou intercâmbio pode ser marcado ou realizado nos próximos dias. O período envolve fé e otimismo. O Sol começa um novo grande ciclo, deixa Peixes e começa sua caminhada anual através de Áries marcando o iní-cio do novo ano astral, regido por Júpiter, que promete movimentar seu coração. Um novo amor pode chegar para ficar. Fique atento às oportunidades.

Algo pode ser definido e trazer aumento de seus rendimentos. O Sol começa um novo grande ciclo, deixa Peixes e começa sua caminhada anual através de Áries marcando o início do novo ano astral, regido por Júpiter, que pro-mete movimentar seus projetos de trabalho. Se estiver desempre-gado, não será por muito tempo.

O momento pode envolver a finali-zação de um acordo ou negociação envolvendo uma parceria comercial ou sociedade. O Sol começa um novo grande ciclo, deixa Peixes e começa sua caminhada anual através de Áries marcando o início do novo ano astral, regido por Júpiter que promete movimentar tudo o que se relaciona com a comunicação. Se estiver envolvido com o comércio, jornalismo, vendas ou moda

Um tratamento pode começar ou terminar. O Sol começa um novo grande ciclo, deixa Peixes e começa sua caminhada anual através de Áries marcando o início do novo ano astral, regido por Júpiter, que promete trazer novas oportunidades financeiras. Um novo projeto, trabalho ou contrato envolvendo o aumento de seus rendimentos pode surgir.

Um romance, que vem sendo desenhado pelo Universo pode dar um passo à frente. O Sol começa um novo grande ciclo, deixa Peixes e começa sua caminhada anual através de Áries marcando o início do novo ano astral, regido por Júpiter, que promete abrir portas e trazer novas oportunidades no amor, nos relacionamentos e no trabalho. A saúde passa por uma boa fase.

O período pode envolver uma reforma, que começou há algumas semanas e agora passa por uma fase de finalização. O Sol começa um novo grande ciclo, deixa Peixes e começa sua caminhada anual através de Áries marcando o início do novo ano astral, regido por Júpiter, que promete indicar novos caminhos em sua busca espiritual. O trabalho ganha força, mas especialmente os projetos desenvolvidos por você.

Uma viagem pode ser realizada nos próximos dias. O Sol começa um novo grande ciclo, deixa Peixes e começa sua caminhada anual através de Áries marcan-do o início do novo ano astral, regido por Júpiter, que promete movimentar intensamente sua vida social e aproximar amigos, novos e antigos. Um novo projeto em equipe pode ser negociado e realizado.

O período, que dura alguns dias, pode indicar a finalização de um projeto ou mesmo a assinatura de um contrato que envolva o aumento de seus rendimentos. O Sol começa um novo grande ciclo, deixa Peixes e começa sua caminhada anual através de Áries marcando o início do novo ano astral, regido por Júpiter, que promete trazer novas oportunida-des em sua carreira, que dá um grande passo à frente.

O momento pode envolver a finali-zação de um processo que envolva um projeto ou um relacionamento. Apenas siga o fluxo. O Sol começa um novo grande ciclo, deixa Peixes e começa sua caminhada anual através de Áries marcando o início do novo ano astral, regido por Júpiter, que promete trazer novas oportunidades e mudanças na vida espiritual. Os projetos que envol-vem viagens e mudanças de país, dão um grande passo à frente.

HoróscopoPalavras Cruzadas

UNIÃO A João Pessoa, Paraíba - DOMINGO, 25 de março de 201826

JOGO DOS 9 ERROS

1 - Brinco, 2 - barba, 3 - boca, 4 - pedra, 5 - cajado, 6 - flor, 7 - árvore, 8 - tatuagem, 9 - estrela.

Agnaldo Almeida [email protected]: @agnaldoalmeida

UNIÃO AJoão Pessoa, Paraíba - DOMINGO, 25 de março de 2018 27Deu no Jornal

OLÁ, LEITOR!

Nascimento, vida e morte da águaComemorou-se na quinta-feira

passada o Dia Mundial da Água. Há 23 anos a data foi escolhida pela Organização das Nações Unidas para estimular o debate sobre os diversos temas relacionados a este importante bem natural. Há 23 anos! Mas só agora, nesta segunda década do século XXI, é que o “precioso líquido” chega ao noticiário da imprensa mundial e brasileira com a importância que sempre mereceu. Durante muitos e muitos anos – décadas e séculos – imaginou-se que a água era um bem infinito. Ouro, prata, diamante e urânio, esses sim, eram os minerais que atraíam as atenções de todos. A água não figurava nesta relação.

Mas as coisas mudaram e eis que a água (que nasce, vive e morre, como disse o poeta paraibano Raul Machado) desbanca os seus pretensos concorrentes, pelo simples fato de que é possível viver sem ouro, prata ou diamante, mas não há como sobreviver sem ela. Desde criança se aprende que o consumo de água é vital para o corpo humano. Líquido precioso, a água cumpre um papel importante no organismo. O problema é que,

Cogumelo atômico da água – próxima guerra. Ouro, diamante e urânio, os minerais que atraíam... A água não figurava na relação

A canoa sozinha no antigo leito do

Velho Chico

Raul Machado, o poeta paraibano das águas

Fotos: Divulgação

Fotos: Divulgação

Quem é Raul Campelo Machado, filho de TaperoáA coluna aproveita que o tema está

em pauta e repassa aos leitores um dos mais belos poemas escritos sobre a água. Como foi dito acima, a água nasce, vive e morre. E quem melhor descreveu esta trajetória, com raríssima sensibilidade poética, foi um paraibano: Raul Machado. Antes de mostrar sua belíssima criação, palavras breves sobre quem foi Raul.

Raul Campelo Machado era jurista, ensaísta, conferencista, escritor, poeta e também poliglota. Nasceu em 7 de abril de 1891, em Batalhão, atual Taperoá, Estado da Paraíba. Iniciou os estudos em Taperoá, complementando-os no Liceu Paraibano; a seguir, matriculou-se na Faculdade de Direito do Recife, onde cursou somente o 1o ano, indo concluir na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro.

Aos 15 anos, já compunha versos que publicava aqui mesmo no jornal A União. Aprovado em concurso público, foi nomeado auditor de Guerra, indo servir nos Estados do Paraná, Mato Grosso e Rio Grande do Sul. Exerceu as funções de: promotor da Justiça Militar, em Pernambuco; ministro do Tribunal de Segurança Nacional; secretário geral da Co-

missão Organizadora dos Estatutos dos Funcionários Públicos e ministro corregedor da Justiça Militar.

Faleceu em 19 de julho de 1954, a bordo no navio Provence, quando regressava da Europa, aonde fora em busca de tratamento de saúde. É o patrono da cadeira 35 da Academia Paraibana de Letras. Entre as suas obras, destacam-se: Cristais de Bronze (1909); Água de Castália (1919); Asas Aflitas (1924); Pelo Abolicionismo da Arte (1925); Praxe do Processo Criminal Militar (1926); A Culpa no Direito Penal (1929); Direito Penal Militar (1930); Pássaro Morto (1933); Código Penal Militar da Alemanha (1932); Poesias (1936); Dança das Ideias (1939); A Lâmpada Azul do Sonho (1946); Asas Libertas (1950).

O Poema da ÁguaA água também nasce pequenina – nasce gota de orvalho ou de

neblina…A água também tem a sua infân-

cia/ – quando apenas riacho cantarola/ brinca de roda nos redemoinhos/ salta os seixos que encontra/ e faz apostas de corrida – travessa – / por entre as grotas e peraus/ e arranca as flores

que a marginam/ para engrinaldar a cabeleira solta/ sobre o leito revolto das areias…

A água também tem adolescência/ – sonha lagos românticos à lua/ fitando os astros namorados dela/ embevecida em seus olhos de ouro…/ e assim sem-pre amorosa e sonhadora/ vai tecendo e bordando – dia e noite o seu vestido de noiva nas montanhas/ e o seu véu de noivado nas cascatas…

A água também tem maturidade/ – fica serena e grave em rios fundos/ e num destino generoso e amigo/ espa-lha a vida que em si mesma encerra/ semeia bênçãos para o grão de trigo/ abre caminhos líquidos da terra/ e enlaça os povos através dos mares…

A água também tem sua velhice/ - e de ver-lhe os cabelos muitos brancos/ onda lenta de espuma destrinçada/ em neve, nos ares flutuando…/

A água também sofre…e quando sofre/ se faz divina e vem brilhar em lá-grimas/ ou se reflete a dor da natureza/ geme no vento transformada em chuva.

A água também morre…e quando seca/ – e a sua morte entristece tudo:/ choram-lhe, enfim na desolação,/ todos os seres vivos que a rodeiam/ porque ela é o seio maternal da vida/

e de tal maneira ama seus filhos ru-des/ que muitas vezes para os salvar se deixa/ ficar sem o murmúrio de uma queixa/ prisioneira de poços e açudes…

Bendita seja, pois, água divina/ que fecunda, consola, dessedenta, purifica,/e que, desde pequenina,/ feita gota de orvalho,/ mata a sede das plantas entreabertas/ e prepara o festivo esplendor da primavera…/ e que, nascida em píncaros da serra/ vem de tão alto, procurando sempre ter/ um fim de planície e de humilda-de/ até perder, na última renúncia,/ o nome de batismo de seus rios/ para ficar anônima nos mares.

sendo tão rica em oferta, nunca mereceu os cuidados que agora se tornam imperativos.

Os livros registram que em seu leito de morte o poeta e filósofo alemão Johann Wolfgang von Goethe teria murmurado suas últimas

palavras: “Luz, mais Luz! De modo bem menos dramático, mas ainda assim perturbador, é possível ouvir hoje, em várias partes do mundo, as populações sedentas, murmurando: “Água, mais Água”. A escassez é tanta que vários países já brigam

por causa da água – e não mais pelas reservas de petróleo. O Oriente Médio é um dos locais onde mais acontecem e podem acontecer disputas pela água. Aliás, ela já foi motivação para algumas ações em uma área de grande tensão política: em 1967,

durante a Guerra dos Seis Dias, Israel invadiu as Colinas de Golã, na Síria, tanto pela sua posição estratégica quanto pelo fato de essa localidade abrigar as nascentes do Rio Jordão, necessárias tanto para os israelenses quanto para a Jordânia.

Apesar das muitas evidências em contrário, muita gente ainda acredita que o Brasil é rico por natureza, e água não faltará. Bobagem. Como sabem secularmente os nordestinos – e mais recentemente os paulistas – a água some, sim, dos reservatórios, das torneiras e até dos pequenos vasilhames. Em 2015, São Paulo, a maior cidade da América do Sul, entrou em pânico. O sistema Cantareira, que abastece a região, entrou em colapso. Aqui no Nordeste, nem se fala. A seca é cíclica e até já se encarregou de expulsar milhões de pessoas de suas terras. A transposição de águas do S. Francisco é sempre uma esperança de que, daqui pra frente, pelo menos a água de beber não faltará. Tomara! Mas é preciso cuidar do Velho Chico. Vai aí um dado divulgado há poucos dias: o volume de água do rio, trinta anos atrás, era o dobro do que é hoje.

Primeira feira nacional do podrão!

RECEITA DA SEMANA

Além do frango, proteína que está sempre presente no cardápio de quem quer ema-grecer e ganhar massa muscular, o peixe é outra opção leve que, além de trazer diversos benefícios para a saúde, ainda ajuda inovar na dieta. Confira nas nossas receitas de hoje três formas de fazer peixe sem nenhum óleo e ter mais opções no regime.

Sem fritura

Aconteceu no Rio de Janeiro a 1ª Feira Nacional de “Podrões” no último sábado dia 17. Fugindo dos padrões gourmetizados e res-gatando a tradicional comida de rua onde a entrada era gratuita e o visitante só pagou o que consu-miu. Comida para todos os gostos e sabores estavam disponíveis ao público: caldo e sopas, Barraca da Baiana, batata frita, hambúrguer, sanduiches diversos, cachorro quente, churrasquinho, esfiha, açaí, salgados e pastel.

O evento ofereceu ao público várias opções de alimentos hiper-calóricos e com preços populares e segundo os organizadores, a feira é o primeiro evento a reunir co-merciantes de “comida de rua não--gourmetizada”. A ideia é reunir sanduiches, salgados e quitutes que são servidos em quantidades generosas.

O público compareceu em massa com fome e fez fila para a Feira do Podrão mesmo antes de seu início, inclusive durante o

período da tarde ninguém pode-ria mais entrar devido a superlo-tação do evento, até os clientes que estavam dentro do local da feira deixarem o local.

Na resistência ao mundo gas-tronômico existem mercados tra-dicionais espalhados pelo mundo que se mantém e que são procu-rados e frequentados por cidadãos locais e turistas de todo o mundo.Os produtos frescos como frutas, legumes e alimentos tradicionais são algumas das coisas que po-

dem encontrar nestes locais, mas há também espaço para objetos de decoração, roupas, tapetes, espe-ciarias, joias e arte de toda a espé-cie e feitio.

Alguns destes mercados são bastante peculiares e caracte-rísticos de várias cidades brasi-leiras, o que torna estes espaços únicos e imprescindíveis para qualquer turista. Por isto faço o convite para que conheçam quando forem visitar algumas cidades os mercados municipais.

UNIÃO A

Talvez sua avó te-nha passado a vida toda dizendo isso, ou foi a vizinha da casa ao lado ou do quinto andar quem lhe con-tou, ou você leu na Internet, ou ouviu no rádio pela boca de um guru pseudomédico, ou comentaram na te-levisão. O fato é que, geração após geração, mantemos vivos como dogmas o que na rea-lidade são uma série de mitos nutricionais, sem nos preocupar muito em checar sua veracidade.

Lembra daquele tempo quando o café-da-manhã era, segun-do todos os nutricio-nistas, estudiosos e do senso-comum, a refei-ção mais importante do dia? Ou quando nu-tricionistas dizem que o café da manhã é fun-damental para se per-der peso? Essa é uma boa notícia que tenho pra você, pessoa que por acaso não gosta de comer de manhã: tá tudo bem. Mesmo.

Só temos que ter cuidado quando acor-damos, pois a taxa de glicose está baixa e, se não comermos logo, tende a diminuir. Po-dendo ter como con-sequências são mau humor, cansaço, difi-culdade de concentra-ção, sonolência e até desmaio.

Eu acredito que como os nossos hábi-tos de trabalho se in-verteram ao longo dos séculos e hoje temos uma vida muito mais produtiva pós-almo-ço e não pós-café da manhã, sendo assim defendo que a refei-ção que deve ser re-forçada seja o almoço, porém sem negligen-ciar o café da manhã. E, quanto a conclusão de alguns estudiosos é que, para a perda de peso, o café da manhã é só mais uma refei-ção: as calorias dele valem tanto quanto as calorias de qual-quer outra refeição, e o consumo delas não influencia no que você come no resto do dia. No entanto, de acordo com o mesmo artigo do NY Times, cientis-tas concordam que mais experimentos precisam ser feitos antes que tenhamos certeza sobre a real influência do café-da-manhã em nosso me-tabolismo.

Bom apetite!

UNIÃO A João Pessoa, Paraíba - DOMINGO, 25 de março de 2018 Fabio Maia - Professor, gastrônomo, apresentador do Programa Semanal de TV a Degustando Conversas (disponível também no youtube.com/degustandoconversas), palestrante e amante da boa gastronomia

[email protected]

(83) 98604-4633

n Classificação: Prato principaln Tempo de preparação: entre 20min e 2h20min n Dificuldade: Fáciln Porções: 2 Pessoas

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IngredientesIngredientes Ingredientes

Preparo

BOLINHO DE PEIXE LIGHT

FILÉ DE PEIXE COM LEGUMES

ISCAS DE PEIXE SEM ÓLEO

Para estas receitas vamos precisar de:

n 2 batatasn 1 lata de atum lightn 3/4 xícara (chá) de milho em conservan 2 colheres (sopa) de salsinha picadan 1 xícara (chá) de farinha de roscan 1 colher (café) saln 1 colher (café) pimenta-do-reino

1 - Cozinhe as batatas em água fervente por 20 minutos ou até que fiquem macias e passe-as no espremedor.2 - Em um bowl coloque o purê e os ingredientes restantes e misture até obter uma massa lisa e uniforme. 3 - Tempere com sal e pimenta-do-reino e depois faça pequenas bolinhas e leve ao forno até dourar.

n 4 filés de peixe badejon 2 cenouras grandesn 2 pimentões vermelhos e grandesn ½ alho-porón 3 colheres (sopa) de milho verden 1 cebola médian Sal a goston 2 colheres (sopa) de suco de limãon 2 colheres (sopa) de iogurte desnatado

1 - Limpe, lave, corte os legumes e refogue-os com cebola em um fio de azeite. 2 - Regue os legumes com 5 colheres (sopa) de água quente, tempere com sal e deixe ferver. 3 - Enquanto isso, tempere os filés de peixe com suco de limão e sal. 4 - Coloque sobre os legumes, adicione o iogurte, tampe e cozinhe em fogo brando por 20 minutos.

n 200 g de filés de merluza ou pescadaSal a gostoSuco de meio limão1 dente de alho pequeno picado1 colher (sopa) de cebola picada1/2 colher (sopa) de salsa picada1/2 colher (sopa) de cebolinha picada4 colheres (sopa) de vinho branco

1 - Corte os filés em pequenas tiras. 2 - Tempere com sal, limão, cebola, alho, salsa, ce-bolinha e um cálice de vinho branco seco, tudo batido no liquidificador. 3 - Descanse o peixe temperado na geladeira por 2h. 4 - Depois, empane as tiras de peixe em farinha de trigo e leve ao forno com um fio de azeite até dourar.

Vamos cozinhar?

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