BOLETIM GERAL Nº 207 - Polícia Militar do Amapá

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ESTADO DO AMAPÁ QUARTEL EM MACAPÁ - AP POLÍCIA MILITAR COMANDO GERAL 19 DE NOV DE 2018 (2ª FEIRA) =BOLETIM GERAL N° 207= PARA CONHECIMENTO DA POLÍCIA MILITAR E DEVIDA EXECUÇÃO, PUBLIQUE- SE O SEGUINTE: = 1ª PARTE – SERVIÇOS DIÁRIOS = 01 – ESCALA DE SERVIÇO: Para o dia 20 de novembro de 2018 (terça-feira) Superior de Dia (24 horas) Oficial de Operações (24 horas) Coordenador de Operações /CIODES (12 horas) 08h às 08h 08h às 08h 07h às 19h 19h às 07h ... ... ... ... MAJ QOPMC MARCELO CAP QOPMC JANETE CAP QOPMC SALES CAP QOPMC BRITO Oficial do 8º BPM (24 horas) 07h30 às 07h30 ... 1º TEN QOPMA STEVANATTO Oficial DSau (Sobreaviso) ... CAP QOPMS PIMENTEL Permanência – DSau 07h30 às 07h30 ... SD QPPMC JHONATAN CARDOSO Permanência – Psicossocial 07h30 às 19h30 ... 3º SGT QPPME SILVA PONTE Motorista – Psicossocial (Sobreaviso) ... 3° SGT QPPMC ANGELO FAGNER Unidade de Informática (Sobreaviso) ... 1º SGT QPPMC JASON Para o dia 21 de novembro de 2018 (quarta-feira) Superior de Dia (24 horas) Oficial de Operações (24 horas) Coordenador de Operações /CIODES (12 horas) 08h às 08h 08h às 08h 07h às 19h 19h às 07h ... ... ... ... MAJ QOPMC DANIEL CAP QOPMC ELIABE CAP QOPMC MARCOS CAP QOPMC SALES Oficial do 8º BPM (24 horas) 07h30 às 07h30 ... 1º TEN QOPMA CELSON Oficial DSau (Sobreaviso) ... CAP QOPMS SERRUYA Permanência – DSau 07h30 às 07h30 ... SD QPPMC MELO FILHO Permanência – Psicossocial 07h30 às 19h30 ... 3° SGT QPPME JOSE LIMA Motorista – Psicossocial (Sobreaviso) ... 3° SGT QPPMC ANGELO FAGNER Unidade de Informática (Sobreaviso) ... 2º SGT QPPMC GALDINO = 2ª PARTE – INSTRUÇÃO = (SEM ALTERAÇÃO) = 3ª PARTE – ASSUNTOS GERAIS E ADMINISTRATIVOS = 02 - PARECER JURÍDICO Nº 401/2018-GAB/PGE/AP – CONSULTA A RESPEITO DA POSSIBILIDADE DO POLICIAL MILITAR DO EX-TERRITÓRIO FEDERAL DO AMAPÁ RECEBER A REMUNERAÇÃO A POSTOS OU GRADUAÇÕES IMEDIATAMENTE SUPERIORES - TRANSCRIÇÃO Publicação de extrato do Parecer Jurídico nº 401/2018-GAB/PGE/AP, exarado pelo Subprocurador - Geral Adjunto do Estado, Thiago Lima Albuquerque, devidamente homologado pelo Subprocurador-Geral, Julhiano Cesar Avelar, que versa sobre consulta a respeito da possibilidade do Policial Militar do Ex-Território do Amapá receber a remuneração a postos ou graduações imediatamente superiores.

Transcript of BOLETIM GERAL Nº 207 - Polícia Militar do Amapá

ESTADO DO AMAPÁ QUARTEL EM MACAPÁ - AP POLÍCIA MILITAR COMANDO GERAL

19 DE NOV DE 2018 (2ª FEIRA)

=BOLETIM GERAL N° 207=

PARA CONHECIMENTO DA POLÍCIA MILITAR E DEVIDA EXECUÇÃO, PUBLIQUE-

SE O SEGUINTE:

= 1ª PARTE – SERVIÇOS DIÁRIOS = 01 – ESCALA DE SERVIÇO: Para o dia 20 de novembro de 2018 (terça-feira) Superior de Dia (24 horas) Oficial de Operações (24 horas) Coordenador de Operações /CIODES (12 horas)

08h às 08h 08h às 08h 07h às 19h 19h às 07h

...

...

...

...

MAJ QOPMC MARCELO CAP QOPMC JANETE CAP QOPMC SALES CAP QOPMC BRITO

Oficial do 8º BPM (24 horas) 07h30 às 07h30 ... 1º TEN QOPMA STEVANATTO Oficial DSau (Sobreaviso) ... CAP QOPMS PIMENTEL Permanência – DSau 07h30 às 07h30 ... SD QPPMC JHONATAN CARDOSO Permanência – Psicossocial 07h30 às 19h30 ... 3º SGT QPPME SILVA PONTE Motorista – Psicossocial (Sobreaviso) ... 3° SGT QPPMC ANGELO FAGNER Unidade de Informática (Sobreaviso)

... 1º SGT QPPMC JASON

Para o dia 21 de novembro de 2018 (quarta-feira) Superior de Dia (24 horas) Oficial de Operações (24 horas) Coordenador de Operações /CIODES (12 horas)

08h às 08h 08h às 08h 07h às 19h 19h às 07h

...

...

...

...

MAJ QOPMC DANIEL CAP QOPMC ELIABE CAP QOPMC MARCOS CAP QOPMC SALES

Oficial do 8º BPM (24 horas) 07h30 às 07h30 ... 1º TEN QOPMA CELSON Oficial DSau (Sobreaviso) ... CAP QOPMS SERRUYA Permanência – DSau 07h30 às 07h30 ... SD QPPMC MELO FILHO Permanência – Psicossocial 07h30 às 19h30 ... 3° SGT QPPME JOSE LIMA Motorista – Psicossocial (Sobreaviso) ... 3° SGT QPPMC ANGELO FAGNER Unidade de Informática (Sobreaviso)

... 2º SGT QPPMC GALDINO

= 2ª PARTE – INSTRUÇÃO =

(SEM ALTERAÇÃO)

= 3ª PARTE – ASSUNTOS GERAIS E ADMINISTRATIVOS = 02 - PARECER JURÍDICO Nº 401/2018-GAB/PGE/AP – CONSULTA A

RESPEITO DA POSSIBILIDADE DO POLICIAL MILITAR DO EX-TERRITÓRIO FEDERAL DO AMAPÁ RECEBER A REMUNERAÇÃO A POSTOS OU GRADUAÇÕES IMEDIATAMENTE SUPERIORES - TRANSCRIÇÃO

Publicação de extrato do Parecer Jurídico nº 401/2018-GAB/PGE/AP, exarado pelo Subprocurador - Geral Adjunto do Estado, Thiago Lima Albuquerque, devidamente homologado pelo Subprocurador-Geral, Julhiano Cesar Avelar, que versa sobre consulta a respeito da possibilidade do Policial Militar do Ex-Território do Amapá receber a remuneração a postos ou graduações imediatamente superiores.

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(Continuação do BG nº 207 de 19 de Novembro de 2018).

I. RELATÓRIO Cuida-se de consulta formulada pelo Comando da Polícia Militar do Estado

do Amapá, quanto ao contigo no art. 25, caput e §§ 1º e 2º da Lei Complementar nº 0084, de 07 de abril de 2014 (LC 84/14), com redação modificada pela Lei Complementar nº 113, de 09 de abril de 2016.

Em suma, após discorrer sobre aspectos jurídicos afetos ao assunto, busca saber (fl. 04) se “a Polícia Militar poderá designar a função de dois (ou mais) postos ou graduações imediatamente superiores, fazendo jus à remuneração correspondente ao policial militar do ex-Território Federal Do Amapá?”.

II. FUNDAMENTAÇÃO É sabido que, em 1988, foi criado o Estado do Amapá, a respeito do qual o

Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADTC), em seu art. 14, caput e § 2º declara:

Art. 14. Os Territórios Federais de Roraima e do Amapá são transformados em Estados Federados, mantidos seus atuais limites geográficos. (...) § 2º Aplicam-se à transformação e instalação dos Estados de Roraima e Amapá as normas e critérios seguidos na criação do Estado de Rondônia, respeitado o disposto na Constituição e neste Ato.

Conforme citado acima, criado o Estado do Amapá, aplicava-se ao mesmo os ditames utilizados com referência ao Estado de Rondônia, quando este foi alçado à categoria de unidade federativa. Nesse norte, o art. 98 do ADCT declara no seu caput e § 1º:

Art. 89. Os integrantes da carreira policial militar e os servidores municipais do ex-Território Federal de Rondônia que, comprovadamente se encontravam no exercício regular de suas funções prestando àquele ex- Território na data em que foi transformado em Estado, bem como os servidores e os policiais militares alcançados pelo disposto no art. 36 da Lei Complementar nº 41, de 22 de dezembro de 1981, e aqueles admitidos regularmente nos quadros do Estado de Rondônia até a data de posse do primeiro Governador eleito, em 15 de março de 1987, constituirão, mediante opção, quadro em extinção da administração federal, assegurados os direitos e as vantagens a eles inerentes, vedado o pagamento, a qualquer título, de diferenças remuneratórias. §1º Os membros da Polícia militar continuarão prestando serviços ao Estado de Rondônia, na condição de cedidos, submetidos às corporações da Polícia Militar, observadas as atribuições de função compatíveis com grau hierárquico.

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(Continuação do BG nº 207 de 19 de Novembro de 2018).

Percebe-se do cenário constitucional traçado acima, no que tange ao

“estado tucuju” que os militares do ex-Território Federal do Amapá continuarão prestando serviços nesta unidade federativa, na qualidade de cedidos, submetidos aos preceitos inerentes às respectivas corporações militares.

Ainda a respeito dos militares do ex-Território Federal do Amapá, mister

observar o q diz o caput e o § 2º do art. 31 da Emenda Constitucional nº 79, de 27 de maio de 2014 e pela Emenda Constitucional nº 98, de 06 de dezembro de 2017:

Art. 31. A pessoa que revestiu a condição de servidor público federal da administração direta, autárquica ou fundacional, de servidor municipal ou integrante da carreira policial civil ou militar, dos ex-Territórios Federais do Amapá e de Roraima e que, comprovadamente, encontrava-se no exercício de suas funções, prestando serviço à administração pública dos ex-Territórios ou de prefeituras neles localizadas, na data em que foram transformados em Estados, ou a condição do servidor ou de policial, civil ou militar, admitido pelos Estados do Amapá e de Roraima, entre a data de sua transformação em Estado e outubro de 1993, bem como a pessoa que comprove ter mantido, nesse período, relação ou vínculo empregatício, estatutário ou de trabalho com a administração pública dos ex-Territórios, dos Estados ou das prefeituras neles localizados ou com empresa pública ou sociedade de economia mista que haja sito constituída pelo ex-Território ou pela União para atuar no âmbito do ex-Território Federal, inclusive as extintas, poderão integrar, mediante opção, quadro em extinção da administração pública federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 98, de 2017) (...) § 2º Os integrantes da carreira policial militar a que se refere o caput continuarão prestando serviço aos respectivos Estados, na condição de cedidos, submetidos às disposições estatutárias a que estão sujeitas as corporações das respectivas Polícias Militares, observados as atribuições de função compatíveis com seu grau hierárquico e o direito as devidas promoções. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 79, de 2014)

Ao regulamentar a matéria acima, o art. 17 do Decreto Federal nº 9.324, de 2 de abril de 2018 (com redação dada pelo Decreto Federal nº 9.506, de 20 de setembro de 2018) repetiu os termos já dantes existentes no art. 29 da Lei nº 11.490, de 20 de junho de 2007), autorizando que, mediante convênio, o Estado do Amapá fosse autorizado à prática de determinados atos administrativos inerentes à tais servidores, asseverando:

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(Continuação do BG nº 207 de 19 de Novembro de 2018).

Art. 17. Fica a União, por meio do Ministro de Estado do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, autoriza a celebrar convênio de cooperação com os Estados do Amapá e de Roraima e com os seus Municípios para delegação da prática de atos referentes à promoção, à movimentação, à reforma, ao licenciamento, à exclusão, e de outros atos administrativos, previstos nos regulamentos das corporações, na Lei nº 13.681, de 2018, e nas demais leis específicas, referentes aos militares e aos servidores e empregados públicos de que trata este Decreto.

Percebe-se, do cenário jurídico traçado até o momento e do convênio celebrado entre a União, por meio do por meio do Ministro de Estado do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão e o Estado do Amapá, que este se acha autorizado à prática de atos jurídicos afetos aos militares do ex-Território Federal do Amapá, naquilo que for próprio à carreira e desempenho de função.

Pois bem. O questionamento em apreço se funda, basicamente, em relação

à aplicação de dispositivos constantes na Lei Complementar nº 0084, de 07 de abril de 2014 (LC 84/14), a qual estabelece o Estatuto dos Militares do Estado do Amapá.

Aludido compêndio, em seu art. 22, declara que o “cargo militar, corresponde ao posto do oficial e à graduação da praça, de natureza efetiva e previsto em lei específica, com denominação própria e especificado nos quadros de organização das corporações”.

Cargo público é, assim (conforme conceito assaz elucidativo obtido no a

art. 3º da Lei nº 8.112/90), “o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor” e, para efeitos militares, não se confunde com função militar, a qual, nos dizeres do art. 25, caput da LC 0084/14 é o conjunto de obrigações, atribuições de efetivo das respectivas corporações.

Ao dispor sobre o exercício da função militar, em sua redação original, a LC

84/14 permitiria que, militares (tantos federais quanto estaduais, pois não havia distinção) assumissem até duas funções até duas funções superiores ao respectivo posto ou graduação, percebendo a remuneração correspondente, asseverando:

Art. 25. (...) § 1º Os militares, em caráter excepcional, poderão exercer funções militares atribuídas a até 02 (dois) postos ou graduações imediatamente superiores, fazendo jus à remuneração correspondente.

Do contexto acima, tem-se, naturalmente, a diferença havida entre cargo e função. De fato, cargo, “é o que se encontra especificado nos Quadros de Organização

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(Continuação do BG nº 207 de 19 de Novembro de 2018).

das Corporações Militares” enquanto, função militar é o exercício das obrigações inerentes ao cargo militar”.

Como cargo militar não se confunde com função militar, quer-nos parecer

que, sob a ótica militar, tem-se como juridicamente impossível que o servidor ocupe cargo diferente do qual esteja posicionado, o que não ocorre, entretanto, no que tange ao desempenho da função militar.

De fato, como função militar representa “o exercício das obrigações

inerentes ao cargo militar”, visualiza-se a possibilidade de que, a determinado militar, desde que haja previsão legal autorizando tal evento, seja atribuída função inerente ao posto superior.

Sucede que, como o advento da Lei Complementar nº 105, de 22 de

setembro de 2017, foram promovidas a alterações de art. 25 da LC 0084/14, que passou a ostentar a redação seguinte:

Art. 25 (...) § 1º Em caráter excepcional, devidamente justificável, mediante autorização da autoridade competente e quando a ausência acarretar prejuízos consideráveis ao bom funcionamento da administração, os militares estaduais, poderão exercer funções atribuídas a postos ou graduações imediatamente superiores, não fazendo jus à diferença de subsidio do cargo correspondente. (...) § 3º as vedações contidas no § 1º não se aplicam aos militares do ex-Território Federal do Amapá.

Sabe-se que (a teor do previsto no caput do art. 25 da LC 0084/14) para cada posto ou graduação exercido, existe um conjunto de atribuições, inerentes ao cargo militar correspondente. Assim, a título de exemplo, o posto de Coronel, tem suas funções próprias, a graduação de Sargento tem suas respectivas atribuições e, assim, os demais postos e graduações.

Percebe-se que o dispositivo permite ao militar estadual cedido por força

constitucional, seja oficial ou graduado, assumir as funções do posto ou graduação imediatamente superior. Ou seja: o militar, que, por exemplo, ocupe a graduação de Cabo, poderá desempenhar, observados os demais requisitos, as funções da graduação de Terceiro-Sargento.

A diferença reside, em relação aos militares, somente no que tange às

vedações, pois, para os militares estaduais, tal desempenho não enseja o pagamento de diferença remuneratória, vedação que não atinge os cedidos por força de disposição constitucional.

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(Continuação do BG nº 207 de 19 de Novembro de 2018).

Por derradeiro (em atendimento ao item 7 da consulta (fl.04)), observar que

a expressão “funções” (no plural), não indica ausência de limite quanto à assunção destas², senão, mero elemento gramatical de ligação com o termo “militares”.

De fato, lendo o dispositivo examinado (§ 1º, art. 25, LC 84/14), percebe que

o mesmo é hialino ao utilizar a expressão “imediatamente superiores”, vedando qualquer possibilidade de que um militar, estadual ou mesmo oriundo do ex-Território Federal do Amapá, desempenhe função superior à imediata ao cargo que ocupe.

III- CONCLUSÃO: Considerando os termos exposto, a conclusão quanto à consulta

apresentada é a seguinte: 1. Observados os demais preceitos legais, militar estadual ou cedido por

força de disposição constitucional poderá desempenhar as funções do cargo imediatamente superior ao que atualmente ocupe, sendo vedada a assunção de duas ou mais funções superiores por absoluta ausência de previsão legal.

2. Quando for nomeado para assumir função referente ao cargo imediatamente superior, na forma como previsto no item anterior, o militar oriundo do ex- Território Federal do Amapá poderá receber a respectiva diferença de remuneração, preceito que não contempla os militares estaduais.

Remetam-se os autos ao GABINETE DO COMANDO GERAL DA PMAP,

com os meus cumprimentos, para adoção das medidas que fizeram necessárias, notadamente a coleta de manifestação da SAMP, em conformidade com a decisão aqui emanada.

Á superior consideração.

Gabinete da Procuradoria-Geral do Estado do Amapá.

Macapá-AP, 23 de outubro de 2018.

THIAGO LIMA ALBUQUERQUE Subprocurador-Geral Adjunto do Estado”.

Em consequência, a Ajudância Geral, Diretorias, Batalhões, Gabinetes

Militares e demais interessados tomem conhecimento e providências a respeito. (NBG n° 114/2018-GCG/PMAP, de 08 nov. 18).

ALTERAÇÃO DE OFICIAIS 03 – PORTARIA - TRANSCRIÇÃO

PORTARIA Nº 0111/2018 - DOF/PMAP O COMANDANTE GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO AMAPÁ, no uso das

atribuições que lhe são conferidas pelo Decreto Governamental nº 015, de 03 de janeiro de 2017, publicado no DOE nº 6352, de 03 de janeiro de 2017.

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(Continuação do BG nº 207 de 19 de Novembro de 2018).

CONSIDERANDO o Memo. nº 2153/2018 – GCG/PMAP, de 06 de

novembro de 2018. CONSIDERANDO o interesse do Policial Militar em se deslocar até a cidade

de Brasília/DF, no período de 13 a 20 de novembro do corrente ano, a fim de tratar de assuntos particulares.

R E S O L V E: Art. 1 – AUTORIZAR o deslocamento do TEN CEL QOPMC LUIZ TOBIAS

RODRIGUES MENDONÇA, da sede de suas atribuições, do Município de Macapá/AP até a Cidade de Brasília/DF, no período de 13 a 20 de novembro de 2018.

Em consequência: Art. 2 - O deslocamento supracitado ocorrerá sem ônus de diárias ou

qualquer outro encargo financeiro para a Polícia Militar do Estado do Amapá. Art.3 – Em consequência, os diretores da Diretoria de Orçamento e

Finanças, Diretoria de Pessoal, Ajudância Geral e Diretoria de Ensino e Instrução tomem conhecimento e providências a respeito.

Macapá - AP, 12 de novembro de 2018.

RODOLFO PEREIRA DE OLIVEIRA JÚNIOR – CEL QOPMC

Comandante Geral da PMAP ALTERAÇÃO DE PRAÇAS

04 - TRANSCRIÇÃO - DESPACHO - DECISÃO Em atenção ao requerimento protocolado pelo policial militar 3º SGT

QPPME ANTONIO RODRIGUES PASTANA, expediente que originou o processo nº 28740.000924/16-DP, pelo qual fora solicitado prestação de informações em relação ao Curso Especial de Formação de Cabos de 2009, para pretensa solicitação de Promoção em Ressarcimento de Preterição ao posto de 1º SGT QPPME, a contar de 25 de agosto de 2016.

CONSIDERANDO tudo que dos autos consta do processo em epígrafe,

mormente o Requerimento s/nº-DP (fls. 02 a 03) e Manifestação nº 046/18-DP (fls. 04 a 06), os quais o requerente pleiteia saneamento de um ato administrativo ocorrido a mais de 07 (sete) anos, resta configurada a decadência administrativa uma vez que o interessado deixou expirar o prazo previsto para interposição de recurso administrativo apondo retroatividade referente à 22.06.2009 e interpondo requerimento administrativo em 02.09.2016.

R E S O L V E:

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(Continuação do BG nº 207 de 19 de Novembro de 2018).

a) Indeferir o pedido do 3º SGT QPPME ANTONIO RODRIGUES PASTANA. b) Publique-se e arquive-se.

RODOLFO PEREIRA DE OLIVEIRA JÚNIOR - CEL QOPMC Comandante-Geral da PMAP.

Em consequência, o AJG dê publicidade, a Diretoria de Pessoal e o

interessado tomem conhecimento e providências a respeito. (NBG nº 1865/18 – DP, de 08 nov. 18).

05 - PORTARIA – TRANSCRIÇÃO a. PORTARIA Nº 613, DE 23 DE OUTUBRO DE 2018.

Dispõe sobre promoção em ressarcimento de preterição do SUBTEN QPPMC Sebastião da Silva Viana às graduações de 1º SGT QPPMC, a contar de 25 de agosto de 2016 e SUBTENENTE QPPMC a contar de 25 de agosto de 2017, em cumprimento da decisão proferida nos autos do processo nº 0007674-09.2016.8.03.0002.

O COMANDANTE-GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO

AMAPÁ, no uso das atribuições que lhe foram conferidas por meio do Decreto Governamental nº 015, de 03 de janeiro de 2017, publicado no D.O.E nº 6352, de 03 de janeiro de 2017.

CONSIDERANDO o previsto no art. 8º, §2º, art. 19, §1º e art. 67, VI, § 2º,

alínea “b” e § 3º, da Lei Complementar nº 084, de 07 de abril de 2014; Art. 7º, §1º, da Lei Complementar nº. 019, de 26 de novembro de 2002 e os artigos 9º e 25 do Decreto nº 019, de 10 de julho de 1985. Bem como a decisão exarada nos autos do processo judicial nº 0007674-09.2016.8.03.0002.

R E S O L V E: Art. 1º - Revogar, exclusivamente, as promoções à graduação de 1º SGT

QPPMC do policial militar Sebastião da Silva Viana, alusiva a 25 de dezembro de 2016, efetivada por meio da Portaria n.º 850/2016-DP, publicada no BG n.º 233, de 25 de dezembro de 2016 e à graduação de SUBTEN QPPMC, alusiva a 25 de agosto de 2018, efetivada por meio da Portaria n.º 586/2018-DP, publicada no BG n.º 173, de 24 de setembro de 2018.

Art. 2º - PROMOVER policial militar Sebastião da Silva Viana, pelo critério

de ressarcimento de preterição e pelo princípio de antiguidade, à graduação de 1º SGT

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(Continuação do BG nº 207 de 19 de Novembro de 2018).

QPPMC, a contar de 25 de agosto de 2016 e à graduação de SUBTEN QPPMC, a contar de 25 de agosto de 2017.

Art. 3º - Reclassificar o SUBTEN QPPMC Sebastião da Silva Viana na

ordem de antiguidade que passa a figurar na classificação hierárquica da PMAP, logo após o SUBTEN QPPMC Paulo Sérgio do Carmo Ferreira.

Macapá-AP, 23 de outubro de 2018.

RODOLFO PEREIRA DE OLIVEIRA JUNIOR – CEL QOPMC

Comandante-Geral da PMAP.

b. PORTARIA Nº 674 /2018-DP O COMANDANTE-GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO AMAPÁ, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo Decreto Governamental nº 0015, de 03 de janeiro de 2017, publicado no DOE nº 6352, de 03 de janeiro de 2017, e o previsto no art. 67, V da Lei Complementar nº 0084, de 07 de abril de 2014 (Estatuto dos Militares do Estado do Amapá), e o contido no processo nº 340101.2018.00632-Div. Prom./DP.

R E S O L V E: Art. 1º Promover à graduação de CB QPPMC, pelo critério de Tempo de Serviço a SD QPPMC CLERISMAR DE CARVALHO LIMA, a contar de 01 de agosto de 2018.

Art. 2º Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Macapá-AP, 08 de novembro de 2018.

RODOLFO PEREIRA DE OLIVEIRA JÚNIOR- CEL QOPMC Comandante-Geral da PMAP

c. PORTARIA Nº 683 / 2018 – DP O COMANDANTE GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO AMAPÁ, no uso das

atribuições que lhe são conferidas pelo Decreto Governamental nº 0015, de 03 de janeiro de 2017, publicado no DOE n° 6352, de 03 de janeiro de 2017,

CONSIDERANDO a letra “b”, inciso III, § 1º e § 5° do Art. 97 e Art. 100 da

Lei Complementar nº 0084, de 07 de abril de 2014 (Estatuto dos Militares do Estado do Amapá), que trata da agregação de militares;

CONSIDERANDO o Decreto nº 2220, de 12 de junho de 2017, que

regulamenta o Art. 97 da Lei Complementar nº 0084, de 07 de abril de 2014(Estatuto dos Militares do Estado do Amapá);

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(Continuação do BG nº 207 de 19 de Novembro de 2018).

CONSIDERANDO o Art. 21, letra “j” do Decreto nº 022, de 12/07/81 (Decreto

de Movimentação), que trata da adição de militares; CONSIDERANDO o Parecer da Junta Pericial de Saúde da PMAP, Sessão

Ordinária nº 034/18, reunida aos cinco dias do mês de outubro do ano de dois mil e dezoito, publicado no item 6, letra m, da 3ª parte do Boletim Geral nº 202/2018, que considerou incapaz definitivamente para o serviço policial militar, não sendo inválida, a SD QPPMC CICÍLIA MIRANDA BAÍA, do 1º BPM;

CONSIDERANDO o Memo. nº 1953/18- Div. Mob. 06/DP, de 14/11/2018,

que apresentou na Diretoria de Inativos e Pensionistas a SD QPPMC CICÍLIA MIRANDA BAÍA;

R E S O L V E: Art. 1º Agregar a Diretoria de Inativos e Pensionistas da PMAP a SD

QPPMC CICÍLIA MIRANDA BAÍA, a contar de 05 de Outubro de 2018, enquanto tramita o processo de reforma, por ter sido considerada incapaz definitivamente para o serviço policial militar;

Art. 2º Passar a condição de adido ao 1º BPM, a contar da data da

agregação.

Quartel em Macapá-AP, 19 de novembro de 2018.

RODOLFO PEREIRA DE OLIVEIRA JÚNIOR - CEL QOPMC Comandante Geral da PMAP

= 4ª PARTE – JUSTIÇA E DISCIPLINA = 06 - SOLUÇÃO DE SINDICÂNCIA POLICIAL MILITAR

a. Cuida-se em analisar os fatos ensejadores da Sindicância Policial Militar nº 073/2018–Correg/PM, que teve como encarregado o 1º TEN QOPMA ALCEMIRA PEREIRA MIRANDA, instaurada através da Portaria nº 179/18–Correg/PM-Sind, de 17 de abril de 2018, em desfavor do 1º SGT QPPMC EDVALTER ALBUQUERQUE NOGUEIRA e do 2º SGT QPPME JANDSON DE SOUSA MORAES, pelos motivos que passo a expor:

Infere-se dos autos, que o Reclamante, Sr. DIEIME RIBEIRO DE ALBUQUERQUE, formulou reclamação junto ao Ministério Público do Estado, no dia 22 de setembro de 2017, na qual informa que no dia 12 de julho de 2017 teria sido preso por uma guarnição da Polícia Militar do Município de Pedra Branca do Amapari e teria sido levado até o “trilho do trem” e teria sido agredido pelos sindicados, fl. 07.

Nessa senda, após a instrução do feito administrativo e oportunizando aos Sindicados relatarem os fatos, estes negam as acusações aduzindo que estavam em patrulhamento no Município de Pedra Branca do Amapari, quando perceberam

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(Continuação do BG nº 207 de 19 de Novembro de 2018).

algumas pessoas em atitude suspeita e que o reclamante, ao avistar a viatura, tentou se esconder atrás de um veículo.

Diante da fundada suspeita, efetuaram a abordagem dos cidadãos, no entanto o reclamante, desde o momento que a guarnição se aproximou permaneceu proferindo palavras de baixo calão, tentando não se submeter à busca pessoal e incitando seus amigos a se insurgirem contra a equipe.

Nessa senda, foi dada a voz de prisão ao Reclamante pelos crimes de desacato e desobediência, sendo registrado o uso de algema em razão do custodiado encontrar-se bastante exaltado e ter resistido à ação policial, fl. 26, 36 a 39.

É o breve relato Em análise pormenorizada de todo o apurado durante a instrução, extraí-se

que não há como se atribuir responsabilidade disciplinar em desfavor dos Sindicados, pois as acusações do Reclamante não ficaram provadas, notadamente porque o fato teria ocorrido na madrugada do dia 12 para o dia 13 de julho, no entanto o Auto de Corpo de Delito apresentado é do dia 30 de junho de 2017, ou seja, do mês anterior ao fato objeto de apuração, fl. 29.

De mais a mais, consta no Boletim de Ocorrência acostado aos autos, que o Queixoso foi apresentado e recebido pela equipe de plantão na Delegacia de Polícia Civil em condições físicas normais, fl. 26.

Extrai-se ainda, segundo o Boletim de Ocorrência, que a abordagem ocorreu por volta das 00h do dia 13 de julho e registra que o Reclamante foi apresentado às 00h30min, assim é forçoso concluir que o lapso temporal exíguo entre o momento da abordagem e da entrega na Delegacia seria insuficiente para que a equipe se deslocasse até outro local para cometer qualquer ilícito decorrente da atividade policial.

É de bom alvitre ressaltar, que o próprio denunciante disse não haver testemunhas que possam confirmar as acusações, registrando ainda que nem mesmo seu irmão, que estaria em sua companhia, teria presenciado os fatos, fl. 33 e 34.

Observa-se ainda, que em razão desse fato, o Reclamante foi submetido a Processo Criminal nº 0000520-67.2017.8.03.0013, no juízo único da Comarca de Pedra Branca do Amapari, onde foi condenado a pena alternativa de prestação de serviços à comunidade, pelo período de 06 (seis) meses, fl. 31 e 32.

Dito isso, resolvo CONCORDAR COM O PARECER DO ENCARREGADO

e, via de consequência, determinar à SCPI, no prazo de 03 (três) dias úteis: a) Arquivar os autos no Cartório da Corregedoria Geral da PMAP; b) Publicar esta Solução em Boletim Geral.

Macapá-AP, 20 de setembro 2018.

WELLINGTON CARLOS PEREIRA NUNES - CEL QOPMC Corregedor Geral da PMAP

b. Trata-se da análise da Sindicância Policial Militar nº 077/2017–CORREG/PM que teve como encarregado a ASP OF IZONEIDE DAMASCENO CAVALCANTE, instaurada conforme Portaria nº 143/17–Correg/PM–Sind, de 27 de

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(Continuação do BG nº 207 de 19 de Novembro de 2018).

abril de 2017, que buscou informações concernentes a conduta disciplinar do 1º SGT QPPMC WILLIAN DA SILVA BRAGA.

Realizada a instrução probatória, RESOLVO concordar com o parecer do encarregado por vislumbrar indícios de cometimento de Transgressão Disciplinar e Crime Militar na conduta do Sindicado, conforme relatório confeccionado.

Em análise ao procedimento apuratório, passo a relatar brevemente como ocorreram os fatos em relação à conduta do militar sindicado.

Conforme consta nos autos, o 1º SGT QPPMC WILLIAN DA SILVA BRAGA fora escalado para o Policiamento de Rádio Patrulha do 1º BPM - 1º turno, nos dias 02 de janeiro de 2017 e no dia 12 de fevereiro de 2017, fls, 38 e 39, porém, não compareceu para dar cumprimento às referidas escalas.

Em relação ao serviço do dia 02 de janeiro de 2017, o Sindicado alegou que fora acometido de fortes dores estomacais, em razão de que solicitou ajuda de seu amigo enfermeiro conhecido por Everton, o qual lhe orientou a ir até o Hospital São Camilo onde lhe encaminharia para uma consulta médica.

Ao chegar à referida unidade de saúde, o militar sindicado, por intermédio de seu amigo Everton, informou que fora diretamente atendido por um médico, do qual não recorda o nome, sendo atendido sem a necessidade de fazer prontuário.

Após atendimento o militar sindicado informou que esqueceu de solicitar um atestado e pediu a seu amigo que retornasse até o médico para solicitá-lo e seu amigo retornou posteriormente com o atestado em mãos e o entregou.

Sobre a falta ao serviço do dia 12 de fevereiro de 2017 o militar sindicado informou que novamente encontrava-se com fortes dores estomacais e deslocou-se até o Hospital Estadual de Santana em busca de atendimento.

Ao chegar ao Hospital de Santana informou que fora abordado por um funcionário que o reconhecera de uma ocorrência policial, e este se ofereceu para conseguir uma consulta médica sem necessidade de aguardar na fila de atendimento, oportunidade em que fora conduzido à sala de atendimento sem a necessidade de prontuário, sendo atendido normalmente pelo médico, do qual não recorda o nome, assim como, também não recorda se recebeu diretamente do mesmo um atestado médico.

Posteriormente, o militar sindicado homologou ambos os atestados na Policlínica da PMAP. Todavia, no dia 11 de abril de 2017, quando em atendimento para homologação de outro atestado médico, fora observado no prontuário do militar sindicado que os 02 (dois) atestados homologados anteriormente apresentavam indícios de falsificação.

É o relatório. Após análise e apuração do presente procedimento, conclui-se que a

conduta do 1º SGT QPPMC WILLIAN DA SILVA BRAGA amolda-se aos ítens 01 - Faltar a Verdade, 19 - Simular doença para esquivar-se ao cumprimento de qualquer dever policial, 22 - “Faltar ou chegar atrasado a qualquer ato de serviço em que deva tomar parte ou assistir” e 79 - Desrespeitar regras de trânsito, medidas gerais de ordem policial, judicial ou administrativa, do inciso II, do Anexo I do RDPM/AP, além do que, indica o cometimento de Crime Militar descrito no art. 315 do Código Penal Militar, “art.

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(Continuação do BG nº 207 de 19 de Novembro de 2018).

315 - Fazer uso de qualquer dos documentos falsificados ou alterados por outrem, a que se referem os artigos anteriores”, pois vejamos:

Em sua defesa o militar sindicado alegou que sua falta ao serviço se deu por motivo de força maior, eis que passava por problemas de saúde que o forçaram a não apresentar-se para o serviço, utilizando como causa de justificação o item 5 do art. 17 do RDPM, argumentos que não prosperam pelos fatos e motivos a seguir:

Diante dos indícios de falsificação, em diligências, verificou-se que os atestados médicos em questão não foram emitidos pelos respectivos médicos que constam nos documentos, pois os mesmos, Dr. Altamir Nascimento da Silva - Médico Cirurgião, fls. 46 e Dr. Reginaldo Machado de Andrade - Clínico Geral, fls. 23, não reconheceram a autenticidade das respectivas assinaturas e nem das grafias redigidas.

Neste sentido fora realizado exame grafotécnico nos padrões gráficos dos Médicos Altamir Nascimento da Silva e Reginaldo Machado de Andrade, assim como do militar sindicado, e conforme conclusão do Laudo Pericial Documentoscópio, os atestados médicos apresentados pelo militar sindicado são falsificados, confirmando as afirmações dos Médicos Altamir Nascimento da Silva e Reginaldo Machado de Andrade, fls. 81 a 101.

Ademais, durante a apuração do presente procedimento, fora constatado junto ao Hospital São Camilo e Hospital Estadual de Santana, que não consta nenhum registro de entrada do militar sindicado para atendimento médico, fls. 20 e 24, faltou com a verdade, simulando estar doente para esquivar-se do serviço policial militar, constatando-se que o mesmo utilizou-se de documento público e particular falsificados, gerando prejuízos ao serviço policial militar, em virtude de faltas a 02 (dois) serviços, fls. 41 e 42. Mesmo afirmando não saber que tais documentos, eram em tese, falsificados, não se certificou de conferir a autenticidade dos mesmos, uma vez que alegou que não havia recebido das mãos dos médicos durante o atendimento, responsabilidade que cabia a sua pessoa, já que o mesmo era o principal interessado em adquirir os atestados médicos no intuito de justificar os motivos pelos quais teria faltado aos serviços para os quais encontrava-se escalado, informou ter recebido os atestados através de um amigo Sr. Everton, o qual não pôde ser encontrado para prestar esclarecimento, Fls. 59.

Desta forma, verifica-se que seus argumentos não merecem prosperar, pois na condição de policial militar, o sindicado possui deveres regimentares e conhecimento obrigatório, cuja inobservância conduz a responsabilidades na esfera administrativa, assim como, na esfera criminal, demonstrando claramente que houve descaso com as ordens, leis e regulamentos que regem a Corporação Policial Militar. Pelo exposto, verifica-se que são inafastáveis as acusações de responsabilidade disciplinar atribuíveis ao 1º SGT QPPMC WILLIAN DA SILVA BRAGA, pois suas alegações não se fizeram suficientes a ponto de ensejar total desconsideração sobre os fatos, logo RESOLVO enquadrar a conduta do militar conforme os itens 01, 19, 22 e 79 do Anexo I do RDPM/AP, em conformidade com o art. 14 nº 1 do RDPM-AP, com atenuante dos itens 1 e 2 do art. 18, e agravantes dos itens 2 e 3 do art. 19 e sancionar o militar com 03 (Três) dias de DETENÇÃO, Transgressão LEVE, conforme alínea “a” do art. 35, de acordo com o art. 52, item 2, tudo do RDPM, por julgar a punição suficiente e necessária para que reste preservada a disciplina e a hierarquia, que regem as Instituições Militares.

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(Continuação do BG nº 207 de 19 de Novembro de 2018).

Por outro lado, vislumbro fortes indícios de cometimento de Crime Militar, no

que tange ao uso de documentos falsificados (art. 315 do CPM), o que autoriza a instauração de Inquérito Policial Militar para melhor apuração dos fatos.

Destarte, resolvo, por consectário lógico, à SCPI, que, no prazo de 03 (três)

dias úteis adote as seguintes medidas administrativas: a) Publicar esta solução em Boletim Geral; b) À secretaria da Corregedoria Geral, oficiar o Batalhão de origem do

militar, para que o notifique acerca da presente decisão, visando à observação de prazos para interposição de recurso;

c) Retirar cópia das folhas 04, 20, 22 a 24, 38 a 44-v, 46, 80 a 101, a fim de instaurar IPM;

d) Após vencidos os prazos, arquivar o feito no Cartório desta Corregedoria Geral. Macapá-AP, 05 de outubro de 2018.

WELLINGTON CARLOS PEREIRA NUNES – CEL QOPMC

Corregedor Geral da PM/AP

c. Trata-se da análise da Sindicância Policial Militar nº 078/2018–CORREG/PM, que teve como sindicante o 1º TEN QOPMA ELIAS BARBOSA TAVARES, instaurada conforme Portaria nº 189/18–Correg/PM–Sind, de 28 de maio de 2018, que buscou informações concernentes a conduta disciplinar dos policiais militares: 1º TEN QOPMC JONAS SANTOS PEREIRA e SUB TEN QPPMC PAULO SANTOS DE AZEVEDO.

Compulsando os autos, verifica-se que a presente investigação iniciou-se a partir da comunicação realizada através ofício nº 000045/2018 do Núcleo de Garantias, Justiça do Estado do Amapá, Comarca de Macapá, o qual noticiou possível cometimento de crime pelos militares sindicados. Fls. 010 a 016.

Em análise do procedimento apuratório, passo a relatar brevemente como ocorreram os fatos em relação à conduta dos Militares Sindicados.

O 1º TEN QOPMC JONAS SANTOS PEREIRA e SUB TEN QPPMC PAULO SANTOS DE AZEVEDO encontravam-se de serviço no dia 04 de abril de 2018 - 2º Turno, como Oficial de Área e Adjunto respectivamente, os quais foram informados via disk denúncia do BOPE, que na residência localizada na Rua Dos Mucajás nº 510 - Bairro Açaí, havia um veículo Modelo Onix, cor branca, placa QNR 5089, que provavelmente seria produto de roubo.

Ao chegarem ao referido local, constataram a veracidade da denúncia, contactaram com o proprietário da residência, o qual autorizou a entrada dos policiais militares, no momento em que fora indagado sobre o referido veículo, informou que era de seu enteado Weston Pietro Aires Nunes, que encontrava-se em um dos cômodos da residência portando substância supostamente entorpecente “maconha”

Weston Pietro Aires Nunes ao ser indagado sobre o veículo disse que estava guardando-o em sua garagem a pedido de José Antônio Vinagre Morais

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(Continuação do BG nº 207 de 19 de Novembro de 2018).

Júnior que responde pela alcunha de “Júnior Playboy”, se prontificando a

acompanhar os policiais militares até a residência do mesmo. Ao chegarem lá mantiveram contato com a Sra. Marcionilia Ribeiro de Barros - genitora do Sr. José Antônio Vinagre Morais Júnior, que autorizou a entrada dos policiais militares, indicando a localização do quarto do Sr. José Antônio Vinagre Morais Júnior onde fora encontrado porções de substâncias supostamente entorpecente “maconha” e uma agenda preta na qual continham várias anotações, as quais provavelmente, seriam controle de vendas de drogas.

A Sra. Marcionilia Ribeiro de Barros ao ser indagada sobre a localização de seu filho, informou que o mesmo havia se deslocado junto com seu pai até ao Hospital da Mulher para acompanhar suas esposa.

Às proximidades do hospital os mesmos foram localizados transitando num veículo Modelo Classic, placa NET 5048, posteriormente, a equipe do SUB TEN QPPMC PAULO SANTOS DE AZEVEDO deslocou-se de volta para a residência do Sr. José Antônio Vinagre Morais Júnior, onde a equipe do 1º TEN QOPMC JONAS SANTOS PEREIRA o aguardava, momento em que Sr. José Antônio Vinagre Morais Júnior informou o nome de um cidadão conhecido pela alcunha de “Fit”, o qual teria participado do roubo, informando que ele residia nas mediações da ponte do Axé, onde realizaram algumas diligências, porém, sem êxito, então deslocaram-se ao CIOSP do Pacoval para as providências, conforme Boletim de Ocorrência nº PM 05041800190602. Fls. 40 e 41.

É o relatório. Após detida análise de todas as peças que compõe os Autos chega-se a

conclusão de que não restam elementos suficientes para imputar qualquer tipo de transgressão disciplinar ou crime de qualquer natureza, na conduta dos policiais militares 1º TEN QOPMC JONAS SANTOS PEREIRA e SUB TEN QPPMC PAULO SANTOS DE AZEVEDO, posto que as ações descritas nos Autos está em conformidade com o regulamento da Policial Militar, pois vejamos:

Na audiência de custódia, o Sr. José Antônio Vinagre Morais Júnior, relatou que fora vítima de agressões físicas por parte dos policiais militares que o conduziram até o Ciosp do Pacoval.

No presente procedimento relatou que fora conduzido para a estrada do Gadelha, localizado as proximidades da Rodovia do Pacoval onde teria sido supostamente agredido pelos militares responsáveis por sua condução, no entanto, não apresentou qualquer tipo de prova ou testemunha que pudessem comprovar suas imputações. Ademais, fora apresentado no Ciosp do Pacoval conforme o descrito no Boletim de Ocorrência nº PM 05041800190602, em condições normais. Fls. 40 e 41.

Apesar de constar nos autos um Laudo de Constatação que fora realizado no dia 05 de abril de 2018, por volta de 22h30min, com resultado de lesão corporal leve, Fls. 09, o referido laudo não aponta a região onde seriam tais lesões, bem como as possíveis causas das mesmas, arrimado pelo fato do mesmo informar que estava na companhia de seu pai quando fora abordado e conduzido para o Ciosp do Pacoval, e quando perguntado se seu pai teria seguido o itinerário da viatura que o conduziu, respondeu negativamente, contrariando o que fora informado pelos policiais militares,

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(Continuação do BG nº 207 de 19 de Novembro de 2018).

ao informarem que o conduziram diretamente para o Ciosp do Pacoval, sem parar em qualquer lugar.

Portanto, não há nos autos qualquer tipo de prova que possam imputar ao militar sindicado a prática de ação delituosa, visto que não fora comprovada autoria da denúncia seja por meio do suposto denunciante ou através de testemunhas.

Destarte, não resta outro caminho a ser dado ao presente procedimento a

não ser o seu ARQUIVAMENTO, portanto, resolvo, por consectário lógico, à SPCI, que, no prazo de 03 (três) dias úteis adote as seguintes medidas administrativas:

a) Arquivar os autos da presente sindicância no Cartório desta Corregedoria; b) Oficiar o Batalhão de origem dos Policiais Militares para que os cientifique

da presente decisão; c) Publicar esta solução em Boletim Geral.

Macapá-AP, 17 de agosto de 2018.

WELLINGTON CARLOS PEREIRA NUNES – CEL QOPMC

Corregedor Geral da PM/AP

d. Trata-se da análise detida do conteúdo entranhado na Sindicância Policial Militar nº 083/18–Correg/PM, que teve como Sindicante o 2º TEN QOPMA JORGE ANTÔNIO TAVARES GOMES, instaurada conforme Portaria nº 196/18 – Correg/PM-Sind. de 27 de abril de 2018. RESOLVO concordar com o parecer do Sindicante, pois, igualmente, não vislumbro a incidência de Transgressão Disciplinar ou Crime Militar praticado pelo SUB TEN QPPMC GLEYDSON MOURA SILVA, 1º SGT CLÁUDIO DO REIS SIQUEIRA, CB QPPMC FELIPE OLIVEIRA DE VILHENA, SD BRUNO MORENO PERES DA FONSECA, pois vejamos.

O presente feito trata da apuração de possível conduta irregular praticada pelos Sindicados, os quais teriam, em tese, praticado abuso de autoridade durante atendimento de ocorrência policial.

É o breve relatório. Passo a decidir. Compulsando os autos, verifica-se que a apuração se iniciou a partir da

comunicação de notitia criminis no setor de Denúncia desta Corregedoria, em que na ocasião a Srª Lenice dos Santos Silva narrou que uma guarnição do Batalhão de Operações Especiais – BOPE, viatura prefixo 4816, teria violado seu domicilio e danificado a porta Fls. 04.

Extrai-se dos autos que no dia 16 de março de 2018 encontrava-se de serviço na viatura 4816, Batalhão de Operações Especiais – BOPE, Sub Ten QPPMC Moura Silva, comandante, 1º Sgt QPPMC Siqueira, motorista, Cb QPPMC F Oliveira, patrulheiro e Sd QPPMC Moreno, patrulheiro. Fls. 010.

Os autos anunciam que no mencionado dia, por volta das 15h15min, o CIODES comunicou aos Sindicados que estava acontecendo um roubo a um correspondente bancário do Banco do Brasil situado à Rua Santos Dumont, próximo a Avenida 13 de setembro, bairro Buritizal. Fls. 039, 040, 063, 065, 069 e 071.

Ante a informação, os Sindicados se dirigiram ao local do crime e encontraram as vítimas, as quais relataram o ocorrido e as características dos autores do crime. Fls. 040, 063, 065, 069 e 071.

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(Continuação do BG nº 207 de 19 de Novembro de 2018).

Destaca-se que uma das vítimas do roubo teve seu aparelho celular da

marca Iphone subtraído. Merece registro, que tal telefone tem um dispositivo que possibilita apontar com precisão sua localização, desta forma, os Sindicados se deslocaram ao local em que o rastreamento indicava. Fls. 040, 063, 065, 069 e 071.

Neste cenário, os Sindicados conseguiram chegar a uma residência situada à Avenida Quilombo dos Palmares, nº 511, bairro do Muca, abordaram em frente à casa um suspeito que foi imediatamente reconhecido pelo proprietário do telefone celular. Posteriormente, realizaram uma busca no interior do imóvel em que foi encontrado o aparelho subtraído no crime. Fls. 040, 063, 065, 069 e 071.

Em seguida, os Sindicados conduziram e apresentaram a vítima e o adolescente autor do ato infracional à autoridade policial na Delegacia Especializada em Investigação de Atos Infracionais - DEIAI. Fls. 014.

Frisa-se que no dia 21 de março de 2018 a Srª Lenice dos Santos Silva narrou no Setor de Denúncia desta unidade correcional que uma guarnição do Batalhão de Operações Especiais – BOPE, viatura prefixo 4816, teria violado seu domicilio sem autorização e danificado a porta. De plano, foi instaurado o processo administrativo em atenção a fim de verificar o cometimento de transgressão disciplinar. Fl. 04.

Em interrogatório, os Sindicados negam terem cometido às condutas narradas pela vítima e afirmam que foram autorizados. Fls. 063 a 072.

Sopesando aos autos, entende-se que o Sindicado estava em situação de

flagrante de prática criminosa, pois o delito havia acabado de acontecer, caso em que a doutrina denomina de flagrante presumido, situação em que Constituição Federal excepciona a inviolabilidade do domicilio. Sobre o assunto temos o art. 5º, XI, CF e a lição de Távora e Alencar (2017, p. 907):

“Art. 5º, XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial.” “No flagrante presumido, o agente é preso, logo depois de cometer a infração, com instrumentos, armas, objetos ou papeis que presumam ser ele o autor do delito (art.302, IV, CPP). Esta espécie não exige perseguição. Basta que a pessoa, em situação suspeita, seja encontrada logo depois da prática do ilícito, sendo que, o móvel que a vincula ao fato é a posse de objetos que façam crer ser a autora do crime. O lapso temporal consegue ainda ter maior elasticidade, pois a prisão decorre do encontro do agente com os objetos que façam a conexão com a prática do crime.”

No tocante ao possível dano, não há nos autos elementos que corroborem

com a versão relatada pela vítima, sendo imperioso a aplicação do consagrado princípio do in dúbio pro reo.

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(Continuação do BG nº 207 de 19 de Novembro de 2018).

Assim sendo, considerando o exposto, entendo que não há elementos para

imputar Transgressão Disciplinar ou Crime Militar ao SUB TEN QPPMC GLEYDSON MOURA SILVA, 1º SGT CLÁUDIO DO REIS SIQUEIRA, CB QPPMC FELIPE OLIVEIRA DE VILHENA, SD BRUNO MORENO PERES DA FONSECA, pois a conduta dos Sindicados encontra abrigo na exceção constitucional à inviolabilidade do domicílio.

Dito isto, determino à SCPI, no prazo de 03 (três) dias úteis: a) Publicar esta solução em Boletim Geral; b) Arquivar o feito no cartório desta Corregedoria Geral.

Macapá-AP, 24 de setembro de 2018.

WELLINGTON CARLOS PEREIRA NUNES – CEL QOPMC Corregedor Geral da PM/AP

e. Cuida-se em analisar os fatos ensejadores da instauração da Sindicância

Policial Militar nº 085/2018–CORREG/PM, que teve como encarregado o SUB TEN QPPMC DJALMA ANTONIO LEITE MUNIZ, instaurada através da Portaria nº 198/2018–Correg/PM-IPM, de 07 de maio de 2018, em desfavor do 2º SGT QPPMC ELVIS DOUGLAS DA SILVA MESQUITA, pelos motivos que passo a expor:

Cinge-se a controvérsia em apurar as circunstâncias em que se deu a ação policial, que culminou na prisão do Sr. Genivaldo Brasão da Silva, no dia 02 de janeiro de 2018, no município de Tartarugalzinho. Segundo relatos do queixoso, prestados perante o Órgão do Ministério Público, suposto abuso de autoridade, em tese, praticado pelo Sindicado, fl. 11.

Ouvido o Sindicado, este negou as acusações, fl. 72 e 73, declarando que se encontrava de serviço como comandante da equipe quando fora acionado pela Sra. Ilderlane, que relatou que teria sido espancada pelo seu ex-marido, Sr. Genivaldo e pela atual esposa dele, Sra. Tatiane.

Nessa senda, a equipe tomou conhecimento que o suposto infrator havia ido até a Delegacia de Polícia Civil, destarte, imediatamente, dirigiram-se até o local, onde o Reclamante se encontrava sentado aguardando para registrar Boletim de Ocorrência e deu voz de prisão ao queixoso, o qual, após a lavratura o Boletim de Ocorrência nº 002/2018 - 7ºBPM foi apresentado na referida delegacia, juntamente com os demais envolvidos.

Durante a instrução, foram ouvidos o Reclamante, fl. 60, a Sra. Tatiane Maciel Alves (atual esposa do Reclamante) e a Sra. Ilderlane Pantaleão Costa (ex-esposa do Reclamante), no entanto, em tais oitivas, não ficou evidenciado qualquer fato em desfavor do militar.

Eis o breve relato.

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(Continuação do BG nº 207 de 19 de Novembro de 2018).

Em análise pormenorizada, considerando as provas colacionadas nos autos,

observa-se que não há como se atribuir responsabilidade disciplinar ao Sindicado, pois suas declarações são corroboradas pelo Boletim de Ocorrência, ressaltando-se que vítima que acionou a guarnição, Sra. Ilderlane, apresentava lesões na face e escoriações pelo corpo, supostamente provocados pelo Reclamante, fl. 47-V, evidenciando-se a situação de flagrante delito.

Depreende-se ainda que, em razão de tal fato, o Queixoso permaneceu preso na carceragem da referida Delegacia de Polícia Civil, por aproximadamente 20h, e que no dia dos fatos o Reclamante informou já havia uma medida protetiva de urgência, em favor da Sra. Ilderlane, fl. 60.

Pelo exposto, não há como se atribuir responsabilidade por crime comum ou militar em desfavor do Investigado, tampouco indícios de violação de seus deveres funcionais, pois estava agindo, em tese, sob o manto do estrito cumprimento do dever legal.

Dito isso, resolvo CONCORDAR COM O PARECER DO ENCARREGADO

e, via de consequência, determinar à SCPI, no prazo de 03 (três) dias úteis: a) Arquivar a 2ª via no cartório desta Corregedoria Geral; b) Publicar esta homologação em Boletim Geral.

Macapá-AP, 20 de setembro 2018.

WELLINGTON CARLOS PEREIRA NUNES - CEL QOPMC Corregedor Geral da PMAP

f. Cuida-se da análise da Sindicância Policial Militar nº 084/2018–CORREG/PM, que teve como encarregado a 2º TEN QOPMC Edineuza Miranda Alves, instaurada conforme Portaria nº 197/2018-Correg/PM-Sind, de 06 de junho de 2018, que buscou apurar a conduta dos policiais militares: SUB TEN QPPMC Glauber William Souza dos Santos, 2º SGT QPPMC Adacil Dias Gonçalves Filho, CB QPPMC Eduardo Fernandes de Araújo, SD QPPMC Jhony Laubert Braga da Costa, SD QPPMC Kleciu Leal Vilhena e SD QPPMC Bárbara Soares Fonseca.

O presente processo administrativo fora instaurado após parecer opinativo feito pelo Encarregado do Procedimento de Apuração Preliminar nº 010/2018, instaurado previamente para apurar denúncia feita pelo Sr. Clebeson Macedo da Silva, na qual afirmou ter sido vítima de lesão corporal praticada por policiais militares lotados no Batalhão Ambiental e Força Tática, tendo sido inclusive atingido por disparos de elastômero, fls. 06 a 19.

Extrai-se dos autos que na manhã do dia 19 de março de 2018 uma equipe do Batalhão Ambiental fora acionada pelo CIODES para atender ocorrência em um bar localizado bairro Congós, cuja denúncia dizia respeito à poluição sonora praticada desde a noite anterior a denúncia. Ao chegar ao local da ocorrência constataram que a fonte poluidora já havia sido desligada e ainda assim o responsável pelo som fora advertido sobre as implicações do crime de poluição sonora, encerrando assim o atendimento da ocorrência.

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(Continuação do BG nº 207 de 19 de Novembro de 2018).

Ocorre que por volta das 13h27min o CIODES recebeu nova ligação

telefônica informando que o som havia sido novamente ligado, motivo pelo qual a equipe do batalhão ambiental fora novamente enviada para o local, juntamente com mais duas equipes do Batalhão de Força Tática, apoio este solicitado pelo Comandante da VTR do Batalhão Ambiental, uma vez que já tinha mantido contato anteriormente com o responsável pelo som, o qual estava com visíveis sinais de embriaguez alcoólica e o bar localizado em área de ponte.

No local as equipes depararam-se com o proprietário do imóvel acompanhado por um grupo de pessoas, as quais estavam bastante exaltadas e com bebidas alcoólicas nas mãos, os quais seguiram na direção dos policiais, não obedecendo a ordem de que não se aproximassem, sendo necessário disparos de elastômero para dispersar a aglomeração que se formava em volta das equipes.

Eis o breve relato dos fatos. Após detida análise de todas as peças que compõe os Autos chega-se a

conclusão de que não houve irregularidades na ação dos sindicados capaz de imputar eventual transgressão disciplinar ou crime de qualquer natureza em desfavor dos mesmos, sobretudo por ausência da suposta vítima que por diversas vezes não fora localizada, fls. 27, 57 e 78.

Rosicléia da Silva Pinheiro, proprietária do bar e ex sogra de Clebeson, declarou que seu esposo Francisco e o denunciante consumiam bebida alcoólica desde o dia anterior à ocorrência, e, por volta das 06h00min do dia 19 de março solicitou aos mesmos que desligassem o som, os quais mesmo descontentes atenderam a solicitação. Que por volta das 08h00min, dois policiais do Batalhão Ambiental compareceram ao local informando sobre uma denúncia de perturbação do sossego, porém, como o som já encontrava-se desligado nenhum procedimento seria adotado naquele momento. Afirmou que por volta das 09h00min seu esposo e Clebeson voltaram a ingerir bebida alcoólica e a ligar o som.

Relatou ainda que por volta das 12h30min, na companhia de outras 06 (seis) pessoas, deslocava-se para o Balneário da Gruta quando recebeu a informação de que policiais militares haviam invadido sua residência, o que a fez retornar. Já na ponte em direção a sua residência fora abordada pelos militares e informada de que se a equipe precisasse retornar ao local levariam a declarante e seu esposo presos, tendo de imediato seu ex-genro declarado que já haviam desligado o som, sendo então ofendido física e verbalmente por um policial do Batalhão de Força Tática e em seguida outro policial efetuou disparos de arma de fogo, fazendo com que Clebeson desmaiasse, resultando em lesões no lado direito do peito, pescoço e perna.

Aos questionamentos respondeu que apenas seu sobrinho Alan estava com bebida alcoólica nas mãos (garrafa de vinho), que não presenciou os policiais militares adentrarem em sua residência, que o disparo fora feito a uma curta distância, em nenhum momento as pessoas que os acompanhavam ofenderam ou tentaram agredir os policiais militares e por fim, não soube informar o endereço de Clebeson, uma vez que o mesmo havia se separado de sua filha, tendo, inclusive, ateado fogo na residência do casal, fls. 104 a 106.

Por sua vez, a Srª Luanda Pinheiro Rocha, ex- esposa do denunciante ratificou o alegado por sua genitora, divergindo no que se refere à maneira como tomaram conhecimento de que as equipes policiais estariam na residência de sua mãe, afirmando que avistaram 04 (quatro) viaturas da PM passando para a direção da

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(Continuação do BG nº 207 de 19 de Novembro de 2018).

referida residência, motivo pelo qual resolveram retornar, que 08 (oito) pessoas acompanhavam a declarante para o passeio e que no local da ocorrência haviam muitos curiosos, fls. 107 a 109.

As testemunhas CB QPPMC Salim, CB QPPMC Alexvaldo e SD QPPMC T. Lima foram uníssonas em afirmar que estavam de serviço na VTR do Batalhão Ambiental no dia dos fatos e durante a manhã foram designados pelo CIODES a atender ocorrência de poluição sonora, onde puderam constatar o funcionamento de um bar, porém a fonte poluidora já havia sido desligada, motivo pelo qual deram por encerrada a ocorrência e retornaram ao patrulhamento, no entanto, à tarde, a equipe fora novamente enviada para o local, pois havia nova denúncia, e por tratar-se de uma área de ponte, onde momentos antes o BOPE havia feito a prisão de traficantes, tiveram apoio de duas equipes do Batalhão de Força Tática.

No local verificaram que o som estava desligado e obtiveram a informação de que o responsável pelo local havia saído para comprar mais cerveja e ao retornarem para viatura se depararam com a proprietária do bar, seu esposo e aproximadamente mais 10 (dez) pessoas, as quais os policiais do Batalhão de Força Tática tentaram realizar abordagem, momento em que o esposo da proprietária do bar os acusou de terem adentrado em sua residência sem autorização e juntamente com as pessoas que os acompanhava, não obedeceu a ordem para que se afastassem e partiram em direção às equipes policiais, sendo necessário disparos de elastômero para assegurar a segurança das equipes, haja vista que havia muitas pessoas exaltadas no local, as quais estavam com garrafas de bebidas nas mãos. No que concerne ao fato de ninguém ter sido apresentado na Delegacia de Polícia por suposta infração cometida, afirmaram que não fora possível, pois após os disparos todos se evadiram do local, local este de difícil acesso, fls. 66 a 72.

Oportunizado aos sindicados relatarem sua versão dos fatos, estes aduziram que estavam de serviço quando receberam a determinação do CIODES para que dessem apoio ao Batalhão Ambiental no atendimento de ocorrência em área de ponte e ao chegarem ao local entraram em contato com uma senhorita que lhes informou que o aparelho de som já havia sido desligado, em ato contínuo deslocaram em direção a saída da ponte onde encontraram com o cidadão responsável pelo som, advertindo-o para que não mais ligasse o som, pois estaria incomodando os vizinhos. Que o SUB TEN Willian Souza fora empurrado por outro cidadão que incitava a população contra os policiais, tendo sido o mesmo afastado no mesmo momento em que os policiais SD Laubert e SD Bárbara Soares (responsáveis pela segurança da equipe) efetuaram disparos de elastômero a uma distância aproximada de 10 (dez) metros, motivo pelo qual dispersou a aglomeração e não fora possível efetuar a prisão do agressor, aos questionamentos afirmaram que o reclamante não fora em nenhum momento agredido por qualquer membro da equipe e que não adentraram na residência da Srª Rosicléia, fls. 89 a 103, 116 a 120 e 123.

Corroborando com o alegado pelos sindicados fora juntado aos autos o Ofício nº 009/2018-DAL/BFT que em seu conteúdo traz a informação em quais situações há a indicação para utilização de munição de elastômero, dentre as quais consta o controle de distúrbio civil, controle da criminalidade e com o fim de dispersar ou deter infratores da lei, cuja distância indicada varia entre 5 (cinco) e 20 (vinte) metros, fls. 121 e 122.

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(Continuação do BG nº 207 de 19 de Novembro de 2018).

O laudo de Exame de Corpo de Delito juntado às fls. 139 realizado em

Clebeson constatou ofensa a sua integridade física (escoriação em faixa sobre edema traumático ao nível da região do hemitórax esquerdo, escoriação linear ao nível da região esternal, infra hiodea), produzidas por instrumento contundente.

Nessa senda, nota-se que os sindicados agiram de forma a garantir a ordem social, utilizando de meios menos letais (munição de elastômero) para conter os ânimos da população que se opunha a uma ação policial legítima, sobretudo pelo risco a que as equipes policiais foram expostas, haja vista o aglomerado de pessoas em superioridade numérica as equipes policiais.

Dessa feita, é manifesto que imputar a prática de transgressão disciplinar aos sindicados fere o princípio constitucional da presunção de inocência, encartado no artigo 5°, LVII, da CF, o qual “condiciona toda condenação a uma atividade probatória produzida pela acusação e veda taxativamente a condenação inexistindo as necessárias provas”1.

Cumpre mencionar que a Portaria nº 028/2001 (a qual regula o trâmite da sindicância no âmbito da PMAP) em seu artigo 22, § 2º, inciso I, admite “Arquivar os autos, caso não existam provas da existência de irregularidade, ou não esteja provada sua autoria”.

Pelo exposto, não resta outro caminho a ser dado ao presente procedimento

a não ser o seu ARQUIVAMENTO. Assim, DETERMINO, no prazo de 03 (três) dias úteis, as seguintes medidas administrativas:

a) Publicar esta solução em Boletim Geral; b) Oficiar ao Batalhão de origem dos sindicados para que os notifiquem da

presente decisão; c) Arquivar o feito no cartório desta Corregedoria Geral.

Macapá-AP, 19 de setembro de 2018.

WELLINGTON CARLOS PEREIRA NUNES - CEL QOPMC Corregedor Geral da PMAP

g.Trata-se de análise da Sindicância Policial Militar nº 094/2018–CORREG/PM, que teve como encarregado o SUB TEN Clayton Barroso Albuquerque, instaurada conforme Portaria nº 232/18-Correg/PM-Sind, de 05 de junho de 2018, que buscou apurar a conduta dos seguintes militares: CB QPPMC Rômulo Gaia da Silva, CB QPPMC Luiz Otávio Morais Luz Júnior, CB QPPMC Ronne Barbosa Fortado, SD QPPMC Josiel Pantoja Farias, SD QPPMC Danilo de Freitas Fernandes e SD QPPMC Marília Quemmi Amaral Lobato, a qual passo a solucioná-la.

A instauração da presente sindicância foi motivada pelo oficio emanado pela Primeira Delegacia de Santana (folha 06), em que encaminha, dentre outros documentos, Exame Pericial de Corpo de Delito constatando a presença de lesão corporal no Senhor José Charles Batista Lima, conduzido pelos militares sindicados. 1Alexandre de Moraes, Constituição do Brasil Interpretada, Atlas, 2002, p. 385.

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(Continuação do BG nº 207 de 19 de Novembro de 2018).

Após apuração dos fatos que ensejaram o presente procedimento, conclui-

se que eles se deram da seguinte forma: A equipe foi acionada pela central do 4° Batalhão para atender uma

ocorrência de perturbação do sossego. Ao chegar ao local indicado, os militares se depararam com um grupo de

cidadãos com as características indicadas na denuncia. Realizou-se a abordagem. Dois dos abordados foram conduzidos à delegacia de polícia pelos crimes

de Desacato (art. 331 do Código Penal), Resistência (art. 329 do CP) e Porte de Substâncias supostamente entorpecentes.

Dos conduzidos, um é militar do Exercito Brasileiro. Os fatos até este ponto narrados se apresentam incontroversos. Entretanto, o militar do exercito, Senhor José Charles Batista Lima, afirma

que os policiais investigados tomaram as seguintes condutas contra si: � Impediram-no de apresentar sua carteira funcional. � Deram-lhe um forte chute. � Jogaram seu celular no chão quando tentou ligar para o seu superior

hierárquico. � Desferiram tapas e um soco em seu rosto. � Debocharam da sua condição de militar do exército. O outro conduzido, Senhor Marcelo Augusto Costa da Silva, confirma a

versão apresentada por José Charles, acrescentando que nem um dos dois resistiram à prisão, que não são usuários de substâncias entorpecentes e que os produtos ilícitos apresentados na delegacia, pelos militares, não se encontravam na posse dos conduzidos.

Igualmente, a Senhora Jéssica Valente do Nascimento Bezerra, namorada do Senhor Charles, também ratifica a versão apresentada por este e confirma que na ocasião não possuíam substâncias entorpecentes.

Por outro lado, o comandante da equipe que procedeu a abordagem, Cabo R. Gaia (folhas 76 e 77), afirma que o senhor José Charles desacatou os militares com os seguintes textuais: “Vai se fuder policial, sou do exército não posso ser abordado”, sem apresentar sua carteira de identificação funcional.

Afirma que foi dada ordem de prisão ao mesmo pelo crime de desacato, mas ele resistiu à prisão.

Esclareceu que foram encontrados 06 (seis) papelotes de substância supostamente entorpecente com o outro abordado, o Senhor Marcelo, e por isso também lhe foi dada voz de prisão, mas este não resistiu.

Negou, outrossim, qualquer agressão imoderada contra o Senhor José Charles, sendo utilizadas apenas as técnicas de imobilização devido a resistência.

Confirmam a versão apresentada pelo Cabo R. Gaia, na medida do que presenciaram, a SD Quemmi (folha 80), o SD Josiel Pantoja (folha 74 e 75), o SD F. Fernandes (folhas 78 e 79), o CB Luz Júnior (folhas 82 e 83) e o CB R. Fortado (folhas 84 e 85).

Além das oitivas, foi anexado à sindicância o Boletim de Ocorrência (folhas 07 e 08) e um Laudo do exame de corpo de delito (folha 87), em que, neste, se atestam lesões corporais no Senhor José Charles ocasionadas por instrumento contundente.

Foi apensada, também, uma mídia digital (folha 90), mas nenhum fato relevante ali foi visualizado.

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(Continuação do BG nº 207 de 19 de Novembro de 2018).

É síntese do necessário. Após detida análise de todas as peças que compõem os autos, chega-se a

conclusão de que as condutas dos sindicados não tipificam prática de transgressão disciplinar, senão vejamos:

Primeiramente, cumpre destacar o relacionamento afetivo da testemunha Jéssica com o ofendido José Charles, o que inquina seu depoimento de parcialidade.

Dessa feita, os depoimentos dignos de serem avaliados como prova são os das vítimas José Charles e Marcelo Augusto.

Entretanto, as acusações contidas em suas declarações são pontualmente rebatidas pelos depoimentos dos militares, que são todos uníssonos no que alegam.

Para solução deste conflito de declarações, curial lembrarem que os sindicados encontravam-se no exercício de suas funções, pesando em seu favor a presunção de legitimidade e veracidade em seus atos, tomando-se por correta a sua atuação até que se prove o contrário.

Nesta senda, a presunção juris tantum somente poderia ser elidida caso houvesse a comprovação da ilegalidade.

É importante observar que pesa em favor dos sindicados, também, as informações contidas no Boletim de ocorrência (folha 07 e 08). Lá consta que os conduzidos foram recebidos sem lesões.

Ou seja, as lesões verificadas no laudo de exame de corpo de delito somente foram constatadas em momento posterior à sua recepção na delegacia.

Assim sendo, não resta outro caminho a ser dado ao presente procedimento

a não ser o seu ARQUIVAMENTO. Portanto, determino à Subdivisão de Controle e Processos Internos a adoção das seguintes medidas administrativas:

a) Arquivar os autos da presente sindicância no Cartório desta Corregedoria; b) Publicar esta solução em Boletim Geral. c) Encaminhar ao Exército Brasileiro a Cópia do Boletim de Ocorrência

(folhas 007 e 008) e da identidade do militar do exército envolvido nos fatos (folha 89), para as providências que entender necessárias.

Macapá-AP, 20 de setembro de 2018.

WELLINGTON CARLOS PEREIRA NUNES – CEL QOPMC

Corregedor Geral da PM/AP

h. Trata-se de análise da Sindicância Policial Militar nº 099/2018–CORREG/PM, que teve como encarregado o 1° TEN QOPMC Anderson dos Santos Vasconcelos, instaurada conforme Portaria nº 240/18-Correg/PM-Sind, de 11 de junho de 2018, que buscou apurar a conduta policiais militares ainda não determinados, a qual passo a solucioná-la.

A instauração do presente procedimento administrativo foi motivada pelo Memorando da Promotoria de Justiça da Comarca de Porto Grande, a qual solicita a

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(Continuação do BG nº 207 de 19 de Novembro de 2018).

apuração de denúncias de possível formação de milícia privada e do cometimento de outros crimes por parte dos policiais militares lotados nos postos do Distrito do Bailique.

As denúncias foram realizadas pelo Senhor Izac Ferreira dos Santos, sendo ratificadas pelos Senhores Elizeu Ferreira e Benivaldo Custódio (folhas 08, 09 e 10).

Foi instaurada a presente sindicância com sindicados indeterminados, tendo em vista que o denunciante não apontou quem foram os autores das condutas transgressoras.

Assim, buscou-se investigar, primeiramente, quem foram os militares responsáveis.

Para isto, foram oficiados a comparecer para prestar seus depoimentos os Senhores Elizeu Ferreira (folha 018) e o Benivaldo Custódio (folha 019), mas eles não se apresentaram para prestar declarações.

O Senhor Izac Ferreira, apesar de ter sido procurado para ser intimado a prestar esclarecimentos, não se encontrava no seu endereço (folha 022).

O pedido de comparecimento do denunciante e das duas testemunhas foi reiterado, mas eles não se encontravam em suas residências (folhas 024, 025, 026 e 027).

É síntese do necessário. Após detida análise de todas as peças que compõem os autos, chega-se a

conclusão de que o objeto de apuração restou prejudicado, pois o ofendido e suas testemunhas não compareceram para esclarecer a denúncia realizada.

Sobre o depoimento encartado na denúncia, que ensejou o vislumbre de eventual conduta ilícita, é notório que não pode ser utilizada como elemento de informação apto a ensejar uma aplicação de qualquer sanção, pois, além de não imputar a alguém certo a autoria dos fatos, é despido de contraditório.

Assim sendo, não resta outro caminho a ser dado ao presente procedimento

a não ser o seu ARQUIVAMENTO, portanto adoto as seguintes medidas administrativas:

a) Arquivar os autos da presente sindicância no Cartório desta Corregedoria; b) Publicar esta solução em Boletim Geral.

Macapá-AP, 20 de setembro de 2018.

WELLINGTON CARLOS PEREIRA NUNES – CEL QOPMC

Corregedor Geral da PM/AP

i. Cuida-se em analisar os fatos ensejadores da Sindicância Policial Militar nº 112/2017–Correg/PM, que teve como encarregada a CAP QOPMC JANETE BRITO CABRAL, instaurada através da Portaria nº 215/17–Correg/PM-Sind, de 16 de junho de 2017, em desfavor dos seguintes militares: 1º TEN QOPMC WENDEL GONÇALVES DE OLIVEIRA, CB QPPMC JONATAS MORAES MACHADO, SD QPPMC ORLEAN DIAS MENDES e SD QPPMC ALESSANDRO DE JESUS COSTA LIMA, pelos motivos que passo a expor:

Extraí-se que no dia 20 de maio de 2017, por volta das 11h30min, a equipe composta pelos Sindicados foi acionada por um casal, os quais informaram sua casa

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(Continuação do BG nº 207 de 19 de Novembro de 2018).

fora invadida, através do telhado, durante a madrugada, e tiveram vários objetos subtraídos do interior da residência, fl. 14.

Segundo relatos da testemunha, suspeitava que seus pertences estivessem em uma casa abandonada às proximidades, a qual servia como “ponto de consumo de drogas”. Diante da informação, a guarnição efetuou buscas no local, no entanto nada foi encontrado, fl. 062 a 65.

Nesse ínterim, a Sra. Dilma Marques Gomes, pôs-se a gritar com os militares dizendo que estes não poderiam adentrar na casa abandonada, momento em que foi determinado que ela se retirasse do local, já que a casa também não era de sua propriedade, fl. 64 e 65.

Nessa senda, os militares se deslocaram até uma horta, indicada pelas vítimas do furto, quando a mãe da Sra. Joice Serrão Fragoso, ligou informando um sobrinho de da Sra. Dilma, estaria proferindo ameaças destinadas a seu esposo, em razão deste ter acionado a polícia. E quando retornaram da “horta” se depararam com varias pessoas portando pedaços de pau e pedras e confrontaram os policiais, momento em que a testemunha e seu esposo se refugiaram no interior da residência de sua mãe, fl. 64-v.

Segundo relatos, os denunciantes começaram a se insurgir contra a equipe, os quais deram voz de prisão ao Sr. Wellington e solicitaram apoio, no entanto tiveram que se retirar do local, considerando o grande tumulto em torno da ocorrência policial. Nesse momento a Sra. Ozélia Gomes da Luz tentou impedir a prisão de seu filho e assim também recebeu voz de prisão.

É o relatório. Em análise pormenorizada de todo o apurado durante a instrução, extraí-se

que não há provas das acusações alegadas pelos denunciantes e as testemunhas foram uníssonas em afirmar que não presenciaram os Sindicados agredirem qualquer dos denunciantes, fl. 62 a 65.

No outro giro, as testemunhas relatam que sofreram ameaças com pedaços de madeira e pedra, destarte, diante do risco a integridade física tanto das testemunhas quanto dos militares, estes se viram obrigados a dar voz de prisão a um dos infratores e posteriormente à mãe deste, por não respeitar a ação policial.

Extraí-se ainda, no vídeo apresentado pelos denunciantes, que não há provas das agressões relatadas, as quais, segundo os denunciantes, estariam devidamente registradas nos vídeos. Na verdade, o que se vê no vídeo, é os denunciantes tentando evitar a prisão do infrator e, por conseguinte, um dos membros da equipe, o CB QPPMC Machado determinando que a Sra. Ozélia se afastasse, no entanto ela permaneceu relutante em impedir a prisão de seu filho acabou sendo presa.

Observa-se que a equipe estava em inferioridade numérica e teve que ser enérgica diante da confusão generalizada provocada pelos revoltosos, mesmo sem utilizar arma menos letal, conseguiu encerar a ocorrência, agindo no estrito cumprimento do dever legal.

Nesse passo, é de bom alvitre registrar precedentes da 3º Vara Criminal e Auditoria Militar, que acompanha o entendimento do Ministério Público Estadual e do STM, no sentido da absolvição de militares que quando estes agirem sob o manto do

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(Continuação do BG nº 207 de 19 de Novembro de 2018).

estrito cumprimento do dever legal, v.g.: Ação Penal n. 0047588-20.2015.8.03.0001, da lavra do Juiz Auditor Militar DÉCIO JOSÉ SANTOS RUFINO, do qual destacamos o seguinte trecho da sentença:

(..) Digo isso porque, se uma das supostas vítimas tentava impedir o acusado de realizar a detenção de seu filho infrator, até admitindo realmente ter “partido pra cima” do acusado, e vendo-se o réu numa situação de revolta dos moradores de um local conhecido pela ocorrência de diversos crimes como homicídios, roubos e tráfico de drogas, a retorção com uso de força pelos agentes do Estado mostra-se uma medida legítima e inserida no âmbito do dever funcional. Ou seja, fazer valer o poder de polícia estatal Neste sentido: “[...] Na vida Militar, sempre obediente aos cânones inscritos no ordenamento jurídico do país e aos princípios da hierarquia e da disciplina, muitas vezes se depara com situação em que não se pode exigir do soldado conduta diversa da que adotou, como foi o caso concreto com que se deparou a sentinela e que o colocou ao abrigo da excludente de ilicitude, insito no Art. 42, II, do COM [...]” STM – AP 47.876.0-PE, Rel. Min. Gen. Ex. José Sampaio Maia, j. Em 07.1097. Destarte, é inadmissível a condenação do policial acusado, pois certo que somente usou apenas da força necessária, diante da resistência da vítima obstruindo o trabalho da polícia militar, agindo ele, portanto, no estrito cumprimento do dever.

Observa-se que não se pode exigir conduta diversa dos Sindicados, pois estes estavam em situação em que foram postos ao abrigo do estrito cumprimento do dever legal e só não realizaram mais prisões, pois se encontravam em inferioridade numérica em relação aos revoltosos. Ademais, as testemunhas apresentadas pelos denunciantes possuem relação de parentesco e estavam diretamente envolvidas no fato.

Quanto às fotos apresentadas no pendrive, estas não possuem valor probante, pois não foram produzidas pela perícia, logo não se pode relacionar com o fato, ficando prejudicado o nexo de causalidade.

De igual modo, o mesmo se diz a respeito ao Laudo de Exame de Corpo de

Delito, fl. 081, que atestou escoriação e equimose malar esquerda no Sr. Esmael da Luz Araújo, realizado dois dias após os fatos, pois este não foi preso no dia da ocorrência, não restando evidenciado incontestável nexo de causalidade entre a lesão e a ação policial, tampouco se pode estabelecer a autoria, e ainda que houvesse, insta-nos ressaltar a excepcionalidade situação diante dos revoltosos, no momento da

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(Continuação do BG nº 207 de 19 de Novembro de 2018).

ocorrência. Nesse sentido o Juiz Auditor Militar DÉCIO JOSÉ SANTOS RUFINO também se manifestou, in verbis:

“Aliás, ao que alude o laudo pericial referido acima, as lesões leves atestadas pela perícia são de pequena monta, tais como escoriação e equimose, perfeitamente compatíveis com a dinâmica que os militares narram para o comportamento da vítima e a resposta que lhe fora oferecida para possibilitar o domínio eficiente.” AP n. 0047588-20.2015.8.03.0001 – 3º Vara Criminal e Auditoria Militar de Macapá. (grifamos)

Pelo exposto, considerando que não houve disparos de arma de fogo,

tampouco ocorrência de lesão grave, e cercando-se dos precedentes da justiça castrense acima ressaltado, restou patente que fica afastada a responsabilidade disciplinar dos Sindicados, pois estes agiram dentro das Diretrizes Operacionais da Instituição e considerando que a única testemunha é irmão e/ou tia dos reclamantes e possui ligação direta com o fato, ficou prejudicada imputação de qualquer violação dos deveres laborais supostamente atribuídos aos Sindicados.

Dito isso, resolvo DISCORDAR DO PARECER DA ENCARREGADA,

AVOCAR a presente Sindicância Policial Militar e, via de consequência, determinar à SCPI, no prazo de 03 (três) dias úteis:

a) Arquivar os autos no Cartório da Corregedoria Geral da PMAP; b) Publicar esta Solução em Boletim Geral.

Macapá-AP, 20 de setembro 2018.

WELLINGTON CARLOS PEREIRA NUNES - CEL QOPMC

Corregedor Geral da PMAP

j. Trata-se da análise da Sindicância Policial Militar nº 119/2018–CORREG/PM, que teve como sindicante o SUB TEN QPPMC RODRIGO DE ALMEIDA MONTE VERDE, instaurada conforme Portaria nº 272/2018–Correg/PM–Sind, de 20 de julho de 2018, que buscou informações concernentes a conduta disciplinar do SD QPPMC JOAQUIM VIEIRA DOS SANTOS NETO, RESOLVO discordar do parecer do sindicante no sentido de entender que não há indícios de cometimento de transgressão disciplinar na conduta do militar sindicado, pois vejamos:

O presente Processo originou-se através das medidas administrativas dadas à Solução da Sindicância nº 156/2016-Correg/PM, conforme documentos Fls. 15 a 17, anteriormente instaurada em desfavor do 1º SGT QPPME Jamoari da Cruz Maciel, na qual possivelmente havia indícios de cometimento de transgressão da disciplina por parte do SD QPPMC JOAQUIM VIEIRA DOS SANTOS NETO, o qual havia figurado na condição de testemunha.

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(Continuação do BG nº 207 de 19 de Novembro de 2018).

Em análise do procedimento apuratório, passo a relatar brevemente como

ocorreram os fatos em relação à conduta do Militar Sindicado. No dia 29 de janeiro de 2016, o SD QPPMC JOAQUIM VIEIRA DOS

SANTOS NETO, encontrava-se em frente à Boate Gol no Município de Santana, momento em que o 1º SGT QPPME Jamoari da Cruz Maciel aproximou-se do mesmo e solicitou que este guardasse sua arma de fogo, uma vez que não poderia entrar na referida boate portando seu armamento.

Desta forma, o SD QPPMC JOAQUIM VIEIRA DOS SANTOS NETO recebeu o armamento e o guardou em seu veículo, vindo a devolvê-lo em seguida, num intervalo de 30min.

É o relatório. Após detida análise de todas as peças que compõe os Autos chega-se a

conclusão de que não restam elementos suficientes para imputar-lhes qualquer tipo de transgressão disciplinar ou crime de qualquer natureza, na conduta do SD QPPMC JOAQUIM VIEIRA DOS SANTOS NETO, posto que as ações descritas nos Autos está em conformidade com o regulamento da Policia Militar, pois vejamos:

Oportunizado ao militar sindicado o direito do contraditório e ampla defesa,

este informou que apenas guardou o armamento em seu veículo e que em menos de 30min o devolveu ao 1º SGT QPPME Jamoari da Cruz Maciel, ou seja, verificou-se que o armamento não fora entregue a qualquer pessoa e sim a um policial militar, o qual tomou todos os cuidados pertinentes para mantê-lo longe do alcance de outras pessoas, uma vez que do local onde se encontrava podia visualizá-lo e impedir que o referido veículo fosse alvo de qualquer investida criminosa, portanto, sua conduta fora pautada dentro dos limites legais, pois não causou qualquer tipo de prejuízo para a Administração Militar.

Destarte, não resta outro caminho a ser dado ao presente procedimento a

não ser o seu ARQUIVAMENTO, portanto, resolvo, por consectário lógico, à SPCI, que, no prazo de 03 (três) dias úteis adote as seguintes medidas administrativas:

a) Arquivar os autos da presente sindicância no Cartório desta Corregedoria; b) Oficiar o Batalhão de origem do Policial Militar para que os cientifique da

presente decisão; c) Publicar esta solução em Boletim Geral.

Macapá-AP, 28 de Setembro de 2018.

WELLINGTON CARLOS PEREIRA NUNES – CEL QOPMC

Corregedor Geral da PM/AP

k. Trata-se da análise da Sindicância Policial Militar nº 123/17–Correg/PM, que teve como sindicante o 1º TEN QOPMA FÁBIO BARBOSA DA SILVA, instaurada conforme Portaria nº 195/17 – Correg/PM–Sind, de 30 de maio de 2017, que buscou apurar a conduta do militar 2º TEN QOPMC MARLON JOSÉ DE SOUZA NOBRE.

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(Continuação do BG nº 207 de 19 de Novembro de 2018).

O fato ora analisado ocorreu no dia 28 de junho de 2017, quando os

militares, Marlon José e a CB QPPMC Lidiane de Nazaré Queiroz de Castro, á época viviam em união estável, travaram discussão que culminou em agressão física mútua.

A priori, não há na conduta dos militares, principalmente na do oficial que é

sindicado, qualquer ato que caracterize transgressão disciplinar, pois as circunstâncias em que ocorreram os fatos são completamente alheias à proteção das normas militares, pois ocorreram longe de sua proteção.

Ressalta-se que os atos de agressão praticados entre homem e mulher, em

uma relação matrimonial, em que a mulher é agredida, seja física ou psicologicamente, recaem sobre o autor do crime a incidência de legislação especial, não existindo competência na a legislação militar para processamento, tampouco há normatização no âmbito Administrativo.

É possível observar que há indícios de crime comum praticado pelo

sindicado quando agrediu a CB Lidiane Castro, no entanto, não há na legislação disciplinar militar, conforme já dito, fundamentação para exercer o poder disciplinar contra o sindicado, salvo se sua conduta ferir o pundonor policial militar ou que denigra a imagem da corporação perante a sociedade, o que não foi o caso.

Assim, ainda que seja comprovada a autoria e materialidade dos fatos não

cabe ao Direito Militar e, tampouco as normas disciplinares, atuarem em desfavor do envolvido, pois estaria desempenhando atribuições que não lhe são de sua competência.

É fato que, mesmo não havendo razão para punir o militar neste Processo

Administrativo, não há como eximir sua responsabilidade perante as normas do Direito Comum.

Deste modo, determino o ARQUIVAMENTO do processo e decido pelas

seguintes medidas administrativas. a) Arquivar os autos do processo no cartório desta Corregedoria Geral; b) Publicar esta solução em Boletim Geral.

Macapá-AP, 20 de setembro de 2018.

WELLINGTON CARLOS PEREIRA NUNES – CEL QOPMC Corregedor Geral da PM/AP

RODOLFO PEREIRA DE OLIVEIRA JÚNIOR– CEL QOPMC Comandante Geral da PMAP

ABDS/fddav.