As Crônicas de Wesley - 365 dias de Glória e-book

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Aos meus familiares, que tornaram possível esse mini-sonho: Meus irmãos

William, Leandro, Fernando, Gabriel, André, Filipe e Vítor; minha irmãzinha

Isabele e meus pais, Antônio e Verônica.

E à minha doce namorada, que fez da minha vida uma caixa de chocolates.

Palavrinha do autor:

Para evitar paradas cardio-mentais, excesso de stress ou perda de fé na humanidade, aconselho os professores de português ou qualquer pessoa que adore o português lindamente escrito a manterem no mínimo cem metros e meio de distância das próximas páginas.

Vocês irão encontrar aqui uma variedade de erros que já foram inventados e outros nunca antes presenciados em toda a face da humanidade.

Esse livro é contra indicado em casos de suspeita de dengue por conter partes pequenas que podem ser engolidas.

Quando eu criei As Crônicas de Wesley, não possuía habilidade quase nenhuma para o desenho; nunca havia feito uma tirinha e minha mesa digitalizadora havia ficado tanto tempo parada que tinha poeira suficiente para abrigar formigueiros, ou seja... Eu era o cara perfeito para ter criado isso.

Esse livro nada mais é do que uma compilação de todas as crônicas já postadas oficialmente na série online. É... Eu sei que são tirinhas, e não crônicas, mas as tirinhas são minhas e eu vou chamar elas de crônicas.

Trago aqui os meus agradecimentos a todos que me acompanharam, me incentivaram e me ajudaram a melhorar nesse período de um ano em que a primeira e a segunda temporada foram lançadas. Ao comprar esse e-book, vocês me ajudaram a financiar novos projetos em minha vida. Sei que vai ter gente pra caramba copiando e disponibilizando online de graça, mas espero que entendam que o intuito desse lançamento não é uma cobrança. O intuito de quem compra esse e-book é me agradecer pelos serviços já prestados e me incentivar a continuar.

Agradeço a todos que me ajudaram nesses 365 dias de glória.

Lembra quando você fez algo e achou a coisa mais espetacular já criada por mãos humanas, mas depois de algum tempo você olhou para trás e viu que na verdade aquilo era tão feio e constrangedor que você começou a sentir que teve uma vida estragada?

Então...

As próximas 20 tirinhas traduzem essas palavras em imagens.

Dizem que as imagens valem mais que mil palavras...

Essas próximas 20 tirinhas juntas não devem valer mais que 100.

Só para vocês sentirem o nível da coisa: Todas as tirinhas deveriam vir acompanhadas de um comentário top, mas as cinco primeiras tirinhas são tão bugadas que nem mereceram ter o nome de alguém acompanhando.

Para a informação dos desinformados: A palavra “Mizéra” será usada loucamente nas próximas tiras.

Mizéra é a forma massa de se falar “miséria”, que por sua vez significa fraqueza, estado de penúria.

Essa palavra é usada principalmente na Bahia.

Ok... eu contei errado. Na verdade foram 4 tirinhas podres.

Mas a partir de agora a coisa até que começa a ficar tranquila, embora o personagem ainda mude de fisionomia em cada tirinha.

Ok. Foi mais ou menos por aqui que o personagem começou a fixar sua aparência, deixando agora de ser essa metamorfose ambulante.

Foi nesse ponto da história que surgiu o primeiro e tosco rascunho do segundo personagem principal da série, meu irmão Leandro.

Aí então surgiu um momento legal em minha vida.

Eu havia construído o personagem em cima de um jargão usado por mim em meu dia-a-dia na Bahia, mas comecei a receber muitos recados falando que “a página era ótima, só faltavam tirar os palavrões”.

Palavrões. Esse para mim sempre foi o sugador de caráter mais eficiente já inventado pelo capiroto.

Aos poucos as pessoas vão tornando sua linguagem cada vez mais nojenta e inculta quando aceitam usar de palavrões para complementar seus diálogos. Hoje principalmente no Brasil alguns palavrões caíram na boca do povo e viraram “palavras normais”. Isso prova que o caráter abaixou tanto que nem sequer a pessoa liga para o que diz.

Depois de muito pesquisar, descobri que a palavra “Mizéra” em outras partes da pátria amada tem significados variados que vão desde “coisa sem valor” até “capeta”. Em alguns outros lugares essa palavra tinha os piores significados que minha mente nunca imaginou imaginar.

Então fiz o que fiz na próxima tirinha:

Eis que surge Filipe, o Câncio.

Dono de uma inteligência espetacularmente absurda, Filipe Câncio é meu fiel escudeiro.

Na verdade eu não sei bem ao certo quem é o ajudante de quem, pois nos ajudamos mutuamente à medida que a coisa vai ficando preta.

Câncio é o único personagem com sobrancelhas até a segunda temporada. Coloquei as sobrancelhas lá porque tinha medo de elas virem atrás de mim caso eu não as colocasse nos seus devidos lugares. Durante os primeiros dias da amizade eu achei seriamente que Câncio portava dois esquilos na testa. Depois de algumas semanas percebi que faziam parte do seu rosto.

Ele resistiu durante meses ser colocado em alguma das tirinhas, no entanto em um belo dia ele simplesmente permitiu que eu o fizesse, e o resultado foi bem agradável:

2º TEMPORADA Revolta, medo, indecisão.

A segunda temporada foi um banho de sangue.

A escola apertou, o trabalho apertou, a família apertou, o aperto apertou até que eu resolvi fazer algo mais simples, porém complexo.

Foi difícil para mim largar o antigo estilo que suei tanto para elaborar, no entanto o novo estilo se provou bem funcional enquanto o tempo passava e eu me aperfeiçoava.

A primeira tirinha com novo estilo recebeu apenas comentários como:

“Ficou ó... Uma bosta”

“Lixo”

“Volta, Wesley, pelo amor que você tem aos seus filhos”

Não foi nada animador. Se eu ainda sentisse tristeza em minha vida, com certeza esse seria um dos momentos em que eu mais sentiria. Simplesmente não dava pra prosseguir com o estilo antigo, que demandava bem mais tempo do que eu dispunha.

Então eu me vi forçado a prosseguir, mesmo com todos falando que tava um lixo².

Foi mais ou menos por aqui que eu percebi que os plágios da página estavam fugindo do controle.

O meu novo estilo “fácil” abriu uma porta de entrada para vários pivetes-sem-o-que-fazer ficarem copiando o meu trabalho.

Começaram a surgir absurdas páginas com variações de “As Crônicas de xxxxxxx” seguindo o mesmo estilo usado em minhas tirinhas.

Até hoje algumas sobrevivem na sombra das minhas crônicas...

PAUSA TOTAL Parem o mundo! Ok, pararam? A tirinha a seguir foi baseada em uma épica história feita por Wesley M. Silva e Filipe S. Câncio que narra a breve vida de uma pomba condenada à morte pelo destino irônico. Segue a história propriamente dita:

Pomba morta Eu era uma linda pomba… bonita, na verdade… Ok, eu era feia. Não preciso mais mentir. Estou morta. Coisa linda demais, uma pomba feia e morta. Viva eu já não valia nada, agora morta eu tô valendo menos ainda. Tudo começou quando eu nasci, mas não sei quando, nem onde nasci. Creio que sou uma espécie de alienígena vindo já adulto de algum lugar do universo. Não conheço pombas filhotes, não lembro de quando era filhote, não sei nem sequer como se faz um filhote… Eu ia descobrir em breve, com meu querido Jacobino, a pomba macho mais linda desse mundo. Mas morri. … Merda, eu morri. O quê que eu faço agora? Eu não sei como morri, lembro-me apenas de ter acordado como em qualquer outro dia normal: Meu intestino grosso estava cheio daquela caca branca com detalhes verdes adornados. Minhas asas estavam loucas para voar e minha mente perversa estava doida para sujar os ternos dos executivos antes que chegassem ao trabalho. E Jacobino… Ah! Jacobino… Minha linda e seduzente pomba macho já estava me esperando na gárgula ao lado. Até aí tudo bem. Saímos um pouco, sujamos uns ternos, comemos alguns pãos jogados no chão pelos velhinhos sem expectativa de retorno a uma vida prazerosa. Eu não sei o que deu erra… Ah sim! A águia! Havia uma águia… Ela era horrenda, e estava vindo em nossa direção. Jacobino, forte e poderoso abriu as asas, estufou o peito e gritou: “Morre sozinha, vadia!” E partiu. E a águia continuava vindo em minha direção. Eu entrei em desespero e não sabia mais como deveria reagir. Então a águia chegou bem próxima a mim, e por minha surpresa, passou direto, voando atrás de Jacobino. –Receba, corno! - eu piei. -Vai morrer, desgraçado! Eu estava estupidamente feliz porque aquele pombo raquítico tinha se lascado. Então comecei a voar de volta pra casa. Iria buscar uma nova vida. Iria arranjar um novo namorado. Mas fui atingida por um tolete de fezes ejetado de um Boeing. E morri cagada.

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Abraço e bejo na testa de toda a equipe. Vlw, flw. Amamus vocês.