Arildo Miguel Crespan Frederico Westphalen 2009

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Arildo Miguel Crespan Frederico Westphalen 2009 PÃO PARA TODOS

Transcript of Arildo Miguel Crespan Frederico Westphalen 2009

Arildo Miguel Crespan

Frederico Westphalen2009

PÃO PARA TODOS

2009 by Arildo Miguel Crespan?

Impresso no BrasilPrinted in BrazilRua Maurício Cardoso, 705 - Fone: (55) 3744 3340

CEP 98400-000 - Frederico Westphalen - RSwww.grafimax.com.br

Fotos: Foto Chapa e arquivo da famíliaRevisão: Arildo Miguel Crespan e Idoli Contini Crespan

Organização: Arildo Miguel Crespan e Idoli Contini CrespanDiagramação e impressão: Grafimax Editora Gráfica

Capa: Grafimax Editora Gráfica

Catalogação na fonte: Maria de Fátima Obelar Hernandes. CRB 10/1527

C94p Crespan, Arildo Miguel Pão para todos. / Arildo Miguel Crespan. -- Frederico

Westphalen: Grafimax, 2009.

244 p.

Incluí dados biográficos

ISBN

1. Panificação 2. Padaria - Vilas 3. Pão - HistóriaI. Crespan, Arildo Miguel II. Título

CDU – 664.6 CDD – 664.752

978-85-98253-06-0

DEDICO ESTE LIVRO QUE GOSTARIA DECHAMÁ-LO DE UM PROJETO DE VIDA A ALGUMAS

PESSOAS QUE SÃO AS COLUNAS DA MINHA FORTALEZA

*MINHA ESPOSA IDOLI CONTINI C.

COMPANHEIRA DE TODAS AS HORAS.

* AO Pe. LEONIR A. FAINELLOAMIGO E INCENTIVADOR.

* A MINHA MÃE TRANQUILLA E AOS MEUS DEZ IRMÃOS.

* A Dra. FÁTIMA DEITOSEXCELENTE DOUTORA E AMIGA.

*AS MUITAS PESSOAS VOLUNTÁRIAS QUE ME ACOMPANHAM NESTA BONITA CAMINHADA.

*AS PARTICIPANTES DAS VILAS CARENTES, QUE SÃO A RAZÃO DESTA AÇÃO CONCRETA.

*AOS PARTICIPANTES DA REDE CONCERTO SOCIAL.

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 7

INTRODUÇÃO 13

UMA CIDADE PARCEIRA COM O PÃO PARA TODOS 19

PROJETO COMPLETO

METODOLOGIA 117

- ÁREA VERDE 127- LINHA 21 DE ABRIL 133- VIADUTO 138

HISTÓRIA DO PÃO NA LINHA DO TEMPO 145

FOTOS DE DIVERSOS MOMENTOS VIVIDOS NA ONG 153

CONSTRUÇÃO DE PADARIAS EM VILAS CARENTES 27

O SÍMBOLO DO PÃO DE SANTO ANTÔNIO 45

SÃO ROQUE E O PÃO DIÁRIO ENVIADO POR DEUS LEVADO POR UM CÃO AMIGO E FIEL 73

PROJETO RESUMIDO “TRANSFORMAR MÃOS QUE PEDEM EM MÃOS QUE FAZEM” 75

UMA INSPIRAÇÃO DIVINA: MENINO JESUS DE PRAGA 83

FAZES DA CONSTRUÇÃO DO MÓDULO PILOTO - PADARIAS EM VILAS CARENTES 127

PLANTA FACHADA DO MÓDULO PILOTO DE PADARIA 151

PLANTA BAIXA DO MÓDULO PILOTO DE PADARIA 152

O CAMINHO DOS MOINHOS 165

PROJETO COMPLETO ”TRANSFORMAR MÃOS QUE PEDEM EM MÃOS QUE FAZEM” 51

“EDUCANDO PARA A CIDADANIA” 91

MATÉRIAS JORNALÍSTICAS 173

O PÃO NO LESTE EUROPEU E NA BÍBLIA 181

REDE CONCERTO SOCIAL 191

REDE DE PARCERIA SOCIAL 199

REDE DE PADARIAS 203

UMA ESQUINA CHEIA DE SOLIDARIEDADE 229

ORAÇÃO “PÃO PARA TODOS” 242

A IGREJA, O PÃO, A FOME E A BÍBLIA 185

PADEIRO POR UM DIA 207

PARCERIAS 215

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APRESENTAÇÃO

Depois de ter trabalhado por trinta anos (1975-2005), no Colégio Agrícola Federal de Frederico Westphalen, pertencente a Universidade Federal de Santa Maria,

tendo trabalhado como diretor por dez (10) anos e professor daquela instituição, e de ter sido pioneiro no Brasil, na execução da Metodologia Escola Fazenda, (título concedido na época pelo CENAFOR), aplicada nas aulas práticas (DM = Demonstrativo de Método), que tem como princípio o “Aprender Fazendo”, juntamente com minha esposa Idoli, resolvemos aplicá-la na educação informal nas vilas carentes de nossa cidade. Este peregrinar pelas vilas iniciou no ano de 1989. Portanto é uma caminhada de 20 anos, aplicando questionários, fazendo reuniões, levando os alunos futuros técnicos a vivenciarem esta realidade de exclusão.

Ao mencionarmos a Universidade Federal de Santa Maria, gostaria de relembrar, os anos saudosos que passamos primeiramente como estudante, onde colamos grau em Filosofia (1971), Agronomia (1975), e Mestrado (1980). Depois fazendo parte do quadro de docentes da mesma, no campus de Frederico Westphalen. Queremos dizer que está sendo um privilégio, caminharmos na companhia de uma Universidade Federal desta Envergadura. Diante de laços tão fortes que marcaram e estão marcando nossas vidas, não poderia

deixar de externar minha eterna gratidão. Muito, muitíssimo obrigado UFSM/CAFW. Esta obra que aqui apresento, tornando pública parte da minha modesta vida, é o que de mais caro e precioso está dentro de mim, que é a profunda sensibilidade com nossos semelhantes necessitados, com as causas sociais tão urgentes de serem solucionadas. Universidade Federal de Santa Maria, és a Mãe do meu saber, a Mestra dos meus valores. Por isso, quero fazer o registro através de uma foto, desta linda Universidade.

Ao apresentar esta obra com o título “PÃO PARA TODOS”, quer ser um veemente apelo para que tomemos consciência, todos, Autoridades e Sociedade Civil, da enorme responsabilidade, em sanar a fome da humanidade. Sou conhecedor da produção mundial de grãos, produtos voltados para a panificação. O mundo os produz em quantidade suficiente e até com excedentes e com estoque regulador. Torna-se necessário produzir este alimento básico e porque não dizer Sagrado que é o PÃO. Peço ao Brasil, a todos os países, para revermos nossos conceitos de partilha e de fraternidade. Não é possível, que haja tanta fome, quando há tanta produção de grãos. Atualmente o mundo produz seiscentos e cinqüenta milhões (650.000.000) de toneladas de

Universidade Federal de Santa Maria

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trigo, consome somente quatrocentos e cinqüenta milhões (450.000.000) de toneladas e o restante fica no estoque regulador. Isto não pode estar acontecendo, quando há tantos, não interessa em qual país que for, morrendo de fome, sem este alimento básico que é o PÂO. “PÃO PARA TODOS” quer ser uma experiência concreta, passível de ser exeqüível. Meios para fazer chegar o “PÃO PARA TODOS”, os homens os possuem, porque não usá-los? Porque não decretar uma guerra mundial contra a fome?

Estou muito feliz, porque o que fiz e estou fazendo é o que mais gosto e me faz crescer tanto humanamente como profissionalmente. Sei da enorme Missão, que estou empenhado, de ser um Profeta do Pão, levar tal Tecnologia Social, a todas as comunidades pobres, seja qual for o país, pois, é uma Tecnologia passível de ser assimilada e executada. Vamos colocar a “mão na massa”, me ajudem.

Fomos assim construindo um projeto a longo prazo, que aqui estamos apresentando sem a preocupação didática da educação formal, porque queremos apresentar a história deste povo, por razões que nos tocam no íntimo com sentimentos de solidariedade. Tal trabalho, como gestores no Terceiro Setor, iniciou dentro do Colégio

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Agrícola da Universidade Federal de Santa Maria. Carregamos conosco, nestes mais de vinte (20) anos, a dureza da vida deste povo, que muitas vezes os encontramos embaixo de lonas nas margens da BR 386. Gostaríamos de contar toda a sua história, fruto de uma realidade vivida nas periferias de nossa cidade.

Construímos um sonho, que hoje vemos se tornando realidade, arregaçamos as mangas, muitas vezes embaixo de chuvas e colocamos a “mão na massa”. A Metodologia do “Aprender Fazendo”, foi colocada em prática na educação informal, com estas pessoas simples e muitas vezes de baixa escolaridade. O povo colocou a “mão na massa”, fazendo pães, cucas, biscoitos, doces e massas.

Aqui estamos apresentando, os três primeiros Módulos Piloto de Padarias construídas em três vilas carentes de nossa cidade que estão em pleno funcionamento. Acredito que Tais Módulos, possam ser reaplicáveis em outras comunidades.

O interessante não é só a construção do espaço físico, mas a filosofia que norteia a ação, que é o trabalho em grupos, numa escala de rodízio das participantes. É a Metodologia da Escola Fazenda da

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educação formal, colocada em prática na educação informal. Isto gera uma integração maior do todo, da coletividade. Forma-se a consciência da partilha, da solidariedade.

Fazem parte desta Ação Concreta:a) um formulário máscara, da Fundação Banco do Brasil,

concorrendo ao Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social;b) um formulário-máscara, completo de projetos Geração de

Renda – comunidades populares – do Instituto HSBC Solidariedade, o qual foi premiado com Recursos Financeiros para a construção de dois Módulos Piloto de Padarias em vilas carentes ( nos anos de 2007 e 2008); c) um formulário-máscara, resumido do projeto Módulo Piloto de Padarias do Instituto HSBC Solidariedade para vilas carentes, fruto de longas reflexões e reformulações, tentando simplificá-lo e facilitar a sua compreensão visando a sua reaplicabilidade;

d) um formulário-máscara, completo de um projeto da Rede de Parceria Social da Secretaria de Justiça e Desenvolvimento Social (SJDS), do Estado do Rio Grande do Sul, visando a profissionalização desta clientela envolvida. Tal Projeto tem como título: “Educando para a Cidadania”. Foi premiado e terá como âncora de suporte e acompanhamento a Instituição LASALLE de Porto Alegre, e já está em funcionamento.

Estamos desta maneira, fechando com chave de ouro a Tecnologia Socia l aqui proposta, porque o Objetivo Geral é Resgatar a Cidadania destas pessoas. Isso, só se conseguirá através, da profissionalização, no caso especifico como padeiros/ con fe i t e i ro s . Ge rando empregos diretos e sendo uma Fonte de Renda Familiar, que é nosso foco principal. Desta forma, es tamos a p re s e n t a n d o p a r a a

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apreciação da Fundação Banco do Brasil, esta Tecnologia Social.Como nossa meta principal é o PÃO, e tenho adquirido muitos

conhecimentos, graças a minha formação como professor e engenheiro agrônomo e por ter viajado por muitos paises produtores de grãos voltados para a panificação, apresento o Projeto da minha vida: “PÃO PARA TODOS”.

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Lançando um olhar sobre este imenso país, vamos encontrar muitos locais para a aplicação da Tecnologia Social aqui proposta. A busca por um desenvolvimento sustetável para

o nosso Brasil, torna-se ação de todos, pois, envolve fatores econômicos, ambientais e sociais. Para alcançarmos isto, será preciso fomentar Ações Empreendedoras, estratégicas e de cunho social em articulação com todos os setores.

Empreendedora é aquela comunidade que identifica idéias e oportunidades econômicas e age com o objetivo de desenvolvê-las e transformá-las em emprendimentos, reunindo para tanto. Capital, trabalho e recursos necessários para a produção de bens e serviços.

É urgente dar maior sensibilidade e publicidade a essa valiosa profissão de padeiros/confeiteiros, patrimônio antigo, que iniciou com os moinhos coloniais, que produziam a farinha, elemento primordial, na confecção do alimento mais consumido do mundo, o pão. A metodologia que aqui apresento do “saber fazer”, colocando a “mão

INTRODUÇÃO

na massa”, transformando pessoas humildes em verdadeiros profissionais valorosos, Resgatando a Cidadania. Transformar mãos que batem em nossas portas pedindo: “não tem pão velho”? Em mãos que fazem.

Como Gestor desta Tecnologia Social, gostaria de dar minha modéstia contribuição. Tendo percorrido, este caminho, durante 20 anos, junto com estas populações pobres, procurando sempre ter clareza na tomada de decisões e aliar esta a uma abordagem colaborativa, reconhecendo a contribuição de cada um e sempre acessível e disposto a ouvir os colaboradores e parceiros. Estando atento e estimulando a equipe, e estabelecendo melhorias contínuas nos processos de trabalho, motivando-os a perceber o processo como parte integrante do todo organizacional. Criando um ambiente positivo, estimulando uma atmosfera que favoreça a ação colaborativa. Sabendo que as conquistas são essenciais para solidificar o planejamento. Procurando sempre que possível, iniciar projetos em grupos e estabelecer as atividades com objetivos claros e exeqüíveis e um resultado mensurável e visível. Gostaria de dizer, que este Projeto de “Módulos Piloto de Padarias” podem ser reaplicáveis.

Existem muitas comunidades esperando. Tenho toda convicção, como alguém que está “no meio da massa”, que esta Tecnologia Social, que é uma ação solidária, se aplicada em cada “vilarejo” pobre, deste país, será uma alavanca para o desenvolvimento desta parcela da população brasileira tão excluída. Alguém, com muita sabedoria, disse certa vez: “Me dêem uma alavanca que eu moverei o mundo”.

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Muitas vezes uma força, uma voz forte dentro de mim, me questiona: Crês no Pão? Tenho certeza, que isto, não é uma mera coincidência com o meu sobrenome, mas algo maior. Na realidade, meu avô, se chamava João Crespão. Todos os meus tios assim foram registrados, menos o meu pai que por um erro do Cartório, mudou o pão pelo pan.

Quero, pois, fazer uma homenagem ao meu avô (Crespão) que morreu quando eu tinha apenas quatro (4) anos, me lembro somente de como era o pé dele ( certamente porque eu era baixinho). Parece que tudo ao meu redor respira pão. Sou de família simples, filho de agricultores, nascido no município de Tenente Portela, de uma família numerosa (pais: Ernesto (falecido) e Tranqüila ( com 92 anos, lúcida e vivendo muito bem, uma verdadeira Matriarca da família, uma conselheira de todas as horas da nossa grande família, um Modelo de Mãe)); filhos: onze: Olinda, Dorilda, Ricieri, Eri, Gêmeas (falecidas prematuras), Arildo, Ilda, Rosalino, Maria e Irmão (falecido prematuro). Nossa irmã mais velha (Dorilda) era a padeiro/confeiteira da casa, fazia pão todos os dias, pois, consumíamos pão de manhã, ao meio dia e à noite. O Pão sempre foi na nossa casa o principal alimento. Era o

PÃO PARA TODOS

Esta é a família do pão. Sentados: Ernesto e Tranquila. De pé: Maria, Ilda, Dorilda, Olinda, Ricieri, Eri, Arildo e Rosalino - 1956

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verdadeiro Termômetro da casa, minha irmã mais nova (Ilda) tinha um espírito de observação mais aguçado e percebia que o dia que o pão fermentava bem, “crescia” ficando um pão lindo, tudo transcorria bem. Mas o dia que o pão não “crescia”, ficava como diziam na nossa língua materna “embatumado”, tudo ia mal, ficavam de mau humor, e as vezes, a “vara” pegavam, parecia que o mundo virava do avesso (ainda bem que isto só acontecia raramente). Curiosamente as meninas do meu tempo de jovem, num gesto de carinho usavam o termo “ bonito como um pão”. “ Ele é um pão... Quero fazer uma homenagem, colocando uma foto, da época (1956), desta maravilhosa família.

Tive um sonho, certa vez, onde vi muita gente, de diferentes vilas pobres, fazendo um grande mutirão, produzindo pão. Garanto-lhes, não foi um sonho, foi o que está acontecendo, o povo quer pão, pão, pão... “PÃO PARA TODOS”.

Partilhar o pão era um gesto característico de Jesus, que isso, permitiu que os discípulos de Emaús O identificassem (Lc. 24, 30-31). Tive oportunidade de conhecer e sentar no local onde Jesus, nasceu,

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tocar com a mão onde Ele foi embalsamado depois de ter sido tirado da cruz e de me ajoelhar no lugar onde Ele tomou cinco pães e alimentou uma multidão de gente, fazendo o milagre da multiplicação dos pães. Estes locais quero ilustrá-los com fotos. E a Santa Ceia tornou-se o Sacramento por Excelência da presença e da memória de Jesus ( Mc.14,22-24 e Coríntios 11, 23-25)

O pão é o símbolo (aquilo que une) mais expressivo da prática de Jesus, a ponto de transubstanciá-lo em seu corpo. E todo o pão que se oferece a um faminto tem caráter sacramental ( Mt. 25,34). É ao próprio Jesus que se oferece. É o pão elevado ao máximo de sua significação.

Pão – bem essencial à vida, dom maior de Deus, que se fez carne e se fez pão, a ponto de Jesus afirmar... o pão que eu darei é a minha carne para a vida do mundo. ( Jo 6,51). Se já não temos, entre nós, a presença visível de Jesus, ao menos adotemos, como sinal de sua presença, aquilo que ele mesmo escolheu na última ceia – o PÃO. Sinal de que somos também seus discípulos, empenhados em tornar realidade, para todos, o pão nosso de cada dia, os bens que imprimem saúde, dignidade e felicidade à nossa existência.

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A cidade de Frederico Westphalen, tem uma história bonita de Solidariedade. Não podería deixar passar este momento, sem tecer alguns comentários sobre aquela

que elegi ser a minha cidade preferida. Aqui a minha esposa e eu, encontramos uma cidade parceira com o “pão para todos” e aprendemos a amar este povo valoroso e constituímos uma numerosa família. Frederico Westphalen, para nós, mais do que uma cidade, é a grande família que Deus nos deu, uma pérola preciosa que encontramos no nosso caminho, somos eternamente gratos, porque não foi por acaso que aqui chegamos naquele bonito dia 14 de

Cidade de Frederico Westphalen, 1960

UMA CIDADE PARCEIRA COM O “PÃO PARA TODOS”

dezembro de 1.975. Uma Mão Poderosa aqui nos conduziu e nos protege e ilumina todos os dias. Frederico Westphalen nós te amamos. Vamos tentar descrever um pouco da tua história. História da qual nos sentimos participantes ativos, que iniciou com a colonização desta região por volta de 1.918, com a chegada dos primeiros desbravadores, vindos de vários pontos do Estado, atraídos pela caça, que na época era abundante neste território, então coberto por densas florestas densas. Em 13 de fevereiro de 1.917, alicerçado no decreto 2.250 o Governador Borges de Medeiros criou a Comissão de Terras e a Colonização do Norte, com sede em Palmeira das Missões, nomeando o Engenheiro Frederico Westphalen, como seu primeiro chefe, desencadeando a colonização da Região. Homem, bom e generoso, com qualidades invejáveis, não é por nada que esta cidade recebeu o seu nome. Gostaria de ilustrar, a alta credibilidade, que este homem gozava. Pois, não tinha talão de cheque naquela época, mas ele o fazia, escrevendo num pequeno pedaço de papel o valor que devia ser pago , e o banco pagava o portador exatamente como o Dr. Frederico Westphalen mandava.

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Cidade de Frederico Westphalen, 2009

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Nasci nesta Região, no município vizinho de Tenente Portela, onde meu pai, um desbravador, lá chegou vindo das colônias “velhas” de Santa Cruz do Sul, no ano de 1941. Em fevereiro de 1919, foi aberta a primeira estrada que ligaria o centro do Estado com as Águas do Mel, hoje município de Irai. Esta estrada passava por Frederico Westphalen, local para a parada dos viajantes, que instalaram um barril, para servir de fonte para os seus animais. Por este motivo, por longos anos, Frederico Westphalen denominou-se de “Barril”, nome que ainda hoje os antigos moradores utilizam quando se referem à cidade. Frederico Westphalen foi emancipado em 28 de fevereiro de 1955. Pois, quis o

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Turma de 1958

Internato 1958,marco zero do Projeto“Pão para Todos”

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destino que aqui, eu viesse para estudar, no internato Nossa Senhora Medianeira, que existia no local onde hoje é a residência do bispo. Recordo com muita saudade daquela casa e dos meus colegas e quero render-lhes uma homenagem colocando duas fotos tiradas no ano de 1958 quando eu tinha apenas treze (13) anos.. Gostei tanto que nunca mais os esqueci, de tal maneira que no dia 23 de agosto de 2009, faremos um Grande Encontro para revivermos aqueles anos felizes de jovens, que para mim, cada dia , era como uma grande festa. Só para citar como exemplo, daquelas turmas saíram nada menos do que dois bispos D. Demétrio Valentini bispo de Jales/SP e D. Jerônimo Zanandrea bispo de Erechim/RS, muitos outros padres, e também muita gente boa.

O município de Frederico Westphalen, que naquele 1.958, tinha apenas três anos de emancipação, era criança, cresceu com a gente e hoje como município de ponta da Região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, destaca-se por ser um pólo educacional, tendo quatro (4) universidades, Colégios Técnicos Profissionalizantes e como pólo empresarial, sendo referência no processamento de alimentos, como a

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Cidade de Frederico Westphalen, 2000

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carne suína, sendo por muitos anos o Frigorífico Damo, depois Sadia e hoje Mabela do grupo Marfrig, como o que mais suínos abate no Estado. Frigorífico Mabela, é nosso grande Parceiro, onde tive a oportunidade de participar ativamente na vida deste grande estabelecimento comercial, eu diria que foi aquele que alavancou o desenvolvimento de nossa cidade, quando como Diretor do Colégio Agrícola por quase dez (10 ) anos, comercializamos os suínos produzidos naquele estabelecimento, através do Grande e respeitável empresário, o Senhor Darci Mariotti, que ainda hoje é o seu Administrador. O setor agropecuário, é composto principalmente pela suinocultura, bovinocultura de leite, avicultura tendo um abatedouro Frangos Piovesan, bem como na produção de soja, milho, feijão e fumo. É também um centro de comércio, sendo muito bem servido de uma rede de supermercados capaz de servir toda a Região e de prestação de serviços que supre as mais diversas necessidades locais e regionais. Possui pedras preciosas, que são extraídas, industrializadas e comercializadas, especialmente para o exterior. Além de tudo isso, tem um grande potencial turístico, em vias de concretização.

Me considero filho desta terra e sou testemunho que o município de Frederico Westphalen, vem conquistando significativos avanços em todos os setores da economia, alavancando o desenvolvimento regional. As conquistas alcançadas se refletem tanto na agropecuária como na cidade. Há um grande progresso, na construção civil, na indústria, na saúde, no comércio e na geração de empregos. A administração municipal, vem desenvolvendo investimentos na áreas de pavimentação, paisagismo e de infra-estrutura. Houve uma remodelação da Praça de Matriz, coração da cidade. Projetos novos estão surgindo, a cada dia mostrando a pujança da administração municipal e deste povo valoroso.

Me sinto feliz, morando nesta terra, que neste contexto, desponta como pólo regional de desenvolvimento econômico e social, com economia diversificada e características que lhe conferem grande poder não só de atrair novos investidores, mas também para contemplar as necessidades do seu povo, que há cinqüenta e quatro(54) anos vibra com cada conquista, como a recente chegada do CESNORS.

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Frederico Westphalen, é um exemplo de crescimento econômico, impulsionado pelos investimentos na construção civil, no arrojo dos empresários, profissionais liberais e produtores rurais.

Em função de sua privilegiada localização, Frederico Westphalen, apresenta um expressivo potencial para o Turismo Rural e Ecológico. Sua bela paisagem, com morros, colinas, e várzeas, atrai os turistas. As minas de pedras preciosas e suas furnas, encontradas no município, motivo da criação do Roteiro Internacional de Gemas e Jóias do Rio Grande do Sul.

Além de todos estes atrativos, Frederico Westphalen se destaca também como centro religioso, destacando-se como sede de diocese que tem a sua frente o seu dinâmico bispo D. Antonio Carlos Keller. A beleza e a imponência da Catedral mostra a capacidade deste povo.

Tenho participado ativamente no crescimento desta cidade, disponibilizando todo o meu tempo como profissional ligado a educação, desde 1.975, quando aqui cheguei como professor do Colégio Agrícola Federal, pertencente à Universidade Federal de Santa Maria. Foi nesta cidade, que aprendi amar este povo e construir ações como a Construção de Módulos Piloto de Padarias nas vilas carentes.

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Na tentativa de chamar atenção e atender as populações pobres instaladas nas periferias da cidade, foi criada a ONG: Associação de Vilas: “É Preciso Repartir o Meu Viver com Todos”. Esta Instituição tem como característica a solidariedade e a promoção humana. Sempre tivemos dentro de nós sonhos de dias melhores para estas pessoas, porque somos da idéia: “ Se nada fizermos hoje, nada mudará amanhã”.

Como Lema escolhemos “ Transformar mãos que pedem em mãos que fazem” e podemos afirmar que tal Instituição surgiu da vontade imensa de oportunizar um trabalho, porque acreditamos que na crise deve haver solidariedade e partilha. Daí o nome: “ É Preciso Repartir o meu Viver com Todos”. A Instituição é conhecida por toda a comunidade, e há um grupo muito grande de pessoas voluntárias que disponibilizam parte do seu tempo em favor destas famílias pobres. Acreditamos que a única maneira de assegurar uma vida mais digna, era capacitá-las para enfrentar o mundo do trabalho. Diante dos grandes problemas por elas enfrentados como a fome, a moradia, a saúde e a educação, fomos construindo oficinas de confecções como acolchoados, edredons, lençóis; teares para a confecção de tapetes sendo uma fonte de renda para muitas famílias; bordados, pinturas, tricô, crochê, macramé oficinas estas voltadas para as meninas; alimentação como padarias para a confecção de subprodutos derivados das farinhas de trigo e de milho; oficinas para atendimento das crianças e jovens como: capoeira, futebol, dança e informática.

Esta instituição está envolvendo centenas de famílias das nove (09) vilas existentes nas periferias da cidade de Frederico Westphalen. O caminho da organização dessas famílias, em associações comunitárias, passa pela crença dos seus fundadores, pois, somente desta forma enfrentaremos a crise que ora assola o nosso universo, com a partilha e a solidariedade.

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RESUMO INFORMATIVO

Instituição Executora:Razão Social: Associação: " É preciso repartir o meu viver com todos" Natureza Jurídica: Organização Não-Governamental - ONG Instituição sem fins lucrativos: Sim Endereço: Rua Presidente Kennedy, 534 Bairro: Centro UF: Rio Grande do Sul Cidade: FREDERICO WESTPHALEN CEP: 98400-000 CNPJ: 02.205.960/0001-13 Telefone: (55) 9973-0549 Site: www.esquinadasolidariedade.com.br E-mail: [email protected]

Representante Legal da Instituição:Nome: Arildo Miguel CrespanCPF: 178.995.160-72Cargo: COORDENADOR DO PROJETOPrincipal Representante

Responsável pela Tecnologia Social:Nome Completo: Arildo Miguel Crespan Sexo: Masculino Telefone: (55)9973-0549 E-mail: [email protected] CPF: 178.995.160-72

Dados da Tecnologia Social:Número da inscrição: 2009/0140 Título da Tecnologia Social: Construção de padarias em vilas carentes Tema Principal: Renda Tema Secundario: Alimentação

CONSTRUÇÃO DE PADARIASEM VILAS CARENTES

Problema Solucionado: A realidade que aqui será apresentada, é de comunidades muito pobres,

existentes na cidade de Frederico Westphalen, Região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Duas situações são presenciadas neste cenário diariamente: de um lado a Falta de Renda Familiar e do outro a precariedade na alimentação.

Estas vilas foram se formando devido ao Êxodo rural nas décadas de 80 e 90. Sendo esta cidade Pólo Educacional e Empresarial, atraiu as populações das pequenas cidades vizinhas e da zona rural, formando verdadeiros "bolsões" de pobreza. Formaram nove (9) vilarejos, localizados nas periferias da cidade, num contingente de mais de mil (1.000) famílias.

O perfil destas populações, pode ser enquadrado, como famílias pauperizadas, com situação socioeconômica muito baixa e um alto nível de desemprego.

Existe um número muito grande de crianças, na faixa etária de 01 a 10 anos, aproximadamente 850. O atendimento desta população de crianças é feito pela Pastoral da Criança que tenta fazer um acompanhamento muito singular.

Da mesma forma, há um contingente muito grande de crianças e jovens de 10 a 18 anos, perfazendo um total aproximado de 700. A juventude permanece a mercê daquilo que se apresenta, sujeitos a todos os vícios, tais como drogas, violências, roubos, alcoolismo e sexo prematuro. Muitos tem

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uniões conjugais ainda muito precoces, sem preparo nenhum, gerando famílias de alta vulnerabilidade.

Conhecemos estas populações, desde o ano de 1.989, quando passamos a visitá-las semanalmente. Com o passar dos anos passamos a conhecê-las com mais profundidade, através do preenchimento de fichas cadastrais, analisando a sua escolaridade, sua situação sócio-econômica, moradia, higiene, saúde, etnias e número de filhos.

Desta forma fomos construindo, sempre com a ativa participação das comunidades, um sonho que aos poucos se tornou realidade, que foi a construção de uma Padaria (prédio com as seguintes dimensões: 7,00m x 10,00m = 70m²), toda equipada com Forno Turbo a lenha de 08 esteiras; amassadeira industrial para 15 Kg de massa; sovadeira industrial; fogão a gás e fogão campeiro a lenha. Sabemos para que um sonho se realize é necessário persistência, confiança e energia. Mas são imprescindíveis, também, ações concretas para esse fim. Foram assim construídos três Módulos Piloto, nas três principais vilas das nove acima descritas.

Partimos do princípio que uma boa alimentação diária inicia com o "pão nosso de cada dia", na mesa de cada família.

Estes Módulos Piloto, construídos, foram o marco inicial da emancipação destas comunidades, produzindo pães, cucas, massas, biscoitos etc. São, também, oficinas educativas, sendo ministrado Cursos pelo SENAC/DN, formando profissionais padeiros/confeiteiros.

Por solicitação da comunidade, foi criada uma ONG, no ano de 1.997 que foi denominada: Associação de Vilas: "É Preciso Repartir o Meu Viver com Todos" e tem como Lema: "Transformar mãos que pedem em mãos que fazem".

Afirmamos com toda a convicção, que esta experiência concreta, trouxe para estas comunidades, o início de uma verdadeira transformação. Teremos, assim, dias melhores para estas populações, porque os homens estão diante desta realidade; "A quantidade de grãos que a terra produz em todo o mundo, é suficiente para todos e com estoque regulador, porém, há tantos que despertam e dormem com fome".

Por meio do Programa "Educando para a Cidadania", em Parceria com o SENAC/DN, que quer contribuir, através da capacitação destes atores sociais, de forma que o profissionalismo possa somar ao idealismo, adquirindo conhecimentos, atitudes e habilidades como padeiros/confeiteiros.

Serão desta forma, profissionais para padarias/confeitarias, lanchonetes, cozinhas de restaurantes e hotéis.

Nossa Meta é construir um Modulo Piloto em cada vila, porque somos da idéia; " Alimento para todos é a garantia de mais dignidade para cada um".

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Solução Adotada: No intuíto de encontrar soluções para tantas questões sociais que

envolviam as nove (9) Vilas pobres, da cidade de Frederico Westphalen/RS, nos reunimos com toda a comunidade e procuramos encontrar estratégias adequadas a sua realidade.

Conhecedores de uma Metodologia aplicada em Escolas Técnicas Federais, pois, fomos por trinta anos, professores no Colégio Agrícola Federal/FW, pertencente a Universidade Federal de Santa Maria, e como pioneiros no Brasil na aplicação da mesma, resolvemos colocá-la em prática na educação informal, com estas comunidades.

A Metodologia tem como princípio: “Aprender Fazendo” utilizada nas aulas práticas da educação formal das Escolas Técnicas federais, nas DM= Demonstrativo de Método. Portanto é colocar a “mão na massa”. A busca por um desenvolvimento sustentável para estas vilas, tornava-se ação de todos, pois, envolve fatores econômicos, ambientais e sociais. Para alcançarmos este desenvolvimento sustentável era preciso fomentar ações empreendedoras, estratégicas e de cunho social em articulação com todas as Vilas.

Nossa ONG, traz como diferencial, o Trabalho. Foge do puro assistencialismo. Ninguém ganha nada sem primeiro participar e executar aquela atividade em que será beneficiada.

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Ai surgiu a Grande Decisão: Construir Módulos Piloto de Padarias em cada Vila. Desta grande decisão saiu o Lema da Instituição; “Transformar mãos que pedem em mãos que fazem”. Por uma unânime decisão das comunidades, decidiu-se por oficinas de confecção de alimentos, por serem algo ao alcance destas populações e sendo passíveis de aprenderem e executarem as tarefas da panificação, confecção de doces (schimias) etc.

Estava nascendo e acontecendo nosso Empreendedorismo que foi identificar idéias e oportunidades econômicas e transformá-las em Ações para solucionar os seus maiores problemas que eram:

a) Renda Familiar b) Alimentação Mudar este paradigma, não foi e não está sendo fácil, de pessoas que só

sabiam pedir para pessoas que deveriam fazer. Temos que transformar o jeito de pensar destas pessoas. É toda uma cultura que temos que mudar. São todas as características e atitudes que precisam ser trabalhadas para transformarmos essas pessoas com iniciativas, visão do futuro, persistência e criatividade.

Necessidade A: Renda Familiar;Necessidade B) Alimentação.

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PRIMEIRO MÓDULO PILOTO DE PADARIA:PROJETO:”Buscar o Pão com o Trabalho”, foi encaminhado para a

Embaixada da Alemanha em Porto Alegre, no ano de 2.007. Vila escolhida: Viaduto. Foram feitas Parcerias com a Prefeitura Municipal, Empresas locais e com os supermercados e padarias. Foi construída e equipada em três meses (maio, junho e julho) de 2.007. Houve uma transformação, uma verdadeira emancipação: calçamento, sistema de esgoto, luz, água etc. Foram formados três (3) grupos de sete (7) senhoras por dia e feita uma escala diária para a confecção de pães, cucas etc. orientadas por um padeiro. Portanto foram envolvidas diretamente vinte e uma (21) famílias e indiretamente mais de cem (100) famílias.

Aqui aparece o Plano de estratégias de comercialização, que por sua vez, tem três opções:

A) Plano A= Comercialização Informal, feita por pessoas da família envolvida, batendo nas portas das casas.

B) Plano B= Comercialização formal na própria padaria. C) Plano C= Comercialização terceirizada para determinados

estabelecimentos comerciais, os quais adquirem toda a produção e posteriormente fazem a comercialização.

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SEGUNDO MÓDULO PILOTO DE PADARIA:PROJETO: “Transformar mãos que pedem em mãos que fazem”, foi

encaminhado para uma seleção de projetos pelo Instituto HSBC Solidariedade, no ano de 2.008, onde programamos dois Módulos Piloto de Padaria, para duas Vilas: Área Verde e Linha 21 de Abril.

A) Módulo Piloto: Padaria da Área Verde. Da mesma maneira que foi feito na primeira Vila, muitas reuniões e

palestras articulando e motivando as pessoas a se organizarem em grupos. Foram organizados cinco grupos de dez (10) senhoras cada um, trabalhando um dia (01)da semana. Parcerias envolvendo órgãos públicos e empresas locais foram realizados. Foi construída e equipada em três meses ( abril,maio e junho ) de 2.008. Neste Módulo estão envolvidas diretamente cinqüenta (50) famílias e indiretamente mais de cento e cinqüenta (150) famílias. Foi colocado também um fogão campeiro a lenha onde funciona a oficina dos doces (schimias). Como percebemos vão se formando uma gama muito grande de produtos, um verdadeiro leque em torno da padaria.

B) Módulo Piloto: Padaria da Linha 21 de Abril. Como nos dois Módulos anteriores, houve muitas reuniões, palestras e

articulações em torno da organização. Foi construída e equipada em três meses (agosto, setembro e outubro) de 2.008.

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Parte interna da Padaria

Foram organizados quatro ( 4) grupos com dez (10) senhoras, cada um, trabalhando um dia da semana, totalizando o envolvimento direto de quarenta ( 40) famílias e indiretamente mais cem (100) famílias. Cada momento é um aprendizado, saber ouvir a equipe, os beneficiários, seus parceiros e a comunidade. Este aprendizado é enriquecido pela busca constante do conhecimento, tudo está em movimento, se transformando. Nesta padaria também, foi instalado um fogão campeiro a lenha, com a finalidade de ampliar as oficinas de doces (schimias).

Temos como foco principal na gestão de pessoas, buscar o equilíbrio entre os conhecimentos, habilidades e atitudes das pessoas que compõem cada equipe em relação às atividades a serem realizadas para alcançar visão, missão, e os resultados para a melhoria contínua da qualidade de vida dos beneficiários.

Nosso Desafio não pára por aí, por isso, novos Projetos vão surgindo, para mais Módulos: Bairro São José: com a Rede de Parceria Social/RS; Vila Pedreira: com a Câmara de Vereadores/FW; Núcleos: com Secretaria de Assistência Social/FW.

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OBJETIVOS DA TECNOLOGIA SOCIAL

Gerais: Objetivos da Tecnologia Social: a) Objetivo Geral: Cidadania Resgatada, para famílias que vivem em

situação de Vulnerabilidade e Risco Social, nas vilas do Viaduto, Área Verde e Linha 21 de Abril, no município de Frederico Westphalen/RS, através da construção de Módulos Piloto de Padarias ( prédios de 7,00m X 10,00m =70m²), bem como os seus equipamentos e insumos para cada Módulo, sendo uma Fonte Trabalho, Renda Familiar e Oficina de Alimentação. Neste processo utilizamos a Metodologia do “Aprender Fazendo” e utilizamos na escala dos grupos o método da “Escola Fazenda dos Futuros Fazendeiros do Brasil" que é o rodízio das participantes. Nunca elas são as mesmas mas vão trocando cada semana formando grupos diferentes e passando a se conhecerem melhor e a trabalharem juntas. É uma verdadeira escola de boas relações, e só assim, entenderão o sentido coletivo da metodologia. Quanto maior a produção, maiores os lucros e maior sustentabilidade.

Específicos: b) Objetivos específicos: b.1. Mobilizar as comunidades do Viaduto, Área Verde e Linha 21 de Abril,

para que assumam os espaços físicos a serem construídos e tornem-se protagonistas da sua história;

b.2. Captação ou Mobilização de Recursos: procurar fontes ou Fundos de Recursos Financeiros e Recursos Humanos;

b.3. Construir três espaços físicos (Módulos Piloto de Padarias), nas vilas do Viaduto, Área Verde e Linha 21 de Abril, os quais possibilitarão uma geração de Trabalho, Renda Familiar e melhora na Alimentação;

b.4. Aquisição dos equipamentos ( Forno Turbo a lenha de 08 esteiras; Amassadeira de 15 kg; Sovadeira; Geladeira; fogão a gás; fogão campeiro a lenha; insumos para a panificação;

b.5. Confecção de: pães; cucas; massas; biscoitos; doces (schimias). Se olharmos a história do pão, na linha do tempo, ele aparece na Bíblia quando Deus disse para Adão: “ Comerás o pão do suor do teu rosto...” Sábio raciocínio este, porque quando temos o pão, a cuca, o biscoito na mesa o restante dos alimentos é mero preenchimento. Vejam que meta importante esta de reaplicar esta

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Tecnologia Social nas Vilas carentes, com esta Metodologia de princípios filosóficos de coletividade (grupos). Nós precisamos urgente da força da Fundação Banco do Brasil. Não nos deixem sozinhos, vamos fazer esta importante Parceria. Encontramos, a 12.000 a.C. os Persas fazendo a primeira experiência do pão. A 8.000 a.C. o surgimento de um pão primitivo na Região do Nilo. Para fazê-lo é necessário triturar grãos de trigo selvagem, misturá-los com água e assar a mistura sobre uma pedra quente. O primeiro pão assado em forno de barro ocorre em torno de 7.000 a.C. no Egito. Vestígios são encontrados a 4.000 a.C. de que em Jerusalém existia a famosa rua dos padeiros. No ano de 753 a.C. os romanos usam as pedras movidas por eles para fabricar a farinha Da mesma forma, a 3.000 a.C. os egípcios descobrem o fermento. No ano de 753 a.C. os romanos usam as pedras movidas por eles para fabricar farinha de trigo. Na Serra gaúcha encontramos o “Caminho dos Moinhos” e na cidade de Ilópolis/RS existe o “Museu do pão”. História e itinerário turístico interessante de ser percorrido.

b.6. Buscar a sustentabilidade do Módulo Piloto de Padaria: é preciso ter presente os aspectos que constituem o desenvolvimento sustentável que, por intermédio de uma gestão eficaz, possibilitem ao Módulo proposto alcançar processos efetivos , visando o desenvolvimento social de cada localidade.

METAS

b.1. Gestão dos Módulos ( como organizações): Mobilização: entende-se a importância da administração quando se compreende por que os homens se associam para atingir objetivos comuns. No momento em que os indivíduos perceberam que a Associação com os demais facilitava a realização de certos esforços e que determinados objetivos não poderiam ser atingidos por um único objetivo, teve início a vida do Módulo Piloto de Padaria. Sensibilizar as comunidade envolvidas para garantir melhor aproveitamento desse agrupamento de pessoas para que alcancem seus objetivos.

b.2. A mobilização de Recursos, é uma das etapas do processo de planejamento e investigação intensa, que deve ser encarada por cada comunidade que formam o Módulo Piloto de Padaria. Mobilizar Recursos é uma habilidade que requer preparação, reflexão com as comunidades e experiências. Daí surgem algumas atitudes chaves para o êxito desse processo que é: - definir objetivos econômicos; -crer firmemente no seu Módulo Piloto de Padaria; - compreender a forma de pensar, agir e sentir do potencial do seu apoiador; -informaçoes apoiador - dizer a verdade; -solicitar apoio; - depois de solicitar a parceria, saiba escutar a resposta; - manter contato com o potencial apoiador.

b.3. Construção do espaço físico: Módulo Piloto de Padaria: vai analisar em que medida a Ação Proposta, Projeto contribui para a transformação social de

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uma comunidade. A avaliação do impacto social pode ser mensurado por dois tipos de indicadores. O indicador de quantitativo, como o nome já diz, refere-se à quantidade e são representados por números. Os Indicadores qualitativos medem o que mudou qualitativamente na vida do cidadão-beneficiário ou comunidade.

b.4. Aquisição dos equipamentos: analisar antes da aquisição que sejam equipamentos economicamente viáveis e de fácil manuseio.

b.5. Panificação: Produzir com qualidade: esta é a Meta que deve-se sempre perseguir. Gerenciar é medir resultados através de indicadores. Para isto, buscar resultados, processos mais efetivos que gerem produtos com a melhor qualidade possível. Estar sempre numa crescente em qualidade e aceitação.

Esta população só sabe recolher papeis e depois vendê-los, obtendo uma pequena receita, são os “catadores”. Aqui, porém, estamos disponibilizando uma legítima empresa, uma proposta inovadora de desenvolvimento e participação coletiva: “Módulo Piloto de Padaria” – onde poderá ser uma Fonte de Renda. Vejamos um exemplo do que está ocorrendo nestas padarias, onde podemos colher resultados: com 05 Kg de farinha de trigo e todos os ingredientes para confeccionar cucas gera um custo de:R$ 19,00. Isto, está resultando em, 18 cucas, que comercializadas a R$ 3,50 cada uma = R$ 63,00. Este raciocínio é real e o produto é todo vendido com rapidez quando usamos o Plano de comercialização A, descrita acima. Isto, porque, o pão aqui produzido tem um gosto diferente e melhor que é o sabor da solidariedade

b.6. Buscar sustentabilidade: o desenvolvimento sustentável considera o crescimento econômico essencial, mas enfatiza a necessidade de se prestar atenção à sua qualidade e distribuição e não esquece da relação dos seres humanos. Não podemos esquecer que existem quatro componentes essenciais no paradigma do desenvolvimento humano: a) igualdade de oportunidades; b) caráter sustentado; c) produtividade e) que as pessoas se beneficiem

RESULTADOS ALCANÇADOS

A busca por resultados e desenvolvimento sustentável, torna-se uma ação de todos, pois, envolve fatores econômicos, principalmente o bem estar de comunidades, com objetivos focados, visando o bem comum.

Temos uma visão clara daquilo que estamos nos propondo, é uma missão, muito mais que ter a vontade de chegar ao topo de uma montanha; é conhecer a montanha e o tamanho do desafio; planejar cada detalhe da subida, saber o que precisa levar e que ferramentas utilizar, encontrar a melhor trilha, estar comprometido com os resultados, ser persistente, calcular os riscos, preparar-se; acreditar na sua própria capacidade e começar a escalada.

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O resultado alcançado, é o de uma comunidade sensibilizada, organizada, mais integrada e participativa.

Comunidade motivada para o trabalho e integrada no contexto organizacional do Módulo Piloto de Padaria proposto. Perseguir resultados mostrando a importância da administração do empreendimento, pois, ele compreende famílias que se associam para atingir objetivos comuns.

Propomos aqui uma análise dos resultados alcançados, em dois momentos:

A) Construção dos Espaços Físicos: Recursos Financeiros: Três Módulos Piloto de Padarias todas equipadas, envolvendo um montante de recursos financeiros de aproximadamente R$ 31.849,20 em cada Módulo, dando um total de R$ 95.547,60

Quando falamos em sustentabilidade da organização, temos que olhar para o aspecto econômico, ele deve ser viável. A Entidade precisa estar atenta aos recursos financeiros, pois a continuidade do seu trabalho depende desse aspecto.

B) Capital Social e desenvolvimento social: Recursos humanos: Ao medir resultados temos que nos lembrar que capital social é a rede de relações e regras de confiança entre indivíduos. Por isso, existe capital social quando a sociedade é capaz de cooperar e confiar, produzindo mudanças e solidariedade, gerando maior qualidade de vida. Ou seja o Capital Social está relacionado com a qualidade das relações estabelecidas entre as pessoas e o que constroem no espaço de convivência social, econômica e ambiental. Ele é mais forte quando forem as relações sociais da comunidade, a colaboração, a cumplicidade e a confiança mútua entre seus moradores e Módulos Pilotos de Padarias. Isto porque se a comunidade é capaz de interagir e gerar confiança cria-se a cooperação, gerando o beneficio mútuo. Sem Capital Social não tem crescimento econômico ou bem-estar humano.

Desta forma podemos notar que medir resultados quando falamos em melhor qualidade de vida, bem estar, grau de satisfação fica difícil mensurá-los quanto a qualidade, mas podemos dar um prognóstico aproximado.

Porém, podemos quantificá-los:a) participam diretamente: nos três Módulos Piloto de padarias:

Viaduto: 21 famílias Área Verde: 50 famílias Linha 21 de Abril: 40 famílias TOTAL: 111 Famílias.

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b) participam indiretamente: Viaduto: 100 famílias Área Verde: 150 famílias Linha 21 de Abril: 100 famílias TOTAL: 350 famílias.

RECURSOS NECESSÁRIOS PARA IMPLANTAÇÃO DA TECNOLOGIA SOCIAL

Tipo Recurso Item Quantidade Valor Total Humanos Técnicos para a implantação: pedreiros,

de pedreiros, Profissionais de implantação

Soma parcial dos valores: 6.100,00

auxiliares 17 6.100,00

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Tipo Recurso Item Quantidade Valor Total Materiais Equipamentos: cadeiras 10 650,00 Materiais Material de construção: areia média branca m³ 3 225,00 Materiais Material de construção: areião: m³ 3 225,00 Materiais Material de construção: areia vermelha m³ 3 180,00 Materiais Material de construção: cal hidratada: sacos 25 150,00 Materiais Material de construção: cerâmica 0,40x0,40 cm m² 70 910,00 Materiais Material de construção: forro de PVC m² 70 784,00 Materiais Material de construção: madeiras para a cobertura: 420 693,00

guias 10x2,5cm mts.Materiais Material de construção: material elétrico fios mts. 40 300,00 Materiais Material de construção: material hidráulico e esgoto 20 460,00 Materiais Material de construção: portas e janelas de ferro 3 735,80 Materiais Material de construção: poste de entrada de energia 1 468,00 Materiais Material de construção: sacos de cimento 80 1.600,00 Materiais Material de construção: telhas de brasilite 46 1.467,40

2,13mx1,10mx6mmMateriais Material de construção: tijolos de 6 furos 3000 810,00 Materiais Material de construção: tijolos maciços 2000 440,00 Materiais Material de construção: vidro liso 3 mmxmts 1 150,00 Materiais Material de construção: vigas de ferro mts. 70 371,00 Materiais Material de construção: cumieiras 1,10x0,6 mm 10 180,00

Soma parcial dos valores: 10.799,20 Tipo Recurso Item Quantidade Valor Total Outros Equipamentos: Amassadeira de 15 Kg de massa 1 1.600,00 Outros Equipamentos: Forno turbo a lenha 08 esteiras 1 6.500,00 Outros Equipamentos: geladeira 1 950,00 Outros Equipamentos: Máquina conjugada para massas 1 1.100,00 Outros Equipamentos: mesa balcão 1 290,00 Outros Equipamentos: sovadeira industrial 1 960,00 Outros Insumos:açúcar Kg 200 300,00 Outros Insumos: azeite/banha lts/kg 20 50,00 Outros Insumos: condimentos Kg 3 400,00 Outros Insumos: farinha de milho Kg 200 240,00 Outros Insumos: farinha de trigo KG 1500 2.100,00 Outros Insumos: fermento Kg 20 160,00 Outros Insumos: sal/Kg 20 24,00

Soma parcial dos valores: 14.674,00Soma dos valores totais: 31.573,20

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RECURSOS NECESSÁRIOS PARA MANUTENÇÃO DA TECNOLOGIA SOCIAL

Tipo Recurso Item Quantidade Valor Outros Insumos açúcar Kg 480 720,00 Outros Insumos: azeite/banha lts/Kg 40 118,40 Outros Insumos: condimentos: 9 960,00 Outros Insumos: farimha de milho Kg 480 576,00 Outros Insumos: farinha de trigo Kg 3600 5.040,00 Outros Insumos: Fermento: Kg 48 360,00 Outros Insumos: sal Kg 48 57,60

Soma parcial dos valores: 7.832,00Soma dos valores totais: 7.832,00

PÚBLICO-ALVO

Nome Quantidade Famílias de baixa renda 111

Quantidade total: 111

LOCAIS E DATAS DE IMPLEMENTAÇÃO DA TECNOLOGIA SOCIAL

UF Município Localidade Data RS Frederico Westphalen Frederico Westphalen 06/2007 RS Frederico Westphalen Frederico Westphalen 05/2008 RS Frederico Westphalen Frederico Westphalen 09/2008

MECANISMOS DE ACOMPANHAMENTO

O Monitoramento e a Avaliação da ação que estamos propondo será realizada de forma participativa, através de perguntas norteadoras, envolvendo os participantes de cada atividade/ação prevista. Far-se-á visitas domiciliares com o preenchimento de questionários, proporcionando conhecimentos de toda a família e sua problemática estrutural: moradia, água, luz, esgoto, escolaridade, número de filhos, situação conjugal etc.

Faremos três momentos de avaliações:A) Avaliação e Monitoramento: é preciso fazer avaliações constantes

dos trabalhos realizados, isto assegura a qualidade dos produtos e do trabalho oferecido, fortalecendo a causa e a imagem na comunidade.

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A avaliação precisa ser repensada e planejada com base nas teorias contemporâneas da aprendizagem, buscando a definição de métodos e técnicas e instrumentos que contemplem todo o processo de aprendizagem e considerem o desenvolvimento e a capacidade de cada indivíduo ou do grupo na execução, por exemplo, das etapas da panificação.

De acordo com os objetivos, o conteúdo, o grau de dificuldade da Ação a ser executada e a população alvo, deverá ser planejada uma avaliação, que atenda a diferentes níveis de aprendizagem, a começar pelos níveis de conhecimento e compreensão.

B) Avaliando Resultados: com esta avaliação, podemos olhar para os resultados que ainda não foram alcançados, perante a meta estipulada no tempo estabelecido e muitas vezes rever os planos de ação e modificar a forma que o trabalho está sendo desenvolvido.

C) Avaliando desempenho: com esta avaliação podemos analisar a atitude de cada participante em função das atividades que exercem, das meta e dos resultados a serem alcançados e do seu potencial de desenvolvimento. Por isso, a avaliação constante é benéfica tanto para a Instituição quanto para a participante.

A Metodologia de Avaliação de Resultados, será através do acompanhamento com relatórios que contarão a evolução dos componentes dos grupos. Far-se-á controle de presença através de folhas de chamada, bem como da eficiência e responsabilidade de cada um.

Observaremos o rendimento de cada participante procurando atendê-las nas suas deficiências e fazer com que consigam superá-las. Serão avaliados os grupos através de questionário e comparados quanto à eficiência. Levar-se-á em conta a capacidade de interagirem, seu espírito de partilha e sua criatividade.

Para que possamos alcançar bons resultados na avaliação e monitoramento, o feedback é um bom instrumento. O principal objetivo do feedback é a ampliação da consciência.

Visa prover quem recebe o feedback de informações que o ajudem a rever suas posições, atitudes e escolhas, ou seja dar-lhe subsídios para mudar. E como tem que mudar!!!

Quando usamos o Feedback, a pessoa que o recebe tem condições de avaliar melhor o seu comportamento no grupo, pois, irá sempre trabalhar em grupos, uma vez que ela é informada de alguns aspectos que até então lhe passavam desapercebidos. A partir dessa informação, ela pode modificar o seu comportamento e, com isso, contribuir para o funcionamento eficiente do grupo. Assim o feedback, leva a pessoa a uma melhor compreensão da sua

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participação no grupo podendo, assim, melhorar sua integração dentro dele. O feedback, deve ser específico e deve conter informações suficientes para

que no caso a participante do grupo, possa ser capaz de compreendê-lo, se auto-avaliar e rever o seu comportamento. É preciso analisar a melhor oportunidade, é preciso escolher o momento em que ele será mais construtivo. Tenha objetividade, clareza e foco no problema. Jamais devemos esquecer que o feedback é uma comunicação direta, deve ser dado pessoal e diretamente, sem “rodeios”.

A nossa maior preocupação é a transformação das pessoas, e produzir com qualidade.

FORMA DE TRANSFERÊNCIA

Esta Tecnologia Social, é de fácil reaplicação e transferência. Temos uma experiência bonita, com a implantação dos Módulos Piloto de Padarias em vilas carentes da cidade de Frederico Westphalen/RS. Esta Tecnologia Social pode seguir os seguintes passos na sua implantação em outras comunidades: Inicia-se a caminhada visitando todas as famílias, aplicando um questionário. Precisamos criar um espírito de grupo, de partilha. Depois, articulam-se Reuniões para explicar a Metodologia do “Aprender Fazendo”; o funcionamento dos equipamentos que são de fácil manejo.

Existe um formulário de Projeto: Módulo Piloto de Padarias preenchido, onde aparecem todos os passos que devem ser seguidos. Autoria: Instituto HSBC Solidariedade.

Há também fotos, vídeos, folders e recortes de Jornais, que auxiliam a forma de transferência.

O Instituto HSBC Solidariedade da cidade de Curitiba, juntamente com a Parceiros Voluntários de Porto Alegre e o Instituto Fonte de São Paulo promoveram Encontros de Capacitação. Ao implantarmos os referidos Módulos Piloto de Padarias, recebemos Cursos de Capacitações: Encontros de 03 dias a cada seis meses, em Porto Alegre, durante dois anos. Daí surgiu a Rede Concerto Social, envolvendo as dez Instituiçoes slecionadas. Contatos: Instituto HSBC Solidariedade

Odilon A. Junior e-mail: [email protected] Fone:41-3270-8403

Parceiros Voluntários: Lise Mari Nitsche Ortiz e-mail: [email protected] Fone: 51-2101-9790.

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Reunião para formação de grupos

Intituto Fonte: Alexandre Randi e-mail: [email protected] Fone: 19-81716165

A Instituição: Associação de Vilas: “É Preciso Repartir o Meu Viver com Todos” possui um nome fantasia denominado: Esquina da Solidariedade daí o Site, o qual contem muitas informações sobre a forma de Transferência Ver Site: www.esquinadasolidariedade.com.br

PARCERIAS

Descrição Campanha do quilo: segudo fim de semana de cada mês Colaboradores: pessosas da comunidadeEmpresa estofados Frizon: fornecimento lenha Empresários locais:colaboração espontânea Instiuições Socias: parceiras em promoçoes Moinho Cotrifred: fornecimento de farinhas Prefeitura Municipal/FW: doação terreno, luz, água, calçamento, sistema de esgoto Sacolão porto Alegrense fornecimento frutas Supermercado Barril: fornecimento fermento e frutas Supermercado Bertoletti: fornecimento de frutas Supermercado Peretto; fornecimento frutas Supermercado Sorriso; fornecimento frutas

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O SIMBOLO DO PÃO DE SANTO ANTÔNIO

Santo Antônio, padroeiro da cidade de Frederico Westphalen e da Paróquia da Catedral, o Santo por excelência do Pão. Por isso, farei uma menção, como uma homenagem, e não

poderia deixar de fazê-lo, porque muitas horas do meu tempo, tenho dedicado a comunidade da Catedral. Primeiramente fazendo parte como Coordenador do Conselho Paroquial por aproximadamente dez (10) anos, e ainda continuo como assíduo colaborador e membro efetivo do mesmo e como guardião da Catedral, junto com um enorme grupo de mais de 120 pessoas. Muitas são as pessoas que ali doam o seu talento, boa parte do seu tempo, sua fé, servindo a comunidade.

Num espírito de trabalho em rede, sob a P r e s i d ê n c i a d o s e u abnegado pároco Pe. Leonir Agostinho Fainello, cada comunidade conta com a sua diretoria, presidida por um coordenador. Estes junto com a coordenação da sede, formam a grande coordenação paroquial, que tem a responsabilidade de

Catedral de Frederico Westphalen, 2000.

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Pe. Leonir Fainello, pároco da Catedral F.W.

Participantes do Projeto “Amassando o Pão”.

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planejar, dinamizar, animar, orientar e avaliar a caminhada da Paróquia., contando com apoio do seu pároco Pe. Leonir Agostinho Fainello e seus vigários paroquiais Pe. José Wilmar Dalla Costa e Pe. Luís Dalla Costa.

O Conselho paroquial é um ministério exercido com amor, gratuidade e esperança.

Ali, nesta igreja, por iniciativa do seu Pároco, é celebrado todo o dia treze(13) de cada mês a memória de Santo Antônio, onde são distribuídos mais de cinco mil (5.000) paezinhos. Curiosamente é ali, no subsolo do salão paroquial, numa área de mais de setecentos (700) metros quadrados, cedidos gratuitamente, que funciona a Esquina da Solidariedade, com mais de uma dezena de oficinas, beneficiando nove (09) vilas carentes de nossa cidade. Por isso, quero através de uma foto, mostrar a beleza desta Catedral, e na pessoa do seu pároco, cumprimentá-lo por esta brilhante iniciativa, em favor das classes menos favorecidas.

Aqui gostaríamos de deter-nos na relação Pão e Santo Antônio. O pão constitui um elemento inseparável de toda a devoção a Santo Antônio, independente de sua origem. Ele até se chama “Pão de Santo Antônio”.

Tive a oportunidade de viajar para a Itália por duas vezes, e visitar a cidade de Pádua, onde Santo Antônio morreu. Da mesma forma estive em Portugal, na cidade de Lisboa, onde Santo Antônio nasceu. Pude constatar e confirmar que é o Santo mais popular do mundo.

A história do “Pão de Santo Antônio”, remonta a um fato curioso que é assim narrado:”Antônio comovia-se tanto com a pobreza que, certa vez, distribuiu aos pobres todo o pão do convento em que vivia. O frade padeiro ficou em apuros, quando, na hora da refeição, percebeu que os frades não tinham o que comer: os pães tinham sido roubados”. O frade foi contar ao Santo o ocorrido. Este mandou que verificasse melhor o lugar em que os tinha deixado. O Irmão padeiro voltou estupefato e alegre: os cestos transbordavam de pão, tanto que foram distribuídos aos frades e aos pobres do convento.

PÃO PARA TODOS 47

Até hoje, na devoção popular o “pãozinho de Santo Antônio”, é colocado, pelos fieis nos sacos de farinha, com a fé de que, assim nunca lhes faltará o de que comer.

Mais do que a história, da origem do “Pão de Santo Antônio”, importa perceber toda a riqueza da dimensão da vida de Santo Antônio.

Por curiosidade, quando visitei o Rio de Janeiro, na Igreja Santa Luzia do Castelo, no Centro do Rio de Janeiro, no fundo da igreja, há uma imagem de Santo Antônio, tendo no braço esquerdo o Livro dos Evangelhos e com o menino Deus, sentado sobre o livro,segurando um cesto repleto de pães, enquanto Santo Antônio com a mão direita oferece pão a alguém.

O fato é que, através de Santo Antônio, Jesus continua a realizar o grande milagre da multiplicação dos pães. Jesus tem compaixão da multidão faminta e multiplica o pão para saciar-lhe a fome.

Mas se olharmos para as narrações da multiplicação dos pães, vemos que Jesus, nunca age sozinho. Pede a colaboração dos apóstolos: “Dai-lhes vós mesmos de comer, quantos pães tendes, ide ver”. Voltando de sua procura, trouxeram-lhe cinco pães e dois peixes.

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Deu ordens para que se fizesse sentar-se à multidão em grupos, na relva verde. Jesus dá graças sobre os pães e os peixes e dá aos discípulos para distribuí-los. Quando da minha viagem a Israel, no ano de 1.994, pude visitar este lugar e lá estão gravados na lajota do piso: cinco pães e dois peixes, para lembrar por toda a posteridade o grande acontecimento ali ocorrido e testemunhado por milhares de pessoas.

Conta-se que no fim, ainda os apóstolos recolheram, doze cestos, cheios de pedaços de pão e de restos de peixes. (cf. Mc. 6, 35-44)

O grande milagre de Jesus está em multiplicar sua presença e sua ação nos seus discípulos. Através deles é que Jesus quer saciar a fome da multidão faminta, tanto da fome corporal como da espiritual. Por meio de seus discípulos, Jesus deseja ser alimento, deseja ser pão para vida do mundo.

PÃO PARA TODOS 49

PÃO PARA TODOS

O pão simboliza tudo. Simboliza a vida, simboliza a fraternidade. Quando se diz que falta pão, dizemos que falta comida, falta alimento, falta o necessário para a vida.

Por isso, Jesus ensina a pedir o pão de cada dia, em outras palavras, que Deus nos conceda a vida, para que possamos realizar a sua vontade, para que o seu Reino venha, e, assim, seu nome seja santificado, Ele que é nosso Pai.

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1. Nome da Organização: ESQUINA DA SOLIDARIEDADE

2. Razão Social: ASSOCIAÇÃO DE VILAS: "É Preciso Repartir o Meu Viver com Todos"..

3. CNPJ da Organização: 02.205.960/0001-13

4. Endereço para Correspondência

Logradouro, nº Rua Presidente Kennedy, 534 Caixa Postal, 106Bairro Centro CEP 98.400.000Cidade Frederico Westphalen

Estado

Rio Grande do Sul

Telefone 014 (55) 3744-1071

FAX

014 (55) 3744-1071

Site www.esquinadasolidariedade.com.br

e-mail

[email protected]

5. Representante Legal da OrganizaçãoNome Completo Arildo Miguel CrespanCPF 178.995.160-72RG

101.535.8102

Cargo na Organização

Presidente

Logradouro, nº

Rua Assis Brasil, 526

Bairro

Itapagé

CEP

98.400.000

Cidade

Frederico Westphalen

Estado

RS

Telefone

014 (55) 9973 0549

FAX

014 (55) 3744-1071Site

www.esquinadasolidariedade.com.br

e-mail

[email protected]

6. Representante do ProjetoNome Completo Arildo Miguel CrespanCPF 178.995.160-72RG

101.535.8102

Cargo na Organização

Presidente

Logradouro, nº

Rua Assis Brasil,526

Bairro

Itapagé

CEP

98.400.000Cidade Frederico Westphalen Estado RS Telefone 014 (55)3744-1071 FAX 014 (55) 3744-1071Site www.esquinadasolidariedade.com.br e-mail [email protected]. br

7. Padrinho/Madrinha do Projeto (verificar orientações)Nome Completo Roberto Antônio VaninCargo ou Função no Grupo HSBC Gerente de serviço a cliente de Chapecó/ SC Matrícula 1066196 Descrever a participação do padrinho/madrinha no projeto

Acompanhamento e orientações do projeto

Telefone

014- (49)3321-1900

e-mail

[email protected]

PROJETO COMPLETO”TRANSFORMAR MÃOS QUE PEDEM EM MÃOS QUE FAZEM”

“Mãos na massa”

8. Tipo de OrganizaçãoEscolha o tipo de organização: Esta Instituição é uma organização Não

G o v e r n a m e n t a l ( O N G ) , s e m f i n s l u c r a t i v o s . A t e n d e crianças, jovens e adultos. Tem como Norma: tudo o que é produzido reverte em favor das participantes.

9. Histórico da Organização (informar o ano da fundação, se possui parceiros e quais são, sua missão/valores e relate os seus projetos e as ações desenvolvidas pela organização ao longo da sua existência.

Iniciou suas atividades, no dia trinta de setembro de 1.997. Diante das inúmeras famílias que residem em Vilas pobres (09) na periferia de Frederico Westphalen mais de 350 famílias, decidimos criar a presente ONG. Possui muitos Parceiros que são Empresas de nossa cidade tais como: Fórum local, Prefeitura Municipal, Colégio Federal Agrícola, Universidade Regional Integrada, Estofados Frizon, Arbaza, Mabela, todos os Super-Mercados de nossa cidade (06), Frangos Piovesan, Lancherias, Padarias, agricultores e comunidade. Temos muitas pessoas voluntárias (mais de 50).

Nossas atividades iniciaram numa pequena sala e hoje ocupamos dez (10) salas numa área de novecentos metros quadrados (900), cedidos em Parceria por uma Instituição sem cobrar luz, água e aluguel. Nossas Oficinas: Educação e Cidadania, Schimias, Padaria com confecção de pães, bolachas, cucas, massas etc., Acolchoados, Roupas de cama e mesa, Teares com confecção de tapetes e mantas, Bordados, Crochês, Pinturas, Informática, Capoeira, Danças, Futebol etc. Contamos hoje com mais de cem (100) famílias. Nossa Missão: resgatar Cidadania. Valores: amor, partilha e trabalho.

PÃO PARA TODOS52

CARACTERIZAÇÃO DO PROJETO

1. Título do projeto”TRANSFORMAR MÃOS QUE PEDEM EM MÃOS QUE FAZEM”

2. Estados/Cidades onde o projeto será realizado

Estado

CidadeRio Grande do Sul

Frederico Westphalen

3.Tipos de Atividade de Geração de RendaX Produção(Produzir e vender)

: Comércio(Comprar e revender)

Serviço(Prestar um Serviço)

4. Data de Início do projeto aqui proposto06 de agosto de 2007

5. Status do Projeto

Continuidade do projeto anterior

Aprimoramento de uma ação já desenvolvida na organização

Expansão de uma ação já desenvolvida na organização: O presente Projeto é uma expansão para uma Vila (Área Verde), como concretização de nosso propósito de construir uma padaria em cada Vila, atendendo um maior número de beneficiários e regiões diferentes, haja visto que atendemos apenas cem (100) famílias e existem mais de 350 em nossas periferias.

Combinação dos elementos acima

X

6. Quantidade de Indivíduos Diretamente Beneficiados no ProjetoMais de 216 pessoas

DESCRIÇÃO DO PROJETO:

7. Apresentação do Projeto. (Apresente um resumo da proposta e inclua as principais atividades a serem realizadas)

Estamos apresentando o presente Projeto porque conhecemos a Vila Área Verde desde 1.989, quando começamos a visitá-la semanalmente. As famílias

Amassadeira fazendo a mistura

PÃO PARA TODOS 53

que lá residem são muito pobres. Passados todos estes anos, fomos construindo um sonho que queremos que se torne realidade, que é a construção de uma padaria em cada Vila, para que as pessoas consigam ter o pão para suas famílias bem como ser uma fonte de Renda comercializando no próprio local e arredores os produtos.

Penso que não podemos deixar esta clientela que está recuperando sua Cidadania na Instituição, sem uma continuidade de trabalho no local onde residem, ampliando o leque de atendimento. Precisamos fazer com que estas famílias construam a sua própria história. Serão formados grupos que serão orientados por pessoas (Padeiros do meio deles formados através de Curso), onde elas mesmas ajudarão na confecção de seus produtos e comercialização, sendo desta forma um projeto de Geração de Renda.

Será construído inicialmente um pequeno prédio de aproximadamente (06mX08m) onde funcionará a padaria. Já possuímos o terreno onde será construída a padaria.

A Metodologia utilizada será aquela que tem como princípio: “Aprender fazendo”. Esta ONG traz como diferencial o Trabalho. Foge do puro assistencialismo, tão em voga hoje nos meios políticos. Ninguém ganha nada, sem primeiro participar e executar aquela atividade em que será beneficiada. Isto evita uma postura assistencialista. A Razão Social da Instituição é: “É Preciso Repartir o Meu Viver com Todos”. Portanto, tenta incutir em cada participante a importância da partilha. Partilhar com todos.

Serão formados grupos conforme mencionamos anteriormente, conforme suas afinidades e depois distribuídos numa escala diária, alternado-se os grupos. Serão formadas na confecção de pães, massas, bolachas,cucas etc. cinco (5) pessoas, portanto terá (05) padeiros os quais serão distribuídos numa escala semanal onde cada um ministrará aulas teóricas e práticas um dia por semana. Atingiremos com esta padaria na sua comercialização mais de 300 famílias residentes nas proximidades. Os parceiros locais auxiliarão na obtenção dos materiais necessários: farinhas, açúcar, fermentos etc. vendendo por preços mais acessíveis e muitas vezes doando parte destes materiais. A Parceria com a lenha é totalmente gratuito, haja visto que aproveitamos descarte de madeiras de uma Fábrica de estofados. Portanto toda a comunidade do bairro será beneficiada. Diretamente os moradores da Vila e indiretamente a população que vive nas proximidades.

Pensamos que passa fome quem fica em casa. Todos tem que participar.Estamos convictos que com a ajuda do Instituto HSBC Solidariedade, estamos fazendo uma experiência de minimizar a fome de muitas crianças, jovens e adultos e ainda oportunizando maneiras de terem uma geração de renda familiar.

Portanto são Planos Pilotos que podem ter replicabilidade em outras Vilas: ex. para o seg. ano: na Vila:21 DE ABRIL.

PÃO PARA TODOS54

Apresente aqui a sua proposta de capacitação profissionalComo dizemos anteriormente, serão proporcionadas oportunidades para

pessoas da própria comunidade de participarem de Cursos, seminários, palestras, visando a formação de padeiros profissionais.

A importância do pão novo diário na mesa de cada família, dispensa comentários. Como Engenheiro Agrônomo que sou, posso afirmar que o trigo é o grão mais nobre e mais conhecido do mundo inteiro. Daí vem a Proposta de construir uma padaria em cada vila carente de nossa cidade e porque não dizer em nosso Estado e quiçá em nosso país, a qual servirá para fornecer o pão de cada dia e ser uma fonte de renda para muitas famílias. Quem sabe que depois da padaria desencadearão outros projetos como fontes de trabalho alicerçando um desenvolvimento sólido e não de Bolsas famílias como estão acontecendo que é o viciado assistencialismo.

Portanto nossa proposta de capacitação profissional é viável para formar pessoas da própria vila.

Da mesma forma, este projeto mostrará às pessoas participantes das diversas ações, a maneira fácil de se fazer uma gama muito grande de produtos tais como: pães, cucas, bolachas, massas etc. Portanto irá transformar positivamente vidas e lugares onde vivem.

Apresente aqui a sua proposta estudo de mercadoFizemos uma análise de Mercado, tanto Local como Regional, a respeito

dos produtos que iríamos produzir. O Reconhecimento da Comunidade foi muito positivo e nossos produtos foram muito bem aceitos e está havendo uma ótima comercialização. Nossa preocupação desde o início foi de colocarmos no Mercado produtos de Primeira Qualidade. Este estudo foi feito com a Padaria do Viaduto, por isto, é que estamos fazendo esta afirmação.

Temos certeza que esta situação será a mesma para a Vila da Área Verde e a Vila:21 DEE ABRIL

Nosso estudo de Mercado fez uma levantamento da clientela que será atingida pela padaria, da Área Verde, e concluímos que nas proximidades desta vila existe um bairro de classe média-baixa muito populoso e não existem padarias nas proximidades.

Portanto nossas participantes querem trabalhar, produzir. Nosso pão será muito mais gostoso que o pão das outras padarias porque tem o “sabor da solidariedade”. Utilizaremos a mídia local (rádios e jornais) para divulgar esta idéia.

Possuímos uma experiência concreta, onde construímos uma Padaria na Vila do Viaduto de nossa cidade, e está conforme planejamos. Houve uma grande transformação.

A Segunda Padaria que será construída na Vila:21DEABRIL no segundo ano, fica a 06 Km. da Primeira. Possui vida própria e clientela para a comercialização. Portanto é plenamente viável.

PÃO PARA TODOS 55

8. Descrever as características sócio-econômica da comunidade onde o projeto será desenvolvido. Relatar também a relação entre a organização e o público desta comunidade e os benefícios do projeto.

O perfil desta população poderia ser enquadrada como famílias muito pobres, que chegaram a nossa cidade vindas de outras cidades menores mais próximas. Sua situação sócio-econômica é baixa, possuindo uma pequena casa de madeira e a maioria está desempregada. Conhecemos esta clientela desde o ano de 1.989 e convivemos todos estes anos com este povo sofrido.

Diante desta realidade precária em todos os sentidos e diante da má formação escolar, é mais do que justa a nossa solicitação de realizarmos este projeto. Sempre tivemos dentro de nós, sonhos de dias melhores para estas pessoas, porque somos da idéia: “se nada fizermos hoje, nada mudará amanhã”. A Padaria seria o Projeto mais viável para esta população carente, porque ela mesma produzirá e ela mesma fará a comercialização. Já conhecemos a muito tempo esta Vila e sabemos que poderemos organiza-la e fazermos que melhorem as suas relações.. O projeto irá aproximá-los e haverá uma transformação em suas vidas.

9. Objetivo Geral - Descrever qual é o principal objetivo do projeto.

Cidadania Resgatada, para famílias que vivem em situação de Risco Social na Vila da Área Verde, no município de Frederico Westphalen, através da construção de uma Padaria, confeccionando mais de mil (1.000) paezinhos por dia, cucas, bolachas e massas sendo uma fonte de Geração de Renda.

PÃO PARA TODOS56

10. Objetivos Específicos, Resultados, Estratégias e Indicadores de avaliação Objetivos Específicos Resultados Esperados Estratégias/Metodologia

de Intervenção Indicadores deAvaliação

Desenvolver um processo de participação

Melhorar a sua auto-estima

Reuniões, palestras, filosofia do Projeto: “aprender fazendo”

Integração de gruposTroca de experiências

Construção de prédio (06X08) mts.

Participação da clientela

na construção

Incentivar para que cada um dê sua parcela

Verificando suas capacidades e dons

Desenvolver o Espírito de partilha

Partilhar o que foi produzido

Provocar situações que levem as pessoas a partilhar.

Verificar o comportamento das participantes.

Incentivar voluntários da Comunidade.

Confirmação de pessoas voluntárias.

Entrevistar pessoas que se apresentem para este fim.

Verificar qual o grau de conhecimento teórico e prático das pessoas em questão.

Adquirir equipamentos

Concretizar a aquisição

Concorrências de preços para ver quais os melhores equipamentos, ver preço e qualidade dos mesmos.

Pesquisar opiniões de quem já possuem tais equipamentos. Visitar padarias com estes equipamentos

Formação de padeiros

Padeiros bem formados

Cursos, palestras, seminários, Testes práticos.

Através da qualidade dos produtos

Confecção de pães, bolachas, massas etc.E comercialização

Produtos com qualidade e Aceitação no Mercado

Materiais: farinhas, fermentos etc. de qualidade.Comercialização no local da padaria e venda a domicílio na região

Provar produtosVerificar sua aceitação no Comunidade atingida.

11. Descrever qual o processo de seleção dos candidatos a serem beneficiados pelo programa.A Seleção dos candidatos a padeiros será em primeiro lugar pelo nível de escolaridade e pelo espírito de liderança.

A seleção dos participantes a serem beneficiados será da seguinte maneira: a) visitas as famílias convidando-as a participar do projeto.b) Reuniões com as famílias motivando-as a participar.c) mostrar a importância do trabalho.d) proporcionar ações mostrando que serão capazes de mudar a situação em que se encontram.e) Respeitando a decisão de cada família fazer colocação dos critérios

que deverão seguir para fazer parte do projeto.f) mostrar que irão crescer no poder aquisitivo.g) serão valorizados cada vez mais que participarem e produzirem

seus alimentos.

PÃO PARA TODOS 57

h) Irão melhorar a cada ano a sua infra-estrutura.i) terão apoio dos órgãos públicos.j) Terão reconhecimento da imprensa.l) aumentará o seu estímulo para uma vida melhor.m) será um povo de mais credibilidade.n) será uma Vila mais forte.o) solidificarão seus laços de amizade.p) muitas empresas farão parcerias com eles.

Desta forma teremos uma comunidade seleta, apta ao crescimento e solidificada em valores que fazem crescer com saúde bem como fortificada nos valores morais.

Pão confeccionadopelas participantes

do grupo

PÃO PARA TODOS58

Mês Descrição das atividades

1

Visitas as famílias da Vila : Área Verde. Motivação para que participem. Estratégias para desenvolver um trabalho em comunidade.

Inscrição dos candidatos a participar de Cursos etc. para obter formação na área de padaria.Preparação do Terreno para a construção do prédio da padaria.

Aquisição dos materiais de construção

Início da construção da obra: prédio da padaria: (06X08)

mts.

2

Reuniões com as futuras participantes do projeto

Seleção dos candidatos a fazerem o curso de padeiros.

Continuação da construção da obra.

3

Reuniões mostrando a importância de trabalhar em grupos.

Primeira etapa na formação dos padeiros.

Continuação da construção da obra.

4

Formação de grupos conforme as afinidades.Segunda etapa na formação dos padeiros: aulas práticas.

Termino da construção da obra.

5Aquisição e instalação dos equipamentos da padaria.

Definição do calendário dos padeiros

Formação dos grupos de participantes.

6Aquisição de materiais: farinhas, açúcar, fermento, ovos, sal etc .

Confecção de pães, bolachas, cucas, massas etc.

Comercialização dos produtos na padaria e nas residências do Bairro Jardim Primavera

7Aquisição de materiais: farinhas etc.

Confecção de pães cucas, bolachas, massas etc.

Comercialização. Dos produtos etc.

8Aquisição de materiais: farinhas etc.Confecção de pães, cucas, bolachas, massas etc.Comercialização dos produtos etc.

9Aquisição dos materiais: farinhasConfecção de pães, cucas, bolacha s, massas etc.Comercialização dos produtos etc.

10Aquisição dos materiais: farinhas etc.Confecção de pães, cucas, bolachas, massas etc.Comercialização produtos etc.

11Aquisição dos materiais: farinhas etc.Confecção de pães, cucas, bolachas, mass as etc.Comercialização dos produtos etc.

12

Aquisição dos materiais: farinhas etc.

Confecção de pães, cucas. Bolachas, massas etc.Comercialização dos produtos etc.Confraternização com todos os participantes e padeiros.

12. Cronograma das Atividades - Apresentar o cronograma de realização do projeto. Detalhar todas as ações previstas.

ANO 01

PÃO PARA TODOS 59

Mês Descrição das atividades

13

Visitar as famílias da Vila: 21 DE ABRIL.Motivação para que participem.Incentivar candidatos a função de padeirosLimpeza do terreno para o prédio da Segunda Padaria: 21 DE ABRILReunião com as participantes da Padaria da Vila: Área Verde.Aquisição de materiais; farinhas, fermento, açúcar , ovos etc.Continuação com a confecção de pães, bolachas etc. na padaria da Área Verde.Comercialização das confecções da Área Verde

14

Reuniões com as futuras participantes da Padaria da Vila:21DE ABRILAquisição de materiais: farinhas etc. para a Área Verde.Confecção de pães etc.Comercialização dos produtos etc.

15

Estratégias para desenvolver um trabalho em comunidade com a Vila: 21 DE ABRIL.Aquisição de materiais: farinhas etc.

Confecção de pães etc.

Comercialização dos produtos etc.

16

Escolha dos candidatos a participar ao Curso de Padeiro na Vila: 21 DE ABRIL.Aquisição de materiais: farinhas etc.

Confecção de pães

etc.

Comercialização dos produtos etc.

17

palestra para as futuras participantes da Padaria na Vila: 2i DE ABRIL.

Aquisição de materiais: farinhas etc.

Confecção de pães etc.

Comercialização dos produtos etc.

18

Aquisição de parte do material de construção para a padaria da Vila: 21 DE ABRILAquisição de materiais: farinhas etc.

Confecção de pães etc.

Comercialização dos produtos etc.

19

Continuação de aquisição de materiais de construção para a Padaria da Vila:21 DE ABRILAquisição de materiais: farinhas etc.

Confecção de pães etc.

Comercialização dos produtos etc.

20

Preparação do terreno para a construção do prédio (06X08)mts. da Padaria da Vila:21DE ABRILAquisição de materiais: farinhas etc.

Confecção de pães etc.

Comercialização dos produtos etc.

21

Início das obras da Construção do prédio da Segunda padaria na Vila: 21 DE ABRILAquisição de materiais: farinhas etc.

Confecção de pães etc.

Comercialização dos produtos etc.

22

Continuação das obras da construção Segunda Padaria na Vila: 21 DE ABRILFormação dos grupos por afinidade na Vila:21 DE ABRIL

Aquisição de materiais: farinhas etc.

Confecção de pães etc. Comercialização dos Produtos etc.

ANO 2

PÃO PARA TODOS60

24

Termino da construção da segunda Padaria na Vila:21 DE ABRILSegunda etapa na formação dos padeiros da Vila: 21 D ABRIL.

Aquisição de parte dos equipamentos da Padaria da Vila 21 DE ABRIL: AMA SSADEIRA E SOVADEIRAAquisição de materiais: farinhas etc.

Confecção de pães etc.

Comercialização dos produtos etc.

23

Continuação das obras da construção da segunda padaria na Vila:21 DE ABRIL.Primeira etapa de formação dos futuros padeiros na Vila: 21 DE ABRIL

Aquisição de materiais: farinhas etc.

Confecção de pães etc.

Comercialização dos produtos etc.

ANO 03

Mês Descrição das atividades

25

Reunião com as participantes da Vila Área Verde.Aquisição do restante dos equipamentos da padaria da Vila: 21 DE ABRIL : FORNO TURBO 8 ESTEIRAS A LENHA, MESA BALCÃO, GELADEIRA, BACIAS.Reunião com as participantes dos grupos da Vila: 21 DE ABRIL.Aquisição de materiais; farinhas etc. para as duas padarias.Confecção de pães etc. nas duas padariasComercialização nas duas padarias

26Aquisição de materiais: farinhas etc. para as duas padariasConfecção de pães, etc. nas duas padarias.Comercialização nas duas padarias

27Aquisição de materiais: farinhas etc. para as duas padarias.

Confecção de pães etc. nas duas padarias

Comercialização nas duas padarias

28Aquisição de materiais: farinhas etc.para as duas padarias.

Confecção de pães etc. nas duas padarias.

Comercialização nas duas padarias

29Aquisição de materiais: farinhas etc. para as duas padarias.

Confecção de pães etc. nas duas padarias.

Comercialização nas duas padarias

30Aquisição de materiais: farinhas etc.para as duas padarias.

Confecção de pães etc. nas duas padarias.

Comercialização nas duas padarias

31Aquisição de materiais: farinhas etc. para as duas padarias

Confecção de pães etc. nas duas padarias

Comercialização nas duas padarias

32Aquisição de materiais: farinhas etc. para as duas padarias .

Confecção de pães etc. nas duas padarias

Comercialização nas duas padarias

33Aquisição de materiais: farinhas etc. para as duas padarias.

Confecção de pães etc. nas duas padarias.

Comercialização nas duas padarias.

34Aquisição de materiais: farinhas etc. para as duas padarias.

Confecção de pães etc. nas duas padarias.

Comercialização nas duas padarias

PÃO PARA TODOS 61

35Aquisição de materiais: farinhas etc. para as duas padarias.Confecção de pães etc. nas duas padarias.

Comercialização nas duas padarias

36

Aquisição de materiais: farinhas etc. para as duas padarias. Confecção de pães etc. nas duas padarias Comercialização nas duas padarias.

Confraternização com os participantes e padeiros das duas padarias.

13. Equipe do Projeto (Informar as pessoas envolvidas no projeto, inclusive voluntários, assim como a quantidade por cargo e uma breve descrição da função).Quantidade Cargo Descrição da Função01 Presidente: Arildo Miguel

CrespanRepresentar a Associação em juízo ou fora dele; convocar, presidir reuniões; executar as decisões da Diretoria; assinar contratos, convênios etc .; assinar juntamente com o tesoureiro a movimentação das contas bancárias etc.

01 Vice-Presidente: Marli Pereira Vieira

Auxiliar o Presidente e substituí-lo.

02 Secretários ; Primeira: Vera Lúcia Hartmam Segunda: Anilda Cardoso

Redigir e ler atas; redigir e ler correspondências; organizar e manter em dia o fichário etc.Auxiliar o primeiro secretário.

02 Tesoureiros:Primeira: Idoli Contini CrespanSegunda: Jair H. Malmam

Organizar e dirigir a tesouraria; Ter sob a guarda os valore s da Associação; arrecadar e controlar; apresentar mensalmente balancete Movimentar com o Presidente os fundos financeiros; apresentar balanço geral

Auxiliar o Primeiro Tesoureiro. 06

Conselho fiscal: Lenita Basso Nardino; Olga da Silva;Venilda F. Vargas Anselmo

Conselho suplente: Leontina Amaral; Iracy Martins; Luiz Agostinho Oliveira

Examinar as contas e os livros, registros e documentos;Substituir os membros efetivos.

Reunião comas participantes

dos grupos

PÃO PARA TODOS62

Mais de 50 voluntários:muitos jápassaram,outros virãoa fazer partedesta grandefamília.

Coordenar as diversas Oficinas e atividades: citaremos alguns: Hamilton MedeirosMarli Pereira VieiraJair H. MalmanIracy MartinsLuiz Agostinho OliveiraLenita Basso NardinoSérgio Nardino

Lurdes da Silva

Altemir Bigolin

Venilda F. Vargas Anselmo

Rosalino Pedro Crespan

Iolanda dos Reis CrespanRoseane de OliveiraRosemeri Oiveira

Francesca Tibola

Cleci Dalvesco

Marli Felin

Idoli Contini CrespanVera Hartmam

Elma Fagan

Alzira Dalcin

Ministrar aulas práticas bem como coordenar as diversas atividades desenvolvidas na Instituição.eletricistacostureiracostureiracostureirapadeiroauxiliar de padeiroauxiliar de padeiro

coordenadora da oficina da schimiaMonitor dos arranjos e artesanatosCoordenadora dos teares de tapetesBalconista; atendente da lojaBalconista: atendente da lojaCoordenadora dos bordados, crochê, tricôs etcCostureira

Balconista: atendente da LojaMonitora dos arranjosMonitora dos arranjosCoordenadora de todas as OficinasBalconista;atendente da lojaBalconista;atendente da LojaOficina de pintura

Anilda CardosoEnilda Lima de JesusIzira Zancan CeruttiLoecy lima de jesusThereza Stefanello

Iolanda marlene WeyhsLurdes ScapinJosé EustáquioNelson FontanaJudite MedeirosDilema OrtigaraLoreno CeruttiAires RicciNoeli RicciVera Flack

Fase final da construção da Padaria

PÃO PARA TODOS 63

Mais de 100 participantes das diversas oficinas

Participam de diversas oficinas:citaremos algumas:Eva BatistiGeni CvalheiroMaria Nair SladanhoRegina QuevedoMarli LemesJudite ArrudaMaria Inês dos Santos Dorildes MedeirosMaria SaleteVanderléia VargasNeide Vargas

Noili Pereira

Rosalina Marques

Cleusa de MatosDoralina MartinsNoeli DelaviTeresa PiloniEva Leite

Maria Nair SaldanhaHelena dos Santos Maria SaldanhaSueli PereiraNatalina VieiraNara Lúcia MendesHelena dos SantosZenilda CamargoLúcia AntunesClair dos SantosLeonice TornesIroni RodriguesRosangela MarquesJorgina da SilvaClarinda MachadoAndressa VeberAndressa Dias Carine da Silva RosaCleomar SldanhaCleiton Martins KrigerRenato da CruzRafael da RosaMateus da CostaJackson Antônio de OliveiraElizandro da SilvaEtc.

Oficinas das schimias, pães, massas, acolchoados etc. “ “ “ “ “

“ “ “ “ “

Pão dentro do forno

PÃO PARA TODOS64

14. Planejamento para a Sustentabilidade – Descreva os elementos que favoreçam a continuidade do projeto após o período de investimento do Instituto HSBC Solidariedade.Elementos Meta EstratégiaFinanceiro ( presença de outras fontes de financiamento ou empreendimento de autofinanciamento)

A incorporação financeira se dá com :Convênios com a Prefeitura municipal.

Parcerias com empresas locais

Produzir com qualidade

Preenchimento de documentação exigida pela prefeitura municipal edo Conselho Municipal de Saúde e Assistência Social.

Visitar as empresasComercialização dos produtos

Técnico (correta sistematização da gestão e tecnologia empregada)

A incorporação técnica se dá com a qualificação das pessoas responsáveis para que o projeto caminhe por conta (padeiros eficientes) participantes aptos.

Constante atualização das pessoas responsáveis e palestras para todos os participantes.

Comunitário (incorporação do projeto pela comunidade)

A incorporação comunitária pela participação das envolvidas na comercialização

Estratégias de comercialização: na própria padaria; nas residências do Bairro Primavera etc.

15. Descreva no quadro abaixo quais serão os possíveis riscos que o projeto poderá sofrer e quais serão os planos de ação para supera-los.

Riscos Plano de AçãoAlguns participantes poderão desistir Substituição por outros elementos da comunidade

16. Descreva o plano de comunicação e divulgação do projeto. Inclua também os contatos da pessoa responsável pela comunicação em sua entidadeO Plano de Comunicação do projeto se dará da seguinte maneira:

a) Através das Rádios locais: Luz e Alegria AM e FMb) Jornais locais e regionais; o Alto Uruguai; RS NORTE, O Jornal Frederiquense.c) Folder do projeto: relatando sua dimensão e perspectivas.d) Entrevistas com os empresários e autoridades pela pessoa responsável pela comunicação do projeto.

Nome Completo Marco A. MacielTelefone

014-(55)3744-4007

Celular

(55) 9962 3239

E-mail direçã[email protected]

PÃO PARA TODOS 65

17. Outros comentários - Descreva aqui comentários adicionaisOs resultados alcançados pela instituição até hoje são inúmeros. Há uma

efetiva participação da comunidade local e regional bem como do grande número de empresas que estamos fazendo parcerias. Fomos Projeto Destaque no RS e SC, entre 165 Projetos. Recebemos Menção honrosa pela Câmara de vereadores de Frederico Westphalen pelos trabalhos que estamos realizando em projetos Sociais. Estamos recebendo atenção especial da Promotoria local. Recebemos aprovação destacada pela seriedade com que executamos nossas atividades, após longa avaliação pela Central do Dízimo do Brasil: Pró-Vida com sede em Campinas SP nos premiando com um carro Saveiro. Nossa Instituição possui certidão negativa de devedor. Um escritório de contabilidade acompanha e faz o controle dos Movimentos de caixa. Possui uma equipe com conhecimento e experiência na área de atuação. O Presidente e o Tesoureiro são professores aposentados da Universidade Federal de Santa Maria/RS com extensão em Frederico Westphalen, com Mestrado em Difusão de Novas Tecnologias, Possui Registro na Secretaria de Ação Social do Estado do RS, bem como na Prefeitura municipal e COMDICA. Possui Estatuto como Associação de Vilas, Tem CNPJ. A entidade está de acordo em realizar possíveis alterações se forem necessárias bem como de participar de encontros periódicos de capacitação.

Pão caseiro

PÃO PARA TODOS66

Nº Discriminação HSBC Outros Parceiros

Contrapartida Institucional Total

Recursos Materiais1 Material Didático2

Material de Escritório

3

Material de Consumo

R$

4.200,00

R$ 7.100,00

R$ 6.000,00 R$17.300,004

Equipamento: para padaria

R$11.400,00

X

X R$ 11.400,005

Material para Construção: da padaria

R$10.149,20

R$ 3.100,00

R$ 1.600,00 R$ 14.849,206

Outros: mão de obra construção

R$

5.500,00

R$ 2.000,00

R$ 8.100,00 Passagem aérea ida e volta Chapecó/SC/Curitiba

R$ 600,00

Capacitação de padeiros (05)

R$ 500,00 R$ 500,00

Subtotal Recursos Materiais R$,31.849,20 R$12.2000,00 R$8.100,00 R$52.149,20

SOLICITAÇÃO DE RECURSOS

1. A Organização possui:Titulo de Utilidade Publica MunicipalTitulo de Utilidade Publica EstadualTitulo de Utilidade Publica FederalOSCIPFilantrópica: ONG

2. Valor total do Projeto

3. Valor total solicitado ao HSBC

R$ 31.849,20

X

12 meses

24 meses

36 mesesR$ 31.849,20 R$ 25.000,00 R$20.000,00

4. Custo do Projeto (Detalhe apenas os custos dos 12 primeiros meses, o detalhamento dos demais meses será solicitado após termino deste período).

Bolachas caseiras

Cucas

PÃO PARA TODOS 67

Valor subtotal: R$ 4.200,00

Valor subtotal: R$ 11.400,00

Pão caseiro

68 PÃO PARA TODOS

VALOR TOTAL: R$ 31.849,20

Valor subtotal: R$ 10.149,20

R$ 6.100,00

69PÃO PARA TODOS

Discriminação (valores solicitados ao HSBC)10 - Viagens aérea ida e voltaChapecó/ Curitiba

QuantidadeR$ 600,00

Valor unitário Valor totalR$600,00

TransportePassagensDeslocamentos Diversos

11 – Locação de áreas, imóveis, salas Quantidade Valor unitário Valor total

12 – Locação de equipamentos Quantidade Valor unitário Valor total

13 – Hospedagem/Alimentação (em viagem)

Quantidade

Valor unitário Valor total

14 – Refeição, Lanches

Quantidade

Valor unitário Valor totalAlmoço

Lanches

Jantar

15 – Eventos

Quantidade

Valor unitário Valor total

16 – Material de divulgação

Quantidade

Valor unitário Valor total

17 – Despesas de manutenção

Quantidade

Valor unitário Valor total

18 – Material de divulgação

Quantidade

Valor unitário Valor total

19 – Taxas diversas (luz, gás, telefone, etc)

Quantidade

Valor unitário Valor total

PÃO PARA TODOS70

20 – Outros Quantidade Valor unitário Valor total Subtotal R$600,00 R$600,00

5. Cronograma Financeiro (12 meses) Mês 1 2 3 4 5 6Recursos materiais R$4.150,00

R$3.924,20

R$1.037.50

R$1.037,50

R$ 11.400,00

R$600,00

Recursos Humanos R$1.375,00

R$1.375,00

R$1.375,00

R$1.375,00

Despesas Diversas R$600,00

Mês 7 8 9 10 11 12Recursos materiais R$600,00 R$600,00 R$600,00 R$600,00 R$600,00 R$600,00

Recursos Humanos

Despesas Diversas

*Observação: Somente os valores solicitados ao HSBC

5. Inserir o nome do(s) parceiro(s), breve descrição desta parceira e se já está fechada ou ainda será efetivada.Nome da empresa parceira Super-Mercado Sorriso

Descrição da parceria Esta Empresa colabora com materiais para a confecção dos pães: far inha etc e

frutas para a oficina das schimias Status da parceria Parceria excelente, por ser o maior colaborador financeiro . É o maior

Supermercado da cidade Nome de uma pessoa de contato da empresa parceira Lírio Zanchet Telefone 014(55) 3744-163 e-mail liriozanchet@bol. com.br

Nome da empresa parceira Arbaza

Descrição da parceria Esta Empresa colabora com o fornecimento de gêneros alimentícios: feijão, arroz,

farinha etc. Status da parceria Poderia classificá-la como muito boa. É uma Empresa distribuidora de grãos a nível

Nacional. Nome de uma pessoa de contato da empresa parceira Leonir Balestreri Telefone 014(55)3744-4747 e-mail [email protected]

Nome da empresa parceira Super-Mercado Barril

Descrição da parceria Esta Empresa colabora no fornecimento de fermento, açúcar e frutas para as

schimias Status da parceria Esta Empresa pode ser classifica-la como muito boa. Da mesma forma é um dos

Mercados mais completos de nossa cidade. Nome de uma pessoa de contato da empresa parceira José Argenta Telefone 014(55)3744-4166 e-mail [email protected]

PÃO PARA TODOS 71

Nome da empresa parceira Prefeitura municipal

Descrição da parceria A Parceria com a Prefeitura Municipal é com referência a utilização de Máquinas

para fazer terraplanagens e limpezas em geral. Há ainda um intercâmbio com as diversas secretarias.

Status da parceria È uma Parceria de muita valia já que trabalhamos na mesma causa que é melhorar as condições de saúde e habitação bem como alimentação.

Nome de uma pessoa de contato da empresa parceira

Luiz Carlos Stefanello

– Prefeito municipal Volmar Tauffer -- Vice-prefeito

Telefone 014(55) 3744-5050 e-mail

Fase final da construção da padaria

Cucas

PÃO PARA TODOS72

P róximo ao Colégio Agrícola de Frederico Westphalen, existe um município denominado: Taquaruçú do Sul. Devido a proximidade com o Colégio, sempre

mantivemos uma boa vizinhança. O padroeiro daquela cidade é São Roque, que por ocasião da sua festa (16 de agosto), sendo decretado feriado e comemorado com festejos populares, tínhamos que liberar a meninada para os referidos acontecimentos.

Conhecemos desta forma a biografia deste Santo popular. Roque era um jovem muito rico nascido na França, que desde jovem era muito sensível às causas sociais, tendo ficado órfão de pai e mãe

SÃO ROQUE E O PÃO DIÁRIO ENVIADO POR DEUS LEVADO POR UM CÃO AMIGO E FIEL

Cidade de Taquaruçú do Sul

quando ainda era criança. Foi criado por um tio que o educou e chegou a freqüentar o curso de medicina mas depois não concluiu os estudos. Querendo a perfeição, tinha que ir a Roma para lá na Basílica de São Pedro lucrar a indulgência plenária, sendo o único lugar no mundo. Quando chegou aos 20 anos distribuiu os bens aos pobres e partiu para a cidade eterna, Roma. Chegando na Itália, encontrou um caos, com doenças e pestes que dizimavam famílias em poucos dias, sendo uma peste contagiosa.

Vendo aquilo tudo, começou a curar muita gente lavando com água corrente, um escalpelo e o sinal da cruz. Onde surgia um foco da peste, lá estava Roque ajudando e curando. Chamado a Roma, devido a sua fama de santidade e de poder de cura e porque um cardeal tinha sido contaminado com a peste, curou-o, lucrou a indulgência e começou a viagem de volta. Mas eis que numa cidade da Itália ficou contaminado pela doença, se refugiando numa gruta sem comida e sem água. Já exausto e não tendo mais forças, eis que de repente apareceu-lhes um cão amigo (eta cão legal) trazendo um pão na boca, que o deixou cair na sua frente e depois sumiu. No mesmo dia brotou de repente um olho de água da rocha, na qual começou a lavar-se e saciar a sede. Eis que por encanto do jovem, todos os dias na hora certa o cão sumia da presença do seu dono e tomava o pão vindo de Deus e o levava ao Santo, até que ficou curado milagrosamente.

Voltando para a França, encontra o país em guerras e é confundido como um espião, que levado diante do rei que o conhecia, mas finge não conhecê-lo manda-o para a prisão. São Roque, fica feliz por estar sofrendo por Jesus Cristo e após cinco anos de sofrimentos, morre miseravelmente. É identificado como o Roque porque trazia no peito uma mancha em forma de cruz avermelhada, desde nascença que ele dizia ser a marca da santidade, recebendo uma sepultura digna de um santo.

Podemos notar a presença do pão novamente, agora mandado do céu, para saciar a fome. Sempre o pão, pão, pão.... Deus tem uma preferência e um carinho todo especial com o PÃO.

PÃO PARA TODOS74

Data de início do projeto: 20 de setembro de 2007

JustificativaEstamos apresentando o Presente Projeto porque já

conhecemos a muito tempo as pessoas localizadas na Área Verde e na Linha 21 de abril. As pessoas que lá residem são muito pobres.

Preocupados com a realidade de pessoas em situação de vulnerabilidade, pensamos na necessidade de construir uma padaria em parceria com a Associação: “É Preciso Repartir o Meu Viver com Todos”, para dinamizar uma ação Humanitária de impacto que beneficie esta clientela, pois, acreditamos na idéia que: “alimento para todos é a garantia de mais dignidade para cada um”.

PROJETO RESUMIDO “TRANSFORMAR MÃOS QUE PEDEM EM MÃOS QUE FAZEM.

A importância do pão novo diário, na mesa de cada pessoa dispensa comentários. O trigo é o grão mais nobre e mais conhecido do mundo inteiro. Daí vem a Proposta de construir uma padaria nestas vilas, a qual servirá para fornecer o pão, a bolacha, a cuca, a massa etc. e ser uma fonte de Trabalho e Renda.

Objetivo Geral Promover a Cidadania e a Sustentabilidade da Comunidade da

Área Verde e da Linha 21 de Abril de Frederico Westphalen.

Objetivos Específicos- Construir um espaço na comunidade da Área verde no primeiro ano

e na Linha 21 de Abril no segundo ano, os quais possibilitarão uma geração de trabalho e renda local

- Mobilizar a comunidade da Área Verde e Linha 21 de Abril para que assumam o espaço e tornem-se protagonistas da sua história.

Público-Alvo:Famílias que residem na Área Verde e na Linha 21 de Abril, em

situação de vulnerabilidade social no município de Frederico Westphalen, proporcionando sua inclusão sócio-econômica, sendo construtores de sua história.

Resultados Esperados- Comunidade organizada, mais integrada e participativa- Comunidade motivada para o Trabalho- Pessoas com mais renda.- Melhoria na alimentação da comunidade.

Riscos:- Desmobilização- Desistências

PÃO PARA TODOS76

Atividades/ ações- Reuniões e/ou palestras mensais na comunidade para motivá-las a

participarem sempre.- Construção de um espaço- Aquisição de equipamentos- Apoio na escolha de um padeiro líder- Acompanhamento da Esquina da Solidariedade através de reuniões

semanais, quinzenais e mensais, evitando desta forma possíveis desistências.

- Confecção de pães- Avaliação qualitativa e quantitativa.- Monitoramento

Metodologia?Serão construídos dois espaços nas comunidades da Área Verde e da Linha 21 de Abril, espaços estes que contém uma sala grande, uma cozinha equipada para confecção de pães com Forno Turbo a Lenha com 08 esteiras, Amassadeira de 15 Kg, Sovadeira Industrial, Máquina de fazer massas, Fogão de seis bocas a gás, móveis como mesa, armários. Cada espaço será construído em um ano de projeto.?Cada padaria deverá contar com um padeiro líder. A comunidade será mobilizada para a escolha do padeiro líder, que será a pessoa responsável pela abertura diária da padaria e também incentivador dos participantes. É papel do padeiro líder a distribuição das participantes com escala diária e o controle de freqüência dos participantes, através de um caderno de chamadas.?Para o desenvolvimento de um processo de participação da comunidade e para que assumam o espaço construído serão feitas reuniões e palestras periódicas. As palestras serão mensais e proferidas por profissionais ligados à área de panificação, iniciando-se logo após o término da construção da padaria. As reuniões, que iniciarão após a construção do espaço, serão periódicas e coordenadas pela Esquina da Solidariedade. No início serão semanais, passando a quinzenais e depois mensais para a

PÃO PARA TODOS 77

conscientização dos grupos a fim de evitar que haja desistências. ?Em todas as reuniões que serão feitas focar-se-á sempre o incentivo a comercialização de parte dos produtos que serão confeccionados.

Monitoramento e Avaliação?A Avaliação será feita através de cinco questões abordando a satisfação, colhendo sugestões, a cada seis meses de funcionamento da padaria e será respondido por todos os participantes dos grupos constituídos. ?A palavra Monitoramento quer dizer acompanhamento, portanto estaremos atentos a tudo o que irá acontecer. Utilizaremos todos os mecanismos tais como entrevistas, questionários abordando a qualidade dos produtos bem como a aceitação, e as sugestões que forem necessários para que haja um crescimento da comunidade. Isto será feito no final de cada semestre. ?Indicadores/Metas ?Integração dos grupos onde evidencia a participação ativa dos integrantes. Esperamos contar inicialmente com três grupos de 07 participantes ativos em cada grupo, após seis meses do termino da construção.

PÃO PARA TODOS78

?Espaço construído conforme o planejado – uma padaria construída no primeiro ano na Área Verde e uma padaria no segundo ano na Linha 21 de Abril.?Um padeiro líder responsável em cada padaria.?Confecção de 400 pães diários em cada padaria após 6 meses da construção.?Comercialização de 200 pães em cada padaria após 6 meses de construção.

CronogramaAção prevista 2007 2008 2009

7

8

9

10

11

12

1

2

3

4

5

6

7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Reuniões/ palestras

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X X X X X X X X X X X X X X X X X X

Construção do espaço

X

X

X

X

X X

Aquisição dos equipamentos

X

XAdquirir materiais de consumo

X

X

X

X

X X X X X X XEscolha do padeiro líder local

XConfeccionar pães X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X XComercializar pães X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X XAcompanhamento da Esquina da Solidariedade

X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X XAvaliação X X X X XMonitoramento X X X X X06 - Materiais para a confecção de pães etc., equipamentos para a padaria e materiais de construção para o prédio da padaria:

Quantidade Valor unitário Valor total

01

Materiais: Farinha de trigo kg,

2.400

1,50 R$3.600,00

Fermento Kg.

50

7,00 R$ 350,00

Açúcar Kg

250

1,00 R$ 250,00

Valor subtotal: R$ 4.200,00

02 Equipamentos da padaria:Forno Turbo de 08 esteiras a lenhaAmassadeira de 15 KG de massaSovadeiraMáquina conjugada para massasGeladeiraMesa balcão

010101010101

6.500,001.600,00 960,001.100,00 950,00 290,00

R$6.500,00R$1.600,00R$ 960,00R$1.100,00R$ 950,00R$ 290,00Valor subtotal:R$ 11.400,00

PÃO PARA TODOS 79

03

Materiais de construção; Prédio 06x08

Tijolos maciços

Tijolos 06 furos

Areia média branca

Areião

Areia Vermelha

Cimento CP2Telha 2.13x1,10x6Cumieira 1,10x6Madeiras para cobertura guias 10x2,5cmCerâmica 040x040cm

Forro PVC Vigas de ferro

Portas e janelas de ferro Vidro liso 3 mm Cal hidratada Material elétrico, poste de entrada de

Energia. Material hidráulico e esgoto

2.000

3.000

3 m≥

3 m≥

3 m≥

80 sc.4610

420 mts.70m≤70m≤70 mts..................25 sc.

........

.......

0,220,2775,0075,0060,0020,0031,9018,00

1,6513,0011,205,30..................6,00

.........

........

R$ 810,00R$ 440,00R$ 225,00R$ 225,00R$ 180,00R$ 1.600,00R$ 1.467,40R$ 180,00

R$ 693,00 R$ 910,00R$ 784,00R$ 371,00R$ 735,80R$ 150,00R$ 150,00

R$ 768,00R$ 460,00Valor subtotal:R$ 10.149,20

Viagens coordenação do projeto 600,00 600,00AssistentesOutros (detalhar na tabela abaixo): Pedreiros, auxiliares de pedreiros R$ 5.500,00 R$ 5.500,00Subtotal Recursos Humanos R$5.500,00 R$6.100,,00

VALOR TOTAL: R$ 31.849,20

80 PÃO PARA TODOS

Orçamento

Recursos Materiais

AÇÃOPessoal Envolvido

Permanentes

De consumo

Custo

Unitário ou

valor hora

Quantidade

necessária

Custo

Total

PRIMEIRA PADARIA: ÁREA VERDE

Construção do espaço: Mão de obra

Materiais de

construção

Pedreiros

10.149,20

5.500,00

5.500,00

10.149,20

Aquisição dos equipamentos11.400,00 11.400,00

Materiais para Confecção de pães4.200,00 4.200,00

Passagem a Curitiba600,00

TOTALPADARIA ÁREA VERDE31.849,20

7 - PARCERIAS

A Presente ONG, conta hoje com as parcerias das seguintes Instituições Públicas:a) Prefeitura Municipal de Frederico Westphalen: Convênios etc.b) Forum local: integração com o COMDICA: reuniões, doações de

equipamentos.c) Escola Técnica Federal de Frederico Westphalen da Universidade

Federal de Santa Maria: intercâmbio de informações e suporte na doação de produtos para a confecção de massas.

d) Universidade Regional Integrada: troca de experiências e suporte das oficinas de informática.

Parcerias com Empresas locais:a) Arbaza: troca de informações e doação de Kit de alimentos.b) Mabela: troca de informações e doação de alimentos.c) Padarias: troca de orientações doação de alimentos.d) Super-mercados: troca de orientações e doação de alimentos.e) Cotrifred: troca-troca: trigo por farinha e troca de experiências.f) Estofaria Frison: troca de experiências e doação de lenhas para os

forno das padariasg) Malharias Biamar de Farroupilha: retalhos para as confecçõesh) Fábricas de Joinville: aquisição de tiras para Tear: tapetesi) Doações da Comunidade: móveis, roupas usadas e campanha do

Quilo

PÃO PARA TODOS 81

j) Imprensa: jornais: divulgação permanente; rádios: divulgação gratuita com “vinhetas” diariamente.

A Presente ONG, realizou Convênios e Projetos com outras Instituições e ONGS:a) 1.997 com a RBS R$ 10.000,00b) 2.002 com a Embaixada da Austrália: R$ 9.000,00c) 2.003 com a Cáritas do Brasil: R$ 8.000,00d) 2.005 com a Central do Dízimo: Pró-Vida de SP: um carro Saveiroe) 2.007 Projeto aprovado com o HSBCf) 2.007 com o Consulado Federal da Alemanha em Porto Alegre/RS:

R$ 15.000,00g) Parceria com a Parceiros Voluntários: Formação.

PÃO PARA TODOS82

As s im in i c i ou a minha história em relação ao Menino

Jesus de Praga, estávamos num encontro de Pastoral Familiar do Estado do Rio Grande do Sul, na Casa Betânia, perto da Gruta de Nossa Senhora de Lurdes em Porto Alegre, que encontrei ao entrar na capelinha daquela casa de formação, um pequeno jornal com a história desta devoção. Como estávamos no início de nossas oficinas de confecção de acolchoados, lençóis e edredons, levávamos conosco uma quantidade dos mesmos e não conseguimos vender nada em três dias que estávamos no encontro. Pois, eis a minha surpresa que após ficar um período na capelinha daquela casa de Formação, lendo num jornalzinho que por acaso lá encontrei, a história do Menino Jesus de Praga, depois fiz uma prece pedindo a sua proteção e a intenção de tê-lo como padroeiro, ao sair encontrei a minha esposa que me contou que tinha vendido tudo enquanto eu estava na capela. Não tive dúvida que aquela era uma inspiração divina e a partir daquele momento passou a ser nosso Mestre Guia e Padroeiro. Tivemos a oportunidade de no ano de 2.006 fazer uma viagem ao Leste Europeu e ir até a República Tcheca, e na capital Praga poder conhecer pessoalmente o local do início da devoção bem como a imagem original, que se encontra na Igreja dos Padres Carmelitas.

UMA INSPIRAÇÃO DIVINA: MENINO JESUS DE PRAGA

Aos fundos imagem original do Menino Jesus na cidade de Praga - República Tcheca

Foi neste, convento de Praga que o Menino Jesus, escolheu para brilhar o seu poder e amor soberanos.

No ano de 1.628, uma nobre dama a princesa Polyxena de Loblowitz, inspirada interiormente por Deus, sentiu-se animada a socorrer os Religiosos Carmelitas, Descalços, da cidade de PRAGA ( capital da então Boêmia), os quais estavam passando sérias dificuldades. Levada pela santa intenção de socorrê-los, presenteou-os com uma imagem do Menino Jesus, da qual era devotíssima. Ao oferecê-la disse-lhes: “Reverendos Padres, venho dar-vos o que de mais caro possuo neste mundo. Honrai esta imagem e jamais coisa alguma vos faltará”.

Os inúmeros favores, tanto espirituais como temporais, que se seguiram a esta devoção, foram um fiel testemunho da veracidade das palavras. O primeiro favorecido foi o Padre Carmelita Descalço, Frei Cirilo da Mãe de Deus (hoje venerável), o qual, rezando fervorosamente diante da sagrada imagem, se viu logo curado de uma grande aflição do espírito.

Exposta a imagem à veneração pública, na Igreja de Santa Maria da Vitória, templo entregue aos cuidados dos Carmelitas Descalços da cidade de Praga., foram tantos os prodígios operados pelo Menino Deus, representado naquela imagem, que daí se originou a devoção sob o título de “MENINO JESUS DE PRAGA”, a qual se tornou tão prodigiosa. Apesar daqueles países, estarem sob o comando comunista, pude sentir e ver o quanto esta devoção é forte e de grande valia ( visita dias 03 a 20 de outubro de 2.006).

Mas lamentavelmente, como quase sempre acontece com as obras de Deus, às quais o inimigo não se cansa de dar acérrimo combate – combate de que a luta na terra é apenas pálido reflexo – Não tardou muito a surgirem sérios estorvos ao prosseguimento dos prodígios que o Menino Jesus vinha operando por meio de sua milagrosa imagem.

Pude constatar pessoalmente, a devoção ao Menino Jesus de Praga, nos países do Leste Europeu, como na cidade de Berlim, onde existe a Famosíssima Universidade Internacional de Humbold onde nada menos do que Einstein estudou e outras tantas personalidades

PÃO PARA TODOS84

do mundo inteiro, na praça onde foram queimados tantos livros famosos, estive em frente ao muro de Berlin, que hoje só deixaram um trecho de mais ou menos cem metros (100) e o restante só deixaram um risco vermelho que ficará para a posteridade não esquecer, parecendo um fio de sangue onde causou tantas mortes e desesperos, pois, pasmem, lá o Menino Jesus de Praga, é conhecido como o “ PEQUENO GRANDE”.

Pois, devido as grandes perseguições a cidade de Praga, foi afetada e os Carmelitas expulsos da cidade de Praga e as igrejas profanadas, por toda a parte reinava grande tristeza. Constatei com os meus próprios olhos, os destroços de muitas igrejas ( os homens derrubavam tudo mesmo) ainda hoje lá existentes. Praga parecia vencida pela nefasta heresia, pelas cruéis barbaridades dos revolucionários, mas a hora da Providência tornou a soar, enfraquecendo a fúria das perseguições. Realmente pude constatar, o quanto aqueles povos são capazes de fazer e também de destruir. Acalmadas estas, os Carmelitas puderam retornar ao convento e procurando logo a querida imagem do Menino Jesus, acabaram encontrando-a no meio dos escombros do templo, estava SALVA.

PÃO PARA TODOS

Praça na cidade de Berlin: local da queima dos livros em frente a Universidade de Humbold

85

Foi este um momento de grata emoção para os Carmelitas. Onde retornaram a colocar a imagem em veneração pública na Igreja de Nossa Senhora da Vitória, os inimigos fugiram deixando a cidade livre.

Tive a grata satisfação, de ser convidado, minha esposa e eu, para entrarmos na clausura dos Carmelitas em Praga e receber do Padre Provincial uma imagem do tamanho da original, do Menino Jesus, a qual está guardada para ser colocada na Igreja que será construída em terreno próximo a nossa casa, na praça em frente a URI. Tenho certeza que com a colaboração de todos os moradores do Bairro Itapagé e da Universidade, haveremos de construir um Templo digno para o Menino Jesus, abençoar tantos jovens que lá estudam, qualificando o seu saber nas suas futuras profissões.

Certa vez, quando rezando, os Carmelitas diante da Sagrada Imagem, após a terem encontrado nos escombros do templo, pareceu a cada um ouvir no íntimo do coração estas consoladoras palavras: “ NÃO TEMAIS, CONSIDERAI QUE EU SOU O VOSSO DEUS, NO MEIO DE TODOS OS POVOS DA TERRA SEREI EXALTADO E GLORIFICADO”. Mas o divino Menino Jesus, não se limitou, apenas a estas palavras animadoras. Um dia estava o seu devoto servidor – ven. Cirilo da Mãe

PÃO PARA TODOS

Monumento encontrado numa praça na cidade de Berlin em homenagem aos milhões de mortos pelos Nazis.

86

Parte do Muro de Berlin quew ficou como lembrança deixado pelo Regime Comunista.

Risco em vermelho deixado onde passava o Murro de Berlin.

87PÃO PARA TODOS

de Deus - concentrado em profunda oração, quando ouviu uma voz misteriosa que vinha da imagem do MENINO JESUS DE PRAGA E repetia, : “SE ME MARDES, EU USAREI CONVOSCO DE MISERICÓRDIA, QUANTO MAIS ME HONRARDES, TANTO MAIS VOS FAVOCEREI”.

Com estas promessas, o Menino Deus testemunha quanto lhe agrada ser invocado sob o título de: MENINO JESUS DE PRAGA, e, dia a dia, opera imensos favores de conversões, de surpreendentes curas e graças extraordinárias, particularmente nos casos mais desesperados.

À vista dos prodígios operados, e aqui quero testemunhá-los como padroeiro das nossas padarias, a devoção ao Menino Jesus de Praga confirmou-se, estendeu-se, e tornou-se universal. Tenho a firme convicção que sou apenas o seu instrumento, e que com as bênçãos d'Ele, haveremos de construir muitas e muitas padarias no meio de tantas pessoas necessitadas. O MENINO JESUS DE PRAGA, é o maior amigo deste povo, e não vai nos abandonar.

Alguém dirá, o que tem haver o Menino Jesus de Praga, com as padarias, com o “PÃO PARA TODOS”?

PÃO PARA TODOS

Imagem do Menino Jesus trazida da cidade de Praga para ser colada na Igrejaque será construída perto da Praça da URI em F.W.

88

Eu lhes responderia, que o Menino Jesus não só é o Padroeiro, mas é o próprio Pão que se dá como alimento, que nos sacia da fome corporal e espiritual. Afirmo com toda a convicção do mundo que “PÃO PARA TODOS” é uma inspiração Divina.

PÃO PARA TODOS

Sistema Comunista colocado na prática: tudo era comum, igual.

89

Código de Inscrição: AAA-2-nnnNome do projeto “EDUCANDO PARA A CIDADANIA”Duração prevista (máximo de 9 meses) FEVEREIRO À OUTUBRO

Endereço onde o projeto será realizado (logradouro / nro / complemento)

Rua Presidente Kennedy, 534

Município / CEP onde será realizado o projeto 98.400.000 Frederico Westphalen/RS

Valor total do projeto R$ 11.930,00Valor solicitado NESTE EDITAL R$ 11.930,00

Participantes do Curso de Bordados

“EDUCANDO PARA A CIDADANIA”PROJETO COMPLETO

DADOS DA ORGANIZAÇÃO PROPONENTE

Nome da organização Associação de Vilas: “É Preciso Repartir o Meu Viver com Todos”

Nome Fantasia / Sigla Esquina da SolidariedadeNúmero do CNPJ

02.250.960/0001-13

Constituição jurídica da organização

(Fundação ou instituto empresarial,

Associação, OSCIP Federal, OSCIP Estadual, outra)

ASSOCIAÇÃO

Endereço (logradouro/número / complemento)

Rua presidente Kennedy, 534

Bairro CentroMunicípio Frederico Westphalen CEP 98.400.000 Telefone(s) (55) 3744-1071 cel (55) 9973-0549 cel (55) 9972-3323Fax (55) 3744-1071e-mail [email protected] Site www.esquinadasolidariedade.com.br

Data da fundação

30 de setembro de 1997 Registro em Cartório (número

e data) Nº 341 em 21 de outubro de 1.997

Informe composição e número de membros do órgão diretor(Presidente, Vice-Presidente, Secretário, Tesoureiro, outros)

Presidente: Marli Teres inha Pereira Vieira

Vice-Presidente: Luiz Agostinho da Penha oliveiraTesoureiro: Arildo Miguel Crespan

Secretária: idoli Contini Crespan

Periodicidade das reuniões do órgão diretor ( ) semanal; ( )quinzenal; ( X )mensal; ( )......

Periodicidade da eleição do órgão diretor? ( )anual; ( X )de 2 em 2 anos; ( )de 3 em 3 anos; ( ).......

Data da última eleição 18 de Outubro de 2.007

PÃO PARA TODOS

DADOS DO RESPONSÁVEL TÉCNICO DO PROJETONome do responsável pelo projeto Arildo Miguel Crespan

Formação / Função do responsável pelo projeto Filosofia e Engenheiro Agrônomo/ Função: Tesoureiro

CPF do responsável pelo projeto 178.995.160-72 Telefone(s) do responsável pelo projeto

(55) 3744-1071 Cel. (55) 9973-0549

e-mail do responsável pelo projeto [email protected]

92

REGISTROS DA ORGANIZAÇÃO:Órgão Número Valido atéConselho Municipal de Assitência Social 009/2001 11/2.010Conselho Municipal da Criança e do Adolescente

05/2006

12/2.009Conselho Municipal do Idoso

Secretaria da Justiça e do Desenvolvimento Social do RS

310026

27/11/2.009Conselho Estadual de Assistência Social

Conselho Estadual da Criança e do Adolescente

Conselho Estadual do Idoso Conselho Nacional da Assistência Social Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente Conselho Nacional do Idoso Utilidade Pública Municipal Utilidade Pública Estadual

Utilidade Pública Federal OSCIP Nacional

OSCIP Estadual

Certificado de Fins Filantrópicos

09/02

11/2.009

Curso de padeiro/

confeiteiro.

PÃO PARA TODOS

DADOS DO RESPONSÁVEL LEGAL PELA ORGQANIZAÇÃONome Marli Teresinha Pereira VieiraCargo Presidente Telefone(s) (55) 3744-4654 CPF 241.852.727-15No. RG / Órgão Emissor / UF 9.299.599 SS/RS

93

IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO

Título do Projeto: “EDUCANDO PARA A CIDADANIA ”

Duração Prevista (máximo de 12 meses): 09 MESES

Valor Solicitado : R$11.930,00

Custo Total do Projeto (solicitado +

contrapartida):

R$11.930,00

Razão Social:

ASSOCIAÇÃO: “ É PRECISO REPARTIR O MEU VIVER COM TODOS”

ESQUINA DA SOLIDARIEDADE CNPJ: 02.205.960/0001-13

Logradouro: RUA PRESIDENTE KENNEDY Nº 534, CAIXA POSTAL, 106

Bairro: CENTRO CEP: 98.400.000

Cidade: FREDERICO WESTPHALEN Fone (55) 3744-1071

e-mail:

[email protected] Site: www.

esquinadasolidariedade.com.br

Fax: (55) 3744-1071 Cel. (55) 9973.0549

Responsável Técnico: ARILDO MIGUEL CRESPAN

CPF: 178.995.160-72

CargO: TESOUREIRO

Fone: (55) 3744-1071

Entidade Social

Proponente

Nº Registro Conselho

009/2.001

Sigla Conselho

CMAS

Nº Registro/STCAS-RS

310026

ENTIDADE SOCIAL CO-PARTICIPANTE (NÃO SE APLICA)

PÚBLICO ALVO

CIDADANIA RESGATADA PARA FAMÍLIAS CARENTES, DA VILA DA ÁREA VERDE E DA LINHA 21 DE ABRIL, DA CIDADE DE FREDERICO WESTPHALEN VIVENDO EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE E DE RISCO SOCIAL.

PÃO PARA TODOS94

Local e Data:

FREDERICO WESTPHALEN, 10 DE DEZEMBRO DE 2.008

__________________________________

MARLI TERESINHA PEREIRA VIEIRA

Titular da Entidade Proponente

JUSTIFICATIVA DO PROJETO

Estamos apresentando o Presente Projeto porque já conhecemos as pessoas localizadas na vila Área Verde E Linha 21 de Abril, desde 1.997, quando começamos a visitá-las semanalmente. Nestas vilas, construímos uma padaria em cada vila, através de um Projeto denominado: “Transformar mãos que pedem em mãos que fazem”, com recursos do HSBC. Agora estamos propondo profissionalizar estas mãos. As famílias que lá residem são pobres.

Passados todos estes anos, fomos construindo um sonho que queremos que se torne realidade, que é a formação destas famílias que ali moram e possam confeccionar com qualidade seus alimentos . Desta forma através de Cursos de Padeiros e Confeiteiros bem como na área de Segurança no Trabalho e Princípios de Saúde, Mundo do Trabalho, Cidadania, Boas Práticas de Higiene, Matemática Instrumental, Técnicas de Trabalho, Geração de Renda/cooperativismo, programados junto ao SENAC, aproveitando as padarias que ali foram construídas no ano de 2.007 e 2.008. Serão oficinas de Capacitação, Treinamento e Produção. Cursos estes que fazem parte do Programa Educando para a Cidadania do SENAC/DN. (Ver anexo I) Queremos através, desta proposta fazer uma adequação das instalações físicas e aquisição de equipamentos e utensílios de cozinha.

Pensamos que não podemos deixar esta clientela que está recuperando sua Cidadania na Instituição, sem uma continuidade de trabalho onde residem, ampliando o leque de atendimento. Precisamos fazer com que estas pessoas construam sua própria história e saiam desta situação de pobreza. Esta ONG, tem como razão Social: “É Preciso Repartir o Meu Viver com Todos”. Portanto tenta incutir em cada participante a importância da Partilha. Partilhar com todos. Serão formados grupos para os Cursos.

A importância de uma alimentação melhorada no dia a dia e na mesa de cada pessoa dispensa comentários. Diante disto vem a proposta de modelar os locais , acima propostos nestas vilas, os quais servirão para produzirem

95PÃO PARA TODOS

além do pão, da bolacha, da cuca, da massa que já vem sendo feito, melhorarem a qualidade destes produtos e serem cozinhas e padarias para formação de profissionais na área de alimentação e de confecção de alimentos, schimias, doces etc. Serão pontos de Geração de Renda, de aprendizagem ao Cooperativismo e ao crescimento como cidadãos. Sempre tivemos dentro de nós, sonhos de dias melhores para estas pessoas, porque somos desta idéia: “se nada fizermos hoje, nada mudará amanhã”. A Segurança Alimentar, a Geração de Renda/Cooperativismo, Cursos que serão ministrados por técnicos do SENAC. Utilizamos como princípio a Metodologia do “aprender fazendo”. O Projeto irá aproximá-las e haverá uma transformação em suas vidas. Estamos convictos, que com o apoio da SJDS e da Rede de Parceria Social e com a ajuda financeira da Sociedade Porvir Científico - La Salle, estamos fazendo uma experiência bonita, que trará muitos benefícios a estas vilas em situação de Vulnerabilidade Social. Somos da idéia que: “alimento para todos é a garantia de mais dignidade para cada um”.

Portanto diante desta realidade em as pessoas vivem precariamente, estamos propondo uma Ação Humanitária e de Solidariedade, que é o Projeto: “EDUCANDO PARA A CIDADANIA”

SITUAÇÃO ESPERADA AO TÉRMINO DO PROJETO

O perfil desta população poderia ser enquadrado, como pessoas muito pobres. Sua situação sócio-econômica é baixa e está desempregada.

Se fizermos uma avaliação da ONG, desde o início podemos afirmar que fomos muito bem aceitos pela comunidade. Isto foi demonstrado através da aquisição de nossos produtos, bem como avanço que tivemos na qualidade e diversidade de nossas oficinas.

Esperamos que no final de nossa proposta tenha havido Treinamentos de Multiplicadores e Cursos de capacitação profissional, Segurança Alimentar, Cooperativismo/ Geração de Renda realizados pelo SENAC, através do Programa Educando para a Cidadania. Portanto irá transformar positivamente vidas e lugares onde vivem.

Podemos afirmar com toda a certeza que as conquistas esperadas serão muitas tais como:

a) formação de profissionais mais qualificados na cadeia alimentar e mão de obra com conhecimento nos postos de trabalho que estão sendo disponibilizados pelas indústrias frigoríficas da nossa cidade.

b) Desenvolver o espírito cooperativo e aumentar sua auto-estima;c) Crescer no seu poder aquisitivo através da profissionalização;d) Melhorar a qualidade dos produtos e suas infra-estruturas;

96 PÃO PARA TODOS

e) Aumentar cada vez mais o reconhecimento e a valorização dos produtos confeccionados pelo projeto;

f) Ter um reconhecimento pelos órgãos de imprensa;g) Ter um reconhecimento por parte dos órgãos públicos e da comunidade

em geral;h) Espera-se que no final dos nove meses estes participantes dos Cursos,

estejam mais qualificados para o trabalho, pois, em nossa cidade temos o Frigorífico Mabela, que abate aproximadamente 2.500 suínos dia, empregando mais de 700 funcionários. Temos também um abatedouro de aves que atende uma demanda para toda a Região.

DESCRIÇÃO DO PROJETO

O Presente Projeto: “EDUCANDO PARA A CIDADANIA”, tem como Missão Resgatar a Cidadania destas pessoas que residem na vila Área Verde e da Linha 21 de Abril, através de Cursos na área de padaria e confeitaria, de Segurança Alimentar, Geração de Renda/cooperativismo, de Cidadania e de Treinamento de Multiplicadores. São todas pessoas carentes e em situação de vulnerabilidade social.

Serão proporcionadas oportunidades de participarem na confecção de pães, cucas, bolachas, massas, alimentos, doces etc. para o seu sustento bem como pela formação profissional destas famílias. Ressaltamos que estas pessoas já executam muitas delas trabalhos nas oficinas da Instituição. Portanto este Projeto irá ampliar o leque de atendimento de pessoas carentes e principalmente pela formação profissional. Serão formados grupos de 10-20-30 pessoas, sendo um ou dois representantes de cada família por curso, conforme as condições físicas do espaço disponível. Serão orientadas por Técnicos e pessoas voluntárias, nas diversas atividades que lá serão desenvolvidas.

A Metodologia utilizada será aquela que tem por princípio: “ Aprender fazendo”. Esta ONG tem como diferencial o Trabalho. Foge do puro assistencialismo. Ninguém ganha nada sem primeiro participar e executar aquela atividade em que será beneficiada. Sabemos que o SENAC oferece Cursos sobre padaria e confeitaria, faremos uma Parceria envolvendo SENAC, programando Cursos de padeiros e confeiteiros bem como de Cidadania e outros acima mencionados. Formaríamos assim profissionais, para toda esta vasta Região Noroeste do Estado dando-lhes conhecimentos de Segurança Alimentar, Geração de Renda, Cooperativismo. Esta Ação irá desencadear uma gama muito grande de outras ações. Não podemos deletá-la. Formatamos nossos objetivos conforme o foco da Sociedade Porvir Científico – La Salle, por isto, a escolhemos como nossa “âncora”.

PÃO PARA TODOS 97

Estamos acreditando que esta clientela será capaz de assumir as tarefas propostas, haja visto que irá aproximá-las e haverá uma transformação em suas vidas. Temos certeza que fazendo esta Parceria com a La Salle, estamos alavancando uma experiência bonita, que poderá ter repetibilidade em outros locais.

Possuímos uma experiência concreta, onde construímos uma Padaria no Viaduto em nossa cidade e aconteceu conforme planejamos. Houve uma transformação.Os homens estão diante desta realidade: “ a quantidade de grãos que a terra produz em todo mundo é suficiente para todos, porém, há tantos que despertam e dormem com fome”. Por isto nos propomos a realizar este projeto.

OBJETIVO GERAL

Cidadania Resgatada, para 90 famílias de baixíssima renda, em situação de Risco social, nas vilas Área Verde e Linha 21 de Abril, através do Projeto: “educando para a cidadania”, sendo um ponto de qualificação profissional e uma Fonte de Renda.

Curso deTeares

PÃO PARA TODOS98

OPERACIONALIZAÇÃO

Objetivos Específicos Desdobrados (tabela 1)

OBJETIVOS ESPECÍFICOS AÇÕES METAS INDICADORES DE RESULTADO

Desenvolver um processo de participação

?Reuniões?Palestras?Melhorar sua

auto-estima?Troca de

experiências?

Integração dos grupos

Desenvolver o espírito de partilha

?

Propor ações

?

De partilha

?

Partilhar o que foi

?

produzido

?

Verificar o comportamento?

Das participantes.

Incentivar Técnicos e Voluntários da comunidade

?

Verificar se

?

Existem

?

Confirmação destas

?

pessoas

?

Verificar o grau de conhe-

?

cimento destas pessoas

Adquirir equipamentos e utensílios de cozinha

?

Concorrências

? De preços

?

Concretizar a

? aquisição

?

Visitar padarias que ? Possuem estes equipa

? mentos

Curso de profissionais: padeiros e confeiteiros: Organização Curricular (Ver Anexo I): a) Gestão para o trabalho –

Segurança alimentar - 40h b) Boas Práticas – 16h c) Matemática Instrumental –

16hd) Técnicas de trabalho do

Padeiro/Confeiteiro – 88h

Oficina de lanches rápidos -3h

Oficinas de salgadinhos -3h

Oficina de bolachas – 3h

Oficina culinária – 12h

Curso de Cidadania - 40h

Dinâmica de Grupo para seleção e treinamento – oficina de geração de renda/cooperativismo - 20h

Geração de Renda – 20h

? Cursos

? Palestras ? Seminários ?

? Padeiros bem formados

? Confeiteiros ? Cozinheiros

? Testar a qualidade dos produtos- para verificar formação.? Qualificação profissional? Cidadania resgatada

Confecção de pães, cucas, bolachas, alimentos, doces e schimias

?Estoque de?Materiais:?Farinha etc.?Tecidos

?Produtos com qualidade?E aceitação no Mercado.

?Provar os produtos?Verificar sua aceitação

PÃO PARA TODOS 99

8- CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

AÇÕES MÊS 1

MÊS 2

MÊS 3 MÊS

4 MÊS

5 MÊS

6 MÊS

7 MÊS

8 MÊS

9Reuniões

Palestras X

X

X

X

X

Técnicos e Voluntários X X X

Concorrências De preços: aquisição equipamentos e materiais

X X X X X X X X X

Cursos X

X

X

X

X

X

X

X

XConfecções X X X X X X X X X

9- RECURSOS HUMANOS

Existentes: A instituição possui mais de 50 Técnicos e Voluntários especializados nas diversas oficinas existentes e todos também estão disponíveis para as ações que estamos propondo e a equipe Técnica do SENAC . Para sermos breves citaremos apenas alguns.

Nome Habilitação Função Carga horáriasemanal

Luiz Agostinho de oliveira

Padeiro

Voluntário Orientador

08hs

Marli Pereira Vieira

Costureira

Presidente

12hs

Idoli Contini Crespan

Orientadora geral Voluntária 20hs

Arildo Miguel Crespan

Coordenador do projeto

Voluntário

20hs

Simônia Gonçalves de Oliveira

Serviço Social Voluntária

orientadora 08hs

Necessários:

Nome

Habilitação

Função Carga horária

semanalEstagiária Serviço Social orientadora 06 hsGraduada Serviço Social orientadora 06 hsGraduada Psicologia orientadora 06 hsEstagiária Enfermagem orientadora 06 hsEstagiária Pedagogia orientadora 06 hs

PÃO PARA TODOS100

10- RECURSOS MATERIAIS

Possuímos:a) parte da Farinha, fermento, açúcar etc.b) 04 Padarias comunitárias

Adequação das instalações físicas e aquisição de equipamentos e utensílios de cozinha.

11- RECURSOS FINANANCEIROS

Materiais para Equipamento da Padaria:

Existentes:

Necessários:

QUANTIDADE EQUIPAMENTOS Preço Unitário R$ Preço Total R$01 Fogão 2.000,00 2.000,0001 Batedeira 500,00 500,0001 Liquidificador

1.000,00

1.000,00

01 masseira

500,00

500,00

01 divisora

300,00

300,00

01 Câmara de fermentação

1.000,00

1.000,00

01 Forno de lastro 1.000,00 1.000,0001 balança 500,00 500,0001 Copo de medida

50,00

50,00

02 Faca para corte

30,00

60,00

30 Formas para pão

20,00

600,00

20 Facas de mesa

5,00

100,00

20 Garfos de mesa

5,00

100,00

20 Colheres de sobremesa 5,00 100,00 02 Rolo de macarrão 50,00 100,00 04 pincel 5,00 20,00 03 Panelas pequenas 80,00 240,00 03 Panelas médias

160,00

540,00

02 Panelas grandes

320,00

640,00 30 pratos

30,00

900,00

60 Toucas descartáveis

3,00

180,00

30 aventais

10,00

300,00

TOTAL 10.730,00

Materiais para a confecção de pães, bolachas, cucas e massas:

Materiais

Quantidade

Preço unitário R$

Preço total R$Farinha de trigo 500 Kg. 1,50 750,00Fermento 40Kg. 5,00 200,00Açúcar 250 Kg. 1,00 250,00TOTAL 1.200,00

TOTAL GERAL DE RECURSOS NECESSÁRIOS; R$11.930,00

PÃO PARA TODOS 101

RECURSOS FINANCEIROS (cfe. planilha de desembolso mensal)Ações Mês 1

R$Mês 2 R$

Mês 3 R$

Mês 4 R$

Mês 5 R$

Mês 6 R$

Mês 7 R$

Mês 8 R$

Mês 9

Aquisição equipam.

4.110,00

4.110,00

Outros gêneros

2.510,00

Materiais para confecção; pães etc.

300,00

300,00

300,00

300,00

12- AVALIAÇÃO DO PROJETO

A Metodologia de avaliação, será através do acompanhamento com relatórios que contarão a evolução das componentes dos grupos.

Far-se-á controle de presença através de folhas de chamada bem como da eficiência dos orientadores.

Observaremos o rendimento de cada participante procurando atendê-las nas suas deficiências e fazer com consigam superá-las.

Serão avaliados os grupos e comparados quanto a sua eficiência.Levar-se-á em conta a capacidade de inter-agirem, seu espírito de partilha

e sua criatividade.Serão avaliados os produtos gerados.Avaliar-se-á se desenvolveram o espírito de solidariedade.No final esperamos ter atingido a maior parte dos nossos objetivos e

termos contribuído para o crescimento destas pessoas. A maior preocupação de nossa Instituição é produzir com qualidade.

Local e Data: Frederico Westphalen, Início: fevereiro de 2.009 Término: outubro de 2.009

Nome do Responsável Legal: Marli Teresinha Pereira Vieira - Presidente

PÃO PARA TODOS102

PÃO PARA TODOS 103

PLANEJAMENTO, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO.

Para cada segmento relacionado abaixo, assinale com um “X” aqueles que participam nos processos de acompanhamento e avaliação do projeto, descrevendo como se dá tal participação.

Segmentos

Descreva a participação

X Dirigentes

Acompanhamento através de questionário;

X Profissionais da organização Avaliação através de visitas semanais; Profissionais externos

X População atendida 90 famílias : desempenho nas respectivas atividades : oficinas de alimentação;

X Família dos que serão atendidos Acompanhamento no local onde residem.

Selecione abaixo os tipos de atividades que serão desenvolvidas no projeto e o número de participantes envolvidos em cada uma delas.

Tipos de atividades nº de participantesApoio à escolarização

Apoio sócio educativo em meio aberto (cf. ECA)

Artes/Cultura

Comunicação e mídias eletrônicas

Educação Ambiental

Ensino fundamental regular Esportes/Recreação Formação para a vida pública 90 Trabalho Educativo, com ou sem geração de renda (cf. ECA) 90 Iniciação profissional 90 Qualificação profissional

90

Promoção da saúde

90 Promoção e valorização da diversidade

90

Ensino religiosoOutras. Quais?

Curso deconfecção de tapetes

104 PÃO PARA TODOS

Indique na tabela abaixo os espaços públicos previstos para serem utilizados no desenvolvimento das atividades do projeto.

Espaços Como serão utilizadosBibliotecas

Museus

Associações Comunitárias

Formação de associação/cooperativa

Escolas URI: apoio Técnico

Praças/Parques

Igrejas Disponibilização de espaço físico

Espaços da própria organização Para ministrar cursos de profissionalização:padeiros, confeiteiros, alimentação, geração de renda/cooperativismo, segurança alimentar.

Clubes/Centros esportivos Teatros Empresas Parcerias: troca de experiências, fornecimento de materiais para a

os cursos Centros de Cultura

Espaços de outras organizações

Parcerias: campanhas de apoio à padaria

RuasOutros (cite)

Caso o projeto preveja o envolvimento da família, indique abaixo de que forma e com que freqüência acontecem as ações

FreqüênciaEstratégias com as famílias

diária

semanal

mensal

?

Estimula o acompanhamento de desempenho do membro da família atendido pelo projeto.

X

Fornece cesta básica.

X

Estimula a participação voluntária X Estimula a participação na Gestão do Projeto. X Realiza oficinas e/ou palestras. X Oferece atendimento psicológico X Orienta para obtenção de documentos

X

Oferece orientação jurídica

X Promove orientação sobre segurança alimentar,

planejamento familiar e direitos civis.

X

Outras. Quais?

Local e Data: 27 de novembro de 2.008Assinatura do responsável legal pela Organização Proponente: Marli Teresinha Pereira VieiraPresidente

PÃO PARA TODOS 105

Anexo

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES SOBRE A ORGANIZAÇÃO

A Instituição Associação de Vilas: “É Preciso repartir o meu Viver com Todos” foi criada no dia 30 de setembro de 1.997. Diante das inúmeras famílias que residem em vilas pobres ( nove vilas), nas periferias da cidade de Frederico Westphalen, totalizando mais de 300 famílias, decidimos oportunizá-las oferecendo-lhes Cursos de profissionalização, sendo uma forma de resgatar a sua Cidadania. Muitos são os parceiros tais como órgãos públicos, escolas, universidade regional integrada, empresas particulares, Bancos e muitas pessoas físicas que prestam sua colaboração. Hoje somos mais de 50 Técnicos e Voluntários que disponibilizam um meio dia para a Instituição, orientando e incentivando as participantes. A instituição como associação de vilas possui muitas oficinas, tanto de alimentação como padarias, pois, é nosso sonho construir uma padaria comunitária em cada vila pobre de Frederico Westphalen, sendo este o ponto inicial para a agregação das pessoas daquela vila. O nosso problema é a formação destas pessoas, por isto, estamos encaminhando este Projeto. Estamos agora fazendo uma proposta para 2.009, afim de qualificar estas pessoas para o mundo do trabalho.

Indique na tabela abaixo a existência ou não de espaços, equipamentos e/ou serviços na comunidade onde a organização atua e marque com um “X” o acesso e usufruto a estes serviços.

Cursode pintura

PÃO PARA TODOS106

O serviço existe no entorno do projeto?Sim e a organização:

Serviços

encaminha seu público para atendimento

encaminha seu público para atendimento e

acompanha o trabalho

Creche/Pré-escola

XEscola Pública Ensino Fundamental

XEscola Pública Ensino Médio XUnidade Básica de Saúde XPosto Policial XCentro Esportivo/Lazer

X

Espaços para Atividades Culturais

XPraçasTransporte Coletivo

XCentro de Referência da Assistência Social – CRAS XConselho Tutelar XOutros (relacionar)

Não

Curso de confecçãode pão caseiro

PÃO PARA TODOS 107

APOIOS QUE A INSTITUIÇÃO: ASSOCIAÇÃO DE VILAS:”É PRECISO REPARTIR O MEU VIVER COM TODOS”, TEM:

Apoiadores ApoioFinanceiro

ApoioTécnico

ApoioPolítico

Outros(quais?)

Governo Federal XGoverno Estadual: SJDS, REDE DE PARCERIA SOCIAL

X X X

Governo Municipal X Organismo Internacional: HSBC X XEmpresas Privadas:VONPAR X XInstitutos ou Fundações Empresariais: CAMP, INSTITUTO FONTE, PARCEIROS VOLUNTÁR.

X

Instituições Religiosas XOutras ONGs. XOutra (qual?)

A organização participa de Fóruns ou Conselhos (Municipal/Estadual/Federal)?Informe o nome do Fórum/Conselho e a freqüência das reuniões (semanal,mensal, bimestral, etc...)

FÓRUM / CONSELHO FREQ.CRAS SEMANALCOMDICA MENSALSJDS: REDE DE PARCERIA SOCIAL RIMESTRALHSBC: REDECONCERTOSOCIAL TRIMESTRALINSTITUTO FONTE E PARCEIROS VOLUNTÁRIOS

TRIMESTRAL

ORÇAMENTO DA ORGANIZAÇÃO

Fontes anuais de receita da Organizaçãobase de cálculo = 2008

% sobre a receita anual

Convênio Municipal

3%Convênio Estadual: sjds, vonpar

15%

Convênio Federal

Doações de pessoas físicas

05%Doações de pessoas jurídicas (empresas privadas,

institutos ou fundações empresariais) 17%

Campanhas, eventos, promoções

10%Vendas de produtos e serviços 30%

Agências/Organismos internacionais Outros (citar)HSBC 20%

PÃO PARA TODOS108

De acordo com os 3 últimos Balanços de Resultado, assinale com um X a faixa em que a organização se encontra:

2007 2006 2005Faixas / valor anual

Receita

Despesa

Receita

Despesa

Receita Despesa

Até R$100.000,00 X X X X X XAcima de R$100.000,00 até R$200.000,00Acima de R$200.000,00 até R$300.000,00

Acima de R$300.000,00 até R$400.000,00Acima de R$400.000,00 até R$500.000,00Acima de R$500.000,00 até R$1.000.000,00Acima de R$1.000.000,00 até R$2.000.000,00

Acima de R$2.000.000,00 até R$5.000.000,00Acima de R$5.000.000,00

Qual é a projeção para 2008?

2008Faixas / valor anual Receita DespesaAté R$100.000,00 X XAcima de R$100.000,00 até R$200.000,00Acima de R$200.000,00 até R$300.000,00Acima de R$300.000,00 até R$400.000,00Acima de R$400.000,00 até R$500.000,00Acima de R$500.000,00 até R$1.000.000,00Acima de R$1.000.000,00 até R$2.000.000,00Acima de R$2.000.000,00 até R$5.000.000,00Acima de R$5.000.000,00

A prestação anual de contas da organização é (assinalar com um X uma ou mais alternativas):

X Apresentada para os apoiadores/financiadoresX Divulgada para o órgão diretor da organizaçãoX Informada aos participantes dos projetos/programasX Acompanhada por auditoria externa X Aprovada por auditoria interna (Conselho Fiscal)X Publicada. Onde? LIVROS DE BALANCETES REGISTRADO

EM CARTÓRIO

PÃO PARA TODOS 109

ATUAÇÃO

A Instituição: Associação de vilas: “É Preciso Repartir o Meu Viver com Todos”, teve projetos aprovados por várias instituições e convênios com órgãos públicos tais como:

Nome da seleção pública AnoDuração(meses)

RBS 1997 12Embaixada da Austrália 2.002 12Central do Dizimo: Pró-Vida de SP `2.005 12Consulado Federal da Alemanha 2.007 06Projeto pelo HSBC 2.007 12Projeto : “lixo em luxo” pela Vonpar 2.008 10

Indique abaixo o campo de atuação onde a organização mais se adequar.X CAMPO (escolher apenas 1)

Cultura e ArteEsporte e RecreaçãoEducação e/ou PesquisaSaúde

X Assistência e Promoção SocialMeio AmbienteDesenvolvimento e MoradiaAtividades InternacionaisServiços Legais,Defesa de Direitos Civís e MobilizaçãoReligiãoFinanciamento e/ou Promoção do Voluntariado(outro, descrever)

Cursode confecção

de bolachas

PÃO PARA TODOS110

nome do projeto / programa breve descriçãofaixa etária no. Atend

Oficinas de alimentação/ confecção de schimias, padarias comunitárias nas vilas Área Verde e Linha 21 de Abril

A organização possui, uma experiência com padarias comunitárias proporcionando às famílias de confeccionarem alimentos para ajudar no sustento das suas famílias. Por isto estamos propondo agora a formação desta clientela através de Cursos programados junto ao SENAC/ de CARAZIHO/ Frederico Westphalen para proporcionar-lhes uma profissionalização mais adequada.

15-60 anos

diário

Oficinas de tecelagem

A Instituição possui Teares para a confecção de tapetes e mantas

15-60 anos

Diário

Oficinas de Corte e Costura, pinturas, tricô, crochê, macramê

A Instituição possui uma oficina bem montada com máquinas de costura, produzindo lençóis, edredons e outros materiais de cama e mesa, toalhas de banho etc.

20-60 anos

diário

Oficinas de reciclagem: arranjos, papel reciclado, reciclagem de fibras, confecção de cachepôs de materiais reciclados. Confecção de pufes de matérias descartados pelas borracharias e empresas de estofados e agora queremos ampliar nossas reciclagens com a aquisição de duas máquina: uma para fazer a reciclagem dos papeis e outra para fazer o corte e o vinco

de caixinhas, sacolas, cartões comemorativos etc.

Sabemos que a reciclagem do material é muito importante, não apenas para diminuir o acúmulo de dejetos, como também para poupar a natureza da extração de recursos. Construímos esta realidade de reciclagem, através de oficinas de reaproveitamento de materiais que muitas vezes a natureza ou o homem descartam para fazer uma gama muito grande de produtos de muito boa qualidade tais como: arranjos natalinos e permanentes, objetos de decoração, tapetes de malhas descartáveis das indústrias têxteis, pufes de materiais descartados tais como pneus de automóveis e descartes de fábricas de estofados como espumas e ponta de peças de tecidos utilizados na fabricação de estofados.

18-60 anos

diário

Oficinas de cultura, informática, artesanato, esportes e lazer, envolvendo as crianças e os jovens destas vilas.

A Instituição possui quadra disponibilizada pela Mitra para as oficinas de capoeira, danças e ginástica;Quadra disponibilizada pela APAE para as oficinas de esportes: futebol, futsal e vôlei.A URI - Universidade Regional Integrada, disponibiliza seus laboratórios de informática.

06-18 anos

Sábados,domingos

eSegundas

feira.

Quais são os programas ou projetos que a organização desenvolve?

PÃO PARA TODOS 111

TOMADA DE PREÇOS PARA A AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOSDE COZINHA

QUANT. EQUIPAM. EMPRESA Nº 1: VALDIR PIOVESAN R$ COTAÇÃO

EMPRESA Nº 2: DISMÁQUINAS R$ COTAÇÃO

EMPRESA Nº 3 R$ ROSANA TERESA VANZIN COTAÇÃO

01 FOGÃO

2.000,00

2.300,00

2.400,00

01 BATEDEIRA

500,00

550,00

600,00

01 LIQUIDIFICADOR

1.000,00

1.800,00

1.500,00

01 MASSEIRA

500,00

600,00

700,00

01 DIVISORA

300,00

400,00

500,00

01 CÂMARA DE FERMENTAÇÃO

1.000,00 1.400,00 1.600,00

01 FORNO DE LASTRO

1.000,00 1.500,00 1.800,00

01 BALANÇA

500,00

700,00

650,00 03 PANELAS

PEQUENAS

240,00

270,00

285,00

03 PANELAS MÉDIAS

540,00

360,00

450,00

02 PANELAS GRANDES

640,00

780,00

800,00

TOTAL 8.220,00 10.160,00 11.285,00

Curso de confecção de cucas

PÃO PARA TODOS112

ANEXO

GRADE CURRICULAR DOS CURSOS, CONTEÚDOS E CARGA HORÁRIA

PÃO PARA TODOS 113

PÃO PARA TODOS114

PÃO PARA TODOS 115

PÃO PARA TODOS116

METODOLOGIA

O ano de 1966, foi marcado pelo início de uma nova Metodologia, de ensino denominada Sistema Escola-Fazenda, nas Escolas Técnicas Agrícolas do nosso país.

Neste ano, teve início as atividades no Colégio Agrícola Federal de Frederico Westphalen, graças ao esforço de um abnegado grupo de professores, liderados pelo Professor Guido Zanata, homenegeado a poucos dias com a Comenda da Universidade. Homenagem justa e acertada. A proposta de tal Metodologia, é sustentada pela preocupação dos governantes frente ao crescente desenvolvimento econômico, o aumento da produtividade agrícola e o surgimento de

Colégio Agrícola Federal, Frederico Westphalen, 2009

novas técnicas, culminando com a conclusão de que o problema rural é também um problema educacional. Então a partir da análise do funcionamento do ensino agrícola em outros países, através do CONTAP II ( Convênio MA/USAID) para suporte do ensino agrícola de grau médio, introduziu-se no Brasil, o Sistema Escola-Fazenda, elaborado por um grupo de estudiosos, visando satisfazer as necessidades de mudanças, de acordo com o sistema vigente. (FUNDAÇÃO CENAFOR, 1966).

Tive oportunidade, de fazer parte deste grupo, a convite do CENAFOR, em São Paulo, participar de uma capacitação no mês de julho de 1.977, sobre a referida Metodologia, na tentativa de implantá-la no Colégio Agrícola de Frederico Westphalen da Universidade Federal de Santa Maria , no qual eu era Diretor. Quero fazer uma homenagem a esta Instituição, através de uma foto, a qual considero a minha família.

A reformulação da Filosofia do Ensino, foi trabalhada neste período, sendo implantada a Metodologia do Sistema Escola-Fazenda, que se baseou no princípio: “ Aprender a fazer fazendo”.

Neste contexto, o Sistema Escola Fazenda, foi introduzido no Ensino Agrícola, cabendo ao CENAFOR – Centro Nacional de

PÃO PARA TODOS

Portal do CAFW, 2009

118

Aperfeiçoamento de Pessoal para a Formação Profissional, a incumbência de coordenar e dirigir os esforços de diferentes especialistas para a elaboração do Manual do Sistema Escola-Fazenda, instrumento criado pelo DEM – Departamento do Ensino Médio do Ministério da Educação e cultura (FUNDAÇÃO CENAFOR-1966).

O Modelo de Projetos, aqui referido visa a integração do espaço escolar, transformando-o em espaço vivo de interações, aberto ao real e as múltiplas dimensões. A concepção das “escolas agrotécnicas”, sobre o Método de Projetos, estava sustentado no Modelo Escola-Fazenda, cuja meta era a produção agropecuária. Este modelo distinguiu as escolas agrotécnicas das demais instituições de ensino profissionalizante e constituiu seu problema específico: conjugar educação e produção. Dentro de uma visão produtivista, o ensino, baseado no desenvolvimento de projetos constituiu-se como a principal Metodologia adotada no Modelo Escola-fazenda. A utilização da Metodologia permite a um aluno trabalhar em um Projeto e ganhar um dinheiro através do mesmo, e passar a conhecer todas as fases do processo: Produção, Gestão, Marketing e Venda.

Reitor da UFSM Professor Derblay Galvão na implantaçãoda metodologia Escola-Fazenda: FFB - 1977.

PÃO PARA TODOS 119

O Sistema Escola-Fazenda, tinha como filosofia: “(...) o desenvolvimento das habilidades, destrezas e experiências indispensáveis à fixação dos conhecimentos adquiridos nas aulas teóricas. É uma escola dinâmica que educa integralmente, porque familiariza o educando com atividades semelhantes às que terá de enfrentar na vida real, em sua vivência com os problemas da agropecuária, conscientizando-o ainda de suas responsabilidades e possibilidades. Portando, aplicando o princípio: “ Aprender a fazer e fazer para aprender” (FUNDAÇÃO CENAFOR – 1966).

Centro de Educação Superior Norte do Rio Grande do Sul - CESNORS

Primeira reunião da metodologia Escola-Fazenda: Futuros Fazendeiros do Brasil-FFB com a presençado Vice-Reitor da UFSM - Prof. Armando Valandro.

Pioneiro na implantação deste sistema no Brasil - 1977.

PÃO PARA TODOS120

Logo o Sistema Escola-Fazenda, procura atingir os seguintes objetivos:

a) proporcionar melhor formação profissional aos educando, dando-lhes vivência com os problemas reais dos trabalhos agropecuários;

b) Despertar o interesse pela agropecuária;c) Levar os estudantes a se convencerem de que a agropecuária

é uma indústria de produção;d) Oferecer aos estudantes a oportunidade de iniciarem e se

estabelecerem, progressivamente num negócio agropecuário;e) Ampliar o raio de ação educativa do estabelecimento,

proporcionando aos agricultores circunvizinhos e aos jovens rurícolas, conhecimento das práticas agropecuárias recomendáveis;

f) Despertar no educando o espírito de cooperação, e auxílio mútuo (FUNDAÇÃO CENAFOR, 1966).

Para a implementação do Sistema Escola-Fazenda, os professores receberam, orientações e capacitações na forma de pequenos módulos sobre o manual elaborado pela CENAFOR, e serviu o Colégio Agrícola de Frederico Westphalen, como Referência, para as demais instituições implantarem o referido Sistema. Fomos Pioneiros

Primeira reunião-FFB assistida pelo Coordenador de Ensino de Segundo Grau da UFSM: Prof. Guido Zanatta - 1977

PÃO PARA TODOS 121

no Brasil (Título concedido pelo CENAFOR no ano de 1977) na execução do referido Sistema através da Metodologia: “Futuros Fazendeiros do Brasil”.

Estiveram também no ano de 1977, sendo capacitados na mesma Metodologia, aproximadamente 10 diretores e coordenadores pedagógicos dos Colégios Agrícolas do Chile, que durante um mês permaneceram no Colégio Agrícola de Frederico Westphalen, recebendo Formação, na referida área. Eu tinha um sonho que era transformar este Colégio num Centro Latino Americano de ensino Profissionalizante. Isto não aconteceu, mas aqui nasceu um campus de ensino superior com Cursos de Graduação, e hoje temos o Curso de Agronomia, Engenharia Florestal, Engenharia Ambiental, Jornalismo e outros em breve virão. Temos com muito orgulho o CESNORS, que agora quero mostrá-lo através de uma foto.

Neste período, a escola recebeu recursos indispensáveis para a sua estruturação, como melhorias na estrutura física, equipamentos e implementos agrícolas (através do BIRD), além de recursos didáticos. Com áreas distintas nas quais funcionavam integradas e perfeitamente interligadas: salas de aula, laboratórios de práticas e Produção (LPP), Programa Agrícola Orientado (PAO).

Vista aérea do CAFW, 2009: local da implantação da metodologia Escola-Fazenda-FFB

PÃO PARA TODOS122

A Instituição se destacou no início na formação de profissionais de nível ginasial, depois passou a 2º grau. Técnico Agrícola, baseada no princípio de Escola-Fazenda “aprender a fazer e fazer para aprender”.

O apogeu do sistema Escola-Fazenda, predominou no período de 1.973 a 1.986.

Foi neste Colégio Agrícola que fiz minha primeira experiência sobre o” PÃO PARA TODOS”, quando ao invés de adquirir o pão já pronto, construí uma padaria, passando a confeccionar o próprio pão para o consumo interno. Vendo que sempre havia “sobras” de pão, comecei a levá-lo diariamente às vilas pobres e tinha uma grande receptividade. Isto aconteceu a partir do ano de 1.988.

Colégio Agrícola de Frederico Westphalen, uma Instituição, que marcou, a minha vida, porque foi ali que me realizei como profissional. Iniciei no dia 14 de dezembro de 1.975. Fiz minha primeira experiência como Diretor nos anos de (1.976-1979) e num segundo momento no anos de 1.983-1989. Só tenho a agradecer aquele grupo valoroso, que tão bem se entendia, formando a grande família do CAFW. Tive oportunidade, de vivenciar a vida daquele estabelecimento, residindo por quase 20 anos nas suas dependências.

Estou registrando, estes fatos e esta Metodologia, porque será ela que irá inspirar o Modelo da Ação: construção de padarias com o envolvimento da comunidade naqueles moldes.

“O principal objetivo da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas e não simplesmente repetir o que outras gerações fizeram; homens que sejam c r i a t i v o s , i n v e n t o r e s e descobridores”. Explanação da metodologia Escola-Fazenda:

Futuros Fazendeiros do Brasil - 1977.

PÃO PARA TODOS 123

“O segundo objetivo é formar mentes que possam ser críticas, que possam analisar e não aceitar tudo o que lhes é oferecido”. ( Piaget – 1.970).

Vivemos em um mundo cada vez mais integrado, onde a ciência e a tecnologia tornam-se cada vez mais abrangentes e integrantes do nosso cotidiano A contradição é que também convivemos com desigualdades, com a exclusão, com a fome e a miséria.

Neste contexto, cada vez mais há uma preocupação e necessidade de pensar não apenas no desenvolvimento econômico dos povos, mas também no desenvolvimento humano, o desenvolvimento da potencialidade de cada pessoa, para que ela consiga viver sua vida plena e feliz.

Para isso, é necessário que cada pessoa tenha oportunidades, opções e autonomia para transformar seu potencial em competências pessoais, relacionais, cognitivas e produtivas. Somente assim, teremos pessoas em condições de construir uma vida digna e feliz. Todos tem direito a uma oportunidade.

Segundo Eduardo Chaves: “ Para uma pessoa viver a vida de forma plena, precisa ser capaz de definir o seu Projeto de vida, saber o

Frente do CAFW, 2009

PÃO PARA TODOS124

que deve fazer para alcançar seu objetivo e dominar os meios necessários para transformá-lo em realidade e finalmente, ser capaz de realizar seu Projeto por si mesmo”. ( Eduardo Chaves – 2.004)

Pois, Nesta Metodologia é que será empregada agora na educação informal e que será denominada de “mão na massa”, reflexo de uma preferência pelo “aprender fazendo” que tem marcado a minha vida, pois, trabalhei como Professor de uma Colégio Agrícola Federal por 30 anos, aplicando na mesma este método.

Os Princípios teóricos e as experiências vivenciadas são aquelas utilizadas nestes três Módulos existentes em três realidades (Vilas) como estas que estamos propondo. Inicialmente procura-se sensibilizar a clientela que será envolvida focando a partilha, a cooperação, a participação ativa de cada elemento, tentando gerar uma transformação das pessoas assim como a farinha em pães e outros derivados da mesma.

Como isto acontece? Somente colocando a “mão na massa”. Por isto que a Metodologia utilizada é a do “Aprender Fazendo”, desenvolvida nas escolas Técnicas denominadas de “Futuros Fazendeiros do Brasil”, a qual fui Pioneiro no Brasil. Vejo de forma positiva esta maneira de trabalhar e acredito nesta experiência que tenho adquirido. Diante desta experiência como Professor e hoje como Autônomo e Voluntário pude colocar em prática a Metodologia do fazer. Todos têm que participar, executar a ação proposta, e só se aprende fazendo. Só levará para casa alguma coisa quem executar as atividades planejadas.

O caminho traçado é aquele já executado em três realidades e em func ionamento com m u i t o s u c e s s o . A s d i f e r e n t e s f a s e s desenvolvidas são as seguintes:

a) sensibilização para a partilha e formação

Mão na massa

PÃO PARA TODOS 125

dos grupos e exposição da Metodologia do “Aprender Fazendo”.

b) escolha do padeiro líder.

c ) Cu r so s de padeiros e confeiteiros.

d) construção dos espaços físicos (prédio de 07mx10m), aquisição dos equipamentos e insumos,

e) confecção de pães, bolachas, cucas e massas.i) comercialização.A justificativa Teórica para o referido Método de trabalho posso

enumerá-lo a seguir:a) Método utilizado nas Escolas Técnicas Federais do Brasil e

outros países.b) fácil de ser assimilado porque envolve todas as pessoas do

grupo na execução das tarefas propostas. Aprende-se executando todas as fases.

c) desenvolve no grupo o espírito de cooperação e partilha, porque é feita uma escala de rodízio, onde todas as participantes com o tempo irão trabalhar juntas e os produtos serão compartilhados.

d) Transforma as pessoas, a comunidade, tornado-a mais participativa e atuante.

Esta Metodologia foi utilizada em três vilas da cidade de Frederico Westphalen/RS, com sucesso. Houve uma mudança significativa das pessoas e de toda a comunidade envolvida.

Tenho toda a certeza e convicção, que após, trabalhar com esta Metodologia no Colégio Agrícola Federal da Universidade Federal de Santa Maria com campus em Frederico Westphalen/RS por 20 anos como Professor e 10 anos como Diretor e ter construído três Padarias Piloto em três vilas Carentes, o Método pode ser reaplicado.

Participantes na confecção de pães

PÃO PARA TODOS126

ÁREA VERDE

FAZES DA CONSTRUÇÃO DO MÓDULO PILOTO PADARIAS EM VILAS CARENTES:

PREPARAÇÃO DO TERRENO.

PÃO PARA TODOS

SITUAÇÃO: INÍCIO DA CONSTRUÇÃO DA PADARIA E DOCENTRO COMUNITÁRIO DA ÁREA VERDE.

128

PÃO PARA TODOS

SITUAÇÃO: ETAPAS FINAIS DA CONSTRUÇÃO DA PADARIA E DOCENTRO COMUNITÁRIO DA ÁREA VERDE.

129

PÃO PARA TODOS

SITUAÇÃO: PRÉDIO JÁ PRONTO DA PADARIA E DOCENTRO COMUNITÁRIO DA ÁREA VERDE.

130

PARTICIPANTES DOS GRUPOS FAZENDO DOCES (CHIMIAS) E MASSAS CASEIRAS

PÃO PARA TODOS 131

CENTRO COMUNITÁRIO DA ÁREA VERDE

PÃO PARA TODOS132

21 DE ABRIL

FAZES DA CONSTRUÇÃO DO MÓDULO PILOTO PADARIAS EM VILAS CARENTES:

PREPARAÇÃO DO TERRENO.

PÃO PARA TODOS

SITUAÇÃO: INÍCIO DA CONSTRUÇÃO DA PADARIA E DOCENTRO COMUNITÁRIO DA LINHA 21 DE ABRIL.

134

PÃO PARA TODOS

SITUAÇÃO: ETAPAS FINAIS DA CONSTRUÇÃO DA PADARIA E DOCENTRO COMUNITÁRIO DA LINHA 21 DE ABRIL.

135

PÃO PARA TODOS

SITUAÇÃO: PRÉDIO JÁ PRONTO DA PADARIA E DOCENTRO COMUNITÁRIO DA LINHA 21 DE ABRIL.

136

PÃO PARA TODOS

PARTE INTERNA DA PADARIA E DOCENTRO COMUNITÁRIO DA LINHA 21 DE ABRIL.

PARTICIPANTES DOS GRUPOS

137

VIADUTO

FAZES DA CONSTRUÇÃO DO MÓDULO PILOTO PADARIAS EM VILAS CARENTES:

Vila do Viaduto

SITUAÇÃO ANTES DE SER PREPARADO O TERRENO PARA ACONSTRUÇÃO DO PRÉDIO DA PADARIA NA VILA DO VIADUTO.

PÃO PARA TODOS 139

PREPARAÇÃO DO TERRENO.

PÃO PARA TODOS140

PÃO PARA TODOS

SITUAÇÃO: INÍCIO DA CONSTRUÇÃO DA PADARIA E DOCENTRO COMUNITÁRIO DO VIADUTO.

141

PÃO PARA TODOS

SITUAÇÃO: ETAPAS FINAIS DA CONSTRUÇÃO DA PADARIA E DOCENTRO COMUNITÁRIO DO VIADUTO.

142

PÃO PARA TODOS

SITUAÇÃO: PRÉDIO JÁ PRONTO DA PADARIA E DOCENTRO COMUNITÁRIO DO VIADUTO.

143

PÃO PARA TODOS

SITUAÇÃO: PRÉDIO JÁ PRONTO DA PADARIA E DOCENTRO COMUNITÁRIO DO VIADUTO.

144

HISTÓRIA DO PÃO - NA LINHA DO TEMPO

O Pão é um dos alimentos mais consumidos do mundo, só perdendo para o leite. Praticamente todo o trigo

produzido no mundo ( cerca de 650 milhões de toneladas), vai para a alimentação humana.

De acordo com a história do pão, foi a partir dele que o homem - egípcios - começaram a fazer três refeições: pequeno almoço, almoço e jantar. Também são eles os defensores da idéia de que a saúde e a longevidade dependem dos prazeres da mesa. A escrita hieroglífica compara e dá igual importância aos atos de "falar" e de "comer".

Vamos percorrer juntos esta longa caminhada, me inspirei no livro “Museu do Pão”, mas sempre muito bonita:

- 12.000 a.C, os Persas já conheciam o pão. Estima-se que este alimento tenha surgido na Mesopotâmia.

- 8.000 a.C, há indícios do pão no Nilo. Primeiro pão assado em forno de barro, ocorre em torno de 7.000 a.C. Foi provavelmente, no

extremo Oriente, que começou a panificação. Os egípcios inventaram o forno e o pão branco. Dada a riqueza do país em trigo, o pão era o principal alimento.

- 4.000 a.C, em Jerusalém identifica-se a rua dos padeiros. Este conhecimento foi transmitido a eles pelos egípcios.

- 3.000 a.C, o fermento é descoberto pelos egípcios.- 2.000 a.C, os judeus passam a fabricar seus pães.- 1.200 a.C, Assírios já fabricavam seus bolos e pães.

- 753 a.C, pedras são movidas pelos homens com a finalidade de triturar os grãos de trigo, com a finalidade de obter a farinha.

- 700 a.C, os gregos aprimoram suas receitas de pães.- 440 a.C, surge o primeiro moinho movido a tração animal.- 218 a.C Os romanos durante as Guerras Púnicas, levam as

técnicas da panificação para várias partes do mundo.- 100 funda-se a primeira escola, onde surgem as novas

técnicas de moagem.- 476 com a queda de Roma há um desaparecimento das

padarias e o pão é feito nas casas.

Mão na massa

PÃO PARA TODOS146

- 833 Primeiro registro de um moinho de vento.- 1215 O Concílio de Latrão, estabelece o Dogma da

Transubstanciação, que significa a mudança da substância do pão e do vinho no corpo e sangue de Jesus Cristo no ato da consagração.

- 1453, a partir do Renascimento, o pão constitui-se no alimento básico de toda a Europa.

- 1492, com o estabelecimento do contato do continente europeu com o americano, surgem muitas variedades de sementes.

- 1520, dá-se a fabricação no México dos primeiros pães à base de trigo.

- 1737, inicio do cultivo do trigo no Rio Grande do Sul.- 1762, data provável da invenção do sanduíche, pelo conde

Sandwich, john Montagu (1718-1792) que consistia em um pão dividido ao meio, recheado com um bife.

- 1789, no reinado de Luís XVI da França, é redigida a "carta do pão". O que constitui uma única variedade desse alimento para todas as camadas sociais. O povo revoltado reivindica pão, como símbolo de sua alimentação.

- 1836 primeiro registro de funcionamento de um moinho no RS.

Pão na fase de crescimento

PÃO PARA TODOS 147

- 1853, existem 70 padarias registradas no Rio de janeiro.- 1859, Louis Pasteur, descreve o funcionamento do fermento.- 1885, Giuseppe Todeschini, vindo de Verona, Itália funda a

primeira fábrica de macarrão no Sul do Brasil.- 1917, em outubro eclode a Revolução Comunista. O lema era :

" Pão, Paz e Terra".- 1929, o governador do RS, Getúlio Vargas, inicia a campanha

de defesa da produção nacional de trigo.- 1935, surgimento em São Paulo, do Sanduíche chamado de

Bauru.- 1939, é fundado o Sindicato do Trigo no RS.- 1943, no contexto da II Gurra Mundial, o governo tabela o

preço do pão.- 1955, é instituído o dia 08 de julho como o dia do padeiro.- 1967, após o golpe militar, a moagem de grãos é decretada

monopólio estatal. O número de moinhos, no Brasil é reduzido de 420 para 178. Essa medida decreta o declínio definitivo dos moinhos Coloniais.

- 1990, primeira classificação de variedade de farinhas aptas à panificação.

- 2004, pesquisa aponta que o trigo cobre aproximadamente dois trilhões e meio de quilômetros quadrados de terra em todo o planeta.

A palavra pão vem do latim- panis. Sua origem é muito diversificada, antes, a farinha fez escola, primeiro foi utilizada no preparo das sopas e mingaus, depois passou a ser misturada com o mel, azeite doce, mosto de uva, tâmaras esmagadas, ovos e carnes moídas; dessas misturas surgiram os bolos, que teriam precedido o pão.

Esses bolos, eram cozidos sobre pedras quentes ou sob cinzas.Sabedoria e reflexão foram as fortes paixões dos gregos da

Grécia Antiga. Os gregos viam na alimentação a melhor maneira de combater as doenças: "faça do teu alimento, o teu remédio e do teu remédio o teu alimento.

Foram os egípcios que ensinaram os gregos a arte de pão, mas foi graças aos gregos que o pão se tornou um elemento importante na

PÃO PARA TODOS148

história da gastronomia. Os gregos foram considerados os mestres da arte de fazer pão, cuja origem atribuíam aos deuses.

Sabe-se também que foram os gregos que ensinaram os romanos a fazer o pão.

Os gregos gostaram tanto da arte de fazer pão que andaram por muitos lugares ensinando o fabrico deste alimento.

O pão era tão importante para os gregos que honravam os seus deuses e mortos com flores feitas com massa de pão. |Assim na Grécia os cozinheiros e padeiros eram homens livres e muito honrados.

A farinha tinha grande valor e era controlada pela primeira pessoa do reino = rei.

Esta profissão era tão valorizada que chegou a ser comparada com a de artista, arquiteto, intelectual e outras celebridades.

Contam que um célebre padeiro - Vergilius Eurycasés - recebeu o direito, quando morreu, a um monumento funerário de proporções detalhes imperiais. Dizem que os santos, como gostavam de jejuar (nem todos) viviam de pão, água e sal. Daí surgiu a sopa.

Temos o dia mundial do pão: o alimento mais antigo e mais popular da humanidade, é celebrado no dia 16 de outubro.

No dia 08 de julho comemora-se o dia do padeiro, no mesmo dia em que se em Portugal= Santa Izabel. Esta Santa tinha o hábito de distribuir pães aos pobres, atitude que era escondida do rei. Um dia,

Cesta de pão francês

PÃO PARA TODOS 149

Participantes dos grupos amassando o pão

Pão sendo colocado no forno

PÃO PARA TODOS

porém, foi flagrada pelos homens do rei quando escondia pães no avental, assustada, disse :são pétalas de rosas! Ao abrir o avental, só caíram pétalas.

Dizem que na França classifica-se uma boa mesa pela qualidade do seu pão.

150

PLANTA: FACHADA DO MÓDULOPILOTO DE PADARIA

PLANTA BAIXA DO MÓDULOPILOTO DE PADARIA

FOTOS DE DIVERSOSMOMENTOS VIVIDOS NA ONG

MOMENTOS DE TRANSFORMAÇÃO: ÁREA VERDEAntes - 1989

Depois - 2000

MOMENTOS DE TRANSFORMAÇÃO: HORTA VIADUTO

Antes

Depois

PÃO PARA TODOS154

MOMENTO DE ORIENTAÇÃO: POPULAÇÕES INDÍGENASINSTALADAS NA BR 386

PÃO PARA TODOS155

MOMENTO DE ORIENTAÇÃO: FORMAÇÃO DE GRUPOSDE TRABALHO.

PÃO PARA TODOS156

MOMENTO DE ORIENTAÇÃO: APRENDIZAGEM EM TECELAGEM

PÃO PARA TODOS157

MOMENTOS DE PARTICIPAÇÃO: FESTIVIDADES DA SEMANA DA PÁTRIA

PÃO PARA TODOS158

MOMENTOS DE INTEGRAÇÃO: COLÉGIO AGRÍCOLA E VILAS CARENTES

PÃO PARA TODOS159

MOMENTOS DA AÇÃO: CONFECÇÃO DE ACOLCHOADOS E CORTE E COSTURA

PÃO PARA TODOS160

MOMENTO DE CAPACITAÇÃO: PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS.

PÃO PARA TODOS161

MOMENTOS DA FORMAÇÃO DE GRUPOS: GRUPOS DO PÃO,GRUPOS DOS DOCES.

PÃO PARA TODOS162

MOMENTOS DA PARTICIPAÇÃO DE TODA A FAMÍLIA: ADULTOS E CRIANÇAS.

PÃO PARA TODOS163

N ão poderia, escrever sobre a importância do “PÃO PARA TODOS”, sem me referir ao Caminho dos Moinhos, que Deus colocou na minha vida. Pois, foi neste caminho em

Anta Gorda/RS que encontrei uma pérola preciosa, que escolhi para viver do meu lado o resto da minha vida e por toda a eternidade que é a minha esposa Idoli Contini (filha de uma família de agricultores, pais: José e Zemile; filhos: Odair, Idoli, José Pedro, João Alberto, Nilza e Edegar) . Quero fazer uma homenagem a esta maravilhosa família que encontrei no Caminho dos Moinhos, através de uma foto (1966).

O CAMINHO DOS MOINHOS

Indicativo existente no início da RS 332 em Soledade

Esta família foi encontrada no caminho dos moínhos. Família de José Contini e Zemile Gallon Contini, filhos: Odair, Idoli, José Pedro, João Alberto, Nilsa Maria e Edegar - 196.

O Caminho dos Moinhos é um itinerário que merece ser percorrido, não só como caminho turístico mas principalmente como caminho que resgata a cultura dos nossos antepassados, mostrando a importância do pão.. Aqui encontramos uma comunidade, toda motivada com a história do pão, com o passado do pão, com o presente do pão que é a cidade de Ilópolis localizada nas altas serras do Nordeste do Estado. Nesta cidade iremos encontrar o “Museu do Pão”. Ilópolis é uma das cidades mais bonitas do Rio Grande do Sul. Rodeada por vales e montanhas que através de suas belezas naturais proporcionam muita paz e tranqüilidade. A localidade é um refúgio para os amantes da natureza. Com altitude média de 800 metros acima do nível do mar, sua temperatura torna-se amena no verão e saborosamente fria no inverno. Estação na qual, muitas vezes, moradores e visitantes são contemplados com o lindo espetáculo da neve.

Museu do pão: na cidade de Ilópolis.

PÃO PARA TODOS166

Nesta vasta Região, onde os antigos imigrantes italianos ali se estabeleceram, trazendo da Itália, o conhecimento e a sabedoria do “saber fazer”, construíram verdadeiras obras de arte que são os Moinhos que aqui pretendo ilustrar com algumas fotos dos mesmos.

Acredito que foi através deles, motivo de orgulho para todos nós, que nos ensinaram a valorizar o que a natureza disponibiliza, como o aproveitamento dos recursos naturais, para movimentar os seus Moinhos e seus Manjolos, transformando os preciosos grãos de milho e trigo e arroz em saborosos alimentos.

O Caminho dos Moinhos, tem como centro a cidade de Ilópolis,

Primeira pedra, movida manualmente para a fabricação de farinha de trigo

Cidade de Ilópolis

PÃO PARA TODOS 167

no Alto Taquari, que se orgulha em ostentar o nome de a “cidade da erva-mate”. ILO do latim, Erva, POLIS do Grego, Cidade. Posso lhes confirmar, como Engenheiro Agrônomo, que sou, que nesta vasta Região, o solo, o clima, a atmosfera é propicia para a cultura da erva mate, sendo considerada a melhor erva-mate do Brasil.

Pois, aqui foi cuidadosamente transformado um antigo Moinho colonial em “Museu do Pão”. Verdadeiro monumento histórico nacional, inteiramente construído em madeira, sem uma única peça de maquinaria em metal. É uma preciosidade, que encanta e lá encontramos o senhor Ismael Rosset, diretor executivo, deste estabelecimento e da Associação dos Amigos dos Moinhos do Vale do Taquari – AAMOINHOS, e uma senhora entusiasta desta nobre causa, Ludimila Alves Gallon diretora da oficina de panificação. Na verdade podemos considerar esta obra-prima do trabalho humano como relevante para toda a humanidade.Você percorrerá o passado da história do pão, tão bem descrita e documentada neste museu, por estas duas valorosas pessoas. Museu do pão é uma pérola preciosa, que

Moinho: MARCA de Putinga.

PÃO PARA TODOS168

todos deveriam conhecer, eis que representa a memória de um povo, a história da imigração italiana no Rio Grande do Sul (1.875). Pois, ao redor deste município, estão, os municípios que também tem a vocação da cultura do pão, trazendo modelos de maravilhosos Moinhos coloniais, como os: de Ilópolis Moinho COLOGNESE; de Arvorezinha FACHINETTO; Putinga Moinho MARCA; Anta Gorda, Moinho DALLÉ; ainda neste itinerário podemos encontrar o Moinho CASTAMAM e Moinho VICENZI, e muitos outros bem como construções antigas que revelam o gosto pela arte italiana.

Não poderia deixar, de aqui também mencionar a pujança do povo desta terra, que não esquece a formação religiosa, pois, encontramos um sacerdote dinâmico, Padre Eleutério Orsolin, com muita coragem,fundou a AltoCredi, com a finalidade de apoiar os pequenos agricultores que não tinham vez nos grandes bancos e se empenhou junto Santa Sé em Roma para transformar em Único Santuário do mundo dedicado a São Paulo Apostolo, a Igreja matriz da cidade, concedendo a indulgência plenária a quem a visitar. O ano de

Moinho DALLÉ de Anta Gorda.

PÃO PARA TODOS 169

2.009 é considerado o Ano Paulino, momento oportuno de lembrar daquele que mais distribuiu o pão da palavra e primeiro escreveu sobre o Pão Vivo da Eucaristia.

São Paulo Apóstolo, que evangelizastes o mundo inteiro com vossa doutrina e caridade, que foste o Doutor dos Gentios, que vivamos de fé e nos salvemos pela esperança e que a caridade reine em nossos corações, distribuindo o alimento do pão nosso de cada dia, não esquecendo nunca o teu exemplo: “Aí de mim se não evangelizar”.

Gostaria de apresentar três trechos, como uma auto apresentação de Paulo, em homenagem ao Ano Paulino:

“ Eu sou judeu. Nasci em Tarso da Cilícia e fui educado nesta cidade. Eu me formei na escola de Gamaliel, seguindo a linha mais rigorosa dos nossos antepassados. Sempre fui apaixonado por Deus, exatamente como vocês. Eu persegui até à morte este Caminho., prendendo e colocando na cadeia homens e mulheres. O sumo sacerdote e todos os anciãos são minhas testemunhas. Eles me deram

Moinho FACHINETTO

PÃO PARA TODOS170

autorização escrita para os irmãos, e eu viajei a Damasco para prender os que aí estavam e levá-los a Jerusalém para serem castigados. (Atos dos Apóstolos 22, 3-5)

“Conheço um cristão que foi arrebatado até o terceiro céu. E eu não sei se foi arrebatado com o corpo ou sem o corpo – Deus o sabe. Sei que esse h o m e m , arrebatado ao paraíso, ouviu

Moinho CASTAMAM de Arvorezinha

Moinho VICÊNZI

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palavras que não podem ser repetidas pelas pessoas. Não sei se foi com ou sem o corpo – Deus o sabe. Eu me orgulhei deste homem. Quanto a mim, me orgulharei somente das minhas fraquezas. Mas se eu quisesse me orgulhar, não seria loucura, pois estaria dizendo a verdade. Todavia, evito fazer isso. Não aconteça que, por causa dessas revelações extraordinárias, alguém me julgue mais do que ve em mim ou escuta de mim... Por isso, estou contente em suportar por Cristo fraquezas, ofensas, necessidades, perseguições, e angustias. Pois, quando sou fraco é que sou forte.” (2 Coríntios, 12, 2-7.10)

“Por último, o Senhor apareceu a mim, que sou como alguém nascido fora do tempo. Pois sou o último entre os apóstolos e não mereço o título de apóstolo, pois persegui a Igreja de Deus. Graças a Deus, sou o que sou, e sua graça não ficou sem produzir frutos em mim, já que minha trabalheira supera a deles todos. Bem, não fui eu, mas a graça de Deus agindo em mim”. (1 Coríntios 15, 8-10)

Santuário de São Paulo em Ilópolis

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F olders mostrando a Rede Concerto Social, constituída por dez (10) Instituições, de dez (10) cidades no RS, na qual fazemos parte como ' âncora na Gestão dos Recursos Financeiros. Esta Rede foi criada nas

capacitações durante dois anos, do Instituto HSBC Solidariedade de Curitiba, Parceiros Voluntários de Porto Alegre e Instituto Fonte de São paulo. Título da Tecnologia: Construção de padarias em vilas carentes Número de Inscrição: 2009/0140 Tema principal: Renda. Cidade: Frederico WestphalenlRS

MATÉRIAS JORNALISTICAS

FOLDER DA ONG

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O PÃO NO LESTE EUROPEU E NA BÍBLIA

Quando visitamos o Leste Europeu (Alemanha, Áustria, Hungria, República Tcheca, Eslováquia Polônia) de 03 a 19 de outubro de 2006, pudemos sentir a importância

do pão, para esta vasta Região. O pão, elemento importantíssimo destes povos, de tal sorte que o consumo médio per capita é de 450 gramas, quando no restante da Europa é de 250 gramas. Gostam tanto do trigo que encontramos muitas vitrines de estabelecimentos comerciais adornados com arranjos com famoso cereal. Mostramos aqui alguns arranjos típicos encontrados na Polônia, Hungria, na Áustria. E na Alemanha.

Arranjos com palhas de trigo encontrados nas vitrines das lojas na Polônia,na Áustria, na Hungria, na República Tcheca, Eslováquia e Alemanha.

Da mesma forma, mostramos aqui o pão na Polônia sendo usado como prato para tomar uma gostosa sopa. Podemos notar o grande valor do pão naqueles países.

Arranjos com palhas de trigo encontrados nas vitrines das lojas na Polônia,

na Áustria, na Hungria, na República Tcheca, Eslováquia e Alemanha.

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Sabemos também através da história, que o trigo produziu-se, abundantemente, no vale do Nilo, desde os tempos pré-históricos. Não poderíamos falar no pão sem ao menos tecer um pequeno comentário sobre uma passagem interessante que encontramos no livro Sagrado. A Bíblia, está repleto de passagens e referências do pão. Vejamos apenas uma

Segundo conta o Gênesis, só quando Abrão atingiu 99 anos e, consoante a vontade divina passou a chamar-se de Abraão – pai de

Pão servindo como prato para tomar uma gostosa sopa, no inverno, na Polônia.Nas fotos Pe. Leonir A. Fainello.

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muita gente - é que os versículos do antigo testamento se referem aos derivados do trigo. Ao ser visitado por três anjos, prostrados, adoraram a Deus, dizendo-lhes: “ Eu vos porei diante de um pedaço de pão e refareis as vossas forças”. Aceita a oferta, Abraão disse a sua esposa Sara:” Amassa, depressa, três medidas de farinha e coze uns pães no borralho”. Afinal, Sara fabricara pão para Deus e para os dois anjos que o acompanharam e tornou-se fecunda. Aos 80 anos concebeu de Abraão que, aos 100 anos, foi pai de Isaac.

Ruth, viúva pobre apanhava espigas de trigo, deixadas pelos outros, para fazer pão para a sua sogra Noemi. O rico Booz soube disso, apaixonou-se e casou com ela, nascendo Abed que foi pai de Jessé, por sua vez pai de David, de cuja linhagem nasceu Maria da Judéia. Esta mulher casou-se com o carpinteiro nazareno José e foi a mãe de Jesus. Será por acaso que o nascimento se deu em Belém que significa “Casa do pão”? Ainda na parábola do fermento diz-se que o reino de Deus é semelhante ao fermento que uma mulher tomou e misturou com três medidas de farinha e até ficar levedado.

Desta maneira poderíamos ficar aqui por muito anos, a falar sobre a nobreza e a importância histórica deste cereal, que já no antigo Egito, era o único alimento do povo pobre e com ele se pagava, também o salário que era de três pães. Era também comum entre os egípcios a distribuição de pães aos soldados como complemento de pagamento do salário. Ainda os povos gregos eram conhecidos como os “comedores de pão”.

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A IGREJA, O PÃO, A FOME E A BÍBLIA

S imples e óbvio como dois mais dois são quatro. O cristianismo é a religião da partilha e a Igreja Católica é a igreja do pão repartido.

Seu rito preferido á a missa: partilha da palavra, do pão e do vinho. Sem Eucaristia, não haveria a Igreja Católica, tal a identificação dos católicos com o gesto da última Ceia. Jesus repartiu o pão e o vinho e pediu que o gesto fosse repetido para sempre em memória dele, pois, isso significava a renovação da entrega de seu corpo e de seu sangue à humanidade.

Local onde nasceu o Menino Jesus, Manjedoura de Belém: Belém igual a casa do pão.

Isso nos leva à questão da fome no planeta. O mundo sempre teve faminto. A fome foi e continua sendo o maior fracasso, do ser humano. Na maioria das vezes, dá lucro para os ricos. Não é prática de hoje. Leiam Na Bíblia (Amós 8,4 e Lamentações 4, 1-10). Sempre houve

Cidade de Jerusalém no tempo de Jesus, lá já existia a Rua dos Padeiros.

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Casa onde Jesus fez a Multiplicação dos Pães em Israel: com 5 pães alimentou uma multidão.

quem tinha mais e quem passava fome. Jesus predisse que a pobreza não acabaria nunca. Contudo, é possível haver um mundo com o mínimo de gente rica e o mínimo de gente pobre. Ao invés, de sustentar guerras entre os povos, gastando bilhões de dólares, declararem guerra contra fome. Tenho certeza, que acabaríamos com ela..

O mundo de hoje tem ricos demais e pobres demais. Por conseqüência, fome demais, não por falta de alimento (como vimos em

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capítulos anteriores), mas por falta de sensibilidade e amor ao próximo. Vejamos, o consumo brasileiro é de dez milhões (10.000.000) de toneladas de trigo ao ano. Vimos nos capítulos anteriores que há um excedente que vai para o estoque regulador de aproximadamente duzentos milhões (200.000.000) de toneladas. Vejam quantas pessoas poderiam ter o seu pão, todos os dias.

A Bíblia dos católicos tem 73 livros, dos quais 38 falam do pão, 45 do vinho, 14 da fome, 17 dos famintos, 54 da comida, 30 da pobreza e da miséria e 33 da justiça distributiva.

Os documentos da Igreja Católica, falam exaustivamente do problema da justiça e dos direitos fundamentais entre os quais o comer.

Para a Igreja Católica, uma pessoa faminta e sem recursos tem até o direito de se apossar do suficiente para matar a sua fome, sem que isso seja pecado. Não é furto é direito de viver.

Na Bíblia, é bendito quem reparte e dá o pão, e maldito quem o nega. O povo passou fome no deserto e Deus lhe deu o maná suficiente para cada dia. Quem pegou demais, se deu mal. Deus não deixa um fiel morrer de fome. A fé conduz ao pão honesto. Deus dá o pão a seu tempo. Um dos maiores sinais de crueldade é negar o pão a quem tem

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fome. O pão deve ser fruto do trabalho honesto, como diz o Padre Zezinho.

Vem Jesus e assume por inteiro a mística do pão. Os fariseus o acusam de ter apanhado algumas espigas de trigo e tê-las comido em dia de sábado. Ele é o Pão Vivo que desceu do céu. O pão que dará, é a sua carne para a vida do mundo. Faz duas vezes o milagre do pão para o povo. Na última ceia, avisa que o novo rito não será mais o sangue de animais, nem de inocentes e, sim o fruto do trabalho humano, vinho e pão, que, se repartidos, seriam a entrega dos seus corpo e sangue pela humanidade. Seus discípulos nunca mais se esqueceram dessa ordem.

Agora que o Brasil se engaja numa campanha nacional contra a fome, com o programa Fome Zero, sendo uma vergonha para este país rico em alimentos, convém que levemos esta questão mais a sério. Está na hora de entendermos aquele pão que se reparte na missa. Se não fizermos gestos concretos no meio do povo necessitado, não seremos pessoas autênticas.

Neste local foi colocado Jesus, que nasceu na casa do pão, que fez a Multiplicaçãodos Pães, que se tornou o Pão Eucarístico, foi coroado de espinhos tirados da

planta ao lado no Horto das Oliveiras na cidade de Jerusalém.

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REDE CONCERTO SOCIAL

E sta Rede nasceu, depois de muitos Encontros, (uma verdadeira gestação), Capacitações, o que gerou muitas reflexões dos responsáveis técnicos de dez (10)

Instituições. A Rede se formou em 2007, por iniciativa do instituto HSBC Solidariedade que, para tal buscou com a OSC Parceiros Voluntários e o Instituto Fonte, uma Parceria de alta qualificação. É uma experiência piloto no RS, de apoio à construção de redes sociais e que visa a construção de uma tecnologia social capaz de ser replicada em outras localidades brasileiras. Reúne dez (10) projetos desenvolvidos em dez (10) cidades gaúchas, e que atendem a públicos bem diversos, tendo em comum a situação de vulnerabilidade social.

Participantes da RCS na primeira fase de capacitação.

O marco zero da história da Rede Concerto Social, foi no dia sete (07) de agosto de dois mil e sete (2007), no primeiro encontro de Formação proporcionado pelo Instituto HSBC Solidariedade e conduzido pela ONG Parceiros Voluntários, em Porto Alegre, na ONG Parceiros Voluntários. Foi constituída a Rede com os projetos selecionados pelo Instituto HSBC Solidariedade, colheram-se sugestões e definiu-se que seria oportunizado um espaço, após o Encontro, para dar continuidade no processo de definição do nome da rede através da comunicação virtual.

O projeto da Rede Concerto Social, justifica-se por congregar dez projetos com características comuns e diferenciadas e, a partir das quais, detectar a necessidade de fortalecer alcance social de seus objetivos, bem como de construir mecanismos de sustentabilidade.

Considerando, ainda, que a transformação da realidade social é o norte mobilizador e articulador de cada instituição participante com os seus sonhos. O desejo de realizar este projeto surge também pela necessidade de investir em dois aspectos essenciais da situação para a transformação social: o de fortalecimento e transformação social: o de fortalecimento e a sustentabilidade da Rede.Tem como objetivos

Participantes da RCS na segunda fase de capacitação.

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Momentos de reflexão da RCS

específicos: a) capacitar os membros da RCS, tendo por referência os aportes da Economia Popular Solidária; b) promover a Economia Popular.

Público Alvo: Dez Instituições, existentes no Estado do Rio Grande do Sul: assim constituídas: 1) Frederico Westphalen, Esquina da solidariedade: "Transformar

mãos que pedem em mãos que fazem"/ Responsável: Arildo Miguel Crespan

2) Ijuí, Inka instituto kingang/INIJUÍ: vati (becer) identidade e dignidade: : responsável: Armgard Lutz.

3) Santa Maria, Centro Social madre Francisca pertencente à Mitra diocesana de Santa Maria - banco da esperança: Geração de Renda para comunidades populares. Responsável: Claudia Rodrigues

4) Bom retiro do sul circulo de pais e mestres, do colégio Estadual Jacob Arnt: inclusão: "somos todos diferentes"; Responsável: Maria Delci klunch

5) "Novo Hamburgo ," fundação semea r" "Geração empreendedora"; Responsável: Ana Maria Paslauski

6) Porto Alegre, Federação das APAES do Estado do Rio Grande do sul: "Trabalho, cidadania e renda" par pessoal com deficiência

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intelectual e múltipla; Responsável: Jussara Muller de Assis.7) Bento Gonçalves, Associação Cidadão atitude: "Atitude

responsável: aquecendo a comunidade" Responsável: João Carlos Pereira Junior

8) Palmeira das Missões, ONG, construindo diferença: Língua de sinais e construção de diferenças; Responsável: Lizeli Barbosa Scartassini

9) Santiago, Universidade Regional Integrada - URI_ Campos de Santiago:Projeto profetas da : da ecologia; Responsável: Michele Noal Beltrão

10)São Borja, Centro de formação Tereza Verzeri: Costureiras da Cidadania.

Responsável: Ir. Sônia.M. Grass

Gostaria de dizer que a A REDE CONCERTO SOCIAL, gerou movimentos, coisas novas aconteceram/mudaram, objetivamente em minha vida neste período desde o Primeiro Encontro, quando começamos a formar esta Rede.

Primeiramente poderia dizer que a vida é uma caixinha de surpresas, que precisamos saber lidar, conduzir com harmonia

Momentos de trabalho em grupo da RCS

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procurando sempre estar "enthurmado", nunca isolado, porque toda a vez que uma pessoa se fecha, se isola, está construindo seu atestado de óbito. A solidão mata.

Agora toda a vez, que eu me torno solidário, eu cresço. Parto do princípio: "Pessoa solidária nunca é solitária". Nesta minha caminhada, ultimamente, o nome da Instituição que fundei expressa muito bem o meu viver: "É preciso Repartir o Meu Viver com Todos". Não é só o Título dado a uma ONG mas uma Meta que a cada dia que passa tento cumpri-la melhor. Quanto mais divido o meu viver com todos melhor eu me sinto como pessoa, como família, como membro desta comunidade.

As coisas as vezes acontecem, ao natural. Foi assim que surgiu a Esquina da Solidariedade que é o nome fantasia da nossa ONG. Mas é uma esquina cheia de solidariedade, porque a cada dia surgem novas oficinas, novas pessoas voluntárias, novas participantes, novos colaboradores. Porque é ali que eu exercito minha solidariedade com todos, independente de cor, idade ou escolaridade.

Existe alguma coisa mais bonita do que;"transformar mãos que pedem em mãos que fazem"? Sinceramente acho que não. Pois, é justamente este o maior desafio, da minha vida. Estou passando da teoria para a prática com o exercício da construção destes Módulos

Momentos de Conexões da RCS

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Piloto de Padarias construídas no meio de vilas pobres que só sabem pedir, pedir, pedir...

Por isso, fazer parte da Rede Concerto Social, desde o primeiro momento foi de crescimento. Cada Encontro me fez mais reflexivo, participativo. Estar nesta caminhada, com pessoas tão especiais, sendo patrocinado por um Instituto desta envergadura, que é o Instituto HSBC Solidariedade, acompanhados e sendo capacitados por estes extraordinários órgãos de Formação: Rede de Parceiros Voluntários e Instituto Fonte. Posso lhes garantir isto, mudou a minha vida. Houve uma reviravolta em minha vida, claro que para melhor. Passei a ser mais consciente, pés no chão, mais reflexivo, mais flexível, mais participativo, mais atencioso, mais empreendedor, mais gestor. Só tenho a dizer obrigado meu Deus por este momento tão lindo da minha vida, da vida solidária da minha família, da minha esposa, pelos amigos tão queridos da Rede Concerto Social.Perguntaria: Que forças agiram nesta mudança? Respondo primeiro: A) Instituto HSBC Solidariedade: sem o qual não estaria executando e tornando real este meu sonho de fazer uma padaria em cada vila pobre.

Grupo atual da RCS.

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B) Em segundo lugar, graças a Parceiros Voluntários, porque me senti como um filho, porque sou também um voluntário parceiro. As capacitações, por ela proporcionados foram muito especiais, bem organizadas e muito bem conduzidas.

C) Em terceiro lugar, o Instituto Fonte, poderia dizer que é uma legítima fonte onde podemos beber o saber, muito profundas suas reflexões, nos fez construir muitas conexões surgindo dali a Rede Concerto Social. Nos trouxe reflexões individuais e coletivas.

D) REDE CONCERTO SOCIAL: este grupo maravilhoso, é uma grande força externa, uma grande família. Este grupo é de Fibra.

E) Casa Divina Providência local privilegiado, onde se respira o ar puro da natureza, tão bem cuidada tanto a fauna( vaquinha, paco, gatos, patos, mar ecos, arara, beija flor.. como a flora (laranjeiras, figueiras, paineiras, três marias, gramas...Calor humano: irmãzinhas, funcionárias... e o último e mais importante: o Menino Jesus vivo, presente de corpo e alma nas espécies do pão na Eucaristia na capelinha, nos abençoando e nos encorajando..

Jardins da Casa Divina Providência: local preferido da RCS

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Poderia ainda falar das forças internas que nos movem tias como a confiança em Deus, nas pessoas, na comunidade, na nossa família. Forças estas que nos fazem mais flexíveis, mais compreensivos, mais reflexivos, mais dinâmicos.

Penso que este provérbio chinês expressa muito bem nossa caminhada: "Uma caminhada de mil milhas começa sempre com o primeiro passo".

Muitos foram os movimentos que percebi nos outros e nos fez construir esta Rede Concerto Social, porque "Há homens que lutam por uma dia e são bons; há aqueles que lutam por muitos anos e são muito bons; porém há homens que lutam por toda a vida: estes são imprescindíveis" Bernold Brecht.

Assim é que vejo vocês meus amigos concertistas, pessoas que lutam muito e há muito tempo. Pessoas maravilhosas e imprescindíveis.

Penso que nossa Rede Concerto Social, pode se espelhar neste outro provérbio Chinês: "Se você está planejando por um ano, cutive arroz;

E se você está planejando por 20 anos, cultive árvores;Agora se você está planejando séculos, cultive homens.”Gostaria de encerrar com este bonito raciocínio: Deus nos

concede, a cada dia, uma página nova no livro do tempo. Aquilo que colocamos nela corre por nossa conta. Esta sendo muito gostoso viver na companhia de pessoas tão especiais como vocês: REDE C O N C E R T O SOCIAL".

Momentos da apresentação de trabalhos da RCS

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REDE PARCERIA SOCIAL

U m novo conceito de política social vem sendo trabalhado pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul, através da Secretaria da Justiça e Desenvolvimento Social (SJDS). É a

ação em Rede, uma idéia moderna, utilizada em muitos países, mas inovadora no Rio Grande do Sul. Seus objetivos são bem definidos: - otimizar os recursos, destinados pelas empresas privadas á ação social;

- potencializar a atuação das entidades sem fins lucrativos;

Artesanatos da ONG Esquina da Solidariedade.

- melhorar a atuação tradicional do Estado na área, otimizando resultados e soluções;

- criar condições para incrementar a sustentabilidade do terceiro setor.

O que é Rede de Parceria Social?Juntando forças pelo desenvolvimento, a Rede de Parceria

Social, tem como princípio básico: que o desenvolvimento social deve ser o produto de uma ação integrada e harmônica do Estado, das empresas e do terceiro setor. Na prática, esta nova modalidade de políticas sociais apresenta as seguintes iniciativas:

A) Carteira de Projetos Sociais: apresentação de projetos pelas entidades

B) Fundação e Fundo de gerações: âncoras administram o fundo de gerações vindo de doações espontâneas e por 5% dos valores destinados para os projetos sociais por empresas privadas;

Artesanatos da ONG Esquina da Solidariedade.

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C) Observatório do terceiro setor e do desenvolvimento social: Momentos de formação proporcionados por determinadas instituições ligadas ao terceiro setor.

Queremos externar nossa satisfação e cumprimentar sua Excelência o Secretário da SJDS, Fernando Schüller por este brilhante trabalho, bem com toda a equipe que o assessora na pessoa do Sr. Daltro Garcia pelo seu desempenho e dedicação, e dizer que estamos muito felizes, em poder estar fazendo parte desta Grande Rede, pelo segundo ano Consecutivo. No ano de 2008 fomos premiados com um Projeto de Reciclagem, sendo Âncora o Instituto Vonpar. Queremos agradecer ao Sr. Leo Voigt, pelo grande incentivo e apoio. Agora na 2ª Edição iremos trabalhar com a Âncora LASALLE.

Artesanatos e reciclagem da ONG Esquina da Solidariedade.

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Arranjos da ONG Esquina da Solidariedade.

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Apalavra rede é bem antiga e vem do latim retis,significando entrelaçamento de fios com aberturas regulares que formam uma espécie de tecido.

Hoje, este pensamento também é compartilhado entre instituições e agentes sociais que, por perceberem que sozinhos não conseguem enfrentar seus problemas, organizam-se em redes. Este novo tipo de organização tem gerado transformações, pois, além de focalizar nas causas e nas soluções dos problemas, desenvolvem atitudes de liderança em seus componentes.

As Redes Sociais são constituídas a partir da identificação de problemas sócio-econômico-ambientais que colocam em risco a sociedade ou o seu desenvolvimento e não podem ser resolvidos por uma ação isolada.

Padaria da Área Verde

REDE DE PADARIAS

O desenvolvimento social é resultado do compromisso e da co-responsabilidade de todos os indivíduos e setores da sociedade.

Queremos externar nossa admiração por estarmos vivendo este momento de entrelaçamento de forças. Em vinte anos de caminhada, com Projetos Sociais, nunca foi tão fácil de trabalhar no Terceiro Setor. Isto porque há transparência em todos os momentos, visualizando a Fonte de Recursos, a seriedade na distribuição dos mesmos e por sua vez a Âncora dá todo o suporte para que este recursos sejam otimizados e bem aplicados. Parabéns a todos.

Não poderia deixar de expressar minha eterna gratidão ao Instituto HSBC Solidariedade na pessoa do Sr. Odilon A. Junior, pelos momentos de formação proporcionados e pelos recursos disponibilizados sem os quais, nossa Rede de Padarias não seria esta realidade concreta. Pelos momentos de reflexão, nos fazendo entender todo o processo de Resgatar a Cidadania. A premiação do Projeto: “Educando para a Cidadania” pela âncora LASALLE na 2ª Edição da Rede de Parceria Social/RS/ 2009, está sendo um coroamento dos nossos objetivos, fazendo um fechamento com chave de ouro, através da Formação desta clientela como padeiros/confeiteiros. Da mesma forma para o Instituto Fonte, na pessoa do Sr. Alexandre Randi, por

Padaria da Linha 21 de Abril

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tantos momentos de reflexão proporcionados. E por fim para a Parceiros Voluntários na pessoa da incansável Lise Mari Nitsche Ortiz, que além de nos proporcionar momentos de Formação, nos visitou em cada cidade deste imenso Rio Grande. Muito obrigado a todos, às irmãzinhas pelo aconchego do lar, nossa eterna gratidão.

Rede de Padarias, penso que já é uma realidade. É o primeiro passo, ruma a uma grande caminhada, uma grande empreitada, que é entregue a pessoas corajosas e que acreditam primeiro em si mesmas e depois na grande RPs.

Coloquei esta parte sobre as redes porque não podia deixar passar em branco este bonito momento que estamos vivenciando.

Padaria do Viaduto

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PADEIRO POR UM DIA

C onfesso, que relutei muito antes de colocar este capítulo, porque aprendi desde a minha infância que falar da gente era a última coisa, pois, é o que está acontecendo porque

o livro já está todo na gráfica, já formatado e eu só agora me decidi. Hoje, durante a minha caminhada na esteira, o que faço todos os dias, veio-me a inspiração, e criei coragem. Por isso, não poderia deixar de relatar esta bonita experiência que eu tive, no período em que era Governador do Estado do Rio Grande do Sul, sua Excia. Dr. Germano Rigotto.

Um sonho eu carregava comigo: “ eu tenho que mostrar este Projeto Módulo Piloto de Padarias em vilas carentes” ao Sr. Governador, mas como fazer?

Momento da Audiência com o Sr. Governador-RS, Germano Rigotto

Fui tentando, por várias vias, até que um dia consegui marcar uma audiência. Fui recebido, com muita cortesia e com muita atenção, o que me marcou muito. Coloco aqui as fotos, testemunhando o fato, e tenho a certeza que ele irá me autorizar a fazer o uso destas imagens, pois, é uma causa tão nobre e garanto que não é nenhuma montagem . Aliás, sempre norteou minha carreira profissional, valores que aprendi no colo de minha mãe e do meu pai que é a transparência, a sinceridade e a veracidade dos fatos. Bem como aprendi, quando ainda era jovem (1.959), ao estudar na pequena cidade de Ivorá/RS, terra natal do iminente político e senador Alberto Pasqualini, de como administrar coisas públicas. Foi lá, na casa onde ele nasceu, que aprendi que “devemos administrar as coisas públicas, com paredes de vidro”. Assim é que administrei por dez (10) anos o Colégio Agrícola Federal de Frederico Westphalen. Isto pode ser testemunhado por muitos empresários que vivem em nossa cidade e pelas Reitorias da UFSM da época, como o Sr Reitor Dr. Professor Derblay Galvão, depois Dr. Armando Valandro e por fim Dr. Aquino Benetti.

Pois bem, continuando a nossa história, estas foram as palavras do SR. Governador: “ não só Aprovo este Projeto, como é o sonho que eu tenho com esta população carente, de construir uma padaria em cada vila pobre”. Fiquei muito feliz ao ouvir tais palavras porque minhas dúvidas caíram por terra e passei a ter a certeza que ao falar assim, estava confirmando, uma Tecnologia Social, que irá transformar estas

Fazendo apresentação ao Sr. Governador doprojeto de padarias

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realidades de exclusão. Fazer pão, ensinar uma profissão a este povo, é tudo o que eu queria, e saí da audiência radiante. Esta era a minha Missão, ser Profeta do Pão, ser Gestor desta importante Tecnologia Social. Agora tinha o aval de um Governador, e me lembrei do Programa da Globo: “Repórter por um dia”, realmente eu tinha sido “padeiro por um dia”, mas só que não parei por aí.

Encaminhei tal Projeto para o Consulado Federal da Alemanha em Porto Alegre, sendo visitado em Frederico Westphalen pela Vice-Cônsul da Alemanha, a qual aprovou imediatamente tal iniciativa(2.007). Assim aprovado o primeiro Módulo Piloto de padaria para uma vila carente e diante do funcionamento, desencadeou o pedido para mais dois Módulos Piloto de Padarias para outras duas vilas pobres, agora para o Instituto HSBC Solidariedade de Curitiba. Recebendo a imediata confirmação para os anos de(2.007-2.008-2.009).

Temos assim, hoje esta bonita experiência, que é a razão deste livro, já com três Módulos Piloto de Padarias funcionando a todo o “vapor”. Projetos novos, já foram encaminhados, uma Rede de projetos foi constituída, da qual faço parte que é a Rede Concerto

Pães sendo colocados no forno

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Social e aí estamos a disposição de quantos quiserem reaplicar esta Tecnologia Social.

Um outro fato interessante aconteceu comigo nesta minha caminhada como Professor do CAFW, todas as manhãs, bem cedinho, no caminho que conduz ao Colégio Agrícola, tem-se uma visão panorâmica do mesmo e lá estavam nas pastagens todas as vacas e me vinha a lembrança da passagem da bíblia, que conta história de Abraaão. Era um homem de muitos bens. Pois bem, ele a mais de quatro mil (4.000) anos atrás, dava 10% de tudo o que tinha para os necessitados. A cada mil (1.000) vacas dava cem (100). A cada mil sacos de trigo dava cem (100) sacos. Realmente Abraão era um baita cara. Pensem bem, neste campo eu entendo um pouco, graças a minha formação agrícola, de cem (100) sacos de trigo de sessenta (60) Kg, dá para fazer quarenta e cinco (45) sacos de farinha de cinqüenta (50) Kg. Com cinco (05) Kg de farinha de trigo dá para fazer 60 pãezinhos “cacetinhos”, que por sua vez darão seiscentos (600) por saco. Portanto com quarenta e cinco (45)sacos de farinha de cinqüenta (50) Kg darão vinte e sete mil (27.0000) pãezinhos, exatamente a população de Frederico Westphalen. Não é uma maravilha.

Pães na fase de “crescimento”.

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O exemplo, de Abraão me fascinava, até que um certo dia, decidimos ( minha esposa e eu) sermos dizimistas. Foi exatamente no ano de 1.998. Confesso mais uma vez que relutei muito para contar este fato que marcou a nossa vida. Parece que este capítulo é o da resistência. Mas o faço unicamente, por um dever de consciência, que me impelem em fazê-lo, porque este acontecimento mudou nossa vida. É gostoso demais ser dizimista, as coisas bonitas acontecem a todo o momento e não poderia deixar de partilhar esta bonita experiência que estamos fazendo. Tenho certeza que se nós não fossemos dizimistas não estaríamos escrevendo esta obra. Leiam em Malaquias, que é o último livro do Antigo Testamento, bem curtinho, mas é uma montanha de ensinamentos. “Tragam o dizimo completo, para que haja alimento. Façam essa experiência comigo – diz Javé dos exércitos. Vocês hão de ver, então, se não abro as comportas do céu, se não derramo sobre vocês as minhas bênçãos de fartura. Acabarei com as pragas das plantações, para que elas não destruam os frutos da terra e nem devorem a vinha do campo...”

Gente, vamos partilhar, tantas coisas bonitas que Deus nos dá todos os dias. Experimentem também fazer esta maravilhosa experiência. Vamos fazer a campanha do kilo. Vamos dar somente um Kg de farinha cada um, o que daria vinte e sete mil (27.000) kg X 12 pãezinhos por Kg= trezentos e vinte e quatro mil ( 324.000) paezinhos. É uma fábula.

Hoje eu sou padeiro de verdade, sou capaz de executar todas as etapas da panificação e transformar cinco quilos de farinha de trigo em sessenta (60) deliciosos pãezinhos.

Gostaria que outros tentassem fazer o mesmo, por isso, coloco aqui as receitas do pão, da bolacha e da cuca.

Estas fórmulas, não são perfeitas, mas eu gosto tanto do pão que fui inventando, brincando de fazer pão, conversando com padeiros nos locais de trabalho deles, naturalmente me sujando de farinha, coisa boa ( quem disse que farinha suja, eu acho que ela nos torna mais bonitos), e assim fui matando a curiosidade e inventando fórmulas, ali vão algumas:

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A) PÃO CASEIRO: 05 Kg de farinha de trigo600 gramas de Açúcar100 gramas de sal50 gramas de reforço06 ovos150 gramas de fermento02 l. de água ( acrescentar mais até chegar no ponto).

B) PÃO DE CACHORRO QUENTE: 05 Kg de farinha de trigo

350 gramas de açúcar 100 gramas de sal 200 gramas de banha 50 gramas de reforço 250 gramas de fermento 02 l. de água ( acrescentar até chegar no ponto.

C) PÃO DE LEITE: O5 Kg de farinha de trigo 400 gramas de açúcar 100 gramas de sal 50 gramas de reforço 100 gramas de leite em pó ou 01 l. de leite 100 gramas de banha 200 gramas de fermentoÁgua até chegar no ponto

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D) PÃO “CACETINHO”: 05 Kg de farinha de trigo

50 gramas de açúcar01 xícara média de azeite ou banha100 gramas de sal500 gramas de fermento50 gramas de reforço50 gramas de azeite ou banha02 litros de água ( acrescentar até ficar no ponto)

E) CUCAS: 05 Kg. De farinha de trigo 1,1 Kg de açúcar

75 gramas de sal75 gramas de reforço12 ovos300 gramas de fermentoCravo, canela, erva doce etc.02 l. de água ( acrescentar até ficar no ponto)

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PÃO PARA TODOS

F) BOLACHA CASEIRA: 05 Kg de farinha de trigo

01 Kg de açúcar01 pote de 350 gramas de nata ou01 pote de 350 gramas de banha01 l. de leite01 pote de sal amoníacoCanela, noz noscada, erva doce etc.Água até ficar no ponto.

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PARCERIAS

Queremos aqui mostrar, a vital importância, que a presente ONG tem, graças às Parcerias feitas com a comunidade local. Conta hoje com aproximadamente

50 voluntários, prestando orientações gratuitas nas diversas oficinas que compõem a Instituição.

Apresentaremos estas valorosas Instituições, que são a pujança desta terra e do seu espírito solidário, com as causas sociais. Muito nos honra e fortalece, termos companhias tão ilustres, que queremos enumerá-las e mostrá-las através de fotos ilustrativas: A) Prefeitura Municipal: através de convênios e apoios, compartilhando com as nossas ações sociais.

Prédio da PrefeituraMunicipal deFrederico Westphalen

B) CESNORS: intercâmbio de informações e apoio na divulgação de nossas ações.

Centro de Educação Superior Norte do Rio Grande do Sul - 2009

Centro de Educação Superior Norte do Rio Grande do Sul - 2009

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C) Universidade Regional Integrada – URI, através de troca de experiências, convênios, disponibilizando gratuitamente toda a sua infra-estrutura de Informática, na formação das senhoras e crianças bem como servindo de local de estágio para os cursos de Psicologia, Pedagogia e Serviço Social e Informática

Vista aérea da URI - 2009

Vista aérea da URI - 2009

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D) Colégio Agrícola Federal de Frederico Westphalen, da Universidade Federal de Santa Maria, com intercâmbio de informações técnicas e apoio às diversas oficinas de panificação e de doces.

Campus do Colégio Agrícola Federal de Frederico Westphalen - 2009

Portal de entrada do Colégio Agrícola Federal de Frederico Westphalen - 2009

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E) Mabela: intercâmbio de informações e disponibilizando gratuitamente produtos derivados da carne suína, gerados por esta importante indústria.

Frigorífico Mabela - Marfrig - 2009

Parte interna do Frigorífico Mabela - Marfrig - 2009

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F) Arbaza: intercambio de informações e disponibilizando gratuitamente produtos beneficiados na área de grãos, como feijão, arroz e outros.

Vista aérea da Arbaza - 2009

Vista aérea da Arbaza - 2009

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G) Estofados Frizon: intercambio de informações, aquisição de materiais e disponibilização gratuita, dos retalhos de madeira, para os fornos de nossas padarias e fogões para a fabricação de doces (schimias).

H) Super-Mercado Sorriso: intercambio de informações e disponibilização de produtos para a confecção de doces (schimias) e outros alimentos.

Estofados Frizon - 2009

Supermercado Sorriso - 2009

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I) Super-Mercado Barril: intercâmbio de informações e disponibilização de produtos para a confecção de doces e outros produtos. J) Super-Mercado Bertoletti: intercâmbio de Informações e disponibilização de produtos para a confecção de doces e outros produtos.

Supermercado Barril - 2009

Supermercado Bertoletti - 2009

PÃO PARA TODOS222

L) Cotrifred: intercâmbio de informações, disponibilização de produtos e parceria com oficina de futebol coordenada por Loreno Cerutti.

M) Fruteira Sacolão Porto Alegrense: intercambio de informações e disponibilização de produtos para a confecção de doces e outros produtos.

Supermercado Cotrifred - 2009

Fruteira Sacolão Porto Alegrense - 2009

PÃO PARA TODOS 223

N) Órgão de imprensa: Rádios Luz e Alegria AM e FM: intercâmbio de informações e divulgação diária com “vinhetas”, mantendo informada a nossa comunidade, sobre todos os produtos e ações gerados pela Associação: “É Preciso Repartir o meu Viver com Todos”.

Complexo Luz e Alegria - 2009

Grupo de Colaboradores

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O) Órgão de imprensa: Jornal O Alto Uruguai: importante veículo de informação semanal, das nossas ações.

Grupo de Colaboradores

Jornal o Alto Uruguai - 2009

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P) Forum localQ) Ministério Público Promotorias de Justiça

Intercâmbio de informações e apoio na solução dos problemas sociais.

FORUM de Frederico Westphalen - 2009

Promotorias de Justiça de Frederico Westphalen - 2009

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R) Tabelionato de Notas e Registro Civil: Intercâmbio de informações e apoio na solução dos problemas sociais.

S) Supermercado Peretto: Intercâmbio de informações e disponibilização de produtos para confecção de doces.

Tabelionato de Registro Civil - 2009

Supermercado Peretto - 2009

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P) Premiações: a)1997: pela RBS: R$ 10.000,00;b) 2002: pela Embaixada da Austrália: R$ 9.000,00c) 2003 empréstimo com a Cáritas: R$ 8.000,00d) 2005 pala Central do Dízimo: Pró-Vida/SP: Carro Saveiro.e) 2005: divulgação gratuita pelo Portal RBSf) 2006 pelo Consulado Federal da Alemanha? POA: R$ 15.000,00g) 2007: pelo Instituto HSBC Solidariedade: R$ 30.000,00h) 2007 pela Prefeitura Municipal/FW: R$ 14.000,00i) 2008: pelo Instituto HSBC Solidariedade: R$ 25.000,00 j) 2008: pela prefeitura Municipal/FW:R$ 4.000,00l) 2008: pelo Instituto Vonpar/POA - Rede de Parceria Social: R$ 24.000,00m) 2009: pelo Instituto HSBC Solidariedade: R$ 20.000,00n) 2009: Pelo Lasalle - Rede de Parceria Social: R$ 12.000,00

Mão na massa: aprender fazendo

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UMA ESQUINA CHEIA DE SOLIDARIEDADE

N as dependências da Catedral, mais precisamente no subsolo do salão Paroquial, com a aquiescência do seu pároco Pe. Leonir Agostinho Fainello, colocando

gratuitamente mais dez salas, luz e água, funciona uma ONG que tem como Título: Associação: “É Preciso Repartir o Meu Viver com Todos”, e que tem como Lema: “Transformar mãos que pedem em mãos que fazem”.

Tem como Objetivo Central: Resgatar a Cidadania de mais duzentas (200) famílias de baixíssima Renda familiar e em situação de Risco Social, residindo nas redondezas da cidade de Frederico Westphalen pertencentes às seguintes vilas: 1) Viaduto; 2) Área Verde; 3) Linha 21 de Abril; 4) Pedreira; 5) Bairro São José; 6) Aeroporto; 7) Núcleos habitacionais; 8) Bairro Fátima e 9) Bairro Santo Antônio. Isto é feito através da participação das mulheres, crianças, jovens e adolescentes em Oficinas existentes nesta Instituição, e ainda com palestras de formação feitas por pessoas voluntárias da comunidade

que com muito empenho e com as bênçãos do seu Bispo diocesano D. Antônio Carlos Rossi Keller, estão transformando esta realidade de pobreza.

Dom Antônio Carlos Rossi Keller, Bispo da Diocese de F.W., abençoando o povo com o Pão da Palavra

Momento do Lava Pés na Quinta-Feira Santa de 2009. Entrega de mimo: pão e vinho,fazendo o envio como mensageiro do pão.

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Portanto tenta incutir em cada participante a importância da partilha, da convivência pessoal e orgazicional, a partir de Atividades, tais como:

a) padarias totalmente equipadas em quatro locais: uma na sede da esquina e outras três nas vilas mais carentes: Viaduto, Área Verde e Linha 21 de Abril. Ali são confeccionados por elas mesmas, orientadas por pessoas voluntárias da comunidade: pães, cucas, biscoitos, massas, schimias etc. Temos em mente, a importância de uma alimentação básica que é o pão nosso de cada dia e na mesa de cada família.

Momento dereflexão dentro das padarias

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b) Oficinas de confecção: orientadas por costureiras voluntárias, com mais de quinze máquinas de costura, são confeccionados; acolchoados, edredons, lençóis, toalhas de mesa, panos de prato e muitos outros produtos. Produtos estes que são partilhados entre as participantes e parte comercializados numa loja existente na própria Esquina, com a finalidade de dar sustentabilidade e continuidade.

Oficina de fabricação de edredons

Oficina de fabricação de acolchoados e tapetes

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c) Teares: esta oficina propicia uma renda para muitas famílias, através da confecção de tapetes, mantas com material reciclado das indústrias de malharias e lã. Elas confeccionam e comercializam estes produtos, sendo uma Fonte de Renda Familiar.

Preparação do material para os teares

Momentos de tecelageme fabricação de tapetes

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d) Oficinas de Tricô, Bordados, Crochê, Macramé e Pinturas em panos, envolvendo as meninas de uma faixa etária de 12 a 20 anos, com práticas nestas atividades, gerando muitos produtos de ótima qualidade que servirão de estimulo e iniciação profissional para muitas delas.

Momentos das oficinas de pintura, bordado e tricô

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Artesanatocom materiaisdescartáveis

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e) Oficinas de artesanato: são orientadas por voluntários qualificados nesta área, senhoras que tem esta aptidão em produzir arranjos florais e de materiais descartados pela natureza. É organizada todos os anos uma Feira na Própria Esquina, onde são mostrados e comercializados todos estes produtos.

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f) Oficinas de capoeira: em espaço cedido pela Mitra Diocesana, funciona uma escola de capoeira, onde envolve mais de 100 crianças, jovens e adultos vindas destes bairros pobres. Serve como ponto de formação e lazer, numa convivência social positiva.

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g) Oficinas de futebol: numa parceria com a Cooperativa Tritícola de Frederico Westphalen, e com a orientação de pessoas qualificadas neste esporte, funciona todos os domingos pela manhã esta importante atividade de lazer, envolvendo os filhos destas famílias.

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h) Oficina de Informática: em Parceria com a URI, Universidade Regional Integrada, com orientação gratuita proporcionada pelos estagiários do Curso de Informática, são transmitidos os conhecimentos básicos de informática envolvendo crianças, jovens e adultos destas comunidades.

i) Formação: são realizados momentos de formação por pessoas voluntárias, através de reuniões periódicas e palestras, com a participação de estagiários da URI dos Cursos de Psicologia, Serviço Social e Pedagogia. São momentos muito importantes na formação da sua personalidade, fazendo uma experiência bonita, que trará muitos benefícios a estas famílias em situação de Vulnerabilidade Social. Somos da idéia: “ se nada fizermos hoje, nada mudará amanhã”. Nesta ONG, tem como princípio a Metodologia do “Aprender fazendo”. É só colocando “a mão na massa” que iremos transformar vidas excluídas e

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marginalizadas pela sociedade em verdadeiros cidadãos. Esta Instituição Social, tem como diferencial o Trabalho. Foge do puro assistencialismo. Ninguém ganha nada sem primeiro participar e executar aquela tarefa em que será beneficiada. Este espírito faz com que sesta clientela assuma as tarefas propostas, haja visto que irá aproximá-las e haverá uma transformação em suas vidas.

Não poderíamos deixar de mencionar a ativa participação de Pessoas Voluntárias e abnegadas, dando muitas horas preciosas de suas vidas, gratuitamente, em benefício destas famílias. São mais de cinquenta (50) Voluntários que diariamente numa escala programada, permitem que se realize esta corrente de ações solidárias, fazendo existir a Esquina da Solidariedade.

Por meio do Programa EDUCANDO PARA A CIDADANIA, estamos propondo o desenvolvimento de atividades que visam oportunizar aos participantes das diversas oficinas acima expostas, a construção de conhecimentos, atitudes e habilidades para os diversos serviços aqui exercitados.

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Estamos trabalhando Técnicas básicas de gestão para os seus negócios, através de ações concretas e bem definidas.

Desta maneira, estamos promovendo aos participantes o desenvolvimento pessoal e profissional, contribuindo para o efetivo exercício da cidadania e melhoria da qualidade de vida às famílias de baixa renda familiar.

Teremos no futuro profissionais responsáveis na manipulação de alimentos e outras funções, colaborando para a criação de ambientes sadios que favoreçam a qualidade de vida nas relações sociais e de trabalho, aplicando os princípios de Cidadania.

Estamos fazendo a nossa parte, organizando e supervisionando o trabalho nas diversas oficinas, oportunizando momentos de formação, atividades práticas gerando um espaço de construção de conhecimentos e desenvolvimento de competências, no qual o elemento é participe ativo no processo e na cadeia produtiva.

O aproveitamento destas competências individuais, fará o diferencial na transformação destes ambientes de periferias de muitas cidades brasileiras, levando as famílias a um convívio fraterno e sadio.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1) Princípios para a Gestão Social Sustentável - Módulo I - da Parceiros Voluntários

2) Princípios para a Gestão Social Sustentável - Módulo II - da Parceiros Voluntários

3) Princípios para a Gestão Social Sustentável - Módulo III - da Parceiros Voluntários.

4) Formulário Inscrição de Projetos - Geração de Renda - Comunidades populares - do Instituto HSBC Solidariedade.

5) Formulário Inscrição de Projetos - Prêmio Fundação Banco do Brasil - de Tecnologia Social. - da Fundação Banco do Brasil

6) Formulário Inscrição da 2ª Edição da Rede de parceria Social/SJDS/RS - da Rede de parceria Social/SJDS/RS

7) Manual de Prestação de Contas - Vonpar. - Instituto Vonpar.

8) Manual Museu do Pão, 2008.