ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DOS ESTUDANTES DE ADMINISTRAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA...

47
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE GESTÃO E NEGÓCIOS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DOS ESTUDANTES DE ADMINISTRAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA EM RELAÇÃO AO CORRETO DESCARTE DE PILHAS E BATERIAS HUGO BORGES DE SÁ UBERLÂNDIA AGOSTO/2014

Transcript of ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DOS ESTUDANTES DE ADMINISTRAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA...

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

FACULDADE DE GESTÃO E NEGÓCIOS

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO

ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DOS ESTUDANTES DE ADMINISTRAÇÃO DA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA EM RELAÇÃO AO CORRETO

DESCARTE DE PILHAS E BATERIAS

HUGO BORGES DE SÁ

UBERLÂNDIA – AGOSTO/2014

ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DOS ESTUDANTES DE ADMINISTRAÇÃO DA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA EM RELAÇÃO AO CORRETO

DESCARTE DE PILHAS E BATERIAS

Relatório de pesquisa apresentado à banca avaliadora abaixo identificada, em atendimento às

exigências da disciplina Estágio Supervisionado (CAA-99), do curso de graduação em

Administração, da Faculdade de Gestão e Negócios, da Universidade Federal de Uberlândia.

Aluno: Hugo Borges de Sá

Matricula UFU: 100858

Data de Nascimento: 23/06/1987

CPF: 016.083.286-19

Identidade: MG – 14.346.493

Período da equivalência do Estágio:

AMBEV: #Início: 02/06/2012 #Termino: 01/11/2012

AACD: #Início: 15/04/2013 #Termino: 23/05/2014

Orientador Didático: Prof. Dr. Leonardo Caixeta de Castro Maia

Uberlândia, 27/08/2014

Banca de Avaliação:

Prof. Dr. Leonardo Caixeta de Castro Maia – Presidente

Prof. Dr. Alexandre Vianna Montagnero

Profa. Dra. Profa. Dra. Luciana Oranges Cezarino

Coordenador de Estágio:

Leonardo Paula de Lacerda, Msc

AVALIAÇÃO DO RELATÓRIO DE EQUIVALÊNCIA DO ESTÁGIO

ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DOS ESTUDANTES DE ADMINISTRAÇÃO DA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA EM RELAÇÃO AO DESCARTE DE

PILHAS E BATERIAS

Aluno: Hugo Borges de Sá Matrícula: 100858

CATEGORIAS ITENS AVALIADOS NOTA

Desenvolvimento

individual e Domínio

teórico

Conhecimento e uso dos conceitos relacionados ao tema

apresentado

Qualidade do material bibliográfico, em termos de atualização,

abrangência e profundidade

Propriedade no aproveitamento do material bibliográfico

Estruturação

E

Apresentação

Desenvolvimento do plano de trabalho

Observância da metodologia científica

Coerência e clareza na apresentação das idéias

Capacidade de síntese

Desenvolvimento

Prático

Capacidade de análise crítica e de realizar proposições objetivas a

partir desta análise

Capacidade de interpretação e redação

Percepção das características e dos problemas da área em que

atuou

Capacidade de identificar problemas, projetar soluções e sugerir

mudanças

Aplicabilidade do estudo realizado e das sugestões

NOTA FINAL:

Aprovado na Integra Aprovado com Ressalvas Reprovado Aprovação da revisão final pelo Orientador:

Em:

.........../.........../ ............

Uberlândia, 27/08/2014

Banca de Avaliação:

Prof. Dr. Leonardo Caixeta de Castro Maia – Presidente

Prof. Dr. Alexandre Vianna Montagnero

Profa. Dra. Luciana Oranges Cezarino

DEDICATÓRIA

Dedico o presente trabalho àquele que me possibilitou a existência, e que me deu as

ferramentas necessárias para que eu possa continuamente lapidar o meu ser: o Pai Criador.

AGRADECIMENTOS

Primeiramente, agradeço ao meu professor e orientador, Leonardo Caixeta de Castro

Maia, pela paciência e dedicação. Obrigado pelo interesse e por ajudar a transformar uma

obrigação acadêmica em algo tão prazeroso de se fazer.

Agradeço também a toda minha família, por todas as lições de honestidade e

espiritualidade que formaram o meu caráter e me trouxeram até onde estou.

À minha sobrinha Isabela, meu agradecimento especial. Seu amor por mim me motiva a

dar o melhor de mim em tudo que eu faça nesta vida.

Obrigado ao Fabiano Lemos e ao Jessé Pacheco, pela revisão e auxílio no fomento do

projeto.

E por fim, agradeço a todos os meus irmãos da Ordem Esotérica Cristã, por terem me

resgatado quando eu mesmo não vislumbrava saída, e por acreditarem tanto em mim,

tornando possível que eu mesmo acredite.

ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DOS ESTUDANTES DE ADMINISTRAÇÃO DA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA EM RELAÇÃO AO DESCARTE DE

PILHAS E BATERIAS

Autor:

Hugo Borges de Sá

Matrícula:

100858

Orientador:

Prof. Leonardo Caixeta de Castro Maia

RESUMO

O aumento da preocupação ambiental é assunto de discussão no mundo todo. Sendo os

recursos do Planeta Terra finitos, se realizam cada vez mais adequações das políticas

empresarias para atendimento de padrões de produção sustentáveis, criando a necessidade de

avaliar o comportamento pró-ambiental de seus consumidores. O presente trabalho se propôs

a analisar o comportamento de consumo pró-ambiental através de uma pesquisa, que utilizou

o comportamento dos estudantes universitários do curso de Administração da Universidade

Federal de Uberlândia (UFU) em relação ao descarte de pilhas e baterias como embasamento.

Visando atingir seu objetivo, o estudo correlacionou o nível de conhecimento dos alunos com

o grau de comportamento pró-ambiental, avaliou a relação entre o nível de consciência

ambiental dos alunos com o grau de intenção de compra de produtos pró-ambientais,

apresentou o nível de conhecimento dos alunos em relação às formas de descarte de pilhas e

baterias e listou as principais barreiras para que o descarte ocorra corretamente. Para tanto, foi

aplicada uma pesquisa estruturada, aplicada via online para 111 alunos do curso citado, entre

os dias 11 de junho de 2014 e 10 de julho de 2014. Após apuração e análise dos dados, infere-

se que os estudantes não fazem o correto descarte de pilhas e baterias, porém, a maioria tem

ciência das substâncias nocivas ao meio ambiente e a saúde e que é possível reciclar tais

materiais. Logo, inferiu-se que o conhecimento não configura uma barreira para o

comportamento pró-ambiental, e que a sociedade como um todo não possibilita o consumo

sustentável.

Palavras chaves: 1) Comportamento pró-ambiental 2) Pilhas e baterias; 3) Barreiras; 4)

Consumo sustentável

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Concepção do VAPERCOM. .................................................................................... 16

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Regras práticas sobre o valor do Coeficiente de correlação ..................................... 19

Tabela 2. Idade dos respondentes ............................................................................................. 21

Tabela 3. Período matriculado .................................................................................................. 22

Tabela 4. Renda mensal familiar .............................................................................................. 22

Tabela 5. Gênero....................................................................................................................... 22

Tabela 6. Quantidade de moradores na casa............................................................................. 23

Tabela 7. Número de aparelhos que utilizam pilhas e baterias por residência ......................... 23

Tabela 8. Frequência de troca de pilhas na residência ............................................................. 24

Tabela 9. Destino das pilhas e baterias usadas e sem carga ..................................................... 24

Tabela 10. Compra consequente à política de retorno de pilhas e baterias em desuso ............ 25

Tabela 11. Opção por produtos sustentáveis ............................................................................ 26

Tabela 12. Predileção por embalagens recicladas .................................................................... 26

Tabela 13. Acesso ao site de fabricantes de pilhas e baterias ................................................... 27

Tabela 14. Compra consequente ao reembolso do retorno de pilhas e baterias em desuso ..... 28

Tabela 15. Conhecimento da reciclagem de pilhas e baterias .................................................. 28

Tabela 16. Dificuldade de descarte........................................................................................... 29

Tabela 17. Disponibilidade de informações do correto descarte de pilhas e baterias .............. 30

Tabela 18. Ciência da Lei nº 12.305 ......................................................................................... 30

Tabela 19. Ciência da existência de substâncias nocivas em pilhas e baterias ........................ 31

Tabela 20. Crise ambiental ....................................................................................................... 31

Tabela 21. Informação de consumo pró-ambiental .................................................................. 32

Tabela 22. Possibilidades de consumo sustentável oferecidas pela comunidade ..................... 32

Tabela 23. Fonte de informações de questões ambientais ........................................................ 33

Tabela 24. Quadro de Correlações Analisadas ......................................................................... 35

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ABRELPE – Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais

ACV – Análise de Ciclo de Vida

CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente

ONG – Organização não governamental

PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos

Teoria ABC – Attitudinal, Behavior and Contextual Factors

UFU – Universidade Federal de Uberlândia

VAPERCOM – Variável Ambiental; Percepção e Comportamento do Consumidor

SUMÁRIO

1 Introdução .............................................................................................................................. 11

2 Revisão bibliográfica ............................................................................................................. 13

2.1 Comportamento ecológico ......................................................................................... 14

2.2 Teoria ABC - Attitudinal, Behavior and Contextual Factors .................................... 14

2.3 Modelos de comportamento ecológico ...................................................................... 15

2.4 Logística Reversa ....................................................................................................... 17

3 METODOLOGIA .................................................................................................................. 18

3.1 A análise dos dados .................................................................................................... 19

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ............................................................... 20

4.1 Análise Descritiva ...................................................................................................... 20

4.1.1 Perfil Socioeconômico ................................................................................................. 21

4.1.1.1 Qual a sua idade? ...................................................................................................... 21

4.1.1.2 Em qual período do seu curso você está matriculado? ............................................. 21

4.1.1.3 Qual a renda mensal de sua família? ........................................................................ 22

4.1.1.4 Qual o seu gênero? ................................................................................................... 22

4.1.1.5 Quantas pessoas, incluindo você, moram em sua casa? ........................................... 23

4.1.2 Comportamento ........................................................................................................... 23

4.1.2.1 Quantos aparelhos que fazem uso de pilhas e baterias existem em sua casa?.......... 23

4.1.2.2 Com qual frequência você troca as pilhas e baterias dos aparelhos de sua casa? .... 23

4.1.2.3 O que você faz com as pilhas e baterias usadas e sem carga? .................................. 24

4.1.2.4 Você desembolsaria mais por pilhas e baterias, caso o fabricante tivesse uma

política de retorno dos produtos em desuso? ........................................................................ 25

4.1.2.5 No momento da compra você opta por fabricantes que possuem ações sustentáveis?

(incluindo as ações ambientais) ............................................................................................ 25

4.1.2.6 Você valoriza produtos/embalagens fabricados com matérias primas recicladas? .. 26

4.1.2.7 Você acessa o site dos fabricantes de pilhas e baterias em busca de informações

sobre o descarte correto? ...................................................................................................... 27

4.1.2.8 Caso a empresa de pilhas e baterias te reembolsasse ou oferecesse um desconto na

compra de novos produtos, você realizaria o descarte adequado? ....................................... 27

4.1.3 Conhecimento e Barreiras ........................................................................................... 28

4.1.3.1 Você sabia que pilhas e baterias podem ser recicladas? ........................................... 28

4.1.3.2 Ao descartá-las, qual dificuldade você encontra? .................................................... 28

4.1.3.3 Você acha que a disponibilidade das informações relacionadas ao correto descarte

das pilhas e baterias por parte dos fabricantes é suficiente?................................................. 29

4.1.3.4 Você tem ciência que existe uma Lei (nº 12.305) que institui a Política Nacional de

Resíduos Sólidos no Brasil? ................................................................................................. 30

4.1.3.5 Você sabia que pilhas e baterias contêm substâncias nocivas para a saúde dos seres

vivos e também para o meio ambiente?................................................................................ 31

4.1.3.6 Você admite que o planeta esteja passando por uma crise ambiental? .................... 31

4.1.3.7 Você considera que existe informação disponível sobre como consumir de forma

pró-ambiental? ...................................................................................................................... 32

4.1.3.8 Você considera, de forma geral, que a sociedade te possibilita o consumo

sustentável? ........................................................................................................................... 32

4.1.3.9 Onde você obtém informações sobre as questões ambientais no dia a dia? (Marque

apenas o PRINCIPAL meio) ................................................................................................ 33

4.2 Quanto à normalidade dos dados: .............................................................................. 33

4.3 Análise de Correlação ................................................................................................ 33

5 CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 37

6 REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 41

ANEXO A ................................................................................................................................ 43

ANEXO B ................................................................................................................................ 47

1 INTRODUÇÃO

Um assunto que tem recebido grande atenção, tanto da mídia como do meio corporativo,

são as práticas de consumo sustentável, ou seja, o consumo que visa poupar recursos naturais

para as gerações futuras. O que se afirma na comunidade científica como um todo, bem como

entre especialistas da área ambiental e ONGs pró-meio ambiente, é que os recursos naturais

são finitos, muitos deles escassos, e que o atual nível de consumo é insustentável.

Nesse sentido, a avaliação de questões relacionadas com o consumo sustentável gera um

grande impacto nas empresas, pois os consumidores, além de dar preferência para os itens que

são produzidos de forma sustentável, podem exercer pressão sobre as corporações para que

estas tomem medidas ambientais responsáveis.

Segundo Kollmuss e Agyeman (2010), desde a década de 1970 as ações ambientais e o

comportamento pró-ambiental tem sido tema de debate por estudiosos em todo o mundo. As

respostas para as perguntas “Por que as pessoas se comportam de forma pró-ambiental” e

“Quais são as barreiras que impedem as pessoas de agir de forma pró-ambiental?” são

extremamente complexas e um consenso ainda não foi definido.

Conforme ressaltam Menezes et al. (2013), para a construção de um novo modelo de

sociedade, no qual os consumidores adotem posturas ambientalmente responsáveis, é

importante que aconteçam mudanças na consciência destes agentes; tais mudanças, em

consequência, transformariam os comportamentos de consumo. Segundo os autores, estudos

mostram que os consumidores estão se atentando mais ao aspecto ambiental no momento do

consumo, ao escolher determinado produto ou empresa. Ainda de acordo com Menezes et al.

(2013), conhecer as intenções dos consumidores no que se refere ao consumo ecológico não

basta, pois estes podem ter comportamentos ambientalmente responsáveis com relação a

algumas ações e não o ter com outras.

Nesse interim, evidencia-se que a identificação de quais são as barreiras e motivações que

influenciam os indivíduos a ações pró-meio ambiente permitirá, futuramente, fazer

intervenções e aplicar políticas de conscientização e de mudanças ou até mesmo de reforço de

comportamento. Desse modo, as contribuições para futuras ações estão tanto nas dimensões

das escolas, na mídia e até mesmo para os fabricantes, pois podem ser instrumentos valiosos

de educação ambiental.

Em seu relatório denominado “Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil – 2013”

(ABRELPE, 2014) a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos

Especiais (ABRELPE) declarou que em 2013 foram gerados 76 milhões de toneladas de lixo

sólido (aproximadamente 1,0 kg de resíduo sólido por dia por brasileiro) sendo que 10% do

total gerado sequer foram coletados, sendo lançados em rios e áreas inadequadas. Conforme

os resultados apresentados no Panorama (ABRELPE, 2014), em 2013, apenas 58,3% dos

resíduos sólidos coletados encontraram destinação final apropriada. O restante,

correspondente a 41,7%, é depositado em lixões e aterros controlados, o que ainda causa

impactos ambientais indesejados.

No Brasil, mensalmente, são vendidos mais de um bilhão de pilhas por mês e 400

milhões de baterias, sendo que apenas 1% destes é reciclado (WOLF, 2013). As pilhas e

baterias têm em sua composição metais pesados, como o óxido de mercúrio e o níquel -

cádmio e chumbo – ácido, substâncias altamente perigosas à saúde da população e ao meio

ambiente (ABRELPE, 2014).

Na tentativa de minimizar os danos causados ao meio ambiente no Brasil, o Conselho

Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) regulamentou a produção e o descarte de pilhas e

baterias em julho de 1999 através da Resolução 257/99 (BRASIL, 1999). Os fabricantes

devem se adaptar aos novos parâmetros estabelecidos pela referida Resolução, orientando os

consumidores sobre a reciclagem, reutilização e disposição final de suas pilhas e baterias.

Além disso, tornou responsabilidade dos fabricantes informar aos distribuidores e usuários

sobre a diferenciação entre as pilhas e baterias que deverão ser devolvidas ao fabricante e

aquelas que podem ser descartadas no lixo doméstico.

Após mais de 21 anos de discussões, a Lei Federal nº12.305, de 2 de agosto de 2010,

instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) (BRASIL, 2010), que visa elaborar

a forma como o Brasil lida com os resíduos sólidos, estimulando sua reutilização, reciclagem

e destinação apropriada. Um ponto relevante desta política foi a instituição da

responsabilidade compartilhada dos geradores de resíduos e a eliminação dos “lixões”, além

da promoção da inclusão social e emancipação econômica das pessoas que sobrevivem

coletando material reciclável.

É dentro dessa abordagem que o presente trabalho se dispõe a analisar as questões

ambientais e o comportamento de consumo pró-ambiental. O problema de pesquisa que

norteou a realização deste estudo baseou-se no seguinte questionamento: em que medida os

estudantes de Administração da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) reconhecem

a importância e praticam o correto descarte de pilhas e baterias?

Dessa forma, este projeto tem como objetivo geral estudar o comportamento dos

estudantes universitários do curso de Administração da UFU em relação ao descarte de pilhas

e baterias. Também busca alcançar os seguintes objetivos específicos:

Correlacionar o nível de conhecimento dos alunos com o grau de comportamento pró-

ambiental;

Avaliar a relação entre o nível de consciência ambiental dos alunos com o grau de

intenção de compra de produtos pró-ambientais;

Apresentar o nível de conhecimento dos alunos em relação às formas de descarte de

pilhas e baterias;

Listar as principais barreiras para que o descarte ocorra corretamente.

Para tanto, este trabalho se estrutura da seguinte maneira: após esta introdução, o item 2

apresenta a revisão bibliográfica, onde se discutem temas relacionados ao consumo

sustentável e logística reversa; posteriormente, no item 3, estão as considerações

metodológicas, com informações referentes à coleta dos dados utilizados. O item 4 apresenta

a análise e discussão dos resultados obtidos através dos dados obtidos. Ao fim, no item 5,

expõem-se as considerações finais e propostas para novos estudos.

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A revisão bibliográfica deste trabalho contempla assuntos pertinentes para a melhor

compreensão do tema estudado, além de facilitar o desenvolvimento de uma linha de

raciocínio lógica para a determinação da metodologia e análise empregadas, que serão

detalhadas posteriormente. As propostas desta seção, portanto, podem ser descritas da

seguinte maneira: i) definir o comportamento ecológico; ii) analisar a correlação entre as

variáveis atitude e fatores contextuais com o comportamento; iii) discutir as barreiras

impostas pelos indivíduos para a vivência do comportamento ecológico; e iv) conceituar

logística reversa, tema em que se baseia grande parte da pesquisa proposta pelo estudo.

2.1 Comportamento ecológico

Stern (2000) analisa que o comportamento ecológico pode ser definido pelo seu impacto:

a que nível ele altera a disponibilidade de energia ou matéria-prima ou impacta a estrutura do

ecossistema ou biosfera. Em complemento, o autor classifica o comportamento ecológico

como diretos ou indiretos. Separar o lixo reciclável, economizar água ou reflorestar, por

exemplo, são comportamentos ecológicos diretos. Por outro lado, as condutas que alteram o

contexto das ações de impacto direto, como a redefinição de políticas de desenvolvimento

sustentável, são consideradas comportamentos ecológicos indiretos. O autor considera que os

comportamentos indiretos, neste caso, podem ter efeitos maiores, já que possuem a

capacidade de mudar as ações diretas. Nesse sentido, para fundamentar a discussão,

apresenta-se a Teoria ABC - Attitudinal, Behavior and Contextual Factors.

2.2 Teoria ABC - Attitudinal, Behavior and Contextual Factors

Para analisar o comportamento ecológico, este estudo, bem como aqueles que serviram

de referência, buscam uma forma de avaliação entre comportamento, atitudes e fatores

contextuais. Stern (2000) disserta sobre a Teoria ABC (Attitudinal Variables, Behavior,

Contextuals Factors). Segundo a teoria, o comportamento (B) é produto da interação de

variáveis de atitude (A) de âmbito pessoal e fatores contextuais (C). De acordo com o autor, a

associação atitude-comportamento (A-B) é mais forte quando os fatores contextuais (C) são

neutros. De outro lado, a relação A-B quase se nulifica quando as forças contextuais pendem

fortemente para o positivo ou negativo, compelindo ou proibindo o comportamento em

questão.

A teoria implica que, no que se refere aos comportamentos individuais que não são

fortemente favorecidos pelo contexto (por requisição ou recompensa, por exemplo), quanto

mais barreiras existem para o comportamento - como tempo ou dinheiro - mais fraca é sua

dependência às variáveis de atitude.

Dentro deste espectro, faz-se necessário identificar as barreiras existentes entre a atitude

do indivíduo e o comportamento ecológico, bem como observar outros estudos já realizados

que abordam análises semelhantes.

2.3 Modelos de comportamento ecológico

Ao analisar diversos modelos de comportamento ecológico teorizados pela literatura,

Blake (1999 apud Kollmus e Adgyeman, 2002), discursa sobre o que seriam as barreiras que

se interpõem entre a Preocupação Ambiental e o Comportamento Ecológico: Individualidade,

Responsabilidade e Praticidade (ou Viabilidade).

As barreiras de Individualidade são aquelas que são inerentes à pessoa, relacionadas à

atitude e temperamento. São ligadas ao comportamento de consumo realizado em prol das

necessidades pessoais de cada indivíduo em detrimento das necessidades do ambiente. Estas

barreiras influenciam principalmente as pessoas que não tem grande preocupação ambiental.

O segundo grupo de barreiras, as de Responsabilidade, se relacionam com a noção de que os

indivíduos não podem ou não têm o dever de assumir a responsabilidade para si. Já o terceiro

grupo de barreiras, Praticidade, refere-se às restrições existentes que impedem o consumidor a

agir de forma ecologicamente responsável, independente de suas intenções ou atitudes, como

falta de tempo, dinheiro ou informação.

Menezes et al. (2013) apontam que nas últimas décadas alguns consumidores passaram a

procurar formas de consumo menos prejudiciais ao meio ambiente, em detrimento das

compras desenfreadas. Porém, observam que, a despeito do fato de haver um crescimento no

número de consumidores que são motivados por valores de consumo responsável, a mudança

real no comportamento de consumo tem sido pouco aparente. Os autores enfatizam que,

apesar do comportamento pró-ambiental de consumo causar bastante interesse no meio

acadêmico em geral, seu embasamento teórico ainda está sendo construído.

Em sua pesquisa de segmentação dos consumidores dentro da percepção ambiental,

Menezes et al. (2013) concluíram que os consumidores, na prática, não estão muito

engajados; o fato, inclusive, contraria alguns estudos citados pelos próprios autores. Estes

avaliam que tal divergência pode ter ocorrido pelo fato de que seu artigo se baseia no

comportamento dos respondentes, enquanto a estratégia de análise dos outros estudos é

embasada na consciência ou intenção.

Também a respeito do comportamento do consumidor, Brandalise et al. (2009) buscam

associar o padrão de consumo ao grau de educação ambiental que o indivíduo recebe,

considerando sua percepção em relação à variável ambiental. Para tanto, comparam esta

relação entre universitários que possuem em suas grades curriculares disciplinas associadas às

questões ambientais e aqueles que não possuem. Para fazer esta associação, foi utilizada a

aplicação de um questionário seguindo o modelo VAPERCOM – Variável Ambiental;

Percepção e Comportamento do Consumidor. Este questionário foi desenvolvido por

Brandalise (2009) e seus fundamentos conceituais são apresentados na Figura 1. Ressalta-se a

importância deste questionário como instrumento para avaliar a percepção do consumidor

considerando a variável ambiental nas etapas da ACV (Análise do Ciclo de Vida) do produto.

Figura 1. Concepção do VAPERCOM.

Fonte: Brandalise et al. (2009)

Ao analisar a apuração dos resultados após a aplicação do instrumento de coleta de dados,

os autores verificaram que ambas as amostras da população pesquisada percebem as

características dos produtos considerados ecologicamente corretos, e que há pouca diferença

entre elas, no que se refere ao comportamento ambiental propriamente dito. Tal fato se

justifica pela afirmação de que a mídia é a principal fonte de informações, mesmo para

aqueles que têm disciplinas relacionadas às questões ambientais na grade curricular de seus

cursos. Verificou-se também que não há mudanças efetivas no comportamento enquanto

consumidores daqueles indivíduos do grupo que possuem disciplinas que tratam de questões

ambientais. Logo, Brandalise et al. (2009) concluíram que a percepção ambiental não está

associada ao grau de educação ambiental que é recebida.

Tamashiro, Silveira e Acevedo (2013) se propõem a verificar se existe correlação entre os

construtos Conhecimento Ecológico, Afeto Ecológico, Preocupação Ecológica (variáveis

independentes) e o Comportamento de Compra Ecológico (variável dependente). Para tanto,

realizaram uma pesquisa no setor de cosméticos, com mulheres com idade acima de 18 anos,

moradoras na cidade de Ribeirão Preto, São Paulo. Os autores explicam que existe uma

ligação entre o afeto e às emoções e sentimentos que um objeto desperta em um indivíduo e

que estes estão relacionados com quase todos os aspectos do comportamento de consumo.

Logo, Afeto Ecológico relaciona-se aos sentimentos e emoções do indivíduo quanto ao meio

ambiente.

Após aplicação de instrumento de coleta de dados, tabulação e análise dos resultados,

Tamashiro, Silveira e Acevedo (2013) concluíram que existe correlação entre as variáveis

independentes analisadas e a variável dependente. Os autores verificaram ainda que,

independentemente do nível de conhecimento sobre o meio ambiente, as pessoas tendem a se

conectar emocionalmente a ele e, se as emoções acompanham o consumidor, ele não deixaria

de expressá-las no momento decisório de compra. Uma importante constatação destacada

pelos autores é a de que, apesar de haver uma associação entre o Comportamento de Compra

Ecológica e o Conhecimento Ecológico, essa relação não é tão significativa na prática. Ou

seja, apesar de saberem dos problemas ambientais, os consumidores não apresentam

comportamento ecológico que condiz com seu nível de conhecimento.

Gomes, Gorni e Dreher (2011) apresentam um trabalho semelhante, ao analisar o

comportamento, discurso e prática, através de uma pesquisa realizada entre universitários da

cidade de Blumenau, Santa Catarina. Como no estudo de Tamashiro, Silveira e Acevedo

(2013), concluiu-se que, apesar da maioria dos universitários estar ciente de seu papel em

relação aos cuidados com o meio ambiente, tal fator revela apenas a consciência dos

respondentes sobre os problemas ambientais. O discurso dos universitários estudados mostra

que há uma preocupação com a preservação ambiental no momento da compra, porém, na

prática, a realidade é diferente. Entendeu-se que a relação custo-benefício é priorizada no

momento da compra, em detrimento da relação custo-conservação.

2.4 Logística Reversa

Stock (1992) conceituou logística reversa como a logística do retorno dos produtos,

redução de recursos, reciclagem, e ações para substituição de materiais, reutilização de

matérias, disposição final de resíduos, reaproveitamento, reparação e remanufatura de

materiais.

De acordo com Rodrigues, Leal e Pizzolato (2002), a logística reversa é uma nova área da

logística empresarial, preocupada em equacionar a multiplicidade dos aspectos logísticos do

retorno ao ciclo produtivo destes diferentes tipos de bens industriais, dos materiais

constituintes dos mesmos e dos resíduos industriais. Isso se daria por meio da reutilização

controlada do bem e de seus componentes, ou da reciclagem dos materiais constituintes,

dando origem a matérias-primas secundárias que se reintegrarão ao processo produtivo.

Enfim, o comportamento pró-ambiental, ou seja, as ações dos indivíduos que alteram a

disponibilidade de energia e matéria-prima, ou impactam a estrutura do ecossistema ou

biosfera, está diretamente relacionado à viabilização do processo da logística reversa.

Exemplo disso é o segmento abordado no presente trabalho, quanto às pilhas e baterias

usadas, que necessita do correto descarte por parte dos consumidores para que os fabricantes

as reciclem. Neste espectro, apresenta-se a seguir a metodologia utilizada para análise

empírica do assunto abordado na revisão da literatura e cumprimento dos objetos propostos

por este estudo.

3 METODOLOGIA

A pesquisa para a obtenção de dados primários foi elaborada pelo autor do presente

estudo baseando-se em estudos anteriores sobre comportamento ambiental (MENEZES et al.,

2013; BRANDALISE et al., 2009; TAMASHIRO; SILVEIRA; ACEVEDO, 2013).

O questionário elaborado1 para este trabalho é composto por vinte e duas (22) questões

fechadas, onde todos os entrevistados são submetidos aos mesmos questionamentos, bem

como às mesmas alternativas de respostas (SAMARA; BARROS, 2002). As perguntas se

referem ao perfil e hábitos do respondente, assim como, o seu conhecimento sobre o descarte

de aparelhos de telefones celulares.

O público-alvo desse estudo é composto por estudantes de Administração da

Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Hoje, de acordo com a coordenação do curso,

constam no sistema 915 alunos matriculados.

A pesquisa foi aplicada via online, por meio do aplicativo Google Docs, entre os dias 11

de junho de 2014 e 10 de julho de 2014. Para atingir o público-alvo desejado, o estudo aplicou

a pesquisa em toda a população, através de censo, e obteve auxílio da Coordenação do Curso

de Administração da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), que encaminhou o

1 Cf. ANEXO A

questionário para todos os alunos matriculados via e-mail. Para reforçar a divulgação do

questionário, o autor também o divulgou nos grupos das turmas do curso na rede social

Facebook. Ao todo, se conseguiu 111 respondentes - aproximadamente 12% do universo.

Quanto aos procedimentos, esta pesquisa se classifica como de levantamento ou survey.

Segundo Freitas et al. (2000 apud Pinsonneault & Kraemer 1993), survey é o tipo de pesquisa

utilizada para obter dados sobre ações, características ou opiniões de um certo grupo de

pessoas, definido como população-alvo, através de um instrumento de coleta de dados,

geralmente um questionário.

Pelo fato de se tentar buscar descobrir novas possibilidades e dimensões da população

determinada em um mesmo período de tempo, classifica-se essa pesquisa como exploratória e

transversal, aplicada de forma estruturada (FREITAS et al., 2000).

3.1 A análise dos dados

Esta seção realizará uma análise estatística descritiva dos resultados apurados e,

posteriormente, uma análise de correlação dos dados. Os estudos descritivos,

(...) também chamados de pesquisa ad-hoc, como diz o próprio nome, procuram

descrever situações de mercado a partir de dados primários (...) relacionando e

confirmando as hipóteses levantadas na definição do problema de pesquisa.

(SAMARA; BARROS, 2002, p.30)

A análise da correlação será realizada com o objetivo de verificar se existe alguma

associação entre as questões propostas no instrumento de coleta de dados. Vale destacar que

não se busca a causalidade, e sim, a associação.

Hair Jr. et al. (2005) descrevem regras práticas sobre o valor do coeficiente de correlação

e a força de associação, apresentados na Tabela 1 a seguir:

Tabela 1. Regras práticas sobre o valor do Coeficiente de correlação

Variação do Coeficiente Força de Associação

± 0,91 a ±1,00 Muito Forte

± 0,71 a ±0,90 Alta

± 0,41 a ±0,70 Moderada

± 0,21 a ±0,40 Pequena mas definida

± 0,01 a ±0,20 Leve, quase imperceptível.

Fonte: Hair Jr. et al. (2005, p. 312)

Os cálculos das correlações entre as questões do questionário estão expostos

integralmente no ANEXO B do projeto. Na análise e discussão dos resultados, serão

apontadas e debatidas apenas as correlações que apresentarem variações dos coeficientes

acima de 0,3, por considerar que estes sejam relevantes para o que foi proposto pelo artigo.

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Esta seção é responsável por detalhar os resultados da pesquisa de obtenção de dados

primários pertinentes ao estudo realizado por este trabalho, através de análise descritiva e de

correlação. Todas as questões do questionário foram fundamentadas quanto ao artigo “A

percepção e o comportamento ambiental dos universitários em relação ao grau de educação

ambiental” (BRANDALISE et al., 2009)

4.1 Análise Descritiva

Nesta seção, serão descritas os resultados das questões do questionário dividindo-as por

três classificações distintas: Perfil Socioeconômico, Comportamento e Conhecimento e

Barreiras.

As questões 1, 2, 3, 4 e 5 são relacionadas ao perfil socioeconômico servem para

identificar o perfil econômico e social dos entrevistados.

As perguntas 6, 7, 8, 13, 14, 15, 17 e 21 são pertinentes ao comportamento dos

entrevistados e são utilizadas para mensurar o nível de práticas ambientalmente corretas

relacionadas ao descarte de pilhas e baterias. As questões 7, 14, 15 e 17 são variáveis ordinais

com escalas que variam de “concordo totalmente” com nota 5 a “discordo totalmente” com

nota 1, ou “sempre” com nota 5 a “nunca” com nota 1.

As questões 13 e 21 fazem referencia às atitudes mediante remuneração ou recompensa.

Foram utilizadas as escalas de 1 a 10, sendo 1 = extremamente improvável e 10 =

extremamente provável.

Por fim, as questões 9, 10, 11, 12, 16, 18, 19, 20 e 22 são classificadas como

Conhecimentos e Barreiras são aquelas ligadas ao grau de conhecimento dos indivíduos bem

como da análise destes sobre as barreiras que os impedem de praticar o comportamento

ecológico. As questões 11, 12, 18 e 19 e 20 são variáveis ordinais com escalas que variam de

“concordo totalmente” com nota 5 a “discordo totalmente” com nota 1, ou “conheço-a

totalmente” com nota 5 a “desconheço-a totalmente” com nota 1.

As tabelas apresentarão as escalas utilizadas para cada pergunta, o número absoluto de

respondentes de cada escala e a porcentagem que este número representa para a questão.

Todas as questões foram respondidas por todos os 111 respondentes, logo, o número total

absoluto para todas será sempre 111.

Antes da aplicação do questionário foi realizado um pré-teste com 15 alunos de

graduação em Administração a pedido do pesquisador a fim de eliminar problemas

ortográficos e gramaticais; evitar problemas quanto à interpretação dos questionamentos; e

avaliar o dimensionamento do tempo de preenchimento do questionário. A preocupação com

o tempo de preenchimento deve-se ao fato que pesquisas acima de 15 minutos apresentam

uma desistência por parte do entrevistado (COOPER; SCHINDLER, 2011).

4.1.1 Perfil Socioeconômico

4.1.1.1 Qual a sua idade?

De acordo com os resultados, 77,5% possuem entre 21 e 35 anos, 21,6% dos

respondentes estão entre os 15 e 20 anos, e apenas um respondente, representando 0,9% da

amostra, está entre 36 a 50 anos. Concluímos, portanto que a maioria da amostra está abaixo

dos 35 anos, o que é perfeitamente compreensível pelo fato de que o questionário foi aplicado

entre universitários.

Tabela 2. Idade dos respondentes

Qual sua idade?

Faixa de pesquisa Quant. %

15 a 20 anos 24 21,6%

21 a 35 anos 86 77,5%

36 a 50 anos 1 0,9%

Mais de 50 anos 0 0,0%

Fonte: Elaboração própria a partir de dados primários.

4.1.1.2 Em qual período do seu curso você está matriculado?

Observa-se que 40,5% dos respondentes estão entre o 8º e 10º período, 24,3% entre o 6º e

7º período, 19,8% entre o 1º e 3º período e 15,3% entre o 4º e 5º período.

Tabela 3. Período matriculado

Em qual período do seu curso você está matriculado?

Faixa de pesquisa Quant. %

1º ao 3º período 22 19,8%

4º ao 5º período 17 15,3%

6º ao 7º período 27 24,3%

8º ao 10º período 45 40,5% Fonte: Elaboração própria a partir de dados primários.

4.1.1.3 Qual a renda mensal de sua família?

Pelos resultados, entende-se que 39,6% dos entrevistados têm renda familiar acima de

R$4.068,00, 27,9% estão entre a faixa de R$2.712,01 a R$4.608,00, 23,4% na de R$1356,01

a R$2712,00 e 9,0% têm renda familiar até R$1.356,00.

Tabela 4. Renda mensal familiar

Qual a renda mensal de sua família?

Faixa de pesquisa Quant. %

Até R$1.356,00 10 9,0%

De R$1.356,01 a R$2.712,00 26 23,4%

De R$2.712,01 a R$4.068,00 31 27,9%

Acima de R$4.068,00 44 39,6% Fonte: Elaboração própria a partir de dados primários.

4.1.1.4 Qual o seu gênero?

A pesquisa mostrou que em relação ao gênero dos respondentes as respostas foram

equilibradas, sendo que 55% se declararam do sexo feminino e 45% do sexo masculino.

Tabela 5. Gênero

Qual o seu gênero?

Faixa de pesquisa Quant. %

Masculino 50 45,0%

Feminino 61 55,0% Fonte: Elaboração própria a partir de dados primários.

4.1.1.5 Quantas pessoas, incluindo você, moram em sua casa?

Em relação ao perfil das residências dos entrevistados visualiza-se que a maioria de

60,4% dos pesquisados moram em residências com 3 a 4 pessoas. 28,8% vivem em casas com

1 a 2 pessoas e que apenas 10,8% residem com mais de 4 pessoas.

Tabela 6. Quantidade de moradores na casa

Quantas pessoas, incluindo você, moram em sua casa?

Faixa de pesquisa Quant. %

1 - 2 pessoas 32 28,8%

3 - 4 pessoas 67 60,4%

Acima de 4 pessoas 12 10,8% Fonte: Elaboração própria a partir de dados primários.

4.1.2 Comportamento

4.1.2.1 Quantos aparelhos que fazem uso de pilhas e baterias existem em sua casa?

A maioria dos entrevistados, 62,2%, possuem 5 ou mais aparelhos em casa que fazem uso

de pilhas e baterias em casa, 27,9% 3 ou 4 aparelhos e apenas 9,9% utilizam até 2 aparelhos.

Em suma, 90,1% das pessoas possuem 3 ou mais aparelhos em casa que utilizam pilhas e

baterias, o que pode indicar a existência de consumo constante.

Tabela 7. Número de aparelhos que utilizam pilhas e baterias por residência

Quantos aparelhos que fazem uso de pilhas e baterias existem em sua casa?

Faixa de pesquisa Quant. %

1 - 2 aparelho(s) 11 9,9%

3 - 4 aparelhos 31 27,9%

5 ou mais 69 62,2% Fonte: Elaboração própria a partir de dados primários.

4.1.2.2 Com qual frequência você troca as pilhas e baterias dos aparelhos de sua casa?

Mediante uma escala que avaliava a frequência de troca, desde “SEMPRE” até

“NUNCA”, 52,3% das pessoas afirmaram que trocam poucas vezes as pilhas e baterias dos

aparelhos de sua casa. Enquanto 35,1% destas dizem que trocam às vezes, 6,3% trocam

frequentemente, 3,6% nunca trocam e apenas 2,7% sempre trocam. Pode-se cruzar estas

informações com o resultado da Tabela 7, que analisa o número de aparelhos que utilizam

pilhas e baterias: entende-se que, por mais que a maioria relate utilizar mais de 3 aparelhos

que usam pilhas ou baterias em casa, a troca destas não é constante, já que 91% diz que troca

suas pilhas com baixa frequência.

Tabela 8. Frequência de troca de pilhas na residência

Com qual frequência você troca as pilhas e baterias dos aparelhos de sua casa?

Faixa de pesquisa Quant. %

Sempre 3 2,7%

Frequentemente 7 6,3%

Às vezes 39 35,1%

Poucas vezes 58 52,3%

Nunca 4 3,6% Fonte: Elaboração própria a partir de dados primários.

4.1.2.3 O que você faz com as pilhas e baterias usadas e sem carga?

As duas primeiras opções, “jogo no lixo” e “guardo em casa”, obtiveram os maiores

índices: 37,8% e 29,7%, respectivamente. Apenas 18,9% dos respondentes enviam para

reciclagem e 13,5% não se lembram.

Essa questão apresentou alguns resultados preocupantes, pois, além do descarte incorreto,

que pode causar danos ao meio ambiente, guardar pilhas ou baterias em casa pode ser

prejudicial à saúde do usuário, em caso de acidentes ou até mesmo do desgaste natural do

material.

Tabela 9. Destino das pilhas e baterias usadas e sem carga

O que você faz com as pilhas e baterias usadas e sem carga?

Faixa de pesquisa Quant. %

Jogo no lixo 42 37,8%

Guardo em casa 33 29,7%

Envio para reciclagem 21 18,9%

Não me lembro 15 13,5% Fonte: Elaboração própria a partir de dados primários.

4.1.2.4 Você desembolsaria mais por pilhas e baterias, caso o fabricante tivesse uma

política de retorno dos produtos em desuso?

Nesta pergunta, os entrevistados responderam escolhendo uma escala de 1 a 10, onde 1 =

extremamente improvável; 10 = extremamente provável. Avaliando a partir da escala 6 até a

10, 55,9% das pessoas demonstraram possuir o interesse de desembolsar mais dinheiro no

momento da compra de pilhas e baterias, caso o fabricante tivesse uma política de retorno dos

produtos em desuso. Em contrapartida, analisando da escala 5 a 1, 44,1% dos respondentes

evidenciaram pender ao improvável quanto ao comportamento em questão.

Tabela 10. Compra consequente à política de retorno de pilhas e baterias em desuso

Você desembolsaria mais por pilhas e baterias, caso o fabricante tivesse uma política de retorno dos

produtos em desuso? Extremamente improvável = 1/Extremamente Provável = 10

Faixa de pesquisa Quant. %

1 4 3,6%

2 4 3,6%

3 6 5,4%

4 7 6,3%

5 28 25,2%

6 13 11,7%

7 16 14,4%

8 19 17,1%

9 3 2,7%

10 11 9,9% Fonte: Elaboração própria a partir de dados primários.

4.1.2.5 No momento da compra você opta por fabricantes que possuem ações

sustentáveis? (incluindo as ações ambientais)

Observa-se nesta questão que 46,8% dos universitários da amostra “concordam” ou

“concordam totalmente” que no momento da compra optam por fabricantes que possuem

ações sustentáveis, incluindo as ambientais. Percebe-se também que existe uma parcela

considerável de 38,7% dos estudantes que são indiferentes às ações dos fabricantes e que

14,4% não utilizam as ações sustentáveis como fator determinante da compra.

Tabela 11. Opção por produtos sustentáveis

No momento da compra você opta por fabricantes que possui ações sustentáveis? (incluindo as ações

ambientais)

Faixa de pesquisa Quant. %

Concordo Totalmente 11 9,9%

Concordo 41 36,9%

Indiferente 43 38,7%

Discordo 13 11,7%

Discordo Totalmente 3 2,7% Fonte: Elaboração própria a partir de dados primários.

4.1.2.6 Você valoriza produtos/embalagens fabricados com matérias primas recicladas?

Apenas 25,2% dos respondentes afirmaram ser indiferentes ou não valorizar os

produtos/embalagens fabricados com matérias primas recicladas, enquanto 74,7% dizem que

os valorizam.

Tabela 12. Predileção por embalagens recicladas

Você valoriza produtos/embalagens fabricados com matérias primas recicladas?

Faixa de pesquisa Quant. %

Concordo Totalmente 31 27,9%

Concordo 52 46,8%

Indiferente 23 20,7%

Discordo 2 1,8%

Discordo Totalmente 3 2,7% Fonte: Elaboração própria a partir de dados primários.

Curioso como o resultado desta questão choca com os resultados da tabela 11, descrita

anteriormente, que diz que 53,2% dos estudantes que são indiferentes ou não optam por

fabricantes que possuem ações sustentáveis. Essa análise é importante para este estudo, pois

permite responder a um dos objetivos específicos, “avaliar a relação entre o nível de

consciência ambiental dos alunos com o grau de intenção de compra de produtos pró-

ambientais”. Entende-se que, apesar dos alunos valorizarem os produtos e embalagens que

são fabricados de forma pró-ambiental, a maioria ainda não transforma a consciência e

valorização destes em compra efetiva.

4.1.2.7 Você acessa o site dos fabricantes de pilhas e baterias em busca de informações

sobre o descarte correto?

A grande maioria dos estudantes, 84,7%, afirmou que nunca acessa o site dos fabricantes

de pilhas e baterias em busca de informações sobre o descarte correto. Outros 11,7%

relataram que poucas vezes acessam, enquanto apenas 2,7% às vezes acessam e 0,9%

frequentemente acessam. Não se obteve nenhum respondente na escala “sempre”. Percebe-se

que a mídia digital, tão relevante no cenário atual na busca de informações, está sendo pouco

explorada neste caso, talvez pela pouca divulgação realizada pelas empresas dos fabricantes.

Tabela 13. Acesso ao site de fabricantes de pilhas e baterias

Você acessa o site dos fabricantes de pilhas e baterias em busca de informações sobre o descarte

correto?

Faixa de pesquisa Quant. %

Sempre 0 0

Frequentemente 1 0,9%

Às vezes 3 2,7%

Poucas vezes 13 11,7%

Nunca 94 84,7% Fonte: Elaboração própria a partir de dados primários.

4.1.2.8 Caso a empresa de pilhas e baterias te reembolsasse ou oferecesse um desconto

na compra de novos produtos, você realizaria o descarte adequado?

Na presente questão, os universitários puderam escolher entre uma escala de 1 a 10, onde

1 = extremamente improvável; 10 = extremamente provável. Observando a partir da escala 6

até a 10, a maioria dos entrevistados, o equivalente a 93,7%, afirmaram que comprariam

novos produtos da empresa que reembolsasse ou oferecesse um desconto no caso do descarte

adequado. Apenas 6,3% dos entrevistados marcaram opções inferiores a 6, se demonstrando

pouco favoráveis à ação descrita.

Tabela 14. Compra consequente ao reembolso do retorno de pilhas e baterias em desuso

Caso a empresa de pilhas e baterias te reembolsasse ou oferecesse um desconto na compra de novos

produtos, você realizaria o descarte adequado? Extremamente improvável = 1/Extremamente Provável =

10

Faixa de pesquisa Quant. %

1 1 0,9%

2 0 0,0%

3 1 0,9%

4 0 0,0%

5 5 4,5%

6 2 1,8%

7 5 4,5%

8 17 15,3%

9 11 9,9%

10 69 62,2% Fonte: Elaboração própria a partir de dados primários.

Esses dados são de grande valia, tanto para o estudo quanto para os fabricantes de pilhas

e baterias, pois pode indicar uma solução para a quebra das barreiras entre a atitude e

conhecimento ambiental e o comportamento ambiental.

4.1.3 Conhecimento e Barreiras

4.1.3.1 Você sabia que pilhas e baterias podem ser recicladas?

Em torno de 78,4% dos entrevistados relataram que sabem que pilhas e baterias podem

ser recicladas, enquanto 21,6% contaram que não sabem, logo, é possível deduzir que a falta

de conhecimento não é uma barreira relevante para o correto descarte, já que a maioria das

pessoas tem ciência da possibilidade de reciclagem dos produtos citados.

Tabela 15. Conhecimento da reciclagem de pilhas e baterias

Você sabia que pilhas e baterias podem ser recicladas?

Faixa de pesquisa Quant. %

Sim 87 78,4%

Não 24 21,6% Fonte: Elaboração própria a partir de dados primários.

4.1.3.2 Ao descartá-las, qual dificuldade você encontra?

Para 49,5% dos universitários que responderam ao questionário, faltam informações de

onde e como descartar as pilhas e baterias usadas, enquanto 44,1% destes acham que os locais

de coletas são muito distantes ou mal localizados. 5,4% dos respondentes afirmaram que não

sabiam que pilhas e baterias poderiam ser recicladas e apenas 0,9% afirmaram achar

irrelevante tal ação.

Tabela 16. Dificuldade de descarte

Ao descartá-las, qual dificuldade você encontra?

Faixa de pesquisa Quant. %

Não sabia que pilhas e baterias poderiam ser recicladas 6 5,4%

Falta de informações de onde e como descartar 55 49,5%

Locais de coletas muito distantes/mal localizados 49 44,1%

Acho irrelevante tal ação 1 0,9% Fonte: Elaboração própria a partir de dados primários.

Esta questão revela alguns pontos importantes. Nota-se que há uma congruência com o

resultado observado na Tabela 15, que revela que o conhecimento não é uma barreira para a

reciclagem de pilhas e baterias. Percebe-se também que a consciência da necessidade de

reciclagem também não configura uma barreira, já que a maioria considera relevante tal ação.

Identifica-se então que a falta de informações e os locais de coletas distantes ou mal

localizados são as maiores barreiras do correto descarte de pilhas e baterias.

4.1.3.3 Você acha que a disponibilidade das informações relacionadas ao correto

descarte das pilhas e baterias por parte dos fabricantes é suficiente?

81% dos respondentes declararam que acham insuficiente a disponibilidade das

informações relacionadas ao correto descarte das pilhas e baterias por parte dos fabricantes,

ao marcarem as opções “Discordo” e “Discordo Totalmente”. Os outros 19% alegam ser

indiferentes ou discordam.

Tabela 17. Disponibilidade de informações do correto descarte de pilhas e baterias

Você acha que a disponibilidade das informações relacionadas ao correto descarte das

pilhas e baterias por parte dos fabricantes é suficiente?

Faixa de pesquisa Quant. %

Concordo Totalmente 2 1,8%

Concordo 10 9,0%

Indiferente 9 8,1%

Discordo 46 41,4%

Discordo Totalmente 44 39,6% Fonte: Elaboração própria a partir de dados primários.

Como visto no item 4.1.3.1, as pessoas têm ciência que é possível realizar a reciclagem

das pilhas e baterias, então entende-se que existem barreiras para que o conhecimento não se

transforme efetivamente em comportamento prático. Os resultados da Tabela 17 corroboram o

que foi avaliado na Tabela 16, sobre a existência de uma barreira: a falta de informação

concedida aos consumidores por parte dos fabricantes no tocante ao correto descarte de pilhas

e baterias.

4.1.3.4 Você tem ciência que existe uma Lei (nº 12.305) que institui a Política Nacional de

Resíduos Sólidos no Brasil?

77,4% dos entrevistados, a maioria, afirma que desconhece a Lei nº 12.305, que institui a

Política Nacional de Resíduos Sólidos no Brasil. O restante, 22,6%, diz que é indiferente ou a

conhece.

Tabela 18. Ciência da Lei nº 12.305

Você tem ciência que existe uma Lei (nº 12.305) que institui a Política Nacional de

Resíduos Sólidos no Brasil?

Faixa de pesquisa Quant. %

Conheço-a Totalmente 2 1,8%

Conheço-a 19 17,1%

Indiferente 4 3,6%

Desconheço-a 46 41,4%

Desconheço-a Totalmente 40 36,0% Fonte: Elaboração própria a partir de dados primários.

Um dos pontos mais importantes desta lei, principalmente para o meio corporativo, é a

atribuição de funções e ações específicas aos geradores de resíduos, ou seja, os fabricantes.

Como a logística reversa torna-se um assunto relevante na rotina de operações, faz-se mister

orientar e informar aos futuros administradores dos direitos e obrigações das corporações

dentro da Política Nacional de Resíduos Sólidos no Brasil.

4.1.3.5 Você sabia que pilhas e baterias contêm substâncias nocivas para a saúde dos

seres vivos e também para o meio ambiente?

Nesta questão, a expressiva maioria de 98,2% da amostra afirmou que sabe que as pilhas

e baterias contêm substâncias nocivas tanto para a saúde dos seres vivos como para o meio

ambiente.

Tabela 19. Ciência da existência de substâncias nocivas em pilhas e baterias

Você sabia que pilhas e baterias contêm substâncias nocivas para a saúde dos seres vivos e

também para o meio ambiente?

Faixa de pesquisa Quant. %

Sim 109 98,2%

Não 2 1,8% Fonte: Elaboração própria a partir de dados primários.

4.1.3.6 Você admite que o planeta esteja passando por uma crise ambiental?

De acordo com os resultados apontados na Tabela 20, para 92,8% dos pesquisados, o

planeta está passando por uma crise ambiental. Apenas 7,2% dos entrevistados estão

indiferentes à questão ou discordam da afirmação.

Tabela 20. Crise ambiental

Você admite que o planeta esteja passando por uma crise ambiental?

Faixa de pesquisa Quant. %

Concordo Totalmente 72 64,9%

Concordo 31 27,9%

Indiferente 4 3,6%

Discordo 4 3,6%

Discordo Totalmente 0 0,0% Fonte: Elaboração própria a partir de dados primários.

4.1.3.7 Você considera que existe informação disponível sobre como consumir de forma

pró-ambiental?

O equivalente a 52,2% dos entrevistados consideram que existe informação disponível

sobre como consumir de forma pró-ambiental, enquanto 10,8% declararam ser indiferentes à

questão. Para 36,9% dos respondentes, não existe informação disponível sobre como

consumir de forma pró-ambiental.

Tabela 21. Informação de consumo pró-ambiental

Você considera que existe informação disponível sobre como consumir de forma pró-

ambiental?

Faixa de pesquisa Quant. %

Concordo Totalmente 13 11,7%

Concordo 45 40,5%

Indiferente 12 10,8%

Discordo 34 30,6%

Discordo Totalmente 7 6,3% Fonte: Elaboração própria a partir de dados primários.

4.1.3.8 Você considera, de forma geral, que a sociedade te possibilita o consumo

sustentável?

Nesta questão, 62,2% dos pesquisados discordaram que, de forma geral, a sociedade

possibilita o consumo sustentável, enquanto 22,5% dizem o contrário. 17% relataram ser

indiferentes à questão.

Traçando um paralelo com a questão da Tabela 21, percebe-se que os entrevistados

admitem existir informações sobre como consumir de forma pró-ambiental, mas consideram

que a sociedade não possibilita tal comportamento.

Tabela 22. Possibilidades de consumo sustentável oferecidas pela comunidade

Você considera, de forma geral, que a sociedade te possibilita o consumo sustentável?

Faixa de pesquisa Quant. %

Concordo Totalmente 3 2,7%

Concordo 22 19,8%

Indiferente 17 15,3%

Discordo 58 52,3%

Discordo Totalmente 11 9,9% Fonte: Elaboração própria a partir de dados primários.

4.1.3.9 Onde você obtém informações sobre as questões ambientais no dia a dia?

(Marque apenas o PRINCIPAL meio)

Os resultados apresentados nesta questão indicam que o meio mais utilizado para

obtenção de informações relacionadas às questões ambientais é a mídia (80,2%). Para 6,3%, a

família e o trabalho são os meios mais utilizados. 2,7% se informam através de rótulos e

embalagens e apenas 0,9% se informam por meio de amigos.

A escola, no caso em questão, o curso de Administração da Universidade Federal de

Uberlândia (UFU), representa apenas 3,6% dos casos.

Tabela 23. Fonte de informações de questões ambientais

Onde você obtém informações sobre as questões ambientais no dia a dia? (Marque apenas o

PRINCIPAL meio)

Faixa de pesquisa Quant. %

Na escola 4 3,6%

Na mídia (TV, Rádio, Jornal, Revistas, Internet) 89 80,2%

Por meio da família 7 6,3%

Por meio de rótulos/embalagens 3 2,7%

Por meio de amigos 1 0,9%

No trabalho 7 6,3% Fonte: Elaboração própria a partir de dados primários.

4.2 Quanto à normalidade dos dados:

H0 = A amostra da população é normalmente distribuída

H1 = A amostra da população NÃO é normalmente distribuída

Utilizando o SPSS (18.0), os p-valores de todas as perguntas apresentaram valores

menores que 0,05 = 5%. Dessa forma, os dados não podem ser considerados como

normalmente distribuídos, isto é, REJEITA-SE a hipótese nula.

4.3 Análise de Correlação

Nesta seção, o estudo se habilita a elaborar análises de correlação entre as variáveis da

pesquisa, a fim de aprofundar a compreensão entre o conhecimento ecológico e as barreiras

que impedem o comportamento eco-friendly.

Para Hair Jr et al. (2005) um coeficiente de correlação não tem significado a menos que

seja estatisticamente significativo. Assim, para realização da inferência, é necessário realizar

o teste de hipóteses com a finalidade de verificar a significância estatística do coeficiente de

correlação entre as variáveis. O coeficiente, representado pelo símbolo grego , e o teste de

hipótese avaliarão se é significativamente diferente de zero. Em resumo:

H0: = 0

H1: é diferente de 0

Ou

H0: Não há nenhuma associação presente entre as variáveis.

H1: Existe uma associação presente entre as variáveis.

Mediante os dados obtidos no Anexo B, pode-se rejeitar a Hipótese H0, isto é, o

coeficiente de correlação é diferente de zero, para todas as correlações apresentadas na

Tabela 24.

Para melhor aproveitamento da análise, este trabalho se dispõe a discutir as correlações

segundo os seguintes critérios: i) > 0,2; ii) grau de significância estatística da correlação de

0,01 ou 1% bicaudal (que indica significância pelo menos “pequena, mas definida”); e iii)

relações que sejam pertinentes para os objetivos propostos pelo estudo. Tais correlações

podem ser visualizadas na Tabela 24.

Vale ressaltar que, para fins de análise estatística do nível de associação, como foi

demonstrado na Tabela 1, as correlações com variações de coeficiente de ± 0,21 a ±0,40

possuem força “pequena, mas definida” e as correlações com variações de coeficiente de ±

0,41 a ± 0,70 têm força “moderada”. Não houve correlação com força de associação maior

que “moderada”.

Tabela 24. Quadro de Correlações Analisadas

10

- A

o d

esca

rtá-

las,

qu

al d

ific

uld

ade

vo

enco

ntr

a?

12

- V

ocê

tem

ciê

nci

a qu

e ex

iste

um

a L

ei (

12

.305

) q

ue

inst

itu

i a

Po

líti

ca N

acio

nal

de

Res

ídu

os

lid

os

no

Bra

sil?

14

- N

o m

om

ento

da

com

pra

vo

cê o

pta

po

r

fab

rica

nte

s q

ue

po

ssu

i aç

ões

su

sten

táv

eis?

(in

clu

ind

o a

s aç

ões

am

bie

nta

is)

15

- V

ocê

val

ori

za p

rod

uto

s/em

bal

agen

s

fab

rica

do

s co

m m

atér

ias

pri

mas

rec

icla

das

?

19

- V

ocê

co

nsi

der

a q

ue

exis

te i

nfo

rmaç

ão

dis

po

nív

el s

ob

re c

om

o c

on

sum

ir d

e fo

rma

pró

-

amb

ien

tal?

20

- V

ocê

co

nsi

der

a, d

e fo

rma

ger

al,

qu

e a

soci

edad

e te

po

ssib

ilit

a o

co

nsu

mo

su

sten

táv

el?

8 - O que você faz com as pilhas e

baterias usadas e sem carga? - - - - 0,225

2 -

9 - Você sabia que pilhas e baterias

podem ser recicladas? 0,496² 0,283² - - - -

14 - No momento da compra você

opta por fabricantes que possui

ações sustentáveis? (incluindo as

ações ambientais)

- - - 0,496² - -

19 - Você considera que existe

informação disponível sobre como

consumir de forma pró-ambiental? - - - - - 0,304

²

Fonte: Elaboração própria a partir de dados primários.

A maioria dos entrevistados afirmou que ou guarda as pilhas e baterias em casa ou as

joga no lixo (questão 8). Conclui-se a um grau de correlação de 22,5%, que o correto descarte

não é realizado apesar de haver informação disponível sobre como consumir de forma pró-

ambiental (questão 19).

78,4% dos entrevistados relataram que sabem que as pilhas e baterias podem ser

recicladas (questão 9). Entende-se, a um grau de correlação de 28,3%, que estes possuem tal

conhecimento independente da ciência da Lei nº 12.305, que institui a Política Nacional de

Resíduos Sólidos no Brasil (questão 12). Além disso, se não reciclam os materiais citados,

deduz-se (a um grau de correlação estatisticamente significativo de 49,6%) que não o fazem

2 Grau de significância estatística da correlação foi de 0,01 ou 1% bicaudal.

por não saberem onde e como realizar a reciclagem. Ainda se pode considerar que a não-

reciclagem pode se dar em razão de os locais de descarte serem distantes ou mal localizados,

com aproximadamente 94% das respostas (questão 10).

Os dois últimos parágrafos permitem entender que o conhecimento da necessidade ou até

mesmo da possibilidade de se reciclarem pilhas e baterias não configuram barreiras. Parte dos

respondentes inclusive conhece a Lei nº 12.305. O comportamento correto de descarte não é

praticado, pois faltam informações sobre onde e como descartar e porque postos de coleta são

mal localizados. Sendo assim, cabe aos fabricantes analisarem se a quantidade de postos de

coletas, bem como a divulgação dos mesmos, não são satisfatórias.

Os resultados da questão 14, relacionados na Tabela 11, demonstram que 46,8% dos

estudantes afirmam que optam por produtos de fabricantes que praticam ações sustentáveis,

enquanto 38,7% destes são indiferentes quanto a isso no momento da compra - 14,4%

disseram não optar por tal ação. Detectou-se, porém, um grau de correlação de 49,6% com a

questão 15 (Tabela 12), que diz que 74,7% dos respondentes afirmam valorizar produtos ou

embalagens produzidos com matéria prima reciclada.

É possível inferir, pelos produtos de ambas as questões, que existe a valorização dos

produtos e embalagens produzidos com matéria prima reciclada, mas que mesmo assim,

menos da metade transforma o conhecimento e a atitude pró-ambiental em comportamento de

consumo.

Deduz-se com o estudo que existe uma parcela considerável da população que representa

oportunidades para os fabricantes: os 40% que relataram ser indiferentes à questão no

momento da compra. Presume-se que, se esta parcela afirmou que valoriza produtos e

embalagens produzidos com matéria prima reciclada, estes indivíduos possuem alguma

consciência da importância do fator ambiental nos meios de produção. Nesse sentido, cabe às

corporações utilizar seus esforços de marketing e comunicação para tornar o consumo pró-

ambiental um fator decisório de consumo.

A correlação entre a questão 19 (Tabela 21) e a questão 20 (Tabela 22) possibilita uma

análise determinante para este estudo. Infere-se que existe um grau de correlação de 30,4%

entre as duas perguntas. Ambas demonstram, em suas apurações, que existe informação

disponível sobre como consumir de forma pró-ambiental, mas que a sociedade como um todo

não possibilita o consumo sustentável.

Sendo assim, nota-se que o conhecimento não é uma barreira que interfere no

comportamento pró-ambiental, pois não existe a falta de conhecimento. A sociedade, porém,

representa uma barreira, pois não possibilita ao indivíduo que consuma de forma sustentável.

A questão 21, que propõe um reembolso ou desconto em novos produtos no caso do

descarte adequado de pilhas e baterias, não apresentou nenhuma correlação estatisticamente

significativa com outras variáveis socioeconômicas (idade, período, renda e gênero). Logo, de

acordo com a teoria ABC (STERN, 2000), é possível inferir que os comportamentos

individuais ainda não são favorecidos pelo contexto. Dito de outra forma, a recompensa ainda

representa baixo estímulo de coerção para atitudes pró-ambiental.

5 CONCLUSÃO

É possível inferir na conclusão desta pesquisa que os resultados apresentados e discutidos

possibilitam responder as questões centrais do estudo. Ainda, deixa evidências de que os

objetivos gerais e específicos propostos foram cumpridos.

Infere-se que os estudantes de Administração da Universidade Federal de Uberlândia

(UFU) não fazem o correto descarte de pilhas e baterias, já que geralmente ou as jogam no

lixo ou guardam em casa. Porém, a maioria tem ciência das substâncias nocivas ao meio

ambiente e à saúde e que é possível reciclar tais materiais.

Os discentes demonstraram também que valorizam os produtos e embalagens que são

fabricados de forma pró-ambiental, mas a maioria não transforma a consciência e valorização

em compra efetiva. Boa parte afirmou, porém, que caso o fabricante tivesse uma política de

retorno dos produtos em desuso, se interessariam em desembolsar mais.

A maioria dos entrevistados afirmou ter consciência de que o planeta está passando por

uma crise ambiental e mais da metade considera que existe informação o suficiente de como

consumir de forma pró-ambiental. Logo, infere-se que o conhecimento e a consciência dos

indivíduos não configuram barreiras para o comportamento. O meio mais destacado pelos

estudantes como fonte de questões ambientais foi a mídia.

As barreiras apontadas pelos respondentes para o correto descarte de pilhas e baterias vão

de encontro com as barreiras de Praticidade (ou Viabilidade) apontadas por Blake (1999 apud

Kollmus e Adgyeman, 2002), pois estes relatam que existem restrições que os impedem de

consumir de forma ecologicamente responsável, independente de suas intenções ou atitudes.

Adicionalmente, o estudo identificou que faltam informações sobre onde e como descartar as

pilhas e baterias e que os postos de coleta são mal localizados. Os pesquisados indicaram

também que a sociedade, de forma geral, não possibilita o consumo sustentável. Sendo assim,

é possível entender que, com o estímulo apropriado da totalidade dos atores sociais

(consumidores, produtores, governos, etc.), pode ser que os consumidores passem a transpor

as barreiras mencionadas e transformem as questões ambientais em fatores decisivos no

momento da compra.

A questão 21, que propõe um reembolso ou desconto em novos produtos no caso do

descarte adequado de pilhas e baterias, não apresentou correlação com nenhuma variável

socioeconômica. Portanto, nota-se que a recompensa ainda representa baixo estímulo de

coerção para atitudes pró-ambiental.

Algumas contribuições são vislumbradas ao observar as informações adquiridas com a

pesquisa. Em termos acadêmicos, constataram-se neste estudo similaridades entre o suporte

teórico sobre o assunto pesquisado e os resultados empíricos encontrados. Como foi apurado

em alguns dos estudos contemplados na revisão bibliográfica (Menezes et al., 2013;

Brandalise et al., 2009; Tamashiro; Silveira e Acevedo, 2013), concluiu-se também neste

trabalho que o nível de conhecimento pró-ambiental do indivíduo não interfere em seu

comportamento. Portanto, sugere-se que o foco em estudos futuros deve ser nos meios de se

extinguir as barreiras que impedem os consumidores de transpor o conhecimento ecológico e

consumir de forma pró-ambiental.

Além disso, a pesquisa apontou que a maioria dos estudantes de Administração da UFU

não conhece a Lei nº 12.305, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) no

Brasil. Um dos pontos mais importantes desta lei, principalmente para o meio corporativo, é a

atribuição de funções e ações específicas aos geradores de resíduos – principalmente aos

fabricantes. Como a logística reversa hoje já se tornou um assunto relevante na rotina de

operações, faz-se mister inserir ao contexto da PNRS os futuros administradores dos direitos e

obrigações das corporações.

No âmbito corporativo, recomenda-se foco do esforço de marketing e comunicação nas

boas práticas de consumo pró-ambiental, já que o conhecimento e consciência dos danos que

o consumo incorreto pode causar já estão bem difundidos, conforme avaliado pelo presente

estudo e seu aporte teórico. No caso específico das pilhas e baterias, sugerem-se campanhas

que informem sobre como descarta-las, aumentar o número de postos de coleta ou divulgar

melhor a localização dos existentes – ou um mix de ações combinadas.

Outra solução interessante para o correto descarte pode ser o uso de recompensa, já que

mais de 90% dos pesquisados demonstraram que o fariam se os fabricantes os reembolsassem

ou oferecessem descontos na compra de novos produtos. Como foi inferido, o uso de

recompensa ainda representa um baixo estímulo de coerção para o comportamento em

questão, o que pode ser amplamente explorado pelos fabricantes.

Além disso, deduziu-se com o estudo que existe uma parcela considerável da população

que representa oportunidade de foco de esforço para os fabricantes: os 40% que relataram ser

indiferentes à questão no momento da compra. Presume-se que, se tal parcela afirmou que

valoriza os produtos e embalagens produzidos com matéria prima reciclada, já possui a

consciência da importância do fator ambiental nos meios de produção. Nesse sentido, cabe às

corporações utilizarem seus esforços de marketing e comunicação para tornar o consumo pró-

ambiental um fator decisório no momento da compra.

Como toda pesquisa científica, esta também apresentou algumas limitações que poderão

ser superadas em estudos futuros. Apenas 12% dos estudantes responderam a pesquisa,

quando o ideal seria que pelo menos 20% destes tivesse respondido. Nesse contexto, têm-se

as seguintes justificativas para o não retorno: existem alunos que não possuem cadastro

correto junto à coordenação e, dos que possuem, alguns podem não ter vislumbrado interesse

em participar da pesquisa; os estudantes podem não ter acessado o correio eletrônico durante

o período de coleta ou, ainda, os discentes podem ter encarado o questionário como longo.

Outra limitação observada pelo autor foi o uso de modelo único de comportamento para

análise do comportamento pró-ambiental: a Teoria ABC (Attitudinal, Behavior and

Contextual Factors), citada por Stern (2000). Kollmuss e Agyeman (2010) sugerem outros

modelos de análise comportamental que podem embasar novos estudos. Faz-se necessário

observar que, apesar dos apontamentos realizados pelo autor durante o estudo, em nenhum

momento intencionou-se esgotar ou resolver a problemática do consumo pró-ambiental, mas

apenas levantar a questão a fim de trazer à luz o complexo campo das questões ambientais.

Para estudos futuros, algumas hipóteses poderiam ser utilizadas a fim de ampliar o

conhecimento acadêmico e trazer novas sugestões às corporações, diferentes dos aqui

encontrados: i) replicar a pesquisa utilizando todo o corpo discente da Universidade Federal

de Uberlândia (UFU) como população-alvo; ii) cruzar dados de ingressantes e veteranos, por

meio do teste Kruskal Wallis; iii) comparar os dados do curso de Administração da instituição

com outros cursos; iv) reformular esta pesquisa envolvendo outros segmentos, como os de

alimentos, calçados ou automóveis – ou mesmo outras populações, como estudantes de ensino

médio.

6 REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS DE LIMPEZA PÚBLICA E RESÍDUOS

ESPECIAIS (ABRELPE). Panorama dos resíduos sólidos no Brasil: 2013. Disponível em:

<http://www.abrelpe.org.br/Panorama/panorama2013.pdf> acesso em: 16 de agosto de 2014.

BRANDELISE, L.T; BERTOLINI, G.R.F.; ROJO, C.A.; LEZANA, A.G.R; POSSAMAI, O.

A percepção e o comportamento ambiental dos universitários em relação ao grau de educação

ambiental. Gest. Prod., São Carlos, v. 16, n.2, p. 273-285, 2009.

BRASIL. Resolução CONAMA nº 257, de 30 de junho de 1999. Disponível em:

<www.mma.gov.br/port/conama/res/res99/res25799.html> acesso em: 05 de agosto de 2014.

BRASIL. Lei Federal nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm> acesso em: 17 de

julho de 2014.

COOPER, D. R.; SCHINDLER, P. S. Métodos de pesquisa em administração. 10. ed. Porto

Alegre: Bookman, 2011.

FREITAS, H; OLIVEIRA, M.; SACCOL, A.Z.; MOSCAROLA, J. O método de pesquisa

survey. Revista de Administração. São Paulo, v.35, n.3, p. 105-112, jul/set-2000.

GOMES, G.; GORNI, P.M.; DREHER, M.T. Consumo sustentável e o comportamento de

universitários: discurso e práxis! Revista Eletrônica de Ciência Administrativa

(RECADM), v. 10, n. 2, p. 80-92, 2011.

HAIR JR., Joseph F. et al. Fundamentos de Pesquisa em Administração. Porto Alegre:

Bookman, 2005.

INSTITUTO DE PESQUISA TECNOLÓGICA (IPT). Manual de Gerenciamento

Integrado de Resíduos Sólidos. Publicação N° 2163. Rio de Janeiro: Ed. Páginas e Letras,

1996.

KOLLMUSS, A., AGYEMAN, J. Mind the Gap: Why do people act environmentally and

what are the barriers to pro-environmental behavior? Environmental Education Research,

v.8, n.3, p.239-260, 2002.

MENEZES, L.M.L; DUTRA, C.J.C; FILHO, J.M.S.; LEITÃO, F.G. Uma proposta de

segmentação dos universitários brasileiros com relação a seu comportamento pró-ambiental

de consumo. In: XV ENCONTRO INTERNACIONAL SOBRE GESTÃO EMPRESARIAL

E MEIO AMBIENTE (ENGEMA), 2013.

RODRIGUES, D. F.; RODRIGUES, G. G.; LEAL, J. E.; PIZZOLATO, N. D. Logística

Reversa – Conceitos e componentes do sistema. ENEGEP - ENCONTRO NACIONAL DE

ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 21., 2002, Curitiba-PR. p. 1-8.

SAMARA, B.S; BARROS, J.C. Pesquisa de Marketing: Conceitos e Metodologia. 3.ed.

São Paulo: Prentice Hall, 2002, p.30.

STERN, P.C. Toward a Coherent Theory of Environmentally Significant Behavior. Journal

of Social Issues, V. 56, N. 3, p. 407–424, 2000.

STOCK, J.R. Reverse Logistics, Council of Logistics Management, Oak Brook, IL, 2002.

TAMASHIRO, H.R.S.; SILVEIRA, J.A.G.; ACEVEDO, C.R. A influência do conhecimento

ecológico, da preocupação ecológica e do afeto ecológico sobre o comportamento de compras

verdes no setor de cosméticos. XVI Simpósio de Administração da Produção, Logística e

Operações Internacionais (SIMPOI), 2013.

WOLF, L. Como é feita a reciclagem de pilhas e baterias? Planeta Sustentável. Disponível

em <http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/lixo/como-feita-reciclagem-pilhas-baterias-

755269.shtml> acesso em: 16 de agosto de 2014.

ANEXO A

1 - Qual a sua idade?

15 a 20 anos

21 a 35 anos

36 a 50 anos

Mais de 50 anos

2 - Em qual período do seu curso você está matriculado?

1º ao 3º período

4º ao 5º período

6º ao 7º período

8º ao 10º período

3 - Qual a renda mensal de sua família?

Até R$1.356,00 reais

De R$1.356,01 a R$2.712,00 reais

De R$2.712,01 a R$4.068,00 reais

Acima de R$4.068,00 reais

4 - Qual o seu gênero?

Masculino

Feminino

5 - Quantas pessoas, incluindo você, moram em sua casa?

1 - 2 pessoas

3 - 4 pessoas

Acima de 4 pessoas

6 - Quantos aparelhos que fazem uso de pilhas e baterias existem em sua casa?

1 - 2 aparelho(s)

3 - 4 aparelhos

5 - 6 aparelhos

7 - Com qual frequência você troca as pilhas e baterias dos aparelhos de sua casa?

Sempre

Frequentemente

Às vezes

Poucas vezes

Nunca

8 - O que você faz com as pilhas e baterias usadas e sem carga?

Jogo no lixo

Guardo em casa

Envio para reciclagem

Não me lembro

9 - Você sabia que pilhas e baterias podem ser recicladas?

Sim

Não

10 - Ao descartá-las, qual dificuldade você encontra?

Não sabia que pilhas e baterias poderiam ser recicladas

Falta de informações de onde e como descartar

Locais de coletas muito distantes/ mal localizados

Acho irrelevante tal ação

11 - Você acha que a disponibilidade das informações relacionadas ao correto descarte

das pilhas e baterias por parte dos fabricantes é suficiente?

Concordo Totalmente

Concordo

Indiferente

Discordo

Discordo Totalmente

12 - Você tem ciência que existe uma Lei (nº 12.305) que institui a Política Nacional de

Resíduos Sólidos no Brasil?

Conheço-a Totalmente

Conheço-a

Indiferente

Desconheço-a

Desconheço-a Totalmente

13 - Você desembolsaria mais por pilhas e baterias, caso o fabricante tivesse uma

política de retorno dos produtos em desuso?

Extremamente improvável = 1 Extremamente Provável = 10

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

14 - No momento da compra você opta por fabricantes que possui ações sustentáveis?

(incluindo as ações ambientais)

Concordo Totalmente

Concordo

Indiferente

Discordo

Discordo Totalmente

15 - Você valoriza produtos/embalagens fabricados com matérias primas recicladas?

Concordo Totalmente

Concordo

Indiferente

Discordo

Discordo Totalmente

16 - Você sabia que pilhas e baterias contêm substâncias nocivas para a saúde dos seres

vivos e também para o meio ambiente?

Sim

Não

17 - Você acessa o site dos fabricantes de pilhas e baterias em busca de informações

sobre o descarte correto?

Sempre

Frequentemente

Às vezes

Poucas vezes

Nunca

18 - Você admite que o planeta esteja passando por uma crise ambiental?

Concordo Totalmente

Concordo

Indiferente

Discordo

Discordo Totalmente

19 - Você considera que existe informação disponível sobre como consumir de forma

pró-ambiental?

Concordo Totalmente

Concordo

Indiferente

Discordo

Discordo Totalmente

20 - Você considera, de forma geral, que a sociedade te possibilita o consumo

sustentável?

Concordo Totalmente

Concordo

Indiferente

Discordo

Discordo Totalmente

21 - Caso as empresas de pilhas e baterias te reembolsasse ou oferecessem um desconto

na compra de novos produtos, você realizaria o descarte adequado?

Extremamente improvável = 1 e Extremamente Provável = 10

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

22 - Onde você obtém informações sobre as questões ambientais no dia a dia? (Marque

apenas o PRINCIPAL meio)

Na escola

Na mídia (TV, Rádio, Jornal, Revistas, Internet)

Por meio da família

Por meio de rótulos/embalagens

Por meio de amigos

No trabalho

ANEXO B

Correlações

Questões Q.1 Q.2 Q.3 Q.8 Q.4 Q.9 Q.10 Q.11 Q.12 Q.14 Q.15 Q.17 Q.18 Q.19 Q.20 Q.13 Q.21

Q.1 1,000 ,445**

,232**

,080 -,062 ,102 ,078 -,143 -,062 ,053 ,014 ,094 -,072 -,026 ,080 ,086 ,133

Q.2 ,445**

1,000 ,198* -,054 ,102 ,120 ,230

* -,066 ,125 -,033 ,036 -,015 -,011 ,017 ,163

* ,022 ,082

Q.3 ,232**

,198* 1,000 -,020 ,024 -,055 ,092 -,122 -,022 ,158 ,035 ,097 -,008 ,058 ,017 ,091 ,022

Q.8 ,080 -,054 -,020 1,000 -,037 ,066 -,222 ,000 ,076 ,087 ,084 ,089 -,056 ,225**

,101 -,021 ,054

Q.4 -,062 ,102 ,024 -,037 1,000 ,008 -,013 -,126 -,129 -,131 -,064 ,126 ,202* -,092 -,006 -,021 ,043

Q.9 ,102 ,120 -,055 ,066 ,008 1,000 ,496**

,127 ,283**

,090 ,081 -,011 -,030 ,038 -,100 ,049 ,019

Q.10 ,078 ,230* ,092 -,222 -,013 ,496

** 1,000 ,043 ,232 ,148 ,195 ,108 -,079 -,065 -,058 ,081 ,027

Q.11 -,143 -,066 -,122 ,000 -,126 ,127 ,043 1,000 ,182* ,072 ,091 -,068 ,025 ,188

* ,165

* -,022 -,147

Q.12 -,062 ,125 -,022 ,076 -,129 ,283**

,232 ,182* 1,000 ,111 ,104 -,050 -,127 ,118 ,050 ,052 ,026

Q.14 ,053 -,033 ,158 ,087 -,131 ,090 ,148 ,072 ,111 1,000 ,496**

,202* ,161 ,166

* ,077 ,165

* ,072

Q;15 ,014 ,036 ,035 ,084 -,064 ,081 ,195 ,091 ,104 ,496**

1,000 ,090 ,097 ,013 ,119 ,126 ,108

Q.17 ,094 -,015 ,097 ,089 ,126 -,011 ,108 -,068 -,050 ,202* ,090 1,000 -,036 -,009 -,153 ,032 ,107

Q.18 -,072 -,011 -,008 -,056 ,202* -,030 -,079 ,025 -,127 ,161 ,097 -,036 1,000 -,026 ,011 ,066 ,145

Q.19 -,026 ,017 ,058 ,225**

-,092 ,038 -,065 ,188* ,118 ,166

* ,013 -,009 -,026 1,000 ,304

** ,003 -,074

Q.20 ,080 ,163* ,017 ,101 -,006 -,100 -,058 ,165

* ,050 ,077 ,119 -,153 ,011 ,304

** 1,000 -,038 -,063

Q.13 ,086 ,022 ,091 -,021 -,021 ,049 ,081 -,022 ,052 ,165* ,126 ,032 ,066 ,003 -,038 1,000 ,190

*

Q.21 ,133 ,082 ,022 ,054 ,043 ,019 ,027 -,147 ,026 ,072 ,108 ,107 ,145 -,074 -,063 ,190* 1,000

* Grau de significância estatística da correlação foi de 0,05 ou 5% bicaudal.

** Grau de significância estatística da correlação foi de 0,01 ou 1% bicaudal.