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materia total para o exame 10/11 ano de economia

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    NDICE

    ANTES DE COMEAR

    1. Importncia do estudo da Economia1.1. Importncia 4

    2. Reflexo sobre alguns instrumentos de anlise econmica2.1. Alguns conceitos a relembrar 52.2. Interpretao de documentos 52.3. Redaco de snteses de concluses 102.4. Apresentao de um tema (escrito e oral) 10

    UNIDADE 1 Actividade econmica e cincia econmica

    1.1. Realidade social e cincias sociais 121.2. Fenmenos sociais e fenmenos econmicos 121.3. A Economia como cincia: Objecto de estudo 131.4. A actividade econmica e os agentes econmicos 14

    UNIDADE 2 Necessidade e consumo

    2.1. Necessidades noo e classificao 17

    2.2. Os bens e a satisfao das necessidades noo e classificao 17

    2.3. O consumo noo e tipos 18

    2.4. Padres de consumo diferenas e factores explicativos 19

    2.5. Evoluo da estrutura de consumo Em Portugal e na EU 21

    2.6. A sociedade de consumo 21

    2.7. Consumerismo e responsabilidade social dos consumidores 23

    2.8. A defesa dos consumidores em Portugal e na Unio Europeia 23

    UNIDADE 3 A produo de bens e servios

    3.1. Bens sua classificao 26

    3.2. Produo e processo produtivo. Sectores de actividade econmica 26

    3.3. Factores de produo noo e classificao 26

    3.3.1. Os recursos naturais 26

    3.3.2. O trabalho. A situao em Portugal e na EU 27

    3.3.3. O capital noo e tipos 30

    3.4. A combinao dos factores produtivos 31

    UNIDADE 4 Comrcio e moeda

    4.1. Comrcio noo e tipos 40

    4.2. A evoluo da moeda formas e funes 42

    4.3. A nova moeda portuguesa o euro 44

    4.4. Preo de um bem noo e componentes 46

    4.5. Inflao noo e medida 46

    4.6. A inflao em Portugal e na Unio Europeia 49

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    UNIDADE 5 Preos e mercados

    5.1. Mercado noo e exemplos 51

    5.2. O mecanismo do mercado 51

    5.2.1. A procura e lei da procura 51

    5.2.2. A oferta e lei da oferta 53

    5.3. Estrutura de mercados 57

    UNIDADE 6 Rendimentos e repartio dos rendimentos

    6.1. A formao dos rendimentos e sua repartio 66

    6.2. A repartio funcional do rendimento 66

    6.3. A repartio pessoal do rendimento 68

    6.4. A redistribuio do rendimento noo e objecto 71

    6.5. As desigualdades na repartio dos rendimentos em Portugal e na EU 73

    UNIDADE 7 Poupana e investimento

    7.1. Utilizao dos rendimentos consumo e poupana 75

    7.2. Os destinos da poupana. A importncia do investimento 75

    7.3. Financiamento da actividade econmica autofinanciamento e

    financiamento externo 77

    7.4. Investimento em Portugal e investimento portugus no estrangeiro 84

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    ANTES DE

    COMEAR

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    1.1. ImportnciaEtimologicamente, ECONOMIA = oikos (casa/riqueza) + nomos (regra). Tal como

    um casal gere o oramento familiar para satisfazer as suas necessidades, a ECONOMIAtem a ver com a forma como o Homem cria e utiliza bens (recursos) escassos com vista

    satisfao das suas necessidades e melhoria do seu bem-estar.

    Economia: No designa apenas cincia econmica, mas tambm pode designar actividade

    econmica (a nossa economia vai mal) ou sistema econmico (economia capitalista).

    Em senso comum, a palavra economia = poupana

    (rendimento despesa = poupana) (produo consumo = poupana)

    O que traduz a presena do binmio recursos/necessidades

    A Economia e os seus problemas esto presentes na vida quotidiana das pessoas de forma

    abrangente e de forma visvel.

    Sentem os problemas econmicos:

    Desemprego Aumento do nvel dos preos Subida dos impostos Escassez de recursos Juros elevados Salrios baixos Repartio injusta do rendimento

    Problemas econmicos:caracterizam-se por serem: complexos, inter-relacionados, incertos.

    Tm origem na actividade econmica: todo o esforo desenvolvido pelo Homem

    para obter (produzir) bens escassos para satisfazer as suas necessidades ilimitadas.

    Actividade econmica: constituda pelos chamados fenmenos econmicos:

    Produo Distribuio Consumo Repartio Poupana

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    Conclui-se que a actividade econmica encontra-se presente em toda a realidade

    que nos rodeia e cabe Economia estudar os problemas que lhe dizem respeito para os

    tentar resolver aumento do bem-estar das pessoas (nvel de vida) aumento da

    satisfao das necessidades das pessoas.

    Contudo, os fenmenos econmicos constituem apenas uma parcela/faceta

    (forma de ver) de toda a complexa realidade social que nos rodeia, devendo as questes

    econmicas estar presentes na resoluo dos problemas, mas no devem ter o exclusivo

    das decises ( necessrio ter em conta factores ambientais, custos e benefcios,

    cumprimento da legislao, etc.)

    Hoje em dia, com a mundializao da Economia, a dimenso dos problemas

    econmicos assume uma escala planetria (maior dependncia e integrao das

    Economias).

    2. Reflexo sobre alguns instrumentos de anlise econmica2.1. Alguns conceitos a relembrara) Valores absolutos e valores relativos

    Valores absolutos: dados numricos que medem uma grandeza em determinada unidade(ex. milhares de pessoas)

    Valores relativos: percentagens, permilagens, taxas de variao

    Percentagens: representam uma proporo, isto , uma parte de um todo em

    determinado momento

    100

    Permilagens: igual s percentagens mas com base 1000 (X 1000)

    Taxas de variao: evoluo positiva ou negativa relativamente a um valor de

    partida, em determinado momento do tempo

    O resultado pode ser Uma % (I)

    Um n ndice (II)

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    (I)

    100

    (II)

    100

    b) Importao e ExportaoImportao: Entrada de Bens e Servios no pas, provenientes do Resto do Mundo (RM) e

    correspondente sada de divisas.

    Exportao: sada de Bens e Servios (B&S) para o RM e correspondente entrada dedivisas.

    c) A populao: sua importnciaO conhecimento da populao (n de habitantes, distribuio no espao, composio por

    sexo e idades, etc.) fundamental para a tomada de decises (como produzir, o que

    produzir, quanto produzir) pelos particulares e pelo Estado (ex. combate ao desemprego).

    Natalidade e mortalidadeNatalidade

    . . 1000

    Taxa de natalidade: n mdio de nados-vivos por cada 1000 habitantes, num

    determinado pas, num dado perodo de tempo.

    Mortalidade

    . . 1000

    Taxa de mortalidade:n mdio de bitos por cada 1000 habitantes, num determinado

    pas, num dado perodo de tempo.

    . 1 1000

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    Taxa de mortalidade infantil: n mdio de bitos em crianas com menos de 1 ano de

    idade por cada 1000 nados-vivos, num determinado pas, num dado perodo de tempo.

    Crescimento natural da populaoCrescimento natural da populao:diferena entre a natalidade e a mortalidade

    . ... . .

    OU

    . . . .... 1000

    Movimentos migratrios e crescimento efectivoMovimentos migratrios:deslocao da populao

    o No interior de um paso De um pas para outro

    Emigrao: sada da populao Imigrao: entrada da populao

    Crescimento efectivo: d-nos o crescimento global da populao, sendo obtido atravs da

    evoluo natural e do saldo migratrio.

    . 1000

    100

    Populao totalPopulao total:toda a populao existente em determinado pas, num determinado ano.

    .. .

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    Populao activaPopulao activa: conjunto de habitantes de um determinado pas que se encontra a

    exercer uma profisso remunerada (empregados, a cumprir servio militar) ou que

    procura emprego (desempregados: potenciais trabalhadores).

    .. 100

    Estrutura etria da populao e estrutura sectorial da populaoEstrutura etria da populao: caracterizao da populao residente num pas ou regio,

    por idades (escales etrios) e por sexos, atravs do recurso a pirmides etrias.

    Estrutura sectorial da populao: Para simplificar, actividades econmicas semelhantes

    so agrupadas, dando origem a trs sectores:

    o Primrio (agricultura)o Secundrio (indstria)o Tercirio (servios)

    Populao activa por sectores de actividade em valor absoluto ou em %.

    . . . 100

    d) MdiasMdia: medida de tendncia central

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    Limitaes:1) Escondem as diferenas, ou seja, os extremos da distribuio (valor mximo e mnimo)2) Escondem o grau de concentrao das ocorrncias de uns dados relativamente a

    outros

    2.2. Interpretao de documentosa) Textos

    Objectivos - Interpretar

    - Extrair as ideias principais

    Existem procedimentos a adoptar:

    Situar o texto Identificar ou conhecer: ttulo ou tema, tipo de texto Resumir Eliminar Utilizar as informaes obtidasb) Documentos estatsticos

    Procedimentos:

    Leitura do quadro (tema, espao fsico e temporal, unidades, medidas, propores) Interpretao dos dados Se necessrio, construir novas informaes Comparar dados

    Qualquer informao retirada dever ser conjugada com os conhecimentospossudos

    c) GrficosTipos de grficos Colunas e barras

    Linhas

    Circulares

    NOTA: Grficos com dados relativos (taxas de (variao))

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    a) Aumento dos salrios a ritmosdecrescentes

    b) Aumento dos salrios a ritmosdecrescentes

    c) No existe variao dos salriosd) A taxa de constante mas o salriodecresce

    e) O salrio decresce mas menos do queno ano anterior

    d) EsquemasEsquemas: Simplificaes que procuram evidenciar as principais relaes que se

    estabelecem entre fenmenos

    2.3. Redaco de snteses de concluses necessrio ter em ateno os seguintes aspectos:

    Respeitar o texto original; Utilizao de linguagem objectiva; Produzir uma sntese concisa (introduo, desenvolvimento, concluso).2.4. Apresentao de um tema/trabalho (escrito e oral)

    Pressupostos na preparao:

    Identificar os elementos principais e subelementos do tema; Escolher o ponto de partida; Delinear o percurso da informao a transmitir; Estruturar o trabalho em 3 partes fundamentais (introduo, desenvolvimento,

    concluso);

    A linguagem utilizada dever ser simples e explcita (mas sempre com rigor eterminologia especfica da rea);

    Apresentao (escrita/oral).Apresentao escrita:capa, ndice, sumrio, anexos, bibliografia

    Apresentao oral:nunca ler um guio previamente elaborado, e recorrer a materiais de

    apoio.

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    UNIDADE 1

    ACTIVIDADE

    ECONMICA E

    CINCIA

    ECONMICA

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    1.1. Realidade social e cincias sociaisRealidade social (extremamente complexa)

    Fenmenos sociais

    Desemprego; Histria Cincias Humanas Inflao; Poltica Marginalidade; Demografia Objecto comum: ser humano Etc Economia

    1.2. Fenmenos sociais e fenmenos econmicos

    No existem fenmenos especficos de cada C.S. Realidade social complexa Cada fenmeno estudado sob diferentes pontos

    de vista (por vrias C.S.)

    Os fenmenos sociais e consequentemente a realidade social so:Indivisveis Total

    Inter-relaccionados

    (pelo facto de serem multifacetados, so analisados sob diferentes pontos de vista, caso

    contrrio, o seu estudo seria incompleto)

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    Concluses:

    O que distingue as diferentes C.S. entre si a forma diferente de integrarem amesma realidade social, possuindo, portanto, perspectivas prprias de observao

    e anlise.

    Cada C.S. fornece uma viso parcial e incompleta da mesma realidade social, pois,a sua complexidade de riqueza no se esgota com a explicao dada por uma nica

    C.S.

    Independncia e complementaridade das C.S.

    1.3. A Economia como cincia: Objecto de estudoObjecto de estudo: Qual a perspectiva prpria da realidade social que a Economia

    pretende estudar?

    Questes que interessam Economia:

    Produo Consumo Distribuio Tentar encontrar solues Poupana Repartio da riqueza Satisfao das necessidades da populao Maximizao do seu bem-estar

    Problema econmico

    Necessidades

    Ilimitadas

    ESCASSEZRecursos

    limitados a origem mas

    O problema econmico consiste na adequao dos recursos escassos snecessidades ilimitadas (mltiplas)

    Uma gesto ptima dos recursos de forma a maximizar o bem-estar

    da populao

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    Gera, obriga proceder

    ESCASSEZ Alternativas ESCOLHAS

    (opes) (decises)

    Objecto da cincia econmica

    A Economia a cincia das decises e das escolhas, com vista ao aproveitamento ptimo

    dos recursos.

    Escolha sacrificar algo (renunciar a outras possibilidades de consumo de produo)

    Custo de oportunidadeou custo de substituio

    Custo de oportunidade: avaliao das quantidades de bens que no podem ser

    produzidas/consumidas em consequncia da produo/consumo de um bem

    determinado.

    1.4. A actividade econmica e os agentes econmicosA sociedade constituda por uma multiplicidade de agentes econmicos.

    Os agentes econmicos so classificados de acordo com o critrio funcional que se baseia

    nas principais funes exercidas pelos agentes econmicos na actividade econmica.

    Agentes econmicos:conjunto dos elementos que intervm na actividade econmica.

    ESTADO

    FAMLIAS EMPRESAS

    RESTO DO MUNDO

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    Funes:

    Famlias:

    Consumo: utilizao de bens e servios na satisfao de necessidades Poupana: parte do rendimento que no utilizada no consumo

    Empresas:

    Repartio dos rendimentos: distribuio das mais-valias geradas durante oprocesso produtivo pelos diversos intervenientes nessa actividade, conforme a sua

    participao no processo

    Produo: processo atravs do qual se obtm os bens e servios Distribuio: conjunto das operaes que permitem encaminhar um produto da

    fase final da fabricao para a fase do consumidor ou do utilizador

    Estado:

    Satisfao das necessidades colectivas da populao (produo de B&S) Redistribuio dos rendimentos: aco que consiste em tornar possuidor de um

    rendimento um determinado nmero de indivduos que pela sua actividade ou

    qualificao no o teria recebido espontaneamente (minimizar as desigualdades

    econmicas e sociais)

    Resto do mundo: Conjunto dos agentes econmicos no residentes que estabelecem relaes

    econmicas com residentes.

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    UNIDADE 2

    NECESSIDADES E

    CONSUMO

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    2.1. Necessidades Noo e classificao

    Necessidade: estado de carncia ou desejo revelado por sensaes desagradveis de

    falta.

    Caractersticas das necessidades:

    Multiplicidade (desejo de ter sempre mais) Sociabilidade (intensidade diminui com a satisfao das necessidades) Hierarquizveis (ordenadas por intensidade) Interdependncia (complementares ou substituveis)

    Classificao das necessidades:

    Custos EconmicasNo econmicas Natureza ou importncia Primrias (indispensveis)

    Secundrias (necessrio mas no indispensveis)

    Tercirias (suprfluas)

    Abrangncia ou modo como so satisfeitas IndividuaisColectivas

    NOTA: As necessidades do consideradas o motor da Economiae variam no tempo e no

    espao.So consideradas o motor da Economia pois determinam a produo.

    2.2. Os bens e a satisfao das necessidades Noo e classificao

    Bens: tudo aquilo que se utiliza para satisfazer as necessidades do Homem.

    Livres: no so escassos Econmicos: a sua obteno implica uma actividade/esforo/custo da humanidade,

    pois so escassos

    Caractersticas dos bens econmicos:

    Utilidade (subjectiva) determina o valor de uso de um bem Escassez (objectiva) determina o valor de troca de um bem Susceptibilidade do uso alternativo

    Utilidade: Aptido de um bem ou servio para satisfazer uma necessidade.

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    Valor de uso: importncia que um indivduo atribui a determinado bem ao conserv-lo

    apto a satisfazer uma necessidade

    Valor de troca: valor atribudo aos bens, tendo em conta a possibilidade da sua troca por

    outros bens. Este valor sempre expresso noutro bem. Actualmente, costumamos utilizar

    a moeda e, por isso, designamos este valor por preo.

    Classificao dos bens econmicos:

    Natureza fsica Materiais (produtos)Imateriais (servios)

    Durao DuradourosNo duradouros

    Funo ou utilizao ConsumoProduo

    Relaes recprocas Substituveis fungveisentre os bens sucedneos

    Complementares horizontal

    vertical

    Fungveis: so aqueles que so perfeitamente substituveis (fsforo por isqueiro).

    Sucedneos: so os que s em parte se substituem (manteiga por margarina).

    2.3. O consumo noo e tipos

    Consumo: acto de utilizao de um bem ou servio com vista satisfao de necessidades

    (considera-se que este tem lugar (acontece) na altura da aquisio do bem).

    Tipos de consumo

    Final

    Intermdio Matrias-primas (incorporadas nos produtos acabados)

    Matrias subsidirias (extinguem-se durante o processo produtivo)

    Essencial

    Suprfluo

    Individual

    Colectivo

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    Privado

    Pblico

    NOTA: O nvel de consumo pode ser um indicador (permite avaliar) do nvel de vida, bem-

    estar e desenvolvimento das populaes.

    2.4. Padres de consumo diferenas e factores explicativos

    Existem variados factores So interdependentes, isto ,

    Que influenciam as escolhas interagem em conjunto na

    Dos consumidores e os seus definio dos modelos de

    Padres de consumo consumo

    Factores econmicos

    a) RendimentoO nvel do rendimento reflecte-se de duas maneiras sobre o consumo:

    Em volume (quantidade) se aumenta r aumenta CSe diminui r diminui C

    Isto para bens normais. Caso se tratasse de bens

    inferiores, seria o inverso.

    Bens normais: bens cujo consumo aumenta medida que aumenta o rendimento do

    consumidor.

    Bens inferiores: bens cujo consumo diminui medida que aumenta o rendimento do

    consumidor.

    Em estrutura (qualidade): a natureza (tipo) dos bens e servios consumidos, isto ,a estrutura de consumo

    , altera-se com o nvel do rendimento.

    Como?

    Lei de Engel

    Estrutura de consumo: repartio percentual das despesas de consumo por diversas

    classes de bens e servios.

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    Lei de Engel

    100

    NOTA: A anlise das estruturas de consumo constitui um indicador do nvel de vida e bem-

    estar de uma populao ou grupo social (Ex. Idosos, jovens)

    (Quanto maior a % em alimentao, menor o nvel de vida)

    b) PreosA quantidade consumida de um bem (Ex. Bem A) tambm depende do preo:

    Do prprio bem (se aumentar o preo do bem A diminui o consumo do bem Aou se diminuir o preo do bem A aumenta o consumo do bem A)

    Efeito-rendimento

    Efeito-rendimento: a variao nas quantidades consumidas dos bens em virtude da

    variao dos preos, que influencia o rendimento real dos consumidores.

    De outros bens (Ex. bem B) bens substituveis (se aumenta PB aumenta CAouse diminui PB diminui CA) Efeito-substituio

    bens complementares (se aumenta PB diminui

    CAou se diminui PB aumenta CA)

    Efeito-substituio: o aumento do consumo de um bem em virtude do aumento do

    preo de um outro bem seu sucedneo ou substituvel.

    c) Inovao tecnolgicaDetermina a produo de B&S que satisfazem as nossas necessidades.

    Permite criar novos B&S capazes de responder s mltiplas necessidades doHomem

    Novos hbitos de consumo (novas necessidades)

    (Ex. telemveis, microondas, computadores)

    Permite a melhoria dos produtos existentes, incorporando neles novascaractersticas tcnicas.

    Produtos melhorados passam a ser consumidos em substituio dos at a existentes.

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    Factores extra-econmicos

    a) Estrutura etriaFaixas etrias diferentes possuem hbitos de consumo diferentes.

    b) Modos de vidaO clima, as tradies, o grupo social a que os indivduos pertencem, condicionam os

    hbitos de consumo.

    c) ModaInfluencia a renovao constante do consumo de alguns produtos

    Suscita novas necessidades, comeando nas classes sociais superiores

    As classes sociais mais baixas procuram imitar o comportamento das classes superiores

    Efeito demonstrao/imitao

    Assiste-se difuso dos produtos pelas classes mais baixas, devido reduo dos preos,

    publicidade, etc , ou seja, assiste-se igualizao dos consumos entre as diferentes

    classes sociais

    Homogeneidade (uniformizao) do consumo

    d) PublicidadeD a conhecer os produtos, mas tambm cria nos indivduos a necessidade e o desejo de

    adquirir certos bens

    Bens publicitrios: TV, rdio, jornal,

    2.5. Evoluo da estrutura do consumo em Portugal e na UE

    Anlise do quadro da pgina 64 e grfico da pgina 65, e respectivas concluses.

    2.6. A sociedade de consumo caracterizada pela extrema abundncia de B&S postos disposio dos consumidores e

    que, atravs de meios sofisticados de comercializao, cria nas pessoas a necessidade de

    efectuarem consumos impulsivos.

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    Evoluo:

    Nasceu com a Revoluo industrial

    Acesso ao crdito Desenvolvimento das estratgias

    Necessidade de escoar a produo Publicidade de marketing:

    Servio ps-venda Departamento de Marketing

    Assiste-se ao aumento do consumo, ou seja, massificao dos comportamentos de

    consumo acessvel generalidade da populao.

    Consumo de massas

    A produo condiciona o consumo e no o contrrio.

    (os produtos no so produzidos para responder a necessidades, mas sim para suscitar e

    estimular necessidades)

    Consequncias:

    Manipulao do consumidor

    Consumo de produtos desnecessrios e sem valor (a)

    Prejuzo para a sociedade/Humanidade

    Matrias-primas no renovveis (b) Degradao do meio ambiente (c) Endividamento das famlias (d)

    CONSUMISMO

    Consumismo: o conjunto de comportamentos e atitudes susceptveis de induzir ao

    consumo indiscriminado, perigoso e impulsivo.

    CONCLUSO:

    Face a isto tudo necessria a consciencializao da sociedade para proteger quer o

    consumidor (o seu endividamento e manipulao) quer o meio ambiente.

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    2.7. Consumerismo e responsabilidade social dos consumidoresConsciencializao para a defesa do consumidor e do meio ambiente

    Passa por:

    Informao ao consumidor Reconhecimento de um conjunto de direitos Educao do consumidor

    CONSUMERISMO

    Consumerismo: a aco social conduzida a vrios nveis para legitimar ou aprofundar os

    direitos dos consumidores, incluindo-se aqui a interveno no mercado com o objectivo

    de aperfeioar a qualidade de vida e os valores sociais.

    2.8. A defesa dos consumidores em Portugal e na Unio EuropeiaPortugal INDC ou IC (Inst. Nac. De Defesa do Cons.)

    Associaes e organizaes DECO(Assoc. de Defesa do Consumidor)

    para a defesa dos UGC(Unio Geral do Consumidor)

    consumidores UE Centro Europeu do Consumidor

    Direitos fundamentais do consumidor (constituio portuguesa art. 60)

    Direito proteco da sade e da segurana; Direito proteco dos direitos econmicos; Direito reparao de danos; Direito informao e educao; Direito representao; Direito a uma justia acessvel e pronta.

    Alm dos seus direitos, os consumidores devemter conscincia dos seus deveres.

    Responsabilidade social do consumidor:consciencializao de um conjunto de princpios

    que devem orientar o indivduo nas suas atitudes como consumidor.

    Deveres do consumidor

    Conscincia crtica (questionar-se acerca da sua compra)

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    Aco (reclamar quando os direitos como consumidores so violados) Preocupao social (estar conscientes dos nossos consumos sobre os outros

    concidados)

    Conscincia do meio ambiente (devemos sempre preservar o ambiente) Solidariedade (defesa comum dos interesses dos consumidores)

    Poltica da UE para a defesa dos consumidores

    (ver pgina 73 do manual)

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    25

    UNIDADE 3

    A PRODUO DE

    BENS E SERVIOS

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    3.1. Bens sua classificao(leccionado na unidade anterior)

    3.2. Produo e processo produtivo. Sectores de actividadeeconmica.Produo: actividade pela qual um agente econmica cria riqueza sob a forma de B&S,

    com vista satisfao das necessidades.

    Processo produtivo: a forma como se organiza a produo (conjunto de procedimentos)

    dentro de uma unidade produtiva.

    Multiplicidade de actividades econmicas, podem ser agrupadas de acordo com ascaractersticas comuns entre si.

    Classificao por sectores de actividade econmica (Colin Clark)

    Sector primrio Sector secundrio Podem ser divididos em ramos de actividade (A Sector tercirio contabilidade nacional considera-os 49)

    3.3. Factores de produo noo e classificaoFactores de produo:conjunto de elementos necessrios para produzir bens e servios.

    Recursos+ trabalho+ capital= Produo

    So combinados de formas diversas

    3.3.1. Os recursos naturais

    Recursos naturais :bens que a natureza fornece.

    Recursos renovveis:aqueles que no se esgotam e que a Natureza repe.

    Recursos no renovveis:aqueles que se esgotam e que tendem a desaparecer

    com o consumo do Homem.

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    Necessidades ilimitadas vsrecursos escassos

    Presso sobre os recursos naturais

    Esgotamento dos recursos no renovveis

    Degradao dos recursos renovveis

    Tem-se agravado ao longo dos tempos (acelerado)

    3.3.2. O trabalho. A situao em Portugal e na UE

    a) Noo, tipos e evoluo

    Trabalho em sentido econmico: toda a actividade, fsica ou intelectual, remunerada,

    realizada com uma finalidade econmica.

    Formas / classificao do trabalho:

    Tipo de esforo predominante ManualIntelectual

    Proximidade com as matrias-primas DirectoIndirecto

    Qualificao ou preparao especfica Simples: no exige qualquer qualificaoe especfica (limpeza, porteiro,...)

    Complexo: exige qualificaes especiais

    no trabalhador (mdico, operrio,...)

    Objectivo a atingir ou natureza ExecuoDa funo desempenhada Direco

    Inovao / inveno / investigao

    Evoluo dos processos produtivos (inovao tecnolgica)

    Evoluo das formas de trabalho

    Diviso natural do trabalho (sexo, idade)

    Diviso socialdo trabalho (profisses)

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    Revoluo industrial especializao dos operrios

    Hoje em dia Informatizao e automao (utilizao de robots)

    Rapidez, qualidade, diminuio dos custos

    Racionalidade de produo

    Benefciosvs Custos

    Benefcios Custos

    Aumento da produo Reduo da criatividade e doesprito de iniciativa

    Reduo dos custos Desmotivao profissional Aumenta da eficcia do processo

    produtivo (produtividade)

    Aparecimento de doenasespecficas

    Desemprego tecnolgicob) Populao activa e taxa de actividade

    Populao activa: a parcela da populao residente num pas com idade superior

    escolaridade obrigatria e com capacidade para o exerccio de uma actividade

    remunerada.

    Populao empregada:parte da populao activa que, tendo capacidade para oexerccio de uma profisso, est a exerc-la. Populao desempregada: parte da populao activa que embora tenha

    capacidade para o exerccio de uma profisso remunerada, temporariamente ou

    por razes alheias sua vontade, no est a exerc-la.

    Indivduos a cumprir servio militar (obrigatrio)

    100

    Taxa de actividade:% da populao residente num pas com capacidade para o exerccio

    de uma actividade remunerada.

    Fornece informaes importantes sobre o trabalho e a actividade econmica

    S que necessrio ter em conta que parte dessa populao est desempregada

    Depende de inmeros factores, tais como: valores de natalidade, nvel de escolaridade,

    idade de reforma, tradies e convenes sociais relativamente ao trabalho,

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    c) Desemprego Causas e tiposDesemprego: a situao de inactividade forada de mo-de-obra, isto , abrange os

    indivduos que gostariam de encontrar emprego e que no conseguem arranjar nenhum.

    . 100

    Causas do desemprego Causas estruturais: o desemprego aparece em resultado de

    alteraes estruturais da economia e que afecta durante

    muito tempo os trabalhadores.

    Causas conjunturais:o desemprego surge em consequncia de

    variaes mais ou menos longas, mas passageiras, das

    condies do mercado e que afectam a curto prazo os

    trabalhadores.

    Tecnolgico(desqualifica os trabalhadores mais idosos) -

    estrutural

    Cclico(recesses econmicas) - conjuntural

    Tipos de desemprego Repetitivo(Trabalhadores com baixa qualificao)

    Delongadurao(mudanas de longo-prazo) estrutural

    Sazonal(actividades cclicas)

    Voluntrio(razes pessoais)

    d) Formao ao longo da vidaAssume uma grande importncia hoje em dia por duas razes:

    Uma melhor qualificao dos recursos humanoso Aumento da produtividade

    Inovao tecnolgicao Trabalhadores com novas qualificaeso Trabalhadores com mais qualificaes

    e) Terciarizao um fenmeno que est associado ao processo de desenvolvimento dos pases e

    consequentemente ao desenvolvimento tecnolgico e designa a importncia crescente

    das actividades do sector tercirio no conjunto das actividades econmicas.

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    o Capacidade de empregoo Contribuio para o produto (riqueza)

    Este crescimento do sector tercirio, nos pases desenvolvidos, resulta do:

    Aumento / incremento dos servios nas indstrias (organizao dos processosprodutivos atravs da gesto do tempo, do espao, dos recursos materiais e

    humanos para melhorar os bens fornecidos)

    Incremento dos servios relacionados com a comercializao dos bens (concepodos bens, controlo de qualidade, marketing)

    Incremento da subcontratao de empresas (limpeza, manuteno,...)3.3.3. O capital noo e tipos

    Capital em sentido corrente:patrimnio / riqueza

    Capital em sentido econmico:capital riqueza

    Patrimnio (bens / riqueza) que aplicado Patrimnio (bens / riqueza) que no

    Na actividade produtiva (na produo de mais aplicado na actividade produtiva.

    Bens ou de mais riqueza).

    Conceito econmico de capital

    Tipos de capital

    a) Capital tcnico:conjunto de todos os bens utilizados no processo produtivo. Capital fixo: parte do capital tcnico constitudo por bens duradouros

    (utilizados em mais do que um processo produtivo), ou seja, transferem

    parte do seu valor para o produto (Ex.: Edifcios, mquinas, ferramentas,

    ...).

    Capital circulante: parte do capital tcnico constitudo por bens noduradouros (utilizados somente num processo produtivo), ou seja,

    transferem todo o seu valor para o produto (Ex.: matrias-primas

    transformadas, matrias-subsidirias destrudas)

    b) Capital financeiro:conjunto de todos os meios financeiros utilizados no processo

    produtivo, sempre constitudo por moeda e depsitos ordem (elementos

    lquidos) e por valores mobilirios (elementos quase lquidos como aces,

    obrigaes,... ).

    Capital prprio:conjunto de valores pertencentes prpria empresa

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    Capital alheio: conjunto de valores que constituem o funcionamento deterceiros.

    Hoje em dia:

    c) Capital natural:

    recursos naturais (indispensvel para produzir).

    d) Capital humano: instruo e formao dos indivduos (indispensvel para a

    eficcia da produo).

    Conjunto de capacidades humanas economicamente produtivas

    3.4. Combinao dos factores produtivos

    Noo: A produo resulta da recursos a proporo em que cada um

    Combinao de 3 factores trabalho intervm pode variar.

    Capital

    Funo produo:conjunto de todas as combinaes possveis de factores que permitem

    obter um determinado nvel de produo, dado o estado tecnolgico.

    ,Produo total Trabalho, matrias Capital

    (ou P) -primas e matrias- (tecnologia)

    -subsidirias.

    L representa os factores facilmente ajustveis num curto prazo (Factores variveis)

    K representa os factores que no podem ser facilmente ajustveis num curto prazo.(Factores fixos)

    Variao de um s factor (L ou K)Variao de ambos os factores, desde que sejam substituveis

    Substituibilidade dos

    Factores de produo

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    Exemplo:

    Isoquantas ou

    curvas de igual

    produto

    Isoquantas: representao grfica de todas as combinaes possveis de factores que

    permitem obter um determinado nvel de produo dado o estado tecnolgico.

    Curto prazo:supe-se que a tecnologia (K) invarivel, variando apenas o factor trabalho

    (L).

    - Funo produo de curto prazoLongo prazo:supe-se que possvel fazer variar ambos os factores.

    , - Funo produo de longo prazoProdutividade: relao quantitativa entre o volume de uma produo e um ou mais

    factores de produo. Esta relao permite medir a eficcia desse ou desses factores

    produtivos.

    Do factor trabalho

    + Do factor capital

    + Dos consumos intermdios

    +

    = total dos factores produtivos

    Pode ser medida em termos Fsicos ou tecnolgicos (quantidade)

    Monetrios (valor)

    a) Produtividade mdiaProdutividade mdia: relao quantitativa entre o volume de uma produo e um ou

    mais factores de produo. Esta relao permite medir a eficcia desse ou desses factores

    produtivos.

    Y L K

    100 18 2

    100 14 3

    100 13 4

    150 20 4

    150 17 5

    150 16 6

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    , . .

    OU

    PMx = Z em mdia, cada unidade do factor utilizado (X) produz Z unidades deproduto.

    , OU

    PMx = Z em mdia, por cada unidade monetria do factor utilizado (X), obtido um

    valor de produo de Z unidades monetrias.

    OU

    PMlk = Z em mdia, cada unidade da combinao de todos os factores (L, K, ...),

    permite obter Z unidades de produto.

    b) Produtividade marginalProdutividade marginal: o acrscimo de produo provocado pela utilizao de mais

    uma unidade desse factor, mantendo-se constantes todos os outros.

    Pode tratar-se da produtividade marginal do trabalho ou do capital.

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    .

    OU

    PMgx = Z em mdia, por cada unidade adicional de factor (X), obtm-se um acrscimo

    de Z unidades de produto.

    NOTA:No curto prazo, a produtividade marginal (PMg) permite saber qual dever ser oaumento do factor trabalho, capaz de se combinar eficazmente com o factor fixo

    existente.

    Lei dos rendimentos decrescentes

    OU

    Lei da PMg decrescente

    Lei dos rendimentos decrescentes: quando se aumenta em quantidades um factor de

    produo, mantendo-se o outro constante, a partir de um certo limite, a produtividademarginal desse factor torna-se decrescente (ou os acrscimos na produo (Y) so cada

    vez menores).

    Exemplo:

    Mximo da PMgl. A partir

    deste ponto (n de verifica-se a Lei dos rendimentos

    decrescentes.

    Combinao ptima dos factores produtivos (3 de trabalho e x de capital)

    L Y PML(y/L) PMgL(Y/L)

    0 0 - -

    1 5 5 5

    2 12 6 73 21 7 9

    4 24 6 3

    5 25 5 1

    6 24 4 -1

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    Regio de produo

    A Ponto de inflexo: mximo da PMgl (mximo de aproveitamento de L (trabalho). A PT

    deixa de crescer a ritmos crescentes para passar a crescer a ritmos decrescentes.

    B Mximo da PT: PMgl = 0 (mximo de aproveitamento de K (capital).

    Custos de Produo

    Em termos tcnicos:funo produtiva

    Eficcia produtiva Em termos econmicos: menor custo entre opes tecnicamente

    indiferentes.

    a) Custo total: conjunto de todos os custos necessrios obteno da produo.

    So independentes do So custos que variam com alteraes

    Volume de produo no volume de produo

    b) Custo mdio (unitrio): custo por unidade produzida

    CFM CVM

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    Custo fixo mdio: custo fixo por unidade produzida (quando a quantidade tende a

    aumentar para +, o custo fixo mdio tende para 0)

    Custo varivel mdio:Custo varivel por unidade produzida.

    c) Custo marginal:acrscimo no custo devido produo de mais uma unidade deproduto.

    Exemplo:

    Q CF CV CT CM CFM CVM CMg

    0 80 0 80 - - - -

    1 80 10 90 90 80 10 10

    2 80 18 98 49 40 9 8

    3 80 25 105 35 26.7 8.3 7

    4 80 30 110 27.5 20 7.5 5

    5 80 35 115 23 16 7 5

    6 80 45 125 20.8 13.3 7.5 10

    7 80 60 140 20 11.4 8.6 15

    8 80 90 170 21.25 10 11.25 30

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    Concluses:

    O CFM decrescente (tende para 0) O CVM aproxima-se cada vez mais do CM (CM=CFM+CVM) O CMg intercepta o ponto mnimo do CVM e do CM Enquanto o CMg < (CM e CVM), os CM e CVM descem Enquanto o CMg > (CM e CVM), os CM e CVM aumentam

    Economias de escala: Economias (poupanas) resultantes do aumento da dimenso

    (escala de produo) da empresa.

    a) Economias de escala:situao que ocorre pela diminuio do custo mdio devidoao aumento da dimenso da unidade de produo (empresa).

    Custo mdio diminui com o aumento da produo Aparecem, normalmente, associadas s grandes empresas devido a:

    o Melhor organizao e especializao do trabalho e da direco;o Facilidades de financiamento e de acesso a equipamentos de

    elevada tecnologia;

    o Reduo de custos de certas actividades administrativas e decomercializao;

    o Maior capacidade de negociar preos de venda e de compra.b) Deseconomias de escala: situao que ocorre pelo aumento do custo mdio

    devido ao aumento da dimenso da unidade de produo (empresa)

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    Custo mdio aumenta com o aumento da produo Aparecem, normalmente, associadas s empresas muito grandes devido a:

    o Dificuldade de coordenao do trabalho;o Desperdcios;o Desmotivao dos trabalhadores;o Aumentos das tenses sociais;o Aumentos dos custos de produo de certas actividades, como

    transportes.

    c) Economias constantes escala O custo mdio no se altera com o aumento da produo

    Exemplos:

    Q CT CF CV CM CFM CVM

    10 100 20 80 10 2 8

    20 180 20 160 9 1 8

    aumento da dimenso economias de escala

    Q CT CF CV CM CFM CVM

    10 100 20 80 10 2 820 220 20 220 11 1 10

    aumento da dimenso deseconomias de escala

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    UNIDADE 4

    COMRCIO E

    MOEDA

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    4.1. Comrcio noo e tipos

    Distribuio:Conjunto das operaes que permitem encaminhar um produto da fase final

    da fabricao para a fase do consumidor ou utilizador.

    Transporte

    Embalagem

    Conservao

    Armazenagem

    Comrcio

    Canais/circuitos de distribuio:percurso efectuado pelo bem desde a produo at ao

    consumo.

    Longo/clssico

    Curto

    Directo/ultracurto

    Armazenista ou grossista:comerciante que compra os bens aos produtores em grandes

    quantidades, fracciona-os e armazena-os, vendendo-os depois aos retalhistas.

    Retalhista: comerciante que, em geral, compra os bens aos armazenistas, vendendo-os

    posteriormente aos consumidores.

    Hoje em dia, a tendncia vai no sentido da concentrao, isto , da supresso dos

    intermedirios de forma a aproximar o consumidor do produtor e, assim, diminuir

    os preos e aumentar as margens do produtor.

    Produo Distribuio Consumo

    Unidadeprodutiva

    Armazenistaou grossista

    Retalhista Consumidor

    Unidadeprodutiva

    Retalhista Consumidor

    Unidadeprodutiva

    Consumidor

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    Transportes:actividade econmica que consiste na deslocao das mercadorias do local

    de produo para o local de consumo.

    Eliminam o factor espao: permitem que aquilo que foi produzido numdeterminado local esteja disponvel noutro para consumo.

    Comrcio:o comrcio consiste numa actividade de troca.

    Elimina o factor tempo: permite que quilo que foi produzido anteriormenteesteja disponvel quando os consumidores precisarem.

    Tipos de comrcio:

    Interno:as trocas so efectuadas dentro de um espao geogrfico nacional.

    Externo ou internacional: as transaces envolvem agentes econmicos de

    diferentes pases.

    Tradicional/independente: constitudo, normalmente, por pequenos

    estabelecimentos onde o atendimento personalizado.

    Integrado:estabelecimento includo numa cadeia de lojas.

    Sucursais ou filiais: lojas pertencentes ao mesmo proprietrio, com amesma designao;

    Franchising: modalidade que resulta de um acordo celebrado entre duasempresas independentes, o franchisador e o franchisado, em que o

    primeiro, normalmente uma empresa multinacional que criou a marca e a

    desenvolveu, cede ao segundo o direito de utilizar essa mesma marca em

    troca do pagamento de uma percentagem sobre o volume de negcios ou

    outra qualquer contrapartida;

    Grandes superfcies:mais vulgarmente denominadas hipermercados, ondese pode comprar de quase tudo no mesmo espao, desde alimentos at

    electrodomsticos, passando por vesturio, calado e artigos para o lar;

    Grandes superfcies especializadas: espaos suficientemente amplos,como no caso anterior, onde o consumidor pode circular e escolher os

    produtos que deseja a diferena relativamente situao descrita

    anteriormente que, neste caso, os produtos venda no so to

    diversificados, enquadrando-se numa determinada especializao, que

    pode ser, por exemplo, a jardinagem, materiais de construo, mobilirio,

    etc.

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    Mtodos de distribuio:

    Venda directa: o comprador e o vendedor esto em contacto, ou seja, encontram-

    se no mesmo espao fsico.

    Venda indirecta: o contacto entre o comprador e o vendedor no existe.

    Venda automtica: efectuada por mquinas, como, por exemplo, na vendade bilhetes, selos, etc;

    Venda distncia: por telefone ou por catlogo, onde os consumidoresseleccionam os produtos que, posteriormente, lhes so enviados pelo

    correio;

    Comrcio electrnico: mtodo mais recente, em que os compradoresescolhem e encomendam os produtos atravs da internet.

    4.2. A evoluo da moeda formas e funes

    Sociedades recolectoras (nmadas) no existiam trocas 1 diviso do trabalho (agricultores, criadores de gado) excedentes 2 diviso do trabalho (aparecimento de ofcios)

    Troca directa (Bem Bem): quando se troca um bem que temos em excesso

    directamente pelo que desejmos.

    Inconvenientes da troca directa:

    Coincidncia de interesses; Indivisibilidade de certos bens; Perecibilidade de certos bens; Dificuldade de transporte; Determinao do valor relativo entre bens.

    Troca indirecta(Bem Moeda Bem): caracteriza-se pela existncia de um bem

    que serve de intermedirio.

    Moeda:bem de aceitao generalizada que serve de intermedirio nas trocas.

    a) Moeda mercadoria:uma das mercadorias serve como moeda.Inconvenientes da moeda mercadoria:

    O valor pode variar com frequncia devido a factores naturais (Ex.Clima, epidemias, etc.)

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    Podia ser utilizada para fins no monetrios falta de moedab) Moeda metlica:utilizao do ouro e da prata, devido a:

    Raridade ou escassez; Facilidade de transporte (volume reduzido para um grande valor); Divisibilidade (no implica perda de valor) Inalterabilidade (grande resistncia ao desgaste e ao tempo)

    Fases da moeda metlica:

    o Moeda pesada: circulava com peso e formas variveis, sendo o seu valorrepresentado por um certo peso de metal.

    o Moeda contada: pequenos discos redondos com pesos determinados,bastando cont-los.

    o Moeda cunhada: pequenas peas metlicas com indicao do peso deforma a transmitir confiana s pessoas.

    c) Moeda de papel:surgiu a par da moeda divisionria ou moeda de trocos.Fases da moeda de papel:

    o Moeda representativa:moeda de papel, com cobertura em ouro a 100%, eque era nele convertvel a todo o momento.

    Caractersticas:

    - convertvel a qualquer momento;

    - o valor dos papis em circulao = valor dos depsitos em

    ouro.

    o Moeda fiduciria: moeda de papel, com cobertura em ouro inferior a100%, mas que continuava a ser convertvel em ouro.

    Caractersticas:

    - valor das notas em circulao > valor dos depsitos efectuados

    (cobertura < 100%);

    - as notas eram convertveis a qualquer momento em ouro (fidcia)

    o Papel-moeda:moeda de papel, de curso forado, no convertvel.Caractersticas:

    - confiana imposta pelo Estado (inconvertvel; curso forado

    (aceitao obrigatria));

    - emisso feita pelo Banco Central, sob controlo das Autoridades

    Monetrias.

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    d) Moeda escritural (ou bancria): constituda pela movimentao dosdepsitos bancrios (depsito ordem), e no pelos meios que so

    utilizados para os movimentar (cheques, ordens de pagamento, cartes de

    crdito e dbito).

    Valor nominal(facial) valor real(intrnseco)

    Valor inscrito na moeda valor do material de que feita a

    moeda

    Desmaterializao da moeda

    Valor facial > valor real (no caso da moeda escritural, este nem sequer existe)

    Desmaterializao da moeda: processo que consiste no facto de a maioria da moeda

    actual ter cada vez menos concretizao fsica.

    Tipos de moeda actualmente utilizados:

    Moeda metlica (divisionria ou de trocos) Papel-moeda (ou notas de banco) Moeda escritural (ou moeda imaterial ou bancria)

    Funes da moeda:

    A moeda um meio de pagamento geral e definitivo. Significa isto que qualquerdvida pode ser paga em moeda, j que esta de aceitao generalizada, pelo que,

    como consequncia, o devedor fica definitivamente liberto dessa obrigao;

    uma medida de valor, porque serve para exprimir o valor dos bens. O preo decada bem expresso na moeda, o que permite, inclusivamente, comparar o valor

    dos bens;

    Constitui-se como uma reserva de valor, visto que podemos conserv-la para autilizarmos posteriormente, ou seja, no sendo gasta, permite ao seu detentor a

    aquisio de bens no futuro.

    4.3. A nova moeda portuguesa o euro

    Fases da unio econmica e Monetria

    Existiram 3 fasesCritrios de convergncia:

    Inflao Dfice oramental

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    Dvida pblica Taxas de juro de longo prazo Estabilidade cambial

    Dfice oramental:diferena entre as despesas e as receitas do Estado.

    No entraram - Reino Unido e Sucia

    - Dinamarca e Grcia

    NOTA: Existem 8 moedas e 7 notas euro.

    Vantagens da moeda nica:

    Para os particulares:

    Facilita a comparao dos preos dos produtos nos vrios pases; Facilita o turismo porque no necessrio fazer cmbio de moeda; Os salrios, as poupanas e as reformas tornam-se mais estveis porque o valor da

    moeda mais estvel o que implica maior poder de compra;

    Economia mais estvel o que implica crescimento econmico implicando assim acriao de emprego.

    Para as empresas: Diminui os custos dos negcios, porque evita cmbios; Diminui os riscos dos negcios com pases que no pertencem EU, porque o euro

    uma moeda internacionalmente aceite, que compete com o dlar;

    Permite obter emprstimos mais favorveis, porque os juros tendem a baixar; Incentiva o investimento, porque, alm de facilitar os emprstimos, a estabilidade

    que proporciona gera confiana.

    Para a EU e os diversos pases que a integram:

    Torna a Europa mais competitiva no comrcio internacional, porque o euro podemais facilmente rivalizar com o dlar e o iene; Facilita o comrcio interno e, por isso, contribui para o desenvolvimento da Unio; Torna a economia de cada pas mais estvel (alguns pases deixam de ter uma

    moeda fraca);

    Estabilidade monetria duradoura o que implica a descida das taxas de juro e porsua vez implica o aumento do investimento e do emprego.

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    Desvantagens da moeda nica:

    Sobrecarga de informao para o consumidor final, devido dupla fixao dospreos;

    Custos de preparao da introduo do euro por parte do sector bancrio; Elevado investimento em caixas automticas, cabinas telefnicas, mquinas de

    contagem de moedas e notas, parqumetros, mquinas registadoras, etc;

    Dupla contabilizao e utilizao de dois sistemas de pagamentos diferentes.A nica desvantagem que perdura a perda de autonomia no que respeita

    conduo da poltica econmica.

    4.4. Preo de um bem noo e componentes

    Preo de um bem:quantidade de unidades monetrias necessrias sua aquisio.

    Factores determinantes do preo de um bem:

    Custos de produo (matrias-primas, mo-de-obra, horas de trabalho Outros factores - n de compradores e quantidades pretendidas

    - n de vendedores e quantidades disponibilizadas

    4.5. Inflao noo e medida

    Inflao subida sazonal dos preos

    Inflao: processo persistente e relativamente generalizado de aumento dos preos em

    vigor numa dada economia.

    Subida sazonal dos preos: aumento dos preos de alguns bens em determinados

    perodos do ano.

    Deflao desinflao estagflao

    Deflao:Descida generalizada e persistente dos preos dos B&S numa dada economia.

    Desinflao: Diminuio do ritmo de crescimento dos preos, ou seja, os preos

    continuam a subir, mas a um ritmo inferior.

    Estagflao:Inflao acompanhada de estagnao econmica.

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    Causas da inflao:

    Excesso de moeda em circulao quando a quantidade de moeda em circulaoaumenta sem o correspondente aumento da produo de B&S, os preos tm

    tendncia a subir em virtude do aumento da procura;

    Aumento dos custos de produoprovocado quer pelo aumento dos salrios semo correspondente aumento da produtividade dos mesmos quer pelo aumento do

    preo das matrias-primas. Quando esse aumento de preos se verifica em

    matrias-primas essenciais ao processo produtivo, acaba por se estende

    generalidade dos B&S ( o caso do aumento do preo do petrleo). Poder

    tambm existir, nestes casos, inflao importada, quando as matrias-primas de

    outro pas aumentam o preo e provocam a subida dos preos no pas do destino

    (a inflao tem origem noutro pas);

    Expectativas dos agentes econmicos a criao de um clima inflacionistacontribui, frequentemente, para o agravamento do prprio processo inflacionrio,

    porque leva os agentes econmicos a tentarem antecipar os aumentos dos preos,

    antecipando consumos (no caso dos consumidores) ou aambarcando produtos,

    espera que o seu preo aumente (no caso dos produtores ou consumidores).

    Consequncias da inflao:

    Uma das mais importantes consequncias relaciona-se com o valor da moeda. Seos preos sobem, isso significa que um consumidor, com o mesmo nmero de

    unidades monetrias, vai passar a poder comprar menos B&S, porque o seu preo

    subiu. Logo, a moeda perdeu valor. Diz-se, ento, que a inflao leva

    desvalorizao ou depreciao da moeda ( necessria mais moeda para

    comprara os mesmos B&S);

    Outra consequncia intimamente relacionada com esta diz respeito ao poder decompra da generalidade da populao, ou seja, capacidade aquisitiva das

    famlias. Com o seu rendimento mensal, as famlias possuem um determinado

    poder aquisitivo, isto , um determinado poder de compre que vai diminuindo

    medida que os preos vo subindo. Essa deteriorao do poder de comprano ,

    contudo, uniformemente sentida. Ela mais gravosa para as pessoas com

    rendimentos fixos e para aqueles que tm rendimentos mais baixos pelo facto dos

    seus rendimentos no acompanharem os preos. Em processos inflacionistas, a

    subida dos salrios dificilmente acompanha a subida dos preos.

    Depreciao da moeda:reduo do valor dessa mesma moeda.

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    Poder de compra:capacidade financeira das famlias que se traduz na quantidade de B&S

    que elas podem adquirir com os seus rendimentos.

    Deteriorao do poder de compra:diminuio da capacidade aquisitiva das famlias.

    O IPC

    ndice de preos do consumidor: o instrumento utilizado para medir a variao mdia

    do poder de compra dos consumidores.

    1 0 0 Z =no ano x so necessrios Z para comprar os mesmos B&S que se compravam no ano-

    base por 100.

    IHPC(ndice Harmonizado De Preos do Consumidor)

    Porqu o IHPC?

    Necessidade de ndice de preos no consumidor comparvel e fivel, entre os estados-

    membros da EU.

    Uniformizao dos mtodos para efeitos de comparao e para a elaborao de

    indicadores agregados ao nvel da UEM.

    Em que diferem o IPC e o IHPC?

    Diferem a nvel dos conceitos, mtodos, definies e prticas.

    A taxa de inflao

    Taxa de inflao Inflao

    Taxa de inflao: Variao percentual dos preos verificada entre dois momentos do

    tempo.

    1 0 0 %

    OU

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    1 100 %

    Z%- Os preos subiram, em mdia, entre o ano x e o ano y, Z%.

    Formas de clculo da taxa de inflao

    Inflao mdia anual:mede a variao dos preos ao longo dos 12 meses de umano ( calculada com base em vrias observaes estatsticas e, por isso, mais

    estvel).

    Inflao mensal:mede a variao dos preos entre dois meses consecutivos.

    1 1 0 0

    Inflao homloga:mede a variao dos preos entre o mesmo ms de dois anosconsecutivos ( calculada com base em apenas duas observaes estatsticas).

    , , 1 100

    4.6. A inflao em Portugal e na Unio Europeia

    (ver pgina 137 do manual)

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    UNIDADE 5

    PREOS E

    MERCADOS

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    5.1. Mercado noo e exemplos

    Em sentido corrente:

    Local fsico onde se encontram compradores e vendedores (espao)

    Normalmente, em data(s) fixa(s) (espao)Em sentido econmico (noo mais abstracta):

    As unidades fsicas de tempo e de espao j no so necessrias Existncia de um intermedirio (ex.: bolsa de valores)

    Mercado: situao de confronto entre a oferta dos vendedores e a procura dos

    compradores, com o objectivo de realizar uma troca de B&S, mediante um preo.

    Exemplos de mercado:

    Mercado do petrleo, acar, caf, trabalho, financeiro, cambial, 5.2. O mecanismo do mercado

    5.2.1. A procura e lei da procura

    Procura: A procura de um bem a quantidade desse bem que os compradores esto

    dispostos a adquirir a cada preo.

    Procura Consumo

    Reflecte uma inteno uma despesa j efectuada

    de compra pelo comprador

    Procura individual Procura agregada

    Procura agregada (global ou de mercado):consiste nas intenes de compra de todos os

    consumidores a cada preo ( o somatrio das procuras individuais).

    Procura individual:consiste na quantidade de um bem que um determinado comprador

    est disposto a adquirir a cada preo.

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    A quantidade procurada depende essencialmente do preo dos B&S

    Relao Inversa

    Supondo que os outros

    A quantidade procurada uma preo quantidade factores que tambm

    Funo decrescente do preo preo quantidade influenciam a procura

    no se alteram

    (ceteris paribus)

    Funo procura

    EX.

    P Qd

    100 11000

    200 8000

    300 6000

    400 4500

    500 3500

    D -P Qd sobre a curva (alterao da Qd)

    D - +Qd DD cada nvel de preo (alterao da procura)

    D - -Qd DD cada nvel de preo (alterao da procura)

    D Curva da procura (D): esta curva representa, graficamente, as quantidades de um

    bem que um conjunto de consumidores est disposto a comprar a cada preo.

    Relao inversa ou funo decrescente

    Devido a 2 efeitos:

    Efeito-substituio:efeito resultante da alterao das condies de concorrnciaentre os bens, quando o preo varia. O consumidor compra outros bens.

    Efeito-rendimento:efeito resultante da alterao do rendimento real. como se oconsumidor ficasse mais pobre.

    Lei da procura

    A quantidade procurada de um bem varia em sentido inverso ao do seu preo, desde que

    o resto se mantenha constante.

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    OU

    Um aumento do preo provoca uma reduo na quantidade procurada e uma reduo dopreo provoca um aumento da quantidade procurada, ceteris paribus.

    Factores determinantes da procura

    Rendimento dos consumidores Bem normal (r Q)Bem inferior (r Q)

    Preo de outros bens Substituveis (Ps Q)Complementares (Pc Q)

    Preferncias dos consumidores PublicidadeModa

    N de consumidores Sazonalidade Expectativas dos consumidores

    Bem inferior: aqueles em relao aos quais um acrscimo de rendimento implica umadiminuio das quantidades procuradas.

    5.2.2. A oferta e lei da oferta

    Produo Oferta

    Tudo o que efectivamente parte da produo que posta

    Produzido (toda a produo venda (parte da produo que

    de um pas) os vendedores esto dispostos

    a vender)

    Oferta individual Oferta agregada

    Oferta agregada (global ou de mercado): o somatrio das ofertas individuais.

    Oferta individual: para cada vendedor consiste na quantidade de um bem que esse

    vendedor est disposto a vender a cada preo.

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    A quantidade oferecida depende essencialmente do preo dos B&S

    Relao Directa

    Supondo que os outros

    A quantidade oferecida uma preo quantidade factores que tambm

    Funo crescente ao preo preo quantidade influenciam a oferta no

    se alteram

    (ceteris paribus)

    Funo oferta

    EX.

    P Qs

    100 1000

    200 4000

    300 6000

    400 7000

    500 7500

    S -P Qs sobre a curva (alterao da Qs)S - +Qs SS cada nvel de preo (alterao da oferta)

    S - -Qs SS cada nvel de preo (alterao da oferta)

    S Curva da oferta (S):esta curva representa, graficamente, as quantidades de um bem

    que um conjunto de vendedores est disposto a vender a cada preo.

    Relao directa ou funo crescente

    Devido s maiores perspectivas de lucro quando os preos so mais elevados.

    Lei da Oferta

    A quantidade oferecida de um bem varia em no mesmo sentido ao do seu preo, desde

    que o resto se mantenha constante.

    OU

    Um aumento do preo provoca um aumento na quantidade oferecida e uma reduo dopreo provoca uma reduo da quantidade oferecida, ceteris paribus.

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    Factores determinantes da oferta

    Custos de produo (C Q) Tecnologia ou mtodos de produo ( C Q) Preo de outros bens Substituveis (Ps Q)

    Complementares (Pc Q)

    Objectivos da empresa Sazonalidade N de produtores (empresas)

    Contedos de desenvolvimento

    a) Elasticidade preo da procura(medida de sensibilidade)Mede o grau em que a quantidade procurada responde (reage) ao preo.

    %% 2 11 2 11

    | |

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    Procura Procura Procura de Procura

    Perfeitamente inelstica ou elasticidade Procura perfeitamente

    inelstica / rgida unitria elstica elstica

    rgida

    Sens. Nula sens. Fraca sens. Mdia sens. Elevada sens. Ilimitada

    %Q=0 %Q < %P %Q = %P %Q>%P %Q=

    Casos particulares

    Outras medidas de elasticidade da procura:

    Elasticidade - rendimento da procura Elasticidade - preo cruzada da procura

    b) Elasticidade preo da oferta(medida de sensibilidade)Mede o grau em que a quantidade oferecida responde (reage) s variaes do preo.

    %%

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    Oferta Oferta Oferta de Oferta

    Perfeitamente inelstica elasticidade Oferta perfeitamente

    Inelstica / ou rgida unitria elstica elstica

    rgida

    Sens. Nula Sens. Fraca Sens. Mdia Sens. Elevada Sens. ilimitada%Q=0 %Q < %P %Q = %P %Q > %P %Q =

    Casos Particulares

    Outras medidas de elasticidade da oferta:

    Elasticidade preo cruzada da oferta

    5.3. Estrutura de mercados

    Mercados de concorrncia perfeita

    Condies (pressupostos) tericos de um mercado de concorrncia perfeita:

    Atomicidade: Existncia de elevado nmero de vendedores e de compradores,todos eles de importncia e dimenso reduzidas, de tal forma que,

    individualmente, nenhum deles tem capacidade para influenciar,

    significativamente, nem o preo nem as quantidades oferecidas do bem. Homogeneidade: Os bens oferecidos pelos diversos vendedores so homogneos,

    por isso, para o comprador indiferente o bem do produtor A ou B.

    Transparncia: Todos os intervenientes no mercado tm acesso a toda ainformao disponvel (informao perfeita e completa).

    Permeabilidade: livre entrada e sada das empresas do mercado (no existembarreiras).

    Mobilidade: facilidade em mudar de actividade ou de produto.

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    NOTAS:

    Basta que uma destas condies no se verifique para que no estejamos empresena de concorrncia perfeita (concorrncia imperfeita)

    Estes pressupostos so mais tericos do que reais, pois so muito difceis de severificarem na realidade, nomeadamente:

    o Atomicidade: frequentemente, deparamo-nos com empresas que, devido sua grande dimenso e quota de mercado, exercem sobre ele uma grande

    influncia, podendo, isoladamente, condicion-lo atravs dos preos que

    impem ou das quantidades que oferecem no mercado. Situao idntica

    acontece tambm do lado da procura, quando esta efectuada por grandes

    empresas que se impem aos produtores, obrigando-os a baixar os preos.

    o caso dos hipermercados a sua superioridade negocial face a uma

    grande parte dos fornecedores (nomeadamente de produtores agrcolas)

    permite-lhes, muitas vezes, impor uma descida dos preos dos produtores.

    o Homogeneidade: embora muitas vezes os produtores tenham caractersticastcnicas muito semelhantes, a publicidade encarrega-se de transmitir a ideia

    aos consumidores de que existem elementos de diferenciao, contribuindo,

    portanto, para um maior ou menor grau de heterogeneidade dos produtos.

    o que acontece, normalmente, com os detergentes (para roupas escuras,

    para roupas delicadas, etc.) ou o prprio vesturio de marca.

    o Transparncia: esta caracterstica exige, como vimos atrs, que todos osintervenientes no mercado disponham de toda a informao disponvel, por

    forma a poderem exercer o seu direito de escolha. Todavia, nem sempre a

    informao circula dessa forma, contribuindo, por isso, para que a

    concorrncia seja imperfeita, dado que aqueles que detm toda a

    informao se encontram em vantagem.

    o Permeabilidade: a permeabilidade no , na maior parte dos casos, muitofcil de atingir. Mesmo que no haja impedimentos legais entrada de novos

    produtores (o que frequentemente acontece), a prpria exigncia de

    tecnologia especfica para a produo de determinado bem pode funcionar

    como obstculo entrada no mercado, o que no de maneira nenhuma

    algo de indito.

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    Os obstculos entrada de novos produtores no mercado podem ser de

    diversa natureza:

    Legais Econmicos Tcnicos

    Determinao do preo no mercado de concorrncia perfeita

    P QD QS

    100 11000 1000

    200 8000 4000

    300 6000 6000

    400 4500 7000500 3500 7500

    E- Ponto de equilbrio

    O ponto de interseco entre a curva da procura e curva da oferta.

    Qe Qs = Qd

    Pe preo de equilbrio

    Corresponde ao preo em que a quantidade que os consumidores esto dispostos a

    comprar igual quantidade que os produtores esto dispostos a vender, isto , as

    intenes dos compradores igualam as dos produtores.

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    Excedente Escassez

    (preo superior ao de equilbrio)Qs > Qd excedentes, ficando os produtorescom stocks indesejveis.

    P existe presso sobre os preos pois osprodutores baixam os preos para se livraremdos stocks.

    Qs e Qd isto medida que o preobaixa.

    Enquanto houver excedente continua a haverpresso sobre os preos.

    Qs = QdPe (preo de equilbrio)J no existe excedente e o mercado regressaao seu equilbrio.

    (preo inferior ao de equilbrio)Qd > QsEscassez, ficando consumidores porsatisfazer.

    P existe presso sobre o preo, pois osconsumidores esto dispostos a pagar maispara obter o produto.

    Qd e Qs isto medida que o preosobe.

    Enquanto houver escassez continua a existirpresso sobre os preos.

    Qd = QsPe (preo de equilbrio)J no existe escassez (ausncia de pressosobre o preo) e o mercado regressa ao seuequilbrio.

    Lei da oferta e da procura (ou lei dos preos):O preo varia na razo directa da procura e

    na razo inversa da oferta.

    ,Alterao num dos factores determinantes da procura

    a) Rendimento dos consumidores- Aumento do rendimento (caso de um bem normal) / diminuio do rendimento (caso de

    um bem inferior)

    R DD1 Escassez, ao Pe (Qd > Qs)

    Mecanismo de ajustamento

    EE1 (Qd = Qs)

    Situao final:Pe1 > Pe e Qe1 > Qe

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    - Aumento do rendimento (caso de um bem inferior) / diminuio do rendimento (caso de um

    bem normal)

    R DD1 Excedente, ao Pe (Qs > Qd)

    Mecanismo de ajustamento

    EE1 (Qd = Qs)

    Situao final:Pe1 < Pe e Qe1 < Qe

    b) Preo de outros bens- Reduo do preo de um bem substituto / aumento do preo de um bem complementar

    Psubs. Qd(caso igual ao aumento do rendimento para

    bens inferiores)

    - Reduo do preo de um bem complementar / aumento do preo de um bem

    substituvel

    Pcompl. Qd

    (caso igual ao do aumento do rendimento

    para bens normais)

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    Alterao num dos factores determinantes da oferta

    a) Custo dos factores de produo- Reduo nos custos de produo (Ex. Matrias-primas)

    Devido ao aumento nos lucros

    motivao dos produtores para produzir

    SS1 Excedente, ao Pe (Qs > Qd)

    Mecanismo de ajustamento

    EE1 (Qs = Qd)

    Situao final:Pe1 < Pe e Qe1 > Qe

    - Aumento dos custos de produo (Ex. Salrios)

    Devido reduo nos lucros motivao

    dos produtores para produzir

    SS1 Escassez, ao Pe (Qd > Qs)

    Mecanismo de ajustamento

    EE1 (Qd = Qs)

    Situao final:Pe1 > Pe e Qe1 < Qe

    b) Melhoria da tecnologia ou dos mtodos de produo

    C Qs (igual reduo dos custos de

    produo)

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    c) Preo de outros bens- Aumento do preo de um bem substituvel / diminuio do preo de um bem

    complementar

    Psubs. Qs (igual ao aumento dos

    custos de produo)

    - Aumento do preo de um bem complementar / diminuio do preo de um bem

    substituvel

    Pcompl. Qs (igual reduo dos custos

    de produo)

    Mercados de concorrncia imperfeita

    Monoplio + imperfeito Oligoplio Concorrncia monopolstica - imperfeito

    Caracterizao quanto (a):

    N de produtores Tipo de produto Controlo sobre o preo Entrada no mercado

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    N deprodutores

    Tipo de produtoControlo

    sobre o preoEntrada nomercado

    Exemplos

    Monoplio

    1 Empresa quedomina

    inteiramente aoferta

    O produto no tem

    substituto prximo

    Praticamenteabsoluto

    (total)

    Praticamente

    impossvel

    Produo edistribuio

    de energiaelctrica

    OligoplioPoucos egrandes

    Podem ou no serdiferenciados

    Grandedevido aacordos

    Ingresso difcilCimentos,

    gasolineiras

    Concorrnciamonopolstica

    Muitasempresas masrelativamente

    pequenas

    Muitadiferenciao

    atravs de servioscomplementares,

    marcas,

    Reduzidocontrolosobre ospreos

    Fcil ingressode novasempresas

    Cosmticos,Perfumes,vesturio,

    detergentes

    Concentrao empresarial: Fuses e aquisies

    Objectivos/ motivos para a concentrao empresarial:

    Economias de escala:permite produzir em maior quantidade possibilitando umareduo nos custos unitrios de produo;

    Eliminao de parte ou da totalidade da concorrncia o que permite um maiorcontrolo sobre os preos e as quantidades oferecidas no mercado.

    Formas de concentrao empresarial:

    Cartel: acordo temporrio entre vrias empresas que produzem bens semelhantescom o objectivo de controlar a oferta e o preo do bem;

    Fuses: duas ou mais empresas unem-se, formando uma nova empresajuridicamente diferente de qualquer das anteriores;

    Aquisies: uma ou mais empresas so adquiridas por outra.Consequncia da concentrao empresarial:

    Diminuio da concorrncia nos mercados.

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    UNIDADE 6

    RENDIMENTOS E

    REPARTIO DOSRENDIMENTOS

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    66

    6.1. A formao dos rendimentos e sua repartio

    Actividade Gera rendimentos so distribudos (repartidos) pelos diferentesProdutiva (ou riquezas) agentes econmicos (factores produtivos)

    que

    contriburam para a sua formao.

    Rendimento: conjunto dos fluxos monetrios de salrios, rendas, juros, lucros e outras

    receitas que um indivduo ou economia podem obter.

    Duas perspectivas - repartio funcional

    de anlise - repartio pessoal

    6.2. A repartio funcional do rendimento

    Repartio funcional do rendimento:aquela que feita pelos factores produtivos tendo

    em conta a funo que desempenharam no processo produtivo.

    Existem duas grandes Trabalho Salrios (trabalhadores)

    categorias de factores Rendas (proprietrios)

    produtivos Capital Juros (detentores de capitais monetrios)Lucros (empresrios)

    Salrios

    + Rendas

    + Juros

    + Lucros

    = Rendimento Nacional (RN)

    ,,,a) Remunerao do factor trabalho

    So os salrios

    Algumas classificaes Salrio directo vs Salrio indirecto

    de salrio Salrio nominal vs Salrio real

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    Salrio directo: designa a remunerao pela participao directa do trabalhador no

    processo de produo.

    Salrio indirecto: so as transferncias efectuadas pelo Estado para suprir as

    necessidades dos trabalhadores, quando estes no podem prestar a sua fora de trabalho

    devido situao social em que se encontram. Acresce do salrio directo.

    Salrio nominal: a expresso monetria da fora de trabalho, ou seja, a quantidade de

    moeda recebida como remunerao do trabalho prestado.

    Salrio real: a quantidade de bens e servios que um salrio nominal pode comprar.

    100

    . 100

    Se a evoluo do salrio real for > 100 poder de compra

    < 100 poder de compra

    . 100Exemplo:

    2004 2005 2006 2007

    Sal. Nominal 300 315 330 345

    IPC 100 103 108 120Sal. Real 300 305.8 305.6 287.5

    ISN 100 105 110 115Evol. Sal. Real 100 101.94 101.85 95.8

    sal. Real (%) 0% 1.94% 1.85% -4.2%

    b) A remunerao do factor capitalSo as rendas, juros e lucros

    Renda: o valor cobrado pelo proprietrio de bens (mveis e imveis) pelacedncia da sua utilizao a terceiros.

    Juro: o rendimento do capital cedido sob a forma de emprstimo. Varia com ocapital emprestado (C), a durao do emprstimo (n) e a taxa de juro (i).

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    Lucro: a remunerao do empresrio como contrapartida da aplicao do seu

    capital no processo produtivo e dos riscos inerentes. (No caso das sociedades

    annimas designam-se dividendos)

    Trata-se de uma parcela incerta e residual.

    influenciado por factores: a ltima parcela a ser retirada,

    Internos(mtodos de gesto)Controlados depois das rendas e dos juros (no Externos(mercado, concorrncia, inflao) esquecer os salrios).

    No controlados

    6.3. A repartio pessoal do rendimento

    Repartio pessoal: a repartio do rendimento criado numa comunidade pelos

    diversos agregados familiares, independentemente da funo desempenhada no processo

    produtivo.

    Objectivo: analisar as assimetrias / desigualdades dos rendimentos das famlias, com a

    finalidade de estudar os seus efeitos sobre, nomeadamente, a nvel de poupana, a

    estrutura da sociedade e na interveno do estado.

    Causas das assimetrias:

    Diferenciao salarial Maior remunerao auferida pelo factor capital Concentrao de rendimentos em parcelas da populao Diversidade das fontes de rendimento

    Causas da diferenciao salarial:

    Diferentes nveis de formao e qualificao Produtividade das empresas, sector e/ou ramo Localizao das empresas Idade Sexo

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    Indicadores de rendimento pessoal

    a) Rendimento per capita (ou por habitante)

    ,,,

    Rendimento mdio que cada habitante de um determinado pas recebe por ano.

    Normalmente, quanto maior for, maior ser o nvel de vida.

    Limitao:sendo uma mdia, esconde as desigualdades existentes na repartio pessoal.

    NOTA: apesar das suas limitaes, permite-nos ter uma ideia se o pas produz riqueza

    suficiente para distribuir pela populao, garantindo-lhes o mnimo de subsistncia.

    b) Leque salarialLeque salarial:relao entre o valor mnimo com que o trabalho remunerado e o seu

    valor mximo.

    uma medida de amplitude ou de disperso salarial.

    1

    O valor do salrio mximo x vezes superior ao valor do salrio mnimo.

    c) Curva de Lorenz(ou curva de concentrao dos rendimentosEste indicador permite ultrapassar as limitaes dos indicadores anteriores. Atravs desta

    curva consegue-se avaliar o nvel (grau) de concentrao dos rendimentos numa

    economia, isto , as assimetrias na repartio do rendimento.

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    Exemplo:

    % dapopulao

    % do RN

    A B

    20 20 540 40 15

    60 60 2580 80 40

    100 100 100

    A Recta de distribuio igualitria do rendimento (ou equitativa ou de equidistribuio):

    corresponde a uma distribuio perfeita dos rendimentos ou a uma concentrao nula

    dos rendimentos.

    B Curva de Lorenz (ou curva de concentrao dos rendimentos)

    Concluso:Quanto mais afastada estiver a curva de Lorenz (B) da recta de distribuio

    igualitria (A), maior ser a desigualdade (ou concentrao) na distribuio do

    rendimento.

    Coeficiente de Gini

    0 Coeficiente de Gini 1

    0 Ausncia de concentrao

    1 Concentrao mxima

    Exemplo:

    Em mdia, cada famlia possui trs elementos.

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    Desigualdades

    Rendimentos do L Rendimentos do K RN

    4509 50 .. 70

    140 1

    2

    6.4. A redistribuio do rendimento noo e objecto

    Redistribuio do rendimento: distribuio mais equitativa dos rendimentos efectuada

    pelo Estado atravs das suas polticas de interveno social, tendo em vista atenuar as

    desigualdades provocadas pela repartio primria.

    Existem desigualdades na repartio primria dos rendimentos de uma economia (querdevido disperso salarial, quer posse do factor capital)

    necessrio proceder redistribuio do rendimento

    , alterando a distribuio primria

    Objectivo: Atenuar as assimetrias e proporcionar um melhor nvel de vida de todos os

    cidados (proteco individual)

    Para conseguir isto, o Estado pe em prtica polticas de interveno:

    Poltica fiscal:ao aplicar uma taxa progressiva no imposto sobre o rendimento eisentando do pagamento de impostos os que auferem menores rendimentos, o

    Estado altera o rendimento que as pessoas possuem, cobrando mais a quem ganha

    mais.

    Poltica de segurana social: depois da poltica fiscal, o Estado redistribui apercentagem dos rendimentos cobrados atravs de um sistema de transferncias

    sociais (prestaes pecunirias e fornecimento de servios).

    Poltica de preos: o Estado controla o preo dos produtos de primeiranecessidade. Umas vezes, os governos estabelecem preos mximos de venda ao

    pblico; outras, para proteger alguns grupos de pequenos produtores e a venda a

    retalho, so fixados preos mnimos para os produtores, atravs da concesso de

    subsdios, agravamentos sobre bens suprfluos, etc

    RendFam

    S R J LRep.

    PessoalA 70 - - - 70

    B 100 - 20 10 130

    C 140 50 40 20 250Rep.

    Funcional310 50 60 30 450

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    Rendimento pessoal disponvel (RPD)

    O rendimento ou receitas das famlias provm:

    Da participao na actividade produtiva (S+R+J+L) De transferncias Internas: prestao sociais feitas pelas administraes

    pblica e privada (Ex. penses, abonos, subsdios diversos, )

    Externas: provenientes do resto do mundo (Ex. remessas de

    emigrantes, )

    No entanto, so deduzidos a esses rendimentos:

    Impostos directos (IRS, IRC) Contribuies sociais (segurana social)

    O que resta, chama-se rendimento disponvel das famlias, isto , rendimento pessoal

    disponvel (RPD).

    Impostos directos: aqueles que incidem directamente sobre o rendimento ou sobre o

    patrimnio (IRS, IRC).

    Impostos indirectos: aqueles que incidem sobre o consumo ou a despesa realizada,

    recaem indirectamente sobre o rendimento (IVA).

    Esquema resumo:

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    . .

    O RPD aplicado em:

    Consumo (C) Poupana (S)

    100

    100

    100

    100 6.5. As desigualdades na repartio dos rendimentos em Portugal e na UE

    (Ver pgina 205 do manual)

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    UNIDADE 7

    POUPANA E

    INVESTIMENTO

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    7.1. Utilizao dos rendimentos consumo e poupana

    S (poupana) Investimento dar continuidade ao processo produtivo

    Necessria para que haja investimento (condio necessria)

    No garante existncia de investimento (condio no suficiente)

    Poupana: parte do rendimento que, por no ser imediatamente afecta aquisio de

    bens de consumo, guardada para utilizao futura.

    7.2. Os destinos da poupana. A importncia do investimento.

    Possveis destinos da poupana Entesouramento: trata-se de guardar a moeda noutilizada em casa para fazer face a eventuais futuras

    despesas. Esta forma de lidar com as poupanas

    comporta riscos relacionados com a falta de

    segurana das habitaes, possibilidade de assaltos,

    Colocao financeira: consiste na colocao das

    poupanas em depsitos ordem ou a prazo nas

    instituies bancrias.

    Investimento ou formao de capital: consiste na

    aquisio de bens de produo ou capital que voservir para gerar um novo rendimento.

    Investimento: conjunto das despesas em bens de produo ou capital efectuadas por

    uma empresa ou, em termos genricos, pelo conjunto da economia.

    Importncia do investimento: o investimento, que no existe sem poupana, que

    permite a continuidade do processo produtivo.

    A poupana uma condio necessria mas no suficiente, para que haja crescimentoeconmico, porque:

    Sem poupana no h investimento (condio necessria) Mas se a poupana no for investida, no contribuir para o desejado

    crescimento econmico (condio no suficiente)

    O investimento pode ser efectuado em: Bens duradouros: aqueles que podem ser

    utilizados mais do que uma vez

    Bens no duradouros: utilizveis uma nica vez

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    Investimento FBCF (formao bruta de capital fixo): constituda pelas despesas realizadas

    em bens de produo duradouros, tais como edifcios, terrenos, mquinas.

    Existncias: despesas efectuadas em bens de produo no duradouros,

    nomeadamente as despesas com a aquisio de matrias-primas.

    Tipos de investimento

    Material: investimento efectuado em bens materiais tais como mquinas, edifcios. Imateriais: investimento efectuado em bens imateriais; Financeiros: investimento que resulta da compra de ttulos.

    Funes do investimento

    Substituio: constitudo pelas despesas efectuadas em bens de produo que tmcomo objectivo substituir o material danificado ou obsoleto;

    Inovao/produtividade: quando aplicado na compra de novas tecnologias, porforma a melhorar e modernizar o processo produtivo;

    De capacidade: quando as aquisies se destinam a aumentar a capacidadeprodutiva da empresa.

    NOTA: Apesar de classificarmos o investimento destas trs formas, no significa que cada

    uma dessas categorias seja perfeitamente distinta da outra. Assim, um investimento pode

    ser simultaneamente de inovao e de aumento da capacidade produtiva, por exemplo.

    Isto mostra-nos a importncia da inovao no aumento da capacidade produtiva.

    Inovao Inveno: a inveno precede a inovao e s se transforma nela se for

    aplicada prtica, ou seja, na criao de um novo produto ou novo processo de produo.

    A investigao , hoje, de tal forma considerada importante que podemos consider-la

    como indicador de desenvolvimento de um pas, visto este ser tanto mais desenvolvido

    quanto maior for a percentagem do seu rendimento canalizada para investigao. Por

    isso, actualmente, fala-se em Investigao e Desenvolvimento, que se representa pela

    sigla I&D

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    7.3. Financiamento da actividade econmica autofinanciamento e

    financiamento externo

    Formas de financiamento das empresas

    A. Autofinanciamento / Financiamento internoB. Financiamento externo B1. Indirecto F(S) IC E(I)

    B2. Directo F(S) E(I)

    A. AutofinanciamentoAutofinanciamento:A empresa recorre s suas poupanas para realizar o investimento,

    ou seja, a empresa tem capacidade de financiamento.

    B. Financiamento externoFinanciamento externo: Quando as poupanas da empresa no so suficientes para o

    desejado investimento e as empresas recorrem a financiamentos externos, ou seja, a

    empresa tem necessidade de financiamento.

    B1. Financiamento externo indirecto

    Financiamento externo indirecto:A empresa recorre s instituies de crdito, obtendo o

    financiamento resultante dos depsitos das famlias nessas instituies.

    Crdito: consiste numa troca de moeda por um activo financeiro que representa um

    compromisso de reembolso da dvida numa determinada data.

    Taxa de juro: o preo do dinheiro / crdito.

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    NOTA: Por vezes, os bancos, para concederem emprstimo, exigem garantias (hipotecas

    de edifcios, terrenos, etc.) e tambm fiadores (pessoas que se responsabilizam pelo

    pagamento dos emprstimos em caso de incumprimento por parte do devedor).

    a) Os bancos (Fazem parte das Instituies Financeiras Monetrias)Bancos:Funcionam como intermedirios entre a procura e a oferta de financiamento.

    Operaes passivas: consistem na captao de poupanas junto dos diversosagentes econmicos, sob a forma de depsitos que podem ser ordem ou a prazo

    e sobre os quais os bancos pagam juros.

    Operaes activas:constitudas por todas as operaes de concesso de crditosobre as quais os bancos recebem juros.

    Operaes activas Operaes passivas

    Taxas > Taxas

    Margens de intermediao bancria

    Margens de intermediao bancria: as taxas de juro das operaes activas so

    superiores s das operaes passivas.

    Os bancos: recebem depsitos +concedem crdito = criar moeda (escritural ou bancria)

    Cunhagem vs Emisso vs Criao

    Fabrico Circulao Moeda escritural

    Criao: quando falmos de criao de moeda estamos a referir-nos criao de moeda

    escritural que efectuado pelos bancos comerciais.

    Emisso: quando falamos de emisso de moeda estamos a referir-nos colocao em

    circulao de notas e moedas de trocos; esta funo desempenhada pelos bancos

    centrais.

    Mecanismo de criao de moeda pelos bancos comerciais

    So lanados em circulao 100 (BM (Base Monetria) = 100) A taxa de reserva obrigatria de 10% (r=10%) Os 100 so depositados no banco A

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    O banco A concede crdito no valor excedente ao da reserva obrigatria ( 90) Em circulao passa a haver 100 + 90 = 190

    Concluso: O banco A criou moeda em montante igual ao excesso da reserva (o

    que sobra), concedendo crdito.

    O beneficirio do crdito deposita os 90 no banco B

    O processo repete-se A circular ficam: 100 + 90 + 81 = 271 No final teremos a criao de moeda:

    1 10.1 10Multiplicador da Base Monetria (BM)

    2 10 100 1000 2 1000100 900

    Concluso: Cabe ao banco Central a manipulao da taxa de reservas de caixa (r)para favorecer ou controlar a criao de moeda por parte dos bancos.

    Modalidades de crdito

    Quanto finalidade/destinoo Crdito ao consumo: Aquele que se destina s famlias, normalmente para

    poderem comprar bens de consumo duradouros onde os prprios bens servem

    como garantia de pagamento.

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    o Crdito produo: aquele que concedido s empresasCrdito ao funcionamento: gesto corrente da empresa, que se destina a

    suprir dificuldades de tesouraria (pagamento de salrios, etc.)

    Crdito de financiamento: que se destina ao investimento na produo Quanto durao

    o Curto prazo: pagamento inferior a 1 anoo Mdio prazo: prazos entre 1 e 5 anoso Longo prazo: pagamento superior a 5 anos

    Quanto ao tipo de beneficirioo Crdito pblico: quando o beneficirio ou devedor o prprio Estado (le