lJ:SUOA, 14 Dn JL'1'HO DE lqô7...

35
l...J:SUOA, 14 Dn JL'1'HO DE lqô7 OIRECTOR: earlos malbtlro Dia. - Proprledad• do]. 3. da sn .. llra1• - C>•••CTOk A<TISTl:o: JranclS<O ttlXflra AulgHt1ra para Portugal, col onl" e Hespanh• I A1slgnal111 conJuncta do Secalo. do Supolamento Humorislioo do Seeulo e da lllastra;lo Port1gn11 2 ';: RHD.+.cçXo. ADMllUSTRAÇlo .. OFFICl?-"AS 08 C0Ml'0$1(Ãn g R•• Formo.a•. 48 P !@ @ Capa: IUPPl!>MO: PR:OVA NA CORRIDA Ol:. 08S'l"ACULOS (Cfy'c!J; J,. l/nwJid (.-, Texto: Ilmmaplo MILLIONARIO! '" lllustr. FERRO E.FOC.O: os CO.\\ICIOS 00 RIBATEJO. lllU'>lf. (!.os <.if.IANl)fç, ACONTECIMENTÔS POUTIÇOS: A VlliGEM AO PORTO 19 illustr. @ O GRANDr t"Cf"DIO NA COVILHÃ. a mustr. @ PL1'NT.-.s RARAS: NA6 ESTUFAS OA ESCOLA POLYTECHNICA, 8 lllu:-c-11 (• SEU.AS J illustr. @ LÃ POR FÓRA. a 1Uustt . (!,> A MODA. :t itl:.istr. @ @ @ 'i' !.i •!)

Transcript of lJ:SUOA, 14 Dn JL'1'HO DE lqô7...

Page 1: lJ:SUOA, 14 Dn JL'1'HO DE lqô7 ru~tracáoPorfu(juezahemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1907/...mente p1'1:ti ~ua siui:it5u pri\'11.-giaJa. de cam111ho obrigado para.os

l...J:SUOA, 14 Dn JL'1'HO DE lqô7

ru~tracáoPorfu(jueza OIRECTOR: earlos malbtlro Dia. - Proprledad• do]. 3. da sn .. llra1• - C>•••CTOk A<TISTl:o: JranclS<O ttlXflra

AulgHt1ra para Portugal, colonl" e Hespanh• I A1slgnal111 conJuncta do Secalo. do Supolamento Humorislioo do Seeulo e da lllastra;lo Port1gn11

~~~:ft:~·:':"~·:·::::::::::·:·:·:·:·:::·:·:·:::::·~·:·:·:·:·:·:::::~:~::: ~=1 ~~~i~·e:::::::::::::::::::::::~~~:~~~:~:~:: c=j~~ê~~:.~~::~~?.·.·:::.·:::.'.·:.::·:.::"""""·::.·. 2

';:

RHD.+.cçXo. ADMllUSTRAÇlo .. OFFICl?-"AS 08 C0Ml'0$1(Ãn g 13'PRl'tS~ÃO- R•• Formo.a•. 48

P • !@ @ Capa: IUPPl!>MO: PR:OVA NA CORRIDA Ol:. 08S'l"ACULOS (Cfy'c!J; J,. l/nwJid (.-, Texto:

Ilmmaplo MILLIONARIO! '" lllustr. ~A FERRO E.FOC.O: os CO.\\ICIOS 00 RIBATEJO. ~; lllU'>lf. (!.os <.if.IANl)fç, ACONTECIMENTÔS POUTIÇOS: A VlliGEM AO PORTO 19 illustr. @ O GRANDr t"Cf"DIO NA COVILHÃ. a mustr. @ PL1'NT.-.s RARAS: NA6 ESTUFAS OA ESCOLA POLYTECHNICA, 8 lllu:-c-11 (• SEU.AS ARTE~. J

illustr. @ LÃ POR FÓRA. a 1Uustt . (!,> A MODA. :t itl:.istr. @ ~ @ @ 'i' !.i ~ ~ • ~ •!)

Page 2: lJ:SUOA, 14 Dn JL'1'HO DE lqô7 ru~tracáoPorfu(juezahemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1907/...mente p1'1:ti ~ua siui:it5u pri\'11.-giaJa. de cam111ho obrigado para.os

li ILLt;:;TJi \~ .\t > L'< Jlr!TGl LZ \

O passado, presente e futuro revelado r.ela mais cclebre chíNimanle e physíonom~ta da Europa, Madame BrooiOard

Oh~ o ra.s~ Jo e u rr~·-<nlt" e rrc-.. v futuro. com ,·era.:.tJ.1.•lt t rai•t..l<.r; ~ tn;:omp.t ra.nl em varncinto,.. Pelo ~tudo ooe lei Ju sciencia .... _c.htrvmanaas. Jlflf()JJUtOfb. e p.1)· s«>e:no•o•u• f' 'Clfla' aoolie.tc~ pr•!!~\~:as tnieonas dt <••li. uvatr1, Unh.irrol~. t.an­-.nn.e. J'ArJ"Mbcney. M..11'1.ll• HrouilbrJ u. l"tl'.:OrriJo ª" °""''P'"' cida.Jr~ d.2 Euir..a ~ ~•rica. Uf'IJf' lol 1Jrn1raJ.a pe1r>"\. nuDtr ~o-; d1tntes J~ mal' alt;l cathqon.1, a q -plYJ•SSC a queJa do lnweuo"' tt'~ os a.;oc tecimentos que ~ lhe w~uiram. fala rortt· gutz, francez. lnK1~i:. •Ut-rn!IO, it:11h~1noel\o., panhol.

-A mais importante casa ;de AUTOMOVEIS em Portugal í

AlB[RJ BUUYALH & e: Represer:tante ce PlUGlOT A MAISP:~~º~o~,~~S~A~~~~ES,

• ~ovo Dl!MHH !M[HICHO Rue de Sent• Just•1 96 (Junto ao tlev1dor1

A mai~ pfrltlta 1m1taçAo :t.té hoje conhecida. A unlc.a Que sem luz artrndal hrilhA como se fosse \'f'rdadeirn dlam:mte. Annei~ e alflnete\ • 600 tfl<i:, bnx:he~ a 8 00 r~I~. hrinc.os a 4$000 rê1s o par. Lln,k>s collares de perolss s 1$000 rEls. TOdas es­tatõ joias sM t"tn prall ou ouro de I~ .

- --- NGo oonfundlr • nona o••• ----• Agente em Paris: - Camille llpman, 26, Rue Vignon

Page 3: lJ:SUOA, 14 Dn JL'1'HO DE lqô7 ru~tracáoPorfu(juezahemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1907/...mente p1'1:ti ~ua siui:it5u pri\'11.-giaJa. de cam111ho obrigado para.os

~ ,~

J \)

1 "\TO ÍOl ha seis

aonoot, E111inh1

pa>-ad-0 o ver!ao na praia ma.is elqr1ua. do

A /h - 1• i"' •• us;,i1. º'"'"""'"' '"s nor1e do !!':. .:. . Portugal c.omo e,•11 ... tumo fa11;1r de tcmpM a tempos. N)es· ta \·ill••j.!illtlra prtdilf'('ta da arh1ocracia ('om­mercial do Por1o ha. realnltnte. bõas co1:-.as e eutre t .. t:h du,·o mencionar, com a ír:iintrue-­za quo me c;ira('Wrh.a. a dmin e meia de 1 is­

l10t-·ta~ que lá aprarecem. uni semp1"t ~ ~lguu:; d1· vrz , m •toando. li:ibt•·t:.> ll"',tiltux>" e 0t11ro~ que g:ualtuam OS foro~ Je alfariMlib rela rl':lidf'ncia 11rolongada ll:t Ci· dade do l'lisses.

N'e~~e l0

llUO de 1001 a 1emporadA t'Orria triste r1oor ter faltado O.Jll"Utntt•iro C" ioexgl,la,·M f\., 11ut Lisboa lhe'º' '°ia pro•1de11cialm••111e para e\·11ar que~,, 1ionnenst"::UUC· cumb:un de tédio nn ~ua fodtim1nbú pr:tH\.

Eu dh·ertia-nlí' n J.:Ozar do ama,·el convf\•io de $lgnns amigos t a lêr os j1•rua~ ah\ aos annunrios: e d'f'..,ta io­ltreuan\t'liueratma da quarta ra~ina P'º'"''u a maior par· c:.ella d3 rnoa'·~I fo1t1111a de que hoje goso com tran­quillidade de «lll "CIPIH"ia.

Foã, tr.m rffeito. uma uubliC'a~ào PIJ:ll fJlH' me le\·ou a deixar a Granja r)f~() ~loril. para ODdt'. pani Lio me~pe+ radamente que ni·rn l 11 proprfo acrediuma cm sem~·lha:ue mudanc·a , :oe m'o dig~t:S$Cm nll vespera.

Esse\muu ncin 111n e-ra, como t'.e pOOr1 i ~uppôr, o pros· pecio mir1bnb111• d• um• "°'" exol•n(lo de borr1d1a em lloçambi!jue nu rl" algum• opuleni> mio• do cubre na serra da àfarofn. i'iada d'i.,u. Gra(°' a Oeus, d~guei a uma idade em (lllt' não Sl' n~rt~iu. em miuas e e:\plora­~ recl1madas • iaoto por linh1.

O annuocio tm tfUe'.'ltlo ol'm era re.ahr.rnt& um .annu11rlo: .. ra um edital. L'm Nli10 da llln"trissima Camar1 rlc Us .. IK'lti tornando pnl.Jllctl a veud:\ de h!1Te11o!l na Avenida Res· uno Guda.

Oi-~t o e.aso d·' que, como e:xcellentt btirio que '°°' toda a vida tive um fraro reta patria de Santo Aotooio, e jur!ira fl rnhn mcsi1110 não sahi! d'este mundo sem po!\suir em qu1lquor c.a111il\h11 da hosu c.api11l um ~daçodo ~rra tm que pudesse f'Fuer. com <"110 go>IO, o modes101bn~o da minha •elhk ...

Os &trn•nu:-. d'aqu1·lla an·niJ:i teutaram·m partitular· mente p1'1:ti ~ua siui:it5u pri\'11.-giaJa. de cam111ho obrigado para.os touro~. unico pr:.wr para o qual oós. o~portuguf'ti•~ , corremo~ rom aotia. furn eutbu .. ja..,mo. w1111o ,·erdad1'ir:i· mf'nle súiam !'-UI honra 11u~ ,·e~ltmos OS tl(h~OA melhorê\ ÍI• to.s r que 3$ mulhere~ arvoram o~ chapt!us prcdifecto!I (l\I :i.~ \iUas maill vis1oi;u l0tl1tt11.

Ora eu adoro o movimento t" a al1~~ia un .. oulro!'I, E' um prindr•m. Cada um tem &HUI~ 1df?ias_. não 6 v~rd. J .. Por J!)SO par('('('U•me tJUe nunca. encootrar1alt•gartão a11ro-11riado â construc~ào da minl1a n-!-$idcnc1a tlefinith•a. t' 1>arli diretl1men1e 11ua o Es&oril porque n'a1~11elle tim d~ ~4't.embro c.eria uma ,-rrgonba morar em 1.,,1 .. ;.a, e eo 11 o dt>:-.f'jo ~er tl1 l'l'luahlkado enlre ª" p.:!S$'Oas J:a~ miohH re­JA4·ôcs.

·:-;o camiuho da C>l•tio do Hoc1n para a do C•e< do So· d~, comn l1(•me.m d•' juizo qufl ml' gaLo Je ~er. não UJf'I' •·~11ueci dtii r~sar nu Crtdit·Fra11r°'"Portn;:-ai ... , para man­dar pedir, por telegramma. uns 18 contos •1ue po»U•• t•m ronta corrcnle no Ct'f'dil L)·onais, cm Pa.nti.

A 'Vespt•ra do leilio dos &erreHO't ~mpl'4•,u1·i-a no l+:sti.). ril. a pas .. tar sósinll4) pPla es1rada de ea~c~t~. fai .. nd• rAlculos, orsanisando planos, <1ua] d'elfh O mais Uulel· IC.l'O, e arout:Jelhando~mt, a mim mt.'MJlO, " rnaior pruden· tia e mod1•r1t.ão na lueLa com os concornotts po.s.i11,·eio1 10 ~ymoohco ramo do pr• ~oeiro

• .\ ''end:i Ct"•meçau tij, 9 hora>1i. nos Pªt"'~ da cid.1d· Não conseJ{ui nunca stthfr os rnotl\•o.s porque é.Sta. esperi11 do negocio• se faz sempre de m•dnigada. Porque será• Lanço esta l""·rgunu M'JIJ acrimonia poi!>, a1ê boje, ~<> 1i,·tt a fucr'1r com is.so~ mu não se mt- data de possuir 1 claa,·.­du scmelhonlo mys1eriQ.

Cel'&O r 11ue. para c.rnu· a hor:\ Ião JU&lin:tl rm Lisbo;\, le,·aot.ei·Ol6 i!<i. 5. na J+:..,toril, 1omei o pti1m·iro c.omboin e íu1 dest.arrilar. com "t.rondo, n1 cun--a. 1 duuo10, 11' ...

tros da estQç;i_o, por rausa de uma rnonnt' pedra e.ah ida , tlnrartle a 11011e, sobré a linl1a.

A' ''isla d 'aquelle de•.astre, que a1razn.a o comboio 1·m Ire< ou qu11ro horas. r"luei desesp~rado. F.-litm•DI~ •i11l11 ,..., no comp11r1imen10 dr is;egund:. da .. ....e. o CJU'° couro romo uma providencia maior do que a d(\ ter esetpadoiucolume á violencia do. choque das carmJ~en~, Í'º"'lllf'I o meu d11 •. "'f""~~o foi r1d1culo1 i"'º foi. A ioda hoje r11umdo me lt-rn bro d'esse incideotf' nio posso deixar & cnucordar <"m 1 1 11·~ fui, realmente, burlesco.

Passado, en1reta11lô, o access:o du r~iva con1ra as pedr~3 'IUf' ~ deium cahir n•..., linhas, 0nutra 111 ·uuas. contra .a 3dministratio d& rimiobo~ de- ferro. e contra m

Page 4: lJ:SUOA, 14 Dn JL'1'HO DE lqô7 ru~tracáoPorfu(juezahemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1907/...mente p1'1:ti ~ua siui:it5u pri\'11.-giaJa. de cam111ho obrigado para.os

;;o - ILLUSTRAÇÃO PORTUGUEZA

1ust,..no, {uão í(lsse eu portu~ez!) condui. ~ab1a1nrnlf'. ~1u.., o mt-lhor ~eria pn rnru quanto ab1~. outro 111t>10 dt• locomoção. E :assim fiz.

A J1orrh el tipo ia qur dr•cobri depois de hora t• meia de procura ()Or aquelles iuU•rM!lantcs sitio:!) por mi111 m:.I conl1tci1fos largou, emlhn, ~oh a aflirm~tiva soltm11c do ba~Jor, de levar·

111 vouna - z1 de junho de 1907

nosso'.\ tchfo·iM. não entrei e reM>i!vi dar uma Toha pt"b arrt"~, av1•r.

EsLan, yorém, e.scriplo qut n't"""'ª dara rnaob.i de $f­tembro de,·1a adquiri!" terrenos, e :ul1111111 ·01t gnndes, enor­mes. Como atonteceu issoY At~ l1v.ic uno 1n1do encontrar uma ratão nrecit.\vel. Suspeito for lt'm('nte de nm r3J)3zito .. .

\tu não tenho a me a Bt~em em r---==--=-=-=--=---::,.....,.....---:==-..,.,,--:=:----~,,.---:=~., um• hora, .e°" J ~~( ~ c.·aullos nãcl ra- ºi~~~ . ~ Ihumu. -:===-:Jo!_~::=.:• o~v-;;;.."--'• -•:..::.'-l..1.-.,:,,;....::......,'-'"''--'~~~;:;::=4'

etrteza O facto t •1ul

IC>jto i direill do ia.grado moou· mt·n&o,en\+eredan­do f'Or uma rutlla t\1'1 1 ri ta. bordad!4 d" mist:ravcis ca­"'l'hrns, enr-0Dtre1 um velhüte 3 pre­,-ar n•uma pnt­dt'. um cartn com e''ª uoic.a pala· wa: - rt1tdt·>t.

o. canllo,.e>. ~ ta vi,.td, ralha· nnl. Na Yespera tinham in:irçhado

l>Or numtes e vaJ . l''I at#- ;:h ~da ma· uhl , n'uma pan­"'°'ª ,Je rap.aze5; l'I, n'a•1uelle mu· mento, ttdama· 'arn o r,.pou~o a c1u•~ tinham direi­to, lldormcundo !ti111plt!an1ontP no 1neio d:u ladeira~. a~~ur do:; meu~ berro.. impadeu­te-,

U,·roi• de mui· L1.\ yril.V f C00$.Dl·

o r"logio de doh-, Nn dois mi-11utu11~ aealJei por rorn·~nf'M·Ole da 111ulllidaJc do; lll1'11'i t''iÍUr(OS, e pou.·o a J'(lllto, peb t--1rada a r~ ... n., na r re~cun. d'1•1u..tla mJDhã r:\1Jio .. a, ientia <l1" .. 1(1ar·s~ odes­a 11on 1a men10, o Msgosto, que an­te~ mr pareeera eterno,

~f·m propositi• :1.l~um , o'beclr<'tn· do, n:Huralment('. ,h cinums1:iucia-. •111r ali me coudu .. 1.1r:im. pe11fUDlCI :w homensioho:­o O que é que s• vcnde't•-• \Juita coiu•. re:t-poodéu ~llr na sua voi f.i1n11nte des.aloio. ~ :-1."m mesmo olhar pura mim.

Pirado com a indifíerença d• rr;cpost.a, rephqut>i rum c~rto a.z..-du­m~ :- c Pois d1~a o que é, homem• c,.tou a falar t-f-· noh

O velho não Sl' :th11rou. Atirou fora a pedra ._IUt> 1111~ litrv1a de mar­h·llo. fitotHnecom .u-r,.nidade e, lan­t•ndoobraçou'um ~•-t• de obrauger toda a rua, disse.

lf .. "r do meu iot1ynilicautepeo­Jor p!tra ~ b;1ro­li .. mo. rucnt-'('êi a i11t1•n·-, .. ar-me pe­l a~ L1•lleusd•p•i· ,.~~m, a 1>onto de i:\eguir, 4.'0m certa i curio~idade. :i ve-la dt um barqui· . nhO q.u• •. aoloo· ~~/;::; E"· "obre o ai.ui 1 do Tejo, >e de.ta- 0 en • hg•tra e gra-

«E' e.ste casa­rio. Comproi ·o IH'luco a pouco. E .. tá·me por U> e· on to5. Dou-lh'o 1 .. r to, quer'•

S·p.,.1e iostautt, ,~lf'umd'e~tes~ vimeutO$ impuJsi­,·os que oão teem explicação, virei-

cio)loa 001110 a ata ~ c.Fo;, i'O#I f',#f-UIJ, urmt ft1tbl11 -• (o7ct f°at " 'I"'° WU' lr.:••n« ff ,f,·1•111 a (i, 1mjo (N'/'1 .lúfon/a

de 111111 gairota itnm{'ni;,a,

I~ assim, n'essa dispoi.iti'io de espiri&o, esql11•cido do lf\il;'.&o, se.m rancor pelo descarrilamento. e em p~lernAt ta­rnaradagem com o i·od\eiro. saltei da tipoia, por volladas dH t mtia, em fre.nt.e aos Jeron\mos.

Como coo.beiço muito betu êste monumeo10 nacional, 1•or me ser,.-ir frequou&enlf'ote, cá ~A-a. de argumen10, quando ai~ iguorauie se atre'e a criticar a pobr•n dos

me para a esquer­da e "i um ~aroto de tO a J ~ anuo~" olhaJ'·tlle com ares de troça.

No:, 5eu5 olhitos negros e ,·ivos ,·ia0 1oe claramente qut esuiva • d11er F." ~i: .~ lá eapall •

Que ellu d11iam isto, é po>iii»o ; corno uimbem é Ttr· dade qun tu, por um orgulho inqualifo<a•·tl, oio hesitti um SfSllDdo, e ,ri1ei logo, bem •ho, 1n11• em dirw;io ••

Page 5: lJ:SUOA, 14 Dn JL'1'HO DE lqô7 ru~tracáoPorfu(juezahemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1907/...mente p1'1:ti ~ua siui:it5u pri\'11.-giaJa. de cam111ho obrigado para.os

111 voJ.VME - 24 de junho de 1907

rap>i do quo ao '•lboie: - 1Pois e.ta ltllol E rompro mai:;, -..'\ h•mb

Não tenha mais; mas o s.eu oomfad~ Homio po.s.suia uma ftrau1lc tiu:adra de terreno, do ad•J do rio. J:a lhe ti­nham ~ido olfereddoí cmco contos e não :i.cce1tou. Custou· 11 1~ )í'i'\.

A m:iis t•lcn1eu • ta r 1> ru do 11 ri a acon~tlha\'l·IHC a modera(10; m1-"' o rnPu go!lto era d«1d1r o ntgocio ah. 11o;am t.\rdu, dllUll" do~ olho~ lru<:1:t1asdoPf'tlU4'"' no.

Como foi prt"­ci'o 1r v1lr o lt'r· reuo o Jll'Ol'Hrar o com1Mdrc, o 11w11 aino1· 1>ro1>rio C'!~· íriou o dct·1dida­mf'nll\ íir.:tria $em a quadr:i :o.t" o 1m­ptrun1'\ntt' ~aroto

nio arpaft!(•• ... ce a ••pmtar á porta quanJ~> o Homào. fim um arranco de vrn1h:xlor nt'Ct:$.:n· t3do, rP~muuga\'a () 11111li1110 11retO• - «Cinro r011lO'I, llO\lt·et•UlO!'t bC!!.·

;~r:~.': ·1::::.:o':'~ 1ibrh 1 ••

U"alu a ir~~ dia ... t"Vnl ª' ,., .. rripmra" 111 mala tlf! m:io. t<Wn••t o

~: ~~1:,-~~f .. !'!~~ tr::ioho l Nt·m uo n11111le11 10 (lt' con­ltlr o d 111ll clro dia1111' do 11011irio 611a111ndu. H L' m u:t lllOOUklllHl de :l:I liorn do va­t:ou,. n•·m dt>pu1 .... "'ª"' urde. u:. trauquollidadt u­':.'>etra, o 014·u bpl· r1Lo ~,. pre0o·cu­fl04l C'<llll a \"-Olos­:.al &cllire flnaw·e1-rit com 'lltt1 fechei aqu.,.lln mi nl1~ vi­:.111\ Íl tc rr11 p:uri.1 .

.\ntt-s de .. 111r d'aqm, til' julho. tUJha mudado d• C•••. deixando tudo tm arrutna(.10 sumnwia. Por j .. ~. no o.eu DO\'O apparlt,.,,., d• modtroa rua de la Mn•Ut. com jantl· 1 .. <llbre o parque do mesmo nom•. pas.eo todo o mez de outubro, com a minha íamilia, a A17umar os uO$.SOS mode,,10~ 6tbtlot.a, a eollocar os livros nas estantes. a in· 3talar .. rne1 emfim.

IIJ.USTRAÇ.:\O PORTL'Gt:Eí'~'- ;;1

Ccomo a t.t-mptt-atuta se oooienu·a ªP'adnrl. a r11t1,.,, de outubro ni-.J l'C falia, e O:i meus ami~oi prokmganm. :.li'm do c:o!'ltumf, a!'! "iageos eslivae$

Devido a es.te facto pouco sabia. _\'!'I ire-. laor.i"' af,alava para um p:t,~eio h~-~it:nico e ''oh:n a ils O para l(;r c-<m· i,C icnc·10~:1nrnn10 o 7t11rp3 até ser chamado para o jan­

lar. O t1ostt11n~ dt• lt'r

hte jorual lüdo~ o dia~, 1 e~'ª )1(1. ra. l>r 1iu aut1,go (lira ffiHD t."OfllO

• d" puur (I.._ ...

olho< ""º F•g••O, d~ ma.nt1i. durau· tt, o dtOC1)l:u.,.

:-;:.1urah1wute, 110 r,,,.," cum~o rt lt•itura oa H'qào do t•:orn11goi10 e ~1· \'t'jo a. ruhrica -Pul"lujt.11-t· lâ qu1· \'lo hur·~r o:.

·m•·us OC'ulo-. do vista C.tlftltb .

r.u .. 6uram R'ecti,·ameole,

:a'uma Wlfa t.tr .. tl1•, ~llet·1ir11lo ao~ mt•th olho:-. sur .. pri"U~ o 1111'-.pcra· do d'l'-llas sotc li· uhrt'i: 1d1or·tu~al

O llci H. Car­io!\ pr~sidi1ulo ao C(1n:-1•lho Jt· L ... tado acat.a de dt'Crtlar. 1"fUl"I. :a 1i-artir do 4 .• ddjane1ropro-­:turio, o Porto de tubo1 s.tJI 1l'"cJa­rado J"Ol'IO fra1tco . (h lirnitt•:o. da ar~a :\ t•lle ~·un ... agrada do 111:.rratlus no lllL"m10 ~e-crt•to. 11

P:ira "l'I ,insto dm·o rouíp_ .. "ar que ao 1,~r t• .. u t>xtra· 11rJ1111ria not.t, ao r-c-nsa111~111u .. ur­~IU·Ult'I. rarida, a. ·11islo dos ca~bn:~ d• lidem , m~' ntm um ,.~undo durou &:;.!ía úsâo. ~'A<111t-ll1• rnnmeo· to Ol\ intere~Se!\ materiae~ uJo po­diam turvar a sa.· ti§íaçlo de uma alrna palriolk1..

Como minha mulhf'r e!'ti,·e-.se

au..~·nt~. ªPf""' (n:otlit:amente D hollo da c.arnpainba para txiJi?ir d!l 1ovt'rnan1e o meo f"l"'IU~. f'l_Ue "~iu a oorrer. trazendo aooda na mio o"'"' d> '"ª htio de g~ graphia

lmmecliatamenlt!, i1~n1 preambuJC) .. , per:mttt-s,acre~nça de 10 annos, dll>>le1 •enumerar a loupa "rie de pro•p•­ridtides aber1a á nostta terra pela inllu~neia do :tC'lo noti·

Page 6: lJ:SUOA, 14 Dn JL'1'HO DE lqô7 ru~tracáoPorfu(juezahemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1907/...mente p1'1:ti ~ua siui:it5u pri\'11.-giaJa. de cam111ho obrigado para.os

772-TLLUSTRAÇÃO PORTUGUEZA

ciado por aquelle jornal criterio-.o. Tanto ealor. 1anto ar· rebatamento tradur.iam as minh3S palavras, habitualmente e.almas, que o Manuelsito sentia-se impressionado. Reparei n'isso por causa do seu particufar tostumo de procurar sentar-se quando um ;issumpto o iutereS:5-3.

Perturbado por essa attenção ingenua, tomei o atlas o abri-o na folha do mappa-mundi. n.pois, com a ponta d• um lapis comecei a percorrer os mares, desíazendo-me em argumentos para des.em•olver e justificar as minhas thoo­rias.

Por fim exclamei: - e Yé~ tu aqui L1~boa~ Elia é, sem duvida, a scntinella avançada sobre o Oe<>ano, o pharol que deve orientar a navegação universal. I\epau na"'" privilegiada posição no oceano A1Jan1ico quasi á Jl-Orla do Mediterranoo ! Por estes dois mares, dP ora em diante, toda 3. ºª''egatão do mundo aflluirá á nossa ca1Jital. »

•Olha agora para as linhas de navios que partem, dia· riamente, da America do ~orte e do Sul. Onóe \•ã,o cJlcs abarrotados de. mercadorias ou, para me111or diier, de ri· <1ueus~ Não sabes' Yão li cima. a llamburj.!O. á livre cidtlde que dopois de se tornar opulenta t>stá a enritjUPcer a Allemaoha inteira, com o simples merito do seu porto fraooo. Observa a sua posi~ão Jooginqua e afastada do trafioo co1oniaJ mais importante do nosso tNnpo. E quo difficuldades para arribar ao seuÂ"'rlol Em novembro já os grandes 1rasantlaoticos que o procuram vão abl'indo caminho (>Or entre escólhos nuc1uan1cs - os blócos de gélo. Em commuoico~ãn. pelo Elbe, com o mais nublado e periS!'OSO dos mares, Hamburgo egoista, que deve a sua íor1una á negtigeocia dos Otllros, s:en·e.se a si e aos seus exclusivamente.•

•Que contraste oom Lisbea, a prodiga! Elia póde '"o maior emporio commercial e o abrigo das reservas indus·

III VOLUJ.l.E - 24 de junho de 1 CfJ7

triaes da Europa. Em contacto marilirnp com o ( oiver:>-0, ê no Atlantico o porlo mais proximo das duas Amaricas, o que seria o bastante para a sua fortuna, mas tem ainda ao lado o Mediterraneo por oude póde receber as mate.rias primas da Asi3 e A!ric.a, para enviai.as, pelo nrnsmo mar e pelo Adriatieo, â França,â.J-lespaoha, ~l ltalia, à.Austria, a toda à parte! Sempre pela via maritima, <1ue é- o tran· sporte mais barato. Aposto que não sabias't»

O ~Jauuelsito ignorava essa lei economica. Na sua idade ignoram-se muitas coisas, iuelusi\'é a dissimult1ção. Por isso, depois de me ouvir duraute meia hora ciwr ciíras, comparar itioerari<'S o discorrer sobre as \'3Dl:lt4'1lS dl.l porto livre de Lisboa conírootado com 03 cxistcn1es1 co· mecei a notar que a solidei da minha docunwntaçào e~· ta''ª a parecer.lhe rnas~aute, e maudei·o embora, dando­lhe ao mesmo tempo dois formidaveis beijos e um tiuar~o

de hora de recreio, que elloaproveitou Jlara exercitar-se no • Oiavolo., o jogo da moda.

Os_ joroaes íraneezos o~o cos1umam ser prodigos rm not1c1a~ de Portugal; todavia, n'essa excepcional ooca~irio . oc<'uparam-$e de oós. O Figm·o louvou o patriotismo d'EI. lloi, e a proposito coutou uma dezena de ancedotas. O 'ltmp$, no seu supplemenlo, dedicou ires eompaet:is C-''·

lumnas ao assumpto, prophetisaudo o melhor re't1hado para o paii. Os jornaes nacional istas. esses, denuu· ciaram aos seus leitores mais urna ne~ociata dos ju­deus cosmopolitas contra a França. As folhas fin•neeiras limitaram-se a prever a alia dos fundos porlugtieze<.

Em resumo, nenhum publicou pormenores nem pude vêl-os nos meus jornaes lisbonenses porque dois dia. de­pois, de,· ido ao subi10 resíriameoto atmospherioo. ap:rnhei uma pleurisia com o seu cortPjo de vinte e cinco doença!'. que me prenderam na cama todo o ioverno.

Page 7: lJ:SUOA, 14 Dn JL'1'HO DE lqô7 ru~tracáoPorfu(juezahemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1907/...mente p1'1:ti ~ua siui:it5u pri\'11.-giaJa. de cam111ho obrigado para.os

c.CO#f• ' , ,,., .,.11. iw• 01 ., .. ,, ,...,w • .a1 . •

i)urante QUllrO lllflf'~ OU\'i, C011"13UtenieDtt1, a 1•·'l)l'UOl.a do OOm dr. l>u:ranJ •111•·. Jl('f° ter tnt1i .. Lulu rm Coimbra Jurante al;.:11111 h'OlfJJ. pmen~ hllr purtu2utz .·bilia rm1w ''º i doo1tlt 11

1 I· 1111 d1't"11rso da m1~1':\lla a corrt·~1M111tl1· 1H· 1a arcumu­lou ·t'e dr t.il m:11wirn. uo meu g:ihiiH'lú tlf• tral1:1tllo, fjtll'1 quando minha mulher a 111111. 111k um flhlll"U t-111 urd('m, rernun Mrrrada .

.\final. com ltun~a do medito,. tratei li~ ~t,rir .1S raMa ... : eram taota1?_ Lo;;o na rrnurira. hótrl\'tl · 111t'nle t"'-cripta, '(01 .. u~1. a cu .. to, um:.. 1c11obil d1·i· cc.1111pos;ur;a, p()r lA·r ~ido-tão l~Jrão-qut" íu1 comprar 1errenos a uma pobre. gente de Belem. sa· hl'udo o que eMan para acomtoct r

Piquei lndi.~nado ! Jimais uma urta .t.11011~ ma ~ .. ujin as mlU1, dt> modo que e .. lJ inc:ommo­duu me devéras.

Outras e muitas c:arlas aLri alt> 41ue me impf'di­ram de continnar :. leitura n'e.:m1 dia; e n'dlu 5'J

de1'cc.lur \'t'ulun:-. l•rv>.1mu. pan. a patna e pua num.

OuaoJo wubo> 'I"" o kr­ratorio do porto lint> abran­gi:. IJ1•h.•111. compl'l'l1emh 03 in"uho.., do ano11,111u; e com·•r .. 1 a de~culpál-o~ ao l.Sr at duzia.?> do! pro1.osu .. de Mrnpra. ,·indbd4' t01tl)j o.i l ad.1-i. d"' al103 P''r~ nag~11 ... , díl dirP('tOn•s de banro:t, tle 001np:rnhias, 11ufl .... j eul

J)~ 11$UD~ pt't·lt•r1dt•Ult·~ t110011tre1 di,-t>r~~ catas olT "rf'• -··ndcrmeprtt,,~ phau. ta.>llco~ que augmmna•am á nu.1did3 ljUe as tlat3g se 1orna\·am mais r~entt' ...

Ol<~~': d(·=~ i;;·~:::,\::~ uni;.1 ! l, '"e- sonho .. iocol~­tdlt•;,, d1 .. pararaJo ... . .

E11trt"lanto, a~ mt1lhor3; actt•ntu avam e arahei 1M11

oLter _ \1ermis~o rara 11 aú t .. ..a, oode. como ,,,_ tia o Jou&or. - o d1•11 ri1·

'"'''- em bre"~ me h.w1a dt' re ... t:ah1•lecer.

1) grande decreto, como já o d1ama,•am, prPparado no ma1nr ':"ígilJo, ( .. ra lau .. tado dic:tJ1<>rialok"ol1- i (Ili ..

blic1JaJe do Di11rio Jn Go­r~t'n•l de :-iurprt>l.l, para evi l :H a e:\p~ulatào. g,~a cautA·l;1, 11orêm, não impti­diu l)Ue um grupo dt"o tune· r1t·ano·. d~ llJ.. ..... .;i;.·1·m e.m tt~boa n·e ..... a occa.~u.io. 1e con111u1~'"· tolrt• 11, . I'•"ª corn(ltar tuJo o ~rn1.imo reser,·ado ao porto frauoo.

Ü•m ~ rapidez de cou­Ct"l •t3o IJUt' ü:> c:arac&enu, rompn:lien~eram ~~ •111• r.i.urue•~ço,romo "'"'"

Fahou t30l0 que o 1 .. rre-110 ~11l1m :l 11reços u·· hi)jP ~ó

Page 8: lJ:SUOA, 14 Dn JL'1'HO DE lqô7 ru~tracáoPorfu(juezahemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1907/...mente p1'1:ti ~ua siui:it5u pri\'11.-giaJa. de cam111ho obrigado para.os

;74 -lLLUSTRAÇÃO Pl.>RTUl,;UEZA

couhteidos em ~ev.··l6rk. Os joruae.s citavam, daaria­rn~nlt", M com~ras realisadas. ~abia·se quem comprava, e por •1uanto. ' flrd:HIPirarnente. á Vf'nda, sô havia u~ que eu ~"''''ma. e 11 ni•.•U nomf' plebeu de .\ntonio Jcn.é Ptn&O andua ele bocca em bocca por Hr d maior proprieiario do~ IDf'ltiort:t lforr•ruo.;, para ,.t-Odt•f

Toda:i. as folha ... uo11ciaram a miuha cheeada ptlo S1ul­EJ1wr.\1. Algumu di ~seram que multa gonte me Mperfarti na i\~t:ação; mas, em homenagem 3 verdade, COllÍ(l!'lltO que

r

ao ~aliar da carruagem ~ô n agPute .. de hotei$ e carrt:tga ... do,,,. a quem •ot~•i as mala.. no que foi mais frliI do qu• o sr. D. Fr1d1que l lend ... um caulhe1ro oo«o cocnpatriota, qu~ çonheei aq_ui, tm Paris, por &.PI~ Ü'lllO passar, muitas vut..,, conduuodo o s('u pltMtmt, no 1empo t'lil ' I"º eu linha o CO'ilume do ir ~e.111ir-me, á$ tardf"S, no Clu/J dt1 Pannh - 3<JU•ll• <;an1iuho da avenid• do no,que de Oulooba á .,qoio1 da praça da t~.trella.

r'io dia se,'llial<! ao da Chegada, muil<l cedo, sahi do ~ td. para ir oh~rur os P'"!''NOI da preparaçõo d<> po-ri­metro livre do por10 .

111 V\J1.t:w:1-z..i de junho de 1qo7

Era um assombro 1 IJe Alcantara até Al~és a destr11ição das antigu ron­

struc(Ues fc)ra completa. Parecia que uma immeo<a u _!MJ1r:• pa><ára pnr <-Obre toda aquella mi.eria >rchi1ec1<>01ca, dr1-11ndo l('lf'D•~ de pé. "'1,.mnes. mage ... tMaft. a lorre d~ Jkl,.m • a faeb1.U dos Jeronymos - ,ym!JOlo> da """' rena~n~a quioheull'ita, que ali fie1Vam, t'recuis, a 1m•?tl­dir i outr:i , á no,·a rt'lll\~n~a, como marcos eterno" d1· pass:idu ~loria-..

_, Sobro o e.pato 1,,.,.,,

das d .. moli~ ni:u1an1 ~ toonn••:o. "sqlldt-to" d,., p•lado• de ferro. :'>o T r­JO ceo~nas de barco.; d1' íôrm •~ r dinwo~õe~ t•iitr:l· nhu c.arrega.Yam uuttl"­ri:aes ou ~u,teniaxam IU.;li·

ebiuas de bpedO muni· truoso 11ue mo,·iam ... ,.Ili ce~sar, 1 ~s:;antf's garr~~ de ::11;0 , uo aían do unia obra ci tanica.

Coi!f.u, li~ra ... muu.·a vi.ila.$ n'aquPfin ... 111os, outr'ora r.al1ll0'. p•· ... -,·am \'t"ttigino'.'ob c:uum u'um d nl"matographo

Por toda • parte mi­lhatt!'4 de operario.s íor~"· teinh lidavam. l("lÍ\'01. com ~ ,-ariados apr""""' li"" do trabalho moo•n .... auxiliadoJ> por muifr'l~i~ mos portogueies, <100 j:i c-0m1m-'l11miliam 3$ . or­den.s r.onfo ... u proferida·· tm lini:uu eurau,..t1 · ta_~.

O..; nossos obreiro~. Côll1 0 ~IX('fllp10 dos dt.' ÍO• ra, rno.:itnwam-se ma iii st"uhon•1it de si. mai-t '"~ meu ...

A nobre ítvnlê porlu· gut'u nio dt>~pp1rr<u1 corno d' .. ute:;, wb o hm­rcndo crws1ico do c:ara1111-ço do lii. A pe»d• i•­qurta_ di• s.:ar:tg()(a f1:.r:i ;ub•lltu1d1 p<la leve blu· sa uul de hnunJa lfadi· ção. \io "' homr11! di:.­calç<is. E tão co111eut• fiqm•i com e.sta 1rneril de~b1•r1a r1ue, cn,·oh'i­do t'm uu'ftm' dE' poeira voliti a correr para o li<>-

:i'!:i11~:1~' vle~s:~~~ brear o t1lladro que tanto mo uptiv!ra.

Ko hõ~I e~pera,·Am-me dekna ... de (lf"'"03s queocriadd ti<era a f•liilembrança de oUJDttal" r-taord.m clecht11da, n&.. """peclil"os cal1Õb de Tisita. "''1111 nio houve qu1 ·­liH'• d·• prdereocia.

Um eava1hefro italiano, represeotaudo a mais irnpor­tantc finno. coromcn;ial de Geuova, :1hriu a serie de vi:.1-

'ª"· ~lu11<> me cus1'lt1 a •~r-me line d'elle 1 Para t<.rulecer a •ua proposta, na 11ual se perttbiam,

di;í11\adu, coodit/I<'- ••<eeiw, o 1rgu1<> geoovtz íalt>u d3 uo1io da rata 111ina, citou o paren•fSCO das fa.iiulias

Page 9: lJ:SUOA, 14 Dn JL'1'HO DE lqô7 ru~tracáoPorfu(juezahemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1907/...mente p1'1:ti ~ua siui:it5u pri\'11.-giaJa. de cam111ho obrigado para.os

U\.OLU.Mlt- 4 de junho de 1907

cPl>rl•r•I- O Rn fJ. < '" lo1. fi1 ,41d1Julo •o n>.,lf'll"' J_, f.J1.ido

a.c«l>o df' ''"''do1·,~qr1t·,: d f"'tt /ir Wo~1.• rll' _iruu/n> p1 0.1 ,.,,,,._

"pn111 d~ LislMI ufa d«'411••fo porto tranc0>

n-iuante3, f! 11lo .;,e eS11ueceu dt• ri•Jerir-se ao ct>n(iO dt! Cario~ Alb.-rto. ~o •rdor do <.•u di""1rSO •»l­

tava-se a ponto do criado acudir moa vet, pens:u1do que havia bull1a. Oeixou me, a final, le­•lDOO-me dois bo1l1e. do ou­c.o1 que a.rraur.&ra, ret.orceudo-·o~ uer"'o.>ameuse, para me con'•'ll· cer.

Tres fram:eze~ entraram dí'­poi.s, a ?--(>tesentar a mesma prn­po.ta. ,C- clarua e mrtliod•l (alaram, cada um por sua ,.tz, • dê certo teria com elles de<:i­dido o negocio so não me uph­cusem, bonesllmente, que_, •n­i.. da tompra decidida, teria de ,.,. de Pan.s uma coouniwo de eogenbeiros, Stguida de ou1.-, dt\ arc.hitectos, e, por fim, o

11.LUSTRAÇ.\O PORTUGUEZA-;;~

11resideu1< J• 11111 !>.toco Tudo b'itO le,•aria. uin anuo. lk~1"t1.

1.-:ra um all ... mio. a C••rt ·ira 'i~1u, e ,·iuha t'm nome de 10-dustriae:> dn Fnncfort, Sem oxordio, e um 11ouco bruudmeu-10. ofTcreccu·me duzeala" 1• cio· fot'nta mil lil1r~"" pelo~ m .. u~ Ct>r­re00:$: ma.~ a flf'&...--0. em t ara .. .. t•mr~tr3t.>~. Como so go11oto dt negocio:; lic1nidado~, 11iw :tc:c~i­tei; e s.e111 tlt•mcwa n>;i.udei en­trar dois .trn••rir.1oo::t qu .. eui a() l"offi"nh! das offtrlas receb1Clas.

E .. te:, ~··ui. ir•· .. dedar:1ra1 ·~ prompio:o. a 11agar ã vi~la 1111t1ln1 11111 e <1111 1il w11ttl3 c-0ntoi. nll••rt•t'i· do; pelo allc1113o

la dt~id1r mr· 'fuandfl ~1t" lt>m­hrei do u.a,.~ro db c.-J1tic~~ .11neriea.ua... 1 iw rt">(.efo d1• •1ue alguma pa von•~:t ca~~rua íú~~e l1w:uuada ao 1:1110 do~ JL1rouy111os, :t amesquinh:tr o p.tutJ1.-.1n 11a­t11)ual. ·.1m .l 'ua ndicuJa atcura d·• '°in1~ audare.. lnfunn~•- m~. Era i''\:;a a i11t1.•uçio oo.. ymt­Ln"'· Hei:u~ei o milhão de hbr:1.i :une-

e ris 111 •p• LubtM f•

Page 10: lJ:SUOA, 14 Dn JL'1'HO DE lqô7 ru~tracáoPorfu(juezahemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1907/...mente p1'1:ti ~ua siui:it5u pri\'11.-giaJa. de cam111ho obrigado para.os

•Trau-; d<• al!r;r as co,las: eram lautas.'*

ricanas e aeccitei 980 mil dos in.si:le1.es, que n'esse mes­mo dia pagaram em cheques vi$ados, no acto de assigoar :l esenplura.

Perdi vinte mil libras, mas sa1i..fiz o amor proprio u:i­cional. ti al:'lr do que ahi está ;i~ora, no fim de seis annos, seda ridiculo. Não vejo neccssi~adc de con1ar o espantoso

cDuraufl! yualro 111eus ott-:•i consfanumeuJt• a pergm1/a do bom dr. Dt1rand•

Page 11: lJ:SUOA, 14 Dn JL'1'HO DE lqô7 ru~tracáoPorfu(juezahemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1907/...mente p1'1:ti ~ua siui:it5u pri\'11.-giaJa. de cam111ho obrigado para.os

Ili VO!.UM1t - .:~ de junho de 190;

progrc~-.o do pai1:, u·e~te r~pa~ de lempo: 1• nl'm sei(11t•r tn')l'to DO aho n.lor da' t.srulai r•rofi3Siona~ Ío_augun.das ~li" S. ~- E1.n.-, fffi !odb u ci·lade> do '"'"'ºº· oxn o s1mple~ recor--o J,~ ar1h;ta .. no~"º'· cread1>;, nai fabric3~ •'-•trauge.iras do t•·•rimctro ltnc.

JMiro-me, por do;c.,.go de 001Jscienci•, á muhipliea­tiú db escola, pri01arias. i d1m1nuiçio dos imposLOJ, .i

e.·~IOSa in:eo<uude Ja laroun, ao fn<:ciooamenio da propriedAde laulunJiati• do Alem~jo gratas ao plaoo

ILLUSTRAÇAO PORTL'GL'EZA- ;;;

de 1rrigacio tm \'ia d11 exeeutar· .. 11, " ,, tranqnillicl:ul~ polilica qu.- km reinado. ju .. tificaudo ó dict.1do ~ 11uerei. boajd11ic.a d:•·tM ~i. financ;u.

.\pt•.ur º"' benemt>rit•>:4 e.)ÍOI'\"'""- 1b Prop.17a111la 11·• Po11ugal. •1ue e::1tâ inst.allad.- com J111··11hh empr.·~a1lu"

110 ~u sumptuoso palaeio. ri~~adn (loOr Ventura 'r1•r .. ra. no \ho de Santa Catbarina. trm•~ll ainda, e cer10 uma i.otf.rioridade, ma" íKilmemt"" rorri.RiTel. R··ftro-Oll" io coníorto &b viaj:1inll't. 0.:i "'' uu "•-iuatro 'r:rnd'"""

Page 12: lJ:SUOA, 14 Dn JL'1'HO DE lqô7 ru~tracáoPorfu(juezahemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1907/...mente p1'1:ti ~ua siui:it5u pri\'11.-giaJa. de cam111ho obrigado para.os

71b ILLl:STRAÇ ÃO l'URTU<.;UElA

•f ... lldt#'"4XI • 41 &·c"rÚ"' 4·>Jt/<JIO .,. , .., 1• //•r J. ,.,.rNt',., s• 11 dl'•''

1(/1 1''11ri>>

( t l.ICMti.~ D H _IO\O CA.llLUS C0t'f"lt0

hou•i:-. P .. tabrlttidos n'e .. te:- uhuuo .. lA·m­pos to.7to 111' .. ullicieotcs para a muhidào de es1ra11gt.• 11~)i; <1ue procuum Li:-ho.1 (' .seus arreclorf'l'I. depois quP a linha dupla do caminho de ferro da Beira, seguida 1111

He..;panl1a alt· :.. _ fronteira íranc<4'xa, no~ P''' em cvmmun1cação c.oa>: Pari~ _cm 'tR hora~. ~r meio de dois comboio..' d1ar1ot : um d" íuw e outro :.imvles.

O !u1uru promtti.. <er brilhaoi... Parr­c•me i(Ut', dt>nlro em pouco, nada lf'tt· moa qu1,9 inwjar i BMgica.. Homr·o' tm· prehcudNlores hão do surgir. O Jo••1uim .era um d'•llc ..

E j;i ' I"" ralei 11'elle, dt\O oph<~f·

III VOLUME - z4 de junho de 1907

Ott. 0 J~quÍOI é "'JUdle garoM> que f.C)U)

n t"tu sorriso de croça me feTou a comprar O> ~elebre.:i terrenos.

~uoca o esqueci. O e.outra.no ~eria in­gratidJo. Para contar u P<'~<p1iias fei-1.as para o descobrir :ieria lll'("f.1.iio um vo­lumo. O princip• I foi ach•l·o - e achei-o. Tudo acah:i r>0r $(! euccw1rar. u'cst.a vida. eiccpio a íeliddadP, cpm 1\ ide~I dn­ma~iido puro para que po~d lf·r vida t' atmo.,ptwra n'este rnundod~ tn;.:ano~ e in­íor1un1c,:-..

lkpo1 .. de o fuer ~auhar o""'º 6-rtut ... iml'le.:. a.qui. em Pan~, Yi jlo M"t ~mprt> bom .. at.er, ao meno>. uma hni.:ua a fun­do. mandei-o para 1.cmdn• .. . a •1prender o ingtez e o de>cnho mdu"1r1aJ. (:\a.'! ho­ra~ \'agas joga o lfttntr) , oxerr~1 todos o.tt Kport1, torua-~e. emfün, um cidadão ph) · )IÍCO util a si prop1·io e ÍL t1ocied1ulo cm 11no trn1 de circular).

l>'aq_ui a um auuo e:;u•rá na AllomanhA. 4' !Ll'gu1r.i. mais Urde. p3ra Oll. E~t3dos­l'n1Jo, a praticar n·a•1utlla< grandes for· ja .. ttUfl me&ttm medo e qiw pr0du1t m m1· la..,rre ...

lla de \Ír dP la , para Portuiral. hc:•nrar ,. pai ria. \' ohari. c;ert.amt'llltl, tranaJonn> do, amoricao1sado .. de<id1do • 111do, ~ romper o seio da muhidãu corn 11m2 auda­cio~a serenidade, a uào ttr e1crupulos te>· mantÍOO!:, sentirnentae$, a $itbcr vh•er . f•mlim. Ma:; nunca perder:\, (>Or mais que fa~a, aquelles olhito& uegros e vivos - os bellos olhos por11111Uczr<.

l'()pindo ltXINafot"'tt por

.\ 1>A,.cn \1t.

1\'of<m/>i) rm f'" l'lt l mha" .. 1st1mt1• dr 1'1 w11h11~mr, J., l ct1 .,,. , NO Club des Pn.nm~- "

Page 13: lJ:SUOA, 14 Dn JL'1'HO DE lqô7 ru~tracáoPorfu(juezahemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1907/...mente p1'1:ti ~ua siui:it5u pri\'11.-giaJa. de cam111ho obrigado para.os

f:"AFE:.~RC> E: .. FOC OC? C>S OC>IVllOIC>S DC> Rll!lATE..IC>

A caminho do Alpiarça: 1. o Jr. G11i/l1'r1t. 11 .. ,,., c~md•:•"'"" ,.,, """ ª"''-"''' "' "'· drs./vJ~, "' .l/~ru-:11 'Hr, e • . /u1111 ClhK"ª.I,. trltuuj ''frefl'ftlaNlf"S 4(,,, 1"111ne:; da cajt1Ml-.2, O Jr. }•"11/llllH No.,,1., amdu:oHlo ,.,, ''" aHfmll•1"1i

M ,,$, jou Rd:.-as. d1 , .lu/mm>Josi d'Almrufo,. rrf'rt'SeultMlf"s d1•.1 /1>1NO#!$ dr /.11/1..a .i· () ff>JlsdAt'iro rb, ll<nuu·diut> ,lfur t.ai/11 dt.mdr> (1.1 /mas t1i111/11s rws ,.,.um..f/11•J:a<l11\-f, O s 1. Bn ,,,,, t/i.110 .Jlaâta.!o

.,.-"'fl"""'" a~u11'1f(H'O os UNS 1·01-rd1-1rUmario~-~. A chegada 1/0 f'11mefro au/m'1•1!'1'1,, ,f/pi411"n .lt a.,Jnm.rJ'Je.( .ta t1m/11.1,7.,

Page 14: lJ:SUOA, 14 Dn JL'1'HO DE lqô7 ru~tracáoPorfu(juezahemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1907/...mente p1'1:ti ~ua siui:it5u pri\'11.-giaJa. de cam111ho obrigado para.os

1, Ccij'ri,-a.1 d' Alpt't1rra 11a ft'Cule pnporand()-.U para <ohrt'r dejiorr101 orádiH'i'J r'/m/Jtkauos-2. (h'1ajt1udlajlú>rül(1 t.•m Alpürr;'r npt'rau:lo o rorlq0-3. A 111-ulltdilo s.-guimi-0 oç 1«pn6fü·o11M de J_,r'sl><xl-J. A ""' kiiomdrn dr Alpiar(O. os srs. Rü:ardt•

JJu,.il-o e josi i lfallum µdrm qur u cortejo s(ea a pi

Page 15: lJ:SUOA, 14 Dn JL'1'HO DE lqô7 ru~tracáoPorfu(juezahemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1907/...mente p1'1:ti ~ua siui:it5u pri\'11.-giaJa. de cam111ho obrigado para.os

CJ 1 /•IS; .Jf11llw11 fat.111dd ª'' f"ol'O J1 f/f'rar;rz dt> 111na 1/aJ ji11ull<11 d,- UM • l:ltl-A~p .. lo dd •111/11dJ ''''''"' 1fc1 t·1lfd do sr, jt11i .. U,rllww, .. ,,, .rtp1a1 1v

Page 16: lJ:SUOA, 14 Dn JL'1'HO DE lqô7 ru~tracáoPorfu(juezahemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1907/...mente p1'1:ti ~ua siui:it5u pri\'11.-giaJa. de cam111ho obrigado para.os

() ftr~"'f.::~.~'!'"J:",~. ·Yn;;4~,.i~a::.~~·~ ~: /::;;.~'/;~f;~·;;; .. ·:s~:t,"';4~1u ~j,,·:}l>í:,~i:u ",."ots~~ ::.. ';;7:: /.':.'!'.~,wdo' 4' 114'nra rditto ftfad"'d"

Page 17: lJ:SUOA, 14 Dn JL'1'HO DE lqô7 ru~tracáoPorfu(juezahemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1907/...mente p1'1:ti ~ua siui:it5u pri\'11.-giaJa. de cam111ho obrigado para.os

1. A mna do comicic> dç Almeiriln.• os srs. }t>si Râvas, prtsidçnlr; /º~ l t:rtn'âc> e A11f(uúo Vú1aKre"': .fccretarios -z. O sr. Nol>n de (11rva//i(), mn d()f oradons-3. O esJudank da Univçrsidad< josl ,11onte::: -1. O /k>l!O de A Jwuirim

41SSisHndNO Ç()m/,CJ'()-J. ,4$/Jl"Cfó re1ál da multidtJ.1> no co111iâ() de Ail'1dt'i#1 dentro do 01'/l'go 1f>aleo das ea:1a/l(lr'i{d.t real"f

Page 18: lJ:SUOA, 14 Dn JL'1'HO DE lqô7 ru~tracáoPorfu(juezahemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1907/...mente p1'1:ti ~ua siui:it5u pri\'11.-giaJa. de cam111ho obrigado para.os

I "'' •"'/'• lo da t1ssisl<1111n '"' fll11fa 1/t> Sanlatuu- ~. ,\',1 ''"ª"ª "" A/111á11m" ,\.n1l11r1m-. .l· A.t mt1lhori ll'.tJ fl.tu,·adas da prit:·" ''' toNrvs. qmü ,,. 1·,ah'.11111 "ffi#liri<'-/· O 0 • ./1,ul A'd;·,u tJrdn1J1J-{, .r '""""" j>1.-.i. 11oa/ 111 .f, Sa:11art'11l _,,, .1 1t/101rltu com que '" ma1l1Jfr'S s.rv t•st·Nfado.\· • 1· l '11ur parle da t1s~1$üu1 ''' "'' 1n,,u - ,\', CrniOS".t Na <df11da de Almá1 im /IMa .l).1ul1ll<Nt-11. At.f'Ulo Jf''''' dl' ""' /111/" 1111 fl'•' "

(Cl.lCH.t':S DE 118~01.rnl.)

Page 19: lJ:SUOA, 14 Dn JL'1'HO DE lqô7 ru~tracáoPorfu(juezahemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1907/...mente p1'1:ti ~ua siui:it5u pri\'11.-giaJa. de cam111ho obrigado para.os

Os grandes acontecinientos politicos lil A VIAG.El\<::C AO PORTO (i) @ @ ~

A.a menlf•st~hl na t•re de Colmbr• - .-t· cJ,,~•"" o 1r~silll•I~ tio r>•ullut -.;14,..IU/o • J•1t~ll• d• u111 r:•"tUf'C,,.- 0 1e1uJ11/e coJ"'()JUl Dias iJ,,s~rsarul4 01 ,,..,,if,.s/OJttes ( H -Al/,,.os e o.ssH'*>s-0 .Mlt4 '" u. ,,.,..

11d,,,1-lc- rúJ conuJJ,o, nlNdanU "" f',,u·,.rsM'fd', f,Hfl!Hdt> a.r,.rrtrf"•ft' dil (Om!iooin { f .. I

Page 20: lJ:SUOA, 14 Dn JL'1'HO DE lqô7 ru~tracáoPorfu(juezahemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1907/...mente p1'1:ti ~ua siui:it5u pri\'11.-giaJa. de cam111ho obrigado para.os

No Porto -F,J1/n> S . /J•·HIO <o Pnv.a ./Vova. O pu/J/1''º Jt(Ulea11do na.s bengalas o manifcstq de jt1'0lesto 91u ./úra Jat'g'01'UnJe d;S1d})1ut/(~.')a;ndo da rsla~IJo d< S. Re1tto-J\''1 ()((a#ll() da otl1'ada do trnsitkfilte do consdko j>or·a. a 1110. ,·a1.,..N(lfrt:'"

Page 21: lJ:SUOA, 14 Dn JL'1'HO DE lqô7 ru~tracáoPorfu(juezahemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1907/...mente p1'1:ti ~ua siui:it5u pri\'11.-giaJa. de cam111ho obrigado para.os

0~ d<S do f" t"d"/O .IU <111'•• ~ ,_,,,, tio ttUO t/o u·. j<JSI \.J:-4''1, Olftff" t"o1o t"rnf>ri•unJ4r 4' f'tYI' ,, Ili' tfo '-"IU<JllO

,2 ma Formosa: htlow11(f11 jto/t. '"'· rrm1 pn,,.áut /'lr4J" ,, f'••/'UÃU- "'"d" d< f'"· A f"1iâo 1111~.f,. tf/tt< J.f' p11otp_f!1•1f'lrt• o at·ttol<ttt f'"4S<: r~lt'ndtdo Na ,.,t_-o .. (4-.f ,,,,,Ilida,, apinJ14tih ,,.,,, rl•~d1111f,u

dr Strnlo J(.(,.j.1NI•'-·' 1':_1/f, '.''· dlritfidn pelo capiM·i S11/~f11f,., .t<11la111lo 1i<tlro;«11 "Hllt/11.l.711 "r1111-add da 1·ua ;.(~ S1111/u .11111.11111

Page 22: lJ:SUOA, 14 Dn JL'1'HO DE lqô7 ru~tracáoPorfu(juezahemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1907/...mente p1'1:ti ~ua siui:it5u pri\'11.-giaJa. de cam111ho obrigado para.os

. \'c1 r~"'"' ""' ~·•f1116N'#IO:S •o 11.jtlJo Fro1•·.,-S• ,.,,. "' .'W1'111 L4lll•n••: ,.,.,,.,.h,,t'l ··o• o .,,;1,,;;,.s10 •~A•"•' "º' rll•pitu-th"'º Kt'NftO if, ""'"ª dt' 1•síl dn sr. (t•tudffârt> jtJ•I ,\IJC·•.-s

Page 23: lJ:SUOA, 14 Dn JL'1'HO DE lqô7 ru~tracáoPorfu(juezahemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1907/...mente p1'1:ti ~ua siui:it5u pri\'11.-giaJa. de cam111ho obrigado para.os

(".• rui. rurmosa:-s.; p1i,fo11 jtaJ1111 M csrtolu!-Na rua de Santa Catharln11: A /H)li<in arraslau.to ""' p1,pult11 pn-sv -O nmw1a111fonlt< da ruanfa 111111u._ tfhl/ 11111 Fmw1osa a/Jaixo

Page 24: lJ:SUOA, 14 Dn JL'1'HO DE lqô7 ru~tracáoPorfu(juezahemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1907/...mente p1'1:ti ~ua siui:it5u pri\'11.-giaJa. de cam111ho obrigado para.os

Xo ou,tr da njn·.::o--Aq1o' I qu(' fuuw1 l!lfo.s.'

(CLICtt~:s Ol-; Ul!l'OIA~I., ti:O:VIAIJO ESP1$CIAL [j\ •11.Ll::STM.Ao,;·Ao 1•()R,'1·l'(•UBZA•)

Page 25: lJ:SUOA, 14 Dn JL'1'HO DE lqô7 ru~tracáoPorfu(juezahemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1907/...mente p1'1:ti ~ua siui:it5u pri\'11.-giaJa. de cam111ho obrigado para.os

O GRANDE INCENDIO NA COVILHÃ

Dois aspectos dos predios 'nçendiados: Yútas dtu no'm1s, Jit<tdas d« praça dq Mum'n'fnq e t/4 1·1ta .A11/t>mO A11J:u.slo de Apdo.r

Page 26: lJ:SUOA, 14 Dn JL'1'HO DE lqô7 ru~tracáoPorfu(juezahemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1907/...mente p1'1:ti ~ua siui:it5u pri\'11.-giaJa. de cam111ho obrigado para.os

amor das 1 pl:lnlns ra-1 filS é um 1'rntimeoto

bem natural entre os apaixonadOi thl tlori· l-uhura, mas que che­ga, por veteM, a attin .. ;.:ir ocxa~êro. ltaama· dores que co11~.1~m a plantas de..,pida" de todo o meritu, ~imples· mente por li! ~rt•m pou­co commun,., cliwcll<ls. e • uidado ... di'Jl ·1 lio­IOS, e nào faum <a.

it1> das mab bcll.as flê1-res, que a n;1turc::7.a vu lp,arisou prodi,'l'amcn­te para o encanto de todos os oJho,, O jar­dineiro e 6• riptnr :\1-phon!:Se Karr ,;1t.niso\1 graciosamente sem c ­lhante mania cm um do,. seus linos mais ama,·eis, a I Q_1·ag~ ""'" /qur de mon.jarclin. Vi­•Ítando a collccçno de outro horticultor, este

1\!ti~M~ NUS ESTVFns DA ESCOL.n

POLYTECHNICA insist:a cm fJ1.er·lhe com as maiore11 nmpli­fifaçôes o elogio da ra1ãdadc de qualquer anl!.ignificantt· pl~nta, feia f! rídicula.

-E' ent!\ .. muito :ara ns.ta planta:' 1>e:r~n· tuu, já complel.lmente -.atu11.1do~ o e5pint·10.:;o rom<inc1st;1 de .\ffn1s ln 11Utt11/.s.

- HariS!iima. Nem me <'.onMa q\1t• haja quem pos..,ua outro t'.'l.:Cmplar.

-Pob e--itimo isso imrntn~>. Porqui- f interwgou o maniac'-', ... :Jrprezo.

-Porque a5sim nào terei o de~i;::u:-.t• de tornar a vêl-a. Mas, quando a planta rnrn um mer('t imentob proprios;

P!mtyctrlos, /rim. dtt /roudrr 111/01(11, /l>l>údas. or-igituu lllJ lltt Ausflaliia. Oe.t·em/'líll "'"''"'"• d' {11/ll<f..'lt"fH t't'I dr flNund/oda, I 11•J/11l>1/J.ssi,uo

Page 27: lJ:SUOA, 14 Dn JL'1'HO DE lqô7 ru~tracáoPorfu(juezahemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1907/...mente p1'1:ti ~ua siui:it5u pri\'11.-giaJa. de cam111ho obrigado para.os

i•N-ILLL':ff!UÇ.\U f'Ulffl 'í.l' l-.Z\

~tptnth<'s, o,.cltld,." ' '" •11:""''· A I /vlluu '3•bahf'IN· I,. q11a11do 91111Jvun úuult1 puuJo

n '.-114.s, •splti_1-1a1Uf.,..

qu.anilo t uma fvnn6~ e perfu1nada. flôt ou um dcgantc arbt:i-.to oma.J.uental t quando é. por exemplo. uma orchide.a das tlvrnt.u in· lertropicacs, de r;irmas biiarr;;1, e culortdn~ \'aricgados ; cntlo, n'cssc 1.--1 .. 0, a ~ua rari <l.ldl• dc\·c acrc!'it:CT, decertu, o apreço e n enthusi.1!i:n10 que desperta ao~ n1ltivJdores.

Pt•r infortunio as plantM rara, i.ilo 1\atu­ralmcntc caras, e aos amadores que uô.o ~:ln ri'º" lii•°> resta, portanto, o r<-cursu de ª"' ve­rem e adniir~cm nos jardíns e H·'" c.·.,tuf.t., alhci1i1. o que é. aliás. ba:-.ta•Hc J-'e ~lara "MI•

ti$.f4ler º" que trem o bom ~euso d<" 'r' n>n­ten1.1r com u.m prazer modcr.ldo. :\ e .. tc--. recommcndamo.. uma \;-sita ás e-~tuíai d·1 Jardim Uot.amco da E~,rola Poh technka. onde ha ba.)lõ&.ntes. plantas bonit.u e raras e admira\·eii aspectos decorativoSi, du1 quae:; a1 ph11t11;;raphia~ que acompanham t\le ar­li~o cl.Lr:lo uma idéa aos leitorcll da //lu.Jlra­ft10 florlugue;a.

Na estuf'* <.las orchidcas: Cslào, aclUalmen­te, v~tri~"~ c~pccic!> em t1uresff1H ia 1 !itnc.Jo inulil in)1,l1r sobre o seu magnihco tlfcito. Todo" a.abem que as orçhidea~ c.vnl'htuem uma du familíõlS mais .sumptu()JQ1 do reino "f'gtt•I. que contém milhare,.,, de espcci~. di~1ribu1d:t' por todh:s º"' p<inl(,, do globo. Temol.as lambem indig-ena!t, ma" a. no ... -"ª' orchidcas portugucza:5 $.'lo bem d1flcren­ttt, de natureza e de aspccto, dl!ll e:tutica; · todas ellas s.:lo terrestre:;:, e as suas llt'lrc .. pequenas, dispostas em espiitn ou cacho.

1u vouau.-14 de junho de 1907

.\ maior pane d:u cspecie1 tropicacs. pelo contrario, s.'\o t3o not.avei.s pela grandeza, a íórma exqui,ita. e a riquez.;i de colorido du suas tlt'1rcs, como _ pelo ~eu modo particular de ve~eta~·;lo. Quas.i tod~. de facto, $.'\o cpiphyt;:u~. o que que r d i1.Cr que vivem imspcoiias <los tron­cos e ramos da$ an•oi·ca, ~cru , lod;w ia, e~trahir d'elles a sua ;•limcntaç!'lo, por­que se contentao1 com a aomma csc.assa de materias vegetah t:m dcc.·ompo~iç3o que enc-ontrain na\ ca,·idadcs da madeira e nu fcod;is d.a ca~ra. tirando do ar os rç ... tante~ elemento~ nulrill\'QS, c_,pedal· mente a humidade.

Poucas plantas tccm apai:.:onndo tanto os amadores como as orchidca .. , e al­gumas das mais rara:4 te<:m alcançado preços cJevad issimo." no çummcrcio, prin­cipalmente em Inglaterra, o nde o fanio· so ministro Chambcrla in, por exemplo, r um dos mais entusiasticos ort.:hidophi­lo~. E' que na realidade c~t.as cxtr..tor­dinarias plantu rcuntm 06 attratti\"OS rn;iis cxcepdonaes. A" ~ua.s Jlôrc!i. que

Ne1>enthC$-/l 'ma Oomin1ana)

Page 28: lJ:SUOA, 14 Dn JL'1'HO DE lqô7 ru~tracáoPorfu(juezahemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1907/...mente p1'1:ti ~ua siui:it5u pri\'11.-giaJa. de cam111ho obrigado para.os

111 vo1.i·•11- ~ 1 de junho de 1cp7

duram quui sempre bastante tempo. aprbentam coloridos de mara\·ilhosa delicadeza e inespt:rada hei-

leu e as ft,rmas mais singulares que poli-~ irn~•ginar-~: de umas, de mo~· ças, de abclha!S, de ar:rnhas, de bor ... boletas, de animaes ou (oisas inde­terminada~ e estnrnhas. O seu períu­me é, com raras cxcepçõcs, de Ull}a

suavidade dclirios:a e incomparavcl. :\las, sem 011; vêr, "em as conhecer dircctamcntc. nínguem pode saber o que s:lo ól.\ rttdio~s e brilhantes f1lr re:;,

Além d;u orrhideas, as estc.fas da Escola Pol)·tcchnica possuem muita." outra.~ plantas raras. que o feitio ligri· ro de um anigo para uma rc\'isla d'e3tc gcl\ero n:'lo 1>etmitc cnumer.u. !'\ào dei.xarcmo1, porém, de citar duas curiosidades interessantes, de que damos tnmb-Orn rcproducções pho· tographicas.

A primeira é uma nova balsamina obtida e<te anno por bybridaçã.o pelo sr. Henry Cahcux, o distincto jardí· nei.ro da E..,«ola e escriptor hort.tcola. O genero l•jJali~lfS. mais conhecido pelo nome \•ulpr de balsa.minas, abun­da em variedades, tanto de estufa, corno do ar livre, e os horticultores eslrangciros tccm, nos ultimos annos,

-Jançado no mercado diversos hybri·

ILLUSTRA<;.\ü PORTl:Gl:!-;ZA ;os

dos, que se en<:ontram figurado::; e de$Cripto:s nos seus catalo~os. A no\ a planta obtida na1 ntu·

r .... ~ da ~la Poh tt'd~lllCI é, porém, um exemplar muito no­tavel, não só pelo \·1~ur ela !>Ua

vgernçao e rapidet de t rt·•t.·imen· to, mas tambem pela l\Ua opu· lenta e ininterrupta llorJ<;!\o, que ptoduz um cffieito g1af;osi .. $imo sobre o pê, co1mpact.r.1 e clcgom­temente ramifi1cadtJ. A' t!;1rc~. que se a.s:>emcllb&m ás d•> /11tj>a­lir#S Holstii, ~ • de um magm­fü·o ,·ermelho '\.,, • accC'ntua<lo.

A ~eg:unda cunos1dade a que no~ referimos. e que \'ac rcpr~ sc:nrnda na p rime1ra "'tampa rl'este anigo . .f. u10 c11x<"rto de P/t,.//l)cartrlS ~olire um e au le de O/uutt'o, na (ICc:a~ i!\o da Mlil tio .. raçno. Todosconhcn:m uma plan­ta carnuda e e-.;piuhvl'H. dc..·nomi­nada usualmente /iguânt do 111-

Page 29: lJ:SUOA, 14 Dn JL'1'HO DE lqô7 ru~tracáoPorfu(juezahemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1907/...mente p1'1:ti ~ua siui:it5u pri\'11.-giaJa. de cam111ho obrigado para.os

/96- ILLUSTRAÇAO POfffUGüEZA

terno; é a Opt11ttia. Os Phyflocactus s:to planrns gordas. originari38 do .Me:dco. dé que ha numero­sas variedades, e que l:ostumanl Horescer de maio a

m voJ.U}tJ::- 24 de junho de 1907

setembro, apresentando Rôrcs soberbas, vermelhas ou côr de rosa, q1.1e chegam a medir 10 a 15 centi­metro& de diametro. O Phyllocactus enxertado na

esluía rla Escola e:1tava em flôr o mez passado, conservan­do abertas duas lindas flôres quando o photographámos.

Para os que nào teem a felicidade de possuir um jar­dim, e n'esse jardim eslUíaS frias e aquecidas, par.l pode · rem constituir o'ellas artificial­mente o meio apropriado a vida das plantas de outros cli­mas, garantimos, pois, que oma vi$:ila ás collecçt"les do J~rdirn Botanico lhes propor· cionará um a~radabilissimo pta­zcr. Lá encontrarn.o preciol>as planta$, que ao mcrito ela ta­ridade, bem i1\significante para a satisfação da vista, alliam o superior encanto da bellez.a das suas folhas ornameotaes, como as begoniasJ ou a graça inenarravel do seu colorido e da sua suavidade. como as or­chideas.

Hoje falamos das estufas; justo e que, por sua vez, tra~ temos tambem do jal'dim e das plantas do ar livre, o quedes­de já fica promcttido aos nos· SOS leiiores para OulrO ;trtigo.

Page 30: lJ:SUOA, 14 Dn JL'1'HO DE lqô7 ru~tracáoPorfu(juezahemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1907/...mente p1'1:ti ~ua siui:it5u pri\'11.-giaJa. de cam111ho obrigado para.os

Pdt• ·1"t·i1·:t01, ~, •ro tü :"' .,., /á111: /t,,. .,".,..... l!lf.fllllf'" ,JJ,, 1• .,,,,. ..

F 11 ""' p.11111, cr l\t1 ,,.,,,,,,,,,. "'"ª""· O f',,.,.,;o ".1tlu1ut1/1111. J>c-><1111· ""'""' u, }- c'l•#t /i/11/()J #tl'f 1 Jf' i/{#SboN.

Os quadros de Malbõa para o Museu d' Artillterla l 'f./u, "i >.'Qt! ro'or fillws a "''' f'f1H •.f,.,

A n1'Jo ao rol/d, 1tllÍ" de seda f' f>41 t1 .. 1

1\11"'' ..a.o 1µo': o fl#Y.O s•rhln•·•,, ( o!l'tf: '"" fW09U'llf'r• '"' C•1ll'llt11•0:

t.n1••• .-0••tol'°"OJ.-XJ\',

,

Page 31: lJ:SUOA, 14 Dn JL'1'HO DE lqô7 ru~tracáoPorfu(juezahemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1907/...mente p1'1:ti ~ua siui:it5u pri\'11.-giaJa. de cam111ho obrigado para.os

·~ · LÁ POR FÓRA ~~·

u AOt,l\00 l'to'.'\TIL\ OS ~Kb

~~"-''''-li'· - fc\·e o seu de>­entace rn , tribunao de Madrid o drama do an.irchi,ta Morral, que em maio <l•> ann1, p.a .. -rado l.1n· . u sobre a carrua~em do-. rrís de Hespanha uma bc.·mba de th·­namite. ~Jorrai "uicidou·se, qurtn· do a potkia o pcr .. eguia: ma~ a JU"tiça preruleu c•.•mO ~us cum­plices o grande publ1C'i!;ta. Jok :\ al..eos e I· rancisco .F'crrcr, di­rcctor dn E.J:i.cola X aciona) de Barcelona. in<lh·idualidadcs co­nhecidas pehl$ ~ua.' idéas a,·an­\adas. Outros tndi\·iduo:; foram presos e tambem julgados. ~ri­lcns e Ferrer eram, porém. a!i duas 5t!Ura' prcdu01iOantes do AC<•ntec1mc nto. :\ p(Jlicia tinha

5obre ellcs t1ma vigilanda espe­cial. Do ca.rcerc para o tribunal mc .. mo dentro da cam.wgcm cel­htlar e bem guardado11, os dui.., accu~.ados levavam algemas no' pulos.

U 1ulgamcn1o> durou dias e ~­man;1~, tendo em af\'oruço todos os que se interts.!klvam p-cla sorte do' dol~ rl'\'ulucionaraos. Cor­respondeu a .. ·ntenç-a ao :senti­mento geral! Xào, por certn. porque, ao p:hso que Fetrer era a~olvido, o tribunal condernna· "'ª ~akcns a. Q ªºº''"" de pri~ cellular. Pa1c1 e, púr~m. que o indu lto se nà• 1 fará C!'.ptr:-tr e que o vtllH> comb.;ttente viverá aioda 4•'.'<i .. ('U$ diaA de liberdade, ao lado de ~ua falha, que n3.o o tein desamparado um sô mo­mento.

Page 32: lJ:SUOA, 14 Dn JL'1'HO DE lqô7 ru~tracáoPorfu(juezahemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1907/...mente p1'1:ti ~ua siui:it5u pri\'11.-giaJa. de cam111ho obrigado para.os
Page 33: lJ:SUOA, 14 Dn JL'1'HO DE lqô7 ru~tracáoPorfu(juezahemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1907/...mente p1'1:ti ~ua siui:it5u pri\'11.-giaJa. de cam111ho obrigado para.os
Page 34: lJ:SUOA, 14 Dn JL'1'HO DE lqô7 ru~tracáoPorfu(juezahemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1907/...mente p1'1:ti ~ua siui:it5u pri\'11.-giaJa. de cam111ho obrigado para.os

A seõa suissa E A MELHOR

,..._ .. •nHJSl.1"•• d•• ,... ... ~••• not1lda-.. de p,.,,,, • .,,.,. • d• .,..,.. p.,. • ., •• ,,d ... • ,.,. •• ,

EoM11.,., lalfetN de,.,.,,..., Loul•llHI 1>•.ra d• dfa, M u•••fl­n11 l ."0 N ll· ele lar.ca.r• dM•I• fr. 1.~• u IMfllto, •u1 I""''°· bn .uco, li.o •• 1'11.oUU••I&, #""1511 C'OllLO bhl-11•.il U weatld .. em battsr. Mrdado. Vto•~ll>W-•• ., ......... .,4") .... ~····

, , ,,,,. • .ohil•• dh...-1.a:111eute - p&r•

~:~ .··~ • ~,...,.,. tle por~ mo ....

S c hweizer & e.• lUCERNE Z. 19 (SUISSA.l

.... rt.afrú .......

••••••••••••••••••o•••••

Livro de ouro da mulher ------11 llllluJlll'------

JI mulb~r m~dita d~ sua casa 1 Livro de hygiene e medicina familiar, indispensavel em todas as casas

Premiado na exposição de Leipzig de 1934

Pcb Doutora Al'\J\A FISCJIER DUCKELl\L\l'\i'\ r!I Tr•dundo e ad«1uado pelo Dr. ARDl!"!-ON t ERREIRA

Mt'du o do• S..nta Casa ela )li .. trio._..•Jia de L1sbr)a

OCRA PUB L I CADA COM GRANDE 8UCCESSO NA ALLEMANHA, F RANÇA ITALIA RUAIA E HE8PAHHA

-------1111

HOLLANOA . 1 ;

CFKTE~ARF .... DE (;RJ\VliR:\S l ,l'illl'>SIMOS CJ.TRll:\11 >S "< y

Fasciculos de 16 paginas 60 réis. Tomo de 80 paginas 300 réis

73. R. Gairrctt. 7.1

D l·scos s · • de double lace,"" ~----- ~ -----!! 1mp.ex rndtwrc• peta sua • •

º""'" ~· '"""';" cunlendu 0 ?,::.~:~.2'.~!~Yi!!~~~~ t UNION MARITIME E MANNHErn t

D 15 e O 5 m..it •. ,., . ·'"'"'º'e' :-IA- ~ Companhia de seguros 1postaes. marltlmos e de • ' 111:-...\lis ~- eXTRA:-<- = transportes de 111ualquer natureza =- íJ GhJ R1 l' '.\)arca re~~,.. • l.td• propucd•dc e<clu- 11 eo., .. ~,. ta lltiol 'li f1 ftlll Esrliot. nu ... .,

fc~10 "er;~co~ª~ 5 • 1 @ Prat•. n. 1.·. '"'."º. S<!PTU ~br< • •14• ••dlaui: !> l'rc,u• ucq><n•· 1 m p e X • HTllS (012~0ts. l11.11lotC1U9ITOdl10•llld~l'UPUCjt;: • 11..1( ~ e grandes d~ ~ P.IU o 4ul •lo t ltCHsari..-i ctr11fic.1do •cdtco.

~ .. 11~l•~ \~~1~,j* e\~::· • - -OIRECTORES e:.M l-1.Dl90A 9 loni;" t" ""'~"""ª' Grande deposito de discos e ma- • L M f) e A •

chinas fallantes. PEDIR J e leito B a • llVIA AYE:R ~ • ~ ~ C.~ I' \J U(.,U:. J • 3$ f fiCO • •• RUA D A PRATA, 69, I, ' LISB OA +~ . ll.11

.'\ de S1nto Antão, 32, 34 e SZ - LISBOA i.!IW WWWW ~ WWWWW~ Agente em Paris :- Camille Lipman, 26, Rue Vignon

Page 35: lJ:SUOA, 14 Dn JL'1'HO DE lqô7 ru~tracáoPorfu(juezahemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1907/...mente p1'1:ti ~ua siui:it5u pri\'11.-giaJa. de cam111ho obrigado para.os

O CONCURSO DA PRIMAVERA E O CONCURSO DE .1908

OUTRO CONCURSO PARA O ANHO com premias valio­síssimos, entre os quaes figuram UM CHALET, DOIS AUTOMOVEIS, UM YACHT, uma excursão á Ilha da Ma­deira em navio expressamente fretado pelo .. Seculo", ~ _. outras excursões a paizes estrangeiros, etc. • ~

~

Cumpre-nos annunclar aos leitores da "ILLUSTRAÇÃO PORTUGUEZA" que cortaram os bichos da nossa revista. e que assim concorreram ao CONCURSO DA PRIMAVERA. ha pouco encerrado, a grata noticia de que ficarão todos interessados no novo concurso d 110 SECULO", que se realisará no proxtmo anno, e que leem. portanto. garantido desde já um premto n·ene, ainda mesmo que tenham a sorte de ser premiados rio sorteio do actuat. 19! o que é preciso para isso? Muito pouco e

coisa bem simples. como vae vêr-se : D'hojc cm deante o ató ao fim de de• z9mbro proximo, publicará a "IUUS· TRAÇAO PORTUGUEZA,, bom como "0 SEOULO" e o "SUPPLEMENTO HU· MORISTIOO'', cm todos os seus nunto• ros, COUPONS oguaos aos que hojo contaaamos a inserir, os quaes os nOS$OB concorrentes so /Imitarão a recortar o a oollar om cadernetas ospoclaes quo lhes serão fornecidas gratultamento nos nossos escripto­rlos, ou, profarlndo•o, om qualquer -- caderno de papel commum. --

Uma voz uma d'euas cadernetas ou caderno cheio, isto é, quando conte• nha 200 OOUPONS recortados do qual· quer das publiCafões indllforonte­,,,ento, a resp1101iva apresontacão, con/unctamonte co.m a senha que rs­cobcrant o.m trooa de aada aollecvãa do bichos entregue agora (tenha o rospect.lvo numera sido ou não pre­miado no sorteio), dará direito ao apresentante a recaber 11ma nova so­nha para o OONOURSO DC f80B, ou -- soja ao BRINDE GARANTIDO. --

Todos os concorrentes serão premiados sen1 excepção

Agente em Parls:-Oamll/o Upman, 26, Ruo lflgnon