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    CIRCULAR N 90 ISSN 0100-3356

    AGOSTO/96

    AMOSTRAGEM DE SOLO PARA ANLISE QUMICAplantio direto e convencional, culturas perenes,

    vrzeas, pastagens e capineiras

    INSTITUTO AGRONMICO DO PARAN LONDRINA-PR

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    INSTITUTO AGRONMICO DO PARANVINCULADO A SECRETARIA DE ESTADO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO

    Rodovia Celso Garcia Cid, km 375 Fone: (043)326-1525 Fax: (043)326-7868Cx. Postal 481 86001-970 LONDRINA-PARAN-BRASIL

    DIRETORIA EXECUTIVADiretor-Presidente: Wilson Pan

    COMIT EDITORIALAntonio Costa Srgio Roberto PostiglioniSphora C. C. de Lima Maria Elizabeth Costa VasconcellosDalziza de Oliveira Jos Pedro Garcia Sngelo Pedro Jacomino Laerte F. FilippsenDionsio Brunetta Jos A. Cogo LananovaJos Nivaldo Pla Nilceu Ricetti Xavier de Nazareno

    PRODUOEditorao e reviso de texto: Edmilson G. LiberalArte-final: Slvio Cesar BoralliCapa: Tadeu K. SakiyamaCoordenao Grfica: Antonio Fernando TiniImpresso na rea de Reprodues GrficasTiragem: 1.200 exemplares

    Todos os direitos reservados ao Instituto Agronmico do Paran. permitida reproduo parcial, desde que citada a fonte. proibida a reproduo total desta obra.

    I59a Instituto Agronmico do Paran, Londrina, PR.Amostragem de solo para anlise qumica:

    plantio direto e convencional , culturas perenes,vrzeas, pastagens e capineiras. Londrina, 1996.

    28p. ilust. (IAPAR. Circular, 90)

    1 .Solos-Anlise qumica. 2.Qumica dos solos.3.Solos-Cultivo. I.Ttulo. II.Srie

    CDD 631.41AGRIS P33

    F07

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    SUMRIO

    AMOSTRAGEM DE SOLO PARA ANLISE QUMICA 1

    INTRODUO 2CONSIDERAES GERAIS ... 2

    MATERIAIS .... 2

    SELEO E IDENTIFICAO DA REA A SER AMOSTRADA 2

    POCA DE AMOSTRAGEM 3LOCAL E EXECUO DE AMOSTRAGEM 5

    PROFUNDIDADE DE AMOSTRAGEM 6

    FREQNCIA DE AMOSTRAGEM 6

    ENCAMINHAMENTO DA AMOSTRA 6

    PLANTIO CONVENCIONAL 9

    INTRODUO 9

    SELEO E IDENTIFICAO DA REA A SER AMOS-TRADA 9POCA E FREQNCIA DE AMOSTRAGEM 10PROFUNDIDADE DE AMOSTRAGEM 10

    PLANTIO DIRETO 11

    INTRODUO . . 11O PERFIL DO SOLO EM PLANTIO DIRETO 11LOCAL E POCA DE AMOSTRAGEM 12LIMPEZA DO LOCAL 12PROFUNDIDADE DE AMOSTRAGEM 13REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 14

    CULTURAS PERENES 15

    INTRODUO..... 15SELEO E IDENTIFICAO DA REA A SER AMOS-

    TRADA 17

    POCA DE AMOSTRAGEM ,- 17LOCAL E FREQNCIA DE AMOSTRAGEM 17PROFUNDIDADE DE AMOSTRAGEM M8REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 19

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    VRZEAS 21

    INTRODUO 21SELEO E IDENTIFICAO DA REA A SER AMOS-

    TRADA 23LOCAL E POCA DE AMOSTRAGEM 24PROFUNDIDADE DE AMOSTRAGEM 24FREQNCIA DE AMOSTRAGEM 24REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 25

    PASTAGENS E CAPINEIRAS 27

    INTRODUO 27SELEO E IDENTIFICAO DAS REAS PARAAMOSTRAGEM 27

    POCA DE AMOSTRAGEM 27LOCAL DE AMOSTRAGEM 28PROFUNDIDADE DE AMOSTRAGEM 28FREQNCIA DE AMOSTRAGEM 28REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 28

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    AMOSTRAGEM DE SOLO PARA ANLISE QUMICA

    INTRODUO

    necessrio avaliar a fertilidade do solo para caracterizar sua capa-cidade em fornecer nutrientes para as plantas, identificar a presena de acideze elementos txicos, orientar programas de adubao e correo do solo e esco-lher espcies ou variedades mais adaptadas ao cultivo em uma determinadarea. Para faz-la, podem ser utilizados mtodos qumicos, biolgicos, plan-tas nativas indicadoras, desenvolvimento das plantas, colorao do solo etc. Omtodo de anlise qumica o mais abrangente e econmico.

    A anlise qumica do solo feita em vrias etapas: coleta da amostrano campo, encaminhamento ao laboratrio, preparo, extraes e determina-es analticas. Embora seja a mais simples, a amostragem a operao mais

    importante, pois uma pequena quantidade de solo recolhida deve representaras caractersticas de uma grande rea. Vejamos o exemplo: encaminhada aolaboratrio uma amostra de 500 g de terra, representando 5 ha, da qual sotomados 10 g para anlise. Ora, considerando que a camada de 0-20 cm delha pesa aproximadamente 2.000 t (tomando-se uma densidade de 1,0 g/cm),conclui-se que a amostra final efetivamente analisada corresponde a 1 bilion-simo da rea amostrada.

    Portanto, os procedimentos para a amostragem devem ser rigorosos,pois as anlises laboratoriais etapa mais sofisticada, do ponto de vista ope-

    racional e instrumental no corrigem as falhas de uma coleta deficiente nocampo. Salienta-se, ainda, que uma amostragem mal executada pode induzira posteriores erros na interpretao do resultado da anlise, com o conseqen-te comprometimento tcnico e econmico de um programa de adubao ecorreo do solo.

    Este trabalho apresenta instrues para amostragem de solos cultiva-dos com culturas anuais (sob plantio convencional e direto), culturas perenes, pastagens/capineiras e de vrzeas, visando atualizar, com os novos conheci-mentos adquiridos, o Boletim Tcnico n 1 , publicado em 1975.

    IGUE, K. Instrues tcnicas para amostragem de solo. Londrina, IAPAR, 1975. 18p

    (IAPAR. Boletim Tcnico, 1).

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    CONSIDERAES GERAIS

    MATERIAIS

    Para a amostragem de solo so necessrios os seguintes materiais: tra-do ou p reta ou enxado, balde plstico e saco plstico (Figura 1). Dos tradosutilizados, os tipos mais comuns so o holands, de rosca e tubo.

    SELEO E IDENTIFICAO DA REA A SER AMOSTRADA

    Inmeros fatores contribuem para as variaes no nvel de fertilidadedo solo de uma rea a ser amostrada. O princpio bsico para delimitao deuma rea a uniformidade dentro da unidade. Assim, a rea a ser amostradadever ser subdividida em talhes (subreas) que apresentem a maior homo-geneidade possvel quanto topografia, vegetao, espcie cultivada, sis-

    temas de cultivo e manejo do solo, caractersticas fsicas (textura), cor, pro-fundidade do solo, drenagem etc. A Figura 2 ilustra a diviso de uma rea aser amostrada em talhes.

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    As reas assim determinadas devero ser delimitadas em um mapa(planta baixa) da propriedade e identificadas numericamente. Recomenda-seutilizar uma ficha para cada rea identificada (Figura 3), com a finalidade defornecer uma descrio ambiental mnima e um sumrio do histrico de usoda gleba, visando o aprimoramento das recomendaes de fertilizantes e cor-retivos.

    Outros fatores que determinam a subdiviso de rea ser amostradaem glebas homogneas sero discutidos em captulos especficos para culturas perenes, anuais, em plantios convencional e direto, em vrzea, pastagens ecapineiras.

    POCA DE AMOSTRAGEM

    A poca de amostragem do solo definida principalmente pelas con-

    dies climticas, tipo de cultivo (anual de inverno/vero ou perene) e siste-mas de manejo do solo. Esses aspectos sero apresentados em captulos espe-cficos.

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    LOCAL E EXECUO DE AMOSTRAGEM

    Os locais para obteno das amostras de solo nas glebas homogneasno superiores a 10 ha so determinados aleatoriamente em um caminhamen-to ziguezague, conforme Figura 4. Outros tipos de percurso sero detalhados para cultivos especficos. Recomenda-se coletar amostras simples em nmerode 10 a 20 pontos limpando-se em cada local a superfcie do terreno, retirando-se as folhagens e outros restos de plantas, resduos orgnicos etc, sem contudoraspar a terra. Deve-se evitar que esses pontos estejam em locais erodidos, ouonde o solo tenha sido modificado por formigas ou cupins, utilizado comodepsito de corretivos, adubos, estreos, passagem de mquinas, animais etc.

    As amostras simples devero ser reunidas em um balde plstico limpoe bem misturadas, formando uma amostra composta. Aps homogeneizao,retirar aproximadamente 500 g de terra, transferir para saco plstico sem uso,identificar pelo nmero correspondente da rea e especificar informaescomplementares.

    Outros detalhes do local de amostragem para culturas perenes, anuais,

    em plantios convencional e direto, em vrzeas, pastagens e capineiras seroapresentados nos captulos especficos deste trabalho.

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    PROFUNDIDADE DE AMOSTRAGEM

    A profundidade de amostragem determinada principalmente pela

    camada de solo ocupada pela maior densidade de razes e caractersticas doperfil de solo natural ou modificado pelo manejo. Esses aspectos sero discuti-dos em captulos especficos para culturas perenes, anuais, em plantios con-vencional e direto, em vrzea, pastagens e capineiras.

    FREQNCIA DE AMOSTRAGEM

    A freqncia de amostragem do solo dependente da intensidade de

    uso da rea e dos sistemas de cultivo adotados, principalmente com relaoaos critrios usados para correo da acidez e adubao do solo. Contudo,devido as pequenas variaes que ocorrem no solo decorrente do cultivo roti-neiro, as amostragens do solo podem ser realizadas em intervalos de 3 a 5anos. Essa freqncia pode ser reduzida quando for observado algum compor-tamento diferencial no desenvolvimento da cultura ou quando forem empre-gados novos critrios de adubao das culturas ou correo do solo indicados

    pelos rgos de pesquisa ou assistncia tcnica.

    ENCAMINHAMENTO DA AMOSTRA

    As amostras, contendo aproximadamente 500 g, identificadas e acon-dicionadas em sacos plsticos so encaminhadas para os laboratrios.

    O Paran conta com laboratrios de anlise de solo vinculados ao po-der pblico e iniciativa privada. Desde 1989 o Estado possui um programade controle de qualidade, cujo objetivo garantir um alto nvel de confiabili-

    dade dos resultados. Na Tabela 1 constam os nomes e endereos dos labora-trios do Paran que prestam servios aos agricultores e participam do sistemade controle de qualidade.

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    PLANTIO CONVENCIONAL

    E. L. de Oliveira

    M. S. Parra1

    A. Costa1

    INTRODUO

    Plantio convencional refere-se ao sistema de preparo do solo que con-siste de uma arao com arado de discos ou aivecas profundidade apro-ximada de 20cm seguida de duas gradagens niveladoras.

    Uma caracterstica do plantio convencional, e suas variaes, a dis-tribuio uniforme dos elementos inorgnicos e orgnicos na camada traba-

    lhada. Essa distribuio normalmente induz teores de nutrientes inferiores aosencontrados em solos submetidos ao plantio direto, notadamente para fsforo, potssio e carbono, devido a maior fixao, perdas por eroso e mineraliza-o, respectivamente.

    SELEO E IDENTIFICAO DA REA A SER AMOSTRADA

    Complementando os critrios gerais, devem ser delimitadas em sepa-rado, as reas que eventualmente tenham sido submetidas a tratamentos dife-renciados em relao a calagem, adubao ou sistemas de rotao e/ou suces-so de culturas.

    Tambm recomendvel que, por ocasio da delimitao das glebashomogneas, a rea a ser amostrada esteja ocupada por alguma cultura quepermita avaliar as diferenas em relao ao desenvolvimento das plantas.

    Eng. Agrnomo, MSc., pesquisador da rea de Solos.IAPAR. Caixa Postal 481. 86001-970 Londrina-PR.

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    POCA E FREQNCIA DE AMOSTRAGEM

    Embora admissveis, variaes nos resultados da anlise do solo em

    funo da poca de amostragem no so preocupantes do ponto de vista prti-co. Em geral no alteram a interpretao dos resultados, tendo em vista aamplitude das classes de fertilidade usualmente empregadas para recomen-daes de fertilizantes e corretivos.

    Dessa forma, recomendvel que a amostragem e a anlise do solosejam efetuadas com uma antecedncia mnima de 4 meses do incio de um programa de adubao das culturas de inverno ou vero, visando proporcio-nar tempo hbil para escolha e aquisio de corretivos e fertilizantes e seleode cultivares mais adaptadas s condies de fertilidade.

    Devido pequena variao nos teores dos nutrientes no solo em de-corrncia das prticas rotineiras de adubao das culturas, as amostragens para recomendao dos fertilizantes podero ser realizadas em intervalos de3-4 anos. Contudo, caso haja algum procedimento para adubao e correo,no adotado usualmente, recomendvel uma nova amostragem.

    PROFUNDIDADE DE AMOSTRAGEM

    O maior volume do sistema radicular das culturas anuais e as maioresalteraes qumicas e fsicas em solos cultivados em plantio convencional ocor-rem na camada de 0-20cm de profundidade. Por essas razes, as recomenda-es de fertilizantes e corretivos baseiam-se na interpretao de resultadosanalticos determinados em amostras obtidas nessa camada.

    Entretanto, para avaliao mais aprimorada da fertilidade de umadeterminada gleba e o diagnstico de possveis distrbios nutricionais, princi-palmente toxidez de alumnio, recomendvel a anlise de amostras obtidas

    em profundidades de 20-40 e de 40-60cm. Esse procedimento obrigatriopara escolha de cultivares de trigo, visto que a recomendao para o plantionas diversas regies do Estado efetuada em funo da tolerncia das cultiva-res ao alumnio e reao ao acamamento, esta ltima diretamente relacionada fertilidade do solo.

    Para o algodoeiro, o conhecimento das condies de acidez subsuper-ficial muito importante, pois saturaes de alumnio superiores a 20% po-dem comprometer ou at inviabilizar a cultura nestas reas.

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    PLANTIO DIRETO

    M. J. Vieira1

    INTRODUO

    Em muitos aspectos, a amostragem do solo em reas cultivadas em plantiodireto semelhante a de reas cultivadas em sistemas de preparo onde o solo revolvido. Porm, em funo do no revolvimento, as reas de plantio diretoadquirem caractersticas que numa amostragem convencional (0-20cm) podertrazer problemas para a interpretao e recomendao de corretivos e fertili-zantes. Estas caractersticas sero aqui discutidas.

    O PERFIL DO SOLO EM PLANTIO DIRETO

    conhecido que, sob diferentes sistemas de preparo, o perfil do solo adquirecaractersticas prprias em termos de distribuio de nutrientes, elementostxicos, matria orgnica, pH e do sistema radicular. Em reas com sistema deplantio direto h uma tendncia de concentrao dos nutrientes e da matriaorgnica nos primeiros centmetros de solo (Young Jr., 1982; Muzilli, 1983;Centurion et al. 1985; Eltz et al. 1989). Isto se deve basicamente ao padro demobilidade dos ons no solo, no incorporao de fertilizantes e corretivosatravs do revolvimento e ao enriquecimento das camadas mais superficiaispela decomposio dos resduos das culturas.

    No entanto, a distribuio dos nutrientes no perfil nem sempre est li-gada a disponibilidade as plantas. Fatores como disponibilidade de gua, ae-rao e atividade radicular podem ou no compensar uma eventual m distri- buio dos nutrientes no perfil. Neste sentido, tambm conhecido que, emgeral, sob plantio direto o solo tende a apresentar maior disponibilidade degua e menores amplitudes trmicas que nos sistemas de preparo em que h

    revolvimento. Isso favorece o desenvolvimento radicular e absoro de nutri-entes pelas plantas.

    Eng. Agrnomo, MSc, pesquisador da rea de Solos.IAPAR. Caixa Postal 481. 86001-970 Londrina-PR.

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    PROFUNDIDADE DE AMOSTRAGEM

    Provavelmente, o aspecto em que h maior diferena entre a amos-tragem do solo em plantio direto e sob preparo convencional. Devido ten-dncia de concentrao dos nutrientes prximos superfcie, h necessidade

    de subdiviso da profundidade costumeiramente adotada em preparo con-vencional, que de 0 a 20cm. Se a subdiviso no for realizada, corre-se orisco de se obter, na anlise, uma mdia grosseira da fertilidade da camadaamostrada, sem, no entanto, detectar a existncia ou no de um gradiente defertilidade.

    um aspecto que tem particular importncia nos seguintes casos: afertilidade do local baixa e no sofreu adequao antes de iniciar o sistemade plantio direto, o solo apresenta baixo teor de clcio e/ou alto teor de alu-mnio na subsuperfcie, so exploradas culturas exigentes em fertilidade e

    gua e a rea se localiza em regio onde h freqentes veranicos.Como essas condies geralmente esto presentes no Paran, reco-

    menda-se que as amostragens de solo em reas de plantio direto sejam reali-zadas nas profundidades de 0-5cm e 5-20cm.

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    Fig. 5 - Amostragem de solo em rea de plantio direto.

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    Como orientao geral, cabe salientar que a profundidade de amostra-gem deve ser considerada para todos os tipos de preparo utilizados, uma vezque, a profundidade universal de 0 a 20cm cabe muito bem apenas para situa-

    o de arao com discos ou aivecas nesta profundidade. Para preparos maisrasos ou com implementos de dentes, que no revolvem tanto o solo, gradien-tes de fertilidade podem ocorrer em diversos graus e profundidades. Nesteaspecto, a subdiviso da amostragem do solo em profundidade pode indicar aadubao mais adequada ao sistema de preparo.

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    CENTURION, J F.; DEMATT, J. L. I. & FERNANDES, F. M. Efeitos de siste-mas de preparo nas propriedades qumicas de um solo de cerrado culti-vado com soja. R. bras. Ci. Solo, Campinas, 9(3):267-270,1985.

    ELTZ, L. F. F.; PEIXOTO, R. T. G. & JASTER, F. Efeitos de sistemas de preparodo solo nas propriedades fsicas e qumicas de um latossolo bruno lico.R. bras. Ci. Solo, Campinas, 13(2):259-267,1989.

    MUZILLI, O. Influncia do sistema de plantio direto, comparado ao convenci-onal sobre a fertilidade da camada arvel do solo. R. bras. C. Solo, Cam-pinas, 79(l):95-102,1983.

    YOUNG Jr.,H. M. No-tillage farming. Brookfield, Winscosin, 1982. 202p.

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    Essas condies, tornam heterogneos quimicamente (tanto verticalcomo horizontalmente) os solos ocupados por culturas perenes, com algumasimplicaes na nutrio das plantas.

    H ainda outro aspecto a ser considerado: embora as culturas perenestenham um sistema radicular mais profundo, apresentam menor demanda deelementos qumicos por volume de solo e por unidade de tempo do que asculturas anuais, devido ao crescimento lento e absoro diferencial de nutri-entes durante o ano. Isso torna necessrio que se avalie um maior nmero decamadas para o diagnstico da fertilidade.

    SELEO E IDENTIFICAO DA REA A SER AMOSTRADA

    Alm dos fatores de variao mencionados para diviso da rea emglebas homogneas, para as culturas perenes deve-se considerar tambm osseguintes aspectos da rea a ser amostrada: idade das plantas, porta enxer-to/copa, p-franco, poda, sistema de conduo/adubao, populao de

    plantas, produo, plantas livres de vrus, sombreamento, cobertura do solo,cultura intercalar, adubao verde, sistema de manejo das ervas daninhas,sistemas de plantio em linhas simples ou pareadas etc.

    POCA DE AMOSTRAGEM

    Para frutferas, como regra geral, cerca de 3 meses antes do pleno flo-rescimento. Em reas cultivadas com cafeeiros a amostragem do solo deve serefetuada aps a colheita e/ou esparramao. Para a amoreira a amostragemdo solo deve ser feita aproximadamente 30 dias antes do ltimo corte deoutono/ inverno.

    LOCAL E FREQNCIA DE AMOSTRAGEM

    Para culturas perenes, recomenda-se coletar amostras de solo separa-das: uma no local da adubao (normalmente na projeo da copa das plantas)e outra entre as linhas de plantio ou no centro das ruas (Figura 7).

    No caso da amoreira, recomenda-se tambm coletar amostras em doislocais: entre e dentro das linhas pareadas. O principal objetivo de coletar

    amostras separadas identificar a necessidade de correo da acidez em todaa rea ou apenas na faixa adubada. Caso a acidez se localize na faixa de adu-bao, a quantidade de calcrio deve ser ajustada rea efetivamente cida.

    Em virtude da maior variao das caractersticas qumicas do solo, a17

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    freqncia de amostragem deve ser maior no local da adubao. Recomenda-se fazer amostragens no local da adubao a cada 2-3 anos, e do lado externoda faixa adubada (centro da rua) a cada 4-5 anos. Para cultivos perenes emsistemas de plantio adensado na linha, a recomendao que se faa o percur-

    so em forma de "U" para coleta de amostras simples (Figura 8).

    PROFUNDIDADE DE AMOSTRAGEM

    Alm dos aspectos inerentes s plantas perenes, discutidos anterior-mente, tambm causam gradiente de fertilidade no perfil as caractersticasqumicas naturais do solo e as alteraes qumicas decorrentes dos sistemas

    de manejo, como adubao verde, plantio adensado, cobertura vegetal viva oumorta, roada das ervas daninhas, uso de compostos ou outros materiais or-gnicos, reposio dos restos vegetais dentro das ruas pareadas (no caso daamoreira) etc.18

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    Em geral, essas tcnicas agronmicas proporcionam acmulo de ma-

    tria orgnica e de nutrientes (principalmente fsforo, clcio, magnsio e po-tssio), aumentam o pH e capacidade de troca catinica efetiva e diminuem oteor de alumnio no solo. Considerando esses vrios aspectos relacionados comas culturas perenes, recomenda-se coletar amostras de solo na seguintes pro-fundidades: 0-10,10-20, 20-40,40-60cm.

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    PAVAN, M. A. Estratificao da acidez do solo devido a adubao nitrogena-da em pomares estabelecidos de macieira. Rev. bras. Frutic, Cruz das Al-mas, 14(2):135-138,1992.

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    VRZEAS A. Costa

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    INTRODUO

    Os solos de vrzea so aqueles encontrados nas plancies dos rios,onde se desenvolveram pela deposio de sedimentos. Como os sedimentostm grande heterogeneidade quanto composio granulomtrica e minera-lgica, os solos deles desenvolvidos apresentam grande variao de caracte-rsticas de um local para outro.

    Para amostrar adequadamente um solo de vrzea, deve-se considerarque esses solos se originaram em plancie de inundao ou aluvionamento deum rio.

    Nas suas cabeceiras de formao, os rios tm energia capaz de desa-gregar rochas e transportar materiais. Quando atinge reas menos acidentadase declivosas, o curso de gua perde muito de sua energia e imediatamentedeposita, lateralmente ao seu eixo, os materiais mais grosseiros que transporta.Os sedimentos so constitudos por materiais diversos como: seixos, areia,limo e argila, e sua deposio se faz de maneira regular, seguindo uma se-qncia granulomtrica, nos sentidos vertical e horizontal (Figura 9).

    Nessas condies, as plancies aluvionares apresentam numa seqn-cia horizontal a partir das margens dos rios, solos arenosos, de textura mdia

    ou intermediria e solos argilosos. Em profundidade ou seqncia vertical, osarenosos passam a ser mais grosseiros, enquanto os intermedirios apresentamtextura arenosa e os argilosos na superfcie apresentam textura mdia paraarenosa.

    O transbordamento dos rios repete-se ao longo dos anos e a seqnciade deposies altera a conformao das plancies elevando as margens e for-mando uma depresso entre o leito do rio e a encosta. Nessa concavidade cria-se uma situao de impedimento sada das guas e se estabelece condiesde pedohidromorfismo, formando-se assim os solos hidromrficos na seqn-

    cia indicada na Figura 10.

    Eng. Agr., MSc., pesquisador da rea de Solos. I AP AR. Caixa Postal 481. 86001-970 Londrina-PR.

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    Os rios que tm grandes plancies aluvionares, como o rio Paran,tambm recebem afluentes caudalosos, como, por exemplo, o rio Iva. Essesafluentes, que nas cheias aluvionam suas prprias plancies, ao atingirem a

    plancie maior sofrem dupla reduo na sua velocidade e na capacidade detransporte, uma no sentido do rio principal e outra perpendicularmente ao seu

    prprio eixo.A formao pedolgica fica mais complexa, pois a bacia orgnica queestaria prxima s encostas passa a ser mais depressiva, localizada no meio daplancie, com um formato arredondado e sem sada natural (Figura 11).

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    SELEO E IDENTIFICAO DA REA A SER AMOSTRADA

    Do exposto, fica claro que nas vrzeas ocorrem grandes grupos de soloem reas relativamente prximas.

    A identificao de reas homogneas deve ocorrer a partir doleito do rio ou crrego, caminhando-se paralelamente ao seu eixo, localizan-

    do-se as diferentes camadas de sedimentao horizontal (Figura 9) e os dife-rentes grupos de solos e bacias orgnicas que constituem os solos de vrzea(Figuras 10 e 11).

    Dentro de cada grupo de solo, para definio de reas homogneas,deve-se considerar ainda os diferentes graus de drenagem a qual o solo estsubmetido, uma vez que essa caracterstica impe alteraes qumicas queinterferem na disponibilidade de nutrientes para as plantas.

    Por fim, na definio de reas homogneas deve se considerar a sis-tematizao e o manejo da gua no solo da vrzea em cultivo. reas com dre-

    nos muito espaados podem necessitar de amostragem diferenciada no centrodo tabuleiro e nas faixas prximas aos canais de drenagem. Contrariamente,tabuleiros ou reas de cultivos que possuem rede de canais de drenagem pr-ximos podero ser considerados como reas homogneas.

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    Por ocasio da sistematizao de vrzeas deve-se fazer amostragensdistintas em reas de corte e de aterro, pois o manejo de fertilidade nessasreas poder ser diferente durante vrios anos.

    LOCAL E POCA DE AMOSTRAGEM

    Os locais para coleta de material para as amostras de solo so aleat-rios, podendo adotar-se o critrio indicando na Figura 4. Considerando-se asvariaes que ocorrem em solos de vrzea, mesmo em reas uniformes, o n-mero de amostras simples para formar uma composta nunca deve ser inferiora 20 pontos.

    Devido a variabilidade existente na densidade dos solos de vrzea,principalmente nos orgnicos e gley hmico, importante garantir o envio deamostra de 500g de solo, mesmo que os volumes encaminhados para anlisesejam diferentes.

    PROFUNDIDADE DE AMOSTRAGEM

    Nos solos de vrzea ocorrem variaes acentuadas, no s devido sedimentao no sentido horizontal, mas tambm devido vertical (Figura 9).Alm da diversidade granulomtrica do material, a espessura do horizonte A,o teor de carbono, o excesso de gua (deficincia de oxignio) crescem dos gley pouco hmicos para os solos orgnicos, como pode ser observado na Figura10 (Almeida et al, 1983).

    Assim, a profundidade de amostragem deve ser varivel com o tipode solo e de acordo com sua diferenciao vertical. Nos gley pouco hmico,amostragens de 0-20 e 20-40cm podem caracterizar a fertilidade do solo. Nos

    solos orgnicos, maiores profundidades devem ser exploradas, sendo impor-tante determinar o substrato mineral, o que pode ocorrer a partir dos 80cm,exigindo amostragens a 80-100cm de profundidade, principalmente no inciode explorao da vrzea.

    FREQNCIA DE AMOSTRAGEM

    A freqncia de amostragem deve ser condicionada, principalmente,

    pelo manejo de solo que se realiza na vrzea.O cultivo de arroz irrigado por inundao quando bem executado

    e o uso de pastagem so formas de manejo que estabilizam os solos de vr-zeas quando comparados a cultivos que usam irrigao intermitente ou siste-24

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    mas de cultivos que impem preparo constante da rea como a sucesso trigoe soja.

    Assim, de acordo com os sistemas de cultivo e os critrios adotados

    para correo e adubao do solo, a freqncia de amostragem dos solos devrzea deve variar de 3 a 5 anos. Os prazos menores devero ser adotadospara os sistemas mais intensivos de cultivo, que revolvem intensamente o soloe, conseqentemente, promovem uma lixiviao mais intensa dos nutrientes.Prazos mais longos devem ser usados para os sistemas menos intensivos decultivo.

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    ALMEIDA, J.R. de; BARUQUI, F.M.; BARUQUI, A.M.; MOTTA, P.M.F. da.Principais solos de vrzeas do Estado de Minas Gerais e suas potenciali-dades agrcolas . Inf. Agropec, 9 (105):70 - 78,1983.

    HUNGRIA, L.S. Solos de vrzea e algumas de suas propriedades. In:SIMPSIO NACIONAL SOBRE APROVEITAMENTO DE VRZEAS, 1.,Jaboticabal-SP, 1984. Anais... Jaboticabal, FCAV, 1986, p.31-54.

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    PASTAGENS E CAPINEIRAS

    F. Marun

    INTRODUO

    A amostragem de solo em reas com pastagens (ou destinadas a suaformao e recuperao) e capineiras importante para determinar a reposi-o de nutrientes ao solo e, com isso, evitar a sua degradao, a invaso deespcies rsticas de difcil controle como a grama mato-grosso, capim fa-vorito, agriozinho etc. e proporcionar a persistncia das pastagens, man-tendo a produtividade de carne ou leite.

    SELEO E IDENTIFICAO DAS REAS PARA AMOSTRAGEM

    O principal requisito a considerar na delimitao do terreno paraamostragem a homogeneidade. Os critrios para identificao de reas ho-mogneas (como, por exemplo, espcie forrageira, desenvolvimento vegetati-vo, emprego de fertilizantes e manejo do gado) sero discutido em captuloespecfico.

    Todavia, se ressalta desde j que no aconselhvel a prtica

    muito comum de considerar o piquete (separao de pastagens) como uni-dade homognea, uma vez que pode haver, dentro de uma mesma diviso,diferenas na fertilidade em funo do relevo, tipo de solo etc.

    POCA DE AMOSTRAGEM

    A amostragem dever ser realizada entre maro e maio, para as forra-geiras de vero, e entre outubro e dezembro, no caso de pastagens de inverno.

    Assim, possvel conhecer antecipadamente a necessidade de corretivos efertilizantes.

    Eng. Agrnomo, MSc., pesquisador da rea de Solos. IAPAR. Caixa Postal 564. 87701-970Paranava-PR.

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    LOCAL DE AMOSTRAGEM

    Em pastagem a amostragem deve ser efetuada em pelo menos 10 a 15

    pontos, evitando-se locais prximos a cercas (pois muito comum trilhos dogado), cochos de sal, bebedouros, currais, rvores, pontos que contm fezes,reas erodidas (sulcos e voorocas), manchas de invasoras e sulcos de terraos.Em capineiras, deve-se fazer a amostragem nas entrelinhas, pois o local ondesero feitas as adubaes.

    PROFUNDIDADE DE AMOSTRAGEM

    Em pastagens e capineiras, estabelecidas e com baixa incidncia de in-

    vasoras, a amostragem deve ser feita profundidade de 0 a 10cm, pois, nessasculturas, as adubaes e aplicaes de corretivos so feitos a lano, o que con-centrar, com o tempo, os nutrientes nesta profundidade (Muzilli et al., 1978 eSanchs, 1980).

    Em pastagens e capineiras degradadas, que apresentam alta percen-tagem de invasoras e exigem reforma/recuperao com sucesso de culturasanuais, as amostragens devem ser feitas de 0-20cm de profundidade.

    FREQNCIA DE AMOSTRAGEM

    Depende da espcie forrageira explorada, manejo e nvel tecnolgicoempregado.

    A amostragem deve ser anual em reas cultivadas com espcies exi-gentes e sob pastoreio (como o capim colonio, grama estrela, napier etc),capineiras (napier, cana-de-acar, guatemala etc.) ou alfafa.

    Em reas com forragem menos exigentes, como braquirias(decumbens, humidcola etc), andropogon, capim gordura etc, a amostragem

    pode ser feita com intervalos de 2 a 3 anos.

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    MUZILLI, O.; LANTMANN, A. F.; PALHANO, J. B.; OLIVEIRA, E. L.;PARRA, M. S.; COSTA, A.; CHAVES, J. C. D. & ZOCOLER, D. C. Anlisede solos: interpretao e recomendao de calagem e adubao para o es-

    tado do Paran. Londrina, IAPAR, 1978. 49p. (IAPAR. Circular, 9).

    SANCHES P A M j d i l i t d lti lti l I E a