UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAL GERAIS Faculdade de Educação Nossa Escola Pesquisa sua Opinião – Polo MG
DIREITOS E DEVERES DOS ALUNOS NA EMCDA
Professora responsável: Cristine Dantas Jorge Madeira
Escola: Municipal Carlos Drummond de Andrade
1ª PARTE: CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA
A Escola Municipal Carlos Drummond de Andrade1 (EMCDA) está localizada na Rua José
Galding, 21, bairro Letícia, na região de Venda Nova, em Belo Horizonte.
Atualmente atende 20 turmas (496 alunos) do 3º Ciclo Ensino Fundamental (EF) no diurno e
7 turmas (177 alunos) da Educação de Jovens e Adultos, no noturno. Para esse atendimento, a
Escola possui um quadro de 15 professores em cada turno do diurno, 10 professores no noturno, 3
professores em laudo-médico, 9 estagiários, 3 funcionários na secretaria, 1 agente de informática, 1
agente de saúde, 1 bibliotecária, 3 auxiliares de biblioteca e 11 auxiliares de serviço, 2 porteiros, 2
vigias, 1 guarda municipal.
A biblioteca da EMCDA oferece atendimento nos três turnos e também funciona como
biblioteca polo.
No noturno, são atendidas 3 turmas do 1º segmento da EJA e 4 de 2º. Dos 10 professores, 2
atuam apenas no 1º segmento, 5 atendem os dois segmentos, 1 fica apenas no 2º e os outros 2 estão
na coordenação, mas também dão aulas. Além disso, 1 professor em laudo-médico acompanha o
trabalho no laboratório de informática.
No diurno da EMCDA, período em que trabalho, dos 15 professores: um assume a
coordenação de turno, outro a coordenação pedagógica e os demais atuam em sala de aula. Os
professores de Ciências, Geografia, História, Português e Matemática se dividem em 2 equipes para
atender um grupo de 5 turmas e os professores de Arte, Educação Física e Inglês atendem as 10
turmas do turno. Neste ano, no 1º turno, em cada equipe, estamos trabalhando com 3 turmas de 7º
ano e 2 de 9º ano; no 2º turno, cada equipe atende 3 turmas de 8º ano e 2 de 9º ano. É importante
1 Contatos: [email protected], http://bibliotecadodrummond.blogspot.com; 3277-5596 (telefax) e 3277-5597.
Atualmente está em construção outro blog da Escola: http://drummondear.blogspot.com.
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ainda destacar que os alunos geralmente são acompanhados pela mesma equipe de professores
durante os três anos do 3º ciclo do EF.
Geralmente, na EMCDA, direção, coordenação e professores oferecem apoio e incentivam a
realização de atividades significativas no cotidiano escolar que são apresentadas e discutidas na
reunião pedagógica2 semanal. Mas, não me senti à vontade em propor um trabalho mais coletivo
devido ao período conturbado no qual o trabalho foi realizado: retorno da greve de professores;
fechamento do 1º trimestre letivo; realização do conselho de classe; aplicação das provas de
recuperação; preenchimento do boletim escolar; reunião de pais para entrega dos boletins. Mesmo
assim, a professora de Português da minha equipe me ajudou na elaboração do roteiro para
construção da notícia para divulgação do trabalho realizado. A direção se prontificou a atender a
dupla de entrevistadores que os abordou e aproveitou a oportunidade para incentivá-los. A
coordenação já se dispôs a nos ajudar na execução do plano de ação. Além disso, contei com a
ajuda do agente de saúde3 para fotografar os alunos durante a realização da pesquisa de campo.
2ª PARTE: CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA
De 29/04 a 09/05/2010, nas aulas de matemática, os 23 alunos (Anexo 1 – Foto 1) da turma
311 (7º ano do Ensino Fundamental), orientados por mim, realizaram uma pesquisa de opinião
sobre os Direitos e Deveres dos Alunos na EMCDA. Ao todo seis duplas entrevistaram 70 pessoas
do turno da manhã4: 50 alunos (sendo 20 da própria turma), 4 professores e 12
funcionários/estagiários.
Inicialmente, minha expectativa é que essa pesquisa de opinião estivesse ligada ao foco da
aprendizagem, pois objetivava trabalhar com habilidades ligadas ao Bloco Tratamento da
Informação: coletar e registrar informações; elaborar, registrar, ler e interpretar as opiniões
coletadas na pesquisa; transformar listas e/ou tabelas simples em gráficos de colunas; produzir
registros escritos (desenhos, frases, textos etc.) a partir da interpretação dos gráficos e tabelas
utilizados; elaborar análises e juízos com base nas informações numéricas encontradas; conceituar
pesquisa estatística, pesquisa de opinião e amostra. Porém, ao longo do seu desenvolvimento,
verifiquei que a pesquisa também estava associada ao foco da identidade, uma vez que contribuiu
para a compreensão e formação da identidade dos alunos.
2 Na EMCDA, conseguimos nos organizar, contando também com o apoio de bibliotecários e oficineiros, para viabilizarmos,
no próprio turno de trabalho, uma reunião semanal de uma hora por equipes. Além disso, garantimos no calendário um
encontro mensal com todos os professores do turno. Nesse momento, os alunos são atendidos por oficineiros. 3 O agente de saúde foi contratado para atuar no Projeto Saúde-Escola da Secretaria Municipal de Educação de BH.
4 No 1º turno, estudam 250 alunos, há 17 professores (incluindo direção e coordenação) e 16 funcionários/estagiários.
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3ª PARTE: RESUMO DA PESQUISA
Direitos e Deveres dos Alunos na EMCDA
De 29/04 a 09/05/2010, os alunos da turma 311 realizaram uma pesquisa de opinião sobre Direitos e
Deveres dos Alunos na EMCDA (Escola Municipal Carlos Drummond de Andrade). Esse tema foi
escolhido por votação porque a turma o considerou importante para garantir um bom aproveitamento
em matemática e, também, porque queriam saber se os alunos conheciam seus direitos na EMCDA.
Como é o primeiro ano dessa turma na EMCDA, inicialmente fizemos uma discussão sobre o assunto
tomando como referência o Projeto Político-Pedagógico da Escola. Depois, os alunos elaboraram as
perguntas para o questionário, formaram duplas de entrevistadores e duas duplas foram sorteadas
para realizar o pré-teste. Cada dupla recebeu uma prancheta, crachás de identificação e
questionários; treinaram em sala entrevistando os próprios alunos da turma; durante o recreio,
entrevistaram alunos de outras turmas, professores, funcionários e estagiários da escola. Ao todo
foram entrevistadas 70 pessoas: 50 alunos (sendo 20 da própria turma), 8 professores e 12
funcionários/estagiários. Ao voltar para sala, foram divididos em grupos que ficaram responsáveis
pela tabulação de 14 questionários. Após essa primeira etapa de tabulação, individualmente,
calcularam os totais e converteram os dados em porcentagem. Novamente em grupos, montaram
gráficos e construíram textos para divulgar os resultados de algumas das 16 questões pesquisadas.
Detectaram que, na opinião dos alunos entrevistados: 26% não sabem a diferença entre direitos e
deveres; 30% não conhecem totalmente seus direitos; 24% não conhecem totalmente seus deveres;
82% acham que os alunos não cumprem seus deveres adequadamente. Além disso, os resultados
revelaram uma diferença entre opiniões de alunos e professores: a maioria dos alunos (64%) acha
que têm mais deveres enquanto a maioria dos professores (62,5%) acha que os alunos têm mais
direitos. No encerramento, apresentei para a turma um pequeno vídeo que produzi contendo o
registro do trabalho realizado.
Plano de Ação
Na tentativa de contribuir para que todos na EMCDA conheçam os direitos e deveres dos alunos e
que saibam a diferença entre eles, a turma pretende solicitar o apoio das equipes da rádio da escola,
dos professores e da coordenação, para a divulgação dos resultados da pesquisa e para o
desenvolvimento de um trabalho de esclarecimento. Além disso, a notícia produzida no final do
trabalho será divulgada no jornal da Escola (CaDrum) e também postada, juntamente com o vídeo,
no blog da escola (http: //drummondear.blogspot.com).
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4ª PARTE: DESCRIÇÃO DA PESQUISA
I. Apresentação da realização da pesquisa de opinião
No dia 27/04/2010, iniciei a aula conversando com os alunos sobre a pós-graduação que estou
cursando e as atividades que deveria realizar com eles: o Plano de Ação e a Pesquisa de Opinião.
Expliquei que inicialmente faríamos uma Pesquisa de Opinião e perguntei o que era isso para
eles. Os alunos disseram que pesquisa se referia a uma investigação e opinião, ao que as pessoas
pensam. Assim, concluímos que ao realizar uma Pesquisa de Opinião estaríamos investigando o que
as pessoas pensam sobre um determinado tema.
II. Escolha do tema
Inicialmente, combinamos que escolheríamos um assunto mais ligado às aulas de matemática
para aprendermos a realizar uma Pesquisa de Opinião e que, no futuro, investiríamos em outros temas
mais abrangentes.
Para começar os alunos sugeriram algumas questões que consideravam importantes para
garantir um bom aproveitamento nas aulas de matemática e, junto com eles, fui extraindo o tema
correspondente às suas indagações e listando no quadro.
Alguns alunos queriam saber como estava a adesão à Campanha Mulambo Zero5. Outros
achavam importante levantar se os alunos traziam todos os materiais necessários para aula primeira
questão. Uma aluna queria investigar se as aulas de reforço estavam ajudando os alunos com
dificuldades em matemática. Um grupo queria descobrir o que a turma estava achando das aulas, das
atividades propostas e, também, de mim. Um aluno insistia em afirmar que o maior problema para a
aprendizagem de matemática era não assistir as aulas. Outro aluno queria descobrir o que a turma
pensava sobre o que eu pedia nas provas e atividades dadas em sala. Dessas indagações surgiram
respectivamente os seguintes temas: (1) Mulambo Zero; (2) Material escolar; (3) PIPE-MAT6;
(4) Aulas de matemática; (5) Frequência às aulas e (6) Atividades e provas.
Após a listagem do sexto tema, um aluno disse que tudo que tinha sido falado até aquele
momento se resumia aos deveres dos alunos e que se todos os cumprissem seria mais fácil aprender
matemática. Outro aluno contestou afirmando que na escola os alunos têm muitos deveres e que
gostaria de saber se também tinham direitos. A polêmica se instaurou. Enquanto alguns queriam saber
se os alunos cumpriam seus deveres, outros queriam saber se conheciam seus direitos. Essa discussão
deu origem ao último tema: (7) Direitos e deveres dos alunos na EMCDA.
5 Campanha que lancei, no início do ano, com orientações para organização do caderno de matemática.
6 Projeto de Intervenção Pedagógica em Matemática, coordenado pela Secretaria Municipal de Educação de BH,
realizado no extraturno com alunos que têm maior dificuldade em conteúdos básicos dessa disciplina.
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Para definir o tema, a turma sugeriu que fosse feita uma votação e que também houvesse
segundo turno entre os dois temas mais votados. Percebi então que para eles não conheciam as regras
para a realização do segundo turno, pois não consideraram que não seria necessário realizá-lo se um dos
temas já obtivesse a maioria dos votos no primeiro turno. Por isso, expliquei o que representava
matematicamente a maioria dos votos e debatemos sobre o que representava o primeiro e o segundo
turnos em uma eleição. Calculamos então quanto seria a maioria de votos na turma. Como havia 19
alunos presentes, verificamos que 50% +1 = 9,5 + 1 = 10,5, mas como não existe “meia pessoa” ou
“meio voto” arredondamos para 11. Assim se um tema obtivesse 11 votos, ele já seria eleito no 1º turno.
A seguir, perguntei como seria realizada a eleição. Alguns sugeriram que “bastava levantar os
braços”. Outros discordaram, afirmando que alguns colegas só votam no que está ganhando.
Conversamos, então, sobre a diferença entre votação aberta e votação fechada. Levantamos
vantagens e desvantagens de cada um. Os alunos concluíram que se adotassem fizessem uma votação
aberta seria mais rápido, pois bastaria levantar os braços, mas como acreditavam que alguns poderiam
ser influenciados, decidiram utilizar fazer a votação aberta apenas para definir qual seria o regime de
votação utilizado para definir o tema. A maioria optou pela votação fechada.
Depois, distribuí pedaços de papel para os alunos anotarem o número do tema, uma aluna
recolheu os papéis, um aluno “cantou” os votos enquanto outro os registrava no quadro (Anexo 1 –
Fotos 2 a 5). A escolha do tema foi definida em primeiro turno, pois 11 alunos escolheram o tema:
(7) Direitos e deveres dos alunos na EMCDA (Anexo 1 – Foto 6).
III. Definição da amostra
A partir da definição do tema, a turma percebeu que precisava entrevistar outros alunos além
deles mesmos, bem como professores, funcionários e estagiários. Mas, como era difícil ir à escola em
outros turnos, decidiram que, além de todos os alunos da turma, entrevistariam as demais pessoas
citadas durante o recreio de dois dias consecutivos.
Passamos para a definição de quem entrevistaria as pessoas citadas. Como muitos alegavam
que iam ficar envergonhados, sugeri que fizessem duplas “para criar coragem”. Sete duplas se
ofereceram para realizar as entrevistas, mas como todas queriam entrevistar os professores, fizemos
um sorteio para definir qual seria e, outro, para definir quem ouviria os funcionários/estagiários. As
demais ficaram encarregadas de entrevistar os alunos.
IV. Qualificação do tema
A princípio a turma dizia se sentir devidamente informada sobre seus direitos e deveres na
EMCDA. Porém, ao conversamos sobre o que pretendiam pesquisar, percebi que esse assunto não
estava muito claro para todos. Por isso, tomando como referência o Projeto Político Pedagógico da
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Escola, organizei e distribuí um texto, no dia 28/04/2010, para os alunos completarem a listagem de
direitos e deveres que eu já havia iniciado.
Os alunos completaram a listagem individualmente e, depois, utilizando um data show,
projetei o texto no quadro e cada aluno foi acrescentando suas anotações7. No início tiveram
dificuldade em listar seus direitos, mas, aos poucos, foram percebendo que a cada dever que tinham
correspondia um direito. Por exemplo: se tinham o dever de ouvir e respeitar os outros também
ganhavam o direito de serem ouvidos; se deviam usar o uniforme escolar tinham o direito de ter um
uniforme escolar. Dessa forma, ficou muito mais fácil listar seus direitos. No final, a turma se
surpreendeu ao conseguir listar mais direitos do que deveres e resolveu resumir todos os seus deveres
em uma frase: “Cumprir com suas obrigações escolares.” (Anexo 1 – Foto 7).
7 As contribuições dos alunos estão em itálico.
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V. Elaboração do questionário
Assim, após uma discussão mais qualificada sobre o tema, iniciamos a construção do
questionário, apontando as questões que serviriam para identificar o sexo, a idade e a função do
entrevistado na escola. Nesse momento, alguns alunos levantaram a preocupação sobre a
informação da idade, pois sabiam que geralmente as pessoas mais velhas não gostam de revelar sua
idade. Por isso, após um amplo debate, montaram a seguinte questão: “Idade: ( )Até 30 anos.
Qual?_____ ( )Mais de 30 anos”.
Antes de continuarmos, alertei sobre a necessidade de uma pergunta filtro já que a pesquisa
seria realizada durante o recreio por diversas duplas e propus a questão: “Você já respondeu essa
pesquisa antes? ( )Sim ( )Não”. Decidimos que se a resposta fosse Sim, a dupla de pesquisadores
deveria agradecer o entrevistado pela colaboração, mas não marcaria nada para não desperdiçar a
folha.
Para montar as questões seguintes, entreguei uma folha para cada aluno colocar pelo menos
cinco perguntas que gostaria de pesquisar. No final da aula, recolhi essas folhas.
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A partir da leitura das questões propostas, percebi que os alunos não tinham experiência
anterior na elaboração desse tipo de questionário. Por isso, organizei um questionário com as
questões propostas por eles e coloquei algumas sugestões de resposta.
No dia seguinte, 29/04/2010, projetei esse questionário no quadro utilizando um data show. A
primeira reação dos alunos foi de encantamento, pois, baseados na própria produção, não esperavam
que a turma tivesse conseguido elaborar as questões para construir o questionário.
Aproveitando os recursos tecnológicos, data show e notebook, discutimos e alteramos na
hora as questões iniciais, verificando a pertinência em relação ao tema, pois algumas questões se
referiam aos deveres e direitos dos professores na EMCDA. Verificamos um interesse em investigar
sobre esse tópico, mas resolvemos que essa seria o tema para uma nova pesquisa que realizaríamos
em outro momento.
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Além de analisar cada questão, também construímos as alternativas de resposta.
Propositalmente, priorizei as perguntas formuladas pelos alunos que permitiam as respostas sim, às
vezes ou não. Propus a palavra parcialmente para substituir respostas como mais ou menos e às
vezes. Como essa palavra era nova para a turma, discutimos um pouco sobre o significado dela.
O maior desafio foi decidirmos como seriam as respostas da última questão “Como o aluno
pode defender seus direitos sem deixar de cumprir seus deveres?”. A turma levantou algumas
possibilidades de resposta, mas, após uma ampla discussão, decidiu por duas alternativas. Na
primeira, deixariam um espaço para escrever a resposta da pessoa e, na segunda, apresentariam a
opção NÃO SEI.
No final, o questionário que ficou com 17 questões sendo 1 de “filtro” e 4 de identificação.
Com o questionário definido, sorteamos duas duplas para realizar o pré-teste no dia seguinte.
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VI. Realização do pré-teste
No dia 30/04/2010, durante a aula de Geografia, aproveitei o meu tempo de planejamento
para acompanhar as duplas sorteadas na realização do pré-teste do questionário (Anexo 1 – Foto 8).
Antes de iniciar as entrevistas, orientei os alunos sobre como abordar as pessoas e distribuí
pranchetas e os crachás de identificação que confeccionei para eles.
Circulamos pela escola e cada dupla entrevistou dois alunos (um menino e uma menina),
dois professores e dois funcionários/estagiários (Anexo 1 – Fotos 9 a 13).
Os alunos não encontraram problemas com as questões propostas e ficaram muito
entusiasmados com as entrevistas. Apenas ficaram chateados com as pessoas que não autorizaram a
fotografia8.
VII. Desenvolvimento do trabalho de campo
Na aula do dia 03/04/2010, as duplas envolvidas no pré-teste relataram tudo o que aconteceu
e afirmaram que não havia problemas nas questões propostas.
Para treinar as outras duplas, dividimos a turma em grupos de 4 ou 5 alunos, para que os
pesquisadores pudessem entrevistar os próprios colegas de sala. Pedi que, os dois alunos da dupla
que cada um entrevistasse o outro e que revezasse com o outro para entrevistar os demais colegas
do grupo.
A seguir, as seis duplas9, devidamente identificadas com crachás, foram realizar a pesquisa
durante o recreio10
(Anexo 1 – Fotos 14 a 21). Vale destacar que a importância que eles deram aos
crachás. Fizeram questão de utilizá-lo durante o recreio dos dois dias, mesmo quando não estavam
entrevistando as pessoas.
Nesse primeiro dia, foram entrevistadas 48 pessoas: 42 alunos (sendo 20 da própria turma),
2 professores e 2 funcionários/estagiários.
As duplas que entrevistaram os alunos relataram que foi muito tranquilo, as que
entrevistaram professores e funcionários/estagiários ficaram decepcionados, pois tiveram
dificuldade em encontrar pessoas que pudessem atendê-los durante o recreio. Por isso, achamos
mais fácil concluir a pesquisa, no dia seguinte, no momento da própria aula.
Ao todo foram entrevistadas 70 pessoas: 50 alunos (sendo 20 da própria turma), 8
professores e 12 funcionários/estagiários.
Durante os relatos sobre o trabalho de campo, os pesquisadores informaram que um aluno
entrevistado pediu para acrescentar a opção mais ou menos na questão 5 – “Você conhece a
8 Eu sempre pedia a autorização para fotografar os entrevistados.
9 No dia, faltaram dois alunos que se ofereceram para a entrevista. Por isso, ao invés de 7 duplas, ficamos com 6.
10 O agente de saúde fotografou os alunos durante o trabalho de campo.
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diferença entre direitos e deveres?” – e que cinco professores responderam iguais na questão 8 –
“Para você, na escola, os alunos têm mais deveres ou direitos?”. Verificamos assim, que, apesar do
pré-teste apontar que o questionário estava certo, poderíamos melhorar nossas opções de resposta.
VIII. Tabulação e organização dos resultados
No próprio dia 04/05/2010, enquanto duas duplas encerravam as entrevistas, dividi o
restante da turma em cinco grupos de 4 ou 5 alunos, numerei os questionários de 1 até 60 e os
reparti igualmente entre os grupos. Os 10 questionários restantes (61 a 70) foram tabulados pelas
duplas que realizaram as últimas entrevistas.
Os grupos receberam também a tabela para tabulação11
, bem como as orientações para
preenchê-la. Oralmente, solicitei que revezassem na tarefa de completar as linhas, mas que todos
estivessem atentos e conferissem a marcação feita pelos colegas. Além disso, combinamos que, para
facilitar a análise dos dados, as respostas do sexo feminino fossem marcadas em vermelho e que as do
sexo masculino fossem marcadas em azul. (Anexo 1 – Fotos 22 a 27).
No dia 10/05/2010, apresentei e entreguei para cada aluno uma nova tabela e conversamos
sobre o significado dos símbolos ♀ (feminino) e ♂ (masculino).
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Como foi a primeira vez que a turma realizou uma Pesquisa de Opinião, optei por elaborar as tabela para tabulação
dos dados.
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Ditei os resultados tabulados pelos seis grupos para ♀ e ♂. Depois, com o auxílio de uma
calculadora, cada aluno individualmente preencheu as linhas com o total de: alunos;
professores/funcionários/ estagiários; geral. No final, fizemos a correção dos resultados
encontrados.
Analisando os dados resolvemos descartar a separação das respostas entre os sexos, pois não
percebemos muita diferença entre as respostas. Porém, mantivemos a opção por separar os dados
dos segmentos dos alunos dos professores/funcionários/estagiários. E, para possibilitar essa
comparação, no dia 14/05/2010, discutimos sobre a importância de representar esses dados em
forma percentual.
Apresentei um novo instrumento de tabulação para registrar os dados em porcentagem.
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Fizemos uma breve discussão sobre o significado de 100% e concluímos que cada resposta
de aluno correspondia a 2%, já que foram entrevistados 50 alunos. Por sua vez, cada resposta de
professor/funcionário/estagiário correspondia a 5%, pois ao todo eram 20.
Assim, para preencher a primeira linha de cada questão, os alunos, individualmente, com o
auxílio da calculadora, multiplicaram o total de alunos por 2% e registraram os resultados a caneta
azul. Na segunda linha, multiplicaram o total de professores/ funcionários/estagiários por 5% e
escreveram os dados a caneta vermelha.
No dia 17/05/2010, conferimos todos os resultados das duas linhas iniciais e conversamos
sobre como calcular o percentual do total “geral”. Verificamos que como tínhamos que dividir por
70 e depois multiplicar por 100, seria o mesmo que dividir por 7 e depois multiplicar por 10. E, para
ficar mais fácil, era só dividir por 7 na calculadora e, mentalmente, “andar com a vírgula uma casa”.
Para esse preenchimento, também foi necessário relembrarmos as regras de arredondamento
dos números. Também conferimos se o total das opções em cada questão totalmente respondida
dava 100%. Em duas dessas questões, acrescentamos 0,1% no maior valor.
IX. Divulgação dos resultados e estabelecimento do plano de ação
No dia 19/05/2010, organizei a turma novamente nos mesmos 5 grupos citados
anteriormente e pedi que cada grupo escolhesse uma questão para analisar os resultados. Orientei
que para a questão escolhida o grupo deveria construir um gráfico de colunas, criar uma manchete e
o lead de uma notícia, bem como apontar um plano de ação. Antes de iniciar o trabalho, expliquei
detalhadamente como construir um gráfico de colunas simples e um gráfico comparativo de
colunas, como criar uma manchete e o lead de uma notícia e, também, o que era e a importância de
se estabelecer um plano de ação.
Durante 2 aulas, auxiliei os grupos no trabalho de análise da questão escolhida por eles
(Anexo 1 – Fotos 28 a 34). Aos poucos foram percebendo quando era interessante fazer uma
comparação entre as respostas dadas por alunos com aquelas dadas pelos
professores/funcionários/estagiários. Nesses casos, perceberam a necessidade de utilizar os
resultados em porcentagem para permitir a comparação dos mesmos.
No dia 25/05/2010, os grupos apresentaram o seu trabalho para a turma, explicando suas
conclusões, mostrando o gráfico construído e lendo a sua notícia. Em geral, tiveram dificuldade em
apresentar um plano de ação (Anexo 1 – Fotos 35 a 40). O grupo 2 não soube dizer o que fazer para
amenizar a diferença de opinião entre alunos e professores/funcionários/estagiários na questão 14:
12% dos alunos acham que seus direitos não são respeitados e 40% disseram que os direitos são
respeitados parcialmente, no entanto nenhum professor/funcionário/estagiário afirmou que os
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direitos dos alunos não são respeitados e apenas 30% falaram que os direitos são respeitados
parcialmente.
GRUPO 2 – Questão 14 – Você acha que os direitos dos alunos são respeitados?
DIREITOS E DEVERES DOS ALUNOS:
VOCÊ OS CONHECE?
Durante as aulas de matemática, entrevistamos alunos, professores, funcionários e
estagiários da nossa escola. Foram respondidas 16 questões e a que nos chamou mais
atenção foi a 14 – Você acha que os direitos dos alunos são respeitados?
Analisamos as respostas, construímos um gráfico e obtivemos o seguinte resultado:
48% dos alunos acham que os direitos são respeitados, 12% acham que não e 40% que são
respeitados parcialmente; 70% dos professores/funcionários/estagiários acham que os
direitos dos alunos são respeitados, 30% acham que são parcialmente respeitados e
nenhum deles acha que não são respeitados.
O grupo 3 também destaca a diferença de opinião dois segmentos na questão 8 sem
apresentar um plano de ação: A maioria dos alunos acha que têm mais deveres. Já a maioria dos
professores acha que os alunos têm mais direitos. Quem estará certo?.
GRUPO 3 – Questão 8 – Para você, na escola, os alunos têm mais deveres ou direitos?
DEVERES E DIREITOS
DOS ALUNOS
A maioria dos alunos
acha que têm mais deveres. Já
a maioria dos professores acha
que os alunos têm mais direitos.
Quem estará certo?
Da mesma forma, os grupos 4 e 5 ficaram assustados ao descobrirem que 79% das pessoas
acham que os alunos não cumprem seus deveres adequadamente (questão 13), mas não conseguiram
propor ações que modifiquem esse quadro.
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GRUPOS 4 e 5 – Questão 13 – Você acha que a maioria dos alunos cumpre seus deveres
adequadamente?
Há um grande número de alunos que não cumpre seus deveres adequadamente.
No entanto, os grupos 1 e 512
conseguiram apontar um plano de ação para a análise da
questão 5. Eles verificaram que 26% dos alunos não conhecem a diferença entre direitos e deveres,
por isso o grupo 1 sugeriu que a coordenação e os professores realizassem um trabalho de
esclarecimento com os alunos e o grupo 5 propôs a divulgação na rádio13
e no jornal da Escola – o
CaDrum.
GRUPO 1 – Questão 5 – Você conhece a diferença entre direitos e deveres?
OS ALUNOS DA ESCOLA CDA
CONHECEM OS DIREITOS E
DEVERES?
Nós descobrimos que a maioria
dos alunos do CDA conhece a diferença
entre direitos e deveres, mas uma boa
parte não conhece essa diferença. Por
isso, a coordenação e os professores
podem contribuir para diminuir a
porcentagem dos que não conhecem a
diferença entre os direitos e os deveres,
propondo trabalhos, discutindo em sala
e fazendo palestras.
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O grupo 5 construiu o gráfico da questão 13, mas escreveu a notícia sobre a questão 5. 13
Durante o recreio, a cada dia da semana, um grupo de alunos assume a programação da rádio da Escola. Esses grupos
são definidos pelos próprios alunos e recebem uma orientação dos alunos que estão há mais tempo no projeto.
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GRUPO 5 – Questão 5 – Você conhece a diferença entre direitos e deveres?
OS DIREITOS E OS DEVERES DOS ALUNOS: QUAIS SERIAM?
Na EMCDA os alunos fazem uma pesquisa de opinião.
Os resultados foram surpreendentes!
Na Escola Municipal Carlos Drummond de Andrade, os alunos da sala 3, da turma
311, fizeram uma pesquisa de opinião sobre os Direitos e Deveres dos Alunos na EMCDA.
Mas, fazer uma pesquisa de opinião não é tão fácil quanto parece! Além de escolher
o tema, os alunos formaram duplas para entrevistar alunos, professores, funcionários e
estagiários da escola, tabularam os resultados e montaram um gráfico a partir de uma das
dezesseis questões pesquisadas.
O trabalho gastou quatro semanas para ficar pronto.
Os resultados foram surpreendentes. Analisem esta questão: “Você conhece a
diferença entre deveres e direitos?”. Resultado: 80% das pessoas responderam SIM e 19%,
NÃO. Através da rádio da escola, podemos esclarecer as diferenças entre direitos e deveres.
Os alunos estão muito empolgados com o término da pesquisa, pois querem que
seus textos sejam publicados no CADRUM, o jornal da escola.
No dia seguinte, levei o registro dos grupos para ler e debater com a turma. Analisando os
resultados observamos que: 26% dos alunos da EMCDA não sabem a diferença entre direitos e
deveres; 30% não conhecem totalmente seus direitos; 24% não conhecem totalmente seus deveres;
82% acham que os alunos não cumprem seus deveres adequadamente. Além disso, a maioria dos
alunos (64%) acha que têm mais deveres enquanto a maioria dos professores (62,5%) acha que os
alunos têm mais direitos. Quem estará certo? Para responder a essa questão formulada pelo grupo
3, a turma apontou que é necessário que todos conheçam os direitos e deveres dos alunos e que
saibam a diferença entre eles. Por isso, concluíram que as ideias do plano de ação dos grupos 1 e 5
podem ajudar na resolução dos problemas detectados. Dessa forma, conseguiram entender a
importância de se estabelecer um plano de ação como forma de dar um retorno às pessoas
pesquisadas. De acordo com um texto produzido por dupla de alunos: “O trabalho foi muito
interessante e, a partir dele, descobrimos que fazer uma pesquisa não é só perguntar para as
pessoas e divulgar as suas respostas. Mas, sim, ajudá-las a saber um pouco mais a respeito do
tema pesquisado.”
Como durante o trabalho, eu recolhi todos os materiais que os alunos produziram e nada foi
registrado no caderno, nesse mesmo dia, iniciamos a “retrospectiva” da pesquisa de opinião.
Começamos pelo registro das quatro primeiras etapas: (1) Apresentação da realização da pesquisa
de opinião; (2) Escolha do tema; (3) Definição da amostra; (4) Qualificação do tema. Oralmente,
resgatamos o que havia acontecido e eu fui escrevendo no quadro para que os alunos copiassem.
No dia seguinte, para ganhar tempo, levei as outras etapas da pesquisa já digitadas (Anexo
2): (5) Elaboração do questionário; (7) Realização do pré-teste; (8) Desenvolvimento do trabalho de
campo; (9) Tabulação e organização dos resultados; (10) Divulgação dos resultados e
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OPINIÃO 1. O que se pensa a respeito
de algo ou alguém.
2. Parecer, avaliação. 3. Consenso.
4. Conceito.
5. Ponto de vista sobre um determinado assunto.
6. Presunção.
Fonte: http://aulete.uol.com.br
Consultado em 12/05/2010.
estabelecimento do plano de ação. No caderno dos alunos, as partes digitadas foram intercaladas
com os materiais produzidos por eles: questionário e tabelas de tabulação.
Por último, propus a construção, em duplas, de uma notícia que resumisse tudo o que
fizemos e que também apontasse o que deveria ser feito a partir dos resultados encontrados.
MATEMÁTICA – 7º ANO – PROFª. CRISTINE
PESQUISA DE OPINIÃO
Estamos desenvolvendo uma pesquisa de opinião na sua
turma há quatro semanas. Como já vimos, a pesquisa de opinião é
uma ferramenta estatística que possibilita a vocês descrever e
interpretar a sua realidade usando conhecimentos matemáticos. Através
da utilização de questionários, tabelas e gráficos, você pode investigar,
coletar, organizar, comunicar e interpretar dados referentes à opinião
das pessoas que o cercam.
Agora, vocês construirão uma matéria para o CADRUM
descrevendo todo o trabalho desenvolvido.
Para ajudá-los nessa tarefa, vamos recordar algumas características de um bom texto
jornalístico. Primeiro, sejam criativos ao escolher o título da notícia. Ele deve ser curto, claro e
direto, mas também instigante.
A seguir, abaixo do título, coloquem o lead: uma abertura da matéria trazendo as
informações mais importantes. Essa abertura deve permitir ao leitor uma informação rápida do
acontecimento: o quê, quem, quando, onde, como e por quê.
Depois, para redigir o texto ou corpo da notícia, desdobrem os fatos apresentados no lead e
também os detalhes secundários da matéria. Utilizem uma linguagem clara, simples, enxuta e
objetiva. Apresentem os fatos em uma sequencia lógica que torne a reportagem gostosa e atrativa.
Para isso, use frases, períodos e parágrafos curtos para que o leitor possa entender melhor a matéria.
Esgote um ou dois itens da sua reportagem em cada parágrafo e arremate-os num parágrafo final.
Para isso, sugiro que vocês elaborem um texto que contemple todas as partes abaixo.
1ª. APRESENTAÇÃO – Para iniciar o texto, descrevam como eu apresentei a proposta da
pesquisa de opinião para vocês.
2ª. ESCOLHA DO TEMA – Descrevam como a turma definiu o tema da pesquisa. Não se
esqueçam de contar quais foram os temas sugeridos e como foi feita a votação.
3ª. DEFINIÇÃO DA AMOSTRA – Relatem quais foram as pessoas entrevistadas e expliquem o
motivo.
4ª. QUALIFICAÇÃO DO TEMA – Falem um pouco sobre o que discutimos sobre o tema
escolhido antes de iniciar a construção do questionário.
5ª. ELABORAÇÃO DO QUESTIONÁRIO – Expliquem em detalhes como elaboramos as
perguntas e respostas do questionário da pesquisa.
6ª. REALIZAÇÃO DO PRÉ-TESTE – Contem sobre como o questionário foi pré-testado.
7ª. COLETA DE DADOS – Descrevam a coleta de dados, ou seja, como os questionários foram
respondidos.
8ª. TABULAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DOS RESULTADOS – Contem sobre vocês fizeram para
tabular os dados. Falem sobre o preenchimento das tabelas, a contagem dos resultados e a
transformação em porcentagem.
9ª. DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS – Comentem sobre as questões que vocês selecionaram
para analisar e o gráfico utilizado para registrar os resultados encontrados. Não se esqueçam
de acrescentar as suas conclusões sobre a pesquisa realizada.
10ª. PLANO DE AÇÃO – Para encerrar o texto, falem o que pode ser feito para melhorar o
contexto pesquisado a partir dos resultados encontrados.
Finalmente, façam uma leitura atenciosa do texto escrito e corrijam erros de português
encontrados. Para tirar as dúvidas, tenham sempre em mãos um dicionário.
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Pretendia selecionar cinco notícias para que a turma escolhesse a melhor. Mas como os
alunos produziram textos muito parecidos com o registro feito no caderno e, também, em função do
grande tempo já gasto com a realização da pesquisa, eu mesma organizei uma notícia fazendo uma
coletânea de todos os textos produzidos e acrescentando as análises feitas.
MATEMÁTICA – 7º ANO – PROFª. CRISTINE
UMA ATIVIDADE DIFERENTE
Os alunos da turma 311 encontram resultados surpreendentes ao pesquisar
a opinião das pessoas sobre os Direitos e os Deveres dos Alunos na EMCDA
Na Escola Municipal Carlos Drummond de Andrade,
nas aulas da professora Cristine, os alunos da turma 311
fizeram uma pesquisa de opinião sobre os Direitos e Deveres
dos Alunos na EMCDA.
O trabalho durou quatro semanas. Fazer uma pesquisa
de opinião não é tão fácil quanto parece! Além de escolher o
tema, os alunos: elaboraram um questionário; formaram duplas
para entrevistar alunos de outras turmas, professores,
funcionários e estagiários da escola; tabularam os resultados;
montaram gráficos e construíram textos para divulgar os
resultados de algumas das dezesseis questões pesquisadas.
Os alunos estão muito empolgados com o término da pesquisa, pois os resultados
foram surpreendentes: 26% dos alunos da EMCDA não sabem a diferença entre direitos e
deveres; 30% não conhecem todos os seus direitos; 24% não conhecem todos os seus
deveres; 82% acham que os alunos não cumprem seus deveres adequadamente. Além disso,
a maioria dos alunos (64%) acha que têm mais deveres enquanto a maioria dos professores
(62,5%) acha que os alunos têm mais direitos. Quem estará certo?
Para responder essa pergunta todos precisam conhecer os direitos e deveres dos
alunos e saber a diferença entre eles. Para esse trabalho de esclarecimento, os alunos
contam com o apoio da rádio da escola, do CaDrum, dos professores e da coordenação.
Alunos e alunas da turma 311
Finalmente, encerrei o trabalho no dia 09/06/2010, com a leitura da notícia acima e com a
apresentação de um “vídeo”14
sobre a realização da pesquisa de opinião. A turma ficou encantada e
adorou o rap “Pesquise a Pesquisa”15
. Aproveitei a oportunidade para agradecer e parabenizar a
turma pela brilhante participação.
14
Para produzir o vídeo utilizei o software Windows live movie maker.
15 Rap produzido pela estudante Atiely Santos, conhecida comoT.L.Queen sobre o programa Nossa Escola Pesquisa Sua
Opinião. Disponível em http://www.ipm.org.br/ipmb_pagina.php?mpg=3.08.03.00.00&ver=por; consultado em
30/05/2010.
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A seguir, no meu horário de planejamento, apresentei para a coordenadora pedagógica o
vídeo e o registro da pesquisa realizada pela turma 311. Ao saber dos resultados ela reforçou sua
preocupação com a adaptação dos alunos de 7º ano às regras da Escola e já está pensando em como
pode aproveitar os resultados para fazer um trabalho eles.
Agora, aguardamos a execução do plano de ação: a turma pretende solicitar o apoio das
equipes da rádio da escola, dos professores e da coordenação, para a divulgação dos resultados da
pesquisa e para o desenvolvimento de um trabalho de esclarecimento. Além disso, a notícia
produzida no final do trabalho será divulgada no jornal da Escola (CaDrum) e também será
postada, juntamente com o vídeo, no blog da escola (http: //drummondear.blogspot.com).
X. Observações gerais
Ao iniciar o trabalho com a pesquisa de opinião, esperava apenas aproveitar a oportunidade
para abordar o Bloco Tratamento de Informação possibilitando aos alunos
o desenvolvimento da capacidade de interpretar, analisar e avaliar dados
matemáticos inseridos em diferentes contextos, de estabelecer inferências e
conexões lógicas, de realizar previsões e de argumentar, expressando ideias e
pontos de vista a partir das análises produzidas. (PBH/SMED, 2009, p.37)
Mas, felizmente, esse trabalho superou minhas expectativas iniciais até mesmo em relação
às habilidades matemáticas. Durante a tabulação dos dados foi necessário retomar o trabalho com
adição, multiplicação, porcentagem, arredondamento e cálculo mental.
Na dimensão formativa, observei que a realização da pesquisa de opinião estimulou e
revelou a participação, o empenho e a criatividade dos meus alunos. De acordo com Lopes (2002,
p.12) “a vivência de coletar, representar e analisar dados que sejam significativos e inseridos em seu
contexto podem ampliar o universo de competências e acentuar o potencial criativo de nossos
estudantes.” Foi isso que verifiquei nesse trabalho realizado com a turma 311.
A aceitação do trabalho por parte dos alunos foi tão significativa que, em seus registros, eles
destacaram que gostaram muito de realizar a pesquisa de opinião e que estavam ansiosos em ver os
resultados divulgados no CaDrum. Manifestaram também o desejo de realizar outra pesquisa de
opinião e, por isso, firmei um acordo com eles me comprometendo a repetir essa atividade nas aulas
de matemática assim que for possível. Mas também ressaltei que agora que eles já conhecem o
processo, poderão utilizá-lo sempre que for preciso para resolver situações ligadas a sua vida
cotidiana e/ou escolar, até mesmo em outras disciplinas.
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XI. Referências bibliográficas
ESCOLA MUNICIPAL CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE. Projeto Político-Pedagógico. Belo
Horizonte: EMCDA, 2003.
LOPES, Celi Aparecida Espasandin & MOURA, Anna Regina Lanner de Moura (org.). Encontro das
crianças com o acaso, as possibilidades, os gráficos e as tabelas. Campinas: Gráfica FE/Unicamp, 2002.
p. 12.
LOPES, Celi Aparecida Espasandin e CARVALHO, Carolina. Literacia Estatística na educação
básica. IN: NACARATO, Adair Mendes e LOPES, Celi Aparecida Espasandin (org.) Escritas e
Leituras na Educação Matemática. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. p. 87 a 90.
LOPES, Celi Aparecida Espasandin. Literacia estatística e o INAF 2002. IN: FONSECA, Maria da
Conceição F. R. (org.) Letramento no Brasil – Habilidades Matemáticas. São Paulo: Global,
2004. p. 187 a 197.
MONTENEGRO, Fabio & RIBEIRO, Vera Masagão (Ed). Nossa escola pesquisa sua opinião.
Manual do professor. 2 ed. São Paulo: Global, 2002. 22pp.
BELO HORIZONTE. Prefeitura Municipal. Secretaria Municipal de Educação. Desafios da
formação: Proposições Curriculares do 3º Ciclo do Ensino Fundamental – Matemática. Texto
Preliminar. Belo Horizonte: SMED, 2009.
_____. Tratamento da Informação. Cadernos de Educação Matemática – Ensino Fundamental –
volume 6. Belo Horizonte; SMED, 2008. 36pp.
INSTITUTO PAULO MONTENEGRO. NEPSO. Pesquise a Pesquisa. Disponível em <
http://www.ipm.org.br/ipmb_pagina.php?mpg=3.08.03.00.00&ver=por >. Acesso em: 30 maio
2010.
XII. Anexos
Anexo 1 – Foto 1: Turma 311
Fotos 2 a 6: Escolha do tema
Foto 7: Qualificação do tema
Fotos 8 a 13: Pré-teste do questionário
Fotos 14 a 21: Desenvolvimento do trabalho de campo
Fotos 22 a 27: Tabulação e organização dos resultados
Fotos 28 a 34: Análise dos resultados e estabelecimento do plano de ação
Fotos 35 a 40: Apresentação dos resultados na turma
Anexo 2 – Folhas do registro do trabalho realizado na turma 311 que os alunos colaram no caderno.
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