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ISBN: 978-85-912570-5-8
Castro, Claudio Henrique de
C355 Dicas para a elaboração de auditorias públicas e controle interno.
/ Claudio Henrique de Castro. Curitiba : Ed. sob Demanda, 2015.
136 p.
1. Auditoria Pública 2.Controle Interno 3. Contabilidade Governamental
I.Título
CDU 657.64
Ficha catalográfica elaborada por Maury Antonio Cequinel Junior
Bibliotecário CRB9ª/896
C L A U D I O H E N R I Q U E D E C A S T R O
DICAS PARA A ELABORAÇÃO
DE AUDITORIAS PÚBLICAS E CONTROLE INTERNO
C U R I T I B A | 2 0 1 5
E D I Ç Ã O S O B D E M A N D A
Dicas para a Elaboração de Auditorias Públicas e Controle Interno
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Introdução
Um médico perito sempre descontraía seus pacientes nas perícias contando piadas. Certa feita, um
paciente com invalidez na perna esquerda, rindo muito das piadas, foi apalpado na perna direita, e o
médico perguntava: - Aqui é que doí? E aqui? E o paciente: - Ai, ai, doutor; é aí mesmo!
No desenrolar do novelo dos fatos investigados se percebem situações às vezes jamais imaginadas.
Sempre se deve estar atento às minúcias.
Sempre há pistas e indícios, pois não existe fraude perfeita.
Comissões parlamentares de inquérito, perícias, investigações privadas e auditorias em empresas ou
em instituições públicas, respeitabilíssimas, revelam desvios e fraudes elementares, jamais imaginadas,
mas que ocorrem com a maior desfaçatez e facilidade, nas barbas de gestores e sob todo um aparato de
controle.
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Claudio Henrique de Castro
Após 20 anos no Tribunal de Contas do Paraná atuando em auditorias externas, inspeções e em
milhares de processos, podemos oferecer dicas simples e objetivas sobre como desenvolver o trabalho em
auditorias e em controles internos.
A atenção aos detalhes e a busca de situações ainda não vistas, com a análise de hipóteses prováveis
dentro do quadro fático que se nos apresenta, podem revelar muitos fatos velados sob a capa da honestidade.
O preparo intelectual, técnico e psicológico é fundamental para desvelar fatos não muito bem
conduzidos sob o manto da probidade.
A objetividade, a isenção de ânimos na análise de dados e fatos, o poder de reflexão, o profundo
conhecimento técnico e a tranquilidade são peças-chaves para com elas desenvolver-se uma excelente
auditoria ou controle interno.
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Claudio Henrique de Castro
Nenhuma auditoria é imparcial. A auditoria deve guiar-se pelo interesse público.
Neste sentido, tem-se que compreender que há uma opção clara pela aplicação
dos princípios de Direito público e pela exatidão contábil do objeto analisado.
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Não se pode supor já desde o início dos trabalhos,
que o auditado esteja em situação irregular.
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Claudio Henrique de Castro
A existência da auditoria por si mesma é um fator que levanta inúmeras suspeitas
sobre o ente auditado, daí a razão para se tomar todas as cautelas possíveis para não
se concluir, antes dos trabalhos de auditoria realizados, que necessariamente existem
situações irregulares que serão comprovadas.
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Cada palavra proferida nos trabalhos da auditoria, perante o ente fiscalizado
tem que ser sopesada com muito cuidado, posto que até mesmo piadas ou observações corriqueiras
mal colocadas podem retirar a seriedade e o profissionalismo dos trabalhos.
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Claudio Henrique de Castro
A proximidade, em almoços, jantares ou encontros sociais entre os auditores e o ente
auditado não são recomendáveis; de modo algum. Aproximações em tons de intimidade
entre o auditor e o auditado nunca são recomendáveis.
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Uma palavra dita de forma jocosa certamente compromete toda a auditoria.
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Claudio Henrique de Castro
O auditor deve ter uma postura correta, elegante e sem excessos de qualquer espécie para
ter garantida a respeitabilidade e que, acima de tudo, seu trabalho seja essencialmente
técnico e imparcial.
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Jamais deve antecipar os resultados de uma auditoria. Ao ser perguntado, poderá dizer que
posteriormente haverá um aprofundamento no estudo dos documentos coletados, numa
segunda fase. Não deve revelar nem indícios nem desconfianças.
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Claudio Henrique de Castro
Discrição, sempre. Falar sobre o trabalho de auditoria, no almoço com alguém, no elevador
ou em qualquer local público, é fatal. Nunca se sabe quem está ao seu lado ouvindo suas
considerações a respeito de determinada auditoria.
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A auditoria pode ser usada em processos judiciais. Assim, sempre deve ser feita em
conformidade com as regras e normativas legais que possibilitem sua utilização,
em questionamentos policiais.
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Claudio Henrique de Castro
A auditoria superficial não é uma boa auditoria; é uma mera constatação de documentos
ou situações possíveis. Trata-se de inspeção de regularidade, portanto, deve ser profunda.
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A auditor ia ope rac ional é como se fosse um conse lho dos avós. Alguns defendem
que não se rve para nada, que se r ia apenas um me ro aconse lhamento ao gestor.
Contudo, sab emos que os conse lhos dos avós são sábios e por isso não devem e
nem não po dem se r desprezados.
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Claudio Henrique de Castro
As auditorias privadas costumam ser muito caras e cogita-se, por isso, na encomenda de
resultados. Não se pode duvidar da sua regularidade. Aqueles que duvidam da sua isenção
afirmam que, muitas vezes, há uma auditoria pro forma e existe uma outra, verdadeira,
que fica nas mãos de poucos, para apontar os modos de se blindar o caixa dois.
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Descobrir o seu escopo é como pescar: tem que se ter paciência e perseverança.
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Claudio Henrique de Castro
Um escopo é a finalidade da auditoria. Não pode ser definido previamente, senão a
auditoria seria totalmente desnecessária. Algum indício é fundamental para a construção
do objetivo inicial, e principal.
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O escopo amplo pode ocultar um caminho diverso daquele em que se pensou inicialmente.
Sem problemas, o que importa é chegar a conclusões.
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Entre um escopo amplo e um reduzido, prefira-se o primeiro, posto que a possibilidade de
se descobrirem caminhos diversos da primeira avaliação preliminar é bastante provável.
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Claudio Henrique de Castro
Escopo é algo que se descobre na própria auditoria, confirma-se ou não. Depende do
feeling do auditor. A experiência é fundamental para se chegar a um escopo bem delineado.
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Claudio Henrique de Castro
Toda busca documental é difícil. Não se pode desaminar em nenhum momento, para se
alcançar o objetivo proposto.
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Claudio Henrique de Castro
O pedido de documentos sempre deve estar documentado e com data estabelecida para
entrega. Também se deve ter a assinatura responsável pelo recebimento do ofício em que
se solicitaram os documentos.
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Claudio Henrique de Castro
Como pode haver manipulação de documentos, o ideal é pedir e pegá-los imediatamente.
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Prazo ampliado para serem remetidos documentos e arquivos pedidos pode ser indício
de manipulação de dados e provas.
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Claudio Henrique de Castro
A busca de provas documentais deve ser feita diretamente nos setores sobre os quais
há interesses, antecedida ou não, de uma pequena reunião para se estabelecer com
clareza quais dados se buscam.
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Sempre se deve ter total colaboração do ente auditado, até no momento de se pedir
os documentos que contemplam irregularidades.
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Claudio Henrique de Castro
Todos os documentos e pequenas reuniões devem ter anotados, o horário, o nome dos
servidores, a pauta, o assunto, as conclusões.
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Claudio Henrique de Castro
A retrospectiva das reuniões e o perfil psicológico de quem estabelece o diálogo com o auditor
e as suas respostas são importantes. Auditor experiente percebe por meio da análise de
trejeitos, da voz trêmula, da pseudossegurança e de outros sinais, onde estão os possíveis
dados relevantes ou aqueles que se pretende ocultar da auditoria.
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Claudio Henrique de Castro
Toda auditoria causa estresse. Cabe ao auditor tranquilizar os auditados no sentido de que o
trabalho não significa uma caça às bruxas, mas é tão somente a análise dos atos relevantes
e necessários às conclusões da auditoria.
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Claudio Henrique de Castro
Cordialidade e profissionalismo são fundamentais durante o exercício da auditoria.
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As entrevistas de campo também devem se r registradas; igualmente os
part ic ipantes , pe rguntas, respostas , do cumentos apresentados, horár io de iníc io e
término e qual o cargo do entrevistado.
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Claudio Henrique de Castro
As reuniões de campo devem ser feitas preferencialmente no local da auditoria, com a busca
imediata dos documentos e não sua procura posterior. A verificação deve ser imediata; salvo
para documentos muito antigos, deve-se buscar os documentos e as comprovações no local
onde estão guardados, e suas cópias devem ser imediatas.
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Pode ocorrer de cópias serem feitas posteriormente, mas há o risco de se alterarem os
documentos que foram vistos originalmente e corrigidos dados, ou até “perdidas” provas
importantes para a auditoria.
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Claudio Henrique de Castro
Os documentos devem ser mantidos em local seguro, fechado com chave, e, se
digitalizados, sempre com cópias.
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Claudio Henrique de Castro
Arquivos d ig i ta is devem se r sempre guardados em segurança e com cópias . Não se
deve usar fre quentemente a rede, sem senha para envio de minutas do re latór io
entre os membros e fundamentalmente em computadores compart i lhados no órgão
auditado, nem, muito menos, em lap tops frágeis ou passíveis de pe rda ou ex travio .
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A estrutura e a logística de qualquer auditoria são fundamentais. Segurança de dados e
a existência dos meios suficientes para a segura consecução do trabalho são princípios
elementares para a confecção de um ótimo trabalho.
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Claudio Henrique de Castro
O auditor deve ser examinador desconfiado, detalhista e atento a todos os aspectos que
o rodeiam. É nos detalhes que se desvendam os maiores rombos financeiros, as fraudes
contábeis, ou as artimanhas jurídicas que levam a constituir os achados da auditoria.
A essência do ato é mais importante do que a forma.
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Claudio Henrique de Castro
Colocar-se no lugar dos personagens auditados é fundamental. A pergunta elementar é:
- Onde a aparência de ato regular oculta a imperfeição?
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O que os papéis po dem nos d ize r? O que o cenário de uma obra supe rfaturada, uma
transação f inancei ra ou uma despesa po dem reve lar? O auditor consegue “escutar”
esses se res inanimados. Tem um sex to sent ido que lhe pe rmite se comunicar com
fatos , papéis , ed i ta is , b a lanços e obras “pe rfe i tas”.
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Claudio Henrique de Castro
Há imperfeições propositais que desviam o foco da auditoria, previamente colocadas para
desfocar os atos relevantes nos quais se emolduram as fraudes.
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O fechamento do re latór io é um drama. To das as palavras devem se r revisadas mais
de uma vez. To do re latór io f inal deve se r confe r ido, l ido e re l ido por vár ias vezes e
por d ife rentes pesso as, conjunta e iso ladamente . Deve-se dar um inte rvalo de uma
semana da revisão f inal para a entrega.
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Claudio Henrique de Castro
O c o n t ra d i t ó r i o e a a mp l a d efe s a s ã o i mp o r t a n t e s e e s s e n c i a i s . C o n t u d o , n ã o ex i s t e
a u d i t o r i a c o m c o n t ra d i t ó r i o e a a mp l a d efe s a i n s t a n t â n e o s . T o d a s a s c o n s i d e ra ç õ e s
s ã o l eva d a s a c a b o d u ra n t e a a u d i t o r i a e p o s t e r i o r m e n t e s e rã o n ova m e n t e
a n a l i s a d a s d e fo r m a re g u l a r e t e mp e s t i va .
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Claudio Henrique de Castro
A estrutura multidisc iplinar da auditoria depende essencialmente do escopo que lhe foi
definido. O tripé mínimo é uma equipe formada por advogado, um engenheiro e um
contador, mas podem ser inseridos, médicos, peritos c ientíficos, botânicos, analistas de
sistemas, engenheiros químicos e outros. Equipes ou empresas podem ser contratadas
para analisar um item da auditoria, durante este tempo o trabalho fica suspenso. Pode
inclusive ser contratada empresa para analisar um único detalhe do trabalho.
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A atual idade da auditor ia c i rcunscreve-se ao pe río do de anál ise . O trab alho re trata
os fatos do momento anal isado.
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Claudio Henrique de Castro
A independência da auditoria é fundamental. Sem ela, o trabalho torna-se um mero
expediente para validar ou não, o objeto auditado.
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A pro cura de i rregular idades po de segui r b as icamente dois caminhos. Po de-se faze r
uma confe rênc ia , de ta lhada, de to das as entradas e saídas contáb eis . Ou, pe la escolha
mais prováve l , o exame é fe i to pe lo vol ume de despesas, onde provave lmente po de
te r o corr ido a i rregular idade.
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Claudio Henrique de Castro
Situações aparentemente corriqueiras podem conter grandes desvios de numerário, diante
do volume em larga escala. É apropriada a metáfora do desperdício de água com a torneira
pingando. No caso da auditoria, o vazamento deve ser descoberto.
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Claudio Henrique de Castro
A auditoria de dados e sistemas é algo ainda pouco explorado, mas que pode contribuir
enormemente para elucidar grandes desvios de condutas que passam despercebidos em
auditorias mais simples.
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A visão global da auditoria é algo que se percebe apenas no final do trabalho e, normalmente,
é então que se detectam os pontos que ficaram carentes de maior profundidade; por isso,
durante a execução deve-se ter a preocupação e o monitoramento integral da auditoria.
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Claudio Henrique de Castro
A liderança na coordenação da auditoria é fundamental, pois, sem ela, haverá espaço para
discussões intermináveis sobre pontos, muitas vezes, de simples e fácil solução.
Dicas para a Elaboração de Auditorias Públicas e Controle Interno
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Auditoria é o trabalho que demonstra, com a mais apurada técnica, os pontos
comprovadamente irregulares e passíveis de aperfeiçoamento. Nenhum órgão
governamental ou privado, resiste a uma boa auditoria ou a um bom controle interno.
Sempre é possível melhorar e atingir altíssimos índices de qualidade no trabalho executado.
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Claudio Henrique de Castro
Se o controlador interno for desafeto político do gestor, a gestão estará totalmente paralisada.
Por esta razão a razoabilidade e a proporcionalidade são fundamentais no controle interno.
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Claudio Henrique de Castro
O controle interno não deve ser tão rígido para paralisar a administração nem tão frouxo
para contaminar a gestão de ilegalidades. A virtude está no meio: In medio virtus.
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Como a responsabi l idade c iv i l , penal e administrat iva é compart i lhada entre o
controlador inte rno e a gestão, tudo que lhe parece r i rregular deve se r re latado
formalmente , por corre io e l e trônico, mensagens escr i tas , ofíc ios , ou por outros
meios que registrem as i rregular idades come t idas .
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Claudio Henrique de Castro
Licitações, contratações, despesas ou até investimentos, tudo pode ser motivo de glosa ou de
ações judiciais em desfavor do gestor, razão pela qual é recomendável uma sólida formação
jurídica e contábil para os membros do controle interno.
LICITAÇÃO
EDITAIS
CONTRATOS
BDIADITIVOS
DESPESAS
INVESTIMENTOS
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Dicas para a Elaboração de Auditorias Públicas e Controle Interno
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Pode ocorrer de o gestor discordar do controle interno; assim, faz-se uma nota técnica
explicativa e motivada, salvaguardando o controle interno do aviso de irregularidade.
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Claudio Henrique de Castro
A cortesia, a afabilidade e o respeito devem sempre pautar o controlador interno; ele não
está acima da administração, mas em favor dela.
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Claudio Henrique de Castro
As notas téc nicas , as opiniões ve rb ais ou escr i tas devem se r emit idas entre
o controlador inte rno e o gestor; qualque r exposição públ ica de desacordo é
prejudic ia l ao func ionamento da administração.
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Claudio Henrique de Castro
A atuação do controlador inte rno deve se reve lar pe la economic idade da
administração, impondo a e la também um control e de custos . Este tema é a inda
pouco explorado pe los controladores inte rnos que buscam, muitas vezes , apenas o
control e da l egal idade dos atos administrat ivos.
Dicas para a Elaboração de Auditorias Públicas e Controle Interno
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O controlador interno pode efetivar auditorias internas nos órgãos da administração. Sua
atuação deve ser discreta, comedida e imperceptível visando a não instaurar um clima de
correição nos departamentos, diretorias e unidades da administração.
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Claudio Henrique de Castro
A atuação preventiva é a principal característica do controlador interno, visando corrigir
rotas e melhorar a Administração Pública nos seus mais variados aspectos: atendimentos,
prazos, emissão de documentos etc., naquilo que for a atividade-fim do órgão.
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